Enciclopédia de Romanos 5:20-20

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

rm 5: 20

Versão Versículo
ARA Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,
ARC Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;
TB Sobreveio a Lei para que abundasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,
BGB νόμος δὲ παρεισῆλθεν ἵνα πλεονάσῃ τὸ παράπτωμα· οὗ δὲ ἐπλεόνασεν ἡ ἁμαρτία, ὑπερεπερίσσευσεν ἡ χάρις,
BKJ Além disso, veio a lei, para que a transgressão abundasse; mas onde o pecado abundou, superabundou a graça;
LTT A Lei, porém, chegou ao lado, a fim de que a ofensa aumente- sobressaia. Onde, porém, abundou 1056 o pecado, ai superabundou a graça,
BJ2 Ora, a Lei[a] interveio para que avultasse a falta; mas onde avultou o pecado, a graça superabundou,
VULG Lex autem subintravit ut abundaret delictum. Ubi autem abundavit delictum, superabundavit gratia :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Romanos 5:20

II Crônicas 33:9 E Manassés tanto fez errar a Judá e aos moradores de Jerusalém, que fizeram pior do que as nações que o Senhor tinha destruído de diante dos filhos de Israel.
Salmos 25:11 Por amor do teu nome, Senhor, perdoa a minha iniquidade, pois é grande.
Isaías 1:18 Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.
Isaías 43:24 Não me compraste por dinheiro cana aromática, nem com a gordura dos teus sacrifícios me encheste, mas me deste trabalho com os teus pecados e me cansaste com as tuas maldades.
Jeremias 3:8 E, quando por causa de tudo isso, por ter cometido adultério, a rebelde Israel despedi e lhe dei o seu libelo de divórcio, vi que a aleivosa Judá, sua irmã, não temeu; mas foi-se e também ela mesma se prostituiu.
Ezequiel 16:52 Tu, pois, sofre a tua vergonha, tu que julgaste a tuas irmãs, pelos teus pecados, que fizeste mais abomináveis do que elas; mais justas são do que tu; envergonha-te logo também e sofre a tua vergonha, pois justificaste a tuas irmãs.
Ezequiel 16:60 Contudo, eu me lembrarei do meu concerto que contigo fiz nos dias da tua mocidade; e estabelecerei contigo um concerto eterno.
Ezequiel 36:25 Então, espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
Miquéias 7:18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade.
Mateus 9:13 Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.
Lucas 7:47 Por isso, te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.
Lucas 23:39 E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós.
João 10:10 O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância.
João 15:22 Se eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas, agora, não têm desculpa do seu pecado.
Romanos 3:19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
Romanos 4:15 Porque a lei opera a ira; porque onde não há lei também não há transgressão.
Romanos 6:1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante?
Romanos 6:14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
Romanos 7:5 Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.
I Coríntios 6:9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus?
II Coríntios 3:7 E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,
Gálatas 3:19 Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro.
Efésios 1:6 para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.
Efésios 2:1 E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
I Timóteo 1:13 a mim, que, dantes, fui blasfemo, e perseguidor, e opressor; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade.
Tito 3:3 Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
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Rm 5:20 "abundou o pecado": abundou a percepção de que somos miseráveis pecadores merecedores da eterna condenação.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Romanos Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
d) A justificação e a esperança da salvação (Rm 5:1-11). Nesta seção, Paulo conclui a sua doutrina de justificação colocando esta verdade no seu contexto escatológico. Ajustificação não significa somente perdão e absolvição da culpa do pecado; ela também traz dentro de si a esperança da glória de Deus (2) e a promessa da salvação final (9-10). Aqui temos mais do que os frutos atuais da justificação; a nossa atenção é dirigida ao seu resultado final. É verdade que Paulo toca ligeiramente no "tema da operação da justificação em um progresso moral (o que a teologia da Reforma chama de `santificação') " 220 nos versículos 4:5. Também em 10b a doutrina da santificação completa está certamente implícita221. No entanto, a ênfase desta passagem é a glória futura e a salvação final daqueles que continu-am em paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo. Godet coloca bem a questão:

A partir deste ponto, ele volta a sua atenção para o futuro que se abre para a

alma justificada. O seu objetivo não está em uma posição final: há uma sucessão de tentações e lutas à sua espera. Este estado de justificação será suficiente para mantê la, até que ela possa chegar à salvação final? A apreensão da ira divina existe nas profundezas do coração humano. Uma transgressão é o bastante para reavivá-la. Qual justificado não fará, de vez em quando, a ansiosa pergunta: Será que a senten-ça pela qual a minha fé me foi imputada para justiça ainda será válida no julga-mento? E no dia da ira (v. 9), será que esta salvação pela graça, na qual eu me alegro agora, ainda existirá? É a resposta para este medo, sempre presente, que a parte seguinte pretende dar.

Brunner intitula esta seção como "A Nova Perspectiva".' Beet dá o tema "Agora Temos Uma Esperança Bem Fundamentada".224

Harold J. Ockenga encontra nestes versículos (1-11) "Os Gloriosos Benefícios de Estar Bem Com Deus".

1) Temos paz com Deus, 1;

2) Temos acesso à graça, 2;

3) Temos alegria na esperança da glória, 2;

4) Seremos salvos por meio da sua vida, 9-11.

Paulo começa o capítulo 5 dizendo: Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (1). Imediatamente encontramos um pro-blema textual que confundiu os intérpretes. Os melhores manuscritos apresentam echomen (subjuntivo, "tenhamos") em lugar de echomen (indicativo, temos) 225. Uma maneira de sair deste problema é supor que Tércio, que escreveu a carta ditada por Paulo226, não entendeu corretamente o apóstolo. Como o acento está na primeira sílaba do verbo, a diferença entre a vogal longa e a curta tende a desaparecer, de modo que as duas formas têm praticamente o mesmo som. Portanto, durante o ditado, Paulo poderia ter tido a intenção de usar uma forma do verbo, e o escriba teria anotado a outra'. Para muitos intérpretes, esta reconstrução parece ser necessária, em vista do fato de que o contexto não é encorajador (subjuntivo), mas indicativo. Leitzmann concorda com a opi-nião que a maioria dos estudiosos do Novo Testamento parece obrigada a adotar: "O significado aqui deve transmitir mais peso do que a carta. Somente echomen transmite o verdadeiro significado pretendido por Paulo' 228

Deve-se observar, entretanto, que todos os verbos na série podem ser entendidos como subjuntivos.229 Calvino assim entende a passagem, e traduz cada um como encorajador.' As versões ERV e NEB traduzem: "Tendo sido, pois, justificados pela fé, continuemos em paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por cujo intermédio rece-bemos a permissão de entrar na esfera da graça de Deus, onde estamos agora. Exultemos na esperança do esplendor divino que será nosso. Além disso, exultemos nos nossos sofri-mentos atuais". Se o objetivo de Paulo é encorajar os romanos a continuarem na paz de Deus, sem temor, o subjuntivo seria o modo adequado. Contudo, não devemos interpre-tar que o apóstolo esteja dizendo: "Vamos fazer a paz com Deus", mas sim "Vamos conser-var ou aproveitar a paz com Deus que obtivemos por meio de nosso Senhor Jesus Cristo". J. B. Phillips nos deu uma tradução que preserva as duas idéias: "Vamos abraçar o fato de que temos paz com Deus".23' Se adotarmos esta interpretação, o sentido é: Como fomos justificados, temos paz; portanto, vamos desfrutar dela. Nunca devemos perder de vista o fato de que, por meio do sacrifício propiciatório de Jesus Cristo, temos um alicerce seguro para a nossa esperança futura. Porque "Agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (8.1).

Por nosso Senhor Jesus Cristo, portanto, temos paz com Deus. Por ele também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes (2). Pela fé (te pistei) não consta nos melhores manuscritos e é omitido nas versões RSV e NEB. Temos (eschekamen) significa literalmente "obtivemos". Entrada (ten prosagogen) significa "nossa entrada". A idéia é a entrada na câmera de audiências de um monarca. "A tradução 'acesso' ou 'entra-da' é inadequada, porque deixa fora de vista o fato de que não vamos até ali por nossos próprios esforços, mas precisamos de um 'introdutor' — que é Cristo".' O idioma francês tem uma palavra que transmite esta idéia: entree. Cristo traz o crente justificado à graça (charis), ao favor completo, de Deus Pai. Esta graça significa "este estado de graça" da-queles que estão na graça divina. Estamos é a tradução de estekamen e significa literal-mente "temos firmeza". Assim podemos parafrasear Paulo: "Adicionalmente, é por meio dele também que nós obtivemos a nossa entree a esta condição de graça divina em que permanecemos firmes". Este pensamento é expandido com muita eloqüência em Rm 8:31-39.

Tendo em vista esta firme confiança, o apóstolo continua: Vamos "nos alegrar em nossa esperança de participar da glória de Deus" (RSV). Calvino comenta: "A razão, não apenas para o surgimento da esperança da vida que há de vir, mas também para a nossa ousadia em participar dela, é a que temos no alicerce seguro da graça de Deus. Embora os crentes sejam agora peregrinos na terra, apesar disso, pela sua confiança eles se ele-vam aos céus, para que possam contemplar a sua herança futura com tranqüilidade".'

"E não somente isto", prossegue Paulo, "vamos nos alegrar com os nossos sofrimen-tos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e essa aprovação cria a esperança. Essa esperança não nos deixa decepciona-dos, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que ele nos deu" (3-5, RSV). Como temos a esperança de sentir a glória de Deus, vamos também nos gloriar nas tribulações. Longe de sermos destruídos por estas experiên-cias, elas deveriam fortalecer a nossa esperança. Quando aceitamos estas tribulações como vindas com "todas as coisas" de Rm 8:28, elas resultam em paciência (hypomonen), e em uma força ou perseverança disciplinada. A tolerância alegre e pacientemente traz a experiência, isto é, testa e fortalece o caráter, que por sua vez torna possível que tenha-mos uma esperança mais vigorosa do que aquela que poderíamos ter de outra maneira. Knox sabiamente adverte, entretanto, que "é impossível supor que Paulo queira dizer que o caráter é a fonte da nossa esperança. Essa força é claramente a graça na qual estamos firmes. Mas a experiência das tribulações apropriadamente sustentada pode servir para fortalecer a mesma esperança que seria supostamente destruída por elas".234

Retornando ao tema principal, Paulo declara que a esperança não traz confusão (ou kataischynei), "não engana", "não é ilusória". Esta é uma citação de Isaías 28:16 (DOO. Não nos decepcionamos — não temos medo de ser desapontados — "porque o amor de Deus foi derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado". "Nós esperamos receber a glória de Deus, porque já recebemos o amor de Deus. A esperança é, assim, mais do que esperança; é a esperança que já começa a se realizar".235 O amor de Deus (he agape tou theou) não é o nosso amor por Deus, mas sim o amor de Deus por nós (cf. 1 Jo 4:10-16). Mas este amor não é simplesmente um fato que reconhecemos a respei-to de Deus. É a realidade de Deus "derramada em nosso coração". Como a natureza do próprio Deus é agape, ao nos dar agape Ele compartilha conosco uma parte da sua pró-pria natureza. Aqui Paulo e João se expressam em uma linguagem quase idêntica (cf. 1 Jo 4:13-19). Dodd enfatiza que é neste ponto que o conceito da justificação "entra na esfera da experiência morar."'

É interessante observar que aqui temos um tipo de hierarquia de palavras. A primeira e mais importante é "amor de Deus" — também chamada "esta graça" e... todas identificadas com o Espírito Santo. Este amor se manifesta no ato de Deus de nos justificar e também se oferece a nós como o Espírito — o sopro de uma nova vida, a própria vida de Deus que nos é dada. A "fé" é a nossa resposta a este amor, a nossa aceitação em humildade e confiança daquilo que Deus nos oferece. A "paz" é a con-seqüência da resposta de fé ao ato de Deus de nos justificar, e a "esperança" é a nossa expectativa confiante de que Deus, que começou a sua boa obra em nós, irá concluí-la. Cada uma dessas palavras irá voltar a aparecer no decorrer desta parte da discussão de Paulo.'

O versículo 5 mostra "o amor de Deus em nossos corações".

1) O dom distribuído — o amor de Deus;
2) o destinatário — "derramado no nosso coração" (o nosso verdadeiro ser) ;

3) o agente — o Espírito Santo que ele nos deu (cf. Lc 11:13; Atos 2:4).

Os três versículos seguintes retornam ao significado objetivo do amor de Deus. Eles nos dão a prova mais clara possível de que Deus ama os homens, por mais pecadores que eles sejam. "Pois o amor de Deus por nós é provado nisto (v. 8), porque Cristo morreu por nós quando ainda éramos fracos (v. 6), pecadores (v. 8), ímpios (v. '6), inimigos (v. 10). Ele não esperou por nós, mas veio para nos encontrar e ir diante de nós".' Porque Cristo, estando nós ainda fracos — sem forças para nos salvarmos — morreu por nós (6). A nossa condição natural é a da incapacidade moral. Nós não temos força em nós mesmos para sermos justificados. Mas por meio da Cruz de Cristo recebemos a capacitação sobre-natural para sermos convertidos. Os teólogos chamam isto de graça prévia, isto é, a graça que vem antes da justificação. O pecador incapacitado também é descrito como ímpio (cf. Ef 2:12). Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova (synistesin, "estabelece", e, conseqüentemente, "prova") o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós (7-8) ... sendo inimigos (10). Se quisermos saber o que é o amor (agape) de Deus, Paulo responde mostrando-nos a morte de Cristo. Em nenhum outro lugar existe uma revelação de amor como aquela que encontramos na Cruz. Somente ali descobrimos o significado do amor de Deus. Outra vez, a linguagem e o pensamento de Paulo são próxi-mos a João: "Conhecemos a caridade nisto: que ele deu a sua vida por nós" (1 Jo 3:16). Pela cruz, temos uma abertura ao coração de Deus e vemos que se trata de um amor que se dá e que se sacrifica.

Paulo contrasta o amor divino com o amor humano. O amor humano é motivado pela natureza do seu objeto — sob certas condições pode levar-nos a morrer por um justo. O amor divino não é motivado pela justiça do seu objeto, mas se dá para os pecadores, até mesmo para os seus inimigos. O amor divino jorra do próprio ser de Deus, como um poço artesiano. A sua única explicação é que "Deus é amor". É a natu-reza do amor agape que se derrama "sobre maus e bons" (veja Mt 5:43-48). É esta revelação de Deus como Agape que constitui a exclusividade e a singularidade do evan-gelho cristão. Quando perguntado se a sua religião ensinava que Deus o amava, um estudante universitário hindu respondeu afirmativamente. À pergunta seguinte, "Quan-do Ele ama você?", ele respondeu "Quando eu sou bom". A mensagem cristã é que Deus nos ama, mesmo com as nossas iniqüidades e hostilidades: Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (8). A manifestação do amor de Deus se dá por meio de um evento histórico – a cruz; a aplicação é feita pelo Espírito Santo (v. 5).

Tendo estabelecido o fato do amor de Deus, Paulo retorna ao tema principal do parágrafo. Como Deus já fez tanto por nós, temos a expectativa da salvação final. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira (9). Chegamos ao clímax da seção. Justificados recorda o versículo 1, desfru-tando no presente a alegria da paz com Deus. Pelo seu sangue deve ser interpretado como "por meio do seu sangue". Sobre esse pensamento, veja os comentários sobre 3.25. Seremos salvos aponta para o futuro. Sobre os ensinos de Paulo sobre a salva-ção, veja os comentários sobre Rm 1:16 e Rm 13:11. Esta salvação pertence essencialmente ao futuro, e o verbo aqui está, como é usual, no futuro.'" Salvos da ira se refere à liber-tação final no juízo final; esta salvação é garantida pelo fato da justificação ser uma antecipação do veredicto favorável daquele dia. Sobre o significado de ira, veja os co-mentários sobre Rm 1:18 e Rm 2:5.

A mesma verdade é expressa de modo diferente em um paralelo descritivo. Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida (10). "Aqui fica explicitamente claro que este argumento da reconciliação à salvação se baseia logicamente no fato de que Cristo não somente morreu, mas também ressuscitou. À nossa frente está a salvação e – como compartilhamos a sua morte, também devemos agora compartilhar a sua vida, com Ele – não podemos fazer nada, exceto nos alegrar-mos muito nesta preciosa salvação".' Salvos pela sua vida indica a salvação no senti-do completo e final – o sentido final que, com a justificação, assume a restauração da santidade. A mediação pela sua vida completa o que se iniciou pelo seu sangue e nos assegura a santificação, "sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12:14). Desta maneira, a justificação se distingue da santificação, e na verdade é a porta de entrada para ela; a justificação se baseia na morte de seu Filho. A santificação flui da vida de Cristo (Hb 7:25) pela obra do Espírito Santo (Atos 2:33-2 Tes 2.13).241

Paulo conclui E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus (Wesley: Ou "nos alegramos em Deus") ... pelo qual agora alcançamos a reconciliação (katallagen, "reconciliação"; 11).' A vida ressuscitada de Cristo sela a nossa justificação que foi efetivada pela sua morte. "E porque Ele vive, esta paz, a nossa reconciliação, e o derramamento do amor de Deus nos nossos corações, marcam um ponto em nossa jorna-da além do qual não existe retorno, e a partir do qual só existe um futuro para nós, e no qual nós só podemos nos

gloriar"' qual

desde que permaneçamos em Cristo (cf. Rm 11:22).

Depois de estabelecer a ira de Deus na primeira seção da Epístola (Rm 1:18-3.
20) e a justiça de Deus na segunda (Rm 3:21-5.11), nada mais resta a não ser relacionar estas duas aos seus pontos de partida originais –Adão e Cristo. Este é o tema do parágrafo final do tratamento que Paulo dispensa à justificação. Ele pensa em duas épocas. A era de Adão é o domínio do pecado e da morte; a era de Cristo é a da graça e da vida. Ao introduzir Adão e Cristo, o apóstolo não está regredindo; esta passagem, na verdade, é o ponto alto da Epístola, e à sua luz todo o seu conteúdo é melhor compreendido.'

Nos versículos 6:11 nossos corações se comovem quando nos lembramos de que "Cristo morreu por nós".

1) Para superar a nossa incapacidade natural – estando nós ainda fracos, 6;

2) Para expiar a nossa culpa — sendo nós ainda pecadores, 8;

3) Para subjugar a nossa hostilidade com relação a Deus — sendo ainda inimigos, 10.

e) As duas eras: Adão e Cristo (Rm 5:12-21). A profunda certeza de que em Cristo somos membros da nova criação de Deus é a convicção fundamental desta passagem crucial. É essencial que comecemos onde Paulo começa. Adão é simplesmente a figura (typos, modelo) daquele que havia de vir (14; tou mellontos, Aquele que viria — o Messias). O apóstolo não se move de Adão a Cristo, mas sim de Cristo a Adão. Para ele, a verdade é tão auto-evidente que ele não faz nenhum esforço para prová-la de uma forma lógica. Devido ao seu encontro com o Cristo ressuscitado, ele sabe que "se alguém está em Cris-to, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17). Embora a antiga criação esteja destruída, Deus lhe deu um novo começo em Cristo.

Um segundo Adão vem à luta, E ao resgate.

Esta, para Paulo, é a mais profunda certeza da vida. "A antiga ordem se foi, e uma nova ordem já começou" (NEB). A nova era chegou até nós, e todos os que estão em Cristo foram retirados do domínio da morte que regula a raça de Adão. "Ele [o Pai] nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor" (Cl 1:13). No seu Filho, Ele recriou a humanidade (cf. Rm 8:29). A partir dessa perspectiva podemos ver tudo o que apóstolo escreve nesta seção.

Entretanto, ao falar das duas eras, é necessário que evitemos pensar simplesmente em termos de eventos com datas fixas na história. De certa maneira, pode-se dizer que a nova era começou com a morte e ressurreição de Jesus (em cerca de 30 d.C.). Mas, por outro lado, estamos fixando duas ordens de existência que se sobrepõem. Todas as pesso-as estão em Adão (por nascimento) ou em Cristo (pela fé). O ato justificador de Deus nos remove da antiga ordem de Adão e nos coloca na "nova criação" (a nova raça) da qual Cristo é o Cabeça. Ao escrever assim sobre Adão e Cristo, Paulo não pensa na humanida-de como uma reunião de indivíduos ao acaso, mas sim como uma unidade orgânica, um único corpo sob uma única cabeça. Esta cabeça será Cristo ou Adão.

Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram... Assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida (12, 18b). Um longo parênteses interrompe estas duas frases. Nele, vários pensamentos em seqüência perturbam a mente de Paulo. É difícil estabelecer um esquema gramatical para os versículos 13:18. Contudo, toda a passagem fica clara se nos dispusermos a ouvir atentamente a Paulo e deixar que ele fale por si mesmo.

Pelo que (dia touto) refere-se, pelo menos, a Rm 5:1-11, mas provavelmente retrocede até 1.18. Paulo começa com uma base de comparação, como por um homem (Adão) entrou o pecado no mundo... Aqui uma nova palavra aparece na Epístola aos Roma-nos: he hamartia, "o pecado". Até este ponto, Paulo tinha lidado principalmente com o problema do pecado como culpa; agora ele apresenta a idéia do pecado como revolta. Isto está indicado pela nova frase he hamartia, que aparece 28 vezes entre Rm 5:12-8.10. Em cada caso, isso se refere ao "princípio de revolta pelo que a vontade humana se ergue contra a vontade divina".' Beet comenta que pecado aqui "não é um mero ato, mas um poder vivo, hostil, mortal".' É quase personificado. Ele reina como um tirano cruel (Rm 5:21), e, aproveitando-se dos mandamentos de Deus, engana e mata os homens (Rm 7:9). Em Rm 7:20 ele é o "pecado que habita em mim". Numa perspectiva completa, he hamartia é o pecado na sua plenitude — um princípio de revolta que resulta em "muitas ofensas" (v. 16b). Este é o pecado que entrou no mundo no Éden. A transgressão de Adão não foi alguma coisa que dizia respeito somente a ele como indivíduo, mas, pelo seu ato, o pecado pas-sou a reinar no mundo (eis ton kosmon), sobre a raça humana como um todo.

E a morte do homem veio por causa do pecado. Paulo prossegue: assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram. (hemarton, "todos pecaram" — Wesley, RSV, NASB). Devido à desobediência de Adão, "a herança do pecado e da morte passou a toda a raça humana, e ninguém foi capaz de interromper essa he-rança porque ninguém estava livre do pecado" (Phillips). Qual é a morte (ho thanatos) que "se espalhou por todos os homens" (NASB) ? Barth a define como sendo "o outro lado do pecado". Ele explica, acrescentando: "Onde vive o pecado, a morte vive no pecado — e nós não estamos vivos (7.10). Onde o pecado reina, ele reina na morte (v. 21) — e nós estamos mortos. Quando o pecado ordena, a sua moeda corrente de pagamento é a morte (Rm 6:23). O pecado é uma existência desolada, sem vida, desconectada".' Paul S. Minear corretamente observa que "a palavra morte abrange tanto a alienação invisível de Deus como também todas as marcas visíveis daquela alienação".2" O apóstolo raramente se refere à morte como o momento em que o coração de um homem deixa de bater, embora este momento tangível não esteja, de maneira alguma, excluído do significado (Rm 7:2-3; 8.38; 14.7). Mas a principal preocupação de Paulo é com o estado invisível da criação, do qual a morte física é uma indicação. Este estado invisível é a morte em pecado. O pecado e a morte são correlatos. Viver no pecado é viver a morte, pois a pessoa na verdade é uma escrava da morte e obedece às suas ordens (v. 17). Mas com igual força, Paulo pode dizer que pelo pecado a morte reina, pois a lei do pecado é intrinsecamente a lei da morte (Rm 7:14-24). A morte está presente sempre que a vontade da carne, e não a vontade do Espírito, determinar os pensamentos e os desejos de alguém (Rm 8:6-8). O apóstolo pode dizer "eu morri", porque o pecado o matou pela lei (Rm 7:8-12). "O ato do pecado abrange toda a morte que flui dele, e nada flui dele, exceto a morte".

Na mesma corrente, Brunner declara: "Ao falar da morte, Paulo não pensa no ato físico da morte como um mero evento natural, mas na degradação como um poder ao qual a vida humana foi entregue, e em conexão com a ira de Deus e o seu terrível julgamento"."' A morte que segue o pecado, portanto, é
a) uma morte física, a separa-ção entre a alma e o corpo (2 Co 5,8) ; b) uma morte espiritual, a separação entre o ser e Deus, devido a um ato de desobediência (7,9) ; e, como um resultado final, c) a morte eterna, ou "a segunda morte" (Ap 20:14), a ida tanto da alma quanto do corpo para o inferno (Mt 10:28).

Para recapitular, Paulo vê três coisas no versículo 12:

1) por meio da desobediência de Adão, o pecado entrou no mundo;
2) como conseqüência, a morte passou a todos os homens;
3) isto porque todos os homens pecaram. Estas três idéias devem ser mantidas em mente para compreender a idéia do apóstolo sobre o pecado e a morte. O ponto crucial do assunto está na pergunta: De que maneira todos pecaram?
a) Paulo quer dizer que "todos pecaram implicitamente no pecado de Adão"? Como Agostinho, muitos podem ter interpretado Paulo desta maneira. Como Levi pagava o dízimo nos "lombos de seu pai [Abraão]" (Hb 7:5-9), assim também todos os homens pecaram em Adão, "estando então nos lombos do seu primeiro pai, a cabeça e o representante comum de todos eles".' Não existe uma base gramatical, no entanto, para interpretar eph como significando "em quem", apesar do fato de que a versão latina traduz isto como in quo. A expressão significa assim também, ou "com base no fato de que". b) Então, a expressão significa que todos os homens morrem por que pecaram pessoalmente? Pelágio ensinava que todos os homens imitam o pecado de Adão, e, portanto, morrem, em conseqüência do seu próprio pecado. Até mesmo Calvino escreve: "Todos os da posteridade de Adão estão sujeitos ao domínio da morte... porque todos nós pecamos".' Esta idéia contradiz o objetivo de toda a passagem, que é o de colocar em Adão a morte de todos os demais, mesmo que a justiça de todos os demais esteja em Cristo, e tem a desvantagem adicional de introdu-zir o conceito da responsabilidade pessoal num argumento que visa enfatizar a natureza corporativa do pecado do homem. c) Ou será que Paulo quer dizer que todos os homens pecaram com Adão, no sentido de que a ofensa de Adão tem conseqüências que se esten-dem a toda a humanidade? Este parece ser o significado que o apóstolo tinha em mente.

Na realidade, a primeira e a última interpretação transmitem basicamente a mes-ma idéia, se formos cuidadosos para não admitir a noção agostiniana de culpa imputada, que o versículo 13 nega. Depois de Adão, os homens pecaram, mas sob tais condições o seu pecado não foi imputado. Assim a morte, mas não a culpa, atinge todos os homens.

O pensamento de Paulo passa agora ao conceito de solidariedade do Antigo Testa-mento. Adão foi mais do que um indivíduo, o primeiro homem; ele foi o que o seu nome quer dizer em hebraico — "humanidade" (Gn 5:1-2).2" Toda a humanidade é considera-da como tendo existido em Adão. Devido ao seu pecado, entretanto, Adão é visto como a humanidade alienada de Deus. No relato da Queda em Gênesis 3, "está encapsulada toda a história posterior da humanidade"; os seus incidentes são encenados novamen-te na história da raça e, na verdade, até certo ponto, em cada membro da raça.' Devi-do ao pecado de Adão, a morte se espalhou por toda a raça. Como uma conseqüência da primeira desobediência do homem, toda a raça se corrompeu. Esta corrupção consiste do fato de que o homem nasceu num verdadeiro relacionamento com Deus, mas está condenado a danificar constantemente esse relacionamento. Em outra passagem o apóstolo fala dos homens como "entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração" (Ef 4:18; cf. Rm 1:18-25). A conseqüência desta separação é que eles "se corrompem pelas concupiscências do engano" (Ef 4:22).

Como resultado desta queda da graça divina, o homem está condenado a um desejo infinito. Ele é depravado porque foi privado do controle santificador do Espírito Santo.' Embora a vida do homem tenha estado originalmente centrada em Deus, e portanto ordenada e satisfeita, agora está centrada em si mesmo, e portanto desordenada e frus-trada. Ele herda uma situação de morte — a falência moral, a fraqueza e a corrupção (cf. versículo 6). Desta maneira, o pecado espreita em cada ser humano. O homem nasce livre; o pecado não é uma necessidade hipotética. Contudo, praticamente, como o homem é uma criatura de "carne", ele é "fraco" diante da tentação (Rm 8:3a) ; portanto o pecado é inevitável. Quanto mais heroicamente o homem luta para se libertar da tirania do peca do (Rm 7:14-23), mais patético é o seu grito, "Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Rm 7:24). O pensamento de Paulo é claramente mais do que especulativo ao declarar que "todos pecaram" em Adão. Nas profundezas do nosso ser, cada um de nós sabe que é Adão. A nossa única esperança é um novo nascimento.

Uma doutrina bíblica do pecado deve reconhecer tanto o aspecto racial quanto o aspecto individual do pecado. Os hebreus tinham um provérbio que dizia: "Os pais come-ram uvas verdes, mas foram os dentes dos filhos que se embotaram". Ao repudiar este provérbio antigo, tanto Jeremias 31:29-30) quanto Ezequiel 18:1-4) estavam afirmando a verdade da responsabilidade pessoal em fazer o mal. Ao declarar "a alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18:4), eles estavam deixando de lado a doutrina primitiva da solidari-edade da culpa (cf. Js 7). Este discernimento profético é a nossa herança cristã, que deve salvaguardar qualquer doutrina de solidariedade racial contra a doutrina da culpa imputada.' Nenhum homem é culpado pelo pecado de Adão; a culpa e a morte espiritual só se relacionam com a ofensa pessoal (Rm 7:9). Embora a morte reine como uma conseqüência da Queda (v. 17), ela ganha poder sobre o indivíduo somente por causa da sua própria ofensa. As duas verdades estão implícitas em Rm 7:9 — Paulo "morreu" no momento em que o "pecado" (o pecado residente de Rm 7:20) se tornou vivo com a "chegada" do mandamento. O homem peca porque ele é um pecador no coração. Uma teologia completa do pecado deve girar em torno tanto da solidariedade racial quanto da responsabilidade pessoal.

Agora chegamos ao parênteses ampliado de Paulo (versículos 13:17). Ele julga que a sua doutrina de solidariedade racial no pecado e na morte precisa de qualificação, e ele começa a fazer isso nos versículos 13:14. Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado (ellogeitai, "considerado para trazer punição") não havendo lei (13). Antes de Moisés, havia hamartia no mundo, mas não transgressão (parabasis, "ofensa", NASB, 14). "Porque onde não há lei também não há transgressão" (parabasis, Rm 4:15). É preciso distinguir cuidadosamente hamartia, o pecado em ge-ral, das outras palavras que Paulo utiliza neste capítulo. Além da transgressão (parabasis) de Adão, ele fala da sua ofensa (paraptoma, "ofensa", RSV; "iniqüidade",

NEB; 15-18) e da sua desobediência (parakoe, 19). A versão NEB parafraseia o uso de Paulo de parabasis ao interpretar assim as suas palavras: "Mas, desde o tempo de Adão até Moisés, a morte dominou todos os seres humanos, mesmo os que não pecaram como Adão, quando ele desobedeceu à ordem direta de Deus" (14). Embora os descendentes de Adão não estivessem na mesma situação de Adão (que pecou desobedecendo a uma or-dem direta de Deus), eles ainda estavam sujeitos à morte. A morte reinou como um tirano cruel, porque os homens pecaram contra a luz da criação (Rm 1:20-21) e da consciên-cia (Rm 2:14-15). No entanto, como eles não tinham uma lei objetiva, a punição do seu peca-do foi suavizada.'" Para uma discussão sobre a última frase do versículo 14, veja as observações introdutórias que antecedem a exegese da passagem.

Até este ponto, Paulo mostrou a concordância entre Adão e Cristo; começando no versículo 15, ele mostrará as diferenças entre eles. Wesley resume bem a concordância:

Da mesma maneira como, por meio de um homem, o pecado entrou no mundo, e pelo pecado a morte, também por meio de um homem a justiça entrou no mundo, e pela justiça a vida. Assim como a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram, também a vida passou a todos os homens, porque todos são justificados. E como a morte, pelo pecado do primeiro Adão "reinou até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão", também pela justiça de Cristo até mesmo aqueles que não obedeceram, à semelhança da Sua obediência, reinarão em vida. Podemos acrescentar: assim como o pecado de Adão, sem os pecados que nós cometemos posteriormente, nos trouxe a morte, também a justiça de Cristo, sem as boas obras que nós realizamos posteriormente, nos trouxe a vida.'

Agora chegamos ao contraste entre Adão e Cristo. Assim a versão TEV dá o signifi-cado: "Mas as duas coisas não são iguais, porque a dádiva gratuita de Deus não é como o pecado de Adão". Paulo contrasta a ofensa (15; to paraptoma) com o dom gratuito (to charisma). Contra o "ato de pecado" (cometido por Adão) está o "ato de graça" (realizado por Cristo). Paraptoma significa literalmente "um escorregão", "um passo em falso", "um lapso". É adequado que esta palavra seja usada para se referir à ofensa de Adão. Paraptoma descreve uma realização de pecado, assim como charisma expressa uma realização de graça (charis). "As duas palavras estão em uma efetiva justaposição retórica".'

Entretanto, estas duas expressões não têm uma correspondência exata. "O ato de graça não equilibra o ato do pecado, mas prevalece sobre ele".' Além disso, Adão foi um homem que desobedeceu a Deus. Jesus foi um Homem que obedeceu a Deus, mas o seu ato foi mais do que uma mera obediência humana; foi também um ato da graça de Deus. Porque, se, pela ofensa de um (tou enos, "aquele"), morreram muitos (hoi polloi, "aqueles muitos"), muito mais a graça de Deus e o dom pela graça, que é de um só homem (tou enos anthropou, "aquele homem"), Jesus Cristo, abundou sobre muitos (eis tous pollous, "sobre aqueles muitos"). "Os muitos" que morreram devido à queda "daquele" dificilmente poderão ser outros, a não ser todos os homens do versículo 12 (cf. 1 Co 15.22). Este uso inclusivo de muitos é hebraico. No Antigo Testamento, "mui-tos" freqüentemente significa "muitos em contraste com um ou com alguns" e não "mui-tos contrastados como todos". Os efeitos da queda são universais. O ato de Adão, assim, embora sendo o ato de um homem, resultou na morte de todos os homens. Contra isso, o que Cristo fez, e os benefícios que o seu ato trouxe à humanidade, pode ser apresentado somente por meio de muito mais, uma vez que veio da graça de Deus. Numa segunda tentativa de mostrar a realização daquela graça, Paulo adiciona a expressão o dom pela graça. Esta graça, como a morte, também é "sobre muitos", isto é, para todos os ho-mens (cf. versículo 18). Paulo quer dizer que tanto os efeitos da redenção como os da queda são universais. Sanday e Headlam acrescentam: "sobre 'todos', é uma expressão potencial, se eles aceitarem a redenção que lhes é oferecida"."2Barrett observa que "de-duzir destas passagens um universalismo rígido seria tão errado quanto supor que elas queriam dizer 'muitos, e, portanto, não todos'. O principal é que como Adão, Cristo é o progenitor de uma raça; mas as bênçãos que os membros da nova raça obtêm do seu Fundador são muito maiores do que a maldição que Adão transmitiu aos seus filhos".'

No versículo 16 lemos: E não foi assim o dom como a ofensa, por um (hoi enos, aquele) só que pecou; porque o juízo (to krima, a sentença judicial) veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação (katakrima, uma sentença de condenação), mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação (dikaioma, usada aqui para rimar com katakrima). Não há dúvida sobre o que Paulo quer dizer. A conde-nação e a justificação são opostas, cada uma delas é um veredicto proferido numa corte de justiça. "Depois do primeiro pecado veio o julgamento de 'culpado'; mas depois de tantos pecados, veio o imerecido presente: 'inocente!' " (TEV).

Pela terceira vez o apóstolo ressalta o contraste entre Adão e Cristo. Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo (17). A abundância da graça aqui significa que a graça faz mais do que desfa-zer a destruição do pecado (cf. versículo 20). Pelo excesso de graça e o dom da justiça os redimidos reinarão (basileusousi) em vida por... Jesus Cristo. "Uma vitalidade nova, sagrada, inesgotável e vitoriosa irá penetrar naqueles que receberam a justiça, e fazer deles reis. Se a condenação coletiva pôde fazer cada um deles sujeito à morte, a conclusão à qual se chega aqui é de que a sua justificação individual irá fazer de cada um deles um rei na vida"

Tendo apresentado o contraste entre Adão e Cristo, Paulo muda momentaneamente a sua linguagem e fala de Cristo como um Homem obediente, a verdadeira contrapartida de Adão, o homem desobediente. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justi-ça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida (18). Ajustiça de Cristo aqui é dikaiomatos e deve ser traduzida como "ato de justiça" (NASB). Uma vez mais, é usada com objetivo de retórica; Paulo precisa da palavra dikaiomotos para con-trabalançar paraptomatos, "ato de transgressão". Justificação de vida significa que somente a justificação conduz à vida. "Paulo nunca tenta saltar este estágio. O homem precisa estar na condição de justo no tribunal de Deus, mesmo que seja pela graça do Juiz".' Todos os homens corresponde aos "muitos" do versículo 15, mas as palavras neste versículo não possibilitam que se construa a partir dele uma teoria de expiação limitada (cf. 1 Tm 2:3-6). Aqui Paulo declara que a condenação e a justificação são possibilidades universais. Provavelmente o melhor comentário sobre o versículo 18 seja encontrado nas próprias palavras de Paulo, posteriores, na Epístola: "Porque Deus en-cerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia" (Rm 11:32).

No versículo 19 o apóstolo reafirma a sua posição uma vez mais, na mais clara antí-tese de todas. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos serão feitos justos. Pelo ato de desobediência de Adão, "muitos" foram feitos (katestathesan, constituídos) pe-cadores; pelo ato de obediência de Cristo, "muitos" foram feitos (katastathesontai, constituídos) justos. O mesmo verbo é usado em Atos 7:27: "Quem te constituiu príncipe e juiz sobre nós?" Em que sentido o pecado de Adão fez dos homens pecadores? Em que sentido a obediência de Cristo nos fez justos? A palavra grega tem a mesma ambigüidade apresentada em nosso idioma. A maioria dos intérpretes entende que estas palavras são de relacionamento mais do que de caráter. O pecado de Adão significou que todos os homens nasceram numa raça que está em rebelião contra Deus. De maneira similar, a obediência de Cristo tornou possível um relacionamento com Deus que dá a vida. Entre-tanto, por implicação, os frutos éticos destes relacionamentos certamente são examina-dos. Assim, Leenhardt escreve: "Deve-se observar que a obediência de Cristo de que fala o nosso texto também se torna a obediência do crente, uma obediência que leva à prática da justiça (hypakoes eis dikaiosunen, Rm 6:16)... Cristo cria uma humanidade de homens justos, assim como Adão tinha criado uma humanidade de pecadores".'

Até este ponto, Paulo tinha falado de Adão e Cristo como se não tivesse havido ne-nhuma interferência na história religiosa. Mas isto seria ignorar um evento muito signi-ficativo – a entrega da lei (cf. versículo 14). Como a lei se encaixa no esquema divino? A resposta de Paulo é que veio (pareiselthen, entrou ao lado) porém, a lei para que a ofensa abundasse (20). Moffatt traduz: "A lei entrou para agravar a ofensa". Barrett diz que a idéia é: "A lei assumiu o seu lugar subordinado". O conceito parece ser que a lei entrou ao lado daquilo que já estava na sua posição, e conseqüentemente a lei é inferior aos grandes eventos de que Paulo estava falando, a queda de Adão e a redenção de Cris-to. Mas a invasão da lei não se deu sem uma intenção divina – ela deveria aumentar a consciência do erro (cf. Gl 3:19). Os homens nunca perceberão o seu pecado, ou sentirão a necessidade que têm de um Salvador, até que os seus pecados se tornem transgressões (cf. Rm 4:15). A lei, disse Irineu, é um catalisador que leva o pecado ao seu ponto crítico; portanto, é uma precursora da graça. A ênfase na transgressão recebe a resposta da graça abundante. Pois onde o pecado abundou, superabundou a graça.

Duas vezes encontramos a significativa expressão muito mais (versículos 15:17). Pela sua morte, Cristo fez muito mais do que reverter os efeitos da Queda. "Os benefícios recebidos de Cristo, o Segundo Adão, são inversamente proporcionais ao desastre causado pelo primeiro Adão".' Cristo oferece a todos os homens o perdão gratuito para todos os pecados. Mas muito mais é prometido na dádiva da graça superabundante de Deus. Em Cristo, somos re-criados, e na nova criação de Deus aquele pecado introduzido por Adão é expulso. Quando Cristo morreu, morreu a velha raça "em Adão"; quando Ele ressusci-tou, a nova raça surgiu com Ele. Pela nossa identificação com Cristo nós morremos e ressuscitamos com Ele – e isto quer dizer precisamente a morte do pecado (he hamartia, "o pecado" que entrou no mundo através da queda de Adão; Rm 6:1-14). A morte de Cristo foi, portanto, a condenação do pecado (Rm 8:3), a libertação temporária dos homens da "lei do pecado e da morte" para que eles possam cumprir a lei de Deus no poder do Espírito de Cristo que habita neles (Rm 8:1-9). Os três capítulos seguintes exploram as riquezas desta verdade, de que onde o pecado abundou, superabundou a graça. A menos que a morte de Cristo possibilite a completa libertação do pecado interior, Adão terá feito alguma coisa ao homem que Cristo não consegue desfazer. Então, o que acontece com a superabundante graça de Deus? A resposta de Paulo é: "Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna" (Rm 6:22).

Este debate sobre Adão e Cristo é, portanto, o grande divisor de águas da Epístola, de onde podemos recordar a gloriosa verdade da justificação pela graça por meio da fé. Também podemos esperar a promessa da completa santificação e da vida eterna (Rm 6:1-8.17), e a redenção final dos efeitos materiais do pecado (Rm 8:18-39). Portanto esta passa-gem é uma seção de transição, cujas implicações completas estão definidas na sua últi-ma frase: para que, assim como o pecado reinou na morte (en to thanato, "na mor-te" ou "por meio da morte"), também a graça reinasse pela justiça (dia dikaiosynes, "através" da justiça) para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor (21). Calvino observa: "Assim como se diz que o pecado é a causa da morte, porque a morte não tem poder sobre os homens exceto por causa do pecado, também o pecado executa o seu poder pela morte. Portanto, diz-se que ele exerce o seu domínio pela morte"." A última frase nos apresenta a um paralelo inexato, mas é uma inexatidão divina. "Se Paulo tivesse dito 'para que a justiça pudesse reinar por Cristo', o seu contraste teria sido direto. No entanto, ele não estava satisfeito em comparar opostos, e acrescenta a palavra graça, para que possa marcar mais fortemente na nossa memória que a totalidade da nossa justiça não nasce do nosso próprio mérito, mas da bondade divina".' Da mesma manei-ra que o pecado reinou por meio da morte, da fraqueza moral e da corrupção que se seguiram à Queda, a graça agora está procurando estabelecer o seu belo reino por meio da justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor. "Aqui se destaca a fonte de todas as nossas bênçãos", observa Wesley, "a graça rica e livre de Deus. A causa meritória: nenhuma obra de justiça do homem, mas somente os méritos de nosso Senhor Jesus Cristo. O efeito ou o fim de tudo: não somente o perdão, mas a vida – a vida divina, que leva à glória".' Tudo isto vem por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor. "E agora – parece dizer esta última frase – Adão morreu; somente Cristo permanece".


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Romanos Capítulo 5 versículo 20
Sobreveio a lei:
Refere-se ao fato de que a lei de Moisés veio muito depois do pecado.Rm 5:20 Conforme v. Rm 5:13 e Rm 3:20; Rm 4:15; Gl 3:19.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Romanos Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
*

5.1-11

Agora são traçadas as implicações da justificação pela graça, mediante a fé. A transição da ira (1,18) para a graça (3,21) transforma tanto a posição quanto a experiência do crente. Em lugar de alienação (3.10-17), agora há paz (5.1); em lugar de ficar aquém da glória de Deus, por motivo do pecado (3.23), agora há a esperança da glória (5.2); em lugar de sofrimento como julgamento (2.5,6), há agora alegria nas tribulações, por causa daquilo que Deus produz através delas (5.3); em lugar de uma temida incerteza, há agora a certeza do amor de Deus (vs. 6-8) e a alegria no Senhor (v. 11).

* 5:1

temos paz. Ver a referência lateral. Numerosos manuscritos apóiam a tradução "tenhamos paz". Mas o fluxo da lógica paulina dá sustentação à primeira dessas possíveis traduções. O fato que "acabamos agora de receber a reconciliação" (v. 11), subentende que já desfrutamos de paz com Deus. Uma vez estabelecida essa paz, agora temos acesso à presença de Deus. O muro de separação foi removido. Essa paz não é uma trégua guardada, sujeita a nova eclosão de guerra. Antes, trata-se de uma paz permanente.

* 5:2

na esperança. No Novo Testamento, a esperança é a certeza de que receberemos algo que ainda não está sendo plenamente experimentado, o que é inteiramente diferente da incerteza, do pensamento desejoso. Que essa esperança não será frustrada é garantido aqui e agora pelo amor de Deus que o Espírito Santo derrama nos corações dos crentes (vs. 4,5).

* 5:4

experiência. Ver a referência lateral. Essa experiência confirma a nossa confiança de que a glória pela qual esperamos uma dia nos pertencerá (8.17-25).

* 5:6

Cristo... morreu. A natureza desse amor derramado (v. 5) é visto na cruz. Ali Deus agiu "no devido tempo" (ver a referência lateral), tanto no sentido que a morte de Cristo teve lugar de acordo com o tempo de Deus (Jo 17:1; At 2:23; Gl 4:4), como também porque essa bênção nos veio no momento de nossa mais profunda necessidade. Esse é o ponto tocado por Paulo quando ele diz: "quando nós ainda éramos fracos" (v. 6), "sendo nós ainda pecadores" (v. 8) e "quando inimigos" (v. 10).

* 5.8-11

Tal como o trecho de 8:1-4,32, esta passagem ilumina o propósito especial e a eficácia que Paulo atribui regularmente à morte de Cristo. Em outras palavras, Cristo morreu especificamente "por nós" (v. 8), os quais agora cremos e estamos justificados mediante a nossa fé, pois a sua morte realmente obteve para nós a "reconciliação" que "acabamos agora de receber" (v. 11). Ver a "Redenção Definida", em Jo 10:10.

* 5:9

muito mais agora. Paulo argumentou do maior para o menor. Se Deus operou por nós a obra da reconciliação, ao custo do sofrimento e da morte de seu Filho, ele não negará a salvação final que é "através dele" e "pelo seu sangue", na qualidade de Mediador assunto ao céu. Guardar para a salvação final aqueles que já foram justificados é simplesmente Deus seguindo avante o Seu propósito inicial de amá-los. A expressão mais decisiva e mais cara desse propósito de amor foi a morte reconciliadora e real de Cristo, que garantiu a justificação e a glorificação daqueles por quem ele morreu (8.32).

* 5:10

fomos reconciliados. Somente Paulo no Novo Testamento descreve como reconciliação a obra de Cristo que leva sobre si o pecado (11.15; 2Co 5:18-20; Ef 2:16; Cl 1:20,22), embora a idéia já se faça presente no Antigo Testamento, especialmente no livro de Oséias. A alienação de Deus com respeito a nós chegou ao fim mediante a remoção da causa da alienação (nosso pecado, culpa e condenação) através da morte de Cristo (conforme 2Co 5:21). Nesse sentido, a reconciliação é objetiva (2Co 5:18,19). Todavia, ela precisa ser “recebida” (v.11; conforme 2Co 5:20), pela rejeição da nossa própria alienação e hostilidade, a saber, mediante o arrependimento e a fé em Cristo.

* 5.12-21

A palavra "portanto", usada no começo do v. 12, indica que aquilo que se segue está ligado, na mente de Paulo, com o que precedeu, pelo que a comparação e o contraste que ele traça entre Adão e Cristo, é sua elaboração teológica do que já havia sido dito. Paulo salienta a idéia de "um só homem" por toda esta passagem (vs. 12,15-17 e 19), e isso indica que ele encarava tanto Adão como Cristo como indivíduos históricos. No caso de Adão, ele enfoca a atenção sobre a sua "ofensa" (vs. 16, 18 e a referência lateral), mediante a qual todos os homens "se tornam pecadores" (v. 19). Eles mostraram-se solidários com Adão, que foi o representante deles diante de Deus, e isso os constituiu pecadores, quando Adão pecou.

* 5:12

assim como... entrou o pecado no mundo. Paulo começa a fazer aqui uma comparação que não foi concluída senão nos vs. 18-21. A comparação foi interrompida mediante uma meditação que continua até o v. 17.

como por um só homem. A morte não é natural para a humanidade, mas resulta diretamente do pecado (Gn 2:17).

porque todos pecaram. O reino universal da morte é a consequência do pecado. Paulo não explicou como toda a humanidade se viu envolvida com Adão em seu pecado, mas simplesmente asseverou o fato. Todos os homens pecaram no pecado de Adão. Ver "Pecado Original e Depravação Total", em Sl 51:11.

* 5:14

reinou a morte. Todos os seres humanos estiveram sujeitos à morte, antes que fosse concedida a lei de Moisés.

o qual prefigurava aquele que havia de vir. Adão, o primeiro homem, foi o cabeça divinamente nomeado da humanidade inteira, e o pecado dele fez todos aqueles a quem ele representava perderem a retidão ("todos os homens", vs. 12 e 18; "muitos", vs. 15 e 19). Por semelhante modo, Deus fez de Cristo o cabeça representante de uma nova humanidade, a fim de que, mediante a sua obediência diante da morte, pudesse obter a justificação deles. Inerente a esse ensino é a idéia de que a restauração provida na salvação deve seguir o padrão, e reverter o conteúdo da constituição original da humanidade diante de Deus (1Co 15:45-49; Hb 2:14-18).

* 5:15

não é assim o dom gratuito como a ofensa. Ver a referência lateral. Paulo exprimiu aqui o contraste entre Cristo e Adão, nos vs. 15-17. Não somente os atos entre eles são antitéticos, mas a graça da obra de Cristo é vista como maior do que o pecado, o julgamento e a condenação de Adão, quanto à maneira como a realização de Cristo trouxe justificação, retidão e vida a almas arruinadas ("muito mais", vs. 15 e 17).

* 5:16

o julgamento derivou de uma só ofensa. Ver "A Queda", em Gn 3:14.

* 5:18-19

Paulo retorna ao principal impacto de sua analogia, a saber, que há um paralelo entre Adão e Cristo, visto que a condenação e a justificação são frutos diretos de suas ações. Com base nos atos de "um só", "muitos" são constituídos ou pecadores ou justos. Adão é o cabeça representante bem como a raiz física de todos, pois todos pecaram e caíram quando ele pecou. Em contraste, mediante a "obediência de um só", aqueles que são representados por Cristo, foram feitos "justos" em Cristo (ver "A Humilde Obediência de Cristo", em Jo 5:29). Cristo é o Cabeça representante deles, bem como a raiz espiritual da nova humanidade, pois mediante a sua ressurreição, eles receberam tanto o novo nascimento quanto uma vívida esperança (1Pe 1:3; Ef 2:1-7).

* 5:20

Sobreveio a lei. A lei foi dada como um elemento adicional (pós-queda) no trato de Deus com o seu povo, a fim de que "avultasse a ofensa". Enquanto o pecado estava no mundo antes que a lei fosse dada (v. 13), a lei revela o pecado em seu caráter específico como transgressão, o ultrapassar de um conjunto de regras padronizadas. Tais declínios "abundam", porquanto as demandas da lei despertam desejos contrários nos corações dos pecadores (7.5,8). Mas em face desse aumento do pecado, "superabundou a graça", não somente mantendo o mesmo passo com a ofensa, mas até ultrapassando-a, na grande salvação realizada por meio de Cristo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Romanos Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
C. BENEFÍCIOS DO justificado (5: 1-11)

1 Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, 2 por meio de quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Dt 3:1 Logo muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos salvos da ira de Deus . meio dele 10 Porque, se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; 11 e não só isso, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora temos recebido a reconciliação.

Este capítulo começa com uma outra , portanto , o que implica que o material é baseado nos fatos que vieram antes. Na base do remédio para o pecado fornecido por Jesus Cristo (3: 21-31) e ilustrado na vida de Abraão (capítulo 4 ), esses benefícios seguir para aquele que é justificado pela fé. Os benefícios são de natureza muito pessoal, como é visto pela abundância de pronomes de primeira pessoais no capítulo 5 . Eles também são básicos e satisfatória, como pode ser visto no uso livre de palavras tais como fé, esperança, amor, graça, alegria e glória. Embora a palavra "justificar" é tecnicamente uma palavra forense, tendo que ver com a posição judicial diante de Deus, tendo em vista o que foi feito por um, a ênfase deste capítulo tende a transcender esse conceito e chamar a atenção para uma experiência religiosa vital com graça para uma vida vitoriosa e morrer triunfante. Se a regeneração e santificação não são centrais para o tema do capítulo, Paulo, pelo menos, tem dificuldade para discutir os efeitos da justificação sem consciência viva destes e, de fato, da glorificação final.

1. Qual o Justified Tem (5: 1-5 ). Justified é enfatizada pela sua posição como a primeira palavra da frase grega. Ele, juntamente com o , portanto, continua o pensamento das passagens anteriores. Mas o assunto é alterado. Em vez de a todos do capítulo 3 ou a Abraão do capítulo 4 , é nós. Algumas edições ler: "Vamos ter paz." Mas, como diz Vincent Taylor, "Enquanto este é o mais fortemente atestada a leitura, é provável que Paulo escreveu "Nós temos paz com Deus." "O contexto não é o de exortação, mas de declaração. E a paz com Deus é tão quase idêntica com a idéia da justificação de que é difícil conceber a primeira como opcional para aqueles que possuem o último. Em qualquer caso, a diferença entre "vamos ter" e "temos" no grego é, mas a diferença entre uma longa e uma curta "o", que não foi notado na época helenística. Assim, Paulo parece estar listando os benefícios inerentes a justificação, embora a enumeração pode, de fato, tem o efeito de encorajar os leitores a apreciá-los mais plenamente.

Paz com Deus indica a "paz de completa reconciliação com Ele" ou "a segurança e tranquilidade de aceitação." A ira de Deus já não ameaça aqueles que são aceitos em Cristo. Godet chama essa paz "serenidade completo" como para o passado, o futuro, e até mesmo o julgamento, porque Cristo não somente morreu por nós, mas vive para nos manter neste estado de salvação (Rm 5:9) Embora a palavra sugere sentimento , denota muito mais. É uma relação entre Deus eo homem. E algo da importância dessa relação pode ser visto em outros usos de Paulo da palavra na epístola. Ele invoca a paz na saudação (Rm 1:7 ), observa a sua ausência em pecadores (Rm 3:17 ), dá-lo como uma marca de chefe da saúde espiritual (Rm 8:6 ), designa-o como um objetivo na ética cristã (Rm 14:19 ), e cita-o como um resultado natural da fé (Rm 15:13 ). Deus é o Deus da paz (Rm 15:33 ; Rm 16:20) e o evangelho é um evangelho da paz (Rm 10:15 ). Se não houvesse nenhuma outra razão de ser cristãos, a paz deve ser o suficiente.

Mas o versículo 2 fala de algo além. Por meio Dele também tivemos nosso acesso pela fé, a esta graça na qual estamos firmes. Devemos-lhe não só a nossa entrada na graça, mas a nossa posição na mesma. Como Liddon diz: "A graça é aqui concebida como uma esfera ou do Estado, com fronteiras definidas, que são passadas, quando os homens entram ou cair." Já teve e ficar são tanto no tempo perfeito em grego para indicar uma ação concluída de que os resultados remanescente "obtivemos acesso e, depois de ter tomado o nosso estande, continuamos a ficar de pé." Alguns comparam esta graça com a paz do versículo 1 . Certamente ambos descrevem os benefícios para a qual se chega pela redenção.

Há uma outra possibilidade. Há palavras nestes primeiros cinco versos que são frequentemente utilizados no contexto da santificação, que é tratado de forma mais explícita nos capítulos 6-8 . AM Hills fez muito dessa possibilidade. Pelo menos pode-se dizer que as idéias de pé e sendo estabelecidas são favoritos com Paulo e são mais propriamente classificadas sob a santificação do que sob a justificação. Além disso, a idéia de "derramamento no estrangeiro" ou "derramar" do amor nos corações dos homens é uma reminiscência do uso da mesma palavra para o derramamento do Espírito Santo no Pentecostes e, posteriormente. (Veja At 2:33 ; At 2:1 ; Tt 3:6 ), também, é feita praticamente como o termo técnico para se referir a esse derramamento Pentecostal (At 2:38 ; At 10:45 ). Pode ser que também no versículo 2 Paulo está antecipando a plenitude da graça que ele vai descrever mais detalhadamente nos próximos capítulos.

Em qualquer caso, a paz ea estabilidade do fruto urso justificado em uma esperança que vai além da maturidade cristã para tomarmos real na glória do reino celestial. Exultamos, ou se alegrar, na esperança da glória de Deus.

Há um outro sentido em que podemos olhar e exultar (se alegrar, se vangloriar). Isso é para os nossos tribulações (v. Rm 5:3 ). Denney nos lembra que isso não significa simplesmente " quando estamos em tribulação ", mas também" porque nós somos . "As dificuldades não são para nos derrotar, mas para fortalecer a nossa constância. Tribulation desenvolve firmeza . Firmeza (ou persistência) produz um caráter testado, experimentado e aprovado. Tal caráter forte, confiável dá a certeza da esperança. E essa esperança não faz vergonha e decepcionar um por seu fracasso. Tudo isso é verdade, porque este não é um homem em sua própria força, mas sim aqueles que têm a justificação pela fé, a paz com Deus, uma posição firme na graça, com o amor de Deus derramado nos corações pelo Espírito Santo que foi dado a -los. Há segurança e triunfo em tal abundância de graça.

2. o que Cristo fez (5: 6-10 ) . A atenção é imediatamente atraído para longe do Exulting humano para o Salvador. É óbvio que não são invencíveis por qualquer força de nossa própria. Foi quando éramos ainda fracos que Cristo morreu por nós. Pior do que isso, não estávamos apenas pitiably fraco moralmente; estávamos repugnantemente ímpios-destituídos de reverente temor a Deus. No entanto, Ele morreu em nosso lugar e em nosso nome, como a palavra para aqui indica (v. Rm 5:6 ).

Mesmo se tivéssemos sido justo, ou justo , o amor humano dificilmente poderia ter sido esperado para sacrificar a vida por nós. Na verdade, seria raro encontrar alguém que morreria para o tipo mais generoso e inspirador de bom homem (v. Rm 5:7 ). Mas Deus apresenta em seu verdadeiro caráter e inconfundível o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós (v. Rm 5:8 ). Isso já não somos pecadores, como resultado de Sua graça não diminui a grandeza do amor que forneceu para a nossa libertação. É Ele que nos justificou pelo Seu sangue e nos reconciliou com Deus (vv. Rm 5:9 , Rm 5:10 ).

3. O que Cristo fará (Rm 5:9 )! Em outras palavras, se nós, quando éramos inimigos , Ele iria devolver-nos à harmonia com Deus em tão grande custo, como muito mais , agora que estamos tão foram restauradas, podemos nós confio a Ele para nos salvar, na medida em extremo e duração como o nosso vivendo Senhor (v. Rm 5:10 )!

4. Qual o Does Justified (Rm 5:11 ). A primeira metade do capítulo termina em uma nota de louvor e de vitória. O que a pessoa justificada já tem é uma promessa e garantia de que ele precisa para a salvação eterna. Assim nós nos alegramos (v. Rm 5:11 ). A palavra é da mesma raiz como "a vangloriar-se." Gozando foi excluído por uma lei de fé no capítulo 3 . O homem não tinha nada em si mesmo em que ele poderia exultar. Seus próprios esforços levaram à decepção e desespero. Mas nós, os justificados, agora ter encontrado uma resposta para a vida em que podemos exultar. Nós nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo. Ele fez por nós o que não poderíamos fazer por nós mesmos.

A outra coisa a fazer é justificada para desfrutar da comunhão restaurada que o tipo de justificação pela fé traz na expiação. Já esta reconciliação é nosso por graça. Inimizade é destruído. Em vez de medo da ira, não é a comunhão entre o homem e Deus. O homem não foi capaz de conseguir isso. É uma libertação operada pelo sangue de Cristo. A paz é mais do que os não-agressão. É a harmonia ea partilha mútua. Na KJV é chamado de " expiação " , uma palavra que parece ter sido agravada de "at" e "um". Nós, que eram tão "em outros" são agora "um" pela expiação. Isso nós agora desfrutar na certeza de que o tipo de fé justiça inclui todos os recursos necessários para o triunfo final através de Jesus Cristo, nosso Senhor.

D. graça abundante para Todos (5: 12-21)

12 Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte; e assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram: - 13 para até que a lei havia pecado no mundo; mas o pecado não é levado em conta quando não há Lv 14:1 No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão o qual é figura daquele que havia de vir. 15 Mas não como o transgressão, assim também é o dom gratuito. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus eo dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, abundou para muitos. 16 E não como por um só que pecou, ​​por isso é o dom: para o juízo veio de uma ofensa para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. 17 Porque, se, pela ofensa de um só, a morte reinou por um; muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça reinarão em vida por um só, até mesmo Jesus Cristo. 18 Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo a a todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça a todos os homens para justificação de vida. 19 Porque, assim como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim também pela obediência de um só, muitos se tornarão justos. 20 E a lei entrou em além disso, que a ofensa abundasse; mas onde abundou o pecado, a graça abundou mais excessivamente: 21 que, como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor.

Esta seção é considerada por muitos como a passagem mais difícil no Novo Testamento. No entanto, grande parte da dificuldade é provavelmente causado por ler para ele nunca vistas pretendido pelo Apóstolo. Os defensores do modo realista de imputação de culpa, de culpa do nosso próprio pecado em algum tipo de estado pré-existente, e da teoria Federal-liderança em suas várias formas todos encontrar esta prova positiva a passagem de suas posições e negar seus rivais qualquer aqui de pé. AM Hills, portanto, concluir que estas são todas as especulações teológicas e ficções "sem qualquer fundamento seguro na Escritura ou razão de som."

Embora muitos considerariam essa avaliação muito grave, o exegeta habitual tende a violar o equilíbrio da ênfase na passagem. O que Paulo dá como certo como base para ilustrar outra coisa torna-se, em suas mentes, o argumento central. Em seguida, depois de ter passado a sua energia sobre a universalidade do pecado assumido, eles raramente dar igual atenção ao verdadeiro ponto de passagem-a adequação supremo da redenção. Como Godet diz,

Com uma ousadia do pensamento, que é quase impossível de imaginar, Paulo descobre, na extensão e poder do misterioso condenação pronunciada sobre Adão, a medida divina da extensão e do poder da salvação concedida em Cristo, de modo que a própria intensidade do efeitos da queda transforma-se, em suas mãos hábeis, em uma demonstração irresistível da grandeza da salvação.

Paulo faz estresse a unidade real da raça em pecado e da morte, mas ele usa este fato por demais conhecido como uma ilustração para provar uma unidade igualmente real da corrida em justiça e vida. O que pode acontecer por meio de tragédia no nível natural através homem frágil em Adão poderia muito mais ser realizado por meio de libertação no nível espiritual através do Cristo eterno de Deus.

1. Morte a todos através Adão (5: 12-14 ). Portanto remete para toda a concepção da relação de Cristo com a raça humana como exposto em 3: 21-5: 11 . Como aponta para o fato de que os versículos 12:14 são o primeiro elemento de uma comparação que será concluído mais tarde (vv. Rm 5:18 . E esse viés ou atitude que se manifesta em ações é a única fonte fecunda para que se trace a morte física, espiritual e eterna. Embora afigura-se necessário por razões morais para distinguir entre a culpa pessoal ou culpabilidade e as desvantagens que são apenas conseqüências gerais da queda, todos os membros da raça humana estão envolvidos e todos os que chegam a maturidade suficiente, ao que parece, fazer, para além de graça salvadora se envolvem em culpa pessoal de uma forma ou outra de tomada de seu julgamento justo. Paulo não divagar para explicar como as crianças fare-se eles são salvos por gratuitas, benefícios incondicionais da expiação, ou se os estragos cheios de morte, espirituais e eternos, não são possíveis para aqueles que não pecaram culposamente. Ele os deixa nas mãos de um Deus amoroso e misericordioso.

Tendo introduzido a questão da origem e expansão do pecado e da morte, Paulo encontra-se absorvido em implicações que devem ser esclarecidas antes que ele possa voltar para o outro elemento da comparação. Assim, versículos 13:14 são uma digressão que cresce fora das últimas palavras do versículo 12 -o tipo de material que já foram feitas uma nota de rodapé. Em seguida, versículos 15:17 entrar porque as últimas palavras do versículo 14 precisa restrição imediata e modificação para evitar mal-entendidos. A comparação começou no versículo 12 , então, retomar no versículo 18 .

O reinado de morte, tendo sido rastreados para o pecado, levanta uma questão (v. Rm 5:13 ). Como poderia haver pecado diante de Moisés e da Lei? Novamente Paulo amplia os horizontes. O pecado não é apenas quebrar mandamentos positivos claramente formulada. É toda a questão da rejeição de Deus e não para glorificaram como Deus (Rm 1:21 ). Há, de fato, uma diferença nos registros entre um espírito geral de rejeição e específicos atos de pecado que pode ser contada de forma explícita nos termos da legislação. Mas o pecado é mais profundo do que a quebra de regras. É uma atitude mortal da rebelião que em uma ordem moral não pode suportar qualquer outro do que o seu natural de fruta-morte (v. Rm 5:14 ). Onde o pecado era universal, a morte era Rei-se o direito foi explícito ou não. Não foi uma questão de as circunstâncias que envolvem os atos de pecado, mas o fato do pecado, que envolveu todos os homens em pecado e da morte, segundo o padrão de Adão.

2. A superioridade de Cristo sobre Adão 5: 15-17 ) . As últimas palavras do versículo 14 , que é uma figura daquele que havia de vir , introduzir novamente o paralelo entre Adão e Cristo, mas desta vez por meio de contraste (v. Rm 5:15 ). A impressão não devem ser deixados de que Cristo é apenas um homem fraco cujo exemplo deve ser seguido. Se um ato de pecado poderia ser tão decisivo fator para levar tudo em harmonia com Adão pecaminoso sob a morte, quanto mais a graça de Deus, eo dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, abundou para muitos. Observe o contraste entre Adão e fraco o segundo homem. Note-se também a elaboração do propósito divino eficaz. Não era apenas um segundo participante. Foi a graça de Deus. Foi também um livre dom pela graça de o segundo "homem". E esse homem não era outro senão Jesus Cristo -o Messias-Salvador. Como, e ainda não como, o pecado ea morte filtrada seus vírus por toda a raça humana, a graça abundantemente transbordou com uma resposta muito mais dinâmica e eficaz do que a doença. Se uma mola fraca poderia estourar um campo, quanto mais seria uma abundante "gusher" fazê-lo. A palavra para os muitos em ambos os casos significa "as bases" ou "todo mundo em geral." É o equivalente prático do "all" do versículo 18 .

Outro elemento emerge no versículo 16 que se encaixa e ainda não se encaixa no paralelo. O único pecado tornou-se muitas ofensas. O jogo tornou-se um incêndio florestal. Não era o fogo agora completamente fora de mão? Paulo diz: "Sim, o fogo é enorme, mas o contraste entre o pecado ea graça não é exatamente como alguns supõem." Eles são semelhantes em que ambos realizam suas extremidades-condenação e justiça. Mas eles são diferentes em que a graça é muito mais eficaz (v. Rm 5:17 ). Muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. graça abundante transforma completamente as tabelas . Onde o pecado tinha reinado, agora nós reinar em seu lugar. Onde a morte era o rei, vivemos através Dele. Onde tudo era transgressão e rebeldia, nós realmente possuem justiça. Seja qual for a palavra "justificar" significou a imputação ou impartation, a afirmação é aqui inequívoca. Aqui é um verdadeiro dom da justiça , nao somente a pé ou reputação. Nós somos o que Deus declara que sejamos. Na medida em que Cristo é superior a Adão, para que a graça agora é mais certo em sua disposição para todos, o dom gratuito é mais eficaz para todos, e um novo reinado é garantido para todos.

3. A vida para todos através de Cristo (Rm 5:18 , 19 ) . O paralelo começou no versículo 12 agora recomeça. Como por um só homem entrou o pecado e trouxe condenação a todos os homens, assim também por um só ato de justiça veio a graça até o mesmotodos os homens para justificação de vida. Com as explicações adicionais nos versículos 13:17 , Paulo agora espera que seus leitores vai entender e aceitar esta conclusão, a dupla universalidade e eficácia absoluta da salvação pela graça através da fé. Como todos os homens morrem fisicamente, espiritualmente e eternamente pelo pecado, por isso em todos estes aspectos em que vivem pela graça. É claro que a salvação que é através da fé pode ser rejeitada. Mas ainda não era menos desde "a todos os homens". A justificação é pela graça quanto aos seus meios, através de quanto à sua aplicação, e da vida quanto ao seu efeito. Como Godet diz: "A vida aqui denota sobretudo a vida espiritual (Rm 6:3 , Rm 6:23 ), o re-estabelecimento de santidade; então, no final, a restauração e glorificação do próprio corpo (Rm 8:11 ). "O tipo de justiça, revelada e experiência de Deus, não pode parar com um decreto forense. Deve emitir na vida eterna. Assim, apenas em pensamento pode justificação e regeneração ser separados. Deus sempre cumpre tanto em relação ao penitente no mesmo instante.

Mais uma vez no versículo 19 Paulo não usar a palavra "justificar" por medo de que serão tomadas em estreita demais um sentido. Ele também não usar a palavra "acho" ou "imputar". Ele usa a palavra feito (constituída, estabelecido, rendido, causou a ser).Como através de Adão desobediência "todos os homens, em geral," se tornaram pecadores (como foi assumido em vv. Rm 5:12 , 21 ) . O judeu objetos e diz que a lei está no centro do palco e é o salvador dos eleitos. Paulo diz: Não. A lei é apenas um ator menor que "entrou ao lado de" a desempenhar um papel de apoio. Ele trouxe o pecado para a superfície na abundância inegável de ofensas. Com os sintomas tão evidentes, tornou-se mais fácil de conduzir os homens para o Grande Médico, o único que pode curar a doença. Mas mesmo quando o pecado mais abundou, a graça abundou mais excessivamente. Para alterar a figura, poderia ser como uma pá de areia na praia em uma grande pilha. Os grãos de areia são abundantes, sem número. Em seguida, vem a maré no oceano e as batidas do surf. Logo nenhuma pilha é para ser visto. A plenitude oceano lava o monte de areia como se nunca tivesse existido. Então graça entrega o que vem a Cristo.

Um novo princípio assume (v. Rm 5:21 ). Como o pecado tinha reinou e produziu a morte, mesmo assim, agora a graça reina pela justiça (em Deus e transmitida ao homem), produzindo a vida eterna, tudo, é claro, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. O reinado de vida pode não mais ser separado de Cristo do que a navegação pode ser separada da água.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Romanos Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
Esse capítulo explica a última pa-lavra do capítulo 4: justificação. Se quisermos captar o sentido da justi-ficação pela fé, é essencial termos a clara compreensão do argumento de Paulo.

  1. A bênção da justificação (5:1-11)

Lembre-se que a justificação é a declaração de Deus de que o cren-te pecador é justo em Cristo. É a justiça imputada, posta em nossa conta. A santificação é a justiça concedida, que, pelo Espírito, atua em nossa vida e por intermédio dela. A justificação é nossa posi-ção diante de Deus; a santificação é nosso estado terreno diante dos outros. A justificação nunca muda; a santificação, sim. Veja as bênçãos que temos na justificação:

  1. Paz (v. 1)

Houve um tempo em que fomos ini-migos de Deus (v. 10), mas em Cristo temos paz com ele. Paz com Deus quer dizer que o sangue de Cristo re-solveu nosso problema com o peca-do. Deus é nosso Pai, não nosso Juiz.

  1. Acesso a Deus (v. 2a)

Em Cristo, temos uma posição per-feita diante de Deus e podemos entrar em sua presença (He 10:19-58), mas podemos fazê-lo na salvação magnífica que Deus nos deu em Cristo.

  1. Segurança diária (vv. 3-4)

"Também nos gloriamos nas tribu- lações." O verdadeiro cristão tem confiança em meio às tribulações da vida atual, não apenas esperança para o futuro. Parece que a "fórmu-la" é esta: a provação mais Cristo é igual a paciência; paciência mais Cristo é igual a caráter [experiên-cia]; experiência mais Cristo é igual a esperança. Observemos que não nos gloriamos a respeito das tribu-lações nem com elas, mas nelas. Compare com Mt 13:21; Mt 1:0 Tes- salonicenses 1:4-6 e Jc 1:0) opera em nossa vida. Agora, vivenciamos o amor de Deus em nossa vida porque recebemos a "reconciliação" (expiação, v. 11).

  1. O fundamento da justificação (5:12-21)

Essa seção é complexa, portanto Ieia-a diversas vezes e use uma tra-dução moderna. Aqui, Paulo explica como todos os homens são pecado-res e como a morte de um Homem pode dar ao pecador ímpio uma po-sição correta diante de Deus.

Por favor, primeiro, observe a repetição da palavra "um" (vv. 12,15-19 — 11 vezes). Nos versícu-los 14:17-21, veja o uso de "reinar". O pensamento-chave é que Deus vê apenas dois homens — Adão e Cristo — quando olha para a raça humana. Todo ser humano ou está "em Adão" e perdido, ou está "em Cristo" e salvo; não há meio-termo. O versículo 14 afirma que Adão é a figura (retrato) de Cristo; ele é o "primeiro Adão", e Cristo, o "último Adão" (1Co 15:45).

Podemos contrastar os dois Adãos da seguinte forma: (1) o pri-meiro Adão foi feito da terra; mas o último (Cristo) veio do céu (1Co 15:47); (2) o primeiro Adão era o rei da criação (Gn 1:26-27); e o último é o Rei-Sacerdote da nova criação (2Co 5:1 2Co 5:7); (3) o primeiro Adão foi tentado em um jardim perfeito e desobedeceu a Deus; o último foi testado em um deserto horrível e obedeceu ao Senhor, e, no jardim de Getsêmani, entregou-se à vonta-de do Senhor; (4) a desobediência do primeiro Adão trouxe pecado, condenação e morte para a raça hu-mana; a obediência do último Adão trouxe justiça, salvação e vida para todos os que crêem; (5) por meio do primeiro Adão, a morte e o pecado reinam neste mundo (vv. 14,17,21); mas, por intermédio do último, rei-na a graça (v. 21), e os crentes "rei-nam em vida" (v. 17).

O Antigo Testamento "é o livro da genealogia de Adão" (Gn 5:1-2) e termina com a palavra "maldição" (Ml 4:6). O Novo Testamento é o "li-vro da genealogia de Jesus Cristo" e termina com "nunca mais haverá qualquer maldição" (Ap 22:3). Em Apocalipse, por intermédio da cruz, recupera-se o paraíso de Gênesis, perdido por Adão.

Aqui, Paulo ensina a unidade da raça humana em Adão (veja At 17:26). No versículo 12, a expres-são "todos pecaram" refere-se ao fato de que, a partir do momento em que Adão pecou, todos peca-mos nele. Identificamo-nos com ele como o "cabeça" da raça humana; assim, o pecado dele é nosso peca-do, e sua morte, nossa morte. Nos versículos 12:14, o argumento de Paulo é este: todos sabemos que o homem morre se desobedece à lei de Deus. Todavia, da época de Adão até Moisés não havia lei, e, mesmo assim, os homens morreram! Sabe-mos que Adão morreu porque de-sobedeceu à lei divina, porém as gerações de Adão a Moisés não ti-nham uma lei à qual desobedecer. Portanto, a causa da morte é o peca-do de Adão. Como nascemos "em Adão", herdamos seu pecado e sua condenação. Todavia, Deus, em sua graça, deu-nos o "último Adão", um novo "Cabeça", que, por sua vida e morte, desfez tudo o que Adão cau-sou com seu pecado. A seguir, Paulo apresenta diversos contrastes entre a salvação e o pecado:

Versículos 15:16ofensa ver-sus dom gratuito: a ofensa de Adão trouxe condenação e morte; o dom gratuito da graça de Deus traz justi-ficação e vida.

Versículo 17vida versus mor-te: a morte reinou como rainha por causa de Adão, mas agora o crente reina em vida (neste momento, não apenas no futuro), por intermédio de Cristo, e tem vida abundante!

Versículo 18

— condenação

versus justificação: o pecado de Adão condenou a raça humana; a morte de Cristo trouxe o direito de o homem permanecer com Deus. Adão afastou Deus; em Cristo, te-mos livre acesso ao Senhor!

Versículo 19 — desobediência versus obediência: Adão desobede-ceu a Deus e tornou-nos pecadores; Cristo obedeceu a Deus e, por meio da fé nele, somos feitos justos.

Versículo 20 — lei versus gra-ça: Deus não deu a Lei para salvar a humanidade, mas, antes, para re-velar o pecado. No entanto, a su- perabundante graça do Senhor sa-tisfez as exigências da Lei na morte de Cristo e, assim, forneceu o que a Lei não poderia prover — a salva-ção do pecado.

O versículo 20 resume todo o procedimento: na nova criação (2Co 5:17, estar "em Cristo"), a graça reina, e não mais o pecado! A vida reina, não mais a morte! E nós reinamos em vida! "Cristo [...] nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus" (Ap 1:5-66).

Agora, o importante é saber: estou "em Adão" ou "em Cristo"? Se estiver "em Adão", então o pecado e a morte dirigem minha vida, e estou condenado. Se, "em Cristo", então a graça reina, e eu posso, por intermé-dio de Cristo, reinar em vida e não sou mais escravo do pecado (tema de Rm 6). EmRm 5:6-45, Paulo en-sina a substituição: Cristo morreu na cruz por nós. Todavia, em Rm 5:12-45, ele vai mais adiante e ensina a iden-tificação: os crentes estão em Cristo e podem vencer o pecado.

Aleluia, que Salvador!


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Romanos Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
5:1-11 Estes vv. descrevem as bênçãos que acompanham a justificação: paz, alegria e esperança. Tendo exposto a maneira pela qual Deus justifica o pecador, Paulo prossegue apontando a importância da reconciliação com Deus. Não é simplesmente perdão mas elevação à posição de grande favor, "a esta graça na qual estamos firmes" (v. 2). • N. Hom. São três os motivos da nossa alegria:
1) a esperança da glória de Deus que carecíamos (Rm 3:23);
2) as nossas aflições, garantia de nossa filiação com Deus (conforme He 12:6-58);
3) finalmente, em Deus mesmo (SI 43,4) que nós amou quando ainda éramos rebeldes e odiosos.

5.5 A esperança não confunde (citação da LXX - Is 28:16 - repetida em Rm 9:33; Rm 10:11). Tem o sentido de não envergonhar porque Deus não pode faltar com Sua promessa (cf. Rm 4:20, Rm 4:21).

5.9 Salvos da ira (conforme 1Ts 1:10 e 5.9). Aponta para o julgamento de Deus no fim. Neste, como no v. 10, nota-se os dois tempos relacionados com nossa redenção. Quando Cristo morreu, a dívida foi paga. Quando aceitamos a Cristo, pela fé, nós nos apropriamos da salvação. No futuro, receberemos o complemento do dom inefável de Deus.

5.10 Reconciliados. Vem da palavra gr katallassein que quer dizer mudar ou trocar. Veio a ter a idéia no NT de mudar de inimizade para amizade. Nossa relação com Deus mudou através da morte de Cristo. Passamos de inimigos para filhos amados (conforme 2Co 5:18-47). 5:12-21 Este texto apresenta as duas solidariedades ou raças que existem em virtude da queda de Adão de um lado e a morte e ressurreição de Cristo de outro. Até este ponto Paulo trata do problema dos pecados como expressão da livre escolha do homem. Agora passa a falar da raiz do problema: o pecado original, o princípio que impulsiona o homem a pecar. A nova raça unida com Cristo tem um novo princípio operando nele: o Espírito Santo. Há, portanto, uma relação inseparável entra justificação e santificação.

5.12 O pecado, como princípio governante da natureza do homem entrou na humanidade através de Adão. Em Adão todo o mundo pecou, o que fica demonstrado na morte universal. A alma que pecar, essa morrerá (Ez 18:4). Aqui não deparamos com uma distinção entre morte física e eterna.

5.13 Mesmo antes da promulgação da lei de Moisés, havia :morte; evidentemente havia pecado na raça (v. 14) desde a queda de Adão.
5.14,15 Como o efeito do pecado de Adão estendeu-se muito além do primeiro homem, assim Cristo tem um efeito muito além de si mesmo como cabeça da nova raça.

5.21 Começando com o v. 12, esta passagem tem vários pontos de comparação e contraste entre Adão e Cristo.
1) Adão e Cristo como cabeças de suas respectivas famílias.
2) Transgressão e dom gratuito (v. 15).
3) Condenação e justificação (v. 16).
4) Morte e vida (v. 17).
5) Ofensa e justiça (v. 18).
6) Desobediência e obediência (v. 19).
7) A vultosa ofensa e superabundante graça (v. 20).
8) Reino do pecado e reino da graça (v. 21). • N. Hom. Tema de Rm 5: Muito mais. Tudo que recebemos de mal de Adão é vencido muito mais pelo bem que recebemos de Cristo.
1) Salvação (v. 9).
2) Reconciliação (v. 10).
3) Graça (v. 15).
4) Vida (v. 17).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Romanos Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
c) As alegrias da justificação pela fé (5:1-11)
O “justo pela fé...” foi exposto e comentado. Antes de seguir para as conseqüências cristãs da continuação dessa declaração, “... viverá”, e no processo de transição para esse ponto, Paulo eleva o seu coração numa explosão de alegria e gratidão acerca das implicações da justificação pela fé (conforme 8.31ss; 11.33ss). A justificação para ele não é meramente uma doutrina a ser definida e defendida; ele descobriu que ela é cálice de bênçãos que transborda para toda a sua vida. v. 1. Nos manuscritos e versões, há forte apoio para a expressão “tenhamos” (v. nr. da NVI). Mas uma declaração de constatação de fatos soa de forma mais natural aqui do que um apelo. O fato de que as duas formas verbais eram pronunciadas de maneira igual no grego he-lenístico e no grego posterior explica as variantes textuais. A paz aqui não é um sentimento interior, mas o relacionamento de reconciliação com Deus. O cristão já não está no campo do inimigo. Por causa da morte expiatória de Cristo, Deus agora o trata como amigo (conforme v. 10,11). v. 2. Cristo nos colocou em um novo patamar no relacionamento com Deus, colocando os nossos pés firmemente sobre a rocha da graça. Há a perspectiva de um dia desfrutarmos da plenitude da presença de Deus. A glória é o brilho radiante da presença de Deus, a sua glória shekiná. Os cristãos já têm o privilégio de compartilhar da restauração (conforme 3,23) desse brilho radiante em crescimento constante (8,30) e progressivo (2Co 3:18), mas a consumação do processo ainda está por vir (Fp 3:21; ljo 3:2). v. 3,4. Essas bênçãos são realidades que não pertencem meramente a um mundo espiritual separado, mas são relevantes para o mundo concreto das questões e relacionamentos humanos. A alegria de ser justo diante de Deus capacita o homem a aceitar as tribulações sofridas por causa de Cristo (conforme Hc 3:17,Hc 3:18).

