Enciclopédia de Juízes 6:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jz 6: 5

Versão Versículo
ARA Pois subiam com os seus gados e tendas e vinham como gafanhotos, em tanta multidão, que não se podiam contar, nem a eles nem aos seus camelos; e entravam na terra para a destruir.
ARC Porque subiam com os seus gados e tendas; vinham como gafanhotos, em tanta multidão que não se podiam contar, nem a eles nem aos seus camelos: e entravam na terra, para a destruir.
TB Pois eles subiam com os seus gados e tendas, e vinham tanto eles como os seus camelos em multidão inumerável como gafanhotos; e entravam na terra para a destruir.
HSB כִּ֡י הֵם֩ וּמִקְנֵיהֶ֨ם יַעֲל֜וּ וְאָהֳלֵיהֶ֗ם [יבאו] (וּבָ֤אוּ) כְדֵֽי־ אַרְבֶּה֙ לָרֹ֔ב וְלָהֶ֥ם וְלִגְמַלֵּיהֶ֖ם אֵ֣ין מִסְפָּ֑ר וַיָּבֹ֥אוּ בָאָ֖רֶץ לְשַׁחֲתָֽהּ׃
BKJ Pois eles subiam com o seu gado e suas tendas, e vinham como locustas em multidão; pois tanto eles quanto os seus camelos eram inumeráveis; e entravam na terra para destruí-la.
LTT Porque subiam com os seus gados e tendas; vinham como gafanhotos, em grande multidão que não se podia contar, nem a eles nem aos seus camelos; e entravam na terra, para a destruir.
BJ2 pois chegavam com suas cáfilas e suas tendas, tão numerosos como gafanhotos, em tal multidão que não se podiam contar, nem eles nem seus camelos, e invadiam a terra para a arrasar.
VULG Ipsi enim et universi greges eorum veniebant cum tabernaculis suis, et instar locustarum universa complebant, innumera multitudo hominum et camelorum, quidquid tetigerant devastantes.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Juízes 6:5

Juízes 7:12 E os midianitas, e amalequitas, e todos os filhos do Oriente jaziam no vale como gafanhotos em multidão; e eram inumeráveis os seus camelos, como a areia que há na praia do mar em multidão.
Juízes 8:10 Estavam, pois, Zeba e Salmuna em Carcor, e os seus exércitos com eles, uns quinze mil homens, todos os que ficaram do exército dos filhos do Oriente; e os que caíram foram cento e vinte mil homens, que arrancavam a espada.
Juízes 8:21 Então, disseram Zeba e Salmuna: Levanta-te tu e acomete-nos; porque, qual o homem, tal a sua valentia. Levantou-se, pois, Gideão, e matou a Zeba e a Salmuna, e tomou as luetas que estavam no pescoço dos seus camelos.
I Samuel 30:17 E feriu-os Davi, desde o crepúsculo até à tarde do dia seguinte, e nenhum deles escapou, senão só quatrocentos jovens que, montados sobre camelos, fugiram.
Salmos 83:4 Disseram: Vinde, e desarraiguemo-los para que não sejam nação, nem haja mais memória do nome de Israel.
Cântico dos Cânticos 1:5 Eu sou morena e agradável, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão.
Isaías 13:20 Nunca mais será habitada, nem reedificada de geração em geração; nem o árabe armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos.
Isaías 60:6 A multidão de camelos te cobrirá, os dromedários de Midiã e Efa; todos virão de Sabá; ouro e incenso trarão e publicarão os louvores do Senhor.
Jeremias 46:23 Cortaram o seu bosque, diz o Senhor, que era impenetrável, porque se multiplicaram mais do que os gafanhotos; são inumeráveis.
Jeremias 49:29 Tomarão as suas tendas, e os seus gados, as suas cortinas, e todos os seus utensílios, e os seus camelos levarão para si; e lhes gritarão: Há medo de todos os lados!
Jeremias 49:32 E os seus camelos serão para presa, e a multidão dos seus gados, para despojo; e espalharei a todo vento, aqueles que têm cortados os cantos do seu cabelo, e de todos os lados lhes trarei a sua ruína, diz o Senhor.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A ROTA DO ÊXODO

Não há dúvida de que um êxodo israelita partindo do Egito realmente aconteceu. Contudo, continuam existindo várias e importantes dúvidas históricas e geográficas sobre acontecimentos antes e durante o Êxodo. As dúvidas geográficas receberão mais atenção aqui, mas talvez seja oportuno, primeiro, acrescentar algumas rápidas informações históricas.

OS ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Já na época do "Reino Médio" do Egito, no final da XII dinastia (aprox. 1800 a.C.) ou mesmo antes, um número cada vez maior de asiáticos veio para o Egito e se estabeleceu basicamente no leste do delta do Nilo e na região ao redor.
Os egípcios vieram a chamar essas pessoas de hegaw Whasut, uma expressão que significava "governantes de terras estrangeiras", mas que se referia, mais especificamente, aos governantes procedentes de Canaã que falavam um dialeto semítico ocidental. 13 Empregamos a forma aportuguesada do termo grego usado para descrever essas pessoas: hicsos. Ao longo do século 18 a.C., o poder egípcio foi diminuindo, ao mesmo tempo que o número de hicsos foi crescendo. As estruturas peculiares das construções dos hicsos, a forma de seus objetos cerâmicos e várias práticas sociais e religiosas cananeias refletem uma força relativa e uma independência crescente. Atribui-se aos hicsos introduzirem no Egito várias formas de inovação tecnológica militar, inclusive carros de guerra puxados por cavalos, arcos compostos e aríetes,104 o que os teria tornado uma forca militar ainda mais notável e uma entidade política com autodeterminação. No final, por volta de 1640 a.C., os hicsos se tornaram suficientemente fortes para tomar o controle de quase todo o Egito, constituindo aquilo que, na história egípcia, é hoje conhecido como XV e XVI dinastias Os hicsos se estabeleceram basicamente em Aváris/T. el-Dab'a, no braço mais oriental (Pelúsio) do delta, e ali cresceram e prosperam por cerca de 100 anos.
A independência da cidade durante esse período também se refletiu no amplo alcance de seu comércio, que se estendia pelo Mediterrâneo oriental, o Levante e a Mesopotâmia e, no sul, chegava até a Núbia. Por volta de 1560 a.C. os egípcios saquearam Aváris, a capital hicsa. Não muito depois, os hicsos foram expulsos do Egito por príncipes naturais dali e começou, na história egípcia, o período denominado "Reino Novo". Os faraós do Reino Novo realizaram um esforco concentrado - até mesmo impetuoso - para fazer com que o Egito reunificado ficasse livre de qualquer vestígio de influência hicsa. Até mesmo numerosas campanhas militares foram lancadas contra os hicsos em Canaã e na Síria e, no devido tempo, contra seus aliados asiáticos, em especial os arameus e os mitânios.
A história bíblica e os dados arqueológicos parecem indicar que foi diante de um monarca hicso que José compareceu como intérprete de sonhos (Gn 41:14-37), o qual, mais tarde, concedeu à sua família excelente gleba (Gósen) (Gn 47:5-6).
Essa teoria pode explicar como José - um não egípcio - pôde experimentar uma ascensão política tão meteórica, chegando à posição de vice-regente num país que normalmente exibia uma mentalidade xenófoba e, às vezes, arrogante diante de estrangeiros. De forma semelhante, o faraó acolheu calorosamente a família semítica de José, que vinha de Canaã (Gn 47:1-11), e lhes entregou terras valiosas para morarem - um gesto que é mais sugestivo de um monarca que era, ele próprio, um semita originário de Canaã, do que de um egípcio nativo. Essa teoria é coerente com o fato de que aqueles que desceram com Jacó conseguiram prosperar e se multiplicar no Egito, e, por algum tempo, foram fortes o suficiente para representar uma ameaça em potencial a um faraó.
Dando sequência a essa teoria, o "novo rei, que não havia conhecido José [e] levantou-se sobre o Egito" (Ex 1:8), teria sido então um dos faraós do Reino Novo, isto é, um faraó natural do Egito. Assim, como parte do expurgo dos hicsos. o faraó estaria decidido a retomar o controle político total do leste do delta, recusando-se firmemente a reconhecer que a concessão de terras de Gósen continuava sendo legítima. Além disso, percebendo que os israelitas eram uma multidão que poderia muito bem estar inclinada a formar uma aliança militar com os inimigos hicsos (sendo que ambos os povos tinham vindo de Cana para o Egito), por precaução esse novo rei escravizou o povo de Deus (Ex 1:9-11). A bem da verdade, essas são generalizações vagas, ainda que sustentáveis, mas, além desse ponto, parece arriscado especular sobre a identidade do faraó específico que favoreceu José, do rei em particular que escravizou os israelitas ou do monarca do Egito à época do Êxodo. Nesse aspecto, não existe nenhum dado transparente que sirva de base para uma afirmação definitiva.

O CONTEXTO GEOGRÁFICO
As narrativas bíblicas situam na cidade de Ramessés o ponto de partida do êxodo israelita do Egito (Nm 33:3; cp. Êx 1.11; 12.37); dali, viajaram primeiro para Sucote (Êx 12.37; cp. Nm 33:5), então para Etá (Êx 13.20; cp. Nm 33:6) e, finalmente, para Pi-Hairote, junto à massa de água (Êx 14.2; cp. Nm 33:7-8) Iv. mapa 33]. Desses lugares, apenas a localização de Ramessés está acima de dúvida. Hoje sabemos que a Ramessés bíblica ficava em I. el-Dab'a/Qantir, Por volta de 1290 a.C. o faraó Seti I comecou a construir Ramessés perto das ruínas da cidade hicsa de Aváris, mas foi o faraó Ramsés II que a ampliou grande e esplendidamente.
A Ramessés bíblica tornou-se uma enorme metrópole em expansão, cobrindo uma área de pelo menos 15 quilômetros quadrados no espaço de uns mil hectares.
Na cidade havia um enorme conjunto de prédios régios e religiosos. A maioria foi construída com tijolos de barro (Ex 1:14-5.7,8,16-19), uma forma de construção anteriormente desconhecida no delta, muito embora, naquela região, pedras fossem praticamente inexistentes. Ramessés também incluía uma grande fortaleza militar,107 um espaçoso complexo de templos em que arqueólogos encontraram no solo até mesmo restos de pó de ouro, resultante do trabalho de douração de objetos da realeza,108 um amplo complexo de carros e cavalos capaz de acomodar 450 cavalos, dezenas de peças de carros, uma imensa área industrial para produção de bronze e muitas oficinas e instalações para armazenamento de tijolos de barro (Ex 1:11). Descobriu-se uma fábrica de lajotas azuis vitrificadas para uso nas propriedades palacianas dos faraós. Logo ao redor dessa instalação, foram encontrados alguns óstracos que até trazem o nome "Ra'amses" (Ramsés) E bem recentemente se encontrou um tablete cuneiforme que parece confirmar que o lugar era a residência régia do faraó Ramsés.!! Então, não há dúvida de que foi desse lugar que os israelitas começaram sua viagem.
Partindo de Ramessés, os israelitas chegaram a Sucote (Ex 12:37; Nm 33:5).
Já faz muito tempo que estudiosos reconheceram que Sucote é o equivalente Um texto egípcio do século 13 indica que Pitom ficava a oeste de Tieku/Sucote.! Alguns estudiosos têm procurado Tjeku/Sucote em T. el-Maskhuta ' e acreditam que o nome original Sucote se reflita no nome moderno Maskhuta. Se for esse o caso, então T. er-Retaba se torna um excelente candidato para a localização da Pitom bíblica (Ex 1:11), embora não haja tanta certeza quanto a isso.
A Bíblia diz que os israelitas, que estavam indo embora, foram de Sucote para Eta, às margens do ermo/deserto (Ex 13:20; Nm 33:6). Ao contrário de Sucote e Pitom, que têm uma etimologia claramente egípcia, é incerta a origem da palavra Eta. Mas, tendo em vista o trajeto implícito numa viagem de T. el-Dab'a/Ramessés até T. el-Maskhuta/Sucote a caminho da massa de água, junto com a explicitação adicional de que Etá ficava à entrada do deserto", a localização de Eta deve ter sido a leste de T. el-Maskhuta/Sucote, provavelmente na estrada principal que ia para o leste, rumo ao deserto de Sur. É possível que a origem da palavra Età seja um topônimo egípcio HwI-Itm (uma variante da palavra para Atum, o deus-sol de Heliópolis), I14 localidade situada no uádi Tumilat.
Vindos de Etã, os israelitas chegaram a Pi-Hairote, que, conforme descrição no livro de Êxodo, ficava "entre Migdol e o mar, em frente de Baal-Zefom" (Ex 14:2), e, conforme descrição no livro de Números, estava "defronte de Baal-Zefom, londe\ acamparam diante de Migdol" (Nm 33:7).
Onde quer que tenha sido esse lugar, devia ficar bem ao lado da massa de água que Israel atravessou "em terra seca", visto que, de acordo com Exodo, os israelitas ficaram acampados "junto ao mar" (14,26) e, de acordo com Números, logo após partirem de Pi-Hairote, passaram "pelo meio do mar até o deserto" (Nm 33:8).
É obieto de debate se o nome Pi-Hairote é de origem egípcia (pi(r)-hahiroth significa "casa de Hator" uma deusa celeste egípcia]) ou semítica (com o sentido de "escavar/cortar", o que deixa implícita a localização junto a um canal). Quanto a esta última possibilidade, o mapa apresenta os vestígios de um canal, só recentemente descoberto, que, saindo do lago Timsah, estendia-se até o litoral do Mediterrâneo. Trechos desse canal têm cerca de 70 metros de largura na superfície, cerca de 20 metros de largura no fundo e quase 3 metros de profundidade. Sem dúvida, o canal estava operante na época em que os israelitas saíram do Egito, qualquer que seja a data que se aceite para o Êxodo. Estudiosos concluíram que, embora também possa ter sido construído para navegação ou irrigação, na Antiguidade seu propósito principal era servir de barreira defensiva militar.
Outra indicação de que Pi-Hairote pode ter tido relação com algum tipo de obstáculo defensivo militar é que nos dois relatos do Êxodo ele aparece junto com Migdol (Ex 14:2; Nm 33:7). A palavra egípcia maktar reflete a palavra semítica migdol, que significa "fortaleza". Textos egípcios trazem inúmeras referências a Maktar/Migdol e foram identificados vários lugares com o nome Matar/Migdol.
Um desses lugares fica na área do uádi Tumilat mais a leste, 16 provavelmente bem próximo da moderna 1smaília. Se, depois de T. el-Maskhuta, os israelitas estavam indo na direção leste pelo uádi Tumilat, é de se prever que teriam chegado a Maktar/Migdol.
A Bíblia registra que, logo no início da viagem do Êxodo, Israel foi proibido de ir pelo "caminho da terra dos filisteus" (Ex 13:17). Hoje sabemos que essa destacada rota militar egípcia - "a(s) estrada(s) de Hórus" - era protegida por uma série de instalações militares egípcias entre Sile e Gaza.
Caso não fosse uma rota consagrada, parece que a proibição divina teria sido desnecessária. Além disso, um texto egípcio do século 13 a.C. I8 conta sobre um oficial egípcio que saiu em perseguição de fugitivos que haviam passado por Ramessés, Tjeku/Sucote e Maktar/Migdol - nessa ordem - e então haviam se dirigido para o norte, presumivelmente na direção de Canaã. A probabilidade de que tanto Israel quanto o oficial egípcio tenham passado por três lugares com os mesmos nomes e exatamente na mesma sequência, num intervalo de apenas poucos dias, é grande demais para ser coincidência.
Os dados são um forte indício de que os fugitivos, o oficial egípcio e os israelitas estavam todos seguindo pelo mesmo bem conhecido e bastante usado corredor de trânsito, e - no caso dos israelitas - não era uma alternativa fora de mão, na tentativa de não serem detectados pelo faraó e suas forças. O mapa mostra três dessas vias de trânsito que, saindo do delta, irradiavam para o leste. Do norte para o sul, são:

Conforme dito acima, Deus excluiu a opção mais ao norte (Ex 13:17). Das duas escolhas restantes, parece significativo que, depois de passarem por Maktar/Migdol de Seti e entrarem no deserto, os fugitivos mencionados no papiro egípcio se dirigiram para o norte. Isso torna muitíssimo provável que estavam pegando a saída mais rápida e mais direta ("o caminho de Sur") e que não tinham escolhido um caminho tão ao sul quanto o Darb el-Hajj. Assim, parece que " caminho de Sur" deve ter sido, entre as rotas existentes, a que mais provavelmente os israelitas seguiram.

OS 1SRAELITAS JUNTO AO MAR
Os israelitas chegaram a uma massa de água onde seriam resgatados e o exército egípcio seria afogado. O Antigo Testamento grego (LXX) identifica essa massa de água como o ervthrá thálassa ("mar Vermelho"), o que tem levado muitos a imaginar que Israel deve ter ficado junto à massa de água que hoje conhecemos pelo nome de mar Vermelho. Contudo, no mundo clássico, quando a LXX foi traduzida, a expressão ervthrá thálassa podia designar não apenas aquilo que, num mapa moderno, seria chamado de mar Vermelho, mas também o golfo Pérsico, o oceano Índico e/ou águas a eles associadas... ou até mesmo todas essas massas de água juntas.!° Parece, então, que os tradutores da LXX empregaram a expressão erythrá thálassa de uma maneira consistente com seu uso em outros textos do mundo clássico (At 7:36; Hb 11:29). Houve um "mar Vermelho" clássico, assim como existe um "mar Vermelho" moderno, mas essas duas massas de água não têm a mesma extensão nem devem ser confundidas. Por outro lado, o Antigo Testamento hebraico chamou de yam sûf ("mar de juncos/papiro") a massa de água onde os israelitas pararam. Essa mesma palavra, sûf, é empregada para se referir a juncos/papiro que cresciam ao longo do Nilo.
A mãe de Moisés pôs o filho num cesto e colocou o cesto no meio dos sûf (Ex 2:3-5). Da mesma maneira, a literatura profética se refere a um tipo de planta aquática. Depois de ser atirado do navio, Jonas afirma que sûf ("algas marinhas"?) se enrolaram em sua cabeça (In 2.5). Isaías escreve que os rios e canais do Egito secarão; seus juncos e sûf ("caniços"?) apodrecerão (Is 19:6). É quase certo que sûf foi tomado de empréstimo de uma palavra egípcia, tf(y), atestada no período do Reino Novo e que significava "juncos/papiro",20 e, em função disso, aqui em Êxodo a expressão vam sûf deve ser traduzida "mar de juncos" É oportuno assinalar por alto que, pelo fato de que Lutero, nessa passagem, dependeu bastante do texto hebraico, ele usou a palavra Schilfmeer ("mar de juncos") na tradução em alemão.
Em egípcio, a palavra tw/fy) frequentemente designava uma região onde havia tanto brejos com papiros quanto pastagens. Com a rota criada devido à localização de Ramessés, Sucote/ Tieku e Migdol/Maktar, parece mais plausível que a travessia milagrosa do "mar" (SI 77.19,20) aconteceu no lago Timsah ou ali perto, onde a artéria de transporte existente (°o caminho de Sur') cruzava uma série de lagos. Mesmo se esforçando para ser ardentemente bíblico nesse ponto, é impossível que se chegue a certas conclusões geográficas indisputáveis nessa parte da investigação.
Contudo, embora a Bíblia forneça bem poucos detalhes relevantes - tanto geográficos quanto logísticos - da travessia milagrosa, o que é claro, mas com frequência ignorado, é o fato de que, ao que parece, a travessia levou bem pouco tempo. Pensa-se que a cronologia dos acontecimentos foi a seguinte:


Parece que os israelitas iniciaram sua travessia depois do pôr do sol e, contudo, quando começava a raiar o dia, na perseguição, os egípcios já estavam tentando atravessar o mar. Isso dá a entender convincentemente que toda a travessia israelita se estendeu no máximo por oito horas.
Os israelitas tinham acabado de ser emancipados da escravidão e haviam deixado o Egito às pressas, com seus rebanhos e manadas (Ex 12:38). Simplesmente passar de um lado para o outro de uma massa de água num período tão curto, com uma eficiência de movimento pouco maior do que a de uma multidão levemente organizada, teria exigido um milagre de uma magnitude bem maior do que a representada por Cecil B. DeMille no filme Os Dez Mandamentos, pela arte medieval ou pela literatura cristã de nossos dias. Não é inconcebível que tenha sido necessário um corredor de terra com a largura de alguns quilômetros para, dentro do tempo disponível, permitir que os israelitas atravessassem com tudo o que levavam consigo. De modo que não é de admirar que, mais tarde, escritores bíblicos citem repetidas vezes o acontecimento do Exodo quando procuram estabelecer um paradigma do poder absoluto e soberano de Deus (SI 66.5,6; 78.13 106:11; Is 51:9-10; 63:12-14) ou apresentar uma justificação da crença de que lahweh é o único e verdadeiro Deus da história (Nm 23:22-24.8; Js 2:10-11; 9.9,10).
Tendo experimentado livramento ali na água, em seguida Israel foi orientado a iniciar viagem para o monte Sinai. Bem poucas questões geográficas do Antigo Testamento têm sido objeto de debate mais intenso do que a localização do monte Sinai. Hoje em dia, o monte sagrado é procurado em qualquer uma de três regiões principais:

PROCURANDO O MONTE SINAI NA ARÁBIA SAUDITA/SUL DA JORDÂNIA
Defensores da hipótese saudita/jordaniana destacam três detalhes apresentados na Bíblia. Primeiro, depois de fugir de um faraó que procurava tirar-lhe a vida, Moisés passou a residir na terra de Midia e se tornou genro de um sacerdote que vivia ali (Ex 2:15-16; 18.1). Segundo, a Bíblia está repleta de referências ao que parece ter sido atividade vulcânica ou sísmica associada ao estabelecimento da aliança sinaítica (Ex 19:18-24.17; Dt 4:11-12; 5:22-26; 9.10,15; 10.4; Jz 5:5; SI 68.8; Ag 2:6). E, terceiro, o apóstolo Paulo explicitamente situou o monte Sinai na Arábia (GI 4.25).
De acordo com esse ponto de vista, a terra de Midia estava situada exclusivamente a leste do golfo de Ácaba. Afirma-se ainda que a estrutura geológica de montanhas Aninhado abaixo das encostas do jebel Musa ("o monte de Moisés"), fica o mosteiro ortodoxo grego de Santa Catarina.
dentro da própria península do Sinai não favorece atividade vulcânica nem sísmica, ou, pelo menos, não favoreceu atividade recente. E, por fim, esse ponto de vista sustenta que representa a única opção importante para situar o monte santo dentro da Arábia. É muito provável que estudiosos com essa opinião situem o monte Sinai em um dos seguintes lugares: Petra, j. Bagir, i. al-Lawz, j. Manifa ou Hala el-Bedr.
Objeções levantadas a cada um dos três argumentos a favor de uma localização saudita/jordaniana têm diminuído sua força. A tradição bíblica associa Moisés aos queneus (Jz 1:16-4.
11) e também aos midianitas. Não se pode afirmar que, antes do período greco-romano, os midianitas nômades ou sua subtribo, os queneus, estivessem confinados em uma só região.
Midianitas residiram dentro do território de Moabe (Gn 36:35-1Cr 1.46), na chapada Mishor da Transjordânia (Js 13:21), nas áreas desérticas a leste de Moabe e Amom (Jz 7:25), no norte do Sinai (1Rs 11:18) e até mesmo (talvez sazonalmente) na própria Canaã (Jz 6:1-6; 7.1). O argumento de atividade vulcânica/sísmica já não é mais decisivo. Primeiro, embora se reconheça que não há registro de atividade vulcânica recente no próprio Sinai, indícios sísmicos mostram que há bastante atividade sísmica na área do golfo de Ácaba.Bem recentemente, em 1982, a península do Sinai experimentou um terremoto de grandes proporções (medindo mais de seis graus na escala Richter). Mas, em segundo lugar, o linguajar fenomenológico dos textos bíblicos relevantes pode estar refletindo condições climáticas ao redor do monte Sinai na ocasião (SI 68:8-10). Uma possível interpretação alternativa é entender o linguajar desses textos em um sentido dinâmico, que destaca vividamente uma aparição de Deus - uma teofania.123 Outras passagens teofânicas do Antigo Testamento empregam terminologia semelhante, sem pressupor atividade vulcânica/sísmica (25m 22:8-16; SI 18:7-15; 89:5-18; 97:1-5; 104.31,32).
A questão da "Arábia" exige esclarecimento adicional.
Quem utiliza o termo atualmente pode se referir ou à Arábia Saudita ou a toda a península Arábica. De modo análogo, referências antigas à "Arábia" podiam denotar áreas diferentes.12 Aliás, em geral o mundo clássico atesta pelo menos cinco regiões distintas conhecidas como "Arábia"125 Em função disso, é essencial que o intérprete moderno entenda que o apóstolo Paulo (Gl 4:25) estava retratando com precisão a verdade geográfica de seu mundo - não do nosso! De maneira que, conquanto nenhum dos três principais pontos de vista sobre a localização do monte Sinai possa afirmar que, na questão geográfica, o apóstolo Paulo lhe dá apoio exclusivo, a declaração do apóstolo também não elimina nenhum deles.

PROCURANDO O MONTE SINAI NO NORTE DA PENÍNSULA DO SINAI
Quando situam o monte Sinai no j. Sin Bisher, j. Magharah, j. Helal, j. Yeleg, j. Kharif, j. Karkom ou na própria Cades-Barneia, defensores da hipótese do norte do Sinai também procuram ancorar seus argumentos na Bíblia. Para começar, o pedido de Moisés ao faraó foi para ir deserto adentro numa distância que levava três dias de viagem (Ex 5:3; cp. 3.18; 8.27). Proponentes da ideia de que o monte Sinai ficava no norte da península do mesmo nome deduzem, portanto, que o monte não podia estar distante de Gósen muito mais do que três dias de caminhada. Segundo, eles citam duas referências bíblicas à chegada de codornizes (Êx 16.13; Nm 11:31-32) e, ainda hoje, moradores do norte do Sinai conseguem capturar com facilidade codornizes exaustas, que acabaram de completar uma longa etapa em sua migração anual entre o sul da Europa e a Arábia. Terceiro, também dizem que a vitória israelita sobre os amalequitas em Refidim favorece decisivamente uma localização no norte (Ex 17:8-13), visto que essa é a região onde outras passagens da Bíblia os situam. E, quarto, afirmam que determinadas passagens poéticas do Antigo Testamento apoiam uma localização no norte (Dt 33:2; Jz 5:4; Hc 3:3-7).
Vistos no conjunto, esses argumentos parecem bastante fortes, mas, vistos isoladamente, pode-se considerar que não são conclusivos. A proposta dos três dias pressupõe uma interpretação literal da expressão "três dias", o que poderia ser tão provável quanto interpretá-la como um período aproximado ou um exemplo de barganha oriental.
Ela também exige que o destino envolvido no pedido de Moisés fosse o monte Sinai, embora o texto nunca afirme isso. Os destinos propostos no Sinai ficam a pelo menos 120 quilômetros da região de Gósen - uma distância grande demais para cobrir em três dias. Anais desse período em geral indicam que o exército egípcio conseguia cobrir cerca de 24 quilômetros por dia. Os israelitas, com a dificuldade natural representada pelas mulheres, filhos, rebanhos e manadas (Êx 12.37.38: 34.3), não conseguiriam viajar tanto. Hoje a distância média diária que um grupo de beduínos consegue percorrer naquele terreno é de cerca de 9,5 quilômetros. 127 E há, listados, um total de oito acampamentos intermediários entre o livramento de Israel junto ao mar e sua chegada no monte Sinai (Nm 33:8-15).
A viagem de Gósen ao monte Sinai aconteceu na primavera (Ex 13:3-6: o mês de abibe corresponde a março/abril),128 e a jornada do monte Sinai até Cades-Barneia ocorreu cerca de um ano depois, também durante a primavera (Nm 9:1-10.11). Por isso, qualquer um que procure interpretar as duas narrativas de codornizes (Ex 16:13; Nm 11:31-35) em termos de fenômeno da natureza tem de relacionar tais narrativas com a migração de aves durante a primavera. Na realidade, pode chegar a um bilhão o número de aves migrantes, pertencentes a até 350 espécies diferentes, que voam anualmente sobre a península do Sinai em suas migrações de primavera rumo ao nortel. No entanto, conforme pode-se imaginar, a imensa maioria dessas aves pousa perto do litoral da península (i.e., no sul) em vez de em lugares mais ao norte. Pontos de pouso no norte são mais sugestivos de migração no outono,130 Assim sendo, levando em conta a informação explícita sobre a estação do ano das duas narrativas de "codornizes", é mais convincente situar esses eventos em algum lugar no sul da península do Sinai e não uns 240 quilômetros para o norte.
O lugar do encontro entre os israelitas e os amalequitas em Refidim (Êx 17:8-16) continua envolto num certo mistério, em especial à luz da narrativa de I Samuel 15. Em outras passagens do Antigo Testamento, parece que os amalequitas são encontrados basicamente em regiões no norte. São situados na terra de Edom (Gn 36:16), na área ao redor de Cades-Barneia (Gn 14:7), no Neguebe (Nm 13:29), na região logo ao sul de Judá (1Sm 27:8), na região montanhosa de Efraim (Jz 12:15), perto de Ziclague (1Sm 30:1-2) e até mesmo tão a oeste quanto o território de Sur (1Sm 15:7). Também existem relatos de amalequitas fazendo parte de uma liga com moabitas (Jz 3:12-14) e midianitas (Jz 6:33-7.12). Levando em conta essa distribuição territorial ampla, o estilo de vida bem móvel e o fato de que os textos, às vezes, dizem que empregavam camelos para transporte (Jz6.5; 7.12).comumente os amalequitas são considerados um povo nômade. Seus deslocamentos, embora por uma ampla área, tendiam a estar ligados a desertos e a terras improdutivas e despovoadas. Por isso, esse argumento não parece decisivo em favor de localizar o monte Sinai no norte. Quanto aos textos de Deuteronômio, Juízes e Habacuque que parecem identificar o monte Sinai com Seir, Para, Hama e Edom, é preciso ter em mente que sua estrutura claramente poética inclui elementos de paralelismo hebraico. Então, empregando o mesmo raciocínio, pode-se tentar defender que Para deva ser identificada com Seir, Temá ou Edom, o que é claramente um absurdo. Além do mais, as passagens descrevem exemplos de teofania:132 cada uma reflete a realidade de que o Deus de Israel, um guerreiro divino, é capaz de livrar seu povo da opressão. Nesses textos, o denominador comum de Sinai, Seir, Pará, Temã e Edom é apenas que, para quem está em Canaã, todos estão localizados no sul, em geral.
Além disso, vários textos bíblicos dão a entender que o monte Sinai estava separado da região de Cades-Barneia por uma grande distância. No itinerário israelita entre o monte Sinai e Cades (Nm 33:16-36), são registradas cerca de 20 paradas, e aquele itinerário pode ser de natureza seletiva (Dt 1:1). Deuteronômio 1.2 especifica que havia uma caminhada de 11 dias entre Horebe/Sinai e Cades-Barneia. De modo análogo, o texto de I Reis 19:8 indica que Elias levou 40 dias para viajar de Berseba até o monte Sinai. Embora o tempo de viagem varie de um texto para outro, essas narrativas bíblicas concordam que havia uma distância considerável entre o monte Sinai e Cades-Barneia - uma conclusão que é fatal para o ponto de vista que defende que o monte Sinai deve ser situado em algum lugar no norte da península do mesmo nome.

PROCURANDO O MONTE SINAI NO SUL DA PENÍNSULA DO SINAI
Defensores do ponto de vista do monte Sinai no sul tendem a procurar o monte Sinai no j. Serbal, Ras Safsaf, j. Katarina ou j. Musa. Esse ponto de vista também tem uma tradição antiga e com muitos argumentos em seu Evor: mais de 2.500 inscrições nabateias foram encontradas perto de Serbal, com datas já dos séculos 2:3 d.C. Em geral essas inscrições são invocações por uma viagem segura e talvez indiquem uma rota de peregrinação » Além disso, moedas do século 4 foram encontradas nas vizinhanças.
•Uma tradição crista que remonta ao início da era bizantina reverencia o local do j. Musa ("monte de Moisés"), o que surpreende em vários aspectos. No sul do Sinai, há dez outros cumes mais altos do que o j. Musa, o que os torna escolhas mais prováveis, caso a escolha se desse apenas por acaso ou com base na altitude ou aparência. Na realidade, o contorno da topografia ao redor deixa o pico do j. Musa quase invisível para as planícies próximas e fica claro que o monte não atrai nenhuma atenção. Apesar disso, à época de perseguições romanas no século 3,136 um pequeno grupo de ascetas cristãos estava vivendo no j. Musa e, já no início do século 4, existia um mosteiro no sopé do monte.
A tradição que associa o j. Musa ao monte Sinai merece crédito também porque vai contra a tendência bizantina de estabelecer santuários em locais de fácil acesso a peregrinos cristãos. E, ao contrário de muitos antigos lugares cristãos no Levante, o monte Sinai não está associado ao Novo Testamento, mas ao Deus do Antigo Testamento e aos profetas Moisés e Elias. Ele está bem na periferia da tradição cristã. Como dado adicional que favorece uma localização no sul, alguns lugares ao longo do itinerário israelita até o monte Sinai (Êx 15:22-19,1) e entre o monte Sinai e Cades-Barneia (Nm 21:33; Dt
1) lembram os nomes de alguns lugares modernos, e a localização de três pontos intermediários de parada necessariamente pressupõe uma rota do sul. Mas é preciso fazer uma advertência. Visto que a maior parte do sul do Sinai nunca foi habitada de forma permanente, não se deve afirmar que todos, a maior parte ou mesmo muitos postos intermediários de parada no itinerário podem ser hoje localizados com precisão geográfica. Os textos bíblicos informam que os israelitas deram nome a alguns dos lugares enquanto passavam por eles (e.g., Mara Êx 15.23]; Massá e Meribá [Êx 17.7]). É óbvio que nomes dados em tais circunstâncias jamais se tornariam permanentes. Entretanto, não há dúvida de que Eziom-Geber (Nm 33:35) estava situada nas proximidades da moderna Eilat (cp. 1Rs 9:26), mais provavelmente no sítio-ilha adiacente chamado Jezirat Fara'un. 138 Da mesma forma, parece que o nome Di-Zaabe (Dt 1:1) se reflete no da moderna cidade de Dahab, pois os nomes são foneticamente equivalentes e ambos têm a ver com locais de ouro. 139 Ademais, parece que o nome do maior e mais exuberante oásis do sudoeste do Sinai (Feiran) foi mantido em fontes clássicas e bizantinas.140 Além dessas correlações bastante seguras, alguns estudiosos propõem que o ponto de parada em Jotbatá (Nm 33:33) - que, na lista, é a segunda parada rumo ao norte, antes de Eziom-Geber, indo para Cades-Barneia - deve ser identificado com o moderno Oasis de Taba, situado no litoral do mar Vermelho, cerca de 11 quilômetros ao sul de Eziom-Geber.
Parece que a localização da própria Eziom-Geber faria com que a rota norte do Sinai desse uma volta impossível. Pois como alguém explica uma viagem do j. Kharif, j. Karkom, j. Helal, j. Yeleg ou até mesmo do j. Sin Bisher até Eziom-Geber, se o destino do itinerário é Cades-Barneia? Da mesma maneira, se fosse possível comprovar indubitavelmente a identificação de qualquer um dos outros dois lugares (Feiran, Di-Zaabe), a tese saudita/jordaniana também seria considerada geograficamente incoerente. Por isso, a impressão é que a tradicional hipótese sul do Sinai é a mais provável. Parece que é a que tem o máximo em seu favor e nada decisivo contra ela.

SEGUINDO A ROTA DOS 1SRAELITAS
Com base nessa conclusão, é possível reconstruir uma rota israelita plausível até o monte Sinai, então até Cades-Barneia e, por fim, até Sitim. Do lugar em que foram livrados do Egito, é provável que os israelitas tenham seguido para o sul, pela estrada costeira a leste do golfo de Suez, indo por toda ela até a foz do uádi Feiran, ao longo do qual havia uma série de oásis e poços para fornecer água.
Uma rota alternativa pelo uádi Matalla os teria levado para o interior do continente, em um ponto logo ao sul da moderna Abu Zeneimeh, passando por Serabit el-Khadim e, em seguida, indo numa diagonal rumo ao sudeste, até encontrar o uádi Feiran, perto de Refidim. Essa é, porém, uma alternativa extremamente problemática, tanto do ponto de vista histórico quanto do geográfico.!# Por sua vez, o uádi Feiran (também conhecido em seus trechos superiores como uádi Sheikh) é uma passagem bem larga, contínua e com subida suave, que atravessa a região de granito, a qual, pelo contrário, é irregular e um pouco íngreme; o uádi Feiran é todo assim até o passo de Watiya. Seguindo pelo passo de Watiya, os israelitas então teriam dobrado para o sul e saído diretamente na planície de er-Raha, localizada logo ao norte do j. Musa.
Mais tarde, quando partiram do monte Sinai rumo a Eziom-Geber e além, o uádi Nasb teria sido uma escolha excelente. Seguindo o curso desse uádi isolado, que era contínuo e com descida suave, até o ponto de sua desembocadura, perto da moderna Dahab, os israelitas teriam passado por uma rede de oásis,45 dos quais o mais proeminente era Bir Nasb. Com relativa facilidade, teriam conseguido atravessar a barreira montanhosa que corre longitudinalmente ao longo do leste da península e flanqueia o golfo de Ácaba. E, então, chegando ao golfo, teriam caminhado para o norte, entre a serra e o golfo, de novo passando por vários oásis, inclusive o Nuweiba - o maior e mais fértil oásis de todo o Sinai oriental - até que, por fim, chegassem a Eziom-Geber.
A partir dali, o mais provável é que os israelitas teriam seguido na direção noroeste, indo por uma estrada hoje conhecida como Darb al-Ghazza, rumo a Cades-Barneia (Ain Qadeis). Foi de Cades-Barneia que doze homens foram enviados para entrar em Canaã e espionar ali (Nm 13). Quando a maioria daqueles homens apresentou um relatório sem fé e negativo, aceito pela comunidade de Israel (Nm 14:1-10), aquela geração foi desqualificada para entrar na terra e possuí-la, e Israel permaneceu mais ou menos parado em Cades por talvez 35 anos ou mais (cp. Dt 1:46)
Quando, finalmente, os israelitas partiram de Cades e estavam a caminho de Sitim, o rei de Edom não permitiu que fossem por Punom, um passo que atravessa as montanhas de Edom até chegar à "Estrada Real" (Nm 20:14-17). Isso exigiu um desvio de mais de 280 quilômetros de cenário bem imponente, o que possivelmente desencadeou o incidente denominado de "serpente de bronze" (Nm 21:4-9). Dar a volta em torno do território edomita fez com que Israel de novo tomasse o caminho do "mar Vermelho" (Nm 21:4) e de Eziom-Geber (Dt 2:8) e, então, ao longo da margem do deserto que flanqueava uma série de fortalezas edomitas e moabitas, provavelmente usando uma estrada que mais tarde veio a ser conhecida como "estrada dos Peregrinos"17 Por fim, pela segunda vez chegaram perto da Estrada Real (Nm 21:22). De novo foram proibidos de passar, dessa vez por Siom, um monarca amorreu. Seguiu-se uma batalha em que Siom foi derrotado (Nm 21:23-30). Isso permitiu que os israelitas finalmente completassem a terceira etapa indireta de sua jornada, passando por Dibom e Hesbom e chegando a Abel-Sitim ("a campina/pastagem de Sitim" [Nm 33:45-49]), ou Sitim, que é como o lugar é normalmente conhecido no Antigo Testamento (Nm 25:1; Is 2:1).

Os israelitas deixam o Egito
Os israelitas deixam o Egito
A rota do Êxodo
A rota do Êxodo
A viagem dos espias
A viagem dos espias

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

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Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Juízes Capítulo 6 do versículo 1 até o 40
F. GIDEÃO, 6:1-8.32

1. Israel é Assolado pelos Midianitas (6:1-6)

Mais uma vez os filhos de Israel fizeram o que parecia mal aos olhos do Se-nhor. Desta vez permitiram que os midianitas os castigassem por sete anos (1). Os midianitas eram uma tribo nômade que habitava uma região no deserto da Arábia a leste do mar Morto e das fronteiras de Moabe e Edom. Cinco famílias de midianitas eram des-cendentes de Abraão e Quetura (Gn 25:2-4). Os mercadores midianitas compraram José e o levaram para o Egito (Êx 3:1). Os midianitas estavam entre aqueles que foram enviados a Balaão para fazer com que ele amaldiçoasse Israel (Nm 22:4-7). Enquanto se encami-nhavam para Canaã, os israelitas mataram cinco reis de Midiã (Nm 31:8), pilharam toda uma região (Nm 31:10-11) e assassinaram a população masculina e todas as mulheres casadas (Nm 31:17). Portanto, as invasões midianitas foram motivadas não apenas pelos despojos que foram tomados, mas por um desejo de vingança contra os israelitas.

A mão desses estrangeiros se tornou por demais opressiva, a ponto de os hebreus, tomados de terror, fazerem para si as covas que estão nos montes, e as cavernas, e as fortificações (2). Eles cultivavam seus campos, mas, quando chegava a época da colhei-ta, os midianitas — juntamente com os amalequitas e também os do Oriente (3) -vinham, tomavam posse da colheita e destruíam tudo o que não pudessem aproveitar. A extensão de suas invasões é indicada pela referência a Gaza (v.4, veja o mapa), a cidade fronteiriça na porção sudoeste da Palestina nas quais habitavam as tribos de Israel.

Uma vez que os midianitas e seus aliados eram tribos nômades, eles subiam com os seus gados e tendas; vinham como gafanhotos, em tanta multidão (5), i.e., eles vinham em grupos devoradores, uma praga humana. Essas pessoas também usavam camelos em grande número, tanto para transporte como numa corporação militar de guerreiros. W. F. Albright destaca que estes foram os primeiros ataques repentinos nos quais se utilizaram camelos em toda a história. Em conseqüência, Israel empobreceu muito (6) — no hebraico, "abatido" — e os filhos de Israel clamaram ao Senhor.

.2. O Senhor Envia um Profeta (6:7-10)

Clamando os filhos de Israel ao Senhor... enviou o Senhor um profeta cujo nome não é revelado (7,8). A mensagem do profeta foi entregue em nome do Senhor Deus de Israel:

"Do Egito eu vos fiz subir e vos tirei da casa da servidão; e vos livrei da mão dos egípcios e da mão de todos quantos vos oprimiam; e os expeli de diante de vós e a vós dei a sua terra; e vos disse: Eu sou o Senhor, vosso Deus; não temais aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; mas não destes ouvidos à minha voz" (8-10).

Embora esta mensagem não contenha uma promessa explícita de libertação, ela deve ter aprofundado a consciência de pecado e despertado a esperança de que as liber-tações realizadas no passado poderiam voltar a acontecer.

3. O Senhor Comissiona Gideão (6:11-18)

Logo depois de a mensagem do profeta ter sido entregue, o Anjo do Senhor veio e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita. Ofra, também chamada de Bete-Leafra (Mq 1:10, "a casa de Afra"), era uma vila a oeste do Jordão, cuja localização atual é desconhecida. Ofra também era o nome de uma cidade de benjamim (Js 18:23). Joás, forma contraída de Jeoás, que significa "a quem o Senhor concedeu". Além do pai de Gideão, cinco outros homens são chamados de Joás no AT: um descendente de Sela (1 Cron 4,22) ; um benjamita que se uniu ao grupo de foras-da-lei de Davi em Ziclague (1 Cron 12,3) ; um filho de Acabe (1 Rs 22,26) ; um filho de Acazias (II Reis 11:2) e um filho de Jeoacaz (2 Cr 25.17). O termo abiezrita indica um clã da tribo de Manassés (Nm 26:30 — Jezer).

Gideão, filho de Joás, estava malhando o trigo no lagar, para o salvar dos midianitas quando o anjo apareceu. O lagar seria, na melhor das hipóteses, uma eira improvisada que funcionava em segredo, tal como uma destilaria ilegal numa mina de carvão abandonada. Já que não havia uma vindima entre os israelitas aba-tidos pela pobreza naquele ano, o lagar não estaria em uso para seu propósito básico.

Desse modo, Gideão esperava malhar uns poucos feixes em segredo, afastado das mãos dos saqueadores midianitas.

O Anjo do Senhor (12) é uma figura muito familiar e maravilhosa do Antigo Testa-mento. Ele aparece tanto distinto como idêntico a Yahweh, o Deus das Alianças com Israel. Ele fala, como no versículo 12, sobre o Senhor. Ele também fala, como no versículo 14, como o Senhor. Repetidos em vários lugares do AT, estes fatos têm levado diversos eruditos a considerarem "o Anjo do Senhor" como uma manifestação pré-encarnada da segunda pessoa da Trindade.

O anjo apareceu a Gideão e disse: O Senhor é contigo, varão valoroso (12). A respos-ta de Gideão foi de modo algum estranha diante das circunstâncias: "Ai, senhor meu [adonai, o termo hebraico comum para "senhor"], se o Senhor [Yahweh, o nome pessoal do verdadei-ro Deus das Alianças] é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Senhor nos desamparou e nos deu na mão dos midianitas" (13).

O Anjo é agora identificado como o Senhor (14). Vai nesta tua força — no sentido de vigor varonil ou força física humana. Enviado pelo próprio Deus, Gideão ouve que ele livrará Israel da mão dos midianitas. Do mesmo modo que Moisés, antes dele (Êx 3:11) ; e Jeremias, depois dele (Jr. 1,6) ; Gideão cita sua inadequação para a tarefa: Ai, Senhor meu [adonai, cf.comentário do v.12], com que livrarei a Israel? Eis que a minha família [hebraico: "meus milhares" ou grupo tribal] é a mais pobre em Manassés, e eu,

  1. menor na casa de meu pai (15). A promessa é repetida: Porquanto eu hei de ser contigo, tu ferirás os midianitas como se fossem uni só homem (16).

Com a precaução que mais tarde tornou-se tão conhecida (36-40), Gideão persiste: "Se agora tenho achado graça aos teus olhos, dá-me um sinal de que és o que comigo falas. Rogo-te que daqui te não apartes, até que eu venha a ti, e traga o meu presente" (17,18). A percepção da verdadeira natureza de seu visitante celestial começa a se manifestar.

4. A Oferta de Gideão (6:19-24)

Gideão foi e preparou um cabrito, bem como bolos de um efa de farinha. Um efa é uma medida para secos. Gideão colocou a carne num açafate ("cesto", ARA), provavel-mente para que o estrangeiro pudesse levá-la consigo em sua jornada. O caldo pôs numa panela. Então, apresentou tudo isso ao seu convidado divino debaixo do carva-lho. O anjo ordenou: "Toma a carne e os bolos asmos, e põe-nos sobre esta penha, e verte o caldo". Gideão obedeceu em silêncio (19,20).

O anjo tocou a oferta com a ponta do cajado que carregava em sua mão. Imediata-mente subiu fogo da pedra e consumiu o sacrifício. E o Anjo do Senhor desapareceu de seus olhos (21). Quando Gideão entendeu completamente que havia conversado com o anjo do Senhor face a face, temeu por sua vida e disse: Ah! Senhor Jeová. Acreditava-se que ver o Senhor face a face era uma experiência que precedia a morte (13.22; Gn 16:13-32.30; Êx 20:19-33.20; Is 6:5). Porém o Senhor lhe disse — talvez em sua men-te, talvez numa voz audível, embora o anjo já tivesse saído de sua vista — Paz seja contigo; não temas, não morrerás (22,23).

Assim, Gideão construiu um altar ao Senhor naquele lugar e lhe chamou Senhor é Paz. Na época em que o registro foi escrito o altar ainda podia ser visto em Ofra dos abiezritas (24).

  1. Gideão Derruba o Altar de Baal (6:25-27)

Naquela mesma noite, o Senhor falou mais uma vez com Gideão e ordenou um ata-que audacioso contra a idolatria da comunidade na qual vivia o recém-apontado líder. "Toma o boi de teu pai, a saber, o segundo boi de sete anos, e derriba o altar de Baal, que é de teu pai, e corta o bosque [poste-ídolo na ARA] que está ao pé dele. E edifica ao Senhor, teu Deus, um altar no cume deste lugar forte [hebraico: fortaleza], num lugar conveniente; e toma o segundo boi e o oferecerás em holocausto com a lenha que cortares do bosque" (25,26). O bosque ou poste-ídolo era uma referência a "Aserá", uma deusa cananéia freqüentemente associada com Baal cujo símbolo também poderia ser algum tipo de imagem de madeira. Foi ordenado aos israelitas que cortassem e queimassem esses objetos de idolatria.

Gideão tomou dez de seus servos — o que era evidência de uma grande casa, apesar da modéstia desse jovem (15) — e fez o que lhe fora dito. Por temer sua família e o povo da cidade, ele realizou sua missão debaixo do manto da noite (27).

  1. Joás Defende Gideão (6:28-32)

Logo na manhã seguinte, quando os homens da cidade acordaram, ficaram todos chocados, por verem seu reverenciado local de adoração destruído. "Quem seria o culpa-do de tal sacrilégio?" Perguntavam uns aos outros. Quando descobriram que o culpado era Gideão, disseram a Joás: Tira para fora o teu filho para que morra, pois derri-bou o altar de Baal e cortou o bosque que estava ao pé dele (30).

A resposta de Joás foi tanto sábia como irrefutável: Contendereis vós por Baal? Livrá-lo-eis vós? (31). O que ele quis dizer foi: "Se Baal é realmente um deus, que ele reclame por seu altar ter sido derrubado". O resultado foi um apelido colocado em Gideão: Jerubaal (32) ou "Baal contenda contra ele". O termo Jerubaal foi posteriormente mudado para Jerubesete (2 Sm 11.21), com o fim de evitar o uso do odiado nome "baal". Besete significa "vergonha". Cf. a mudança de Esbaal (1 Cr 9,39) para Isbosete (2 Sm 2,8) e de Meribe-Baal (1 Cr 8,34) para Mefibosete (2 Sm 4.4).

  1. Gideão Recruta um Exército (6:33-35)

Quando fizeram sua costumeira invasão anual à Palestina, os midianitas, os amalequitas e seus aliados acamparam-se no vale de Jezreel (33). Jezreel era uma cidade fortificada próxima do monte Gilboa, no território de Issacar (1 Rs 21.23). O vale de Jezreel é uma saliência profunda e larga que desce de Jezreel até o rio Jordão. Era a melhor região para se saquear na Palestina. O vale de Jezreel não deve ser confundido com a planície de Esdrelom (uma alteração da palavra Jezreel em grego), ou com a planí-cie do Megido, que corta a Palestina imediatamente ao norte do Carmelo. Jezreel, cujo nome significa "Deus plantou", também era o nome de uma cidade de Judá (Js 15:16).

Desta vez, o Espírito do Senhor revestiu a Gideão (34). Deus "vestiu" Gideão como alguém que coloca uma roupa. Isto quer dizer que o Espírito Santo revestiu de poder a Gideão. Por ser uma prefiguração de Atos 2:4 e da experiência do Pentecostes, esta frase também é usada duas vezes pelo cronista em I Crônicas 12:18 e II Crônicas 24:20.

No poder do Espírito Santo, Gideão faz soar a buzina, e os homens de seu próprio clã, os abiezritas, reúnem-se ao seu lado. Mensageiros são enviados a Manassés, Aser, Zebulom e Naftali (veja o mapa) e eles também enviam soldados (34,35).

  1. Gideão Testa seu Chamado (6:36-40)

A cautela de Gideão se expressa num ato que se tornou famoso para se provar a vontade de Deus. Ele orou: "Deus, dá-me um sinal. Nesta noite colocarei um velo de lã na eira. Se ele estiver molhado de manhã e o chão ao redor estiver seco, então conhecerei que hás de livrar Israel por minha mão". A resposta do Senhor foi inequívoca. Quando Gideão levantou no dia seguinte, a terra estava seca e, a partir da lã, espremeu uma taça cheia de água (36-38).

Por estar ainda duvidoso, Gideão orou mais uma vez: "Ó Deus, não te irrites; per-mita-me testar-te apenas mais uma vez para que eu tenha certeza de que não estou enganado. Se tu realmente vais fazer de mim um instrumento teu para salvar Israel, que o velo esteja seco e o chão molhado amanhã". Deus também concedeu este pedido porque, na manhã seguinte, o chão estava coberto de orvalho, mas o velo de lã estava seco (39,40).9

Gideão achava difícil acreditar que Deus o usaria para salvar Israel. Ele queria ter certeza antes de enfrentar o inimigo em combate. Nunca devemos hesitar em provar nossas impressões para descobrirmos a vontade de Deus.

O desejo que Gideão tinha de obter certeza foi louvável. Se um homem quer ter certeza da vontade de Deus, o Senhor lhe dará esta certeza. Mas o exemplo de Gideão não deve ser levado às últimas conseqüências. Os cristãos já aprenderam que não devem tentar o Senhor seu Deus (Mt 4:7) e que é uma geração má e adúltera que pede sinais (Mt 12:39) em vez de aceitar a Palavra do Senhor. Quando a vontade de Deus é elucidada, insistir numa confirmação adicional por meio de um "velo" é possivelmente uma forma de descrença.

Os princípios do "Teste do chamado de Deus" estão delineados nos versículos 10:40. Podemos observar aqui: (1) crise (v. 10) ; (2) comissionamento (vv. 11-23) ; (3) coragem (vv. 24-32) e (4) confirmação (33-40).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Juízes Capítulo 6 versículo 5
Vinham como gafanhotos:
Jl 1:1-2.11; conforme Jr 46:23; Am 7:1-2.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Juízes Capítulo 6 do versículo 1 até o 40
*

6.1 – 8.32 Gideão foi o maior dos juízes. Os seguintes fatos confirmam esse conceito. (a) Sua história é a mais longa no livro. (b) O Senhor está mais visivelmente ativo nessa história do que em qualquer das demais. (c) O Anjo do Senhor apareceu a ele, mas a nenhum outro juiz (vs. 11-24). (d) Séculos mais tarde, Isaías relembra a derrota de Midiã por Gideão como uma grandiosa vitória (Is 9:4; 10:26). (e) É alistado em primeiro lugar na lista de libertadores em Samuel (“Jerubaal,” 1Sm 12:11). (f) É colocado em paralelo com Moisés (6.11-24, nota). (g) O povo procurou fazê-lo rei (8.22-23). (h) Vivia como rei (8.26-27, 30, 32). Apesar de tudo isso, porém, Gideão fracassou gravemente em um aspecto. Gideão fez uma estola sacerdotal de ouro, e esta induziu ele e outros ao pecado (8.27). Na sua grandeza e na sua deficiência, Gideão prenunciou a necessidade de um libertador melhor, de um rei que realmente guardaria a aliança. Dessa maneira, ele aponta para Cristo.

* 6:2

o domínio dos midianitas. Nenhuma das outras histórias em Juízes dedica tanta atenção aos pormenores da opressão quanto esta. Lares, colheitas, e gado ficaram sujeitos à maldição da aliança (Dt 28:30-33, 38-42). A opressão midianita era tão grande que Isaías a mencionou séculos mais tarde (Is 9:4; 10:26).

* 6:6

ficou muito debilitado. Lit. “feito pequeno.” A maldição da aliança foi uma inversão da promessa de Deus a Abraão (Gn 15:5; 22:17; Dt 28:62; Sl 107:38-39).

clamavam. Ver 2.19; 3.9.

* 6:8

um profeta. Os profetas constantemente lembraram o povo de suas obrigações pactuais. As palavras desse profeta cujo nome não foi citado (vs. 8-10) são virtualmente idênticas às palavras do Anjo do Senhor em 2:1-3.

* 6.8, 9 vos fiz subir... e vos livrei... e os expulsei... e vos dei. Lembrar-se desses atos salvíficos de Deus é o primeiro passo para guardar a aliança. Em Israel, a apostasia religiosa estava ligada ao esquecimento dos atos salvíficos de Deus, e da sua lei.

* 6.11-24

Esse é o âmago da narrativa de Gideão. Sua chamada é semelhante à chamada de Moisés (Êx 3); ele faz a pergunta que é pivotal na mensagem do livro (v. 13); e sua busca pela fé começa com sinais (6.1—8.32, nota). A necessidade e a busca de um libertador que cumpra a aliança, tal como o profeta Moisés, é o enfoque de Juízes.

* 6:11

veio o Anjo do SENHOR. Ver 2.1; 13.3.

* 6:13

por que. Essa pergunta é crucial no livro de Juízes. O Anjo não respondeu à pergunta, pois o profeta já dera a resposta (vs. 8-10; Dt 28:47-52; 29.24-27; 31.17-18). Alguns dos salmos postulam uma pergunta semelhante (Sl 44:20; 74.9-11).

* 6:14

Vai nessa tua força. Ver v. 34; 7.2, 7. Deus seria a sua força, embora Gideão ainda não o soubesse.

* 6.15 a mais pobre. Saul, quando lhe perguntaram a respeito do reinado, empregou palavras semelhantes (1Sm 9:21).

* 6:22

vi... face. Ver 13.22; Dt 5:24; Is 6:5; 1Tm 6:16.

* 6.25-32

Esse episódio na vida de Gideão explica como ele veio a ser chamado Jerubaal. A idolatria do seu pai imediato é trágica, à luz daquilo que Gideão diz a respeito de “nossos pais” no v. 13.

* 6.25, 26

derriba o altar. Ver Dt 12:3.

* 6:26

em camadas de pedra. De conformidade com as disposições da Lei de Moisés.

* 6:31

Se é deus. Ver 10.14.

* 6.33-40

Gideão quis reforçar sua confiança ao pedir sinais (v. 17), e o Senhor não os negou a ele (conforme Lc 1:18-20).

* 6:34

Espírito do SENHOR. Ver 3.10 e nota; 11.29; 13 25:14-6, 19; 15.14.

* 6:36

Se hás de livrar. Embora o Espírito tinha vindo sobre Gideão, este ainda lutava com sua fé (6.27, nota).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Juízes Capítulo 6 do versículo 1 até o 40
6:2 Os madianitas eram gente do deserto que descendiam da segunda esposa do Abraão, Cetura (Gn 25:1-2). Desta relação surgiu uma nação que sempre esteve em conflito com o Israel. Anos antes os israelitas, quando ainda peregrinavam no deserto, lutaram contra os madianitas e quase os destruíram completamente (Nu 31:1-20). devido a que não os aniquilaram totalmente, a tribo voltou a povoar-se. Aqui estavam de novo oprimindo ao Israel.

6:6 Uma vez mais o Israel tocou fundo antes de voltar-se para Deus. Quanto sofrimento se evitaram se tivessem crédulo em Deus! Voltar-se para Deus não deve ser nosso último recurso, mas sim deveríamos procurar sua ajuda todos os dias. Isto não quer dizer que sempre a vida vai ser fácil. Teremos dificuldades, mas Deus nos dará a força para as enfrentar. Não espere até estar no extremo da corda. Em cada situação clame primeiro a Deus.

