Enciclopédia de Josué 13:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

js 13: 17

Versão Versículo
ARA Hesbom e todas as suas cidades, que estão no planalto: Dibom, Bamote-Baal e Bete-Baal-Meom,
ARC Hesbom e todas as suas cidades, que estão na campina: Dibom, e Bamote-Baal, e Bete-Baal-Meom;
TB Hesbom e todas as suas cidades que estão no planalto: Dibom, Bamote-Baal e Bete-Baal-Meom,
HSB חֶשְׁבּ֥וֹן וְכָל־ עָרֶ֖יהָ אֲשֶׁ֣ר בַּמִּישֹׁ֑ר דִּיבוֹן֙ וּבָמ֣וֹת בַּ֔עַל וּבֵ֖ית בַּ֥עַל מְעֽוֹן׃
BKJ Hesbom, e todas as suas cidades que estão na planície: Dibom, e Bamote-Baal, e Bete-Baal-Meom,
LTT Hesbom e todas as suas cidades, que estão na campina; Dibom, e Bamote-Baal, e Bete-Baal-Meom;
BJ2 Hesebon com todas as cidades que estão no planalto; Dibon, Bamot-Baal, Bet-Baal-Meon,
VULG et Hesebon, cunctosque viculos earum, qui sunt in campestribus : Dibon quoque et Bamothbaal, et oppidum Baalmaon,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Josué 13:17

Números 21:19 e, de Matana, para Naaliel; e, de Naaliel, para Bamote.
Números 22:41 E sucedeu que, pela manhã, Balaque tomou a Balaão e o fez subir aos altos de Baal. E viu Balaão dali a última parte do povo.
Números 32:38 e Nebo, e Baal-Meom, mudando-lhes o nome, e Sibma; e os nomes das cidades que edificaram chamaram por outros nomes.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERRA PREPARADA POR DEUS

FRONTEIRAS TEOLÓGICAS
Muito embora mais de um texto bíblico trate das fronteiras de Israel, continuam existindo perguntas importantes sobre a localização de três das quatro fronteiras. Talvez um ponto de partida adequado para uma análise dessas fronteiras seja o reconhecimento de que, com frequência, elas eram estabelecidas pelos acidentes topográficos naturais: o mar Morto, o mar da Galileia, o Mediterrâneo, as principais montanhas e rios etc. Isso sugere que, nas descrições de fronteiras, muitos segmentos menos conhecidos também poderiam estar situados em pontos geográficos naturais. A abordagem a seguir incluirá uma descrição de pontos definidos, uma análise de pontos de referência menos conhecidos, embora importantes, e algum exame das questões envolvidas. Cada segmento culminará com um sumário de para onde os dados parecem apontar.

FRONTEIRA OESTE
(Nm 34:6; Js 15:4-16.3,8; 17.9; 19.29; cf. Ez 47:20-48.
1) Felizmente a fronteira oeste não apresenta nenhum problema de identificação. Começando no extremo norte da tribo de Aser (Js 19:29) e indo até o extremo sul da tribo de Judá (s 15.4), ela se estende ao longo do Grande Mar, o Mediterrâneo.

FRONTEIRA NORTE
(Nm 34:7-9; cp. Ez 47:15-17;48.1-7) Vistos como um todo, os textos bíblicos indicam que, partindo do Mediterrâneo, a fronteira bíblica se estendia para o leste numa linha que ia até Zedade, passando pelo monte Hor e Lebo- -Hamate. Continuando por Zifrom, a linha ia até Hazar-Ena, de onde virava rumo à fronteira de Haurá. Desses lugares, é possível identificar apenas dois com segurança, e ambos estão situados na margem do deserto sírio/oriental. Zedade devia se localizar na atual Sadad, cerca de 65 quilômetros a leste do Orontes e 105 quilômetros a nordeste de Damasco, a leste da estrada que hoje liga Damasco a Homs. Sem dúvida, Haura se refere ao planalto que se estende para leste do mar da Galileia e é dominado pelo Jebel Druze (na Antiguidade clássica, o monte Haura era conhecido pelo nome Auranitis). O nome Haura, como designativo dessa região, é atestado com frequência em textos neoassírios já da época de Salmaneser III;° aliás, Haura se tornou o nome de uma província assíria? próxima do território de Damasco, conforme também se vê em textos de Ezequiel. Devido a essas duas identificações, é razoável procurar os locais intermediários de Zifrom e Hazar-Ena ao longo do perímetro da mesma área desértica. Com base no significado do nome hebraico ("aldeia de uma fonte"), o local de Hazar-Ena é com frequência identificado com Qaryatein, um oásis luxuriante e historicamente importante.21 Depois desse ponto, o curso exato da fronteira norte se torna questão incerta. Existem, no entanto, várias indicações que, combinadas, dão a entender que essa fronteira pode ter correspondido a um limite claramente estabelecido na Antiguidade. Primeiro, deve-se identificar o local de Lebo-Hamate22 com a moderna Lebweh, cidade situada na região florestal da bacia hidrográfica que separa os rios Orontes e Litani, cerca de 24 quilômetros a nordeste de Baalbek, junto à estrada Ribla-Baalbek. O local é atestado em textos egípcios, assírios e clássicos23 como uma cidade de certa proeminência. Situada entre Cades do Rio Orontes e Baalbek, Lebo-Hamate ficava num território geralmente reconhecido na Antiguidade como fronteira importante no vale de Bega (1Rs 8:65-1Cr 13 5:2Cr 7.8). Segundo, em vez de Lebo-Hamate, Ezequiel (Ez 47:16) faz referência a Berota, uma cidade que, em outros textos, está situada no centro do vale de Bega' (2Sm 8:8) e, conforme geralmente se pensa, deve ser identificada com a moderna Brital, localizada logo ao sul de Baalbek. Contudo, Ezequiel detalha que Berota fica "entre o território de Damasco e o território de Hamate", i.e., na fronteira entre os dois territórios (2Rs 23:33-25.21 afirmam que Ribla [Rablah] está localizada "na terra de Hamate"). Parece, então, razoável supor que Ezequiel estava descrevendo esse trecho da fronteira norte de Israel de uma maneira que correspondia bem de perto a uma zona tampão, internacionalmente reconhecida em sua época. O livro de Números situa a fronteira norte entre Lebo-Hamate e o Mediterrâneo, especificamente no monte Hor, um acidente geográfico que não é possível identificar definitivamente, mas que deve se referir a um dos montes mais altos do maciço do Líbano ao norte, entre Lebweh e o mar. Vários desses montes elevados, tanto no interior (Akkar, Makmel, Mneitri, Sannin) quanto junto ao litoral (Ras Shakkah), têm sido identificados com o monte Hor mencionado na Biblia. Embora, em última instância, qualquer sugestão seja especulação, é possível desenvolver fortes argumentos em favor da identificação do monte Hor com o moderno monte Akkar. Primeiro, conforme já mencionado, em outros pontos parece que a fronteira norte seguiu a linha de uma antiga divis natural. O trecho ocidental da mesma divisa se estendia de Homs para oeste, ao longo daquilo que é conhecido pelo nom de depressão Trípoli-Homs-Palmira . Correndo ao longo de boa parte dessa depressão, havia também o rio el-Kabir, que deságua no Mediterrâneo logo ao sul da atual Sumra/Simyra. Essa depressão ficava próxima de um limite estabelecido durante vários períodos da Antiguidade, e constitui hoje em dia a fronteira entre os países modernos da Síria e do Líbano.24 Justaposto a esse vale, na extremidade setentrional do maciço do Líbano, fica o altaneiro monte Akkar. Ao contrário de outros candidatos a monte Hor, o monte Akkar se ergue ao lado dessa divisa que existe desde a Antiguidade. Além do mais, chama a atenção que, em vez de relacionar c monte Hor entre o Mediterrâneo e Lebo-Hamate na fronteira norte, Ezequiel (47.15; 48,1) faz referência ao "caminho de Hetlom", localidade desconhecida, mas que talvez se revele no nome da moderna cidade de Heitela, situada cerca de 37 quilômetros a nordeste de Trípoli e a apenas cerca de 3 quilômetros do rio el-Kabir.25 Devido à localização certa de alguns lugares e à repetida sugestão de que outros lugares poderiam ser associados àquilo que foi uma inquestionável fronteira na Antiguidade, parece possível que a fronteira norte de Israel se estendesse ao longo da extremidade norte dos montes Líbano e Antilíbano, seguindo o curso do rio el-Kabir até as proximidades do lago de Homs e, então, rumasse para o sul pelo vale de Bega até as encostas externas da serra do Antilíbano (a região de Lebo-Hamate). Em seguida, margeando aquela serra, fosse na direção leste até o deserto Oriental (as adiacências de Sadad), de onde basicamente seguia as margens do deserto até a região do monte Haura. Numa primeira leitura, outros textos bíblicos parecem indicar que a fronteira de Israel se estendia até "o grande rio Eufrates" (e.g., Gn 15:18; )s 1.4; cp. Dt 11:24). Um dos problemas na decifração dessa expressão tem a ver com sua verdadeira aplicação: pode-se empregá-la para descrever a fronteira norte de Israel (e.g., Gn 15:18; cp. Ex 23:31) ou a fronteira leste de Israel (e.g., Dt 11:24). Essa ambiguidade tem levado alguns escritores a interpretar a terminologia desses textos não como uma descrição de fronteira, e sim como a idealização de limites territoriais, antecipando a grandeza do reino de Davi e Salomão, quando o controle israelita chegou tão longe quanto o Eufrates (1Rs 4:21-1Cr 18.3; 2Cr 9:26). E possível encontrar base para tal ideia na referência mais expansiva e conclusiva ao "rio do Egito (o braço mais oriental do delta do Nilo) no texto de Gênesis 15, ao passo que o texto de Números 34:5, sobre a fronteira territorial, e o texto de Josué 15.4, sobre a fronteira tribal (cp. Ez 47:19-48.28), mais especificamente limitam aquela fronteira sul ao "ribeiro/uádi do Egito" (u. el-Arish). Outros estudiosos consideram que a descrição mais ampliada de Gênesis 15 tem relação geográfica com o nome da província persa (assíria? "Além do Rio", que designava o território da Palestina e da Síria (cp. Ed 4:10-11,16,17,20; 5.3; 6.6,8; 8.36; Ne 2:7-9; 3.7),26 ao passo que os textos de Números 34 e Josué 15 teriam em mente apenas a geografia da terra de Canaã. Ainda outros estudiosos consideram que as palavras "o grande rio" se refere ao rio el-Kabir, mencionado acima, às quais mais tarde se acrescentou uma interpolação ("Eufrates")27 Afinal, o nome árabe moderno desse rio (nahr el-Kabir) significa "o grande rio" - um nome bem merecido, pois o el-Kabir drena a maior parte das águas das serras litorâneas do Líbano. Nesse cenário final, em meio à realidade política da Monarquia Unida, "o grande rio" pode ter assumido um duplo significado, referindo-se tanto à fronteira norte real de Israel no el-Kabir quanto à fronteira idealizada no Eufrates. De qualquer maneira, o nome Eufrates não consta de textos que descrevem as fronteiras específicas do Israel bíblico.

FRONTEIRA LESTE
(Nm 34:10-12; Js 13:8-23; cp. Ez 47:18) A identificação da fronteira leste ou oriental depende de dois assuntos relacionados: (1) a linha estabelecida para a fronteira norte; (2) a relevância atribuída às batalhas contra Siom e Ogue (Nm 21:21-35). Com relação à fronteira oriental, a localização de todos os lugares mencionados é conjectura, exceção feita ao mar da Galileia e ao rio Jordão. Mas é justamente em relação ao rio Jordão que surge uma questão importante: os territórios a leste do Jordão e no final ocupados pelas tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental ficavam fora ou dentro do território dado a Israel? Em outras palavras, Israel começou a ocupar sua terra quando atravessou o Jordão (Is
3) ou quando atravessou o rio Arnom (Nm 21:13; cp. Dt 2:16-37; Jz 11:13-26)? Muitos estudos recentes adotam a primeira opção, com o resultado de que a fronteira oriental de Israel tem sido traçada no rio Jordão, entre o mar da Galileia e o mar Morto. Entretanto, é possível que essa ideia tenha sofrido grande influência da hinologia crista28 e deva inerentemente abraçar a premissa de que a fronteira oriental do Israel bíblico corresponda à fronteira oriental da entidade conhecida como Canaã. Essa ideia conflita com Josué 22 (esp. v. 9-11,13,32), que é um claro pronunciamento de que as três tribos da Transiordânia fazem parte de Israel e de suas 12 tribos, mas assim mesmo lhes foram dados territórios além da fronteira oriental de Canaã (que termina de fato no rio Jordão). Fazendo nítida distinção com "terra de Canaa" (Js 22:9-10,32), aquelas tribos receberam terras em Basã (Is 13:11-12; 17.1; 20.7; 22.7), em Gileade (Is 13:31-17.
1) e no Mishor ("planalto", Is 13:9-20.8).29 O peso de certos dados bíblicos pode sugerir uma hipótese alternativa, de que a fronteira da terra dada a Israel deveria se estender na direção leste até as margens do deserto Oriental, ficando mais ou menos próxima de uma linha que se pode traçar desde a região do monte Haura (o final da fronteira norte) até o deserto de Quedemote (perto do Arnom), o lugar de onde Moisés enviou espias para Siom, rei de Hesbom (Dt 2:24-26), e que, mais tarde, foi dado à tribo de Rúben (Js 13:18). Três linhas de raciocínio dão apoio a essa hipótese.

1. Deuteronômio 2-3 recapitula as vitórias obtidas contra Siom e Ogue e a entrega do território deles às duas tribos e meia de Israel. Essa entrega incluiu terras desde o Arnom até o monte Hermom, abarcando as terras do Mishor, de Gileade e de Basa até Saleca e Edrei (Dt 3:8; cp. 4.48; Js 13:8-12). Ao mesmo tempo, Deuteronômio 2.12 declara que, assim como os edomitas haviam destruído os horeus a fim de possuir uma terra, Israel de igual maneira desapossou outros povos para ganhar sua herança. Aqui a escolha das palavras é inequívoca e logicamente há apenas duas possíveis interpretações para a passagem: ou é uma descrição histórica daquelas vitórias obtidas contra os dois reis amorreus - Siom e Ogue - ou é uma insercão bem posterior no texto, como uma retrospectiva histórica para descrever o que, por fim, ocorreu na conquista bíblica liderada por Josué. Ora, em Deuteronômio 2.12 a questão não é se expressões pós-mosaicas existem no texto bíblico, mas se esse versículo é uma dessas expressões. Parece que a totalidade desse capítulo apresenta uma defesa bem elaborada que gira em torno de uma clara distinção entre aqueles territórios excluídos da herança de Israel (Edom, Moabe, Amom) e aqueles incluídos em sua herança (Basã, Gileade, Mishor). Nesse aspecto, parece que o versículo 12 afirma que tanto Edom quanto Israel receberam seus respectivos territórios devido à prerrogativa soberana, não à habilidade militar. Por causa disso, identifica-se um claro motivo teológico de por que Israel não deve conquistar terras além de seu próprio perímetro (cp. Jz 11:13-28; 2Cr 20:10; v. tb. Dt 2:20-22 - um êxodo amonita e edomita?). Se esse é o caso, então o versículo 12 é parte da estrutura de toda a narrativa e não pode ser facilmente rejeitado sob a alegação de trabalho editorial. Mas, mesmo que o versículo 12 seja interpretado como inserção posterior, ainda continua havendo uma nítida afirmativa semelhante nos versículos 24:31, os quais normalmente não são considerados inserções posteriores.30 Se a interpretação correta desses versículos é que, no desenvolvimento do tema, os acontecimentos históricos em torno da derrota dos reis Siom e Ogue fazem parte integral da narrativa como um todo, então o versículo 12 é uma declaração totalmente lúcida e clara sobre a fronteira oriental de Israel (Js 12:6).

2. Por determinação de Deus, na designação das cidades de refúgio (Nm 35:9-34; Dt 4:41-43; 19:1-10; Js 20:1-9) e das cidades levíticas (Lv 25:32-33; Nm 35:1-8; Js 21:8-42; 1Cr 6:54-81) levou-se devidamente em conta o território a leste do rio Jordão; no caso das cidades levíticas, dez das 48 estavam situadas em território transjordaniano. Enquanto o território da tribo de Manassés foi dividido como consequência do pedido daquela própria tribo, a herança territorial de Levi foi repartida por ordem divina, uma ideia que parece ilógica e até mesmo absurda caso se devam excluir, da herança de Israel, os territórios a leste do Jordão.

3. As atitudes demonstradas por Moisés (Nm
32) e Josué (Is
22) são consistentes com essa tese. Embora no início Moisés tenha feito objeção quando confrontado com o pedido de herança na Transjordânia, é crucial entender a natureza de sua resposta. Ele destacou que havia sido um esforço nacional que levara ao controle israelita dos territórios orientais; qualquer diminuição de esforço poderia enfraquecer a resolução das tribos restantes e conduzir, em última instância, à condenação divina. Como resultado, Moisés estabeleceu uma pré-condição antes de as duas tribos e meia poderem receber a herança transiordaniana: seus homens armados deviam se juntar aos demais na luta para conquistar Canaã! A preocupação de Moisés não era que isso seria irreconciliável com o plano e propósitos de Deus, mas que houvesse justiça e se evitasse o desânimo. Mais tarde, quando as duas tribos e meia cumpriram o voto e a terra de Canaã foi conquistada, Josué, orientado por Deus, despachou aquelas tribos - com a bênção e a instrução do do Senhor - para a herança que tinham por direito.

E possível que se levante a objeção de que essa hipótese não se harmoniza com Números 34:10-12, em que o rio Jordão claramente demarca a fronteira oriental. Pode-se talvez tratar essa objeção tanto geopolítica quanto contextualmente. Por um lado, é possível argumentar que Números 34 está delineando as fronteiras da terra de Canaã (que no lado oriental se estendia até o Jordão) e não a totalidade da terra dada ao Israel bíblico (v. 2,29). Por outro lado, parece que o contexto de Números 34 se refere à terra que, naquela época, continuava não conquistada, mas que, por fim, seria ocupada pelas restantes nove tribos e meia (v. 2,13-15; cp. Dt 1:7-8). Sendo um objetivo territorial que ainda não tinha sido alcançado na narrativa, aquela área delimitada se contrapunha claramente aos territórios já conquistados e anteriormente controlados por Siom e Ogue (Nm 21), mas agora teoricamente dados às tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental (Nm 32). Por isso, parece que Números 34 descreve um território que ainda devia ser conquistado (Canaã), em contraste com a totalidade do território que Deus dividiu e destinou para ser a herança do Israel bíblico. À luz dessas considerações parece, então, que não há necessariamente nenhuma discrepância entre essa narrativa, outros textos bíblicos relacionados à posição da fronteira oriental e uma hipótese que situa a divisa oriental ao longo da fronteira do grande deserto Oriental.

FRONTEIRA SUL
(Nm 34:3-5; Js 15:1-4; cp. Ez 47:19-48.
28) À questão crucial a decidir sobre a fronteira sul de Israel é onde essa fronteira encostava no mar Mediterrâneo. Isso acontecia no "rio" do Egito (o trecho mais a leste do delta do Nilo) ou no "ribeiro/uádi" do Egito (o u. el-Arish)? Todos os quatro textos bíblicos que delineiam a fronteira sul de Israel empregam o lexema nahal ("ribeiro/uádi") e não nahar ("rio").31 A expressão "o uádi [da terra) do Egito" ocorre em textos cuneiformes já da época de Tiglate-Pileser III e Sargão II, textos esses que descrevem ações militares ao sul de Gaza, mas não dentro do Egito.32 Na descrição de como Nabucodonosor tentou formar um exército para guerrear contra os medos, o livro de Judite (1.7-11) fornece uma lista detalhada de lugares: Cilícia, Damasco, as montanhas do Líbano, Carmelo, Gileade, Alta Galileia, Esdraelom, Samaria, Jerusalém... Cades, o uádi do Egito, Tafnes, Ramessés, Goshen, Mênfis e Etiópia. A sequência geográfica desse texto está claramente prosseguindo para o sul, situando então o uádi do Egito entre Cades (ou Cades-Barneia ou Cades de Judá) e Tafnes (T. Defana, um posto militar avançado na principal estrada entre a Palestina e o delta do Nilo) [v. mapa 33]. Também se deve observar que, em Isaías 27.12, a Lxx traduz nahal misrayim ("ribeiro/uádi do Egito") como Rhinocorura, a palavra grega que designa a colônia do período clássico que, hoje em dia, é ocupada pela cidadezinha de El-Arish .33 O vasto sistema do uádi el-Arish é o aspecto geográfico mais proeminente ao sul das áreas povoadas da Palestina. Ele tem um curso de quase 240 quilômetros antes de desaguar no mar Mediterrâneo cerca de 80 quilômetros ao sul de Gaza, drenando a maior parte do norte do Sinai, as regiões ocidentais do moderno Neguebe e parte do sul da Filístia . Às vezes, na descrição feita por geógrafos modernos, o uádi el-Arish está situado numa fronteira geológica natural entre o planalto do Neguebe e o Sinai.3 Todos esses dados favorecem a identificação do "ribeiro/uádi do Egito" que aparece na Biblia com o uádi el-Arish.35 Relacionada a esses dados está a questão da localização de Cades-Barneia. Ao longo da margem ocidental do moderno planalto do Neguebe, existem três fontes importantes que têm sido associadas com esse local: Ain Qadeis, Ain Qudeirat (cerca de 11 quilômetros a noroeste) e Ain Quseima (6 quilômetros ainda mais a noroeste). Todas as três fontes estão localizadas ao longo do limite geológico do u. el-Arish, nenhuma é claramente eliminada com base em restos de artefatos de cerâmica e cada uma oferece dados próprios a considerar quando se procura determinar a localização de Cades-Barneia. A candidatura de Ain Oadeis se fundamenta em três considerações: (1) Cades-Barneia aparece antes de Hazar-Hadar e Azmom nas duas descrições biblicas de fronteira (Nm 34:4: Is 15:3-4) que apresentam uma sequência leste-oeste; (2) esse lugar tem o mesmo nome da cidade bíblica; (3) está localizado junto à margem de uma ampla planície aberta, capaz de acomodar um grande acampamento.
Agin Qudeirat tem a vantagem de um suprimento de água abundante, de longe o maior da região. E Ain Queima está localizada bem perto de um importante cruzamento de duas estradas que ligam o Neguebe ao Sinai e ao Egito . Por esse motivo, não é de surpreender que, num momento ou noutro, cada um dos três locais tenha sido identificado como Cades-Barneia. Com base nos textos bíblicos, infere-se que Israel acampou em Cades-Barneia a maior parte dos 40 anos (Dt 1:46-2.14). Em termos geográficos, toda essa área apresenta um ambiente em geral adverso e desolador para a ocupação humana, de modo que é possível que todos esses três lugares e também todo o território intermediário fossem necessários para acomodar o acampamento de Israel. De qualquer maneira, por razões de praticidade, o mapa situa Cades-Barneia em Ain Oadeis, Hazar-Hadar em Ain Oudeirat e Azmom em Ain Queima, embora essas identificações sejam bastante provisórias. Assim como aconteceu com as demais, é muito provável que a fronteira sul de Israel tenha sido estabelecida basicamente em função de aspectos geográficos naturais. Seguindo uma linha semicircular e saindo do mar Morto, essa fronteira provavelmente se estendia na direção sudoeste, passando pelo Vale do Rifte e por Tamar, e indo até as cercanias do uádi Murra. Daí prosseguia, passando pela serra de Hazera e chegava à subida de Acrabim ("subida dos escorpiões"), que em geral é associada a Negb Safa.3 Ali uma antiga estrada israelense vem de Berseba, atravessa lebel Hathira e chega, numa descida ingreme, até o uádi Murra A partir daí é razoável inferir que a fronteira continuava a seguir o contorno do uádi, num curso para o sudoeste, até que alcançava as proximidades de um corredor estreito e diagonal de calcário turoniano que se estende por cerca de 50 quilômetros, desde o monte Teref até o monte Kharif, e separa o pico de Rimom da área de terra eocena logo ao norte. Depois de atravessar até a outra extremidade desse corredor, fica-se a uma distância de apenas uns oito quilômetros do curso superior do uádi Kadesh (um tributário do sistema de drenagem el-Arish). Seguindo o tributário, passando por Ain Qadeis (Cades-Barneia), então por Ain Qudeirat e Ain Queima, parece que a fronteira meridional seguia ao longo de todo esse "ribeiro/uádi do Egito" até o Mediterrâneo.

PALESTINA - relevo e vegetação
PALESTINA - relevo e vegetação
PALESTINA - Fronteira
PALESTINA - Fronteira

A DISTRIBUIÇÃO DAS TRIBOS NA TERRA

Depois de quatro batalhas registradas (e sem dúvida de outras que não foram registradas), a entrada de Israel foi consolidada e a terra foi distribuída a cada tribo (Js13-19). À luz das promessas patriarcais relacionadas à posse da terra - promessas repetidas muitas vezes e aguardadas por longo tempo (Gn 15:18-21; Ex 23:23-33; Nm 34:1-29; Dt 11:24-25; cp. Js 1:2b-6) - talvez seja surpreendente o fato de que a distribuição em si não tenha sido feita imediata ou espontaneamente numa única cerimônia. Em vez disso, parece que a terra foi gradualmente distribuída ao longo do tempo, como parte de pelo menos três cerimônias distintas. Territórios que Moisés havia no início distribuído às duas e meia tribos transjordanianas (Rúben, Gade e Manassés do Leste), quando ainda estavam na planície de Moabe, agora foram oficialmente reconhecidos e delineados em detalhes geográficos mais específicos (Js 13:8-32; 14.3a; cp. Nm 32:34-13-15). Não é certo se essa cerimônia fez ou não parte daquela descrita no discurso de despedida de Josué a essas tribos (Js 22:1-9). Em caso afirmativo, esse acontecimento se deu na cidade de Siló (cp. 22.9). Mais tarde, em outra cerimônia (cp. Js 14:3a), a tribo de Judá e as duas tribos de José (Efraim e Manassés do Oeste) receberam sua herança por meio de sorteio em Gilgal (Js 14:6; cap. 15-16). Como parte dessa cerimônia, Calebe foi premiado com a cidade de Hebrom, que ficava na tribo de Judá, como sua herança (Js 14:13-15).
Ainda mais tarde (cp. Js 18:2), o texto bíblico diz que as "sete tribos" restantes receberam sua herança por meio de sorteio (Js 18:1-8,10; 19.51; cap. 18-19). Essas sete tribos são: Aser, Naftali e Da (descendentes dos três filhos que Jacó teve com as servas das esposas), as quais ainda não haviam recebido sua herança; Issacar, Zebulom e Simeão (descendentes de Leia, que receberam território na Galileia ou numa porção que já havia sido designada para a tribo de Judá (Is 19:1b,9]); e Benjamim (os descendentes de Raquel que restaram). Como parte dessa distribuição final, Josué recebeu a cidade de Timnate-Sera, situada em sua tribo, Efraim (Js 19:49-50). As tribos de Levi (Js 13:14-33; 14.36,4; 18.7; cp. 21:1-42) e Simeão (Js 19:1b,
9) receberam apenas cidades em áreas que já haviam sido distribuídas a outra tribo; não receberam herança independente (Gn34.25-30).
Assinala-se com frequência que a distribuição de terras para as tribos tende a se conformar a dois padrões básicos de descrição. Parece que um desses padrões envolve uma lista autêntica de fronteiras, pois o perímetro de terra distribuído a uma tribo é apresentado em termos específicos e frequentemente detalhados, estendendo-se de um ponto a outro. Como regra geral, parece que nesse padrão existe uma correlação entre o volume de detalhes fornecidos e a proximidade geográfica com Jerusalém. As fronteiras de Judá (Js 15:1-15), Efraim (Js 16:5-10) e Benjamim (Js 18:11-20) são as mais detalhadas; as fronteiras de Zebulom (Js 19:10-16) e Naftali (Js 19:32-39) na Galileia são menos detalhadas; as fronteiras transjordanianas são bem incompletas.
Uma descrição mais precisa do outro padrão de distribuição de terras pode ser a de lista de cidades, em que uma tribo recebe um grupo de cidades que são identificadas nominalmente, às vezes em relação a uma massa de água ou ao nome de uma região. Exemplos incluem a herança de Manassés do Leste (Js 13:29-31), a herança de Issacar (Js 19:17-
23) e a herança de Da (Js 19:40-46). No caso de duas tribos - Judá (Js 15:1-12,20-63) e Benjamim (Js 18:11-20,21-28) - a informação aparece nos dois padrões. Quando se avaliam as fronteiras tribais formuladas em Josué e representadas nesse mapa, é preciso ter em mente essa distinção qualitativa dos padrões de descrição.

AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO

Como parte do processo de distribuição territorial, membros da tribo de Levi viajaram a Siló, onde a questão de sua herança foi tratada à parte e detalhadamente. Levi não recebeu nenhuma porção determinada e independente de terra tribal (Js 13:14-33; 14.36,4; 18.7; cp. Js 21). Em vez disso, um total de 48 cidades e respectivas pastagens ao redor foram dadas aos levitas mediante sorteio e ocupadas de acordo com suas linhagens (Is 21:41; cp. Nm 35:7). As genealogias bíblicas atribuem três filhos a Levi: Gérson, Coate e Merari (Gn 46:11; Ex 6:16; Nm 3:17-26.57; 1Cr 6:16-23.6). Contudo, como a genealogia de Coate incluía Arão e Moisés, o registro bíblico se aprofundou na denominada "linhagem araônica" e lhe concedeu status sacerdotal mais elevado (1Cr 6:2-15). Como consequência, a narrativa de losué 21 e o texto sinótico de 1 Crônicas 6 dividiram os levitas em quatro famílias identificáveis, em vez de três, e a classificação das cidades foi feita basicamente no sentido horário, começando em Judá:

Uma análise do mapa deixa claro que algumas cidades levíticas estavam situadas em território que ficava fora da área controlada permanentemente por Israel e que só veio a ser dominado pelos israelitas na época de Davi e Salomão (e.g., Gezer, Taanaque, Ibleão, Naalal e Reobe [Jz 1]). Além disso, umas poucas cidades levíticas situadas dentro da área controlada permanentemente por Israel não revelam indícios arqueológicos claros de ocupação antes da época da monarquia israelita (e.g., Gola, Mefaate, Hesbom, Estemoa [?]) 16 Isso talvez indique uma propensão editorial por detalhes e por registro de dados do tipo que se vê claramente no período monárquico. Ou, à semelhança da distribuição territorial encontrada logo antes, nos capítulos 13:19, essa lista de cidades reflita talvez uma perspectiva ideal/ utópica daquilo que, em termos abstratos, foi atribuído às várias tribos e no devido tempo iria ocorrer na nação de Israel.161 Em vista do papel central e influente dos sacerdotes, em particular na história pré-monárquica de Israel, é talvez surpreendente que algumas cidades ligadas a atividades sacerdotais de uma época mais antiga não tenham sido identificadas como cidades levíticas e não tenham sido incluídas nessa lista. Lugares excluídos foram, por exemplo, Betel (Gn 12:8-35.
7) e Berseba (Gn 26:23), que são os primeiros lugares citados nos textos bíblicos em que os patriarcas de Israel erigiram altares em Canaa e adoraram lahweh. Gilgal (Js 4:19), Siló (Js 18:1-19.51; Jz 18:31-1Sm 2.14b; 4,4) e Betel (Jz 20:26), locais em que a arca da alianca esteve abrigada no Israel antigo, estão ausentes da lista. Também faltam Ramá e Mispá de Benjamim (1Sm 7:15-17), locais associados ao vidente Samuel, que ofereceu sacrifícios pelo povo de Israel (1Sm 9:9), ungiu Saul e Davi (1Sm 10:1-16.
13) e desempenhou um papel pioneiro na ordem eclesiástica pré-monárquica de Israel (1Sm 7:9-9.13 10:8-16:1-5). Por fim, seis cidades levíticas também foram separadas para serem "cidades de refúgio/asilo" (Is 20:2; Nm 35:6). Essa era uma terra em que a justiça era, em grande parte, ministrada no nível local. O derramamento de sangue "profanava a terra" e requeria vingança (Nm 35:33-34) - a qual era de responsabilidade do parente mais próximo ou então de um representante dos anciãos de determinada cidade, designado "vingador do sangue" (Nm 35:12; Dt 19:6-12; Js 20:3-5,9). 162 Por isso, era preciso também tratar da questão de proteger quem era realmente inocente. Começando já na legislação sinaítica, Israel mantinha uma clara distinção entre assassínio premeditado (Êx 21.12,14,15) e homicídio inocente (Èx 21.13). Como consequência, nesse aspecto a lei cuidou de criar um "espaço seguro" (Nm 35:6-9- 15; Dt 4:41-43; 19:1-10), que eram essas seis cidades que Josué separou para ministração da justiça no caso de homicídio acidental (bishgaga, "por engano") ou sem intenção (bli-daat, "sem conhecimento"). A pessoa responsável pelo homicídio tinha acesso à justiça. Uma vez que todos esses seis lugares eram cidades levíticas, ocupadas por aqueles incumbidos dos deveres sacerdotais de adoração e instrução na lei (Nm 1:47- 54; 3:5-10; Dt 10:8-33:8-10), é razoável supor que os ensinos da aliança sinaítica a respeito do assunto tenham sido conhecidos e praticados naqueles lugares. Três cidades de refúgio foram escolhidas em ambos os lados do rio Jordão, localizadas em pontos de fácil acesso. Os seis locais, dentro de regiões diferentes sob o controle de Israel (Js 20:7-9), propiciavam acesso razoavelmente igual para todas as tribos (v. a localização de Quedes (T. Qedesh), em Naftali; Siquém (T. el-Balata), em Manassés do Oeste; Hebrom (j. er-Rumeida), em Judá; Gola (Sahm el-Jaulan), em Manassés do Leste; Ramote-Gileade (T. ar-Ramith), em Gade; e Bezer (Umm al-'Amad), em Rúben].

AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO
AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos da Palestina
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Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

HESBOM

Atualmente: JORDÂNIA
Mapa Bíblico de HESBOM



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Josué Capítulo 13 do versículo 1 até o 33
SEÇÃO II

JOSUÉ DIVIDE A TERRA PROMETIDA

Josué 13:1 — 21.45

A. O TERRITÓRIO NÃO CONQUISTADO, 13 1:6

A direção divina é dada a Josué quando este já está em idade avançada (1). A divisão da terra entre as tribos não deve ser postergada. O inimigo ainda tinha fortalezas no território filisteu, na região sudoeste. No lado noroeste, os fenícios ainda eram fortes (2-6). As nove tribos e meia teriam a responsabilidade de ocupar aquelas áreas. Elas esta-vam certas de que o Senhor lançaria os inimigos de diante dos filhos de Israel (6).

Esta seção destaca várias verdades importantes.

  1. Nenhuma pessoa possui tempo suficiente para fazer toda obra que precisa ser feita. Ainda muitíssima terra ficou para possuir (v. 1). Josué foi uma pessoa que come-çou a servir ao Senhor em sua juventude. Embora tenha trabalhado diligentemente, tudo indica que ele estava ciente de que "a noite vem, quando ninguém pode trabalhar" (Jo 9:4).
  2. Depois de toda uma vida de trabalho ainda restaria muita terra para que as tribos conquistassem. A vida de Josué abriu muitas portas pelas quais outros poderiam entrar. Cristo falou o seguinte sobre aqueles que o seguiriam: "Aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas" (Jo 14:12).
  3. É muito provável que a idade traga uma mudança no nosso chamado. Josué foi guerreiro pela maior parte de sua vida. Agora, assume a tarefa administrativa de ajus-tar as heranças, como já to tenho mandado (v.6). Ele permaneceu debaixo das ordens divinas, embora sua vocação tenha sido mudada.
  4. Os dons de Deus, freqüentemente, são pequenos locais nas fronteiras das gran-des possessões. Eu os lançarei (v. 6) sugere que Deus esperava que os israelitas desen-volvessem aquilo que lhes fora dado. Aquilo que eles receberam só era seguro se fosse desenvolvido (cf. 2-6).

(5) Deus espera que seu povo seja diligente em seus negócios (cf. Rm 12:11). A distri-buição foi cuidadosamente detalhada. Isso impediu numerosos litígios posteriores com relação à disputa das fronteiras. Obviamente um registro autêntico de cada lote era disponibilizado quando necessário. 1 As transações comerciais realizadas pelo povo de Deus nunca devem ser feitas descuidadamente.

  1. O REGISTRO DAS TERRAS A LESTE DO JORDÃO, 13 7:33

Aqui é feita uma descrição geral de todo o país a leste do Jordão, determinado por Moisés às tribos de Rúben, Gade e à meia tribo de Manassés (8-13). Logo depois, existe um relato detalhado dos vários distritos distribuídos a cada tribo (14-33; veja mapa). O território de Rúben está mais ao sul. Esta tribo recebe o planalto das terras altas do oriente (15-21). Sua fronteira ocidental é o Jordão. A fronteira oriental não está estipula-da, mas é determinada pelo deserto. Este é o território que foi conquistado durante a administração de Moisés (Nm 21:24-31.8). Os líderes das tribos capturadas eram cha-mados de príncipes (21). Gade estabeleceu-se ao norte da tribo de Rúben. O reino de Ogue e a porção norte de Gileade foram entregues à meia tribo de Manasses.

A tribo de Levi é mencionada duas vezes (14 e
33) como a que não recebeu território algum. Os sacrifícios queimados do Senhor, Deus de Israel, são a sua herança (14) e o Senhor, Deus de Israel, é a sua herança (33). Desse modo, aqueles servos de Deus responsáveis pelo bem-estar espiritual de toda a comunidade foram aliviados dos negócios terrenos e atenciosamente recebiam provisões para as necessidades da vida.

Também os filhos de Israel mataram a fio de espada a Balaão (22; cf. Nm 31:8). Este homem foi citado várias vezes por outros historiadores (cf. Js 24:9-10; Ne 13:2; Mq 6:5-2 Pe 2.15; Jd 11 e Ap 2:14). Sua biografia (cf. Nm 22 ; 23;
24) sugere várias verdades valiosas. (1) O abuso dos dons espirituais é pecado. (2) Aquele que busca a luz de Deus com o objetivo de obter o dinheiro dos homens desvaloriza o poder espiritual. (3) O amor ao dinheiro produz fracasso espiritual. (4) Ser falso para com a consciência de uma pessoa leva a práticas corruptas. (5) A punição certamente chega, embora ela pare-ça tardia. (6) O prazer do pecado tem vida curta (cf. Mt 16:26). (7) A posse dos dons espirituais não é garantia de salvação. (8) Aquele que não usa seus dons espirituais para a glória de Deus conclui sua vida como "alguém que poderia ter sido". (9) Aquele que propaga o mal por meio dos dons espirituais deixa de ser contado entre o povo de Deus.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Josué Capítulo 13 do versículo 1 até o 33
*

13.1—21.45

A terceira seção principal do livro detalha a divisão da Terra Prometida entre as tribos. A significação desses capítulos se torna explícita em 21:43-45. As listas de fronteiras e cidades representam o conteúdo objetivo das promessas de Deus. Embora muitos dos lugares não sejam mais conhecidos, e embora a partilha das terras aqui não signifique em todos os casos que a tribo designada realmente ocupava as mesmas (23.13), não obstante podemos ver nesta passagem um testemunho esmerado da fidelidade do Senhor.

* 13:1

Era Josué, porém, já idoso. O que fica implícito é que novas conquistas não teriam lugar sob as suas ordens.

muitíssima terra ficou. O livro de Josué fala tanto do cumprimento completo das promessas de Deus (11.23; 21.45), como da natureza incompleta de possessão da Terra Prometida (p.ex., 13 1:23-4,5). Conforme a perspectiva do Novo Testamento da natureza completa daquilo que nos foi dado em Cristo, e a futura expectação do que ainda resta (p.ex., Ef 1:3,14). Enquanto o livro de Josué testifica a Israel acerca da experiência da completa fidelidade do Senhor, a promessa permanecia, apontando para o futuro. Ver notas em 1.4; 21.45 e Gn 13:15.

* 13:3

que se considera como dos cananeus. Estritamente falando, os filisteus não eram cananeus, mas o território deles ficava na terra de Canaã e estava incluído nas promessas divinas feitas a Israel.

* 13:4

amorreus. Ver nota em 2.10.

* 13:6

reparte. Ver 14.2; 15.1, nota; 18.6 e 19.51.

herança. Ver nota em 1.6.

* 13:7

Manassés. O filho mais velho dos dois filhos de José. Ver Gn 48 e notas.

* 13 8:33

Assim como o sumário da conquista, no cap. 12 começou com os reis e seus territórios a leste do rio Jordão (12.1-6; conforme 1:12-15), assim também o relato da distribuição das terras começa com a divisão deste território às tribos de Rúben (vs. 15-23), Gade (vs. 24-28) e à meia tribo de Manassés (vs. 29-31), nos dias de Moisés. Sendo assim, o que Josué fez é considerado a conclusão daquilo que Moisés tinha começado. E assim foi afirmada a unidade de Israel, apesar da fronteira geográfica do rio Jordão (22,25) e do lapso de tempo entre a obra de Moisés e a obra de Josué. Ver cap. 22.

* 13:8

rubenitas. Rúben era o filho mais velho de Jacó, nascido de Lia (Gn 29:32; 35:22; 49:3,4 e notas).

gaditas.

Gade era o sétimo filho de Jacó, seu primeiro filho com Zilpa (Gn 30:9-11; 49:19 e nota).

* 13:13

não desapossaram. A significação desse fracasso dos israelitas tornar-se-á mais clara no livro de Juízes (Jz 1:27-36; 2.20—3.6).

até ao dia de hoje. Ver nota em 4.9.

* 13:14

tribo de Levi. Levi foi o terceiro filho de Jacó, que Lia lhe deu (Gn 29:34; 34:25; 49:5 e notas). O fato de Levi não ter recebido qualquer partilha de terras, nem de Moisés e nem de Josué, é explicado aqui e no v. 33 (também 14.3,4 e 18.7). Ver Dt 18:1-8. As doze tribos de Israel são contadas de diversas maneiras no Antigo Testamento. Quanto à divisão em doze territórios, os descendentes de José foram contados como duas tribos, Efraim e Manassés (14.4; Gn 48:5).

* 13:22

Balaão, filho de Beor. Ver Nm 31:8. Balaão estava associado ao "incidente de Peor" (Nm 31:16), referido em Js 22:17. A má influência de Balaão foi relembrada por longo tempo (2Pe 2:15; Ap 2:14).

adivinho. Um adivinho tenta chegar ao conhecimento das coisas por meios mágicos ou ocultos. Essa era uma prática comum entre os pagãos, mas proibida em Israel (Lv 19:26; Dt 18:9-14; 1Sm 15:23; 2Rs 17:17; 21:6; Is 2:6 e Ez 13:23).

* 13:33

Ver nota no v. 14.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Josué Capítulo 13 do versículo 1 até o 33
13-19 Os seguintes capítulos descrevem a maneira em que se repartiu a terra prometida entre as doze tribos. Primeiro, a tribo do Leví não devia receber nenhuma terra porque deviam dedicar todas suas energias a servir às pessoas, não a seus próprios interesses (13 14:21). Segundo, as tribos do Rubén e Gad e a meia tribo do Manasés já tinham recebido terras ao leste do Jordão, que Moisés lhes tinha dado (Números 32). Terceiro, as tribos do Judá e José (Efraín e a outra meia tribo do Manasés) receberam terras que seu ancestro Jacó lhes tinha prometido quatrocentos e cinqüenta anos antes (Gn 48:22;

Josué 15:17). As demais tribos se repartiram as terras restantes jogando sortes (capítulo 18).

Por meio da bênção original do Jacó a seus filhos (Gênese
49) e as bênções do Moisés às doze tribos (Deuteronomio
33) já se conhecia a classe de território que cada tribo receberia. As duas bênções foram proféticas porque, embora Josué jogou sortes para determinar as terras que receberiam as tribos restantes, tudo saiu como Jacó e Moisés o tinham profetizado.

13:1 Josué estava envelhecendo. Tinha entre oitenta e cinco e cem anos de idade nesse momento. Mas Deus, ainda tinha trabalho para ele. Nossa cultura muitas vezes glorifica aos jovens e fortes, e deixa de lado aos anciões. Entretanto, a gente maior está cheia da sabedoria que resulta da experiência. São muito capazes de servir se lhes dá a oportunidade e lhes deve animar a fazê-lo. Não permite aos crentes aposentar do serviço de Deus. E os que aconteceram a idade de aposentadoria não devem supor que o simples feito de ser maiores os desqualifica ou desculpa de servir na obra de Deus.

13:7 Grande parte da terra ficou sem conquistar nesse momento, mas o plano de Deus foi seguir adiante e incluir essa terra na distribuição entre as tribos. O desejo de Deus era que com o tempo os israelitas a conquistassem. Deus conhece o futuro e, ao mesmo tempo que vai guiando, já sabe das vitórias que nos esperam no futuro. Mas assim como os israelitas ainda ficavam batalhas por brigar, nós devemos enfrentar os problemas e liberar as batalhas de nossa terra não conquistada. Quais são nossas terras não conquistadas hoje? Podem ser territórios missionários no estrangeiro, a tradução da Bíblia em novos idiomas, novas regiões missionárias a nosso próprio ao redor, grupos de interesse ou instituições que necessitam uma obra redentora, problemas sociais ou éticos que terá que enfrentar, pecados não confessados, ou talentos e recursos não desenvolvidos. Qual é o território que Deus lhe deu para conquistar? Esse território é nossa "terra prometida". Nossa herança será um novo céu e uma nova terra (Ap 21:1), se nós, como o Israel, cumprimos a missão que Deus nos encomendou.

13:13 Os israelitas se encontraram com tantos problemas porque não cumpriram de maneira completa o mandato de conquistar a terra e jogar fora todos seus habitantes. A presença cancerosa dos povos restantes do Canaán causaram um sem-fim de dificuldades aos israelitas, conforme narra o livro de Juizes. Assim como eles não eliminaram totalmente o pecado de em meio da terra, os crentes muitas vezes não acabam de eliminar o pecado de suas vidas, com resultados igualmente desastrosos. A modo de prova para você mesmo, releia-os Dez Mandamentos de Ex 20:1-17 e pergunte-se: Sou tolerante com práticas ou pensamentos pecaminosos? aceitei a metade da medida como suficiente? Condeno a falta de outros, mas comuto as minhas?

13 15:23 Muitas vezes há uma relação interessante entre a terra que recebe uma tribo e o caráter do fundador da tribo. Por exemplo, a causa do caráter piedoso do José (Gn 49:22-26), as tribos que foram descendentes dele, Efraín e Manasés, receberam as terras mais ricas e férteis de toda Canaán. Judá, que se ofereceu a si mesmo em troca da segurança da vida de seu irmão Benjamim (Gn 44:18-34), recebeu a porção maior, a qual com o tempo se converteu no reino do sul e a sede da dinastia do rei Davi. Rubén, que teve relações com uma das esposas de seu pai (Gn 49:4), recebeu uma terra desértica, a região que se descreve aqui.

13:29 A tribo do Manasés se dividiu em duas meias tribos. Isto ocorreu quando muitas pessoas da tribo desejaram estabelecer-se ao leste do Jordão, em uma região que convinha de maneira especial a seu gado (Nu 32:33). O resto da tribo preferiu ficar ao oeste do Jordão, na terra do Canaán.

13:33 Os levita se dedicavam a servir a Deus. Necessitavam mais tempo e mobilidade do que podia dispor um proprietário de terras. lhes haver dado terras tivesse significado lhes carregar de responsabilidades e lealdades que tivessem impedido seu serviço a Deus. Em vez disso, Deus arrumou as coisas para que as demais tribos suprissem as necessidades dos levita por meio de doações. (Veja-se Nu 35:2-4 para saber como os levita deviam receber cidades dentro do território de todas as tribos.)

A TERRA QUE ATÉ FICAVA POR CONQUISTAR : Canaán agora estava controlada pelos israelitas, embora muita terra e várias cidades ainda ficavam por conquistar. Josué lhe disse ao ueblo que incluíram tanto as terras conquistadas como as não conquistadas nas herdades (Nu 13:7). Estava seguro que a gente terminaria a conquista como Deus o tinha mandado.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Josué Capítulo 13 do versículo 1 até o 33
IX. CONFIRMAÇÃO DA HERANÇA Transjordânia (Js 13:1)

1 Era Josué já velho e avançado em anos; eo Senhor disse-lhe: Tu és velho e avançado em anos, e ainda fica muitíssima terra para se possuir. 2 Esta é a terra que ainda fica: todas as regiões dos filisteus, e todos os gessuritas; 3 do Sior, que está defronte do Egito, até o termo de Ecrom para o norte, que é contado para os cananeus; os cinco chefes dos filisteus; os gazeu, o asdodeu, o asqueloneu, o giteu, e ecroneu; também os aveus, 4 , a sul; toda a terra dos cananeus, e Mearah, que pertence a Sidom, até Afeque, até a fronteira dos amorreus; 5 e a terra do Gebalitas, e todo o Líbano para o nascente do sol, desde Baal-Gade do monte Hermom, até a entrada de Hamate; 6 todos os habitantes da região montanhosa desde o Líbano até Maim, todos os sidônios;eles vão me expulsar de diante dos filhos de Israel: só colocar tu o a Israel por herança, como já te mandei. 7 Agora, pois, dividir esta terra por herança às nove tribos, e à meia tribo de Manassés.

Aqui começa a segunda parte do livro de Josué: a história da divisão da terra entre as tribos. O capítulo começa com uma referência à instrução de doação Senhor ao envelhecimento Josué. Orientação divina era tão necessária no estabelecimento de uma herança como na conquista de la em primeiro lugar.

Deus é tão importante durante o período do pós-guerra como durante os dias de guerra. Enquanto a batalha não é necessariamente à forte assim que a paz não é necessariamente para o sábio, se Deus é relegado para fora das discussões. Isto é tão verdadeiro para o cenário internacional conturbado do século XX como o foi para o antigo Israel. Em meio a mudança dos tempos esta verdade permanece inalterada.

Mesmo que ainda fica muitíssima terra para se possuir (v. Js 13:1 ), Josué foi dividir toda a área desde a posse final foi assegurada: eles vai me expulsar de diante dos filhos de Israel (v. Js 13:6 ). As principais seções onde uma forte resistência permaneceram foram na costa sudoeste, onde os filisteus foram localizados, e na parte norte do país, incluindo o Sidonians.

B. Josué CONFIRMAÇÃO DA HERANÇA Transjordânia (13 8:14'>13 8:14)

8 Com ele os rubenitas e os gaditas já haviam recebido a sua herança, que Moisés deu-lhes, além do Jordão para o oriente, como Moisés, servo do Senhor deu-lhes: 9 desde Aroer, que está à beira do vale do Arnon, ea cidade que está no meio do vale, e todo o planalto de Medeba até Dibom; 10 e todas as cidades de Siom, rei dos amorreus, que reinou em Hesbom, até ao termo dos filhos de Amom; 11 e Gilead, e o termo dos gesureus e dos maacateus, e todo o monte Hermom, e toda a Basã até Salca; 12 todo o reino de Ogue em Basã, que reinou em Astarote e em Edrei (o mesmo que restava do restante dos refains); para que Moisés feriu, e os expulsaram. 13 Contudo os filhos de Israel não expulsaram os gesureus, nem os maacateus: mas Geshur e Maacath habitar no meio de Israel até o dia de hoje. 14 Tão-somente à tribo de Levi não deu nenhuma herança; as ofertas de Jeová, o Deus de Israel, feitas por fogo são a sua herança, como ele lhe falava.

Josué confirmou a herança que Moisés tinha dado a Rúben, Gade e metade de Manassés no lado leste do rio Jordão (v. Js 13:8 ). Esta confirmação indicado integridade de Josué. Ele foi fiel às promessas feitas por Moisés.

Como muitas vezes situações de mudança estão autorizados a alterar acordos feitos de boa fé. Muito havia acontecido desde os dias de Moisés, mas Josué não esquecer ou qualificar promessa de Moisés para as tribos dois-e-um-metade. Mais essas pessoas de integridade são necessários em todas as esferas da vida.

HERANÇA C. Reuben (13 15:23'>13 15:23)

15 E Moisés deu à tribo dos filhos de Rúben, segundo as suas famílias. 16 E foi o seu território desde Aroer, que está à beira do vale do Arnon, ea cidade que está no meio do vale, e toda a planície por Medeba; 17 Hesbom, e todas as suas cidades que estão no planalto; Dibom, Bamote-Baal, e Bete-Baal-meon, 18 e Jasa, e Quedemote, Mefaate, 19 e Quiriataim, Sibma e Zerete-Saar, no monte do vale, 20 e Bete-Peor, e o faldas de Pisga e Bete-Jesimote, 21 e todas as cidades do planalto, e todo o reino de Siom, rei dos amorreus, que reinou em Hesbom, a quem Moisés feriu juntamente com os príncipes de Midiã, Evi, Requem, Zur , Hur e Reba, príncipes de Siom, que habitavam na terra. 22 também a Balaão, filho de Beor, o adivinho, fizeram os filhos de Israel mataram à espada entre o resto dos seus mortos. 23 E foi o termo de os filhos de Rúben foi o Jordan, e da fronteira do mesmo . Essa é a herança dos filhos de Rúben, segundo as suas famílias, as cidades e as suas aldeias.

Enquanto Moisés já havia atribuído a terra Trans-Jordan para Rúben, de Gad e da meia tribo de Manassés, tornou-se a responsabilidade de Josué para fixar os limites específicos. Reuben foi colocado no sul, Gad no centro e Manassés, no norte.

A tribo de Rúben era do filho primogênito de Jacó e foi o primeiro a ter a sua herança definido com precisão. O terreno atribuído a esta tribo foi delimitada a oeste pelo Mar Morto, a sul pelo rio Arnon, a leste por amonitas. Esta área, enquanto o menor dos três heranças, abraçou o reino de Siom. Para o sul foram os moabitas e ao leste foram os amonitas, os quais não estavam a ser incomodado por Israel, de acordo com a ordem divina (conforme Dt 2:9 ).

HERANÇA D. GAD'S (13 24:28'>13 24:28)

24 E deu Moisés à tribo de Gade, aos filhos de Gade, segundo as suas famílias. 25 E foi o seu território Jazer, e todas as cidades de Gileade, e metade da terra dos filhos de Amom, até Aroer, que está perante Rabá; 26 e desde Hesbom até Ramá-Mizpe, e Betonim; e desde Maanaim até o termo de Debir; 27 e no vale, Bete-haram, Bete-Ninra, Sucote e Zaphon, o resto do reino de Siom, rei de Hesbom, a Jordânia e da fronteira do mesmo , até o confins do mar de Quinerete além do Jordão para o oriente. 28 Esta é a herança dos filhos de Gade, segundo as suas famílias, as cidades e as suas aldeias.

O território de Gad foi delimitada a oeste pelo rio Jordão, ao sul com a tribo de Rúben, a leste por Ammon, no norte por Manassés. A metade da terra dos filhos de Amom ocupados por Gad foi apreendido a partir de Siom, que tomou-o da amonitas (v. Js 13:25 ).

E. SEMESTRE DE HERANÇA Manassés (13 29:33'>13 29:33)

29 E Moisés deu herança até a meia tribo de Manassés, e foi para a meia tribo dos filhos de Manassés segundo as suas famílias. 30 E foi o seu território desde Maanaim, todo o Basã, todo o reino de Og, rei de Basã e todas as aldeias de Jair, que estão em Basã, sessenta cidades: 31 e metade de Gileade, e Astarote e Edrei, cidades do reino de Ogue em Basã, foram para os filhos de Maquir, filho de Manassés, mesmo para a metade dos filhos de Maquir, segundo as suas famílias.

32 Essas são as heranças que Moisés distribuídos nas planícies de Moab, além do Jordão, na altura de Jericó, para o oriente. 33 Contudo, à tribo de Levi Moisés não deu herança; o Senhor, o Deus de Israel, é a sua herança, como lhes dizia .

A maior parte do território Trans-Jordânia foi ocupada pelo meia tribo de Manassés. Essa área engloba metade de Gileade e todos Basan. Foi delimitada a oeste pelo Mar da Galiléia e do vale do Jordão e ao sul pelo Gad. Suas fronteiras leste e norte foram expostos a constante ameaça de ataque por nômades. Bravos homens de Manassés defendeu esta fronteira com coragem. A vida não era fácil para eles e suas famílias, para a sua herança, muitas vezes estava em perigo.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Josué Capítulo 13 do versículo 1 até o 33
13.1 Terra... para... possuir. Parece contrastar com 11.23 - "tomou Josué toda esta terra..." (vela a nota).

13 1:33 Aqui a ordem inclui a distribuição e a divisão de territórios que não tinham sido conquistados. Foi parcialmente uma obra de fé, e parcialmente uma vocação para os israelitas edificarem sobre os fundamentos de Moisés e de Josué, tendo a mesma obediência e a mesma coragem. Houve ainda nações poderosas para se conquistar: os filisteus, os gesuritas, os avitas, os giblitas e os sidônios, nações que continuaram sendo um tropeço aos israelitas ainda por muitos séculos. Da mesma maneira, a obra espiritual de Moisés, levada a efeito por Jesus, ainda inclui um apelo para cada crente lutar contra as trevas em seu redor.
13.2 Gesur. "Ponte" ou "Terra da ponte". (Veja Dt 3:14; 1Cr 2:23).

13.3 Sior. "Negrura" ou "Escuridão". Às vezes, o nome indica o Rio Nilo (1Cr 13:5; Is 23:3);
2) "Defronte de Rabá" (13.25);
3) Uma cidade em Judá (1Sm 30:28; Is 15:2). Era uma cidade e também uma campina moabita, cerca Dt 25:0); ali foi descoberta a famosa Pedra Moabita em 1868, registrando certos fatos da história. (Veja MB, p 187, 188).

13.14 À tribo de Levi não deu herança, "...porque o Senhor Deus. . é a sua herança" (33; Nu 18:5-4; Dt 10:9; Dt 18:1,Dt 18:2).

13.17 Bamote-Baal. "Altares ou Altos de Baal". Baal era adorado nos lugares altos de Moabe (Nu 22:41), mas os moabitas usaram o nome, "Camós" para seu Deus. Sacrificaram crianças, e isto, do mesmo modo que fizeram a Moloque (Jz 11:24, 1Rs 11:7, veja a nota). Mesa, rei de Moabe, segundo a Pedra Moabita, atribuía suas vitórias a Camós.

13.18 Jaza. "Pisado" (também Jaza 21.36; Jaza - Nu 21:23). É um lugar, na planície de Moabe, separado para os levitas (21.36), Quedemote. "Princípios" ou "Lugares Orientais" (Dt 2:26). Mefaate. "Altura" ou "Beleza", cidade dada aos levitas.

13.19 Sibma. "Fragrante" ou "Frescor".

13.20 Faldas de Pisga (igual a Ardote-Pisga em 12.3). Veja Pisga, Dt 3:27; Nu 21:20.

13.26 Betonim. "Altura". Maanaim, "dois acampamentos”.

13.30 Aldeias de Jair ou "Havote Jair", porque foram conquistadas por Jair (Nu 32:41; cf. Jz 10:4), cujo pai pertencia à tribo de Judá, enquanto a mãe era da tribo de Manassés (1Cr 2:21-13).

13.33 À... Levi Moisés não deu herança. Novamente é dado destaque ao fato de que Levi não receberia herança, como as outras onze tribos (conforme 14.3, 4). Por Deus ser "sua herança", entende-se que tudo que seria consagrado ou dedicado ao Senhor, terras, gado, sacrifícios, dízimos e ofertas, tudo pertenceria aos levitas, além das muitas cidades e aldeias concedidas a eles (21:1-43; Lv 27). • N. Hom. "O Senhor Deus é a sua herança". Paralela a esta afirmação é o significado que Cristo tem para todo crente:
1) Ele garante e promete um cuidado todo especial para o crente (1Pe 5:7);
2) Cristo dá certeza de terminar a sua obra começada no coração (Fp 1:6; He 12:2);
3) Ele habita no crente é lhe dá uma esperança absoluta de entrar na sua glória (Cl 1:27);
4) Cristo na sua ressurreição, providenciou a nossa herança viva, incorruptível, sem máculas e imarcescível, reservada, nos céus para nós (1Pe 1:3, 1Pe 1:4 conforme Cl 3:24).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Josué Capítulo 13 do versículo 1 até o 33
III. A OCUPAÇÃO (13.1—21.45)

1) Introdução (13.1—14.5)
a) Josué dá ordens para que se divida a terra (13 1:7)

A carreira de Josué como líder terminaria com a ocupação ainda inacabada. Deus havia prometido mais; mas muito do que foi prometido se perdeu (observe como o mesmo material foi usado nos v. 2-6 e em Jz 3:3; conforme Ex 23.30; Dt 7:22). Por isso (v. 7) Josué tem de supervisionar a distribuição da região que já estava mais ou menos efetivamente ocupada.

v. 2. gesuritas: conforme 1Sm 27:8; não como nos v. llss v. 3. cananeu: é provável que os colonizadores filisteus (antigamente “povos do mar”) tenham obtido o controle dessa região com a concordância do Egito. Gate (conforme 11.22): não pode ser localizada com exatidão. Os arqueólogos têm tendido a identificá-la com o promissor Tell es Safi (ultimamente A. F. Rainey, Erelz-Israel XI1, 1975, p. 63-76), mas há boas razões para identificá-la com Libna. Tell Areini (129113), proposta por Albright e renomeada para Tell Gate em 1948, mostrou-se ter sido muito pequena no período filisteu.

G. E. Wright propôs Tell es Sheriah (BA 29, 1966, p. 78-86; e 34, 1971, p. 84, n. 20). O nome não era único (B. Mazar, IEJ 4, 1954, p. 227-35). aveus: “aldeões”, Dt 2:23. O versículo deveria terminar em “sul” v. 4,5. desde Ara (TM ünfcãrãh), “caverna”; a LXX aparentemente trazia “de Gaza”, mas a intenção pode ter sido um local próximo ou ao norte do Carmelo. gibleus: os de Biblos; (essa) Afeque estava no interior na altura de Biblos; Lebo-Hamate ficava próximo de Baalbek no vale. Essa vista geral corresponde a Nu 34:7,

8. A terra que ficou por ser conquistada nunca foi ocupada (conforme Jz 3:3); a iniciativa pouco significativa de Dã (Jz 18:0; esses amorreus eram aliados subordinados aos hititas e mudaram para o sul na época do faraó Ramsés II. v. 11. gesuritas etc.; conforme 2Sm 13:37. Já aqui encontramos uma área tribal citada que incluía distritos que não estavam ocupados. Essa região foi controlada por Damasco depois da época de Salomão, v. 14. Levi é mencionado aqui porque Moisés, e não Josué, resolveu a questão da herança deles (Nu 8:18).

c)    O território de Rúben (13 15:23)

A área é descrita em termos de sua extensão e de uma seleção dos assentamentos principais, e não em termos de divisas contínuas. Rúben sofreu muito quando Moabe recuperou a sua força; a Pedra de Mesa menciona os gaditas no sul (conforme Nu 32:34). midianitas [...] Balado: conforme Nu 31:8. A derrota de Seom não encerrou a luta pela planície de Medeba.

d)    O território de Gade (13 24:28)
v. 25. território amonita-. como foi chamado posteriormente. Nenhum território foi tomado deles nessa época (Dt 2:19; conforme Jz 11:15,

26). perto de-, lit. “diante de”; v. mapa e NBD, “Aroer” (2).

e)    O território de Manassés (13 29:31)

V. Nu 32:39ss. Aqui, tanto cereais quanto o gado davam bons resultados (D. Baly, Geography, p. 216); mas posteriormente o território ficou à mercê dos arameus. v. 30. povoados de Jair. havvõt, que pode ser traduzido também por “vilas”, “aldeias”, cidades-, ‘ir significa um local defensável, não necessariamente grande, v. 31. metade [...] Maquir apesar do forte apoio na evidência textual, aparentemente é um erro do copista no lugar de “metade de Manassés”.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Josué Capítulo 13 do versículo 1 até o 34

III. Divisão da Terra Prometida. 13 1:22-34'>13 1:22-34.

Esta grande porção de Josué apresenta com detalhes geográficos a distribuição da terra feita entre as tribos, com os limites das futuras possessões das tribos e geralmente com uma enumeração das cidades nelas contidas. Conforme Kaufmann argumentou, a distribuição da terra foi um ato de política nacional feita pelas tribos que conquistaram Canaã, começada enquanto os israelitas ainda se encontravam em seu acampamento base em Gilgal (op. cit., pág. 25).

É importante reconhecer que as tribos ainda não tinham colonizado suas porções quando estas listas foram esboçadas, Na verdade os danitas não se estabeleceram permanentemente em seu território designado; Efraim não conquistou nem colonizou Gezer (Js 16:3, Js 16:10; Js 21:21); e os benjamitas jamais conquistaram ou desfrutaram da ocupação exclusiva de Jerusalém, embora esta cidade fosse destinada a Benjamim (Js 18:28). Além disso, o fato de Ofra e Ofni, cidades pertencentes a Benjamim (Js 18:23, Js 18:24), ficarem a 4,8kms ou 6,4kms ao norte da fronteira de Efraim, aponta para um período precoce antes de qualquer problema tribal. Assim as listas dos territórios tribais não podem ser listas de cidades e distritos dos reinos de Judá e Israel, quer do período de Josias (de acordo com Alt, Noth, Mowinckel) quer do período de Josafá (de acordo com Cross, Wright, considerando Is Js 15:21-62; Is 13:8-33). O retorno de seus soldados depois de ajudarem a conquistar Canaã foi descrito no capítulo 22. No cumprimento das bênçãos tribais pronunciadas por Jacó (Gn 49:1, Gn 48:22; Is 24:32), Siló, onde estava localizado o Tabernáculo (Js 18:1), ficava no território de Efraim, sendo escolhido este sítio estratégico na região montanhosa por causa de sua defensibilidade e sua localização central para todas as tribos.

Entre Judá e Efraim, mais tarde foi concedido um território a Benjamim (Js 18:11-28) e, na direção do Mediterrâneo, para Dã (18:40-48), As tribos restantes – Zebulom, Issacar, Aser e Naftali – tiraram sortes ao mesmo tempo pelos territórios ao norte de Manassés nas regiões de Jezreel e Galiléia (Js 19:10-39). Além das porções tribais, foram indicadas cidades de refúgio e as cidades dos levitas (20:1 - 21:42). O método de distribuição da terra para as sete últimas tribos foi o de lançar sortes diante do Senhor (Js 18:6; veja comentário sobre Js 7:16-18). As seções, com suas fronteiras, sem dúvida foram predeterminadas a seguirem ao longo de linhas naturais de defesa segundo uma comissão especial, escolhida para delinear a terra restante (Js 18:4-9).

A partilha da terra não foi tarefa fácil, mas complexa, que exigia orientação cuidadosa e considerável período de tempo.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Josué Capítulo 13 do versículo 8 até o 33
b) Território das duas e meia tribos (Js 13:8-6. Tão somente à tribo de Levi não deu herança (14; cfr. Js 14:3-6). Moisés deixara instruções relativas aos levitas, que não tinham qualquer território privado. Cfr. Nu 18:20-4; Nu 35:1-4. Quanto às cidades que lhes seriam atribuídas, vejam-se em Js 21

Dicionário

Baal

substantivo masculino Divindade cultuada em vários locais, por alguns povos antigos, especialmente pelos Cananeus (habitantes de Canaã, terra prometida a Abraão, antes da chegada dos judeus), sendo adorado como deus da fertilidade, da chuva e do céu.
Religião Deus supremo dos fenícios, povo antigo que habitava a atual região do Líbano, referenciado no Antigo Testamento como uma falsa entidade cujo templo foi erguido por Jezabel, sendo as ações de seus discípulos de teor reprovável.
Religião Designação bíblica atribuída aos deuses falsos; ídolo.
Etimologia (origem da palavra baal). Do hebraico Bahal.

Deus cananeu da fertilidade responsável, segundo se acreditava, pela germinação dos plantios, pela multiplicação dos rebanhos e pelo aumento de filhos na comunidade. O mais conhecido dos deuses de Canaã

(Heb. “mestre”). Esse deus semita ocidental sempre provou ser uma ameaça para a adoração genuína do povo de Israel. Era muito temido na cultuação cananita, porque representava o deus da tempestade, o qual, quando estava satisfeito, cuidava das colheitas e das terras; porém, se estivesse zangado, não enviava as chuvas.

Elias, no auge de sua atividade profética — enquanto o reino de Israel encontrava-se num triste declínio sob o reinado de Acabe — confrontou a adoração de Baal feita pelo rei e pelo povo, em I Reis 18. O confronto entre o profeta do Senhor e os de Baal sobre o monte Carmelo foi o ponto culminante da crescente tensão entre os nomes indicados por Jezabel e, portanto, leais a Acabe. Desde o início do reinado de Salomão, Israel estava envolvido em um sincretismo religioso com as nações circunvizinhas. Ao invés de fazer prosélitos, como deveriam, viviam num ambiente onde o temor de outros deuses havia obstruído a confiança do povo nas palavras dos profetas, muitos dos quais inclusive mataram.

A dificuldade do povo de Israel não era a de encontrar o Deus principal num panteão de muitos deuses. Pelo contrário, a questão era descobrir: “Qual é o único Deus vivo?”. Em I Reis 18, a intenção do profeta era zombar da insensatez de se adorar um “falso deus”, em vez de argumentar que tais entidades na verdade não existiam. A ironia desta passagem, ao comparar a verdade com a falsidade, Deus com Baal, pode ser vista em três áreas:


(1). Talvez a mais poderosa seja a ironia relacionada com a incapacidade de Baal de enviar chuva. Os cananeus acreditavam que ele, o deus que tinha o controle das forças da natureza, passava por ciclos regulares de morte e ressurreição. Esse fenômeno podia ser visto nos períodos da seca e da chuva. Começando com o desafio de I Reis 17:1, o qual comprovou que o Senhor podia reter a chuva, a despeito do que diziam os seguidores de Baal, e concluindo com a cena onde a chuva veio somente por meio das instruções de Deus, a Bíblia demonstra claramente que o Senhor é todo-poderoso sobre a natureza.


(2). A segunda ironia é sobre o próprio sacrifício. Em última análise, o sangue do sacrifício pareceria ser o dos próprios profetas de Baal mortos (1Rs 18:40). A despeito de toda a frenética atividade deles (vv. 27-29), “não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma” (v.
- 29b) por parte deste deus. O sacrifício deles foi em vão, porque o único sacrifício aceitável ao Senhor foi a fidelidade de um único profeta, apesar do fracasso nacional na adoração do Deus verdadeiro.


(3). A conclusão, a qual o escritor supõs que seria evidente para sua audiência, era a ironia de que Baal estava morto. Essa realidade não está explícita em I Reis 18:27-29, mas o leitor é levado a formular essa inescapável conclusão. A vindicação do profeta é que somente Deus está realmente vivo. Somente Ele responde com fogo; os outros não dão resposta alguma, pois não existem.

O ponto é novamente destacado quando, em I Reis 18:41-45, foi Deus quem mandou a chuva — algo que acreditavase ser uma prerrogativa de Baal. A religião cananita racionalizou os silêncios periódicos dos seus deuses com a ideia mitológica de que Baal ocasionalmente morria, para posteriormente ressuscitar. O indiscutível silêncio do falso deus deveria levar à conclusão de que na verdade estava permanentemente morto! S.V.


Baal [Dono; Senhor; Marido] - O principal deus da fertilidade em Canaã. O culto a Baal foi uma das piores tentações dos israelitas, desde os tempos antigos (Jz 2:13); (1Rs 16:31-32). Havia várias formas de Baal, que eram encontradas em diversas cidades, como se pode ver nos três verbete s seguintes. “Baalins” é o plural de “Baal” (Jz 2:11). Sua companheira era Aserá (v. POSTE-ÍDOLO).

Bamote

-

hebraico: lugares altos

Bete

hebraico: casa

Bete V. ALFABETO HEBRAICO 2.

Campina

substantivo feminino Extensão de terrenos pouco acidentados e sem árvores.
Terreno sem desníveis; planície.
Terreno extenso e plano com vegetação herbácea.
Etimologia (origem da palavra campina). Campo + ina.

Campina Grande extensão de terra mais ou menos plana (Gn 13:10).

=====================

MAR DA CAMPINA

V. MAR MORTO (Js 12:3).


Cidades

fem. pl. de cidade

ci·da·de
(latim civitas, -atis, condição de cidadão, direito de cidadão, conjunto de cidadãos, cidade, estado, pátria)
nome feminino

1. Povoação que corresponde a uma categoria administrativa (em Portugal, superior a vila), geralmente caracterizada por um número elevado de habitantes, por elevada densidade populacional e por determinadas infra-estruturas, cuja maioria da população trabalha na indústria ou nos serviços. = URBE

2. [Por extensão] Conjunto dos habitantes dessa povoação.

3. Parte dessa povoação, com alguma característica específica ou com um conjunto de edifícios e equipamentos destinados a determinada actividade (ex.: cidade alta; cidade universitária).

4. Vida urbana, por oposição à vida no campo (ex.: ele nunca gostou da cidade).

5. História Território independente cujo governo era exercido por cidadãos livres, na Antiguidade grega. = CIDADE-ESTADO, PÓLIS

6. [Brasil] [Administração] Sede de município brasileiro, independentemente do número de habitantes.

7. [Brasil, Informal] Entomologia Vasto formigueiro de saúvas dividido em compartimentos a que chamam panelas.


fem. pl. de cidade

ci·da·de
(latim civitas, -atis, condição de cidadão, direito de cidadão, conjunto de cidadãos, cidade, estado, pátria)
nome feminino

1. Povoação que corresponde a uma categoria administrativa (em Portugal, superior a vila), geralmente caracterizada por um número elevado de habitantes, por elevada densidade populacional e por determinadas infra-estruturas, cuja maioria da população trabalha na indústria ou nos serviços. = URBE

2. [Por extensão] Conjunto dos habitantes dessa povoação.

3. Parte dessa povoação, com alguma característica específica ou com um conjunto de edifícios e equipamentos destinados a determinada actividade (ex.: cidade alta; cidade universitária).

4. Vida urbana, por oposição à vida no campo (ex.: ele nunca gostou da cidade).

5. História Território independente cujo governo era exercido por cidadãos livres, na Antiguidade grega. = CIDADE-ESTADO, PÓLIS

6. [Brasil] [Administração] Sede de município brasileiro, independentemente do número de habitantes.

7. [Brasil, Informal] Entomologia Vasto formigueiro de saúvas dividido em compartimentos a que chamam panelas.


Dibom

nostalgia, curso de rio

Hesbom

-

Fortaleza. A cidade principal de Seom, rei dos amorreus (Nm 21:26Dt 4:46). As suas ruínas ainda se podem ver numa colina que está na orla ocidental de uma alta planície: 33 km ao oriente da extremidade norte do mar Morto, nos confins de Rúben e Gade. Foi conquistada por Moisés (Nm 21:21-26), e cedida a Rúben (Nm 32:27) que a mandou reedificar, sendo depois transferida a sua posse para o ramo merarita dos levitas (Js 21:39). Mais tarde os moabitas (Nm 21:26) retomaram-na (is 15:4), e também os amonitas (Jr 48:2). Ainda se acham, nas ruínas de Hesbom, cisternas e depósitos de água (Ct 7:4). o seu nome atual é Husban.

Hesbom Cidade de Moabe que ficava 30 km a leste do Jordão (Nu 21:21-31).

Om

-

hebraico: fortaleza

(Heb.“força”). Filho de Pelete, da tribo de Rúben. Junto com Datã, Abirão e Coré, instigou a rebelião contra Moisés, ao liderar um grupo de 250 pessoas que desafiaram a autoridade do homem de Deus (Nm 16). Esse desafio a Moisés e Arão representou um insulto aos líderes escolhidos por Deus, portanto um desrespeito à própria santidade de Deus. Embora Om não esteja mencionado, supomos que também foi destruído pelo Senhor junto com Datã e Abirão, quando a terra se abriu e os “tragou... e todos os seus bens” (Nm 16:23-35). Posteriormente, esse julgamento de Deus serviu como memorial para os filhos de Israel de que deviam amar ao Senhor e guardar seus mandamentos (Dt 11:6; Sl 106:17).


Om [Sol] - Cidade egípcia, também chamada de Heliópolis (LXX, NTLH), onde era adorado o sol (Gn 41:45).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Josué 13: 17 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Hesbom e todas as suas cidades, que estão na campina; Dibom, e Bamote-Baal, e Bete-Baal-Meom;
Josué 13: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1399 a.C.
H1010
Bêyth Baʻal Mᵉʻôwn
בֵּית בַּעַל מְעֹון
conselheiro, membro de um conselho, senador
(Council member)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
H1120
Bâmôwth
בָּמֹות
()
H1769
Dîybôwn
דִּיבֹון
uma cidade em Moabe no lado leste do Jordão que foi tomada pelos israelitas e
(Dibon)
Substantivo
H2809
Cheshbôwn
חֶשְׁבֹּון
a cidade capital de Seom, rei dos amorreus, localizada na fronteira ocidental da planície
(in Heshbon)
Substantivo
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H4334
mîyshôwr
מִישֹׁור
lugar plano, retidão
(of the plain)
Substantivo
H5892
ʻîyr
עִיר
agitação, angústia
(a city)
Substantivo
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula


בֵּית בַּעַל מְעֹון


(H1010)
Bêyth Baʻal Mᵉʻôwn (bayth bah'-al me-own')

01010 בית בעל מעון Beyth Ba al M ̀ e ̂ owǹ ou (forma contrata) בית מעון Beyth M e’own̂

procedente de 1004 e 1168 e 4583; n pr loc Bete-Baal-Meom = “casa de Baal”

  1. uma cidade do território de Rúbem

בָּמֹות


(H1120)
Bâmôwth (baw-moth')

01120 במות Bamowth

plural de 1116; n pr loc

Bamote = “lugares altos” ou “grande lugar alto”

  1. uma cidade junto ao rio Arnom em Moabe

דִּיבֹון


(H1769)
Dîybôwn (dee-bome')

01769 דיבון Diybown ou (forma contrata) דיבן Diybon

procedente de 1727; n pr loc Dibom = “desperdício”

  1. uma cidade em Moabe no lado leste do Jordão que foi tomada pelos israelitas e reconstruída pelos filhos de Gade
  2. um local no sul de Judá habitada novamente pelos descendentes de Judá após o retorno do cativeiro

חֶשְׁבֹּון


(H2809)
Cheshbôwn (khesh-bone')

02809 חשבון Cheshbown

o mesmo que 2808; n pr loc Hesbom = “fortaleza”

  1. a cidade capital de Seom, rei dos amorreus, localizada na fronteira ocidental da planície alta e na linha fronteiriça entre as tribos de Rúbem e Gade

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

מִישֹׁור


(H4334)
mîyshôwr (mee-shore')

04334 מישור miyshowr ou מישׂר miyshor

procedente de 3474; DITAT - 930f; n m

  1. lugar plano, retidão
    1. terreno plano, planalto, planície
    2. lugar plano
    3. retidão

עִיר


(H5892)
ʻîyr (eer)

05892 עיר ̀iyr

ou (no plural) ער ̀ar ou עיר ̀ayar (Jz 10:4)

procedente de 5782 uma cidade (um lugar guardado por um vigia ou guarda) no sentido mais amplo (mesmo de um simples acampamento ou posto); DITAT - 1587a,1615; n m

  1. agitação, angústia
    1. referindo-se a terror
  2. cidade (um lugar de vigilância, guardado)
    1. cidade

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)