Enciclopédia de Mateus 23:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 23: 8

Versão Versículo
ARA Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos.
ARC Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
TB Mas vós não queirais ser chamados mestres; porque só um é vosso mestre, e todos vós sois irmãos.
BGB ὑμεῖς δὲ μὴ κληθῆτε· Ῥαββί, εἷς γάρ ἐστιν ὑμῶν ὁ ⸀διδάσκαλος, πάντες δὲ ὑμεῖς ἀδελφοί ἐστε·
HD Vós, porém, não sejais chamados “Rabbi”, pois vosso Mestre é somente um, e todos vós sois irmãos.
BKJ Mas vós não sereis chamados de Rabi, porque um só é o vosso Mestre, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
LTT Vós, porém, que não sejais chamados de grande- professor, porque exatamente um é o vosso Mestre- Guia, a saber, o Cristo 415, e todos vós irmãos sois (uns dos outros).
BJ2 Quanto a vós,[o] não permitais que vos chamem "Rabi", pois um só é o vosso Mestre e todos vós sois irmãos.
VULG Vos autem nolite vocari Rabbi : unus est enim magister vester, omnes autem vos fratres estis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 23:8

Mateus 10:25 Basta ao discípulo ser como seu mestre, e ao servo ser como seu senhor. Se chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?
Mateus 17:5 E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o.
Mateus 23:10 Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo.
Mateus 26:49 E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi. E beijou-o.
Lucas 22:32 Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.
João 13:13 Vós me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, porque eu o sou.
Romanos 14:9 Foi para isto que morreu Cristo e tornou a viver; para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos.
I Coríntios 1:12 Quero dizer, com isso, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo.
I Coríntios 3:3 porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens?
II Coríntios 1:24 não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vosso gozo; porque pela fé estais em pé.
II Coríntios 4:5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus.
Efésios 3:15 do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome,
Colossenses 1:1 Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo,
Tiago 3:1 Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.
I Pedro 5:3 nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
Apocalipse 1:9 Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo.
Apocalipse 19:10 E eu lancei-me a seus pés para o adorar, mas ele disse-me: Olha, não faças tal; sou teu conservo e de teus irmãos que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.
Apocalipse 22:9 E disse-me: Olha, não faças tal, porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 415

Mt 23:8 Mss Alexandrinos/ TC/ bíblias moderninhas aqui roubam dEle o título "O CRISTO" (o Messias, o prometido Ungido de Deus).


Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

33 d.C., 8 de nisã

Betânia

Jesus chega seis dias antes da Páscoa

     

Jo 11:55Jo 12:1

9 de nisã

Betânia

Maria derrama óleo na cabeça e nos pés de Jesus

Mt 26:6-13

Mc 14:3-9

 

Jo 12:2-11

Betânia–Betfagé–Jerusalém

Entra em Jerusalém montado num jumento

Mt 21:1-11, Mt 14:17

Mc 11:1-11

Lc 19:29-44

Jo 12:12-19

10 de nisã

Betânia–Jerusalém

Amaldiçoa figueira; purifica o templo novamente

Mt 21:18-19; Mt 21:12-13

Mc 11:12-17

Lc 19:45-46

 

Jerusalém

Principais sacerdotes e escribas tramam matar Jesus

 

Mc 11:18-19

Lc 19:47-48

 

Jeová fala; Jesus profetiza sua morte; descrença de judeus cumpre profecia de Isaías

     

Jo 12:20-50

11 de nisã

Betânia–Jerusalém

Lição sobre figueira que secou

Mt 21:19-22

Mc 11:20-25

   

Templo em Jerusalém

Sua autoridade é questionada; ilustração dos dois filhos

Mt 21:23-32

Mc 11:27-33

Lc 20:1-8

 

Ilustrações: lavradores assassinos, banquete de casamento

Mt 21:33Mt 22:14

Mc 12:1-12

Lc 20:9-19

 

Responde a perguntas sobre Deus e César, ressurreição, maior mandamento

Mt 22:15-40

Mc 12:13-34

Lc 20:20-40

 

Pergunta se Cristo é filho de Davi

Mt 22:41-46

Mc 12:35-37

Lc 20:41-44

 

Ai dos escribas e fariseus

Mt 23:1-39

Mc 12:38-40

Lc 20:45-47

 

Vê a contribuição da viúva

 

Mc 12:41-44

Lc 21:1-4

 

Monte das Oliveiras

Fala sobre o sinal de sua presença

Mt 24:1-51

Mc 13:1-37

Lc 21:5-38

 

Ilustrações: dez virgens, talentos, ovelhas e cabritos

Mt 25:1-46

     

12 de nisã

Jerusalém

Judeus tramam matá-lo

Mt 26:1-5

Mc 14:1-2

Lc 22:1-2

 

Judas combina a traição

Mt 26:14-16

Mc 14:10-11

Lc 22:3-6

 

13 de nisã (tarde de quinta-feira)

Jerusalém e proximidades

Prepara a última Páscoa

Mt 26:17-19

Mc 14:12-16

Lc 22:7-13

 

14 de nisã

Jerusalém

Celebra a Páscoa com os apóstolos

Mt 26:20-21

Mc 14:17-18

Lc 22:14-18

 

Lava os pés dos apóstolos

     

Jo 13:1-20


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Wesley Caldeira

mt 23:8
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11457
Capítulo: 17
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
Jesus era chamado quase sempre de rabi, quer dizer, mestre.
Esse título não era oficial; era como o povo se dirigia aos que ensinavam e tinham discípulos.
O clero em Israel era formado por níveis hierárquicos, a começar pelo sumo sacerdote em exercício. O comandante do Templo era o assistente do sumo sacerdote e gerenciava os outros sacerdotes chefes. Esse cargo era pressuposto para se tornar sumo sacerdote.
Abaixo do comandante do Templo estava o sacerdote que regulava o revezamento dos 24 grupos de sacerdotes que, dispersos pela Judeia e pela Galileia, compareciam uma vez a cada 24 semanas em Jerusalém, alternadamente, para oficiar as atividades diárias do Templo junto à população (holocaustos, sacrifícios pelos pecados, sacrifícios de reparação e de comunhão). Cada grupo de sacerdotes possuía seu respectivo chefe. Todos somavam aproximadamente 7.200 sacerdotes.
Zacarias, pai de João Batista, era um deles, da classe de Abias, a oitava das 24 classes. Isabel, sua mulher, era filha de sacerdote. (LUCAS, 1:5.)
Nas festas, todos os grupos de sacerdotes eram convocados conjuntamente para suprir as enormes demandas de atividades.

Depois do chefe do revezamento semanal, estavam os chefes das quatro a nove seções diárias que faziam parte da seção semanal.
Na ordem hierárquica seguinte, vinha um sacerdote chefe destacado para zelar pela vigilância do Templo, que dispunha da guarda.
Mais abaixo na hierarquia, funcionavam pelo menos três sacerdotes chefes tesoureiros, com vários auxiliares. Eles administravam as finanças do Templo: as rendas, os capitais, os contratos, as vendas de oferendas e as compras.
Por fim, como assistentes subalternos estavam os levitas, que constituíam o “baixo clero”, sem serem sacerdotes, divididos igualmente em 24 seções semanárias. O grupo mais eminente de levitas era formado pelos cantores e músicos das liturgias do Templo. O outro grupo reunia os demais funcionários, cerca de 9.600 levitas: guardas, porteiros, faxineiros etc. Foi essa guarda levítica, reforçada pelos guardas do sumo sacerdote em exercício e por soldados romanos, que prendeu Jesus. (JOÃO, 18:3.) Alguns levitas tinham destaque no campo intelectual; eram escribas, como José Barnabé, um dos líderes da cristandade primitiva, companheiro de Paulo em sua primeira viagem apostólica.
O título de sacerdote e de levita músico era transmitido por herança. Não havia outra forma de aquisição dessas dignidades. Uma pesquisa detalhada da genealogia do candidato era feita nos arquivos do Templo para se verificar a pureza da descendência. A idade canônica para tornar-se sacerdote era de 20 anos.
Israel era uma teocracia. O clero se localizava no topo sociopolítico e econômico da classe alta, que era composta também pela nobreza leiga, não religiosa. A nobreza sacerdotal era fabulosamente rica, enquanto os sacerdotes comuns recebiam baixos salários.
Todos aqueles classificados como chefes tinham jurisdição sobre os demais sacerdotes e integravam o Sinédrio, a corte suprema da nação, junto com os sumos sacerdotes passados, os escribas e os anciãos, num total de 71 membros.

O Sinédrio, assim, tinha formação tríplice: sacerdotes, escribas e anciãos.
Aqueles chamados anciãos, ou, conforme LUCAS, 19:47, os “chefes do povo”, os notáveis, os grandes de Israel, representavam a nobreza leiga, os chefes de família não sacerdotes, de expressão política e econômico- financeira. Era o caso de José de Arimateia.
Grande parte dos membros da nobreza leiga eram saduceus.
Os saduceus constituíam um partido religioso fundado próximo de 250 a.C.; sua doutrina aceitava Deus, mas negava a ressurreição dos mortos, ou seja, a imortalidade da alma, e preceituava gozar o mais possível dos bens que a Providência divina favorecesse para a vida terrena. Uma vida sábia e honrada seria recompensada na vida física; o sucesso material seria símbolo de uma vida religiosamente pura. Pode-se dizer que eram os materialistas e sensualistas de Israel. Invariavelmente eram ricos, e os sacerdotes que ocupavam os lugares principais na hierarquia do Templo, sobretudo o sumo sacerdote, costumavam ser saduceus.
Após a guerra contra os romanos, entre 66 e 70 d.C., a nobreza leiga e a nobreza sacerdotal, saduceias, entram em declínio. Uma nova classe ascende, a dos escribas, os doutores da Lei.
Diferentemente dos nobres leigos e sacerdotes, os escribas não se baseavam em privilégio de origem, e alguns escribas famosos tiveram até sangue pagão. Pessoas de todas as camadas sociais podiam ser escribas, embora a maior parte deles fosse das camadas do povo, não abastadas: mercadores, artesãos, carpinteiros, fabricantes de tendas, trabalhadores diaristas, quase miseráveis, como o célebre Hilel, da Babilônia. Pouquíssimos escribas eram ricos na época de Jesus. Aqiba, o venerado doutor da Lei, e sua mulher dormiam sobre a palha no inverno; Yuda ben Elai tinha uma só capa, que ele e a mulher usavam alternadamente para sair, e seis dos seus discípulos só tinham um casaco para se cobrirem.
Nicodemos e Gamaliel (ATOS DOS APÓSTOLOS, 22:3), ao contrário, eram doutores de famílias nobres e ricas, e vestiam a túnica dos escribas de posses, em forma de filactérios, caindo até os pés, com longas franjas. (MATEUS, 23:5.)
Joachim Jeremias (2005, p. 320) salienta que o saber era o único e exclusivo fator do poder dos escribas. Quem desejasse se agregar a eles seguia um ciclo regular de estudos em alguns anos, passando de discípulo a rabi. Até os 40 anos, seria “doutor não ordenado”. Alcançada essa idade, era recebido, mediante ordenação, na corporação dos doutores. Estava, com isso, autorizado a fornecer pareceres sobre questões religiosas e legais, inclusive ser juiz em processos criminais e civis. Aliás, no século I, vários cargos importantes da administração pública, anteriormente ocupados apenas por sacerdotes e nobres, estavam dominados pelos escribas.
No tempo de Jesus, o título de rabi ainda era dado como título honorífico geral, mesmo a quem não houvesse adquirido formação acadêmica, ou rabínica. A designação estava em evolução. Só mais adiante seria reservada exclusivamente aos escribas ordenados.
O grande prestígio dos escribas se concentrava não somente no serem detentores do conhecimento, mas especialmente no serem portadores de conhecimentos esotéricos, não revelados aos leigos, a ciência secreta sobre as maravilhas da criação, do homem e de bar nasa, o “Filho do Homem”. Para essas questões, os ensinos eram particulares e versavam sobre teosofia e cosmogonia. Os ensinamentos esotéricos não constituíam teses isoladas, mas verdadeiros sistemas doutrinários atribuídos à inspiração divina. Do ponto de vista histórico e social, os escribas são os possuidores da ciência secreta de Deus e são os sucessores dos profetas. O povo venerava os escribas como antes fizera aos profetas. À passagem deles, as pessoas se levantavam; nos banquetes, ocupavam os primeiros lugares; nas sinagogas, lugares exclusivos eram destinados a eles. (JEREMIAS, 2005, p. 323-328.)
Jesus também reservara muitos ensinos estritamente aos ouvidos dos apóstolos e discípulos. Nicodemos, quando o visitou, estava interessado em aprofundamentos quanto ao reino de Deus e à salvação, e obteve a confirmação da reencarnação.
Na carta aos HEBREUS, 5:13 e 14, Paulo observa que a criancinha apenas amamenta, não pode degustar algo que curiosamente chama de “doutrina da justiça”; os adultos, porém, possuem o senso moral exercitado para discernir o bem e o mal, e recebem alimento sólido.
A ascensão dos escribas irá alterar profundamente a dinâmica da vida judaica, depois da queda do Templo, no ano 70. De uma aristocracia baseada no sangue, as comunidades israelitas passarão a ser dirigidas por uma aristocracia intelectual, baseada no mérito pessoal.
A maioria dos escribas era composta de fariseus, como fora Paulo, mas também havia escribas saduceus.
Os fariseus formavam um partido religioso de grande prestígio. Parte deles era constituída de escribas, notadamente os membros influentes. (JEREMIAS, 2005, p. 321.) Mas a maioria era do povo, sem formação de escriba.
Fariseu (perushim) significa separado: a “verdadeira comunidade de Israel”, “a comunidade santa” idealizada fazia mais de um século para duas finalidades: resistir à penetração das tendências gregas na cultura judaica e opor-se aos saduceus.
Os fariseus se sentiam mais judeus que os outros e eram conservadores ortodoxos dos preceitos da Lei, severos observadores das práticas exteriores e ostentadores de virtudes.
De origem contemporânea à dos essênios, viram-se os fariseus, com as lutas políticas e religiosas, valorizados junto à população, até que Herodes, o Grande, acabou por ceder-lhes honras e privilégios, projetando- os para dentro do Poder. Formavam um partido das massas, lutando, em termos sociais e religiosos, contra as pretensões da aristocracia saduceia. Se na ordem religiosa, no tempo de Jesus, os fariseus detinham predominante influência, inclusive definindo prescrições litúrgicas do Templo, na administração pública o seu domínio só iria sobrepor-se aos saduceus após a primeira guerra contra os romanos (66–70 d.C.). Na verdade, os fariseus formavam várias comunidades dentro de uma mesma cidade, com seus chefes e assembleias, como acontecia em Jerusalém, todas elas comprometidas em observar o regulamento geral da grande comunidade quanto às regras de pureza e quanto ao dízimo.
Ao mesmo tempo em que representavam o povo, recebendo uma adesão incondicional das massas, os fariseus se “separavam” da população que não observava as prescrições sobre pureza e dízimo. Joachim Jeremias (2005, p. 359) relata que o comércio, o casamento e a comensalidade com o não fariseu, suspeito de impureza, receberam proibições e limitações.
Na esteira das grandes religiões e correntes filosóficas da Antiguidade, essênios, saduceus e fariseus viviam, de variadas maneiras, isolados do povo.
Os essênios viviam em suas comunidades fechadas, sob as rigorosas regras de seus monastérios.
Os saduceus estavam encastelados em seus palácios e em suas posições no Templo, no ponto mais alto de um abismo socioeconômico e religioso.
Os fariseus se afastavam pelo impenitente preconceito religioso cultivado contra o homem comum.
E Jesus?
Jesus foi o rabi dos desfavorecidos e desprezados de Israel.
Exceção feita a alguns notáveis, era a boca do povo simples que se comprazia em chamá-lo raboni, mestrezinho.
A distância entre a camada social alta e a camada média e baixa fez que muitos dividissem as sociedades da Antiguidade em apenas duas classes — uma pequena classe superior e uma larga classe inferior. Os seguidores de Jesus pertenciam quase inteiramente à camada inferior.
A classe média era composta por não assalariados: artesãos com oficinas próprias, pequenos comerciantes, estalajadeiros etc.

A classe pobre (am ha’aretz – pessoas da terra) era formada pelos diaristas alugados, aqueles que garantiam a subsistência pelo trabalho assalariado (um denário por dia, mais a refeição). Também era integrada por aqueles (numerosos) que viviam da ajuda de terceiros ou do auxílio público: desempregados, mendigos, portadores de deficiências físicas ou mentais. A esses se juntavam, ainda, os escravos.
Jesus era de família muito pobre. Quando sua mãe compareceu ao Templo, após os quarenta dias do parto, para o sacrifício da purificação, ela precisou valer-se do “privilégio” dos pobres: em vez de ofertar o cordeiro de um ano e uma rolinha, apresentou duas rolinhas em substituição. (LUCAS, 2:24.) Cada rolinha custava um oitavo de denário, em Jerusalém. (JEREMIAS, 2005, p. 159.)
Ele não teve onde repousar a cabeça (MATEUS, 8:20); não levava dinheiro consigo, como revelaram os episódios do estáter16 encontrado na boca do peixe (MATEUS, 17:27) e do tributo a César (MATEUS, 22:21); e suas atividades missionárias eram subvencionadas pelos bens das mulheres discípulas (LUCAS, 8:3).
Desse quadro geral, entrevê-se a coragem de Jesus em desmascarar o comportamento dos saduceus, dos escribas e dos fariseus na exploração criminosa dos humildes, seja no episódio da expulsão dos vendilhões do Templo, seja na exprobação pública desses grupos.
Os escribas e os fariseus deveriam ser atendidos em todas as suas prescrições, mas não imitados em suas ações, porque não faziam o que diziam. (MATEUS, 23:1 a 3.) E as boas ações que praticavam, faziam-nas para serem vistos. Eram hipócritas, condutores cegos, sepulcros caiados por fora, raça de víboras, amigos do dinheiro (LUCAS, 16:14) e devoradores das casas das viúvas (MARCOS, 12:40).
Jesus não pretendeu criar um partido religioso, muito menos uma religião para o povo.
O reino de Deus que Ele anunciava está dentro das criaturas, e sua construção se desenvolve numa ligação com Deus em espírito e verdade. Deus “habita” a alma e não a magnificência dos templos.

Mas poucos séculos depois de Jesus, o movimento que Ele iniciou para difundir as leis morais e a ética desse reino sofreria uma grande e perniciosa transformação.
Nas primeiras comunidades cristãs, após a desencarnação dos apóstolos e dos primeiros discípulos, a direção dos trabalhos estava com aqueles que demonstrassem mais dons do Espírito e mais equilíbrio moral, ou santidade; isto é, a liderança se concentrava na autoridade espiritual e moral. No século II, entretanto, as comunidades começaram a ser dominadas pelas hierarquias. O poder dos bispos se sobrepôs ao valor dos dons espirituais (dos carismas) e da moralidade. Lentamente os dons espirituais passaram a ser malvistos. Os bispos se proclamavam sucessores dos apóstolos e elegiam patriarcas. O patriarca de Roma não demorou a sustentar sua supremacia sobre os outros patriarcados, lançando a base do papado, formalizado no século VII.
O termo “católico” vem do grego kata (junto) e holos (todo), designando o que é universal, o que abrange tudo e reúne todos. Inácio de Antioquia foi o primeiro a empregar esse termo para se referir à igreja cristã de Roma, no século II. No ano de 381, o caráter universal foi admitido como um atributo oficial da igreja romana, no concílio realizado em Constantinopla, colocando as demais igrejas abaixo dela.
Antes, porém, no Concílio de Niceia, primeiro concílio ecumênico da cristandade, em 325 d.C., ocorreu um dos marcos da desnaturação do ideal de Jesus. Nele, entre outros debates cristológicos, o arianismo foi apontado como doutrina herética. Para Arius, Jesus não era Deus. Para os bispos reunidos na cidade de Niceia, Jesus era Deus.
Contudo, algo mais grave iria acontecer no banquete celebrado na conclusão do Concílio de Niceia. Após o encerramento dos trabalhos, os bispos foram ao palácio do imperador romano Constantino e entraram com naturalidade, passando pela guarda real e pelo exército que fazia a segurança do lugar. Ingressando nos aposentos privativos do imperador, os bispos e patriarcas se reclinaram em torno da mesa, cercados por extremo conforto e, ao lado do imperador, esperavam que a criadagem servisse o fino repasto. O banquete do reino de Deus, anunciado na Boa-Nova como resultado da edificação espiritual do ser, estava sendo desfigurado em seu conceito, pois não se concilia com ambições de domínio exterior, principalmente as de influência e poder nos gabinetes da política do mundo.
Juan Arias (2001, p. 128), teólogo e filósofo que por quase quinze anos foi correspondente no Vaticano para o jornal El País, lembra que o governo central da Igreja foi copiado basicamente dos imperadores romanos: uma “monarquia absoluta”, “preocupada com os ricos e poderosos”, “contaminada pelos poderes mundanos e políticos”, que tirou “o ouro dos pobres para enriquecer seus templos”.
Jesus advertiu seus discípulos, quando censurava os maus escribas e os maus fariseus (MATEUS, 23:8 a 12):
— “Quanto a vós, não permitais que vos chamem ‘Rabi’, pois um só é o vosso Mestre e todos vós sois irmãos. A ninguém na Terra chameis ‘Pai’, que um só é o vosso Pai, o celeste. Nem permitais que vos chamem ‘Guias’, pois um só é o vosso guia, Cristo. Antes, o maior dentre vós será aquele que vos serve. Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado”.
Sendo assim, por que “padre”, do latim pater, “pai”? Por que “papa”, do grego páppas, “pai”?
Bonhoeffer, teólogo protestante morto num campo de concentração nazista, escreveu: “Jesus não chamou para uma nova religião, e sim para a vida”. (apud ARIAS, 2001, p. 131.)
A verdadeira religião de Jesus é a vida, mas uma vida em abundância com o próximo e com Deus.
“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. (JOÃO, 10:10.)
Jesus é o guia e o modelo para uma vida espiritualmente farta. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. (JOÃO, 14:6.)

As multidões ficavam extasiadas com seu ensinamento, porque “as ensinava com autoridade”. (MATEUS, 7:28 e 29.)
Guia e modelo, com autoridade.
Dois títulos apenas Ele aceitou: Mestre e Senhor.
“Vós me chamais de Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou”. (JOÃO, 13:13.)
16 N.E.: Moeda de prata que valia quatro denários.


Léon Denis

mt 23:8
Cristianismo e Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Léon Denis

O pecado original é o dogma fundamental em que repousa todo o edifício dos dogmas cristãos - ideia verdadeira, no fundo, mas falsa em sua forma e desnaturada pela Igreja - verdadeira, no sentido de que o homem sofre com a intuição que conserva das faltas cometidas em suas vidas anteriores e pelas consequências que acarretam para ele. Esse sofrimento, porém, é pessoal e merecido.


Ninguém é responsável pelas faltas de outrem, se nelas não tomou alguma parte. Apresentado em seu aspecto dogmático, o pecado original, que pune toda a posteridade de Adão, isto é, a Humanidade inteira, pela desobediência do primeiro par, para depois salvá-la por meio de uma iniquidade inda maior - a imolação de um justo - é um ultraje à razão e à moral, consideradas em seus princípios essenciais - a bondade e a justiça. Mais contribuiu para afastar o homem da crença em Deus, que todas as agressões e todas as críticas da Filosofia.


Não é, com efeito, impunemente que se tenta separar, no pensamento e na consciência, a ideia de Deus da de justiça. Com isso, o que se logra é lançar a perturbação nas almas e provocar um trabalho mental que conduz, forçosamente, à exclusão de uma dessas duas ideias. Ora, foi a ideia de Deus que esteve quase a perecer, porque o homem não pode ver em Deus senão a mais alta personificação da justiça, do amor e da sabedoria. Todas as perfeições devem encontrar-se reunidas no Ser eterno.


Do seu passado criminoso perdeu o homem a recordação precisa, mas conservou um vago sentimento. Daí proveio essa concepção do pecado original, que se encontra em muitas religiões, e da expiação que ele requer. Dessa concepção errônea derivam as da queda, do resgate e da redenção pelo sangue do Cristo, os mistérios da encarnação, da virgem-mãe, da imaculada conceição, numa palavra, todo o amontoado do Catolicismo. (Nota lxviii: A queda da humanidade em Adão - diz o abade de Noirlieu em seu Catecismo filosófico para uso dos seculares - e a sua reparação em JesusCristo, são os dois grandes fatos sobre que repousa o Cristianismo. Sem o dogma do pecado original não mais se concebe a necessidade do Redentor. Por isso, nada é ensinado mais explicitamente pela Igreja do que a queda de Adão e as suas funestas conseqüências, para todos os seus descendentes.") Todos esses dogmas constituem verdadeira negação da razão e da justiça divinas, desde que tomados ao pé da letra, como o quer a Igreja, e em seu sentido material.


Não é admissível houvesse Deus criado o homem e a mulher com a condição de não se instruírem. Menos admissível, ainda, é que ele tenha, por uma única desobediência, condenado a sua posteridade e a Humanidade inteira à morte e ao inferno. "Que pensar, diz com razão E. Bellemare, de um juiz que condenasse um homem sob o pretexto de que, há milhares de anos, um seu antepassado cometera um crime?" É, entretanto, esse odioso papel que o Catolicismo atribui ao juiz supremo - Deus!


É por motivos tais que se justificou o afastamento e a ojeriza que certos pensadores conceberam pela ideia de Deus. É o que explica, sem a desculpar, a veemente acusação de um célebre escritor: Deus é o mal!


Se considerarmos o dogma do pecado original e da queda qual o é, realmente, isto é, como um mito, uma lenda oriental, exatamente como se depara em todas as cosmogonias antigas; se destruirmos com um sopro tais quimeras, todo o edifício dos dogmas e mistérios imediatamente se desmorona. Que restará, então, do Cristianismo? pode-se-me perguntar. Restará o que ele em si contém de verdadeiramente grande, de vivo e racional, isto é, tudo o que é suscetível de elevar e fortalecer a Humanidade.


Prossigamos em nosso exame. A soberania de Deus, dizem os teólogos, manifesta-se pela predestinação e pela redenção. Sendo Deus absoluto soberano, sua vontade é a causa final e decisiva de tudo quanto ocorre no Universo. Agostinho é o autor desse dogma, que ele institui em sua luta com os maniqueus, partidários de dois princípios opostos: o bem e o mal, e contra Pelágio, que reivindicava os direitos da liberdade humana. Todavia, Agostinho louva-se, para defender o seu dogma, na autoridade de S. Paulo, verdadeiro criador da doutrina da predestinação, cujo enunciado, pouco concludente ao nosso ver, está no capítulo IX da Epístola aos Romanos.


Segundo S. Paulo, cuja teoria foi adotada sucessivamente por Agostinho, pelos reformadores do século XVI e, mais tarde, por Jansen, Pascal, etc., o homem não pode obter a salvação por suas próprias obras, arrastando-o sua natureza, como invariavelmente o arrasta, ao mal.


Essa inclinação funesta é o resultado da queda do primeiro homem e da corrupção que dela deriva para toda a Humanidade, tendo-se tornado a herança de todos os filhos de Adão. É pela concepção que aos filhos se transmite o pecado dos pais. Esse dogma denomina-se traducianismo e as igrejas cristãs parece não perceberem que, com essa afirmação monstruosa, se fazem aliadas do materialismo, que proclama a mesma teoria sob o nome de lei da hereditariedade.


Todos os homens, perdidos pelo pecado de Adão, seriam votados à condenação eterna, se Deus, em sua misericórdia, não tivesse encontrado um meio de os salvar. Esse meio é a redenção.


O filho de Deus se faz homem. Em sua vida terrestre, cumpriu a vontade do Pai e satisfez sua justiça, oferecendo-se em holocausto para salvação de todos os que se ligam à sua igreja.


Desse dogma resulta que os fiéis não são salvos por um exercício da sua livre vontade, nem por seus próprios merecimentos, porque não há livre-arbítrio em face da soberania de Deus, mas por efeito de uma graça que Deus concede a seus eleitos.


Levando esse argumento a todas as suas consequências lógicas, poder-se-ia dizer: É Deus quem atrai os escolhidos e quem endurece os pecadores. Tudo se faz pela predestinação divina.


Adão, por conseguinte, não pecou por seu livre-arbítrio. Foi Deus, absoluto soberano, que o predestinou à queda.


Esse dogma conduz a tão deploráveis resultados, que o próprio Calvino, que o afirmou com todas as suas consequências, o denomina, falando dos homens predestinados à condenação eterna, um "horrível decreto" (decretum horribile). "Mas Deus falou, acrescenta, e a razão deve submeter-se".


Deus falou! Onde e por quem falou ele? Em obscuros textos, obra de uma imaginação perturbada.


E para impor tais opiniões, para as incutir nos espíritos, Calvino não recuou nem ante o emprego da violência! A fogueira de Servet no-lo atesta.


Lógica terrível que, procedendo de verdades mal compreendidas, como dissemos mais acima, confunde-se em seus próprios sofismas e recorre ao ferro e ao fogo, com o fim de se impor e resolver questões inextricáveis, com o fim de elucidar um imbróglio criado pelas paixões e pela ignorância. "Como - redarguia Pelágio a Agostinho - nos perdoa Deus nossos pecados e imputar-nos-ia os de outrem?"

* "Só há um Deus - diz S. Paulo (Nota lxix: I Epístola a Timóteo, II, 5.) e um só mediador (Nota lxx: Essa expressão "mediador" é, além disso, aplicada três vezes a Jesus pelo autor da "Epístola aos Hebreus".) entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo, homem. " Mediador, isto é, intermediário, médium incomparável, traço de união que liga a Humanidade a Deus, eis o que é Jesus! Mediador e não redentor, porque a ideia de redenção não suporta exame. E contrária à justiça divina; é contrária à ordem majestosa do Universo. Entre os mundos que rolam no espaço, a Terra não é o único lugar de dor. Outras estâncias há de sofrimento, em que as almas, cativas na matéria, aprendem, como aqui, a dominar seus vícios e adquirir qualidades que lhes permitirão o acesso a mundos mais felizes.


Se o sacrifício de Jesus fosse necessário para salvar a Humanidade terrestre, Deus deveria o mesmo socorro a outras Humanidades desgraçadas. Sendo, porém, ilimitado o número dos mundos inferiores em que dominam as paixões materiais, o filho de Deus seria, por isso mesmo, condenado a sofrimentos e sacrifícios infinitos. É inadmissível semelhante hipótese.


Com o seu sacrifício, dizem outros teólogos, Jesus "venceu o pecado e a morte, porque a morte é o salário do pecado e uma tremenda desordem na Criação". (Nota lxxi: De Pressensé, Jesus Cristo, seu tempo, sua vida, sua obra, pág. 654. Encontra-se essa opinião em muitos autores católicos.) Entretanto, morre-se depois da vinda de Jesus, como antes dele se morria. A morte, considerada por certos cristãos como consequência do pecado e punição do ser, é, todavia, uma lei natural e uma transformação necessária ao progresso e elevação da alma. Não pode ser elemento de desordem no Universo. Julgá-la por esse modo não é insurgir-se contra a divina sabedoria?


É assim que, partindo de um ponto de vista errôneo, os homens da Igreja chegam às mais estranhas concepções. Quando afirmam que, por sua morte, Jesus se ofereceu a Deus em holocausto, para o resgate da Humanidade, não equivale isso a dizer, na opinião dos que creem na divindade do Cristo, que se ofereceu a si mesmo? E do que terá ele resgatado os homens? Não é das penas do inferno, pois que todos os dias nos repetem que os indivíduos que morrem em estado de pecado mortal são condenados às penas eternas.


A palavra pecado não exprime, em si mesma, senão uma ideia confusa. A violação da lei acarreta a cada ser um amesquinhamento moral, uma reação da consciência, que é uma causa de sofrimento íntimo e uma diminuição das percepções animais. Assim, o ser pune-se a si mesmo. Deus não intervém, porque Deus é infinito; nenhum ser seria capaz de lhe produzir o menor mal.


Se o sacrifício de Jesus resgatou os homens do pecado, porque, então, inda os batizam? Essa redenção, em todo caso, não se pode estender senão unicamente aos cristãos, aos que têm conhecido e aceitado a doutrina do Nazareno. Teria ela, pois, excluído da sua esfera de ação a maior parte da Humanidade? Existem ainda hoje na Terra milhares, milhões de homens que vivem fora das igrejas cristãs, na ignorância das suas leis, privados desse ensino, sem cuja observância, dizem, "não há salvação". Que pensar de opiniões tão opostas aos verdadeiros princípios de amor e justiça que regem os mundos?


Não, a missão do Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da Humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo, resgatar-se da ignorância e do mal. Nada de exterior a nós poderia fazê-lo. É o que os Espíritos, aos milhares, afirmam em todos os pontos do mundo. Das esferas de luz, onde tudo é serenidade e paz, desceu o Cristo às nossas obscuras e tormentosas regiões, para mostrar-nos o caminho que conduz a Deus: tal o seu sacrifício. A efusão de amor em que envolve os homens, sua identificação com eles, nas alegrias como nos sofrimentos, constituem a redenção que nos oferece e que somos livres de aceitar. Outros, antes dele, haviam induzido os povos ao caminho do bem e da verdade.


Nenhum o fizera com a singular doçura, com a ternura penetrante que caracteriza o ensino de Jesus. Nenhum soube, como ele, ensinar a amar as virtudes modestas e escondidas. Nisso reside o poder, a grandeza moral do Evangelho, o elemento vital do Cristianismo, que sucumbe ao peso dos estranhos dogmas de que o cumularam.


* * *

O dogma das penas eternas deve prender-nos a atenção. Arma temível nas mãos do padre, nas épocas de fé, ameaça suspensa sobre a cabeça do homem, ele foi para a Igreja um instrumento incomparável de domínio.


Donde procede essa concepção de Satanás e do inferno?


Unicamente das noções falsas que o passado nos legou a respeito de Deus. Toda a Humanidade primitiva acreditou nos deuses do mal, nas potências das trevas, e essa crença traduziu-se em lendas de terror, em imagens pavorosas, que se transmitiram de geração a geração, e inspirando grande número de mitos religiosos. As forças misteriosas da Natureza, em suas manifestações, lançavam o terror no espírito dos homens primitivos.


Em torno de si, na sombra, em toda a parte, julgavam ver formas ameaçadoras, prontas a agarrá-los, a se apoderar deles.


Essas potências malignas foram personificadas, individualizadas pelo homem. Desse modo, criou ele os deuses do mal. E essas remotas tradições, legado das raças desaparecidas, perpetuadas de idade em idade, encontram-se ainda nas atuais religiões.


Daí Satanás, o eterno revoltado, o inimigo eterno do bem, mais poderoso que o próprio Deus, pois que reina como senhor no mundo, e as almas criadas para a felicidade caem, na maior parte, debaixo do seu jugo; - Satanás, a astúcia, a perfídia personificadas; depois, o inferno e suas torturas requintadas, cuja descrição faz desvairarem as imaginações simples.


Assim é que, em todos os domínios do pensamento, o homem terrestre substituiu as claras luzes da razão, que Deus lhe deu como seguro guia, pelas quimeras da sua imaginação desnorteada.


É verdade que nossa época, motejadora e céptica, já não acredita absolutamente no diabo; mas os padres não continuam menos, por esse motivo, a ensinar a sua existência e a do inferno. De tempos a tempos, pode-se ouvir, do alto do púlpito, a descrição dos castigos reservados aos condenados, ou das façanhas de Satanás. E não se trata já de modestas cátedras de aldeia: era sob as abóbadas de Nossa Senhora de Paris, que o padre Janvier, na quaresma de 1907, pronunciava estas palavras: "Imagina muita gente que o demônio não é mais que um símbolo, uma figura literária que não corresponde a coisa alguma na Criação, uma ficção poética, uma palavra que serve para designar o mal e as paixões: é um erro. O demônio, na doutrina católica é um ser perfeitamente real, uma personalidade distinta do resto da Natureza, tendo vida, ação e domínio próprios. O que, porém, é infinitamente mais temível é a ação ordinária, contínua, exercida por Satanás na Criação, a intervenção real e oculta que tem no curso dos sucessos e das estações, na germinação das plantas, no desencadear dos ventos e das tempestades". (Nota lxxii: P Janvier, Explicação da moral católica. O vício e o pecado. - ver também La libre Parole, 3 de novembro de 1907.) Assim se atasca a Igreja nas doutrinas do passado. Continua a proscrever a ciência e o conhecimento, a introduzir em todas as coisas o demônio, até mesmo no domínio da moderna Psicologia.


Ameaça com as chamas eternas todo indivíduo que procura emancipar-se de um Credo que a sua razão e consciência repudiam.


Em suas mãos, o Evangelho do amor se converteu num instrumento de terror.


Justo é, sem dúvida, que a Igreja recomende prudência aos seus fiéis; errada, porém, em lhes proibir as práticas espíritas, a pretexto de que emanam do demônio. É, porventura, demônio o Espírito que se confessa arrependido e pede preces? Demônio o que nos exorta à caridade e ao perdão? Na maioria dos casos, em lugar de ser essa personagem astuciosa e maligna descrita pela Igreja, Satanás seria completamente destituído de bom senso, não percebendo que trabalha contra si.


Se há maus espíritos, aos quais se poderia com razão aplicar esse qualificativo, é preciso também não esquecer que esses demônios são perfectíveis. São, por exemplo, os criminosos que a pena de morte faz passar para a outra vida, com a blasfêmia nos lábios e o ódio no coração. Esses não cessam de dirigir contra os homens sua maléfica influência, que, com mais forte razão, se há de fazer sentir quando se apresentem nas sessões espíritas em que não haja, para os afastar, um conjunto de vontades suficientemente enérgicas.


Mas não basta refletir um momento na obra divina, para repelir toda crença no demônio? Como admitir que o supremo foco do Bem e do Belo, a inesgotável fonte de misericórdia e bondade, tenha podido criar esse ser hediondo e malfazejo? Como acreditar que Deus lhe tenha podido conceder, com a consciência do mal, todo o poder sobre o mundo, e lhe tenha abandonado, como presa fácil, toda a família humana? Não, Deus não podia criar a imensa maioria de seus filhos para os perder, para fazer a sua desgraça eterna; Deus não outorgou o poder a quem mais dele abusaria, ao mais iníquo, ao mais perverso. Isso é inadmissível, indigno de uma alma que crê na justiça e na bondade do Criador. Admitir Satanás e o inferno eterno é insultar a Divindade. De duas uma: ou Deus possui a presciência e soube, de antemão, quais os resultados da sua obra, e, neste caso, executando-a, fez-se o carrasco de suas criaturas; ou não previu esse resultado, não possui a presciência, é falível como a sua própria obra, e então, proclamando a infalibilidade do papa, a Igreja o colocou superior a Deus. É com semelhantes concepções que se induzem os povos ao cepticismo, ao materialismo. A Igreja Romana com um tal princípio incorre nas mais graves responsabilidades.


Quanto aos castigos reservados aos culpados, como sanção penal e para assegurar a execução da lei de justiça, não há necessidade de os criar imaginários.


Se repararmos em torno de nós, veremos que por toda parte, na Terra, a dor nos espreita. Não é necessário sair deste mundo para encontrar sofrimentos proporcionais a todas as faltas, condições expiatórias para todos os culpados. Porque buscar o inferno em regiões quiméricas? O inferno está em torno de nós. Qual o verdadeiro sentido da palavra inferno? Lugar inferior! Ora, a Terra é um dos mundos inferiores do Universo. O destino do homem aqui é muitas vezes cruel, muito grande a soma dos seus males, para que se devam tornar sombrias, por concepções fantásticas, as perspectivas do futuro. Semelhantes ideias são um ultraje lançado a Deus. Não pode haver eternos sofrimentos, mas unicamente sofrimentos temporários, apropriados às necessidades da lei de evolução e de progresso. O princípio das reencarnações sucessivas é mais equitativo que a noção do inferno eterno; torna efetiva a justiça e a harmonia do Universo. É no decurso de novas e penosas existências terrestres que o culpado resgata o seu passado de crimes. A teia do destino é tecida individualmente por nós, na trama das ações boas e más, que todas em nós se refletem através dos tempos, com suas consequências felizes ou funestas. É assim que cada qual prepara o seu céu ou o seu inferno.


A alma, no período inferior de sua evolução, encerrada no círculo das vidas terrestres, hesitante, incerta, oscilante entre diversas atrações, ignorante dos grandiosos destinos que a esperam e do fim da Criação, erra, fraqueja, abandona-se às paixões, às correntes materiais que a arrebatam. Mas, pouco a pouco, pelo desenvolvimento de suas forças psíquicas, de seus conhecimentos, de sua vontade, a alma se eleva, liberta-se das influências inferiores e paira nas regiões divinas.


Tempo virá em que o mal já não será a condição desta existência; em que os seres, purificados pelo sofrimento, depois de haverem recebido a longa educação dos séculos, deixarão a senda obscura para se encaminharem à luz eterna. As Humanidades, vinculadas pelos elos de uma íntima solidariedade e de uma afeição profunda, caminharão de progresso em progresso, de perfeição em perfeição, para o grande foco, para o alvo supremo que é Deus, assim realizando essa obra do Pai, que não quer a perdição, mas a felicidade e a elevação de todos os filhos.


* * *

O argumento principal dos defensores da teoria do inferno é que a ofensa feita pelo homem, ser finito, a Deus, ser infinito, é, por consequência, infinita e merece pena eterna. Ora, qualquer matemático dirá que a relação de uma quantidade finita ao infinito é nula. Poder-se-ia inverter o argumento e dizer que o homem, finito e ignorante, não seria capaz de ofender o infinito, e que a sua ofensa é nula em relação a este. Ele não pode fazer mal senão a si mesmo, retardando a sua elevação e atraindo os sofrimentos que toda ação culposa engendra.


Estarão os chefes da Igreja realmente convencidos da existência do inferno eterno, não verão nele, de preferência, um ilusório espantalho, necessário, porém, à conduta da Humanidade?


É o que se poderia crer, comentando as seguintes palavras de S.


Jerônimo, o tradutor da Vulgata:
... Tais são os motivos em que se apoiam os que querem fazer compreender, que, depois dos suplícios e tormentos, haverá Consolação, o que presentemente se deve ocultar àqueles a quem é útil o temor, a fim de que, receando os suplícios, se abstenham de pecar. (Quae nunc abscondenda sunt ab his quibus timor est utilis, ut, dum suplicia reformidant, peceare desistant). (Nota lxxiii: S. Jerônimo, Obras, edição beneditina de 1704, t. III, col. 514; S. Jerônimo cita os seguintes textos: Romanos, XI, 25, 26, 32; Miquéias, VII, 9, 19, etc.)

É verdade que S. Jerônimo não hesitou em fazer figurar, no texto do Evangelho segundo Mateus, estas expressões: "o fogo eterno, o suplício eterno". Mas as palavras hebraicas que assim foram traduzidas não parece, de modo algum, terem o sentido que os latinos lhes atribuíram. (Nota lxxiv: A palavra eterno, que tão freqüentes vezes se encontra nas Escrituras, parece não dever ser tomada ao pé da letra, mas como uma dessas expressões enfáticas, hiperbólicas, familiares aos orientais. É um erro esquecer que tudo são símbolos e imagens em seus escritos. Quantas promessas, pretensamente eternas, feitas ao povo hebreu ou a seus chefes, não tiveram realização! Onde está essa terra que os israelitas deviam possuir eternamente - in aeternum - (Pentateuco, passim). Onde essas pedras do Jordão, que Deus anunciava deverem ser, para o seu povo, um monumento eterno (Josué, VI, 7)? Onde essa descendência de Salomão, que devia reinar eternamente em Israel (I Paralipom., XXII, 10), e tantas outras, idênticas promessas? Em todos esses casos, a palavra eterno parece simplesmente significar: longa duração. O termo hebraico ôlam, traduzido por eterno, tem como raiz o verbo âlam, ocultar. Exprime um período cujo fim se desconhece. O mesmo acontece à palavra grega aion e à latina aeternitas. Tem esta como raiz aetas, idade, Eternidade, no sentido em que o entendemos hoje, dir-se-ia em grego aidios e em latim sempiternus, de semper, sempre. (Ver abade J. Petit, Résurrection, de abril 1903). As penas eternas significam então: sem duração limitada. Para quem não lhes vê o termo, são eternas. As mesmas formas de linguagem eram empregadas pelos poetas latinos Horácio, Virgílio, Estácio e outros. Todos os monumentos imperiais de que falam devem ser, diziam eles, de eterna duração.) Não pode ser esse o pensamento daquele que disse: "Deus não quer que pereça um só desses pequeninos. " Estas palavras são confirmadas pelos apóstolos: "Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem a ter o conhecimento da verdade. " (S. Paulo, I Timóteo, II, 4) "Deus é o salvador de todos os homens. " (S. Paulo, I Timóteo, IV, 10.) "Deus não quer que homem algum pereça, mas que todos se convertam à penitência. " (S. Pedro, II Epístola, III, 9) Muitos, entre os padres da Igreja, opinam no mesmo sentido.


Primeiro é o mestre de Orígenes, S. Clemente de Alexandria, que diz: "O Cristo Salvador opera finalmente a salvação de todos, e não apenas a de alguns privilegiados. O soberano Mestre tudo dispôs, quer em seu conjunto, quer em seus pormenores, para que fosse atingido esse fim definitivo. " Em seguida, é S. Gregório de Nissa que do modo mais formal se pronuncia contra a eternidade das penas. A seu ver: "Há necessidade de que a alma imortal seja purificada das suas máculas e curada de todas as suas enfermidades. As provações terrestres têm por objetivo operar essa cura, que depois da morte se completa, quando não pôde ser concluída nesta vida. Quando Deus faz sofrer o pecador, não é por espírito de ódio ou de vingança; quer reconduzir a alma a ele, que é a fonte de toda felicidade. O fogo da purificação dura mais que um tempo conveniente e o único fim de Deus é fazer definitivamente participar todos os homens dos bens que constituem a sua essência. " (Nota lxxv: Extraído do Exame critico das doutrinas da religião cristã, de Patrício Laroque. As palavras são citadas em grego.) Em nossos dias é monsenhor Méric, diretor do Seminário de S.


Suplício, que longamente expõe em suas obras a teoria da mitigação dos sofrimentos. E a Igreja, sentindo talvez que a ideia de um inferno eterno fez sua época, não se opôs à divulgação dessa tese.


Radica nas mesmas preocupações a noção do purgatório, termo médio adotado pela Igreja, que recuou ante a enormidade das penas eternas aplicadas a ligeiras faltas. A questão do purgatório é da mais alta importância, podendo constituir um vínculo, um traço de união entre as doutrinas católicas e as do moderno Espiritualismo.


No pensamento da Igreja Romana o purgatório é um lugar não definido, indeterminado. Nada impede o católico de conceber os sofrimentos purificadores da alma sob a forma de vidas planetárias ulteriores, ao passo que o protestante ortodoxo, para adotar a noção das vidas sucessivas, é obrigado a abrir mão de suas convicções, em que o purgatório não é admitido.


Na maioria dos casos, o purgatório é a vida terrestre com as provações que a acidentam. Os primeiros cristãos não o ignoravam.


A Igreja da Idade Média repeliu essa explicação, que teria acarretado a afirmação da pluralidade das existências da alma e a ruína da instituição das indulgências - fonte de grandes proventos para os pontífices romanos. Sabe-se quantos abusos daí se originaram.


Realmente, Satanás não passa de alegoria. Satanás é o símbolo do mal. O mal, porém, não é um princípio eterno, coexistente com o bem. Há de passar. O mal é o estado transitório dos seres em via de evolução.


Não há nem lacuna nem imperfeição no Universo. A obra divina é harmônica e perfeita. Dessa obra o homem não vê senão um fragmento e, todavia, pretende julgá-la através de suas acanhadas percepções. O homem, na vida presente, não é mais que um ponto no tempo e no espaço. Para julgar a Criação, ser-lhe-ia preciso abrangê-la inteiramente, medir a escala dos mundos que é chamado a percorrer e a sucessão das existências que o aguardam no seio dos séculos por vir. Esse vasto conjunto escapa às suas concepções; daí os seus erros; daí a deficiência de suas apreciações.


Quase sempre o que chamamos o mal é apenas o sofrimento; mas este é necessário, porque só ele conduz à compreensão. Por ele aprende o homem a diferençar, a analisar suas sensações.


A alma é uma centelha projetada do eterno foco criador. É pelo sofrimento que ela atinge a plenitude do seu brilho, a plena consciência de si mesma. A dor é como a sombra que faz sobressair e apreciar a luz. Sem a noite, acaso contemplaríamos as estrelas? A dor quebra as algemas das fatalidades materiais e franqueia à alma evasões para a vida superior.


Do ponto de vista físico, o mal, o sofrimento, são muitas vezes coisas relativas e de pura convenção. As sensações variam ao infinito, conforme as pessoas; agradáveis para uns, dolorosas para outros. Há mundos muito diferentes do meio terrestre, nos quais tudo seria penoso para nós, ao passo que outros homens podem neles viver comodamente.


Se fizermos abstração do acanhado meio em que vivemos, o mal já nos não aparecerá como causa fixa, princípio imutável, mas como efeitos passageiros variando com os indivíduos, transformando-se e atenuando-se com o seu aperfeiçoamento.


O homem, ignorante no começo de sua jornada, tem que desenvolver a inteligência e a vontade por meio de constantes esforços. Na luta que empenha contra a Natureza, a energia se lhe retempera, o ser moral se afirma e engrandece. Graças a essa luta é que se realiza o progresso e se efetua a ascensão da Humanidade, subindo, de estância em estância, de degrau em degrau, para o bem e o melhor, conquistando ela própria a sua preponderância sobre o mundo material.


Criado feliz e perfeito, o homem teria ficado confundido na perfeição divina; não teria podido individualizar o princípio espiritual nele existente. Não teria havido no Universo nem trabalho, nem esforços, nem progresso; nada, a não ser a imobilidade, a inércia. A evolução dos seres seria substituída por triste e monótona perfeição. Seria o paraíso católico.


Sob o látego da necessidade, sob o aguilhão da dor, o homem caminha, avança, eleva-se e, de existência em existência, de progresso em progresso, chega a imprimir ao mundo o cunho do seu domínio e inteligência.


O mesmo acontece com o mal moral. Como o mal físico, este não é mais que um aspecto passageiro, uma forma transitória da vida universal. O homem pratica o mal por ignorância, por fraqueza, e os seus atos reagem contra ele. O mal é a luta que se trava entre as potências inferiores da matéria e as potências superiores que constituem o ser pensante, o seu verdadeiro "eu".


Do mal, porém, e do sofrimento nascerão, um dia, a felicidade e a virtude. Quando a alma tiver suplantado as influências materiais, será como se para ela o mal nunca houvesse existido.


Não é, pois, o inferno que luta contra Deus; não é Satanás que arma as ciladas pelo mundo, não; é a alma humana que procura, na sombra, o seu roteiro; ela que envida esforços por afirmar sua personalidade progressiva e, depois de muitos desfalecimentos, quedas e reerguimentos, domina os vícios, conquista a força moral e a verdadeira luz. É assim que, lentamente, de idade em idade, através do fluxo e refluxo das paixões, o progresso se acentua, o bem se realiza.


O império do mal são os mundos inferiores, tenebrosos; é a multidão das almas retardatárias que se agitam nas veredas do erro e do crime, torvelinhando no círculo das existências materiais, e que, ao atrito das provações, sob o látego da dor, emergem lentamente desse pelago de sombra, de egoísmo e de miséria, para se iluminarem aos raios da caridade e da ciência. Satanás é a ignorância, a matéria e suas grosseiras influências; Deus é o conhecimento, a sublime claridade, da qual um raio ilumina toda consciência humana.


A marcha da Humanidade se efetuará em demanda dos elevados cimos. O espírito moderno se libertará, cada vez mais, dos preconceitos do passado. A vida perderá o aspecto cruel dos séculos ferrenhos, para tornar-se o campo fecundo e pacífico, no qual o homem trabalhará no desenvolvimento de suas faculdades e qualidades morais.


Lá não chegamos certamente, ainda; o mal na Terra não está extinto; a luta não terminou. Os vícios e as paixões fermentam no fundo da alma humana. Há que temer ainda conflitos terríveis e tempestades sociais. Por toda parte, surdos ruídos, veementes reivindicações se fazem ouvir.


A luta é necessária nos mundos da matéria, para arrancar o homem ao seu torpor, aos seus grosseiros apetites, para preparar o advento de uma nova sociedade. Como a centelha brota do atrito das pedras de fuzil, assim, ao choque das paixões pode surgir um ideal novo, uma forma superior da justiça, pela qual a Humanidade modelará as suas instituições.


O homem moderno já sente aumentar em si a consciência do seu papel e do seu valor. Em breve ele se sentirá vinculado ao Universo, participando da sua vida imensa; reconhecer-se-á para sempre cidadão do céu. Por sua inteligência, por sua alma, o homem saberá intervir, colaborar na obra universal; tornar-se-á criador por sua vez; far-se-á operário de Deus.


A nova revelação ter-lhe-á ensinado a conhecer-se, a conhecer a natureza da alma, o seu mister e os seus destinos. Ela lhe atestará o duplo poder que possui sobre o mundo da matéria e o do espírito.


Todas as incoerências, todas as aparentes contradições da obra divina ser-lhe-ão esclarecidas. O que denominava mal físico e mal moral, tudo o que se lhe figurava negação do bem, do belo, do justo, se unificará nos contornos de uma obra majestosa e sólida, na harmonia de sábias e profundas leis.


* * *

O homem verá desvanecer-se o sonho aterrador, o pesadelo da condenação; elevará a alma até ao espaço em que se expande o divino pensamento, até ao espaço de onde desce o perdão de todas as faltas, o resgate de todos os crimes, a consolação para todas as dores, até ao espaço radiante em que a misericórdia eterna assenta o seu império.


As potências do inferno se dissiparão para sempre; o reino de Satanás terá findado; a alma, liberta dos seus terrores, rir-se-á dos fantasmas que tanto tempo a amedrontaram.


Deveremos falar da ressurreição da carne, dogma segundo o qual os átomos do nosso corpo carnal, disseminados, dispersos por mil novos corpos, devem reunir-se um dia, reconstituir nosso invólucro e figurar no juízo final?


As leis da evolução material, a circulação incessante da vida, o jogo das moléculas que, em inúmeras correntes, passam de forma em forma, de organismo em organismo, tornam inadmissível essa teoria.


O corpo humano constantemente se modifica; os elementos que o compõem renovam-se completamente em alguns anos. Nenhum dos átomos atuais da nossa carne se tornará a achar na ocasião da morte, por pouco que se prolongue nossa vida, e os que então constituírem o nosso invólucro, serão dispersos aos quatro ventos do infinito.


A maior parte dos padres da Igreja o entendiam de outro modo.


Conheciam eles a existência do perispírito, desse corpo fluídico, sutil, imponderável, que é o invólucro permanente da alma, antes, durante e depois da vida terrestre; denominavam-no corpo espiritual. São Paulo, Orígenes e os sacerdotes de Alexandria afirmavam a sua existência. Na sua opinião, os corpos dos anjos e dos escolhidos, formados com esse elemento sutil, eram "incorruptíveis, delgados, tênues e soberanamente ágeis". (lxxvi) Por isso não atribuíam eles a ressurreição senão a esse corpo espiritual, o qual resume, em sua substância quintessenciada, todos os invólucros grosseiros, todos os revestimentos perecíveis que a alma tomou, depois abandonou, em suas peregrinações através dos mundos.


O perispírito, penetrando com a sua energia todas as matérias passageiras da vida terrestre, é de fato o corpo essencial.


A questão achava-se, por esse modo, simplificada. Essa crença dos primeiros padres no corpo espiritual lançava, além disso, luz vivíssima sobre o problema das manifestações ocultas.


Tertuliano diz (De carne Christi, cap. VI): "Os anjos têm um corpo que lhes é próprio e que se pode transfigurar em carne humana; eles podem, por certo tempo, tornarse perceptíveis aos homens e com eles comunicar visivelmente. " Torne-se extensivo aos espíritos dos mortos o poder que Tertuliano atribui aos anjos e aí teremos explicado o fenômeno das materializações e das aparições!


Por outro lado, se consultarmos com atenção as Escrituras, notaremos que o sentido grosseiro atribuído à ressurreição, em nossos dias, pela Igreja, não se justifica absolutamente. Aí não encontraremos a expressão: ressurreição da carne, mas antes: ressuscitar dentre os mortos (a mortuis resurgere) e, num sentido mais geral: a ressurreição dos mortos (resurrectio mortuorum). É grande a diferença.


Segundo os textos, a ressurreição tomada no sentido espiritual é o renascimento na vida de além-túmulo, a espiritualização da forma humana para os que dela são dignos, e não a operação química que reconstituísse elementos materiais; é a purificação da alma e do seu perispírito, esboço fluídico que conforma o corpo material para o tempo de vida terrestre.


É o que o apóstolo se esforçava por fazer compreender: (Nota lxxvii: I Epístola aos Coríntios XV, 42-50 (traduzido do texto grego); ver também XV, 52-56; Epístola aos Filipenses, III, 21; S. João, V, 28 e 29; S. Inácio, Epístola aos Trallianos, Ix.) "Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção; semeia-se em vileza, ressuscitará em glória; semeia-se em fraqueza, ressuscitará em vigor. E semeado o corpo animal, ressuscitará o corpo espiritual. Eu vo-lo digo, meus irmãos, a carne e o sangue não podem possuir o reino de Deus, nem a corrupção possuirá a incorruptibilidade. " Muitos teólogos adotam essa interpretação, dando aos corpos ressuscitados propriedades desconhecidas da matéria carnal, fazendo-os luminosos, ágeis como Espíritos, sutis como o éter e impassíveis. (Nota lxxviii: Abade Petit, A renovação religiosa, págs. 4 e 53. Ver também nota complementar nº 9.) Tal o verdadeiro sentido da ressurreição dos mortos, como os primeiros cristãos a entendiam. Se vemos, em uma época posterior, aparecer em certos documentos, e em particular no símbolo apócrifo dos apóstolos, a expressão "ressurreição da carne", é isso sempre no sentido da reencarnação (Nota lxxix: Abade Petit, obra citada, pág. 53.)

– isto é, de volta à vida material - ato pelo qual a alma reveste uma nova carne para percorrer o campo de suas existências terrestres.


* * *

O Cristianismo, sob o tríplice aspecto que revestiu em nossos dias - catolicismo romano, protestantismo ortodoxo, ou religião grega –, não se constituiu integralmente em um só momento, como acreditam muitos, mas lentamente, através dos séculos, no meio de hesitações, de lutas encarniçadas e de profundas comoções políticosociais. Cada dogma que se edificava sobre outro vinha afirmar o que os anteriores tempos haviam repelido. O próprio século XIX viu promulgados dois dogmas dos mais contestados e controvertidos: Os da imaculada conceição e da infalibilidade papal, dos quais disse um padre católico de grande merecimento: "inspiram muito pouca veneração, quando se viu como são feitos". (Nota lxxx: Padre Marchal, O Espírito Consolador. pág. 24.) Entretanto, essa obra dos séculos, de que a tradição eclesiástica fez uma doutrina ininteligível, teria podido tornar-se o implemento de uma religião racional, de conformidade com os dados da Ciência e as exigências do senso comum, se, em lugar de tomar cada dogma ao pé da letra, tivessem querido ver uma imagem, um símbolo transparente.


Despojando o dogma cristão do seu caráter sobrenatural, poderse-ia quase sempre encontrar nele uma ideia filosófica, um ensinamento substancial.


A Trindade, por exemplo, definida pela Igreja "um só Deus em três pessoas", não seria, daquele ponto de vista, senão um conceito do espírito representando a Divindade sob três aspectos essenciais: a Lei viva e imutável é o Pai; a Razão ou sabedoria eterna é o Filho; o Amor, potência criadora e fecundante é o Espírito-Santo.


A encarnação do Cristo é a divina sabedoria descendo do céu à Humanidade, nela tomando corpo para constituir um tipo de perfeição moral, oferecido como exemplo aos homens, que ele iniciou na grande lei do sacrifício.


O pecado original, a culpa de que o homem tem a responsabilidade, é a de suas anteriores existências que lhe cumpre extinguir por seus méritos, resignação e intrepidez nas provações.


Assim se poderiam explicar de modo simples, claro, racional, todos os antigos dogmas do Cristianismo, os que procedem da doutrina secreta ensinada nos primeiros séculos, cuja chave se perdeu e cujo sentido ficou desconhecido.


Quanto aos dogmas modernos, neles não se pode ver mais que um produto da ambição sacerdotal. Não foram promulgados senão para tornar mais completa a escravização das almas.


Por profundo, porém, que seja o pensamento filosófico, oculto sob o símbolo, ele não bastaria, doravante, para uma restauração das crenças humanas. As leis superiores e os destinos da alma nos são revelados por vozes muito mais autorizadas que as dos antigos pensadores: são as dos seres que habitam o espaço e vivem dessa vida fluídica, que há de um dia ser a nossa.


Essa revelação há de servir de base às crenças do futuro, porque oferece brilhante demonstração dessa outra vida de que a alma tem sede, desse mundo espiritual a que ela aspira, e que até agora as religiões lhe apresentaram sob formas tão incompletas ou quiméricas.


* * *

A explicação racional dos dogmas pode ser estendida aos sacramentos, instituições respeitáveis, consideradas como figuras simbólicas, como meios de adestramento moral e disciplina religiosa, mas que se não poderiam tomar ao pé da letra, no sentido imposto pela Igreja.


O que dissemos do pecado original nos conduz a considerar o batismo como simples cerimônia iniciática, ou de consagração, porque a água é impotente para limpar de suas máculas a alma.


A confirmação, ou imposição das mãos é o ato de transmissão dos dons fluídicos, do poder do apóstolo a outra pessoa, que ele assim colocava em relação com o invisível. (lxxxi) Esse poder não se justifica senão por merecimentos adquiridos no decurso de anteriores existências.


A penitência e a remissão dos pecados deram origem à confissão, pública a princípio e feita a outros cristãos, ou diretamente a Deus; depois auricular, na Igreja Católica, e dirigida ao padre. Este, constituído árbitro exclusivo, julgou indispensável esse meio para se esclarecerem e discernirem os casos em que era merecida a absolvição. Pode, ele, porém, pronunciar-se jamais com segurança? A contrição do penitente, diz a Igreja, é necessária.


Mas, como assegurar seja suficiente e verdadeira essa contrição? A decisão do padre decorre da confissão das faltas; é sempre certo que essa confissão seja completa?


Se consultarmos todos os textos em que se funda a instituição da confissão (Nota lxxxii: Mateus, III, 6; Lucas, XVIII, 13; Tiago, Epístola, V, 16; João, I Epístola, I, 9; etc.) neles só encontramos uma coisa: é que o homem deve reconhecer as ofensas cometidas contra o próximo; é que ele deve confessar diante de Deus as suas faltas. Desses textos antes resulta esta consideração: a consciência individual é sagrada; só depende de Deus diretamente. Nada aí autoriza a pretensão do padre, de se erigir em julgador.


Que diz S. Paulo, falando da comunhão e dos que dela são dignos? "Examine-se, pois, a si mesmo o homem. " (I Epístola aos Coríntios, XI, 28) Ele guarda silêncio no que respeita à confissão, em nossos dias considerada indispensável em circunstância equivalente. S. João Crisóstomo, em um caso semelhante, diz: "Revelai a Deus vossa vida; confessai vossos pecados a Deus; confessai-os ao vosso juiz, suplicando-lhe, senão com a voz, ao menos mentalmente, e suplicai-lhe de tal sorte que ele vos perdoe. " (Homília. XXXI, sobre a Epístola aos Hebreus.) A confissão auricular nunca foi praticada nos primeiros tempos do Cristianismo; não foi instituída por Jesus, mas pelos homens.


Quanto à remissão dos pecados, deduzida destas palavras do Cristo: "O que for ligado na terra será ligado nos céus", parece que este modo de exprimir se aplica, de preferência, aos hábitos, aos apetites materiais contraídos pelo Espírito durante a vida terrestre, e que o prendem, fluidicamente à Terra depois da morte.


Vem depois a Eucaristia, ou presença real do corpo e do sangue de Jesus Cristo, a hóstia consagrada, o sacrifício da cruz todos os dias renovado sobre os milhares de altares da catolicidade, à voz do padre, e com absorção pelos fiéis, do corpo vivo e sangrento do Cristo, segundo a fórmula do catecismo do concílio de Trento: "Não é somente o corpo de Jesus Cristo que se contém na Eucaristia, com tudo o que constitui um verdadeiro corpo, como os ossos e os nervos; é inteiramente o próprio Jesus Cristo. " Donde provém esse mistério afirmado pela Igreja? De palavras de Jesus, tomadas ao pé da letra, e que tinham caráter puramente simbólico. Esse caráter, ao demais, é claramente indicado na frase por ele acrescentada: "Fazei isto, em memória de mim". (Nota lxxxiii: Lucas, XXII, 19; I Cor., XI, 23-25.) Com isso afasta o Cristo qualquer ideia de presença real. Não pretendeu, evidentemente, falar senão do seu corpo espiritual, personificando o homem regenerado pelo espírito de amor e caridade. A comunhão entre o ser humano e a natureza divina se opera pela união moral com Deus; ela se realiza por enérgicos surtos da alma para seu Pai, por aspirações constantes ao divino foco. Toda cerimônia material é vã, se não corresponde a um estado elevado do coração e do pensamento. Preenchidas essas condições, estabelece ao contrário, como ao começo acontecia, uma relação misteriosa entre o homem fervoroso e o mundo invisível.


Influências magnéticas baixam a esse homem e à assembleia da qual faz parte, e muitos experimentam seus benefícios.


O culto religioso é uma legítima homenagem prestada à Onipotência; é a elevação da alma para o seu Criador, a relação natural e essencial do homem com Deus. As práticas desses cultos são de utilidade; as aspirações que despertam, a poesia consoladora que daí deriva, são um sustentáculo para o homem, uma proteção contra as suas próprias paixões. Para falar, porém, ao espírito e ao coração do crente, deve o culto ser sóbrio em suas manifestações; deve renunciar a qualquer ostentação de riqueza material, sempre prejudicial ao recolhimento e à oração; não deve ceder o menor lugar às superstições pueris. Simples e grande em suas formas, deve dar a impressão da divina majestade.


Nas épocas remotas, o culto exterior quase sempre ultrapassou os limites que lhe assina uma fé pura e elevada. Induzido pelo fanatismo religioso resultante da sua inferioridade moral e da sua ignorância, o homem ofereceu à Divindade sanguinolentos sacrifícios; o padre encerrou o espírito das gerações em trama de terrificantes cerimônias.


Mudaram-se os tempos; a inteligência se desenvolveu; suavizaram-se os costumes; mas a opressão sacerdotal manifesta-se ainda em nossos dias, nesses ritos sob os quais a ideia de Deus se oculta e obscurece, nesse cerimonial cujo esplendor e luxo subjugam os sentidos e desviam o pensamento do elevado fim a que devera encaminhar-se. Não há, sob esse fausto, nessas brilhantes pompas do Catolicismo, um espírito de domínio que tudo procura invadir, enlaçar, e que, sob essas diferentes formas, com tais práticas exteriores se afasta, cada vez mais, do verdadeiro ideal cristão?


É necessário, é urgente que o culto rendido a Deus volte a ser simples e austero em seu princípio, como em suas manifestações.


Quantos progressos se realizariam se o culto, praticado na família, permitisse a todos os seus membros, reunidos e em recolhimento, elevar, num mesmo impulso de fé, pensamentos e corações para o Eterno; se, em determinadas épocas, todos os crentes se reunissem para ouvir, de uma voz autorizada, a palavra da verdade! Então, a doutrina de Jesus, melhor compreendida, seria amada e praticada; o culto, restituído ao seu caráter simples e sincero, exerceria ação eficacíssima nas almas.


A despeito de tudo, o culto romano se obstina em conservar formas adotadas das antigas religiões orientais, formas que nada mais dizem ao coração e são para os fiéis um hábito rotineiro, sem influencia em sua vida moral. Persiste em dirigir-se a Deus, há dois mil anos, em língua que não mais se compreende, com palavras que os lábios murmuram, mas cujo sentido já se não percebe.


Todas essas manifestações tendem a desviar o homem do estudo aprofundado e da reflexão que nele desenvolvessem a vida contemplativa. As longas orações, o cerimonial pomposo, absorvem os sentidos, mantêm a ilusão e habituam o pensamento a funcionar mecanicamente, sem o concurso da razão.


Todas as formas do culto romano são uma herança do passado.


Suas cerimônias, seus vasos de ouro e prata, os cânticos, a água lustral, são legados do Paganismo. Do Bramanismo tomaram o altar, o fogo sagrado que nele arde, o pão e o licor de soma consagrados à Divindade. Do Budismo copiaram o celibato dos padres e a hierarquia sacerdotal.


Uma lenta substituição se produziu, na qual se encontram os vestígios das crenças desaparecidas. Os deuses pagãos tornaram-se demônios. As divindades dos fenícios e dos assírios: Baal-Zebud (Belzebu), Astarot, Lúcifer, foram transformados em potências infernais. Os demônios do Platonismo, que eram Espíritos familiares, tornaram-se diabos. Dos heróis, das personagens veneradas na Gália, na Grécia, na Itália, fizeram santos. Conservaram as festas religiosas dos antigos povos, dandolhes apenas formas diferentes, como a dos Mortos. Por toda parte enxertaram no antigo culto um culto novo, que era a sua reprodução sob outros nomes. Os próprios dogmas cristãos se encontram na Índia e na Pérsia.


O Zendavestá (Nota lxxxiv: Emílio Burnouf, A ciência das religiões, pág. 222.) como a doutrina cristã, contém as teorias da queda e da redenção, a dos anjos bons e maus, a desobediência inicial do homem e a necessidade da salvação mediante a graça.


Sob esse amontoado de formas materiais e concepções envelhecidas, no meio desse incômodo legado de religiões extintas, que constitui o Cristianismo moderno, tem-se dificuldade em reconhecer o pensamento do seu fundador. Os autores do Evangelho não previram, decerto, nem os dogmas, nem o culto, nem o sacerdócio. Nada de semelhante se encontra no pensamento evangélico. Ninguém foi menos imbuído do espírito sacerdotal do que Jesus; ninguém foi menos afeiçoado às formas, às práticas exteriores. Tudo nele é sentimento, elevação do pensamento, pureza do coração, simplicidade.


Nesse ponto, seus sucessores desvirtuaram completamente as suas intenções. Induzidos pelos instintos materiais que na Humanidade predominam, sobrecarregaram a religião cristã de um pomposo aparato, sob o qual foi sufocada a ideia máter. "Mas vós não queirais ser chamados mestres", (Nota lxxxv: Mateus XXIII, 8.) dissera Jesus, e os papas se fazem chamar Santidade e consentem em ser incensados. Esqueceram o exemplo do apóstolo Pedro, quando ao centurião Cornélio, prosternado a seus pés, advertia: "Levanta-te, que eu também sou homem!". (Nota lxxxvi: Atos, X, 26.) Já não consideram que, à semelhança do Mestre, deveriam ter permanecido mansos e humildes de coração; o orgulho os avassalou. Na Igreja se constituiu uma imponente hierarquia, fundada não já nos dons espirituais, como nos primeiros tempos, mas numa autoridade puramente humana. A influência do Alto, única que dirigia a primitiva Igreja, foi sendo pouco a pouco substituída pelo princípio de obediência passiva às regras fixadas. Cedo ou tarde, porém, o pensamento do Mestre, restituído à sua pureza primitiva, fulgirá com um brilho novo. As formas religiosas passarão; as instituições humanas se hão de desmoronar; a palavra do Cristo viverá eternamente para fortalecer as almas e regenerar as sociedades.



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 23:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 20
CARLOS TORRES PASTORINO

MC 9:38-41


38. Perguntou-lhe João, dizendo: "Mestre, vimos alguém expulsando espíritos atrasados em teu nome e lho proibimos, porque ele não nos acompanha".


39. Mas Jesus disse: "Não lho proibais. Pois ninguém há que faça trabalho em meu nome, e possa logo depois falar mal de mim.


40. Quem não é contra vós, é por vós.


41. E quem vós der de beber um copo de água em (meu) nome, porque sois de Cristo, em verdade vos digo, de modo algum perderá sua retribuição".


LC 9:49-50


49. Tomando a palavra, João disse: "Mestre, vimos alguém expulsando espíritos atrasados em teu nome, e lho proibimos porque não nos acompanha.


50. E disse Jesus: "Não lho proibais, pois quem não é contra vós, é por vós".


As últimas palavras de Jesus, "receber em meu nome", fizeram que João se recordasse de um episódio que com ele se passou, embora não possamos saber a ocasião nem o local, que os narradores silenciaram.


Sabemos, realmente, que a tolerância não era a característica fundamental, naqueles primeiros anos ardorosos de juventude, de João e de seu irmão Tiago (cfr. LC 9:54), tanto que Jesus os apelida d "filhos do trovão" (cfr. MC 3:17).


Foi-lhes chocante, pois, e aborreceu-os fortemente o fato de uma criatura, que não seguia o Mestre, expulsar um obsessor em nome de Jesus: Imediatamente eles se aproximaram e o proibiram de continuar com esse "abuso". Julgavam que, com isso, estavam defendendo a honra do Mestre querido, e, ao mesmo tempo, pretendiam garantir para si e para seus companheiros, o "privilégio" do uso exclusivo do nome de Jesus, como um monopólio religioso... Essa mentalidade teve (e tem!) numerosos seguidores, sobretudo na Idade Média e nos tempos que se lhe seguiram, não se conseguindo, porém, até hoje extirpá-la totalmente, entre os cristãos de todos os matizes.


Pela frase de João temos a impressão de que esse exorcista operava com êxito, coisa que não ocorreu com os filhos do sacerdote Ceva (Cfr. AT 19:13-16) que fracassaram na tentativa com o mesmo nome de Jesus. Naquela época eram realmente numerosos os exorcistas, judeus e não-judeus, que se fixavam em certos locais ou perambulavam pelas cidades, exercendo essa profissão.


Com a ordem de Jesus, de que fossem recebidas as crianças em Seu nome, João sente que talvez tenha agido precipitadamente, e pede a opinião do Mestre, que a dá com franqueza, ensinando que se deve olhar a intenção, e que esta não deve ser prejulgada má à primeira vista.


A frase de João, que mantivemos na tradução: "e lho proibimos porque não nos acompanhava" (kai ekôlyomen autòn, hóti ouk êkoloúthei hêmin) baseia-se nos códices aleph, E, delta, theta, e é seguida por Vogels, Swete, Huby, Pirot e outros.


A regra de Jesus é clara; "quem não é contra vós, está do vosso lado: é a vosso favor"; e torna-se evidente que, se alguém trabalha em nome de Jesus, não pode, logo a seguir, falar mal dele. Realmente, só o fato de usar o nome de Jesus prova bem que é ou pelo menos pretende ser, seu discípulo.


E para salientar que não há necessidade de "seguir" a doutrina, mas basta um simples ato de humanidade para atrair bênçãos, acrescenta uma imagem corriqueira da vida diária: basta que vos dêem um copo d’água em meu nome, porque sois de Cristo.


Aparece o possessivo "meu" em aleph, C2, D, X, gama, delta, e pi2. Outra observação; aqui é o único passo dos sinópticos em que "Cristo" aparece sem artigo; só mais tarde, em Paulo, é que o encontramos assim (cfr. Rom. 8;9; l. ª Cor. 1; 12 e 3:23; 2. ª Cor. 10;7).


A preocupação máxima da personagem egoística, que vive e vibra no mundo divisionista da matéria, é manter ciosamente os "direitos" conquistados. Ignora que "onde começa o direito, termina o amor" (Pietro Ubaldi). A individualidade, que sabe e reconhece que é una com o Cristo Cósmico e portanto com todas as individualidades que existem, é que ama sem limitações de "direitos", conhecendo apenas humilde e desprendidamente seus deveres do serviço.


A lição, pois, procede plenamente. Vemos a personagem humana, exaltada pelo ciúme (que frequentemente se camufla com o eufemismo de "zêlu") a protestar e perseguir, sob a alegação de que não pode falar e agir em nome do Mestre quem não for seguidor da escola que os homens regulamentaram e impuseram como sendo a única que é "dona" de Jesus, muito embora na prática venham a contradizer os ensinos teóricos do Mestre. Tudo isso, porém é sobejamente conhecido, para que percamos tempo em comentários.


A lição diz-nos que devemos superar todas essas divisões, considerando correligionários e irmãos todos os que falam, pregam e agem em nome de Cristo, embora em línguas diferentes ou sob outras formas verbais. Cristo é um só manifestando-se através dos grandes avatares: Mesquisedec, Rama, Hermes, Crishna, Gautama o Buddha, Quetzalcoatl, Jesus, Bahá"u"lláh, Ramakrishna, ou qualquer outro. CRISTO revelou-se sempre e ainda se revela universalmente a todas as criaturas, em todas as latitudes e meridianos, em todas as épocas, em todos os idiomas, embora os homens. O interpretem segundo suas capacidades pessoais (são personagens) e portanto traduzam Seu pensamento dentro do estilo e do idioma, dos hábitos e das tradições folclóricas, do adiantamento cultural e das limitações de compreensão; dessa forma, parece aos que estão demais apegados à personalidade e não são observadores, que cada grupo humano segue uma senda diferente dos outros: são, pensam eles, "outras" religiões... são adversários... antagonistas... diabólicos... E cada grupo SE atribui a única e total posse da verdade, classificando todos os outros no "erro" ... São crianças, que não alcançam a compreensão adulta do Homem feito, o qual já percebe, pela individualidade, que TODOS os caminhos levam ao mesmo e único Deus que habita DENTRO DE TODOS indistintamente, de qualquer religião que seja. E o único testemunho que apresentam a favor dessa "propriedade", é a palavra deles mesmos: eles SE DIZEM donos do "Deus verdadeiro", e ai de quem não acreditar neles!

Quando a humanidade tiver evoluído suficientemente para superar a fase materialista e divisionista das personagens transitórias, ela compreenderá que "tudo está cheio de Deus" (pánta plêrê theôn, Aristóteles, Anima, 4. 5,411 a 7), e que o caminho que leva a religar-nos a Deus, é o CRISTO UNIVERSAL (Cósmico), sob qualquer das denominações por que Se tenha manifestado a nós, em qualquer época, em qualquer clima: "Eu sou o CAMINHO da Verdade (Pai) e da Vida (Espírito-Santo) (JO 14:6).


Só através do Cristo Cósmico teremos a verdadeira união fraternal de todos ("todos vós sois irmãos", MT 23:8), a verdadeira e real "união de todos os crentes", sob a Chefia não de um homem - por mais rico que seja, por mais prestigiado, por mais luxuosas suas roupas, por maiores seus palácios, por mais pomposos seus ritos, por mais numerosos, unidos e hierarquizados seus súbditos - mas sob a Chefia DO CRISTO, que diretamente age no âmago de cada criatura, a insuflar-lhe humildade, harmonia e amor.


A lição da tolerância é o passo inicial da lição da compreensão total, que a todos FUNDE no amor.


Passo inicial, porque "tolerar" supõe ainda pretensa superioridade em quem "generosamente" tolera, embora a contragosto. O passo final é a fusão, a unificação de todos - cada qual permanecendo em sua própria linha evolutiva - no grande rebanho, com o único Pastor, o CRISTO: "EU SOU O BOM PASTOR" (JO 10:14-16).


Todos aqueles que não se opõem frontalmente ao trabalho crístico são a ele favoráveis, porque, se não ajudam, pelo menos não obstam à tarefa.


No entanto, qualquer ajuda (um copo d"água que seja a quem ainda está no caminho, será recompensada, desde que a intenção seja a de cooperar com o irmão, por ser ele de Cristo. Não de um Cristo particular, determinado, mas sem artigo, com a generalidade da indeterminação: DE CRISTO.


Quando o homem deixa de pertencer a si mesmo, no egoísmo separatista e passa a ser DE CRISTO (Cfr, 1. ª Cor. 6:19-20), começa aí, realmente, o caminho intérmino e maravilhoso, cheio de amor e inçado de espinhos e dores; começa aí sua crucificação consciente na carne, que lhe já não constitui o máximo de prazer, mas que se torna a "gaiola", embora dourada, que o impede de voar; começa aí a verdadeira porta da iniciação, e por isso o Cristo afirmou: "Eu sou a PORTA" (JO 10:7), a porta que leva ao "caminho", o caminho que leva à Verdade, a Verdade que leva à vida, na gloriosa ascensão que nos unifica a Ele, que nos harmoniza sintonicamente ao Som do Verbo, que nos transforma em luz ao mergulharmos na Fonte Incriada da Luz do Espírito-Santo.


Perspectiva de infinito, que principia quando "voltarmos a ser crianças", e tem seu ponto de fuga na eternidade da Vida.


mt 23:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 14
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 23:1-12


1. Então Jesus falou ao povo e aos discípulos,

2. dizendo: "Nas cadeiras de Moisés sentaramse os escribas e os fariseus.

3. Tudo, pois, quanto vos disserem, fazei e observai; mas não façais segundo suas obras, pois dizem e não fazem.

4. Amarram fardos pesados e insuportáveis e impõem sobre os ombros dos homens, mas eles não querem movê-los com o dedo deles.

5. Fazem todas as obras deles para serem vistos pelos homens; alargam os filactérios delas e alongam as túnicas,

6. e gostam do primeiro lugar nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas,

7. e das saudações nas praças, e de serem chamados mestres pelos homens.

8. Mas vós não vos chameis mestres, pois um só é vosso mestre, e todos vós sois irmãos.

9. E não chameis ninguém vosso pai sobre a terra, pois um só é vosso pai, o celestial.

10. Nem vos chameis mentores, porque vosso mentor é um só, o Cristo.

11. O maior de vós, será vosso servidor.

12. Quem se exaltar será apequenado, e quem se apequenar será exaltado".

MC 12:38-40


38. E no seu ensino dizia: "Cuidado com os escribas, que gostam de andar com vestes compridas e das saudações nas praças,

39. e das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos primeiros lugares nos banquetes,

40. e dilapidam as casas das viúvas e fazem como desculpa, longas orações: estes receberão maior condenação".

LC 20:45-47


45. Ouvindo todo o povo, disse a seus discípulos:

46. "Atentai aos escribas, que querem andar com vestes compridas e gostam das saudações nas praças, das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos primeiros lugares nos banquetes;

47. eles dilapidam as casas das viúvas e, como desculpa, fazem longas orações: estes receberão maior condenação".



Lição pública, fora dos muros da Assembleia do Caminho; ao lado dos discípulos estavam fariseus, saduceus, escribas, anciãos e a massa do povo fiel. Jesus inicia um discurso, em que focaliza a posição do clero de Sua época e de todas as épocas, os sacerdotes de Sua religião e de todas as religiões, as autoridades eclesiásticas de Seu país e de todos os países: a raça humana é a mesma, ainda hoje, e onde entra o elemento humano, com ele entram a vaidade, a cobiça e a hipocrisia - os três vícios focalizados nesta lição.


De início, salienta que "se sentaram" (ekáthisan), por iniciativa própria, os escribas e fariseus. Não foram aí colocados por ordem superior, mas assaltaram as cadeiras e os púlpitos, de onde pregam -

MAS NÃO PRATICAM - a doutrina de Moisés.


O assalto é consumado, por vezes, por via diplomática ou política, por influência de elementos de projeção intelectual ou social; mas doutras vezes é assalto à mão armada, como ocorreu no século 4. º(ver nota no vol. 4), quando, por exemplo, o cristianismo se transformou em "catolicismo".


Amarram (desmeúousin, isto é, unem os fardos entre si) fardos pesados e insuportáveis (baréa kaì adysbastakta) e os colocam sobre os ombros dos fiéis, embora eles mesmos não queiram movê-los nem com um só dedo (dáktylô).


Jesus passa a enumerar outros atos errados: tudo o que fazem, é para serem vistos e aplaudidos pelos homens, em triste vaidade exibicionista. Para isso, "alargam seus filactérios", ou seja, colocam em lugares bem visíveis, símbolos religiosos, como vimos no capítulo anterior. Hoje, as cruzes chamadas episcopais são bem grandes, douradas ou de ouro e com pedrarias preciosas, pendentes de correntes de ouro; e mais: "alongam suas túnicas", em batas ou batinas pretas, brancas, roxas, púrpuras; e mais: " gostam dos primeiros lugares nos banquetes e das primeiras cadeiras nas sinagogas ". Bastará trocar" sinagogas" por igrejas, onde o clero tem especiais regras para acomodar-se hierarquicamente; e também os fiéis adquirem o direito de possuir "genuflexórios" próprios, nas primeiras filas, de acordo com a importância de seu donativo à sua igreja, e conforme os títulos que possuam: as "autoridades" e os benfeitores" têm direito às primeiras filas (contrariamente ao que nos deixou escrito Tiago em sua epístola, 2:1-8; vale a pena reler). E mais ainda: "gostam das saudações nas praças", esperando que todos beijem suas mãos ou seus anéis de ouro, quando não seus pés, revestidos de sandálias bordadas a ouro.


Não pára aí: "gostam de ser chamados mestres". Mas logo vem o conselho positivo: "vós - meus discípulos - não vos chameis mestres: todos sois irmãos". O "mestre", em hebraico RAB (ou RABBI, "meu mestre", ou RABBAN, "nosso mestre") era o título usual e corrente dado pelo povo aos homens letrados, escribas e fariseus - coisa que Jesus adverte jamais dever ser praticada pelos que O seguem. A advertência, porém, continua sendo letra morta...


Mais ainda: "a ninguém na terra chameis vosso pai". Os hebreus, inicialmente, só davam o título de" Pai" (AB) a Abraão, Isaac e Jacob (e o nome de "Mãe" só a Sara, Rebeca, Lia e Raquel). Mas os escribas mais em evidência gostavam de ser chamados "pai" - havendo até um livro com esse título: Pirqê Abhôth, "Sentenças dos Pais" - Ainda hoje, os sacerdotes católicos, desobedecendo frontalmente à ordem taxativa e indiscutível de Jesus (a Quem chamam seu "Deus"!) fazem chamar-se e assinam-se PAl ou PADRE, ou PÈRE, ou FATHER etc., em qualquer língua. Os primeiros escritores, são chamados os "Pais da Igreja". E chegam até ao máximo de denominar SANTO PAI (ou PADRE) a seu chefe.


Interessante observar que a vaidade inominável não está circunscrita aos encarnados: acompanha a personagem para além da sepultura, e vemos os "pretos velhos" da Umbanda (e muitos kardecistas) com o mesmo prazer, querendo ouvir-se chamar "pai" ...


Em Mateus, nas traduções vulgares, parece haver uma repetição, onde se lê: "não vos chameis mestres, porque vosso mestre é um só, o Cristo". O termo aqui empregado não é didáskalos, como acima, mas kathêgêtês, hápax neotestamentário, que significa: "guia que vai à frente e ensina o caminho", ou "diretor espiritual", ou "mentor".


A razão é dada: um só é vosso mentor: o Cristo!


Em Mateus, segue-se a lição de humildade, mais uma vez repisada: "o maior de vós, será vosso servidor", mas não apenas dizendo-se "servo dos servos de Deus", e colocando-se num trono dourado, para que todos lhe beijem os pés ("dizem, mas não fazem"!). E ainda a frase repetida: "quem se exaltar será apequenado, e quem se apequenar, será exaltado".


Marcos e Lucas trazem mais uma frase violenta: dilapidam as casas das viúvas, e fazem, como desculpa, longas orações ". Ainda hoje. A pretexto de ofícios e missas e "gregorianas", conseguem, com a promessa de libertar as almas dos maridos falecidos, fartas "esmolas" das viúvas, para que obtenham" indulgências". Monsenhor L. Pirot (o. c., vol. 9. º, pág. 555), ao comentar este trecho, deixa escapar uma frase que revela bastante prática do assunto; citamos textualmente: "Luc (20:47) a distingué les deux défauts qui peuvent, d"ailleurs, fort bien se combiner avec des conseils juridiques en acceptant des aumônes sous promesse de prières. Les femmes surtout y sont sensibles" (o grifo é nosso).


Estes, diz Jesus, "receberão maior condenação".


* * *

Encontramos, pois, avisos oportunos para que os discípulos de Jesus não imitem o clero judaico da época do Mestre. Inutilmente foi dada a lição, porque os homens, imperfeitos ainda, vaidosos e cúpidos, fazem exatamente o inverso do que lhes foi ordenado. Com isso provam que perderam totalmente sua ligação com o Cristo, preferindo ligar-se a seus adversários, por Ele condenados.


Resumamos, para maior fixação mnemônica, os itens:
1. intitulam-se sucessores do Mestre, tendo-se sentado nas cadeiras dos apóstolos para comandar;

2. dizem-se "servos", mas agem como senhores;

3. impõem obrigações, que eles mesmos não cumprem;

4. procuram aparecer, exibindo roupas compridas (diferentes das dos outros homens) e grandes símbolos religiosos, em material precioso;

5. reservam para si os primeiros lugares nas igrejas e nos banquetes;

6. fazem tudo para serem saudados e homenageados nas praças, dando a beijar suas mãos;

7. requisitam "esmolas" das viúvas, em troca da promessa de missas e longas orações;

8. julgam-se e dizem-se "mestres";

9. fazem-se chamar PAIS (ou PADRES, que é o mesmo) por todos;

10. inculcam-se como guias e "diretores espirituais" das almas.



Qualquer semelhança será mera coincidência? Inegavelmente Jesus era PROFETA, com ampla e segura visão do futuro!


Assim NÃO DEVE e NÃO PODE agir o discípulo VERDADEIRO de Jesus: este tem que SERVIR por amor, e AMAR através do serviço.


O discípulo real SABE que não é "mestre" de ninguém; de fato, é o servidor incondicional, sem dia nem hora para o serviço, sem condições nem exigências, sem distinções nem restrições: servir inteira e alegremente a cada momento, "dando de si sem pensar em si".


Ao homem profano comum, ainda sob a legislação mosaica dirigida à personagem, bastará "amar o próximo como a si mesmo" (LV 19:18); ao discípulo, todavia, foi dado outro mandamento: "amar o próximo como Jesus nos amou", dando até a vida, se necessário, pelo próximo. Se isso for feito por amor e renúncia, não será considerado suicídio indireto nem suicídio lento (desculpas cômodas de muitos médiuns que não querem trabalhar em certas horas). Não: isso será a expansão máxima do Amor, que nos foi pedida como testamento, pelo Mestre que, não satisfeito com o ensino, deu o exemplo, e deixou que O imolassem por nosso amor.


* *
* * *

Mas de toda a lição há uma frase que sobressai pela profundidade: "um só é vosso Mentor: o Cristo".


Observemos que Jesus - que falava - não se dá como sendo Ele o Mentor nosso: distinguindo bem Sua pessoa sublime da sublimidade maior do Cristo Divino, que em todos e em cada um "construiu seu tabernáculo" indica como ÚNICO MENTOR e guia esse Cristo Interno.


Nenhum homem - nem Ele mesmo, Jesus - pode fazer-nos progredir: só o CRISTO dentro de cada um de nós.


Alerta, pois, a todos os espiritualistas que se julgam, se dizem ou deixam chamar-se mestres ou mentores.


Não iludam as criaturas, nem se enganem a si mesmos: ninguém pode ser mentor de ninguém: o nascimento do Cristo, é virginal em cada um, e só ocorre quando o "Espírito Santo" obumbra a criatura, fazendo-Se sentir pela união mística profunda.


No máximo, podem abrir-se as janelas, para mostrar o céu estrelado ou o sol a brilhar acima do horizonte; mas não pode dar-se a visão aos cegos: a criatura, para discernir o que mostramos, tem que ter capacidade de "visão". Pode escancarar-se uma porta, para facilitar o trânsito da criatura; mas não se pode carregá-la no colo nem fornecer-lhe pernas. Podem tirar-se os véus que encobrem os grandes símbolos, e mostrar toda a nudez puríssima da verdade; mas jamais terá alguém capacidade para fazer que a criatura compreenda Ou olhando, logo vêem, ou, tendo olhos, nada enxergam; ou ouvindo, logo percebem, ou, tendo ouvidos; nada escutam; ou tendo inteligência; logo compreendem, ou, possuindo intelecto, nada entendem em seus corações...


Ninguém - nenhum ser humano - pode dizer-se Pai, Mestre, Mentor: PAI - só o Ancião dos Dias, Melquisedek;


MESTRE - só a encarnação crística que nos traz os ensinos;


MENTOR - só o Cristo, no âmago mais profundo de nosso ser, tão no profundo, que é necessário mergulhar quase no infinito para perceber-Lhe a presença em nós mesmos...


Mas quando descobrimos esse Mentor sublime, esse Guia divino, daí por diante Ele será nosso CAMINHO; que nos conduzirá à VERDADE de nosso Mestre e à VIDA de nosso Pai.


Esse Cristo Interno divino só se encontra através do EU verdadeiro, como no-lo ensinou nosso Mestre:

"Ninguém vai ao Pai senão através do EU" (João; 14:6), que é precisamente o Cristo Interno, o" Caminho".


mt 23:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 15:1-17


1. "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor.

2. Todo ramo, em mim, não dando fruto, ele o tira; e todo o que produz fruto, purifica-o para que produza mais fruto.

3. Vós já estais purificados, por meio do Logos que vos revelei.

4. Permanecei em mim e eu em vós. Como o ramo não pode produzir fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim não podeis vós, se não permaneceis em mim.

5. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada.

6. Se alguém não permanece em mim, foi lançado fora como o ramo, e seca, e esses ramos são ajuntados e jogados ao fogo e queimam.

7. Se permaneceis em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos acontecerá.

8. Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos.

9. Como o Pai me amou, assim eu vos amei: permanecei em meu amor.

10. Se executais meus mandamentos, permaneceis no meu amor, assim como executei os mandamentos de meu Pai e permaneço no amor dele.

11. Isso vos disse, para que minha alegria esteja em vós e vossa alegria se plenifique.

12. Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei.

13. Ninguém tem maior amor que este, para que alguém ponha sua alma sobre seus amigos.

14. Vós sois meus amigos se fazeis o que vos ordeno.

15. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o senhor dele; a vós, porém, chamei amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai, vos fiz conhecer.

16. Não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos pus, para que vades e produzais frutos e vosso fruto permaneça, a fim de que o Pai vos dê aquilo que lhe pedirdes em meu nome.

17. Isso vos ordeno: que vos ameis uns aos outros".



Entramos com os capítulos 16 e 17, antes de apresentar os versículos 27 a 31 do capítulo 15, pois essa distribuição de matéria satisfaz à crítica interna plenamente e à sequência das palavras. Com efeito, logo após dizer: "Levantemo-nos, vamos daqui" (14:31) João prossegue: "Tendo dito isso, Jesus saiu com Seus discípulos", etc. (18:1). Não se compreenderia que, após aquela frase de fecho, ainda fossem proferidos 86 versículos.


Alguns comentadores (Maldonado, Shanz, Calmes, Knabenbauer, Tillmann) opinam que, após a despedida e a ordem de saída, ainda permaneceu o Mestre no Cenáculo, de pé, a conversar com os discípulos.


Outros (Godet, Fillion, Wescott, Sweet) julgam que todo o trecho (inclusive a prece do cap. 17?) foi proferido durante o trajeto para o monte das Oliveiras.


Um terceiro grupo (Spitta, Moffat, Bernard) propõe a seguinte ordem:
cap. 13- 1 a 31a
cap. 15- todo
cap. 16- todo
cap. 13- 31b a 38
cap. 14- 1 a 31
cap. 17- todo

Essa ordem não satisfaz, pois a prece não cabe depois da palavra de ordem da saída.


Outros há (Lepin, Durand, Lagrange, Lebretton, Huby) que sugerem que os capítulos 15 e 16 (por que não o 17?) foram acrescentados muito depois pelo evangelista.


Nem a ordem original, nem as quatro propostas, nos satisfazem. O hábito diuturno com os códices dos autores clássicos profanos revela-nos que, no primitivo códice de João, com o constante manuseio, pode ter saído de seu lugar uma folha solta, contendo 5 versículos (27 a 31), que foi colocada, por engano,

17 folhas antes, pois 17 folhas de 5 versículos perfazem exatamente 85 versículos. O engano tornou-se bem fácil, de vez que o versículo último do cap. 17, é o 26. º, assim como é o 26. º o último do cap. 14. Tendo em mãos os vers. 27 a 31, ao invés de colocar a folha no fim do cap. 17, esta foi inserida erradamente no fim do cap. 14.


"Mas - objetarão - naquela época o Novo Testamento não estava subdividido em versículos"! Lógico que nossa hipótese não é fundamentada na "numeração" dos versículos. Pois embora os unciais B (Vaticano 1209) do século 4. º e o CSI (Zacynthius) do 6. º já tenham divisões em seções, que eram denominadas
иεφάλαια ("Capítulos") maiores, com seus τίτλοι (títulos) menores; em Amônio (cerca de 220 A. D.) em sua concordância dos quatro Evangelhos os tenha dividido também em seções (chamadas ora perícopae, ora lectiones, ora cánones, ora capítula) e essas fossem bastante numerosas (Mateus tinha 355; MC 235; LC 343 e JO 232); embora Eusébio de Cesareia tenha completado o trabalho de Amônio em 340 mais ou menos (cfr. Patrol. Graeca vol. 22, col. 1277 a 1299); no entanto, a divisão atual em capítulos foi executada pela primeira vez pelo Cardeal Estêvão Langton (+ 1288) e melhorada em 1240 pelo Cardeal Hugo de Saint-Cher; mas os versículos só foram colocados, ainda na margem, pelo impressor Roberto Estienne, na edição greco-latina do Novo Testamento em 1555; e Teodoro de Beza, na edição de 1565, os introduziu no próprio texto.
Acontece, porém, que a numeração dos versículos nos ajuda a calcular o número de linhas de cada folha. E existe um testemunho insuspeito que, apesar de sozinho, nos vem apoiar a hipótese. Trata-se do papiro 66, do 29 século, possívelmente primeira cópia do manuscrito original no qual, segundo nossa hipótese, já se teria dado a colocação errada da folha já muito manuseada. Ora, ocorre que nesse papiro, atualmente na Biblioteca de Genebra, Cologny, sob a indicação P. Bodmer II, nós encontramos o Evangelho de João em dois blocos:
1. º) o que vai de JO 1:1 até 14:26;
2. º) o que vai de JO 14:27 até 21:25.

Conforme vemos, exatamente nesse ponto, entre os versículos 26 e 27 do capítulo 14, ocorre algo de anormal, a ponto de ter estabelecido dúvida na mente do copista, que resolveu assinalá-la na cópia: era a folha que devia estar no final do cap. 17 e que caíra de lá, tendo sido colocada, por engano, no final do cap. 14.


Em vista desses dados que, a nosso espírito, se afiguraram como perfeitamente possíveis, intimamente afastamos qualquer hesitação, e apresentamos a ordem modificada.


* * *

Interessante notar-se que, nestes capítulos (14 a 17) algumas palavras são insistentemente repetidas, como άγάπη (amor) quatro vezes; иαρπός (fruto) oito vezes; e µήνω (habitar ou permanecer morando) onze vezes.

No cap. 14 firma-se a ideia da fidelidade em relação aos mandamentos; no 15, salienta-se a ideia da perfeita união e da absoluta unificação da personagem com o Eu e, em consequência, com o Cristo interno; a seguir, é chamada nossa atenção para o ódio, que todo o que se uniu ao Cristo, no Sistema, receberia da parte das personagens do Antissistema.


Não se esqueça, o leitor, de comparar este trecho com o ensino sobre o "Pão Vivo", em JO 6:27-56 (cfr. vol. 3) e sobre a Transubstanciação (vol. 7).


* * *

No Antigo Testamento, a vinha é citada algumas vezes como o protótipo de Israel (cfr. IS 5:1; JR 2:21; EZ 15:1ss e 19:10ss; SL 80:8-13).


Nos Sinópticos aparece a vinha em parábolas (cfr. MT 20:1-16 e MT 21:33-46) e também temos o vinho na ceia de ação de graças (cfr. MT 26:29; MC 14:21 e LC 22:18).


Nos comentários desses trechos salientamos que o vinho simboliza a Sabedoria; e ainda no vol. 6 e no 7 mostramos que Noé, inebriado de Sabedoria, alcançou o conhecimento total e desnudou-se de tudo o que era externo, terreno ou não, de tal forma que sua sabedoria ficou patente aos olhos de todos. Não tendo capacidade, por involução (por ser o mais moço, isto é, o menos evoluído) de compreende-lo, seu filho Cam riu do pai, julgando-o bêbado e louco. Mas os outros dois, mais velhos (ou seja, mais evoluídos, porque espíritos mais antigos em sua individuação), Sem e Jafet, encobriram com o véu do ocultismo a sabedoria do pai, reservando-a aos olhos do vulgo. E eles mesmos, não tendo capacidade para alcançá-la, caminharam de costas, para nem sequer eles mesmos a descobrirem. Daí dizer o pai, que Cam seria inferior aos dois, e teria que sujeitar-se a eles.


Aqui é-nos apresentada, para estudo e meditação, a videira verdadeira (he ámpelos he alêthinê), ou seja, a única digna desse nome, porque é a única que vem representar o símbolo em toda a sua plenitude.


A videira expande-se em numerosos ramos e o agricultor está sempre atento aos brotos que surgem, aos ramos e racemos, aos que começam a secar, aos que não trazem "olhos" promissores de cacho. Os inúteis são cortados, para não absorverem a seiva que faria falta aos outros, e os portadores de frutos, ele os limpa, poda e ajeita, para que o fruto surja mais gordo e mais doce e sumulento.


Depois desse preâmbulo parabolístico, vem o Mestre à aplicação: "vós já estais purificados por meio do Logos que vos revelei", muito mais forte no original, que nas traduções vulgares: "pela palavra que vos falei".


A união nossa com o Cristo, em vista da comparação, demonstra que três condições são exigidas, segundo nos diz Bossuet ("Méditations sur L’Évangile", 2. ª parte, 1. º dia):
a) "que sejamos da mesma natureza, como os ramos o são da vinha;
b) que sejamos um só corpo com Ele; e
c) que Ele nos alimente com Sua seiva".

Esse ensino assemelha-se à figura do "Corpo místico" de que nos fala Paulo (1CO 12:12,27; CL 1:18 e EF 4:15).


No vers. 16, as duas orações finais estão ligadas entre si e dependem uma da outra: "a fim de que vades
... para que o Pai vos dê" (ϊνα ύµείς ύπάγητε ... ϊνα ό τι άν αίτητε ... δώ ύµϊ

ν).


A lição sobre o Eu profundo foi de molde a esclarecer plenamente os discípulos ali presentes e os que viessem após e tivessem a capacidade evolutiva bastante, para penetrar o ensino oculto pelo véu da letra morta. Aqui, pois, é dado um passo à frente: não bastará o conhecimento do Eu: é absolutamente indispensável que esse Eu permaneça em união total com o Cristo interno, sem o Qual nada se conseguirá na vida do Espírito, na VIDA IMANENTE (zôê aiónios).


Magnífica e insuperável a comparação escolhida, para exemplificar o que era e como devia realizarse essa união.


Já desde o início, ao invés de ser trazida à balha qualquer outra árvore, foi apresentada como modelo a videira, produtora da uva (Escola de Elêusis), matéria-prima do vinho, símbolo da sabedoria espiritual profunda que leva ao êxtase da contemplação: já aí tem os discípulos a força do simbolismo que leva à meditação.


Mas um ponto é salientado de início: se o Cristo é a Lideira, o Pai é o viticultor, ao passo que o ramo que aí surge é o Eu profundo de cada um. Então, já aqui não mais se dirige o Cristo às personagens: uma vez explicada a existência e a essência do Eu profundo, a este se dirige nosso único Mestre e Senhor.


E aqui temos a base da confirmação de toda a teoria que estamos expondo nestes volumes, desde o início: o PAI, Criador e sustentador, o CRISTO, resultado da criação do Pai ou Verbo, e o EU PROFUNDO, individuação da Centelha Crística, como o ramo o é da videira.


Da mesma forma, pois, que o ramo aparentemente se exterioriza do tronco, mas com ele continua constituindo um todo único e indivisível (se se destacar, seca e morre), assim o Eu profundo se individua, mas tem que permanecer ligado ao Cristo, para não cair no aniquilamento. A vida dos ramos é a mesma vida que circula no tronco; assim a vida do Eu profundo é a mesma vida do Cristo.


O ramo nasce do tronco, como o Eu profundo se constitui a partir da individuação de uma centelha do Cristo, que Dele não se destaca, não se desliga: a força cristônica que vivifica o Cristo, é a mesma que dá vida ao Eu: é o SOM ou Verbo divino (o viticultor) que tudo faz nascer e que tudo sustenta com Sua nota vibratória inaudível aos ouvidos humanos.


Se houver desligamento, a seiva não chega ao ramo, e este se tornará infrutífero. Assim o Eu profundo, destacado do Cristo, se torna improdutivo e é cortado e lançado ao fogo purificador, para que sejam queimados seus resíduos pelo sofrimento cármico e regenerador.


No entanto, quando e enquanto permanecer ligado ao Cristo, ipso facto se purifica, já não mais pelo fogo da dor, mas pelas chamas do amor. E uma vez que é vivificado pela fecundidade do amor, muito mais fruto produzirá. Essa purificação é feita "por meio do Logos que cos revelei", ou seja, pela intensidade altíssima do SOM (palavra). Hoje, com o progresso científico atingido pela humanidade, compreende-se a afirmativa. Já obtemos resultados maravilhosos por meio da produção do ultrassom, a vibrar acima da gama perceptível pela audição humana; se isso é conseguido pelo homem imperfeito ainda, com seus instrumentos eletrônicos primitivos, que força incalculável não terá o Logos divino, o Som incriado, para anular todas as vibrações baixas das frequências mais lentas da gama humana! E, ao lado de Jesus, veículo sublime em Quem estava patente e visivelmente manifestado o Cristo, a frequência vibratória devia ser elevadíssima; e para medi-la, nenhuma escala de milimicra seria suficiente! Se o corpo de Jesus não estivera preparado cuidadosamente, até sua contraparte dos veículos físicos materiais poderia ter sido destruída.


O Cristo Cósmico, ali presente e falando, podia afirmar tranquilamente, pela boca de Jesus: "EU sou a videira, vós os ramos". Compreendamos bem: não se tratava de Jesus e dos discípulos, mas do CRISTO: o Cristo é a videira e cada "Eu profundo", de cada um de nós, é um ramo do Cristo único e indivisível que está em todos e em tudo. Então, o "vós", aqui, é genérico, para toda a humanidade.


Cada um de nós, cada Eu profundo, é um ramo nascido e proveniente do Cristo e a Ele tem que permanecer unido, preso, ligado, para que possa produzir fruto.


Realmente, qualquer ramo que venha a ser destacado do tronco, murcha, estiola, seca e morre, perecendo com ele todos os brotos e frutos a ele apensos. Assim, a personagem que por seu intelectualismo vaidoso e recalcitrante se desliga do Cristo interno, prendendo-se às exterioridades, nada mais proveitoso produzirá para o Espírito: é o caso já citado (vol. 4) quando a individualidade abandona a personagem que se torna "animalizada" e "sem espírito", ou seja, destacada do Cristo.

E didaticamente repete o Cristo a afirmativa, para que se fixe na mente profunda: "Eu sou a videira vós os ramos". E insiste na necessidade da união: "Quem permanece em mim e eu nele, produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada". Verificamos que, sem a menor dúvida, não há melhor alegoria para ensinar-nos a fecundidade vitalizante da Divindade em nós.


A vida, que a humanidade vive em seu ramerrão diário, na conquista do pão para sustentar o corpo, das comodidades para confortar o duplo, dos prazeres para saciar as emoções, do estudo para enriquecer o intelecto, leva o homem a permanecer voltado para fora de si mesmo, à cata de complementos externos que preencham seu vazio interno. Encontra mil coisas em seu redor, que o desviam do roteiro certo e o fazem esquecido e despercebido do Eu profundo que, no entanto, é o único "caminho da Verdade e da Vida". Com esse tipo de existência, nada podemos conseguir para o Espírito, embora possa haver progresso material. Em outros termos: desligados do Cristo, podemos prosperar no Anti-

Sistema, mas não no Sistema; podemos ir longe para fora, mas não daremos um passo para dentro; fácil será exteriorizar-nos, mas não nos interiorizamos: nenhum ato evolutivo poderá ser feito por nós, se não estivermos unidos ao Cristo.


Daí tanto esforço e tantas obras realizadas pelas igrejas "cristãs", durante tantos séculos, não terem produzido uma espiritualização de massas no seio do povo; ao invés, com o aprimoramento intelectual e o avanço cultural, a população da Terra filiada a elas, vem dando cada vez menos importância aos problemas do Espírito (excetuando-se, evidentemente, casos esporádicos e honrosos) e ampliando sua ambição pelos bens terrenos.


Ao contrário, ligando-nos ao Cristo, unidos e unificados com Ele, frutos opimos colhe o Espírito em sua evolução própria e na ajuda à evolução da humanidade. Aos que se desligam, sucede como aos ramos: secam e são ajuntados e lançados ao fogo das reencarnações dolorosas e corretivas.


Outro resultado positivo é revelado aos que permanecem no Cristo, ao mesmo tempo em que Suas palavras (ou seja, Suas vibrações sonoras) permanecem na criatura: tudo o que se quiser pedir, acontecerá. Não há limitações de qualquer espécie. E explica-se: permanecendo na criatura a vibração sonora criadora do Logos, tudo poderá ser criado e produzido por essa criatura, até aquelas coisas que parecem impossíveis e milagrosas aos olhos dos homens comuns. Daí a grande força atuante daqueles que atingiram esse degrau sublime no cimo da escalada evolutiva humana, com total domínio sobre a natureza, quer material, quer astral, quer mental. Em todos os reinos manifesta-se o poder dessa criatura unificada com o Cristo, pois nela se expressa a vibração sonora do Verbo ou SOM criador em toda a Sua plenitude.


E chegamos a uma revelação estupefaciente: "Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos". Então, não é apenas a vibração sonora em toda a Sua plenitude: é a própria essência do Logos Divino que se transubstancia na criatura! Daí a afirmativa: "Eu e o Pai somos UM". Já não é apenas o Cristo, mas o próprio Pai ou Verbo, que passa a constituir a substância íntima e profunda da criatura, com o fito de multiplicar os frutos espirituais, de tal forma que a criatura se torna, de fato, um discípulo digno do único Mestre, o Cristo (cfr. MT 23:8-10) e não apenas um aluno repetidor mecânico de Seus ensinos (cfr. Vol. 4).


Coisa muito séria é conseguir alguém atingir o grau de "discípulo" do Cristo, e muito rara na humanidade.


Embora para isso não seja mister que se esteja filiado a qualquer das igrejas cristãs, muito ao contrário. Gandhi, o Mahatma, constitui magnífico exemplo de discípulo integral do Cristo, em pleno século vinte. E poucos mais. Pouquíssimos. Efetivamente raríssimos os que negam a si mesmos, tomam sua cruz e palmilham a mesma estrada, colocando seus pés nas pegadas que o Cristo, através de Avatares como Jesus, deixam marcadas no solo do planeta, como reais seguidores-imitadores, que refletem, em sua vida, a vida crística; verdadeiros Manifestantes divinos, discípulos do Cristo, nas quais o Pai se transubstancia, unificando-se com eles pelo amor divino e total.


O amor desce a escala vibracional até englobar em Si a criatura, absorvendo-a integralmente, em Si mesmo, tal como o SOM absorve o Cristo, e o Cristo nos absorve a nós. A nós bastará permanecer ligados, unidos, sintonizados, unificados com o Cristo, mergulhados nele (cfr. RM 6:3 e GL 3:27), como peixes no oceano. Permanecer no Cristo, morar no Cristo, como o Cristo mora em nós, e exe cutar, em todos os atos de nossa vida, externa e interna, em atos, palavras e nos pensamentos mais ocultos, todas as Suas ordens Suas diretrizes, Seus conselhos. Assim faz Ele em relação ao Pai, e por isso permanece absorvido pelo Amor do Pai; assim temos nós que fazer, permanecendo absorvidos pelo Amor do Cristo, vivendo Nele como Ele vive no Pai, sintonizados no mesmo tom.


Esse ensino - diz-nos o próprio Cristo - nos é dado "para que Sua alegria esteja em nós". Observemos que o Cristo deseja alegria e não rostos soturnos, com que muitos pintam a piedade. Devoto parece ser, para muitos, sinônimo de luto e velório. Mas o Cristo ambiciona que Sua alegria, que a alegria crística, esteja EM NÓS, dentro de nós, em vibração magnífica de euforia e expansionismo do Espírito.


Alegria esfuziante e aberta, alegria tão bem definida e descrita na Nona Sinfonia de Beethoven.


Nada de tristezas e choros, pois o Cristo é alegria e quer que "nossa alegria se plenifique": alegria plena, sem peias, sem entraves, luminosa, sem sombras: esfuziante, sem traves: vibrante, sem distorções; constante, sem interrupções; acima das dores morais e físicas, superiores às injunções deficitárias e às incompreenções humanas, às perseguições e às calúnias. Alegria plena, total, integral, ilimitada, que só é conseguida no serviço incondicional e plenamente desinteressado, através do amor.


E chega a ordem final, taxativa, imperiosa, categórica, dada às individualidade, substituindo, só por si, os dez mandamentos que Moisés deu às personagens. Basta essa ordem, basta esse mandamento, para que todas as dez sejam dispensados, pois é suficiente o amor para cobrir a multidão dos erros que as personagens são tentadas a praticar.


Quem ama, não furta, não desobedece, não abandona seus pais, não cobiça bens alheios, não tira nada de ninguém: simplesmente AMA. Esse amor é doação integral, sem qualquer exigência de retribuição.


O modelo é dado em Jesus, o Manifestante crístico: amai-vos "tal como vos amei". E o exemplo explica qual é esse amor: por sua alma sobre seus amigos. Já fora dita essa frase: "Eu sou o bom pastor... o bom pastor põe sua alma sobre suas orelhas" (JO 10:11). Já falamos a respeito do sentido real da expressão, que é belíssima e profunda: dedicação total ao serviço com disposição até mesmo para dar sua vida pelos outros (cfr. 2CO 4:14, 15; 1JO, 3:16 e 1PE 2:21).


A afirmação "vós sois meus amigos" é subordinada à condição: "se fazeis o que vos ordeno". Entendese, portanto, que a recíproca é verdadeira: se não fizerdes o que vos ordeno, não sereis meus amigos.


E que ordena o Cristo? Na realidade, uma só coisa: "que vos ameis uns aos outros". Então, amor-doação, amor-sacrifício, amor através do serviço. E explica por que os categoriza como amigos: "o servo não sabe o que faz o senhor dele, mas vós sabeis tudo o que ouvi do Pai". Realmente, a amizade é um passo além, do amor, já que o amor só é REAL, quando está confundido com a amizade.


Como se explica a frase: "tudo o que ouvi de meu Pai vos dei a conhecer", diante da afirmativa posterior: "muito tenho que vos dizer, que não podeis compreender agora" (JO 16:12)? Parece-nos que se trata de um sentido lógico: tudo o que ouvi de meu Pai para revelar-vos, eu vos fiz conhecer; mas há muita coisa ainda que não compreendeis, pois só tereis alcance compreensivo mais tarde, após mais alguns séculos ou milênios de evolução. Não adianta querer explicar cálculo integral a um aluno do primário, ao qual, entretanto, se diz tudo o que se tem que dizer sem enganá-lo, mas não se pode "avançar o sinal". A seu tempo, quando o Espírito verdadeiro, o Eu profundo, estiver amadurecido pela unificação com o Cristo, então será possível perceber a totalidade complexa e profunda do ensino.


A anotação da escolha é taxativa e esclarecedora: "não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi". Não é o discípulo que escolhe o Mestre, mas este que o escolhe, quando vê que está apto a ouvir suas lições e a praticar seus ensinos. Muita gente, ainda hoje, pretende escolher seu Mestre: um quer seguir Ramakrishna, outro Râmana Maharshi, outro Yogananda, outro Rudolf Steiner, outro Max Heindel.


Livres de fazê-lo. Mas será que esses Espíritos os aceitam como discípulos? Será que estes estão à altura de compreender seus ensinamentos e imitar suas vidas, seguindo-os passo a passo na senda evolutiva? O Mestre nos escolhe de acordo com nossa tônica vibratória, com o Raio a que pertencemos, aceitando-nos ou rejeitando-nos segundo nossa capacidade, analisada por meio de sua faculdade perceptiva.


Essa é uma das razões da perturbação de muitos espiritualistas, que peregrinam de centro em centro, de fraternidade em fraternidade, perlustrando as bancas de muitas "ordens" e não se fixando em nenhuma: pretendem eles escolher seu Mestre, de acordo com seu gosto personalístico, e só conseguem perturbar-se cada vez mais.


Como fazer, para saber se algum Mestre nos escolheu como discípulos? e para saber qual foi esse Mestre? O caminho é bastante fácil e seguro: dedique-se a criatura ao trabalho e ao serviço ao próximo durante todos os minutos de sua vida, e não se preocupe. Quando estiver "maduro", chegará a mão do Mestre carinhosa e o acolherá em seu grupo: será então o escolhido. O mais interessante é que a criatura só terá consciência disso muito mais tarde, anos depois. E então verificará que todo o trabalho anteriormente executado, e que ele acreditava ter sido feito por sua própria conta, já fora inspiração de seu Mestre, que o preparava para recebê-lo como discípulo. Naturalidade sem pretensões, trabalho sincero sem esperar retribuições, serviço desinteressado e intenso, mesmo naqueles setores que a humanidade reputa humildes são requisitos que revelarão o adiantamento espiritual da criatura.


A esses "amigos escolhidos", o Mestre envia ao mundo, para que produzam frutos, e frutos permanentes que não apodrecem. Frutos de teor elevado, de tal forma que o Pai possa dar-lhes tudo o que eles pedirem em nome de Cristo.


Tudo se encontra solidamente amarrado ao amor manifestado através do serviço e ao serviço realizado por amor.


E para fixação na memória do Espírito, e para que não houvesse distorções de seu novo mandamento, a ordem é repisada categoricamente: "Isso VOS ORDENO: que vos ameis uns aos outros"! Nada de perseguições entre os fiéis das diversas seitas cristãs, nada de brigas nem de emulações, nem ciúmes nem invejas, nem guerras-santas nem condenações verbais: AMOR!
Amai-vos uns aos outros, se quereis ser discípulos do Cristo!
Amai-vos uns aos outros, católicos e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, católicos e espíritas!
Amai-vos uns aos outros, hindus e budistas!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e umbandistas!
Amai-vos uns aos outros, teósofos e rosacruzes!
Amai-vos uns aos outros, é ORDEM de nosso Mestre!
Amai-vos uns aos outros!

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
6. Censuras aos Fariseus (Mt 23:1-36)

a) Posição e Orgulho (Mt 23:1-12). Jesus se dirigiu à multidão e aos seus discípulos (1). Os fariseus haviam revelado a maldade de seu coração em seus esforços para armar uma cilada para Jesus. Então, Aquele que "sabia o que havia no homem" (Jo 2:25) retra-tou os pecados que estavam abrigados no interior desses líderes religiosos.

A posição que os escribas e os fariseus (2) adotavam era de que eles ocupavam a cadeira de Moisés (kathedra). Portanto, eles falavam ex-cathedra — com autorida-de oficial — e assim as suas palavras deveriam ser obedecidas (3). Mas suas obras não deveriam ser imitadas, pois diziam uma coisa e faziam outra. Obviamente, as regras que ditavam, sobre como proceder, deveriam ser entendidas com um sentido diferente, pois em outra passagem o Mestre os condena por estarem anulando a Pa-lavra de Deus quando ensinavam a tradição dos anciãos (Mt 15:1-6). Morison sugere aqui o seu verdadeiro significado: "Façam todas as coisas que os escribas e os fariseus lhes apresentarem ao traduzir as palavras do Livro de Deus, e qualquer coisa que eles lhe mostrarem em seus ensinos como sendo agradáveis a Deus, e que estejam de acordo com o Livro de Deus"."

Jesus denunciou a insensibilidade desses mestres da Lei: Pois atam fardos pesa-dos e difíceis de suportar, e os põem sobre os ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los (4). Carr entendeu a imagem transmitida por essas palavras: "Trata-se da imagem de um condutor de camelo ou de jumento... que inventa cargas, não apenas pesadas, mas também desajeitadas e difíceis de carregar, e as coloca nos ombros do animal, e que se mantém indiferente e não levanta sequer um dedo para aliviar ou mesmo para ajustar essa carga"." Essa atitude está em alarmante contraste com o bondoso convite do Mestre em Mt 11:28-30. A religião legalista sempre re-presenta um fardo demasiado pesado para se carregar. Nela não existem alegrias.

A atitude de orgulho ostensivo era um dos constantes pecados dos fariseus. Je-sus os acusou de praticar as suas boas ações a fim de serem vistos pelos homens (5). Naturalmente, nem todos os fariseus eram assim, mas a maioria deles adotava essa conduta. De acordo com essa exibição exterior de piedade, eles usavam grandes filactérios. Essa é uma palavra grega que só é encontrada no Novo Testamento. No grego clássico ela significava um "posto avançado" ou uma "fortaleza". Plutarco em-prega essa palavra para "amuleto", isto é, um talismã para fins de proteção. Essa palavra vem de um verbo que significa "proteger", mas aqui ela está se referindo a pequenas caixas de couro sobre a testa e o braço esquerdo, usadas durante as orações matinais.

A caixa sobre a testa tinha quatro pequenos compartimentos, e em cada um deles havia um minúsculo pergaminho que trazia uma parte das Escrituras. As quatro passa-gens eram: Êxodo 13:1-10, 11-16; Deuteronômio 6:4-9; 11:13-21. O filactério usado sobre o braço tinha apenas um compartimento e um único rolo com as Escrituras. A ordem de atar as palavras das Escrituras "por sinal na tua mão" e "por testeiras entre os teus olhos" era obedecida literalmente, quando provavelmente deveria ser entendida de for-ma figurada.

Jesus também disse que os fariseus alargavam as franjas das suas vestes. A Lei prescrevia que os judeus piedosos deveriam colocar franjas em suas vestes com um "cor-dão azul" (Nm 15:38).

Portanto, os judeus colocavam borlas azuis nas barras de seus mantos. Mas Cristo declarou que os escribas só faziam isso para se exibir publicamente, e não por razões de piedade pessoal.

O orgulho egoísta deles também se manifestava na maneira como procuravam os primeiros lugares nas ceias (6). Estes eram literalmente "os primeiros divãs" — aque-les sobre os quais as pessoas se reclinavam em volta da mesa nas refeições (exceto nas casas mais pobres). As primeiras cadeiras também formavam um conjunto especial. M'Neile diz: "As cadeiras principais ficavam sobre uma plataforma de frente para a con-gregação com as costas voltadas para a arca na qual estavam guardados os rolos das Escrituras"."

Jesus prosseguiu, dizendo que os escribas adoravam as saudações nas praças (Agora) e serem chamados... Rabi (7)." Essa era a forma habitual de tratamento com que os sábios eram saudados".88 Essa palavra significa "meu mestre" (o "i" final repre-senta "meu" em hebraico). Dalman diz que "por consenso geral o 'Rabi' era reconhecido como superior a `Rab', e `Rabban' era mais importante que 'Rabi' "89

Mas os discípulos não deveriam almejar ser chamados de Rabi (8). Essa ordem devia ser entendida "no espírito, não na letra" (Rm 2:29), pois "a letra mata, e o Espírito vivifica" (2 Co 3.6). Jesus não estava ditando regras precisas sobre o uso técnico de títu-los como "Doutor" ou "Reverendo". Antes, Ele estava falando contra o espírito de orgulho que faz com que os homens exijam homenagens por parte de outros. A atitude mais adequada é reconhecer que somente um é Mestre — outro texto grego diz "professor"' -a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. É sempre adequado chamar um companheiro cristão de "irmão" (cf. Atos 9:17).

Jesus também advertiu contra chamar alguém na terra de nosso pai, porque um só é o nosso Pai, o qual está nos céus (9). Shurer diz: "Os Rabis exigiam de seus alunos a mais absoluta reverência, sobrepondo-se até mesmo à honra que sentiam em relação aos seus pais"."

Ele cita um número considerável de sólidas declarações dos rabinos judeus para dar suporte a essa afirmação. Essa era exatamente a atitude que Cristo estava condenando.

Vocês não deverão ser chamados de mestres, disse Jesus, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo (10). A palavra para Mestre é kathegetes, e esse termo só é encon-trado nessa passagem, no Novo Testamento. Ele vem de um verbo cujo significado é "ir adiante, guiar", e assim o seu significado básico é "dirigir". Mas ele também pode ser usado para "professor" e, no grego moderno, este é o seu significado. Um só é o vosso Mestre é uma expressão que está enfatizando a autoridade singular de Jesus como o Filho de Deus.

Então, Jesus estabeleceu os princípios gerais (já enunciados em 20,26) : Porém o maior dentre vós será vosso servo (11). A última palavra é diakonos, cuja origem é desconhecida. Mas foi usada no grego clássico para pessoas que costumavam servir às mesas, e essa é a idéia transmitida aqui. Esse parágrafo termina com uma advertência de que o que a si mesmo se exaltar será humilhado, mas o que a si mesmo se humilhar (a mesma palavra grega) será exaltado (12).

b) Os "Ais" Proferidos Contra os Hipócritas (Mt 23:13-36). Nessa seção existem sete" "ais" pronunciados contra os escribas e os fariseus por causa de sua hipocrisia. Cada um deles começa com a fórmula: Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! (Mt 23. 13, 14, 15, 23, 25, 27, 29), exceto o versículo 16 que diz: Ai de vós, condutores cegos! Contando o versículo 13 como 14, M'Neile faz o seguinte resumo: "Três ais (vv. 14-22) se referem aos ensinos dos escribas, três (vv. 23-28) à vida dos fariseus, e o último (vv. 29-32) é dirigido diretamente à nação como um todo"."

A expressão Ai de vós pode ser traduzida como "Cuidai-vos!". Thayer diz que ouai é uma "interjeição de dor e de denúncia".94 Seria melhor tratar esse termo como a expres-são das duas idéias. A compaixão de Cristo fez com que Ele sentisse tristeza pelo egoísmo dos escribas e fariseus. A santidade de Cristo o impelia a denunciar os pecados daqueles homens, e a pronunciar a sentença que mereciam.

Hipócritas é a exata transliteração da palavra grega hypocrites (singular). Esse termo é usado no grego clássico para designar um ator que se apresenta em um palco. Naqueles dias, quando não havia meios eletrônicos de amplificação da voz, era difícil para os atores no palco serem ouvidos por uma platéia composta por 25.000 ou mais pessoas acomodadas em um anfiteatro. Portanto, eles usavam máscaras com pequenos megafones escondidos. Dessa forma, literalmente falando, o hipócrita é aquele que usa uma máscara, ou que mostra um rosto falso para o público.


1) Perversidade
(23.13). Essa é uma terrível acusação que Jesus faz contra os líderes judeus. Ele os acusa de fechar o Reino dos céus aos homens quando o rejeitam, porque Ele é a personificação desse Reino; eles não entram, nem deixam que os outros entrem. Essa é a acusação mais grave de todas, e Lucas a coloca no final da sua relação como um clímax (Lc 11:52). Sobre a ordem observada aqui, M'Neile comenta: "Em Mateus, a sua posição produz um agudo contraste entre o efeito intimidador do ensino dos escribas e seus esforços de proselitismo (v.15), e também entre 'Reino dos Céus' e 'Geena' "95 João Batista havia aberto a porta do arrependimento para que as pessoas tivessem acesso ao Reino, porém os escribas tentavam fechá-la. Para comentários sobre o versículo 14, veja a análise de Marcos 12:40 e Lucas 20:47.

  1. Proselitismo (23.15). O zelo típico dos judeus é retratado de forma vívida por Jesus, ao dizer que eles percorriam o mar e a terra para fazer um prosélito. Essa frase é ilustrada pelo que aconteceu em Roma, onde os judeus viviam desde o século II a.C. Pope escreve: "Desde o início, os judeus em Roma demonstraram um espírito tão agres-sivo de proselitismo, que foram acusados de procurar infectar os romanos com a sua religião, e o governo expulsou da cidade os seus principais propagadores em 139 a.C."." Pope também diz que a última parte desse versículo, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós, é uma referência à obsessão que os fariseus tinham pela pure-za ritual, que incutiam com redobrado esforço em seus prosélitos."
  2. Os Juramentos (Mt 23:16-22). A ridícula casuística da maior parte do raciocínio dos rabinos está claramente ilustrada aqui. Esses condutores cegos ensinavam que jurar pelo Templo nada significava, mas jurar pelo ouro do Templo resultava em um compro-misso obrigatório. Parece não haver nenhuma explicação disponível sobre a razão desse tipo de pensamento religioso ter se desenvolvido entre os fariseus. Jesus respondeu a tal absurdo com uma simples lógica. A única coisa que torna o ouro sagrado é o fato de ele estar ligado ao Templo (17). O mesmo acontece com a oferta sobre o altar (18-19). Cristo advertiu claramente contra os juramentos descuidados (20-22).
  3. Dízimo (Mt 23:23-34). Os fariseus eram muito escrupulosos a respeito do pagamento do dízimo sobre a hortelã, o endro (ou "anis"), e o cominho (23) [ervas pequenas]. Os israelitas eram obrigados por Lei a pagar o dízimo sobre suas colheitas — "de toda a novidade" — e especificamente sobre o cereal, o mosto, e o azeite (Dt 14:22-23). "Os rabinos, ao construírem uma barreira em torno da lei, incluíam vegetais, frutas e nozes nesse mandamento.""

Em sua escrupulosa atenção aos mínimos detalhes do pagamento do dízimo, os escribas e os fariseus haviam dezprezado (ou negligenciado) o mais importante da lei. Isso parece refletir a distinção feita pelos rabinos entre mandamentos "pesados" e "le-ves"." O Talmude judaico faz a seguinte declaração: "A observância dos menores precei-tos é recompensada na terra; a observância dos maiores preceitos é recompensada no céeloo O mais importante da Lei é juízo ("justiça"), misericórdia e ("ou fidelida-de"). Jesus disse que eles deveriam fazer essas coisas sem "negligenciar" (o mesmo verbo utilizado acima) as outras — o pagamento dos vários dízimos.

A frase coais um mosquito (24) sugere o quadro mental de um homem se esforçan-do para apanhar um mosquito que está no ar. Esta interpretação está de acordo com o significado do texto grego. A tradução certa do termo grego é "coar", como Tyndale adotou na primeira versão do Novo Testamento impressa em inglês (1525). Goodspeed, por exem-plo, diz: "Trata-se de um erro de impressão [traduzir a palavra grega como retirar] que foi aceito na King James Version, o qual, por alguma razão, nunca foi corrigido".'

O verdadeiro quadro é o de um rigoroso fariseu coando cuidadosamente a água que vai beber através de um coador feito de tecido, para ter certeza de não engolir acidental-mente um mosquito, o menor animal impuro que existe.

Enquanto está envolvido nessa meticulosa tarefa, eis que ele está engolindo um camelo inteiro — um dos maiores animais impuros. Como na referência a um camelo passando pelo fundo de uma agulha (19.24), Jesus estava propositalmente usando uma figura de retórica para sacudir os seus ouvintes, e levá-los a entender o assunto. Atualmente, os rígidos legalistas muitas vezes oferecem exemplos dessa atitude farisaica a que Jesus estava se referindo.

Com base nesse capítulo, Richard Glover indica os perigos da hipocrisia.

1) A hipo-crisia é um capataz exigente, 4;

2) A hipocrisia vive apenas para louvar o homem, 5-7;

3) Os danos da hipocrisia, 13-22;

4) A hipocrisia só se preocupa com os aspectos menores da religião, 23-24.

  1. Purificação (Mt 23:25-26). Jesus disse que os fariseus limpavam o exterior do copo e do prato ("travessa"),' mas que o interior daqueles homens estava cheio de rapina -"pilhagem, roubo" — e de iniqüidade ("incontinência" ou "auto-indulgência"; 25). Ele mandou que o fariseu cego (26) limpasse primeiro o interior do copo e do prato. O significado dessa frase é o seguinte: "O exterior do copo e do prato representa o compor-tamento e a conduta exterior dos fariseus, e o interior do copo é o seu coração e a sua vida real"?' Essas duas referências mostram a diferença básica entre o judaísmo daquela época, e o cristianismo.
  2. Sepulcros Caiados (Mt 23:27-28). M'Neile nos dá a seguinte explicação sobre o que Jesus está dizendo: "Caminhar sobre um sepulcro causava contaminação, que deveria ser evitada por todos aqueles que desejassem entrar no Templo (cf. Nm 19:16) ; daí o costume... de pintar as sepulturas com cal no 15' dia do mês de Adar [março-abril], antes da Páscoa"?' Jesus estava pleiteando algo melhor do que um cristianismo caiado, de excelente aparência superficial, porém repleto de atitudes pecaminosas.

A principal culpa era a falta de sinceridade interior. A justiça deles era totalmente superficial; portanto, era apenas um engodo. Ela foi posteriormente condenada por cau-sa de sua exagerada piedade em coisas triviais, por ser apenas uma fachada para a negligência em relação aos princípios importantes como o juízo, a misericórdia e a fé. Se desejarmos fugir desta rigorosa condenação, nossa ética deverá ser profundamente sóli-da e nosso coração genuinamente santo. Devemos ter uma beleza interior, sempre e em primeiro lugar aos olhos de Deus, mesmo que não consigamos atingir, às vezes, uma conduta exterior perfeitamente bela. Tal pureza espiritual requer um Salvador santificador, e a constante presença do Espírito Santo habitando em nosso interior.

  1. Adorar o Passado (Mt 23:29-36). Existem três estágios na vida de toda organização religiosa. Primeiramente, a organização se caracteriza por ser um movimento vibrante, vigoroso, ativo e agressivo. Depois, torna-se uma instituição com "mais arreios do que cavalos". Finalmente, sua vitalidade desaparece e ela se torna um museu onde os ossos dos antigos líderes são colocados em exposição. O judaísmo havia alcançado esse terceiro estágio. De forma irônica, porém triste, Jesus declarou aos escribas: Enchei vós, pois, a medida de vossos pais (32) ; isto é, eles estavam concluindo as perseguições que os seus pais haviam iniciado. Estavam admitindo que eram os filhos ("descendentes") da-queles que mataram os profetas (31). As palavras do versículo 33 soam de forma estra-nha nos lábios de Cristo. Mas, aqueles a quem Ele se dirigia já estavam tramando matar o imaculado Salvador da humanidade. O Livro de Atos (por exemplo, Mt 7. 5-8; 8:1-3; 9:1-2) relata o cumprimento das profecias do versículo 34.

Abel (35) foi o primeiro homem a ser assassinado. O caso de Zacarias' está registrado no livro que faz parte do final do Antigo Testamento da Bíblia hebraica (Crônicas). Por-tanto, essa expressão corresponde aqui, mais ou menos, à frase atual "de Gênesis a Apocalipse".

O versículo 35 sugere uma participação nacional na culpa das gerações precedentes. Essa geração havia cometido o supremo pecado de rejeitar a Jesus Cristo. De certa for-ma, a culpa acumulada das gerações precedentes ao perseguir os profetas poderia, por-tanto, recair sobre ela.

As palavras do versículo 36 se concretizaram com terrível precisão no ano 70 d.C., quando Jerusalém foi invadida pelos romanos e seu Templo foi destruído.

7. O Lamento por Jerusalém (Mt 23:37-39).

A angústia contida nessas palavras desafia qualquer descrição. Jesus havia se ofe-recido aos judeus como seu Rei e Messias. Os líderes o rejeitaram e logo iriam condená-lo à morte. Tu não quiseste (37) são as palavras escritas como um epitáfio dos séculos. Cristo declarou que os judeus não o veriam mais até à ocasião em que o receberiam com alegria em sua segunda vinda à terra, com a mesma aclamação que os peregrinos da Galiléia o haviam recebido em sua Entrada Triunfal (39; cf. Mt 21:9).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 23 versículo 8
Em diversos manuscritos aparece:
o Cristo, após a palavra Mestre.Mt 23:8,Mt 23:10 Jc 3:1. Advertência para que os dirigentes na igreja não se considerem chefes, nem usurpem a autoridade de Cristo como Mestre e Guia.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
*

23.1-39

Alguns consideram este capítulo como outro discurso (neste caso seriam seis discursos e não cinco, Introdução: Características e Temas), ou o consideram como parte do discurso escatológico, nos capítulos 24:25. Entretanto, o discurso não é concluído pela frase que encerra os outros discursos (“quando Jesus acabou de proferir estas palavras ou expressões análogas — Mt 7:28; 11:1; 19:1; 26:1). Continua a atividade profética de Jesus de pronunciar os oráculos dos “ais” aos líderes infiéis de Israel (vs. 13-36, nota). Está relacionado com o discurso seguinte, no qual estipula a razão para a destruição de Jerusalém, anunciada na linguagem da profecia do Antigo Testamento.

* 23:2

Na cadeira de Moisés, se assentaram. Ainda que Jesus, em outros lugares, condene os escribas e fariseus por acrescentarem tradições humanas à lei e por distorcerem o espírito da lei (vs. 13—32; 15:1-9), aqui ele reconhece o legítimo ofício de ensinar, que eles exerciam (Dt 17:8-13).

* 23:4

Ver nota teológica “Legalismo”, índice.

* 23:5

filactérios. Ver nota em Êx 13:9.

* 23.8-10

Ao proibir o uso dos títulos “Mestre” (v. 8), “Pai” (v. 9) e “guias” (lit. v.10), Jesus não proíbe a organização ou o uso de todos esses títulos na igreja (conforme At 20:17; 1Co 9:1; 1Tm 3:1, 2, 8, 12; Tt 1:5-7). A advertência de Cristo é contra a tentação de conceder, aos líderes humanos, a autoridade e prerrogativa que pertencem só a Deus — uma tentação aqui exemplificada pelo uso de pretensas formas de tratamento.

* 23.13-36

Lucas 11:37-54 registra uma primeira proclamação de seis ais. Esta série de sete ais eram um pronunciamento profético do processo legal de Deus contra seu povo, anunciando um iminente cumprimento das maldições da Aliança (cf. Is 5:8-23; Hc 2:6-20). Tais advertências expressam a preocupação de Deus por seu povo e seu desejo de que eles se arrependam (vs. 37-39).

* 23:13

hipócritas. Ver nota em 6.2.

fechais o reino. Os mestres da lei e os fariseus fizeram isto, afastando o povo de Cristo e de sua justiça. Os discípulos devem fazer o oposto, proclamando livremente o evangelho.

* 23:15

inferno. Ver nota em 5.22. Os que eram legalistas fizeram prosélitos iguais a eles mesmos, predispondo-os contra o recebimento da justiça que vem pela fé.

* 23:16

Quem jurar. Ver 5:33-37. Este modo de fazer votos é semelhante às crianças, que fazem promessas com seus dedos cruzados escondidos atrás das costas. Deus deseja a verdade em todas as nossas palavras (5.37).

* 23:24

mosquito... camelo. O mosquito era o menor dos animais impuros e o camelo era o maior. No aramaico as duas palavras soam de modo semelhante.

* 23.35 Abel... Zacarias. Abel foi a primeira pessoa a ser morta por causa da justiça (Gn 4:8). A identidade de Zacarias com este caso é problemática, e todas as soluções sugeridas têm suas dificuldades. Zacarias, o profeta, era “filho de Baraquias”, mas não há evidência de que ele tenha sido martirizado. Houve um Zacarias que era filho de Baruque, e que foi morto pelos zelotes, como foi mencionado por Josefo (“Guerras dos Judeus”, 4:334-44). Ele foi morto na área do templo, porém, provavelmente não entre o santuário e o altar. Zacarias, filho de Joiada, é o último mártir mencionado no Antigo Testamento, na ordem canônica hebraica (2Cr 24:20-22). Ele foi morto no pátio do templo por ordem de Joás. Se não fosse pelas palavras “filho de Baraquias”, o Zacarias do texto seria mais provavelmente o Zacarias de 2Cr 24, uma vez que Abel e Zacarias são o primeiro e o último mártires do cânon hebraico. É remotamente possível que a expressão “filho de Baraquias” tenha sido uma inserção feita por um copista da época da igreja primitiva. (Lucas 11:51 não registra essa expressão).

a quem matastes. Por perseguirem a Cristo, os fariseus foram identificados com seus ancestrais assassinos.

* 23:36

A punição “sobre a presente geração” sofreu foi a destruição de Jerusalém e do templo, no ano 70 d.C.. Ver nota em 24.34.

* 23:39

já não me vereis, até. Alguns interpretam este versículo como uma promessa de conversão dos judeus, no fim dos tempos (Rm 11:25-32 e nota), ainda que o contexto pareça apontar mais para o julgamento do Israel nacional e para a extensão das promessas ao Israel espiritual, composto de gentios e de judeus (v. 38; conforme 21.43).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
23:2,3 As tradições dos fariseus e suas interpretações e aplicações da lei chegaram a ser tão importantes como a lei mesma. Suas leis não eram tão más. Algumas eram boas. O problema surgiu quando os líderes religiosos (1) tomaram as normas feitas pelo homem com tanta seriedade como as leis de Deus, (2) ao dizer às pessoas que deviam as obedecer, sem incluir-se eles mesmos, (3) ao obedecer as regras não para honrar a Deus a não ser para se sobressair. Jesus não condenou o que ensinavam, a não ser o que eram: hipócritas.

23:5 Estas caixas pequenas de couro, chamadas filacterias, continham versículos da Escritura. Os fariseus as levavam porque Dt 6:8 e Ex 13:9, Ex 13:16 dizem que a gente deve levar a Palavra de Deus perto a seu coração e eles o interpretaram em forma literal. Mas estas pequenas caixas que também usavam para orar chegaram a ser mais importantes pelo nível social que outorgavam que pela verdade que continham.

23.5-7 Jesus outra vez pôs ao descoberto a hipocrisia dos líderes religiosos. Conheciam as Escrituras mas não viviam de acordo às mesmas. Não se preocupavam com ser Santos, mas sim por ver-se Santos a fim de receber a admiração da gente e seu louvor. Hoje, como os fariseus, muita gente conhece a Bíblia mas não lhe permitem que troque suas vidas. Dizem que seguem a Cristo mas não vivem de acordo a suas regras de amor. As pessoas que vivem desta maneira são hipócritas. Devemos estar seguros de que nossas ações sejam coerentes com nossas crenças.

23.11, 12 Jesus desafiou as normas da sociedade. Para O, a verdadeira grandeza surge do serviço, é o que se obtém quando um se entrega para servir a Deus e a outros. O serviço nos mantém a par das necessidades de outros e evita que nos detenhamos nos olhar a nós mesmos. Jesus veio como servo. Que tipo de grandeza procura você?

23.13, 14 Ser um líder religioso em Jerusalém era muito diferente a ser um pastor em uma sociedade secular como a de hoje. A história da nação, sua cultura e a vida cotidiana estavam centradas ao redor da relação com Deus. Os líderes religiosos eram os mais conhecidos, poderosos e respeitados de todos os líderes. Jesus lançou seu agudo acusação porque a fome de poder, dinheiro e posição daqueles líderes os tinha levado a perder de vista a Deus, e sua cegueira se pulverizava por toda a nação.

23:15 Os convertidos dos fariseus eram atraídos ao fariseísmo, não a Deus. Por haver-se enfrascado tanto nos detalhes de suas leis tradicionais e regulações, tinham perdido de vista ao que as leis assinalavam: Deus. Como religião de obras ao fim, punham pressão na gente para que superassem a outros em conhecimento e obra. Um professor hipócrita o mais provável é que tenha estudantes ainda mais hipócritas. nos guardemos de criar fariseus por uma ênfase desmedida na obediência superficial a gastos da renovação interior.

23.23, 24 É possível obedecer os detalhes da lei e ser desobedientes em nossa conduta geral. Por exemplo, podemos ser muito precisos e fiéis em dar dez por cento de nosso dinheiro a Deus, mas podemos nos recusar a dar um minuto de nosso tempo em ajudar a outros. O dizimar é importante, mas o pagar o dízimo não nos libera de cumprir com outras diretivas de Deus.

23:24 Os fariseus penetravam a água de maneira que não pudessem acidentalmente tragar um mosquito, inseto impuro de acordo à lei. Eram muito meticulosos quanto aos detalhes do cerimonial de limpeza ao grau que perderam sua perspectiva do que é a pureza verdadeira. Por fora, limpos no cerimonial; por dentro, corruptos em seus corações.

23.25-28 Jesus condenou aos fariseus e aos líderes religiosos por aparentar santidade no exterior e manter em sua interior corrupção e cobiça. Viver nosso cristianismo só como um espetáculo para outros é como lavar um copo só por fora. Quando estamos limpos por dentro, nossa limpeza exterior não será fingida.

23.34-36 Estes profetas, sábios e escritores que seriam enviados possivelmente foram os líderes na igreja primitiva que foram feridos, açoitados e algumas vezes crucificados, como Jesus o predisse. Os contemporâneos do Jesus disseram que não atuariam como seus pais, dando morte aos profetas que Deus lhes tinha enviado (23.30), mas estiveram dispostos a dar morte ao Messías e a seus seguidores fiéis. Por esta razão todo o julgamento através dos séculos recairia sobre suas cabeças.

23:35 Estava dando um breve resumo dos mártires do Antigo Testamento. Abel foi o primeiro mártir (Gênese 4); Zacarías foi o último (porque a Bíblia hebréia terminava com II Crônicas). Zacarías foi o clássico exemplo de um homem de Deus que morria à mãos dos que diziam ser o povo de Deus (veja-se 2Cr 24:20).

23:37 Jesus quis juntar a seu povo assim como a galinha protege seus pintinhos sob suas asas, mas não o permitiram. Jesus também quer nos proteger se nos aproximarmos do. Muitas vezes nos ferimos e não sabemos a quem recorrer. Rechaçamos a ajuda de Cristo porque não acreditam que O pode nos dar o que necessitamos. Mas quem conhece melhor nossas necessidades que nosso Criador? Os que acudam ao Jesus acharão que O consola e conforta como ninguém mais pode fazê-lo.

23:37 Jerusalém era a capital do povo escolhido de Deus; a cidade ancestral do Davi, o maior rei do Israel; e o lugar onde estava o templo, a morada terrestre de Deus. Devia ser o centro de adoração ao verdadeiro Deus e um modelo de justiça para toda a gente, mas Jerusalém chegou a ser uma cidade cega a Deus e insensível às necessidades humanas. Aqui podemos ver a profundidade dos sentimentos do Jesus pelos perdidos e por sua cidade amada, que muito em breve seria destruída.

AS SETE CALAMIDADES

23.14: Não permitir a outros entrar em reino dos céus e não entrar nós mesmos

23.15: Afastar às pessoas de Deus como vocês mesmos

23:16-22: Cegamente permitir que a gente de Deus siga as tradições feitas pelo homem em lugar da Palavra de Deus

23.23, 24: Envolver-se em detalhes insignificantes passando por cima o que realmente é importante: justiça, misericórdia e fé

23.25, 26: Guardar aparências enquanto que seu mundo privado é corrupto

23.27, 28: Atividade espiritual para cobrir o pecado

23:29-36: Pretender que se aprendeu da história passada, mas seu comportamento presente mostra que ou aprendeu nada

Jesus mencionou sete formas para evitar a ira de Deus, freqüentemente chamadas "as sete Estas calamidades sete declarações a respeito dos líderes religiosos devem ter sido sortes com uma mescla de julgamento e tristeza. Eram firmes e inesquecíveis. Estão em vigência cada vez que entramos tanto em aperfeiçoar a prática da religião que esquecemos que a Deus também interessam a misericórdia, o amor verdadeiro e o perdão.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
4. pronunciar ais contra fariseus (23: 1-39)

1. Sentado na cadeira de Moisés (23: 1-12)

1 Então falou Jesus à multidão e aos seus discípulos, 2 dizendo: Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés: 3 todas as coisas, pois, que vos disserem, isso fazei e observai, mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não fazem.4 Pois atam fardos pesados ​​e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos não querem movê-los com o seu dedo. 5 Todas as suas obras eles fazem a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes , 6 e amar o chefe lugar nos banquetes, o primeiros assentos nas sinagogas, 7 e das saudações nas praças, e de serem chamados pelos homens: Rabi. 8 Mas Não sejais chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. 9 E a ninguém seu pai sobre a terra, porque um só é o vosso Pai, mesmo aquele que está nos céus. 10 Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, até mesmo o Cristo. 11 Mas o que é o maior entre vós será vosso servo. 12 E todo aquele que se exalta será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar será exaltado.

Assento é kathedra . A frase ex cathedra significa, literalmente, "a partir da sede"; isto é, pela autoridade pública. Jesus disse que os escribas e os fariseus falaram ex cathedra , porque eles se sentaram na cadeira de Moisés; ou seja, eles foram os professores autorizados da Lei. Portanto, todas as coisas que eles foram intimados a serem observados (v. Mt 23:3 ). Tomado em um sentido absoluto, este parece ser incompatível com as críticas anteriores de Cristo dos fariseus para substituir a sua própria "tradição dos anciãos" Porque a palavra de Deus (15: 1-6 ). Evidentemente, o pensamento aqui é: "Fazei todas as coisas que eles ensinam, na medida em que este está em harmonia com o espírito da lei mosaica." Para eles dizem, e não , não significa que os fariseus esqueceram de praticar a sua religião. Na verdade, eles foram mais escrupulosos na observância de suas muitas necessidades, mas eles perderam as coisas centrais na Lei, como a justiça, a misericórdia ea fé (v. Mt 23:23 ).

Os fardos pesados ​​(v. Mt 23:4) foram os minutos, regras e regulamentos multitudinária com a qual os escribas haviam selado a religião de Israel. Havia tantos itens detalhados que as pessoas comuns não podiam observar todos eles. A religião, em vez de ser uma alegria e inspiração, havia se tornado um fardo insuportável. No entanto, os escribas se recusou a aliviar esta carga (v. Mt 23:4 ). Eles fizeram amplo seus filactérios . Estes eram pequenas caixas feitas de pele de animais cerimonialmente limpos e usado na testa e no braço esquerdo. O phylactery cabeça tinha quatro compartimentos, cada um com uma passagem do Velho Testamento (Ex 13:1 ; 11-16 ; Dt 6:4. ; Dt 11:13 ). O braço phylactery continha todas as quatro passagens em um compartimento. O costume de usar estes surgiu de uma interpretação muito literal de Dt 6:8 . Os fariseus fizeram muitas vezes essas phylacteries largos para provar a sua grande piedade. Para eles, a religião era algo externo, para ser colocado na parada. Eles também ampliou as fronteiras das suas vestes exteriores; ou seja, usava longas franjas nos cantos de suas vestes. Estes deveriam ser a marca de um judeu piedoso.

Os fariseus também procurou os primeiros lugares nos banquetes e nas sinagogas. Eles não conseguiram perceber que o amor de destaque é uma das mais seguras negações de piedade genuína. Eles gostavam de ser chamados Rabi . Jesus advertiu Seus discípulos contra uma atitude tão arrogante (vv. Mt 23:8-10 ). Estas instruções devem ser tomadas como advertência contra um espírito de ostentação e orgulho, ao invés de regras específicas sobre o uso de títulos técnicos.

O princípio de que Jesus tentou fazer valer é declarado no versículo 11 (conforme Mt 20:26 ). Humildade e serviço são as verdadeiras marcas de piedade. O versículo 12 expressa o princípio da vida que "o caminho para cima é para baixo."

b. Sete ais (23: 13-36)

(1) Encerramento do Reino (Mt 23:13)

13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem aos que estão entrando na para entrar.

Jesus pronunciou sete ais sobre os fariseus. A versão ReiTiago tem oito, mas o versículo 14 é omitido nos primeiros manuscritos gregos.

Ai de vós pode ser traduzida como "Ai de vós!" (conforme Mt 11:21 ). A nota de julgamento aqui é melhor expressa pela primeira. Por outro lado, este último reflecte mais claramente a compaixão de Cristo. Talvez ambas as expressões devem ser mantidas.

Seis das desgraças (exceção, v. Mt 23:16) são dirigidas especificamente para os escribas e fariseus, hipócritas . A primeira acusa de fechar o Reino contra os homens. O grego diz que "diante dos homens"; isto é, em seus rostos enquanto procuram entrar. Por sua interpretação legalista do Antigo Testamento, os escribas fechou a porta da fé nos rostos daqueles que ensinavam.

(2) Bússola da Terra (Mt 23:15)

15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois vós mar bússola ea terra para fazer um prosélito; e quando ele se tornou assim, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós.

Um prosélito (literalmente, "aquele que veio sobre") era um convertido do paganismo ao judaísmo. O zelo proselitismo dos judeus neste momento é amplamente corroborado por Philo e outros escritores. Eles cercaram o mar ea terra -nós diria: "terra e mar" -no esforço para fazer um prosélito . Isto sugere a dificuldade de conseguir gentios para ser circuncidados e observar todas as muitas exigências da lei judaica, apesar de muitos deles estavam prontos para se converterem da idolatria e politeísmo ao culto do verdadeiro Deus.

(3) Confundir o Sagrado (23: 16-22)

16 Ai de vós, condutores cegos, que dizeis: Qualquer que jurar pelo templo, isso nada é; mas o que jurar pelo ouro do templo, esse é devedor. 17 Insensatos e cegos:? para o qual é maior: o ouro ou o santuário que santifica o ouro 18 E aquele que jurar pelo altar, isso não é nada; mas o que jurar pela oferta que está sobre o altar, esse é devedor. 19 Cegos!? Pois qual é maior: a oferta, ou o altar que santifica a oferta Dt 20:1)

23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e deixado de lado os assuntos mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia ea fé; e elas vos devia ter feito, e não ter deixado a outra desfeita. 24 Guias cegos, que estirpe do mosquito e engolir o camelo!

Os fariseus eram muito escrupulosos em pagar seus dízimos. Eles ainda contou as sementes, e tirou um em cada dez. Eles dizimavam a hortelã , literalmente, de cheiro doce e anis -possibly dill, ou outra planta com sementes semelhantes a Sementes de alcaravia e do cominho -as sementes das quais foram utilizadas como tempero para o pão e carne, e também para fins medicinais. Estes foram três ervas Jardim comum, todos utilizados na culinária. Mas os escribas negligenciado o mais pesado (mais importante, ou, eventualmente, "mais difícil" para cumprir) assuntos da lei, a justiça, a misericórdia ea fé (ou fidelidade). Estes (a última) que deveriam ter praticado e não deixou o outro (o ex-) unpracticed.

Estirpe do mosquito (v. Mt 23:24) é a tradução correta. O verbo significa "filtrar", especialmente de vinho. A imagem é a de um fariseu rigoroso esticar sua água potável através de um pano-de certificar-se de que ele não engoliu a menor "animal impuro", o mosquito-e, entretanto, engolindo um camelo todo. Obviamente, Jesus tinha um senso de humor e destinados isso como uma hipérbole ridículo para o efeito dramático. Cada ouvinte podia ver a imagem viva e se lembrar dela.

"Strain at" (KJV) é definitivamente enganosa para o leitor de hoje. A primeira versão em Inglês, Wycliffe de, tinha "clensenge" (limpeza). Tyndale, o primeiro a traduzir do grego original, "strayne fora". A versão ReiTiago é a única tradução em Inglês que tem "tensão em" -que sugere um homem tentando pegar um mosquito. Goodspeed sustenta que este é um "enorme erro de impressão", que deveria ter sido corrigido há muito tempo, como centenas de outros erros de impressão na edição de 1611 foram corrigidos.Possivelmente pode ser que os tradutores da ReiTiago estavam seguindo um uso que tinha ganhado alguma moeda, mas se assim for, eles eram certamente imprudente na sua escolha.

(5) A limpeza da parte externa (23: 25-26)

25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de intemperança. 26 Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o exterior se torne limpo.

Este parágrafo resume a diferença essencial entre o judaísmo daquele dia e a religião de Jesus. O primeiro deu importância primordial para o lado de fora (v. Mt 23:25 ), esta última para o interior (v. Mt 23:26 ). O primeiro estava preocupado com limpezas cerimoniais, este último com um coração limpo.

"Full of" (KJV) está corretamente traduzido cheio de (v. Mt 23:25 ). A preposição sugere que o conteúdo dos pratos foram obtidos por extorsão -a palavra grega significa "pilhagem", ou "roubo" -e excesso, ou "falta de auto-controle." Em outras palavras, os copos e pratos de os hipócritas foram preenchidos com os frutos da desonestidade e auto-indulgência. Para limpar o interior significa se livrar de práticas injustas. Admoestação de Jesus reduz a isto: A religião é justiça, não ritual (conforme Amos e Micah).

(6) Corrompendo a Inside (23: 27-28)

27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. 28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.

Um mês antes da Páscoa, todos os túmulos foram deve ser caiadas, de modo que ninguém teria acidentalmente entrar em contato com um, e, portanto, ser processado impuro e impedida de comer a Páscoa (Nu 19:16. ). Uma vez que esta foi a época da Páscoa, Jesus comparou os escribas para as sepulturas recém-caiadas de branco (sepulcros caiados) -boa aparência por fora, mas cheio de corrupção dentro. Seus pecados habituais foram hipocrisia e de iniqüidade (v. Mt 23:28 ). Este último é, literalmente, "ilegalidade". Este termo é particularmente notável, tendo em vista o fato de que esses mesmos fariseus alegaram que eles, e apenas eles, realmente manteve a Lei. Mas eram os reais infratores (conforme v. Mt 23:23 ).

(7) Dando continuidade à perseguição (23: 29-36)

29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque edificais os sepulcros dos profetas e adornais os túmulos dos justos, 30 e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas. 31 Assim, vós testemunhar contra vós mesmos que sois filhos daqueles que mataram os profetas. 32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. 33 Serpentes, raça de víboras!, como crereis escapar da condenação do inferno? 34 Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas: algumas delas vós vos matar e crucificar; e alguns deles sereis açoitarão nas suas sinagogas, e perseguirão de cidade em cidade: 35 que sobre vós caia todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que matastes entre o santuário eo altar. 36 Em verdade vos digo que todas estas coisas hão de vir sobre esta geração.

É a tendência de quase todos os grupos religiosos para adorar o seu passado. Só assim nos dias de Jesus os judeus construir e enfeite (decorar) os túmulos de seus mártires profetas e justos homens. Eles declararam se tivessem vivido nos dias de seus antepassados ​​não teriam matado os profetas (v. Mt 23:30 ). Mas por suas ações eles mostraram que eles eram filhos de seus pais, para que eles rejeitaram João Batista e procurou matar Jesus. Grimly Cristo ordenou-lhes encher a medida do pecado (v. Mt 23:32 ). A linguagem do verso Mt 23:34 é explicada somente à luz de seu ódio assassino de Jesus, cuja morte eles logo trazer.

Não contente com isso último crime, eles perseguem e até mesmo matar os mensageiros cristãos (v. Mt 23:34 ). Portanto sobre eles viriam todo o sangue justo que havia sido derramado desde o início da história, da de Abel ao de Zacarias, filho de Baraquias (v. Mt 23:35). A última frase é difícil, uma vez que a Zacarias que foi morto entre o santuário eo altar (do sacrifício) é declarado para ser o filho de Joiada (2Cr 24:20. ). O filho de Berequias foi o profeta (Zc 1:1 ). A frase é omitido no texto original do Sinaiticus, e pode ser a inserção equivocada de um copista, embora a sua presença no resto dos manuscritos antigos não representar um problema que no momento parece insolúvel.

A previsão do versículo 36 foi horrivelmente cumprida em AD 70, o ano com que esta geração terminou. Jerusalém foi tomada, o seu templo destruído, e os seus habitantes mortos ou enviados como escravos.

c. Entristecendo sobre Jerusalém (23: 37-39)

37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que a ti são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes! 38 Eis que a vossa casa vos ficará deserta.39 Pois eu vos digo: Vós não me vereis , até que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.

Este é um dos gritos mais melancólicos do Cristo compassivo. Foi a Sua palavra de despedida para "a cidade do grande Rei" (Mt 5:35 ), que tinha, no entanto, acaba de rejeitar o seu Rei (cap. Mt 21:1 ). Em vez de ser protegido (v. Mt 23:37) seria abandonado (v. Mt 23:38 ). Nunca seria vê-lo novamente até que o recebeu como Messias (v. Mt 23:39 ). E vós não (v. Mt 23:37) estão entre as palavras mais tristes já escritos.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
  1. A explanação para a multidão e os discípulos (Mt 23:1-40)

Durante uma época da história de Israel em que a nação foi pressiona-da pelos gregos a fim de abandonar suas leis e tornar-se mais liberal, os fariseus surgiram como um grupo. Homens como Esdras (Ed 7:10) per-maneceram verdadeiros em sua fé, protegeram a Lei e separaram-se da profanação pagã. Eles se tornaram os intérpretes oficiais da Lei quan-do Israel não tinha profetas nem sacerdotes mestres. Nesse sentido, os fariseus sentaram-se na "cadeira de Moisés". Jesus não mandou que as pessoas obedecessem a tudo que os fariseus ensinavam, mas apenas aos ensinamentos que eram fiéis à Lei de Moisés. Cristo rejeitou muitos ensinamentos dos fariseus (veja Mt 5:21-40). Eles amavam os dízimos e o reconhecimento público, como também exaltavam a si mesmos à custa dos outros. Eles usavam caixas em que punham as Escrituras ("filac- térios" — supostamente com base em Êxodo 13:16; Dt 6:8; Dt 11:18) e alongavam as franjas das vestes (Nu 15:38) com a finalidade de mostrar seu ardor religioso. Eles assumiam uma "forma de piedade", mas não tinham poder (2Tm 3:5), ao mesmo tempo que a orla da veste de Jesus tinha o poder de transformar vidas (Mt 9:20; Mt 14:36).

Os versículos 8:10 apresentam a Trindade. Temos o Mestre (que sig-nifica "professor"), o Espírito Santo (v 8; "a saber; o Cristo" (ARC) deve ser omitido), o Pai (v. 9) e o Guia, que é Cristo (v. 1 0). Os homens to-mam o lugar do Pai, ou do Filho, ou do Espírito Santo quando desobede-cem à Palavra do Senhor e levam as pessoas a se desviar.

  1. A condenação dos fariseus (Mt 23:13-40)

Nessa passagem, há oito "ais", e podemos contrastá-los com as oito bem-aventuranças (bênçãos) de Ma-teus 5:3-12. "Os humildes de espíri-to" herdam o reino (5:3), enquanto o orgulhoso "fecha [...] o reino" (v. 13). Os que choram são confortados (5:4), e os que devoram recebem "ri-goroso juízo" (v. 14). O manso "her-da [...] a terra" (5:5), mas o orgulho-so manda as pessoas para o inferno ív. 15). Deus sacia os que têm fome de justiça (5:6), contudo os que têm ganância de ganhos materiais não recebem nada (vv. 1 6-22). O miseri-cordioso "alcançar[á] misericórdia" (5:7), mas os fariseus rejeitaram a misericórdia ao especializar-se em trivialidades (vv. 23-24). "Os limpos de coração" vêem a Deus (5:8), to-davia os que são religiosos no exte-rior têm o interior sujo (vv. 25-28). Os pacificadores e os perseguidos são "filhos de Deus" (5:9-12), mas os assassinos e os perseguidores são chamados de filhos do diabo (vv. 29-33).

Jesus não profere esses "ais" com sentimento de raiva ou malícia no coração. Nesses versículos, há um sentimento de tristeza piedosa à medida que o coração amoroso de Cristo revela o coração perverso de seus inimigos. Ele externa angústia, não raiva.

Como eles "fecha[m] o reino" (v. 13)? Primeiro, ao recusar receber a mensagem de João Batista (21:25- 27; 11:16-19). Segundo, ao recusar reconhecer a Cristo (Jo 7:47ss). Ter-ceiro, ao impedir que o povo tives-se acesso ao verdadeiro significado das Escrituras (Lc 11:52). Na verda-de, os escribas e fariseus fecharam a porta do reino dos céus ao esconder "a chave da ciência" (essa é a for-ma como as Escrituras vêem Cristo) por trás das tradições criadas pelo homem! Como é trágico perceber que os "líderes religiosos" de hoje também afastam as pessoas do céu quando rejeitam a Cristo, resistem ao seu Espírito e recusam-se a pre-gar e a ensinar sua Palavra.

Os fariseus roubavam as viú-vas pobres ao tirar suas posses sob

  1. pretexto de usá-las para Deus (v. 14). Eles eram mentirosos, avarentos e espoliadores religiosos.

Os valores deles eram confusos (vv. 16-22). Estavam interessados no ouro e nas ofertas, mas não na ado-ração espiMritual no templo (veja Lc 6:14ss).

"Sepulcros caiados" (v. 27) refere-se à prática de caiação das sepulturas para que os judeus não pudessem acidentalmente ser con-siderados imundos ao tocá-las (veja Nu 19:16).

"A medida de vossos pais" (v. 32) diz respeito ao aumento do pe-cado na nação da época do Antigo Testamento atéAt 7:0; Mt 12:34; Jo 8:44 e reveja a parábola do joio narrada em Mt 13:0).

  1. Lamento por Jerusalém (Mt 23:37-40)

As palavras finais de pesar por Cristo indicam que Deus dera mui-tas oportunidades de salvação ao povo, no entanto este não aceitara a oferta dele. O Senhor não manda as pessoas para o inferno; elas se mandam para lá por causa de sua obstinação.

É provável que "vossa casa" (v. 38) refira-se à casa de Israel, retra-tada pelo templo. Em 24:1, Cristo deixa o templo e nunca mais volta a ele, dizendo simbolicamente: "Você tem me rejeitado, por isso seu tem-plo está vazio". (VejaMt 13:1, em que ele sai de casa — Israel — e vai para o litoral — os gentios.) Em 21:13, ele chama o templo de "mi-nha casa", mas agora refere-se a ele como "vossa casa".

Israel receberá seu Messias quando ele retornar para estabe-lecer o reino sobre a terra (veja Zc 12:10). A era da igreja, que ainda não fora revelada, situa-se entre a expressão "bendito o que vem" de Mt 21:9 e a de 23:39 (ainda no futuro). Hoje, os crentes não pro-curam pelo reino terreno, mas pelo noivo celestial que retornará em um piscar de olhos.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
23.2 Cadeira de Moisés. A autoridade legislativa que era de Moisés.

• N. Hom. 23.3 Não os imiteis nos suas obras.
1) Não praticam o que pregam;
2) Dificultam a prática da lei (4);
3) Fazem tudo para produzir falsas aparências (5);
4) Buscam a primazia nas sinagogas (6);
5) Fazem questão de ser lisonjeados (7);
6) Procuram honra e glória (8, 10).

23.5 Filactérios. Eram cápsulas, ou rolos: de couro, que os judeus usavam na testa, perto do coração, e no braço esquerdo. Continham quatro passagens bíblicas:13 1:2'> Êx 13:1-10, ; 11-16; Dt 6:4-5; Dt 11:13-5, usadas de maneira singular, como lembrete visível da profissão religiosa dos judeus e que, também Jesus usava (conforme Mt 9:20 onde se traduz por "orla'). os fariseus desenvolveram esse costume até sobrecarregá-lo de minúcias, esquecendo-se porém da sua singela mensagem espiritual.

• N. Hom. 23:13-31 "Ai" é uma exclamação de Jesus, profunda, penetrante e enérgica, que parte do coração do Mestre contra a hipocrisia dos fariseus e escribas. São oito, aqui:
1) O ai contra a impenitência dos fariseus (13);
2) O ai contra a avareza dos fariseus (14);
3) O ai contra o zelo cego dos fariseus em conseguir adeptos (15);
4) O ai contra os juramentos levianos dos fariseus que invalidavam a lei (16-22);
5) O ai contra o grande valor que os fariseus davam aos pormenores legais em detrimento dos valores reais (2324,);
6) O ai contra a aparência exterior ostentada pelos fariseus (25-26);
7) Idem (27-28);
8) O ai contra a veneração, hipócrita que os fariseus tinham para com os profetas (29-36).
23.23 HorteIã. Usada para cobrir o chão nas casas e sinagogas, e como especiaria. Endro. Planta medicinal perfumada. Cominho. Sementes de erva doce, de vários usos culinários. As três hortaliças teriam algum valor comercial, mas o dízimo obtido seria o mínimo. Os fariseus, ao se mostrarem zelosos nos pormenores, pensaram que podiam esconder, de si mesmos e de Deus, o fato de não estarem à altura da verdadeira religião.

23.24 Os insetos eram cerimonialmente imundos. Mas um camelo também o era, e ainda, o maior animal imundo conhecido por eles. Este versículo, cujo sentido figurado salienta a prática de deixar passar grandes erros enquanto se evitavam os pequenos.
23.27 Sepulcros caiados. Simples túmulos no chão eram caiados na época da vinda dos peregrinos, por ocasião da Páscoa, para que os estranhos não pisassem neles, tornando-se, assim, cerimonialmente imundos e excluídos então da celebração religiosa. Era justamente naquela época do ano que Jesus estava falando.

23.35 Até... Zacarias. Se é o Zacarias cujo livro consta na Bíblia, então é só aqui que se registra seu martírio. Sé é o Zacarias mencionado em 2Cr 24:17-14, então historicamente não seria o último caso de perseguição contra os profetas, pois a data do assassinato é 796 a.C.; Jesus pode ter citado Zacarias como o último registrado nas Escrituras (pois na Bíblia hebraica os livros das Crônicas constam por último).

23.37 Jerusalém. Reconhecimento pleno da rejeição dos judeus (conforme Jo 1:11). Deus fez tudo para Seu povo, mas este rejeitou a Jesus.

23.38 Vossa casa. A cidade e a nação seriam assoladas em 70 d.C.

23.39 A salvação dos judeus não tem outro caminho senão a confissão do Senhor Jesus Cristo, reconhecendo-o como Salvador e Filho de Deus. Os líderes religiosos terão de participar do júbilo das multidões, descrito em 21.9, e não confiar na sua própria religiosidade.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
Ais contra os escribas e fariseus (23:1-36)

Conforme Mc 12:38-41; Lc 11:39-42; Lc 20:45ss. Acerca de mestres da lei, v.comentário de 13.52; acerca de fariseus, v. “Pano de fundo religioso judaico do Novo Testamento ” (p. 1
458) e os artigos “Judaísmo” e “Fariseus” no NBD\ acerca de hipócritas, v.comentário no final do cap. 6. O leitor desse capítulo não pode esquecer que o grosso do povo apoiava os fariseus, embora tentasse evitar os pontos mais onerosos da sua legislação, legislação que eles não conseguiram colocar completamente em prática até depois de 70 d.C. Por isso, Jesus deve estar falando das coisas mais profundas do espírito, onde somente o seu olho pode penetrar. Nessa seção, temos sete ais (v. 13-31) com introdução e conclusão.

Introdução (v. 1-12). Jesus não estava atacando o ensino deles em geral, mas a forma em que eles o aplicavam à vida (v. 3). Ao dizer que eles se assentavam na cadeira de Moisés (v. 2), ele reconheceu que em geral isso era correto e apropriado. Se a pessoa quer guardar a Lei de Moisés, é praticamente impelida a aceitar a abordagem dos escribas. Sentar era a posição de um mestre (conforme Lc 4:20). No século IV d.C., havia cadeiras especiais nas sinagogas chamadas de “cadeiras de Moisés” para os rabinos, mas é questionável se existiam no século I; o sentido é que eles eram expositores oficiais da Lei.

O judeu moderno considera os v. 3,4 um insulto enorme, e de fato são, se os tomarmos pelo seu significado básico. Nenhum fariseu teria mantido o seu lugar na comunidade por muito tempo se tivesse ficado evidente que ele não praticava o que pregava. Na ampliação da Lei realizada pelos rabinos, muitos aspectos eram mandamentos feitos por homens para garantir que as leis dadas por Deus fossem guardadas. O homem instruído podia ignorar ou contornar grande parte dessa legislação feita por homens de formas que o homem comum não conhecia. Num nível mais profundo, Jesus estava condenando não a falta de cumprimento da lei por parte dos que pregavam a lei, mas, antes, um rigor, especialmente entre os discípulos de Shammai, que era suportável para os mais ricos e mais desocupados, mas quase impossível para os pobres. Há muito disso na igreja.

Cp. os v. 5-7 Ct 6:1-22; é a condenação de todo comportamento e ritual, até o antiritual do protestante mais extremo, que, professando dirigir-se a Deus, mantém ao menos um olho fixo no homem. v. 5. filactérios: V. NBD (“Filactérias”). No século I d.C., o seu uso ainda não tinha se tornado obrigatório, de modo que os piedosos tinham a forte tentação de censurar os não observantes ao usá-los de maneira muito vistosa, franjas: (Dt 22:12,Nu 15:39 e conforme 9.20; 14.36); v. HDB, v. II, P- 68ss. Eram usados de forma quase geral na época; tinham o propósito de servir como lembrete à pessoa que as usava (Nu 15:39 apresenta os títulos comuns de respeito pelo mestre judaico: “Vocês me chamam ‘Mestre’ \rabbíl e ‘Senhor’ \marí\”. Jesus era Senhor de forma tão singular que não havia pessoa na igreja que pudesse ser chamada assim. O título “mestre” continuou existindo (At 13:1Jc 3:1; 1Co 12:28; Ef 4:11), mas não há evidência de seu uso como título de respeito. Até kyrios (senhor), que para o falante grego no contexto secular não significava mais do que o nosso termo de tratamento “senhor”, se encontra após a ressurreição no NT somente em Ap 7:14 como um título de tratamento para com outros que não Cristo, isto é, nos lábios dos cristãos, v. 9. A ninguém na terra chamem “pai”: Jesus não está abolindo o quinto mandamento. Os rabinos não gostavam de usar o título “pai”, a não ser com relação aos patriarcas, mas estavam dispostos a usá-lo no caso de um rabino extraordinário. Precisamos de uma sensibilidade maior para essas coisas, e não só crítica, na 1greja de hoje.

O primeiro Ai (v. 13). O significado desse versículo está estritamente ligado ao v. 15. O fato de que eles rejeitaram tanto João Batista quanto Jesus mostrou que não tinham se submetido à soberania de Deus. O seu ensino, se aceito no sentido que tinha para eles, também tornava impossível que os outros se submetessem. Depois da destruição de Jerusalém, esse foi o maior fator humano individual que fez os judeus como povo rejeitarem a Cristo.

As casas das viúvas (v. 14) (conforme Mc 12:40; Lc 20:47). Os manuscritos concordam de forma quase irrefutável a favor da exclusão desse versículo; o argumento de Edersheim (II, p.
410) de que os oito Ais contrabalançam as oito Bem-aventuranças parece um tanto improvável. Qualquer interpretação que inclua a desonestidade intencional está propensa a entender os fariseus de forma totalmente errônea, embora eles também tivessem suas ovelhas negras; alguns dos atos destas estão registrados no Talmude. A insistência no cumprimento dos votos e no encorajamento às contribuições, quando esse era o caso, é uma interpretação satisfatória.

O segundo Ai (v. 15). Tanto os imperadores romanos quanto mais tarde a igreja triunfante castigaram o proselitismo judaico com a morte, mas a atividade era bem difundida nessa época. A sinagoga atraía muitos simpatizantes, os sebomenoi ou phoboumenoi ton theon, que a NVI traduz por “tementes a Deus” (At 10:2), “temente a Deus” (At 10:22), “que temem a Deus” (At 13:16), “mulher temente a Deus” (At 16:14). A prontidão com que muitos davam ouvidos a Paulo mostra que o ensino que tinham recebido em muitos casos era para sempre. Tornar-se um prosélito completo (ger tsedeq) incluía adotar todos os detalhes legais dos fariseus. E notável que somente um, talvez dois, dessa última classe tenham se tornado comprovadamente cristãos, i.e., Nicolau de Antioquia (At 6:5) e talvez o eunuco etíope (At 8:27). Esse princípio também é válido para a pessoa que está mais preocupada em ganhar um convertido para a sua denominação do que para Cristo.

O terceiro Ai (v. 16-22). V.comentário de 5:33-37. guias cegos: E o ensino deles, e não a sua prática, que é condenado aqui. Cegos insensatos (mõroi): Jesus, o Juiz, usa linguagem que é proibida aos seus seguidores (5.22). mõroi aqui, como no Sermão do Monte, é uma reprodução da palavra aramaica.

O quarto Ai (v. 23,24). Uma coisa é se sou muito rigoroso comigo mesmo por causa do testemunho do Espírito em mim. Se, por outro lado, eu decido que preciso observar tudo que encontro nas Escrituras, por menor que seja, a experiência mostra que eu me torno cada vez mais legalista nas minhas exigências para com os outros e cada vez mais cego para as verdadeiras exigências de Deus para comigo mesmo.
O quinto Ai (v. 25,26). O quinto Ai é uma ampliação e intensificação do quarto. Se os fariseus tivessem se comportado literalmente da maneira exposta no v. 25, nunca teriam sido admirados pelo povo. Mas a sua estimativa do caráter dos outros normalmente era baseada na medida em que eles observavam as aparências. A aceitação de um convite para uma refeição dependia em grande parte da medida em que as leis dos dízimos e da purificação eram observadas ali. A atitude deles pode ser comparada com o juízo que fazemos dos nossos companheiros cristãos pela sua ortodoxia aparente, v. 26. Fariseu cegok O singular provavelmente é devido ao aramaico subjacente, que poderia ser compreendido como singular ou plural. “Mas dêem o que está dentro do prato como esmola” (Lc 11:41): Se o meu copo e prato estiverem cheios de extorsão e ganância, eu também estarei; a minha disposição de abrir mão do que tenho inclui renunciar a mim mesmo. Isso parece ser o significado da frase extremamente difícil em Lucas.

O sexto Ai (v. 27,28). Esse é o auge dos dois Ais anteriores. Em adar (março), depois das intensas chuvas, os sepulcros eram caiados para prevenir que as pessoas que iam ao templo, especialmente os sacerdotes, fossem contaminados pelo contato com os mortos. Os túmulos se tornavam resplendentes só porque eram túmulos. Os fariseus se destacavam pela sua piedade e legalismo somente porque eram pecadores. Se não fossem, não teriam se sentido compelidos a agir como agiam. A sua hipocrisia consistia em não perceberem isso.
O sétimo Ai (v. 29-31). Assim como os cristãos estão sempre prontos a usar desculpas pelos muitos crimes cometidos ao longo dos séculos em nome de Cristo (a forma como a Igreja tratou os judeus provavelmente é o pior de todos), assim os rabinos tinham grande dificuldade em fazer uma denúncia sincera dos pecados dos seus ancestrais. Na prática, eles estavam dizendo: “Isso não poderia acontecer aqui”. A rejeição de Jesus por parte dos líderes religiosos mostra a legitimidade das suas palavras.
Condenação final (v. 32-36). Os profetas, sábios e mestres são cristãos (conforme Ef 2:20; Mt 13:52). A perseguição dos cristãos judeus aqui anunciada (não muitos cristãos gentios foram envolvidos) se dividiu em duas partes, um período mais suave antes de 70 d.C. e um período mais sério que culminou com a rebelião de Bar Cochba (132-135). Da mesma forma, para os judeus a derrota sangrenta de Bar Cochba provavelmente foi um golpe mais pesado do que até mesmo a destruição de Jerusalém. Não temos direito algum de estender esse Ai além do ano 135; ele é também uma advertência contra a interpretação muito rígida do termo geração, v. 35. Zacarias, filho de Ba-raquias: Jesus estava apresentando o equivalente ao nosso “de Gênesis a Apocalipse”, pois a Bíblica hebraica termina com 2Crôni-cas (e não com Malaquias!), e o último homem justo mencionado por nome em II Crônicas a ser assassinado é Zacarias (2Cr 24:20,2Cr 24:21). Ele era filho de Joiada, sendo Baraquias o pai do profeta Zacarias (Zc 1:1). Lc 11:51 não contém “o filho de Baraquias”. E possível que Mateus tenha acrescentado essas palavras como indicador para os, talvez, piores assassinatos jurídicos nos dias finais de Jerusalém (Josefo, Guerras IV, v.4). V. a discussão completa em Williams, v. II, p. 45-8.

O lamento sobre Jerusalém (23.3739). Conforme Lc 13:34,Lc 13:35. Que essas palavras se encaixam de forma magnífica na sua atual posição, é evidente. A condenação dos escribas e fariseus mostrou que não existe nada mais para esperar. Só restou o caminho para a cruz. Isso poderia ter sido dito duas vezes; é mais provável que Lucas tenha deslocado a expressão, pois ele não tem esse contexto no seu evangelho. Jerusalém: Desde o tempo em que a arca foi levada para lá por Davi e que Salomão construiu o seu templo, Jerusalém se tornou a expressão de Israel de forma especial. debaixo das suas asas: Conforme Rt 2:12.

O cumprimento do v. 39 e também de Lc 13:35 ocorre na segunda vinda.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46

D. Em Jerusalém. 21:1 - 25:46.

Ao traçar os movimentos de Jesus a caminho de Jerusalém, Mateus omite a viagem de Jericó a Betânia, seis dias antes da Páscoa (Jo 12:1), que foi um dia antes da Entrada Triunfal (Jo 12:12).


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 12

1-12. Advertência contra os fariseus. Esta porção foi dirigida diretamente para os discípulos, embora na presença da multidão.


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 8 até o 12

8-12. As próximas palavras foram dirigidas especificamente aos discípulos. Os seguidores de Cristo não deveriam procurar serem chamados por esses títulos de mestre, Pai ou Guia, como os fariseus. Entretanto, esta não é uma proibição absoluta de hierarquia ou uso apropriado de títulos, pois o próprio Paulo se intitulou "pai" dos coríntios e chama Timóteo de "filho" (1Co 4:15, 1Co 4:17). O maior mostra claramente a validade da diferença de postos. Mas um espírito de humildade deveria governar os crentes, não a ambição egoísta dos fariseus que usurpavam para si mesmos a autoridade que pertence a Deus.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39
h) A denúncia dos fariseus (Mt 23:1-40; Lc 20:45-42. Na cadeira de Moisés (2). Sinônimo da autoridade de Moisés. Observai pois... o que vos disserem (3). Em consideração das censuras que se seguem, é patente que o Senhor se refere às coisas lícitas. Muito depende do sentido em que ocupam a cadeira de Moisés. Não se pode incluir, por exemplo, a tradição dos anciãos, condenada em Mt 15:1-40. Como o texto revela, o pecado dos fariseus consistia mais em suas práticas más do que nos seus ensinamentos, visto que eles mesmos não praticavam o que pregavam. Alargam as franjas dos seus vestidos (5). A franja era um amuleto que consistia numa fita de pergaminho em que foram inscritos certos trechos do Pentateuco. A franja era enrolada e colocada dentro de um pequeno cilindro de metal, levado num estojo quadrado, de couro. Os judeus prendiam esses estojos à testa e no dorso da mão direita, com correias, como interpretação literalíssima de Dt 6:8-5. Normalmente eram usados somente durante a oração, mas parece que os fariseus os usavam sempre com muita ostentação. Alargam as franjas (5). Usavam tais franjas em obediência a Nu 15:38-4.

>Mt 23:7

Rabi (7-8) -gr. Rabbei, que significa literalmente do hebraico "meu professor". Mestre (8), isto é, professor. O Cristo, omitido nos melhores textos, provavelmente uma glosa.

>Mt 23:9

A ninguém chameis vosso Pai (9), isto é, no sentido espiritual. Este mandamento condena o uso da palavra Padre, com referência ao Clero ou Capelão. Mestres (10) -gr. kathegetai, lit. guias ou dirigentes-professores. Servo (11) -gr. diakonos, ministro ou servidor. Os vers. 10,12 são muito típicos dos ensinos de Nosso Senhor. Cfr. Lc 14:11; Lc 18:14.

>Mt 23:13

Fechais aos homens o reino dos céus (13). Dificultavam o progresso do pecador em busca do arrependimento e conversão. Devorais as casas das viúvas (14). Extorquiam dinheiro dos indefesos, de forma que estes contraíam dívidas embaraçosas, enquanto eles mesmos exibiam sua religião. Mais rigoroso juízo (14). Frase omitida nos melhores textos. Prosélito (15). Os judeus reconheciam duas classes de prosélitos: os que aceitavam os chamados sete preceitos de Noé e os que se submetiam à circuncisão, tornando-se, pela religião, autênticos judeus.

>Mt 23:16

Os vers. 16,22 ilustram bem os sofismas dos fariseus quanto aos juramentos. Templo (16) -gr. naos, "santuário". O Senhor ensina que todos os juramentos são de igual valor e que ninguém pode fugir das conseqüências perante Deus, sob os pretextos citados neste versículo.

>Mt 23:23

Dizimais (23). Pela lei mosaica, a décima parte de toda a produção devia ser dada para uso dos sacerdotes e levitas. Ver Lv 27:30. Diversas qualidades da hortelã crescem na Palestina Endro, gr. anethon, planta da Palestina que nasce sem cultivo, cuja fruta é usada na medicina. A semente do cominho tinha valor como especiaria. Os fariseus observavam minuciosamente a lei a respeito dessas coisinhas e se esqueciam por completo dos preceitos mais importantes.

>Mt 23:24

Coais um mosquito (24). Os judeus coavam vinho antes de o tomar, a fim de evitar qualquer contato com coisas imundas. O interior está cheio de rapina e de iniqüidade. Os fariseus viviam do que extorquiam de outrem.

>Mt 23:27

Sepulcros caiados (27). Desde que qualquer contato com um cadáver produzia imundície na pessoa, conforme a lei de Moisés, era costume caiar os sepulcros para serem bem visíveis e assim evitar qualquer contato com os mesmos.

>Mt 23:33

Condenação do Inferno (33). Seriam considerados dignos do Geena. Ver 5.22 n.

Para que sobre vós caia (35). A geração à qual estas palavras foram dirigidas representa o auge na história pecaminosa da nação, começando com o assassínio de Abel, por seu irmão Caim (ver Gn 4 e He 11:4) e continuando até a morte de Zacarias, filho de Baraquias. Em 2Cr 24:20-14 lemos a narrativa do homicídio de Zacarias, filho de Jeoiada, "no pátio da casa do Senhor". Sabemos que os livros de Crônicas encerram o Cânon Hebraico do Velho Testamento. Então, se este é o incidente ao qual o Senhor alude, a menção de Abel e Zacarias pode ser considerada como uma referência a todo o Velho Testamento. É problema que o Zacarias que foi morto em 2Cr 24:0). Este viveu depois do cativeiro, na época que encerra a história do Velho Testamento. Contudo, não há tradição nem evidência de que fosse assassinado. Outra possibilidade é que este Zacarias é idêntico ao Zacarias, filho de Jeberequias, mencionado em Is 8:2. Deste último não há outros dados. Este trecho de Mateus é também incluído no Evangelho de Lucas (Lc 11:49-42).

>Mt 23:38

Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta (38). Referência a 1Rs 9:7-11; Jr 12:7; Jr 22:5. Aqui o Senhor prediz a destruição do templo. O ministério do Senhor aos judeus termina com o vers. 39, que prenuncia sua morte, ressurreição e ascensão à presença do Pai. Dali em diante Ele seria conhecido somente pelo novo nascimento. Bendito o que vem... (39). Estas palavras são tiradas dos LXX do Sl 118:26.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39

121. O Caráter de falsos líderes espirituais (Mateus 23:1-12)

Então Jesus falou à multidão e aos seus discípulos, dizendo: "Os escribas e os fariseus têm-se sentado na cadeira de Moisés, portanto, tudo o que eles dizem, fazei e observai, mas não façais segundo as ações deles, pois eles dizer as coisas, e não fazê-las e eles amarram cargas pesadas, e os põem aos ombros dos homens;. mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los com tanto como um dedo, mas eles fazem todas as obras a ser percebido pelos homens.; para eles alargar os seus filactérios, e alongar as borlas das suas vestes. E eles adoram o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e sendo chamados pelos homens: Rabi. Mas fazer não ser chamados Rabi, pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos E não ninguém na terra chameis vosso pai;. porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus E não ser chamado de líderes;. porque um só é o seu Líder, isto é, Cristo Mas o maior dentre vós será vosso servo e quem se exalta será humilhado..; e quem se humilha será exaltado. (23: 1-12)

Mateus 23 registra último sermão público de Jesus. Não era um sermão sobre a salvação, sobre a ressurreição, ou em princípios para viver a vida do reino, mas sim uma mensagem vital e sóbria de condenação contra os falsos mestres. Nos versículos 1:7 Ele avisa ao povo sobre falsos líderes religiosos em Israel, e nos versículos 8:12 Ele adverte os discípulos e outros líderes espirituais verdadeiros não imitá-los. Em seguida, ele volta sua atenção diretamente para os falsos-se líderes, simbolizadas pelos escribas e fariseus, e dá-lhes Sua denúncia final e mais mordaz (vv. 13-36). Em seus comentários finais (vv. 37-39) Ele expressa sua compaixão intensa para Israel descrente e dá a certeza de que um dia, em cumprimento da promessa soberana de Deus, o Seu povo escolhido vai voltar a Ele com fé.

Desde a queda, o mundo sempre teve falsos líderes religiosos, fingindo representar a Deus, mas que representa apenas a si mesmos. Falsos líderes estavam ativos no esquema rebelde para erguer a torre de Babel. Moisés entrou em conflito sério com os feiticeiros religiosos e mágicos do Egito quando ele exigiu a libertação do povo de Deus pelo Faraó, que provavelmente se considerava um deus (ver Ex. 7: 11-12, Ex 7:22; Ex 8:7). Paulo chamou-os pregadores de um evangelho pervertido (Gl 1:8, 1Jo 2:22). Jude chamou-os sonhadores que "contaminam a sua carne, e rejeitam a autoridade, e insultam majestades angélicas" (Jd 1:8).

As páginas dos principais jornais religião em nossos dias estão cheios de anúncios de todo o tipo de seita e religião falsa, incluindo formas desviantes do cristianismo, bem como cultos e ocultismo. Muitos desses grupos mascarar como formas de cristianismo e pretendem ensinar uma nova e melhor evangelho. Mas enquanto pretendendo oferecer vida espiritual e ajuda, eles em vez ensinar o caminho da morte espiritual e condenação. Com o pretexto de levar as pessoas para o céu, eles inaugurar-los diretamente para o inferno.

As Escrituras deixam claro que, como a segunda vinda de Cristo se aproxima, os falsificadores do evangelho vão proliferar e acumular para si grandes séquitos e imensa influência (ver, por exemplo, II Tessalonicenses 2:3-4; 1 Tim. 4: 1-3. ; 2 Tm 3: 1-9; 2 Pe. 2: 1-3;).. A única vez na história igual a que o futuro idade de inspiração demônio vai ser como foi o tempo do ministério de nosso Senhor na terra.Naquela época todo o inferno ganhou suas forças em um ataque de três anos contra o Filho de Deus em um esforço desesperado para contradizer o que Ele ensinou e para neutralizar o que Ele fez. É contra os instrumentos humanos de que o ataque satânico que Jesus dirige esta última mensagem pública e permanentemente instrutiva, uma vez perto do fim de um dia longo e cansativo de ensino e de confronto no Templo.

O diálogo entre Jesus e as autoridades do Templo tinha terminado, porque "ninguém foi capaz de responder [Jesus] uma palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia para pedir-lhe outra pergunta" (Mt 22:46). Embora o Senhor tinha falado freqüentemente contra os líderes religiosos não crentes (ver Mt 5:20; 15: 1-9.; 16: 6-12; Jo 8:44), era necessário para dar uma palavra final, uma última advertência abrangente , para eles e para todos os outros, sobre o perigo eterno de seus ensinamentos perversos. Jesus também, sem dúvida, queria dar os próprios líderes incrédulos oportunidade para se converterem da sua falsidade e segui-Lo para o perdão e salvação.

Parece evidente que muitos corações foram suavizadas com o evangelho naquele dia, incluindo os corações de alguns dos líderes. No dia de Pentecostes sozinho cerca de três mil almas veio ao Senhor (At 2:41), e pode muito bem ter sido que oito ou dez vezes esse número acreditava dentro de mais alguns meses, como os apóstolos "encheu Jerusalém com o [seu ] ensinar "(At 5:28). Podemos estar certos de que muitos, e talvez a maioria, dos convertidos naqueles primeiros dias tinha visto e ouvido Jesus pessoalmente e foi atraído pelo Espírito Santo a Sua verdade e de graça. Talvez para alguns, esta mensagem foi o ponto de atração inicial para Jesus Cristo.

A descrição de falsos líderes espirituais

Então Jesus falou à multidão e aos seus discípulos, dizendo: "Os escribas e os fariseus têm-se sentado na cadeira de Moisés, portanto, tudo o que eles dizem, fazei e observai, mas não façais segundo as ações deles, pois eles dizer as coisas, e não fazê-las e eles amarram cargas pesadas, e os põem aos ombros dos homens;. mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los com tanto como um dedo, mas eles fazem todas as obras a ser percebido pelos homens.; para eles alargar os seus filactérios, e alongar as borlas das suas vestes. E eles adoram o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e sendo chamados pelos homens: Rabi. (23 : 1-7)

Neste momento Jesus falou diretamente às multidões e aos seus discípulos , mas os líderes religiosos, mais particularmente os escribas e os fariseus , estavam ao alcance da voz nas proximidades (ver v. 13).

Quando os judeus voltaram à Palestina após os setenta anos de cativeiro na Babilônia, as Escrituras por um tempo recuperou o seu lugar central na vida e culto de Israel, humanamente falando, devido em grande parte ao renascimento sob os líderes piedosos Neemias e Esdras (ver Ne 8:1, Jesus apresenta cinco características dos incrédulos escribas e os fariseus , características que tipificam todos os falsos líderes espirituais.

Falsos líderes não têm autoridade

[Eles] têm-se sentado na cadeira de Moisés; (23: 2b)

A característica inicial descrevendo falsos líderes religiosos é a falta de autoridade divina. A chave para o ponto de nosso Senhor é o fato de que os escribas e fariseus tinham -se sentado . Eles não foram nomeados por Deus para se sentar na cadeira de Moisés e nem sequer tinha sido eleito pelo povo. Eles tinham simplesmente arrogou para si que a posição de autoridade que era, portanto, falsas.

Presidente é de kathedra , o termo grego de que cheguemos a catedral , que originalmente se referia a um lugar ou assento, da autoridade eclesiástica. A mesma idéia é encontrada hoje em expressões como "cadeira de filosofia" ou "cadeira da história", que se referem às cátedras mais estimados em uma faculdade ou universidade. Quando o Papa da Igreja Católica Romana fala em sua autoridade ecclesiatical completo, ele disse estar falando ex cathedra .

Para os judeus, Moisés foi o legislador supremo, o porta-voz do supremo para Deus. Portanto, para sentar-se na cadeira de Moisés era equivalente a ser porta-voz da autoridade de Deus, e foi muito que afirmam que muitos dos escribas e fariseus, feita para si .

Foi por essa razão que eles tinham inveja de Jesus e tão determinado a minar-Lo. Eles ficaram furiosos porque o povo percebeu que Jesus ensinou com uma autoridade que parecia genuíno (Mt 7:29).Mesmo para as massas incultas, algo sobre o ensino dos escribas e fariseus não soa verdadeiro, ao passo que o ensino de Jesus fez. Jesus era, portanto, uma ameaça para os líderes e à sua autoridade religiosa até então incontestado.

Jeremias foi confrontado por falsos profetas em seus profetas dia o Senhor disse repetidamente não foram enviados por Ele e não estavam pregando a Sua palavra. "Eu não enviei nem lhes ordenei, nem falei com eles", declarou Deus ao profeta; "Eles vos profetizam uma visão falsa, e adivinhação, e vaidade, eo engano de suas próprias mentes" (Jr 14:14). "Não mandei esses profetas, mas eles correram", o Senhor disse mais tarde a Jeremias. "Eu não falei com eles, mas eles profetizaram .... 'Eis que eu sou contra aqueles que profetizaram sonhos mentirosos, diz o Senhor, e relacioná-las, e levou meu povo extraviado por suas falsidades e jactância imprudente; ainda que eu não enviá-los ou comandá-los, nem fornecer este povo a menor benefício, diz o Senhor "(23:21, 32; conforme 27:15; 28:15; 29: 9).

Deus disse a Isaías que muitas das pessoas não iria ouvir as suas palavras. "Porque este é um povo rebelde," ele disse, "falsos filhos, filhos que se recusam a ouvir a instrução do Senhor; que dizem aos videntes:" Você não deve ver visões "; e aos profetas: 'Você deve Não profetizeis para nós o que é certo, falar-nos palavras agradáveis, ilusões profetizam "(Isa. 30: 9-10). Povo pecador resistir a verdade de Deus, porque é uma repreensão a eles, e eles tão naturalmente se voltam para as falsas religiões e filosofias porque esses sistemas, de uma forma ou de outra aprovar e entregar suas inclinações perversas e desejos. Eles são, portanto, presa fácil para os falsos mestres que apelar para suas naturezas de base.

Jesus advertiu que esses professores e líderes estão mentindo pastores que não entram no aprisco das ovelhas pela porta, mas subir em sub-repticiamente por cima da cerca para causar estragos entre o rebanho. Eles são ladrões que vêm ", apenas para roubar, matar e destruir" (Jo 10:1). Eles não representam Deus ou falar em seu nome ou em sua autoridade, mas são enganadores, usurpadores, e destruidores da Palavra de Deus, a obra de Deus, e as pessoas de Deus.

Eles estão em nítido contraste com aqueles que estão realmente enviado pelo Senhor como ministros de Seu evangelho, o qual Ele se comprometeu a eles (Gl 1:15). Como Timóteo, eles foram chamados e designados por Deus, pela imposição das mãos como uma confirmação da sua comissão e autoridade (1Tm 4:14) divina. Eles são como os apóstolos, a quem o Senhor soprou, dizendo: "Recebei o Espírito Santo" (Jo 20:22) e para quem Mais tarde, ele disse: "Toda a autoridade foi-me dada no céu e na terra. Ide, pois, fazei discípulos de todas as nações "(Mat. 28: 18-19).

Falsos líderes, por outro lado, a falta de autoridade divina no que dizem e fazem. Eles são auto-nomeados ministros de idéias e tradições humanas, e como eles promovem suas falsas noções que obscurecer a verdade de Deus e perverter a justiça de Deus para os seus próprios fins egoístas.
Como em 'tempos e em Jesus, os profetas do tempo, o mundo ainda está repleta de professores que afirmam falar em nome e no poder de Deus, mas não o fazem. Eles usurpar o lugar dos verdadeiros pastores do Senhor com mentiras, falsas promessas, ilusões, sonhos, visões, e, geralmente, são culpados de vida imoral.

Líderes falsos falta de integridade

portanto tudo o que eles dizem, fazei e observai, mas não façais conforme as suas obras; pois eles dizem as coisas, e não fazê-las. (23: 3)

Em segundo lugar, falsos líderes religiosos são caracterizados pela falta de integridade, hipocritamente exigente com os outros muitas coisas que eles nunca fazem a si mesmos.
Em exortando seus seguidores: " Tudo o que eles dizem, fazei e observai , "Jesus, obviamente, não estava falando de forma abrangente das mentiras e erros que ensinavam, mas apenas de suas instruções que conformaram a Escritura. Ele havia deixado claro que a justiça aceitável a Deus deve exceder o hipócrita, trabalha orientado a auto-justiça dos escribas e fariseus defendida e praticada (Mt 5:20). Em suas observações seguintes Ele também deixou claro que suas inúmeras tradições humanas, muitos dos quais, na verdade, contradiziam a lei de Deus eram absolutamente inútil e levou as pessoas para longe de Deus, em vez de a Ele. Eles estavam errados sobre o assassinato, a fornicação, o divórcio, o adultério; jurando, orando, adoração, e praticamente todas as outras áreas de vida (ver 5: 21-48). Eles "invalidado a palavra de Deus por causa da [sua] tradição" (15: 6).

Jesus não estava dando aprovação cobertor para seguir os ensinamentos dos escribas e fariseus, mas foi um pouco alertando contra deitar fora o bebé com a água do banho suja. Em outras palavras, se eles falam a verdade de Deus, você deve fazer e observar isso, Jesus estava dizendo. A Palavra de Deus ainda é a Palavra de Deus, mesmo na boca de um falso mestre. Na medida em que os escribas e fariseus ensinavam com precisão a lei e os profetas, seu ensino era para ser atendido.

O verbo poieō ( fazer ) é um aoristo imperativo e exige uma resposta imediata. tereo ( observar ) é um imperativo presente e carrega a idéia de ação contínua. Jesus foi, portanto, dizendo: "obedecer imediatamente e continuar a obedecer a tudo o que os escribas e fariseus ensinar se segue-se a Palavra de Deus."

Mas não faça de acordo com as suas obras . Quando os escribas e fariseus fez ocasionalmente ensinar a verdade de Deus, eles não obedeceram-lo eles mesmos. " Eles dizem que as coisas, e não fazê-las", declarou Jesus. Eles foram phonies religiosas, hipócritas consumados que não praticam o que pregava.

Os líderes religiosos incrédulos não têm a capacidade de manter a lei de Deus, mesmo se eles tivessem realmente queria, porque eles não possuíam recursos espirituais para fazer tal obediência possível.Sendo não resgatados, eles viveram apenas na carne e pelo poder do carne, a carne não é capaz de cumprir a lei de Deus (Rm 3:20.). Ele não tem competência para restringir o mal ou para fazer o bem. Pode-se desenvolver sistemas impressionantes e sofisticadas de moralidade externa e códigos éticos de conduta, mas não pode capacitar os homens a viver de acordo com eles. Ele pode falar muito sobre o amor de Deus e da Sua vontade para o homem viver no amor, mas não pode produzir amor em um coração pecaminoso. Ele pode falar muito sobre a servir os pobres e viver em paz, mas ele não pode produzir amor genuíno para a paz pobre ou genuína no coração, e muito menos no mundo. Muitas religiões, seitas e cultos têm elevados padrões morais, promover estreitos laços familiares e defensor generosidade vizinhança, e boa cidadania. Mas porque todos esses sistemas são feitas pelo homem, eles trabalham inteiramente no poder da carne, o que só pode produzir as obras da carne. Somente a pessoa nova em Cristo pode "alegremente concordar com a lei de Deus no homem interior", e só a vida redimida, a vida "criados em Cristo Jesus para boas obras" (Ef 2 (Rm 7:22.).:
10) é capaz de fazer boas obras.

Mais tarde neste diatribe contra os escribas e fariseus o Senhor fala de seu dízimo cuidadosamente "hortelã, do endro e do cominho", mas negligenciar "os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e fidelidade" (Mt 23:23).. Hortelã, do endro, e do cominho não eram culturas agrícolas cultivados para o lucro, mas foram especiarias jardim utilizadas na culinária, e um dízimo dessas ervas era, portanto, vale muito pouco. Mas, enquanto os líderes eram meticulosos em dar todas as sementes de erva décimo à sinagoga ou templo, eles estavam totalmente despreocupado sobre cumprir as exigências morais da lei de Deus representado por justiça, misericórdia e fidelidade. Eles foram hábeis em fazer boas aparições do bem viver, de limpar o exterior do copo. Mas por dentro, Jesus declarou: eles não eram nada, mas ladrões auto-indulgente, as carcaças em decomposição de homens mortos espiritualmente. You "por fora parecem justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade" (vv. 25-28).

As falsas tentativas líder religioso, muitas vezes, sem sucesso, colocar uma tampa sobre o seu comportamento perverso para mantê-lo fora de vista, mas ao fazê-lo apenas aprisiona-lo debaixo da superfície, onde se agrava, putrefies, e torna-se ainda mais corrupto. Paulo fala de tais hipócritas como sendo "cauterizada a sua própria consciência, como com um ferro em brasa" (1Tm 4:2.). Ele descreve-los ainda mais como,

aqueles que se entregam a carne em seus desejos corruptos e desprezam a autoridade. Daring, obstinado, ... animais irracionais, como criaturas de instinto de ser capturado e morto, injuriando onde eles não têm conhecimento, ... manchas e máculas, deleitando-se em seus enganos, ... tendo os olhos cheios de adultério e que nunca parar de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo um coração exercitado na ganância, filhos malditos, ... fontes sem água, névoas levadas por uma tempestade, ... falando palavras arrogantes de vaidade que seduzir por desejos carnais, pela sensualidade, aqueles que mal escapar os que vivem no erro, prometendo-lhes liberdade, enquanto eles mesmos são escravos da corrupção. (Vv. 10, 12-14, 17-19)

Como observado anteriormente, Jude se refere a eles em termos semelhantes, chamando-os sonhadores dos sonhos maus, profanadores da carne, rejeitam a autoridade, e maldizentes de majestades angélicas, animais irracionais, recifes escondidos, nuvens sem água, "as árvores sem frutos, duplamente mortas, desarraigadas; ondas furiosas do mar, lançando a sua própria vergonha como espuma, estrelas errantes, para os quais as obscuridades negros tem sido reservado para sempre "(Jd 1:8, 12-13).

No coração não regenerado, vice não pode ser contido e virtude não pode ser produzido. É por isso que mesmo o melhor sistema criado pelo homem, mesmo um que defende muitas normas que a própria Escritura defende, não pode manter seus seguidores fazendo de errado ou capacitá-los a fazer o que é verdadeiramente o botão direito do pela simples razão de que ela não pode mudar seus corações que É também por isso que cada sistema que dá ao homem o dever de fazer-se bem diante de Deus está condenado a hipocrisia e farsa, porque o melhor que pode produzir é exteriormente justiça, para fora boas obras, o amor para fora, para fora a paz, enquanto a pessoa interior depravado permanece inalterado .

Líderes falsos Falta Sympathy

E eles amarram cargas pesadas, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los com tanto como um dedo. (23: 4)

, Líderes religiosos falsos terceiros são caracterizados por falta de simpatia. Eles não só são usurpadores e hipócritas, mas são sem amor e indiferente.
A imagem de Jesus dá aqui reflete o costume comum daquela época, e de pessoas em muitos países subdesenvolvidos hoje; de carregar até um camelo burro, ou outro animal de carga para o ponto em que dificilmente pode se mover. Enquanto viajavam pela estrada, o proprietário poderia caminhar ao lado, nada levando a si mesmo, repreendendo e espancando o animal se aconteceu a tropeçar ou se recusar, sem nenhuma preocupação com os sentimentos ou o bem-estar do animal.
Isso, disse Jesus, é exatamente a maneira como os escribas e fariseus tratavam seus companheiros judeus. Eles empilharam -se cargas pesadas de regulamentos religiosos, regras e rituais sobre os ombros dos homens , até que foram insuportável e impossível de realizar. E quando as pessoas não conseguiu manter todos os requisitos, como eles estavam condenados a fazer, eles foram repreendeu e repreendidos pelos líderes, que, assim, acrescentado o fardo da culpa aos de cansaço e frustração.

As pessoas eram ensinadas que foi apenas por suas próprias boas obras que pudessem agradar a Deus. Se, no final da vida as boas obras ultrapassado o mau, então Deus iria conceder a entrada no céu. Mas os escribas e fariseus ofereceu ao povo não ajuda em conseguir até mesmo esses objetivos carnais, muito menos qualquer espirituais. Eles mesmos estavam dispostos a ajudar a mover esses fardos insuportáveis ​​com tanto como um dedo. Por conseguinte, o judaísmo havia se tornado insuportavelmente deprimente e debilitante.

A boa notícia que Jesus trouxe, por outro lado, foi a de que ele iria tirar a carga do pecado que sempre superavam suas boas obras. É por isso que Paulo estava furioso com os judaizantes, que tentaram tirar os crentes gálatas volta no legalismo. Ele não se importava quem eram ou dizia ser. "Mesmo que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que vos temos pregado a você, seja anátema. Como já dissemos antes, então eu digo novamente agora, se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema "(Gálatas 1:8-9.). "Foi para a liberdade que Cristo nos libertou", disse ele mais tarde, na mesma carta; "Permanecei, pois, firmes e não estar sujeito novo, a jugo de escravidão" (5: 1).

Os escribas e fariseus não tinha interesse em graça, perdão e misericórdia de Deus, porque essas disposições divinas não fazem nenhuma provisão para créditos de mérito humano ou boas obras. Eles não podiam compreender e foram totalmente ofendido por um evangelho que não creditar sua própria bondade. E eles ficaram escandalizados por um evangelho que declarou: "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus" (1Pe 5:6)..

Falso líderes religiosos hoje ainda estão construindo impérios e acumulando fortunas por espoliar aqueles que fingem servir. Seria impossível determinar os milhões de crentes e não crentes que estão enganados espiritualmente abusado emocionalmente e financeiramente bilked em nome de Cristo. Como os falsos pastores do antigo Israel, eles se alimentam de suas próprias ovelhas.

No início de seu ministério, como Ele olhou para as multidões que durante tanto tempo foram explorados pelos líderes religiosos corruptos de Israel, Jesus "sentiu compaixão por eles, porque estavam aflitas e abatido, como ovelhas sem pastor" (Mt 9:36.).

Seguindo o espírito e exemplo de seu Mestre, o apóstolo Paulo sempre ministrou para aqueles sob seus cuidados como o mais gentil dos pastores, mesmo como a mais carinhosa das mães. "Nós provou ser brandos entre vós", ele lembrou os tessalonicenses ", como uma mãe que amamenta se preocupa com ternura para seus próprios filhos. Tendo assim um carinho Apaixonado por você, nós estávamos bem o prazer de comunicar-vos não somente o evangelho de Deus mas também a nossa própria vida, porque vocês se tornaram muito caro para nós. Para você lembrar, irmãos, do nosso trabalho e dificuldades, como a noite eo dia de trabalho para não ser um fardo para qualquer um de vocês, que proclamou o evangelho de Deus "(I Tessalonicenses 2:7-9.).

Líderes falsos Falta Espiritualidade

Mas eles fazem todas as suas obras para serem notadas por homens; para eles alargar os seus filactérios, e alongar as borlas das suas vestes. (23: 5)

Em quarto lugar, falsos líderes religiosos são caracterizados pela falta de espiritualidade, pela ausência de um verdadeiro desejo de agradar a Deus. Como os escribas e fariseus, a motivação para todas as suas atividades religiosas pretensiosos e obras é para ser notado por homens . Tudo é feito para mostrar para fora, em vez de partir do coração, para a gratificação carnal de ego ao invés de serviço desinteressado para com Deus e para os outros em seu nome. O problema para eles não é um caráter divino, mas aparência carnal, a realização de "uma boa exibição na carne" (Gl 6:12). Seu propósito é glorificar a si mesmos, e não Deus.

Os líderes religiosos judeus desfilou sua piosity onde quer que fossem. O centro de sua vida foi "praticar [sua] justiça diante dos homens, para ser notado por eles" (Mt 6:1; Dt 6:8), o Senhor ordenou que Sua lei era para ser em cima das mãos e testas de Seu povo como um lembrete de Deus. Os antigos judeus entenderam que comando, uma vez que foi dada, não deve ser tomada literalmente, mas como símbolo da lei de Deus ser o fator de controle em suas vidas, não só no que eles fizeram, representada pela mão, mas em que eles pensavam, representado por a testa. Ambos os seus pensamentos e suas ações eram para ser dirigido pela Palavra de Deus. Longe de ter a Proposito de promover a pretensão humana externa e orgulho, que a instrução era para elevar o Senhor e para desenhar o seu povo mais perto de Si mesmo.

Como o passar dos séculos, muitos judeus vieram olhar sobre a liminar não como um meio de tornar a Palavra de Deus dominante em suas vidas, mas de tornar-se dominante nos olhos de seus compatriotas judeus. Eles literarizada e exterioriza o comando e transformou-o em um meio de alimentar seus próprios egos.

Phylacteries foram chamados às vezes tephillin , um nome derivado da palavra hebraica "frontais" traduzidos em Dt 6:8.). Phylacteries eram pequenas caixas quadradas, feitas de couro de um animal cerimonialmente limpo. Depois de ser tingido de preto, o couro foi costurado em uma caixa usando doze pontos, cada ponto representando uma das doze tribos de Israel.Colocados em cada phylactery eram cópias de 13 1:2-13:10'>Êxodo 13:1-10 e 13 11:16 e de Deuteronômio 6:4-9 e 11: 13-21. O talismã usado na cabeça tinha quatro compartimentos, cada um contendo um dos textos sobre um pequeno pedaço de pergaminho. O talismã usado na mão continha um único pedaço de pergaminho em que todos os quatro textos foram escritos. A letra shin hebraico (y) se inscreve em ambos os lados da caixa usado na cabeça, e a cinta de cabeça foi amarrado para formar o daleth letra (d) e da alça de mão para formar o yodh letra (j). As três letras em conjunto formado Shaddai , um dos antigos nomes de Deus geralmente traduzida como "Todo-poderoso" tiras de couro longa foram usadas para ligar uma caixa para a testa e outro no braço e na mão esquerda, porque o lado esquerdo foi considerado mais perto para o coração.

No judaísmo ortodoxo, ainda hoje, todo menino é dado um conjunto de filactérios quando ele vem de idade em seu décimo terceiro aniversário. Tal como os outros homens judeus, ele então usa suas phylacteries em oração da manhã, como era o costume geral nos dias de Jesus.
Não há registro do uso de filactérios até cerca de 400 AC , durante o período intertestamental. Relíquias de lhes foram encontrados na comunidade dos essênios em Qumran, perto do Mar Morto.Phylacteries é uma transliteração do grego phulaktēria , que se referia a um meio de protecção ou uma salvaguarda. Nas sociedades pagãs às vezes era usado como sinônimo de amuleto ou encanto. Embora a confiança de tal proteção mágica foi claramente condenado no Antigo Testamento, como os judeus apóstatas se afastaram da Palavra-a própria Palavra de Deus de que o talismã era para lembrá-los, eles invariavelmente pegou crenças pagãs. Consequentemente, alguns judeus passaram a olhar para os seus filactérios como amuletos mágicos para afastar os maus espíritos e outros perigos.

A história é contada na literatura rabínica de um rabino que teve uma audiência com um rei. Costume antigo ditado que uma pessoa que saiu da presença do rei sempre se afastou para trás enquanto curvando-se, uma vez que foi considerada uma marca de grande desonra para virar as costas a um monarca. Isso rabino particular, no entanto, simplesmente se virou e foi embora, aparentemente, para demonstrar a sua convicção de que, devido à sua elevada posição diante de Deus, rabinos foram superiores à realeza. Quando o rei irado ordenou a seus soldados para matar o homem para o seu descaramento as tiras de seus filactérios foram disse a arder com fogo, colocando o medo nos corações dos soldados e do rei e poupando assim o rabino da morte.
Alguns escribas e fariseus, considerou os filactérios ser ainda mais sagrado do que a placa de cabeça de ouro usado pelo sumo sacerdote, porque o nome de Deus foi escrita vinte e três vezes nos filactérios mas apenas uma vez na placa de cabeça dourada. Deus tinha sido tão transformados em sua própria imagem que muitos fariseus acreditavam que o próprio Senhor usava filactérios. Alguns escritos judaicos da época intertestamentários e do Novo Testamento dão a impressão de que Deus foi muitas vezes visto como pouco mais do que um rabino glorificado que estudou a lei três horas por dia.
Ao invés de desgastar seus filactérios apenas em tempo de oração, como era o costume para a maioria dos homens judeus, os fariseus usavam continuamente como um sinal de espiritualidade superior. Eles também poderiam ampliar seus filactérios , tornando-as maiores que o normal para significar suposta maior devoção a Deus. De um modo semelhante e com a mesma Proposito, que se alongam as borlas de suas roupas .

Tal como acontece com os filactérios, o uso de borlas teve sua origem nas Escrituras. O Senhor disse a Moisés que dizer aos filhos de Israel ", que eles devem fazer por si próprios borlas nos cantos de suas vestes, pelas suas gerações, e que eles devem colocar sobre a borla de cada canto um cordão de azul. E será uma borla para que você possa olhar e lembrar de todos os mandamentos do Senhor, de modo a fazê-las e não segue após o seu próprio coração e os seus próprios olhos, após o qual você se prostituiu, a fim de que você pode se lembrar de todos os meus mandamentos, e ser santo para o seu Deus "(Num. 15: 38-40).

O próprio Jesus usava borlas , e foi essas borlas, ou franjas, em sua capa que a mulher com a hemorragia tocou (Mt 9:20). No judaísmo mais tarde as borlas eram usados ​​em peças de vestuário interior do homem, e hoje os remanescentes da tradição borla é visto nos xales de oração, chamada tallithim, usado por homens judeus ortodoxos.

O objetivo de ambos os filactérios e as borlas foi ostensivamente para lembrar o povo de Deus e Sua Palavra e separá-los como Seu povo (conforme Zc 8:23). Ambos os símbolos externos se destinavam a ser lembretes para dentro e motivadores. Eles receberam um meio de chamar a atenção para Deus, mas os escribas e fariseus os transformou em um meio de chamar a atenção para si. Por causa de seu mau uso, os filactérios ampliado e borlas alongaram tornou-se marcas de carnalidade, em vez de espiritualidade

Líderes falsos Falta humildade

E eles adoram o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e sendo chamados pelos homens: Rabi. (23: 6-7)

Em quinto lugar, falsos líderes religiosos são caracterizados por falta de humildade. Tal como acontece com os seus homólogos modernos, os escribas e fariseus amava o lugar de honra nos banquetes .Eles competiram entre si por um lugar na mesa do anfitrião, a fim de estar no centro das atenções. Eles vangloriou de ser dadas lugares de prestígio e eminência. Foi esse espírito centrado no ego que levou Tiago e João para pedir a sua mãe para o pedido de Jesus que eles são nomeados para sentar-se na Sua mão direita e esquerda no reino (Mateus 20:20-21.).

Da mesma motivação dos escribas e fariseus valorizada os primeiros assentos nas sinagogas . Como na maioria das igrejas hoje sinagogas tipicamente teve uma plataforma elevada em frente, onde os líderes de louvor sentava. Visitando rabinos e outros dignitários religiosos eram freqüentemente convidados a participar, lendo as Escrituras e dando uma homilia. Foi com base no que o costume que Jesus foi convidado a ler e expor o texto de Isaías 61:1-2 em sua sinagoga casa em Nazaré (Lucas 4:16-21). Longe de ter espírito humilde de Jesus, no entanto, os líderes religiosos frequentemente utilizados tais oportunidades para apresentar-se ostensivamente diante da congregação.

Pastores cristãos são tentados, por vezes, de usar as suas posições e as atividades cristãs em que estão envolvidos para sua própria gratificação e glória. Infelizmente, muitas congregações incentivar ostentação e mostra, fornecendo púlpitos elaborados e ornamentados e outros móveis da plataforma e tratando seus pastores com distinção injustificada.
Além de ter lugares de honra, os escribas e fariseus também gostava de ter respeitosas saudações nas praças, e sendo chamados pelos homens: Rabi . Enquanto viajavam pela cidade que adorava ser tratado com honra especial. Escritos rabínicos relatam que um certo governador pagão em Caesarea flatteringly falou dos rostos dos rabinos como rostos de anjos.

Eles especialmente amei o título formal e respeitoso rabino , que foi utilizado naquele dia tanto como "doutor" é hoje. Na verdade, o equivalente latino de rabino vem de doce4re , o que significa ensinar e é o termo a partir do qual a palavra Inglês médico é derivado. Nos dias de Jesus o título rabino levou as ideias exaltados de "um supremo, excelência mais experiente, grande," e tal. Um rabino insistiu que ele fosse enterrado em roupas brancas quando ele morreu, porque ele queria que o mundo sabe como ele era digno de comparecer perante a presença de Deus.

Escritos rabínicos incluídos sistemas detalhados de protocolo para coisas como dirigir, a consulta com, e entreter rabinos e escribas. Eles foram detidos em tão alta conta que, de acordo com uma passagem no Talmud ( Sanhedrin , 88 b ), considerou-se mais punível a agir contra as palavras dos escribas do que contra as palavras da Escritura.

A Declaração de Líderes Espirituais 5erdadeiros

Mas não ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E não se ninguém na terra chameis vosso pai; porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. E não se chamados líderes; porque um só é o vosso Líder, isto é, Cristo. Mas o maior dentre vós será vosso servo. E quem se exalta será humilhado; e quem se humilha será exaltado. (23: 8-12)

Ao contrário do que as práticas orgulhosos e ostentação dos escribas e fariseus, Jesus declarou: líderes espirituais verdadeiros são para evitar títulos elevados e estar disposto a aceitar o serviço humilde.

Verdadeiros líderes Evite Títulos elevados

Mas não ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E não se ninguém na terra chameis vosso pai; porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. E não se chamados líderes; porque um só é o vosso Líder, isto é, Cristo. (23: 8-10)

Líderes espirituais divinos são a evitar títulos pretensiosos, como o rabino , o que levou a idéia básica do professor, mas tinha chegado a significar muito mais do que isso. O próprio Jesus é único e verdadeiro do crente Professor no elevado sentido em que os rabinos e escribas eram comumente abordados e tratados nos dias de Jesus. Ele é a fonte suprema e apenas da verdade divina, para que os professores humanos, mas são canais de comunicação.

Professores Humanos que fielmente proclamam e interpretar a Palavra de Deus são para ser apreciado, amado e muito estimado por aqueles a quem servem (I Tessalonicenses 5:12-13.). Mas eles não estão a procurar honra, muito menos exigir isso ou glória na mesma. Eles precisam lembrar que eles não são nem a fonte da verdade, que é a Palavra de Deus, nem a iluminação da verdade, que é o Espírito de Deus. Professores humanos, incluindo os apóstolos a quem Jesus dirigiu nesta ocasião, são todos irmãos com todos os outros crentes. Chamada de nenhum homem, no entanto única, justifica seu ser dado um título destinado a retratá-lo como sendo espiritualmente superior.

Consequentemente, o Senhor passou a ordem: " Não chame ninguém na terra chameis vosso pai . " Jesus era, claro, usando o sentido do espiritual pai , indicando uma posição espiritual superior e até mesmo sugerindo fato de ser uma fonte de vida espiritual. Os membros do Sinédrio, o alto conselho judaico, gostava de ser chamado pelo título pai , especialmente quando actua em capacidades oficiais.

Em contradição direta da proibição de Jesus, a Igreja Católica Romana e até mesmo algumas igrejas protestantes formais usar o termo pai como uma forma oficial de endereço para o seu clero. Mesmo os títulos abade e papa são formas de pai.

Por um só é vosso Pai, aquele que está nos céus ", disse Jesus. O título de Pai no sentido espiritual, deve ser reservado a Deus, o único que é a fonte de toda a vida espiritual e bênção. Para ligar para qualquer ser humano por esse nome é uma clara violação das Escrituras.

E não se chamados líderes; porque um só é o vosso Líder, isto é, Cristo . Tal como acontece com os outros títulos, este é proibido quando usado em sentido formal, exaltado que era comum no judaísmo antigo e ainda hoje é comum em muitos círculos religiosos. Quando usado de forma errada, tais títulos pode colocar barreiras entre aqueles em posições de liderança e outros na igreja, mas, pior ainda, que arrogam para instrumentos humanos de Deus honra e glória que pertence somente a Ele.

Verdadeiros líderes Aceitar Lowly Serviço

Mas o maior dentre vós será vosso servo. E quem se exalta será humilhado; e quem se humilha deve ele exaltou. (23: 11-12)

Líderes piedosos não só evitar títulos elevados, mas também aceitar de bom grado serviço humilde de seu nome do Senhor, seguindo o exemplo de seu Senhor.
Como o próprio Jesus lindamente exemplificada, a maior pessoa é aquele que é um disposto servo . Grandeza humana de Jesus não só se manifestou em Sua perfeita impecabilidade e amor, mas no seu ser o perfeito servo . Em Sua humanidade, Ele era o servo dos servos, assim como em Sua divindade Ele é o Senhor dos senhores e Rei dos reis. Sua missão na Terra não era para ser servido, mas para servir, Ele disse, "e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20:28).

Durante seus últimos tempo a sós com os discípulos no Cenáculo, Jesus reiterou a lição de servidão Ele tinha ensinado e demonstrado com tanta frequência. No meio da ceia Ele se levantou,

e deixou de lado suas vestes; e tomando uma toalha, cingiu-se sobre Ele. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos, ea enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido .... E assim, quando Ele lavou os pés, e tomou as suas vestes, e reclinou-se ? a tabela novamente, Ele lhes disse: "Você sabe o que eu fiz para você Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou, se eu, o Senhor e Mestre, lavei os pés. .., também vós deveis lavar os pés uns dos outros Porque eu vos dei o exemplo de que você também deve fazer o que eu fiz para você verdade, em verdade vos digo que, um escravo não é maior que seu senhor, nem é aquele que é enviado maior do que aquele que o enviou. Se você sabe essas coisas, você é abençoado, se você fazê-las. " (13 4:43-13:5'>João 13:4-5, 13 12:43-13:17'>12-17)

A melhor pessoa aos olhos de Deus não é aquele com o maior número de graus ou títulos ou prêmios, mas o que serve com humildade genuína como um servo abnegado.
Jesus resume o ensino sobre os verdadeiros e os falsos mestres, declarando: " E quem se exalta humilhou; e quem se humilha deve ele exaltado . " Isso é o oposto do padrão do mundo para a exaltação. O mundo ensina que é aquele que se exalta quem fica em frente e quem se humilha quem perde fora e é empurrado para o lado. Olhando para o número um é o princípio aceito para o sucesso.

Mas, em sua sabedoria soberana Deus decretou o contrário, e auto-exaltação não tem lugar na aqueles que representam Cristo. O paradoxo Jesus ensina aqui representa a verdade absoluta de Deus, e uma vida que não se conforma com que a verdade está fadado ao fracasso e insignificância, não importa o que as realizações humanas, títulos e reconhecimento pode ser alcançado. A, ostentação, arrogante, egoísta pessoa orgulhosa, em última instância , ele deve humilhado . E assim como seguramente o humilde, despretensiosa, doar-se, em última análise, servindo pessoa deve ele exaltou .

Pedro exortou presbíteros na igreja: "pastorear o rebanho de Deus no meio de vós, exercer a fiscalização não por força, mas voluntariamente, segundo a vontade de Deus, e não por torpe ganância, mas com ânsia; nem como dominadores sobre os que sua carga, mas provando ser exemplos para o rebanho "(I Pedro 5:2-3.). Para todos os líderes da igreja, jovens e velhos, então ele deu a admoestação: "Revesti-vos com humildade para com o outro, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa. mão de Deus, para que Ele vos exalte no tempo devido "(vv. 5-6).

O pregador escocês do século XIX e autor André Bonar disse que sabia que um cristão foi crescendo quando ele falou mais de Cristo do que de si mesmo. A maturidade cristã, Bonar disse, vê-se cada vez menor até que, como a estrela da manhã, ele dá lugar ao sol nascente. Tomé Pastor, fundador e primeiro presidente da Universidade de Harvard escreveu em seu diário de 10 de novembro de 1642: "Hoje eu mantive um rápido privada para ver a glória do evangelho e buscar a conquista do restante orgulho no meu coração."

Ao contrário dos escribas e fariseus orgulhosas e arrogantes, o verdadeiro líder espiritual trabalha em autoridade de Deus e vive na espiritualidade integridade simpatia humildade e serviço humilde. Ele está cheio de graça, amor misericórdia, e dispostos doação. Tal como o seu mestre, o Senhor Jesus Cristo, ele manifesta o coração de um servo que se humilha e exalta a Deus.

122. A condenação de falsos líderes espirituais — parte 1: Expressando a condenação (13 40:23-33'>Mateus 23:13-33)

Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque você desligou o reino dos céus dos homens; para você não entrar em vós mesmos, nem você permitir que aqueles que estão entrando para ir no [Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque você devoram as casas das viúvas e, para o justificar, fazem longas orações.; portanto, você deve receber maior condenação.]
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque você viaja sobre o mar ea terra para fazer um prosélito; e quando ele se torna um, você fazê-lo duas vezes mais filho do inferno do que vós.
Ai de vós, guias cegos, que dizeis: Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas quem jura pelo ouro do templo, ele é obrigado '. Você tolos e cegos; o que é mais importante: o ouro ou o santuário que santificou o ouro? E, "Quem jurar pelo altar, isso não é nada, mas o que jurar pela oferta em cima dele, ele é obrigado." Você cegar os homens, o que é mais importante, a oferta ou o altar que santifica a oferta? Portanto, aquele que jura, jura pelo altar e por tudo sobre ela. E aquele que jurar pelo santuário, jura pelo templo e por aquele que habita dentro dela. E aquele que jurar pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que está assentado sobre ele.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia ea fidelidade; mas estas são as coisas que você deve ter feito sem omitir aquelas. Guias cegos, que coais um mosquito e engolem um camelo!
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Para limpar o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de auto-indulgência. Você cegar fariseu, primeiro limpe o interior do copo e do prato, para que a parte externa pode tornar-se limpo.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Mesmo assim você também fora parecem justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Para você construir os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos justos, e dizer: 'Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido parceiros com eles para derramar o sangue dos profetas. Conseqüentemente, você testemunhar contra vós mesmos que sois filhos dos que mataram os profetas. Encha-se, em seguida, a medida da culpa de seus pais. Serpentes, raça de víboras, como você deve escapar da sentença do inferno? (23: 13-33)

Ao longo de suas páginas, a Escritura altamente homenageia líderes espirituais genuínos que, com razão, e fielmente representam Deus e procuram nenhuma auto-glória. Deus levanta Seus verdadeiros servos e os apresenta como exemplo para os outros seguirem e respeito. Os cristãos da Galácia deve ter coração muito contente de Deus quando eles receberam o apóstolo Paulo "como um anjo de Deus, como o próprio Cristo Jesus" (Gl 4:14). Paulo convidou a igreja de Filipos para receber Epafrodito "no Senhor de todo o gozo e mantenha homens como ele em alta conta, porque ele chegou perto da morte para a obra de Cristo" (Filipenses 2:29-30.). Ele implorou aos Tessalonicenses: ". Apreciar os que trabalham entre vós, e tem carga sobre vós no Senhor e dar-lhe instruções e ... estima-los muito bem no amor por causa de seu trabalho" (I Tessalonicenses 5:12— 13). Ele aconselhou Timoteo "Os presbíteros que governam bem sejam tidos por dignos de duplicada honra, especialmente os que labutam na pregação e ensino" (1Tm 5:17). O escritor de Hebreus exorta os crentes: "Obedeçam aos seus líderes e submeter-se a eles, pois eles velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não seria lucrativo para. you "(He 13:17).

Por outro lado, ninguém na Escritura é mais condenados do que o charlatão religioso que ensina e pratica a mentira. Ira mais furioso de Deus está reservada para aqueles homens que desfilam-se como Seus servos, mas que são servos apenas de mentirosos e enganadores do mal e da mentira, cujo pai espiritual própria é o próprio Satanás (Jo 8:44).

O pregador puritano do século XVII, Richard Baxter escreveu: "Muitos um alfaiate pode ir em trapos ao fazer roupas caras para os outros. Muitos um cozinheiro pode mal lamber os dedos quando ele preparou os pratos mais suntuosos para os outros para comer" ( O Pastor peformed [Portland. Ore .: Multnomah, 1982], p. 28). Seu ponto era que muitos líderes religiosos supostamente oferecer disposição espiritual para aqueles sob seus cuidados, mas são-se espiritualmente pobre e faminto. Tais eram a maioria dos líderes religiosos judeus na época do Novo Testamento.

Muitos cristãos hoje estão muito preocupados com as influências crescentes de comunismo, o humanismo, o secularismo, e da injustiça social. No entanto, esses males, grandes como eles são, não em conjunto representam a ameaça ao cristianismo que falsos pastores e pastores fazem. Ao longo da história da redenção, a maior ameaça para a verdade de Deus e da obra de Deus tem sido falsos profetas e mestres, porque se propõem a falar em seu nome. É por isso que as denúncias mais contundentes do Senhor foram reservados para os falsos mestres de Israel, que alegou a falar e agir em nome de Deus, mas que eram mentirosos.
No entanto, por alguma razão, o cristianismo evangélico é muitas vezes hesitante para enfrentar os falsos mestres com a seriedade e gravidade que Jesus e os apóstolos fizeram, e que os profetas divinos antes deles tinha feito. Hoje, mais do que em qualquer outro momento da história moderna e talvez mais do que em qualquer momento na história da igreja, as religiões pagãs e cultos estão seriamente invadindo sociedades que durante séculos foram nominalmente cristã. Mesmo dentro da igreja, muitas idéias, ensinamentos e filosofias que são pouco mais do que mal paganismo velada tornaram-se populares e influentes. Como no antigo Israel, o povo ainda mais de Deus afastar o fundamento da Sua Palavra, a mais falsa religião floresce no mundo e até mesmo em seu próprio meio. Em nenhum momento os cristãos tinham uma maior necessidade de ser exigentes. Eles precisam reconhecer e respeitar verdadeiros pastores piedosos que os alimentam da Palavra de Deus e edificá-los na fé, e eles também devem reconhecer e denunciar aqueles que torcer e minar a Palavra de Deus, que corrompem a igreja e que levam as pessoas perderam ainda mais longe a verdade de Deus e da salvação.

Os profetas divinos do Antigo Testamento eram constantemente oposta e, muitas vezes perseguido pelos profetas ímpios, que, invariavelmente, desenhou muitas das pessoas depois deles. Isaías declarou, "o povo vai ser como o sacerdote" (Is 24:2.) E "Muitos pastores arruinou minha vinha, eles têm pisada Meu campo, pois eles fizeram My campo agradável um deserto desolado" (12:10).

Em 13 40:23-33'>Mateus 23:13-33 Jesus incansavelmente condenou os falsos líderes espirituais de Israel, em particular, os escribas e fariseus, que então detinham o poder dominante e influência no Judaísmo. Jesus advertiu sobre eles em seu primeiro sermão, o Sermão da Montanha (ver, por exemplo, 5:20; 7:15), e seu último sermão (Mateus 23). Composto quase inteiramente de avisos sobre eles e para eles. Nesta mensagem público final, o Senhor quis tirar as pessoas longe dos falsos líderes e transformá-los para o verdadeiro ensinamento e os exemplos piedosos dos seus apóstolos, que se tornaria sua representantes exclusivamente comissionados e dotados na Terra durante os primeiros anos do igreja. Ele também deu os próprios apóstolos um último exemplo da postura de confronto que logo achar que é necessário tomar em sua proclamação e defesa do evangelho.

Os escribas e fariseus incrédulos quem Jesus dirigiu no Templo ficou sozinho em seu pecado e foram condenados sozinhos em sua culpa por apropriação indébita e pervertendo a lei de Deus e por liderar Israel em heresia, assim como os falsos profetas entre os seus antepassados ​​tinham feito (vv 30. 32). Mas eles também manteve-se como modelos de todos os falsos líderes espirituais que viriam depois deles.Portanto, o que Jesus disse sobre eles e para eles é de muito mais do que um significado histórico. É de instrução essencial para lidar com os falsos líderes que abundam no nosso próprio dia.
Nos primeiros doze versículos do capítulo 23, Jesus tinha declarado que os escribas e fariseus, típicas de todos os falsos líderes espirituais, estavam sem autoridade, sem integridade sem simpatia, sem espiritualidade sem a humildade e, portanto, sem a aprovação ou a bênção de Deus. Agora falando diretamente para eles, Ele afirma que eles estão sob mais dura condenação de Deus.
Nos versículos 13:33 Jesus pronuncia sete maldições, ou desgraças, sobre esses líderes iníquos. Se o versículo 14 foram incluídos haveria oito desgraças, mas que o verso não é encontrado nos melhores manuscritos iniciais de Mateus (conforme indicado pelo seu que está sendo desencadeada por colchetes no NASB texto). Provavelmente foi adicionado mais tarde por um copista bem-intencionado que o pegou de Mc 12:40 ou Lc 20:47. Embora a afirmação é verdadeira, não será discutido aqui, porque inicialmente não era provável uma parte desta passagem.

A cena no templo naquele dia tornou-se volátil ao extremo, em alguns aspectos, mais voláteis do que quando Jesus tinha expulsado os comerciantes e cambistas no dia anterior. Naquele tempo a raiva de Jesus foi ventilado contra o que os líderes religiosos estavam fazendo para o exterior e que o ataque deles (21:16,
23) tinha ultrajado. Agora, no entanto, Ele atacou o que eram interiormente e que enfureceu-los ainda mais.

Em nossos dias de tolerância e ecletismo, o tipo de confronto Jesus teve com os escribas e fariseus parece estranha e sem caridade. Uma pessoa que fala muito duramente contra uma falsa religião ou ensino antibíblico ou movimento é considerado cruel, displicente, e preconceituosa. Indiciamentos de Jesus em Mateus 23, assim como em outras partes dos evangelhos, são tão inconsistente com a idéia do amor cristão realizada por alguns teólogos liberais e estudiosos da Bíblia, por exemplo, que eles concluem Ele não poderia ter falado deles. O que Jesus realmente disse, eles mantêm, foi modificado e intensificado tanto pelos escritores do evangelho ou as fontes de quem receberam suas informações.

Mas a natureza da condenação daqueles líderes religiosos corruptos Jesus 'é perfeitamente coerente com o resto da Escritura, tanto do Antigo e do Novo Testamento. Não só isso, mas as palavras de Jesus nesta passagem voar de Seus lábios, como alguém disse, como trovões e lanças de um raio. De sua boca, nesta ocasião, vieram as declarações mais temíveis e terríveis que Jesus pronunciou na terra. Eles não dão a mínima impressão de ser o adendo de um escritor com excesso de zelo ou copista.

Mateus 23 é um dos mais graves passagens bíblicas. Jesus faz aqui a palavra hipócrita sinônimo de escrivão e para fariseu. Ele os chama de filhos do inferno, guias cegos, loucos, ladrões, sepulcros caiados auto-indulgente, cheios de hipocrisia e de iniqüidade, serpentes, víboras, e perseguidores e assassinos do povo de Deus. Ele proferiu cada sílaba com a auto-controle absoluto, mas com intensidade devastadora.

No entanto, Jesus nunca foi frio ou indiferente, mesmo contra os seus inimigos, e nesta ocasião Seu julgamento está misturada com tristeza e pathos profundo. Não são os Sons vai mais do que o Pai do que uma única pessoa perecer, porque é o desejo divino gracioso que todos viriam ao arrependimento e à salvação (2Pe 3:9) .

Como Jesus se aproximou de Jerusalém durante a Sua entrada triunfal "Ele viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo:" Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você as coisas que servem para a paz! Mas agora eles foram escondidos de seus olhos (Lc 19:1 Ai é de ouai , o que não é tanto uma palavra no sentido comum como um onomatopoeic interjeição, sugerindo um clamor gutural de raiva, dor, ou ambos. Ele é usado na Septuaginta (Antigo Testamento grego) para expressar a dor, o desespero, a insatisfação tristeza, dor e medo de perder a vida. No Novo Testamento, ele é usado para falar da tristeza e do juízo, levando as idéias se misturavam de punição e piedade, xingando e compaixão.

Mas Jesus usou ai contra os escribas e fariseus não como uma exclamação, mas como uma declaração, um pronunciamento divino de julgamento de Deus. Ele não usou o termo no sentido da frase profanar "Dane-se!" Ele não estava desejando a condenação desses falsos líderes, mas certificando-lo. Como já foi referido, não era Seu desejo que eles sejam condenados, mas sim que eles se arrependam e venham para a salvação. Mas sabia que, se eles não se arrependeram e acredito que eles estavam condenados ao inferno sob a ira justo e correto de Deus. Quando Deus pronuncia ai dos homens malignos Ele define juízo divino em movimento.

Hipócritas é de hupokritēs , cujo significado original era a de responder ou responder. Ele mais tarde veio a referir-se a atores, que responderam a um ao outro e para trás no diálogo, e de lá veio a significar pretensão enganoso, a colocação de uma frente falsa. Ele foi usado para descrever o que poderia ser chamado de bondade fingiu-bondade teatral que é simplesmente para show.

Em sua série de sete maldições, ou desgraças, contra os escribas e fariseus, Jesus condenado por extensão mestres espirituais todos falsos. Ele condena-los para a sua exclusão de pessoas do Reino de Deus, para a sua subversão do povo, pela sua perversão da verdade, para a sua inversão de prioridades de Deus, por sua extorsão e auto-indulgência, por seu relatominação, e para a sua pretensão.

Líderes falsos são amaldiçoados para a sua exclusão

Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque você desligou o reino dos céus dos homens; para você não entrar em vós mesmos, nem você permitir que aqueles que estão entrando para entrar. (23:13)

Primeiro Jesus amaldiçoou os escribas e fariseus para a sua exclusão de homens do reino dos céus . O mal-chefe de toda religião falsa é que ele fecha as pessoas para fora do reino de Deus.

Independentemente da frente atraente, benigno, e prometendo que um falso sistema de religião ou filosofia pode ter, a sua realização final é desligar o reino dos céus dos homens . Pode alimentar seus corpos, estimular suas mentes, e acalmar suas emoções, mas, inevitavelmente, condenar as suas almas. Pode elevar os seus padrões morais, aumentar o seu sucesso mundano, resolver os problemas práticos, e melhorar suas relações externas com outras pessoas, mas não irá remover o seu pecado ou melhorar a sua relação com Deus. Ele pode prometer o céu, mas ele só pode entregar o inferno.

Você não entram os Reino -vos ", disse Jesus," nem você permitir que aqueles que estão entrando para ir . " Em sua hipocrisia dos escribas e fariseus incrédulos fingia conhecer a Deus, mas não o fez, fingiu ser seu porta-voz, mas não foram, fingiu estar em Seu reino, mas não eram. Em seu orgulho sem limites eles ainda acreditavam que eles próprios foram os porteiros do reino.

Em sua carta à igreja romana, Paulo disse:

Se você carregar o nome "judeu" e contar com a Lei e te glorias em Deus, e conhece a Sua vontade e aprovas as coisas excelentes, sendo instruído na lei e estão confiantes de que você mesmo é um guia para os cegos, uma luz para os que estão em trevas, um dos néscios, mestre de o imaturo, tendo na lei a forma da ciência e da verdade, você, portanto, que ensinas a outrem, não te ensinas a ti mesmo? .. . Você que te glorias na lei através de sua transgressão da lei você desonrar a Deus? Para o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por causa de você. (Rom. 2: 17-21, 23-24)

Os escribas e fariseus, e todos os outros judeus que seguiam suas tradições hipócritas, viveu sob a ilusão de que, porque eles eram seus chamados povos e os receptores e depositários humanos da lei de Deus (Rm 3:2), eles estavam de alguma forma destinado automaticamente a viver sob a aprovação de Deus. Na sua escuridão espiritual confundiram apenas conhecer a lei com mantê-lo, e apenas saber sobre a luz com vivendo nele.

Mas Jesus declarou que eles não tinham parte na de Deus reino , que é a esfera de seu reinado e poder, e, neste contexto, refere-se especialmente à esfera da salvação em que Seu povo redimido viver.

A imagem de Jesus dá aqui sugere a ideia de os escribas e fariseus que estão do lado de fora dos portões do reino e batendo-los fechados nos rostos daqueles que estavam prestes a entrar . As pessoas que vieram para aqueles líderes religiosos para a direção e ajuda para encontrar Deus estavam realmente sendo desligado dele, mesmo quando eles estavam à beira da salvação.

No contexto histórico imediato, Jesus estava dizendo que ele tinha vindo para Israel para proclamar o reino de Deus e para fornecer entrada para todos os que crêem nEle. Mas assim que um judeu mostrou interesse no evangelho, os escribas e fariseus pisaria entre essa pessoa e Cristo, por assim dizer. Tragicamente, eles conseguiram transformar muitos candidatos a distância. Eles haviam feito a mesma coisa para aqueles que foram atraídos para Deus através da pregação de João Batista, e que em breve fazer a mesma coisa para aqueles que foram atraídos para Deus através da pregação dos apóstolos.

Assim como os homens e as mulheres de Jerusalém e de "toda a Judéia, e toda a zona em torno do Jordão" saiu para ouvir João Batista e "estavam sendo batizados por ele no rio Jordão, como eles confessaram os seus pecados", e aos incrédulos e fariseus impenitentes e saduceus mostrou-se, tentando trabalho corrupto de João e confundir o povo, pretensiosamente submeter ao batismo, mas, sem uma verdadeira confissão de seus pecados. Discernir a sua hipocrisia, João chamou-os de "raça de víboras" que estavam sob o julgamento da ira ardente de Deus (Mat. 3: 5-8.; 10 conforme vv, 12), utilizando-se praticamente as mesmas palavras que Jesus estava agora prestes a usar contra eles no Templo (23:33).

É doloroso para considerar-e foi infinitamente mais doloroso para Jesus considerar-os incontáveis ​​milhares de pessoas que haviam sido desligados do Seu reino por falsos líderes religiosos de Israel. Em sua passagem paralela Lucas relata Jesus dizendo: "Ai de vós advogados Para você ter tirado a chave da ciência;! Você não entra em vós mesmos, e aqueles que estavam entrando em você prejudicado" (Lc 11:52).

Os falsos líderes tirou a chave do conhecimento, tendo interpretado errAdãoente a Palavra de Deus, ao negar o Messias, negando a necessidade de arrependimento, e ao negar a salvação pela graça. Seu sistema de trabalho justos não havia lugar para o evangelho da graça, que é o único caminho para o reino. Ao desenhar as pessoas longe de Jesus Cristo, os líderes frustrada a sua salvação e confirmou sua condenação.
É por isso que a maior batalha no mundo não é contra o comunismo ou o humanismo ou secularismo e da injustiça social. A maior batalha de longe é a batalha pela alma dos homens, uma batalha que poderia ser perdido, mesmo que de alguma forma todas as outras batalhas foram vencidas. O grande desafio da Igreja em nossos dias é de forma clara e corajosamente articular a verdade de Deus e com a mesma clareza e ousadia de expor mentiras de Satanás. A grande necessidade do mundo de hoje é transformar a partir de suas falsidades e de ouvir e atender a verdade de Deus e ser salvo.
Quando almas eternas dos homens estão em jogo, a igreja não pode ser passivo e indiferente. Também não se pode esconder atrás de falsa humildade que teme ser amor julgamento ou atrás falso que teme ofender. Cristo era extremamente humilde, mas Ele nunca ligou nada mal, mas o que era. Cristo era extremamente amoroso, mas Ele nunca retido um aviso de que pode salvar seus ouvintes do inferno. E Ele não tinha nada, mas intensa raiva para aqueles que com seus falsos ensinos levou os homens para longe de Deus e diretamente para o inferno.

Em nenhum lugar é a dureza da fariseus de coração mais graficamente retratada do que na conta do cego Jesus curou no sábado. Quando o homem curado foi trazido para os fariseus e souberam que ele havia sido curado no sábado, sua única preocupação era com Jesus 'quebrando uma de suas tradições sábado (Jo 9:16). O fato de que este homem que viveu toda sua vida em cegueira e desespero agora tinha sido dado visão era de nenhuma conseqüência para eles. Nem foi o fato de que Jesus tinha, obviamente, realizada a cura pelo poder divino de qualquer conseqüência para eles. Eles eram totalmente desprovido de compaixão e cegos para a verdade. Eles eram indiferentes à confirmação por parte dos pais do homem que seu filho realmente nasceu cego (v. 20) e impermeável aos próprios argumentos astutos do homem sobre a origem divina de sua cura (30-33 vv.). O factualness de sua cura não foi uma consideração para eles. Eles tinham feito as suas mentes que Jesus não era o Cristo (ver v 22)., E nenhuma evidência em contrário realizado qualquer peso com eles. Neste um incidente os fariseus conclusivamente demonstrado sua rejeição de Jesus como o Messias, sua rejeição de Sua natureza e poder divino, e seu desprezo por Sua graça divina e para as almas dos homens.

Quando a igreja começou a se mover com grande força depois de Pentecostes, proclamando o poder de Cristo para salvar as almas dos homens e demonstrando seu poder para curar os corpos dos homens, os líderes religiosos judeus voltou a demonstrar sua dureza de coração. "O que vamos fazer com esses homens?" eles disseram de Pedro e João, após a cura do homem coxo fora do Templo. "Para o fato de que um milagre digno de nota aconteceu através deles é evidente para todos os que vivem em Jerusalém, e não podemos negá-lo. Mas, para que ele não pode se espalhar ainda mais entre o povo, vamos avisá-los para falar mais nada a qualquer homem neste nome "(Atos 4:16-17). Em suas mentes, nem o poder, os apóstolos se manifesta nem a verdade que proclamava era de qualquer relevância. Eles mesmos haviam rejeitado o reino e, assim como durante o ministério de Jesus, eles estavam determinados a impedir outros de entrar .

Paulo lembrou aos crentes de Tessalônica que eles sofreram perseguição nas mãos de seus próprios compatriotas incrédulos, assim como os crentes judeus na Judéia havia sofrido nas mãos de deles. Esses líderes judeus "também mataram o Senhor Jesus e os profetas, e nos levou para fora Eles não são agradáveis ​​a Deus, mas hostil a todos os homens, impedindo-nos de falar aos gentios para que sejam salvos;. Com o resultado que eles sempre encher a medida dos seus pecados "(1 Ts 2: 14-16.).

Alguns anos atrás, um jovem ligou e me informou que ele estava planejando deixar a nossa igreja e junte-se o mormonismo, dois trabalhadores a partir do qual estavam indo visitá-lo novamente em breve. Eu imediatamente fui até sua casa e confrontou-o com o perigo extremo do que ele estava prestes a fazer. Eu disse a ele que se ele não era agora um verdadeiro cristão, que condenaria sua alma, conduzindo-o para longe de Cristo e que, se ele fosse um cristão eles iriam fazer uma confusão de sua vida espiritual. Quando os trabalhadores chegaram 1 se recusou a discutir doutrina com eles, mas sim no espírito de Mateus 23 apresentou o verdadeiro evangelho de Cristo e denunciou os erros não-bíblicas e contundentes que sua seita ensinou. No entanto, o jovem caiu no culto e não foi capaz de escapar para um número de anos.

Toda religião não cristã é uma religião de obras de justiça própria, e que faz a justiça é inerentemente em inimizade mortal com o evangelho da graça de Deus. Pela sua própria natureza de tais sistemas de crenças excluir pessoas do reino de Deus.

Líderes falsos são amaldiçoados por sua Subversion

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque você viaja sobre o mar ea terra para fazer um prosélito; e quando ele se torna um, você fazê-lo duas vezes mais filho do inferno do que vós. (23:15)

Em segundo lugar, Jesus amaldiçoou os escribas e fariseus por sua subversão das pessoas. Eles não só os excluiu da verdadeira fé, mas subverteu-los com falsa fé.

Nos tempos do Novo Testamento um grande esforço estava sendo feito para converter os gentios ao Judaísmo. Eles trabalharam de forma agressiva, viajando sobre sobre o mar ea terra para fazer um prosélito . A palavra prosélito tinha o significado básico de uma pessoa que chegou, e chegou a ser comumente usado de um estranho que foi trazido em uma religião.

Teve esse esforço judaica foi feita da maneira certa e pelas razões certas, que teria sido louvável, porque Israel havia sido chamado para ser o canal de Deus para alcançar o mundo para Si mesmo. Em sua aliança com Abraão, o Senhor prometeu que, por meio dele e de seus descendentes "todas as famílias da terra serão abençoados" (Gn 12:3.. ). Quando o rei Josias, declarou o lugar imundo (2Rs 23:10), tornou-se um depósito de lixo, e por chamas e fumaça surgiu a partir do vale continuamente ele também se tornou uma imagem viva do eterno fogo do inferno.

Como grato cada crente deve ser que em algum momento de sua vida, ele foi confrontado por um porteiro eletrônico espiritual, em vez de uma porta mais estreita espiritual, alguém que mostra o caminho para o reino, em vez de se fecha pessoas de fora. E quão grato cada crente deve ser quem tem a oportunidade de ouvir e estudar a Palavra de Deus em verdade. Mesmo uma apresentação sem brilho do verdadeiro evangelho é incomensuravelmente superior à apresentação mais emocionante de um falso evangelho que condena ao inferno.

Como um cidadão do reino de Deus, todo o crente deve ser aquele que abre a porta do reino para os outros. Todos os santos têm as chaves do reino, que é o evangelho salvador de Jesus Cristo (Mt 16:19), e cada professor falsa tira a chave do conhecimento que leva ao reino (Lc 11:52). Quando os cristãos são confrontados por um representante de um falso culto, seita ou religião, eles devem oferecer para explicar o caminho da salvação em Cristo para ele, na esperança de arrebatá-lo para fora do fogo, por assim dizer (Jd 1:23.), E seu povo são, portanto, a ser pessoas de verdade.Por outro lado, não há nenhuma verdade em Satã. "Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio", diz Jesus; "Porque ele é um mentiroso, e pai da mentira" (Jo 8:44). Seus seguidores também são hábeis em mentir, e deturpação da verdade é a marca de todo sistema religioso falso. Desde o início, aqueles que rejeitaram a Deus rejeitaram Sua verdade. Eles têm "mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador" (Rm 1:25).

Neste acusação particular, Jesus não chamou seus adversários hipócritas, mas guias cegos , enfatizando seu desconhecimento de que eles eram ignorantes da verdade. Como povo escolhido de Deus, que foram encarregados de sua revelação, os judeus há muito se consideravam como guias para cegos, luzes para aqueles na escuridão, correctores dos néscios, e professores da imaturo (Rom. 2: 19-20; conforme Rm 3:2). Os escribas e fariseus se orgulhavam em seu conhecimento superior religioso e compreensão, mas eles eram líderes cegos que tentam levar cegar Israel, e juntos eles foram condenados a julgamento se não se chega para a luz.

Entre suas muitas perversões de verdade era o ensinamento de que Quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas quem jura pelo ouro do templo, ele é obrigado . O próprio fato de que eles tinham desenvolvido um padrão tão duplo para palavrões dá provas de que sua preocupação não era de verdade, mas para a evasão dela quando ela não atender os seus interesses egoístas. O objectivo subjacente à primeira parte do padrão era fornecer justificativa hipócrita por mentir impunemente. Uma pessoa poderia mentir tudo o que queria, desde que ele jurou pelo templo e não pelo ouro do santuário . Uma vez que nenhuma sociedade pode sobreviver sem alguma provisão para verificar e garantir coisas como promessas e contratos, a segunda parte do padrão foi desenvolvido como um expediente necessário. Se uma pessoa queria fazer absolutamente certo de que alguém estava dizendo a verdade ou seria ao vivo a um acordo, ele faria com que ele jura pelo ouro do santuário , que supostamente fez a ligação sua palavra. Uma pessoa que quebrou sua palavra depois de tomar tal juramento foi objecto de sanções ao abrigo lei judaica.

Sociedades tiveram vários meios de tentar fazer seu povo manter sua palavra. Em alguns, o voto mais sagrado e ligação foi selada com o sangue das partes envolvidas. Em outros, um acordo está escrito em um contrato, que cada parte sinais e que muitas vezes especifica sanções por incumprimento. Até há poucos anos, muitos tribunais ocidentais de lei exigia daqueles que testemunham a jurar dizer a verdade, colocando a sua mão direita sobre um exemplar da Bíblia e invocando a ajuda de Deus.
O uso dos juramentos tinha se tornado tão perverso em Israel, que foram utilizados até mesmo a renegar promessas feitas a Deus. Se uma pessoa, por exemplo, prometeu dar uma certa quantia para a obra do Senhor, ele costumava jurar o seu voto pelo templo. Se mais tarde ele decidiu que ele tinha prometido muito, ou se ele nunca teve a intenção de dar o valor total, ele tinha um fora, porque esse voto foi considerado nada.

No Sermão da Montanha, Jesus condenou todo juramento de votos. "Mas eu vos digo, não fazem juramento em tudo, nem pelo céu, porque é o trono de Deus, nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés, nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei, nem farás um juramento pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto Mas deixe sua declaração de ser, "Sim, sim", ou "Não, não.». e nada além deles é do mal " (Mat. 5: 34-37). Uma pessoa piedosa irá sempre dizer a verdade, e para ele um simples sim ou não é suficiente, porque o seu caráter virtuoso é o seu vínculo.

Jesus não estava ensinando um novo princípio. O salmista declarou: "Oferece a Deus sacrifício de louvor, e pagar seus votos para com o Altíssimo" (Sl 50:14). Em outras palavras, um voto feito é um voto para ser guardado. Davi testemunhou, "Teus votos vinculam-me, ó Deus, retribuirei a ações de graças a ti" (. Sl 56:12), e novamente, "Eu cantarei louvores ao teu nome para sempre, para que eu possa pagar o meu dia de votos por dia "(Sl 61:8; Sl 76:11). É significativo que em cada uma dessas citações a manutenção de votos a Deus está diretamente relacionada com louvor e gratidão a Ele.

A grande ofensa de Ananias e Safira não estava em dar menos para a obra do Senhor do que eram capazes de dar, mas em mentir sobre isso. Quando Pedro confrontado eles, ordenou-lhes com mentindo para o Espírito Santo e colocar Deus à prova. O Senhor se deitado muito a sério e para a sua decepção esses dois crentes perderam suas vidas. Não é de estranhar que, como resultado, "um grande temor em toda a igreja, e em todos os que ouviram estas coisas" (Atos 5:1-11).

A idéia de que jurar pelo ouro do Templo foi vinculativo, mas jurando pelo Templo em si não era vinculativo era chicana moral e absurdo lógico " Você tolos e cegos ", disse Jesus; " o que é mais importante: o ouro ou o santuário que santificou o ouro ? " Em outras palavras, por que a lógica pervertida que havia sido determinado que fazer um voto em algo menor era mais vinculativo do que uma feita em algo maior? A única razão que o ouro poderia ser pensado como sagrado, e, assim, tornar o voto supostamente mais obrigatório, era o templo que santificou o ouro .

Os líderes religiosos aplicou a mesma lógica distorcida para jurar pelo altar , o que foi considerado nada , ou seja, não obrigatório e jurando por oferta em cima dele, que foi pensado para fazer uma pessoaobrigada a manter o seu voto " Vocês, homens cegos "Jesus disse:" o que é mais importante, a oferta ou o altar que santifica a oferta ? " A ideia geral era tanto teológica e logicamente absurdo. Essas normas não eram nada mais do que pretextos perversos para usar coisas sagradas para disfarçar sua propensão profana mentir.

Como Jesus passou a apontar, a jurar pelo altar era a jurar por tudo nele ; jurar pelo santuário foi a jurar por Aquele que habita dentro dele , ou seja, o próprio Deus; ea jurar pelo céu era a jurar tanto pelo trono de Deus e por aquele que está assentado sobre ele . Em outras palavras, tudo que está envolvido com o templo e tudo que está envolvido com o céu envolvido Deus. Na verdade, uma vez que Deus é o criador de tudo, a jurar por qualquer coisa envolve Deus.

Líderes falsos são amaldiçoados por sua Inversion

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia ea fidelidade; mas estas são as coisas que você deve ter feito sem omitir aquelas. Guias cegos, que coais um mosquito e engolem um camelo! (23: 23-24)

Em quarto lugar, Jesus amaldiçoou os escribas e fariseus para inverter prioridades divinas. Eles ampliaram o insignificante e minimizou o essencial.

Hortelã, do endro e do cominho eram ervas do jardim utilizadas como especiarias da cozinha, e não eram geralmente considerados produtos agrícolas, das quais a lei mosaica exigia um dízimo ser pago ao Tesouro em Israel (Lv 27:30). Porque ele ajudou a apoiar o governo, que era uma teocracia operado em grande medida pelo sacerdócio, o dízimo era uma forma de tributação. Um segundo décimo devia ser pago a cada ano para o apoio das várias cerimônias de adoração e festivais nacionais (12:11 Deut., 17). Outra dízimo era para ser pago a cada três anos para um modelo de bem-estar, para apoiar os levitas, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas (Deut. 14: 28-29), o que equivale a um adicional Dt 3:3 por cento ao ano. Israelitas foram, portanto, obrigado a pagar pouco mais de 23 por cento de sua renda por ano em impostos para financiar a teocracia.

As instruções para o dízimo produtos (ver também Dt 14:22) relacionados com culturas agrícolas comercializáveis, como cereais, azeite, vinho, frutas, legumes e verduras. Mas os escribas e fariseus legalistas alargar a oferta de incluir o mais pequeno vaso de plantas cultivadas em uma janela da cozinha. Como hoje ervas então foram cultivadas principalmente para suas folhas e sementes, e quando os escribas e fariseus pegou folhas de uma hortelã planta ou sementes reunidos a partir da endro e do cominho plantas, eles cuidadosamente contar as folhas e sementes, separar um para Deus de cada dez contadas. Eles glorificou o farisaísmo de subscrever tais minúcias.

Mas, com todo o seu cuidado em tais assuntos insignificantes e muitas vezes não obrigatórias, eles negligenciado disposições do peso da lei: a justiça, a misericórdia ea fidelidade . Eles eram obcecados com a contagem folhas e sementes, mas indiferente à ética básica.

Jesus pediu a palavra mais pesada da tradição rabínica, que tinha dividido a lei nas categorias leves e pesados. Em suas prioridades invertidas os escribas e fariseus tinham reduzido a questões como a justiça, a misericórdia ea fidelidade à categoria leve e elevou o dízimo de ervas do jardim ao weightier categoria. Em Sua referência aos verdadeiramente gravosas assuntos, Jesus parafraseado as palavras de Micah. Cerca de 700 anos antes, o profeta havia declarado: "[O Senhor] lhe disse, ó homem, o que é bom; e o que é que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, amar a bondade, e andes humildemente com o teu Deus? " (Mq 6:8; Lc 18:12). No livro de Hebreus o dízimo Mosaic é mencionado apenas em conta a sua utilização no antigo Israel (Heb. 7: 8-9; 5-6 vv.). Em nenhum momento, no Novo Testamento, o dízimo é mencionado como vinculativa para a igreja ou mesmo recomendado como padrão para a doação do Cristão. Isso é fácil de compreender se se reconhece que os dízimos eram uma forma de tributação para apoiar a vida nacional de Israel (ver do autor 1 Corinthians [Chicago: Moody, 1984], pp 454-55.).O mais próximo do Novo Testamento paralela é a obrigação de pagar impostos indicadas em 13 6:45-13:7'>Romanos 13:6-7.

Quase sem exceção, falsas religiões ampliar fortemente a insignificante e minimizar ou ignorar totalmente o verdadeiramente espiritual. O mundano é idolatrado; o espiritual é desconsiderada.
Também é possível para os verdadeiros crentes a tornar-se preso em minúcias. Alguns estudantes da Bíblia, por exemplo, afirmam ter apurado o significado de praticamente todos os sinais obscuro e símbolo nas Escrituras ainda dão pouca atenção em suas vidas a verdades morais claras e inequívocas da Bíblia.
Jesus ilustrado graficamente os escribas e fariseus "inversão de prioridades, dizendo que eles iriam coais um mosquito e engolem um camelo . O mosquito eo camelo representou o menor e maior, respectivamente, dos animais o cerimonial (ver Lv 11:4). Fariseus Fastidious iria beber o seu vinho com os dentes cerrados, a fim de filtrar quaisquer pequenos insetos que poderiam ter ficado para o vinho. Em sua reversão típica dos valores, os líderes religiosos judeus estavam mais preocupados em ser contaminado por um minúsculo mosquito do que por uma enorme camelo . Eles foram meticuloso sobre trivialidades, cerimoniais formais, mas eram despreocupados com sua ganância hipocrisia desonestidade crueldade, a auto-adoração, e uma série de outros pecados graves. Eles substituído atos exteriores da religião para as virtudes essenciais do coração.

Líderes falsos são amaldiçoados por sua rapina e de Indulgence

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Para limpar o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de auto-indulgência. Você cegar fariseu, primeiro limpe o interior do copo e do prato, para que a parte externa pode tornar-se limpo. (23: 25-26)

Em quinto lugar, Jesus amaldiçoou os escribas e fariseus por sua extorsão de outros e indulgência de si mesmos.

Para ilustrar mais uma vez a sua hipocrisia, Jesus usou a figura de limpeza do lado de fora de um copo e ... prato, mas não o interior . A frase grega atrás prato foi muitas vezes utilizado de um prato em que iguarias requintadas foram servidos. A idéia é de uma pessoa que oferece um hóspede de um aparentemente bela refeição servida com o melhor vinho. Mas acontece que, apesar de os utensílios são lindos e cerimonialmente purificado, a comida servida sobre eles era podre.

Exteriormente os líderes religiosos deram a aparência de devoção piedosa ao Senhor, mas, interiormente, eram cheio de o filfth moral e espiritual de roubo e auto-indulgência . Eles foram cerimonialmente impecável e atraente, mas espiritualmente esquálido e repulsivo.

Harpa ( roubo ) carrega as idéias de saque, pilhagem e extorsão, e akrasia ( auto-indulgência ) tem o significado básico de falta de auto-controle e foi muitas vezes utilizado para designar desenfreada auto-gratificação. Os líderes religiosos inescrupulosos roubado as pessoas que deveriam servir para satisfazer sua própria ganância. Eles saquearam ambas as almas e as carteiras das pessoas e usou os ganhos ilícitos para servir a si mesmos.

Fazendo a acusação mais pessoal e direta, Jesus disse: " Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que a parte externa pode tornar-se limpo também . " No utensílio é limpo que mantém comida ou bebida ilícitos.

Ao longo da história falsos líderes religiosos se tornaram ricos e gordura por espoliar aqueles que fingem servir. Exteriormente eles parecem justos, atencioso e exemplar, mas por dentro são lobos vorazes.

Líderes falsos são amaldiçoados por seu relatominação

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Mesmo assim você também fora parecem justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade. (23: 27-28)

Em sexto lugar, Jesus amaldiçoou os escribas e fariseus por contaminar espiritualmente todos que tocavam.

Após as chuvas de primavera havia cessado, os judeus da Palestina nos tempos do Novo Testamento tinham o costume de casas whitewashing, paredes, e particularmente túmulos. Eles começaram a esta tarefa no dia quinze de Adar, o que corresponde a março, a fim de tornar suas comunidades mais atraente para os peregrinos da Páscoa. Eles tinham um propósito adicional para branquear túmulos, no entanto, especialmente aquelas dentro e perto de Jerusalém. Porque uma pessoa se tornou impuro por sete dias, se tocasse um corpo morto ou mesmo um túmulo (Nu 19:16), todos os túmulos foram cuidadosamente camufladas para identificá-los para viajantes incautos. Eles seriam impedidos de tocar inadvertidamente os túmulos e tornando-se contaminaram e, assim, impedido de participar de muitas das atividades da Páscoa, incluindo a oferta de sacrifícios. Em alguns casos, toda a tumba foi pintada, e em outros desenhos de ossos foram pintado nele para marcá-lo como um sepulcro. Por causa de toda a cal, Jerusalém e seus arredores brilhava à luz do sol durante a época de Páscoa.

Como os sepulcros caiados , os escribas e fariseus do lado de fora apareceu bonito, mas por dentro também eram como os túmulos, cheios de ossos de mortos e de toda imundícia . Eles foram mortos espiritualmente e não tinha genuíno respeito pela lei de Deus, apesar de seu louvor para fora dele e afirmam ser seus verdadeiros intérpretes e professores. De uma forma infinitamente pior do que os túmulos cerimonialmente contaminado aqueles que os tocou, os escribas e fariseus contaminaram espiritualmente aqueles a quem eles se tocaram.

Líderes falsos são amaldiçoados por sua Pretensão

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Para você construir os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos justos, e dizer: 'Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido parceiros com eles para derramar o sangue dos profetas. Conseqüentemente, você testemunhar contra vós mesmos que sois filhos dos que mataram os profetas. Encha-se, em seguida, a medida da culpa de seus pais. Serpentes, raça de víboras, como você deve escapar da sentença do inferno? (23: 29-33)

Sétimo e último, Jesus amaldiçoou os escribas e fariseus para a sua pretensão em presumir-se superior aos outros, incluindo seus antepassados.

Para muitas centenas de anos, esses líderes haviam estado na vanguarda de empreendimentos para construir os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos justos santos e heróis de Israel. Eles teriam sido na plataforma do alto-falante em cerimônias em honra dos grandes homens do passado e teria manifestado as adulações mais altos.

Percebendo que muitos desses santos tinham sido perseguidos e martirizados por seus próprios antepassados, os escribas e fariseus fizeram negações veementes para si, afirmando hipocritamente: " Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido parceiros com eles para derramar o sangue dos profetas ".

Mas Jesus repudiou a sua pretensão e exposto seu verdadeiro caráter, declarando que " consequentemente, você dar testemunho contra vós mesmos que sois filhos dos que mataram os profetas . "Naquele exato momento em que eles estavam conspirando para matar Jesus, o Messias e do Profeta dos profetas, provando que eles eram ainda piores do que os seus antepassados ​​ímpios. Eles foram tão consumido pelo ódio da verdade e da justiça de Deus que eles estavam totalmente cegos para o fato de que eles estavam prestes a crucificar o próprio Filho de Deus.

Encha então a medida da culpa de seus pais ", disse Jesus. "Seu conspirações para entregar à morte o maior profeta de todos", declarou Ele, com efeito, "será a última medida das conspirações assassinas de seus pais contra os mensageiros de Deus. " Eles estavam prestes a culminar toda a culpa daqueles que, no passado, que matou os mensageiros de Deus. Este foi o supremo ato de pecado contra os profetas de Deus, como eles assassinaram o Profeta-Messias.

Em uma maldição final, Jesus exclamou: " Serpentes, raça de víboras, como você deve escapar da sentença do inferno? " A pergunta era retórica, o que significa que eles não poderiam escapar da sentença do inferno se realizou a má intenção que agora envenenado seus corações.

Ophis ( serpentes ) era uma palavra geral para as cobras, mas Echidna ( víboras ) a que se refere a pequenas cobras venenosas que viviam principalmente nas regiões do deserto da Palestina e de outras partes do Mediterrâneo oriental. Porque eles parecia um galho seco quando eles ainda eram, uma pessoa recolhendo lenha para uma fogueira, muitas vezes, inadvertidamente, uma pick up e ser mordido, como aconteceu com Paulo na ilha de Malta. Essa víbora particular era mortal e quando Paulo sofreu nenhum dano da mordida, os ilhéus supersticiosos achava que ele era um deus (At 28:3). Vipers , portanto, tinha a reputação de ser compreensível tanto mortal e enganoso.

No início do seu ministério, João Batista tinha chamado os fariseus e saduceus que vinham a ele para o batismo de uma "raça de víboras" incrédulos e impenitentes (Mt 3:7)

Portanto, eis que eu vos envio profetas e homens sábios e escribas; alguns deles você vai matar e crucificar; e alguns deles você vai açoitarão nas suas sinagogas, e perseguirão de cidade em cidade, que em cima de você pode cair a culpa de todo o sangue justo derramado na terra, desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Berequias , a quem matastes entre o templo eo altar. Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração. (23: 34-36)

Durante séculos os judeus esperavam a chegada do Messias. A esperança habita no coração do judeu era que o dia chegaria logo quando a chegada do Messias e estabelecimento de Seu reino seria inaugurar a era duradouro da bênção prometida para o povo de Deus. Toda mulher judia desejava ser mãe de que o Messias, e todo homem judeu pensou em subir para aquele lugar de destaque, honra e serviço.
No entanto, quando o Messias veio e fez oferecem Seu reino e fez promessa bênção, esperança e salvação, em vez de recebê-Lo na fé e no amor o Seu povo rejeitaram na incredulidade e repulsa. Eles tão desprezaram que o assassinou e perseguidos e muitas vezes assassinados Seus seguidores.
Naquela época grave na história de Israel, as pessoas exclusivamente escolhidos e abençoados de Deus confirmou que eles preferiram a mentira acima da verdade, a escuridão acima de luz, iniqüidade acima justiça, suas próprias obras sem valor acima graça divina de Deus, a condenação acima a salvação, o caminho de Satanás acima de Deus. Eles foram chamados pela graça de Deus e dado Suas promessas e convênios e leis. No entanto, quando essas bênçãos veio a consumação perfeita na vinda de seu há muito prometido Messias, o Senhor e Salvador, se rebelaram contra ele e colocá-lo à morte.

Liderando que a rejeição foram os escribas e fariseus, a epítome da falsos líderes espirituais. Esses hipócritas, legalistas, aborrecedores de Deus hipócritas fome e não tinham sede de justiça, mas por causa do sangue dos justos. No momento em que Jesus se dirigiu a eles face a face no templo, eles estavam tramando Sua prisão e assassinato. Ao fazê-lo, eles foram, como Jesus tinha acabado de declarar, enchendo ", pois, a medida da culpa de [seus] pais" (Mt 23:32).

A frase "encher-se" é frequentemente utilizado nas Escrituras em relação ao pecado, ira e julgamento, quando os atingiram o seu limite total. Descreve um copo cheio até a borda com o pecado, que se torna uma xícara de condenação. O copo que está cheio de pecado é cheio de punição para o mesmo nível. Quando o pecado é cheia traz ira, que quando completa traz julgamento, que quando completa traz destruição eterna. Isaías exclamou: "Levanta-te, ó Jerusalém, que bebeste da mão do Senhor o cálice da sua ira; o cálice de atordoamento de ter drenado até a última gota" (Is 51:17).. Jeremias declarou: "Porque assim o Senhor, o Deus de Israel, diz-me:" Tome este cálice do vinho da ira da minha mão, e fazer com que todas as nações, a quem eu te enviar, para beber "(Jr 25:15). Habacuque advertiu Judá que "o copo na mão direita do Senhor se chegará a ti, e ignomínia total virá sobre a sua glória" (Hc 2:16). No sétimo julgamento bowl nos últimos dias, Deus vai dar a Babilônia, o paradigma da falsa religião ", o cálice do vinho do furor da sua ira" (Ap 16:19).

Os escribas e fariseus, e com eles a maior parte de Israel, estavam prestes a encher-se o limite de seu pecado. Quando o homem irrevogavelmente rejeita Deus, Deus o rejeita de forma irrevogável, dando-lhe sobre a sua própria maldade intencional. Quando os homens "não de ter conhecimento de Deus por mais tempo", Paulo diz: "Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para fazerem coisas que não são próprios, ... e, embora eles sabem o decreto de Deus, que os que praticam tais coisas são dignos de morte, não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam "(01:28 Rom., 32). Porque o faraó tinha irrevogavelmente endureceu o coração contra Deus, Deus confirmou que o endurecimento (Ex. 9: 34-35; conforme Ex 4:21; Ex 7:3; Ex 10:1), não aprova o que Judas havia determinado a fazer, mas divinamente confirmar essa decisão.

Desde então tem havido homens justos tem havido perseguidores e os assassinos de homens justos, que são uma repreensão a injustiça. Sempre que uma sociedade tem a oportunidade de expressar seu ódio da justiça, o que reflecte o seu ódio a Deus, ele vai abusar e, se possível, destruir as pessoas justas que pertencem a Deus.
Depois de Jesus terminou Sua série de sete maldições contra os escribas e fariseus (13-33 vv.), E acrescentou uma outra palavra de aviso, declarando que seu julgamento era inevitável e iminente.

Julgamento era inevitável

Portanto, eis que eu vos envio profetas e homens sábios e escribas; alguns deles você vai matar e crucificar; e alguns deles você vai açoitarão nas suas sinagogas, e perseguirão de cidade em cidade, que em cima de você pode cair a culpa de todo o sangue justo derramado na terra, desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Berequias , a quem matastes entre o templo eo altar. (23: 34-35)

Porque o copo do seu pecado e do cálice da ira de Deus iria muito em breve ser preenchido (vv. 32-33), portanto, o julgamento dos escribas e fariseus era inevitável.

"Como prova e verificação de que o julgamento", disse Jesus, " Eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; alguns deles você vai matar e crucificar e alguns deles você vai açoitarão nas suas sinagogas, e perseguirão de cidade para a cidade . " Em outras palavras, após o crucificaram, seu Messias, eles iriam continuar a matar e crucificar seus seguidores, especialmente os homens de Deus que Ele enviaria como Seus emissários-do Novo Testamento profetas, sábios e escribas .

Ao mencionar tanto matar e crucificar, Jesus provavelmente estava se referindo aos meios de execução judaicas e romanas, respectivamente. Jesus foi crucificado, é claro, como também foi Pedro, segundo a tradição. Estêvão foi apedrejado, e Tiago foi condenado à morte pela espada (Atos 7:58-60; At 12:2). Antes de sua conversão, Paulo tinha sido ele próprio na vanguarda daqueles que perseguia os cristãos de cidade em cidade (Atos 8:1-4; 9: 1-2), e depois de sua conversão, ele foi o destinatário de tal perseguição. Ele se opôs e frequentemente expulsos de muitas cidades, incluindo Antioquia da Pisídia (At 13:45, At 13:50), Icônio (14: 1-2), Listra (14: 19-20), Tessalônica (17: 5-10) , Berea (17: 13-14), Corinto (18: 12-18), Jerusalém (21:27; 23:12), e Cesaréia (24: 1-9). Os crentes na igreja primitiva eram continuamente perseguido pelos falsos líderes espirituais de Israel, que buscavam para acabar com o evangelho de Cristo.

Característica do Evangelho de Mateus, os três títulos profetas e homens sábios e escribas eram exclusivamente judaica. Embora Ele estava falando dos apóstolos e dos outros professores, pregadores e escritores da era do Novo Testamento, Jesus usou termos do Antigo Testamento Seus ouvintes seria certeza de entender. Esses líderes dotados de espírito seria usado por Deus para ministrar Seu evangelho para o mundo e para completar a Sua Palavra escrita, a fim de que os homens pudessem ouvir com precisão a mensagem cheia de Sua graça e ser salvo.

Mas aqueles homens também iria cumprir outro objetivo, menos conscientemente, mas como divinamente ordenado que um positivo. Assim como eles seriam ministros da salvação eles também seriam ministros do julgamento. Assim como eles levaria muitos a aceitar a Jesus como Salvador e Senhor, eles também levar outros a confirmar a sua rejeição de Jesus Cristo como Salvador e Senhor. " Estou enviando-os para você. " Jesus disse aos escribas e fariseus incrédulos ", que em cima de você pode cair a culpa de todo o sangue justo derramado sobre a terra. " Enquanto os outros estavam tendo a oportunidade de recebê-lo, eles teriam mais oportunidade de rejeitá-lo-que eles fariam. Eles teriam chances adicionais para rejeitá-lo, a fim de que eles possam acumular sobre si um peso ainda maior de culpa, que iria ganhar-lhes ainda mais severo julgamento (conforme Rm 2:5 anos. No entanto, cada geração parece rejeitar o evangelho com mais veemência acumulando para si maior culpa e, portanto, maior o julgamento.

Paulo testificou: "Porque somos um aroma de Cristo a Deus entre os que estão sendo salvos e entre os que estão perecendo". A grande diferença, ele passou a explicar, era que, para os salvos que eles eram "um aroma de vida para vida", enquanto que para os perdidos que eles eram "um aroma da morte para a morte" (2 Cor. 2: 15-16) . Em outras palavras, toda vez que o evangelho é proclamado, ou ele atrai os homens a Cristo ou os leva mais longe. Porque ele é executado de modo contrário à noção popular a respeito de Deus, que a verdade é difícil para muitos cristãos a aceitar. Mas o Novo Testamento deixa claro que o propósito do evangelho nem sempre para trazer a salvação é; tem a Proposito tão divino de trazer julgamento. Como diz o ditado, o mesmo sol que suaviza a cera endurece o barro. Deus não só é um Deus de amor, misericórdia e graça, mas de santidade, ira e julgamento; e Escritura é igualmente enfático sobre ambos os aspectos de sua natureza.

Quando os homens receberam o Filho de Deus e são salvos, Ele é glorificado porque a Sua graça é justificado; e quando eles se recusam Seu Filho e estão condenados, Ele é glorificado porque a Sua santidade é justificada. Saber como problemático a segunda parte do que a verdade é mesmo para muitos crentes a aceitar, Paulo passou a afirmar que ele foi "não gosto de muitos falsificadores da palavra de Deus" de maneiras que eram agradáveis ​​aos homens ", mas a partir de sinceridade, mas como de Deus, [ele falou] em Cristo, diante de Deus "(2Co 2:17). Para que nenhum de seus leitores acho que ele estava simplesmente expressando fanatismo pessoal, o apóstolo categoricamente afirmou que ele estava falando não só sinceramente, mas de Deus e aos olhos de Deus.

Em sua carta aos Romanos, Paulo apresenta a mesma verdade em uma luz um pouco diferente. Ele antecipou que algumas pessoas se oporia a seu ensinamento de que Deus "tem misericórdia de quem ele quer, e endurece a quem ele deseja", e perguntava: "Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade?" (Rm. 9: 18-19). Em resposta, o apóstolo disse:

Pelo contrário, quem é você, ó homem, para questionar a Deus? A coisa moldada não vou dizer para o modelador: "Por que me fizeste assim", será? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro para fazer da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? E se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a destruição? E fê-lo a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia que Ele preparou de antemão para a glória (vv. 20-23)
Deus é Deus, e tudo o que Ele faz é certo, por definição, porque Ele é a fonte e a medida do que é certo.

Na palavra final de Deus para a humanidade nas Escrituras, Ele declarou: "Deixe aquele que faz o mal, ainda fazem errado, e deixa aquele que é imundo ainda será imundo; e deixe aquele que é justo, ainda praticam a justiça, e deixar que o aquele que é santo ainda manter-se santo "(Ap 22:11). Como os homens são, no final, de modo que será para sempre. E se em Sua graciosa poupança daqueles que recebem o seu filho ou no seu santo julgamento daqueles que não o fazem, Ele será glorificado para sempre.

A partir do sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, os judeus tinham sido matando o povo de Deus e guardar-se maior e maior ira e julgamento. Unrighteous matou Caim justo Abel, seu irmão.Ele não podia tolerar pureza e santidade de seu irmão, porque a própria justiça é um tipo de julgamento sobre o pecado, expondo-a para o que é.

A identidade de Zacarias, filho de Berequias, tem sido muito debatido entre os estudantes da Bíblia. De acordo com 2 Crônicas 24: 20-21, Zacarias, filho de Jeoiada, foi apedrejado até a morte por ordem do rei Joás, por sua posição inflexível contra a idolatria. Seu assassinato "no átrio da casa do Senhor" ocorreu cerca de 800 AC , muito antes do fim da escrita do Antigo Testamento.

Mais de vinte homens pelo nome de Zacarias são mencionados na Bíblia, indicando que era um nome muito popular. Entre as centenas ou talvez milhares de Zacarias que viveram antes de Cristo não seria surpreendente se mais do que um tinha sido morto no Templo. Porque Jesus estava apontando a extensão da perseguição de pessoas justas, começando com Abel e terminando com Zacarias , isso sugeriria que Ele estava cobrindo toda a história do Antigo Testamento, desde a criação até o fim do período profético. É também significativo que Zacarias escreveu mais da vinda do Messias do que qualquer outro profeta, exceto Isaías.

O profeta Zacarias, cujo nome do pai era Berechiah (Zc 1:1). Ele tinha em mente não só aqueles a quem Ele foi, então, falando, mas todos os outros falsos líderes e judeus incrédulos vivendo naquela época, em outras palavras, a nação de Israel como um todo. Em uma crônica trágica, o seu povo ter continuado no sofrimento desde então até agora.

No ano de 66, revolução judaica quebrou novamente contra Roma. Tendo tomado o máximo que podia tolerar a opressão romana, injustiça e costumes pagãos, os judeus se voltou contra seus governantes.Em grande parte inspirado nos Zealots, o partido de nacionalistas radicais, conhecidos por suas táticas de guerrilha e terrorismo freqüente, muitos judeus da Palestina assumiu que quer que os braços que poderiam encontrar e juntou-se em rebelião. Roma contra-atacou através do abate de milhares de judeus no norte da Galiléia, e, eventualmente, Tito veio a Jerusalém com um exército de mais de 80.000 homens. Depois de estacionar o seu exército em toda a cidade, bem como toda a sua volta, o general exigiu sua rendição imediata. Quando os judeus respondeu com risada zombeteira e os ataques contra os soldados, as tropas começaram um massacre que quase desafia a descrição. (Veja o capítulo 29 deste volume para uma conta de testemunha ocular vívida pelo historiador judeu Flávio Josefo famoso.)
Naquela mesma época, os habitantes de Damasco gentios são disse ter cortado a garganta de dez mil judeus que vivem entre eles. Vários séculos depois, o imperador romano Teodósio II promulgou um código legal que declarou os judeus eram inerentemente inferiores e não merecia a mesma proteção legal e privilégios como as outras pessoas. Tragicamente, os pontos de vista anti-semitas veio a permear a cultura ocidental posterior e de direito. Em AD 630, o imperador bizantino Heráclito banido de Jerusalém, os judeus que haviam começado a reassentar lá.

Durante a primeira cruzada, que começou em 1096, a igreja estabelecida na Europa instigado o que foi declarada uma guerra santa para entregar a Terra Santa dos turcos muçulmanos que tinham governado por muitos séculos. Temendo judeus gostaria de reassentar e recuperar a terra para si, muitos cruzados envolvidos em massacres brutais de judeus europeus, supostamente em nome de Cristo, enquanto marchavam em direção a Palestina. Às vezes, os soldados efectivo, todos os judeus em uma vila ou cidade juntos e dar-lhes um ultimato para confessar a Cristo e ser batizado ou então publicamente ser morto. Alguns judeus fizeram uma profissão verbal apenas para salvar suas vidas, enquanto outros se recusaram e foram mortos onde eles estavam. As atrocidades incluído atropelamento judeus sob os cascos dos cavalos, bem como outros meios de execução brutal demais para mencionar. Em vez de rosto tamanha humilhação e horror, muitos judeus se suicidou quando eles foram informados de que os cruzados estavam se aproximando.
Por muitos anos, os judeus tinham experimentado um asilo relativamente seguro e sereno na 1nglaterra. Mas, quando um monge dominicano no século XIII, começou a estudar as Escrituras Hebraicas, a fim de ser mais capaz de testemunhar aos judeus, ele próprio se converteu ao judaísmo e foi circuncidado. Em uma reação irada, a Igreja Católica Romana tinha todos os judeus expulsos de Cambridge.
Em outras partes de judeus europeus foram falsamente acusado de falsificação de moedas e outros crimes graves. Depois de testes simulados ou sem julgamento de todo, os acusados ​​seriam torturados, presos, exilados ou executados. Às vezes, todos os judeus em uma comunidade seriam obrigados a usar a identificação de bandas de braço ou emblemas para separá-las. Em Londres, um grupo de judeus tiveram seus braços e pernas amarrados aos cavalos que, em seguida, foram conduzidos em direções opostas, e depois os corpos foram dilacerados, os restos mortais foram drapeado na forca para o povo da cidade para ver.
Quando a peste negra varreu a Europa no século matando centenas de milhares XIV, muitas pessoas culpou os judeus. Na França, eles foram acusados ​​de envenenar os poços de água, e em uma cidade uma sinagoga cheio de fiéis foi queimada até o chão. Em desespero, muitos judeus fugiram para a Polônia e Rússia nos confins da Europa, onde muitos de seus descendentes ainda vivem hoje.
Ter liberdade considerável na Polônia, eles estabeleceram várias escolas talmúdicas pendentes e seminários. Mais tarde, foram oprimidos pela igreja por um tempo, mas, no entanto, se juntou ao governo e da igreja na luta contra os cossacos russos. Quando os cossacos foram vitoriosos, eles vengefully massacraram milhares de judeus.
Judeus que fugiram para a Espanha encontrou pobre refúgio. Entre os seus piores perseguidores eram Rei Fernando e Isabel, os dois monarcas que encomendou primeiros empreendimentos de Cristóvão Colombo ao novo mundo. Esse país foi descrito por um poeta judeu como o inferno dos judeus. Durante a Inquisição Espanhola, os túmulos daqueles que se converteram ao judaísmo foram desenterrados e os corpos profanados. Os herdeiros desses prosélitos teve suas propriedades confiscadas como um aviso para outros que possam considerar a conversão. Todo judeu foi obrigada a usar um símbolo de cruzes em chamas, e em 1492, ano em Columbus começou sua primeira viagem, a maioria deles foram expulsos do país. Um grande número emigrou para a Rússia, onde a perseguição em diferentes graus tem persistido até hoje.
Na Alemanha medieval, os judeus foram acusados ​​de usar o sangue de crianças cristãs em seus ritos da Páscoa. Alguns foram mesmo acusado de esfaquear o host (o pão servido na missa católica e acredita-se transformar no próprio corpo de Cristo) para fazê-lo sangrar-assim reencenando Sua crucificação. Os acusados ​​de tais coisas foram torturados e mortos em uma variedade de formas cruéis.
Por muitos séculos, o anti-semitismo mais poluído da civilização ocidental. Em 1894, um oficial do exército judeu chamado Alfred Dreyfus foi falsamente acusado e condenado por traição, simplesmente porque ele era judeu. Sua convicção precipitou a remoção de todos os judeus de alto escalão do exército francês.
Apesar da perseguição continuou, vinte milhões de judeus ainda viviam na Europa, no início da Segunda Guerra Mundial. Em o que veio a ser chamado de "O Holocausto", Adolph Hitler hideously exterminados pelo menos seis milhões de judeus na Alemanha e territórios ocupados pelos nazistas. Essas atrocidades de inspiração demônio não foram fundamentadas tanto no religioso como o preconceito racial, com os judeus sendo declarado racialmente inferiores.
Com pouco descanso, há dois mil anos, os judeus sofreram perseguição após perseguição, sendo difamado, falsamente acusado, injustamente tratado, negou dignidade e postos de trabalho e escolaridade e cidadania, expulso do país após o outro e não raro massacrou sem piedade-por nenhuma outra razão de ser judeu.
O moderno Estado de Israel traz as marcas de grande parte do que a perseguição, incluindo a destruição de Tito do Templo, o Muro das Lamentações parcial escavado de que agora é chamado de Muro das Lamentações. Há também relíquias mais modernos lá, como tanques e outros veículos blindados intencionalmente deixadas à ferrugem em público como lembranças de batalhas dispendiosas israelenses lutaram e continuam a lutar em defesa de sua nova nação desde que foi fundada em 1948.
Através de todos esses horrores e tentativas sistemáticas em seu extermínio, os judeus permanecem. Eles permanecem porque o Deus santo que lhes preserva não será impedido pelos anfitriões do mal de homens e demônios que buscam destruí-los.

No entanto, como Jesus gravemente declara nessa passagem, a preservação divina dos judeus não é somente para a Proposito de a redimir o seu povo escolhido de Deus, mas é também uma perpetuação de sua punição. É um contínuo castigo que eles vão aguentar até Israel declara na fé, "Bendito o que vem em nome do Senhor" (Mt 23:39; Sl 118:26)

"Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas" aqueles que te são enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos juntos. como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas. " e você não estavam dispostos. Eis aqui. ' sua casa está sendo abandonada vos! Pois eu digo a você. ' a partir de agora você não me vereis, até que você diz. ""Bendito o que vem em nome do Senhor!" (23: 37-39)

Desde a chamada de Abraão, os judeus têm sido povo especial de Deus, e um cristão que verdadeiramente ama a Deus não pode deixar de amar o povo judeu. Ele tem uma profunda preocupação com a sua situação no nosso dia e um fardo pesado para a sua salvação em Cristo, o Messias.
Ao longo de todos os séculos de sua opressão, incluindo tentativas de exterminá-los, como no holocausto nazista, eles sobreviveram e foram divinamente preservados em sua identidade racial. Apesar de terem sido espalhados para todas as partes do mundo, tornaram-se cidadãos em inúmeros países diferentes, casaram com os gentios, e até mesmo ter opiniões divergentes entre si como a que um judeu real é, eles continuam como um povo distinto.
Para aqueles que conhecem e acreditam Escritura, a sua perpetuação não é surpreendente, porque, uma vez que Ele fez sua aliança com Abraão, cerca de quatro mil anos atrás, Deus se comprometeu a preservar o seu povo escolhido e um dia para pode-los permanentemente de volta a Ele.
Enquanto isso, eles clamam a um Deus que nunca responde. Eles se perguntam por que, se eles são de fato o seu povo escolhido, que sofreram muito nas mãos de pessoas mais perversas do mundo? Por que, se as suas Escrituras são verdadeiramente as palavras de Deus, eles têm sido tão abandonada por Deus, que nos oráculos tantas vezes prometido para ser o seu Provedor e Libertador? Porque se Ele chamou todos os seus santos profetas, dentre eles, tem ele desde os abandonou ao preconceito e maldade dos homens ímpios? Se eles são a menina dos olhos de Deus, por que tanto ódio surgido especificamente contra eles e lhes causou sofrimento incalculável e angústia?
No fechamento desta Sua última mensagem pública, Jesus deu a resposta séria a essas perguntas, mas Ele deu-lhe com intensa compaixão e com a garantia de conversão definitiva de Israel.

A Compaixão Intense

Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e não estavam dispostos. Eis que a vossa casa está sendo abandonada vos! (23: 37-38)

Como Jesus tinha entrado em Jerusalém pela manhã, antes, "Ele viu a cidade, chorou sobre ela, dizendo:" Se você tivesse conhecido neste dia, mesmo que você, as coisas que servem para a paz! Mas agora eles foram escondidos de seus olhos '" (Lucas 19:41-42). Jeremias expressou tristeza semelhante quando considerada a perspectiva de estar de Judá levado cativo pela Babilônia por causa de seu desafio a Deus:. "A minha alma vai chorar em segredo por tanto orgulho, e meus olhos amargamente chorar e fluir em lágrimas" (Jr 13:17); e quando Ele disse: "Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo" (Lc 22:31); e quando Ele diria que alguns anos mais tarde, "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 9:4.).

Ele nunca foi o plano final de Deus e desejo de seu povo para ser punido, mas para que elas voltem a Ele em fidelidade e devoção. " Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas , "Jesus lamentou. Ele desejava chamar a Israel para Si mesmo e protegê-la apenas como uma mãe galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das suas asas para protegê-los de uma tempestade que iria bater-los ou um falcão que iria devorá-los. Houve uma bela intimidade e ternura nas palavras de Jesus e, sem dúvida em sua voz quando ele lamentou sobre o seu povo. Ele tinha vindo "a Sua própria, e aqueles que foram os seus não o receberam" (Jo 1:11).

Davi exultou: "Quão preciosa é a tua benignidade, ó Deus, os filhos dos homens se refugiam à sombra das tuas asas!" (Sl 36:7.).

Mas você não estavam dispostos , disse ele. Ele veio para o Seu povo na verdade e luz, amor e ofereceu-lhes do reino de Deus há muito prometida, mas eles rejeitaram o Rei e perdeu o reino. Em vez de herdar a bênção que Deus proferida por sua fé, eles herdaram o julgamento Ele prometeu por sua incredulidade.

Nada nas Escrituras é mais certo do que a verdade de que Deus é soberano sobre todas as coisas; mas a Palavra de Deus ensina a lugar nenhum determinismo, como este versículo deixa claro. Deus era abundantemente dispostos para Israel e todos os homens para receber e acompanhar seu filho, mas a maioria deles não estavam dispostos . Eles não vire de Cristo por causa do destino, mas apenas por causa de sua própria vontade. Quando uma pessoa rejeita a Cristo, nunca é o desejo de Deus ou culpa de Deus, mas sempre sua.

Um privilégio foi dado a Israel que é absolutamente único na história da humanidade, e com esse privilégio veio grande oportunidade e responsabilidade. O Filho de Deus encarnado entrou em seu meio como o Filho de Davi, seu próprio Messias, Senhor, e Salvador. Ele ensinou e curou e exortou e orou. Em Sua verdade incomparável e amor que Ele demonstrou Deus tão perfeitamente que Ele podia dizer "Quem me vê a mim vê o Pai" (Jo 14:9). No entanto, Israel rejeitou essa revelação e abandonaram essa oportunidade e, assim fazendo trouxe sobre si mesma ira e julgamento de Deus.

Porque os judeus são o povo escolhido de Deus são os objetos da mais feroz ódio de Satanás. Portanto, quando Deus tirou a mão protetora de Israel era para expô-la aos piores fúrias que Satanás poderia trazer sobre um povo. É o desejo contínuo de Satanás para eliminá-los, porque eles são especialmente amado por Deus e porque para destruí-los seria frustrar a promessa de trazê-los de volta a Ele (Rm 11:26) e dando-lhes a Cristo como uma herança de Deus.

No entanto, apesar de Israel como povo tem sofrido porque Deus retirou Sua bênção a partir deles, muitos judeus individuais vieram e continuam a vir a Cristo na fé salvadora. Deus nunca está sem um remanescente escolhido (Is 10:22; Jr 23:1; Ez 6:8; Rm 9:27...).

Durante os dias de Isaías, o Senhor lembrou Israel de Seu grande amor e cuidado em chamar-los e construí-los para cima, como um povo, usando a figura de um produtor que cuidadosamente plantada e cultivada uma vinha apenas para descobrir que ele produziu uvas sem valor. Por causa de sua infidelidade e esterilidade, o Senhor declarou que Ele iria remover a cobertura de proteção em torno da vinha, quebrar o seu muro, e colocá-lo perder. Deus passou a explicar por intermédio do profeta: "Pois a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá a sua deliciosa planta Assim Ele olhou para a justiça, mas eis que o derramamento de sangue;. De justiça, mas eis que, um grito de angústia "(Is. 5: 1-7). Essa previsão foi cumprida quando Judá foi conquistada pela Babilônia em 586 AC e teve muitos de seus habitantes, incluindo três de seus reis, levados para o exílio por Nabucodonosor durante um período de anos.

Ao declarar: " Eis que a vossa casa está sendo abandonada vos ! " Jesus estava dizendo que, tanto quanto naquela época anterior do julgamento, Israel seria deixou devastado e desolado . Apenas alguns dias antes, tinha Ele referiu-se ao Templo como casa de Seu Pai (Mt 21:13; conforme Mt 12:4), o Templo e todo o Israel poderá em breve ser chamado Ichabod, porque a glória de Deus iria afastar-se delas. Na época atual, enquanto a glória de Deus e mão protetora são retirados de Israel, a casa de Deus é a igreja de Cristo ", a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade" (1Tm 3:15).

No início de sua história, Deus tinha advertido Israel de que, se ela não obedecê-lo ", cuidando de fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos," que as maldições Ele estava prestes a enumerar viria sobre ela (Deut. 28: 15-68) . Porque ela não só tinha abandonado os mandamentos de Deus, mas até mesmo o seu próprio Filho, Israel estaria agora deixou desolado , sujeito aos caprichos de um mundo ímpio que zombam dela, desprezam, e perseguir o seu povo de cidade em cidade, assim como ela logo fazer com os profetas, sábios e escribas Cristo iria enviar a ela (v. 34).

No fim dos tempos a perseguição dos judeus vai se transformar em um holocausto como nenhum outro que experimentaram. Esse sofrimento irá ocorrer em um período chamado de tempo da angústia de Jacó (Jr 30:7; Is 66:1).

Jesus não disse: "a menos", fazendo a restauração de Israel apenas uma possibilidade, mas até que , tornando-se uma certeza. Mesmo no contexto de suas maldições mais severas sobre o Israel incrédulo e seus falsos líderes, essa palavra ofereceu esperança. Um dia, Israel vai finalmente dizer com fé: " Bendito o que vem em nome do Senhor ", e nesse dia ela vai ser para sempre redimidos, restaurado, e abençoada.

Apenas alguns dias antes, essas mesmas palavras do Sl 118:26). Continuando a descrever a grande inversão nos últimos dias, Ele disse:

E quem é mais fraco dentre eles naquele dia será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o anjo do Senhor diante deles. E isso vai acontecer no dia em que eu vou definir a ponto de destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém. E eu vou derramar sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único, e chorarão amargamente por ele, como o choro amargo ao longo de um primeiro-nascido. (Zacarias 12:8-10.)

Quando o cálice da ira de Deus está vazio, Ele soberanamente vai derrubar e destruir o sistema mundial do mal de Satanás que Ele deu rédea temporária para tiranizar o seu povo. Quando Israel se volta para Ele, Ele vai voltar a eles e derramar sobre eles o Seu Espírito Santo de graça e de bênção, e ambos irão riem e choram. Eles se alegrarão em ação de graças pela sua recém-descoberta Salvador e Senhor, mas eles vão chorar em penitência como eles se lembram o que tinham feito a Ele. "Naquele dia haverá grande pranto em Jerusalém, ... E a terra se lamentarão, cada família por si mesma" (Zc. 12: 11-12). Seu luto será esmagadora e seu senso de pecado totalmente consumindo.

Em resposta gracioso para que a dor penitencial, o Senhor vai buscá-los e levá-los mais uma vez a Si mesmo. "Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado ea impureza. E isso vai acontecer naquele dia", diz o Senhor dos Exércitos, "Que eu vou cortar a nomes dos ídolos da terra, e eles deixarão de ser lembrado, e eu também irá remover os [falsos] profetas eo espírito imundo da terra "(13 1:38-13:2'>Zc 13:1-2.). "Então o Senhor sairá e pelejará contra estas nações, como quando ele luta em um dia de batalha .... E isso vai acontecer no dia em que águas vivas fluirão de Jerusalém, metade delas para o mar oriental ea outra metade para o mar ocidental, que será no verão assim como no inverno E o Senhor será rei sobre toda a terra;. Naquele dia o Senhor será o único, e seu nome o único "( 14: 3, 8-9).

Falando dos judeus, que eram o seu próprio povo, o apóstolo Paulo escreveu: "Digo, porém, eles não tropeçar, de modo a cair, não é? De modo nenhum! Mas por sua transgressão veio a salvação aos gentios, para torná-los com ciúmes. Agora, se a transgressão deles é a riqueza do mundo e seu fracasso é a riqueza dos gentios, quanto mais a sua realização ser! " (Rom. 11: 11-12).

Israel não tem permanentemente se afastado de Deus. "Eles também, se não permanecerem na incredulidade", diz Paulo, "serão enxertados, pois Deus é capaz de enxertar novamente .... Porque eu não quero que você, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais sábios em vós mesmos: que o endurecimento parcial que aconteceu com Israel até que a plenitude dos gentios haja entrado; e assim todo o Israel será salvo "(vv 23, 25-26.).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 23 do versículo 1 até o 39

Mateus 23

Transformar a religião em uma carga — Mat. 23:1-4 A religião da ostentação — Mat. 23:5-12 Mt 23:13 Mt 23:15 A ciência da evasão — Mat. 23:16-22 O perdido senso da proporção — Mat. 23:23-24 A verdadeira pureza — Mat. 23:25-26 Decadência disfarçada — Mat. 23:27-28 A mancha do crime — Mat. 23:29-36 A resistência ao chamado do amor — Mat. 23:37-39

TRANSFORMAR A RELIGIÃO EM UMA CARGA Mateus 23:1-4

Aqui vemos aparecer os primeiros esboços dos fariseus. Vemos a convicção judaica sobre a continuidade da fé. Deus deu a Lei a Moisés. Moisés a entregou a Josué, Josué a transmitiu aos anciãos, os anciãos a entregaram aos profetas, e os profetas a deram aos escribas e fariseus.

Não se deve pensar nem por um momento que Jesus elogia os escribas e fariseus com todas as suas regras e normas. O que diz é o seguinte: "Na medida em que estes escribas e fariseus lhes ensinaram os grandes princípios da Lei que Moisés recebeu de Deus, devem obedecê— los." Quando estudamos Mateus 5:17-20 vimos quais eram estes princípios. Os Dez Mandamentos, apóiam-se sobre estes dois grandes princípios. Apóiam-se sobre a reverência: reverência para com Deus, para com o nome de Deus, o dia de Deus, os pais que Deus nos deu. Apóiam-se sobre o respeito: o respeito pela vida do homem, seus pertences, sua personalidade, e seu bom nome, e por si mesmo. Estes princípios são eternos, e na medida em que os fariseus e escribas ensinam a reverência a Deus e o respeito pelo homem, seu ensino é eternamente válido.

Mas toda a sua visão da religião tinha tido uma conseqüência fundamental. Fazia da religião um conjunto de milhares e milhares de regras e normas e por isso a tinha transformado em uma carga insuportável. Eis aqui a prova de toda apresentação da religião. Transforma-se a religião em asas para elevar o homem, ou em um peso para afundá-lo? Transforma-se a religião em uma alegria ou em algo deprimente? O homem recebe ajuda da religião ou esta o tortura? A religião leva o homem, ou ele tem que carregá-la? No exato momento em que a religião se transforma em uma multidão de cargas, proibições e interdições, deixa de ser uma religião autêntica.

Os fariseus não toleravam a mais mínima falta. Todo seu objetivo, confessado por eles mesmos, consistia em "construir uma cerca ao redor da Lei". Não afrouxavam nem tiravam uma só regra. Quando a religião se converte em uma carga, pode ser algum tipo de religião, porém não há a menor dúvida de que não é a cristã.

A RELIGIÃO DA OSTENTAÇÃO

Mateus 23:5-12

A religião dos fariseus se tornou quase inevitavelmente uma religião de ostentação. Se a religião consistir em obedecer inumeráveis regra e normas, é fácil para qualquer um ver que os demais percebem quão bem cumpre suas obrigações e quão perfeita é sua piedade. Jesus escolhe algumas atitudes e costumes nos quais os fariseus manifestavam sua ostentação.
Usavam filactérios muito grandes. Em Ex 13:9 se diz a respeito dos mandamentos de Deus: “E isto será como sinal na tua mão e por frontais entre os teus olhos” (Ex 13:16; Dt 6:8; Dt 11:18). A fim de cumprir este mandamento o judeu levava, e o faz até hoje, algo que chama tetilin ou filactérios; leva-os durante as orações. Usa-os todos os dias exceto no sábado e em festas especiais. São umas pequenas caixas de couro, uma das quais é posta ao redor do punho e a outra sobre a fronte. A que se porta no punho é uma caixinha de couro com uma só divisão. Dentro dela coloca-se um cilindro de pergaminho no qual estão escritas as seguintes passagens das Escrituras: 13 1:2-13:10'>Êxo. 13 1:10; 13 11:2-13:16'>13 11:16; Deut. 6:4-9; 13 5:11-21'>11:13-21. A que se leva na fronte é igual com a única diferença de que tem quatro divisões em lugar de uma. Em cada uma das divisões havia um rolinho com uma destas quatro passagens. A fim de chamar a atenção sobre si mesmo, o fariseu não só usava os filactérios, mas também as usava particularmente para demonstrar sua obediência exemplar e sua piedade incomparável.

Usam borlas exteriores. Em grego as borlas se chamam kraspeda e em hebreu zizith. Em Números 15:37-41 e em Dt 22:12 lemos que Deus mandou a seu povo que usasse franjas nas bordas de suas vestimentas para que ao vê-los lembrassem dos mandamentos de Deus. Estas franjas eram como borlas que se levavam nas quatro bordas do vestido exterior. Mais tarde foram levados na roupa interior e hoje subsistem no xale que o judeu piedoso usa durante suas orações. Era muito fácil fazer estas borlas de um tamanho muito grande de modo que se tornavam uma amostra ostentosa de piedade, que era usada, não para recordar os mandamentos de Deus, e sim para chamar a atenção para quem as portava.

Além disso, os fariseus gostavam que lhes dessem os postos especiais durante as refeições, à direita e à esquerda do anfitrião. Gostavam dos primeiros assentos na sinagoga; na Palestina os últimos assentos eram ocupados pelos meninos e as pessoas sem nenhuma importância; quanto mais adiante estava o assento, maior era a honra. Os assentos mais honoráveis eram os dos anciãos de frente para a congregação. Se alguém se sentava ali, todos viam que estava presente e, durante todo o serviço, podia adotar uma pose de piedade que a congregação não podia deixar de observar. Além disso, os fariseus gostavam que os chamassem Rabino e que os tratassem com o maior respeito. De fato, exigiam mais respeito do que se manifestava para com os pais porque, segundo eles, os pais dão a vida física, comum ao homem, mas seu mestre dá a vida eterna. Inclusive preferiam que os chamassem pai, como Eliseu chamava a Elias (2Rs 2:12) e como eram conhecidos os pais da fé.

Jesus insiste em que o cristão deve recordar que só há um Mestre, que é Cristo, e só um Pai na fé, e esse pai é Deus.

Toda a intenção dos fariseus consistia em vestir-se e comportar-se de maneira a atrair a atenção. O objetivo do cristão consiste em desaparecer para que se os homens virem suas boas obras, não o glorifiquem a ele, e sim a seu Pai nos céus. Toda religião que gera a ostentação na aparência e o orgulho no coração é uma religião falsa.

FECHANDO A PORTA

Mt 23:13

Os versículos 13:26 deste capítulo são a denúncia mais terrível e extensa do Novo Testamento. Aqui escutamos o que A. T. Robert chamou "os trovões da ira de Cristo". Como escreveu Plummer, estes ais são "como trovões em sua severidade incontestável, e como raios pela forma desapiedada em que esclarecem tudo... Iluminam ao golpear." Aqui Jesus dirige uma série de sete ais aos escribas e fariseus. Cada um deles começa com: "Ai de vós!" A palavra grega que significa ai é ouai: fica difícil traduzi-la porque implica ira como dor. Trata-se de uma ira justa, mas é a ira que surge do coração que ama e está destroçado pela cegueira teimosa dos homens. Aqui não há apenas uma atmosfera de denúncia selvagem, mas também de azeda tragédia.

A palavra hipócrita aparece de vez em quando. Originariamente a palavra grega hupokrites significava o que responde; logo foi relacionada de maneira especial com a afirmação e a resposta, o diálogo no cenário, e é a palavra que se usa em grego para designar ator. Mais adiante chegou a significar ator no pior sentido da palavra, um simulador, alguém que desempenha um papel, alguém que põe uma máscara para esconder seus verdadeiros sentimentos, alguém que representa um determinado papel por fora enquanto em seu interior seus pensamentos e emoções são muito diferentes. Para Jesus, os escribas e fariseus eram homens que representavam um papel. O que queria dizer era o seguinte: Toda sua noção da religião consistia em obediências externas, o uso de borlas e filactérios muito complicados, a observância meticulosa das regras e normas da lei. Mas em seus corações alimentavam amargura, inveja, orgulho e arrogância. Para Jesus estes escribas e fariseus eram homens que, sob uma máscara de piedade muito elaborada, escondiam corações nos quais dominavam os sentimentos e emoções menos piedosos que se pudesse imaginar. E essa acusação é válida, em maior ou menor grau, para qualquer um que vive sob o suposto de que a religião consiste em observâncias externas e obras externas de qualquer tipo.

Há uma frase de Jesus que não está escrita que diz o seguinte: "Esconderam a chave do Reino." A condenação dos fariseus e escribas da parte de Jesus diz que eles não só não entraram no Reino, mas também fecharam as portas àqueles que procuravam entrar nele. O que Jesus quis dizer com essa acusação?

Devemos lembrar o que é o Reino. Já vimos (Mt 6:10) que a melhor forma de imaginá-lo é pensar em uma sociedade sobre a Terra na qual se faz a vontade de Deus com a mesma perfeição com que é feita no céu. Ser cidadão do Reino e fazer a vontade de Deus são uma e a mesma coisa. Os fariseus criam que fazer a vontade de Deus era cumprir milhares de regras e regulamentações corriqueiras; e nada podia estar mais longe de um Reino cuja idéia essencial é o amor.

Quando as pessoas tentavam entrar no Reino os fariseus lhes apresentavam estas regras e normas que era o mesmo que lhes fechar na cara a porta do Reino. Os fariseus preferiam sua própria idéia de religião à idéia de Deus sobre a religião. Esqueceram-se da verdade fundamental de que se alguém quer ensinar a outros deve primeiro ouvir a Deus. O mais grave perigo que todo professor ou pregador enfrenta é o de querer transformar seus próprios preconceitos em princípios universais, e o querer substituir a verdade de Deus por suas próprias idéias. Quando faz algo assim não é um guia, e sim uma barreira que impede a entrada ao Reino porque ao seguir um caminho errado, leva outros a errarem.

MISIONÁRIOS DO MAL

Mt 23:15

Uma das características estranhas do mundo antigo é a repulsão e atração simultâneas que o judaísmo exercia sobre os homens. Não havia um povo mais odiado que o povo judeu. Seu separatismo, seu isolamento e seu desprezo por outros povos, granjeava esse ódio. De fato, cria-se que uma parte fundamental de sua religião era um juramento pelo qual jamais, sob nenhuma circunstância ajudariam a um gentio, nem sequer lhe dariam alguma indicação se perguntasse o caminho para algum lugar. Sua observância do sábado lhes granjeava uma reputação de vadiagem. Sua recusa em comer carne de porco fazia com que outros zombassem deles a ponto de murmurar que adoravam o porco como seu deus. O anti— semitismo era uma força real e universal no mundo antigo.
E entretanto, exercia uma certa atração. A idéia de um só Deus aparecia como algo maravilhoso a um mundo que acreditava em uma multidão de deuses. A pureza e os valores éticos dos judeus fascinavam a um mundo submerso na imoralidade, em especial no que se referia às mulheres. Como resultado, muitos se sentiam atraídos pelo judaísmo. Mas essa atração se dava em dois níveis. Estavam aqueles aos quais chamava-se tementes a Deus. Aceitavam a idéia de um Deus único e a Lei moral dos judeus, mas não se interessavam no mais mínimo pela Lei cerimonial e não se circuncidavam. Havia muita gente assim; a via escutando e adorando em todas as sinagogas e foram o campo mais frutífero para a pregação do Paulo. São, por exemplo, os gregos piedosos da Tessalônica (At 17:4). Os fariseus se propunham converter a estes tementes a Deus em partidários. A palavra partidário vem do grego e significa alguém que se aproximou. O partidário era o converso que tinha aceito a Lei cerimonial e a circuncisão e se converteu em judeu em todo o sentido da palavra. Como acontece com muita freqüência, "os mais convertidos eram os mais pervertidos". Um homem que recém se converteu costuma transformar-se em um devoto fanatizado pela religião a que ingressou e muitos destes partidários eram mais fanáticos pela Lei judia que os próprios judeus.

Jesus acusou estes fariseus de ser missionários do mal. Era certo que os que se faziam partidários eram poucos, mas quando o faziam iam para o outro extremo. O pecado dos fariseus consistia em que não tratavam de aproximar as pessoas a Deus, e sim ao farisaísmo. Um dos perigos mais sérios que corre todo missionário é buscar converter as pessoas a uma seita em vez de a uma religião e que se preocupe mais por aproximar alguém a uma igreja que a Jesus Cristo.
O grande místico cristão da Índia, Premanand, diz algumas coisas em sua autobiografia sobre este sectarismo que tão freqüentemente desfigura ao assim chamado cristianismo. "Falo como cristão, Deus é meu Pai, a Igreja é minha Mãe. Cristão é meu nome, Católico meu sobrenome. Católico, porque pertencemos nada menos que à Igreja Universal. De maneira que, para que necessitamos outros nomes? Por que temos que lhe acrescentar anglicano, episcopal, protestante, presbiteriano, metodista, congregacional, batista, etc., etc.? Estes temas nos separam, fazem-nos sectários, de mente estreita. Diminuem a alma."

Os fariseus não buscavam levar as pessoas a Deus, e sim à sua própria seita, o farisaísmo. Esse era seu pecado. E acaso desapareceu esse pecado do mundo quando em certos lugares ainda se insiste em que se deve abandonar uma igreja para ir a outra se a gente quer sentar-se à mesa do Senhor? A maior das heresias é a convicção pecaminosa de que uma igreja em particular tem um monopólio de Deus, ou da verdade de Deus, ou que alguma igreja em particular é a única porta de acesso à presença de Deus e a seu Reino.

A CIÊNCIA DA EVASÃO

Mateus 23:16-22

Já vimos que no que se refere aos juramentos, os judeus legalistas eram mestres da evasão (Mateus 5:33-37). O princípio geral da evasão era o seguinte. Para o judeu um juramento criava obrigação, sempre que fosse um juramento que obrigasse. Em termos gerais, um juramento que criava obrigação era aquele em que se empregava em forma clara e inequívoca o nome de Deus; era preciso cumprir um juramento desse tipo, custasse o que custasse. Qualquer outro tipo de juramento se podia romper com toda legitimidade. A idéia que sustentava esta prática era que se se empregava o nome de Deus, o introduzia como sócio no acordo e quebrar um juramento desse tipo não só era quebrantar a confiança dos homens mas também insultar a Deus.

Em todo caso, a ciência da evasão se elaborou a um grau muito alto. É muito provável que nesta passagem Jesus apresente uma caricatura dos métodos legalistas judeus. O que diz é o seguinte: "convertestes a ciência da evasão em uma arte tão sutil que se pode considerar que um juramento pelo templo não obriga, enquanto que o juramento pelo ouro do templo certamente obriga. E um juramento pelo altar não obriga, enquanto que o juramento pela oferenda que está sobre o altar sim cria obrigação." É mais provável que isto deva ser considerado como uma redução ao absurdo dos métodos judeus, mais que como uma descrição literal desses métodos.

A idéia que está por trás desta passagem é a seguinte. Toda a idéia de tratar os juramentos desta maneira, toda a noção de uma espécie de técnicas da evasão, nasce de um engano básico. O homem autenticamente religioso jamais fará uma promessa com a intenção deliberada de não cumpri-la. Jamais se procurará, junto com a promessa, uma série de escapatórias para empregar em caso de descobrir que é muito difícil cumpri-la.
Não devemos condenar a ciência de evasão dos fariseus com um sentimento de superioridade. Ainda não passou o momento de alguém procurar fugir de uma obrigação, fazendo uso de algum tecnicismo, ou de que recorra no sentido mais literal da Lei para evitar o que o espírito dessa mesma lei lhe dita com a maior clareza.

Para Jesus, o princípio que criava obrigação era duplo: Deus ouve cada palavra que pronunciamos e vê cada um dos pensamentos secretos de nossos corações. De maneira que ouve as palavras e percebe todas as intenções. Em vista disso, o cristão deve ignorar por completo a arte da evasão. A técnica da evasão pode funcionar muito bem dentro do mundo, mas jamais pode adequar-se à franca honestidade da mentalidade cristã.

O PERDIDO SENSO DA PROPORÇÃO

Mateus 23:23-24

O dízimo era uma parte essencial das regulamentações religiosas judias. “Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo” (Dt 14:22). “Também todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo como dos frutos das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR” (Lv 27:30). O objetivo principal do dízimo era manter os levitas cuja tarefa era cumprir o trabalho material do templo. A Lei definia com maior clareza as coisas pelas quais era preciso pagar um dízimo: "Tudo o que é comestível e se conserva e se nutre da terra pode ter que pagar dízimo." Estabelece-se: "Do endro se deve pagar o dízimo da semente, das folhas e dos caules." Estava estabelecido, pois, que todos deviam entregar um dízimo de sua produção a Deus.

Agora, o objetivo das palavras de Jesus é o seguinte: Aceitava-se em todas partes que se devia pagar um dízimo dos grãos mais importantes. Mas a hortelã, o endro e o cominho se semeavam nos pomares familiares e nunca se obtinha uma quantidade muito grande. Qualquer um semeava apenas um pouco destas ervas no jardim de sua casa, os três se usavam para cozinhar e o endro e o cominho tinham aplicações medicinais. Aplicar-lhes a lei do dízimo significava aplicar um imposto a uma colheita ínfima, possivelmente não muito mais que o produto de uma só planta. Só os exageradamente meticulosos aplicavam o dízimo às poucas plantas do pomar. Isso era justamente o que faziam os fariseus. Eram tão meticulosos com o dízimo que o aplicavam a um só raminho de hortelã. E entretanto, esses mesmos homens podiam ser culpados de cometer injustiças, eram duros, arrogantes e cruéis, e esqueciam a obrigação da misericórdia, eram capazes de fazer juramentos e promessas com a deliberada intenção de quebrantá-los e assim faziam caso omisso da fidelidade. Em outras palavras, obedeciam as pequenezes da Lei e esqueciam as coisas que realmente importam.
Esse espírito ainda não morreu; jamais morrerá até Cristo governar o coração dos homens. Há muitos homens que usam a roupa adequada para ir à igreja, são cuidadosos em suas ofertas, adotam uma atitude correta durante a oração, nunca faltam à celebração do sacramento mas que, em seu trabalho diário não são honestos, são irritáveis, mal— humorados e egoístas com seu dinheiro. Há mulheres que estão cheias de boas obras, participam de toda classe de comissões mas seus filhos sentem saudades pelas noites. Não há nada mais fácil que observar todas as atitudes exteriores da religião e, ao mesmo tempo, ser profundamente irreligioso.

Não há nada mais necessário que o sentido de proporção para evitar a confusão entre a observância externa da religião e a autêntica devoção.

Jesus emprega um exemplo muito gráfico. A figura é a seguinte. O mosquito era um inseto e portanto era impuro, o mesmo que o camelo, Para evitar o risco de beber algo impuro penetrava o vinho com um filtro de musselina de modo a deixar fora qualquer possível impureza. Este é um dos momentos humorísticos que devem ter levado as pessoas a rir, porque é a imagem de alguém que coa com todo cuidado seu vinho para não engolir um inseto microscópico e, entretanto, engole-se tranqüilamente um camelo. Trata-se da imagem de alguém que perdeu por completo todo sentido de proporção.

A VERDADEIRA PUREZA Mateus 23:25-26

A idéia de impureza surge continuamente na lei judia. Devemos ter presente que não se trata de uma impureza física. Um copo impuro não era um copo sujo, no sentido que nós damos ao termo. Se uma pessoa era impura no sentido cerimonial significava que não podia entrar no templo ou na sinagoga, estava excluída da adoração de Deus. Um homem era impuro se tocava um corpo morto ou se tinha algum contato com um gentio. Uma mulher era impura se tinha fluxo de sangue embora este fosse normal e sadio. Se uma pessoa impura tocava um copo, este se convertia em algo impuro e, portanto, qualquer outra pessoa que tocasse o copo se fazia também impura. De maneira que era de capital importância manter todos os copos limpos e a Lei sobre a limpeza é de uma complicação extrema. Só podemos citar alguns exemplos básicos.
Um copo de argila que é oco só é impuro por dentro e não por fora, e a única forma de limpá-lo é rompendo-o. Alguns recipientes de argila nunca podem transformar-se em algo impuro: um prato sem borda, um braseiro aberto para carvão, uma churrasqueira de ferro com buracos para secar os grãos de trigo. Por outro lado, um prato com borda, uma

caixa de especiarias ou uma mesa de escrever podem transformar-se em impuros. Os recipientes de couro, osso, madeira e vidro que são chatos não se transformam em impuros, os fundos sim. Se se romperem se purificam. Qualquer recipiente de metal oco e de superfície lisa pode tornar impuro mas uma porta, um ferrolho, uma fechadura, uma dobradiça, uma aldrava não podem fazer-se impuros. Se algo for feito de madeira e metal, a madeira pode fazer-se impura mas o metal não. Estas regras nos parecem fantásticas e entretanto, os fariseus as observavam com toda meticulosidade e com um sentimento profundamente religioso.

A comida ou bebida que estava dentro do recipiente podia ter sido obtida por meio de enganos, extorsão ou roubo, podia ser luxuosa e excessiva, tudo isso carecia de importância enquanto o recipiente estivesse cerimonialmente limpo. Esta é outra instância em que se manifesta uma grande preocupação pelos detalhes e se deixam passar as coisas de maior peso.

Por mais grotesco que pareça tudo isto, ainda pode acontecer. Qualquer igreja se pode dividir por uma discussão sobre a cor do tapete, a pintura do púlpito ou a forma e o material dos cálices que se empregarão na Eucaristia. A última coisa que parecem aprender os homens em questões de religião é um sentido relativo dos valores, e o trágico é que com muita freqüência o que arruína a paz é a discussão e exagero de temas corriqueiros.

DECADÊNCIA DISFARÇADA

Mateus 23:27-28

Aqui voltamos a nos encontrar com uma imagem muito conhecida para qualquer judeu. Um dos lugares mais comuns para erigir tumbas era à beira do caminho. Vimos que qualquer pessoa que tocava um cadáver se tornava impura (Nu 19:16). Por conseguinte, qualquer pessoa que entrava em contato com uma tumba automaticamente se convertia em impuro. Havia uma época em que os caminhos da Palestina estavam cheios de peregrinos — era no tempo de Páscoa. Se alguém se tornava impuro quando ia assistir à festa da Páscoa era um desastre, porque isso significava que não poderia participar da celebração. De maneira que os judeus tinham o costume de branquear todos os sepulcros que estavam a um lado do caminho durante o mês de Adar para que nenhum peregrino os tocasse sem querer. Portanto, ao viajar pelos caminhos da Palestina nos dias de sol da primavera esses sepulcros brilhavam com a luz do Sol e até pareciam belos, mas por dentro estavam cheios de ossos e corpos cujo contato teria convertido a qualquer um em uma pessoa impura. Segundo Jesus, isso era exatamente o que acontecia com os fariseus. Suas atitudes externas correspondiam a homens intensamente religiosos, mas seus corações estavam sujos e podres com o pecado.

Isso pode acontecer ainda hoje. Como diz Shakespeare, o homem pode sorrir e ser um criminoso. Qualquer um pode caminhar de cabeça baixa, passos respeitosos, as mãos cruzadas em uma posição muito humilde mas ao mesmo tempo pode olhar com frio desprezo àqueles que considera pecadores. Sua própria humildade pode ser a pose do orgulho; e enquanto caminha com humildade pode estar pensando com prazer na imagem de piedade que apresenta perante aqueles que o observa. Não há coisa mais difícil que um homem bom não saber que é bom; e uma vez que sabe que é bom, desaparece sua bondade, embora aqueles que o vêem de fora pensem o contrário.

A MANCHA DO CRIME

Mateus 23:29-36

Aqui Jesus acusa os judeus de que sua história está manchada pelo crime, e que essa mancha ainda não desapareceu. Os escribas e fariseus cuidam os sepulcros dos mártires e adornam seus monumentos e afirmam que, se tivessem vivido naqueles tempos, eles não teriam matado os profetas e os mensageiros de Deus. Mas isso é justamente o que teriam feito e o que farão no futuro imediato.

A acusação que Jesus faz é que a história de Israel é a história do assassinato dos homens de Deus. Diz que os homens justos, desde Abel até Zacarias foram assassinados. Por que escolhe a esses dois? O assassinato de Abel pelas mãos de Caim todos conhecem, mas o assassinato de Zacarias não é tão conhecido. A história aparece em uma lúgubre passagem de 2 Crônicas 24:20-22. Aconteceu nos tempos de Joás. Zacarias acusou o povo por seu pecado e Joás incitou o povo a que o apedrejasse até matá-lo no próprio pátio do templo. Zacarias morreu dizendo: “O SENHOR o verá e o retribuirá.” Mas por que teria que escolher a Zacarias? Na Bíblia hebraica Gênesis é o primeiro livro, o mesmo que a nossa, mas a diferença reside em que na ordem que nós demos aos livros o livro de 2 Crônicas vem por último. Quer dizer que o assassinato de Abel é o primeiro que aparece no relato bíblico e o de Zacarias é o último. De princípio a fim a história de Israel é a história do rechaço e freqüentemente o assassinato dos homens de Deus.

E Jesus torna claro que essa propensão ao crime ainda está presente. Sabe que deve morrer e que no futuro seus mensageiros serão perseguidos, maltratados, rechaçados e justiçados.

Não resta dúvida de que se trata de algo trágico: o povo que Deus tinha escolhido e amado havia voltado suas mãos contra Ele; e o dia do juízo logo chegaria.

Isso nos leva a refletir. Quando a história nos julgue o veredicto dirá que fomos um obstáculo ou uma ajuda para Deus? Esta é uma pergunta que todo indivíduo e todo povo deve responder.

A RESISTÊNCIA AO CHAMADO DO AMOR

Mateus 23:37-39

Aqui vemos a impetuosa tragédia do amor que foi rechaçado. Aqui Jesus fala, não tanto como o juiz severo de toda a Terra, mas sim como alguém que ama as almas dos homens.

Esta passagem nos mostra um detalhe curioso a respeito da vida de Jesus; podemos apontá-lo de passagem. Segundo o relato dos evangelhos sinóticos Jesus nunca esteve em Jerusalém, uma vez começado seu ministério público, até que foi a essa cidade para esta última Páscoa. Vemos quantas coisas não menciona o relato evangélico; pois Jesus não poderia ter dito isto se não tivesse feito várias visitas a Jerusalém e a menos que tivesse repetido seus chamados às pessoas. Uma passagem como esta nos demonstra que o evangelho só nos dá uma síntese muito apertada da vida de Jesus.

Esta passagem nos assinala quatro grandes verdades.

  • Mostra-nos a paciência de Deus. Jerusalém tinha matado os profetas e tinha apedrejado os mensageiros de Deus. Entretanto, Deus não a rechaçou e no final enviou a seu Filho. O amor de Deus manifesta uma paciência ilimitada que tolera o pecado do homem e não o rechaça.
  • Mostra-nos o chamado de Jesus. Aqui Jesus fala como alguém que ama. Não quer forçar sua entrada; a única arma que pode usar é o chamado do amor. Levanta-se com as mãos estendidas em posição de chamar os homens, um chamado que os homens têm a terrível responsabilidade de aceitar ou rejeitar.
  • Mostra-nos o caráter deliberado do pecado do homem. Os homens viram cristo em todo o esplendor de seu chamado, e o rejeitaram. A porta do coração não tem trinco do lado exterior, deve ser aberto por dentro; e o pecado é o rechaço decisivo do chamado de Deus em Jesus Cristo.
  • Mostra-nos as conseqüências de rejeitar a Cristo. Passariam só quarenta anos e em 70 d. C. Jerusalém ficaria convertida em um montão de ruínas. Esse desastre foi conseqüência direta da rejeição de Jesus Cristo. Se os judeus tivessem aceito o caminho cristão do amor e tivessem abandonado o caminho da política do poder, Roma jamais teria pesado sobre eles com sua força vingadora. É uma realidade que o povo que rejeita a Deus está condenado ao desastre.

  • Dicionário

    Cristo

    substantivo masculino Designação somente atribuída a Jesus que significa ungido, consagrado; deve-se usar com as iniciais maiúsculas.
    Por Extensão A representação de Jesus Cristo na cruz, crucificado.
    Uso Informal. Quem sofre muitas injustiças ou maus-tratos.
    Antes de Cristo. a.C. Designação do que ocorreu antes da era cristã.
    Depois de Cristo. d.C. Designação do que ocorreu após a era cristã.
    Ser o cristo. Uso Popular. Sofrer com os erros de outra pessoa: sempre fui o cristo lá de casa!
    Etimologia (origem da palavra cristo). Do grego khristós.é.on.

    Ungido , (hebraico) – Messias.

    (Veja o artigo principal em Jesus e Senhor). O nome “Cristo”, quando se refere a Jesus, é usado numerosas vezes no NT. O vocábulo combinado “Jesus Cristo” ocorre apenas cinco vezes nos evangelhos, mas, no restante do NT, torna-se a designação principal usada para o Filho de Deus (127 vezes). Em algumas passagens bíblicas, o termo “Cristo” indica que se tornou pouco mais do que um sobrenome para Jesus. Supor, entretanto, que este nome nunca signifique mais do que isso é perder a maior parte da mensagem do NT sobre o Filho de Deus.


    [...] o Mestre, o Modelo, o Redentor.
    Referencia: KARDEC, Allan• A prece: conforme o Evangelho segundo o Espiritismo• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O Cristo [...] é o Redentor do mundo, mas não o único Messias de cujas obras há sido testemunha a Terra. Uma multidão de Espíritos superiores, encarnados entre nós, havia ele de ter por auxiliares na sua missão libertadora. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 24a efusão

    Cristo, pedra angular da civilização do porvir. [...]
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] arquétipo do Amor Divino [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

    [...] modelo, paradigma de salvação.
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

    [...] médium de Deus [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 8

    Cristo é o mensageiro da Eterna Beleza, gravando, ainda e sempre, poemas de alegria e paz, consolação e esperança nas páginas vivas do coração humano.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani

    Para nós, calcetas deste mundo, Cristo é a luz Espiritual que nos desvenda a glória da vida superior e nos revela a Paternidade Divina. Em razão disso Ele foi e é a luz dos homens, que resplandece nas trevas da nossa ignorância, para que nos tornemos dignos filhos do Altíssimo.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - A criação da Terra

    O Cristo é o candeeiro de ouro puríssimo e perfeito, e esse ouro foi estendido a martelo na cruz, que se tornou o símbolo da nossa redenção. Sua luz é a vida, a alegria e a graça que nos inundam as almas. Façamos do nosso coração um tabernáculo e essa luz brilhará nele eternamente.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] Cristo é o leme nas tempestades emocionais, o ponto de segurança em toda crise da alma.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Ao encontro da paz

    [...] Cristo Jesus é e será o alfa e o ômega deste orbe que hospeda a família humana.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alfa e ômega

    Cristo é o Sol Espiritual dos nossos destinos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

    O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 172

    [...] Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. [...] [...] O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

    [...] O Cristo é o amor vivo e permanente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 6

    [...] O Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9

    [...] Divino Amigo de cada instante, através de seus imperecíveis ensinamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    O Cristo é o nosso Guia Divino para a conquista santificante do Mais Além...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Definindo rumos


    Cristo V. JESUS CRISTO e MESSIAS.

    Cristo Literalmente, ungido. Palavra grega equivalente ao hebraico messias. Aparece 531 vezes no Novo Testamento, das quais 16 estão em Mateus, 7 em Marcos, 12 em Lucas e 19 em João.

    Os discípulos de Jesus reconheceram-no como tal (Mc 8:27ss.) e o mesmo aconteceu com muitos de seus contemporâneos judeus. A razão de tal comportamento provém, primeiramente, da autoconsciência de messianidade de Jesus e de tê-la transmitido às pessoas que o rodeavam.

    As fontes ressaltam igualmente que tanto as palavras de Jesus como suas ações denotam que ele tinha essa pretensão: reinterpretar a Lei (Mt 5:22.28.32.34 etc.); designar seus seguidores como os do Cristo (Mt 10:42); distinguir-se como o verdadeiro Cristo entre os falsos (Mc 13:6; Mt 24:5); aplicar a si mesmo títulos messiânicos (Mc 10:45 etc.); a insistência no cumprimento das profecias messiânicas (Lc 4:16-30; Mt 11:2-6 etc.); a entrada triunfal em Jerusalém; virar as mesas no Templo; a inauguração da Nova Aliança na Última Ceia etc.

    Não é estranho, por isso, ser executado pelos romanos por essa acusação. Deve-se ainda ressaltar que sua visão messiânica não era violenta, mas se identificava com a do Servo sofredor de Isaías 53, razão pela qual refutou outras interpretações da missão do messias (Jo 6:15), que os discípulos mais próximos apresentavam (Mt 16:21-28; Lc 22:23-30).

    O termo ficou associado de forma tão estreita ao nome de Jesus, que é usado como uma espécie de nome pessoal e daí procede o popular termo Jesus Cristo.

    J. Klausner, o. c.; D. Flusser, o. c.; O. Cullmann, Christology of the New Testament, Londres 1975; R. P. Casey, “The Earliest Christologies” no Journal of Theological Studies, 9, 1958; K. Rahner e W. Thüsing, Cristología, Madri 1975; César Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; m. Gourgues, Jesús ante su pasión y muerte, Estella 61995; E. “Cahiers Evangile”, Jesús, Estella 41993.


    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Irmãos

    -

    Mestre

    substantivo masculino Professor de grande saber.
    Perito ou versado em qualquer ciência ou arte.
    Quem obteve esse grau por concluir um mestrado: mestre em Letras.
    Oficial graduado de qualquer profissão: mestre pedreiro.
    Figurado Aquilo que serve de ensino ou de que se pode tirar alguma lição: o tempo é um grande mestre.
    [Marinha] Comandante de pequena embarcação.
    [Marinha] Oficial experiente de um navio que orienta o trabalho dos demais.
    Chefe ou iniciador de um movimento cultural.
    O que tem o terceiro grau na maçonaria.
    adjetivo De caráter principal; fundamental: plano mestre.
    Figurado Com grande proficiência; perito: talento mestre.
    De tamanho e importância consideráveis; extraordinário: ajuda mestra.
    Etimologia (origem da palavra mestre). Do latim magister.

    Mestre
    1) Professor; instrutor (Sl 119:99; Mt 10:24).


    2) Título de Jesus, que tinha autoridade ao ensinar (Mc 12:14).


    3) Pessoa perita em alguma ciência ou arte (Ex 35:35).


    4) Pessoa que se destaca em qualquer coisa (Pv 24:8; Ez 21:31, RA).


    5) Capitão (Jn 1:6).


    Mestre 1. “Epistates” (o que está por cima). No evangelho de Lucas, é equivalente a rabie, por definição, um título apropriado para Jesus (Lc 5:5; 8,24.45; 9,33.49; 17,13).

    2. “Didaskalos” (o que ensina). Por antonomásia, Jesus, o único que merece receber esse tratamento (Mt 8:19; Mc 4:38; Lc 7:40; Jo 1:38), proibido até mesmo a seus discípulos (Mt 23:8).


    [...] o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6


    substantivo masculino Professor de grande saber.
    Perito ou versado em qualquer ciência ou arte.
    Quem obteve esse grau por concluir um mestrado: mestre em Letras.
    Oficial graduado de qualquer profissão: mestre pedreiro.
    Figurado Aquilo que serve de ensino ou de que se pode tirar alguma lição: o tempo é um grande mestre.
    [Marinha] Comandante de pequena embarcação.
    [Marinha] Oficial experiente de um navio que orienta o trabalho dos demais.
    Chefe ou iniciador de um movimento cultural.
    O que tem o terceiro grau na maçonaria.
    adjetivo De caráter principal; fundamental: plano mestre.
    Figurado Com grande proficiência; perito: talento mestre.
    De tamanho e importância consideráveis; extraordinário: ajuda mestra.
    Etimologia (origem da palavra mestre). Do latim magister.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Rabi

    Rabi Ver Mestre.

    (Heb. “meu senhor”, “meu mestre”, etc.; rab significa “grande”). Vocábulo usado apenas no Novo Testamento, embora a raiz rab ocorra ocasionalmente no Antigo Testamento como uma demonstração de respeito por alguém que ocupa um cargo oficial. Gradativamente, o termo foi usado apenas para os mestres e líderes religiosos entre os judeus.

    Jesus deu estritas instruções aos discípulos para que não fossem chamados de “Rabi”, com o intuito de informar que era um título que gerava orgulho. “Vós, porém, não sereis chamados Rabi, pois um só é o vosso Mestre, e vós todos sois irmãos” (Mt 23:8). Esta era uma das mais importantes lições que Cristo tinha para ensinar aos discípulos sobre a constituição do Reino de Deus. Os membros deste reino não deviam buscar posição privilegiada.

    Em várias ocasiões Jesus foi chamado de “Rabi”, em sinal de respeito (Mc 9:5; Mc 10:51; Mc 1:49; Mc 3:2; etc.), embora em outras situações houve esse também um senso de ironia no seu uso, como na atitude de Judas 1scariotes (Mt 26:25-49). Quando dois dos discípulos de João referiram-se a Jesus como “Rabi”, o Batista interpretou o termo para sua audiência como “professor” (Jo 1:38). João Batista também foi respeitosamente chamado dessa maneira (Jo 3:26). Lucas não usa de maneira alguma tal vocábulo, pois substitui os termos “mestre” ou “senhor” por outros. P.D.G.


    Rabi Palavra ARAMAICA que quer dizer MESTRE 1, (Jo 1:38; 3.2).

    Título de honra, que significa ‘Mestre’, e que era empregado pelos judeus, sendo muitas vezes esse o tratamento dado a Jesus (Mt 23:7-8 – 26.25,49 – Mc 9:5 – 11.21 – 14.45 – Jo 1:38-49 – 3.2,26 – 4.31 – 6.25 – 9.2 – 11.8). “Rab”, na sua significação de grande, entra na composição de muitos nomes de altos cargos.

    substantivo masculino Religião Líder espiritual de uma congregação ou comunidade de origem judaica, que professa o judaísmo como religião.
    Pessoa que conhece ou entende profundamente da religião judaica.
    Etimologia (origem da palavra rabi). Do hebraico rabbi, "mestre, doutor".

    Saber

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter conhecimento; ficar ou permanecer informado; conhecer: saber o horário das aulas; sei que amanhã irá chover; nunca soube o que se passava com ela; era humilhado e não se opunha.
    verbo transitivo direto Expressar conhecimentos determinados: saber cantar; saber dançar.
    Suspeitar sobre; pressentir: sabia que ele conseguiria vencer.
    Possuir capacidade, habilidade para; conseguir: soube fazer os exercícios.
    Alcançar alguma coisa; fazer por merecer: soube aceitar os prêmios.
    verbo transitivo direto predicativo Julgar ou possuir como; considerar: sempre o sabia apaixonado.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Sentir o sabor de; possuir sabor de: os doces não sabem a nada; soube-me bem aquele bolo.
    substantivo masculino Conjunto de conhecimentos; em que há sabedoria; erudição: buscava esforçosamente o saber.
    Etimologia (origem da palavra saber). Do latim sapere.

    Saber é o supremo bem, e todos os males provêm da ignorância.
    Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 22

    O saber é qual árvore de crescimento demorado: todos os anos lhe caem as folhas que serviram para sua nutrição; ela, porém, se mostra, lenta mas firmemente, aumentada na altura e na grossura. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 13

    [...] saber é duvidar, porque é apreender que nada se sabe. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 13a efusão

    [...] O saber, no seu verdadeiro e reto uso, é a mais nobre e mais poderosa aquisição dos homens. [...]
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 14

    [...] Quantas criaturas há, no meio espírita, que não têm condições de fazer amplos estudos da Doutrina, talvez até desconheçam os mais credenciados autores de nossa leitura e, no entanto, vivem a Doutrina pelo exemplo... Pode ser que não tenham estrutura intelectual para dissertar sobre uma tese espírita, mas absorvem o pensamento da Doutrina às vezes muito mais do que gente intelectualizada. E entre elas, não poderá haver Espíritos que já trazem muito conhecimento de outras vidas? Parece que sim. Tudo nos conduz afinal o raciocínio a um ponto de remate: também na seara espírita, como em qualquer seara do conhecimento, o saber da erudição e da pesquisa é necessário, tem o seu inegável valor. Mas o saber daqueles que não são cultos perante os valores intelectuais e, no entanto, vivem a Doutrina através da experiência cotidiana, é claro que têm muita autoridade pelo exemplo!
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20


    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter conhecimento; ficar ou permanecer informado; conhecer: saber o horário das aulas; sei que amanhã irá chover; nunca soube o que se passava com ela; era humilhado e não se opunha.
    verbo transitivo direto Expressar conhecimentos determinados: saber cantar; saber dançar.
    Suspeitar sobre; pressentir: sabia que ele conseguiria vencer.
    Possuir capacidade, habilidade para; conseguir: soube fazer os exercícios.
    Alcançar alguma coisa; fazer por merecer: soube aceitar os prêmios.
    verbo transitivo direto predicativo Julgar ou possuir como; considerar: sempre o sabia apaixonado.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Sentir o sabor de; possuir sabor de: os doces não sabem a nada; soube-me bem aquele bolo.
    substantivo masculino Conjunto de conhecimentos; em que há sabedoria; erudição: buscava esforçosamente o saber.
    Etimologia (origem da palavra saber). Do latim sapere.

    Ser

    verbo predicativo Possuir identidade, particularidade ou capacidade inerente: Antônia é filha de José; esta planta é uma samambaia; a Terra é um planeta do sistema solar.
    Colocar-se numa condição ou circunstância determinada: um dia serei feliz.
    Gramática Usado na expressão de tempo e de lugar: são três horas; era em Paris.
    verbo intransitivo Pertencer ao conjunto dos entes concretos ou das instituições ideais e abstratas que fazem parte do universo: as lembranças nos trazem tudo que foi, mas o destino nos mostrará tudo o que será.
    Existir; fazer parte de uma existência real: éramos os únicos revolucionários.
    verbo predicativo e intransitivo Possuir ou preencher um lugar: onde será sua casa? Aqui foi uma igreja.
    Demonstrar-se como situação: a festa será no mês que vem; em que lugar foi isso?
    Existir: era uma vez um rei muito mau.
    Ser com. Dizer respeito a: isso é com o chefe.
    verbo predicativo e auxiliar Une o predicativo ao sujeito: a neve é branca.
    Gramática Forma a voz passiva de outros verbos: era amado pelos discípulos.
    Gramática Substitui o verbo e, às vezes, parte do predicado da oração anterior; numa oração condicional iniciada por "se" ou temporal iniciada por "quando" para evitar repetição: se ele faz caridade é porque isso lhe traz vantagens políticas.
    Gramática Combinado à partícula "que" realça o sujeito da oração: eu é que atuo.
    Gramática Seguido pelo verbo no pretérito perfeito composto: o ano é acabado.
    substantivo masculino Pessoa; sujeito da espécie humana.
    Criatura; o que é real; ente que vive realmente ou de modo imaginário.
    A sensação ou percepção de si próprio.
    A ação de ser; a existência.
    Etimologia (origem da palavra ser). Do latim sedẽo.es.sẽdi.sessum.sedẽre.

    O ser é uno mesmo quando no corpo ou fora dele. No corpo, ocorre a perfeita integração dos elementos que o constituem, e, à medida que se liberta dos envoltórios materiais, prossegue na sua unidade com os vestígios da vivência impregnados nos tecidos muito sutis do perispírito que o transmitem à essência espiritual.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    [...] o ser é fruto dos seus atos passados, para agir com as ferramentas da própria elaboração, na marcha ascendente e libertadora.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

    [...] cada ser é um universo em miniatura, expansível pelo pensamento e pelo sentimento e que possui como atributo a eternidade.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 8

    [...] o ser é o artífice da sua própria desgraça ou felicidade, do seu rebaixamento ou elevação. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo


    Sois

    substantivo deverbal Ação de ser; ato de expressar permanentemente uma condição, característica ou capacidade particular: vós sois o melhor amigo que tenho; sois o único Deus acima de todos os outros.
    Não confundir com: sóis.
    Etimologia (origem da palavra sois). Forma Der. de ser.

    substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
    Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

    substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
    Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

    Rei egípcio, de descendência etiópica, cujo nome por extenso era Sabaku, pertencendo à vigésima-quinta dinastia. oséias, que desejou livrar-se do jugo da Assíria, procurou para esse fim o auxilio e a aliança de Sô (2 Rs 17.4). A conseqüência desta aliança foi desastrosa, pois oséias foi feito prisioneiro pelos assírios que haviam invadido o reino de israel, tomando Samaria e levando as dez tribos para o cativeiro. Muitos, contudo, pensam que Sô era apenas um vice-rei no Delta. (*veja oséias, israel e Samaria.)

    Oséias, o último monarca do reino do Norte, tentara escapar da opressão dos assírios, ao recusar-se a pagar os pesados tributos exigidos e ao enviar mensageiros para buscar a ajuda de Sô, faraó do Egito (2Rs 17:4). Essa atitude fez com que Salmaneser, rei da Assíria, mandasse prender Oséias e ordenasse a invasão de Israel. Não se sabe ao certo quem era exatamente esse faraó egípcio. Alguns eruditos sugerem que se tratava de Shabako, que governou o Egito por volta de 716 a.C., mas isso o colocaria numa época muito posterior à dos eventos narrados, desde que Oséias foi rei no período entre 732 a 722 a.C. Sô também é identificado por alguns estudiosos com Osorcom IV, de Tanis (nome da cidade mencionada na Bíblia como Zoã). Essa sugestão é apoiada pela mensagem de Isaías contra o Egito, na qual o profeta destacou que aquela nação não servia para nada e mencionou especificamente “os príncipes de Zoã” (Is 19:11-15). Outras sugestões ainda são apresentadas. P.D.G.


    Rei do Egito (2Rs 17:4).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ὑμεῖς δέ μή καλέω ῥαββί γάρ εἷς ἐστί ὑμῶν καθηγητής δέ ὑμεῖς πᾶς ἐστέ ἀδελφός
    Mateus 23: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas vós não sereis chamados de Rabi, porque um só é o vosso Mestre, o Cristo, e todos vós sois irmãos.
    Mateus 23: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    4 de Abril de 30. Terça-feira
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1320
    didáskalos
    διδάσκαλος
    carne
    (the flesh)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1520
    heîs
    εἷς
    uma
    (one)
    Adjetivo - nominativo feminino no singular
    G2564
    kaléō
    καλέω
    chamar
    (you will call)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4461
    rhabbí
    ῥαββί
    meu grande mestre, meu ilustre senhor
    (Rabbi)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    διδάσκαλος


    (G1320)
    didáskalos (did-as'-kal-os)

    1320 διδασκαλος didaskalos

    de 1321; TDNT - 2:148,161; n m

    1. professor
    2. no NT, alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres do homem
      1. alguém que é qualificado para ensinar, ou que pensa desta maneira
      2. os mestres da religião judaica
      3. daqueles que pelo seu imenso poder como mestres atraem multidões, i.e., João Batista, Jesus
      4. pela sua autoridade, usado por Jesus para referir-se a si mesmo como aquele que mostrou aos homens o caminho da salvação
      5. dos apóstolos e de Paulo
      6. daqueles que, nas assembléias religiosas dos cristãos, encarregavam-se de ensinar, assistidos pelo Santo Espírito
      7. de falsos mestres entre os cristãos

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἷς


    (G1520)
    heîs (hice)

    1520 εις heis

    (incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral

    1. um

    καλέω


    (G2564)
    kaléō (kal-eh'-o)

    2564 καλεω kaleo

    semelhante a raiz de 2753; TDNT - 3:487,394; v

    1. chamar
      1. chamar em alta voz, proferir em alta voz
      2. convidar
    2. chamar, i.e., chamar pelo nome
      1. dar nome a
        1. receber o nome de
        2. dar um nome a alguém, chamar seu nome
      2. ser chamado, i.e., ostentar um nome ou título (entre homens)
      3. saudar alguém pelo nome

    Sinônimos ver verbete 5823


    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    ῥαββί


    (G4461)
    rhabbí (hrab-bee')

    4461 ραββι rhabbi

    de origem hebraica 7227 רבי com sufixo pronominal; TDNT - 6:961,982; n m

    meu grande mestre, meu ilustre senhor

    Rabi, título usado pelos judeus para dirigir-se a seus mestres (e também honrá-los, mesmo quando não se dirigem a eles)


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial