Enciclopédia de João 5:24-24

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 5: 24

Versão Versículo
ARA Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.
ARC Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida.
TB Em verdade, em verdade vos digo que o que ouve a minha palavra e crê aquele que me enviou tem a vida eterna e não entra em juízo; pelo contrário, já passou da morte para a vida.
BGB Ἀμὴν ἀμὴν λέγω ὑμῖν ὅτι ὁ τὸν λόγον μου ἀκούων καὶ πιστεύων τῷ πέμψαντί με ἔχει ζωὴν αἰώνιον, καὶ εἰς κρίσιν οὐκ ἔρχεται ἀλλὰ μεταβέβηκεν ἐκ τοῦ θανάτου εἰς τὴν ζωήν.
HD Amém , amém, {eu} vos digo: Quem ouve a minha palavra e crê em quem me enviou, tem a vida eterna e não vai a julgamento , mas passou da morte para a vida.
BKJ Na verdade, na verdade eu vos digo: Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas já passou da morte para a vida.
LTT Em verdade, em verdade vos digo que quem está dando- ouvidos à Minha palavra, e está crendo ① para dentro dAquele havendo-Me enviado, (já agora) tem a vida que- dura- para- sempre, e para dentro de condenação não vem, mas tem passado proveniente- de- dentro- da morte para dentro da vida.
BJ2 Em verdade, em verdade, vos digo: quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não vem a julgamento, mas passou da morte à vida.
VULG Amen, amen dico vobis, quia qui verbum meum audit, et credit ei qui misit me, habet vitam æternam, et in judicium non venit, sed transiit a morte in vitam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 5:24

Marcos 16:16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
João 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 3:18 Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
João 3:36 Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece.
João 6:40 Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho e crê nele tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último Dia.
João 6:47 Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna.
João 8:51 Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.
João 10:27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;
João 11:26 e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?
João 12:44 E Jesus clamou e disse: Quem crê em mim crê não em mim, mas naquele que me enviou.
João 20:31 Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
Romanos 8:1 Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.
Romanos 8:16 O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
Romanos 8:28 E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.
Romanos 8:33 Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
Romanos 10:11 Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.
I Tessalonicenses 5:9 Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,
II Tessalonicenses 2:13 Mas devemos sempre dar graças a Deus, por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito e fé da verdade,
I Pedro 1:5 que, mediante a fé, estais guardados na virtude de Deus, para a salvação já prestes para se revelar no último tempo,
I Pedro 1:21 e por ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus.
I João 3:14 Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; quem não ama a seu irmão permanece na morte.
I João 5:1 Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido.
I João 5:11 E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 5 : 24
Amém
άμην (amém), transliteração do vocábulo hebraico אָמֵן Trata- se de um adjetivo verbal (ser firme, ser confiável). O vocábulo é frequentemente utilizado de forma idiomática (partícula adverbial) para expressar asserção, concordância, confirmação (realmente, verdadeiramente, de fato, certamente, isso mesmo, que assim seja). Ao redigirem o Novo Testamento, os evangelistas mantiveram a palavra no original, fazendo apenas a transliteração para o grego, razão pela qual também optamos por mantê-la intacta, sem tradução.

João 5 : 24
julgamento
Lit. “juízo, julgamento”. Trata-se de expediente linguístico em que se utiliza um vocábulo que nomeia a parte para fazer referência ao todo.
No caso, o termo “julgamento, juízo” diz respeito à justiça como um todo. É também uma prática comum na exegese rabínica.

João 5 : 24
passou
Lit. “ir ou passar de um lugar para outro; ser removido”.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
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Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

30

Galileia

Jesus anuncia pela primeira vez que “o Reino dos céus está próximo”

Mt 4:17

Mc 1:14-15

Lc 4:14-15

Jo 4:44-45

Caná; Nazaré; Cafarnaum

Cura filho de funcionário; lê o rolo de Isaías; vai para Cafarnaum

Mt 4:13-16

 

Lc 4:16-31

Jo 4:46-54

Mar da Galileia, perto de Cafarnaum

Chama quatro discípulos: Simão e André, Tiago e João

Mt 4:18-22

Mc 1:16-20

Lc 5:1-11

 

Cafarnaum

Cura sogra de Simão e outros

Mt 8:14-17

Mc 1:21-34

Lc 4:31-41

 

Galileia

Primeira viagem pela Galileia, com os quatro discípulos

Mt 4:23-25

Mc 1:35-39

Lc 4:42-43

 

Cura leproso; multidões o seguem

Mt 8:1-4

Mc 1:40-45

Lc 5:12-16

 

Cafarnaum

Cura paralítico

Mt 9:1-8

Mc 2:1-12

Lc 5:17-26

 

Chama Mateus; come com cobradores de impostos; pergunta sobre jejum

Mt 9:9-17

Mc 2:13-22

Lc 5:27-39

 

Judeia

Prega em sinagogas

   

Lc 4:44

 

31 d.C., Páscoa

Jerusalém

Cura homem em Betezata; judeus tentam matá-lo

     

Jo 5:1-47

Retorno de Jerusalém (?)

Discípulos colhem espigas no sábado; Jesus “Senhor do sábado”

Mt 12:1-8

Mc 2:23-28

Lc 6:1-5

 

Galileia; mar da Galileia

Cura mão de um homem no sábado; multidões o seguem; cura muitos

Mt 12:9-21

Mc 3:1-12

Lc 6:6-11

 

Mte. perto de Cafarnaum

Escolhe os 12 apóstolos

 

Mc 3:13-19

Lc 6:12-16

 

Perto de Cafarnaum

Profere Sermão do Monte

Mt 5:1–7:29

 

Lc 6:17-49

 

Cafarnaum

Cura servo de oficial do exército

Mt 8:5-13

 

Lc 7:1-10

 

Naim

Ressuscita filho de viúva

   

Lc 7:11-17

 

Tiberíades; Galileia (Naim ou proximidades)

João envia discípulos a Jesus; verdade revelada às criancinhas; jugo é suave

Mt 11:2-30

 

Lc 7:18-35

 

Galileia (Naim ou proximidades)

Pecadora derrama óleo nos pés de Jesus; ilustração dos devedores

   

Lc 7:36-50

 

Galileia

Segunda viagem de pregação, com os 12

   

Lc 8:1-3

 

Expulsa demônios; pecado imperdoável

Mt 12:22-37

Mc 3:19-30

   

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 12:38-45

     

Sua mãe e seus irmãos chegam; diz que discípulos são seus parentes

Mt 12:46-50

Mc 3:31-35

Lc 8:19-21

 

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Amélia Rodrigues

jo 5:24
Dias Venturosos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues
Jerusalém, a tradicional cidade dos profetas, era também o núcleo acadêmico das dissensões e da presunção. Capital orgulhosa de Israel, ali se disputavam os ouro-

péis e vaidades humanas, ao ônus de intrigas, de bajulação, do vil comércio da corrupção moral.


O Templo soberbo no monte Moriá deslumbrava pela imponência. Desde que reerguido e embelezado por Salomão, tornara-se o símbolo da raça vencida, mas não submissa, e do poder do pensamento monoteísta no imenso oceano politeísta.


As festas religiosas celebradas tinham também um caráter civil, nacionalista, e vice-versa, graças às quais os judeus demonstravam aos romanos o seu desdém por César, pelos seus deuses e por eles todos.


Com habilidade, às vezes maldisfarçada, exteriorizavam o desprezo que nutriam pelo estrangeiro dominador e pelas suas tradições.


Portadores de fina ironia, fariseus e saduceus anatematizavam o jugo político e seus chefetes, beneficiando-se das migalhas que disputavam com exacerbada cupidez e sob veladas ameaças punitivas, quando não deles mesmos, deDeus, para quem transferiam os seus anelos de vingança rancorosa.


A festa de Pentecostes atraíra as gentes de todas as tetrarquias e de outras terras.


As evocações do passado eram predominantemente afirmações da eleição especial de que gozavam por parte da Divindade.


Estavam no ar os salmos, as hosanas, as fanfarras, os sons melódicos dos instrumentos de prata e a mixórdia de cores, de vozes, de animais e pessoas pelos átrios, nos seus arredores, dentro do Templo.


Exibiam-se os poderosos, mendigavam os desprovidos de recursos, discutiam os aventureiros, negociavam os ambiciosos, tramavam os perversos.


A Torre Antônia, esguia e poderosa, velava próxima, com os olhos romanos direcionados, provocativamente, para as suas áreas.


Os ódios espumavam entre dentes rilhados, e as suspeitas se alimentavam de ignóbeis ardis.


Respiravam-se, na cidade, glória e miséria, poder e carência, beleza e vilania moral.


Fora dos muros, o Jardim das Oliveiras espreguiçavase monte acima, assinalado pelo verde-musgo das árvores venerandas, sobranceiras, generosas. . .


Ir a Jerusalém era sempre uma ambição máxima de todo israelita que vivesse em outras terras.


Sacrificar aves e animais em sinal de arrependimento dos erros, de reparação de crimes ou de gratidão a Deus, representava honra disputada com veemência.


Jerusalém era-lhe o pináculo da glória, e o Templo, a felicidade total. . .


* * *

Naquela cidade, deveria o Mestre desvelar-se.


Os intelectos, vazios de luz e atulhados de textos confusos, sutilmente utilizados a benefício próprio, compraziam-se nas intérminas discussões de insignificâncias da Lei, da Torah, das vacuidades a que davam magnitude.


Essas pessoas eram profissionais da retórica inútil e dourada, as fomentadoras das perturbações sociais e polí- tico-religiosas.


Fariseus, que se celebrizaram pela pusilanimidade, ostentavam vestes brancas, alvinitentes, que lhes não abafavam o odor de cadáveres vivos. . .


Saduceus presunçosos desfilavam aparência pudica, arremetendo contra tudo, na sua atormentada incredulidade. Nutriam-se de acusações permanentes e engalfinhavam-se em debates vigorosos, anelando pelo apedrejamento dos seus opositores.


Ninho de serpentes perigosas aguardava o Cordeiro; matadouro infecto esperava a vítima. . .


Jesus o sabia; mas não se impressionava com eles nem os temia com as suas exprobações e aparências mentirosas.


Mais de uma vez os enfrentara e desarmara. Silenciara-os, levando-os à incontida fúria.


Por isso mesmo, deveriam matá-lO. Urdiam planos; seguiam-nO; vigiavam-nO; interrompiam-nO, esperando surpreendê-lO.


Multiplicavam-se, aparecendo em todo lugar, erva má que eram e não necessitava ser plantada, medrando em abundância. . .


O Mestre ergueu-se diante deles e do povo, dizendo, intemerato: - Não pode o Filho fazer nada por si mesmo se não vir o Pai fazê-lo, pois tudo quanto o Pai faz, também o Filho o faz igualmente. Porque o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo quanto faz; mostrar-lhe-á obras maiores do que estas, de modo que ficareis admirados. . . (João 5:19-47)


Um grito rouquenho interrompeu-o:

– Quem pensas que és? - Estrugiu em ruidosa, histé- rica gargalhada.


Sem oferecer-lhe importância, Ele deu curso à revela- ção em paz:

– Assim como o Pai ressuscita mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida àquele que quer. O Pai não julga ninguém, mas entregou ao Filho o poder de tudo julgar, para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai, que O enviou. Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e acredita naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre em condenação, mas passou da morte para a vida.


Erguendo os punhos fechados e agitando-se, velho barbudo, fariseu confesso, descarregou o ódio:

– Blasfêmia! Ele blasfemou. Diz-se igual a Deus e até maior do que Deus. Morte ao traidor!


Murmúrios, imprecações, empurrões toldaram a paz do ambiente.


Jesus ainda não havia terminado e, com a voz inalterada, insistiu:

– Digo-vos que a hora vem, e é já, em que os mortos hão de ouvir a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem, viverão. Assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim também concedeu ao Filho o ter a vida em si mesmo, e deu-lhe o poder de julgar, por ser Filho do Homem.


Ali estavam muitos cadáveres que respiravam. Eram mortos para a verdade e estavam ouvindo-a sem a entender, quando poderiam incorporá-la e viver.


Mas havia outros mortos, para os quais o Mestre falaria. . .


– Não vos admireis com isso - acentuou, vigoroso - porque vai chegar a hora em que todos os que estão nos túmulos ouvirão a sua voz; os que tiverem praticado boas obras sairão, ressuscitando para a vida, e os que tiverem praticado o mal hão de ressuscitar para a condenação. Eu nada posso fazer por mim mesmo; conforme ouço é que julgo e o meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.


Novo alarido e interrupção.


– Levemo-lo ao poste das lapidações - Berrou truculento esbirro do Sumo Sacerdote - É passível o seu crime de morte sem julgamento.


O julgamento está impresso na consciência de cada ser. Mesmo os mortos, ao despertarem na vida, não fugirão do Estatuto Divino que carregam em si mesmos. A sua defesa são as boas obras, e a sua condenação, as más.


Jesus nada pode fazer, porquanto, cada qual é o seu próprio juiz, seu acusador, seu defensor.


A palavra viril, irretocável, prosseguiu explicando:

– Se eu desse testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não seria considerado verdadeiro. Outro é o que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que Ele dá de mim é verdadeiro.


Vós mandastes emissários a João, e ele deu testemunho da verdade. Não é de um homem que eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para que vos salveis; João era uma lâmpada que ardia e brilhava, e vós, por um momento quisestes regozijar-vos com a sua luz. Mas eu tenho um testemunho maior do que o de João, pois as obras que o Pai me deu para consumar, essas mesmas obras que faço, atestam a meu respeito, que o Pai me enviou. E o Pai, que me enviou, deu, Ele mesmo, testemunho de mim.


Nunca ouvistes a sua voz, nem vistes a sua face, e a sua palavra não habita em vós, porque não acreditais no que Ele enviou. Esquadrinhais as Escrituras, julgando ter nelas a vida eterna; são elas que dão testemunho de mim, e não quereis vir a mim para terdes a vida. Não é dos homens que recebo a glória, mas conheço-vos e sei que o amor em Deus não existe em vós.


Aquelas palavras penetraram os hipócritas como afiados punhais.


Deus não lhes habitava a alma.


Elogiavam-se reciprocamente e repartiam homenagens inúteis entre eles.


Coroavam-se de folhas de louro mortas e de metais cinzelados também sem vida.


Adornavam-se uns aos outros, porque não acreditavam realmente na vida eterna.


Tanto haviam mentido a respeito da imortalidade, da justiça de Deus, do seu amor, que ficaram áridos, sem fé, sem Deus. . .


O silêncio fez-se sepulcral.


Ele, então, agigantando-se mais, concluiu:

– Vim em nome de meu Pai, e não me recebeis, mas se vier outro em seu próprio nome, recebê-lo-eis. Como podeis acreditar, vós que tirais a glória uns dos outros e não buscais a glória que vem de Deus? Não penseis que eu vou acusar-vos ao Pai; outro vos acusará. . . Moisés, em quem depositastes a vossa esperança. Se acreditásseis em Moisés acreditaríeis em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas se não acreditais nos seus escritos, como acreditareis nas minhas palavras?


Calou-se. Havia estupor nas faces macilentas, sorrisos nos rostos sofridos, alegrias nos puros de coração, esperan- ças nos deserdados do mundo, que gritaram:

– Aleluia! Exultemos e ouçamo-lO, a Ele que conhece a verdade.


De fato, Jesus não acusa jamais. Ele é todo amor. Porém Moisés, a Lei que todos conhecem, apontará no tribunal da consciência quem é justo e quem é criminoso. . .


Jerusalém era a capital de Israel. Jesus é a Luz do Mundo. Libertador!



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jo 5:24
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 39
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 5:17-29


17. Mas Jesus respondeu-lhes: "Meu Pai até agora trabalha, e eu também trabalho".


18. Por isso, então, os judeus mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.


19. Respondeu-lhes então Jesus e disse-lhes: "Em verdade, em verdade vos digo: o Filho não pode fazer nada por si mesmo, senão o que veja seu Pai fazendo; porque tudo o que ele faça, o Filho também faz semelhantemente.


20. Pois o Pai ama o Filho e lhe manifesta tudo o que faz, e maiores obras que estas lhe manifestará, para que vos admireis.


21. Assim, pois, como o Pai desperto os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica os que ele quer,


22. porque o Pai não escolhe ninguém, mas deu toda escolha ao Filho,


23. para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.


24. Em verdade, em verdade vos digo, que o que ouve o meu ensino e confia em quem me enviou, tem a vida imanente e não vai para o carma; pelo contrário, já se transladou da morte para a vida.


25. Em verdade, em verdade vos digo, que vem uma hora, e é agora, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a tiverem ouvido, viverão.


26. Porque assim Como o Pai tem vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter vida em si mesmo,


27. e deu-lhe autoridade para fazer a escolha, porque é Filho do Homem.


28. Não vos maravilheis disso, porque vem uma hora em que todos, nos túmulos, ouvirão sua voz e sairão,


29. os que produziram coisas boas para uma restauração de vida, os que praticaram coisas vulgares, para uma restauração de carma.




Quando os judeus se voltam para o Cristo, a fim de pedir contas de seus atos de rebeldia contra as prescrições da religião oficial, provocam-Lhe mais uma lição de suma importância para nossa compreensão das realidades espirituais.


A aula divide-se em duas partes distintas, versando a primeira sobre: a) as qualidades e poderes do Espírito; b) os resultados consequentes às suas ações, na utilização dessas qualidades e poderes; na segunda parte aprendemos como conhecer a legitimidade da missão dos mestres e da doutrina que eles ensinam.


Temos que considerar todos os pormenores da lição. Procederemos, por isso, como na aula sobre o Pão da Vida, tecendo primeiramente comentários linguísticos para, em seguida, interpretar o sentido real do trecho, de incalculável profundidade. Vejamos cada versículo de per si.


17. O verbo duas vezes empregado, e que traduzimos por "trabalhar", é ergázomai (já explicado quando expusemos os vers. 27-30, na lição do Pão da Vida. Vimos que tem o sentido de "produzir algo (com esforço)", já que esse verba é derivado de érgon.


18. No original "mais procuravam matá-lo": mãllon ezêtoun autàn apokteínai; seu próprio pai: patêra ídion: fazendo-se igual a Deus: íson heautòn poiõn tôi theôi.


19. Recomeça com a fórmula de garantia da verdade do que vai ensinar: "amén, amén".


Daqui por diante é interessante dar o texto original completo, a fim de mostrar que nossa tradução é fiel e perfeita, sem distorções nem más interpretações. A seguir de cada frase traduzida, reproduziremos em grifo o texto grego, infelizmente com caracteres latinos, em vista da falta de tipos gregos na tipografia.


O Filho não pode fazer nada (ho huiós ou dúnatai poieín oudén) por si mesmo (aph’heaután) se não (eàn mé) o que veja (tí blépêi) o Pai fazendo (tòn patéra poioúnta), porque tudo o que ele faça (hà gàr àn ekeínos poiêi) o Filho também faz semelhantemente (taúta kaí ho huiós homoiôs poieí). O sentido das palavras não deixa a menor dúvida: Pai e Filho são UM, embora o Pai seja "maior que o Filho" (JO 14:28) pois o Filho procede do Pai.


20. Pois o Pai ama (phílein) o Filho e lhe manifesta tudo o que faz (kai pánta deíknusin autôi hà autòs poiei); e maiores obras que estas (kai meizona toútôn érga) lhe manifestará (deíxei autôi) para que vos admireis (hína huméis thaumázête).


21. Assim pois como o Pai (hôsper gàr ho patêr) desperta os mortos (egeírei toùs nekroùs; quanto ao sentido de egeirô) e os vivifica (kaí zoopoiei) assim também o Filho (hoútos kaí ho huiòs) vivifica os que ele quer (zoopoiei hoùs thélei).


22. Porque o Pai não escolhe ninguém (oudè gàr ho patêr krínei oudéna); já vimos o sentido de krinô: mas deu toda escolha ao Filho (allà tèn krísin pãsan dédôken tôi huiôi).


23. Para que todos honrem o Filho (hína pántes timôsi tòn huiòn) assim como honram o Pai (kathôs timôsi tòn patéra): o que não honra o Filho (ho mê timôn tòn huiòn) não honra o Pai que o enviou (ou timãi tòn patéra tón pémpsanta autón); pémpsanta é o particípio de pémpô.


24. Em verdade, em verdade vos digo: o que ouve meu ensino (ho tòn lógon mou akoúôn) e confia em quem me enviou (kaí pisteúôn tôi pémpsantí me) tem a vida imanente (échei zóen aiónion) e não vai para o carma (kaí eis krísin ouk érchetai) pelo contrário já se transladou da morte para a vida (allà metabebêken ek tóu thanátou eis tèn zôen); metabebêken é o perfeito de metabaínô.


25. Em verdade, em verdade vos digo que vem uma hora (érchetai hôra, sem artigo) e é agora (kaí nún estin) em que os mortos (hóte hoi nekroí) ouvirão a voz do Filho de Deus (akoúsousin tês phônes toú huioú toù theoú) e os que a tiverem ouvido, viverão (kaí hoi akoúsantes zésousin).


26. Porque assim como (hôsper gàr) o Pai tem vida (ho patêr échei zôen) em si mesmo (en heautôi), assim também deu ao Filho (hoútôs kaí tôi huiôi édôken) em si mesmo (en heautôi).


27. E deu-lhe autoridade (kaí exousían édôken autôi) para fazer a escolha (krísin poieín) porque é Filho do Homem (hóti huiòs anthrôpou estin).


28. Não vos maravilheis disso (mê thaumázete toúto) porque vem uma hora (hôti érchetai hôra) em que todos (en hêi pántes) nos túmulos (en tois mnemeíois) ouvirão sua voz e sairão (akoúsousin tês phônes autòs kaí ekporeúsontai).


29. Os que produziram coisas boas (hoi tà agathà poiêsantes) para uma restauração de vida (eis anástasin zôés, sem artigo), os que praticaram coisas vulgares (hoi tà phaula práxantes) para uma restauração de carma (eis anástasin kríseôs). A palavra phaúla, geralmente traduzido por mal, tem o sentido de "coisa vulgar, comum, ordinária, de pouco preço". O termo anástasis tem o significado principal de "restauração, levantamento, erguimento", e por isso geralmente traduzem como "ressurreição". Consideremos, agora, o sentido real e profundo da aula sublime que a Misericórdia do Cristo trouxe para nós. Bebamos seus ensinos até as últimas gotas, saboreando tudo o que nossa ainda pequeníssima capacidade evolutiva permite.


17. Inicialmente diz-nos o Cristo, terceiro aspecto da Divindade, que Se manifestava plenamente atrav és de Jesus, falando por sua boca: "meu Pai até agora trabalha e eu também trabalho", justificando Seus atos desrespeitosas da lei mosaica (lei humana, para a personalidade) com o exemplo divino. Os próprios teólogos israelitas admitiam que Deus continuava trabalhando no cosmo.


Philon de Alexandria ("Nómôn Hieròn Allegorías", 1,5) escreve: paúetai gàr oudépote poiôn ho theos, all"hôsper ídion tò kaíein puros kaí chíonos tò psúchein, hoútos kaí theoú tò poieín, ou seja: " Deus jamais deixa de produzir; mas como é próprio do fogo queimar e da neve gelar, assim produzir é próprio de Deus". Cfr. também de Philon, Cherubim, 87, e os rabinos Pinehas e Hosaja, em Bereshit-rabba, 11, citado por strack e Billerbeck, o. c. tomo 2, pág. 461.

A igualdade com o Pai, em tal intimidade que lhe justificava os atos, causou maior celeuma ainda que o desrespeito à lei sabática. Todo israelita se sabia "filho de Deus", a quem chamava Pai; mas considerando sempre um Pai exterior a eles, apenas transcendente e de natureza diferente. O Cristo, de um golpe, embora de modo implícito, declara-se juridicamente IGUAL ao Pai, com os mesmos direitos divinos acima de todas as prescrições religiosas. Foi isso mesmo que entenderam os presentes, conforme anota o evangelista, e isso era ainda muito mais grave do que a própria violação dos preceitos legais.


Em toda esta aula, Cristo prova que, de direito, pode imitar o Pai, não porque sejam hierarquicamente iguais (cfr. "o Pai é maior que eu") mas porque, sendo ele o Filho Unigênito, tudo o Pai Lhe concede, pelo amor que Lhe dedica.


Na realidade assim é. O Pai é o Logos, o SOM-CRIADOR e CONSERVADOR, que constantemente cria e conserva os sistemas atômicos e estelares, em seus contínuos movimentos de rotação e translação. E esses sistemas - que formam miríades de Universos - são as manifestações do Filho Unigênito, o CRISTO CÓSMICO que, de dentro de todos e de tudo - imanentemente - impele tudo à evolução para o Espírito. O amor do Pai pelo Filho (o AMOR é o ESPÍRITO SANTO) faz que tudo caminhe do Amor para o Amor, do Espírito para o Espírito, passando pelas fases dos aspectos intermediários do Pai (SOM, Lógos) e do Filho (impulso evolucionador intrínseco, o CRISTO interno). Sendo o Pai o Som Criador e Conservador, trabalha sempre, criando e conservando. E o filho igualmente trabalha sempre, impelindo tudo pelo caminho da evolução constante e progressiva.


18. Os "judeus" (os religiosos ortodoxos da religião oficial) procuravam sufocar-lhe a voz, a fim de não perderem sua autoridade dominadora das classes populares e mesmo das da alta sociedade: o Espírito abafado pela matéria, o sem-Forma sufocado pela forma, o Infinito limitado pelo espaço, o Eterno restringido pelo tempo, a Vida perseguida pela morte.


19. O ensinamento prossegue, salientando qual A AÇÃO do Filho: fazer tudo o que faz o Pai. Nada pode fazer o Filho por si mesmo, já que é passivo, é o Amado; toda força criadora e propulsora, ativa, de Amante, pertence ao Pai, ao Logos, ao Som Criador, à Palavra produtora do som.


Então o trabalho é feito em conjunto, porque Deus é UM só, quer sob o aspecto de AMOR (LUZ), quer sob o de AMANTE (SOM), quer sob o de AMADO (que vai dos sistemas atômicos aos estelares, galáxicos, cósmicos). O Pai fala, o Filho obedece; a Palavra cria, o Filho dirige a criação; o Som produz vibrações, o Filho as organiza, tudo ligado e existente e vivificado pela Luz Incriada, o Amor Concreto, que se manifesta em COESÃO nos átomos físicos (minerais), em ADAPTAÇÃO nos átomos etéricos (vegetais), em SIMPATIA nos átomos astrais (animais), em DESEJO nos átomos intelectuais (homens), em AMOR nos átomos espirituais (Filhos do Homem). E a ação, sendo conjunta, o Filho age semelhantemente ao Pai, embora "por si mesmo" nada possa fazer: se não houver o impulso criador e sustentador vibracional do som, nada se sustenta.


20. Neste versículo confirma-se a interpretação: o Pai ama o Filho, ou seja, o AMOR (Espírito Santo)


é a ligação entre o Pai (Amante) e o Filho (Amado). O verbo philein, aqui usado, exprime o amor terno e instintivo que é o tipo de amor que o Cristo nos pede em relação a Ele. Por causa desse amor, o Pai manifesta ao Filho tudo o que faz; ou seja, tudo o que é criado pelo Som Criador traz em si, intrinsecamente, o sopro divino, o pneuma ou Espírito, que é precisamente o Cristo Interno, o Filho. Então, tudo o que existe pertence ao Filho (cfr. "tudo o que o Pai tem é meu", João,

16:15), porque o Filho é a essência ultérrima de tudo, já que tudo o que existe é a manifestação do Filho.


E maiores obras, maiores produções que estas (atuais) lhe manifestará, "para que vos admireis"; profecia que já vem começando a realizar-se. Entre os israelitas, e a atual concepção da grandeza cósmica, medeia um abismo. Hoje conhecemos muito mais profundamente a constituição das galáxias e do número infinito dos universos com seus sistemas estelares habitados; hoje conseguimos sobrepujar a atmosfera e viajar pelos espaços, coisa que, naqueles idos, só o mencioná-lo, seria julgado rematada loucura; hoje chegamos a compreender a exatidão científica das palavras do Cristo, quanto à criação dos universos e o aparecimento da matéria: "obras muito maiores que estas lhe manifestará, para que vos admireis".


21. Começa agora o Cristo a enumerar as qualidades e poderes do Espirito (individualidade); a primeira é a VIDA; e o exemplo é o da doação da Vida. Lembremo-nos de que a Vida é a expressão máxima do Filho, é o sopro divino em nós (e por isso até a ciência não lhe descobriu a essência). Assim como o Pai Criador "desperta os mortos", ou seja, faz que a matéria inerte e morta (inorgânica) se torne matéria viva (orgânica), assim como que despertando de um sono de milhares de milênios, assim também o Filho vivifica, do íntimo das coisas, tudo aquilo que ele quer, ao verificar que está na hora oportuna de elevá-los de nível. Podemos, também, interpretar como a capacidade de fazer que os mortos tornem a despertar para a vida em nova encarnação. Da mesma forma que o Pai, o Som Criador, desperta os mortos na encarna ção mecânica e automática dos seres involuídos, assim o Filho vivifica os mortos na encarnação consciente, quando cada um toma por si a iniciativa de voltar à vida física, impulsionado internamente pela Centelha divina, que é exatamente o Cristo Interno, o Filho.


22. Tanto é assim, que neste versículo é explicado que "o Pai não escolhe ninguém, mas deu toda escolha ao Filho". Isto é, o Pai age automaticamente, dando movimento e vida A TODOS, mas compete ao Filho escolher o momento exato para determinar os passos evolutivos que cada ser deve dar, e isso porque o Filho é Imanente e dirige a evolução de dentro.


Numa interpretação mais elevada na escala, já podemos entrever a concessão do livre-arbítrio aos seres mais evoluídos. O Pai dá-lhes força e vida, deixando-lhes inteira liberdade; mas o Filho, o Cristo Interno, do âmago do coração de cada homem, escolhe o caminho que quer seguir, buscando sempre a felicidade máxima. De fato pode enganar-se o homem, colocando a felicidade fora de si em coisas externas, mas com o tempo chegará a compreender onde se encontra a meta real e verdadeira de sua felicidade. Para isso o Cristo nos convoca e "seu amor nos impulsiona" (amor Christi urget nos, 2. º Cor. 5:14), pois "o amor de Deus foi derramado abundantemente em nossos corações por meio do Espírito Santo" (RM 5:5), que é o Amor Concreto.


Então, a escolha cabe realmente AO FILHO, ao HOMEM, a quem foi concedida liberdade absoluta (livre-arbítrio), competindo ao Pai Criador conceder a graça àqueles que a escolheram por sua vontade própria: "toda escolha foi dada ao Filho".


Por essa razão é que rejeitamos o sentido analógico de "julgamento", já que jamais exprimiria o ensinamento dado.


23. A escolha foi dada ao Filho com uma finalidade: "para que todos os, homens honrem ao Filho, como honram ao Pai". O Filho, o Cristo-que-em-todos-nós-habita, deve ser por todas as criaturas tratado com a honra que todos tributam ao Pai. Esse mesmo verbo é usado no quinto mandamento da lei mosaica: "honrarás teu pai e tua mãe" (DT 5:16). Assim como a lei escrita para a personalidade transitória manda que honremos os seres que nos proporcionaram o corpo físico, assim a Lei de Cristo ordena honremos o Filho, que é nosso Eu Profundo, tal como honramos o Pai Criador, que nos deu a existência eterna e nos sustenta com Sua Vida.


E a razão é acrescentada: quem não honra o Filho, ipso facto não honra o Pai que o enviou a percorrer a escala evolutiva; porque ambos, Pai e Filho, são UM SÓ, no Amor do Espírito Santo: "eu e o Pai somos UM" (JO 10:30), confessa o Cristo. E, mais especificadamente, diz: "eu estou NO Pai e o Pai está EM MIM " (JO 10:38 e JO 14:10 e JO 14:11). Se é assim como não podemos duvidar que seja - o" envio" do Filho por parte do Pai não pode exprimir o que tem sido ensinado até hoje: que o Pai, lá do "céu", enviou o Filho cá para a Terra, para fazê-lo morrer à mão dos malfeitores; e então, regozijandose com essa morte, teria perdoado à humanidade. Tão absurda é essa crença que não podemos compreender como atravessou séculos, repetida por gente que parecia saber raciocinar. Seria como se um homem tivesse uma fazenda e fosse lesado anos a fio por seus empregados. Então resolveu que perdoaria os empregados, mas com uma condição: que eles lhe matassem o filho único! Infantilidade inconcebível, essa teoria da "redenção", pela morte do "Filho de Deus". E o sentido do ensino é tão diferente! Vê-lo-emos a seu tempo.


24. Passa então o Cristo a falar no resultado das ações dos homens, e nas condições indispensáveis ao êxito da evolução, sem perigo de atrasos na caminhada. As condições são duas: a) ouvir o ensino que o Cristo nos traz, em nosso âmago; e b) confiar no Pai que em nós habita sob a forma de vida, e donde partiu o Filho para constituir nossa essência profunda.


Também os resultados obtidos serão duplos: a) ter a vida imanente, UNA com o Cristo e, por isso mesmo, b) não mais cometer erros, mas passar diretamente da morte do corpo encarnado para a vida liberta do Espírito, não mais sujeita à lei cármica das encarnações compulsórias (kyklos ananke).


Quem ouve o ensino e se entrega ao Pai confiadamente, atrai a si a graça do Encontro Místico e se unifica com o Cristo, que é um com o Pai (cfr. "eu estou EM meu Pai, e vós EM MIM, e eu EM VÓS", JO 14:20). Ora, nesse estado, ninguém caminhárá para o calma; mas, embora encarnado, "já se transladou (sentido literal de metabébêken) da morte para a Vida".


25. Com a repetição da fórmula de garantia da veracidade do que afirma, o Cristo assegura que chegar á uma hora - e já começou desde aquele momento - em que os mortos (os encarcerados na carne) ouvirão a Voz do Filho de Deus, o Cristo Interno; e todos os que a tiverem ouvido (e seguida seus ensinamentos) viverão no Espírito.


26. Depois dessas explicações, já bastante claras, não satisfeito, utiliza-se o Grande Mestre Inefável de repetições didáticas, repisando os mesmos conceitos com palavras diferentes, a fim de evitar qualquer dúvida que ainda pudesse pairar na interpretação dos ouvintes. Toca novamente nos três pontos esclarecidos: a) a V ida; b) a escolha (livre-arbítrio) ; c) o resultado (carma) das ações livremente realizadas.


Diz, então: assim como o Pai tem vida em si mesmo (já não é mais o poder de dar vida, mas o fato de ter em si a vida), assim concedeu que o Filho tivesse vida em si mesmo.


Com efeito, proveniente da Vida-Amor, manifestação da Vida Plena, o Pai é a própria VIDA que se ativa sob o aspecto de Amante, e como o Filho é o próprio Pai que se estende e manifesta, também o Filho, o Cristo, tem em si a vida passiva sob o aspecto de Amado. Três aspectos de um só Amor; três faces de um só triângulo; três raios de uma só Luz; três harmônicos de um só Som; três expressões de uma mesma Vida.


27. Repete a seguir que o Pai concedeu ao Filho o poder da escolha, deixando-Lhe o livre-arbítrio, e isso "porque é Filho do Homem", porque já está na plena posse de suas faculdades psíquicas e intelectuais (racionais), podendo avaliar o que ele julga ser melhor para si mesmo.


28. Volta então ao assunto do carma, ao resultado das ações, esclarecendo que ninguém se maravilhe de ver chegar uma hora em que todos (pántes) nos túmulos (da encarnação física) ouvirão a voz do Cristo Interno, e sairão dos túmulos para colher o fruto de suas obras.


29. E aqui vem a separação: todos os que tiverem produzido "coisas boas" conseguirão uma restauração de vida no Espírito imortal, mas aqueles que, porventura, tiverem praticado "ações vulgares" (de pouca valia, apenas cuidando dos interesses materiais), esses se encaminharão para uma restaura ção do carma.


A lógica da sequência do ensinamento é perfeita. Só não procederia, se acompanhássemos as traduções correntes, que falam em "ressurreição da vida" e em "ressurreição do juízo". Que significaria essa "ressurreição DO JUÍZO"? Não faz sentido o agrupamento dessas duas palavras. Por isso traduzimos aqui anástasis como "restauração", sentido real dessa palavra, registrado nos dicionários, e que nos esclarece com precisão o ensino do Cristo.


jo 5:24
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47
6. O Novo Caminhar (Jo 5:1-47)

a. O Sinal e sua Conseqüência (5:1-18). Em sua visita anterior a Jerusalém (Jo 2:13--22), Jesus encontrara a oposição e hostilidade dos judeus. Agora, a sua segunda visita fornece a oportunidade para o começo da controvérsia sobre o sábado, que resulta em uma discussão, na hostilidade dos judeus e na rejeição final, tendo como auge o calvário. "Em todo este Evangelho, quanto maior a sua obra pelos homens, maior é o preço que Ele tem de pagar, e maior é a manifestação da sua glória".' A sua visita anterior tinha sido na época da Páscoa (2,13) ; agora, a viagem de Jesus a Jerusalém deveu-se a uma festa não identificada pelo nome. Depois disso, havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém (1; cf. Jo 6:4-7.37; 13.1).

O cenário do episódio está descrito nos seguintes aspectos: lugar, época, nome, pes-soas e tradição. O lugar é Jerusalém, em um tanque próximo à Porta das Ovelhas ("Portão", em algumas versões, no v. 2). A época é uma festa entre os judeus (1). Estes dois fatos fornecem um cenário de simbolismo que está de acordo com outros cenários de milagres de Jesus (cf. Jo 2:6-13; 3.5; 4:13 14:6-4; 9.7). O nome do lugar aparece nos textos com grafias variadas, e com conseqüentes significados diferentes. Algumas das grafias são: Betesda, "casa de misericórdia"; Betezata (em algumas versões), "casa da oliveira", confirmada por bons manuscritos e aceita de maneira geral; e Betsaida, "casa da pesca", um nome aparentemente inadequado para um lugar em Jerusalém.' O tanque é descri-to tendo cinco alpendres onde jazia grande multidão de enfermos: cegos, coxos e paralíticos (2-3). Os melhores manuscritos não incluem a última parte do versículo 3, e nenhuma parte do versículo 4; por isso, essas partes não são encontradas em algumas traduções modernas. A maioria dos estudiosos concorda que elas possam representar uma adição posterior, provavelmente de acordo com a tradição judaica. Alguns copistas acrescentaram estas explicações para deixar claro o motivo por que os doentes ali esta-vam, e para explicar o significado do versículo 7. Toda a cena — o tanque, a multidão de enfermos — é de miséria, desapontamento e fracasso.

E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo (5). A maneira de apresentar o personagem central no episódio é característica de João (cf. Jo 3:1-4.7). Adicionalmente, este homem é apresentado como um representante de todos os ho-mens. Um homem, sem nome, certamente, mas ainda assim descrevendo algo sobre todos os homens — a total incapacidade de ajudar a si mesmo. Assim, este relato se torna a "evi-dência C" daquilo que Jesus conhece sobre os homens (cf. 2.25, Nicodemos 4:7, a mulher samaritana). O homem é descrito como alguém que havia trinta e oito anos se achava enfermo. A menção a este período foi interpretada por alguns como uma referência ao período do castigo dos israelitas no deserto (Dt 2:14). Porém é mais provável que tenha sido adicionado "simplesmente para assinalar a longa permanência da doença" (cf. Jo 9:1) [44].

Jesus, vendo este deitado e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são? (6) A compaixão de Jesus e o seu conhecimento das necessidades mais profundas do homem (cf. 5,14) uniram-se para produzir esta pergun-ta. À primeira vista, isto parece um pouco tolo. Claro que o homem queria ficar bem, caso contrário não estaria no tanque, uma fonte de cura. Mas Jesus sabia que as pessoas acabavam se acostumando a uma vida de desgraça e infelicidade, perdendo a vontade de responder a uma adequada fonte de ajuda. Assim, esta era sem dúvida uma boa pergunta!

O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim (7). Que situação! Ele não tinha amigos — não tenho homem. Ele estava enfermo, incapaz de ajudar a si mesmo, embora lutasse — enquanto eu vou. Não é que ele tivesse perdido a vontade; ele ainda não tinha chegado à fonte correta, ou melhor, a fonte correta de ajuda ainda não tinha chegado até ele. Aqui está retratada, na imagem do tanque, a inadequação da lei (judaísmo) para satisfazer as verdadeiras necessidades do homem. As lutas mais intensas do homem não podem salvá-lo da paralisia do pecado.

Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma tua cama e anda (8). Toma a tua cama significa "apanhe a sua esteira" (Berk). Três imperativos em seqüência! E cada um deles é uma ordem absurda para um paralítico. É fácil imaginar como o enfermo deve ter se sentido. Durante 38 anos, como vítima desta doença, ele só tinha sido capaz de mover-se com grande dificuldade. E agora deve levantar-se, apanhar a sua cama e andar. Impossí-vel? Sim, era impossível a partir de um ponto de vista puramente humano. Mas para Jesus este homem era o objeto da sua compaixão, e a sua ordem significa que o Senhor lhe concedia a capacitação. Lutando pela libertação, o homem viu um brilho de esperan-ça e acreditou em Jesus e na sua Palavra.

Logo, aquele homem ficou são, e tomou a sua cama, e partiu (9). A cura foi imediata e completa, como indica o tempo aoristo do verbo (ficou). A resposta obediente do homem à ordem de Jesus foi a oportunidade para a sua cura. Tudo o que Jesus pediu, homem obedientemente realizou: Levanta-te, ele se levantou (por implicação) ; toma tua cama (aoristo), ele tomou a sua cama (aoristo) ; anda (presente) ; ele partiu (imperfeito, melhor traduzido como "estava andando"). O uso do aoristo indica que a vida antiga, que o tinha afligido durante 38 anos, já não tinha mais nenhum domínio sobre ele (cf. Rm 6:14). O caminhar, retratado pelo imperativo presente (8) e pelo imperfeito do indicativo (9) seria a nova maneira de uma vida contínua e habitual.

E aquele dia era sábado (9). Esta observação é importante, porque assinala o começo de uma controvérsia longa, firme e cada vez mais aguda sobre o relacionamento de Jesus com a lei e com os judeus (cf. Jo 5:16-7.23; 8.5; 9.14).

Então, os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar a cama (10). A cama (esteira) era um tipo de esteira leve e flexível usada pelas pessoas pobres. Podia ser enrolada e facilmente carregada, mas mesmo assim não deveria ser carregada em um sábado (cf. Ne 13:19; Jr 17:21). De acordo com o Mishnah, trinta e nove tipos de trabalho eram proibidos no sábado.'

A tendência humana de atribuir a culpa a outra pessoa se reflete na resposta do homem aos judeus: Aquele que me curou, ele próprio disse: Toma a tua cama e anda (11). Mas mesmo que o homem curado tivesse a tendência de transferir a culpa por uma transgressão à lei do sábado, ele também deu um testemunho claro sobre o que sabia — ele fora curado. A experiência do homem com Jesus foi inequívoca — Ele me curou. Os judeus continuaram com a sua inquisição. Quem é o homem que te disse:

Toma a tua cama e anda? (12) Eles não podiam ter certeza de que este responsável pelo desrespeito ao sábado podia ser o Senhor do sábado; assim, perguntaram, Quem é o homem? (cf. Jo 9:11-24)

Aqui o autor acrescenta uma observação explanatória. E o que fora curado não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado (literalmente "mover a cabeça para o lado, para evitar um golpe") " em razão de naquele lugar haver grande multidão (13). Jesus simplesmente misturou-se com a multidão e se retirou. Ainda não era chega-da a sua hora, quando Ele traria às últimas conseqüências o conflito entre o velho e o novo. Mas havia um ponto de conflito, um assunto importante que tinha de ser trazido à tona. Era o relacionamento entre o homem curado e Jesus. Assim, depois, Jesus en-controu-o no templo e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior (14). O Senhor que sempre procura (cf. Lc 15:3-10) encontrou-o. Pelo menos, o homem não tinha voltado ao seu antigo lugar, o tanque. Ao invés disso, ele estava no templo, possivelmente dando graças pela sua restauração. Jesus primeiramente lembrou-o daquilo que ele agora sabia tão bem: já estás são, e então passou para o grande imperativo: não peques mais (no tempo presente, literal-mente "não continue a pecar"). Precisamos recordar: 1. Foi Jesus quem deu a ordem; 2. Ele capacita as pessoas a fazerem aquilo que Ele ordena; 3. Ele não pediria a uma pessoa algo que não pedisse a todas; 4. Viver acima do pecado é o plano de Deus para os homens. A última parte da frase de Jesus reflete duas coisas. A primeira é que parece que os 38 anos da enfermidade tinham sido o resultado da própria tolice e do pecado do homem, sem implicar que este seja o caso em todas as doenças (cf. Jo 9:3). A segunda é que há uma indicação de um elemento de juízo (cf. Jo 3:18-19; 5:22-29).

Um estudo sob o título "O Poder de Deus Encontra a Impotência do Homem" poderia ter três partes: 1. A impotência do homem (8) ; 2. A ordem de Deus é a capacitação do homem (8-9,14) ; 3. A fé obediente é a chave (9,14).

Depois disso, o homem tomou a iniciativa, voltou aos judeus e contou-lhes que Jesus era o que o curara (15; cf. Jo 9:35-38; Rm 10:9). A confissão do homem aos judeus precipitou uma crise contínua. E, por essa causa, os judeus perseguiram Jesus e procuravam matá-lo, porque fazia essas coisas no sábado (16). A primeira frase poderia ser traduzida como "Os judeus costumavam perseguir, ou estavam perseguin-do Jesus", indicando que este era um padrão de comportamento contínuo. Isto está de acordo com o tempo do verbo na última frase, que poderia ser lido como "Ele [Jesus] costumava fazer, ou continuamente fazia, estas coisas no sábado". Evidentemente houve muitos outros "desrespeitos ao sábado" nos milagres de Jesus, os quais não estão registrados (cf. Jo 20:30).

A resposta de Jesus aos judeus foi como um combustível para as chamas. Ele disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também (17). Todo o problema da dis-cussão anterior tinha sido o trabalho no sábado. Agora, deixava Jesus implícito que não era somente uma questão da sua própria atividade no sábado, mas também da atividade do seu Pai? O trabalho deles é único (19) ; portanto, o que é atributo de um pertence também ao outro. "O descanso do Pai no sábado, corretamente entendido, é a atividade desimpedida do amor, para que nas obras de misericórdia realizadas no sábado o traba-lho do Pai e do Filho seja um só".'

Uma afirmação desse tipo, vinda de Jesus, forneceu o terreno para que acusação mais grave lhe fosse feita. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus (18). "Colocando os seus atos no mesmo nível dos atos de Deus", Ele estava fazendo-se igual a Deus.' Tal reivindicação levantou sérias questões na mente dos judeus, que se dedicavam à crença e à defesa de um rigoroso monoteísmo. Assim, em um sentido bastante profundo, o ensino de Jesus que se segue (Jo 5:19-47) é uma defesa completa do monoteísmo cristão, em que o Pai e o Filho são um só.

  • A Relação do Pai com o Filho (5:19-24). Este parágrafo cuidadosamente explicado provavelmente foi endereçado a um público pequeno e educado, talvez até mesmo ao Sinédrio.' O centro da questão é que todos honrem o Filho, como honram o Pai (23). Para chegar a esta conclusão, Jesus apresentou quatro etapas, cada uma iniciada pela palavra porque. Primeiramente, o Filho, em toda a sua atividade e obra é comple-tamente dependente do Pai, porque tudo quanto ele [o Pai] faz, o Filho o faz igual-mente (19). Em segundo lugar, a união deve-se ao amor e à perfeita confiança; o fruto da união é maiores obras. Porque o Pai ama ao Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis (20). Ou seja, Deus mostraria obras ainda maiores por meio de Cristo, para que os descrentes pudessem se maravilhar. Em terceiro lugar, a unidade é evidente na grande questão da vida e da morte. Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer (21). Evidências deste tipo de avivamento são vistas no ensino de Jesus a Nicodemos (3.3), aqui, nos versículos 24:26, na figura do pão (6.27), e mais especificamente na cena da morte e ressurreição no túmulo de Lázaro (Jo 11:25-26; cf. 1.4; 3.36). E, finalmente, por ser o Filho do Homem (27), a prerrogativa do juízo lhe foi dada pelo Pai. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo (22; cf. Jo 5:30-8.16). E Ele fez isto para que todos honrem o Filho, como honram o Pai (23). "Positivamente, o trabalho de Cristo é trazer a vida e a luz; negati-vamente, ele resulta no juízo sobre aqueles que recusam a vida e se afastam da luz"."
  • O Filho é totalmente dependente do Pai, e assim está unido a Ele pelo laço perfeito do amor e da confiança, para que as questões da vida, da morte e do juízo tenham uma solução perfeita. O Filho merece a mesma honra que o Pai. Na verdade, a unidade é tão perfeita que quem não honra o Filho não honra o Pai, que o enviou (23).

    Estas profundas ponderações teológicas são seguidas por um apelo caloroso e pesso-al: Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê na-quele que me enviou tem a vida eterna (24). Os três verbos estão no presente: ouve, crê, tem, todos apresentam uma realidade presente. A vida eterna começa quando se ouve e se crê (cf. Jo 20:31). Além disso, devido à união descrita acima, crer no Pai, que enviou o Filho, é equivalente a crer no Filho (cf. Jo 3:16-6.29).

  • A Relação do Filho do Homem (5:25-29). A afirmação Em verdade, em verdade vos digo (25), "citada neste Evangelho, sempre introduz uma afirmação majestosa" (cf. Jo 1:51).51 Realmente, é uma afirmação majestosa, pois vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão (25). "A nova aliança está penetrando na antiga" (cf. 4.23).52 Aqueles que estão espiritualmente mortos ouvirão, e aqueles que responderem com fé viverão (cf. Jo 5:21-24). O que eles ouvem, a voz do Filho de Deus, é a Palavra falada, a completa revelação e consumação do resgate de Deus dos homens que estão mortos nas transgressões e no pecado.
  • Este resgate do homem só é possível por causa da unidade de ação entre o Pai e o Filho. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo (26). É por causa desta unidade tão evidente nas obras do Filho encarnado que o Pai deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do Homem (27). Em vista de o artigo definido no original não acompanhar os dois substan-tivos em Filho do Homem (na tradução literal), é evidente que "a prerrogativa do juízo está ligada à verdadeira humanidade de Cristo (Filho do Homem) e não ao fato de Ele ser o representante da humanidade (O Filho de Homem) "."

    As idéias de vida e de juízo na nova aliança (25) agora são levadas um pouco mais adiante. Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condena-ção (ou "juízo"; 28-29). Vem a hora, i.e., não a época atual com a promessa e a realização da vida espiritual (cf. 5.25), mas a época em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. Aqui, o homem responde, sairão — não porque ele queira ou porque creia, mas porque Deus o chamou para um balanço, "segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal" (2 Co 5.10). "A concepção cristã é que os homens são responsá-veis pelas obras feitas na carne. A exclusão da carne na morte não significa o abandono do lado mau da natureza humana, enquanto a alma é salva".'

    d. O Testemunho do Filho (5:30-47). Até aqui (5:19-29), a discussão nos mostrou: 1. que o Filho é dependente do Pai em uma unidade dinâmica; e 2. que o homem precisa encontrar a vida no Filho se deseja viver agora (5,24) e no futuro (5.29). Isto foi descrito por alguns como o testemunho do Pai em relação ao Filho. Assim, o Filho não procura a sua própria vontade, mas a vontade do Pai, que o enviou (30). E é por causa disto que o seu juízo é justo. Se somente Ele fosse dar testemunho de si mesmo, seu testemunho não seria verda-deiro (31) ' — i.e., "admissível como uma evidência legal" (versão NASB em inglês, marg.).

    Outro testemunho para o Filho é aquele dado por João Batista. E sei que o teste-munho que ele dá de mim é verdadeiro (32). Jesus lembra os seus ouvintes do questionamento anterior de João, e de sua resposta. Vós mandastes a João, e ele deu testemunho da verdade (33; cf. 1.15,19,27,32). Mas, por mais claro e certo que fosse o testemunho de João, não foi o seu testemunho para o Filho o que certificou o relaciona-mento do Filho com o Pai. Eu, porém, não recebo testemunho de homem (34). An-tes, Jesus estava fazendo aos seus ouvintes todos os apelos possíveis, para lhes trazer a salvação — mas digo isso (cf. 24), para que vos salveis (34). Ele [João] era a candeia que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo com a sua luz (35). A palavra era reflete a admissão de Jesus da prisão ou da morte de João. A última frase lembra os seus ouvintes da atitude hesitante deles em relação a João, primeiro aceitando-o e depois voltando-se contra ele, quando a sua solicitação de arre-pendimento tornou-se altamente inconveniente para eles.

    Outro testemunho, maior... do que o de João, é o testemunho das obras: porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço testificam de mim, de que o Pai me enviou (36; cf. 10.25). Por obras se entende "toda a manifes-tação externa da atividade de Cristo, tanto aqueles atos qu e chamamos de sobrenatu-rais quanto aqueles ditos naturais. Todos são realizados para o cumprimento de um plano e por um único poder".' A rejeição das obras de Jesus, que no plano incluíam a cruz, era uma rejeição não apenas do testemunho do Pai (37), mas também do Filho, porque naquele que ele [o Pai] enviou não credes vós (38).

    O testemunho final do Filho, para o qual Jesus chama a atenção dos seus ouvin-tes, é o testemunho das Escrituras. Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna (39). O verbo inicial pode ser tanto imperativo quando indicativo, mas o indicativo parece fazer um sentido melhor neste contexto. Seria, literalmente, "Vocês estão examinando as Escrituras, porque nelas acham que terão a vida eterna".

    Nesta seção (39-47), as Escrituras são descritas: 1. Como um testemunho do Filho — são elas que de mim testificam (39) ; 2. Como o que acusa os ouvintes sem fé — Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais. Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele (45-46). O Filho, de quem as Escrituras dão testemunho (39), é visto como: 1. A fonte da vida (40) ; 2. Aquele que vem em nome do Pai (43) e não recebe glória dos homens (41). Contra este cenário, os ouvin-tes, os judeus (ver o comentário sobre Jo 5:19-24), são descritos em uma linguagem vívida. Apesar de lerem muito as Escrituras, eles se recusam a vir a Jesus, a verdadeira Fonte de vida (40) ; não amam a Deus (42) ; são capazes de aceitar impostores (43) ; têm uma escala de valores errada (44) ; e, ironicamente, nem mesmo acreditam nas Escrituras que estão continuamente analisando (38,46).

    O versículo 41 parece significar que Cristo não procurava a glória (grego) dos ho-mens. Mas Ele sabia que se eles tivessem o amor de Deus (42), eles lhe dariam a glória.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de João Capítulo 5 versículo 24
    Jo 3:15-18; Rm 8:1.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47
    *

    5:1

    festa dos judeus. Provavelmente uma das festas de peregrinação que eram observadas em Jerusalém: dos Tabernáculos, Páscoa ou Pentecostes.

    * 5:5

    um homem enfermo. A doença exata não é especificada, mas o evento indica que a doença impedia-o de mover-se e andar.

    * 5:8

    toma o teu leito. A tradição judaica tinha interpretado a proibição do trabalho no sábado, como proibição de carregar peso. Jeremias protestou contra o carregar e descarregar no Sábado (Jr. 17.21,22).

    * 5:9

    o homem se viu curado. Não se afirma que a fé em Jesus foi exigida do homem, como ocorreu em muitos milagres de Jesus (Mt 9:22; 13:58; Mc 6:5,6). O enfoque aqui é sobre o poder de Jesus.

    * 5:14

    coisa pior. A "coisa pior" é deixada indefinida. A razão da admoestação não é, necessariamente, que o homem tivesse ficado doente por causa de algum pecado específico. Alguns pecados podem levar Deus a juízos físicos e temporais (1Co 11:28-32), mas a doença não está necessariamente relacionada com algum pecado específico (9.3).

    * 5.17-47

    Jesus debate com os judeus o seu relacionamento com o Sábado e com Deus. Jesus não argumenta com seus oponentes a respeito de se eles entendem a legislação do Sábado corretamente. Seu interesse é saber se eles entendem quem Jesus é. Jesus reivindica ser Deus, indicando algumas de suas prerrogativas divinas (vs. 17-30) e mostra a base de sua reivindicação (vs. 31-47).

    * 5:17

    Meu Pai... e eu trabalho também. Jesus não discute com os judeus se eles estão certos em criticar o paralítico. Ele nega que os judeus possam criticar a ele mesmo, porque está apenas fazendo aquilo que o Pai faz. Os judeus entenderam o que Jesus disse e por isso o acusaram de fazer-se igual a Deus (v. 18).

    * 5:18

    fazendo-se igual a Deus. Jesus se apresentava como aquele que tem sobre o Sábado a mesma autoridade que tem o Autor do Sábado (Lc 6:5), que foi dado não só no Sinai, mas na própria ordem da criação.

    * 5:19

    o Filho nada pode fazer. Isto não expressa incapacidade pessoal, mas dá ênfase à completa unidade de propósito e ação na Trindade. Ver nota teológica "A Humilde Obediência de Cristo", índice.

    * 5:20

    e maiores obras do que estas. Há uma obra maior do que a de curar um doente. Esta obra, segundo o v.21, é ressuscitar um morto.

    * 5:21

    o Pai ressuscita... os mortos. Uma clara afirmação daquilo que está expresso menos claramente no Antigo Testamento. Jesus concorda com os fariseus contra os saduceus, que negam a ressurreição (Mt 22:23). Fazer os mortos ressuscitarem só é possível a Deus, contudo Jesus reivindica esse poder para si mesmo (v. 25).

    * 5:23

    honra. Aqui "honra" é o santo temor a Deus despertado pelo conhecimento do juízo vindouro (v. 22). O Filho, não menos do que o Pai, é Um a quem todos deverão prestar contas.

    * 5:24

    vida eterna. A salvação não é apenas um objeto de esperança para o futuro, mas uma presente realidade para o crente; pois aquele que crê "passou da morte para a vida" (conforme 6.47).

    * 5.26

    vida em si mesmo. Ver "A Auto-Existência de Deus", no Sl 90:2.

    * 5:29

    ressurreição. Ver "Ressurreição e Glorificação", em 1Co 15:21.

    * 5.31-47

    Jesus apresenta quatro tipos de testemunho que afirmam as suas reivindicações: O testemunho de João Batista; das próprias obras de Jesus; de Deus Pai; e o das Escrituras, especialmente Moisés.

    * 5:31

    o meu testemunho não é verdadeiro. O testemunho de Jesus não seria falso, mesmo que ele falasse isoladamente. Pela expressão "não é verdadeiro" Jesus quer significar que esse testemunho não seria permitido no tribunal de acordo com a lei Mosaica (Dt 17:6; 19:15; ver referência lateral).

    * 5:36

    essas que eu faço. Este é o princípio reconhecido por Nicodemos (3.2). O poder dado por Deus para operar milagres é um sinal da aprovação divina (10.25,38), ainda que nem toda obra maravilhosa seja um milagre, neste sentido (Êx 7:11,12; Mt 7:22,23; 24:24; Ap 13:13).

    * 5:37-38

    sua voz... sua palavra. Estes termos provavelmente se referem às Escrituras, que são a "voz" e a "palavra" de Deus, mas que os descrentes não receberam.

    * 5:39

    as Escrituras... testificam de mim. Jesus concorda que o Antigo Testamento conduz à vida eterna (cf 2Tm 3.15), revelando que esta vida está nele, o Autor da vida eterna. A busca daqueles que se recusam a encontrar Cristo nas Escrituras é fútil, porque lhes falta a iluminação do Espírito Santo (2Co 3:6).

    * 5:45

    quem vos acusa. Moisés acusará aqueles que não crêem em Cristo, porque Moisés escreveu a respeito dele. Jesus não se refere a nenhum texto de Moisés (tais como Dt 18:15), mas àquilo que Moisés "escreveu" (v. 46), de maneira geral. Isto é semelhante ao que Jesus disse, depois da ressurreição, aos discípulos a caminho de Emaús (Lc 24:27,44-46), bem como à pregação dos apóstolos (At 3:18-17.2,3; 18.28; 26.22,23; 28.23).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47
    5:1 Havia três festas que requeriam a presença dos judeus varões em Jerusalém. Estas eram (1) a Festa da Páscoa e a Festa dos Pães sem Levedura, (2) a Festa das Semanas (chamada também Pentecostés), e (3) a Festa dos Tabernáculos.

    5:6 depois de trinta e oito anos, já este homem se resignou. Ninguém podia lhe ajudar. Tinha perdido a esperança de sanar-se e não podia fazer nada sozinho. Seu caso parecia ser definitivo. Não importa quão apanhado se sinta em seus achaques, Deus pode lhe ajudar em suas necessidades mais profundas. Não permita que um problema ou uma causa molesta motive a perda de sua esperança. Deus pode fazer uma obra especial em seu favor apesar de sua condição ou até devido a ela. Muitos tiveram um ministério eficaz entre as pessoas que sofrem porque conseguiram triunfar sobre seus próprios sofrimentos.

    5:10 Segundo os fariseus, levar uma cama no dia de repouso era trabalho, e portanto era ilegal. Não quebrantava uma Lei do Antigo Testamento, a não ser a interpretação que os fariseus davam ao mandamento de Deus: "te lembre do dia de repouso para santificá-lo" (Ex 20:8). Esta era uma das muitas leis que adicionaram à Lei do Antigo Testamento.

    Jesus RETORNA Ao GALILEA : Jesus permaneceu dois dias no Sicar, logo foi a Galilea. Visitou Nazaret e vários povos antes de chegar ao Caná. De ali pronunciou a palavra de sanidade e o filho de um oficial sanou no Capernaum. O Evangelho do Mateus nos diz que Jesus depois se estabeleceu no Capernaum(Mt 4:12-13).

    5:10 Um homem que fazia trinta e oito anos não caminhava sanou, mas aos fariseus interessavam mais suas leis mesquinhas que a vida e a saúde de um ser humano. É fácil obcecar-se um com as estruturas que fabrica o homem e nos esquecer da gente afetada. rege-se por normas feitas Por Deus ou pelo homem? São de ajuda às pessoas ou são de tropeço?

    5:14 Este homem tinha sido aleijado ou paralítico, mas já podia caminhar. Era um milagre surpreendente. Entretanto, ainda necessitava um milagre maior: o perdão de seus pecados. encontrava-se muito feliz pela saúde recuperada, mas tinha que apartar-se de seus pecados e procurar o perdão de Deus para obter a saúde espiritual. O dom maior que alguém pode receber de Deus é o perdão.

    5:16 Os líderes judeus presenciaram de uma vez um poderoso milagre e uma regra quebrantada. Desprezaram o milagre para enfocar a atenção na regra quebrantada, porque para eles era mais importante a regra que o milagre. Deus está disposto a obrar em nossas vidas, mas é possível que fechemos o passo a seus milagres por limitar nossas idéias com respeito a sua forma de obrar.

    5:17 Se Deus detivesse todo tipo de trabalho no dia de repouso, a natureza cairia no caos e o pecado se apoderaria do mundo. Gn 2:2 diz que Deus descansou o sétimo dia, mas isto não pode querer dizer que deixou de fazer o bem. Jesus queria ensinar que quando se apresenta a oportunidade de fazer o bem, não deve acontecer-se por alto, nem sequer no dia de repouso.

    5.17ss Jesus se identificava com Deus, seu Pai. Não cabe dúvida de que afirmava ser Deus. Jesus não dá lugar à alternativa de acreditar em Deus enquanto se faz caso omisso do Filho de Deus (5.23). Os fariseus também chamavam Pai a Deus, mas se deram conta de que Jesus declarava ter com O uma relação singular. Como resposta à declaração do Jesus, aos fariseus ficavam duas alternativas: lhe acreditar ou acusar o de blasfêmia. Escolheram a segunda.

    5.19-23 como resultado de sua unidade com Deus, Jesus vivia como Deus desejava que vivesse. devido a nossa identificação com o Jesus, devemos honrá-lo e viver como A deseja que vivamos. As perguntas "O que faria Jesus?" e "O que desejaria Jesus que fizesse?" talvez nos ajudem a tomar decisões corretas.

    5:24 A "vida eterna" (viver para sempre com Deus) começa quando a gente aceita ao Jesucristo como Salvador. Nesse momento, inicia-se a nova vida dentro de um (2Co 5:17). Constitui uma obra total. Ainda a gente tem que enfrentar-se à morte física, mas quando Cristo volte, nosso corpo ressuscitará para viver por sempre (1 Corintios 15).

    Jesus ENSINA NO JERUSALEN : Entre os capítulos quatro e cinco do João, Jesus ministró na Galilea, sobre tudo no Capernaum. Chamou certos homens para que lhe seguissem, mas isto não foi assim até depois de sua viagem a Jerusalém (5,1) no que escolheu a seus doze discípulos entre eles.

    5:25 Ao dizer que os mortos ouvirão sua voz, Jesus se referia aos espiritualmente mortos que ouvem, entendem e o aceitam. Os que aceitam ao Jesus, o Verbo, terão vida eterna. Jesus se referia também aos que estão fisicamente mortos. Quando esteve na terra, ressuscitou a várias pessoas, e em sua Segunda Vinda todos os "mortos em Cristo" se levantarão para encontrar-se com O (1Ts 4:16).

    5:26 Deus é a fonte e o Criador da vida, pois não há vida separados do, nem aqui nem no mais à frente. A vida em nós é um dom que vem de Deus (vejam-se Dt 30:20; Sl 36:9). Como Jesus existe eternamente com Deus, o Criador, O também é "a vida" (Sl 14:6) pela qual podemos viver para sempre (veja-se 1Jo 5:11).

    5:27 O Antigo Testamento tinha mencionado três sinais do Messías que teria que vir. Neste capítulo, João mostra que Jesus cumpriu os três sinais. Tudo poder e autoridade lhe são jogo de dados por ser o Filho do Homem (conforme 5.27 com Dn 7:13-14). Os coxos e os doentes som sanados (conforme 5.20, 26 com Is 35:6; Jr 31:8-9). Os mortos são levantados (conforme 5.21, 28 com Dt 32:39; 1Sm 2:6; 2Rs 5:7).

    5:29 Os que se rebelaram contra Cristo também ressuscitarão, mas para escutar o veredicto de Deus em seu contrário e para receber a sentença de uma eternidade separados do. Há quem deseja viver bem sobre a terra, esquecer-se de Deus e logo alcançar com a morte o descanso final. As palavras do Jesus não dão lugar a que se perceba a morte como o fim de tudo. Há um julgamento que os incrédulos deverão enfrentar.

    5.31ss Jesus declarava que era igual a Deus (5.18), dava vida eterna (5.24), era a fonte da vida (5,26) e julgava ao pecado (5.27). Estas declarações demonstram que Jesus dizia ser divino; era uma afirmação quase incrível, mas a apoiava o testemunho de outro: João o Batista.

    5.39, 40 Os líderes religiosos sabiam o que dizia a Bíblia, mas não aplicavam suas palavras à vida. Conheciam os ensinos das Escrituras, mas não reconheceram ao Messías que as Escrituras assinalavam. Conheciam as leis, mas não viram o Salvador. Entrincheirados em seu sistema religioso, negaram-se a permitir que o Filho de Deus trocasse suas vidas. Não se enrede tanto na "religião" que se perca a Cristo.

    5:41 De quem busca o louvor? Os líderes religiosos gozavam de prestigio no Israel, mas seu selo de aprovação não tinha significado algum para o Jesus. Ao interessava a aprovação de Deus. Este é um bom princípio para nós. Mesmo que nossas ações recebam a aprovação dos mais altos dignatarios do mundo, se Deus não as passar, devêssemos nos preocupar. Mas se as passa, mesmo que outros não o façam, devêssemos estar conforme.

    5:45 Os fariseus se gabavam de ser os verdadeiros seguidores de seu antepassado Moisés. Tentavam guardar cada uma de suas leis ao pé da letra, inclusive adicionaram algumas próprias. A advertência do Jesus de que Moisés os acusaria os enfureceu. Moisés escreveu a respeito do Jesus (Gn 3:15; Nu 21:9; Nu 24:17; Dt 18:15) e mesmo assim os líderes religiosos não quiseram acreditar no Jesus quando veio.

    AFIRMAÇÕES DE CRISTO

    Quem lê a vida do Jesus enfrentam uma pergunta inevitável: Foi Deus Jesus? Parte de uma conclusão razoável tem que incluir o fato de que declarou ser Deus. Não temos outra alternativa a não ser a de estar de acordo ou não com sua declaração. A vida eterna está em jogo na eleição.

    Jesus disse ser:,, , ,

    o cumprimento das profecias do Antigo Testamento

    MateusDt 5:17; Dt 14:33; Dt 16:16-17; Dt 26:31, Dt 26:53-56; Dt 27:43

    MarcosDt 14:21, Dt 14:61-62

    LucasDt 4:16-21; Dt 7:18-23; Dt 18:31; Dt 22:37; Dt 24:44

    JoãoDt 2:22; Dt 5:45-47; Dt 6:45; Dt 7:40; Dt 10:34-36; Dt 13:18; Dt 15:25; Dt 20:9

    o Filho do Homem

    MateusDt 8:20; Dt 12:8; Dt 16:27; Dt 19:28; Dt 20:18-19; Dt 24:27, Dt 24:44; Dt 25:31; Dt 26:2, Dt 26:45, Dt 26:64

    MarcosDt 8:31, Dt 8:38; Dt 9:9; Dt 10:45; Dt 14:41

    LucasDt 6:22; Dt 7:33-34; Dt 12:8; Dt 17:22; Dt 18:8, Dt 18:31; Dt 19:10; Dt 21:36

    JoãoDt 1:51; Dt 3:13-14; Dt 6:27, Dt 6:53; Dt 12:23, Dt 12:34

    O Filho de Deus

    MateusDt 11:27; Dt 14:33; Dt 16:16-17; Dt 27:43

    MarcosDt 3:11-12; Dt 14:61-62

    LucasDt 8:28; Dt 10:22

    JoãoDt 1:18; Dt 3:35-36; Dt 5:18-26; Dt 6:40; Dt 10:36; Dt 11:4; Dt 17:1; Dt 19:7

    o Messías/ o Cristo

    MateusDt 23:9-10; Dt 26:63-64

    MarcosDt 8:29-30

    LucasDt 4:41; Dt 23:1-2; Dt 24:25-27

    JoãoDt 4:25-26; Dt 10:24-25; Dt 11:27


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47
    I. JESUS ​​e no sábado (5: 1-18)

    1 Depois destas coisas, havia uma festa dos judeus; e Jesus subiu a Jerusalém. 2 Ora, em Jerusalém, perto da ovelha portão de uma piscina, que é chamado em hebraico Betesda, tem cinco alpendres. 3 Nestes jazia multidão dos que se achavam enfermos, cegos, mancos e secou. 5 E um certo homem estava lá, que havia trinta e oito anos de sua enfermidade. 6 Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava neste estado havia muito tempo , nesse caso , disse-lhe: Queres ficar são? 7 O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me ponha no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. 8 Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma o teu leito, e anda. 9 Imediatamente o homem ficou são, e tomou o seu leito e andou.

    Agora era o sábado no mesmo dia. 10 Então os judeus disseram àquele que tinha sido curado: Hoje é sábado, e não te é lícito levar o teu Lv 11:1 Mas ele respondeu-lhes: Aquele que me curou, o mesmo me disse: Toma o teu leito e anda. 12 Perguntaram-lhe: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda? 13 Mas o que fora curado não sabia quem era; . para Jesus havia transmitido-se afastado, uma multidão estar no lugar 14 Depois Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás curado.: não peques mais, para que alguma coisa pior te sucederá 15 O homem foi de distância, e disse aos judeus que Jesus era o que o curara. 16 E por isso os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. 17 Mas Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho. 18 Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.

    A festa que foi a ocasião para o retorno de Jesus a Jerusalém, não é nomeado. João simplesmente queria estabelecer uma definição para o primeiro grande conflito entre Jesus e os judeus. Na verdade, a narração da cura no tanque de Betesda parece ter tido um propósito semelhante, porque muita incerteza reúne em torno dele. A identidade, não só da festa, mas também para a piscina, a sua localização, suas propriedades de cura e a conta do anjo-tem sido um problema para os estudiosos.

    O assunto é simplificado pelo reconhecimento de que a segunda metade do versículo 3 e todos versículo 4 não são encontrados nos melhores manuscritos gregos a partir do qual o nosso Inglês Novo Testamento é traduzida. No ReiTiago 5ersion esta parte diz: "Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; todo aquele que, em seguida, pela primeira vez após o perturbador da água entrou em cena foi feita toda de qualquer enfermidade que tivesse. "Quando essa parte é omitido temos a história simples e significativa de um grupo de enfermos se reuniram no que poderíamos chamar de uma fonte de água mineral, o água do que era conhecido por ter efeitos benéficos sobre certas doenças. As pessoas que visitaram a piscina esperou o movimento da água, que foi, provavelmente, o borbulhar da mola que alimentou a piscina. O milagre que João diz respeito não é um tipo de mágica, com os anjos dando poder de cura para a água, mas um milagre de cura pelo Médico Mestre como prova de sua afirmação de ser o Filho de Deus. A piscina, suas bordas revestidas com gente doente, tornou-se o cenário de um caso notável de cura por Jesus. Há pouca razão para pensar que Ele ignorou os outros, cura um homem só. Isso teria sido contrário à natureza de Jesus e as imagens prestaram dele em outros lugares, especialmente nos sinóticos. Este caso de cura, com suas conseqüências, foi suficiente para João como um fundo para o conflito que se seguiu sobre a manutenção do lugar Sabbath para a cura havia tomado no sábado.

    Jesus era necessariamente crítica do judaísmo de sua época, e por esta razão Ele foi acusado de tentar destruir a fé dos pais. Ele ficou no verdadeira linha de profetas hebreus a este respeito. Amos, por exemplo, clamou: "Odeio, desprezo as vossas festas, e eu vou ter prazer em vossas assembléias solenes" (Jl 5:21 ). Os rituais dos quais Amos falaram havia sido ordenado por Deus, mas ele se opôs a eles como praticado porque tanto sacerdote e as pessoas tinham perverteu para seus próprios fins. Os valores morais e religiosos havia sido perdido, e forma estava sendo substituído pela realidade. Os profetas eram considerados como traidores ao seu país e ao culto no Templo. Jesus demonstrou essencialmente essa mesma atitude para com a religião de ambos Temple e sinagoga e sofreu um semelhante, e, finalmente, a pior, a rejeição do que fizeram os profetas.

    Nos dias de Jesus a jornada de um dia de sábado foi de dois mil côvados (cerca de três quintos de uma milha), e viagens mais longas constituía uma violação da lei do sábado. Muitas outras formas foram rigidamente observados, como lavagem cerimonial antes das refeições e o uso de filactérios de oração. Essas coisas podem ser observados como marcas de piedade, e a palavra de longas orações em público e à colocação de grandes somas de dinheiro no tesouro do templo deu a garantia de que um estava ganhando favor de Deus. Havia pelo menos quatro acusações que Jesus tinha para o ceremonialism da época. Primeiro, ela colocou as pessoas em cativeiro-bondage para formar e à opinião pública. Em segundo lugar, ele prejudicou, ou se desnecessário, a fé em Deus como essencial para a religião. Originalmente, a lei cerimonial, a guarda do sábado, a oferta de sacrifícios, circuncisão, eo resto, foram fornecidos como prova de fé das pessoas em Deus e como um meio de expressar a sua fidelidade a Ele. Mas quando essas coisas deixaram de ser testemunhas da fé e se tornou únicas formas de aproximação a Deus, eles perderam o seu valor. Em terceiro lugar, houve a perda de valores morais pessoais. Culto tinha deixado de fazer exigências morais sobre os adoradores. Havia pouco nele para agitar a consciência, nada a se mover de um homem para a confissão do pecado. Em quarto lugar, ceremonialism formais foi a perversão do que anteriormente tinham sido os instrumentos de adoração pura. Aquilo que estava vivo havia morrido; que havia sido doce tinha ido azedo; o que chamou os homens para Deus agora os separou Dele. E em quinto lugar, a situação mais triste de tudo é que os próprios participantes tinham assumido o amortecimento de suas formas.