Na verdade, ele descobre que isso o ajuda no caminho. Deus projetou isso de tal forma que, por meio de uma reação em cadeia, produz as qualidades da constância, um caráter excelente (gr. dokimê — algo testado, aprovado) e esperança segura. “Somos desmamados do mundo e nos tornamos mais capazes a perceber e apreciar o que é celestial. Assim, a esperança que já está em nós se torna mais clara e radiante” (J. N. Darby). v. 5. As Escrituras atestam a realização garantida da esperança em Deus; há uma alusão aqui a Sl 22:5 na LXX. A base definitiva da esperança do cristão não está na sua reação à perseguição, embora esta o possa fortalecer, mas no próprio Deus como o Deus que demonstrou o seu amor. A bênção principal derramada com o seu Espírito (um eco de J1 2,28) é uma percepção do seu amor (conforme 15.30). Depois que o Espírito tornou o seu amor do Calvário irresistivelmente real ao homem por meio de uma experiência interior, ele está fadado a pensar sempre: se Deus me ama tanto assim, ele vai me amar até o fim. v. 6-8. A extensão do amor de Deus é demonstrada no fato de que não há nada de admirável ou amável no homem que possa evocar o amor de Deus. O auto-sacrifício humano exige valor intrínseco no seu objeto, seja integridade escrupulosa, seja bondade amorosa. O amor de Deus, revelado na morte de Cristo, é maravilhoso ao não fazer exigência alguma. Deus já demonstrou o quanto nos ama, o seu amor está confirmado e ainda é intensificado (gr. synistêsin; conforme 3.5 e comentário) pelo fato de ter sido demonstrado aos fracos, a pecadores ímpios, quando ele interveio na história num momento crucial, quando era a hora de iniciar a nova época da graça. v. 9,10. Visto que Deus já fez tanto, podemos confiar nele para dar os toques finais à sua obra (conforme Fp 1:6). O passado garante o futuro. A aceitação por meio da morte de Cristo (conforme 3,25) traz consigo a certeza de que no final ele vai nos salvar da ira no dia do julgamento, quando os pecadores forem punidos (conforme 2.5ss; lTs 5.9). A reconciliação nos garante a extrema felicidade futura da vida eterna. A vida ressurreta e exaltada de Cristo é uma garantia adicional: “A vida dele é o penhor e a segurança para a vida de todo o seu povo” (C. Hodge). Conforme 6.8; Jo 14:19. “ ‘Jesus morreu e Jesus vive’ — essas são verdades que contêm tudo para nós. Tudo que um Salvador que morre e um Salvador vivo pode fazer é nosso” (A. Bonar). v. 11. Paulo mais uma vez traz os seus leitores de volta à terra (conforme v. 3 nas versões). Os frutos da justificação de forma alguma estão todos no futuro. Ao estabelecer um relacionamento amistoso com Deus, Cristo nos deu algo que nos faz regozijar (nos gloriamos; “nos alegramos”, na NTLH).


2) "... viverá...” (5.12—8.39)
Paulo agora se volta à segunda metade do seu texto-base. A promessa da vida mostra o seu cumprimento em Cristo e no Espírito. “Vida” e “viver” ocorrem 25 vezes nessa seção e somente 3 vezes na seção anterior. “Morrer” e “morte” etc. ocorrem 37 vezes aqui e somente 6 vezes antes (5 vezes em 5.6ss).
a) Vida em Cristo (5.12—7.6)
Primeiro Paulo expõe o princípio da vida em Cristo e depois faz uma explanação tríplice das suas expressões práticas.
Solidariedade em Cristo (5:12-21)
Assim como a primeira seção principal contrastou a falta de esperança do homem com o dom de Deus por meio da justificação pela fé, também agora a vida em Cristo é contrastada com a morte em Adão. Adão era um tipo, prefigurando a sua Contraparte futura; ambos são cabeças e representantes abrangentes da criação humana: Adão, da velha criação; e Cristo, da nova (1Co 15:45ss; 2Co 5:17). Mas Cristo é considerado não somente o Segundo Homem; é também o Servo. O v. 19 é uma alusão direta a Is 53:11. A seção toda pode ser considerada um elo entre os trechos de Gn 3 e Is 53:11 e o de Hc 2:4. As idéias de justiça, justificação, todos e obediênda vêm de Is 53:11 (conforme v. 19 e comentário). A idéia de vida vem de Hc 2:4. Os temas negativos do pecado, transgressão, condenação, desobediência e morte são sugeridos não somente pelo contraste com os sconceitos positivos, mas também pela história de Gn 3, em que Adão comeu do fruto proibido, apesar de Deus ter advertido com a conseqüência da morte. Essas são as idéias principais dessa seção. Paulo refletiu sobre essas fontes do AT e as entreteceu com o fio unificador da obra de Cristo. A obra do Servo-Homem, que por sua obediência trouxe justiça e vida para a nova humanidade, nele é intensificada com a contraposição com o pano de fundo obscuro do fracasso de Adão e de seus resultados fatais para a raça de Adão.

Quando tudo era pecado e vergonha,
Um Segundo Adão à batalha
E ao resgate veio.

Por isso, não se deve esperar nesses versículos uma doutrina claramente definida do pecado original. O propósito é destacar a obra de renovação que Deus realizou em Cristo, e tudo o mais está subordinado a esse propósito. Há muito mistério concernente à natureza e extensão da nossa relação coletiva com Adão, que os teólogos sistemáticos têm tentado explicar de diversas formas. G. O. Griffith comparou, de forma bastante útil, “a noção psicológica de uma ‘mente racial inconsciente’ geral, que cada indivíduo que vem à vida herda, com as suas lembranças, desejos, inibições e sentido de culpa inerentes à raça. Ele não consegue se dissociar dessa herança — não consegue atingir uma auto-identidade contida em si mesma; tem uma ligação íntima com a raça e a raça com ele”. Desde a entrada do pecado, “cada homem que é nascido no mundo [...] já enfrenta uma situação comprometida [...] Cada geração e cada indivíduo agem de tal forma que a força interior de indivíduos e gerações que se levantam estão debilitadas, curvadas e às vezes destruídas” (F. J. Leenhardt), v. 12. A frase fica sem conclusão. A continuação lógica teria sido: “assim, por meio de um Homem a justiça entrou no mundo e por meio da justiça veio a vida”. Mas Paulo interrompe a construção comparativa e só retorna ao seu pensamento principal nos v. 18,19. Adão abriu a porta para o pecado e o liberou no mundo dos homens. O seu pecado marcou a invasão do mundo por parte de uma força má exterior. Uma vez que a faísca inicial foi acesa em um homem, espalhou-se como fogo descontrolado por toda a raça humana. O termo pecaram é uma referência a pecados reais (conforme 3,23) vistos como a expressão individual e o endosso do ato representativo de Adão. “Os pecados individuais são, por assim dizer, somente a erupção desse pecado que está sempre borbulhando lá no fundo” (Emil Brunner). A morte não é somente física, mas é o sinal da extinção da vida espiritual do homem. Para deixar clara a idéia principal, os v. 18,19 serão tratados aqui antes do texto entre parênteses dos v. 13-17. v. 18. O versículo é uma fórmula resumida sem verbos no grego (v. as palavras em itálico da ARG). O plano duplo de Deus para a era antiga em Adão e a era nova em Cristo tinha meio, escopo e resultado em ambos os casos. O meio era (a) uma só transgressão — é quase “queda”, visto que o grego paraptõma é, literalmente, “cair à margem do caminho” — e (b) um só ato de justiça. Em contraste com o ato errado de Adão, domina, soberana, a Cruz em que Cristo cumpriu cabalmente a vontade de Deus. O escopo era e é todos os homens. A expressão delimitadora do v. 17 sugere que, no segundo caso, o escopo é restrito àqueles que de fato aceitam a oferta de salvação de Deus. Supor que Paulo ensinava a salvação universal de todos os indivíduos é ignorar o realismo que os anos de experiência missionária devem ter inculcado nele. O que se tem em mente é “todos em Adão” e “todos em Cristo”. O resultado do plano duplo de Deus foi (a) condenação e (b) “justificação de vida” (ARC), um veredicto favorável que conduz à vida eterna, v. 19. A segunda metade é uma citação de Is 53:11 com o verbo usado na voz passiva, porque subjacente a todo o trecho está o pensamento da execução do plano por parte de Deus, e não as realizações do Filho por sua parte. O tempo futuro é uma referência ao dia do juízo que prenuncia a consumação da era nova em Cristo (conforme 6.5 e comentário).

A nova humanidade em Cristo será constituída justa (serão feitos justos), “aceitável a Deus” (Knox). muitos (gr. hoi polloi) é uma expressão hebraica que representa a multidão dos homens. No v. 18, Paulo tinha traduzido essa expressão no grego por todos. O termo obediência, provavelmente, é uma paráfrase da palavra hebraica subjacente a “conhecimento” em Is 53:11. Os estudos modernos do hebraico sugerem que ela na verdade significava “humilhação”, “submissão”. Fp 2:8 também destaca a obediência de Cristo na sua função de Servo. v. 13,14. Paulo é desviado do seu curso pela expressão todos pecaram. Falar de pecado depois de Adão e antes de Moisés traz à tona um problema. Se o pecado é definido como a violação consciente do padrão moral de Deus, como aquilo que Deus considera pecado pode ser enquadrado na pena de morte se esse padrão não era conhecido no período entre Adão e Moisés? Paulo está usando a representação do AT da história da humanidade. Ele deixa em aberto a sua dificuldade teológica (cf. 2.12ss, em que ele responde a ela em termos de lei natural).

O fato é que os homens morreram antes da Lei mosaica, embora os seus pecados não fossem como o de Adão, que propositadamente violou uma regra conhecida, v. 15-17. A palavra tipo sugere semelhança, e Paulo precisa destacar cuidadosamente que existe contraste entre a natureza e os resultados da influência de Adão e de Cristo. A obra de Cristo é um poder glorioso para o bem, que é o oposto do terrível homicídio em massa que resultou do pecado de Adão. Deus interveio para deter o processo crescente do pecado. Em Adão, a transgressão de um só teve efeito condenatório; em Cristo, muitas transgressões são perdoadas. Em vez de serem súditos do Rei Morte, os homens têm a perspectiva de viver como reis. Podem compartilhar do reino messiânico se tão-somente aceitarem a dádiva da justiça. v. 20. Paulo está falando de experiência pessoal (conforme 4.13 e comentário). Ele descobriu que a lei, introduzida na era antiga de Adão, teve efeitos de acordo com a sua era; fazia a pessoa perceber o seu pecado e, na verdade, desencadeava uma reação de pecado, como explica 7.7ss. “A lei não é simplesmente um reagente pelo qual a presença do pecado pode ser detectada; é um catalisador que auxilia ou até inicia a ação do pecado sobre o homem” (C. K. Barrett). Veio “à margem” (gr. pareisêlthen) com o papel subordinado de um acessório agindo do lado caído de Adão. A lei foi a forma de Deus levar o pecado ao seu ápice (1Co 15:56) antes que ele quebrasse a sua virulência com forte graça. v. 21. O Rei Pecado foi deposto junto com a morte, o instrumento da sua tirania. Agora a graça está no trono e vai repartir a vida da era por vir com aqueles que foram justificados por Deus por meio da obra de Cristo.

Uma nota sobre o pecado

Paulo não concebia o pecado simplesmente como uma ação ou atitude contra a vontade de Deus. Um estudo do vocabulário associado ao conceito mostra claramente que ele o personificava. O pecado é um rei (5.21; 6.12), um proprietário de escravos (e.g., 6.6), está morto ou vivo (7.8,9). O pecado é um poder exterior estranho e contrário à verdadeira natureza humana que Deus tinha em mente. É um inimigo que invadiu o homem, ocupou a sua “carne” e o mantém cativo (7.23). O mundo à parte de Cristo está sob o controle do pecado (3.9). A obra de Cristo foi atacar o pecado no próprio terreno deste e derrotá-lo (8.3). O homem em Cristo entra nessa vitória, e é liberto da tirania do pecado (6.18; 7.24). Mas é evidente, com base no argumento de Paulo nos caps. 6—8, que o cristão não se torna moralmente perfeito no ato da conversão. A obra do livramento pessoal por meio de Cristo é uma realidade para o cristão, mas isso ocorre num plano diferente do da realidade das questões morais da vida do dia-a-dia. Mas isso precisa encontrar a sua contraparte na vida do cristão. Paulo argumenta que, visto que o pecado foi definitivamente despojado numa realidade (num plano), ele não deveria reinar no plano moral do pensamento e do comportamento humanos. Nesta vida, o pecado está sempre tentando reafirmar a sua velha autoridade, mas os cristãos são encorajados e intimados a fechar a porta para o pecado, pois este não tem direito algum de entrar novamente.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Romanos Capítulo 1 do versículo 18 até o 21

A. A justiça é o "status" necessário para o homem se apresentar diante de Deus. 1:18 - 5:21.

Os homens precisam da justiça. Esta necessidade se fundamenta na natureza e essência de Deus.


Moody - Comentários de Romanos Capítulo 1 do versículo 18 até o 39

II. A Justiça - A Chave do Relacionamento entre o Homem e Deus.

1:18 - 8:39

Aqui Paulo luta corpo a corpo com os grandes temas da vida. Como pode um homem ser justo diante de Deus? Como um homem é afetado pela atitude de Adão e de Cristo? Como deve viver um homem que é justo? Como pode ele viver desse modo?


Moody - Comentários de Romanos Capítulo 5 do versículo 1 até o 21

Rm 5:1, Rm 5:18,Rm 5:19,Rm 5:21.

a) Os Efeitos da Justificação pela Fé sobre os Recipientes. Rm 5:1-11.


Moody - Comentários de Romanos Capítulo 5 do versículo 20 até o 21

20,21. O Reino do Pecado Versus o Reino da Graça. Aqui Paulo conclui a argumentação que começou em Rm 5:12 sobre a pergunta: Qual dos dois é o mais poderoso – o pecado ou a graça?.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Romanos Capítulo 5 do versículo 1 até o 21
e) A justiça do crente (Rm 5:1-45) -Temos paz com Deus (1). Os justificados pela fé têm assegurada sua paz com Deus. Os melhores textos trazem o subjuntivo, em vez do indicativo, echomen, sendo a única diferença a vogal longa ou breve. Donde a forma exortatória da versão ARA, "tenhamos". Todavia, como Paulo com referência a ensino e pregação, raramente emprega um pelo outro, o sentido é o de exortação branda "devemos ter" e, daí, "temos" (cfr. o comentário sobre Romanos do I.C.C., pág. 120). Realmente, como pessoas de fé, gozamos paz com Deus. Trata-se de uma nova relação para com Deus, que não é questão de mero sentimento, mas de fato. Em segundo lugar, temos acesso (2). Aquele que crê não passa a gozar do favor de Deus à base de merecimento próprio. A idéia de acesso é introdução à câmara da presença do rei. Esta apresentação ao trono real é efetuada por alguém que está junto do próprio monarca. É Jesus que nos leva a Deus (cfr. Ef 2:18-49; cfr. também 2Pe 1:5-61). Esta elevada esperança não acarreta vergonha nem se mostra ilusória (cfr. 2Co 7:14; 2Co 9:4) porque as almas dos que crêem estão inundadas do amor de Deus, que é de fato, a presença do Paráclito (5). Os justificados se tornam cônscios do amor de Deus para com eles mediante o Espírito habitando no seu íntimo. (Cfr. a bem-aventurança do homem a quem Deus atribui justiça independentemente de obras; Rm 4:5-45). Note-se que nesta epístola é esta a primeira vez que Paulo se refere ao Espírito Santo.

>Rm 5:6

2. A SEGURANÇA DOS CRENTES (Rm 5:6-45) -Os que crêem, estando de relações ajustadas com Deus, gozam esse novo estado, sua posição na graça, com perfeita segurança. Isso lhes está garantido, de um lado pela morte de Jesus Cristo na cruz (6-8), e, de outro lado, pela vida de ressurreição do mesmo Salvador (9-11). Cristo morreu pelos ímpios (6; cfr. vers. 8). A morte de Cristo na cruz foi por nós, primeiro, quando éramos fracos (6); isto é, quando éramos incapazes de nos salvar a nós mesmos por mérito legal, e éramos com efeito ímpios (6), pecadores (8) e inimigos (10). Em segundo lugar, foi por nós a seu tempo (6). Essa época apropriada, o "momento psicológico" do relógio do mundo, é freqüentemente expressa por Paulo (cfr. Gl 4:4; Ef 1:10; 1Tm 2:6; 1Tm 6:15; Tt 1:3). Por nós, então, na plenitude dos tempos, Cristo morreu, embora não somente nada tivéssemos que nos recomendasse, mas na verdade tínhamos tudo contra nós. No vers. 7 o apóstolo estabelece um contraste entre o homem justo e o homem bom. Por um dificilmente alguém morreria; pelo outro alguém poderia animar-se a morrer. O justo é aquele que guarda a lei, modelo de rigoroso dever. O bom é aquele que em espírito e, por disposição própria, excede as justas exigências da lei (cfr. Mt 5:20).

>Rm 5:9

Muito mais agora (9). Paulo prossegue em afirmar a segurança da justiça do crente com um triunfante argumento a fortiori. O amor de Deus por nós, indignos e rebeldes pecadores, é atestado pelo sacrifício de Seu Filho em nosso lugar, a morte na cruz que nos leva a uma completamente nova relação com Ele. Este admirável amor de Deus, pondo-nos em justas relações com Ele, é o maior fato de nossa salvação, maior do que nossa nova vida. Deus operou reconciliação pela morte de seu Filho quando estávamos em incredulidade hostil (10). Muito mais agora Deus será capaz de manter-nos em paz consigo, como Seus amigos, pela vida do Seu Filho. Se Deus pode realizar nossa justificação, sem dúvida alguma também pode levar a efeito nossa santificação. A idéia é toda de vida, a vida do crente por intermédio da vida do Salvador. Paulo não emprega o termo "Santificação" avaliando o que é maior e o que é grande. Ele põe em contraste a justificação e a salvação. Mas este último termo tem o sentido de santidade progressiva. Em união com Cristo como Senhor vivo, somos potenciados a viver uma vida santa de vitória moral e espiritual, de modo que, em nossa personalidade santificada, escapamos da ira de Deus no dia do juízo, mediante o mérito e a mediação de Jesus Cristo.

>Rm 5:11

Essa obra levada a efeito na cruz, que ajusta as relações dos crentes com Deus e envolve a conservação dessas relações mediante a vida de Jesus, é fonte de gozo constante (11). Essas relações são designadas pelo termo expiação (ARC-"reconciliação"). O grego katallage significa "mudança" ou "troca"; daí vem que, quando se diz de pessoas, uma mudança de inimizade para amizade, é reconciliação. Implica uma mudança de atitude da parte de Deus e do homem. A necessidade de mudança do lado humano é óbvia; porém muitos teólogos negam qualquer necessidade disto do lado divino. O amor de Deus é permanente e Ele em Si mesmo é imutável. Note-se, no entanto, que o apóstolo fala de sermos recipientes (gr. elabomen) de uma reconciliação que Deus livremente nos dá. Implícita na doutrina da justificação está a nova atitude de Deus para com o pecador, na base do mérito de Jesus Cristo.

>Rm 5:12

3. JUSTIÇA PELA GRAÇA (Rm 5:12-45) -O apóstolo conclui esta seção, da justiça do crente, frisando que é na verdade uma posição na graça, visto que é realizada mediante a graça (vers. 15-20). O canal da justificação é por meio de uma Pessoa pelo dom gratuito de Deus, princípio este que leva Paulo a discutir os dois cabeças da raça humana, Adão e Cristo (cfr. 1Co 15:21 e segs.). Note-se a construção da passagem. Depois de declarar a verdade da universalidade do pecado e sua penalidade mediante Adão (12), o apóstolo faz uma digressão em parêntese (13-17), e volta ao seu argumento nos vers. 18-19. Temos no vers. 12 um anacoluto gramatical. Não há oração correlativa para a cláusula que começa "assim como", a qual descreve Adão como tipo dAquele que teria de vir. Essa locução conjuntiva "assim como" não encontra sua correlativa senão no vers. 18, depois de fechado o parêntese que tratou de algumas dificuldades.

A passagem decisiva é o vers. 12, onde e apresentada a doutrina da relação de um para com muitos. Ênfase especial é dada às duas preposições usadas no grego, dia, "através de", e eis, "para dentro", pelas quais se indicam um canal e uma passagem. Por um homem, como canal, o pecado entrou no mundo (kosmos) e, pelo pecado, a morte, como penalidade. O mundo até então fora declarado "muito bom" pelo Criador, mas agora, pela transgressão de Adão, o pecado e a morte entraram nele. O ponto a que Paulo quer chegar é que todos estão envolvidos no pecado de Adão, todos pecaram nele e com ele. A humanidade não é considerada apenas como havendo pecado e sido debitada legalmente pela transgressão de Adão, porém todos são declarados como havendo real e ativamente pecado juntamente com Adão.

Esta declaração dogmática leva o apóstolo a um parêntese, onde ele enfrenta duas dificuldades. A primeira é que até ao tempo de Moisés a lei não houvera sido declarada. Como não havia lei, não podia haver pecado. O apóstolo aceita o argumento, admitindo que o pecado não elevado em conta quando não há lei (13); isto é, não é considerado como culpa, envolvendo penalidade. Em segundo lugar, ele argumenta que, houvesse ou não houvesse lei, a penalidade de Adão veio operando desde o tempo deste. Ninguém podia negar a universalidade da morte, e Paulo endossa a doutrina de que a morte e a sentença de Deus sobre o pecado, embora não houvesse lei até ao tempo de Moisés, e se bem que os que assim sofriam essa pena não houvessem transgredido à semelhança do pecado de Adão, isto é, comendo o fruto proibido (14). Comentando este vers. 14, alguns argumentam a favor da universalidade do pecado, porém não de sua originalidade. Isto seria negar nossa unidade em Adão, a qual é tipo da unidade dos remidos em Cristo.

Até aqui Paulo está traçando uma comparação entre Adão e Cristo. Ambos, por um simples ato, influenciaram a raça inteira. Agora segue-se o contraste. O efeito do pecado de Adão é a morte; o efeito da justiça de Cristo é a vida. Paulo, porém, não o formula nestes termos. Declara que o resultado é graça abundante ou transbordante, ou seja o dom pela graça (15), que adiante é definido, no vers. 17, como o dom da justiça. A sentença era de um para a condenação de todos; o dom gratuito era de muitas transgressões para um pronunciamento de justificação (16). O grego dikaioma, não o costumeiro dikaiosis, traduzido simplesmente justificação, significa uma sentença judicial, ou decreto, ou ato de justificação, ou ajustamento de relações com Deus. A mesma palavra grega ocorre em Rm 1:32-45; ver também Jo 1:1-43). Todavia, das deduções que tira do fato, o apóstolo indica uma relação mais íntima, porque a humanidade não tem poder de escolha para comissionar seu representante. O fato científico da solidariedade da raça oferece a melhor solução. Como o todo está contido no germe, a árvore na semente, assim toda a humanidade reside em Adão e, pela graça mediante a fé, também em Cristo. Assim como somos um organismo físico, também somos um organismo espiritual.

Paulo conclui esta seção da justiça do crente acrescentando uma nota sobre a função da lei. "Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça; a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo nosso Senhor". A graça não é o fim, porém, mediante a justiça, tem sua consumação na vida eterna.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Romanos Capítulo 5 do versículo 1 até o 21

20. A Segurança da Salvação ( Romanos 5:1-11 )

Portanto, sendo justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual também fomos feitos a nossa introdução, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e nós nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não só isso, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e perseverança, experiência comprovada; e caráter comprovada, a esperança; e a esperança não confunde, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Por enquanto ainda éramos fracos, no momento certo, Cristo morreu pelos ímpios. Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; embora, talvez, para o bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos salvos da ira de Deus por meio dele. Para se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. E não só isso, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação. ( Rom. 5: 1-11 )

Uma das principais táticas de Satanás contra os crentes é que de fazê-las duvidar de que a salvação é segura para sempre ou que é real no seu caso pessoal. Talvez por essa razão, Paulo descreve uma das peças-chave da armadura do cristão como "o capacete da salvação" ( Ef 6:17. ; cf. 1Ts 5:81Ts 5:8 , os argumentos de Paulo são dirigidas especificamente aos judeus (ver, por exemplo, 3: 1 , 9 , 29 ; 4: 1 , 13 ), e parece provável que continue a ser o seu público primário no capítulo 5 . Como ele muitas vezes se nesta epístola, o grande apóstolo antecipa os argumentos típicos que seriam levantadas contra o seu ensino inspirado, muitos dos quais argumentos ele, sem dúvida, já havia encontrado durante seu ministério.

As perguntas e objeções Paulo agora endereços dizem respeito a como a salvação é mantida. "Admitindo-se que uma pessoa é justificada com Deus apenas por" ser justificado como um presente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus "( 3:24 ; cf. 04:24 ), alguns dos leitores de Paulo diria " Em que condições, em seguida, é a redenção preservados? Se uma pessoa é salva somente através de sua fé, para além de quaisquer boas obras que ele pode alcançar, isso significa que ele pode, doravante, viver como ele deseja, porque o seu relacionamento correto com Deus é eternamente seguro? Ou é salvação preservada por uma de boas obras? "

Paulo respondeu a segunda pergunta quando ele rebateu a acusação espúria de que a doutrina da salvação pela graça mediante a fé encoraja um crente para o pecado. Em resposta ao ensino do apóstolo que "a nossa injustiça prova a justiça de Deus" ( 3: 5 ), alguns dos seus adversários o acusavam de promover o pecado, de ensinar que os cristãos devem fazer "o mal que venha o bem" ( 3: 8 ) . Agora, ele contraria a ideia algo oposto que, embora a salvação é recebida pela fé, deve ser preservada pelas boas obras.

Se a preservação da salvação depende do que os próprios crentes fazer ou não fazer, a sua salvação é tão seguro quanto sua fidelidade, que não oferece segurança a todos. De acordo com esse ponto de vista, os crentes devem proteger por seu próprio poder humano que Cristo começou por Seu poder divino.

Para contrariar essa presunção e sua conseqüente falta de esperança, Paulo garantiu a igreja de Éfeso com estas palavras de conforto: "Eu oro para que os olhos do vosso coração seja iluminado, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da a glória da sua herança nos santos, e qual é a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos. Estes são, de acordo com a operação da força do seu poder, que Ele trouxe em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais "( Ef. 1: 18-20 ). Como os pontos apóstolo fora nessa passagem, é de grande importância para os cristãos a estar ciente da segurança que eles têm agora e para sempre terá em Cristo, um segurança que não depende de seus próprios esforços pecaminosos e fúteis, mas sobre a "superação grandeza do seu poder para nós. " e sobre "a força do seu poder." Que a verdade é a pedra angular do sentimento de segurança.

Nossa esperança não está em nós mesmos, mas em nosso grande Deus, que, mesmo "se formos infiéis, Ele permanece fiel, pois Ele não pode negar a si mesmo." ( 2Tm 2:13 ). Isaías descreveu a fidelidade de Deus como "o cinto na cintura" ( Is 11:5. ). O escritor de Hebreus adverte os cristãos com as palavras: "Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel" ( He 10:23. ). Enquanto contínua fé é necessária, sermos capazes de agarrar-se baseia na fidelidade do Senhor, não a nossa.

Ao desenvolver seu argumento no livro de Romanos contra a noção destrutiva que os crentes devem viver na incerteza sobre a conclusão de sua salvação, Paulo apresenta seis "elos" na cadeia de verdade que se liga a um verdadeiro crente eternamente ao seu Salvador e Senhor, completamente para além de qualquer esforço ou mérito por parte do crente. Esses links são: paz do crente com Deus ( 5: 1 ), sua posição na graça ( v. 2a ), a sua esperança da glória ( . vv 2 b -5 a ), seu poder do amor divino ( . vv 5 b — 8), sua certeza de libertação ( vv. 9-10 ), e sua alegria no Senhor ( v. 11 ).

A paz do crente com Deus

Portanto, sendo justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, ( 5: 1 )

O primeiro elo na cadeia inquebrável que eternamente une os crentes a Cristo é a paz com Deus.
O termo , portanto, conecta presente argumento de Paulo com o que ele já disse, especialmente em capítulos 3 e 4 . Nesses capítulos o apóstolo estabeleceu que, como crentes, temos sido justificados pela fé . Por causa da nossa justificação pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.

O verbo traduzido temos é no tempo presente, indicando algo que já está possuído. Muitas das bênçãos de um crente deve aguardar a sua ressurreição e glorificação, mas a paz com Deus é estabelecido no momento em que coloca a sua confiança no Senhor Jesus Cristo.

paz que Paulo está falando sobre aqui não é subjetiva, mas objetiva. Ele não é um sentimento, mas um fato. Além de salvação através de Jesus Cristo, todo o ser humano está em inimizade com Deus, espiritualmente em guerra com Ele (ver v. 10 ; cf. 8: 7 ), independentemente do que seus sentimentos sobre Deus seja. Da mesma forma, a pessoa que é justificado pela fé em Cristo é a paz com Deus, independentemente de como ele pode sentir-se sobre ele a qualquer momento. Através de sua confiança em Jesus Cristo, a guerra do pecador com Deus é encerrada por toda a eternidade.

A maioria das pessoas não salvas não pensam em si mesmos como inimigos de Deus. Porque eles não têm sentimentos conscientes de ódio por ele e não se opor ativamente Sua obra ou contradizer a Sua Palavra, consideram-se, na pior das hipóteses, ser "neutro" sobre Deus. Mas existe tal neutralidade é possível. A mente de cada pessoa não salva está em paz somente com as coisas da carne e, portanto, por definição, é "hostil para com Deus" e não pode ser de outra forma ( Rm 8:7 )? " ( Rio de Deus: Romanos 5:1-11 [Grand Rapids: Eerdmans, 1959], 26 p.).

Não só são todos os inimigos descrentes de Deus, mas Deus também é o inimigo de todos os incrédulos, na medida em que Ele está zangado com eles todos os dias (cf. Sl 7:11 ) e os condena ao inferno eterno. Deus é o inimigo do pecador, e que a inimizade não pode terminar a menos e até que o pecador coloca sua confiança em Jesus Cristo . Toda pessoa que não é um filho de Deus é um filho de Satanás (ver Jo 8:44 ), e cada pessoa que não seja um cidadão do reino de Deus é um cidadão de Satanás. Como Paulo declarou perto da abertura da presente carta, "a ira de Deus se revela do céu contra toda a impiedade e injustiça dos homens de que detêm a verdade em injustiça" ( Rm 1:18 ).

Além de confiança pessoal em Deus, até mesmo membros de sua raça escolhida Israel não estavam isentos de inimizade divina e ira. "Minha ira se acenderá, e eu vou te matar com a espada," Deus advertiu Israel antigo logo depois que ele entregue seu do Egito ( Ex 22:24 ). Durante a peregrinação no deserto subseqüentes, declarou o Senhor dos incrédulos, israelitas infiéis: "Fizeram-me ciúmes com o que não é Deus, pois eles me provocaram à ira com os seus ídolos Então eu vou fazê-los com ciúmes com aqueles que não são um povo. , vou provocá-los à ira com uma nação insensata, porque o fogo se acendeu na minha ira, e queimaduras na parte mais baixa do Seol, e consome a terra com seu rendimento, e inflama os fundamentos dos montes "( Dt . 32: 21-22 ). Pouco depois de Israel entraram na Terra Prometida, Deus advertiu: "Quando você transgredir o pacto do Senhor, teu Deus, te ordenou, e fordes servir a outros deuses, e adorando-os, em seguida, a ira do Senhor se acenda contra você, e depressa perecereis de sobre a boa terra que Ele lhe deu "( Js 23:16. ; cf. 2Rs 22:132Rs 22:13 ; Is 5:25. ; Is 13:9 ).

A consequência mais imediata da justificação é a reconciliação, que é o tema de Romanos 5 . A reconciliação com Deus traz paz com Deus. Essa paz é permanente e irrevogável, porque Jesus Cristo, pelo qual os crentes recebem a sua reconciliação, "vive sempre para interceder por eles" ( He 7:25 ). "Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades", diz o Senhor dos que pertencem a Ele, "e não me lembrarei mais dos seus pecados" ( He 8:12. ; cf. He 10:17 ). Se alguém está sempre a ser punido no futuro para os pecados dos crentes, que teria de ser a pessoa que os levou sobre Si mesmo, Jesus Cristo. E isso é impossível, porque Ele já pagou a pena na íntegra.

Quando uma pessoa abraça Jesus Cristo na fé arrependido, o Filho de Deus sem pecado que fez perfeita satisfação de todos os nossos pecados faz com que a pessoa eternamente em paz com Deus, o Pai. De fato, Cristo não só traz a paz para o crente, mas "ele é a nossa paz" ( Ef 2:14 ). Isso aponta tudo como é crucial para entender a natureza e extensão da obra expiatória de Jesus, o Senhor, como base para a garantia.

Embora a paz da qual Paulo fala nesta passagem é a paz objetivo de ser reconciliados com Deus, a consciência de que a verdade objetiva dá ao crente uma paz subjetiva profunda e maravilhosa também. Para saber que é um filho de Deus, irmão de Jesus Cristo, não pode deixar de dar aos cristãos o que Charles Hodge chamado de "quiet doce da alma" ( Comentário sobre a Epístola aos Romanos [Grand Rapids: Eerdmans, 1974 reimpressão], p.132).

Mas a consciência da nossa paz com Deus por meio de Jesus Cristo, destina-se a dar-nos muito mais do que sentimentos de gratidão e carinho, maravilhosos como esses são. Quando um cristão está convencido de que é eternamente seguros em Cristo, ele é libertado de se concentrar em sua própria bondade e mérito e é capaz de servir ao Senhor com a confiança irrestrita de que nada pode separá-lo de seu Pai celestial. Ele pode dizer com Paulo: "Estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor "( Rom. 8: 38-39 ).

A paz que um crente tem no conhecimento de que ele é seguro para sempre em Cristo não só fortalece a sua fé, mas reforça o seu serviço. O conhecimento de que somos eternamente em paz com Deus nos prepara para travar uma guerra espiritual eficaz em nome de Cristo e no Seu poder. Quando envolvido em batalha, um soldado romano usava botas com pontas na parte inferior para dar-lhe um pé firme enquanto luta. Porque os cristãos têm os seus pés calçados com o "evangelho da paz" ( Ef 6:15 ), eles têm a confiança necessária para manter-se firme em Cristo, sem o espiritual escorregando e emocional de correr que a incerteza sobre a salvação traz, inevitavelmente, sabendo que Deus está do seu lado !

Posição do crente na Graça

pelo qual também obtivemos a nossa introdução, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; ( 5: 2 a)

Um segundo elo da cadeia inquebrável que eternamente une os crentes a Cristo é a sua posição na graça de Deus.

Através de quem se refere, é claro, para o Senhor Jesus Cristo ( v. 1 ). Por causa da nossa reconciliação com Deus Pai através da nossa confiança em Seu Filho, obtivemos a nossa introdução pela fé a esta graça. Prosagōgē ( introdução ) é usada apenas três vezes no Novo Testamento, e em cada caso é utilizado do crente de acesso a Deus por meio de Jesus Cristo (ver também Ef 2:18. ; Ef 3:12 ).

Para os judeus, a idéia de ter acesso direto, ou introdução , a Deus era impensável, porque ver a Deus face a face era morrer. Quando Deus deu a Sua lei para Israel no Sinai, Ele ", disse a Moisés: Eis que eu virei a ti em uma nuvem espessa, para que o povo ouça, quando eu falo com você, e pode também acreditar em você para sempre ' "( Ex 19:9 ).

Mas a morte de Cristo terminou isso. Por meio de Seu sacrifício expiatório, Ele fez Deus, o Pai acessível a qualquer pessoa, judeu ou gentio, que confia em que o sacrifício. O escritor de Hebreus encoraja os crentes a "aproximar-nos com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" ( He 4:16 ).

Para fazer este gráfico verdade, quando Jesus foi crucificado ", o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo" pelo poder de Deus ( Mt 27:51 ). Sua morte removido para sempre a barreira à santa presença de Deus que o véu do templo representado. Comentando que a verdade incrível, o escritor aos Hebreus diz: "Uma vez que, pois, irmãos, temos confiança para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que Ele inaugurou para nós através do véu, isto é, Sua carne, e uma vez que temos um grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, eo corpo lavado com água pura "( Heb. 10: 19-22 ).

Prevendo a nova relação que os crentes teria com Deus sob a Nova Aliança, o profeta Jeremias escreveu: "E eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; ... E farei uma aliança eterna com eles que eu vou não desviará deles, para lhes fazer bem; e porei o meu temor nos seus corações, para que não se afastará de mim "( Jr 32:38. , Jr 32:40 ).

Na base da nossa  nEle, Jesus Cristo traz os crentes , a esta graça na qual estamos firmes. Histēmi ( ficar ) aqui carrega a idéia de permanência, de pé firme e inabalável. Embora a fé é necessária para a salvação, é de Deus a graça , não a fé do crente, que tem o poder de salvar e manter salvos. Nós não somos salvos pela graça divina e, em seguida, preservado pelo esforço humano. Isso seria uma zombaria da graça de Deus, o que significa que o que Deus começa em nós, Ele não quer ou é incapaz de preservar e completa. Paulo inequivocamente declarou aos crentes de Filipos: "Porque estou certo isto mesmo, que aquele que começou a boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus" ( Fp 1:6 ). Se um Salvador morrendo poderia levar-nos a graça de Deus, certamente um Salvador vivo pode manter-nos na Sua graça. Ainda mais tarde no capítulo Paulo afirma a verdade de novo: "A Lei veio em que a transgressão pode aumentar", ele escreve; "Mas, onde o pecado aumentou, transbordou a graça mais" ( Rm 5:20 ). Estando na graça , estamos na esfera da constante perdão.

Expositor da Bíblia Arthur Rosa escreveu graficamente "É totalmente e absolutamente impossível que a sentença do juiz divino nunca deve ser revogada ou revertida. Cedo devem os relâmpagos de onipotência tremer o Rock da Eras que aqueles abrigados nele novamente ser trazido sob condenação" ( As doutrinas da eleição e Justificação [Grand Rapids: Baker, 1974], pp 247-48)..

Para Timóteo, seu amado filho na fé, Paulo afirma com a máxima confiança: "Eu sei em quem tenho crido e estou convencido de que Ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia" ( 2Tm 1:12 ).

Se Deus soberanamente declara aqueles que crêem no Seu Filho para ser para sempre apenas, que pode anular o veredicto? O tribunal superior pode ignorar que a absolvição divina? Há, é claro, nenhum tribunal superior e não há maior juiz. Jesus Cristo é o juiz divino de toda a humanidade, e Ele dá Seus verdadeiros discípulos a promessa unspeakably reconfortante de que "tudo o que o Pai me dá virá a mim, e aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" ( Jo 6:37 ). Mais tarde, em que epístola João escreveu: "Todo aquele que é nascido de Deus não comete pecado .... Qualquer pessoa que não pratica a justiça não é de Deus" ( 3: 9-10 ). O verdadeiro crente começará, a partir de salvação diante, um novo padrão de justiça brotando da sua nova natureza que odeia o pecado e ama a Deus. Ele não vai ser perfeito, mas seus desejos será diferente e assim que seus padrões de comportamento. Esse novo desenvolvimento para a santidade é obra de Deus, como veremos nos próximos capítulos.

Escritura detalhes repetidamente a pecaminosidade, fragilidade e fraqueza dos homens, incluindo os crentes, e uma pessoa sensata e honesta pode ver essas verdades auto-evidentes para si mesmo. Portanto, somente a auto-ilusão pode levar um cristão a crer que, em sua própria fraqueza e imperfeição, ele pode preservar o grande dom da vida espiritual, que só poderia ser comprado pelo precioso sangue, sem pecado do próprio Filho de Deus.
Para um crente a duvidar de sua segurança é para pôr em causa a integridade tanto de Deus e Seu poder. Ele também é adicionar o mérito do trabalho dos homens para o trabalho gracioso, imerecido de Deus.É para adicionar auto-confiança para confiar em nosso Senhor, porque se a salvação pode ser perdida por qualquer coisa que podemos ou não podemos fazer, a nossa confiança final, obviamente, deve ser em nós mesmos, e não em Deus.
O poeta escocês santo e pregador Horatius Bonar escreveu estas linhas bonitas em um hino intitulado "O portador de pecados" ( Hinos de Fé e Esperança [Londres: Tiago Nisbett, 1872], pp 100-102.):

Tuas cadeias, não meu, ó Cristo,
Desvincular-me das minhas cadeias,
E quebrar minha prisão-portas,
Ne'er de ser barrado novamente.
A tua justiça, ó Cristo,
Sozinho pode me cobrir;
Não aproveita a justiça
Salve o que é de Ti.
A tua justiça sozinho
Pode vestir e embelezar;
Eu envolvê-la em volta de minha alma;
Neste eu vou viver e morrer.

Esperança da Glória do Crente

e nós nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não só isso, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e perseverança, experiência comprovada; e caráter comprovada, a esperança; e esperança não decepciona, ( 5: 2 b-5-A)

Um terceiro elo da cadeia inquebrável que eternamente une os crentes a Cristo e lhes dá razão para exultar é a esperança da glória de Deus. Uma vez que cada aspecto do que é apenas a obra de Deus, a salvação não pode, eventualmente, ser perdido. E o fim de que o trabalho divino maravilhoso é a glorificação final de cada crente em Jesus Cristo. Aqueles "que [Deus] de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, para que ele seja o primogênito entre muitos irmãos; e aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou "( Rm 8:29-30. ).

Como o apóstolo já estabeleceu, a salvação está ancorada no passado , porque Cristo fez a paz com Deus para todos aqueles que confiam nele ( 5: 1 ). Ele está ancorado no presente , porque, pela contínua intercessão de Cristo ( He 7:25 ), cada crente está agora firmemente na graça de Deus ( v. 2a ). Em seguida, ele proclama que a salvação também está ancorada no futuro, porque Deus dá a cada um de Seus filhos a promessa imutável que um dia eles serão vestidos com a glória do Seu próprio Filho.

Kauchaomai ( exultar ) denota júbilo e regozijo. O cristão não tem motivos para temer o futuro e todos os motivos para se alegrar nele, porque ele tem a divinamente garantido esperança que o seu destino final é o de compartilhar a própria glória de Deus. Jesus Cristo garante a esperança do crente porque Ele mesmo é nossa Esperamos ( 1Tm 1:1 ). Um crente não ganha sua futura glória no céu, mas vai recebê-lo de mão graciosa de Deus, assim como ele recebeu a redenção quando ele confiava primeiro em Cristo e santificação desde então.

Você sabe "que você não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro da vossa vã maneira de vida herdado de seus antepassados", Pedro nos lembra, "mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo. Pois Ele foi conhecido antes da fundação do mundo, mas tem aparecido nestes últimos tempos por causa de vocês que por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de modo que a vossa fé e esperança estivessem em Deus "( I Pedro 1:18-21. ; cf. Cl 3:4. ). E quando a nossa própria perecíveis e corpos mortais, um dia são ressuscitarão incorruptíveis e imortais ( 1 Cor. 15: 53-54 ), eles estarão aptos a receber e exibir glória divina de Deus "Mas a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, pelo esforço do poder que Ele tem até sujeitar todas as coisas para si mesmo "( . Fp 3:20-21 ).

O Espírito Santo também é Ele mesmo uma garantia de segurança do crente "Nele [Cristo], você também, depois de ouvir a mensagem da verdade, o evangelho da vossa também a salvação, tendo crido, fostes selados nEle com o Espírito Santo de promessa, que é dada como penhor da nossa herança, tendo em vista a redenção da possessão de Deus, para o louvor da sua glória "( 13 49:1-14'>Ef 1:13-14. ).

Como Paulo explica aos crentes de Corinto, a nossa glorificação começa, em parte, mesmo em nossa atual vida terrena: "Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados na mesma imagem de glória para a glória, assim como pelo Senhor, o Espírito "( 2Co 3:18 ).

Porque a nossa compreensão humana é tão imperfeito, é impossível para nós compreender a maravilha ea magnitude da glória de Deus. No entanto, temos a própria garantia do Senhor que um dia nós não só irá contemplar Sua glória divina, mas vai participar dele. A glória de Sua própria santidade divina e majestosa perfeição irá irradiar em nós e através de nós para toda a eternidade. Vamos compartilhar a própria glória de Deus porque somos "predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho" ( Rm 8:29. ; cf. 1Co 2:71Co 2:7 ). Em outras palavras, a própria glória de Deus se manifesta através de sua graça, por meio de Sua compartilhar sua glória divina com aqueles que merecem somente a destruição ( v. 22 ).

Embora sua segurança repousa inteiramente na obra consumada de Cristo e do poder de sustentação do Espírito de Cristo, de estar fora de um cristão vai testemunhar a sua vida espiritual interior. A obediência ao Senhor não preserva a salvação, mas é uma evidência disso. A nossa perseverança na fé não manter a nossa salvação, mas é uma prova para fora dela. Aqueles que renunciar a Cristo-se por palavras heréticos ou por ímpios persistente de estar de provar que nunca pertenceu a Ele em primeiro lugar (veja 1Jo 2:19 ).

O escritor de Hebreus declara que "Cristo foi fiel como Filho sobre a casa de qual casa somos nós, se nos ativermos a nossa confiança e orgulho da nossa empresa esperança até o fim." Alguns versos depois, ele acrescenta, "porque nos temos tornado participantes de Cristo, se nos ativermos o início da nossa confiança até ao fim" ( He 3:6 ). Ele não está dizendo que a nossa segurança espiritual repousa em nossa própria capacidade de agarrar-se a Cristo, mas que a nossa habilidade dada por Deus para se apegam é uma evidência de que pertencemos a Cristo. Ele é apenas o Seu nos apegar que nos permite segurá-lo rápido. Os dois lados da perseverança cristã são o seguinte: a partir da perspectiva divina, Deus detém os crentes; do ponto de vista humano, eles segurá-lo, por causa da força do Seu Espírito Santo proporciona.

Além exultante com a nossa esperança certa da glória de Deus, também nos gloriamos nas próprias tribulações. Isso é porque eles contribuem para um presente de bênção e glória final. thlipsis (tribulações ) tem o significado subjacente de estar sob pressão e foi usado de espremendo azeitonas em uma prensa para extrair o petróleo e de espremer uvas para extrair o suco.

As tribulações de que Paulo está falando não são os problemas que são comuns a toda a humanidade, mas os problemas que os cristãos sofrem por causa do seu Senhor. Uma das promessas menos atraentes que a Escritura dá aos crentes é que aqueles que são fiéis podem estar certos de estar sob pressão de Satanás e do atual sistema mundial que está sob seu controle. "Todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos", assegurou Paulo Timóteo ( 2Tm 3:12 ). A última bem-aventurança, que é o tempo que todos os outros juntos, contém a promessa de que a perseguição traz a bênção de Deus (cf. Mt 5:10-12. ). Talvez porque essa beatitude é humanamente tão apetitosa, é dado duas vezes ( vv. 10, 11 ) e é acompanhado pela exortação para "alegrar-se, e ser feliz" quando a perseguição vem (12 v. ).

A perseguição por amor a Cristo nesta vida é por si só um penhor ou garantia da nossa glória futura "Para momentânea aflição luz", Paulo nos assegura, "produz para nós um peso eterno de glória muito além de toda comparação" ( 2Co 4:17 ). A perseguição por amor de Cristo é uma evidência de que estamos vivendo de Cristo vive. "Lembre-se da palavra que eu disse a você," Jesus lembrou Seus discípulos: "Um escravo não é maior do que seu mestre Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós." ( Jo 15:20 ; cf. . Matt 10:24 —25 ).

"Que aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus", diz Pedro, "confiar as suas almas ao fiel Criador, fazendo o que é certo" ( 1Pe 4:19 ). Os cristãos não têm motivo para desespero na vida presente, não importa quão grande o seu sofrimento pode ser ou o quão desesperada a sua situação pode aparecer a partir da perspectiva humana. Devemos sempre ser capaz de dizer com confiança sem reservas de Paulo: "Porque eu considero que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória que há de ser revelada a nós" ( Rm 8:18. ). Como o apóstolo continua a revelar, mesmo "também a mesma criatura será libertada da escravidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus .... E não só isso, mas também nós mesmos, tendo o primeiro frutos do Espírito, igualmente gememos em nós mesmos, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo "( 21 vv. , 23 ).

Os cristãos não devem apenas se alegrar em tribulações , porque essas dificuldades são a prova de vida fiel, que é abençoado e recompensado, mas também por causa dos benefícios espirituais que produzem. Tribulation traz sobre a perseverança; e perseverança, experiência comprovada; e caráter comprovada, a esperança; e esperança não decepciona . Nossas aflições por amor de Cristo produzir bênçãos sempre crescentes. Ele não deve parecer estranho, então, que os filhos de Deus são destinados para aflição nesta vida ( 1Ts 3:3. ).

Hupomone ( perseverança ) é muitas vezes traduzida como "paciência"; como é na Rei Tiago 5ersion. Ele também carrega a idéia de resistência, a capacidade de continuar a trabalhar em face da forte oposição e grandes obstáculos.

Perseverança, por sua vez, produz caráter comprovada . O termo grego ( dokimē ) traduzido caráter comprovada simplesmente significa "prova", que, no presente contexto, obviamente, refere-se a Cristão personagem . O termo foi usado de ensaios de metais preciosos como prata e ouro para demonstrar a sua pureza. Quando os cristãos experimentam tribulações que exigem perseverança, que a perseverança, por sua vez, produz neles comprovada espiritual personagem . Assim como um ourives utiliza calor intenso para derreter prata e ouro, a fim de purificá-los de impurezas físicas, de modo que Deus usa as tribulações para limpar seus filhos de impurezas espirituais. "Bem-aventurado o homem que suporta a provação", Tiago assegura os fiéis; "Pela primeira vez ele tenha sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam" ( Jc 1:12 ).

Fechando o círculo, como se fosse, Paulo diz que a esperança piedosa produz esperança dos deuses. Nosso "esperança da glória de Deus" ( v. 2 ) é aumentada e fortalecida pelo nosso Pai celestial através do processo de tribulação, perseverança e caráter, o produto final do que é comprovada a esperança que não decepciona . Quanto mais um crente prossegue santidade, mais ele é perseguido e conturbado e maior será a sua esperança de que ele é sustentado por tudo isso pela poderosa graça de Deus.

Posse do Amor Divino do Crente

porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Por enquanto ainda éramos fracos, no momento certo, Cristo morreu pelos ímpios.Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; embora, talvez, para o bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. ( 5: 5 b-8)

A quarta ligação maravilhosa na cadeia inquebrável que eternamente une os crentes a Cristo é a sua posse do divino amor de Deus, que foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado . Quando a pessoa recebe a salvação através de Jesus Cristo, ele entra em uma relação de amor espiritual com Deus que dura por toda a eternidade.

Como o apóstolo torna inequívoca no versículo 8 , o amor de Deus não se refere aqui ao nosso amor a Deus, mas ao Seu amor por nós. A verdade mais esmagadora do evangelho é que Deus amou pecador, caído, a humanidade rebelde, tanto "que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" ( Jo 3:16 ). E, como o apóstolo proclama no versículo 9 do presente capítulo, se Deus nos amou com um amor tão grande antes de sermos salvos, quando ainda éramos Seus inimigos, quanto mais Ele nos ama agora.

Como se isso não bastasse, Deus mesmo graciosamente dá o Seu amor por nós. Para aqueles que aceitam a Sua oferta de salvação, Deus toma Seu indescritível e imerecido amor e derrama-lo dentro doscorações daqueles que acreditam, por meio de Seu próprio Espírito Santo que ele dá a eles. Tomando a verdade da segurança eterna fora da área objetivo da mente, Paulo revela agora que, em Cristo, nós também são dadas provas subjetiva de salvação permanente, a prova de que os implantes o próprio Deus dentro de nosso ser mais profundo, em que adoramos Aquele que nos amou primeiro ( I João 4:7-10; cf. 1Co 16:221Co 16:22. ).

Derramado refere-se a efusão generoso a ponto de transbordar. Nosso Pai Celestial não ofertar Seu amor em gotas, mas medidos em torrentes imensuráveis. O próprio fato de que Deus dá o Seu Espírito Santo para habitar os crentes é em si um maravilhoso testemunho de seu amor por nós, porque Ele dificilmente habitar aqueles que Ele não a amava. E é só por causa da habitação do Espírito de que seus filhos são capazes de verdadeiramente amam. Falando aos seus discípulos sobre o Espírito Santo, Jesus disse: "Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva" ( Jo 7:38 ; cf. v. 39 ). Esses rios de bênção pode fluir para fora dos crentes só por causa dos rios divinas de bênção, incluindo a bênção do amor divino, que Deus derramou em -los.

Da mesma forma, nossa segurança espiritual não está na nossa capacidade de viver piedosamente, mas no poder da habitação Espírito Santo para fazer -nos deuses. Só Deus pode fazer os homens piedosos e do Espírito de levando-nos a santidade é uma das grandes evidências da salvação. "Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus", Paulo declara: "esses são filhos de Deus" ( Rm 8:14 ).

Com o desejo de amar, mesmo o desejo genuíno de ser piedoso é produzido pelo Espírito Santo. Sempre que nós sinceramente aspirar a uma vida justa, sempre que temos um desejo sincero de orar, sempre ansiamos para estudar a Palavra de Deus, sempre que temos tempo para adorar ao Senhor Jesus Cristo com todo o nosso coração, sabemos que estamos sendo guiados pelo Espírito Santo. Sempre que nós experimentamos a consciência impressionante que Deus é realmente nosso Pai celestial, que é "o mesmo Espírito [que] testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo "( Rom. 8: 16-17 ). O homem natural não tem tais desejos ou experiências, e até mesmo os cristãos não tê-los além de ser habitado e dirigido pelo Espírito Santo .

Porque reconhecendo suas promessas com a mente não necessariamente trazer confiança pessoal para o coração, Deus prevê o incentivo emocional, bem como o esclarecimento mental de seus filhos.Quando o Senhor é dada total liberdade em nossas vidas, o Espírito Santo vai dar frutos dentro e através de nós, o primeiro fruto do que é o amor ( Gl 5:22 ). Mas quando nós entristecê-lo através da nossa desobediência ( Ef 4:30 ), Ele não pode produzir o que ele pretende. Portanto, quando vivemos em desobediência, não só não vai sentir amor para com Deus, mas não vai se sentir Seu amor por nós.

Talvez com essa verdade em mente, Paulo orou pelos crentes de Éfeso: "Por esta razão, me ponho de joelhos diante do Pai, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que Ele vos conceda, de acordo com as riquezas de Sua glória, para ser fortalecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite em seus corações mediante a fé; e que, estando arraigados e alicerçados em amor, pode ser capaz de compreender com todos os santos, qual seja a largura eo comprimento, altura e profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus "( Ef. 3: 14-19 ). O Espírito Santo fortalece o homem interior e permite-lhe "conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento." Pela obra graciosa do Espírito dentro de nós, nossos corações são capazes de experimentar a profundidade do amor que nossas mentes não são capazes de entender, "o amor de Cristo, que excede todo o entendimento."

Sabendo que seus leitores gostariam de saber mais sobre a qualidade e caráter do amor divino que os enchia, Paulo lembra-lhes a maior manifestação do amor de Deus em toda a história, talvez em toda a eternidade: Por enquanto ainda éramos fracos, no momento certo Cristo morreu pelos ímpios. Enquanto os homens eram totalmente impotente para trazer-se a Deus, Ele enviou o seu Filho unigênito, Jesus Cristo , para morrer por nós, não obstante o fato de que fomos ímpios e completamente indigno do seu amor. Quando éramos impotentes para escapar de nosso pecado, incapaz de escapar da morte, impotente para resistir a Satanás, e impotente para agradá-lo de qualquer forma, Deus enviou surpreendentemente Seu Filho para morrer em nosso lugar.

Amor humano natural é quase sempre com base na atratividade do objeto de amor, e nós estamos inclinados a amar as pessoas que nos amam. Conseqüentemente, tendem a atribuir o mesmo tipo de amor a Deus. Nós pensamos que o Seu amor por nós é dependente da forma como somos bons ou sobre o quanto o amamos. Mas, como Jesus apontou, até mesmo os cobradores de impostos traidores estavam inclinados a amar aqueles que os amava ( Mt 5:46 ). E, como teólogo Charles Hodge observou: "Se [Deus] nos amou porque o amava, ele nos ama apenas enquanto nós o amamos, e nessa condição, e então nossa salvação dependeria da constância de nossos corações traiçoeiros. Mas, como Deus nos amou como pecadores, como Cristo morreu por nós como ímpio, a nossa salvação depende, como o apóstolo argumenta, não em nossa beleza, mas na constância do amor de Deus "( Comentário sobre a Epístola aos Romanos [Grand Rapids: Eerdmans, 1974 reimpressão], pp 136-37)..

Imenso amor de Deus é supremamente demonstrada pela morte de Cristo para o ímpio , para a humanidade totalmente injusto, indigno, e ser amado. No reino humano, por outro lado, Paulo observa queapenas alguém morrerá por um justo; embora, talvez, para o bom alguém ouse morrer . Paulo não está contrastando um homem justo com um homem bom , mas é simplesmente usando esses termos como sinônimos. Seu ponto é que é incomum para uma pessoa a sacrificar a própria vida para salvar a vida de alguém, mesmo de caráter elevado. Ainda menos pessoas estão inclinados a dar suas vidas para salvar uma pessoa que sabe ser um canalha perverso. Mas Deus estava tão inclinado, e na medida em que é a nossa segurança e garantia. Salvo, nunca pode ser tão miserável como estávamos antes da salvação e Ele nos amou totalmente então.

Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós . Esse tipo de amor altruísta e imerecida é completamente além da compreensão humana. No entanto, esse é o amor que o Deus justo e infinitamente santo teve para conosco mesmo sendo nós ainda pecadores . O Deus que odeia todos os pensamentos pecaminosos e cada ato pecaminoso, no entanto, ama os pecadores que pensam e fazer essas coisas, mesmo enquanto eles ainda estão irremediavelmente enredado em seu pecado. Mesmo quando os homens odeiam abertamente a Deus e não tenho a menor vontade de desistir de seu pecado, eles ainda são os objetos de redentora de Deus amor , desde que eles vivem. Somente com a morte faz um cessar incrédulo de ser amado por Deus. Depois disso, ele é eternamente além dos limites do amor de Deus e está destinado de forma irrevogável para a sua ira. Em Cristo, estamos para sempre ligado a Deus por Seu amor, demonstrado em bênçãos (positivas) e da misericórdia (negativo).

Certeza da Libertação do Crente

Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos salvos da ira de Deus por meio dele. Para se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. ( 5: 9-10 )

Como se os quatro primeiros não foram o suficiente para submergir-nos completamente com segurança, há um quinto elo na cadeia inquebrável que eternamente une os crentes a Cristo, que é a sua certeza da libertação do julgamento de Deus.
A frase muito mais, em seguida, indica que o que se segue é ainda mais esmagadora e significativa do que o que o precedeu, surpreendente e maravilhoso como que é . Tendo sido justificados pelo seu sangue se refere ao aspecto inicial da salvação, que para os crentes é passado. À luz do fato de que nós já fomos justificados , Paulo está dizendo, temos a certeza de ser salvos da ira de Deus por meio dele, isto é, por meio de Cristo. Porque agora estamos identificados com Cristo e são adotados como filhos de Deus por meio dele, já não somos "filhos da ira" ( Ef 2:3. ; cf. 1Ts 5:9. , e outro, "Então irei ao altar de Deus, a Deus a minha grande alegria), e sobre o lira Vou Te louvamos, ó Deus, meu Deus "( Sl 43:4 )

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram-for até que a lei havia pecado no mundo; mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir. ( 5: 12-14 )

Muitas pessoas consideram Romanos 5:12-21 , de que o presente texto é a introdução, para ser a passagem mais difícil na epístola. Na primeira leitura, parece complexo e enigmático, e em certo sentido é.Como será discutido mais tarde, na medida da compreensão humana tão completa está em causa, as verdades desta passagem são além do alcance. Mas, por outro lado, as próprias verdades são maravilhosamente simples e clara quando aceitou com fé humilde como a Palavra de Deus. Assim como é possível aceitar e viver de acordo com a lei da gravidade, sem entendê-la totalmente, por isso é possível que os crentes a aceitar e viver de acordo com a verdade de Deus, sem entendê-la totalmente.

Os versículos 12:14 estabelecer as bases para o restante do capítulo, apontando a verdade óbvia de que a morte é universal para a raça humana. Nestes três versículos Paulo concentra-se em Adão e o reinado de morte que o seu pecado engendrado. No restante do capítulo ( vv. 15-21 ), ele concentra-se em Cristo e do reinado de vida.

Como o apóstolo deixa claro mais tarde na carta, a destruição causada pelo pecado afeta toda a criação (ver Rom. 8: 19-22 ). Mas seu foco atual é sobre a destruição universal da vida humana que o pecado trouxe ao mundo a morte daqueles a quem Deus criou à Sua própria imagem.

Nenhuma verdade é mais evidente do que a inevitabilidade da morte. A terra é com sepulturas marcadas de varíola, e o testemunho mais incontestável da história é que todos os homens, independentemente das suas riqueza, status ou realizações, estão sujeitos à morte. Desde a criação, a cada pessoa, mas dois, Enoque e Elias, morreram. E se não fosse por arrebatamento de Sua igreja de Cristo, todos os homens continuam a morrer.
A realidade dolorosa da morte toca a humanidade, sem interrupção e sem exceção. Segundo um provérbio oriental, "A morte de camelo preto kneeleth uma vez em cada porta e cada mortal deve montar para voltar nunca mais." O próprio termo mortal, significa "sujeito à morte."

O poeta do século XVIII, Tomé Cinza escreveu estas linhas assombrando em seu Elegy em um Churchyard do país:

O orgulho de heráldica; a pompa de pow'r, 
E toda essa beleza toda essa riqueza e'er deu,

Aguarda hora inevitável 'th igualmente, 
Os caminhos da glória liderança, mas para o túmulo.

Em Shakespeare Rei Ricardo II, o rei sabiamente observa (III.II.195):

Dentro da coroa oca
Que arredonda os templos mortais de um rei
Mantém a morte de seu tribunal, e aí está o antick,
Scoffing seu estado e sorrindo para sua pompa,
Permitindo-lhe uma respiração, um pouco de cena,
Para monarchize, ser fear'd, e matar com olhares,
Infundindo-lo com auto e vaidade
Como se esta carne, que paredes sobre a nossa vida
Eram de bronze inexpugnável; e assim humour'd
Vem no último, e com um pouco de pin
Bores através de sua parede de castelo e despedida rei!
O poeta do século XVII Tiago Shirley escreveu em A contenção de Ajax e Ulisses,

As glórias do nosso nascimento e estado 
são sombras, as coisas não substanciais;

Não há armadura contra o destino; 
Morte coloca suas mãos geladas em reis: 
Cetro e coroa 
deve cair para baixo,

E no pó ser feito igual
Com os pobres foice torto e pá.

Tendo em vista a universalidade da mortalidade as perguntas vêm à mente: "Por que o reinado de morte no mundo? Por que todo mundo morre, se no final de uma longa vida ou em seu início? Como a morte tornar-se o vencedor incontestável sobre a humanidade? "
Paulo dá a resposta para essas perguntas no presente texto. E, embora as verdades básicas que ele apresenta são em si bastante simples, seu argumento em defesa deles não é. Seu raciocínio inspirado divinamente mergulha o leitor profundamente em mistérios que nunca vamos entender completamente, até que um dia ver o Senhor face a face. O objetivo principal desta passagem, no entanto, não é explicar por que todas as pessoas morrem. Paulo traz o tema da morte apenas para estabelecer o princípio de que as ações de uma pessoa pode afetar inexoravelmente muitas outras pessoas. O principal objetivo da Paulo neste capítulo é mostrar como a morte de um homem, desde a salvação para muitos, e para isso o apóstolo primeiro mostra a razoabilidade de que a verdade desde que o pecado produziu a condenação de um homem para muitos.
Analogia de Paulo de Adão e Cristo esclarece várias verdades sobre plano de redenção de Deus, mas de nenhuma maneira esclarece todos os aspectos dessa disposição maravilhosa. Não é que qualquer das verdades de Deus são inexplicáveis, mas que as explicações de muitos deles estão além da compreensão humana. Nossa responsabilidade é a de acolher na fé, tanto o que está claro e que não é, o que é compreensível e que continua a ser um mistério.
Depois de descrever o pecado terrível e perdição de toda a humanidade ( 1: 18-3: 20 ), Paulo revelou como Cristo, por Sua morte justificando na cruz, desde o caminho da salvação de todo aquele que se aproxima de Deus na fé ( 3: 21-5: 11 ). A pergunta inevitável que surge então é: "Como pode um homem que fez de uma só vez na história têm um efeito tão absoluto sobre a humanidade?"

A analogia de Adão e Cristo é a antítese, uma analogia dos contrários. Por causa do pecado de Adão, todos os homens são condenados; por causa da obediência de Cristo, muitos estão perdoados. Adão é, portanto, análogo ao Cristo apenas em conta o princípio comum de que o que um homem afetou inúmeros outros.
O argumento de Paulo em versos 12:14 é composta por quatro elementos lógicos ou fases: o pecado entrou no mundo por um homem ( v 12. um ;) a morte entrou no mundo por causa do pecado ( v 12. b ); a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram ( v 12. c ); e a história prova que a morte reina sobre todos os homens ( vv. 13-14 ).

O pecado entrou no mundo por um homem

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, ( 05:12 a)

Portanto conecta o que se segue com o que acaba de ser declarado, ou seja, que, como crentes, fomos reconciliados com Deus por meio do sacrifício de Seu Filho Jesus Cristo ( vv. 8-11 ). Agora Paulo começa a analogia de Cristo com Adão, o princípio comum é que, em cada caso, um efeito de longo alcance sobre inúmeros outros foi gerado por um só homem.

No caso de Adão, foi através de um homem que o pecado entrou no mundo. É importante notar que Paulo não diz que o pecado originou-se com Adão, mas apenas que o pecado no mundo, ou seja, no reino humano, começou com Adão. O pecado originou com Satanás, que "peca desde o princípio" ( 1Jo 3:8 ). Adão foi dado, mas um, simples proibição por Deus, mas a conseqüência da desobediência de que a proibição era grave.

Depois de Eva foi criada a partir de Adão e se juntou a ele no jardim como sua esposa e ajudante, Satanás tentou a duvidar e desobedecer a ordem de Deus. Ela, por sua vez, induziu o marido a desobedecer, e eles pecaram juntos. Mas, apesar de Eva desobedeceram a primeira, a principal responsabilidade pelo pecado foi Adão, em primeiro lugar, porque foi com ele que Deus havia dado diretamente o comando, e segundo porque ele tinha liderança sobre Eva e deveria ter insistido em sua obediência mútua para Deus, em vez do que deixá-la para levá-lo à desobediência.

O comando foi o único ponto de submissão a Deus exigida de Adão. Exceto por essa única restrição, Adão havia sido dada autoridade para subjugar e dominar toda a terra ( Gênesis 1:26-30 ). Mas quando Adão desobedeceu a Deus, o pecado entrou em sua vida e gerou uma mudança constitucional em sua natureza, da inocência para a pecaminosidade, uma pecaminosidade inata que seria transmitido para cada um de seus descendentes.

O argumento de Paulo começa com a afirmação de que, através de Adão, o pecado entrou no mundo. Ele não fala de pecados, plural, mas do pecado, singular. Neste sentido, o pecado não representa um ato injusto particular, mas a propensão inerente à injustiça. Não foram os muitos outros atos pecaminosos que Adão eventualmente cometidos, mas o pecado que habita a natureza que ele veio a possuir por causa de sua primeira desobediência, que passou à sua posteridade. Assim como Adão legou sua natureza física à sua posteridade, ele também legou a eles sua natureza espiritual, que, doravante, foi caracterizado e dominado pelo pecado.

Deus fez homens uma corrida procriador, e quando eles procriam eles passam para seus filhos, e aos filhos de seus filhos, a sua própria, psicológico, físico e espiritual-natureza.
João Donne escreveu estas linhas bem conhecidas em sua XVII Meditação,

Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; todo homem é um pedaço do continente, uma parte do principal; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, assim como se fosse um promontório, assim como se um solar de teus amigos ou o teu próprio; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; E por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram; Eles dobram por ti.
A humanidade é uma única entidade, constituindo uma solidariedade divinamente ordenada. Adão representa toda a raça humana, que é descendente dele, não importa quantas subgrupos pode haver.Portanto, quando Adão pecou, ​​toda a humanidade pecou, ​​e porque o seu primeiro pecado transformou sua natureza interna, que a natureza agora depravado também foi transmitido à sua posteridade. Porque ele se tornou espiritualmente poluído, todos os seus descendentes seriam poluído da mesma forma. Que a poluição tem, de fato, da acumulação e intensificado ao longo dos séculos da história humana. Em vez de evoluir, como humanistas insistir, o homem devolveu, degenerando em maior e maior pecado.
Os judeus antigos entendido bem a idéia de identidade corporativa. Eles nunca pensaram em si mesmos como personalidades isoladas ou como uma massa de indivíduos separados que passou a ter a mesma linhagem de suas famílias e companheiros judeus. Eles olharam para todas as outras raças da mesma forma. Um dado cananeu ou edomita ou egípcia estava intimamente ligado a todos os outros de sua raça.O que um deles afetou todos os outros, e que os outros lhe fizeram-in afetados de maneira que é difícil para os modernos, homem individual e orientada para a compreender.

Foi nesta base que Deus freqüentemente punido ou abençoou uma tribo inteira, cidade ou nação por causa do que alguns ou mesmo apenas um, dos seus membros fizeram. Foi à luz desse princípio que Abraão pediu ao Senhor que poupasse Sodoma se apenas algumas pessoas justas poderia ser encontrado lá ( Gen. 18: 22-33 ). Foi também com base neste princípio que Deus realizou todo o Israel responsável e acabou destruindo a família de Acã junto com ele por causa da desobediência de que um homem em manter para si alguns dos despojos de Jericó (ver Josh. 7: 1-26 ).

O escritor de Hebreus sabia que seus leitores judeus iria entender a sua declaração sobre os dízimos que Levi pagos a Melquisedeque. "Sem qualquer disputa", declarou ele, "o menor é abençoado pelo maior. E, neste caso os homens mortais recebem dízimos, mas, nesse caso, a pessoa recebe, aquele de quem se testifica que vive. E, por assim dizer , por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos, pois ele ainda estava nos lombos de seu pai quando Melquisedeque saiu ao encontro "( Heb 7: 7-10. ; cf. vv 1-3. ; Gn 14:18 —20 ). Em outras palavras, apesar de Melquisedeque viveu muitos anos antes de Levi, o pai da tribo sacerdotal, nasceu, juntamente com todos os outros descendentes de Abraão, Levi, por estar na semente em lombos de Abraão, compartilhou o dízimo pago ao antigo rei .

Da mesma forma, embora com enormemente maiores conseqüências, o pecado de Adão foi passada para todos os seus descendentes. Quando ele pecou no Jardim do Éden, ele pecou, ​​não só como homem, mas como homem. Quando ele e sua esposa, que eram uma só carne ( Gn 2:24 ), pecaram contra Deus, todos os seus descendentes, isto é, toda a raça humana em seus lombos-compartilharia em que o pecado e da alienação de Deus e sujeição à morte que eram a sua consequência. "Em Adão todos morrem", Paulo explicou aos Coríntios ( 1Co 15:22 ). Na medida em que a culpa está em causa, todo o ser humano estava presente no jardim com Adão e ações no pecado que cometeu lá.

O fato de que Adão e Eva não só eram figuras históricas reais, mas eram os seres humanos originais de quem todos os outros já desceu é absolutamente crítico para o argumento de Paulo aqui e é fundamental para a eficácia do evangelho de Jesus Cristo. Se um Adão histórico não representa toda a humanidade em pecado, um Cristo histórico não poderia representar toda a humanidade na justiça. Se todos os homens não caiu com o primeiro Adão, todos os homens não poderiam ser salvos por Cristo, o segundo e último Adão (ver 1 Cor. 15: 20-22 , 1Co 15:45 ).

A morte entrou no mundo por Pecado

e pelo pecado a morte ( 5:12 b)

O segundo elemento do argumento de Paulo é que, como o pecado entrou no mundo por um homem, assim também a morte, consequência do pecado, entrou no mundo por meio de que um só homem o pecado .

Deus não criou Adão como um ser mortal, ou seja, como sujeito à morte. Mas Ele alerta explicitamente Adão que a desobediência ao comer o fruto do conhecimento do bem e do mal faria sujeito à morte (Gn 2:17 ). E, ao contrário da mentira de Satanás ( 3: 4 ), que era de fato o destino que Adão sofreu por sua desobediência. Mesmo antes de existir o pecado humano, Deus tinha ordenado que os seus salários seria a morte ( Rm 6:23. ; conforme Ez 18:4 ).

Pecado traz vários tipos de morte para os homens. A morte é a separação, e primeira morte de Adão era espiritual separação de Deus, o que Adão experimentou imediatamente após a sua desobediência.

"Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados", Paulo lembrou aos crentes de Éfeso ", em que você anteriormente andou de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora está trabalhando em os filhos da desobediência "( Ef. 2: 1-2 ). Os perdidos são "obscurecidos no entendimento, separados da vida de Deus, por causa da ignorância que há neles, por causa da dureza de seu coração" ( Ef 4:18 ). O regenerado estão muito vivos para o mundo, mas eles estão mortos para Deus e para as coisas de Deus.

A segunda, e óbvio, tipo de morte que o pecado traz é física, a separação de outros seres humanos. Embora Adão não perdeu imediatamente a sua vida física, tornou-se sujeitos à morte física do momento que ele pecou.

Um terceiro tipo de morte que o pecado traz é eterna , uma extensão incomensuravelmente pior do primeiro. Referido na Escritura como a segunda morte ( Ap 21:8, He 2:15 ).

A morte se espalhou a todos os homens porque todos pecaram

e assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram ( 05:12 c)

Um terceiro elemento do argumento de Paulo é que a morte foi transmitida a todos os homens , sem exceção. Nenhum ser humano jamais escapou da morte. Enoque e Elias, que escapou da morte física e eterna, no entanto, estavam espiritualmente mortos antes que confiou no Senhor. Mesmo Jesus morreu, não por causa do seu pecado próprio, mas por causa do pecado do mundo que Ele vicariamente tomou sobre Si. E quando Ele tomou sobre Si o pecado, Ele também tomou sobre Si penalidade do pecado.

Pecado traduz um aoristo grego tenso, o que indica que em um ponto no tempo todos os homens pecaram . Isso, é claro, foi o tempo em que Adão primeiro pecado. Seu pecado se tornou pecado da humanidade, porque todos os homens estavam em seus lombos.

Os homens aprenderam a identificar certas características físicas e mentais em genes humanos, mas nunca vai descobrir uma maneira de identificar a depravação espiritual que tem sido transmitida de geração em geração ao longo da história do homem. Sabemos desse legado somente através da revelação da Palavra de Deus.
Paulo não tente fazer a sua explicação inteiramente compreensível para os seus leitores, e ele próprio não afirmam ter plena compreensão do significado do que o Senhor revelou-e por meio dele. Ele simplesmente declarou que o pecado de Adão foi transmitida para toda a sua posteridade, pois que a verdade foi revelada a ele por Deus.

Depravação humana natural não é o resultado, mas a causa de atos pecaminosos do homem. Uma criança não tem de ser ensinado a desobedecer ou ser egoísta. Nasce assim. A criança não tem que ser ensinados a mentir ou roubar. Aqueles são naturais à sua natureza caída, e ele vai expressá-las como uma coisa natural, a menos prevenido.

"Eis que eu nasci na iniqüidade", Davi confessou ", e em pecado me concebeu minha mãe" ( Sl 51:5 ).

Toda pessoa que não é renascido espiritualmente através de Cristo ( Jo 3:3).

Como já se referiu, embora Eva desobedeceram a ordem de Deus em primeiro lugar, Adão era mais responsável pela sua desobediência, porque "não foi Adão que foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão" ( 1Tm 2:14 ). Adão não tinha desculpa. Sem ser enganado, e plenamente consciente do que estava fazendo, ele deliberAdãoente desobedeceu a Deus.

Alguns objetos com a idéia de que eles pecaram em Adão, argumentando que eles não só não estavam lá, mas nem sequer existia quando ele pecou. Mas por isso mesmo, não estávamos fisicamente na crucificação quando Cristo morreu, mas como crentes que prontamente aceitamos a verdade de que, pela fé, nós morremos com Ele. Nós não literalmente entrar no túmulo com Cristo e não foram literalmente ressuscitado com Ele, mas pela fé somos considerados como tendo sido sepultado e ressuscitado com Ele. Se o princípio não fosse verdade que todos pecaram em Adão, seria impossível fazer o ponto de que tudo pode ser feito justo em Cristo. Essa é a verdade Paulo explicita mais tarde nesta carta ( 5: 15-19 ), e em sua primeira carta a Corinto: "Pois como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados" ( 1Co 15:22. , e quando eles caíram com Lúcifer () Apocalipse 12:7-9 ), caíram individualmente e foram imediatamente condenados ao inferno para sempre, com nenhuma oportunidade de redenção.

Deus criou os anjos para servi-Lo e dar-Lhe glória. Porque eles foram criados santos eles totalmente compreendido coisas como a santidade, a justiça ea majestade de Deus. Mas eles não tinham a compreensão da sua graça, misericórdia, compaixão, ou perdão, porque essas características têm significado apenas onde há o sentimento de culpa do pecado. É talvez por essa razão que os santos anjos longos de olhar para o evangelho da salvação ( 1Pe 1:12 ). É impossível, mesmo para os santos anjos para elogiar plenamente Deus, porque eles não podem compreender totalmente a Sua grandeza.

Por suas próprias razões divinas, no entanto, Deus criou o homem para ser procriador. E quando Adão caiu, e, assim, trouxe sua própria condenação e a condenação de todos os seus descendentes, Deus, em misericórdia, desde o caminho da salvação, a fim de que aqueles que iria experimentar a Sua graça teria, então, causa para louvá-Lo por isso. Paulo declara que é através santos redimidos, salvos os seres humanos ", que a multiforme sabedoria de Deus pode agora ser feito por meio da igreja para os governantes e autoridades nas regiões celestiais", isto é, para os seus anjos celestiais ( Ef 3:10 ).

Como o objetivo da criação é glorificar a Deus, é justo que Deus iria encher o céu com as criaturas que receberam Sua graça e misericórdia, e foram restaurados à Sua semelhança divina para dar-Lhe louvor eterno.

A história prova que a morte reina sobre todos os homens

Pois até a lei havia pecado no mundo; mas o pecado não é levado em conta quando não há lei. No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir. ( 5: 13-14 )

Um quarto elemento do argumento de Paulo é que a história verifica que a morte é universal.
O apóstolo salienta que, antes que Deus deu a Lei no Monte Sinai, o pecado estava já no mundo . Mas o fracasso dos homens para cumprir as normas da Lei foi não imputada contra eles, porque durante esse período tinham nenhuma lei. No entanto, porque a morte reinou desde Adão até Moisés , ou seja, a morte era universal, mesmo que não havia nenhuma lei é óbvio que os homens ainda eram pecadores. Não foi por causa de homens atos pecaminosos na violação da lei mosaica que eles ainda não têm, mas por causa de sua natureza pecaminosa que todos os homens desde Adão até Moisésestavam sujeitos à morte.

Porque Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden depois que eles pecaram, eles não tinham mais oportunidade de desobedecer a proibição único de Deus. Eles já não tiveram acesso ao fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal, nem ter qualquer um dos seus descendentes. Consequentemente, tem sido impossível para qualquer ser humano, seja antes ou depois de Moisés, ter pecaram à semelhança da transgressão de Adão.

Mas no que diz respeito ao princípio da solidariedade humana, Adão era um tipo de Jesus Cristo. Essa verdade se torna transição de Paulo o evangelho da glória de salvação do pecado e da morte que Deus oferece a humanidade caída através do Seu Filho amado, aquele que havia de vir.

22. Cristo e o Reino da Vida ( Romanos 5:15-21 )

Mas o dom gratuito não é como a transgressão. Porque, se pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus eo dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. E o presente não é como o que veio por um só que pecou; para, por um lado o julgamento derivou de uma só ofensa para condenação, mas por outro lado o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. Portanto, assim como por uma só ofensa não resultou a condenação de todos os homens, assim também por um só ato de justiça não resultou justificação de vida a todos os homens. Porque, assim como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim também pela obediência de um só, muitos se tornarão justos. E a Lei veio em que a transgressão pode aumentar; mas, onde o pecado aumentou, transbordou a graça mais, que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. ( 5: 15-21 )

Paulo continua sua analogia de Adão e Cristo, mostrando como a vida que se tornou possível para todos os homens, por sacrifício expiatório de Cristo é ilustrada antiteticamente pela morte que tornou-se inevitável para todos os homens pelo pecado de Adão. É a verdade o apóstolo resume em sua primeira carta a Corinto: "Pois como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados" (1Co 15:22. ).

Como observado no capítulo anterior , o único fator verdadeiramente análogo entre Adão e Cristo é a de um homem / um ato. Ou seja, apenas como um pecado a um só homem o pecado de Adão trouxe a toda a humanidade, por isso um sacrifício a um homem Jesus de Cristo tornou a salvação disponível a toda a humanidade.

No presente passagem, como se a examinar todas as facetas dessa analogia maravilhosa, Paulo explora cinco áreas essenciais do contraste entre o ato de Adão e condenando o ato redentor de Cristo. Esses atos foram diferentes em sua eficácia ( v. 15 ), em sua extensão ( v. 16 ), na sua eficácia ( v. 17 ), em sua essência ( vv. 18-19 ), e em sua energia ( vv. 20 —21 ).

O contraste de Eficácia

Mas o dom gratuito não é como a transgressão. Porque, se pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus eo dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos. ( 05:15 )

O primeiro contraste é claramente indicado como sendo entre o dom gratuito de Cristo e da transgressão de Adão, atos que foram totalmente oposto.

Por definição, todos os presentes são gratuitos, mas carisma ( dom gratuito ) refere-se a algo dado com graça especial e favor, e, portanto, deve ser devidamente traduzida por "dom da graça". Quando usado do que é dado a Deus, o termo refere-se ao que é certo e aceitável diante dele; quando usado de que é dado por Deus, como aqui, refere-se ao que é dado completamente à parte do mérito humano. Em relação ao sacrifício expiatório de Jesus, ambos os sentidos estão envolvidos. Indo para a cruz foi supremo ato de Jesus de obediência ao Pai e, portanto, era totalmente aceitável para o Pai. Sua indo para a cruz também foi o supremo ato da graça divina, Seu dom gratuito oferecido a humanidade pecadora.

Transgressão é de paraptōma , que tem o significado básico de desvio de um caminho, ou à partida da norma. Por extensão, ele carrega a idéia de ir onde não deveria ir, e, portanto, às vezes é traduzida como "transgressão". O único pecado de Adão que foi legado para toda a sua posteridade e que trouxe o reinado de morte no mundo era uma transgressão do comando um, a partir da norma única para a obediência, que Deus tinha dado.

O impacto da o dom gratuito e de transgressão são distintos para si. Pela ofensa de um só , ou seja, Adão, morreram muitos . Talvez por uma questão de paralelismo, Paulo usa muitos em dois sentidos diferentes neste versículo. Como se verá mais adiante, ele usa o termo todos com significados semelhante distintas no versículo 18 . Em relação ao ato de Adão, muitos é universal e inclusivo, que corresponde ao "tudo" no versículo 12 . Porque todos os homens, sem exceção, carregam em si a natureza ea marca do pecado, eles são todos, sem exceção, sob a sentença de morte (como ele deixou claro em capítulos anteriores).

Ao comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, Adão afastou-se o padrão de Deus e entrou no domínio divinamente proibido. E, em vez de tornar-se mais semelhante a Deus, como Satanás havia prometido, o homem tornou-se mais ao contrário de seu Criador e separados de Deus. Em vez de trazer o homem para a província de Deus, de Adão transgressão entregue a ele e toda a sua posteridade para a província de Satanás.

O coração de comparação de Paulo, no entanto, é que um só ato de salvação de Cristo teve incomensuravelmente maior impacto do que de Adão um ato de condenação. Muito mais , diz ele, a graça de Deus eo dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo , não faltam a muitos . A provisão divina da redenção não só é uma expressão da graça de Deus , o Pai, mas de a graça de Deus, o Filho, um só homem, Jesus Cristo .

O pecado de Adão trouxe a morte. Mas o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo , fez mais do que simplesmente fornecer o caminho para a humanidade caída a ser restaurado para o estado de inocência original de Adão. Jesus Cristo não só reverteu a maldição da morte por perdão e purificação do pecado mas desde que o caminho para homens remidos para compartilhar na justiça plena e glória de Deus.

João Calvino escreveu: "Desde a queda de Adão teve um tal efeito a produzir ruína de muitos, muito mais eficaz é a graça de Deus para o benefício de muitos, na medida em que é admitido, que Cristo é muito mais poderoso para salvar, do que Adão era destruir "( Comentários sobre a Epístola de Paulo Apóstolo aos Romanos [Grand Rapids: Baker, 1979], p.206). A graça de Deus é maior que o pecado do homem. Não só é maior que o pecado original de Adão, que trouxe a morte a todos os homens, mas é maior do que todos os pecados acumulados que os homens têm sempre ou nunca vai cometer.

Pode-se dizer que o ato pecaminoso de Adão, devastando como era, mas teve um efeito-lo unidimensional trouxe a morte a todos. Mas o efeito do ato redentor de Cristo tem facetas além da medida, porque não só restaura o homem para a vida espiritual, mas dá-lhe a própria vida de Deus. Morte por natureza, é estática e vazio, enquanto a vida, por natureza, é ativa e plena. Só a vida pode abundam .

Ao contrário do seu uso no início deste versículo sobre Adão, o termo muitos agora carrega o seu significado normal, aplicando-se apenas àqueles para quem o dom gratuito da salvação de Cristo é efetivada por meio de sua fé Nele. Embora Paulo não menciona que a verdade de qualificação neste momento, Ele acaba de declarar que os crentes são "justificados pela fé" e são apresentados "pela fé, a esta graça na qual estamos firmes" ( 5: 1-2 ). Isso, é claro, é a verdade fundamental do evangelho, tanto quanto a parte do homem está em causa; é o foco do ensino de Paulo nesta epístola de 3: 21-5: 2 .

Muitos dos puritanos e reformadores terminou seus sermões ou capítulos comentário com uma declaração sobre a passagem do "uso prático." A verdade prática de Rm 5:15 é que o poder do pecado, que é a morte, pode ser quebrado, mas o poder de Cristo, que é a salvação, não pode ser quebrado. "Nosso Salvador Jesus Cristo", Paulo declarou a Timóteo "aboliu a morte, e trouxe vida e imortalidade à luz através do evangelho" ( 2Tm 1:10 ).

Jesus Cristo quebrou o poder do pecado e da morte, mas o inverso não é verdadeiro. O pecado ea morte não pode quebrar o poder de Jesus Cristo. A condenação do pecado de Adão é reversível, a redenção de Jesus Cristo não é. O efeito do ato de Adão só é permanente se não for anulado por Cristo. O efeito do ato de Cristo, no entanto, é permanente para as pessoas que acreditam e não sujeitos a reversão ou anulação. Temos a grande garantia de que, uma vez que estão em Jesus Cristo, estamos nele para sempre.

O contraste de Extensão

E o presente não é como o que veio por um só que pecou; para, por um lado o julgamento derivou de uma só ofensa para condenação, mas por outro lado o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. ( 05:16 )

O segundo contraste entre o ato de Adão e um ato de Cristo é em relação à medida. A este respeito, assim como na eficácia, a justificação de Cristo é muito maior do que a condenação de Adão.
No versículo 15 , Paulo fala de "a ofensa de um só", enquanto que no verso 16 ele fala de quem pecou , isto é, aquele que transgrediu. No primeiro caso, a ênfase é sobre o pecado, no segundo é sobre o pecador. Mas a verdade básica é a mesma. Foi o único pecado pelo um homem no momento que trouxe de Deus julgamento e sua resultante ... condenação .

Mas o dom da graça de Deus através de Jesus Cristo não é assim . De Deus julgamento sobre Adão e sua posteridade surgiu , mas uma transgressão . Por outro lado , no entanto, o dom gratuito veionão simplesmente por causa disso única transgressão, mas de muitas transgressões , e seu resultado não é simplesmente a restauração, mas justificação .

João Murray oferece uma observação útil: "A única transgressão exigiu nada menos do que a condenação de todos, mas o dom gratuito para justificação é de tal natureza que deve tomar as muitas ofensas em seu cálculo, não poderia ser o dom gratuito de. justificação a não ser que apagou as muitas ofensas. Consequentemente, a oferta gratuita está condicionada quanto à sua natureza e ao efeito pelas muitas ofensas, assim como o julgamento foi condicionado quanto à sua natureza e ao efeito por aquele delito só "( A Epístola aos Romanos [ Grand Rapids: Eerdmans, 1965], p. 196).

Este versículo contém duas verdades muito práticas que estão intimamente relacionados. A primeira é que Deus odeia o pecado tanto que tomou apenas um pecado para condenar toda a raça humana e separar dEle. Não era que o primeiro pecado de Adão foi pior do que os outros que ele cometeu ou pior do que os homens cometeram desde então. Era simplesmente que seu primeiro pecado foi o pecado.Na época, a comer o fruto proibido era o único pecado que Adão e Eva poderia ter cometido, porque Deus tinha colocado, mas uma restrição sobre eles. Mas se tivesse sido possível, qualquer outro pecado teria tido o mesmo efeito. Da mesma forma, qualquer pecado que qualquer homem jamais cometido seria suficiente para condenar toda a raça humana, assim como um pecado de Adão fez. Um pensamento preocupante, de fato.

A outra verdade no versículo 16 é ainda mais surpreendente e incompreensível, e é tão animador quanto o primeiro é preocupante. Mais até do que o ódio de Deus pelo pecado é o seu amor para com o pecador. Apesar do fato de que Deus odeia o pecado tanto que qualquer um pecado poderia condenar a raça humana, Sua graça amorosa para com o homem é tão grande que Ele oferece não só para o resgate de um homem de um pecado, mas para a redenção de todos os homens de todos os pecados. Jesus Cristo tomou sobre Si os pecados do mundo inteiro. "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo consigo mesmo, não imputando os seus pecados deles" ( 2Co 5:19 ).

O contraste de Eficácia

Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. ( 05:17 )

O terceiro contraste entre o ato de Adão e um ato de Cristo é em relação à eficácia, a capacidade de produzir o resultado desejado.
Como Paulo já referiu, o único pecado de um só homem Adão trouxe o reinado da morte ( vv. 12-14 ). É para que a verdade de que o caso -que aqui carrega a idéia de ", porque" —refers. Foi estabelecido que a de Adão um ato de pecado trouxe o reino da morte. Mas essa não foi a intenção do primeiro pecado. Nem Adão nem Eva pecaram porque queria morrer; pecaram porque deverá tornar-se como Deus. Seu pecado produziu o resultado oposto daquilo que eles desejavam e enfatizou a decepção do tentador. Como mencionado acima, em vez de tornar-se mais semelhante a Deus, tornaram-se mais ao contrárioDele.

O único ato de um só homem, Jesus Cristo, porém, produzido precisamente o resultado desejado. A intenção divina do sacrifício de Jesus de Si mesmo na cruz foi que aqueles que recebem a abundância de que ato incomparável de graça, e do dom da justiça iria reinar em vida por um só que por eles morreu, a saber, Jesus Cristo .

O resultado unidimensional de um ato de Adão era a morte, enquanto que o resultado de um ato de Cristo é a vida, que é multidimensional. Cristo oferece não só a vida , mas a vida abundante, vida que abunda ( v 15. ; cf. Jo 10:10 ). Os redimidos em Cristo não só receber a vida abundante, mas são dadas a justiça como um dom (cf. 2Co 5:21 ). Eles reinar em que a vida justo com o seu Senhor e Salvador. Eles possuem o muito justo, glorioso e eterno vida do próprio Deus.

O "uso prático" desta grande verdade é que Aquele que nos concedeu espiritual vida cumprirá que a vida em nós. "Porque estou certo isto mesmo," Paulo assegurou aos crentes de Filipos, "que aquele que começou a boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus" ( Fp 1:6 ).

Para reinar na vida através de Cristo é também a ter poder sobre o pecado. Mais tarde nesta carta, Paulo diz: "Graças a Deus que, embora tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que foram cometidos, e tendo sido libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça" ( 6: 17-18 ). Como crentes, sabemos por experiência, bem como a partir da Escritura que ainda sofrem com o pecado, ainda vestido com os trapos pecaminosos da auto velho (veja Ef 4:22 ). Mas o pecado não é mais a natureza ou o comandante do crente. Em Cristo já não somos vítimas do pecado, mas vitoriosos sobre o pecado ( 1Co 15:57 ).

O contraste no Essence

Portanto, assim como por uma só ofensa não resultou a condenação de todos os homens, assim também por um só ato de justiça não resultou justificação de vida a todos os homens.Porque, assim como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim também pela obediência de um só, muitos se tornarão justos. ( 5: 18-19 )

A quarta contraste entre o ato de Adão e um ato de Cristo é em relação à essência. Estes dois versos resumem a analogia de Adão e Cristo.
Tal como acontece com muitos no verso 15 , Paulo aparentemente usa tudo em verso 18 para o bem de paralelismo, embora as duas ocorrências do termo carregam significados diferentes. Assim como "a muitos morreram" no versículo 15 refere-se inclusive a todos os homens, de modo que a vida a todos os homens aqui refere-se exclusivamente àqueles que confiam em Cristo. Este versículo não ensina universalismo, como alguns afirmaram ao longo dos séculos. É muito claro de outras partes desta epístola, incluindo os dois primeiros versos deste capítulo, que a salvação vem somente para aqueles que têm fé em Jesus Cristo (ver também 1: 16-17 ; 3:22 , 28 ; 4: 5 , 13 ).

Ensino primário de Paulo nestes dois versos é que a essência de Adão uma transgressão ( v. 18 a ) era desobediência ( v. 19 a ), ao passo que a essência de Cristo um ato de justiça ( v. 18 b ) foiobediência ( v. 19 b ). Quando Deus ordenou a Adão para não comer do fruto proibido, Adão desobedeceu e trouxe a morte. Quando Deus enviou o seu Filho unigênito ao mundo para sofrer e morrer, o Filho obedeceu e trouxe vida.

Feito traduz kathistemi e aqui carrega a idéia de constituir, ou o estabelecimento. De Adão desobediência causou ele e seus descendentes a serem feitos pecadores por natureza e constituição. Da mesma maneira, mas com o efeito oposto, de Cristo obediência faz com aqueles que crêem nEle para ser feito justo por natureza e constituição.

Do início ao fim, a vida terrena de Jesus foi caracterizado pela perfeita obediência ao Pai celestial. Mesmo com a idade de doze anos, lembrou aos pais que ele tinha de estar na casa de Seu Pai ( Lc 2:49 ).Único propósito de Jesus na Terra era fazer a vontade do Pai ( Jo 4:34 ; Jo 5:30 ; Jo 6:38 ; cf. . Mt 26:39 , Mt 26:42 ). Em sua encarnação, "Ele se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz" (Fm 1:2 ).

O "uso prático" desta verdade é que os crentes genuínos podem realmente cantar com HG Spafford em sua grande hino:
Meu pecado, O bem-aventurança deste pensamento glorioso, 
Meu pecado, não em parte, mas o todo,

Está pregado na cruz e eu não o carrego mais, 
Ele está bem, está tudo bem com a minha alma.

O contraste em Energia

E a Lei veio em que a transgressão pode aumentar; mas, onde o pecado aumentou, transbordou a graça mais, que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. ( 5: 20-21 )

O quinto e último contraste entre o ato de Adão e um ato de Cristo é em relação à energia.
Como Paulo explica com mais detalhes no capítulo 7 , a força energizante para trás o pecado do homem é a Lei que veio em que a transgressão pode aumentar . Sabendo que ele seria acusado de ser antinomian e com o mal falando de algo que Deus mesmo havia divinamente revelado por meio de Moisés, Paulo afirma inequivocamente que "a lei é santa, eo mandamento é santo, justo e bom" ( Rm 7:12 ) . No entanto, do próprio Deus Lei teve o efeito de fazer do homem transgressão a aumentar .

Deve-se notar aqui que, moral ou cerimonial da lei de Deus nunca espiritual-tem sido um meio de salvação durante toda a idade ou dispensação. O lugar divinamente ordenado que tinha no plano de Deus era temporário. Como o estudioso bíblico FF Bruce, declarou: "A lei não tem nenhum significado permanente na história da redenção" ( A Carta de Paulo aos Romanos [Grand Rapids: Eerdmans, 1985], p.121).Paulo já declarou que Abraão foi justificado por Deus unicamente na base da sua fé, completamente à parte de qualquer boa obra que ele realizou e vários anos antes de ser circuncidado e muitos séculos antes de a lei foi dada ( 4: 1-13 ).

A lei foi um elemento corolário no plano de redenção de Deus, servindo a um propósito temporário que nunca foi, em si redentor. Desobediência à lei nunca foi condenado a alma para o inferno, e obediência à lei nunca trouxe uma alma para Deus. Pecado e sua condenação estavam no mundo muito antes de a lei e por isso foi o caminho de fuga do pecado e da condenação.

Deus deu a Lei através de Moisés como um padrão de justiça, mas não como um meio de justiça. A lei não tem poder para produzir justiça, mas para a pessoa que pertence a Deus e deseja sinceramente fazer a Sua vontade, é um guia para a vida reta.

A lei identifica determinadas transgressões, para que esses atos podem ser mais facilmente visto como pecaminoso e, assim, fazer com que os homens a se ver mais facilmente como pecadores. Por essa razão, a Lei também tem poder para incitar os homens a injustiça, e não porque a lei é mal, mas porque os homens são maus.

A pessoa que lê um sinal no parque que proíbe a colheita de flores e então começa a escolher um demonstra a sua natural, rebelião contra a autoridade reflexiva. Não há nada de errado com o sinal; sua mensagem é perfeitamente legítimo e bom. Mas porque coloca uma restrição à liberdade das pessoas para fazer o que quiserem, que provoca ressentimento e tem o efeito de levando algumas pessoas a fazer o que de outra forma não pode sequer pensar em fazer.

A lei é, portanto, um corolário tanto para a justiça e para a injustiça. Para a pessoa sem lei estimula-o para a desobediência e injustiça que ele já está inclinado a fazer. Para a pessoa que confia em Deus, a lei estimula a obediência e justiça.

Novamente focando a verdade de que um ato de redenção de Cristo é muito maior do que de Adão um ato de condenação, Paulo exulta, Mas onde o pecado aumentou, transbordou a graça mais . De Deusa graça não só ultrapassa um pecado de Adão, mas todos os pecados da humanidade.

Como um tecelão mestre, Paulo puxa todos os fios juntos em sua tapeçaria da verdade redentora, declarando: Como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor .


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Romanos Capítulo 5 do versículo 1 até o 21

Romanos 5

Confiança em Deus — Rm 5:1-5

Esta é um das grandes passagens líricas de Paulo, na qual canta a alegria profunda de confiança em Deus. A confiança da fé, a aceitação de Deus por sua palavra, fez o que o esforço por realizar as obras da Lei nunca pôde fazer; deu ao homem paz com Deus. Antes que viesse Jesus, e antes de que o homem aceitasse como verdadeiro o que Jesus disse a respeito de Deus, ninguém pôde jamais intimar com Deus. Há os que viram a Deus não como o supremo bem, mas sim como o supremo mal. Há os que o viram como o completamente estranho, o totalmente inalcançável.

Em um dos livros do H. G. Wells encontra-se a história de um homem de negócios cuja mente estava tão tensa e forçada que estava em sério perigo de uma crise nervosa e mental total. Seu médico lhe disse que a única coisa que poderia salvá-lo era achar a paz que a relação com Deus podia dar-lhe. "O que", respondeu, "pensar que aquilo, lá encima, possa ter comunhão comigo? Seria-me mais fácil pensar em refrescar minha garganta com a via Láctea ou estreitar as estrelas com as mãos!" Deus, para ele, era completamente inalcançável.
Rosita Forbes, a viajante, relata que uma noite buscou refúgio em um templo de uma aldeia chinesa porque não havia onde dormir. Despertou durante a noite e a luz da Lua incidia obliquamente através das janelas sobre os rostos das imagens dos deuses, e em cada rosto se desenhava um grunhido e um gesto de desprezo, como os homens se odiassem.
Só quando nos damos conta de que Deus é o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo chega à nossa vida essa intimidade com Deus, essa nova relação que Paulo chama de justificação.
Por meio de Jesus Cristo — diz Paulo — temos entrada à graça na qual permanecemos firmes. O termo que Paulo utiliza para entrada é prosagoge. É um termo que implica duas grandes figura.

(1) É o termo comum para referir-se à introdução ou apresentação de alguém perante a presença da realeza; e é o termo comum para referir— se à aproximação do adorador a Deus. É como se Paulo dissesse: "Jesus nos introduz à própria presença de Deus. Jesus nos abre as portas à presença do Rei dos reis; e quando essas portas se abrem o que achamos é graça; não condenação, nem juízo, nem vingança, mas a pura, imerecida, não motivada, incrível bondade de Deus."

  1. Mas o termo prosagoge contém outra figura. No grego posterior é o termo usado para referir-se ao lugar onde atracam os barcos. É o termo para enseada ou porto. Se tomarmos neste sentido, significa que por mais que tentemos depender de nossos próprios esforços somos varridos pela tempestade, como marinheiros que enfrentam um mar que ameaça destruí-los totalmente, mas agora ouvimos a palavra de Cristo, alcançamos enfim o porto da graça, e conhecemos a calma de depender não do que podemos fazer por nós mesmos, mas sim do que Deus tem feito por nós. Porque por meio de Jesus entramos na presença do Rei dos reis; entramos no porto da graça de Deus.

Mas nem bem Paulo disse isto, sua atenção é despertada a outra parte da questão. Tudo isto é verdadeiro, tudo isto é glorioso; mas o certo é que nesta vida os cristãos se acham em situação difícil. Era difícil ser cristão em Roma. Recordando isto, Paulo alcança um alto clímax. "A tribulação", diz, "produz paciência." A palavra utilizada para tribulação é thlipsis, que significa literalmente pressão. Todo tipo de coisas pode fazer pressão sobre os cristãos — a pressão da privação e a necessidade, e a estreiteza das circunstâncias, a pressão do pesar, a pressão da perseguição, a pressão da impopularidade e a solidão. Toda esta pressão, diz Paulo, produz paciência.

A palavra utilizada para paciência é hypomone. Hypomone significa mais que fortaleza; significa o espírito que pode vencer o mundo; não significa o espírito que resiste passivamente, mas sim vence e conquista ativamente as provas e tribulações da vida.

Quando Beethoven estava ameaçado pela surdez, a prova mais terrível para um músico, ele disse: "Agarrarei a vida pelo pescoço." Isto é hypomone.

Quando Scott se viu envolto na ruína por causa da quebra de seus editores, disse: "Ninguém dirá 'Pobre homem!'; minha própria mão direita pagará a dívida." Isto é hypomone.

Alguém disse uma vez a uma alma nobre que estava passando por uma grande tristeza: "A tristeza dá cor à vida, não é certo?" Voltou a réplica: "Certo! E eu me proponho escolher a cor!" Isto é hypomone. Hypomone não é o espírito que se deita e permite que o cubram as águas; é o espírito que enfrenta as coisas e as supera.

"A paciência", continua Paulo, "produz prova." A palavra que utiliza para prova é dokimé. Dokimé se utiliza para referir-se ao metal que foi submetido ao fogo para limpá-lo de todas as suas impurezas. É usada com referência ao ato de cunhar moedas da maneira como usamos o termo acrisolar. Descreve algo do qual se eliminou toda liga de impurezas. Quando se enfrenta a aflição com paciência, o homem emerge da batalha mais forte, mais puro, melhor e mais perto de Deus.

"A prova", continua Paulo, "produz esperança." Dois homens podem enfrentar uma situação igual. Esta pode levar um ao desespero, e pode acicatar o outro para realizar ações triunfantes. Para um pode ser o fim da esperança, para o outro pode ser um desafio de grandeza.
"Eu não gosto das crises", disse Lord Reith, "mas eu gosto das oportunidades que elas proporcionam." Agora, a diferença corresponde à diferença que existe no interior do homem. Se um homem se deixou converter em um ser fraco, impotente e frouxo; se tiver deixado que as circunstâncias o abatam; se se deixou afligir e rebaixar pela aflição; preparou-se a si mesmo de tal maneira que quando sobrevém o desafio da crise não pode fazer outra coisa senão desesperar-se. Se, por outro lado, um homem insistiu em enfrentar a vida com a fronte erguida; se sempre a enfrentou e, enfrentando-a, conquistou coisas; então quando sobrevier o desafio ele o enfrentará com olhos inflamados de esperança. O caráter que agüentou a prova sempre emerge com esperança.
E logo Paulo faz uma longa declaração: "A esperança cristã nunca desilude porque está fundada no amor de Deus."
Omar Khayyam escreveu agudamente a respeito das esperanças humanas:
"As esperanças humanas em que os homens põem seus corações se fazem cinzas — ou prosperam; mas dali a pouco, como a neve sobre a face poeirenta do deserto, brilha uma horinha ou duas — e vai embora."

Quando a esperança do homem está posta em Deus não se pode tornar pó e cinza. Quando a esperança do homem está posta em Deus não pode ser frustrada. Quando a esperança do homem está posta no amor de Deus nunca pode ser uma ilusão, porque Deus nos ama com um amor eterno, o qual está respaldado por um poder eterno.

A PROVA FINAL DO AMOR Romanos 5:6-11

O fato de que Jesus morreu por nós é a prova final do amor de Deus. Seria muito difícil conseguir que um homem morresse por um justo. Seria possível persuadir alguém a morrer por um bom e grande princípio. Alguém poderia ter tão grande amor que fosse movido a dar sua vida por um amigo. Mas o maravilhoso de Jesus Cristo é que morreu por nós quando éramos pecadores, homens maus e numa situação de inimizade e de hostilidade com Deus. O amor não pode ir mais além do que isto.
Rita Snowden relata um incidente na vida do coronel T. E. Lawrence. Em 1915 estava realizando uma viagem através do deserto com alguns árabes. A situação era desesperada. A comida quase tinha acabado e só ficavam umas gotas de água. Levavam os capuzes postos na cabeça para resguardar do vento que era como uma labareda, e que estava carregado de incômodos grãos de areia da tormenta: de repente alguém disse: "Onde está Jasmim?" O outro disse: "Quem é Jasmim?" Um terceiro respondeu: "Aquele homem amarelo de Maan. Matou a um coletor de impostos turco e fugiu ao deserto." O primeiro disse: "Olhem, o camelo de Jasmim não tem cavaleiro. Seu rifle está ajustado aos arreios, mas Jasmim não está." Um segundo disse: "Alguém o baleou sobre a marcha." Um terceiro disse: "Ele não é de cabeça forte, talvez se extraviou em uma miragem; ele não é de corpo forte, possivelmente desfaleceu e caiu do camelo." Logo, o primeiro disse: "E o que importa? Jasmim não valia nem meia coroa." E os árabes se encurvaram sobre seus respectivos camelos e continuaram, cavalgando. Mas Lawrence voltou e voltou pelo caminho andado. Sozinho, no calor ardente, com o risco de sua própria vida, voltou. Depois de uma cavalgada de hora e meia viu algo na areia. Era Jasmim, cego e enlouquecido com calor e sede, Jasmim que estava sendo assassinado pelo deserto. Lawrence o ergueu sobre seu camelo, deu-lhe alguns dos últimos goles da preciosa água, e lentamente se uniu outra vez à sua companhia. Quando chegou os árabes olharam estupefatos. "Aqui está Jasmim", disseram, "Jasmim, que não vale nem meia coroa, salvo com muito risco por Lawrence, nosso Senhor." Esta é uma parábola.

Não foi para salvar homens bons que morreu Cristo; eram pecadores. Não foi para resgatar amigos de Deus que morreu Cristo; eram homens que estavam em inimizade com Deus.
E logo Paulo avança mais um passo. Por meio de Jesus nossa situação com Deus foi mudada. Pecadores como éramos, fomos postos em uma correta relação com Deus. Mas isto não é suficiente. Não só precisa mudar nossa situação, mas também nosso estado. O pecador salvo não pode continuar sendo pecador; deve chegar a ser um homem bom. Agora, a morte de Cristo mudou nossa situação; e a ressurreição de Cristo muda nosso estado. Ele não está morto, Ele vive; está conosco sempre, para nos ajudar e nos guiar e nos dirigir, para nos encher com seu poder de modo que sejamos capazes de vencer a tentação, para revestir nossas vidas com algo de seu resplendor se vivermos para sempre em sua presencia ressuscitada. Aquele que mudou nossa situação com relação a Deus pode também mudar nosso estado. Começa pondo os pecadores em correta relação com Deus quando são ainda pecadores; continua, por sua graça, fazendo a esses pecadores capazes de renunciar ao pecado e chegar a ser homens bons.

Há nomes técnicos para estas coisas. A mudança de nossa situação é a justificação; isto é, quando começa todo o processo da salvação. A mudança de nossa estado é a santificação; isto é, quando o processo de salvação continua, para não terminar até que o vejamos face a face e sejamos semelhantes a Ele.

Aqui há uma coisa que devemos notar. É algo de extraordinária importância. Paulo é inteiramente claro em que o processo total de salvação, a vinda de Cristo, a morte de Cristo, é a prova do amor de Deus. Tudo aconteceu para nos mostrar que Deus nos ama. Tudo aconteceu porque Deus nos ama. Agora, muitas vezes a coisa se apresenta como se por um lado houvesse um Cristo benévolo e amante, e pelo outro um Deus colérico e vingativo. A coisa é muitas vezes apresentada como se Cristo fizesse algo que mudou a atitude de Deus para com os homens, que transformou a Deus de um ser colérico em um ser benévolo. Nada poderia estar mais longe da verdade. Todo o processo brota do amor de Deus. Jesus não veio para mudar a atitude de Deus; veio para mostrar qual é e sempre foi a atitude de Deus para com os homens. Ele veio para provar aos homens incontestavelmente que Deus é amor.

RUÍNA E RESGATE

Romanos 5:12-21

Não há nenhuma passagem no Novo Testamento que tenha tido tanta influência sobre a teologia como esta; e não há passagem que seja mais difícil de entender para a mente moderna. É difícil porque Paulo se expressa de um modo difícil. Podemos ver, por exemplo, que a primeira oração, tendo começado, nunca termina, mas sim se perde no ar, enquanto Paulo persegue outra idéia lateral. Mas, mais ainda, é difícil, porque está pensando e escrevendo em termos que eram familiares para os judeus e perfeitamente compreensíveis para eles, mas que não são familiares para nós.

Se puséssemos o pensamento desta passagem em uma só oração, a qual, de fato seria o que Paulo se propôs a escrever desde o começo, e que deixou de lado, seria esta: "Pelo pecado de Adão todos os homens chegaram a ser pecadores e alienados de Deus; pela justiça de Jesus Cristo todos os homens chegaram a ser justos e foram restaurados a uma correta relação com Deus." Paulo, de fato, diz isto muito mais claramente em I Coríntios 15:21-22: “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.”

Quais são, pois, as idéias básicas judias à luz das quais devemos ler esta passagem? Há duas dessas idéias que são de suma importância.

1. Está a idéia de solidariedade. Verdadeiramente o judeu nunca se considerou a si mesmo como um indivíduo; ele sempre se considerou como parte de um clã, de uma família, de uma nação; e além daquela sociedade não tinha verdadeira existência. No dia de hoje se diz que se alguém pergunta a um aborígine australiano qual o seu nome, ele não dá seu nome; dá o nome de sua tribo ou clã. Ele não se considera a si mesmo como uma pessoa, mas sim como membro de um clã.

Um dos exemplos mais claros deste tipo de coisas em uma ação evidente é a inimizade de sangue entre povos primitivos.
Suponhamos que um homem de uma tribo mata um homem de outra tribo. Então é dever da tribo da qual era membro o homem assassinado vingar essa morte sobre a outra tribo; resulta uma inimizade, não uma luta entre pessoas, mas uma luta entre tribos. É a tribo que foi prejudicada e a tribo que toma vingança.

No Antigo Testamento há um vívido caso disto. É o caso do Acã relatado em Josué 7. No sítio de Jericó, Acã tinha tomado para si certo despojo, em aberto desafio ao mandamento de Deus com relação a que todo despojo devia ser destruído. Acã havia pecado. O passo seguinte na campanha foi o sítio de Ai, que deveria ter caído sem problemas. A campanha contra ela, entretanto, fracassou desastrosamente. Por que? Porque Acã havia pecado, e, pelo fato de Acã ter pecado, toda a nação foi assinalada como pecadora e foi castigada por Deus. O pecado de Acã não foi o pecado de um homem, foi o pecado da nação. A nação não era uma coleção de indivíduos; era uma massa compacta. O que fazia o indivíduo, o fazia a nação. Quando o pecado de Acã foi admitido e descoberto não foi executado somente Acã. Foi extirpada toda sua família. Novamente, Acã não era um indivíduo solitário, só responsável por si mesmo; era um da compacta massa de gente da qual não podia ser separado.

Agora, assim é como Paulo vê a Adão. Adão não era um indivíduo. Adão era um da humanidade, e, porque Adão era um da humanidade, toda a humanidade pecou nele. Seu pecado foi o pecado de todos os homens.
Paulo diz que todos os homens pecaram em Adão. Se queremos entender o pensamento de Paulo aqui, devemos estar completamente seguros do que ele quer dizer e de que ele quis dizer exatamente o que diz. Durante toda a história do cristianismo fizeram-se esforços para interpretar este conceito da relação entre o pecado de Adão e a humanidade em diferentes maneiras.

  1. A passagem foi tomado no sentido de que "cada homem é seu próprio Adão". Isto significa realmente que, exatamente como pecou Adão, todos os homens pecaram, mas que não há outra relação entre o pecado de Adão e o pecado da humanidade, que a de que o pecado de Adão é típico do pecado de toda a humanidade.
  2. Houve o que se chamou de a interpretação legal. Esta interpretação sustentava que Adão era o representante da humanidade, e que a raça humana participa das ações de seu representante. Mas um representante deve ser escolhido pelas pessoas às quais representa; e em nenhum sentido podemos dizer isto a respeito de Adão.
  3. Existe a interpretação segundo a qual o que herdamos de Adão é a tendência para pecar. Isto é muito certo, mas não é o que Paulo quis dizer. De fato, não quadraria absolutamente com seus argumentos.
  4. A única interpretação possível da passagem é a que poderíamos chamar a interpretação realista, segundo a qual, por causa da solidariedade da raça humana, toda a humanidade pecou em Adão, literal e realmente. Esta não era uma idéia estranha para um judeu. Era a crença real dos pensadores judeus. O autor de 2 Esdras é totalmente claro a respeito. "Uma semente de pecado foi semeada no coração de Adão desde o começo e muita perversidade engendrou até este tempo; e muita engendrará ainda até o tempo da ceifa que se mora" (4:30). "Porque o primeiro Adão, possuidor de um perverso coração, transgrediu e foi aniquilado; e não somente ele, mas todos os que dele nasceram" (Rm 3:21).

2. A segunda idéia básica está estreitamente relacionada com esta na argumentação de Paulo. A morte é conseqüência direta do pecado. Era crença dos judeus que se Adão não tivesse pecado, o homem teria sido imortal. A morte entrou neste mundo como conseqüência do pecado. Sirach (Rm 2:23) diz: "Uma mulher foi o começo do pecado e por meio dela todos morrem." O Livro da Sabedoria contém isto: "Deus criou o homem para a imortalidade e o fez à imagem de sua própria natureza; mas pela inveja do maligno a morte entrou no mundo." No pensamento judeu o pecado e a morte estão integralmente relacionados. Isto é o que Paulo está insinuando na complicada e difícil linha de pensamento dos versículos 12:14. Podemos traçar seu pensamento, expresso nestes versículos, em uma série de idéias:

  1. Adão pecou porque rompeu um mandamento direto de Deus — o mandamento de não comer do fruto da árvore proibida — e por ter pecado, Adão, que estava destinado a ser imortal, morreu.
  2. A Lei não se promulgou a não ser até o tempo de Moisés; agora, se não há lei não pode haver quebrantamento da lei; quer dizer, se não há lei, e não há mandamento, não pode haver pecado. Portanto, os homens que viveram entre Adão e Moisés de fato pecaram, mas não podem ser culpados porque ainda não havia lei, e não poderiam ser condenados por quebrantar uma lei que não existia.
  3. Mas, apesar do fato de que não podia ser tomado em conta o pecado, eles entretanto morreram. A morte reinou sobre eles embora não pudessem ser acusados de quebrantar uma lei que não existia.
  4. Por que morreram, então? Morreram porque tinham pecado em Adão. Foi sua implicação no pecado de Adão a causa de suas mortes, embora não havia lei que pudessem quebrantar. Isto, de fato, é para Paulo a prova de que todos os homens pecaram em Adão.

Assim, pois, extraímos a essência de uma face do pensamento de Paulo. Por causa desta idéia da completa solidariedade da humanidade, todos os homens pecaram literalmente em Adão; e porque a morte é a conseqüência do pecado, reinou a morte sobre todos os homens.
Mas este mesmo conceito, que pode ser usado para produzir um ponto de vista tão desesperado da situação humana, pode ser usado à inversa para encher toda a situação com um resplendor de glória. Nesta situação aparece Jesus. Jesus oferece a Deus perfeita obediência e justiça e bondade. E, assim como todos os homens estão implicados no pecado de Adão, todos estão implicados na bondade de Jesus Cristo; e assim como o pecado de Adão foi a causa da morte, assim a bondade perfeita de Jesus vence a morte e dá aos homens vida eterna. O argumento triunfal de Paulo é que da mesma maneira que a humanidade foi solidária com Adão, e foi por isso condenada à morte, assim a humanidade é solidária com Cristo e por isso absolvida para a vida. Mesmo quando veio a Lei e tornou muito mais terrível o pecado, esta graça de Cristo supera a condenação que a Lei deve acarretar.
Este é o argumento de Paulo, e sobre os fundamentos judeus é inatacável. Mas contém uma grande falha assim como tem uma grande e resplandecente verdade.

  1. A falha é esta. Supondo que a história de Adão é literalmente certa, nossa relação com Adão é uma relação material. Nós não temos nada que decidir nisto; não temos mais ingerência no assunto, que a que tem um menino para escolher seus pais. Estamos relacionados com Adão simplesmente por uma descendência física que não podemos aceitar nem rechaçar. É uma relação simplesmente independente de algo que possamos fazer. Por outro lado, nossa relação com Cristo é voluntária. A união com Cristo é algo que o homem pode aceitar ou rechaçar. Pode unir-se a Cristo ou pode negar-se a fazê-lo. A relação é em realidade totalmente diferente. Esta é uma séria falha no argumento de Paulo.
  2. A grande virtude é esta. Paulo conserva a grande verdade de que a humanidade está envolta em uma situação da qual não tem escapamento. O pecado tem o homem em seu poder. Não há esperança. Nesta situação aparece Jesus Cristo, e traz consigo algo que abre caminho em meio da velha situação. Pelo que Ele faz, pelo que Ele é, pelo que Ele dá, Ele é capaz de fazer o homem sair de uma situação na qual o homem estava dominado sem esperanças pelo pecado. Qualquer outra coisa que possamos dizer sobre o argumento de Paulo, isto podemos dizer: é completamente certo que o homem foi arruinado pelo pecado e resgatado por Cristo.

Dicionário

Abundar

Abundar Existir em grande quantidade (Rm 5:20).

verbo intransitivo Existir, ter ou produzir em grande quantidade: as colheitas abundavam nesta região.

Graça

substantivo feminino Oferta ou favor que se oferece ou se recebe de alguém; dádiva.
Por Extensão De graça. Aquilo que se faz ou se recebe de modo gratuito, sem custos; cujo preço não é alto; que não possui motivo nem razão: fui ao cinema de graça; comprei um computador de graça; bateram-me de graça!
Religião De acordo com o Cristianismo, ajuda que Deus oferece aos homens para que eles alcancem a salvação; bênção divina: a graça do perdão.
Religião Condição da pessoa desprovida de pecados; pureza.
Religião A compaixão divina que presenteia os indivíduos com favores: refez sua vida com a graça de Deus.
Por Extensão Que é engraçado; em que há divertimento: o palhaço faz graça.
Por Extensão Equilíbrio e delicadeza de formas, ações: ela atua com graça.
Por Extensão Qualidade atrativa: este rapaz é uma graça.
Gramática Tipo de tratamento formal: Vossa Graça.
Etimologia (origem da palavra graça). Do latim gratia.ae.

Anos atrás, quando alguém perguntava "Qual é a sua graça?", o outro respondia dizendo o nome. O costume, porém, caiu em desuso. Experimente perguntar hoje a alguém, sobretudo jovem, qual é a graça dele. Talvez o rapaz ou a moça exiba alguma habilidade pessoal como dar uma de equilibrista, fazer-se de vesgo ou imitar Ademilde Fonseca cantando, em altíssima velocidade, a letra de Brasileirinho, a música adotada na coreografia de nossa campeã de ginástica Dayane dos Santos. Em tempos idos e vividos, a palavra graça significava nome na imposição do sacramento do batismo, que, segundo os católicos, cristianiza a pessoa concedendo-lhe a graça divina. Com ela, viria o próprio nome. Uma graça.

No A.T. significa favor, especialmente na frase ‘achar graça’ (Gn 6:8, etc.). No N.T. é aquele favor que o homem não merece, mas que Deus livremente lhe concede – algumas vezes é posta em contraste com a lei (Rm 6:14) – e também exprime a corrente de misericórdia divina, pela qual o homem é chamado, é salvo, é justificado, e habilitado para viver bem e achar isso suficiente para ele (Gl 1:15Ef 2:8Rm 3:24 – 1 Co 15.10 – 2 Co 12.9).

[...] Chamamos graça aos meios dados ao homem para progredir, a luz que, sob qualquer forma e seja qual for o nome com que a designem, lhe é enviada e que ele tem a liberdade de aceitar ou de rejeitar, no uso da sua vontade pessoal.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

[...] é a suprema expressão do amor de Deus.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos


Graça
1) O amor de Deus que salva as pessoas e as conserva unidas com ele (Sl 90:17); (Ef 2:5); (Tt 2:11); (2Pe 3:18)

2) A soma das bênçãos que uma pessoa, sem merecer, recebe de Deus (Sl 84:11); (Rm 6:1); (Ef 2:7). 3 A influência sustentadora de Deus que permite que a pessoa salva continue fiel e firme na fé (Rm 5:17); (2Co 12:9); (He 12:28).

4) Louvor; gratidão (Sl 147:7); (Mt 11:25).

5) Boa vontade; aprovação MERCÊ (Gn 6:8); (Lc 1:30); 2.52).

6) Beleza (Pv 31:30).

7) Bondade (Zc 12:10).

8) “De graça” é “sem

Lei

[...] a lei é o amor, que há de continuamente crescer, até que vos tenha levado ao trono eterno do Pai. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] A lei é uma força viva que se identifica conosco e vai acompanhando o surto de evolução que ela mesma imprime em nosso espírito. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

A lei é a consciência do delito. [...]A lei [...] é um freio para coibir o mal.[...] A lei personifica a justiça [...].
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos

A lei é conjunto eterno / De deveres fraternais: / Os anjos cuidam dos homens, / Os homens dos animais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Os animais


Lei Ver Torá.

Lei
1) Vontade de Deus revelada aos seres humanos em palavras, julgamentos, preceitos, atos, etc. (Ex 16:28); (Sl 119:2)

2) PENTATEUCO (Lc 24:44). 3 O AT (Jo 10:34); 12.34).

4) Os DEZ MANDAMENTOS (Ex 20:2-17); (Dt 5:6-21), que são o resumo da vontade de Deus para o ser humano. Cumprindo a lei, os israelitas mostravam sua fé em Deus. Jesus respeitou e cumpriu a lei e mostrou seu significado profundo (Mt 5:17-48). Ele resumiu toda a lei no amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-39). A lei mostra a maldade do ser humano, mas não lhe pode dar a vitória sobre o pecado (Rom 3—7). Assim, o propósito da lei é preparar o caminho para o evangelho (Gal

A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de Deus (Sl 1:2 – 19.7 – 119 – is 8:20 – 42.12 Jr 31:33). Também significa a instituição mosaica, como distinta do Evangelho (Mt 11:13 – 12.5 – Jo 1:17At 25:8), e por isso freqüentes vezes se considera a lei de Moisés como sendo a religião dos judeus (Mt 5:17Hb 9:19 – 10.28). outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2:15Hb 10:1). É neste ponto de vista que o apóstolo S. Paulo afirma que ‘ninguém será justificado diante dele por obras da lei’ (Rm 3:20). A ‘lei gravada nos seus corações’, que Paulo menciona em Rm 2:15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem Deus implantou. (*veja Justificação.) o princípio predominante da lei era a teocracia. o próprio Senhor era considerado como Rei – as leis foram por Ele dadas – o tabernáculo (e depois o templo) era considerado como Sua habitação – ali houve visíveis manifestações da Sua glória – ali revelou a Sua vontade – era ali oferecido o pão todos os sábados – ali recebeu os Seus ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinham relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1:41-42Js 10:40Jz 1:1-2 – 1 Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus e Rei. (*veja Rei.) A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’ – era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto ‘o tabernáculo da congregação’. (*veja Tabernáculo.) Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se a suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação.(*veja Templo.) Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e levitas eram apartados para o Seu serviço. (*veja Sacerdote, Levitas.) Este governo de Deus era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propiciação, consagração e comunhão. (*veja Sacrifício.) os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais (*veja Festa (Dias de) Sabático (ano), Jubileu.) As especificadas determinações promulgadas em nome de Deus alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado de uma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Êx 12:13) – no Sinai (Êx 19:20) – em Parã (Nm 15:1) – e nas planícies de Moabe (Dt 1:5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1:1). Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descoberta, no 18? ano do rei Josias, do ‘livro da Lei na casa do Senhor’ (2 Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram. (*veja Deuteronômio.) o sumário das ordenações desta Lei formava para toda a nação um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9:13Ez 20:11Rm 7:12), e além disso agradável a uma mentalidade reta (Sl 119:97-100). As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, de um povo nas condições do israelita. Porquanto
(1). eram, até certo ponto, regulamentos sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc.
(2). Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro Deus, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimentos religiosos na vida de todos os dias, e em todas as relações sociais. Dum modo particular eram as festas sagradas fatores de valor para a consecução destes fins.
(3). Tinham, além disso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2:14-17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira já não era necessária.
(4). Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas – pela escolha de animais limpos para o sacrifício – pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas – e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a Deus o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo, que somente podia ser desviado sacrificando-se outro ser em substituição. E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente os piedosos israelitas da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa, e de quanto necessitavam da misericórdia divina – e quando eram efe

substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
[Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
[Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
[Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".

substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
[Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
[Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
[Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".

Ofensa

Toda ofensa – friamente exumada – é tão exclusivamente um arranhão provocado em nossa vaidade pessoal, alimento para o amor-próprio doentiamente acalentado, um convite para que o nosso orgulho venha a explodir ruidosamente.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Ofensa

[...] é fruto da ignorância ou, mais propriamente, da ausência de luz espiritual [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 58


ofensa s. f. 1. Lesão de fato ou por palavras; agravo, injúria, ultraje. 2. Teol. Pecado considerado como um ultraje a Deus. 3. Transgressão de norma, regra ou preceito de alguma arte ou doutrina. 4. Mágoa ou ressentimento da pessoa ofendida.

Pecado


i. Um dos grandes objetivos da Bíblia é tratar dos fatos da vida humana, estabelecer a sua significação e efeito, e algumas vezes derramar luz sobre a sua causa. No caso do pecado há dois fatos principais: primeiro, que o homem é pecador – segundo, que todos cometem pecado. Pode, portanto, esperar-se que a Bíblia derramará luz sobre o sentido da palavra pecado e sobre os seus efeitos – e nos fará conhecer a causa da sua influência universal nos homens e o remédio para esse grande mal.
ii. Segundo a Bíblia, a causa dos pecados encontra-se de uma maneira definitiva (tanto quanto se considera a vida terrestre) no pecado dos nossos primeiros pais, com as suas conseqüências, transmitidas à posteridade. A este fato se chama a Queda. Basta dizer-se aqui, que, por mais baixo que estivesse o primeiro homem na escala da Humanidade, se ele era homem devia ter tido, na verdade, algum conhecimento rudimentar do bem ou do mal – e depois da sua primeira voluntária desobediência ao que lhe dizia a consciência, devia ter ficado numa situação moral inferior à dos tempos passados. A primeira transgressão feita com conhecimento do mal não pôde deixar de ser uma queda moral, por maior que fosse a sua sabedoria adquirida no caminho da vida. Além disso, há razão para acreditar que as crianças, nascidas após a queda, haviam certamente de participar da natureza dos seus pais, a ponto de ficarem mais fracas com respeito à moralidade do que não tendo os seus pais transgredido. Esta crença muito razoável apresenta-se como sendo o pensamento central da narrativa de Gn 3. o escritor bíblico está, evidentemente, revelando mais do que a simples enunciação do pecado de Adão e Eva como tal. Ele deseja fazer ver que a pena alcançou toda a Humanidade. Todos entram no mundo com a tendência original de uma modificada natureza para o mal. Não é, por conseqüência, para admirar que cada pessoa realmente caia no pecado. Nos capítulos seguintes são plenamente expostos os terríveis e profundos efeitos daquele primeiro pecado.
iii. os diferentes aspectos do pecado, que se apresentam aos escritores bíblicos, podem ver-se do modo mais próprio nos vários nomes que lhe dão. Porquanto a Bíblia é muito rica em termos que significam o pecado, o mal, a iniqüidade, a maldade, podendo ser mencionados neste lugar os mais importantes: 1. Palavras que têm o sentido de ‘falta, omissão, erro no fim em vista’, etc. Em hebraico há chêt e termos cognatos (Sl 51:9) – em grego, hamartia (Rm 3:9), hamartêma 1Co 6:18). 2. A perversão, a deturpação, implicando culpa, são faltas designadas pelo termo hebraico avon (1 Rs 17.18). 3. Há várias palavras que indicam a transgressão de uma lei, ou a revolta contra o legislador. Em hebreu peshã (Pv 28:13 – is õ3,5) – em grego parabasis (‘transgressão’, Rm 4:15), paraptoma (‘delito’, Ef 2:5), anômia (‘iniqiiidade’, 1 Jo 3:4, onde se lê: ‘hamartia é anômia’), asebeia (‘impiedade’, 2 Tm 2.16). 4. imoralidade, o hábito do pecado, e muitas vezes violência, se indicam com o hebraico rêshã (1 Sm 24.13), e o grego adikia (Lc 13:27). 5. A infidelidade, e a deslealdade para com Deus e o homem, são significadas pelo hebraico má”al (Js 22:22). 6. A culpa, que pede sacrifício expiatório, acha-se indicada pela palavra ãshãm (Pv 14:9). 7. o pecado é considerado como uma dívida na oração dominical, õpheilèma (Mt 6:12). iV Entre os grandes efeitos do pecado podem mencionar-se: l. o medo de Deus em contraste com o temor reverencioso e filial (Gn 3:10). 2. o endurecimento gradual da vontade contra o bem e as boas influências (Êx 7:13). A consunção da força e vida da alma, assemelhando-se à lepra que vai consumindo o corpo. 4. E tudo isto atinge o seu maior grau na separação de Deus (Gn 3:24Lv 13:46 – 2 Ts 1.9). *veja Na Bíblia, porém, o remédio para o pecado é, pelo menos, tão proeminente como a sua causa, a sua natureza, e o seu efeito. Freqüentes vezes, na realidade, se apela para os pecadores, a fim de que deixem os seus pecados, fazendo-lhes ver os grandes males que caem sobre eles – e ao mesmo tempo há as promessas de serem amavelmente recebidos por Deus todos os que se arrependem (notavelmente em 2 Sm 12.13), sendo os meios humanos o arrependimento e a fé. Mas tanto o A.T.como o N.T. claramente nos ensinam que é preciso mais alguma coisa. No cap. 53 de isaias, o sacrifício do Servo ideal nos patenteia os meios pelos quais se curam os pecados, pois que esse Servo é a pessoa que carregou com as nossas iniqüidades. outros sacrifícios eram apenas tipos deste particular sacrifício. *veja também Jo 1:29Cl 1:21-22. Este remédio torna efetiva a restauração de um direito divinamente estabelecido (Rm 5:1 – 1 Jo 1:9), para a remoção da mancha que caiu, inclusive, sobre os mais altos lugares por motivo do pecado, tocando a honra de Deus, e o seu templo (Hb 9:23-26) – e não só para a remoção dessa mancha, mas também para a gradual eliminação do pecado no crente (1 Jo 1:7-9), embora, enquanto exista neste mundo, nunca ele estará inteiramente livre da sua influência (Rm 7:23Gl 5:17 – 1 Jo 1:10). Não admira que o Filho de Deus tenha recebido o nome de Jesus, ‘porque ele salvará o seu povo dos pecados deles’ (Mt 1:21).

Pecar contra o Espírito Santo significa [...] empregarmos conscientemente qualquer forma de manifestação em discordância com as normas éticas que já tenhamos conseguido assimilar.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 45

[...] Entendamos a palavra pecado de forma ampla e mais completa, como sendo todo e qualquer desrespeito à ordem, atentado à vida e desequilíbrio moral íntimo. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 10

[...] Pecado é toda a infração à Lei de Deus. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

[...] O pecado é moléstia do espírito. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3


Pecado Falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição ou conduta. Para indicar isso, a Bíblia usa vários termos, tais como pecado (Sl 51:2); (Rm 6:2), desobediência (He 2:2), transgressão (Sl 51:1); (He 2:2), iniqüidade (Sl 51:2); (Mt 7:23), mal, maldade, malignidade (Pv 17:11); (Rm 1:29), perversidade (Pv 6:14); (At 3:26), RA), rebelião, rebeldia (1Sm 15:23); (Jr 14:7), engano (Sf 1:9); (2Ts 2:10), injustiça (Jr 22:13); (Rm 1:18), erro, falta (Sl 19:12); (Rm 1:27), impiedade (Pv 8:7); (Rm 1:18), concupiscência (Is 57:5), RA; 1(Jo 2:16), depravidade, depravação (Eze 16:27,43), 58, RA). O pecado atinge toda a raça humana, a partir de Adão e Eva (Gn 3; (Rm 5:12). O castigo do pecado é a morte física, espiritual e eterna (Rm 6:23). Da morte espiritual e eterna

pecado s. .M 1. Transgressão de qualquer preceito ou regra. 2. Culpa, defeito, falta, vício.

Pecado No judaísmo da época de Jesus — e no pensamento deste — é qualquer ofensa contra Deus, ação contrária à sua vontade ou violação a algum de seus mandamentos. Transgredir um preceito da Torá é pecado e tem também conseqüências negativas sobre a pessoa, afastando-a de Deus (Mt 9:13; 19,17-19).

Jesus enfatiza, principalmente, a necessidade de se eliminar as raízes profundas do pecado (Mt 5:27ss.; 6,22ss.; 15,1-20) e chama o pecador à conversão (Lc 11:4; 15,1-32; 13,1ss.; 18,13), porque Deus perdoa todo pecado, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo, isto é, a atitude de resistência ao perdão de Deus, a única atitude que impede a pessoa de recebê-lo. Por amor ao pecador, Jesus acolhe-o (Mt 11:19; Lc 15:1ss.; 19,7) e se entrega à morte expiatória (Mt 26:28; Lc 24:47). Quem recebe esse perdão deve também saber perdoar os pecados dos outros (Mt 18:15.21; Lc 17:3ss.).

R. Donin, o. c.; Y. Newman, o. c.; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...


Superabundar

Superabundar Transbordar (Rm 5:20).

Veio

substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
Corrente de água que provém de rios; riacho.
Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

Veio
1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


2) Riacho (28:11, RA).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Romanos 5: 20 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

A Lei, porém, chegou ao lado, a fim de que a ofensa aumente- sobressaia. Onde, porém, abundou 1056 o pecado, ai superabundou a graça,
Romanos 5: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

57 d.C.
G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G2443
hína
ἵνα
para que
(that)
Conjunção
G266
hamartía
ἁμαρτία
pecados
(sins)
Substantivo - Feminino no Plural genitivo
G3551
nómos
νόμος
lei
(law)
Substantivo - acusativo masculino singular
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3757
hoû
οὗ
onde
(where)
Advérbio
G3900
paráptōma
παράπτωμα
cair ao lado ou próximo a algo
(trespasses)
Substantivo - neutro acusativo plural
G3922
pareisérchomai
παρεισέρχομαι
entrar secretamente ou por ação secreta, ou mover-se lentamente ou entrar furtivamente
(entered)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G4121
pleonázō
πλεονάζω
superabundar
(might abound)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Active - 3ª pessoa do singular
G5248
hyperperisseúō
ὑπερπερισσεύω
o filho de Cuxe, neto de Cam, e bisneto de Noé; um valente caçador, ele estabeleceu
(Nimrod)
Substantivo
G5485
cháris
χάρις
graça
(favor)
Substantivo - feminino acusativo singular


δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

ἵνα


(G2443)
hína (hin'-ah)

2443 ινα hina

provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

  1. que, a fim de que, para que

ἁμαρτία


(G266)
hamartía (ham-ar-tee'-ah)

266 αμαρτια hamartia

de 264; TDNT - 1:267,44; n f

  1. equivalente a 264
    1. não ter parte em
    2. errar o alvo
    3. errar, estar errado
    4. errar ou desviar-se do caminho de retidão e honra, fazer ou andar no erro
    5. desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, pecado
  2. aquilo que é errado, pecado, uma ofença, uma violação da lei divina em pensamento ou em ação
  3. coletivamente, o conjunto de pecados cometidos seja por uma única pessoa ou várias

Sinônimos ver verbete 5879


νόμος


(G3551)
nómos (nom'-os)

3551 νομος nomos

da palavra primária nemo (parcelar, especialmente comida ou pasto para animais); TDNT - 4:1022,646; n m

  1. qualquer coisa estabelecida, qualquer coisa recebida pelo uso, costume, lei, comando
    1. de qualquer lei
      1. uma lei ou regra que produz um estado aprovado por Deus
        1. pela observância do que é aprovado por Deus
      2. um preceito ou injunção
      3. a regra de ação prescrita pela razão
    2. da lei mosaica, e referindo-se, de acordo ao contexto, ao volume da lei ou ao seu conteúdo
    3. a religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, esp. o preceito a respeito do amor
    4. o nome da parte mais importante (o Pentateuco), é usado para a coleção completa dos livros sagrados do AT

Sinônimos ver verbete 5918



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὗ


(G3757)
hoû (hoo)

3757 ου hou

caso genitivo de 3739 como advérbio; pron

  1. onde

παράπτωμα


(G3900)
paráptōma (par-ap'-to-mah)

3900 παραπτωμα paraptoma

de 3895; TDNT - 6:170,846; n n

  1. cair ao lado ou próximo a algo
  2. deslize ou desvio da verdade e justiça
    1. pecado, delito

Sinônimos ver verbete 51


παρεισέρχομαι


(G3922)
pareisérchomai (par-ice-er'-khom-ahee)

3922 παρεισερχομαι pareiserchomai

de 3844 e 1525; TDNT - 2:682,257; v

  1. entrar secretamente ou por ação secreta, ou mover-se lentamente ou entrar furtivamente
  2. infiltrar-se

πλεονάζω


(G4121)
pleonázō (pleh-on-ad'-zo)

4121 πλεοναζω pleonazo

de 4119; TDNT - 6:263,864; v

  1. superabundar
    1. de coisas
      1. existir em abundância
      2. crescer
      3. ser aumentado

        fazer crescer: alguém em algo


ὑπερπερισσεύω


(G5248)
hyperperisseúō (hoop-er-per-is-syoo'-o)

5248 υπερπερισσευω huperperisseuo

de 5228 e 4052; TDNT - 6:58,828; v

abundar além da medida, abundar excessivamente

transbordar, alegrar-se abundantemente


χάρις


(G5485)
cháris (khar'-ece)

5485 χαρις charis

de 5463; TDNT - 9:372,1298; n f

  1. graça
    1. aquilo que dá alegria, deleite, prazer, doçura, charme, amabilidade: graça de discurso
  2. boa vontade, amável bondade, favor
    1. da bondade misericordiosa pela qual Deus, exercendo sua santa influência sobre as almas, volta-as para Cristo, guardando, fortalecendo, fazendo com que cresçam na fé cristã, conhecimento, afeição, e desperta-as ao exercício das virtudes cristãs
  3. o que é devido à graça
    1. a condição espiritual de alguém governado pelo poder da graça divina
    2. sinal ou prova da graça, benefício
      1. presente da graça
      2. privilégio, generosidade

        gratidão, (por privilégios, serviços, favores), recompensa, prêmio