Enciclopédia de II Reis 10:1-1
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Notas de rodapé da LTT
- Gematria
- Mapas Históricos
- PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS
- VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO
- A DIVISÃO DO REINO
- Os REIS DE ISRAEL
- Livros
- Locais
- Comentários Bíblicos
- Dicionário
- Strongs
Perícope
2rs 10: 1
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Achando-se em Samaria setenta filhos de Acabe, Jeú escreveu cartas e as enviou a Samaria, aos chefes da cidade, aos anciãos e aos tutores dos filhos de Acabe, dizendo: |
ARC | E ACABE tinha setenta filhos em Samaria: e Jeú escreveu cartas, e as enviou a Samaria, aos chefes de Jezreel, aos anciãos, e aos aios dos filhos de Acabe, dizendo: |
TB | Acabe tinha setenta filhos em Samaria. Jeú escreveu cartas e as enviou a Samaria aos homens principais de Jezreel, aos anciãos e aos aios dos filhos de Acabe, dizendo: |
HSB | וּלְאַחְאָ֛ב שִׁבְעִ֥ים בָּנִ֖ים בְּשֹׁמְר֑וֹן וַיִּכְתֹּב֩ יֵה֨וּא סְפָרִ֜ים וַיִּשְׁלַ֣ח שֹׁמְר֗וֹן אֶל־ שָׂרֵ֤י יִזְרְעֶאל֙ הַזְּקֵנִ֔ים וְאֶל־ הָאֹמְנִ֥ים אַחְאָ֖ב לֵאמֹֽר׃ |
BKJ | E Acabe tinha setenta filhos em Samaria. E Jeú escreveu cartas, e enviou-as para Samaria, para os governantes de Jezreel, para os anciãos, e para aqueles que criavam os filhos de Acabe, dizendo: |
LTT | |
BJ2 | Havia em Samaria setenta filhos de Acab. |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Reis 10:1
Referências Cruzadas
Deuteronômio 16:18 | Juízes e oficiais porás em todas as tuas portas que o Senhor, teu Deus, te der entre as tuas tribos, para que julguem o povo com juízo de justiça. |
Juízes 8:30 | E teve Gideão |
Juízes 10:4 | E tinha este |
Juízes 12:14 | E tinha este |
I Reis 13:32 | porque, certamente, se cumprirá o que pela palavra do Senhor clamou contra o altar que está em Betel, como também contra todas as casas dos altos que estão nas cidades de Samaria. |
I Reis 16:24 | E de Semer comprou o monte de Samaria por |
I Reis 16:28 | E Onri dormiu com seus pais e foi sepultado em Samaria; e Acabe, seu filho, reinou em seu lugar. |
I Reis 21:8 | Então, escreveu cartas em nome de Acabe, e as selou com o seu sinete, e mandou as cartas aos anciãos e aos nobres que havia na sua cidade e habitavam com Nabote. |
II Reis 5:3 | E disse esta à sua senhora: Tomara que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. |
II Crônicas 22:9 | Depois, buscou a Acazias (porque se tinha escondido em Samaria), e o alcançaram, e o trouxeram a Jeú, e o mataram, e o sepultaram; porque disseram: Filho é de Josafá, que buscou ao Senhor com todo o seu coração. E não tinha já a casa de Acazias ninguém que tivesse força para o reino. |
As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
Notas de rodapé da LTT
a capital do reino do Norte.
Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.
Gematria
setenta (70)
Lembra a aplicação da justiça. As etnias primordiais no mundo. O deserto, os 70 Nomes de Deus e as 70 designações aos filhos de Israel.
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS
Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.
FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs
GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is
SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is
JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js
IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt
TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.
BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js
GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.
MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is
MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs
EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex
VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO
TOPOGRAFIA FÍSICAUMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.
UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.
UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn
PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.
CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm
![A localização estratégica da Palestina A localização estratégica da Palestina](/uploads/appendix/1667915754-a1.png)
![As regiões geográficas da Palestina As regiões geográficas da Palestina](/uploads/appendix/1667915754-a2.png)
![Altitude da Palestina Altitude da Palestina](/uploads/appendix/1667915754-a3.png)
![Samaria Samaria](/uploads/appendix/1667915754-a4.png)
![O vale de Jezreel O vale de Jezreel](/uploads/appendix/1667915754-a5.png)
A DIVISÃO DO REINO
Roboão, o sucessor de Salomão, rejeitou com insolência o conselho dos anciãos, preferindo seguir as instruções de um círculo de conselheiros mais jovens. Suas palavras: "Se meu pai vos impôs jugo pesado, eu ainda vo-lo aumentarei; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões" (1Rs
As palavras das dez tribos do norte de Israel sinalizaram um acontecimento importante da história do Antigo Testamento: a divisão do reino, em 930 a.C.
CONSEQUÊNCIAS GEOGRÁFICAS
Com a separação das dez tribos do norte, restaram apenas Judá e Benjamim para dar continuidade à linhagem de Davi em Jerusalém. Simeão provavelmente deve ser incluído no reino do sul, pois seu território ficava no meio de Judá. Os israelitas voltaram à divisão do tempo de Davi, considerando "Israel" e "Judá" separadamente, talvez em função do encrave jebuseu de Jerusalém no centro do país antes de Davi tomar a cidade.
ISRAEL E JUDÁ SEGUE RUMOS DIFERENTES
Semaías, um profeta do Senhor, evitou a eclosão de uma guerra civil. As tribos do norte, sob Jeroboão, fundaram seu próprio reino, Israel, também chamado de "Efraim" (em função de sua tribo principal) pelo profeta Oséias e de "casa de José pelo profeta Amós (Am
O ALTO EM DÁ
Resquícios dos centros religiosos de Jeroboão em Da (Iell el- Oadi) foram encontrados no nível IVA. A ausência de qualquer vestígio de um bezerro de ouro não surpreende. Porém, uma estrutura com 18 m de comprimento, construída sobre uma pedra lavrada, talvez fizesse parte do "alto". Três depósitos foram encontrados e, em um deles, dois potes grandes de mantimentos com capacidade para mais de 300 I, decorado com serpentes em relevo. Indícios de um altar e de um suporte para incenso foram descobertos num pátio. Também foi encontrada uma bacia embutida onde provavelmente era colocada a água para as libações.
A cronologia dos reinos divididos (930-586 a.C.)
UM ESCLARECIMENTO
O livro de Reis registra a história de Israel (o reino do norte) até o exílio na Assíria em 722 a.C.e a história de Judá (o reino do sul, centralizado em Jerusalém) até o exílio na Babilônia em 586 a.C. Enquanto o autor focaliza os dois reins alternadamente durante esse período, procuramos, à medida do possível, manter suas histórias separadas para minimizar a confusão. Essa tarefa é dificultada por nomes semelhantes como Jeorão de Judá e Jorão de Israel, Joás de Judá e Jeoás de Israel. Além do mais, o mesmo rei é chamado por nomes diferentes, como, por exemplo, Uzias ou Azarias de Judá. Felizmente, Acazias de Israel não foi contemporâneo de Acazias de Judá!
SINCRONISMO
Até mesmo uma leitura superficial do livro de Reis revela um grande número de informações que deveria facilitar a tarefa de elaborar uma cronologia detalhada. Os reis de Israel, por exemplo, costumam ser associados à cronologia dos reis de Judá e vice-versa: "No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samaria Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel" (2Rs
UM PONTO DE REFERÊNCIA EXTERNO
Sem dúvida, um ponto de referência externo é extremamente útil. Esse ponto de referência pode ser encontrado na cronologia dos assírios. Na Assíria, costumava-se registrar os anos de forma padronizada, conforme o rei da época e seus oficiais, chamados de epônimos. O ponto fixo dessas listas é um eclipse solar ocorrido durante o mandato do epônimo Bur-sagale, no reinado de Ashurdan Ill, rei da Assíria, um acontecimento que pode ser datado astronomicamente de 15 de junho de 763 a.C. De posse dessa informação, podemos calcular as datas dos reis da Assíria de 910 a.C. em diante.
DIFERENÇAS NA MANEIRA DE CALCULAR
A Bíblia coloca os dois anos do reinado de Acazias e os doze anos do reinado de Jorão entre Acabe e Jeú, dando a impressão de que o total foi de quatorze anos. No entanto, se Acabe morreu em 853 a.C. depois de ter contato com o rei Salmaneser Ill da Assíria em seu sexto ano de reinado (853 a.C). e se Jeú consentiu em pagar tributo a Salmaneser no décimo oitavo ano de reinado deste último (841 a.C.), então só há espaço para doze anos. Essa aparente discrepância pode ser explicada pelo fato de que os povos da antiguidade contavam os anos de forma inclusiva, isto é, a parte de um ano era contada como um ano inteiro. Assim, temos um ano inteiro mais one anos inteiros, totalizando os doze anos registrados.
No entanto, não é tão simples quanto parece, pois 1srael e Judá usavam métodos diferentes para calcular os anos de reinado. Para começar, Israel adotava a prática dos egípcios e contava o primeiro ano do rei a partir da sua entronização. Judá, pelo contrário, seguia a prática assíria e contava o primeiro ano do rei somente a partir do ano novo após sua entronização. O período entre a posse do rei e o final do ano civil é, às vezes, chamado de "o ano da ascensão ao trono". Esta prática continuou até o começo do século VIll a.C, quando Judá adotou o outro método.
Como se isto não bastasse, parece que havia dois calendários em uso, um começando na primavera e outro no outono!
CO-REGÊNCIA
Esta é uma forma de governo sugerida no próprio livro de Reis: "No ano quinto do reinado de Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, reinando ainda Josafá em Judá, começou a reinar Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá. (2Rs
RESUMINDO
Quando todos os fatores acima são levados em consideração, surge uma estrutura cronológica 99% confiável. No caso dos problemas que não são solucionados pelas explicações acima, outros fatores podem ser considerados. Não devemos, por exemplo, desconsiderar emendas a texto (como em II Reis
O reino dividido:
Israel e Judá Depois da morte de Salomão em 930 a.C., seu reino se dividiu em duas partes. O reino de Israel, ao norte, era centralizado em Samaria e foi governado por uma sucessão de dinastias de curta duração. O reino de Judá, ao sul, era centralizado em Jerusalém e foi governado por uma dinastia ininterrupta de descendentes de Davi.
![O "alto" em Dã (Tell el-Qadi) O "alto" em Dã (Tell el-Qadi)](/uploads/appendix/1666291026-1a.png)
![O reino dividido: Israel e Judá O reino dividido: Israel e Judá](/uploads/appendix/1666291026-2a.png)
![Cronologia dos reis de Israel e Judá Cronologia dos reis de Israel e Judá](/uploads/appendix/1666291026-3a.png)
Os REIS DE ISRAEL
Como vimos anteriormente, Israel, o reino do norte, foi caracterizado por um governo instável no qual o trono foi tomado por vários usurpadores. Um deles, chamado Onri, estabeleceu uma dinastia que proporcionou estabilidade relativa a Israel. Apesar da Bíblia dedicar apenas seis versículos ao reinado de Onri (880-873 a.C.),' outras fontes deixam claro que ele foi um rei importante. A conquista de Moabe por Onri encontra-se registrada na famosa Pedra Moabita, hoje no museu do Louvre, em Pais (ver abaixo). Foi Onri quem estabeleceu Samaria como capital de Israel, o que explica o fato dos assírios chamarem Israel de "casa de Onri" muito tempo depois da extinção dessa dinastia.
Onri foi sucedido por seu filho Acabe (873-853 aC.). O primeiro livro de Reis afirma a seu respeito: "Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele" (1Rs
A DINASTIA DE JEÚ
O profeta Elias atendeu à ordem do Senhor e ungiu a Jeú, o comandante do exército, como rei de Israel. Num golpe sangrento, Jeú exterminou a dinastia de Onri e matou não apenas Jorão, rei de Israel, mas também Acazias, rei de Judá. Também executou os sacerdotes de Baal, os filhos de Acabe que haviam sobrevivido e a viúva de Acabe, Jezabel, da qual restou apenas o crânio, os pés e as mãos, pois o resto de seu corpo foi devorado pelos cães.°
Logo no início de seu reinado, Jeú (841-813 a.C.), ou seu embaixador, pagou tributo ao rei assírio Salmaneser III (859-824 a.C.), conforme retratado no famoso Obelisco Negro de Salmaneser, da cidade assíria de Nimrud. Uma inscrição identifica Jeú como "Jeú, filho de Onri". Cortesãos numa longa fila trazem tributos: ouro, prata e frutas. Pode-se observar, portanto, que Israel foi obrigado a reconhecer o poder crescente da Assíria. Jeroboão II (781-753 a.C.), bisneto de Jeú, aproveitou um período em que a Assíria se encontrava enfraquecida conquistou grande parte da Síria para Israel, conforme havia sido predito pelo profeta Jonas. O reino de Jeroboão II foi caracterizado por prosperidade crescent, acompanhada de idolatria. O profeta Amós apresenta uma descrição vívida:
"(Vós] que dormis em camas de marfim, e vos espreguiçais sobre o vosso leito, e comes os cordeiros do rebanho e os bezerros do cevadouro; que cantais à toa no som da lira e inventais, como Davi, instrumentos músicos para vós mesmos; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo.
Amós 6:4-6
Entalhes suntuosos de marfim e grandes construções encontradas em Samaria, a capital israelita, são provas arqueológicas dessa prosperidade. Além disso, 102 óstracos escritos em hebraico foram encontrados em Samaria e provavelmente podem ser datados do reinado de Jeroboão II. As inscrições registram recibos de vinho e azeite, provavelmente referentes ao pagamento de impostos de propriedades nos arredores de Samaria.
Um selo magnífico de jaspe com a inscrição "Pertencente a Shema, servo de Jeroboão" (referindo-se provavelmente a Jeroboão I) foi encontrado em Megido. Como o profeta Amós predisse, essa prosperidade não seria duradoura: "Mas não vos afligis com a ruína de José. Portanto, agora, ireis em cativeiro entre os primeiros que forem levados cativos, e cessarão as pândegas dos espreguiçadores.
Amós 6.6h-7
O Senhor tinha dito a Jeú que sua dinastia duraria apenas quatro gerações. Zacarias, filho de Jeroboão Il, foi assassinado por Salum. Este tomou o trono, mas o ocupou por apenas um mês antes de sucumbir a outro usurpador chamado Menaém (752-741 a.C.). Para infelicidade de Israel, os assírios voltaram a ganhar força no reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.) e, trinta anos depois da morte de Teroboão II, os israelitas foram exilados na Assíria.
ESTÁBULOS EM MEGIDO?
Escavações em Megido revelaram um grande conjunto de construções, identificados, por vezes, como estábulos com capacidade para até 450 cavalos. De cada lado de uma passagem central com 3 m de largura havia duas fileiras de colunas de pedra que sustentavam o telhado e, supostamente, serviam como postes as quais os cavalos podiam ser amarrados. As instalações também contavam com cochos, armazéns de cereais e tanques de água feitos de tijolos de barro. Logo depois de sua descoberta, o local foi associado a Salomão, em parte devido à referência às suas "cidades para carros" em I Reis
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Em 1868, F. A. Klein, um missionário alemão que morava em Jerusalém, viu uma placa encontrada na cidade de Dhiban (a Dibom bíblica) na atual Jordânia, com c. de 1,1 m de altura e 34 linhas de inscrições. Durante as negociações para comprar a pedra, C. S. Clermont-Ganneau, representante do museu do Louvre, conseguiu fazer um molde das inscrições, uma decisão prudente, pois, algum tempo depois, os proprietários da pedra colocaram-na no fogo e derramaram água fria para que se partisse em fragmentos. Alguns destes fragmentos nunca mai foram encontrados, porém o molde permitiu recuperar o texto parcialmente. Gravada em c. 830 a.C. por Mesa, rei de Moabe, a inscrição na língua moabita (que possui semelhanças com o hebraico) registra: "Onri era rei de Israel e oprimiu Moabe por muitos dias" (linhas 4-5). Mesa continua: "E Onri tomou posse da terra de Medeba e viveu nela durante seus dias e metade dos dias de seu filho quarenta anos" (linhas 7-8). Por fim, Mesa conseguiu se livrar desse domínio israelita.° Ele registra que tomou alguns dos utensílios do Senhor: "Tire de lá os utensílios do Senhor" (linhas 17-18). Esta é a primeira menção extra-bíblica das quatro consoantes hebraicas (YHWH) que constituem o nome do Senhor.
Guerra entre Israel e os moabitas
- 1 Mesa, rei de Moabe, revolta-se contra a hegemonia israelita e toma as cidades com guarnições em Israel (II Reis
3: ).5 - 2 Jorão, rei de Israel, obtém auxílio de Josafá, rei de Judá, e do rei de Edom e ataca Moabe pelo sul, atravessando o deserto de Edom (II Reis
3: ).9 - 3 Mesa se desloca para o sul a fim de combater os israelitas.
- 4 Seguindo orientações do profeta Eliseu, o exército faz covas no deserto e uma inundação repentina as enche de água. Pensando que o reflexo do sol da manha na água fosse sangue, os moabitas avançam e são totalmente derrotados (II Reis
3: ).17-24 - 5 Os aliados cercam a capital moabita de Quir-Haresete (Kerak) (II Reis
3: ).25 - 6 O rei de Moabe sacrifica seu primogênito sobre os muros da cidade. Ao que parece, esse ato faz os aliados interromperem o cerco e voltarem para sua terra (II Reis
3: ).27
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Locais
JEZREEL
Atualmente: ISRAELLugar no vale de Jezreel citado em II Samuel
![Mapa Bíblico de JEZREEL Mapa Bíblico de JEZREEL](/uploads/map/6244b8c416bb06244b8c416bb4.png)
SAMARIA
Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.283, Longitude:35.2)Nome Grego: Σαμάρεια
Atualmente: Palestina
Capital do reino de Israel, no reino dividido. Região em que localizava-se a Galiléia e Nazaré, no início da Era Cristã. Cerca de 48 km distante de Jerusalém. A nova cidade encontra-se próximo às ruinas.
Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída pelo antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino do sul, o reino de Judá. Atualmente situa-se entre os territórios da Cisjordânia e de Israel.
Samaria é um termo construído pelo hebraico shomron, nome da tribo shemer, que era proprietária do local e o vendeu ao Omri, que teria sido o sexto rei de Israel.
![Mapa Bíblico de SAMARIA Mapa Bíblico de SAMARIA](/uploads/map/6244bf385730e6244bf3857312.png)
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
- Jeú Removeu Baal de Israel (10:1-36)
É muito difícil justificar os massacres generalizados realizados por Jeú à luz dos padrões cristãos. Até mesmo um dos profetas do Antigo Testamento chegou a julgá-lo porque, aparentemente, ele fora muito longe com suas medidas extremas (Os
- A ajuda dos oficiais (10:1-11). A fim de assegurar o sucesso de seu golpe, Jeú continuou com a habitual eliminação de todos os descendentes masculinos da linhagem real precedente. Sua primeira carta aos oficiais e anciãos de Samarie inteligentemente os forçava a declarar se estavam do seu lado ou se pretendiam apoiar algum membro da família real (3). Embora do ponto de vista militar a vantagem estivesse do seu lado (2), eles respeitavam demasiadamente a habilidade de Jeú para recusarem o seu apoio e responderam: A ninguém poremos rei (5). Ele, então, mandou um recado: Tomai as cabeças dos homens, filhos de vosso senhor, e amanhã a este tempo vinde a mim, a Jezreel (6). Ao forçar os oficiais de Samaria a matar os filhos do rei, Jeú os manobrava para, aos olhos do povo, levá-los ao seu lado do golpe. Sua razão era: Eu conspirei contra o meu senhor e o matei, mas quem feriu a todos estes? (9). Vós sois justos, deve ser interpretado como: "Vós sois homens de mente justa" (Moffat).
- A morte dos parentes de Acazias (10:12-14). Jeú encontrou os familiares do rei de Judá aparentemente a caminho de Jezreel para visitar seus parentes reais. Alguns de-les, provavelmente nem todos, seriam descendentes de Acazias através de Atalia, sua mãe, filha de Acabe. Jeú matou a todos eles, sem fazer distinção entre quem era descen-dente ou não. A casa de tosquia — Bete-Equede — a casa em que os pastores tosquiam as ovelhas (12,14 — em hebraico Beth-eked) era um lugar com uma cisterna, no caminho de Jezreel a Samaria. Talvez seja uma referência a Beit-Qad, cerca de cinco quilômetros ao norte de Jenin.
- Jonadabe, o recabita (10:15-17). A revolta de Jeú, em uma reação contra o culto a Baal, atraiu o elemento conservador de Israel. Como essa é a primeira referência feita aos recabitas no Antigo Testamento, parece que eles tiveram seu início durante os dias do baalismo de Acabe. Eles formavam um grupo que insistia no modo de vida simples e rude que os israelitas haviam conhecido no deserto quanto estavam a caminho de Canaã (cf. Jr
35: ). Apesar das ações positivas de Jeú, não deixa de ser um dia muito triste aquele em que o zelo de um homem para com o Senhor (16) é medido pelo número de vidas que ele destruiu.1-11 - A solene assembléia dos adoradores de Baal (10:18-27). O golpe final de Jeú, para o extermínio do culto a Baal, veio através de uma armadilha. Em nossa luta diária con-tra a impiedade, devemos ir além das práticas do Antigo Testamento, mas não podemos desobedecer à lei de Deus em nossos esforços para promover a causa divina. Sob o disfar-ce de uma sanção real, Jeú instituiu um feriado em honra a Baal a ser comemorado no templo desse deus em Samaria. Traga as vestimentas (22) pode indicar as vestes espe-ciais usadas durante a cerimônia do culto. No apogeu dos ritos religiosos, ele enviou seus guardas ao templo para matar os adoradores desse deus falso. Foram à cidade (25) provavelmente significa "entraram nos aposentos interiores da casa de Baal". A maldade de Jeú contra o baalismo não terminou até que todos os vestígios do templo dessa entidade, e também todos os seus pertences, fossem destruídos. Essa completa eliminação é atestada pelo fato de nenhum traço do templo de Baal ter sido encontrado nas escava-ções em Samaria nas camadas atribuídas à época de Acabe. Fizeram dela latrinas (27) significa "fizeram dela uma latrina" (Berk.).
e. Jeú mantém a adoração de Jeroboão (10:28-31). Jeú, entretanto, não foi muito longe em sua reforma religiosa. Ele parou antes de eliminar os bezerros de ouro (29) e a adoração que Jeroboão I introduzira em Betel e Dã. Foi a benignidade de Deus que o levou a usar um homem que não o servia de todo o seu coração (31). Uma dinastia formada por quatro gerações a partir dele, foi a maneira que Deus utilizou para honrá-lo pela sua importante contribuição ao libertar a terra de Israel da adoração a Baal (30).
f Epílogo (10.32.-36). Durante o período em que ele se estabelecia em Samaria, Hazael, rei de Damasco, invadiu o território de Israel desde o Jordão, a leste (33), inclusive Ramote-Gileade,54 e outras cidades da região. Jeú foi sucedido por seu filho Jeoacaz (35)
Champlin
Número redondo que se refere, em geral, a todos os do sexo masculino descendentes do rei Acabe (conforme Gn
Genebra
10:1
setenta filhos. Esse número provavelmente incluía netos. Mas é desconhecido o número das esposas que Acabe tinha (1Rs
anciãos. Ver nota em 1Rs
tutores. Esses guardiões (ver a referência lateral) eram responsáveis pela criação e educação das crianças do palácio real. O rei estava morto, e Jeú falava em vários personagens menores.
* 10:5
o responsável pelo palácio. Ver nota em 1Rs
o responsável pela cidade. Essa posição é semelhante à de "governador da cidade", em 1Rs
* 10:6
tomai as cabeças dos homens, filhos de vosso senhor. A exigência de Jeú tomou a forma de um trocadilho. No hebraico, "cabeça" pode significar parte do corpo, ou pode significar "líder" ou "chefe". É incerto, entretanto, se Jeú estava solicitando a morte de todos os descendentes do sexo masculino de Acabe, ou apenas os líderes entre os príncipes reais.
* 10:7
e os mataram, setenta pessoas. Os líderes de Samaria não se arriscaram: cumpriram literalmente as ordens de Jeú. Dessa maneira, outro componente da profecia de Elias foi realizado (1Rs
* 10:8
Ponde-as em dois montões. Os reis assírios, como Assurbanipal e Salmaneser III, intimidavam as populações deixando montes de cabeças perto dos portões das cidades.
* 10:11
Jeú feriu também todos. As ações de Jeú ultrapassaram em muito os mandatos do oráculo de Elias (1Rs
* 10:12
Bete-Equede, dos Pastores. Provavelmente localizada a alguns poucos quilômetros a nordeste de Jenim.
* 10:13
Parentes de Acazias. Esses parentes não percebiam que havia um golpe político.
* 10:15
Jonadabe, filho de Recabe. Ele pertencia a uma família ou clã, em Israel, que levava uma vida de austeridade e abstinência. Seguindo suas convicções acerca da adoração a Deus, os recabitas não plantavam campos e nem bebiam vinho (Jr 35).
* 10:18
Acabe serviu pouco a Baal; Jeú, porém, muito o servirá. O ardil das palavras de Jeú teve por intuito fazer com que os apoiadores de Baal revelassem publicamente a sua lealdade. Tendo destruído totalmente a casa de Acabe (v. 17), agora Jeú começa o seu expurgo da adoração a Baal em Israel.
* 10:21
casa de Baal. Acabe tinha erigido essa estrutura em Samaria (1Rs
* 10:26
colunas. Ver nota em 1Rs
as queimaram. Monumentos de pedra podem ser despedaçados se forem aquecidos no fogo, para depois derramar-se água fria sobre.
* 10:27
a transformaram em latrinas. Isso contaminou o local e desencorajou quaisquer adoradores futuros de Baal de tentarem reconstruir o seu templo.
* 10:31
lei do SENHOR. Quanto à importância de guardar a lei mosaica, ver a nota em 1Rs
* 10:33
desde o Jordão para o nascente do sol. Hazael foi bem-sucedido na captura dos territórios tribais de Israel localizados na Transjordânia, cumprindo assim uma das profecias de Elias (8.12).
Aroer. Essa cidade ficava a apenas alguns poucos quilômetros ao norte do rio Arnom, a leste do mar Morto (Dt
* 10:34
os mais atos de Jeú. Em uma inscrição no "Obelisco Negro", o monarca da Assíria, Salmaneser III, registrou que "Jeú, filho de Onri", pagou-lhe tributo de prata, de ouro e de outros artigos. Acerca disto nada é dito nos livros dos Reis.
livro da História dos Reis de Israel. Ver nota em 1Rs
* 10:35
Jeoacaz. Quanto ao reinado dele, ver 13
* 10:36
vinte e oito anos. Ou seja, entre 841 e 814 a.C.
Matthew Henry
Wesley
d. Jezreel Atrocity (
Wiersbe
- O assassinato dos descendentes de Acabe (10:1-17)
Acabe tinha 70 descendentes (filhos, netos) que viviam em Samaria, e Jeú voltou sua atenção para eles. Ele escreveu cartas oficiais aos chefes das cidades (como Jezabel fizera, 1Rs
- O assassinato dos adoradores de Baal (10:18-28)
Na mente de Jeú, os fins Justificavam os meios, portanto ele não sentiu qualquer escrúpulo em mentir deii- beradamente para o povo e afirmar que era mais fervoroso na adoração a Baal do que Acabe fora. Jonadabe, um Judeu dedicado que estava an-sioso em libertar a terra da idolatria, uniu-se a Jeú nesse complô. Para sa-ber mais a respeito da família de Re- cabe, leia Jeremias 35. Jeú, ao che-gar a Samaria, anunciou sua inten-ção de instituir a adoração a Baal, e o povo acreditou nele. Quando os adoradores fiéis de Baal reuniram- se na casa de Baal, ele mandou seus homens entrarem e verificarem com cuidado a multidão a fim de se cer-tificarem de que nenhum seguidor do Senhor entrara por engano no templo pagão. O próprio Jeú não participou da adoração. Quando o culto terminou, os guardas mataram os seguidores de Baal e destruíram as imagens e o templo. O local transformou-se em lugar imundo e, por isso, corrompido para sempre.
Podemos abater-nos ao ler es-ses acontecimentos, mas temos de lembrar que o Senhor deu várias oportunidades à casa de Acabe para se arrepender e, assim, escapar do Julgamento. Ao mesmo tempo que o zelo de Jeú talvez tenha saído de controle e que seus motivos não fossem sempre espirituais, temos de reconhecer que ele foi o instrumen-to da fúria do Senhor contra uma família perversa. O Senhor esperou muitos anos, e seu Julgamento "des-cansou" enquanto ele estendia sua misericórdia a uma nação indigna dela. Que o pecador fique atento a fim de não testar a paciência de Deus e permitir que o dia da graça fique a um pecado de distância.
A deserção (10:29-36)
O Senhor elogiou Jeú por sua obe-diência e prometeu-lhe garantir o trono por quatro gerações (veja 15:1 - 12). No entanto, Jeú não teve o cui-dado de obedecer à Palavra de Deus e voltou à idolatria, adorando bezer-ros de ouro. Como somos propensos a ver o pecado na vida dos outros e deixamos de ver os mesmos pecados em nossa vida! Veja Mt
4) anun-ciou que o Senhor vingaria o sangue de Jezreel sobre a casa de Jeú, e ele fez isso. Jeú abandonou o Senhor, e agora, depois de apenas quatro ge-rações, o Senhor o abandonaria e à sua semente.
Nesse relato, temos algumas li-ções básicas: (1) Deus cumpre seu
julgamento, embora sua misericór-dia possa tardá-lo por longo tempo. Com freqüência, o pecador entra em um estado de falsa paz porque a espada do julgamento demora a vir, contudo podemos ter certeza de uma coisa: ela virá. (2) Muitas vezes, pais ímpios levam seus filhos ao pecado e à condenação. O casa-mento de Acabe com uma mulher pagã e o fato de aderir à adoração de Baa\ praticada por ela levaram a família e a nação às trevas e à con-denação. Muitas pessoas morreram porque um homem levou-as ao pecado! (3) Um servo pode cum-prir a Palavra de Deus e, depois, deixar de cumpri-la integralmente. O reinado de Jeú seria abençoado de forma especial, se ele tivesse continuado zeloso com o Senhor. Sua idolatria condenou não só ele, como também sua família.
Russell Shedd
10.4 Temeram. Este grupo de anciãos incluía certamente alguns daqueles covardes e traiçoeiros que ajudaram a rainha Jezabel a assassinar o inocente Nabote, cuja vinha Acabe cobiçara (1Rs
10.7 Os anciãos obedeceram prontamente, ou pelo desejo de se verem livres dos culpas que o regime de Jezabel lhes impusera, ou pela covardia que se apossara de seu íntimo, após sua mesquinha subserviência à rainha maldosa.
10.9 Vós estais sem culpa. Duas lições são aqui ensinadas:
1) Desta vez os anciãos agiram com ponderação e justiça, cumprindo a maldição profética pronunciada contra a dinastia de Acabe;
2) Agora os anciões se integram resolutos na revolução, e se a. causa de Jeú era justa, a ação deles também o seria.
10.11 Os seus conhecidos. • N. Hom. O ato de matar até aos amigos da família real foi além da comissão que Jeú recebera quando ungido rei de Israel, 9:7-10. Passou a agir como todos os pretendentes dos tronos: o intuito era garantir a vitória do seu partido pelo método tradicional e cruel de eliminar os partidários dos seus concorrentes. Se Jeú tivesse tido suficiente fé para cumprir somente o que Deus ordenara pelos seus servos, poderia ter formado uma dinastia abençoada, idêntica à de Davi, e mudado por completo os destinos do reino do Norte.
10.14 Mais uma vez o mensageiro escolhido por determinação divina, prefere usar métodos violentos à simples obediência dentro dos limites ordenados por Deus. Jeú entendia estar agindo bem, ao exceder-se em seu zelo vocacional (16). É lamentável que, na prática, é muito mais fácil gerar o zelo pelas partes visíveis das ordenanças divinas (certos ritos e observâncias) do que um zelo real pela parte vital da vida religiosa, ou seja, a comunhão intima com Deus adorando-O em espírito e em verdade (Jo
10.15 Jonadabe. Um século e meio mais tarde, os descendentes de Jonadabe permanecem fiéis à sua religião (Jr
10.17 De Acabe. Devem ser partidários e parentes não muito aconchegados.
10.24 O culto a Baal já se reduzira muito desde os dias pagãos (1Rs
10.28 Jeú completou a obra que Elias começara (1 Rs 13.40).
10.29 Os pecados. • N. Hom. Aqui é mencionado o pecado da idolatria; Jeroboão tinha colocado um ídolo bem ao norte de Israel, em Dã, e um bem ao sul, em Betel, para promover a idolatria e afastar Israel do verdadeiro culto a Deus. Mas o pecado que o profeta Oséias menciona acima de todos é a violência exagerada de Jeú em eliminar todo e qualquer partidário de Acabe (Dn
10.30 Apesar de toda violência praticada, Jeú tinha obedecido à Lei de Moisés, aplicável a qualquer elemento do povo de Deus que incitasse outros à idolatria (Dt
10.31 De todo o seu coração. Jeú era como muitos servos de Deus: ao ouro da consagração e da dedicação, foi acrescentado o barro da vontade humana, a lama do eu próprio.
10.32 Diminuir os termos. Uma conseqüência natural, depois da morte de tantos líderes. Mas uma atitude de verdadeira dedicação e purificação do culta teria preservado Israel da decadência.
NVI F. F. Bruce
Samaria continuou sendo a capital e conseguiu resistir a um longo cerco; assim, Jeú recorre a um engano duplo. Ele se aproveita do choque dos governantes diante da notícia do regicídio e os desafia a lutar pela dinastia do seu senhor (v. 3). Como era de esperar, eles amolecem e se dispõem a conversar. Os termos dele são brutalmente colocados em prática. A porta da cidade de Jezreel, ele admite com humildade falsa: Fui eu que conspirei contra meu senhor e o matei, mas quem matou todos estes?, combinando o aparente apoio samarita-no com a palavra profética (v. 10).
v. 2. filhos do rei: os netos de Acabe; toda a casa real estaria coberta por esses termos. Setenta é uma forma convencional de denotar um número indefinidamente grande (e.g., Jz
11.2). Jeú, em pé entre as duas pilhas de cabeças em Jezreel, mostra um gênio macabro pelo pavor como arma. A sua sede de sangue vai além da família de Acabe até os seus aliados influentes e amigos pessoais e sacerdotes (v. 11). Enquanto Jezreel cambaleava sob o choque, anestesiada e sem liderança, Jeú partiu para Samaria (v. 12).
A caminho de Samaria, Jeú encontrou alguns parentes de Acazias, que evidentemente não sabiam dos acontecimentos mais recentes, e também os massacrou (v. 14). Ele também encontrou Jonadabe (provavelmente sozinho, visto que se juntou a Jeú no seu carro; v. 15b). Jr
Francis Davidson
Setenta filhos (1); isto é, descendentes masculinos: alguns, não todos, eram menores. Cartas (1); preferível "uma carta"; cfr. 1Rs
Dicionário
Acabe
irmão de pai. 1. Filho de onri, sétimo rei de israel, e o segundo de sua família, que se sentou naquele trono. A história do seu reinado vem no livro 1 dos Reis, caps. 16 a 22. Casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei de Tiro, que era adorador do deus Baal, e tinha sido sacerdote da deusa Astarote, antes de ter deposto seu irmão e tomado as rédeas da governo. o reinado de Acabe distinguiu-se pela ação do profeta Elias, que se opôs fortemente a Jezabel, quando esta introduziu em israel o culto de Baal e Astarote (*veja Elias). A rainha Jezabel não somente levou o seu marido para a idolatria, mas também o fez viver uma vida maléfica. Foi ela quem instigou Acabe a cometer um grande crime contra Nabote, cuja vinha o rei ambicionou para juntar a outros aprazíveis terrenos que faziam parte do seu novo palácio de Jezreel. Nabote recusou vender o terreno, baseando-se na lei de Moisés, segundo a qual a vinha era a ‘herança de seus pais’. Pela sua declaração foi acusado de blasfêmia, sendo ele e seus filhos mortos por apedrejamento (2 Rs 9.26). Elias então disse que a destruição da casa de Acabe seria a conseqüência desta atrocidade. Uma grande parte do reinado de Acabe foi ocupada com três campanhas contra Ben-Hadade ii, rei de Damasco. Das duas primeiras guerras ele saiu completamente vitorioso. No fim da segunda, o rei Ben-Hadade caiu nas mãos de Acabe, mas foi libertado sob a condição de restituir todas as cidades de israel, que tinha em seu poder, e fazer bazares para Acabe em Damasco (1 Rs 20.84). A bênção de Deus foi retirada da terceira campanha. o profeta Micaías (ou Mica) avisou Acabe de que não teria agora a proteção divina, dizendo que os profetas que o tinham aconselhado estavam apressando a sua ruína. Acabe foi à batalha e disfarçou-se para não ser conhecido pelos frecheiros de Ben-Hadade. Apesar disso foi morto por certo homem que arremessou a flecha à ventura. o seu corpo foi levado para Samaria, para ser sepultado, e na ocasião em que um criado estava lavando o carro, lamberam os cães o seu sangue (1 Rs 22.37,38). 2. Filho do falso profeta Colaías, que guiou mal os israelitas em Babilônia. Foi condenado à morte pelo rei Nabucodonosor (Jr(Heb. “irmão do pai”).
1. O infame rei Acabe, filho de Onri e governante de Israel na mesma época em que o profeta Elias desenvolveu seu ministério. Foi um dos piores reis do Norte (cf 1Rs
O relato do reinado de Acabe só é concluído em 1Rs
2. Outro Acabe foi acusado pelo profeta Jeremias de falar mentiras para o povo de Israel, na Babilônia (Jr
Acabe [Irmão do Pai] -
1) Sétimo rei de Israel, que reinou 22 anos (874-853 a.C.), depois de Onri, seu pai. Jezabel, sua mulher, levou o povo a adorar ídolos. Deus mandou o profeta Elias falar contra ele (1Rs
2) Profeta falso (Jr
Aios
1. Indivíduo encarregado da educação doméstica de filhos de pessoa de grande tratamento.
2. Escudeiro.
(do cariri)
[Brasil] Bolsa para caça, feita geralmente de fibras de caroá.
[Timor] Expressão que indica espanto, admiração.
Anciãos
Nas primitivas formas de governo, eram revestidos de autoridade aqueles que, sendo já pessoas de idade e de reconhecida experiência, podiam tomar a direção dos negócios gerais como representantes do povo. Esta instituição não era, de maneira alguma, peculiar a israel: o Egito, Moabe e Midiã tinham os seus ‘anciãos’ (Gnv. 12 é evidente que estes foram escolhidos dentre os ‘anciãos de israel’. Acham-se exemplos destas funções judicativas em Dt
Anciãos No Antigo Testamento, recebia esse nome aquele que sucedia ao pai — geralmente em virtude do direito de primogenitura — no governo da casa, clã ou tribo (1Rs
R. de Vaus, Instituciones del Antiguo Testamento, Barcelona, 1985; C. Vidal Manzanares, Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...
Cartas
(carta + -ar)
Dividir um baralho de cartas em duas ou mais partes.
(latim charta, -ae, folha de papiro para ser escrita, folha de papel, documento)
1. Escrito fechado que se dirige a alguém.
2. Nome de certos documentos oficiais que contêm despacho, provisão, licença, etc.
3. Diploma (ex.: pediu na secretaria a emissão da carta de curso).
4. Lista das bebidas ou dos pratos disponíveis para consumo num estabelecimento comercial (ex.: carta de queijos; carta de vinhos; pedir a carta; o bar oferece uma carta de cervejas bastante variada).
5. [Portugal] O mesmo que carta de condução.
6. Abecedário.
7. [Jogos] Cada um dos cartões que formam o baralho de jogar.
8. Ictiologia Peixe da costa de Portugal.
9. Mapa geográfico.
carta aberta
Escrito que, dirigido a alguém, é publicado nos jornais.
carta de alforria
Documento em que o senhor concedia liberdade ao escravo.
carta de condução
[Portugal]
Documento oficial que habilita uma pessoa para
carta de navegação
[Marinha]
carta de partilha
[Jurídico, Jurisprudência]
Documento em que vem descrita a parte que coube a cada um dos herdeiros.
=
FOLHAS DE PARTILHA
carta mandadeira
[Jurídico, Jurisprudência]
Procuração ou documento através do qual alguém constitui outrem como seu representante numa assembleia.
carta náutica
[Marinha]
carta precatória
[Jurídico, Jurisprudência]
Carta dirigida por um juiz de uma circunscrição, comarca, tribunal, etc., a outro magistrado, para que cumpra ou faça cumprir certas diligências judiciais.
=
PRECATÓRIA
carta rogatória
[Jurídico, Jurisprudência]
Carta dirigida por autoridades de um país às de outro, a fim de que neste se executem certos
Pedido dirigido pelos fiéis de uma diocese a um metropolitano, para que certo eclesiástico seja nomeado bispo daquela diocese. = ROGATÓRIA
cortar as cartas
[Jogos]
Separar o baralho de cartas em duas partes.
dar as cartas
Demonstrar mestria ou grande conhecimento em determinado assunto ou área.
=
DAR CARTAS
Ser o mestre ou aquele que domina. = DAR CARTAS
dar cartas
O mesmo que dar as cartas.
magna carta
História
Documento que corresponde à constituição de um país, em especial a constituição concedida por João Sem Terra (1167-1
216) aos ingleses em 1215, limitando o poder absoluto do monarca.
(carta + -ar)
Dividir um baralho de cartas em duas ou mais partes.
(latim charta, -ae, folha de papiro para ser escrita, folha de papel, documento)
1. Escrito fechado que se dirige a alguém.
2. Nome de certos documentos oficiais que contêm despacho, provisão, licença, etc.
3. Diploma (ex.: pediu na secretaria a emissão da carta de curso).
4. Lista das bebidas ou dos pratos disponíveis para consumo num estabelecimento comercial (ex.: carta de queijos; carta de vinhos; pedir a carta; o bar oferece uma carta de cervejas bastante variada).
5. [Portugal] O mesmo que carta de condução.
6. Abecedário.
7. [Jogos] Cada um dos cartões que formam o baralho de jogar.
8. Ictiologia Peixe da costa de Portugal.
9. Mapa geográfico.
carta aberta
Escrito que, dirigido a alguém, é publicado nos jornais.
carta de alforria
Documento em que o senhor concedia liberdade ao escravo.
carta de condução
[Portugal]
Documento oficial que habilita uma pessoa para
carta de navegação
[Marinha]
carta de partilha
[Jurídico, Jurisprudência]
Documento em que vem descrita a parte que coube a cada um dos herdeiros.
=
FOLHAS DE PARTILHA
carta mandadeira
[Jurídico, Jurisprudência]
Procuração ou documento através do qual alguém constitui outrem como seu representante numa assembleia.
carta náutica
[Marinha]
carta precatória
[Jurídico, Jurisprudência]
Carta dirigida por um juiz de uma circunscrição, comarca, tribunal, etc., a outro magistrado, para que cumpra ou faça cumprir certas diligências judiciais.
=
PRECATÓRIA
carta rogatória
[Jurídico, Jurisprudência]
Carta dirigida por autoridades de um país às de outro, a fim de que neste se executem certos
Pedido dirigido pelos fiéis de uma diocese a um metropolitano, para que certo eclesiástico seja nomeado bispo daquela diocese. = ROGATÓRIA
cortar as cartas
[Jogos]
Separar o baralho de cartas em duas partes.
dar as cartas
Demonstrar mestria ou grande conhecimento em determinado assunto ou área.
=
DAR CARTAS
Ser o mestre ou aquele que domina. = DAR CARTAS
dar cartas
O mesmo que dar as cartas.
magna carta
História
Documento que corresponde à constituição de um país, em especial a constituição concedida por João Sem Terra (1167-1
216) aos ingleses em 1215, limitando o poder absoluto do monarca.
Chefes
(francês chef)
1. Funcionário ou empregado que dirige um serviço.
2.
3. Cabeça, principal.
4. Cabecilha.
5. Cozinheiro principal que dirige um restaurante, geralmente conhecido pela boa cozinha.
6. [Militar] Soldado que, em cada fila, está no lugar da frente.
7. Forma de tratamento utilizada informalmente com pessoas cujo nome se desconhece. = PATRÃO
8. [Heráldica] Peça honrosa no terço superior do escudo.
chefe de sala
Chefe dos
Enviar
verbo transitivo Fazer partir com uma finalidade: enviar uma criança à escola.Fazer chegar a, expedir, remeter, endereçar: enviar uma carta.
Arremessar, lançar: enviar a bola.
remeter, mandar, despachar, expedir. – Enviar é “dirigir, pôr a caminho”. – Remeter é “fazer chegar às mãos, à posse daquele a quem se envia”. – Mandar é “enviar alguém para algum fim, ou expedir alguma coisa pelas próprias mãos”. – Despachar é “desimpedir, deixar sair”. – Expedir é “fazer seguir”. – Enviam-se encomendas; enviam-se representantes, ou empregados; enviam-se cumprimentos, ou felicitações, ou saudades, ou pêsames. Remetemos a um amigo o que ele nos pede; a um freguês, a fatura de gêneros de sua ordem. Remetem-se também os presos escoltados. Manda-se uma pessoa cumprimentar os noivos; manda-se um presente ao menino aniversariante. Despachou logo o “próprio” com a solução do negócio. Expedem-se ordens, principalmente; mas também se expedem mercadorias, cartas, veículos, etc.
Filhós
substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).Jezreel
Jezreel1) Cidade que ficava no território de ISSACAR 2, entre Megido e Bete-Seã, perto do monte Gilboa (1Rs
2) Vale que ficava perto dessa cidade (Os
hebraico: Deus semeia
(Heb. “Deus planta”).
1. Primeiro filho de Oséias com sua esposa adúltera Gômer (Os
v. 11, onde há um jogo de palavras com o significado literal de “Jezreel”. Deus uma vez mais “plantará”. Depois do juízo sobre Israel, o Senhor fará com que novamente haja frutificação (Os
Como acontecia freqüentemente entre os profetas do Antigo Testamento, Oséias foi chamado para pronunciar o juízo de Deus, mas também para lembrar os israelitas da necessidade do arrependimento, bem como e da fidelidade do Senhor à aliança de seu amor pelo povo. Essa mensagem foi vivida por Oséias na parábola de sua própria vida. Os nomes de seus filhos ajudaram a ilustrar a mensagem profética. Veja também Lo-Ami e Lo-Ruama.
2. Um dos filhos de Etã, da tribo de Judá. Líder de seu povo e irmão de Isma e Idbas. Sua irmã chamava-se Hazelelponi (1Cr
-
Jeú
-o Senhor, Ele o é. 1. Filho de Josafá e neto de Ninsi. Foi com ele que principiou a quinta dinastia dos reis de israel, a qual teve maior duração que outra qualquer casa real daquele país (2 Rs 10). As principais características de Jeú foram discrição, rapidez da ação, e crueldade. Ele era ainda jovem quando Deus mandou a Elias que o ungisse como rei de israel (1 Rs 19.16). Por qualquer razão não efetuou Elias o mandato, que passou para Eliseu, realizando este profeta a cerimônia da unção por procuração e em segredo (2 Rs 9.1,6). Nesta ocasião era Jeú capitão daquela força que cercava Ramote-Gileade, tendo ali sido deixado por Jorão, que se tinha retirado para Jezreel, a fim de ser curado de uma ferida. Havendo conhecimento de tudo isto, foi ele aclamado rei pelos oficiais, que lhe proporcionaram aquelas honras que o tempo e o lugar permitiam (2 Rs 9.2 a 15). Procurou Jeú evitar que as notícias da insurreição chegassem aos ouvidos de Jorão – e então partiu logo para Jezreel, e ali matou o rei de israel e provocou a fuga do rei de Judá e a morte de Jezabel (2 Rs 9.24 a 37). Não se deteve Jeú neste feito, mas continuou a mortandade até que a casa de Acabe foi exterminada (2 Rs 10.1 a 14). Foi durante a marcha para Samaria que Jeú encontrou Jonadabe, o recabita, conseguindo dele o seu auxilio na matança, dos adoradores de Baal, dentro do respectivo templo edificado por Acabe (1 Rs 16.32 – 2 Rs 10.23). Foi despedaçada a estátua de Baal, o templo foi arrasado, e daquele sítio fizeram um lugar para usos vis. Todavia, embora Jeú tivesse sido o instrumento nas mãos de Deus para infligir o devido castigo à casa de Acabe, é na Sagrada Escritura acusado de não abandonar inteiramente os pecados de Jeroboão, que fez pecar israel, prestando culto aos bezerros de ouro (2 Rs 10.29 a 31). Ele parece ter sido movido mais pelo espírito de ambição do que pelo temor de Deus, não sendo, na verdade, o desejo de restaurar a pureza do culto do Senhor o que o impelia nos seus atos. Durante os seguintes vinte e sete anos do seu reinado não há conhecimento de qualquer fato de Jeú que não seja o de manter o culto do bezerro, que Jeroboão tinha instituído. Foi sepultado em Samaria, sucedendo-lhe seu filho Jeoacás. (*veja Hazael, Ramote-Gileade, Jezreel.) Jeú é mencionado no ‘obelisco Negro’ (que agora existe no Museu Britânico), sendo representado a pagar o tributo a Salmaneser ii, rei da Assíria (840 a.C.). É chamado na inscrição ‘Jeú, filho de onri’, não sendo conhecida a mudança da dinastia pelos escribas da Assíria, dado o caso que onri não seja um erro clerical, estando em vez de Ninsi, como já tem sido sugerido.- Profeta de Judá, a quem Deus mandou que fosse ter com Baasa, rei de israel, a fim de predizer-lhe o mau resultado das suas cruéis ações (1 Rs 16.1 a l), pois havia ferido a casa de Jeroboão. Ele também denunciou Josafá (2 Cr 19.2,3). (*veja Baasa.) – Descendente de Simeão (1 Cr 2.38). – Descendente de Judá (1 Cr 4.35). – Um dos heróis de Davi (1 Cr 12.3).
(Heb. “do Senhor”).
1. Filho de Hanani, foi profeta em Israel, o reino do Norte. Falou contra Baasa, devido ao seu comportamento perverso e idólatra. Previu a destruição da família desse rei, o que se cumpriu posteriormente no massacre executado por Zinri (1Rs
2. Pai de Azarias e filho de Obede, foi um líder na tribo de Judá (1Cr
3. Filho de Josibias, era líder de um clã da tribo de Simeão (1Cr
4. Anatotita, foi um dos guerreiros da tribo de Benjamim que desertaram do exército de Saul e uniram-se a Davi em Ziclague. Todos eram ambidestros e peritos no uso do arco e da funda (1Cr
5. Filho de Ninsi, foi o 10o rei de Israel e governou por 28 anos (842 a 814 a.C.). Deus dissera a Elias, o profeta, que ungisse Jeú, um comandante do exército, rei sobre Israel (1Rs
Jeú retornou a Jezreel e ordenou a morte de Jezabel, esposa de Acabe. Os cães lamberam o sangue dela, exatamente como Elias profetizara anos antes (2Rs
Quase imediatamente, entretanto, Jeú desviou-se do Senhor (2Rs
Lamentavelmente, o reinado de Jeú não terminou como começara. Possivelmente o poder que adquiriu ou a força dos invasores que estavam ao redor fizeram com que se desviasse de seu zelo para com o Senhor. Sob o reinado de Jeú, Israel foi poupado do juízo pelos pecados de Acabe e de Jezabel, mas o povo e seus líderes não se arrependeram totalmente nem abandonaram as práticas pagãs. P.D.G.
Jeú [Ele É Javé]
Décimo rei de Israel, que reinou 28 anos (841-814 a.C). Matou Jorão e reinou no lugar dele. Matou adoradores de BAAL e também Jezabel e Acazias, rei de Judá, e os descendentes de Acabe (2Rs
Samaria
--
Samaria [Torre de Guarda] -
1) Monte situado 12 km a nordeste de Siquém (Am
2) Capital do reino do Norte, construída nesse monte por Onri (1Rs
3) Região central da Terra Santa, abrangendo as tribos de Efraim e Manassés do Oeste. Ao norte ficava a Galiléia; a leste, o Jordão; ao sul, a Judéia; e, a oeste, o Mediterrâneo (2Rs
Samaria Capital do Reino do Norte de Israel fundada pelo rei Amri em 880 a.C. Com o tempo, o nome estendeu-se à região dos arredores (Lc
Setenta
numeral Sete dezenas; quantidade que corresponde a 69 maisQue representa essa quantidade: página número setenta.
Que ocupa a septuagésima posição: página sessenta.
Que expressa ou contém essa quantidade: setenta anos.
substantivo masculino Representação gráfica que se faz dessa quantidade; em arábico: 70; em número romano: LXX.
Etimologia (origem da palavra setenta). Do latim septuaginta.
Tinha
Tinha Doença da pele (Lv 13;v. NTLH).
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
בֵּן
(H1121)
procedente de 1129; DITAT - 254; n m
- filho, neto, criança, membro de um grupo
- filho, menino
- neto
- crianças (pl. - masculino e feminino)
- mocidade, jovens (pl.)
- novo (referindo-se a animais)
- filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
- povo (de uma nação) (pl.)
- referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
- um membro de uma associação, ordem, classe
זָקֵן
(H2205)
procedente de 2204; DITAT - 574b; adj
- velho
- velho (referindo-se aos seres humanos)
- ancião (referindo-se aos que têm autoridade)
אַחְאָב
(H256)
יֵהוּא
(H3058)
procedente de 3068 e 1931; n pr m Jeú = “Javé é Ele”
- o monarca do reino do norte, Israel, que destronou a dinastia de Onri
- filho de Hanani e um profeta israelita na época de Baasa e Josafá
- o anatotita, um benjamita, um dos soldados das tropas de elite de Davi
- um descendente de Judá da casa de Hezrom
- filho de Josibias e um líder da tribo de Simeão
יִזְרְעֵאל
(H3157)
כָּתַב
(H3789)
uma raiz primitiva; DITAT - 1053; v
- escrever, registrar, anotar
- (Qal)
- escrever, inscrever, gravar, escrever em, escrever sobre
- anotar, descrever por escrito
- registrar, anotar, gravar
- decretar
- (Nifal)
- ser escrito
- ser anotado, ser registrado, estar gravado
- (Piel) continuar a escrever
אֵל
(H413)
partícula primitiva; DITAT - 91; prep
- para, em direção a, para a (de movimento)
- para dentro de (já atravessando o limite)
- no meio de
- direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
- contra (movimento ou direção de caráter hostil)
- em adição a, a
- concernente, em relação a, em referência a, por causa de
- de acordo com (regra ou padrão)
- em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
- no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)
אָמַן
(H539)
uma raiz primitiva; DITAT - 116; v
- apoiar, confirmar, ser fiel
- (Qal)
- apoiar, confirmar, ser fiel, manter, nutrir
- pai adotivo (substantivo)
- mãe adotiva, enfermeira
- pilares, suportes da porta
- (Nifal)
- ser estável, ser fiel, ser carregado, firmar
- ser carregado por uma enfermeira
- firmado, certificado, duradouro
- confirmado, estável, seguro
- verificado, confirmado
- digno de confiança, fiel, confiável
- (Hifil)
- permanecer firme, confiar, ter certeza, acreditar
- permanecer firme
- confiar, crer
אָמַר
(H559)
uma raiz primitiva; DITAT - 118; v
- dizer, falar, proferir
- (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
- (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
- (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
- (Hifil) declarar, afirmar
סֵפֶר
(H5612)
procedente de 5608; DITAT - 1540a,1540b n f
- livro n m
- carta, documento, escrito, livro
- carta
- carta (de instrução), ordem escrita, comissão, requerimento, decreto escrito
- documento legal, certificado de divórcio, contrato de compra, acusação escrita, sinal
- livro, rolo
- livro de profecias
- registro genealógico
- livro da lei
- livro (de poemas)
- livro (dos reis)
- livros do cânon, escritura
- livro de registro (de Deus)
- aprendizado pelos livros, escrita
- ser apto a ler (depois do verbo ’conhecer’)
שִׁבְעִים
(H7657)
múltiplo de 7651; DITAT - 2318b; n.
- setenta
שָׁלַח
(H7971)
uma raiz primitiva; DITAT - 2394; v
- enviar, despedir, deixar ir, estender
- (Qal)
- enviar
- esticar, estender, direcionar
- mandar embora
- deixar solto
- (Nifal) ser enviado
- (Piel)
- despedir, mandar embora, enviar, entregar, expulsar
- deixar ir, deixar livre
- brotar (referindo-se a ramos)
- deixar para baixo
- brotar
- (Pual) ser mandado embora, ser posto de lado, ser divorciado, ser impelido
- (Hifil) enviar
שֹׁמְרֹון
(H8111)
procedente do part. ativo de 8104, grego 4540
- a região na parte norte da Palestina pertencente ao reino do Norte, que era formado pelas 10 tribos de Israel que se separaram do reino do Sul depois da morte de Salomão durante o reinado de seu filho Roboão, sendo inicialmente governadas por Jeroboão
- a capital do reino do Norte ou Israel localizada 50 km (30 milhas) ao norte de Jerusalém e 10 km (6 milhas) a noroeste de Siquém
שַׂר
(H8269)
procedente de 8323; DITAT - 2295a; n. m.
- príncipe, governante, líder, chefe, comandante, oficial, capitão
- comandante, chefe
- vassalo, nobre, oficial (sob as ordens do rei)
- capitão, general, comandante (militar)
- chefe, líder, superintendente (de outras classes de funcionários)
- líderes, príncipes (referindo-se a ofícios religiosos)
- anciãos (referindo-se aos líderes representativos do povo)
- príncipes-mercadores (referindo-se à hierarquia dignidade)
- anjo protetor
- Soberano dos soberanos (referindo-se a Deus)
- diretor