    Este não é o lugar para ir em um dicussion em larga escala de formalismo contra a liberdade no que se refere à guarda do sábado. João não nos deu material suficiente para trabalhar. A resposta clássica é dada no Evangelho de Marcos: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem por causa do sábado, de modo que o Filho do homem é senhor também do sábado" (Mc 2:27 ). Observâncias religiosas são de valor apenas como eles ministrar às necessidades das pessoas, tanto individuais e coletivas, e estão sob o sábio conselho da igreja e os direção do Espírito.

    O homem curado foi acusado pelos judeus de quebrar o sábado quando o encontraram carregando seu sono-mat. Ou porque ele não tinha sido um homem religioso, ou porque a sua alegria por ter sido curado o levou a ser alheio às demandas religiosas formalistas, ele atribuiu sua violação do sábado para o fato de sua cura: Aquele que me curou, esse mesmo disse -me: Toma o teu leito e anda (v. Jo 5:11 ). Até o momento ele não sabia quem era Jesus. Para ele, e para Jesus, a execução de seu berço foi a evidência de sua cura; para os judeus era uma violação da lei cerimonial. A questão em causa era saber se o homem ou a lei era de primordial importância. Jesus estava interessado no homem, e Ele procurou e encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás curado; não peques mais, para que alguma coisa pior te sucederá (v. Jo 5:14 ). Para ele a ser influenciado por seus críticos religiosos a partir de então seria de pecado, e isso pode levar a uma reincidência da doença. Jesus estava sugerindo que sua doença tinha sido causada por más práticas, o resultado direto de uma vida pecaminosa. Mais do que isso, há conseqüências do pecado mais grave do que física doença estes também o homem deve evitar. Como Jesus disse, em outro contexto, "Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que é capaz de destruir a alma eo corpo no inferno" (Mt 10:28.) .

    O homem que foi curado disse aos judeus que seu benfeitor era Jesus. Em seu entusiasmo ingênuo ele não percebeu que esta era uma das piores coisas que poderia fazer-publicidade não era o que Jesus precisava de entre os judeus. Ele foi muito bem conhecido por eles já; e imediatamente uma nova onda de perseguição se levantou, ainda tenta matar Jesus. Sua única resposta para eles era, Meu Pai trabalha continuamente e Eu estou trabalhando (v. Jo 5:17 ). Em outras palavras, Ele estava trabalhando no sábado porque seu pai estava trabalhando, e a cura que Ele havia feito era o trabalho de Deus, o Pai. Eles, portanto, tinha duas acusações contra ele; Ele tinha quebrado o sábado pela cura de um homem (causando-lhe também para quebrá-lo), e Ele alegou Deus como seu pai, que foi um reconhecimento da igualdade com Deus. O poder que Ele, assim, foi ordenado autoridade sobre tanto o físico e os mundos morais. Ele poderia curar um coxo quando escolheu; Ele também poderia quebrar o sábado, pois ele compreendeu, porque Ele era maior em autoridade do que tanto Moisés (Jo 1:17) e a lei que ele tinha dado.

    J. Jesus eo Pai (5: 19-47)

    19 , portanto, Jesus respondeu, e disse-lhes: Em verdade, em verdade eu vos digo, o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão o que vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho também pratica da mesma maneira. 20 Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que faz;. e maiores do que estas lhe mostrará, para que vos maravilheis 21 Pois assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida a quem ele quer. 22 Para nem o Pai julgar qualquer homem, mas deu todo o julgamento ao Filho; 23 para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho não honra o Pai que o enviou. 24 Em verdade, em verdade eu vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não vem em juízo, mas já passou . da morte para a vida 25 verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; . e os que a ouvirem viverão 26 Pois assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu ele ao Filho também ter a vida em si mesmo: 27 e deu-lhe autoridade para julgar, porque ele é um filho do homem. 28 Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz, 29 e sairão; os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.

    30 Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo, eo meu julgamento é justo; . porque eu não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou 31 Se eu der testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro. 32 É um outro que dá testemunho de mim; e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. 33 Vós mandastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade. 34 Mas o testemunho que eu recebo não é de homem; mas digo isto, para que vos podem ser salvos. 35 Ele era a lâmpada que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por uma temporada com a sua luz. 36 Mas o testemunho que eu tenho é maior do que o de João; para as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço, dão testemunho de mim, que o Pai me enviou. 37 E o Pai que me enviou, ele tem dado testemunho de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, em qualquer momento, nem vistes a sua forma. 38 E não tendes a sua palavra permanece em vós, por quem ele enviou não credes. 39 Ye pesquisar as Escrituras, porque julgais que neles tendes a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim; 40 e não quereis vir a mim, para que tenhais a vida. 41 Eu não recebo glória dos homens. 42 Mas eu conheço, que não tendes o amor de Deus em si mesmos. 43 Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, a esse recebereis. 44 Como podeis crer, vós que recebeis glória uns dos outros, e a glória que vem do único Deus buscais não? 45 Não penseis que eu vos hei de acusar perante o Pai: não há um que vos acusa, mesmo Moisés, em quem vós esperais. 46 Pois se crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque ele escreveu a meu respeito. 47 Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?

    Jesus foi obrigado a defender-se contra as incriminações dos judeus a respeito de sua autoridade e sua relação com Deus. Ele afirmou Sua afirmação de união com Deus, reivindicando nenhuma autoridade ou poder independente; Ele fez apenas aquilo que Ele observou o Pai fazer (v. Jo 5:19 ). Jesus usou a analogia humana da relação pai-filho, não para estabelecer uma separação entre Deus e Ele, mas como um fundo familiar para sua afirmação de uma unidade essencial com Deus. O Pai ama o Filho (v. Jo 5:20 ), mais tarde pensamento de João torna-se "Deus é amor" (1Jo 4:8. ; Is 26:19. ). Jesus era mostrar que ele também poderia ressuscitar os mortos. No entanto, não só ele, mas como o Pai trabalhou por meio dele. Ao mesmo tempo, Ele fez o trabalho de forma autônoma, para o poder de fazer milagres e de competência para julgar quando e onde agir tinha sido dado como o Filho de Deus. Ele era tão verdadeiramente Deus, como foi o Pai, e ninguém podia dar honra a Deus Pai e ao mesmo tempo desonrar a Deus, o Filho. A fonte de toda a vida repousa no Pai e do Filho (Jo 1:4 ). No Pai e do Filho reside também a vida eterna, ou a vida de cima, como Jesus disse a Nicodemos. No entanto, é o Filho, não o Pai, que se tornou o foco do processo que dá vida. O mundo dos homens é julgado pelo Filho por causa da relação única que Ele sustenta a Deus e homem pela Encarnação. Os homens devem lidar, não com Deus, como tal, nem com Deus, o Pai, mas com o Filho, que é o Verbo eterno feito carne (Jo 1:14 ). Aqueles que crêem Nele tenha a vida eterna (v. Jo 5:24 ). Aquele que honra o Pai pode fazê-lo apenas por honrar o Filho; e isso ele faz por crer. Para acreditar no Filho é acreditar no Pai, sendo ambos igualmente Deus. Crendo, a vida uma partes eterna com Ele, ea maravilha de tudo será esclarecido em um dia vinda de ressurreição.

    Estas declarações são abundantes em paradoxo, mas é o paradoxo da graça, um paradoxo que é fácil viver com quando se tem "passou da morte para a vida", quando se entrega à verdade, a fim de entendê-lo, quando ele compartilha com João os segredos do amado.

    Mais duas coisas devem ser ditas a fim de tornar o testemunho de Jesus a Si mesmo completo, e estes são encontrados na referência a uma ressurreição geral final, uma experiência maior do que a ressurreição de Lázaro dentre os mortos. Lazaro deve morrer outra morte física, porque ele se levantou do lado terrestre do túmulo. Aqueles que experimentam a ressurreição final nunca mais vai saber da morte física. Tanto a ressurreição de Lázaro e da ressurreição antecipada são evidências de que a vida eterna que Cristo veio para dar. Mas mais do que isso, a validade desta vida no crente será testado pela ressurreição, que irá separar os homens para a vida ou para o julgamento. Eles serão julgados com base em suas obras, sejam elas boas ou más. Nesta vida os homens são julgados em relação à sua fé em Cristo; no último dia eles serão julgados em relação ao fato de terem feito a vontade de Deus. A afirmação de Cristo de ser o Filho de Deus foi evidenciado por suas obras, que protestavam a Ele (Jo 5:36 ). Reivindicação dos homens para uma nova vida nele deve finalmente descansar em evidência similar.

    O testemunho de Jesus para Ele trouxe a alegação de que ele foi capaz de dar a vida física e eterna, porque Ele possuía inerentemente, compartilhada com e dado pelo Pai (v. Jo 5:26 ); e Ele tinha autoridade para conceder a vida sobre aqueles que creram nele. A vida tem em si o poder de julgamento, porque a vida também é luz (Jo 1:4 ). Julgamento não esperam a ressurreição no último dia, mas adere a todo o tecido da Encarnação. O homem-Deus trouxe uma relação entre o homem eo seu Criador pelo qual seu ato cada é julgado à luz do mesmo. O homem não pode ficar, por assim dizer, à margem e ignorar a Encarnação como se nunca tivesse acontecido; ele já está envolvido por ter tomado para si a carne humana de Deus, e ele deve decidir aceitar a vida que é oferecido, assim, decidir ou recusá-lo e sofrer as conseqüências de rasgar-se longe de Deus. A decisão é mais do que uma resposta sim ou não;ou é a aceitação ou rejeição da Encarnação: a união de Deus e do homem em Jesus Cristo.

    O debate entre Jesus e os judeus continuaram sobre a autoridade pela qual Ele fez o que ele estava fazendo. Ele percebeu que seu próprio testemunho não era suficiente, porque aos judeus duas ou mais testemunhas foram exigidos em cada caso. E assim Ele apresentou o Pai como uma testemunha (v. Jo 5:32 ), também João Batista quem o povo teria lembrado. Tanto a vida e palavras de Batista testificou brilhantemente para Jesus, porque ele tinha queimou-se para ele. Ele era a lâmpada que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por uma temporada com a sua luz (v. Jo 5:35 ). Testemunho de João era brilhante e clara e os judeus haviam aceitado lo por um tempo. Mas o testemunho de Jesus, dado por palavras e atos, foi maior do que o de João. Logic exigiria que eles dão Jesus, pelo menos, uma audiência de igualdade com João. Eles não iria, mesmo não poderia, acreditar em Jesus por causa de duas outras testemunhas que haviam rejeitado as Sagradas Escrituras e Moisés. Ambos falara-se ainda falar-de-Lo, mas os judeus não tinham recebido a mensagem. A finalidade das Escrituras (Antigo Testamento) era revelar Cristo, e, a menos que os homens foram capazes de encontrar Cristo, que neles não se deu esperança de salvação. Moisés, também testemunhou de Cristo, sem cuja vida e obra tudo o que Moisés fez foi infrutífera. Ambos Escritura e Moisés sentou-se em juízo sobre os judeus que não iria acreditar em Jesus. Aqueles a quem Jesus estava falando sem dúvida foram escribas e fariseus, saduceus também a quem Ele pode ter abordado Suas palavras sobre a Ressurreição, mas em todo o seu estudo de suas Escrituras eles falharam em ver a promessa de um Salvador. Sua falsa concepção do Messias prometido cegou a ele quando ele estava no meio deles. Eles haviam se tornado tão perverso que eles iriam mais cedo aceitar um líder que veio em seu próprio nome que aquele que tinha vindo em nome de Deus, o Pai. Eles não tinham o verdadeiro amor por Deus, porque eles tinham negligenciado a admoestação da lei de Moisés: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma e com todas as tuas forças" (Deut. 6: 5 ). Consequentemente, eles não poderiam reconhecê-Lo, que era a personificação do amor divino.

    Temos de reconhecer que Jesus nunca foi desleal no que Ele espera de pessoas, nem ele condená-los por motivos insuficientes. Judaísmo não tinha poder de salvação, e Jesus tentou mostrar isso para os judeus. Ao mesmo tempo, ele tinha mostrado o caminho que o Salvador estava a tomar e continha luz suficiente por que reconhecê-Lo. A lei não podia salvar, mas ele fez e poderia condenar, quando as pessoas aceitaram como um fim em si, ou quando eles usaram para seus próprios fins.

    Ainda uma outra ênfase de Jesus neste conflito de idéias é a unidade da Escritura. Se isso for verdade do Antigo Testamento-que sua ênfase central deve ser visto como Cristo-how muito mais preciso do Novo Testamento ser visto como atestando principalmente a Ele. Jesus disse sobre as Escrituras do Antigo Testamento, Estes são os que dão testemunho de mim (v. Jo 5:39 ). A unidade de toda a Bíblia como a temos hoje, não pode ser encontrado em sua teologia, ou em sua consistência literária e histórica, mas sim em seu testemunho ao poder redentor de Deus em Jesus Cristo, o Filho.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47

    Como acontece em diversos capítu-los do evangelho de João, nesse a mensagem fundamenta-se em um milagre (5:1 7-47).

    1. O milagre: a salvação é pela graça (5:1-16)

    Esse sinal completa a série de três milagres que mostram como a pes-soa é salva. O primeiro (transfor-mação de água em vinho) mostra que a salvação se dá por intermé-dio da Palavra de Deus. O segundo (a cura do filho do oficial) demons-tra que a salvação acontece pela fé. O terceiro milagre mostra que a salvação é pela graça. Esse homem estava em um estado lastimável. Ele ficou doente por 38 anos por cau-sa de seu pecado passado (veja v. 14). Ele estava rodeado de pessoas afligidas por diversos males, e to-das elas ilustram a triste condição dos não-salvos: enfermos (fracos — Rm 5:6), cegos, coxos (incapa-zes de andar direito — Ef 2:1-49), paralíticos, e todos ali esperavam que alguma coisa acontecesse (sem esperança — Ef 2:12). Eles se cura-riam se entrassem na água quando o anjo a agitava, no entanto faltava- lhes força para conseguir fazer isso! Acontece o mesmo com o pecador de hoje: se ele guarda a lei perfeita de Deus, é salvo, mas ele não con-segue fazer isso.

    No entanto, veja a graça de Deus em ação. "Betesda" (v. 2) sig-nifica "casa de graça", e para esse homem esse local tornou-se o lugar da graça. O que "graça" significa? Significa bondade para quem não a merece. Jesus viu um monte de do-entes, todavia escolheu curar ape-nas um homem! Esse homem não merecia mais que os outros, mas Deus escolheu-o. Essa é uma bela imagem da salvação e de como de-vemos nos sentir humildes ao saber que somos escolhidos "nele", pois isso não ocorre por nossos méritos, mas pela graça dele (Ef 1:4). Em 5:21, Cristo diz algo que se aplica aqui: ele vivifica (dá vida) "aqueles a quem quer". Não podemos expli-car a graça de Deus (Rm 9:14-45), mas ninguém seria salvo se não fos-se pela graça dele (Rm 11:32-45).

    Observe outros pontos: havia cinco pavilhões, e, na Bíblia, cinco é o número da graça; o tanque fi-cava perto da Porta das Ovelhas, o que fala de sacrifício. O Cordeiro de Deus teve de morrer a fim de que a graça do Senhor pudesse ser der-ramada sobre os pecadores. Cristo curou-o no sábado, o que compro-va que a Lei não tem relação com a cura. Não somos salvos por guar-dar a Lei. Ele salvou o homem, de-monstrando que a salvação está em Cristo. O homem queixou-se: "Não tenho ninguém" (v. 7), no entanto havia dúzias de homens lá para aju-dá-lo, mas não podiam fazer o que Jesus fez. O pecador perdido não precisa de ajuda, mas de cura.

    O homem foi ao templo, pro-vavelmente, para adorar (At 3:1-44), e testemunhou publicamente a cura de Cristo (v. 15). Não há evidência de que esse homem creu em Cristo para a salvação.

    A ira e a oposição dos líderes religiosos iniciaram-se quando Jesus curou no sábado. Esse conflito pio-rou e, por fim, levou à crucificação de Cristo.

    1. A mensagem: Cristo é igual a Deus (5:17-47)
    2. A tripla igualdade de Cristo com o Pai (vv. 17-23)

    Os judeus perseguiram Cristo por este não cumprir a Lei, pois curar um homem no sábado era contra a tradição judaica. Na primeira parte de sua mensagem, ele mostrou-lhes que era igual ao Pai de três formas:

    1. Em obras (vv. 17-21). Em Gênesis 3, o sábado de descanso do Pai foi quebrado pelo pecado de Adão e Eva. Desde essa época, Deus trabalha na busca e na salvação do perdido. Cristo afirma que o Pai o ca-pacita para fazer o que faz e revela que o conhece pessoalmente. Suas obras (milagres) vêm do Pai, até mes-mo a de ressuscitar os mortos.
    2. Em julgamento (v. 22). Deus confiou todo julgamento ao Filho. Isso torna o Filho igual ao Pai, pois apenas Deus pode julgar um homem pelos seus pecados. Veja também o versículo 27.
    3. Em honra (v. 23). Nenhum mortal ousaria pedir que o adorem da forma que apenas Deus merece. A pessoa que afirma adorar a Deus, mas ignora a Cristo, é impostora.
    4. A tripla ressurreição (vv. 24-29)
    5. A ressurreição do pecador mor-to hoje (vv. 24-27). Essa é uma res-surreição espiritual (veja Ef 2:1-49) e acontece quando o pecador ouve a Palavra e crê. O homem que Cristo curou era realmente um morto-vivo. Ele recebeu vida nova em seu corpo quando ouviu a Palavra e creu. Cris-to tem vida em si mesmo, pois ele é "a vida" (14:
      6) e, por isso, pode dar vida aos outros.
    6. A ressurreição da vida (vv. 28-29a). Essa é a ressurreição futura do crente descrita em 1 Tessaloni- Cl 4:13-51 e 1Co 15:51-46.
    7. A ressurreição da conde-nação (v. 29b). Ela acontece pouco antes de Deus fazer o novo céu e a nova terra. Ap 20:11-66 descreve essa ressurreição. Todos os que rejeitarem a Cristo serão julga-dos para verem qual o grau de pu-nição que receberão no inferno, e não se irão para o céu. Chama-se o inferno de "a segunda morte", a separação de Deus. Nenhum cristão jamais ficará diante do trono branco de julgamento (Jo 5:24).
    8. O triplo testemunho da divindade de Cristo (vv. 30-47)
    9. João Batista (vv. 30-35). As pes-soas ouviram João Batista e até se regozijaram com seu ministério, mas o rejeitaram e à sua mensagem. Veja como João apontou Cristo para as pessoas em 1:15-34 e 3:27-36.
    10. As obras de Cristo (v. 36). Até Nicodemos admitiu que os mi-lagres de Cristo provavam que ele vinha de Deus (3:2).
    11. O Pai na Palavra (vv. 37-47). As Escrituras do Antigo Testamento são o testemunho do Pai a respeito de seu Filho. Os judeus estudavam as Escrituras, pois pensavam que isso os salvaria. Eles, porém, liam a Palavra com olhos espiritualmente cegos. Moisés escreveu a respeito de Cristo e os acusou no julgamen-to. Eles rejeitaram a Palavra (v. 38), não vieram a ele (v. 40), não ama-ram a Deus (v. 42), não o recebe-ram (v. 43), buscaram a glória dos homens, não a que vem de Deus (v. 44), e não escutaram sua Palavra (v. 47). Não é de espantar que não con-seguissem crer e ser salvos!

    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47
    5.1 Uma festa. Possivelmente a Páscoa Dt 28:0; Mt 11:28). • N. Hom. Cura Divina:,
    1) Jesus viu o paralítico - iniciativa divina (conforme 1Jo 4:19);
    3) Jesus indagou e mandou (6,
    7) -cooperação e motivação divinas,

    5.9 Imediatamente. A cura foi total e sem demora. No sentido mais amplo do milagre, a época de espera passou com a vinda do Salvador ao mundo. Ele inaugura a nova era da ressurreição (25). Sua salvação está ao alcance de todos em todo lugar.

    5.10 Não te é lícito... Êx 20:10; Jr 17:19-24; Ne 13:15. Jesus descansou na glória a Deus. Os judeus acharam que Deus queria que desistissem de todo trabalho, não sabendo que o sábado foi feito para o homem.

    5.14 Não peques mais... Jesus revela. que o paralítico sofria em conseqüência do pecado, mas não que toda doença seria tal. Coisa pior. Trata do julgamento final ou a segunda morte (Ap 21:8).

    5.16 Fazia... no sábado. Nos outros evangelhos os atos de misericórdia justificam a quebra da lei do sábado. No Evangelho de João Jesus trabalha no sábado porque Ele é igual a Deus (17s).

    5.17 Os judeus entenderam que o Criador não podia abandonar Sua criação todos os sétimos dias! O Filho compartilha com o Pai a obrigação de atuar no sábado do mesmo modo; dessarte Jesus reivindicava sua deidade
    5.19 Nada pode fazer. Não por falta de poder, mas apenas vontade. A união entre Cristo e o Pai não permitia que Ele agisse independentemente.

    5.20 Maiores obras. O v. 21 explica que são as obras de ressuscitar e dar vida aos mortos espirituais e físicos (cf.Mt 8:22; Lc 15:32).

    5.23 Todos honrem o Filho. Conforme Fp 2:0,Ef 2:5.

    5.26 Vida em si, isto é, vida divina que pode ser compartilhada com os mortos tanto espiritual como fisicamente.

    5.2 É o Filho do Homem. Conforme Sl 8:4; Sl 80:17; Dn 7:13ss. Este título frisa tanto a soberania de Cristo (Mc 14:62) como Seu sofrimento (Mc 8:31; Mc 10:45; conforme Fp 2:6-50 n).

    5.28,29 Sairão. Fala da ressurreição que se dará na Segunda Vinda. Ressurreição do vida, veja Ap 20:4, Ap 20:5. ...do juízo, Ap 20:11,Ap 20:15.

    5.30 Nada posso fazer. Conforme v. 19n. O crente depende igualmente de Cristo (15.5).

    5.31 De mim mesmo. Palavras sem a necessária confirmação de santidade e poder não convencem. Os judeus baseados nos seus preconceitos atribuíram maldade a Jesus. Ele, defendendo suas reivindicações messiânicas, apela para a regra bíblica que exigia duas testemunhas (Nu 35:30; Dt 17:6).

    5:32-35 Estes vv. tratam do testemunho de João Batista e da própria vida de Cristo que revela a Deus juntamente com Seus sinais (10.25; 14.11).

    5:36-38 O testemunho de Deus Pai foi maior, sendo concedido por palavras (Mt 3:17; Conforme Jo 8:18) e por sinais ou obras. Visto sua forma. Conforme 1.18; Permanente (gr menonta "habitar"). A mesma palavra se repete em Jo 15:0; Rm 3:23; Cl 1:27; Cl 2:2).

    5:45-47 Sendo que Moisés escreveu acerca da missão e pessoa de Cristo (Lc 16:29; Lc 24:44; 2Co 3:13-47), há uma unidade essencial entre a obra do legislador (Moisés) e, o Vivificador (47). Submissão às Escrituras precede a fé em Cristo (2Tm 3:16).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47

    2)    O paralítico de Betesda (5:1-47)
    Há aqui algumas semelhanças com a cura

    registrada nos Sinópticos (conforme Mc 2:1-41; Mt 9:2-40; Lc 5:18-42). Os dois incidentes suscitam controvérsias. Em Marcos, destaca-se a conexão entre a condição do homem e o poder de Jesus para perdoar pecados, ao passo que aqui os pecados do homem são mencionados quase que de passagem (conforme v. 14). E interessante observar como nas épocas de festas Jesus acusava severamente os judeus de incredulidade (conforme v. 29; 11.55ss; 7:2-9) de forma tal que finalmente precipitou o clímax do seu ministério, v. 1. uma festa: A ausência do artigo definido deixa a festa indefinida, embora alguns (entre eles, R. H. Lightfoot e J. Rendei Harris) tenham sugerido que se tratava do Ano Novo.

    v. 2. Betesda: Tanto a evidência de manuscritos para o nome quanto seu significado exato são incertos. “Betzata” tem boa base (ou talvez “Bezata”), sendo conhecida de Josefo. Por outro lado, muitos estudiosos ainda preferem a leitura “Betesda” (lit. “casa de misericórdia”), possivelmente em virtude de sua adequabilidade como um lugar em que Jesus realizou um milagre. Beth-‘eshda (“casa do derramamento”), preferido por Calvino, parece ser confirmado pelo rolo de cobre da caverna 3 de Cunrã [v. 3b e 4 são corretamente omitidos no texto em algumas versões. Eles, sem dúvida, são acréscimos posteriores à história e não têm forte apoio nos manuscritos. Eles, provavelmente, preservam uma tradição que explicava o movimento da água. A narrativa tem ótima fluência sem eles],

    v. 6. Você quer ser curado?: Não é uma pergunta superficial. Parece que o nosso Senhor se dirigiu ao caso mais necessitado ali e, de forma apropriada, tentou evocar alguma fé e confiança desse homem. v. 7. quando a água é agitada: O fenômeno é interpretado nos versículos omitidos em algumas versões como uma intervenção angelical. Westcott comenta: “As propriedades de cura do tanque podem ter sido devidas aos elementos minerais”. Escavações no tanque de Sta. Ana revelaram cinco pórticos (conforme NBD, p. 143-4). v. 9. num sábado: Numa afirmação sucinta, o evangelista prepara o discurso que segue agora. v. 10. não lhe é permitido carregar a maca: Os judeus tratam tudo que vêem em termos da lei. Os escritos rabínicos traziam regras detalhadas quanto à remoção e transporte de móveis no sábado. Uma cama não podia ser carregada, embora carregar um paciente numa cama fosse permitido, v. 13. 0 homem [...] não tinha idéia de quem era ele: Isso parece estranho para nós, mas a mente oriental aprendia a aceitar o sobrenatural, muitas vezes se esquecendo de se incomodar com o meio que tinha servido para a sua realização. De qualquer maneira, Jesus havia desaparecido para evitar a curiosidade da multidão,

    v. 14. Não volte a pecar. Isso sugere que Jesus via alguma conexão, por indireta que fosse, entre esse caso de sofrimento e algum pecado de que o homem era culpado (conforme 9.23). O perdão não foi mencionado, embora a expressão Não volte a pecar sugira que o pecado até então na vida do homem estava perdoado, v. 17. Meu Pai continua trabalhando até hoje, e eu também estou trabalhando-. O restante do discurso decorre dessa afirmação. Deus descansou no sétimo dia, de acordo com as Escrituras (conforme Gn 2:2,3). Contudo, a observância do sábado não tinha a intenção de ser um descanso na inatividade, mas o descanso que vem da comunhão espiritual com Deus, que está incessantemente ativo como Criador e Sustentador do Universo. v. 18. mas também estava dizendo que Deus era seu próprio Pai (gr. patera idion): Esse aspecto, acima de tudo o mais, incitou os judeus ao ódio mortal contra Jesus, junto com sua concordância de que agia em comunhão direta com o Pai, dizendo: o Filho não pode fazer nada de si mesmo (v. 19). O relacionamento de Jesus com o Pai é singular, de forma que ele não age independentemente do Pai. 0 Filho também faz: A esfera de atividade do Filho é coextensivo ao do Pai. 

    v. 20. obras ainda maiores do que estas: I.e., maiores do que a cura desse paralítico. Essas vão compelir a atenção dos judeus, e.g., a ressurreição de Lázaro (conforme 11.45). v. 21. da mesma forma que o Pai ressuscita os mortos: A maioria dos judeus acreditava que a ressurreição de mortos estava reservada para uma época vindoura (conforme Ez 37:13) e seria cumprida no Messias. O v. 22 é uma afirmação explicada mais tarde no v. 27. Entrementes, um propósito claro dessa delegação de autoridade a Cristo é que todos honrem o Filho (v. 23), reconhecendo sua igualdade em autoridade e ação. v. 24. Quem ouve a minha palavra e cré A construção da frase aqui mostra que o ouvir e o crer precisam ser considerados juntos. Ouvir não é somente uma atividade passiva. O grande shema‘ (“Ouça, ó Israel...”) do AT (Dt 6:4-5) pressupunha a fé pelas obras. Assim, aqui a palavra de Cristo evoca uma reação (conforme 6.63,68; 15.3), e aquele que a apresenta tem a vida eterna e não será condenado — pela fé, ele agora espera e desfruta da absolvição final e da vida da era da ressurreição,

    v. 25. está chegando a hora, e já chegou: Conforme 4.23. Os mortos aqui são os espiritualmente mortos. O Filho do homem já os despertou por sua palavra. Que os que ouvirem viverão, está fundamentado na expectativa do AT (conforme Is 55:11). Assim, a palavra de Cristo trazendo vida separa pessoa de pessoa, dessa forma levando alguns ao julgamento (conforme v. 27). v. 26. ele concedeu ao Filho ter vida: Faz parte da natureza essencial do Filho, compartilhada com o Pai, que ele é capaz de ser a fonte de vida para outros (conforme 1.4). v. 27. porque é o Filho do homem (gr. hoti hyios anthrõpou esti): O Filho do homem do livro de Daniel (conforme Ez 7:13,Ez 7:14) nunca está longe da mente dos evangelistas. Aqui, sem dúvida, o autor está pensando principalmente na sua humanidade. Visto que ele compartilha completamente a humanidade, e em virtude de sua suprema autoridade conferida a ele pelo Pai, ele pode exercer o julgamento, v. 28. todos os que estiverem nos túmulos: Conforme v. 25. Tanto bons quanto maus estão incluídos (conforme versículo seguinte). A ressurreição dos fisicamente mortos é algo que vai ser incluído mais tarde no programa divino. A voz de Jesus vai ser ouvida no juízo final, embora não haja nenhum detalhamento (conforme Ez 12:2). v. 30. não procuro agradar a mim mesmo: Isso coloca o julgamento do qual Cristo falou além de todo questionamento. Nele não há sinal de auto-engrandecimento (conforme v. 41-44).

    v. 31. O dito de Jesus aqui talvez pareça contradizer o que ele diz mais tarde (conforme 8.13,14). Mas não há contradição. Aqui, ele está se referindo às declarações que ele talvez tenha feito como auto-afirmação. Mas o seu testemunho está em harmonia com o do Pai, de modo que ele confia no Pai (conforme v. 32). v. 34. mas menciono isso para que vocês sejam salvos: Tão grande é a preocupação de Jesus pelos judeus que ele chama a atenção deles para a obra de João Batista, se isso os conduzir a Ele. v. 35. João era uma candeia que queimava e irradiava a luz (gr. lychnos): O testemunho de João, na melhor das hipóteses, era secundário (conforme 1.8,33; 8.14). Ele deu testemunho como uma candeia por meio da qual brilhou a verdadeira luz na medida do azeite que lhe foi confiado, e durante certo tempo vocês quiseram alegrar-se com a sua luz: O fervor religioso, talvez, conduziu muitos judeus a se interessarem pela pregação de João, visto que se ocupava da proclamação do reino. v. 37. o Pai [...] ele mesmo testemunhou a meu respeito-. Isso, presumivelmente, se refere ao batismo de Jesus. Eles não ouviram a sua voz (conforme Mc 1:11) — na pomba que desceu (1.32). v. 38. nem a sua palavra habita em vocês-. Aqui a acusação de Jesus contra os judeus atinge o clímax. Se a Palavra de Deus tivesse um lugar de proeminência na vida deles, eles teriam reconhecido tanto a autoridade de Cristo quanto a de João Batista, 

    v. 39. Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras: O verbo pode ser ou imperativo ou indicativo. A segunda opção dá o melhor sentido. Os judeus criam que as Escrituras geravam vida, mas eles não a compreenderam como um testemunho de Cristo (conforme v. 21; Lc 24:2,Dt 18:16). Esse argumento é dirigido à mente religiosa judaica. Se eles não creem nas Escrituras, é pouco provável que aceitem o ensino desse rabino para eles.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 17 até o 47

    H. A Auto-defesa de Jesus. Jo 5:17-47.

    O discurso abaixo trata da autoridade de Jesus, a qual ele estabelece em seu relacionamento especial com o Pai.


    Moody - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 21 até o 24

    21-24. Uma dessas maiores obras é a ressurreição dos mortos (v. Jo 5:21). Sem sombra de dúvida é uma obra tão criativa quanto a original transmissão de vida. Se o Filho tem o poder de ressuscitar a quem Ele quer, participa do poder do Pai.

    O juízo é uma pequena esfera na qual se manifesta a autoridade divina. Essa função foi transferida para o Filho. Observe que a ressurreição e o juízo são funções escatológicas intimamente relacionadas, das quais o ministério de Cristo apresentou relances, como por exemplo a ressurreição de Lázaro e o juízo de Satanás (Jo 16:11). Por trás dessa participação de autoridade está o plano de que o Filho receberá honras iguais ao Pai. Recusá-lo é desonrar o Pai (Jo 5:23). Os dois temas:
    1) vida que vem da morte e
    2) o juízo, são agora reunidas (v. Jo 5:24); mas aqui a ressurreição é espiritual, não física, isto é, participação da vida eterna.

    É preciso que se creia nAquele que enviou o Filho, não no sentido de ignorar o Filho, mas percebendo-se que a fé no Pai e no Filho são indivisíveis.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47
    IV. OUTROS SINAIS E DISCURSOS NA GALILÉIA, E O INÍCIO DA CONTROVÉRSIA COM OS JUDEUS Jo 5:1-43. Da mesma maneira, a festa mencionada em Jo 5:1 seria identificada com a páscoa de Jo 6:4, e o milagre operado por Jesus em Jo 7:21 seria ligado mais estreitamente com o incidente em Betesda. Tal proximidade textual porém não é necessária. O milagre realizado facilmente se destaca, tendo em vista a controvérsia que causou. Pode ser colocado, então, no seu contexto, em Jo 7:21. A identificação da páscoa com a festa referida em Jo 5:1 está baseada em um velho manuscrito que traduz a festa dos judeus. As versões em português traduzem mais exatamente uma festa dos judeus. É evidente que Jo 6:1 introduz uma nova etapa na missão de Jesus. É difícil estabelecer seguramente uma seqüência cronológica dos incidentes. Sabe-se que Jesus foi à Galiléia depois dos acontecimentos narrados no capítulo 5. Segue-se então a repentina declaração que Ele foi para o outro lado do mar. Esta súbita retirada de Jesus parece coincidir com a triste notícia da execução do Batista, e a volta dos doze, eventos descritos pelos sinóticos (Mt 14:13; Mc 6:31-41; Lc 9:10). O motivo da retirada de Jesus foi sua necessidade de tranqüilidade. A localidade escolhida foi Betesda, ao outro lado do mar (Lc 9:10). Parece-nos que Jo 6:1 segue os acontecimentos descritos pelos sinóticos. O ministério de Jesus na Galiléia termina em Jo 7:2, portanto, é bem provável que aquele ministério ocupa os capítulos Jo 5:1-43) -Depois disto (1). Melhor, passadas estas cousas (ARA). A frase expressa uma seqüência na mente do escritor. Uma festa dos judeus. Ver nota acima. Há realmente dificuldade em identificar esta festa. Westcott acredita que seja a das trombetas. A Century Bible identifica-a com a festa de Purim, considerando que Jo 4:35 parece ser uma referência à primavera, e que Jo 6:4 indica a proximidade da páscoa. A intenção do evangelista é bem clara. Ele salienta a coincidência da visita de Jesus com a festa dos judeus, quando a cidade estaria cheia de pessoas. Era também o sábado (9,16).

    Jesus dirigiu-se ao tanque junto à porta das ovelhas. A palavra "porta" é omitida no original grego. O tanque se chamava Betesda, que significa "casa de misericórdia". O nome se explica em os pórticos serem construídos como abrigo para os aleijados. Note-se a forma do nome "Betsaida". A forma exata é incerta. Alguns comentaristas sugerem "Bethsatha", que significa "casa de olivas", situado ao norte do templo. A interpretação do nome Betsaida como "casa de pesca" é inaceitável. A fonte intermitente era considerada de valor curativo. Esperando que... doença que tivesse (3-4). Este fragmento é omitido nos melhores manuscritos e pode ser uma interpolação acrescentada a fim de explicar o vers. 7. Por outro lado, é bem possível que o trecho fez parte do texto original, e foi omitido "para não dar apoio às práticas pagãs, muito em voga, celebradas em poços sagrados" (Hoskyns, The Fourth Gospel). Agitada a água (4), resultado de atividade angélica. Não negamos que existem poderes invisíveis que podem operar milagres da cura, embora inexplicavelmente.

    >Jo 5:5

    Jesus escolhe um homem que há muito tempo espera perto da água (5-6). É aleijado em conseqüência de uma moléstia incurável, e seu caso já se tornou desesperado. Jesus, vendo que o homem vem aguardando a sua oportunidade por longos anos, toma a iniciativa e pergunta-lhe: Queres ficar são? (6). O paralítico está tão acostumado ao seu estado que não sente mais o desejo de recuperar as suas faculdades (7). A pergunta de Jesus o desperta da sua apatia, dando-lhe ânimo e expectação. A realidade e perfeição do milagre se evidenciam na obediência imediata do homem (9).

    >Jo 5:10

    2. O ANTAGONISMO DOS JUDEUS (Jo 5:10-43) -O milagre foi operado no sábado. Isto constituiu, à vista dos principais dos judeus, uma infração da lei mais rigorosa (Jr 17:21). O homem é interrogado, provavelmente pelos membros do Sinédrio que o acusam de profanar o sábado (10). O mesmo que me curou me disse (11). A defesa do homem é simples, mas irrefutável. "A autoridade daquele que operou o milagre parece-lhe pesar mais que a observância meticulosa da lei" (Westcott). "O aleijado experimentou o poder de Jesus, porém desconheceu o seu nome" (Hoskyns). Jesus apressa-se em sair, enquanto uma multidão se reúne (13). Encontrando o homem restaurado mais tarde no templo, Jesus salienta a significação moral da cura (14). Os milagres de Jesus tinham fins éticos e espirituais. Um princípio de justiça é implícito no ato da cura, e por esta razão o homem não deve pecar mais. O homem curado segue o seu caminho, e dominado por algum senso de obrigação, informa aos judeus que foi Jesus que efetuou o milagre (15) "E os judeus perseguiam a Jesus, porque fazia estas cousas no sábado" (16). Esta é a primeira declaração aberta de hostilidade a Jesus.

    O Senhor Jesus se justifica nos termos da Sua relação filial ao Pai: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também, Deus é incansável no seu trabalho contínuo em favor dos homens. "O sábado nunca impediu a obra de Deus, também não deve interromper a do Filho" (Plummer). O Filho reivindica sua cooperação com o Pai, e sua obra se coaduna com a do Pai. A atividade restauradora de Jesus no sábado não violou a lei, sendo antes o cumprimento espiritual da sua verdadeira finalidade. Os judeus compreendem que Jesus reivindica para si uma relação única com o Pai, relação esta que admite uma unidade de ser e de agir que não é menos que igual com Deus, o que representava para os judeus a blasfêmia mais audaciosa (18).

    >Jo 5:19

    3. A FILIAÇÃO DIVINA DE JESUS CRISTO (Jo 5:19-43) -Jesus agora responde à acusação de blasfêmia: o Filho nada pode fazer de si mesmo (19). "Tão íntima é a relação entre Pai e Filho que o próprio Filho de Deus nada pode fazer de si mesmo" (Bernard). "A vontade e operação dEles são uma" (Clarendon Bible). Resulta desta relação uma identidade e harmonia entre a vontade do Pai e a do Filho. A missão de Jesus se baseia na autoridade do amor do Pai ao Filho, e desse amor emanam Suas obras, e emanarão maiores obras do que estas (20). O vers. 21 define essas maiores obras: os mortos, espiritualmente falando, serão vivificados. A missão de Jesus se revela como vivificante. Ao Filho foi confiado também o julgamento (22). Unem-se em Jesus as duas funções de dar vida e julgar.

    >Jo 5:23

    No exercício destas prerrogativas, o Filho é a máxima revelação do Pai, que quer que todos, finalmente, honrem ao Filho. Quem rejeita o Filho, desonra o próprio Deus Pai (23). Ver o desenvolvimento no vers. 24. A aceitação da palavra de Cristo, e fé no Pai que o enviou, são condições necessárias para a vida eterna, contemplada aqui, não apenas como bem futuro, mas como possessão atual. Não entrará em condenação (ARC; 24); Não entra em juízo (ARA, 24). A frase não nega o juízo vindouro, no sentido escatológico, mas para o crente na palavra de Cristo, não há mais tal juízo. O vers. 25 refere aos espiritualmente mortos, que ouvirão a voz de Cristo, e viverão. Deus o Pai, Autor da vida, concedeu ao Filho ter vida em si mesmo (26). Ora, este atributo foi transferido ao Cristo histórico, a quem foi outorgada autoridade para exercer juízo, porque é o Filho do homem (27). Cristo como Filho do homem é Juiz do homem. A expressão "filho do homem" alude, provavelmente, a Sua humanidade, enfatizando a Sua encarnação. Há uma possível referência messiânica no título. O tema é desenvolvido nos vers. 28-29 que têm em mira a consumação final. O teor geral é positivamente escatológico. Haverá um juízo final, para separar os bons dos maus (29).

    >Jo 5:30

    4. QUATRO TESTEMUNHAS DA DIVINDADE DE JESUS (Jo 5:30-43) -As reivindicações de Jesus se baseiam na Sua relação única com o Pai. Jesus não exerce Sua autoridade independentemente. Seus juízos refletem o Seu conhecimento perfeito dos pensamentos de Deus Pai (30-31).

    >Jo 5:32

    As vindicações de Jesus não repousam exclusivamente no Seu próprio testemunho. Sua autoridade revela autenticidade através da íntima relação com o Pai, e desta maneira Seu testemunho se fundamenta no do Pai. Outro é o que testifica a meu respeito (32); este Outro é Deus. Os judeus exigiram evidências externas da Sua autoridade. Agora, Jesus desce do nível sublime onde cita autoridades celestiais para lhes apresentar testemunhos terrestres, que talvez possam convencê-los (34). João lhe deu testemunho, como de "uma lâmpada que ardia e alumiava" (35), e os judeus se regozijavam naquele testemunho à verdade. João não era "luz auto-suficiente (Jo 1:8), mas a lâmpada que precisa ser acesa primeiro, e que se consome no processo de dar luz" (MacGregor). Os judeus mostraram uma alegria quase infantil com essa luz, sem atenderem à chamada solene ao arrependimento.

    >Jo 5:36

    Eu tenho maior testemunho (36). Aqui Jesus indica como testemunho as obras de poder que Deus permitiu que praticasse. Serviram como evidência e confirmação da presença e poder do Seu Pai. Chama atenção também ao testemunho duradouro e contínuo que Deus deu sobre Ele nas Escrituras do Velho Testamento. Porém, os judeus estavam cegos perante a glória divina, e surdos quanto à sua chamada. Eram escravos à letra da lei, e não podiam apreciar o sentido espiritual das Escrituras. Prova suficiente disto se vê na sua falta de fé no Messias (38). Examinais as Escrituras (39). Estudaram as Escrituras, pensando que a obediência mecânica aos preceitos da lei lhes daria o galardão da vida eterna. Não estavam errados em estudar as Escrituras na esperança de encontrar a vida eterna, mas sua interpretação delas estava totalmente errada, e não podiam encontrar o Cristo, que é o centro das Escrituras. Contudo não quereis vir a mim para terdes vida (40). Somente Jesus podia dar-lhes a vida, mas eles o rejeitaram. Jesus acusa os judeus de incredulidade. Recusa sua acusação de egoísmo, aplicando a mesma acusação a eles (41-42). Não recebe, como os judeus, a adulação e a glória dos homens. A causa de toda a incredulidade e antipatia neles é a falta do amor de Deus nos seus corações. Os judeus estavam diapostos a atender às pretensões arrogantes de falsos profetas, porém rejeitam Aquele vindo da parte de Deus o Pai (43). Não é de admirar pois que eles não queriam recebê-Lo, uma vez que não deram devido valor à aprovação divina. Jesus mesmo não os acusa, um deles os acusará. Moisés, em quem tendes firmado a vossa confiança (45). Eles pensavam de Moisés como seu defensor e mediador, mas Moisés se tornaria seu acusador em conseqüência da sua deslealdade à mensagem básica da dispensação mosaica, que apontava para o Cristo. Se tivessem de fato percebido o sentido real da lei de Moisés, ter-lhe-iam dado guarida (46). Se não conseguiram compreender os ensinos de Moisés, como podiam jamais aceitar a mensagem de Jesus Cristo? (47).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47

    14. O Perseguido Jesus (João 5:1-16)

    Depois destas coisas, havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, tendo cinco pórticos. Nestes jazia uma multidão de pessoas que se achavam enfermos, cegos, coxos, e murcha, [esperando o movimento das águas; pois um anjo do Senhor desceu em certo tempo o tanque, e agitava a água; quem quer que, em seguida, em primeiro lugar, após o acirramento da água, entrou em cena foi bem feito a partir de qualquer doença com a qual ele estava aflito.] Um homem estava lá, que estava doente há 38 anos. Quando Jesus viu deitado, e sabia que ele já tinha sido um longo tempo nessa condição, Ele lhe disse: "Você quer ser curado?" O enfermo respondeu-lhe: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada, mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim." Jesus disse-lhe: "Levanta-te, toma o teu leito e anda". Imediatamente, o homem tornou-se bem, e pegou seu pallet e começou a andar. Agora era o sábado no mesmo dia. Então os judeus estavam dizendo ao homem que tinha sido curado: "Hoje é sábado, e não é permitido para você levar seu pallet." Mas ele respondeu-lhes: "Aquele que me fez bem foi o único que me disse: 'Toma o teu leito e anda." Eles lhe perguntaram: "Quem é o homem que te disse: Marque o teu leito e anda' ? " Mas o homem que fora curado não sabia quem era, porque Jesus se escapuliu enquanto havia uma multidão naquele lugar. Mais tarde Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: "Eis que já estás curado; não peques mais, para que nada pior acontece com você." O homem foi embora, e disse aos judeus que Jesus era o que o havia curado. Por esta razão os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. (5: 1-16)

    O ministério terreno do Senhor Jesus Cristo criou uma sensação sem precedentes em Israel. Por três anos e meio, ele realizou obras miraculosas diferente de tudo já visto antes (Jo 15:24;. Conforme Mt 9:33; Mc 2:12). Esses sinais autenticado como o Filho de Deus e Messias (Matt. 11: 2-5). Em Sua compaixão e graça, Jesus freqüentemente escolheu para fazer milagres que aliviou o sofrimento das pessoas.Ele curou a doença-doente praticamente banir do Israel para a duração da sua levantou-ministério os mortos, expulsai os demônios, e alimentou grandes multidões de pessoas com fome.

    O Senhor também ensinou a respeito do reino de Deus com ousadia, confiança e autoridade. Ao contrário dos escribas, que citou principalmente outras autoridades humanas, Jesus falou com o poder divino do Filho de Deus (conforme Mt 5:21-22, 27-28, 31-32, 33-34, 38-39, Mt 5:43. —44). Como resultado, "as multidões estavam maravilhados com o seu ensino, pois Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas" (Mt 7:28-29.), E "todas as pessoas foram pendurado em cada palavra Ele disse: "(Lc 19:48). Mesmo os seus inimigos reconheceu: "Nunca um homem fala a maneira que este homem fala" (07:46).

    Entusiasmado com Seus milagres surpreendentes e poderosa pregação, as pessoas correram para Jesus. Mt 4:25 relata que "grandes multidões o seguiam desde a Galiléia e da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e de além do Jordão." Após o Sermão da Montanha ", quando Jesus desceu do monte, grandes multidões o seguiam" (Mt 8:1; Jo 6:2). Lucas registra um momento em que "tantos milhares de pessoas se reuniram em conjunto [para ouvir Jesus] que eles estavam pisando em uns aos outros" (Lc 12:1;. Mt 10:25; Mt 12:24; Mc 3:22; Lc 11:15). Rejeição final da nação veio no julgamento de Jesus perante Pilatos, quando, instado pelos líderes religiosos, a multidão gritou: "Crucifica-o! ... O seu sangue será sobre nós e sobre nossos filhos!" (Mt 27:23, Mt 27:25). Na sua morte, Jesus tinha apenas um punhado de identificação verdadeira discípulos-120 em Jerusalém (At 1:15) e outra de 500, provavelmente na Galiléia (1Co 15:1; conforme Mt 28:7).

    Como crônicas de Seu ministério, os evangelhos gravar a crescente onda de oposição que Jesus enfrentou (por exemplo, Mateus 9:27-34; 11:. 20-30; 12: 1-14, Mt 12:22ff .; 13 54:40-13:58'>13 54:58; 15 : 1-20; 16: 1-4, Mt 16:21; 21: 15-16, 23-27; 22: 15-46; 28: 11-15; Lucas 4:16-31; 11: 14-23; 13 10:42-13:17'>13 10:17; Jo 3:32; 7: 30-52; 8: 12-20, 31-59; 13 43:9-41'>9: 13-41; 10: 19-39; 11: 45-53). Resumindo rejeição de Jesus de Israel, João observou: "Ele veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam" (01:11). O povo judeu eram hostis a ele por causa de tanto seu legalismo hipócrita e suas ideias falsas sobre sua missão (eles olharam para um messias político-militar que iria libertá-los do jugo de Roma). Depois de sua morte, eles continuaram a rejeitá-lo por causa do escândalo da cruz (1Co 1:23;. Gl 5:11.).

    Os capítulos 5:7 do Evangelho de João, note o início da mudança da nação na atitude para com Jesus de reserva (conforme 3:26; 4: 1-3) a rejeição pura e simples (resumido em 7:52). Os capítulos 5:7 descrevem a oposição que enfrentou na Judéia; capítulo 6 registra a oposição na Galiléia. Os primeiros dezesseis versículos do capítulo 5, que relatam a polêmica gerada pela cura de um homem doente no Sábado Jesus ', assinala o início de que a hostilidade. Seria intensificar no capítulo 6, quando muitos dos seguidores de Jesus, dispostos a aceitar o Seu ensinamento que Ele era o pão da vida, abandonado Ele (6:66).Finalmente, o capítulo 7 registra o endurecimento da oposição oficial, já que as autoridades religiosas procurou, sem sucesso, prendê-lo (7: 30-42).
    O surto de hostilidade para com Cristo foi desencadeado por um incidente em uma piscina em Jerusalém conhecido como Bethesda. Purificação do templo de Jesus havia agitado antagonismo (2: 13-22), que só cresceu como Seu ministério ganhou popularidade (4: 1-3). Sua rejeição dos judeus hipócritas e Sua violação dos regulamentos judaicos tradicionais relativas ao sábado atiçou as chamas do ressentimento para a oposição aberta.
    A passagem pode ser dividida em duas partes: o milagre realizado, eo Mestre perseguidos.

    O milagre

    Depois destas coisas, havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, em Jerusalém, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, tendo cinco pórticos. Nestes jazia uma multidão de pessoas que se achavam enfermos, cegos, coxos, e murcha, [esperando o movimento das águas; pois um anjo do Senhor desceu em certo tempo o tanque, e agitava a água; quem quer que, em seguida, em primeiro lugar, após o acirramento da água, entrou em cena foi bem feito a partir de qualquer doença com a qual ele estava aflito.] Um homem estava lá, que estava doente há 38 anos. Quando Jesus viu deitado, e sabia que ele já tinha sido um longo tempo nessa condição, Ele lhe disse: "Você quer ser curado?" O enfermo respondeu-lhe: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada, mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim." Jesus disse-lhe: "Levanta-te, toma o teu leito e anda". Imediatamente, o homem tornou-se bem, e pegou seu pallet e começou a andar. (5: 1-9a)

    A frase , depois destas coisas , indica que este incidente ocorreu em um tempo indeterminado após o ministério de Cristo na Galiléia tinha terminado. João gravou apenas um evento a partir desse período, a cura do filho do oficial do rei (4: 43-54), mas os Evangelhos Sinópticos relacionar muito mais eventos (por exemplo, a rejeição de Jesus de Nazaré [Lucas 4:16-31]; Sua viagem de pregação estendido [Mt 4:23-24.]; e várias curas, incluindo um homem possuído pelo demônio [Marcos 1:21-28], a mãe-de-lei de Pedro [. Mateus 8:14-17], um leproso [Lucas 5:12-16], e um paralítico [Marcos 2:1-12]). De fato, Lucas 4:14-9: 50 são todas relacionadas com o seu ministério galileu, como é Marcos 1:14-9: 50.

    João refere-se a uma festa dos judeus seis vezes em seu evangelho (conforme 2:13 6:4-7: 2; 10:22; 11:55); este é o único que ele não conseguiu identificar especificamente. Desde Jesus subiu a Jerusalém para esta festa, ele provavelmente foi um dos três grandes festas realizadas na cidade (a Páscoa judaica, Tabernáculos, Pentecostes [Weeks]) que todos os homens judeus eram obrigados a comparecer (Dt 16:16;. conforme Ex 23:17;. Ex 34:23). Talvez João não revelou o nome desta festa particular, porque as ações de Jesus nesta ocasião não estão relacionados com suas particularidades. O apóstolo provavelmente mencionado apenas para explicar por que Jesus estava em Jerusalém.

    Para os leitores que não estavam familiarizados com a cidade, João explicou que existe em Jerusalém pela porta das ovelhas, um tanque que é chamado em hebraico Betesda, tendo cinco pórticos(Porches). Alguns vêem o uso do verbo no tempo presente do apóstolo é uma prova de que João escreveu seu evangelho, antes da destruição de Jerusalém em 70 dC O uso do tempo presente, no entanto, não é evidência conclusiva para uma data próxima da escrita. A piscina, evidentemente, escapou da destruição, quando os romanos saquearam Jerusalém, uma vez que um peregrino do século IV para a cidade relataram ter visto isso. Assim, ele ainda teria sido a existência, mesmo que João escreveu após o anúncio 70. João foi provavelmente escrito aqui no "presente histórico", usando um verbo no tempo presente para se referir a um acontecimento passado; fazê-lo teria sido coerente com o seu estilo de escrita em outra parte (conforme 4: 5, 7; 11:38; 12:22; 13 6:18-3; 20: 1, 2, 6, 18, ​​26; 21: 13, onde os verbos traduzidos "veio" são, na verdade, no tempo presente). (Para uma discussão sobre a data da escrita deste evangelho, consulte a introdução).

    O NASB coloca em itálico a palavra portão desde o substantivo modificado pelo adjetivo probatikos ("de ou pertencente a ovelha " ) não é expressa no texto. A referência é mais provável que a porta das ovelhas mencionado em Ne 3:1Ne 12:39, localizado perto do canto nordeste da muralha da cidade não muito longe do templo. Bethesda é a transliteração grega de uma hebraico ou aramaico palavra diversas vezes entendida como "casa de desabafos" ou "casa de misericórdia" Nos cobertos pórticos perto a piscina, onde receberiam alguma proteção contra os elementos, havia uma multidão de pessoas que estavam doentes, incluindo os cegos, coxos e seco (paralisado). A piscina aparentemente foi alimentado por uma fonte intermitente (conforme v. 7), e as pessoas imaginavam que suas águas tinham poderes curativos (fontes antigas indicam que a água da piscina tinha um tom avermelhado dos minerais na mesma).

    Os primeiros e mais confiáveis ​​manuscritos gregos omitir a última frase do versículo 3 e todos verso 4. Outros incluem a passagem, mas marcá-la como falsa. Apesar de sua brevidade, a seção omitida contém mais de meia dúzia de palavras ou expressões estrangeiras aos escritos de João-incluindo três não foi encontrado em nenhum outro lugar no Novo Testamento. Esses fatos, juntamente com a ausência de qualquer menção específica de anjos no resto da passagem, indicam que a seção não fazia parte da conta original de João. Nos anos depois de João escreveu seu evangelho, escribas, aparentemente, acrescentou este material como uma nota marginal de apresentar a explicação popular para a agitação da água (v. 7). (A igreja pai cedo Tertuliano referiu-se à superstição do anjo de agitação da água no final do segundo e início do século terceiro.) Manuscritos mais tarde incorporada ao escriba glosas no próprio texto.
    Entre os que estavam reunidos na piscina esperando por um milagre era um homem que estava doente há 38 anos. A natureza exata de sua doença não é indicado, mas ele era ou paralisados ​​ou fracos demais para se mover livremente por conta própria. Tendo sido incuravelmente doente por quase quatro décadas, este homem desde Jesus com uma oportunidade para mostrar o seu poder divino.

    Jesus, vendo este homem deitado perto da piscina, sabia (sobrenatural) que já tinha sido um longo tempo nessa condição, e disse-lhe: "Queres ficar são?" A pergunta do Senhor parece estranho;obviamente, o homem queria ser curado, ou ele não teria sido na piscina em primeiro lugar. Mas Jesus nunca envolvido em irreverente, conversa ociosa. Sua pergunta serve a vários propósitos: ele garantiu toda a atenção do homem, com foco em sua necessidade, ofereceu-lhe a cura, e comunicou-lhe a profundidade do amor ea solicitude de Cristo.

    Mas o homem não conseguiu captar o peso da oferta de Jesus. Em vez de pedir a Jesus para a cura, o homem respondeu expressando sua crença nos poderes de cura para a piscina. Assim, o homem enfermo respondeu-Lhe: "Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada, mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim." Ou não acreditava que um anjo agitou o água (conforme a discussão de vv 3. b, 4 acima), ele acreditava que quando a água foi agitada (talvez por uma onda da fonte), apenas a primeira pessoa na piscina seria curada. Desde que ele não podia se mover rápido o suficiente por conta própria, e não tinha ninguém para ajudá-lo, ele nunca conseguiu chegar lá primeiro.

    A possibilidade de que Jesus poderia curá-lo nunca entrou em sua mente; na verdade, ele nem sabia quem era Jesus (v. 13). Sua única preocupação era encontrar uma maneira de ser o primeiro a entrar no tanque quando a água começou a mexer. Talvez ele tenha pensado que Jesus poderia ajudá-lo, esperando lá com ele e levando-o para a água quando o tempo estava certo. Mas ele certamente nunca considerou que, em um momento, Jesus poderia milagrosamente fazê-lo completamente bem. Não há dúvida de anos não para torná-lo primeiro na água o deixou amargurado e sem esperança. Assim, "v. 7 lê menos como uma resposta apt e sutil à pergunta de Jesus do que como os resmungos crotchety de um homem muito perspicaz de idade e não quem pensa que ele está respondendo a uma pergunta estúpida" (DA Carson, O Evangelho Segundo João , A Coluna New Testament Commentary [Grand Rapids: Eerdmans, 1991], 243). Como muitas pessoas, suas expectativas de que Jesus podia fazer por ele foram limitados ao que ele acreditava que era possível.

    Mas Jesus deu o homem aleijado muito mais do que ele jamais poderia ter esperado, ordenando-lhe com autoridade, "Levanta-te, pega na tua pallet e anda" (conforme Mc 2:11). Três verbos no imperativo expressar a integralidade da cura: o homem estava de pé, levar a esteira de palha que ele estava deitado, e ir embora. Assim como Jesus falou eo mundo foi criado (Gn 1:3, Gn 1:9, Gn 1:11, Gn 1:14, Gn 1:20, Gn 1:24, Gn 1:26; conforme Jo 1:3; He 1:2; 9:. Mt 9:6; Mc 2:11; Lc 6:10; Lc 13:12). Ao contrário de muitas supostas curas modernas, as curas de Jesus estavam completos e instantânea, com ou sem fé. Esta prova o ponto, uma vez que o homem exibiu nenhuma fé em Jesus em tudo. No entanto, ele foi curado imediatamente e integralmente. João registra que ele imediatamente ... tornou-se bem, e pegou seu pallet e começou a andar.

    Um dos mais cruéis mentiras de "curandeiros" contemporâneos é que as pessoas que não cicatrizam são culpados de incredulidade pecaminosa, a falta de fé, ou uma "confissão negativa". Em contraste, aqueles a quem Jesus curou nem sempre fé manifestas antecipAdãoente (conforme Mt 8:14-15; 9: 32-33.; 12: 10-13, Mt 12:22; Marcos 7:32-35; 8: 22-25 ; Lucas 14:1-4; 22: 50-51; João 9:1-7), e este homem é um excelente exemplo.

    Este incidente ilustra perfeitamente a graça soberana de Deus em ação (conforme v. 21). Fora de todas as pessoas doentes na piscina, Jesus escolheu para curar esse homem. Não havia nada sobre ele que o fez mais merecedor do que os outros, nem ele procurar Jesus; Jesus aproximou-se dele. O Senhor não escolheu-o porque previu que ele tinha a fé para acreditar em uma cura; ele nunca fez crença expressa de que Jesus poderia curá-lo. Por isso, é na salvação. Fora da multidão espiritualmente mortos da raça caída de Adão, Deus escolheu e redimiu o seu eleito, não por causa de qualquer coisa que eles fizeram para merecê-lo, ou por causa de sua fé prevista, mas por causa de sua escolha soberana (6:37; Rm 8.: 29-30; Rm 9:16; Ef. 1: 4-5; 2: 4-5.; 2Ts 2:132Ts 2:13; Tt 3:5).

    O Mestre Perseguidos

    Agora era o sábado no mesmo dia. Então os judeus estavam dizendo ao homem que tinha sido curado: "Hoje é sábado, e não é permitido para você levar seu pallet." Mas ele respondeu-lhes: "Aquele que me fez bem foi o único que me disse: Marque o teu leito e anda." "Eles lhe perguntaram:" Quem é o homem que te disse: Marque o teu leito e anda? " Mas o homem que fora curado não sabia quem era, porque Jesus se escapuliu enquanto havia uma multidão naquele lugar. Mais tarde Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: "Eis que já estás curado; não peques mais, para que nada pior acontece com você." O homem foi embora, e disse aos judeus que Jesus era o que o havia curado. Por esta razão os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. (5: 9b-16)

    Nota aparentemente incidental de João de que a cura ocorreu no sábado , na realidade, é a chave para este incidente. Ele prepara o terreno para a hostilidade aberta que as autoridades judaicas que se manifesta em direção a Cristo. A fúria de sua oposição, alimentada neste piscina, só agravaria durante todo o restante do Seu ministério terreno, finalmente culminando em sua morte.

    Recusa de Jesus para observar o sábado regulamentos legalistas e artificiais de tradição rabínica era um grande ponto de discórdia entre Ele e instituição religiosa de Israel (conforme Mateus 12:1-14.; Marcos 2:23-3: 6; Lc 6:1 —11; 13 10:42-13:17'>13 10:17; 14: 1-6; João 7:21-23; 9: 14-16). Na verdade, o Senhor escolheu deliberAdãoente para curar este homem no sábado para enfrentar legalismo judaico superficial e à falência. A condição do homem não era uma ameaça à vida, e ele estava constantemente na piscina. Jesus poderia facilmente ter escolhido outro dia para curá-lo. Mas o Senhor não só queria mostrar misericórdia para com este homem; Ele também queria chamar a nação ao arrependimento, confrontando as estipulações auto-justos e anti-bíblicas que levaram à sua ilusão da vida espiritual. Eles se tornaram especialistas em substituição de suas tradições para os comandos de Deus (Mt 15:9). Era para ser usado para honrar a Deus e beneficiar seu povo. Mais importante ainda, Jesus era o Senhor do sábado (conforme Mc 2:28). Se, portanto, qualquer um tem o direito de atuar no sábado, foi Jesus. ( João 1:11, A Commentary New American.. [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 228-29 itálico no original)

    O Antigo Testamento proibido trabalhar no sábado (Ex 31:12-14; Ex 35:2 e Jeremias 17:21-22. Essas passagens, no entanto, foram destinadas a indivíduos que realizaram seu negócio comum, seus meios de subsistência ou de ocupação, no sábado. Assim, eles não se aplicam ao homem curado, desde que ele não ganhar a vida por carregando sua esteira.

    No entanto, foi por sua violação da lei rabínica (mas não bíblica) que os judeus (as autoridades religiosas) confrontou o homem que estava curada. "Hoje é sábado", eles declararam a ele, indignado, "e não é admissível para você levar seu pallet." Em vez de regozijo que estava curado, eles castigou-o para quebrar suas regras triviais. Eles estavam muito mais preocupados com os regulamentos legalistas do que com a do homem bem-estar (conforme Mt 23:4 e ss). A falsa religião do Judaísmo, como todos os sistemas falsos, não pode mudar o interior, por isso é deixado para manipular a vida do lado de fora.

    Travado no ato de violar regulamentos tradicionais de sábado, o homem tentou se defender, deslocando a responsabilidade de Jesus. Ele respondeu: "Aquele que me fez bem foi o único que me disse: Marque o teu leito e anda." O medo das autoridades é um contraste marcante com o ex-cego em João 9, que corajosamente confrontou-os (Jo 9:17, 24-33). Como Leon Morris ironicamente observa: "O homem não era o material de que são feitos os heróis ( O Evangelho Segundo João, A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 306).

    Para não ser adiadas, as autoridades imediatamente lhe perguntou: "Quem é o homem que te disse: 'Toma o teu leito e anda?" O que o homem, eles exigiram, teria a audácia de chamar para tal violação Sabbath e ostentar a autoridade dos rabinos? Quem se atreveria a violar as "tradições dos anciãos" (Mc 7:3).

    Para sua decepção, o homem que fora curado não sabia quem era quem lhe tinha ordenado. O desconhecido se aproximou dele, o curou, e saiu sem dar-lhe o seu nome. Nem poderia o homem apontá-lo às autoridades, porque Jesus se escapuliu enquanto havia uma multidão naquele lugar (conforme 08:59; 10:39; 12:36). Mas Jesus não abandonou este homem. Mais tarde, ele encontrou-o no templo e disse-lhe: "Eis que já estás curado; não peques mais, para que nada pior acontece com você." séria advertência de Nosso Senhor reflete uma importante verdade bíblica. Embora a Escritura é clara que a doença não é sempre um resultado imediato do pecado pessoal (9: 1-3), mas também ensina que algumas doenças estão diretamente relacionadas ao deliberar desobediência. Por exemplo, após cometer adultério e assassinato, Davi gritou: "Quando fiquei em silêncio sobre o meu pecado, meu corpo definhava por eu gemer durante todo o dia para dia e de noite a tua mão pesava sobre mim;. Minha vitalidade foi drenada como com a febre calor do verão "(Sl 32:3-4; conforme Sl. 38: 1-8.). Nessa mesma linha, Moisés advertiu Israel:

    Se não tiveres cuidado de guardar todas as palavras desta lei, que estão escritas neste livro, para temeres este nome honrado e impressionante, o Senhor, teu Deus, então o Senhor vai trazer pragas extraordinárias sobre você e seus descendentes, mesmo grave e duradoura pragas e doenças miseráveis ​​e crónicas. Ele vai trazer de volta em você todos os males do Egito de que você estava com medo, e eles vão se unir a você. Também toda enfermidade e toda praga que, não está escrito no livro desta lei, o Senhor vai trazer em você até que sejas destruído. (Dt 28:58-61; conforme Lev. 26: 14-16.)

    Mesmo na era da igreja, Paulo escreveu aos Coríntios: "Por esta razão [por causa do seu pecado] há entre vós muitos fracos e doentes, e uma série de sono [morreram]" (1Co 11:30).

    O entendimento mais natural de advertência do Senhor, então, é que a doença do homem foi o resultado do pecado pessoal específico de sua parte. Se o homem insistiu em pecado não arrependido, Jesus advertiu, ele iria sofrer um destino infinitamente pior do que 38 anos de uma doença, ou seja, a punição eterna debilitante no inferno.

    A resposta do homem sugere que ele deixou de acatar a advertência de Jesus, uma vez que ele prontamente foi embora, e disse aos judeus que Jesus era o que o havia curado. É surpreendente que ele aceitaria essa cura depois de quase quatro décadas de um sofrimento terrível e em seguida, se afastar de Jesus e mostrar a sua lealdade para com os judeus, que o odiava. Isso tem que ser um dos grandes atos de ingratidão e incredulidade obstinada nas Escrituras. Ele não tinha a intenção de louvar ou adorar a Jesus para curá-lo. Desde os judeus já haviam manifestado hostilidade aberta em direção a Jesus (vv. 10-12), que teria sido incrivelmente ingênuo pensar que eles agora reagir positivamente. Ele ajudou ainda mais a sua hostilidade ao identificar Jesus. O mais provável, as ações do homem eram mais uma tentativa de defender-se por quebrar o sábado regulamentos; agora ele poderia responder à pergunta do versículo 12 das autoridades nomeando Jesus (conforme a discussão de vv. 11-13 acima).

    Os judeus também ignorou o milagre, como sempre faziam, de modo que o resultado era previsível: os judeus eram continuamente (como o tempo do verbo deixa claro) perseguir Jesus, porque fazia estas coisas no sábado. Não só ele foi culpado (em suas mentes) de violar o sábado Si mesmo, mas ainda pior, ele havia incitado outro para fazê-lo. Assim começou a sua oposição aberta para Jesus-perseguição que acabaria por resultar na sua morte.

    A sorte estava lançada. Jesus não só tinha confrontado legalismo judaico na sua essência, ao ignorar as suas regras de sábado, mas também tinha desafiou-os com sua verdadeira identidade como o Filho de Deus, em quem "toda a plenitude da Divindade habita em forma corpórea" (Cl 2:9)

    Mas Ele respondeu-lhes: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também." Por esta razão, portanto, os judeus procuravam ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Portanto, Jesus respondeu, e foi dizendo-lhes: «Em verdade, em verdade eu vos digo, o Filho nada pode fazer de si mesmo, a menos que seja algo que Ele vê o Pai fazer; porque tudo quanto ele faz, essas coisas o Filho também faz como forma Porque o Pai ama o Filho, e mostra-lhe tudo o que ele mesmo faz;. e que o Pai lhe mostrará maiores obras do que estas, de modo que você vai se maravilhar Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida. , mesmo assim também o Filho dá vida a quem Ele quer. Por nem mesmo o Pai a ninguém julga, mas deu todo o julgamento ao Filho, para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou. verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. " (5: 17-24)

    Ao longo dos séculos, os estudiosos e os céticos têm dado muitas respostas diferentes à pergunta: "Quem é Jesus Cristo?" Sua vida é o mais influente já viveu, e seu impacto continua a escalar. Ainda assim, a verdadeira identidade de Jesus ainda é muito debatido pelos historiadores modernos e teólogos. Opiniões Inúmeros têm aparecido como incrédulos têm tentado explicar a verdade sobre ele.

    Os líderes judeus da época de Jesus, motivados por seu próprio ciúme amargo, acusaram de ser um samaritano (08:48), que foi-endemoninhado (07:20; 08:52), insano (10:20), e de nascimento ilegítimo (08:41). Embora eles não podiam negar o poder surpreendente de Jesus, eles minimizaram o fato como sendo de origem satânica (Mt 12:24). Seus sucessores semelhante injuriado Jesus como "um transgressor em Israel, que praticava magia, desprezou as palavras dos sábios, [e] levou o povo ao erro" (FF Bruce, História do Novo Testamento [Garden City, NY: Anchor, 1972], 165 ).

    Os céticos teológicas e liberais dos séculos 18 e XIX, tinham a intenção de negar a divindade de Jesus. Eles viram como o professor moral estritamente humana por excelência, nos quais a centelha divina inerente a todas as pessoas queimadas com mais intensidade. Em suas mentes, vida sacrificial de Jesus desde a humanidade com um modelo que todos devem seguir, mas não com um meio pelo qual os homens poderiam ser salvos. Assim, ele foi "um exemplo para a fé, e não o objeto da fé" (J. Gresham Machen, Cristianismo e Liberalismo [Reprint; Grand Rapids: Eerdmans, 1974], 85).

    Para os existencialistas do século XX, como o altamente influente Rudolf Bultmann, o Jesus da história, mas tudo foi incognoscível. Isso não me incomoda Bultmann, no entanto, uma vez que ele acreditava que o "Cristo da fé" inventado pela igreja ainda poderia fornecer a base para uma verdadeira experiência religiosa. Teólogos neo-ortodoxa, como Karl Barth, não estavam dispostos a ignorar tão completamente o significado factual da vida de Jesus ou a Sua divindade. No entanto, eles não estavam dispostos a aceitar e acreditar que o registro bíblico de Cristo em um sentido verdadeiramente histórico.
    Outras concepções de gama Jesus do revolucionário sociopolítica cruzada da teologia da libertação, para o sábio judeu cínica do Seminário Jesus, para o herói da contracultura dos musicais de rock GodspellJesus Cristo Superstar. Mas todos esses pontos de vista fantasiosas e blasfemas estão longe da Deus-homem revelado nas Sagradas Escrituras. Eles dizem mais sobre as imaginações incredulidade e pervertidos obstinados das pessoas que os criaram do que sobre a verdadeira identidade de Jesus.

    Ironicamente, em todo o debate sobre Ele, própria auto-testemunho de Jesus é raramente considerado razoável. Será que ele, como o cristianismo histórico sempre manteve, a pretensão de ser Deus encarnado em carne humana? Ou, como argumentam os céticos, fizeram os seus seguidores mais tarde inventar essas alegações e atribuí-los a Ele? Tudo isso bolsa pseudo descrente ignora o relato bíblico da Sua vida e ministério, o que não deixa dúvida legítima sobre quem Jesus declarou-se, e quem Ele era.

    Jesus falava freqüentemente de Sua única origem, do além, de ter preexistido no céu antes de vir a este mundo. Para os judeus hostis Ele declarou: "Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo" (8:23). "O que, então," Ele perguntou: "se você vir o Filho do Homem subir para onde estava antes?" (6:62). Em Sua oração sacerdotal, Jesus falou da glória que Ele tinha com o Pai antes que o mundo existisse (17: 5). Em Jo 16:28 Ele disse a seus discípulos: "Saí do Pai e vim ao mundo;. Eu estou deixando o mundo de novo e vou para o Pai"

    Jesus assumiu as prerrogativas da divindade. Ele alegou ter controle sobre destinos eternos das pessoas (8.24; conforme Lucas 12:8-9; Jo 5:22, 27-29), para ter autoridade sobre a instituição divinamente ordenado do sábado (Mt 12:8; Lc 6:5; conforme At 7:59; 9: 10-17), e ter o direito de receber adoração, fé e obediência devida somente a Deus (Mt 21:16; Jo 14:1; conforme Jo 5:23). Ele também assumiu o direito de perdoar pecados (Marcos 2:5-11) —algo que, como Seus adversários chocados entendi, somente Deus pode fazer (v. 7).

    Jesus também chamou os anjos de Deus (Gn 28:12; Lucas 12:8-9; Lc 15:10; Jo 1:51) Seus anjos (Mt 13:41; 24: 30-31.); Os eleitos de Deus (Lc 18:7.) Seus eleitos (Mt 24:30-31.); eo reino de Deus (Mt 0:28-19:24; 21:31; Mc 1:15; Lc 4:43; Jo 3:3; Mt 16:28; conforme Lc 1:33) Jesus respondeu simplesmente: "Eu sou" (v. 62). Ele também aceitou, sem correção ou alteração, os testemunhos de Pedro:, Marta (Jo 11:27), e outros (por exemplo, Mt 9:27; 20.: 30-31) (Mt 16:16-17.) Que ele era o Messias.

    Descrição favorita do Senhor de Si mesmo era "Filho do Homem" (conforme Mt 8:20; Mc 2:28; Lc 6:22; João 9:35-37., Etc.). Embora esse título parece forçar sua humanidade, ele também fala de sua divindade. Uso do termo de Jesus deriva 13 27:7-14'>Daniel 7:13-14, onde o Filho do homem está em pé de igualdade com Deus, o Pai, o Ancião dos Dias.

    Os judeus se viram coletivamente como filhos de Deus pela criação. Jesus, no entanto, afirmou ser o Filho de Deus por natureza. "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai", Jesus afirmou, "e ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mt 11:27). Em João 5:25-26 Ele disse: "Em verdade, em verdade vos digo que, a hora vem, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão Por apenas. assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim Ele deu ao Filho também ter a vida em si mesmo. " Depois de receber a notícia de que Lázaro estava doente Jesus disse aos discípulos: "Esta enfermidade não é para terminar na morte, mas para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela" (11: 4). Quando perguntado a seu julgamento, "És tu o Filho de Deus, então?" Jesus respondeu: "Sim, eu sou" (Lc 22:70; conforme Mc 14:61-62). Em vez de rejeitar o título, o Senhor abraçou sem desculpas ou constrangimento (Mt 4:3; Mt 8:29; Marcos 3:11-12.; Lc 4:41; João 1:49-50; Jo 11:27) .

    As autoridades judaicas hostis entendeu claramente que o uso do título Filho de Deus de Jesus era uma reivindicação de divindade. Caso contrário, eles não teriam acusaram de blasfêmia (conforme 10,36). Na verdade, ele era "pretensão de ser o Filho de Deus que levou os judeus a exigir sua morte:" Os judeus responderam [Pilatos], 'Jesus Nós temos uma lei, e segundo esta lei ele deve morrer, porque Ele se fez fora para ser o Filho de Deus "(19: 7). Mesmo quando Ele estava na cruz, alguns zombavam dele, zombando: "Ele confia em Deus, deixe Deus salvá-lo agora, se Ele se deleita nEle, pois Ele disse: 'Eu sou o Filho de Deus" (Mt 27:43 Jesus advertiu que aqueles que se recusam a acreditar que Ele é o Senhor perecerão eternamente: "Por isso eu vos disse que morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados. " (A palavra "Ele" não está no original grego). Mais tarde nesse capítulo "Jesus disse-lhe [Seus ouvintes]: 'Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, eu sou" (v 58. ). Ao contrário de muitos negadores modernos de sua divindade, os judeus sabiam exatamente o que Ele estava reivindicando, como sua subsequente tentativa de apedrejá-lo por blasfêmia deixa claro (v. 59). Em Jo 13:19 Jesus disse aos discípulos que quando o que Ele previu aconteceu, eles acreditam que Ele é o Senhor. Mesmo os seus inimigos, vindo para prendê-lo no Getsêmani, ficaram impressionados com seu poder divino e caiu no chão, quando Jesus disse: "Eu sou" (18: 5-8).

    Todas as linhas de provas supracitadas convergem num ponto incontornável: Jesus Cristo alegou absoluta igualdade com Deus. Assim, Ele podia dizer: "Eu eo Pai somos um" (10:30); "Quem me vê a mim vê aquele que me enviou" (0:45); e "Quem me vê a mim vê o Pai" (14: 9). Aqueles que negam que Jesus afirmou ser Deus deve negar a precisão histórica e veracidade dos registros do evangelho e, assim, estabelecer-se como fontes superiores de verdade. Eles estão dizendo que eles sabem mais sobre o que era verdade há dois mil anos do que as testemunhas oculares inspiradas. Tal ceticismo é injustificada, no entanto, uma vez que o Novo Testamento é de longe o documento mais bem atestada do mundo antigo (conforme FF Bruce, Os Documentos do Novo Testamento:? Eles são de confiança (Downers Grove, Ill .: InterVarsity, 1
    973) . Os céticos são também duramente pressionado para explicar por seguidores judeus monoteístas Jesus teria abraçado a Sua divindade tão cedo na história da igreja para além de suas próprias reivindicações. William Lane Craig observa,

    Dentro de vinte anos da crucificação uma cristologia full-blown proclamando Jesus como Deus encarnado existiu. Como explicar esta adoração por judeus monoteístas de um de seus compatriotas como o Deus encarnado, além das demandas do próprio Jesus? ... Se Jesus nunca fez tais reivindicações, então a crença dos primeiros cristãos, a este respeito se torna inexplicável. ( Apologética: An Introduction[Chicago: Moody, 1984], 160)

    Esta seção afirmar a divindade de Nosso Senhor decorre directamente do confronto que surgiu quando Jesus curou um homem enfermo no sábado (vv. 1-16). O Senhor não violar os regulamentos sábado do Antigo Testamento, mas sim as adições rabínicas desses regulamentos. No entanto, Ele não se defendeu, apontando a distinção entre lei de Deus e da tradição estranha do homem. Em vez disso, ele respondeu com uma muito mais radical forma-Manteve que Ele era igual a Deus e, portanto, tinha o direito de fazer o que quisesse no sábado. O resultado é um dos mais profundos discursos cristológicas em toda a Escritura. Nos versículos 17:24 Jesus faz cinco reivindicações inconfundíveis à plena igualdade com Deus: Ele é igual ao Pai em Sua pessoa, em suas obras, em Seu poder soberano, em seu julgamento, e, a honra que Lhe é devido.

    Jesus é igual a Deus em Sua Pessoa

    Mas Ele respondeu-lhes: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também." Por esta razão, portanto, os judeus procuravam ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. (5: 17-18)

    Como observado no capítulo anterior deste volume, a observância do sábado foi o cerne do culto judaico no tempo de Jesus. A resposta do Senhor para aqueles que o desafiou para violá-la (5:16), "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também", implica que o sábado não foi instituído para benefício de Deus, mas para o homem do (Mc 2:27 ). Em outras palavras, a restrição de sábado sobre o trabalho não se aplicava a Deus; Ele não era obrigado a descansar em cada sétimo dia. É verdade que, no final da semana da criação, Ele "descansou no sétimo dia de toda a obra que fizera" (Gn 2:2). Em vez disso, foi para dar um exemplo divino para o homem descansar um dia, de cada semana (Ex. 20: 9-11). (Para uma discussão da relação do crente do Novo Testamento para o sábado do Antigo Testamento, ver John Macarthur,Colossenses e Filemom, A Commentary MacArthur Novo Testamento (Chicago:. Moody, 1992), 118-19)

    O significado do sétimo dia é sublinhada pelas três referências a ele em Gênesis 2:1-3. De acordo com o versículo 3, Deus "santificou" ("separado", "separado") naquele dia para distingui-lo de os seis primeiros, nenhum dos quais são assim designados. Três verbos na passagem, cada um deles associado à obra de Deus, revelar por que Ele estabeleceu exclusivamente para além do sétimo dia.

    "Concluído" (v. 1) salienta que a obra de Deus na criação foi concluída até o final do sexto dia. Em contraste com a teoria da evolução (se ateu ou teísta), a Bíblia nega que o processo criativo ainda está em curso.

    Desde Seu trabalho de criação foi concluída, Deus "descansou" (vv. 2-3). Como mencionado acima, que não implica qualquer cansaço por parte dele (Is 40:28.); o verbo apenas indica que até o sétimo dia Deus tinha deixado de fazer a obra da criação (conforme Ex 20:11).

    Finalmente, Deus "abençoou" o sétimo dia (v. 3); isto é, Ele colocou de lado como um memorial. Todos os sábados de cada semana serve como um lembrete de que Deus criou todo o universo em seis dias, e depois descansou de Sua atividade criadora.

    Mas, como até mesmo os rabinos-se reconhecidos, descanso de Deus sábado (conforme Heb. 4: 9-10) a partir de sua obra criadora não prescinde Sua obra providencial incessante de sustentar o universo (He 1:3; Ap 19:10; 22: 8-9). Mas em vez disso, tornou-se ainda mais forte e enfática, a introdução de Sua próxima declaração com a afirmação solene,verdadeiramente, verdadeiramente, eu digo a vocês (conforme a discussão Dt 3:3; 14: 9-10). Ao acusar Jesus de delito, os líderes religiosos estavam realmente fazendo o que eles cobrado com Jesus fazendo, impugnar a natureza santa de Deus.

    No versículo 20, Jesus descreveu a unidade do Pai e do Filho como uma união de amor: o Pai ama o Filho (conforme 03:35; 17:26; Mt 3:17; Mt 17:5e mostra-lhe tudo o que ele mesmo está fazendo. Os traduzido verbo amores não é ágape , o amor de vontade e escolha, mas phileo , o amor de sentimentos profundos; o calor do afeto que um pai sente por seu filho. Esta é a única vez no Novo Testamento, que é usado para se referir ao amor do Pai pelo Filho. O presente do indicativo do verbo indica uma eternamente ininterrupta e onisciente amor que não deixa espaço para a ignorância, o que torna impossível para Jesus não ter tido conhecimento da vontade de Deus, seja a respeito do sábado, ou sobre qualquer outra coisa.

    Jesus continuou declarando que o Pai iria mostrar-Lhe ainda maiores obras. Sua cura do paralítico havia iludido as multidões. Mas, em obediência ao Pai, Jesus previu que Ele iria realizar atos que eram ainda mais espetacular, inclusive ressuscitando os mortos (v. 21) e julgar todas as pessoas (v. 22). Como resultado, seus ouvintes iria se maravilhar.

    Jesus é igual a Deus em seu poder e soberania

    "Porque, assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim também o Filho dá vida a quem ele quer." (5:21)

    Ao afirmar sua igualdade com Deus, Jesus afirmou que ele tinha o poder paralelo com Deus para ressuscitar os mortos , assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida. A Bíblia ensina que só Deus tem o poder de dar vida aos mortos (Dt . 32:39; 1Sm 2:6), e do Antigo Testamento registra vários casos em que ele fez isso (I Reis 17:17-24; 2 Reis 4:32-37; 13 20:12-13:21'>13 20:21). Porque Seu poder é o mesmo que o Pai, Jesus Cristo é capaz de elevar o fisicamente mortos (11: 25-44; Mateus 9:18-25; Lc 7:1, Jo 6:44). Além disso, Ele tem o poder de dar espiritual vida aos mortos espiritualmente. "Aquele que beber da água que eu lhe der", Jesus prometeu: "nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna" (4:14). Em João 6 Ele advertiu seus ouvintes: "Não trabalhar pela comida que perece, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, que o Filho do Homem vos dará", porque Ele é "o pão de Deus ... que desce do céu e dá vida ao mundo "(vv 27, 33; conforme vv 35, 48, 54; 1:.. 4; 10:28; 11:25; 14: 6; 17: 2 ).

    Ao contrário de Elias (1Rs 17:22) e Eliseu (II Reis 4:34-35), Jesus não se limitou a atuar como representante de Deus, quando Ele ressuscitou os mortos, mas como o próprio Deus. O Filho Ele mesmo dá a ressurreição espiritual e vida a quem Ele deseja. Como Deus é a fonte da vida, de modo que Jesus Cristo é a fonte da vida. Como Deus escolhe quando Ele dá a vida, assim o Filho escolher, em perfeito acordo com o Pai, a verdade ilustrada pela salvação dos pecadores. Todos os que o Pai escolheu antes da fundação do mundo, para dar ao Filho virá a ele, e ele não vai rejeitar qualquer deles (06:37). Mesmo oração verdadeiramente humana de Jesus no Getsêmani: "Meu Pai, se é possível, deixe este cálice de mim, ainda não como eu quero, mas como tu queres" (26:39 Matt.), Cede à concórdia perfeita entre as pessoas da Divindade.

    Jesus é igual a Deus em seu julgamento

    "Pois nem mesmo o Pai a ninguém julga, mas deu todo o julgamento ao Filho" (5:22)

    A autoridade de Jesus para conceder vida espiritual a quem quer seja coerente com a Sua autoridade para julgar todos os homens no último dia (conforme 3: 18-19; 0:48). Uma vez que Deus é o "juiz de toda a terra" (Gn 18:25; conforme 1Sm 2:101Sm 2:10; 1Cr 16:331Cr 16:33; Sl 82:1; Sl 94:2; Sl 98:9), porque Deus "fixou um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um homem que ele designou, tendo equipado prova a todos, ressuscitando-o dentre os mortos" (At 17:31). Nessa final, terrível dia do juízo, aqueles que rejeitaram Jesus vai ouvi-Lo dizer: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniqüidade" (Mt 7:23.).

    Jesus é igual a Deus em sua homenagem

    "Para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou. Verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. " (5: 23-24)

    O propósito do Pai que está nos confiando todas as suas obras e julgamento de Jesus é para que todos honrem o Filho como honram o Pai. É justo que aqueles iguais em natureza (vv. 17-18), trabalha (vv 19—. 20), o poder ea soberania (21 v.), e do juízo (v. 22) seria concedida igual honra. Honra do Pai não é diminuída pela honra prestada a Cristo; pelo contrário, ela é melhorada.

    Embora os judeus incrédulos pensei que eles estavam realmente adorando a Deus, rejeitando o Seu Filho (conforme 16: 2), não foi esse o caso, por . Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou Esta era uma reivindicação espantosa da parte de Jesus, como DA Carson observa:

    Em um universo teísta, tal afirmação pertence a um que é o próprio ser abordadas como Deus (conforme 20,28), ou a insanidade gritante. Aquele que profere tais coisas é para ser demitido com piedade ou desprezo, ou adorado como Senhor. Se com muita erudição atual recuamos a ver em tal material menos as reivindicações do Filho do que as crenças e testemunho do evangelista e sua igreja, as mesmas opções de nos confrontar. Ou João é supremamente iludidos e deve ser julgado como um tolo, ou o seu testemunho é verdadeiro e Jesus deve ser atribuída as honras devidas somente a Deus. Não há meio termo racional. ( O Evangelho Segundo João, O Comentário Pillar Novo Testamento (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 255).

    Quando lhe foi perguntado: "O que devemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus?" Jesus respondeu: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que por ele foi enviado" (6: 28-29). "Aquele que me odeia", alertou, "odeia também a meu Pai" (15:23). Aqueles que se recusam a honrar o Filho, alegando estar a honrar o Pai são realmente auto-enganados. João Heading escreve:

    Não cabe a um homem para decidir que ele vai honrar a um ou outro; é ou ambos ou nenhum. Em círculos religiosos, é muito fácil para a incredulidade de contemplar Deus, mas não o Filho. O conhecimento de uma implica o conhecimento do Outro (Jo 8:19); ódio de um implica o ódio do outro (15:23); negação do One implica a negação do Outro (1Jo 2:23). ( O que a Bíblia ensina: João [Kilmarnock, Escócia: João Ritchie, 1988), 93)

    Que o Pai eo Filho devem beneficiar de um igual honra vigorosamente afirma divindade e sua igualdade com Deus, que declarou por meio do profeta Isaías de Cristo, "Eu não vou dar a minha glória para outro" (Is 42:8). No entanto, o Pai ordenou que todos honrem o Filho. Em Filipenses 2:9-11 Paulo escreveu:

    Por esta razão, também, Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, daqueles que estão no céu, na terra e debaixo da terra, e que toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
    Voluntária ou involuntariamente, todos acabarão por obedecer à ordem do Pai para honrar Jesus Cristo.
    Jesus fechou esta seção de seu discurso, reafirmando sua autoridade para dar a vida eterna a quem Ele deseja. O Senhor ressaltou importância monumental da declaração, introduzindo-o com a fórmula solene Amém, amém ( verdade, em verdade). Ele identificou aqueles que recebem a vida eterna como aqueles que ouvem a Sua palavra (ou mensagem) e acreditam que o Pai que o enviou Ele. Como sempre nas Escrituras, a soberania divina na salvação não é para além da responsabilidade humana de se arrepender e crer no evangelho. A bendita promessa para aqueles que acreditam é que não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida. Como Paulo escreveu aos Romanos: "Agora não há condenação para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8:1). Aqueles que aceitá-Lo por quem Ele é, o Deus encarnado em carne humana, serão salvos dos seus pecados por meio dele (Mt 1:21;.. 1Tm 1:151Tm 1:15; He 7:25). Mas aqueles que acreditam que ele é outra coisa senão que ele realmente é um dia vai enfrentar o seu julgamento (Jo 3:18; Jo 9:39; 12: 47-48; 16: 8-9; Atos 10:38-42; At 17:31)

    "Em verdade, em verdade vos digo que, a hora vem, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Pois, assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim Ele deu ao Filho também ter a vida em si mesmo, e deu-lhe autoridade para julgar, porque Ele é o Filho do Homem não se maravilhar com este;. para a hora vem, em que todos os que estão nos túmulos vai ouvir a Sua voz, e sairão; os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, aqueles que fizeram o mal, para uma ressurreição de julgamento ". (5: 25-29)

    Para a velha questão: "Se um homem morre, ele vai viver?" (14:14), a Bíblia responde enfaticamente: "Sim." Todas as pessoas, crentes e não crentes, um dia vai ser ressuscitado dos mortos. Todo mundo vai viver para sempre, de forma consciente e individualmente.

    Para o crente, há dois aspectos para que a ressurreição espiritual e física. Espiritualmente, os cristãos são ressuscitados quando Deus dá a salvação de suas almas anteriormente mortos. Apesar de terem sido mortos em seus pecados (. Ef 2:1.). Como resultado, os crentes estarão preparados para aproveitar a vida ressurreição no Millennium na perfeição sem pecado, bem como ser montado para a existência eterna nos novos céus e da nova terra (conforme Ap 21:22).

    A Bíblia ensina que os incrédulos também vai experimentar uma ressurreição física. Mas, porque eles nunca experimentaram ressurreição espiritual, que será aumentado para receber a sentença final antes do Grande Trono Branco. De acordo com a sua condenação, seus corpos eterna ressurreição será adequado para sua punição eterna no lago de fogo (Ap 20:11-15).

    A verdade da ressurreição se repete ao longo das Escrituras, a partir do livro de Gênesis. Quando estava prestes a sacrificar seu filho Isaque ", disse Abraão a seus moços:" Fique aqui com o jumento, e eu eo moço iremos até ali; e vamos adorar e voltar para você "(Gn 22:5), e gostaria de fazê-lo, se fosse necessário para manter a sua palavra.

    A fé de Abraão é espelhado por outros santos do Antigo Testamento. Respondendo à sua própria pergunta: "Se um homem morre, ele vai viver?" Job afirmou: "Todos os dias da minha luta eu vou esperar até a minha mudança vem" (14:14). Mais tarde, ele ampliou sua crença na ressurreição do corpo:

     

    Quanto a mim, eu sei que o meu Redentor vive,
    E no último Ele tomará Sua posição sobre a terra.
    Mesmo depois da minha pele é destruída,
    No entanto, a partir de minha carne verei a Deus;
    A quem eu me verei,

    E que meus olhos vão ver e não outra. (19:25-27)

     

    Daniel semelhante observou que "aqueles que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, mas os outros à desgraça e desprezo eterno" (Dn 12:2;.. Conforme 1Co 15:55). Passagens do Novo Testamento, como Mateus 22:29-32, Jo 11:24, At 24:15 e He 11:35, também fazem alusão ao ensino do Antigo Testamento sobre a ressurreição.

    Com base nesse fundamento, o Novo Testamento dá uma visão mais aprofundada a verdade da ressurreição literal e física. Em Lc 14:14, o Senhor falou de "a ressurreição dos justos", enquanto que em Jo 6:39 Ele declarou: "Esta é a vontade daquele que me enviou, para que de tudo o que ele me deu eu não perde nada, mas ressuscite no último dia "(conforme vv. 40, 44, 54). Antes de ressuscitar Lázaro dentre os mortos, Jesus proclamou: "Eu sou a ressurreição ea vida; quem crê em mim viverá ainda que morra" (11:25).

    Os apóstolos também pregou a ressurreição. At 4:2, At 17:32). Enquanto em pé diante do Sinédrio, ele "começou a chorar no Conselho: 'Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; estou sendo julgado por causa da esperança e ressurreição dos mortos!'" (At 23:6).

    As epístolas continuar a expandir o ensino bíblico sobre a ressurreição do corpo. Paulo dedicou um capítulo inteiro, I Coríntios 15, para defender que a doutrina vital. No versículo 21, ele escreveu: "Porque, assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos." Em sua segunda carta inspirada aos Coríntios, Paulo lembrou-lhes: "Sabemos que, se a tenda terrena que é a nossa casa é demolida, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus" (2Co 5:1;.. Conforme v 11). No Arrebatamento, "o Senhor mesmo descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1Ts 4:16). O apóstolo João teve também a futura ressurreição dos crentes em mente quando escreveu: "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele , porque o veremos tal como Ele é "(1Jo 3:2). No entanto, a hora ainda está vindo no sentido de que a ressurreição de seus corpos físicos está ainda no futuro (1 Cor. 15: 35-54; Fm 1:3.; Conforme Jo 14:6).Ele lembrava aos Efésios que, no seu estado não regenerado eles estavam "mortos em [suas] delitos e pecados" (Ef 2:1; conforme Mt 8:22..). Mais tarde, em que epístola o apóstolo expressa o convite do evangelho, "Por esta razão, diz: Desperta, cama, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará" (Ef 5:14). Aos Colossenses, ele escreveu: "Quando vocês estavam mortos em suas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os nossos delitos" (Cl 2:13). O apóstolo João também descreveu salvação como tendo "passou da morte para a vida" (1Jo 3:14).

    Para ser morto espiritualmente é ser insensível às coisas de Deus e totalmente incapaz de responder a Ele (conforme 1Co 2:14; 2 Cor. 4: 3-4.). Paulo vividamente descreveu como andar "de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência ... [estar], segundo as inclinações da nossa carne , fazendo a vontade da carne e do espírito, e [ser] por natureza filhos da ira "(Ef. 2: 2-3). A morte espiritual, de acordo com o comentarista escocês do século XIX João Eadie,

    implica insensibilidade. Os mortos, que são como insuscetível como seu argila parentela, não pode ser nem cortejado nem ganhou de volta à existência. As belezas da santidade não atrair o homem à sua insensibilidade espiritual, nem as misérias do inferno detê-lo. O amor de Deus, os sofrimentos de Cristo, conjurações fervorosas por tudo o que é concurso e por tudo o que é terrível, não afetá-lo .... Isso implica incapacidade. O cadáver não pode levantar-se do túmulo e voltar para as cenas e sociedade do mundo vivo .... Incapacidade caracteriza o homem caído. ( Um comentário sobre o texto grego da Epístola de Paulo aos Efésios [Reprint; Grand Rapids: Baker, 1979], 120-21)

    Que Cristo veio para dar a vida eterna aos mortos espiritualmente é um tema central no Evangelho de João (1: 4; 3: 15-16, 36; 4:14; 5: 39-40; 6:27, 33, 35, 40 , 47-48, 51, 54; 08:12; 10:10, 28; 11:25; 14: 6; 17: 2-3; 20:31).

    O Poder

    "Porque, assim como o Pai tem a vida em si mesmo, assim Ele deu ao Filho também ter a vida em si mesmo"; (05:26)

    O Filho não pode dar vida (v. 21), porque, como o Pai, Ele tem vida em si mesmo. Ninguém pode dar aos outros o que ele próprio não possui; portanto, nenhum ser humano pecador pode gerar para si a vida eterna, nem dar a ninguém. Só Deus possui, e Ele concede-lo através de Seu Filho a quem Ele quer.

    Aqueles que negam a divindade de Cristo torção declaração de Jesus que o Pai deu vida ao Filho em uma admissão de sua própria condição de criatura e de inferioridade para o Pai. Tal não é o caso, no entanto. João já havia afirmado no prólogo do seu Evangelho que o Filho possuía vida em si mesmo desde toda a eternidade (1: 4). Mais uma vez, deve-se afirmar que, quando ele se tornou um homem, nosso Senhor voluntariamente entregou o uso independente de seus atributos divinos (Filipenses 2:6-7; conforme Jo 5:19, Jo 5:30; Jo 8:28.). Mas o Pai concedeu-lhe a autoridade para dar vida (física e espiritual), mesmo durante a condescendência auto-limitação de Seu ministério terreno.

    O Objetivo

    "Os que a ouvirem viverão." (5: 25b)

    Aqueles que experimentam ressurreição espiritual receberá abundante (10:10), a vida eterna. O Senhor não estava, é claro, ensinando que quem ouve a apresentação do evangelho serão salvos (conforme Rom. 10: 9-10). É somente aqueles que ouvem no sentido da verdadeira fé e obediência ao evangelho que vai viver. Em outras palavras, aqueles que Salvadora ouvido irá responder em arrependimento e fé. "As minhas ovelhas ouvem a minha voz", declarou Jesus, "e eu as conheço, e elas me seguem" (10:27). Para Pilatos Ele afirmou: "Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (18:37). Em carta do Senhor para as igrejas em Apocalipse, cada um termina com a exortação: "Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" (2, 7, 11, 17, 29; 3: 6, 13 , 22). Essa declaração identifica os crentes como aqueles que têm tanto a faculdade espiritual e dever de responder a revelação divina. Em contraste, os perdidos não Salvadora ouvir a voz de Cristo; eles não entendem ou obedecê-la (08:43, 47; 12:47; 14:24), e, portanto, não vai viver espiritualmente.

    A ressurreição física

    "E deu-lhe autoridade para julgar, porque Ele é o Filho do Homem não se maravilhar com este;. Para a hora vem, em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz, e sairão: os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, aqueles que fizeram o mal, para uma ressurreição de julgamento. " (5: 27-29)

    Tal como acontece com a autoridade para dar a vida, também o Pai deu a encarnação do Filho e submisso a autoridade para julgar. Cristo recebeu essa autoridade porque Ele é o Filho do Homem. Como Deus em carne humana, um homem "que foi tentado em tudo coisas como nós somos, mas sem pecado "(He 4:15), Jesus é unicamente qualificada para ser juiz da humanidade. A frase Filho do Homem, a designação favorita de Jesus sobre si mesmo, deriva da descrição messiânica de Daniel do Filho do homem como aquele que "foi dado domínio, glória e um reino, para que todos os povos, nações e homens de todas as línguas podem servir . Ele o Seu domínio é um domínio eterno, que não passará, eo seu reino é um que não será destruído "(Dn 7:14.). Uma vez que Ele é o Deus-homem que entrou plenamente em vida humana, a experiência ea tentação (Heb. 2: 14-18; 4: 14-16), Jesus pode ser o juiz supremo de toda a humanidade.

    As Pessoas

    "Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos túmulos" (5: 28a)

    Os judeus incrédulos ficaram surpresos e indignados com afirmação ousada de Jesus de ser o doador da vida espiritual e o juiz final de todos os homens. Mas o Senhor estava prestes a fazer outra reivindicação chocante. Repreendê-los por sua incredulidade-que eles iriam se maravilhar com os Seus ensinamentos, Jesus continuou, revelando uma outra verdade que os surpreendeu: a de que ele um dia ressuscitar os mortos de seus túmulos. Assim como fez com a ressurreição espiritual (v. 25), Jesus disse que a hora da ressurreição corporal está chegando. Mas, ao contrário da ressurreição espiritual, Ele não disse que há um aspecto presente dessa realidade. A ressurreição de todos os que estão nos túmulos ainda está no futuro. Naquela época, as almas dos justos mortos, agora no céu com o Senhor (2 Cor. 5: 6-8), e dos ímpios mortos, agora em tormento no Hades (Lucas 16:22-23), será dadas corpos ressuscitados caber para a eternidade.

    Alguns argumentam a partir deste texto que a ressurreição tanto de justos e injustos ocorre ao mesmo tempo. Mas, enquanto Jesus falou aqui da ressurreição em geral, Ele não descreveu uma ressurreição geral. Pelo contrário, no versículo 29, Ele claramente uma distinção entre a ressurreição da vida e da ressurreição do juízo. Ele fez essa mesma distinção em Lc 14:14, onde Ele falou da ressurreição dos justos, o que implica que é um evento distinto. Apocalipse 20:4-6 também menciona duas ressurreições: a primeira consiste na justos mortos antes do Milênio, eo segundo dos injustos mortos para o julgamento do Grande Trono Branco, no final do Milênio. (Para uma exposição detalhada de Apocalipse 20:4-6, ver Apocalipse 12:22, A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 2000], 236ff .; Robert L. Tomé, Apocalipse 8:22: Um comentário exegético [Chicago : Moody, 1995], 412ff).

    A Bíblia ensina que os mortos são ressuscitados em uma seqüência específica, não tudo de uma vez:

    Pois como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias, depois que os que são de Cristo, na sua vinda, então virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo domínio, e toda autoridade e poder . (1 Cor. 15: 22-24)

    O adjetivo tagma ("ordem" ou "virar") salienta que os mortos são ressuscitados em diferentes momentos: "Cristo, as primícias", "os que são de Cristo, na sua vinda", e o restante em "o fim" —a consumação de todas as coisas, quando os maus (os únicos que não já mencionadas) serão ressuscitados. O adjetivos epeita ("depois que") e eita ("então") quase sempre descrever cronológica (em oposição a lógicas) sequências de eventos.

    Aqueles que pertencem a Cristo serão ressuscitados em conexão com a Sua vinda. Os crentes da era da igreja (a partir de Pentecostes, para o Arrebatamento) será levantada na Rapture (1Ts 4:16), e os santos do Antigo Testamento, junto com os salvos durante a Tribulação, no final da Tribulação (Ap . 20: 4; conforme Dn 12:2).

    O Objetivo

    "Aqueles que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, aqueles que fizeram o mal, para uma ressurreição de julgamento." (5: 29b)

    A ressurreição final vai inaugurar crentes para as glórias e alegrias da eterna vida, e trazer os incrédulos para o sofrimento interminável de eterno julgamento. Ao caracterizar os crentes como aqueles que fizeram as boas ações e não crentes como aqueles que fizeram o mal, Jesus não estava ensinando que a salvação é pelas obras. Ao longo de seu ministério, Jesus ensinou claramente que a salvação "é a obra de Deus, que [as pessoas] creiais naquele que por ele foi enviado" (06:29; conforme Is 64:1; Rom 4: 2-4; 9 .: Rm 9:11; Gl 2:16; Ef 2:8-9; 2 Tim. 1:. 2Tm 1:9; Tt 3:5. Aqueles que crêem no Filho terá como resultado fazer boas ações (3:21; Ef 2:10; Tiago 2:14-20.), enquanto que aqueles que rejeitam o Filho será caracterizada por más obras (3: 18-19 ).

    Enquanto as obras não salvam, eles não fornecem a base para o julgamento divino. As Escrituras ensinam que Deus julga as pessoas com base em suas obras (Sl 62:12; Is 3:1; Jr 32:19; Mt 16:27, Gal. 6: 7-9.; Ap 20:12;. Ap 22:12), porque aqueles feitos manifestar a condição do coração. Assim, Jesus disse: "A boca fala do que está cheio o coração" (Mt 12:34). Mais tarde, no evangelho de Mateus Ele ensinou que "as coisas que saem da boca vêm do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, as calúnias" (15: 18-19). Em Lc 6:45 Jesus disse aos seus ouvintes: "O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, eo homem mau, do mau tesouro tira o mal." O apóstolo Paulo também ensinou que as ações das pessoas refletem sua natureza interior. Para os romanos, ele escreveu:

    [Deus] retribuirá a cada um segundo as suas obras: para aqueles que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e imortalidade, a vida eterna; mas para os que são egoístas, que não obedecer à verdade e obedientes à iniqüidade, ira e indignação. Haverá tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal, primeiro do judeu e também do grego, mas glória, honra e paz a todo aquele que faz o bem, primeiro do judeu e também do grego. (Rom. 2: 6-10)

    Alguns capítulos depois, Paulo deixou claro que quem chegar à ressurreição dos justos não fazê-lo por seus próprios méritos, mas por meio de sua união com Jesus Cristo através da fé:

    Vocês não sabem que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição.(Romanos 6:3-5.)

    Assim boas acções revelar a presença ou ausência de salvação, mas não o produz. Eles são o seu efeito, não a sua causa.
    A importância da doutrina da ressurreição não pode ser exagerada: sem ele, não há fé cristã. Escrevendo aos Coríntios, que estavam oscilando na doutrina da ressurreição, Paulo deixou claro que

    se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou; E, se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é inútil; você ainda estais nos vossos pecados. Em seguida, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se a nossa esperança em Cristo só nesta vida, somos de todos os homens os mais dignos de lástima. (1 Cor. 15: 16-19)

    Grande esperança do apóstolo, já que é de todos os crentes, era "alcançar a ressurreição dentre os mortos" (Fm 1:3).

    Concluindo seu capítulo magnífica sobre a ressurreição, Paulo escreveu: "Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor" (1Co 15:58)

    "Não posso fazer nada por mim mesmo Como eu ouço, julgo;. E meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou Se só dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho. não é verdade. Há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. Você enviou a João, e ele deu testemunho da verdade. Mas o testemunho que eu recebemos não é de homem , mas eu digo estas coisas para que sejais salvos Ele era a lâmpada que ardia e brilhava e você quisestes alegrar-vos por um tempo com a sua luz Mas o testemunho que eu tenho é maior do que o testemunho de João..; para as obras que o Pai me deu para realizar-as mesmas obras que Eu-testemunho de mim, que o Pai me enviou. E o Pai que me enviou, ele tem dado testemunho de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz qualquer momento, nem vistes a sua forma Você não tem a sua palavra permanece em vós, para que você não acredita que ele enviou Examinais as Escrituras, porque você acha que neles você tem a vida eterna..; são elas que dão testemunho de mim; e você não está disposto a vir a Mim, de modo que você pode ter vida. Eu não recebo glória dos homens; mas eu sei que você, que você não tem o amor de Deus em si mesmos. Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, você vai recebê-lo. Como você pode acreditar, quando você recebe glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do Deus único? Não pensem que eu vos hei de acusar diante do Pai, aquele que o acusa é Moisés, em quem você tiver definido sua esperança. Porque, se você acredita Moisés, você acreditaria em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas se você não acredita em seus escritos, como crereis nas minhas palavras "(5: 30-47)?

    Um tema singularmente trágico nas Escrituras é a do amor não correspondido de Deus para a rebelde Israel. Seu povo, a quem Ele graciosamente escolheu para Si (Deut. 7: 7-8), repetidamente provado ingratos e infiel a ele em troca. Depois que Deus os livrou do Egito, se preocupava com eles no deserto, e os trouxe para a Terra Prometida, "O povo serviu ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que sobreviveram a Josué e que tinham visto tudo o grande obra do Senhor, que Ele havia feito por Israel "(Jz 2:7, Jz 2:17; conforme Jz 8:33; Sl 106:1:. 34-39.)

    Ao longo dos séculos, o clima espiritual em Israel só piorou. Tempos de genuíno arrependimento e renovação espiritual eram poucos e distantes entre si. Escrevendo 700 anos depois de Josué, a apostasia, o profeta Isaías retratado de Israel em uma parábola:

     

    Deixe-me cantar-se agora para o meu bem-amado
    Uma canção do meu amado a respeito da sua vinha.
    O meu amado possuía uma vinha numa colina fértil.
    Ele cavou tudo ao redor, removeu suas pedras,
    E plantou-a de excelentes vides.
    E Ele construiu uma torre no meio dela
    E também escavou um lagar nele;
    Então, Ele espera-se para produzir bons uvas,
    Mas é produzido apenas aqueles sem valor.
    "E agora, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá,
    Julgue entre mim ea minha vinha.
    Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu não tenha feito?
    Por que, quando eu esperava que produzir boas uvas se ele produzir bravas?
    Então, agora deixe-me dizer o que eu vou fazer à minha vinha:
    Tirarei a sua sebe e será consumido;
    Vou quebrar sua parede e será pisada.
    Eu tornarei em deserto;
    Não vai ser podadas ou capinado,
    Mas urzes e espinhos virão para cima.
    Eu também irá cobrar as nuvens que não derramem chuva sobre ela. "
    Pois a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel
    E os homens de Judá Sua planta delicioso.
    Assim, Ele olhou para a justiça, mas eis que o derramamento de sangue;

    Por justiça, mas eis que um grito de socorro. (Is. 5: 1-7)

     

    Por meio do profeta Jeremias, Deus deu uma acusação semelhante: ". Certamente, como uma mulher se aparta aleivosamente do seu amante, para que se houveram aleivosamente com Me, ó casa de Israel, diz o Senhor" (Jr 3:20; conforme 5: 11-12). Em vez de servir ao Senhor de todo o coração, a nação "profanou o santuário do Senhor" (Ml 2:11) e serviram a outros deuses em seu lugar.

    As Escrituras Hebraicas freqüentemente retratam 1srael como uma prostituta, que deixou o marido, o Senhor, e cometeu adultério com ídolos. Na verdade, o Antigo Testamento usa o termo "prostituta" para se referir ao adultério espiritual com mais freqüência do que o adultério físico. Por exemplo, em Ez 6:9). Apesar de sua idolatria repetido durante todo o período dos juízes, Deus finalmente "podia suportar a miséria de Israel já não" (Jz 10:16) e os livrou de seus opressores. E, apesar de sua rebeldia teimosa durante o reino dividido, Deus pacientemente retido o julgamento o seu povo rebelde merecia; Ele "teve misericórdia deles e teve compaixão deles e virou-se para eles por causa de sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó, e não destruí-los ou expulsá-los de sua presença até agora" (2Rs 13:23).

    Mesmo que Israel "agiu com arrogância e não deram ouvidos aos mandamentos [de Deus], ​​mas pecaram contra [sua] ordenanças, ... e ... virou o ombro rebelde e endureceram a sua cerviz, e não queria ouvir:" Deus, "em [ Seu] grande compaixão ... não fazer uma final de-los ou abandoná-los para [Ele é] um Deus clemente e compassivo "(Ne 9:29, Ne 9:31). "Muitas vezes", escreveu o salmista: "[Deus] iria entregar [Israel], eles, no entanto, foram rebeldes nos seus desígnios, e assim se afundou em sua iniqüidade entanto Olhou a sua aflição, quando ouviu o seu clamor;. E Lembrou-se da sua aliança para o bem deles, e cedeu de acordo com a grandeza de sua misericórdia "(Sl 106:43-45.). A chorar com medo do Seu povo, "O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim" (Is 49:14), Deus respondeu comfortingly, "Pode uma mulher esquecer-se do filho de enfermagem e que não se compadeça do filho do seu ventre ? Mesmo que estes podem esquecer, mas eu não vou te esquecer. Eis que tenho inscrito você nas palmas das minhas mãos "(vv. 15-16).

    Talvez o exemplo mais vívido e inesquecível da fidelidade de Deus é encontrada no casamento do profeta Oséias que sua esposa infiel Gomer. Através da releitura de seu próprio desgosto, Oséias se desenrolou a história comovente de continuar o amor de Deus para o seu povo, apesar do fato de que "eles [tinha] se prostituiu, partindo de seu Deus" (04:12; conforme 1: 2; 3: 1; 5: 3-4; 6:10; 9: 1).
    Em duas passagens dramáticas em Jeremias, Deus fez inequivocamente claro que Ele nunca abandonará Israel:

     

    Assim diz o Senhor,
    Quem dá o sol para luz do dia
    E a ordem fixa da lua e das estrelas para luz da noite,
    Quem agita o mar, de modo que suas ondas rujam;
    O Senhor dos exércitos é o seu nome: "Se esta ordem fixa afasta
    Desde antes de mim ", diz o Senhor,
    "Então os filhos de Israel também cessará
    De ser uma nação diante de mim para sempre. "
    Assim diz o Senhor,
    "Se os céus em cima pode ser medido
    E os fundamentos da terra cá em baixo,
    Então eu também rejeitarei toda a descendência de Israel
    Por tudo o que eles têm feito ", diz o Senhor (31: 35-37).

     

    Assim diz o Senhor: "Se você pode quebrar o meu pacto para o dia e minha aliança para a noite, de modo que o dia ea noite não será a seu tempo, então a minha aliança também pode ser quebrado com Davi, meu servo, para que ele não tenha filho que reine no seu trono, e com os sacerdotes, meus ministros. À medida que o exército do céu não podem ser contados e a areia do mar não pode ser medido, assim multiplicarei a descendência de Davi, meu servo, e os levitas que ministram diante de mim .... Assim diz o Senhor: "Se a minha aliança para o dia e noite não permanecer, e os padrões fixos de céu e da terra eu não estabeleceram, então eu rejeitarei a descendência de Jacó e de Davi, meu servo, não tendo a partir de seus descendentes governantes sobre os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó. Mas vou restaurar suas fortunas e terá misericórdia deles ". (33: 20-22, 25-26)

    No Novo Testamento, o apóstolo Paulo ecoou essas promessas do Antigo Testamento, declarando definitivamente ", eu digo, então, Deus não rejeitou o seu povo, não é? De maneira nenhuma! ... Deus não rejeitou o seu povo que antes conheceu .. .. Porque eu não quero que você, irmãos, que ignoreis este mistério ... que o endurecimento parcial que aconteceu com Israel até que a plenitude dos gentios haja entrado;. E assim todo o Israel será salvo "(Romanos 11:1-2, 25-26).

    A parábola do proprietário de terras na foto ato supremo de Israel de apostasia, a rejeição do Filho de Deus, o Senhor Jesus Cristo:

    Havia um proprietário de terras que plantou uma vinha e colocar um muro em torno dele e cavou um lagar nele, e edificou uma torre, e arrendou-a a viticultores e fui em uma viagem. Quando o tempo de colheita se aproximou, enviou os seus servos aos lavradores para receber seus produtos. Os viticultores levou seus escravos e feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Depois, enviou um outro grupo de escravos maiores do que o primeiro; e eles fizeram a mesma coisa para eles. Mas depois ele enviou-lhes seu filho, dizendo: "Eles vão respeitar o meu filho." Mas quando os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: "Este é o herdeiro;. Venham, vamos matá-lo e aproveitar a sua herança" Levaram-no e lançaram-no fora da vinha e mataram-no. (Mateus 21:33-39.)

    No entanto, mesmo que não causou Deus a abandonar Israel. A igreja sempre incluiu um punhado de crentes judeus individuais. (Rm 11:26) Além disso, o dia vem, quando toda a nação será salvo, quando Deus declara: "eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem pranteia por um filho único e chorarão amargamente por Ele como o choro amargo ao longo de um primogênito "(Zc 12:10), e" haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado ea impureza .. .. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: 'Eles são o meu povo', e eles vão dizer: "O Senhor é o meu Deus" (13 1:9).

    Mesmo durante os dias mais sombrios da apostasia de Israel havia sempre um remanescente de verdadeiros crentes (conforme 1Rs 19:14, 1Rs 19:18), e que foi o caso durante o ministério de Cristo na terra também.Aqui e ali, como postos avançados espalhados de luz na escuridão, eram aqueles que acreditavam em Deus e foram salvos. João já introduziu algumas delas: os discípulos (1: 35-51; 2:11), alguns samaritanos (4:29, 39-42), e um oficial do rei e à sua casa (04:53). A maioria do povo judeu, no entanto, não Salvadora ouvir a palavra de Cristo (5: 24-25), e, portanto, permaneceu mortos em seus pecados.Inevitavelmente, para muitos, especialmente os líderes religiosos, surdez e cegueira espiritual manifestou-se a hostilidade ativa para o confronto implacável do ministério de nosso Senhor. E para não ser para ele era, de facto, a ser combatida. Como ele mesmo declarou: "Quem não é comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, espalha" (Lc 11:23).

    Do versículo 17 até o fim do capítulo, Jesus defendeu-se para a cura de um coxo no sábado (5: 1-16), um ato que as autoridades judaicas considerada uma violação flagrante da lei do sábado (5:16). Jesus, no entanto, não quebrar os regulamentos bíblicos, mas sim as tradições rabínicas que se desenvolveu em torno deles. Contudo, o Senhor não se defendeu, observando que distinção. Em vez disso, Ele afirmou Sua igualdade com o Pai, e, portanto, seu direito ao trabalho no sábado, assim como o Pai fez (v. 17). Chocado com o que consideraram uma reivindicação blasfema à divindade, os judeus sentiam justificado em redobrar os seus esforços para matar Jesus (v. 18). Jesus respondeu por meio do fortalecimento de suas alegações de igualdade com Deus, fazendo obras iguais, igualmente dar a vida, recebendo igual honra, e executar igualmente o julgamento final sobre todos (vv. 19-29).
    O versículo 30 resume o pedido do Filho para ser igual ao Pai. Contrariamente às acusações de seus oponentes, ele não agir em seu própria iniciativa, mas sempre e apenas em conjunto completo com o Pai (conforme v. 19). Portanto acusando-o de má conduta, os líderes judeus estavam acusando simultaneamente o Pai também. (. Vv 27-29) Uma vez que o contexto imediato envolve a atividade do Filho de juiz, o Senhor usou isso como uma ilustração e um aviso, declarando: "Como eu ouço, julgo; eo meu juízo é justo, porque não busco Minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. " Uma vez que Jesus sempre age em perfeita harmonia com a vontade do Pai que o enviou ele, seu julgamento é sempre justa. E vai ser justamente executada sobre aqueles que rejeitam e se opõem a Ele .

    Quando o Senhor disse: "Se só dou testemunho de mim mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro," Ele não quer dar a entender que Sua auto-testemunho não é confiável (conforme 8:14). Seu ponto era que Seus oponentes judeus alegou Sua própria auto-testemunho não era suficiente. A questão não era se que o depoimento era verdade em si, mas se os seus adversários iria crer Nele. Então, Ele ofereceu mais testemunho como prova.

    Nos versículos 33:47 Jesus chamou na confirmação adicional de quatro fontes incontestáveis ​​para corroborar suas afirmações: o testemunho da precursor, as obras concluídas, a palavra do Pai, e os escritos fiéis.

    Testemunha do Precursor

    "Você enviou a João, e ele deu testemunho da verdade. Mas o testemunho que eu recebo não é do homem, mas eu digo estas coisas para que você possa ser salvo. Ele era a lâmpada que ardia e brilhava e você quisestes alegrar-vos por um tempo com a sua luz. " (5: 33-35)

    O objetivo do ministério de João Batista foi para preparar o país para o Messias (1:23), e para identificá-lo quando Ele veio (1:31). Portanto, "João dá testemunho sobre Ele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu disse:" O que vem depois de mim tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim "" (1:15), e,
    "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! Este é aquele em nome de quem eu disse: Depois de mim vem um homem que tem um posto mais alto do que eu, porque ele existia antes de mim." Eu não reconhecê-lo, mas para que ele fosse manifestado a Israel, vim batizando em água. " João deu testemunho, dizendo: "Eu vi o Espírito descer como uma pomba do céu, e pousar sobre ele. Eu não reconhecê-lo, mas o que me enviou a batizar em água disse-me: 'Aquele sobre quem você vir o Espírito descer e permanecer sobre ele, esse é o que batiza no Espírito Santo. " Eu mesmo vi e já declarou que este é o Filho de Deus. " (1: 29-34)
    As autoridades judaicas tinham enviado uma delegação a João, e ele deu testemunho da verdade:

    Este é o testemunho de João, quando os judeus lhe enviou sacerdotes e levitas de Jerusalém para perguntar-lhe: "Quem é você?" E confessou e não negou, mas confessou: "Eu não sou o Cristo."Perguntaram-lhe: "E então? És tu Elias?" E ele disse: "Eu não sou." "És tu o profeta?" E ele respondeu: "Não." Então eles disseram-lhe: "Quem és tu, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram? O que você diz sobre si mesmo?" Ele disse: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor", como disse o profeta Isaías. "... Eles perguntaram-lhe, e disse-lhe:" Por que então você está batizando , se não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta? " João respondeu-lhes, dizendo: "Eu vos batizo com água, mas no meio de vós está um a quem você não conhece. É Ele quem vem depois de mim, a tanga de cuja sandália não sou digno de desatar." (1: 19-23, 25-27)

    O depoimento de João apoiou as pretensões de Jesus ser o Messias. Desde que ele era geralmente considerada pelo povo como um profeta de Deus (Mt 21:26; Lc 20:6; 2Cr 24:192Cr 24:19; Jr 7:1; 44: 4 —5), eles rejeitaram o testemunho de João.

    Jesus, é claro, não dependia de testemunho humano para estabelecer Sua afirmação de divindade, seja nos olhos dos outros, ou em sua própria mente. Há certamente houve deficiência no testemunho do Pai (v. 37), que precisava ser fornecido pelo testemunho humano. O testemunho de suas obras (v. 36) e de Seu Pai (v. 37) foi de importância muito maior do que a de qualquer homem. Assim, Ele citou o testemunho de João Batista a não compensar qualquer falta, mas para confirmar pela boca de um já reconhecido como verdadeiro profeta de Deus que mesmo verdade a respeito de si mesmo. Ele fez isso por amor do Seu hearers- que eles poderiam ser salvos por conta de João testemunha fiel (conforme 1: 35-37).

    Tendo destacado o testemunho de João a Ele, Jesus, por sua vez deu testemunho de João (conforme Mateus 11:7-14.). Suas palavras eram uma homenagem ao Batista, e uma repreensão aos líderes judeus para rejeitar seu testemunho. João foi (as formas verbais de pretérito pode indicar que ele tinha por esta altura foram presos e executados) a lâmpada que ardia e brilhava. Sua ardente zelo interior fez umabrilhante luz em um mundo escuro. Ao contrário de Jesus, que é a luz ( Phosphorus , a essência da luz) do mundo (08:12; conforme 1: 4-9; 9: 5; 12: 35-36, 46), João era um lâmpada ( luchnos ; uma lâmpada pequena, portátil óleo). Ele não era a fonte de luz, mas de um reflector (conforme 1: 6-8). Assim como uma lâmpada ilumina o caminho para as pessoas, por isso, João iluminou o caminho de Jesus (1:31).

    O Senhor terminou seu tributo a João com uma repreensão dos líderes judeus, observando que eles quisestes alegrar-vos apenas por um tempo com a sua luz. Como traças a uma lâmpada, as pessoas se aglomeravam animAdãoente para ouvir João, que, como mencionado acima, foi o primeiro profeta em quase 400 anos. A excitação atingiu o pico quando proclamou a iminente chegada do tão esperado Messias (Marcos 1:7-8). Mas seu apelo popa para o arrependimento pessoal (Mateus 3:1-2.), Sua denúncia picadas de hipocrisia da nação (Mt 3:7) levou à sua prisão e execução. Os caçadores de emoção pode ter se alegrado temporariamente no ministério de João, mas eles perderam sua Proposito-a apontar Jesus como o Messias. Eles foram superficialmente atraídos para João (conforme aqueles semelhante atraídos para Jesus em 2: 23-25), mas faltava-lhes o arrependimento genuíno. Em última análise, eles se voltaram para longe da luz da verdade que João refletiu, porque amavam as más obras das trevas (03:19).

    As obras acabadas

    "Mas o testemunho que eu tenho é maior do que o testemunho de João, pois as obras que o Pai me deu para realizar-as mesmas obras que Eu-testemunho de mim, que o Pai me enviou." (05:36)

    Testemunho de João Batista realizou um peso considerável; afinal de contas, ele era o maior homem que já viveu até o seu tempo (Lc 7:28). Mas o testemunho que Jesus estava prestes a introduzir era muito maior do que o testemunho de João. Mais convincente do que o maior testemunho do profeta de Cristo eram as mesmas obras que Ele fez (conforme At 2:22). Por exemplo, os milagres de Jesus levou Nicodemos a confessar: "Rabi, sabemos que Você veio de Deus, como um professor, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele" (3: 2). Jo 7:31 registra que "muitos da multidão creram nele, e eles diziam: 'Quando o Cristo vier, Ele não vai realizar mais sinais do que este homem tem, vai?" "Mesmo amargos inimigos de Jesus" os sumos sacerdotes e os fariseus convocou um conselho, e diziam: 'O que estamos fazendo? Por que este homem está realizando muitos sinais' "(11:47). Assim como fez aqui, o próprio Senhor apontou repetidamente para suas obras milagrosas como a confirmação da sua afirmação de ser o Filho de Deus eo Messias (conforme 10:25, 37-38; 14:11; Mateus 11:3-5. ). Os Evangelhos registro, pelo menos, três dúzias desses milagres, e Jesus realizou inúmeros outros que a Escritura não Record (20:30).

    Que Cristo fez apenas as obras que o Pai tinha dado a Ele para realizar de modo algum implica que ele é inferior ao Pai (1: 1; 05:18; 10:30; conforme Fm 1:2 no capítulo 16 deste volume, Jesus voluntariamente entregou o uso independente de seus atributos divinos durante a Encarnação. Essa auto-esvaziamento incluído submissão à vontade do Pai e do poder do Espírito. Ao longo de seu ministério terreno, Jesus estava consciente de realizar a missão que o Pai lhe tinha dado na energia do Espírito (Lc 4:14). Em Jo 4:34 Ele disse aos discípulos: "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra", enquanto em 14:31 Ele acrescentou: "Eu faço exatamente como o Pai me ordenou." Em Sua oração sacerdotal ao Pai, Jesus declarou triunfante, "Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste a fazer" (17: 4).

    Como as obras de Jesus estavam em perfeita harmonia com a vontade do Pai, que testemunhou que o Pai enviou -Lo. Não foram só as Suas obras sobrenatural; eles também estavam de acordo com os desejos exatas de Deus. No entanto, apesar incríveis obras-inigualáveis ​​por qualquer outra pessoa (15:
    24) e inexplicável fora de Deus de Jesus poder havia muitos que ainda rejeitaram (conforme 1,11).

    Palavra do Pai

    "Há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro .... E o Pai que me enviou, ele tem dado testemunho de mim. Você nunca ouvistes a sua voz, em qualquer momento, nem se viu Sua forma. Se não tem a sua palavra permanece em vós, para que você não acredita que ele enviou ". (05:32, 37-38)

    Além do testemunho de João Batista e as provas de obras de Jesus, há um outro que dá testemunho de que Ele é o Filho de Deus eo Messias. Além disso, o testemunho Ele dá sobre Jesus é infalivelmenteverdadeira. Que o Pai que enviou Jesus testificou de Ele é infinitamente mais importante do que qualquer testemunho humano. Os Evangelhos registro dois casos específicos em que o Pai deu testemunho verbal ao Filho: no batismo e na Sua transfiguração, quando "uma voz dos céus disse: 'Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" "(Mt 3:17, Mt 3:17:. Mt 3:5; conforme 2Pe 1:172Pe 1:17).

    A declaração de Jesus, Vós nunca ouvistes a sua voz, em qualquer momento, nem vistes a sua forma, era mais uma repreensão aos judeus incrédulos. Ninguém pode ver Deus em toda a glória da Sua infinitamente santo essência (Ex 33:20;. Jo 1:18; 1Tm 6:161Tm 6:16;. 1Jo 4:121Jo 4:12). No entanto houve momentos, ao longo da história de Israel, quando Deus audível ou visivelmente interagiram com o Seu povo.Por exemplo, Ele falou a Moisés (Ex 33:11; Nu 12:8, Dt 4:15; Dt 5:5), Gideon, Manoá (Jz 13:20.), E outros (Gn 16:13 (Jz 6:22.); Ex .. 24: 9-11; Is 6:5; conforme Cor 1 2: 6-15..). Em sua primeira epístola João também escreveu sobre este testemunho interno:

    Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que Ele testemunhou a respeito de Seu Filho. Aquele que crê no Filho de Deus tem o testemunho em si mesmo; aquele que não acredita que Deus fez dele um mentiroso, porque não crê no testemunho que Deus deu a respeito de Seu Filho. (I João 5:9-10)

    Os Escritos fiéis

    "Examinais as Escrituras, porque você acha que neles você tem a vida eterna, são elas que dão testemunho de mim, e não estão dispostos a vir a mim, de modo que você pode ter a vida Eu não recebo glória dos homens;. Mas eu sei . você, que você não tem o amor de Deus em vós Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro vier em seu próprio nome, você vai recebê-lo Como você pode acreditar, quando você recebe. ? glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do Deus único Não pensem que eu vos hei de acusar diante do Pai; quem vos acusa é Moisés, em quem você tiver definido sua esperança Para se. você acreditou Moisés, você acreditaria em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Mas se você não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras? " (5: 39-47)

    Apenas saber os fatos da Escritura, sem abraçar-los plenamente no coração (Js 1:8;. Lc 10:25). Ironicamente, com todo o seu esforço meticuloso que eles absolutamente não conseguiram perceber que é essas mesmas Escrituras que testificam de Jesus (01:45; Lc 24:27, Lc 24:44; Ap 19:10). Os fariseus, em particular, eram fanáticos na preocupação com a Escritura, estudando cada linha, cada palavra, e até mesmo as letras em um esforço vazio para compreender a verdade.

    A Bíblia não pode ser entendida para além de iluminação do Espírito Santo ou uma mente transformada. Zelo dos judeus para a Escritura foi louvável (conforme Rm 10:2), não resultará em salvação. Apegar-se a seu sistema superficial de auto-justiça pelas obras, em sua incredulidade teimoso, tornaram-se ignorante de "justiça de Deus e [procurou] para estabelecer a sua própria" (Rm 10:3). Assim, a salvação não vem de "ter uma justiça de [sua] próprias derivada da Lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus, na base da fé" (Fp 3:9).

    Os líderes religiosos se recusou a reconhecer sua injustiça absoluta e incapacidade de fazer qualquer coisa sobre isso, e clamar por misericórdia e graça de Deus revelada por meio do Senhor Jesus. Eles se agarrou firmemente a sua decepção sobre o que era necessário para entrar no reino de Deus da salvação. Além disso, porque Jesus não se conformava com as suas expectativas messiânicas, os líderes judeus viraram as costas para ele. O Senhor compreendeu perfeitamente seus corações; Sua declaração, não recebo glória dos homens é mais uma ilustração de seu conhecimento onisciente de pensamentos e motivos (conforme 02:25; 21:
    17) dos homens. Ele não queria que o elogio público e honra hipócrita daqueles que repudiaram privada (conforme Mt 22:16). O Senhor sabia que qualquer respeito deles era inútil, porque eles fizeram não tem o amor de Deus em si mesmos. Citando a profecia de Isaías, Jesus expressou aversão absoluta de Deus para tal falsa espiritualidade: "Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens." (Mateus . 15: 8-9).

    Que Jesus veio em nome do Pai, e eles ainda se não receber o expôs ainda mais dureza de coração de seus ouvintes. Ironicamente, como o Senhor assinalou, se outro veio em seu próprio nome, que estavam perfeitamente dispostos a recebê-lo. Ao longo dos séculos, tem havido muitos falsos messias (tantos quantos sessenta e quatro de acordo com alguns historiadores judeus [Leon Morris, O Evangelho segundo João , O New International Commentary sobre o Novo Testamento (Grand Rapids: Eerdmans, 1979)., 333 n 122]). O historiador judeu do primeiro século Josephus observou um aumento de falsos messias, nos anos que antecederam a revolta judaica contra Roma (66-70 dC). Sessenta anos mais tarde, outro pretendente messiânico, Simon Bar Kochba, apareceu. Mesmo rabino Akiba, o rabino mais estimados da época, acreditava Bar Kochba ser o messias até sua revolta foi esmagada pelos romanos com resultados catastróficos para o povo judeu. Falso messias vão proliferar como a segunda vinda se aproxima (Mateus 24:23-24.), Culminando com o falso messias final, o Anticristo (2 Ts 2: 3-12.).

    A pergunta de Jesus pensativo, "Como você pode acreditar, quando você recebe glória uns dos outros e não buscais a glória que vem do Deus único?" oferece uma razão crucial para a sua rejeição dEle. Jesus disse, com efeito, "Como eu posso ser glorificado como seu Senhor, quando você está procurando glória?" A questão é uma retórica um; obviamente, aqueles engajados na busca de glória uns dos outros não se humilhar, a fim de acreditar no glorioso Senhor Jesus-que é a única maneira de buscar a glória que vem do Deus único. Paulo explicou ainda esta em suas palavras para o Corinthians:

    em cujo caso o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus .... Porque Deus, que disse: "Luz brilhará para fora das trevas ", é o único que brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. (2 Cor. 4: 4-6)

    A glória que vem do Deus resplandece na face de Jesus Cristo. Este é o "evangelho da glória de Cristo."
    Não procurar que honra e glória que vem de Deus em Jesus Cristo é ignorância culpável que será severamente julgado. Mas Jesus não vai precisar se acusam -los diante do Pai; alguém vai fazer isso. O Senhor surpreendeu-los, identificando que acusador como Moisés -o muito um em quem eles haviam definido a sua esperança. É difícil imaginar quão profundamente chocados e indignados os líderes judeus deve ter sido por declaração de Jesus. Em suas mentes, que era absolutamente incompreensível a pensar que Moisés-quem eles orgulhosamente afirmados como seu líder e professor (09:28; conforme Mt 23:2) em mente, mas sim todo o Pentateuco, que, junto com o resto do Antigo Testamento, aponta inequivocamente a Ele (conforme Lc 24:27).

    Adversários de Jesus ignorou a evidência clara do Antigo Testamento, que Ele era o Messias. Mas em um nível mais profundo, eles também mal o propósito da lei mosaica. Eles viram mantendo-o como um meio para a salvação, mas que nunca foi sua intenção. A lei foi dada para revelar pecaminosidade do homem e total incapacidade para salvar a si mesmo. Como Paulo escreveu em Gl 3:24, "A Lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé." Ele nunca poderia salvar, uma vez que qualquer violação coloca as pessoas sob a maldição de condenação (Gl 3:10; conforme Rom. 3: 19-20.).

    Ela deveria vir como nenhuma surpresa que aqueles que fizeram não acredito Moisés escritos não iria acreditar de Cristo palavras também. Se eles rejeitaram as verdades ensinadas por meio de Moisés, a quem eles reverenciavam, dificilmente poderiam ser esperados para aceitar o ensinamento de Jesus, a quem eles injuriado. Leon Morris escreve:

    Se essas pessoas, que professavam ser "discípulos, que honraram Moisés Moisés escritos como Sagrada Escritura, que fez uma reverência quase supersticiosa à letra da lei, se esses homens realmente não acreditar nas coisas que Moisés tinha escrito, e que foram os objetos constantes de seu estudo, então como poderiam acreditar ... as palavras ditas por Jesus? ( Evangelho segundo João, 334-35)

    A dura realidade é que aqueles que rejeitam o ensino de Moisés sobre Jesus enfrentará eterno julgamento-a verdade ensinada na história do homem rico e Lázaro. Desesperado para poupar seus irmãos o tormento que ele estava suportando, o homem rico implorou com Abraão,

    "Eu te peço, ó pai, que você envia [Lázaro] a do meu pai casa-pois tenho cinco irmãos-de modo que ele possa avisá-los, para que eles não venham também para este lugar de tormento." Mas Abraão disse: "Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos." Mas ele disse: "Não, pai Abraão, mas se alguém vai para eles dos mortos, eles vão se arrepender!" Mas ele lhe disse: "Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir ainda que ressuscite alguém dentre os mortos." (Lucas 16:27-31)

    Os professores religiosos judeus e autoridades iria expressar sua rejeição final de Moisés e Jesus quando usaram sua compreensão pervertida da lei para justificar a sua execução: "Os judeus responderam [Pilatos]:" Nós temos uma lei, e por essa lei, deve a morrer porque se fez por ser o Filho de Deus "(Jo 19:7).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de João Capítulo 5 do versículo 1 até o 47

    João 5

    O desamparo do homem e o poder de Cristo — Jo 5:1-9

    Havia três festas judaicas que eram festas para guardar. Todo homem judeu adulto que vivesse a trinta quilômetros de Jerusalém tinha a obrigação legal de assistir a elas. Eram três festas: Páscoa, Pentecostes e a Festa dos Tabernáculos. Se supusermos que o capítulo 6 deve ir antes do 5, podemos considerar que esta festa é Pentecostes, porque os eventos do capítulo 6 ocorreram quando se aproximava a Páscoa (Jo 6:4). A Páscoa tinha lugar em meados de abril, e Pentecostes era celebrada sete semanas depois. Pentecostes seria a próxima festa oficial no calendário judaico. João sempre mostra Jesus assistindo às festas judaicas, porque não deixava de observar as obrigações que impunha o culto judaico. Para Jesus, adorar com seu povo não era uma obrigação mas um prazer.

    Aparentemente, quando Jesus chegou a Jerusalém estava sozinho. Nesta seção não se menciona absolutamente a seus discípulos. Encaminhou-se a um lago famoso. O nome do lago era ou Betesda, que significa Casa da Misericórdia, ou, o que é mais factível, Betzatha, que significa a Casa da Oliveira. Todos os melhores manuscritos mencionam o segundo nome, e sabemos por Josefo que em Jerusalém havia um bairro que se chamava Betzathe. A palavra que significa estanque é kolumbethron, que vem do verbo kolumban, que significa mergulhar. O lago era o suficientemente profundo para nadar. A passagem que está entre chaves [depois do movimento da água, sarava de qualquer doença que tivesse”] não aparece em nenhum dos manuscritos maiúsculos e mais importantes; é provável que foi agregado depois como explicação do que faziam as pessoas que estavam ali. Por baixo do estanque havia uma corrente subterrânea que de vez em quando se agitava e movia as águas do estanque. Cria-se que quem agitava as águas era um anjo, e que a primeira pessoa que entrasse no estanque depois da agitação das águas ficaria curada de qualquer doença que a afligisse.

    É-nos apresentado como uma mera superstição, e de fato o é. Mas era o tipo de crenças que estava espalhado por todo mundo antigo e que ainda hoje existe em alguns lugares. Naquela época o povo cria em todo tipo de espíritos e demônios. Consideravam que o ar estava cheio desses seres. Esses espíritos e demônios tinham suas casas e moradas em lugares determinados. Cada árvore, cada rio, cada arroio, cada serra, cada lago, tinha seu espírito. Além disso, o povo do mundo antigo se sentia impressionado em forma especial com o caráter sagrado e santo da água e, particularmente, dos rios e vertentes. A água era algo tão prezado, os rios enfurecidos podiam ser tão poderosos, a água podia ser tão perigosa, que não é surpreendente que se sentissem tão impressionados. Pode acontecer que no Ocidente imaginemos a água só como algo que sai de uma torneira, mas no mundo antigo, e ainda hoje, em determinados lugares, a água é a coisa mais apreciada, e pode ser a mais perigosa de todas as coisas.
    Sir J. G. Frazer, em Folklore in the Old Testament (ii, 412-423). (Folclore no Antigo Testamento), cita vários exemplos desta reverência pela água. Hesíodo, o poeta grego, dizia que quando um homem está por cruzar um rio deve orar e lavar as mãos, porque quem cruza uma correnteza com as mãos sujas provoca a ira dos deuses. Quando Xerxes, o rei da Pérsia, chegou a Estrimom, na Trácia seus magos ofereciam cavalos brancos e praticavam outras cerimônias antes de que o exército se animasse a cruzar. Lúculo o general romano, ofereceu um touro para o rio Eufrates antes de cruzá-lo. Ainda hoje, no sudeste da África algumas tribos dos bantu crêem que os rios estão habitados por demônios e espíritos malignos e que devem ser aplacados lançando um molho de trigo ou alguma outra oferta antes de cruzá-los. Quando alguém se afoga

    João (William Barclay) em um rio se diz que foi "chamado pelos espíritos". Os baranda, da África Central, não tentariam salvar um homem a quem o rio levou porque consideram que são os espíritos aqueles que o levaram.

    Esta crença no caráter sagrado dos rios, arroios e vertentes alguma vez foi universal e existe até o dia de hoje. Os que no estanque de Jerusalém esperavam que se empilhassem as águas, eram filhos de sua época que criam nas coisas de sua época.
    Pode ser que enquanto Jesus caminhava ao redor do lago, alguém lhe apontasse o homem desta história como um caso crônico e digno de compaixão, visto que sua doença tornava pouco provável e até impossível que alguma vez chegasse a ser o primeiro em entrar no estanque depois do movimento da água. Não havia ninguém que o ajudasse a entrar, e Jesus sempre foi o amigo dos que não tinham amigos, e aquele que ajuda a quem carece de ajuda terrena. Jesus não se tomou o trabalho de dar uma conferência a este homem a respeito da estéril superstição de esperar até que se agitassem as águas. O único desejo de Jesus era ajudar, e com sua palavra poderosa curou o homem que tinha esperado durante tanto tempo.
    Nesta história podemos ver com toda clareza sob que condições o poder de Jesus operava. Devemos notar que Jesus fala com imperativos. Dava suas ordens, seus mandamentos aos homens, e na medida em que estes buscassem obedecê-los recebiam esse poder.

    1. Jesus começou perguntando ao homem se queria ser curado. Não é uma pergunta tão parva como pode parecer. O homem tinha esperado durante trinta e oito anos e bem poderia ter perdido as esperanças, deixando em seu lugar um passivo e triste desespero. Poderia ter ocorrido que no mais íntimo de seu coração se sentisse satisfeito de continuar sendo um inválido porque, se ficasse curado, teria que enfrentar-se com todo o peso de ganhar a vida e assumir novamente todas as suas responsabilidades. Há inválidos para quem sua doença não é tão desagradável, visto que outra pessoa faz todo o trabalho e assume todas as responsabilidades.

    Mas a resposta deste homem foi imediata. Queria curar-se, embora não via como poderia curar-se, visto que não havia ninguém que o ajudasse. A primeira coisa que se necessita para receber o poder de Jesus é um desejo intenso desse poder. Jesus vem a nós e diz: "Você realmente quer mudar?" Se no mais recôndito de nosso coração estamos contentes sendo como somos, não pode haver nenhuma mudança. O desejo das coisas superiores deve inflamar nossos corações.

    1. Jesus, pois, disse-lhe ao homem que se levantasse. É como se lhe tivesse dito: "Homem, use sua vontade! Faça um esforço supremo e você e eu conseguiremos!" O poder de Deus nunca prescinde do esforço do homem. Nenhum homem pode apoltronar-se, relaxar-se, e esperar que aconteça um milagre. Não há nada mais certo que o fato de que devemos tomar consciência de nosso desamparo; mas em um sentido muito real, também é certo que o milagre acontece quando nossa vontade e o poder de Deus cooperam para fazê-lo possível.
    2. De fato, Jesus estava ordenando ao homem que tentasse o impossível. Ele disse: "Levante-se!" O homem poderia haver dito, com ressentimento e dor, que isso era exatamente o que não podia fazer. Sua cama deve ter sido uma simples estrutura semelhante a uma maca. A palavra grega é krabbatos, que é uma palavra da linguagem coloquial — quer dizer maca — e Jesus lhe disse que a levantasse e a levasse. O homem poderia ter dito que durante trinta e oito anos a cama tinha estado levando a ele e que não tinha muito sentido dizer a ele que levasse a cama. Mas uma vez mais o homem fez o esforço ao mesmo tempo que Cristo — e aconteceu o milagre.
    3. Aqui temos o caminho para obter o que nos propomos. Há tantas coisas neste mundo que nos vencem, nos derrotam e se apoderam de nós. Quando a intensidade do desejo está em nós, quando nos propomos fazer o esforço, embora possa parecer sem esperanças, então o poder de Cristo tem sua oportunidade, e com Cristo conquistamos aquilo que durante tanto tempo nos conquistou .

    O SIGNIFICADO INTERIOR

    João 5:1-9 (continuação)

    Antes de abandonar esta passagem devemos assinalar que alguns estudiosos do tema consideram que se trata de uma alegoria. Crêem que o homem e a cena têm um significado interior. A verdade interior que aparece na alegoria seria a seguinte.
    O homem representa o povo do Israel. Os cinco pórticos representam os cinco livros da Lei. Nos pórticos jazia o povo doente, que ainda não se curou. A Lei era aquilo que podia apontar ao homem seu pecado mas que não podia fazer nada por solucioná-lo; podia descobrir a debilidade de um homem, mas não podia fazer nada para curá-la. A Lei, assim como os pórticos, dava refúgio à alma doente mas jamais podia curá-la. Os trinta e oito anos representam os trinta e oito anos durante os quais os judeus vagaram no deserto antes de entrar na terra prometida; ou representam a quantidade de séculos durante os quais os homens esperaram o Messias. Os homens tinham esperado durante todo este tempo, e agora tinha chegado o poder de Deus. A agitação das águas representa o batismo. De fato, na arte cristã primitiva se está acostumado a representar a um homem surgindo das águas batismais levando uma cama sobre as costas.

    Pode ser que agora se possam ler todos estes significados no relato; mas é muito improvável que João o tenha escrito como uma alegoria. Todo o relato tem o selo da verdade e da realidade. Mas faremos muito bem em recordar que toda história bíblica contém muito mais que os atos que relata. Há verdades mais profundas por baixo da superfície e até as histórias mais simples se propõem a nos deixar frente a frente com as coisas eternas.

    CURA E ÓDIO

    João 5:10-18

    Um homem foi curado de uma doença que, em termos humanos, era incurável. Qualquer um pensaria que era uma ocasião para a alegria e o agradecimento. Mas havia aqueles que o olhavam com maus olhos. O homem que foi curado ia pelas ruas com o leito à costas; os judeus ortodoxos o detiveram e lhe recordaram que estava quebrantando a Lei ao carregar e levar uma carga no sábado. Já vimos o que tinham feito os judeus com a Lei de Deus. A Lei tinha sido uma série de grandes princípios gerais que cada um devia aplicar e obedecer por sua conta. Através dos anos, converteram-se em um montão de pequenas regras e regulamentos. A Lei só dizia que o sábado devia ser um dia diferente de outros, e que, durante esse dia, nenhum homem, nem seus servos nem seus animais deviam trabalhar. Os judeus se dedicaram a definir o que era o trabalho.

    Tinham estabelecido trinta e nove classificações diferentes do trabalho. Uma destas classificações dizia que o trabalho consistia em carregar algum volume. Baseavam-se de maneira especial em duas passagens. Jeremias havia dito: “Assim diz o SENHOR: Guardai-vos por amor da vossa alma, não carregueis cargas no dia de sábado, nem as introduzais pelas portas de Jerusalém; não tireis cargas de vossa casa no dia de sábado, nem façais obra alguma; antes, santificai o dia de sábado, como ordenei a vossos pais” (Jeremias 17:19-27). Neemias ficou preocupado pelo trabalho e o comércio que se fazia no dia sábado, e havia posto servos nas portas de Jerusalém para controlar que não se tirassem cargas no dia de sábado (13 15:16-13:19'>Neemias 13:15-19).

    Agora, a passagem de Neemias (Ne 13:15), deixa perfeitamente claro que o que se questionava era o fato de comercializar no dia de sábado como se fosse qualquer outro dia. Mas os rabinos da época de Jesus sustentavam que quem levasse uma agulha em sua roupa estava cometendo um pecado. Inclusive discutiam a respeito de se podia levar seus dentes postiços ou uma perna de madeira. Não tinham dúvida que não se podia levar nenhum tipo de alfinete nesse dia. Para eles, todos estes detalhes insignificantes eram questão de vida ou morte — e não restava a menor dúvida de que este homem estava desobedecendo a Lei rabínica ao carregar seu leito no dia de sábado.

    O homem se defendeu dizendo que quem o tinha curado lhe havia dito que carregasse seu leito, e não sabia quem era esse homem. Mais tarde Jesus o encontrou no Templo. Assim que o homem descobriu quem era Jesus se apressou a dizer às autoridades quem lhe havia dito que carregasse o leito. Sua intenção não era comprometer a Jesus, mas a Lei dizia: "Se alguém carga algo de maneira intencional de um lugar público a uma casa particular no dia de sábado será apedrejado até a morte". A única coisa que tentava fazer era ver-se livre da situação em que se encontrava. Só tentava explicar que não era culpa dele se tinha desobedecido a Lei.
    De maneira que as autoridades elevaram suas acusações contra Jesus. Era acostumado a desobedecer a Lei do sábado. Os verbos do versículo 18 estão no passado imperfeito. Este tempo não descreve uma só ação, mas sim ações reiteradas no passado. É evidente que este relato não é mais que um exemplo do que Jesus estava acostumado a fazer com freqüência.

    A defesa de Jesus foi surpreendente. Alegou que Deus não deixava de trabalhar no dia de sábado, e ele tampouco. Tratava-se de um argumento que qualquer judeu culto podia compreender em toda sua magnitude. Filo havia dito: "Deus nunca cessa de agir. Como é próprio do fogo queimar e da neve gelar, é próprio de Deus agir". Deus sempre agia. Como disse outro autor: "O Sol brilha; os rios fluem; os processos de nascimento e morte continuam durante o dia de sábado como durante qualquer outro dia; e essa é a obra de Deus".
    É certo que, segundo o relato da criação, Deus descansou no sétimo dia; mas descansou da criação; suas obras supremas, o juízo, a misericórdia, a compaixão e o amor, não cessaram. descansou da obra de criação. De maneira que Jesus disse: "O amor, a misericórdia e a compaixão de Deus agem até no dia de sábado; e as minhas também”. Foi esta última frase que escandalizou os judeus, porque queria dizer nada menos que a obra de Jesus e a obra de Deus eram uma e a mesma coisa. Para eles significava que Jesus estava se colocando no mesmo nível que Deus.

    Em nossa próxima seção veremos o que Jesus quis dizer em realidade; no momento devemos destacar o seguinte: Jesus ensina que sempre é preciso oferecer ajuda se alguém a necessitar; que não há tarefa maior que a de aliviar a dor e a tristeza de outro; que nenhum dia em particular pode servir de desculpa para negar a ajuda que se poderia dar; que a compaixão do cristão deve ser como a compaixão de Deus: incessante e interminável. Pode-se deixar de lado outra tarefa, mas a tarefa de compadecer-se do próximo não se pode deixar de lado.
    Há outra crença judaica que forma parte desta passagem. Quando Jesus encontrou o homem no templo lhe disse que não pecasse mais para que não lhe acontecesse algo pior. Para o judeu, pecado e sofrimento estavam íntima e inevitavelmente unidos. Se um homem sofria, não cabia dúvida que tinha pecado. E não se podia curar até que lhe tivessem sido perdoados seus pecados. Os rabinos diziam: "O doente não pode sair de sua enfermidade até lhe serem perdoados seus pecados".

    Agora, o homem podia sustentar que tinha pecado e que tinha sido perdoado e que se libertou do problema, por assim dizer; e podia continuar argumentando que, já que tinha encontrado alguém que podia libertá-lo das conseqüências do pecado, bem podia continuar pecando e voltar a ser curado. Na Igreja havia aqueles que usavam sua liberdade como desculpa para a carne (Gl 5:13). Havia aqueles que pecavam confiando na abundância da graça (Romanos 6:1-18). Sempre houve gente que usou o amor, o perdão e a graça de Deus como desculpa para pecar. Basta-nos pensando no que custou o perdão de Deus, basta-nos olhar à cruz do Calvário, para saber que sempre devemos odiar o pecado com um ódio perfeito, porque cada um de nossos pecados volta a destroçar o coração de Deus.

    AS AFIRMAÇÕES TREMENDAS

    Aqui nos deparamos com o primeiro dos extensos discursos do quarto Evangelho. Quando lemos passagens como esta devemos ter em mente que João não se propõe tanto a dar as palavras que Jesus pronunciou, como o significado que deu a essas palavras. Escrevia ao redor do ano 100 d. C. Durante setenta anos tinha estado pensando em Jesus e nas coisas maravilhosas que Ele fizera. Não terminou de compreender muitas dessas coisas quando as ouviu pela primeira vez dos lábios de Jesus. Mas depois de pensar durante mais do meio século guiado pelo Espírito Santo, João tinha descoberto significados cada vez mais profundos nas palavras de seu Mestre. De maneira que nos oferece, não só o que Jesus disse, mas também o que quis dizer. À luz de seu próprio pensamento, e à luz da orientação do Espírito Santo, revela e amplia as palavras de Jesus.
    Esta passagem é tão importante que primeiro devemos estudá-la em sua totalidade e logo devemos dividi-la em seções mais breves e meditar sobre cada uma delas.
    Em primeiro lugar, pois, analisemos a passagem em sua totalidade. Quando nos encontramos com uma passagem como esta não devemos pensar só em como se nos apresenta, mas também em como se apresentou aos judeus que a ouviram pela primeira vez. Eles tinham um pano de fundo de pensamentos e idéias; tinham um pano de fundo de teologia e crenças; um pano de fundo de literatura e religião que não é o nosso, e que de fato é muito diferente do nosso. E para compreender uma passagem como esta é necessário que nos remontemos à mentalidade de um judeu que ouvia estas palavras pela primeira vez.
    Quando o fazemos, esta passagem se torna surpreendente porque está entretecida com pensamentos, afirmações e expressões, cada uma das quais representa uma afirmação por parte de Jesus de que ele é o Messias prometido, o Ungido de Deus. Nós não vemos com clareza muitas destas afirmações porque não vivemos na mesma atmosfera e ambiente em que viviam os judeus; mas eram muito evidentes para qualquer judeu e o deixavam pasmado ao ouvi-las.

    1. A afirmação mais clara é a asseveração por parte de Jesus de que ele é o Filho do Homem. Já sabemos que esse estranho título é muito comum nos Evangelhos e nas palavras de Jesus. Tem uma longa história. Nasceu no Livro de Daniel em Daniel 7:1-14. Daniel foi escrito em dias de terror e perseguições e é a visão da glória que um dia ocupará o lugar do sofrimento no meio do qual se encontra o povo. Em Daniel 7:1-7 o vidente descreve os grandes impérios pagãos que exerceram o poder sob o aspecto e o simbolismo de bestas: o leão com asas de águia (Jo 7:4), que representa ao império babilônico; o urso com três costelas entre os dentes, como alguém que devora um cadáver (Jo 7:5), que representa ao império dos medos; o leopardo com quatro asas e quatro cabeças (Jo 7:6), que representa ao império persa; a besta, espantosa e terrível, com dentes de ferro e dez chifres (Jo 7:7), que representa ao império macedônio.

    Todos estes terríveis poderes passarão e o poder e domínio serão dados a um como um filho de homem. Significa que os impérios que exerceram o poder foram tão selvagens, cruéis, sádicos, destrutivos e terríveis que só é possível descrevê-los em termos de bestas selvagens. Mas virá um poder ao mundo que será tão generoso, tão amável, tão tenro, que será um poder humano e não bestial. O novo poder será humano e amável, não selvagem e bestial. Em Daniel esta frase descreve o tipo de poder que regerá o mundo.

    Mas, como é natural, alguém deve introduzir esse poder; alguém deve exercê-lo; e os judeus tomaram este título, esta descrição, e a atribuíram ao escolhido de Deus que um dia traria a nova era de generosidade, amor e paz; e assim foi como chegaram a chamar Filho de Homem ao Messias. Entre o Antigo e o Novo Testamento surgiu toda uma literatura que tratava sobre a era de ouro que estava por vir. Um dos livros que exerceu uma influência muito especial foi o Livro de Enoque. Nele aparece vez por outra uma figura chamada Esse Filho de Homem, que está esperando no céu até que Deus o envie à Terra para introduzir seu Reino e governar sobre ele. De maneira que quando Jesus se denominou a si mesmo Filho do Homem não estava fazendo outra coisa senão chamar-se o Messias, o Escolhido, o Ungido de Deus. Tratava-se de uma afirmação tão clara que não se podia cometer nenhum engano de interpretação.

    1. Mas esta afirmação a respeito de que era o Messias de Deus não se explicita só nessas palavras, está implícita em cada uma das frases. O próprio milagre que tinha experimentado o paralítico era um sinal de que Jesus era o Messias. A imagem que dá Isaías da nova era diz que “os coxos saltarão como cervos” (Is 35:6). A visão de Jeremias afirma que os cegos e os coxos seriam reunidos (Jeremias 31:8-9). O mesmo milagre, mediante o qual o coxo caminhou, era nada menos que um sinal messiânico.
    2. A reiterada pretensão de Jesus de levantar os mortos e de ser seu juiz ao ressuscitarem. Agora, no Antigo Testamento, o único que pode ressuscitar aos mortos e logo julgá-los é Deus. “Vede, agora, que Eu Sou, Eu somente, e mais nenhum deus além de mim; eu mato e eu faço viver” (Dt 32:39). “O Senhor é o que tira a vida e a dá” (1Sm 2:6). Quando Naamã, o sírio, foi ser curado de sua lepra, o rei do Israel disse com desespero: “Acaso, sou Deus com poder de tirar a vida ou dá-la” (2Rs 5:7). O matar e dar vida era uma função inalienável de Deus. O mesmo acontece com o juízo. “O juízo é de Deus” (Dt 1:17). No pensamento posterior esta função de ressuscitar os mortos e depois atuar como juiz se tornou parte do dever do escolhido de Deus quando trouxesse a nova era de Deus. Enoque diz sobre o Filho do Homem: "A soma do juízo foi posta em suas mãos" (Enoque 69:26-27).

    Em nossa passagem, Jesus diz que aqueles que praticaram o bem serão ressuscitados à vida e aqueles que praticaram o mal serão ressuscitados à morte. O Apocalipse de Baruque diz que quando vier a idade de Deus: "O aspecto daqueles que agora são cruéis será pior do que é, e padecerão torturas", enquanto que aqueles que tiveram confiança na Lei e atuaram segundo ela, serão rodeados de formosura e esplendor (Baruque 51:1-4). Enoc diz que esse dia: "A terra se partirá por completo, e tudo o que está sobre a terra perecerá, e sobrevirá o juízo para todos os homens". (Enoque 1:5-7). O Testamento de Benjamim diz assim: "Ressuscitarão todos os homens, alguns para ser exaltados, e alguns para ser humilhados e envergonhados".
    O significado da passagem é-nos obscuro até que a lemos no pano de fundo judaico, e até que nos perguntamos como pareceria ao judeu que o ouvia pela primeira vez. Para os judeus não ficava dúvida que Jesus estava atribuindo-se funções que só pertenciam a Deus; que estava declarando que tinham começado a suceder as coisas que apontavam a proximidade da era de Deus; que se estava adotando privilégios, funções e poderes que pertenciam ao Messias e a nenhum outro. Quando chegamos a compreender o significado desta passagem vemos que não se trata mais que de uma série de afirmações nas quais Jesus declara ser o Escolhido de Deus.

    E quando compreendemos isso, esta passagem se converte em algo mais que um discurso de Jesus. Transforma-se num ato da coragem mais extraordinária e única. Jesus deve ter sabido muito bem que falar deste modo representaria uma absoluta blasfêmia para os líderes ortodoxos judeus de sua época. Deve ter sabido que falar assim era aproximar-se da morte. Afirma ser o Filho de Deus; e sabia muito bem que o homem que ouvia estas palavras só tinha duas alternativas — aceitá-lo como Filho de Deus, ou odiá-lo como um blasfemador e tentar destruí-lo. É difícil encontrar outra passagem em que Jesus apele ao amor dos homens e desafie seu ódio na forma em que o faz aqui.

    Agora devemos passar a analisar esta passagem seção por seção.

    O PAI E O FILHO

    João 5:19-20

    Este é o princípio da resposta de Jesus à acusação dos judeus de que se estava fazendo igual a Deus. Nesta passagem Jesus afirma três coisas sobre sua relação com Deus.

    1. Estabelece sua identidade com Deus. Ver Jesus em ação é ver Deus em ação. As coisas que faz Deus são as coisas que faz Jesus; e as coisas que Jesus faz são as coisas que Deus faz. A grande verdade fundamental a respeito de Jesus é que nele vemos Deus. Se queremos ver o que Deus sente com relação aos homens, se queremos ver como Deus reage diante do pecado, se queremos ver como Deus vê a situação humana, devemos dirigir nosso olhar a Jesus. A mente de Jesus é a mente de Deus; as palavras de Jesus são as palavras de Deus; as ações de Jesus são as ações de Deus.
    2. Mas esta identidade não se baseia tanto na igualdade como na obediência total. Nada do que Jesus faz surge de si mesmo. Jesus nunca fez o que Ele quis; sempre fez o que Deus queria que fizesse. Pelo fato de a vontade de Jesus estar completamente submetida à vontade de Deus é que vemos Deus nele. A identidade de Jesus com Deus não se baseia na independência de Deus, mas sim na dependência total dele. Sua identidade não está baseada na independência e sim na submissão. Jesus é para com Deus como nós devemos ser para com Jesus.
    3. Mas esta obediência não se baseia na submissão ao poder, mas sim no amor. A unidade entre Deus e Jesus é uma unidade de amor. Falamos de duas mentes que têm um só pensamento, de dois corações que pulsam em uníssono. Em termos humanos, esta é uma descrição perfeita da relação entre Jesus e Deus. O amor entre Pai e Filho é tão íntimo, tão estreito, que Pai e Filho são um. Há uma compreensão tão total, uma identidade tão completa de mente, vontade e coração, que Pai e Filho são um só.

    Mas esta passagem nos diz algo mais a respeito de Jesus.

    1. Fala-nos de sua confiança absoluta. Estava muito seguro de que o que os homens viam nesse momento não era mais que um começo; estava completamente seguro de que veriam coisas ainda maiores. Do ponto de vista meramente humano, tudo o que Jesus podia esperar razoavelmente era a morte. As forças da ortodoxia judaica se estavam unindo contra Ele e o fim já era algo iniludível. Mas Jesus se sentia seguro de que o futuro estava em mãos de Deus e não em mãos dos homens. Não sentia o mais mínimo temor pelo que pudessem lhe fazer os homens, e jamais imaginou que os homens pudessem evitar que fizesse o que Deus lhe tinha mandado fazer.
    2. Fala-nos de sua absoluta falta de temor. Não havia dúvida que o interpretaram mal. Estava fora de discussão que suas palavras não fariam mais que inflamar as mentes de seus interlocutores e pôr em perigo sua própria vida. Não existia nenhuma situação humana na qual Jesus estivesse disposto a reduzir suas afirmações ou a adulterar a verdade. Expressaria seus direitos e diria sua verdade apesar de todas as ameaças dos homens. Para ele era mais importante ser fiel a Deus que respeitar ou temer os homens.

    VIDA, JUÍZO E HONRA

    João 5:21-23

    Aqui vemos três grandes funções que pertencem a Jesus como Filho de Deus.

    1. Ele é o doador de vida. João diz isto em dois sentidos. Significa a vida no tempo. Nenhum homem está realmente vivo até que Jesus entra nele, e ele entra em Jesus. Quando descobrimos o reino da música ou da literatura, da arte ou das viagens, estamos acostumados a dizer que nos abre um mundo novo. O homem em cuja vida Jesus Cristo entrou descobre que sua vida é algo novo. Ele próprio mudou; suas relações pessoais mudaram; sua concepção do trabalho, do dever e do prazer mudou; sua relação com Deus mudou. A vida é recriada, redirecionada, refeita. Significa a vida na eternidade. João quis dizer que depois que termina esta vida, ao homem que aceitou a Jesus Cristo se abre uma vida ainda mais plena, mais maravilhosa. Enquanto que para o homem que rechaçou a Jesus Cristo, depois que terminou a vida, chega essa morte que é separação de Deus. Para João — como também para nós — Jesus Cristo é Aquele que dá vida neste mundo e vida no mundo por vir.
    2. É quem traz o juízo. João diz que Deus deixou todo o processo do juízo nas mãos de Jesus Cristo. O que quer dizer é o seguinte: o juízo de um homem depende de sua reação para com Jesus. Se o homem encontrar em Jesus o totalmente digno de ser amado; se, apesar dos fracassos, encontra em Jesus a pessoa a quem amar, obedecer, adorar e seguir, esse homem está no caminho que o levará à vida. Mas se não ver em Jesus mais que um inimigo, se não encontrar em Jesus nada digno de ser amado nem desejado, esse homem se condenou. Jesus é a pedra de toque mediante a qual prova todos os homens; a reação para com Ele é a prova que divide os homens. Pelo simples fato de ser Ele como é e de confrontar os homens consigo mesmo, submete os homens a juízo.
    3. Jesus é quem recebe a honra. O mais alentador do Novo Testamento é sua esperança indestrutível e sua inesgotável confiança. Relata a história de um Cristo crucificado mas jamais alenta a menor dúvida de que no final dos tempos todos os homens se dirigirão para essa figura crucificada e que todos o conhecerão, o aceitarão e o amarão. Em meio da perseguição e o rechaço, apesar da exigüidade de números e a falta de influência, diante do fracasso e da infidelidade, o Novo Testamento e a Igreja primitiva jamais duvidaram do triunfo final de Cristo. Mesmo quando odiado, Jesus nunca pôs em dúvida o triunfo final do amor. Mesmo quando enfrentou a cruz, não duvidou da conquista final. Quando diante do desespero conviria recordarmos que o plano e propósito de Deus é a salvação dos homens, e que, em última instância, não há nada que possa frustrar a vontade de Deus. A má vontade do homem pode retardar o propósito de Deus; mas não pode vencê-lo.

    ACEITAÇÃO SIGNIFICA VIDA

    Jo 5:24

    Aqui Jesus diz simplesmente que aceitá-lo significa a vida; e negá— lo significa a morte. O que significa ouvir a palavra de Jesus e crer no Pai que o enviou?
    Em poucas palavras significa três coisas.

    1. Significa crer que Deus é como Jesus diz que é. Significa crer que Deus é amor e nessa forma entrar em uma nova e íntima relação com Ele, relação na qual desapareceu o medo e descansamos em Deus.
    2. Significa aceitar o modo de vida que Jesus nos oferece, por mais duro e difícil que seja, e por mais sacrifícios que implique, na confiança e segurança de que ao aceitá-lo entramos no caminho para a paz e a felicidade, e que rechaçá-lo é ir para a morte e o juízo.
    3. Significa aceitar a ajuda que nos dá o Cristo ressuscitado e a guia que nos oferece o Espírito Santo, e assim achar forças para tudo o que implica o caminho de Cristo.

    Uma vez que fazemos isso, entramos em três novas relações.

    1. Entramos em uma nova relação com Deus. O juiz se converte em pai; o distante se converte em próximo; o estranho se converte em algo íntimo e o temor se converte em amor.
    2. Entramos em uma nova relação com os homens. O ódio se converte em amor; o egoísmo em serviço; o rancor em perdão.
    3. Entramos em uma nova relação conosco mesmos. A debilidade se converte em fortaleza; a frustração em êxito; a tensão em paz.

    Aceitar o oferecimento de Cristo significa encontrar a vida. Em um sentido, pode afirmar-se que todos estamos vivos; mas só se pode dizer que um escasso número de pessoas conhecem a vida no verdadeiro sentido da palavra. A maioria das pessoas existem, mas não vivem.
    Em uma oportunidade em que Grenfell escrevia a uma religiosa enfermeira a respeito de sua decisão de transladar-se ao Lavrador para ajudá-lo em sua obra, disse que não lhe podia oferecer muito dinheiro mas que se decidia ir, descobriria que no trabalho de servir a Cristo e às pessoas do lugar viverá os momentos mais felizes de sua existência.
    Browning descreve o encontro de duas pessoas em cujos corações tinha entrado o amor. Ela o olhou; ele a olhou como só pode fazê-lo um apaixonado, e "de repente despertou a vida".
    Um novelista contemporâneo faz um personagem dizer dirigindo-se a outro: "Nunca soube o que era a vida até que a vi em seus olhos".

    A pessoa que aceita o oferecimento e o caminho de Cristo passou da morte para a vida. A vida neste mundo se converte em algo novo e emocionante; a vida eterna com Deus no outro mundo se torna uma certeza.

    MORTE E VIDA

    João 5:25-29

    De todas as seções desta passagem é nesta onde aparecem mais clara e inconfundivelmente as afirmações messiânicas de Jesus. Ele é o Filho do Homem. Ele é quem dá a vida e quem traz a vida; ressuscitará os mortos à vida e, quando tiverem ressuscitado, ele será o Juiz que sentenciará seu destino. Jesus afirma sem rodeios que pode exercer todas as funções próprias do Messias, do Escolhido de Deus e que é o Ungido de Deus que trará uma nova era, a era de Deus.
    Nesta passagem João parece empregar a palavra morto com dois sentidos.

    (1) Ele a emprega para referir-se àqueles que estão mortos no espírito. Cristo trará nova vida aos que estão espiritualmente mortos. O que significa estar morto no espírito?

    1. Estar morto no espírito significa ter deixado de esforçar-se. É ter-se aceito a si mesmo tal como é. É ter chegado a considerar que todas as falhas são inevitáveis e impossíveis de corrigir e que todas as virtudes são inalcançáveis. É ter renunciado a toda esperança de progresso. A vida cristã não pode permanecer imóvel. Deve progredir ou retroceder. E deixar de esforçar-se significa abandonar até a próprio vontade de progredir e portanto retroceder para a morte.
    2. Estar morto no espírito significa ter deixado de sentir. Há muita gente que em um momento experimentou um sentimento profundo ante o pecado, a dor e o sofrimento que existem no mundo. Mas pouco a pouco se foi acostumando; tornou insensível. Pode contemplar grandes injustiças e não experimentar indignação; pode contemplar sofrimentos e não sentir que uma espada de dor e tristeza a atravessar-lhe o coração. Quando morre a compaixão, é porque o coração está morto.
    3. Estar morto no espírito significa ter deixado de pensar. J. Alexander Findlay nos relata uma frase de um amigo dele —"Quando a gente chega a uma conclusão, está morto". Quer dizer que quando a mente de um homem está tão fechada que não pode aceitar uma nova verdade, esse homem pode estar fisicamente vivo mas sua mente e seu espírito estão mortos. No dia em que o desejo de aprender nos abandona, o dia em que uma verdade nova, métodos novos, idéias novas se tornam um estorvo, esse dia se produz nossa morte espiritual. Para o cristão, a vida e o descobrimento de verdades novas são sinônimos.
    4. Estar morto no espírito significa ter deixado de arrepender-se. O dia em que um homem pode pecar em paz, é o dia de sua morte espiritual. O dia em que não se importa se peca ou não, quando o pecado perde seu aspecto horrível, quando pratica o mal sem o menor arrependimento ou luta interior, nesse dia morre sua alma. Nesse dia se petrifica seu coração. A primeira vez que fazemos algo mau nós o fazemos com temor e apreensão. Se o fizermos pela segunda vez, fica mais fácil. Se o fizermos pela terceira vez, fica ainda mais fácil. Se continuamos fazendo-o chega um momento em que nem sequer refletimos a respeito de nossa ação. Para evitar a morte espiritual o homem deve manter-se sensível ao pecado, coisa que consegue mantendo-se sensível à presença de Jesus Cristo.

    (2) Mas nesta passagem João também emprega a palavra morto em sentido literal. Jesus ensina que virá a ressurreição, e que o que acontecer ao homem na outra vida está profundamente ligado ao que tenha feito esse homem nesta vida.

    Há um aviso publicitário muito conhecido que diz: "Como você vai se sentir amanhã depende do que fizer hoje". A importância fundamental desta vida é que determina a eternidade. Durante todo o curso desta vida nos estamos preparando, ou não, para a vida que está por vir; nos estamos fazendo dignos ou indignos de nos apresentar perante Deus. Nesta vida podemos escolher o caminho que conduz à Vida ou o que conduz à morte. A tremenda verdade é que cada ato que executamos nesta vida está fazendo ou arruinando um destino, obtendo ou perdendo uma coroa. Nesta vida o homem pode fazer-se digno de ganhar a Vida, ou pode cometer o ato mais terrível e trágico que se possa imaginar — o suicídio espiritual.

    O ÚNICO JUÍZO VERDADEIRO

    Jo 5:30

    Na passagem precedente Jesus reclamou para si o direito a julgar. Não é estranho que alguém lhe perguntasse com que direito se propunha julgar a outros. A resposta de Jesus foi que seu juízo era verdadeiro e final porque sua intenção não era outra senão fazer a vontade de Deus, e pronunciar as palavras que Deus lhe dava para falar, e pensar os pensamentos que Deus lhe dava a pensar. O que Jesus afirmava era que quando Ele julgava, tratava-se do juízo de Deus. O que lhe dava o direito a julgar era a base sobre a qual assentava seus juízos, porque essa base não era outra senão a mente de Deus.
    Para qualquer homem é difícil julgar com justiça outro homem. Se nos analisarmos com sinceridade e franqueza veremos que há muitos atos que afetam nossos juízos, e que este se baseia sobre uma quantidade de coisas. Nosso juízo pode ser injusto porque nos sentimos feridos em nosso orgulho. Pode ser cego e desonesto devido a nossos preconceitos. Pode ser severo e inflamado pela inveja. Pode ser arrogante devido ao desprezo. Pode ser duro pela intolerância. Pode ser condenatório por nosso farisaísmo. Pode ver-se afetado por nossa vaidade e basear-se na inveja e não na justiça. Pode resultar inválido porque não conhecemos, e jamais buscamos conhecer, as circunstâncias em que age a pessoa que julgamos. Quer dizer, pode estar viciado por uma ignorância cega ou insensível ou deliberada. Só um homem de coração puro e cujas motivações são muito claras e sem nenhuma influência externa pode julgar outro homem, que é o mesmo que dizer que nenhum homem pode julgar a ninguém.

    Por outro lado, o juízo de Deus se baseia no caráter de Deus e deve ser perfeito.
    Só Deus é santo e portanto só Deus conhece as pautas segundo as quais se deve julgar todos os homens e todas as coisas. Só Deus é perfeitamente amoroso e seu juízo é o único que pode fazê-lo na caridade pela qual deve se feito todo juízo autêntico. Só Deus possui o conhecimento absoluto, o conhecimento da mente de um homem determinado, suas penúrias, seus problemas, suas tentações. O juízo é perfeito só quando toma em consideração todas as circunstâncias e Deus é o único que pode fazer algo semelhante.

    A afirmação de Jesus de que Ele pode julgar, baseia-se na afirmação de que nele está a mente perfeita de Deus. Ele não julga com a inevitável mistura de motivações humanas; julga com a santidade perfeita, o amor perfeito e a perfeita compreensão de Deus.

    TESTEMUNHA DE CRISTO

    João 5:31-36

    Mais uma vez Jesus responde às acusações de seus inimigos. Estes lhe perguntam: "Que prova você pode oferecer de que suas afirmações são verdadeiras"? De fato, o que dizem é o seguinte: "Você faz as afirmações mais surpreendentes e ambiciosas a respeito de si mesmo. Que provas você tem para sustentá-las?" Em toda esta passagem Jesus expõe seus argumentos em uma forma que os rabinos eram capazes de compreender muito bem. Emprega seus próprios métodos e suas próprias regras para discutir.

    1. Jesus começa por reconhecer o princípio universal segundo o qual o testemunho sem fundamento de uma pessoa não se pode tomar como prova. Antes de que se pudesse dar algo por provado se necessitavam pelo menos duas testemunhas. “Por depoimento de duas ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por depoimento de uma só testemunha, não morrerá” (Dt 17:6). “Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniqüidade ou por qualquer pecado, seja qual for que cometer; pelo depoimento de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o fato” (Dt 19:15). Quando Paulo ameaça ir ver os Coríntios com admoestações e disciplina diz que todos as acusações se decidirão pela boca de duas ou três testemunhas (2Co 13:1). Jesus ensina que quando alguém tenha uma acusação legítima contra seu irmão leve a outros para que corroborem a acusação (Mt 18:16).

    Na Igreja primitiva se mantinha como regra que não se aceitaria nenhuma acusação contra um ancião a menos que fora sustentada por duas ou três testemunhas (1Tm 5:19). Jesus começou por reconhecer com toda clareza a lei judaica do testemunho. Além disso, sustentava-se de maneira universal que não se podia aceitar o testemunho de alguém sobre si mesmo.

    A Mishnah dizia: "Um homem não é digno de confiança quando fala sobre si mesmo".

    Demóstenes, o grande orador grego, afirma como princípio de justiça: "As leis não permitem que um homem dê testemunho sobre si mesmo".
    A lei antiga sabia muito bem que o interesse e o amparo pessoais exerciam certo efeito sobre as afirmações de alguém a respeito de si mesmo. De maneira que Jesus aceita as pautas e regras judaicas normais e reconhece que seu próprio testemunho, sem apoio de outros, não tinha por que ser verdadeiro.

    1. Mas há outros que dão testemunho dele. Diz que Outro é sua testemunha, e ao dizer Outro se refere a Deus. Voltará sobre isso, mas no momento cita o testemunho de João Batista. Em muitas ocasiões João tinha dado testemunho dele (João 1:19-20, Jo 1:26, Jo 1:29, 35-36). Então Jesus rende tributo a João e lança uma acusação contra as autoridades judaicas. Diz que João era a tocha que ardia e iluminava. Essa era a comemoração mais perfeita que podia fazer a João.
    2. Uma tocha porta uma luz emprestada. Não ilumina por si mesmo; acende-a.
    3. João tinha calor humano; sua mensagem não era a mensagem fria do intelecto, mas a mensagem ardente do coração aceso.
    4. João tinha luz. A função da luz é a de guiar, e João apontava aos homens o caminho para o arrependimento e para Deus.
    5. Por sua própria natureza, uma tocha se queima. Ao dar luz se consome. João devia decrescer enquanto Jesus crescia. A verdadeira testemunha se consome por Deus.

    Mas Jesus, ao render homenagem a João, acusa às autoridades judaicas. Agradaram-se ao ouvir a João durante algum tempo. Em realidade, nunca o levaram a sério. Eram como "mosquitos que esvoaçam ao Sol", ou como meninos que brincam enquanto brilha o Sol. Era uma sensação agradável ouvir a João, enquanto dizia coisas agradáveis mas o abandonavam tão logo ficava sério. Ainda há muita gente que ouve a verdade de Deus dessa maneira. Vivem um sermão como se fosse uma peça de teatro.
    Um famoso pregador relata que depois de ter pronunciado um sermão muito sombrio sobre o juízo, vieram cumprimentá-lo com um comentário de agradecimento: "Esse sermão foi seriamente simpático!"
    A verdade de Deus não é algo que deve nos entreter; não é algo para nos alegrar; em geral se trata de algo que deve receber-se em meio das cinzas do arrependimento e da humilhação. Mas Jesus nem sequer apelou ao testemunho de João. Disse que não se remeteria ao testemunho humano de nenhum homem falível para sustentar suas afirmações.

    1. Jesus apresenta pois, o testemunho de suas obras. Já o tinha feito quando João tinha mandado perguntar da prisão se Ele era o Messias ou se devia buscá-lo em outra parte. Falou aos mensageiros de João que voltassem e relatassem a seu mestre as coisas que viram (Mt 11:4; Lc 7:22). Mas Jesus apelou ao testemunho de suas obras não para apontar para si mesmo, e sim para o poder de Deus que estava operando nele e através dele. Cita suas obras, não para glorificar-se a si mesmo, mas para glorificar a Deus, a quem pertencem tais obras. Assim, pois, Jesus passa a citar a sua testemunha suprema, e essa testemunha é Deus.

    O TESTEMUNHO DE DEUS

    João 5:37-43

    A primeira parte desta seção se pode interpretar de duas maneiras.

    (1) Pode referir-se ao testemunho invisível de Deus que está dentro do coração de cada homem. Em sua Primeira Epístola João escreveu: “Aquele que crê no Filho de Deus tem, em si, o testemunho (de Deus)” (1Jo 5:10). O judeu teria sustentado que nenhum homem viu jamais a Deus nem o pode ver jamais. Até na entrega dos Dez Mandamentos “a voz das palavras ouvistes; porém, além da voz, não vistes aparência nenhuma” (Dt 4:12). De maneira que isto pode significar: "É verdade que vocês jamais viram a Deus; é verdade que vocês jamais ouviram sua palavra em forma direta; é certo que Deus é invisível, e também o é seu testemunho; porque seu testemunho é a resposta que brota do coração humano quando o homem se confronta com Cristo". Quando nos confrontamos com Cristo vemos o totalmente amoroso e o totalmente sábio; essa convicção é o testemunho de Deus em nossos corações. Os estóicos afirmavam que a forma superior de conhecimento não surge pelo pensamento; surge a partir do que eles chamavam "impressões surpreendentes". O homem é invadido por uma convicção que se apodera dele como se fosse uma mão que o toma pelo ombro e o detém. Crê com todo seu coração, embora não pode dizer como nem por que. Pode ser que o que nesta passagem Jesus quer dizer é que a convicção que temos em nossos corações a respeito da supremacia de Cristo é o testemunho que Deus dá sobre Ele.

    (2) Pode ser que o que João queira dizer é que o testemunho de Deus a respeito de Cristo se pode encontrar nas Escrituras. Para os judeus as Escrituras eram tudo. "Quem adquiriu as palavras da Lei adquiriu a vida eterna". "Quem tem a Lei tem um anel de graça a seu redor neste mundo e no mundo vindouro." "Quem afirma que Moisés escreveu um só versículo da Lei por seu próprio conhecimento, despreza a Deus." “Ela é o livro dos preceitos de Deus e a Lei que subsiste para sempre: todos os que a ela se agarram destinam-se à vida; e os que a abandonarem perecerão” (Baruque Jo 4:1, BJ). "Se a comida que é sua vida só por uma hora requer uma bênção antes e depois de comê-la, quanto mais a requererá a Lei em que reside o mundo por vir?"
    O judeu tinha a Lei, procurava a Lei, e entretanto, não reconheceu a Cristo quando veio ao mundo. O que é que acontecia? Aqui nos deparamos com o fato assombroso de que os melhores estudiosos da Bíblia que existiam no mundo, o povo que sentia o maior respeito pelas Escrituras, o povo que lia as Escrituras continuamente, com meticulosidade e consistência, rechaçou a Jesus Cristo.
    Como pôde acontecer algo semelhante? Há algo evidente: liam as Escrituras em forma incorreta.
    (1) Liam-nas com as mentes fechadas. Liam as Escrituras, não para buscar Deus nelas e ouvi-lo, e sim para encontrar argumentos que apoiassem suas próprias posições e para encontrar defesas para suas crenças. Em realidade não amavam a Deus; amavam suas próprias idéias a respeito de Deus. É por isso que a Palavra não habitava neles. A água tinha tantas probabilidades de penetrar o cimento como a Palavra de Deus de penetrar nas mentes desses homens. Não foram às Escrituras; traziam as Escrituras a eles. Não aprendiam humildemente uma teologia nas Escrituras: usavam as Escrituras para defender uma teologia que eles mesmos tinham produzido. Ainda continua sendo o supremo perigo na leitura da Sibila o empregá-la para dar provas de nossas convicções e não para pô-las a prova.

    (2) Mas cometiam um engano ainda mais grave. Consideravam que Deus tinha dado aos homens uma revelação por escrito. Agora, a revelação de Deus é uma revelação na história. A revelação não é um Deus que fala, mas um Deus que age. E a própria Bíblia não é a revelação de Deus e sim o registro de sua revelação. Rendiam culto às palavras. Esqueciam por completo que a revelação de Deus se manifesta nos acontecimentos. Há uma só maneira de ler a Bíblia: lê-la como apontando a Jesus Cristo e à luz de Jesus Cristo.

    Então, muitas das coisas que nos intrigam e que às vezes nos desesperam, vêem-se com toda clareza como etapas do caminho; então vemos um acontecimento após outro como uma escalada, um apontar a Jesus Cristo, que é a revelação suprema, e sob sua luz terá que serem analisadas todas as demais revelações.
    Os judeus adoravam a um Deus que tinha escrito e não a um Deus que agia e portanto, quando Cristo veio não o reconheceram. A função fundamental das Escrituras não é dar vida, e sim apontar Àquele que é o único que pode dar vida aos homens.
    Aqui há duas coisas muito reveladoras.
    (1) No versículo 34 Jesus havia dito que expressava todo seu ensino “para que sejais salvos”. Aqui diz: “Eu, porém, não aceito humano testemunho”. O que está expressando é o seguinte: "Não discuto como o estou fazendo porque queira ganhar a discussão. Não falo com severidade porque queira fazê-los calar e para demonstrar o inteligente que sou e humilhá-los. Não falo assim para superar e ganhar o aplauso dos homens. Falo assim porque amo vocês e quero salvá-los". Isto implica algo tremendo.
    Quando as pessoas se levantam contra nós, quando se opõem a nós, quando discutem conosco, quando lhes respondemos, o que é o que sentimos? O orgulho ferido? O presunção que odeia todo fracasso? Ira? Incômodo? É um desejo de enrolar a outros com nossas opiniões porque os consideramos tolos? Jesus falava assim simplesmente porque amava os homens. Sua voz nunca se elevou até converter-se em um som estridente; nunca tentou obrigar os outros a emudecer; sua voz podia ser severa, mas nessa severidade se notava o acento do amor. Seus olhos podiam lançar fogo, mas a chama era a chama do amor.

    (2) Jesus disse: "Se outro vier em seu próprio nome, certamente, o recebereis". Os judeus tinham tido uma sucessão de impostores que asseguravam ser o Messias e cada um deles teve seus seguidores (Mc 13:6, Mc 13:22; Mt 24:5,Mt 24:24). Por que é que os homens seguem aos impostores? Fazem-no porque — como disse alguém — os impostores são homens "cujas afirmações correspondem aos desejos dos homens". Os impostores chegavam prometendo impérios, triunfos, o fulgor da glória, e prosperidade material; Jesus chegou oferecendo uma cruz. O que caracteriza ao impostor é que oferece o caminho mais fácil O impostor oferece aos homens o caminho mais fácil para satisfazer seus próprios desejos; Jesus oferecia aos homens o caminho difícil que os conduziria a Deus. Mas os impostores morreram e Cristo continua vivo.

    A CONDENAÇÃO FINAL

    João 5:44-47

    Era próprio dos escribas e fariseus desejar o louvor dos homens. Vestiam-se de tal maneira que qualquer um pudesse reconhecê-los. Oravam de maneira que todos os vissem. Sempre escolhiam os primeiros assentos nas sinagogas. Encantavam-se com as saudações respeitosas que as pessoas lhes fazia na rua. E era justamente por isso que não podiam ouvir a voz de Deus. Por que? Enquanto o homem se julgue a si mesmo em comparação com os outros homens, ele se sentirá muito satisfeito. Enquanto o homem se fixe como meta receber o respeito e o louvor humanos, alcançará seu objetivo. Mas a questão não é: "Sou tão bom como meu próximo?" mas "Sou tão bom como Deus?" A questão não é perguntar-se "Meus conhecimentos e minha piedade são maiores que os de outras pessoas que eu poderia nomear?" e sim "Como apareço perante os olhos de Deus?"

    Enquanto nos julgamos com pautas humanas há muitas possibilidades de que nos sintamos satisfeitos conosco mesmos, e a satisfação própria mata a fé, porque a fé surge a partir do sentimento de necessidade. Mas quando nos comparamos com Jesus Cristo e, através dele, com Deus, sentimo-nos humilhados até o pó, e então nasce a fé, porque não fica mais remédio que confiar na misericórdia de Deus.

    Assim, pois, Jesus termina com uma acusação que seus interlocutores sem dúvida compreenderiam. Já vimos o que pensavam os judeus a respeito dos livros que criam que Moisés lhes tinha dado; criam que era a própria palavra de Deus. Jesus disse: "Se tivessem lido bem esses livros, teriam visto que apontavam para mim". E prosseguiu: "Vocês crêem que por terem a Moisés como mediador estão salvos; mas será Moisés mesmo quem os condenará. Possivelmente não se possa pretender que me escutem, mas devem ouvir as palavras de Moisés que tanto valorizam, e essas palavras falam de mim".

    Aqui está a grande e perseguidora verdade. O que fora o grande privilégio dos judeus se tornou sua condenação. Ninguém condenaria homem que jamais teve uma oportunidade; ninguém poderia condenar homem que sempre esteve sumido na ignorância. Mas os judeus receberam o conhecimento; e o conhecimento que não empregaram bem se tornou sua condenação. Sempre devemos lembrar que quanto maior seja nosso privilégio, maior será a condenação. Quanto mais oportunidades tenhamos para aprender, maior será a condenação se não aprendermos. A responsabilidade sempre é a outra cara do privilégio.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 5 versículo 24
    julgado: A palavra grega usada aqui (krísis) pode ter diversas variações de sentido e seu significado depende do contexto. Por exemplo, ela pode se referir ao ato de julgar (Jo 5:22), à qualidade da justiça (Mt 23:23; Lc 11:42) ou a um tribunal de justiça (Mt 5:21). Ela também pode se referir a um julgamento, tanto favorável quanto desfavorável. Mas, na maioria das vezes que a palavra krísis aparece nas Escrituras Gregas Cristãs, ela se refere a um julgamento que leva à condenação. Neste versículo as palavras “julgado” e morte são usadas em contraste com vida e vida eterna. Isso mostra que aqui a palavra krísis se refere a um julgamento que leva à morte. — 2Pe 2:9-3:7; veja a nota de estudo em Jo 5:29.

    passou da morte para a vida: Pelo visto, Jesus estava falando de pessoas que estão mortas em sentido espiritual, mas que, ao ouvirem as palavras dele, exercem fé e param de praticar o pecado. (Ef 2:1-2, 4-6) Pode-se dizer que elas passam “da morte para a vida” porque estavam condenadas à morte, mas passaram a ter esperança de vida eterna por causa de sua fé em Deus. Em outra ocasião, quando um homem judeu disse para Jesus que queria ir para casa enterrar seu pai, Jesus disse: “Deixe que os mortos enterrem seus mortos.” (Lc 9:60) Tudo indica que, quando falou isso, Jesus também estivesse se referindo aos que estão mortos em sentido espiritual. — Veja as notas de estudo em Lc 9:60; Jo 5:25.


    Dicionário

    Condenação

    substantivo feminino Ação de condenar, de atribuir a alguém a culpa por determinada coisa; punição: juiz ressaltou que condenação deverá ser cumprida em presídio.
    [Jurídico] Decisão de um tribunal que pronuncia uma sentença contra o autor de um crime, delito, contravenção: no tribunal do júri, os jurados julgam a culpabilidade do réu e o juiz pronuncia a sentença.
    [Jurídico] A pena que se atribui a alguém: condenação a reclusão.
    Figurado Ato de censurar; censura, reprovação: pagou pelos seus erros com uma condenação pública.
    Figurado Diagnóstico em que não há esperança de cura, sendo o doente declarado possuidor de uma patologia que inevitavelmente o matará.
    Figurado Algo extremamente desagradável que se faz por obrigação; obrigação: aquele emprego era minha condenação!
    Etimologia (origem da palavra condenação). A palavra condenação deriva do latim "condemnatio, onis", com o sentido de pena, punição.

    Situação de tormento a que é definitivamente destinado quem morre em inimizade com Deus. É um ponto de nossa fé que para muitos fica muito difícil de aceitar. A causa é que se entende como se Deus se vingasse de quem não lhe obedeceu. Tal visão repugna com a idéia correta de Deus, que é todo bondade. A condenação deve ser entendida como separação voluntária de Deus. Deus é felicidade para si e para quem se adere a Ele pelo amor. Pelo amor experimentamos e fazemos própria a felicidade do ser amado, como o comprovante frente a familiares e amigos. Para quem não ama a Deus, é intrinsecamente impossível gozar de sua felicidade. E esta separação daquilo que constitui nossa realização e nossa felicidade é o que é traduzido por condenação. O que nos é incompreensível é como o ser humano pode escolher de modo definitivo o que o faz desgraçado e permanecer nessa aberrante escolha.

    Cré

    cré | s. m.
    Será que queria dizer crê ou cré?

    cré
    (francês craie, do latim creta, -ae, giz, argila, greda)
    nome masculino

    1. Mineralogia Variedade de calcário, de cor esbranquiçada, amarelada ou acinzentada, que se desfaz facilmente; carbonato de cal amorfo. = GREDA BRANCA


    cré com cré, lé com lé
    Cada qual com os da sua igualha ou da mesma condição social ou moral; lé com lé, cré com cré.


    Entrar

    verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite.
    Recolher-se à casa.
    Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher.
    Invadir.
    Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura.
    Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido.
    Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento.
    Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.

    Enviar

    verbo transitivo Fazer partir com uma finalidade: enviar uma criança à escola.
    Fazer chegar a, expedir, remeter, endereçar: enviar uma carta.
    Arremessar, lançar: enviar a bola.

    remeter, mandar, despachar, expedir. – Enviar é “dirigir, pôr a caminho”. – Remeter é “fazer chegar às mãos, à posse daquele a quem se envia”. – Mandar é “enviar alguém para algum fim, ou expedir alguma coisa pelas próprias mãos”. – Despachar é “desimpedir, deixar sair”. – Expedir é “fazer seguir”. – Enviam-se encomendas; enviam-se representantes, ou empregados; enviam-se cumprimentos, ou felicitações, ou saudades, ou pêsames. Remetemos a um amigo o que ele nos pede; a um freguês, a fatura de gêneros de sua ordem. Remetem-se também os presos escoltados. Manda-se uma pessoa cumprimentar os noivos; manda-se um presente ao menino aniversariante. Despachou logo o “próprio” com a solução do negócio. Expedem-se ordens, principalmente; mas também se expedem mercadorias, cartas, veículos, etc.

    Eternar

    O mesmo que eternizar.
    Etimologia (origem da palavra eternar). Do latim aeternare.

    Morte

    substantivo feminino Óbito ou falecimento; cessação completa da vida, da existência.
    Extinção; falta de existência ou ausência definitiva de alguma coisa: morte de uma espécie; morte da esperança; morte de uma planta.
    Figurado Sofrimento excessivo; pesar ou angústia: a perda do filho foi a morte para ele.
    Figurado Ruína; destruição completa e definitiva de: a corrupção é, muitas vezes, o motivo da morte da esperança.
    Por Extensão Representação da morte, caracterizada por um esqueleto humano que traz consigo uma foice.
    Entre a vida e a morte. Estar sob a ameaça de morrer.
    Morte aparente. Estado em que há redução das funções vitais do corpo.
    Etimologia (origem da palavra morte). Do latim mors.mortis.

    vem diretamente do Latim mors. Em épocas mais recuadas, quando ela se fazia presente de modo mais visível, o Indo-Europeu criou a raiz mor-, "morrer", da qual descendem as palavras atuais sobre a matéria. Dentre elas, mortandade, "número elevado de mortes, massacre", que veio do Latim mortalitas, "mortalidade". Dessa mesma palavra em Latim veio mortalidade, "condição do que é passível de morrer".

    Fim da vida física. A morte espiritual significa separação em relação a Deus (Ef 2:1-5). A palavra é também empregada nos seguintes sentidos:
    1) o fim de um modo pecaminoso de viver (Rm 6:4-8) e
    2) a derradeira irreversível separação em relação a Deus após o juízo (Ap 20:11-15).

    A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em conseqüência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. “A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contados existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento. Não é preciso portanto dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. [...] O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1, it• 4 e 7

    [...] transformação, segundo os desígnios insondáveis de Deus, mas sempre útil ao fim que Ele se propõe. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

    A morte, para os homens, mais não é do que uma separação material de alguns instantes.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 28, it• 60

    [...] é a libertação dos cuidados terrenos [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 291

    A morte é apenas a destruição do envoltório corporal, que a alma abandona, como o faz a borboleta com a crisálida, conservando, porém, seu corpo fluídico ou perispírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 12

    [...] começo de outra vida mais feliz. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] a morte, conseqüentemente, não pode ser o término, porém simplesmente a junção, isto é, o umbral pelo qual passamos da vida corpórea para a vida espiritual, donde volveremos ao proscênio da Terra, a fim de representarmos os inúmeros atos do drama grandioso e sublime que se chama evolução.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

    [...] é um estágio entre duas vidas. [...]
    Referencia: DEJEAN, Georges• A nova luz• Trad• de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] uma lei natural e uma transformação necessária ao progresso e elevação da alma. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A morte mais não é que uma transformação necessária e uma renovação, pois nada perece realmente. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 13

    [...] uma porta aberta para formas impalpáveis, imponderáveis da existência [...].
    Referencia: DENIS, Léon• O Além e a sobrevivência do ser• Trad• de Guillon Ribeiro• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

    A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. [...] A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. [...] Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10

    [...] é o estado de exteriorização total e de liberação do “eu” sensível e consciente. [...] é simplesmente o retorno da alma à liberdade, enriquecida com as aquisições que pode fazer durante a vida terrestre; e vimos que os diferentes estados do sono são outros tantos regressos momentâneos à vida do Espaço. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 11

    O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

    A morte é uma modificação – não da personalidade, porém da constituição dos princípios elevados do ser humano. [...]
    Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 2

    [...] A morte é o maior problema que jamais tem ocupado o pensamento dos homens, o problema supremo de todos os tempos e de todos os povos. Ela é fim inevitável para o qual nos dirigimos todos; faz parte da lei das nossas existências sob o mesmo título que o do nascimento. Tanto uma como outro são duas transições fatais na evolução geral, e entretanto a morte, tão natural como o nascimento, parece-nos contra a Natureza.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

    [...] Quer a encaremos de frente ou quer afastemos a sua imagem, a morte é o desenlace supremo da Vida. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

    [...] Fenômeno de transformação, mediante o qual se modificam as estruturas constitutivas dos corpos que sofrem ação de natureza química, física e microbiana determinantes dos processos cadavéricos e abióticos, a morte é o veículo condutor encarregado de transferir a mecânica da vida de uma para outra vibração. No homem representa a libertação dos implementos orgânicos, facultando ao espírito, responsável pela aglutinação das moléculas constitutivas dos órgãos, a livre ação fora da constrição restritiva do seu campo magnético.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 7

    A morte é sempre responsabilidade pelos sofrimentos que ferem as multidões. Isto porque há uma preferência geral pela ilusão. Todos, porém, quantos nascem encontram-se imediatamente condenados à morte, não havendo razões para surpresas quando a mesma ocorre. No entanto, sempre se acusa que a famigerada destruidora de enganos visita este e não aquele lar, arrebata tal pessoa e M não aquela outra, conduz saudáveis e deixa doentes...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto ao sofrimento

    A tradição védica informa que o nascimento orgânico é morte, porque é uma viagem no mundo de sombras e de limites, quanto que a morte é vida, por ensejar a libertação do presídio da matéria para facultar os vôos nos rios do Infinito. Possivelmente, por essa razão, o sábio chinês Confúcio, escreveu: Quando nasceste todos riam e tu choravas. Vive, porém, de tal forma que, quando morras, todos chores, mas tu sorrias. [...] Concordando com essa perspectiva – reencarnação é morte e desencarnação é vida! [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Iluminação para a ação

    A morte se traduz como uma mudança vibratória que ocorre entre dois estados da vida: físico e fluídico. Através dela se prossegue como se é. Nem deslumbramento cerúleo nem estarrecimento infernal de surpresa. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

    A morte, examinada do ponto de vista terrestre, prossegue sendo a grande destruidora da alegria e da esperança, que gera dissabores e infortúnios entre os homens. [...] do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede, antes de iniciada a viagem para o aprendizado na escola terrena, sempre de breve duração, considerando-se a perenidade da vida em si mesma.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 21

    [...] Morrer é renascer, volver o espírito à sua verdadeira pátria, que é a espiritual. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 5

    [...] A morte, à semelhança da semente que se despedaça para germinar, é vida que se desenlaça, compensadora. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 2, cap• 9

    Etimologicamente, morte significa “cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal”. Genericamente, porém, morte é transformação. Morrer, do ponto de vista espiritual, nem sempre é desencarnar, isto é, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular. A desencarnação real ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo. A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo, que, em face dos acontecimentos de vária ordem, tem interrompidos os veículos de preservação e de sustentação do equilíbrio celular, normalmente em conseqüência da ruptura do fluxo vital que se origina no ser espiritual, anterior, portanto, à forma física. A desencarnação pode ser rápida, logo após a morte, ou se alonga em estado de perturbação, conforme as disposições psíquicas e emocionais do ser espiritual.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morte e desencarnação

    [...] morrer é prosseguir vivendo, apesar da diferença vibratória na qual se expressará a realidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morrendo para viver

    Morrer é desnudar-se diante da vida, é verdadeira bênção que traz o Espírito de volta ao convívio da família de onde partiu...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Processo desencarnatório

    A morte é a desveladora da vida.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Identificação dos Espíritos

    [...] a morte traduz, em última análise, o ponto de partida do estágio terrestre para, assim, a alma, liberta dos liames carnais, ascender a mundos superiores numa mesma linha de continuidade moral, intelectual e cultural, integralmente individualizada nos seus vícios e virtudes, nas suas aspirações e ideais, para melhor poder realizar a assimilação das experiências colhidas durante a sua encarnação na matéria física e planetária. [...]
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Da evolução e da Divindade

    [...] a morte não é o remate dos padecimentos morais ou físicos, e sim uma transição na vida imortal. [...] A morte é o despertar de todas as faculdades do espírito entorpecidas no túmulo da carne e, então, liberto das sombras terrenas.
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 3

    A morte não é, como dizem geralmente, o sono eterno; é, antes, o despertar da alma – que se acha em letargia enquanto constrangida no estojo carnal – despertar que, às vezes, dura tempo bem limitado, porque lhe cumpre retornar à Terra, a desempenhar nova missão; não é o esvaimento de nenhum dos atributos anímicos; é o revigoramento e o ressurgimento de todos eles, pois é quando a inteligência se torna iluminada como por uma projeção elétrica, para se lhe desvendarem todas as heroicidades e todos os delitos perpetrados no decorrer de uma existência. [...]
    Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

    [...] é um ponto-e-vírgula, não um ponto final. [...]
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - Um gênero e duas épocas

    [...] a morte é uma passagem para outra vida nova. [...]
    Referencia: KRIJANOWSKI, Wera• A vingança do judeu Pelo Espírito Conde J• W• Rochester• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - pt• 2, o homem propõe e Deus dispõe

    [...] prelúdio de uma nova vida, de um novo progresso.
    Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

    [...] a morte – ou seja, libertação do Espírito – é tão simples e natural que a grande maioria, por um espaço de tempo maior ou menor, nem mesmo sabe o que aconteceu e continua presa aos ambientes onde viveu na carne, numa atmosfera de pesadelo que não entende e da qual não consegue sair. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 15

    M [...] a extinção da vida física não é uma tragédia que se possa imputar a Deus, mas um processo pelo qual a própria vida se renova. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    A morte é oportunidade para que pensemos na existência da alma, na sua sobrevivência e comunicabilidade com os vivos da Terra, através dos médiuns, da intuição, ou durante o sono. A morte é, ainda, ensejo para que glorifiquemos a Indefectível Justiça, que preside a vida em todas as suas manifestações. Na linguagem espírita, a morte é, tão-somente, transição de uma para outra forma de vida. Mudança de plano simplesmente. [...] a morte não é ocorrência aniquiladora da vida, mas, isto sim, glorioso cântico de imortalidade, em suas radiosas e sublimes manifestações.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 34

    [...] nada mais é do que a transição de um estado anormal – o de encarnação para o estado normal e verdadeiro – o espiritual!
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Apres•

    [...] a morte não é mais do que o prosseguimento da vida transportada para ambientes diferentes [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    Morte que é vida admirável e feliz, ou tormentosa; vida exuberante, à luz do Cristo ou nas sombras do remorso e do mal. Mas vida eterna prometida por Jesus, que é, agora, mais bem compreendida. [...]
    Referencia: RAMOS, Clóvis• 50 anos de Parnaso• Prefácio de Francisco Thiesen; apresentação de Hernani T• Sant’Anna• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 6

    [...] a morte é, na realidade, o processo renovador da vida.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

    Não te amedronte, filha minha, a morte, / Que ela é qual simples troca de vestido: / Damos de mão a um corpo já puído, / Por outro mais esplêndido e mais forte. [...] A morte, filha minha, é a liberdade! / É o vôo augusto para a luz divina, / Sob as bênçãos de paz da Eternidade! / É bem começo de uma nova idade: / Ante-manhã formosa e peregrina / Da nossa vera e grã felicidade.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A morte

    [...] A morte não existe; e aquilo a que damos esse nome não é mais que a perda sofrida pela alma de parte das mônadas, que constituem o mecanismo de seu corpo terreno, dos elementos vívidos que voltam a uma condição semelhante àquela em que se achavam, antes de entrarem no cenário do mundo. [...]
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

    [...] é simplesmente o nosso libertamento de um organismo pelo qual, apesar da grosseria dos sentidos, a nossa alma, invisível e perfectível, se nobilita [...].
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 2

    A morte é ponto de interrogação entre nós incessantemente colocado, o primeiro tema a que se ligam questões sem-número, cujo exame faz a preocupação, o desespero dos séculos, a razão de ser de imensa cópia de sistemas filosóficos. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Depois da morte

    [...] é o remate da vida. [...]
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Convive com ele

    [...] é a ressuscitadora das culpas mais disfarçadas pelas aparências do homem ou mais absconsas nas profundezas do espírito.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em paz e paciência

    A morte não é noite sem alvorada nem dia sem amanhã; é a própria vida que segue sempre.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei da morte

    [...] Morrer é passar de um estado a outro, é despir uma forma para revestir outra, subindo sempre de uma escala inferior para outra, imediatamente superior.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Evolução

    [...] a morte só é simples mergulho na vida espiritual, para quem soube ser realmente simples na experiência terrestre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 20

    A morte do corpo constitui abençoada porta de libertação, para o trabalho maior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] a morte transforma, profundamente, o nosso modo de apreciar e de ser, acendendo claridades ocultas, onde nossa visão não alcançaria os objetivos a atingir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    É a morte um simples túnel, através do qual a carruagem de nossos problemas se transfere de uma vida para outra. Não há surpresas nem saltos. Cada viajante traz a sua bagagem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A morte é o passado que, quase sempre, reclama esquecimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A morte é somente uma longa viagem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A morte é a grande niveladora do mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Toda morte é ressurreição na verdade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A morte é uma ilusão, entre duas expressões da nossa vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] A morte significa apenas uma nova modalidade de existência, que continua, sem milagres e sem saltos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Indubitavelmente, a morte do corpo é uma caixa de surpresas, que nem sempre são as mais agradáveis à nossa formação. [...] A morte, porém, é processo revelador de caracteres e corações [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Do Além

    [...] é sempre um caminho surpreendente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De retorno

    A morte é o banho revelador da verdade, porque a vida espiritual é a demonstração positiva da alma eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Tudo claro

    [...] a hora da morte é diferente de todas as outras que o destino concede à nossa existência à face deste mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 8

    M A morte não provocada / É bênção que Deus envia, / Lembrando noite estrelada / Quando chega o fim do dia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 38

    A morte é renovação, investindo a alma na posse do bem ou do mal que cultivou em si mesma durante a existência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em saudação

    Então, a morte é isto? uma porta que se fecha ao passado e outra que se abre ao futuro?
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28

    A morte é simplesmente um passo além da experiência física, simplesmente um passo. Nada de deslumbramento espetacular, nada de transformação imediata, nada de milagre e, sim, nós mesmos, com as nossas deficiências e defecções, esperanças e sonhos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31

    [...] a morte, por mais triste e desconcertante, é sempre o toque de ressurgir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

    [...] a morte é chave de emancipação para quantos esperam a liberdade construtiva. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 41

    A morte é simples mudança de veste [...] somos o que somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados por nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Ante os tempos novos

    A morte não é uma fonte miraculosa de virtude e sabedoria. É, porém, uma asa luminosa de liberdade para os que pagaram os mais pesados tributos de dor e de esperança, nas esteiras do tempo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Marte

    [...] a morte representa para nós outros um banho prodigioso de sabedoria [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

    O repouso absoluto no túmulo é a mais enganosa de todas as imagens que o homem inventou para a sua imaginação atormentada.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

    [...] é campo de seqüência, sem ser fonte milagreira, que aqui ou além o homem é fruto de si mesmo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Obreiros da vida eterna• Pelo Espírito André Luiz• 31a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Rasgando véus

    A morte física não é salto do desequilíbrio, é passo da evolução, simplesmente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Os mensageiros

    A morte é simplesmente o lúcido processo / Desassimilador das formas acessíveis / À luz do vosso olhar, empobrecido e incerto.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - O mistério da morte

    [...] A morte física, em qualquer circunstância, deve ser interpretada como elemento transformador, que nos cabe aproveitar, intensificando o conhecimento de nós mesmos e a sublimação de nossas qualidades individuais, a fim de atendermos, com mais segurança, aos desígnios de Deus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 30

    [...] A morte mais terrível é a da queda, mas a Terra nos oferece a medicação justa, proporcionando-nos a santa possibilidade de nos reerguermos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 1

    [...] o instante da morte do corpo físico é dia de juízo no mundo de cada homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 23

    A morte para todos nós, que ainda não atingimos os mais altos padrões de humanidade, é uma pausa bendita na qual é possível abrir-nos à prosperidade nos princípios mais nobres. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] A morte é lição para todos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Almas em desfile• Pelo Espírito Hilário Silva• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22


    Morte
    1) O fim da vida natural, que resultou da QUEDA em pecado (Gn 2:17; Rm 5:12). É a separação entre o espírito ou a alma e o corpo (Ec 12:7). Para os salvos, a morte é a passagem para a vida eterna com Cristo (2Co 5:1; Fp 1:23).


    2) No sentido espiritual, morte é estar separado de Deus (Mt 13:49-50; 25.41; Lc 16:26; Rm 9:3), e a segunda morte é estar separado de Deus para sempre (Ap 20:6-14).


    Morte Ver Alma, Céu, Geena, Hades, Juízo final, Ressurreição.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Palavra

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

    A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

    [...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    [...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


    Palavra
    1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


    2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


    3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


    4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


    5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


    Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
    14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

    Tem

    substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
    Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
    Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.

    Verdade

    substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
    Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
    Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
    Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
    Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
    [Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
    Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.

    Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

    [...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

    O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

    [...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

    [...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

    [...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    [...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

    Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

    [...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    A verdade é a essência espiritual da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

    Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


    Verdade
    1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


    2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


    3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


    4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).


    Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).

    Vida

    substantivo feminino Conjunto dos hábitos e costumes de alguém; maneira de viver: tinha uma vida de milionário.
    Reunião daquilo que diferencia um corpo vivo do morto: encontrou o acidentado sem vida; a planta amanheceu sem vida.
    O que define um organismo do seu nascimento até a morte: a vida dos animais.
    Por Extensão Tempo que um ser existe, entre o seu nascimento e a sua morte; existência: já tinha alguns anos de vida.
    Por Extensão Fase específica dentro dessa existência: vida adulta.
    Figurado Tempo de duração de alguma coisa: a vida de um carro.
    Por Extensão Reunião dos seres caracterizados tendo em conta sua espécie, ambiente, época: vida terrestre; vida marítima.
    Figurado Aquilo que dá vigor ou sentido à existência de alguém; espírito: a música é minha vida!
    Reunião dos fatos e acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; biografia: descrevia a vida do cantor.
    O que uma pessoa faz para sobreviver: precisava trabalhar para ganhar a vida.
    Figurado O que se realiza; prática: vida rural.
    Etimologia (origem da palavra vida). Do latim vita.ae.

    [...] A vida humana é, pois, cópia davida espiritual; nela se nos deparam emponto pequeno todas as peripécias daoutra. Ora, se na vida terrena muitasvezes escolhemos duras provas, visandoa posição mais elevada, porque não ha-veria o Espírito, que enxerga mais lon-ge que o corpo e para quem a vidacorporal é apenas incidente de curtaduração, de escolher uma existênciaárdua e laboriosa, desde que o conduzaà felicidade eterna? [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 266

    A vida vem de Deus e pertence a Deus,pois a vida é a presença de Deus emtoda parte.Deus criou a vida de tal forma que tudonela caminhará dentro da Lei deEvolução.O Pai não criou nada para ficar na es-tagnação eterna.A vida, em essência, é evolução. [...
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    V A vida é uma demonstração palmar de que o homem vem ao mundo com responsabilidades inatas; logo, a alma humana em quem se faz efetiva tal responsabilidade é preexistente à sua união com o corpo.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 17

    [...] é um dom da bondade infinita [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] é uma aventura maravilhosa, através de muitas existências aqui e alhures.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 16

    [...] É o conjunto de princípios que resistem à morte.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    A vida é uma grande realização de solidariedade humana.
    Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] o conjunto das funções que distinguem os corpos organizados dos corpos inorgânicos. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

    [...] É a Criação... [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

    A vida é uma idéia; é a idéia do resultado comum, ao qual estão associados e disciplinados todos os elementos anatômicos; é a idéia da harmonia que resulta do seu concerto, da ordem que reina em suas ações.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

    A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

    Cada vida terrena [...] é a resultante de um imenso passado de trabalho e de provações.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 18

    [...] é um cadinho fecundo, de onde deves [o Espírito] sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores.
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

    [...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade.
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 6

    [...] é um depósito sagrado e nós não podemos dispor de bens que nos não pertencem.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

    A vida sem virtudes é lento suicídio, ao passo que, enobrecida pelo cumprimento do dever, santificada pelo amor universal, é o instrumento mais precioso do Espírito para o seu aperfeiçoamento indefinido.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    A vida é um sonho penoso, / Do qual nos desperta a morte.
    Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 2

    [...] é uma força organizadora, que pode contrariar a tendência da matéria à V V desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desorganizada.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

    [...] é um turbilhão contínuo, cuja diretiva, por mais complexa que seja, permanece constante. [...] (66, t. 2, cap.
    1) [...] é uma força física inconsciente, organizadora e conservadora do corpo.
    Referencia: FRANCINI, Walter• Doutor Esperanto: o romance de Lázaro Luís Zamenhof, criador da língua internacional• Com cartaprefácio do Dr• Mário Graciotti, da Academia Paulista de Letras• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - 1a narrativa

    Considerada a vida uma sublime concessão de Deus, que se apresenta no corpo e fora dele, preexistindo-o e sobrevivendo-o, poder-se-á melhor enfrentar os desafios existenciais e as dificuldades que surgem, quando na busca da auto-iluminação. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

    [...] é uma sinfonia de bênçãos aguardando teus apontamentos e comentários.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 46

    [...] é uma grande tecelã e nas suas malhas ajusta os sentimentos ao império da ordem, para que o equilíbrio governe todas as ações entre as criaturas.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 2, cap• 9

    [...] é grande fortuna para quem deve progredir.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 7

    Vidas são experiências que se aglutinam, formando páginas de realidade.
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pról•

    A vida física é oportunidade purificadora, da qual, em regra, ninguém consegue eximir-se. Bênção divina, flui e reflui, facultando aprimoramento e libertação.
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 1

    [...] é o hálito do Pai Celeste que a tudo vitaliza e sustenta...
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

    A vida terrena é um relâmpago que brilha por momentos no ambiente proceloso deste orbe, e logo se extingue para se reacender perenemente nas paragens siderais.
    Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - L• 1, Na pista da verdade

    [...] a nossa vida é um tesouro divino, que nos foi confiado para cumprir uma missão terrena [...].
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 1

    [...] a vida humana é uma série ininterrupta de refregas e de desilusões...
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 22

    [...] a vida humana é uma intérmina cadeia, uma corrente que se compõe de muitos elos, cada qual terminando no sepulcro, para de novo se soldar em ulterior encarnação até que o Espírito adquira elevadas faculdades, ou atinja a perfeição.
    Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

    Vida e morte, uma só coisa, / Verdade de toda gente: / A vida é a flor que desponta / Onde a morte é uma semente.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 173

    [...] Em suas evoluções, a vida nada mais é que a manifestação cada vez mais completa do Espírito. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    A vida, portanto, como efeito decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por V sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual.
    Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    [...] é amor e serviço, com Deus. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

    A vida é a mais bela sinfonia de amor e luz que o Divino Poder organizou.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    Não vivi, pois a vida é o sentimento / De tudo o que nos toca em sofrimento / Ou exalta no prazer. [...] (185, Nova[...] é um combate insano e dolorido / Que temos de vencer. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum

    [...] A vida é mesmo ingente aprendizado, / Onde o aluno, por vez desavisado, / Tem sempre ensanchas de recomeçar [...].
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Renovação

    A vida humana não é um conjunto de artifícios. É escola da alma para a realidade maior.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mostremos o Mestre em nós

    [...] é a manifestação da vontade de Deus: vida é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

    [...] é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

    A vida em si é conjunto divino de experiências. Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 22

    [...] é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 68

    A vida é sempre a iluminada escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

    A vida é essência divina [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

    A vida por toda parte / É todo um hino de amor, / Serve a nuvem, serve o vale, / Serve o monte, serve a flor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

    Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    A oportunidade sagrada é a vida. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A vida é um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é a gloriosa manifestação de Deus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    V V A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A vida é um câmbio divino do amor, em que nos alimentamos, uns aos outros, na ternura e na dedicação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é a vida a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e de seu sublime mistério.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é caminho em que nos cabe marchar para a frente, é sobretudo traçada pela Divina Sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A vida é uma escola e cada criatura, dentro dela, deve dar a própria lição. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26

    [...] é um grande livro sem letras, em que as lições são as nossas próprias experiências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A vida é uma corrente sagrada de elos perfeitos que vai do campo subatômico até Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Notícias

    A vida não é trepidação de nervos, a corrida armamentista ou a tortura de contínua defesa. É expansão da alma e crescimento do homem interior, que se não coadunam com a arte de matar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Apreciações

    A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

    A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção da luz ou com a experiência da sombra, como você quiser.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 39

    [...] é o carro triunfante do progresso, avançando sobre as rodas do tempo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

    Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é a verdade, mostrando-te como és.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritos transviados

    A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para ascensão justa. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo!
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

    [...] é uma longa caminhada para a vitória que hoje não podemos compreender. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial

    V Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação, propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Tentação e remédio

    [...] é um cântico de trabalho e criação incessantes. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 24

    [...] é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60

    [...] toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23

    A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recípro ca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ἀμήν ἀμήν ὑμῖν λέγω ὅτι ἀκούω μοῦ λόγος καί πιστεύω μέ πέμπω ἔχω ζωή αἰώνιος οὐ ἔρχομαι εἰς κρίσις ἀλλά μεταβαίνω ἐκ θάνατος εἰς ζωή
    João 5: 24 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Na verdade, na verdade eu vos digo: Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas já passou da morte para a vida.
    João 5: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Maio de 29
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G166
    aiṓnios
    αἰώνιος
    sem começo e nem fim, aquilo que sempre tem sido e sempre será
    (eternal)
    Adjetivo - neutro acusativo singular
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2192
    échō
    ἔχω
    ter, i.e. segurar
    (holding)
    Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
    G2222
    zōḗ
    ζωή
    pingar
    ([that] water)
    Verbo
    G2288
    thánatos
    θάνατος
    a morte do corpo
    (of death)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G281
    amḗn
    ἀμήν
    neto de Finéias
    (And Ahiah)
    Substantivo
    G2920
    krísis
    κρίσις
    julgamento
    (judgment)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3056
    lógos
    λόγος
    do ato de falar
    (on account)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G3327
    metabaínō
    μεταβαίνω
    Isaac
    (Isaac)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3992
    pémpō
    πέμπω
    enviar
    (having sent)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G4100
    pisteúō
    πιστεύω
    o que / aquilo
    (what)
    Pronome
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    αἰώνιος


    (G166)
    aiṓnios (ahee-o'-nee-os)

    166 αιωνιος aionios

    de 165; TDNT - 1:208,31; adj

    1. sem começo e nem fim, aquilo que sempre tem sido e sempre será
    2. sem começo
    3. sem fim, nunca termina, eterno

    Sinônimos ver verbete 5801


    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἔχω


    (G2192)
    échō (ekh'-o)

    2192 εχω echo

    incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

    1. ter, i.e. segurar
      1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
    2. ter, i.e., possuir
      1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
      2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
    3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
    4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
      1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

    ζωή


    (G2222)
    zōḗ (dzo-ay')

    2222 ζωη zoe

    de 2198; TDNT - 2:832,290; n f

    1. vida
      1. o estado de alguém que está cheio de vitalidade ou é animado
      2. toda alma viva
    2. vida
      1. da absoluta plenitude da vida, tanto em essência como eticamente, que pertence a Deus e, por meio dele, ao “logos” hipostático e a Cristo, em quem o “logos” assumiu a natureza humana
      2. vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a Deus, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em Cristo, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre.

    Sinônimos ver verbete 5821


    θάνατος


    (G2288)
    thánatos (than'-at-os)

    2288 θανατος thanatos

    de 2348; TDNT - 3:7,312; n m

    1. a morte do corpo
      1. aquela separação (seja natural ou violenta) da alma e do corpo pela qual a vida na terra termina
      2. com a idéia implícita de miséria futura no inferno
        1. o poder da morte
      3. como o mundo inferior, a habitação dos mortos era concebida como sendo muito escura, equivalente à região da mais densa treva, i.e., figuradamente, uma região envolvida em trevas de ignorância e pecado
    2. metáf., a perda daquela única vida digna do nome,
      1. a miséria da alma que se origina do pecado, que começa na terra, mas continua e aumenta, depois da morte do corpo, no inferno

        o estado miserável do ímpio no inferno

        no sentido mais amplo, a morte, incluindo toda as misérias que se originam do pecado, e inclui a morte física como a perda de um vida consagrada a Deus e abênçoada por ele na terra, é seguida pela desdita no inferno


    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἀμήν


    (G281)
    amḗn (am-ane')

    281 αμην amen

    de origem hebraica 543 אמן; TDNT - 1:335,53; partícula indeclinável

    1. firme
      1. metáf. fiel
    2. verdadeiramente, amém
      1. no começo de um discurso - certamente, verdadeiramente, a respeito de uma verdade
      2. no fim - assim é, assim seja, que assim seja feito. Costume que passou das sinagogas para as reuniões cristãs: Quando a pessoa que lia ou discursava, oferecia louvor solene a Deus, os outros respondiam “amém”, fazendo suas as palavras do orador. “Amém” é uma palavra memorável. Foi transliterada diretamente do hebraico para o grego do Novo Testamento, e então para o latim, o inglês, e muitas outras línguas. Por isso tornou-se uma palavra praticamente universal. É tida como a palavra mais conhecida do discurso humano. Ela está diretamente relacionada — de fato, é quase idêntica — com a palavra hebraica para “crer” (amam), ou crente. Assim, veio a significar “certamente” ou “verdadeiramente”, uma expressão de absoluta confiança e convicção.

    κρίσις


    (G2920)
    krísis (kree'-sis)

    2920 κρισις krisis

    talvez uma palavra primitiva; TDNT - 3:941,469; n f

    1. separação, divisão, repartição
      1. julgamento, debate
    2. seleção
    3. julgamento
      1. opinião ou decisião no tocante a algo
        1. esp. concernente à justiça e injustiça, certo ou errado
      2. sentença de condenação, julgamento condenatório, condenação e punição
    4. o colégio dos juízes (um tribunal de sete homens nas várias cidades da Palestina; distinto do Sinédrio, que tinha sua sede em Jerusalém)
    5. direito, justiça

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    λόγος


    (G3056)
    lógos (log'-os)

    3056 λογος logos

    de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

    1. do ato de falar
      1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
      2. o que alguém disse
        1. palavra
        2. os ditos de Deus
        3. decreto, mandato ou ordem
        4. dos preceitos morais dados por Deus
        5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
        6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
      3. discurso
        1. o ato de falar, fala
        2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
        3. tipo ou estilo de fala
        4. discurso oral contínuo - instrução
      4. doutrina, ensino
      5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
      6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
      7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
    2. seu uso com respeito a MENTE em si
      1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
      2. conta, i.e., estima, consideração
      3. conta, i.e., cômputo, cálculo
      4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
      5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
        1. razão
      6. razão, causa, motivo

        Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.


    μεταβαίνω


    (G3327)
    metabaínō (met-ab-ah'-ee-no)

    3327 μεταβαινω metabaino

    de 3326 e a raiz de 939; TDNT - 1:523,90; v

    1. passar de um lugar para outro, remover, partir


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    πέμπω


    (G3992)
    pémpō (pem'-po)

    3992 πεμπω pempo

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 1:398,67; v

    1. enviar
      1. ordenar que algo seja levado a alguém
      2. enviar (empurrar ou inserir) algo para outro

    Sinônimos ver verbete 5813


    πιστεύω


    (G4100)
    pisteúō (pist-yoo'-o)

    4100 πιστευω pisteuo

    de 4102; TDNT - 6:174,849; v

    1. pensar que é verdade, estar persuadido de, acreditar, depositar confiança em
      1. de algo que se crê
        1. acreditar, ter confiança
      2. numa relação moral ou religiosa
        1. usado no NT para convicção e verdade para a qual um homem é impelido por uma certa prerrogativa interna e superior e lei da alma
        2. confiar em Jesus ou Deus como capaz de ajudar, seja para obter ou para fazer algo: fé salvadora
      3. mero conhecimento de algum fato ou evento: fé intelectual
    2. confiar algo a alguém, i.e., sua fidelidade
      1. ser incumbido com algo

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu