Enciclopédia de Levítico 14:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lv 14: 16

Versão Versículo
ARA Molhará o dedo direito no azeite que está na mão esquerda e daquele azeite aspergirá, com o dedo, sete vezes perante o Senhor;
ARC Então o sacerdote molhará o seu dedo direito no azeite que está na sua mão esquerda, e daquele azeite com o seu dedo espargirá sete vezes perante o Senhor;
TB molhará o dedo direito no azeite que está na mão esquerda e com o dedo aspergirá do azeite sete vezes diante de Jeová.
HSB וְטָבַ֤ל הַכֹּהֵן֙ אֶת־ אֶצְבָּע֣וֹ הַיְמָנִ֔ית מִן־ הַשֶּׁ֕מֶן אֲשֶׁ֥ר עַל־ כַּפּ֖וֹ הַשְּׂמָאלִ֑ית וְהִזָּ֨ה מִן־ הַשֶּׁ֧מֶן בְּאֶצְבָּע֛וֹ שֶׁ֥בַע פְּעָמִ֖ים לִפְנֵ֥י יְהוָֽה׃
BKJ e o sacerdote molhará o seu dedo direito no óleo que está na sua mão esquerda, e espargirá do óleo com o seu dedo, sete vezes perante o SENHOR;
LTT Então o sacerdote imergirá o seu dedo direito no azeite que está na sua mão esquerda, e daquele azeite com o seu dedo espargirá sete vezes perante o SENHOR;
BJ2 Molhará o dedo da mão direita no azeite que está na palma da mão esquerda, e com este azeite fará com o dedo sete aspersões diante de Iahweh.
VULG tingetque digitum dextrum in eo, et asperget coram Domino septies.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Levítico 14:16

Levítico 4:6 e o sacerdote molhará o seu dedo no sangue e daquele sangue espargirá sete vezes perante o Senhor, diante do véu do santuário.
Levítico 4:17 E o sacerdote molhará o seu dedo naquele sangue e o espargirá sete vezes perante o Senhor, diante do véu.
Lucas 17:18 Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?
I Coríntios 10:31 Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.

Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Sete (7)

Este número ocupa um lugar de relevância nas leis e costumes judaicos. Os ciclos normais na criação do mundo, o descanso, ou melhor, o reflexo dos atributos emocionais que o ser humano possui: Está intimamente ligado com assuntos sentimentais. Éuma expressão para uma dimensão espiritual. Também alude ao sustento, áj que quando es guarda oShabat (7° dia), cria-se oreceptáculo para o sustento abundante dos demais dias da semana. Todos os sétimos são queridos.



Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

lv 14:16
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 21
CARLOS TORRES PASTORINO
LC 2:40-52

40. E o menino crescia e fortificava-se, enchendo-se de sabedoria, e a benevolência de Deus estava sobre ele.


41. Seus pais iam anualmente a Jerusalém, pela festa da Páscoa.


42. Quando o menino tinha doze anos, subiram eles, conforme o costume da festa;


43. e findos os dias da festa, ao regressarem, ficou o menino Jesus em Jerusalém. sem que o soubessem seus pais.


44. Mas estes, julgando que ele estivesse entre os companheiros de viagem, andaram caminho de um dia, procurando-o entre os parentes e conhecidos;


45. e não no achando, regressaram a Jerusalém à procura dele.


46. Três dias depois o encontraram no Templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os;


47. e todos os que o ouviam, muito se admiravam de sua inteligência e de suas respostas.


48. Logo que seus pais o viram, ficaram surpreendidos, e sua mãe perguntou-lhe: "Filho, por que procedeste assim conosco? Teu pai e eu te procuramos aflitos".


49. Ele lhes respondeu: "Por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devia estar no que é de meu Pai"?


50. Eles porém não compreenderam as palavras que ele dizia.


51. Então desceu com eles e foi para Nazaré e estava-lhes sujeito. Mas sua mãe guardava todas estas coisas em seu coração.


52. E Jesus progredia em sabedoria, em maturidade e em benevolência (amor) diante de Deus e dos homens.


Lucas coloca o regresso a Nazaré logo após a apresentação ao Templo, ignorando por completo qualquer outro acontecimento. Diz-nos ele que o menino crescia e fortificava-se (na parte física) enchendose de sabedoria (na parte intelectual). Alguns manuscritos acrescentam "fortificava-se em espírito". O interessante a notar é que o evangelista salienta que o desenvolvimento da personalidade de Jesus se processava normalmente: não possuía a sabedoria total infusa, mas a adquiria aos poucos. Essa opinião é acatada por certos autores, como Cirilo de Jerusalém (Patrol. Graeca, vol. 75, col. 1332) e Tomás de Aquino (Summa Theologica, III, q. XII, a. 2). Explicam que, como "homem" (como personalidade) Jesus progrediu segundo as leis naturais, crescendo seu conhecimento concomitantemente com o corpo.


A lei mosaica ordenava que todos os homens que chegassem à idade da puberdade deveriam visitar o Templo de Jerusalém três vezes por ano: na Páscoa, no Pentecostes e na festa dos Tabernáculos (EX 23:14-17; EX 34:23 e DT 16:16), preceito que não incluía as mulheres. A ida de Jesus aos doze anos não era ainda obrigatória, de vez que só aos quinze o homem se tornava realmente "israelita" ou "filho do preceito" (bar misheváh).


A festa da Páscoa durava sete dias, finalizando com grande solenidade (EX 12:15 ss; LV 23:5 ss; e DT 16:1 ss). O menino, com doze anos e muita inteligência, não era vigiado. Assim, ao organizar-se o primeiro acampamento à noite, na viagem de regresso, José e Maria deram por falta dele. Não o acharam entre os parentes e amigos. No dia seguinte regressaram a Jerusalém, observando outros grupos que saíam da cidade e não no encontraram durante todo aquele dia, nem mesmo na casa de conhecidos. No terceiro dia, resolveram ir ao Templo, e lá o descobriram, sentado entre os doutores (ou melhor, entre os "mestres" - didáskaloi).


As perguntas que lhes fazia, e as respostas que lhes dava, encheram os velhos mestres de admiração e estupor, em vista da sabedoria muito acima de sua idade, que ele revelava.


Os pais também ficaram atônitos, tanto pela cena que presenciavam, como pelo modo de agir com eles. Vem a frase de repreensão de Maria, que, falando a Jesus a respeito de José (única vez que isto acontece) lhe dá o título de "pai": "teu pai e eu".


Jesus responde. São as primeiras palavras Suas que este Evangelho reporta.


A resposta é incisiva e esclarecedora: ele precisava estar no que era de Seu pai. Há três interpretações da expressão grega έν τοϊς τοΰ πατρό

ς . 1. ª) no que é de meu Pai; 2. ª) na cas8. de meu Pai; 3. ª) nos neg ócios de meu Pai.


Ao regressar a Nazaré, Jesus estava sujeito a seus pais (obediência), desenvolvendo-se gradativamente na parte intelectual (sabedoria), na parte psíquica e emocional (maturidade) e na parte moral e espiritual (benevolência ou amor).


A anotação de Lucas (prescindindo das particularidades narradas por Mateus) ensina-nos que o Homem-

Novo se recolhe à Galileia ("jardim fechado") consagrando-se ao Senhor. Nesse ambiente, o espírito, embora "menino", cresce e se fortifica, enchendo-se de Sabedoria e aprofundando-se cada vez mais em seu coração, conquistando ("tomando de assalto", MT 11:12) o Reino de Deus, e imergindo na benevolência divina que o envolve.


Ao completar doze anos de consagração íntima a Deus, e preparação pessoal, o menino vai pela vez primeira enfrentar o grande centro religioso.


Por que aos "doze anos"? O arcano 12 tem profundo significado: no plano superior simboliza os messias ou enviados; no plano humano exprime o holocausto, o sacrifício de si mesmo em benefício da coletividade. O sacrifício é sempre feito no plano da matéria (os 12 signos zodiacais), que é especializado para a experimentação e provação dos espíritos, único plano cm que estes recebem o impulso indispensável para a subida.


O evangelista anota que Jesus SUBIU para Jerusalém (que significa "visão da paz"). Se é verdade que Jerusalém estava construída no alto de um monte, não o é menos que para "ver-se a paz" verdadeira é mister subir vibracionalmente ao plano do espírito.


Seus pais José e Maria (isto é, os que conseguiram o "nascimento do menino", o intelecto e a intuição) são chamados aos seus afazeres, e DESCEM de Jerusalém para o mundo de lutas (plano advers ário, ou diabólico). Repentinamente, "dão por falta" do Cristo, de quem perderam o contato. Aí come ça ansiosa busca entre parentes e conhecido (talvez voltando ao antigo hábito de orações a santos e guias). Mas não no encontram.


São então forçados a voltar a Jerusalém, a reingressar na "visão da paz", e só depois de algum tempo (três dias) de permanência nesse estado de meditação, é que o surpreendem novamente "no Templo", ou seja, no local sagrado onde habita a Centelha Divina: o coração, "templo de Deus", "Tabernáculo do Espírito Santo".


O intelecto e a intuição alegram-se ao reencontrá-lo, e o recriminam por haver desaparecido. A resposta é exata: "onde me encontraríeis, senão neste templo interior do coração, senão no que é de meu Pai"? Então, para que procurar? Já sabemos todos onde encontrá-lo.


Depois, mais firmes na fé, unidos mais do que nunca ao Cristo Interno, compreendem que deverão voltar ao "mundo" levando-o consigo, sem distrair-se com "parentes e conhecidos". Lidando no mundo sem perder contato com Deus em nossos corações. E é isso o que faz a intuição, que tudo percebeu, e "guardou tudo o que ocorreu em seu coração", em seu registro íntimo.


E no versículo final está resumida toda a ascensão sublime: Jesus progredia no tríplice aspecto: da individualidade (sabedoria), da personalidade (maturidade) e da divindade (benevolência = amor), não só em relação a Deus, como em relação aos homens. É o progresso que temos que perlustrar: avançar sempre, conquistando cada vez mais nos três campos.


SIMBOLISMO CÓSMICO


Acenamos (Visita dos Magos, 5 - O Astro) que O nascimento de Jesus passou a ser comemorado a 25 de dezembro, para conformar-se à data do "nascimento" do sol no solstício do inverno. Aprofundemos as observações - atentos a que estamos sempre referindo-nos ao hemisfério NORTE.


Jesus e comparado ao SOL (que exprime fogo, produzido pela fricção da madeira - era filho de u "carpinteiro" - e, qual o fogo, produz Luz). Eis algumas das datas escolhidas além dessa citada e seu cotejo com os fatos astronômicos:

1. - A concepção de Maria (Virgem) é colocada a 8 de dezembro, quando a constelação Virgo surge nos céus do hemisfério boreal, antes do solstício de inverno.


2. - Nove meses após, o nascimento de Mana é comemorado a 8 de setembro (signo de Virgo), quando a lua surge nessa constelação.


3. - A 25 de março, signo de Aries (Carneiro), festeja-se a anunciação (à concepção de Jesus), exatamente no início da primavera, estação da fecundação geral na Terra, quando em Roma se celebrava à festa de Anna Perenna (recordemos que, pela tradição a mãe de Maria era chamada Ana) ; Anna Perenna era representada pela lua, que se renovava todos os meses. No mês de março também eram comemoradas as concepções em Devanaguy (mãe de Krishna) e em Isis (mãe de Hórus).


4. - Três meses após, recorda-se a visita de Maria a Isabel, a 2 de julho, época em que Maria se oculta, para só reaparecer no nascimento de Jesus. Aí exatamente, no signo de Câncer (Carangueijo) a constelação de Virgo se oculta anualmente sob o horizonte do hemisfério norte, não sendo vista.


5. - A 25 de dezembro, signo de Capricórnio, após haver chegado ao horizonte a constelação de Virgo a 8 de dezembro, comemora-se o nascimento de Jesus (assim como o de Krishna, de Hórus e de Apolo), correspondendo a data à entrada do Sol no solstício do inverno (natalis Solis invicti). O hemisfério boreal celeste apresenta, nessa época, a seguinte configuração: aos pés de Virgo, a cabeça da constelação da Serpente ("a mulher te ferirá na cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar". GN 3:15). A oeste a constelação do Touro e de Orion, com suas três estrelas em fila, em direção a Virgo, representando os "três reis magos". Completa o quadro a constelação do Carneiro, que lembra a homenagem dos "pastores". E justamente o sol inicia sua nova eclíptica na constelação de Virgo (daí Jesus filho da Virgem Maria).


6. - O mês de maio era consagrado, entre os egípcios, a Isis, mãe de Hórus. e entre os romanos a Maia (donde tirou o nome) a deusa da fecundação primaveril do planeta, senão, por isso, entre eles, o mês preferido para os casamentos.


7. - Quando a Terra ingressou no signo de Aries, 2. 000 anos antes de Cristo, o sacrifício religioso típico era o do cordeiro, salientado também na festa da Páscoa. Na época de Jesus ingressou a Terra no signo de Peixes. A palavra "peixe", em grego ІΧΟΥΣ, contém as iniciais da frase "Jesus Cristo, filho de Deus. Salvador" (Іησους Χριστος θεου Υιος Σωτηρ) . E a figura do "peixe" simbolizou Jesus entre os primitivos cristãos. Com Sua vinda, cessaram também os sacrifícios cruentos de cordeiros: pedia-se aos que acreditavam Nele, que se sacrificassem, corrigindo seus vícios. E o ritual para indicar a mudança de vida, a passagem do "homem-velho" (signo de Aries) ao "homemnovo, signo de Peixes), era exatamente imitar a vida dos peixes, mergulhando dentro d’água (batismo). Aos apóstolos diz Jesus que os fará "pescadores de homens" MT 4:19, MC 1:17). E o batismo permaneceu na Terra durante toda a era dos Peixes, oficialmente, como símbolo de admissão na "barca" de Pedro.


LC 3:1-6

1. No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judeia. Herodes tetrarca da Galileia, seu irmão Felipe tetrarca da região da Itureia e Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene,


2. sendo sumos sacerdotes Anãs e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto.


3. E ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando o mergulho da reforma mental para a rejeição dos erros,


4. como está escrito no livro das palavras de Isaías: "Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas I veredas;


5. todo o vale será aterrado e todo monte e cuteiro será arrasado, os caminhos tortos far-se-ão direitos e os escabrosos, planos,


6. e todo homem verá a salvação de Deus". MT 3:1-6


1. Naqueles dias apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia:


2. "Reformai vosso pensamento, porque se aproxima de vós o reino dos céus".


3. Porque é a João que se refere o que foi dito pelo profeta Isaías: "Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas".


4. Ora, o mesmo João usava uma veste de pelo de camelo e uma correia em volta da cintura; e alimentavase de gafanhotos e mel silvestre.


5. Então ia ter com ele o povo de Jerusalém, de toda a Judeia e de toda a circunvizinhança do Jordão.


6. E eram por ele mergulhados no rio Jordão, confessando seus erros.


MC 1:1-6

1. Princípio da Boa Nova de Jesus Cristo.


2. Conforme está escrito no profeta Isaías: "Eis aí envio eu meti anjo ante a tua face, que há de preparar o teu caminho;


3. Voz do que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas",


4. apareceu João Batista no deserto, pregando o mergulho da reforma mental para a rejeição dos erros.


5. E saíam a ter com ele toda a terra da Judeia e todos os moradores de Jerusalém. e eram por ele mergulhados no rio Jordão, confessando seus erros.


6. Ora João usava uma veste de pelo de camelo e uma correia em volta. da cintura, e comia gafanhotos e mel silvestre.


Depois de adiantado o trabalho, já no capítulo 3. º, Lucas dá-nos finalmente apontamentos mais precisos para estabelecermos uma cronologia da vida de Jesus. Estudemos os vários dados históricos fornecidos. 1. º - "No 15. º ano do reinado de Tibério César"

Tibério sucedeu a Augusto, à morte deste, no dia 19 de agosto de 767 de Roma, 14 de nossa era (Dion, 56, 31). Nessa ocasião, assumiu o título de "César", e começou de fato a "reinar".


Segundo essa cronologia, o 15. º ano de seu reinado, na qualidade de César, ocorre de 19-8-28 a 19-8- 29 de nossa era (781 a 782 de Roma). O início da pregação de João ter-se-ia dado nesse ano de 28; o mergulho de Jesus (que contaria então 35 anos) teria ocorrido antes da Páscoa de 29, e sua morte na Páscoa (14 de nisan) do ano 31 de nossa era (784 de Roma) contando Jesus 37 anos de idade.


Há duas variantes na interpretação dessa data: a) diz-se que, de fato, Tibério foi "associado" ao governo de Augusto no ano 11 (764 de Roma).


No entanto, não usava o título de César, nem tampouco assumiu as rédeas do governo, porque não permaneceu em Roma. Com efeito, no ano 7 Tibério partiu para a Dalmácia, levando reforço de tropas a Germânico (Dion, 55, 31); no fim do ano 8 regressa a Roma (Dion, 56:11) aonde chega no início do ano 9, assistindo aos jogos triunfais em sua homenagem (Dion, 56, 1). Na primavera (maio), volta à Dalmácia (Suet., Tib., 16) dirigindo-se, no outono (outubro-novembro) ao Reno (Germânia). No ano 10 Tibério está novamente em Roma, e no dia 10 de janeiro faz a dedicação do Templo da Concórdia (Mommsen, Hist. Rom., 10, pág. 60). Logo após segue para o Reno, assumindo o comando das tropas romanas e passa nessa região todo esse ano e o ano 11 (Mommsen, Hist. RM 9, pág. 61) assim como o ano 12 (Hermann Shulz, Quaestiones Ovidianae, pág. 55). No ano 13 (Schulz, ibidem), em Roma, celebra a 16 de janeiro o triunfo pela guerra da Panonia, recebendo de Augusto, novamente, o poder tribunício sem limite de tempo (Dion, 65, 28). Nessa época e no início do ano 14, Augusto faz o recenseamento ajudado por Tibério (Suet., Oct. 27). A 19 de agosto de 14 Tibério assume o governo, começa a reinar no lugar de Augusto (Dion, 56, 29-31 e Suet., OCt., 100).


Nem para Roma, nem mesmo para as províncias, poderiam ser consideradas essas atividades de Tib ério, sobretudo extra urbem, como "reinado de Tibério César".


Esta 2. ª interpretação anteciparia todas as datas do Evangelho de dois anos, ou seja: a pregação de João e o mergulho de Jesus (que contaria 33 anos) seriam no ano 27, e sua morte no ano 29, tendo Jesus 35 anos (Cfr. Hieron., De Viris, 5; Catálogo Filocaliano e Libri Paschales do 5. º século, in Patrizi, De Evange1is, III, pág. 515).


Essa interpretação foi aceita pelo catolicismo romano, pois em 1929 comemorou com um "Ano Santo" o 19. º centenário da morte de Jesus.


b) Ponderam alguns estudiosos que o ano, na Síria, é computado a partir de 1. º de outubro. E raciocinam que talvez fosse considerado o primeiro ano do reinado o período de 19-8-14 a 1-10-14 (um mês e meio), sendo o período de 1-10-14 a 1-10-15 considerado como o segundo ano de reinado.


Essa interpretação daria um resultado intermediário às datas evangélicas, fixando-se a pregação de João e o mergulho de Jesus (que teria 34 anos) no ano 28, e Sua morte do ano 30 (tendo Jesus 36 anos). Cfr. Fouard, Vie de Jésus, II, pág. 445-448; Wieseler, Chronologische Synopse, pág. 334 e Cáspari, Einleitung, pág. 44; Pirot, Saint Jean Baptiste, pág. 123-127.


Difícil, porém, que um rápido período de pouco mais de um mês tivesse sido considerado como "Primeiro ano". 2. º - "Sendo Pôncio Pilatos Governador da Judeia"

Pôncio Pilatos foi nomeado "procurador" da Judeia, em substituição a Valério Grato, no ano 26 (Josefo, Ant. Jud., 18, 4, 2). No ano 36, Lúcio Vitélio, legado imperial na Síria, enviou Pilatos a Roma, por causa de acusações, cuja defesa não foi aceita por Calígula (Josefo, Ant. Jud., 18, 6, 10), que nomeou Marulo para substituí-lo. A cidade de residência dos procuradores romanos era Cesareia de Filipe. 3. º - "Herodes, tetrarca da Galileia, seu irmão Filipe, tetrarca da região de Itureia e Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene" O título de "tetrarca" havia muito não designava mais o governador de um reino dividido em quatro, tanto que Antônio conferiu esse título, em 41 A. C., a Herodes o Grande, governador único da Palestina.


Todavia, à morte deste (4 A. C.), a região resultou mesmo dividida em quatro partes, sendo seus governantes: I - Arquelau, filho de Herodes o Grande e da samaritana Maltace. Recebeu, com o título de "etnarca", a Judeia, a Iduméia e a Samaria. que ele governou só dez anos: em vista de sua crueldade, foi exilado no ano 6 de nossa era para a cidade de Viena nas Gálias. Por seu afastamento, seu território passou a ser governado pelo procurador romano.


II - Herodes Antipas (ou Antípater), irmão do precedente, foi feito herdeiro por seu pai, com o título de tetrarca da Galileia e da Peréia, que governou até cerca do ano 39, quando foi exilado com sua esposa Herodíades, por Calígula, para Lyon, nas Gálias, tendo falecido na Espanha (Josefo, Ant. Jud., 18,7,2).


III - Herodes Felipe, filho de Herodes o Grande com Cleópatra de Jerusalém, foi, de 4 A. C. até 32 A. D., tetrarca da Batanéia, Traconites, Auranítides, Gaulanítides e Panéias, cidade que ele reconstruiu com o nome de Casareia de Felipe. Lucas cita apenas as duas regiões extremas.


IV - Lisânias, filho de Lisânias I, que reconquistou sua tetrarquia à morte de Herodes o Grande, governando Abilene, no Anti-Líbano, a oeste de Damasco, limite extremo-norte do ministério de Jesus. 4. º - "Sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás"

Anás (Hannah ou Ananus) era sumo-sacerdote desde o ano 6 A. C. e foi deposto em 15 A. D. por Valério Grato, governador da Judeia, que nomeou em seu lugar Ismael, filho de Fabi; em 16, Eleazer, filho de Anás, sucede a Ismael; em 17 é sumo sacerdote Simon, filho de Kamit; e em 18 sucede-lhe José, chamado Caifás, genro de Anás. Caifás manteve o cargo ininterruptamente, até 36, quando foi deposto por Vitélio. Como sogro de Caifás, Anás ter-se-lhe-ia agregado, exercendo grande influência sobre ele, a ponto de Lucas citar os dois como Pontífices Supremos, quando, por lei, deveria haver um.


Entramos, agora, nos textos equivalentes dos sinópticos, com pequeníssimas variantes.


"Veio a João a palavra de Deus", ou seja, chegou-lhe a inspiração do Alto. O deserto de Judá (Juízes 1:16) estendia-se ao sul de Arad, a leste de Bersabé. Mas o deserto da Judeia era a planície de Jericó.


João vivera retirado, entre os essênios, dos quais guarda as características, inclusive o hábito da purifica ção pela água.


Havia três tipos de "ablução" entre os judeus: l. ª) as prescritas pela Lei Mosaica em LV 14:1-32 (em caso de lepra), em LV 15:1-33 (após as relações sexuais) e em LV 11:24-27 (após tocar um cadáver). 2. ª) os "batismos" (mergulhos) essênios, para iniciação de novos membros, que se tornavam "iniciados" ou "purificados" (catharói), 3. ª) O "batismo" dos prosélitos judeus, que vinham do paganismo, e que conhecemos através de uma discussão entre as escolas de Hillel e de Chamai, e que parece ter sido um rito bem firmado já um século antes de nossa era. No 1. º século de nossa era, por influencia da escola de Hillel, tornou-se o rito de iniciação por excelência.


João não permanece parado, mas percorre toda a circunvizinhança do Jordão, pregando "o mergulho da reforma mental".


A palavra "batismo" significa realmente "mergulho", e o verbo "batizar" tem o sentido exato de "mergulhar" . Não é possível outra interpretação, da letra que é bastante clara.


O termo vulgarmente traduzido por "arrependimento" (metánoia) tem o sentido preciso de "reforma mental" (metá e noús). Não é, pois, um arrependimento no sentido de "chorar o mal que praticou", mas sim a modificação radical dos pensamentos, da mente, e do comportamento: a reforma mental.


A expressão είς άφεσιν άµαρτιώυ, geralmente traduzida "para remissão dos pecados", tem, na realidade, o sentido de "’para rejeição dos erros", Com efeito άφεσις é rejeição, repúdio, afastamento; e
άµαρτιώ

ν tem o significado muito mais vasto que pecados": é o erro em geral, qualquer erro. Pelos demais textos do Novo Testamento, verificamos que esse é o melhor sentido para essa expressão.


Interessante observar que Mateus emprega constantemente (31 vezes) "reino dos céus", que nos demais evangelistas aparece como "reino de Deus" (que Mateus só usa 4 vezes). Ambas se equivalem.


Como o nome Inefável não devia ser pronunciado, a ele se substituía a palavra Céus, no plural (no hebraico, shamaim e no aramaico shemata só havia a forma do plural). Mateus, mais arraigadamente judeu, evitava o emprego do tetragrama, escrúpulo abandonado pelos outros escritores.


O texto é de Isaías (40:3), extraído dos Septuaginta, e em Lucas aparece mais completo 40:3-3. Isaías referia-se literalmente à intervenção de Ciro, com seu edito de 538 A. C., considerado um messias, por haver salvo os israelitas do cativeiro da Babilônia. Mas Lucas emite a primeira parte do versículo 5, que, completo, diz: "e a Glória de Yahweh se manifestará e toda carne (todo homem) juntamente o verá".


Marcos, sob o nome de Isaías cita no versículo 2 o texto de Malaquias (Malaquias 3:1), com o qual emenda a cita ção de Isaías.


O que diz Malaquias confirma que João Batista é a reencarnação de Elias. E as palavras de Isaías referem o que se costumava fazer para preparar o caminho dos reis que iam visitar as cidades de seu reino: tornar mais retas as veredas, aterrar os vales, aplainar os montes e outeiros, tirar as pedras do caminho, etc. Tudo isso pode ser interpretado moralmente, no sentido de preparar os homens para receber as verdades que Jesus viria pregar.


Mateus e Marcos dão-nos a descrição física do arauto. Usava uma veste de "pelo de camelo". A palavra veste compreende as duas peças principais, a túnica e o manto. A túnica era presa aos rins por um cinto de couro.


Esse era exatamente o trajo de Elias, que trazia um cinto de couro para. prender a túnica de pelo de camelo (2RS 1:7-8) e além disso levam-nos a confirmar a crença de que João era realmente essênio.


Quanto à alimentação, fala-se em gafanhotos e mel silvestre. Os beduínos e nômades de Amman e de Petra ainda hoje utilizam esse alimento casualmente: tiram a cabeça, as patas e as asas, assam o gafanhoto sobre brasas, e dizem que não é desagradável ao paladar.


Mateus afirma que muitos eram mergulhados, "confessando seus erros", coisa que se explica pela exaltação religiosa, não rara em movimentos de alto teor místico.


O estudo do simbolismo leva-nos a várias conclusões.


Em primeiro lugar verificamos que as anotações de datas e cronologias são dadas em relação a João, e não a Jesus. Com efeito, João representa a personalidade, que ainda está sujeita a tempo e espaço, ao passo que Jesus, a individualidade, transcende tudo isso e vive na eternidade sem datas e sem pontos de referência.


Anotemos de passagem o simbolismo de alguns dos nomes citados. Além de João (Yohânan = Yahweh é favorável), temos uma descrição rápida do ambiente em que João começou o ministério da pregação. O governador supremo o "César", era a figuração de Roma, representada pelo Rio Tibre (Tiber

—Tibérius) e seu representante, lançado como uma ponte (Pontius) armada (Pilatus = armado d "pila", uma arma romana), dominava a religião (Judeia = louvor a Deus); Herodes, o idumeu (edom = vermelho, sangue), domina a região fechada (coração, Galileia) e o amigo dos cavalos (Felipe) na região rude e árida (Traconites); mas aquele que dissipa a mágoa (Lisânias) governa a planície verdejante (Abilene). Como superiores religiosos oficiais a graça (Anás) dominado pelo opressor (Caif ás). Esse o painel confuso da Terra, quando a grande personalidade de João inicia sua missão de Precursor: uns poucos bem intencionados, mas a maioria vivendo, por ignorância, na maldade e no materialismo.


Nessa situação, vem ao arauto a "palavra de Deus (não se trata do Lagos, palavra ativa, principio criador, mas de REMA, palavra discursiva, articulada, que dá ordens), incitando-o a dar início à ação.


A personalidade não é influenciada pelo Logos, que apenas atua na individualidade (coração).


João (a personalidade) falava ainda no deserto de individualidades, exortando as criaturas ainda no lano animalizado à reforma mental, a fim de renunciarem à inferioridade e renascerem pela água, em nova personalidade (da mesma forma que o renascimento do corpo se efetua através do mergulho no líquido amniótico do ventre materno). O "mergulho", pois é um renascer simbólico, como se a criatura entrasse no ventre materno da Mãe Terra e de lá saísse purificado dos erros das existências anteriores, nova criança, homem renovado.


Todas as arestas precisam ser aparadas, os excessos amputados, as deficiências preenchidas, retificadas as veredas das intenções, afastadas as pedras, embotados os espinhos, para que a personalidade possa elevar-se, vendo a salvação que vem de Deus e atingindo assim, através do ingresso no "reino dos céus", isto é, do viver na individualidade, a capacidade de aprender os ensinos de Jesus.


Todos os que já estavam no plano do "louvor a Deus" (Judeia) e na "visão da paz" (Jerusalém) ouviam a voz a clamar e iam em busca do mergulho para o novo nascimento. Só quando a criatura atinge determinado grau de maturidade e que pode ouvir o apelo divino; porque toda reforma e toda melhoria em que vir de dentro para fora: o chamado deve ecoar no coração, para que este possa responder com honesta sinceridade.


lv 14:16
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 21
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 8:2-4


2. E aproximando-se um leproso prostrou-se diante dele dizendo: "Senhor, se quiseres podes limpar-me"


3. E estendendo a mão Jesus tocou-o dizendo: "Quero, fica limpo". No mesmo instante ficou limpa sua lepra.


4. Disse-lhe Jesus: "Olha, a ninguém o digas, mas vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho".


MC 1:40-45


40. Chegou a ele um leproso e, pedindo de joelhos, disse: "Se quiseres, podes limparme".


41. Compadecendo-se Jesus, estendeu a mão e tocou-o, dizendo: "Quero, fica limpo".


42. No mesmo instante desapareceulhe a lepra e ficou limpo.


43. Advertindo-o energicamente, logo o despediu,


44. dizendo: "Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote o oferece-lhe pela tua limpeza o que Moisés ordenou, para lhes servir de testemunho".


45. Mas ele, ao sair dali, começou a anunciar muitas coisas e a divulgar o Palavra, de modo que (Jesus) já não podia entrar abertamente numa cidade, mas ficava fora, em lugares desertos; e de todos os lados iam ter com ele.


LC 5:12-16


12. E aconteceu, então, estar ele em uma das cidades, e eis um homem cheio de lepra, vendo Jesus, caiu de rastros e rogou-lhe: "Senhor, se quiseres, podes limpar-me".


13. Estendendo a mão, Jesus tocou-o dizendo: "Quero, fica limpo". E no mesmo instante desapareceu-lhe a lepra.


14. Ordenou-lhe Jesus a ninguém falasse, mas: "vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta pela tua limpeza, conforme ordenou Moisés, para lhes servir de testemunho".


15. Porém a palavra (fama) a respeito dele cada vez mais se divulgava e grandes multidões afluíam para ouvi-lo e serem curados de suas enfermidades;


16. mas ele retirou-se para os desertos a orar.


Um dos fatos mais impressionantes da narrativa evangélica é a purificação desse leproso, que se entrega totalmente ao arbítrio de Jesus, demonstrando a confiança mais ilimitada, e deixando toda a ação ao critério do Mestre: "se queres"... Nada pede: apresenta o fato e confessa sua convicção íntima de que sua limpeza depende exclusivamente da vontade de Jesus. No dizer de Marcos, Jesus se comove com essa expressão de simplicidade e confiança, e responde também laconicamente, mas unindo a ação às palavras: "quero". Sem temer as prescrições legais que o proíbem, toca o leproso com sua mão, e ao invés de tornar-se impuro legalmente, purifica-o da lepra: "fica limpo".


A lepra era um dos grandes flagelos da Palestina a essa época, sobretudo a que eles chamavam "lepra branca", por causa das manchas brancas que se focalizavam na pele, transformando-se posteriormente em inchações, acabando por caírem os membros aos pedaços. Hoje é mais conhecida como "leonina", em vista das deformações faciais.


O leproso era afastado do convívio dos centros habitados, sendo expulsos para lugares desertos. Era obrigado a gritar, à aproximação de gente: "tamê, tamê" (impuro, impuro). Realmente, a lepra era considerada mais uma impureza que uma doença (cfr. Lev. cap. 13 e 14), tanto que o leproso pede que Jesus o purifique, e não que o cure.


Embora considerada incurável, Moisés estabelece um ritual para esse caso (LV 14:2 a 32): ao ficar purificado, deveria oferecer em sacrifício, se fosse rico, uma ovelha e dois cordeiros e, se pobre, um cordeiro e duas rolinhas. Verificada a purificação pelos sacerdotes, o ex-leproso retomava sua posição na sociedade.


Não podendo entrar na cidade, o leproso aguarda Jesus na estrada e, ao vê-lo passar, lança seu apelo sincero e patético, humildemente prostrado com o rosto em terra.


Logo após a cura, Jesus adverte-o "severamente" que nada conte a ninguém do que ocorreu, e manda-o fazer a oferta ritual e apresentar-se aos sacerdotes para verificação da cura. Afirmam os exegetas que esses constantes apelos de Jesus de nada dizerem os beneficiados, prende-se ao "segredo messiânico"; no entanto, vemos nisso apenas a natural modéstia dos Espíritos Superiores, que não proclamam, nem gostam que os outros o façam, sua superioridade sobre as demais criaturas.


Lucas mais uma vez anota que Jesus se retirou para orar.


Essas curas, narradas com pormenores pelos evangelistas, parece terem sido escolhidas com intuito de esclarecer ensinamentos preciosos, relativos ao modo de agir com aqueles que se encontram nos diversos graus evolutivos, resgatando erros do passado ou fixados nos vícios do presente.


De cada um falaremos em seu lugar.


Mas de qualquer forma anotemos que as curas assim salientadas referem-se a: cegueira, surdez, atrofia, corcunda, hidropisia, hemorragia, paralisia e lepra. Algumas correspondem a males do duplo etérico (nervos) como a corcunda (desvio dos ossos), a atrofia (ressecamento dos músculos) e a paralisia (afrouxamento dos nervos).


Outras dizem respeito ao corpo astral, quais a hidropisia (excesso de água), a hemorragia (perda de sangue) e a lepra (apodrecimento dos tecidos).


E duas referem-se ao intelecto: a surdez (incapacidade de receber, causada pelo orgulho que incha e nada recebe de fora) e a cegueira (incapacidade compreender, causada pela vaidade que obumbra o raciocínio).


Todas elas se refletem no corpo físico, o veículo mais externo e mais denso da personalidade, moldado pela mente de cada um, segundo sua própria capacidade modeladora.


Neste caso particular, encontramos uma personalidade que, diante do sofrimento agudo e prolongado, conquistou a humildade e reconheceu-se "imundo". Verificou que se achava carregado de fluídos pesados que se exteriorizavam no corpo físico, e então volta-se para a individualidade, para o Espírito, e confessa que, se ele, o Espírito, o quiser, poderá limpá-lo.


A técnica da purificação do corpo astral obedece à mesma técnica da purificação do corpo físico denso.


Pela alimentação agregamos a nós fluídos alimentícios. Destes, o que é aproveitável, é assimilado ao corpo, como músculos, ossos, sangue, etc. Mas todos os detritos são expelidos através dos órgãos excretores. Assim, quando o corpo astral se "alimentou" de pensamentos (palavras ou ações), tudo o que neles houver de bom é assimilado como experiência e aprendizado; mas todos os fluídos mentais pesados e nocivos são expelidos pelo órgão excretor do astral, que é exatamente sua condensação na matéria, o corpo físico. Então, os fluídos pesados são evacuados através de chagas, pústulas, furúnculos, úlceras, canceres, lepra, etc. Verificamos, pois, que qualquer dessas modalidades que, no dizer do povo, "purificam o sangue", também, na realidade, purificam o corpo astral (que anima o corpo justamente através da circulação sanguínea: daí serem chamados "animais" aqueles que já possuem o corpo astral desenvolvido, e, portanto, já utilizam um sistema circulatório eficiente e tanto mais completo, quanto mais desenvolvida for sua alma (ou corpo astral). A evacuação dos fluídos pesados é feita atrav és do corpo denso e sobretudo através dos tecidos epiteliais, externos ou internos. Então compreendemos que essas "doenças" são necessárias para nossa limpeza, e indispensáveis ao nosso progresso, sendo, por conseguinte, de suma utilidade para nossa evolução. Quando a limpeza está terminada, a doença cessa. Mas, por vezes, a quantidade de matéria fecal astral é tão grande, que mais de uma exist ência terrena é consumida em sua evacuação. Daí o grave engano dos que pedem a cura, quando deviam pedir a purificação, por mais dolorosa que fosse, tal como nos ensina a lição evangélica do leproso de Cafarnaum.


Quando, pois, a personalidade atinge esse grau de compreensão e recorre ao Cristo Interno, este toma a iniciativa de limpara personalidade do resultado cármico dos vícios do passado delituoso. No entanto, não é "de graça": há mister trabalhar em setores estabelecidos para cada um, de acordo com seus casos particulares.


No caso deste leproso (desta personalidade que havia esgotado o resgate cármico) a ordem é apresentar-se ao sacerdote e cumprir o ritual, ou seja, seguir ainda a trilha de uma religião ritualística, indispensável por enquanto a ele para evolução do próprio "espírito". Não lhe seria possível passar do estado em que se encontrava, para um ascetismo avançado, porque a evolução não dá saltos.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Levítico Capítulo 14 do versículo 1 até o 57
2. A Lei da Purificação (Lv 14:1-57)

Esta seção é dividida em duas partes. A primeira trata da lei regular de purificação para o leproso. A segunda diz respeito aos pobres que não podem cumprir as exigências habituais para a purificação. Uma terceira seção prescreve o ritual para a purificação de uma casa, e em seguida, apresenta as instruções para o diagnóstico de casas "leprosas".

a) O ritual regular de purificação (14:1-20). O procedimento apresentado aqui em detalhes lembra a consagração dos sacerdotes (caps. 7-9) e o ritual para o Dia da Expi-ação (cap. 16). Da mesma forma que houve o dia em que o leproso foi declarado imundo, agora há um ritual e tempo apropriados para a restauração do leproso à comunidade. Este ritual não era considerado meio de purificação, mas servia para atestá-la.

O indivíduo que tinha a doença era levado ao sacerdote, que o encontrava fora do arraial (2,3). O leproso não podia entrar no acampamento até que fosse declarado lim-po. Se o sacerdote constatasse que a doença desaparecera, o imundo tinha de levar duas aves, um pau de cedro, carmesim e hissopo (4). Uma das aves seria morta num vaso de barro sobre águas vivas (5; "correntes", ARA). A ave viva (6), o pau de cedro, o carmesim e o hissopo seriam submersos no sangue da ave que foi degolada sobre as águas vivas (ou correntes). Com estes, o sacerdote tinha de aspergir o imundo sete vezes (7). Depois, o sacerdote tinha de declarar o homem limpo e soltar a ave viva em campo aberto. O homem que fora imundo tinha de lavar as vestes, raspar os pêlos e cabelos, tomar banho e permanecer fora da sua tenda por sete dias (8). No sétimo dia (9), ele tinha novamente de raspar todos os pêlos e cabelos, lavar as vestes, lavar o corpo cuidadosamente e ser restabelecido à família e à sociedade.

No dia oitavo (10), o sacerdote que faz a purificação tinha de oferecer sacrifí-cios por quem fora imundo. Era a série total de sacrifícios levíticos: oferta pela culpa, oferta pelo pecado, holocausto e oferta de manjares. Três dízimas (10) é "6,6 litros" (VBB) ; um logue é "meio litro" (VBB). Do sangue (14) da oferta pela culpa, o sacerdo-te tinha de colocar sobre a ponta da orelha direita, sobre o dedo polegar da mão direita e no dedo polegar do pé direito do indivíduo a ser declarado limpo. Observe a semelhança do ritual para o restabelecimento do leproso com o usado para a consagração do sacerdote (8.23,24). Em seguida, o sacerdote tinha de aspergir o azeite diante do Senhor por sete vezes (16), besuntar de azeite a ponta da orelha direita, o polegar da mão direita e o polegar do pé direito, como fizera com o sangue (17), e derramar o restante do azeite sobre a cabeça da pessoa que estava sendo declarada limpa (18).

O propósito de tal cerimônia complicada era restaurar o indivíduo a seu lugar entre o povo do concerto de Deus. Tendo sido excluído da comunidade e da adoração, agora estava sendo reintroduzido no reino sacerdotal que se esperava que Israel fosse. Verificamos a seriedade da separação da comunidade nos detalhes deste ritual de restauração.

É comum as pessoas compararem a lepra ao pecado e considerarem esta passagem uma parábola. A lepra é insidiosa (raramente sendo percebida em seu começo), progres-siva, penetrante, amortecedora, repugnante e isoladora.' O caminho de volta à comu-nhão exigia expiação e consagração. O homem não foi feito para tal separação, e é obriga-ção da igreja abrir o caminho de volta para a pessoa que foi excluída.

  • O ritual para os pobres (Lv 14:21-32). Aqui, como em outros lugares, a legislação levítica faz ajustes para as ofertas do pobre (21). Duas rolas ou dois pombinhos (22) substituíam o holocausto e a expiação do pecado ("oferta pelo pecado", ARA) ; a dízima de um efa de farinha (21; "3,3 litros" segundo a VBB; cf.comentários no v. 10) servia para a oferta de manjares. A expiação da culpa (24; "oferta péla culpa", ARA) não foi diminuída. É lógico que esta era a condição mínima para a restauração à comunhão até para a pessoa mais pobre. Certas condições devem ser satisfeitas por todos.
  • A lepra nas casas (Lv 14:33-57). É significativo que esta orientação seja dada antes do futuro estabelecimento de Israel em Canaã. A passagem dá testemunho da promessa feita a Abraão (e.g., Gn 12:7-13.17). A praga (34), provavelmente, é o desenvolvimento de fungos ou liquens. Sua fonte é divina (34b). A origem da lepra não estava relacionada a um espírito maligno. O Antigo Testamento dá pouca importância às causas secundá-rias e não atribui estas condições a um rival demoníaco do Senhor.
  • O homem que suspeitasse haver lepra em casa (35), tinha de chamar o sacerdote. Se houvesse dúvida, todas as mobílias deviam ser retiradas imediatamente da casa (36), para que não ficassem contaminadas e tivessem de ser destruídas. Covinhas (37, riscas; cf. ARA) de cor verde ou vermelha seriam as marcas indicadoras da lepra. Se estivessem presentes, a casa devia ser fechada por sete dias (38). Se a praga se espa-lhasse, as pedras contaminadas teriam de ser removidas para fora da cidade num lugar imundo (40). A casa seria raspada (41) e as raspas levadas para fora. Então, reconstruiriam a casa. Se a praga voltasse (43), a construção seria declarada imunda (44), demolida e os destroços levados para um lugar imundo (45). Todo aquele que entrasse na casa quando estivesse fechada seria imundo até à tarde (46). Quanto à frase lepra roedora (44), ver comentários em 13.51.

    O ritual para a purificação requeria duas aves, um pau de cedro, carmesim e hissopo (49). O cedro, o hissopo, o carmesim e uma ave viva seriam imersos "no sangue" (51, ARA) da ave degolada e nas águas vivas (15; "águas correntes", ARA). Com tudo isso, a casa seria aspergida sete vezes. A ave viva era, então, solta no campo. Desta maneira, a expiação era feita pela casa (53). O capítulo conclui com um breve sumário (54-57).

    D. A IMPUREZA CERIMONIAL CAUSADA POR FLUXOS 15:1-33

    Este capítulo trata das emissões dos órgãos genitais e a conseqüente impureza. A palavra carne (2) é usada eufemicamente para se referir aos órgãos sexuais. O texto examina quatro categorias: as emissões anormais (patológicas) dos homens (2-15) ; as emissões sexuais normais dos homens (16-18) ; o fluxo menstrual normal das mulheres (19-24) ; e os fluxos sangüíneos anormais das mulheres (25-30).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Levítico Capítulo 14 do versículo 1 até o 50
    *

    14:2

    purificação. Essas cerimônias, realizadas pelos sacerdotes, não curavam enfermidades cutâneas. Uma pessoa enferma chegava à presença de um sacerdote depois que fosse curada (Lc 5:14). A tarefa do sacerdote era de tornar a pessoa que tinha sido excluída do acampamento de Israel, de seu povo e de Deus, cerimonialmente limpa. Através dessas purificações cerimoniais, que aconteciam em dois estágios, separados por uma semana, o indivíduo enfermo era restaurado à comunhão com Deus e com o seu povo.

    * 14.3-8

    O primeiro estágio da purificação acontecia fora do acampamento. O homem tomava um banho e lavava suas roupas, e então se barbeava. Eram então tomadas duas aves. O sangue de uma delas era usado para purificar o homem. A morte dessa primeira ave sugeria o fim da vida antiga do homem fora do acampamento, e o vôo para a liberdade, da outra ave, retratava a sua libertação dos efeitos da enfermidade. E então o homem podia entrar novamente no acampamento.

    * 14.9-20

    No segundo estágio da purificação, o indivíduo israelita era levado de volta à plena comunhão com Deus. As cerimônias, nesse caso, assemelhavam-se à consagração de um sacerdote (cap. 8). O israelita era então molhado com sangue em algumas partes específicas do seu corpo e ungido com azeite, o qual estava ligado ao altar, o símbolo da presença de Deus. Uma variação desse procedimento de restauração estava prescrita para os pobres, nos vs. 21-31.

    * 14.34-57

    Esta passagem adapta princípios de diagnóstico (13 47:58) e de purificação (14.1-7) ao problema da "praga" (míldio ou caruncho) nas casas. Esse problema teria surgido após o estabelecimento de Israel na terra de Canaã (v. 34).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Levítico Capítulo 14 do versículo 1 até o 57
    14:34, 35 Esta praga de lepra era podridão seca ou cristais minerais que afetavam as paredes de pedra. Havia procedimentos específicos para a limpeza de roupas e edifícios afetados por esta praga de lepra. A lei o exigia absolutamente (vv. 44-57). por que era tão perigoso este tipo de lepra? Porque este cogumelo podia estender-se rapidamente e promover enfermidades. portanto era importante comprovar seu crescimento a maior brevidade. Em casos extremos, se o cogumelo tinha causado suficiente dano, as roupas eram queimadas ou a casa destruída.

    14.54-57 Deus disse aos israelitas como diagnosticar a lepra e a praga da lepra para acautelá-la ou tratá-la. ditaram-se estas leis para a saúde e o amparo do povo. E ajudaram aos israelitas a evitar enfermidades que eram sérias ameaças naqueles tempos e lugar. Mesmo que não compreendiam as razões médicas para tais leis, sua obediência os fez mais saudáveis. Muitas das leis de Deus puderam ter parecido estranhas aos israelitas. Entretanto, ajudaram-nos não só a evitar a contaminação física, mas também também a infecção moral e espiritual.

    A Palavra de Deus nos segue proporcionando um patrão para viver uma vida física, espiritual e moralmente saudável. Possivelmente não sempre entendamos a sabedoria das leis de Deus, mas se as obedecemos, prosperaremos. Significa isto que temos que seguir as restrições alimentícias e de saúde do Antigo Testamento? Em geral, os princípios básicos de saúde e de higiene seguem sendo práticas saudáveis, mas seria legalista, se não equivocado, aderir hoje a cada uma destas restrições específicas. Algumas destas regulações tinham o propósito de diferenciar aos israelitas da gente má que os rodeava. Outras se deram para evitar que o povo de Deus se visse envolto em práticas pagãs, um dos problemas mais sérios daqueles dias. Inclusive outras se referem às quarentenas em uma cultura onde os diagnósticos médicos exatos eram impossíveis. Hoje em dia, por exemplo, os médicos podem diagnosticar as diferentes forma de lepra e identificar as que são contagiosas. Os métodos de tratamento melhoraram notavelmente, e a quarentena por lepra é raramente necessária.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Levítico Capítulo 14 do versículo 1 até o 57
    d. Limpeza e Restauração do Leper (14: 1-32)

    1 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 2 Esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: será levado ao sacerdote, 3 e o sacerdote sairá fora do arraial; e o sacerdote o examinará; e eis que, se a praga da lepra ser curado no leproso, 4 então sacerdote ordenará a tomar por aquele que tem de purificar-se duas aves vivas e limpas, e madeira de cedro, e carmesim, e hissopo: 5 eo sacerdote mandará matar uma das aves num vaso de barro sobre águas vivas. 6 Quanto a ave viva, ele a tomará, eo pau de cedro, o carmesim, e hissopo, e deve mergulhá-los com a ave viva no sangue da ave que foi imolada sobre as águas vivas: 7 e espargirá sobre aquele que tem de purificar-se da lepra sete vezes, e o declarará limpo, e soltará a ave viva para o campo aberto. 8 E aquele que se há de purificar lavará as suas vestes, e raspar todo o cabelo, e se banhará em água; e ele será limpo; e depois que ele deve entrar no acampamento, mas ficará fora da sua tenda por sete dias. 9 E será que no sétimo dia, que ele deve raspar todo o cabelo da sua cabeça e sua barba e seu sobrancelhas, mesmo todo o seu cabelo, ele deve raspar: e ele lavará as suas vestes, e se banhará o seu corpo em água, e ele será limpo.

    10 E no oitavo dia tomará dois cordeiros sem defeito, e uma cordeira de um ano, sem defeito, e três décimos de efa de flor de farinha para oferta de cereais, amassada com azeite e um log de óleo. 11 E o sacerdote que faz a purificação apresentará o homem que se há de purificar, e aquelas coisas, perante o Senhor, à porta da tenda da congregação. 12 E o sacerdote tomará um dos cordeiros, e oferta -lo para uma oferta pela culpa, eo logue de azeite, e moverá por oferta movida perante o Senhor: 13 e ele deve matar o cordeiro no lugar em que se imola a oferta pelo pecado e do holocausto, em o lugar do santuário; porque, como a oferta pelo pecado pertence ao sacerdote, assim é a oferta pela culpa:. santíssimo é 14 E o sacerdote tomará do sangue da oferta pela culpa, o sacerdote o porá sobre a ponta da orelha direita daquele que se há de purificar, e no dedo polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito. 15 E o sacerdote tomará do logue de azeite, e deite-o no palma da sua própria mão esquerda; 16 e o sacerdote molhará o dedo direito no azeite que está na sua mão esquerda, e espargirá do azeite com o dedo sete vezes perante o Senhor. 17 E do restante do azeite que é em sua mão, o sacerdote porá sobre a ponta da orelha direita daquele que se há de purificar, e no dedo polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito, por cima do sangue da oferta pela culpa: 18 e o resto do azeite que está na mão do sacerdote porá sobre a cabeça daquele que se há de purificar; assim o sacerdote fará expiação por ele perante o Senhor. 19 E o sacerdote oferecerá a oferta pelo pecado, e fazer expiação por aquele que tem de purificar por causa a sua imundícia; e depois imolará o holocausto; 20 e o sacerdote oferecerá o holocausto ea oferta de cereais sobre o altar; assim o sacerdote fará expiação por ele, e ele será limpo.

    21 E, se for pobre, e não pode ficar tanto, então ele tomará um cordeiro para oferta pela culpa de ser movimento, para fazer expiação por ele, e uma décima parte de um efa de flor de farinha amassada com azeite, para uma oferta de cereais, e um logue de azeite, 22 e duas rolas ou dois pombinhos, como ele é capaz de obter; e dos quais um será oferta pelo pecado, eo outro holocausto. 23 E no oitavo dia os trará, para a sua purificação, ao sacerdote, à porta da tenda da congregação, perante o Senhor: 24 e o sacerdote tomará o cordeiro da oferta pela culpa, eo logue de azeite, eo sacerdote moverá por oferta movida perante o Senhor. 25 E ele deve matar o cordeiro da oferta pela culpa; e o sacerdote tomará do sangue da oferta pela culpa, e colocá-lo sobre a ponta da orelha direita daquele que se há de purificar, e no dedo polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito . 26 E o sacerdote derramará do azeite na palma da sua própria mão esquerda; 27 eo sacerdote polvilhe com o dedo direito algum do azeite que está na mão esquerda, sete vezes perante o Senhor: 28 e o sacerdote porá do azeite que está na sua mão sobre a ponta da orelha direita daquele que se há de purificar, e no dedo polegar da sua mão direita, e sobre o dedo polegar do seu pé direito, em cima do lugar do sangue do oferta pela culpa: 29 e o resto do azeite que está na mão do sacerdote porá sobre a cabeça daquele que se há de purificar, para fazer expiação por ele perante o Senhor. 30 E ele oferecerá uma das rolas , ou um dos pombinhos, como ele é capaz de obter, 31 , mesmo como ele é capaz de chegar, um para oferta pelo pecado, eo outro para holocausto, com a oferta de cereais, eo sacerdote fará expiação por aquele que tem de purificar-se perante o Senhor. 32 Esta é a lei daquele em quem estiver a praga da lepra, que não é capaz de obter o que estipulada para a sua purificação.

    Sempre que um leproso se sentia curado, ele não podia simplesmente voltar para o acampamento e tomar o seu lugar lá novamente. Um padre era ir para fora do acampamento, onde o leproso foi isolado para determinar se de fato a doença foram curados (vv. Lv 14:1-3 ). Se o leproso foi encontrado para ser bem mais uma vez, o padre estava a levá-lo em um ritual para fornecer para a sua purificação cerimonial e sua restauração à sociedade e ao santuário.

    A hanseníase é um tipo de pecado e o sacerdote uma prefiguração de Cristo, eo leproso precisando de mediação do sacerdote para a sua restauração tem sugestões muito inspiradoras para nós.

    Todo o trabalho de restabelecer o proscrito em seus privilégios perdidos começa neste ato do padre saindo para o lugar de banimento do leproso. O surgimento de Cristo Jesus para nós, para onde estávamos no nosso desterro, que foi o incidente inicial em nossa restauração a Deus. Ninguém, mas o sacerdote podendo aproximar um leproso sem contrair contaminação; ninguém, mas a pessoa sagrada do nosso divino Priest poderia nos aproximar "em nossos pecados" e também trazer a vida de volta para imundo pureza e privilégio.

    Os objetos a ser fixado para a primeira parte do ritual foram: limpas dois vivendo (: 13 19:11) pássaros, alguns madeira de cedro (talvez zimbro) e alguns fiado (LXX) escarlate ou de corda escarlate (Berkeley), alguns ramos de uma frondosa planta chamadahissopo (12:22 Ex. ), e um vaso de barro contendo correr ou água viva, ou seja, a água pura de uma corrente que flui ou primavera. A seqüência de escarlate provavelmente foi usada para amarrar as aves para os feixes de madeira de cedro e hissopo. O sacerdote era matar um dos pássaros sobre o navio para que o sangue ia entrar na água (v. Lv 14:5 ). Os demais objetos foram cada um para ser mergulhado no sangue da ave imolada que haviam se misturado com a água fresca e pura; eo leproso era aspergido sete vezes e sete indicando integralidade, com a mistura de sangue e água. Então, o sacerdote declarou o limpo e liberado a ave viva.

    No pássaro que voa para longe, o leproso poderia alegremente visualizar sua própria impureza sendo arribado (vv. Lv 14:6 , Lv 14:7 ), e podemos ver que como o pássaro morto sacrificado fala-nos de nosso Salvador que foi oferecido para ofensas, de modo que o ave viva nos fala de nosso Senhor ressuscitado, ressuscitou para nossa justificação (Rm 4:25 ).

    Isolado fora do acampamento não poderia haver sacrifício diante do altar, mas toda a cerimônia sublinhou purificação e simbolizava a restauração para a vida de alguém que tinha sido considerado como morto para o seu povo e para o serviço de Deus no tabernáculo. Hissopo (Êx 00:22. ; Sl 51:7 ).

    Por mais uma semana, ele deve permanecer fora da sua tenda para casa e para o local do santuário. Isso pode ter sido uma medida de precaução para fornecer tempo adicional para o reaparecimento da erupção cutânea. Ele também pode ter servido como uma disciplina espiritual para lembrar o homem, agora restaurada para o seu povo, como reverência e cautela, após sua profanação, ele deve aventurar-se a presença de Deus e as responsabilidades cheio de vida.

    No sétimo dia depois da sua purificação, fora do acampamento, o leproso foi novamente para lavar suas roupas, fazer a barba e tomar banho. Em seguida, no oitavo dia ele foi para começar a sua nova vida de restauração completa e liberdade, levando ao sacerdote diante do Senhor no tabernáculo dois cordeiros sem defeito, e uma cordeira sem defeito, e três décimos de efa de farinha [efa era uma medida igual a três oitavos de dois terços de um alqueire] e um log de ​​oliva óleo [a log foi uma medida igual a um pouco mais de metade de um litro].

    O padre iria encontrá-lo lá na porta da tenda da reunião , ou seja, antes do altar de bronze no átrio do tabernáculo (vv. Lv 14:9-11 ; conforme Lv 1:3 ). Wave-oferta aplica-se às partes do sacrifício para se tornar a posse do padre e denota uma cerimónia especial que consiste em segurar o ombro direito da vítima [afigura-se aqui que todo o animal com o óleo foi acenou] horizontalmente e movendo-o para a frente para o altar e para trás longe do altar, o que significa que a parte foi, mas o Senhor era devolvida ao sacerdote por Ele (v. Lv 14:12 ).

    Foram oferecidos Os dois outros animais: a cordeira como oferta pelo pecado (4: 1-5: 13 ; 6: 24-30 ), e o outro como holocausto (1: 1-17 ; 6: 8 -13 ). Cada um destes sacrifícios, como era o costume, foi acompanhado com uma oferta de cereais (2: 1-16 ; 6: 14-23 ), havendo três porções de farinha branca fornecida (v. Lv 14:10 ), desde o início. O leproso foi ungido com o sangue da oferta pela culpa e, em seguida, com o óleo (vv. Lv 14:13-20 ). Se o leproso era pobre, ele pode substituir dois pombos ou duas pombas para os cordeiros para a oferta pelo pecado e holocausto (vv. Lv 14:21-32 ; conforme 4: 27-35 ; 5: 7-10 ). Por essas ofertas, o leproso curado foi restaurado à integralidade dos direitos e privilégios de um membro vivo do povo de Deus vivo.

    O destaque especial dado a oferta pela culpa nesta cerimónia pode ser contabilizada em que a oferta pela culpa representado reparação e satisfação para a perda de serviço. O leproso que haviam sido excluídos do acampamento não tinha sido capaz de cumprir as suas obrigações para com Deus e seus semelhantes em serviço e adoração. Este sacrifício feito altera para essa falta.

    A semelhança da cerimônia aqui descrito com o da consagração do sacerdote (Lv 8:1 ; conforme At 2:38 ).

    e. Distinguir Moradias limpos e imundos (14: 33-57)

    33 E o Senhor disse a Moisés ea Arão, dizendo: 34 Quando tiverdes entrado na terra de Canaã, que vos dou em possessão, e eu puser a praga da lepra em alguma casa da terra da vossa possessão, 35 aquele a quem pertencer a casa virá e informará ao sacerdote, dizendo: Parece-me ser como se fosse uma praga em minha casa. 36 E o sacerdote ordenará que esvaziar a casa, diante do sacerdote Arão entrar para ver o praga, para que tudo o que está na casa não se torne imundo; e depois entrará o sacerdote para ver a casa: 37 e ele examinará a praga; e eis que, se a praga estar nas paredes da casa em covinhas verdes ou vermelhas, e a aparência do mesmo ser inferior à parede; 38 o sacerdote a sair da casa até a porta da casa, e cale-se a casa sete dias. 39 E o sacerdote a entrar novamente no sétimo dia, e examinará; e eis que, se a praga se espalhou nas paredes da casa; 40 o sacerdote ordenará que arranquem as pedras em que estiver a praga, e os lançou em um lugar imundo fora da cidade; 41 e fará a casa a ser raspada dentro ao redor, e eles devem deitar fora a argamassa, que raspar, fora da cidade, num lugar imundo: 42 e tomarão outras pedras, e colocá-los no lugar daquelas pedras; e ele tomará outra argamassa, gesso e deve a casa.

    43 E, se a praga alguma chegará novamente, e sair da casa, depois de vos ter retirado as pedras, e depois de haver raspada a casa e depois de ser rebocada, 44 então o sacerdote a entrar e olhar; e eis que, se a praga se espalhar na casa, é lepra roedora em casa: é imunda. 45 E ele derrubará a casa, as suas pedras, ea sua madeira, e toda a argamassa de a casa; e ele levará tudo para fora da cidade, num lugar imundo. 46 Aquele que entrar na casa durante todo o tempo que estiver fechada, será imundo até a tarde. 47 E aquele que se deitar na casa lavará as suas vestes ; e quem comer na casa lavará as suas vestes.

    48 E, se o sacerdote a entrar, e olhar, e eis que, se a praga não se tiver estendido na casa, depois que a casa foi rebocada; em seguida, o sacerdote o declarará a casa limpa, porque a praga está curada. 49 E ele tomará para limpar a casa duas aves, e madeira de cedro, e carmesim, e hissopo: 50 e ele deve matar uma das aves num barro embarcação, na água corrente: 51 e ele tomará o pau de cedro, o hissopo, o carmesim, e a ave viva, e os molhará no sangue da ave imolada e nas águas vivas, e espargirá a casa sete vezes: 52 e ele purificará a casa com o sangue da ave, e com a água corrente, e com a ave viva, e com a madeira de cedro, com o hissopo e com o carmesim: 53 mas ele deve deixá- ir a ave viva para fora da cidade para o campo aberto; assim fará expiação pela casa; e ele será limpo.

    54 Esta é a lei para todos os tipos de praga da lepra, e por um Scall, 55 e para a lepra de uma peça de roupa, e para uma casa, 56 e por um crescente, e por uma crosta, e por um ponto brilhante; 57 para ensinar quando alguma coisa será imunda, e quando será limpa: esta é a lei da lepra.

    Israel Foi nessa época vivendo em tendas, mas eles estavam aqui dadas instruções para guiá-los no futuro, quando eles devem chegar na Palestina e vivem em casas de pedra. A praga da lepra em uma casa , provavelmente, refere-se a algum tipo de bolor ou podridão. O fato de que o Senhor fala de colocar isso em casa não implica necessariamente que cada casa desde que essa condição foi encontrado tinha sido amaldiçoado por Deus por causa de algum pecado do construtor ou dos ocupantes; pois a Bíblia passa freqüentemente sobre causas e agências secundárias.

    O método para determinar se ou não uma casa era imundo seguiu os mesmos princípios que os para distinguir puros e impuros peças de vestuário (13 47:59'>13 47:59 ). O ritual prescrito para a limpeza da casa é o mesmo que a cerimônia inicial seguido na limpeza do leproso curado (vv. Lv 14:1-7 ).

    Esta consideração religiosa de uma situação que parece-nos hoje para ser puramente secular, ilustra, assim como os aspectos sociais da oferta de paz (3: 1-17 ; 7: 11-38 ), que a religião afetou todas as fases de Israel de vida. E ele nos ensina que a santidade pode muitas vezes ser expressa através de coisas materiais. Nossa religião deve influenciar a aparência de nossas casas. Eles devem estar livre de tudo o que contamina ou corrói a vida moral e espiritual de nossas famílias. Eles devem não só estar livre de tudo o que tem a aparência do mal, mas eles devem ser mantidos de forma positivamente favorável para viver piedoso e de uma maneira que fala de nossa fé a todos os que entram.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Levítico Capítulo 14 do versículo 1 até o 57
    1. A purificação do pecador (Lv 14)

    Esse capítulo explica o cerimonial de purificação dos leprosos para que pudessem conviver em socie-dade de novo.

    1. O sacerdote vai até o leproso (v. 3)

    Claro, o leproso não podia entrar no acampamento, portanto o sa-cerdote saía "do arraial" para en-contrá-lo. Que imagem de Cristo, que veio a nós e morreu "fora da porta" a fim de que fôssemos salvos (He 13 10:58). Nós não o busca-mos; ele veio em busca do perdido e salvou-o (Lc 19:10).

    1. O sacerdote oferece os sacrifícios (vv. 4-7)

    A cerimônia é uma bela imagem da obra de Cristo. O sacerdote pega uma das aves, põe-na em um vaso de barro e, depois, mata-a. É claro, as aves não foram criadas para vi-ver em um vaso, mas para voar nos céus. Cristo, de boa vontade, dei-xou o céu e tomou um corpo para si mesmo, como se fosse um vaso terreno, para que pudesse morrer por nós. Observe que o sacerdote mata a ave sob água corrente, um retrato do Espírito Santo. Depois, ele molha a ave viva no sangue da ave morta e solta-a. Eis uma imagem vivida da ressurreição de Cristo. Cristo morreu por nossos pecados e levantou-se de novo, ele levou o sangue (falando de forma espiritual) de volta ao céu para que fôssemos purificados do pecado. Por fim, o sacerdote asperge um pouco do sangue sobre o leproso, pois "sem derramamento de san-gue, não há remissão" (He 9:22).

    1. O leproso lava-se e espera (w. 8-9)

    O sacerdote já pronunciou a puri-ficação dele, e o leproso, no que toca ao Senhor, foi aceito; contu-do, agora ele tem de se tornar ri-tualmente aceito. Esse banho sim-boliza o crente purificando-se das impurezas da carne e do espírito (2Co 7:1). É nossa responsabilida-de, depois de salvos, manter nos-sa vida santa e livre de falta por causa dele. Observe que o leproso espera até o oitavo dia, pois oito é o número da ressurreição, do novo início.

    1. O leproso oferece os sacrifícios (vv. 10-13)

    Agora, ele volta do campo e chega à porta do tabernáculo. Ele faz uma oferta pela culpa, uma pelo peca-do e uma queimada. A oferta pelo pecado cuida de sua profanação; a queimada representa a renovação de sua consagração a Deus. Por que ele faz a oferta pela culpa? Porque enquanto o homem esteve profana-do, não pôde servir ao Senhor como deveria e tem uma grande dívida para com Deus. A oferta pela culpa é a única forma de consertar o dano causado por esse período de quebra em sua vida. Todo pecador perdi-do rouba de Deus a honra devida ao seu nome, e a cada dia a dívida aumenta.

    1. O sacerdote aplica o sangue e o óleo (vv. 14-20)

    Essa é uma parte tocante do ritual. O sacerdote aplica o sangue na orelha direita, no polegar direito do pé e da mão do homem, simbolizando que agora todo o seu corpo foi comprado e pertence a Deus. Ele deve escutar a Palavra de Deus, trabalhar para a glória dele e seguir os caminhos do Senhor. Depois, o sacerdote aplica o azeite sobre o sangue, simboli-zando o poder do Espírito de Deus para fazer a vontade dele. Não se podia pôr o sangue sobre o azeite; tinha-se de pôr o azeite sobre o san-gue. Pois onde se aplica o sangue, o Espírito de Deus pode operar. As- pergia-se o restante do azeite sobre a cabeça do homem, e, assim, ele estava ungido para sua nova vida. Em Levítico 8:22-24, vemos que ha-via uma cerimônia semelhante para a consagração dos sacerdotes. Em outras palavras, Deus trata o leproso como se fosse um sacerdote.

    E claro que hoje cumprimos tudo isso por meio da fé em Jesus Cristo. Ele saiu "do arraial" para nos encontrar. Ele morreu e as-cendeu de novo para nos salvar. Ele, quando cremos nele, aplica o sangue e o azeite em nossa vida e restabelece-nos na comunhão com

    Deus. Um dia, um leproso disse a Cristo: "Senhor, se quiseres, po-des purificar-me". Ele respondeu: "Quero, fica limpo!". Veja Mar-cos 1:40-45. Cristo quer salvar e pode fazer isso.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Levítico Capítulo 14 do versículo 1 até o 57
    14.2 Ser purificado significava começar ei vida de novo; uma figura do novo nascimento no Espírito Santo.
    14.3 O leproso não podia curar a si mesmo, nem se pronunciar limpo; nem tinha condições de ir procurar o ministro de Deus: o sacerdote é que tinha de ir ao seu encontro, fora do arraial. O pássaro morto representava a necessidade de uma vida para recuperá-lo, e pássaro vivo que se soltava representava sua própria vida que se renovara no ato da purificação, mas não se soltava antes de ter sido molhado com o sangue do pássaro sacrificado. O cabelo cortado e raspado sugere o desembaraço das coisas antigas, para agora passar a uma vida nova, de liberdade. A unção (17 e
    18) simbolizava que a vida do leproso passara a estar aos cuidados do grande Médico.
    14.5 Águas correntes. A frase dá idéia de uma nascente ou de um córrego, conforme Jo 4:10; Jo 7:38, vd "água viva”.

    14.7 O pássaro que se soltava não era um sacrifício. O mesmo ritual se aplica à purificação de uma casa, 14.53, e era semelhante ao ritual do bode expiatório que fazia parte das cerimônias do Dia da Expiação, 16.21. O leproso, ao ver o pássaro voar livremente, veria uma dramatizarão religiosa da sua própria libertação da doença.
    14.10 Três dízimas de um efa. Equivalente a 6,6 litros, o efa sendo Dt 22:0. A chave das cerimônias é o cordeiro da oferta pela culpa:
    1) Foi morto para pagar a culpa;
    2) Foi oferecido no lugar da oferta pelo pecado e do holocausto, vinculando estes três sacrifícios, v. 13;
    3) Foi oferecido num lugar santo (Cristo levou Seu sacrifício até o Santuário Eterno, entrando no céu, He 9:24-58);
    4) Esta oferta pertencia ao sacerdote, assim como a oferta dê Cristo é para alimentar o povo de Deus, o sacerdócio real, 1Pe 2:9; 1Pe 5:0) Esta oferta era santíssima, para um povo santo, do tipo que se descreve em 1 Pe.

    14.25 É claro que só Cristo tem a capacidade para ser o Cordeiro verdadeiro, profeticamente aludido nestas cerimônias, conforme Êx 12:1-28n e referências.

    14.34 Eu enviar a praga. Deste versículo alguém podia concluir que Deus é fonte imediata de toda a lepra; precisa-se, porém, ter em mente as seguintes considerações:
    1) A Bíblia descreve aquilo que Deus permite dentro da Sua Providência como "ato de Deus", Êx 15:26; Dt 7:15; 1Sm 2:6; Pv 3:33; Is 45:7; Is 2:0) Há certos casos onde vê o homem colhendo os resultados daquilo que semeou, Gl 6:7-48; Gl 3:0) Em outros casos, não há um elo imediato com algum pecado específico, Jo 9:1-43. A alguma casa. Deve ser bolor, mofo, podridão. 14.41 Hoje sabemos que muitas doenças são devidas a bactérias que se multiplicam rapidamente sob condições favoráveis de escuridão e de umidade. Antes de os homens saberem disso, Deus já tinha providenciado leis higiênicas que preservariam os obedientes destas pragas.

    14.44 Maligna. Lit. "irritação", uma forma dá raiz mã'ar (traduzida "picar" em Ez 28:24), que só ocorre aqui.

    • N. Hom. 14:33-47 A lepra que invade uma casa pode simbolizar o pecado que, querendo tornar conta de uma igreja, que é comparada a uma casa emEf 2:19-49, e cujos membros são as pedras, 1Pe 2:5. A primeira coisa a ser feita é remover os móveis, v. 36, que simbolizam todos os hábitos, costumes, cerimônias, e tradições que não têm fundamento na Palavra de Deus. Depois, procuram-se os sinais de corrupção e de podridão, 37; estes se reconhecem logo, seja na prática, na doutrina, seja no culto, pelo contágio que produzem, 39. Procede-se então à remoção das pedras contaminadas, 40 (a excomunhão individual conforme 1Co 5:1-46). Se depois disto não há cura nem arrependimento, só resta a eliminação da casa, 45 (a rejeição da igreja, Ap 2:5 e 3.16).

    • N. Hom. 14:48-53 Aplicando-se o caso da lepra de uma casa a uma igreja invadida pelo pecado, descreve-se aqui a cura. O sangue da ave sugere o sangue precioso e purificador de Cristo; sem esta doutrina da salvação pelo sacrifício de Cristo, uma igreja passa a ser apenas uma sinagoga de Satanás. As águas correntes lembram o Espírito Santo, cuja inspiração e poder trazem reavivamento a uma igreja pecadora. A ave viva é comparável ao pecador libertado, que voa livre e alegre pelo mundo depois de ser salvo, e o pau de cedro com o Madeiro que torna o crente capaz de participar da crucificação de Cristo, para que Cristo viva nele, Gl 2:19-48. O hissopo é aquilo que aplica o sangue purificador e sugere a fé, despertada pelo Espírito Santo. O carmesim fala de purificação e de segurança (e.g., Js 2:19-6), que é o caminho diário dos membros de uma igreja verdadeira.

    14.48 Este segundo exame foi feito para verificar a eficácia da cura.
    14.53 Conforme se fazia também com a pessoa leprosa (v. 7), libertava-se no campo o pombo vivo, para simbolizar assim a libertação de qualquer objeto da praga da lepra que o assolava.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Levítico Capítulo 14 do versículo 1 até o 57

    4) O ritual de purificação (14:1-57)
    a) Para pessoas doentes (14:1-20)
    v. 3. O sacerdote tinha de sair do acampamento porque o homem não podia ser admitido até que fosse declarado puro (conforme 13.46). v. 4. cedro [...]pano vermelho [...] ramo dehissopo também eram usados no ritual de purificação da novilha (Nu 19:6), sendo queimados com a novilha para produzir cinzas que eram acrescentadas à água da purificação. Acerca do hissopo em associação com a purificação, v. também Sl 51:7. Na tradição judaica, a madeira de cedro era considerada um símbolo do orgulho humano, uma interpretação que foi aprovada por alguns tipologistas cristãos. E interessante observar que o pano vermelho (lit. “pano escarlata de um verme”) para os intérpretes judeus simbolizava a humildade (com ênfase no “verme”); intérpretes cristãos com tendências anagógicas semelhantes, mas sem se apoiarem no hebraico na maioria dos casos, consideraram que ela representa a grandeza aparente do homem (pois o que mais a “escarlata” poderia representar?)! v. 5. água da fonte é lit. “água viva”, água de uma nascente (fonte), e não de um poço ou cisterna (conforme Jr 2:13; Jr 17:13). A água provavelmente estava na vasilha de barro quando a ave era morta sobre ela (assim NEB). v. 7. A soltura da ave viva simboliza a remoção da impureza da pessoa; cf o “bode vivo” no Dia da Expiação (16.21,22). v. 8,9. A restauração à comunidade antecede a restauração à vida completa da família. Os sete dias são principalmente um período de iniciação e, como na iniciação dos sacerdotes, são concluídos com uma cerimônia no oitavo dia (v. 10; conforme 9.1 lss). 3110 de efa (nota de rodapé da NVI): provavelmente um décimo de efa para cada um dos cordeiros sacrificados (cf. Nu 29:4). v. 12. Embora fosse necessário que se apresentassem quatro ofertas no total, é a oferta pela culpa que recebe mais atenção. Em 5.14—6.7, a exigência normal de uma oferta pela culpa é estabelecida como um “carneiro sem defeito”. Um homem vivendo fora do acampamento por conta de impureza cerimonial não teria sido capaz de cumprir as suas obrigações com Deus no santuário; é nesse sentido que talvez fosse feita a restituição por meio da oferta pela culpa. V. discussão acerca da idéia de “oferta movida” em Ex 29:24. v. 14. Esse ritual singular também fazia parte da ordenação do sacerdote (8.23,24). v. 15ss. O óleo é aplicado da mesma maneira depois de ter sido aspergido sete vezes perante o Senhor, v. 18. Milgrom compara isso com uma cerimônia ugarítica de alforria; uma escrava era libertada quando um oficiante anunciava: “Eu derramei óleo sobre a sua cabeça e a declarei pura”, v. 19. Os estudiosos têm dedicado atenção especial aos rituais da oferta pela culpa e da unção em virtude de sua singularidade. Em contraste com isso, em lugar algum o texto nos diz qual dos animais restantes era apresentado como a oferta pelo pecado e qual como holocausto. Com base em 4.28,32, podemos pressupor que a cordeira (v. 10) era destinada para a oferta pelo pecado, v. 20. E possível que toda a oferta de cereal era apresentada junto com o holocausto (porém, v.comentário do v. 10); de qualquer forma, tudo era queimado sobre o altar (contraste Ct 2:2).

    b)    Concessões para os pobres (14:21-32)
    v. 21,22.
    As concessões são as seguintes:

    uma redução na quantidade da farinha de três décimos para um décimo de um efa (hebraico; um jarro no texto da NVI) e a substituição dos animais para a oferta pelo pecado e o holocausto por duas rolinhas ou dois pombinhos, em concordância Ct 1:14-22 e 5:7-10. Não podia haver concessão alguma com relação aos elementos principais do ritual de purificação, ou seja, o cordeiro da oferta pela culpa e a caneca de óleo (v. 24). No mais, o ritual é realizado como indicado nos v. 11-20.

    c)    O ritual por uma casa (14:33-53)

    As manifestações da “lepra” e o ritual prescrito são bem semelhantes ao do caso das roupas (13 47:59). E mais uma vez uma questão de ação química ou desenvolvimento de fungos (conforme “infecção de fungos” da NEB no v. 34) que são semelhantes às doenças humanas definidas pelo termo “lepra”, v. 34. e eu puser, todos os aspectos da vida, bons ou maus, no final das contas são determinados por Deus, o criador da vida (v. Is 45:7Jl 3:6); o AT está muito distante de qualquer dualismo, v. 37. esverdeadas ou avermelhadas são as características distintivas como em 13.49. mais profundas do que a superfície da parede-. esse era o fator mais importante na determinação de se uma condição humana era de “lepra” (conforme 13.3 etc.), v. 45. Se existe a recorrência do problema após a implementação das medidas dos v. 38-42, então a casa deve ser destruída. Mas se não houver nova erupção dos sintomas, o sacerdote declarará pura a casa (v. 48). O ritual de purificação é semelhante ao realizado por uma pessoa enferma (conforme v. 4-7).

    d) Resumo (14:54-57)

    Esses versículos resumem o conteúdo dos caps. 13 e 14, embora resumos menores tenham aparecido antes (13 59:14-32).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Levítico Capítulo 11 do versículo 1 até o 33

    C. As Leis da Pureza. 11:1 - 15:33.

    Os meios de manutenção e restauração da pureza cerimonial são apresentados nos capítulos seguintes. As instruções referem-se ao comer da carne dos animais, contato com os mortos (tanto seres humanos como animais), parto e imundícia das pessoas, vestimentas, mobiliário e casas. Embora um dos resultados de todos esses regulamentos fosse a preservação da saúde, não é a mesma coisa que dizer que a preservação da saúde fosse a motivação. As leis não podem ser assim racionalizadas. Em todas as nações e religiões da antiguidade encontra-se um contraste divisório entre a pureza e a imundícia de certas criaturas, substâncias e situações. Havia uma propriedade relacionada com algumas e uma impropriedade relacionada com outras. Não se declara nenhuma razão para tal especificação e ao que parece não havia necessidade disso. Não muitas destas restrições se aplicam aos dias de hoje, mas podem ser lidas com interesse e pode-se reconhecê-las como regulamentos que ajudavam a manter tanto a saúde física de Israel quanto, ao mesmo tempo, separála na qualidade de nação diferente das outras nações idólatras ao seu redor.


    Moody - Comentários de Levítico Capítulo 13 do versículo 1 até o 57


    3) A Lepra. 13 1:14-57'>13 1:14-57.

    A condição designada por lepra (seira'at) neste capítulo e no próximo nem sempre se refere à doença conhecida por este nome na atualidade. Por outro lado, a verdadeira lepra certamente está incluída nas irregularidades físicas descritas. Com os diagnósticos limitados no tempo de Moisés, os regulamentos registrados tratavam com a maior eficiência possível dos problemas que surgiam com a verdadeira lepra e condições análogas. Hoje em dia não se dá menos importância do que naquele tempo ao isolamento e acurada observação das vitimas suspeitas de lepra.


    Moody - Comentários de Levítico Capítulo 14 do versículo 1 até o 57

    Levítico 14

    Lv 14:1-57. Purificação de Leprosos e Coisas Leprosas. A primeira parte do capítulo (vs. Lv 14:1-32) foi dedicada à purificação do leproso. A segunda parte (vs. Lv 14:33-57) apresenta o processo a ser seguido no caso da lepra existir nas casas.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Levítico Capítulo 14 do versículo 1 até o 57
    Lv 14:1

    3. A PURIFICAÇÃO DO LEPROSO (Lv 14:1-32). O ritual desta purificação encontra-se bem expresso e em pormenor, fazendo lembrar em certos aspectos a consagração dos sacerdotes e o ritual do dia da expiação. Primeiramente o período da purificação prolongava-se por sete dias com cerimônias especiais no primeiro e no último dia. Era necessário rapar o cabelo (Lv 14:8-9; cfr. Nu 8:7) e purificar-se com o hissopo, tal como na Páscoa (Lv 14:4 e segs.; cfr. Êx 12:22), juntamente com pau de cedro e carmesim, usados na água da purificação. A largada da ave sobre a face do campo (Lv 14:7) lembra o envio do bode expiatório para o deserto (Lv 16:21 e segs.), sem que, no entanto, haja qualquer relação entre um e outro.

    O ritual do primeiro dia consistia em colocar-se o leproso fora do arraial, mas não para casa nem para o convívio dos parentes e dos amigos. Nada de sacrifícios, mormente cruentos. O indispensável era a purificação. Ao oitavo dia, porém, tinham lugar as ofertas: um cordeiro em oferta pela culpa, uma ovelha pelo pecado, e um outro cordeiro em holocausto. Sendo pobre o oferente, os cordeiros poderiam ser substituídos por aves. O ritual do azeite é particularmente minucioso, pois devia ser colocado na orelha direita e nos polegares direitos da mão e do pé desses leprosos, sobre quem já correra o sangue da vítima aspergido pelo dedo do sacerdote sete vezes na presença do Senhor. O resto do azeite era derramado sobre a cabeça (cfr. Lv 8:23 e segs.). Tudo isto, não há dúvida, representa a consagração do leproso purificado ao serviço do Deus da Aliança. Sugere ainda uma certa analogia com a admissão (neste caso readmissão dum impuro, isto é, dum gentio) na comunidade de Israel, o Povo santo de Deus e ainda com a consagração dum israelita à sagrada missão de sacerdote mediador entre Israel e o seu Deus. Desde que o leproso se afastou por certo tempo da comunidade e do culto do santuário, que implicava o pagamento de dízimos e a oferta de sacrifícios, exige-se também uma nova oferta especial para expiação da culpa referente à sua falta neste respeito.

    A ordem das ofertas é a seguinte: expiação pela culpa, oferta pelo pecado e holocausto. Quanto à oferta de manjares, apenas um décimo de flor de farinha para cada uma das ofertas ou dos três sacrifícios, já que o mesmo sucedia com a oferta do cordeiro (Nu 29:4; Êx 29:40).

    Embora o leproso seja com freqüência considerado um "impuro" e não um pecador, apesar de ser a lepra um castigo pelo pecado, como sucedeu com Miriã, podemos talvez nestas minuciosas leis considerar a terrível doença como um símbolo do pecado íntimo, origem de todos os males que afligem a humanidade. Se a morte é a maldição pronunciada por Deus contra o pecado e o contacto com a morte é prejudicial, então a doença, que lentamente vai consumindo a saúde, antecipando a morte, traz consigo uma certa corrupção, que em sentido médico pode ser infecciosa ou não. Não nos é lícito, em boa verdade afirmar que a alusão ao hissopo no Sl 51:7 pode referir-se à purificação da lepra, admitindo-se mesmo a hipótese de Davi se julgar, ele próprio, um leproso moral. Não é improvável, no entanto.

    >Lv 14:33

    4. AS CASAS DOS LEPROSOS EM CANAÃ (Lv 14:33-57). Em face da influência que poderia vir a ter no futuro, era conveniente tratar-se separadamente das casas dos leprosos. Por isso se diz: "Quando tiverdes entrado na terra de Canaã" (Lv 14:34). Cfr. Lv 19:23; Lv 23:10; Lv 25:2. É que o Povo israelita habitava então em simples tendas e só mais tarde poderia ter possibilidades de construir as suas casas. Assim se explica o futuro do verbo no referido versículo: "... e eu enviar a praga da lepra a alguma casa" (34), implicando talvez uma espécie de praga sobrenatural que viria castigar os pecados dos seus habitantes. Mas é de notar que a Bíblia ignora freqüentemente as causas e os agentes secundários. O que logo à vista ressalta é o cuidado com a propriedade, a limpeza e a higiene, tal como sucedia com o vestuário, destruindo apenas o indispensável. Quanto ao ritual da purificação da casa, observam-se quase as mesmas cerimônias que deviam orientar a purificação do leproso, até que pudesse ser admitido na congregação de Israel.


    Dicionário

    Azeite

    substantivo masculino Óleo de oliva ou azeitona, muito usado em culinária.
    Óleo extraído de outros frutos, de plantas ou da gordura de certos animais.
    Estar com (ou nos) seus azeites, estar de mau humor, estar aborrecido.

    A principal fonte de azeite entre os judeus era a oliveira. Havia comércio de azeite com os negociantes do Tiro, os quais, provavelmente, o exportavam para o Egito, onde as oliveiras, na maior parte, não o produzem de boa qualidade. Foi na quantidade de 20.000 batos (2 Cr 2.10), ou 20 coros (1 Rs 5.11), o azeite fornecido por Salomão a Hirão. o comércio direto desta produção era, também, sustentado entre o Egito e a Palestina (1 Rs 5.11 – 2 Cr 2.10,15 – Ed 3:7is 30:6 – 57.9 – Ez 27:17os 12:1). A ‘oferta de manjares’, prescrita pela Lei, era, freqüentes vezes, misturada com azeite (Lv 2:4-7,15 -8.26,31 – Nm 7:19Dt 12:17 – 32.13 – 1 Rs 17.12,15 – 1 Cr 12.40 – Ez 16:13-19). o azeite estava incluído entre as ofertas de primeiros frutos (Êx 22:29 – 23.16 – Nm 18:12Dt 18:4 – 2 Cr 31,5) – e o seu dízimo era reclamado (Dt 12:17 – 2 Cr 31.5 – Ne 10:37-39 – 13.12 – Ez 45:14). o azeite ‘para a luz’ devia ser, por expressa ordenação, o azeite das azeitonas esmagadas no lagar (Êx25.6 – 27.20,21 -35.8 – Lv 24:2 – 1 Sm3.3 – 2 Cr 13.11 – Zc 4:3-12). Usava-se o azeite na consagração dos sacerdotes (Êx 29:2-23Lv 6:15-21), no sacrifício diário (Êx 29:40), na pu-rificação do leproso (Lv 14:10-18,21,24,28), e no complemento do voto dos nazireus (Nm 6:15). Certas ofertas deviam efetuar-se sem aquele óleo, como, por exemplo, as que eram feitas para expiação do pecado (Lv 5:11) e por causa de ciúmes (Nm 5:15). os judeus também empregavam o azeite para friccionar o corpo, depois do banho, ou antes de uma ocasião festiva, mas em tempo de luto ou dalguma calamidade abstinham-se de usá-lo. Nos banquetes dos egípcios havia o costume de ungir os hóspedes – os criados ungiam a cabeça de cada um na ocasião em que tomavam o seu lugar à mesa (Dt 28:40Rt 3:3 – 2 Sm 12.20 – 14.2 – Sl 23:5 – 92.10 – 104. 15 – is S1.3 – Dn 10:3Am 6:6Mq 6:15Lc 7:46). Também se aplicava o azeite externamente ou internamente como medicamento (is 1:6Mc 6:13Lc 10:34Tg 5:14). Geralmente era ele empregado nos candeeiros, que no Egito têm um depósito de vidro, onde primeiramente se derrama água: a mecha é feita de algodão, torcida em volta de uma palha (Mt 25:1-8Lc 12:35). o azeite indicava alegria, ao passo que a falta denunciava tristeza, ou humilhação (is 61:3Jl 2:19Ap 6:6). Muitas vezes é tomado simbolicamente o azeite por nutrição e conforto (Dt 32:13 – 33.24 – 29:6Sl 45:7 – 109.18 – is 61:3). (*veja Unção, oliveira.)

    Azeite Óleo tirado de azeitonas, as quais são produzidas pelas OLIVEIRAS. Era usado na alimentação (1Rs 17:12) e para pôr em ferimentos (Lc 10:34), para passar no corpo como cosmético (Sl 104:15), para iluminação (Mt 25:4), para a UNÇÃO 1, de doentes (Jc 5:14) e de hóspedes (Lc 7:46). Pela unção pessoas eram separadas para serviço especial (reis: (1Sm 10:1); profetas: (1Rs 19:15-16); e sacerdotes: (Ex 28:41) e também objetos sagrados (Act Exo 30:22-33).

    Azeite Alimento obtido da azeitona prensada. Além de alimento, na época de Jesus era utilizado para a iluminação (Mt 25:3ss.), como remédio (Lc 10:34; Mc 6:13) e como cosmético (Mt 6:17; Lc 7:46). O azeite da parábola das virgens (Mt 25:3ss.) simboliza a fidelidade espiritual dos discípulos que devem, nessa atitude, esperar a parusia.

    Dedo

    substantivo masculino Cada um dos prolongamentos distintos e articulados que terminam a mão e o pé do homem, e os membros de outros animais.
    Cada uma das partes da luva correspondente a um dedo.
    Dedo anular, aquele em que habitualmente se usa anel, sobretudo a aliança.
    Dedo auricular, o menor dos dedos da mão; O mesmo que dedo mínimo (pop., mindinho ou minguinho).
    Dedo índex ou indicador, o que está entre o polegar e o médio (assim chamado porque é com ele que habitualmente se aponta ou se indica alguma coisa).
    Dedo médio, o que está no meio.
    Dedo polegar (pólex ou pólice), o primeiro, o mais grosso dos dedos da mão (pop.: mata-piolho).
    Cheio de dedos, confuso, embaraçado.
    Pôr o dedo na ferida, indicar ou reconhecer o ponto vulnerável.
    Contar pelos dedos, fazer cálculos com muito vagar.

    Dedo Medida de comprimento igual a um pouco menos de dois centímetros (1,85 cm). É um quarto da MÃO Ex 25:25, RA).

    Direito

    justiça. – A ideia comum a estes dois vocábulos, na acepção em que neste grupo são tomados, é – diz Laf. – a de significar a maneira – direita, justa – de proceder para com outrem. – Direito (de directum, rectum, regere “reger”, e daí regra “o que serve 366 Rocha Pombo para guiar, para fazer ir direito”) significa uma coisa. – Justiça é um termo abstrato, usado só no singular, e que exprime propriamente uma qualidade. – O direito é, pois, uma coisa, e a justiça uma qualidade – a qualidade dessa coisa. “Haverá um direito que se funde verdadeiramente na natureza e do qual se possa demonstrar a justiça por princípios tirados do conhecimento do homem?” (D’Ag.). – Das mesmas palavras diz o nosso Roq.: “O direito é o objeto da justiça, isto é, o que pertence a cada um. A justiça é a conformidade das ações com o direito; isto é, dar e conservar a cada um sua propriedade. – O direito é ditado pela natureza, ou estabelecido pela autoridade divina ou humana; pode variar algumas vezes segundo as circunstâncias. A justiça é a regra (o princípio) que é necessário seguir: não varia nunca”.

    jurisprudência. – Segundo Bourg. e Berg. – “estas duas palavras significam, guardando umas tantas diferenças, a ciência das leis. – Direito (do latim directus ‘dirigido, direto’) é absoluto e geral; é a ciência das leis consideradas em sua essência, em suas relações com a moral e o direito natural, e relativamente ao fundo: o direito das gentes é o conjunto das leis que regulam as relações dos povos entre si; o direito romano é o conjunto das leis romanas, a concepção que os romanos tiveram do direito natural aplicado às relações sociais; o direito privado, o direito público formam igualmente um conjunto que dá a esta expressão sua significação geral. – Jurisprudência (do latim jus, juris ‘direito’, e prudentia ‘ciência’) é um termo relativo e particular, tendo relação com a forma, com as regras do direito, com os detalhes, com os usos, e com a aplicação da lei em tal ou tal caso, em tal ou tal país: a jurisprudência romana não é somente o conhecimento das leis romanas, mas também o da interpretação que faziam delas os tribunais e os jurisconsultos romanos. É no mesmo sentido que se diz: a jurisprudência de tal autor, de tal comentador, de tal legista; a jurisprudência da Corte de Apelação; a jurisprudência do Supremo Tribunal – isto é – a tradição seguida por esses tribunais na interpretação e aplicação da lei. – A jurisprudência pode, pois, variar, pois que ela depende das opiniões humanas; o direito, que deriva da moral, tem regras absolutas e imutáveis”.

    Provém do verbo dirígere, que por sua vez, acrescido do prefixo intensificador dis, provém de régere (reger), cujo parentesco com rex (rei) é evidente. O direito, no passado, era muitas vezes definido pelo soberano, pelo rei, que criava e aplicava as leis.

    substantivo masculino Reunião das regras e das leis que mantêm ou regulam a vida em sociedade.
    [Jurídico] Ciência que estuda essas normas, leis e regras, em seu aspecto geral ou particular: direito civil; direito penal.
    [Jurídico] Reunião dessas leis e normas que vigoram num país.
    Aquilo que é garantido ao indivíduo por razão da lei ou dos hábitos sociais: direito de frequentar qualquer escola.
    Permissão legal: direito de pesca.
    Prerrogativa legal para impor ou para obedecer uma medida a alguém.
    Que expressa justiça; correto.
    adjetivo Que respeita as leis, as normas e os bons costumes; honesto.
    Segundo as regras morais e éticas: não é direito maltratar os cães.
    Cuja conduta não se pode censurar; irrepreensível.
    Que demonstra lealdade, honestidade e sinceridade; sincero.
    Que não em erros nem falhas; certo: seu cálculo está direito.
    De bom aspecto; adequado: meu vestido está direito?
    Reto ou vertical: caminho direito; levante-se e fique direito.
    Parte do corpo humano oposta ao coração: rim direito.
    Que se localiza no lado oposto ao esquerdo: apartamento 2º direito.
    Que utiliza o lado do corpo oposto ao coração; destro.
    advérbio De maneira honesta: vivia direito.
    De modo educado e atencioso: fale direito aos professores.
    De modo direto; sem obstáculos: saiu direito para o trabalho.
    Etimologia (origem da palavra direito). Do latim directus.

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Espargir

    verbo transitivo Derramar água, sangue etc.
    Espalhar em gotas, borrifar.
    Difundir: espargir benefícios.
    verbo pronominal Espalhar-se; difundir-se.

    Espalhar em borrifos um líquido

    Espargir Espalhar (Ex 24:6); (37:11).

    Esquerda

    substantivo masculino Lado que se opõe ao direito: ultrapasse e siga pela esquerda.
    [Política] Conjunto de pessoas ou de organizações políticas com ideologias socialistas ou comunistas.
    [Política] Ideologia política que se opõe ao capitalismo ou aos regimes de direita, tradicionais e conservadores.
    [Política] Reunião dos parlamentares que têm ideias progressistas e avançadas e que, normalmente, se sentam à esquerda do presidente.
    Designação da mão esquerda; sinistra: é canhoto e escreve com a esquerda.
    Futebol. Perna esquerda, em oposição à direita: chuta com a esquerda.
    Etimologia (origem da palavra esquerda). Feminino de esquerdo.

    Molhar

    verbo transitivo Embeber em líquido; banhar.
    Irrigar.
    verbo pronominal Receber ou deitar líquido sobre si; apanhar chuva.
    Fam. Urinar (a criança, nas fraldas).

    Mão

    Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).

    Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).

    As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
    (a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
    (b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
    (c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
    (d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
    (e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).

    Sacerdote

    substantivo masculino Ministro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos.
    Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre.
    Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.

    substantivo masculino Ministro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos.
    Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre.
    Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.

    [...] sacerdotes são os ungidos do Senhor; a fim de, por bom caminho, conduzir os inúmeros cegos que tropeçam nas paixões e caem nos vícios. [...] Esta é a missão dos que se chamam ministros de Deus! [...]
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] o verdadeiro sacerdote é o pai de todos os desgraçados. [...]
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] Sacerdote é todo aquele que chora com o órfão, que assiste a desolada viúva, que partilha do desespero materno ante um berço vazio; é todo aquele que chora com o preso a sua liberdade, que busca, enfim, todos os meios de melhorar a sorte dos infelizes. Sacerdote é também todo aquele que, por suas faltas anteriores, tem que vir à Terra para viver completamente só, sem tomar parte nos gozos terrenos, e, dotado de claro entendimento, se consagra à difusão da luz, vivendo embora entre sombras, não entre as brumas do erro e as trevas do pecado, entenda-se, mas entre as sombras da própria solidão.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] Sacerdotes, com ou sem indumento próprio, são todos aqueles que propagam e pregam o bem, a caridade e o amor.
    Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•


    Sacerdote No AT, descendente de ARÃO separado para servir como oficiante no culto realizado primeiro no TABERNÁCULO e depois no TEMPLO. O sacerdote era MEDIADOR entre Deus e o povo, oferecendo SACRIFÍCIOS e orando em seu favor (Êx 28—29; Lv 21:1Cr 24). Antes de Arão já havia sacerdotes (Hc 7:1-3). No NT, todos os cristãos são sacerdotes (Ap 1:6; 5.10;
    v. SACERDÓCIO).

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Sete

    numeral Número que vem imediatamente após o seis, na sequência natural dos números inteiros: os sete dias da semana.
    substantivo masculino Algarismo que representa o número sete: 77 escreve-se com dois setes.
    A carta do baralho marcada com esse número.
    [Brasil] Pop. Pintar o sete, exceder-se, fazer diabruras, divertir-se à vontade; O mesmo que pintar a manta, pintar a saracura e pintar.
    locução adverbial A sete chaves, muito seguramente, de modo inviolável, muito bem (guardado, escondido, fechado): guarde o segredo a sete chaves.

    o uso do número sete sugere-nos considerações particulares a seu respeito. Pela primeira vez aparece na narrativa da criação (Gn 2:1-3), e acha-se na lei com relação às festas (Êx 2. 15 – Lv 25. 8 – Dt 16. 9), e à consagração de sacerdotes e altares (Êx 29:30-35,37), ao estado da pessoa imunda (Lv 12:2), ao espargimento de sangue (Lv 4:6), e de azeite (Lv 14:16). Com respeito a pessoas em número de sete notam-se: filhos (Rt 4:15 – 1 Sm 2.5 – Jr 15:9At 19:14), conselheiros (Ed 7:14Et 1:10-14) – donzelas (Et 2:9) – homens de sabedoria (Pv 26:16), homens necessitados (Ec 11:2), mulheres (Ap 8:2), espíritos (Ap 1:4), demônios (Mc 16:9). Coisas em sete: animais (Gn 7:2), vacas e espigas de trigo (Gn 41:2-7), altares (Nm 23:1) colunas (Pv 9:1), correntes de água (is 11:15), varas e tranças (Jz 16:7-13), olhos (Zc 3:9), estrelas (Am 5:8), selos (Ap 5:1) etc. Sete vezes, em algumas passagens, é a inclinação (Gn 33:3), o castigo (Lv 26:18-21), o louvor a Deus (Sl 119:164), o pagamento (Pv 6:31), o perdão (Mt 18:22). Fazia-se, também, uso do número sete como número redondo (5:19, etc.), e como sete vezes mais, no sentido de inteiramente (Gn 4:15).

    Terceiro filho de Adão e Eva, quando Adão tinha 130 anos de idade. Nasceu depois que Caim matou Abel. Gênesis 4:25 diz que Eva deu-lhe esse nome porque “Deus me deu outro descendente em lugar de Abel, que Caim matou”. O vocábulo hebraico talvez derive do verbo “conceder” ou “apontar”. Devido ao pecado de Caim e à morte de Abel, a linhagem oficial de Adão e Eva foi estabelecida por meio de Sete, gerado à semelhança e conforme a imagem de Adão (Gn 5:3-8).

    Sete teve um filho chamado Enos (Gn 4:26-1Cr 1:
    1) e foi nessa época “que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”. Esse fato provavelmente é citado para enfatizar que foi por meio de Sete que a linhagem piedosa teve continuidade. Essa tornou-se a linhagem messiânica através de Noé, Abraão, Davi e finalmente Jesus (Lc 3:38). P.D.G.


    Sete [Deu]

    Filho de Adão e pai de Enos (Gn 4:25-26).


    Sete 1. Número que simboliza uma totalidade (Mt 18:21ss.; Mc 8:5.20). 2. O número de frases pronunciadas por Jesus na cruz, as quais são convencionalmente conhecidas como “Sete Palavras” (Mt 27:46 e par.; Lc 23:34; 23,43; 23,46; Jo 19:26-27; 19,28; 19,30).

    Vezar

    verbo transitivo direto e pronominal Passar a ter vezo; adquirir certo hábito e/ou costume; acostumar-se.
    Etimologia (origem da palavra vezar). A + vezo + ar.
    verbo transitivo direto [Popular] Conseguir ou tomar a posse de; passar a possuir (alguma coisa).
    Etimologia (origem da palavra vezar). Vezo + ar.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Levítico 14: 16 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então o sacerdote imergirá o seu dedo direito no azeite que está na sua mão esquerda, e daquele azeite com o seu dedo espargirá sete vezes perante o SENHOR;
    Levítico 14: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1445 a.C.
    H2881
    ṭâbal
    טָבַל
    imergir, mergulhar, afundar
    (and dipped)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3233
    yᵉmânîy
    יְמָנִי
    direito
    (right)
    Adjetivo
    H3548
    kôhên
    כֹּהֵן
    sacerdote, oficiante principal ou governante principal
    ([was] priest)
    Substantivo
    H3709
    kaph
    כַּף
    palma, mão, sola, palma da mão, cavidade ou palma da mão
    (for the sole)
    Substantivo
    H4480
    min
    מִן
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos
    H5137
    nâzâh
    נָזָה
    jorrar, salpicar, borrifar
    (and sprinkle)
    Verbo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6440
    pânîym
    פָּנִים
    o rosto
    (the face)
    Substantivo
    H6471
    paʻam
    פַּעַם
    golpe, batida, pé, pegada, bigorna, ocorrência
    ([is] now)
    Substantivo
    H676
    ʼetsbaʻ
    אֶצְבַּע
    ()
    H7651
    shebaʻ
    שֶׁבַע
    sete (número cardinal)
    (and sevenfold)
    Substantivo
    H8042
    sᵉmâʼlîy
    שְׂמָאלִי
    ()
    H8081
    shemen
    שֶׁמֶן
    gordura, óleo
    (oil)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    טָבַל


    (H2881)
    ṭâbal (taw-bal')

    02881 טבל tabal

    uma raiz primitiva; DITAT - 787,788; v

    1. imergir, mergulhar, afundar
      1. (Qal)
        1. imergir
        2. imergir-se
      2. (Nifal) ser submerso

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יְמָנִי


    (H3233)
    yᵉmânîy (yem-aw-nee')

    03233 ימני y emaniŷ

    procedente de 3231; DITAT - 872d; adj

    1. direita, mão direita

    כֹּהֵן


    (H3548)
    kôhên (ko-hane')

    03548 כהן kohen

    particípio ativo de 3547; DITAT - 959a; n m

    1. sacerdote, oficiante principal ou governante principal
      1. rei-sacerdote (Melquisedeque, Messias)
      2. sacerdotes pagãos
      3. sacerdotes de Javé
      4. sacerdotes levíticos
      5. sacerdotes aadoquitas
      6. sacerdotes araônicos
      7. o sumo sacerdote

    כַּף


    (H3709)
    kaph (kaf)

    03709 כף kaph

    procedente de 3721; DITAT - 1022a; n f

    1. palma, mão, sola, palma da mão, cavidade ou palma da mão
      1. palma, palma da mão
      2. poder
      3. sola (do pé)
      4. cavidade, objetos, objetos dobráveis, objetos curvados
        1. articulação da coxa
        2. panela, vaso (côncavo)
        3. cavidade (da funda)
        4. ramos no formato de mãos ou folhagem (de palmeiras)
        5. cabos (curvos)

    מִן


    (H4480)
    min (min)

    04480 מן min

    ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

    procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

    1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
      1. de (expressando separação), fora, ao lado de
      2. fora de
        1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
        2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
        3. (referindo-se à fonte ou origem)
      3. fora de, alguns de, de (partitivo)
      4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
      5. do que, mais do que (em comparação)
      6. de...até o, ambos...e, ou...ou
      7. do que, mais que, demais para (em comparações)
      8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
    2. que

    נָזָה


    (H5137)
    nâzâh (naw-zaw')

    05137 נזה nazah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1335,1336; v

    1. jorrar, salpicar, borrifar
      1. (Qal) jorrar, salpicar
      2. (Hifil) fazer jorrar, borrifar sobre
    2. saltar, pular
      1. (Hifil) fazer saltar, assustar

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    פָּנִים


    (H6440)
    pânîym (paw-neem')

    06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

    procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

    1. face
      1. face, faces
      2. presença, pessoa
      3. rosto (de serafim or querubim)
      4. face (de animais)
      5. face, superfície (de terreno)
      6. como adv. de lugar ou tempo
        1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
      7. com prep.
        1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

    פַּעַם


    (H6471)
    paʻam (pah'-am)

    06471 פעם pa am̀ ou (fem.) פעמה pa amah̀

    procedente de 6470; DITAT - 1793a; n. f.

    1. golpe, batida, pé, pegada, bigorna, ocorrência
      1. pé, ruído de pata, ruído de passo, pisada
      2. bigorna
      3. occorrência, vez, golpe, batida
        1. uma vez, duas vezes, três vezes, de tempo em tempo, desta vez, duma vez, agora desta vez, agora ... agora, uma vez ... outra vez

    אֶצְבַּע


    (H676)
    ʼetsbaʻ (ets-bah')

    0676 אצבע ’etsba ̀

    do mesmo que 6648 (no sentido de segurar); DITAT - 1873a; n f

    1. dedo, dedo do pé

    שֶׁבַע


    (H7651)
    shebaʻ (sheh'-bah)

    07651 שבע sheba ̀ou (masc.) שׂבעה shib ah̀

    procedente de 7650; DITAT - 2318; n. m./f.

    1. sete (número cardinal)
      1. como número ordinal
      2. em combinação - 17, 700, etc

    שְׂמָאלִי


    (H8042)
    sᵉmâʼlîy (sem-aw-lee')

    08042 שמאלי s ema’liŷ

    procedente de 8040; DITAT - 2267b; adj

    1. esquerdo, lado esquerdo, à esquerda

    שֶׁמֶן


    (H8081)
    shemen (sheh'-men)

    08081 שמן shemen

    procedente de 8080, grego 1068 γεθσημανι; DITAT - 2410c; n. m.

    1. gordura, óleo
      1. gordura, obesidade
      2. azeite, azeite de oliva
        1. como produto, remédio ou ungüento
        2. usado para unção
      3. gordura (referindo-se à terra frutífera, vales) (metafórico)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo