Enciclopédia de Êxodo 8:31-31

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 8: 31

Versão Versículo
ARA E fez o Senhor conforme a palavra de Moisés, e os enxames de moscas se retiraram de Faraó, dos seus oficiais e do seu povo; não ficou uma só mosca.
ARC E fez o Senhor conforme à palavra de Moisés, e os enxames de moscas se retiraram de Faraó, dos seus servos, e do seu povo; não ficou uma só.
TB Fez Jeová conforme a palavra de Moisés; apartou os enxames de moscas de Faraó, dos seus servos e do seu povo; não ficou nem sequer uma.
HSB וַיַּ֤עַשׂ יְהוָה֙ כִּדְבַ֣ר מֹשֶׁ֔ה וַיָּ֙סַר֙ הֶעָרֹ֔ב מִפַּרְעֹ֖ה מֵעֲבָדָ֣יו וּמֵעַמּ֑וֹ לֹ֥א נִשְׁאַ֖ר אֶחָֽד׃
BKJ E o SENHOR fez segundo a palavra de Moisés, e ele removeu os enxames de moscas de Faraó, de seus servos e de seu povo. Não permaneceu nem mesmo uma.
LTT E fez o SENHOR conforme a palavra de Moisés, e removeu os enxames de moscas de Faraó, dos seus servos, e do seu povo; não ficou uma só mosca.
VULG Qui fecit juxta verbum illius, et abstulit muscas a Pharaone, et a servis suis, et a populo ejus : non superfuit ne una quidem.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 8:31

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

As dez pragas

século XV ou XIII a.C.
De acordo com o livro de Êxodo, o Senhor ordenou que Moisés e seu irmão mais velho, Arão, se dirigissem ao faraó. Arão lançou diante do faraó o seu bordão e este se transformou numa serpente.' Os magos e feiticeiros dos egípcios conseguiram reproduzir esse feito com suas ciências ocultas, mas a vara de Arão engoliu a vara dos egípcios. Então, o Senhor lançou sobre a terra uma série de pragas devastadoras, culminando com a morte dos primogênitos do Egito. O escritor de Êxodo descreve pragas que mostram o controle do Senhor sobre diversos aspectos de sua criação e o contrasta implicitamente com a impotência dos deuses e da magia do Egito. Ele registra o propósito de Deus: "Saberão os egípcios que eu sou o Senhor, quando estender cu a mão sobre Egito e tirar do meio deles os filhos de Israel" (Éx 7.5). E possível sugerir explicações naturais para todas as pragas, com exceção da última; o caráter miraculoso das mesmas diz respeito à sua sequência devastadora e a fato de metade delas (as de número 4, 5, 7, 9 e
10) não ter atingido especificamente os israelitas.

1. Sangue
O nível das águas do Nilo se eleva em julho e agosto e chega ao seu ponto mais alto em setembro quando, normalmente o rio adquire um aspecto avermelhado devido à presença de partículas do solo suspensas na água. Neste caso, porém, trata-se de uma ocorrência incomum. Alguns estudiosos sugerem que milhões de organismos microscópicos chamados de flagelados, provavelmente originários do lago Tana, na Etiópia, conferiram às águas do Nilo a cor vermelha semelhante a sangue. Os peixes morreram, provocando mau odor e tornado a água impotável. Durante a noite, os flagelados precisariam de uma quantidade maior de oxigênio, mas durante o dia, o expeliriam. Essa variação poderia ser a causa da morte dos peixes, pois estes precisam de um nível constante de oxigênio.

2. Rãs
Sabe-se da ocorrência de invasões de rãs que saem do rio e vão para a terra no final do período de cheias (setembro-outubro). A água poluída poderia estimular as rás a saírem do rio e se espalharem pela terra (chegando a entrar nos aposentos do faraó). A morte súbita das rãs teria sido causada, talvez, pela contaminação dos peixes em decomposição.

3. Piolhos
Seres humanos e animais sofreram uma infestação de piolhos. O termo original também pode indicar um tipo de mosquito que talvez tenha se multiplicado nas poças que ficavam nas margens do Nilo quando as águas baixavam.

4. Moscas
Enxames densos de moscas (talvez mutucas) devastaram a terra. Esses insetos também podem ter se procriado nas poças às margens do rio.

5. Pestilência entre os animais
A quinta praga, possivelmente uma epidemia de antraz propagada pelas rãs, exterminou os rebanhos egípcios.

6. Úlceras
Tanto os seres humanos quanto os animais de toda a terra tiveram úlceras supurantes.

7. Granizo
Uma vez que o granizo é uma ocorrência incomum numa terra quente como o Egito, esta tempestade foi, sem dúvida, extraordinária. Arrasou todas as plantações e desfolhou as árvores. De acordo com Êxodo 9.31, o linho e a cevada já haviam florescido e foram destruídos pelo granizo, mas o trigo e o centeio ainda não tinham germinado. E possível inferir, então, que esta tempestade ocorreu em janeiro ou fevereiro.

8. Gafanhotos
Em março ou abril, os ventos orientais predominantes podiam trazer, talvez do Sudão, nuvens de gafanhotos migradores no seu estágio imaturo e mais voraz. Os insetos cobriram a terra até que esta escureceu e consumiram toda a vegetação que havia sobrevivido ao granizo.

9. Trevas
Os três dias de trevas podem ter sido causados pela hamsin, uma tempestade de areia comum no mês de março. Depois que os gafanhotos limparam toda a vegetação da terra, a tempestade levantou ainda mais pó.

10. A morte dos primogênitos
A décima praga ocorreu entre março e abril, quando os judeus de hoje celebram a Páscoa. Esta é a única praga para a qual não há nenhuma explicação natural, constituindo uma ocorrência inequivocamente sobrenatural. "Aconteceu que, à meia-noite, feriu o Senhor todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava no seu trono, até ao primogênito do cativo que estava na cnxovia, e todos os primogênitos dos animais" (Êx 12.29).

A TRAVESSIA DO MAR
Os egípcios instaram os israelitas a deixar a terra. Êxodo 12.37 registra a partida de seiscentos mil homens, sem contar as mulheres e crianças. Considerando que o termo eleph (traduzido, em geral, como "mil") também pode significar ll grupos familiares alguns estudiosos sugerem um número muito menor. Depois de permitir a partida, o faraó mudou de ideia e perseguiu os escravos na tentativa de recuperar parte importante da força de trabalho do seu reino. Durante a noite, um forte vento oriental empurrou as águas do mar e o transformou em terra seca, permitindo as israelitas atravessar o mar em segurança. Então, o mar se fechou e afogou os egípcios que os perseguiam. Esse livramento dramático foi considerado na história subsequente de Israel como o acontecimento constitutivo do povo de Israel.

Em nossas traduções da Biblia, diz-se que as águas do "mar Vermelho" foram divididas e depois se fecharam sobre os perseguidores egípcios. A designação hebraica yam suph significa, na verdade, "mar de juncos" e, provavelmente se refere a um dos lagos rasos ao norte do golfo de Suez, e não ao que chamamos de mar Vermelho, ou seja, o próprio golfo de Suez. Evidencias geográficas, oceanográficas e arqueológicas sugerem que o golfo de Suez se estendia bem mais para o norte do que nos dias de hoje e que o lago Amargo se estendia bem mais para o sul. Existe a possibilidade de que os dois fossem ligados no segundo milênio a.C. Outros possíveis locais de travessia são os lagos Timsah e Ballah, mais ao norte.


Uma objeção levantada ocasionalmente é a impossibilidade de haver juncos em regiões alagadiças de água salgada. No entanto, alguns juncos e caniços tolerantes ao sal, chamados de halófilos, crescem em regiões desse tipo. Tanto Rashi (rabino Solomon ben Isaac), um estudioso do século XI, quanto os reformadores do século XVI Martinho Lutero e João Calvino adotaram a designação "mar de Juncos". Mas o nome "mar Vermelho" foi sedimentado em nosso linguajar devido ao seu uso na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento) e no Novo Testamento.

 

Por Paul Lawrence

As duas rotas possíveis que os israelitas usaram para cruzar o mar de Juncos em sua fuga do Egito
As duas rotas possíveis que os israelitas usaram para cruzar o mar de Juncos em sua fuga do Egito

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 8 do versículo 1 até o 32
2. A Praga das Rãs (8:1-15)

  1. As instruções de Moisés e Arão (8:1-5). Deus manda Moisés novamente à presença de Faraó para exigir: Deixa ir o meu povo (1). Talvez a repetição fosse monótona, mas neste caso era necessária para manter a questão clara. Deus pedia somente uma coisa de Faraó, e isto Moisés devia repetir até que se tornasse uma ordem nunca esquecida: Dei-xa ir o meu povo.

Faraó suportou a praga de sangue por sete dias. A continuação da recusa resultaria agora em rãs (2). A questão estava clara, pois Deus disse: Se recusares... eis que feri-rei. Era aviso misericordioso para que o rei pudesse ter evitado a praga. Mas corações endurecidos desafiam os avisos de Deus.

As rãs surgiriam do rio (3) Nilo e de outros volumes de água (5). A palavra original em hebraico indica que as rãs vieram do lodo dos pântanos, dos quais as águas mingua-ram." Estas criaturas repugnantes, embora não perigosas, tornariam a vida miserável. A praga afetaria o quarto e a cama onde os egípcios eram especialmente limpos. Os fornos (buracos abertos no chão) e as amassadeiras (gamelas, tigelas) ficaram cheios de rãs, tornando quase impossível fazer assaduras. A praga afetaria o rei e seus servos ( oficiais) bem como o povo (4) comum.

  1. A reação de Faraó (8:6-15). Levando-se em conta que o rio Nilo era considerado sagrado pelos egípcios, para eles esta praga, como as outras, era uma competição entre deuses. Até as rãs eram objetos de adoração,' e por isso não deveriam ser mortas. Pode-mos imaginar a angústia do egípcio piedoso quando, ao andar ou abrir a porta, esmagava essas criaturas.

Ainda desta vez os magos egípcios puderam falsificar o ato de Arão (7). O melhor que fizeram foi aumentar umas poucas rãs às multidões que Deus já trouxera (6). Pare-ce que estes magos não conseguiram fazer com que as rãs sumissem.

Pela primeira vez, a obstinação de Faraó fraquejou; chamou Moisés e Arão para pedir ajuda. No caso das águas transformadas em sangue, ele se servia dos poços, ainda que seu povo sofresse, mas não havia alívio destas rãs. Não conseguia dormir ou comer, por isso pediu demência. Mostrava-se convencido de que Deus enviara as rãs e que só Ele poderia acabar com elas. Quer tivesse sido sincero ou não, prometeu deixar o povo (8) ir.

Moisés estava disposto a ouvir Faraó e lhe conceder o pedido. As palavras: Tu te-nhas glórias sobre mim (9), são difíceis de traduzir do original hebraico; devem ter sido uma expressão idiomática egípcia não usada em hebraico. O possível significado era: "Submeto-me à tua vontade", ou: "Estou feliz por cumprir tua ordem". Era provavel-mente expressão de cortesia de um inferior para um superior.' Moffatt e a Versão Bíbli-ca de Berkeley sugerem a idéia: "Tu podes ter a honra de dizer quando" (cf. ARA).

Em vez de pedir alívio imediato, o rei disse: Amanhã (10). Havia a esperança subjacente de que até lá as rãs acabassem por meios naturais. Mas Moisés era destemido. Seguiu à risca o pedido do rei para que Faraó soubesse que ninguém há como o SENHOR, nosso Deus, que tanto traz julgamento quanto mostra misericórdia. Nesta altura dos aconte-cimentos, Moisés estava muito mais confiante no propósito e no poder de Deus.

Quando saiu da presença de Faraó, Moisés clamou ao SENHOR (12) para que acabasse com as rãs. Embora soubesse que Deus o faria, precisava interceder. É do agra-do de Deus que peçamos com fervor mesmo quando Ele já prometeu fazer. Deus respon-deu a oração matando as rãs (13), em vez de fazer com que voltassem para o rio, como indicava a promessa (11). Dessa forma, o Senhor deixou com os egípcios uma lembrança do julgamento divino sobre eles (14).

É interessante notar que, quando Deus falou, Moisés e Arão obedeceram (5,6). Quando Faraó fez o pedido a Moisés, ele o atendeu (8,9). Quando Moisés clamou a Deus, o Senhor fez como Moisés pediu (12,13). A única interrupção neste círculo foi a falta de sinceridade por parte de Faraó.

Vemos a pouca profundidade do arrependimento de Faraó no fato de ele ter endure-cido o coração quando o julgamento foi retirado (15; cf. 7.13 e comentários ali). A pala-vra descanso significa literalmente "espaço aberto". "Assim que 'teve fôlego' ele endure-ceu o coração novamente."' Como muitos, este homem se mostrava flexível ao ser afligi-do, mas não entregava sua vontade a Deus. Quando a dificuldade passava, ele era a mesma pessoa obstinada que antes, ou pior.

Vemos nos versículos 1:15 "O Julgamento e a Misericórdia de Deus".

1) As prova-ções vêm para que sejamos levados ao arrependimento, 1-6;

2) Durante as provações, o arrependimento pode ser temporário, 8,15;

3) Deus mostra sua misericórdia ao pecador mais orgulhoso, 12,13;

4) O servo de Deus deve ser útil às almas penitentes, 9-11.'

  1. A Praga dos Piolhos (8:16-19)

Desta vez sem aviso ou oportunidade de rendição, Deus mandou que Moisés disses-se a Arão para ferir o pó, que se tornaria em piolhos (16, ou "mosquitos", segundo Moffatt e Smith-Goodspeed). Estes insetos atingiram os homens e o gado (17). Ataca-vam a pele, o nariz, os ouvidos e os olhos, causando muita irritação e até morte." Com tantos piolhos — todo o pó da terra — não havia meio de encontrar alívio.

Pela primeira vez, os magos, com sua magia, não conseguiram imitar o feito (18). Primeiramente, porque, neste caso, não receberam aviso prévio sobre o que esperar. Depois, a situação chegou a um ponto em que era claramente obra de Deus. Deus permi-te que os ímpios cheguem longe, mas há um limite onde são detidos. A confissão: Isto é o dedo de Deus (19), não era necessariamente reconhecimento da superioridade de Jeová tanto quanto era reconhecimento do fim da magia humana. Desta feita, não havia meio de produzirem uma duplicação enganosa. Seus encantamentos acabaram.

A mentira e desobediência de Faraó (8,15) deixaram seu coração tão duro que esta confissão sequer o amedrontou; ele não os ouvia — nem a seus servos, nem a Moisés.

  1. Os Enxames de Moscas (8:20-32)

a) O aviso e a praga (8:20-24). Uma vez mais Deus manda Moisés confrontar Faraó pela manhã cedo, quando o monarca está a caminho das águas, provavelmente para comparecer a uma cerimônia religiosa (20; cf. 7.15). O servo de Deus tinha de repetir a ordem: Deixa ir o meu povo, e avisar Faraó que se ele recusasse o pedido haveria uma praga de moscas (21). No hebraico não está claro que tipo de inseto era: se mosca, "mos-quito" (Moffatt), besouro ou uma mistura de insetos.' A Versão Bíblica de Berkeley diz que eram "moscas-da-madeira" (inseto também conhecido por moscardo, tavão, moscão). O que quer que sejam, eram grandes enxames e a terra foi corrompida (24), ou seja, foi destruída por eles.

Os egípcios também consideravam estes insetos sagrados, sendo errado matá-los. Poderiam entrar nas casas, arruinar a mobília decorativa e tornar a vida insuportável para as pessoas. Não havia poder humano que os vencesse.
Algo diferente aconteceu com esta praga. Com as outras pragas, os israelitas na terra de Gósen sofreram juntamente com os egípcios, mas nesta Deus separou o seu povo dos egípcios (22). Ele salvaguardou seu povo do julgamento. Este ato anuncia clara-mente que o Senhor destas pragas era o Deus dos hebreus. O povo de Deus, por causa da humanidade comum, pode sofrer alguns julgamentos enviados sobre os ímpios, mas até certo ponto, quando, então, é poupado do pior.

b) A reação e a contraproposta de Faraó (8:25-32). A reação de Faraó a esta praga foi imediata. Ele fez uma contraproposta: Ide e sacrificai ao vosso Deus nesta terra (25). Mas Moisés tinha a resposta na ponta da língua. Não conviria aos israelitas sacri-ficarem no Egito, porque o sacrifício de animais sagrados aos egípcios lhes seria uma abominação (26), levando-os provavelmente a apedrejar os israelitas. Moisés manteve seu pedido de caminho de três dias ao deserto (27). Quando Deus ordena, não há lugar para barganhas com homens perversos.

Faraó reconheceu que Moisés tinha razão. Ele concordou em deixar Israel ir, mas somente a curta distância deserto adentro (28). Moisés acreditou no que Faraó disse (quem sabe entendendo as palavras não vades longe como referência aos três dias de viagem) e prometeu rogar ao SENHOR (29). Mas advertiu: Somente que Faraó não mais me engane. Deus, conforme a palavra de Moisés, retirou as moscas e não ficou uma só (31). A completa suspensão desta praga fez com que o rei ficasse mais inflexível e não deixou ir o povo (32). Em face de tão grande apresentação da verdade, o próprio Faraó endureceu ainda mais o coração (cf.comentários em 7.13). Sua vontade estava cada vez mais renitente contra Deus e seu povo.

Os versículos 20:32 mostram "O Coração Rebelde".

1) Sofre no julgamento, 20-24;

2) Sugere uma contraproposta, 25,26;

3) Faz fraudulentamente uma concessão, 28;

4) Recebe sinais da misericórdia de Deus, 29-31;

5) Recusa petulantemente o plano de Deus, 32.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 8 do versículo 1 até o 32
*

8:3

rio produzirá rãs. As rãs representavam a deusa primordial Hequete, na vida religiosa do Egito. Aqui, o rio e as rãs alegadamente divinos prodiziram desgraças para os egípcios — outra demonstração da supremacia do Senhor.

* 8:7

fizeram aparecer rãs. Os magos egípcios puderam tão somente aumentar a aflição (9.11, nota)

* 8:8

deixarei ir o povo. Faraó, tendo sido pessoalmente afetado, faz sua primeira concessão. As pragas, entretanto, não tinham por intuito amaciar a sua resistência (7.3), mas magnificar o poder de Yahweh e levar Israel à fé. Faraó era duro e sagaz (vs. 15 e 25).

* 8.16-19

Deus levanta o seu bordão contra a poeira, transformando-a em uma praga de piolhos (v. 16, referência lateral).

* 8:19

o dedo de Deus. Agora os magos egípcios admitem estar havendo uma intervenção divina (conforme 31.18; Sl 8:3), mas Faraó não se deixou persuadir.

* 8:20

águas. A primeira praga da segunda seqüência novamente encontra Faraó às margens do Nilo (conforme 7.15).

* 8:21

enxames. Esta palavra hebraica encontra-se somente aqui e em Sl 78:45 e 105.31.

* 8:23

Farei distinção. Ver referência lateral. Na segunda série de três pragas, Deus distinguiu entre Gósen e o resto do Egito. Ele mostra o seu favor para com o seu próprio povo. Mais tarde, Faraó investiga o fenômeno (9.7).

* 8:25

Durante a praga das moscas, Faraó ofereceu-se para barganhar um acordo por menos do que o Senhor requeria. Moisés, regularmente, recusa qualquer transigência; não aceita adorar no próprio Egito e nem fazer uma jornada de menos de três dias deserto a dentro (v. 28); não deixará para trás as mulheres e as crianças (10.9-11), e nem deixará seus rebanhos e manada (10.24). Finalmente, depois de Faraó ter resistido, a libertação por parte do Senhor é total. Israel não somente sai para adorar no Sinai, mas deixa o Egito e vai para Canaã.

* 8:26

abomináveis. Os egípcios deificavam os animais costumeiramente sacrificados pelos israelitas.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 8 do versículo 1 até o 32
8.3ss Moisés predisse que cada casa no Egito se encheria de rãs. Os pobres do Egito viviam em pequenas casas de tijolo cru de um ou dois quartos com tetos de troncos de palmeira. Entretanto, as casas dos ricos eram, com freqüência, de dois ou três pisos de alto, rodeados de jardins ornamentais e protegidos com paredes altas. Os serventes viviam e trabalhavam no piso inferior enquanto que a família ocupava os pisos superiores. De modo que, se as rãs chegavam às habitações reais, é que se infiltraram já nos pisos superiores. Não haveria lugar no Egito que estivesse a salvo delas.

8:15 depois de repetidas advertências, Faraó continuou negando-se a obedecer a Deus. Endurecia seu coração cada vez que cessava a praga. Sua néscia desobediência trouxe sofrimento para ele e para a nação inteira. A persistência é uma boa qualidade, mas a obstinação, pelo general, é egocêntrica. Obstinação por volta de Deus sempre é desobediência. Evite-a, porque as conseqüências podem salpicar a aqueles que estão mais perto de você.

8:19 Algumas pessoas pensam: "Se só pudesse ver um milagre, poderia acreditar em Deus". Deus deu a Faraó essa oportunidade. Quando os piolhos infestaram ao Egito, até os magos estiveram de acordo em que era obra de Deus ("dedo de Deus"), mas Faraó se negou a acreditar. Era teimoso e a necedad pode cegar a uma pessoa ante a verdade. Desfaça-se da teima e se surpreenderá das abundantes evidencia da mão de Deus em sua vida.

8.25-29 Faraó queria um compromisso. Permitiria aos hebreus sacrificar, sempre e quando não se afastassem. Mas a condição de Deus era precisa: Os hebreus tinham que sair do Egito. Em algumas ocasione outros quererão comprometer-se com os mandamentos que Deus dá aos crentes em forma parcial. Mas o compromisso e a obediência a Deus não são negociáveis. Quando se tem que obedecer a Deus, a metade da obediência não servirá de nada.

8:26 Os israelitas sacrificariam animais que para os egípcios seriam considerados como Santos, isto seria ofensivo para eles. Moisés estava preocupado por uma reação violenta que aconteceria quando sacrificasse estes animais perto do Egito.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 8 do versículo 1 até o 32
b. Segundo Plague-Sapos (8: 1-15)

1 E falou o SENHOR a Moisés: Vai a Faraó e dize-lhe: Assim diz o Senhor: Deixa ir o meu povo, que me sirva. 2 E se recusares deixá-los ir, eis que ferirei todos os teus limites com rãs: 3 e do rio produzirá rãs em abundância, que subirão e virão à tua casa, e ao teu dormitório, e sobre a tua cama, e na casa dos teus servos, e sobre o teu povo, e aos teus fornos, e às tuas amassadeiras: 4 . e as rãs subirão tanto sobre ti, e sobre o teu povo, e sobre todos os teus servos 5 E disse o SENHOR a Moisés: Dize a Arão: Estende a tua mão com tua vara sobre os rios , sobre as correntes, e sobre os tanques, e faze subir rãs sobre a terra do Egito. 6 E Arão estendeu a mão sobre as águas do Egito; e subiram rãs, e cobriram a terra do Egito. 7 E os magos fizeram o mesmo com os seus encantamentos, e fizeram subir rãs sobre a terra do Egito.

8 E Faraó chamou a Moisés e Arão, e disse: Rogai ao Senhor, para que ele tire as rãs de mim e do meu povo; depois deixarei ir o povo, para que ofereça sacrifícios ao Senhor. 9 E disse Moisés a Faraó, terás essa glória sobre mim: contra o tempo deve Rogo para ti e para os teus servos, e por teu povo, que o rãs de ti e das tuas casas, e permanecer somente no rio? 10 E ele disse: Contra amanhã. E ele disse: Seja conforme a tua palavra; para que saibas que não há outro semelhante ao Senhor nosso Dt 11:1 diz que esta praga seguido apenas sete dias depois que as águas se transformou em sangue, por isso ainda estava atrasado em agosto ou início de setembro. O peixe morrendo profanaram a casa dos sapos e eles correram para fora das águas muito antes de sua migração normal, e fui em todos os lugares em busca de água pura e abrigo contra o sol. Faraó estava tão perturbado neste incômodo que ele disse a Moisés para pedir a Jeová que tire as rãs e ele iria deixar ir Israel para oferecer sacrifícios. O sapo era sagrado para os egípcios e, portanto, não poderia ser morto por eles. Moisés percebida insinceridade do Faraó, mas apoderou isso como mais uma oportunidade para glorificar o Senhor. Ele perguntou Faraó para definir o tempo para os sapos para morrer, e ele escolheu o dia seguinte. O Senhor tinha, sem dúvida, devido a sua presciência, já preparado para a destruição dos sapos, permitindo-lhes ser infectado por bactérias do peixe em decomposição. Então, eles morreram. E eles foram empilhados em montes fedorentos em todo o Egito.

Jeová havia vencido a segunda rodada do conflito. As rãs que foram associados com os deuses da fertilidade foram feitas em vez objetos de ódio. E Faraó, que tinha desprezo perguntou: "Quem é o Senhor?" (Ex 5:2)

16 E disse o SENHOR a Moisés: Dize a Arão: Estende a tua vara, e fere o pó da terra, para que se torne em piolhos por toda a terra do Egito. 17 E eles o fizeram; e Arão estendeu a sua mão com a vara, e feriu o pó da terra, e houve piolhos nos homens e nos animais; todo o pó da terra se tornou em piolhos em toda a terra do Egito. 18 E os magos fizeram o mesmo com os seus encantamentos para produzirem piolhos, mas não puderam; e havia piolhos nos homens e no gado. 19 Então disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus; e o coração de Faraó se endureceu, e ele não lhes deu ouvidos; como o Senhor tinha dito.

A terceira praga não foi anunciado com antecedência, para Faraó. A vara foi usada para atacar o pó da terra e, assim, trazer enormes nuvens de pequenos insetos sobre a terra. A palavra hebraica foi por diversas vezes traduzida como "piolho", "flebotomíneos", "pulgas", e "mosquitos". Muitos estudiosos modernos estão se instalando na última tradução. Eles são o que se poderia esperar, dadas as circunstâncias. Eles estão sempre numerosos em outubro e novembro no Egito, devido aos criadouros naturais deixadas por um rio quando ele se afasta da fase de inundação. Naquela época, com uma das piores inundações de sempre, eles teriam sido extraordinariamente numerosos. No fim a esta praga é indicado, por isso, provavelmente continuou por algum tempo, ajudando a confirmar a identificação dos insetos como mosquitos o Senhor trouxe sobre em números incomuns através dos resultados naturais da primeira praga.

Desta vez, o Senhor conquistou uma vitória notável. Magos de Faraó tinha corresponde Moises em uma escala menor por transformar água em sangue e produção de rãs. Mas eles não podiam produzir os mosquitos. E eles relataram ao seu mestre, Isto é o dedo de Deus . Além disso, o deus-rio, mais uma vez tinha sido humilhada. Mas o coração de Faraó se mais difícil ainda.

d. Quarta praga-moscas (8: 20-32)

20 E disse o SENHOR a Moisés: Levanta-se cedo pela manhã, e diante de Faraó; eis que ele sairá às águas; e dize-lhe: Assim diz o Senhor: Deixa ir o meu povo, que me sirva. 21 Else, se não deixares ir o meu povo, eis que eu vos enviarei enxames de moscas sobre ti, e sobre os teus servos, e sobre o teu povo, e nas tuas casas; e as casas dos egípcios se encherão destes enxames, e também a terra em que eles estão. 22 E eu vou separar naquele dia a terra de Gósen, em que meu povo habita, que não há enxames de moscas haverá; até o fim saibas que eu sou o Senhor no meio da terra. 23 E porei separação entre o meu povo eo teu povo: por que amanhã se fará este sinal. 24 E o Senhor fez isso; e vieram enxames de moscas graves na casa de Faraó, e nas casas dos seus servos, e em toda a terra do Egito, a terra foi assolada por causa dos enxames de moscas.

25 E Faraó chamou Moisés e Arão, e disse: Ide, sacrificar ao seu deus na terra. E Moisés disse: Não é bom assim fazer; porque havemos de sacrificar a abominação dos egípcios ao Senhor nosso Deus: eles não lo, devemos sacrificar a abominação dos egípcios perante os seus olhos, e nos apedrejará 27 Havemos de ir caminho de três dias ao deserto, para que sacrifiquemos ao Senhor nosso Deus, como ele nos ordenar. 28 Então disse Faraó: Eu vos deixarei ir, para que ofereçais sacrifícios ao Senhor vosso Deus no deserto; somente não ireis muito longe; e orai por mim. 29 E disse Moisés: Eis que eu saio de ti, e eu vou rogar Jeová que os enxames de moscas se de Faraó, dos seus servos, e do seu povo para -morrow:. só não deixe Faraó negócio enganosamente mais, não deixando ir o povo para sacrificar ao Senhor 30 . Então saiu Moisés da presença de Faraó, e orou ao Senhor 31 E o Senhor fez conforme a palavra de Moisés; e apartou os enxames de moscas de Faraó, dos seus servos, e do seu povo; não ficou uma só. 32 E Faraó endureceu o seu coração neste momento também, e ele não deixou ir o povo.

Assim como Moisés iniciou a primeira tríade de pragas, através do cumprimento Faraó pela manhã, na margem do Nilo, então ele começou a segunda tríade. Ele alertou Faraó, que se ele não se deixe ir a Israel, o Senhor enviaria enxames de moscas sobre a terra. Ele também anunciou um novo propósito para estes sinais. A primeira tríade haviam sido destinados para provar que Ele era Jeová (Ex 7:17 ). O segundo foi o objetivo de convencer o faraó que Ele era o Senhor no meio da terra , não só um deus dos hebreus depois da moda de um dos deuses do Egito, mas a divindade suprema e única, que governou o Egito, bem como Israel. Para este fim, começando com esta praga Ele dividiria entre o Egito e Israel e permitir que as moscas só no Egito.

As moscas que agora assolaram o Egito são simplesmente chamado de "enxame", ou uma "mistura" em hebraico. É possível que mais de um tipo de insecto foi incluído. Uma vez que esta praga veio no inverno e as moscas não invadiu Goshen, na parte norte refrigerador da terra, Finegan sugere a mosca chamada Stomoxys calcitrans , o que poderia ter criado prolífica ao longo do Nilo recuando entre os peixes em decomposição e rãs, mas teria foi restrita ao clima mais quente das regiões central e sul do Egito. Este inseto também pode ter desempenhado um papel na sexta praga. Outros sugerem uma espécie de besouro conhecido como o escaravelho, um emblema do deus-sol do Egito, e assim como o sapo além do alcance dos egípcios feridos. O escritor indica que esta praga corrompido ou ainda melhor "destruído" a terra, insinuando prejuízo para as colheitas, bem como para os homens.

Agora Faraó chamou Moisés e sugeriu um compromisso: Sacrifício no Egito, em vez de no meio do deserto. Moisés, porém, apontou a impossibilidade deste, uma vez que os israelitas seriam sacrificar animais sagrados para os egípcios. Tal só levaria a ataque da turba. Ele insistiu em três dias de viagem de distância do Egito. Faraó apareceu a ceder um pouco, prometendo permissão, mas pedindo que eles não ir longe. Como Connell apropriadamente coloca, "Seu pecado foi tão fácil dentro gama de recordação como ele desejava que os israelitas para ser." Moisés concordou em orar para a remoção das moscas, mas advertiu contra o faraó mais insignificante com Jeová. As moscas foram removidos no dia seguinte tão rapidamente como havia aparecido. Nem um permaneceu.Mas todas estas exposições milagrosas de poder não mudou Faraó. Ele continuou a fazer seu coração obstinado.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 8 do versículo 1 até o 32
  1. "Mas eis que não crerão" (Ex 4:1-9)

Contudo, Deus acabara de dizer que acreditariam nele (3:18), portanto essa afirmação não era nada além de total descrença. Deus fez dois milagres para Moisés—o bordão transformou-se em serpente, e a mão dele ficou leprosa. Essas seriam suas credenciais diante do povo. Deus pega o que temos à mão e usa isso, se apenas confiarmos nele. O bordão, por si mesmo, não seria nada, mas nas mãos de Deus transformou-se em poder. A própria mão de Moisés matara um homem, mas, no segundo milagre, Deus mostrou a Moisés que pode curar a fraqueza da carne e usá- lo para sua glória. As mãos dele não eram nada, mas nas mãos de Deus po-diam fazer maravilhas! Depois, Deus acrescentou um terceiro sinal —trans-formar a água em sangue. Esses sinais convenceríam o povo de Deus (Ex 4:29- 31), mas eram apenas imitados pelos egípcios ímpios (Ex 7:10-25).

  1. "Eu nunca fui eloqüente" (Ex 4:10-17)

Deus disse: "Eu Sou" — e tudo que Moisés dizia era: "Eu não sou!". Ele olhava para si mesmo e para suas fraquezas, em vez de olhar para Deus e seu poder. Nesse caso, Moi-sés argumentou que não era eloqüente. Contudo, o mesmo Deus que fizera sua boca podia usá-la. Deus não precisa de eloquência nem de oratória: ele precisa ape-nas de um vaso puro que possa se encher ''cõmTTua mensagem. No 'versículo 13, Mõises“cTãTríãrT/Envia aquele que hás de enviar, menos a mim". Essa atitude de descrença enraiveceu Deus, contudo ele de-signou Arão para ser ajudante de Moisés. Infelizmente, Arão, mais de uma vez, foi mais um obstáculo que uma ajuda! Ele levou a nação à idolatria (32:15-28) e murmurou '^ontra~Moisés (Nu 12:0). Deus teve de disciplinar Moisés (talvez, pela doença) para lembrá-lo de sua obrigação. Como ele poderia guiar Israel se fracassava em guiar a própria família nas coisas espi-rituais? Mais tarde, Moisés manda, sua família de volta para Midiã (veja 18:2).

  1. A liderança do Senhor (vv. 27-28)

Deus prometera que Arão viria (v. 14) e, agora, cumpria sua promes-sa. Ao mesmo tempo que Moisés e Arão tinham suas fraquezas e que cada um deles fracassou mais de uma vez com Deus, era uma grande ajuda para Moisés ter o irmão a seu lado. Eles encontraram-se no "mon-te de Deus", local onde Moisés vira a sarça ardente (3:1).

  1. A aceitação do povo (vv. 29-31)

Isso também é o cumprimento da Palavra de Deus (3:18). Infelizmen-te, esses mesmos judeus que rece-beram Moisés e inclinaram a cabe-ça para Deus, depois o odiaram e o criticaram por causa do aumento de trabalho que tiveram (5:19-23). É sábio não pôr nossas esperanças na reação das pessoas, pois, com frequência, ‘as pessoas deixam de cumprir seus compromissos.

  1. A ordem

Sete vezes nesse capítulo, Deus diz ao faraó: "Deixa ir o meu povo" (veja 5:1; 7:16; 8:1,20; 9:1,13 10:3). Essa ordem revela que Israel estava na escravidão, mas Deus queria-o livre para servir-lhe. Essa é a condição de todo pecador perdi-do: escravização ao mundo, à car-ne e ao mal (Ef 2:1-49).

"Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel", foi a resposta do faraó à ordem de Deus (5:2). O mundo não respeita a Palavra de Deus, pois para ele são "palavras mentirosas" (5:9). Moisés e Arão apresentam a or-dem de Deus ao faraó, e o resulta-do foi mais escravidão para Israel! O pecador entrega-se à Palavra de Deus ou resiste a ela e endurece (veja 3:18-22 e 4:21-23). Em um sentido, Deus endureceu o co-ração do faraó ao apresentar-lhe suas reivindicações, mas o pró-prio faraó endureceu o coração ao resistir às reivindicações de Deus. O mesmo sol que derrete o gelo endurece o barro.

Infelizmente, o povo de Israel procurou o faraó em busca de aju-da, em vez de procurar o Senhor que prometera libertá-lo (5:15-19). Não é de admirar que os judeus não fossem capazes de concordar com Moisés (5:20-23) e o acusassem, em vez de encorajá-lo. Os crentes que não têm comunhão com Deus trazem pesar para seus líderes, em vez de ajuda. Com certeza, Moisés estava desencorajado, mas ele fez o que sempre é melhor — levou seu problema ao Senhor. No capítulo 6, Deus encorajou Moisés ao lem-brá-lo de seu nome (6:1-3), de sua aliança (6:4), de sua preocupação pessoal (6:
5) e de suas promessas fiéis (6:6-8). O "EU SOU" e "FAREI" de Deus são suficientes para derro-tar o inimigo! O propósito de Deus ao permitir que o faraó oprimisse Israel era fazer com que o mundo conhecesse o poder e a glória do Senhor (6:7; 7:5, 17; 8:10, 22; veja Rm 9:17).

Montou-se o cenário: o faraó recusou a ordem de Deus, e, ago-ra, o Senhor mandaria seu julga-mento sobre o Egito. Ele cumpriría sua promessa de Gênesis 12:3 de julgar as nações que perseguissem os judeus. Ele revelaria seu poder (9:16), sua ira (Sl 78:43-19) e sua grandeza, mostrando que os deuses do Egito eram falsos deuses, e que Jeová é o único Deus verdadeiro (12:12; Nu 33:4).

  1. O conflito

As dez pragas do Egito represen-tam muitas coisas: (1) eram um si-nal para Israel que lhe assegurava o poder e o cuidado de Deus, 7:3; (2) eram pragas de julgamento para o Egito a fim de punir seu povo por perseguir Israel e de mostrar a inu-tilidade dos deuses dele, 9:14; e (3) eram profecias de julgamentos por vir, conforme Apocalipse revela.

Observe a seqüência das pra-gas. Elas dividem-se em três grupos, com três pragas em cada grupo. A décima praga (morte dos primogê-nitos) foi a última:

  1. A água transforma-se em san-gue, Ex 7:14-25 (advertência em Ex 7:16)
  2. Rãs, 8:1 -15 (advertência em Ex 8:1)
  3. Piolhos, Ex 8:16-19 (sem adver-tência, e os magos não pude-ram copiar, Ex 8:1 8-19)
  4. Moscas, Ex 8:20-24 (advertência em Ex 8:20)
  5. Peste no gado, Ex 9:1-7 (adver-tência em Ex 9:1)
  6. Úlceras e tumores nas pesso-as, 9:8-12 (sem advertência, os magos foram afligidos, Ex 9:11)
  7. Chuva de pedras, fogo, 9:13- 35 (advertência em Ex 9:13)
  8. Gafanhotos, Ex 10:1-20 (adver-tência em Ex 10:3)
  9. Trevas espessas, Ex 10:21-23 (sem advertência, o faraó recusou-se a ver Moisés de novo, Ex 10:27-29)
  10. Morte dos primogênitos, Ex 11-.12 (o julgamento final).

Na verdade, as pragas eram uma declaração de guerra aos deuses do Egito (veja 12:12). Os egípcios adoravam o rio Nilo como um deus, porque esse rio era fonte de vida para eles (Dt 11:1 Dt 11:0-5); rãs (Ex 16:13); úlceras malignas e per-niciosas (16:2); chuva de pedras e fogo (Ex 8:7), gafanhotos (Ex 9:1 ss); e tre-vas (Ex 16:10).

Os magos egípcios consegui-ram copiar alguns dos milagres de Moisés — transformar o bordão em serpente (Ex 7:8-13), e a água, em san-gue (7:19-25), e fazer aparecer as rãs (Ex 8:5-7). Contudo, eles não con-seguiram transformar o pó em pio-lho (Ex 8:16-19). Em 2Tm 3:8-55, somos advertidos de que, nos últi-mos dias, falsos mestres se oporão a Deus ao imitar seus milagres. Veja II Tessalonicenses 2:9-10. Satanás é um falsificador que engana o mun-do perdido ao imitar o que Deus faz (2Co 11:1-47,2Co 11:13-47)

Deus exige separação total do mun-do, a amizade com o mundo é inimizade com Deus (Jc 4:4). Os egípcios poderiam se ofender se vissem os judeus sacrificar seu gado a Jeová, já que adoravam vacas. Os crentes devem sair "do meio deles" e separar-se (2Co 6:1 2Co 6:7, NVI).

  1. Não se afastar muito (Ex 8:28)

O mundo diz: "Não seja fanático!". "E bom ter religião, mas não leve isso a sério demais". Aqui, temos a tentação de ser "crentes limítrofes", os que tentam se manter próximos do mundo e de Deus ao mesmo tempo.

  1. Apenas os homens podem ir (Ex 10:7-11)

Isso significa deixar as mulheres e as crianças no mundo. A fé envolve toda a família, não apenas os ho-mens. É privilégio do marido e do pai liderar a família nas bênçãos do Senhor.

  1. Manter as posses no Egito (10:24-26)

Satanás ama segurar nossas rique-zas materiais para que não possa-mos usá-las para o Senhor. Tudo que temos pertence a Cristo. E Jesus disse-nos: "Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6:21). Que tragédia roubar a Deus ao deixar nossos "rebanhos e gados" para Satanás usar (Ml 3:8-39).

Moisés recusou fazer cada uma das concessões, pois não podia fazer concessões a Satanás e ao mundo e ainda agradar a Deus. Podemos pensar que vencemos ao pacificar o mundo, mas estamos enganados. Deus exige obediência total, separa-ção completa do mundo. Realizou- se isso com o sangue do cordeiro e a travessia do mar Vermelho, retratos da morte de Cristo na cruz e de nossa ressurreição com ele, libertando-nos "deste mundo perverso" (Gl 1:4).

  1. ponto principal dessa seção é o cordeiro. A Páscoa marca o nasci-mento da nação de Israel e sua li-bertação da escravidão. Esse grande evento também retrata Cristo e sua obra na cruz Jo 1:29; 1Co 5:7-46; 1Pe 1:18-60).

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 8 do versículo 1 até o 32
8.2 Rãs. Assim como um pecado abre o caminho para outro, também um castigo (o de inutilizar as águas do Nilo), acumula outro (as rãs que já não podem mais viver no Nilo).

8.7 Os magos. Mais uma vez, só serviram para multiplicar a desgraça; nada mais fácil do que produzir rãs naquela hora, e Faraó não podia desperceber isto, e por isso, logo veio com promessas e pedidos (8-11).

8.12 Combinara. Faraó era, segundo o pensamento dos egípcios, um ser divino, e logo o ato de "combinar" com os mensageiros de Deus seria equivalente a admitir um ser superior a si mesmo. A guerra que vamos ver na mente de Faraó é semelhante àquela que cada pessoa enfrenta quando decide seguir ou rejeitar a Cristo.

8.15 Alívio. Passando o perigo, e com ele o medo, passam muitas promessas religiosas, feitas em tais condições. Deus quer converter totalmente o coração do homem, e não aceita a obediência forçada, mas sim, a adoração em espírito e em verdade.

8.16 Piolhos. Esta praga era a resposta imediata à desobediência de Faraó. A terra contaminada pelos corpos das rãs seria uma ótima fonte de piolhos; mas mesmo assim, seu aparecimento súbito seria reconhecido como um inegável milagre.

8.18 Não o puderam. A revelação de Deus já estava desmascarando a fraqueza humana. Isto quer dizer que agora Faraó ouviria da boca dos próprios profissionais que ensinavam o paganismo, a confissão que se trata de uma intervenção de Deus (19).

8.21 Enxames de moscas. Se Faraó não queria obedecer à ordem de Deus, então seria forçado a enfrentar um exército de moscas composto de meros insetos, mediante o que haveria de obedecer.

8.22 Separarei. Deus vai mostrar claramente que as pragas não são um acidente natural, poupando Seu próprio povo de tais castigos mandados contra o Egito e seus deuses.

8.25 Nesta terra. Faraó se vê em dificuldades, mas pensa que pode "pechinchar" com Deus. Vai obedecer à ordem divina mas tem que ser ele quem vai ditar os termos exatos da obediência.

8.26 Abomináveis. Os egípcios tinham ídolos de touros e de carneiros, e não poderiam tolerar que tais animais fossem sacrificados a outro Deus. Não havia jeito de evitar a ordem original dada em Êx 5:3, que Moisés passa a repetir (27).

8.28 Orai também. Petição de um homem cercado de perigos, que ele não sobe como remover. Mas Moisés nunca rejeitaria a um pedido deste tipo (29). Devemos estar sempre prontos a orar em favor de outras pessoas, inclusive nosso perseguidores (Lc 6:27-42).

8.32 Não deixou ir. Não somente não quis abrir mão da vantagem de ter uma nação como sua escrava, como também quis levar ao extremo, seu desafio anterior: "Quem é o Senhor?" (5.2).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 8 do versículo 1 até o 32

7) A praga das rãs (7.25—8.15)

As pragas não são apresentadas como interdependentes, mas essa possibilidade não deveria ser descartada por causa disso. Havia rãs em grande quantidade no vale do Nilo, especialmente após a inundação. As únicas outras referências a rãs no AT também são associadas à segunda praga (Sl 78:45; Sl 105:30). v. 8. Conforme Gn 20:7. Os magos egípcios não foram capazes de dispersar as rãs que eles mesmos tinham ajudado a proliferar! v. 9,10. As rãs seriam destruídas num momento predeterminado como mais um sinal da grandeza do Deus dos israelitas. Moisés proclama o poder soberano de Deus ao faraó assim como Isaías o fará séculos mais tarde ao rei Acaz (Is 7:11).


8) As pragas dos piolhos e das moscas (8:16-32)
v. 16. piolhos: a NEB traz “larvas”, enquanto outras versões preferem “mosquitos” (BJ) ou semelhantes. Se foram mosquitos, então a praga poderia ser associada a uma inundação do Nilo. Os mosquitos procriam com mais facilidade em banhados. Mas o momento e as dimensões da praga não permitem uma explicação racional, v. 19. o dedo de Deus: cf. 31.18; Lc 11:20; consegue-se espremer mais uma permissão (conforme v. 8) dos egípcios, v. 20,21. Muitos eruditos do AT consideram a quarta praga meramente um relato variante da terceira. Essa não parece ser a maneira mais satisfatória de explicar a semelhança entre as duas pragas. Será que precisamos mesmo explicar essa semelhança? v. 21. enxames de moscas: a expressão em português completa a palavra hebraica que basicamente significa “mistura”. A praga talvez tenha consistido em diferentes tipos de insetos. A LXX diz “mosca que ataca os cães”. Estamos novamente lidando com uma característica da vida egípcia; conforme Is 7:18, em que a mosca representa o exército egípcio, v. 22. Gósen estaria a salvo dos problemas que iriam afligir os egípcios. Em virtude de sua localização na região nordeste do delta do Nilo, essa região teria escapado dos piores efeitos de quaisquer condições anormais produzidas pela inundação do rio. v. 23. Mas a distinção entre os israelitas e os egípcios não é mero resultado de eventuais condições climáticas. A maior distinção de todas, na noite da Páscoa (conforme 11.7), não vai permitir nem mesmo a aparência de uma explicação natural, distinção: o hebraico na verdade traz “redenção”, que não cabe facilmente no contexto. A NVI apresenta uma pequena emenda e deve ser seguida, v. 25. A concessão só satisfaz a exigência de Deus pela metade. O faraó não vai se arriscar a perder seus escravos permitindo que vão ao deserto para adorar, v. 26. são um sacrilégio: cf. Gn 43:32; 46:34. Moisés argumenta que o seu povo iria atrair o ódio dos egípcios, visto que o seu ritual de sacrifícios incluía a morte de animais que os egípcios consideravam sagrados. Outros estudiosos ressaltam o fato de que o conceito de sacrifício animal era conhecido pelos egípcios e sugerem que seriam o ritual e o não oferecimento dos sacrifícios a um deus egípcio que provocariam as represálias. v. 28. O rei capitula, mas depois volta atrás (v. 32).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 8 do versículo 20 até o 32


5) A Quarta Praga – Enxames de Moscas. Ex 8:20-32.

A segunda tríade de pragas fez distinção entre Israel e os egípcios. A confissão dos mágicos de que "um deus" causara essas perturbações, tinha agora de ser reforçada e era preciso esclarecer o fato de que fora o Deus Jeová que as causara.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 8 do versículo 1 até o 32
Êx 8:1

2. A PRAGA DAS RÃS (Êx 8:1-15). Sobre a tua cama (3). Fato especialmente lamentável para os egípcios, que eram tão cuidadosos em sua higiene e limpeza. Os magos fizeram o mesmo (7). Evidentemente não tiveram o poder de remover as rãs enviadas por Deus. Glória sobre mim (9). Uma forma de dizer polidamente: "Tenhas a honra de decidir". Para que saibas (10). A remoção das rãs, na hora exata nomeada pelo rei, seria prova de que nenhum outro poder além do poder do Senhor fizera aquilo. Faraó disse "amanhã" na esperança que as rãs desaparecessem por si mesmas e que assim ficaria desobrigado da necessidade de reconhecer a mão de Deus. Moisés clamou ao Senhor (12). Moisés estava convencido em sua mente de que Deus faria aquilo, mas era necessário rogar fervorosamente ao Senhor. Eis aqui uma ilustração do lugar da oração intercessória. Faraó... agravou o seu coração (15). Ver 4.21 nota. Uma angústia temporária tinha forçado Faraó a reconhecer a realidade de Deus, o poder da oração, e as reivindicações de Seu povo (8), mas a atitude de seu coração para com Deus permanecia inalterada e naturalmente, suas convicções e suas promessas desapareceram juntamente com as rãs. Precisamos descobrir uma mudança de coração por detrás da profissão dos lábios.

>Êx 8:16

3. A PRAGA DOS PIOLHOS (Êx 8:16-19). Disse mais o Senhor (16). Esta praga foi mandada sem aviso. Tendo endurecido o coração, dessa vez não foi dado prazo para Faraó submeter-se antes do julgamento sobrevir. Mas não puderam (18). Isso ficava fora do alcance de suas experiências ou habilidades de conjuração. Mas se, por outro lado, considerarmos suas imitações prévias como milagres verdadeiros e não como ilusões, podemos aprender por este versículo que Deus permite que o diabo vá até certo ponto, mas não mais que isso, na reprodução de sinais e maravilhas. Conf. Mt 24:24. É o dedo de Deus (19). Reconheceram algum poder divino, mas não ainda o nome de Jeová. Conf. Lc 11:20. Faraó... não os ouvia (19). Esta praga não apresentou tantos inconvenientes pessoais para ele como as outras.

>Êx 8:20

4. A PRAGA DAS MOSCAS-(Êx 8:20-32). Enxames de moscas (21). Em heb. ’ arobh. Muitos expositores consideram que tal inseto fosse alguma espécie de vespa. Tal inseto, o escaravelho, era um emblema do deus-sol, Rá, pelo que, como objeto sagrado semelhante às rãs, não podia sua incômoda presença ser removida pela matança. Eu separarei (22). Um novo milagre que demonstrava vividamente a realidade e a providência do Senhor. A terra foi corrompida (24). Melhor tradução ainda: "A terra foi destruída". Esta praga foi de pior caráter que as anteriores; pois causava mais que incômodo; as moscas ou vespas destruíam propriedades pessoais.

>Êx 8:25

Chamou Faraó (25). Sendo pessoalmente afetado por aquela visitação, ele imediatamente solicitou alívio, mas ofereceu uma transigência-"nesta terra" -o que era inaceitável para o homem de Deus. A abominação dos egípcios (26). Certos animais eram sagrados para os egípcios e não podiam ser mortos. Se os israelitas tivessem sacrificado ovelhas, bodes ou bois dentro das fronteiras do Egito, isso teria provocado um levante generalizado entre o povo egípcio. Levantes semelhantes têm ocorrido na Índia em tempos recentes, quando vacas, sagradas para os hindus, têm sido abatidas; e no Egito um embaixador romano foi certa ocasião despedaçado pela populaça por ter acidentalmente morto um gato. Como ele nos dirá (27). Conf. Êx 10:26. A forma exata do sacrifício ainda não era clara, mas de qualquer maneira não poderia haver transigência a respeito dos mandamentos de Deus claramente definidos. Não vades longe (28). Evidência que o arrependimento de Faraó era superficial. Seu pecado é que desejava que os israelitas estivessem dentro de sua possibilidade de mandar chamá-los de volta tão facilmente como ele queria. Orarei (29). Moisés aceitou o "não vades longe" de Faraó com equivalente à sua própria exigência de "caminho de três dias". Os enxames de moscas se retiraram (31). Os corpos mortos das rãs tinham sido deixados no Egito como aflição adicional; mas as moscas foram miraculosamente removidas como uma evidência do poder de Deus em mostrar misericórdia. Endureceu Faraó ainda esta vez seu coração (32). Seu arrependimento parcial serviu novamente apenas para tornar seu coração mais empedernido quando veio o alívio. Ver versículo 15 nota.


Dicionário

Conforme

adjetivo Que possui a forma semelhante; que possui a mesma forma: vestidos conformes.
Que se assemelha; semelhante: o projeto está conforme com o modelo.
Em que há conformidade; concordante: pontos de vista conforme.
Na medida certa; nos termos exatos: o documento está conforme.
Ajustado às particularidades de alguém ou ao valor de alguma coisa; condigno: uma medicação conforme à doença; um representante conforme ao dono.
Que está de acordo com: estar conforme com uma oferta de salário.
Que é conformado; que se resigna; resignado está conforme ao medo.
conjunção Que estabelece uma relação de acordante com; segundo: foi um mal-entendido, conforme se observou.
[Brasil] No instante em que: conforme o vento passava, as árvores caiam.
À medida que: conforme os convidados iam chegando, os atores escondiam-se.
preposição Que estabelece uma relação acordante com; segundo: realizou o trabalho conforme o projeto.
De maneira proporcional a; proporcionalmente: o valor foi cobrado conforme a tabela.
Etimologia (origem da palavra conforme). Do latim conformis.e.

segundo. – “Estas duas palavras – diz Roq. – não são frases adverbiais como quer o autor dos sinônimos (refere-se a fr. F. de S. Luiz): são, sim, advérbios, ou Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 309 antes preposições, que correspondem à latina secundum; e com elas explica-se a conformidade de uma coisa com outra. Conforme, no entanto, supõe a coisa mais exata e indispensável; e segundo supõe-na menos absoluta, ou mais voluntária. – Dou-o conforme o recebi; fica conforme estava (isto é: exatamente como estava, ou como me tinham dado). João vive segundo lhe dita seu capricho; fala segundo lhe dá na cabeça. – Nos dois primeiros exemplos não se pode usar da voz segundo, porque não explicaria uma conformidade tão absoluta e exata, como exige aquela ideia; nem nos segundos se pode usar com propriedade da voz conforme, porque daria à ideia uma conformidade demasiado exata, e menos livre e voluntária, do que se quer dar a entender. – Esta diferença se faz mais perceptível quando a conformidade, que se quer explicar com a proposição, se apoia só numa probabilidade ou numa opinião; pois em tal caso se vê claramente a impropriedade do uso da preposição conforme, que nunca pode explicar uma conformidade duvidosa, sem uma notável impropriedade. – É verdade, segundo dizem; chove, segundo creio (e não: é verdade, conforme dizem; chove, conforme creio).” – Dos mesmos vocábulos havia dito fr. F. de S. Luiz: “São frases adverbiais, que exprimem uma relação de conformidade, conveniência, congruência, etc.; mas conforme é mais próprio para exprimir a rigorosa conformidade; segundo, para exprimir a conveniência, congruência, etc. O escultor deve fazer a estátua conforme o modelo que se lhe dá; e ampliar ou estreitar as dimensões, segundo o local em que há de ser colocada (as formas devem ser idênticas às do modelo; as dimensões devem ser convenientes ao local). O homem de juízo obra segundo as circunstâncias, e a conjunção das coisas; mas sempre conforme as máximas da razão e da sã moral (quer dizer: as ações do homem de juízo devem ter uma relação de perfeita conformidade com as regras da moral, e uma relação de justa congruência com as circunstâncias dos tempos e das coisas). Deus há de julgar os homens conforme os invariáveis princípios da sua eterna justiça, e segundo as boas, ou más ações, que eles tiverem praticado durante a sua vida, etc.”

Faraó

casa grande

Título comumente utilizado na Bíblia para os reis do Egito, que significa “casa grande”. Existem evidências concretas de fontes egípcias de que a palavra “faraó” podia ser usada simplesmente como um título, como é encontrada freqüentemente na Bíblia. Vários faraós são mencionados nas Escrituras e muito raramente são identificados (Neco é identificado em II Reis 23:29-33 como o rei do Egito que matou o rei Josias). O primeiro faraó citado foi o encontrado por Abraão quando foi ao Egito e temeu pela própria segurança, por causa da esposa Sara (Gn 12:15-17; etc.). Outro muito proeminente foi o que reinou na época do nascimento de Moisés e tornou a vida dos israelitas insuportável. Nem sempre é possível identificar com certeza um faraó em particular, por meio da lista dos reis do Egito, principalmente porque não existem detalhes suficientes nas Escrituras ou porque os eventos registrados na Bíblia foram tão insignificantes para os egípcios que não foram registrados em seus anais.

P.D.G.


Faraó [A Grande Casa] - Título que no Egito queria dizer “rei”. Oito faraós são mencionados nas seguintes passagens bíblicas:

1) (Gn 12:10-20:)

2) (Gen 39—50:
3) (Exo 1—15:
4) (1Cr 4:17) (RA), 18 (RC).

5) (1Rs 3:1); 9.16; 11.1,6) (2Rs 18:21:
7) (2Rs 23:29-35:)

8) (Jr 44:30);

Farão

substantivo deverbal Ação de fazer; ato de realizar ou de possuir a vontade de desenvolver alguma coisa: eles farão a festa esta semana; os times farão amanhã o maior jogo do campeonato; alguns políticos farão promessas vãs.
Ação de alterar ou modificar a aparência de: eles farão mudanças na igreja.
Ato de desenvolver ou de realizar algum tipo de trabalho: eles farão o projeto.
Ação de alcançar certa idade: eles farão 30 anos amanhã!
Etimologia (origem da palavra farão). Forma regressiva de fazer.

Moisés

substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.

Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)

Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.


Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob

Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...


Moscas

fem. pl. de mosca

mos·ca |ô| |ô|
(latim musca, -ae)
nome feminino

1. Entomologia Designação comum a diversos insectos dípteros, de diversas famílias.

2. Figurado Pessoa importuna ou enfadonha.

3. Sinal preto postiço no rosto.

4. Pinta, sinal.

5. Ponto negro no centro de um alvo. = MUCHE

6. Porção de pêlos isolados abaixo do centro do lábio inferior do homem.

7. Conjunto de pontos fortes com que se remata uma costura.

8. [Viticultura] Vara (de videira) torcida para se atar ao pé da cepa.

9. [Popular] Dinheiro.

10. [Brasil] Pateta, moleirão.

nome de dois géneros

11. Espião da polícia. = BUFO


andar às moscas
Levar vida ociosa.

cavalo mosca
Cavalo de pequena estatura.

comer mosca
[Brasil, Informal] Não perceber. = MOSCAR

[Brasil, Informal] Ser enganado. = MOSCAR

estar às moscas
Estar vazio ou com pouca frequência.

ficar mosca
Ficar furioso, danar-se.

moscas volantes
[Medicina] Perturbação visual em que se observam imagens de pontos, de pequenas manchas ou de filamentos. = MIIODOPSIA, MIODESOPSIA

na mosca
No objectivo certo ou no alvo pretendido (ex.: acertar na mosca).

ouvir (voar) uma mosca
Fazer um silêncio profundo.

papar mosca
[Brasil, Informal] O mesmo que comer mosca.

papar moscas
[Portugal, Informal] Estar boquiaberto, sem fazer nada.

Confrontar: mossa.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Palavra

Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

Palavra
1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

[...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

[...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

Povo

substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
Público, considerado em seu conjunto.
Quantidade excessiva de gente; multidão.
[Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

Retirar

retirar
v. 1. tr. dir. Puxar para trás ou para si; tirar. 2. tr. dir. Afastar, tirar. 3. tr. dir. Levantar, recolher, tirar. 4. tr. dir. Fazer sair de onde estava. 5. tr. ind., Intr. e pron. Afastar-se de um lugar; sair de onde estava; ausentar-se. 6. tr. ind., Intr. e pron. Afastar-se para evitar combate; bater em retirada; fugir. 7. pron. Afastar-se do convívio social; partir para algum retiro ou lugar solitário. 8. pron. Sair de uma companhia, empresa ou sociedade. 9. tr. dir. Deixar de conceder; cassar, privar. 10. tr. dir. Auferir, lucrar, obter.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Servos

masc. pl. de servo

ser·vo |é| |é|
(latim servus, -i, escravo)
nome masculino

1. Aquele que não dispõe da sua pessoa, nem de bens.

2. Homem adstrito à gleba e dependente de um senhor.SUSERANO

3. Pessoa que presta serviços a outrem, não tendo condição de escravo. = CRIADO, SERVENTE, SERVIÇAL

4. Pessoa que depende de outrem de maneira subserviente.

adjectivo
adjetivo

5. Que não tem direito à sua liberdade nem a ter bens.LIVRE

6. Que tem a condição de criado ou escravo.

7. Que está sob o domínio de algo ou alguém.

Confrontar: cervo.

Ver também dúvida linguística: pronúncia de servo e de cervo.

substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
Não confundir com: .
Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
Não confundir com: .
Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

Rei egípcio, de descendência etiópica, cujo nome por extenso era Sabaku, pertencendo à vigésima-quinta dinastia. oséias, que desejou livrar-se do jugo da Assíria, procurou para esse fim o auxilio e a aliança de Sô (2 Rs 17.4). A conseqüência desta aliança foi desastrosa, pois oséias foi feito prisioneiro pelos assírios que haviam invadido o reino de israel, tomando Samaria e levando as dez tribos para o cativeiro. Muitos, contudo, pensam que Sô era apenas um vice-rei no Delta. (*veja oséias, israel e Samaria.)

Oséias, o último monarca do reino do Norte, tentara escapar da opressão dos assírios, ao recusar-se a pagar os pesados tributos exigidos e ao enviar mensageiros para buscar a ajuda de Sô, faraó do Egito (2Rs 17:4). Essa atitude fez com que Salmaneser, rei da Assíria, mandasse prender Oséias e ordenasse a invasão de Israel. Não se sabe ao certo quem era exatamente esse faraó egípcio. Alguns eruditos sugerem que se tratava de Shabako, que governou o Egito por volta de 716 a.C., mas isso o colocaria numa época muito posterior à dos eventos narrados, desde que Oséias foi rei no período entre 732 a 722 a.C. Sô também é identificado por alguns estudiosos com Osorcom IV, de Tanis (nome da cidade mencionada na Bíblia como Zoã). Essa sugestão é apoiada pela mensagem de Isaías contra o Egito, na qual o profeta destacou que aquela nação não servia para nada e mencionou especificamente “os príncipes de Zoã” (Is 19:11-15). Outras sugestões ainda são apresentadas. P.D.G.


Rei do Egito (2Rs 17:4).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Êxodo 8: 31 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E fez o SENHOR conforme a palavra de Moisés, e removeu os enxames de moscas de Faraó, dos seus servos, e do seu povo; não ficou uma só mosca.
Êxodo 8: 31 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1446 a.C.
H1697
dâbâr
דָּבָר
discurso, palavra, fala, coisa
(and speech)
Substantivo
H259
ʼechâd
אֶחָד
um (número)
(the first)
Adjetivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4872
Môsheh
מֹשֶׁה
Moisés
(Moses)
Substantivo
H5493
çûwr
סוּר
desviar-se, afastar-se
(and removed)
Verbo
H5650
ʻebed
עֶבֶד
escravo, servo
(a servant)
Substantivo
H5971
ʻam
עַם
as pessoas
(the people)
Substantivo
H6157
ʻârôb
עָרֹב
enxame
(swarms [of flies])
Substantivo
H6213
ʻâsâh
עָשָׂה
E feito
(And made)
Verbo
H6547
Parʻôh
פַּרְעֹה
do/de Faraó
(of Pharaoh)
Substantivo
H7604
shâʼar
שָׁאַר
restar, sobrar, ser deixado para trás
(and remained)
Verbo


דָּבָר


(H1697)
dâbâr (daw-baw')

01697 דבר dabar

procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

  1. discurso, palavra, fala, coisa
    1. discurso
    2. dito, declaração
    3. palavra, palavras
    4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

אֶחָד


(H259)
ʼechâd (ekh-awd')

0259 אחד ’echad

um numeral procedente de 258; DITAT - 61; adj

  1. um (número)
    1. um (número)
    2. cada, cada um
    3. um certo
    4. um (artigo indefinido)
    5. somente, uma vez, uma vez por todas
    6. um...outro, aquele...o outro, um depois do outro, um por um
    7. primeiro
    8. onze (em combinação), décimo-primeiro (ordinal)

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מֹשֶׁה


(H4872)
Môsheh (mo-sheh')

04872 משה Mosheh

procedente de 4871, grego 3475 Μωσης; DITAT - 1254; n pr m Moisés = “tirado”

  1. o profeta e legislador, líder do êxodo

סוּר


(H5493)
çûwr (soor)

05493 סור cuwr ou שׁור suwr (Os 9:12)

uma raiz primitiva; DITAT - 1480; v

  1. desviar-se, afastar-se
    1. (Qal)
      1. desviar-se do rumo, entrar
      2. partir, afastar-se do caminho, evitar
      3. ser removido
      4. chegar ao fim
    2. (Polel) desviar
    3. (Hifil)
      1. fazer desviar, causar afastamento, remover, tomar, separar, depor
      2. pôr de lado, deixar incompleto, retirar, rejeitar, abolir,
    4. (Hofal) ser levado embora, ser removido

עֶבֶד


(H5650)
ʻebed (eh'-bed)

05650 עבד ̀ebed

procedente de 5647; DITAT - 1553a; n m

  1. escravo, servo
    1. escravo, servo, servidor
    2. súditos
    3. servos, adoradores (referindo-se a Deus)
    4. servo (em sentido especial como profetas, levitas, etc.)
    5. servo (referindo-se a Israel)
    6. servo (como forma de dirigir-se entre iguais)

עַם


(H5971)
ʻam (am)

05971 עם ̀am

procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

  1. nação, povo
    1. povo, nação
    2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
  2. parente, familiar

עָרֹב


(H6157)
ʻârôb (aw-robe')

06157 ערב ̀arob

procedente de 6148; DITAT - 1685c; n. m.

  1. enxame
    1. sentido provável de ’mistura’ e ’movimento incessante ou envolto’

עָשָׂה


(H6213)
ʻâsâh (aw-saw')

06213 עשה ̀asah

uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

  1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
    1. (Qal)
      1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
        1. fazer
        2. trabalhar
        3. lidar (com)
        4. agir, executar, efetuar
      2. fazer
        1. fazer
        2. produzir
        3. preparar
        4. fazer (uma oferta)
        5. atender a, pôr em ordem
        6. observar, celebrar
        7. adquirir (propriedade)
        8. determinar, ordenar, instituir
        9. efetuar
        10. usar
        11. gastar, passar
    2. (Nifal)
      1. ser feito
      2. ser fabricado
      3. ser produzido
      4. ser oferecido
      5. ser observado
      6. ser usado
    3. (Pual) ser feito
  2. (Piel) pressionar, espremer

פַּרְעֹה


(H6547)
Parʻôh (par-o')

06547 פרעה Par oh̀

de origem egípcia, grego 5328 φαραω; DITAT - 1825; n. m.

Faraó = “casa grande”

  1. o título comum do rei do Egito

שָׁאַר


(H7604)
shâʼar (shaw-ar')

07604 שאר sha’ar

uma raiz primitiva; DITAT - 2307,2308; v.

  1. restar, sobrar, ser deixado para trás
    1. (Qal) restar
    2. (Nifal)

      1. sobrar, ser deixado vivo, sobreviver
        1. restante, remanescente (particípio)
      2. ser deixado pra trás
    3. (Hifil)
      1. deixar como sobra, poupar
      2. deixar ou guardar sobre
      3. ter deixado
      4. deixar (como um presente)