Enciclopédia de Joel 1:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jl 1: 1

Versão Versículo
ARA Palavra do Senhor que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.
ARC PALAVRA do Senhor, que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.
TB Palavra de Jeová que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.
HSB דְּבַר־ יְהוָה֙ אֲשֶׁ֣ר הָיָ֔ה אֶל־ יוֹאֵ֖ל בֶּן־ פְּתוּאֵֽל׃
BKJ A palavra do SENHOR, que veio a Joel, filho de Petuel.
LTT Palavra do SENHOR, que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.
BJ2 Palavra de Iahweh que foi dirigida a Joel, filho de Fatuel.
VULG Verbum Domini, quod factum est ad Joël, filium Phatuel.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Joel 1:1

Jeremias 1:2 A ele veio a palavra do Senhor, nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá, no décimo terceiro ano do seu reinado.
Ezequiel 1:3 veio expressamente a palavra do Senhor a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do Senhor.
Oséias 1:1 Palavra do Senhor que foi dita a Oseias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel.
Atos 2:16 Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
II Pedro 1:21 porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Introdução ao Livro de Joel
O Livro de

JOEL

Introdução

A. O Nome e a Situação Histórica

O nome Joel (hb., Yoel) significa "Jeová é Deus". Com toda a probabilidade, Joel foi judeu natural do Reino de Judá e habitante de Jerusalém. Embora não haja provas, supõe-se que era sacerdote ou, pelo menos, um "profeta ligado ao templo".'

O contexto histórico da profecia foi uma época de pânico nacional em face das devas-tações de uma praga de gafanhotos sem paralelo na história. Na opinião do profeta, a praga era uma advertência solene de julgamento vindouro no "dia de Jeová", que é a idéia central do livro de Joel.

B. A Data da Composição

A data da profecia é questão de muita discussão entre os estudiosos da Bíblia. Le-vando em conta que há poucas ou nenhuma evidência externa, temos de tirar nossas conclusões do próprio texto. Joel não data sua profecia de acordo com o governo de um determinado rei, como fazem Oséias, Amós 1saías e outros; nem faz alusão específica a situações históricas que nos ajudam a estipular uma data.

É nitidamente claro que Joel cita ou é mencionado por outros profetas. Se for coloca-da em uma data anterior e Joel for o original, a profecia torna-se fonte de pensamentos sementeiros para muitos outros profetas. Se o livro foi escrito em data posterior, Joel se torna o resumo de grande parte do que foi expresso antes dele.'
A. F. Kirkpatrick faz excelente defesa da posição conservadora que data Joel em cerca de 830 a.C., durante a minoridade do rei Joás e a regência de Jeoiada, o sumo sacerdote. Tal intérprete baseia-se nos seguintes argumentos.'

  • A posição do livro entre Oséias e Amós indica que a tradição judaica o considerava antigo. A posição no cânon é forte evidência de data anterior.
  • Há nítida evidência de "cópia" entre Amós e Joel (cf. Jl 3:18 e Am 9:13; note que Jl 3:16 é usado como texto por Amós no começo de sua profecia). Se Amós cita Joel, como parece, a profecia deve ser mais antiga que 755 a.C.
  • O método de governo implícito em Joel concorda com o tipo de regência de Jeoiada. Considerando que não há menção a rei, são os sacerdotes e anciões que têm de cumprir a "responsabilidade de liderança nacional".' O texto de II Reis 11:4 ressalta que Joás tinha sete anos quando foi coroado, e que seu tio, o sumo sacerdote, "exerceu influência gover-nável em Judá até o dia em que morreu".5
  • Os inimigos de Judá são nações identificáveis em uma data anterior. Não são mencionados os assírios, os caldeus e os persas. As nações que desempenham seus pa-péis no drama representado por Joel são os filisteus, edomitas, egípcios e fenícios. Claro que na época da escrita do livro a Assíria e a Babilônia não eram nações perigosas; caso contrário Joel as teria mencionado. O Egito e nações menores ameaçavam Judá. Este fato indicaria uma data anterior e não posterior. 6Archer conclui que as evidências inter-nas pertinentes à composição da profecia concordam mais com um período em torno de 835 a.C. do que com qualquer outra data. Além destes argumentos resumidos, ele acres-centa: "As evidências lingüísticas concordam perfeitamente com esta data anterior, e tornam a teoria da composição pós-exílica bastante insustentável. É justo afirmar que os argumentos a favor de uma data avançada estão amplamente baseados na suposição filosófica humanística e não na dedução racional dos dados do próprio texto'.'
  • C. As Idéias Centrais

    O ensino de Joel gira em torno do "dia de Jeová". Nesse dia, durante certa con-juntura perigosa, o Senhor manifesta seu poder e majestade na destruição dos inimi-gos e na libertação daqueles que nele confiam. Sua abordagem é marcada por gran-des calamidades e fenômenos extraordinários na esfera da Natureza. O caráter do dia, se é de terror ou de bênção, dependerá da atitude do coração e da vida do indiví-duo em relação a Jeová.'

    Outro ensino principal acha-se no derramamento do Espírito Santo. Em nenhuma outra parte do Antigo Testamento encontramos uma promessa tão abrangente cujo cum-primento significasse o cumprimento das palavras de Moisés: "Tomara que todo o povo do SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu Espírito!" (Nm 11:29). O Dia de Pentecostes marcou o início deste cumprimento. Desde então, tem se cumprido com abundância cada vez maior.

    Joel nada fala sobre a pessoa do Messias. Na conjuntura final, é o próprio Jeová que interfere, quando julga as nações e liberta os judeus.

    Por causa do destaque nos aspectos externos da religião,' Joel é censurado por des-prezar "o mais importante da lei". Mas não é verdade que não mostrou interesse pelas exigências morais, pois prometeu libertação não apenas sobre as observâncias externas, mas também com base na "tristeza segundo Deus [que] opera arrependimento para a salvação".'

    Quando o estudante de Joel transcender o "particularismo nacional" do profeta, verá a mensagem permanente do livro que causou tamanha influência no Novo Testa-mento. Sob a revelação divina, Joel é capaz de sustentar um equilíbrio entre os ele-mentos externos e internos da religião. Deus se revela pelo seu Espírito como também pela Natureza. O texto profético dá a devida consideração à adoração formal e reputa o arrependimento e a fé (que são características interiores) como obrigações primárias do homem. Embora a promessa messiânica indique a limpeza do ambiente externo, a tônica central de Joel é a presença de Deus no meio de seu povo obediente e fiel. A contribuição mais significativa do profeta acha-se na promessa do derramamento do Espírito de Deus sobre todos os crentes. "No cumprimento desta promessa, a mais verdadeira experiência cristã do Senhor desde o Pentecostes é principalmente espiri-tual e pessoal e não formal e sacerdotal"»


    Beacon - Comentários de Joel Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
    SEÇÃO I

    A PRAGA DE GAFANHOTOS
    E O DIA DE JEOVÁ

    Joel 1:1-2.11

  • TÍTULO, 1.1
  • Esta é outra ocasião em que Joel começa com uma referência à fonte divina de sua profecia: Era a palavra do SENHOR que foi dirigida a Joel (1). Joel (Yahu ou Yahweh é Deus) era filho de Petuel (ou "Betuel", LXX). O significado do nome do pai é "franque-za" ou "sinceridade de Deus". Tudo o mais relacionado com a vida de Joel é conjectura baseada nas evidências internas do próprio texto.'

  • A DEVASTAÇÃO CAUSADA PELOS GAFANHOTOS 1:2-7
  • Ao servir-se do discurso direto, Joel ganha a atenção dos ouvintes. Ouvi isto, vós, anciãos, e escutai, todos os moradores da terra (2). O evento histórico é desconhe-cido e não há paralelo nas gerações precedentes. Por isso, o profeta espera uma resposta negativa às perguntas: Aconteceu isto em vossos dias? Ou também nos dias de vossos pais? Em seguida, dá a ordem para que a história não caia no esquecimento! Seus ouvintes tinham de contar a catástrofe aos filhos (3), netos e bisnetos. O profeta se dirigia aos moradores da terra (Jerusalém e Judá; cf. 14; Jl 2:1).

    A opinião geral é que a praga era real e não simbólica. As pessoas que observaram os hábitos e atividade destrutiva dos gafanhotos vêem na descrição de Joel um quadro preciso da ocasião em que o profeta usa para proclamar sua mensagem.

    O quarto versículo faz uma descrição dos gafanhotos:

    "O que ficou do gazam, o comeu o arbeh, e o que ficou do arbeh, o comeu o jelek, e o que ficou do jelek, o comeu o chasel".2

    Das nove palavras hebraicas encontradas no Antigo Testamento usadas para refe-rir-se a gafanhoto, quatro ocorrem neste versículo: gazam, que significa "gafanhoto cortador"; arbeh, "gafanhoto infestante"; jelek ou yeleq, "gafanhoto saltador" e chasel ou hasil, "gafanhoto destruidor". Estes nomes não representam quatro espécies de gafanho-tos, mas são provavelmente quatro fases da vida do gafanhoto. A língua árabe tem um nome para cada uma das seis formas de vida do gafanhoto.'

    A maioria dos livros e comentários recorre à praga de gafanhotos de 1915, ocorri-da em Jerusalém, para fazer uma descrição vívida do que deve ter acontecido nos dias de Joel.

    Antes de os gafanhotos chegarem, as pessoas ouviram um barulho alto produ-zido pelo agitar de miríades de asas, semelhante ao ribombo distante das ondas (cf. Ap 9:9). De repente, o sol escureceu. Os seus excrementos, semelhantes aos dos ratos, caíam como chuva grossa e forte. Às vezes, eles se elevavam a dezenas de metros; outras vezes, voavam bastante baixo, alguns dos quais pousavam. "Pelo menos em Jerusalém", disse o Sr. Whiting, "eles vinham sempre do nordeste e iam em direção sudoeste, a fim de estabelecer a precisão do relato de Joel em 2.20." Toneladas de gafanhotos foram capturados e enterrados vivos; muitos foram lança-dos em poços ou no mar Mediterrâneo, e quando as ondas os traziam à praia, eram juntados, secos e usados como combustível em banhos turcos. [...]

    O Sr. Aaronsohn, outra testemunha da praga de 1915, afirma que em menos de dois meses depois que apareceram, os gafanhotos tinham devorado toda folha verde e descascado os troncos das árvores, os quais ficaram brancos e sem vida, como esqueletos. Os campos, diz ele, foram pelados até ao solo. Até os bebês árabes deixa-dos por suas mães à sombra de alguma árvore, tiveram o rosto devorado antes que os gritos fossem ouvidos. Os nativos aceitaram a praga como julgamento justo por causa de sua maldade.'

    Joel interpreta a calamidade como julgamento de Deus e conclama Judá ao arrepen-dimento. O profeta chama à sobriedade os ébrios e todos os que bebem vinho (5) para que compreendam a significação do castigo divino. É provável que o preço do vinho tenha subido astronomicamente como ocorre em tempos de pragas que pelam as videiras. Por conseguinte, não admira que os bebedores gemessem por mosto ("vinho novo", ECA; NTLH; NVI), ou porque inexistia ou porque não estava financeiramente ao seu alcance.

    A profecia apresenta os gafanhotos como nação (6) poderosa, inumerável e com dentes de leão. A expressão tem queixadas de um leão velho é traduzida por "suas presas são de leoa" (NVI; cf. NTLH). Os gafanhotos destruíram as figueiras e videiras, e deixaram somente os troncos descascados e as trepadeiras. Até as cascas das árvores foram retalhadas, de forma que o dano não ficou limitado a um único ano.

    C. A INVASÃO COMO TIPO, Jl 1:8-20

    Agora, o chamado é endereçado a toda a nação, que tem de chorar e lamentar como a virgem que está cingida de pano de saco pelo marido (o noivo) da sua mocidade (8; cf. Is 54:6). Assim que a mulher ficava noiva, seu noivo tornava-se conhecido como seu marido (Dt 22:23-24; Mt 1:19). Pano de saco era sinal de luto e dor.

    Foi cortada a oferta de manjar e a libação (9), porque a fonte do trigo, do mosto ("vinho novo", ECA; NVI) e do óleo (10) foi destruída. Por isso, os sacerdotes, servos do SENHOR, estão entristecidos. Ao considerar que o sacrifício é impossível, há uma "suspensão prática da relação-concerto — um sinal de que Deus rejeitara seu povo". A descrição da desolação prossegue nos versículos 11:12. Os lavradores (11) são "agricultores" (NVI), "fazendeiros" (BV) ou aqueles "que trabalham nos campos" (NTLH). Até a romeira, a palmeira e a macieira secaram. "Por isso toda a alegria murchou no coração dos homens" (12, BV).

    Agora surgem as implicações éticas da profecia. Há um chamado aos sacerdotes, os ministros do altar (13), para que dia e noite façam súplicas na presença do Senhor. Eles, por sua vez, devem conclamar os anciãos e todos os moradores desta terra ao arrependimento na Casa do SENHOR, vosso Deus (14). As ordens são: Santificai um jejum, quer dizer, estipulem um tempo de jejum como culto de oração ao Senhor na ausência dos sacrifícios matinais e vespertinos.'

    No versículo 15, Joel apresenta a idéia central do livro: o dia de Jeová. Ah! Aquele dia! Porque o dia do SENHOR está perto e virá como uma assolação do Todo-poderoso. Junto com Amós, Joel interpreta esse dia em seu contexto atual como tempo de julgamento em Israel.'

    "O 'dia do Senhor' é tão iminente que não há tempo para mais nada, exceto fazer as pessoas sentirem que a mão do Senhor está sobre elas, que esta calamidade é um ato de Deus que exige arrependimento e uma volta a Ele, de quem tinham se esquecido".8

    Esse dia virá como a devastação dos gafanhotos — Yom Yehovah é o grande dia de Jeová, o Todo-poderoso, que destruirá tudo que se levanta contra Ele.

    Jeová é o Senhor de tudo e expressa sua justiça mediante eventos da Natureza. Então, seria de se esperar que os versículos 16:18 descrevessem estes eventos como expressão do descontentamento divino.' As palavras diante de nossos olhos (16) indi-cam que as pessoas testemunharam a calamidade. Sentiram-se tão impotentes em face do violento ataque que suspendeu os sacrifícios no Templo, que lhes acabaram a alegria e o regozijo."

    A semente apodreceu debaixo dos seus torrões (17, ou seja, "no solo", BV), e "os celeiros estão em ruínas, os depósitos de cereal foram derrubados" (NVI). Aterra pastoril acabou, de forma que o gado (18) foi forçado a andar de um lado para o outro, em busca de água e pasto (I Reis 18:5). Até as ovelhas e cabras sofreram, embora precisassem pouco em comparação ao gado.

    O primeiro capítulo se encerra com um clamor do coração do profeta pela ajuda do SENHOR (19). Visto que a Natureza e os animais (20) padecem, Joel brada ao Senhor que pode ajudar ambos (SI 36.6). Fogo e chama (19) são usados para indicar o calor ardente da seca ocasionada pela praga de gafanhotos.'"

    Jl 1 oferece a oportunidade de entendermos as condições para o arrependi-mento nacional:

    1) O inevitável julgamento de Deus sobre a nação por causa de suas transgressões, 1.15ss;

    3) O chamado à oração, jejum e arrependimento pelos pecados da nação, 1.14;

    3) A fonte de libertação está em Deus somente, 1.19a.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Introdução ao Capítulo 1 do Livro de Joel
    Introdução ao Livro O profeta O início do livro de Joel (= Jl) traz a única informação que se tem sobre a pessoa do profeta: “Joel, filho de Petuel” (Jl 1:1). Além disso, não existe qualquer registro que permita saber quando ou onde Joel viveu, onde nasceu, qual a sua idade e atividade. Essa falta de informação tem dado lugar a diversas conjeturas quanto à época em que o profeta exerceu o seu ministério e, conseqüentemente, a respeito das pessoas às quais dirigiu a sua mensagem ou as nações às quais fez referência. Apenas alguns indícios, revelados pela análise literária do texto, permitem supor que pregou em época posterior ao exílio na Babilônia, talvez em torno do ano 400 a.C. Pode-se pensar que a tragédia do ano 586 a.C., com a destruição de Jerusalém e o cativeiro babilônico dos seus habitantes (2Rs 25:1-26), está presente na mente de Joel quando ele anuncia o castigo divino contra as nações que “espalharam” Israel, “repartiram” a terra de Judá, enviaram os habitantes de Jerusalém ao desterro e até os venderam como escravos aos gregos (Jl 3:2-6). Esboço: 1. Devastação pelo gafanhoto; o “Dia do SENHOR” (1.1-2.2a) 2. Novo anúncio do “Dia do SENHOR” (2.2b-11) 3. A misericórdia do SENHOR (Jl 2:12-27) 4. Derramamento do Espírito de Deus (Jl 2:28-32) 5. Juízo do SENHOR sobre as nações (Jl 3:1-15) 6. Libertação de Judá (Jl 3:16-21)

    Champlin - Comentários de Joel Capítulo 1 versículo 1
    Sobre os cabeçalhos dos livros proféticos, ver Is 1:1, Conforme Jn 1:1.Jl 1:1 Em lugar de Petuel, algumas versões antigas lêem Betuel.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Introdução ao Livro de Joel
    O Livro de JOEL

    Autor O profeta Joel é identificado simplesmente como “Joel, filho de Petuel” (1.1). O vivo interesse de Joel por Jerusalém, em especial pelo templo, seus ministros e sacerdotes (p.ex., 1.9,13 14:2-14-17,32; 3.1,6,16,17), sugere que ele tenha vivido em Jerusalém e tenha realizado o seu ministério no templo. Embora nada indique que ele tenha sido um sacerdote (1.9,13 2:17), Joel orava em nome do povo (1.19,20).

    Data e Ocasião É muito difícil estabelecer uma data para o livro de Joel, pois o texto não contém indicações claras de quando tenha sido escrito. Com o intuito de estabelecer essa data, foram analisados diversos indícios, como o vocabulário empregado no livro, comparações com outros livros proféticos, alusões históricas, sua localização no cânon, entre outros. Alguns estudiosos localizam o livro no século IX a.C., e outros no período que antecedeu o exílio dos judeus na Babilônia, durante o século VI a.C. No entanto, muitos estudiosos hoje em dia preferem datá-lo logo após o exílio, alguns sugerindo o período pós-exílico inicial (c. 520-500 a.C.), e outros propondo uma data mais recente, no século V ou mesmo no século IV a.C. A datação pós-exílica parece mais convincente, embora haja uma boa razão para concluirmos, como Calvino, que a datação do livro simplesmente não pode ser conhecida com certeza.

    Características e Temas A unidade do livro de Joel foi desafiada pelos críticos da Bíblia no final do século XIX e no início do século XX. Esses críticos acreditavam que a seção que descreve os acontecimentos contemporâneos do profeta (1.1—2,17) e a que trata dos acontecimentos futuros (2.18—3,21) foram escritas por diferentes autores. Hoje, contudo, muitos desses estudiosos aceitam a unidade essencial do texto. Algumas características, como o tema recorrente do “dia do Senhor” (1.15; 2.1,2,11,31; 3,14) e outras frases idênticas ou bastante semelhantes que aparecem nas duas seções, (2.2 e 2.31; 2:10-11 e 3.16; 2.10 e 3.15; 2.11 e 31; 2.17 e 3.2; 2.27 e 3,17) apontam para a unidade do texto.

    Através dos séculos os estudiosos se defrontaram com a polêmica questão de interpretar os gafanhotos no livro de Joel de maneira literal ou figurada. Historicamente, a grande maioria dos estudiosos tem compreendido os gafanhotos como símbolos dos inimigos futuros (p.ex., um manuscrito da Septuaginta [o Antigo Testamento grego] interpretou os quatro tipos de gafanhotos como símbolos dos egípcios, assírios, gregos e romanos). Contudo, estudos mais recentes vêem essas criaturas, pelo menos no capítulo 1, como insetos, realmente. Na verdade, Joel passa rapidamente da descrição precisa de uma devastação real por gafanhotos no capítulo 1 para uma descrição do exército do Senhor, terrível como um bando de gafanhotos, o que une o literal ao metafórico no capítulo 2. Tudo indica que a destruição por gafanhotos presenciada por Joel tornou-se veículo de sua profecia, proclamando a necessidade de conversão na expectativa do dia do Senhor, que se aproximava.

    A mensagem central do livro de Joel diz respeito à iminência do dia do Senhor. Joel apresenta esse dia no contexto da então presente destruição da vegetação terrestre, uma destruição que era sinal do julgamento de Deus contra a comunidade da aliança. Somente a conversão a Deus poderia evitar o iminente dia do Senhor, que “viria como assolação do Todo-poderoso” (1.15). Nesse primeiro caso, portanto, Joel, como Amós (Am 5:18-20; conforme Sf 1:7-13) declara que o dia do Senhor é o dia do julgamento contra o próprio povo de Deus. Da mesma forma, no capítulo 2 o dia do Senhor é descrito como “grande e mui terrível” (2.11), “um dia de escuridão e densas trevas, de nuvens e negridão” (2,2) em que o Senhor marchará com seus exércitos contra Israel. Contudo, na segunda parte do livro, Joel apresenta uma segunda tradição profética sobre o dia do Senhor, isto é, que o dia do Senhor é um dia de julgamento contra os inimigos de seu povo, o qual ele protegerá e abençoará (Ez 25—32; Jr 46—51; Is 13). No dia do Senhor as nações serão responsabilizadas por seus crimes contra o povo do Senhor e serão julgados de acordo com eles (3.2-16,19). Mas o povo da herança do Senhor gozará de sua proteção e será fisica e espiritualmente abençoado (2.28-32; 3:16-18,20,21).

    Arrependimento é o tema-chave da mensagem profética de Joel. O chamado ao arrependimento não é oferecido apenas a um pequeno número da comunidade da aliança, mas a todo o povo de Deus, que é exortado a voltar para o Senhor: jovens e velhos, homens e mulheres; líderes e seguidores, e mesmo aqueles que pudessem ser isentados das responsabilidades comunitárias (mulheres que amamentavam e recém-casados 1:13-14; 2:15-17). A volta a Deus que Joel proclama envolve a pessoa como um todo. O arrependimento deve ser manifestado externamente através de ações, como lamentos, choro, clamores a Deus e jejuns (1.13 14:2-15-17). Mas meras manifestações externas ou rituais não são suficientes, e o Senhor exige que se demonstre a sinceridade do arrependimento convertendo-se ao Senhor seu Deus “de todo o vosso coração” (2.12,13). Joel relembra ao povo de Deus que a motivação para o arrependimento está firmada na própria natureza de Deus. “Ele é misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em benignidade” (2.13). Joel ressalta que a esperança de restauração, em última instância, está em Deus, que exerce sua soberana graça e vontade, concedendo o arrependimento e o perdão ao seu povo.

    O livro de Joel tem ocupado um lugar de grande importância na vida da igreja. O Novo Testamento indica que Jesus e seus seguidores estavam familiarizados com os escritos de Joel. A influência do livro é mais evidente no Novo Testamento, em passagens que abordam o final dos tempos. Eles utilizam as figuras de linguagem realistas de Joel para descrever o dia do Senhor e a praga dos gafanhotos (p.ex., Mc 13:24; Lc 21:25; Ap 6:9; 9:2). Também relevantes são as promessas de Joel 2:28-32, que Pedro cita após o Pentecostes, afirmando que elas se cumpriram no Pentecostes (At 2:16-21). Paulo em Rm 10:13 também se refere à profecia; ele utiliza Joel 2:32 para demonstrar que “não há distinção entre judeus e gregos”. A Salvação é oferecida a todos os povos. Como afirma Joel, “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (2.32).

    A igreja considera ainda hoje que os ensinamentos do livro de Joel sobre o dia do Senhor são uma importante fonte de esperança e encorajamento, por um lado, e uma admoestação, por outro. Em tempos de tristeza e tribulação, os cristãos têm encontrado consolação e esperança nas promessas sobre as bênçãos, a proteção e a justificação da comunidade da aliança do Senhor. Ao mesmo tempo, a descrição detalhada de Joel no tocante aos aspectos terríveis do dia do Senhor tem servido como uma advertência quanto à santidade de Deus e ao seu juízo, e como um chamado contínuo à conversão sincera e à santidade de vida.

    Esboço de Joel

    I. Introdução (1.1)
    II. As crises que exigem arrependimento (1.2—2.17)

    A. A recente devastação causada pelos gafanhotos e pela seca (1.2-20)

    B. O futuro ataque dos exércitos de Deus (2.1-17)

    III. As respostas do Deus da aliança (2.18—3.21)

    A. A restauração física da terra (2.18-27)

    B. A restauração espiritual do povo de Deus (2.28-32)

    C. Juízo final (cap. 3)

    1. Juízo sobre as nações (3.1-15)

    2. Bênçãos sobre o povo de Deus (3.16-21)

    Mapa da página 1384 em arquivo

    Os profetas de Israel e de Judá. Durante o início da monarquia, Elias e Eliseu fixaram residência no reino do Norte. A cidade natal de Samuel, Ramá, era a base do seu circuito anual como profeta e juiz.

    Dentre os profetas escritores, somente Oséias e Jonas eram do Norte. A localização da casa de Oséias é desconhecida. Jonas era de Gate-Hefer, mas seu ministério se estendia para além da sua pátria, para a cidade estrangeira de Nínive.

    Alguns profetas moravam ao Sul, mas profetizavam no Norte. Amós de Tecoa pregava contra a adoração que o reino do norte realizava em Betel. A mensagem de Miquéias era endereçada a Israel e a Judá.

    As mensagens de Isaías, Jeremias, Sofonias, Ezequiel, Ageu, Zacarias e Malaquias estenderam-se por um longo período de tempo, mas se concentraram na destruição, queda, ou posterior reconstrução de Jerusalém.

    Não há informações geográficas sobre Joel, Obadias, e Habacuque. Tudo o que se sabe sobre Naum é que sua casa se localizava em Elcós.


    Genebra - Comentários de Joel Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
    *

    1.1 Palavra do SENHOR. Este pequeno e simples título anuncia que o que se segue é a palavra do Senhor, e pode ser comparado com Jn 1:1. Compare também com outros títulos mais extensos em Jr 1:2; Ez 1:3; Os 1:1; Mq 1:1; Sf 1:1; Ag 1:1; Zc 1:1; Ml 1:1.

    Joel. Seu nome significa “o Senhor é Deus.”

    Petuel. Aqui temos a única ocorrência deste nome na Bíblia.

    * 1.2-2.17 Dois problemas confrontam Judá como conseqüências de seus pecados: (a) a recente devastação da terra pelos gafanhotos (1.4-8) e a seca (1.10-12, 16-20); e (b) o ataque iminente à terra pelo exército do Senhor (2.1-17). Para que o povo seja liberto dessas calamidades, ele deve se arrepender de seus pecados e retornar ao Senhor.

    * 1.2-20 Joel apela para os anciãos (v. 2), os bêbados (v. 5), os lavradores (v. 11), e os sacerdotes (v. 13) que ponderem acerca do significado da recente praga de gafanhotos e da seca, e se arrependam.

    * 1.2 Ouvi... escutai. Esta série de determinações requer que o povo reconheça o significado pessoal e espiritual da invasão de gafanhotos. A repetição do pensamento nas primeiras duas linhas e nas duas linhas seguintes ilustram o paralelismo típico da poesia hebraica.

    velhos. Esse termo designa os líderes comunitários e religiosos. O mesmo termo usado em 2.28 parece referir-se à idade.

    todos os habitantes da terra. Toda a população de Judá e Jerusalém é chamada a escutar.

    *

    1.3 Narrai... filhos... outra geração. Os julgamentos de Deus, assim como as suas misericórdias, devem ser narradas às futuras gerações (cf. Dt 4:9; 6:7; 32:7; Sl 78:1-8).

    * 1.4 gafanhoto. As repetições poéticas em cada linha enfatizam a abrangência da destruição dos gafanhotos. A variedade dos nomes dos gafanhotos podem indicar as diferentes etapas do seu desenvolvimento, embora diferenças de cor ou diferenças de tipo e origem regional possam ser referidas aqui e em 2.25. Quando fosse entendido que os gafanhotos eram um instrumento de punição divina, o arrependimento deveria ser a reação apropriada (Dt 28:38; Am 7:1; Is 33:4).

    * 1.5 Ébrios, despertai-vos e chorai. O primeiro chamado para assumir uma atitude de mudança é dada aos bêbados. Esses representam a atitude de muitos que estão desatentos às coisas que têm significado espiritual. Somente aqueles que estão vigilantes são capazes de responder corretamente ao juízo divino.

    * 1.6 minha terra. Pronomes pessoais são usados por todo o livro, e indicam o relacionamento pactual, que não só estabelece a relação entre o Senhor e a terra com suas vinhas e figueiras, mas também entre ele e o seu povo (1.7; 2.13 14:17-18, 23, 26, 27; 3.2, 3, 17).

    poderoso... leão. Os gafanhotos são comparados a uma nação invasora que tem paixão consumidora como a de um leão (conforme 2:4-9; Ap 9:7-9). Os gafanhotos e exércitos eram freqüentemente comparados na antiguidade. A literatura mítica da antiga cidade de Ugarite compara um grande exército a gafanhotos (conforme Jz 6:5; Pv 30:27; Jr 51:14, 27; Na 3:15-17).

    *

    1.7 vide... figueira. Os dentes dos gafanhotos destruíam as mais valiosas árvores da terra do Senhor.

    * 1.8 Lamenta. A lamentação deve ser como a de uma jovem que perdeu seu amado antes do casamento.

    pano de saco. Este material de tecido áspero era freqüentemente feito de pêlo de cabra e usado durante tempos de lamentação. Ver o v. 13; Gn 37:34; 2Sm 3:31; 1Rs 21:27; Is 32:11, 12.

    * 1.9 oferta de manjares e a libação. Estas ofertas, que deviam ser oferecidas duas vezes ao dia (Êx 29:38-42; Lv 2:1, 2; 23:13), não estavam sendo observadas porque as colheitas foram destruídas.

    * 1.10 cereal... vide... olivas. Os ingredientes necessários para as ofertas diárias tradicionalmente aparecem nesta ordem (2.19; Os 2:8).

    secou. A seca acompanhou a invasão de gafanhotos.

    *

    1.12 vide... figueira... romeira... palmeira... macieira. A citação desses cinco tipos de árvores procura nos conduzir à declaração climática de que todas as árvores do campo secaram.

    já não há alegria. Numa economia agrícola, a alegria do homem murcha junto com a vegetação.

    * 1.13 pano de saco... lamentai. São dadas instruções precisas aos sacerdotes sobre como responder pessoalmente ao juízo divino.

    * 1.14 Promulgai um santo jejum. Os sacerdotes também devem exercer liderança na comunidade proclamando um jejum público a fim de que a nação inteira cessasse todas as suas atividades regulares por um certo tempo (provavelmente por um dia, Jz 20:26; 1Sm 14:24; Jr 36:6-9) para reconhecer o juízo divino e se arrepender.

    * 1.15 o Dia do SENHOR. Uma expressão temática em Joel (1.15; 2.1, 11, 31; 3,14) e em outros livros proféticos do Antigo Testamento (Is 13:6, 9; Ez 13:5; Am 5:18, 20; Ob 15; Sf 1:7, 14; Ml 4:5). Aqui (e em 2.1,
    11) ele refere-se ao dia da ira do Senhor contra Israel, embora, posteriormente no livro, ele se refira à ira do Senhor contra as nações e a bênção do seu povo (2.31; 3.14). A grandiosidade da devastação aponta para um dia ainda mais sinistro de julgamento.

    assolação do Todo-poderoso. Esta expressão pode ser traduzida como “poder do Todo-poderoso,” tomando-se o sentido da palavra hebraica shod (“destruição”) de shaddai (“o Todo-poderoso”; Is 13:6).

    *

    1.16-18 Joel reenfatiza seu argumento sobre a iminência do dia do Senhor, lembrando seus ouvintes novamente acerca do julgamento por Deus, os sinais que podiam ser vistos nas condições áridas em volta deles.

    * 1.19 A ti, ó SENHOR, clamo. O próprio profeta inicia a lamentação. A devastação vem do Senhor, e ele mesmo é a fonte da restauração.

    *

    1.20 animais do campo. Até mesmo os animais se juntam a Joel em seu pranto (38:41; Sl 104:21; 147:9).

    fogo devorou. O juízo divino é freqüentemente representado como fogo (Dt 32:22; Sl 50:3; 97:3). A metáfora descreve os efeitos da seca (conforme 2.3, onde o “fogo” da devastação causada pelos gafanhotos é descrita).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Introdução ao Livro de Joel
    Joel

    Cronologia

    O rei Acab morre em batalha 853 a.C.

    Eliseu começa a profetizar 848

    Jehú sobe ao trono do Israel; Atalía usurpa o trono 841

    Joel começa a profetizar? Joás sobe ao trono do Judá 835

    Joacaz sobe ao trono do Israel 814

    Joás sobe ao trono do Israel 798

    Joel termina seu ministério 796?

    DADOS ESSENCIAIS

    PeROPÓSITO:

    Advertir ao Judá do iminente julgamento de Deus por causa de seus pecados e lhes pedir que voltem para Deus

    AUTOR:

    Joel, filho do Petuel

    DESTINATÁRIO:

    O povo do Judá (reino do sul) e o povo de Deus em todas partes

    DATA:

    Talvez durante o tempo no que Joel profetizou, aproximadamente desde ano 835 a 796 a.C.

    MARCO HISTÓRICO:

    O povo do Judá prosperou e se sentia satisfeito. Tomava a Deus à ligeira, converteu-se egocêntrico, idólatra e pecador. Joel lhes adverte que esse estilo de vida indevidamente conduziria o julgamento de Deus.

    VERSÍCULOS CHAVE:

    < Por isso pois, agora, diz Jeová, convertíos a mim com todo seu coração, com jejum, choro e lamento. Rasguem seu coração, e não vestidos, e convertíos ao Jeová seu Deus; porque misericordioso é e clemente, demoro para a ira e grande em misericórdia, e que se dói do castigo > (2.12, 13).

    PESSOAS CHAVE:

    Joel, o povo do Judá

    LUGAR CHAVE:

    Jerusalém

    UMA SÓ BOMBA devasta uma cidade e o mundo está na era nuclear. A divisão de um átomo gera poder e força como nunca vimos antes. No lugar de decolagem, os foguetes rugem, e uma carga explosiva sai disparada para o espaço. Os descobrimentos com os que se sonhou durante séculos são nossos quando começamos a explorar o universo.

    Os vulcões, os terremotos, as marejadas, os furacões e os tornados liberam uma força incontrolável e inevitável. Solo podemos evitá-los, e logo, recolher os pedaços.

    Ficamos surpreendidos pela demonstração de força natural e artificial. Mas estas forças não podem nem remotamente comparar-se com o poder do Deus onipotente. Como Criador das galáxias, dos átomos e das leis naturais, o Senhor soberano governa tudo o que existe, e que alguma vez existirá. É muito parvo viver sem ele; é parvo correr e esconder-se dele; é estúpido desobedecê-lo. Mas o fazemos. Do Éden, procuramos a independência, como se fôssemos deuses, e pudéssemos controlar nosso destino. E ele nos permitiu nos rebelar. Mas logo virá o dia do Jeová.

    É a respeito deste dia que o profeta Joel falou, e este é o tema de seu livro. Nesse dia, Deus julgará toda desobediência e maldade, todas as contas se renderão, e os malvados serão corrigidos.

    Sabemos muito pouco a respeito do Joel. Sabemos que era profeta e filho do Petuel. Talvez vivia em Jerusalém, já que sua audiência era Judá, o reino do sul. Quem quer que tenha sido, Joel fala franco e corajosamente neste livro curto e poderoso. Sua mensagem, de advertência e presságio, também está esperançoso. Joel declara que nosso Criador, o Juiz onipotente, é também misericordioso e quer benzer a todos os que confiam nele.

    Joel começa descrevendo uma praga terrível de lagostas que cobre a terra, e devora as colheitas. A devastação ocasionada por estas criaturas não é mais que uma prova do julgamento vindouro de Deus. portanto, Joel urge ao povo para que se volte de seu pecado, e retorne a Deus. Entrelaçada nesta mensagem de julgamento e arrependimento, está uma afirmação da bondade de Deus e as bênções que ele promete para todos os que o sigam. É mais, < todo aquele que invocar o nome do Jeová será salvo > (2.32).

    Quando ler Joel, empreste atenção ao poder e a força de Deus, e seu castigo final do pecado. Dita-se a seguir, obedecer e adorar unicamente a Deus como seu Senhor soberano.

    Bosquejo

    1. O dia das lagostas (1.1-2,27)

    2. O dia do Jeová (2.28-3,21)

    A praga de lagostas só era uma prova do julgamento que teria que vir no Dia do Senhor. Este é um chamado eterno ao arrependimento com uma promessa de bênção. Assim como o povo se enfrentou à tragédia da destruição de suas colheitas, também nós enfrentaremos um julgamento trágico se vivermos em pecado. Entretanto, a graça de Deus está ao alcance de nós, tão agora, como no dia que tem que vir.

    Megatemas

    TEMA

    EXPLICAÇÃO

    IMPORTÂNCIA

    Castigo

    Ao igual a um exército destruidor de lagostas, o castigo de Deus pelo pecado é entristecedor, terrível e inevitável. Quando chegar, não haverá comida, nem água, nem amparo, nem escapamento. O dia para prestar contas a Deus pela forma em que vivemos se aproxima rapidamente.

    Deus é o único ao que lhe prestaremos contas, não à natureza, nem à economia, nem a um invasor estrangeiro. Não podemos ignorar nem ofender a Deus para sempre. Devemos pôr atenção a sua mensagem agora, ou mais tarde enfrentaremos a sua ira.

    Perdão

    Deus está disposto a perdoar e restaurar a todos os que se aproximem dele e se separem do pecado. Deus ama a seu povo e quer restaurá-lo lhe brindando uma relação adequada com ele.

    Deus nos perdoa quando nos arrependemos do pecado. Não é muito tarde para receber o perdão de Deus. O desejo maior de Deus é que você se volte para ele.

    Promessa do Espírito Santo

    Joel prediz o momento em que Deus derramará seu Espírito Santo sobre todas as pessoas. Será o começo de uma adoração renovada para os que acreditam nele, mas também será o começo do julgamento de todos os que o rechaçam.

    Deus está ao leme. A justiça e a restauração estão em suas mãos. O Espírito Santo confirma o amor de Deus por nós da mesma forma como o fez com os primeiros cristãos (Feitos 2). Devemos ser fiéis a Deus, e colocar nossas vidas sob a direção e o poder de seu Espírito Santo


    Matthew Henry - Comentários de Joel Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
    Joel foi profeta no Judá desde 835-796 a.C.

    Ambiente da época: A malvada reina Atalía se apoderou do poder em um golpe de estado sangrento, mas foi derrocada depois de poucos anos. Joás subiu ao trono, mas solo tinha sete anos e uma grande necessidade de que o guiassem no espiritual. Joás seguiu a Deus em seus primeiros anos, mas logo se separou do.

    Mensagem principal: Uma praga de lagostas tinha chegado para disciplinar à nação. Joel fez um chamado ao povo para que retornasse a Deus antes de que ocorresse um julgamento muito major.

    Importância da mensagem: Deus julga às pessoas por seus pecados, mas é misericordioso com os que se voltam para O, e lhes oferece salvação eterna.

    Profetas contemporâneos: Eliseu (848-797) Jonás (793-753)

    1:1 Joel foi um profeta na nação do Judá, também conhecida como reino do sul. O livro não menciona quando viveu, mas é provável que profetizasse durante o reinado do rei Joás (835-796 a.C.). Mas a data do livro do Joel não é tão importante como sua mensagem eterna. O pecado conduz o julgamento de Deus. Ainda assim, junto com a justiça de Deus também há grande misericórdia.

    1:3 Deus insistiu aos pais a que transmitissem sua história a seus filhos lhes contando uma e outra vez as importantes lições que aprenderam. Um dos presentes maiores que pode dar aos jovens é a história de sua vida para ajudá-los a compreender os êxitos que você teve, e os enganos que cometeu.

    1:4 Uma praga de lagostas pode ser tão devastadora como a invasão de um exército. As lagostas se reúnen em enxames em grandes quantidades (1.69), e voam a vários metros por cima da terra, e quando passam cobrem o sol projetando uma imensa sombra (2.2). Quando se posam na terra devoram quase toda a vegetação (1.7-12), e o invadem tudo a seu passo (2.9).

    1:4 A detalhada descrição do Joel faz que muitos criam que se refere a uma praga de lagostas que tinha chegado ou que chegaria à terra. Outro ponto de vista comum é que as lagostas simbolizam um exército inimigo invasor. De todos os modos, o que Joel queria destacar era que Deus castigaria ao povo por seu pecado. Joel chama a este julgamento "o dia do Jeová" (veja-a nota a 1.15).

    1:5 O sentido físico e o julgamento moral do povo estavam embotados, fazendo que se esquecessem de seus pecados. Joel fez um chamado para que o povo despertasse de sua displicência, e reconhecesse seus pecados antes de que fora muito tarde. Do contrário, tudo seria destruído, inclusive as uvas e o vinho que causou sua embriaguez. Nossos momentos de paz e prosperidade podem nos embotar. Nunca devemos permitir que a abundância material dificulte nossa disposição para o espiritual.

    1:9 devido à devastação, não havia farinha nem suco de uva.

    1:13 O cilício era era uma vestimenta áspera que utilizavam os enfermos nos funerais. Aqui se toma como sinal de arrependimento.

    1:14 O jejum é um período em que a gente se abstém de ingerir alimento e se aproxima de Deus com humildade, dor pelo pecado e oração premente. No Antigo Testamento, freqüentemente o povo jejuava durante os momentos de calamidade para poder concentrar-se em Deus, e demonstrar seu arrependimento e a sinceridade de sua devoção (vejam-se Jz 20:26; 1Rs 21:27; Ed 8:21; Jo 3:4-5).

    1:15 O "dia do Jeová" é uma frase comum no Antigo Testamento e no livro do Joel (vejam-se 2.1, 11, 31; 3.14). Sempre se refere a algum acontecimento extraordinário, já seja presente (como a praga de lagostas), no futuro próximo (como a destruição de Jerusalém ou a derrota das nações inimizades), ou ao final da história quando Deus derrotará a todas as forças do mal.

    Inclusive quando o dia do Jeová se refere a algo presente, é sombra do dia final do Senhor. Este acontecimento final na história terá duas facetas: (1) o julgamento final sobre toda a maldade e o pecado, e (2) a recompensa final aos crentes fiéis. A retidão e a verdade prevalecerão, mas antes haverá muito sofrimento (Zc 14:1-3). O dia final do Senhor é um tempo de esperança, devido a todos os que sobrevivam estarão unidos para sempre com Deus.

    1.15-19 Sem Deus, a devastação é segura. Os que não têm uma relação pessoal com Deus estarão frente Ao sem nenhum recurso. Assegure-se de clamar pelo amor e a misericórdia de Deus enquanto tenha oportunidade (2.32).


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Introdução ao Livro de Joel
    O Livro de Joel

    Por Claude A. Ries

    Esboço

    I. título e autor (Os 1:1)

    . 2 por uma nação Devoradora (1: 5-7)

    . 3 por definhando Árvore, Vinha, e Field (1: 8-12)

    . 4 por Retido refeição- e Drink-Offerings (1: 13-14)

    . 5 pela seca (1: 15-20)

    6. Por que secou Pastos (2: 1-3)

    . 7 por tudo devora Locusts (2: 4-11)

    B. Desolation Interrompido por meio do arrependimento (2: 12-17)

    1. Transformando individualmente com o aluguel Corações (2: 12-14)

    2. Transformando Coletivamente com Intercessão Priestly (2: 15-17)

    III. bênçãos para Judá (Os 2:18)

    1. Porque Ele é compassivo, Prayer-Atendimento (2: 18-20)

    . 2 Porque Ele é Beneficente (2: 21-27)

    . 3 Porque Ele é promissor (2: 28-32)

    B. Um Só Deus vinga Enemies (3: 1-17)

    . 1 , trazendo de volta Cativeiro de Judá (3: 1-8)

    2. chamando várias nações para a guerra (3: 9-13)

    3. dispensando Julgamento e Comfort (3: 14-17)

    C. A Fiel Deus traz Restauração (3: 18-21)

    Introdução

    I. AUTORIA

    Devido ao fato de que o primeiro capítulo desta profecia é histórica, enquanto os outros capítulos são em grande parte apocalíptica, alguns críticos têm questionado se Joel escreveu todo o livro que leva seu nome. Rothstein faz 1: 1-2: 27 a obra de um autor cedo, durante o reinado do rei Joás, e 2: 28-3: 21 a obra de um autor mais tarde após o exílio, e em seguida, argumenta que Jl 2:20 é o trabalho de um editor que colocou as duas seções juntas, enquanto W. Robertson Smith chama Jl 2:20 um gloss. Parece haver pouco mais do que surmisal imaginativa para apoiar esta posição. George Adão Smith conclui sua discussão sobre a integridade do livro com a afirmação de que

    o ataque à integridade da profecia pode, portanto, ser dito ter falhado, apesar de ninguém que se lembra o caráter composto dos livros proféticos pode negar que a questão ainda está em aberto.

    Cornill descreve o livro como um compêndio de escatologia judaica tardia.

    Orelli alega o contrário:

    A escrita de Joel forma um todo muito bem arredondado e articulado, o profeta ter composto que no final desse episódio de sua vida. Marque o arranjo no encerramento. Só por excesso de procura essa unidade interna e externa poderia alguém tentativa de atribuir capítulos Jl 3:1 e 4 de um autor diferente dos capítulos Jl 1:1 e 2 .

    Raymond Calkins apoia este ponto de vista:

    Poucos estudiosos questionam seriamente a unidade do livro de Joel. O fato de que o primeiro capítulo é distintamente histórica enquanto outras partes são apocalíptica não invalida autoria de todo o livro de Joel. É verdade que o capítulo 3 apresenta idéias e interesses muito diferentes daqueles nos capítulos anteriores, com o qual tem pouca conexão. No entanto, isso pode ser explicado assumindo que esta profecia foi escrita em um momento posterior e em circunstâncias diferentes. O livro inteiro pode-se considerar a ser o trabalho de Joel, filho de Petuel.

    II. DATA

    A data do livro tem sido uma das conjecturas. No reinado do rei é dado, portanto, a data deve ser determinada em grande parte pela evidência interna. Como muitos dos pensamentos e expressões de Joel são dadas por uma série de outros profetas menores, concluiu-se que ele seja a fonte desses pensamentos, ou o mais recente coletor deles. A falta de referência à idolatria ou para os assírios e caldeus dá apoio a qualquer uma data muito cedo ou uma data muito tardia. Os estudiosos anteriores, e um número de conservadores de hoje, colocar a profecia ao redor do nono ou oitavo século AC , por exemplo, Credner (870-865 AC ), Winer, Ewald (hora de Jeoás), Delitzsch (ca. 860 AC ), Hitzig (870-860 AC ), Kleinert (875-850 AC ), Wilinsche (860-850 AC ), Steiner, Reuss (que oscila ao designar a data precisa), Hengstenberg e Bleek (tempo de Amos, ca . 800 AC ). A data de pós-exílico, favorecido em grande parte por causa da linguagem do livro, é defendida por motorista, Merx, Cornill, Beiver, e GA Smith. George L. Robinson admite: "A opinião crítica mais recente atribui a data para a geração seguinte a era dos Macabeus." Mas ele argumenta que no cânon hebraico e na Septuaginta, Joel é agrupado entre os primeiros, profetas pré-exílio, e que se tivesse sido escrito tarde, perto da hora de canonização ", ao que parece estranho que os autores do cânone deveria tê-lo considerado precoce."

    III. ESTILO

    Motorista descreve o estilo de Joel como "brilhante e flui", enquanto AB Davidson descreve-o como "um pouco de cultura e polido, de poderosa e original." Em ambas as partes do livro, GA Smith retrata o estilo como "fluente e clara." "Joel de estilo está em flagrante contraste ", diz GB Gray," a dos insensatos, para não dizer empolado, estilo de Ageu e os períodos de semi-rabínicas de Malaquias ". Em geral, o estilo de Joel é fresco, fluente, lírico, gráfico e além disso um beleza caseira de metáforas e ritmo.

    Tal estilo é exatamente o que se poderia esperar de um homem como Joel. Um estudo de sua profecia revela-o a ser impetuoso, corajoso, dinâmico na fé, apaixonado, mas de uma proposta, perdoando espírito. Ele não possui o pensativo disposição, carinhoso de Oséias. Oséias era um homem "home". Joel era um homem "público". Oséias era um introvertido. Joel era uma pessoa extrovertida.

    Estilo e personalidade de Joel são ambos revelados em sua exigência de que a sua mensagem seja seguido de acções. Sua escrita é carregado com os imperativos e cinquenta e sete deles em três capítulos. Eles são definitivamente voltada para fins específicos.

    Como se avalia esses imperativos, parece que eles se dividem em três categorias: Rouse, Revive, Alegrai-vos. O primeiro capítulo é uma convocação para despertar de indiferenças e letargia, do mais jovem ao mais velho. Attendant ao ser despertado para a situação, deve haver um reavivamento no seu coração-relação com Deus. Para esta viragem de todo o coração a Ele, encontramos em Jl 2:19 , "o Senhor respondeu:" dando origem a imperativos de regozijo. Joel está cheio de imperativos, e eles dizem: "vós Rouse!"

    IV. MENSAGEM

    É o livro de Joel deve ser interpretado como um fato ou alegoria? Esta é a questão frequentemente levantada. É difícil aceitar a descrição de Joel como diferente de fato, se um é contar com as declarações simples das Escrituras. E se os gafanhotos do capítulo1 são reais, não vai a previsão dos capítulos apocalípticas que se seguem também ser real no tempo? Calkins responde bem a questão da finalidade da escrita de Joel com estas palavras:

    O julgamento final de Deus sobre aqueles povos que se opuseram todos os princípios e da verdade a que o seu ser testemunhas. ... No final, só a verdade, somente a justiça prevalecerá. Quem se opõe a estes é dirigido para a destruição final. Foto de Joel do presente acórdão se aproxima da do Dia do Juízo Final do que qualquer outro nas Escrituras, antes de vir para o sétimo capítulo de Daniel. ... A verdadeira antítese não é entre Israel e as nações, mas entre os de qualquer nação que temem a Deus e aqueles que não o fazem.

    A mensagem de Joel é significativo por causa do que ele revelou sobre Deus. Para ele, Deus não era um mero borrão no distante lugar nenh1. Pegue sua visão de Deus revelada nas palavras que ele usa quando se fala de Deus. Há cerca de trinta tais expressões.

    Deus do Joel é real. Ele é o Deus das forças da natureza e supernature. Ele é de suprema autoridade, um grande líder militar. Sua natureza é absoluta santidade, e exige um povo santo. O autor de leis imutáveis, Ele também é o Enforcer dessas leis, premiando aqueles que obedecem e punir aqueles que desobedecem. No entanto, ele é misericordioso, longânimo, misericordioso e cheio de amor e compaixão para com Seu povo errante. O homem é dada a opção de obedecer ou desobedecer, mas o direito de escolher as conseqüências não é dado aos desobedientes. No entanto, para os desobedientes, se arrependido, Deus vai reter o julgamento e dar misericórdia. Se o homem não está arrependido, o Deus de toda a justiça vai executar o juízo divino. Em outras palavras, Deus sempre tem a última palavra. Sua justiça deve sempre ser acolhida. Ele é um Deus de julgamento justo, mas, além disto um Deus de amor e graça.

    V. ESTRUTURA E SIMBOLISMO

    A fim de garantir uma compreensão abrangente do livro de Joel, o melhor é abordá-lo do ponto de vista as significativas palavras repetidas. Esta abordagem revela o que é salientado nas diversas seções do livro. É possível, em seguida, para seleccionar uma palavra all-inclusive respondendo às palavras característicos de cada seção, e, em seguida, para encontrar um símbolo que vai retratar concretamente o pensamento de que a seção.

    Seção I (1: 1-2: 11)

    (1) palavras características: choram, cortado, definhar, uivo, lamento, tremor, tremor.

    (2) palavra All-inclusive: desolação.

    (3) Símbolo: gafanhoto (Jl 1:4)

    (1) palavras característicos: choro, jejum, rasgando, arrependendo-se, oferecendo, santificar, vire.

    (2) palavra All-inclusive: arrependimento.

    (3) Símbolo: coração partido (Jl 2:13)

    Seção III (2: 18-32)

    (1) palavras característicos: abundância, satisfeito, alegre-se, o medo não, força, excesso, ser entregue, a restauração.

    (2) palavra All-inclusive: bênção.

    (3) Símbolo: derramou-out navio (Jl 2:28)

    Seção IV (3: 1-16a)

    (1) palavras característicos: juiz, guerra, espadas, lanças, rugido, agitação, retirar.

    (2) palavra All-inclusive: recompensa.

    (3) Símbolo: foice (Jl 3:13 ).

    Seção V (Jl 3:16 ).

    Não são essas seções de símbolos profecia de Joel de fases na vida espiritual? I. Desolation é a condição do pecador antes da conversão. II. O coração aluguel descreve o coração do pecador arrependido. III. O navio derramou-out é descritiva de uma vida cheia do Espírito Santo em ação. IV. A foice é descritiva de colheita de almas como ele testemunha do cristão e vê frutos. v. A fonte, transbordante, é a condição de um coração abençoado e usado por Deus.

    A palavra-chave secundária é trompete (Jl 2:1.) e Ezequiel (Ez 38:15. ; 39: 2 ). Para o profeta Joel esta praga prefigurava o dia do Senhor. No rigor e irresistibleness dos gafanhotos, Joel viu o trabalho do Senhor, o grande juiz, fazendo uma execução mais completo e irresistível da justiça divina. Joel viu na praga de gafanhotos uma demonstração da fragilidade humana e da onipotência divina.

    B. O Dia de Jeová

    A expressão "o dia do Senhor", ocorre cinco vezes no livro (Jl 1:15 ; Jl 2:1 , Jl 2:31 ; Jl 3:14 ). É um dia de tanto terror e bênção. Como a nossa idade atual é o dia do homem, esse dia será distintamente o dia de Jeová, quando Ele irá manifestar claramente a Si mesmo. É o tempo em que o Senhor definitivamente os passos para a história, e o homem deixa pelo menos para esse período a prevalecer. Joel viu o dia do Senhor, no praga de gafanhotos. Viu-nos exércitos devastadores do inimigo, e viu-o no futuro, quando os justos seriam recompensados ​​e os maus seria condenado ao castigo. Enquanto a definição deste último grande dia como retratado por Joel é local, ainda o seu significado mais amplo é all-inclusive e última-o último grande assize para todos os homens, no fim dos tempos.

    C. O Espírito derramou-Out

    O profeta revela os dois lados do Pentecostes, o Espírito derramado sobre toda a carne, com as bênçãos de atendimento, e o fechamento desta idade com o seu terror e catástrofe para aqueles que não estão prontos. Nós estamos vivendo agora em que dia da graça do Espírito derramou-out. Não são os seus culminando dias se aproximando rapidamente? Ciência parece estar preparando o terreno para uma compreensão de que a grande provação cataclísmica, e Deus que desafiam, homens ímpios parecem estar acelerando a sua chegada. O povo de Deus são incentivados a "olhar para cima, ... porque a vossa redenção está próxima" (Lc 21:28 ). Joel tem sido chamado de Profeta de Pentecostes.

    D. The Way of Prayer

    Como pode um pecador encontrar a Deus, eo que acontece quando ele não encontrá-lo? Joel lindamente responde a estas perguntas.

    1. A única saída

    1. Clamar a Deus, Jeová (Jl 1:14 , Jl 1:19 ).

    b. Como chorar? (2: 12-13 ): (1) girando (. conforme estilo Nu 7:1)

    1. Deus dá (1) graça (2), a misericórdia, (3) paciência (4), a bondade, a (5) arrependimento.

    b. O homem recebe (1) resposta de Deus, o fornecimento, a satisfação, a protecção, vv. 19-20 ; (2) grandes coisas de Deus, v. 21 ; (3) frutos, vv. 22 , 24 ; (4) e serôdia chuva, v. 23 ; (5) a restauração, v. 25 ; (6) abundância, satisfação e um coração de louvor e sem vergonha, v. 26 ; e (7) o conhecimento de que Deus está no meio, v. Jl 2:27 . Tudo isso é por causa de um Deus clemente e um coração obediente.

    VII. O LIVRO AT A GLANCE

    O tema do livro: o dia do Senhor

    A paridade do livro: a praga de gafanhotos

    O versículo chave do livro: Jl 1:15


    Wesley - Comentários de Joel Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
    I. título e autor (Os 1:1)

    2 Ouvi isto, vós anciãos, e escutai, todos os moradores da terra. Porventura isto aconteceu em vossos dias, ou nos dias de vossos pais? 3 Dizei seus filhos da mesma, e deixar seus filhos dizer seus filhos, e os filhos destes à geração. 4 O que o worm palmer vos deixou, o gafanhoto comeu; e aquilo que o gafanhoto deixou, o cancro-sem-fim comido; e aquilo que o cancro-sem-fim tem deixado tem a lagarta comeu.

    A paridade do livro, ou seja, aquela em que o conteúdo do livro parecem cair, é a praga de gafanhotos. Este é vividamente descrita pela primeira vez aqui em Jl 1:4 , fazendo, assim, um estilo envolvente para a primeira divisão do livro.Assim, a figura de um gafanhoto constitui uma excelente símbolo para essa divisão, portanto descritivo de "desolação", a palavra-chave da passagem. (Veja "Estrutura e Simbolismo" em "Introdução".)

    O profeta apela a todos os habitantes, não importa o quão fútil ou espiritual, como indolente ou trabalhador, para ouvir. A ocasião para a sua mensagem é uma praga de gafanhotos, uma calamidade sem precedentes que se abateu sobre a nação. A rigor destrutivo é visto nas palavras do versículo 4 . Condensado a partir dos doze palavras hebraicas que compõem o verso, temos:

    Remanescente do gnawer, o swarmer come;

    remanescente do swarmer, os come lapper;

    remanescente do lapper, o devorador come.

    Estes representam as sucessivas visitas de gafanhotos ao longo de períodos de tempo (Jl 2:25 ), e o rigor do seu trabalho devorador.

    Que o impacto da praga de gafanhotos pode ser suficientemente percebido, vamos também comparar a outra descrição gráfica dessa praga de gafanhotos em 2: 4-11 . A imagem aqui é mais forte. A marcha dos gafanhotos é retratado como um exército em equipamentos e disciplina (conforme Jl 2:4 . Nada impede o avanço. Nada quebra as fileiras. Eles sobem os muros da cidade, eles entram nas casas, a terra treme sob eles, os céus são movidos acima deles, o sol, a lua e as estrelas são apaguei por suas hordas de vôo. Esta descrição factual de uma praga de gafanhotos no Oriente Médio, por sua vez torna-se uma representação figurativa do rigor e irresistibilidade da ira de Deus no "dia do Senhor" (Jl 2:11 ), quando Ele empacota todas as forças e metodicamente persegue Seu fim divina.

    Nos versos intervenientes (1: 5-2: 3) entre estas duas descrições vívidas da praga de gafanhotos é uma imagem composta de destruição e desolação. Isto descreve o julgamento de Deus sobre Judá.

    2. Em uma Nação Devoradora (1: 5-7)

    5 Despertai-vos, bêbados, e chorai; e lamento, todos os que bebeis vinho, por causa do vinho doce; . por isso é cortado de sua boca 6 Para uma nação subiu sobre a minha terra, poderosa e sem número; seus dentes são dentes de leão, e ele tem o jawteeth de uma leoa. 7 Ele tem minha vide uma assolação, e latiu minha figueira; deixou-o limpo nua, e lança-os fora; seus ramos são feitas branco.

    Os gafanhotos são aqui descrito como uma nação. Eles privar os habitantes de seus luxos mais valorizados. Toda a vegetação é desnudado e resíduos.

    3. Em definhando Árvore, Vinha, e Field (1: 8-12)

    8 Lamenta como a virgem que está cingida de saco, pelo marido da sua mocidade. 9 A oferta de cereais ea libação são cortadas a partir da casa do Senhor; os sacerdotes, ministros de Jeová, estão entristecidos. 10 O campo está assolado, ea terra chora;para o grão é destruído, o vinho novo se secou, ​​enfraquece a óleo. 11 te envergonhes, ó vós lavradores, lamento, ó vinhateiros, sobre o trigo ea cevada; . para a colheita do campo pereceu 12 A vide se secou, ​​e enfraquece a figueira; a romeira, a palmeira também, e da macieira, sim, todas as árvores do campo se secaram, para a alegria esmoreceu entre os filhos dos homens.

    Todo o trabalho pelos lavradores está perdido. Não resta refeição e vinho suficiente para levar adiante os sacrifícios.

    4. Por Retido refeição- e Bebida-Offerings (1: 13-14)

    13 Cinge-se com pano de saco , e lamentar-vos, sacerdotes; uivai, ministros do altar; Vem, deita a noite toda em pano de saco, ministros do meu Deus: para a oferta de cereais ea libação são retidas, da casa de teu Dt 14:1)

    15 Ai do dia! porque o dia do Senhor está perto, e como a destruição do Todo-Poderoso que vem. 16 não está cortado o mantimento de diante de nossos olhos, sim , a alegria eo regozijo da casa de nosso Deus? 17 As sementes apodrecer debaixo dos seus torrões; os celeiros foram assolados, os celeiros são discriminados; para o grão é atrofiada. 18 Como geme o gado! As manadas de vacas estão confusas, porque não têm pasto; também os rebanhos de ovelhas estão desolados. 19 O Senhor, a ti clamo; porque o fogo consumiu os pastos do deserto, ea chama abrasou todas as árvores do campo. 20 Sim, os animais do campo suspiram por ti; para a água dos ribeiros se secaram, eo fogo consumiu os pastos do deserto.

    O profeta vê na praga de gafanhotos um prenúncio do grande e terrível dia do Senhor: como a destruição do Todo-Poderoso que vem . Como Jeová representa o deus, assim que guarda o concerto Shaddai , o Todo-Poderoso, representa o Deus todo-poderoso (usados ​​31 vezes no livro de Jó). Recorde-se que uma seca geralmente atende a uma praga de gafanhotos, e com que resultados tristes: alimento cortado, alegria e regozijo da casa de nosso Deus cortado, sementes apodrecer, celeiros são discriminadas, bestas gemer, ovelhas estão desolados, pastagens queimadas, riachos ... secou, ​​deixando sem água para o homem ou besta.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Introdução ao Livro de Joel
    JOEL

    A mensagem de Oséias cresce a partir de um sofrimento pessoal que ele teve na família. A mensa-gem de Joel cresce da calamidade nacional: a invasão da praga de gafanhotos. Junto com a praga de gafanhotos, há uma terrível seca (1:19-20), e a combinação dos dois eventos trouxe escassez absoluta para a terra. Joel tem uma mensa-gem para o povo de Judá, pois viu nessas calamidades a mão discipli- nadora do Senhor por causa dos pecados do povo. No entanto, ele olhou para além dos gafanhotos e viu outro "exército" — um exérci-to real de nações gentias atacando Jerusalém (3:2). Em outras palavras, Joel usou o julgamento imediato do Senhor (os gafanhotos) como uma ilustração do julgamento final, "o Dia do Senhor". Assim, o relato de Joel divide-se em duas partes: (1) a mensagem atual sobre a praga de gafanhotos (1:1—2:27); e (2) a mensagem futura a respeito do dia do Senhor (2:28—3:21).

    Antes de nos voltarmos para essas duas mensagens, temos de compreender o que Joel quer di-zer com "Dia do Senhor". Ele usa a expressão cinco vezes: em 1:15; 2:1,11,31 e 3:14. Outros profetas também a usam (Is 2:12; Is 13:6,Is 13:9; Is 58:13; Jr 46:10, e todo o relato de Sofonias). A expressão "Dia do Se-nhor" refere-se a um tempo futu-ro em que Deus derramará sua ira sobre as nações gentias por causa de seus pecados contra os judeus (veja Os 3:1-29). Isso acontecerá após o arrebatamento da igreja (veja 1Co 1:10 e 5:9-10 e Ap 3:10), durante o período de sete anos conhecido como tribulação. Isso é descrito de forma mais completa em Apocalip-se 6-19. Esse período terminará com a batalha de Armagedom (Os 3:9-29; Ap 19:11-66) e o retorno de Jesus Cristo para estabelecer seu reino.


    Wiersbe - Comentários de Joel Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
    I. A tipificação do dia do Senhor (1:1—2:27)

    A. Proclamação (1:1-20)

    Joel dirige-se a diversos grupos dis-tintos de pessoas quando descreve a terrível praga e suas conseqüências devastadoras. Ele pergunta aos ve-lhos (vv. 1-4) se eles se lembram de uma tragédia igual a essa em épo-cas passadas. Não, eles não se lem-bram. Na verdade, eles contarão aos seus filhos e, até mesmo, aos seus bisnetos sobre esses acontecimen-tos horrorosos. O versículo 4 não apresenta quatro insetos diferentes, mas o gafanhoto em quatro estágios diferentes de crescimento. Existem umas 90 variedades de gafanhotos, e todas elas são bem capazes de arruinar uma nação. A seguir, Joel volta-se para os ébrios (vv. 5-7), que choram e uivam porque as vinhas estão destruídas e acabou o supri-mento de vinho. Depois, fala com os adoradores (vv. 8-10), que têm de ir ao templo de mãos vazias, porque não há sacrifícios para ofertar. Ele dirige-se aos lavradores (vv. 11-12), que uivam porque suas colheitas es-tão arruinadas. Por fim, Joel vira-se para os sacerdotes (vv. 13-14) e diz- lhes que jejuem e orem. Aqui chega-mos ao cerne da questão, pois Deus estava punindo a nação por causa do pecado. Contanto que o povo lhe obedeça, ele enviará a chuva e a colheita, mas, se lhe der as cos-tas, ele fará com que os céus sejam como bronze e destruirá as colhei-tas. Veja Dt 11:10-5; 2Cr 7:13-14.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Introdução ao Livro de Joel
    Joel

    Análise

    Uma invasão de gafanhotos havia devastado a terra de Judá. Quando Joel, filho de Petuel, meditava sobre essa calamidade, a Palavra do Senhor veio a ele. Joel se transformou em um grande profeta, proclamando ao seu povo o que subjazia, envolvido por Deus, naquela catástrofe. O livro que traz o seu nome registra o sermão de Joel nessa ocasião.
    O profeta descreve a praga em termos de um exército humano que, locomovendo-se sempre, deixa para trás a terra crestada (1:4-12; 2:2-10). Nesse ataque de insetos, Joel compreende que Deus estava operando. De fato, aquele era o exército de Deus (2.11), e o dia de sua invasão é o Dia do Senhor - o dia do julgamento de Deus contra, um povo pecaminoso (1.15; 2.1, 11). O profeta exorta o povo a arrepender-se, e estende a esperança de que Deus suavizará e retirará o julgamento (1.14; 2:12-17).
    Evidentemente o ministério de Joel foi mais bem sucedido do que o de muitos de outros profetas, pois a condescendência de Deus (2:18-27) indica que o povo se arrependeria. "Mas o exército
    que vem do norte (isto é, os gafanhotos), eu o removerei para longe de vós... Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador..." (2.20, 25). Essa é a certeza dada pelo profeta em nome de Deus.
    O sermão de Joel, porém, ainda não estava terminado. Julgamentos mais severos aguardavam o mundo que não queria reconhecer a soberania de Deus nem aderir aos comuns padrões éticos das nações pagãs (3.2b-8). Deus concederá graciosamente o Seu santo Espírito a todo o Seu povo (2.28, 29), mas as nações gentílicas serão julgadas e castigadas (3.1, 2, 9-16). Dessa ira é que o povo de Deus será liberto (2.32). Então Judá e Jerusalém tomar-se-ão maravilhosamente prósperos e serão eternamente bem-aventurados com a presença divina (3:8-21).

    Nesses termos é que Joel expressou a esperança humana e a promessa divina de que Deus, soberano em Seu mundo, ainda fará com que Sua vontade seja feita na terra, assim como é feita no céu. Os reinos deste mundo se tornarão "de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos" (Ap 11:15).

    Autor

    Sobre Joel, filho de Petuel, quase nada se conhece de definido. Joel significa "o Senhor é Deus", e era um nome hebraico bem comum nos tempos do Antigo Testamento. As muitas referências de Joel a Jerusalém (Os 1:14, Os 1:2.1, Os 1:15, 32; Os 3:1, Os 3:6, Os 3:16, Os 3:17, Os 3:20, Os 3:21) parecem indicar que ele nasceu nessa cidade.

    Não se pode precisar a data da praga de gafanhotos que forma o pano de fundo desse livro. As autoridades diferem muito em usas opiniões a respeito da data da obra, pois alguns argumentam em favor de uma data antiga (talvez durante o reinado de Joás, perto do término do nono século a.C.); outros, porém, preferem uma data pós-exílica. O fato de que a praga de gafanhotos é chamada de "dia do Senhor" (frase essa empregada em tempos posteriores para designar o dia do juízo final) e o fato de que o livro foi colocado perto do início dos Profetas Maiores, parecem indicar que a data mais antiga é a mais provável. A mensagem do livro não está na dependência de sua data, e continua relevante para as atuais gerações.


    Russell Shedd - Comentários de Joel Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
    1.1 Joel. O nome significa "Jeová é Deus". Pensa-se que este profeta ministrou na época quando o rei Joás era menor de idade; e Atalia era regente por usurparão (841-835 a.C., 2Rs 11:1-12). De uma grande invasão de locustas vista pelo profeta Joel conseguiu visualizar o que seria a invasão pelos exércitos inimigos. Como acontece com muitos profetas, a realidade atual e física e o futuro profético descrevem-se com uma só linguagem (Dn 2:02n. A Palestina teve experiências semelhantes e igualmente terríveis como as descritas aqui nos anos 1915:1928.

    1.8 Marido. O jovem noivo com o qual a moça está comprometida por meio da família já tem o título de marido (conforme Mt 1:18).

    1.9 Cortada. As nuvens de gafanhotos arruinaram a colheita, interrompendo as ofertas diárias regulares (Êx 29:4-6; Nu 15:5-4; Nu 28:7-4). Conforme também Is 2:12-23; Ez 13:5; Sf 1:7, Sf 1:14; Zc 14:1, Is 13:9; Jr 46:10; Os 2:31; Os 3:14. No Novo Testamento, o sentido do Dia do Senhor revela-se plenamente na doutrina da segunda vinda de Jesus Cristo (1Co 1:8; 1Co 5:5; Fp 1:6; Fp 2:16). Esse dia, de qualquer modo, significa socorro e justificação para os que pertencem a Deus, e condenação para os que viverem afastados de Deus.

    1.16 Mantimento. A palavra é õkhel, "comida", mas não se refere somente à alimentação do povo. Refere-se, também, ao sustento do templo, do culto religioso e dos sacrifícios, conforme se vê em Mq 3:10 (onde a palavra "mantimento" traduz o heb tereph, "presa", "comida").

    1.19 Pastos do deserto. Quer dizer "campos não cultivados" (Êx 3:2).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Introdução ao Livro de Joel
    Joel

    PAUL E. LEONARD

    Autoria

    Joel, filho de Petuel, é uma personagem desconhecida fora do livro que leva o seu nome. O nome significa “Javé é Deus”, mas não está claro se ele recebeu o nome logo após o nascimento ou mais tarde como resposta ao seu ministério. Ele emergiu sem alarde do passado antigo de Israel, levou uma palavra clara à sua geração e forneceu às eras futuras um vislumbre breve mas perceptivo da vida espiritual do povo de Deus da sua época. Aí ele desapareceu, deixando para a posteridade uma memória vívida e uma percepção profética reconhecida por sucessivas gerações do povo de Deus como “A palavra do Senhor” (Os 1:1).

    Data

    As estimativas do período da atividade profética de Joel variam amplamente, desde o século IX até o IV século a.C. Não há detalhes históricos específicos em que se possa fundamentar a decisão, por isso os argumentos se baseiam em grande parte em evidências internas. Os inimigos de Judá são identificados como Edom, Egito, Filístia ou Fenícia, oponentes da época pré-exílica. Algumas ênfases como o dia do Senhor, o derramamento do Espírito e a restauração final da nação são compartilhadas por profetas dos séculos 6 (Ezequiel) e VIII (Amós) a.C. Se Os 2:32 inclui uma citação de Am 1:17). A narrativa seguinte descreve primeiro o livramento da praga dos gafanhotos (2.20), seguida da restauração da terra e das colheitas (2.21,22). O povo mais uma vez terá fartura e saberá que Javé está no seu meio, e nunca mais vai envergonhar o seu povo (2:23-27). Mas há mais — o profeta agora olha para o futuro quando, segundo a promessa de Javé, haverá um grande derramamento do seu Espírito sobre o seu povo (2.28,29). Esse evento prometido vai pressagiar que o “grande e temível dia do Senhor” (2,31) será acompanhado de sinais no céu (2.30), da salvação de “todo aquele que invocar o nome do Senhor” (2,32) e da restauração da “sorte de Judá e de Jerusalém” (3.1). Javé então vai reunir as nações que oprimiram o seu povo e vingar os inocentes (3:2-15).

    No final, aqueles que podem ter sido ferramentas de juízo sobre o desobediente povo de Deus serão eles mesmos julgados pelo mal que fizeram (3.19). No entanto, todos que buscarem refúgio no Senhor serão justificados (3.16ss), e a bênção de Javé vai repousar, de uma vez por todas, sobre o seu povo arrependido (3.17,18), porque “Javé habita em Sião” (3.20,21).

    Significado e uso no NT

    Embora esse seja um dos livros mais breves do ATOS, é ao mesmo tempo um dos mais profundos. Tanto na sua compreensão do relacionamento entre eventos históricos e expectativas supra-históricas do dia do Senhor, quanto no seu impacto sobre a teologia cristã primitiva, a sua influência dificilmente tem sido proporcional ao seu tamanho.

    Como precursor da apocalíptica judaica, Joel compartilha três aspectos com esse gênero literário: (a) a ênfase num tema pastoril na descrição da nova era (conforme Os 3:17,Os 3:18Is 2:1-23); (b) a consciência crescente de que Israel é de forma singular o foco dos esforços redentores de Deus para com a humanidade e de que as nações representam a encarnação do mal tentando frustrar os propósitos de Deus; e (c) a ênfase espiritual (2.28,29) fundamentada no desejo mosaico em Nu 11:29: “Quem dera todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor pusesse o seu Espírito sobre eles” (v. o verbete “Joel” no IDB).

    Após as irrupções extáticas associadas aos eventos de Pentecoste, Pedro coloca Os 2:28 como explicação daquele comportamento evidentemente bizarro. E por meio do Espírito de Deus que todos os presentes são lembrados das “maravilhas de Deus” (At 2:5-44). E o apóstolo Paulo, ao escrever à igreja de Roma (possivelmente fundada por cristãos judeus que estiveram em Jerusalém durante os eventos de Pentecoste [At 2:10]), inclui gregos e judeus no âmbito da promessa de Joel de que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Rm 10:11-45; cf. Os 2:26b,Os 2:32).

    Acerca de outras referências do NT, provavelmente dependentes de Joel, v. Mc 4:29 (Os 3:13); At 2:39 (Os 2:32); Ap 6:12 (Os 2:10,Os 2:31;

    3.15); 6.17 (Os 2:11); 9:7-9 (Os 1:6; Os 2:4,Os 2:5);

    14.15,18 (Os 3:13).

    ANÁLISE
    I.    TITULO (1.1)
    II.    A PRAGA DOS GAFANHOTOS: PRELÚDIO DO JULGAMENTO (1.2—2.27)

    1)    A devastação da praga (1:2-20)
    a)    Uma calamidade sem precedentes (1.2,3)
    b)    A descrição da praga (1:4-12)
    c)    Chamado ao arrependimento (1:13-20)

    2)    A ameaça do juízo apocalíptico (2:1-27)
    a)    O dia do Senhor vai trazer destruição (2:1-11)
    b)    Chamado ao arrependimento (2:12-14)
    c)    O clamor por livramento (2:15-17)
    d)    A promessa da restauração (2:18-27)

    III.    A PROMESSA DO ESPÍRITO: O JULGAMENTO DO OPRESSOR (2.28—3.21)


    1)    O derramamento do Espírito (2.28,29)

    2)    Advertências e livramento (2:30-32)
    a)    Presságios do desastre (2.30,31)
    b)    A oportunidade para o livramento (2.32)

    3)    O julgamento das nações (3:1-16)
    a)    A descrição da acusação (3:1-3)
    b)    Tiro, Sidom e Filístia (3:4-8)
    c)    A descrição do julgamento (3:9-16)

    IV.    A RESTAURAÇÃO DO POVO DE DEUS (3:17-21)


    NVI F. F. Bruce - Comentários de Joel Capítulo 1 do versículo 1 até o 20
    I.    TÍTULO (1.1)

    Embora pouco se saiba acerca de Joel, filho de Petuel, a identificação de sua obra como a palavra do Senhor é de importância crucial. A autoridade que acompanha a sua mensagem é uma autoridade divina. A mensagem foi confiada a um indivíduo, que, como curador, foi responsável por transmiti-la ao povo. No cumprimento da sua tarefa, Joel confirma o seu chamado profético, anunciando à congregação a palavra do Senhor.

    II.    A PRAGA DOS GAFANHOTOS: PRELÚDIO DO JULGAMENTO (1.2—2.27)


    1) A devastação da praga (1:2-20)
    a) Uma calamidade sem precedentes (1.2,3)
    Nem na memória dos homens idosos (anciãos destaca de forma apropriada a função de liderança desses homens), nem mesmo na memória dos seus pais havia a lembrança de um ataque de peste como esse. O desastre foi tão traumático que os pais são chamados a lembrar os detalhes a seus filhos a fim de que estes possam retransmitir o relato a seus netos, e estes, por sua vez, à geração seguinte. Estão abrangidas aqui cinco gerações, sugerindo a importância que a praga dos gafanhotos tinha para o profeta. Visto que esse tipo de infestação não é incomum no Oriente Médio, o significado especial desse incidente não está relacionado somente a sua severidade, mas também ao fato de que é considerado um prelúdio à devastação divina que o profeta vislumbra para o povo desobediente de Deus e as nações que o oprimiram,

    b) A descrição da praga (1:4-12)
    A linguagem usada para descrever a praga de gafanhotos reflete de forma exata os diversos estágios do crescimento e dos efeitos desses insetos tão destruidores. Grandes enxames chegam periodicamente do sul, e a região nativa do gafanhoto do deserto é o Sudão (IDE, 3, p. 144ss). Eles são capazes de migrar com o vento (Ex 10:13) por mais de 1.800 quilômetros, sem mudar de direção, num vôo que pode durar até três dias. Na descida, o seu apetite voraz é satisfeito com a destruição de grande parte da vida vegetal a seu alcance. A fêmea então bota uma grande quantidade de ovos num buraco que antes ela fez no solo. Larvas surgem desses ovos em algumas semanas, capazes de se mover sobre o solo aos saltos, o gafanhoto devastador (RSV: “saltador”; v. 4). Enxames de gafanhotos “saltadores” sobem e passam sem dificuldades sobre rochas, muros e montes, atravessam rios e enchem valas com os corpos dos mortos sobre os quais o restante marcha. Devorando grandes quantidades de vegetação à medida que avançam, os saltadores passam pelas diversas fases do desenvolvimento do inseto até se tornarem os gafanhotos devoradores, capazes de voar e assim atingirem mais vegetação logo adiante. Parece que a segunda geração de gafanhotos é incapaz de se reproduzir e a certa altura desaparece da área dando alívio até que apareça outro enxame.

    v. 5. Um dos resultados imediatos da praga é que a colheita foi destruída. Não haverá vinho novo. A festa anual da colheita (Ex 23:16) será celebrada com choro, em vez da alegre celebração comum em outros anos. Os bebedores, cujas mente e espírito se tornaram insensíveis, são advertidos da seguinte forma: Acordem. Senão, estarão em perigo de perder o significado da calamidade que assolou a nação.

    v. 6. A infestação de gafanhotos é descrita figuradamente logo adiante como Uma nação, poderosa e inumerável que invadiu a minha terra. A sua força é descrita como a dos dentes de leão ou das presas de uma leoa. v. 7. O resultado do ataque é que as vidâras foram arrasadas, e as figueiras não foram somente arruinadas, mas dos seus galhos foi arrancada a casca.

    O profeta agora convoca a nação a se lamentar, incluindo os seus sacerdotes e os seus agricultores, v. 8. Como a jovem virgem, que enviuvou antes que pudesse ser tomada como esposa pelo noivo da sua mocidade, o povo pranteia a sua perda. v. 9. O fracasso da colheita tornou impossível a continuação das ofertas diárias no templo do Senhor. Os sacerdotes [...] estão de luto porque são incapazes de realizar suas tarefas para manter a comunhão com Deus por meio dos sacrifícios em favor do povo. Nenhum desastre maior do que esse poderia assolar o povo de Deus. Como parte da aliança, o sacrifício diário de dois cordeiros era exigido (Ex 29:38ss). O cordeiro sacrificado de manhã era oferecido sozinho, mas o cordeiro sacrificado ao entardecer era oferecido junto com uma “oferta de cereal” (Ex 29.41). Enquanto durassem esses sacrifícios, a presença de Deus com o seu povo estava garantida (Êx 29:42-46). A incapacidade de cumprir essa obrigação, bem como a impossibilidade de celebrar a festa da colheita, também uma exigência da aliança, colocavam em perigo a própria relação de aliança. Suspender o sacrifício era suspender a relação de aliança, e assim significava suspender o relacionamento entre Deus e seu povo.

    v. 11. Os agricultores e os produtores de vinho também se lamentam porque o cereal e as videiras estão destruídos. No entanto, o prejuízo causado pelos gafanhotos estende-se a todas as árvores do campo (v. 12), incluindo a figueira, a romãzeira, a palmeira e a macieira. A devastação é completa. Toda fonte de alimento foi afetada, e, além disso, Secou-se, mais ainda, a alegria dos homens.

    c) Chamado ao arrependimento (1:13-20)
    Uma nova seção, de natureza formal, é introduzida com a exortação aos sacerdotes, v. 13. Ponham vestes de luto [...] epranteiem [...] chorem alto, vocês que ministram perante o altar. O arrependimento é a resposta adequada ao desastre diante deles, e precisa começar com os líderes espirituais. O seu sustento e a sua função de representantes do povo diante de Deus estão em jogo. v. 14. Eles precisam decretar um jejum e convocar uma assembléia sagrada. Não é suficiente que os líderes se arrependam. Eles precisam reunir os anciãos e todo o povo no templo do Senhor e clamar a ele por misericórdia. A essa altura, o profeta adverte que a tristeza presente é somente um prelúdio de um perigo ainda mais desastroso, v. 15. o dia do Senhor está próximo: essa destruição veio do Todo-poderoso. Há um jogo de palavras no hebraico: o shõd que vem do Shaddai (conforme Is 13:6). v. 17. A praga foi acompanhada da seca, de forma que as sementes re-cém-lançadas no solo estão murchas debaixo dos torrões de terra. Não somente já ocorreram danos irreversíveis às árvores e rios, e a presente colheita foi destruída, mas a perspectiva de uma colheita futura é obscura em virtude da insuficiente umidade no solo para que a semente possa germinar. Visto que os celeiros não vão ser usados, estão se deteriorando, e como não há pastagem suficiente, o gado e as ovelhas sofrem e se defrontam com um futuro incerto (v. 18). v. 19.0 próprio profeta agora clama ao Senhor a favor de todos os afligidos, queixando-se que a situação está tão difícil que Até os animais do campo clamam a ti (v. 20) e a pastagem dos ermos foi destruída pelo fogo (v. 19).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Introdução ao Capítulo 1 do Livro de Joel

    INTRODUÇÃO

    O Nome e a História Pessoal do Autor. O autor é intitulado "Joel, filho de Petuel" (Jl 1:1). O nome hebraico Yô'el (LXX; Ioél, Vulg.) significa "Yahweh (ou Jeová) é Deus". Por isso, tal como o nome Miquéias, pode indicar uma confissão de fé da parte dos pais da criança.

    A história pessoal de Joel está limitada ao que foi sugerido pela própria profecia. Embora mais outras treze pessoas do Velho Testamento tenham o nome de Joel, o profeta não pode ser identificado com nenhuma delas. Sua mensagem se relaciona principalmente com Jerusalém e Judá. Suas referências à terra e à cidade sugerem que ele foi cidadão da Palestina meridional e provavelmente habitante de Jerusalém (Veja "Sião, Jl 2:1, Jl 2:15, Jl 2:32; Jl 3:16, Jl 3:17, Jl 3:21; os "filhos de Sião", Jl 2:23 ; "Judá" e "Jerusalém", Jl 2:32; Jl 3:1, Jl 3:16, Jl 3:17, Jl 3:18, Jl 3:20; os "filhos de Judá" e Jerusalém, Jl 3:6, Jl 3:8, Jl 3:19). Ele demonstra um conhecimento completo do Templo, seus cultos e pessoal (por exemplo, Jl 1:9, Jl 1:13, Jl 1:14,Jl 1:16; Jl 2:14,Jl 2:17). Contudo, sua correção dos sacerdotes parece indicar que não era membro dessa classe.

    Data. Até agora os mestres não têm sido capazes de chegar a um acordo sobre a data do livro de Joel. Entretanto, das várias datas propostas, há duas sugestões principais :
    1) Uma data precoce, durante o reinado de Joás (ou Jeoás) em Judá, em cerca de 830 A.C.
    2) Uma data pós-exílica, em cerca de 400 A.C. – durante o período persa. Há alguns argumentos lógicos que apóiam esta data tardia. De um lado, não há referência no versículo-título (Jl 1:1) a um rei regente, como em outros profetas pré-exílicos. Também não se menciona o Reino do Norte

    (Samaria), portanto evidentemente devia estar há muito extinto. Joel usa a palavra Israel em se tratando de Judá, o que nenhum profeta pré-exílico teria feito. O termo só era usado em relação às dez tribos do norte antes de 722 A.C. (a queda de Samaria). Os sacerdotes, não os nobres ou reis, foram os líderes da sociedade pós-exílica. A referência aos gregos em Jl 3:6 (jônios) indica um período quando os judeus estavam em contato com eles. Também os versículos 1:2-17 de Jl 3:1, 2Cr 21:17).

    Autoria. O livro de Joel tem sido tradicionalmente aceito como a obra de um só autor. Contudo, em 1870 aproximadamente, M. Vernes sugeriu que 2:28 - 3:21 (na Bíblia Hebraica, caps. Jl 3:1 e
    4) não foram escritos pelo autor de 1:2 - 2:27 (na Bíblia Hebraica, 1:1 - 2:18). Mais tarde, ele modificou seu ponto de vista e admitiu que o mesmo autor escreveu as duas seções; contudo, ele ainda afirmava que diferenças marcantes existiam entre ambas as seções. Outras tentativas menores também foram feitas para provar que o livro não é uma unidade literária. Nowack, Marti e outros que tiveram sucesso em contestar a validade desta. escola de pensamento defendem que Joel é uma unidade. O ponto de vista da alta crítica geralmente aceito hoje em dia é que Joel é o autor responsável pelo livro, masque modificações posteriores, expansões e interpolações podem ter ocorrido através dos séculos de transmissão das Escrituras.

    Estilo. O estilo de Joel é clássico, fazendo lembrar o de Amós e Miquéias. Se Joel tomou emprestado abundantemente dos profetas que o precederam, ou se ele foi o poço do qual estes beberam, não podemos determinar com certeza; mas a afinidade literária é forte. Compare Jl 3:18 com Am 9:13; Jl 1:4 com Am 4:9; Jl 2:11 com Sf 1:14, Sf 1:15; Jl 2:3 com Ez 36:35 e Is 51:3; Jl 2:11 com Mi. Jl 3:2; Jl 3:10 com Is 2:4.

    Ocasião. A ocasião imediata para a criação do livro foi a devastação da terra por uma praga dupla de locustas e uma seca. Em estilo poético de rara elegância e força, o profeta descreve a invasão das locustas na figura de um exército, sugerindo que elas são precursores do ''Dia do Senhor". Ele convoca todas as categorias sociais ao arrependimento, e files promete que se todos preencherem os requisitos de obediência a Deus, a terra será restaurada à sua antiga fertilidade. Também o Espírito de Deus será derramado sobre toda a carne, o povo da afiança triunfará finalmente sobre todos os seus inimigos, e haverá uma era de santidade e paz universal.

    Ensinamentos. Que "o Dia do Senhor" está para vir é o ensino central do livro o dia quando o Senhor se manifestar pessoalmente na destruição dos seus inimigos e na exaltação dos seus amigos. Esse dia será acompanhado de grandes convulsões da terra e exibição de extraordinários fenômenos da natureza (Jl 2:30, Jl 2:31). A atitude do coração e da vida do homem diante do Senhor será o fator que determinará sua reação naquele dia. Será um dia de terror para o pecador (Jl 1:15; Jl 2:11) e um dia de bênçãos para o santo (Jl 2:12-14, Jl 2:19-29). Aqueles que invocarem o nome do Senhor serão salvos, mas os inimigos do seu povo serão aniquilados (cap. Jl 3:1).

    COMENTÁRIO

    Jl 1:1 .


    Moody - Comentários de Joel Capítulo 1 versículo 1

    1. Joel significa Yahweh (ou Jeová) é Deus. Petuel significa persuadido por Deus. No Oriente o uso do nome do pai serve de sinal de identificação. É análogo ao nosso uso de sobrenomes (cons. Os 1:1; Sf 1:1; Mq 1:1).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Introdução ao Livro de Joel
    JOEL

    INTRODUÇÃO

    I. ESTILO

    O livro de Joel é uma das gemas literárias do Antigo Testamento. É edificado com cuidado e efeito dramático e aqui e acolá, pelo livro inteiro, há belezas que brilham intensamente e até deslumbram a imaginação. W. G. Elmslie tem chamado atenção para o fato em The Expositor, Fourth Series, Vol. 3, pág. 162: "Se existe na Bíblia um livro que é uma obra prima de arte literária, é o livro de Joel. Há outros profetas que escreveram com maior paixão e maior poder, que se elevam a mais sublimes altitudes da revelação divina; mas dificilmente há um escritor do Antigo Testamento que tenha demonstrado empenho mais cuidadoso, detalhado e primoroso para dar polimento, remate e beleza à sua obra literária".

    "O estilo de Joel é preeminentemente puro. Caracteriza-se pela fluência e regularidade nos ritmos, nas sentenças completas e na simetria dos paralelismos. Com o poder de Miquéias ele combina a ternura de Jeremias, a vivacidade de Naum e a sublimidade de Isaias" (A. R. Fausset).

    II. DATA

    O livro apresenta ao estudioso muitos problemas e talvez o primeiro e mais importante deles é determinar onde colocá-lo entre os outros profetas do Antigo Testamento. Essa dificuldade pode ser mais bem percebida quando se sabe que já foi colocado em quase todos os períodos da dispensação profética. Pelo simples fato que menção nenhuma é feita sobre a Assíria ou a Babilônia, é admitido que Joel tenha exercido seu ministério antes do levantamento da primeira ou depois do declínio da última. Por conseguinte, há concordância quase universal que o livro deva ser posto ou entre os primeiros livros dos profetas ou entre os últimos. É verdade que muitos eruditos modernos favorecem a data mais recente, mas isso de forma alguma é universalmente reconhecido e diversos fatores parecem sugerir que a data mais antiga está bem dentro dos limites da possibilidade. Entre esses fatores temos primeiramente o quadro do reino. Toda a menção ao rei é abafada quase ao máximo, o que confirmaria o ponto de vista que o período do livro foi o de Joás o qual, embora rei, ainda era menor de idade, quando Joiada agia como regente (2Rs 12:1 e segs.). Paralelamente a isso, no livro de Joel o sacerdócio é considerado com a maior honra e respeito. A adoração no templo era diligentemente mantida e o aspecto mais negro do desastre causado pela seca e pelos gafanhotos era o fato que as ofertas diárias não podiam ser continuadas (Os 1:9). A religião deve ter sido geralmente praticada quando nenhuma outra coisa parecia pior que isso. Esses fatos, para dizer a verdade, se adaptariam aos tempos da minoridade de Joás.

    Em segundo lugar, além disso, não há qualquer referência ao reino do norte, tão próximo geograficamente e tão interrelacionado com Judá em período posterior. Se preferirmos a data mais antiga parece natural que, em vista de tudo quanto Judá havia sofrido às mãos de Atalia, a infame filha de Acabe (2Rs 11:1 e segs.), haveria apenas raras referências a Israel, nos apelos do profeta ao reino do sul.

    Uma terceira característica que dá apoio à data mais antiga do livro é que as passagens condenatórias parecem ser uma relíquia dos dias mais combativos de Israel e não dos dias de seu período mais enfraquecido, quando declinava, condição que seria refletida no livro se a profecia pertencesse a data mais recente como querem alguns críticos.

    Outro argumento em favor da data mais antiga é o que se encontra nas referências cruzadas que podem ser observadas entre as profecias de Joel e de Amós. Naturalmente que alguns têm argumentado que Joel emprestou dados de Amós; mas, devido ao caráter dessas várias referências é de arguir-se, se não conclusiva, provavelmente, que se deu justamente o oposto, ou seja, que Amós iniciou sua profecia onde Joel deixou a sua (cfr. Jl 4:6 com Os 2:12; Jl 9:13 com Os 3:18). Esse ponto é plenamente desenvolvido na obra de Kirkpatrick, Doctrine of the Prophets, págs. 63-65. A tudo isso pode ser adicionado o fato que, no tempo de Amós a idéia do "dia de Jeová" era comum e que, de conformidade com a aparente íntima conexão entre Amós e Joel, é evidente que isso só era familiar porque Joel assim o tinha feito, em seu ministério, anterior ao de Amós.

    Concluindo, há certo número de alusões a eventos históricos que, se corretamente interpretadas, parecem exigir a data mais antiga. Os 3:17, Os 3:19, que falam de estrangeiros "a passar" pela terra e que acusam o Egito e Edom de derramar "sangue inocente", bem podem referir-se à invasão de Judá por Sisaque (1Rs 14:25) e à revolta dos edomitas durante o reinado de Jorão (2Rs 8:20-12). Novamente, a acusação de Joel contra os fenícios e filisteus (Os 3:4, Os 3:6) pode ser comparada com o relato do escritor das Crônicas a respeito dos assaltos dos filisteus durante o reinado de Jorão em Judá (2Cr 21:16), e aos oráculos de Amós contra ambas essas nações (Jl 1:0), há uma possível referência ao fato desse rei haver derrotado Moabe, Amom e Edom, no vale de Beraca (2Cr 20:26). Tudo isso seria coerente com a posição tradicional que coloca o livro de Joel entre os primeiros profetas no "cânon", posição essa que não pode ser voluvelmente abandonada como se fosse inteiramente fortuita, visto que é inegável que o presente arranjo dos livros foi, naquele tempo, tencionado como cronológico.

    Tudo quanto dissemos não deve ser entendido como inferência que não existem argumentos a favor da colocação do livro de Joel entre os escritos após o retorno do cativeiro. As principais razões apresentadas em defesa dessa posição podem ser arranjadas como segue. Segundo dizem, a natureza geral da linguagem e do estilo, particularmente o fraseado de Os 3:1, Os 3:17, parece exigir que o livro tenha sido composto após a destruição de Jerusalém em 586 A. C. A ausência de qualquer referência ao reino do norte sugere que este, de fato, não mais existia como entidade política separada. A ausência de qualquer repreensão aos pecados nacionais e, especialmente, à idolatria, é incoerente com o estado de coisas que dominava antes do exílio. A atitude hostil, adotada para com outras nações pagãs, é mais característica de um período posterior, quando o nacionalismo judaico se tornou mais estritamente exclusivista. A predominância do sacerdócio nas atividades diárias e a ardente devoção pelos sacrifícios no templo não eram tão típicas no período pré-exílico, mas, em realidade, pertencem a dias mais recentes, na comunidade menor e mais intimamente ligada dos exilados que voltaram.

    O argumento que se baseia no estilo e na linguagem é, quando muito, extremamente falho, pois, no caso dos profetas, existem outros fatores, além dos puramente pessoais, a complicar a questão inteira. "Os remanescentes da literatura hebraica são muito parcos para por eles decidirmos com certeza o que era e o que não era possível em um período particular. A uniformidade da pontuação massorética obliterou muitas distinções de pronúncia, que teriam servido como indicações" (Kirkpatrick, op. cit., 72). A referência, em Os 3:1, a "renovarei o cativeiro" não tem de significar necessariamente que essas palavras tenham sido proferidas durante ou após o exílio; também foram empregadas por Amós (Jl 9:14) e por Oséias (Dn 6:11), e são perfeitamente consistentes quando usadas pelos profetas que viram claramente no futuro os desastres que profetizaram que sobreviriam.

    A ausência de qualquer referência ao reino do norte também não pode ser considerada conclusiva; pois enquanto que esperanças de reunião foram mantidas por outros dos profetas anteriores, nenhum deles esteve tão próximo, quanto ao tempo, do amargo e cruel despotismo de Atalia, como Joel; e seria de esperar que quaisquer referências a essa parte da terra, da qual tinha vindo uma governante tão cruel e perversa, deveriam desaparecer em segundo plano. Além disso, em conexão com a ausência de reprovação contra as transgressões nacionais, não podemos assumir que os dias que se seguiram à volta do exílio foram livres de pecados dignos de ser acusados, tanto políticos como eclesiásticos. Esdras, Neemias e Malaquias encontraram muito contra o que falar. Tentar encaixar Joel nessa situação levanta tantas dificuldades quantas se propõe solucionar. O mesmo também pode ser dito a respeito do argumento de que a atitude inteira do livro é caracterizada por um nacionalismo fanático, que se manifestou mais tarde. Nada conclusivo pode ser derivado daí. De fato, esse argumento pode disparar pela culatra. Os profetas mais antigos ou fazem silêncio (Oséias) sobre a questão dos pagãos, ou se mostram interessados apenas em sua destruição final (Amós), enquanto que os mais recentes podem ver um remanescente sendo salvo, dentre cada nação debaixo do sol.

    Quanto à predominância sacerdotal e a tendência ritualista que se afirma ser característica dos tempos pós-exílicos, é necessário dizer apenas que tal característica pode aparecer em toda época quando fenece a religião vital. Que isso não era fenômeno desconhecido nos dias dos primeiros profetas pode ser visto por Is 1:11-23. Portanto, há sólidas razões para apoiarmos a data antiga, tradicionalmente aceita, para a profecia de Joel. Por mais imponentes e impressionantes que sejam os argumentos contra essa posição, parecem envolver-nos cada vez mais, obrigando-nos a ajustar os fatos que possuímos à teoria sobre uma data mais recente, o que cria mais e maiores dificuldades do que aquelas que ficam resolvidas.

    III. AUTOR

    No tocante ao próprio Joel, pouco sabemos além do fato que ele era filho do Petuel (Os 1:1) e que, com toda a probabilidade, ele vivia em Jerusalém. As muitas referências à cidade revelam um grande amor a ela e íntimo conhecimento de sua história e adoração (Os 1:14; Os 2:1, Os 2:15, Os 2:32; Os 3:1-29, Os 3:6, Os 3:16-29 e Os 2:17 pode-se deduzir que ele não era sacerdote. Ele viveu e profetizou numa época quando o povo de Judá ainda não havia caído naquela extrema depravação que, em tempos posteriores, atraiu contra eles tão pesados castigos. Isso parece situá-lo ou no início do reino de Joás ou entre o reino de Joás e o de Uzias (2Rs 11:17-12; 2Rs 12:2-12; 2Cr 24:4-14). Provavelmente ele também era contemporâneo de Oséias e Amós e, assim eles se dirigiam a Israel, ele se dirigia a Judá. Se esse foi o caso, provavelmente foi logo após o reino idólatra de Atalia, a infame filha de um iníquo casal, Acabe e Jezabel (2Rs 11:0, 2Cr 24:18), estava tendo lugar algo da natureza de um reavivamento religioso.

    IV. CIRCUNSTÂNCIAS

    Aconteceu de tal modo que, na providência de Deus, a terra ficou literalmente desolada por uma praga de gafanhotos, havendo tal escassez de alimentos que provocou a descontinuação das ofertas de alimentos e das libações na casa de Deus (Os 1:13). "Mas, embora tal praga possa ter, a princípio, despertado extrema apreensão no profeta e impulsionado sua alma até às mais baixas profundezas, depois de examinar suas palavras ficamos convencidos que elas se referem a uma ansiedade vindoura ainda maior, uma incursão de adversários que infligiria terríveis assolações à terra, deixando-a desolada e nua atrás de si, segundo haviam feito aqueles gafanhotos" (S. L. Warren, em Ellicott’s Commentary, pág. 437).

    Joel apareceu em Jerusalém para declarar que aquela invasão de gafanhotos era um quadro de uma visita de Deus, em ira e julgamento. Ele apelava em prol de um ato de arrependimento nacional, uma festa solene (Os 2:12), e exortava os lideres religiosos a mostrar bom exemplo (Os 2:15-29). Então profetizou o retorno do favor de Deus e da prosperidade da terra (Os 2:18-29), bem como a remoção de seus inimigos (Os 2:21-29). Depois disso, de um modo que não tem significação fora da inspiração divina, ele passou a descrever o derramamento do Espírito Santo que se seguiria (Os 2:28-29). No dia de Pentecoste, o veredito de Pedro foi: "isto é o que foi dito pelo profeta Joel" (At 2:16). Adiante, Joel é levado a profetizar sobre a destruição final de todos os inimigos de Deus e de Seu povo (Os 3:1-29).

    V. INTERPRETAÇÃO

    A descrição acima, sobre o conteúdo do livro de Joel, pressupõe uma resposta a uma pergunta que não é universalmente admitida. Joel estava descrevendo uma real praga de gafanhotos, que então afligia a nação? Ou estava ele predizendo alguma praga semelhante que se verificaria no futuro? Ou estava antes predizendo que nações circunvizinhas invadiriam a terra do mesmo modo que a praga dos gafanhotos? Mesmo todas essas perguntas não exaurem as linhas possíveis de interpretação. Resta a última pergunta a respeito dos gafanhotos, se eles seriam ou não "gafanhotos escatológicos" e não históricos. Aqueles que afirmam ser esse o caso, declaram que em Joel não temos o caso de uma histórica invasão de gafanhotos; mas que tudo é ideal, místico e apocalíptico.

    Pareceria, até mesmo para um leitor casual, que o primeiro capítulo, por exemplo, tem a clara intenção de ser histórico. G. A. Smith declara que "seus simbolismos são por demais vívidos, por demais reais, para terem natureza preditiva e mística. E a inteira interpretação apocalíptica se esbarra no mesmo versículo que a interpretação alegórica, a saber, Os 1:16, no qual Joel claramente fala de si mesmo como quem sofreu, juntamente com os ouvintes, por causa da praga que descreve" (The Twelve Prophets, Vol. 2, pág. 395). Por outro lado, "a linguagem do livro é muito agravada e ignominiosa para ser limitada à praga natural... sob o simbolismo dos gafanhotos ele devia estar descrevendo alguma mais fatal agência da ira Deus contra Israel" (ibid., pág. 390).

    Por conseguinte, parece óbvio que, na visitação real dos gafanhotos, o profeta viu a aproximação de uma invasão de exércitos circunvizinhos. Os gafanhotos tinham vindo; as invasões ainda viriam. Além disso, parece evidente que, por essas coisas sobre as quais o profeta é impelido a falar, ele foi conduzido a referir-se aos juízos do "dia do Senhor", muito mais perscrutadores que qualquer praga física. O livro, portanto, é parcialmente histórico e parcialmente profético.


    Francis Davidson - Comentários de Joel Capítulo 1 do versículo 1 até o 12
    I. HISTÓRIA Os 1:1-29 e Os 2:17, que ele não era sacerdote. Quanto a esta última conclusão, deveria ser salientado, entretanto, que alguns eruditos interpretam suas freqüentes referências a sacrifícios, ao templo e aos sacerdotes como algo que denota que ele mesmo foi sacerdote.

    >Jl 1:2

    a) Descrição da praga dos gafanhotos (Os 1:2-29, Os 1:17-29 é tão exato e verídico que, em primeiro lugar, é uma descrição pura sem qualquer hipérbole poética. G. A. Smith tem diversos desses relatos em The Twelve Prophets (Vol. 2, págs. 399-403) e adiciona: "Estes extratos nos provam quão pouca necessidade tinha Joel de usar hipérboles a fim de fazer com que os gafanhotos servissem de sinais sobre o dia de Jeová".

    >Jl 1:5

    Os versículos 5:12 servem para salientar, para todas as classes da comunidade, a gravidade da situação. Em primeiro lugar, os luxos que mais prezavam lhes eram agora negados. Aos olhos do profeta essa não era a calamidade maior, embora assim parecesse para muitos da nação. Ébrios (5); são relembrados que os vinhedos estão destruídos (7). A embriaguez foi um dos pecados específicos dos quais Joel acusou seus compatriotas. Em segundo lugar, a adoração pública a Deus fora interrompida por causa da falta de ofertas (9-10). Para o profeta, esse é um mal pior que o primeiro, e ele expressa sua indignação usando o símbolo de uma jovem esposa despojada do marido e a lamentar (8). Em terceiro lugar, tinham sido cortados os próprios meios de subsistência (11-12). Esse é o pior dos males e os corações de todos desmaiavam. O dr. R. F. Horton, na Cent. Bible, salienta que a palavra traduzida como secou (10) pode ser mais corretamente traduzida como "se envergonhou", isso também se aplica ao versículo 12, onde a mesma palavra aparece por duas vezes como "se secaram" e "secou". Portanto, dessa maneira gráfica, Joel faz os homens, as colheitas e os campos, lamentarem juntamente.


    Profetas Menores

    Justiça e Esperança, Mensagem dos profetas menores por Dionísio Pape, da Aliança Bíblica Universitária
    Profetas Menores - Introdução ao Livro de Joel
  • A MENSAGEM DA SECA
  • JOEL

    Joel morava na santa terra de Israel, terra da promissão, terra que mana leite e mel. Tudo indicava que Deus queria colocar naquela parcela de terra privilegiada uma variedade exuberante de frutas, de cereais e de legumes. Em toda a superfície do mundo seria difícil descobrir uma região, tão pequena como a de Israel, em que houvesse tanta diversidade climática. Eram cultivadas frutas tropicais na região do vale do Jordão, enquanto todo o litoral gozava de um clima mediterrâneo ideal que favorecia o cultivo altamente lucrativo da laranja, do pomelo e de outras frutas. Mais ao norte, perto da Galiléia, o vale de Esdraelom produzia uma abundância farta de cereais e comestíveis de toda espécie para as feiras das cidades.
    Como crente em Javé, Joel atribuía sempre ao Senhor esta riqueza maravilhosa. Por ser a terra do Senhor, era natural esperar que ela produzisse como nenhuma outra. A bênção de Deus deveria cair sobre a terra banhada tanto de suor israelita como de preces piedosas.
    Joel percebia a relação íntima entre a vida espiritual e a prosperidade material em Israel. É verdade que nem sempre é assim, como a história do justo patriarca Jó e seus sofrimentos nos ensina, mas, em geral, quem serve ao Senhor fielmente prospera materialmente. Joel sabia que a história do seu povo exemplificava o princípio, uma história que concorda com o ensino fundamental enunciado no famoso discurso final de Moisés:

    "Se ouvires a voz do Senhor teu Deus, bendito serás ...
    Será, porém, se não deres ouvido à voz do Senhor,
    maldito serás no campo.
    Maldito o teu cesto e a tua amassadeira . . .
    Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze

    e a terra debaixo de ti será de ferro." (Dt 28:15-23)

    Joel amava ao Senhor, e tentava viver de maneira a receber as prometidas bênçãos para os fiéis, evitando qualquer desvio do caminho da verdade que acarretasse a maldição divina.
    Acordou Joel numa madrugada de verão com o zumbir de um inseto. Levantando-se da cama, descobriu que quem perturbava o seu sono era um gafanhoto num hibisco, fora da janela. Com um rápido gesto da mão, Joel afugentou-o e foi deitar-se novamente. Momentos depois ouviu o mesmo som irritante, mas desta vez muito mais agudo. Voltando à janela, espantou-se ao observar o que parecia ser uma espessa nuvem negra no céu azulado. De relance, entendeu Joel que era uma nuvem de gafanhotos. Não perdeu tempo em acordar todos da casa, reconhecendo que estava em perigo iminente toda a plantação da fazenda. Em poucos minutos, os insetos vorazes esconderam a luz do sol pela densidade incrível de milhões de corpinhos em vôo. Em desespero, os agricultores chamaram homens, mulheres e crianças para tentarem afugentar o exército inumerável de gafanhotos.
    As mandíbulas minúsculas dos insetos devoraram metodicamente cada folha de cada planta, de cada árvore. No momento em que a invasão atingiu a sua força máxima, o som da mastigação de milhões de insetos se assemelhou ao de um motor de usina. Em vão os habitantes horrorizados tentaram salvar as plantações, mas inexoravelmente o exército de gafanhotos digeriu incólume a inteira safra da região, deixando apenas os tristes esqueletos de árvores, de arbustos, de vides e de hortaliças.
    Passado o flagelo destruidor, a negra fome deu na vista dos agricultores desesperados. Joel contemplou a destruição total da fonte de renda, e finalmente o horror da situação provocou nele uma indagação religiosa. Por que aconteceu tamanho desastre? Por que Deus permitiu que isto acontecesse? Qual o significado do acontecimento? Joel convidou todos os habitantes da terra a que refletissem sobre o desastre:

    "Ouvi isto, vós, velhos, e escutai,
    todos os habitantes da terra . . .
    Narrai isto a vossos filhos,
    e vossos filhos o façam a seus filhos,
    e os filhos destes a outra geração." (Jl 1:3, Jl 1:4)

    Joel não deixou o sinistro roubar-lhe a fé. Tentou desvendar a razão por que Deus permitiu que o seu povo sofresse tanto prejuízo. E o fruto das suas cogitações foi conservado para toda a posteridade no livrinho que leva o seu nome.
    No Oriente Médio o flagelo do gafanhoto não era novidade. O que impressionou Joel foi o fato de gafanhotos de diferentes tamanhos e espécies chegarem juntos como em aliança maldita:

    "O que deixou o gafanhoto cortador comeu-o o gafanhoto migrador; o que deixou o migrador comeu-o o gafanhoto devorador; o que deixou o devorador comeu-o o gafanhoto destruidor." (Jl 1:4)

    O camponês Joel reconheceu quatro novidades de bicho na armada aérea que aniquilara a fazenda. Nunca houve caso parecido na História.
    A perda total da safra causou o maior desespero em toda a região aflita. No entanto, na sua desolação profunda, alguns se lembraram com otimismo das próximas chuvas de verão. A natureza sempre procura recuperar o seu aspecto verdejante. Os que nutriam esta esperança profetizavam a chegada, quer cedo quer tarde, das chuvas estivais, que anualmente irrigavam a região.
    Joel contemplou a vide desfolhada no quintal, e a figueira desnuda, que pareciam silhuetas implorando algumas gotas vivificadoras dum céu de bronze.

    "Fez da minha vide uma assolação,
    destroçou a minha figueira,
    tirou-lhe a casca, que lançou por terra;
    os seus sarmentos se fizeram brancos." (Jl 1:7)

    Os camponeses aguardaram estoicamente as chuvas. Paulatinamente os dias se tornaram semanas. A terra requeimada rachou-se sob o calor do sol impiedoso. O gado morria nos campos. O povo começou a arrumar as malas, em demanda de qualquer lugar que tivesse escapado do flagelo duplo dos gafanhotos e da seca. Mas as chuvas aneladas não chegavam.

    "Também todos os animais do campo bramam suspirantes por ti; porque os rios se secaram e o fogo devorou os pastos." (Jl 1:20)

    Como judeu piedoso, acostumado a dar o dízimo da safra do Senhor, Joel não estava em condições de trazer as tradicionais ofertas de manjares à casa do Senhor em Jerusalém. Por conseguinte, os sacerdotes e ministros iriam passar fome, e as solenidades exigidas pela santa lei não seriam mais observadas. Por isso Joel exclamou tristemente:

    Uivai, ministros do altar! . . .
    Passai a noite vestidos de sacos;
    porque da casa do vosso Deus foram cortadas
    a oferta de manjares e a libação." (Jl 1:13)

    Nesta situação crítica, Joel pediu que se anunciasse um santo jejum e oração (Jl 1:14). Tanto no Velho como no Novo Testamento, a Bíblia recomenda o jejum como indicação da sinceridade inegável de quem oferece sua prece ao Senhor. Quem jejua afirma tacitamente que a resposta divina à oração é mais importante que o sustento do corpo. É a subordinação do físico ao espiritual, que caracteriza todos os gigantes da fé. Moisés e Jesus jejuaram durante quarenta dias. O apóstolo Paulo jejuava regularmente. O século XX, século do materialismo, já convenceu a igreja da atualidade que o jejum não é para os nossos dias. Ela depende mais de campanha financeira e de organização para evangelizar o mundo do que de jejum e oração. Às vezes, só uma calamidade de enormes proporções, como a do tempo de Joel, convence o homem a orar e jejuar.

    Pela oração e jejum o profeta conseguiu adivinhar o enigma do porquê da devastação da terra do Senhor. Joel esperou no Senhor, e recebeu uma visão que o esclareceu acerca do desastre. A desolação que o Senhor permitira na sua terra da promissão representava algo mais cósmico, que haveria de ocorrer no fim dos tempos. Simbolizava os acontecimentos estarrecedores do Dia do Senhor! A descida dos gafanhotos sobre uma pequena região da Palestina dá uma pálida idéia do que será a destruição quando o Senhor vier na sua glória como o Juiz do mundo! O vidente começou a entender o porquê da perda da safra e, acrisolada a sua alma no sofrimento, recebeu uma mensagem para todo o mundo.

    "Perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor vem, já está próximo, dia de escuridade e densas trevas, dia de nuvens e negridão!" (Jl 2:1, Jl 2:2)

    Na visão, Joel percebeu que a multidão dos gafanhotos representava um exército invencível com todos os seus aparelhos de guerra, destruindo tudo à sua frente.

    "Diante dele a terra é como o jardim de Éden, mas atrás dele um deserto assolado. Nada lhe escapa". (Jl 2:3)

    O Dia do Senhor será um dia de juízo, e não de alegrias. Em Israel, o povo de Deus esqueceu-se deste aspecto da verdade. Era praxe falar do Dia do Senhor, como dia em que o povo do Senhor seria vitorioso. Esta interpretação triunfalista é popular na igreja de hoje. Esquece-se de que "nosso Deus é fogo consumidor" (Rm 12:29). Não se preocupa com a revelação solene de Paulo quando diz: "todos nós compareceremos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito no corpo" (2Co 5:10). Quem aceita Cristo é salvo da perdição eterna, e não entrará em condenação Não irá para o inferno. Mas ao mesmo tempo, deve-se reconhecer que haverá um julgamento do povo de Deus no Dia do Senhor. Falando daquele dia, Pedro afirma que "a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?" (1Pe 4:17).

    Assim como todos os profetas e apóstolos, Joel aprendeu que Deus julgará o seu povo. Portanto exclamou:

    "Sim, grande é o dia do SENHOR,
    e mui terrível!
    Quem o poderá suportar?" (Jl 2:11)

    À luz desta revelação, Joel conclamou o povo a se arrepender e a se converter:

    "Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e pranto." (Jl 2:12)

    Não era suficiente ser povo do Senhor. Não bastava morar na terra santa. Era necessária a conversão integral ao Senhor. Os apelos à conversão na Bíblia se dirigem quase que exclusivamente ao povo de Deus! A genuína conversão significa a aceitação plena da vontade de Deus. é imprescindível manter,a atitude de constante obediência ao Senhor. Destarte, a conversão se renova a cada dia. Há pessoas que se dizem convertidas ao Senhor, mas cujas vidas não mostram evidência prática de submissão a Cristo. Se elas continuam na desobediência, há a possibilidade de nunca terem sido salvas, pois a condição para a salvação é a obediência a Cristo como Senhor. Por esta razão, as Escrituras repetem o convite impreterível: convertei-vos! Não é chocante ler no evangelho as palavras de Jesus ao apóstolo Pedro, depois de três anos de apostolado?:

    "Quando te converteres, fortalece os teus irmãos." (Lc 22:32)

    Joel entendeu que a desastrosa visita dos gafanhotos prefigurava algo pior ainda, a invasão dum exército inimigo. É "o exército que vem do norte" (Jl 2:20), estrondeando como carros. Tão vivida é a descrição da incursão militar, que se aplica perfeitamente ao método do blitzkrieg nazista com tanques, canhões blindados e todo o aparelhamento bélico dos nossos dias.

    "Cada um vai no seu caminho
    e não se desvia da sua fileira.
    Não empurram uns aos outros.
    Cada um segue o seu rumo;
    arremetem contra lanças, e não
    se detêm no seu caminho.
    Assaltam a cidade, correm pelos muros,
    sobem às casas; pelas janelas
    entram como ladrão.
    Diante deles treme a terra e os céus se abalam." (Jl 2:7-10)

    Não se sabe em que época viveu Joel. O texto não revela o contexto da época. Possivelmente o profeta exerceu o seu ministério antes da invasão assíria que findou a história do reino de Israel em 722 a.C. Outros optam pelo período antes da queda de Jerusalém em 587 a.C, e neste caso "o exército que vem do norte" seria o da Babilônia. Seja como for, o vidente inspirado enxergou além da calamidade militar, e perscrutou os segredos recônditos da futura história do povo de Deus.
    O dia chegará em que o Senhor restabelecerá o seu povo novamente na terra santa com todos os privilégios e bênçãos divinos.

    "Restituir-vos-ei os anos que foram
    consumidos pelo gafanhoto . . .
    Comereis abundantemente e vos fartareis,
    e louvareis o nome do Senhor vosso Deus . . .
    e o meu povo jamais será envergonhado." (Jl 2:25, Jl 2:26)

    O clarividente servo do Senhor reconheceu na promessa da chuva temporã e a seródia algo muito mais sublime do que a restauração da terra devastada pela seca. Para Joel as chuvas representam o derramamento torrencial do Espírito de Deus sobre a humanidade sequiosa. Num trecho luminoso, citado pelo apóstolo Pedro no dia de Pentecostes, Joel prenunciou o glorioso dia em que o Espírito Santo encheria cada coração, dando-lhe sonhos e visões. Qual chuva no sertão em tempo de seca, assim o Espírito do Senhor irriga a alma sedenta do homem. Com Jesus, os céus se abrem para derreter a plenitude do Espírito sobre todo aquele que crê. Feliz o dia para toda a humanidade quando João Batista testemunhou, dizendo:

    "Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele!" (Jo 1:32)

    Cumpriu-se ao pé da letra a profecia de Joel, quando Jesus prometeu a todos:

    "Quem crer em mim, como diz a escritura,
    do seu interior fluirão rios de água viva.
    Isto ele disse com respeito ao Espírito que

    haviam de receber os que nele cressem." (Jo 7:38,Jo 7:39)

    Que maravilha inédita que um simples homem do campo profetizou com exatidão os acontecimentos dos séculos vindouros! Mais maravilhoso ainda é o fato de que vislumbrou fenômenos que acompanharão o desdobramento do drama humano, ainda futuro nos últimos decênios do século XX!

    A promessa do dom do Espírito foi citada por Pedro em At 2:17. Incluiu na citação a profecia sobre os sinais e prodígios que acompanharão o Dia do Senhor:

    "Mostrarei prodígios em cima no céu
    e sinais em baixo na terra: sangue,
    fogo e vapor de fumo.
    O sol se converterá em trevas, e
    a lua em sangue, antes que venha

    o grande e glorioso dia do Senhor!" (At 2:19, At 2:20)

    Não há nenhuma indicação de que o sol se converteu em trevas, ou a lua em sangue, no dia de Pentecostes. Aquela parte da profecia de Joel não se cumpriu no tempo dos apóstolos, nem até hoje. Ainda são acontecimentos futuros. Serão os sinais da vinda de Cristo em poder e glória! Outro profeta, o santo apóstolo João, exilado em Patmos, escreveu anos depois do dia de Pentecostes, sobre a profecia de Joel!

    "Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e
    sobreveio grande terremoto.
    O sol se tornou negro como saco de crina,

    a lua toda como sangue." (Ap 6:12)

    O Espírito de Deus revelou a Joel coisas que aconteceriam mais de vinte e cinco séculos depois! Certamente, o verdadeiro Autor dos livros da Bíblia é o mesmo Espírito de Deus, que inspirou homens santos que, segundo Pedro, "falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" (2Pe 1:21).

    O Dia do Senhor será terribilíssimo. Bem deve o homem pecador tremer com a vinda do Senhor da justiça e da glória. Mas Joel não deixou o homem atormentado pela expectativa da vinda do Juiz do mundo. Anunciou também o caminho da salvação! Pois Deus é amor, e quer o nosso bem, não desejando a morte do ímpio.

    "E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo!" (Jl 2:32)

    Como dizia Santo Agostinho a respeito dos dois testamentos da Bíblia: "O Novo está escondido no Velho, e o Velho explicado no Novo". E aqui, num pequeno livro dum profeta menor, se encontra o mais puro evangelho! Verdade citada séculos depois por Paulo (Rm 10:13), continua sendo verdade. Basta invocar o nome do Senhor Jesus para ser salvo. Para invocá-lo, é preciso crer que ele ressuscitou de entre os mortos. Só assim se pode pedir com palavras a salvação gratuita que ele oferece na sua maravilhosa graça. Nos dias de Joel, como nos de Paulo, e também nos nossos, eis o único caminho da salvação!

    O que começa como notícia de um desastre agrícoIa num quinhão da herança dos israelitas se torna um quadro em miniatura dos acontecimentos globais dos fins dos tempos. Inspirado novamente pelo Espírito de Deus, o vidente Joel ampliou a visão dada no capítulo 2. Rematando a sua mensagem de dimensões cósmicas ele passou a desofuscar mais o futuro remoto. Falou da gigantesca luta entre as nações, reunidas em redor da terra santa. Deus se vingará de todas as injustiças e atrocidades praticadas contra o seu povo (Jl 3:2-6). Será o tempo de guerra mundial, quando as nações forjarão espadas das reIhas de arado, e lanças das podadeiras (Jl 3:10). Somente depois do conflito global haverá paz na terra, a paz do Senhor presente para reinar! O profeta Isaías predissera o tempo da glória futura em termos exatamente opostos:

    "Converterão as suas espadas em relhas de arados, e suas lanças em podadeiras." (Is 2:4)

    O que parece ser contradição na Bíblia se explica pela compreensão da escatologia: primeiro o Armagedom, com a mobilização de todos os recursos para fins bélicos, e depois a vitória final do Senhor, quando a paz voltará à terra em permanência.

    Desde o tempo de Joel, cada geração considera a possibilidade de estar próximo o fim do mundo. No ocaso do segundo milênio da era cristã existe, pela primeira vez na história da raça humana, a possibilidade real de aniquilar-se o homem. Os Estados Unidos possuem mais de 10.000 bombas nucleares. O bombardeiro americano B-52 é capaz de entregar quatro bombas nucleares, equivalentes a 7.385 bombas parecidas com a bomba A lançada sobre Hiroshima! A União Soviética fabrica uma bomba nuclear cada 36 horas. Com este potencial mortífero, essas duas superpotências são capazes de aniquilar toda a vida na terra 15 vezes. Estes fatos nos levam a pensar que a profecia de Joel não tardará a cumprir-se . . .

    Rematando a mensagem da última visão, Joel se projetou até o conflito fatídico do fim dos tempos:
    A possibilidade dessa guerra estourar leva o homem a refletir sobre o porquê da vida, da morte, e do além-túmulo. Morre o homem apenas como animal? Joel lhe deu a resposta.

    "Sabereis que eu sou o SENHOR vosso Deus, que habito em Sião, meu santo monte!" (Jl 3:17)

    A crise do fim do século XX não se resolverá nem pela política internacional, nem pelo progresso científico. O homem moderno precisa buscar a Deus, o Deus de Joel, o Deus da Bíblia. Por mais inteligente que seja, o homem não conseguiu ainda explicar sua própria razão-de-ser, mas conseguiu aumentar seu poder de tal forma que sua auto-destruição é uma possibilidade real. A dimensão espiritual abre-lhe novos horizontes, e o seu espírito, agriIhoado pelo materialismo, sobe finalmente nas asas da fé, para alcançar o mais alto zênite da espiritualidade, olhando para Jesus Cristo, o Senhor do universo. é este mesmo Senhor que o redime pela sua morte expiatória na cruz, ponto central do encontro entre o homem e Deus. O Espírito do Senhor inspirou Joel a salientar esta verdade básica na sua derradeira palavra profética:

    "Eu expiarei o sangue
    dos que foram expiados." (Jl 3:21)

    Abandonando teorias inadequadas para o encontro inevitável com a morte, aceitemos a única solução do problema humano, Jesus Cristo o Senhor e Salvador, que pela sua morte expiou o nosso pecado na cruz, e nos garantiu a vida eterna pela sua ressurreição.

    "Multidões, multidões, no vale da decisão!" (Jl 3:14)


    Dicionário

    Filho

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

    Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

    O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

    Os filhos são doces algemas de nossa alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    [...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

    [...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


    Filho
    1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

    2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

    4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

    5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

    6) Tratamento carinhoso (1

    Joel

    -

    o Senhor é Deus. l. o filho primogênito de Samuel (1 Cr 6.28). Sendo já Samuel de idade avançada, nomeou para juizes de israel a Joel e ao irmão deste, Abias – mas estes, pelo seu procedimento vergonhoso e corrupção na maneira de administrar, fizeram que se produzisse uma mudança de governo, e fosse ungido Saul para rei. Foi pai de Hemã, o cantor (1 Sm 8.2 – 1 Cr 6.33 – 15.17). 2. Príncipe de Simeão (1 Cr 4.35). 3. indivíduo da tribo de Rúben (1 Cr 5.4,8). 4. Chefe de Gade (1 Cr 5.12). 5. Chefe de issacar (1 Cr 7.3). 6. irmão de Natã, e um dos heróis de Davi (1 Cr 11.38). 7. Um levita (1 Cr 15.7,11) – talvez o mesmo que o do nº 8. 8. Um levita (1 Cr 23.8, e 26.22). 9. Príncipe da meia tribo de Manassés, ao ocidente do Jordão – ele viveu no tempo de Davi (1 Cr 27.20). 10. Coatita da tribo de Levi. Ele foi mandado representar a sua tribo, na solene purificação que precedeu a restauração do templo (2 Cr 29.12).11. Judeu que casou com uma mulher estranha (Ed 10:43). 12. o chefe de uma classe de benjamitas, que viveu em Jerusalém depois da volta do cativeiro (Ne 11:9). 13. Profeta e autor do livro que tem o seu nome. É mencionado como ‘filho de Petuel’ (Jl l.1), e nenhuma outra particularidade nos é dada da sua vida pessoal. As freqüentes referências a Jerusalém e a Judá fazem-nos supor que ele era profeta do Reino do Sul, tendo vivido em Jerusalém. (*veja Joel, Livro de).

    1. Além de sua identificação como “filho de Petuel” (Jl 1:1), nada mais se sabe sobre este profeta, nem mesmo sua genealogia. Diferente da maior parte dos outros homens de Deus, ele não vincula seu ministério ao governo de nenhum rei; só se faz algum julgamento sobre sua proveniência com base em evidências internas e muito subjetivas. Portanto, alguns teólogos consideram Joel como um dos profetas mais antigos; uns dizem que ele viveu antes de 800 a.C., embora outros apontem algumas provas de que surgiu após o exílio na Babilônia. Felizmente, a data afeta muito pouco os grandes assuntos abordados por Joel.

    Se a data é incerta, a audiência primária não é: Joel dirige sua mensagem a Judá, o reino do Sul, conforme registram muitas referências (Jl 1:14;2:1-23,32;3:1-6,14-17, 19-21). É provável, portanto, que ele seja natural de Judá, independentemente da época em que ministrou. Sua mensagem é dura, de ira e juízo iminentes, o que constantemente descreve como “o dia do Senhor” (Jl 1:15;2:1-31; 3:14). Este termo, encontrado também em outros livros proféticos, embora bem mais raramente (Is 13:6-9; Ez 30:3; Am 5:18-20; Ob 15; Sf 1:7-14; Zc 14:1), refere-se particularmente à guerra, como atestam as ocorrências do mesmo nome em outros idiomas do Antigo Oriente Médio. Quando o Senhor se manifestar “naquele dia”, virá como guerreiro e juiz, para derrubar os governos da Terra e estabelecer seu próprio reino. Isto sugere que “o dia do Senhor” tem também um aspecto brilhante, pois a derrota do mal torna possível o triunfo da justiça. Portanto, será também um dia de renovação e alegria, pois o Espírito de Deus se manifestará abundantemente sobre todos os seus remidos (Jl 2:28-32); a Terra também se tornará luxuriante e produtiva (2:21-25) e o povo estará bem alimentado (v. 26). Ironicamente, o dia, que é caracterizado pela guerra e pelo derramamento de sangue (Jl 2:3-11; Jl 3:1-3, 12,13), levará a um período de paz sem precedentes na história da humanidade (Jl 3:9-11,17-21).

    O “dia do Senhor” mencionado por Joel foi interpretado por Pedro como o cumprimento em parte do que aconteceu no dia de Pentecostes, em Jerusalém, quando os discípulos de Jesus foram cheios do Espírito Santo (At 2:17-21; cf. Jl 2:28-32).

    Por outro lado, o Novo Testamento usa o sentido mais comum do Antigo Testamento, de ira e juízo (Ap 9:2-9; cf. Jl 2:2-10; Ap 14:15; Ap 18:20; Ap 19:15; cf. Jl 3:13).


    2. Um dos dois filhos do profeta Samuel mencionados pelo nome; serviram como juízes, mas eram corruptos e não contavam com o apoio e a simpatia do povo (1Sm 8:2-5; 1Cr 6:28-33; 1Cr 15:17). É lamentável que neste aspecto Samuel tenha seguido pelo menos parcialmente o exemplo de Eli, pois não controlou seus filhos (veja Hofni e Finéias). A desobediência de Joel e a maneira como perverteu a justiça foram as causas de os “anciãos” de Israel se precipitarem e exigirem que Samuel lhes constituísse um rei.


    3. Líder de um dos clãs da tribo de Simeão, tomou parte nas campanhas militares nos dias do rei Ezequias (1Cr 4:35-41).


    4. Descendente de Rúben, conhecido apenas como o pai de Semaías (1Cr 5:4), ou Sema (v. 8).


    5. Um dos líderes da tribo de Gade; provavelmente viveu no século IX a.C. (1Cr 5:12-17).


    6. Ancestral de Hemã, do clã dos coatitas, da tribo de Levi, listado entre os músicos do Templo. Identificado somente como pai de um certo Elcana (1Cr 6:36; cf. v.33).


    7. Descendente de Issacar, através de Tola e Uzi; era líder de uma família (1Cr 7:2-3).


    8. Um dos chamados “guerreiros valentes” do rei Davi; era irmão de um certo Natã (1Cr 11:38).


    9. Líder de um clã dos descendentes de Gérson, da tribo de Levi, no tempo do rei Davi. Foi indicado para ajudar a levar a Arca da Aliança para Jerusalém (1Cr 15:7-11,12; cf. 23:8; cf. 26:22); não deve ser confundido com o levita Joel mencionado em I Crônicas 6:36 (item 6).


    10. Oficial do exército de Davi, comandante das tropas da meia tribo de Manassés; descrito apenas como filho de Pedaías (1Cr 27:20).


    11. Levita do clã dos coatitas, filho de Azarias, fez parte do grupo incumbido de purificar o Templo, no reinado de Ezequias (2Cr 29:12).


    12. Descendente de Nebo, foi um dos judeus que se casaram com mulheres estrangeiras, após o exílio, e foram forçados por Esdras a se separar delas (Ed 10:43).


    13. Líder de uma província, na época de Neemias, responsável por um grupo de 928 pessoas da tribo de Benjamim, após o retorno do exílio na Babilônia (Ne 11:9). E.M.


    Joel [Javé É Deus] - O autor do livro profético que leva seu nome (v. JOEL, LIVRO DE).

    Palavra

    Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
    14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

    Palavra
    1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


    2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


    3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


    4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


    5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


    Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

    A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

    [...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    [...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    Petuel

    Deus liberta

    Pai do profeta Joel (Jl 1:1).


    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Joel 1: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Palavra do SENHOR, que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.
    Joel 1: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    835 a.C.
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H1697
    dâbâr
    דָּבָר
    discurso, palavra, fala, coisa
    (and speech)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3100
    Yôwʼêl
    יֹואֵל
    filho de Petuel e o segundo dos 12 profetas menores com um livro que recebe o seu
    (was Joel)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H6602
    Pᵉthûwʼêl
    פְּתוּאֵל
    ()
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula


    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    דָּבָר


    (H1697)
    dâbâr (daw-baw')

    01697 דבר dabar

    procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

    1. discurso, palavra, fala, coisa
      1. discurso
      2. dito, declaração
      3. palavra, palavras
      4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יֹואֵל


    (H3100)
    Yôwʼêl (yo-ale')

    03100 יואל Yow’el

    procedente de 3068 e 410, grego 2493 Ιωηλ; n pr m

    Joel = “Javé é Deus”

    1. filho de Petuel e o segundo dos 12 profetas menores com um livro que recebe o seu nome; provavelmente profetizou na época do rei Uzias de Judá
    2. filho mais velho de Samuel, o profeta, e pai de Hemã, o cantor
    3. um líder simeonita
    4. um rubenita
    5. um líder de Gade
    6. filho de Izraías e um líder de Issacar
    7. irmão de Natã, de Zoba, e um dos soldados das tropas de elite de Davi
    8. filho de Pedaías e um líder da meia tribo de Manassés que resideia a oeste do Jordão na época de Davi
    9. um filho de Nebo que retornou com Esdras e casou com uma esposa estrangeira
    10. um benjamita, filho de Zicri
    11. um levita
    12. um levita coatita no reinado de Ezequias
    13. um líder levita gersonita na época de Davi
    14. um levita gersonita, filho de Jeiel e um descendente de Ladã; talvez o mesmo que 13

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    פְּתוּאֵל


    (H6602)
    Pᵉthûwʼêl (peth-oo-ale')

    06602 פתואל P ethuw’el̂

    procedente de 6601 e 410; n. pr. m. Petuel = “visão de Deus”

    1. pai do profeta Joel

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)