Enciclopédia de Mateus 6:6-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 6: 6

Versão Versículo
ARA Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
ARC Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará.
TB Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, ora a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te retribuirá.
BGB σὺ δὲ ὅταν προσεύχῃ, εἴσελθε εἰς τὸ ταμεῖόν σου καὶ κλείσας τὴν θύραν σου πρόσευξαι τῷ πατρί σου τῷ ἐν τῷ κρυπτῷ· καὶ ὁ πατήρ σου ὁ βλέπων ἐν τῷ κρυπτῷ ἀποδώσει ⸀σοι.
HD Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto interno e, tendo fechado a porta, ora ao teu Pai em segredo e teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.
BKJ Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
LTT Tu, porém, quando orares, entra tu para o teu aposento 267 e, havendo fechado a tua porta, ora tu ao teu Pai que está em secreto; e o teu Pai (Aquele que está vendo dentro do secreto) te recompensará publicamente.
BJ2 Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechando tua porta, ora ao teu Pai que está lá, no segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará.
VULG Tu autem cum oraveris, intra in cubiculum tuum, et clauso ostio, ora Patrem tuum in abscondito : et Pater tuus, qui videt in abscondito, reddet tibi.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 6:6

Gênesis 32:24 Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva subia.
II Reis 4:33 Então, entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor.
Salmos 34:15 Os olhos do Senhor estão sobre os justos; e os seus ouvidos, atentos ao seu clamor.
Isaías 26:20 Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira.
Isaías 65:24 E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei.
Mateus 6:4 para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
Mateus 6:18 para não pareceres aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
Mateus 14:23 E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.
Mateus 26:36 Então, chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar.
João 1:48 Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu estando tu debaixo da figueira.
João 20:17 Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
Atos 9:40 Mas Pedro, fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se.
Atos 10:9 E, no dia seguinte, indo eles seu caminho e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao terraço para orar, quase à hora sexta.
Atos 10:30 E disse Cornélio: Há quatro dias estava eu em jejum até esta hora, orando em minha casa à hora nona.
Romanos 8:5 Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.
Efésios 3:14 Por causa disso, me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 6 : 6
quarto
Lit. “quarto interno (no interior da casa), oculto; aposento íntimo; despensa, celeiro”.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 267

Mt 6:6 – "ENTRA PARA O TEU APOSENTO": Deus não proíbe orações em público (Mt 12:9; Mt 18:19-20; At 1:14; At 4:24; At 12:5,At 12:12; At 21:5; Hb 10:25). Jesus só lembrou o óbvio: a oração que agrada a Deus deve ser:
A) Nunca e de modo algum para impressionar os presentes (como isto condena a tantos não romanistas!); e
B) Nunca e de modo algum com VÃS REPETIÇÕES (como isto condena a tantos romanistas!).



Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

quatro (4)

As quatro direções (norte, sul, leste e oeste) juntamente com os elementos básicos do mundo físico (fogo, ar, água e terra). A união dos níveis de interpretação da Torá (pshat - literal, remez - alusivo, drush - alegórico e sod - místico). O conjunto completo da família (pai, mãe, filho e filha). Também representa a humildade e a auto-anulação perante Deus.



Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

mt 6:6
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 27
Página: 385
Allan Kardec
Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas, que, afetadamente, oram de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas para serem vistos pelos homens. Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a recompensa.
Não cuideis de pedir muito nas vossas preces, como fazem os pagãos, os quais imaginam que pela multiplicidade das palavras é que serão atendidos. Não vos torneis semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe do que é que tendes necessidade, antes que lho peçais. (Mateus 6:5-8)

Emmanuel

mt 6:6
Livro da Esperança

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 88
Página: 230
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Quando quiserdes orar entrai para a vosso quarto e, fechada a porta, orai ao Pai, no íntimo; e o Pai que vê, no íntimo, vos recompensará.” — JESUS (Mt 6:6)


“Orai, enfim, com humildade, como o publicano e não com orgulho, como o fariseu. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau.” —


Pediste em oração a cura de doentes amados e a morte apagou-lhes as pupilas, regelando-te o coração; solicitaste o afastamento da prova e o acidente ocorreu, esmagando-te as esperanças; suplicaste a sustação da moléstia e a doença chegou a infligir-te deformidade completa; imploraste suprimentos materiais e a carência te bate à porta.

Mas se não abandonares a prece, aliada ao exercício das boas obras, granjearás paciência e serenidade, entendendo, por fim, que a desencarnação foi socorro providencial, impedindo sofrimentos insuportáveis, que o desastre se constituiu em medida de emergência para evitar calamidades maiores, que a mutilação física é defesa da própria alma contra quedas morais de soerguimento difícil e que as dificuldades da penúria são lições da vida, a fim de que a finança demasiada não se faça veneno ou explosivo nas tuas mãos.

Da mesma forma, quando suplicamos perdão das próprias faltas à Eterna Justiça, não bastam o pranto de compunção e a postura de reverência. Após o reconhecimento dos compromissos que nos são debitados no livro do espírito, continuamos tão aflitos e tão desditosos quanto antes. Contudo, se perseveramos na prece, com o serviço das boas ações que nos atestam a corrigenda, a breve trecho, perceberemos que a Lei nos restitui a tranquilidade e a libertação, com o ensejo de apagar as consequências de nossos erros, reintegrando-nos no respeito e na estima de todos aqueles que erigimos à condição de credores e adversários.

Se guardas esse ou aquele problema de consciência, depois de haver rogado perdão à Divina Bondade, sob o pretexto de continuar no fogo invisível da inquietação, não te afastes da prece mesmo assim.

Prossegue orando, fiel ao bem que te revele o espírito renovado. A prece forma o campo do pensamento puro e toda construção respeitável começa na ideia nobre.

Realmente, sem trabalho que o efetive, o mais belo plano é sempre um belo plano a perder-se. Não vale prometer sem cumprir.

A oração, dentro da alma comprometida em lutas na sombra, assemelha-se à lâmpada que se acende numa casa desarranjada; a presença da luz não altera a situação do ambiente desajustado e nem remove os detritos acumulados no recinto doméstico, entretanto, mostra sem alarde o serviço que se deve fazer.



mt 6:6
Palavras de Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 172
Página: 359
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, cerrada a porta, orai a vosso Pai em secreto; e vosso Pai que vê o que se passa em secreto vos recompensará.” — JESUS (Mt 6:6)


Se a resposta que esperamos à oração parece tardia, habitualmente nos destemperamos em amargura.

Proclamamos haver hipotecado todas as forças de espírito à confiança na Providência Divina e gritamos, ao mesmo tempo, que as tribulações ficaram maiores.

Dizemo-nos fiéis a Deus e afirmamo-nos esquecidos.

Convém observar, porém, que a provação não nos alcança de maneira exclusiva. As nossas dificuldades são as dificuldades de nosso grupo.

Familiares e companheiros sofrem conosco o impacto das ocorrências desagradáveis, tanto quanto a fricção do cotidiano pela sustentação da harmonia comum.

Se para nós, que nos asseveramos alicerçados em conhecimento superior, as mortificações do caminho assumem a feição de suplícios lentos, que não serão elas para aqueles de nossos entes queridos, ainda inseguros da própria formação espiritual.

Compreendemos que, se na extinção dos nossos problemas pequeninos, requisitamos o máximo de proteção ao Senhor, é natural que o Senhor nos peça o mínimo de concurso na supressão dos grandes infortúnios que abatem o próximo.

Em quantos lances embaraçosos, somos, de fato, a pessoa indicada à paciência e à tolerância, ao entendimento e ao serviço?

Com semelhante raciocínio, reconhecemos que a pior atitude, em qualquer adversidade, será sempre aquela da dúvida ou da inquietação que venhamos a demonstrar.

Em supondo que a solução do Alto demora a caminho, depois de havermos rogado o favor da Infinita Bondade, recordemos que se a hora de crise é o tempo de luta, é também a ocasião para os melhores testemunhos de fé; e que se exigimos o amparo do Senhor, em nosso benefício, é perfeitamente justo que o Senhor nos solicite algum amparo, em favor dos que se afligem, junto de nós.



mt 6:6
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 172
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça.” — JESUS (Mt 6:33)


Apesar de todos os esclarecimentos do Evangelho, os discípulos encontram dificuldade para equilibrarem, convenientemente, a bússola do coração.

Recorre-se à fé, na sede de paz espiritual, no anseio de luz, na pesquisa da solução aos problemas graves do destino. Todavia, antes de tudo, o aprendiz costuma procurar a realização dos próprios caprichos; o predomínio das opiniões que lhe são peculiares; a subordinação de outrem aos seus pontos de vista; a submissão dos demais à força direta ou indireta de que é portador; a consideração alheia ao seu modo de ser; a imposição de sua autoridade personalíssima; os caminhos mais agradáveis; as comodidades fáceis do dia que passa; as respostas favoráveis aos seus intentos e a plena satisfação própria no imediatismo vulgar.

Raros aceitam as condições do discipulado. Em geral, recusam o título de seguidores do Mestre.

Querem ser favoritos de Deus. Conhecemos, no entanto, a natureza humana, da qual ainda somos partícipes, não obstante a posição de Espíritos desencarnados. E sabemos que a vida burilará todas as criaturas nas águas lustrais da experiência.

Lutaremos, sofreremos e aprenderemos, nas variadas esferas de luta evolutiva e redentora. Considerando, porém, a extensão das bênçãos que nos felicitam a estrada, acreditamos seria útil à nossa felicidade e equilíbrio permanentes ouvir, com atenção, as palavras do Senhor: “Buscai primeiro o Reino de Deus e sua justiça”.




Wallace Leal Valentim Rodrigues

mt 6:6
À Luz da Oração

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 84
Francisco Cândido Xavier
Diversos
Wallace Leal Valentim Rodrigues

“Quando quiserdes orar entrai para a vosso quarto e, fechada a porta, orai ao Pai, no íntimo; e o Pai que vê, no íntimo, vos recompensará.” — JESUS (Mt 6:6)


“Orai, enfim, com humildade, como o publicano e não com orgulho, como o fariseu. Examinai os vossos defeitos, não as vossas qualidades e, se vos comparardes aos outros, procurai o que há em vós de mau.” —


Pediste em oração a cura de doentes amados e a morte apagou-lhes as pupilas, regelando-te o coração; solicitaste o afastamento da prova e o acidente ocorreu, esmagando-te as esperanças; suplicaste a sustação da moléstia e a doença chegou a infligir-te deformidade completa; imploraste suprimentos materiais e a carência te bate à porta.

Mas se não abandonares a prece, aliada ao exercício das boas obras, granjearás paciência e serenidade, entendendo, por fim, que a desencarnação foi socorro providencial, impedindo sofrimentos insuportáveis, que o desastre se constituiu em medida de emergência para evitar calamidades maiores, que a mutilação física é defesa da própria alma contra quedas morais de soerguimento difícil e que as dificuldades da penúria são lições da vida, a fim de que a finança demasiada não se faça veneno ou explosivo nas tuas mãos.

Da mesma forma, quando suplicamos perdão das próprias faltas à Eterna Justiça, não bastam o pranto de compunção e a postura de reverência. Após o reconhecimento dos compromissos que nos são debitados no livro do espírito, continuamos tão aflitos e tão desditosos quanto antes. Contudo, se perseveramos na prece, com o serviço das boas ações que nos atestam a corrigenda, a breve trecho, perceberemos que a Lei nos restitui a tranquilidade e a libertação, com o ensejo de apagar as consequências de nossos erros, reintegrando-nos no respeito e na estima de todos aqueles que erigimos à condição de credores e adversários.

Se guardas esse ou aquele problema de consciência, depois de haver rogado perdão à Divina Bondade, sob o pretexto de continuar no fogo invisível da inquietação, não te afastes da prece mesmo assim.

Prossegue orando, fiel ao bem que te revele o espírito renovado. A prece forma o campo do pensamento puro e toda construção respeitável começa na ideia nobre.

Realmente, sem trabalho que o efetive, o mais belo plano é sempre um belo plano a perder-se. Não vale prometer sem cumprir.

A oração, dentro da alma comprometida em lutas na sombra, assemelha-se à lâmpada que se acende numa casa desarranjada; a presença da luz não altera a situação do ambiente desajustado e nem remove os detritos acumulados no recinto doméstico, entretanto, mostra sem alarde o serviço que se deve fazer.




Referências em Outras Obras


Huberto Rohden

mt 6:6
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 50
Huberto Rohden
Deus abomina toda e qualquer ostentação de virtude ou santidade. Nunca devemos orar por motivo de vaidade ou vanglória. São boas e meritórias as práticas de piedade e o culto em público, quando nascidas da reta intenção. Jesus orou tanto às ocultas como em público. O que valoriza ou desvaloriza o ato é a intenção.
Quando orardes, não procedais como os hipócritas, que gostam de se exibir nas sinagogas e nas esquinas das ruas, fazendo oração a fim de serem vistos pela gente. Em verdade, vos digo que receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu aposento, fecha a porta, e ora a teu Pai às ocultas; e teu Pai, que vê o que é oculto, te há de recompensar. Nem faleis muito quando orais, como fazem os gentios, que cuidam ser atendidos por causa do muito palavreado.
Não os imiteis! Porque vosso Pai sabe o que haveis mister, antes mesmo de lho pedirdes (Mt. 6, 5-8).

CARLOS TORRES PASTORINO

mt 6:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 40
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 6:1-4


1. Prestai atenção: não façais vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; senão não tereis recompensa junto de vosso Pai que está nos céus.


2. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, COMO fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem honrados pelos homens; em verdade vos digo: já receberam sua recompensa.


3. Tu, porém, quando deres esmola, não saiba tua mão esquerda o que faz tua direita,


4. para que tua esmola fique no secreto, e teu Pai, que vê no secreto, te retribuirá.


Vem a seguir a orientação a respeito da modéstia, da humildade, instruindo-nos o Mestre a agir sem propaganda, sem alarde de nossos atos, mas antes, a manter ocultas as boas obras, de tal maneira que nem os mais íntimos delas tomem conhecimento: "não saiba a mão esquerda o que faz a direita" - lind íssima imagem literária, totalmente original.


Receber a recompensa é, segundo o verbo empregado (apéchousin tòn misthon autõn), ter em mãos "recibo".


Parece haver certa discordância entre este ensinamento e o dado acima (MT 5:16): "brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai celestial". Mas é bem fácil compreender-se: façam-se as boas obras sem cogitar de propaganda; por si mesmas elas brilharão.


Não é possível esconder uma luz. Silenciosamente levanta-se o sol todos os dias, sem que precise fazer autopropaganda todos os vêem. Assim devem agir os cristãos: não mostrar-se nem propalar o que fazem; mas FAZER, porque assim a luz brilhará por si mesma.


A esmola, que exprime a compaixão, deve ser sigilosamente manifestada, conhecida apenas do Pai que habita em nosso íntimo mais secreto, no coração do homem. A esmola é escolhida como exemplo típico, porque publicar um benefício prestado a alguém que esteja necessitado, é envergonhá-lo; e não temos o direito de diminuir moralmente nosso irmão.


Mais profunda é a lição para a individualidade. Tudo o que fizermos, deve ser realizado internamente, e não na personalidade, para que outras personalidades tomem conhecimento e elogiem.


De fato, o eu pequeno, vaidoso e egoísta, está sempre suspirando por aplausos e louvores, o que lhe alimenta o convencimento e o incha de vento, embora, na costumeira falsa modéstia, se recusem e neguem os elogios "com a boca"; mas o corpo emocional (animal) vibra de felicidade.


Quem vive no Espírito não busca esses aplausos que nada valem; e os elogios procurados pelo eu pequeno e vaidoso já lhe constitui a recompensa: tanto a ação, quanto seu resultado, morrem no âmbito da personalidade, não alcançando a profundidade do Espírito, e portanto não constituindo degraus para a subida.


Não resta dúvida de que, na Terra, a individualidade só pode agir através da personalidade. Mas tudo é feito com simplicidade, de modo natural e espontâneo. Nada com movimentos estudados nem calculados, para que tenham testemunhas. E o que se faz aqui, não se conta mais além numa propaganda sub-reptícia, com a costumeira introdução: "não é para se gabar, mas... ".


Todavia, não se trata apenas da parte externa. Também intimamente o ser evoluído SABE que a personalidade de per si NADA PODE, e tudo o que realiza provém do Cristo Interno, que o vivifica e sustenta, e que é a fonte inesgotável de todo o bem.


Então, tudo é feito com REAL e não com aparente modéstia.


Na última frase está a chave que explica tudo isso: que nossas ações fiquem "no SECRETO", isto é, no coração, no Espírito, na Individualidade. Depois é citada a razão, o motivo, a explicação que confirma todas as nossas afirmativas até aqui apresentadas desde o início de nossos comentários evangélicos: " o Pai que vê no secreto", fórmula que mais tarde (MT 6:6 e MT 6:18) é dita mais explicitamente: "o Pai que ESTÁ no secreto".


Ora, é exatamente isto que vimos dizendo desde o inicio: o Pai reside no secreto de nossos corações, está DENTRO DE NÓS, dentro de todos, dentro de tudo, como muito bem o compreendeu Paulo (cfr.


EF 4:6 e I cor. 15:28). A Centelha divina, o Cristo interno, o Pai (Verbo), que se tornou Filho, tem Sua partícula dentro de nós, e é a Fonte Inesgotável da Vida, da Harmonia, da Beleza e do Amor: o PAI ESTÁ NO SECRETO, e por isso vê tudo e sabe de tudo, "sabe o de que necessitamos antes de Lho pedirmos", e por isso, quando oramos, devemos "entrar em nosso quarto", isto é, em nosso secreto, em nosso coração, onde está o Pai, e aí conversar com Ele.


A humanidade até hoje, ainda não encontrou o caminho para Deus, porque o busca fora de si, num céu geográfico distante, ao invés de seguir o rumo certo, procurando-O dentro de si, "no secreto", onde Ele realmente se encontra em Sua totalidade metafísica, como o ensinou o próprio Jesus com uma clareza irretorquível.


Devemos, então, orar "ao Pai que ESTÁ no secreto"; não "no céu", mas NOS CÉUS, isto é, em nosso âmago. A oração não deve ser proferida com os olhos levantados para o alto, mas ao contrário, recolhidos e baixados para o coração, donde nos provém a Vida, que é Deus.


Quando compreendemos esse segredo, revelado há mais de dois mil anos por Jesus - a criatura que revelou em Si mesma, mais amplamente a Divindade - chegaremos à Paz Espiritual completa. Porque TODOS temos em nós o CRISTO, na mesma proporção em que O tinha Jesus. Reside a diferença em que nós, ao redor da Centelha Crítica, temos uma carapaça de barro, de lama endurecida, que no-Lo não deixa sentir; ao passo que Jesus, tendo aniquilado totalmente pela humildade a Sua personalidade, adelgaçou o barro e o queimou, transformando-o em cristal puríssimo, através de cuja transpar ência a humanidade VIU Deus Nele.


Realmente Jesus manifesta Deus em Si plenamente, e por isso com razão é confundido com o próprio Deus. Mas também nós podemos chegar ao mesmo grau e, mais ainda, DEVEMOS CHEGAR TODOS à evolução de Jesus, conforme escreveu Paulo (EF 4:32): "Até que TODOS à cheguemos ao estado de Homem Perfeito (individualidade), à medida da estatura (da evolução) de Cristo".


mt 6:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 11
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:13-20


13. Indo Jesus para as bandas de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o filho do homem"? 14. Responderam: "Uns dizem João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou um dos profetas".


15. Disse-lhes: "Mas vós, quem dizeis que eu sou"?


16. Respondendo, Simão Pedro disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus o vivo",


17. E respondendo, disse-lhe Jesus: "Feliz és tu, Simão Bar-Jonas, porque carne e sangue não to revelaram, mas meu Pai que está nos céus.


18. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre essa pedra construir-me-ei a "ekklêsía"; e as portas do" hades" não prevalecerão contra ela.


19. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e o que ligares na Terra será ligado nos céus, e o que desligares na Terra será desligado nos céus".


20. Então ordenou a seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo.


MC 8:27-30


27. E partiu Jesus com seus discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe; e no caminho interrogou seus discípulos, dizendo; "Quem dizem os homens que sou eu"?


28. Responderam eles: "Uns dizem João Batista; outros, Elias; e outros, um dos profetas".


29. E ele lhes disse: "Mas vós, quem dizeis que sou"? Respondendo, Pedro disselhe: "Tu és o Cristo".


LC 9:18-21


18. E aconteceu, ao estar ele sozinho orando, vieram a ele os discípulos; e ele perguntoulhes, dizendo: "Quem dizem as multidões que eu sou"?


19. Responderam eles: "Uns João o Batista; outros que um profeta dos antigos reencarnou".


20. E disse-lhes: "E vós, quem dizeis que sou"? Respondendo, pois, Pedro disse: "O Cristo de Deus".


21. Porém advertindo-os energicamente, ordenou que a ninguém dissessem isso.


Da margem oriental, onde se encontrava a comitiva, Jesus parte com seus discípulos para o norte para as bandas" (Mat. ) ou "para as aldeias" (Mr.) de Cesareia de Filipe.


Essa cidade fica na encosta do Hermon, a 4 ou 5 km de Dan, portanto no limite extremo norte da Palestina.


No 3. º séc. A. C., os gregos aí consagraram a Pâ e às Ninfas uma gruta belíssima, em que nasce uma das fontes do Jordão. Daí o nome de Paneas (ainda hoje o local é denominado Banias pelos árabes) dado à aldeia. No alto do penhasco, Herodes o grande construiu um templo de mármore de alvinitente esplendor em honra de Augusto; e o tetrarca Filipe, no ano 3 ou 2 A. C. aí levantou uma cidade a que denominou Cesareia, para homenagear o mesmo imperador. Logo, porém, a cidade passou a ser conhecida como "Cesareia de Filipe", para distingui-la da outra Cesareia da Palestina, porto de mar criado por Herodes o grande no litoral, na antiga Torre de Straton.


A viagem até lá durava dois dias, beirando-se o lago Merom (ou Houléh); ao chegar aos arredores de Cesareia de Filipe, encontraram o ambiente de extrema beleza e frescor incalculável, que perdura ainda hoje. Verde por toda a parte, a dominar o vale em redor, com o silêncio das solidões a favorecer a medita ção, diante de uma paisagem deslumbrante e serena; ao longe avistavam-se as águas que partiam da gruta a misturar-se, ao sul, com o Nahr el-Hasbani e com o Nahr el-Leddan, para dar origem ao Jordão. Nesse sitio isolado, entre pagãos, não haveria interferências de fariseus, de saduceus, nem de autoridades sinedritas ou herodianas.


Mateus, cujo texto é mais minucioso, relata que Jesus fez a pergunta em viagem, "indo" para lá; Marcos, mais explicitamente declara que a indagação foi feita "a caminho". Lucas, porém, dá outra versão: mostra-nos Jesus a "orar sozinho", naturalmente enlevado com a beleza do sítio. Depois da prece, faz que os discípulos se cheguem a Ele, e então aproveita para sindicar a opinião do povo (a voz geral das massas) e o que pensam Seus próprios discípulos a Seu respeito.


As respostas apresentam-se semelhantes, nos três sinópticos, repetindo-se mais ou menos o que foi dito quando se falou da opinião de Herodes (MT 14:2, MC 6:14-16; LC 9:8-9; ver vol. 3. °). Em resumo:

a) - João, o Batista, crença defendida sobretudo pelo remorso de Herodes, e que devia ter conquistado alguns seguidores;


b) - Elias, baseada a convicção nas palavras bastante claras de Malaquias 3:23-3, que não deixam dúvida a respeito da volta de Elias, a fim de restaurar Israel para a chegada do Messias;


c) - Jeremias, opinião que tinha por base uma alusão do 2. º livro dos Macabeus 2:1-3, onde se afirma que a Arca, o Tabernáculo e o Altar dos Perfumes haviam sido escondidos pessoalmente por Jeremias numa gruta do Monte Nebo, por ocasião do exílio do povo israelita, e por ele mesmo havia sido vedada e selada a entrada na pedra; daí suporem que Jeremias voltaria (reencarnaria) para indicar o local, que só ele conhecia, a fim de reaver os objetos sagrados. E isso encontrava confirma ção numa passagem do 4. º livro de Esdras (Esdras 2:18), onde o profeta escreve textualmente: "Não temas, mãe dos filhos, porque eu te escolhi, - diz o Senhor - e te enviarei como auxílio os meus servos Isaías e Jeremias";


d) - um profeta (Lucas: "um profeta dos antigos que reencarnou), em sentido lato. Como grego, mais familiarizado ainda que os israelitas com a doutrina reencarnacionista, explica Lucas com o verbo anestê o modo como teria surgido (re-surgido, anestê) o profeta.


No entanto, é estranhável que não tenham sido citadas as suspeitas tão sintomáticas, já surgidas a respeito do messianato de Jesus (cfr. MT 12:23), chegando-se mesmo a querer coroá-lo rei (JO 6:14).


Não deixa de admirar o silêncio quanto a essas opiniões, conhecidas pelos próprios discípulos que nolas narram, ainda mais porque, veremos na continuação, eles condividiam esta última convicção, entusiasticamente emitida por Pedro logo após.


O Mestre dirige-se então a eles, para saber-lhes a opinião pessoal: já tinham tido tempo suficiente para formar-se uma convicção íntima. Pedro, temperamental como sempre e ardoroso incontido, responde taxativo:

—"Tu és o Cristo" (Marcos) - "Tu és o Cristo de Deus" (Lucas)


—"Tu és o Cristo, o filho de Deus o vivo" (Mateus).


Cristo, particípio grego que se traduz como o "Ungido", corresponde a "Messias", o escolhido para a missão de levar ao povo israelita a palavra física de YHWH.


Em Marcos e Lucas, acena para aí, vindo logo a recomendação para fiada disso ser divulgado entre o povo.


Em Mateus, porém, prossegue a cena com três versículos que suscitaram acres e largas controvérsias desde épocas remotíssimas, chegando alguns comentaristas até a supor tratar-se de interpolação. Em vista da importância do assunto, daremos especial atenção a eles, apresentando, resumidas, as opiniões dos dois campos que se digladiam.


Os católicos-romanos aceitam esses três versículos como autênticos, vendo neles:

a) - a instituição de uma "igreja", organização com poderes discricionários espirituais, que resolve na Terra com a garantia de ser cegamente obedecida por Deus no "céu";


b) - a instituição do papado, representação máxima e chefia indiscutível e infalível de todos os cristãos, passando esse poder monárquico, por direito hereditário-espiritual, aos bispos de Roma, sucessores legítimos de Pedro, que recebeu pessoalmente de Jesus a investidura real, fato atestado exatamente com esses três versículos.


Essa opinião foi combatida com veemência desde suas tentativas iniciais de implantação, nos primeiros séculos, só se concretizando a partir dos séculos IV e V por força da espada dos imperadores romanos e dos decretos (de que um dos primeiros foi o de Graciano e Valentiniano, que em 369 estabeleceu Dâmaso, bispo de Roma, como juiz soberano de todos os bispos, mas cujo decreto só foi posto em prática, por solicitação do mesmo Dâmaso, em 378). O diácono Ursino foi eleito bispo de Roma na Basílica de São Júlio, ao mesmo tempo em que Dâmaso era eleito para o mesmo cargo na Basílica de São Lourenço. Os partidários deste, com o apoio de Vivêncio, prefeito de Roma, atacaram os sacerdotes que haviam eleito Ursino e que estavam ainda na Basílica e aí mesmo mataram 160 deles; a seguir, tendo-se Ursino refugiado em outras igrejas, foi perseguido violentamente, durando a luta até a vitória total do "bando contrário". Ursino, a seguir, foi exilado pelo imperador, e Dâmaso dominou sozinho o campo conquistado com as armas. Mas toda a cristandade apresentou reações a essa pretens ão romana, bastando citar, como exemplo, uma frase de Jerônimo: "Examinando-se do ponto de vista da autoridade, o universo é maior que Roma (orbis maior est Urbe), e todos os bispos, sejam de Roma ou de Engúbio, de Constantinopla ou de Régio, de Alexandria ou de Tânis, têm a mesma dignidade e o mesmo sacerdócio" (Epistula 146, 1).


Alguns críticos (entre eles Grill e Resch na Alemanha e Monnier e Nicolardot na França, além de outros reformados) julgam que esses três versículos tenham sido interpolados, em virtude do interesse da comunidade de Roma de provar a supremacia de Pedro e portanto do bispado dessa cidade sobre todo o orbe, mas sobretudo para provar que era Pedro, e não Paulo, o chefe da igreja cristã.


Essa questão surgiu quando Marcion, logo nos primeiros anos do 2. º século, revolucionou os meios cristãos romanos com sua teoria de que Paulo foi o único verdadeiro apóstolo de Jesus, e portanto o chefe inconteste da Igreja.


Baseava-se ele nos seguintes textos do próprio Paulo: "Não recebi (o Evangelho) nem o aprendi de homem algum, mas sim mediante a revelação de Jesus Cristo" (GL 1:12); e mais: "Deus... que me separou desde o ventre materno, chamando-me por sua graça para revelar seu Filho em mim, para preg á-lo entre os gentios, imediatamente não consultei carne nem sangue, nem fui a Jerusalém aos que eram apóstolos antes de mim" (GL 15:15-17). E ainda em GL 2:11-13 diz que "resistiu na cara de Pedro, porque era condenado". E na 2. ª Cor. 11:28 afirma: "sobre mim pesa o cuidado de todas as igrejas", após ter dito, com certa ironia, não ser "em nada inferior aos maiores entre os apóstolos" (2. ª Cor. 11:5) acrescentando que "esses homens são falsos apóstolos, trabalhadores dolosos, transformandose em apóstolos de Cristo; não é de admirar, pois o próprio satanás se transforma em anjo de luz"
(2. ª Cor. 11:13-14). Este último trecho, embora se refira a outras criaturas, era aplicado por Marcion (o mesmo do "corpo fluídico" ou "fantasmático") aos verdadeiros apóstolos. Em tudo isso baseava-se Marcion, e mais na tradição de que Paulo fora bispo de Roma, juntamente com Pedro. Realmente as listas fornecidas pelos primeiros escritores, dos bispos de Roma, dizem:

a) - Irineu (bispo entre 180-190): "Quando firmaram e estabeleceram a igreja de Roma, os bemaventurados apóstolos Pedro e Paulo confiaram a administração dela a Lino, de quem Paulo fala na epístola a Timóteo. Sucedeu-lhe depois Anacleto e depois deste Clemente obteve o episcopado, em terceiro lugar depois dos apóstolos, etc. " (Epíst. ad Victorem, 3, 3, 3; cfr. Eusébio, His. Eccles., 5,24,14).


b) - Epifânio (315-403) escreve: "Porque os apóstolos Pedro e Paulo foram, os dois juntos, os primeiros bispos de Roma" (Panarion, 27, 6).


Ora, dizem esses críticos, a frase do vers. 17 "não foi a carne nem o sangue que to revelaram, mas meu Pai que está nos céus", responde, até com as mesmas palavras, a Gálatas 1:12 e Gálatas 1:16.


Para organizar nosso estudo, analisemos frase por frase.


VERS. 18 a - "Também te digo que tu és Pedro e sobre essa pedra construir-me-ei a "ekklêsia") (oi kodomêsô moi tên ekklêsían).


O jogo de palavras corre melhor no aramaico, em que o vocábulo kêphâ (masculino) não varia. Mas no grego (e latim) o masculino Petros (Petrus, Pedro) é uma criação ad hoc, um neologismo, pois esse nome jamais aparece em nenhum documento anterior. Mas como a um homem não caberia o feminin "pedra", foi criado o neologismo. Além de João (João 1:42), Paulo prefere o aramaico Kêphá (latim Cephas) em 1CO 1:12; 1CO 3:22; 1CO 9:5; 1CO 15:5 e GL 2:14.


Quanto ao vocábulo ekklêsía, que foi transliterado em latim ecclésia (passando para o portuguê "igreja"), temos que apurar o sentido: A - etimológico; B - histórico; C - usual; D - seu emprego no Antigo Testamento; e E - no Novo Testamento.


A- Etimologicamente ekklêsía é o verbo Kaléô, "chamar, convocar", com o preverbo ek, designativo de ponto de partida. Tem pois o sentido de "convocação, chamada geral".


B- Historicamente, o termo era usado em Atenas desde o 6. º século A. C. ; ao lado da Boulê ("concílio", em Roma: Senado; em Jerusalém: Sinédrio), ao lado da Boulê que redigia as leis, por ser constituída de homens cultos e aptos a esse mister, havia a ekklêsía (em Roma: Comitium; em Jerusal ém: Synagogê), reunião ou assembleia geral do povo livre, que ratificava ou não as decisões da autoridade. No 5. º séc. A. C., sob Clístenes, a ekklésía chegou a ser soberana; durante todo o apogeu de Atenas, as reuniões eram realizadas no Pnyx, mas aos poucos foi se fixando no Teatro, como local especial. Ao tornar-se "cidade livre" sob a proteção romana, Atenas viu a ekklêsía perder toda autoridade.


C- Na época do início do cristianismo, ekklêsía corresponde a sinagoga: "assembleia regular de pessoas com pensamento homogêneo"; e tanto designava o grupo dos que se reuniam, como o local das reuniões. Em contraposição a ekklésía e synagogê, o grego possuía syllogos, que era um ajuntamento acidental de pessoas de ideias heterogêneas, um agrupamento qualquer. Como sinônimo das duas, havia synáxis, comunidade religiosa, mas que, para os cristãos, só foi atribuída mais tarde (cfr. Orígenes, Patrol. Graeca, vol. 2 col. 2013; Greg. Naz., Patrol Graeca vol. 1 col. 876; e João Crisóst., Patrol. Graeca, vol. 7 col. 22). Como "sinagoga" era termo típico do judaísmo, foi preferido" ecclésia" para caracterizar a reunião dos cristãos.


D- No Antigo Testamento (LXX), a palavra é usada com o sentido de reunião, assembleia, comunidade, congregação, grupo, seja dos israelitas fiéis, seja dos maus, e até dos espíritos dos justos no mundo espiritual (NM 19, 20; 20:4; DT 23:1, DT 23:2, DT 23:3, DT 23:8; Juizes 20:2; 1. º Sam. 17:47; 1RS 8:14, 1RS 8:22; 1CR. 29:1, 20; 2CR. 1:5; 7:8; Neem. 8:17; 13:1; Judit 7:18; 8:21; Salmos 22:22, Salmos 22:25; 26:5; 35:18; 40:10; 89:7; 107:32; 149:1; PV 5:14; Eccli, 3:1; 15:5; 21:20; 24:2; 25:34; 31:11; 33:19; 38:37; 39:14; 44:15; Lam. 1:10; Joel 2:16; 1. º Mac. 2:50;3:13; 4:59; 5:16 e 14:19).


E- No Novo Testamento podemos encontrar a palavra com vários sentidos:

1) uma aglomeração heterogênea do povo: AT 7:38; AT 19:32, AT 19:39, AT 19:41 e HB 12:23.


2) uma assembleia ou comunidade local, de fiéis com ideias homogêneas, uma reunião organizada em sociedade, em que distinguimos:


a) - a comunidade em si, independente de local de reunião: MT 18:17 (2 vezes); AT 11:22; AT 12:5; AT 14:22; AT 15:41 e AT 16:5; l. ª Cor. 4:17; 6:4; 7:17; 11:16, 18,22; 14:4,5,12,19,23,28, 33,34,35; 2. a Cor. 8:18, 19,23,24; 11:8,28; 12:13; Filp. 4:15; 2. a Tess. 1:4; l. ª Tim. 3:5, 15; 5:6; Tiago 5:15; 3. a JO 6; AP 2:23 e AP 22:16.


b) - a comunidade estabelecida num local determinado, uma sociedade local: Antióquia, AT 11:26; AT 13:1; AT 14:27; AT 15:3; Asiáticas, l. ª Cor. 16:19; AP 1:4, AP 1:11, AP 1:20 (2 vezes); 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22; Babilônia, 1PE 5:13; Cencréia, RM 16. 1; Corinto, 1CO 1:2; 2CO 1:1; Êfeso, AT 20:17; AP 2:1; Esmirna, Apoç. 2:8; Filadélfia, AP 3:7; Galácia, 1CO 16. 1; GL 1:2; dos Gentios, RM 16:4; Jerusalém, AT 5:11; AT 8:1, AT 8:3; 12:1; 15:4,22:18:22; Judeia, AT 9:31; 1TS 2:14; GL 1:22; Laodicéia, CL 4:16; AP 3:14; Macedônia, 2CO 8:1; Pérgamo, AP 2:12; Roma, RM 16:16; Sardes, AP 3:1; Tessalônica, 1TS 1:1; 2TS 1:1; Tiatira, AP 2:18.


c) - a comunidade particular ou "centro" que se reúne em casa de família: RM 16:5, RM 16:23; 1CO 16:19; CL 4:15; Film. 2; 3 JO 9, 10.


3) A congregação ou assembleia de todos os que aceitam o Cristo como Enviado do Pai: MT 16:18; AT 20:28; 1CO 10:32; 1CO 12:28; 1CO 15:9; GL 1:13; EF 1:22; EF 3:10, EF 3:21:5:23,24,25,27,29,32; Filp. 3:6; CL 1:18, CL 1:24; HB 2:12 (citação do Salmo 22:22).


Anotemos, ainda, que em Tiago 2:2, a comunidade cristã é classificada de "sinagoga".


Concluímos desse estudo minucioso, que a palavra "igreja" não pode ser, hoje, a tradução do vocábulo ekklêsía; com efeito, esse termo exprime na atualidade.


1) a igreja católica-romana, com sua tríplice divisão bem nítida de a) militante (na Terra) ; b) sofredora (no "Purgatório") e c) triunfante (no "céu");


2) os templos em que se reúnem os fiéis católicos, com suas "imagens" e seu estilo arquitetônico especial.


Ora, na época de Jesus e dos primeiros cristãos, ekklêsía não possuía nenhum desses dois sentidos. O segundo, porque os cristãos ainda não haviam herdado os templos romanos pagãos, nem dispunham de meios financeiros para construí-los. E o primeiro porque só se conheciam, nessa época, as palestras de Jesus nas sinagogas judaicas, nos campos, nas montanhas, a beira-mar, ou então as reuniões informais nas casas de Pedro em Cafarnaum, de Simão o leproso em Betânia, de Levi, de Zaqueu em Jerusalém, e de outros afortunados que lhe deram hospedagem por amizade e admiração.


Após a crucificação de Jesus, Seus discípulos se reuniam nas casas particulares deles e de outros amigos, organizando em cada uma centros ou grupos de oração e de estudo, comunidades, pequenas algumas outras maiores, mas tudo sem pompa, sem rituais: sentados todos em torno da mesa das refeições, ali faziam em comum a ceia amorosa (agápê) com pão, vinho, frutas e mel, "em memória do Cristo e em ação de graças (eucaristia)" enquanto conversavam e trocavam ideias, recebendo os espíritos (profetizando), cada qual trazendo as recordações dos fatos presenciados, dos discursos ouvidos, dos ensinamentos decorados com amor, dos sublimes exemplos legados à posteridade.


Essas comunidades eram visitadas pelos "apóstolos" itinerantes, verdadeiros emissários do amor do Mestre. Presidiam a essas assembleias, "os mais velhos" (presbíteros). E, para manter a "unidade de crença" e evitar desvios, falsificações e personalismos no ensino legado (não havia imprensa!) eram eleitos "inspetores" (epíscopoi) que vigiavam a pureza dos ensinamentos. Essas eleições recaíam sobre criaturas de vida irrepreensível, firmeza de convicções e comprovado conhecimento dos preceitos de Jesus.


Por tudo isso, ressalta claro que não é possível aplicar a essa simplicidade despretensiosa dessas comunidades ou centros de fé, a denominação de "igrejas", palavra que variou totalmente na semântica.


Daí termos mantido, neste trecho do evangelho, a palavra original grega "ekklêsía", já que mesmo sua tradução "assembleia" não dá ideia perfeita e exata do significado da palavra ekklêsía daquela época.


Não encontramos outro termo para usar, embora a farta sinonímia à disposição: associação, comunidade, congregação, agremiação, reunião, instituição, instituto, organização, grei, aprisco (aulê), sinaxe, etc. A dificuldade consiste em dar o sentido de "agrupamento de todos os fiéis a Cristo" numa só palavra.


Fomos tentados a empregar "aprisco", empregado por Jesus mesmo com esse sentido (cfr. JO 10:1 e JO 10:16), mas sentimos que não ficava bem a frase "construirei meu aprisco".


Todavia, quando ekklêsía se refere a uma organização local de país, cidade ou mesmo de casa de fam ília, utilizaremos a palavra "comunidade", como tradução de ekklêsía, porque a correspondência é perfeita.


VERS. 18 b - "As portas do hades (pylai hádou) não prevalecerão contra ela".


O hades (em hebraico sheol) designava o hábitat dos desencarnados comuns, o "astral inferior" ("umbral", na linguagem espirítica) a que os latinos denominavam "lugar baixo": ínferus ou infernus. Digase, porém, que esse infernus (derivado da preposição infra) nada tem que ver com o sentido atual da palavra "inferno". Bastaria citar um exemplo, em Vergílio (En. 6, 106), onde o poeta narra ter Enéias penetrado exatamente as "portas do hades", inferni janua, encontrando aí (astral ou umbral) os romanos desencarnados que aguardavam a reencarnação (Na revista anual SPIRITVS - edição de 1964, n. º 1 -, nas páginas 16 a 19, há minucioso estudo a respeito de sheol ou hades. Edições Sabedoria).


O sentido das palavras citadas por Mateus é que os espíritos desencarnados do astral inferior não terão capacidade nem poder, por mais que se esforcem, para destruir a organização instituída por Cristo.


A metáfora "portas do hades" constitui uma sinédoque, isto é, a representação do todo pela parte.


VERS. 19 a - "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus".


As chaves constituíam o símbolo da autoridade, representando a investidura num cargo de confiança.


Quando Isaías (Isaías 22:22) fala da designação de Eliaquim, filho de Hilquia, para prefeito do palácio, ele diz : "porei sobre seu ombro a chave da casa de David; ele abrirá e ninguém fechará, fechará e ningu ém abrirá". O Apocalipse (Apocalipse 3:7) aplica ao Cristo essa prerrogativa: "isto diz o Santo, o Verdadeiro, o que tem a chave de David, o que abre e ninguém fechará, o que fecha e ninguém abrirá". Em Lucas (11:52) aparece uma alusão do próprio Jesus a essa mesma figura: "ai de vós doutores da lei, porque tirastes as chaves da ciência: vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam".


VERS. 19 b - "O que ligares na Terra será ligado nos céus, e o que desligares na Terra será desligado nos céus".


Após a metáfora das chaves, o que se podia esperar, como complemento, era abrir e fechar (tal como em Isaías, texto que devia ser bem conhecido de Jesus), e nunca "ligar" e desligar", que surgem absolutamente fora de qualquer sequência lógica. Aliás é como esperávamos que as palavras foram colocadas nos lábios de Clemente Romano (bispo entre 100 e 130, em Roma): "Senhor Jesus Cristo, que deste as chaves do reino dos céus ateu emissário Pedro, meu mestre, e disseste: "o que abrires, fica aberto e o que fechares fica fechado" manda que se abram os ouvidos e olhos deste homem" - haper àn anoíxéis énéôitai, kaì haper àn kleíséis, kéklestai - (Martírio de Clemente, 9,1 - obra do 3. º ou 4. º século). Por que aí não teriam sido citadas as palavras que aparecem em Mateus: hò eàn dêséis... éstai dedeménon... kaí hò eàn lêsêis... éstai lelyménon?


Observemos, no entanto, que no local original dessa frase (MT 18:18), a expressão "ligar" e "desligar" se encaixa perfeitamente no contexto: aí se fala no perdão a quem erra, dando autoridade à comunidade para perdoar o culpado (e mantê-lo ligado ao aprisco) ou a solicitar-lhe a retirada (desligando-o da comunidade) no caso de rebeldia. Então, acrescenta: "tudo o que ligardes na Terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligardes na Terra, será desligado nos céus". E logo a seguir vem a lição de "perdoar setenta vezes sete". E entendemos: se perdoarmos, nós desligamos de nós o adversário, livramonos dele; se não perdoarmos, nós o manteremos ligado a nós pelos laços do ódio e da vingança. E o que ligarmos ou desligarmos na Terra (como encarnados, "no caminho com ele", cfr. MT 5. 25), será ratificado na vida espiritual.


Daí a nítida impressão de que esse versículo foi realmente transportado, já pronto (apenas colocados os verbos no singular), do capítulo 18 para o 16 (em ambos os capítulos, o número do versículo é o mesmo: 18).


A hipótese de que este versículo (como os dois anteriores) foi interpolado, é baseada no fato de que não figuram em Marcos nem em Lucas, embora se trate claramente do mesmo episódio, e apesar de que esses dois evangelistas escreveram depois de Mateus, por conseguinte, já conheciam a redação desse apóstolo que conviveu com Jesus (Marcos e Lucas não conviveram). Acresce a circunstância de que Marcos ouviu o Evangelho pregado por Pedro (de quem parece que era sobrinho carnal, e a quem acompanhou depois de haver abandonado Paulo após sua primeira viagem apostólica. Marcos não podia ignorar uma passagem tão importante em relação a seu mestre e talvez tio. Desde Eusécio aparece como razão do silêncio de Marcos a humildade de Pedro, que em suas pregações não citava fatos que o engrandecessem. Mas não é admissível que Marcos ignorasse a cena; além disso, ele escreveu seu Evangelho após a desencarnação de Pedro: em que lhe ofenderia a modéstia, se dissesse a verdade total?


Mais ainda: seu Evangelho foi escrito para a comunidade de Roma; como silenciar um trecho de importância tão vital para os cristãos dessa metrópole? Não esqueçamos o testemunho de Papias (2,

15), discípulo pessoal do João o Evangelista, e portanto contemporâneo de Marcos, que escreveu: "Marcos numa coisa só teve cuidado: não omitir nada do que tinha ouvido e não mentir absolutamente" (Eusébio, Hist. Eccles. 3, 39).


E qual teria sido a razão do silêncio de Lucas? E por que motivo todo esse trecho não aparece citado em nenhum outro documento anterior a Marcion (meados do 2. º século) ?


Percorramos os primeiros escritos cristãos, verificando que a primeira citação é feita por Justino, que aparece como tendo vivido exatamente em 150 A. D.


1. DIDACHE (15,1) manda que os cristãos elejam seus inspetores (bispos) e ministros (diáconos). Nenhum aceno a uma hierarquia constituída por Jesus, e nenhuma palavra a respeito dos "mais velhos" (presbíteros).


2. CLEMENTE ROMANO (bispo de Roma no fim do 1. º e início do 2. º século), discípulo pessoal de Pedro e de Paulo (parece até que foi citado em FP 4:3) e terceiro sucessor de ambos no cargo de inspetor da comunidade de Roma. Em sua primeira epístola aos coríntios, quando fala da hierarquia da comunidade, diz que "Cristo vem da parte de Deus e os emissários (apóstolos) da parte de Cristo" (1. ª Clem. 42, 2). Apesar das numerosíssimas citações escriturísticas, Clemente não aproveita aqui a passagem de Mateus que estamos analisando, e que traria excelente apoio a suas palavras.


3. PAPIAS (que viveu entre o 1. º e o 2. º século) também nada tem em seus fragmentos.


4. INÁCIO (bispo entre 70 e 107), em sua Epístola aos Tralianos (3, 1) fala da indispensável hierarquia eclesiástica, mas não cita o trecho que viria a calhar.


5. CARTA A DIOGNETO, aliás comprovadamente a "Apologia de Quadrado dirigida ao Imperador Adriano", portanto do ano de 125/126 (cfr. Eusibio, Hist. Eccles. 4,3), nada fala.


6. EPÍSTOLA DE BARNABÉ (entre os anos 96 e 130), embora apócrifa, nada diz a respeito.


7. POLICARPO (69-155) nada tem em sua Epístola aos Filipenses.


8. O PASTOR, de Hermas, irmão de Pio, bispo de Roma entre 141 e 155, e citado por Paulo (RM 16:14). Em suas visões a igreja ocupa lugar de destaque. Na visão 3. ª, a torre, símbolo da igreja, é construída sobre as águas, mas, diz o Pastor a Hermas: "o fundamento sobre que assenta a torre é a palavra do Nome onipotente e glorioso". Na Parábola 9, 31 lemos que foi dada ordem de "edificar a torre sobre a Rocha e a Porta". E o trecho se estende sem a menor alusão ao texto que comentamos.


#fonte 9. JUSTINO (+ ou - ano 150) cita, pela vez primeira, esse texto (Diálogus, 100, 4) mas com ele só se preocupa em provar a filiação divina do Cristo.


10. IRINEU (bispo entre 180-190), em sua obra cita as mesmas palavras de Justino, deduzindo delas a filiação divina do Cristo (3, 18, 4).


11. ORÍGENES (184-254) é, historicamente, o primeiro que afirma que Pedro é a pedra fundamental da igreja (Hom. 5,4), embora mais tarde diga que Jesus "fundou a igreja sobre os doze apóstolos, representados por Pedro" (In Matt. 12, 10-14). Damos o resumo, porque o trecho é bastante longo.


12. TERTULIANO (160-220) escreve (Scorpiae, 10) que Jesus deu as chaves a Pedro e, por seu interm édio, à igreja (Petro et per eum Ecclesiae): a igreja é a depositária, Pedro é o Símbolo.


13. CIPRIANO (cerca 200-258) afirma (Epíst. 33,1) que Jesus, com essas palavras, estabeleceu a igreja fundamentada nos bispos.


14. HILÁRIO (cerca 310-368) escreve (De Trinit. 3, 36-37) que a igreja está fundamentada na profiss ão de fé na divindade de Cristo (super hanc igitur confessionis petram) e que essa fé tem as chaves do reino dos céus (haec fides Ecclesiae fundamentum est... haec fides regni caelestis habet claves). 15. AMBRÓSIO (337-397) escreve: "Pedro exerceu o primado da profissão de fé e não da honra (prirnaturn confessionis útique, non honóris), o primado da fé, não da hierarquia (primatum fídei, non órdinis)"; e logo a seguir: "é pois a fé que é o fundamento da igreja, porque não é da carne de Pedro, mas de sua fé que foi dito que as portas da morte não prevalecerão contra ela" (De Incarnationis Dorninicae Sacramento, 32 e 34). No entanto, no De Fide, 4, 56 e no De Virginitate, 105 - lemos que Pedro, ao receber esse nome, foi designado pelo Cristo como fundamento da igreja.


16. JOÃO CRISÓSTOMO (c. 345-407) explica que Pedro não deve seu nome a seus milagres, mas à sua profissão de fé (Hom. 2, In Inscriptionem Actorum, 6; Patrol. Graeca vol. 51, col. 86). E na Hom. 54,2 escreve que Cristo declara que construirá sua igreja "sobre essa pedra", e acrescenta" sobre essa profissão de fé".


17. JERÔNIMO (348-420) também apresenta duas opiniões. Ao escrever a Dâmaso (Epist. 15) deseja captar-lhe a proteção e diz que a igreja "está construída sobre a cátedra de Pedro". Mas no Comm. in Matt. (in loco) explica que a "pedra é Cristo" (in petram Christum); cfr. 1CO 10:4 "e essa pedra é Cristo".


18. AGOSTINHO (354-430) escreve: "eu disse alhures. falando de Pedro, que a igreja foi construída sobre ele como sobre uma pedra: ... mas vejo que muitas vezes depois (postea saepíssime) apliquei o super petram ao Cristo, em quem Pedro confirmou sua fé; como se Pedro - assim o chamou "a Pedra" - representasse a igreja construída sobre a Pedra; ... com efeito, não lhe foi dito "tu es Petra", mas "tu es Petrus". É o Cristo que é a Pedra. Simão, por havê-lo confessado como o faz toda a igreja, foi chamado Pedro. O leitor escolha qual dos dois sentidos é mais provável" (Retractationes 1, 21, 1).


Entretanto, Agostinho identifica Pedro com a pedra no Psalmus contra partem Donati, letra S; e na Enarratio in Psalmum 69, 4. Esses são os locais a que se refere nas Retractationes.


Mas no Sermo 76, 1 escreve: "O apóstolo Pedro é o símbolo da igreja única (Ecclesiae unicae typum);


... o Cristo é a pedra, e Pedro é o povo cristão. O Cristo lhe diz: tu és Pedro e sobre a pedra que professaste, sobre essa pedra que reconheceste, dizendo "Tu és o Cristo, o filho de Deus vivo", eu construirei minha igreja; isto é, eu construirei minha igreja sobre mim mesmo que sou o Filho de Deus. É sobre mim que eu te estabelecerei, e não sobre ti que eu me estabelecerei... Sim, Pedro foi estabelecido sobre a Pedra, e não a Pedra sobre Pedro".


Essa mesma doutrina aparece ainda em Sermo 244, 1 (fim): Sermo 270,2: Sermo 295, 1 e 2; Tractatus in Joannem, 50, 12; ibidem, 118,4 ibidem, 124. 5: De Agone Christiano, 32; Enarratio in Psalmum 108, 1.


Aí está o resultado das pesquisas sobre o texto tão discutido. Concluiremos como Agostinho, linhas acima: o leitor escolha a opinião que prefere.


O último versículo é comum aos três, embora com pequenas variantes na forma: Mateus: não dizer que Ele era o Cristo.


Marcos: não falar a respeito Dele.


Lucas: não dizer nada disso a ninguém.


Mas o sentido é o mesmo: qualquer divulgação a respeito do messianato poderia sublevar uma persegui ção das autoridades antes do tempo, impedindo o término da tarefa prevista.


Para a interpretação do sentido mais profundo, nada importam as discussões inócuas e vazias que desenvolvemos acima. Roma, Constantinopla, Jerusalém, Lhassa ou Meca são nomes que só têm expressão para a personagem humana que, em rápidas horas, termina, sob aplausos ou apupos, sua representação cênica no palco do plano físico.


Ao Espírito só interessa o ensino espiritual, revelado pela letra, mas registrado nos Livros Sagrados de qualquer Revelação divina. Se o texto foi interpolado é porque isso foi permitido pela Divindade que, carinhosamente cuida dos pássaros, dos insetos e das ervas do campo. Portanto, se uma interpolação foi permitida - voluntária ou não, com boas ou más intenções razão houve e há para isso, e algum resultado bom deve estar oculto sob esse fato. Não nos cabe discutir: aceitemos o texto tal como chegou até nós e dele extraiamos, pela meditação, o ensinamento que nos traz.


* * *

Embevecido pela beleza da paisagem circunstante, reveladora da Divindade que se manifesta através de tudo, Jesus - a individualidade - recolhe-se em prece. É nessa comunhão com o Todo, nesse mergulho no Cosmos, que surge o diálogo narrado pelos três sinópticos, mas completo apenas em Mateus que, neste passo, atinge as culminâncias da narração espiritual de João.


O trecho que temos aqui relatado é uma espécie de revisão, de exame da situação real dos discípulos por parte de Jesus, ou seja, dos veículos físicos (sobretudo do intelecto) por parte da individualidade.


Se vemos duas indagações na letra, ambas representam, na realidade, uma indagação só em duas etapas. Exprime uma experiência que visa a verificar até onde foi aquela personagem humana (em toda a narrativa, apesar do plural "eles", só aparece clara a figura de Simão Bar-Jonas). Teriam sido bem compreendidas as aulas sobre o Pão da Vida e sobre a Missão do Cristo de Deus? Estaria exata a noção e perfeita a União com a Consciência Cósmica, com o Cristo?


O resultado do exame foi satisfatório.


Analisemo-lo para nosso aprendizado.


Em primeiro lugar vem a pergunta: "Quem dizem os homens que eu sou"? Não se referia o Cristo aos" outros", mas ao próprio Pedro que, ali, simbolizava todos os que atingiram esse grau evolutivo, e que, ao chegar aí, passarão por exame idêntico (esta é uma das provações "iniciáticas"). A resposta de Pedro reflete a verdade: no período ilusório da personalidade nós confundimos o Cristo com manifestações de formas exteriores, e o julgamos ora João Batista, ora Elias, ora Jeremias ou qualquer outro grande vulto. Só percebemos formas e nomes ilusórios. Esse é um período longo e inçado de sonhos e desilusões sucessivas, cheio de altos e baixos, de entusiasmos e desânimos.


O Cristo insiste: "que pensais vós mesmos de mim"? ou seja, "e agora, no estágio atual, que é que você pensa de mim"?


Nesse ponto o Espírito abre-se em alegrias místicas incontroláveis e responde em êxtase: Tu és o Ungido, o Permeado pelo Som (Verbo, Pai) ... Tu és o Cristo Cósmico, o Filho de Deus Vivo, a Centelha da Luz Incriada, Deus verdadeiro proveniente do verdadeiro Deus!


Na realidade, Pedro CONHECEU o Cristo, e os Pais da Igreja primitiva tiveram toda a razão, quando citaram esse texto como prova da divindade do CRISTO, o Filho Unigênito de Deus. O Cristo Cósmico, Terceiro aspecto da Trindade, é realmente Deus em Sua terceira Manifestação, em Seu terceiro Aspecto, e é a Vida que vivificava Jesus, como vivifica a todas as outras coisas criadas. Mas em Sua pureza humana, em Sua humildade, Jesus deixava que a Divindade se expandisse através de Sua personalidade física. E Pedro CONHECEU o Cristo a brilhar iluminando tudo através de Jesus, como a nós compete conhecer a Centelha divina, o Eu Interno Profundo a cintilar através de nossa individualidade que vem penosamente evoluindo através de nossas personalidades transitórias de outras vidas e da atual, em que assumimos as características de uma personagem que está a representar seu papel no palco do mundo.


Simão CONHECEU o Cristo, e seu nome exprime uma das características indispensáveis para isso: "o que ouve" ou" o que obedece".


E como o conhecimento perfeito e total só existe quando se dá completa assimilação e unificação do conhecedor com o conhecido (nas Escrituras, o verbo "conhecer" exprime a união sexual, em que os dois corpos se tornam um só corpo, imagem da unificação da criatura com o Criador), esse conhecimento de Pedro revela sua unificação com o Cristo de Deus, que ele acabava de confessar.


O discípulo foi aprovado pelo Mestre, em cujas palavras transparece a alegria íntima e incontida, no elogio cheio de sonoridades divinas:

—"És feliz. Simão, Filho de Jonas"!


Como vemos, não é o Espírito, mas a personagem humana que recebe a bênção da aprovação. Realmente, só através da personalidade encarnada pode a individualidade eterna atingir as maiores altitudes espirituais. Se não fora assim, se fosse possível evoluir nos planos espirituais fora da matéria, a encarnação seria inútil. E nada há inútil em a natureza. Que o espírito só pode evoluir enquanto reencarnado na matéria - não lhe sendo possível isso enquanto desencarnado no "espaço" -, é doutrina firmada no Espiritismo: Pergunta 175a: "Não se seria mais feliz permanecendo no estado de espírito"?


Resposta: "Não, não: ficar-se-ia estacionário, e o que se quer é progredir para Deus". A Kardec, "O livro dos Espíritos". Então estava certo o elogio: feliz a personagem Simão ("que ouviu e obedeceu"), filho de Jonas, porque conseguiu em sua peregrinação terrena, atingir o ponto almejado, chegar à meta visada.


Mas o Cristo prossegue, esclarecendo que, embora conseguido esse passo decisivo no corpo físico, não foi esse corpo ("carne e sangue") que teve o encontro (cfr. A carne e o sangue não podem possuir o reino dos céus", 1CO 15:50). Foi, sim, o Espírito que se uniu à Centelha Divina, e o Pai que habita no âmago do coração é que revela a Verdade.


E continuam os esclarecimentos, no desenvolvimento de ensinos sublimes, embora em palavras rápidas

—não há prolixidade nem complicações em Deus, mas concisão e simplicidade - revelando-nos a todos as possibilidades ilimitadas que temos: - Eu te digo que tu és Pedro, e sobre essa pedra me edificarei a "ekklêsía".


Atingida a unificação, tornamo-nos conscientemente o Templo do Deus Vivo: nosso corpo é o Tabernáculo do Espirito Santo (cfr. RM 6 : 9, 11; 1CO 3:16, 1CO 3:17; 2CO 6:16: EF 2:22; 2TM 1:14; Tiago,

4:5). Ensina-nos então, o Cristo, que nós passamos a ser a "pedra" (o elemento material mineral no corpo físico) sobre a qual se edificará todo o edifício (templo) de nossa eterna construção espiritual.


Nossa personagem terrena, embora efêmera e transitória, é o fundamento físico da "ekklêsíia" crística, da edificação definitiva eterna (atemporal) e infinita (inespacial) do Eu Verdadeiro e divino.


Nesse ponto evolutivo, nada teremos que temer:

—As portas do hades, ou seja, as potências do astral e os veículos físicos (o externo e o interno) não mais nos atingirão com seus ataques, com suas limitações, com seus obstáculos, com seus "problemas" (no sentido etimológico). A personagem nossa - assim como as personagens alheias - não prevalecerá contra a individualidade, esse templo divino, construído sobre a pedra da fé, da União mística, da unificação com o Cristo, o Filho do Deus Vivo. Sem dúvida os veículos que nos conduzem no planeta e as organizações do pólo negativo tentam demolir o trabalho realizado. Será em vão. Nossos alicerces estão fixados sobre a Pedra, a Rocha eterna. As forças do Antissistema (Pietro Ubaldi Queda e Salvação") só podem alcançar as exterioridades, dos veículos físicos que vibram nos planos inferiores em que elas dominam. Mas o Eu unido a Deus, mergulhado em Deus (D-EU-S) é inatingível, intocável, porque sua frequência vibratória é altíssima: sintonizados com o Cristo, a Torre edificada sobre a Pedra é inabalável em seus alicerces.


E Cristo prossegue:

—"Dar-te-ei as chaves do reino dos céus".


Com essas chaves em nossas mãos, podemos abrir e fechar, entrar e sair, ligar-nos e desligar-nos, quando e quanto quisermos, porque já não é mais nosso eu pequeno personalístico que quer, (cfr. JO 5:30) pensa e age; mas tudo o que de nós parte, embora parecendo proveniente da personagem, provém realmente do Cristo ("já não sou mais eu que vivo, o Cristo é que vive em mim", Gál 2:20).


Com as chaves, podemos abrir as portas do "reino dos céus", isto é, de nosso coração. Podemos entrar e sair, para ligar-nos ao Cristo Cósmico na hora em que nosso ardor amoroso nos impele ao nosso Amado, ou para desligar-nos constrangidos a fim de atender às imprescindíveis e inadiáveis tarefas terrenas que nos competem. Por mais que pareçam ilógicas as palavras "ligar" e "desligar", após a sinédoque das chaves, são essas exatamente as palavras que revelam o segredo do ensinamento: estão perfeitamente encaixadas nesse contexto, embora não façam sentido para o intelecto personalístico que só entende a letra. Mas o Espírito penetra onde o intelecto esbarra (cfr. "o espírito age onde quer", JO 3:8). Com efeito, após o Encontro, o Reconhecimento e a União mística, somos capazes de, mesmo no meio da multidão, abrir com as nossas chaves a porta e penetrar no "reino dos céus" de nosso coração; somos capazes de ligar-nos e conviver sem interrupção com o nosso Amor.


E a frase é verdadeira mesmo em outros sentidos: tudo o que ligarmos ou desligarmos na Terra, através de nossa personalidade (da personagem que animamos) será automaticamente ligado ou desligad "nos céus", ou seja, nos planos do Espírito. Porque Cristo é UM conosco, é Ele que vive em nós, que pensa por nós, que age através de nós, já que nosso eu pequenino foi abolido, aniquilado, absorvido pelo Eu maior e verdadeiro; então todos os nossos pensamentos, nossas palavras, nossas ações terão repercussão no Espírito.


A última recomendação é de capital importância na prática: a ninguém devemos falar de nada disso.


O segredo da realização crística pertence exclusivamente à criatura que se unificou e ao Amado a quem nos unimos. Ainda aqui vale o exemplo da fusão de corpos no Amor: nenhum amante deixa transparecer a ouvidos estranhos os arrebatamentos amorosos usufruídos na intimidade; assim nenhum ser que se uniu ao Cristo deverá falar sobre os êxtases vividos em arroubos de amor, no quarto fechado (cfr. MT 6:6) do coração. Falar "disso" seria profanação, e os profanos não podem penetrar no templo iniciático do Conhecimento.


Isso faz-nos lembrar outra faceta deste ensinamento. Cristo utiliza-se de uma fraseologia tecnicamente especializada na arquitetura (que veremos surgir, mais explícita, posteriormente, quando comentarmos MT 21:42, MC 12:10 e LC 20:17).


Ensina-nos o Cristo que será "edificada" por Ele, sobre a "Pedra", a ekklêsía, isto é, o "Templo".


Ora, sabemos que, desde a mais remota antiguidade, os templos possuem forma arquitetônica especial.


Na fachada aparecem duas figuras geométricas: um triângulo superposto a um quadrilátero, para ensinamento dos profanos.


Profanos é formado de PRO = "diante de", e FANUM = "templo". O termo originou-se do costume da Grécia antiga, em que as cerimônias religiosas exotéricas eram todas realizadas para o grande público, na praça que havia sempre na frente dos templos, diante das fachadas. Os profanos, então, eram aqueles que estavam "diante dos templos", e tinham que aprender certas verdades básicas. Ao aprendê-las, eram então admitidos a penetrar no templo, iniciando sua jornada de espiritualização, e aprendendo conhecimentos esotéricos. Daí serem chamados INICIADOS, isto é, já tinham começado o caminho.


Depois de permanecerem o tempo indispensável nesse curso, eram então submetidos a exames e provas.


Se fossem achados aptos no aprendizado tornavam-se ADEPTOS (isto é: AD + APTUS). A esses é que se refere Jesus naquela frase citada por Lucas "todo aquele que é diplomado é como seu mestre" (LC 6:40; veja vol. 3). Os Adeptos eram os diplomados, em virtude de seu conhecimento teórico e prático da espiritualidade.


O ensino revelado pela fachada é que o HOMEM é constituído, enquanto crucificado na carne, por uma tríade superior, a Individualidade eterna, - que deve dominar e dirigir o quaternário (inferior só porque está por baixo) da personagem encarnada, com seus veículos físicos. Quando o profano chega a compreender isso e a viver na prática esse ensinamento, já está pronto para iniciar sua jornada, penetrando no templo.


No entanto, o interior dos templos (os construídos por arquitetos que conheciam esses segredos). o interior difere totalmente da fachada: tem suas naves em arco romano, cujo ponto chave é a "pedra angular", o Cristo (cfr. MT 21:42,. MC 12:10; LC 20:17,. EF 2:20; 1PE 2:7; e no Antigo: JÓ 38:6; Salmo 118:22: IS 28:16, JR 51:26 e ZC 4:7).


Sabemos todos que o ângulo da pedra angular é que estabelece a "medida áurea" do arco, e portanto de toda a construção do templo. Assim, os que já entram no templo ("quem tem olhos de ver, que veja"!) podem perceber o prosseguimento do ensino: o Cristo Divino é a base da medida de nossa individualidade, e só partindo Dele, com Ele, por Ele e Nele é que podemos edificar o "nosso" Templo eterno.


Infelizmente não cabem aqui as provas matemáticas desses cálculos iniciáticos, já conhecidos por Pit ágoras seis séculos antes de Cristo.


Mas não queremos finalizar sem uma anotação: na Idade Média, justamente na época e no ambiente em que floresciam em maior número os místicos, o arco romano cedeu lugar à ogiva gótica, o "arco sextavado", que indica mais claramente a subida evolutiva. Aqui, também, os cálculos matemáticos nos elucidariam muito. Sem esquecer que, ao lado dos templos, se erguia a torre...


Quantas maravilhas nos ensinam os Evangelhos em sua simplicidade! ...


Corte do PANTEON de Roma, mostrando a arquitetura iniciática, com as medidas áureas
mt 6:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 24
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 25:1-13


1. "Então o reino dos céus será assemelhado a dez moças que, tomando suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo.

2. Mas cinco delas eram tolas e cinco inteligentes.

3. As tolas, pois, ao tomar suas lâmpadas, não apanharam consigo azeite.

4. Mas as inteligentes apanharam azeite nos vasos, com as lâmpadas delas.

5. Demorando o noivo, cochilaram todas e dormiram.

6. Mas à meia-noite foi dado um grito: Olha o noivo! Saí a seu encontro!

7. Então levantaram-se todas aquelas moças e prepararam suas lâmpadas,

8. e as tolas disseram às inteligentes: dai-nos de vosso azeite, porque nossas, lâmpadas se estão apagando.

9. Mas as inteligentes disseram: Não é bastante para nós e para vós; é melhor irdes aos vendedores comprá-lo para vós.

10. Indo elas comprá-lo, chegou o noivo e as preparadas entraram com ele para as núpcias e fechou-se a porta.

11. Por fim chegaram também as outras moças, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos!

12. Respondendo, ele disse: Em verdade digo-vos, não vos conheço.

13. Despertai, então, porque não sabeis o dia nem a hora".



O cerimonial das núpcias era bastante solene e rumoroso a essa época, durando vários dias e noites de festas, que cada noivo realizava em sua casa. O noivo permanecia rodeado de seus amigos, os "paraninfos", e a noiva cercada por suas amigas geralmente moças casadoiras, de sua idade. O termo grego parthénos, em geral traduzido por "virgem", não exige essa condição física da mulher, mas simplesmente designa a não-casada ainda. Embora não tenha mais as características materiais da virgindade, por já ter mantido relações sexuais com outros homens.


Os dois grupos reuniam-se no último dia, o marcado para as bodas, quando o noivo se dirigia com seus paraninfos à casa da noiva, a fim de levá-la consigo, juntamente com o grupo de suas amigas, para sua casa. Reunidos os dois grupos de parentes e amigos de ambos, na casa do noivo realizava-se o banquete oficial de núpcias, que podia durar vários dias.


Embora até hoje se tenha interpretado a parábola como referente às moças (ou "virgens") amigas da noiva, cremos que não é a elas que se refere o Mestre. Notemos que a Vulgata (e alguns códices, como D, X e theta, a família 1, algumas versões ítalas, siríacas, armênias, o Diatessaron, Hilário e Origenes latino) é que trazem: "saíram ao encontro do noivo e da noiva: contra o testemunho dos melhores códices, que suprimem "e da noiva" (como o Sinaítico, o Vaticano, K. L, W, X2, delta, pi, a família 13 mais 21 minúsculos, as versões siríacas harcleense e palestiniana, a copta saídica e a boaírica, a etiópica e os pais Metódio, Basílio, Crisóstomo, João Damasceno).


Examinando o texto, verificamos que contradiz frontalmente a todos os hábitos normais das núpcias da época, se se referisse às moças companheiras da noiva. Vejamos alguns pontos para comprovar nossa tese:

1) As moças estão na rua, e não na casa da noiva, o que é inconcebível.


2) Saem com pequenas lâmpadas a óleo, que se apagariam com qualquer rajada fresca de vento.


3) Dormem, enquanto esperam o noivo, e dormem na rua. Se estivessem na festa, a algazarra as manteria acordadas.


4) Cinco levavam suprimento de azeite e são chamadas "inteligentes", embora demonstrem indiferença e dureza de coração em relação a suas companheiras. Numa festa, não necessitariam de lâmpadas nem de suprimento de azeite, mesmo porque o cortejo era feito com archotes ou tochas. E se fossem "acompanhantes", não havia razão para que as inteligentes recusassem ajudá-las.


5) As "tolas" são enviadas a comprar azeite nos vendedores à meia-noite; compram e regressam, quando a essa hora nenhuma loja permanecia aberta para comerciar.


6) Ao chegar o noivo, este fecha a porta, coisa inadmissível num banquete nupcial, e impede a entrada das amigas e convidadas da noiva, em gesto de suprema deselegância e desconsideração.


Por tudo isso, concluímos que a parábola não se refere absolutamente às "acompanhantes" da noiva numa festa de núpcias, e sim às próprias pretendentes ao casamento, às próprias noivas que, sem qualquer festa, seriam introduzidas na câmara nupcial do noivo para se casarem com ele. O fato de serem cinco ou dez, nada importa, já que a poligamia era admitida como lícita para o homem, só sendo proibida para as mulheres, únicas sujeitas às sanções contra o adultério. Desde que tivesse meios de sustentálas, o homem podia casar-se lícita e oficialmente com quantas esposas quisesse.


O noivo da parábola havia convocado dez, para determinado dia, mas estava a viajar. As dez foram pontuais, mas ele atrasou-se e chegou tarde - à meia-noite ou segunda vigília, diz o parabolista - e, ao entrar, só encontrou cinco. Ao regressarem as "tolas", estava evidentemente ocupado e, não mais quis abrir a porta.


Agostinho (Patrol. Lat. vol. 38, col. 575) escreveu: "algo de grande simboliza o óleo, de muito grande: julgas não ser o amor"? E, acrescentam os comentadores com acerto: "o óleo dos outros de nada adianta, só o próprio".


Em todo o episódio, verificamos que o cochilo, e depois o sono das moças, natural pelo cansaço físico, não foi condenado pelo parabolista, embora toda a parábola seja narrada para salientar a necessidade de permanecer "despertos" ou "acordados". Mas o essencial é estar espiritualmente desperta a criatura e preparada para a chegada do noivo bem-amado.


Ainda aqui vem confirmar-se de forma flagrante e magnífica nossa tese, "O Reino dos Céus será assemelhado" (no futuro, homoiôthêsetai, veja vol 6). Claro que não se percebe qualquer comparação com o céu mítico de após a morre do corpo físico. Trata-se da continuidade de um ensino dado à saciedade, com lições teóricas e práticas, com citação de fatos reais ou imaginários, que pudessem dar uma ideia pálida da realidade, por meio de comparações (ou seja, parábolas) que visavam a esclarecer pormenores. Todos os exemplos, os fatos, as semelhanças, enfim todos os recursos didáticos possíveis naquela época, foram utilizados pelo Mestre, para que Seus discípulos percebessem algo que não podia, como até hoje não pode, ser explicado com palavras terrenas, pois é algo que se passa fora e além da intelecção humana, no campo do Espírito e da mente espiritual.


Mas está tão evidente que se refere todo o ensino crístico ao mergulho do ser em seu âmago e da união de nosso Espírito com o Pai, que se torna fácil interpretar todas as Suas palavras com base nesse leit-motiv que volta e é repisado a cada página dos Evangelhos.


Vejamos, pois, o que nos diz ao coração a parábola das dez moças (ou "virgens") candidatas ao esponsalício, e que "saem ao encontro do noivo". Inicialmente observemos essa expressão (em grego: exêlthon eis hypántêsin toù nymphíou) que nos revela que elas se encaminharam ao encontro de seu próprio noivo, e não ao encontro do noivo de outra. Em todo o transcurso da parábola não há referência nem longínqua a qualquer noiva ou sponsa, afora as dez citadas: é o noivo que é esperado, só ele é anunciado, só ele chega, só ele entra com as cinco, só ele responde à porta. O esponsalício era dessas cinco com o noivo.


O parabolista divide aritmeticamente as dez em dois grupos de cinco, DEZ e CINCO.


Fazendo rápida incursão nos arcanos (cfr. Serge Marcotoune, "La Science Secrete des Initiés") verificamos que o DEZ representa a diversidade da vida nos acontecimentos que surgem. Com efeito, os nove primeiros arcanos são reveladores da vida interior, enquanto o arcano 10 simboliza a multiplicidade da vida para iniciar a realização no mundo exterior. O DEZ é o término do trabalho interior, que dá direito à atividade externa. Ao passar do nove é indispensável aplicar sua sabedoria e experiência, a fim de executar a tarefa confiada à encarnação, cumprindo-a no âmbito que lhe foi designado.


Mas como aqui se trata de dois grupos de CINCO, este é o arcano que mais nos interessa, pois precisamos explicar-nos porque o mesmo número simboliza, na parábola, a vitória e a derrota. E chegamos à conclusão de que está perfeitamente certo.


O número CINCO exprime basicamente a vida. No plano divino é a Providência (no caso, o noivo que vai chegar, a Divindade que se dirige ao homem, o Criador que vem ao encontro da criatura que antes demonstrou desejar ir a Seu encontro). No plano humano é a força do microcosmo (as dez moças que buscam a união sagrada). No plano da natureza é a força vital (que faltou às cinco "tolas", simbolizada no óleo em pequena quantidade, que não conseguiu manter acesa a lâmpada da vida e da espiritualidade).


O CINCO é essencialmente dinâmico: "a vida e uma sequência de quaternários sucessivos e entrecruzados" e representa no plano humano a vontade do homem e no plano da natureza a força vital, sua resistência, seu esforço. Seria o ponto, no centro da cruz, dando-lhe a energia para o movimento evolutivo.


Seria o schin, no meio do nome sagrado: yodhê-wau-hê transformando o tetragrama divino no pentagrama messiânico, a Energia cósmica fundamental YHWH em Sua manifestação YH-SH-WH (Yahweh em Yeshwa, ou Jeová em Jesus).


No entanto, o pentagrama representado pela estrela de cinco pontas pode ser completado com a figura do bode (o "Baphomet") das paixões e crimes elementares, tanto quanta pela figura da homem ideal, com braços e pernas estendidos. Isso significa que, ao sair do arcano quatro e penetrar no cinco, pode a criatura tomar duas direções: para o bem ou para o mal, com a ponta para cima ou para baixo, conforme a direção que a vontade lhe imprime. O que não se concebe ai é a ausência da vontade dirigente. Pode haver rápida hesitação ou dúvida da vontade na escolha do caminho, mas invariavelmente segue-se a decisão para orientar-se na ação. Se não há amadurecimento suficiente do espírito, pode este fraquejar, por incapacidade de atingir a meta.


Foi o que ocorreu com as cinco "tolas". Por falta de vigor vital (o azeite que mantém acesa a lâmpada da vida) fraquejaram. Podemos dar a esse vigor vital o nome que quisermos: amor, fidelidade, sintonia, equilíbrio mental (o termo grego môra exprime exatamente a incapacidade mental) ou qualquer outro.


O fato de cochilarem e adormecerem fisicamente não importa: a lâmpada ao anelo ardente permaneceu viva e desperta, só começando a bruxulear as das que não tinham suprimento suficiente.


Não há, tampouco, dureza de coração das que recusaram fornecer seu azeite. Trata-se da impossibilidade absoluta de transferir uma capacidade espiritual. Ninguém pode transfundir em outrem seu conhecimento nem sua elevação evolutiva, nem seus dons intelectuais ou morais. Cada um tem aquilo de que é capaz. O copo não pode fornecer a um cálice a capacidade que possui de armazenar duzentos gramas. Daí a frase muito lógica: ide adquirir aquilo que vos falta, com exercícios e experiências próprias, pessoais e intransferíveis.


O grito que anuncia a chegada do noivo é dado à meia-noite, a hora em que o sol se encontra exatamente nos antípodas do local, isto é, no momento em que a fonte de luz está no mais profundo abismo do ser. Nesse exato instante, chega o noivo para realizar a união, ou seja., o Encontro misterioso que se efetua a portas trancadas dentro do ser: "entra em teu quarto e, fechada a porta, ora a teu Pai que está no secreto" (MT 6:6; vol. 2). Ninguém jamais pode testemunhar nem presenciar o verdadeiro e real esponsalício místico entre a noiva e seu Amado; realiza-se ainda em maior reserva e pudor que a própria união sexual entre os cônjuges.


O parabolista mostra a chegada extemporânea e apressada das cinco "tolas", com a resposta aparentemente dura do noivo: "não vos conheço". Não nos esqueçamos de que o verbo "conhecer" tem sentido especial na Escritura, exprimindo a união sexual (vol. 1), a união íntima (volume 4), ou a gnôse total (vol. 5); daí dizer Jesus que "conhece o Pai" (vol. 4).


Finaliza a parábola com a repetição da advertência: "Despertai, porque não sabeis o dia nem a hora". A consciência, mantida alerta e acordada no plano superior do espírito, constitui a lâmpada que deve estar alimentada pelo azeite da prece ininterrupta. Assim não se desfaz a sintoma com Seu Espírito, conservando-o preparado para a recepção suprema ao Noivo Divino.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
D. A RELIGIÃO DOS DISCÍPULOS, Mateus 6:1-34

1. Três Práticas Religiosas (Mateus 6:1-18)

(Introdução, v. 1). Na versão King James em inglês, este versículo parece fazer parte da discussão sobre dar esmolas, que vem a seguir (2-4). Mas os mais antigos manuscritos gregos apresentam o termo "justiça" em vez de esmolas. Isto faria do primeiro versículo uma introdução mais ampla para as três discussões seguintes sobre dar esmolas (2-4), oração (5-15) e jejum (16-18). No entanto, deve ser observado que Kraeling inclui o pri-meiro versículo com o parágrafo da doação de esmolas, embora aceite a leitura dos ma-nuscritos mais antigos. Ele diz: "A doação caridosa era tão importante neste período que a palavra hebraica para 'justiça' adquiriu o significado de 'dar esmolas' "42 Este talvez seja o motivo pelo qual a prática de dar esmolas seja discutida primeiramente aqui. Hoje em dia a oração provavelmente receberia o primeiro lugar, e dar esmolas o último.

John Wesley, que era um cuidadoso estudante do texto grego e surpreendentemente ciente da importância da crítica textual,' traduziu a primeira parte deste versículo como se segue: "Atentem para não praticarem a vossa justiça perante os homens, para serem vistos por eles". Traduções mais recentes apresentam: "Tenham cuidado para não faze-rem as suas boas obras publicamente para serem notados pelo povo" (Berkeley) ; "Cuida-do ao fazerem as suas boas ações à vista dos homens, para atraírem seus olhares" (Weymouth) ; "Tenham cuidado para não fazerem uma exibição de sua religião diante dos homens" (NEB) ; "Tenham o cuidado de não praticarem os seus deveres religiosos em público a fim de serem vistos pelos outros" (NTLH). A tradução mais simples é: "Não ostentem a sua piedade".

Jesus não disse que não deveríamos deixar que alguém visse as nossas boas obras. Ele já havia admoestado os seus discípulos: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus" (5.16). É com o motivo que Ele está lidando aqui. A frase significativa é: para serdes vistos por eles. Devemos buscar a glória de Deus, não a nossa própria.

  1. Dar Esmolas (6:2-4). Jesus advertiu os seus discípulos contra anunciar a sua doação com trombetas, como fazem os hipócritas (2) em lugares públicos. Já re-ceberam o seu galardão é uma expressão que pode ser traduzida como: "Já recebe-ram a sua recompensa". Os papiros provaram que o verbo apecho, que Mateus em-prega, era usado regularmente nos recibos daquele período. A força plena da afirma-ção de Jesus é que aquele que almeja e obtém o louvor dos homens, dá virtualmente um recibo: "Totalmente pago". Não haverá nenhum outro galardão aguardando por ele no céu."

Algumas pessoas têm se recusado a fazer qualquer voto público, por causa da admo-estação, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita (3). Mas a Bíblia também diz: "Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado" (Tg 4:17). Se o voto de alguém em público encorajar outra pessoa a dar, e a causa do Reino for assim aumentada, um cristão consagrado deve estar disposto a fazê-lo.

  1. Oração (6:5-15). Jesus também indicou que uma oração que demonstre ostenta-ção deve ser evitada. Os hipócritas... se comprazem em orar em pé em lugares pro-eminentes, para serem vistos pelos homens (5). Eles também "já receberam o seu galardão". O Mestre enfatizou a importância da oração em oculto (6). Um dos lugares mais sagrados em Londres é o pequeno cômodo onde John Wesley orava. Ele tem uma janela, e está do lado de fora de seu quarto em sua casa na City Road. Os visitantes têm a impressão de que o ambiente é uma rica ilustração do espírito de oração.

Cristo advertiu contra o uso de vãs repetições (7) na oração. Algumas pessoas inconscientemente repetem nomes para a Divindade diversas vezes na oração pública, até que ela se torne incômoda. Isso é uma repetição desnecessária. O nosso Pai Celestial sabe que estamos falando com Ele, e sabe o que precisamos antes de lho pedirmos (8). Portanto não precisamos ficar repetindo as nossas petições.

A oração do Pai-Nosso é um modelo perfeito da simplicidade e sinceridade da petição de Jesus. Ela também é um lindo exemplo de paralelismo poético. Impressa na forma a seguir, ela tem apenas dez linhas. Mas como são significativas!

Pai nosso, que estás nos céus,

Santificado seja o teu nome.
Venha o teu Reino.
Seja feita a tua vontade,

Tanto na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
Perdoa-nos as nossas dívidas,

Assim como nós perdoamos aos nossos devedores.

E não nos induzas à tentação,

Mas livra-nos do mal.

Aquele a quem nos dirigimos — Pai Nosso (9), sugerindo uma íntima comunhão, que estás nos céus, requerendo reverência — é seguido por seis petições. As três primei-ras são pelos interesses do Reino. As outras três são pelas necessidades pessoais. A or-dem é muito significativa. As necessidades do Reino devem sempre ter prioridade sobre todas as outras coisas.

Na verdade a oração começa, como todas as orações deveriam, com adoração: Santi-ficado seja o teu nome. O texto grego diz: "Permita que teu nome seja santificado". Esta é uma petição desafiadora: Permita que o teu santo nome seja santificado através da minha vida hoje, à medida que eu, sendo portador do nome de Cristo, vivo a vida de uma maneira semelhante à dele.

A segunda petição é: Venha o teu reino (10). Isto deve ter precedência sobre os interesses pessoais. George Ladd diz: "Esta oração é uma petição para Deus reinar, para manifestar a sua soberania e poder majestosos, para colocar em fuga todo inimigo da justiça e de seus preceitos divinos, e que só Deus possa ser o Rei sobre o mundo inteiro".' Mas esta petição também está relacionada à evangelização mundial. Pois é particular-mente na salvação das almas que vem o reino de Deus.

A terceira petição: Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu, foi ecoada por Jesus no jardim do Getsêmani (Lc 22:42). Não há maior oração que se possa oferecer. Devemos torná-la pessoal: Seja feita a tua vontade primeiro em meu coração, assim como ela é feita no céu.

A quarta petição é a primeira a expressar uma necessidade pessoal: O pão nosso de cada dia dá-nos hoje (11). O sustento físico não deve vir em primeiro lugar; mas ele tem o seu lugar no devido tempo. Deus está interessado nas nossas necessidades pessoais, e Ele quer que as coloquemos diante dele em oração. Ele prometeu suprir as nossas neces-sidades materiais, desde que coloquemos o seu reino em primeiro lugar (v. 33). O signifi-cado exato das palavras de cada dia (encontrado somente na oração do Pai-Nosso) é incer-to. A palavra grega epiousion tem sido traduzida como "o necessário para a existência", "para o dia de hoje", "para amanhã", "para o futuro". A expressão de cada dia é melhor.

Uma necessidade mais urgente é o perdão: Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (12). Aquele que carrega um espírito que não perdoa os outros deve parar antes de oferecer esta oração. Suponha que Deus o tome por sua palavra; que esperança haveria para ele? A versão de Lucas da oração do Pai-Nosso apresenta "pecados" em vez de "dívidas"." Todo ser humano está em dívida, pois "todos pecaram" (Rm 3:23). (Veja a exposição sobre Lucas 11:4.)

A última petição é: E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal (13) -ou "do maligno". Tentação pode ser "provação"; a palavra grega pode ser traduzida de ambos os modos. Morison parafraseia a petição da seguinte forma: "E não nos coloque em provação, provação severa, provação que, em virtude de sua severidade, venha a pressionar duramente o nosso estado morar.'

Nos antigos manuscritos gregos, a oração do Pai-Nosso termina com esta petição. A doxologia que segue — Porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! — foi acrescentada há muito tempo, provavelmente para lhe dar uma conclusão mais acabada quando recitada em público. O acréscimo foi finalmente incorporado ao texto pelos escribas. Entretanto, é melhor incluí-la quando a oração do Pai-Nosso for recitada em público.

Nos dois versículos que se seguem à oração (14-15), Jesus mostrou a grande seriedade da questão de perdoar aos outros. Aquele que se recusa a perdoar fecha a porta do céu em seu próprio rosto. Nenhum espírito que não perdoa pode entrar ali. Independentemente daquilo que for feito contra nós, devemos perdoar — completamente e para sempre.

c) Jejum (6:16-18). Outra vez os hipócritas (16) são descritos, desta vez como mos-trando-se contristados, desfigurando o rosto, para que aos homens pareça que je-juam. E outra vez nos é dito que "já receberam o seu galardão".

As instruções de Jesus, colocadas em termos modernos, são as seguintes: Quando jejuar, penteie os cabelos e lave o seu rosto. Não tenha a aparência triste para lembrar as pessoas que você está jejuando. Antes, jejue por causa do bem espiritual dos outros e de si mesmo. Observe que Jesus diz que Deus tem uma recompensa para este tipo de jejum
Sobre o valor espiritual do jejum, Pink diz o seguinte: "Quando o coração e a mente são profundamente exercitados com relação a um assunto sério, especialmente o de um tipo solene e pesaroso, há uma indisposição para alimentar-se, e a abstinência a partir daí é uma expressão natural da nossa falta de merecimento, do nosso senso de inutilidade compara-tiva das coisas terrenas, e do nosso desejo de fixar a nossa atenção nas coisas do alto".'

2. Unidade de Propósito (6:19-24)

a) Um Único Tesouro (6:19-21). Jesus advertiu sobre a loucura de juntar tesouros na terra. Tudo pode ser destruído ou perdido. Roupas caras tinham grande importância nos tesouros dos homens e mulheres orientais. A traça seria uma grande ameaça para tal riqueza; ferrugem também significa, literalmente, "comer". Assim, isto pode se referir a vermes comendo a roupa. Naquela época também era comum para os ladrões "cavarem" (minarem,
19) as paredes de barro das casas palestinas para roubar. Mas no céu todos os nossos tesouros estão seguros (20).

Jesus apresenta aqui um princípio muito significativo: onde estiver o vosso te-souro, aí estará também o vosso coração (21). Ao encorajar uma pessoa a contribuir para a obra do Senhor, você está ajudando a ligá-la ao céu. Até mesmo solicitar que um não-crente contribua para um projeto especial da igreja pode impulsioná-lo à salvação. Portanto, prestamos às pessoas um serviço claro quando lhes damos a chance de apre-sentar as suas ofertas ao Senhor. O nosso coração se encaminha para onde o nosso di-nheiro se encaminha.

  1. Olhos Bons (6:22-23). Jesus declarou que a candeia do corpo são os olhos. Se os olhos forem bons, todo o corpo terá luz (22). Mas se os olhos forem maus (uma palavra forte, poneros), o corpo será tenebroso (23). O que o Mestre estava querendo dizer é que somente a unidade de propósitos, ou pureza de intenção, pode manter o ser interior iluminado com a presença de Deus. O contraste entre a luz e as trevas é um tema favorito na Bíblia, especialmente em João. Isto também desempenha um papel proemi-nente nos manuscritos do Mar Morto, particularmente no manuscrito intitulado "A Guerra dos Filhos da Luz Contra os Filhos das Trevas"."
  2. Um Único Mestre (6.24). Filson observa: "O versículo 24 (cf. Lc 16:23) afirma claramente a intenção dos dois parágrafos anteriores: Deus reivindica total lealdade; o discípulo não pode dividir a sua lealdade entre Deus e as suas posses"5.° Mamom (24) é a palavra aramaica para dinheiro ou riqueza.

As três ênfases principais no capítulo 6 até este ponto são a simplicidade, a sinceri-dade e a unidade. Estas são virtudes básicas na vida do discipulado, como o próprio Senhor Jesus descreveu. Nenhuma parcela de habilidade ou intelectualismo sofisticados compensarão a falta delas.

3. Simplicidade de Confiança (6:25-34)

O pecado que Jesus condena nesta seção é o da preocupação. Não andeis cuidado-sos (25) pode ser traduzido como: "Não estejais ansiosos". Não devemos nos preocupar com o alimento ou a roupa. A vida é mais do que o mantimento (comida). Aqui se trata tanto da existência espiritual quanto da vida material.

O Mestre, então, deu o exemplo das aves do céu (26). Elas não semeiam, nem segam, e contudo o Pai Celestial as alimenta. Quanto mais Ele cuidará de seus próprios filhos?

O significado de estatura (27) é incerto. Ele pode ser traduzido como "medida de sua vida", "extensão da vida", "curso da sua vida", mas também "altura" (NEB). A pala-vra grega (helikia) ocorre oito vezes no Novo Testamento. Em João 9:21-23 ela significa muito claramente "idade" — "tem idade; perguntai-lho". Mas em Lucas 19:3 ela também significa claramente "estatura". Zaqueu tinha falta de altura, não de idade. A questão é: O que a palavra significa aqui e na passagem paralela (Lc 12:25) ? Pareceria mais natu-ral falar de acrescentar um côvado (45 centímetros) à altura de alguém do que à sua idade. Abbott-Smith dizem: "Mas o uso predominante na Septuaginta e nos papiros favo-recem o antigo significado [idade] nestas passagens duvidosas".51 O contexto aqui tam-bém favorece a "duração da vida". Seja qual for o significado da palavra, a afirmação de Jesus é poderosa. A preocupação não pode acrescentar nada à altura, idade ou extensão da vida de uma pessoa.

Deus não só alimenta as aves, mas Ele também veste os lírios do campo (28). Embora eles não trabalhem, nem fiem, contudo, nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como qualquer deles (29). Se Deus cuida dessa maneira das flores efêmeras — que hoje estão aqui, e que amanhã serão inexistentes (tornando-se combustível para o forno) — quanto mais Ele vestirá os seus próprios filhos (30) ? Esta é uma lógica que não se pode contestar. Assim, o discípulo não deve ficar ansioso sobre o que comer, beber ou vestir (31) ; seu Pai Celestial sabe o que ele precisa (32).

Segue-se, então, a grande passagem sobre a mordomia: Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas (33). A ordem das petições na oração do Pai-Nosso é lembrada. Primeiro devemos buscar o Reino de Deus e a sua justiça para nós mesmos. Na verdade, o Reino de Deus é a justiça. Pink observa: "Agora, por 'justiça de Deus' devemos entender duas coisas: uma justiça imputada e uma justiça concedida, que é colocada em nossa conta ou crédito e que é comunicada às nossas almas"."

Em segundo lugar, devemos buscar o Reino de Deus e a sua justiça para os outros. Isto é, a nossa principal preocupação como discípulos do Senhor deve ser a salvação das almas e a edificação da sua igreja. Se colocarmos isto em primeiro lugar, Ele promete suprir todas as necessidades materiais.

O capítulo termina com uma admoestação de encerramento, para não nos preocu-parmos sobre o futuro (34). Já basta a cada dia o seu mal; isto é, problemas e cuidados que já lhe pertencem.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 6 versículo 6
Recompensará: Ver Mt 5:12,Mt 6:6 Em diversos manuscritos, após recompensará, se acrescenta:
Em público.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
*

6:1

justiça. Jesus afirma o valor positivo que há na justiça prática, porém, somente quando praticado em submissão a Deus e por amor a ele, ao invés de buscar a glória pessoal humana.

* 6:2

hipócritas. No Novo Testamento o hipócrita é aquele que alega ter um relacionamento com Deus e amar a justiça, mas está buscando seu próprio interesse, enganando-se a si mesmo. Os hipócritas denunciados no capítulo 23 não tinham consciência de sua própria hipocrisia.

* 6:5

orardes. Ver "Oração", em Lc 11:2.

* 6:7

não useis de vãs repetições. Essa proibição não contradiz o princípio de continuarmos pedindo a Deus aquilo que cremos ser da sua vontade (Lc 18), mas corrige a idéia de que Deus se impressiona com a quantidade das palavras.

* 6:9

Esta oração é um modelo de brevidade, pedindo primeiro que Deus seja glorificado e, depois, pelas necessidades da vida humana.

Pai nosso. Ver "Adoção", em Gl 4:5.

santificado seja o teu nome. Não só que as criaturas de Deus mantenham santo seu nome, mas que Deus pode ele mesmo santificá-lo, por ser o santo Juiz e Salvador.

* 6:11

pão nosso de cada dia. A palavra grega traduzida por "de cada dia" é conhecida só nesta oração. Tem sido entendida como significando o pão "diário", "necessário", "futuro" ou de "amanhã". Há três interpretações básicas para ela. O ponto de vista sacramental é que esse pão se refere ao pão recebido na Santa Ceia. Outro ponto de vista é que ele simboliza a vida no reino que virá, tornando a expressão equivalente à expressão "venha o teu reino", no v. 10. Um terceiro ponto de vista é que é uma súplica pela provisão de Deus das nossas necessidades físicas. Este último ponto de vista é, talvez, o melhor e este tema é desenvolvido nos vs. 19-34 (Pv 30:8).

* 6:12

dívidas. A referência aqui é à dívidas espirituais. Os cristãos perdoam outros em resposta ao perdão de Deus (18.32-33); porém, se não perdoarmos outros, não podemos clamar pelo perdão de Deus para nós mesmos.

* 6:13

não nos deixes cair em tentação. Os perdoados oram esta petição porque confiam em Deus e não confiam em si mesmos. O Pai pode submeter-nos à prova (4.1; Dt 8:2), mas não permitirá que sejamos tentados além da nossa capacidade (1Co 10:13).

* 6:17

unge a cabeça. Isto simbolizava o regozijo (Sl 23:5; 45:7; 104:15; Is 61:3), mas era também parte da rotina diária, exceto quando havia jejum (Dn 10:3). O não ungir-se poderia ser uma tentativa de alguém se mostrar mais piedoso do que outros.

* 6:19

ferrugem. Refere-se não só à corrosão comum, mas também ao mofo ou bolor que faz apodrecer a madeira, e coisas semelhantes. Todas as coisas materiais estão sujeitas à decadência ou à perda.

* 6:23

a luz que em ti há. Os "bons olhos" olham para Deus como seu “senhor” (v. 24) e enchem a pessoa com a luz da vontade de Deus. Porém, os "olhos maus" procuram os “tesouros sobre a terra” (v. 19) e admitem só as "trevas" da cobiça e do interesse próprio. A vida toda da pessoa será determinada pela espécie de "luz” que seus “olhos” admitem.

* 6:26

não semeiam, não colhem. A questão não é que os passarinhos sejam ociosos — um pássaro adulto não fica no seu ninho com o bico aberto — mas que os passarinhos não se preocupam com o que o futuro reserva. A preocupação ansiosa mostra falta de confiança no conhecimento e cuidado de Deus (vs. 32,33). Ver "Providência", em Pv 16:33.

* 6:27

um côvado ao curso da sua vida. A palavra grega pode ser também traduzida como "um côvado à sua estatura". Desde que adicionar 44cm à estatura de alguém seria dificilmente uma realização desprezível (conforme Lc 12:25-26), pode ser melhor se entendermos a palavra côvado como uma figura de linguagem para significar um curto período de tempo; daí, seria "pode acrescentar um momento de tempo ao curso de sua vida".

* 6:33

buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça. Devemos fazer do governo soberano de Deus, e do correto relacionamento com ele, a mais alta prioridade da nossa vida (ver 3.15, nota sobre "Justiça"). A preocupação é inconsistente com esta prioridade; revela dúvida a respeito da soberania e bondade de Deus, e nos desvia dos verdadeiros objetivos da vida. Deus satisfará todas as necessidades daqueles que arriscam tudo por ele.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
6:2 O termo hipócrita, conforme se usa aqui, refere-se à pessoa que faz boas obras só por aparência, não por compaixão nem nenhum outro motivo bom. Suas ações podem ser boas mas seus motivos são maus. Esses atos vazios são sua recompensa, enquanto que Deus premiará aos que são sinceros em sua fé.

6:3 Quando Jesus diz "não saiba sua mão esquerda o que faz sua direita", quer significar que nossos motivos para dar devem ser puros. É fácil dar com motivos mistos, fazer algo em favor de alguém se for beneficiar em alguma maneira. Os crentes devessem evitar todo artifício e dar sozinho pela satisfação de dar e assim responder ao amor de Deus. Qual é sua motivação ao dar?

6:3, 4 É muito fácil dar por reconhecimento e louvor. Para nos assegurar de que nossos motivos não são egoístas devêssemos realizar nossas boas obras quieta e silenciosamente, sem esperar recompensa. Jesus diz que devemos revisar nossos motivos quanto a generosidade (6.4), oração (6,6) e jejum (6.18). Estas obras não devem ser egocêntricas, a não ser teocéntricas, e não para nos fazer luzir bem, a não ser para fazer a Deus luzir bem. A recompensa que Deus promete não é material e nunca é dada aos que a buscam. Fazer algo solo para nós não é um sacrifício de amor. Quando tiver a oportunidade de fazer uma boa obra, pergunte-se: "Faria isto embora ninguém soubesse?"

6.5, 6 Algumas pessoas, especialmente os líderes religiosos, queriam que os vissem como "Santos", e a oração pública era uma das maneiras que empregavam para obtê-lo. Jesus viu além de seus atos de justiça própria e ensinou que a essência da oração não radica no que se diz (nem como nem onde), a não ser na comunicação com Deus. É válido orar em público, mas orar sozinho onde vamos ser vistos é uma indicação de que nossa audiência verdadeira não é Deus.

6.7, 8 Algumas pessoas pensam que repetir as mesmas palavras uma e outra vez, como um encantamento, fará que Deus lhes ouça. Não é errôneo nos aproximar de Deus com a mesma petição; Jesus nos anima a que elevemos orações persistentes. Mas condenação as repetições corriqueiras que não se elevam com um coração sincero. Nunca se ora muito se nossas orações forem sinceras.

6:9 Esta oração pode ser um modelo para nossas orações. Devemos elogiar a Deus, orar por sua obra no mundo, orar por nossas necessidades cotidianas e orar solicitando sua ajuda em nossos conflitos diários.

6:9 A frase "Pai nosso que está nos céus" indica que Deus não só é majestoso e santo, mas também pessoal e amoroso. O primeiro artigo desta oração modelo é uma declaração de louvor e dedicação a honrar o nome santo de Deus. Honramos o nome de Deus ao usá-lo com respeito. Se usarmos o nome de Deus ligeiramente, não tomamos em conta a santidade de Deus.

6:10 A frase "Venha seu reino" é uma referência ao reino espiritual de Deus, não a que o Israel fora liberada do jugo de Roma. O Reino de Deus foi anunciado no pacto com o Abraão (8.11; Lc 13:28), está presente no reinado de Cristo no coração de cada crente (Lc 17:21), e será completado quando a maldade seja destruída e O estabeleça novos céus e terra (Ap 21:1).

6:10 Quando oramos "Faça-se sua vontade", não estamos nos abandonando à sorte, mas sim estamos orando que o propósito perfeito de Deus se cumpra neste mundo como no mais à frente.

6:11 Quando oramos "nosso pão de cada dia nos dêem isso hoje" reconhecemos que Deus é nosso sustentador e fornecedor. É um 2 pensar que dependemos de nós mesmos. Confiamos em que Deus cada dia tem que nos proporcionar o que sabe que necessitamos.

6:13 Jesus não está sugiriendo que Deus nos guia para a tentação. Simplesmente está pedindo que sejamos sacados de Satanás e seus enganos. Todos os cristãos enfrentam tentações. Algumas vezes é tão sutil que inclusive não sabemos o que nos está passando. Deus nos prometeu que não permitirá que sejamos tentados além do que possamos suportar (1Co 10:13). lhe peça a Deus que lhe permita reconhecer a tentação, que lhe dê forças suficientes para enfrentá-la e que possa seguir o caminho de Deus. Para maior informação a respeito da tentação, vejam-nas notas de 4.1.

6:14, 15 Jesus nos põe em alerta quanto ao perdão se refere: se não querermos perdoar a outros, tampouco Deus nos perdoará. por que? Porque quando não perdoamos a outros estamos negando o que temos em comum como pecadores necessitados do perdão de Deus. O perdão de Deus não é o resultado direto de nosso ato perdonador para outros, mas sim está apoiado em nosso entendimento do significado do perdão (veja-se Ef 4:32). É fácil pedir a Deus seu perdão, mas é difícil dá-lo a outros. Quando pedirmos a Deus que nos perdoe, devemos nos perguntar: "perdoei às pessoas que me feriram ou ofendeu?"

6:16 Jejuar, não tomar mantimentos com o propósito de empregar o tempo em oração, é nobre e dificultoso. Dá-nos tempo para orar, ensina-nos auto-disciplina, recorda-nos que podemos viver com muito menos e nos ajuda a apreciar os dons de Deus. Jesus não estava condenando o jejum a não ser a hipocrisia de jejuar com o fim de ganhar a aprovação da gente. O jejum era obrigatório para os judeus uma vez ao ano, no Dia da Expiação (Lv 23:32). Os fariseus jejuavam voluntariamente duas vezes à semana para impressionar às pessoas com sua "santidade". Jesus recomendou atos de autosacrificio feitos em silêncio e com sinceridade. Procurou pessoas que o servissem com bons motivos, não para satisfazer ânsias de louvor.

6:17 O azeite de oliva se usava como um cosmético similar a uma loção. Jesus está dizendo: "Quando jejuar faz todo o resto de forma normal. Não faça do jejum um espetáculo".

6:20 Fazer tesouros no céu não é sozinho pagar o dízimo, mas sim se obtém também com qualquer ato de obediência a Deus. Há certo sentido em que ao dar à obra de Deus estamos invirtiendo no céu, mas nossa intenção deveria ser procurar o cumprimento dos propósitos de Deus em tudo o que fazemos, não só no que fazemos com nosso dinheiro.

6.22, 23 Visão espiritual é nossa capacidade de ver com claridade o que Deus quer fazer em nós e ver o mundo através de seus olhos. Mas este discernimento espiritual pode ser facilmente opacado. Os desejos, interesses e metas egoístas bloqueiam essa visão. Servir a Deus é a melhor maneira de restaurá-la. O "bom" olho é o que se fixa em Cristo.

6:24 Jesus diz que podemos servir sozinho a um senhor. Vivemos em uma sociedade materialista onde muitas pessoas servem ao dinheiro. Empregam suas vidas em ganhar e entesourar, solo para morrer e ter que deixá-lo tudo. Seu desejo de ter dinheiro e o que podem adquirir com ele chega a ter maior preponderância que sua entrega a Deus e que os assuntos espirituais. O que entesoure lhe absorverá tempo e energias para pensar nisso. Não caia na armadilha do materialismo porque "o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males" (1Tm 6:10). Poderia assegurar, com toda sinceridade, que Deus é seu Senhor e não o dinheiro? Uma maneira de nos examinar é nos perguntando o que ocupa principalmente meus pensamentos, tempo e esforços.

6:24 Jesus contrastou os valores celestiales com os terrestres quando afirmou que devemos dedicar nossa lealdade prioritária às coisas que não se murcham, que ninguém pode roubar e que não envelhecem. Não devêssemos chegar ao extremo de nos fascinar tanto por nossas posses ao grau que sejamos seus escravos. Isto significa que devêssemos fazer alguns recortes em caso de que nossas posses estivessem convertendo-se em muito importantes para nós. Jesus está chamando a tomar uma decisão que nos permita viver tranqüilamente com o que tenhamos porque escolhemos o que é eterno e duradouro.

6:25 devido a seus efeitos insalubres, sugere-nos não nos preocupar com aquelas coisas que Deus promete suprir. A preocupação pode (1) danificar sua saúde, (2) dar lugar a que o objeto de sua angústia consuma seus pensamentos, (3) diminuir sua produtividade, (4) afetar negativamente a forma em que você trata a outros, e (5) reduzir sua capacidade de confiar em Deus. Aqui está a diferença entre a angústia e a preocupação genuína: a angústia imobiliza mas a preocupação nos move à ação.

6:33 "Procurar o reino de Deus e sua justiça" significa procurar sua ajuda em primeiro lugar, saturar nossos pensamentos com seus desejos, tomar seu caráter como modelo e lhe servir e lhe obedecer em tudo. O que é o mais importante para você? Haverá pessoas, objetos, metas e outros desejos que compitam quanto a prioridade. Qualquer destes pode tirar deus do primeiro lugar se você não decidir enfaticamente lhe dar o primeiro lugar em todos os aspectos de sua vida.

6:34 Planejar para o manhã é tempo bem investido; trabalhar em excesso-se pelo manhã é tempo perdido. Algumas vezes é dificultoso notar a diferença. Planejar é pensar com antecipação em metas, passos e datas, e confiar na direção de Deus. Quando se faz bem, o afã diminui. que se trabalha em excesso, em troca, vê-se assaltado pelo temor e lhe faz difícil confiar em Deus. que se trabalha em excesso deixa que seus planos interfiram em sua relação com Deus. Não permita que seu afã pelo manhã afete suas relações com Deus.

Jesus E AS LEIS DO ANTIGO TESTAMENTO

Referências e exemplos de misericórdia no Antigo Testamento :

Lv 19:18: "Não te vingará, nem guardará rancor aos filhos de seu povo, a não ser amará a seu próximo como a ti mesmo. Eu Jeová".

Pv 24:28-29: "Não seja sem causa testemunha contra seu próximo, e não lisonjeie com seus lábios. Não diga: Como me fez, assim lhe farei; darei o pagamento ao homem segundo sua obra".

Pv 25:21-22: "Se o que te aborrecer tuviere fome, lhe dê de comer pão. E se tuviere sede, lhe dê de beber água; porque brasas amontoará sobre sua cabeça, e Jeová lhe pagará isso".

Lm 3:27-31: "Dê a bochecha ao que lhe fere, e seja loja de comestíveis de afrontas. Porque o Senhor não despreza para sempre".

O que parece que Jesus contradiz das leis do Antigo Testamento é digno de uma cuidadosa análise. É muito fácil passar por cima a grande misericórdia com que se escreveram as leis do Antigo Testamento. Acabamos de dar vários exemplos. O sistema de justiça com misericórdia que Deus criou se distorceu com o passo dos anos e se converteu em justificação para a vingança. O que Jesus atacou foi a má aplicação da Lei.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
Sobre o Sermão do Monte Parte VI

John Wesley

Guarda-te de fazer a tua oferta, diante de homens, para que sejas visto por eles: Do contrário, não terás recompensa junto a teu Pai que está nos céus. Por conseguinte, quando deres tua oferta, não faças alarde diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas, e nas ruas, a fim de que possam ter a glória de homens. Verdadeiramente eu vos digo, que eles já tiveram a recompensa deles. Quando, portanto, tu deres a tua oferta, não permite que tua mão esquerda saiba o que tua mão direita faz: tua oferta deve ser feita em secreto: E teu Pai, que vê em secreto, Ele mesmo irá recompensar a ti abertamente.

E, quando tu orares, não usa de repetições vãs, como os ateus o fazem: Já que eles pensam que serão ouvidos, por muito falarem. Não sejas, por conseguinte, como eles: Porque teu Pai sabe daquilo que tu precisas, antes de peças a Ele.

Em vez disto, ora, assim:

'Pai nosso, que estás no céu. Santificado seja teu nome. Venha o teu reino. Seja feita a tua vontade, na terra, como ela é feita nos céus. Dá-nos, este dia, o nosso pão. E perdoa os nossos débitos, como perdoamos os nossos devedores. E não nos permita a tentação, mas livra-nos do mal. Porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém'.

Porque se perdoares as transgressões dos homens, o teu Pai celeste irá perdoar a ti: Mas se tu não perdoares as transgressões de homens; nem o teu Pai irá perdoar as tuas ( Mateus 6:1-15).

I. Cuide para que sua oferta não vise a sua própria glória.

II. A insinceridade, nas orações e obras de misericórdia, é a primeira coisa do qual devemos nos guardar.

III. A oração do Senhor é um modelo e padrão para todas as nossas orações.

1. No capítulo precedente, nosso Senhor tem descrito a religião interior em suas várias ramificações. Ele tem colocado diante de nós essas disposições da alma, que constituem no Cristianismo verdadeiro; os temperamentos interiores contidos naquela 'santidade, sem a qual nenhum homem verá ao Senhor'; as afeições que, quando fluindo de suas fontes apropriadas; de uma fé viva em Deus, através de Jesus Cristo, são intrinsecamente e essencialmente boas e aceitáveis para Deus. Ele prossegue mostrando, nesse capítulo, como nossas ações, igualmente, mesmo aquelas que são indiferentes à nossa própria natureza, podem se tornar santas, boas e aceitáveis para Deus, através de uma intenção pura e santa. O que for feito, sem isto, ele declara largamente, que não terá valor diante de Deus. Considerando que, quaisquer que sejam as obras exteriores, se elas forem assim consagradas a Deus, elas serão, aos Seus olhos, de grande valor.

2. A necessidade dessa pureza de intenção, ele mostra, primeiro, com respeito àquelas que são usualmente consideradas ações religiosas, e de fato, o são, quando executadas com a intenção correta. Algumas dessas são comumente denominadas de obras de devoção; a restante, obras de caridade ou misericórdia. As obras desse segundo tipo, ele particularmente chama de assistência aos pobres; as obras do primeiro tipo, de oração e jejum. Mas as direções dadas para essas são igualmente para serem aplicadas a todas as obras, se de amor ou misericórdia.

I

1. Primeiro, com respeito às obras de misericórdia: 'Cuidem', diz o senhor, 'que vocês não façam donativos, diante de homens, para que não sejam vistos por eles: Do contrário não terão recompensa junto a seu Pai que está no céu'. 'Que vocês não façam doações': -- Embora se referindo especificamente a isto; ainda assim, em toda a obra de caridade está incluída tudo o que você dá, ou fala, ou faz, e, por meio do qual, nosso próximo possa ter proveito; por meio do qual, outro homem possa receber alguma vantagem, tanto em seu corpo, quanto em sua alma. O alimentar o faminto, o vestir o nu, o entreter ou assistir ao estranho, o visitar aqueles que estão doentes, ou na prisão, o confortar o aflito, o instruir o ignorante, o reprovar o pecaminoso, o exortar e encorajar o benfeitor; e se houver alguma outra obra de misericórdia, ela estará igualmente incluída nessa direção.

2. 'Cuidem que vocês não façam donativos diante de homens, para que não sejam vistos por eles'. A coisa que está aqui proibida, não é meramente o fazer o bem às vistas dos homens; essa circunstância apenas, a que outros vejam o que nós fazemos, não torna a ação nem pior, nem melhor; mas o fazer isto diante de homens, 'para que sejam vistos por eles', visando essa intenção apenas. Eu digo, essa intenção apenas; já que isto pode, em alguns casos, ser uma parte de nossa intenção; nós podemos objetivar que algumas de nossas ações possam ser vistas, e ainda assim, elas possam ser aceitáveis para Deus. Nós podemos pretender que nossa luz brilhe, diante de homens, quando nossa consciência é testemunha com o Espírito Santo, que nossa finalidade maior, em desejar que eles possam ver nossas boas obras, é 'que eles possam glorificar nosso Pai que está no céu'. Mas cuidem que vocês não façam a menor coisa, visando a própria glória de vocês. Guardem que o cuidado para com a oração de homens não tenha lugar, afinal, em suas obras de misericórdia. Se vocês buscam a sua própria glória; se vocês têm como objetivo ganhar a honra que vem dos homens, o que quer que seja feito com essa visão de nada valerá; se não for feito junto ao Senhor; Ele não aceitará. 'Vocês não terão galardão', por isto, 'do seu Pai que está no céu'.

3. 'Portanto, quando vocês derem o seu donativo, não façam alarde, como os hipócritas o fazem, nas sinagogas e nas ruas, para que possam ter louvor de homens'. -- A palavra sinagoga não significa aqui um lugar de adoração, mas algum lugar público muito freqüentado, tal como um mercado, ou casa de câmbio. Era uma coisa comum, em meio aos judeus, que eram homens de grandes fortunas, particularmente entre os fariseus, fazerem alarde diante deles, na maioria das partes públicas da cidade, quando eles estavam prestes a dar alguma doação considerável. A razão pretendida para isto era reunir os pobres para recebê-la; mas o real objetivo era que eles tivessem louvor de homens. Mas que vocês não sejam como eles. Não deixem que uma trombeta seja ouvida diante de vocês. Não usem de ostentação ao fazerem o bem. A honra do donativo vem de Deus apenas. Aqueles que buscam o louvor de homens já têm sua recompensa: Eles não terão o louvor de Deus.

4. 'Mas, quando vocês doarem, que a mão esquerda não saiba o que a direita faz' Está é uma expressão proverbial, e o significado dela é Façam-no em secreto, da maneira que for possível; tão secreto quanto seja consistente com o fazê-la afinal, (já que ela não poderá deixar de ser feita; não omitam oportunidade alguma de fazerem o bem; se secretamente ou abertamente), e ao fazerem isto, da maneira mais efetiva. Porque aqui também existe uma exceção a ser feita: quando vocês estão completamente persuadidos, em suas mentes que, por não ocultarem o bem que é feito, isto tanto irá capacitá-los, quanto instigará outros a fazerem mais o bem, então, vocês não podem esconder o que estão fazendo. Deixem que a luz de vocês apareça, e 'brilhe para todos que estão na casa'. Mas, a menos onde a glória de Deus, e o bem da humanidade os obriguem ao contrário, ajam da maneira tão privada e desapercebida, quanto a natureza das coisas admitir; -- 'para que os donativos possam ser em secreto; e o Pai que vê em secreto irá recompensar a vocês abertamente'; talvez, no mundo presente, -- muitos exemplos disto mantém-se registrado em todas as épocas; mas infalivelmente, no mundo que há de vir, diante da assembléia geral de homens e anjos.

II

1. Das obras de caridade ou misericórdia, nosso Senhor prossegue naquelas que são denominadas obras de devoção. 'E quando orarem', diz Ele, 'não sejam como os hipócritas; porque eles amam orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para que eles possam ser vistos pelos homens'. 'Não sejam como os hipócritas'. Hipocrisia, então, ou insinceridade, é a primeira coisa do qual devemos nos guardar nas orações. Precavenham-se de não falarem o que vocês não pretendem. Orar é erguer o coração a Deus: todas as palavras da oração, sem isto, são mera hipocrisia. Portanto, quando forem empreender orar, vejam que seja objetivo de vocês, conversarem intimamente com Deus, elevarem seus corações a ele, derramarem suas almas diante Dele; não como os hipócritas que amam, ou estão habituados, 'a orar de pé nas sinagogas', casas de câmbio, ou mercados, 'e nas esquinas das ruas', onde quer que a maioria das pessoas esteja, 'para que eles possam ser vistos pelos homens': Este é o único objetivo, o motivo e finalidade das orações que eles repetiram. 'Verdadeiramente, eu digo a vocês que eles não terão suas recompensas'. Eles não poderão esperar coisa alguma do Pai que está no céu.

2. Mas não se trata apenas de ter um olho para o louvor de homens, que elimina qualquer recompensa no céu: que não nos deixa espaço para esperar a bênção de Deus sobre as nossas obras, se de devoção ou misericórdia. Pureza de intenção e igualmente destruída, visando-se alguma recompensa temporal qualquer que seja. Se nós repetimos nossas orações; se nós atendemos à oração pública de Deus; se nós aliviamos o pobre, com vista a algum ganho ou interesse, não será, nem um pouco, mais aceitável para Deus, do que se estivéssemos fazendo com o objetivo do louvor próprio. Qualquer visão temporal; qualquer motivo desse lado da eternidade; qualquer objetivo, a não ser aquele de promover a glória de Deus, e a felicidade de homens, por amor a Deus, tornam toda a ação, não obstante, quão justa ela possa parecer aos homens, uma abominação junto ao Senhor.

3. 'Mas, quando vocês orarem, entrem em seus aposentos, e, quando vocês fecharem a porta, orem ao seu Pai que está em secreto'. Existe um momento em que vocês devem glorificar a Deus, abertamente; orarem e louvarem a ele, na grande congregação. Mas, quando vocês desejam mais largamente, e mais particularmente fazerem seus pedidos conhecidos junto a Deus, quer seja à tarde, ou de manhã, ou ao meio-dia, 'entrem em seus aposentos, e fechem a porta'. Usem de toda privacidade que puderem. (Apenas não a deixem sem ser feita, quer tenham algum quarto, alguma privacidade, ou não. Orem a Deus, se for possível, quando ninguém está vendo, a não ser Ele; caso contrário, orem a Deus) assim, 'orem ao Pai que está em secreto'; derramem seus corações diante dele, 'e o Pai que está em secreto, irá recompensálos abertamente'.

4. 'Mas quando vocês orarem', mesmo em secreto, 'não usem de repetições vãs, como os pagãos o fazem'. Não usem de abundância de palavras, sem qualquer significado. Não diga a mesma coisa, repetidas vezes; não pensem que o fruto de suas orações depende da extensão delas, como os pagãos; que 'pensam que eles serão ouvidos, por muito falarem'.

A coisa aqui reprovada não é simplesmente a extensão, mais do que a brevidade de nossas orações; -- mas, Primeiro, extensão, sem significado; falando muito, e significando pouco ou nada; o uso (não todas as repetições; porque o próprio nosso Senhor orou três vezes, repetindo as mesmas palavras, mas) vãs repetições, como os pagãos fazem; recitando os nomes de seus deuses, repetidas vezes, como eles fazem, em meio aos cristãos, (vulgarmente assim chamados), e não entre os papistas apenas, que dizem repetidas vezes a mesma seqüência de orações, sem nunca sentirem o que estão falando: -- Em Segundo lugar, pensarmos que seremos ouvidos, por nosso muito falar; imaginarmos Deus medindo as orações, por sua extensão, e mais satisfeito com aquelas que contém a maioria das palavras, que soam mais longas aos seus ouvidos. Estes são os tais exemplos da supertição e insensatez, como todos os que são chamados pelo nome de Cristo deixariam aos pagãos; a eles em quem a luz gloriosa do Evangelho nunca brilhou.

5. 'Não sejam, portanto, como eles'. Vocês que testaram da graça de Deus, em Jesus Cristo, estão totalmente convencidos de que 'seu Pai sabe quais as coisas de que precisam, antes que peçam'. De maneira que a finalidade de suas orações não é informar a Deus, como se ele já não soubesse de suas necessidades; mas, antes, informar a vocês; fixar o sentido daquelas necessidades mais profundamente, em seus corações; e o sentido de sua contínua dependência Dele, único capaz de suprir tudo que precisam. Não é mais importante sensibilizar a Deus, que está sempre mais pronto a dar do que a pedir, quanto sensibilizar vocês mesmos de que vocês podem estar desejosos e prontos para receber as boas coisas que Ele tem preparado para vocês.

III

1. Depois de ter ensinado a verdadeira natureza e finalidade da oração, nosso Senhor junta um exemplo disso; até mesmo aquela forma divina de oração que parece, aqui, ser proposta, por via padrão principalmente; como um modelo e norma de todas as nossas orações: 'Antes disto, contudo, vocês orem --'. Não obstante, em outra parte ele ordene o uso dessas mesmas palavras: 'Ele diz junto a eles: Quando orarem, digam
'
( Lucas 11:2).

2. Em geral, concernente a essa oração divina, nós podemos observar:

1o. Que ela contém tudo o que nós podemos razoavelmente e inocentemente pedir. Não há o que necessitamos de Deus; nada que podemos pedir, sem causar ofenda a Ele, que não esteja incluído, tanto diretamente, quanto indiretamente, nessa forma abrangente .

2o. Que ela contém tudo que nós razoavelmente ou inocentemente desejamos; se para a glória de Deus, se necessário e proveitoso, não apenas a nós mesmos, mas para cada criatura no céu e terra. E, de fato, nossas orações são o teste adequado de nossos desejos; nada sendo ajustado para ter um lugar em nossos desejos, que não seja ajustado para ter um lugar em nossas orações. O que nós não podemos pedir, nós também não podemos desejar.

3o. Que ela contém todas as nossas obrigações, para com Deus e homem; quer as coisas sejam puras ou santas; o que quer que Deus requeira dos filhos dos homens; o que quer que seja aceitável aos seus olhos; o que quer que ela seja, por meio da qual nós podemos favorecer nosso próximo, estando expresso e subtendido nela.

3. Ela consiste em três partes: -- o prefácio, as súplicas, e a doxologia, ou conclusão. O prefácio, 'Nosso pai que estás nos céus', estabelece uma fundação geral para a oração, incluindo o que nós devemos primeiro saber de Deus, antes de podermos orar, na confiança de estarmos sendo ouvidos. Ela igualmente nos indica todos os nossos temperamentos, com os quais nós devemos nos aproximar de Deus; e que são mais essencialmente requisitados, se nós desejamos que tanto nossas orações quanto nossas vidas encontrem aceitação com Ele.

4. 'Nosso Pai': Se ele é o Pai, então, Ele é bom; então, Ele é amoroso para com seus filhos. E aqui está a primeira e grande razão para a oração. Deus está desejoso de abençoar; vamos pedir por uma benção.

'Nosso Pai', -- nosso Criador; o Autor de nossa existência; Ele que nos ergueu do pó da terra; que soprou em nós o fôlego da vida, e nos tornamos almas viventes. Mas, se ele nos fez, permita-nos pedir, e ele não irá reter coisa alguma boa das obras de suas próprias mãos.

'Nosso Pai'; -- nosso Preservador; aquele que, dia a dia, mantém a vida que ele deu; de cujo amor contínuo, nós agora e todo o momento, recebemos vida e fôlego, e todas as coisas.

Tanto mais evidentemente, permita-nos ir até ele, e nós 'obteremos misericórdia, e graça para ajudar em tempo de necessidade'. Acima de tudo, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, e de todo que nele crê; quem nos justifica 'livremente pela sua graça, através da redenção que está em Jesus'; quem 'apagou todos os nossos pecados, e curou todas as nossas enfermidades'; quem nos recebeu como seus próprios filhos, por adoção e graça; e, 'porque' nós 'somos filhos, enviou o Espírito de Seu Filho até' nossos 'corações, clamando, Abba, Pai'; quem 'nos recriou da semente incorruptível', e ' nos fez novas criaturas em Jesus Cristo'. Por conseguinte, nós sabemos que ele nos ouve sempre; portanto, nós oramos a ele, sem cessar. E oramos, porque nós o amamos; e 'nós o amamos, porque ele primeiro amou a nós'.

5. 'Nosso Pai', -- Não apenas meu, quem agora clama junto a ele; mas nosso, no sentido mais extensivo. O Deus e 'Pai dos espíritos de toda carne'; o Pai dos anjos e homens. Assim, mesmos os pagãos reconhecem que ele é o Pai do universo, de todas as famílias; tanto no céu, quanto na terra. Portanto, com ele não existe relação de pessoas. Ele ama a todos que ele fez. 'Ele é amoroso, para com cada homem, e sua misericórdia está sobre todas as suas obras'. E o deleite do Senhor é neles que o temem, e colocam sua confiança em Sua misericórdia; nos que confiam nele, através do Filho de Seu amor, sabendo que eles são 'aceitos no Amado'. Mas, 'se Deus nos amou assim, nós devemos amar também uns aos outros; sim, toda a humanidade; vendo que 'Deus amou de tal maneira o mundo, que deu seu Filho Primogênito', até mesmo, para morrer, para que eles 'não perecessem, mas tivessem a vida eterna'.

6. 'Que estás nos céus'. Nas alturas e suspenso; Deus sobre todos, abençoado para sempre: Quem, sentando no círculo dos céus, observa todas as coisas, ambas dos céus e terra; cujos olhos penetra toda a esfera do ser criado; sim, e da noite não criada; junto a quem 'são conhecidas todas as suas obras', e todas as obras de cada criatura; não apenas 'do começo do mundo', (uma tradução pobre, vulgar e fraca), mas desde toda a eternidade; do eterno para o eterno; que constrange a multidão dos céus, tanto quanto os filhos dos homens, a clamarem com admiração e espanto: Ó, profundeza!'. 'A profundeza dos ricos, ambos da sabedoria e conhecimento de Deus'.

'Que estás nos céus': -- O Senhor e Soberano de tudo; administrando e dispondo de todas as coisas; tu és o Rei dos reis; Senhor dos senhores; o abençoado e único Potentado; és forte e estás envolto com poder; fazendo o que quer que te agrade; o Altíssimo; que, quando quer que tu desejes, o fazer está presente contigo. 'Nos céus': -- Eminentemente lá. O céu é teu trono, 'o lugar onde está a tua honra'; onde, particularmente, 'habitas'. Mas não sozinho. Porque tu preencheste céu e terra e toda extensão do espaço, 'Os céus e terra estão cheio de tua glória. Glória seja dada a ti. Ó Senhor, Supremo Deus'. Portanto, nós devemos 'servir ao Senhor com temor, e nos regozijarmos junto a Ele, com reverência'. Nós devemos pensar, falar e agir, como continuamente debaixo dos olhos, e presença imediata do Senhor, o Rei.

7. 'Santificado seja teu nome'. Esta é a primeira das seis petições, de onde a própria oração é formada. O nome de Deus é o próprio Deus; a natureza de Deus, tanto quanto possa ser revelado ao homem. Quer dizer, portanto, junto com sua existência, todos seus atributos e perfeições; Sua Eternidade, particularmente significada por seu grande e incomunicável nome, Jeová, como o Apóstolo João o interpreta: 'O Alfa, o Omega; o Começo e o Fim; Ele que é, e que foi, e que será'; -- Sua Plenitude de Ser, denotada pelo seu outro grande nome: Eu Sou o que Sou!

Sua Onipresença; -- Sua Onipotência, que é realmente o único Agente no mundo material; toda a matéria, sendo essencialmente inerte e inativa; e movendo-se apenas quando movida pelo dedo de Deus; e Ele é a fonte da ação, em cada criatura, visível e invisível, que não poderia agir, nem existir, sem o influxo e ação de seu poder Onipotente; -- Sua sabedoria, claramente deduzida das coisas que são vistas, da ordem considerável do universo; -- Sua Trindade, e Unidade em Tríade, revelada a nós, na mesma primeira linha de sua palavra escrita; literalmente, os Deuses criou, um nome plural, junto com um verbo na terceira pessoa do singular; tanto quanto, em cada parte das suas revelações subseqüentes feitas, através da boca de todos os seus Profetas e Apóstolos santos; -- Sua pureza e santidade essenciais; -- e, acima de tudo, seu amor, que é o próprio esplendor de sua glória.

Orando para Deus, ou para seu nome, para que possa 'ser santificado', ou glorificado, nós oramos para que ele possa ser conhecido, tal como ele é, através de todos que sejam capazes disto; através de todos os seres inteligentes, e com afeições adequadas àquele conhecimento; para que ele possa ser devidamente honrado, e temido, e amado, por todos no céu, e na terra; através de todos os anjos e homens, aos quais para esta finalidade ele tem tornado capazes de conhecer e amá-lo para a eternidade.

8. 'Venha o teu reino'. Isto tem uma conexão intima com aquela petição precedente. Com o objetivo de que o nome de Deus possa ser santificado, nós oramos para que seu reino, o reino de Cristo, possa vir. Esse reino, então, vem para uma pessoa em particular, quando ele 'se arrepende e crê no Evangelho'; quando ele é ensinado de Deus, não apenas para conhecer a si mesmo, mas para conhecer Jesus Cristo, e nele crucificado. Que 'esta é a vida eterna; conhecer o único Deus verdadeiro, e Jesus Cristo a quem Ele enviou'; assim, é o reino de Deus, trazido para baixo, estabelecendo-se no coração do crente; o Senhor Deus Onipotente', então, 'reina'; quando ele é conhecido, através de Jesus Cristo. Ele toma, junto a si, seu poder imenso, para que possa subjugar todas as coisas em si mesmo. Ele segue na alma, conquistando, e para conquistar, até que tenha colocado todas as coisas debaixo de seus pés; até que 'todo pensamento seja trazido cativo para a obediência de Cristo'.

Quando, portanto, Deus 'dará a seu Filho os pagãos, para sua herança, e as partes mais extremas da terra para sua possessão'; quando 'todos os reinos se curvarão diante dele, e todos as nações o obedecerão; quando 'a montanha da casa do Senhor', a Igreja de Cristo, 'for estabelecida no topo das montanhas'; quando 'a plenitude dos gentios vierem, e toda a Israel for salva'; então, será visto que 'o Senhor é Rei, e colocou sua vestimenta gloriosa', aparecendo a toda a alma humana, como Rei dos reis, e Senhor dos senhores. E certificando-se que todos os que amam sua vinda; oram para que ele possa apressar o tempo; para que este seu reino, o reino da graça, venha rapidamente, e absorva todos os reinos da terra; para que toda a humanidade, recebendo-o como seu Rei, verdadeiramente crendo em seu nome, possa ser preenchida, com retidão, paz, alegria; com a santidade e felicidade -- Até que seja removida para seu reino celeste; e lá, reine com ele, para sempre e sempre.

Para isto, também, nós oramos nessas palavras: 'Venha o teu reino': Nós oramos para que a vinda de seu reino eterno; o reino da glória no céu; que é a continuação e a perfeição do reino da graça na terra. Conseqüentemente esta, tanto quanto a petição precedente, é oferecida ao alto, por toda a criação inteligente; por aqueles que estão interessados neste grande evento: a renovação final de todas as coisas; Deus colocando um fim na miséria e pecado, na enfermidade e morte; tomando todas as coisas em suas próprias mãos, e estabelecendo o reino que permanece através de todos os tempos.

Precisamente respondível a isto são aquelas terríveis palavras na oração fúnebre: 'Suplicando-te que possa agradar a ti e à tua santidade graciosa, para concluir, em breve, o número de teus eleitos, e apressar o teu reino: para que nós, com todos aqueles que estão mortos, na fé verdade de teu santo nome, possamos ter nossa consumação e felicidade, perfeitas, ambos no corpo e alma, em tua glória eterna'.

9. 'Tua vontade seja feita na terra, como no céu'. Esta é a conseqüência necessária e imediata, onde quer que o reino de Deus venha; onde quer que Deus habite na alma, pela fé, e Cristo reine no coração, pelo amor.

É provável que muitos, talvez, a generalidade dos homens, à primeira vista dessas palavras, estejam aptos a imaginar que elas sejam apenas uma expressão, ou petição, ou resignação para o reino; uma prontidão para subjugar-se à vontade de Deus, qualquer que seja ela, concernente a nós. E este é um temperamento inquestionavelmente divino e excelente; o mais precioso dom de Deus. Mas isto não é o que nós oramos nessa petição; pelo menos, não no sentido principal e primário dele. Nós oramos, não tanto, para uma passiva, quanto ativa conformidade à vontade de Deus ao dizermos: 'Seja feita a tua vontade na terra, como ela é feita no céu'.

Como a vontade de Deus é feita, através dos anjos no céu, -- por aqueles que agora circundam Seu trono, regozijando-se? Eles o fazem, de boa vontade; eles amam Seus mandamentos, e agradavelmente escutam com atenção Suas palavras. É o comer e beber deles fazer a vontade de Deus; é a mais alta glória e alegria. Eles a praticam continuamente; não existe interrupção em seus serviços de boa vontade. Eles não descansam de dia, nem de noite; mas empregam cada hora (humanamente falando; uma vez que, nossas medidas de duração dias, noites e horas - não têm lugar na eternidade), em cumprir Seus mandamentos; em executar seus desígnios; em desempenhar o conselho de Sua vontade. E eles a fazem, perfeitamente. Nenhum pecado, nenhum defeito pertence a essas mentes angelicais. É verdade, 'as estrelas não são puras aos Seus olhos', mesmo as estrelas da manhã que cantam diante Dele.

'Aos seus olhos', ou seja, em comparação a Ele, os próprios anjos não são puros. Mas isto não implica que eles não sejam puros, em si mesmos. Sem dúvida, eles são; eles são sem mácula e culpa. Eles são completamente devotados à sua vontade, e perfeitamente obedientes a todas as coisas. Se nós virmos isto, sob uma outra luz, podemos observar que os anjos de Deus no céu fazem todas as vontades Dele. Nada mais, a não ser o que eles absolutamente asseguram seja Sua vontade. E novamente: Eles fazem a vontade de Deus, como Ele a deseja; da maneira que agrada a Ele, e não a outro. Sim. E eles fazem isto, apenas porque é a vontade Dele; para esta finalidade, e nenhuma.

10. Quando, portanto, oramos, para que a vontade de Deus possa 'ser feita na terra, como ela é feita no céu', o significado é que todos os habitantes da terra, mesmo toda a raça humana, possa fazer a vontade de seu Pai que está no céu, de tão boa vontade quanto os anjos santos; que possam fazê-la continuamente; assim como eles, sem qualquer interrupção de seu serviço de prontidão; sim, e fazê-la perfeitamente, -- que o Deus da paz, através do sangue de sua aliança eterna, possa torná-los perfeitos, em cada boa obra; para realizar Sua vontade, e operar neles tudo 'o que for prazeroso aos seus olhos'.

Em outras palavras, nós oramos para que nós e toda a humanidade possamos fazer a completa vontade de Deus, em todas as coisas; e nada mais; nem a menor coisa, a não ser o que é a santa e aceitável vontade de Deus. Nós oramos para que possamos fazer a vontade de Deus, como ele deseja; da maneira que agrada a Ele: E, por fim, que nós possamos fazê-la, porque é a Sua vontade; para que esta possa ser a única razão e alicerce; o motivo total e único do que quer que pensemos, falemos ou façamos.

11. 'Dê-nos hoje o pão nosso de cada dia' Nas três primeiras petições nós temos orado por toda a humanidade. Viemos agora, mais particularmente, desejar um suprimento para nossas próprias necessidades. Não que estejamos direcionados, mesmo aqui, a confinar nossas orações completamente a nós mesmos; esta, e cada uma das petições seguintes, podem ser usadas para toda a Igreja de Cristo na terra.

Por 'pão', nós podemos entender todas as coisas necessárias; se para nossas almas ou corpos; -- as coisas concernentes à vida e santidade: Nós entendemos não meramente o pão exterior, que nosso Senhor denomina 'o alimento que perece'; mas muito mais o pão espiritual, a graça de Deus, o alimento 'que dura a vida eterna'. Foi o julgamento de muitos de nossos antepassados, que nós devemos entender aqui o pão sacramental também; recebido diariamente, no início, por toda a Igreja de Cristo, e altamente estimado, até que o amor de muitos se tornou frio, assim como o grande canal, por meio do qual a graça de seu Espírito era transportada para as almas de todos os filhos de Deus.

'Nosso pão diário'. -- A palavra, diário, tem sido diferentemente explicada por diferentes estudiosos. Mas o sentido mais simples e natural dela parece ser este, que é mantido, na maioria das traduções, tanto antigas, quanto modernas; -- o que seja suficiente para este dia; e assim, para cada dia, quando ele sucede.

12. 'Dá-nos': -- Porque reivindicamos nada por direito, mas apenas pela misericórdia gratuita. Nós não merecemos o ar que respiramos, a terra que nos carrega, ou o sol que brilha sobre nós. Todo nosso deserto, o nosso próprio, é o inferno: Mas Deus nos amou livremente; portanto, nós pedimos a ele para dar, o que não podemos obter por nós mesmos, não mais do podemos merecer de suas mãos.

Nem a benevolência ou o poder de Deus é motivo para ficarmos à toa. É Sua vontade que possamos usar de toda diligência, em todas as coisas; que possamos empregar nossos esforços extremos, como se nosso sucesso fosse um efeito natural de nossa sabedoria ou força: E, então, como se não tivéssemos feito nada, devemos depender Dele, o doador de todos os dons bons e perfeitos.

'Este dia': -- Porque não devemos nos preocupar com o amanhã. Para esta mesma finalidade nosso sábio Criador dividiu a vida nessas pequenas porções de tempo, tão claramente separadas umas das outras, que nós podemos observar cada dia, como um dom renovado de Deus, uma outra vida, que nós podemos devotar para Sua glória; e que cada anoitecer possa ser como o encerrar da vida, além do que, nós podemos ver mais nada, a não ser a eternidade.

13. 'E perdoa as nossas transgressões, assim como perdoamos os que nos tem ofendido'. Como nada, a não ser o pecado pode impedir a generosidade de Deus de fluir adiante sobre cada criatura, então esta petição naturalmente segue a anterior; para que todos os obstáculos sejam removidos, para que possamos mais claramente confinar no Deus de amor, para cada coisa que seja boa.

'Nossas transgressões': -- A palavra significa propriamente nossos débitos. Assim, nossos pecados estão freqüentemente representados nas Escrituras; cada pecado, deitando-se sobre nós, debaixo de um novo débito a Deus, a quem nós já devemos, como se fossem dez mil talentos. O que, então podemos responder, quando Ele diz: 'Paga-me o que tu deves? Que nós estamos completamente falidos; nós não temos com o que pagar; nós destruímos todo nosso capital. Portanto, se ele negociar conosco, de acordo com o rigor da lei; se ele cobrar o que Ele justamente pode, ele deverá ordenar que tenhamos as mãos e pés amarrados, e sejamos entregues aos atormentadores'.

De fato, nós já estamos com as mãos e pés amarrados, através das correntes de nossos próprios pecados. Estes, considerados com respeito a nós mesmos, são correntes de ferro, e algemas de bronze. Eles são os ferimentos, por meio dos quais, o mundo, a carne, e o diabo, têm nos atacado profundamente, e nos destroçado, por todos os lados. Esses são as enfermidades que esvaziam nosso sangue e espíritos, que nos trazem para as sepulturas. Mas considerados, como eles são aqui, com respeito a Deus, são débitos imensos e incontáveis. No entanto, embora vendo que não temos com o que pagar, que possamos clamar junto a Ele. para que Ele possa 'francamente perdoar' a todos nós!

A palavra traduzida, perdoar, implica tanto em perdoar um débito, quanto em soltar a corrente. E, se nós alcançamos a primeira, a última evidentemente se segue: se nossos débitos são perdoados, as correntes soltam-se de nossas mãos. Tão logo quanto, através da graça de Deus em Cristo, nós 'recebemos perdão dos pecados', nós recebemos igualmente 'muitos, entre esses que são santificados, através da fé que está Nele'. O pecado perde seu poder. Ele não tem domínio sobre aqueles que 'estão debaixo da graça', ou seja, no favor com Deus. Como 'não existe condenação para aqueles que estão em Cristo', assim eles estão livres do pecado, tanto quanto da culpa. 'A retidão da lei é cumprida' neles, e eles 'caminham, não segundo a carne, mas segundo o Espírito'.

14. 'Como perdoamos os que nos tem ofendido'. Nessas palavras, nosso Senhor claramente declara, em que condição, e em que grau ou maneira, nós podemos buscar sermos perdoados por Deus. Todas as nossas transgressões e pecados são perdoados, se nós perdoarmos, e como nós perdoamos, aos outros.

[Primeiro, que Deus nos perdoa, se nós perdoamos outros]. Este é um ponto da maior importância. E nosso abençoado Senhor é tão zeloso, para que, a qualquer tempo, não possamos divagar em nossos pensamentos, que ele não apenas a insere no contexto de Sua oração, mas presentemente depois, a repete mais duas vezes. 'Se', diz Ele, 'perdoarem aos homens suas transgressões, seu Pai celeste irá perdoar a vocês' ( Mateus 6:14-15).

Em Segundo Lugar, Deus nos perdoa, assim como perdoamos aos outros. Assim sendo, se nenhuma malícia ou amargura; se nenhuma mancha de indelicadeza, ou ira, permanecerem; se nós não claramente e completamente, do nosso coração, perdoamos as transgressões de todos os homens, seremos impedidos de termos o perdão para os nossos: Deus não pode claramente e completamente perdoar a nós: Ele pode nos mostrar alguns graus de misericórdia, mas nós não experimentaremos dele o apagar nossos pecados, e perdoar todas as nossas iniqüidades.

Nesse meio tempo, enquanto nós não perdoamos, do fundo de nosso coração, as ofendas de nosso próximo, que tipo de oração estamos oferecendo a Deus quando exprimimos essas palavras? Nós, de fato, estamos colocando Deus em um desafio declarado: nós estamos desafiando a Deus que faça o seu pior. 'Perdoe a nós, nossas transgressões, tanto quanto perdoamos as transgressões deles contra nós!'. Que significa, em termos claros: 'Tu não nos deve perdoar, afinal; nós desejamos nenhum favor de tuas mãos. Nós oramos para que tu mantenhas nossos pecados na memória, e para que tua ira habite sobre nós'. Mas, você pode seriamente oferecer tal oração a Deus: E ele já não o terá lançado rapidamente no inferno? Ó não o tente mais! Agora, mesmo agora, pela sua graça, perdoa, assim como você seria perdoado!Tenha compaixão agora do seu próximo, assim como Deus teve e terá piedade de você'!

15. 'E não nos deixa cair em tentação, mas livra-nos do mal', -- '[E] não nos conduza a tentação'. A palavra traduzida, tentação, significa experimentação de algum tipo. A palavra inglesa para tentação foi tomada antigamente, em um sentido indiferente, embora agora, ela seja usualmente entendida da solicitação para pecar. Tiago usa a palavra, em ambos esses sentidos; primeiro, em sua generalidade; então, em sua restrita aceitação. Ele a toma no primeiro sentido, quando diz: 'Meus irmãos, tende grande gozo, quando cairdes em várias tentações... Bem aventurado o varão que sofre a tentação, porque quando for tentado', ou aprovado de Deus, 'receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam. ( Tiago 1:12-13). Ele imediatamente acrescenta, tomando a palavra em seu segundo sentido: 'Que nenhum homem, quando tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada homem é tentado, quando traído e engodado pela sua própria concupiscência', ou desejo, saindo de Deus, em quem apenas ele está salvo, -- 'e seduzido'; pego, como um peixe com a isca. E assim é, quando ele se aparta e é seduzido, que ele propriamente 'entra em tentação'. Então, a tentação o cobre como uma nuvem; ela cobre toda sua alma. E quão dificilmente ele escapará da armadilha!

Entretanto, nós suplicamos a Deus 'não nos conduzir à tentação', ou seja (vendo que Deus não tenta o homem), não consinta que sejamos conduzidos a ela. 'Mas livrai-nos do mal': Antes, 'do próprio mal'; é, inquestionavelmente, do diabo, enfaticamente assim chamado, o príncipe e deus desse mundo, quem opera com considerável poder nos filhos da desobediência. Mas todos que são filhos de Deus, pela fé, estão livres de suas mãos. Ele pode lutar contra eles; e assim fará. Mas ele não poderá conquistar, a menos que eles traiam suas próprias almas. Ele pode atormentar, por algum tempo, mas ele não poderá destruir; porque Deus está do lado deles, quem não irá falhar, no final, 'em vingar seu próprio eleito, que clama junto a Ele, dia e noite'. Senhor, quando formos tentados, não permita que caiamos em tentação! Crie um caminho para que escapemos; para que o diabo não nos toque!

16. A conclusão dessa oração divina, comumente chamada de Doxologia, é uma ação de graças solene; um reconhecimento conciso dos atributos e obras de Deus. 'Porque teu é o reino' -- O soberano direito de todas as coisas que são, ou sempre foram criadas; sim, teu reino é um reino eterno, e teu domínio persiste, através de todos os tempos. 'O poder' -- o poder executivo, por meio do qual, governas todas as coisas em teu reino eterno; por meio do qual fazes o que agrada a ti, em todos os lugares de teu domínio. 'E a glória' o louvor devido de cada criatura, pelo teu poder, e a grandeza de teu reino, e por todas as tuas obras maravilhosas, que tu operas desde a eternidade, e deverá operar, do mundo sem fim, 'para todo o sempre. Amém'. Que assim seja!


Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
3. qualidades de caráter do reino (6: 1-34)

1. Sinceridade (6: 1-18)

(Introdução, v. 1)

Guardai-vos de não fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai que está nos céus.

No ReiTiago 5ersion este versículo parece ser uma parte da discussão da esmola. Mas o melhor texto grego tem "justiça" em vez de "esmola". Assim, o primeiro verso deve ser tomado como uma introdução geral a esta seção. O Mestre advertiu seus discípulos para não colocar sua piedade na parada. A justiça (dikaiosyne) significa atos religiosos. A questão é que eles não estavam a praticar a sua religião diante dos homens para serdes vistos por eles. É o motivo de querer a glória dos homens que Cristo foi a advertência contra.

Após esta breve declaração introdutória Jesus discutiu três atos religiosos: a esmola, oração e jej1. Eles foram os únicos que foram enfatizadas mais pelos judeus da época, ea esmola ficou em primeiro lugar em valor.

(1) A esmola (6: 2-4)

2 Quando, pois, deres esmola, não trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade eu vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 3 Mas, quando tu deres esmola, não a tua mão esquerda o que a tua mão direita faz; 4 para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará .

Jesus advertiu Seus seguidores não alardear suas obras de caridade. Um teste de consagração de um homem é se ele está disposto a fazer algo para Deus, independentemente de quem recebe o crédito.

Eles já receberam a sua recompensa é uma tradução melhor do que "Eles têm a sua recompensa" (KJV). Os papiros têm mostrado que o verbo aqui, apecho , é a forma regular usada em receitas daquele dia. O que Jesus está dizendo é o seguinte: Se as pessoas fazem seus atos religiosos para ganhar a glória dos homens, que lhes foi dado um recibo, "pago na íntegra", e que, assim, não terá direito ao prêmio na próxima vida. É preciso decidir se ele coloca maior valor em um terreno ou uma recompensa celestial.

Não seja a tua mão esquerda o que faz a tua direita , por vezes, tem sido utilizada como uma desculpa para recusar-se a fazer uma promessa em público. O critério em todos esses casos é: o que é melhor para o reino de Deus?

(2) Oração (6: 5-15)

5 E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de ficar em pé e rezar nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 6 Mas tu, quando orares, entra no teu quarto interior, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, retribuirei . ti 7 E, orando, não uso de vãs repetições, como os gentios:., que pensam que serão ouvidos por muito falarem 8 Seja, portanto, não semelhante a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós . perguntar a Ec 9:1 Depois dessa maneira, portanto, orai vós: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome. 10 Venha o teu reino. Seja feita vossa vontade, como no céu, assim na terra. 11 Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. 12 E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores. 13 E trazer-nos não em tentação, mas livrai-nos do mal um . 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. 15 Mas, se não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.

A admoestação para orar em segredo tem sido usado como um argumento contra a rezar em público. Mas Jesus orou publicamente (Jo 11:41 ). A coisa Ele estava condenando toda esta seção estava fazendo uma exibição de sua piedade, a fim de ganhar o louvor do homem.

Vãs repetições devem ser evitados, como o uso de nomes de divindade mais e mais em uma breve oração. Isto não é nem respeitoso nem reverente. Deus ouve a petição sincera sem repetitividade.

Simplicidade é o que Jesus pediu ao orar. Como exemplo, ele deu o que é conhecido como a Oração do Senhor (vv. Mt 6:9-13 ). É um modelo de simplicidade e consagração altruísta.

A oração pode ser dividido em três seções. Primeiro é o endereço: . Pai nosso que estais no céu A primeira parte deste sugere familiaridade; a segunda reverência demandas. Comentários Ward, "A verdadeira oração começa com adoração."

A segunda seção é composta por três petições. A primeira petição não é um para necessidades pessoais, mas sim um ato de adoradores santificado seja o teu nome. Literalmente este é "o teu nome seja santificado." Os judeus colocar muita ênfase sobre "a santificação do nome." A segunda petição , venha o teu reino, nos ordena a se preocupar mais com a prosperidade do Reino do que sobre os nossos interesses pessoais. Filson define o Reino no sentido de A terceira petição é "o reinado completo e eficaz de Deus.": se a Tua vontade, como no céu, assim na terra. Isso é muito abrangente em seu escopo. Demora em todas as relações da vida doméstica, comunidade, nacional e internacional; econômicos, religiosos, os próprios pensamentos sociais-bem como, palavras e ações. Não há maior oração que qualquer um pode rezar. O próprio Jesus deu o exemplo no Getsêmani (Mt 26:42 ).

A terceira seção inclui três petições do mesmo modo. Mas estes, ao contrário dos três anteriores, estão preocupados com as necessidades pessoais. A primeira é: Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Enquanto a oração para o material precisa ser fornecido não é para vir em primeiro lugar, ele tem o seu lugar, mesmo neste breve oração-modelo. Deus está interessado em nosso físico, bem como o bem-estar espiritual. A segunda petição, perdoa-nos as nossas dívidas , seja acompanhada de condição muito significativo: assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores. Para o cristão professo com um espírito que não perdoa esta é uma oração perigosa para repetir. Dívidas significa pecados (conforme Lc 11:4) pode ser traduzido tanto dessa maneira ou "do mal" (KJV).Temptation pode significar "o teste. "O grego não consegue distinguir entre essas duas ideias que são um pouco distintos em Inglês. Traga-nos não no meio "nos impedir." Enquanto todos os homens justos deve experimentar e resistir a tentação de testes, é preciso tomar cuidado com o excesso de confiança em sua própria capacidade de superar.

A doxologia fechamento (KJV) não é encontrado nos primeiros manuscritos gregos e por isso é omitido nas versões revistas. É um final litúrgico, adicionado para fazer a oração do Senhor mais adequado para uso no culto público. Para esse efeito, podem ser adequadamente incluídos ainda. Parece evidente que Jesus estava dando aos discípulos um modelo para privado e não público oração. Isso vai explicar sua omissão de qualquer doxologia no final.

Os versículos 14:15 são uma explicitação da condição descrita no versículo 12 . A importância de um espírito de perdão é ressaltada pela atenção considerável Jesus deu a ele (conforme 18: 21-35 ; Mc 11:25 ).

(3) O jejum (6: 16-18)

16 Quando jejuardes, não seja, como os hipócritas, de um semblante triste: porque desfiguram os seus rostos, para que possam ser vistos pelos homens a jejuar. Em verdade eu vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 17 Mas tu, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o rosto, 18 para que tu não serem vistos pelos homens a jejuar, mas do teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

Orientais são particularmente propensos a enfatizar o jejum como um exercício religioso. Jesus avisou que não deve ser envolvido em por uma questão de impressionar os outros com a própria piedade. Um semblante triste poderia ser uma máscara hipócrita.É correta de lavar o rosto, pentear o cabelo, e aparecem alegre, não sombrio.

b. Solteirice (6: 19-24)

Jesus salientou grandes princípios da vida piedosa, em vez de regulamentos minutos, como os fariseus enfatizou. Sinceridade e singeleza de propósito são absolutamente essenciais para a pessoa que iria agradar a Deus.

(1) do investimento (6: 19-21)

19 Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça ea ferrugem consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 20 mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam 21 para onde o teu tesouro, aí estará também o teu coração.

Um contraste é traçada entre terrestres e celestes tesouros. Uma parte importante do tesouro de um oriental antiga era a sua roupa de luxo. Isso pode ser consumido por a traça ea ferrugem. O último termo é, literalmente, "comer" e por isso pode se referir a vermes que comem roupas. Romper é, literalmente, "vasculhar". casas palestinas foram feitas de pedra e argamassa, ou com tijolos de barro, de modo que os ladrões geralmente escavado através das paredes exteriores. Jesus lembrou Seus discípulos de um lugar, o céu, onde só os seus títulos eram seguros. Mas o importante princípio enunciado Ele aqui é que um de açambarcamento vai realizar o seu coração (v. Mt 6:21 ). Para ajuntai tesouros aqui é ser terra-bound. Jesus fez uma advertência salutar contra o perigo de perder a alma, bem como a sua riqueza através de estar preso a terrenas tesouro.

(2) Das Intenção (6: 22-23)

22 A lâmpada do corpo é o olho: se, por conseguinte, os teus olhos forem, todo o teu corpo será cheio de luz. 23 Mas, se os teus olhos forem maus, todo o teu corpo será tenebroso. Portanto, caso a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!

Grandes escritores religiosos sempre reconheceram a importância suprema da pureza de intenção. Para ilustrar isso, Jesus usou a figura do olho como a lâmpada do corpo. A (doente mal) de olho significa um corpo escurecido. Um som (único) de olho deixa entrar a luz.

A conexão com o parágrafo anterior é sugerida em Pv 28:22 - "Aquele que se apressa para ser rico tem o olhar maligno." Filson expressa de forma ligeiramente diferente: "Se o homem divide o seu interesse e tenta se concentrar em ambos, Deus e posses , ele não tem uma visão clara, e vai viver sem orientação ou direção clara. "Um único olho é essencial para a visão espiritual. Basicamente, isso significa o mesmo que um coração puro (Mt 5:28 ).

(3) de lealdade Inner (Mt 6:24)

24 Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar a um e amar o outro; ou então ele irá realizar a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus ea Mamom.

Esse versículo resume a ênfase dos dois parágrafos anteriores. Lealdade total é essencial para a saúde espiritual. O salmista orou: "Unir o meu coração ao temor do teu nome" (Sl 86:11 ).

Jesus não disse que um homem deve não, mas que ele não pode servir a dois senhores. Mammon é um termo aramaico por dinheiro ou riqueza. Ela vem de uma pilhagem sentido à Aqui o perigo real está "confiança". Quando as pessoas colocam sua confiança em coisas materiais perdem sua fé em Deus. Discipulado exige lealdade completa. Aqueles que começam por tentar servir a Deus ea Mamom final, servindo Mamom sozinho.

c. Simplicidade (6: 25-34)

Mt 6:1)

25 Portanto, eu vos digo: Não estejais ansiosos pela vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem pelo vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que a comida, eo corpo mais que o vestido? 26 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? 27 E qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à medida da sua vida?

Não estejais ansiosos é muito mais preciso do que "não ter pensado" (KJV). A última prestação, infelizmente, levou à rejeição da responsabilidade de cuidar para o futuro de sua família. Jesus não estava proibindo a devida atenção à segurança econômica ou a compra de seguro de vida, mas apenas que a ansiedade que equivale a negação da fé em Deus. Uma pessoa não pode se preocupar e confiar ao mesmo tempo.

Intensa ansiedade sobre comida, bebida e roupas não são comuns na sociedade civilizada moderna. Mas com os orientais antigas essa ansiedade era um problema sempre presente. Jesus lembrou Seus discípulos de cuidado dos de Deus aves. Ele, então, advertiu que a preocupação não pode prolongar a medida de sua vida. Não está claro se este ou "estatura" (KJV) é a melhor tradução. A palavra grega tem dois significados. A prestação revista, no entanto, se encaixa no contexto melhor. Por preocupação, na verdade, encurta a vida, em vez de alongar-lo.

(2) A fé para Vestuário (6: 28-30)

28 E porque sois ansioso relativa vestuário? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; eles não trabalham, nem fiam: 29 mas eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que é a-dia, e amanhã é lançada no forno, será que ele não é muito mais vestirá a vós, homens de pouca fé?

Ilustrações favoritas de Jesus eram de natureza. Desta vez foi para os lírios do campo. Eles não trabalham nem rotação. No entanto, Deus matrizes-os em uma beleza que nem mesmo Salomão, não conseguiu igualar em suas vestes caras. Se o Pai celestial mostra tanta preocupação para perecendo grama, quanto mais Ele vai cuidar de seus próprios filhos?

(3) A fé para todas as necessidades (6: 31-34)

31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? ou: Que havemos de beber? ou, que nos havemos de vestir? 32 Porque todas estas coisas os gentios procuram; pois vosso Pai celeste sabe que tendes necessidade de todas estas coisas. 33 Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas você. 34 Seja, portanto, não ansioso para o dia de amanhã, porque o dia de amanhã será ansioso por si. Basta a cada dia o seu mal.

Os versos finais resumir essas verdades. A advertência contra ser ansioso ocorre nos versículos 25 , 28 , 31 e 34 . É culminando com a admoestação geral não se preocupar com o futuro desconhecido (v. Mt 6:34 ).

Em meio a essa discussão vem um dos grandes comandos e promessas do Novo Testamento: Mas, buscai primeiro o seu reino ea sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas você. Esta é a principal responsabilidade de cada discípulo de Cristo, e é a sua garantia de que todas as necessidades serão fornecidos. Para buscar o Reino é ordenar a própria vida de acordo com a vontade divina e de trabalho para a extensão do reino ou o governo de Deus no coração dos outros.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
Mt 6:0). Jesus enfatiza que é pecado orar para ser visto e ouvido pelos outros. A oração é a comunhão secreta com Deus, em-bora, sem dúvida, a Bíblia autorize a oração pública. No entanto, quem não ora privadamente não deve orar em público, pois seria hipocrisia. Cristo aponta três erros comuns em relação à oração: (1) orar para que os outros escutem (vv. 5-6); (2) orar apenas com palavras que não pas-sam de "vãs repetições" (vv. 7-8); e (3) orar com o pecado no coração (vv. 14-15). Deus não nos perdoa porque perdoamos os outros, mas por causa do sangue de Cristo (1Jo 1:9). Todavia, o espírito rancoroso atrapalha a vida de oração, e mostra que a pessoa não entende a graça do Senhor.

Os versículos 9:13 não apre-sentam a, assim chamada, oração do Pai-Nosso para ser recitada sem que se reflita em seu sentido. Antes, ela é um modelo para que aprenda-mos a orar. É uma "oração para a família" — observe a repetição de "nosso" e "nós" nela. O Pai-Nosso põe o nome, o reino e a vontade de

Deus antes das necessidades ter-renas do homem. Ele adverte-nos contra a oração egoísta.

  1. Jejum (vv. 16-18)

O verdadeiro jejum é o do coração, não apenas o do corpo (veja Os 2:13; Is 58:5). Para os cristãos, o jejum é a preparação para a oração e ou-tros exercícios espirituais. Significa desistir de algo menor para ter um ganho mais excelente, e isso pode envolver comida, descanso ou até sexo (1Co 7:1-46).

  1. A prática diária (vv. 25-34)

O "por isso" de Cristo sugere que agora ele aplicará esse princípio à nossa vida. Ele mostra que a preo-cupação com as coisas materiais é insensatez porque não realiza nada! Ele lembra-nos de pôr nossos valo-res no lugar certo — a vida consiste em mais que alimento e vestimenta. Jesus era pobre, contudo era muito feliz e tinha paz. Paulo afirmou que ele era "pobre [...] mas enrique-

cendo a muitos" (2Co 6:10). Lu-cas 12:13-21 declara que devemos distinguir entre as riquezas verda-deiras (espirituais) e as duvidosas (materiais).

Cristo menciona que Deus cui-da da natureza — as flores, a grama e as aves. "Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros." O Pai conhece nossas necessidades, e, se o pomos em primeiro lugar, ele supre todas as nossas necessidades. Como os crentes de hoje devem praticar Ma-teus 6:33? Para começar, ponha-mos Deus em primeiro lugar todos os dias. Isso significa reservar um tempo para orar e ler a Palavra. Po-nhamos o Senhor em primeiro lugar toda semana, ao comparecer fiel-mente na casa de Deus. Ponhamos o Senhor à frente em todos os dias de pagamento, ao entregar nosso dí-zimo a ele. Ponhamo-lo em primei-ro ao escolher não tomar decisões que o deixem de fora. Ló deixou o Senhor fora de suas decisões e ter-minou na escuridão de uma caver-na cometendo pecados terríveis! Ele, ao escolher um lugar para viver e criar sua família, não pôs Deus em primeiro lugar.

Há paralelos espirituais para as coisas materiais que as pessoas buscam hoje. Temos de alimentar a pessoa escondida em nosso coração com o alimento espiritual da mesma forma que alimentamos nosso corpo (Mt 4:4; 1Pe 3:4). Temos de verificar se nossas vestes espirituais estão em ordem (Cl 3:7-51) da mesma forma que nos amofinamos em relação às vestimentas com que cobrimos nos-so corpo. Bebemos água física, po-rém temos também de beber água espiritual da vida que Cristo nos oferece (Jo 4:13-43; Jo 7:37-43).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
6.1 Guardai-vos de exercer. Jesus não condena as esmolas (2-4), nem a oração (5-8), nem o jejum (16-18). Não devem estes; porém, ser aproveitados para demonstrações públicas, pois a humildade, e não o orgulho, é a base da comunhão com Deus. Jesus venceu a grande batalha contra Satanás com jejum (4,2) e recomendou-o aos Seus discípulos durante Sua ausência; (9,15) reconhecendo-o como útil para se enfrentar ao diabo (17.21).

6.7 Vãs repetições. Esta era a maneira pagã de "forçar" os deuses e conceder favores que estava em voga com os adoradores de Baal (1Rs 18:26-11).

6.9 Pai nosso. Conforme Lc 11:0; 1Co 15:23-46). Só Deus pode estabelecer Seu próprio Reino.

6.11 De cada dia. Conforme Lc 11:0). Jesus deixa bem claro que a vitória somente se consegue vigiando e orando (26.41; 1Co 10:13).

6.34 Mal. Gr kakos, "mal" (do ponto de vista humano), "dificuldade".


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
Acerca da verdadeira religião (6:1-18)

O caráter descrito no cap. 5 se expressa em ações exteriores, que coletivamente chamamos de “religião” (Jc 1:26,Jc 1:27) ou “obras de justiça” (v. 1, dikaiosynê, lit., justiça). A qualidade dessas ações não depende de os homens as verem, mas de serem feitas para que os homens as vejam; os que Jesus estava repreendendo, indubitavelmente estavam fazendo-as para Deus também.

Recompensa (v. 1). Para muitos hoje, a dificuldade principal gerada pelo Sermão do Monte é o destaque dado às recompensas, que são citadas nove vezes. Mas esse é um elemento encontrado em todo o NT; e.g., Mt 10:41,Mt 10:42; Jo 4:36; lGo 3.8,14; 9.17,18; He 11:6; 2Jo 1:8; Ap 22:12. Algumas pessoas reagem à graça mais prontamente que outras, e “Deus não é injusto; ele não se esquecerá do trabalho de vocês e do amor que demonstraram por ele, pois ajudaram os santos e continuam a ajudá-los” (He 6:10). Embora os judeus tendessem a elaborar uma relação matemática entre obras e recompensas, mesmo assim reconheciam que estas eram essencialmente uma expressão da graça de Deus (SB IV, p. 487ss). Acerca da natureza da recompensa, v. a seção seguinte.

Esmola (v. 2ss). Dar esmolas era considerado pelos judeus o principal ato de piedade. A necessidade foi criada pelo grande número de pessoas física e psiquicamente incapazes para o trabalho. Havia também muitos desprovidos de terra, que não podiam ter a expectativa de manter suas famílias por meio do seu trabalho ocasional (conforme Mt 20:116 e também Jc 2:14ss; ljo 3:17). No nosso contexto moderno, é do nosso tempo que eles precisam, e não do nosso dinheiro.

A maior parte dos atos de caridade era exercida pela sinagoga como representante da comunidade. Isso tornava a mendicância menos necessária e ajudava a manter os pobres no anonimato. Assim, a ostentação condenada aqui não está no dar aos indivíduos, mas na proclamação pública das somas dadas à comunidade para esse propósito (com trombetas é uma hipérbole muito ilustrativa). Acerca de hipócritas, v. observação no final do capítulo; não há sugestão alguma de que aqui (ou nos v. 5,16; 7,5) os escribas ou fariseus estejam sob ataque especial. Essas práticas não eram exclusivas deles, sua plena recom-pensa\ Era o elogio dos homens; assim, a recompensa de Deus, de que eles abriram mão, é o elogio de Deus, o seu “Muito bem”, mão esquerda [...] mão direita\ Uma expressão ilustrativa sugerindo segredo absoluto. O judaísmo insistia em que a caridade fosse mantida em segredo para não envergonhar o pobre; deve ser algo tão secreto que nós mesmos esquecemos que o ajudamos quando o encontrarmos novamente.

Oração (v. 5-8). Nem a oração comunitária, que Jesus nunca condenou, nem o derramar secreto do coração, que não precisava ser ensinado, estão em consideração aqui, mas a associação comum na época que o indivíduo fazia, não importava onde estivesse, com a oração nacional matutina e vespertina no templo (conforme At 3:1-10.3,30). Era fácil tomar providências na época para se colocar em um lugar de destaque. Era normal orar em pé. O uso de “vãs repetições” (ARA) é conhecido como uma fraqueza dos gentios, embora o Livro de Oração dos Judeus também tenha alguns exemplos. A oração não tem a intenção de ser um jogo de memória para Deus (v. 8), mas um meio pelo qual os desejos do cristão são colocados debaixo do escrutínio de Deus, e a pessoa que ora é lembrada do caráter, da vontade e dos propósitos de Deus.

A oração-padrão (v. 9-13). Conforme Lc 11:2

4. Quando a comunidade e o indivíduo consciente da sua unidade com a comunidade estão orando, alguma orientação a respeito do escopo da sua oração é necessária (a oração totalmente privada não está em consideração aqui). A variante abreviada e ligeiramente diferente em Lc 11, a omissão de qualquer confissão anterior de pecados e a ausência de uma doxologia no final (a que está na 5A é bem antiga mas certamente não é original) juntas sugerem que temos aqui uma orientação e um quadro geral para nossos pedidos, mas não uma fórmula fixa.
Sou membro de uma comunidade, por isso digo nosso\ fui aceito como filho, assim digo Pai. nos céus me lembra que não há nem incapacidade para dar nem exagero em dar. Eu oro primeiro para que Deus tenha o seu lugar de direito entre os homens. A forma mais próxima do nosso significado moderno provavelmente seja “que o seu nome seja honrado” (Phillips) ou “que o seu nome seja reverenciado” (Filson); nome “significa como Deus se revelou” (Filson). A oração pela vinda do Reino (conforme comentário Dt 4:17) não é meramente pela segunda vinda de Cristo, mas também por sujeição da sociedade e do indivíduo à vontade dele. O Reino sugere submissão, mas a vontade de Deus pode ser feita até mesmo por aqueles que se rebelam contra a sua própria vontade, assim na terra como no céu\ Aplica-se às três petições introdutórias.

de cada dia (epiousios): Foi encontrada somente uma ocorrência dessa expressão em escritos não-cristãos, de modo que o seu significado é incerto; isso se mostra pelas interpretações variantes do início da história da Igreja. Pode bem significar “porção diária” (conforme Arndt, p. 296-7) ou “pão para o futuro imediato” (Tasker). dívidas [...] devedores'. Não há justificativa para a tradução “transgressões” em algumas versões. A transgressão na Bíblia tem a conotação de rebeldia, e qualquer pecado desse tipo teria de ser confessado antes que uma pessoa pudesse pensar em orar normalmente. No máximo, o que se tem em mente com dívidas são nossas insuficiências (“pecados”, Lc 11:4) e o nosso fracasso em dar a Deus a honra que lhe é devida, assim como perdoamos (aphêkamen, um aoristo e, portanto, um fato) àqueles que menosprezaram a nossa auto-estima. “E não nos induzas à tentação” (nr. da NVI; conforme Jc 1:2,Jc 1:3 e comentário Dt 4:1-5): As tentações são principalmente culpa nossa (Jc 1:13,Jc 1:14); o teste é uma necessidade divina para revelar a realidade da nossa fé e das nossas afirmações. Devemos recuar diante do teste, mas, quando vem o tempo em que precisamos passar por ele, pedimos por livramento durante o teste, do maí. Muitas versões trazem “do Maligno” (como na nr. da NVI). O grego é ambíguo, mas em termos gerais a versão personalizada é melhor, pois Deus usa Satanás como aquele que executa o teste. É possível que a expressão aramaica originária também fosse ambígua.

Um aspecto preliminar à oração (v. 14,15). Conforme 18:23-35; Mc 11:25. Algumas consciências cauterizadas inutilmente tentam evitar a força dessa advertência ao argumentarem que ela não se aplica aos cristãos. Outros tentam fingir que suas circunstâncias são tão peculiares que estão acima das Escrituras. Se o homem regenerado se negar a perdoar a injustiça que foi cometida contra ele, na verdade se separa da comunhão com Deus, que é o Perdoador, até que perdoe. Se o homem supostamente regenerado é caracterizado por um espírito não perdoador, isso é o sinal mais claro de que ele nunca nasceu de novo (ljo 3:10-14,15).

O jejum (v. 16-18). Uma pessoa sob prolongado estresse emocional tende a evitar a comida normal. Daí que o jejum, sem uma ordem registrada de Deus, tornou-se um procedimento natural do penitente e de todos que se sentiam sob a ira divina para se aproximarem de Deus. Na Lei, o jejum é ordenado somente para o Dia da Expiação (Lv 16.29,31; Nu 29:7), em que se diz ter a função de “afligir a alma” (RV), o que sugere a natureza essencialmente dupla do verdadeiro jejum; não deve ser uma questão só do corpo. O jejum é mencionado com fre-qüência em outros trechos do AT, e de fato é considerado algo comum. No NT, não é ordenado em lugar nenhum — os versículos citados em apoio a isso, e.g., Mt 17:21; Mc 9:291Co 7:5; At 10:30, são tomados de manuscritos inferiores que foram corrompidos pelo crescente ascetismo na 1greja. Cristo menciona o jejum como algo que vai acontecer (e.g., 9.15; conforme At 13:2-3) e regulamenta a sua prática. Além disso, ao jejuar no deserto (4.2), ele mostrou que o jejum poderia ter grande importância espiritual.

Evidentemente Jesus não está chamando o crente a se afastar e se dissociar do jejum da comunidade, mas está falando do jejum voluntário (v.comentário Dt 9:14), seja regular, seja ocasional (isso é evidenciado pela sintaxe gr.). Esse jejum é um assunto entre a pessoa que jejua e Deus. v. 17. “unja a cabeça” (nr. da NVI): A auto-unção com óleo era uma prática comum, evitada somente em épocas de luto e jejum. Jesus não disse aos seus discípulos que apresentassem uma aparência de alegria, mas que se comportassem normalmente. A cabeça é mencionada especialmente por ser a única parte do corpo em que o ungir-se seria evidente. Além disso, a pessoa que jejuava ou estava de luto com freqüência colocava cinzas sobre a cabeça (cf. 2Sm 13:19).

Acerca da confiança em Deus (6:19-34)
Na época do NT, e, aliás, até a nossa época, a comunidade judaica local cumpria o papel do Estado moderno que dá assistência social aos seus cidadãos, mas suas finanças eram normalmente precárias, e os que eram ajudados por ela não alcançavam status com isso. Essa seção se ocupa tanto da segurança do indivíduo quanto do seu status.

O verdadeiro tesouro (v. 19-21). Conforme Lc 12:33,Lc 12:34. Os tesouros orientais normalmente consistiam em prata e ouro e também em roupas caras (conforme Gn 45:22; 2Rs 5:23). Aqui a traça e a ferrugem estão associadas às roupas, e os ladrões, à prata e ao ouro. Que a pessoa pudesse transferir os tesouros para os céus é uma idéia encontrada com freqüência no pensamento judaico da época. Com Jesus, a motivação não é a recompensa no céu, como no caso dos rabinos, embora isso não seja negado, mas a transferência da afeição e do amor.

Os olhos sadios (v. 22,23). Conforme Lc 11:34ss. A Mishná diz: “Estas são coisas cujo fruto o homem aprecia neste mundo enquanto o capital está sendo depositado para ele no mundo por vir: honrar pai e mãe, atos de misericórdia, gerar paz entre um homem e seu próximo; e o estudo da Lei que equivale a todas as outras” (Peah, 1.1). Jesus estava falando menos a homens somente voltados para as coisas deste mundo, e mais àqueles que pensavam em termos de “tanto [...] quanto”. Assim, ele lhes conta a parábola dos “olhos bons”. O significado exato de haplous é difícil de estabelecer. Do sentido fundamental “singular”, avançamos para “sincero”, “sadio” e, finalmente, para “generoso”, “bom”. O homem que fixar os olhos em Deus (céu) vai dar generosamente sem pestanejar. O homem que tentar olhar para Deus e o mundo ao mesmo tempo não vai ver nenhum dos dois claramente, ou melhor, não vai ver nada.

O escravo com dois senhores (v. 24). Conforme Lc 16:13. SB e Schniewind destacam que era possível na época um escravo ser compartilhado por dois senhores. Apesar da evidência rabínica, Jesus está falando da impossibilidade disso na prática. “Um homem pode trabalhar para dois empregadores, mas nenhum escravo pode ser propriedade de dois senhores” (M’Neile). “Mamom” (nr. da NVI), uma palavra de etimologia incerta, era usada na linguagem da época para dar a idéia de propriedade em geral. Não é o nome de um deus pagão, mas a palavra aramaica é mantida para sugerir que a propriedade pode se tornar um senhor e até mesmo um deus.

Ansiedade (v. 25-34). Conforme Lc 12:22-42. “Não andeis cuidadosos” (ACF) é uma tradução enganosa que pode dar munição exagerada tanto ao cético quanto ao fanático. Merimnaõ significa “estar ansioso, preocupado”; seu uso em Lc 10:41 ilustra a sua força, v. 25. Portanto: Os v. 19-24 mostraram que não pode haver satisfação nem proveito na atitude “tanto [....] quanto”, por isso precisamos optar: “ou [...] ou”, vida (psychê) [...] corpo: Jesus está usando palavras do AT aqui e não está falando do fato da vida, mas da personalidade do homem (traduzido erroneamente por “alma” em algumas versões) e do corpo por meio do qual ela (a personalidade) conhece o mundo e se dá a conhecer a ele. O corpo precisa de alimento para a sua preservação; a personalidade, roupas para sua proteção e honra (Schktter). Mas a personalidade {vida) e o corpo são dádivas de Deus; portanto, será que ele não daria também o que é de importância menor? Os comentaristas estão praticamente divididos entre o texto e a formulação na nota textual no v. 27, mas tanto o contexto quanto o uso normal de hêlikia favorecem “extensão de vida”. Aliás, poucas coisas encurtam a vida mais do que as preocupações. O homem é melhor do que as aves e os lírios do campo (“flores silvestres”, Phillips — não importa qual tenha sido a flor designada por krinon, não seria chamada de “lírio” hoje) com base na ordem da criação. O comportamento da ave e da flor é o que lhes foi atribuído na criação. O homem não deve imitá-las, mas desempenhar o seu papel na criação (conforme v. 33); se ele fizer isso, pode ter certeza do cuidado de Deus. Os pagãos (v. 32) não são mencionados em tom de condenação, mas porque eles não conhecem a ordem na criação de Deus. Os que conhecem a revelação de Deus se comportam de maneira desnaturai se fazem o que aqueles que não a conhecem fazem naturalmente; aí eles se transformam em homens de pequena fé (v. 30).

Até esse ponto, Jesus falou dos problemas conhecidos que fazem o homem se preocupar. No v. 34, ele passa aos que ainda são desconhecidos. Quando o amanhã trouxer o conhecimento deles, também trará a resposta a eles.
Observação sobre hipócritas: Hipócrita, que é simplesmente uma palavra grega escrita em letras portuguesas, ocorre no NT somente nos Evangelhos sinópticos e sempre nos lábios de Jesus. Nós a encontramos 13 vezes em Mateus (6.2,5.16; 7.5; 15.7; 22.18; 23.13 15:23-25,27,29; 24.51), uma vez somente em Marcos e três vezes em Lucas. Em Mateus, é usada de forma geral cinco vezes e, nas outras oito vezes, especificamente acerca dos “escribas e fariseus”.

Na época do NT, a palavra tinha um campo semântico muito amplo, mas a idéia de um homem mau tentando ser bom não estava entre os sentidos possíveis. É possível que a palavra “ator” satisfaça todas as ocorrências do NT; certamente é satisfatória no Sermão do Monte. Mesmo quando se aplica aos escribas e fariseus, temos a impressão de que eles estavam tão convictos da justiça e correção da sua posição e ações que se achavam cegos para os seus erros.

O fato de que a palavra é usada somente por Jesus, com o seu conhecimento singular do caráter e da motivação do homem, deveria nos fazer pensar duas vezes antes de julgar as pessoas que ele assim criticou. V. tb. “Hipócrita”, NBD, e a literatura mencionada aí.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 29


4) Sermão da Montanha. 5:1 - 7:29.

É o mesmo discurso registrado em Lc 6:20-49, pois as diferenças podem ser harmonizadas ou explicadas, e a semelhança entre os começos, finais e assuntos tornam a identificação extremamente provável. Além disso, os dois registros falam da cura do servo do centurião logo a seguir. A objeção de que Matem coloca este discurso antes de sua própria vocação (Mt 9:9; contrasta com Lc 5:27 e segs.) explica-se por sua falta de ordem cronológica estrita por toda parte. Daí, considerando que Mateus descreveu as atividades de Cristo na proclamação da chegada do Reino (Mt 4:17, Mt 4:23), foi acertado incluir para os seus leitores um exame completo deste assunto feito por Jesus. Concluise que o Sermão da Montanha não é, em primeiro lugar uma declaração de princípios para a Igreja cristã (que na ocasião ainda não fora revelada), nem uma mensagem evangelística para os perdidos, mas um esboço de princípios que caracterizariam o reino messiânico que Cristo anunciava. Mais tarde, a rejeição do seu Rei por parte de Israel, atrasou a vinda do seu reino, mas ainda agora os cristãos, tendo declarado a sua fidelidade ao Rei e tendo sido preparados espiritualmente para a antecipação de algumas das bênçãos do seu reino (Cl 1:13), podem perceber o ideal de Deus neste sublime discurso e concordarão com seus altos padrões.


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 5 até o 15

5-15. Segundo exemplo: oração. Em pé nas sinagogas. Era o modo costumeiro (Mc 11:25, Lc 10:22; Jo 11:41,Jo 11:42), mas sim a exibição vaidosa. A oração particular é o melhor treinamento para a oração pública. Omite publicamente (ERC). Vãs repetições (tagarelice) são características das orações pagãs (ou gentias), como a ostentação é dos hipócritas. Tal atitude é como se a oração fosse um esforço para vencer a má vontade de Deus em responder, cansando-o com palavras. Entretanto não é a mera extensão ou repetição que Cristo condena (Jesus orou a noite inteira, Lc 6:12, e repetiu seus pedidos, Mt 26:44), mas a motivação indigna que induz tais atos religiosos.

Jesus continua dando um exemplo de uma oração aceitável, que é uma maravilha no seu largo alcance e brevidade. No entanto, certamente não deve ser repetida supersticiosamente (a atitude que Cristo estava execrando, v. Mt 6:7) e ela não incorpora todos os seus ensinamentos sobre oração (conferir com Jo 16:23, Jo 16:24), mas pode ser usada (não apenas recitada) com sinceridade por todos os verdadeiros crentes. Os cristãos certamente perceberão, à luz de revelação posterior, que a oração é possível com base nos méritos de Cristo.

Nosso Pai. Uma maneira incomum de começar uma oração no V.T., mas preciosa a todos os crentes do N.T. Os três primeiros pedidos da oração referem-se a Deus e ao seu programa; os quatro últimos, ao homem e suas necessidades. Santificado. O significado aqui é "seja reverenciado e tratado como santo". Venha o teu reino. O reino messiânico. Não apenas judeus mas todos os crentes em Cristo deveriam ter um interesse vital pela sua chegada.

O pão nosso de cada dia. O primeiro pedido pelas necessidades pessoais emprega um termo, cada dia, encontrado apenas uma vez no grego secular (Arndt. pág. 296). As opiniões quanto ao seu significado variam entre "diário", "necessário para a existência" e "dia seguinte". Perdoa-nos as nossas dívidas. Os pecados tidos como dívidas morais e espirituais para com a justiça de Deus. Esses não são os pecados dos não-regenerados (esta oração foi ensinada apenas aos discípulos), mas de crentes, que precisam confessá-los. Assim como nós perdoamos. O perdão dos pecados, quer sob a lei mosaica ou na 1greja, sempre é pela graça de Deus e com base na expiação de Cristo. Entretanto, o caso de um crente confessando seu pecado e pedindo o perdão de Deus enquanto guarda rancor contra outra pessoa, além de ser incongruente, é também hipócrita. É mais fácil ter-se um espírito perdoador quando o cristão considera quanto Deus já lhe perdoou (Ef 4:32). A falta de perdão é o pecado e deve ser confessado como tal. E não nos deixes cair em tentação. Conferir com Jc 1:13,Jc 1:14; Lc 22:40. Uma declaração de que Deus, na sua providência, poupará o suplicante das tentações desnecessárias. A doxologia em Mt 6:13.


Dúvidas

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 6 versículo 6
Mt 6:6 - Se Jesus ensinou que a oração deve ser em secreto, por que a Bíblia preconiza a oração em público?


PROBLEMA:
Nesse texto, Jesus instou seus discípulos a orar em secreto, dizendo: "Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto" (Mt 6:6). Entretanto, em outras partes, a Bíblia preconiza a oração em público. Por exemplo, Daniel orava com a janela do seu quarto aberta, para que pudesse ser visto orando (Dn 6:10). Salomão fez aquela grande oração de consagração do templo em público (1Rs 8:22). E Paulo instou a que orassem em público, "em todo lugar" (1Tm 2:8).

SOLUÇÃO: Não foi a oração em público que Jesus condenou, mas a oração com ostentação. Ele não se opôs à oração em público feita em lugares adequados, mas condenou as orações feitas em lugares onde a pessoa seria notada. E nem era tanto o lugar em si da oração, mas sim o propósito da oração que Jesus censurou, ou seja, "para serem vistos dos homens" (Mt 6:5).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 18
d) Esmolas, oração e jejum (Mt 6:1-40. Neste trecho paralelo de Lucas, lemos "quando orardes dizei" (Lc 11:2). A oração que segue serve como modelo e como oração a ser repetida. Pai nosso (9). Somente um filho de Deus, uma pessoa que nasceu de novo, pode fazer uso corretamente desta oração. Santificado (9), isto é, considerado com toda a reverência santa. Teu nome (9). Subentende o caráter ou essência de Deus, e que Ele realmente é. Venha o teu reino (10). O reino virá quando o último inimigo estiver destruído, à volta do Senhor (ver 1Co 15:24-46). Assim na terra como no céu. Cumprir-se-á "nos novos céus e nova terra" (cfr. 2Pe 3:13). Cada dia (11), gr. epiousion. Esta palavra é desconhecida fora de seu uso aqui e no trecho paralelo de Lucas. Não significa "cotidiano". Os teólogos não concordam ainda se significa para hoje ou para amanhã. Ver Lc 11:3 n. Dívidas (12). Todo pecado constitui uma dívida perante Deus. Como nós perdoamos (12). O perdão divino não é concedido por perdoarmos aos outros e o perdão humano deve imitar o divino. Não nos induzas... (13). A mesma idéia ocorre em Lc 21:36. Teu reino... amém (13). Esta frase é omitida em alguns textos. Constitui uma afirmação de fé completando assim a oração.

É notável que a única frase na oração, que merecesse comentário especial de Nosso Senhor, é aquela que trata do perdão (14-15). Como em Mc 11:21-41, a ética de amor e de perdão é inseparável da justificação pela fé. Para aceitar a graça de Deus livremente, com consciência pura, é imprescindível compreender que Cristo sofreu a pena de pecado na cruz. Isto significará que nunca mais podemos insistir sobre o castigo de outrem ou a retribuição do mal, mas deveremos mostrar o amor e o perdão a todos livremente. Compare-se Mt 18:32, Mt 18:35. Quando jejuardes (16). No contexto, há uma conexão entre o jejum e a oração e aquele, como esta, é uma prática secreta entre o indivíduo e seu Deus.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34

33. Dar sem hipocrisia (Mateus 6:1-4)

Beware de praticar a vossa justiça diante dos homens para serem notadas por eles; caso contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está nos céus.
Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para que possam ser honrados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa. Mas quando você der esmola, não deixe que a sua mão esquerda saiba o que sua mão direita está fazendo que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. (6: 1-4)

Mateus 5:21-48 incide sobre o ensino da lei sobre o que os homens acreditam, e 6: 1-18 centra-se na prática da lei, o que os homens fazem. A primeira seção enfatiza interior moral seis ilustrações representativas em relação assassinato, adultério, divórcio, juramentos, vingança e amor que dá a justiça. Esta segunda seção enfatiza três ilustrações representativas-dando justiça exterior formais da atividade religiosa. O primeiro tem a ver com dar, nossa religião como ele age em relação aos outros (vv 2-4.); o segundo com a oração, a nossa religião como ele age em direção a Deus (vv 5-15.); eo terceiro com o jejum, a nossa religião como ele age em relação a nós mesmos (vv. 16-18).

O perigo da Justiça Falsa

Beware de praticar a vossa justiça diante dos homens para serem notadas por eles; caso contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está nos céus. (6: 1)

Este verso apresenta a seção sobre as formas de justiça religiosa e aplica-se a cada um dos três ilustrações em 6: 2-18.
A história é contada de um homem santo asceta oriental que se coberto de cinzas como um sinal de humildade e regularmente se sentou em uma esquina proeminente de sua cidade. Quando os turistas pediu permissão para tirar sua foto, o místico iria reorganizar suas cinzas para dar a melhor imagem da miséria e humildade.
Uma grande quantidade de religião equivale a nada mais do que a reorganização "cinzas" religiosos para impressionar o mundo com a própria suposta humildade e devoção. O problema, claro, é que a humildade é uma farsa, e a devoção é para si mesmo, não a Deus. Tal religião não é nada mais do que um jogo de fingimento, um jogo em que os escribas e fariseus do tempo de Jesus eram mestres. Porque a sua religião era principalmente um ato, e um escárnio do verdadeiro caminho revelado de Deus para o seu povo, as denúncias mais bolhas de Jesus foram reservados para eles.

Mas eles não eram o original ou os últimos hipócritas. Desde a queda do homem houve hipócritas. Hipócritas são mencionados na Bíblia, de Gênesis a Apocalipse. Cain foi o primeiro hipócrita, fingindo adoração, oferecendo um tipo de sacrifício que Deus não queria. Quando sua hipocrisia foi desmascarada, ele matou seu irmão Abel por ressentimento (Gn 4:5-8). Absalão hipocritamente jurou lealdade a seu pai, o rei Davi, ao traçar a derrubada de seu regime (2 Sam. 15: 7-10).

O hipócrita supremo era Judas 1scariotes, que traiu o Senhor com um beijo. Ananias e Safira hipocritamente alegou ter dado à igreja todos os recursos obtidos com a venda de alguns bens, e perderam suas vidas por mentir para o Espírito Santo (Atos 5:1-10).

Hipócritas são encontrados no paganismo, no judaísmo e no cristianismo. Havia hipócritas na igreja primitiva, a igreja medieval, ea igreja Reforma. Ainda há hipócritas na igreja hoje, e Paulo nos assegura que haverá hipócritas no final da época. "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, ea doutrinas de demônios, por meio da hipocrisia de mentirosos marcados a ferro em sua própria consciência, como com um ferro em brasa" (1 Tim. 4: 1-2). Hipocrisia é endêmica para o homem caído, parte integrante de sua natureza carnal. A perseguição da igreja ajuda a diminuir o número de hipócritas, mas mesmo isso não pode eliminá-los completamente.

Hipocrisia nunca é tratado com ligeireza nas Escrituras. Através Amos, Deus disse: "Eu odeio, desprezo as vossas festas, nem me deliciar-se com as vossas assembléias solenes Mesmo que você tem a oferecer-se para mim holocaustos, ofertas de alimentos, não vou aceitá-las;. E eu não vou nem olhar . para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, eu não vou nem ouvir o som de suas harpas Mas deixar que a justiça corra como água ea rectidão como um ribeiro perene "(Am 5:1). O Senhor continuou declarando Seu descontentamento também com ofertas inúteis, incenso, new moon e sábados festivais, e orações hipócritas (vv. 13-15). Deus queria que a pureza ea justiça, não rituais superficiais. "Lavai-vos, tornar-se limpos", disse Ele; . "Remover o mal de seus atos de minha vista Cessar de fazer o mal, aprendei a fazer o bem, buscar a justiça, convencerá o implacável;. Defender o órfão, defendei a causa da viúva Vinde então, e argüi-me ... Ainda que os vossos pecados. são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, eles serão como a lã "(vv 16-18.).

Chamadas similares para substituir cerimônia superficial com justiça genuína são encontrados nos outros profetas literários (Jr 11:19-20; Amós 4:4-5.; Mic 6: 6-8; etc..), Bem como no livro de Jó (08:13 15:34-36:13).

Uma fábula de Esopo conta a história de um lobo que queria ter uma ovelha para o seu jantar e decidiu se disfarçar como uma ovelha e siga o rebanho para o rebanho. Enquanto o lobo esperou até que as ovelhas foi dormir, o pastor decidiu que teria de carneiro para a sua própria refeição. No escuro, ele escolheu o que ele achava que era o maior, o mais gordo ovelhas; mas depois que ele havia matado o animal que ele descobriu que era um lobo. O que o pastor fez inadvertidamente a um lobo em pele de cordeiro, Deus faz intencionalmente. O Senhor juízes hipocrisia.

Falando aos escribas e fariseus, em certa ocasião, Jesus disse: "Justamente profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: 'Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens "(Marcos 7:6-7).

Jesus usou muitas figuras para descrever hipocrisia. Ele comparou-o com fermento (Lc 12:1), túmulos escondidos (Lc 11:44), joio em meio ao trigo (Mt 13:25), e os lobos em pele de cordeiro (Mt 7:15).

Nos tempos do Novo Testamento, algumas pessoas ganhavam a vida como carpideiras profissionais que foram pagas para chorar, choro, e rasgar suas vestes em funerais e em outras ocasiões de tristeza (conforme Mt 9:23). Diz-se que algumas carpideiras tiveram o cuidado de rasgar suas roupas em uma emenda, de modo que o material poderia ser facilmente costurados para a próxima luto. Ambas as carpideiras profissionais e aqueles que os contratou eram hipócritas, contratação e sendo contratado para colocar em uma tela de luto que foi inteiramente pretensão.

Prosechō ( cuidado ) significa para segurar, ou tomar posse, algo e prestar atenção a ela, especialmente no sentido de estar em guarda. Os escribas, fariseus e outros hipócritas são avisados ​​por Jesus paracuidado das atividades religiosas em que tinham tanto orgulho e confiança. Ele estava prestes a mostrar-lhes mais uma vez como inútil, sem sentido, e inaceitável a Deus essas atividades eram.

Theaomai ( para ser notado ) está relacionado com o prazo a partir do qual obtemos teatro. Ele tem em mente um espetáculo para ser olhou. Em outras palavras, Jesus está advertindo sobre praticando uma forma de justiça ( dikaiosune , atos de devoção religiosa em geral), cujo objectivo é mostrar diante dos homens . Tal religião é como um jogo; não é vida real, mas na qualidade. Ele não demonstra o que está nas mentes e corações dos atores, mas é simplesmente um desempenho projetado para fazer uma certa impressão sobre aqueles que estão assistindo.

Tais práticas atingir teatral justiça , realizada para impressionar em vez de servir e para ampliar os atores, em vez de Deus. O objetivo é agradar a homens, não de Deus, e as atividades não são vida real, mas uma exposição. Essa falsa justiça, Jesus nos garante, nunca irá beneficiar uma pessoa para o reino de Deus (Mt 5:20).

Justiça falsa como a que tem uma recompensa-o reconhecimento e aplausos de outros hipócritas e de pessoas ignorantes. Isso, no entanto, é o limite da honra, porque Jesus diz aqueles que praticam tais justiça hipócrita, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu. Deus não recompensar para agradar aos homens (conforme Mt 5:16), porque roubar-lhe glória. É ele deve notar-se que o vosso Pai é usado no mesmo sentido como em 05:16, como uma referência ao sentido do Antigo Testamento em que Deus era o pai de Israel (Is 63:16), não no sentido do Novo Testamento da relação pessoal pela salvação (ver Mt 6:9). Quando israelitas libertou um escravo que foi dito: "Você não deve mandá-lo embora de mãos vazias Você deverá entregar-lhe liberalmente do seu rebanho e da tua eira e do seu lagar;. Darás a ele como o Senhor teu Deus tem abençoou "(13 5:15-14'>Deut. 15: 13-14): o povo de Deus foram constantemente lembrados nos Salmos, Provérbios, e escritos proféticos para ser considerado de e generoso para com os pobres, se co-israelitas ou gentios estranhos.

Jesus e os discípulos tinham o seu próprio saco de dinheiro a partir do qual eles deram ofertas para os pobres (Jo 13:29). É óbvio, portanto, que ele só está dando esmolas no espírito errado que é mau. Os escribas e fariseus lhes deu principalmente para trazer honra para si, não para servir os outros ou para honrar a Deus.

A doação de esmolas tinha sido levada a extremos absurdos pela tradição rabínica. Nos livros apócrifos judaicos lemos coisas como, "É melhor dar a instituições de caridade do que juntar o ouro para a caridade salvará o homem da morte, que irá expiar qualquer pecado." (Tobias 12: 8) e, "Como água vai apagar um fogo flamejante, de modo a caridade vai expiar o pecado "(A Sabedoria de Siraque 03:30).Consequentemente, muitos judeus acreditavam que a salvação era muito mais fácil para os ricos, porque eles poderiam comprar o seu caminho para o céu, dando aos pobres. O mesmo princípio mecanicista e anti-bíblico é visto em dogma católico tradicional romana. Papa Leão Magno declarou: "Pela oração buscamos apaziguar Deus, pelo jejum que extinguir a concupiscência da carne, e por esmolas nós redimir nossos pecados."
Mas, assim como um sentimento de simpatia para alguém em necessidade não ajudá-los a menos que algo é dado para satisfazer as suas necessidades, dando-lhes dinheiro não fornece nenhum benefício ou bênção espiritual a menos que seja dado de coração. Em qualquer caso, nenhum ato de caridade ou qualquer outro bom trabalho pode expiar o pecado.
Não parece haver nenhuma evidência da história ou arqueologia que um literal trompete ou outro instrumento foi usado pelos judeus para anunciar a sua doação. A figura foi usada por Jesus para descrever a atenção nas sinagogas e nas ruas que muitos ricos hipócritas , não apenas escribas e fariseus, propositAdãoente atraiu para si mesmos quando eles apresentaram seus presentes.

A recompensa que eles queriam era o reconhecimento e louvor, para serem glorificados pelos homens , e que tornou-se sua plena recompensa. Eles têm a sua recompensa foi uma forma de expressão técnica usada na conclusão de uma transação comercial, e levou a idéia de algo a ser pagos na totalidade e liquidada: Nada mais foi devido ou seria pago. Aqueles que dão para o propósito de impressionar os outros com sua generosidade e espiritualidade receberá nenhuma outra recompensa, especialmente da parte de Deus. O Senhor lhes deve nada. Quando damos para agradar aos homens, a nossa únicarecompensa será aquela que os homens podem dar. Buscando bênçãos dos homens perde Deus.

Há muitas trombetas mais sutis pessoas podem usar para chamar a atenção para as suas boas obras. Quando eles fazem questão de fazer publicamente o que eles poderiam facilmente fazer em privado, eles se comportam como os hipócritas , não como filhos de Deus.

Um homem entrou em meu escritório um domingo e me disse que era a primeira vez dele para adorar com a gente e que tinha a intenção de fazer a nossa igreja de sua casa igreja. Ele, então, me entregou um cheque generoso, com a promessa de que eu iria receber um igualzinho a cada semana. Eu lhe disse que não queria receber seus cheques pessoalmente e sugeriu que ele deveria dar anonimamente como o resto da família da igreja fez. Se ele tivesse continuado a dar uma grande quantidade todos os domingos, não havia nenhuma boa razão para ele ter anunciado a sua generosidade para mim ou para qualquer outra pessoa. Quanto melhor para ele simplesmente ter colocado a seleção na oferta durante um culto.
Às vezes, é claro, a pretensão não mostra. Sabendo que é errado dar ostensivamente e que os irmãos cristãos tendem a se ressentir-lo, às vezes tentamos fazer nossas boas obras "acidentalmente" notado. Mas mesmo se nós só queremos que as pessoas percebam, e não fazer nada para atrair a sua atenção, o nosso coração motivo é serem honrados pelos outros . O sopro trombeta real, a hipocrisia de base, é sempre no interior, e é aí que Deus julga. Justiça hipócrita, assim como a verdadeira justiça, começa no coração.

Infelizmente, muitas organizações cristãs usar métodos não-cristãos para motivar o apoio de seus ministérios. Quando os certificados emoldurados, nomes publicados de apoiantes generosos, e outros reconhecimentos são oferecidos para estimular a doação, a hipocrisia é promovido em nome de Cristo. É tão errado para apelar aos motivos errados como ter motivos errados. "É inevitável que tropeços vir", disse Jesus; "Mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" (Mt 18:7).

No começo do Sermão da Montanha, Jesus tinha especificamente ordenou: "Brilhe a vossa luz diante dos homens, de tal forma que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mt 5:16). A questão não é se deve ou não as nossas boas obras que ele deveria visto pelos outros, mas se elas são feitas para esse fim. Quando são feitos "de tal maneira" que a atenção e glória estão focados em nosso "Pai que está nos céus", e não em nós mesmos, Deus se agrada. Mas se eles são feitos para ser notado por homens (6: 1), eles são feitos de auto-retidão e hipocritamente e são rejeitados por Deus. A diferença está no propósito e motivação. Quando o que fazemos é feito com o espírito certo e para a Proposito correta, quase inevitavelmente ser feito da maneira certa.

Os ensinamentos de Mt 5:16 e 6: 1 são muitas vezes pensou em conflito uns com os outros, porque não é reconhecido que eles se relacionam com diferentes pecados. A discrepância é apenas imaginário.Na primeira passagem Jesus está lidando com a covardia, enquanto que na segunda ele está lidando com a hipocrisia. AB Bruce dá a explicação útil, "Estamos a mostrar quando tentado se esconder e se esconder quando tentados a mostrar"

Nunca na história da igreja têm sido cristãos tão bombardeados com apelos para dar dinheiro, muitos deles a causas legítimas e que valem a pena. Saber como e onde dar é, por vezes extremamente difícil. Os cristãos devem dar forma regular e sistemática ao trabalho de sua igreja local. "No primeiro dia de cada semana, cada um de vós ponha de lado e salvar, conforme a sua prosperidade" (1Co 16:2).

Doar é descrito no Antigo Testamento como parte do ciclo da bênção de Deus. "O homem generoso será próspero, e o que rega vai ser regada a si mesmo" (Pv 11:25). Como damos, Deus abençoa, e quando Deus nos abençoa damos novamente para fora do que Ele nos deu. "Você deve celebrar a festa das semanas ao Senhor teu Deus com uma homenagem de uma oferta voluntária de sua mão, o que lhe dará exatamente como o Senhor teu Deus te abençoe" (Dt 16:10). Estamos a dar livremente para fora do que Deus tem dado gratuitamente.

O ciclo não se aplica apenas ao material que dá, mas a todas as formas de dar o que é feito com sinceridade para honrar a Deus e para atender à necessidade. O caminho do povo de Deus sempre foi a maneira de dar.

De Escritura que aprendemos de pelo menos sete princípios para guiar-nos em dar nonhypocritical. Em primeiro lugar, dar de coração está investindo com Deus. "Dai, e dar-se-á dado; boa medida, recalcada, sacudida, atropelamento, eles vão deitar em seu colo por pelo seu padrão de medida que será usada para medir vocês em troca." (Lc 6:38 ). Paulo ecoa as palavras de Jesus: "E agora digo isto, aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; eo que semeia com fartura com abundância também ceifará com fartura" (2Co 9:6). Generosidade não é medida pelo tamanho do presente em si, mas pelo seu tamanho em comparação com o que é possuído. A viúva que deu "duas pequenas moedas de cobre" para o tesouro do Templo deu mais do que todos os "muitas pessoas ricas [que] foram colocando em grandes somas", porque "todos eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua pobreza , deu tudo o que possuía, tudo o que tinha para viver »(Mc 12:41-44).

Em terceiro lugar, a responsabilidade para a doação não tem nenhuma relação com o quanto uma pessoa tem. Uma pessoa que não é generoso quando ele é pobre não vai ser generoso se ele se tornar rico. Ele pode, então, dar uma quantidade maior, mas ele não vai dar uma proporção maior. "Quem é fiel no pouco, coisa que também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é fiel no muito" (Lc 16:10). É extremamente importante ensinar as crianças a dar generosamente ao Senhor com o que quer que pequenas quantidades de dinheiro que recebem, porque as atitudes e padrões que se desenvolvem como as crianças tendem a ser os que se seguem quando eles são cultivados. Dar não é uma questão de quanto dinheiro se tem, mas de quanto amor e cuidado está no coração.

Em quarto lugar, a doação de material se correlaciona com as bênçãos espirituais. Para aqueles que não são fiéis com coisas mundanas, como dinheiro e outros bens, o Senhor não vai confiar coisas que são de muito maior valor. "Se, portanto, você não fostes fiéis no uso das riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras riquezas para você? E se não fostes fiéis no uso do que é do outro, quem vos dará o que é vosso? " (Lucas 16:11-12).

Muitos jovens abandonaram seminário porque não conseguia lidar com o dinheiro, e que o Senhor não queria que eles em seu ministério. Outros começaram no ministério, mas depois desistiu, pelo mesmo motivo. Outros, ainda, permanecer no ministério, mas produzem poucos frutos porque Deus não vai cometer o cuidado das almas eternas para eles quando não pode mesmo controlar suas próprias finanças.Influências espirituais e eficácia tem muito a ver com a forma como as finanças são manipulados.

Em quinto lugar, a doação deve ser determinado pessoalmente. "Que cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria" (2Co 9:7). Os crentes filipenses deram, da generosidade espontânea de seus corações, não porque sentiu-se compelido (Fp 4:15-18.).

Em sexto lugar, estamos a dar em resposta à necessidade. Os primeiros cristãos em Jerusalém compartilhou seus recursos sem reservas. Muitos de seus companheiros crentes tinham se tornado destituídos quando esperamos em Cristo e foram condenados ao ostracismo de suas famílias e perdeu o emprego por causa de sua fé. Anos mais tarde, Paulo recolhido dinheiro das igrejas da Galácia para ajudar a atender as grandes necessidades que continuaram a existir entre os santos em Jerusalém e que tinha sido intensificadas pela fome.

Sempre houve charlatães que fabricam necessidades e jogar com a simpatia dos outros. E sempre houve mendigos profissionais, que são capazes de trabalhar, mas prefiro não. Um cristão não tem responsabilidade de apoiar essas pessoas e deve tomar cuidados razoáveis ​​para determinar se e quando existe necessidade real antes de dar seu dinheiro. "Se alguém não vai funcionar", diz Paulo, "não coma" (2Ts 3:10). Indolência encorajador enfraquece o caráter daquele que é indolente e também desperdiça o dinheiro do Senhor. Mas onde necessidade real não existe, a nossa obrigação de ajudar a atender também existe.

Em sétimo lugar, a doação demonstra amor, não a lei. O Novo Testamento não contém comandos para montantes ou percentagens de dar especificados. O percentual damos será determinado pelo amor de nossos próprios corações e as necessidades dos outros.
Todos os princípios anteriores apontam para a obrigação de dar generosamente porque estamos investindo na obra de Deus, porque estamos dispostos a sacrificar para aquele que se sacrificou por nós, porque não tem nenhuma influência sobre o quanto temos, porque queremos riquezas espirituais mais do que riquezas financeiras, porque temos pessoalmente determinado a dar, porque queremos atender tanta necessidade quanto pudermos, e porque o nosso amor nos obriga a dar.

Como em todas as áreas da justiça, a chave é o coração, a atitude interior que motiva o que dizemos e fazemos. Justiça pública não deve ser rejeitada, mas é para ser feito no espírito de humildade, amor e sinceridade. "Pois somos feitura [de Deus]", Paulo nos lembra, "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2:10).

Além disso, como em todas as áreas da justiça, o próprio Jesus é o nosso exemplo supremo e perfeito. Ele pregou Suas mensagens no público, Ele realizou Seus milagres de cura, compaixão e poder sobre a natureza em público. No entanto, Ele continuamente a atenção para Seu Pai celestial, cuja vontade sozinho Ele veio fazer (Jo 5:30; conforme Jo 4:34; Jo 6:38). Mesmo que Ele era um com o Pai, enquanto viveu na terra como homem Jesus não buscou sua própria glória, mas a de Seu Pai (João 8:49-50).

Quando damos nossas esmolas ... em segredo , amorosamente, despretensiosamente, e sem qualquer pensamento para o reconhecimento ou agradecimento, nosso Pai, que vê em secreto, te recompensaránós. O princípio é o seguinte: se a lembrar que, Deus vai esquecer; mas se esquecermos, Deus vai se lembrar. Nosso objetivo deve ser o de satisfazer todas as necessidades, somos capazes de atender e deixar a contabilidade a Deus, percebendo que "nós fizemos apenas o que devíamos ter feito" (Lc 17:10).

Deus não vai perder dando uma única recompensa. "E não há criatura alguma encoberta diante dele, mas todas as coisas estão abertas e exposto aos olhos daquele com quem temos de prestar contas" (He 4:13). O Senhor conhece os nossos corações, nossas atitudes e nossos motivos, e cada recompensa que nos é devido, será dada.

É o plano perfeito de Deus e vontade de dar recompensas para aqueles que fielmente confiar e obedecer-Lhe. E não é unspiritual que esperar e antecipar essas recompensas, se fizermos isso, num espírito de humildade e que as recompensas de Deus manifestar Sua graça para os que não merecem-saber gratidão. Nós podemos cumprir Suas exigências misericordiosas de recompensas, mas nunca pode realmente ganhar deles.

A maior recompensa um crente pode ter é o conhecimento que ele tem agradado o seu Senhor. Nossa motivação para olhar para a frente a suas recompensas deve ser a antecipação de lançá-los como uma oferenda aos seus pés, assim como os vinte e quatro anciãos um dia "vai lançar suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor nosso e nosso Deus, de receber glória, honra e poder "(Ap 4:10-11).

34. Orar sem hipocrisia (Mateus 6:5-8)

E, quando orardes, não está a ser como os hipócritas; pois gostam de ficar em pé e Oração nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa: Mas tu, quando orares, entra no teu quarto interior, e quando você fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto , o recompensará. E quando você está orando, não use a repetição sem sentido, como os gentios, para eles supõem que elas serão ouvidas por suas muitas palavras.Portanto, não ser como eles; porque vosso Pai sabe o que você precisa, antes de vós lho pedirdes. (6: 5-8)

Nenhum de nós pode compreender exatamente como funciona a oração dentro da mente infinita e plano de Deus. A visão calvinista enfatiza a soberania de Deus, e na sua aplicação extrema sustenta que Deus irá trabalhar de acordo com a Sua perfeita vontade, independentemente da forma como os homens orar ou mesmo se eles rezam ou não. A oração é nada mais do que em sintonia com a vontade de Deus. No extremo oposto, a visão arminiana sustenta que as ações de Deus que pertencem a nós são determinados, em grande parte, com base em nossas orações. Por um lado, a oração é visto simplesmente como uma forma de alinhar com Deus sobre o que Ele já determinou que fazer, e por outro lado, é suplicar a Deus para fazer o que Ele de outra forma não faria.
Escritura suporta ambos os pontos de vista e prende-los, por assim dizer, em tensão. A Bíblia é inequívoca sobre a soberania absoluta de Deus: Mas é igualmente inequívoca em declarar que, dentro de sua soberania Deus convida Seu povo a rogar-lhe em oração para implorar a Sua ajuda na orientação, a provisão, proteção, misericórdia, perdão, e outras necessidades incontáveis .
Nem necessária nem É possível imaginar o trabalho divino que faz oração eficaz. Deus simplesmente nos manda obedecer aos princípios da oração que dá a Sua Palavra. O ensinamento de Nosso Senhor na presente passagem contém alguns desses princípios.

Jesus continua a sua contraste de verdadeiro e falso justiça, em particular, a falsa justiça tipificado pelos escribas e fariseus. Como 6: 2-4 expõe suas doações hipócrita e os versículos 16:18 a sua hipócrita duradoura, versículos 5:8 expor suas orações igualmente hipócrita. As orações estavam com defeito em seu público-alvo e em seu conteúdo.

A Audiência de Oração

A Audiência Falsa: Outros Homens

E, quando orardes, não está a ser como os hipócritas; pois gostam de ficar em pé e Oração nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa. (6: 5)

Nenhuma religião jamais teve um padrão mais elevado e prioridade para a oração que o judaísmo. Como povo escolhido de Deus os judeus foram as vítimas da Sua Palavra escrita, "confiados os oráculos de Deus" (Rm 3:2, 11: 13 5:6-21'>13-21 e Números 15:37-41. Muitas vezes, uma versão abreviada (Dt 6:4) usado naqueles tempos como lembretes para abrir seus corações para o Senhor. Mesmo na igreja primitiva, porque a maioria dos cristãos eram judeus e ainda adorado no templo e nas sinagogas, as horas de oração tradicionais foram frequentemente observados (ver At 3:1).

Uma quarta falha foi em estimando longas orações, acreditando que a santidade e eficácia de uma oração estavam em proporção direta ao seu comprimento. Jesus alertou para os escribas que, "por causa da aparência oferecem longas orações" (Marcos 0:40). A longa oração, é claro, não é necessariamente uma oração insincero. Mas uma longa oração pública presta-se a pretensão, a repetição, rote, e muitas outras tais perigos. A culpa é na oração "por amor aparência s", para impressionar os outros com a nossa religiosidade.
Rabinos antigos sustentou que quanto mais tempo a oração, o mais provável seria ouvida e atendida por Deus. Verbosity foi confundido com significado, e do comprimento foi confundido com sinceridade.

Um quinto falha, apontada por Jesus em Mt 6:7, 1Rs 18:29 ). Hora após hora eles repetiram a mesma frase, tentando pela própria quantidade de suas palavras para fazer seu deus ouvir e responder.

Através dos séculos, os judeus tinham sido influenciado por tais práticas pagãs. Eles muitas vezes adicionados adjetivo após adjetivo antes de o nome de Deus em suas orações, aparentemente tentando superar o outro nas mencionando seus atributos divinos.

De longe o pior defeito, no entanto, foi a de querer ser visto e ouvido por outras pessoas, especialmente os seus companheiros judeus. A maioria dos outros defeitos não foram necessariamente errado em si mesmos, mas foram transportados para os extremos e utilizado em formas sem sentido. Mas essa falha foi intrinsecamente mau, porque ambos vieram e destinava-se a satisfazer o orgulho.Independentemente da forma a oração pode ter tomado, o motivo era auto-glória pecaminosa, a perversão final deste meio sagrados de glorificar a Deus (Jo 14:13).

É que a culpa desprezível que zeros Jesus em diante. E, quando orardes, não devem ser como os hipócritas. A oração que se concentra em si mesmo é sempre hipócrita, porque, por definição, o foco de todas as orações devem ser em Deus. Como mencionado no capítulo anterior, o termo hipócrita referiu original atores que usam grandes máscaras para retratar os papéis que estavam jogando. Hipócritas são atores, pretendentes, pessoas que desempenham um papel. O que eles dizem e fazem não representa o que eles próprios se sentem ou acreditam, mas apenas a imagem que eles esperam criar.

Os escribas e fariseus hipócritas orou para o mesmo fim que eles fizeram de tudo para atrair a atenção e trazer honra para si mesmos. Essa foi a essência de sua "justiça", o que Jesus disse que não teve parte no Seu reino (5:20).
Um velho comentarista observou que o maior perigo para a religião é que o velho eu simplesmente se torna religioso. Os hipócritas de quem Jesus fala tinha se convencido de que através da realização de certos atos religiosos, incluindo vários tipos de oração, eles se tornaram aceitável a Deus. As pessoas hoje ainda se enganam em pensar que eles são cristãos, quando tudo o que tenho feito é vestir sua velha natureza em armadilhas religiosas.

Nada é tão sagrado que Satanás não vai invadi-lo. Na verdade, a coisa mais sagrada, mais ele deseja para o profanarem. Certamente algumas coisas agradá-lo mais do que vir entre crentes e seu Senhor na intimidade sagrada de oração. Pecado nos seguirá na própria presença de Deus; e nenhum pecado é mais poderoso ou destrutivo do que o orgulho. Naqueles momentos em que viria antes do Senhor em adoração e pureza de coração, podemos ser tentados a nos adorar.
Martyn Lloyd-Jones escreve:
Nós tendemos a pensar do pecado como o vemos em trapos e nas sarjetas da vida. Nós olhamos para um bêbado, coitado; e dizemos, não é pecado. Mas essa não é a essência do pecado. Para ter uma imagem real e uma verdadeira compreensão do pecado, você deve olhar para algum grande santo, um homem extraordinariamente devoto e dedicado, olhar para ele lá de joelhos na própria presença de Deus. Mesmo lá eu se intrometendo em si, ea tentação é para ele pensar sobre si mesmo, para pensar agradavelmente e prazerosamente sobre si mesmo e para realmente estar adorando a si mesmo, em vez de Deus. Isso, e não o outro, é a verdadeira imagem do pecado. O outro é o pecado, é claro, mas lá você não vê-lo em seu auge, você não vê-lo em sua essência. Ou, dito de outra forma, se você realmente quer entender algo sobre a natureza de Satanás e as suas actividades, a única coisa a fazer é não ir para os resíduos ou as calhas da vida. Se você realmente quer saber algo sobre Satanás, ir embora para que deserto, onde nosso Senhor passou quarenta dias e quarenta noites. Essa é a verdadeira imagem de Satanás, onde você vê-lo tentando o próprio Filho de Deus. ( Estudos no Sermão da Montanha [Grand Rapids: Eerdmans, 1977], 2: 22-23)

Pelo que sabemos, no registro bíblico, duas vezes mais intensos de Jesus de oposição espiritual eram Durante seus 40 dias de solidão no deserto, e durante a sua oração no Jardim do Getsêmani, na noite em que foi traído e preso. Em ambas as ocasiões ele estava sozinho orando ao Seu Pai. Ele estava no lugar mais privado e sagrado de comunhão que Satanás apresentou suas tentações mais fortes diante do Filho de Deus.

Os hipócritas amei ficar de pé e Oração. Standing era uma posição normal para a oração entre os judeus. No Antigo Testamento, vemos de Deus fiéis orando de joelhos, enquanto prostrado, e em pé. No Novo Testamento vezes em pé foi a posição mais comum e não necessariamente indica um desejo de ser notado.

As sinagogas eram os lugares mais adequados e prováveis ​​para orações públicas a serem oferecidos. Era o lugar onde os judeus adoravam na maioria das vezes, especialmente aqueles que viveram grandes distâncias do Templo. A sinagoga era o lugar locais de reunião, não só para o culto, mas para vários encontros cívicos e sociais. Se feito com sinceridade, a oração, a qualquer dessas funções era apropriado.

As esquinas eram também um lugar normal para a oração, porque os judeus devotos iria parar onde quer que estivessem na hora marcada para a oração, mesmo se eles foram andando na rua ou visitar no canto. Mas a palavra usada aqui para rua não é a mesma que no verso 2, que remete para uma rua estreita ( Rhume ). A palavra usada aqui ( plateia ) refere-se a uma ampla rua principal, e, portanto, a uma grande esquina, onde uma multidão era mais provável que seja. A culpa implícita aqui é que os hipócritas gostava de Oração onde teriam a maior audiência. Não havia nada de errado com o que ora a um cruzamento importante se esse era o lugar onde você passou a ser no tempo para a oração. Mas havia algo de muito errado se você planejou para estar lá na hora de orar com a Proposito específica de Oração, onde a maioria das pessoas poderia vê-lo.

O verdadeiro mal desses adoradores hipócritas, seja em sinagogas ou nas esquinas das ruas , era o desejo de exibir-se , a fim de serem vistos pelos homens . Não era errado orar nesses lugares, mas aconteceu de arcar com os maiores audiências, e, portanto, os lugares onde os hipócritas preferidos para orar.

Como sempre, o pecado começou no coração. Foi o orgulho, o desejo de exaltar-se diante de seus compatriotas judeus, que era a raiz do pecado. Como o fariseu da parábola de Jesus, esses hipócritas acabou orando a si mesmos (ver Lc 18:11) e antes de outras pessoas. Deus não tinha parte.

Alguns crentes excessivamente reacionários têm usado estas advertências de Jesus como uma razão para renunciar a toda oração pública. Mas o Senhor ensinou tal coisa. Ele próprio, muitas vezes orou na presença de seus discípulos (Lc 11:1.). Escritura registra muitas orações públicas que eram totalmente adequado e sincero. Na dedicação do Templo, Salomão orou, uma oração detalhada estendida antes de todos os sacerdotes, os levitas, e os líderes de Israel (2 Cr. 6: 1-42; conforme 5: 2-7). Quando, sob a liderança de Esdras, o convênio foi renovado após o Exílio, um grupo de oito levitas ofereceu um sincero, oração de arrependimento em movimento antes de todas as pessoas (9 Neh:. 5-38). Depois de Pedro e João foram presos, interrogados e depois liberados pelo Sinédrio pouco depois de Pentecostes, todo o grupo de seus companheiros e se alegrou "levantaram suas vozes a Deus com um acordo" (At 4:24).

Mas as orações públicas do escriba típico ou fariseu foram ritualística, mecânico, excessivamente longo, repetitivo, e acima de tudo sem ostentação. Como os hipócritas que deram para o bem de louvor dos homens (Mt 6:2). Seu propósito aqui parece ter sido para fazer como um grande contraste possível com as práticas dos escribas, fariseus e outros religiosos hipócritas. O principal ponto Jesus faz não tem a ver com a localização, mas com atitude. Se necessário, Jesus diz, vá para o mais isolado, lugar privado pode encontrar para que você não será tentado a se mostrar. Vá até lá e fechou a porta. Feche tudo o mais para que você possa concentrar-se em Deus e ora ao teu Pai . Faça o que tiver que fazer para obter a sua atenção para longe de si mesmo e aos outros e sobre ele e ele só.

Grande parte da nossa vida de oração deve ser, literalmente, em segredo . Jesus ia regularmente longe de seus discípulos a orar completamente sozinho. Nossos membros da família ou amigos saibam que estamos orando, mas o que dizemos não é para eles ouvirem. Crisóstomo comentou que em sua época (século IV AD ) muitos cristãos oraram tão alto em seus quartos que toda a gente pelo corredor ouvi o que eles disseram. Se as pessoas às vezes acontecem para ouvir as nossas orações particulares, ele não deve ser por nossa intenção. (Conforme João A. Broadus, Mateus [Valley Forge, Pa .: Judson, 1886], p. 140.)

Mas o Pai estar em segredo não significa que Ele não está presente quando oramos em público, ou com nossas famílias ou outros pequenos grupos de crentes. Ele está muito presente quando e onde seus filhos invocá-Lo. A lição de Jesus tem a ver com a singeleza de intenção. A verdadeira oração é sempre íntima. Mesmo oração em público, se o coração não é reto e concentrou-se em Deus, de uma forma real e profunda fechou um up sozinho na presença de Deus.

No padrão de oração que Jesus ensinou seus discípulos, Ele começa com "Pai Nosso" (Mt 6:9). Esses segredos, por vezes, estão escondidos até de nós mesmos, porque é tão fácil de ser enganado sobre os nossos próprios motivos.

Quando Deus é verdadeiramente o público da nossa oração, teremos a recompensa só Ele pode dar. Jesus não dá nenhuma idéia nesta passagem, como o que a recompensa de Deus, ou de reembolso, será. A verdade importante é que Deus fielmente e infalivelmente abençoar aqueles que vêm a Ele com sinceridade. Sem dúvida, o Senhor recompensará. Aqueles que rezam sem sinceridade e hipocritamente, receberá a recompensa do mundo, e os que oram com sinceridade e humildade receberá de Deus.

O conteúdo da Oração

Uma segunda área em que muita oração dos dias de Jesus ficou aquém foi a de conteúdo. As orações hipócritas dos escribas e fariseus, não só foi dada no espírito errado, mas foram dadas em palavras sem sentido. Eles não tinham nenhuma substância, sem conteúdo significativo. Para ser aceitável a Deus, Jesus declarou: orações devem ser genuínas expressões de culto e de pedidos e petições sinceras.

Conteúdo Falsa: a repetição sem sentido

E quando você está orando, não use a repetição sem sentido, como os gentios, para eles supõem que elas serão ouvidas por suas muitas palavras. (6, 7)

Os particulares culpa Jesus destaca é a da repetição sem sentido , o que já foi discutido. Esta prática era comum em muitas religiões pagãs daquele dia, como é em muitas religiões hoje, incluindo alguns ramos da cristandade.

Use a repetição sem sentido é uma palavra (de battalogeō ) no grego e refere-se à marcha lenta, vibração impensado. Foi provavelmente onomatopoetic, imitando os sons de jabber sentido.

Aqueles que usaram orações repetitivas não eram necessariamente hipócritas, pelo menos não do tipo de ostentação. Os escribas e fariseus usado uma grande quantidade de repetição em suas demonstrações públicas de piedade; mas muitos outros judeus usou mesmo em orações privadas. Alguns podem ter usado a repetição porque seus líderes lhes havia ensinado a usá-lo. Outros, no entanto, recorreu à repetição, porque foi fácil e exigiu pouco de concentração. Para essas pessoas, a oração era simplesmente uma questão de cerimônia religiosa necessária, e eles poderiam ser totalmente indiferente ao seu conteúdo. Enquanto ele foi oficialmente aprovado, um padrão era tão bom quanto outro.
Embora este problema não envolvem sempre hipocrisia, ele sempre envolveu uma atitude errada, um coração errado. Os hipócritas orgulhosos tentou usar a Deus para glorificar a si mesmos, ao passo que aqueles que usaram a repetição sem sentido eram simplesmente indiferente a verdadeira comunhão com Deus.

Os judeus haviam pego a prática de os gentios , que acreditavam que o valor da oração foi em grande parte uma questão de quantidade. Quanto mais, melhor. Eles supõem que serão ouvidos por suas muitas palavras , Jesus explicou. Aqueles que orou a deuses pagãos achavam que suas divindades primeiro teve de ser despertado, então persuadidos, intimidados e atormentado em ouvir e responder, exatamente como os profetas de Baal fez em Mt. Carmelo (I Reis 18:26-29). No Novo Testamento, vemos uma prática similar. Despertada contra Paulo e seus companheiros por Demétrio e outros ourives de Éfeso, uma grande multidão começou a cantar: "Grande é a Diana dos efésios!" e continuou incessantemente durante duas horas (Atos 19:24-34).

Muitos budistas girar rodas contendo orações escritas, acreditando que cada volta da roda envia essa oração ao seu deus. Os católicos romanos acender velas votivas, na crença de que os seus pedidos continuará a subir repetitiously a Deus, desde que a vela é acesa Rosários são usados ​​para contar off orações repetidas de Ave Maria e Pai Nosso, o próprio rosário vindo ao catolicismo do budismo por meio dos muçulmanos espanhóis durante a Idade Média. Certos grupos carismáticos em nossos dias repetir as mesmas palavras ou frases mais e mais até o falar degenera em confusão ininteligível (João A. Broadus, Mateus [Valley Forge, Pa .: Judson, 1886], p. 130).

Todos nós, é claro, têm sido culpados de repetir a refeição mesmas orações após reunião refeição e oração depois da oração reunião, com pouco ou nenhum pensamento de que estamos dizendo ou de Aquele a quem estamos supostamente falando. Oração que é impensada e indiferente é ofensivo a Deus, e também deve ser ofensivo para nós.

Novamente nós não devemos tirar conclusões erradas. Jesus não proibiu a repetição de pedidos reais. Na parábola sobre a visita da meia-noite com o seu próximo, o homem persistente foi elogiado por Jesus como um modelo de nossa persistência diante de Deus. Em Sua parábola da viúva importuna Jesus elogiou sua persistência perante o juiz ímpio, dizendo: "Agora, Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite, e Ele vai atrasar muito tempo com eles?" (Lucas 18:2-7). Paulo "suplicou ao Senhor três vezes" que o espinho na carne pode ser removido (2 Cor. 12: 7-8). No Jardim do Getsêmani, ao enfrentar a agonia da cruz, Jesus clamou: "Meu Pai, se é possível, deixe este cálice de mim;. Ainda não seja como eu quero, mas como tu queres" Depois de repreender os discípulos para seu sono, Ele fez a oração novamente, e então, depois de um curto período de tempo, Ele "orou pela terceira vez, dizendo a mesma coisa, uma vez mais" (Mt 26:1).

Orar com razão é orar com um coração devoto e com motivos puros. É orar com único atenção a Deus e não a outros homens. E é para orar com confiança sincera que nosso Pai celestial ambos ouve e responde cada solicitação feita a Ele com fé. Ele sempre paga a nossa devoção sincera com a resposta graciosa. Se o nosso pedido é sincero, mas não de acordo com a sua vontade, ele vai responder de uma forma melhor do que queremos ou esperamos. Mas ele sempre vai responder.
É relatado que DL Moody uma vez me senti tão farto com as bênçãos de Deus que ele orou: "Deus, pare." Isso é o que Deus vai fazer com todo crente fiel que vem a Ele como uma criança espera de seu pai-sufocá-lo em mais bênçãos do que pode ser contado ou nomeado.

35. A oração dos discípulos — Parte 1 (Mateus 6:9-15)

Pray, então, da seguinte maneira: "Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome Venha o teu reino Seja feita vossa vontade, assim na terra como no céu Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia e perdoa-nos o nosso.... dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores. E não nos levam em tentação, mas livrai-nos do mal. [Porque teu é o reino, o poder ea glória, para sempre. Amém.] "Porque, se perdoardes aos homens por suas transgressões, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Mas se não perdoardes aos homens, então o vosso Pai não perdoará as vossas ofensas. (6: 9-15) (Para um estudo mais detalhado dos Discípulos 'Oração, consulte o autor do livro Jesus' Padrão da Oração. [Chicago: Moody Press, 1981])

Ministério terrestre de Jesus foi notavelmente breve, apenas três anos. No entanto, nesses três anos, como deve ter sido verdade em sua vida anterior, uma grande quantidade de tempo foi gasto em oração. Os evangelhos relatam que Jesus levantou-se habitualmente no início da manhã, muitas vezes antes do amanhecer, para comungar com o Pai. À noite, ele freqüentemente ir para o Monte das Oliveiras ou algum outro local tranquilo para orar, geralmente sozinho. A oração era o ar espiritual que Jesus soprou a cada momento de sua vida.
Alguém já disse que muitos cristãos oferecem suas orações como marinheiros usar suas bombas-somente quando os vazamentos de navios. Mas, para ser discípulos obedientes de Cristo, para experimentar a plenitude da comunhão com Deus, e de abrir as comportas de as bênçãos do céu, os crentes devem orar como Jesus orou. Além disso, é preciso saber como a Oração. Se não sabemos como orar e pelo que orar, faz pouco bom para ir com a maré. Mas se nós sabemos como orar, e então orar dessa forma, todas as outras partes de nossas vidas será reforçado e colocar na devida perspectiva. Como Martyn Lloyd-Jones foi lindamente expressou Estudos no Sermão da Montanha : "O homem é a sua maior e mais alto quando de joelhos, ele fica cara a cara com Deus" (2 vols [Grand Rapids: Eerdmans, 1977]., 02:45).

A Bíblia ensina muito sobre a importância eo poder da oração. A oração é eficaz; ele faz a diferença. "A oração eficaz de um homem justo", Tiago diz, "pode ​​realizar muito" (Jc 5:16). O servo de Abraão orou, e Rebekah apareceu. Jacó lutou e orou, e na mente de Esaú foi transformada a partir de 20 anos de vingança. Moisés orou, e os amalequitas foi atingido. Ana orou, Samuel nasceu. Isaías e Ezequias orou, e em 12 horas 185 mil assírios foram mortos. Elias orou, e foram três anos de seca; orou outra vez, e chuva veio. Aqueles são apenas uma pequena amostra da oração respondida apenas a partir do Antigo Testamento. Os judeus, a quem Jesus pregou deveria ter tido uma confiança ilimitada no poder da oração.

A oração é vital para todos os outros aspectos da vida do reino. Não podemos, por exemplo, dar (ver Mateus 6:2-4.) Ou rápida (ver 6: 16-18) corretamente a menos que estejamos em constante comunhão com Deus. A única doação que Deus quer é que o que é sincero, disposto e feito para Sua glória-dando que vem de uma vida de comunhão pessoal com Ele. O jejum é sem sentido para além da oração, porque para além de oração é parte de Deus. Vai ser um ritual religioso sem sentido. A maior ênfase nesta passagem (6: 1-18), portanto, é dada à oração.

O Propósito de Deus

O supremo propósito de Deus para a oração, o propósito além de todos os outros fins, é glorificar a Si mesmo. Embora nada beneficia um crente mais de oração, o propósito de orar deve antes de tudo ser para o bem de Deus, e não eu. A oração é, acima de tudo, uma oportunidade para Deus manifestar sua bondade e glória. Um velho santo disse: "A verdadeira oração traz a mente à contemplação imediata do caráter de Deus e prende-lo lá até que a alma do crente está devidamente impressionado" Jesus afirmou a propósito da oração, quando disse: "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso eu o farei, para que o Pai seja glorificado "(Jo 14:13).

Ao contrário do que muita ênfase na igreja evangélica de hoje, a verdadeira oração, como a verdadeira adoração, centra-se a glória de Deus, e não sobre as necessidades do homem. Não se trata simplesmente de reivindicar nas promessas de Deus, e muito menos fazer exigências dele, mas de reconhecer sua soberania, para ver a exibição de sua glória, e obedecer a Sua vontade.

Porque a oração é tão absolutamente importante e porque muitas vezes não têm a sabedoria para orar como convém, ou para o que devemos, Deus encomendou Seu próprio Espírito Santo para nos ajudar."Nós não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos muito profundos para palavras" (Rm 8:26). Essa é sem dúvida o que Paulo quer dizer quando ele exorta os crentes a "orar em todo tempo no Espírito" (Ef 6:18).

Nas poucas palavras de Mateus 6:9-15 nosso Senhor dá um esboço sucinto mas maravilhosamente abrangente do que a verdadeira oração deve ser. Como discutiremos mais tarde, a segunda parte do versículo 13, uma doxologia, possivelmente, não fazia parte do texto original. A oração própria tem duas seções; A primeira seção lida com a glória de Deus (vv. 9-10) e o segundo com a necessidade do homem (vv. 11-13a). Cada seção é composta por três petições. Os três primeiros são petições em nome do nome de Deus, o Seu reino e Sua vontade. O segundo três são petições para pão de cada dia, o perdão, e proteção contra a tentação.

É significativo que Jesus não faz menção de onde a oração deve ter lugar. Como apontado no capítulo anterior, a instrução de Jesus para "ir para o seu quarto interior" (6:
6) foi enfatizar a obstinação de oração, a necessidade de bloquear qualquer outra preocupação senão Deus. O próprio Jesus não tinha espaço interior para chamar de Seu durante Seu ministério terreno, e nós vê-lo Orando em muitos lugares e em muitas situações, tanto públicas como privadas. O desejo de Paulo foi para os fiéis a orar "em todo lugar" (1Tm 2:8;.. 1Ts 5:171Ts 5:17). Porque é para ser um modo de vida, precisamos entender como orar; e que é precisamente por isso que Jesus deu a seus seguidores este modelo de oração.

Tal como acontece com todos do Sermão da Montanha, o que Jesus diz sobre a oração não era essencialmente novo. O Antigo Testamento, e até mesmo a tradição judaica, ensinou a todos os princípios básicos que Jesus apresenta aqui. Muitas falhas e perversões-como orar para serem vistos pelos homens e repetições sem sentido (6: 5,
7) —teve penetrou em vida de oração judaica. Mas a tradição rabínica era mais fiel à Escritura em seu ensino sobre a oração do que talvez qualquer outra coisa. Tanto o Talmud e do Midrash contêm muitos ensinamentos nobres e úteis sobre a oração.
A partir de seu conhecimento das Escrituras, os judeus, com razão, acreditava que Deus queria que eles orai, para que Ele ouviu e respondeu a suas orações, e que a oração deve ser contínua. Das Escrituras também sabiam que a oração deve incorporar certos elementos-tais como adoração, louvor, agradecimento, um sentimento de temor em santidade de Deus, o desejo de obedecer aos Seus mandamentos, a confissão do pecado, preocupação com os outros, perseverança e humildade.
Mas algo tinha dado errado, e por dias de Jesus a maioria dos judeus tinha esquecido os ensinamentos das Escrituras e até mesmo o som, os ensinamentos bíblicos de sua tradição. A maioria oração tornou-se formalizado, mecânica, mecânica, e hipócrita.
Depois de alertar contra essas perversões que tinha tão corrompidos vida de oração judaica, nosso Senhor agora dá um padrão divino pelo qual os cidadãos do reino pode orar de uma forma que é agradável a Deus.
Que a oração de Jesus está prestes a dar não era para ser repetido em si uma oração está claro por várias razões. Em primeiro lugar, na presente passagem é introduzido com as palavras, Pray, então, desta maneira. No relato de Lucas, os discípulos não pedir a Jesus para ensinar-lhes uma oração, mas para ensinar-lhes como a orar (Lc 11:1), e Paulo disse aos filósofos gregos sobre Mars Hill "Como até mesmo alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua prole" (At 17:28). Mas a Escritura torna inequivocamente claro que a paternidade dos incrédulos de Deus é apenas no sentido de ser o seu Criador. Espiritualmente, incrédulos ter outro pai. Em sua mais severa condenação dos líderes judeus que se opuseram e rejeitaram, Jesus disse: "Vós tendes por pai ao diabo" (Jo 8:44). É somente para aqueles que recebem Jesus que dá "o direito de se tornarem filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (Jo 1:12;. Conforme Rm 8:14; Gl 3:26; Hb. . 2: 11-14; 2Pe 1:4; conforme Ex 4:22; Jr 31:1). Eles também viu em uma maneira ainda mais íntimo e pessoal como seu pai espiritual e Salvador (Sl 89:26; 103:. Sl 103:13).

Mas ao longo dos séculos, por causa de sua desobediência ao Senhor e seu repetido flertando com os deuses pagãos dos povos ao seu redor, a maioria dos judeus haviam perdido o sentido da paternidade íntima de Deus. Eles viam Deus como Pai somente em um controle remoto, distante figura, desbotado que já havia guiado seus antepassados.
Jesus reafirmou a eles que suas Escrituras ensinado eo que fiéis, os judeus piedosos sempre acreditou: Deus é o Pai no céu ... daqueles que confiam nEle. Ele usou o título de Pai em todas as Suas orações, exceto o na cruz, quando Ele clamou: "Meu Deus, Meu Deus" (Mt 27:46), enfatizando a separação Ele experimentou em suportar o pecado da humanidade. Embora o texto usa o grego Pater ; é provável que Jesus usou o aramaico Abba quando deu esta oração. Não só era o aramaico a língua em que ele ea maioria dos outros judeus palestinos comumente falou, mas Abba (equivalente ao nosso "papai") carregava uma conotação mais íntimo e pessoal de Pater . Em um número de passagens, o termo Abba é utilizado até mesmo no texto grego, e normalmente é simplesmente transliterados nas versões em inglês (ver Mc 14:36; Rm 8:15; Gl 4:6;. Jo 10:29; Jo 14:21)?

Em terceiro lugar, conhecer a Deus como nosso Pai resolve a questão da solidão. Mesmo que somos rejeitados e abandonados pela nossa família, amigos, companheiros de fé, e no resto do mundo, sabemos que nosso Pai celestial nunca nos deixará ou nos abandonará. "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei, e divulgará-me a ele" (Jo 14:21; conforme Ps 68: 5-6.).

Em quarto lugar, sabendo paternidade de Deus deve resolver a questão do egoísmo. Jesus nos ensinou a orar, Nosso Pai , usando o pronome no plural porque somos companheiros de crianças com todo o resto da família de Deus. Não há pronome pessoal singular em toda a oração. Oramos segurando a Deus o que é melhor para todos, não apenas para um.

Em quinto lugar, conhecer a Deus como nosso Pai resolve a questão de recursos. Ele é nosso Pai, que [é] no céu . Todos os recursos do céu estão disponíveis para nós quando nós confio a Deus como nosso Fornecedor celeste. Pai Nosso "nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" (Ef 1:3), quanto mais somos nós, como filhos adotivos, para fazer apenas a vontade Dele. A obediência a Deus é uma das marcas supremos de nosso relacionamento com Ele como Seus filhos. "Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe" (Mt 12:50).

No entanto, em sua graça, Deus ama e cuida até mesmo para seus filhos que são desobedientes. A história de Lucas 15 deve ser chamado a parábola do pai amoroso, em vez de o filho pródigo. É antes de tudo um retrato de nosso Pai celestial, que pode perdoar uma criança auto-justos que permanece moral e vertical e também perdoar aquele que se torna dissoluto, se afasta e volta.

Nosso Pai , então, indica ânsia de Deus para emprestar sua orelha, Seu poder e Sua bênção eterna às petições de Seus filhos se lhes serve melhor e mais revela o Seu propósito e glória.

Prioridade de Deus

santificado seja o vosso nome. (6: 9-C)

No início Jesus dá um aviso contra a oração egoísta. Deus é ter prioridade em todos os aspectos de nossas vidas, e, certamente, em nossos momentos de profunda comunhão com Ele. Oração não é para ser uma rotina casual que dá passagem homenagem a Deus, mas deve abrir grandes dimensões de reverência, admiração, apreço, honra e adoração. Esta frase introduz uma proteção contra qualquer sentimentalismo ou o uso excessivo e abuso do Pai , que é propenso a ser sentimentalizadas.

De Deus nome significa infinitamente mais do que Seus títulos ou nomes. Ele representa tudo o que Ele é, Seu caráter, planejar e vontade. Quando Moisés subiu ao monte Sinai para receber os mandamentos pela segunda vez, ele "invocou o nome do Senhor. Então, o Senhor passou por diante dele e proclamou:" O Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, longânimo e grande em benignidade e em verdade; que guarda a beneficência em milhares, que perdoa a iniqüidade, a transgressão eo pecado "(Ex 34:5-7.). As características de Deus dadas nos versículos 6:7 são o equivalente de "o nome do Senhor" mencionado no versículo 5.

Não é porque nós simplesmente saber títulos de Deus que nos ama e confia nele, mas porque sabemos que o Seu caráter. "Aqueles que conhecem o teu nome confiam em ti", disse Davi, "Porque tu, ó Senhor, não abandonas aqueles que te buscam" (Sl 9:10). O nome de Deus é visto em Sua fidelidade. Em outro salmo Davi declarou: "Eu te darei graças ao Senhor segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do Senhor, o Altíssimo" (Sl 7:17; conforme 13 1:19-113:4'>113 1:4.). Na forma típica da poesia hebraica, a justiça de Deus e Seu nome são paralelo, mostrando a sua equivalência. Quando o salmista disse: "Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos se vangloriar em nome do Senhor, nosso Deus" (20: 7), ele tinha muito mais em conta do que o título pelo qual Deus é chamado . Ele falou sobre a plenitude da pessoa de Deus.

Cada um dos nomes do Velho Testamento muitas e títulos de Deus mostra uma faceta diferente de Seu caráter e vontade. Ele é chamado, por exemplo, Elohim , o Deus Criador; El Elyon ", o Criador dos céus e da terra"; Jeová Jiré , "o Senhor proverá"; Jeová Shalom , "o Senhor nossa paz"; Jeová Tsidkenu , "o Senhor nossa justiça "; e muitos outros. Todos esses nomes falar dos atributos de Deus. Seus nomes não só dizer quem ele é, mas como Ele é.

Mas o próprio Jesus dá o ensinamento mais claro sobre o que significa o nome de Deus, porque Jesus Cristo é o maior nome de Deus. "Manifestei o teu nome aos homens que me deste para fora do mundo" (Jo 17:6) de Deus, Jesus foi a manifestação perfeita do nome de Deus.

Hallowed é uma palavra em Inglês arcaico usado para traduzir uma forma de hagiazo , o que significa tornar santo. Palavras da mesma raiz são traduzidas "santo, santo, santificar santificação", etc. povo de Deus são ordenados a ser santo (1Pe 1:16), mas Deus é reconhecido como sendo santo. Esse é o significado de Oração , santificado seja o teu nome : atribuir a Deus a santidade que já é, e sempre foi, acima de tudo e exclusivamente Seu. Para santificar o nome de Deus é a reverenciar, honra, glorificar, e obedecê-Lo como singularmente perfeito. Como João Calvin observado, que o nome de Deus deve ser santificado não era nada além de dizer que Deus deve ter sua própria honra, da qual ele era tão digno, que os homens nunca deveriam pensar ou falar dele sem a maior veneração (citado em uma harmonia dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas [Grand Rapids: Baker, 1979], p 318)..

O nome de consagração a Deus, como qualquer outra manifestação da justiça, começa no coração. "Santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações" Pedro nós (1Pe 3:15) diz, usando uma forma de a palavra que santificadas traduz.

Quando nos santificar Cristo em nossos corações vamos também santificá-lo em nossas vidas. Nós santificar o nome quando reconhecemos que Ele existe. "Aquele que vem de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam" (He 11:6.).Quando comer, beber, e fazer tudo para a glória de Deus (1Co 10:31), que é santificar o Seu nome. Finalmente, para santificar o nome de Deus é atrair outros a ele pelo nosso compromisso, para "deixar o [nosso] luz diante dos homens, de tal forma que vejam as [nossas] boas obras e glorifiquem a [nosso] Pai que está nos céus "(Mt 5:16). Sl 34:3). No reino humano poderia se encaixar com o reino de Deus, mesmo parcialmente homem pecador não poderia ser uma parte de um reino divino. É por isso que nós não avançar o reino de Deus, tentando melhorar a sociedade humana. Muitas causas boas e dignas merecem o apoio dos cristãos, mas no apoio a essas causas que nem construir o reino terrestre de Jesus Cristo, ou trazê-lo para mais perto. Mesmo o melhor dos tais coisas são, mas segurando ações que ajudam a retardar a corrupção que sempre e inevitavelmente vai caracterizar as sociedades humanas e humanos reinos, até à vinda do Senhor para estabelecer sua própria perfeito reino .

O reino de Deus, ou do céu, era o coração da mensagem de Jesus. Ele veio para "pregar o reino de Deus" (Lc 4:43). Não há outro evangelho, mas a boa notícia do reino de nosso Senhor e do Seu Cristo.Sempre e onde quer que fosse, Jesus pregou a mensagem da salvação, como entrada para o reino. Ele ainda afirmou que ele "deve pregar o reino ... para eu fui enviado para este fim" (Lc 4:43). Para os quarenta dias que Jesus permaneceram na terra entre Sua ressurreição e ascensão Ele falou aos discípulos "das coisas a respeito do reino de Deus" (At 1:3). Ele estava presente no momento do ministério terrestre de Jesus, no sentido de que o verdadeiro Rei divina estava presente "no meio de vós" (Lc 17:21, lit.). Mas o foco particular de nossa oração é para estar no reino que ainda está por vir .

Deus agora e sempre governou o reino do universo. Ele a criou, e Ele controla, ordens dele, e prende-lo em conjunto. Como comenta Tiago Orr: "Não é, portanto, reconhecida nas Escrituras ... um reino natural e universal ou domínio de Deus abraçando todos os objetos, pessoas e eventos, todas as ações de indivíduos e nações, todas as operações e mudanças de natureza e história, absolutamente sem exceção . "... (citado por Alva J. McClain, A Grandeza do Reino [Winona Lake, Ind .: BMH Books, 1980], p. 22). Deus é um "reino eterno" (Sl 145:13; 13 29:12'>113 29:12'> Crônicas 29: 11-12.; Etc.) .

Mas o fato mais óbvio da vida é que Deus não está agora no poder na terra como Ele governa no céu (Mt 6:10 c ) —e é o divino terrena reino devemos orar vai vir . Nossa oração deve ser para Cristo voltar e para estabelecer o Seu reino terrestre, para acabar com o pecado e impor a obediência à vontade de Deus. O Senhor, então, "regerá com vara de ferro" (Ap 2:27; conforme Is 30:14;.. Jr 19:11). Depois de mil anos Seu reino terreno irá misturar em seu reino eterno, e não haverá distinção entre Seu governo na Terra e Seu governo no céu (veja Ap 20:21).

O grego deste versículo poderia ser traduzida como "Vamos Venha o teu reino agora "Há, portanto, um sentido em que oramos para o reino de Deus venha atualmente. De certa forma presente e limitado, mas real e milagrosa, o reino de Deus está vindo para a terra cada vez que uma nova alma é trazido para o reino.

Em primeiro lugar, o reino vem desta forma por conversão (Matt. 18: 1-4). Assim, a oração deve ser evangelístico e missionário de para os novos convertidos, novos filhos de Deus, novos cidadãos do reino.Conversão para o reino envolve um convite (Mt 22:1-14.), Arrependimento (Marcos 1:14-15), e uma resposta dispostos (Marcos 12:28-34; Lucas 9:61-62). O presente existência do reino na Terra é interna, nos corações e mentes daqueles que pertencem a Jesus Cristo, o Rei. Devemos orar para que o seu número para poderosamente aumentar. Orando para o reino vindouro, nesse sentido, está orando pela salvação das almas. Cada crente deve procurar outros que podem cantar, "Rei da minha vida, eu coroar Ti agora, Tua deve ser a glória" ("Lead Me para o Calvário," por Jennie Evelyn Hussey).

reino para o qual estamos a Oração, e de que agora temos um gosto, é de valor infinito. "O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo" ou uma "pérola de grande valor" que uma pessoa vende todos os seus bens para comprar (13 44:40-13:46'>Mat. 13 44:46). O seu valor é tão grande que cada uma dessas parábolas enfatiza que o procurador vendeu tudo o que tinha para comprar a salvação (conforme Mt 10:37).

Em segundo lugar, o reino vem agora através do compromisso. O desejo dos que já convertido deve ser o de responder à regra do Senhor em suas vidas agora para que Ele governa neles como Ele governa no céu. Quando oramos como Jesus ensina que continuamente vai orar para que a nossa vida vai honrar e glorificar nosso Pai no céu.
A chamada para o reino vir também está relacionada com a segunda vinda do Senhor. João diz no último capítulo do Apocalipse: "Aquele que dá testemunho destas coisas diz:" Sim, venho sem demora. "Amém. Vem, Senhor Jesus "(22:20).

Naquele dia, nossas orações serão finalmente respondidas. Como o hino de Isaque Watts começa assim: "Jesus reinará onde 'antes que o sol faz as suas sucessivas viagens que correr. Sua propagação reino de costa a costa,' til lua deve cera e não mais minguar. Paulo enfatiza que esperava o reino para vir em sua forma final não é tanto à procura de um evento como uma pessoa-próprio Rei (1Ts 1:10).

Plano de Deus

Seja feita vossa vontade, assim na terra como no céu. (6: 10b)

Muitas pessoas perguntam como a soberania de Deus pode estar relacionado à oração pela Sua vontade seja feita. Se Ele é soberano, não é a Sua vontade inevitavelmente feito? Será que a nossa vai substituir a Sua vontade quando oramos sinceramente e sinceramente? Esse é um dos grandes paradoxos da Escritura, um paradoxo sobre o qual os calvinistas e arminianos têm debatido por séculos. Deve ser evidente que este paradoxo, como os de Deus ser três em um e Jesus sendo totalmente Deus e totalmente homem, deve ser deixado para a mente infinita de Deus, porque é muito além da mente humana finita de compreender. Mas o que parece uma contradição impossível para nós não é dilema para Deus. Nós prendemos duas verdades, aparentemente paradoxal, em tensão perfeito com a fé na mente infinita de Deus, que resolve todas as coisas em perfeita, a verdade não-contraditória (Dt 29:29).

É absolutamente claro nas Escrituras que Deus é soberano e não apenas permite, mas ordena que o homem exercício vontade própria em determinadas áreas. Se o homem não foi capaz de fazer suas próprias escolhas, os mandamentos de Deus seria inútil e sem sentido e seus castigos cruéis e injustas. Se Deus não agiu em resposta a oração, o ensinamento de Jesus sobre a oração também seria inútil e sem sentido.Nossa responsabilidade não é resolver o dilema, mas a acreditar e agir sobre as verdades de Deus, se alguns deles parecem conflito ou não. Para comprometer uma das verdades de Deus em um esforço para defender outro é o material de que é feita a heresia. Estamos a aceitar cada parte de toda a verdade da Palavra de Deus, deixando a resolução de eventuais conflitos aparentes para ele. Tentativa em um nível humano para resolver todos os aparentes paradoxos nas Escrituras é um ato de arrogância e um ataque à verdade e intenção da revelação de Deus.
Quando oramos Tua será feito , estamos orando primeiro lugar, que a vontade de Deus tornar-se nossa própria vontade. Em segundo lugar, estamos orando para que Sua vontade prevaleça em todo omundo, uma vez que [faz] no céu .

Compreensão equivocada da Vontade de Deus

Muitas pessoas, incluindo muitos crentes, entendem erroneamente esta parte da oração dos discípulos. Vendo a soberania de Deus simplesmente como a imposição absoluta da vontade de um ditador, alguns crentes são ressentido. Quando, ou se, eles rezam para que Sua vontade seja feita, eles rezam para fora de um sentimento de compulsão. A vontade de Deus tem que ser feito, e Ele é muito forte para resistir;Então, o que seria o ponto de Oração o contrário? A conclusão lógica da maioria das pessoas que olham para Deus em que maneira é que não há nenhum ponto a oração certamente não às petições. Por que perguntar para o inevitável?
Outras pessoas são mais caridosos em seus sentimentos a respeito de Deus. Mas porque, também, acreditar Sua vontade é inevitável, eles rezam fora de resignação passiva. Eles rezam para que a vontade de Deus seja feita simplesmente porque é isso que o Senhor lhes diz para fazer. Eles são resignAdãoente obediente. Eles não rezam tanto de fé como de capitulação. Eles não tentam colocar suas vontades em acordo com a vontade divina, mas sim mudar suas próprias vontades em ponto morto, deixando a vontade de Deus o seu curso.

É fácil para os cristãos a cair em orando dessa forma. Mesmo nos primeiros dias da igreja, quando a fé em geral, era forte e vital, a oração pode ser passiva e unexpectant. Um grupo de discípulos em causa estava orando na casa de Maria, mãe de João Marcos, para a libertação de Pedro da prisão. Enquanto eles estavam orando, Pedro foi libertado por um anjo e veio para a casa e bateu na porta. Quando uma criada chamada Rode veio até a porta e reconheceu a voz de Pedro, ela correu para dentro de dizer aos outros, esquecendo-se de deixá-Pedro. Mas o grupo de oração não acreditava nela, e pensei que tinha ouvido um anjo. Quando Pedro foi finalmente admitiu, "o viram e ficaram maravilhados" (At 12:16). Eles aparentemente estava orando para o que eles realmente não acreditava que iria acontecer.

A nossa própria oração vive muitas vezes são fracos porque não oramos com fé; não esperamos que a oração mudar nada. Oramos por um senso de dever e obrigação, inconscientemente pensando que Deus vai fazer exatamente como Ele quer fazer de qualquer maneira Jesus contou a parábola da viúva importuna-que se recusou a aceitar o status quo e persistiu na mendicidade, apesar de ter recebido nenhuma —resposta com o propósito de nos proteger contra esse tipo de resignação passiva e não espiritual. "Agora ele estava dizendo a eles uma parábola para mostrar que em todas as vezes que eles devem orar e não desanimar" (Lc 18:1; conforme Mt 21:12-13).

Para orar para que a vontade de Deus seja feita na terra é rebelar-se contra a idéia, ouvido hoje mesmo entre os evangélicos, que praticamente todos, coisa corrupto mau que fazemos ou o que é feito para nós é de alguma forma santa vontade de Deus e deve ser aceito de Sua mão com ações de graças. Nada mau ou pecaminoso vem da mão de Deus, mas somente a partir do lado de Satanás. Para orar por justiça é orar contra a maldade. Para orar pela vontade de Deus seja feita é orar para que a vontade de Satanás de ser desfeita.

Para orar pela vontade de Deus seja feita é chorar com Davi, "Levante-se Deus, deixe os seus inimigos sejam dispersos, e deixar que aqueles que O odeiam fugir diante dele" (Sl 68:1).

Orar é justamente a orar com fé, crendo que Deus vai ouvir e responder as nossas orações. Eu acho que o maior obstáculo para a oração não é a falta de técnica, a falta de conhecimento bíblico, ou até mesmo a falta de entusiasmo para a obra do Senhor, mas a falta de fé. Nós simplesmente não orar com a expectativa de que nossas orações vão fazer a diferença em nossas vidas, em outras vidas das pessoas, na igreja, ou no mundo.

Há três aspectos distintos da vontade de Deus como Ele revela para nós em Sua Palavra. Em primeiro lugar, é o que pode ser chamado de Sua vontade de propósito, o vasto, abrangente e tolerar vontade de Deus expressa na revelação de Seu plano soberano que encarna todo o universo, incluindo o céu, inferno, ea terra. Esta é a vontade suprema de Deus, da qual Isaías escreveu: "O Senhor dos Exércitos jurou dizendo:" Certamente, assim como eu ter pretendido por isso que aconteceu, e assim como eu planejei por isso vai ficar '"(Is 14:24. ...; conforme Jr 51:29; Rm 8:28; Efésios 1:9-11; etc.). Esta é a vontade de Deus que permite que o pecado para o seu curso e que Satanás tem o seu caminho por uma temporada. Mas com o passar do pecado tempo designado por Deus e o caminho de Satanás vai acabar exatamente conforme o planejado e presciência de Deus.

Em segundo lugar, é o que pode ser chamado de vontade do desejo de Deus. Isso está dentro de Sua vontade de propósito e completamente coerente com ela. Mas é mais específico e focado. Ao contrário de vontade do propósito de Deus, a Sua vontade de desejo nem sempre é cumprido; na verdade, é muito insatisfeito em relação à vontade de Satanás na presente época.

Jesus desejava muito que Jerusalém será salvo, e Ele orou, pregou, curados, e ministrou entre os seus povos para o efeito. Mas poucos acreditaram nele; mais rejeitado, e alguns até crucificaram. "Jerusalém, Jerusalém," Ele orou. "Eu queria reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e você não iria tê-lo!" (Lc 13:34). Essa foi a experiência repetida do Filho de Deus, que veio à terra para que os homens tenham vida, ea tenham em abundância. Como os judeus incrédulos em Jerusalém, a maioria das pessoas não estavam dispostos a vir a Jesus para que a vida abundante (Jo 5:40; conforme 1 Tim. 2:. 1Tm 2:4; 2Pe 3:92Pe 3:9).

Vontade do propósito de Deus abraça o fim último deste mundo, segunda vinda de Cristo eo estabelecimento de Seu reino eterno. Sua vontade de desejo abraça conversão; e Sua vontade de comando abraça o compromisso e obediência de Seus filhos.

O grande inimigo da vontade de Deus é o orgulho. O orgulho fez com que Satanás se rebelar contra Deus, e orgulho faz com que os incrédulos rejeitar a Deus e crentes desobedecer-lhe. Porque a vontade de Deus para ser aceito e para receber oração com sinceridade e com a fé, a auto-vontade deve ser abandonado no poder do Espírito Santo. "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, para apresentar os vossos corpos em sacrifício vivo e santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a vontade de Deus é, o que é bom, agradável e perfeita "(Rom. 12: 1-2).

Quando oramos com fé e em conformidade com a vontade de Deus, a oração é uma graça santificante que muda nossas vidas drasticamente. A oração é um meio de santificação progressiva. João Hannah disse: "O fim da oração não é respostas tanto tangíveis como uma vida aprofundamento da dependência ... A chamada para a oração é um chamado ao amor, submissão e obediência, ... a avenida de doce, intimista e intensa comunhão do alma com o Criador infinito. "
A chamada do crente é trazer o céu à terra Ao santificar o nome do Senhor, deixando que Seu reino venha, e procurar fazer a Sua vontade.
Nos versículos 11:13 a Jesus dá três petições. O primeiro refere-se a nossa vida física e do presente ( pão de cada dia ), a segunda para a nossa vida mental e emocional e do passado ( dívidas ), ea terceira para a nossa vida espiritual e para o futuro ( tentação e do mal ).

36. A oração dos discípulos — Parte 2 (Mateus 6:9-15)

Pray, então, da seguinte maneira: "Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome Venha o teu reino Seja feita vossa vontade, assim na terra como no céu Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia e perdoa-nos o nosso.... dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores. E não nos levam em tentação, mas livrai-nos do mal. [Porque teu é o reino, o poder ea glória, para sempre. Amém.] "Porque, se perdoardes aos homens por suas transgressões, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Mas se não perdoardes aos homens, então o vosso Pai não perdoará as vossas ofensas. (6: 9-15)

Provisão de Deus

Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. (06:11)

Embora possa ter sido uma verdadeira preocupação nos tempos do Novo Testamento, para muitos cristãos no mundo ocidental hoje, esse pedido pode parecer desnecessária e inadequada. Por que devemos pedir a Deus por aquilo que já temos em abundância? Por que, quando muitos de nós precisa consumir menos comida do que nós, peça a Deus para suprir nosso pão de cada dia ? O que seria um pedido totalmente compreensível de um cristão na Etiópia ou o Camboja, parece irrelevante na boca de um americano bem alimentados.

Mas essa parte da oração dos discípulos, como qualquer outro, se estende para além do primeiro século a todos os crentes, em todas as épocas e em todas as situações. Neste padrão para a oração, nosso Senhor dá todos os ingredientes necessários para Oração. Podemos ver cinco elementos-chave neste pedido de provisão de Deus: a substância, a fonte, a súplica, as requerentes, bem como o calendário.

A Substância

Pão representa não só alimentos, mas é simbólico de todas as nossas necessidades físicas. João Stott observou que a Martin Luther, "tudo que é necessário para a preservação da vida é pão, incluindo alimentos, um corpo saudável, tempo bom, casa, casa, esposa, filhos, um bom governo, e paz" ( Cristão Counter-Cultura : A Mensagem do Sermão da Montanha [Downers Grove, Ill .: InterVarsity de 1978], p 149)..

É maravilhoso para entender que o Deus que criou todo o universo, que é o Deus de todo o espaço e tempo e da eternidade, que é infinitamente santo e completamente auto-suficiente, deve se preocupar com fornecimento de nossos necessidades físicas e deve estar preocupado que nós receber comida suficiente para comer, roupas para vestir, e um lugar para descansar. Deus obriga-se para suprir nossas necessidades.

Esta parte da oração é na forma de uma Pedido, mas é também uma afirmação-é por isso que é tão apropriado para aqueles que estão bem alimentados, como para aqueles que têm pouco para comer. Acima de tudo é uma afirmação de que todas as coisas boas que temos vem da mão da graça de Deus (Jc 1:17).

A fonte

Isso nos conduz à fonte, que é Deus. O Pai é aquele abordadas ao longo de oração, Aquele que é elogiado e peticionou.

Quando todas as nossas necessidades sejam atendidas e tudo está indo bem em nossas vidas, somos inclinados a pensar que estamos levando nossa própria carga. Conquistamos nosso próprio dinheiro, comprar nossa própria comida e roupas, para pagar nossas próprias casas. No entanto, mesmo a pessoa que mais trabalhava deve a tudo o que ele ganha para a provisão de Deus (conforme Dt 8:18). A nossa vida, respiração, saúde, bens, talentos e oportunidades de tudo, provenientes de recursos que Deus criou e disponibilizados para o homem (ver Atos 17:24-28). Depois os cientistas fizeram todas as suas observações e cálculos, ainda há o elemento inexplicável do projeto, a origem eo funcionamento do universo. É inexplicável, ou seja, além de Deus, que mantém todos juntos (Heb. 1: 2-3).

Deus providenciou para o homem antes mesmo de criar o homem. Man foi a criação final de Deus, e depois que Ele fez e abençoou Adão e Eva Ele disse: "Eis que vos tenho dado todas as plantas dão semente que está na superfície de toda a terra, e toda árvore que tem fruto que dê semente, que deve de alimento para vocês "(Gn 1:29). Desde aquela época Deus continuou a fornecer uma abundância de alimento para a humanidade, em uma variedade quase ilimitada.

No entanto, Paulo nos diz que "o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, ... e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos compartilhada por aqueles que crêem e conhecem a verdade. Por tudo que foi criado por Deus é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com gratidão, pois é santificado por meio da palavra de Deus e pela oração "(1Tm 4:1, 10-11).

Deus não se obrigar a satisfazer as necessidades físicas de cada um, mas apenas daqueles que confiam nEle. No Salmo 37 Davi fala aos crentes que "confiança no Senhor" (v. 3), "delícia ... no Senhor" (v. 4), "cometem [seu] caminho ao Senhor" (v. 5), "Descansa no Senhor e espera nele" (v. 7), "Deixa a ira, e" não se preocupe "(v. 8) Ele diz:." Fui moço, e agora sou velho; Ainda não vi o justo desamparado, ou sua descendência a mendigar o pão "(v. 25).

Os Seekers

nos da oração-modelo de Jesus são aqueles que pertencem a Ele. Falando aos crentes, Paulo escreveu: "Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também dará e multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça, você será enriquecido em tudo para toda a liberalidade, a qual por meio de nós é a produção de agradecimento a Deus "(2 Cor. 9: 10-11).

Jesus disse: "Em verdade eu vos digo, não há ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos ou pais, ou filhos, por amor do reino de Deus, que não receba muitas vezes mais neste momento e no era por vir, a vida eterna "(Lucas 18:29-30). Deus irrevogavelmente compromete-se a satisfazer as necessidades essenciais de sua autoria.

A maior causa de fome e as doenças concomitantes no mundo não é pobre práticas agrícolas ou políticas econômicas e políticas pobres. Também não é a raiz do problema da falta de recursos científicos e tecnológicos ou mesmo superpopulação. Esses problemas só agravam o problema básico, que é espiritual. Apenas cerca de quinze por cento da terra arável no mundo é utilizada para a agricultura, e que apenas a metade do ano. Não há maior área do mundo que com a tecnologia adequada não é capaz de suportar a sua própria população e muito mais.
Essas partes do mundo que não têm raízes cristãs invariavelmente colocar um valor baixo na vida humana. A pobreza na Índia, por exemplo, pode ser colocada nos pés do hinduísmo, a religião pagã que gerou uma série de outras religiões. De acordo com a Encyclopaedia Britannica e Manual do Eerdman de Religiões do Mundo , budismo, jainismo, sikhismo e vir do hinduísmo. Xintoísmo, o zoroastrismo, o confucionismo, taoísmo e não o fazem.

Para os hindus, o homem é, mas a encarnação de uma alma no seu caminho para moksha , uma espécie de "emancipação final", durante o qual viagem ele passa por incontáveis, talvez intermináveis, ciclos de reencarnação, tanto em animais e forma humana. Ele trabalha o seu caminho até formas mais elevadas de boas ações e regride para diminuir formas por pecar. A pobreza, a doença, a fome e são, portanto, vistas como castigos divinos para que as pessoas envolvidas devem fazer penitência, a fim de ter nascido em uma forma mais elevada. Para ajudar uma pessoa em situação de pobreza ou doença é interferir com o seu karma e, portanto, fazer-lhe mal espiritual. (Para uma discussão de moksha , consulte Encyclopedia Britannica , Micropédia, VI, p 972;. Para uma discussão mais geral, veja Encyclopaedia Britannica ..., Macropædia, vol 8, pp 888-908 Consult, também, o Manual do Eerdman de Religiões do Mundo [Grand Rapids: Eerdmans, 1982]).

Todos os animais são considerados encarnações ou de homens ou divindades. As vacas são consideradas sagradas especialmente porque eles são divindades-de que o hinduísmo tem algum 330 milhões encarnado. As vacas não apenas não são para ser comido, mas também para o problema alimentar, consumindo 20 por cento da oferta total de alimentos da Índia. Mesmo ratos e camundongos, que comem 15 por cento do fornecimento de alimentos, não são mortos, porque eles podem ser seus parentes reencarnados.
Assim como o paganismo é a grande praga da Índia, da África, e muitas outras partes do mundo, o cristianismo tem sido a bênção do Ocidente. Europa e os Estados Unidos, embora nunca totalmente cristã, em qualquer sentido bíblico, têm sido imensamente abençoado por causa da influência cristã sobre filosofia e política político, social e econômico. As grandes preocupações com os direitos humanos, o cuidado com os pobres, orfanatos, hospitais, reforma do sistema prisional, a reforma racial e escravos, e uma série de outras preocupações não veio do paganismo ou humanismo, mas do cristianismo bíblico.Por outro lado, a visão degradada atual da vida humana reflete na baixa vista da família e crescente aprovação legal e social do aborto, infanticídio, ea eutanásia são o legado do humanismo e ateísmo prático.
Sem uma visão correta de Deus, não pode haver uma visão própria do homem. Aqueles que têm uma visão correta de Deus e também um relacionamento correto com Ele através de Jesus Cristo são prometidas a prestação de seu Pai celestial. "Por esta razão," Jesus diz: "Eu vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou pelo que haveis de beber;., Nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir é não a vida mais do que a comida, eo corpo mais do que roupa ... Por todas estas coisas os gentios procuram avidamente;? pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça,. e é aditado todas estas coisas a vós "(6:25 Matt., 32-33).
Às vezes, Deus providenciou para Seus filhos através de meios milagrosos, mas Sua principal forma de disposição é através do trabalho, para o qual Ele deu a vida, energia, recursos e oportunidades. Sua principal forma de cuidar daqueles que não podem trabalhar é através da generosidade daqueles que são capazes de trabalhar. Se ele faz isso, direta ou indiretamente, Deus é sempre a fonte de nosso bem-estar físico. Ele faz a terra para produzir o que precisamos, e Ele nos dá a capacidade de consegui-lo.

O Cronograma

O cronograma de provisão de Deus para Seus filhos é diária. O significado aqui é simplesmente o de fornecimento regular, o dia-a-dia das nossas necessidades. Estamos a contar com o Senhor, um dia de cada vez. Ele pode nos dar visão para a obra que Ele nos chama a fazer no futuro, mas Sua provisão para as nossas necessidades é diária, não semanal, mensal ou anual. Para aceitar a provisão do Senhor para os dias atuais, sem se preocupar com as nossas necessidades ou bem-estar amanhã, é um testemunho do nosso contentamento na sua bondade e fidelidade.

Perdão de Deus

E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores. (6:12)

Opheilēma ( dívidas ) é um dos cinco do Novo Testamento termos gregos para o pecado. Hamartia é o mais comum e carrega a idéia raiz de errar o alvo. Pecado erra o alvo da norma de justiça. De DeusParaptōma , muitas vezes traduzida como "transgressão", é o pecado de escorregar ou cair, e resulta mais do descuido que de desobediência intencional. parábase refere-se a pisar em toda a linha, indo além dos limites prescritos pela Deus, e é muitas vezes traduzida como "transgressão". Este pecado é mais consciente e intencional de hamartia e paraptōma . Anomia significa ilegalidade, e é um pecado ainda mais intencional e flagrante. É rebelião direta e aberta contra Deus e Seus caminhos.

O substantivo opheilēma é usado apenas algumas vezes no Novo Testamento, mas a sua forma verbal é encontrado com freqüência. Dos cerca de trinta vezes ele é usado em sua forma verbal, vinte e cinco vezes refere-se a dívidas morais ou espirituais. O pecado é uma dívida moral e espiritual de Deus que deve ser pago. Em seu relato desta oração, Lucas usa hamartia ("pecados", Lc 11:4). O homem natural não quer seu pecado curada, porque ele ama mais as trevas do que a luz (Jo 3:19).

Os que confiam no Senhor Jesus Cristo, receberam o perdão de Deus pelo pecado e são salvos do inferno eterno. E uma vez que, como já vimos, esta oração é dada aos crentes, os débitos referidos aqui são os incorridos pelos cristãos quando eles pecado. Infinitamente mais importante do que a nossa necessidade de pão de cada dia é a nossa necessidade de perdão contínuo de pecado.

Arthur Rosa escreve em uma exposição de o Sermão da Montanha (Grand Rapids: Baker, 1974), pp. 163-64:

Como ele é contrário à santidade de Deus, o pecado é uma profanação, uma desonra e uma vergonha para nós, pois é uma violação de Sua lei. É um crime, e quanto à culpa que entramos em contato, assim, é uma dívida. Como criaturas temos uma dívida da obediência para nosso criador e governador, e pela não rendem o mesmo por conta de nossa desobediência posto, o que implicou uma dívida de castigo; e é por isso que nós imploramos o perdão divino.

A Provisão

Porque maior problema do homem é o pecado, sua maior necessidade é o perdão, e isso é o que Deus oferece. Apesar de ter sido perdoado da pena final do pecado, como cristãos devemos perdão constante de Deus para os pecados que continuam a cometer. Devemos orar, portanto, perdoe-nos . O perdão é o tema central de toda esta passagem (vv. 9-15), sendo mencionada seis vezes em oito versos. Tudo leva a ou questões de perdão.

Os crentes têm experimentado uma vez por todas o perdão judicial de Deus, que eles receberam o momento em que Cristo foi confiado como Salvador. Nós já não estão condenados, não mais sob julgamento, não mais destinados ao inferno (Rm 8:1).

Mas porque ainda cair em pecado, que frequentemente exigem gracioso perdão de Deus, o Seu perdão não agora como juiz, mas como Pai. "Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos, ea verdade não está em nós", João avisa os crentes. Mas, ele continua a garantir-nos: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (I João 1:8-9).

Durante a Última Ceia, Jesus começou a lavar os pés aos discípulos como uma demonstração do humilde, servindo espírito que devem ter como Seus seguidores. A princípio Pedro recusou, mas quando Jesus disse: "Se eu não te lavar, não terás parte comigo", Pedro foi para o outro extremo, querendo ser banhado todo. Jesus respondeu: "Aquele que se banhou não necessita de lavar os pés, pois está todo limpo;. E vós estais limpos, mas não todos vocês ' Para Ele sabia o que o traía, por esta razão Ele disse: 'Nem todos estais limpos "(13 5:43-13:11'>João 13:5-11).

Ato de lava-pés de Jesus foi, portanto, mais do que um exemplo de humildade; era também uma figura do perdão que Deus dá em Sua limpeza repetida daqueles que já estão salvos. Sujeira nos pés simboliza a contaminação diária superfície do pecado que nós experimentamos como nós caminhamos pela vida. Não se trata, e não pode, fazer-nos inteiramente sujo, porque temos sido permanentemente limpos do que isso. A purga posicional da salvação que ocorre a regeneração não precisa de repetição, mas a purga prática é necessária a cada dia, pois a cada dia estamos aquém da santidade perfeita de Deus.

Como juiz, Deus está ansioso para perdoar os pecadores, e como Pai Ele é ainda mais ansioso para continuar a perdoar Seus filhos. Centenas de anos antes de Cristo, Neemias escreveu: "Tu és um Deus de perdão, clemente e compassivo, lento para a cólera, e abundante em benignidade" (Ne 9:17). Tão vasto e penetrante como o pecado do homem é, Deus o perdão é mais vasto e maior. Onde abunda o pecado, a graça de Deus abunda ainda mais (Rm 5:20).

Um apelo

Pedir perdão implica confissão. Pés que não são apresentados a Cristo não podem ser lavados por Ele. Pecado que não é confessado não pode ser perdoado. Essa é a condição João deixa claro no texto que acabamos de citar acima: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1Jo 1:9). João Stott diz: "Um dos antídotos mais corretos para o processo de endurecimento moral é a prática disciplinada de descobrir nossos pecados de pensamento e perspectivas, bem como da palavra e da ação, e o abandono arrependido deles" ( confessar seus pecados [ Waco, Tex .: Palavra, 1974], p. 19).

O verdadeiro cristão não ver promessa do perdão de Deus como uma licença para pecar, uma maneira de abusar de seu amor e abusar da sua graça. Ao contrário, ele vê gracioso perdão de Deus como meio de crescimento espiritual e santificação e continuamente dá graças a Deus por Seu grande amor e vontade de perdoar e perdoar e perdoar. Também é importante perceber que a confessar o pecado dá glória a Deus quando Ele castiga o cristão desobediente porque remove qualquer queixa de que Deus é injusto quando Ele disciplina.
Um santo Puritan de muitas gerações atrás orou: "Concedei-me a nunca perder de vista a excessiva malignidade do pecado, a justiça superior da salvação, a glória superior de Cristo, a beleza da santidade superior, ea maravilha superior de graça." Em outra ocasião, ele orou: "Eu sou culpado, mas perdoado. Eu estou perdido, mas salvo. Estou vagando, mas encontrou. Eu estou pecando, mas limpo. Dá-me o coração contrito perpétua. Mantenha-me sempre agarrado a Tua cruz" (Arthur Bennett, ed,. O Valley da Vision: A Collection dUma Oraçãos puritanos e Devoções [Edinburgh: Banner da Verdade, 1975], pp 76, 83)..

O pré-requisito

Jesus dá a pré-requisito para receber o perdão nas palavras, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores . O princípio é simples, mas preocupante: se nós temos perdoado, seremos perdoados; se não tivermos perdoado, não será perdoado.

Devemos perdoar porque é o caráter de justiça, e, portanto, da vida de fé cristã, a perdoar. Os cidadãos do reino de Deus são abençoados e receber misericórdia porque eles próprios são misericordiosos (Mt 5:7).

Estamos também a ser motivados a perdoar por causa do exemplo de Cristo. "Seja gentil com o outro", diz Paulo, "compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou" (Ef 4:32). João nos diz: "Aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou" (1Jo 2:6).

Perdoar os outros também libera a consciência de culpa. A falta de perdão não só se destaca como uma barreira para o perdão de Deus, mas também interfere com a paz de espírito, felicidade, satisfação, e até mesmo o bom funcionamento do corpo.

Perdoar os outros é de grande benefício para toda a congregação dos crentes. Provavelmente, algumas coisas têm tão curto-circuito no poder da igreja como os conflitos não resolvidos entre seus membros."Se eu atender à iniqüidade no meu coração", o salmista adverte a si mesmo e todos os crentes ", o Senhor não me ouvirá" (Sl 66:18). O Espírito Santo não pode trabalhar livremente entre aqueles que carregam rancores e ressentimentos porto (ver Mateus 5:23-24; 1 Cor. 1: 10-13; 3: 1-9.).

Perdoar os outros também nos livra da disciplina de Deus. Onde há um espírito que não perdoa, não é pecado; e onde há pecado, não haverá castigo (Heb. 12: 5-13). Pecados sem arrependimento na igreja em Corinto causado muitos crentes a ser fraco, doente, e até mesmo a morrer (1Co 11:30).

Mas a razão mais importante por ser indulgente é que traz o perdão de Deus para o crente. Essa verdade é tão importante que Jesus reforça-lo após o encerramento da oração (vv. 14-15). Nada na vida cristã é mais importante do que o perdão-nosso perdão aos outros e perdão de nós de Deus.
Na questão do perdão, Deus nos trata como lidamos com os outros. Devemos perdoar aos outros como livremente e graciosamente como Deus nos perdoa. O Puritan escritor Tomé Manton disse: "Não há ninguém tão suave para os outros como eles, que têm recebido misericórdia si mesmos, para que eles sabem como suavemente Deus repartiu com eles."

Proteção de Deus

E não nos induzas à tentação, mas livrai-nos do mal. (6: 13a)

Peirasmos ( tentação ) é basicamente uma palavra neutra no grego, não tendo nenhuma conotação ou do bem ou do mal necessário, como faz o nosso Inglês tentação , que se refere ao incentivo para o mal.O significado da raiz tem a ver com um teste ou prova, ea partir desse significado derivam os significados relacionados de provação e tentação. Aqui parece paralelo o termo mal, indicando que ele tem em vista sedução do pecado.

Santidade e bondade de Deus não vai permitir que o Seu líder ninguém, nem, certamente, um de seus filhos, em um lugar ou experiência em que eles iriam propositalmente ser induzido a cometer o pecado."Que ninguém diga quando é tentado", diz Tiago, "" Estou sendo tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém "(Jc 1:13).

No entanto, Tiago tinha apenas disse: "Considerai tudo com alegria, meus irmãos, quando se deparar com várias provações ( peirasmos ), sabendo que a provação da vossa fé produz perseverança "(vv. 2-3).Há um problema de interpretação, portanto, quanto a saber se peirasmos em Mt 6:13 é traduzido tentação ou prova. Como Tiago nos diz: Deus não tenta. Então, por que não pedir-lhe para fazer o que Ele nunca faria de qualquer maneira? No entanto, Tiago também nos diz que devemos alegrar quando provações e não tentar evitá-los. Então, por que devemos orar, não nos induzas à tentação?

Afirmo com Crisóstomo, o Pai da igreja primitiva, que a solução para este problema é que Jesus não está aqui falando de lógica ou teologia, mas de um desejo do coração e inclinação que causam um crente querer evitar o perigo e dificuldade pecado cria. É a expressão da alma redimida que tanto despreza e teme o pecado que quer escapar de todas as perspectivas de queda para ele, escolhendo para evitar invés de ter que derrotar a tentação.
Aqui é outro paradoxo da Escritura. Sabemos que os ensaios são um meio para o nosso crescimento espiritual, moral e emocionalmente. No entanto, nós não temos nenhum desejo de estar em um lugar onde até mesmo a possibilidade do pecado é aumentada. Mesmo Jesus, quando Ele orou no Jardim do Getsêmani, pediu em primeiro lugar, "Meu Pai, se é possível, este cálice passe de mim", antes que Ele disse: "ainda não seja como eu quero, mas como tu queres" (Mt . 26:39). Ele ficou horrorizado com a perspectiva de tomar sobre si o pecado, mas Ele estava disposto a suportá-la, a fim de cumprir a vontade de seu Pai, para tornar possível a redenção do homem.
Nossa reação adequada aos tempos de tentação é semelhante à de Cristo, mas para nós é principalmente uma questão de auto-desconfiança. Quando olhar honestamente para o poder do pecado e em nossa própria fraqueza e propensões pecaminosas, nós estremecer com o perigo de tentação ou mesmo julgamento. Esta Pedido é outro argumento para Deus para prover o que em nós mesmos não temos. É um apelo a Deus para colocar um relógio sobre os nossos olhos, nossos ouvidos, a nossa boca, nossos pés e nossas mãos-que em tudo o que vemos, ouvimos, ou dizer, e em qualquer lugar que vá e em tudo o que fazemos, Ele vai nos proteger do pecado.

Como José, nós sabemos que homens e Satanás significa para Deus mal se voltarão para o bem de seus filhos (conforme Gn 50:20); mas não estamos certos de que, como José, seremos completamente submissa e dependente de Deus em nossas provações. A implicação dessa parte da oração parece ser: ". Senhor, não nunca nos levar a um julgamento que irá apresentar uma tal tentação que não será capaz de resistir a ela" Ele está colocando a promessa de que "Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além do que você é capaz, mas com a tentação, vos proverá livramento, de que você pode ser capaz de suportar" (1Co 10:13).

Esta Pedido é uma salvaguarda contra a presunção e uma falsa sensação de segurança e auto-suficiência. Sabemos que nunca vamos ter chegado espiritualmente, e que nós nunca estará livre do perigo do pecado, até que estejamos com o Senhor. Com Martin Luther dizemos: "Não podemos deixar de ser exposto aos assaltos, mas oramos que não pode cair e morrer sob eles." Como o nosso querido Senhor orou por nós em Sua grande oração de intercessão, queremos que, a todo o custo, para ser guardado do mal (Jo 17:15).

Quando nós oramos sinceramente, não nos levam em tentação, mas livrai-nos do mal, nós também declaram que nos submetemos a Sua Palavra, que é a nossa proteção contra o pecado. "Submeter portanto, a Deus", diz Tiago. "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Jc 4:7 e, para as mentes e os corações dos leitores judeus de Mateus, teria sido um movimento e clímax apropriado.

Postscript de Deus

Porque, se perdoardes aos homens as suas transgressões, para, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Mas se não perdoardes aos homens, então o vosso Pai não perdoará as vossas ofensas. (6: 14-15)

A lição da oração termina com um lembrete de que segue o ensinamento do perdão no versículo 12. Esta visão é próprio comentário do Salvador em nossa Pedido a Deus pelo perdão, e é o único das petições a que ele dá acrescentou. Assim, a sua importância é ampliada .

Porque, se perdoardes aos homens as suas transgressões para coloca o princípio de um modo positivo. Os crentes devem perdoar como aqueles que receberam o perdão judicial (conforme Ef 1:7) de Deus. Quando o coração está cheio de um espírito tão indulgente, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós . Os crentes não podem conhecer o perdão dos pais, o que mantém a comunhão com o Senhor rico e bênçãos do Senhor profusa, além de perdoar os outros em coração e palavra. Perdoe ( aphiēmi ) significa literalmente "para arremessar longe"

Paulo tinha isso em mente quando escreveu: "Eu encontrei misericórdia, para que em mim, o principal [dos pecadores], Jesus Cristo pudesse demonstrar sua paciência perfeito" (1Tm 1:16;.. Mt 7:11 ). Um espírito que não perdoa, não só é incoerente que alguém que foi totalmente perdoados por Deus, mas também traz a correção de Deus, em vez de Sua misericórdia Nosso Senhor ilustra a resposta unmerciful na parábola de Mateus 18:21-35. Há um homem é perdoado a dívida impagável representar o pecado e é dada à mercê de salvação. Em seguida, ele se recusa a perdoar o outro e é imediatamente e severamente castigado por Deus.

Mas se não perdoardes aos homens, então o vosso Pai não perdoará as vossas ofensas . Que afirma a verdade do versículo 14 de uma forma negativa para dar ênfase. O pecado de um coração rancoroso e um espírito amargo (He 12:15) perde bênção e convida julgamento. Até mesmo o Talmud ensina que aquele que é indulgente para com as falhas dos outros será misericordiosamente tratado pelo Supremo Juiz ( Shabbath 151 b ).

Cada crente deve buscar para manifestar o espírito de perdão de José (Gn 50:19-21) e de Estevão (At 7:60) quantas vezes for necessário (Lucas 17:3-4). Para receber o perdão de Deus perfeitamente santo e depois de se recusar a perdoar os outros quando estamos homens pecadores é o epítome do abuso de misericórdia. E o "julgamento será implacável para aquele que não usou de misericórdia; a misericórdia triunfa sobre o juízo" (Jc 2:13).

Há petições para o crente que pedir de Deus, mas também há condições para que as respostas a serem recebidos. Ainda mais, as nossas orações são para ser principalmente preocupado com a exaltação do nome, reino, ea vontade do Senhor Jesus Cristo. A oração é principalmente adoração que inspira graças e pureza pessoal.

37. O jejum sem hipocrisia (Mateus 6:16-18)

E sempre que você rápido, não colocar um rosto triste como os hipócritas, pois eles negligenciam a sua aparência, a fim de ser jejuando. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa. Mas tu, quando jejuardes, unge a tua cabeça, e lava o rosto, para que você não pode ser jejuando, mas a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. (6: 16-18)

O jejum é a área da terceira após aqueles de dar (6: 2-4) e orando (vv 5-15.) —para Que Jesus dá um corretivo para as práticas religiosas hipócritas tipificados pelos escribas e fariseus. Em cada caso, a perversão do padrão de Deus foi causada pelo desejo primordial de ser visto e elogiado pelos homens (v. 1).
O jejum tem sido praticada por diversos motivos ao longo da história. Muitos pagãos antigos acreditavam que os demônios possam entrar no corpo através dos alimentos. Quando eles sentiram que estavam sob ataque demoníaco eles rápido para evitar que os espíritos mais malignos de ter acesso a seus corpos. Os iogues da maioria das religiões orientais e cultos foram sempre empenhada em jejum, muitas vezes por longos períodos de tempo, em que visões místicas e insights são requeridas para ser recebido. Na sociedade ocidental moderna jejum tornou-se popular por razões puramente físicos e cosméticos, e é recomendado em alguns programas de dieta. A Bíblia registra nenhum ensinamento ou a prática do jejum por motivos práticos. Jejum legítimo sempre teve um propósito espiritual e nunca é apresentado como tendo qualquer valor em si mesmo.

Durante os tempos do Velho Testamento muitos crentes fiéis jejum-Moisés, Sansão, Samuel, Hannah, Davi, Elias, Esdras, Neemias, Ester, Daniel, e muitos outros. E o Novo Testamento nos diz do jejum de Anna, João Batista e os seus discípulos, Jesus, Paulo e muitos outros. Sabemos que muitos dos Padres da igreja primitiva em jejum, e que Lutero, Calvino, Wesley, Whitefield, e muitos outros líderes cristãos em circulação ter jejuado.

Mas a única rápido ordenado nas Escrituras é o ligado com o Dia da Expiação. Nesse dia, todas as pessoas foram a "humilhar [suas] almas" (Lv 16:29;. Conforme 23:27), uma expressão hebraica que incluiu abandonando o alimento como um ato de auto-negação. Isso foi um jejum nacional, envolvendo cada homem, mulher e criança em Israel. Mas ocorreu apenas uma vez por ano, e, em seguida, apenas como parte integrante do Dia da Expiação.

Porque não é em outro lugar ordenado por Deus, o jejum é diferente de dar e orando, para a qual existem muitos comandos em ambos os testamentos. Tanto o Antigo eo Novo Testamento falam favoravelmente de jejum e gravar muitos casos de jejum pelos crentes. Mas, exceto para o anual rápido que acabamos de mencionar, em nenhum lugar está necessário. Além disso, o jejum é mostrado para ser um ato voluntário inteiramente não obrigatórias, e não um dever espiritual de ser observado regularmente.

Jejum pretensioso

E sempre que você rápido, não colocar um rosto triste como os hipócritas, pois eles negligenciam a sua aparência, a fim de ser jejuando. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa. (6:16)

A frase e sempre que você rápido apoia o entendimento de que o jejum não é ordenado. Mas quando ela é praticada deve ser regulada de acordo com os princípios Jesus dá aqui.

Nēsteia ( rápido ) significa, literalmente, não para comer, de se abster de alimentos. Jejuns às vezes eram total e, por vezes, parcial, e normalmente apenas água estava bêbado.

Duas visões extremas de comer foram realizadas entre os judeus da época de Jesus. Muitos, como os mencionados nesta passagem, fez uma óbvia exibição de jejum. Outros acreditavam que, porque a alimentação é um dom de Deus, cada pessoa teria de prestar contas a ele no dia do juízo para todas as coisas boas que ele não tinha comido. O primeiro grupo não era apenas mais prevalente, mas foi mais hipócrita e orgulhoso. O seu jejum não era uma questão de convicção espiritual, mas um meio de auto-gratificação.
Na época de Cristo, o jejum, como quase todos os outros aspectos da vida religiosa judaica, tinha sido pervertido e torceu para além do que era bíblica e sincero. O jejum havia se tornado um ritual para ganhar mérito diante de Deus e diante dos homens atenção. Como oração e esmola, foi em grande parte um show religioso hipócrita

Muitos fariseus jejuavam duas vezes por semana (Lc 18:12), geralmente no segundo e quinto dias da semana. Eles alegaram esses dias foram escolhidos porque eram os dias Moisés fez duas viagens separadas para receber as tábuas da lei de Deus no Monte Sinai. Mas esses dois dias também passou a ser os principais dias de mercado judeus, quando as cidades estavam cheias de agricultores, comerciantes e compradores. Eram, portanto, os dois dias em que o jejum público teriam as maiores audiências.

Aqueles que querem chamar a atenção para o seu jejum seria colocar um rosto sombrio , e negligenciar a sua aparência, a fim de ser jejuando . Eles usavam roupas velhas, às vezes propositAdãoente rasgadas e sujas, por desalinhar o cabelo, se cobrir com terra e cinzas, e até mesmo usar maquiagem, a fim de olhar pálido e doente. Como vimos nos capítulos anteriores, hipócritas vem de uma palavra grega para a máscara usada pelos atores para retratar um determinado personagem ou humor. Em relação ao jejum, alguns judeus hipócritas , literalmente, recorreu a teatralidade.

Quando o coração não é reto, o jejum é uma farsa e uma zombaria. Aqueles a quem Jesus condenado para o jejum , a fim de serem vistos pelos homens eram pretensiosamente hipócrita. Tudo o que fizeram centrada em torno de si mesmos. Deus não tinha lugar em seus motivos e sua maneira de pensar, e Ele não participou da sua recompensa. A recompensa que eles queriam era o reconhecimento por homens, e que a recompensa, e só essa recompensa, receberam na íntegra .

Infelizmente, ao longo da história da igreja jejum tem sido mais freqüentemente vistos nos dois extremos que eram comuns no judaísmo. João Calvin disse: "Muitos, por falta de saber a sua utilidade subestimar sua necessidade. E alguns rejeitá-lo todos juntos, como supérfluo, enquanto, por outro lado, onde o uso adequado do jejum não é bem compreendida, é facilmente degenera em superstição."

Jejum Adequada

Mas tu, quando jejuardes, unge a tua cabeça, e lava o rosto, para que você não pode ser jejuando, mas a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.(6: 17-18)

O jejum é mencionado cerca de trinta vezes no Novo Testamento, quase sempre favorável. É possível que o jejum foi subestimada mesmo em algumas partes da igreja primitiva. Pelo menos quatro vezes por referência ao jejum parece ter sido inserido no texto original em que não é encontrada em mais antigos e melhores manuscritos (Mt 17:21; Mc 9:29; At 10:30; 1Co 7:51Co 7:5), a ocasião única para o jejum prescrito deixou de existir.

Os discípulos de Jesus não se rapidamente enquanto estava com eles, porque o jejum é principalmente associado com o luto ou outros tempos de consumir necessidade ou ansiedade espiritual. Quando os discípulos de João Batista perguntaram a Jesus por seus discípulos não rápido como eles e os fariseus fez, ele respondeu: "Os atendentes do noivo pode não chorar enquanto o esposo está com eles, podem? Mas dias virão que o noivo será tirado do meio deles, e então jejuarão "(Mat. 9: 14-15). O jejum é não associado com o luto.

O jejum nunca é mostrado na Escritura para ser o meio para a experiência espiritual elevada, visões, ou insight especial ou místicos de sensibilização, como muitos, incluindo alguns místicos cristãos, reivindicação. O jejum é apropriado nesta idade, porque Cristo é fisicamente ausente da terra. Mas é apropriado apenas como uma resposta aos tempos especiais de teste, julgamento, ou luta.

O jejum é apropriado durante momentos de tristeza. Quando Deus fez a primeira criança nascida de Bathsheba por Davi de ser doente, jejuou Davi enquanto ele implorou pela vida da criança (2Sm 12:16). Ele também jejuou quando Abner morreu (2Sm 3:35). Davi ainda em jejum, em nome de seus inimigos. "Quando eles estavam doentes, minhas roupas eram o saco; humilhava a minha alma com o jejum, e minha oração voltava para o meu seio" (Sl 35:13)..

Em tais ocasiões de profundo pesar, o jejum é uma resposta humana natural. A maioria das pessoas não se então sentir vontade de comer. Seu apetite se foi, e comida é a última coisa que eles estão preocupados. A menos que uma pessoa está ficando sério fraco de fome ou tem alguma razão médica específica para a necessidade de comer, o que fazemos nenhum favor, insistindo que eles comem.

Perigo esmagadora frequentemente solicitado jejum. O rei Josafá proclamaram um jejum nacional em Judá quando eles foram ameaçados de ataque dos moabitas e amonitas (2Cr 20:3).

Como os exilados estavam prestes a sair Babylon para o retorno aventureiro a Jerusalém, Esdras declarou um rápido ", para que possamos nos humilhar diante de nosso Deus para buscar dEle uma viagem segura para nós, para nossos filhos, e todas as nossas posses" (Ed 8:21). Ezra continua: "Pois tive vergonha de pedir ao rei soldados e cavaleiros para nos proteger do inimigo no caminho, porquanto havíamos dito ao rei:" A mão do nosso Deus é favorável a todos aqueles que o buscam, mas Seu poder e Sua ira estão contra todos os que deixarem-Lo. " Por isso, jejuou e buscou nosso Deus sobre esse assunto, e ele ouviu a nossa súplica "(vv. 22-23).

Penitência foi muitas vezes acompanhada de jejum. Davi jejum após seu duplo pecado de adultério com Bate-Seba e depois ter seu marido Urias enviado para a frente de batalha para ser morto. Daniel jejuou como ele orou a Deus para perdoar os pecados de seu povo. Quando Elias confrontou Acabe com o julgamento de Deus por sua grande maldade, o rei "rasgou as suas roupas e colocar-se de saco e jejuou, e ele se deitou com pano de saco e andava desanimado" (1Rs 21:27). Por causa da sinceridade de Acabe, o Senhor adiou o julgamento (v. 29). Séculos mais tarde, depois que os exilados tinham voltado com segurança a Jerusalém, os israelitas foram condenados por sua casando com gentios incrédulos. Como Esdras confessou que o pecado em favor de seu povo ", ele não comeu pão, nem bebeu água, pois ele estava de luto sobre a infidelidade dos exilados" (Ed 10:6.). Como ele continuou "falando na oração", relata ele, "então o homem Gabriel, que eu tinha visto na minha visão anteriormente, veio a mim em meu cansaço extremo sobre a hora de se oferecer à noite. E ele me deu instruções e conversou com me, e disse: 'O Daniel, agora vim para frente para lhe dar uma visão com a compreensão' "(21-22 vv.). Pouco tempo depois, pouco antes de receber uma outra visão, Daniel fez um parcial fast-abandonando "qualquer comida saborosa, ... carne e vinho" —para três semanas (10: 3). É importante notar que, embora o jejum foi relacionada com as revelações, não era um meio de atingi-los. Jejum de Daniel era simplesmente um acompanhamento natural da sua busca profunda e desesperada da vontade de Deus.

Nós muitas vezes não conseguem entender a Palavra de Deus, tanto quanto nós devemos simplesmente porque, ao contrário dos grandes povo de Deus, que não procuram compreendê-lo com o seu grau de intensidade e determinação. Ignorando algumas refeições pode ser o pequeno preço que estão dispostas a pagar para ficar na Palavra até que o entendimento vem.
O jejum muitas vezes acompanhou o início de uma tarefa ou ministério importante. Jesus jejuou quarenta dias e noites antes que Ele foi tentado no deserto e, em seguida, começou seu ministério de pregação.Intensidade e zelo sobre proclamar a Palavra de Deus pode assim que consomem a mente eo coração que os alimentos não tem recurso e nenhum lugar. Embora a abstenção de comida não tem absolutamente nenhum valor espiritual em si, quando comer é uma intrusão no que é infinitamente mais importante, será de bom grado, de bom grado, e discretamente abandonado.

Tanto antes como depois o Espírito Santo dirigiu a igreja de Antioquia para separar Barnabé e Saulo para um ministério especial, as pessoas estavam orando e jejuando (13 2:44-13:3'>Atos 13:2-3). Como esses dois homens de Deus ministrou a Palavra de Deus, orando e jejuando como eles nomeados anciãos nas igrejas, eles fundaram (14:23).

Só o Senhor sabe o quanto a liderança da igreja de hoje poderia ser reforçada se congregações eram de que determinado a encontrar e seguir a vontade do Senhor. A igreja primitiva não escolheu ou enviar líderes descuidAdãoente ou por voto popular. Acima de tudo eles procuraram e seguiu a vontade de Deus. O jejum não tem mais poder para assegurar a liderança piedosa do que tem que assegurar o perdão, proteção, ou qualquer outra coisa boa de Deus. Mas é provável que seja uma parte de dedicação sincera que está determinado a conhecer a vontade do Senhor e ter seu poder antes de as decisões são tomadas, os planos são postos, ou ações são tomadas. As pessoas que são consumidos com preocupação diante de Deus não tomar uma pausa para o almoço.
Em cada relato bíblico jejum genuína está ligada com a oração. Você pode orar sem jejum, mas você não pode jejuar biblicamente sem orar. O jejum é uma afirmação de intensa oração, um corolário da profunda luta espiritual diante de Deus. Nunca é um ato isolado ou uma cerimônia ou ritual que tem alguma eficácia inerente ou mérito. Não tem nenhum valor em all-in fato torna-se um obstáculo espiritual e um pecado, quando feito por qualquer motivo, além de conhecer e seguir a vontade do Senhor.

O jejum também está sempre ligada com um coração puro e deve ser associado a obediente, viver piedoso. O Senhor disse a Zacarias para declarar ao povo: "Quando você jejuou e lamentou no quinto e sétimo meses esses 70 anos, era, na verdade, para mim que você jejuou? .... Assim, tem o Senhor dos Exércitos disse:" Dispensar a verdadeira justiça, e bondade e compaixão praticar cada um ao seu irmão, e não oprimir a viúva, nem o órfão, o estrangeiro ou os pobres, e não maquinam o mal em seus corações um contra o outro "" (Zc 7:5)

Não pode haver direito jejum além de um coração reto, bem viver, e uma atitude correta.

Mas você, quando você rápido , Jesus diz aqueles que pertencem a Ele, arrume o cabelo e lave o rosto, para que você não pode ser jejuando. Para ungir a cabeça com óleo era comumente feito por uma questão de boa aparência. O óleo foi usado frequentemente perfumado e, em parte, como um perfume. Como lavar o rosto , foi associado com o dia-a-dia de vida, mas especialmente com ocasiões mais formais ou importantes. Ponto de Jesus era que uma pessoa que jejua deve fazer de tudo para se fazer parecer normal e não fazem nada para atrair a atenção para sua privação e luta espiritual.

Aquele que sinceramente quer agradar a Deus cuidadosamente evitam tentar impressionar os homens. Ele irá determinar não [a] ser jejuando, mas por Deus, o Pai que está em secreto . Jesus não diz que devemos jejuar com o propósito de ser visto até mesmo por Deus. O jejum não é para ser uma exibição para ninguém, incluindo Deus. O jejum verdadeiro é simplesmente uma parte do concentrado, oração intensa e preocupação com o Senhor, a Sua vontade, e sua obra. A lição de Jesus é que o Pai nunca deixa de notar que o jejum é de coração sentiu e genuíno, e que Ele nunca deixa de recompensá-lo. O seu Pai, que vê em secreto, te recompensará .

38. Tesouro no Céu (Mateus 6:19-24)

Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça ea ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam; para onde o seu tesouro, aí estará o seu coração também. A candeia do corpo são os olhos; se, portanto, o seu olho é claro, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas, se os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus ea Mamom. (6: 19-24)

Os seres humanos são naturalmente orientada a coisa. Estamos fortemente inclinado a ser embrulhado em buscar, adquirindo, desfrutando, e proteger os bens materiais. Em culturas prósperas, como aqueles em que a maioria dos ocidentais viver, a propensão para construir nossas vidas em torno de coisas é especialmente grande.

Os líderes religiosos do tempo de Jesus estavam preocupados com as coisas. Eles eram materialistas, ganancioso, avarento, cobiçoso, agarrando, e manipuladora. Que "os fariseus ... eram amantes do dinheiro" (Lc 16:14) não foi incidental para os outros pecados para os quais Jesus os repreendeu. Porque eles não têm uma visão correta de si mesmos (ver Mat. 5: 3-12), de sua relação com o mundo (5: 13-16), da Palavra de Deus 17-20), da moralidade (5: 21-48), e dos deveres religiosos (6: 1-18), era inevitável que eles não têm uma visão correta das coisas materiais.

Jesus primeiro mostra como a sua visão das coisas materiais não essenciais foi pervertido (vv. 4-24) e, em seguida, como a sua visão das coisas materiais essenciais também foi pervertido (vv. 25-34). Seus pontos de vista tanto de luxos e necessidades foram deformado.

A falsa doutrina leva a falsos padrões, comportamento falso, e falsos valores e religião hipócrita parece sempre ser acompanhado pela cobiça e imoralidade (conforme 2 Ped. 2: 1-3, 14-15). Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli, o sumo sacerdote, não teve em conta para as coisas de Deus, mas eles ansiosamente aproveitou escritório exaltado de seu pai, bem como as suas próprias posições sacerdotais. Eles "eram homens inúteis, pois eles não conhecem o Senhor" (1Sm 2:12.). Eles levaram mais do que sua parte prescrito da carne de sacrifício para si mesmos, e eles cometeram adultério "com as mulheres que serviam à porta da tenda da congregação" (13-17 vv., 22).

Anás e Caifás, que eram sumos sacerdotes durante o ministério de Jesus, tornou-se extremamente rico de muitas concessões que corriam ou licenciados no Templo. Foi dessas concessões que Jesus limpou duas vezes a casa de Seu Pai (João 2:14-16; Mateus 21:12-13.).

Ao longo da história da igreja até os dias atuais, charlatões religiosos usaram o ministério como um meio de angariar riqueza e proporcionar oportunidade de saciar seus desejos sexuais.

Muitas vezes, essas pessoas, como os escribas e fariseus, têm usado a sua prosperidade material como prova imaginada de sua espiritualidade, proclamando sem vergonha que eles são materialmente abençoados porque eles são espiritualmente superior. Eles transformam ensinamentos de cabeça para baixo, como aqueles em Deuteronômio 28: "Agora será que, se diligentemente obedecer ao Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará acima todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, se você obedecer ao Senhor, teu Deus. Bendito serás na cidade, e bendito serás no país "(vv. 1 3). Essas bênçãos são claramente e repetidamente contingente em obediência ao Senhor. Material ou outros benefícios terrenos que são acumulados pela ganância, desonestidade, fraude, ou de qualquer outra forma imoral não devem ser concebidas como bênçãos do Senhor. Para reivindicar a aprovação de Deus, simplesmente na base de sua riqueza, saúde, prestígio, ou qualquer outra coisa é perverter a Sua Palavra e usar seu nome em vão.

O Antigo Testamento dá muitas advertências contra a acumulação de riqueza para seu próprio bem. "Não se cansar-se para ganhar riqueza, cessar de sua consideração dele" (Pv 23:4).

No presente passagem, Jesus olha para o materialismo, particularmente no que diz respeito aos luxos-das três perspectivas de tesouro, visão e master.

A Tesouro Individual

Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça ea ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam; para onde o seu tesouro, aí estará o seu coração também. (6: 19-21)

Lay up ( thēsaurizō ) e tesouros ( thēsauros ) vêm da mesma termo grego básico, que também é a fonte de nossa Inglês thesaurus , um tesouro de palavras. A tradução literal dessa frase seria, portanto, "não entesourar tesouros para vós."

O grego também carrega a conotação de empilhamento ou colocar para fora horizontalmente, como um pilhas de moedas. No contexto desta passagem, a idéia é a de estocagem ou acumulação, e, portanto, imagens de riqueza que não está sendo usado. O dinheiro ou outra riqueza é simplesmente armazenado por questões de segurança; ele é mantido por causa do guarda para fazer uma demonstração de riqueza ou de criar um ambiente de excessos preguiçoso (conforme Lucas 12:16-21).

É evidente a partir desta passagem, assim como a de muitos outros nas Escrituras, que Jesus não está defendendo a pobreza como um meio para a espiritualidade. Em todos os Seus muitas instruções diferentes, Ele só disse uma vez uma pessoa para "vender seus bens e dar aos pobres" (Mt 19:21). Nesse caso particular, a riqueza do jovem era seu ídolo, e, portanto, uma barreira especial entre ele e o senhorio de Jesus Cristo. Ele forneceu uma excelente oportunidade para testar se ou não que o homem foi totalmente empenhados em transformar sobre o controle de sua vida a Cristo. Sua resposta provou que ele não era. O problema não era na própria riqueza, mas falta de vontade do homem a participar com ele. O Senhor não exigiu especificamente Seus discípulos a desistir de todo o seu dinheiro e outros pertences para segui-Lo, embora possa ser que alguns deles o fizeram voluntariamente. Ele fez exigem obediência aos Seus mandamentos, não importa o que esse custo. O preço era alto demais para o rico jovem príncipe, a quem posses eram a primeira prioridade.

Ambos os testamentos reconhecem o direito aos bens materiais, incluindo dinheiro, terras, animais, casas, roupas e todas as outras coisas que é honestamente adquirida. Deus tem feito muitas promessas de bênçãos materiais para aqueles que pertencem e são fiéis a Ele. A verdade fundamental que subjaz os mandamentos não roubar ou cobiçar é o direito de propriedade pessoal. Roubos e cobiça estão errados, porque o que é roubado ou cobiçado por direito pertence a outra pessoa. Ananias e Safira não perder suas vidas porque reteve alguns dos recursos obtidos com a venda de sua propriedade, mas porque eles mentiram ao Espírito Santo (At 5:3). Esse versículo é especificamente direcionado para "aqueles que são ricos deste mundo" e ainda não faz de comando, ou mesmo sugerir, que despojar-se de sua riqueza, mas adverte-os a não ser vaidoso sobre ele ou a confiar nele .

Abraão foi extremamente rico para a sua época, uma pessoa que disputaram na riqueza, influência e poder militar com muitos dos reis em Canaã. Quando vimos pela primeira vez Job ele é muito rico, e quando nós deixá-lo-após o teste que lhe custou tudo o que ele possuía fora de seu próprio Deus da vida tornou-o ainda mais ricos, em rebanhos e manadas, em filhos e filhas, e em uma vida longa e saudável. "E o Senhor abençoou o último estado de Jó mais do que o primeiro" (42:12-17).

A Bíblia dá conselhos considerável para trabalhar duro e seguir as boas práticas empresariais (conforme Mt 25:27). A formiga é mostrado como um modelo do bom trabalhador, que "prepara sua comida no verão, e ajunta a sua disposição na messe" (Prov. 6: 6-8). Somos informados de que "em todo trabalho há proveito, mas só em palavras leva à pobreza" (14:
23) e "pela sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece; e pelo conhecimento se encherão as câmaras com todos preciosos e agradáveis ​​riquezas "(24: 3-4). "O que lavra a sua terra terá a abundância de comida, mas o que segue buscas vazias terá a pobreza em abundância" (28:19).

Paulo nos diz que os pais são responsáveis ​​por salvar-se para os seus filhos (2 Cor. 0:14), que "se alguém não quer trabalhar, também não coma" (2Ts 3:10), e que "se alguém não cuida dos seus, e principalmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo "(1Tm 5:8 .) Brosis ( ferrugem ) significa literalmente "um comer", e é traduzida com esse significado em todo o Novo Testamento, mas aqui (conforme Rm 14:17; 1Co 8:41Co 8:4, "refeição"). Parece melhor para levar o mesmo significado aqui, em referência aos grãos que é comido por ratos, ratos, vermes e insetos.

Quase qualquer tipo de riqueza, é claro, está sujeita a ladrões , razão pela qual muitas pessoas enterraram seus objetos de valor não perecíveis no chão longe da casa, muitas vezes em um campo (ver Mt 13:44.). Quebrar em é, literalmente, "dig através de ", e poderia se referir a cavar através das paredes de barro de uma casa ou cavando a sujeira em um campo.

Nada possuímos é completamente seguro da destruição ou roubo. E mesmo se mantivermos nossas posses perfeitamente seguro durante toda a nossa vida, certamente estamos separados deles no momento da morte. Muitos milionários será paupers celestiais, e muitos indigentes será milionários celestiais.
Mas quando nosso tempo, energia e bens são usados ​​para servir os outros e para promover a obra do Senhor, eles constroem recursos celestiais que estão completamente livres de destruição ou roubo. Hánem a traça nem a ferrugem destroem, e ... os ladrões não arrombam nem furtam . Segurança Celestial é a única segurança absoluta.

Jesus continua a salientar que as posses mais queridas de uma pessoa e suas mais profundas motivações e desejos são inseparáveis, porque onde está o teu tesouro, aí estará o seu coração também . Eles vão quer tanto ser terrestre ou ambos ser celestial. É impossível ter um em terra e outro no céu (conforme Jc 4:4.). Através de ouvir a palavra do povo de Deus passou a ser condenado por seu pecado, começou a louvar a Deus, e determinado a começar obedecê-lo e apoiar fielmente a obra do Templo (caps. 9-10).

Revival, que não afecta o uso de dinheiro e posses é um revival questionável. Como o Tabernáculo estava sendo construída, "todo aquele cujo coração o moveu e todo aquele cujo espírito o levou veio e trouxe a contribuição do Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço e para as vestes sagradas" (Ex 35:21. ). Como os planos estavam sendo feitos para a construção do Templo, o próprio Davi deu generosamente para o trabalho, e "os governantes de casas paternas, os príncipes das tribos de Israel, e os comandantes de mil e de cem, juntamente com os supervisores mais obra do rei, voluntariamente ... Então o povo se alegrou porque tinham oferecido de bom grado, pois eles fizeram a sua oferta ao Senhor com todo o coração, e Rei Davi também se alegrou muito "(1Cr 29:1 ).

G. Campbell Morgan escreveu:
Você deve se lembrar com a paixão queimando dentro de você que você não é a criança de hoje. Você não é da terra, você é mais do que pó; você é o filho de amanhã você é das eternidades, você é a prole da Divindade. As medições de suas vidas não pode ser restringido pelo ponto onde o céu azul beija a terra verde. Tudo o fato de sua vida não pode ser compreendido no uma pequena esfera sobre a qual você vive. Você pertence ao infinito. Se você fazer a sua fortuna na terra dos pobres, desculpe, soul-lhe parvo fizeram uma fortuna, e é armazenado em um lugar onde você não pode segurá-la. Faça sua fortuna, mas armazená-lo onde ele vai cumprimentá-lo no alvorecer da nova manhã. ( O Evangelho Segundo Mateus . [New York: Revell, 1929], pp 64-65)

Quando milhares de pessoas, a maioria judeus, foram ganhas para Cristo durante e logo após o Pentecostes, a Igreja de Jerusalém foi inundada com muitos convertidos que vieram de terras distantes e que decidiu ficar na cidade. Muitos deles, sem dúvida, eram pobres, e muitos outros, provavelmente, deixou a maior parte de suas riquezas e posses em sua terra natal. Para atender a grande encargo financeiro de repente colocado sobre a igreja, os crentes locais "começou a vender suas propriedades e bens e os repartiam por todos, como que alguém tinha necessidade" (At 2:45).

Muitos anos mais tarde, durante uma das muitas perseguições romanas, os soldados invadiram uma certa igreja para confiscar seus tesouros presumidas. Um ancião disse ter apontou para um grupo de viúvas e órfãos que estavam sendo alimentados e disse: "Não são os tesouros da Igreja."

Princípio de Deus para o seu povo sempre foi, "Honra ao Senhor de sua riqueza, e desde o primeiro de todos os seus produtos, assim teus celeiros se encherão de fartura, e os seus barris transbordarão de vinho novo" (Pv 3:9). Paulo nos assegura que "aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; eo que semeia com fartura com abundância também ceifará com fartura" (2Co 9:6) e "generosamente" (Jc 1:5).

olho que é mau é o coração que é egoisticamente indulgente. A pessoa que é materialista e ganancioso é cego espiritualmente. Porque ele não tem forma de reconhecer a verdadeira luz, ele acha que tem luz quando ele não faz. O que é pensado para ser luz é, portanto, realmente escuridão , e por causa do auto-engano, o quão grande é a escuridão!

O princípio é simples e sóbria: a forma como olhamos e usar o nosso dinheiro é um barómetro certeza da nossa condição espiritual.

A Single Mestre

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus ea Mamom. (06:24)

A terceira opção refere-se a fidelidade, para mestres . Assim como não podemos ter os nossos tesouros, tanto em terra e no céu ou nossos corpos, tanto na luz e nas trevas, não podemos servir a dois senhores.

Kurios ( mestres ) é muitas vezes traduzido senhor, e refere-se a um dono de escravos. A idéia não é simplesmente o de um empregador, de que uma pessoa pode ter vários ao mesmo tempo e trabalho para cada um deles de forma satisfatória. Muitas pessoas hoje realizar dois ou mais empregos. Se eles trabalham o número de horas que deveriam e realizam seu trabalho conforme o esperado, eles cumpriram a sua obrigação para com seus empregadores, não importa quantos eles podem ter. A idéia é de mestres de escravos.

Mas, por definição, um dono de escravos tem total controle do escravo. Para um escravo não existe tal coisa como obrigação parcial ou a tempo parcial a seu mestre. Ele deve a serviço de tempo integral a um mestre em tempo integral. Ele pertence e é totalmente controlado por e obrigado a seu mestre. Ele não tem mais nada para ninguém. Para dar nada a ninguém mais faria seu mestre menos de mestre. Não é simplesmente difícil, mas absolutamente impossível, para servir a dois senhores e totalmente ou fielmente ser escravo obediente de cada um.

Mais e mais o Novo Testamento fala de Cristo como Senhor e Mestre e dos cristãos como Seus bondslaves. Paulo nos diz que antes de sermos salvos, fomos escravos do pecado, que era o nosso mestre. Mas quando nós esperamos em Cristo, nos tornamos escravos de Deus e de justiça (Rom. 6: 16-22).

Não podemos afirmar Cristo como Senhor, se a nossa lealdade é para qualquer coisa ou qualquer outra pessoa, incluindo nós mesmos. E quando a gente conhecer a vontade de Deus, mas resistir a obedecê-la, damos provas de que a nossa lealdade é outro que não a Ele. Não podemos mais servir a dois senhores ao mesmo tempo do que podemos caminhar em duas direções ao mesmo tempo. Nós também ... odiar a um e amar o outro, ou ... a um e desprezará o outro.

João Calvin disse: "Onde riquezas manter o domínio do coração, Deus perdeu sua autoridade" ( A Harmonia do evangelistas Mateus, Marcos e Lucas , vol 1. [Grand Rapids: Baker, 1979], 337 p.). O nosso tesouro está tanto na terra como no céu, a nossa vida espiritual ou é cheio de luz ou das trevas, e nosso mestre ou é Deus ou a Mamon (posses, bens terrenos).

As encomendas desses dois mestres são diametralmente opostas e não podem coexistir. A única nos ordena a andar pela fé e as outras exigências que andam pela vista. A única chama-nos a ser humilde e outro para se orgulhar, o único a definir nossas mentes nas coisas de cima e outro para defini-los em coisas abaixo. Um chama-nos a amar a luz, o outro a amar a escuridão. O diz-nos a olhar para as coisas invisíveis e eternas e outros a olhar para as coisas visíveis e temporais.

A pessoa cujo mestre é Jesus Cristo pode dizer que, quando ele come ou bebe ou faz qualquer outra coisa, ele faz "tudo para a glória de Deus" (1Co 10:31). Ele pode dizer com Davi: "Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim" (Sl 16:8)

Por esta razão eu vos digo, não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que a comida, eo corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à extensão da sua vida? E por que você está ansioso sobre a roupa? Observe como os lírios do campo, como crescem; Eles não trabalham nem fiam, mas eu digo que nem Salomão, em toda a sua glória não vestir-se como um deles. Mas, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, vai Ele não muito mais fazê-lo para você, Omen de pouca fé? Não fique ansioso, então, dizendo: "O que vamos comer?" ou "O que vamos beber?" ou "Com o que devemos nos vestir?" Por todas estas coisas os gentios procuram avidamente; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas. Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis para amanhã; para amanhã cuidará de si mesmo. Cada dia tem problemas suficientes própria. (6: 25-34)

Em Mateus 6:19-24 Jesus incide sobre a atitude em relação ao luxo, o desnecessário posses físicas homens loja e estoque por razões egoístas. Nos versículos 25:34 Ele enfoca a atitude para com o que os homens comer, beber e vestir, as necessidades da vida que eles absolutamente deve ter de existir. A primeira passagem é dirigida particularmente com o rico eo segundo particularmente para os pobres. Tanto ser rico e ser pobre tem seus problemas espirituais especiais. Os ricos são tentados a confiar em suas posses, e os pobres são tentados a duvidar de provisão de Deus. Os ricos são tentados a se tornar auto-satisfeito com a falsa segurança de suas riquezas, e os pobres são tentados a preocupação eo medo na falsa insegurança de sua pobreza.

Se os homens são ricos ou pobres, ou algures no meio-sua atitude para com os bens materiais é uma das marcas mais confiáveis ​​de sua condição espiritual. O homem como uma criatura terrestre é naturalmente preocupados com as coisas terrenas. Em Cristo somos recriados como seres celestiais e, como filhos de nosso Pai Celestial, as nossas preocupações devem agora concentrar-se principalmente em coisas celestiais, mesmo enquanto ainda vivemos na terra. Cristo nos envia ao mundo para fazer a Sua obra, assim como o Pai O enviou ao mundo para fazer a obra do Pai. Mas não estamos a ser "do mundo", mesmo que o próprio Jesus, enquanto na terra, foi "não são do mundo" (João 17:15-18). Um dos testes supremos de nossa vida espiritual, então, é como nós agora referem-se a esses dois mundos.Dezesseis das trinta e oito parábolas de Jesus lidar com o dinheiro. Um em cada dez versículos do Novo Testamento lida com esse assunto. Escritura oferece cerca de quinhentos versos sobre a oração, menos de quinhentos sobre a fé, e mais de dois mil em dinheiro. A atitude do crente em relação ao dinheiro e posses é determinante.

A nossa é uma época de materialismo ousado, uma era guiado pela ganância, ambição, sucesso, prestígio, auto-indulgência, e consumo conspícuo. Em seu livro O Emerging Order: Deus na era de escassez, Jeremy Rifkin diz: "A ênfase no crescimento econômico contínuo é um buraco negro que já sugou a maioria dos críticos, recursos não-renováveis ​​do mundo." O autor, que não é um cristão, faz a observação de encerramento que "a única solução para a nossa abordagem à vida é o ressurgimento da ética cristã evangélica, que é uma ética de altruísmo e de baixo consumo." A única alternativa, Rifkin diz, é uma ditadura constritiva, totalitário que irá controlar nossa sociedade e nossas vidas pessoais para nós.

Infelizmente, há pouca evidência de que mesmo os mais modernos próprios evangélicos são mais tempo comprometidos com tal ética. Nós damos muito mais evidências de seguir as tendências do mundo dos nossos dias do que de definir, confrontando, ou modificá-los. Diante desse fato, é difícil para a maioria de nós a se identificar com a advertência de Jesus não se preocupar com as necessidades básicas.Estamos bem alimentados, bem vestidos, e bem fixo em todas as outras coisas necessárias, e em muitas coisas que são totalmente desnecessários.
O coração da mensagem de Jesus em nossa passagem atual é: Não se preocupe, nem mesmo sobre as necessidades. Ele dá o comando, Não andem ansiosos por três vezes (vv 25, 31, 34.) e dá quatro razões por que se preocupar, sendo ansioso , está errado: é infiel por causa do nosso Mestre; não é necessário por causa do nosso Pai; não é razoável por causa da nossa fé; e não é sábio por causa do nosso futuro.

A preocupação é infiel por causa do nosso Mestre

Por esta razão eu vos digo, não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que haveis de vestir Não é a vida mais do que a comida, eo corpo mais do que o vestuário? (06:25)

Por esta razão, remete para o verso anterior, em que Jesus declara que só Mestre de um cristão é Deus. Ele é, portanto, dizendo: "Porque Deus é o vosso Mestre, eu digo a você, não fique ansioso . "Apenas responsabilidade de um escravo é a seu mestre, e para os crentes a preocupar-se é ser rebelde e infiel a seu Mestre, que é Deus. Para os cristãos, preocupação e ansiedade são proibidos, insensato, e pecaminoso.

No grego, o comando não estar ansioso inclui a idéia de parar o que já está sendo feito. Em outras palavras, temos de parar de se preocupar e nunca iniciá-lo novamente. Para a sua vida faz com que o comando all-inclusive. PSUCHE ( vida ) é um termo abrangente que engloba todas de uma pessoa estar físico, mental, emocional e espiritual. Jesus está se referindo a vida em sua plenitude sentido possível.Absolutamente nada, em qualquer aspecto de nossas vidas, internos ou externos, justifica estarmos ansiosos quando temos o Mestre que fazemos.

A preocupação é o pecado de não confiar na promessa e na providência de Deus, e ainda assim é um pecado que os cristãos cometem, talvez com mais freqüência do que qualquer outro. O Inglês prazopreocupação vem de uma antiga palavra alemã que significa estrangular ou sufocar. Isso é exatamente o que se preocupar faz; é uma espécie de estrangulamento mental e emocional, o que provavelmente faz com que mais aflições mentais e físicos do que qualquer outra causa.

Tem sido relatado que uma névoa densa grande o suficiente para cobrir sete quarteirões da cidade uma centena de metros de profundidade é composto de menos de um copo de água-dividido em sessenta mil milhões de gotículas. Na forma certa, alguns galões de água pode inviabilizar uma grande cidade.
De forma semelhante, a substância de preocupação é quase sempre extremamente pequeno comparado ao tamanho formar em nossas mentes e os danos que ele faz em nossas vidas. Alguém já disse: "A preocupação é uma fina corrente de medo que escorre através da mente, o que, se incentivado, vai cortar um canal tão grande que todos os outros pensamentos será drenada para fora."

A preocupação é o oposto de contentamento, que deve ser o estado normal e consistente de um crente de espírito. Cada crente deve ser capaz de dizer com Paulo: "Eu aprendi a viver contente em qualquer circunstância eu sou Eu sei como se dar bem com os meios humildes, e eu também sei como viver em prosperidade;. Em toda e qualquer circunstância eu tenho Aprendi o segredo de ser preenchido e passando fome, tanto de ter abundância e sofrer necessidade "(Filipenses 4:11-12; conforme 1 Tim. 6: 6-8.).

Contentamento do cristão é encontrada em Deus, e somente em Deus-in Sua propriedade, controle e prestação de tudo que possuímos e vai precisar. Primeiro, Deus é dono de tudo, inclusive o universo inteiro. Davi proclamou: "A terra é do Senhor, e tudo o que ela contém, o mundo e aqueles que nele habitam" (Sl 24:1).

Tudo agora temos pertence ao Senhor, e tudo o que sempre terá pertence a Ele. Por que, então, não é se preocupar com a sua tomada de nós o que realmente pertence a Ele?
Um dia, quando ele estava longe de casa, alguém veio correndo até João Wesley, dizendo: "Sua casa pegou fogo! Sua casa pegou fogo!" Para que Wesley respondeu: "Não, não tem, porque eu não possuo uma casa. O que eu tenho vivido em pertence ao Senhor, e se queimou para baixo, que é um a menos responsabilidade para mim que se preocupar com . "
Em segundo lugar, o cristão deve estar contente porque Deus controla tudo. Novamente Davi nos dá a perspectiva correta: "Tu és regra sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e que se situa em Tua mão para engrandecer e fortalecer todos" (1Cr 29:12.). Daniel declarou: "Que o nome de Deus seja bendito para todo o sempre, sabedoria e poder pertencem a Ele e que é Ele quem muda os tempos e as épocas;. Ele remove reis e estabelece reis; Ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento para os homens de entendimento "(Dan. 2: 20-21).

Aqueles que não foram palavras vãs para Daniel. Os acontecimentos de Daniel 2 e 6 foram separados por muitos anos. Quando os comissários ciumento e sátrapas enganou o rei Dario na pedidos Daniel jogado na cova dos leões, que era o rei, e não Daniel, que estava preocupado. "Dormi fugiu de" o rei durante a noite, mas Daniel aparentemente dormia profundamente ao lado dos leões, cuja boca tinha sido fechado por um anjo (6: 18-23).

Em terceiro lugar, os crentes devem estar contente porque o Senhor fornece tudo. O proprietário supremo e controlador é também o provedor de como supremo indicado em um de Seus nomes antigos, Jeová-Jireh, que significa "o Senhor que fornece." Esse é o nome Abraão atribuída a Deus quando Ele forneceu um cordeiro para ser sacrificado no lugar de Isaque (Gn 22:14). Se Abraão, com o seu conhecimento limitado de Deus, poderia ser tão confiante e conteúdo, quanto mais devemos que conhecem Cristo e que têm toda a Sua Palavra escrita? Como o apóstolo nos assegura, Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus "(Fm 1:4; Sl 147:9 ; Mt 14:31; Mt 16:8). "Você crê que Deus pode resgatar você, te salvar do pecado, quebrar os grilhões de Satanás, levá-lo ao céu, onde Ele tem preparado um lugar para você, e mantê-lo por toda a eternidade", Jesus está dizendo; "E ainda assim você não confiar nele para suprir suas necessidades diárias?" Nós livremente colocar o nosso destino eterno nas mãos de Deus, mas, por vezes, se recusam a acreditar Ele proverá o que precisamos para comer, beber e vestir.

A preocupação não é um pecado trivial, porque ele dá um golpe, tanto no amor de Deus e na integridade de Deus. Worry declara nosso Pai celestial para ser indigno de confiança em Sua Palavra e Suas promessas. Para confessar a crença na infalibilidade das Escrituras e no momento seguinte para expressar preocupação é para falar de ambos os lados de nossas bocas. Preocupação mostra que estamos dominados por nossas circunstâncias e por nossas próprias perspectivas finitos e compreensão e não pela Palavra de Deus. A preocupação é, por conseguinte, não só debilitante e destrutivo, mas calunia e uma ofensa a Deus.
Quando um crente não é fresco na Palavra todos os dias, a fim de que Deus está em sua mente e coração, então Satanás se move para o vácuo e as plantas se preocupe. A preocupação em seguida, empurra o Senhor ainda mais de nossas mentes.

Paulo nos aconselha como fez com os Efésios: "Eu oro para que os olhos do vosso coração seja iluminado, de modo que você pode saber o que é a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos, e . o que é a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos Estes são, de acordo com a operação da força do seu poder "(Ef. 1: 18-19).

A preocupação é razoável causa da nossa fé

Não fique ansioso, então, dizendo: "O que vamos comer?" ou "O que vamos beber?" ou "Com o que devemos nos vestir?" Por todas estas coisas os gentios procuram avidamente; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas. Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (6: 31-33)

A preocupação é inconsistente com a nossa fé em Deus e é, portanto, razoável, bem como pecaminoso. A preocupação é característica da incredulidade. Ethnoi ( gentios ) literalmente significa simplesmente "povos", ou "uma multidão". Na forma plural, como aqui, ele geralmente se refere aos não-judeus, ou seja, para os gentios e, por extensão, para os descrentes ou pagãos. Preocupar-se com o que para comer, beber e vestir -se com são as coisas os gentios procuram avidamente. Aqueles que não têm esperança em Deus, naturalmente, colocar a sua esperança e expectativas em coisas que podem desfrutar agora.Eles não têm nada para viver, mas o presente, e seu materialismo é perfeitamente coerente com a sua religião. Eles não têm Deus para suprir suas características físicas ou as suas necessidades espirituais, seu presente ou suas necessidades eternas, então qualquer coisa que recebem eles devem obter para si próprios. Eles são ignorantes da oferta de Deus e não tenho nenhuma reclamação sobre ele. No Pai celestial se preocupa com eles, então não há razão para se preocupar.

Os deuses dos gentios eram deuses feitos pelo homem inspirados por Satanás. Eram deuses do medo, temor, e apaziguamento que exigiram muito, prometidas pouco, e fornecidos nada. Era natural que aqueles que serviram esses deuses procuram avidamente quaisquer satisfações e prazeres que podiam enquanto podiam. Sua filosofia é ainda popular em nossos dias entre aqueles que estão determinados a agarrar todo o gusto eles podem chegar. "Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos" é uma perspectiva compreensível para aqueles que não têm esperança na ressurreição (1Co 15:32).

Mas isso é uma filosofia completamente insensato e irracional para aqueles que não têm esperança na ressurreição, para aqueles cujo Pai celestial sabe que [eles] precisam de todas essas coisas . Para se preocupar com o nosso bem-estar físico e nossa roupa é a marca de uma mente mundana, sejam eles cristãos ou não. Quando pensamos como o mundo e anseiam como o mundo, vamos se preocupar como o mundo, porque uma mente que não está centrada em Deus é uma mente que tem motivos para se preocupar. Os fiéis, confiantes e razoável Cristão está "ansioso para nada, mas em tudo, pela oração e súplica com ações de graças [seus] permite que pedidos que conhecidas diante de Deus" (Fp 4:6). Para buscar o reino de Deus em primeiro lugar é a derramar nossas vidas no trabalho eterno de nosso Pai celestial.

Para buscar o reino de Deus é procurar ganhar as pessoas para que o reino, para que pudessem ser salvos e Deus seja glorificado. É ter própria verdade, amor e justiça manifesto nosso Pai celestial s em nossas vidas, e para ter "paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14:17). Nós também buscar o reino de Deus, quando nós ansiamos para o retorno do Rei em Sua glória milenar para estabelecer o Seu reino na Terra e inaugurar Seu reino eterno.

Estamos também a procurar ... Sua justiça . Em vez de saudade depois as coisas deste mundo, estamos a fome e sede para as coisas do mundo para vir, que são caracterizados sobretudo pela perfeita de Deus justiça e santidade. É mais do que anseio por algo etéreo e futuro; também é anseio por algo presente e prático. Nós não só devem ter expectativas celestiais, mas uma vida santa (ver Colossenses 3:2-3). "Uma vez que todas estas coisas [a terra e as suas obras, v. 10] estão a ser destruídas desta forma", Pedro diz: "que tipo de pessoas não deveis ser em conduta e piedade sagrado, esperando e apressando a vinda do o dia de Deus "(2Pe 3:11).

A preocupação é desaconselhável por causa do nosso futuro

Portanto, não vos inquieteis para amanhã; para amanhã cuidará de si mesmo. Cada dia tem problemas suficientes própria. (06:34)

Fazendo disposições razoáveis ​​para amanhã é sensível, mas para estar ansioso para amanhã é tola e infiel. Deus é o Deus de amanhã, bem como o Deus de hoje e da eternidade. "Misericórdias do Senhor, na verdade nunca cessam, porque as suas misericórdias nunca falham renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade." (Lm 3:22-23.).

Parece que algumas pessoas estão tão empenhados em se preocupar que, se eles não conseguem encontrar nada no presente para se preocupar, eles pensam sobre possíveis problemas no futuro . Amanhã vai cuidar de si mesmo , Jesus nos assegura. Essa não é a filosofia descuidado do hedonista que vive somente para seu prazer presente. É a convicção do filho de Deus, que sabe que amanhã vai cuidar de si mesmo , pois está nas mãos de seu Pai celestial.

Que a cada dia tem bastante problema de sua própria não é um apelo que se preocupar com esse problema, mas se concentrar em atender as tentações, provações, oportunidades, e as lutas que temos hoje, contando com nosso Pai para proteger e fornecer como temos necessidade. Há problemas suficientes em cada dia, sem acrescentar a angústia de preocupação para ele.

Deus promete a Sua graça para amanhã e para todos os dias depois e por toda a eternidade. Mas Ele não nos dá graça para amanhã agora Ele apenas dá a Sua graça um dia de cada vez que for necessário, e não como ele pode ser antecipado.

"A constante da mente Tu conservarás em perfeita paz", Isaías diz: "porque ele confia em Ti Confia no Senhor para sempre, pois em Deus, o Senhor, temos uma rocha eterna." (Is. 26: 3-4) .


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34

Mateus 6

A recompensa como motivação na vida cristã

  1. A recompensa do ponto de vista cristão
    1. As recompensas cristãs

Mt 6:1 A maneira errada de dar — Mat. 6:2-4

As motivações da ação de dar — Mat. 6:2-4 (cont.) A maneira errada de orar — Mat. 6:5-8

A maneira errada de orar — Mat. 6:5-8 (cont.)

A maneira errada de orar — Mat. 6:5-8 (cont.) A oração do discípulo — Mat. 6:9-15

Mt 6:9

Mt 6:9 (cont.) Mt 6:9 (cont.)

Mt 6:9 (cont.)

A oração em que pedimos para sermos reverentes Mt 6:9 (cont.) Mt 6:10

Mt 6:10 (cont.) Mt 6:11

Mt 6:11 (cont.)

Mt 6:12, 14-15

O perdão humano Mt 6:12, 14-15 (cont.) Mt 6:13

Mt 6:13 (cont.)

Mt 6:13 (cont.)

Mt 6:13 (cont.) A maneira incorreta de jejuar — Mat. 6:16-18

A maneira incorreta de jejuar — Mat. 6:16-18 (cont.) O verdadeiro jejum — Mat. 6:16-18 (cont.)

O verdadeiro tesouro — Mat. 6:19-21

Tesouros no céu — Mat. 6:19-21 (cont.) A visão distorcida — Mat. 6:22-23

A necessidade de olhos generosos — Mat. 6:22-23 (cont.) Mt 6:24

Mt 6:24 (cont.)

Mt 6:24 (cont.) A preocupação proibida — Mat. 6:25-34

A ansiedade e como se cura — Mat. 6:25-34 (cont.) A insensatez da ansiedade — Mat. 6:25-34 (cont.)

A RECOMPENSA COMO MOTIVAÇÃO NA 6DA CRISTÃ

Quando estudamos os versículos introdutórios de Mateus 6, imediatamente nos deparamos com uma pergunta de suprema importância: Qual é o lugar da recompensa como motivação na vida cristã? Nesta seção, Jesus fala em três oportunidades de recompensa que Deus outorga a quem tem servido da maneira em que Ele queria. (Mt 6:4, Mt 6:6, Mt 6:18). Esta questão é tão importante que será bom nos determos para examiná-la antes de continuar o estudo detalhado do capítulo.

Tem-se dito com muita freqüência que a recompensa não tem lugar entre as motivações da vida cristã. Afirmou-se que devemos fazer o bem por amor do bem em si, que a virtude inclui sua própria recompensa, e

que até deve eliminar-se da vida cristã a mera idéia de uma recompensa, qualquer que ela seja. Havia um santo, na antiguidade, que segundo se dizia, queria poder apagar todos os fogos do inferno e queimar todas as

alegrias do céu, para que os homens procurassem o bem pelo bem em si mesmo, e não como meio de obter o céu ou evitar o inferno, e para que a

idéia de uma recompensa ou um castigo desaparecesse da vida por completo.

Aparentemente esta atitude é muito elevada e nobre, mas não pensava do mesmo modo nosso Senhor Jesus Cristo. Já notamos que

nesta passagem Jesus fala três vezes da recompensa, A forma correta de dar esmola, a forma correta de orar e a forma correta de jejuar incluem suas próprias formas de recompensa, E se trata de uma menção isolada do tema da recompensa, no conjunto dos ensinos de Jesus. Diz, também,

que quem suporte fielmente a perseguição e quem receba insultos sem responder com o rancor, serão grandes no céu (Mt 5:12). Diz que qualquer que dê a um de seus pequeninos irmãos um copo de água não

ficará sem recompensa (Mt 10:41). Pelo menos, parte do ensino da parábola dos talentos é que o serviço fiel receberá uma recompensa (Mat. 25:14-30).

Na parábola do juízo final o ensino mais direto é que há uma recompensa ou um castigo, conforme tenha sido nossa reação frente às necessidades de nosso próximo (Mateus 25:31-46). É muito evidente que

Jesus não vacilou em referir-se à recompensa ou ao castigo que pode merecer nossa forma de vida. E bem poderia nos convir não tratar de ser mais espirituais que Jesus quando pensamos a respeito deste tema da

recompensa. Há alguns fatos muito óbvios que se devem levar em conta.

  1. É uma regra óbvia da vida que qualquer ação que não obtém um resultado positivo é totalmente inútil. A bondade que não alcança um certo fim é uma bondade inútil e carente de significado. Como foi dito,

de maneira muito acertada: "A menos que algo sirva para alguma coisa, não serve para nada." A menos que a vida cristã tenha um fim e uma meta a ser alcançada, porque corresponde ao prazer que desejamos, em

grande medida será uma vida sem significado. Quem acredita no caminho cristão e na promessa cristã não pode acreditar que a bondade não tenha objetivo algum fora de si mesma.

  1. Eliminar toda recompensa ou castigo de nossa forma de compreender a religião equivale, com efeito, a dizer que a injustiça

sempre tem a última palavra. Não pode sustentar-se de maneira razoável que o fim do homem bom seja exatamente o mesmo que o do homem mau. Isto significaria que Deus não Se importa que os homens sejam bons ou maus. Significaria, para dizê-lo de maneira mais direta e mesmo dura, que não tem objetivo ser bom e que não há razão para viver de uma maneira e não de outra. Eliminar toda recompensa ou castigo é realmente afirmar que em Deus não há nem justiça nem amor. Prêmios e castigos são necessários se se quer dar algum sentido à vida.

  1. A recompensa do ponto de vista cristão

Mas tendo chegado até aqui com o conceito de recompensa na vida

cristã, há certos elementos dela que devem ser esclarecidos.

  1. Quando

    Jesus

    falou

    de

    recompensa,

    não

    pensava exclusivamente em termos de um prêmio material. É evidente que no

Antigo Testamento a bondade e a prosperidade estão intimamente relacionadas. Se um homem prosperava, se seus campos eram férteis e sua colheita abundante, se tinha muitos filhos e sua fortuna aumentava,

supunha-se que tudo isto demonstrava a bondade de seu caráter.

Este é, precisamente, o problema que subjaz na exposição do livro do Jó. Jó está atravessando um momento de má sorte e seus amigos vão

dizer-lhe que sua má sorte deve ser o resultado de algum pecado que cometeu. Jó rechaça veementemente tal acusação. "Lembra-te:" – diz-lhe Elifaz, um de seus visitantes – "acaso, já pereceu algum inocente? E onde foram os retos destruídos?" (4:7). E Bildade acrescenta: "Se

fores puro e reto, ele (Deus), sem demora, despertará em teu favor e restaurará a justiça da tua morada" (8:6). E Zofar, o terceiro, conclui: "Pois dizes: A minha doutrina é pura, e sou limpo aos teus olhos. Oh!

Falasse Deus, e abrisse os seus lábios contra ti, e te revelasse os segredos da sabedoria, da verdadeira sabedoria, que é multiforme! Sabe, portanto, que Deus permite seja esquecida parte da tua iniqüidade" ( 11:4-6). O

livro de Jó foi escrito como uma tese oposta ao conceito de que o bem e a prosperidade sempre são paralelos.

"Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão" (Sl 37:25). E em outro lugar diz o salmista: "Caiam mil ao teu lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás atingido. Somente com os teus olhos contemplarás e verás o castigo dos ímpios. Pois disseste: O SENHOR é o meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda" (Salmo 91:7-10). Estas são palavras que Jesus nunca teria pronunciado. Nunca prometeu prosperidade material a seus discípulos. De fato, prometeu-lhes julgamentos e tribulações, provas e angústias, sofrimento, perseguição e morte. É evidente que Jesus ao falar de recompensa não pensava em termos materiais.

  1. A segunda coisa que é preciso lembrar, é que a recompensa mais alta nunca é recebido por quem a procura. Se alguém se esforçar por obter o reconhecimento que crê merecer por suas ações, se está avaliando todo o tempo a magnitude de seus trabalhos e contabilizando os méritos que está acumulando, jamais receberá a recompensa que busca e pela que tanto trabalha em excesso. E isto ocorrerá porque considera a Deus e à vida de maneira incorreta. O homem que está sempre calculando o montante de sua recompensa acredita que Deus é um juiz ou um contador, e concebe a vida em termos legalistas. Pensa em fazer tanto e ganhar tanto. Suas idéias se movem entre a coluna do débito e a do dever. Imagina que no tempo futuro se apresentará ante Deus com seu balanço e lhe dirá: "Isto é o que eu tenho feito, exijo minha recompensa."

O engano básico desta atitude é conceber a vida em termos legalistas, esquecendo o amor. Se amarmos a alguém de maneira profunda e apaixonada, humildemente e sem egoísmos, teremos a certeza de que mesmo que entreguemos a essa pessoa tudo o que é nosso, não teremos feito o suficiente; que se conseguimos pôr em suas mãos o Sol, a Lua e as estrelas, seguiremos sendo seus devedores. Quem ama sempre está em dívida; a última coisa que pensará é que de algum modo não foi merecedor de alguma recompensa. Mas se concebermos a vida em forma

legalista sempre estaremos pensando em lucros e recompensas. Por outro lado, se nosso enfoque da vida se apóia no amor, a idéia de recompensa jamais penetrará em nossa mente.

O grande paradoxo da vida cristã é que quem procura recompensa, quem está sempre calculando quanto receberá, jamais se torna credor de

nada; mas aquele cujo único motivo é o amor, e que jamais pensa que é merecedor de nada, recebe, entretanto, a mais rica retribuição. O mais estranho de tudo é que a recompensa é ao mesmo tempo o subproduto e

o fim último da vida cristã.

  1. As recompensas cristãs

Passemos a nos perguntar agora: Quais são as recompensas de uma vida cristã?

  1. Devemos iniciar colocando uma verdade básica e geral. Já

vimos que Jesus não pensa em recompensas materiais. As recompensas da vida cristã se constituem recompensas apenas para quem possui uma mentalidade espiritual. Os materialistas não as considerariam recompensas. As recompensas cristãs são tais somente para os cristãos.

  1. A primeira entre as recompensas cristãs é a satisfação. Fazer o que é justo, obedecer a Jesus Cristo, aceitar seu caminho, conduzam ou

não a outras formas de recompensa, sempre produzem satisfação. Bem pode ser que se alguém fizer o que deve fazer, obedecendo a Jesus Cristo, perca sua fortuna ou sua posição social, ou ambas; pode ser que termine no cárcere ou no patíbulo, ou que perca popularidade, fique

sozinho e se fale mal dele. Entretanto, apesar de tudo, sempre possuirá a satisfação interior de ter seguido a Jesus Cristo, uma satisfação que vale muito mais que o valor de tudo o que perdeu. É algo que não se pode pôr

preço; não se pode avaliar monetariamente, porque não há nada no mundo que se compare a tal satisfação. Produz um contentamento que é a verdadeira coroa da vida.

O poeta George Herbert pertencia a um grupo de amigos que costumavam reunir-se para tocar seus instrumentos musicais, formando

uma pequena orquestra. Em certa oportunidade se dirigia para o lugar de reunião do grupo quando cruzou com um carroceiro cujo veículo se afundou no barro. George Herbert deixou de lado o instrumento musical e ficou ajudando o pobre homem a desatolar as rodas. Ficou coberto de barro. Quando chegou à casa de seus amigos era muito tarde para a música. Disse-lhes qual tinha sido a causa de seu atraso, e um deles lhe replicou: "Bem, você perdeu a música." "Sim," respondeu Herbert, "mas ouvirei cantos à meia-noite." Tinha a satisfação de ter feito o que se espera de um cristão.

Godfrey Winn nos conta de um homem que era o cirurgião plástico mais importante da Grã-Bretanha. Durante a Segunda Guerra Mundial

abandonou seu trabalho como profissional independente, que lhe rendia uma renda anual de 25:000 dólares, para dedicar todo o seu tempo à cirurgia plástica dos rostos de pilotos de aviões queimados e mutilados

em combate. Winn lhe perguntou: "Qual é sua maior ambição, Mac?" O médico lhe respondeu: "Chegar a ser um bom artesão." Os 25:1, Mt 6:5,

16). Seria melhor traduzir: "Já receberam a totalidade de seu

pagamento." No original se utiliza o verbo grego apechein que significa, na terminologia técnica dos negócios, receber a totalidade do pagamento. Era a palavra que se escrevia nas faturas uma vez que já se efetuou o pagamento correspondente. Por exemplo, se alguém recebia uma soma e dava um recibo provavelmente dissesse: "Recebi apecho de Fulano o aluguel pela prensa de azeitonas que me aluga." O coletor de impostos assinava recibos dizendo: "Recebi apecho de Zutano a taxa impositiva que devia." Se alguém vendia um escravo, entregava ao comprador um recibo estabelecendo: "Recebi apecho a totalidade do preço convencionado."

Jesus, portanto, quer dizer o seguinte: "Se você der esmolas para demonstrar

sua

generosidade,

você

obterá

a

admiração

de

seus

semelhantes – mas isso é tudo o que você receberá como recompensa. Se você ora para esfregar sua piedade na cara de outros, você obterá a

reputação de ser um homem extraordinariamente religioso – mas isso será tudo o que você receberá. Esse será seu pagamento. Se você jejua para que todos saibam que você está jejuando, você receberá a fama de

ser todo um asceta – mas isso é tudo que você conseguirá. Esse será seu pagamento."

Em outras palavras, Jesus está dizendo: "Se seu único fim é obter as

recompensas que o mundo pode dar, não há dúvida de que o conseguirá

  1. mas então não deve esperar as recompensas que somente Deus pode dar." E seria singularmente cega a criatura disposta a apegar-se às recompensas temporárias, enquanto deixa escapar as recompensas da

eternidade.

A MANEIRA ERRADA DE DAR

Mateus 6:2-4

Para o judeu a esmola era o mais sagrado de todos os deveres religiosos. Até onde era considerada uma obrigação de primeiríssima

importância pode deduzir-se do uso que faziam do termo esmola –

tzedakah – para denotar também um conceito tão fundamental como justiça. Dar esmola e ser justo eram uma e a mesma coisa. Dar esmola era ganhar méritos ante Deus, e podia inclusive significar a expiação e o perdão pelos pecados cometidos no passado. "Melhor é dar esmola que acumular tesouros, pois a esmola livra da morte e poda de tudo pecado" (Tobias 12:8).

"A piedade com o Pai não será lançado ao esquecimento. E em vez do castigo pelos pecados terá prosperidade. No dia da tribulação, o Senhor se lembrará de ti, e como se derrete o gelo em dia quente, assim se derreterão os teus pecados." (Eclesiástico Mt 3:15). Somente quem for capaz pode estender o suficiente para cantar todo o seu louvor, mas ninguém pode". "Que as palavras do homem perante Deus sejam breves, tal como está escrito: 'Não te precipites com a tua boca, nem o teu

coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras' (Eclesiastes 5:1-2). A melhor adoração consiste em guardar

silêncio." É muito fácil contundir a verbosidade com a devoção, e nesse engano caíam muitos dos judeus.

A MANEIRA ERRADA DE ORAR

Mateus 8:5-8 (continuação)

  1. Havia outras formas de repetição que os judeus, como todos os

povos orientais, sentiam-se inclinados a utilizar e às vezes em demasia. Os povos orientais têm o costume de hipnotizar-se a si mesmos mediante a repetição interminável de uma frase ou até de uma palavra. Em 1Rs 18:261Rs 18:26 lemos como os profetas do Baal gritavam: "Baal, responde-nos!", e o fizeram durante toda a metade de um dia. Em At 19:34 lemos como a multidão de Éfeso gritou durante quase duas horas: "Grande é Diana dos efésios". Os muçulmanos podem estar muitas horas repetindo a sílaba sagrada HEI, enquanto correm descrevendo círculos, até que finalmente entram em êxtase e caem, inconscientes, totalmente exaustos. Os judeus faziam o mesmo com o Shema. Trata-se da substituição da autêntica oração pelo auto-hipnotismo.

A oração judia usava outra forma de repetição: Ao dirigir-se a Deus em oração procurava-se acumular todos os adjetivos e títulos possíveis

atribuíveis ao Senhor. Há uma oração famosa que começa dizendo:

"Bendito, louvado, glorificado, exaltado, enaltecido e honrado, engrandecido e louvado seja o nome do Santo." Há outra oração judia que começa atribuindo dezesseis adjetivos a Deus. Era uma espécie de embriaguez de palavras. Quando se começa a pensar mais em como se está orando que no que se está comunicando a Deus, a oração morre nos lábios e se converte em vã retórica.

  1. O último defeito que Jesus achava em alguns dos judeus, era que oravam para serem vistos pelos homens. O sistema de oração judia

fazia com que a ostentação fosse muito fácil. Os judeus oravam de pé, com os braços estendidos para cima, as palmas das mãos abertas para o céu e a cabeça agachada. A oração devia fazer-se às nove da manhã, às

doze e às três da tarde. Devia orar-se, chegada a hora, em qualquer lugar onde o judeu piedoso se encontrasse, e era muito fácil para aquele que desejava ostentar sua religiosidade estar, a essas horas, em alguma rua

central, ou em uma praça cheia de gente.

Era possível que qualquer vaidoso ficasse de pé na escalinata da sinagoga, e estendendo seus braços orasse longamente, para demonstrar

sua fidelidade ao preceito divino. Era muito fácil fingir piedade quando outros estavam olhando. O mais sábio de todos os rabinos judeus compreendeu perfeitamente bem este perigo, e condenou sem rodeios a

atitude hipócrita dos que oravam para serem vistos pelos homens: "O homem que está cheio de hipocrisia atrai a ira de Deus sobre o mundo, e sua oração jamais será ouvida." "Há quatro classes de homens que não recebem a face da glória de Deus – os zombadores, os hipócritas, os

mentirosos e os caluniadores."

Os rabinos diziam que era impossível orar se o coração não estava em atitude de oração. Estabeleciam que para uma autêntica oração era

necessária pelo menos uma hora de preparação silenciosa e particular, e uma hora de meditação depois. Mas o sistema judeu de oração se prestava à ostentação e a hipocrisia, quando o coração do homem estava

cheio de vaidade.

Jesus estabelece dois grandes regras para a oração:

  1. Insiste em que toda autêntica oração deve ser oferecida a Deus. A falha das orações dos judeus que Jesus criticava era que estavam dirigidas aos homens e não a Deus. Certo pregador popular em Boston, falando de uma oração que alguém ofereceu em sua igreja, descrevia-a como "a oração mais eloqüente que jamais se ofereceu ante o público de Boston". Quem tinha feito essa oração, é obvio, deve ter estado muito mais interessado em impressionar a congregação que em alcançar o trono da graça divina. Seja na oração pública ou na particular, o crente não deveria ter outro desejo, nem outra preocupação, que o querer de todo o coração ser ouvido por Deus.
  2. Insiste na afirmação de que sempre devemos recordar que o Deus a quem oramos é um Deus de amor, que está mais disposto a nos

ouvir do que nós a orar. Não é necessário extrair pela força os dons de sua graça. Não nos chegamos até um Deus que precisa ser coagido a nos

dar o que lhe pedimos. Vamos a alguém cujo principal desejo é dar. Quando lembramos disso, é suficiente que ao orar nosso coração exale o suspiro do desejo, e que nossos lábios pronunciem as palavras "Seja feita

a Tua vontade."

A ORAÇÃO DO DISCÍPULO

Mateus 6:9-15

Antes de começar o exame detalhado do Pai Nosso, será conveniente que recordemos algumas questões gerais.

Devemos assinalar, acima de tudo, que esta é uma oração que Jesus ensinou a seus discípulos. Mateus localiza a totalidade do Sermão da Montanha no contexto social da comunidade dos discípulos (Mateus

Mt 5:1), e Lucas diz que Jesus ensinou esta oração em resposta ao pedido de um de seus discípulos (Lc 11:1). A primeira coisa que devemos recordar sobre o Pai Nosso é que somente um discípulo de Jesus Cristo pode repetir significativamente suas palavras. O Pai Nosso não é uma

oração para meninos, como muitos a consideram hoje em dia, porque

para o menino carece de sentido. O Pai Nosso não é a oração devocional da família, como às vezes a entende, a menos que quando dizemos "família" entendamos a família da Igreja. O Pai Nosso é especifica e definitivamente a oração do discípulo. Para dizê-lo de outra maneira, somente se pode orar o Pai Nosso quando aquele que ora, usando suas palavras, sabe o significado do que está dizendo, e ninguém pode sabê-lo a menos que haja ingressado no discipulado cristão.

Devemos, em segundo lugar, tomar nota da ordem das petições do Pai Nosso. As primeiras três têm que ver com Deus e com a glória de

Deus; as últimas petições (três também) têm que ver conosco e nossas necessidades. Quer dizer, Deus recebe, em primeiro lugar, o lugar

supremo, e só então nos voltamos para nossas necessidades e desejos. Somente quando se dá a Deus seu lugar próprio todo o resto passa a ocupar o lugar que lhe corresponde. A oração nunca deve ser um intento

de mudar a vontade de Deus para adequá-la aos nossos desejos. A oração, quando é autêntica, sempre é um intento de submeter nossa vontade à vontade de Deus.

A segunda parte de nossa oração, que se ocupa com as nossas necessidades e carências, é uma unidade obtida de maneira maravilhosa. Ocupa-se das três necessidades essenciais do ser humano, e das três

esferas do tempo nas quais o homem se move. Em primeiro lugar, pede pão, ou seja aquilo que se necessita para o sustento material da vida, elevando ao trono de Deus, deste modo, as necessidades do presente. Em segundo lugar, pede perdão, pondo deste modo o passado ante os olhos

de Deus, e da graça perdoadora do Pai. Em terceiro lugar, pede ajuda nas tentações, colocando assim o futuro nas mãos de Deus. Nestas três breves petições nos ensina a colocar o presente, o passado e o futuro ao

pé do trono da graça divina.

Mas esta oração tão cuidadosamente elaborada não somente coloca a totalidade da vida humana ante a misericórdia divina; também procura

trazer a totalidade de Deus a nossas vidas. Quando pedimos pão para o sustento de nossas vidas terrestres, este pensamento imediatamente

dirigirá a Deus o Pai, Criador e Sustentador da vida. Quando pedimos perdão, esta petição imediatamente leva nossos pensamentos a Deus o Filho, Jesus Cristo, o Salvador e Redentor. Quando pedimos ajuda nas tentações futuras, essa solicitude imediatamente nos leva a pensar em Deus o Espírito Santo, o Consolador, Fortalecedor, Iluminador, Guia e Guardião de nosso caminho.

Do modo mais maravilhoso esta breve segunda parte do Pai Nosso toma o presente, o passado e o futuro do homem e os oferece a Deus, o

Pai, e o Filho, e o Espírito Santo, a Deus em sua plenitude. No Pai Nosso Jesus nos ensina a levar a totalidade de nossa vida a Deus em sua totalidade, e a trazer Deus, em sua totalidade, Pai, Filho e Espírito Santo,

à totalidade de nossas vidas.

O PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS

Mt 6:9

Pode-se muito bem dizer que a palavra Pai, referida a Deus, é um resumo compacto do conteúdo da fé cristã. O grande valor desta palavra,

Pai, é que organiza a totalidade das relações desta vida.

  1. Organiza

    nossas

    relações

    com

    o

    mundo

    invisível.

    Os missionários dizem que um dos grandes alívios que o cristianismo leva

aos pagãos é a certeza de que há somente um Deus. Eles acreditam que existem multidões de deuses, que cada correnteza ou rio, cada árvore ou vale, cada montanha ou bosque, cada força da natureza tem seu próprio

deus. O pagão vive em um mundo superpovoado de deuses. Estes, além disso, são ciumentos, egoístas e hostis. Constantemente devem ser aplacados, e o adorador nunca pode estar seguro de ter honrado a todos.

A conseqüência é que o pagão vive no terror dos deuses; sua religião não o ajuda, mas sim o acossa.

A lenda mais significativa da mitologia grega é a do Prometeu. Prometeu era um deus. A história se desenvolve quando o homem ainda

não possuía o fogo. Em sua misericórdia, Prometeu roubou o fogo do

céu e o deu aos homens. Sem fogo a vida era triste e extremamente incômoda. Zeus, o rei dos deuses, zangou-se muitíssimo ao saber que os homens tinham recebido o dom do fogo. Aprisionou Prometeu, e o encadeou a uma rocha no meio do Mar Adriático, onde o calor e a sede o torturavam durante o dia, e o frio durante a noite.

Mais ainda, Zeus preparou um ave de rapina para que comesse constantemente o fígado do Prometeu, que sempre voltava a crescer, para que o ave de rapina pudesse voltar a torturá-lo, comendo-lhe outra

vez. Isso é o que ocorreu com o deus que buscou ajudar aos homens.

A concepção geral dos deuses entre os pagãos, pinta-os como seres ciumentos, vingativos e egoístas; a última coisa que ocorreria a um deus

pagão seria ajudar os homens. Essa é a concepção pagã da atitude que se pode esperar do mundo invisível com respeito ao mundo dos homens. O pagão se sente acossado por uma multidão de deuses ciumentos e

egoístas.

Por isso, quando descobrimos que o Deus a quem dirigimos nossa oração tem o nome e o coração de um Pai, a coisa muda totalmente. Já

não precisamos tremer de medo ante uma horda de deuses iracundos; podemos descansar no amor de um pai.

  1. Organiza nossas relações com o mundo visível, este mundo do

tempo e o espaço em que vivemos. É muito fácil conceber este mundo como uma realidade hostil. Temos as oportunidades e as mutações da vida, temos as leis de ferro do universo que somente podemos transgredir por nosso próprio risco; temos o sofrimento e a morte; mas podemos estar seguros de que por detrás deste mundo não há uma deidade caprichosa egoísta, zombadora, mas sim um Deus cujo nome é Pai, embora muito dele continua desconhecido, é suportável para nós, porque no fundo de todas as coisas está o amor. Sempre nos ajudará conceber este mundo como um todo organizado, nem tanto para nossa comodidade como para nossa formação.

Tomemos, por exemplo, a dor. A dor poderá parecer algo mau, negativo, mas tem o seu lugar dentro da ordem estabelecida por Deus.

Ocorre, às vezes, que alguém está constituído de maneira tão anormal que é incapaz de experimentar dor. Tal pessoa é um perigo para si mesmo e um problema para todos outros. Se não existisse a dor, nunca saberíamos quando estamos doentes, e provavelmente morreríamos antes que pudessem tomar-se medidas para nos curar. Isto não quer dizer que o mal não possa transformar-se em algo negativo, mau; significa que muitas vezes, talvez a maioria das vezes, que a dor é a luz vermelha que Deus acende para nos advertir que um perigo nos ameaça.

Lessing declara que se tivesse a oportunidade de fazer uma única pergunta à Esfinge, seria esta: "Vivemos em um universo amigável?" Se podemos estar seguros de que o nome do Deus que criou o universo é Pai, também podemos estar seguros de que, fundamentalmente, o universo é amigável. Chamar Pai a Deus é organizar nossas relações com o mundo no que vivemos.

O PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS

Mt 8:9 (continuação)

  1. Se cremos que Deus é nosso Pai, organizam-se nossas relações com o próximo. Se Deus for Pai, é o Pai de todos os homens. O Pai Nosso não nos ensina a dizer meu Pai; obriga-nos a dizer "Nosso pai". É

significativo que no Pai Nosso não apareçam as palavras "eu", "meu", ou "meu". Isto nos autoriza a dizer que Jesus veio para eliminar estas palavras da vida, substituindo-as por "nós" e "nosso". Deus não é posse

exclusiva de nenhum homem. A expressão "Nosso pai" elimina o eu egoísta, A paternidade de Deus é a única base possível da fraternidade de todos os homens.

  1. Se cremos que Deus é nosso Pai, organizam-se nossas relações conosco mesmos. Há momentos na vida em que todos nos odiamos e desprezamos a nós mesmos. Sabemos que estamos por debaixo até das coisas mais asquerosas que se arrastam sobre a Terra. O coração conhece

suas próprias amarguras, e ninguém conhece nossa indignidade melhor que nós mesmos.

Mark Rutherford queria acrescentar uma nova bem-aventurança: "Bem-aventurados os que nos curam do desprezo que sentimos por nós

mesmos." "Bem-aventurados os que nos devolvem o respeito por nós mesmos e nossa auto-estima." Isto é precisamente o que Deus faz . Nos momentos mais negros, terríveis e áridos de nossa vida, sempre podemos lembrar que, embora ninguém se importa conosco, Deus nos ama; que na

infinita misericórdia de Deus somos de linhagem real, filhos do Rei dos Reis.

  1. Se cremos que Deus é nosso Pai, organizam-se nossas relações

com Deus. Não se trata de eliminar a majestade, o poder ou a glória divinos, mas de fazer com que estes atributos divinos não impeçam que nos aproximemos dEle.

Uma história da antiga Roma conta como um imperador celebrou um triunfo. Desfrutava do privilégio que Roma concedia somente a seus mais ilustres paladinos de partir com suas tropas através das ruas da

cidade, levando em seu séquito os troféus de suas vitórias guerreiras e os soberanos inimigos, agora convertidos em escravos deles. De modo que nesta celebração se encontrava o imperador, e as ruas estavam repletas

de uma vitoriosa multidão. Os altos e robustos legionários estavam formados em duas filas paralelas ao longo das ruas, para manter o povo em seu lugar.

Em um lugar da rota triunfal, havia um estrado onde a imperatriz e

a família imperial se instalaram para presenciar o desfile. Sobre a plataforma, junto à sua mãe, estava o filho mais novo do imperador, que era apenas um menino. Quando o imperador se aproximou desse lugar o menino saltou do estrado, abriu caminho entre a multidão, e procurou atravessar a fila de legionários, passando entre suas pernas, para sair ao encontro do carro de seu pai.

Um dos legionários se agachou e o deteve. levantou-o nos braços, e lhe disse: "Você por acaso não sabe, garoto, quem é que vem nesse

carro? É o imperador, você não pode ir correndo até ele." E o pequeno lhe respondeu rindo: "Será seu imperador, mas é meu pai."

Este é exatamente o sentimento do cristão com respeito a Deus. O poder, a majestade e a glória de Deus são o poder, a majestade e a glória

de alguém a quem Jesus nos ensinou a chamar "Nosso pai".

O PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS

Mt 6:9 (continuação)

Até aqui estivemos pensando nas duas primeiras palavras desta invocação de Deus: "nosso pai". Mas Deus não é somente nosso Pai, mas

sim nosso Pai que está nos céus. As últimas palavras são de importância primitiva. Encerram duas grandes verdades.

  1. Lembram-nos da santidade de Deus. É muito fácil baratear e sentimentalizar a idéia da paternidade de Deus, convindo-a na desculpa

de uma religião fácil e pouco exigente. "É um bom tipo, e tudo sairá bem." Tal como diria Heine com respeito a Deus: "Deus perdoará, é seu trabalho." Se disséssemos "Nosso pai..." e nos detivéssemos aí,

possivelmente poderíamos ter uma boa desculpa para pensar dessa maneira. Mas o Deus a quem oramos é nosso Pai que está nos céus. É um Deus de amor, certo, mas também é um Deus santo.

Uma das coisas extraordinárias é a pouca freqüência com que Jesus usou o nome Pai para referir-se a Deus. O evangelho de Marcos é o mais antigo dos quatro evangelhos, e provavelmente constitui a fonte mais

próxima da vida de Jesus de que jamais disporemos, como testemunho de tudo o que Ele fez ou disse. No evangelho de Marcos Jesus chama a Deus de Pai apenas seis vezes, e nunca fora do círculo de seus discípulos

mais íntimos. Para Jesus a palavra Pai era tão sagrada que tão só se atrevia a usá-la, exceto entre quem possuía os elementos de julgamento necessários para captar a plenitude de seu significado. Nunca devemos usar a palavra Pai para nos referir a Deus se tivermos que fazê-lo de

maneira mutável, fácil e sentimental. Este Deus, a quem nós chamamos

Pai, não é um progenitor abrandado, que fecha tolerantemente os olhos para não ver nossas faltas e enganos. Este Deus, a quem chamamos Pai, é o Deus a quem devemos nos aproximar com reverência e adoração, com temor e admiração. Deus é nosso Pai que está nos céus, e nele se combinam o amor e a santidade.

  1. Estas palavras nos lembram do poder de Deus. No amor humano muito freqüentemente experimentamos a tragédia da frustração. Podemos amar a uma pessoa e entretanto ser impotentes para ajudá-lo a

alcançar algo, ou impedi-lo de fazer algo. O amor humano pode ser muito intenso – mas muito impotente. Todo pai cujo filho tomou um mau caminho sabe disso como também sabe disso todo namorado cuja

amada não retribui seus sentimentos e vice-versa. Mas quando dizemos Pai nosso que estás nos céus colocamos duas coisas uma junto à outra. Colocamos lado a lado o amor de Deus e o poder de Deus. Estamos-nos

dizendo que o poder de Deus sempre age motivado por seu amor, e que jamais terá que exercer-se para nada que não seja nosso próprio bem. E nos estamos dizendo que o amor de Deus sempre vai respaldado por seu

poder, e que portanto seus propósitos nunca podem ser finalmente frustrados ou derrotados.

Quando oramos dizendo Pai nosso que estás nos céus devemos

sempre ter presente a santidade de Deus, e sempre lembrar do seu poder que manifesta os impulsos de seu amor, e seu amor, respaldado sempre pelo invencível poder de Deus.

A SANTIFICAÇÃO DO NOME

Mt 6:9 (continuação)

"Santificado seja o teu nome" – é provável que entre todas as petições do Pai Nosso esta seja a que possui um significado mais difícil de expressar em outras palavras. Se nos fosse perguntado o que significa, concretamente, esta petição, muito poucos achariam fácil dar uma

resposta direta. Em primeiro lugar, então, nos concentremos no significado das palavras:

A palavra que se traduz santificado pertence a um verbo grego relacionado com o adjetivo hagios, no mesmo idioma, e que significa

tratar a uma pessoa ou coisa como santa. Mas o significado fundamental de santo é diferente ou separado. Uma coisa santa (hagios) é diferente de outras coisas. A pessoa santa (hagios) é a que está separada do resto de seus semelhantes. Por isso um templo é santo, por

ser diferente de outros edifícios. O altar é santo porque existe para um propósito diferente ao de outras coisas comuns. O dia do Senhor é santo porque é diferente de outros dias. Um sacerdote é santo, porque está

separado de outros homens. Portanto, esta petição significa: "Que o nome de Deus seja tratado de maneira diferente de todos os outros nomes, que lhe seja dada uma posição absolutamente única entre todos

os nomes."

Mas há algo mais a acrescentar. Entre os hebreus o nome não é somente um vocábulo que se pode utilizar para denominar a uma pessoa

  1. João ou Tiago, ou qualquer outro que seja. Entre os hebreus o nome significa, além disso, e fundamentalmente, a natureza, o caráter, a personalidade do indivíduo, na medida em que estes nos são conhecidos

ou revelados. Compreenderemos isto claramente ao ver como os escritores bíblicos usavam a palavra nome. O salmista diz: "Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome" (Sl 9:10).

Isto não significa, evidentemente, que confiarão em Deus quem

saiba que seu nome é Jeová. Significa que quem saiba como é Deus, quem conheça sua natureza e caráter, porão sua confiança nEle. O salmista diz: "Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus" (Sl 20:7). É óbvio que aqui não se diz que nos tempos de dificuldade o salmista recordará que o nome de Deus é Jeová. Significa que em tais momentos alguns porão sua confiança nos recursos e nas ajudas materiais ou humanas, mas o salmista recordará a natureza e o caráter de Deus, e

confiará nEle. Recordará como é Deus, e essa lembrança lhe inspirará confiança.

Reunamos, agora, estas duas coisas, fazendo de ambas uma só. "Santificar" significa considerar diferente, outorgar um lugar único,

especial. O nome é a natureza, o caráter de uma pessoa, na medida em que chegamos a conhecê-la. Portanto, quando dizemos "Santificado seja o teu nome", queremos significar "faze-nos capazes de dar a Ti o lugar único que Tua natureza e caráter merecem e exigem." A petição que

elevamos a Deus é para que Ele nos capacite a lhe dar o lugar único que por sua natureza deve ocupar.

A ORAÇÃO EM QUE PEDIMOS PARA SERMOS REVERENTES

Mt 6:9 (continuação)

Existe, pois, uma palavra que resuma o significado desta petição de

reconhecimento que a natureza de Deus nos impõe? Sem dúvida existe, é a palavra reverência. Esta petição consiste em pedir a Deus que nos faça reverentes para que possamos reverenciá-lo tal como Ele merece. Há quatro elementos essenciais de toda verdadeira reverência para com Deus:

  1. Para reverenciar a Deus devemos acreditar que Ele existe. Não podemos reverenciar a alguém que não existe. Devemos começar

estando seguros da existência de Deus. É estranho, para a mentalidade moderna, que em nenhum lugar da Bíblia tente demonstrar a existência

de Deus. Para a Bíblia Deus é um axioma. Um axioma é uma verdade evidente por si mesmo que não precisa ser demonstrada, mas sim constitui o fundamento de outras demonstrações.

Por exemplo, uma linha reta é a distância mais curta entre dois pontos. As paralelas, por mais que se prolonguem, nunca se encontram. Estes são axiomas geométricos. Os escritores bíblicos teriam dito que era inútil demonstrar a existência de Deus, porque Deus formava parte de

sua experiência cotidiana. Teriam dito que era tão desnecessário que um

homem demonstrasse a existência de Deus quanto demonstrasse a existência de sua esposa. Encontra-se com ela todos os dias, e se encontra com Deus todos os dias.

Mas suponhamos que precisássemos demonstrar que Deus existe. A única ferramenta de que dispomos para tal tarefa é nossa mente humana.

Por onde começaríamos? Poderíamos começar a partir do mundo em que vivemos. O antigo raciocínio de Paley ainda não perdeu de todo sua atualidade. Suponhamos que alguém está caminhando por um atalho. De

repente tropeça com um relógio que está entre o pó. Nunca antes em sua vida viu um relógio; não sabe o que é. Recolhe-o, percebe que consiste de uma caixa metálica, e que no interior dessa caixa há uma complicada

estrutura de rodas, balancins, alavancas, molas e rubis. Vê que esse conjunto de peças se move de maneira extremamente organizada. Olhando a caixa pelo outro lado, percebe que os ponteiros do relógio

também se movem, e que o fazem segundo um esquema predeterminado.

O que dirá, então? Dirá: "Todos estes pedacinhos de metal e pedras preciosas se reuniram aqui, dentro desta caixa, por pura casualidade, e

por pura casualidade também se converteram chocando-se em rodinhas e alavancas e molas, por acaso se reuniram para formar este mecanismo, e por acaso, do mesmo modo, se puseram a funcionar"? Não. O mais

provável é que diga: "Achei um relógio, em algum lugar deve haver um relojoeiro."

A ordem pressupõe uma mente ordenadora. Se olharmos o universo contemplamos uma vasta maquinaria que funciona ordenadamente. O

Sol sai e permanece com invariável regularidade. As marés sobem e baixam segundo um programa preestabelecido. As estações se seguem, em uma sucessão ordenada. Olhando ao universo, estamos obrigados a

afirmar: "Em algum lugar deve haver um construtor de universos." A realidade do universo conduz a Deus. Tal como o afirmou Sir James Jeans, "Nenhum astrônomo pode ser ateu." A ordem do universo exige o

respaldo da inteligência divina.

Também podemos começar a partir de nós mesmos. A única coisa que o homem jamais conseguiu criar é a vida. O homem pode alterar e reordenar e mudar as coisas, mas não pode fabricar um ser vivo. De onde, então, tiramos nossa vida? De nossos pais. Sim, mas de onde a tiraram nossos pais? Dos seus. Mas onde começou tudo? Em algum momento a vida deve ter aparecido sobre a Terra, e ter vindo de fora do mundo, porque o homem não pode criar a vida. E novamente somos levados até Deus.

Quando olhamos a nós mesmos, e quando olhamos o universo, somos levados a Deus. Kant disse há muito tempo: "A lei moral, em nosso interior, e o céu estrelado, fora de nós, conduzem a Deus."

  1. Antes de poder reverenciar a Deus não somente devemos crer Ele que existe, mas devemos saber que tipo de Deus se trata. Ninguém poderia reverenciar os deuses gregos, com seus amores e suas guerras,

seus ódios e seus adultérios, seus enganos e picardias. Ninguém pode reverenciar deuses imorais, caprichosos, impuros. Mas em Deus, tal como nós o conhecemos, há três grandes qualidades: Há santidade, há

justiça e há amor. Devemos reverenciar a Deus não somente porque Ele existe, mas porque é o tipo de Deus que nós conhecemos.

  1. Contudo, se pode saber que Deus existe, e se pode estar

convencido intelectualmente de que Deus é santo, justo e puro amor, e mesmo assim não experimentar reverência. Para que haja reverência deve haver uma permanente percepção da realidade de Deus. Reverenciar a Deus significa viver em um mundo que está cheio de Deus, viver de tal maneira que nunca seja possível esquecer-se dEle. Esta consciência permanente da realidade de Deus certamente não está confinada à igreja ou os assim chamados lugares santos. Deve ser uma consciência que aja sempre, e em qualquer lugar.

Deus no beco de um bairro, Deus em um parque, Deus no quiosque de peixe frito. Isto é reverência. O problema de muitos é que

experimentam a presença de Deus de maneira espasmódica. Em certos

lugares e momentos é intensa, em outros brilha por sua ausência. A reverência é estar constantemente conscientes da presença de Deus.

  1. Resta um quarto ingrediente da reverência. Devemos crer que Deus existe; devemos saber que tipo de Deus é; devemos ser conscientes

todo o tempo de sua presença. Mas é possível ter todas estas coisas e não experimentar reverência. A todas estas coisas devemos acrescentar a submissão e a obediência a Deus. Reverência é conhecimento mais obediência.

Em seu catecismo Lutero pergunta: "Como é santificado entre nós o nome de Deus?" E sua resposta é: "Quando tanto nossa vida como nossa doutrina são verdadeiramente cristãs", quer dizer, quando nossas

convicções intelectuais e nossas ações práticas são a expressão de uma submissão total à vontade de Deus.

Saber que Deus existe, saber que tipo de Deus é, ser constantemente

conscientes de sua presença e obedecê-Lo em todo o tempo – isto é reverência. Pelo menos é por isso que oramos ao dizermos: "Santificado seja o Teu nome."

Receba Deus a reverência que sua natureza e caráter merecem.

O REINO DE DEUS E SUA VONTADE

Mt 6:10

A frase o Reino de Deus é característica do Novo Testamento. Não há outra expressão que se use com mais freqüência na oração, na

pregação e na literatura cristãs. Portanto, é de primordial importância que tenhamos bem claro qual é o seu significado.

É bem evidente que o Reino de Deus ocupava uma posição central

na mensagem de Jesus. A primeira aparição de Jesus no cenário da história é quando Ele vai a Galiléia pregando as boas novas do Reino de Deus (Mc 1:14). Jesus mesmo descreveu a pregação do Reino como uma obrigação que lhe tinha sido imposta: "É necessário que também a outras cidades anuncie o evangelho do Reino de Deus, porque para isto

fui enviado" (Lc 4:43; Mc 1:38). Segundo a descrição da atividade de Jesus que Lucas nos oferece, Jesus dedicava todo seu tempo percorrendo as cidades e povoados, pregando e pondo de manifesto as boas novas do Reino de Deus (Lc 8:1). Evidentemente o significado da expressão "o Reino de Deus" ou "dos céus" é algo que devemos procurar compreender.

Quando tentamos fazê-lo, tropeçamos imediatamente com alguns fatos que dificultam a compreensão e despertam nossa curiosidade. Jesus

falou do Reino de três maneiras diferentes. Falou do Reino que existia no passado. Disse que Abraão, Isaque, Jacó e os profetas estavam no Reino (Lc 13:28; Mt 8:11). É evidente, a partir desta informação, que o

Reino existia em uma época muito remota do passado. Também disse que o Reino era uma realidade presente. "o reino de Deus está", disse, "dentro de vós" (ou possivelmente seja "no meio de vós") (Lc 17:21).

O Reino de Deus, portanto, é uma realidade presente, aqui e agora. Mas também disse que o Reino se daria no futuro, porque ensinou a seus discípulos a orar pedindo que viesse o Reino, nesta, sua própria oração.

Como é possível que o Reino seja uma realidade passada, presente e futura,

ao mesmo tempo? Como pode ser que o Reino seja simultaneamente algo do passado, um fato presente e algo pelo que

devemos orar, para que venha, no futuro?

Encontraremos a chave deste problema nesta dupla petição do Pai Nosso. Uma das características mais comuns do estilo poético hebreu é o que tecnicamente se conhece como paralelismo. Os hebreus tendiam a

dizer todas as coisas duas vezes. Diziam algo de uma maneira, e imediatamente depois voltavam a dizer o mesmo de outra maneira, que interpretava, ampliava ou simplesmente repetia o que haviam dito

primeiro. Quase todos os versículos dos salmos poderiam servir como exemplos desta modalidade. Em geral estão divididos pela metade, e a segunda metade amplia, explica ou repete a idéia da primeira metade.

Vejamos alguns exemplos, que esclarecerão isto:

"Deus é nosso refúgio e fortaleza

auxílio presente nas tribulações." (Sl 46:1).

"O Senhor dos Exércitos está conosco – O Deus de Jacó é o nosso refúgio." (Sl 46:7).

"O Senhor é o meu pastor – Nada me faltará" (Sl 23:1). "Em lugares de delicados pastos me fará descansar – junto a águas de repouso me pastoreará" (Sl 23:2).

Apliquemos este principio às duas petições do Pai Nosso que estamos examinando. as coloquemos em uma mesma linha, lado a lado:

"Venha o teu Reino – Seja feita a tua vontade assim na terra, como no céu."

Suponhamos que a segunda petição explica, amplia e define a primeira. Temos então a definição perfeita do Reino de Deus: O Reino de Deus é uma sociedade, na Terra, onde a vontade de Deus se faz de maneira tão perfeita como no céu. Aqui temos a explicação de como o Reino pode ser uma realidade passada, presente e também futura, ao mesmo tempo. Todo aquele que obedeça de maneira perfeita a vontade de Deus está dentro do Reino. Mas desde que o mundo dista muito de ser um lugar onde a vontade de Deus se faça de maneira perfeita e universal, a consumação do Reino é ainda um fato futuro, algo pelo que devemos orar.

Estar no Reino é obedecer a vontade de Deus. Imediatamente percebemos que o Reino de Deus não tem que ver primordialmente com as nações, os reino e os países deste mundo. É algo que tem que ver com cada um de nós. O Reino é o mais pessoal que há sobre a Terra. O Reino exige a submissão de minha vontade, de meu coração, de minha vida. Só quando cada um de nós tomou a decisão pessoal de submeter-se à vontade de Deus, vem o Reino.

Os cristãos chineses repetiam freqüentemente uma oração que chegou a ser bem conhecida de muitos: "Senhor, reavive Tua Igreja.começando por mim." E poderíamos parafrasear estas palavras dizendo:

"Senhor, traz o Teu Reino, começando por mim." Orar pelo Reino de Deus é orar pela submissão total de nossa vontade à vontade de Deus.

O REINO DE DEUS E SUA VONTADE

Mt 6:10 (continuação)

A partir do que já vimos, damo-nos conta de que o mais importante de tudo é obedecer a vontade de Deus. As palavras mais importantes do

mundo são "Seja feita a Tua vontade". Mas também é evidente que a atitude e o tom de voz com que se digam estas palavras podem determinar, em grande medida, o significado que tenham para nós.

  1. A pessoa pode dizer: "Seja feita a Tua vontade" em um tom de derrotada resignação. Pode dizê-lo, não porque o deseje dizer, mas sim porque aceitou o fato iniludível de que não é possível dizer outra coisa. Pode dizê-lo por ter aceito que Deus é muito poderoso para se fazer

oposição a Ele e que é inútil dar cabaçadas contra as paredes do Universo. Pode dizê-lo pensando nada mais que no inescrutável poder de Deus que tem apanhado o homem. Pode-se aceitar a vontade de Deus

porque não resta outro remédio.

  1. A pessoa pode dizer "Seja feita a Tua vontade" em um tom de amargo ressentimento. Swinburne, o poeta inglês, dizia que os homens

sentem sobre suas costas o pisar dos pés de ferro de Deus. E falava do supremo mal, Deus; Beethoven morreu na mais absoluta solidão; e se conta que quando encontraram seu corpo seus lábios estavam crispados

em um gesto de ira, e seus punhos estavam fechados, como se tivesse querido sacudi-los perante o rosto de Deus e do céu. Pode-se pensar que Deus é o inimigo, mas um inimigo tão poderoso que é inútil resistir.

Pode-se aceitar a vontade de Deus, mas com amargo ressentimento e com ira consumidora.

  1. Mas também se pode dizer "Seja feita a Tua vontade" em perfeito amor e confiança. Pode-se dizer isso com alegria e disposição

favorável, seja qual for a vontade que assim se aceita. Deveria ser fácil

para o cristão dizer desta maneira "Seja feita a Tua vontade", porque o cristão pode estar bem seguro de duas coisas com respeito a Deus.

  1. Pode estar seguro da sabedoria de Deus. Às vezes, quando queremos fabricar ou construir algo, ou modificar ou reparar algo, vamos

ao artesão e o consultamos. Ele sugere o que terá que fazer, em geral terminamos dizendo: "Está bem. Faça como for melhor. Você é o especialista." Deus é o especialista em tudo o que concerne à vida, e sua guia nunca nos deixará separar-nos do caminho correto.

Quando Richard Cameron, que foi um dos líderes da reforma religiosa em Escócia, foi morto, um tal Murray lhe cortou a cabeça e as mãos e as levou a Edimburgo. "Estando seu pai no cárcere pela mesma

causa, e para acrescentar tristeza a suas preocupações, foram-lhe levados os membros amputados de seu filho, e lhe foi perguntado se os conhecia. Tomando a cabeça e as mãos de seu filho, que eram muito brancas

(sendo ele mesmo um homem de pele branquíssima) beijou-as e disse: Conheço-as, conheço-as. São de meu filho, de meu filho amado. É o Senhor. Boa é a vontade de Deus, que não pode me fazer mal a mim ou

aos meus, mas dispôs que a misericórdia e a graça nos sigam todos os dias de nossa vida'." Quando um homem puder falar deste modo, quando tem plena certeza de que seus dias estão nas mãos da infinita

sabedoria divina, é fácil dizer: "Seja feita a Tua vontade".

  1. Pode estar seguro do amor de Deus. Não acreditam em um deus zombador ou caprichoso, nem em um cego e férreo determinismo.

Thomas Hardy conclui sua novela Tess com palavras amargas: "O

Presidente dos imortais tinha terminado de divertir-se com o Tess." Nós acreditamos em um Deus cujo nome é amor.

Tal como o afirma o apóstolo Paulo: "Aquele que não poupou o seu

próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?" (Rm 8:32). Ninguém pode contemplar a cruz e duvidar do amor de Deus, e quando temos a certeza do amor de Deus, é fácil dizer: "Seja feita a Tua vontade."

NOSSO PÃO QUOTIDIANO

Mt 6:11

Poderia pensar-se que esta é a petição do Pai Nosso sobre cujo significado não haverá dúvida alguma. Aparentemente é a mais simples e

direta de todas. Mas a realidade é que distintos intérpretes ofereceram diversas interpretações destas palavras. Antes de pensar em seu significado mais direto e evidente examinemos algumas das outras

explicações propostas.

  1. O pão foi identificado com o pão da Santa Ceia. Desde época muito antiga a oração de Jesus esteve intimamente ligada com a Ceia.

Nas primeiros ordens de culto que possuímos se estabelece que o Pai Nosso deve orar-se durante a celebração da Santa Ceia, e alguns interpretaram que esta petição indica o desejo do crente de desfrutar quotidianamente do privilégio que significa participar da comunhão, e de

receber o pão espiritual que ali nos é oferecido.

  1. O pão foi identificado com o alimento espiritual da Palavra de Deus. Às vezes alguns cristãos cantam um hino que diz:

Parte o pão de vida, dêem-me isso Senhor,

tal como partiste o pão junto ao mar, Por trás da página santa,

busco a ti, Senhor, meu espírito te deseja,

Ó palavra viva.

De maneira que esta petição foi interpretada como uma petição pelo ensino correto, a verdadeira doutrina, a verdade essencial que estão nas Escrituras, a Palavra de Deus, e que são autenticamente pão para a mente, o coração e a alma do homem.

  1. Interpretou-se que o "pão" representa ao próprio Jesus Cristo. Jesus se denominou a si mesmo o pão de vida (João 6:33-35), e a petição

que roga pelo pão seria, então, o pedido de que diariamente possamos nos alimentar de Jesus, que é o pão vivo.

Esta petição, pois, foi interpretada como uma oração para que Jesus Cristo, o pão de vida, alegre e fortaleça nossas almas.

  1. Interpretou-se esta petição em um sentido puramente judeu. O pão seria, neste caso, o pão do reino dos céus. Lucas nos narra como um dos que viram passar a Jesus disse: "Bem-aventurado aquele que comer pão no reino de Deus" (Lc 14:15). Os judeus tinham uma idéia muito

estranha mas bem vívida. Sustentavam que quando viesse o Messias, e quando a idade dourada descesse sobre a Terra, haveria o que eles denominavam o Banquete Messiânico, no qual se sentariam a comer os

escolhidos de Deus. Os corpos destroçados dos monstros Beemote e Leviatã seriam o primeiro prato desse banquete. Seria como uma espécie de comilança de inauguração oferecida por Deus a seu povo. Segundo

este conceito, a petição que estamos estudando seria a de um lugar no Banquete Messiânico final que se ofereceria ao povo de Deus.

Embora não estamos obrigados a estar de acordo com nenhuma

destas interpretações como expressão do único significado da petição, tampouco é necessário rechaçá-las ou considerá-las equivocadas. Todas possuem alguma medida de verdade, e são de algum modo pertinentes.

A dificuldade na interpretação aumenta quando consultando os especialistas percebemos que o significado da palavra grega epiousios (que em uma versões se traduz "cada dia" e em outras "cotidiano") dista muito de possuir um significado unívoco. O fato fora do comum é que,

até há pouco tempo, a palavra não aparecia em nenhum dos textos gregos conhecidos.

Orígenes, um teólogo cristão do século III, conhecia este fato, e em

sua opinião Mateus teria inventado a palavra. Portanto era impossível saber exatamente o que significava. Mas faz alguns anos descobriu-se um fragmento de papiro, no qual aparecia a palavra. O papiro era uma lista de compras de um dona-de-casa. Junto a um dos termos dessa lista estava a palavra epiousios. A nota tinha o objeto de fazê-la lembrar a

necessidade de comprar um alimento em particular para esse mesmo dia. De modo que este é o significado, muito simples, da petição:

"Dê-me as coisas que necessitamos para comer hoje. Ajude-me a conseguir o que necessito quando for hoje ao mercado. Dê-me as coisas que necessitamos para comer quando os meninos voltem da escola e os homens voltem do trabalho. Faça com que nossa mesa não esteja vazia quando nos sentarmos hoje ao redor dela."

É uma oração muito singela, para que Deus nos supra das coisas que necessitamos cada dia de nossa vida.

NOSSO PÃO QUOTIDIANO

Mt 6:11 (continuação)

Quando advertimos que esta petição é simplesmente um rogo pelas necessidades materiais cotidianas, desprendem-se dela certas verdades de tremenda magnitude.

  1. Diz-nos que Deus tem interesse em nosso corpo. Jesus nos mostrou isso; dedicou muito de seu tempo à cura das enfermidades físicas dos homens de seu tempo, e satisfez a fome física de seus

seguidores, em várias oportunidades. Preocupou-se quando uma quantidade considerável de pessoas tinha saído a ouvi-lo pregar em um lugar solitário, e tendo estado todo o dia com Ele não tinham nada para

comer e seus lares estavam distantes. Faz-nos bem recordar que Deus está interessado em nosso corpo. Qualquer ensino que despreze, diminua ou denigra o corpo é mau. Podemos nos dar conta da importância que

Deus dá ao corpo, além disso, quando pensamos que Jesus Cristo, seu Filho, teve um corpo como o nosso. O cristianismo tem como meta não somente a salvação da alma, mas também a salvação do homem inteiro:

corpo, mente e espírito.

  1. Esta petição nos ensina a orar por nosso pão do dia presente. Ensina-nos a viver dia a dia, e não estar ansiosos pelo futuro distante e desconhecido. Quando Jesus ensinou a seus discípulos a orar nos termos

desta petição, não cabe dúvida de que sua mente evocava a situação dos judeus no deserto, durante o êxodo, quando diariamente recebiam o maná (Êxodo 16:1-21).

Os filhos de Israel morriam de fome no deserto e Deus lhes enviou o maná, o pão do céu; mas ao mesmo tempo lhes impôs uma condição –

somente recolheriam o que necessitavam para satisfazer suas necessidades mais imediatas. Se procuravam juntar mais do que o necessário, e guardá-lo, decompunha-se e deviam jogar fora. Deviam

satisfazer-se com o que necessitavam dia a dia. Como disse um rabino: "Cada dia a porção do dia, porque o Criador do dia também tinha criado o sustento de cada dia." E outro rabino declara: “Quem tem para comer

hoje e se pergunta ‘o que comerei amanhã?’, é um homem de pouca fé.”

Esta petição nos ensina a viver dia a dia. Proíbe a preocupação ansiosa que é tão característica da vida que não aprendeu a confiar em

Deus.

  1. Por implicação, esta cláusula do Pai Nosso dá a Deus o lugar que lhe corresponde. Admite que de Deus é de quem recebemos o

alimento necessário para manter a vida. Ninguém jamais conseguiu criar uma semente e fazê-la crescer. O cientista pode analisar a semente em suas partes constituintes, mas nenhuma semente sintética conseguirá

germinar jamais. Todas as coisas vivas provêm de Deus. O alimento que consumimos é um dom direto de Deus.

  1. Esta petição nos recorda, de maneira extremamente sábia, como opera a oração. Se alguém proferisse esta oração, e depois ficasse

sentado esperando que o pão lhe caísse do céu, certamente morreria de fome. A oração e o trabalho devem ir de mãos dadas, que quando oramos devemos nos pôr a trabalhar para que nossas orações se tornem

realidade. É certo que a semente viva é um dom de Deus, mas também o é que o homem deve semeá-la e cultivá-la.

Dick Sheppard contava freqüentemente certa história, muito cara a

seu coração. Havia um homem que tinha um campo. Com enorme trabalho, havia limpado as pedras de uma parcela desse campo, e a tinha

limpo de sujeiras, até que, semeando e cuidando a terra, conseguiu ter um belo jardim e um pomar. Um amigo dele, pessoa piedosa em extremo, disse-lhe um dia: "É maravilhoso o que Deus pode fazer em uma parcela de terra como esta, não é certo?" "Sim", disse o homem que tinha trabalhado tanto, "mas teria que ter visto esta parcela quando Deus fazia o trabalho sozinho."

A generosidade de Deus e o trabalho humano devem combinar-se. Quando dizemos as palavras desta petição estamos reconhecendo duas

verdades fundamentais: que sem Deus não podemos fazer nada, e que sem nosso esforço e cooperação Deus não pode fazer nada por nós.

  1. Deve notar-se que Jesus não nos ensina a dizer "o pão meu de

cada dia me dá hoje". Nossa oração deve ser: "o pão nosso de cada dia nos dá hoje." O problema do mundo não é que não haja suficiente para que alcance para todos; há bastante e de sobra.

Nos Estados Unidos os celeiros transbordam de cereais. No Brasil se queimava café nas locomotivas, quando não se sabia o que fazer com os excedentes. O problema não é a produção do essencial para a vida, a

mas a sua distribuição.

Esta oração nos ensina a não ser egoístas em nossas orações. É uma oração que nós podemos cumprir em parte, colaborando com Deus,

compartilhando o que nos sobra com aqueles que não têm. Esta oração não somente roga por que nós recebamos o que nos é necessário diariamente; também roga que sejamos capazes de compartilhar com outros o que recebemos.

O PERDÃO HUMANO E O DIVINO

Mt 6:12, 14-15

Antes de poder repetir esta petição, que forma parte do Pai Nosso, devemos nos dar conta da necessidade que temos de repeti-la. Quer dizer, antes de repetir estas palavras, devemos ser conscientes de nosso

pecado. A palavra "pecado" não é muito popular em nossos dias. A

maioria não quer ser tratada como pecadores merecedores do inferno. O problema é que a maioria tem um conceito equivocado do que significa ser pecador. Estariam perfeitamente de acordo em que o ladrão, o bêbado, o assassino, o adúltero, o blasfemo são pecadores; mas eles não são culpados de nenhum destes pecados; vivem decentemente, têm vidas respeitáveis, nunca foram levados ante os tribunais, nem foram encarcerados, nem apareceram na página de notícias policiais. Portanto, sentem que o pecado não tem muito a ver com eles.

No Novo Testamento há cinco palavras distintas que significam pecado.

  1. A palavra mais comum é hamartia. Este termo significava

originalmente errar o alvo. Não acertar o alvo era hamartia. Portanto,

pecado é não ser, o que deveríamos e tivéssemos podido ser.

Charles Lamb tem um retrato de um homem que se chamava Samuel Grice. Grice era um jovem extraordinário, que nunca pôde

realizar em sua vida o que seus dons extraordinárias prometiam. Lamb diz que em sua carreira houve três etapas: Uma época em que se dizia:

"Farei algo." Depois veio a época em que se dizia: "Farei algo, se eu quiser." E por fim se dizia: "Poderia ter feito algo, se tivesse querido."

Edwin Muir, em sua autobiografia, diz: "Depois de certa idade

todos nós, tanto os bons como os maus, somos assaltados pelo sentimento de ter tido poderes que nunca pusemos em prática: quer dizer, sentimos que não chegamos a ser o que poderíamos ter sido." Isso, exatamente, é hamartia, pecado; e esta é uma situação na qual todos nós participamos. Somos um marido, uma esposa, tão bom como poderíamos ser? Somos tão boa filha ou filho, como poderíamos ser? Somos tão bons operários ou patrões, como poderíamos ser? Existe alguém que se atreva a pretender que é tudo o que pôde ser, ou que tem feito tudo o que estava ao alcance de suas possibilidades?

Quando nos damos conta de que "pecado" significa não ter atingido o alvo, não ter chegado a ser tudo o que poderíamos ter sido, fica

evidente que todos somos pecadores.

  1. A segunda palavra que significa "pecado" é parabasis, que literalmente quer dizer "cruzar ao outro lado." Pecar é cruzar a linha que separa o bem do mal. Ficamos sempre do lado de cá da linha que separa a honestidade da desonestidade? É possível que não haja alguma vez em nós nem sequer o menor gesto, a menor atitude desonesta? Estamos sempre no lado correto da linha que separa a verdade da mentira? Alguma vez não temos, com palavra ou com nosso silêncio, distorcido embora seja um pouco, ou evitado em alguma medida a verdade? Estamos sempre bem localizados com respeito à linha divisória entre a amabilidade e a cortesia, por um lado, e o egoísmo e a brutalidade, pelo outro? Alguma vez pronunciamos alguma palavra descortês ou agido de maneira pouco bondosa?

Quando pensamos deste modo, não pode haver ninguém que pretenda ter-se mantido sempre no lado correto da linha divisória.

  1. A terceira palavra que significa "pecado" é paraptoma, que significa escorregão. Trata-se do tipo de escorregão que podemos sofrer em um caminho molhado, ou sobre o gelo. Diferente do termo anterior é

neste caso que o movimento não é tão deliberado. Às vezes dizemos que "nos escapou" uma palavra, um gesto, uma ação ou reação. Muitas vezes nos sentimos arrastados por um impulso, ou uma paixão que se apossou

momentaneamente de nós e nos fez perder nosso domínio próprio. Até os melhores dentre nós podem "escorregar" para o pecado quando não estamos em guarda.

  1. A quarta palavra que significa "pecado" é anomia, ou seja agir

fora da lei. Trata-se do pecado de quem conhece o bem e entretanto faz o mal; o pecado de quem conhece a lei, mas deliberadamente a ignora em sua ação.

O primeiro de todos os instintos humanos é o de fazer o que queremos muito. Portanto, sempre há momentos na vida de qualquer homem em que decide desafiar a lei e agir por conta própria e

responsabilidade. Decidimos conscientemente tomar o que nos está

proibido ou fazer aquilo que a lei condena. No Mandalay Kipling põe na boca de um velho soldado as seguintes palavras:

Embarquem-me para o leste do Suez, onde o melhor é igual ao pior,

Onde não existem os Dez Mandamentos, e se pode aplacar a sede.

Embora haja pessoas que possam dizer que nunca transgrediram os

Dez Mandamentos, não existe quem possa sustentar que jamais desejou fazê-lo.

  1. A quinta palavra que significa "pecado" no Novo Testamento é

ofeilema, a palavra que aparece no Pai Nosso e que significa literalmente "dívida". Significa não pagar o que se deve, deixar de cumprir um dever.

Não há quem possa dizer que em sua vida cumpriu de maneira perfeita todos os deveres para com o seu próximo e para com Deus. Tal perfeição

não existe entre os seres humanos.

Em conclusão, quando examinamos de perto o significado da palavra "pecado", damo-nos conta de que é uma enfermidade universal,

da qual participam todos os homens. É muito possível que na mesma pessoa se dêem a respeitabilidade exterior, aos olhos dos homens, e a pecaminosidade interior, perante Deus. Todos os seres humanos, sem

exceção, precisam repetir esta petição do Pai Nosso.

O PERDÃO HUMANO E O DIVINO

Mt 6:12, 14-15 (continuação)

Não somente precisamos dar-nos conta de que precisamos repetir esta petição do Pai Nosso, mas também devemos estar conscientes do

que estamos dizendo ao fazê-lo. Entre todas as petições dos Pai Nosso esta é a mais temível. "Perdoa as nossas dívidas, como também perdoamos aos nossos devedores."

Mateus seguirá com este tema nos dois versículos seguintes,

explicando da maneira mais clara possível que, segundo Jesus, se nós

perdoarmos a outros Deus nos perdoará, mas se não perdoarmos, Deus não nos perdoará. É bem evidente, então, que se repetirmos esta petição quando há algo que nos separa de nosso próximo, quando ficam disputas sem resolver em nossas vidas, o que estamos dizendo a Deus é: "Não nos perdoes". Se dissermos: "Nunca perdoarei a Fulano de Tal pelo que me tem feito", se dissermos "Nunca esquecerei o que Beltrano me tem feito", e contudo fazemos uso desta petição ao repetir o Pai Nosso, estamos deliberadamente pedindo a Deus que não nos perdoe.

Alguém disse: "O perdão, como a paz, é uno e indivisível." O perdão humano, e o divino estão inextricavelmente relacionados entre si. Não é possível separar nosso perdão ao próximo e o perdão que esperamos receber de Deus; ambos estão ligados e são interdependentes. Se tivéssemos presente o significado desta petição, muitas vezes, ao repetir o Pai Nosso, nossos lábios silenciariam ao chegar a "perdoa— nos..."

Quando Robert Louis Stevenson vivia nas ilhas do Pacífico Sul costumava celebrar um breve culto matutino, diariamente, para os

membros de sua família e seus servos. Uma manhã, no meio do Pai Nosso, levantou-se e abandonou a habitação. Sua saúde sempre tinha sido precária, e sua esposa o seguiu, pensando que se havia sentido

repentinamente doente. "Sente alguma coisa?", perguntou-lhe ao encontrá-lo. "Nada, somente que hoje não posso repetir o Pai Nosso."

Ninguém está em condições de repetir o Pai Nosso quando não se sente disposto a perdoar. Se não se viver em boas relações com o

próximo não se pode viver em boas relações com Deus.

Três coisas são necessárias para possuir o espírito cristão do perdão.

  1. Devemos aprender a compreender os outros. Sempre há alguma razão que leva as pessoas a agir da maneira como o fazem. Se alguém se

comportar de maneira rústica, ou pouco amável, ou irascível, possivelmente esteja atravessando por algum sofrimento ou

preocupação. Se alguém nos tratar com suspeita e desagrado, possivelmente não tenha compreendido bem nossas intenções, ou tenha

sido mal informado em relação a nosso caráter. Possivelmente seja uma vitima de seu meio ambiente, ou tenha sido deformado por sua situação familiar. Possivelmente seu temperamento seja tal que as relações humanas lhe sejam difíceis, e a vida uma carga dura de levar. Seria-nos muito mais fácil perdoar se buscássemos compreender em vez de condenar.

  1. Devemos aprender a esquecer. Na medida em que recordemos, e voltemos a trazer à nossa mente alguma ofensa ou ferida que nos tenha

infligido, não seremos capazes de perdoar. Muito freqüentemente dizemos: "Não posso esquecer o que Fulano me tem feito." "Nunca esquecerei como me tratou Zutano naquela ocasião." É muito perigoso

dizer coisas como estas, porque no final pode ser-nos humanamente impossível perdoar.

Em certa oportunidade o famoso literato escocês Andrew Lang,

escreveu e publicou um comentário muito benévolo de um livro que tinha aparecido, obra de um escritor jovem. O jovem lhe replicou com um ataque amargo, insolente e completamente infundado. Uns três anos depois Lang estava passando uns dias na casa do Robert Bridges, o grande poeta. Este o viu lendo um livro e ao notar quem era o autor observou: "Vá, é outro livro daquele ingrato que se comportou de maneira tão vergonhosa contigo!" Para sua grande surpresa, descobriu que Lang não recordava sequer o incidente. Não guardava memória alguma dos ataques insultantes e ácidos do jovem. Perdoar, observou Bridges, é característico de qualquer grande homem, mas esquecer totalmente é sublime. Somente o espírito purificador de Cristo pode limpar de nossas memórias toda a amargura e o ressentimento que devemos esquecer.

  1. Em terceiro lugar, devemos amar. Já vimos que o amor cristão, o ágape, é essa indescritível benevolência, essa invencível boa vontade, que nunca procura senão o maior bem para o próximo, sem ter em conta o que este nos tenha feito ou pense de nós. Esse amor somente é nosso quando Cristo, que é esse amor, deve habitar em nossos corações e não

pode vir a menos que nós o convidemos. Para ser perdoados devemos perdoar, e esta é uma condição do perdão que somente Cristo pode nos ajudar a cumprir.

A PROVA DE FOGO DA TENTAÇÃO

Mt 6:13

Antes de começar o estudo detalhado desta petição devemos

examinar dois problemas com relação ao significado das palavras:

  1. Para os ouvidos modernos a palavra tentação soa muito mal. Sempre significa "tentar seduzir ao mal". E isto não poderia interpretar-

se senão de maneira negativa. Mas nos tempos bíblicos a idéia era antes pôr à prova que tentar. No Novo Testamento, tentar significa antes pôr à prova para demonstrar a medida de fortaleza espiritual que alguém possui, que seduzir ou induzir ao pecado.

No Antigo Testamento encontramos a história de como Deus pôs à prova a lealdade do Abraão, pedindo que sacrificasse a seu próprio filho, Isaque. A história começa dizendo: "Depois dessas coisas, pôs Deus

Abraão à prova..." (Gn 22:1). É evidente que neste caso a palavra "provar" não significa tentar, no sentido de induzir ao mal, porque isto é algo que Deus nunca faria. Significa, antes, submeter à prova a lealdade

e a obediência de Abraão.

A história das tentações de Jesus começa dizendo: "Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo" (Mateus

Mt 4:1). Se aí interpretarmos a palavra tentar como um intento de sedução, o Espírito Santo seria cúmplice do demônio no intento de induzir Jesus a pecar. Em todas as ocasiões em que aparece na Bíblia a palavra tentar ou

provar, a idéia é a de submeter à prova, embora às vezes também envolve, em segundo lugar, o perigo de fazer cair no pecado.

Aqui achamos, pois, uma verdade grande e preciosa com respeito à tentação. A tentação não tem como objeto nos fazer cair no pecado, mas

sim nos fortalecer para que possamos ser melhores homens e mulheres.

A tentação não tem como objetivo transformar-nos em pecadores. Possivelmente sucumbamos à prova, mas isso não era o que se buscava. Buscava-se que saíssemos dela garbosamente, mais fortes e melhores. Neste sentido a prova, ou tentação, não é um castigo de nossa condição humana, mas a glória de ser humano. Se um projeto de engenharia de alto nível requer o uso de um determinado metal, este será provado, quanto à sua capacidade de resistência às tensões e o desgaste, aumentando, inclusive, o rigor das condições sob as quais deverá trabalhar. Do mesmo modo, o homem deve ser posto à prova antes de Deus poder usá-lo em seu maravilhoso serviço.

  1. Tudo isto é verdade; mas também é certo que na Bíblia nunca se duvida de que neste mundo opera um poder do mal. A Bíblia não é um

livro especulativo, e não se ocupa de desentranhar a origem desse poder do mal. Mas sabe que existe, e que age. É evidente que esta petição não

deveria traduzir-se: "Livra-nos do mal", mas sim como na versão Hispano-americana, "Livra-nos do Maligno". A Bíblia não concebe o mal como um princípio abstrato, como uma força imaterial, mas sim

como um poder ativo e pessoal, que se opõe a Deus.

É muito interessante repassar o desenvolvimento da idéia de Satanás na Bíblia. Em hebreu a palavra Satanás significa simplesmente

adversário. Pode ser aplicada aos seres humanos. O adversário de alguém é seu satanás. Os filisteus, por exemplo, têm medo de que Davi se converta em seu satanás (1Sm 29:41Sm 29:4). Salomão declara que Deus lhe deu tanta prosperidade e paz que não resta satanás algum (I Reis

Mt 5:4). Davi considera que os filhos de Zeruia são seus "satanases" (2Sm 19:222Sm 19:22). Em todos estes casos nossas Bíblias traduzem Satanás por adversário ou inimigo. Posteriormente, a palavra "Satanás" passou a

significar "aquele que acusa a alguém ante os tribunais". Só então a palavra, por dizê-lo de uma maneira gráfica, levanta vôo, e passa ao céu. Os judeus acreditavam que no céu havia um anjo cuja tarefa era acusar

aos homens ante Deus, agindo como promotor do tribunal eterno; e esse anjo era Satanás, porque cumpria a função de um "satanás" (acusador).

Aqui Satanás não é ainda um poder maléfico, mas sim parte da organização jurídica do céu

Em 1:6 Satanás é um dos filhos de Deus: "Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também

Satanás entre eles". Nesta etapa Satanás é o promotor celestial, que se ocupa em acusar ao homem.

Mas não há uma distância muito grande entre apresentar uma acusação contra o homem e fabricá-la. E este é o próximo passo. O outro

nome de Satanás é Diabo; e a palavra Diabo provém do grego diábolos, termo que designa caluniador. Satanás, transforma-se então no Diabo, o caluniador por excelência, o adversário principal do homem, aquele que

se propôs a frustrar os propósitos divinos e arruinar a humanidade. Satanás significará, a partir deste momento, tudo o que é anti-humano e anti-divino.

Jesus nos ensina que peçamos a Deus ser sacados deste poder destruidor. Não se discute qual seria a origem deste poder. Na Bíblia não há especulação. Tal como alguém disse: "Se uma pessoa acordada à

meia-noite e sua casa está incendiando, não se senta em uma cadeira a escrever ou ler um livro sobre a origem dos incêndios em casas particulares, mas faz todo o possível para apagar o incêndio e salvar sua

casa."

A Bíblia não perde tempo em especulações sobre a origem do mal, antes equipa o homem para poder combatê-lo, visto que, indubitavelmente, o mal existe.

O ATAQUE DA TENTAÇÃO

Mt 6:13 (continuação)

A vida sempre está sob o ataque da tentação. Mas nenhum inimigo pode lançar uma invasão até encontrar uma brecha em nossas defesas. Onde a tentação encontrará essa brecha? De onde vêm nossas tentações?

Estar prevenido é possuir antecipadamente as armas que nos ajudarão a

resistir o ataque, e se soubermos por onde virá o ataque, nossa probabilidade de vencer será maior.

  1. Às vezes o ataque da tentação vem de fora de nós. Há pessoas cuja influência sobre nós é má. Por outro lado, há outras pessoas junto às

quais seria improvável que ninguém sequer sugerisse uma ação desonrosa. Ainda outros convidam a tais sugestões e é muito fácil, com eles, fazer o mal.

Quando Robert Burns era jovem, foi a Irvine para aprender a

elaborar o linho. Ali teve a má sorte de encontrar-se com um tal Robert Brown, homem que tinha viajado muito e deslocado mundo, e cuja personalidade era fascinante e dominadora. Burns nos conta como o admirava e procurava imitá-lo. E segue dizendo: "Era o único homem que conheci mais parvo que eu quando se tratava de mulheres... Falava das relações promíscuas com uma leviandade que eu, desde então, considerei com horror... Nisto sua amizade resultou em meu prejuízo."

Há amizades e relações que podem nos ser prejudiciais. Em um mundo tentador, o indivíduo deveria ser muito cuidadoso na escolha de

seus amigos e dos círculos sociais onde tem que mover-se. Deve-se dar a menor ajuda possível às tentações que nos vêm de fora.

  1. Um dos fatos trágicos da vida é que as tentações podem provir

das pessoas que nos amam; de todas as classes de tentações, estas são as mais difíceis de combater. Provêm de pessoas que nos amam e que não têm intenção de nos fazer dano. Ocorrerá, por exemplo, o seguinte. Alguém sabe que deve adotar um determinado curso de ação. Pode ser que se sinta chamado por Deus para dedicar-se a certa carreira. Mas seguir o curso que lhe determina seu impulso possivelmente signifique para ele impopularidade e risco. Aceitar essa vocação pode significar rechaçar tudo o que o mundo chama "uma boa carreira". É muito possível que em tais circunstâncias as pessoas que mais o amam procurem dissuadi-lo de seguir o curso de seu chamado, e o farão precisamente porque o amam. Eles o aconselharão a ser precavido, tomar cuidado, ser prudente, usar a sabedoria do mundo: querem que aquele a

quem eles amam se muna de uma posição sólida e respeitável na sociedade. Não querem que desperdice suas oportunidades e dons. E por tudo isto, procuram que aquele a quem eles amam não faça o que ele sabe que deve fazer.

No Gareth and Linette, um poema do Tennyson, nos conta a história do Gareth, o filho menor de Lot e Bellicent. Gareth deseja unir— se a seus irmãos no serviço do Rei Arturo. Bellicent, sua mãe, não quer que vá. Por acaso, você não tem piedade de minha solidão?", pergunta— lhe. Seu pai, Lot, é muito ancião, e está atirado em um rincão, como "um lenho fumegante, virtualmente apagado". Seus dois irmãos estão na corte do Rei Arturo. Deve partir também ele? Se seu filho ficar em casa, a mãe lhe encontrará uma princesa para casar-se, o rodeará de um séquito que o acompanhe em suas excursões de caça, e será feliz. Bellicent queria que seu filho ficasse com ela, porque o amava. O tentador usava, para seu encantamento, a mesma voz do amor. Mas Gareth responde:

Oh mãe,

Como pode guardar-me para si? – envergonhe-se.

Sou um homem crescido, e devo agir como um homem. Correr após os cervos? Ou seguir a Cristo, o Rei?

Viver na pureza, dizer a verdade, corrigir os males,

seguir ao Rei

De outro modo, para que teria nascido?

O moço seguiu seu destino, mas a voz do amor o tentava para que ficasse em casa.

Isto mesmo foi o que ocorreu com Jesus. "Os inimigos do homem"

  1. disse – "serão os da própria casa" (Mt 10:36). Seus parentes tinham saído, buscando-o para levá-lo porque se dizia dele que estava

louco (Mc 3:21). Segundo o ponto de vista deles, Jesus estava desperdiçando sua vida e arruinando suas possibilidades de "fazer carreira". Segundo eles, estava convertendo-se no bobo de todos. E

procuraram detê-lo. Às vezes a mais dura de todas as tentações é a que provém da voz daqueles que nos amam.

  1. Há uma forma muito curiosa de tentação, que ataca principalmente os mais jovens. Há em nós uma nervura muito estranha, que em certas companhias nos leva a aparentar ser piores do que somos. Não queremos que os outros pensem de nós que somos "mansos" ou "piedosos", "beatos" ou "santos". Preferimos mil vezes que se opine o pior do que somos, terríveis aventureiros, homens do mundo, um pouco pervertidos; nunca, jamais, inocentes.

Agostinho tem uma passagem, em suas Confissões, que é muito famosa.

"Entre meus iguais, envergonhava-me de ser menos descarado que outros, quando os ouvia exaltarem-se das maldades que eles tinham cometido. E me agradava não somente na ação, mas também nos louvores que as ações mereciam ... Fazia que minha imagem aparecesse muito pior do que era em realidade, para que fossem maiores os louvores. E quando em algo não havia pecado na mesma medida que os mais libertinos, dizia que o tinha feito, embora não fosse certo, para não aparecer ante eles como um ser desprezível."

Há muitos homens e mulheres que se iniciaram em algum pecado,

ou se introduziram em algum hábito prejudicial somente por não parecer menos experimentados, com menos "mundo" que seus amigos ou

companheiros. Uma das grandes defesas contra a tentação é a simples coragem de estar dispostos a ser bons.

O ATAQUE DA TENTAÇÃO

Mt 6:13 (continuação)

  1. Mas a tentação não somente provém de fora, mas também de dentro. Se não houvesse nada em nós em que a tentação pudesse apoiar— se, não poderia nos afetar nem nos vencer. Em todos nós há algum ponto

fraco. E é nesse ponto fraco que a tentação lança seu ataque. Em cada um de nós o vulnerável pode ser algo distinto. O que para um pode ser uma violenta tentação, para outro o deixa imutável. O que não comove a um pode ser absolutamente irresistível para outro.

Sir James Barrie tem uma peça teatral chamada O Testamento. O Dr. Devizes, um advogado, nota que um empregado dele, que esteve em sua casa durante muitos anos, parece muito doente. Pergunta-lhe o que passa com ele e o ancião lhe diz que um médico diagnosticou nele um mal fatal e incurável.

Dr. Devizes (incômodo) – Estou seguro que não é o que você teme. Qualquer especialista o diria.

Surtees (sem olhá-lo) – Senhor, ontem estive com um especialista. Dr. Devizes – E então?

Surtees – É... precisamente essa, senhor. Dr. Devizes – Não pode estar tão seguro. Surtees – Estava, sim senhor.

Dr. Devizes – Mas... uma operação.

Surtees – Muito tarde para operar – disse. Se me tivessem operado faz tempo, poderia ter uma oportunidade de me salvar.

Dr. Devizes – Mas você não o tinha faz tempo.

Surtees – Não senhor, eu sabia; mas diz que já estava em mim, faz muito, uma mancha negra, possivelmente não tão grande como a cabeça de um alfinete, mas à espera para estender-se e me destruir, no seu devido tempo.

Dr. Devizes (desolado) – É infelizmente injusto.

Surtees (humildemente) – Não sei, senhor. Ele diz que quase todos nós temos essa mesma mancha, e que se não nos cuidarmos, cedo ou tarde termina conosco.

Dr. Devizes – Não. Não. Não.

Surtees – Chamou-a de maldita mancha. Acredito que seu propósito era me advertir que deveríamos sabê-lo, e estar alerta.

Em todo ser humano há um ponto fraco. Se não o vigia pode terminar condenando-o. Em algum lugar, em todo ser humano, há um defeito, alguma falha do temperamento, que pode arruinar sua vida, algum instinto ou paixão tão forte que no momento menos pensado pode dar um puxão e romper as rédeas, alguma peculiaridade de nossa constituição que converte o que para outros possivelmente seja um

prazer legitimo em uma verdadeira ameaça. Deveríamos nos dar conta deste fator, e estar em guarda todo o tempo.

  1. Mas, mesmo que possa parecer muito estranho, a tentação nem sempre provém de nossa maior fraqueza, mas sim de nossa fortaleza. Se

houver algo que todos temos o costume de dizer é: "Isso eu jamais o faria. Não creio que poderia rebaixar-me a uma tal ação." E é precisamente ali onde devemos manter a vigilância mais estrita. A história está cheia de episódios em que verdadeiras fortalezas foram

tomadas por aqueles lugares onde seus defensores pensavam que estavam tão bem protegidos que não era necessário manter guarda alguma. A melhor oportunidade da tentação é o excesso de confiança em

si mesmo. Devemos vigiar nossos pontos fracos e nossos pontos fortes.

A DEFESA CONTRA A TENTAÇÃO

Mt 6:13 (continuação)

Pensamos no ataque da tentação: reunamos agora as armas de que dispomos para nos defender contra a tentação.

  1. Temos a simples defesa do respeito por nós mesmos. Quando a vida de Neemias corria perigo, alguém lhe sugeriu que se encerrasse no templo e ficasse ali até haver passado o perigo. Sua resposta foi: "Porém

eu disse: homem como eu fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo para que viva? De maneira nenhuma entrarei" (Ne 6:11). Pode-se escapar de muitas coisas, mas não se pode escapar de si mesmo.

Todos devemos viver com nossas lembranças, e se tivermos perdido o respeito por nós mesmos; a vida pode chegar a tornar-se intolerável.

Em certa oportunidade se insistiu com o presidente Garfield, dos

Estados Unidos a adotar uma resolução proveitosa mas desonrosa. "Ninguém saberá", disseram-lhe. Sua resposta foi: "O Presidente Garfield saberá – e tenho que dormir com ele todas as noites." Quando somos tentados uma das defesas que temos é nos perguntar: "Alguém como eu faria tal coisa?"

  1. Temos a defesa da tradição. Ninguém pode trair com leviandade as tradições e heranças nas quais foi educado, e que vieram sendo construídas durante gerações.

Quando Péricles, o maior de todos os estadistas atenienses, estava a ponto de dirigir a palavra à Assembléia de seus concidadãos, sempre se

dizia em seu interior: "Péricles, lembra que és ateniense, e que vais falar com atenienses."

Uma das façanhas da Segunda Guerra Mundial foi a defesa do

Tobruk. Os Coldstream Guards conseguiram romper o cerco e evitar a seus atacantes, mas somente uns poucos sobreviveram, e eram apenas sombras do que tinham sido. Duzentos sobreviventes, parte de um grupo de dois batalhões, estavam debaixo do cuidado das Reais Forças Aéreas (R.A.F.). Um dos oficiais da aviação estava conversando com um dos oficiais dos Guards, e lhe disse: "Depois de tudo, como tropas de infantaria, não tiveram mais remédio que tentar o que fizeram."

E outro oficial de aviação, que ouviu estas palavras, aproximou-se e disse: "Deve ser muito difícil estar na infantaria, porque a tradição obriga

o soldado a seguir lutando, sem ter em conta as circunstâncias."

O poder da tradição é um dos mais potentes na vida. Pertencemos a uma nação, a uma Igreja, a uma família, somos ex-alunos de uma escola.

O que fazemos afeta a honra do grupo ao qual pertencemos. Não podemos trair com leviandade as tradições em que fomos educados.

  1. Temos, além disso, a defesa daqueles que amamos e nos amam. Mais de uma pessoa pecaria se o único castigo que deveria suportar fosse

o que ele mesmo espera receber. Mas se salva do pecado porque não poderia suportar o olhar de sofrimento que veria nos olhos de quem o ama se arruinasse sua vida.

Laura Richards escreveu uma parábola que copiamos a seguir:

“Um homem estava sentado à porta de sua casa fumando seu cachimbo, e seu vizinho, sentado a seu lado, tentou-o. ‘Você é pobre’, disse— lhe, ‘você não tem trabalho, e há um modo de melhorar sua situação. Será fácil e você conseguirá bastante dinheiro. Além disso, não é menos desonesto do que você vê fazerem todos os dias as pessoas respeitáveis.

Você seria um tolo se desperdiçasse uma oportunidade como esta. Venha comigo, e despacharemos o assunto em um instante.’ Nesse mesmo momento apareceu na porta do barracão sua jovem esposa com seu filho nos braços. ‘Por favor, segure ao menino um momento. Ele tem medo, e tenho que ir pendurar a roupa.’

O homem tomou ao menino e o pôs sobre seus joelhos. E enquanto o sustentava deste modo os olhos do menino se encontraram com os seus, e o olhar lhe falou: ‘Sou carne de sua carne’, disseram os olhinhos do menino, ‘alma de sua alma. Aonde você me guie, ali o seguirei. Conduza-me pela mão, pai. Meus pés irão atrás dos seus.’ Então, voltando-se para seu vizinho, o homem lhe disse: ‘Vá, e não volte nunca mais a minha casa’.”

Poderíamos estar perfeitamente dispostos a pagar o preço do pecado, se este afetasse apenas a nós. Mas se lembrarmos que nosso pecado fará em pedaços o coração de outros, que nos amam, nossa defesa contra a tentação será mais poderosa.

  1. E temos a defesa da presença de Jesus Cristo. Jesus não é uma bela imagem que aparece nos livros. É uma presença viva. Às vezes perguntamos: "O que você faria se de repente Jesus estivesse de pé ao seu lado?" ou "Como você viveria se Cristo se hospedasse em sua casa?" Mas o que a fé cristã afirma é, precisamente, que Jesus Cristo está junto a nós, que é hóspede de cada lar cristão. Ele é a presença iniludível e portanto toda nossa vida a vivemos diante dEle e devemos buscar que seja uma vida que Ele possa ver. Uma poderosa defesa contra a tentação, que está a nosso alcance, é a lembrança da presença constante de Jesus

Cristo em nossa vida.

A MANEIRA INCORRETA DE JEJUAR

Mateus 6:16-18

Até nossos tempos o jejum é uma parte essencial da vida religiosa no Oriente. Os muçulmanos observam de maneira estrita o jejum do Ramadam, o nono mês do calendário islâmico, durante o qual se

comemora a primeira das revelações que Maomé recebeu. O jejum dura do nascer do sol – do momento em que se podem distinguir um fio branco de um negro – até seu ocaso. Está proibido, além da comida, tomar banho, beber, fumar, cheirar perfumes e qualquer outra forma de alegria carnal desnecessária, com exceção das enfermeiras e as mulheres grávidas. Os soldados e os que estão viajando podem não observá-lo, mas devem compensar sua isenção jejuando uma quantidade equivalente de dias em outro momento do ano. Se alguém deve quebrantar o jejum por razões de saúde, é obrigado a compensar sua falta oferecendo esmolas aos pobres.

Os costumes dos judeus no que concerne ao jejum eram exatamente iguais. Deve notar-se que, tal como se disse, o jejum durava da alvorada

até o pôr-do-sol; fora deste período diário, podia comer-se normalmente. Para os judeus nos tempos de Jesus havia somente um jejum obrigatório,

o do Dia da Expiação. Nesse dia, da alvorada até o pôr-do-sol, todos os homens estavam obrigados a "afligir suas almas" (Lv 16:31). A lei talmúdica dos judeus estabelece que, "No Dia da Expiação está proibido

comer, beber, banhar-se, ungir-se, levar sandálias, ou praticar relações conjugais." Até os meninos deviam ser educados em alguma forma de sacrifício durante esse dia, de modo que quando fossem mais velhos

estivessem preparados para aceitar o jejum nacional.

Mas, mesmo que somente um dia por ano era obrigatório jejuar, os judeus faziam uso do jejum particular como uma forma muito generalizada de piedade. Havia um jejum relacionado com a morte de

algum ser querido. Entre a morte e o enterro dessa pessoa, os parentes estavam obrigados a abster-se de carne e vinho. Havia um jejum expiatório. Dizia-se, por exemplo, que Rubén tinha jejuado durante sete

anos para expiar seu pecado pela parte que lhe coube desempenhar na venda do José: "Não bebeu vinho nem outro licor algum nem passou carne por seus lábios, nem comeu nada apetecível" (Testamento do

Rubén Mt 1:10). "Pela mesma razão, Simeão afligiu sua alma jejuando durante dois anos, por ter odiado a José" (O Testamento do Simeão, Mt 3:4).

Judá, por ter pecado com Tamar, "absteve-se de comer carne, beber vinho e participar de qualquer outra forma de prazer carnal, até o dia de sua morte" (O Testamento do Judá, Mt 15:4). Os judeus, é obvio, não acreditavam que o jejum em si tivesse valor algum, independentemente do arrependimento. Jejuar era somente uma forma de dar expressão exterior à tristeza interior pelo pecado cometido. O autor do Eclesiástico (34:
31) diz: "Se alguém jejua por seus pecados, e logo volta a cometê— los, quem ouvirá sua oração e o que proveito terá o ter jejuado?"

Em muitos casos o jejum era um ato de penitência nacional. Assim, por exemplo, todo o povo judeu jejuou depois do desastre da guerra civil contra Benjamim (Jz 20:26). Samuel fez o povo jejuar por ter-se afastado de Deus seguindo a Baal (1Sm 7:61Sm 7:6). Neemias fez com que o povo jejuasse e confessasse seus pecados (Ne 9:1). Uma e outra vez a nação judia inteira jejuou como manifestação de seu arrependimento perante Deus.

Às vezes o jejum era uma preparação para o encontro com Deus. Moisés, no Monte Sinai, jejuou durante quarenta dias e quarenta noites

(Ex 24:18). Daniel jejuou enquanto esperava receber palavra de Deus (Dn 9:3). Jesus mesmo jejuou enquanto esperava a prova da tentação (Mt 4:2). Esta era uma medida muito sábia, porque quando o corpo

está submetido à dura disciplina do jejum, o espírito se mantém mais acordado e alerta.

Às vezes o jejum era um chamado dirigido a Deus. Se, por exemplo, havia seca e a colheita corria perigo, convocava-se um jejum

nacional para pedir a Deus que enviasse as chuvas.

No jejum dos judeus havia, em realidade, três idéias principais.

  1. O jejum era um intento deliberado de chamar a atenção de Deus

para a pessoa que jejuava. Esta é uma idéia muito primitiva. Esperava-se atrair a atenção de Deus e obrigá-lo a ter em conta a pessoa que dessa maneira se afligia.

  1. O jejum era uma forma deliberada de demonstrar a sinceridade do arrependimento. Era uma garantia, por assim dizer, da sinceridade

das palavras e as orações do crente; uma prova da verdade do arrependimento. Evidentemente, aqui há um perigo latente que devemos ter em conta, porque é muito fácil que uma ação, concebida como prova da sinceridade do penitente, convertesse-se em substituto da penitência.

  1. Em grande parte o jejum era vicário. Não estava destinado a salvar o indivíduo no julgamento, mas motivar a Deus para que liberasse a nação de suas desgraças. Era como se as pessoas particularmente piedosas dissessem: "A pessoa comum não pode fazer isto. Estão muito comprometidas em seu trabalho e nos assuntos do mundo. Nós faremos algo mais do que somos obrigados a fazer, para equilibrar a inevitável deficiência da piedade de outros."

Tal era a teoria dos judeus em relação à prática do jejum.

A MANEIRA INCORRETA DE JEJUAR

Mateus 6:16-18 (continuação)

Por mais elevado que fosse o ideal do jejum, sua prática, inevitavelmente, envolvia alguns perigos inevitáveis. O grande perigo

era que se jejuasse como sinal de uma piedade superior, em uma ação que não ia dirigida a Deus, mas aos homens. Ante tal manifestação de piedade, ninguém poderia deixar de pensar quão disciplinada e piedosa

era a pessoa que jejuava. Os dias de jejum, para o judeu, eram na segunda-feira e na quinta-feira. Estes também eram os dias de mercado, e em todos os povos e vilarejos, e principalmente na cidade de

Jerusalém, congregavam-se enormes multidões de pessoas que vinham do campo; os que jejuavam durante esses dias, fazendo-o de maneira ostentosa, contavam com mais testemunhas que de costume.

Ali se juntavam muitos para ver e admirar sua piedade. Alguns se encarregavam deliberadamente de que outros não deixassem de dar-se conta de que estavam jejuando. Caminhavam pelas ruas com o cabelo deliberadamente despenteado e desordenado, com a roupa suja e rasgada.

Até chegavam ao extremo de pôr pó branco na cara, para acentuar sua

palidez. Este não era um ato de humildade: era um ato de orgulho e ostentação espiritual.

Os rabinos mais sábios condenavam esta atitude com a mesma energia que Jesus. Tinham bem claro que o jejuar por jejuar carecia

totalmente de valor espiritual. Diziam que um voto de abstinência era como um colar de aço dos que tinham que levar os detentos. Quem se comprometia a tal voto podia comparar-se, então, ao homem que encontrava um desses colares atirado pela rua, e sem dar-se conta metia

nele a cabeça, aceitando voluntariamente uma escravidão inútil. Um dos ditos mais bonitos que jamais se pronunciou é a declaração rabínica: "No dia do julgamento deverá prestar conta de todas as coisas boas que se

puderam desfrutar mas se desprezaram."

O doutor Boreham conta uma história que serve para exemplificar esta idéia equivocada com respeito ao jejum. Nas Montanhas Rochosas,

dos Estados Unidos, um viajante se encontrou com um ancião sacerdote católico romano. Surpreendeu-se ao ver um homem de idade tão avançada escalando as costas, cruzando os abismos e atravessando os

atalhos das montanhas. "O que você está fazendo neste lugar?", perguntou-lhe o viajante. E o sacerdote lhe respondeu: "Estou procurando a beleza do mundo." "Mas" voltou a perguntar o viajante,

"lançou-se a essa busca numa idade avançada." E então o sacerdote lhe contou sua história. Quase toda sua vida ele a passou encerrado em um mosteiro, nunca tinha saído do claustro. Então se sentiu muito doente, e em sua enfermidade teve uma visão. Viu um anjo de pé junto à sua

cama. "Para que vieste?", perguntou ao anjo. "Para te levar ao teu lar", respondeu-lhe o anjo. "E o mundo ao qual me levas, é verdadeiramente bonito?", voltou a lhe perguntar o sacerdote. "É belo o mundo que deixa

atrás", disse-lhe o anjo. E então o ancião lembrou que nunca tinha visto muito deste mundo, fora dos jardins do monastério e alguns dos campos que o rodeavam. E então lhe disse ao anjo: "Mas não pude ver muita

beleza no mundo que estou deixando." "Nesse caso", replicou o anjo, "temo que tampouco verás muita beleza no mundo aonde vais." Isso

preocupou muito o velho sacerdote, e pediu ao anjo que lhe permitisse viver mais dois anos. "Concedeu-me o pedido, e aqui estou, gastando o pouco dinheiro que tenho e o tempo que me resta de vida em explorar as maravilhas deste mundo, e te digo que certamente o encontro belo de modo supremo."

O dever de todo ser humano é aceitar e desfrutar da beleza do mundo, e nunca rechaçá-la e apartá-la de si. Não tem valor algum jejuarmos como uma ostentosa demonstração de piedade superior, para

acrescentar nossa fama de ascetas.

O VERDADEIRO JEJUM

Mateus 6:16-18 (continuação)

Embora Jesus condene a forma equivocada de jejuar, suas palavras implicam que há uma forma correta de fazê-lo, e que Ele espera de seus

seguidores que pratiquem o jejum dessa maneira. Isto é algo em que muito poucos de nós jamais pensamos. Há muito poucas pessoas comuns em cujas vidas o jejum joga algum papel. E, entretanto, há muitas razões

que fazem com que o jejum, interpretado de maneira correta, seja uma prática recomendável.

  1. Jejuar é bom para a saúde. Muitos de nós vivemos existências

que abrandam nossos corpos e nos engordam. É possível, inclusive, viver para comer e não comer para viver. Seria um excelente remédio para muitos dos males que nos afligem o praticar periodicamente alguma forma de jejum.

  1. O jejum é bom para a disciplina de nós mesmos. É muito fácil satisfazer espontaneamente todos os nossos impulsos. É muito fácil

chegar ao ponto de não nos negar nada que possamos possuir ou comprar. Para muitos seria excelente deixar de fazer tudo o mais querem, pelo menos uma vez por semana, e dominar seus desejos, exercendo deste modo uma auto-disciplina rigorosa e "anti-séptica".

  1. O jejum nos liberta de nos transformar em escravos do hábito. Há muito poucos entre nós que não sejam escravos de algum hábito, devido a que acham impossível superá-lo. Os hábitos se convertem em uma parte tão fundamental de nossa vida que não podemos rompê-los. Desenvolvemos uma ansiedade tal por certas coisas, que aquilo que deveria ser um prazer se transforma em uma necessidade, e o separar-nos daquilo que chegamos a ansiar assim, parece ser um verdadeiro purgatório.

Se praticássemos com sabedoria alguma forma de jejum, nenhum dos prazeres se converteria em uma cadeia e nenhum hábito seria nosso amo. Seríamos nós os amos de nossos prazeres e não nossos prazeres os que dominam sobre nossa vontade.

  1. O jejum preserva a capacidade de prescindir das coisas. Uma das principais provas da vida são as coisas que com o correr do tempo a

pessoa chegou a considerar, como essenciais. Evidentemente, quanto menos sejam estas, maior será nossa independência. Quando toda classe de coisas se convertem em uma parte fundamental de nossa vida,

estamos à mercê dos luxos que podemos custear. Não é mau, de vez em quando, caminhar por uma rua comercial e olhar as vitrines, pensando em todas as coisas de que alguém é capaz de prescindir. Alguma forma

de jejum, pode nos ajudar a prescindir daquelas coisas que jamais deveriam ser essenciais em nossa vida.

  1. O jejum nos ajuda a apreciar mais o que temos. Talvez tenha havido algum momento em nossa vida em que os prazeres mais

elementares tenham sido tão escassos que quando tínhamos oportunidade de vivê-los realmente usufruíamos e desfrutávamos. Talvez agora o apetite se apagou, nosso paladar esteja estragado, tenhamos perdido o fio

cortante de nossa capacidade de desfrutar os dons de Deus. O que em uma época foi um prazer intenso se transformou simplesmente em uma droga da que não podemos prescindir. O jejum faz com que os prazeres

sigam sendo prazeres, ao experimentá-los sempre como uma forma renovada de autêntica alegria humana.

Em nossos dias o jejum não forma parte da vida normal do homem comum. Jesus condenou a maneira equivocada de jejuar, mas não quis dizer que deva eliminar-se essa prática tão proveitosa. Faríamos muito bem em escolher a forma de jejum que mais nos convenha e praticá-la na medida de nossa necessidade. E a razão que deve nos mover a fazê-lo é,

"Que o deleite seja nosso guia, e não nossa cadeia..."

O VERDADEIRO TESOURO

Mateus 6:19-21

No ordenamento quotidiano de nossas vidas, a verdadeira sabedoria consiste em buscar obter somente aquelas coisas que duram. Quer

compremos um traje ou um vestido ou um automóvel ou um tapete ou um jogo de móveis, o sentido comum nos recomenda evitar a aquisição de produtos mal feitos e perecíveis a curto prazo, e comprar aquelas

coisas que possuem solidez e permanência e estão bem feitas. Isto é, exatamente, o que Jesus nos está dizendo nesta passagem: que devemos nos concentrar nas coisas que duram.

Jesus recorre a três imagens, que correspondem às três grandes fontes de riqueza na Palestina.

  1. Diz-nos que evitemos tudo o que a traça pode destruir.

No Oriente, parte da riqueza de qualquer homem consistia em roupas custosas e luxuosas. Quando Geazi, o servo de Eliseu, quis obter

clandestinamente algum proveito da cura que seu amo tinha efetuado na pessoa de Naamã, pediu-lhe um talento de prata e duas mudas de roupa

(2Rs 5:222Rs 5:22). Uma das coisas que tentou Acã a pecar foi um manto babilônico de boa qualidade (Js 7:21). Mas, segundo Jesus, era insensato pôr o coração em tais coisas, pois quando estavam guardadas,

as traças as atacavam, destruindo toda sua beleza e valor. As posses deste tipo careciam de permanência.

  1. Também aconselha que se evitem aquelas coisas que a ferrugem corrompe. A palavra traduzida por "ferrugem" ou "mofo" (H. A.) significa literalmente "o que come". Em nenhum outro lugar se encontra essa palavra, brosis, com o significado de "ferrugem" (óxido de ferro). É muito mais provável que a idéia fosse a seguinte: No Oriente a riqueza de muitos homens enriquecidos consistia no grão de uma colheita abundante, e que acumulavam em enormes celeiros. Mas nesses grãos armazenados podiam entrar carunchos ou roedores, e deste modo se perdia o tesouro. É muito provável que Jesus esteja fazendo referência à facilidade com que os ratões, os ratos, e distintos tipos de insetos podem acabar com uma colheita armazenada durante muito tempo. Posses deste tipo careciam de permanência.
    1. Em terceiro lugar, Jesus diz que não se deve acumular tesouros que os ladrões possam furtar mediante uma escavação. Na Palestina a

maioria das casas era feita de barro ou tijolo cru, e os ladrões podiam entrar fazendo um buraco na parede. Esta referência, evoca a imagem do homem que guardou em sua casa um pequeno tesouro e um dia, ao

ingressar nela, descobre que os ladrões furaram o parede e, entrando, levaram o ele que tinha. Não é permanente o tesouro que está à mercê de qualquer ladrão engenhoso.

De modo que Jesus alerta aos homens contra três classes de prazeres e posses:

  1. Sua advertência se dirige contra os prazeres que podem esfumar-se como um vestido velho. A roupa mais bonita do mundo, com

traças ou sem traças, termina por desintegrar-se. Todos os prazeres puramente físicos, cada um a sua maneira, terminam perdendo o encanto que nos incitou a buscá-los.

Cada vez que desfrutamos de alguma coisa, a excitação é menor. Necessita-se maior quantidade para que o efeito siga sendo o mesmo. É como uma droga, que perde seu poder quando consumida normalmente,

e se impõe aumentar gradualmente a dose se tiver que ser efetiva do mesmo modo que no princípio. Somos insensatos se fizermos com que

nosso prazer consista naquelas coisas que nos oferecerão cada vez menor compensa.

  1. Também nos adverte contra os prazeres que podem ser corroídos. O silo cheio de cereais é inevitavelmente o objeto do

interesse

de roedores que nunca faltam. Há certos prazeres que inevitavelmente perdem atração para o homem à medida que envelhece. Possivelmente já não esteja em condições físicas de desfrutá-los; ou pode ser que, ao maturar sua personalidade, já não encontre neles a

alegria que lhe produziam quando era mais jovem. Na vida ninguém deveria pôr seu coração naqueles prazeres que podem desaparecer com a idade. Deveríamos ser capazes de encontrar nosso deleite naquelas

coisas diante das quais o tempo, e sua capacidade de erosão, é totalmente impotente.

  1. Também somos advertidos contra os prazeres que nos podem

ser roubados. Todas as coisas materiais pertencem a esta categoria; não há nada material que possamos possuir de maneira totalmente segura. Se construirmos nossa felicidade sobre o fato de sua posse, estamos edificando sobre alicerces muito frágeis. Suponhamos que alguém organize sua vida de tal maneira que sua felicidade consiste no dinheiro que tem; no dia menos imaginado se produz uma crise financeira e nosso amigo fica completamente arruinado. Junto com sua riqueza, também se esfumou sua alegria. O homem verdadeiramente sábio é o que constrói sua felicidade sobre aquelas coisas que nada nem ninguém lhe pode tirar, cuja posse é independente dos azares e mudanças da vida.

Tudo o que faz com que seu prazer dependa de coisas falazes, está condenado à frustração. Todo homem cujo tesouro está nas coisas, mais cedo ou mais tarde o perderá, porque as coisas não estão dotadas de permanência, e não há nada que dure para sempre.

TESOUROS NO CÉU

Mateus 6:19-21 (continuação)

Os judeus conheciam muito bem a frase tesouros no céu. Identificavam esses tesouros principalmente com duas coisas.

  1. Diziam que as ações bondosas que alguém fazia no mundo, transformavam-se em seu tesouro no céu.

Contavam uma famosa lenda sobre um tal rei Monobaz, de

Adiabene, que se converteu ao judaísmo.

“Um ano de fome Monobaz distribuiu seu tesouro entre os pobres. Suas irmãs enviaram mensageiros para lhe dizer: ‘Seus pais reuniram tesouros, e os acrescentaram aos de seus pais, mas você dissipou os seus e os deles.’ Monobaz respondeu: ‘Meus pais reuniram tesouros para esta vida, eu estou acumulando tesouros para a vida eterna; eles armazenaram sua riqueza em lugares onde a vontade humana pode governar, mas eu os tenho, agora, em um lugar onde ninguém pode já dispor deles. Meus pais acumularam tesouros que não dão interesse, os meus sim dão. Meus pais acumularam tesouros de dinheiro, eu acumulei tesouros de almas. Meus pais acumularam tesouros para outros, eu os acumulei para mim. Meus pais acumularam tesouros neste mundo, eu os tenho guardados no mundo vindouro’.”

Tanto Jesus como os rabinos judeus sabiam que tudo o que se acumula egoisticamente mais cedo ou mais tarde se perde. Mas o que se oferece a outros com generosidade acumula tesouros no céu.

Esse mesmo princípio seria o que teria que seguir a igreja cristã, depois de seu Mestre. A Igreja Primitiva sempre cuidou carinhosamente

dos pobres, dos doentes, dos desgraçados e de todos aqueles de quem ninguém se ocupava. Nos dias da terrível perseguição de Décio, em Roma, as autoridades arrasaram uma igreja cristã. Sua intenção era

apoderar-se dos tesouros que imaginavam estariam armazenados nesse lugar. O prefeito romano ordenou a Laurêncio, o diácono: "Mostre-me imediatamente o lugar onde vocês guardam seu tesouro." Laurêncio assinalou as viúvas e os órfãos que estavam comendo, os doentes que

estavam sendo curados, os pobres, cujas necessidades estavam sendo satisfeitas, e disse: "Estes são os tesouros da Igreja." A Igreja sempre acreditou que "perdemos o que guardamos, e ganhamos o que gastamos".

  1. Os judeus sempre relacionaram a expressão tesouros no céu com o caráter.

Quando foi perguntado ao rabino Yose Ben Kisma se aceitaria viver em uma cidade pagã em troca de um salário muito elevado por seus serviços, respondeu que nunca viveria em lugar algum que não fosse

morada da Lei, "porque no dia em que deva ir deste mundo", disse, "nem o ouro nem a prata nem as pedras preciosas irão comigo, mas apenas o conhecimento que tenha da Lei, e minhas boas obras."

Como afirma o bom provérbio espanhol, "as mortalhas não têm bolsos". A única coisa que podemos levar deste mundo é nosso caráter, o que somos; quanto melhor seja a personalidade, o caráter que levemos,

maior será nosso tesouro no céu.

  1. Jesus conclui esta passagem dizendo que onde estiver nosso tesouro ali estará nosso coração. Se tudo o que valorizamos está na

Terra, se nosso coração também está preso à Terra, não teremos interesse em nenhum outro mundo a não ser este. Se durante toda nossa vida o nosso olhar está nas coisas eternas, as coisas deste mundo serão de pouco

valor para nós. Se tudo o que verdadeiramente valer para nós está nesta Terra, no momento de abandoná-la nos sentiremos defraudados e nos desesperaremos. Se durante a vida pensamos nas coisas celestiais e as desejamos, abandonaremos este mundo com alegria, porque finalmente

podemos ir para Deus.

Em certa oportunidade o Dr. Johnson estava passeando por um maravilhoso castelo e os parques que o rodeavam. Quando acabou de ver

tudo, voltou-se para seus acompanhantes e lhes disse: "Estas são as coisas que nos fazem tão difícil morrer."

Jesus nunca afirmou que este mundo carecesse de importância: mas

disse e repetiu, uma e outra vez, que a importância deste mundo não está nele mesmo, mas sim naquilo para o qual nos conduz. Este mundo não é

o fim de nossas vidas, é somente uma estação no caminho. Portanto ninguém deve entregar o seu coração a este mundo e a às coisas que a ele pertencem, pois seus olhos devem estar fixos permanentemente na meta que nos espera mais além.

A VISÃO DISTORCIDA

Mateus 6:22-23

A idéia que está por trás desta passagem é de uma simplicidade infantil. O olho é considerado como a janela por onde entra a luz que ilumina a totalidade do corpo. A cor e o estado da janela são os que

decidem quanta luz receberá uma habitação. Se a janela estiver limpa, é de cor clara e o vidro não distorce as imagens, a habitação será inundada por uma luz pura e abundante, que iluminará todos os cantos. Se o vidro da janela está sujo, ou é de cor escura, ou está chamuscado, ou coberto

pela geada, a luz encontrará obstáculos, entrará distorcida, suja, e a habitação ficará escura.

A qualidade da luz que entra em uma habitação depende do estado

da janela que deva atravessar para fazê-lo. É assim, diz Jesus, como a luz que penetra no coração e a alma de cada homem depende do estado espiritual dos olhos que deva atravessar, porque os olhos são a janela do corpo. O conceito que fazemos das pessoas depende dos olhos com que as olhemos. Há certos fatores muito evidentes que nos podem cegar e distorcer a nossa visão.

  1. O preconceito pode alterar nossa visão. Não há nada que seja tão capaz de destruir nossa capacidade de julgamento como os preconceitos que tenhamos. Nos impedem de formar as opiniões claras, razoáveis e lógicas, que são nosso dever. Cega-nos por igual ante os fatos e o significado destes. Quase todos os novos descobrimentos tiveram que abrir caminho, lutando contra irracionais preconceitos estabelecidos.

Quando James Simpson descobriu as virtudes do clorofórmio teve que lutar contra os preconceitos religiosos e médicos de sua época. Um de seus biógrafos escreve: "O preconceito, a paralisante determinação de percorrer somente os caminhos conhecidos, levantou-se contra ele e fez todo o possível para neutralizar os efeitos dessa nova bênção." "Muitos clérigos sustentaram que o intento de liberar a mulher de sua maldição primitiva era lutar contra a lei divina."

Uma das coisas mais necessárias na vida é o exame ousado que seja capaz de nos demonstrar quando atuamos a partir de princípios válidos e

quando somos vítimas de nossos preconceitos irracionais. Qualquer homem que seja miserável por seus preconceitos tem olhos que

obscurecem e distorcem sua visão da realidade.

  1. O ciúme pode alterar nossa visão. Shakespeare nos deu uma expressão clássica desta paixão na tragédia de Otelo. Otelo, um mouro,

que se tornou famoso por seus atos de valentia, casa-se com Desdémona. Esta o ama com total dedicação e completa fidelidade. Como general do exército de Veneza, Otelo promove a Cássio em lugar de promover a

Lago. Este é consumido pelo ciúme, e mediante uma meticulosa tramóia, e distorcendo os fatos para seu próprio benefício, semeia na mente de Otelo suspeita com respeito à fidelidade de Desdémona. Inventando

evidências para demonstrar suas afirmações, acende em Otelo uma paixão de ciúme tão desmedida que este termina assassinando a Desdémona, afogando-a com um travesseiro.

A. C. Bradley escreve: "Ciúme como o de Otelo transformam a

natureza humana em um caos, e liberam a besta que todo homem encerra." Muitos casamentos, muitas amizades, foram destroçados pelo ciúme, que é capaz de fazer aparecer circunstâncias perfeitamente inocentes como ações culpadas, e que nos cegam à verdade e à realidade.

  1. O orgulho pode alterar nossa visão. Em sua biografia de Mark Rutherford, Catherine Macdonald MacLean inclui uma observação

particularmente cáustica com respeito ao John Chapman, o editor e livreiro de quem em uma época Rutherford fora empregado: "Belo como

um Lorde Byron, de maneiras amáveis, era extremamente atrativo para as mulheres, e ele se acreditava ainda mais atrativo do que em realidade era."

O orgulho afeta de duas maneiras a visão de qualquer homem, porque nos torna incapazes de ver a nós mesmos tal como somos em

realidade e de ver a outros como em realidade são. Se estamos convencidos de nossa extraordinária sabedoria, nunca seremos capazes de perceber nossas tolices; e se formos cegos para tudo o que não sejam

nossas virtudes, nunca perceberemos nossos defeitos. Sempre que nos comparemos com outros, suporemos uma vantagem em nós. Jamais estaremos em condições de nos criticar a nós mesmos, e portanto jamais

seremos capazes de melhorar. A luz em que deveríamos ver a nós mesmos e a outros será total escuridão.

A NECESSIDADE DE OLHOS GENEROSOS

Mateus 6:22-23 (continuação)

Mas aqui Jesus fala de uma virtude em particular que enche de luz

os olhos, e de um defeito que os obscurece. Em nossas versões se qualifica o olho como bom, são ou simples e mau. E este é o significado literal do grego, mas as palavras bom e mau são aqui empregadas, em um sentido muito comum no grego do Novo Testamento, como generoso e generosidade. Tiago diz, com respeito a Deus, que ele dá a todos abundantemente (Jc 1:5), e o advérbio que usa, em grego, é o mesmo que aparece em nosso texto como adjetivo. Paulo exorta a seus amigos a ofertar liberalmente. Temos aqui, outra vez, o mesmo vocábulo (Rm 12:8). Paulo, também, lembra aos cristãos de Corinto da liberalidade ou generosidade das Iglesias da Macedônia, e fala de sua própria generosa beneficência com todos os necessitados (2Co 9:31). Para obter um texto mais fiel ao original devemos traduzir aqui generoso em lugar de bom ou simples. Jesus elogia o olho generoso.

Por oposição, prestemos atenção ao nome do defeito que Jesus condena. Nossas versões dizem mau ou maligno. E este é, certamente, o significado mais comum da palavra grega que aparece neste lugar no texto original. Contudo, tanto no Novo Testamento como na Septuaginta, este vocábulo também significa normalmente miserável ou avaro ou mesquinho. Deuteronômio nos fala do dever de emprestar ao irmão que necessita. Mas esta disposição se complica com a lei de que cada sete anos deviam considerar-se todas as dívidas perdoadas. Era muito provável que se estivesse perto o "sétimo ano", o avaro se negasse a emprestar, por temor a que seu devedor se acolhesse ao cancelamento de dívidas com que podia beneficiar-se ao chegar o momento, e deste modo jamais lhe devolvesse o que tinha recebido. Por isso a lei estabelece: "Guarda-te não haja pensamento vil no teu coração, nem digas: Está próximo o sétimo ano, o ano da remissão, de sorte que os teus olhos sejam malignos para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada, e ele clame contra ti ao SENHOR, e haja em ti pecado" (Dt 15:9).

As palavras sublinhadas são exatamente as mesmas que aparecem no ensino de Jesus. É evidente que aqui olhos maus significa com

mesquinhez, de modo avaro, com má vontade. Voltamos a encontrar a expressão em Pv 23:6, onde a V.M. diz literalmente: "Não coma

o pão daquele que tem olho mau." Quer dizer "Não seja hóspede daquele que grunhe por cada bocado que você come."

Assim também em Pv 28:22, onde lemos: "O homem que se apressa em busca da riqueza tem olho maligno" (V.M.), e significa:

"O avaro, que sempre desconfia de outros, busca apropriar-se de tudo o que pode." Para chegar ao significado exato das palavras de Jesus em vez de "olho mau" deveríamos traduzir olho avarento.

De modo que Jesus afirma: "Não há nada como a generosidade para nos permitir ver a vida e as pessoas de maneira correta: e não há nada como a avareza para fazer com que nossa visão das coisas e das pessoas

seja incorreta."

  1. Devemos ser generosos em nossos julgamentos com respeito a outros. Uma das características da natureza humana é pensar sempre o pior, e encontrar um prazer maligno em repetir o pior. Todos os dias vemos assassinar a boa reputação de pessoas perfeitamente inocentes na fofoca de pessoas cujos juízos estão impregnados de veneno. O mundo se veria livre de muito sofrimento se buscássemos pensar o melhor e não o pior com respeito a nosso próximo, e se nossa interpretação de suas ações fosse sempre "generosa".
  2. Devemos ser generosos em nossas ações. Em sua biografia de Mark Rutherford, Catherine Macdonald MacLean nos conta a respeito dos dias em que Rutherford foi trabalhar em Londres: "Desde essa época pode perceber-se nele o começo de sua carinhosa piedade pelas almas dos homens que haveria de converter-se em um de seus hábitos... A pergunta que o queimava, preocupado como estava pelo destino de muitos de seus vizinhos no subúrbio onde iria trabalhar, era, ‘O que eu posso fazer? Como posso ajudá-los?’ Parecia-lhe, naquele tempo, como sempre, que até a ação mais simples possuía maior valor que a mais veemente indignação que só se expressa em palavras.”

Quando Mark Rutherford trabalhava com Chapman, ele editor, vivia e trabalhava no mesmo lugar que George Eliot – ou Maria Evans,

que tal era seu verdadeiro nome. Uma coisa lhe impressionou de maneira particular com respeito a esta mulher: "Era pobre. Possuía uma pequena renda, e mesmo que esperava poder ganhar a vida como escritora, seu futuro era incerto. Mas era fantasticamente generosa. Sempre estava

ajudando aos cães coxos a subir as soleiras, e a pobreza de outros a fazia sofrer mais que a sua própria. Chorava com mais amargura por não poder ajudar a alguma irmã necessitada, que por qualquer de suas

próprias privações."

Quando começamos a nos sentir assim, é quando podemos ver a outros, e às coisas, em uma perspectiva correta. É então quando nossos

olhos se enchem de luz.

Há três grandes males do espírito pouco generoso, do "olho maligno".

  1. Faz com que nos seja impossível viver conosco mesmos. Quem inveja permanentemente o êxito de outros, diminuindo o seu, apesar de

que um pouco de generosidade poderia repartir felicidade a outros, fechando seu coração frente às necessidades imperiosas de outros, transforma-se em uma das mais tristes criaturas da Terra – o homem avarento. Em seu interior crescem uma amargura e um ressentimento que

lhe priva de toda felicidade, que roubam sua paz e destroem sua alegria.

  1. Faz com que nos seja impossível viver com os demais. O avaro é aborrecido por todos: não há indivíduo mais desprezado que o de

coração miserável. A caridade cobre multidão de pecados, mas o espírito ambicioso, por outro lado, torna inúteis uma multidão de virtudes. Por mais mau que seja o homem generoso, sempre haverá quem o ame; por

melhor que seja o avaro, todos o detestarão.

  1. Faz com que nos seja impossível viver com Deus. Não há ninguém tão generoso como Deus; em última análise, não pode haver

comunhão entre dois seres que fundam sua existência em princípios diametralmente opostos. Não pode haver comunhão entre o Deus que vive inflamado por um profundo amor, e o avaro, cujo coração está

congelado pela mesquinharia.

O olho avarento distorce nossa visão; o olho generoso é o único capaz de ver com clareza, porque é o único que vê como Deus vê.

SERVIÇO EXCLUSIVO

Mt 6:24

Para alguém criado no mundo antigo esta afirmação possuía muito mais força e clareza que para nós. Nossas versões dizem: "Ninguém pode servir a dois senhores." O original grego é muito mais contundente. A palavra que se utiliza para "servir" é o verbo duláin, que significa "ser

escravo". Trata-se portanto de ser escravo de dois amos. Além disso, a

palavra traduzida "senhor" é kurios e, em grego, kurios era o amo absoluto, o senhor de vida e morte. Possivelmente seria mais exato traduzir "Ninguém pode ser escravo de dois amos".

Para compreender tudo o que isto significa e implica, devemos lembrar duas coisas com respeito à instituição da escravidão no mundo

antigo. Em primeiro lugar, aos olhos da lei o escravo não era uma pessoa, era uma coisa. Carecia absolutamente de direitos que fossem próprios; seu amo podia fazer dele absolutamente o que bem quisesse.

Para a lei, o escravo era uma ferramenta viva. Seu amo podia vendê-lo, castigá-lo, descartá-lo e até matá-lo. Era sua posse de maneira tão completa como o eram seus bens materiais. Em segundo lugar, o

escravo, na antiguidade, carecia completamente de tempo próprio. Todos os momentos de sua vida pertenciam a seu amo.

Sob as condições de trabalho que regem na atualidade a pessoa

trabalha certo número de horas e fora desse tempo, sua vida lhe pertence e pode fazer o que quiser. De fato, com freqüência é possível que muitos encontrem e desenvolvam seu verdadeiro interesse vital fora das horas de trabalho. Alguém pode estar empregado em um escritório, durante o dia, e ser o primeiro violino em uma orquestra, durante a noite. Pode trabalhar em uma fábrica, ou em uma oficina siderúrgica durante o dia, e dirigir um clube de jovens durante a noite, ou nos fins de semana. E é possível que na Música, ou na liderança do grupo juvenil, estes indivíduos encontrem o verdadeiro deleite e realização de suas vidas. Era muito diferente com os escravos, na antiguidade. O escravo não possuía, literalmente, tempo algum que pudesse considerar dele. Todos os seus momentos pertenciam a seu amo e estava sempre ao seu dispor.

Eis aqui, pois, nossa relação com Deus. Com respeito a Deus não temos direito algum. Deus deve ser o amo indisputado de nossas vidas.

Nunca podemos nos perguntar: "O que eu quero fazer?" Sempre, nossa pergunta deve ser: "O que Deus quer que eu faça?" Não nos pertence

momento algum. Não podemos dizer, às vezes: "Agora farei o que Deus quer que eu faça", e às vezes: "Agora farei o que eu quero fazer." O

cristão não deixa jamais de ser cristão, ele não tem "férias" ou "licença" de cristão. Em nenhum momento pode pôr entre parêntese a exigência de Deus sobre sua vida, como se não estivesse "de serviço". Não basta com uma obediência parcial ou de vez em quando. Ser cristão é um trabalho de tempo integral. Em nenhum outro lugar da Bíblia se expressa de maneira tão clara que Deus exige de nós um serviço exclusivo.

Jesus segue dizendo: "Não podeis servir a Deus e às riquezas." Para os rabinos judeus as riquezas não eram, pelo menos em princípio, uma

coisa moralmente imperdoável. Tinham um dito, por exemplo, que declarava: "Que a riqueza de seu vizinho te seja tão cara a ti como o é para ele." Quer dizer, que a pessoa deve considerar as posses materiais

do próximo tão sacrossantas como as próprias. Mas com o correr do tempo, a palavra que significava "riquezas", em hebreu mamom, foi modificando sutilmente seu significado. Mamom provém de uma raiz

que significa confiar, e a princípio queria dizer aquele dinheiro que confiamos a alguém para tê-lo seguro. Era a riqueza que se confiava aos cuidados de alguém. Mas com o passar do tempo chegou a significar não

aquilo em que se confia, mas aquilo em que alguém põe sua confiança. Finalmente s escreveu com M maiúscula e chegou a ser considerado uma espécie de divindade: Mamom.

A história desta palavra mostra de maneira vívida como as posses materiais podem usurpar um lugar na vida que nunca lhes pertenceu. Originalmente as riquezas eram algo que se confiava a outros para que as cuidassem; no final chegaram a considerar-se como aquilo no qual o homem põe sua confiança. Por certo que não há descrição mais adequada do deus a quem servimos que dizer que é aquilo em que pomos nossa confiança. Quando pomos nossa confiança no poder das coisas materiais, estas deixaram que transformar-se em nosso sustento para passar a ser o nosso deus.

O LUGAR DAS POSSES MATERIAIS

Mt 6:24 (continuação)

Este dito de Jesus nos obriga a refletir sobre o lugar que as posses materiais devem ocupar na vida do homem. Na base do ensino de Jesus

sobre as posses materiais, há três princípios fundamentais:

  1. Em última análise todas as coisas pertencem a Deus. A Escritura o coloca de modo claro. "Do Senhor é a terra e sua plenitude, o

mundo e os que nele habitam" (Sl 24:1). "Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas.... Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se

contém" (Sl 50:10,Sl 50:12). Nos ensinos de Jesus, é o Senhor quem dá aos servos seus talentos (Mt 25:15), e o dono é quem arrenda a vinha aos lavradores (Mt 21:33). Este princípio tem conseqüências de longo alcance. O homem pode vender e comprar as coisas, pode, em

certa medida, modificá-las e reordená-las; mas não pode criar nada. A propriedade última de tudo o que existe é divina. Não há nada neste mundo em que o homem possa dizer de modo absoluto: "Isto é meu."

Com respeito a todas as coisas só pode dizer: "Isto pertence a Deus, e Deus me confiou isso para que eu usar."

Portanto, surge um princípio fundamental da vida. Não há nada

neste mundo que seja minha de maneira absoluta, e portanto com respeito a nada posso dizer: "Isto é meu, e portanto posso fazer com isso o que eu quiser." Com respeito a todas as coisas estão obrigados a dizer: "Isto é de Deus, e portanto devo usá-lo tal como seu proprietário quisesse que fosse usado."

Há a história de um menino criado na cidade que pela primeira vez em sua vida foi levado ao campo e viu um prado coberto de flores

silvestres. Voltando-se para sua professora, disse-lhe: "Você acha que Deus Se importaria se corto algumas de suas flores?" Esta é a atitude correta frente à vida e às coisas neste mundo.

  1. O segundo princípio básico é que as pessoas sempre são mais importantes que as coisas. Se para adquirir posses, para amassar fortunas, para acumular dinheiro, é preciso tratar as pessoas como coisas, toda a riqueza que consigamos adquirir é essencialmente má. Em qualquer lugar e quando for preciso esquecer este princípio ou passar por cima dele, as conseqüências depois serão desastrosas. Na Grã-Bretanha ainda se sofrem as conseqüências de ter-se tratado as pessoas como se fossem coisas nos primeiros dias da era industrial, faz duzentos ou trezentos anos.

Sir Arthur Bryant, em seu livro A Saga Inglesa, conta algumas das coisas que ocorriam naqueles tempos. Meninos de sete e oito anos de

idade (e há até o caso de um que tinha apenas três) eram empregados como operários nas minas de carvão. Alguns tinham que arrastar as bacias carregadas de mineral caminhando sobre as mãos e os joelhos por

galerias intermináveis no túnel subterrâneo; alguns tinham que bombear a água para dragar as minas alagadas, durante doze horas diárias, estando eles mesmos na água até os joelhos; alguns tinham que abrir e fechar as

aberturas de ventilação dos poços, para o qual ficavam encerrados em pequenas câmaras de ventilação até dezesseis horas diárias.

Em 1815 os meninos que trabalhavam nas tecelagens cumpriam um

horário que ia das 5 da manhã às 8 da noite, de segunda-feira à sábado, e com meia hora para o café da manhã e meia hora para o almoço como únicos recreios. Em 1833 havia 84.000 meninos menores de quatorze anos empregados na indústria. Até se registra um caso em que, não necessitando-se mais o trabalho de certo grupo de meninos, os levaram ao campo e os abandonaram à sua própria sorte. Os donos da fábrica disseram que em realidade não os haviam "abandonado", mas os tinham deixado em liberdade. Reconheceram, sim, que provavelmente tivessem que mendigar ou roubar para continuar vivendo.

Em 1842 os operários têxteis de Burnley ganhavam 7½ peniques diários, e os mineiros do Staffordshire 2 xelins 6 peniques. Havia quem

compreendia a loucura criminal do sistema. Carlyle declarou, cheio de

ira: "Se a indústria têxtil está cimentada nos corpos desnutridos dos meninos que exploram como mão de obra barata, que a indústria têxtil desapareça; se o diabo dirigir nossas tecelagens, fechemos nossas tecelagens." Sustentava-se que para manter baixos os custos era necessário contar com mão de obra barata. Coleridge respondeu: "Tinham que reduzir o preço de venda no mercado em uns poucos centavos mantendo o mais baixo possível a mão de obra; mas isto se faz debilitando a força da nação; desmoralizamos a milhares de nossos concidadãos, e semeamos o descontentamento entre as classes sociais. Os produtos industriais que saem de nossas fábricas depois de tudo são muito caros."

É certo que hoje a situação é muito distinta. Mas existe o que se pode chamar memória racial. Lá no fundo, na memória inconsciente do povo, ficou indelével a lembrança daqueles dias. Quando se trata as pessoas como se fossem coisas, como máquinas, como instrumentos para produzir mercadorias e enriquecer assim a seus empregadores, não se podem esperar senão desastres, com tanta segurança como a noite sucede ao dia. A nação que esquece o princípio da importância única e fundamental da pessoa, acima das coisas, está hipotecando seu futuro.

  1. O terceiro princípio é que a riqueza sempre é um bem subordinado. A Bíblia não diz que o dinheiro seja o princípio de todos os

males, mas sim "o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males" (1Tm 6:101Tm 6:10, BJ). É perfeitamente possível encontrar-se na posse de bens materiais o que alguns chamaram um "substituto da salvação". A

pessoa pode pensar que porque é rico pode comprar tudo, que pode livrar-se de qualquer situação. A riqueza pode transformar-se para ele na medida de todas as coisas, em seu único afã, na única arma para

enfrentar a vida. Se alguém deseja possuir bens materiais para obter uma relativa autonomia, para atender a suas necessidades familiares e para poder ajudar ao próximo, está perfeitamente bem; mas se deseja a

riqueza somente para desfrutar de prazeres e luxos, se a riqueza se transformou no objetivo principal de sua vida, a razão pela qual vive,

pode afirmar-se sem vacilação que os bens materiais deixaram que ser um bem subordinado, para usurpar na vida o lugar que corresponde a Deus.

De tudo isto surge uma verdade – a posse de riquezas, de dinheiro ou de objetos materiais não é pecado, mas é uma grave e séria

responsabilidade. Se alguém possuir abundância de dinheiro ou de bens materiais, não deve felicitar-se a si mesmo, antes ajoelhar-se em oração. para poder usar suas riquezas tal como Deus quer que o faça.

DUAS GRANDES PERGUNTAS SOBRE AS POSSES

Mt 6:24 (continuação)

Há duas grandes perguntas com respeito às posses materiais, e da resposta que dermos depende tudo.

  1. Como a pessoa fez para obter as posses de que desfruta? Tem

ela feito de maneira tal que se Jesus Cristo fosse testemunha de seus "negócios" poderia orgulhar-se, ou o tem feito de maneira que queria ocultar-lhe? É possível acumular riquezas à custa da honestidade e da honra.

George Macdonald conta de um comerciante em um povo que tinha chegado a ser muito rico. Ao medir os tecidos que vendia, calculava para

não dar a medida exata. George Macdonald afirmava, sobre esse homem, que "tirava de sua alma e metia em sua bolsa".

É possível engordar a conta bancária emagrecendo a consciência.

Também se pode acumular riquezas esmagando os competidores mais fracos. Há muitos que baseiam seu êxito no fracasso de outros. Muitos conseguiram progredir tirando outros do caminho. É difícil conceber como o que triunfa desse modo pode dormir tranqüilo de noite. Pode-se acumular riquezas descuidando as obrigações superiores.

Robertson Nicoll, o grande editor, era filho de um pastor do nordeste de Escócia. A grande paixão de seu pai era a leitura, e embora

nunca tinha ganho um salário folgado, chegou a ter a maior biblioteca

particular da Escócia, com 17.000 volumes. Não usava seus livros na preparação de seus sermões. Limitava-se a comprá-los, lê-los, e pô-los nas estantes. Quando cumpriu os quarenta anos se casou com uma jovem de vinte e quatro. Oito anos depois das bodas, aquela pobre mulher morria de tuberculose. Tiveram cinco filhos, mas somente dois chegaram à idade adulta. O indiscriminado aumento dos livros ia enchendo pouco a pouco todas as habitações da casa, e até os passadiços estavam abarrotados deles. Seu proprietário se deleitava com eles, mas tal paixão matou a sua esposa e três de seus filhos.

Há posses que se adquirem a muito custo. Todo homem deve perguntar-se: "Como adquiro o que possuo?"

  1. Como se usam as riquezas que se chegaram a adquirir? Há vários modos em que se podem usar as riquezas.

Pode não se dar a elas uso algum. Muitos se caracterizam pelo

instinto aquisitivo do avaro, que se deleita simplesmente na posse. Suas posses podem ser completamente inúteis – e a inutilidade sempre é desastrosa.

Pode dar-se a elas um uso totalmente egoísta. É possível desejar um salário maior simplesmente porque se quer comprar um automóvel maior, ou um novo televisor, ou umas férias mais caras. Pode-se pensar

nas posses somente em termos do que estas podem fazer a favor de si mesmos.

Pode dar-se a elas um uso maligno. Pode-se usar a riqueza para persuadir a alguém de que faça algo que não deve, ou vender coisa que

não se tem direito a vender. Muitos jovens foram subornados ou induzidos ao pecado pelo dinheiro de alguém. A riqueza dá poder, e o homem corrompido pode usar seu dinheiro para corromper a outros. E

isto, aos olhos de Deus, é um terrível pecado.

Mas também se pode usar a riqueza para obter uma medida de independência pessoal e para a felicidade de outros. Não se necessita muito dinheiro para assumir esta atitude, porque uma ação generosa não se mede pelo montante da dádiva. É impossível ser pervertido pelas

riquezas se o seu possuidor as utiliza para fazer outros felizes. Paulo lembra um dito de Jesus que todos os outros apóstolos tinham esquecido: "Mais bem-aventurado é dar que receber" (At 20:35). Uma das características de Deus é sua generosidade, e se dar é para nós mais importante que receber, usaremos de maneira correta o que possuímos, seja muito ou pouco.

A PREOCUPAÇÃO PROIBIDA

Mateus 6:25-34

Devemos começar nosso estudo desta passagem nos assegurando de

que entendemos o que é o que Jesus proíbe e o que autoriza. O que Jesus proíbe não é a prudência que prevê o futuro a fim de tomar medidas necessárias para responder, oportunamente, a suas demandas. Proíbe o afã, o angustiar-se pelo manhã antes de saber o que nos trará o manhã. Jesus não recomenda uma atitude displicente, que não faz provisão para o futuro nem reflete sobre o que o futuro pode significar concretamente em termos de exigências e possibilidades. Proíbe, sim, o temor ansioso, doentio, que é capaz de eliminar toda possibilidade de alegria da vida.

No

original

grego

se

usa

o

termo

merimnan,

que

significa preocupar-se ansiosamente. Em uma carta que se encontrou escrita em

um papiro, a esposa diz a seu marido, que está viajando: "Não posso dormir nem de noite nem de dia, ansiosa (merimnan) como estou por seu bem-estar". Em outra carta, a mãe, ao inteirar-se da boa saúde e

prosperidade de seu filho, responde-lhe: "Tal é minha oração e

ansiedade (merimnan) todo o tempo."

Anacréon,

o

poeta,

escreveu:

"Quando

bebo

vinho,

minhas preocupações

dormem."

Em

grego,

a

palavra

merimnan

denota

ansiedade, preocupação, afã.

Os judeus conheciam perfeitamente esta atitude frente à vida. O ensino dos grandes rabinos era que a atitude de todo crente para com a

vida devia estar constituída principalmente por uma combinação de

prudência e serenidade. Insistiam, por exemplo, em que todo homem devia ensinar um ofício a seus filhos homens, porque, conforme afirmavam, não lhes ensinar um ofício significava ensiná-los a roubar. Quer dizer, acreditavam que era necessário dar todos os passos recomendáveis para um desempenho prudente na vida. Mas, ao mesmo tempo, diziam: "Aquele que tem um pão em sua cesta e diz: 'O que comerei amanhã?' é um homem de pouca fé."

A lição de Jesus era bem conhecida por seus concidadãos que se deve combinar a prudência, a antecipação e a serenidade em nossa

atitude diante da vida.

A ANSIEDADE E COMO SE CURA

Mateus 6:25-34 (continuação)

Nestes dez versículos Jesus apresenta sete argumentos contra a

ansiedade.

  1. Começa assinalando (v. Mt 6:25) que Deus nos deu a vida, e que se tal foi a magnitude de seu dom, bem podemos confiar nEle com respeito

às coisas menores. Se Deus nos deu a vida, certamente também nos dará o alimento que necessitamos para seu sustento. Se nos deu corpos, certamente podemos confiar que terá que nos dar também roupa para que

os cubramos e abriguemos. Se alguém nos der um dom que não tem preço, podemos confiar que sua generosidade será sempre magnânima, que não será mesquinho nem surdo ante nossa necessidade. Portanto, o

primeiro argumento é que se Deus nos deu a vida, podemos confiar em que nos dará todas as coisas que necessitamos para sustentá-la.

  1. Jesus prossegue falando das aves (v. Mt 6:26). Sua vida está

desprovida de preocupação. Nunca armazenam o que podem chegar a necessitar em um futuro imprevisível; e entretanto seguem vivendo.

Mais de um rabino se sentiu fascinado ante o modo de vida dos animais. O Rabino Simeão disse:

"Jamais em minha vida vi um cervo que tirasse figos, nem um leão que transportasse cargas, nem uma raposa que fosse comerciante, e entretanto todos eles se alimentam, sem afã algum. Se eles, que foram criados para me servir, vivem sem preocupações, quanto mais eu, que fui criado para servir a meu Criador, deveria viver sem trabalhar em excesso por meu alimento; mas eu corrompi minha vida, e desse modo, prejudiquei minha substância."

Jesus não quer dar ênfase ao fato de que as aves não trabalham; tem-se dito que provavelmente o pardal seja um dos seres viventes que

mais trabalha para comer; no que insiste é em que estão desprovidos de afã. Não se poderia encontrar nos animais esse afã do homem por vigiar um futuro que não pode ver; nem tampouco é característico deles

acumular bens a fim de desfrutar de uma certa segurança para o futuro.

  1. No versículo 27 Jesus prossegue demonstrando que, de todos os modos, a preocupação é inútil. Este versículo pode interpretar-se de duas

maneiras distintas. Pode significar que ninguém, por mais que se preocupe, pode aumentar de estatura. Mas a medida que Jesus usa como exemplo equivale a uns quarenta centímetros, e nenhum homem, por

mais baixo que seja, quereria acrescentar quarenta centímetros à sua estatura. Também pode significar, por outro lado, que por mais que nos preocupemos não podemos acrescentar nem um dia à nossa vida, e este

significado é mais provável. De todos os modos, o que Jesus quer dizer é que a preocupação é inútil.

  1. Jesus prossegue referindo-se às flores (vs. Mt 6:28-30). Fala delas do modo como o faria alguém capaz das amar.

Os lírios do campo a que faz referência são provavelmente as papoulas e as anêmonas. Floresciam silvestres, durante um só dia, nas serranias da Palestina. E entretanto, durante tão breve vida estavam

vestidas de uma beleza que ultrapassava a dos mantos reais. Quando morriam, não serviam para outra coisa que para ser queimadas. O forno que se usava nos lares palestinenses era feito de barro. Era uma espécie

de cubo de barro que se colocava sobre o fogo. Quando se desejava elevar a temperatura desses fornos de modo rápido, adicionavam-se ao

fogo molhos de ervas e flores silvestres secas e uma vez acesos eram postos dentro do forno. As flores do campo viviam um só dia, e depois somente serviam para ser queimadas e ajudar à mulher que queria assar algo e tinha pressa. E entretanto, Jesus as vestia de uma beleza que o homem, em seus melhores intentos, nem sequer pode imitar. Se Deus outorgar tanta beleza a uma flor, que somente viverá umas poucas horas, quanto mais fará a favor do homem? Certamente uma generosidade que é tão pródiga com uma flor de um dia, não deve esquecer do homem, que é a coroa de toda a criação.

  1. Jesus segue propondo um argumento fundamental contra a ansiedade. A ansiedade, diz Ele, é característica dos pagãos e não de

quem conhece a Deus tal qual Ele é (v. Mt 6:32). A ansiedade é essencialmente desconfiança com respeito a Deus. Tal desconfiança é compreensível em um pagão, que acredita em deuses egoístas,

caprichosos e imprevisíveis, porém não se pode aceitar nos que aprenderam a chamar a Deus com o nome de Pai. O cristão não pode trabalhar em excesso porque aprendeu a acreditar no amor de Deus.

  1. Jesus prossegue sugerindo dois modos de derrotar a ansiedade. O primeiro é concentrar-se acima de tudo na busca do Reino de Deus. Já vimos que procurar o Reino de Deus e fazer a vontade de Deus são a

mesma coisa (Mt 6:10). A aceitação da vontade divina, e o propósito de pô-la em ação em nossas vidas, é a primeira maneira de derrotar a preocupação. Sabemos muito bem, por nossa própria experiência, como um grande amor pode eliminar de nossa mente qualquer outro interesse e

preocupação. Tal amor pode ser capaz de inspirar o trabalho, intensificar o estudo, purificar a vida, dominar a totalidade do ser. A convicção de Jesus é que quando Deus se torna o poder dominante de nossas vidas

desaparece toda ansiedade.

  1. Por último, Jesus afirma que a preocupação pode ser derrotada, aprendendo a arte de viver um dia de cada vez (V. 34). Os judeus tinham

um dito que afirmava: "Não se preocupe com os males de amanhã, porque você não sabe o que lhe pode trazer no dia de hoje. Amanhã

talvez você não esteja vivo, e então você terá ficado preocupado pelos males de um mundo que não lhe pertencerá."

Se vivermos cada dia tal como se nos apresenta, se cumprirmos cada tarefa quando é o momento de fazê-lo, a soma de nossos dias será

necessariamente boa. A recomendação de Jesus é que deveríamos enfrentar cada dia segundo suas próprias exigências, sem preocupar-se com um futuro que não somos capazes de prever e por coisas que provavelmente nem sequer aconteçam.

A INSENSATEZ DA ANSIEDADE

Mateus 6:25-34 (continuação)

Vejamos, agora, se podemos sistematizar os argumentos de Jesus contra a ansiedade.

  1. A ansiedade é desnecessária, inútil e até nociva. Não pode

afetar o passado, porque ninguém pode modificar o que ficou para trás. Omar Khayám tinha razão quando escreveu:

"O dedo que se move escreve e, tendo escrito, continua escrevendo; nem toda a sua piedade e imaginação seriam incapazes de convencê-lo a apagar sequer uma linha. Nem todas as suas lágrimas serão capazes de apagar sequer uma palavra."

O

passado

passou.

Isto

não

quer

dizer

que

alguém

deva

desentender-se de seu passado, mas sim que deveria usá-lo como incentivo e guia para agir melhor no futuro, e não como objeto de uma ansiedade em que se atrasa até ficar totalmente imóvel e incapaz de agir. Do mesmo modo, é inútil trabalhar em excesso pelo futuro.

Alistair MacLean, em um de seus sermões, conta uma história que tinha lido. O herói era um médico londrino. "Tinha ficado paralítico, e

não podia levantar-se da cama, mas todo o tempo o via alegre, e sua alegria era quase ofensiva. Seu sorriso era tão valente e radiante que todos esqueciam de compadecer-se dele. Seus filhos o adoravam, e quando um deles estava por abandonar o ninho e lançar-se à aventura da

vida, o doutor Greatheart ("coração grande") deu-lhe a seguinte recomendação: "Johnny", disse-lhe, "o que deve fazer é manter-se a si mesmo firme em suas obrigações e objetivos, e fazê-lo como um cavalheiro. E lembre, por favor, que a maioria dos problemas que terá que enfrentar são os que jamais se apresentam."

Trabalhar em excesso pelo futuro é um esforço inútil, e o futuro real nunca é tão desastroso como o futuro de nossos temores.

Mas a ansiedade é pior que inútil; muito freqüentemente é direta e

ativamente daninha. As duas enfermidades típicas da vida moderna são a úlcera no estômago e a trombose coronária, e em muitos casos ambas procedem da excessiva preocupação. É um fato comprovado pela medicina que aqueles que riem mais, vivem mais. A ansiedade, que desgasta a mente, também desgasta o corpo, junto com ela. Afeta a capacidade de julgamento do homem, diminui seu poder de decisão e o torna progressivamente cada dia mais incapaz de enfrentar a vida. Que cada qual enfrente o melhor que possa cada situação – não pode fazer mais que isso – e deixe o resto a Deus.

  1. A ansiedade é cega. Nega-se a aprender a lição que lhe oferece a natureza. Jesus nos pede que olhemos às aves, toda a maravilhosa abundância e riqueza que respalda a natureza, e que confiemos no amor que nos fala através dessa riqueza. A ansiedade se nega a aprender a lição que a História lhe oferece.

Um salmista se alegrava recordando os acontecimentos da história de seu povo. "Deus meu", exclama, “Sinto abatida dentro de mim a

minha alma”, e prossegue dizendo: “Lembro-me, portanto, de ti, nas terras do Jordão, e no monte Hermom, e no outeiro de Mizar.” (Sl 42:5, Sl 42:6, conforme com Dt 3:9). Quando tudo se fazia insuportável

ele recebia conforto com a memória do que Deus tinha feito. O homem que alimenta seu coração com a história do que Deus tem feito no passado, nunca temerá pelo futuro. A ansiedade se nega a aprender a

lição que a vida lhe ensina. Seguimos vivendo, e ainda não temos a soga ao pescoço; e entretanto, se alguém nos dissesse alguma vez que

teríamos que passar os maus momentos que passamos, e superado, nós lhe diríamos que seria impossível. A lição da vida é que, de algum jeito, fomos capacitados para suportar o insuportável, e para ir mais à frente do ponto de fratura, sem nos fraturar. A lição da vida é que a ansiedade é desnecessária.

  1. A ansiedade é uma atitude essencialmente irreligiosa. Não é conseqüência de circunstâncias exteriores. Em uma mesma situação um pode sentir-se totalmente sereno e outro, em troca, morrer de

preocupação. Tanto a preocupação como a paz provêm, não das circunstâncias exteriores, mas sim do coração.

Alistair MacLean cita uma história de Tolero, o místico alemão.

Um dia Tolero se encontrou com um mendigo. "Deus lhe dê um bom dia, amigo", disse-lhe. "Dou graças a Deus porque todos os meus dias foram bons", respondeu-lhe o mendigo; "nunca fui infeliz." Surpreso, Tolero lhe perguntou: "O que você quer dizer?" "Quando faz bom tempo", disse o pobre homem, "dou graças a Deus; quando chove, dou graças a Deus; quando tenho abundância, dou graças a Deus. E dou graças a Deus quando passo fome. E desde que a vontade de Deus é minha vontade, e tudo o que agrada a Deus, agrada a mim também, por que teria que dizer que sou infeliz, quando em realidade não o sou?" Surpreso, Tolero voltou a lhe perguntar: "Quem é você?" E o mendigo lhe respondeu: "Sou um rei." "Onde está seu reino?", perguntou Tolero. E o mendigo lhe respondeu, muito tranqüilo: "Em meu coração."

Isaías já o havia dito, muito tempo antes: "Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele

confia em ti" (Is 26:3). Como sustentava aquela mulher nórdica da história: "Sempre sou feliz, e meu segredo é navegar sempre pelos

mares, mas deixar sempre meu coração no porto."

É possível que haja pecados piores que a ansiedade, mas certamente nenhum é tão prejudicial, nenhum tão paralisante.

"Não pensem no manhã com ansiedade", é o mandamento de Jesus, e este é o caminho que há que nos levar não somente à paz, mas também ao poder.


Dicionário

Aposento

Aposento Cômodo de uma casa; quarto (Jr 22:13); (Mc 14:14).

aposento s. .M 1. Casa de residência, moradia, hospedage.M 2. Compartimento de casa, especialmente quarto de dormir.

Entra

3ª pess. sing. pres. ind. de entrar
2ª pess. sing. imp. de entrar

en·trar -
verbo intransitivo

1. Dar entrada, ingressar.

2. Penetrar.

3. Começar; principiar.

4. Invadir.

5. Desaguar, desembocar.

6. Contribuir.

7. Pagar ou apresentar a cota que lhe toca.

8. Ser contado ou incluído.


entrar em si
Considerar melhor; considerar com sangue-frio.


Oculto

adjetivo Que se consegue ocultar; escondido, secreto.
Que não se conhece nem se tem conhecimento sobre; desconhecido: territórios ocultos.
Envolto em mistério; misterioso: práticas ocultas.
Que não se mostra nem se revela; escondido.
expressão Ciências ocultas. Ciência cujo conhecimento e prática são envoltos em mistério (a alquimia, a magia, a astrologia, a cabala, a nicromancia etc.).
Etimologia (origem da palavra oculto). Do latim occultus.a.um, do latim occulare, "esconder".

Orar

verbo regência múltipla Rezar; fazer uma oração, uma prece aos Deuses e santos de devoção: orou um cântico à Maria; orou pelos necessitados; precisava orar antes do trabalho.
Suplicar ou implorar; pedir insistentemente; solicitar com humildade: orava aos anjos; orou a caridade dos homens; orava com devoção.
verbo transitivo indireto e intransitivo Discursar; falar publicamente: o presidente orou insistentemente sobre a oposição política.
Etimologia (origem da palavra orar). Do latim orare.

e PRECE
Referencia:


Pai

Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

[...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

Porta

substantivo feminino Abertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar.
Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura.
Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo.
Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.

substantivo feminino Abertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar.
Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura.
Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo.
Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.

As portas das casas, bem como asdas cidades, eram de madeira, de ferro, ou de cobre (1 Sm 4.18 – At 12:10-13). As portas das cidades eram os lugares de maior afluência do povo para negócios, processos judiciais, conversação, e passatempo na ociosidade (Gn 19:1Dt 17:5-25.7 – Rt 4:1-12 – 2 Sm 15.2 – 2 Rs 7.1 – Ne 8:129:7Pv 31:23Am 5:10-12,15). Como remanescente do velho costume e linguagem oriental, ainda hoje se chama Sublime Porta ao conselho ou governo de Constantinopla. As portas das cidades continham escritórios à entrada. Eram de dois batentes – cerravam-se com fechaduras e ainda se seguravam com barras de ferro. A porta Formosa do templo (At 3:2) era inteiramente feita de cobre de Corinto, sendo necessários vinte homens para a fechar.

Porta Abertura que permite a entrada em um edifício. Em sentido simbólico, Jesus é a única porta que nos permite entrar na vida eterna (Jo 10:7-9). Os seres humanos devem evitar as portas largas (Mt 7:13-14), que só conduzem à perdição.

Quando

advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
Em qual época: quando partiram?
advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

Recompensar

recompensar
v. 1. tr. dir. Dar recompensa a; premiar. 2. tr. dir. Valer a pena de; compensar. 3. pron. Indenizar-se, pagar-se.

substantivo masculino Designação da letra v ou V: vassoura se escreve com vê.
Etimologia (origem da palavra ). Com origem na pronúncia da letra v.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
σύ δέ ὅταν προσεύχομαι εἰσέρχομαι εἰς σοῦ ταμεῖον καί κλείω θύρα προσεύχομαι σοῦ πατήρ ὁ ἔν κρυπτός καί σοῦ πατήρ ὁ βλέπω ἔν κρυπτός σοί ἀποδίδωμι
Mateus 6: 6 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
Mateus 6: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G1525
eisérchomai
εἰσέρχομαι
veio
(came)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2374
thýra
θύρα
vidente
(seer)
Substantivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2808
kleíō
κλείω
fechar, trancar
(having shut)
Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
G2927
kryptós
κρυπτός
()
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3752
hótan
ὅταν
o 7o
(and Carcas)
Substantivo
G3962
patḗr
πατήρ
um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
(unto Lasha)
Substantivo
G4336
proseúchomai
προσεύχομαι
o amigo fiel de Daniel que Nabucodonosor renomeou de Mesaque; um dos três amigos
(Meshach)
Substantivo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G5009
tameîon
ταμεῖον
O Hifil em geral expressa a ação “causativa” do Qal - ver 8851
(their groaning)
Substantivo
G591
apodídōmi
ἀποδίδωμι
navio
(of ships)
Substantivo
G991
blépō
βλέπω
ver, discernir, através do olho como orgão da visão
(looking upon)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo


δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

εἰσέρχομαι


(G1525)
eisérchomai (ice-er'-khom-ahee)

1525 εισερχομαι eiserchomai

de 1519 e 2064; TDNT - 2:676,257; v

  1. ir para fora ou vir para dentro: entrar
    1. de homens ou animais, quando se dirigem para uma casa ou uma cidade
    2. de Satanás tomando posse do corpo de uma pessoa
    3. de coisas: como comida, que entra na boca de quem come
  2. metáf.
    1. de ingresso em alguma condição, estado das coisas, sociedade, emprego
      1. aparecer, vir à existência, começar a ser
      2. de homens, vir perante o público
      3. vir à vida
    2. de pensamentos que vêm a mente

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

θύρα


(G2374)
thýra (thoo'-rah)

2374 θυρα thura

aparentemente, uma palavra raiz de [cf “porta”]; TDNT - 3:173,340; n f

  1. porta
    1. vestíbulo
    2. usado de qualquer abertura como uma porta, entrada, caminho ou passagem
    3. em uma parábola ou metáfora
      1. porta através da qual as ovelhas entram e saem, nome daquele que traz salvação para aqueles que seguem a sua orientação
      2. “uma porta aberta”: expressão usada para referir-se à oportunidade de fazer algo
      3. a porta do reino do céu (semelhante a um palácio) denota as condições que devem ser cumpridas a fim de ser recebido no reino de Deus

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κλείω


(G2808)
kleíō (kli'-o)

2808 κλειω kleio

verbo primário; v

  1. fechar, trancar
  2. metáf.
    1. fazer os céus reterem a chuva
    2. negar-se a mostrar compaixão, assim que é como algo inacessível para alguém; estar destituído de pena por alguém
    3. obstruir a entrada no reino do céu

κρυπτός


(G2927)
kryptós (kroop-tos')

2927 κρυπτος kruptos ou κρυφαιος kruphaios

de 2928; TDNT - 3:957,476; adj

  1. oculto, escondido, secreto


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅταν


(G3752)
hótan (hot'-an)

3752 οταν hotan

de 3753 e 302; partícula

  1. quando, sempre que, contanto que, tão logo que

πατήρ


(G3962)
patḗr (pat-ayr')

3962 πατηρ pater

aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

  1. gerador ou antepassado masculino
    1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
    2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
      1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
    3. alguém avançado em anos, o mais velho
  2. metáf.
    1. o originador e transmissor de algo
      1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
      2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
    2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
    3. um título de honra
      1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
      2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
  3. Deus é chamado o Pai
    1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
    2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
      1. de seres espirituais de todos os homens
    3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
    4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
      1. por Jesus Cristo mesmo
      2. pelos apóstolos

προσεύχομαι


(G4336)
proseúchomai (pros-yoo'-khom-ahee)

4336 προσευχομαι proseuchomai

de 4314 e 2172; TDNT - 2:807,279; v

  1. oferecer orações, orar

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

ταμεῖον


(G5009)
tameîon (tam-i'-on)

5009 ταμ(ι)ειον tameion

contração de um suposto derivado de tamias (dispensador ou distribuidor; n n

câmera de armazenamento, depósito

câmera, esp. um quarto interno

câmera secreta


ἀποδίδωμι


(G591)
apodídōmi (ap-od-eed'-o-mee)

591 αποδιδωμι apodidomi

de 575 e 1325; TDNT - 2:167,166; v

  1. entregar, abrir mão de algo que me pertence em benefício próprio, vender
  2. pagar o total, pagar a totalidade do que é dévido
    1. débito, salários, tributo, impostos
    2. coisas prometidas sob juramento
    3. dever conjugal
    4. prestar contas
  3. devolver, restaurar
  4. retribuir, recompensar num bom ou num mau sentido

βλέπω


(G991)
blépō (blep'-o)

991 βλεπω blepo

um palavra primária; TDNT - 5:315,706; v

  1. ver, discernir, através do olho como orgão da visão
    1. com o olho do corpo: estar possuído de visão, ter o poder de ver
    2. perceber pelo uso dos olhos: ver, olhar, avistar
    3. voltar o olhar para algo: olhar para, considerar, fitar
    4. perceber pelos sentidos, sentir
    5. descobrir pelo uso, conhecer pela experiência
  2. metáf. ver com os olhos da mente
    1. ter (o poder de) entender
    2. discernir mentalmente, observar, perceber, descobrir, entender
    3. voltar os pensamentos ou dirigir a mente para um coisa, considerar, contemplar, olhar para, ponderar cuidadosamente, examinar
  3. sentido geográfico de lugares, montanhas, construções, etc.: habilidade de localizar o que se está buscando

Sinônimos ver verbete 5822