Enciclopédia de Efésios 3:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ef 3: 1

Versão Versículo
ARA Por esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Cristo Jesus, por amor de vós, gentios,
ARC POR esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios;
TB Por essa razão, eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, gentios,
BGB Τούτου χάριν ἐγὼ Παῦλος ὁ δέσμιος τοῦ Χριστοῦ Ἰησοῦ ὑπὲρ ὑμῶν τῶν ἐθνῶν—
BKJ Por esta causa, eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios,
LTT Por esta causa, sou eu, Paulo, o prisioneiro- acorrentado ① de ② Jesus Cristo # por amor a vós outros, os gentios,
BJ2 Por essa razão, eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo por amor de vós, os gentios...
VULG Hujus rei gratia, ego Paulus vinctus Christi Jesu, pro vobis gentibus,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Efésios 3:1

Lucas 21:12 Mas, antes de todas essas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por amor do meu nome.
Atos 21:33 Então, aproximando-se o tribuno, o prendeu, e o mandou atar com duas cadeias, e lhe perguntou quem era e o que tinha feito.
Atos 23:18 Tomando-o ele, pois, o levou ao tribuno e disse: O preso Paulo, chamando-me a si, me rogou que te trouxesse este jovem, que tem alguma coisa que dizer-te.
Atos 26:29 E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias.
Atos 28:17 E aconteceu que, três dias depois, Paulo convocou os principais dos judeus e, juntos eles, lhes disse: Varões irmãos, não havendo eu feito nada contra o povo ou contra os ritos paternos, vim, contudo, preso desde Jerusalém, entregue nas mãos dos romanos,
II Coríntios 10:1 Além disso, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde, mas ausente, ousado para convosco;
II Coríntios 11:23 São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes.
Gálatas 5:2 Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará.
Gálatas 5:11 Eu, porém, irmãos, se prego ainda a circuncisão, por que sou, pois, perseguido? Logo, o escândalo da cruz está aniquilado.
Efésios 3:13 Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória.
Efésios 4:1 Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,
Efésios 6:20 pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.
Filipenses 1:7 Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho.
Filipenses 1:13 De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana e por todos os demais lugares;
Colossenses 1:24 Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja;
Colossenses 4:3 orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual estou também preso;
Colossenses 4:18 Saudação de minha mão, de Paulo. Lembrai-vos das minhas prisões. A graça seja convosco. Amém!
I Tessalonicenses 2:15 os quais também mataram o Senhor Jesus e os seus próprios profetas, e nos têm perseguido, e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens.
II Timóteo 1:8 Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes, participa das aflições do evangelho, segundo o poder de Deus,
II Timóteo 1:16 O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes me recreou e não se envergonhou das minhas cadeias;
II Timóteo 2:9 pelo que sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa.
Apocalipse 2:10 Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

Paulo estava acorrentado, no seu 1o. aprisionamento em Roma.


 ②

"de- propriedade- de" ou "na causa de", "em prol de." # "Jesus Cristo": KJB.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

ef 3:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

Ao chegarmos ao sexto volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição, pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
SEÇÃO V

ORAÇÃO POR CUMPRIMENTO ESPIRITUAL

Efésios 3:1-21

De forma ousada e concisa, o apóstolo declarou a unidade potencial do gênero huma-no através da obra de Deus em Cristo Jesus. Os judeus e os gentios podem se tornar um povo na igreja, o templo de Deus, pelo Espírito Santo. Paulo faz uma oração pelos leito-res para que eles sejam interiormente fortalecidos e desfrutem agora as mais altas pos-sibilidades da nova vida em Cristo. Mas, um pensamento o interrompe: O mistério da chamada dos gentios e o seu ministério para eles (1-13).

Por esta causa (1,14) refere-se obviamente à descrição precedente, que diz que Deus incorporou graciosamente os gentios no plano de redenção. Entre estas duas ex-pressões está o amplo parêntese que fala sobre o mistério do evangelho. Logicamente, esta passagem é uma divagação, mas tem tremendo valor, pois se estende sobre o tema central do propósito da epístola: O propósito de Deus era e é unir todas as coisas em Cristo (1.9,10). Este trecho também apresenta a missão de Paulo no mundo. Foi-lhe confiada a tarefa de levar todos os homens a verem qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou (3.9).

A. A ADMINISTRAÇÃO PAULINA DO MISTÉRIO, 3:1-13

1. A Revelação do Mistério (3:1-6)

De modo direto e sem tom justificativo, Paulo chama atenção para sua situação, como o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios (1; cf. Ef 4:1-2 Tm 1.8; Fm 1:9).

Esta breve observação envolve três quesitos:

1) O artigo o antes de prisioneiro não visa colocar Paulo acima dos outros que também sofrem pelo Senhor. Sua intenção é declarar a classe de homens à qual ele agora pertence.

2) A causa originária por estar preso é Cristo.'

3) A frase por vós, os gentios (lit., no interesse de vós, os gentios) é, possivel-mente, lembrança sutil de que foi a hostilidade dos judeus para com sua missão gentia que lhe causou a prisão (At 21:26). É mais provável que a frase signifique que a vida espiritual dos gentios foi, de certa maneira, beneficiada por ele não estar livre. No versículo 13, ele declara comoventemente que suas tribulações são para a glória deles.

Os versículos 2:6 discorrem longamente sobre a comissão de Paulo aos gentios. Primeiro, ele os lembra da dispensação da graça de Deus que lhe foi dada em favor deles (2). A palavra dispensação (oikonomia) refere-se ao seu ofício ou ao ato de Deus lhe dar o ofício. "Certamente vocês ouviram falar da responsabilidade imposta a mim em favor de vocês pela graça de Deus" (NVI; cf. NTLH). Por vezes, o apostolado é chamado de graça (charis).2 Hodge comenta: "Na avaliação de Paulo, o ofício de mensageiro de Cristo era a manifestação da bondade imerecida de Deus para com ele. O apóstolo sem-pre fala dessa função com gratidão e humildade".' A tônica está no fato de que Deus "dispensou a graça" para Paulo. Talvez as idéias de responsabilidade e graça se combi-nem aqui. Ou, em outras palavras: "Administração e graça são praticamente equivalen-tes".4 Como observa Hodge: "O seu ofício e a graça relacionada à função [...] eram tanto uma oikonomia quanto uma charis" .5Na obra do Senhor, a responsabilidade ministerial com a graça intrínseca significa triunfo para a igreja.

Segundo, o modo da nomeação divina de Paulo foi por revelação (3). Depois das visões gerais expressas em Gaiatas 1.12, o apóstolo afirma que uma divina comunica-ção informou-o da gloriosa verdade da universalidade do evangelho. Da mesma manei-ra que os doze apóstolos possuíam conhecimento do propósito gracioso de Deus que não estava fundamentado em rumores, ele também fora instruído diretamente por Deus (cf. 1 Co 15.8; Gl 1:15-17).

Terceiro, a mensagem que Paulo é comissionado a declarar é o mistério de Cristo (4-6; cf. Cl 4:3; ver comentários em 1.9). Talvez a frase como acima, em pouco, vos escrevi (3) seja referência a alguma carta paulina extinta. Mas, parece mais razoável interpretar que seja alusão a 1.9ss. e 2.19ss. Paulo presume que, por causa da sua afir-mação anterior, seus leitores entenderão que ele está totalmente informado sobre o mis-tério de Cristo, ao passar a esclarecer o assunto para eles. Phillips traduz o versículo 4 assim: "O que acima escrevi em poucas palavras acerca disso esclarecer-lhes-á o conhe-cimento que tenho do mistério de Cristo."

O apóstolo diz que o mistério (paradoxalmente, o segredo revelado), o qual, nou-tros séculos, não foi manifestado aos filhos dos homens, mas agora, tem sido revelado (5). Paulo escreveu essencialmente a mesma verdade em Colossenses 1:26: "O mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que, agora, foi manifesto aos seus santos". O que era que estava escondido das gerações anteriores? Com certeza não era a salvação dos gentios, pois há muito texto no Antigo Testamento concernente à redenção deles. Já na promessa feita a Abraão em Gênesis 12:3, estava exposta a intenção divina de salvar (abençoar) todos os homens, judeus e gentios. Falando do Servo Sofredor, Isaías declarou no século VII a.C.: "Também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra" (Is 49:6). Bruce comenta que, "em Romanos 15:9-12, Paulo cita uma série de passagens de todas as três divi-sões do Antigo Testamento (a Lei, os Profetas e os Escritos), nas quais ele encontra pres-ságios do resultado do seu próprio ministério apostólico entre os gentios".' O mistério até aqui desconhecido era que os gentios seriam unidos com os judeus em um corpo para que fosse criado "um novo homem" (2.15), "pela incorporação de crentes judeus e gentios, segundo os mesmos princípios da graça divina, como membros do corpo de Cristo".7Foulkes considera que a palavra como, no versículo 5, é "em tal extensão como" ou "com tal clare-za como" agora.'

O propósito divino, que estava "nos tesouros dos segredos divinos da eternidade": foi revelado para seus santos apóstolos e profetas. (5). Estes homens, separados ou "consagrados" (hagiois) por Deus para receberem e declararem este mistério, eram os doze (cf. 2.20). Mas, de modo peculiar, Paulo sentiu o impacto desta mensagem e, assim, ficou conhecido por "apóstolo dos gentios". De fato, a proclamação deste mistério lhe foi especialmente entregue, conforme declara o texto de Atos 9:15: "Disse-lhe [a Ananias], porém, o Senhor: Vai, porque este [Saulo] é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel". Pelo Espírito lembra as palavras de Jesus registradas em João 14:26-16.13.

O apóstolo resume (6) em três partes "o mistério de Cristo", aplicando três palavras gregas que são muito difíceis de traduzir. Paulo gostava de palavras compostas. Neste versículo, ele usa três com o prefixo grego syn, que significa "junto com": synkleronoma, synsoma e synmetocha. Estas palavras enfatizam o conceito de unidade ou comunidade.' O "segredo revelado" assevera que, em primeiro lugar, os gentios são co-herdeiros com os judeus. Isto equivale dizer, compartilham a mesma herança espiritual. Este legado abrange todos os benefícios do concerto da graça esboçados por Hodge nos seguintes quesitos: "O conhecimento da verdade, todos os privilégios da igreja, a justificação, a adoção e a santificação; a habitação do Espírito e a vida eterna".11Hodge também comen-ta que esta é "uma herança tão grande que só compreendê-la requer a ajuda divina e eleva a alma aos confins dos céus".12

Os gentios são também de um mesmo corpo, "porções constituintes do corpo de Cristo". Este é outro modo de dizer que eles são tão participantes de Cristo quanto os judeus. A palavra synsoma, pela qual Paulo expressa esta idéia, deve ter sido criada por ele, visto que ela não ocorre na literatura grega. Paulo quer transmitir a idéia de que os gentios estão inseridos no corpo de Cristo e, portanto, estão com os judeus nas mesmas condições, chegando até a participar da vida de Cristo.

Por fim, os gentios são participantes da promessa (synmetocha). Outrora, eles eram estranhos aos concertos da promessa (2.12), mas agora "tomam parte, em con-dições iguais aos judeus, da promessa de vida e salvação (cf. 2 Tm 1.1)."" Na opinião de Westcott, esta frase é referência específica ao dom do Espírito Santo (cf. 1.13). Ele vê no fraseado "uma seqüência expressiva" nos três elementos da plena dotação dos gentios. "Eles tinham o direito a tudo que Israel esperava. Eles pertenciam à mesma sociedade divina. Eles desfrutavam o dom pelo qual a nova sociedade se distinguia da anterior.""

A nova relação dos gentios foi realizada em Cristo. Não ocorre pela fé judaica ou tornando-se, em qualquer sentido, "judeus". Os gentios detêm o mesmo lugar com Cristo que os judeus. Como sempre, o evangelho, quando efetivamente pregado sob a unção do Espírito Santo, provoca o nascimento espiritual, quer judeus ou gentios, jovens ou velhos, ricos ou pobres. Ninguém é algo antes de ir a Cristo; todos são exclusivamente de Cristo quando se unem a ele.

Este versículo de amplo escopo apresenta:
1) A natureza das bênçãos prometidas por Deus a todos os homens: co-herdeiros... de um mesmo corpo;
2) A condição pela qual a posse destas bênçãos é realizada: estar em Cristo;
3) O meio pelo qual essa união é efetivada: o evangelho.'

2. O Ministério do Mistério (3:7-13)

Continuando com o tema geral do mistério da graça de Deus, Paulo fala do seu ministério concernente a isto. Do qual quer dizer "deste evangelho" (BJ, CH). Estes versículos expressam quatro aspectos esclarecedores acerca do serviço de Paulo.

a) Chamado por Deus (3.7). O papel de Paulo como ministro (diakonos, servo) não foi por escolha própria, porque ele declara: Fui feito ministro (7). Deus conferiu ao apostolo este ofício de servir — estava de acordo com o dom da graça de Deus. De forma alguma o ex-perseguidor dos crentes merecia tal privilégio. Deus, em sua soberania, imputou ação imerecida impondo a mão sobre Paulo para esta missão aos gentios. O dom de servir Cristo desta maneira fluiu da graça livre de Deus. Além disso, o apostolado para os gentios foi concedido segundo a operação do seu poder. Este ministério teria fracassado, caso não fosse acompanhado pela capacitação divina. Blaikie comenta: "O ofício espiritual sem poder espiritual é desprezível; mas no caso de Paulo havia o poder e o oficio".16 A aptidão natural explica indubitavelmente grande parte da eficácia do após-tolo, mas o que tornou seu ministério verdadeiramente persuasivo e redentor foi o poder de Deus (cf. 1 Co 3.6,7).

b) O ministro e a mensagem (3.8,9). Com o reconhecimento humilde de não ser digno deste dom, por ser o mínimo de todos os santos (cristãos)," Paulo afirma que o propósito do seu ministério é anunciar entre os gentios as riquezas incompre-ensíveis de Cristo. Nos versículos 8:12, ele explica a natureza destas riquezas. Incompreensíveis transmite a idéia de "sem pista, inexplorável, não no sentido de que alguma parte seja inacessível, mas, que o todo é muito vasto para ser mapeado e medido"." A palavra riquezas não transmite quantidade, mas preciosidade. Agora, os gentios estão ouvindo a verdade gloriosa de que o Messias dos judeus também é o Salvador dos gentios." Eles também podem desfrutar as riquezas da compaixão, per-dão, santificação e orientação, proporcionadas pelo Cristo ressurreto para os homens necessitados. No que tange a Cristo, João 1:16 declara: "Dos seus repletos depósitos todos temos recebido graça sobre graça" (NEB).

Outro propósito do ministério de Paulo é de caráter teológico: demonstrar (photisai, lançar luz sobre) a todos qual seja a dispensação do mistério (9). A primeira tarefa do apóstolo é evangelizar os gentios, mas ao mesmo tempo ele deve demonstrar a todos, ou seja, esclarecer a toda a humanidade o modo como a verdade revelada satisfaz as necessidades dos homens. A dispensação (oikonomia) do mistério, de acordo com Westcott, significa "a aplicação apostólica do evangelho aos fatos da experiência"?' Ofe-recemos agora observações adicionais sobre o mistério (4-6). Este mistério não se tratava de um novo tipo de ação por parte de Deus, ou certo desvio de seus planos originais, que lhe foi imposto pelo desenvolvimento da história humana. O mistério estava oculto em Deus, que tudo criou, ou seja, existia no coração e na mente da deidade "desde todas as eras".21A menção ao ato criativo de Deus pode ser mera expressão de reverência ou reafirmação de que "ninguém, exceto o criador, pode ser o redentor".22 A expressão por meio de Jesus Cristo não ocorre nos melhores manuscritos, mas cf. Colossenses 1:16.

c) A função da igreja (3:10-12). Para que significa "a fim de que". Através da igreja, agora formada por judeus e gentios redimidos pelo sangue de Jesus, o serviço de Paulo demonstra "a exibição da sabedoria de Deus diante das inteligências da ordem divina" (10).22 Principados e potestades (archai e exousiai) não podem significar qualquer tipo de governo terreno, porque Paulo diz que eles estão em lugares celestiais. Tam-bém não devem ser os poderes demoníacos, pois, como sugere Salmond, o poder de Deus seria mais apropriado para lidar com eles do que a sabedoria de Deus Salmond conclui: "Os archai e os exousiai só podem significar os anjos bons, e estes nomes de dignidade são adequados, visto que apontam a grandeza da comissão de Paulo, e talvez, também, [...] a glória colocada sobre a ecclesia [igreja]".24

Não há dúvidas de que estes anjos de Deus, que dominam as esferas, têm interesse no esquema da redenção do homem (1 Pe 1.12). Os apóstolos e profetas receberam a verdade relativa aos planos de Deus e a comunicaram para a igreja. A igreja, por sua vez, mediou a verdade para o universo inteiro. Beare comenta: "Os poderosos regentes das esferas vêem a igreja se formando, observam como ela se reúne em uma unidade a partir dos segmentos hostis da humanidade e, assim, conhecem pela primeira vez a multiforme sabedoria de Deus".25 Quando a igreja cumpre sua missão de tornar conhecida a sabe-doria divina, o ministério de Paulo é validado. Multiforme (polypoikilos) ocorre somen-te aqui no Novo Testamento. Significa "matizado, de diferentes cores". Robinson comen-ta que "a metáfora é retirada da beleza complexa de um padrão bordado".' Quem pode sondar a majestade e a diversidade da sabedoria de Deus em redimir o mundo? Em Romanos 11:33, Paulo exclama: "Fico maravilhado diante da insondável riqueza da sa-bedoria e do conhecimento de Deus. Como o homem poderia entender os motivos das ações divinas ou explicar seus métodos de trabalho?" Os planos de Deus são perfeitos em sua conformidade com a santidade divina, e, ao mesmo tempo, são ordenados de acordo com a capacidade humana e as necessidades complicadas da vida humana. O resultado final é a redenção das almas.

Em típico estilo literário paulino, os versículos 11:12 ampliam o pensamento em áreas que não são diretamente germanas à tese central. A revelação da sabedoria multiforme foi segundo o eterno propósito (11, lit., "de acordo com o propósito das eras"; cf. BJ). A intenção fora revelada apenas recentemente, mas sua origem estava na eternidade. A frase que fez em Cristo Jesus pode ser interpretada como "cumpriu em Cristo Jesus". Westcott a traduz assim: "o qual ele realizou em Cristo Jesus."' Retoman-do uma idéia previamente apresentada em 2.18, o apóstolo a reforça no versículo 12. Em nosso Senhor, temos ousadia e acesso (12) a Deus Pai. As palavras ousadia (parresia) e acesso (prosagoge) significam, respectivamente, "liberdade de falar" e "liberdade de aproximar-se".' No grego clássico, parresia significava a liberdade de expressão que era outorgada ao cidadão de um estado democrático. Ao aplicar a palavra aqui, Paulo indica "a liberdade que os cristãos têm em se chegar a Deus diretamente sem intermediários, exceto por Cristo, que em sua pessoa tem a deidade e a humanidade".' Ver comentários em 2.18, quanto a prosagoge. Confiança (pepoithesis) é empregado no Novo Testamento somente por Paulo e só seis vezes nas suas cartas. De acordo com Salmond, denota "o estado mental no qual desfrutamos estas bênçãos",' quais sejam, a ousadia e a liberda-de. Tudo isso pela nossa fé nele.

Os versículos 11:12 apontam três verdades significativas.

1) Nossa porta aberta para Deus sempre esteve em seus planos para os homens, 11;

2) A base de nossa ousadia e acesso é Cristo. É nele que temos esta liberdade. Não podemos ir a Deus por nosso mérito próprio; temos de ir "no mérito infinito de um Salvador infinito", 12;

3) Os requi-sitos indispensáveis da comunhão pessoal com Deus são a liberdade de expressão e a liberdade de acesso, 12.

d) A glória do sofrimento (3.13). As tribulações suportadas pelo apóstolo no cum-primento de sua comissão são em benefício dos leitores (13). Portanto (dio) não se refere aos grandes privilégios de "ousadia" e "acesso" apresentados no versículo 12, mas diz respeito ao pensamento da passagem (7-12), "a dignidade do ofício entregue a Paulo e o significado para eles".31 Talvez os leitores tivessem a impressão de que a prisão e prova-ções de Paulo fosse prognóstico de adversidades para a causa cristã. Tal opinião era contraditória à avaliação que Paulo fazia dos seus sofrimentos. Em Colossenses 1:24, ele escreve sobre sua atitude: "Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja". Visto que ele não perdeu a coragem, ele não queria que seus leitores desanimassem. Na realidade, ele via um significado profundo nos sofrimentos; eles eram "a glória daqueles por quem ele sofria"." As adversidades expunham a grandeza da verdade que os leitores tinham aceitado e o ministério de quem proclamou essa verdade. Se os leitores compreendessem esta interpretação das tribulações, eles se alegrariam com Paulo e não desfaleceriam.

B. A ORAÇÃO DE PAULO PELO CUMPRIMENTO ESPIRITUAL, 3:14-19

Por esta causa significa o fim da longa digressão que começou em 3.1, onde ocorre expressão semelhante a esta. A causa à qual o apóstolo se refere está no capítulo 2. Esta causa é a extensão da misericórdia divina, e da graça salvadora para os gentios, conce-dendo-lhes privilégios idênticos aos dos judeus por Jesus Cristo. A causa fornece a base para a petição do apóstolo. Ao recordar que os gentios sentiram o gozo da reconciliação da cruz, tiveram a paz proporcionada pela relação de concerto com Deus e foram incorpo-rados à família de Deus, Paulo se sentiu impelido a orar. O pedido de sua intercessão é que estes novos cristãos experimentem em sua totalidade todos os privilégios espirituais concedidos por Deus aos homens.

1. O Endereço da Oração (3.14,15)

A atitude de Paulo na oração é expressa na postura que ele assume: Me ponho de joelhos (14). Para os judeus, a posição habitual de oração era de pé com os braços estendi-dos para o céu (cf. Mt 6:5; Lc 18:11-13). O fato de Paulo ajoelhar-se dá a entender a intensidade e urgência de sua petição. Como comenta Foulkes, prostrar-se "era expressão de profunda emoção ou seriedade, e nesta base temos de entender as palavras de Paulo aqui"."

A oração de Paulo é dirigida ao Pai de nosso Senhor Jesus Cristo (14). Com base em evidências de manuscrito, a frase de nosso Senhor Jesus Cristo deveria ser omi-tida do texto (cf. BAB, BJ, BV, CH, NTLH, NVI, RA). Porém, é tão freqüente Paulo qualificar o nome divino que é justificável aceitar a idéia transmitida pela frase (cf. 1.17). Fazer a súplica ao Pai está de acordo com o plano de Deus para seus filhos. Quan-do nascemos de novo, somos adotados na família de Deus (1.5). Por isso, pelo ministério do Espírito Santo, estamos aptos a chamar Deus de "Aba, Pai" (Rm 8:14-17; Gl 4:6). Beare comenta: "Cabe à natureza de Deus, como Pai, ouvir a oração de seus filhos e atender-lhes os pedidos (Mt 7:11).34 O estilo de Paulo dirigir-se diretamente ao Pai, tal-vez seja resultado da influência da Oração do Senhor na comunidade cristã primitiva.

A descrição que Paulo faz de Deus como o Pai, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome (15), expressa um pensamento que não é adequadamente trans-mitido em nosso idioma. Em grego, patria (família) é derivado de pater (pai). Há a sugestão de que a tradução mais própria de patria seja "paternidade" .35 Assim, versão melhor deste versículo é: "De quem toda a paternidade nos céus e na terra recebe o nome"' (cf. CH; nota de rodapé da NVI). A paternidade de Deus é "a origem da comunhão e unidade em todas as ordens dos seres finitos. [...] Toda a 'família', toda a sociedade que se mantém unida pelos laços da cabeça comum [...] deriva aquilo que lhe dá direito ao título do único Pai".' Martin assevera que "a paternidade de Deus não é mera metáfora retirada das relações humanas. Muito pelo contrário. [...] Vemos na deidade o arquétipo de toda a paternidade, e todas as outras paternidades derivam-se de Deus"." A oração torna-se uma comunhão genuína, quando nos damos conta de que Deus é o Pai no senti-do mais sublime e mais nobre, e Ele é acessível!

2. O Poder do Espírito (3:16-19)

Ao longo desta carta, o apóstolo está preocupado que a leitura seja esclarecedora acerca da obra redentora de Deus na história e no coração dos leitores. Esta oração, junto com a petição registrada em 1:16-23, enfatiza a necessidade de mais esclarecimento. Mas há uma diferença. Na primeira oração, "ele começa com o pensamento de esclareci-mento pessoal que leva a um sentimento intenso da grandeza do poder divino". Nesta oração, ele começa "com o pensamento de fortalecimento pessoal, que resulta em conhe-cimento mais profundo e trabalho mais completo"."

Ser fortalecidos com poder pelo seu Espírito (16) é uma experiência divina-mente dada (cf. Cl 1:11). Deus a concede segundo as riquezas da sua glória, quer dizer, "na proporção e no estilo dos recursos da sua natureza sempre abençoadora".' O verbo grego krataiothenai está no infinitivo aoristo, sugerindo crise ou ação pontual. Pelo visto, Paulo está falando sobre a segunda experiência do cristão, na qual "o Espírito Santo da Promessa, o Deus do Pentecostes, o Espírito de Conselho e Poder" limpa e capacita o coração. Esta não é obra superficial. Ocorre no homem interior, no "verda-deiro e duradouro eu".41 A oração é para que o Espírito Santo toque "a mola-mestre da vida total", fortalecendo-a e vitalizando-a para o serviço a Deus.

Não devemos considerar que a frase para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração (17) seja descrição de outra bênção igualmente sublime. Trata-se de outra explicação da experiência do versículo 16. Beare, seguindo Westcott, conclui que este as-pecto da oração é um segundo objetivo do verbo conceda.' Contudo, a ausência do conetivo "e" apóia a opinião de que o fortalecimento pelo Espírito e a habitação de Cristo no coração não são experiências totalmente diferentes.' É mais que óbvio que desfrutar a pre-sença do Espírito equivale a desfrutar a presença de Cristo. Temos uma vez mais um infinitivo aoristo (katoikesai) para expressar a idéia de habitar. Além de conotar ação decisiva e crítica, a palavra significa residência permanente em oposição à estada tem-porária (paroikein). Moule comenta que a vinda de Cristo é "tão profunda e grandiosa, quanto a constituir uma chegada praticamente nova, e ele permanece onde chega não como convidado, duvidosamente detido, mas como Mestre residente em sua própria casa"» No vosso coração significa no centro da personalidade total. E visto que o domicílio de Cristo é um dom, deve ser recebido pela fé.

Ser fortalecido pelo Espírito e, por conseguinte, ser completamente habitado por Cristo resulta em ser arraigados e fundados em amor (17). Estas metáforas biológicas e arquitetônicas também são empregadas em 2.21 (cf. tb. Cl 2:7: "arraigados e edificados"; e Cl 1:23: "fundados e firmes"). Estes dois particípios estão no tempo perfei-to, indicando relações firmadas. Não se trata absolutamente de uma relação estática, mas é um envolvimento dedicado e crescente com Cristo. Em amor, correlato essencial de fé, deve ser interpretado com os particípios, de forma que o amor é "o solo, no qual a vida é enraizada", e "o caráter de suas fundações"." O amor perfeito no coração ocasiona crescimento e estabilidade. Dale resume o versículo 17 da seguinte forma: "O amor não é um impulso intermitente, nem mesmo uma força constante que luta pela supremacia legítima sobre as paixões mais básicas; sua autoridade é firme; é a lei de sua natureza; é a própria vida da sua vida"."

Esta experiência profunda da vida cheia do Espírito e habitada por Cristo é necessá-ria para compreender, com todos os santos (cristãos), o amor de Cristo (18,19).

Muitas verdades estão envolvidas neste versículo. Em primeiro lugar, a realidade divina não é conhecida somente pela busca intelectual. Poderdes perfeitamente (exischusete) é "poderdes ter a força". O verbo grego compreender (katalabesthai) significa literalmente "agarrar", "prender" ou "apoderar-se". Conforme o uso aqui, sugere a dificuldade de conhecer as coisas profundas de Deus por nossas faculdades meramente humanas. Precisamos do ministério do Espírito. Esta é precisamente a verdade que o apóstolo

afirma em I Coríntios 2:9-10: "Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus".

Em segundo lugar, embora o cristão seja individualmente fortalecido pelo Espírito, ele não deve supor que compreenda sozinho a total extensão da verdade divina. A compreensão vem com todos os santos (18; cf. Cl 1:26). "O que para sempre transcende o conhecimento do indivíduo isolado", o corpo dos santos sabe.' Bruce comenta: "É coisa vã os indivíduos ou grupos cristãos imaginar que podem atingir a plenitude da maturidade espiritual, isolando-se dos outros crentes"."

Em terceiro lugar, as dimensões do amor divino são quatro: largura, compri-mento, altura e profundidade (18). Ao longo dos séculos, os comentaristas procu-ram afixar certa significação especial a cada projeção geométrica do amor." Mas, com toda a probabilidade Paulo estava apenas "tentando expressar com inteireza retórica a magnitude da visão que se abre diante da fé cristã, quando busca compreender os caminhos de Deus"." Eis a maravilha e a glória da vida que "está escondida com Cristo em Deus" (Cl 3:3).

De acordo com o versículo 19, devemos conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento. Como explicar tal declaração? Wesley observa que Paulo se corrige em relação ao nosso conhecimento e afirma que o amor não pode ser totalmente conhecido, ou seja, está fora do âmbito do conhecimento. Por outro lado, outros estudiosos sugerem que o apóstolo percebeu ter entrado em contradição com esta ênfase no conhecimento, pois também teria soado muito gnóstica. Por isso, disse que o amor é maior que o conhe-cimento. Segundo esta interpretação, é apropriada a tradução: "Conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento" (BJ, NVI). Hodge oferece uma solução muito mais satisfatória. Sua sugestão é que é o amor de Cristo por nós que excede nosso conhecimen-to. Visto que é infinito, inerente em um ser infinito, acha-se além de nosso entendimento. Ele escreve: "Este amor de Cristo, embora exceda o poder de nossa compreensão, ainda é questão de conhecimento experiencial. Podemos saber como é excelente, maravilhoso, livre, desinteressado, longânimo e que é infinito".51 E acrescenta que este é o conheci-mento mais sublime e santificador. "Aqueles que assim conhecem o amor de Cristo por eles, se purificam como ele também é puro."'

Atingindo o ponto alto de sua oração, Paulo pede que estes crentes sejam cheios de toda a plenitude de Deus (19). Ele não está pedindo que a vida dos leitores seja divinizada; eles não serão cheios da plenitude da qual Deus está cheio como Ser infinito. O desejo do apóstolo é que eles desfrutem a plenitude da graça que Deus comunica aos homens por seu Filho. Wesley considera que a frase de toda a plenitude de Deus significa "com toda a sua luz, amor, sabedoria, santidade, poder e glória".' O tempo verbal cheios está no aoristo e sugere, de acordo com Martin, que "esta experiência não é vista como algo adquirido aos poucos, mas julga-se que é como uma experiência positi-va do crente".' Talvez Mateus 5:48 seja um paralelo a este versículo: "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus".

C. DOXOLOGIA, 3.20,21

Na oração, Paulo não pediu coisas pequenas; ele pediu que Deus iluminasse os cris-tãos, os fortalecesse e os enchesse pelo Espírito. Como Dale comenta: "Pelo visto, depois de uma oração como esta, o apóstolo se deteve por um momento e ficou imaginando se não pedira o que estava além de toda a esperança".55 Mas não, percebendo que suas mais altas aspirações não causam tensão nos recursos divinos, Paulo irrompe numa doxologia na qual declara a glória e a magnitude do poder de Deus. O apóstolo proclama com confiança: "O que Deus promete, ele cumpre; o que ele manda, ele capacita"."

O versículo 20 expressa três verdades. Primeira, Deus é poderoso para fazer tudo. Paulo não consegue cogitar a idéia de que Deus seja limitado por algum poder fora de si mesmo. A segunda verdade é: Deus é poderoso para fazer muito mais abun-dantemente além daquilo que pedimos ou pensamos. A extensão do poder de Deus ultrapassa as esperanças e imaginações do coração humano. A expressão muito mais abundantemente (huperekperissou) é de cunhagem paulina e Bruce a denomi-na de superlativo, que significa "superabundantemente" (cf. "muito além, infinitamen-te mais", BJ). A habilidade de Deus cumprir seus propósitos acha-se fora do maior poder humano de compreensão. A terceira verdade é que a frase segundo o poder que em nós opera visa declarar que há uma relação entre o gozo que hoje o crente possui do poder divino na conversão e o poder infinito de Deus, que pode fazer o que apóstolo rogou. Erdman afirma a verdade de modo sucinto: "Este 'poder que em nós opera' é a medida e o meio da capacidade ilimitada de Deus fazer por nós e em nós muito mais do que pedimos ou recebemos".57

Os versículos 16:20 espelham "A Graça Superabundante". Há uma descrição clara da interioridade da santidade.

1) Corroborados... pelo seu Espírito no ho-mem interior, 16;

2) Cristo habita no coração pela fé. Arraigados e fundados em amor. A compreensão das dimensões do amor, 17,18;

3) Cheios de toda a plenitude de Deus. Conhecendo o insuperável amor de Cristo, 19;

4) O poder que em nós opera, 20 (G. B. Williamson).

A esse glória (21) pode ser considerada como uma afirmação: "Nele está a glória", ou como imperativo: "A ele seja a glória". A última forma é mais apropriada. Paulo está dizendo: "Que a glória ou a excelência de Deus seja revelada na igreja e em Cristo Jesus (en Christo Jesou) ". Certas traduções usam a expressão "em Cristo Jesus", ao passo que outras usam por Cristo Jesus. Paulo une Cristo e a igreja. Ambas demons-tram a glória de Deus e ambas lhe dão louvores.

Em todas as gerações, para todo o sempre pode ser traduzido por "de geração em geração eternamente" (NEB). Este acoplamento de sinônimo e repetição é o modo de o apóstolo enfatizar "a eternidade do louvor". "Por todos os tempos" (NTLH) significa "um tempo sobrevindo sobre outro até a mais remota infinidade"," Cristo e o seu povo, a igreja, exibirão a glória de Deus — sua graça abundante da qual a igreja é a recebedora.

Nos versículos 14:21, temos "A Oração pela Plenitude Divina"," oferecida ao Pai universal por todos os filhos 14:15-1) Os objetivos:
a) Ser corroborados com poder, 16;
b) Conhecer o amor de Cristo, 19;
c) Ser cheios de toda a plenitude de Deus, 19;

2) Os meios:
a) O seu Espírito, a habitação de Cristo, 16,17;
b) Pela fé, 17;

3) Os recursos: Segundo as riquezas da sua glória, 16; e segundo o poder que em nós opera, 20.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Efésios Capítulo 3 versículo 1
Prisioneiro de Cristo Jesus:
Ou Preso por causa de Cristo Jesus:
A expressão leva o sentido adicional de estar sujeito a Cristo (igualmente em Fm 1:1), semelhante a “servo (ou escravo) de Jesus Cristo” (Rm 1:1). Sobre a prisão mesma, ver a Introdução.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
*

3:1 Paulo inicia uma oração para que os seus leitores gentílicos sejam cheios da presença de Cristo e aptos para apreenderem a verdade sobre o amor e poder do seu Redentor (vs. 14-21). Paulo faz uma digressão para explicar a natureza de seu ministério e de sua visão em relação à união dos judeus e gentios em Cristo (vs. 2.13).

prisioneiro. Paulo está sujeito à prisão domiciliar em Roma (At 28:16-30).

* 3.3 conforme escrevi há pouco, resumidamente. Ver 1.9, 10.

* 3.5 como, agora, foi revelado. O silêncio do Antigo Testamento sobre o mistério de Paulo — a união de judeus e gentios na igreja (v. 6) — não foi absoluto mas relativo. Foi previsto pelos profetas ("Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança." Is 19:25). Se a idéia tivesse sido completamente desconhecida no Antigo Testamento, Paulo não poderia ter dito, como disse em Rm 4, que o pacto abraâmico compreendia todos os que fossem da fé que teve Abraão, inclusive os gentios. Paulo disse a Agripa que a sua proclamação de luz para judeus e gentios, indistintamete, não ultrapassava o que havia sido prometido por Moisés e os profetas (At 26:22-23).

* 3.6 que os gentios são co-herdeiros. Embora o Antigo Testamento ofereça vislumbres ocasionais de uma raça humana unificada, é somente à luz do sacrifício de Cristo que o plano de Deus se torna claro: em um único e grandioso ato, Deus removeu a inimizade entre ele mesmo e a humanidade, bem como eliminou as divisões que fraccionavam a humanidade (2.14-18). Paulo já havia refletido sobre o modo extraordinário como Deus incluiu os gentios em seu povo: contra as leis da agricultura, os gentios foram um ramo bravo enxertado em árvore cultivada (Rm 11:11-24).

*

3:8 Observe o desenvolvimento da descrição que Paulo faz de si mesmo, comparando a progressão entre 1Co 15:9; Ef 3:8 e 1Tm 1:15,16.

* 3.10 principados... nos lugares celestiais. Paulo já mencionou “o príncipe da potestade do ar” (2,2) e voltará a falar da batalha que os cristãos travam contra os seus inimigos espirituais no universo (6.10-17). Convém lembrar aqui a recente controvérsia de Paulo com os falsos mestres em Colossos. Em sua carta àquela igreja, havia afirmado que Jesus é Senhor de todas as coisas, inclusive do mundo espiritual, e, ainda, que é somente em Jesus que reconciliam-se os céus e a terra (Cl 1:15-20; 2.8-23). Em conseqüência, o estabelecimento da paz entre judeus e gentios na 1greja é um sinal a todos os poderes no universo. Para o apóstolo, não há divisão mais profunda na raça humana do que a existente entre judeu e gentio. O fato de que podiam estar unidos um ao outro em Cristo demonstra a profunda sabedoria de Deus (Is 55:8,9; 1Co 2:6-10) e prova inclusive aos poderes sobrenaturais que Jesus é Senhor do universo (1.20-23).

* 3.14 me ponho de joelhos. Os judeus normalmente colocavam-se em pé para orar (Mt 6:5; Lc 18:11,13). Ajoelhar-se parece ter sido uma expressão de humildade e urgência (Ed 9:5; Lc 22:41; At 7:59-60). Esse versículo retoma a oração que Paulo havia iniciado no v. 1 (nota).

* 3.15 toda família... no céu. Ou, “cada família”. A literatura judaica intertestamental e rabínica contém referências a famílias de anjos.

*

3.16 homem interior. Essa expressão integra o mais elaborado vocabulário de Paulo sobre a obra do Espírito Santo dentro dos indivíduos (2Co 5:17). Efésios, em grande parte, trata da identidade corporativa dos cristãos (p.ex., 4:3-6,12-16). Mas Cristo habita também nos corações das pessoas. O cristianismo não é uma confissão coletiva à exclusão da experiência individual nem uma piedade particular sem visão corporativa.

* 3.18 a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade. Essas medidas de espaço lembram a metáfora do templo em 2.21. Como as “pedras vivas” (1Pe 2:5) são unidas em amor, a habitação de Deus cresce e é preenchida com o próprio Cristo. Deus usa o amor entre “todos os santos” — judeus e gentios, sem distinção — para construir um todo que é maior do que as respectivas partes. A linguagem espacial exalta o amor de Cristo para com o seu povo — um amor que é inclusivo, inesgotável e auto-sacrificial.

* 3.20 o seu poder que opera em nós. Ver 1:19-23; 2.5,6. A primeira parte da carta culmina com a consideração de Paulo sobre o poder infinito de Deus, que conduz o seu plano gracioso (2,7) e onisciente (v. 10) para a reconciliação da raça humana.

*

3.21 glória. Paulo dá glórias a Deus pelo poder que Deus tem dado à igreja.

na 1greja e em Cristo Jesus. Paulo recorre, nessa carta, a diversas metáforas para descrever o relacionamento mútuo entre a Igreja e Cristo: o corpo e a cabeça (1.22,23), o reconciliado e o reconciliador (2.14-18; 4.3), e a noiva e seu noivo (5.22,33).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
3:1 Paulo se achava sob arresto domiciliário em Roma por ter pregado a respeito de Cristo. Os líderes religiosos em Jerusalém, sentiam-se ameaçados pelos ensinos de Cristo e não acreditavam que era o Messías. Pressionavam aos romanos para que prendessem o Paulo e o ajuizassem por traição e por originar uma rebelião entre os judeus. Paulo apelou para que seu caso o considerasse o Imperador e estava em espera do julgamento (veja-se At 28:16-31). Apesar de que se achava sob arresto, Paulo mantinha firme sua crença em que Deus tinha o controle de tudo o que lhe acontecesse. Permite você que as circunstâncias o convençam de que Deus perdeu o controle deste mundo? Como Paulo, recorde que não importa o que aconteça, Deus dirige os acontecimentos mundiais.

3:2, 3 "A administração da graça de Deus" significa a mordomia especial ou o compromisso atribuído ao Paulo. A ele lhe encomendou o trabalho especial de pregar as boas novas aos gentis, o grande plano que Deus lhe tinha revelado. "Como antes o tenho escrito brevemente", possivelmente se refira a uma carta prévia, a qual não conservou a igreja, ou poderia referir-se à primeira parte desta carta (sobre tudo 1.9ss; 2.11ss).

3:5, 6 O plano de Deus não se deu a conhecer as gerações anteriores, não porque Deus queria privar a seu povo de algo, mas sim porque revelaria a todos ao seu devido tempo. Deus planejou ter a judeus e gentis formando um corpo, a Igreja. sabia-se no Antigo Testamento que os gentis receberiam salvação (Is 49:6), mas nunca se revelou que todos os gentis e os judeus crentes deveriam ser iguais no corpo de Cristo. Esta igualdade se materializou quando Jesus derrubou a "parede intermédia de separação" e criou "um solo e novo homem" (Is 2:14-15).

3:7 Quando Paulo se converteu em ministro, Deus lhe deu a capacidade de pregar com eficácia o evangelho de Cristo. Não é necessário que você seja um apóstolo nem sequer um evangelista para que Deus lhe dê a oportunidade de dizer a outros o que Cristo é para você. E com a oportunidade, O lhe proverá a habilidade, o valor e o poder. Em qualquer lugar no que se presente a ocasião, esteja preparado diante de Deus. Ao centrar sua atenção na outra pessoa e sua necessidade, Deus lhe comunicará sua atitude solícita e suas palavras serão naturais, amorosas e adequadas.

3:8 Quando Paulo se descreve como "menos que o mais pequeno de todos os Santos", com estas palavras quer expressar que sem a ajuda de Deus, jamais poderá cumprir a obra de Deus. Apesar disto, Deus o escolheu para anunciar o evangelho aos gentis e lhe deu o poder para fazê-lo. Se sentirmos que nosso rol é menor, podemos estar no certo, exceto que esquecemos quão vital Deus pode fazer. Como pode Deus usá-lo? Faça sua parte e cumpra fielmente o papel especial que joga no plano de Deus.

3:9 "A dispensa do mistério" se refere à via do grande plano de Deus de levar a cabo através da igreja e o trabalho do Paulo em demonstrar e ensinar o grande propósito de Deus em Cristo (veja-se 3.2).

3:10 "Principados e potestades nos lugares celestiales" podem ser tanto os anjos testemunhas destes acontecimentos (veja-se 1Pe 1:12), ou possivelmente força hostis opostas a Deus (1Pe 2:2; 1Pe 6:12).

3:12 É um impressionante privilégio nos aproximar de Deus com segurança e acesso com confiança. A maioria nos mostraríamos receosos na presença de um governante poderoso, mas graças a Cristo, podemos entrar diretamente à presença de Deus mediante a oração. Sabemos que nos receberão com os braços abertos porque somos os filhos de Deus através de nossa união com Cristo. Não tema a Deus. lhe fale a respeito de algo. Está esperando lhe ouvir.

3:13 por que as tribulações do Paulo fazem que os efesios se sintam honrados ("as quais são sua glória")? Se Paulo não tivesse pregado o evangelho, não estaria no cárcere, portanto, os efesios não teriam ouvido as boas novas nem tampouco se converteram. Como uma mãe que sofre os dores de parto a fim de trazer uma nova vida ao mundo, Paulo suportou a perseguição a fim de trazer novos crentes a Cristo. Obedecer a Cristo não sempre é fácil. O chama a tomar sua cruz e lhe seguir (Mt 16:24), ou seja, estar dispostos a tolerar a dor ao grau que a mensagem de Deus de salvação chegue a todo mundo. Devemos nos sentir honrados de que outros sofressem e se sacrificassem por nós para que recebêssemos bênção.

3:14, 15 A grande família de Deus inclui a todos os que acreditaram no no passado, os que o têm feito no presente e os que o farão no futuro. Todos somos uma família porque temos a um mesmo Pai. O é a fonte de toda a criação, o dono legítimo de cada coisa. Deus promete seu amor e poder a sua família, a Igreja (3.16-21); se queremos receber suas bênções, é importante que nos mantenhamos em contato com outros crentes no corpo de Cristo. Quem se aíslan da família de Deus e tratam de seguir sozinhos, privam-se do poder de Deus.

3.17-19 O amor de Deus é total, diz Paulo. Chega até os últimos rincões de nossa experiência. A largura do amor de Deus continua através de toda nossa vida e chega a todo mundo. A longitude do amor de Deus nos segue através de nossas vidas. A profundidade do amor de Deus chega ao mais profundo do desalento, o desespero e até a morte. A altura do amor de Deus se eleva à cúpula de nossa aclamação e júbilo. Quando se sentir excluído ou isolado, recorde que nada o separará do amor de Deus. Para outra oração do amor incomensurável de Deus, veja-as palavras do Paulo em Rm 8:38-39.

3:19 "A plenitude de Deus" se expressa completa e somente em Cristo (Cl 2:9-10). Estamos completos por nossa união com Cristo e a capacitação que o Espírito Santo nos deu. Temos por inteiro a Deus a nossa disposição, mas nos devemos apropriar isso pela fé e as orações, cada dia, ao viver para O. A oração do Paulo pelos efesios é também para você. Pode pedir que o Espírito Santo encha ao máximo cada aspecto de sua vida.

3:20, 21 Esta doxología, hino de louvor a Deus, põe fim à primeira parte do Efesios. Na primeira seção, Paulo descreve o papel eterno da Igreja. Na segunda parte (capítulos 4:6), explicará como os membros da Igreja devem viver a fim de obter a unidade que Deus deseja. Como na maioria de suas cartas, Primeiro Paulo estabelece o fundamento doutrinal, logo apresenta aplicações práticas das verdades que detalhou.

NOSSAS VIDAS ANTES E DESPUES DE CRISTO

Antes

Mortos em delitos e pecados

Filhos de ira

Inimigos de Deus

Seguidores da corrente deste mundo

Escravos de Satanás

Depois

Vivos com Cristo

Com a misericórdia de Deus e salvos

diante de Cristo e a verdade

Filhos de Deus

Livres em Cristo para amar, servir e nos sentar com O

Fazíamos a vontade da carne e dos pensamentos

Ressuscitados para glória


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
C. A IGREJA: DEUS mistério revelado em Cristo (3: 1-13)

No capítulo Ef 1:15 Paulo começou uma oração para seus leitores que eles podem desfrutar a plenitude da sabedoria de Deus e saber que a grandeza do Seu poder exibido na ressurreição de Cristo e vivificação espiritual dos gentios. No capítulo 2 ele expõe a grande verdade da Igreja, como uma nova forma de vida, em Cristo culminando em uma grande unificada, estrutura, espiritual abraçando ambos os crentes judeus e gentios, e dedicado à habitação e adoração a Deus. Agora, o apóstolo se volta para o grande assunto da Igreja como mistério de Deus revelado em Cristo.

1. O Mistério Revelado ao Apóstolo (3: 1-6)

1 Por esta causa eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus em favor de vós, os gentios, - 2 se é que tendes ouvido a dispensação da graça de Deus, que me foi concedida para convosco; 3 como pela revelação foi deu a conhecer a mim o mistério, como escrevi antes, em poucas palavras, 4 pelo que, quando ledes, podeis perceber a minha compreensão do mistério de Cristo; 5 o qual em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como, tem agora foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito; 6 a saber , que os gentios são co-herdeiros, e companheiros de membros do corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho,

Ele aparece no versículo 1 que Paulo vai retomar a sua oração para os gentios que ele tinha começado em Ef 1:15 . No entanto, ele abruptamente interrompe e começa sua exposição do grande mistério de Deus na 1greja. Sua oração não seja retomada até o versículo 14 .

Primeiro, Paulo se considera prisioneiro de Cristo para o mistério do evangelho (v. Ef 3:1 ). Paradoxalmente Paulo aqui, como sempre, se considera o prisioneiro de Jesus Cristo e nunca de seus inimigos. Sua fé inabalável na Divina Providência dotou-o com a constante convicção de que ele estava em vontade, atenção e serviço de Deus. Em Ef 6:20 também ele afirma: "Eu sou embaixador em cadeias", e, em seguida, sinceramente pede que seus leitores orar fervorosamente para ele, não que ele deve ser liberado, mas "que seja dada a mim no abrir da minha boca , para dar a conhecer com ousadia o mistério do evangelho "( Ef 6:19 ).

Nero, o imperador mais perverso que nunca governou Roma, estava no trono quando Paulo escreveu estas palavras. Os registros imperiais mostrou que Paulo era prisioneiro de Nero, aguardando julgamento por este tirano, sob as acusações de seus procuradores hostis judeus cujas mentes estavam inflamados de ódio ciumento e que trazia em suas mãos acusações falsas e maliciosas contra o apóstolo. Ele havia sido assediado pelos judeus em Jerusalém em sua última visita lá, foi resgatado pelo capitão romano Lysias, foi preso em Cesaréia por dois anos onde foi examinado três vezes por Felix, Festus, e Agripa, por sua vez, apelou para César, e foi enviado para Roma, onde viagem, ele naufragou. Aqui ele foi autorizado a morar em sua própria casa alugada por dois anos, mas constantemente acorrentado a e guardado por um soldado romano enquanto esperava seu julgamento. Paulo escreveu a Timóteo que ele havia sofrido "dificuldades aos títulos ... mas a palavra de Deus não está presa" (2Tm 2:9 ). O escravo fugitivo, Onésimo, foi um exemplo notável do fruto do ministério de prisão entre os gentios em Roma (Filemon).

Em segundo lugar, Paulo vê a pregação do mistério revelado de Deus como sua mordomia especial (vv. Ef 3:2-5 ). Até o dispensação de que a graça de Deus que me foi dada para convosco , Paulo simplesmente significa sua mordomia divinamente outorgado para pregar o evangelho de Cristo aos gentios (conforme v. Ef 3:7 ; Gl 1:15. ). É verdade que no primeiro concílio da igreja geral realizada em Jerusalém Pedro alegou ser especialmente escolhido por Deus para pregar aos gentios (At 15:7 ; Gl 2:2) e da igreja local em Antioquia, na Síria em uma data anterior (At 13:2) reconhecido, aceito e confirmado que eles Acredita-se que a missão de Deus para Paulo para os gentios. Esta mordomia incluiu a incorporação dos gentios na 1greja de Cristo, como membros de pleno direito em condições de igualdade e com privilégios de igualdade com os judeus, como testemunhado por estabelecimento de Paulo de igrejas em suas três viagens missionárias em toda a Ásia Menor e Europa Oriental, os quais Lucas descreve em 13 1:20-1'>Atos 13:20 .

A profunda convicção desta mordomia do evangelho aos gentios foi confirmada ao apóstolo por sua revelação especial para ele de Deus. Esta revelação teve o seu início através da instrumentalidade de Ananias em Damasco, por ocasião da conversão de Paulo e foi várias vezes reiterado e confirmou a ele (At 9:1 ; conforme Rm 16:25 ; . Gl 1:11 ; Gl 2:1 ).

Aqui, como em Ef 1:9 (conforme Cl 4:3f ). Isto parece claramente implícito nas palavras de Paulo, não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado . Isso é muito em oposição à posição de Strauss que nada se sabia do mistério anteriormente.

Só assim se sabia muito da verdade como para torná-lo um mistério, mas não o suficiente para torná-lo claramente entendido, até que foi revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito nos tempos do Novo Testamento, e anunciada por Paulo.Que sobre o qual não há conhecimento não pode ser um mistério, e aquilo que se revela plenamente deixa de ser um mistério (conforme He 8:5 ). Ele consiste de uma bolsa tríplice dos gentios com os judeus na 1greja de Jesus Cristo.

(1) Os gentios são co-herdeiros com os judeus na 1greja (conforme Gn 12:3 ). Eles foram através da fé em Cristo fez-ventures ou co-herdeiros da vida eterna e os privilégios e as bênçãos da Igreja, o corpo de Cristo corporativo (conforme Ef 5:7 ). Vincent observa que este composto, companheiros de membros , ocorre em nenhum outro lugar nos escritos de Paulo, e os últimos compostos, companheiros de participantes , ocorre aqui e em Ef 5:7)

7 do qual fui feito ministro, segundo o dom da graça de Deus que me foi dada de acordo com a operação do seu poder. 8 A mim, que sou menos do que o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios as riquezas inescrutáveis ​​de Cristo, 9 e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que criou todas as coisas; 10 com a intenção de que agora até os principados e os poderes do celestiais lugares pode ser feita por meio da igreja, a multiforme sabedoria de Deus, 11 de acordo com o eterno propósito que ele estabeleceu em Cristo Jesus nosso Senhor, 12 no qual temos ousadia e acesso em confiança, pela fé nele. 13 Pelo que eu peço que não vos desmaiar nas minhas tribulações por vós, que são a vossa glória.

Primeiro, Paulo era um ministro para pregar as insondáveis ​​riquezas (v. Ef 3:8) do mistério revelado de Deus para os gentios pelo dom da graça de Deus ... de acordo com a operação do seu poder (v. Ef 3:7 ). Paulo observa que o seu ministério aos gentios foi um especial dom de Deus. O mesmo acontece com todos os crentes têm o seu dom especial de Deus. Bem-aventurado é o cristão que sabe o que é e usa-o para a glória de Deus ao invés de tentar apropriar-se do dom da outra. Além disso, o emprego eficaz de Paulo de presente do seu ministério aos gentios de Deus era através do poder da ressurreição de Jesus Cristo. Nem pode qualquer servo de Deus efetivamente usar o presente de Deus a ele sem o poder de Deus em sua vida. Que a pregação eficaz do evangelho da glória de Cristo é um dom especial de que pouco dotados são incapazes foi atestada pela experiência dos séculos. Cada crente cristão pode e deve ser um testemunho eficaz de Cristo, mas tão certo como há um dom de ensino ou um presente da música, por isso não é um dom de pregação. Preparação especial nas habilidades de qualquer uma dessas vocações deve melhorar a sua eficácia, mas um presente que não existe não pode ser melhorado. Assim, a formação educacional como especial importante para o ministério é, ele pode nunca ser um substituto para o chamado e dons espirituais especiais de Deus (conforme Jo 15:16 ).

Paulo reconheceu que precede e tinha uma visão muito humilde de si mesmo como o instrumento de Deus em fazer evangelho conhecido de Cristo: A mim, que sou menos do que o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar (v. Ef 3:8 ). De humilde auto-estima observações Wesley do Apóstolo,

Aqui estão as linhagens mais nobres de eloqüência para apontar o baixo opinião superior o apóstolo tinha de si mesmo e da plenitude de bênçãos insondáveis, que são estimadas em Cristo (conforme 1Co 15:8 ).

Muitos e variados meios foram utilizados para a propagação do evangelho, mas a pregação é sempre fundamental. Uma autoridade definiu a pregação como

a comunicação falada da verdade divina com vista a persuasão ... um sermão ... quanto à questão de comunicação ... é "verdade divina" ... quanto à forma da presente comunicação ... é verdade divina "falado". Quanto ao objectivo da presente comunicação ... é verdade divina falado "com o objectivo de persuasão" (conforme 2Co 5:11 ).

Outros métodos nunca pode ser mais do que auxiliar, secundário. Diz o apóstolo: "Foi boa vontade de Deus através da loucura da pregação para salvar os que crêem" (1Co 1:12 ). Importante e altamente eficaz como ter sido a escola dominical, a imprensa religiosa, o rádio e, talvez, em uma televisão muito mais limitada forma, nenhum deles ou de qualquer outro método pode ser autorizada a substituir a apresentação direta, pessoal, oral do evangelho dos lábios do pregador para os ouvidos dos ouvintes. O pregador é, em certos aspectos mais do que um mensageiro de Cristo; ele é uma amostra de pessoal da mensagem do evangelho que prega (conforme 2Tm 2:6 . Vincent torna como que "o que não pode ser rastreado para fora." Mais adiante neste capítulo, ele fala de conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento (v. Ef 3:19 ). Nenhuma quantidade de aprendizagem e sua aplicação técnica pode jamais descobrir as insondáveis ​​riquezas de Cristo . Estes são segredos de Deus que só são conhecidos por revelação divina especial (conforme Ef 3:3. ), como também o Seu mandamento explícito para seus seguidores no Grande Comissão (Mt 28:18 ). Um ministério que não se instruir e, assim, confirmar a fé do crente, bem como evangelizar o incrédulo, está aquém do propósito divino e um plano para a pregação.

O tema específico para a iluminação, com a qual o apóstolo foi cobrado aqui, é o peso do de Deus revelado mistério que a salvação e incorporação de todos os homens para a Igreja, corpo espiritual de Cristo, é antigo plano, propósito e provisão de Deus. A impressão é dado às vezes que a salvação dos judeus era primário, se não exclusivo propósito de Deus, e que a inclusão dos gentios no plano da redenção foi um adendo com Deus, ou que, na melhor representou uma mudança na mente e plano de Deus depois que os judeus como uma nação rejeitaram a Cristo. Certamente, a primeira parte desta proposição foi uma visão judaica, e talvez alguns intérpretes cristãos são mais do que judaica cristã a este respeito. O grande peso do coração de Paulo é que Cristo morreu para salvar todos os homens, sem distinção de nacionalidade ou credo e incorporá-las em Sua Igreja. Não há espaço para uma teoria limitada expiação no ensino de Paulo aqui ou em outro lugar. Este projeto de Deus para a salvação de todos os homens era, no pensamento de Paulo, na mente de Deus desde os séculos (conforme Cl 1:26 ). Na verdade, o plano era uma criação da mente de Deus, que criou todas as coisas . Assim, não foi o produto da avaliação do pensamento humano que, gradualmente, desenvolvido através dos tempos, compreensão do homem e da compreensão do plano divino foi um pouco gradual como ele se tornou capaz de compreender de forma magnífica a verdade. A lentidão dos cristãos de todas as idades, incluindo o presente, para compreender esta oferta universal de contas Cruz de Cristo, em grande medida para a frieza espiritual e apatia da Igreja em relação à sua obrigação e desafio missionário para o mundo inteiro de cada nova geração. É somente como cristãos conceber claramente de e crer em Cristo como Aquele que criou todas as coisas e, portanto, todas as coisas pertencem a Ele por esse direito criativo, que eles vão perceber que Ele forneceu para a redenção de todas as coisas em Cristo, e que É obrigação do cristão para dar a conhecer a toda esta grande verdade (conforme Rm 8:19 ). A teoria da evolução orgânica não é amiga do plano de redenção de Deus. Bruce pensa que os principados e potestades nos lugares celestiais do verso Ef 3:10 pode incluir personalidades do mal, assim como boa. Se isto estiver correto, em seguida, torna-se evidente que Deus tem algo para mostrar para as personalidades de demônio, bem como os anjos, e, possivelmente, os poderes dominantes na Terra, sobre a grandeza ea vitória do Seu plano redentor e realização operou em e através da igreja (conforme Ef 6:12. ; . 1Pe 1:12 ; Rm 8:38 ).

Bruce sustenta que Deus usa a Igreja para instruir os habitantes destes lugares celestiais, e, em seguida, sugere que este pode lançar luz sobre a frase de outra forma enigmática em 1Co 11:10 ", por causa dos anjos." Em seguida, ele registra a seguinte nota interessante.

A implicação desta frase em 1Co 11:10 é, provavelmente, que a presença invisível dos anjos em reuniões cristãs exige decoro no vestir e no comportamento. Esta interpretação é agora suportado por uma ou duas expressões semelhantes na literatura Qumran.

Esta demonstração de poder de Deus na 1greja e pela Igreja é, na fraseologia de Paulo, uma revelação de , a multiforme sabedoria de Deus . Da expressão multiforme sabedoria Vincent comenta,

Uma frase muito marcante. O adjetivo ocorre apenas aqui, e significa variegada . Ela é aplicada a imagens, flores, roupas ... usado na Septuaginta de túnica de José, Gn 37:3. ; He 10:19 ; He 13:6) observações Wesley,

Tal como os peticionários têm, que são introduzidos para a presença real por alguns distinto favorito. E Ousadia -unrestrained liberdade de expressão, tais como as crianças utilizam para enfrentar um pai indulgente, então, sem medo de ofender, que divulgam os seus desejos, e fazer conhecido todos os seus pedidos.

Bruce observa que a palavra aqui traduzida ousadia

em grego clássico ... significava a liberdade de expressão, que é o direito de cada cidadão de um Estado democrático, quando a palavra é "batizados em Cristo" que prenuncia a liberdade de homens cristãos se aproximar de Deus diretamente, sem intermediário parte de Cristo, que abraça o Divina e Humana em Seu uma pessoa ... "A nossa fé nele" é literalmente "a fé nele" (assim AV); mas o genitivo "dele" é objetiva, denotando Aquele em quem a fé é colocada.

Assim, o sacerdócio do crente que vem com confiança para Cristo na fé sensível como é grande o seu sumo sacerdote é fortemente apoiado por Paulo nesta passagem, como também em outros lugares.

Paulo encerra esta seção com um pedido para que seus leitores não desanime por causa de suas tribulações , ou prisão e julgamento, o que ele estava passando por uma questão de seu ministério para os gentios. Eles não precisam ter medo, nem motivo para constrangimento porque o seu apóstolo foi preso, e eles não precisam temer que um destino, como deve acontecer a eles. Tudo está nas mãos de Deus, Paulo parece dizer, e, assim, tudo vai sair para a Sua glória e seu bem. A grandeza da fé de Paulo salva-lo de auto-piedade e permite que ele para incentivar outras pessoas na fé quando as suas circunstâncias são mais terríveis.

ORAÇÃO D. O APÓSTOLO PARA A IGREJA UNIVERSAL (3: 14-21)

Se esta secção representa uma retomada da oração anterior de Paulo começou em Ef 1:15 , ou se deve ser considerado como totalmente independente de sua antiga oração, é uma questão de pouca importância. Em ambos os casos é maior oração registrada de Paulo para a Igreja cristã.

1. As preliminares à oração de Paulo (3: 14-15)

14 Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai, 15 do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome,

Estes versos refletem claramente quatro fatores preliminares que estabelecem o contexto para levar e até grande oração do Apóstolo para a Igreja universal: a sua ocasião, postura, endereço e bússola.

Nenhum grande ou eficaz oração já foi orou para que não foi motivada por uma grande causa pressionando. É evidente que a causa que sublinha a ocasião desta oração é o tema da salvação e da unificação de todos os homens da Igreja, o corpo de Cristo.Barclay expressa adequadamente a causa para a qual Paulo ora esta oração assim:

Aqui estamos novamente com a idéia básica de toda a carta. Paulo pintou seu grande imagem da Igreja. Este mundo é um caos desintegrado; há divisão e separação em todos os lugares, entre nação e nação, entre homem e homem, na vida interna de um homem. É desígnio de Deus que todos os beligerantes e os elementos discordantes devem ser levados para um em Jesus Cristo. Jesus é o instrumento de Deus, no qual os homens devem ser levados para 1. Mas isso não pode ser feito a não ser que a Igreja leva a mensagem de Cristo e do amor de Deus para todos os homens. A Igreja deve ser o complemento de Cristo, o organismo através do qual o Espírito de Cristo age e opera. É por esse motivo que Paulo ora. Se a Igreja é sempre a ser assim, as pessoas dentro ele deve ser um certo tipo de pessoas. É por isso que Paulo está orando; ele está orando para que as pessoas dentro da Igreja pode ser tal que toda a Igreja será, na verdade, o corpo e o complemento de Cristo.

A postura deste ou de qualquer oração pode parecer bastante incidental, por si só, se não fosse que essa postura pode, como faz aqui, sugerir um significado mais profundo do que aparece na superfície. Whedon diz:

Como antes eles solenemente no pensamento montado, Paulo conceitualmente ajoelha para dedicá-los como uma igreja a Deus. Nesta oração, ele é muito sério para ficar de pé ou sentar-se, e assim, no corpo como no espírito, ele se curva diante de Deus.

Ajoelhado postura de Paulo aqui significa mais do que dobrar os joelhos. Ao contrário, ele se prostra em súplica agonizante diante de Deus para a Igreja. A postura de oração judaica de costume estava de pé com as mãos estendidas e as palmas das mãos voltadas para cima (conforme Mt 6:5 ). Os primeiros cristãos, por outro lado, tinha habitualmente ajoelhou-se diante de Deus para orar. Exemplos notáveis ​​são Estevão (At 7:60 ), Pedro (At 9:40 ), Paulo (At 20:36 ), e Paulo e Lucas (At 21:5 ).

O endereço da oração de Paulo é corretamente ao Pai , como Cristo ensinou aos seus discípulos. Paulo não está pensando principalmente de Deus aqui no sentido de paternidade -fatherhood no sentido puramente físico ou criativo do termo. Certamente, ele reconhece a paternidade criadora de Deus (v. Ef 3:9 ), enquanto se aproximavam Ele concorda com a confiança de Paulo como ele dirige a sua oração pela Igreja a Deus Pai.

A bússola de oração de Paulo tem um significado especial: do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome . Apesar dos problemas gramaticais envolvidos nessa passagem e comentaristas são muito diferentes em suas interpretações-parece mais lógico que desde que o ônus da preocupação de Paulo em Efésios é para o resgate e inclusão dos gentios dentro do corpo de Cristo, unificando assim tanto judeus como gentios em uma única família espiritual, ele está aqui simplesmente significa que ele está orando para a Igreja cristã universal. Isso inclui a Igreja triunfante no céu, e todos os ramos da Igreja crente na terra agora e que ainda vão nascer espiritualmente. Esta visão é apoiada por muitos dos comentaristas mais antigos, incluindo Barnes, Clarke, e Wesley.À luz do seu contexto, a referência à toda a família não podem ser tomadas em apoio da paternidade universal de Deus na, sentido redentor espiritual. Pelo contrário, é para a família espiritual dos redimidos, se triunfante no céu ou na terra, ou ainda para se tornar crentes, que através da fé em Jesus Cristo como seu Salvador são filhos de Deus feito (conforme Jo 17:20 , Jo 17:21 ). Miller habilmente expressou assim:

O Pai é a fonte da família. A doutrina da paternidade de Deus (não a paternidade universal) é uma preciosa. Deus é um pai; Ele tem uma família; a família está crescendo e as pessoas se tornam membros de pelo novo nascimento (Jo 1:12 , Jo 1:15 ). Alguns já passaram mais e estão no céu; alguns são ainda "na terra", mas é toda a família ainda; a morte não quebrar Sua família.

2. As petições da oração de Paulo (3: 16-19)

16 Que ele iria conceder-lhe, de acordo com as riquezas da sua glória, para que sejais robustecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; 17 que Cristo habite em seu coração por meio da fé; a fim de que, estando arraigados e alicerçados em amor, 18 pode ser forte para compreender, com todos os santos, qual seja a largura, comprimento e altura e profundidade, 19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até a plenitude de Deus.

O fato de que as petições de oração de Paulo são oferecidos no interesse de cristãos dá apoio pesado para a interpretação anterior da família , no versículo 15 .

Primeiro, Paulo ora para espiritual de energia para o fortalecimento da Igreja: que ele iria conceder ... para que sejais robustecidos com poder . Vincent observa que Paulo usa em Efésios todas as condições para poder empregada no Novo Testamento, excetoBia (violência). Como o poder foi o primeiro a provisão de Cristo para seus discípulos (At 1:8 ). Deus tem uma provisão adequada para o seu povo em face das pressões do mal e do mundo externo sobre eles. Ela é expressa por João assim: "maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo" (Jo 4:4 ). A permanência da presença permanente de Cristo em seus corações para que Paulo aqui reza é o seguro de seu fortalecimento interior solicitada na petição anterior. Na mesma linha, Paulo escreve aos Colossenses, "Deus quis dar a conhecer ... as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória" (Cl 1:27 ; conforme Jo 14:23 ; Jo 15:1 ). A fé pela qual Cristo habite em seus corações, nesta petição, trabalha pelo amor para o qual Paulo ora na próxima petição. Aos Gálatas Paulo escreveu sobre a "fé que opera pelo amor" (Gl 5:6 ; Cl 2:2 ).

Clarke observa que Paulo reforça sua oração por sua disposição através da utilização de

methaphor um double [ arraigados e alicerçados em amor ]; uma levada de agricultura , a outra, de arquitectura. Como árvores , elas devem ser enraizada no amor -este é o solo em que suas almas estão a crescer ... Como um edifício , a sua fundação é para ser colocada em amor . ... Aqui é a terra em que só a alma, e toda a sua esperanças e expectativas, pode ser com segurança fundada . Esta é uma fundação que não pode ser abalado. ... Neste, como seu bom solo , ele cresce . Nesta, como seu únicofundamento , ele descansa .

A primeira parte dessa metáfora, enraizada , sugere o "homem abençoado" do Sl 1:3). Este edifício repousa sobre o alicerce seguro dos ensinamentos divinamente reveladas dos apóstolos e profetas (Ef 2:20 , Fp 3:13 ). Em qualquer caso, antes que a mente pode apreender ou compreender a verdade deve perceber, ou ver através; Assim, a percepção é um pré-requisito para apreensão ou compreensão da mente. Paulo simplesmente deseja-lhes a compreender a imensidão de toda a dimensão do amor de Deus em Cristo. Enquanto Vincent observa que "não há interpretações especiais estão a ser dada a estas palavras ... que o artigo está ligado apenas ao primeiro, amplitude , todo o resto sendo incluídos sob o artigo primeiro, "parece que o apóstolo tinha em mente algo mais do que a magnitude geral do amor de Deus.Observações Wesley,

Qual é a amplitude do amor de Cristo -Embracing toda a humanidade. E comprimento eterna -Desde a eternidade. E profundidade -Não ser sondado por qualquer criatura. E altura -Não ser alcançado por qualquer inimigo.

Talvez esse amor de quatro dimensões de Cristo deve ser entendido em relação ao objetivo prático de Deus para Sua Igreja redimida no mundo. Assim, podemos dizer com Wesley que a amplitude do amor de Cristo abraça toda a humanidade, que é tão ampla quanto a raça humana de todas as gerações. O seu comprimento estende-se desde o nascimento até à morte do homem. Sua altura atinge o mais exaltado, em posição ou status, entre os homens. E sua profundidade atinge os homens mais humildes ou mesmo moralmente depravados de.

Assim, praticamente viram, amor de quatro dimensões de Cristo abraça toda a humanidade em todos os tempos e condições e fornece uma base para a evangelização de todos os homens (conforme da Igreja Jo 3:16 ). A menos que a Igreja apreende esta grande verdade muitos de cada geração permanecerá intocado pelo seu ministério.

A oração de Paulo que a Igreja possa conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento é típico dos paradoxos paulinos (conforme Ef 6:20 ). Mas um paradoxo, ao contrário de uma contradição, é resolúvel. Vincent pensa que por saber Paulo aqui se refere ao conhecimento prático do amor cristos 'através da experiência, em oposição ao conhecimento conceitual através da apreensão. Pode ser verdade que o apóstolo tinha em mente tais. Mas também é bem possível que, ao saber que ele refere-se a uma compreensão intuitiva do amor divinamente revelado de Cristo, que não está sujeito a apreensão pelas "mentes racionais, empíricos, ou outros poderes para que o conhecimento comum podem render-se. Este é um conhecimento superior que não está disponível para os poderes sem ajuda da razão humana, e da qual até mesmo as hostes angelicais, boas e caídos, são excluídos (1Pe 1:12 ). Que repreensão à razão humana orgulhoso dos gregos da época de Paulo, como também para os chamados intelectuais do nosso tempo!

Em quinto lugar, Paulo ora para espiritual da Igreja plenitude ou plenitude: para que sejam cheios de toda a plenitude de Deus . Aqui é outro paradoxo Pauline que só pode ser entendida à luz do versículo 17 , onde ele reza para que Cristo habite em seus corações . Em outros lugares, o Apóstolo declara que "[Cristo] habita toda a plenitude da divindade" (Cl 2:9 ). Este ideal ou objetivo para o crente estava na mente de Cristo, quando Ele disse: "Sede vós, pois, perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5:48. ); como foi também na mente de Paulo quando escreveu aos Filipenses: "Não que eu ... já sou feito perfeito [ou ter atingido a perfeição ressurreição-conforme v. Ef 3:11 ]: mas vou prosseguindo, se é que eu posso alcançar aquilo para o qual fui conquistado por Cristo Jesus "( Fp 3:12. ). Assim perfeição final do crente é sempre em sua união com Cristo. Nesta união perfeição de Cristo torna-se a perfeição do crente. Fora de Cristo, o homem tem apenas imperfeição. Isso é algo muito mais do que a justiça imputada, é também a justiça implantado de Deus em Cristo na vida do crente.

3. As Perspectivas da Oração do Paulo (3: 20-21)

20 Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, 21 a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém.

Paulo conclui este grande oração pela Igreja universal com uma espécie de doxologia caracterizada por uma explosão de louvor a Deus e uma expressão de total confiança em Deus, que Ele proverá para o futuro bem-estar de seu povo. Não há necessidade nem desejo legítimo que os cristãos podem pedir ou até mesmo pensar que Deus pode fornecer não super-abundância. Vincent pensa versículo 20 deve ler: "Àquele que é capaz de fazer além de tudo, muito acima do que pedimos ou pensamos". Até mesmo as "necessidades de pensamento" de Seus filhos, que eles podem não ter tido tempo para expressar ou possam ter sido muito limitados para dar a conhecer em oração, Deus às vezes antecipa e suprimentos. Isaías disse: "E será que aconteceu que antes de clamarem eles, eu responderei e enquanto eles ainda falando, eu os ouvirei" (Is 65:24 ).

No entanto, a promessa anterior está condicionada à "o poder que opera em nós" (conforme vv. Ef 3:16 , Ef 3:18-A , 19-B ). Este não é um ser humano ou de energia natural, mas a dinamite da presença de Deus na vida do homem (Ef 1:19. ; . Fp 2:13 ). Jesus disse: "Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito a vós" (Jo 15:7. ). Assim, Paulo iria medir a duração da glória de Deus por um tempo infinito.

Whedon cita "bela sugestão de que resume esta grande oração assim:" 'Grotius As Igrejas estavam acostumados a aclamação Amém . nessas doxologies, que, para que possam fazer, Paulo dá-lhes uma vantagem ' "Ele, então, continua:

Um belo pensamento, confirmando a ideia de que St. Paulo conceitualmente dedica sua Igreja de Éfeso e universal com esta oração e acabamento coral.

E agora, esta Igreja gloriosa, como visto de seu lado divino, é delineado, erigido, acabado, e dedicado à oração e ao hino arrebatador.

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
Esse capítulo encerra a primeira metade de Efésios em que Paulo descreve nossa riqueza em Cristo. Paulo, antes de mover-se para a se-ção prática (nosso caminhar com Cristo), faz uma pausa para orar. No versículo 1, ele inicia a oração, mas só dá continuidade a ela no versícu-lo 13! Os versículos intermediários são um longo, e importante, parên-tese em que ele explica seu ministé-rio especial para o corpo da igreja e para os gentios.

  • Paulo explica seu ministério (3:1-12)
  • A primeira coisa que notamos é que Paulo chama a si mesmo de prisio-neiro e relaciona essa condição aos gentios! At 22:0), depois disso irrompeu um tumulto! Como At 10:0), a quem permitiram que fosse morto; por intermédio do ministério de Cristo (Mt 4:12), a quem eles pediram que fosse morto; e por meio do mi-nistério dos apóstolos e de Estêvão (At 2—7), e esse último, os próprios judeus mataram (At 7:54-44). A na-ção rejeitou as três ofertas do reino que lhe foram feitas. Eles rejeitaram o Pai, que enviou João, o Filho e também o Espírito, que energizou o testemunho dos apóstolos. A oferta do reino cessou temporariamente por causa da morte de Estêvão, a mensagem foi para os samaritanos e para os gentios (At 8:0. No versículo 6, ele explica clara-mente o mistério da igreja: os cren-tes gentios e judeus são um corpo em Cristo. Até esse momento, esse mistério não fora revelado; porém, agora, Deus, pelo Espírito, revela-o para seus apóstolos e para os profe-tas do Novo Testamento. Seria negar as inspiradas palavras de Paulo, nes-sa passagem, afirmar que os doze apóstolos entenderam o mistério da igreja desde o início. Em At 10:0). Isso significa que não há um purga-tório em que as pessoas se prepa-ram para o céu. Ele ora para que o homem interior conheça sua força espiritual. É incrível como alguns cristãos tratam a pessoa interior de forma descuidada! O Espírito Santo capacita-nos, a partir de nosso in-terior, por meio da Palavra de Deus e da oração. Nos versículos 20:21, Paulo menciona que o Espírito de Deus opera em nós à medida que oramos; e I Tessalonicenses 2:13 (junto com Cl 3:16) ensina que o Senhor nos capacita por intermédio da sua Palavra. Os santos primitivos se entregavam "à oração e ao mi-nistério da palavra" (At 6:4), e Deus operava de forma poderosa neles e por intermédio deles.

    Ele quer que Cristo "habite" (sinta-se em casa, v. 17) no coração dos crentes. Cristo habita no coração de todo crente; todavia, nem todo coração é uma habitação confortável para ele. Ele amava ir a Betânia, porque seus amigos o amavam, se ali-mentavam com a Palavra dele e lhe serviam. Cristo, quando veio à terra falar com Abraão, enviou dois anjos na frente para visitar Ló (Gn 19), por-que não se sentia à vontade na casa de um crente mundano. Ele se sente em casa em nosso coração?

    Cristo sente-se em casa em nosso coração quando encontra fé e amor nele. No versículo 17, a pala-vra "arraigado" sugere um estado de prontidão, um ato de fé e de amor, como a árvore enraizada no solo. Muitos cristãos querem o fruto do Espírito, porém não se arraigam nas coisas espirituais.
    Dever-se-ia usar o verbo "apre-ender — segurar", em vez de "com-preender" (v. 18). Paulo já orou para que compreendam essas bênçãos maravilhosas, agora ele pede que possam pôr as mãos nelas e agarrá- las para eles mesmos. Seguramos as promessas de Deus pela fé. Paulo quer principalmente que eles agar-rem o amor incomensurável de Deus, um amor que enche todas as coisas. Um número muito grande de cristãos pensa em Deus como um Juiz ameaçador ou como um Senhor severo, em vez de como um Pai amoroso.

    "Sejais tomados de toda a ple-nitude de Deus" (v. 19): esse é o pro-pósito máximo do Senhor para nos-sa vida. Leia com atenção Jo 1:16 e Cl 2:9-51. Paulo afirma emCl 2:10: "Também, nele, estais aperfeiçoados". Por que viver-mos como indigentes quando Deus nos dá sua plenitude? A vida vazia é desapontadora e perigosa; o espíri-to da desobediência (2:
    2) entra em operação em nós e caímos no pe-cado se o Espírito de Deus não nos enche.

    Os versículos 20:21 finalizam essa seção com uma bênção emo-cionante. Deus opera em nós! Deus opera por nosso intermédio! Deus é glorificado em nós! Nossa salvação é maravilhosa! Esse poder opera em nós à medida que abrimos nosso coração para Cristo, que cultivamos essa comunhão permanente, que oramos, e que nos submetemos à Palavra. Não há motivo para nós, os crentes, sermos "infelizes" quando estamos assentados com Cristo (2:
    6) e cheios com plenitude de Deus.
    Ao chegarmos ao fim dessa seção, seria útil observarmos as "pos-turas espirituais" de Paulo a fim deque nos revelem o segredo das bên-çãos de Deus. Paulo está assenta-do com Cristo (2:6), edificado nele (2:
    20) e de joelhos diante do Pai (3:14). Essas atitudes possibilitam que ele ande (4:1), cresça (4:
    15) e permaneça firme contra Satanás (6:14ss). Nossa posição espiritual em Cristo possibilita nosso andar vi-torioso sobre a terra.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
    3:2-13 Forma um parêntese sobre a missão de Paulo aos gentios. A oração iniciada em 3.1 continua no v. 14.
    3.3 O mistério vem descrito e analisado no v. 6. É simplesmente Cristo em vós (gentios) a esperança da glória" (Cl 1:27).

    3.8 O menor de todos. É uma confirmação da autoria paulina de Efésios em oposição aos eruditos modernos que a negam (conforme 1Tm 1:15; 1Co 15:9).

    3.10 Principados e potestades. Refere-se tanto aos anjos como também às hostes nefandas do diabo ou demônios (conforme 1.21; 6.12). Seus conhecimentos são limitados pela vontade de Deus (cf.1:11; a opinião errada do diabo).

    3.11 Eterno propósito. Todos os desígnios de Deus se centralizam no Filho do Seu amor (Mt 28:18),

    3.14,15 Pai, . . família (gr pater, patria) Deus é o arquétipo de toda a paternidade, a fonte de todo o povo e a divisão familiar na criação.

    3.16 Fortalecidos. Como o corpo humano tem força pela alimentação física, o homem interior é somente revigorado pelo Espírito de Cristo (17) que habita nele (conforme Jo 15:5; 1Co 12:8-46).

    • N Hom. 3.18,19 As quatro dimensões insondáveis do amor de Cristo ou As quatro extremidades da Cruz.
    1) Largura - abrange a todos indistintamente (Mc 16:15).
    2) Comprimento - abrange todos os tempos (1.4; 2Pe 3:9).
    3) Altura - estendeu-se até ao céu para trazer o filho Amado esvaziado de Sua majestade (Fp 2:6-50) para onde também nos levará (Jo 14:1-43).
    4) Profundidade - suportou sofrimento infinito para expiar os nossos pecados (Sl 18:5; 1Pe 2:24).

    3.21 Na Igreja, na sua perfeita união com Cristo, seu Cabeça (1.22,
    23) é o local da manifestação da glória que elevamos a Deus (Jo 17:4, Jo 17:22).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21

    4) Esse mistério antes era um segredo (3:1-6)
    Tendo mostrado o que é a grandeza de Deus ao ressuscitar Cristo e constituir a igreja, seu corpo, Paulo começa agora a expor algo das riquezas da glória dessa herança. Ele começa expressando isso em uma oração, mas de forma típica é desviado por suas próprias palavras, prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vocês, gentios, e só volta à sua oração no v. 15.

    Paulo não era prisioneiro de César; era a vontade de Cristo que o mantinha cativo (4.1). Foi por causa da sua batalha a favor da liberdade dos gentios em relação à lei que ele se emaranhou com Roma. A sua parte na administração das coisas de Deus (Cl 1:24,Cl 1:25) era revelar e explicar os planos de Deus para a inclusão dos gentios na igreja, sem lei ou circuncisão. Isso o tinha levado a conflitos com os judaizantes (que eram “zelosos pela lei”) e finalmente com Roma (2Tm 2:9; 2Tm 4:16,2Tm 4:17). Pois se os crentes gentios eram declarados não-judeus, então eles ficavam sujeitos às penalidades da lei romana por religião ilegal. Enquanto fossem considerados seita judaica (At 28:22) eram imunes a essa lei e à pena de morte. O que ele tinha escrito em poucas palavras, de forma resumida (em 1.9 ou 1.3,4), mostrou a sua percepção abrangente do propósito secreto de Deus, oculto de dispen-sações anteriores, mas agora revelado a um grupo de homens inspirados. O v. 6 é uma repetição em forma tríplice daquela parte do segredo que diz respeito aos gentios. Que os gentios deveriam ser abençoados, foi claramente revelado no AT, mas que eles deveriam ser abençoados sem se tornarem judeus era algo imprevisto, como também era o fato de que Deus introduziria uma coisa nova, o corpo de Cristo. Agora eles compartilham da herança, são igualmente membros do corpo de Cristo, a igreja, e a promessa agora é estendida a eles também (G1 3.29).


    5)    O significado do apostolado de Paulo (3:7-13)
    Paulo era um mensageiro especial da boa notícia que desvendou esse segredo, enviado para tornar claro o propósito de Deus para os gentios, para fazer demonstração disso diante de todos os homens e de todo o cosmo.
    Paulo faz uma apresentação do dom que o capacitou a ser ministro do mesmo poder da ressurreição mencionado anteriormente,
    1.19 e conforme G1 2.8. Ele usa um comparativo-superlativo, menor dos menores, para expressar a sua total incapacidade para a obra. Ele (a) evangeliza os gentios, (b) ilumina todos os homens, (c) com o fim de informar todo o mundo sobrenatural. Ele descreve o evangelho como a riqueza insondável de Cristo. A iluminação é o plano que se manteve em segredo durante todas as eras anteriores (Cl 1:25-51, i.e., a igreja revelando Cristo na sua plenitude divina. Se o mar fosse enchido com contêineres vazios, os contêineres se encheriam com a plenitude do mar. Que Deus tenha tido um propósito tão incrível para o homem requer, sem dúvida, uma doxologia (v. 20,21). Nela Paulo destaca novamente a imensidão do poder em ação nos santos para atingirem o seu alvo, o que é infinitamente mais do que o homem poderia pedir para si ou mesmo imaginar. Haverá, então, glória infinita para Deus por meio da igreja, e isso será também um meio de exposição de todas as glórias de Cristo.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 6


    1) A Dispensação da Graça de Deus. Ef 3:1-6.

    Eis aqui o mistério da Igreja na qualidade de corpo de Cristo.


    Moody - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 13

    Efésios 3

    F. A Revelação do Mistério. Ef 3:1-13.

    O apóstolo Paulo foi escolhido por Deus para esclarecer e explicar pelo menos duas grandes revelações. A primeira delas é o próprio Evangelho - as boas novas da salvação através da morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo. A segunda era a verdade da Igreja como o corpo de Cristo. Nas grandes epístolas evangélicas – Romanos 1 e II Coríntios e Gálatas – Paulo desenvolve extensamente a primeira revelação. Nas epístolas do presente grupo cronológico, as "Epístolas da Prisão", ele trata em grande parte da segunda dessas revelações – a Igreja como o corpo de Cristo. O capítulo 3 forma o clímax da primeira divisão principal da epístola, que nos dá a nossa posição em Cristo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21
    VI. O MISTÉRIO DO EVANGELHOEf 3:1-49).

    >Ef 3:12

    Mas, a conseqüência mais imediata e pessoal da obra de Cristo é a que permite aos crentes se aproximarem de Deus, pela fé, com ousadia (12). Uma nova referência à prisão de Paulo (13) conclui o parêntese que se abre no vers. 1. A fé inextinguível de Paulo nos eternos propósitos de Deus se manifesta em sua exortação para que os efésios não se desanimassem por causa das suas tribulações em favor deles. O último objetivo, vossa glória, deve sempre ser tido em mira.

    >Ef 3:14

    A repetição da frase por esta causa (14 cfr. vers.
    1) mostra que o apóstolo está resumindo o pensamento que havia sido interrompido pelo parêntese dos vers. 2-13. O que segue está na forma de uma oração, a base da qual está toda a maravilhosa obra de Deus, que lhe foi revelada nos pormenores desdobrados no capítulo 2. Me ponho de joelhos (14). A atitude costumeira de oração entre os judeus era ficar em pé (Lc 18:11); a posição de joelhos expressava solenidade especial ou urgência incomum (Lc 22:41; At 7:60). Intensifica-se o significado da frase quando notamos que um texto favorito de Paulo era Is 45:23 (veja Rm 14:11; Fp 2:10). Esta oração que talvez deva ser considerada a parte final da oração iniciada em Ef 1:17-49, começa com uma referência ao Pai (cfr. Ef 1:17). A idéia não se traduz tão facilmente, pois nossa palavra família (15) não é derivada de "pai", enquanto o vocábulo grego pátria (família) é derivado de pater (pai). Tanto no céu como na terra. Quão sublime é sempre o pensamento de Paulo (veja também Ef 1:10-49)! Entende-se que a paternidade de Deus não é uma simples metáfora proveniente de relações humanas. O contrário é o caso. Deus é Pai; o arquétipo de toda paternidade se encontra em Deus e todas as outras paternidades são derivadas dEle.

    >Ef 3:16

    A primeira petição, como em Ef 1:17, roga a operação do Espírito Santo no coração do crente (16). Em Ef 1:17, pede-se mais especialmente o conhecimento (i. e. revelação). Aqui Paulo procura mais o poder (i. e. a realização). Em Ef 1:19, pede o conhecimento da "suprema grandeza do poder divino"; em Ef 3:16, ora para que seus leitores possam experimentar aquele poder, a fim de que a aquisição do conhecimento desejado lhes seja possível (18). Cfr. 1Co 2:14. A segunda petição é para Cristo habitar neles (17). Como crentes, eles estão "em Cristo"; define-se destarte sua posição diante de Deus. Pede-se aqui que os cristãos cheguem a apreciar na sua experiência real a verdade complementar que Cristo deve habitar em seus corações. Esta é a conseqüência de estarem em Cristo, e depende do exercício da fé pelo crente. O fato de estar "em Cristo", deve expressar-se na vida do cristão pelo amor, correlativo essencial da fé (cfr. 1.15 n.). Ambos são elementos da aptidão necessária para o crente compreender a verdade revelada de Deus. Sem a força outorgada pelo Espírito divino, através desses elementos, a mente humana, mesmo do crente, não pode alcançar a revelação de Deus. Nenhum santo, ainda que seja dotado com a plenitude da força espiritual, pode, por si mesmo, esperar obter a totalidade da verdade divina: é propósito de Deus que compreendamos a verdade com todos os santos (18). Somente a Igreja em toda a sua inteireza pode perceber a plenitude da revelação divina. Este pensamento nos deve humilhar. O amor de Cristo excede a todo entendimento (19); por conseguinte, permanece um ideal; é algo que nunca se chega a atingir; entretanto, sempre há possibilidade de aproximá-lo mais. O conhecimento não é o apogeu das bênçãos pelas quais Paulo ora, pois ele roga uma experiência mais profunda ainda; que vós sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Veja também Cl 2:9. O tempo aoristo do verbo tomados sugere que esta experiência não seja considerada como gradualmente adquirida, mas como uma realização positiva na vida do crente.

    >Ef 3:20

    Segue-se, então, uma magnífica doxologia. Paulo já pediu grandes coisas, mas entende que seus pensamentos e suas aspirações mais sublimes nunca podem esgotar os recursos de Deus. Assim sendo, ele vai além, e pede que Deus opere infinitamente mais do que o coração humano possa esperar ou imaginar, além de tudo quanto pedimos ou pensamos (20). O alicerce desta esperança e confiança repousa no fato de que o poder do Espírito de Cristo opera em nós. Deus há de ser glorificado "na 1greja e em Cristo Jesus" (21, ARA); a Igreja é o corpo do qual Cristo é o Cabeça e os dois aqui são considerados como inseparáveis (veja Ef 1:23).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21

    8. O Mistério Revelado ( Efésios 3:1-13 )

    Por esta razão eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, os gentios-se de fato você já ouviu falar da mordomia da graça de Deus que me foi dada para você; que por revelação não foi dado a conhecer-me o mistério, como escrevi antes em breve. Um referindo-se a isso, quando você lê, você pode entender a minha compreensão do mistério de Cristo, que em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito; para ser mais específico, que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho, do qual fui feito ministro, segundo tot o dom da graça de Deus que me foi dada de acordo com o tot operação do seu poder, Tomé, o mínimo de todos os santos, foi dada esta graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo, e para trazer à luz o que é a administração do mistério que desde os séculos tem sido oculto em Deus, que criou todas as coisas; a fim de que a multiforme sabedoria de Deus pode agora ser feito por meio da igreja para os governantes e as autoridades do lugar paradisíaco. Esta foi, de acordo com o eterno propósito que Ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor, no qual temos ousadia e acesso em confiança, pela nossa fé nele. Por isso, peço-lhe para não desanimar diante das minhas tribulações em seu nome, pois eles são a vossa glória. ( 3: 1-13 )

    Esta passagem é em grande parte um parêntese, que vai do versículo 2 através versículo 13 . Paulo começa uma oração para os fiéis a compreender os seus recursos como um em Cristo e então decide dar nova ênfase e ampliar algumas das verdades que ele já mencionadas. Ele na verdade não entrar na oração até o versículo 14 , onde ele repete a frase "Por esta razão", a fim de pegar o pensamento originalmente introduzida no versículo 1 . Ele parece ter sentido que os Efésios não estavam prontos para ouvir sua oração em seu nome, até que melhor compreendida e eram, portanto, mais capaz de aplicar-as verdades que ele queria orar. E parecia essencial para Paulo afirmar sua autoridade para ensinar como uma nova e profunda verdade como a unidade de judeus e gentios em Cristo, o que ele faz, dizendo que o próprio Deus deu-lhe a verdade e a comissão de proclamá-lo ( vv . 2-7 ).

    A nova ênfase principal é sobre o grande mistério agora revelado por Deus que os gentios e judeus são um em Cristo e que não há mais qualquer distinção. A revelação do mistério é discutido em vv. 1-3 , a explicação dele em vv. 4-6 , a proclamação de que em vv. 7-9 , e, finalmente, a intenção de que em vv. 10-13 . "Para ser mais específico", diz ele no versículo 6 , o segredo sagrado nunca antes revelado é que "os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho." Esse versículo é, essencialmente, um resumo das 2: 11-22 .

    Em 3: 1-13 o apóstolo nos leva a concentrar-se em cinco aspectos desse mistério divino: seu prisioneiro, o seu plano, sua pregação, o seu propósito, e seus privilégios.

    O Prisioneiro do Mistério

    Por esta razão eu, Paulo, o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, os gentios-se de fato você já ouviu falar da mordomia da graça de Deus que me foi dada para você; que por revelação não foi dado a conhecer-me o mistério, como escrevi antes em breve. E referindo-se a isso, quando você lê, você pode entender a minha compreensão do mistério de Cristo, (3: 1-4 )

    Por esta razão, introduz a causa da oração de Paulo (que realmente começa no v. 14 ) e refere-se ao grupo de verdades unificadores Paulo acaba discutido no capítulo 2 -incluindo as verdades que a pessoa em Cristo torna-se novo ( v. 15 ) ; que todos os crentes estão em um só corpo ( v 16. ); que os gentios, que antes eram muito longe, agora tornou-se perto quando eles acreditam ( v. 17 ); que todos os crentes são igualmente cidadãos do reino de Deus e membros da sua família ( v. 19 ); e que todos os crentes estão sendo construídas em templo de Deus e habitação ( vv. 21-22 ).

    Como já mencionado, no entanto, antes de começar sua oração, Paulo decidiu ir novamente alguns daquelas verdades que lhe deram origem, enfatizando sua origem divina. O apóstolo sabia o valor de repetição no ensino e a importância de estabelecer autoridade ao ensinar tal doutrina nova e não-tradicional. Nenhum de nós sabe tudo sobre a verdade quando nós primeiro ouvi-lo. As verdades de Deus são tão maravilhosa e vasta que nós nunca vamos compreendê-los plenamente nesta vida, não importa quantas vezes ouvimos e estudá-los. Mesmo as coisas que passamos a compreender, até certo ponto, muitas vezes esquecemos e precisam ser lembrados, e algumas verdades seria inaceitável para nossas mentes humanas se não sabem que veio de Deus (cf. Jo 6:60 ; 2Pe 3:162Pe 3:16 ).

    A primeira verdade Paulo menciona é sobre sua própria situação e dado por Deus ministério. Fora do próprio Senhor Jesus, Paulo é, de longe, a figura dominante no Novo Testamento. Ele escreveu pelo menos treze dos seus 27 livros. Ele também é o instrumento humano dominante do Espírito no livro de Atos. E mais do que qualquer outro apóstolo, ele delineou os mistérios do evangelho, as verdades escondidas até mesmo para os crentes mais fiéis de eras anteriores, mas dado a conhecer a igreja de Jesus Cristo.

    Na abertura do apóstolo Paulo dá suas credenciais como apóstolo de Cristo ( 1: 1 ), mas aqui ele fala de si mesmo como o prisioneiro de Cristo Jesus . Ele tinha sido um prisioneiro por cerca de cinco anos, dois anos em Cesaréia eo resto em Roma. Ele havia sido preso sob falsas acusações feitas por judeus da província da Ásia que estavam visitando em Jerusalém. Eles o haviam acusado de levar os gentios Trophimus em áreas proibidas do Templo, embora ele não tivesse feito isso. Paulo tinha enfrentado audiências perante o Sinédrio, diante do governador romano Félix, antes de o sucessor de Félix, Festo, e mesmo diante do rei Agripa. Se Paulo não apelou para César, enquanto se defender diante de Festo, Agripa o teria libertado. A partir de Cesaréia, o apóstolo foi levado para Roma, onde ele foi autorizado a ficar em quartos privados com um soldado para guardá-lo (ver Atos 21:27-28: 16 ).

    Embora preso por acusações de judeus, Paulo não se considerava um prisioneiro dos judeus. Embora preso pelas autoridades romanas, ele não se considerava um prisioneiro de Roma. Embora tivesse apelado para César, ele não se considerava prisioneiro de César. Ele era um ministro de Jesus Cristo, comprados por preço, e dada a especial missão de pregar o evangelho aos gentios. Ele era, portanto, o prisioneiro de Cristo Jesus . Tudo o que ele fez e por onde passava estavam sob o controle de Cristo. Sem o consentimento de seu Senhor, ele não estava sujeito à planos, poder, punição, ou a prisão de qualquer homem ou governo. A forma grega da frase tem sido chamado de um genitivo de causa originária, para identificar Paulo como um prisioneiro que pertence a Jesus Cristo, que foi a causa de sua prisão.

    A perspectiva é de suma importância. Como podemos ver e reagir a circunstâncias é mais importante do que as próprias circunstâncias. Se tudo o que podemos ver é a nossa situação imediata, então nossas circunstâncias nos controlam. Nós nos sentimos bem quando nossas circunstâncias são bons, mas miserável quando eles não são. Paulo tinha sido capaz de ver apenas suas circunstâncias, ele rapidamente desistiram de seu ministério. Se ele tivesse pensado que sua vida estava em última instância nas mãos de seus perseguidores, seus carcereiros, guardas, ou o governo romano, ele há muito tempo ter desistido em desespero.
    Mas a perspectiva de Paulo era uma perspectiva divina, e ele vivia com total confiança nos propósitos de Deus. Não era que ele mesmo sabia que seu futuro ou totalmente compreendido os propósitos divinos por trás de suas aflições, mas que ele sabia que o seu futuro, as suas tribulações, e todos os outros aspectos de sua vida foram totalmente nas mãos do seu senhor. Apesar de seu apostolado e suas muitas revelações do Senhor, Paulo viveu e trabalhou pela fé, não pela vista. He-não sabia por causa do que ele podia ver, mas por causa da própria Verbo— do Senhor "que Deus faz com que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" ( Rm 8:28 ; cf. Atos 16:19-25 ; 1 Pedro 4: 12-19. ).

    Paulo sabia que sua situação tinha "se transformou no maior progresso do evangelho", de modo que a sua "prisão na causa de Cristo [tinha] tornar-se conhecido a toda a guarda pretoriana e de todos os outros, e que a maioria dos irmãos , confiando no Senhor por causa da [sua] prisão, [tinha] muito mais coragem de falar a palavra de Deus sem medo "( Filipenses 1:12-14. ).

    Paulo foi preso por Proposito salvadora de Cristo, que era por causa de vós, os gentios . Assim como Cristo não foi crucificado para seu próprio bem, Paulo não foi preso em seu próprio benefício, mas para o bem de seu Senhor e para o bem daqueles que ele tinha sido dado um chamado especial para servir ( At 9:15 ; At 15:7 ; At 22:21 ; . Rm 11:13 ; etc.). "Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós", ele disse aos crentes de Colossos, "e na minha carne, que eu faço a minha parte em nome do seu corpo (que é a igreja) para o preenchimento de suprir o que falta aos sofrimentos de Cristo" ( Cl 1:24 ). Nos versículos seguintes, ele disse ao colossense gentios, "Eu fui constituído ministro segundo a dispensação de Deus dado em mim para o seu benefício, para que eu possa exercer plenamente a pregação da palavra de Deus, isto é, o mistério que tem sido escondido dos últimos séculos e gerações; mas agora foi manifesto aos seus santos "( vv 25-26. ).

    Paulo sabia que ele estava no ministério, porque ele tinha sido chamado por Deus para ministrar. Ele não estava com ele para seus próprios fins, e ele não tentou realizá-lo em seu próprio poder. Ele fez os sacrifícios supremos de serviço altruísta para o bem de trazer outros para a glória ( Ef 3:13 ). Em II Coríntios, Paulo amplia nossa compreensão deste compromisso:

    Somos atribulados por todos os lados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, que a vida de Jesus se manifeste também em nosso corpo. Para nós, que vivemos, estamos constantemente a ser entregue à morte por amor de Jesus, que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal. Assim, a morte opera em nós, mas a vida em vós. Mas ter o mesmo espírito de fé, de acordo com o que está escrito: "Cri, por isso falei", também nós cremos, por isso também falamos; sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco. Pois tudo é por amor de vós, para que a graça que está se espalhando para mais e mais pessoas podem fazer com que a ação de graças a abundar para a glória de Deus. ( 4: 8-15 )

    As palavras se de fato você já ouviu falar da mordomia da graça de Deus que me foi dada para você começar parêntese de Paulo para enfatizar sua autoridade divina para esse ensino. A primeira classe cláusula condicional grego indica que a condição ( se é que você já ouviu falar ...) é assumida para ser verdade. Paulo é, portanto, dizendo: "Como eu tenho certeza que você já ouviu falar . ... "

    Que cerca de que tinham ouvido era a administração da graça de Deus que foi dada a Paulo em seu nome como gentios. oikonomía ( mordomia ) referiu-se principalmente à gestão de uma casa, empresa ou outra preocupação em nome de outra pessoa. Um mordomo era responsável por cuidar daquilo que pertencia a outra pessoa. Ele supervisionou coisas como compra, venda, contabilidade, plantio, colheita, armazenamento, preparação de refeições, a atribuição de funções a escravos, e tudo aquilo que precisava ser feito.

    Paulo não escolheu o seu apostolado, ou o seu ministério; ele foi nomeado. "Agradeço a Cristo Jesus nosso Senhor, que me fortaleceu, porque Ele me considerou fiel, pondo-me em serviço; mesmo que eu era anteriormente um blasfemo, perseguidor e injuriador" ( 1 Tm 1: 12-13. ; cf . Rom. 15: 15-16 ; . Gl 2:9 Paulo articula o senso de compulsão divina por trás de seu ministério: "Porque, se anuncio o evangelho, não tenho nada para se orgulhar de, pois estou sob compulsão, porque ai de mim se eu não anunciar o . evangelho Porque, se eu fizer isso voluntariamente, tenho recompensa; mas, se de má vontade o ato soberano de Deus na estrada de Damasco], eu tenho uma mordomia que me foi confiado ". Por conseguinte, pediu que os homens "consideram-nos dessa maneira, como servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus" ( 1Co 4:1 ).

    Administração de Paulo era único, mesmo para um apóstolo, e foi tão revolucionário que ele achou necessário acrescentar que por revelação lá foi dado a conhecer-me o mistério, como escrevi antes em breve . Obviamente, o mistério é que de judeus e gentios sendo um em Cristo, sobre a qual ele escreveu antes em breve em 1: 9-12 e 2: 11-12 . Foi incognoscível verdade, incompreensível escondido de todos os homens, até revelada por Deus (cf. 2 Tm 3: 16-17. ; 2 Pe. 1: 19-21 ). E, referindo-se a isso, quando você lê, você pode entender a minha visão no mistério de Cristo . Paulo foi fundamental para revelar muitos mistérios para a igreja, mas o mistério particular em vista aqui é o que ele já mencionou em geral, e está prestes a declarar especificamente, ou seja, que, em Cristo, judeus e gentios se tornar um aos olhos de Deus e em Seu reino e família ( 3: 6 ).

    Era intenção de Paulo não simplesmente para declarar o mistério, mas para explicar e esclarecer isso. Quando os crentes de Éfeso, e cada crente subseqüente, iria ler suas explicações (aqui indicado como parte assumida da vida cristã), a esperança de Paulo era de que eles viriam a entender que Deus lhe deu uma visão sobre o mistério de Cristo . Sunesis ( visão ), literalmente significa reunir e metaforicamente refere-se a compreensão e entendimento, trazendo mentalmente conhecimento em conjunto a fim de compreender o seu sentido pleno e significado. Spiritual visão deve sempre preceder aplicação prática, porque o que não é bem compreendida não pode ser devidamente aplicada.

    O oposto de espiritual visão é "loucura" ( asunetos , Rm 1:21 ), a falta de discernimento espiritual. Como fica claro a partir da primeira parte deste versículo, falta de discernimento existiu mesmo que os fatos espirituais necessárias foram Conhecido— "Pois, embora tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; mas, se tornaram nulos em suas especulações. "

    Paulo não conseguiu o seu zelo pelo evangelho e sua paixão pelas almas das altas experiências emocionais, embora ele possa ter tido muitos deles. Seu amor, paixão e zelo energético para ganhar os perdidos e para edificar a salvo veio de sua grande visão sobre o evangelho. Quanto mais ele compreendeu insondável amor de Deus e da graça, mais ele foi obrigado a compartilhar e exemplificam esse amor e essa graça.
    Paulo estava tão cheia de compreensão do mistério de Cristo que ele sacrificou sua saúde, sua liberdade e sua própria vida no ministério de transmitir essa compreensão para os outros, para que eles, também, poderia entender . E para ele, tal sacrifício era a alegria suprema.

    O Plano do Mistério

    qual em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito; para ser mais específico, que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho, ( 3: 5-6 )

    No versículo 5 Paulo define o sentido geral de mistério como ele é usado no Novo Testamento, e no versículo 6 , ele identifica o mistério particular, ele está explicando aos Efésios.

    O antecedente de que é "o mistério de Cristo", sobre o qual o apóstolo tinha sido dado revelação especial e discernimento ( vv. 3-4 ). Em outras gerações este mistério não foi dado a conhecer aos filhos dos homens . Filhos de homens se refere para a humanidade em geral, e não apenas para o povo escolhido de Deus, Israel. Antes da era da igreja nenhuma pessoa, nem mesmo o maior dos profetas de Deus, tinha tudo, menos um vislumbre da verdade que Paulo agora divulga. Os ensinamentos do Antigo Testamento que se relacionam com este mistério só pode ser entendido claramente à luz da revelação do Novo Testamento. Nós sabemos o significado de muitas passagens do Antigo Testamento  porque eles são explicados no Novo (cf. He 11:1 ).

    Ninguém sabia o significado pleno da promessa de Deus a Abraão que "em ti serão benditas todas as famílias da terra" ( Gn 12:3 ).

    Santos do Antigo Testamento não tinha visão da igreja, a montagem em conjunto de todos os salvos em um corpo unido, em que não havia absolutamente nenhuma distinções raciais. As pistas que tinham no Antigo Testamento eram um mistério para eles, porque muita informação foi falta. É por isso que os judeus no início da igreja, até mesmo o apóstolo Pedro (ver Atos 10 ) —teve um momento tão difícil aceitar os crentes gentios como sendo completamente no mesmo nível espiritual como judeus. E é por isso que Paulo estava preocupado nesta carta aos Efésios de afirmar e reafirmar, para explicar e explicar de novo, que a grande verdade.

    Essa verdade foi agora revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito . O grego atrás ... tem sido revelado está no aoristo, que se refere a atos ou eventos específicos. Juntamente com agora , ele indica o presente imediatismo da revelação, que foi dada exclusivamente ao Novo Testamento santos apóstolos e profetas , e não a quaisquer outras pessoas antes ou depois deles. Estes homens eram os instrumentos de escrever as Escrituras, e I João 1:1-3 descreve a sua função original. A última vez que se encontraram foi no Concílio de Jerusalém, eo homem que oficiou lá (Tiago, o meio-irmão de Jesus; veja At 15:13 ) não era um apóstolo. Eles logo foram dispersados ​​e morreu, mas não antes da revelação foi completa. Eles são referidos em Ef 2:20 e 04:11 , mas só aqui eles são chamados de santos, para afirmar que eles estavam aptos para tal revelação e eram autênticos.

    Alguns têm notado que o pronome pessoal ( autou , Sua ) está relacionada com apóstolos e que não existe tal pronome com profetas . Esta seria uma ênfase tanto a primazia e prioridade cronológica dosapóstolos sobre os profetas que os seguiram. A distinção será tratado em ligação com a discussão Dt 4:11 .

    Espírito é a agência divina da revelação de Deus através destes homens. "Conhece esta em primeiro lugar," Pedro explica, "que nenhuma profecia da Escritura é uma questão da própria interpretação, para nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, mas homens movidos pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus" ( II Pedro 1:20-21. ). Este foi o cumprimento da promessa de nosso Senhor em João 14:25-26 e 15: 26-27 .

    Para ser mais específico , Paulo continua a dizer, o mistério é que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho .

    Como mencionado anteriormente, é difícil para nós perceber o quão incrivelmente revolucionário que a verdade era para os judeus dos dias de Paulo. Apesar do fato de que o Antigo Testamento ensina que os gentios serão abençoados por Deus ( Gn 12:3 ; Gn 26:4 ), que os gentios vai bendizer a Deus ( Salmo 72 ), que o Messias virá a. Gentios ( Is 11:10. ; Is 49:6 ; 60: 1-3 ), que eles serão salvos pelo Messias ( Os 1:10. ; Am 9:1 ), a idéia de incluir os gentios em um corpo com os judeus era o equivalente espiritual de dizer que leprosos já não virem a ser isolado, que eles estavam agora perfeitamente livre para se misturam e se associar com todos os outros, como membros normais da sociedade. Nas mentes de a maioria dos judeus, a sua separação espiritual de gentios era tão absoluto e tão certo que o pensamento de total igualdade diante de Deus era inconcebível e pouco curto de blasfêmia.

    No entanto, Paulo declara que, em primeiro lugar, os gentios são co-herdeiros . Aqueles que já foram "excluídos da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa" ( 02:12 ) agora têm exatamente o mesmo status legal diante de Deus como Seu povo escolhido, os judeus. Eles têm o mesmo maravilhoso, herança ilimitada em Cristo que Paulo já mencionado ( 01:11 , 14 , 18 ). Cada crente é abençoado "com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" ( 1: 3 ). Como o apóstolo disse aos Gálatas, independentemente de sua herança racial ou de outra: "Se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa" ( Gl 3:29 ). Os gentios não são pensionistas ou estranhos, mas filhos (cf. 1:11 , 14 , 18 ; 02:19 ), que têm o mesmo estatuto jurídico que todos os outros crentes.

    Gentios são também agora outros membros do corpo . Eles agora estão igualmente abençoados como outsiders, como co-herdeiros que têm os mesmos benefícios que os judeus, mas que experimentam esses benefícios em algum tipo de existência separados mas iguais. Eles são completos membros do corpo , ligados por vida em comum com todas as outras pessoas na Sagrada Família de Deus. Eles não são de segunda classe sogros, a contragosto reconhecido como parentes distantes. Eles são companheiros , indistinguíveis aos olhos de Deus a partir de qualquer outro membro. Todo filho de Deus é apenaso filho de Deus. Espiritualmente, ele não tem genes, mas genes divinos. "Porque, assim como o corpo é um e ainda tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, somos um só corpo, assim é Cristo também. Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um corpo, quer judeus quer gregos, quer escravos, quer livres, e todos nós fomos feitos para beber de um só Espírito "( 1 Cor. 12: 12-13 ).

    Além de ter o mesmo estatuto jurídico e da família, também os gentios são co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho . Isso não é tanto um terceiro estado, pois é um resumo dos outros dois. Todos os cristãos, independentemente de seu status ou posição antes de ser salvo, agora são co-participantes de tudo o que diz respeito a Cristo através do evangelho -que é tudo o que pertence a Cristo. A essência do evangelho é que, por meio da fé em Jesus Cristo, os crentes são tudo o que Ele é e dado tudo o que Ele tem. A frase "o mistério de Cristo" ( v. 4 ) também é usado em Cl 4:3 , que Cristo está em acreditar gentios, bem como os crentes judeus como "a esperança da glória" para ambos. Ele também carrega a verdade de Cl 2:2 ). Deus predestina cada crente "para serem conformes à imagem de seu Filho" ( Rm 8:29 ). Isto é, em resposta à oração de nosso Senhor registradas em João 17 :

    Eu não peço em nome delas sozinho, mas também por aqueles que crêem em mim, por intermédio da sua palavra; que todos sejam um; até mesmo como Tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles sejam um em nós; que o mundo creia que tu me enviaste. E a glória que Tu me deste eu tenho dado a eles; que eles sejam um, como nós somos um; Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste a eles, assim como Tu Me ama. "( vv. 20-23 )

    Estar em Cristo através da aceitação do evangelho é o que cria entre os crentes a sua sociedade perfeita e absolutamente novo. Nunca pode haver verdadeira unidade para além do que a realidade. E nunca pode haver unidade prática na igreja até que os cristãos perceber e viver de acordo com a unidade posicional eles já têm em Cristo , seu único Senhor e Salvador.

    A pregação do Mistério

    do qual fui feito ministro, segundo o dom da graça de Deus que me foi dada de acordo com a operação do seu poder. Para mim, o mínimo de todos os santos, foi dada esta graça de anunciar aos gentios as insondáveis ​​riquezas de Cristo, e para trazer à luz o que é a administração do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou coisas; ( 3: 7-9 )

    O evangelho está espalhado por homens a quem Deus chama para proclamá-la, e é o evangelho do qual Paulo foi feito ministro . "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram?" Paulo pergunta em Romanos. "E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue?" ( Rm 10:14 ). Apesar de terem ouvido a verdade de Deus, muitos israelitas não "ouvir as boas novas, pois 1saías diz:? Senhor, quem deu crédito à nossa pregação" ( v. 16 ) —apenas como muitos que ouvem o evangelho não acatá-la. Mas ele deve ser ouvido antes de ser atendido, e o chamado de Paulo, como a convocação de cada pregador, foi proclamar boas novas de Deus como um ministro, segundo o dom da graça de Deus . Em uma linha semelhante de pensamento em I Coríntios, Paulo enfatiza esse chamado da graça: "Mas, pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não se mostrou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles, todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo "( 1Co 15:10 ).

    Ministro é de diakonos , o significado básico de que é servo, em particular, um servo que espera em tabelas. Ele mais tarde veio a se referir aos funcionários em geral. Por definição, um servo é aquele que atua sobre os comandos dos outros, que reconhece e submete a um poder superior. Sua principal responsabilidade é fazer o que lhe é dito para fazer. Única responsabilidade de Paulo era para ser um servo fiel, segundo o dom da graça de Deus que foi dada a [ele] de acordo com a operação do seu poder . "O que é Apolo?" Paulo perguntou o Corinthians faccioso. "E o que é Paulo Servos por meio de quem você acredita, assim como o Senhor deu a oportunidade de cada um?" ( 1Co 3:5 ).

    Paulo enfatiza o fato de que ele não fazer-se um ministro, mas que ele foi feito ministro (cf. Cl 1:23 , Cl 1:25 ). A convocação, a mensagem, o trabalho, e a capacitação foram todos de Deus. Quando ele foi salvo pela primeira vez na estrada de Damasco, e enquanto ele ainda estava cego desde a grande luz, Paulo foi dado a sua missão por Jesus. "Levanta-te e põe-te em pé; para este fim eu apareci para você, para te fazer ministro e testemunha" ( At 26:16 ). Não foi a educação de Paulo, habilidades naturais, a experiência, o poder, a personalidade, influência, ou qualquer outra coisa que o qualificou para ser umministro de Jesus Cristo. Ele foi feito um apóstolo, um pregador, e um servo pela vontade e poder de Seu Senhor. Ele sentiu-se indigno de qualquer recompensa, como se ele tivesse procurado sacrifício para servir desta maneira. A escolha não era seu em tudo, então ele não merecia elogio ( 1 Cor. 9: 16-18 ). Ele não queria que elogios, mas orações, porque ele estava em sérios apuros se ele não cumpriu um chamado que ele ainda não tinha escolhido!

    Qualquer pessoa no ministério da Igreja a quem Deus não nomeado é um usurpador. Não importa o quão aparentemente bom suas intenções, ele pode fazer nada além de danos à obra do Senhor e para o povo do Senhor. Jeremias fala a este assunto quando escreve a palavra do Senhor: "Não mandei esses profetas, mas eles correram eu não falar com eles, mas eles profetizaram ... Eu não enviá-los ou comandá-los.." ( Jr 23:21 ). Nenhum homem deve entrar no ministério a menos que seja absolutamente certo do chamado do Senhor.

    A chave para o conhecimento atual de um chamado divino é dado em I Timóteo 3 , onde Paulo fala do pastor ou supervisor espiritual, como um homem que "aspira ao cargo" e que é verificado e aprovado por aqueles que o conhecem como alguém que é "acima de qualquer suspeita" ( vv. 3-7 ). O presente convite, então, está ligada ao forte desejo e afirmação de um homem a uma vida piedosa. Deus chama através do desejo e verificação igreja.

    Então, ou agora, o homem que é verdadeiramente chamado por Deus está em constante perigo de perder sua eficácia ao vir a pensar em si mesmo como mais do que um servo. Quando ele perde o seu sentido de servidão, naquele mesmo tempo, ele perde seu poder espiritual e utilidade. Quando ele se exalta e começa a trabalhar em seu próprio poder humano e de acordo com seus próprios planos, ele compete com Deus e perder a sua força espiritual. Para perder a dependência é perder tudo, porque tudo o que é de qualquer valor em nossas vidas, incluindo a energia para o serviço eficaz, vem somente do Senhor. Entre os maiores perigos para o ministério, e para toda a vida cristã fiel, são coisas que, aos olhos do mundo estão de ambição suprema de valor pessoal, prestígio, reconhecimento, reputação e honra e sucesso.Deus não apenas escolhe as pessoas fracas e tolas para salvar ( 1 Cor. 1: 26-29 ), mas pregadores fracos e loucos por meio de quem para salvá-los ( . 2Co 11:30 ; 12: 7-10 ). Para aqueles que não estão dispostos a pagar esse preço, a sua busca a posição é ilegítimo.

    Falta de santidade também é uma desqualificação, o que levou Paulo a dizer: "Eu esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que, eventualmente, depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser desqualificado" ( 1Co 9:27 ).

    Vocação de Paulo para o ministério do evangelho, como tudo o mais que ele recebeu do Senhor, foi o dom da graça de Deus . Para mim, o mínimo de todos os santos , ele continua a dizer, foi dada esta graça . Apesar de um apóstolo e um ministro especialmente escolhido dos mistérios do evangelho, Paulo considerava-se o mínimo de todos os santos . O prazo mínimo é um comparativo, indicando menor do que o mínimo. Isso não era humildade fingida, mas sua avaliação honesta de si mesmo. Porque ele tinha uma compreensão tão extraordinariamente clara da justiça de Deus, ele também tinha uma compreensão clara de como invulgarmente longe ele mesmo caiu daquela justiça. Paulo alegou não segunda obra da graça pelo qual ele foi aperfeiçoada em santidade, amor, ou qualquer outra coisa. Para o fim de sua vida ele se considerava o principal dos pecadores ( 1Tm 1:15 ) e foi esmagada por seu senso de indignidade. Essa atitude não limita o serviço de um homem, mas é a chave para a sua utilidade (conforme Gideon em Juízes 6:15-16 e Isaías na . Is 6:1-9 ).

    Os insondáveis ​​riquezas de Cristo incluem todas as Suas verdades e todas as Suas bênçãos, tudo o que Ele é e tem. O objetivo de cada pastor é declarar essas riquezas , para dizer crentes como eles são ricos em Cristo . É por isso que é tão importante para os cristãos a compreender a grandeza de sua posição no Senhor. A vida cristã obediente, produtiva e feliz não pode ser vivido para além de entender que a posição gloriosa. Antes de podermos fazer o que o Senhor quer que façamos para Ele, devemos entender o que ele já fez por nós. Temos riquezas além da medida na de quem foi dito ", no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento" ( Cl 2:3. ), sua garantia ( Cl 2:2 ). Não é de admirar que Paulo triunfalmente nos lembra que "Nele você foi feita completa" ( Cl 2:10 ).

    Basta saber sobre as riquezas de Cristo não é suficiente, no entanto. Quando cair em pecado e desobediência perdemos o presente bênção dessas riquezas, assim como fizeram os carnais, crentes de Corinto desobedientes. "Você já está cheio", Paulo disse sarcasticamente. "Você já se tornaram ricos, vocês se tornaram reis sem nós; e eu realmente gostaria que vocês se tornaram reis para que também nós viéssemos a reinar convosco" ( 1Co 4:8 ).

    O ministério de Paulo era também para trazer à luz o que é a administração do mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que criou todas as coisas . A administração é da mesma palavra grega ( oikonomia ) como "mordomia" no versículo 2 . Paulo está dizendo Com efeito, "Eu não sou só será chamado a área vertical para pregar as insondáveis ​​riquezas de Cristo, mas na área horizontal para ensinar sobre a administração , a administração ou dispensação, do mistério da era da igreja. " A primeira área lida com o nosso relacionamento com Deus e o segundo com a nossa vida diária e nosso ministério uns aos outros como irmãos na fé.

    A missão de Paulo era para trazer à luz , ou revelar, a expressão plena da operação desta grande verdade de Gentil e judeus sendo um, uma verdade escondida por tanto tempo na mente de Deus, o Criador.

    O Objetivo do Mistério

    a fim de que a multiforme sabedoria de Deus pode agora ser feito por meio da igreja para os governantes e as autoridades nos lugares celestiais. Esta foi, de acordo com o eterno propósito que Ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor, ( 3: 10-11 )

    O propósito ( hina com verbo subjuntivo) do Deus de revelar o mistério da Igreja é que a multiforme sabedoria de Deus pode agora ser feito por meio da igreja para os governantes e as autoridades nos lugares celestiais , a saber, os anjos. Os anjos também são faladas em tais termos em Ef 1:21 e Cl 1:16 . Em Ef 6:12 Paulo usa palavras semelhantes no que se refere aos anjos caídos.Deus trouxe a igreja em ser com a Proposito de manifestar Sua grande sabedoria diante dos anjos, tanto sagrados e profanos. A ênfase do Novo Testamento é a preocupação dos santos anjos com a igreja, mas é óbvio que os anjos caídos também pode, em certa medida ver o que está acontecendo, embora eles não têm desejo ou capacidade de louvor.

    Esta foi, de acordo com o eterno propósito que Ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor , Paulo continua a explicar. Tudo o que Deus já fez teve o objetivo final de dar a Si mesmo glória. Como Paulo declara em outro lugar: "Não há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós existimos por meio dele" ( 1Co 8:6 ).

    A igreja não existe simplesmente com a Proposito de salvar almas, no entanto, que é uma obra maravilhosa e importante. O objectivo supremo da igreja, como Paulo torna explícito aqui, é glorificar a Deus, manifestando a Sua sabedoria diante dos anjos, que pode, então, oferecem maior louvor a Deus. O propósito do universo é para dar glória a Deus, e que será a sua realidade última afinal mal é conquistado e destruído. Mesmo agora, "Os céus proclamam a glória de Deus eo firmamento anuncia as obras das suas mãos" ( Sl 19:1 ; 5: 8-14 ; 7: 9-12 ; 14: 1-3 ; 19: 1— 8 ).

    Mesmo os anjos caídos glorificar a Deus, embora eles não têm a intenção de fazê-lo. Foi a sua própria rejeição da sua glória e da busca de sua própria glória que os levou a ser expulso do céu, em primeiro lugar. No entanto, Jesus disse: "Eu edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" ( Mt 16:18. ). Deus é glorificado através dos anjos caídos por frustrando continuamente seus planos de rebeldes e que mostra a inutilidade de suas más intenções de destruir a sua igreja. Sua ira santa também mostra a sua glória, uma vez que é uma revelação de quem Ele é (cf. Rom. 9: 19-22 ).

    Os anjos podem ver o poder de Deus na criação, a ira de Deus no Sinai, e o amor de Deus no Calvário. Mas, acima de tudo o que vêem Sua colector [multi-facetada multi-colorido,] a sabedoria que é feito por meio da igreja . Vêem-levando judeus e gentios, escravos e livres, homens e mulheres, que, juntos, assassinado o Messias e eram dignos apenas do inferno e tornando-os, por esse cruzamento de homicídio, um corpo espiritual em Jesus Cristo. Vêem-quebrar todas as barreiras, todas as paredes que divide e fazendo todos os crentes um em uma união indivisível, íntimo e eterno com o Pai, o Filho, o Espírito Santo, e todos os outros crentes de qualquer outra idade e circunstância. "Não há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende", disse Jesus ( Lc 15:10 ). Todo pecador que se arrepende e volta-se para Cristo acrescenta outra pedra espiritual para o templo de Deus, outro membro para o Seu Corpo, e torna-se um outro pecador perdoado e purificado que é feito eternamente um com todas as outras pecador perdoado e purificado. Os santos anjos não só está interessado na salvação dos homens ( 1Pe 1:12 ), mas observar constantemente a face de Deus no céu para ver sua reação ao tratamento de Seus filhos terrestres salvos ( Mt 18:10 , Mt 18:14 ) , estando pronto para realizar qualquer missão em seu nome.

    Quando Paulo admoestou as mulheres de Corinto para mostrar submissão a seus maridos através do costume de usar cabelo comprido, ele reforçou o comando, dizendo que foi dada "por causa dos anjos" ( 1Co 11:10 ), de modo a não ofender a sua sensação de submissão e para dar-lhes maior causa para glorificar a Deus pela obediência da igreja em matéria de respostas de ambos os sexos adequada e. Eles são levados a louvar o Senhor quando vêem o relacionamento correto na igreja anulando a perversão da relação do homem projetado por Satanás e do pecado. Depois que Paulo tinha afirmado certos princípios em matéria de presbíteros na igreja, ele escreveu: "Conjuro-te na presença de Deus e de Cristo Jesus e dos anjos eleitos, para manter estes princípios, sem viés" ( 1Tm 5:21 ) . Os anjos são extremamente preocupados com a disciplina necessária para produzir um comportamento santo e puro de estar na igreja, bem como a liderança piedosa ( vv. 17-25 ). Afinal, diz o escritor de Hebreus: "Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para prestar serviço para o bem daqueles que hão de herdar a salvação?" ( He 1:14 ). Eles ministro e zelar pela igreja.

    Na sala de aula do universo de Deus, Ele é o Mestre, os anjos são os estudantes, a igreja é a ilustração, e o assunto é a multiforme sabedoria de Deus .

    O Privilege do Mistério

    no qual temos ousadia e acesso em confiança, pela nossa fé nele. Por isso, peço-lhe para não desanimar diante das minhas tribulações em seu nome, pois eles são a vossa glória. ( 3: 12-13 )

    Quando colocamos a nossa fé em Jesus Cristo, podemos vir livremente a Deus e compartilhar em todas as insondáveis ​​riquezas do céu. No judaísmo, só o sumo sacerdote podia entrar na presença de Deus no Santo dos Santos, e que brevemente, mas uma vez por ano, no Dia da Expiação. Para qualquer outra pessoa para entrar na presença de Deus significava morte instantânea. Mas, agora, Paulo diz, cada pessoa que vem a Cristo na fé, pode chegar diante de Deus a qualquer momento e com ousadia e acesso confiante . Esse é o privilégio dentro do mistério da Igreja. "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas aquele que foi ele tentado em todas as coisas como nós somos, mas sem pecado. Vamos, portanto, aproximar-nos com confiança ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achar graça para socorro em ocasião oportuna "( Heb. 4: 15-16 ).

    Nós não somos a ser irreverente ou irreverente, mas estão por vir para o Senhor com um honesto, aberto coração-na liberdade de expressão e liberdade de espírito. acesso confiável é a confiança que não conhece o medo de rejeição, porque nós pertencemos a Ele (cf. 1Tm 3:13 ).

    Em vista deste grande privilégio, diz Paulo, peço-vos a não desanimar diante das minhas tribulações em seu nome, pois eles são a vossa glória . Em e através de todas as circunstâncias de Seus filhos, Deus trabalha a Sua bondade, bênção e glória . Aparentemente, muitos crentes se entristeceu com longos anos de Paulo de prisão e sobre o sofrimento quase contínua que ele sofreu por causa de seu ministério. Mas "Considero que os nossos sofrimentos do tempo presente", explicou aos fiéis romanos, "não são dignos de ser comparados com a glória que há de ser revelada a nós" ( Rm 8:18 ). E o sofrimento de Paulo acabou pela honra e não a desgraça daqueles a quem ele ministrava (cf. Fm 1:12 ).

    9. A plenitude de Deus ( Ef 3:14-21 )

    Por esta razão, me ponho de joelhos diante do Pai, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que Ele vos conceda, de acordo com as riquezas da sua glória, para ser reforçado com poder pelo seu Espírito no interior homem; para que Cristo habite em seu coração por meio da fé; e de que, estando arraigados e alicerçados em amor, pode ser capaz de compreender, com todos os santos, qual seja a largura, comprimento e altura e profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.
    Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus por todas as gerações para todo o sempre. Amém. ( 
    3: 14-21 )

    É possível saber muito sobre um automóvel para saber exatamente como o motor, a ignição, a transmissão, e assim por diante operar-e nunca usá-lo para ir a qualquer lugar. Também é possível saber muito pouco sobre um automóvel e ainda usá-lo todos os dias para viajar centenas de quilômetros. Da mesma forma, é possível saber muito sobre a Bíblia, suas doutrinas, interpretações, padrões morais, promessas, avisos, e assim por diante, e ainda não viver de acordo com essas verdades.

    Em Efésios 1:1-3: 13 Paulo dá as verdades básicas sobre a vida-que Cristão estamos em Cristo e os grandes, recursos ilimitados que temos nEle. A partir Dt 3:14 até o resto da carta somos exortados a reivindicar e viver por essas verdades. Em 3: 14-21 Paulo dá seus pedidos de oração em nome dos crentes de Éfeso. Ao compartilhar seus pedidos com eles, ele exorta-os a viver em toda a potência e eficácia do "toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" ( 1: 3 ). Esta segunda oração no livro de Efésios (ver também 1: 15-23 ) é uma oração para habilitação. A primeira oração é para que os crentes conhecem o seu poder; o segundo é para que eles usam isso.

    Duas coisas que um pastor deve estar mais preocupado com o seu povo está dizendo que eles estão em Cristo e, em seguida, instando-os a viver como ele. Em outras palavras, o pastor ajuda os membros do rebanho compreender o seu poder espiritual, e então ele motiva-los a usá-lo. Como o apóstolo Paulo nesta carta, o pastor fiel procura trazer o seu povo para o lugar de potência máxima, como cristãos, completamente operacional.

    A oração de Efésios 3:14-21 é um apelo a Deus, que também serve como um apelo aos crentes. Paulo pede a fiéis para responder à disposição soberana de Deus, e ele implora a Deus para motivá-los a fazê-lo, porque Deus não só é o provedor, mas é também o iniciador e motivador. Paulo convida Deus para ativar o poder dos crentes para que possam tornar-se filhos fiéis e assim glorificar seu Pai celestial.

    Neste grande oração de súplica a Deus e exortação para Seus filhos, Paulo ora especificamente para a força interior do Espírito, para a habitação de Cristo no coração do crente, pois o amor incompreensível a permear suas vidas, para que eles tenham própria plenitude de Deus e para a glória de Deus, assim, a se manifestar e proclamou. Cada elemento tem por base os anteriores, fazendo uma grande progressão da capacitação.

    O poder do Espírito

    Por esta razão, me ponho de joelhos diante do Pai, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que Ele vos conceda, de acordo com as riquezas da sua glória, para ser reforçado com poder pelo seu Espírito no interior homem; ( 3: 14-16 )

    Por esta razão pega depois do parêntese de 3: 2-13 , e começa repetindo as palavras do versículo um. O motivo sobre o qual Paulo fala é, portanto, encontrado em capítulo 2 Cristo nos faz espiritualmente vivo nele. ( 2: 5 ) (, somos "Sua obra" . v 10 ), "não há mais estrangeiros e peregrinos, mas ...companheiro concidadãos dos santos, e sois da família de Deus "( v. 19 ), "edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas" ( v. 20 ), e "juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito" ( v. 22 ). Por esta razão , portanto, (que a nossa nova identidade nos a morada de Deus faz), Paulo ora para a Efésios usar o poder que o seu grande status em Cristo oferece. Porque o poder de Deus é nos crentes, Paulo ora para que Deus lhes permitam empregar a plenitude desse poder. Porque os crentes são a habitação do trino, Deus todo-poderoso do universo, Paulo ora para que sua energia ilimitada Dele se manifestaria.

    A verdade que a onipotência habita dentro de impotência é tão majestoso, grandioso, e elevadas que nós esperaríamos Paulo se dirigir a Deus como o eterno Rei da glória ou por qualquer outro título, tais exaltado. Mas ele diz que sim, me ponho de joelhos diante do Pai . Pai é a mesma denominação Jesus sempre usado em oração, e o que ele usou para ensinar seus discípulos a orar ( Mt 6:9 ). Quando Davi orou sobre a construção do Templo, ele "entrou e sentou-se diante do Senhor "( 1Cr 17:16 ). Como Jesus orou no Jardim do Getsêmani, na noite em que foi traído, Ele " caiu sobre seu rosto e orou "( Mt 26:39 ).

    Mas nas Escrituras, curvando os joelhos significa várias coisas que pode ter levado Paulo mencionar que a posição aqui. Primeiro, ela representa uma atitude de submissão, de reconhecimento de que se está em presença de alguém que é de muito maior grau, dignidade e autoridade. Depois de proclamar o Senhor como "a rocha da nossa salvação, ... um grande Deus e Rei grande acima de todos os deuses", e como o Criador de toda a terra, o salmista diz: "Vinde, adoremos e prostremo-nos; deixá —nos de joelhos diante do Senhor, nosso Criador "( Sl 95:1-6. ).

    Em segundo lugar, vemos referências a curvando o joelho diante de Deus em momentos de intensa paixão e emoção. Consternado com o coração partido e sobre audição do casamento entre israelitas com seus vizinhos pagãos, Ezra caiu de joelhos e estendeu as mãos em confissão ao Senhor em seu nome ( Esdras 9:5-6 ). Quando Daniel ouviu que o rei Dario assinou o edital elaborado pelos comissários ciumento e sátrapas proibindo a adoração a um deus qualquer, além do rei ", ele continuou joelhos e três vezes por dia, orando e dando graças diante do seu Deus" ( Dn 6:10 ) —knowing que continuou sua adoração do verdadeiro Deus resultaria em seu ser jogado na cova dos leões. Como Paulo se reuniu pela última vez com os anciãos de Éfeso ", ele se ajoelhou e orou com todos eles" à beira-mar em Mileto (At 20:36 ).

    Enquanto orava para os Efésios ao escrever esta carta para eles, o apóstolo sentiu levou a curva [sua] joelhos diante do Pai em seu nome, não porque essa posição ou qualquer outro é especialmente sagrado, mas porque refletia espontaneamente sua reverência para com Deus glória no meio de sua oração apaixonada.

    Do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome não ensina que Deus é o espiritual Pai de todos os seres do universo. Não se trata, como alegado pelo liberalismo moderno, ensinar a paternidade universal de Deus e da fraternidade universal do homem. A Escritura ensina claramente dois fatherhoods espirituais, Deus e Satanás. Deus é o Pai celestial de quem confia em Deus e Satanás é o pai espiritual daqueles que não o fazem. Nowhere são esses dois fatherhoods opostas mais explicitamente distinto do que em João 8 . Para os judeus incrédulos que O rejeitaram, mas presume-se afirmar Abraão como seu antepassado espiritual, Jesus disse: "Se vocês são filhos de Abraão, fazeis as obras de Abraão. Mas como ele é, você está procurando matar-me, um homem que lhe disse a verdade, o que eu ouvi de Deus;.. isso Abraão não fez 5ós fazeis as obras de vosso pai ... Se Deus fosse o vosso Pai, você me ama ; ... Vós tendes por pai ao diabo "( 39-42 vv. , 44 ). Em sua primeira epístola, João declara: "Por isso, os filhos de Deus e os filhos do diabo são óbvias: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão" ( 3:10 ) .

    Cada família no céu e na terra se refere aos santos de todos os tempos, aqueles agora no céu e aqueles que ainda permanecem na terra . Eles são os únicos que legitimamente derivam seus nomes de Deus Pai. Os cristãos não são mais ou menos os filhos de Deus que estavam acreditando israelitas, bem como os crentes gentios, antes da vinda de Cristo. Toda família de crentes é uma parte da única família espiritual de Deus, em que há muitos membros, mas apenas um Pai e uma fraternidade.

    Primeira e central, o pedido de Paulo para esta família divina é que Deus conceda [eles], de acordo com as riquezas da sua glória, para ser fortalecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior .

    Em um capítulo anterior, a ilustração foi usada de uma pessoa rica que dá de acordo com , em vez de simplesmente fora de suas riquezas. Para um milionário para dar cinquenta ou cem dólares seria simplesmente para dar para fora de sua riqueza, mas para dar vinte e cinco mil dólares seria dar de acordo com a sua riqueza. A maior riqueza de uma pessoa, maior é o seu dom deve ser para se qualificar para dar de acordo com a sua riqueza. Porque Deus para dar de acordo com as riquezas da sua glória é absolutamente surpreendente, porque Seus riquezas são ilimitadas, completamente sem limites! Mas isso é exatamente a medida pela qual Paulo implora a Deus para capacitar os Efésios.

    Quase todas as orações de Paulo que está registrado nas Escrituras era para o bem-estar espiritual dos outros. Mesmo quando ele foi perseguido, preso, e precisa de muitas coisas para o seu próprio bem-estar, ele orou principalmente para outros crentes que eles possam ser protegidas espiritualmente e fortalecida. Mesmo quando ele orou por si mesmo que era na maioria das vezes com o propósito de ser mais capaz de servir o seu Senhor e o povo do Senhor. Mais tarde nesta carta o apóstolo pediu aos efésios a "orar em meu nome, que seja dada a mim no abrir da minha boca, para dar a conhecer com ousadia o mistério do evangelho" ( 6:19 ).

    Paulo orou para que o amor dos filipenses "aumentasse ainda mais e mais no conhecimento real e em todo o discernimento, para que [eles] ser sincero e irrepreensíveis até o dia de Cristo" ( Filipenses 1:9-10. ). Ele não cessamos de orar para os crentes de Colossos para "ser preenchido com o conhecimento de Sua vontade em toda a sabedoria e entendimento espiritual, de modo que [eles podem] andar de modo digno do Senhor, para agradá-Lo em todos os aspectos, tendo frutos em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus, fortalecidos com todo o poder [lit., competindo com todo o poder], de acordo com a sua glória "( Col. 1: 9-11 ; cf. Fp 1:4 ). Paulo frequentemente mencionado que ele orava continuamente para outros ( Ef 1:16. ; Fp 1:4. ; Cl 4:2 ) e a parábola da viúva importuna que eventualmente obtido ajuda de um juiz iníquo, porque ela se recusou a parar peticionando ele ( Lucas 18:1-8 ).

    Como o resto da oração indica, Pedido de Paulo pelos crentes de Éfeso foi ousado, confiante, e inclusivo. Ele pediu a Deus para dar-lhes todas capacitação espiritual que eles já não usam a aplicar os seus recursos disponíveis. Jacques Ellul, o filósofo cristão contemporâneo, está convencido de que a oração para as pessoas que vivem na era tecnológica deve ser combativo e oração, diz ele, não é apenas o combate com Satanás, a sociedade corrompida, ea própria auto dividida, mas é o combate com Deus . Devemos lutar com o Senhor, assim como fez Jacó em Peniel ( Gen. 32: 24-30 ), como Abraão corajosamente intercedeu por Sodoma e Gomorra ( Gênesis 18:23-32 ), e como Moisés intercedeu por seus irmãos israelitas ( Ex . 32: 11-13 ; 13 4:14-19'>Números 14:13-19. ).

    Em bom amigo e assistente de 1540 de Lutero, Friedrich Myconius, ficou doente e era esperado para morrer dentro de um curto espaço de tempo. De sua cama, ele escreveu uma carta de despedida concurso para Lutero. Quando Lutero recebeu a mensagem, ele imediatamente enviado de volta uma resposta:. "Eu te ordeno em nome de Deus para viver porque eu ainda tenho necessidade de ti na obra de reforma da igreja ... O Senhor nunca vai me deixar saber que tu és morto, mas permitirá a ti me sobreviver. Por isso eu estou Orando, esta é a minha vontade, e que o meu vai ser feito, porque não procuro apenas para glorificar o nome de Deus. "
    Essas palavras parecem duras e insensíveis aos ouvidos modernos, mas Deus aparentemente honrou a oração. Embora Myconius já havia perdido a capacidade de falar, quando a resposta de Lutero veio, ele logo se recuperou. Ele viveu mais de seis anos e morreu dois meses depois de Lutero.
    Em nossa vida diária e na nossa oração, é mais difícil de apreciar as riquezas espirituais do que está a apreciar as riquezas materiais. Se nós temos um monte de dinheiro ou não, temos alguma compreensão do que a riqueza material é semelhante. Temos um gosto dele nas coisas que possuímos e que podemos desfrutar vicariamente os caras casas, carros, barcos, jóias, roupas e outras coisas que tais que vemos pessoas ricas desfrutar. Riquezas espirituais, por outro lado, não são tão óbvias e não são mesmo atraente para o homem natural ou para os cristãos desobedientes.
    Mas, para o crente espiritual, as riquezas da sua glória são ricos de fato. Desde o início da carta Paulo foi exultante sobre essas riquezas divinas-se Deus nos abençoar com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais ( 1: 3 ), Ele nos escolher para si mesmo antes da fundação do mundo ( 1: 4 ), His redenção e perdão ( 1: 7 ), sua tomada de nos conhecer o mistério da sua vontade ( 1: 9 ), Sua nos dando uma herança com seu Filho, Jesus Cristo ( 01:11 ), e assim por diante ao longo das duas primeiras e uma capítulos meia. A frase da sua glória atesta que essas riquezas pertencem a Deus por causa de quem Ele é. Eles pertencem inata à sua pessoa, o que significa dizer, a Sua glória (cf. 01:17 , onde Paulo fala de Deus ", o Pai da glória" e Ex 33:1 ).Paulo disse a Timóteo: "Mas o Senhor esteve ao meu lado e me fortaleceu, para que através de mim a proclamação fosse cumprida, e que todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão" ( 2Tm 4:17 ).

    Em O Psychological Society questiona Martin Gross os próprios fundamentos da psicologia e psiquiatria, sugerindo que o prestígio e ganhos financeiros são as forças reais de condução por trás deles.Ainda mais significativo, no entanto, ele afirma que a psicologia ea psiquiatria não têm respostas para os males mentais e emocionais que são usados ​​para tratar. Sua conclusão é que cada pessoa é incuravelmente neurótica por natureza e deve ser deixado sozinho com sua neurose. Do ponto de vista puramente humano a partir do qual ele escreve, conclusão pessimista de Gross é perfeitamente som, porque a natureza básica do homem é de fato universalmente e incuravelmente falho. Mas a falha é o pecado, de que as neuroses e todos os outros problemas são apenas sintomas. A falha está no homem interior , onde o próprio homem não pode realizar uma cura.

    Só Deus pode alcançar e curar o homem interior , e é aí que Ele mais quer trabalhar. Seu trabalho começa com a salvação, e depois que o Seu principal campo de trabalho ainda é o homem interior , porque é aí que a vida espiritual existe e onde ela deve crescer O "natureza divina", concedida ao crente a salvação ( 1Pe 1:3 ouvimos Paulo expressar o forte desejo de um homem regenerado para fazer a vontade de Deus, mas que está sendo prejudicada pelo pecado que habita em seu corpo carnal, enquanto que no capítulo 8 nós ouvi-lo expressar a verdade que a vitória no este conflito está no Espírito Santo. "Para aqueles que estão de acordo com a carne cogitam das coisas da carne, mas os que são segundo o Espírito, das coisas do Espírito. Para a mente posta na carne é a morte, mas a mente fixada na Espírito é vida e paz "( 8: 5-6 ). "Aqueles que estão na carne não podem agradar a Deus", ele continua a dizer. "No entanto, você não está na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós" ( vv. 8-9 ). Na verdade, a promessa vem que, através do poder do Espírito Santo o crente pode "matar" as más ações de sua carne não remido ( v. 13 ).

    Aos Gálatas, ele escreveu: "Andai em Espírito, e você não vai realizar o desejo da carne" ( Gl 5:16 ). O cristão obediente, eficaz e produtivo deve estar consciente Espírito, cheios do Espírito Santo e Espírito controlada.

    Quando o homem interior é alimentado regularmente sobre a Palavra de Deus e busca a vontade do Espírito em todas as decisões da vida, o crente pode ter certeza que ele vai ser fortalecidos com poder pelo seu Espírito . O poder espiritual não é a marca de uma classe especial de cristão, mas é a marca de todo cristão que se submete a Palavra eo Espírito de Deus. Como o crescimento físico e força, crescimento espiritual e força não vem durante a noite. Como nós disciplinar nossas mentes e espíritos para estudar a Palavra de Deus, compreendê-lo, e viver por ela, somos alimentados e fortalecidos. Cada pedaço de alimento espiritual e todos os bits de exercício espiritual acrescentar à nossa força e resistência.

    O crescimento espiritual pode ser definida como a diminuição da frequência do pecado. Quanto mais exercitamos nossos músculos espirituais, cedendo ao controle de nossas vidas do Espírito, menos o pecado está presente. Quando a força de Deus aumenta, diminui necessariamente pecado. Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais nós vamos de pecado.
    Como isso ocorre, o que acontece com o homem exterior importa cada vez menos. Paulo poderia dizer o Corinthians,

    Nós somos deficientes em todos os lados, mas nunca são frustrados: estamos perplexos, mas nunca em desespero. Somos perseguidos, mas nós nunca temos que suportá-lo sozinho: nós pode ser derrubado, mas nunca estamos nocauteado! Todos os dias nós experimentamos algo da morte do Senhor Jesus, para que possamos também conhecer o poder da vida de Jesus nestes corpos de nossos. Estamos sempre enfrentando a morte, mas isso significa que você sabe mais e mais da vida. ... Esta é a razão pela qual nós nunca entrar em colapso. O homem exterior, de fato, sofrem desgaste, mas a cada dia o homem interior recebe nova força. ( 2 Cor. 4: 8-12 , 2Co 4:16 , Phillips)

    Indwelling de Cristo

    para que Cristo habite em seu coração por meio da fé; ( 3:17 a)

    Assim que traduz hina , uma palavra grega usada para introduzir cláusulas de propósito. O objetivo do nosso ser "fortalecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior" é que Cristo habite em[nossos] corações pela fé .

    A ordem apropriada parece ser revertida, porque cada crente na salvação é habitado por Cristo ( 2Co 13:5 ) e não pode ter "o Espírito Santo no homem interior" até que ele recebeu a Cristo como Salvador ( Rm 8:9 ; 1Co 3:161Co 3:16 ; 1Co 6:19 ). Paulo já deixou claro que todos os crentes estão em Cristo ( 1: 1 , 3 , 10 , 12 ; 2: 6 , 10 , 13 ). Ele é, portanto, não se referindo aqui que residem os crentes de Cristo na salvação, mas para a santificação.

    Katoikeō ( permanência ) é uma palavra composta, formada a partir de kata (baixo) e oikeō (a habitar uma casa). No contexto desta passagem a conotação não é simplesmente a de estar dentro da casa dos nossos corações , mas de estar em casa lá, estabeleceu-se como um membro da família. Cristo não pode estar "em casa" em nossos corações até que o nosso homem interior se submete ao fortalecimento do Seu Espírito. Até o Espírito controla nossas vidas, Jesus Cristo não pode ser confortável lá, mas só permanece como um visitante tolerado. O ensinamento de Paulo aqui não se relaciona com o fato da presença de Jesus nos corações dos crentes, mas para a qualidade da sua presença.

    Quando o Senhor veio com dois anjos para visitá-los, Abraão e Sara imediatamente fez os preparativos para entreter seus convidados da melhor maneira possível. Do resto da passagem ( Gen. 18 ), é evidente que Abraão e Sara sabia que eles estavam hospedando o próprio Senhor. É também evidente que o Senhor me senti em casa com Abraão e Sara. Parece significativo que, quando, um pouco mais tarde, o Senhor advertiu Lot para levar sua família e fugir para salvar suas vidas, Ele não foi para si mesmo, mas apenas enviou os dois anjos ( 19: 1 ). Lot era um crente, mas o Senhor não se sentir em casa na casa de Ló, como fez na tenda de Abraão.

    Em seu livreto casa do meu coração a Cristo , Robert Munger retrata a vida cristã como uma casa, por meio do qual Jesus vai de sala em sala. Na biblioteca, o que é a mente, Jesus encontra lixo e todos os tipos de coisas sem valor, que ele passa a jogar fora e substituir com a Sua Palavra. Na sala de jantar de apetite Ele encontra muitos desejos pecaminosos listados em um menu mundana. no lugar de coisas como prestígio, o materialismo, e luxúria Ele coloca a humildade, mansidão, amor e todas as outras virtudes para as quais os crentes são a fome e sede. Ele atravessa a sala de estar de comunhão, onde ele encontra muitos companheiros e atividades mundanas, através da oficina, onde apenas os brinquedos estão sendo feitas, dentro do armário, onde os pecados ocultos são mantidos, e assim por diante até a casa inteira. Só quando ele tinha limpado cada quarto, closet, e esquina do pecado e loucura Ele poderia se acalmar e ficar em casa.

    Jesus entra na casa de nossos corações o momento em que Ele nos salva, mas Ele não pode viver lá no conforto e satisfação até que seja purificado do pecado e preenchido com a Sua vontade. Deus é misericordioso além da compreensão e infinitamente paciente. Ele continua a amar aqueles de Seus filhos que insistem em desprezando a Sua vontade. Mas Ele não pode ser feliz ou satisfeito em tal coração.Ele não pode ser totalmente em casa até que Ele tem permissão para habitar em nossos corações através da contínua  que confia nele para exercer o Seu senhorio sobre todos os aspectos de nossas vidas.Praticamos bem como receber a Sua presença por  .

    Como impressionante e maravilhoso que o Deus todo-poderoso e santo quer viver em nossos corações , seja em casa, e governar lá! No entanto, Jesus disse: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada" ( Jo 14:23 ).


    Abundância do Senhor

    e de que, estando arraigados e alicerçados em amor, pode ser capaz de compreender, com todos os santos, qual seja a largura, comprimento e altura e profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, ( 3:17 b-19-A)

    Sendo feito forte interiormente pelo Espírito de Deus leva a ser de Cristo em casa em nossos corações, o que leva ao amor que é incompreensível. O resultado do nosso ceder o poder do Espírito e apresentar à senhorio de Cristo em nosso coração é o amor . Quando Cristo se estabelece em nossas vidas Ele começa a mostrar o seu amor em nós e através de nós. Quando Ele habita livremente nossos corações, nós nos tornamos arraigados e alicerçados em amor , isto é, instalou-se em uma base sólida de amor.

    "Um novo mandamento vos dou", disse Jesus, "que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei" ( Jo 13:34 ). Pedro escreveu: "Uma vez que você tem em obediência à verdade purificado as vossas almas por um amor sincero aos irmãos, fervorosamente ameis uns aos outros com o coração" ( 1Pe 1:22 ). É o desejo supremo de Deus que Seus filhos sincera e plenamente amar uns aos outros, como Ele nos ama. O amor é o primeiro fruto do Espírito, de que alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e auto-controle são essencialmente subcategorias ( Gal 5: 22-23. ).

    O amor é uma atitude de desprendimento. Bíblica Ágape amor é uma questão de vontade e não uma questão de sentimento ou emoção, embora profundos sentimentos e emoções quase sempre acompanham amor. Amar o mundo de Deus não era uma questão simplesmente de sentimento; que resultou em sua enviar Seu único Filho para redimir o mundo ( Jo 3:16 ). O amor é doação altruísta, sempre abnegado e sempre dando. É a própria natureza e substância do amor a negar a si mesmo e para dar aos outros. Jesus não disse: "Ninguém tem maior amor do que um ter sentimentos calorosos para seus amigos", mas sim, "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos" ( Jo 15:13 ).

    Em obediência a vontade de amor do Pai para redimir o mundo, Jesus de boa vontade e amor deu a si mesmo para realizar esse resgate. "Embora Ele, subsistindo em forma de Deus, [Ele] não considerar a igualdade com Deus uma coisa que deve ser aproveitada, mas se esvaziou, assumindo a forma de um servo, tornando-se em semelhança de homens. E, sendo encontrado em forma de homem, humilhou-se, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz "( Fm 1:2 , 1Jo 4:19 ).

    Quando o Espírito capacita nossas vidas e Cristo é obedecida como o Senhor de nossos corações, nossos pecados e fraquezas são tratados e nos encontramos querendo para servir os outros, querendo a sacrificar por eles e servi-los, porque a natureza amorosa de Cristo tornou-se verdadeiramente a nossa própria. Amar é a atitude sobrenatural do cristão, porque o amor é a natureza de Cristo. Quando um cristão não ama ele tem que fazê-lo de forma intencional e com esforço, assim como ele deve fazer para segurar a respiração. Para tornar-se habitualmente sem amor ele deve habitualmente resistir Cristo como o Senhor do seu coração. Para continuar a analogia com a respiração, quando Cristo tem o seu próprio lugar em nossos corações, não temos de ser contada a amar-assim como nós não tem que ser dito para respirar. Eventualmente, ele deve acontecer, porque amar é tão natural para a pessoa espiritual, como a respiração é para a pessoa natural.

    Embora seja natural para o cristão a ser falta de amor, ainda é possível ser desobediente em relação ao amor. Assim como amoroso é determinado pela vontade e não por circunstâncias ou outras pessoas, por isso é não amar. Se o marido não em seu amor por sua esposa, ou ela para ele, nunca é por causa da outra pessoa, independentemente do que a outra pessoa pode ter feito. Você não cair para dentro ou fora deÁGAPE amor, porque é controlado pela vontade. O amor romântico pode ser bonito e significativo, e encontramos muitos relatos favoráveis ​​do que nas Escrituras. Mas é ágape amor que Deus ordena que marido e mulher têm uns pelos outros ( Ef 5:25. , Ef 5:28 , Ef 5:33 ; Tt 2:4 ). No sentido mais profundo, o amor é o único mandamento de Deus. O maior mandamento, Jesus disse, é amar a Deus com todo nosso coração, alma e mente; eo segundo maior é amar o nosso próximo como a nós mesmos ( Mateus 22:37-39. ). E "aquele que ama seu próximo," Paulo disse: "tem cumprido a lei Para isso," Não cometerás adultério, não deve assassinato, Você não deve roubar, não cobiçarás ", e se há qualquer outro mandamento , que se resume nesta palavra: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." O amor não faz mal ao próximo, o amor, portanto, é o cumprimento da lei "( 13 8:45-13:10'>Rm 13:8-10. ).

    A ausência de amor é a presença do pecado. A ausência de amor não tem nada a ver com o que está acontecendo conosco, mas tudo a ver com o que está acontecendo em nós. Pecado e amor são os inimigos, porque o pecado e Deus são inimigos. Eles não podem coexistir. Onde um está, o outro não é. A vida sem amor é a vida ímpios; ea vida piedosa é a porção, carinho, compassivos, carinhoso, doar-se, a vida de auto-sacrifício do amor de Cristo trabalhando através do crente.
    Quando estamos arraigados e alicerçados em amor , então, tornar-se capaz de compreender, com todos os santos, qual seja a largura, o comprimento, a altura ea profundidade do amor. Não podemos compreender a plenitude do amor , a menos que nós estamos totalmente imersos no amor, a menos que seja a própria raiz e fundamento da nossa existência. Quando alguém perguntou ao famoso trompetista de jazz Louis Armstrong para explicar jazz, ele respondeu: "Cara, se eu tenho que explicar isso, você não tem." De certa forma essa idéia simplista se aplica ao amor. Ele não pode ser verdadeiramente entendido e compreendido até que ele é experiente. No entanto, a experiência de trabalho e de amor que Paulo está falando nesta passagem não é emocional ou subjetiva. Não é sentimentos agradáveis ​​ou calorosos sentimentos que trazem tal compreensão, mas o trabalho real do Espírito de Deus e Filho de Deus em nossas vidas para produzir um amor que é puro e sincero, desinteressado e servir. Para ser arraigados e alicerçados em amor requer estando arraigados e fundados em Deus. Quando somos salvos, o amor de Deus é "derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dada" ( Rm 5:5 ), e o salmista nos diz que o prazer do homem justo "(está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite "( Sl 1:2 ; etc.).

    Para compreender ... qual é a largura, o comprimento, a altura ea profundidade do amor é compreendê-la em sua plenitude. O amor vai em todas as direções e para a maior distância. Vai, onde for necessário durante o tempo que for necessário. A igreja primitiva Pai Jerome disse que o amor de Cristo atinge até os santos anjos e para baixo para aqueles no inferno. Seu comprimento cobre os homens no caminho para cima e sua largura atinge aqueles se afastando em maus caminhos.

    Eu não acho que a largura, o comprimento, a altura ea profundidade representam quatro tipos ou categorias de amor específicos, mas simplesmente sugerir sua vastidão e completude. Em qualquer direção espiritual olhamos podemos ver o amor de Deus. Podemos ver o amor amplitude refletida na aceitação de Deus de gentios e judeus igualmente em Cristo ( Ef. 2: 11-18 ). Podemos ver o amorcomprimento no Deus de nós escolher antes da fundação do mundo ( 1: 4-5 ), para a salvação que vai durar por toda a eternidade. Podemos ver o amor altura em Deus de ter "nos abençoou com toda a bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" ( 1: 3 ) e em Seu levantar-nos e estar-nos "com Ele nos lugares celestiais, em Cristo Jesus" ( 2 : 6 ). Podemos ver o amor de profundidade em Deus, descendo para os níveis mais baixos de depravação para resgatar os que estão mortos em seus delitos e pecados ( 2: 1-3 ). O amor de Deus pode chegar a qualquer pessoa, em qualquer pecado, e estende-se desde a eternidade passada à eternidade futura. Ele nos leva para a própria presença de Deus e nós senta-se em seu trono.

    No que pode à primeira vista parece uma auto-contradição, Paulo diz que conhecer o amor de Cristo ... excede todo o entendimento . De conhecer a Cristo o amor nos leva além humano conhecimento , porque é a partir de uma fonte infinitamente superior. Paulo não está falando aqui de nosso conhecimento o amor que devemos ter para Cristo, mas o amor de Cristo , o Seu próprio amor que Ele tem de colocar em nossos corações para que possamos amá-lo ou qualquer outra pessoa. Recebemos o mandamento de amar, porque somos dado amor. Deus sempre dá antes que Ele manda nada em troca, e amor é um dos maiores dons de Cristo à sua Igreja. Ao longo de João 14:16 Jesus promete dar amor, alegria, paz, força e conforto sem medida para aqueles que pertencem a Ele.

    O mundo não pode compreender o grande amor que Cristo dá, porque não pode entender Cristo. O amor do mundo se baseia na atração e, portanto, dura apenas enquanto a atração. O amor de Cristo é baseado em sua própria natureza e, portanto, dura para sempre. O amor mundano dura até que seja ofendido ou rejeitado. O amor de Cristo dura apesar de toda ofensa e toda rejeição. O amor do mundo ama por aquilo que ele pode chegar. O amor de Cristo ama por aquilo que ele pode dar. O que é incompreensível para o mundo é ser vida normal para o filho de Deus.

    Plenitude de Deus

    que você pode estar cheios de toda a plenitude de Deus. ( 03:19 b)

    O fortalecimento interior do Espírito Santo leva à habitação de Cristo, o que leva ao amor abundante, o que leva à plenitude de Deus em nós. Para ser cheios de toda a plenitude de Deus é de fato incompreensível, até mesmo para os próprios filhos de Deus. É incrível e indescritível. Não há nenhuma maneira, deste lado do céu, podemos entender que a verdade. Nós só podemos acreditar e louvar a Deus por isso.

    J. Wilbur Chapman disse muitas vezes do testemunho dado por um homem em uma de suas reuniões:
    Eu saí na Pennsylvania depot como um vagabundo, e por um ano eu implorei nas ruas para ganhar a vida. Um dia eu toquei um homem no ombro e disse: "Ei, senhor, você pode me dar um centavo?" Assim que eu vi seu rosto, eu fiquei chocado ao ver que era o meu próprio pai. Eu disse: "Pai, Pai, você me conhece?" Jogando os braços em volta de mim e com lágrimas nos olhos, ele disse: "Oh meu filho, finalmente eu encontrei você! Eu encontrei você. Você quer um centavo? Tudo o que tenho é seu." Pense nisso. Eu era um vagabundo. Eu estava implorando meu próprio pai por dez centavos, quando há 18 anos, ele estava olhando para mim para me dar tudo o que tinha.
    Esse é um pequeno retrato do que Deus quer fazer por seus filhos. Sua meta suprema em trazer-nos a Si mesmo é nos tornar semelhantes a Ele mesmo, preenchendo-nos com Ele, com tudo o que Ele é e tem.

    Mesmo para começar a compreender a magnitude do que a verdade, temos de pensar em todos os atributos e cada característica de Deus. Temos de pensar em seu poder, majestade, sabedoria, amor, misericórdia, paciência, bondade, longanimidade, e todas as outras coisas que Deus é e faz. Que Paulo não está exagerando resulta do fato de que nesta carta ele menciona várias vezes a plenitude das bênçãos de Deus para aqueles que pertencem a Ele através de Cristo. Ele nos diz que a igreja é "corpo, a plenitude d'Aquele que preenche tudo em todos" de Cristo ( Ef 1:23 ). Ele nos diz que "Aquele que desceu é Ele mesmo também Aquele que subiu muito acima de todos os céus, para que pudesse cumprir todas as coisas" ( 4:10 ). E ele nos diz que Deus quer que cada crente "enchei-vos do Espírito" ( 5:18).

    Pleroo significa a fazer pleno, ou preencher ao máximo, e é usado muitas vezes no Novo Testamento. Ela fala de dominação total. Uma pessoa cheia de raiva é totalmente dominado pelo ódio. Uma pessoa cheia de felicidade é totalmente dominado pela alegria. Para ser cheios de toda a plenitude de Deus significa, portanto, ser totalmente dominado por Ele, sem nada, própria ou de qualquer parte do velho.Por definição, então, a ser preenchido com Deus deve ser esvaziado de si mesmo. Não é ter muito de Deus e pouco de si mesmo, mas todos de Deus e nenhum de self. Este é um tema recorrente em Efésios.Aqui Paulo fala sobre a plenitude de Deus ; em 4:13 é "a plenitude de Cristo"; e em 5:18 é a plenitude do Espírito.

    Que Deus, que nos ama tanto que Ele não vai descansar até que estejamos completamente como Ele! Nós só podemos cantar com Davi: "O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza eo meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo, em quem me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, minha fortaleza eo meu refúgio, meu Salvador" ( 2 Sam. 22: 2-3 ). Durante todo o resto daquele magnífico hino, Davi pilhas louvor nos elogios ao declarar a grandeza e bondade de Deus.

    Da mesma forma Job parece ser quase uma perda de palavras para exaltar corretamente as maravilhas de Deus. "O que a ajuda que você está com o fraco! Como você salvou o braço sem força! Que conselho você tem dado a um sem sabedoria! Que visão útil você ter abundantemente fornecido! ... Ele estende o norte sobre o espaço vazio, e trava o terra sobre o nada Ele envolve-se as águas em suas nuvens;.. e a nuvem não se rasga debaixo delas ... As colunas do céu tremem, e se espantam da sua ameaça ... Por Sua respiração os céus são apagadas;. Sua mão perfurou o fugindo serpente Eis que estas são as franjas dos seus caminhos "(. 26:2-3 , 7-8 , 26:11 , 13 18:26-14'>13-14 ).

    De nossa perspectiva humana, terrena nunca podemos ver mais do que "as franjas dos seus caminhos." Não admira que Davi disse que não ficaria satisfeito até que ele acordou na semelhança de Deus ( Sl 17:15 ). Só então saberemos plenamente como nós foram totalmente conhecido ( 1Co 13:12 ).

    A glória do Senhor

    Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus por todas as gerações para todo o sempre. Amém. ( 3: 20-21 )

    No culminar de tudo o que ele tem sido declarando sobre a provisão ilimitada de Deus para Seus filhos, Paulo dá este grande doxologia, um hino de louvor e de glória, introduzido pela Ora, àquele .

    Quando o Espírito Santo nos capacitou, Cristo habita nós, o amor tem dominado nós, e Deus nos encheu de Sua própria plenitude, então Ele é capaz de fazer muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos . Até que essas condições forem satisfeitas, o trabalho de Deus em nós é limitado. Quando eles se encontram, a Sua obra em nós é ilimitado. "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em Mim, as obras que Eu faço ele também, e maiores do que estas fará,., Porque eu vou para o Pai E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei "(. João 14:12-14 ).

    Não há nenhuma situação em que o Senhor não pode usar-nos, desde que sejam apresentados a ele. Como é freqüentemente apontado, versículo 20 é uma progressão pirâmide de capacitação de Deus: Ele é capaz; Ele é capaz de fazer; Ele é capaz de fazer infinitamente; Ele é capaz de fazer muito mais abundantemente além daquilo que pedimos; Ele é capaz de fazer muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos. Não há dúvida na mente dos crentes que Deus é capaz de fazer mais do que podemos conceber, mas muito poucos cristãos têm o privilégio de vê-lo fazer isso em suas vidas, porque eles não conseguem seguir o padrão de habilitação apresentados nestes versos .

    Paulo declarou que a eficácia do seu ministério foi que "a minha mensagem e minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder" ( 1Co 2:4 ). Tudo Paulo fez foi no poder de Deus, e no poder de Deus não havia nada dentro da vontade do Senhor, que ele não podia ver realizado. Esse poder mesmas obras dentro de nós pela presença do Espírito ( Atos 1:8 ).

    Quando pela nossa submissão a Deus é capaz de fazer muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós , então, estamos verdadeiramente eficaz e só então é Ele realmente glorificado. E Ele merece a glória na igreja e em Cristo Jesus , não só agora, mas para todas as gerações para todo o sempre . A Amen confirma que objetivo digno.



    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Efésios Capítulo 3 do versículo 1 até o 21

    Efésios 3

    Prisão e privilégios - Ef 3:1-13

    O grande descobrimento - Ef 3:1-7

    A consciência que Paulo tinha de si mesmo — Ef 3:1-7 (cont.) O privilégio que torna o homem humilde — Ef 3:8-13

    O plano e a sabedoria de Deus — Ef 3:8-13 (cont.)

    O Deus que é Pai — Ef 3:14-17

    O fortalecimento em Cristo - Ef 3:14-17 (cont.) O amor infinito de Cristo — Ef 3:18-21

    PRISÃO E PRIVILÉGIOS

    Efésios 3:1-13

    Para entender a seqüência de pensamento desta passagem deve-se notar que os versículos 2:13 são um longo parêntese. O por esta causa do versículo 14 retoma e resume o versículo 1. Alguém falou do hábito de Paulo de desviar do tema. Uma só palavra ou idéia podem fazer com

    que o pensamento de Paulo se desvie pela tangente. Quando Paulo fala de si mesmo como "o prisioneiro de Cristo" pensa no amor universal de Deus e a parte que lhe cabe em transmitir esse amor aos gentios. Nos

    versículos 2:13 seus pensamentos saem fora do contexto; e logo no versículo 14 retoma o que estava para dizer no começo.

    O GRANDE DESCOBRIMENTO

    Efésios 3:1-7

    Quando

    Paulo

    escrevia

    sua

    Carta

    estava

    na

    prisão

    romana

    esperando comparecer em juízo perante Nero. Aguardava os acusadores judeus com seus semblantes frios, seu ódio venenoso e suas acusações maliciosas. É verdade que estando na prisão Paulo desfrutava de certos privilégios: podia habitar na casa que alugava e recebia a visita de seus amigos. Apesar de tudo era dia e noite prisioneiro; estava encadeado dia e noite a um soldado romano que o custodiava e cujo dever era o de não

    permitir que Paulo escapasse. Nesta circunstância Paulo se chama "o prisioneiro de Cristo".

    Aqui há outro exemplo vivo do fato de que o cristão vive sempre uma dupla vida e tem dupla residência. Qualquer um que tivesse

    contemplado a Paulo na prisão o teria declarado prisioneiro do governo romano; e isto em certo sentido era verdade. Mas Paulo jamais se considerou prisioneiro de Roma mas sim de Cristo. Nunca se considerou detido pelas autoridades romanas, mas sim padecendo pela causa de

    Cristo. O ponto de vista faz toda a diferença.

    Há um relato famoso dos dias em que Sir Christopher Wren estava construindo a catedral de São Paulo. Numa ocasião Sir Christopher Wren

    deu uma volta pelas obras. Aproximou-se de um operário e lhe perguntou: "O que você está fazendo?" O homem respondeu: "Estou esculpindo esta pedra de tal forma e tamanho". Aproximou-se de outro

    operário e lhe perguntou sobre seu trabalho. O homem respondeu: "Estou ganhando tanto dinheiro por meu trabalho". Foi a um terceiro com a mesma pergunta. Agora o operário interrompeu um momento seu

    trabalho, ergueu-se e respondeu: "Estou ajudando ao Sir Christopher Wren a construir a catedral de São Paulo".

    Havia uma diferença total nos pontos de vista de cada operário.

    Alguém que esteja prisioneiro por alguma causa importante poderá considerar-se a si mesmo como uma pobre e infeliz criatura e maltratada ou prazerosamente como porta-estandarte e protagonista de uma causa importante. O primeiro verá sua prisão como tristeza, o segundo como um privilégio. Quando devemos agüentar opressões e impopularidade por causa dos princípios cristãos podemos considerar-nos, seja vítimas dos homens, seja campeões de Cristo. Nosso ponto de vista faz toda a diferença. Paulo é nosso exemplo: considera-se a si mesmo não como prisioneiro de Nero, mas sim como prisioneiro de Cristo.

    Paulo recorre aqui ao pensamento que está no próprio coração de sua Carta. Ele tinha tido a revelação do grande segredo divino. Este

    segredo consistia em que o amor, a misericórdia e a graça de Deus estavam destinados não só aos judeus, mas também a toda a humanidade.

    Quando Paulo se encontrou com Cristo no caminho a Damasco, tinha tido um repentino relâmpago de revelação. Deus o tinha enviado

    aos gentios "para que abra seus olhos, para que se convertam das trevas à luz, e da potestade de Satanás a Deus; para que recebam pela fé que é em mim, perdão de pecados e herança entre os santificados" (At 26:28). Este era um descobrimento completamente novo.

    O pecado fundamental do mundo antigo era o menosprezo. Os judeus desprezavam os gentios como incapazes e indignos — assim o pensavam — à vista de Deus. No pior dos casos os gentios existiam só

    para ser aniquilados. “Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão” (Is 60:12). No melhor dos casos os gentios existiam para ser escravos de Israel: “A riqueza do Egito, e as mercadorias da Etiópia,

    e os sabeus, homens de grande estatura, passarão ao teu poder e serão teus; seguir-te-ão, irão em grilhões, diante de ti se prostrarão e te farão as suas súplicas” (Is 45:14). Para mentes que pensavam assim era

    inconcebível que a graça e a glória de Deus fossem para os gentios. Os gregos desprezavam os bárbaros de outras nações — e para eles todas as outras nações eram bárbaras. Como disse Celso quando estava atacando

    os cristãos: "Os bárbaros podem ter algum dom para descobrir a verdade, mas esta para ser entendida supõe um grego". Este desprezo racial e nacional não acabou com o mundo antigo.

    Na obra Complaynt of Scotland do século XVI se escrevia: "Nossa

    nação reputa por bárbaros às outras nações, quando sua natureza e sua compleição contrastam com os nossos."

    Até o dia de hoje os chineses se referem depreciativamente a todos

    os estrangeiros como bárbaros. No Mercantile Marine Magazine de 1858 se dá uma recomendação a efeitos de que o termo bárbaro não seja aplicado aos britânicos nos documentos oficiais chineses (estes dois exemplos foram tirados do The Stranger at the Gate por T. J. Haarhoff). Mas no mundo antigo as barreiras eram absolutas. Ninguém sonhava que

    a graça e os privilégios e o amor de Deus fossem para todos. Paulo foi aquele que fez este descobrimento. Daí que Paulo tenha tão tremenda importância porque sem ele é perfeitamente concebível que o cristianismo não se teria estendido a todo mundo e que nós mesmos não fôssemos cristãos.

    A CONSCIÊNCIA QUE PAULO TINHA DE SI MESMO

    Efésios 3:1-7 (continuação)

    Quando Paulo refletia neste segredo de Deus que lhe tinha sido revelado, pensava também em si mesmo.

    1. Considerava-se como o destinatário de uma nova revelação. Advirtamos que Paulo jamais se estimou como o descobridor do amor universal de Deus, mas sim como aquele a quem Deus o tinha revelado. Há um sentido em que a verdade e a beleza são sempre dons de Deus.

    Não são tanto descobrimentos do homem como dons de Deus.

    Conta-se que uma vez Sir Arthur Sullivan se achava presente na representação de sua ópera H. M. S. Pinatore, quando se cantou o

    formoso dueto "Ah, não me deixe desfalecer sozinho!", Sullivan se dirigiu a um amigo sentado a seu lado para lhe dizer: "Realmente, eu escrevi isso?"

    Um dos maiores exemplos de poesia em que as palavras se fazem música é Kubla Khan de Coleridge. Coleridge tinha dormido lendo um livro em que dizia: "Aqui Kubla Khan ordenou a construção de uma

    mansão e de um magnífico jardim na mesma". Sonhou o poema e quando despertou não teve mais que escrevê-lo.

    Quando um cientista faz um grande descobrimento, o que acontece

    várias vezes é que pensa com insistência, faz um experimento após outro, até chegar a um beco sem saída. O pensamento e o engenho humanos não podem dar um passo mais. Mas de repente se ilumina a solução do problema, não pensada, mas sim recebida de Deus.

    Paulo nunca teria pretendido ser o primeiro em descobrir a universalidade do amor de Deus; haveria dito, antes, que Deus lhe havia revelado um segredo até então não revelado a ninguém.

    1. Considerava-se a si mesmo como o transmissor da graça. Quando Paulo se reuniu com os dirigentes da Igreja para falar sobre sua

    missão entre os gentios falou do evangelho da incircuncisão que lhe tinha sido confiado; também falou de "a graça que me tinha sido dada" (Gl 2:7,Gl 2:9). Quando escreve aos romanos fala de "a graça que de

    Deus me é dada" (Rm 15:15). Paulo via sua função como a de ser um canal condutor da graça de Deus aos homens. Era o conduto pelo qual a graça de Deus tinha que chegar aos homens. Uma das grandes

    verdades da vida cristã é que recebemos os dons preciosos do cristianismo com a finalidade de compartilhá-los com outros. É também um dos grandes riscos da vida cristã conservar estes dons para nós

    porque então os perdemos. Somente podemos conservá-los quando os transmitimos.

    1. Considerava-se possuidor da dignidade do serviço. Diz que foi

    constituído ministro (servo) pelo livre dom da graça de Deus. Para Paulo sua maior glória foi a tarefa confiada por Deus. Não considerou seu serviço como um dever fatigante, mas sim como um privilégio extraordinário e glorioso. Freqüentemente é muito difícil persuadir as pessoas a que sirvam na 1greja: ensinar para Deus, cantar para Deus, administrar os assuntos de uma congregação para Deus, falar por Deus e visitar por Deus os que estão na pobreza e na angústia, dar nosso tempo, forças e bens por Deus, não são deveres que deveríamos ser forçados a cumprir, mas sim privilégios que deveríamos considerar como um dom da graça de Deus.

    1. Paulo se considera como aquele que sofria por Cristo. Não esperava que o caminho do serviço fosse fácil nem que o caminho da fidelidade estivesse livre de dificuldades. Unamuno, o grande místico espanhol, acostumava dizer: "Que Deus lhes negue a paz e lhes dê a glória". F. R. Maltby costumava dizer que Jesus tinha prometido a seus

    discípulos três coisas: que "seriam absurdamente felizes, denodadamente intrépidos e estariam constantemente em dificuldades". Quando os cavaleiros dos dias da cavalaria chegavam à corte do rei Artur à sociedade da Mesa Redonda, pediam perigos que enfrentar e dragões que submeter. Sofrer por Cristo não é uma tristeza, mas sim uma glória, porque significa participar dos sofrimentos do próprio Cristo e é uma oportunidade para demonstrar a realidade de nossa fidelidade a Ele.

    O PRIVILÉGIO QUE TORNA O HOMEM HUMILDE

    Efésios 3:8-13

    Paulo considerava-se objeto de um duplo privilegio. Tinha-lhe sido dado o privilégio de descobrir o segredo de que a vontade divina era que todos os homens deveriam ser reunidos no segredo de sua graça e amor. E lhe tinha sido dado o privilégio de manifestar este segredo à Igreja e de

    ser o instrumento pelo qual a graça de Deus chegasse aos gentios. Mas Paulo não se orgulhava com a consciência deste privilégio; ao contrário, sentia-se levado a uma profunda humildade. Estava admirado de ser o

    destinatário desse grande privilégio; aquele que perante seus próprios olhos era menos que o mais pequeno dos filhos de Deus. Se alguma vez desfrutarmos do privilégio de pregar ou ensinar a mensagem do amor de

    Deus ou de fazer algo na 1greja por Jesus Cristo, lembremos sempre que nossa grandeza reside, não em nós mesmos, mas em nossa tarefa e nossa mensagem.

    Toscanini foi um dos maiores diretores de orquestra e intérpretes musicais do mundo. Em certa ocasião, enquanto preparava uma das sinfonias do Beethoven, disse a sua orquestra: "Cavalheiros, eu não sou

    nada; vocês não são nada; Beethoven o é tudo." Sabia muito bem que seu dever não era chamar a atenção sobre si mesmo ou sobre a orquestra: eles deviam desaparecer para dar lugar ao Beethoven.

    Leslie Weatherhead narra uma conversação mantida com um aluno

    da escola pública que havia decidido ingressar no ministério da Igreja.

    Perguntou-lhe quando tinha adotado essa decisão. O moço respondeu que depois de um culto na capela da escola. Leslie Weatherhead perguntou com toda naturalidade quem tinha sido o pregador. O moço repôs que não tinha idéia alguma sobre o mesmo; só sabia que Jesus Cristo lhe tinha falado nessa manhã. Essa foi uma verdadeira pregação, pois aquele que serve a Cristo nunca pode pensar em constituir-se no centro dos olhares ou em glorificar-se: deve fazer com que os olhares se dirijam a Cristo. É trágico que nas Igrejas haja tantos ministros mais interessados na própria honra e prestígio que na honra e o prestígio de Jesus Cristo; em aparecer eles perante outros que em que apareça Cristo.

    O PLANO E A SABEDORIA DE DEUS

    Efésios 3:8-13 (continuação)

    Ainda devemos notar algumas outras coisas nesta passagem.

    1. Paulo nos lembra que a reunião de todos os homens de todas as nações é parte do propósito e desígnio eternos de Deus. Isto é algo que se deve ter bem em mente. Algumas vezes a história do cristianismo se apresenta de tal maneira como se o Evangelho tivesse passado aos gentios só porque os judeus não o receberam. Mas aqui Paulo nos lembra que a salvação dos gentios, nossa própria salvação, não é uma ocorrência tardia de Deus; não é algo que Deus aceitou como um bem secundário porque os judeus rechaçaram sua mensagem e convite. O atrair a todos os homens a seu amor era parte do desígnio eterno de Deus.
    2. Paulo usa aqui uma palavra importante para descrever a graça de Deus. Chama-a polypoikilos, quer dizer, multicolor. A idéia é que a graça de Deus está à altura de qualquer situação que nos brinde a vida. Não há luz ou trevas, brilho de Sol ou sombra, para os quais esta graça de Deus não seja triunfalmente adaptada.
    3. Novamente Paulo volta a um de seus pensamentos favoritos. Em Jesus temos livre acesso a Deus. Às vezes ocorre que algum amigo nosso

    está em relação com certa personalidade de muita categoria. Jamais

    teríamos tido por nós mesmos o direito de nos apresentar perante tal personalidade. Mas nosso amigo nos leva consigo e por estar com ele desfrutamos do direito de entrada. Isto é o que Jesus faz por nós com respeito a Deus. Em sua presença e companhia há uma porta aberta à presença de Deus que ninguém pode fechar.

    1. Paulo termina com uma oração para que seus amigos não se desanimem por seu encarceramento. Talvez pensassem que a pregação do Evangelho entre os gentios poderia ficar em grande maneira impedida

    pela prisão do paladino dos gentios. Pode ser que se sentissem atemorizados em face da possibilidade de que um destino semelhante caísse sobre eles. Paulo lhes lembra que as aflições que agüenta são pela

    glória e o bem deles mesmos. Não devem temer que a causa de Deus se prejudique por sua prisão. A causa de Deus é superior a qualquer homem.

    O DEUS QUE É PAI

    Efésios 3:14-17

    Justamente aqui Paulo retoma a frase que tinha começado no primeiro versículo para logo desviar-se e deixá-la inconclusa. Por esta causa, começa Paulo. Qual é a causa de que fala e a que ele ora? Aqui

    estamos outra vez na idéia fundamental da Carta. Paulo pintou seu grande quadro da Igreja. O mundo se apresenta como um caos em desintegração; por toda parte há divisão e separação: entre as nações,

    entre os homens, dentro do próprio homem. É o desígnio de Deus que todos os elementos beligerantes e discordantes sejam atos um em Jesus Cristo. Jesus é o instrumento de Deus por meio do qual os homens têm

    que ser feitos um. Mas isto não pode dar-se a não ser que a Igreja leve a mensagem de Cristo e do amor de Deus a todos os homens. A Igreja tem que ser o complemento de Cristo, o corpo através do qual o Espírito de Cristo aja e opere. Paulo ora por esta causa. Se a Igreja tiver que ser

    jamais assim, seus membros deverão constituir uma classe muito

    particular. Para isso é que Paulo ora. Ora porque os membros da Igreja sejam tais que toda a Igreja se constitua efetivamente no corpo e no complemento de Cristo.

    Advirtamos a expressão usada por Paulo para sua atitude de oração: “Me ponho de joelhos”, diz, “diante do Pai”. Isto significa mais que

    ajoelhar-se; Paulo se prostra perante Deus. A postura comum dos judeus quando oravam era estar de pé com as mãos estendidas e as palmas para cima; mas a oração de Paulo pela Igreja é tão intensa que se prostra

    diante de Deus numa súplica extrema e angustiosa.

    A oração de Paulo dirige-se a Deus Pai. É interessante advertir as diferentes afirmações de Paulo sobre Deus como Pai, pois delas

    obteremos uma idéia mais clara do que Paulo pensava sobre a paternidade divina.

    1. Deus é o Pai de Jesus (Ef 1:2-3; Ef 1:17; Ef 6:23). Não é exato dizer que

    Jesus foi o primeiro em chamar a Deus Pai. Os gregos chamavam o Zeus pai dos deuses e dos homens; os romanos chamavam seu deus principal Júpiter, que significa Deus pater: Deus o Pai. Mas há duas palavras relacionadas estreitamente entre si e que têm certa similitude, mas diferem enormemente em seu significado. A palavra paternidade pode ter um significado puramente físico. Pode aplicar-se até ao caso de que o pai jamais tenha visto o filho. Um filho pode nascer — talvez em forma ilegítima — e pode ser adotado imediatamente por alguém que não é seu pai. E ainda que o pai não tenha visto seu filho, continua sendo responsável por sua paternidade, já que é responsável por sua criação física.

    Por outro lado a palavra paternidade tem outro significado. Pode descrever a mais estreita relação de amor, comunhão e preocupação.

    Quando antes de Cristo os homens aplicavam a Deus o termo "pai" entendiam o primeiro sentido: os deuses eram os responsáveis pela criação do homem. Referiam-se, antes, ao que nós entendemos por

    primeira causa ou força vital. No conceito não havia nada do amor e da intimidade que Jesus conferiu. Mas o central da concepção cristã de

    Deus é que Deus é como Jesus; que Deus é tão bom, benigno e misericordioso como Jesus. Para Paulo, Deus não era simplesmente Deus, o que poderia significar tudo ou nada: Deus é o Pai de Jesus Cristo. Paulo sempre pensou em Deus como semelhante a Jesus.

    1. Deus é o Pai a quem temos acesso (Ef 2:18; Ef 3:12). A essência de todo o Antigo Testamento é que Deus era o Ser inacessível. Quando Manoá, que ia ser pai de Sansão, compreendeu quem o tinha visitado disse: “Certamente, morreremos, porque vimos a Deus” (Jz 13:22). No culto judeu do templo, o lugar Santíssimo era considerado como o lugar da habitação de Deus a que somente o Sumo sacerdote podia entrar uma vez ao ano, no Dia da Expiação. O caminho a Deus estava fechado. Mas o próprio centro da fé cristã é o acesso a Deus.

    H. L. Gee nos narra numa história de guerra que o pai de um menino pequeno tinha sido promovido ao posto de brigadeiro. Quando o

    menino se inteirou da novidade fez um momento de silêncio e logo disse: "Pensam que ainda me atenderá quando eu o chame papai?" A essência da fé cristã consiste no acesso ilimitado que temos à presença

    de Deus.

    1. Deus é o Pai de glória, o Pai glorioso (Ef 3:14). Aqui se encontra o necessário outro lado da moeda. Se falamos apenas do acesso a Deus e

    insistimos simplesmente em que Deus em seu amor é como Jesus — bondade e misericórdia — seria fácil sentimentalizar o amor de Deus; e isto é justamente o que muitos fazem. Consciente ou inconscientemente têm esta atitude: "Deus é Pai; não deve me preocupar; tudo sairá bem."

    Mas a fé cristã se alegra na maravilha do acesso a Deus, sem esquecer sua santidade e glória. Não temos acesso a um Pai bonachão e sentimental, mas sim ao próprio Deus da glória. Deus acolhe ao pecador

    mas não ao que se aproveita de seu amor para permanecer no pecado. Deus é santo e também devem ser santos os que buscam sua amizade. Nosso direito de acesso a Deus não nos dá o direito de ser e fazer o que

    nos dê vontade. Sobre nós pesa a obrigação de tratar de nos tornar dignos de tal privilégio.

    1. Deus é o Pai de todos (Ef 6:4). Nenhum homem, nenhuma Igreja e nenhuma nação têm a possessão exclusiva de Deus. Este era precisamente o engano que cometiam os judeus. A paternidade de Deus se estende a todos os homens e, em conseqüência, todo desprezo humano, todo orgulho humano e todo exclusivismo religioso necessariamente são errôneos. O próprio fato da paternidade divina exige que devamos nos amar e nos respeitar uns aos outros.
    2. Deus é o Pai a quem se deve render ação de graças (Ef 6:20). A paternidade de Deus leva implícita a dívida do homem. É absolutamente

    errôneo pensar que Deus nos ajuda só nos momentos importantes e cruciais da vida. Nossa vergonha é que recebemos os dons de Deus com

    tanta regularidade e segurança, e esquecemos que se trata de dons. O cristão jamais esquece as dívidas que tem com Deus: não só lhe deve a salvação da alma, mas também a vida, o alento e tudo.

    1. Deus é o modelo de toda paternidade verdadeira. Paulo diz que Deus é Pai com uma paternidade que todas as paternidades dos céus e da Terra copiam. Isto faz com que a responsabilidade de todos os pais

    humanos seja tremenda.

    G. K. Chesterton só tinha uma lembrança vaga de seu pai, mas era o mais precioso que lembrava. Conta-nos que em sua infância possuía um

    jogo de teatro em que todos os personagens estavam recortados em cartão. Um deles era um homem com uma chave de ouro. Jamais podia lembrar para que este homem estava com a chave de ouro entre os personagens do teatro; mas em seu interior o relacionava sempre com

    seu pai. Seu pai era para ele o homem com uma chave de ouro para lhe abrir todo tipo de maravilhas e emoções.

    Jamais deveríamos esquecer que ensinamos a nossos filhos a

    chamar a Deus Pai. Mas a única concepção de pai que eles podem ter é a que lhes damos em nossa própria pessoa. A paternidade humana deveria ser forjada e modelada segundo o modelo da paternidade de Deus. É a tremenda responsabilidade do pai humano ser tão bom pai como Deus.

    O FORTALECIMENTO EM CRISTO

    Efésios 3:14-17 (continuação)

    Paulo pede em sua oração que os seus sejam fortalecidos no homem interior. O que entende Paulo por isto? Homem interior é uma expressão

    bastante conhecida e usada pelos gregos. Por homem interior se entendiam três coisas.

    1. A razão do homem. A oração de Paulo pede que Jesus Cristo

    fortaleça a razão de seus amigos; que estejam menos à mercê de suas paixões, instintos e desejos; que Cristo lhes conceda a sabedoria que mantenha pura e segura a vida.

    1. A consciência. Paulo roga que a consciência de seus fiéis seja cada vez mais sensível. É possível chegar a descuidar a consciência durante tanto tempo e com tanta freqüência que no final se embote e endureça. Paulo ora por que Jesus mantenha sensível e desperta nossa

    consciência.

    1. A vontade. A fraqueza fundamental de nossas vidas é que com freqüência conhecemos o bem e temos a intenção de realizá-lo, mas

    nossa vontade não é suficientemente forte para respaldar este conhecimento e levar a cabo nossas intenções.

    O homem interior é a razão, a consciência, a vontade. E, o que

    entende Paulo quando ora por que o homem interior seja fortificado? O fortalecimento do homem interior ocorre quando Cristo faz dele sua residência permanente. A palavra que Paulo usa para o habitar de Cristo em nossos corações é a palavra grega katoiken que se aplica a uma residência permanente, em oposição a temporal.

    O segredo da fortaleza é a presença de Cristo em nossas vidas. E Cristo vem à vida do homem mas jamais se introduz nela pela força. Só

    vem quando lhe pedimos que venha. Cristo espera nosso convite para nos comunicar sua fortaleza.

    O AMOR INFINITO DE CRISTO

    Efésios 3:18-21

    Paulo ora por que o cristão chegue a compreender o significado do amor de Cristo em sua largura, profundidade, comprimento e altura. É

    como se nos convidasse a contemplar o universo: o céu infinito acima de nossas cabeças, os horizontes ilimitados a nosso redor, a profundidade da terra e do oceano debaixo de nós e dissesse: "O amor de Cristo é tão

    grande quanto tudo isto."

    Não é provável que Paulo tivesse em mente outro pensamento concreto a não ser a simples imensidão do amor de Cristo. Mas muitos

    tomaram esta imagem e lhe atribuem significados, alguns de grande beleza. Um antigo comentarista vê o símbolo deste amor na cruz. O braço superior da cruz aponta para cima, o braço inferior para baixo, os braços que se entrecruzam assinalam a vastidão do horizonte e convidam

    a olhar mais além de seus limites.

    Jerônimo dizia que o amor de Cristo alcança as alturas para incluir os santos anjos; as profundidades para incluir até os espíritos maus e os

    demônios do inferno; seu comprimento cobre os homens que se esforçam numa marcha na subida, e em sua largura abrange os homens que correm à deriva apartando-se de Cristo por maus caminhos. Se

    queremos apurar esta expressão, diríamos que o amor de Cristo inclui em sua largura a todos os homens de todo tipo, idade e continente; no comprimento que alcança ao obediente até a morte e aceitou ainda a

    cruz; em sua profundidade desceu até a experiência da morte; em sua altura nos ama até nos céus onde vive para sempre intercedendo por nós (He 7:25). Não há ninguém que esteja excluído do amor de Cristo;

    não há nenhum lugar que se coloque fora da riqueza de Cristo; não há experiência que o amor de Cristo rechace a fim de ganhar alguém. É um amor que ultrapassa o conhecimento; um amor que, uma vez aceito, enche o homem com nada menos que a vida do próprio Deus.

    Paulo agora volta novamente ao pensamento dominante que atravessa toda a epístola. Onde se experimenta este amor? Como chegamos a nos agarrar a ele; a encontrá-lo, e entrar nele? Encontramo— lo e experimentamos com todo o povo consagrado a Deus. Em outras palavras, encontramo-lo na comunidade da Igreja. Tem muita verdade a afirmação de João Wesley: "Deus não tem nada que ver com uma religião solitária." "Ninguém vai sozinho ao céu", dizia. A Igreja pode ter suas falhas; os membros da Igreja podem estar muito longe de ser o que deveriam ser, mas na comunidade da Igreja encontramos o amor de Deus.

    Assim, pois, Paulo termina com uma doxologia e um cântico de louvor. Deus pode fazer por nós mais do que pensamos e sonhamos; e o

    faz na 1greja e em Cristo.

    Antes de abandonar este capítulo pensemos mais uma vez na maravilhosa descrição que Paulo faz da Igreja. Este mundo não é o que

    deveria ser; é um mundo esmigalhado por separações, por forças em oposição, pela acritude, o ódio e a luta; nação contra nação; homem

    contra homem; classe contra classe. Dentro do próprio eu do homem se trava uma luta entre o bem e o mal. O desígnio de Deus é que todos os homens e todas as nações cheguem a ser um em Cristo. Para que esse dia

    se faça realidade, Cristo necessita que a Igreja saia e fale com os homens de seu amor e sua misericórdia. A Igreja é o complemento de Cristo, seu corpo, suas mãos, seus pés e sua voz para levar a cabo a obra de Cristo. E não pode fazê-lo até que seus membros unidos numa comunhão,

    conheçam e experimentem o amor sem limites de Cristo. Ninguém pode ensinar a outro o que não sabe ou lhe brindar o que não possui. E antes que possamos levar a outros o amor de Cristo devemos encontrar este

    amor dentro de sua Igreja.


    Dicionário

    Causa

    substantivo feminino Aquilo que faz com que uma coisa seja, exista ou aconteça.
    O que é princípio, razão ou origem de alguma coisa; motivo.
    O que pode acontecer; fato ou acontecimento.
    [Jurídico] O motivo pelo qual alguém se propõe a contratar: causa lícita, ilícita.
    [Jurídico] Razão que leva alguém dar início a um processo judicial; esse processo; ação, demanda: causa cível.
    Interesse coletivo a partir do qual um grupo se rege; partido: a causa do povo.
    Etimologia (origem da palavra causa). Do latim causa; caussa.ae.

    motivo, razão, móvel, pretexto. – Todas estas palavras designam aquilo que se tem como determinante das nossas ações; mas não poderiam ser aplicadas indistintamente, mesmo aquelas que parecem mais semelhantes. – Causa é o que produz uma ação; em certos casos, é o fato em virtude Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 259 do qual se dá um outro fato. F. deixou de vir devido ao mau tempo (o mau tempo foi causa da ausência). A causa da intervenção da força pública foi o tumulto que ali se levantou. – Motivo e móvel são os nomes que damos ao fato, à consideração, ao intento, etc., que nos leva a fazer alguma coisa ou a agir de certo modo em dadas circunstâncias. – Motivo é simplesmente o que opera em nós excitando-nos, impelindo a nossa vontade de praticar uma ação, ou de conduzir-nos deste ou daquele modo em dadas circunstâncias. – Móvel é “um motivo mais ponderoso, que opera tanto sobre o espírito como sobre o coração”. – Razão é “o motivo que se invoca para justificar algum ato, o móvel que se dá como causa da ação”. – Pretexto é “uma razão falsa ou fictícia que se dá para não dar a verdadeira”.

    A Causa é a mola oculta que aciona a vida universal.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15


    Cristo

    substantivo masculino Designação somente atribuída a Jesus que significa ungido, consagrado; deve-se usar com as iniciais maiúsculas.
    Por Extensão A representação de Jesus Cristo na cruz, crucificado.
    Uso Informal. Quem sofre muitas injustiças ou maus-tratos.
    Antes de Cristo. a.C. Designação do que ocorreu antes da era cristã.
    Depois de Cristo. d.C. Designação do que ocorreu após a era cristã.
    Ser o cristo. Uso Popular. Sofrer com os erros de outra pessoa: sempre fui o cristo lá de casa!
    Etimologia (origem da palavra cristo). Do grego khristós.é.on.

    Ungido , (hebraico) – Messias.

    (Veja o artigo principal em Jesus e Senhor). O nome “Cristo”, quando se refere a Jesus, é usado numerosas vezes no NT. O vocábulo combinado “Jesus Cristo” ocorre apenas cinco vezes nos evangelhos, mas, no restante do NT, torna-se a designação principal usada para o Filho de Deus (127 vezes). Em algumas passagens bíblicas, o termo “Cristo” indica que se tornou pouco mais do que um sobrenome para Jesus. Supor, entretanto, que este nome nunca signifique mais do que isso é perder a maior parte da mensagem do NT sobre o Filho de Deus.


    [...] o Mestre, o Modelo, o Redentor.
    Referencia: KARDEC, Allan• A prece: conforme o Evangelho segundo o Espiritismo• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O Cristo [...] é o Redentor do mundo, mas não o único Messias de cujas obras há sido testemunha a Terra. Uma multidão de Espíritos superiores, encarnados entre nós, havia ele de ter por auxiliares na sua missão libertadora. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 24a efusão

    Cristo, pedra angular da civilização do porvir. [...]
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] arquétipo do Amor Divino [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    [...] modelo, paradigma de salvação.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] médium de Deus [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 8

    Cristo é o mensageiro da Eterna Beleza, gravando, ainda e sempre, poemas de alegria e paz, consolação e esperança nas páginas vivas do coração humano.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani

    Para nós, calcetas deste mundo, Cristo é a luz Espiritual que nos desvenda a glória da vida superior e nos revela a Paternidade Divina. Em razão disso Ele foi e é a luz dos homens, que resplandece nas trevas da nossa ignorância, para que nos tornemos dignos filhos do Altíssimo.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - A criação da Terra

    O Cristo é o candeeiro de ouro puríssimo e perfeito, e esse ouro foi estendido a martelo na cruz, que se tornou o símbolo da nossa redenção. Sua luz é a vida, a alegria e a graça que nos inundam as almas. Façamos do nosso coração um tabernáculo e essa luz brilhará nele eternamente.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] Cristo é o leme nas tempestades emocionais, o ponto de segurança em toda crise da alma.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Ao encontro da paz

    [...] Cristo Jesus é e será o alfa e o ômega deste orbe que hospeda a família humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alfa e ômega

    Cristo é o Sol Espiritual dos nossos destinos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

    O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 172

    [...] Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. [...] [...] O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

    [...] O Cristo é o amor vivo e permanente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 6

    [...] O Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9

    [...] Divino Amigo de cada instante, através de seus imperecíveis ensinamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    O Cristo é o nosso Guia Divino para a conquista santificante do Mais Além...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Definindo rumos


    Cristo V. JESUS CRISTO e MESSIAS.

    Cristo Literalmente, ungido. Palavra grega equivalente ao hebraico messias. Aparece 531 vezes no Novo Testamento, das quais 16 estão em Mateus, 7 em Marcos, 12 em Lucas e 19 em João.

    Os discípulos de Jesus reconheceram-no como tal (Mc 8:27ss.) e o mesmo aconteceu com muitos de seus contemporâneos judeus. A razão de tal comportamento provém, primeiramente, da autoconsciência de messianidade de Jesus e de tê-la transmitido às pessoas que o rodeavam.

    As fontes ressaltam igualmente que tanto as palavras de Jesus como suas ações denotam que ele tinha essa pretensão: reinterpretar a Lei (Mt 5:22.28.32.34 etc.); designar seus seguidores como os do Cristo (Mt 10:42); distinguir-se como o verdadeiro Cristo entre os falsos (Mc 13:6; Mt 24:5); aplicar a si mesmo títulos messiânicos (Mc 10:45 etc.); a insistência no cumprimento das profecias messiânicas (Lc 4:16-30; Mt 11:2-6 etc.); a entrada triunfal em Jerusalém; virar as mesas no Templo; a inauguração da Nova Aliança na Última Ceia etc.

    Não é estranho, por isso, ser executado pelos romanos por essa acusação. Deve-se ainda ressaltar que sua visão messiânica não era violenta, mas se identificava com a do Servo sofredor de Isaías 53, razão pela qual refutou outras interpretações da missão do messias (Jo 6:15), que os discípulos mais próximos apresentavam (Mt 16:21-28; Lc 22:23-30).

    O termo ficou associado de forma tão estreita ao nome de Jesus, que é usado como uma espécie de nome pessoal e daí procede o popular termo Jesus Cristo.

    J. Klausner, o. c.; D. Flusser, o. c.; O. Cullmann, Christology of the New Testament, Londres 1975; R. P. Casey, “The Earliest Christologies” no Journal of Theological Studies, 9, 1958; K. Rahner e W. Thüsing, Cristología, Madri 1975; César Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; m. Gourgues, Jesús ante su pasión y muerte, Estella 61995; E. “Cahiers Evangile”, Jesús, Estella 41993.


    Gentios

    Gentios Termo com o qual os judeus se referiam aos “goyim”, isto é, aos não-judeus. Tanto o ministério de Jesus como a missão dos apóstolos excluíam, inicialmente, a pregação do Evangelho aos gentios (Mt 10:5-6). Mesmo assim, os evangelhos narram alguns casos em que Jesus atendeu às súplicas de gentios (Mt 8:28-34; 14,34-36; 15,21-28) e, em uma das ocasiões, proclamou publicamente que a fé de um gentio era superior à que encontrara em Israel (Mt 8:5-13).

    É inegável que Jesus — possivelmente por considerar-se o servo de YHVH — contemplou a entrada dos gentios no Reino (Mt 8:10-12). E, evidentemente, a Grande Missão é dirigida às pessoas de todas as nações (Mt 28:19-20; Mc 16:15-16).

    m. Gourgues, El Evangelio a los paganos, Estella 21992; J. Jeremias, La promesa de Jesús a los paganos, Madri 1974; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    [...] Gentios eram todos os que não professavam a fé dos judeus.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Os gentios, de quem aqui se fala como tendo vindo para adorar o dia da festa, eram estrangeiros recém-convertidos ao Judaísmo. Chamavam-lhes gentios por serem ainda tidos como infiéis, idólatras. Mesmo passados séculos, os convertidos eram considerados abaixo dos legítimos filhos de Israel, que não percebiam haver mais mérito em fazer a escolha do bem, do que em adotá-lo inconscientemente.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4


    Este conceito aparece freqüentemente na Bíblia. No AT, é muitas vezes traduzido como “gentio” e significa simplesmente “pagão”, “povo” ou “nação”. Também é a maneira de referir-se a todos os que não são israelitas e, assim, torna-se um termo que designa “os de fora”. No AT, as relações com os gentios às vezes eram hostis (de acordo com os residentes em Canaã: Ex 34:10-16; Js 4:24), ou amigáveis (como na história de Rute). Para Israel, era proibido qualquer envolvimento com a religião dos gentios e, quando isso ocorria, acarretava castigo e repreensão. Os profetas faziam paralelos com esse quadro. Às vezes, prediziam juízo severo sobre as nações, por causa da idolatria (Is 17:12-14; Is 34:1-14), enquanto anunciavam também a esperança de que um dia as nações participariam da adoração ao Senhor (Is 2:1-4). Até mesmo predisseram a futura honra da Galiléia dos gentios (Is 9:1), um texto que Mateus 4:15 cita com referência ao ministério de Jesus.

    No NT, o conceito também tem uma ampla utilização. Em muitos casos, o termo traduzido como “gentio” pode também ser compreendido como “nação”. Em geral, este vocábulo refere-se aos não israelitas, da mesma maneira que no A.T. Às vezes refere-se a uma região que não faz parte de Israel (Mt 4:15). Freqüentemente é usado como um termo de contraste étnico e cultural. Se os gentios fazem algo, é uma maneira de dizer que o mundo realiza aquilo também (Mt 5:47; Mt 6:7-32; Lc 12:30). Muitas vezes, quando este vocábulo é usado dessa maneira, é como exemplo negativo ou uma observação de que tal comportamento não é comum nem recomendável. O termo pode ter também a força de designar alguém que não faz parte da Igreja (Mt 18:17). Às vezes descreve os que ajudaram na execução de Jesus ou opuseram-se ao seu ministério (Mt 20:19; Lc 18:32; At 4:25-27). Às vezes também os gentios se uniram aos judeus em oposição à Igreja (At 14:5).

    Além disso, como um termo de contraste, é usado de maneira positiva, para mostrar a abrangência do Evangelho, que claramente inclui todas as nações (Mt 28:19; At 10:35-45). Paulo foi um apóstolo chamado especificamente para incluir os gentios em seu ministério (At 13:46-48; At 18:6; At 22:21; At 26:23; At 28:28; Rm 1:5-13; Rm 11:13; Gl 1:16-1Tm 2:7; Tm 4:17). Cristo, como o Messias, é chamado para governar as nações e ministrar a elas (Rm 15:11-12). Assim, os gentios têm acesso à presença de Jesus entre eles (Cl 1:27) e igualmente são herdeiros da provisão de Deus para a salvação (Ef 3:6). Assim, não são mais estrangeiros, mas iguais em Cristo (Ef 2:11-22). Como tais, os gentios ilustram a reconciliação que Jesus traz à criação. Dessa maneira, a promessa que o Senhor fez a Abraão, de que ele seria pai de muitas nações, é cumprida (Rm 4:18). Assim Deus é tanto o Senhor dos judeus como dos gentios (Rm 3:29). Na verdade, a inclusão dos povos torna-se o meio pelo qual Deus fará com que Israel fique com ciúmes e seja trazido de volta à bênção (Rm 11:11-32).

    Cornélio é uma figura que ilustra o relacionamento dos gentios com Deus (At 10:11). Esse centurião é apresentado como a pessoa escolhida para revelar a verdade de que o Senhor agora alcança pessoas de todas as nações e que as barreiras étnicas foram derrubadas, por meio de Jesus. Assim, a quebra dos obstáculos culturais é a ação à qual Lucas constantemente se refere em Atos, ou seja, a maneira como a Igreja trata da incorporação dos judeus e gentios na nova comunidade que Cristo tinha formado (At 15:7-12). Ao trazer a salvação aos gentios, Deus levou sua mensagem até os confins da Terra (At 13:47). D.B.


    Emprega-se esta palavra para significar aqueles povos que não eram da família hebraica (Lv 25:44 – 1 Cr 16.24, etc.). E usa-se o mesmo termo para descrever os incrédulos, como em Jr 10:25. Dum modo geral os gentios eram todos aqueles que não aceitavam que Deus se tivesse revelado aos judeus, permanecendo eles então na idolatria. Tinha sido divinamente anunciado que na descendência de Abraão seriam abençoadas todas as nações – que as gentes se uniriam ao Salvador, e ficariam sendo o povo de Deus (Gn 22:18 – 49.10 – Sl 2:8 – 72 – is 42:6 – 60). Quando veio Jesus Cristo, a sua resposta aos gregos implicava que grandes multidões de gentios haviam de entrar na igreja (Jo 12:20-24). Tanto na antiga, como na nova dispensação, não podia o povo de Deus aliar-se pelo casamento com os gentios. E nos seus primitivos tempos os judeus constituíam essencialmente uma nação separada das outras (Lv 20:23), e eram obrigados a conservar, para não se confundirem com os outros povos, o seu caráter moral, político e religioso, sob pena de duras sentenças (Lv 26:14-38 – Dt 28). Era mesmo proibido unirem-se pelo casamento com a parte remanescente das gentes conquistadas, e que tinham ficado na Palestina (Js 23:7), para que não fossem castigados como o tinham sido os seus antecessores (Lv 18:24-25). Um amonita ou moabita era excluído da congregação do Senhor, sendo essa medida tomada até à décima geração (Dt 23:3), embora um idumeu ou egípcio tenha sido admitido na terceira. A tendência que se notava nos israelitas para caírem na idolatria mostra a necessidade que havia da severidade empregada.

    substantivo masculino plural Quem não é judeu nem professa o judaísmo.
    Religião Quem não professa o cristianismo, a religião cristã; pagão, idólatra.
    Pessoa incivilizada; selvagem: os gentios vivem isolados da sociedade.
    adjetivo Que não é cristão; próprio dos pagãos: rituais gentios.
    Que não é civilizado; selvagem: comportamentos gentios.
    Etimologia (origem da palavra gentios). Plural de gentio, do latim genitivu "nativo".

    Jesus

    interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
    Ver também: Jesus.
    Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

    Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

    Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

    [...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

    [...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

    [...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

    [...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

    Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
    Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

    Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

    Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

    Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

    Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

    [...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

    Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
    Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

    [...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    [...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

    Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

    [...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

    Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

    [...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    J [...] é o guia divino: busque-o!
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

    [...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

    [...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

    [...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

    [...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

    [...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

    [...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

    Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

    [...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

    [...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

    Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
    Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

    Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

    [...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

    Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

    [...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

    Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

    [...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    [...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

    Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

    Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

    [...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

    J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    [...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

    Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

    Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

    Jesus é a história viva do homem.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

    [...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

    [...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

    [...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    [...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

    [...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    [Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

    [...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

    Jesus é também o amor que espera sempre [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

    J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    [...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    [...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] é a única porta de verdadeira libertação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

    [...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

    Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

    Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Jesus é o salário da elevação maior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

    [...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

    [...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

    [...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

    Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

    [...] é a verdade sublime e reveladora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

    Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

    [...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

    [...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


    Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

    O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

    Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

    Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

    Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

    O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

    Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

    Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

    Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

    Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

    Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

    No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

    O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

    Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

    2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

    Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

    Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

    3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

    Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

    À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

    R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


    Paulo

    Pequeno. Paulo é o nome romano de Saulo de Tarso, que pela primeira vez se lê em At (13.9), quando ele resistiu a Elimas, o feiticeiro, principiando nessa ocasião o seu trabalho gentílico na corte de Sérgio Paulo. Pode presumir-se que ele já era assim chamado nas suas relações com os gentios – mas depois deste incidente é sempre esse nome que o Apóstolo tem nos Atos e nas suas epístolas. o nascimento e família do futuro apóstolo habilitaram-no a chamar-se a si próprio ‘hebreu de hebreus’. Era de puro sangue judaico, da tribo de Benjamim (Rm 11:1Fp 3:5) – e nasceu em Tarso, na Cilícia (At 9:11 – 21.39 – 22.3), pelo ano 2 antes de Cristo, quando estava no seu auge o poder do imperador romano César Augusto. A sua educação foi caracteristicamente judaica. Quando rapaz, foi mandado para Jerusalém a fim de ser instruído por Gamaliel ‘segundo a exatidão da lei de nossos antepassados’, dizia ele (At 22:3). Tanto Gamaliel, como a própria família de Paulo, pertenciam à seita dos fariseus. Do seu mestre, pois, era natural que Paulo obtivesse um firme conhecimento da doutrina da ressurreição (At 23:6 – 26.5 – Fp 3:5). Com Gamaliel aprendeu ele, também, aquelas estreitas doutrinas do farisaísmo, ‘sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais’ (Gl 1:14). Além disto, sabia Paulo a arte de fazer tendas (At 20:34 – 1 Ts 2.9). Como Tarso era, naquele tempo, notável centro de instrução, quase tão célebre como Atenas ou Alexandria, foi ali, sem dúvida, que Paulo estudou os antigos poemas e a filosofia do tempo – e isso se deduz de algumas citações que ele faz (At 17:28 – 1 Co 15.35 – Tt 1:12). A erudição de Paulo era, desta forma, notável. Pela sua cultura estava ele em contato com o mundo grego – pelos seus privilégios de cidadão estava ele em contato político com o mundo romano – e pelo fato de que essa prerrogativa de cidadão romano era hereditária, tinha por conseqüência a sua família vantagens sociais. os seus parentes estavam muito espalhados, porque alguns deles viviam em Jerusalém (At 23:16), e outros, segundo uma certa interpretação, em Roma (Rm 16:11), os quais tinham aceitado o Cristianismo antes dele (Rm 16:7). Paulo é mencionado pela primeira vez nos At, na descrição que ali se faz do apedrejamento de Estêvão. Embora ele não apedrejasse, é certo que esteve guardando as vestes dos que estavam praticando o ato (At 7. 58 a 60 – 8.1). Foi um incidente que manifestamente deixou profunda impressão no seu espírito (At 22:20). Paulo entrou abertamente na obra da perseguição. E neste seu procedimento julgava ele que estava trabalhando para Deus, segundo as tradições de seus pais (At 22:3 – 26.9 – Gl 1:14). Pouco tempo depois Jerusalém já não era campo suficiente para o seu zelo, pois que os cristãos que ali viviam estavam, ou na prisão, ou escondidos, ou em fuga (At 9:1-2). Com probabilidade se pode dizer que Paulo foi eleito membro do Sinédrio, depois da morte de Estêvão, se ele já não o era. Como ele mesmo disse, não só exercia o poder de lançar na prisão, por missão daquele tribunal, mas também dava o seu voto quando matavam os cristãos (At 26:10). A morte de Estêvão trouxe em conseqüência a conversão de Paulo. Naquela sua missão de servir a Deus, como ele supunha, tomou o caminho de Damasco. Foi então, quando se dirigia para aquela cidade, que o perseguidor se transformou em discípulo de Jesus Cristo. o zelo que tinha mostrado contra o Cristianismo se mudou em apoio e auxílio aos perseguidos. o miraculoso acontecimento acha-se narrado por Lucas (At 9:1-19), e por Paulo nos seus discursos feitos ao povo de Jerusalém, depois da sua prisão (At 2L4 a
    16) – e mais tarde na presença de Agripa e de Festo em Cesaréia (At 26:10-18). o primeiro efeito do milagre foi o alívio que tiveram os cristãos de Damasco. Era bem conhecido o fim da sua ida àquela cidade – e o terror, que inspirava aquele fariseu, pode deduzir-se da relutância de Ananias em aproximar-se dele (At 9:13-14), e da incredulidade dos discípulos, quando Saulo lhes apareceu como correligionário nas sinagogas (At 9:21). A cegueira de Paulo e a sua inquietação, que Lucas nota nos Atos (9.18,19), foram uma preparação para a visita de Ananias e para nova revelação da vontade de Deus. Dignas de nota, também, são as palavras dirigidas a Ananias ‘pois ele está orando’ (At 9:11).Elas nos mostram o homem que tinha por hábito levantar o pensamento a Deus, nos atos da sua vida (At 16:25 – 20.36 – 21.5). As próprias palavras de Paulo nos fazem ver isso mesmo (Gl 1:16-17). A natureza da revelação do Senhor a Paulo é por ele explicada. É evidente que não se trata de uma mera impressão na sua alma durante qualquer arrebatamento. Ele sentiu a visível presença de Jesus Cristo. isto é sustentado em várias passagens, quer de uma forma positiva, quer incidentalmente. Na sua primeira epístola aos Coríntios, quando ele sustenta a validade do seu próprio apostolado, ele argumenta assim: ‘Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, nosso Senhor?’ 1Co 9:1). E quando ele aduz, para prova, a verdade da ressurreição, o seu argumento é: ‘E apareceu a Cefas… depois foi visto por Tiago … e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo’ 1Co 15:5-8). Significativas são também, as palavras de Ananias: ‘Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas’ (At 9:17 – cp.com At 22:14). o direto e imediato caráter da sua chamada, sem a intervenção de qualquer agência humana, é outro ponto sobre o qual o próprio Paulo insistia muito, no decurso da sua vida apostólica. ‘Chamado para ser apóstolo’, ‘apostolo pela vontade de Deus’ (Rm 1:11Co 1:12Co 1:1Ef 1:1 – Cl l.1), são expressões que não usam os outros apóstolos, e com as quais Paulo se descreve a si próprio, quando a sua autoridade estava em perigo de ser contestada. Paulo foi aliviado da cegueira, de que tinha sido ferido por motivo da visão, pela oração de Ananias (At 9:18) – e, com a abertura dos seus olhos, nasceu na sua alma uma completa submissão à vontade de Deus, e o desejo de ser ‘Sua testemunha diante de todos os homens’ (At 22:14-15). Foi batizado, e

    Introdução e antecedentes

    Judeu, fariseu, encontrado pela primeira vez no livro de Atos com seu nome hebraico — Saulo (At 7:58-13.9). Nasceu em Tarso, Cilícia, cidade localizada na Ásia Menor (atualmente sul da Turquia). Provavelmente nasceu uns dez anos depois de Cristo, pois é mencionado como “um jovem”, na ocasião do apedrejamento de Estêvão (At 7:58). Seu pai sem dúvida era judeu, mas comprou ou recebeu cidadania romana. Por essa razão, Paulo mais tarde utilizou-se desse direito por nascimento. Por isso, apelou para ser julgado em Roma pelo próprio imperador César (At 22:25). A despeito de sua cidadania, ele foi criado numa família judaica devotada, da tribo de Benjamim. Recebeu uma instrução cuidadosa na lei judaica e tornou-se fariseu. Também descreveu a si mesmo como “hebreu de hebreus”. Foi criado de acordo com a judaísmo e circuncidado no oitavo dia de vida; portanto, era zeloso na obediência de cada ponto da lei mosaica (Fp 3:5-6).

    Paulo era tão zeloso da Lei e de sua fé que, em certa época de sua vida, provavelmente no início da adolescência, viajou para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso rabino de sua época. Posteriormente, disse aos líderes judeus: “E nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois” (At 22:3).

    Todos os mestres judaicos exerciam determinada função para sobreviver; por isso, não é de admirar que esse líder religioso altamente educado aprendesse também uma profissão com seu pai. Paulo era fabricante de tendas (At 18:3) e ocasionalmente a Bíblia menciona como exerceu essa função para se sustentar (1Co 4:12-2 Ts 3.8; etc.). Existem amplas evidências nessas e em outras passagens de que ele trabalhava, para não impor um jugo sobre as pessoas entre as quais desejava proclamar o Evangelho de Cristo (1Co 9:16-19). Além disso, dada a maneira como os professores itinerantes e filósofos esperavam ser sustentados pelas pessoas com alimentos e finanças, Paulo provavelmente não desejava ser considerado mais um aventureiro (1Ts 2:3-6).

    A vida e as viagens de Paulo

    Com a educação que possuía e a profissão de aceitação universal, é bem provável que Paulo já tivesse viajado bastante antes de se tornar cristão. Com certeza era fluente nas línguas grega, hebraica, latina e aramaica. É mencionado pela primeira vez em Atos, como responsável pelas vestes das multidões que apedrejaram Estêvão até à morte por causa da sua fé e seu compromisso com Cristo e o desejo de promover o Evangelho. “Também Saulo consentia na morte dele” (At 8:1).

    Perseguidor dos cristãos. A partir da morte de Estêvão, uma grande perseguição se levantou contra os seguidores de Cristo. As atividades zelosas de Saulo, como judeu, levaram-no a unir-se aos perseguidores. Não precisou ser forçado, mas ofereceu voluntariamente seus serviços aos líderes judaicos de Jerusalém. Sua perseguição foi tão violenta que a Bíblia diz: “Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão” (At 8:3-1 Co 15.9; Fp 3:6). Em Atos 9:1, lemos que: “Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor”, pediu ao sumo sacerdote que lhe desse cartas, para que as levasse às sinagogas de Damasco, na Síria, a fim de também estabelecer a perseguição naquela cidade.

    A conversão de Paulo. A caminho de Damasco, uma luz muito forte brilhou do céu ao redor dele, e fez com que ele caísse por terra e ficasse cego. Enquanto isso, uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atônito, ele perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A resposta que recebeu deixou-o realmente surpreso e apavorado: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (At 9:4-5). Cristo então lhe disse que entrasse em Damasco e aguardasse outras instruções. Saulo esperou três dias, sem comer nem beber, na casa de Judas, onde aguardou a visita de Ananias (veja Ananias). Esse tempo sem comer nem beber provavelmente foi um jejum de arrependimento, pois a Bíblia diz que, quando o servo de Deus chegou, encontrou-o orando (v. 11).

    Ananias impôs as mãos sobre ele, ocasião em que sua visão foi restaurada. Imediatamente ele recebeu o Espírito Santo e foi batizado. Saulo ainda ficou vários dias na companhia dos cristãos de Damasco, sem dúvida para aprender o máximo que podia sobre Jesus. Entretanto, esse processo de aprendizado não demorou muito tempo: “E logo, nas sinagogas, pregava que Jesus era o Filho de Deus” (v. 20). Seu extraordinário entendimento teológico somado à mudança total de sua perspectiva sobre Cristo, permitiu que confundisse “os judeus que habitavam em Damasco, provando que Jesus era o Cristo” (v. 22). Provavelmente, depois de um tempo considerável como pregador naquela cidade, os judeus decidiram silenciar a mensagem dele, ao planejar assassiná-lo. Ele escapou durante a noite e voltou para Jerusalém, onde descobriu que era difícil unir-se aos demais discípulos de Cristo, pois naturalmente todos tinham medo dele. Barnabé levou-o à presença dos apóstolos, os quais lhe deram sua aprovação. Paulo pregava e discutia abertamente com os judeus, até que novamente sua vida foi ameaçada; os discípulos o levaram para Cesaréia, onde embarcou num navio para Tarso (At 9:29-30; Gl 1:18-24). A extraordinária rapidez da mudança no coração de Paulo e a velocidade com que entendeu as Escrituras sob uma nova luz e começou a pregar o Evangelho de Cristo proporcionam a mais dramática evidência da obra do Espírito Santo em sua vida, depois do encontro que teve com Cristo na estrada de Damasco. Ele próprio contou sobre sua experiência de conversão em duas ocasiões posteriores. Na primeira instância, em Atos 22, quando foi preso em Jerusalém e pediu para falar à multidão. Na segunda, em Atos 26, quando fazia sua defesa diante do rei Agripa.

    Chamado para os gentios. A rapidez com que Paulo dedicou-se a viajar pelos territórios gentílicos é mais uma indicação de que o Espírito Santo o guiava em direção ao seu chamado, ou seja, o de apóstolo entre os gentios. Ele menciona em suas cartas seu compromisso especial com Deus, para ser um ministro entre os povos (Rm 11:13; Gl 2:8-1 Tm 2.7). Embora Pedro fosse chamado para os judeus e Paulo para os gentios (Gl 2:8), sabemos que ambos pregavam em qualquer lugar onde tivessem uma oportunidade. Saulo, de fato, primeiramente visitava a sinagoga, em qualquer cidade em que chegasse. Ali ele pregava, onde havia muitas conversões, até ser expulso pelos judeus que se opunham (desta maneira, praticava o que ensinou em Romanos 1:16-2.9,10; etc.). Um dos primeiros trabalhos de Paulo entre os gentios, após ser aceito pelos apóstolos em Jerusalém (Gl 1), foi iniciado por Barnabé, o qual o levou de Tarso para a cidade de Antioquia, situada no norte da Síria. A igreja já estava estabelecida naquela cidade e sem dúvida o amigo o envolveu naquele trabalho, devido ao ensino que ele era capaz de ministrar (At 11:19-30). O trabalho da igreja ali iniciara-se entre os judeus e posteriormente espalhara-se aos gentios (gregos), e a habilidade de Paulo para debater e o que já fizera previamente sem dúvida o ajudaram. Enquanto estava em Antioquia, o profeta Ágabo advertiu sobre um iminente período de fome na região da Judéia, de maneira que aquela igreja local concordou em levantar fundos para ajudar os irmãos carentes em Jerusalém; enviaram o dinheiro por intermédio de Paulo e Barnabé (v. 30).

    É muito difícil estabelecer uma cronologia exata da vida de Paulo nessa época, pois Atos e Gálatas dão informações parciais; o ministério entre os gentios, contudo, já estava estabelecido e o papel principal de Paulo foi visto quase imediatamente no trabalho em Antioquia. Ele e Barnabé deixaram a cidade dirigidos pelo Espírito Santo (At 13:2). Desse momento em diante a vida dele é vista constantemente em pleno movimento por todo o império. Às vezes, permanecia mais tempo em certa cidade e em outras ocasiões ficava apenas por um período bem curto de tempo; na maioria das vezes viajava de acordo com sua própria vontade; entretanto, especialmente nas últimas viagens, freqüentemente era escoltado por guardas a caminho da prisão, dos julgamentos e finalmente de Roma.

    A primeira viagem missionária. As viagens de Paulo são geralmente chamadas de “viagens missionárias”. A primeira, realizada provavelmente entre os anos 47:48 d.C., iniciou-se na terra natal de Barnabé, a ilha de Chipre. Atravessaram todo o território, anunciando o Evangelho. Quando chegaram a Pafos, Paulo teve oportunidade de proclamar a Palavra de Deus ao procônsul romano Sérgio Paulo (veja Sérgio Paulo). “Então o procônsul creu, maravilhado da doutrina do Senhor” (At 13:12). Esta conversão representa a confirmação final para Paulo de que ele realmente contemplaria gentios influentes tornar-se cristãos por meio de seu ministério. Talvez seja significativo que a partir desse momento Saulo começou a ser chamado por seu nome latino, Paulo (At 13:9). De Chipre, ele e Barnabé navegaram para Perge, na Ásia Menor (atual Turquia). Quando chegaram lá, João Marcos, que estivera com eles desde Antioquia, deixou o grupo e retornou a Jerusalém. Dali viajaram para o Norte, e passaram por Antioquia da Pisídia e Icônio, a leste, e Listra e Derbe, ao sul. Voltaram pelo mesmo caminho e navegaram de volta para Antioquia da Síria, partindo de Atalia. Os resultados do trabalho deles durante essa viagem variaram de lugar para lugar; toda a viagem está registrada em Atos 13:14. Os benefícios, entretanto, foram consideráveis, pois a segunda viagem envolveu a visita às igrejas que haviam fundado, “confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé” (At 14:22). Também advertiram os novos cristãos “que por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus”. Paulo e seus companheiros experimentavam essas tribulações em suas viagens, por meio do antagonismo não somente por parte dos gentios, mas também dos judeus, os quais criavam sérios problemas e diversas dificuldades. Mesmo assim, as igrejas foram bem estabelecidas por Paulo e Barnabé, fortes o suficiente para nomear líderes em cada uma, à medida que os missionários seguiam adiante.

    Quando voltaram a Antioquia, alguns mestres chegaram da Judéia com o argumento de que a verdadeira salvação dependia da circuncisão. Paulo e Barnabé discutiram acaloradamente com eles sobre a questão. A igreja da Antioquia decidiu então enviar os dois a Jerusalém para se reunir com os outros apóstolos, onde a questão seria tratada.

    O Concílio de Jerusalém. Os apóstolos e os líderes cristãos compareceram a tal reunião, que ficou conhecida como o “Concílio de Jerusalém” (At 15:1-35). Primeiro ouviram os relatórios de toda a obra de evangelização que era desenvolvida na Ásia Menor, em Antioquia e entre os gentios de modo geral e houve muito louvor a Deus. Alguns cristãos, entretanto, que antes foram fariseus, argumentaram que os convertidos entre os gentios deveriam ser circuncidados (At 15:5). Seguiu-se demorada discussão, até que Pedro se levantou para falar à assembléia. Em sua declaração, presumivelmente bem aceita pelos líderes (Tiago e os demais apóstolos), ele fez algumas observações interessantes. Destacou que ele próprio foi o primeiro a levar o Evangelho para os gentios (ao referir-se ao episódio da visão que teve e da viagem à casa de Cornélio, At 10). Depois apelou para o fato de que “Deus, que conhece os corações, deu testemunho a favor deles, concedendo-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós” (At 15:8). Em outras palavras, assim como a presença do Espírito Santo fora “manifesta” aos apóstolos no dia de Pentecostes em Jerusalém, quando falaram em línguas e louvaram a Deus (At 2:4-47), assim a presença do Espírito foi “manifesta” novamente entre os gentios, quando também falaram em outras línguas e louvaram a Deus. Naquela ocasião, Lucas registrou especificamente que aquilo acontecera para surpresa de todos os crentes circuncidados (At 10:45-46). Para Pedro, esta evidência fora suficiente para se tomar a iniciativa de batizar esses novos cristãos, não como alguma forma de comunidade cristã de segunda classe, mas na fé cristã plena, na qual os próprios apóstolos foram batizados (At 10:47-48).

    Desde que Deus “não fez diferença alguma entre eles e nós”, argumentou Pedro (At 15:9-11), seria totalmente impróprio insistir em que os convertidos entre os gentios fossem circuncidados. A circuncisão claramente não era uma exigência para alguém ser um cristão, pois a real marca do crente era a possessão do Espírito Santo. A salvação operava inteiramente pela fé na graça do Senhor Jesus Cristo (v. 11). Paulo e Barnabé também participaram da discussão e destacaram a grande obra da graça que se manifestava entre os gentios e os milagres que Deus operava entre eles. Tiago, entretanto, teve a sublime felicidade de dar a palavra final.

    Tiago levantou-se, expôs as Escrituras e mostrou como os profetas falaram sobre o tempo em que os gentios se voltariam para Deus. Concordou que os novos convertidos não eram obrigados a circuncidar-se, mas deviam demonstrar seu amor pelos cristãos judeus, ao abster-se da carne sacrificada aos ídolos e da imoralidade sexual (At 15:13-21). Desde que essa decisão não envolvia qualquer questão de princípio, todos concordaram e uma carta foi enviada às igrejas gentílicas, a fim de informar sobre a decisão do concílio. O grande significado dessa reunião foi a maneira como se estabeleceu definitivamente a legítima aceitação dos gentios como filhos de Deus. A defesa de Paulo da universalidade da mensagem do Evangelho prevalecera.

    A segunda e a terceira viagens missionárias. A segunda viagem durou de 49 a 52 d.C. (At 15:36-18.22). Ela foi muito importante, pois espalhou a Evangelho de maneira ainda mais ampla, tanto pela Ásia Menor como pela Europa. Infelizmente, porém, começou com uma diferença de opinião entre Paulo e Barnabé. O segundo queria levar João Marcos novamente com eles. Talvez o jovem tenha retornado a Jerusalém na primeira viagem devido às suas dúvidas sobre a pregação entre os gentios, mas não podemos determinar com certeza. Paulo achava que não deviam levá-lo; por isso Barnabé e João Marcos foram para Chipre, a fim de consolidar o trabalho ali, e Paulo foi para o Norte. Na companhia de Silas, passou por Tarso, na Cilícia, e visitou novamente as igrejas recém-fundadas em Derbe, Listra e Icônio.

    Em Listra, Paulo foi apresentado a um jovem, convertido ao cristianismo, que se tornou um de seus melhores amigos — Timóteo. Seu pai era grego, porém sua mãe era judia. Os líderes da igreja em Listra insistiram para que Paulo o levasse consigo e “davam bom testemunho dele” (At 16:1-2). Pertencente a uma família grega, isso significava que Timóteo não era circuncidado. Devido ao fato de sua mãe ser judia, Paulo achou que seria melhor para o ministério de Timóteo entre as comunidades judaicas se ele fosse circuncidado. Sob a orientação do apóstolo, Timóteo passou pela cerimônia da circuncisão (At 16:3). Aqui não há conflito no pensamento de Paulo com o antagonismo que demonstrou para com a circuncisão em sua carta aos Gálatas. Um judeu ser circuncidado para alcançar melhor seu próprio povo era uma coisa, mas obrigar os gentios a se circuncidar com base num entendimento equivocado de que precisavam ser “judeus” para receber a salvação era outra coisa bem diferente!

    A próxima etapa da viagem foi em um território novo. Fizeram uma caminhada por terra até Trôade, onde foram orientados “pelo Espírito de Jesus” para não trabalhar naquela região (At 16:7). Enquanto pregavam naquela cidade, numa noite, Paulo contemplou numa visão alguém que o chamava para ministrar a Palavra de Deus na Macedônia. Concluindo que era uma direção divina para a próxima etapa da viagem, atravessaram de barco para a província grega da Macedônia, onde pregaram em Neápolis, Filipos, Tessalônica e Beréia. Dali, navegaram para o sul e pregaram em Atenas e Corinto (onde ficaram por 18 meses), antes de atravessarem de volta para Éfeso, na Ásia Menor, e de lá navegarem para Cesaréia, Jerusalém e finalmente Antioquia, local de partida.

    A obra de evangelização expandiu-se rapidamente durante esta viagem. As igrejas estabelecidas na primeira viagem estavam bem firmes e cresciam cada vez mais em número (At 16:19). Havia muito encorajamento, mas também muita perseguição. Paulo testemunhou o estabelecimento bem-sucedido de muitas outras igrejas. Também viu os resultados da mensagem do Evangelho na vida de homens e mulheres que, sem dúvida, tornaram-se amigos especiais da equipe de missionários. Em Filipos, conheceram uma mulher de negócios chamada Lídia, que se converteu e hospedou o grupo em sua casa. Também testemunharam a incrível conversão do carcereiro, quando foram presos em Filipos (veja Carcereiro Filipense). Em Tessalônica testemunharam conversões como a de Jasom, o qual foi preso pela causa do Evangelho. Apreciaram imensamente a recepção que tiveram dos “nobres” moradores de Beréia, “pois de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17:11). Paulo e seus companheiros viram como a mensagem do Evangelho tocava os corações e as vidas de pessoas de diferentes classes sociais, quando “creram muitos deles, e também mulheres gregas de alta posição, e não poucos homens” (v. 12).

    Em Atenas, Paulo testemunhou pelo menos algumas conversões, quando debateu com alguns dos maiores filósofos da época. De volta a Corinto, ele desenvolveu uma grande amizade com um casal de judeus que também fabricavam tendas e tornaram-se grandes cooperadores na obra de Cristo, ou seja, Áqüila e Priscila (At 18:1-3). Os dois o acompanharam na viagem de Corinto a Éfeso, onde ajudaram Apolo a entender mais claramente a verdade do Evangelho. Este então foi enviado à Grécia e desenvolveu seu ministério em Corinto. Enquanto isso, Paulo fez uma parada rápida em Éfeso e logo retornou a Cesaréia e Jerusalém, onde saudou a igreja e em seguida subiu para Antioquia.

    Em cada cidade em que pregava, Paulo encontrava severa resistência ao Evangelho. Em Filipos, foi preso junto com Silas por causa do antagonismo da multidão e só foram soltos depois da intervenção sobrenatural de Deus, a qual levou à conversão do carcereiro. Em Tessalônica outros irmãos foram presos porque o apóstolo não foi encontrado, quando o procuraram. Em Corinto, apesar da soltura imediata, Paulo foi atacado pelos judeus e levado diante do tribunal presidido por Gálio (veja Gálio).

    Paulo passou algum tempo em Antioquia antes de embarcar para a terceira viagem missionária, realizada no período entre os anos 53:57 d.C. (At 18:23-21.16). Nesta viagem, o apóstolo novamente dirigiu-se ao norte e oeste, por terra, e visitou outra vez as igrejas na Galácia e Frígia (Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia). Quando finalmente chegou em Éfeso, lemos que Paulo encontrou “alguns discípulos”. Eles tinham recebido apenas o batismo de João e, quando o apóstolo lhes falou sobre Jesus Cristo e o Espírito Santo, foram imediatamente batizados “em nome do Senhor Jesus” e o Espírito desceu sobre eles (At 19:1-7). Esse episódio dá uma indicação de que o trabalho do Batista tivera um alcance muito mais amplo do que o relato dos evangelhos poderia sugerir.

    Ao começar novamente a pregar na sinagoga, Paulo foi expulso e pregou para os gentios na cidade de Éfeso por dois anos (v. 10). Fica claro que muitos milagres acompanharam a proclamação do Evangelho, e uma breve menção disso é feita no
    v. 11. Um grande número de pessoas se converteu, quando muitos mágicos e pessoas adeptas da feitiçaria se converteram e entregaram seus livros de magia, os quais foram queimados publicamente. O
    v. 20 resume esse período de ministério: “Assim a palavra do Senhor crescia poderosamente, e prevalecia”.

    Foi durante esse período que ocorreu um grande tumulto em Éfeso. A cidade era famosa pelo templo da deusa Ártemis (veja Ártemis e Alexandre). O livro de Atos não relata em detalhes a perseguição que Paulo experimentou ali, mas provavelmente foi considerável (veja Rm 16:3-4; 1 Co 15.32; 2 Co 1:8-11). O apóstolo então enviou Timóteo e Erasto adiante dele para a Macedônia. Expressou sua intenção de viajar para Jerusalém via Macedônia e Acaia (At 19:21) e informou às pessoas que desejava muito ir até Roma.

    Foi durante essa viagem que Paulo se preocupou em angariar dinheiro para ajudar os crentes mais pobres de Jerusalém. Deu instruções às igrejas para que se unissem a ele nessa campanha, pois observava nisso um sinal de unidade da igreja e especialmente entre os convertidos judeus e gentios (Rm 15:25-32).

    Paulo navegou para a Macedônia e repetiu seu trajeto anterior por Filipos, Tessalônica e Beréia, a fim de encorajar os crentes. Uma rápida estadia na Grécia, talvez em Atenas, levou a mais perseguições; por isso, ele retornou à Macedônia antes de embarcar e navegar novamente para Trôade, onde continuou a pregar. Num antigo exemplo de reunião e culto no primeiro dia da semana (domingo), lemos que Paulo pregou depois que partiram o pão juntos. Ensinou até tarde da noite, pois partiria no dia seguinte. Devido ao calor da sala lotada e à hora avançada, um jovem chamado Êutico adormeceu sentado numa janela e caiu do terceiro andar, sendo levantado morto. Paulo o restaurou novamente à vida e continuou sua pregação (At 20:7-12).

    Na manhã seguinte Paulo viajou e passou por várias cidades portuárias no caminho para o sul, inclusive Mileto, onde se encontrou com os líderes da igreja em Éfeso. Ali, falou-lhes sobre os perigos dos falsos ensinos e a necessidade de vigiarem por si mesmos e pelo rebanho. Encomendou-os a Deus e disse-lhes que era compelido pelo Espírito Santo a ir até Jerusalém. A tristeza da despedida é descrita dramaticamente, quando todos se ajoelharam para orar juntos e perceberam que não veriam novamente o amado apóstolo (vv. 36-38). O restante da jornada é descrito rapidamente por Lucas em Atos 2:1-17. A única parada mais significativa foi em Cesaréia, onde o profeta Ágabo advertiu Paulo de que a perseguição o esperava em Jerusalém. Talvez seja importante notar que a declaração anterior de Paulo, que era compelido pelo Espírito Santo a visitar a cidade santa, teve prioridade sobre a advertência de Ágabo para não ir. Ao que parece, embora a profecia estivesse correta, sua interpretação estava equivocada. O profeta claramente esperava que Paulo desistisse de ir a Jerusalém, mas foi para lá que o apóstolo se dirigiu, o que culminou com sua prisão. Ao fazer isso, o apóstolo mostrou que estava pronto a morrer por Cristo, se fosse necessário (v. 13).

    Essa terceira jornada contemplou muitas pessoas convertidas e experimentou muito mais oposições e perseguições; mas também foi um tempo de grande encorajamento. Paulo teve oportunidade de conhecer muitos jovens envolvidos no ministério da Palavra de Deus. Entre os que foram mencionados durante essa viagem, estavam pessoas como “Sópatro de Beréia, filho de Pirro; e dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo; Gaio de Derbe e Timóteo; e dos da Ásia, Tíquico e Trófimo” (At 20:4). Apesar de o apóstolo nunca mais retornar a muitos daqueles lugares, sabia que o trabalho continuaria nas mãos da nova geração de missionários e pastores fiéis ao Senhor.

    A prisão e o julgamento. Assim que Paulo chegou a Jerusalém, a profecia de Ágabo se cumpriu. Os judeus instigaram a oposição e o apóstolo foi preso para sua própria proteção, no meio de um tumulto contra ele que quase levou-o à morte (At 21:27-36). Paulo pediu permissão ao comandante romano para falar à multidão e aproveitou a oportunidade para mais uma vez pregar o Evangelho de Jesus, quando falou sobre sua própria conversão e chamado ao ministério para os gentios. Quando mencionou a salvação dos povos, novamente a turba se alvoroçou e o apóstolo foi conduzido com segurança à fortaleza. Foi obrigado a apelar para sua cidadania romana, a fim de não ser chicoteado. No dia seguinte o comandante romano convocou o Sinédrio e Paulo defendeu-se diante de seus acusadores (At 23). Inteligentemente, o apóstolo causou uma divisão entre seus acusadores, ao alegar que era julgado porque acreditava na ressurreição. Os fariseus, que também acreditavam, discutiram com os saduceus, que não aceitavam tal doutrina. Novamente, para sua própria proteção, o apóstolo foi levado à fortaleza. Naquela noite o Senhor lhe apareceu e o encorajou, ao dizer-lhe que deveria ir a Roma para testificar do Evangelho (At 23:11).

    Foi descoberto um complô para matar Paulo e o comandante do destacamento romano, Cláudio Lísias, decidiu transferi-lo para Cesaréia, onde seu caso seria examinado pelo governador Félix. O capítulo 24 de Atos descreve o julgamento do apóstolo diante de Félix, que pareceu interessado no que ouviu de Paulo acerca do “caminho”, mas que, em deferência aos judeus, manteve o apóstolo preso por mais dois anos. Quando Pórcio Festo assumiu o governo da província, os líderes judaicos lhe pediram que cuidasse do caso de Paulo. O novo governador fez menção de entregá-lo aos judeus, mas o apóstolo, sabedor de que não teria um julgamento justo em Jerusalém considerando a palavra do Senhor de que deveria ir a Roma, apelou para ser julgado pelo imperador César. Essa atitude de fato livrou-o totalmente do sistema legal judaico. Logo depois o rei Agripa visitou Cesaréia e Festo pediu-lhe que ouvisse o caso de Paulo. Novamente o apóstolo contou sobre sua conversão e testemunhou do Evangelho de Jesus Cristo. Enquanto Festo pensava que Paulo estivesse louco, Agripa pareceu tocado pelo que o apóstolo dissera, e até mesmo insinuou que por pouco não se tornara cristão (At 26:28). A conclusão de Agripa foi que Paulo tinha tudo para ser solto, se não tivesse apelado para Roma (v. 32).

    Paulo foi então transportado para Roma na condição de prisioneiro, sob a custódia de um centurião chamado Júlio (para mais detalhes, veja Agripa, Festo, Félix e Júlio). Depois de um naufrágio na ilha de Malta, o qual Paulo usou como uma oportunidade para pregar o Evangelho, finalmente o grupo chegou a Roma, onde o apóstolo foi colocado num regime de prisão domiciliar e tinha permissão para receber visitas (At 28). Durante dois anos vivendo nesse sistema (provavelmente por volta de 61—63 d.C.), Paulo continuou “pregando o reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum” (At 28:31).

    A morte de Paulo. Existem poucas indicações sobre o que aconteceu depois desse período de prisão domiciliar em Roma. É claro que Paulo aproveitou a oportunidade da melhor maneira possível para pregar o Evangelho, mas Lucas encerra seu livro neste ponto, ao estabelecer o direito legal para que a Palavra de Deus fosse pregada na capital do império. Existe muita discussão entre os estudiosos sobre o que aconteceu. Desde que as epístolas pastorais (veja abaixo) referem-se a eventos na vida do apóstolo que não são mencionados em Atos, pressupõe-se que Paulo realmente as escreveu. Então, muitos chegam à sublime conclusão de que o apóstolo foi declarado inocente das acusações e colocado em liberdade. Ele próprio dá a entender isso em Filipenses 1:19-25; 2.24. Provavelmente após sua absolvição ele acalentou o desejo de ir à Espanha (veja Rm 15:24-28). Este período também seria a época em que as cartas a Timóteo e Tito foram escritas. Quando o cristianismo foi considerado ilegal, Paulo foi preso novamente e levado de volta a Roma, onde escreveu II Timóteo. Seu período de liberdade provavelmente durou até por volta de 62 a 66 d.C. II Timóteo 4 é então o triste relato do que certamente foi o julgamento final do apóstolo, no qual foi condenado à morte (v. 18). Mesmo nesse triste capítulo, entretanto, percebe-se que Paulo aproveita todas as oportunidades para pregar (2Tm 4.17,18). A tradição diz que morreu em Roma, como mártir nas mãos do imperador Nero, por volta do ano 67 d.C.

    Os escritos de Paulo

    O legado de Paulo para o mundo é enorme. Além do fato de ter levado a verdade do Evangelho a praticamente todo o mundo conhecido daquela época, também escreveu cartas muito significativas, as quais chegaram até nós como parte do cânon do Novo Testamento. Tais documentos são cheios de exposições sobre Jesus, o pecado, a salvação, a vida cristã, o futuro e a natureza da Igreja. Suas cartas não podem ser examinadas detalhadamente aqui e o resumo apresentado a seguir não faz justiça à profundidade dos ensinamentos que cada uma contém, mas talvez aguce o apetite do leitor e o leve a examiná-las mais detidamente. Em muitos aspectos as epístolas paulinas têm proporcionado o perfil para a Igreja através dos séculos. Embora sempre haja alguns críticos que questionem se o apóstolo realmente escreveu todas as epístolas atribuídas a ele, existem 13 escritas por Paulo no Novo Testamento. Por conveniência, vamos dividi-las em três grupos.

    As epístolas maiores e mais antigas. Incluem Gálatas, 1 e II Tessalonicenses, 1 e II Coríntios e Romanos. A primeira é a única carta na qual Paulo não tinha quase nada de positivo a dizer aos destinatários. Escreveu devido à sua grande preocupação, pois muitos gálatas já seguiam “outro evangelho”. O apóstolo temia pela salvação deles e pela pureza da doutrina da vida eterna somente pela graça, por meio da fé. Ao que parece, os que argumentavam que o cristão precisava primeiro tornar-se judeu para ser salvo tinham grande sucesso na difusão de suas ideias. Defendiam a necessidade da circuncisão, a guarda da Lei de Moisés e do sábado. Esses ideais iam diretamente contra o ensino de Paulo de que os gentios tornavam-se cristãos e eram “justificados” (declarados não culpados diante de Deus) por meio da fé em Jesus Cristo e ainda continuavam gentios (Gl 3:8-11,24; 5.4). Paulo disse aos gálatas: “Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1:9). Declarava que eles eram todos filhos de Deus “pela fé em Cristo Jesus... desta forma não há judeu nem grego, não há servo nem livre, não há macho nem fêmea, pois todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendentes de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gl 3:26-29). Jesus livra da letra da lei e da sua punição, pois assim declarou Paulo: “Estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2:20). Esta existência em Jesus é uma vida composta de uma nova natureza, agora dirigida pelo Espírito de Cristo e conduzida ao objetivo da vida eterna (Gl 5:16-22,25; 6.8). Paulo afirmava que essas verdades eram para todos os que creem em Jesus Cristo, qualquer que fosse a nacionalidade, sexo ou classe social. O cristianismo nunca seria meramente uma facção do judaísmo. O fato de que as decisões do Concílio de Jerusalém não fazem parte das argumentações e do ensino de Paulo leva alguns a crerem que provavelmente a carta aos Gálatas foi escrita antes desta reunião (talvez em 49 d.C.). Outros colocam a data bem depois.

    As epístolas de 1 e II Tessalonicenses são bem conhecidas pelos ensinos que contêm sobre a segunda vinda de Cristo. De fato, na primeira das duas Paulo gasta um tempo considerável encorajando os cristãos na fé, na vida cristã e no testemunho (1Ts 4). Dá graças a Deus por eles, especialmente pela maneira como aceitaram a pregação no início, “não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus, a qual também opera em vós, os que credes” (1Ts 2:13). O apóstolo apelou para que continuassem na fé, principalmente à luz da vinda de Cristo, a qual lhes proporcionaria grande esperança e alegria. Deveriam encorajar uns aos outros (1Ts 4:18) com a certeza de que Jesus voltaria e não deveriam lamentar pelos que morressem, como se fossem iguais ao resto do mundo sem esperança (1Ts 4:13). A segunda epístola provavelmente foi escrita durante a permanência de Paulo na cidade de Corinto. Novamente dá graças a Deus pela perseverança dos cristãos, pela fé e pelo amor que demonstravam uns aos outros (2Ts 1:3-12). Parte da carta, entretanto, é escrita para corrigir algumas ideias equivocadas sobre a volta de Cristo. Um fanatismo desenvolvera-se, o qual aparentemente levava as pessoas a deixar de trabalhar, a fim de esperar a iminente volta do Senhor (2Ts 2). Paulo insistiu em que os irmãos deveriam levar uma vida cristã normal, mesmo diante das dificuldades e perseguições. O fato de que Deus os escolheu e salvou por meio da operação do Espírito os ajudaria a permanecer firmes na fé (2Ts 2:13-15).

    As epístolas aos Coríntios provavelmente foram escritas durante a longa permanência de Paulo na cidade de Éfeso. A primeira carta trata de uma variedade de problemas que a igreja enfrentava. O apóstolo demonstrou preocupação pela maneira como os cristãos se dividiam em facções (1Co 1:12). Lembrou que não deveriam ir diante dos tribunais seculares para resolver suas diferenças (1Co 6). Ensinou-os sobre a importância de uma vida moralmente pura e lembrou que seus corpos eram santuário de Deus e o Espírito de Deus habitava neles (1Co 3:16-5:1-13). Tratou da questão prática sobre se deveriam ou não comer carne previamente oferecida a divindades pagãs e também discutiu sobre a maneira como os dons espirituais deviam ser usados na 1greja, ou seja, para a edificação e a manifestação do verdadeiro amor cristão no meio da comunidade (1Co 12:14). A ressurreição física de Cristo também é amplamente discutida em I Coríntios 15.

    Na época em que Paulo escreveu a segunda carta aos Coríntios, as supostas divisões na igreja estavam cada vez mais patentes. Ele, porém, preocupou-se com o seu próprio relacionamento com a igreja e discutiu sobre isso. É claro que alguns irmãos da comunidade o desrespeitavam, talvez mediante o argumento de que não era mais espiritual do que os líderes locais, os quais Paulo chama de “excelentes apóstolos” (2Co 11:5).

    Nesta carta, Paulo demonstrou como deveria ser a vida do verdadeiro cristão. Ao tomar sua própria vida como exemplo, mostrou que sofreu terríveis perseguições e dificuldades por causa de Cristo (2Co 10:12). Talvez não fosse o mais eloqüente dos oradores, mas fora chamado para o ministério do Evangelho e Deus tinha honrado seu trabalho. Muitas vezes sentiu-se enfraquecido e derrotado, mas a fé no Senhor Jesus Cristo e o desejo de completar seu chamado fizeram-no seguir adiante (veja especialmente 2 Co 4 e 5; 7). Lembrou os leitores sobre a glória do Evangelho (2Co
    3) e os encorajou a serem generosos na oferta para os pobres de Jerusalém (2Co 8).

    A carta aos Romanos provavelmente foi redigida na década de 50 d.C. É uma epístola escrita a uma igreja que o apóstolo nunca visitara. É cheia de louvores pela fé e pelo compromisso deles com Cristo. Seu tema principal enfatiza que a justificação se opera pela fé em Jesus, tanto para os judeus como para os gentios. Existe alguma discussão sobre o motivo que levou Paulo a escrever esta carta. Alguns dizem que estava consciente das divergências entre os convertidos judeus e gentios na igreja e a necessidade que tinham de uma ajuda pastoral. Outros alegam que a carta formou a base teológica para sua estratégia missionária de levar o Evangelho aos gentios e que o apóstolo esperava o apoio dos cristãos de Roma no seu projeto de viajar à Espanha. Existem outros motivos alegados. A própria carta enfatiza que todas as pessoas, tanto judeus como gentios, têm pecado (Rm 1:18-3.10,11; etc.). A salvação, entretanto, veio para todo o que tem fé em Jesus Cristo, “sem distinção”. Embora todos tenham pecado, os que crêem “são justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3:23-24). A razão para esta possibilidade de salvação para todos é vista na natureza vicária da morte de Cristo (Rm 3:24-26; veja Jesus). Judeus e gentios igualmente são herdeiros das ricas bênçãos da aliança de Deus, porque o Senhor é fiel em cumprir suas promessas. A justiça de Deus é vista na absolvição dos que são salvos pela graça, mas também na maneira como cumpriu as promessas feitas a Abraão, o grande exemplo de justificação pela fé (Rm 4). Nesta epístola, Paulo discutiu também sobre a vida cristã debaixo da direção do Espírito Santo, ou sobre o privilégio da adoção de filhos de Deus e a segurança eterna que ela proporciona (Rm 8). Paulo mencionou também como a nação de Israel encaixa-se no grande plano de salvação de Deus (Rm 9:11) e enviou instruções sobre como os cristãos devem viver para Cristo, como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus” (Rm 12:1-2).

    As epístolas da prisão. Essas cartas foram redigidas na prisão. Há alguma discussão sobre se todas foram escritas durante o tempo em que Paulo esteve preso em Roma ou durante um período em que ficou detido em Cesaréia. Se todas são do tempo da prisão na capital do império, elas foram elaboradas entre 62 e 63 d.C. Aqui estão incluídas as cartas aos Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom (para mais detalhes sobre Filemom, veja Filemom e Onésimo).

    A carta aos Efésios se inicia com uma das mais gloriosas passagens das Escrituras, pois descreve as grandes bênçãos que os cristãos experimentam por estarem “em Cristo”. Tais promessas foram planejadas por Deus desde antes da criação do mundo. Incluem o perdão dos pecados, a adoção para os que se tornam filhos de Deus, a alegria da glória de Deus e a posse do Espírito Santo como garantia da redenção e da plena herança da vida eterna (Ef 1). A epístola medita sobre essas bênçãos e o maravilhoso amor de Deus por seu povo, amor este que leva à grande demonstração da graça na salvação dos que têm fé em Jesus (Ef 2). A Igreja é o Corpo de Cristo, unida no chamado e no propósito (Ef 2:11-12). Portanto, o povo de Deus deve viver como filhos da luz, andar cheios do Espírito Santo, ser imitadores de Deus e testemunhas dele no meio das trevas do mundo ao redor (Ef 4:1-5.21). Paulo prossegue e expõe como certos relacionamentos específicos refletiriam o amor de Deus por seu povo (Ef 21. a 6.10). Depois insistiu em que os cristãos permanecessem firmes na fé e colocassem toda a armadura de Deus, liderados pelo Espírito e obedientes à Palavra do Senhor (Ef 6:1-18).

    Filipenses é uma carta de agradecimento. O apóstolo escreveu para agradecer aos cristãos de Filipos pela recente ajuda financeira que lhe enviaram (especialmente Fl 1 e 4:10-20). Os crentes daquela cidade aparentemente eram mantenedores fiéis do ministério de Paulo, e sua gratidão a Deus pela vida deles brilha por toda a carta. Os comentários pessoais sobre Epafrodito e sua enfermidade refletem o relacionamento pessoal que o apóstolo mantinha com esses irmãos. Paulo advertiu-os com relação aos judaizantes (Fl 3:1-11) e os desafiou a permanecer firmes e continuar a viver vidas “dignas de Cristo”, qualquer que fosse a situação que tivessem de enfrentar (Fl 1:27-30; 2:12-18; 3.12 a 4.1). A passagem teológica mais notável pode ser encontrada em Filipenses 2:1-11. O texto fala sobre a humildade de Cristo, uma característica que ninguém no mundo antigo e muito menos no moderno realmente aspira! Esta humildade demonstrada por Jesus, que acompanhou seu chamado até a cruz, proporciona a base e o exemplo ao apelo de Paulo para que os filipenses continuassem unidos em humildade, sem murmurações, enquanto cumpriam o próprio chamado. Esta vocação é resumida por Paulo em Filipenses 2:14-17. Deveriam resplandecer “como astros no mundo, retendo a palavra da vida”.

    Os cristãos de Colossos provavelmente eram, na maioria, gentios; portanto, foram os primeiros a se converter ao Evangelho por intermédio do ministério de Epafras (Cl 1:7-2.13). Pelo que Paulo diz, os eruditos inferem que, ao escrever esta carta, ele estava preocupado com algumas doutrinas falsas que haviam entrado na igreja. Talvez o ensino herético tenha diminuído a importância de Cristo, pois enfatizava demais a sabedoria humana. Talvez insistissem na adoção de certas práticas judaicas como a circuncisão e a guarda do sábado. A adoração de anjos provavelmente fazia parte das ideias, e possivelmente havia também uma ênfase no misticismo e nas revelações secretas. Em resposta a tudo isso, Paulo falou sobre a preeminência de Jesus sobre todas as coisas. Somente Ele é o cabeça da Igreja. É o Criador preexistente e o primeiro a ressuscitar dentre os mortos (Cl 1:15-23). Foi em Cristo que aquelas pessoas haviam morrido para o pecado e ressuscitado por Deus para uma nova vida. Foi “nele” que foram perdoadas. “Em Cristo” as leis do sábado e sobre comidas e bebidas foram consideradas redundantes, pois eram apenas “sombras” que esperavam a manifestação do Filho de Deus (Cl 2:16-19). O desafio para esses cristãos era que não se afastassem de Jesus, em busca de experiências espirituais por meio de anjos ou da obediência a preceitos legais; pelo contrário, conforme Paulo diz, “pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra. Pois morrestes, e a vossa vida está oculta com Cristo em Deus” (Cl 3:2-3). Deveriam viver como escolhidos de Deus e filhos consagrados, a fim de que a palavra de Cristo habitasse neles abundantemente (Cl 3:15-17).

    As epístolas pastorais. Essas cartas são 1 e II Timóteo e Tito. São tradicionalmente chamadas de “pastorais” porque incluem instruções para os jovens pastores Timóteo e Tito, na liderança da igreja primitiva. Paulo desafiou esses líderes a estar vigilantes contra o falso ensino que rapidamente surgiria nas igrejas (1Tm 1:3-20; 2 Tm 3; Tt 1:1016; etc.). O apóstolo os exortou quanto à oração pública e deu instruções sobre o tipo de pessoa adequada para ocupar cargos de liderança nas igrejas (1Tm 3:1-13; Tt 1:6-9). Paulo também desejava que eles soubessem o que ensinar e como lidar com diferentes grupos de pessoas. O ensino deveria ser de acordo com as Escrituras e não comprometido por causa de pessoas que nem sempre gostavam do que ouviam (2Tm 3.14 a 4.5; Tt 2; etc.) A mensagem também precisava exortar contra as dissensões e a apostasia que seriam os sintomas dos “últimos dias” (1Tm 4:1-16; 6:3-10; 2 Tm 2.14 a 3.9; etc.).

    O ensino de Paulo

    Apenas alguns dos ensinamentos de Paulo foram mencionados aqui. O que motivou o apóstolo em seu ensino foi sua experiência pessoal na estrada de Damasco. Enquanto refletia sobre o que acontecera ali, chegara à conclusão de que aquela luminosidade o deixara cego a fim de que pudesse contemplar o poder de Deus. Jesus tinha essa glória; portanto, era Senhor, um ponto que enfatiza várias vezes, inclusive ao aplicar a Cristo declarações e ideias atribuídas a Yahweh no Antigo Testamento. O apóstolo reconheceu que, embora fosse judeu, precisava de salvação e perdão do pecado, e tais dádivas só podiam ser encontradas no sacrifício de Cristo, que morrera em seu lugar na cruz. Esta grande mensagem era para todas as pessoas, independentemente de raça ou antecedentes.

    Todos pecaram. Esse assentimento da situação difícil do homem serve como base da grande convicção que Paulo tinha de que todas as pessoas precisavam ouvir o Evangelho. Em Romanos 1:3 ele demonstra que os gentios (os pagãos) serão considerados culpados de rejeição para com Deus com base em sua revelação por meio da criação. O apóstolo argumenta assim: “Visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis” (Rm 1:19-20). O pecado tem levado a mais transgressões, pois as pessoas se afastam de Deus em rebelião, de maneira que o Senhor as entrega a práticas infames que desejam realizar. O fim delas está claramente determinado: “Mas, segundo a tua dureza de coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” (Rm 2:5). Para o apóstolo, entretanto, falar de tal profundidade do pecado entre os gentios era uma coisa; mas ele prossegue e argumenta que os judeus estão na mesma situação, pois “para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2:11). A Lei de Moisés não pode salvar e Paulo argumenta que o verdadeiro judeu é o que o é interiormente: “Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra, e cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus” (v. 29). A vantagem do judeu reside no fato de que tem a Palavra de Deus, a Lei e as Escrituras do Antigo Testamento (Rm 3:2), ainda que essa mesma Lei aponte para a justiça de Deus e o juízo sobre o pecado. A Lei revela como os homens e as mulheres realmente são pecadores (Rm 3:20). As conclusões de Paulo, baseadas no que é ensinado nesses capítulos, são resumidas numa citação de vários livros da própria Lei na qual os judeus achavam que podiam confiar: “Não há um justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Rm 3:10-12; veja Sl 14:1-3; 53:1-3). Portanto, o resultado desse pecado universal é claro, pois ninguém escapará da ira (do justo julgamento) de Deus. Por isso, o problema enfrentado por toda a humanidade é temível. Seja judeu ou gentio, o Senhor não fará distinção entre os pecadores.

    Cristo crucificado. Para o apóstolo, havia apenas uma resposta para essa questão, e ele a encontrara na pessoa de Jesus. Aonde quer que fosse, Paulo proclamava a Cristo. O Filho de Deus era a resposta para a situação de todas as pessoas, não somente para os judeus, mas também os gentios. Todos estão debaixo do julgamento de Deus e precisam de salvação, redenção e perdão. O Senhor, entretanto, jamais ignoraria sua justiça, ou seja, não expressaria amor por meio da supressão da justiça (veja Deus, Jesus). Deus é amor, mas é também justiça. Paulo aprendera que, em Cristo, a justiça perfeita de Deus foi revelada, mas a grande bondade, o amor, a misericórdia e a graça do Senhor também se manifestam em Jesus.

    Em Romanos 3:21-26 Paulo expôs que essa justiça de Deus é “pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem” (v. 22). Precisamente porque o Senhor não tem favoritismo, “pois todos pecaram”, homens e mulheres de todas as raças são “justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (v. 24). Jesus foi apresentado por Deus como sacrifício. A fé em Cristo significa entender que sua vida foi dada como um sacrifício de expiação pelos pecados e que, desta maneira, Deus permanece justo — o castigo pelo pecado foi pago na cruz. Paulo refere-se a esse sacrifício de maneiras diferentes em outros textos. Por exemplo, viu o sacrifício como “aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5:21). Também contemplou Jesus da seguinte maneira: “Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co 5:7).

    O argumento de Paulo de que judeus e gentios encontravam a salvação da mesma maneira está baseado no fato de que “há somente um Deus” para todos. Portanto, desde que Ele é justo e não faz distinção, a salvação será pela fé em Jesus Cristo para todo o que crer (Rm 3:29-30).

    Para o apóstolo, o advento de Cristo cumpriu o propósito de Deus para a salvação: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gl 4:4-5). Sob a Lei, Cristo recebeu a punição sobre si e resgatou as pessoas da “maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (Gl 3:13). O sacrifício de Jesus na cruz e a redenção que pagou para nós com seu próprio sangue tornaram-se o ponto principal da pregação de Paulo. Essas eram as boas novas: Jesus trouxe o perdão e recebeu a punição pelo pecado. O apóstolo assim resume sua pregação: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado” (1Co 1:23). Sua mensagem era “a palavra da cruz” (1Co 1:18).

    Justificação pela graça por meio da fé. O aceso a essa obra salvadora de Cristo na cruz era, para o apóstolo, inteiramente pela graça de Deus. Se a redenção fosse alcançada por meio da obediência à Lei, seria possível que as pessoas se orgulhassem de ter alcançado a própria salvação; Paulo, porém, tinha plena convicção de que era obra de Deus por seu povo e uma demonstração da sua graça (seu amor e misericórdia imerecidos) em favor do seu povo (Ef 2:9). Várias vezes o apóstolo insiste em que todos terão de comparecer diante do trono de Deus, e a única esperança do veredicto de “não culpado” (de justificado), quando enfrentassem o julgamento justo de Deus, estava na sua graça. Assim, a redenção vem pela graça e o indivíduo pode apropriar-se dela pela fé, que envolve um compromisso com a justiça de Deus e com seus caminhos justos em Cristo. A fé olha somente para Deus em busca da salvação e, desta maneira, o homem admite a própria incapacidade diante do Senhor, reconhece o pecado e a necessidade de perdão, e olha para Deus como o único que o pode perdoar.

    Essa justificação é conquistada à custa da morte de Cristo, e o pagamento da dívida foi confirmado por Deus na ressurreição de seu Filho (Rm 4:25-5.16,18; etc.). Nenhum outro custo é exigido. Os pecadores são justificados “gratuitamente pela graça”; “Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé — e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Rm 3:24; Ef 2:5-8; etc.). Desde que a obediência à Lei não proporcionou a salvação, novamente Paulo mostra que os gentios também estão incluídos. Eles podem ter fé: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro a evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão benditas todas as nações” (Gl 3:8). Paulo não ensina somente sobre a justificação pela fé em Cristo como meio para alguém se tornar cristão. Deus salva a todos pela graça com um propósito: “Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e a graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (2Tm 1.9). Essa justificação pela graça significa que os que crêem têm acesso a todas as bênçãos que o Senhor prometeu ao seu povo, resumidas nas palavras “vida eterna”: “A fim de que, justificados por sua graça, sejamos feitos seus herdeiros segundo a esperança da vida eterna” (Ti 3.7).

    A vida no Espírito. De acordo com os escritos de Paulo, a operação do Espírito Santo permeia cada área da vida cristã e da Igreja. Ele primeiramente se manifesta na proclamação do Evangelho do Cristo crucificado. A pregação do apóstolo levava as pessoas à conversão porque, segundo ele, “a minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1Co 2:4). Esta obra do Espírito, segundo Paulo, era para que a fé se apoiasse inteiramente no poder de Deus (v. 5), “de sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10:17-1 Ts 1.5). O Espírito, entretanto, está ativo também na vida da pessoa que ouve a mensagem, pois “o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, pois lhe parecem loucura, e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2:14). Assim, o Espírito de Deus está ativamente presente na pregação do Evangelho e na vida do que ouve e se volta para Cristo.

    Os que exercem a fé são redimidos e justificados e sabem que não são mais condenados por Deus. “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1). A evidência que eles têm da obra de Deus em suas vidas, segundo Paulo, está na posse do Espírito Santo. A vida no Espírito desta maneira traz ao crente muitas bênçãos e muitos desafios. Todos os que pertencem a Jesus possuem o Espírito de Cristo, e isso significa que são controlados pelo Espírito (Rm 8:9). É Ele quem garante a uma pessoa que ela pertence a Deus. De fato, este é o “selo de posse” de Deus, “o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações” (2Co 1:22). Esse aspecto da função do Espírito como “um selo de garantia” é mencionado em numerosas ocasiões, especialmente quando Paulo pensa sobre o futuro, quando teria de enfrentar a morte, ou sobre a herança que um dia os cristãos receberão do Senhor (2Co 5:4-5; Ef 1:14; etc.).

    O Espírito Santo auxilia as pessoas na oração e leva as súplicas dos crentes fracos e falíveis diante do Pai (Rm 8:26-27). Desde que a vida cristã é vivida em comunidade, o Espírito também ajuda na vida corporativa da Igreja. Segundo Paulo, cada cristão recebe algum “dom do Espírito” com o qual ajuda outros crentes em seu progresso espiritual. Esses dons serão úteis na edificação de outras pessoas na fé, de maneiras variadas. O apóstolo não dá uma lista exaustiva de tais dons, mas menciona diversos, como demonstrar hospitalidade, falar em línguas, ensinar, repartir com liberalidade, profetizar e administrar (1Co 12:4-11; Rm 12:6-8). Intimamente ligado a esse trabalho que capacita todos os crentes a ter uma plena participação na vida da Igreja está o trabalho de promover a unidade cristã. Freqüentemente Paulo enfatiza essa tarefa do Espírito Santo. A unidade entre os crentes não é um acessório opcional, mas a essência da fé cristã, pois ela é proveniente da própria natureza de Deus: “Pois todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (1Co 12:13). Desta maneira, é tarefa de cada cristão procurar “guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz”, porque “há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos” (Ef 4:3-6).

    Um importante aspecto da operação do Espírito Santo na vida do crente é o de produzir a consciência do pecado, a necessidade do perdão e ajudar o indivíduo a viver em santidade e integridade para a glória de Deus. Esse processo efetuado pelo Espírito leva ao crescimento e é chamado de “santificação”. É papel do Espírito separar o crente da pecaminosidade e operar nele, para que ele produza uma existência cada vez mais semelhante à de Cristo. Em II Tessalonicenses 2:13 Paulo diz: “Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (veja também 1 Co 6.11). É esse trabalho do Espírito que os cristãos ignoram, para a própria perdição. O apóstolo insiste em que todos devem “viver no Espírito” e dessa maneira serão protegidos do mal que os cerca e do pecado: “Digo, porém: Andai no Espírito, e não satisfareis à concupiscência da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl 5:16-17; Rm 8:13-15).

    Quando lemos os escritos de Paulo, observamos que é difícil encontrar uma obra do Espírito que nos deixe tão empolgados do que a que concede ao crente o direito de ser “filho de Deus”. Isso claramente tem que ver com o fato de sermos herdeiros de todas as bênçãos do Senhor, mas também com o relacionamento novo e pessoal com o Pai: “Porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4:6; veja Aba). Essa convivência é maravilhosamente libertadora: “Pois não recebestes o espírito de escravidão para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm 8:15). De acordo com Paulo, o Espírito Santo é essencial para a própria existência do cristão. Ele inicia, confirma e desenvolve a fé, estabelece a unidade, vive no interior do crente, promove a santificação, garante o futuro, possibilita a vida em comunidade e cumpre muitas outras tarefas além dessas. Seu objetivo é cumprir a plena vontade de Deus na vida do cristão individualmente e na vida da Igreja de Deus.

    A vida depois da morte. Paulo tinha plena convicção da vida após a morte. Pressupunha que um dia todas as pessoas testemunhariam a volta do Senhor e enfrentariam seu julgamento (Rm 2:5-14.10; Fp 2:10). Naquele dia haverá uma separação entre as pessoas, que não dependerá de suas boas obras ou más ações, mas da experiência da graça de Deus que tiveram em suas vidas, pela fé (Rm 5:1-8.1). Uma das maiores alegrias que Paulo demonstrava como cristão era o fato de não temer a morte, pois cria que Jesus conduziu seus pecados sobre si na cruz, onde pagou por eles (Rm 8:1517). De fato, o apóstolo tinha plena confiança no futuro. Se morresse ou permanecesse vivo, estaria com o Senhor e continuaria a glorificá-lo (2Co 5:6-9). De todas as pessoas, Paulo estava consciente da fragilidade da vida humana. Em muitas ocasiões esteve próximo da morte e muitas vezes foi espancado e apedrejado (2Co 11:23-29). Falou em “gemer” e carregar um fardo nesse corpo, mas mesmo assim perseverava, ciente de que um dia o que é mortal será absorvido pela vida (2Co 5:4). Novamente o apóstolo voltou-se para o Espírito Santo dentro dele para a confirmação e a garantia dessas promessas futuras (v. 5).

    Embora Paulo deixasse claro que preferia estar com o Senhor do que sofrer perseguições por causa da fé, nunca se preocupou com o que viria depois da morte. Pelo contrário, sua absoluta convicção de que um dia, como Cristo, ele ressuscitaria dentre os mortos e herdaria a vida eterna deu-lhe um propósito para a existência. Deus o chamara para proclamar as boas novas de que Jesus morrera no lugar de todo o que cresse nele e ressuscitara dentre os mortos, sendo “as primícias” dos que dormem. A volta de Cristo e a ressurreição dos mortos levarão a uma mudança radical do corpo (1Co 15:20-35-44). Isso levou o apóstolo a declarar: “Mas a nossa pátria está nos céus, de onde esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo de humilhação, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3:20-21).

    Existe muita discussão sobre o que Paulo imaginava a respeito do tempo da morte e o da ressurreição geral, na vinda de Cristo. Será que o apóstolo acreditava em alguma forma de “sono da alma”, no qual as pessoas entrariam em um tipo de inconsciência, no aguardo da vinda de Cristo? Ou será que acreditava na possibilidade de o espírito humano ir imediatamente à presença do Senhor? Não temos espaço aqui para examinar o ensino de Paulo detalhadamente, mas existem passagens que deixam claro o seu ponto de vista: após a morte, o homem interior (alma e espírito) é imediatamente conduzido à presença do Senhor. Ao falar novamente sobre seu desejo de servir a Deus, ao mesmo tempo em que desejava estar com Ele na eternidade, Paulo disse: “Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1:23; veja também 2 Co 5.3).

    Apesar de todas as suas implicações, para o apóstolo a morte significava “glória eterna”; “estar com o Senhor”; “vida”; “da parte de Deus um edifício, uma casa... eterna, nos céus” (2Co 4:17-5.1,4,8). Não é de estranhar, portanto, que pudesse declarar: “Portanto, nós não atentamos nas coisas que se vêem, mas nas que não se vêem. Pois as que se vêem são temporais, e as que não se vêem são eternas” (2Co 4:18).

    Conclusões

    Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo. Chamado e dirigido pelo Espírito Santo para proclamar o Evangelho aos gentios, esse grande teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a Igreja de Jesus através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho do Cristo crucificado permanece como um exemplo para todos os crentes de todas as épocas. Seu desejo de preservar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse desfazer o direito à salvação somente pela graça brilha através de todos os seus escritos. Seu profundo zelo pela aplicação da verdade do Evangelho na vida do crente levou-o a escrever páginas sobre como se deve viver o autêntico cristianismo no meio de uma sociedade pagã. Tudo isso só seria alcançado por meio do Espírito Santo, que vive no interior do crente para realizar os propósitos do Pai. Seu profundo amor pelos irmãos na fé e a maneira como sofria e entristecia-se com os pecados e sofrimentos deles são vistos não somente no modo como escreveu sobre os crentes, ou seja, com grande carinho e encorajamento, mas também em suas repetidas referências às orações que fazia por eles.

    Sua profunda convicção de que todos pecaram e estão debaixo do julgamento de Deus e sua preocupação para que homens e mulheres ao redor do mundo encontrassem a salvação de que precisavam tão desesperadamente levaram Paulo a responder ao chamado para pregar o Evangelho aos gentios. Para o apóstolo, Cristo era a única resposta.

    Ele era o foco e o poder da vida de Paulo e, acima de tudo, aquele que morreu para que ele recebesse o perdão e encontrasse a justificação e a vida eterna no último dia. P.D.G.


    Paulo [Pequeno] - Nome romano de SAULO, APÓSTOLO dos GENTIOS, o maior vulto da Igreja primitiva (At 13:9). Israelita da tribo de Benjamim (Fp 3:5) e FARISEU (At 23:6), era cidadão romano por ter nascido em TARSO. Foi educado em Jerusalém aos pés de GAMALIEL (At 22:3); 26:4-5). De perseguidor dos cristãos (At 8:3), passou a ser pregador do evangelho, a partir de sua conversão (At 9). De Damasco foi à Arábia (Gl 1:17). Voltando para Damasco, teve de fugir (At 9:23-25). Em Jerusalém os cristãos tinham receio dele (At 9:26-28), mas Barnabé o levou aos apóstolos. Foi enviado a Tarso (At 9:30), e dali Barnabé o levou a Antioquia da Síria (At 11:19-30). Com vários companheiros Paulo realizou três viagens missionárias (Act 13—20). Em Jerusalém enfrentou a fúria dos opositores, indo parar em Cesaréia (At 21:17—23:) 35), onde compareceu perante Félix, Festo e Herodes Agripa II (Act 24—26). Tendo apelado para o Imperador, viajou para Roma, onde permaneceu preso durante 2 anos (At 27—28;
    v. os mapas das viagens missioná rias de Paulo: PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO, SEGUNDA VIAGEM DE PAULO, TERCEIRA VIAGEM DE PAULO, VIAGEM

    Paúlo

    substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
    Cerrado para o gado.

    substantivo masculino [Portugal] O mesmo que paúl.
    Cerrado para o gado.

    Prisioneiro

    substantivo masculino Indivíduo privado da liberdade; preso; cativo; condenado.
    Figurado Aquele que não consegue livrar-se de alguma coisa.

    prisioneiro adj. Que foi aprisionado. S. .M 1. Indivíduo privado da liberdade. 2. Indivíduo encarcerado; preso.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Efésios 3: 1 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Por esta causa, sou eu, Paulo, o prisioneiro- acorrentado ① de ② Jesus Cristo # por amor a vós outros, os gentios,
    Efésios 3: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    62 d.C.
    G1198
    désmios
    δέσμιος
    ()
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1484
    éthnos
    ἔθνος
    multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
    (Gentiles)
    Substantivo - neutro genitivo plural
    G2424
    Iēsoûs
    Ἰησοῦς
    de Jesus
    (of Jesus)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G3972
    Paûlos
    Παῦλος
    Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas
    (Paulus)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5228
    hypér
    ὑπέρ
    direito
    (right)
    Adjetivo
    G5484
    chárin
    χάριν
    em favor de, para o prazer de
    (therefore)
    Preposição
    G5547
    Christós
    Χριστός
    Cristo
    (Christ)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo


    δέσμιος


    (G1198)
    désmios (des'-mee-os)

    1198 δεσμιος desmios

    de 1199; TDNT - 2:43,145; adj

    1. amarrado, em grilhões, cativo, prisioneiro

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἔθνος


    (G1484)
    éthnos (eth'-nos)

    1484 εθνος ethnos

    provavelmente de 1486; TDNT - 2:364,201; n n

    1. multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
      1. companhia, tropa, multidão
    2. multidão de indivíduos da mesma natureza ou gênero
      1. a família humana
    3. tribo, nação, grupo de pessoas
    4. no AT, nações estrangeiras que não adoravam o Deus verdadeiro, pagãos, gentis
    5. Paulo usa o termo para cristãos gentis

    Sinônimos ver verbete 5927


    Ἰησοῦς


    (G2424)
    Iēsoûs (ee-ay-sooce')

    2424 Ιησους Iesous

    de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

    Jesus = “Jeová é salvação”

    Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

    Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

    Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

    Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

    Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    Παῦλος


    (G3972)
    Paûlos (pow'-los)

    3972 παυλος Paulos

    de origem latina; n pr m Paulo = “pequeno ou menor”

    Paulo era o mais famoso dos apóstolos e escreveu boa parte do NT, as 14 epístolas paulinas

    Paulo era representante ou procônsul de Chipre. É conhecido como homem prudente tanto na administração dos afazeres quanto como governador


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ὑπέρ


    (G5228)
    hypér (hoop-er')

    5228 υπερ huper

    preposição primária; TDNT - 8:507,1228; prep

    em benefício de, para a segurança de

    acima, além, mais que

    mais, além, acima


    χάριν


    (G5484)
    chárin (khar'-in)

    5484 χαριν charin

    caso acusativo de 5485 como preposição; prep

    em favor de, para o prazer de

    por, pela amor de

    por esta razão, por esta causa


    Χριστός


    (G5547)
    Christós (khris-tos')

    5547 Ξριστος Christos

    de 5548; TDNT - 9:493,1322; adj Cristo = “ungido”

    Cristo era o Messias, o Filho de Deus

    ungido