6:11 O Antigo Testamento registra várias aparições do anjo do Jeová: Gn 16:7; Gn 22:11; Gn 31:11. Ex 3:2; Ex 14:19; Jz 2:1; Jz 13:3; Zc 3:1-6. Não se sabe se for o mesmo anjo o que apareceu em cada caso. O anjo que se menciona aqui parece estar separado de Deus em um lugar (Zc 6:12) mas como o mesmo Deus em outro lugar (Zc 6:14). Isto levou a que muitos criam que o anjo foi uma aparição especial do Jesucristo prévia a sua missão na terra como o registra o Novo Testamento. Além disso é possível que como mensageiro especial de Deus, o anjo tivesse autoridade para falar Por Deus. Em qualquer dos casos, Deus enviou a um mensageiro especial para transmitir uma mensagem importante ao Gedeón.

6:11 A debulha era o processo de separar os grãos de trigo da capa imprestável chamada barcia. Isto se fazia normalmente em uma área grande, freqüentemente em uma colina, onde o vento podia levá-la barcia ligeira quando o granjeiro lançava ao ar o trigo golpeado. Entretanto, se Gedeón fizesse isto, tivesse sido um branco fácil para as bandas de assaltantes que invadiam a terra. portanto, viu-se forçado a debulhar seu trigo em um lagar, um fossa que provavelmente se encontrava oculto e no que não se suspeitaria que guardava a colheita um granjeiro.

6:13 Gedeón perguntou a Deus a respeito dos problemas aos que se enfrentavam ele e sua nação e a respeito da aparente falta de ajuda por parte do. O que ele não sabia era que o povo tinha trazido calamidades sobre si quando decidiu desobedecer e rechaçar a Deus. Quão fácil é passar por cima nossas responsabilidades e culpar a Deus e a outros por nossos problemas. Infelizmente, isto não resolve nossa situação. Não nos aproxima de Deus, mas sim nos leva a bordo da rebelião e a reincidência.

Quando surgem os problemas, o primeiro lugar onde devemos olhar é dentro de nós. Nossa primeira ação deveria ser a confissão a Deus de quão pecados tenham podido criar os problemas.

6.14-16 "Certamente eu estarei contigo!" disse Deus ao Gedeón, e prometeu lhe dar a força que necessitava para vencer a oposição. Apesar deste chamado claro e da promessa de fortalecê-lo, Gedeón pôs várias desculpas. Viu só suas limitações e debilidades. Não foi possível ver como Deus poderia trabalhar por meio dele.

Como Gedeón, fomos chamados para servir a Deus em formas específicas. Mesmo que Deus nos promete as ferramentas e forças que necessitamos, freqüentemente também pomos desculpas. Mas lhe recordar a Deus nossas limitações só implica que O não sabe tudo a respeito de nós ou que cometeu um engano ao avaliar nosso caráter. Não desperdice o tempo dando desculpas, melhor aproveite-o fazendo o que Deus quer.

6:22, 23 por que sentiu Gedeón medo ao ver um anjo? Os israelitas acreditavam que ninguém podia ver deus e viver (vejam-nas palavras de Deus ao Moisés em Ex 33:20). Evidentemente, Gedeón pensou que isto também se aplicava aos anjos.

6.25-30 depois de que Deus chamou o Gedeón para que fora o libertador do Israel, imediatamente lhe pediu que destruíra o altar do deus Baal, um fato que provaria a fé do Gedeón e seu compromisso. A religião cananea era extremamente política, assim que um ataque a um deus pelo general se considerava como um ataque ao governo local que apoiava a esse deus. Se era surpreso, Gedeón se enfrentaria a graves problemas sociais e provavelmente a um ataque físico. (Para mais informação sobre o Baal e Asera, vejam-nas notas a 2:11-15 e 3.7.)

Gedeón assumiu um grande risco ao seguir a suprema lei de Deus que especificamente prohíbe a idolatria (Ex 20:1-5). depois de saber o que Gedeón fazia, o povo quis matá-lo. Muitos deles eram compatriotas israelitas. Isto mostra quão imoral tinha chegado a ser o povo de Deus. Deus disse em Dt 13:6-11 que os idólatras deviam ser apedrejados até a morte, mas estes israelitas queriam apedrejar ao Gedeón por destruir um ídolo e por adorar a Deus! Quando você começa a fazer algo para Deus, possivelmente seja criticado por quem deveria apoiá-lo.

6:33 Os exércitos do Madián e Amalec acamparam no vale do Jezreel, o centro agrícola da área. Quem quer que controlasse a terra rica e fértil do vale, controlava ao povo que vivia nele e o rodeava. devido a seus vastos recursos, muitas das principais rotas de comércio convergiam no passo que levava até o vale. Isto fez que o vale do Jezreel fora o sítio de muitas batalhas. Os homens do Gedeón atacaram aos exércitos inimigos das colinas, e a única rota de escapamento era através do passo para o rio Jordão. Esta é a razão de que Gedeón urgisse a algumas de suas tropas para que tomassem o controle dos vaus do rio (7.24).

6.37-39 Estava Gedeón provando a Deus, ou simplesmente lhe estava pedindo mais valor? Em qualquer dos casos, embora seu motivo era correto (obedecer a Deus e derrotar ao inimigo), seu método era menos que ideal. Gedeón parece ter sabido que suas petições desagradariam a Deus (6.39). Além disso, ele exigiu dois milagres (6.37,
39) ainda depois de ser testemunha do milagroso fogo da penha (6.21). É verdade que para tomar boas decisões necessitamos feitos. Gedeón tinha todos os fatos, mas ainda assim duvidava. demorou-se para obedecer a Deus porque queria ainda mais prova.

Demandar sinais adicionais era um indício de incredulidade. Freqüentemente, o temor nos faz que esperemos mais confirmação quando deveríamos entrar em ação. Os sinais visíveis não são necessários se somente estão confirmando o que já sabemos que é verdade.

Atualmente o meio mais importante pelo que nos guia Deus é sua Palavra, a Bíblia. A diferença do Gedeón, temos a Palavra de Deus completa e revelada. Se você quer ter mais direção de Deus, não peça sinais; estude a Bíblia (2Tm 3:16-17).

6:39 depois de ver o milagre do velo úmido, por que pediu Gedeón outro milagre? Possivelmente pensou que o resultado da primeira prova podia ter acontecido em forma natural. Um velo grande de lã podia reter umidade muito tempo depois de que o sol tivesse secado a terra que o rodeava. O "colocar velos" é um método deficiente para tomar decisões. Aqueles que o fazem põem limitações a Deus. Pedem-lhe que encha suas expectativas. Os resultados de tais experimentos ficam pelo comum inconclusos e por ende nos fazem mais desconfiados a respeito de nossas decisões. Não permita que um "velo" se volte um substituto para a sabedoria de Deus que provém através do estudo da Bíblia e da oração.

GEDEON

A maioria de nós queremos conhecer os planos que Deus tem para nossas vidas, mas não sempre estamos seguros de como encontrá-los. Um mal-entendido comum é a idéia de que a direção de Deus virá a nós como queda do céu, que não terá nada que ver com o que estamos fazendo agora. Mas se sempre estamos olhando a nosso redor procurando a próxima tarefa que Deus nos queira atribuir, corremos o risco de arruinar aquilo no que estamos trabalhando neste momento. Felizmente, a Bíblia nos assinala um tipo de direção que não põe em perigo nossos projetos atuais. Nas descrições que faz a Bíblia de como Deus guiou a muita gente, podemos ver que freqüentemente o chamado de Deus chega quando a gente está completamente imersa no desafio do momento. Um bom exemplo desta classe de direção se vê na vida do Gedeón.

Gedeón tinha uma visão limitada, mas estava comprometido com ela. Sua provocação era obter comida para sua família mesmo que os hostis invasores estavam fazendo virtualmente impossível o crescimento, a coleta e a preparação do alimento. Gedeón era um homem de recursos. Deu ao lagar um dobro propósito ao convertê-lo em um piso fundo para debulhar. Carecia de ventilação para sopro a barcia, mas ao menos estava oculto dos madianitas. Estava debulhando quando Deus lhe enviou um mensageiro com um desafio.

Gedeón estava surpreso pelo que Deus lhe tinha pedido que fizesse. O não queria meter-se em uma tarefa para a qual não se sentia preparado. O anjo teve que vencer três objeções antes de que Gedeón estivesse convencido: (1) a responsabilidade que sentia Gedeón pelo bem-estar de sua família, (2) as dúvidas que tinha sobre o chamado mesmo, e (3) os sentimentos de incapacidade para realizar a tarefa. Entretanto, uma vez que se convenceu, obedeceu com gosto, com engenho e rapidez. Dedicou esses rasgos de personalidade ao Deus de seu povo, com o que agora tinha uma relação pessoal.

Gedeón teve seus momentos débeis e seus fracassos, mas seguia sendo o servo de Deus. Se você pode identificar suas próprias debilidades com as do Gedeón, poderá fazê-lo também com suas ânsias de servir? Recorde ao Gedeón como um homem que obedeceu a Deus ao dedicar sua atenção à tarefa que tinha à mão. Logo ponha toda sua atenção para acreditar que Deus o preparará para o manhã quando este chegue.

Pontos fortes e lucros:

-- Quinto juiz do Israel. Um estrategista militar perito em surpresas.

-- Membro do Salão da Fé em Hebreus 11

-- Derrotou ao exército madianita

-- Os homens do Israel lhe ofereceram um reinado hereditário

-- Embora lento de convencer, atuava sob convicções próprias

Debilidades e enganos:

-- Temeu que suas próprias limitações não permitissem a Deus atuar

-- Recolheu o ouro madianita e fez um símbolo que chegou a ser objeto perverso de adoração

-- Por meio de uma concubina engendrou um filho que traria grande dor e tragédia tanto à família do Gedeón como à nação do Israel

-- Não pôde manter à nação nos caminhos de Deus; depois de que ele morreu, todos retornaram à idolatria

Lições de sua vida:

-- Deus nos chama em meio de nossa obediência atual. Segundo nossas fidelidade, dá-nos maior responsabilidade

-- Deus expande e utiliza as habilidades que já construiu em nós

-- Deus nos utiliza apesar de nossas limitações e fracassos

-- Até os que tiveram um grande progresso espiritual podem cair facilmente no pecado se não seguir de maneira consistente a Deus

Dados gerais:

-- Onde: Ofra, Vale do Jezreel, manancial do Harod

-- Ocupações: camponês, guerreiro e juiz

-- Familiares: Pai: Joás. Filho: Abimelec

-- Contemporâneos: Zeba e Zalmuna

Versículos chave:

"Então lhe respondeu: Ah, meu senhor, com o que salvarei eu ao Israel? Hei aqui que minha família é pobre no Manasés, e eu o menor na casa de meu pai. Jeová lhe disse: Certamente eu estarei contigo, e derrotará aos madianitas como a um só homem" (Jz 6:15-16).

Sua história se relata em Juizes 6-8. Também o menciona em Hb 11:32.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Juízes Capítulo 6 do versículo 1 até o 40
V. GIDEÃO (Jz 6:1)

1 E os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor:. E o Senhor os entregou na mão de Midiã sete anos 2 E a mão de Midiã prevaleceu contra Israel; e por causa de Midiã, fizeram os filhos de Israel para si as covas que estão nos montes, e as cavernas e as fortalezas. 3 E assim foi, semeando Israel, os midianitas veio para cima, e os amalequitas, e os filhos do leste; eles vieram para cima contra eles; 4 . e punham-se contra eles, e destruiu o aumento da terra, até chegarem a Gaza, e não deixavam mantimento em Israel, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos 5 Porque subiam com os seus rebanhos e tendas; eles vieram em multidão, como gafanhotos; tanto eles como os seus camelos eram inumeráveis; e vieram para a terra, para a destruir. 6 Assim Israel se enfraqueceu muito por causa dos midianitas; e os filhos de Israel clamaram ao Senhor.

7 E sucedeu que, quando os filhos de Israel clamaram ao Senhor por causa de Midiã, 8 , que o Senhor enviou um profeta aos filhos de Israel, e disse-lhes: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel, eu vos fiz subir do Egito, e vos tirei da casa da servidão; 9 e eu vos livrei da mão dos egípcios e da mão de todos quantos vos oprimiam, e os expulsei de diante de vós, e vos dei a sua terra; 10 e eu vos disse: Eu sou o Senhor vosso Deus; não temais aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Vós, porém, não deram ouvidos a minha voz.

Os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor (v. Jz 6:1 ). Como conseqüência, eles foram atormentados por nômades do deserto áreas da península Arábica. Saqueadores bandas de Midianite e nômades amalequita, montados em camelos, atravessou o vale do Jordão e entrou na planície de Esdrelon. Eles fizeram suas incursões na época de colheita e saquearam as lavouras de israelitas.

Isso aconteceu anualmente por um período de sete anos. Os israelitas estavam novamente em circunstâncias desesperadoras. Apesar de terem diligentemente preparou o solo e plantou a semente, eles foram frustrados em suas tentativas de colher uma safra. Os midianitas ferozes em seus camelos rápidos aterrorizou a terra durante a época de colheita. Suas incursões surpreendeu e oprimiu os israelitas.

Tendo anos sofreram deste tratamento humilhante e empobrecendo, os israelitas começaram a orar ao Senhor. A resposta divina para suas orações ficou em primeiro lugar na presença de um profeta anónimo. Sua mensagem a Israel foi que, embora o bondoso Deus de Israel havia declarado Ele era o seu Deus, eles não tinham reconhecido Sua Senhoria.

É verdade que os midianitas tinham seu próprio mal, motivos egoístas para saquear Israel: eles não estavam conscientemente decidido a fazer o serviço de Jeová. No entanto, o ponto a ter claramente em mente é que o Senhor da história estava usando desenvolvimentos de caráter histórico para cumprir Seus propósitos redentores de Israel. Estes foram os meios que Ele estava usando para fazer com que Israel se arrepender e voltar para Ele. Este conceito profundo da história fortalece as histórias dos juízes a quem Deus ungiu com o Seu Espírito.

B. CHAMADA de Gideão (6: 11-32)

Gideão era da tribo de West Manassés (v. Jz 6:15 ). Sua família vivia em Ofra. A época de colheita viera e Gideão estava ajudando reunir no grão. Normalmente, o grão foi trilhada no terreno a céu aberto. No entanto, os tempos não eram normais por causa dos ataques dos midianitas.

Gideão foi a colheita de grãos em um lagar (v. Jz 6:11 ), uma grande cuba para esmagar uvas. Ele manteve o ruído ao mínimo ao bater a palha. Escondido no IVA Gideão bater o grão em pequenas quantidades. Apesar do medo dos midianitas, a necessidade de alimentos obrigou-o, bem como outros israelitas, para a colheita de forma inusitada.

1. Primeira Fase da Chamada: Aparência do Mensageiro Divino (6: 11-24)

11 E o anjo do Senhor veio, e sentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita, cujo filho Gideão estava malhando o trigo no lagar para o esconder dos midianitas. 12 E o anjo do Senhor apareceu-lhe e disse-lhe: Senhor, é contigo, ó homem valoroso. 13 Gideão disse-lhe: Oh, meu senhor, se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? e onde estão todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? mas agora o Senhor nos desamparou, e nos entregou na mão de Midiã. 14 E o Senhor olhou para ele, e disse: Vai nesta tua força, e livra a Israel da mão de Midiã:? não te enviei Ex 15:1 E ele disse-lhe: Oh, Senhor, com o qual hei de salvar Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu o menor na casa de meu pai. 16 E o Senhor disse-lhe: Certamente eu serei contigo, tu ferirás aos midianitas como a um só homem. 17 E disse-lhe: Se agora tenho achado graça aos teus olhos, dá-me um sinal de que és tu que falas comigo. 18 que daqui não, peço-te, até que eu virei a ti, e traga o meu presente, e colocá-lo antes thee. E ele disse: Eu esperarei até que voltes.

19 E entrou Gideão e preparou um cabrito e pães ázimos de um efa de farinha: a carne pôs num cesto, e ele colocou o caldo em uma panela, e trouxe-lho até debaixo do carvalho, e apresentou - Lv 20:1 E o anjo de Deus lhe disse: Toma a carne e os pães ázimos, e põe-nos sobre esta rocha e derrama-lhe o caldo. E assim o fez. 21 Então o anjo do Senhor estendeu a ponta do cajado que estava em sua mão, e tocou a carne e os pães ázimos; e então subiu fogo da rocha, e consumiu a carne e os pães ázimos; E o anjo do Senhor desapareceu de sua vista. 22 Gideão viu que ele era o anjo do Senhor; e Gideão: Ai de mim, Senhor Deus eu porquanto tenho visto o anjo do Senhor face a face. 23 E o Senhor disse-lhe: Paz seja contigo; Não temais., tu não morrerás 24 Então Gideão edificou ali um altar ao Senhor, e lhe chamou Jeová-shalom: até o dia ainda está em Ofra dos abiezritas.

Gideão pode ter escondido bem o suficiente para escapar da detecção pelos midianitas, mas Deus o encontrou. Em uma palavra incomum de saudação, o anjo do Senhor apareceu-lhe e disse-lhe: O Senhor é contigo, ó homem valoroso (v. Jz 6:12 ). Naquela época e lugar Gideão não pareceu ser exemplar pela sua coragem. Ele estava se escondendo dos midianitas. Se alguma banda passar dos midianitas eram para descobri-lo, eles iriam roubar-lhe o pouco que tinha, e ele era incapaz de resistir a eles. No entanto, o anjo chamou-o de homem valoroso .

Desconhecendo a identidade do mensageiro, Gideão respondeu: Se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? (v. Jz 6:13 ). Há pathos em questão de Gideão. Ele se identificou com o seu povo. Em sua grande preocupação com as condições em Israel, respondeu ele, com efeito, "Por que dizer que o Senhor está comigo quando Ele abandonou o meu povo, a Israel do Senhor?"

A voz de comando veio a Gideão: Vá ... salvar Israel ... (v. Jz 6:14 ). Ele recuou no comando, por ele se considerava como a menor de Israel e da casa de seu pai. No entanto, esta marca de humildade foi a chave para a sua libertação em aberto de Israel. É sempre uma característica que Deus tem o prazer de usar em seu serviço. Algumas pessoas, conscientes de sua suposta humildade, tornar-se orgulhoso. No entanto, a humildade não é consciente de si mesmo.

Desconhecendo a majestade da pessoa com quem ele estava falando, Gideão expressou o desejo de trazer o seu visitante uma oferta. Isto incluiu carne, bolos e caldo. O visitante pediu que este ser colocado em cima de uma rocha particular, a partir do qual saiu fogo e consumiu o alimento. Neste o visitante desapareceu e Gideão percebeu com terror que ele tinha encarado o anjo do Senhor. Ele temia que o resultado seria a morte, mas a palavra do Senhor a ele foi: Paz seja contigo; não tenha medo (v. Jz 6:23 ).

Gideão construiu um altar ... e lhe chamou Jeová-shalom (v. Jz 6:24 ). Uma mudança importante e decisivo tinha chegado a Gideão. Antes disso, ele havia sido debulhando grãos em uma prensa de vinho. Ele estava cheio de desânimo e desespero; ele estava ansioso e temeroso. Agora que ele tinha encontrado o Senhor recebeu as palavras de graça, consolação de paz e segurança.

Altar de Gideão era um sinal de uma mudança importante em sua vida. Ele havia transferido sua lealdade de Baal ao Deus que havia dado a paz, algo que Baal não podia dar. Além disso, o altar de Gideão significava a realidade da paz que tinha chegado a ele.Mesmo em meio às circunstâncias difíceis e frustrantes ocasionadas pela saqueadores midianitas Gideão tinha recebido a paz de Deus.

2. Segunda Fase da Chamada: quebrar o Altar de Baal (6: 25-32)

25 E aconteceu que, na mesma noite, o que o Senhor disse-lhe: Toma bois de teu pai, até o segundo boi de sete anos, e derrubar o altar de Baal, que já o teu pai, e corta a Asherah que é por ela ; 26 . e construir um altar ao Senhor, teu Deus, em cima do cume deste lugar forte, na forma ordenada, e toma o segundo boi, e oferecer um holocausto com a madeira do Asherah, que hás de cortar 27 Então Gideão tomou dez dos seus servos, e fez como o Senhor tinha dito a ele; e sucedeu que, temendo ele a casa de seu pai e os homens daquela cidade, de modo que ele não poderia fazê-lo durante o dia, que ele fez isso por noite .

28 E, quando os homens da cidade surgiu no início da manhã, eis que o altar de Baal foi discriminado, eo Asherah foi cortada que foi por ele, eo segundo boi oferecido no altar que foi construído. 29 E disseram uns aos outros: Quem fez isto? E, depois de investigarem e inquirirem, disseram: Gideão, filho de Joás, fez esta coisa. 30 Então os homens da cidade disseram a Joás: Tira para fora teu filho, para que morra, porque derribou o altar de Baal e, porquanto cortar a Asherah que foi por ele. 31 E Joás disse a todos os que se puseram contra ele: Contendereis vós por Baal? ou ye vai salvá-lo? aquele que vai lutar por ele, que ele seja condenado à morte, enquanto ele ainda está manhã: se ele é deus, deixá-lo lutar por si mesmo, porque um derribou o seu altar. 32 Pelo que naquele dia lhe chamaram Jerubaal, dizendo: , Baal contenda contra ele, pois derribou o seu altar.

A segunda fase do chamado de Gideão foi para quebrar o altar de Baal, que pertencia a seu pai. Até este momento, Gideão aparentemente não via conflito entre Baal-adoração e Jeová-adoração. No entanto, este comando significava que a idolatria deve ser removido de dentro de Israel diante dos inimigos exteriores de Israel poderia ser repelido. Deve haver uma cruzada religiosa contra Baal diante de Israel estaria pronto para fazer a guerra contra Midiã. Este é continuamente relevante. Fazer a vontade de Deus de meios de paz começando em casa para ajustar aos propósitos de Deus antes de a pessoa está pronta para o serviço além.

Aparentemente ciente do tumulto o puxando para baixo do altar de Baal causaria, Gideão realizado este feito à noite com a ajuda de funcionários. No dia seguinte, houve comoção considerável sobre ele. Quando foi descoberto que Gideão foi responsável os homens da cidade exigiu sua morte. Pode parecer incrível que pessoas da cidade de Gideão estavam prontos para matá-lo por isso, mas o incidente mostra muito claramente como entrincheirado o Baalismo dos cananeus havia se tornado em Israel. Israel, a quem Deus destina-se a possuir a terra de Canaã, agora estava possuído pelo deus dos cananeus. Aqui está o grande perigo em que os pretensos seguidores de Deus tantas vezes ficar em pé.

Joás foi condenada a entregar seu filho para a morte nas mãos do povo. No entanto, ele se recusou, declarando que Baal deve lutar por si mesmo. Qualquer pessoa que lutaria por Baal deve enfrentar a possibilidade de morte. Aqui foi o primeiro incentivo de Gideão de fontes humanas. Seu próprio pai, aparentemente, muito influente na cidade, tinha tomado a sua posição do lado de Jeová e de Gideão. Tinha sido uma situação tensa, com Gideão em perigo real. A maré virou, no entanto, e eles chamaram Gideão Jerubaal, o que significa que Gideão tinha desafiado Baal e fugido com ele. O próprio Baal deve tomar quaisquer medidas defensivas que estavam a ser tomadas.

O resultado foi uma nova consciência de uma esperança de despertar. O Senhor estava prestes a visitar o seu povo em misericórdia. O líder era o mínimo que o membro da família mais pobre da tribo de Manassés, ainda este homem tinha recebido a paz do Senhor e tinha desafiado Baal.

C. TEST VELO (6: 33-40)

33 E todos os midianitas, os amalequitas e os filhos do oriente se ajuntaram; e passaram, e acamparam no vale de Jezreel. 34 Mas o Espírito do Senhor veio sobre Gideão; e ele tocou a trombeta; e os abiezritas se ajuntaram após ele. 35 E enviou mensageiros por toda a Manassés; e eles também estavam reunidos depois dele; e enviou mensageiros a Aser, e Zebulom, e até Naftali; e eles vieram para cima para encontrá-los.

36 E disse Gideão a Deus: Se hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste, 37 eis que eu porei um velo de lã na eira; se o orvalho estiver somente no velo, e secura sobre toda a terra, então conhecerei que hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste. 38 E assim foi; para ele se levantou de madrugada no dia seguinte, e apertou o velo, e espremeu o orvalho do velo, uma tigela de água. 39 E disse Gideão a Deus, não deixes tua ira se acenda contra mim, e eu vou falar, mas desta vez: deixe-me fazer julgamento, peço-te, mas desta vez com o velo; rogo-te que ser seco só o velo, e sobre toda a terra haja orvalho. 40 E Deus assim o fez naquela noite; pois estava enxuto só o velo, e havia orvalho sobre toda a terra.

Como em anos anteriores, o início de uma nova época de colheita sinalizou a renovação das pilhagens por parte dos midianitas. Eles acamparam no vale de Jezreel, a área mais frutífera. Eles aproveitaram a colheita e matou israelitas. Provavelmente neste momento os irmãos de Gideão foram mortos em Tabor (Jz 8:18 , Jz 8:19 ).

Após incursões anteriores pelos midianitas Gideão tinha olhava com raiva impotente e frustração. Nessa ocasião, o Espírito do Senhor veio sobre Gideão (v. Jz 6:34 ). As circunstâncias eram as mesmas; o homem foi o mesmo. A grande diferença foi na vinda do Espírito de Deus sobre o homem. A nota marginal dá o significado literal de se apoderou como "se vestiu com a". Esta expressão denota posse completa. Gideão se tornou um homem possuído por Deus. Mais profundo do que possuindo está sendo possuído.

Como resultado desta vinda do Espírito de Deus, Gideão soou um toque de clarim para os braços. A primeira resposta veio dos membros de seu próprio clã. Eles sabiam o que tinha acontecido em Ofra, e eles estavam prontos para seguir Gideão, aquele que tinha desafiado Baal e que agora estava se preparando para a batalha contra os midianitas. Aqui eram os que sabiam Gideão melhor pronto para se juntar com ele. O movimento cresceu, com Manassés, Asher, Zabulão e Neftali responder a convocação de Gideão.

Gideão se viu diante de uma situação climática. O midianitas invadindo ainda espreitava a terra e Gideão teve que decidir se quer continuar com seus esforços ou se retirar. Ele ainda podia voltar atrás, mas se ele optou por continuar seu esforço para expulsar os midianitas não haveria como voltar atrás, pois ele seria forçado a lutar contra os midianitas. Ele poria em movimento forças que pela sua própria dinâmica iria precipitar conflito.

Naquele momento supremo de decisão Gideão fez um teste: Se hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste, eis que eu porei um velo de lã na eira (vv. Jz 6:36 , Jz 6:37 ). Este não foi um reflexo de dúvida, mas, sim, de dependência. Gideão tinha sido criado em meio a Baal-adoração. Seu conhecimento dos caminhos de Deus foi baseada no histórico passado. "Onde estão todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram ..." (v. Jz 6:13 )? As circunstâncias presentes foram muito crítico e Gideão sabia disso, mas ele não tinha conhecimento de primeira mão sobre o poder de Deus. Então, ele pediu um sinal e foi concedida. Por duas vezes pelo teste de fleece o Senhor indicou que ele iria entregar Israel por meio de Gideão.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Juízes Capítulo 6 do versículo 1 até o 40
He 11:32 põe Gideão no topo da lista de juizes. Embora, às vezes, ele vacilasse em sua fé, ainda era um "homem de fé" que ousara crer na Palavra de Deus. Vemos como sua fé é maravilhosa ao perceber que ele era um fazendeiro, não um guerreiro treinado! Nessa passagem, traçaremos a carreira de Gideão.

  • Gideão, o covarde (6:1-24)
  • Sete anos de escravidão sob o co-mando dos midianitas levou Israel ao seu estado de mais debilidade. Em vez de "cavalgar sobre os altos da terra" (Dt 32:13), eles cavalga-vam nos antros! Não permitiam nem mesmo que os israelitas colhessem seus grãos, o que explica o fato de Gideão estar amassando no lagar. O profeta de Deus (vv. 7-10) lembra o povo de sua descrença e peca-do; depois, o Anjo do Senhor — o próprio Cristo — visitou Gideão a fim de prepará-lo para a sua vitória. Lembre-se de que Deus abandona-ra seu povo temporariamente; ele agora trabalhava por intermédio de pessoas escolhidas (2:18).

    Pareceu zombaria quando o Anjo chamou Gideão de "homem valente" (v. 12), contudo Deus ape-nas antecipava o que Gideão se tor-naria por meio da fé. Isso nos lem-bra das palavras de Cristo a Pedro: "Tu és [...] tu serás..." Oo 1:42). Con-tudo, veja a descrença de Gideão, a causa de sua covardia, quando questiona Deus: "Se [...] por que [...] e que é feito [...] porém...?". A seguir, ele pede que Deus lhe dê um sinal! Com certeza, essa não é a linguagem da fé. Gideão confes-sou que Deus castigara seu povo justamente (v. 13), mas ele não po-dia entender como o Senhor usaria um pobre fazendeiro como ele para libertar a nação. Deus satisfez a des-crença dele com uma série de pro-messas: "O Senhor é contigo"; "Li-vra Israel [...] não te enviei eu?"; "Já que eu estou contigo" (vv. 12,14). A fé vem ao ouvir a Palavra de Deus (Rm 10:17). Gideão pediu um sinal, e Deus graciosamente deu-lhe um sinal (vv. 19-24). Entretanto, esse não é um bom exemplo a ser segui-do por nós. "Jeová Shalom" significa "O Senhor é nossa paz" (vv. 23-24).

  • Gideão, o contendor (6:25-32)
  • Uma coisa é encontrar Deus na discrição do lagar, mas outra bem distinta é tomar publicamente o partido do Senhor. Naquela mesma noite, Deus testou a dedicação de Gideão ao pedir-lhe que derrubas-se o altar de Baal que pertencia ao pai dele e construísse um altar ao Senhor. Além disso, ele devia sacri-ficar o segundo boi de propriedade do pai (provavelmente reservado a Baal) sobre o novo altar. O testemunho cristão deve começar em casa. Gideão obedeceu ao Senhor, porém mostrou descrença ao fazer a obra à noite (v. 27) e ao pedir que dez homens o ajudassem. Pode-se ima-ginar o furor da vizinhança quan-do, na manhã seguinte, descobriu o altar destruído! Ele matou Gideão? Não! Antes, Gideão tornou-se um lí-der com capacidade para reunir um exército a fim de prepará-lo para lu-tar. Deus nunca usará "santos secre-tos" para vencer grandes batalhas. Temos de sair em campo aberto e assumir nosso lugar, independente-mente do custo.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Juízes Capítulo 6 do versículo 1 até o 40
    6.1 Gideão, que recebe um total de 100 vv., e Sansão, com 96, são os juízes que ocupam lugar pitoresco, neste livro.
    6.3 Midianitas. Tribo de nômades aliados dos amalequitas, vindos da região de Neguebe, ao sul da Palestina (conforme Gn 25:1-4). Povos do Oriente, seriam os beduínos primitivos do deserto sírio. Esses três povos se uniram em número elevadíssimo, tornando-se capazes de saquear a agricultura e os rebanhos dos hebreus. Atacaram, principalmente, o território de Manassés, sem deixar de devastar também a Efraim, Aser, Zebulom, Naftali (6.35; 8,1) e, sem dúvida, a Issacar.

    6.5 Subiam com os seus gados e tendas. Estes invasores viviam de modo nômade. Camelos. Aparecem, aqui, pela primeira vez em grande escala. Utilizados num ataque militar inculcaram terror aos israelitas.

    6.6 Os filhos de Israel clamavam ao Senhor. • N. Hom. "Grande é a Misericórdia de Deus”:
    1) Ainda que o motivo do clamor fosse por interesse pessoal e não por amor a Deus, Ele atendeu;
    2) Ainda que não fosse a primeira vez, nem a última, que o povo se desviara do Senhor, Deus o ouviu e perdoou;
    3) Ainda que desprezaram Sua palavra (preservada no Pentateuco de Moisés), Deus lhes falou através do profeta (8). Conclusão. O amor perdoador de Deus é sem limites - arrepender-se, crer e clamar são seguidos do trato imerecido que o filho pródigo recebeu de seu pai (Lc 15:22-42).

    6.11 O Anjo do Senhor. Pelo Anjo com o nome próprio do Senhor (Jeová) vê-se que se trata de uma teofania (conforme 2.4).

    • N. Hom. 6:13-24 "Dúvidas Incoerentes no Serviço: do Senhor":
    1) Sua presença - "O Senhor está contigo" (12,
    16) - "então por que nos sobreveio tudo isto?";
    2) Comissão: "Não te enviei eu?" - "com que livrarei a Israel?" (14, 15);
    3) Vitória: "Ferirás os midianitas como se fossem um só homem" - dá-me um sinal de que és tu, Senhor, que me falas" (16, 17);
    4) Paz: "Paz seja contigo... não morrerás" Gideão edificou ali um altar e lhe chamou "o Senhor, é paz" (23, 24). Conclusão. Quando o Senhor nos manda, não é hora de duvidar.

    6.14 Tua força. Gideão não se apresenta como um homem valente (12), malhando trigo às escondidas (11), desculpando-se diante da tarefa mandada por Deus (15), duvidando que a mensagem a ele dirigida tivesse vindo de Deus (17), temendo os homens da cidade (27) e pedindo dois sinais para confirmação da promessa de Deus (36-40). Mas sua hesitação indica profunda humildade, qualidade esta essencial a todo homem que Deus se digna usar. Desta forma, Deus é exaltado, em contraste com o homem soberbo (Lc 1:52, Mt 28:19). Eu estou contigo (16). Há poder redobrado na companhia do Senhor (Mt 28:20; At 18:1 o).

    6.18 Oferta. Heb minhah, "oferta voluntária", não pelo pecado.

    6.19 Efa. Medida de secos que comportava 20 kg de farinha, presente valioso numa época de muita escassez.

    6.21 Fogo do penha. Seria reconhecido como prova de que o próprio Senhor estava presente e que a oferta fora aceita por Ele (conforme Gn 4:4).

    6.22 Ai de mim. Um pressuposto do pensamento dos hebreus era que ver a Deus significaria a morte (cf. Gn 16:13; 32:30; Êx 20:19; 33:20; Is 6:5). Em Cristo, podemos ver a Deus e viver eternamente (Jo 1:18, 14.Jo 1:6-43).

    6.39 Só a lã esteja seco. A segunda prova seria indubitavelmente sobrenatural, posto que a lã absorveria o orvalho muito mais facilmente que a terra e as pedras ao redor.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Juízes Capítulo 6 do versículo 1 até o 40
    e) Gideão e Midiã (6.1—8.35)
    O período de atuação de Gideão como juiz é tratado com muitos detalhes, marcando dessa forma a conclusão do primeiro período (v. a introdução). Os sete anos de opressão (6.1) são inseridos entre dois períodos de 40 anos de calma (5.31; 8.28), dos quais o segundo é o último período assim caracterizado na época dos juízes. Exceto os juízes menores, de quem pouco se sabe, somente Jefté e Sansão aparecem como libertadores. Suas atividades, porém, não resultam numa interrupção substancial do padrão de declínio. A libertação conquistada por Gi-deão, embora fosse uma vitória marcante sobre um inimigo perenemente difícil, mesmo assim acabou em frustração. Com o estranho caso do manto sacerdotal de Gideão (8:24-27) e o resultado ainda mais trágico da luta pela sucessão empreendida por seus filhos (8.29—9.57), as sementes do declínio são lançadas. Os temas complementares da segunda parte de Juízes (introduzidos na época de Gideão) são (a) apostasia religiosa proveniente da prática sincretista e (b) instabilidade política proveniente do fracasso dos juízes em prover a sucessão divinamente orientada. O chamado divino, que salvou Gideão de uma sociedade sincretista, não foi suficiente para evitar que ele mesmo voltasse a essas práticas no final. No segundo aspecto, até mesmo a afirmação resoluta de domínio divino direto
    (8,23) não evitou a tentativa trágica da sucessão humana que levou ao colapso final da autoridade.
    Gideão é ao mesmo tempo o maior herói individual da epopéia e também a sua figura mais trágica. Ver a sua grande obra de reforma religiosa e militar reduzida a essas proporções é um lembrete de que nenhuma geração ou indivíduo pode descansar sobre as atividades de Deus no passado. A batalha espiritual continuou muito tempo depois de os midianitas e seus aliados beduínos terem partido. “A espada do Senhor e de Gideão” não precisaria ter perdido o seu ímpeto; a sua capacidade de ataque foi diminuída pela falta de uso, e não por oposição. Somos lembrados mais uma vez de que os maiores perigos para o povo de Deus são internos; nenhum exército cananeu ou midianita poderia resistir à espada do Senhor. Mas quando as úlceras do declínio interno têm espaço para crescer, até a ferramenta usada pelo Senhor para repelir os inimigos externos se torna inútil.

    Opressão midianita (6:1-6). As fórmulas-padrão introduzem e apresentam a opressão, embora Midiã represente um tipo diferente de conquistador. Os midianitas eram uma tribo tradicionalmente associada a Israel (Gn 25:2); eram nômades cujo território estava centralizado na Transjordânia, próximo do extremo norte do golfo de Acaba. Eram apoiados pelos amalequitas, uma tribo edomita (Gn 36:12,16), antigos inimigos de Israel (Ex 17:8-16) junto com um grupo conhecido como “filhos do leste” (B‘nê Qederri), de quem pouco se sabe (cf. lRs 4.30; Ez 25:1-10 etc.). O padrão sazonal da opressão refletia a forma de vida nômade, em contraste com a expressão constante de força e oposição dos cananeus de que tratam os caps. 4 e 5. Os ataques na época da colheita eram, mesmo assim, um duro golpe contra a vida na terra. v. 2. fizeram para Sl esconderijos nas montanhas-, provavelmente para guardar produtos preciosos, como também para salvar a vida. A inanição geral seria a única alternativa, v. 4. até Gaza: lit. “até a sua vinda a Gaza”, possivelmente uma referência a uma estrada importante para aquela cidade no extremo sudoeste. Os invasores, entrando pelo nordeste, saqueavam a terra toda. v. 5. camelos-, ao contrário de uma alegação bem difundida, o uso de camelos domesticados está documentado desde o início do terceiro milênio (c. 3000 a.C.) (v. NBD, “Camelo”), embora Jz 6:0). num tanque de prensar uvas: ainda pode ser visto hoje; uma simples tina embutida numa pedra grande com uma bacia de receptação. Possivelmente a localização pública da maioria das eiras de malhar o trigo fazia do tanque de prensar uvas um lugar melhor, para escondê-lo dos midianitas: “para guardá-lo rapidamente” da NEB é possível, v. 12. poderoso guerreiro: “Você é corajoso” (NTLH) não transmite o sentido do hebraico gibbòr hayil. Temos aí a indicação de valor, mas também provavelmente a de posição na comunidade (conforme v. 27). v. 15. Meu clã é o menos importante [...] eu sou o menor da minha família-, mesmo assim, Gideão denuncia a sua origem aristocrática ao chamar dez dos servos do seu pai. O verdadeiro herói, mesmo que adequadamente modesto, não é chamado das classes mais baixas, v. 18. hebraico minhãh. Embora o presente tenha se tornado uma oferta (conforme Gn 4.3ss; Lv 7:37), a palavra pode significar também “tributo” (v.comentário Dt 3:15) ou simplesmente “presente”. Os elementos (v. 19) não são claramente sacrificiais, embora o total (uma arroba, original “efa”, de farinha era equivalente a aproximadamente 20 quilos) seria um exagero para essa ocasião, v. 21. Fogo subiu da rocha-, por meio do toque do anjo, o presente se torna um sacrifício. v. 22. Ah, Senhor Soberano! Vi o Anjo do Senhor face a face-, os israelitas criam que isso seria seguido pela morte (conforme v. 23; também 13 22:23 e a palavra de Deus a Moisés, Êx

    33.20). A resposta no v. 23 (“Paz seja com você!”) certifica Gideão do contrário. A argumentação da mulher de Manoá (13.23) poderia ser igualmente aplicada aqui. A palavra do anjo é então celebrada em um altar denominado O Senhor é Paz (heb. Yahweh-sãlôm. v. 24. Até hoje-, evidentemente algum tempo depois. Provavelmente se tornou um centro de peregrinos.

    Baal é desmascarado (6:25-32). Desmascarar Baal era necessário por duas razões:
    (a) teria de ocorrer a purificação de Israel antes de qualquer investida contra os midianitas; e (b) o próprio Gideão não é ainda um líder testado cuja convocação às armas seria respeitada. A sua ousadia em purificar pelo menos uma aldeia da adoração a Baal estabeleceu a ordem das prioridades, como também elevou Gideão à proeminência. No entanto, aqui a habilidade posterior de liderança de Gideão ainda não está em evidência. O pai de Gideão divide o lugar no palco pelo seu apoio concreto e bem fundamentado ao seu filho, v. 25. Separe o segundo novilho [...] aquele de sete anos de idade-, o texto hebraico, que é difícil, parece apontar para dois novilhos, contra o contexto que claramente trata de somente um. e corte o poste sagrado-, “poste sagrado” é melhor do que “bosque” (ARC). Esse poste sagrado era um objeto de culto, provavelmente uma representação de Aserá, a consorte de Baal (v. Dt 16:21; Jz 2:11-7). v. 26. no topo desta elevação: alguma formação rochosa natural parece provável.

    v. 28-32. A impotência dos ídolos para se ajudarem a Sl mesmos é um tema predileto do AT (lRs 18; 1Sm 5:1-9 etc.). O texto hebraico do v. 31 destaca de forma irônica os pronomes: “Vocês vão defender a causa de Baal? Estão [vocês] tentando salvá-lo? [...] Se Baal [ele] fosse realmente um deus, [ele] poderia defender-se quando derrubaram o seu altar”. O nome Jerubaal completa o escárnio. Que Baal dispute com ele, como mostra o contexto, é um desafio a esse deus pagão.

    Invasão e reação (6:33-35). Tanto a reforma religiosa quanto a fama de Gideão como líder devem ter se espalhado ao menos por sua tribo, e ainda por Aser, Zebulom e Naftali (v. 35). Issacar não é mencionado mais uma vez, mas conforme comentário Dt 4:6. A motivação imediata da convocação de Gideão às armas é claramente a capacitação carismática concedida pelo Espírito de Deus (v. 34). v. 33. vale de Jezreel: Jezreel, o original hebraico do grego Esdrelom, aqui é especificamente a parte oriental da planície ao norte do monte Gilboa. Jz 7:1 delimita essa ação com mais detalhes, v. 34. apoderou-se\ lit. “vestiu-se com”. Conforme lCr 12.18; 2Cr 24:20. O sentido é de completa posse ou identificação. Em 3.10, usa-se outro verbo.

    Os dois pedaços de lã de Gideão (6:36-40). O pedaço de lã é necessário como um oráculo antes da guerra (v. lRs 22:6-28). Cf. v. 17 (e comentário), em que a questão é a identidade do mensageiro. O segundo sinal (um pedaço de lã seco no solo molhado) era o milagre mais óbvio. Esses pedaços de lã podem representar a falta de confiança, possibilidade reconhecida por Gideão (v. 39). O recebimento dos sinais confirmou que era a hora de atacar.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Juízes Capítulo 6 do versículo 1 até o 6
    VIII. MIDIÃ E GIDEÃO Jz 6:1-8.32.

    a) O opressor midianita (Jz 5:31-6.6).

    E sossegou a terra quarenta anos (31). É esta a conclusão da derrota de Jabim, descrita no capítulo anterior (Jz 4:24). Prevalecendo a mão dos midianitas sobre Israel (2). Os midianitas eram nômades do deserto, que pela primeira vez e em larga escala se serviam de camelos domesticados, de modo a permitir-lhes ataques a grandes distâncias. Possivelmente surgiram das imediações do Golfo de Acaba (cfr. Êx 2:15 e segs.), penetraram na Transjordânia pela mesma entrada que seguiram os israelitas e, atravessando o Jordão, invadiram Canaã central e atingiram a cidade de Gaza (4). Foi talvez na travessia da Transjordânia, no território de Moabe, que vieram a ser derrotados por Hadade I, rei de Edom, cerca do ano 1100 a.C. (cfr. Gn 36:35). Fizeram os filhos de Israel para si... as covas que estão nos montes (2), uma explicação das habitações nos rochedos nas montanhas de Efraim e Judá. Os amalequitas, e também os do oriente (3). Estes uniram-se aos midianitas. Quanto aos amalequitas cfr. 3.13n. Parece que todos tinham por norma atacar Canaã unindo-se aos invasores pela Transjordânia. Filhos do oriente (em heb. bene qedem) é uma expressão genérica para indicar os povos nômades do deserto da Síria. Cfr. Gn 29:1 onde, todavia, a frase se aplica a um povo que vivia da pastorícia na Alta Mesopotâmia. Uma história egípcia conta que um tal Sinue, cerca do ano 1900 a.C., se refugiou junto de certo chefe amorreu, que levava uma vida semi-nômade na região de Quedem. Como gafanhotos, em tanta multidão (5). É justa a comparação, pois não só implica uma ação destruidora, como o grande número em que geralmente costuma aparecer.


    Dicionário

    Camelos

    masc. pl. de camelo

    ca·me·lo |ê| |ê|
    (latim camelus, -i)
    nome masculino

    1. [Zoologia] Designação comum aos mamíferos ruminantes do género Camelus, da família dos camelídeos, comuns na Ásia Central e no Norte de África, com uma ou duas bossas gordurosas no dorso e usados, entre outras coisas, como animais de carga.

    2. [Zoologia] Mamífero ruminante da família dos camelídeos (Camelus bactrianus), com duas corcovas no dorso, encontrado nas áreas secas da Ásia central e do Norte de África.

    3. [Depreciativo] Indivíduo considerado estúpido.

    4. [Marinha] Calabre grosso.

    5. Antigo [Armamento] Antiga peça curta de artilharia.

    6. [Brasil: Rio de Janeiro] Bicicleta.

    Confrontar: samelo.

    ca·me·lô
    (francês camelot)
    nome de dois géneros

    [Brasil] Comerciante que vende os seus artigos na rua, geralmente sem autorização legal; vendedor ambulante.


    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Contar

    verbo intransitivo Calcular, fazer contas; enumerar: são muitos produtos, não consigo contar!
    Ter relevância; importar: isto conta muito para mim.
    verbo transitivo direto e intransitivo Fazer a verificação de uma conta, de um número; estimar, avaliar: contar os lápis da caixa; espere, ainda não acabei de contar.
    verbo transitivo direto e transitivo indireto Dizer algo numa narrativa; narrar, relatar, dizer: contar uma história.
    Ter o propósito, a intenção de: conto partir amanhã; contava estar em Paris agora.
    verbo transitivo direto Fazer a conta de: contava seus benefícios acumulados.
    Ter de existência; possuir determinada idade: ele conta 12 anos.
    Conter em si; possuir: uma cidade que conta dois milhões de habitantes.
    verbo bitransitivo e pronominal Ter em conta; levar em consideração como parte integrante de; considerar: contar alguém em seu círculo de amizades; ele conta-se como um dos homens mais talentosos do país.
    verbo transitivo indireto Ter confiança em: conto com seu apoio.
    Confiar na realização de alguma coisa: conto com meu pagamento ainda hoje.
    Ter uma ideia sobre algo por meio de suposições ou conjecturas; esperar: não contava com esta traição.
    verbo pronominal Passar no tempo; decorrer: contam-se dez anos desde a sua partida.
    Etimologia (origem da palavra contar). Do latim computare.

    Destruir

    verbo transitivo direto Causar destruição; arruinar, demolir (qualquer construção): destruiu o prédio.
    Fazer desaparecer; extinguir, exterminar, matar: destruir os insetos nocivos.
    verbo transitivo direto e intransitivo Provocar consequências negativas, grandes prejuízos; arrasar: destruiu o país inteiro na guerra; a mentira destrói.
    verbo transitivo indireto [Popular] Sair-se bem em; arrasar: destruir com as inimigas.
    verbo transitivo direto e pronominal Derrotar inimigos ou adversários; desbaratar: destruir as tropas inimigas; o exército se destruiu rapidamente com o ataque.
    Etimologia (origem da palavra destruir). Do latim destrure, “causar destruição”.

    Entrar

    verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite.
    Recolher-se à casa.
    Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher.
    Invadir.
    Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura.
    Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido.
    Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento.
    Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.

    Gafanhotos

    masc. pl. de gafanhoto

    ga·fa·nho·to |ô| |ô|
    (de gafa)
    nome masculino

    1. Entomologia Designação comum a insectos ortópteros saltadores. = SALTÃO

    2. Botânica Planta (Jatropha elliptica) da família das euforbiáceas, de rizoma lenhoso com propriedades medicinais. = RAIZ-DE-COBRA

    3. [Regionalismo] Ornitologia Gavião.

    4. Traje de cerimónia, geralmente masculino, cujo casaco é justo na cintura e com abas compridas atrás. = FRAQUE

    5. [Brasil, Popular] A mais pequena das fracções em que se divide um bilhete de lotaria. = GASPARINHO

    6. [Brasil] [Armamento] Mola que faz subir ou descer o cão nas armas de fogo.

    7. Antigo Varredor de ruas.

    Plural: gafanhotos |ô|.

    Multidão

    substantivo feminino Agrupamento de pessoas, de animais ou de coisas.
    Grande número de; montão: multidão de roupa para passar!
    Reunião das pessoas que habitam o mesmo lugar.
    Parte mais numerosa de gente que compõe um país; povo, populacho.
    Etimologia (origem da palavra multidão). Do latim multitudo.inis.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Tendas

    fem. pl. de tenda
    2ª pess. sing. pres. conj. de tender

    ten·da
    nome feminino

    1. Barraca portátil desmontável, feita de pano grosso (geralmente lona) impermeabilizado, que se arma ao ar livre para servir de abrigo.

    2. Pequeno estabelecimento de merceeiro. = LOCANDA

    3. Caixa das quinquilharias do tendeiro.

    4. Fazenda que este traz à venda.

    5. [Anatomia] Prega da dura-máter, entre o cérebro e o cerebelo.

    6. [Brasil] Oficina de ferreiro, marceneiro ou outro artífice.


    tenda de oxigénio
    Estrutura hermética transparente, destinada a isolar doentes na oxigenoterapia.


    ten·der |ê| |ê| -
    verbo transitivo

    1. Estender.

    2. Encher, desfraldar.

    verbo intransitivo

    3. Propender; inclinar-se; ter vocação.


    tender o pão
    Estender a massa, para formar o pão.


    tên·der
    (inglês tender)
    nome masculino

    1. [Termo ferroviário] Vagão que segue logo atrás da locomotiva e que leva a água e o combustível.

    2. [Náutica] Navio cuja função é dar apoio a outros navios, nomeadamente com reparações ou abastecimento. = NAVIO-TÊNDER

    adjectivo de dois géneros e nome masculino
    adjetivo de dois géneros e nome masculino

    3. [Brasil] Diz-se de ou presunto que foi fumado de forma industrial.

    Plural: tênderes.

    Terra

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

    terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

    [...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

    O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

    Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

    [...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

    [...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

    O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

    [...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

    Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

    O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

    [...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

    [...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

    [...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
    Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

    [...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
    Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    [...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

    Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

    O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

    A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

    [...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

    A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

    A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

    Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o nosso campo de ação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

    O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

    A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

    A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

    A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

    [...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

    O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

    [...] é a vinha de Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    [...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

    Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

    [...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

    A Terra é também a grande universidade. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

    Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

    A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

    [...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


    Vinhar

    vinhar | s. m.

    vi·nhar
    (vinho + -ar)
    nome masculino

    Terreno plantado com vinha. = VINHAL, VINHEDO


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Juízes 6: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Porque subiam com os seus gados e tendas; vinham como gafanhotos, em grande multidão que não se podia contar, nem a eles nem aos seus camelos; e entravam na terra, para a destruir.
    Juízes 6: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1169 a.C.
    H1581
    gâmâl
    גָּמָל
    camelo
    (and camels)
    Substantivo
    H168
    ʼôhel
    אֹהֶל
    tenda
    (in tents)
    Substantivo
    H1767
    day
    דַּי
    suficiência, o bastante
    (than enough)
    Prepostos
    H1992
    hêm
    הֵם
    eles / elas
    (they)
    Pronome
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H369
    ʼayin
    אַיִן
    nada, não n
    ([there was] not)
    Partícula
    H4557
    miçpâr
    מִסְפָּר
    número, narração
    (in number)
    Substantivo
    H4735
    miqneh
    מִקְנֶה
    gado, criação
    (and [raise] livestock)
    Substantivo
    H5927
    ʻâlâh
    עָלָה
    subir, ascender, subir
    (there went up)
    Verbo
    H697
    ʼarbeh
    אַרְבֶּה
    um tipo de gafanhotos, enxame de gafanhotos (col)
    (the locusts)
    Substantivo
    H7230
    rôb
    רֹב
    multidão, abundância, grandeza
    (for multitude)
    Substantivo
    H776
    ʼerets
    אֶרֶץ
    a Terra
    (the earth)
    Substantivo
    H7843
    shâchath
    שָׁחַת
    destruir, corromper, arruinar, deteriorar
    (Now was corrupt)
    Verbo
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    גָּמָל


    (H1581)
    gâmâl (gaw-mawl')

    01581 גמל gamal

    aparentemente procedente de 1580, grego 2574 καμηλος; DITAT - 360d; n m/f

    1. camelo
      1. como propriedade, como animal de carga, para transporte, proibido como alimento

    אֹהֶל


    (H168)
    ʼôhel (o'-hel)

    0168 אהל ’ohel

    procedente de 166; DITAT - 32a; n m

    1. tenda
      1. tenda de nômade, veio a tornar-se símbolo da vida no deserto, transitoriedade
      2. casa, lar, habitação
      3. a tenda sagrada de Javé (o tabernáculo)

    דַּי


    (H1767)
    day (dahee)

    01767 די day

    de derivação incerta; DITAT - 425; subst prep

    1. suficiência, o bastante
      1. o bastante
      2. para, conforme a abundância de, tanto quanto a abundância de, cada vez

    הֵם


    (H1992)
    hêm (haym)

    01992 הם hem ou (forma alongada) המה hemmah

    procedente de 1981; DITAT - 504; pron 3p m pl

    1. eles, estes, os mesmos, quem

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    אַיִן


    (H369)
    ʼayin (ah'-yin)

    0369 אין ’ayin

    aparentemente procedente de uma raiz primitiva significando ser nada ou não existir; DITAT - 81; subst n neg adv c/prep

    1. nada, não n
      1. nada neg
      2. não
      3. não ter (referindo-se a posse) adv
      4. sem c/prep
      5. por falta de

    מִסְפָּר


    (H4557)
    miçpâr (mis-pawr')

    04557 מספר micpar

    procedente de 5608; DITAT - 1540e; n m

    1. número, narração
      1. número
        1. número
        2. inumerável (com negativa)
        3. pouco, contável (só)
        4. contagem, em número, de acordo com o número (com prep)
      2. recontagem, relação

    מִקְנֶה


    (H4735)
    miqneh (mik-neh')

    04735 מקנה miqneh

    procedente de 7069; DITAT - 2039b; n m

    1. gado, criação
      1. gado, criação
        1. em geral, referindo-se a um animal doméstico e negociável
      2. vacas, ovelhas, cabras (em rebanhos)

    עָלָה


    (H5927)
    ʻâlâh (aw-law')

    05927 עלה ̀alah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1624; v

    1. subir, ascender, subir
      1. (Qal)
        1. subir, ascender
        2. encontrar, visitar, seguir, partir, remover, retirar
        3. subir, aparecer (referindo-se a animais)
        4. brotar, crescer (referindo-se a vegetação)
        5. subir, subir sobre, erguer (referindo-se a fenômeno natural)
        6. aparecer (diante de Deus)
        7. subir, subir sobre, estender (referindo-se à fronteira)
        8. ser excelso, ser superior a
      2. (Nifal)
        1. ser levado para cima, ser trazido para cima, ser levado embora
        2. levar embora
        3. ser exaltado
      3. (Hifil)
        1. levar ao alto, fazer ascender ou escalar, fazer subir
        2. trazer para cima, trazer contra, levar embora
        3. trazer para cima, puxar para cima, treinar
        4. fazer ascender
        5. levantar, agitar (mentalmente)
        6. oferecer, trazer (referindo-se a presentes)
        7. exaltar
        8. fazer ascender, oferecer
      4. (Hofal)
        1. ser carregado embora, ser conduzido
        2. ser levado para, ser inserido em
        3. ser oferecido
      5. (Hitpael) erguer-se

    אַרְבֶּה


    (H697)
    ʼarbeh (ar-beh')

    0697 ארבה ’arbeh

    procedente de 7235; DITAT - 2103a; n m

    1. um tipo de gafanhotos, enxame de gafanhotos (col)
    2. (CLBL)
      1. desaparecimento súbito (fig.)
      2. insignificância (fig.)
      3. atividade (fig.)

    רֹב


    (H7230)
    rôb (robe)

    07230 רב rob

    procedente de 7231; DITAT - 2099c; n. m.

    1. multidão, abundância, grandeza
      1. multidão
        1. abundância, abundantemente
        2. numeroso
      2. grandeza

    אֶרֶץ


    (H776)
    ʼerets (eh'-rets)

    0776 ארץ ’erets

    de uma raiz não utilizada provavelmente significando ser firme; DITAT - 167; n f

    1. terra
      1. terra
        1. toda terra (em oposição a uma parte)
        2. terra (como o contrário de céu)
        3. terra (habitantes)
      2. terra
        1. país, território
        2. distrito, região
        3. território tribal
        4. porção de terra
        5. terra de Canaã, Israel
        6. habitantes da terra
        7. Sheol, terra sem retorno, mundo (subterrâneo)
        8. cidade (-estado)
      3. solo, superfície da terra
        1. chão
        2. solo
      4. (em expressões)
        1. o povo da terra
        2. espaço ou distância do país (em medida de distância)
        3. planície ou superfície plana
        4. terra dos viventes
        5. limite(s) da terra
      5. (quase totalmente fora de uso)
        1. terras, países
          1. freqüentemente em contraste com Canaã

    שָׁחַת


    (H7843)
    shâchath (shaw-khath')

    07843 שחת shachath

    uma raiz primitiva; DITAT - 2370; v.

    1. destruir, corromper, arruinar, deteriorar
      1. (Nifal) estar inutilizado, estar deteriorado, estar corrompido, estar estragado, estar ferido, estar arruinado, estar apodrecido
      2. (Piel)
        1. deteriorar, aruinar
        2. perverter, corromper, agir corruptamente (moralmente)
      3. (Hifil)
        1. deteriorar, arruinar, destruir
        2. perverter, corromper (moralmente)
        3. destruidor (particípio)
      4. (Hofal) deteriorado, arruinado (particípio)

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado