Enciclopédia de Isaías 66:13-13
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO
- As condições climáticas de Canaã
- A Agricultura de Canaã
- GEOLOGIA DA PALESTINA
- HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
- O CLIMA NA PALESTINA
- CIDADES DO MUNDO BÍBLICO
- Livros
- Locais
- Comentários Bíblicos
- Dicionário
- Strongs
Perícope
is 66: 13
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu vos consolarei; e em Jerusalém vós sereis consolados. |
ARC | Como alguém a quem consola sua mãe, assim eu vos consolarei; e em Jerusalém vós sereis consolados. |
TB | Como quem recebe de sua mãe conforto, assim eu vos confortarei, e em Jerusalém sereis confortados. |
HSB | כְּאִ֕ישׁ אֲשֶׁ֥ר אִמּ֖וֹ תְּנַחֲמֶ֑נּוּ כֵּ֤ן אָֽנֹכִי֙ אֲנַ֣חֶמְכֶ֔ם וּבִירֽוּשָׁלִַ֖ם תְּנֻחָֽמוּ׃ |
BKJ | Como aquele cuja mãe consola, assim eu vos consolarei; e vós sereis consolados em Jerusalém. |
LTT | |
BJ2 | Como a uma pessoa que a sua mãe consola, assim eu vos consolarei; sim, em Jerusalém sereis consolados. |
VULG |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 66:13
Referências Cruzadas
Salmos 137:6 | Apegue-se-me a língua ao paladar se me não lembrar de ti, se não preferir Jerusalém à minha maior alegria. |
Isaías 40:1 | Consolai, consolai o meu povo, diz o vosso Deus. |
Isaías 51:3 | Porque o Senhor consolará a Sião, e consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden e a sua solidão, como o jardim do Senhor; gozo e alegria se acharão nela, ações de graças e voz de melodia. |
Isaías 65:18 | Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, gozo. |
Isaías 66:10 | Regozijai-vos com Jerusalém e alegrai-vos por ela, vós todos que a amais; enchei-vos por ela de alegria, todos que por ela pranteastes; |
II Coríntios 1:4 | que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus. |
I Tessalonicenses 2:7 | antes, fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO
UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃOUma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.
No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.
DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:
- Abraão, vindo de Berseba (Gn
22: ), avistou o monte Moria (com quase toda certeza nas vizinhancas de Jerusalém) no terceiro dia de sua viagem, e os dois lugares estão separados por cerca de 80 quilômetros.4 - Vindos de Afeque, Davi e seus homens chegaram em Ziclague no terceiro dia (1Sm
30: ) e, aqui de novo, os dois lugares estão separados por apenas pouco mais de 80 quilômetros.1 - Cades-Barneia (Ain Qadeis) ficava a 11 dias de viagem do Horebe (no iebel Musa ou perto dele) pela estrada que passava pelo monte Seir (Dt
1: ), e cerca de 305 quilômetros separam os dois lugares.2 - Uma marcha de Jerusalém para a capital de Moabe (Ouir-Haresete), pelo "caminho de Edom" durava sete dias. e a distância aproximada envolvida nessa rota era de cerca de 185 quilômetros (2Rs
3: ).5-10 - A Bíblia conta que a caravana de judeus liderada por Esdras partiu da fronteira babilônica (quer tenha sido de Hit, quer de Awana) no dia 12 do primeiro mês (Ed
8: ) e chegou em Jerusalém no dia primeiro do quinto mês (Ed31 7: ), o que significa que a jornada levou pouco mais de três meses e meio. Tendo em vista a rota provável percorrida por Esdras e seus compatriotas (8.22,31 - 0 caminho mais curto e mais perigoso adiante de Tadmor, eles viajaram cerca de 1.440 quilômetros em pouco mais de 100 dias, mas o tamanho e a composição de sua caravana podem ter impedido médias diárias maiores.9
Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At
A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.
A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.
A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.
VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At
As condições climáticas de Canaã
CHUVANo tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.
O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.
SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt
A Agricultura de Canaã
A VEGETAÇÃO NATURALA. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt
O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).
CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os
A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex
Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18
GEOLOGIA DA PALESTINA
GEOLOGIAPelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt
- Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não fosse abalada em tempo algum.
- Do abismo a cobriste, como uma veste; as águas ficaram acima das montanhas.
- Fugiram sob tua repreensão;
- à voz do teu trovão, puseram-se em fuga.
- As montanhas elevaram-se, e os vales desceram, até o lugar que lhes determinaste.
- Estabeleceste limites para que não os ultrapassassem e voltassem a cobrir a terra.
- (SI 104:5-9)
Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.
HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA
HIDROLOGIANão é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm
- pastores (1Sm
17: Rs 22.17; SI 23.1; IS40-1 13: .11: Ir 31.10: Ez20-40 34: : Am2 3: : Zc12 10: : Jo2 10: : Hb11 13: Pe 5.4):20-1 - ovelhas/cordeiros/bodes (Ex
12: ; Is3-5 7: Sm 8.17; 16.19; 2Sm24-1 7: ; Ne8 3: ; SI 44. 11: Is1 13: : Ir 506: 7c 137. M+ 12.11; 25.32,33; Jo14 1: ; 21.15,16; At29-36 8: ; Ap32 5: .22):12-21 - lobos (Is
11: .25; Mt6-65 7: ): e15 - rebanhos (Jz
5: Sm 17.34; Jó 24.2; Ct16-1 4: ; Is1 40: ; Jr11 6: .23; Ez3-51 34: ; Sf2.14; 1Pe12 5: ).2
Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:
- poços (Gn
21: :18-22; Jr19-26 6: :6-26);• cisternas (2Cr7-4 26: ; Is10 36: );16 - nascentes (Jr
9: ; Zc1 13: ):1 - fontes (Gn
16: ; Jz7 7: ; Pv1 5: ); água como instrumento de comunicação de uma verdade espiritual (Is15-16 12: ; Ap3-4 22: ); e17 - água como símbolo de bênção (Nm
24: ; Is6-7 41: ; 44.3,5), alegria (Is 35), deleite (SI 1:1-3) e até mesmo perfeição escatológica (Is17-20 43: ; Jr19-21 31: ; Ez10-14 47: ; Zc1-12 8: .8; Ap12-14 22: ). Em contrapartida, a ausência de água logo resultava numa terra árida e ressequida (SI 63.1; 143.6). As imagens geradas eram especialmente eloquentes: rios que ficaram secos (Ez1-2 30: ; Na 1.4);12 - água envenenada (Jr
23: );15 - nuvens sem água (Pv
25: ; Jd 12);14 - fontes que se tornaram pó (SI 107.33);
- fontes ressecadas (Os
13: );15 - nascentes secas (Jr
51: );36 - nascentes poluídas (Pv
25: );26 - cisternas vazias (Gn
37: ; cp. 1Sm24 13: ; Jr6 41: );9 - cisternas rompidas (Ir 2.13).
Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).
O CLIMA NA PALESTINA
CLIMAÀ semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm
1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.
A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex
15) e "vento sul" (Lc
ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt
(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.
O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed
CIDADES DO MUNDO BÍBLICO
FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃOVárias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:
(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.
O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.
A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.
Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:
- escritores clássicos (e.g., Heródoto, Eusébio, Ptolomeu, Estrabão, Josefo, Plínio);
- itinerários percorridos por cristãos da Antiguidade (e.g., Etéria, o Peregrino de Bordéus, Teodósio, Antônio Mártir, Beda, o Venerável, Willibald):
- geógrafos árabes (e.g., Istakhri, Idrisi, Abulfeda, Ibn Battuta);
- escritos de autoria de cruzados e pós-cruzados (e.g., Saewulf, Daniel, o Abade, Frettelus, Pedro Diácono, Burchard de Monte Sião, Marino Sanuto, Rabi Benjamin
de Tudela, Rabi Eshtori Haparhi, Ludolph von Suchem, Felix Fabri); - pioneiros ou geógrafos desde o início da Idade Moderna (e.g., Quaresmio, van Kootwijck, Seetzen, Burchardt, Robinson, Reland, Niebuhr, Thomsen, Ritter, Conder, Abel, Musil, Dalman, Albright, Glueck, Aharoni, Rainey) Contudo, a análise literária deve ser acompanhada da análise topográfica. Qualquer dado documental disponível tem de ser correlacionado a lugares já conhecidos de uma determinada área e avaliado numa comparação com a gama de outros tells do terreno ao redor - tells que podem ser igualmente candidatos a uma identificação com o lugar bíblico. Quando a identificação de um lugar é proposta, o tamanho e a natureza do local têm de cumprir as exigências de identificação: qual é seu tamanho? Que vestígios arqueológicos são encontrados ali (e.g., muralhas, construções monumentais, detalhes arqueológicos próprios)? Quais e quantos outros sítios são encontrados em sua vizinhança? Além disso, as ruínas desse lugar têm de datar do(s) período (s) exigido(s) pela identificação.
De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Locais
JERUSALÉM
Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.783, Longitude:35.217)Nome Atual: Jerusalém
Nome Grego: Ἱεροσόλυμα
Atualmente: Israel
Jerusalém – 760 metros de altitude (Bronze Antigo) Invasões: cercada por Senequaribe em 710 a.C.; dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.
Localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
Este capítulo final da profecia de Isaías trata dos julgamentos de Deus e do regozijo de Sião. Ele descreve a peneira final e as recompensas que serão distribuídas quando a grande ceifa mundial do trigo e do joio for colhida. O capítulo como um todo continua a descrição das distinções e da separação tornadas claras no capítulo 65, mas podemos observar aqui um contraste enfático final. Assim George Adam Smith comenta: "Assim, somos deixados com a profecia — não com os novos céus e a nova terra que a profecia promete: não com o monte santo onde ninguém será ferido e destruído, disse o Senhor; não com uma Jerusalém cheia de glória e um povo todo santo, o centro de uma humani-dade reunida — mas com a cidade como uma tribuna de julgamento, em que as pessoas serão divididas entre adoração e uma aflição horrível"» Mas esse pensamento final com ênfase dupla busca manter o foco temático da profecia em sua inteireza, porque como Coffin observa com muita propriedade: "Esse capítulo final traz unidade ao livro inteiro de Isaías. O livro inicia com um povo aplicado em relação às cerimônias, mas deficiente quanto à consciência social (1:10-17) ; ele termina com um apelo ao serviço a Deus em obediência à sua palavra"." Muilenberg insiste em sua afinidade com o capítulo anterior e encontra sete estrofes inclusivas no hebraico. Ele faz essa descrição sob o tema geral: "O Novo Nascimento de Sião e o Fogo do Julgamento".' Nossa análise séptupla não concorda exatamente com a descrição de Muilenberg.
1. Aquele que Deus Respeita e aquele que Ele Rejeita (66:1-4)
- O hábitat do Eterno (66:1-2a). Com o céu como seu trono, e a terra como o escabelo dos seus pés (1), o Deus de Isaías é realmente "grande demais para ser abri-gado em uma 'casa'. Ele, portanto, despreza os templos feitos pelo homem e prefere morar nos corações dos pobres e contritos. Onde, então, fica a casa que se poderia edificar ao Senhor, adequada como lugar do seu descanso? O Deus que enche a terra e o céu não precisa de um templo (I Reis
8: Cron 6.18).'27-2 - O homem que Deus respeita (66.2b). Mas eis para quem olharei: para o pobre e abatido de espírito e que treme diante da minha palavra. A Versão Berkeley oferece esta tradução dos versículos 2b-3a: "Olharei favoravelmente para o homem que é humilde, que se sente esmagado no espírito, e treme diante da minha palavra; mas aquele que sacrifica um boi é como quem mata um homem; aquele que sacrifica um cordeiro é como se estivesse quebrando o pescoço de um cachorro; que traz uma oblação de cereais como se estivesse apresentando sangue de porco; que apresenta incenso como se estives-se adorando ídolos". Os homens não são considerados iguais por Deus. Ele aceita apenas o pobre e abatido e aquele que é temente a Deus em suas atitudes (Sl
51: ). E aqui está a verdadeira casa de Deus — o templo da alma do arrependido cuja vida espiritual responde à vida do próprio Deus (Is17 1: ; 57.15). "Eu me preocupo com criaturas humil-des e contritas, que tremem diante de tudo que digo" (Moffatt).11-18 - O homem que Deus rejeita (Is
66: ). Deus rejeita o homem que não aprende que adoração sem amor a Deus torna nossas solenidades graves pecados. Não haverá garan-tia espiritual e segurança quando ocorre uma mistura de paganismo e piedade. A salva-ção vem somente do Deus vivo e eterno, que somente mostrará sua misericórdia e graça ao crente arrependido. Portanto, no que diz respeito à salvação, nem todos os caminhos levam a Roma!3-4
Alguns sacrificam bois assim como vidas humanas,
oferecem cordeiros e cachorros na adoração,
oblações como se estivessem oferecendo sangue de porco em seus rituais, incenso, e mesmo assim reverenciam um ídolo! (3, Moffatt).
O que é condenado não é o sacrifício como tal, mas uma prática sacrifical que tem sido degradada com práticas pagãs corruptas.
Isaías está seguro de que cada ato de adoração hipócrita é uma abominação idólatra. Isso Deus procurou deixar claro para as pessoas da sua época que tinham escolhido os seus próprios caminhos para salvação, e cujas almas tinham prazer em suas abominações. (Onde lemos abominações a Peshitta traz "ídolos"). Aqui estava um grupo cuja glória esta-va na sua confusão ou vergonha (Fp
d) A recompensa divina é "na mesma moeda" (66.4). Porquanto clamei, e nin-guém respondeu. Isso significa que os que viram as costas para a voz de Deus vão descobrir que Deus também vira as suas costas para eles. Por quanto tempo uma pessoa pode ignorar Deus e ainda esperar que ele responda? Falei, e não escutaram. Em vez disso, fizeram o que é mal aos meus olhos e escolheram aquilo em que eu não tinha prazer (i.e., "escolheram o que me desagrada"). A obstinação e a surdez delibera-da surgem da ilusão. O castigo é mais ilusão "pelo engano do pecado" (Hb
2. A Justificação de Deus aos Fiéis (66:5-6)
a) A palavra do Senhor (66.5). Os apóstatas estão inclinados a zombar daqueles que permanecem fiéis a Deus. Ouvi a palavra do SENHOR [...]. Vossos irmãos, que vos aborrecem e que para longe vos lançam por amor do meu nome. Aqui temos dois grupos muito diferentes: um vive pela fé, pela esperança, e confia na palavra do Senhor; o outro confia no Templo material e sua adoração, além de um sistema sacrifical sincretista. Para o primeiro grupo há consolo (Mt
Vocês que tremem diante da palavra do Eterno,
ouçam a sua promessa:
"Seus irmãos, que os odeiam por causa da sua fé em mim,
dizem com desprezo: 'Que o Eterno mostre o seu poder,
para que vejamos a alegria de vocês!'
Eles ficarão perplexos!".
Quer a frase-chave seja um escárnio daqueles que zombam ou uma resposta alegre e doce dos perseguidos, a promessa de Deus em cada caso é que os opressores e persegudores serão envergonhados. O SENHOR seja glorificado, para que vejamos a vossa alegria. Mas eles serão confundidos. Muitas vezes os descrentes manifestam um entusiasmo pelo espetacular em vez de por aquilo que é espiritual. Deixe que eles zom-bem e façam pouco caso da fé dos piedosos, mas o profeta já está ouvindo o trovejar do julgamento ressoando da cidade.
b) A tríplice voz da retribuição (66.6). "Ouçam com muita atenção. A cidade está em tumulto! O som está vindo do templo! É a vingança devida do Eterno contra seus inimi-gos!" (Moffatt). Uma voz de grande rumor virá da cidade significa, na verdade "uma voz trovejante" (Berkeley). Ela vem agora da cidade onde os escarnecedores haviam pedido por uma manifestação da glória de Deus. É uma voz do templo, o centro da sua adoração corrupta. Se a moradia de Isaías fosse no vale do Tiropeão (como mencionamos anteriormente), então os sons do Templo seriam bem audíveis para ele. Isso está sendo escrito de alguém que está fora da cidade. Sem dúvida, Isaías e seu grupo tinham sido excluídos ou expulsos dos limites sagrados.
3. É Possível que uma Terra Nasça em um Só Dia? (66:7-9)
O profeta agora volta sua atenção para a mãe Sião à medida que o Deus eterno continua a falar, prometendo o milagre do nascimento de uma terra e um povo inteiramente novos.
a) As dores de parto de uma nova nação (66.7). Antes que estivesse de parto, ela deu à luz; antes que lhe viessem as dores, ela deu à luz um filho. Nascimento sem esforço? Parece que esse é o caso, porque o profeta agora vê a nação inteira nascendo de um mo-mento para outro e não crescendo de acordo com os lentos estágios do crescimento social. O cristianismo, após o Pentecostes, tornou-se uma força mundial em apenas uma geração.
- O incrível pode acontecer (66.8). Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra em um só dia? Será que Roma pode ser construída em um só dia? Pode um país inteiro formar-se tão subitamen-te? Nasceria uma nação de uma só vez? No entanto, foi o que ocorreu com Israel na grande crise de 1948. Aquela pequena nação declarou sua identidade e tem sido capaz de manter sua independência como nação contra grandes interesses. Alguns comentaris-tas, no entanto, acreditam que esse filho refere-se ao Messias. Outros vêem aqui o ad-vento de um Israel puramente espiritual em relação aos seguidores do Servo Sofredor.
Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos. Mas a Versão Berkeley diz: "Antes de Sião entrar em trabalho de parto, ela deu à luz filhos". Essa interpretação está mais de acordo com o que precede. O Targum judaico apresenta uma leitura muito mais sugestiva: "Antes de ser dominada pela aflição, ela será redimida: e antes que o tremor a domine, como as fortes dores de parto de uma mulher que da à luz ao seu filho, seu rei será revelado". No curso normal da natureza, as dores de parto devem preceder o nasci-mento e a tribulação deve ser o precursor do triunfo. Mas, cada situação é um sinal de um evento futuro certo.
- Deus não começa algo que não pode terminar (66.9). Abriria eu a madre e não geraria, diz o SENHOR; geraria eu e fecharia a madre? — diz o teu Deus.
Porque não deveria ajudá-la no parto se sou eu que faço nascer? — diz o Eterno. Por que deveria eu fechar a madre, quando sou eu que faço o bebê nascer? — pergunta o seu Deus (Moffatt).
Vamos relembrar a lamentação de Ezequias acerca dessa mesma situação (37.3). Nosso profeta, no entanto, está bastante seguro de que a obstetrícia sabe o tempo certo para o trabalho de parto e o nascimento.
Geraria eu e fecharia a madre? — diz o teu Deus. "O Senhor começou a restau-rar seu povo; Ele não deixará sua salvação incompleta" (Berkeley, nota de rodapé). O ponto de tudo isso parece o seguinte: Deus não começa algo que não pode terminar, nem pára com meras circunstâncias preliminares.
4. Paz como um Rio (66:10-14)
- Regozije-se com Jerusalém (66:10-11). Aqui está a marca da alegria e fartura. "Jerusalém é vista como uma mãe e a rica consolação [...] que ela recebe (51,3) semelhan-te ao leite que se forma nos seus seios [...] com o qual ela agora alimenta seus filhos abundantemente".'
"Amantes de Jerusalém, regozijai-vos com ela, alegrai-vos por ela; celebrai com ela, todos vós que pranteastes por ela até agora. Assim, vós sereis seus filhos de criação, que se saciam com as suas consolações, bebendo à vontade, para o deleite dos vossos cora-ções, da sua abundante glória" (Knox).
- Rios de paz (66.12). Porque assim diz o SENHOR: Eis que estenderei sobre ela (a cidade da paz) a paz (prosperidade), como um rio. Tradutores modernos acredi-tam que o grande termo hebraico shalom traz a idéia de prosperidade nesse versículo. Mas essa prosperidade deve ser semelhante a um rio transbordante. Sobre ela a paz, mas nenhuma paz aos ímpios, é a conclusão de cada uma das seções de nove capítulos de Isaías (48.22 e 57.2). A glória das nações, como um ribeiro sugere que as nações deverão contribuir para a sua prosperidade. "Então os filhos do seu amor serão escarranchados no seu quadril e acariciados no seu colo" (paráfrase).
- Consolos como o carinho de uma mãe (66.13). "Eu vos consolarei como uma mãe acaricia seu filho, e toda a vossa consolação será em Jerusalém" (Knox). "Mas ao falar acerca do tratar de Deus com a nação, precisa ficar claro que ela não é nenhum bebê, mas alguém maduro, experimentado em machucados e tristeza, retornando para ser consolado".'
- A mão de Deus sobre seus servos (66.14). Encontramos aqui uma resposta para o apa-rente desamparo de Deus tão evidente na oração do capítulo 64. Agora a comunidade de Judá é claramente dividida em dois campos distintos — os servos de Deus e os inimigos de Deus.
E quando vocês virem isso, o seu coração se regozijará,
e vocês florescerão como a grama nova.
Assim o poder do Senhor será revelado aos seus servos,
e sua indignação, contra os seus inimigos (Smith-Goodspeed).
5. Julgamentos pelo Fogo (66:15-17)
Agora vêm os julgamentos e a separação do joio.
- Os carros de fogo do Eterno (66.15). Porque eis que o SENHOR virá em fogo; e os seus carros, como um torvelinho. O elemento destruidor final para essa era é o fogo, da mesma maneira que o elemento destruidor para a era antediluviana foi a água (Gn 7). O fogo geralmente acompanha a teofania. Assim, Deus vem para tornar a sua ira em furor e a sua repreensão, em chamas de fogo. Aqui também temos uma resposta à oração de 64:1-3 para uma grande teofania de fogo.
- A espada de fogo do Eterno (66.16). Porque, com fogo e com a sua espada, entrará o SENHOR em juízo com toda a carne. O fogo foi usado contra as cidades de Judá nos cercos de Senaqueribe, e a espada foi usada como instrumento de matança dos assírios. O julgamento será semelhante a isso, e será universal, sobre toda a carne. Os mortos do SENHOR serão multiplicados, porque em Judá e Jerusalém há muitos apóstatas e idólatras.
c) A sentença de ruína do Eterno (66.17). Os tradutores da KJV encontraram dificul-dades aqui. Os que se santificam e se purificam nos jardins uns após outros (em vez de "uns após outros", a KJV traz: "atrás de uma árvore"), referindo-se certamente às danças rituais pagãs quando as mulheres devotas em suas apresentações pagãs busca-vam a santidade da alma. No lugar da palavra "árvore" leia-se: "um no meio". Essa pessoa do meio era o mestre de cerimônias ("sacerdote", de acordo com a NVI), que, parado no meio, era imitado pelo restante dos adoradores.' "Em vão eles buscavam a santidade, que os purificasse em jardins sagrados, por detrás de portas fechadas, e du-rante todo o tempo comiam carne de porco e ratos do campo, além de outras carnes abomináveis. Todos terão o mesmo fim, diz o Senhor" (Knox).
6. A Oblação Gloriosa do Eterno (66:18-21)
- O ajuntamento das nações (66.18). Porque conheço as suas obras e os seus pensamentos, e suas obras procedem dos seus pensamentos (Mac 7:20-23; cf. Ap
2: ; 3.1, 8,15). O tempo vem, em que ajuntarei todas as nações e línguas — a hora da convocação está próxima. E virão e verão a minha glória.2-19 - O sinal da glória do Eterno (66.19). E porei entre eles um sinal — é uma cláusu-la interpretada de forma variada pelos comentaristas. Será que esse sinal é uma marca ou um milagre? Alguns comentaristas acreditam tratar-se do Messias (cf. Alexander). Outros acreditam que esse sinal se refere a um ato poderoso de julgamento. Knox traduz: "Todos deverão vir e ver a minha glória, e colocarei uma marca em cada um deles".
E os que deles escaparem enviarei às nações, a Társis, Pul e Lude. "O que acontecerá com aqueles que conseguirem escapar? Tenho uma missão para eles: eles serão meus mensageiros pelo mar; para a África e para Lídia onde os homens são flecheiros; para a Itália e para a Grécia, e para ilhas muito distantes" (Knox). [Enviarei] a Tubal e Javã, até às ilhas de mais longe que não ouviram a minha fama, nem viram a minha glória. Aqueles que escaparam do julgamento são transformados em missionários e tornam-se embaixadores do Senhor, para a Espanha e o Mediterrâneo ocidental, para o sul do Egito, talvez para a Somália, para Lídia na Ásia Menor, e para a região a sudeste do Mar Negro, para a Grécia, e para as ilhas distantes (talvez a Grã-Bretanha). Eles, portanto, se tornam um grupo messiânico de missionários. E anuncia-rão (proclamarão) a minha glória entre as nações (os gentios).
- Convertidos como uma oferta a Deus (66.20). E trarão todos os vossos irmãos, dentre todas as nações, por presente ao SENHOR. A oblação santa do apóstolo Paulo eram os seus convertidos que havia conquistado para Cristo. A visão de Isaías parece descrever os evangelistas retornando com seus troféus "como sua oferta devida" (Moffatt). Alguns virão sobre cavalos, outros em carros, outros em liteiras (carroças, carrua-gens), e alguns sobre mulas, e sobre dromedários velozes — "Para uma oferta ao Senhor no meu santo monte, a Jerusalém, diz o Senhor" (Smith-Goodspeed). Observe que isso deve assemelhar-se a ofertas limpas em vasos limpos para o Senhor. A purifi-cação moral é o ideal divino para o povo de Deus.
- Líderes espirituais serão escolhidos entre eles (66.21). E também deles tomarei alguns para sacerdotes e para levitas, diz o SENHOR. Isso vai além da descrição de Deuteronômio
17: ss. Esses recém-convertidos do paganismo deverão se tornar minis-tros e líderes espirituais, porque o muro da separação foi removido.9
7. A Permanência da Piedade e do Castigo (66:22-24)
"Quem é imundo, continue praticando a imundícia; e quem é justo, que continue praticando a justiça" (Ap
- Sua semente permanecerá (66.22). Como os céus novos e a terra nova serão duradouros, assim será a vossa posteridade e o vosso nome. Aqui está um destino tão estável e permanente quanto a nova criação.
- Sua adoração será mantida (66.23). De mês em mês, e de semana em semana, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR. Tão regularmente como um sucede o outro, a peregrinação de adoração virá. Mas a verdadeira realização disso é encontrada somente na Nova Jerusalém de Apocalipse
21: , e na forma do descanso sabático per-pétuo de Hebreus22-27 4: , sendo ambos símbolos de grandes realidades espirituais.9 - Seu triunfo será manifesto (66.24). E sairão e verão os corpos mortos dos homens que prevaricaram contra mim. Isso certamente não deve ser entendido lite-ralmente. "Os cadáveres das pessoas que se desviaram de mim" (von Orelli) é a maneira de o profeta falar acerca do estado futuro de figuras tiradas do mundo presente. O desti-no dos culpados deve certamente permanecer como um lembrete eterno contra o pecado. Porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará. O Talmude ju-daico transformou o vale de Hinom (Geena) na "boca do inferno". Jesus também usou essa figura para simbolizar o estado daqueles que deixam de entrar para a vida (Mac 9.48). Os vermes roedores de memórias sórdidas e o fogo consumidor de paixões perver-tidas fazem parte das agonias do impenitente. Assim as alternativas inescapáveis ainda são o fogo santo e purificador (Mt
3: ) ou o fogo inextinguível com sua chama atormen-tadora. Quão tolos são aqueles que se julgam indignos da vida eterna (Atos11 13: ) ! E serão um horror para toda a carne. Personalidades arruinadas, as maiores ruínas da vida, estão espalhadas ao longo da história e servem de advertência para todos.46
E, assim, a nota final ressoa em palavras mais gráficas do que as palavras finais das duas seções anteriores e com uma imagem que ninguém esqueceria: "Mas os ímpios não têm paz, diz o SENHOR" (Is
Não sabemos quanto tempo transcorreu até o martírio (de acordo com a tradição) de Isaías, após ter pregado e traçado as linhas de forma tão clara. Mas Manassés e seus conselheiros perversos dificilmente permitiriam que esse assunto fosse esquecido antes de exterminar o profeta. Talvez suas palavras finais para a cidade tenham sido pareci-das com as que seu Maior Sucessor transmitiu sete séculos mais tarde. É possível que tenha sido semelhante ao que George Adam Smith escreveu:
Ó Jerusalém, Cidade do Senhor, Mãe ansiosamente desejada por seus filhos, luz radiante para aqueles que sentam no escuro e estão distantes, lar após o exílio, céu após a tempestade, — esperado como o jardineiro do Senhor, tu continuarás sendo sua eira, e céu e inferno deverão estar, de lua nova em lua nova, ao longo dos anos que passam, lado a lado dentro dos teus muros estreitos! Porque, desde o dia em que Araúna, o jebuseu, ofereceu sua eira sobre tua rocha alta, varrida pelo ven-to, até o dia em que o Filho do Homem, parado diante de ti, separou em seu último discurso as ovelhas dos bodes, os sábios dos tolos, os amorosos dos egoístas, tu tens sido designada por Deus para julgamento, separação e Juízo."
Mas Jerusalém continua dividida, não apenas politicamente, mas espiritualmente, por uma linha que despreza a trégua. Essa linha é moral e não geográfica, e essa rocha alta varrida pelo vento continua sendo a eira de Deus. E os homens que ouviram essa grande profecia, com toda sua música e seu evangelismo, que deveriam ter-se tornado participantes do livramento do Senhor, continuam preferindo seus ídolos, sua carne de porco e seus ratos, seu caldo de abominações — e a guerra em vez de paz.
Poderoso e mui misericordioso Deus, que enviou esse livro para ser a revelação do teu grande amor ao homem, e do teu poder e vontade para salvá-lo — não permi-tas que este estudo tenha sido em vão devido à insensibilidade e indiferença dos nossos corações, mas que por meio dele possamos ser levados ao arrependimento, estimulados a ter esperança, fortalecidos para o serviço, e, acima de tudo, enchidos com o verdadeiro conhecimento de ti e do teu Filho Jesus Cristo. Amém."
Genebra
66:1 Ver a nota teológica “A Natureza Espiritual de Deus”, índice .
* 66:3-4 O Senhor odeia as expressões religiosas ocas, tanto quanto o paganismo (Jr
* 66:3
como o que comete homicídio. Talvez tenhamos aqui uma alusão aos sacrifícios de crianças (conforme Jr
como o que quebra o pescoço a um cão. Somente certos animais eram prescritos como sacrifícios. Quanto ao cão nem ao menos se permitia que servisse de alimento aos homens (56.10, nota; Lv
sangue de porco. Ver 65.4.
* 66:5
que vos aborrecem. Intensificou-se a oposição refletida no capítulo 65 entre os servos de Deus e o Israel nominal.
a vossa alegria. Tal expressão de louvor, por parte de pessoas rebeldes, é uma retidão hipócrita.
esses serão confundidos. A humilhação é a parte que cabe aos perseguidores. Ver o v. 10 quanto à sorte dos perseguidos.
* 66:7
Antes que estivesse de parto. O nascimento da nova comunidade será repentino, e nenhum esforço humano contribuirá para o mesmo. Cristo lançou os alicerces da Igreja durante sua vida terrena, especialmente na semana de sua morte e ressurreição (Jo
* 66:9 Os propósitos de Deus nunca serão frustrados, ou iniciados somente para serem deixados por terminar.
* 66:11
mameis, e vos farteis. Ver nota em 60.16.
* 66:12
sobre ela. A mãe Jerusalém (vs. 8, 10).
* 66:13
mãe. O Senhor compara o seu terno amor ao amor de uma mãe.
* 66:15
em fogo... um torvelinho. Essas palavras indicam raios e nuvens tempestuosas, respectivamente (Dt
* 66:16
sua espada. O Senhor aparecerá como um guerreiro (27.1; 34.5; Ap
* 66:17
nos jardins... carne de porco... coisas abomináveis. Ver o v. 3; 65:2-5.
* 66:18
as suas obras e os seus pensamentos. Provavelmente as obras e os pensamentos daqueles que seriam recolhidos.
todas as nações e línguas. Haverá um reconhecimento universal do reino do Senhor (Zc
a minha glória. Temos aqui menção à glória de Deus em seu templo (Ez
* 66:19
um sinal. Esse “sinal” provavelmente são atos notáveis de julgamento sobre os falsos adoradores, quando o remanescente for separado dentre eles.
dos que foram salvos. Os verdadeiros adoradores que sobreviverem à perseguição (v. 5; Mt
Társis. Ver nota em 23.5.
Pul e Lude. No norte da África.
Tubal. Ao sul do Mar Negro, na moderna Turquia (Ez
Javã. O povo da Ásia Menor e da Grécia (Ez
eles anunciarão entre as nações. Os gentios se submeterão ao Senhor e se regozijarão em seus atos poderosos (24.16, nota).
* 66:20
todos os vossos irmãos. Os gentios trarão de volta para o templo os israelitas dispersos (43.5; 60.4,9; Rm
* 66:22
os novos céus e a nova terra. Ver nota em 65.17 (conforme 2Pe
a vossa posteridade e o vosso nome. O povo de Deus nunca mais sofrerá opróbrio, mas desfrutará de glória eterna (43.1, nota; 65.18,19; conforme Jr
* 66:23
Lua Nova... de um sábado. Haverá adoração universal de Deus em seu tempo próprio (conforme Zc
* 66:24
o seu verme... o seu fogo. O monturo de Jerusalém tornou-se símbolo da punição e da angústia perpétuas (30.33, nota; Mc
Matthew Henry
Wesley
O caráter aparentemente fragmentário deste capítulo, em que muitos têm comentado, é devido ao fato de que é um epílogo para todo o livro de Isaías, e contém partes de temas de várias seções do livro. Isto torna mais difícil de analisar, de forma vários esboços foram feitos do mesmo. Neste sentido, é muito parecido com o conjunto dos últimos vinte e sete capítulos de Isaías, que não são uma progressão tal sistemática de pensamento como a primeira parte, mas sim uma série de ciclos, com o progresso evidente.
O contraste que se tem verificado todos por meio de Isaías, entre os fiéis e infiéis, chega a um clímax aqui. Além disso, o tema da nova dispensação de Deus, em Cristo, em que a Antiga Aliança é substituído pelo Novo, e as velhas formas de adoração por maneiras melhores, é retratado aqui como nos capítulos anteriores. Há também o conceito do ser de Israel substituído por um novo povo com um novo nome, como vimos tão claramente retratado no capítulo 63 . Uma das principais ênfases são os destinos contrastantes dos fiéis e infiéis, sejam judeus ou gentios.
1. O povo de Deus será abençoado (66: 1-14) 1 Assim diz o Senhor, o céu é o meu trono, ea terra é o estrado dos meus pés: que tipo de casa em que vai construir a mim? eo que lugar estará o meu descanso? 2 Por todas estas coisas minha mão fez, e assim todas estas coisas vieram a existir, diz o Senhor; mas para esse olharei, a ele que é pobre e abatido de espírito, . e que treme da minha palavra 3 Aquele que mata um boi é como o que tira a vida a um homem; quem sacrifica um cordeiro, como o que quebra o pescoço a um cão; quem oferece uma oblação, como o que oferece sangue de porco; quem queima incenso, como o que bendiz a um ídolo. Sim, eles escolheram os seus próprios caminhos, e sua alma se deleita nas suas abominações: 4 Também eu escolherei as suas calamidades, vai trazer os seus medos sobre eles; porque quando chamei, ninguém respondeu; quando falei, eles não escutaram, mas fizeram o que era mau aos meus olhos, e escolheram aquilo em que eu não tinha prazer. 5 Ouvi a palavra do SENHOR, vós, os que tremem diante da sua palavra: Vossos irmãos, que vos odeiam, que para longe vos lançam por causa do meu nome, disseram: Deixa o Senhor seja glorificado, para que possamos ver a sua alegria; mas são elas que devem ser confundidos. 6 A voz do tumulto da cidade, uma voz do templo, a voz do Senhor, que dá a recompensa aos seus inimigos. 7 Antes que estivesse de parto, deu à luz; antes lhe viessem as dores, deu à luz um filho varão. 8 Quem jamais ouviu tal coisa? quem viu coisas semelhantes? Porventura uma terra nascer em um dia? uma nação deve ser trazido à luz de uma vez? Mas logo que Sião esteve de parto, deu à luz seus filhos. 9 Abriria eu a madre, e não farei nascer? diz o Senhor: se eu que farei nascer fechou o ventre ? diz o teu Deus. 10 Regozijai-vos com Jerusalém, e ser feliz por ela, todos vós que a amais: exulte de alegria com ela, vós todos os que choram sobre ela; 11 para que possais chupar e estar satisfeito com os peitos das suas consolações; que sugueis, e se deliciar com a abundância da sua glória. 12 Pois assim diz o Senhor: Eis que estenderei sobre ela a paz como um rio, ea glória das nações como um ribeiro que transborda, e vós chupar mesmos ; haveis de ser suportados sobre o lado, e devem ser dandled sobre os joelhos.13 Como alguém a quem consola sua mãe, assim eu vos consolarei; e sereis consolados em Jerusalém. 14 E vós a vê-lo, e seu coração se alegrará, e os vossos ossos reverdecerão como a erva tenra; então a mão do Senhor será notória aos seus servos; e ele terá indignação contra seus inimigos.No templo já construído pode conter Deus, pois Ele diz: O céu é o meu trono, ea terra é o estrado dos meus pés (v. Is
Há dificuldades na tradução do versículo 3 , porque a sintaxe não é clara. Uma tradução literal não faria sentido em Inglês, uma vez que, no hebraico não há simplesmente uma lista de quatro pares de ações de adoração. Alguns verbo está a ser fornecido para cada par, ou algum outro relacionamento deve ser clarificado; e isto deve ser determinado a partir do contexto, uma vez que não há outra pista. Uma coisa é certa, e isso é que Deus está expressando insatisfação com alguns sacrifícios, por algum motivo. Mas isso não pode ser uma polêmica contra todo sacrifício como odioso a Deus, pois tal atitude é estranha para o resto da Bíblia. Não é que Deus não está satisfeito com sacrifício, mas Ele odeia sacrifício que não é acompanhada por uma vida limpa e amor por Ele (1: 10-20 ; 58: 1-12 , etc.). Além disso, é verdade que não há nada sobre o sacrifício que é inerentemente e eternamente agradável a Deus, senão Ele ainda iria insistir que eles sejam oferecidos nesta era cristã. Pelo contrário, Deus está mostrando aqui, como fez com o templo, que há um preenchimento mais profundo de significado ainda a ser revelado. Agora vamos ver muito claramente que Jesus, por sua própria morte, cheio de todo o sistema de sacrifícios com um novo significado, e, assim, fez a mensagem deste versículo mais clara do que poderia ter sido antes. A última parte do versículo implica fortemente também que o sacrifício com o pecado é uma abominação para Deus (conforme Is
Os versículos
Como tornou-se tão comum para nós em nosso estudo de Isaías, o profeta apresenta aqui de repente, o contraste entre felicidade e angústia, de modo que aqui vemos o livro conclui com a realidade e certeza do juízo sobre os ímpios. Esta seção começa com uma imagem da destruição de todos os que se ou adoram ídolos (v. Contaminar 17 ). Aqueles que são cortadas por causa de seus pecados serão substituídos por pessoas de todas as nações e línguas (v. Is
Esta mudança para a nova dispensação está mais iluminado nos versículos
Nota complementar I
A variedade de opiniões quanto à exegese deste verso, e as afirmações dogmáticas de muitos comentadores quanto ao significado do "sinal" e a tradução da palavra 'almah , tornam necessário para qualquer novo comentarista de fazer algo para apoiar sua tese .
Quanto ao significado de 'almah , a batalha é travada entre aqueles que afirmam que, necessariamente, e em particular significa "virgem", e aqueles que declaram que, se o profeta tinha a intenção de expressar virgindade, ele teria que usar a palavrabethulah . A maioria dos comentaristas mais velhos sublinharam a sua interpretação particular da etimologia da palavra hebraica como um chefe de apoio para a sua tradução. Foi longo popular, por exemplo, para traçar a palavra a uma raiz hebraica que significa "para esconder", apoiando assim a tradução "virgem". Pusey argumentou fortemente para essa derivação, enquanto Cheyne apontou que ele não estava dando a devida importância à formas árabes cognatos, que parecem apoiar o significado, "aquele que é sexualmente madura", se essa pessoa é casada ou não. Este último iria levar a alguma tradução, como "jovem". Para a maior parte, são estas duas interpretações da etimologia da palavra que foram repetidas e elaborado pelos estudiosos posteriores. Gray, por exemplo, achou desnecessário fazer muito mais do que negar o significado da raiz e apoiar o outro, e depois dar um breve levantamento dos usos bíblicos da palavra.
Em anos mais recentes o uso da palavra nos tablets ugaríticos adicionou novo combustível para a controvérsia, mas tem a vertente pouco certa luz sobre o assunto. Um problema é que a configuração mitológica dos comprimidos Keret contribui para uma certa dificuldade na interpretação do uso da palavra. Uma coisa é certa, apesar das afirmações em contrário, e isso é que a palavra Ugaritic glmt nunca é usado de uma mulher casada. A evidência Ugaritic não é contra a tradução "virgem".
Não há nenhuma evidência clara etymological que é decisivo para o significado exacto dos termos 'almah e bethulah . Então, a questão não pode ser decidida com base nisso. Os estudiosos que afirmam que a matéria é assim resolvido ter colocado mais peso sobre as derivações assumidos do que a evidência disponível pode suportar. Uma indicação clara de significado encontra-se nas utilizações reais das palavras. Mas o problema aqui é que, enquanto bethulah é usado cinqüenta vezes no Antigo Testamento, 'almahé usado apenas sete vezes. Em dois lugares a última palavra é certamente usado de virgens (Gn
Este facto é a pista real para o uso da palavra em nossa passagem. Mesmo que não se pode provar que 'almah necessariamente significa "virgem", não temos nenhum registro de que seja utilizado de qualquer mas virgens. Além disso, mesmo que esses estudiosos estavam certos que afirmam que isso significa simplesmente uma jovem mulher em idade de casar, que deve ter sido uma moça solteira, uma vez que é o uso constante da palavra. Agora, entre os judeus, uma moça solteira ou era uma virgem ou ela merecia a morte como um devasso, por isso temos uma virgem descrito em qualquer caso.
No entanto, permanece o fato de que a declaração tem uma certa quantidade de indefinição, se não ambiguidade, sobre isso, de modo que os judeus não desenvolver uma expectativa de que o Messias nasceria de uma virgem. Mas Strauss estava errado quando ele teorizou que a doutrina do nascimento virginal, como retratado em Mateus e Lucas, era simplesmente uma estrutura mítica construída a partir do versículo de Isaías. Como Neander há muito tempo apontado, os judeus tinham uma forte convicção da unidade de Deus que eles teriam sido os últimos a inventar uma história de um nascimento virginal de Deus tal. No entanto, Isaías disse isso. E a verdade plena da sua declaração tornou-se evidentes séculos depois no nascimento de Jesus, o Filho de Deus.
Quanto à identidade da criança que estava para nascer, há três possibilidades que têm sido bastante bem exploradas por estudiosos: (1) A única nascimento referido aqui é de uma criança nascida no tempo de Isaías e Acaz. A velha hipótese judaica que era Ezequias tem muitos problemas, não menos do que é o fato de que a cronologia bíblica indica que ele era cerca de nove anos de idade na época Isaías estava falando. McHugh apoia essa interpretação, mesmo recentemente, no entanto, ao propor uma data para o nascimento de Ezequias, de 731 ou 730 AC Mas, mesmo que isso fosse verdade, esse nascimento no tempo de Isaías e Acaz não parece cumprir a promessa da passagem, mesmo se tomarmos a sugestão de Eichhorn, Michaelis, e outros que o profeta estava falando de algum tipo de ideal, ou suppositious, nascimento.
(2) A segunda teoria é que o profeta estava falando de dois nascimentos e um em seu próprio tempo, e outro depois do nascimento do Messias. Esta é a teoria de um duplo cumprimento, o que levanta questões de princípio hermenêutico. Provavelmente, ele nunca deve ser por isso recorreu a menos que seja a única maneira de explicar os fatos, uma vez que leva a interpretações bastante complexas.
(3) A terceira possibilidade é a mais simples, e isso é que Isaías estava falando apenas do nascimento do Messias. A declaração tem, assim, a sua realização direta no nascimento de Cristo, tal como descrito nos Evangelhos. Este é o caminho que a Igreja, em vez de forma consistente interpretou a passagem, como fez Mateus, aparentemente. Ainda assim, é bom lembrar que a passagem de Isaías não é a prova da Virgem nascimento de Cristo, mas apenas um prenúncio do que para um propósito específico na vida da nação e na preparação divina para a vinda do Messias. A prova do nascimento virginal deve descansar em passagens do Novo Testamento.
Nota complementar II
RBY Scott tem razão em apontar que esses capítulos não deve ser chamado de "apocalíptica", como geralmente acontece, uma vez que eles não têm o simbolismo característico dos escritos apocalípticos, como Daniel e Apocalipse. É mais correto dizer que eles são escatológico, no sentido mais nítida. É verdade que a palavra "apocalíptico" é muitas vezes usado de tal forma que poderia ser aplicado a esses capítulos, mas a palavra tenha pego essas associações fortes, como o anonimato, extremo simbolismo, e um tipo peculiar de dualismo, que é altamente enganoso. Skinner concordaram que a idéia, quando aplicado a esses capítulos, pode ser exagerada, e que "se compararmos a passagem com um apocalipse típico, como o Livro de Daniel, as diferenças são certamente mais impressionante do que as semelhanças."
Esta seção tem sido interpretado de várias maneiras, mas no momento presente é geralmente considerada como uma composição de algumas sucessor desconhecido de Isaías século quinto ou quarto século. Esta conclusão, embora sustentado por argumentos subjetivos como a lexicografia e estilo, baseia-se principalmente na crença de que um profeta não pode subir muito acima dos conceitos e situação política do seu próprio tempo. Contudo, a Bíblia é uma produção divino-humano; e enquanto nós pode ser tentado a exagerar o divino ou o elemento humano à exclusão do outro, não devemos ceder a essa tentação. Sendo um homem, Isaías falou dos conceitos e das nações contemporâneas; mas sob a inspiração do Espírito Santo (. 2Pe
I. Autoria e Data
Desde Duhm, mais e mais estudiosos negaram que Isaías do século VIII escreveu esta secção, de modo que agora ele é apresentado como um fato assegurada pela maioria dos escritores que ele não fez. O principal argumento é que ele não pode ser enquadrada em situação histórica do século oitavo. Diz-se que há referências históricas que simplesmente não se encaixam nesse período. Este argumento tem alguma aparência de plausibilidade até notamos que os estudiosos têm sido incapazes de encontrar qualquer outro período em que vai se encaixar melhor. Palpites vão desde o século V (Lindblom, Olmsted), por meio do século IV (Cheyne, Skinner, Motorista), para o segundo (Procksch, Duhm). Esta dificuldade levou Delitzsch a concluir: ". Todas as tentativas para resolver as circunstâncias históricas quebrar, porque tudo o que parece pertencer a este ou aquele período histórico é apenas símbolo escatológico" Mesmo alguns dos que sugeriram datas hesitaram ser dogmático sobre -los pela mesma razão que foi dada por Delitzsch (Skinner, Scott, Buck, etc).
Desde negar esta seção para Isaias não resolve os problemas, não há razão suficiente para fazê-lo. O fato é que Isaías não aqui referem-se a eventos históricos específicos em suas descrições diferentes, mas, como Young aponta, está descrevendo julgamento e salvação em seu sentido último.
Os argumentos de linguagem e estilo estão indecisos, uma vez que existem muitos pontos de contato com os capítulos 1-23 . Muito menos útil é o argumento intricado das idéias históricas e teológicas encontrados nesta seção. Na verdade, não é seguro para usar os argumentos de vocabulário, estilo e idéias para dar qualquer escrevendo mais do que uma aproximação da idade, e por esta razão tais escritores cuidadosas como Gray, Motorista, e Pfeiffer não tente provar muito por eles. Eles usam esses argumentos como acessória à das alusões históricas. Mas, como vimos, as alusões históricas nesta seção são tão ilusória de que eles poderiam caber muitos períodos. A variedade de teorias da data de prova que isso é verdade. E se isso pode ser datada no século VIII, então não há razão para negar a seção de Isaías.
II. Conceitos escatológicas
Temos, como mencionado acima, preferiu chamar esta seção escatológico ao invés de apocalíptico. Dois conceitos escatológicos que se destacam com clareza incomum são a universalidade da salvação e julgamento, e a esperança da imortalidade. No entanto, também encontramos essas idéias nos capítulos anteriores de Isaías. Por exemplo, o julgamento é um mundo inteiro, não só aqui, mas também nos capítulos Is
Capítulos
Nota complementar III
Ele não pode ser enfatizada muito fortemente que os capítulos 40-66 não pode ser entendida corretamente sem o devido reconhecimento da finalidade de capítulos 36-39 . Desde 1789, quando Doederlein publicado seu comentário sobre Isaías, tem havido um número crescente de estudiosos que o seguiram em negar que o século oitavo Isaías escreveu capítulos 40-66 . Tornou-se comum chamar o escritor supostamente desconhecido "Deutero-Isaías", e falar dele como um dos maiores profetas de todos os tempos, mas como um cujos escritos foram atribuídas ao Isaías menor que viveu alguns séculos antes dele.
A teoria mais comum tem sido a de que este profeta desconhecido viveu na Babilônia e escreveu sobre o tempo do fim do exílio. Mas em 1892, Bernard Duhm publicou um comentário no qual ele afirmou que Deutero-Isaías escreveu apenas os capítulos 40-55(mas não as partes sobre o "Servo do Senhor"), e que os capítulos 56-66 foram escritos por alguns desconhecidos "Trito Isaías. "Ele tinha levado os métodos de estudiosos anteriores para o próximo passo lógico. Este processo de cortar o livro foi continuado por outros estudiosos tão rapidamente que em 1928 CC Torrey declarou:
Parece possível prever o dia em que os verdadeiros escritos do "Grande Desconhecido do Exílio" serão reduzidos por este mesmo processo totalmente lógica de crítica aos dois versículos IsA relação dos capítulos 40-66 com os primeiros escritos de Isaías pode ser entendida se primeiro reconhecer que os capítulos 36-39 foram escritos por ele como uma ponte entre as duas partes. Estes capítulos são históricos, e também são encontrados, exceto para a oração de Ezequias e certas palavras, em 2Rs
O termo "servo" (Heb. 'eved) é usado quarenta vezes em Isaías, mas esta nota está preocupado com os vinte ocorrências nos capítulos 41-53 , que estão em um quadro especial de referência. Dos outros vinte ocorrências (nove em capítulos 1-39 , e onze em capítulos 54-66 ), quinze são plurais, e os outros cinco são tão gerais que seja claramente distinto desse uso especial da palavra. Então, nós temos essa figura do "Servo do Senhor", que desempenha um papel importante nas profecias dos capítulos 41-53 , mas cuja identidade está parcialmente escondido ou velado. A identidade do servo nesta seção tem sido objeto de muita especulação, e ainda é.
Se levarmos em consideração apenas o livro de Isaías, vemos que o Servo do Senhor às vezes é chamado Israel, ou Judah, ou ambos. Mas nós também achamos que o servo é frequentemente mencionado como um indivíduo, e as coisas são previsíveis do servo que dificilmente poderia ser dito de uma nação. No entanto, se levarmos em consideração também o Novo Testamento, aprendemos que as profecias do Servo do Senhor são aplicadas a Jesus Cristo. Por exemplo, uma das principais passagens, 42: 1-4 , é citado por Mateus (12: 18-21 ), como de Cristo; eo capítulo clímax 53 é chamado de Cristo em um número de citações do Novo Testamento (Mt
As referências para o Servo do Senhor não são todos iguais. Tal como foi indicado acima, ele é por vezes identificado como Israel, e em outros casos é tão individualizado que ele não pode ser considerado uma personificação da nação. Esta é parte da causa de tanta especulação e desacordo quanto à identidade do servo, mas apenas uma parte. A razão mais importante está na história mais recente do Antigo Testamento crítica. Como mais um passo na rejeição do livro de Isaías como uma unidade, Bernard Duhm, em 1892, publicou um comentário sobre o livro no qual ele postulou uma terceira Isaías como o autor de capítulos 56-66 . Além disso, ele separou quatro passagens curtas em "Deutero-Isaías", que ele chamou de "Servo Canções" (42: 1-4 ; 49: 1-6 ; 50: 4-9 ; 53: 2-12). Ele insistiu que estes não tinham nenhuma conexão com seu contexto, e que tinha sido escrito em um momento diferente e por um autor diferente. Ele teorizou que alguém tinha composto de uma só vez um livro separado e por escrito sobre um profeta leprosa ou professor. Embora a idéia do profeta leprosa encontrou poucos seguidores, e, embora as "canções" são geralmente pensado como um pouco mais do que Duhm decidiu, esta teoria do "Servo Songs" como distinto do seu contexto tem vindo a ser considerado um dos os resultados mais certeza de Antigo Testamento crítica, e levou a uma onda de especulação quanto à pessoa do empregado. Se estas quatro passagens curtas foram escritas por algum autor desconhecido, em algum momento desconhecido, então não há muito espaço para conjecturas quanto ao seu original de importação. A teoria dos separadas "servo Songs" foi contestada por várias razões. Dentro da primeira década foi negado por Marti e Giesebrecht, e mais tarde por homens como Kissane, Torrey, Snaith, e todos aqueles que aceitam a unidade da autoria ou de todo o livro de Isaías ou de "Deutero-Isaías." Kissane e Torrey, embora diferindo em suas concepções, concordam em sua crença na unidade de capítulos 40-66 , e, portanto, negar a existência separada para os chamados "Canções". NH Snaith, por outro lado, nega a afirmação de Duhm que quatro servo passagens foram inseridas no corpo principal da profecia, porque, insiste ele, não há "corpo principal da profecia", mas sim uma série de fragmentos são encontrados nos capítulos 40-55 . CR Norte está de acordo básico com esta parte das conclusões de Snaith. Todo o problema da identidade do servo é tremendamente complicada por qualquer abordagem baseada em um livro fragmentado de Isaías e autoria múltipla. Este não é o lugar para o levantamento da incrível variedade de interpretações das passagens servo e sugestões sobre a sua identidade. Basta dizer que há pouco consenso entre os estudiosos.
No entanto, não somos deixados em confusão sem esperança, se recusam a levantar certas passagens de seu contexto. Os estudos de homens como Kissane, Torrey, Young, e outros mostraram que, apesar de Duhm e seus seguidores, os chamados "Songs" é uma parte de seu contexto e devem ser estudados. Eles não podem ser entendida fora de todo o contexto do livro de Isaías. Aqueles de nós que têm uma firme crença na inspiração divina da Bíblia acreditam que temos de ir mais longe do que isso e incluir o Novo Testamento no contexto das passagens servos. Quando fazemos isso, nós achamos que as referências para o Servo do Senhor apontam para o Messias, Jesus, e que Ele é o cumprimento dessas profecias. No entanto, toda a questão não é tão simples como dizer que Isaías usou o termo como uma maneira de descrever o Messias. Como vimos, o servo é por vezes identificado como Israel (Is
J. Barton Payne tem trabalhado em pormenor os passos nessa revelação da pessoa e obra do servo. Qualquer exegese cuidadosa das passagens servo, que não omite alguns deles como irrelevantes, deve reconhecer que essas profecias não poderia ser cumprida por qualquer pessoa que não seja Jesus Cristo, o Filho de Deus. E já que o Novo Testamento é autoritário, sabemos que eles eram tão cumprida por Ele.
No entanto, a identificação do servo-se não é a totalidade da compreensão dessas passagens. O próprio tema muito tem uma mensagem para todos os cristãos. João A. Mackay, em um discurso construído em torno deste tema, fez três afirmações: primeiro, "A imagem servo é o símbolo mais significativo na Bíblia e na religião cristã." Em segundo lugar, "A imagem servo foi degradada em nosso tempo . "Em terceiro lugar," Uma das principais tarefas do nosso tempo é o de restaurar a imagem servo. "Israel foi escolhido por Deus, não puramente por si só causa dessa nação, mas para trazer justiça e de salvação para todas as nações do mundo. No entanto, a nação como um todo não poderia cumprir esse destino divino, mas Aquele que nasceu de uma mãe de Israel se tornou o Servo de todo o mundo. Não somente Ele vive para todos, mas ele morreu por todos, para que todos os que se pudesse viver. Este é o nosso grande exemplo de serviço que devemos a Deus e ao mundo. Como cristãos devemos humildemente segui-Lo.
O aspecto mundial da missão do servo é forçosamente estabelecido por Johannes Blauw, e não deve ser esquecida. Ao mesmo tempo, temos de reconhecer, como Blauw faz, que este aspecto é mais implícito do que explícito nas passagens servo, e deve ser visto mais claramente no cumprimento dessas profecias.
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Wiersbe
Deus descreve o que fará quando o reino for estabelecido sobre a terra. Ele lembra a nação de seus pecados (65:1-7) e repreende-a por anun-ciar sua salvação aos gentios (Rm
Em 14 de maio de 1948, nasceu o Israel "político", no entanto essa é uma nação incrédula. O "Israel de justiça" nascerá quando Jesus Cris-to voltar, e esse povo o vir e crer nele. O período da tribulação será o "tempo de angústia para Jacó" (Jr
13) e fará com que ela traga alegria e bênção para toda a terra.
Em 66:7, observe que, antes do "parto" da tribulação, a nação dará à luz Cristo. VejaAp
Russell Shedd
64.2 Olharei. Com compaixão. Aflito e abatido de espírito. Estes são os verdadeiros arrependidos e humildes de espírito (Mt
66.3 O culto que só exteriormente se rende a Deus, sem que o coração acompanhe o ato, corresponde à abominação dos pagãos e idólatras.
66:7-9 A Jerusalém restaurada surgiu quase antes de os inimigos se aperceberem daquilo que estava acontecendo; a segunda vinda e o estabelecimento do Reino de Deus surgirão de súbito (1Ts
66.11 Vos deleites. Conforme Is
66.13 Mãe. Deus não oferece melhor comparação para Seu infinito amor do que o amor de uma mãe; compare a tocante comparação em 49.15.
66.15 Virá em fogo. Conforme 17.13
66.17 Santificam. A palavra heb qãdôsh, "santo", também tem seu sentido pagão e físico de "ritualmente preparado", no caso, para o culto da idolatria. Daí, a expressão traduzida por "mais santo do que tu" (65.5), quer dizer "ritualmente tabu para ti".
66.19 Sinal. Conforme 7.11. Pul não ocorre mais nas Escrituras; é possível que seja Pute, que se cita em Jr
66.21 Alguns para sacerdotes. No AT, as cerimônias do culto eram celebradas somente por membros da tribo de Levi. Porém, depois da vinda do Messias, também entre os gentios convertidos havia pessoas chamadas ao serviço, do santuário, para serem guias espirituais.
66.24 Eles sairão. Os adoradores do verdadeiro Deus verão a derrota dos seus perseguidores. Nunca morrerá. Os tormentos dos incrédulos serão eternos. Horror. Para não concluir um livro da Bíblia com uma palavra de tristeza, os israelitas, ao lê-lo a alta voz na sinagoga, voltam-se para o v. 23 para encerrar a leitura numa nota de promessa e de restauração. Isto também ocorre com os livros de Malaquias, Lamentações e Eclesiastes. • N. Hom. Neste capítulo, resumem-se os princípios do Reino de Deus para todos os tempos. A onipresença de Deus percebe-se nos vv. 1 e 2, Sua onipotência nos vv. 15 e 16; Sua onisciência no v. 18; Sua santidade no v. 17; Sua Soberania no v. 19; Sua glória eterna no v. 22; Seu convite aos crentes nos vv. 10-14 e 20-24.
NVI F. F. Bruce
1) Promessas finais e advertências severas (66:1-24)
As divisões em parágrafos da NVI, junto com a alternância entre as seções em verso e prosa, servem para chamar atenção para o fato de que o cap. 66 contém uma variedade considerável de material; os oráculos e partes de oráculos foram combinados para a apresentação das lições finais do livro. Em geral, predomina o mesmo tema do cap. 65, a saber, o abismo entre os judeus fiéis e os infiéis, e entre os seus respectivos destinos.
Os v. 1-6 preveem a reconstrução do templo sob Ageu e Zacarias, mas advertem que nem a reconstrução em Sl nem as ofertas de muitos sacrifícios vão em Sl agradar a Deus, que, afinal, não precisa de templo feito por mãos humanas (v. 1). O que Deus gosta de ver é o homem que é humilde e obediente à palavra dele (v. 2); a adoração falsa não é nada melhor do que a idolatria ostensiva (v.
3,4), especialmente quando está associada à hostilidade contra os devotos (v. 5). Hipócritas desse tipo mais cedo ou mais tarde (embora não antes de o templo ser reconstruído) serão castigados (v. 6).
Os v. 7-16 retomam um tema anterior, o futuro bem-estar de Jerusalém, retratada em termos de uma mãe e seus filhos; a metáfora é sustentada até o final do v. 14. O paradoxo reconfortante dos v. 7,8 pretende chamar a atenção para a velocidade miraculosa com que a cidade — agora em ruínas, quase abandonada — será reconstruída, recuperando população e prosperidade, v. 11. em sua fartura'. mais provavelmente “seu leite abundante” (NEB). Essas bênçãos do povo fiel de Deus vão servir ao mesmo tempo como castigo e sinal contra os seus adversários (v. 14ss).
Os v. 17-24 também se ocupam com o destino dos judeus rebeldes, especialmente aqueles culpados das degradantes práticas idólatras (v. 17). (Não se sabe com certeza que ritual está sendo mencionado com a expressão que está no meio\ alguns estudiosos sugerem que a prática mencionada em Ez 8:7-13 está em vista.) A última frase do capítulo (v. 24) é uma advertência séria contra esses rebeldes. Contudo, dois temas mais alegres são também incluídos. Há a promessa renovada aos judeus fiéis segundo a qual a nação será restaurada, os exilados serão trazidos para casa de todos os cantos do globo (v. 19) e nunca mais serão expulsos da sua herança (v. 22). Finalmente, encontramos a promessa de que das nações dos gentios virão aqueles que estarão preparados não somente para ajudar os israelitas (v. 20), mas também para adorar o Deus de Israel; pois é a sua vontade que toda a humanidade se incline diante dele (v. 23). Nessa comunidade de fiéis, o nascimento não é barreira (v. 21); e assim está prefigurada a igreja. Assim, o livro de Isaías termina com a advertência aos judeus de que “nem todos os descendentes de Israel são Israel” (Rm
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Moody
VOLUME VIII. O LIVRO DO CONFORTO. 40:1 - 66:24.
Seção I. O Propósito da Paz. 40:1 - 48:22.
10-14. No conforto e na prosperidade da dispensação do Milênio, todo o grupo dos crentes desfrutará de paz ininterrupta e abundante (como um rio – v. Is
Francis Davidson
Este capítulo constitui um epílogo em que se resumem e realizam os princípios do domínio de Jeová tais como se aplicam a todas as idades futuras. Em primeiro lugar, há a nota tônica da soberania e onipresença de Deus, a Quem nada pode escapar. Nenhum templo jamais construído O pode conter (1-4). Ele distingue entre o que é verdadeiro e o que é falso, entre o corrupto e o puro, e nada Lhe pode fugir. Devido a esta soberania universal de Jeová, Sião será aumentada e Jerusalém salva (5-14). Todos os maus e todos os que de qualquer modo se conspurcaram serão destruídos e consumidos juntamente (15-17). Nos versículos
O céu é o Meu trono (1), quadro da onipresença de Deus. A Minha mão fez todas estas coisas (2), isto é, o céu e a terra. O que importa não é um edifício, mas sim um espírito humilde e contrito, ou quebrantado. O que mata um boi (3). Deus pretende apenas uma religião espiritual, e o sentido deste versículo é que os sacrifícios oferecidos ao Senhor pelos Seus adoradores não-espirituais Lhe desagradam tanto como os ritos pagãos, como um sacrifício humano ou matar ritualmente um cão. O Senhor seja glorificado (5), frase irônica dos perseguidores dos fiéis. A resposta do profeta é: "Eles serão confundidos" (5). Da cidade (6), isto é, Jerusalém. Lhe viessem as dores (7), ou seja, à Nova Jerusalém. Esta passagem ilustra a obra da Igreja de Cristo e o seu nascimento no dia do Pentecostes. Quando se constituiu, três mil almas se converteram logo, e a boa nova do Evangelho rapidamente se espalhou por todo o mundo conhecido. Os que se santificam e se purificam nos jardins (17). Ver Is
W. Fitch.
Dicionário
Assim
advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.
Como
assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.
Consolar
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Aliviar, amenizar a aflição, as contrariedades de alguém; confortar: consolar os infelizes; controlar os doentes no hospital; consolou-se com suas palavras.Figurado Ficar satisfeito com; ter uma sensação agradável com; satisfazer-se: consolar a tristeza com chocolate.
verbo pronominal Tornar-se resignado; conformar-se diante de uma situação: consolou-se com o final do seu casamento.
Etimologia (origem da palavra consolar). Do latim consolare, consolari, "reconfortar".
Consolar CONFORTAR (Is
Jerusalém
-Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js
4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14,25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is
Jerusalém [Lugar de Paz] - Cidade situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste e ao sul. A leste do vale de Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido (2Sm
Jerusalém Tem-se interpretado o nome dessa cidade como “cidade da paz”. Na Bíblia, aparece pela primeira vez como Salém (Gn
No ano 70 d.C., aconteceu o segundo Jurban ou destruição do Templo, desta vez pelas mãos das legiões romanas de Tito. Expulsos de Jerusalém após a rebelião de Bar Kojba (132-135 d.C.), os judeus do mundo inteiro jamais deixaram de esperar o regresso à cidade, de forma que, em meados do séc. XIX, a maioria da população hierosolimita era judia. Após a Guerra da Independência (1948-1949), a cidade foi proclamada capital do Estado de Israel, embora dividida em zonas árabe e judia até 1967.
Jesus visitou Jerusalém com freqüência. Lucas narra que, aos doze anos, Jesus se perdeu no Templo (Lc
O fato de esses episódios terem Jerusalém por cenário e de nela acontecerem algumas aparições do Ressuscitado e igualmente a experiência do Espírito Santo em Pentecostes pesou muito na hora de os apóstolos e a primeira comunidade judeu-cristã fixarem residência (At
J. Jeremías, Jerusalén en tiempos de Jesús, Madri 1985; C. Vidal Manzanares, El Judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; A. Edersheim, Jerusalén...; E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.
Mãe
substantivo feminino Aquela que gerou, deu à luz ou criou um ou mais filhos.[Zoologia] Fêmea de animal que teve sua cria ou oferece proteção ao filhote que não é seu.
Figurado Quem oferece cuidado, proteção, carinho ou assistência a quem precisa.
Figurado Razão de algo ou o que dá origem a alguma coisa; causa: a preguiça é a mãe do ócio.
Figurado Lugar a partir do qual algo tem seu início e onde começa a se desenvolver ou difundir: a Grécia foi a mãe da civilização ocidental.
Figurado O que há de mais importante e a partir do qual os demais se originaram; principal.
Figurado Num jogo de futebol, jogador que favorece o time adversário: o goleiro foi uma mãe para o time oponente.
Borra que, no vinho ou vinagre, fica no fundo do recipiente; madre.
expressão Mãe do rio. Leito do rio cujas águas transbordam, alagando suas regiões ribeirinhas.
Etimologia (origem da palavra mãe). Do latim mater.
substantivo feminino Aquela que gerou, deu à luz ou criou um ou mais filhos.
[Zoologia] Fêmea de animal que teve sua cria ou oferece proteção ao filhote que não é seu.
Figurado Quem oferece cuidado, proteção, carinho ou assistência a quem precisa.
Figurado Razão de algo ou o que dá origem a alguma coisa; causa: a preguiça é a mãe do ócio.
Figurado Lugar a partir do qual algo tem seu início e onde começa a se desenvolver ou difundir: a Grécia foi a mãe da civilização ocidental.
Figurado O que há de mais importante e a partir do qual os demais se originaram; principal.
Figurado Num jogo de futebol, jogador que favorece o time adversário: o goleiro foi uma mãe para o time oponente.
Borra que, no vinho ou vinagre, fica no fundo do recipiente; madre.
expressão Mãe do rio. Leito do rio cujas águas transbordam, alagando suas regiões ribeirinhas.
Etimologia (origem da palavra mãe). Do latim mater.
de matrem, caso acusativo do latim mater, pronunciado madre no português dos primeiros séculos, de onde veio comadre, pela formação cum matre, com a mãe; depois commatre, segunda mãe, madrinha, diminutivo de madre, em relação aos afilhados, isto é, aqueles que são tratados como filhos verdadeiros por quem cumpre a função da maternidade, como fazem a madrinha e a mãe adotiva, na falta da mãe biológica. Os étimos mata, em sânscrito; máter, em grego dórico; méter, no grego jônico e no ático; e as formas latinas mamma, seio, e mammare, mamar, revelam possível influência na sílaba inicial das palavras que designam a mãe em vários idiomas.
Esta palavra é, algumas vezes, usada na significação de metrópole, a ‘mãe’ ou cidade principal de um país ou de uma tribo – e outras vezes emprega-se compreendendo o povo todo (2 Sm 20.19 – is
[...] é síntese de carinho, de abnegação, de ternura, de sacrifício, de labor sagrado, de imolação voluntária... é fragmentar o coração por diversos seres, continuando integral para o amor que consagra a todos eles.
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2
Mãe! aquela que ama o ser que Deus lhe enviou qual dádiva celeste, e a quem ela concede o atributo divino – a vida – olvidando todos os sofrimentos pelo amor que consagra a quem lhos fez padecer! Mãe! amiga incomparável dos arcanjos que quebram as asas ao deixar o Infinito constelado, para caírem no tétrico abismo da Terra – a mais extensa de todas as jornadas! – e os acolhe em seu generoso seio, beijando-os, desejando-lhes todas as venturas, todas as bênçãos celestiais, todas as alegrias mundanas! Mãe! aquela que padece as ingratidões dos filhos, chorando, suplicando ao Céu sempre e sempre auxílio, proteção para que sejam encaminhados ao bem e às venturas! Mãe! aquela que, na Terra, representa o próprio Criador do Universo, pois ela é quem nucleia eatrai a alma – fragmento divino, átomodo Pai Celestial – para torná-la movi-mentada, consciente pelo cérebro
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2
[...] é a excelsa criatura que, na Terra,representa diretamente o Criador doUniverso [...].[...] Mãe é guia e condutora de almaspara o Céu; é um fragmento da divin-dade na Terra sombria, com o mesmodom do Onipotente: plasmar seres vi-vos, onde se alojam Espíritos imortais,que são centelhas deíficas!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7,cap• 20
Mãe, é o anjo que Deus põe junto aohomem desde que ele entra no mundo[...].
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 20
Mãe, que é mãe? É um ser todo amor,todo ternura, todo meiguice, todosuavidade.Um ser que não tem vida própria, poisa sua vida é a do filho. Um ser que reú-ne todos os amores da Terra. Um serque, qual divina vestal, sabe sustentarsempre vivo o fogo sagrado do amor
Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• Memórias de uma alma• Romance real de Adriano de Mendoza• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - Reminiscências
Mãe é alguém que se dilui na existênciados filhos, vendo o paraíso através dosseus olhos e existindo pelo ritmo dosseus corações, para elas transfigurados emsantuário de amor.
Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 36
Mãe quer dizer abnegação, desvelo, ca-rinho, renúncia, afeto, sacrifício – amor – numa palavra. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mãe
[...] A mãe, em sua perfeição, é o verdadeiro modelo, a imagem viva da educação. A perfeita educação, na essência de sua natureza, em seu ideal mais completo, deve ser a imagem da mãe de família. [...]
Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 14
Um coração materno, em toda parte, é um celeiro de luz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Porque, ser mãe, minha irmã, / É ser prazer sobre as dores, / É ser luz, embora a estrada / Tenha sombras e amargores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Ser mãe é ser anjo na carne, heroína desconhecida, oculta à multidão, mas identificada pelas mãos de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Ser mãe é ser um poema de reconforto e carinho, proteção e beleza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3
Mãe possui onde apareça / Dois títulos a contento: / Escrava do sacrifício, / Rainha do sofrimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 48
Dizem que nosso Pai do Céu permaneceu muito tempo examinando, examinando... e, em seguida, chamou a Mulher, deu-lhe o título de Mãezinha e confiou-lhe as crianças. Por esse motivo, nossa Mãezinha é a representante do Divino Amor no mundo, ensinando-nos a ciência do perdão e do carinho, em todos os instantes de nossa jornada na Terra. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Mãezinha
[...] E olvidaste, porventura, que ser mãe é ser médium da vida? [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16
Pela escritura que trago, / Na história dos sonhos meus, / Mãe é uma estrela formada / De uma esperança de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12
Minha mãe – não te defino, / Por mais rebusque o abc... / Escrava pelo destino, / Rainha que ninguém vê.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Trovadores do Além: antologia• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 1, cap• 51
Mãe Os evangelhos reúnem numerosas referências à mãe relacionadas com a concepção (Lc
É compreensível, pois, que Jesus expressasse sua compaixão pelas mães que estivessem amamentando quando acontecesse a destruição de Jerusalém (Mt
Em seu ensinamento, Jesus recorreu freqüentemente a símbolos extraídos da função materna. Assim, Deus é como uma mãe que deseja proteger e reunir seus filhos (Lc
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
יְרוּשָׁלַ͏ִם
(H3389)
um dual (em alusão aos seus dois montes principais [a pontuação verdadeira, ao menos conforme a leitura antiga, parece ser aquele de 3390]), provavelmente procedente de (o particípio passivo de) 3384 e 7999, grego 2414
- a cidade principal da Palestina e capital do reino unido e, depois da divisão, capital de
Judá
כֵּן
(H3651)
procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv
- assim, portanto, estão
- assim, então
- assim
- portanto
- assim...como (em conjunto com outro adv)
- então
- visto que (em expressão)
- (com prep)
- portanto, assim sendo (específico)
- até este ponto
- portanto, com base nisto (geral)
- depois
- neste caso adj
- reto, justo, honesto, verdadeiro, real
- reto, justo, honesto
- correto
- verdadeiro, autêntico
- verdade!, certo!, correto! (em confirmação)
אִישׁ
(H376)
forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m
- homem
- homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
- marido
- ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
- servo
- criatura humana
- campeão
- homem grande
- alguém
- cada (adjetivo)
נָחַם
(H5162)
uma raiz primitiva; DITAT - 1344; v
- estar arrependido, consolar-se, arrepender, sentir remorso, confortar, ser confortado
- (Nifal)
- estar sentido, ter pena, ter compaixão
- estar sentido, lamentar, sofrer pesar, arrepender
- confortar-se, ser confortado
- confortar-se, aliviar-se
- (Piel) confortar, consolar
- (Pual) ser confortado, ser consolado
- (Hitpael)
- estar sentido, ter compaixão
- lamentar, arrepender-se de
- confortar-se, ser confortado
- aliviar-se
אֵם
(H517)
uma palavra primitiva; DITAT - 115a; n f
- mãe
- referindo-se a seres humanos
- referindo-se ao relacionamento de Débora com o povo (fig.)
- referindo-se a animais
- ponto de partida ou divisão
אָנֹכִי
(H595)
um pronome primitivo; DITAT - 130; pron pess
- eu (primeira pess. sing.)
אֲשֶׁר
(H834)
um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184
- (part. relativa)
- o qual, a qual, os quais, as quais, quem
- aquilo que
- (conj)
- que (em orações objetivas)
- quando
- desde que
- como
- se (condicional)