Enciclopédia de Atos 13:24-24

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 13: 24

Versão Versículo
ARA havendo João, primeiro, pregado a todo o povo de Israel, antes da manifestação dele, batismo de arrependimento.
ARC Tendo primeiramente João, antes da vinda dele, pregado a todo o povo d?Israel o batismo do arrependimento.
TB havendo João primeiro pregado, antes da vinda dele, o batismo de arrependimento a todo o povo de Israel.
BGB προκηρύξαντος Ἰωάννου πρὸ προσώπου τῆς εἰσόδου αὐτοῦ βάπτισμα μετανοίας ⸂παντὶ τῷ λαῷ⸃ Ἰσραήλ.
HD Tendo João proclamado {previamente} a Israel, antes da entrada do arrependimento.
BKJ tendo primeiramente a João, antes da vinda dele, pregado o batismo do arrependimento a todo o povo de Israel.
LTT Havendo João (o submersor) primeiramente pregado (antes da face da Sua manifestação) uma submersão ((como sinal) de arrependimento) a todo o povo de Israel.
BJ2 Antes da sua entrada, João proclamara com antecedência, a todo o povo de Israel, um batismo de arrependimento.
VULG prædicante Joanne ante faciem adventus ejus baptismum pœnitentiæ omni populo Israël.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 13:24

Mateus 3:1 E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judeia
Marcos 1:2 Como está escrito no profeta Isaías: Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti.
Lucas 1:76 E tu, ó menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque hás de ir ante a face do Senhor, a preparar os seus caminhos,
Lucas 3:2 sendo Anás e Caifás sumos sacerdotes, veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias.
João 1:6 Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
João 1:15 João testificou dele e clamou, dizendo: Este era aquele de quem eu dizia: o que vem depois de mim é antes de mim, porque foi primeiro do que eu.
João 3:25 Houve, então, uma questão entre os discípulos de João e um judeu, acerca da purificação.
João 5:33 Vós mandastes a João, e ele deu testemunho da verdade.
Atos 1:22 começando desde o batismo de João até ao dia em que dentre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição.
Atos 10:37 esta palavra, vós bem sabeis, veio por toda a Judeia, começando pela Galileia, depois do batismo que João pregou;
Atos 19:3 Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados, então? E eles disseram: No batismo de João.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 13 : 24
proclamado {previamente}
Lit. “proclamar como arauto, agir como arauto (previamente, antecipadamente)”. Sugere a gravidade e a formalidade do ato, bem como a autoridade daquele que anuncia em voz alta e solenemente a mensagem.

Atos 13 : 24
antes da entrada
Lit. “diante da face da entrada dele”. Expressão idiomática semítica, que pode ser traduzida para o português, sem maiores perdas, por: “antes do começo dele”, “antes da sua entrada”.

Atos 13 : 24
entrada
Lit. “lugar de entrada ou ato de entrar (sentido estrito); recepção, admissão; chegada, abordagem, acesso, entrada; entrada em um ofício, começo de uma tarefa, missão”.

Atos 13 : 24
mergulho
βαπτίζω (baptizo) / βαπτισμα (baptisma)

Lit. “lavar, imergir, mergulhar”. Posteriormente, a Igreja conferiu ao termo uma nuance técnica e teológica para expressar o sacramento do batismo.


Atos 13 : 24
arrependimento
μετάνοια - (metanoia) Lit. “mudança de mente, de opinião, de sentimentos, de vida”.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O MINISTÉRIO DE JESUS: PRIMEIRO ANO

30 d.C. a março de 31 d.C.
JOÃO BATISTA
Um indivíduo um tanto incomum que se vestia com roupas de pelo de camelo e coma gafanhotos e mel silvestre apareceu no deserto da Judeia, uma região praticamente desprovida de vegetação entre Jerusalém e o mar Morto, e começou a pregar: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 3:2). Devido as batismos em massa realizados por ele no rio Jordão, esse profeta veio a ser chamado de João Batista. Era um parente de Jesus, pois suas mães eram aparentadas. Lucas data o início do ministério de João do décimo quinto ano de Tibério César. Augusto, o antecessor de Tibério, havia falecido em 19 de agosto de 14 .C., de modo que João iniciou seu ministério em 29 .dC. Jesus saiu da Galileia e foi a Betânia, na margem leste do Jordão, para ser batizado por João. De acordo com Lucas, nessa ocasião o Espírito Santo desceu sobre Jesus e ele começou seu ministério, tendo, na época, cerca de trinta anos de idade.

OS QUATRO EVANGELHOS
Dependemos inteiramente dos quatro Evangelhos para um registro detalhado da vida e ministério de Jesus. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são visivelmente semelhantes. O. Evangelho de Mateus contém 91% do Evangelho de Marcos, enquanto o de Lucas contém 53% de Marcos: o uso de fontes comuns, tanto orais quanto escritas, costuma ser postulado como motivo para essas semelhanças. O Evangelho de João apresenta a vida de Jesus de um ponto de vista diferente, enfatizando os ensinamentos de Jesus. De acordo com os Evangelhos, Mateus e loão foram apóstolos de Jesus que passaram três anos com ele. Acredita-se que joão Marcos trabalhou com Pedro. Lucas, um médico e companheiro de viagens do apóstolo Paulo, não foi testemunha ocular do ministério de Jesus, mas compilou o seu relato a partir de informações de outras testemunhas oculares.

OUTRAS CONSIDERAÇÕES CRONOLÓGICAS
Apesar dos quatro Evangelhos tratarem do ministério de Jesus em detalhes, seu conteúdo é organizado de forma temática, e não de acordo com uma cronologia rígida. Neste Atlas procuramos colocar os acontecimentos da vida de Jesus numa sequência cronológica. Se outros que estudaram as mesmas evidências chegaram a conclusões diferentes, estas devem ser igualmente respeitadas, sendo necessário, porém, levar em consideração alguns indicadores cronológicos. O Evangelho de João registra três Páscoas, incluindo aquela em que Jesus morreu. Assim, o ministério de Cristo se estendeu por pelo menos dois anos, apesar do consenso acadêmico favorecer um período de três anos. Na primeira Páscoa, os judeus comentam que o templo de Herodes estava em construção há 46 anos. Uma vez. que Herodes "se pôs a construir" o templo em Jerusalém em 19 a.C., há quem considere que o ministério de Jesus se iniciou em 25 d.C., quatro anos antes da data calculada de acordo com o Evangelho de Lucas, como mencionamos anteriormente. Argumenta-se, portanto, que os 46 anos mencionados não incluem o tempo gasto para juntar os materiais necessários antes do início da construção.

JESUS É TENTADO POR SATANÁS
Conforme o relato dos Evangelhos, depois de seu batismo Jesus foi conduzido pelo Espírito para o deserto e tentado por Satanás. Numa das tentações, Jesus foi transportado a Jerusalém e tentado a se lançar do ponto mais alto do templo, talvez uma referência à extremidade sudeste do templo, da qual havia uma queda de cerca de 130 m até o fundo do vale do Cedrom. Em outra tentação, Jesus foi levado ao alto de um monte de onde Satanás lhe mostrou todos os reinos da terra e seu esplendor.

O PRIMEIRO MILAGRE DE JESUS
Jesus e sua mãe, Maria, foram convidados para um casamento em Caná da Galileia. Quando o vinho acabou, Maria pediu a ajuda de Jesus e ele realizou seu primeiro milagre, transformando em vinho a água que havia em seis talhas grandes de pedra usadas para as lavagens de purificação, num total de cerca de 600 litros. O mestre do banquete ficou justificadamente impressionado com a qualidade do vinho. Juntos, os quatro Evangelhos registram uns 35 milagres de Jesus.

JESUS PURIFICA O TEMPLO
Jesus foi a Jerusalém na época da Páscoa. Caso se adote a data de 30 d.C., nesse ano a Páscoa foi comemorada em 7 de abril. Irado com os comerciantes de bois, ovelhas e pombos e com os cambistas no pátio do templo, Jesus fez um chicote com cordas e os expulsou do local. "Não façais da casa de meu Pai casa de negócio" Jo 2:16, disse ele.

NICODEMOS E A MULHER SAMARITANA
Não é de surpreender que a medida tomada por Jesus no templo tenha suscitado a indignação das autoridades religiosas judaicas. Ainda assim, Nicodemos, um membro do concílio dirigente dos judeus, procurou Jesus durante a noite. A resposta de Jesus a ele é um resumo breve do plano de Deus para salvar a humanidade: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (jo 3:16). No caminho de volta à Galileia, Jesus parou numa cidade de Samaria chamada Sicar (atual Aksar). Os samaritanos eram inimigos de longa data dos judeus. Seu templo ao Senhor em Gerizim, perto de Siquém, havia sido destruído pelo governante judeu João Hircano em 128 a.C. Sentado junto ao poço de Jacó ao meio-dia, Jesus teve uma longa conversa com uma mulher samaritana sobre a água viva e a verdadeira adoração e lhe revelou que era o Messias, chamado Cristo.

JESUS VOLTA À GALILEIA
De volta à Galileia, Jesus encontrou um oficial do rei cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. O Evangelho de João 4.43 45 relata como foi necessária apenas uma palavra de Jesus para restaurar a saúde do filho. Ao voltar a Nazaré, a cidade de sua infância, Jesus leu um trecho do profeta Isaías na sinagoga:
"O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor."
Lucas 4:18-19
Quando Jesus afirmou que estas palavras das Escrituras estavam se cumprindo naquele momento, o povo da sinagoga se enfureceu e o expulsou da cidade.

JESUS CHAMA OS PRIMEIROS DISCÍPULOS
Jesus se dirigiu a Cafarnaum, junto ao lago da Galileia, no qual, hoje em dia, há dezoito espécies de peixe, dez delas comercialmente expressivas. Ali, chamou dois pares de irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; e Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Os quatro eram pescadores, mas Jesus lhes disse para deixarem suas redes e segui-lo. Esse encontro talvez não tenha corrido Dor acaso como os evangelistas dão a entender. Provavelmente loo e. sem duvida. André, haviam sido discipulados de João Batista e encontrado com Jesus depois de seu batismo, quando André Lhe apresentou seu irmão, Pedro. Ademais, Tiago e João talvez fossem primos de Jesus caso, conforme proposto por alguns, sui mãe, Salomé, fosse irmã de Maria, mãe de Jesus.

JESUS NA GALILEIA
Marcos e Lucas descrevem como Jesus confrontou um homem possuído de um espírito mundo na sinagoga em Cafarnaum. As ruínas da sinagoga em Cafarnaum são datas do século IV d.C., mas debaixo delas, pode-se ver paredes parcialmente preservadas de basalto negro provavelmente construídas no seculo I. Essa pode ter sido a sinagoga que um centurião havia dado de presente à cidade e que foi visitada por Jesus. 10 Kim seguida, Jesus percorreu Galileia ensinando nas sinagogas, pregando as boa novas do reino de Deus e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Muitos outros enfermos toram levados até ele e grandes multidões acompanhavam. Algumas dessas pessoas vinham de regiões mais distantes, fora da Galileia, de Jerusalém e dalém do Jordão. Numa ocasião quando uma grande multidão se reuniu a beira do lago, Jesus ensinou o povo sentado num barco Em seguida, seguindo às instruções de Jesus, os discípulos levaram o barco a uma parte mai funda do lago e, lançando suas redes, pegaram tantos peixes que as redes começaram a romper.
Em 1985, houve uma seca em Israel e a água do lago da Galileia chegou a um nível incomumente baixo, revelando o casco de um barco antigo com 8.2 m de comprimento e 2,35 de largura, próximo de Magdala. Uma panela e uma lamparina encontradas no barco sugerem uma data do seculo I. confirmada por um teste de carbono 14 numa amostra da madeira do barco. Não ha como provar nenhuma ligação entre esse barco e qualquer pessoa dos Evangelhos, mas e quase certo que c barco e do período correspondente ao dos Evangelhos ou de um período bastante próximo Não é de surpreender que jornalistas tenham chamado a descoberta de "barco de Jesus"

JESUS ESCOLHE OS APÓSTOLOS
Em Cafarnaum, Jesus chamou Mateus, também conhecido como Levi, para ser seu discípulo Mateus era um coletor de impostos para o governo romano. Sua profissão era desprezada por muitos judeus, pois era considerada uma forma de colaboração com os conquistadores pagãos e vários coletores abusavam de seu cargo e defraudavam o povo. Numa ocasião, Jesus subiu em um monte e chamou doze de seus discípulos mais próximos, homens que receberam a designação de "apóstolos" (um termo que significa "os enviados") e, durante os dois anos seguintes, foram treinados e preparados por Jesus. Vários deles se tornaram líderes importantes da igreja primitiva.

O primeiro ano do ministério de Jesus Os números se referem, em ordem cronológica, aos acontecimentos do primeiro ano do ministério de Jesus.

Referências

Lucas 3:1

Lucas 3:23

Colossenses 4:14

Lucas 1:2

João 2.13

João 6:4

João 13:1

Mateus 4:5

Lucas 4:9

Mateus 27:56

Marcos 15:40

Marcos 1:21-27

Lucas 4:31-36

Lucas 7:4-5

Marcos 3:14

Lucas 6:13

primeiro ano do ministério de Jesus
primeiro ano do ministério de Jesus
Ruínas da sinagoga em Cafarnaum, datadas do século IV d.C. Na parte inferior, pode-se ver parte de uma parede de basalto negro, possivelmente de uma sinagoga construída no século I d.C.
Ruínas da sinagoga em Cafarnaum, datadas do século IV d.C. Na parte inferior, pode-se ver parte de uma parede de basalto negro, possivelmente de uma sinagoga construída no século I d.C.
Região de deserto do vale do Jordão, onde Jesus foi tentado por Satanás.
Região de deserto do vale do Jordão, onde Jesus foi tentado por Satanás.
Casco do assim chamado "barco de Jesus" uma embarcação de pesca do século I d.C. encontrada no mar da Galiléia em 1985.
Casco do assim chamado "barco de Jesus" uma embarcação de pesca do século I d.C. encontrada no mar da Galiléia em 1985.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Israel nos dias de Jesus

Informações no mapa

Sídon

ABILENE

Damasco

Sarefá

Mte. Hermom

FENÍCIA

Tiro

Cesareia de Filipe

ITUREIA

TRACONITES

Ptolemaida (Aco)

GALILEIA

Corazim

Betsaida

Cafarnaum

Caná

Magadã

Mar da Galileia

Gergesa

Rafana

Séforis

Tiberíades

Hipos

Diom

Nazaré

GADARA

Abila

Dor

Naim

Gadara

DECÁPOLIS

Cesareia

Citópolis (Bete-Seã)

Betânia do outro lado do Jordão ?

Pela

SAMARIA

Enom

Salim

Sebaste (Samaria)

Gerasa

Sicar

Mte. Gerizim

Poço de Jacó

Antipátride (Afeque)

PEREIA

Jope

Planície de Sarom

Arimateia

Lida (Lode)

Efraim

Rio Jordão

Filadélfia (Rabá)

Jâmnia (Jabné)

Ramá

Jericó

Emaús

Jerusalém

Betfagé

Asdode, Azoto

Belém

Betânia

Qumran

Asquelom (Ascalom)

JUDEIA

Herodium

Gaza

Hebrom

Deserto da Judeia

Mar Salgado (Mar Morto)

Macaeros

IDUMEIA

Massada

Berseba

NABATEIA

ARÁBIA

Informações no mapa

Região governada por Herodes Arquelau, depois pelo governador romano Pôncio Pilatos

Região governada por Herodes Antipas

Região governada por Filipe

Cidades de Decápolis


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

at 13:24
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 14
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 17:1-9


1. Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João seu irmão, e elevouos à parte a um alto monte.


2. E foi transfigurado diante deles: seu rosto resplandeceu como o sol, e suas vestes tornaram-se brancas como a luz.


3. E eis que foram vistos Moisés e Elias conversando com ele.


4. Então Pedro disse a Jesus: "Senhor, é bom estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; para ti uma, para Moisés uma e uma para Elias!".


5. Falava ele ainda, quando uma nuvem de luz os envolveu e da nuvem saiu uma voz dizendo: "Este é meu Filho, o Amado, que me satisfaz: ouvi-o".


6. Ouvindo-a, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram muito medo.


7. aproximando-se Jesus, tocou neles e disse: "levantaivos e não temais".


8. Erguendo eles os olhos a ninguém mais viram, senão só a Jesus.


9. Enquanto desciam do monte, ordenou-lhes Jesus dizendo: "A ninguém conteis esta visão, até que o Filho do Homem se tenha levantado dos mortos".


MC 9:2-8


2. Seis dias depois tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João e elevou-os à parte, a sós, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles.


3. E seu manto tornou-se resplandecente e extremamente branco, como neve, qual nenhum lavandeiro na terra poderia alvejar.


4. E foram vistos Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus.


5. Então Pedro disse a Jesus: "Rabi, é bom estarmos aqui: façamos três tendas, uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias".


6. porque não sabia o que havia de dizer, pois tinham ficado aterrorizados.


7. E surgiu uma nuvem envolvendoos, e da nuvem veio uma voz: "Este é meu Filho, o Amado: ouvi-o".


8. E eles, olhando de repente em redor, não viram mais ninguém, senão só Jesus com eles.


9. Enquanto desciam do monte, ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, senão quando o Filho do Homem se tivesse levantado dentre os mortos.


LC 9:28-36


28. E aconteceu que cerca de oito dias depois desses ensinos, tende tomado consigo Pedro, João e Tiago. subiu para orar.


29. E aconteceu na que oração, a forma de seu rosto ficou diferente e as roupas dele brancas e relampejantes.


30. E eis que dois homens conversavam com ele, os quais eram Moisés e Elias,


31. que apareceram em substância e discutiam sobre sua saída, que ele estava para realizar em Jerusalém. 32. Pedra e seus companheiros estavam oprimidos de sono, mas conservando-se despertos, viram sua substância e os dois homens ao lado dele.


33. Ao afastarem-se estes de Jesus, disse-lhe Pedro: "Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas, uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias", não sabendo o que dizia.


34. Enquanto assim falava, surgiu uma nuvem que os envolvia, e aterrorizaram-se quando entraram na nuvem.


35. E da nuvem saiu uma voz, dizendo: "Este é meu Filho, o Amado, ouvi-o".


36. Tendo cessado a voz, foi achado Jesus só. Eles se calaram e, naqueles dias, a ninguém contaram coisa alguma do que haviam visto.


Interessante observar o cuidado dos três evangelistas, em relacionar o episódio da chamada "Transfigura ção" com a "Confissão de Pedro" ou, talvez melhor, com os ensinos a respeito do Discipulato (cfr. Lucas).


Mateus e Marcos precisam a data, assinalando que o fato ocorreu exatamente SEIS DIAS depois, ao passo que Lucas diz mais displicentemente, "cerca de oito dias". Como nenhum dos narradores demonstra preocupações cronológicas em seus Evangelhos, chama nossa atenção esse pormenor. Como também somos alerta dos pelo fato estranho de João, testemunha ocular do invulgar acontecimento, têlo silenciado totalmente em suas obras, embora nos tenha ficado o testemunho de Pedro (2. ª Pe. 1:17-19) .


A narrativa dos três é bastante semelhante, embora Lucas seja o único a tocar em três pontos: a oração de Jesus, o sono dos discípulos, e o assunto conversado com os desencarnados.


Começa a narrativa dos três, dizendo que Jesus leva ou "toma consigo" (paralambánai) Pedro, Tiago e João, e os leva "à parte". Essa expressão paralambánai kat"idían é de cunho clássico (cfr. Políbio, 4. 84. 8: Plutarco. Morales, 120 e; Diodoro de Sicília, 1 . 21).

Os três discípulos que acompanharam Jesus, foram por Ele escolhidos em várias circunstâncias (cfr. MT 26:37; MC 5:37; MC 14:33; LC 8:51), tendo sido citados por Paulo (GL 2:9) como "as colunas da comunidade". Pedro havia revelado a individualidade de Jesus pouco antes, e fora o primeiro discípulo que com João se afastara do Batista para seguir Jesus; João, o "discípulo a quem Jesus amava" (cfr. JO 13:23; JO 19:26; JO 21:20) e talvez mesmo sobrinho carnal de Jesus (cfr. vol. 3); Tiago, irmão de João, foi decapitado em Jerusalém no ano 44 (AT 12:2), tendo sido o primeiro dos discípulos, escolhidos como emissários, que testemunhou com seu sangue a Verdade dos ensinos de Jesus.


Com os três Jesus "subiu ao monte", com artigo definirlo (Lucas), ou "os ELEVOU a um alto monte".


Mas não se identifica qual o monte. Surgiu, então, a dúvida entre os exegetas: será o Hermon ou o Tabor?


O Salmo diz "que o Tabor e o Hermon se alegram em Teu Nome" (89:12) ...


Alguns opinam pelo Hermon, a 2. 793 m de altura, perto do local da "confissão de Pedro", Cesareia de Filipe. Objeta-se, todavia, que é recoberto de neve perpétua e que, situado em região pagã, dificilmente seria encontrada, no dia seguinte, no sopé, a multidão a esperá-lo, enquanto discutia com os demais discípulos, que haviam permanecido na planície, sobre a dificuldade que tinham de curar o jovem epil éptico.


Outros preferem o Tabor. Além dessas razões, alegam: que "seis dias" são tempo suficiente para chegar com calma de volta à Galileia. O Tabor é um tronco de cone, com um platô no alto de cerca de 1 km de circuito; fica a sudeste de Nazaré situado no final do planalto de Esdrelon, que ele domina a 320 m de altura (562 m acima do nível do mar e 800 m acima do Lago de Tiberíades). Tem a seu favor a tradição desde o 4. º século, atestada por Cirilo de Jerusalém (Catech. 12:16, in Patrol. Graeca, vol. 33, col. 744) e por Jerônimo que, ao escrever sobre Paula, afirmava que ela scandebat montem Thabor, in quo transfiguratus est Dominus (Ep. 108. 13, in Patrol. Lat. vol. 20, cal. 889, e Ep. 46,12, ibidem, col.


491), isto é, "subia ao monte Tabor, onde o Senhor se transfigurou".


Objetam alguns que lá devia haver um forte, de que fala Flávio JosefO (Bel1. Jud. 2-. 20. 6 e 4. 1. 1. 8), mas isso só ocorreu 36 anos depois, na guerra contra Vespasiano.


Do alto do Tabor, fértil em árvores odoríferas, contempla-se todo o campo do ministério de Jesus: Can á, Naim, Cafamaum, uma parte do Lego de Tiberíades, e, 8 km a noroeste, Nazaré.


Chegam ao cume, Jesus se põe a orar (Lucas) e, durante a prece, "se transfigura". Mateus e Marcos não temem usar metemorphôthê, "metamorfoseou-se", que exprime uma transformação com mudança de forma exterior. Lucas evita esse verbo, preferindo metaschêmatízein ("revestir outra forma"), talvez para que os pagãos, a quem se dirigia, não supussessem uma das metamorfoses da mitologia.


Essa transformação se operou no rosto, que tomou "outra forma"; embora não se diga qual, a informação de Mateus é que "resplandecia como o sol". Também as vestes se tornaram "brancas como a luz" (Mat.) ou "brancas qual nenhum lavandeiro seria capaz de alvejar (Marc.) ou "brancas e relampejantes" (Lucas).


Mateus e Marcos falam em "visão" (ôphthê, aoristo passivo singular, "foi visto"), enquanto Lucas apenas anota que "dois homens", que eram Moisés e Elias, conversavam com Ele.


Moisés, o libertador e legislador dos israelitas, servo obediente e fiel de YHWH, e Elias, o mais valoroso e adiantado intérprete, em sua mediunidade privilegiada, do pensamento de YHWH. Agora vinham ambos encontrar, aniquilado sob as vestes da carne, aquele mesmo YHWH, o "seu DEUS", com o simbólico nome de JESUS: traziam-Lhe a garantia da amizade e a fidelidade de seus serviços, sobretudo nos momentos difíceis: dos grandes sofrimentos que se aproximavam. Lucas esclarece que a conversa girou exatamente em torno do "êxodo", ou seja, da saída de Jesus do mundo físico, que se realizaria em Jerusalém dentro de pouco tempo, através da porta estreita de incalculáveis dores morais e físicas. Embora desencarnados, continuavam servos fiéis de "seu Deus". Digno de nota o emprego desse mesmo termo "êxodo" por parte de Pedro (2. ª Pe. 1:15), quando se refere à sua próxima desencarna ção. E talvez recordando-se dessa palavra, Lucas usa o vocábulo oposto (eísodos) "entrada" (AT 13:24) ao referir-se à chegada de Jesus no planeta em corpo físico.


Como vemos, trata se de verdadeira e legítima "sessão espírita", realizada por Jesus em plena natureza, a céu aberto, confirmando que as proibições, formuladas pelo próprio Moisés ali presente, não se referiam a esse tipo de sessões, mas apenas a "consultar" os espíritos dos mortos sobre problemas materiais (cfr. LV 19:31 e DT 18:11), em situações em que só se manifestam espíritos de pouca ou nenhuma evolução. Tanto assim que era condenado o médium "presunçoso" que pretendesse falar em nome de YHWH, sem ser verdade (mistificação) e o que servisse de instrumento a "outros" espíritos (DT 18:20). Mas conversar com entidades evoluídas, jamais poderia ter sido condenado por Moisés que assiduamente conversava com YHWH e que, agora mesmo, o estava fazendo, embora em posição invertida.


Quanto à presença de Elias, que Jesus afirmou categoricamente haver reencarnado na pessoa de João Batista, (cfr. MT 11:14) observemos que o episódio da "transfiguração" se passa após a decapitação do Batista (cfr. MT 14:10 e MC 6:27; vol. 3). Por que, então, teria o precursor tomado a forma de uma encarnação anterior? Que isso é possível, não há dúvida. Mas qual a razão e qual o objetivo? Só entrevemos uma resposta: recordar o tempo em que, sob as vestes carnais de Elias, esse Espírito fiel e ardoroso servira de médium e intérprete ao próprio Jesus, que então respondia ao nome de YHWH.


Outra indagação fazem os hermeneutas: como teriam os discípulos reconhecido Moisés, que viveu

1500 anos antes e Elias que viveu 900 anos antes, se não havia nenhum retrato deles coisa terminantemente proibida (cfr. EX 20:4; LV 26:1; DT 4:16, DT 4:23 e DT 4:5:8)? No entanto, ninguém afirmou que os discípulos os "reconheceram". Lucas, em sua frase informativa, diz que "viram dois homens"; depois esclarece por conta própria: "que eram Moisés e Elias". Pode perfeitamente deduzir-se daí que o souberam por informação de Jesus (que os conhecia muito bem, como YHWH que era). Essa dedução tanto pode ser verídica que, logo depois, ao descerem do monte os quatro (vê-lo-emos no próximo cap ítulo) a conversa girou precisamente sobre a vinda de Elias antes do ministério de Jesus. Como poderia vir, se ainda estava "no espaço"? E o Mestre lhes explica o processo da reencarnação.


Também em Lucas encontramos outra indicação preciosa, que talvez lance nova luz sobre o episódio.


Diz ele que "os discípulos estavam oprimidos pelo sono, mas conservando-se plenamente despertos" (tradução de diagrêgorêsantes, particípio aoristo de diagrêgoréô, que é um verbo derivado de egrêgora, do verbo egeírô, "despertar"). Quiçá explique isso que o episódio se passou no plano espiritual (astral, ou talvez mental). Eles estavam em sono, ou seja, fisicamente em transe hipnótico (mediúnico), com o corpo adormecido; mas se mantinham plenamente despertos, isto é perfeitamente conscientes nos planos menos densos (astral ou mental); então, o que de fato eles viram, não foi o corpo físico de Jesus modificado, mas sim a forma espiritual do Mestre e, a seu lado, as formas espirituais de Moisés e Elias. Inegavelmente a frase de Lucas sugere pelo menos a possibilidade dessa interpretação. Mais tarde, na agonia, é também Lucas que chama a atenção sobre o sono desses mesmos três discípulos (LC 22:45).


Mateus e Marcos parecem indicar que Pedro fala ainda na presença de Moisés e Elias, mas Lucas esclarece que ele só se manifestou depois que eles desapareceram. Impulsivo e extrovertido como era, não conseguiu ficar calado. E sem saber o que dizer, propõe construir três tendas, uma para cada um cios visitantes e uma para Jesus.


Interessante observar que em Marcos encontramos o vocábulo que deve ter sido usado por Pedro "Rabbi", enquanto Mateus o traduz para "Senhor" (kyrie) e Lucas para "Mestre" (epistata, ver vol. 2). Perguntase qual a razão das tendas. Talvez porque já era noite? Mas quantas vezes dormira Jesus ao relento, sem que Pedro se preocupasse... Alguns hermeneutas indagam se a expressão "construir tendas" não terá, por eufemismo, significado apenas "permanecer lá", isto é, não mais voltar à planície. E a hipótese é bastante lógica e forte, digna de ser aceita.


Pedro não obteve resposta. Estava ainda a falar quando os envolveu (literalmente "cobriu") a todos uma nuvem (Mat. : de luz), e os três jogaram-se de rosto ao chão, aterrorizados. Na escritura, a nuvem era um sinal da presença de YHWH (cfr. EX 16:10; EX 19:9, EX 19:16; 24:15,16; 33:9-11; LV 16:2; NM 11:25, etc.) . Daí pode surgir outra interpretação, que contradiz a primeira hipótese, de haver-se passado a cena no plano espiritual. A nuvem poderia ser o ectoplasma que tivesse servido para materialização dos espíritos e que, ao desfazer-se a forma, tomava aspecto de nuvem difusa, até o ectoplasma ser absorvido pelo ar. O mesmo fenômeno, aliás também atestado por Lucas apenas (AT 1:9) se observou ao dispersar-se o ectoplasma utilizado para a materialização do corpo astral de Jesus após a ressurreição; nessa circunstância, dois outros espíritos aproveitaram o ectoplasma para materializar-se e dizer aos discípulos boquiabertos, que fossem para seus afazeres; e logo após desaparecerem. Também aqui parece coincidir o aparecimento da nuvem com o desaparecimento dos dois espíritos.


Quando a nuvem os cobriu, foi ouvida uma voz (fenômeno comum nas sessões de materialização, e conhecido com o nome de "voz direta"), que proferiu as mesmas palavras ouvidas por ocasião do" Mergulho de Jesus" (MT 13:17; MC 1:11; LC 3:22; vol. 1): "este é meu filho, o Amado, que me alegra"; e os três evangelistas acrescentam unanimemente: "ouvi-o". No entanto, Pedro. testemunha ocular do fato, repete a frase sem o imperativo final: "recebendo de Deus Pai honra e glória, uma voz assim veio a Ele da magnífica glória: este é meu Filho, o Amado, que me satisfaz. E essa voz que veio do céu, nós a ouvimos, quando estávamos com Ele no monte santo"(2. ª Pe. 1:17-18).


Após a frase, que Marcos, com um hápax (exápina) diz "ter cessado", tudo voltou à normalidade. Mas, segundo Mateus, eles permaneceram amedrontados. Foi quando Jesus, tocando os, mandou-os levantarse, dizendo que não tivessem medo. Levantando-se, eles viram apenas Jesus, já em seu estado físico normal.


Termina Lucas informando que tal impressão causou o fato, que os três nada disseram a ninguém "por aqueles dias". Esse silêncio aparece como uma ordem dada por Jesus aos três, "ao começarem a descer o monte", fixando-se o prazo: "até que o Filho do Homem se levante dentre os mortos" (ou "seja ressuscitado").


Procuremos penetrar, agora, o sentido profundo do episódio narrado pelos três sinópticos.


Esclareçamos, de início, que as instruções de João o evangelista, quanto à iniciação ao adeptado e sua conquista, seguem caminho diferente dos três outros evangelistas, e por isso essa passagem foi substituída por outra: as bodas de Caná (cfr. vol. 1). Daí não haver tocado no assunto. Mas outras razões podem ser dadas: tendo experimentado esse esponsalício pessoalmente, não quis divulgá-lo por discrição. Ou também: tendo sido narrado pelos três, inútil seria revivê-lo depois que estava divulgado havia pelo menos 30 anos.


Examinemos rapidamente os dados fornecidos pelos textos.


Mateus e Marcos assinalam, com precisão que a cena se deu SEIS dias depois. Não nos interessa saber depois "de que"; e sim assinalar que o fato se passou no SÉTIMO dia. Alertados, pois, para isso (que Lucas, mais intelectualizado por formação, interpretou como pura indicação cronológica e registrou com imprecisão: cerca de oito dias), imediatamente compreendemos que se trata, mais uma vez, do último passo sério de uma iniciação esotérica. Daí a necessidade de prestar toda a atenção aos pormenores, ao que está escrito, ou ao que está sugerido, embora não dito, às ilações silenciosas de um texto que, evidentemente, tinha que aparecer disfarçado, indicando apenas, despretensiosamente, uma ocorrência no mundo físico.


Antes de entrarmos nos comentários "místicos", observemos o episódio à luz dos mistérios iniciáticos o Jesus passara, em sua peregrinação terrena, pelos três primeiros graus: o MERGULHO nas águas profundas do coração, a CONFIRMAÇÃO, obtida com a Voz ouvida logo após o mergulho, completando assim os mistérios menores. E recebera bem a "prova" do terceiro grau, as "tentações", vencendoas em tempo curto e de maneira brilhante. Nem mesmo necessitara propriamente de uma metánoia

("modificação mental" ou, como prefere H. Rohden, "transmentação"): sua mente já estava firmada no Bem havia milênios; submeteu-se às provas por espontânea vontade (tal como ocorrera com o" mergulho" diante do Batista, MT 3:14-15), para exemplificar, deixando-nos o modelo vivo, que temos que seguir.


Superadas, pois, as tentações (3. ° grau) - e portanto vencida e domada totalmente a personagem transitória com sua ignorância divisionista, transbordante de egoísmo, vaidade e ambição - podia pretender o ingresso no 4. ° grau iniciático, nos mistérios maiores.


A cerimônia, realizada diante da Força Divina, conscientemente sentida dentro de cada um, mas também transcendente em a Natureza, dividia-se em duas partes.


A primeira partia do candidato (termo que significa "vestido de branco"; cfr. Marcos: "branco qual nenhum lavandeiro na Terra é capaz de alvejar"); consistia na "Ação de Graças" (em grego eucharist ía). O homem eleva suas vibrações ao máximo que lhe é possível, a fim de, sintonizando com Deus, agradecer o suprimento de Força (dynamis) e de Energia (érgon) que recebeu. Com isso, seu Espírito caminha ao encontro do Pai.


A essa Ação de Graças comparecem os "padrinhos" do novo ser que "inicia" a estrada longa e árdua do adeptado: dois "iniciados maiores", que se responsabilizam por ele, tornando-se fiadores de que realmente ele é digno de receber a Luz o Alto, e de que está APTO ao passo de suma gravidade que pretende dar. Ninguém melhor que Moisés e Elias para apresentar-se fiadores da pureza e santidade de YHWH, diante da Grande Ordem Mística e de seu Chefe, o Rei da Justiça e da Paz, MELQUISEDEC!


E lá estão eles, revestidos de luz, embora suas luzes fossem ainda inferiores às daquele que, para eles, fora "o seu Deus"!


Nesse encontro magnífico, o entretenimento permanecia na mesma elevação espiritual, e os assuntos tratados referiam-se exatamente aos passos seguintes: o quinto e as dores e a paixão indispensáveis para o sexto; conversavam a respeito da próxima "saída" que, dentro em pouco, se realizaria em Jerusalém.


Nesse alto nível de frequências vibratórias, puramente espirituais, em que o candidato aceita, de pleno grado e com alegria, tudo o que os "padrinhos" lhe apresentam como necessário à promoção, aguardava-se a aprovação do Alto, a poderosa manifestação (em grego epiphanía) que devia chegar do VERBO, através da palavra autorizada do Hierofante Máximo, declarando o candidato aceito no quarto grau, que lhe garantia o título oficial de "Iniciado". E Melquisedec mais uma vez faz soar SUA VOZ: "este é meu Filho, o Amado". Através do Sumo Sacerdote do Deus Altíssimo (HB 7:1) soava o SOM divino, e ao mesmo tempo vinha a autorização plena e total, para que pudesse ENSINAR os grandes mistérios àqueles que deles fossem dignos: OUVI-O!


Os três discípulos que ali haviam sido convocados testemunharam espiritualmente a cerimônia porque, em existências precedentes, já haviam passado por esse grau, embora em nível inferior, e estavam, agora, repetindo mais uma vez os sete passos, num nível mais elevado. Explicamo-nos: Realmente sabemos haver diversos planos em cada estágio evolutivo. No estágio hominal (como em tudo neste planeta), os planos são estruturados em setenários. Então, cada ser terá que submeter-se aos sete passos iniciáticos em cada um dos sete planos. O Homem atingirá o grau definitivo de "iluminado" após os três primeiros cursos de iniciação em três vidas diferentes, embora, talvez não sucessivas.


Ao completar o quarto curso, terá então o título definitivo de "iniciado", quando já se firmou na estrada certa. Depois do quinto curso, poderá receber o grau de "adepto". Após o sexto curso merecerá o mestrado supremo, será o "Hierofante". Só após o sétimo e último curso, será legitimamente chamado "O CRISTO". E foi isso que precisamente ocorreu com Jesus que, de direito, foi e é denominado Jesus, O CRISTO!


Só alguém que tenha um grau maior ou igual, poderá conceder a uma criatura os títulos legítimos.


Por isso, na Terra, só o Rei da Justiça e da Paz, o CRISTO MELQUISEDEC, poderia ter conferido a Jesus essa prerrogativa. E por essa razão foi escrito que Jesus, "sacerdote da Ordem de Melquisedec" (HB 5:6), "entrou, como precursor, por nós, quando se tornou Sumo Sacerdote, para sempre, da Ordem de Melquisedec" (HB 6:20).


Enquanto Jesus conquistava o quarto grau do sétimo plano, os três discípulos presentes eram recebidos e confirmados no mesmo quarto grau, mas de um plano inferior, que ousamos sugerir se tratava do quarto plano, pois se estavam preparando para o grau de "Iniciados", que realmente demonstraram ser, pelo futuro de suas vidas físicas, naquela encarnação.


Olhando-se as coisas sob esta realidade que acabamos de expor, é que verificamos quanta ilusão anda pelo mundo, no coração daqueles que se intitulam "iniciados" logo nos primeiros passos do caminho do Espírito; e sobretudo daqueles que julgam poder comprar uma palavra mágica que os torna instantânea e milagrosamente "iniciados" da noite para o dia...


Mas olhemos, agora o texto sob outro prisma. Estudemo-lo em sua interpretação mística do mundo mental, dentro do coração, na conquista do "reino dos céus".


Observemos que Jesus (a Individualidade) toma consigo PEDRO (a emoção, o corpo astral); TIAGO (corruptela portuguesa de Jacó - veja vol. 2 - com o sentido "o que suplanta", e que representa aqui o intelecto, que suplanta toda a animalidade, quando se desenvolve no plano hominal) e JOÃO (o intelecto já iluminado, cujo nome exprime "o dom de Deus" ou "a graça divina", cfr. vol. 1).


Por aí se compreende a razão da escolha. Qualquer passo que pretenda ser sério e construtivo espiritualmente, na individualidade, tem que contar, na personalidade, com esses três fundamentos: as emoções, o intelecto que suplantou a animalidade e o intelecto já iluminado pela intuição; por isso os evangelistas nos mostram Jesus a chamar, nos casos mais importantes, os três nomes-chaves: Pedro, Tiago e João.


Outra observação importante é o termo empregado por Mateus e Marcos (Lucas emprega anébê, "subiu) e que nos elucida com exatidão: anaphérei, ou seja, ELEVOU-OS. Com isso percebemos que houve uma elevação de vibrações, e bastante forte: ao monte alto (Mateus e Marcos). Lógico que não era preciso dar o nome do monte: foi ao Espírito, à mente, ao coração, que Jesus os "elevou", que a individualidade fez ascender a personalidade, subindo com Ela. E não deixa de salientar: "à parte", sozinhos, deixando na planície, ao sopé do monte, os demais discípulos, ou seja, os veículos inferiores.


Lucas, bem avisado, anota que os discípulos ficaram "oprimidos pelo sono" (hêsan bebaryménoi hypn ôi). No entanto, pode acrescentar que, apesar disso, se conservavam "plenamente despertos", isto é, numa superconsciência espiritual ativíssima, fora do corpo físico (desdobrados).


Passados os veículos superiores para o plano mental (mergulhados no coração), puderem observar aquilo que todos os grandes místicos atestaram sem discrepância, no oriente e no ocidente, em qualquer época: a percepção de uma luz intensíssima, que só poderia ser comparada, como o foi, ao SOL e à própria LUZ. Estavam os veículos em contato com o Eu Interno, com o CRISTO, com o Espírito em todo o seu resplendor relampejante: Deus é LUZ: mergulhar em Deus é mergulhar na LUZ.


Aí, nessa fulguração supernatural, observaram os três planos da individualidade, a tríade superior: a Centelha divina do Sol imortal, a partícula da Luz Incriada, representada por Jesus, pelo Cristo Cósmico mergulhado no ser; viram a Mente Criadora, que eles personalizaram em Moisés, criador da legislação para a personalidade; e o Espírito Individualizado, que o participante da experiência mística representa por Elias (cujo nome significa "Deus é meu Senhor"); Elias é o Espírito mais típico em sua ação espiritual, no Antigo Testamento. Aparece repentinamente nos livros históricos, sem filiação nem tradição, e também faz sua partida estranhamente num carro de fogo, como se se tratasse de alguém que não nasceu nem morreu ou que aqui tivesse vindo e ido proveniente de outro planeta. Tal como o Espírito imortal que, proveniente de uma individualização do Pensamento Universal, não conhece seu princípio nem jamais finalizará sua ascensão.


Aí temos, portanto, mais um exemplo vivo e palpitante, mais uma lição maravilhosamente exposta na prática, de um dos processos da unificação da personagem humana, em sua parte mais elevada, com a individualidade divina. A personagem descobre, nesse Encontro acima dos planos comuns, no nível altíssimo (alto monte) do mental, que seu verdadeiro EU tem três aspectos distintos, embora constituam um só princípio: 1. º o Cristo Cósmico, a Partícula divina; 2. º a Mente criadora (nóus) simbolizada em Moisés; 3. º o Espírito individualizado, do qual Elias serviu de símbolo. Esses três aspectos reúnemse numa única individualidade, com o sagrado nome de JESUS.


Daí a metamorfose que eles dizem que Jesus sofreu "no rosto": não era mais aquele Jesus do corpo físico, mas sim o JESUS-INDIVIDUALlDADE, ali observado nas três faces: Jesus o CRISTO, Moisés a Mente, Elias o Espírito.


O episódio da "transfiguração" torna-se, por tudo isso, um dos pilares fundamentais da mística cristã, uma das provas basilares da realidade do mundo espiritual que somos nós, esse microcosmo que é a redução finita de um macrocosmo infinito, incompreensível ao nosso intelecto personalístico; esse minuto-segundo, ponto físico euclidiano, que é uma projeção descritiva da eternidade, inconcebível ao nosso cérebro físico.


Lição perfeita em sua execução, revestida de impecável didática para quem olha e vê.


Dos veículos presentes ao excelso acontecimento, só as emoções se descontrolam. A parte puramente hominal do intelecto e a parte super-hominal do intelecto-iluminado, receberam a lição e silenciaram respeitosamente, absorvendo o ensino (o Lógos) e transmudando-se no Homem Novo que ali surge, no Super-Homem que naquele instante nasce para a Vida imanente. Mas as emoções se comovem profundamente, a ponto de não saber o que fazer: e nessa comoção, agitando-se, fazem o cenário desaparecer, diluem a visão, embora propondo permanecer indefinidamente nesse estado samádico, nesse êxtase supremo. Mas de qualquer forma, foi exteriorizado um "desejo"; mesmo sendo sublime, mesmo revelando a decisão de anular-se para permanecer naquela vibração puríssima, a emoção revolveu as águas cristalinas que espelhavam o céu na terra, e a descida foi perturbadora. Os veículos se aterrorizaram na queda de vibrações e caíram "prostrados com o rosto por terra", sem mais coragem de fitar a amplidão infinita.


Após essa revelação magnífica, tudo começa a voltar à normalidade, descendo os veículos espirituais ao corpo denso, e nele mergulhando como alguém que ao descer de um céu límpido e diáfano, penetrasse numa nuvem grosseira de materialidade. A "nuvem" da matéria toca-lhes a visão divina embaçalhes os olhos espirituais, diminui-lhes a agudeza perceptiva da superconsciência.


Surge ainda, no entanto, a afirmação espiritual do Verbo (Som, Pai), proclamando a individualidade, o Espírito individualizado, o CRISTO, como o Filho Amado, "que lhe proporciona alegria": é a declaração de Amor do Amante ao Amado, na união profunda de dois-em-um, no amplexo sublime do Esponsalício Místico. Nada mais natural que traduzir por palavras o ímpeto amoroso do Amante, porque o Amante é exatamente A PALAVRA, o VERBO, o LOGOS, o SOM Incriado, que tudo cria, sustenta e conserva com seu Amor-Ação Ativo e criador de PAI, permanentemente em função fecundadora. E, sendo PAI, nada mais natural que declarar que o Cristo-é "MEU FILHO". Também é óbvio que aconselhe aos veículos todos que O ouçam, seguindo-Lhe os ensinos e as inspirações.


Ao sentirem o impacto do natural peso mundo das células, ao penetrarem no mundo das formas, os veículos se oprimem, se amedrontam, e caem em quase desânimo, tristeza e saudade.


Mais uma vez a individualidade "tocando-os", fá-los levantar-se para reanimá-los aos embates físicos.


E eles vêem "apenas Jesus", apenas a individualidade despida da glória, em seu aspecto mais comum.


Não deixa esta, todavia, ao "descer do monte", ou seja, ao penetrar novamente na personagem terrena, de recomendar que silenciem o acontecimento. Os que realmente se amam, a ninguém revelam seus íntimos contatos amorosos: é o segredo da câmara nupcial que se leva ao túmulo. Assim, a personalidade deverá manter secretos esses encontros místicos, essas experiências indizíveis (2. ª Cor.


12:4). Sobretudo àqueles que não tiveram a experiência, aos que vivem NA personagem apenas, nada deverá jamais ser revelado: só poderá tratar-se desses raptos, desse Mergulho, com aqueles que já os VIVERAM, isto é, só quando o FILHO do Homem (ou o Super-Homem) tiver sido levantado da morte, do sepulcro da personagem física terrena, e definitivamente ingressado no "reino dos céus", só então será lícito condividir as experiências sublimes da unificação com o Cristo-Deus.


Mais uma prova de que se tratava realmente de um rito iniciático dos mistérios, é o silêncio imposto, o segredo que Jesus exige dos que a ele assistiram. Todas as cerimônias dos mistérios eram secretíssimas e ouvidos profanos delas não podiam ouvir falar. Nenhum dos escritores antigos que a elas assistiu as reproduz em suas obras. Mais tarde, depois que todos os passos fossem dados, poderia o fato ser divulgado, mas apenas como "um episódio" ocorrido no mundo físico, e não como o acesso a um grau iniciático, não como a conquista de um nível espiritual superior na escala dos Mistérios divinos.


Essa interpretação só poderia vir à luz no fim do ciclo zodiacal de Pisces (trevas), no alvorecer do signo do Aquário, quando tudo o que é oculto virá à luz, e os segredos celestiais jorrarão torrencialmente do Alto, para dessedentar os sequiosos de Espírito.


* * *

A "transfiguração" de Jesus é classificada com o termo metamorfose, típica dos mistérios iniciáticos gregos, fundamento da Mitologia. Muitas dessas metamorfoses são narradas pelos escritores iniciados nesses mistérios. Se os profanos pensam que são reais, enganam-se: são simbólicas da passagem de um estado a outro, ou de um estágio ao seguinte. Apuleio, por exemplo, simboliza e mergulho de Lúcius na matéria densa (encarnação), imaginando sua metamorfose num asno. As peripécias do animal são as ocorrências normais da vida humana na Terra. No fim, a iniciação nos mistérios de Ísis o faz voltar, muito mais experiente, à vida hominal, dedicando-se totalmente ao Espírito.


A metamorfose de Jesus, porém, foi de outro tipo: passou da carne ao Espírito, desintegrando momentaneamente a matéria em energia luminosa, embora ainda conservasse as características hominais da conformação externa, mas muito mais belas, por serem Energia Espiritual Radiante e Puríssima.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
SEÇÃO IV

TESTEMUNHANDO NO MUNDO GENTÍLICO

Atos 13:1-28.31

Jesus havia anunciado aos discípulos que eles iriam receber o poder do Espírito Santo e que seriam suas testemunhas (a) em Jerusalém, (b) em toda a Judéia e Samaria e (c) e nos confins da terra (Atos 1:8). Temos acompanhado o curso desta expansão desde Jerusalém (Atos 21:7-60) até toda a Judéia e Samaria (caps. 8-12). O restante do livro de Atos (caps. 13-28) descreve a propagação do Evangelho na extremidade oriental do mundo Mediterrâneo, e em direção ao ocidente até Roma, a capital do império. Pedro havia sido a figura principal dos doze primeiros capítulos deste livro, mas Paulo ocupa o lugar central no resto da história, naquilo que Harnack chamou de "missão e expan-são do cristianismo".

A. CHIPRE, Atos 13:1-12

1. A Incumbência (13 1:3).

Literalmente, o versículo 1 diz: "Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores" (ASV; cf. NEB). No livro de Atos, a palavra igreja é usada quase exclusivamente para a congregação local, enquanto as epístolas — principalmente Efésios — se referem muitas vezes a toda a Igreja de Jesus Cristo. No entanto, em Atos ela conserva uma referência aos crentes de Jerusalém (Atos 5:11-8.1,3; 11,22) exceto em duas ocasiões (Atos 7:38-9.31).

A cidade de Antioquia na Síria era a terceira maior cidade do Império Romano (depois de Roma e Alexandria). Era o lugar onde os seguidores de Cristo receberam pela primeira vez o nome de "cristãos" para diferenciá-los dos crentes judeus das Sina-gogas. Portanto, esta seria a localização lógica a partir da qual seria lançada a grande missão voltada aos gentios. A mentalidade tacanha e fortemente judaica de muitos discípulos de Jerusalém (cf. 15.1; 21:17-25) iria se revelar como um grande empecilho para qualquer movimento de caráter mundial se Jerusalém fosse o seu quartel gene-ral. Portanto, Antioquia tornou-se a base principal da evangelização do mundo gentílico.

Sua localização (ver o mapa 3), na extremidade norte da Síria, em frente à Ásia Menor e Europa, também era muito favorável. Do ponto de vista psicológico e também geográfico, esta cidade era providencialmente adequada para se tornar um registro do lança-mento do ataque ao mundo pagão que estava além do judaísmo. O cristianismo havia deixado de ser uma seita do judaísmo para se transformar em uma religião que con-quistaria o mundo.

Foi feita uma referência a alguns profetas e doutores da igreja de Antioquia. No Novo Testamento, o termo profetas parece ter sido usado principalmente para os "pregadores". A palavra grega prophetes (de prophemi, "falar", com o sentido de declarar) significa "aquele que age como intérprete ou comunicador da vontade divina",' e da mes-ma maneira ela foi usada pelos profetas do Antigo Testamento (e.g., 3:22-23; 7.37; 8.28). Mas agora, como nas epístolas de Paulo, este termo é aplicado àqueles que pregam o Evangelho.

Os profetas eram considerados logo depois dos apóstolos, e os doutores ou mes-tres ocupavam o terceiro lugar 1Co 12:28). Depois que a função de apóstolo havia terminado, os profetas e os doutores passaram a constituir os dois principais grupos de obreiros da igreja dignos de receber apoio, como mostra claramente o Didache (c.
13) do segundo século.

Na língua grega, a partícula te é colocada antes da palavra Barnabé e com Manaém. Este fato levou Ramsay a sugerir que a relação de cinco nomes deveria ser dividida em duas partes, com os três primeiros sendo designados como profetas e os dois últimos como doutores.' Lake e Cadbury duvidam da validade desta distinção.3 Alexandre acha provável que "as duas palavras sejam termos genéricos específicos aplicados à mesma pessoa, uma denotando sua autoridade divina e a outra a forma específica como ela era exercida".' Mas como profetas e doutores são tratados como classes distintas tanto no Novo Testamento como no Didache (ver acima), a interpretação de Ramsay merece algu-ma consideração.'

Barnabé já havia representado um papel menor, porém significativo em Atos. Ele é citado pela primeira vez por causa de sua generosa oferta à igreja (4:36-37). Foi ele quem se tornou o responsável por Saulo perante a desconfiada congregação de Jerusalém (9.27).

Quando confrontado com o tremendo desafio de Antioquia, logo no início dos trabalhos que lá se realizaram, Barnabé procurou Saulo, um gigante intelectual e um fervoroso convertido, e o levou a Antioquia como principal mestre da igreja (11:22-26). Ele tinha sido enviado juntamente com Saulo a Jerusalém com uma oferta de alívio para os cris-tãos que estavam sendo afligidos pela fome (11.30). Sem dúvida, aqui seu nome é menci-onado em primeiro lugar por ser o principal líder da igreja de Antioquia.

Simeão era um nome hebreu muito comum. Ele era chamado de Níger, que em latim significa "preto". Este homem às vezes é identificado com Simão Cireneu (Mac 15.21), embora essa identidade não possa ser provada. Lúcio, cireneu (ou de Cirene, no Norte da África) pode ter sido o mesmo que é mencionado em Romanos 16:21. Pro-vavelmente, não se trata de Lucas, o autor do livro de Lucas e de Atos. Devemos lem-brar que eram os homens de Chipre e da Cirenaica que pregavam livremente aos gen-tios em Antioquia (Atos 11:20).

Manaém está relacionado com Herodes, o tetrarca — Herodes Antipas, que rei-nou na Galiléia e na Peréia (4 a.C. — 39 d.C.). Toda a frase que fora criado com está condensada em uma palavra grega syntrophos. Ela vem de syn, "com", e trepho, "criar". Abbott-Smith define: "por certo alguém foi alimentado ou criado como irmão adotivo: Atos 13:1 EV. De acordo com o uso helenístico, como um termo da corte, um amigo íntimo de um rei" .6 Bruce escreve: "O título syntrophos era dado aos meninos que tinham a mesma idade dos príncipes e que eram criados junto com eles na corte": Da mesma forma, Bicknell diz: "Manaém era o irmão adotivo, ou mais precisamente, um compa-nheiro de folguedos de Herodes Antipas".8 Mas, depois de observar que o significado literal de "irmão adotivo" foi encontrado em um papiro do segundo século, Moulton e Milligan dizem: "Por causa do seu uso disseminado como um título da corte, essa expres-são seria melhor entendida como "cortesão" ou "amigo íntimo".9 Portanto, ao invés de "irmão adotivo, colaço" (ASV, Phillips), esta palavra provavelmente deveria ser traduzida como "membro da corte de" (RSV) ou "companheiro de honra para" (C. K. Williams)

Sobre a combinação dos homens mencionados aqui, Lumby faz este interessante comentário: "Um era cipriota, outro um cireneu, outro era judeu, mas, por causa de seu nome duplo, estava acostumado a se misturar com não judeus. Um deles era a conexão com a casa de Herodes. E Saulo, o apóstolo dos gentios, havia sido nomeado pelo céu -esta relação pode ser de alguma forma considerada típica de "todo o mundo" dentro do qual o Evangelho iria agora se propagar"."

Estes líderes, evidentemente, estavam passando por um período especial de serviço ao Senhor. Servindo (2) corresponde ao verbo leitourgeo, de onde vem a palavra "liturgia". Abbott-Smith define o significado original desta palavra da seguinte maneira: "1. Na língua clássica, em Atenas, ocupar cargos públicos às sua próprias custas, prestar serviço público ao Estado, portanto, em geral. 2. Servir ao Estado, fazer um serviço, servir" .11 No primeiro século a.C., Diodoro (I.
21) usou este termo para descrever os serviços aos deu-ses. Na Septuaginta, ele foi empregado para os serviços dos sacerdotes e dos levitas no Tabernáculo e no Templo (cf. Hb 10:11). Somente aqui e em Romanos 15:27 ele foi usado em conexão com os serviços cristãos. Provavelmente, a maioria dos comentaristas afir-ma que se trata de uma referência ao "ministério em uma adoração organizada"." Entre-tanto, não há uma indicação no texto de que este fosse o caso. Poderia ter sido uma reunião de oração do "grupo" de líderes da congregação local. Mais tarde, a igreja usou este termo principalmente com referência ao sacramento da Ceia do Senhor. Mas aqui ele tem um sentido mais geral e pode ser traduzido como "adorando" (Phillips; cf. NEB).

Em relação a este serviço, eles jejuaram. Este exercício só tem valor espiritual se estiver relacionado à oração. Quando alguém está envolvido no propósito de se dedicar a uma oração intensa e ininterrupta, esta pode ter um valor incalculável. O costume de servir ao Senhor através da oração e do jejum em ocasiões de importantes decisões tem sido praticado pelos santos de todos os séculos.
Portanto, temos aqui cinco líderes fiéis que estavam servindo ao Senhor e jejuando, aos quais o Espírito Santo falou... Mas não ficamos sabendo como. Provavelmente, através de uma distinta impressão feita em suas mentes, da mesma forma como Ele faz atualmente.

A ordem do Espírito inaugurou uma nova era na expansão do cristianismo. Ele dis-se: Apartai-me — ou melhor, "Separem para mim" — Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Deus designou os dois melhores homens da congregação para que desempenhassem a tarefa das "missões estrangeiras". Com muita freqüência a igre-ja tem, de forma egoísta, mantido os homens mais talentosos no trabalho local. Mas a chamada divina é para que aqueles que estiverem mais equipados, e os cristãos mais talentosos, levem avante o maior empreendimento do mundo — a evangelização missionária. Mais uma vez o Espírito precisava falar, e a sua voz precisava ser novamen-te ouvida e atendida. Nestes dias de agitação internacional, o trabalho das missões mun-diais exige o melhor que a igreja puder dar.

Quando a vontade de Deus foi revelada, eles novamente jejuaram e oraram (3). Mas quem seriam eles? Normalmente, seriam os cinco homens mencionados acima, como aparentemente se pode entender pela palavra anterior, "eles", no versículo 2. Porém, a probabilidade aqui é que exista uma inadequada mudança no sujeito — uma caracterís-tica encontrada no Antigo e no Novo Testamento — e que a referência esteja incluindo toda a congregação. Na verdade, o fato mais simples é que os cinco homens não poderiam ter imposto as mãos sobre dois deles mesmos. Parece improvável que os três remanes-centes tenham imposto as mãos sobre os dois companheiros que haviam sido chamados sem envolver a igreja toda neste ato. Podemos acreditar, embora não tenha sido declara-do, que a congregação havia sido conjuntamente exortada a um culto especial de jejum e oração. Este era um instante memorável da história da Igreja — a inauguração de um importante programa missionário mundial — e era necessário procurar fervorosamente a orientação e o poder de Deus. Os dois que foram chamados também devem ter recebido a incumbência desta missão especial.

Nesta história da inauguração das missões estrangeiras, não podemos deixar de notar alguma semelhança com o "encontro de oração no monte de feno" na cidade de Williamstown, Massachusetts. Vários alunos do Williams College foram surpreendidos por uma tempestade e procuraram abrigo em um típico monte de feno da Nova Inglater-ra. Ao invés de desperdiçar o tempo, ou fazerem alguma coisa pior, eles se envolveram em uma séria discussão sobre a necessidade dos pagãos que nunca tinham ouvido falar do Evangelho. Isto os levou a orar por aqueles milhões de necessitados que eram igno-rantes em relação à Palavra de Deus. Mais tarde, alguns destes alunos piedosos vieram a se oferecer para, como primeiros missionários estrangeiros, deixar a costa da América. A partir desta preocupação, surgiu a primeira associação missionária dos Estados Uni-dos. O empreendimento missionário que nasceu de um encontro de oração em Antioquia estava sendo, a partir de inúmeros outros encontros, reiniciado.

Ao término desta ocasião especial de oração e jejum, eles os despediram. Em todas as outras ocorrências no Novo Testamento, essa expressão foi traduzida (KJV) como "libertar". A igreja libertou estes homens de suas obrigações domésticas para que pudes-sem desempenhar uma obra em outras nações.

Os ensinos dos versículos 1:3 podem ser resumidos sob o tópico "Segredos de um Serviço Bem-sucedido": 1. Esperar em Deus (2) ; 2. Ouvir a sua voz (2) ; 3. Obedecer a sua chamada (3) ; 4. Cooperar nas atividades da igreja (3).

2. A Vitória (Atos 13:4-12)

Os dois missionários não foram apenas "libertados pela igreja para este trabalho" (Phillips), mas também foram enviados pelo Espírito Santo (4). Esta é a melhor com-binação. Ser chamado por Deus e enviado pelo seu Espírito e, ao mesmo tempo, ser ordenado pela igreja e enviado com a sua bênção — é a norma do serviço cristão.

Os missionários literalmente "desceram" — à Selêucia. Este era o porto de Antioquia, 25 quilômetros a oeste da cidade e 8 quilômetros ao norte da foz do Rio Orontes, em cujas margens estava situada a cidade de Antioquia. Bruce comenta: "Geralmente, Lucas tem muito cuidado para anotar os portos de partida e chegada' (cf. Atos 14:25-26; 16.11; 18.18). Esta é uma das inúmeras provas existentes neste livro de que ele viajou por muitos lugares.

A partir da Selêucia, eles navegaram — literalmente "partiram". Este verbo só é encontrado em Atos (aqui e em Atos 14:26-20.15; 27.1).

Este é um dos vários termos náuticos usados por Lucas, um experimentado viajante do Mediterrâneo.

Eles navegaram em uma direção sudoeste a Chipre, uma grande ilha com cerca de 240 quilômetros de comprimento e 65 de largura. Estava situada a cerca de 100 quilômetros da costa da Síria, porém há 160 quilômetros de distância de Antioquia (ver o mapa 3). Na Antigüidade, esta ilha era conhecida pelos seus ricos depósitos de cobre que representavam um de seus principais produtos de exportação. Esta era também a origem de seu nome; em grego, kypros significa "cobre". Barnabé era nativo de Chipre (4,36) e era muito natural que ele desejasse ir para lá.

Os missionários desembarcaram em Salamina (5) "a principal cidade de Chipre",' e também o porto mais importante da região leste da ilha. Lá eles anunciavam a palavra de Deus nas Sinagogas dos judeus. A menção de sinagogas (plural) mostra que havia uma considerável colônia de judeus nesta cidade. Muitos deles já tinham ouvido o Evangelho (Atos 11:19), mas o trabalho de evangelização tinha apenas começado. Agora ele deveria ser levado para mais longe. Portanto, os missionários anunciavam — "estavam declarando" (katengellon) — a palavra de Deus (cf. Atos 11:19"pregando a palavra").

Não deixa de ser um fenômeno admirável que, desde o início de seu empreendimen-to missionário, estes pregadores tenham encontrado portas abertas esperando por eles sob a forma das sinagogas dos judeus. Como Barnabé e Saulo eram ambos judeus, eles podiam freqüentar os cultos do sábado e pregar o Evangelho àqueles que lá adoravam.
Os dois missionários tinham também a João como cooperador — ou melhor di-zendo, "tinham João como ajudante" (ASV). Atualmente nos círculos religiosos, a palavra cooperador geralmente significa pastor ou pregador. Aqui a palavra é hyperetes; literalmente, "sub-remador". Este termo indica um servo que está subordinado a uma autoridade. João Marcos (cf. Atos 12:12-25) não era o pregador deste grupo, mas aquele que ajudava os dois homens mais velhos.

Depois que Barnabé e Saulo terminaram de anunciar a Palavra de Deus em Salamina, eles fizeram uma viagem missionária por toda a ilha. Havendo atravessado a ilha (6) corresponde a uma única palavra grega, dielthontes. Ramsay diz que este verbo é "um termo técnico relativo ao progresso missionário através de um distrito"' (cf. 15.41). Em vez de a ilha, o melhor texto grego diz "toda a ilha". Ramsay acredita que esta afirmação indica terem visitado todas as comunidades judaicas da ilha pregando nas sinagogas.

Os missionários evangelizaram durante a sua caminhada através da ilha, do leste para o oeste, e finalmente chegaram a Pafos, que era a sede do governo romano em Chipre. Neste lugar, eles encontraram um mágico. A palavra é magos, que ocorre no versículo 8 e em outras passagens do Novo Testamento. Em Mateus 2:1-7,16, foi traduzida em algumas versões como "homens sábios" indicando, provavelmente, astrólogos da Média ou da Pérsia. Mas aqui esta palavra tem uma conotação diferente. Bruce escreve: "Como este homem era judeu, a palavra magos não foi usada aqui de acordo com seu sentido original ou técnico (ver 8.9), mas no sentido de "mágico"." Esta é a tradução correta desta passagem.

Este mágico também foi chamado de falso profeta, i.e., alguém que estava "falsa-mente alegando ter uma inspiração"." Jesus havia prevenido sobre o aparecimento de falsos profetas (Mac 13.22).

Pela terceira vez, este homem é identificado como sendo judeu. Parece surpreen-dente que judeus pudessem se dedicar à mágica devido à condenação do Antigo Testamento contra esta prática. Mas existem amplas evidências de que realmente se dedica-vam a ela. Josefo menciona um mágico judeu de Chipre:8 Ele também diz que alguns oficiais romanos ficaram fascinados com outro mágico judeu.' Um dos sinais da deca-dência do judaísmo era que a mágica estava começando a se propagar entre os judeus.

O mágico de Pafos tinha o nome de Barjesus. Apalavra Bar em aramaico corresponde a "filho". Portanto, este homem era chamado "filho de Jesus" (em hebraico, Josué).

Barjesus estava com o procônsul (7), ou governador romano do país de Chipre. Críticos do século XIX afirmaram que Lucas havia cometido um erro aqui. Eles insistiam que Chipre era uma província imperial, governada por um "pro-pretor" e não uma província senatorial governada por um procônsul. Portanto, pensaram que Lucas esti-vesse errado. Porém, descobertas posteriores confirmaram completamente a precisão do apóstolo. Chipre foi transformada em província imperial no ano 27 d.C., porém cinco anos mais tarde ela foi concedida ao senado pelo imperador e assim permaneceu como província senatorial. Como em muitas outras passagens em Atos, a arqueologia confir-mou esta precisão de Lucas."

O procônsul chamou Barnabé e Saulo porque procurava muito ouvir a palavra de Deus. Ele era um varão prudente — "inteligente" ou "compreensivo", que queria conhecer a natureza do ensino que estava sendo propagado em sua província.

Barjesus, o mágico, também era chamado de Elimas (8). Quanto à afirmação por-que assim se interpreta o seu nome, Bruce diz: "O significado não pode ser que Elimas seja a tradução de Barjesus, pois os dois nomes têm um significado completamente dife-rente".' A versão grega diz: "Elimas, o mágico (pois este é o significado do seu nome) ".

O mágico resistia — "opunha-se" — aos missionários procurando apartar o procônsul da fé. Bruce comenta: "Elimas parece ter sido um dos mágicos de estimação que os grandes homens às vezes mantinham em seu séqüito, e ele tinha uma perspicaz suspeita de que se o procônsul prestasse atenção em Barnabé e Saulo, seus próprios serviços provavelmente seriam dispensados"."

Saulo (um nome hebraico comum) também tinha o nome de Paulo (9) — uma pala-vra latina (cf. Sérgio Paulo)." Uma vez que Paulo havia nascido como cidadão romano (Atos 22:27-28), mas de pais judeus (22.3), ele recebeu os dois nomes, o nome hebraico e o nome romano. Como se orgulhava do fato de ser "da tribo de Benjamim" (Fp 3:5) é provável que tenha recebido o nome do primeiro rei de Israel, Saulo, que também pertencia àquela tribo. Naturalmente, ele seria conhecido por este nome nos círculos judaicos. Mas agora que trabalharia principalmente no mundo dos gentios, chamava a si mesmo de Paulo. O fato de estar com Sérgio Paulo também pode ter tido alguma influência. Paulo podia dizer ao governador romano: "Meu nome também é Paulo".

Cheio do Espírito Santo — lit., "tendo sido cheio do Espírito Santo" (exatamente a mesma expressão de 4,8) — representa a tônica do livro de Atos. Este Espírito interior deu a Paulo uma especial inspiração e poder para esta ocasião.

Fixando os olhos é um verbo muito forte em grego. Com exceção de II Coríntios 3:7-13, ele foi usado somente por Lucas no Novo Testamento (dez vezes em Atos). Ele vem de um adjetivo que significa "concentrado, atento" e seu significado é "olhar fixa-mente".'

Paulo olhou atentamente o mágico e o acusou de ser cheio de todo o engano (10).

A melhor tradução seria "falsidade". "A palavra grega significa principalmente 'isca para peixe'; depois 'engano'; e também o 'desejo' ou a 'disposição para enganar"'." Paulo também disse que Elimas estava cheio de toda a malícia — "insensibilidade, atrevimento e facilidade para praticar o mal, que é o significado original e etimológico da palavra"." A palavra toda antes do substantivo serve para acentuar a profundidade e a dimensão do mau caráter do mágico.

Paulo também chamou Elimas de filho do diabo (caluniador, falso acusador). O mágico era conhecido como Barjesus ("filho de Jesus"), mas na realidade era "filho do diabo". Também era um inimigo de toda a justiça. Quando ele cessaria de perturbar [a mesma palavra traduzida como "apartar" no v. 8] os retos caminhos do Senhor -os caminhos da salvação?

Por causa da sua oposição à verdadeira luz, o mágico ficaria cego sem ver o sol por algum tempo (11). Isto sugere que sua cegueira seria apenas temporária. Ele não foi castigado com tanta severidade como Ananias e Safira porque estes pecaram contra uma luz maior e também porque seus atos ameaçaram influenciar prejudicialmente toda a igreja ao estabelecer um exemplo de falsidade. E no mesmo instante, a escuridão — o começo de uma obscuridade na visão (esta palavra grega aparece somente aqui no NT) — e as trevas (o clímax da cegueira total) caíram sobre ele. Andando à roda, busca-va a quem o guiasse pela mão — três palavras em grego, que querem dizer literalmente: "Andando [particípio presente de um ato contínuo], ele estava procurando [im-perfeito do indicativo de um ato contínuo] algum guia". O retrato é de um cego indefeso tateando em volta, suplicando às pessoas para segurarem a sua mão e guiá-lo até a sua casa. É provável que a maioria dos espectadores tenha ficado com medo de ajudá-lo.

Não é de admirar o efeito que este fato exerceu sobre o procônsul. O procônsul creu, admirado, na doutrina [em grego, "ensino"] do Senhor (12). Admirado é um verbo bastante forte que significa "atingir com pânico ou choque, admirar, assustar".27 O governador ficou dominado pelo que havia acontecido. Foi a combinação do ensino de Paulo e do castigo de Deus que "atingiu" o procônsul daquela maneira tão violenta. Lumby comenta: "Ele ficou convencido, pelo milagre e pelas palavras com as quais o fato foi acom-panhado, de que os apóstolos eram os mestres do caminho do Senhor que ele estivera procurando em vão em Elimas"." Acreditar no contexto de Atos significa aceitar a Cristo como seu Salvador e, dessa forma, tornar-se cristão.

TESTEMUNHANDO NO MUNDO GENTÍLICO

ATOS 13:13

B. A ÁSIA MENOR, Atos 13:13-14.28.

1. Antioquia da Pisídia (Atos 13:13-52)

a. A Sinagoga (Atos 13:13-15). A expressão Paulo e os que estavam com ele (13) — lit., "aqueles ao seu redor" — é extremamente significativa. Ela sugere uma nova liderança para este grupo missionário. Até o momento, tinha sido "Barnabé e Saulo". Mas de agora em diante será "Paulo e Barnabé".

As duas únicas exceções estão relacionadas com o Concílio de Jerusalém (Atos 15:12-25), onde os líderes judeus naturalmente chamariam primeiro Barnabé, e em Listra (Atos 14:14), onde Barnabé foi confundido com Júpiter, o maior deus.

O grupo de Paulo partiu de Pafos. O verbo significa literalmente "navegou". So-mente Lucas usa este verbo em um sentido náutico (treze vezes em Atos e uma vez em Lc 8:22). Este representa a familiaridade que Lucas tinha com o mar. Os judeus eram conhecidos por serem péssimos marinheiros. Mas Lucas, que foi provavelmente o úni-co escritor não judeu do Novo Testamento, aparentemente gostava muito de viajar em alto mar.

Os missionários chegaram a Perge da Panfília (ver o mapa 3). Era uma viagem de cerca de 270 quilômetros até o continente da Ásia Menor. Perge estava cerca de 13 quilômetros de distância de Cestrus, e talvez a 8 quilômetros do rio. É provável que tenham desembarcado no principal porto de Atália (cf. Atos 14:25), e caminhado até Perge. Panfília era um território que ficava entre os montes Taurus e o mar Mediterrâneo, na região onde agora está situada a Turquia. No ano 43 d.C., ela havia se unido à Lícia (no oeste) para formar uma província imperial.

Mais uma vez (cf. 5), o nome de João Marcos é mencionado e foi incluída uma noticia triste: João apartando-se deles voltou para Jerusalém (13). Não ficamos sabendo a razão, mas ele pode ter sido influenciado por uma combinação de fatores.

Pode ter sido uma disfarçada saudade que o levou de volta à casa de sua mãe em Jerusalém. Também é inteiramente possível, e até provável, que ele tenha se ressentido do fato de Paulo assumir a liderança do grupo, como está refletido na frase: Paulo e os que estavam com ele. Mas, o Espírito Santo não tinha designado "Barnabé e Saulo" como missionários? (2) Que direito tinha Paulo de usurpar o primeiro lugar? O fato de João Marcos ser primo de Barnabé (Cl 4:10, NEB) poderia levá-lo a ser mais solícito em relação ao seu parente. Talvez o jovem ajudante tivesse entendido que a viagem missionária incluiria apenas Chipre, a terra natal de Barnabé, e ele não esti-vesse feliz com a ida ao continente.

Outra possibilidade foi sugerida no versículo seguinte. Paulo e Barnabé deixaram as pantanosas terras baixas e subiram a região montanhosa da Galácia. Por quê? Na epístola aos Gálatas, Paulo sugere uma resposta. Ele diz: "Vós sabeis que por causa de uma enfermidade da carne vos preguei o Evangelho a primeira vez" (Gl 4:13, NASB). Sir William Ramsay entende que, na Panfília, o apóstolo pode ter sofrido uma recaída de malária crônica.' Lake e Cadbury comentam: "A natureza geralmente infestada de malária da costa e o clima muito mais saudável de Antioquia (1.000 metros acima do nível do mar) torna bastante provável a sugestão de Ramsay de que Paulo havia sofrido de malária em Perge"." Podemos imaginar que Paulo falasse com Barnabé sobre a necessidade de sua ida a uma altitude mais elevada. Barnabé, de coração generoso e magnânimo, concordou em ir. Mas seu jovem primo se recusou. Se Paulo tinha entendido os sinais, ele estava indo para casa. Além disso, era muito perigoso subir as montanhas infestadas por ladrões e cortadas por traiçoeiras torrentes de água. Ele não estava disposto a arriscar a sua vida. Portanto, foi para casa.

Depois da partida do seu ajudante, Paulo e Barnabé saíram de Perge (14) — literal-mente "tendo atravessado Perge" [ver o comentário sobre v. 6] — e chegaram a Antioquia da Pisídia (esta expressão está de acordo com o melhor texto grego). Na verdade, "Antioquia não estava em Psídia, mas era perto da Pisidia".31Ela foi chamada de Antioquia da Pisídia para ser diferenciada de Antioquia da Síria, de onde tinha vindo o grupo de missionários. Ramsay diz que Antioquia da Pisídia se refere a "uma cidade da Frigia em direção à Pisídia".32 Bruce escreve: "A Antioquia da Pisídia estava, na verdade, em uma região provavelmente chamada Frigia Galática, e era um centro civil e militar daquela parte da província".33 Mais tarde, no ano 295 d.C., Antioquia tornou-se uma parte da Pisídia. Anteriormente, ela havia sido transformada em uma colônia romana por Augusto.' Desde o início de sua carreira missionária, Paulo seguiu a política de evangelizar nos grandes centros metropolitanos.

Na Antioquia da Pisídia, os dois missionários entraram na sinagoga, num dia de sábado, e se sentaram. Fazendo isto, eles estavam seguindo o exemplo deixado pelo Mestre (Lc 4:16). Em relação a esta forma de devoção, Bruce diz: "No primeiro século, o culto da sinagoga consistia (a) do Shema ("Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor), (b) da oração do líder, (c) da leitura da Lei (e, no sábado e nos dias festivos, da leitura dos Profetas), (d) de um sermão proferido por algum membro capa-citado da congregação"."

A Lei (15) consistia no Pentateuco, os primeiros cinco livros das Escrituras. No cânon hebraico, os Profetas incluem os chamados "profetas antigos" — Josué, Juízes, 1 e II Samuel, 1 e II Reis — e os "profetas posteriores" — Isaías, Jeremias, Ezequiel e o livro dos Doze (Profetas Menores). O resto do cânon hebraico estava agrupado na terceira divisão chamada de Hagiógrafa ("Escritos Sagrados").

Depois da leitura de determinadas lições da Lei e escritos dos Profetas, foi enviada uma mensagem aos visitantes pelos principais da sinagoga — o plural sugere que havia mais de um deles oficiando. Adam Clarke descreve varões irmãos como "uma maneira hebraica para dizer 'Vós homens que sois nossos irmãos', i.e., judeus como nós mesmos"."

A mensagem aos missionários era: Se tendes alguma palavra de consolação para o povo, falai. A palavra consolação pode ser precisamente traduzida como "encorajamento" (Phillips) ou "conforto". Em vista do fato dos judeus chamarem a vinda do Messias de "Consolação de Israel" (cf. Lc 2:25), Clarke diz: "Aqui, a palavra paraklesis deve ser entendida com o significado de consolação e isto em referência ao Messias... Paulo mostrou o carinho e a proteção de Deus para com o seu povo, Israel, e a abundante provisão que havia feito para a sua salvação através de Jesus Cristo".'

b. O Sermão (Atos 13:16-41). O primeiro sermão registrado do apóstolo Paulo é sur-preendentemente semelhante ao de Estêvão (7:2-53), no sentido de que ambos fazem um resumo histórico da conduta de Deus em relação ao seu povo. No entanto, o discurso de Paulo não é uma absoluta repetição do outro. Enquanto Estêvão começa com Abraão e os patriarcas, Paulo começa com o Êxodo.

Alexander faz a seguinte síntese do conteúdo deste sermão: "Começando com uma breve descrição da antiga história de Israel, como a igreja primitiva ou o povo escolhi-do, desde a sua primeira vocação até o reinado de Davi (17-22), o apóstolo de repente apresenta Jesus como herdeiro daquele rei e o prometido Salvador (23) citando João Batista como sua testemunha e seu precursor (24-25) ; em seguida, ele faz a oferta da salvação através de Cristo a ambas as classes de ouvintes (26), descrevendo sua rejei-ção pelos judeus de Jerusalém (27), sua morte, sepultamento e ressurreição (28-31). Tudo isso representa o cumprimento da promessa de Deus aos antepassados (32) e as profecias específicas, três das quais ele cita, interpreta e aplica a Cristo (33-37), termi-nando com outra fervorosa oferta de salvação (38-39) e uma solene advertência contra a incredulidade (40-41) "."

(1) De Moisés a João (13 16:25). Jesus obedecia ao costume dos rabinos judeus de ficar sentado enquanto ensinava o povo (cf. Mt 5:1; Lc 4:10), porém aqui em Antioquia da Pisídia Paulo se levantou (16), seguindo a maneira dos oradores gregos e romanos. Pe-dindo silêncio com a mão para ganhar a atenção dos presentes (cf. Atos 21:40), ele se dirigiu aos ouvintes como varões israelitas — lit. "homens, israelitas", i.e., "compa-nheiros israelitas" — e os que temeis a Deus. Os tementes a Deus eram aqueles que adoravam na sinagoga e observavam o sábado. Este termo talvez pudesse incluir os gentios prosélitos (ver os comentários sobre Atos 10:2).

Uma das maiores ênfases do Antigo Testamento está no fato de Deus ter escolhido (17) Abraão e seus descendentes para serem o seu povo da Aliança (cf. Êx 6:1-4,6;13 14:16). O mesmo verbo grego para escolheu é usado repetidamente na Septuaginta para ex-pressar esta idéia (e.g., Dt 7:7-14.2; 51 33.12; 77.8). Ele exaltou o povo tornando-o poderoso e forte. Com braço poderoso — expressão hebraica para grande poder -Deus tirou-o do Egito.

Deus suportou os seus costumes no deserto por espaço de quase quarenta anos (18) — ou "como um pai cuidadoso ele o conduziu no deserto" (ASV). A diferença entre essas duas traduções é uma questão de apenas uma letra em grego. A versão KJV traduz etropophoresen, enquanto a ASV traduz etrophophoresen ("nutrir, conduzir como uma ama"). A evidência existente nos manuscritos é tão equilibrada que é quase impos-sível ter certeza sobre qual seria a mais correta. A tradução da KJV é essencialmente acompanhada pelas versões RSV e NEB. A confusão no texto vai até a Septuaginta de Deuteronômio 1:31, que Paulo está evidentemente citando. Bruce escreve: "A palavra hebraica é nasa, que pode significar 'carregar' ou 'suportar', e poderia ser representada pelas duas palavras gregas"." Adam Clarke oferece aquela que provavelmente seria a melhor conclusão, quando escreve: "Ambas, quando corretamente entendidas, falam pra-ticamente no mesmo sentido, mas a última [ASV] é mais expressiva e combina melhor com o discurso de Paulo e com a história à qual ele está fazendo uma alusão".'

Rapidamente, Paulo analisa a subseqüente história de Israel até à época de Davi. Deus destruiu sete nações (19) — heteus, girgaseus, amorreus, cananeus, ferezeus [ou perizeus], heveus e jebuseus (Dt 7:1) — na terra de Canaã e deu-lhes por sorte a terra deles — "como herança".

E, depois disto, por quase quatrocentos e cinqüenta anos, lhes deu juízes, até ao profeta Samuel (20). Isto apresenta um problema cronológico que se reflete nas diferentes redações dos manuscritos. O melhor texto grego coloca a frase por quase quatrocentos e cinqüenta anos no versículo 19, e não no 20. Bruce diz a respeito desta redação: "Ela é a melhor explicação para cobrir os 400 anos de viagem... os 40 anos no deserto e o período que transcorreu desde a entrada em Canaã até à distribuição de terras em Josué 14"» O problema na tradução da versão KJV em inglês é que ela não pode ser harmonizada com a declaração em I Reis 6:1, de que o quarto ano de Salomão aconteceu 480 anos depois do Êxodo. Isto não poderia ser verdade se o período dos Juízes tivesse 450 anos. Rackham afirma que o período de 450 anos começou com a promessa feita a Abraão de que a sua semente herdaria a terra."

O período dos juízes terminou com o profeta Samuel, que era considerado pelos judeus o primeiro profeta desde Moisés. Mas, depois de Samuel, continuou a haver pro-fetas em Israel ao longo de todo o Antigo Testamento. Segundo a observação de Lake e Cadbury: "Da mesma forma como consta nos primeiros capítulos de I Samuel, ele é a ligação entre os Juízes e os Profetas, e pode ser considerado como qualquer um deles"."

Antes da morte de Samuel, os israelitas já tinham pedido um rei (21). Então Deus lhes deu Saul, filho de Quis. Ele era da tribo de Benjamim, assim como o próprio orador (ver os comentários sobre v. 9). A duração do reinado de Saul consta aqui como quarenta anos, mas isto não está indicado de forma definitiva no Antigo Testamento. No entanto, foi confirmado por Josefo, que escreve: "Agora Saul, que reinara dezoito anos enquanto Samuel estava vivo, e vinte e dois depois da sua morte, terminou a sua vida desta maneira".' Em outra passagem, entretanto, ele diz que Saul reinou durante vinte anos." Mas será que isto não seria um arredondamento do número quanto à duração do seu reino depois da morte de Samuel, que ainda poderia ser considerado como juiz?

Como Saul desobedeceu, foi retirado por Deus (22) da posição de rei (por causa de sua morte prematura), e Davi foi estabelecido pelo Senhor em seu lugar. Assim, entende-mos que a eleição divina está sujeita à obediência humana. Deus escolheu Saul, mas o rejeitou porque ele desobedeceu. Da mesma forma, Israel seria retirado por causa da sua desobediência e a igreja de Jesus Cristo tomaria o lugar de Israel como o povo de Deus.

O testemunho divino a respeito de Davi consiste em três citações do Antigo Testa-mento combinadas em uma só — uma característica comum no Novo Testamento. A frase Achei a Davi vem de Salmos 89:20. Varão conforme o meu coração vem de I Samuel 13:14, e que executará toda a minha vontade vem de Isaías 44:28.

Da descendência deste (cf. Rm 1:3) trouxe Deus a Israel o Salvador, que é Jesus (23). Esta era a essência da mensagem de Paulo para a qual toda a introdução histórica havia apenas preparado o caminho.

João Batista havia "antes da vinda dele, pregado a todo o povo de Israel o batismo do arrependimento" (lit., 24). A palavra vinda provavelmente se refere ao início do mi-nistério público de Jesus. João havia declarado: Eu não sou o Cristo (25) — i.e., o Messias. Antes, após mim vem aquele a quem não sou digno de desatar as sandá-lias dos pés (cf. Lc 3:16).

(2) O Messias crucificado e ressurrecto (13 26:41). Novamente (cf. 16), Paulo se diri-ge a ambos; aos judeus — filhos da geração de Abraão (26) e-aos gentios tementes a Deus. A eles é enviada a palavra desta salvação. Mas os habitantes de Jerusalém e os seus príncipes (27), como ignoravam Jesus e as vozes dos profetas que se lêem todos os sábados no culto das sinagogas, haviam cumprido aquelas mesmas profeci-as condenando Jesus à morte. Embora não achassem alguma causa de morte (28), ainda assim convenceram Pilatos a condená-lo à morte. Quando já tinham cumprido as profecias do Antigo Testamento a seu respeito (29), eles removeram seu corpo da cruz e o colocaram no sepulcro. Para sermos mais específicos, foi José de Arimatéia que o sepul-tou (Mt 27:57-60).

Em seguida, vem uma das principais ênfases da pregação apostólica: Deus o res-suscitou dos mortos (30). Era necessário que os cristãos primitivos estivessem presen-tes na ressurreição para comprovar que Jesus era o Messias e o Salvador. Uma vez que a ressurreição de Cristo representa a garantia que temos nele, ela deveria se tornar a parte principal das pregações atuais do Evangelho.

O Cristo ressuscitado... por muitos dias, foi visto — na verdade foram quarenta dias (cf. 1,3) — pelos seus discípulos, que vieram da Galiléia a Jerusalém (31). Isto está de acordo com os relatos nos Evangelhos e em Atos 1. Aqueles que o viram são suas testemunhas para com o povo.

Paulo prosseguiu anunciando o evangelho (32; evangelizometha), mostrando que a promessa divina aos pais foi cumprida por Deus (32) a nós, seus filhos' ao ressuscitar Jesus. A promessa citada por Paulo é: Meu filho és tu; hoje te gerei (Sl 2:7). Parece muito natural entender a palavra ressuscitaria como uma referência à ressurreição de Jesus "dentre os mortos" (NEB). Porém, muitos e excelentes estudiosos insistem que é a encarnação que está aqui subentendida, enquanto a ressurreição está no versículo 34.

As santas e fiéis bênçãos de Davi vos darei (34) representa o texto hebraico de Isaías 55:3. Mas aqui o texto grego corresponde a uma citação da Septuaginta desta passagem: "Eu vou dar a vocês as bênçãos sagradas e certas que prometi a Davi" (NTLH). Lake e Cadbury comentam: "É importante observar que toda a argumentação está base-ada na LXX e irá desaparecer se o discurso não for em grego"." A citação no versículo 35 vem de Salmos 16:10. No versículo 36, Paulo argumenta que, como Davi havia morrido, essas passagens devem se aplicar ao Messias. Ele é o Único que não viu nenhuma corrupção (37).

A conclusão de tudo isto é que por este se vos anuncia a remissão dos pecados. E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê (38-39). Este é o ponto sobre o qual Paulo desenvolve intensamente os seus escritos em Gálatas e Romanos. Ele é a essência da sua mensagem aos judeus.

O sermão termina com uma advertência aos ouvintes para que a sua rejeição aos Evangelhos não traga sobre eles a predição profética de Habacuque 1:5.

c. Corações Famintos (Atos 13:42-43). Os judeus saíram da sinagoga (42), mas os gentios permaneceram para implorar aos missionários que lhes pregassem mais so-bre esta verdade no sábado seguinte. Seus corações estavam famintos para ouvir mais a respeito de Jesus, o Salvador. Muitos dos judeus e dos prosélitos religio-sos seguiram Paulo e Barnabé (43). Os apóstolos insistiram para que eles perma-necessem na graça de Deus.

  • Judeus Invejosos (Atos 13:44-47). Este interesse foi provocado pela visita dos dois mis-sionários, de forma que no sábado seguinte, ajuntou-se quase toda a cidade a ouvir a palavra de Deus (44). Mas os judeus, vendo a multidão que havia se reuni-do para ouvir Paulo e Barnabé, encheram-se de inveja (45). Esta era a mesma inveja que havia causado a morte de Jesus. Recusando-se a aceitar a Palavra de Deus, esses líderes religiosos se opunham à pregação dos apóstolos, de modo que, blasfemando, contradiziam (falavam contra) o que Paulo dizia. Eles sem dúvida blasfemavam o nome de Jesus, como se o Senhor fosse um impostor.
  • Paulo e Barnabé informaram aos judeus que era mister (46) que o Evangelho fosse pregado primeiro a eles (cf. Rm 1:16). Mas, como eles o haviam rejeitado, estavam conde-nando-se como indignos da vida eterna, e assim Paulo e Barnabé se voltaram para os gentios. Este era um fato que, de agora em diante, iria se repetir cidade após cidade -os judeus rejeitando o Evangelho e os gentios aceitando. Tudo isso era o cumprimento da profecia (47) de Isaías 49:6 — palavras originalmente dirigidas a Israel, mas aplicadas a Cristo em Lucas 2:32. Paulo então afirma que Deus o havia nomeado para ser a luz dos gentios, para levar o Evangelho até aos confins da terra, i.e., os limites do Império Romano (no caso de Paulo).

  • Avivamento e Tumulto (Atos 13:48-52). Os gentios se alegraram com estas boas no-tícias e glorificavam a palavra do Senhor (48), que agora lhes seria pregada. Uma observação foi incluída: creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna. Adam Clarke enfatiza o fato de o único verbo traduzido como ordena-dos "não incluir nenhuma idéia de uma pré-ordenação ou pré-destinação de qual-quer espécie".49 Ele continua dizendo que a palavra tasso "significa colocar, estabele-cer, ordenar, nomear, dispor; portanto, precisa ser considerada aqui implicando a dis-posição ou a atitude mental de várias pessoas da congregação, tais como os prosélitos religiosos mencionados no versículo 43, que possuíam uma disposição diferente da dos judeus que falavam contra estas coisas, contradizendo e blasfemando, no versículo 45"." Em outras palavras, os prosélitos "neste bom estado e ordem de pensamento, creram"." Lumby chama a atenção para o uso militar da palavra tasso, i.e., arranjar as tropas em ordem, e diz: "Assim os gentios estavam se organizando, e foram orde-nados para a vida eterna. O texto não diz qualquer palavra que nos leve a pensar que daí por diante alguém pudesse mudar de lado".52 Os judeus e os gentios haviam se ordenado em lados opostos na questão da pregação apostólica, mas isto não definia inalteravelmente o seu destino.
  • Não só muitos gentios aceitaram Cristo como também a palavra do Senhor se divulgava — lit., era "propagada" ou "levada" — por toda aquela província (49). A política de Paulo era concentrar-se nas grandes cidades e deixar que o trabalho da evangelização se irradiasse a partir destes centros.

    Não contentes em se oporem à pregação dos apóstolos na sinagoga, os judeus incitaram algumas mulheres religiosas e honestas (50). A palavra honestas (ou de alta posição) significa "ricas". Elas eram religiosas, i.e., devotas na sinagoga. Elas foram incitadas, juntamente com os principais da cidade a perseguir Paulo e Barnabé. Finalmente, eles lançaram fora os missionários — lit., os "expulsaram" dos seus li-mites (distrito).

    Os apóstolos sacudiram... contra eles o pó dos pés (51). Este ato era em obedi-ência à ordem Cristo (cf. Mt 10:14; Mac 6.11; Lc 9:5-10.11). Os judeus faziam isto muitas vezes quando voltavam do território dos gentios. Portanto, aqui ele pode sig-nificar que Paulo e Barnabé consideravam esses judeus que rejeitavam a Cristo como "pagãos".

    Expulsos de Antioquia da Pisídia, os dois missionários partiram para Icônio. Atualmente, este lugar se chama Konya. Como estava situada na junção de várias estra-das, essa cidade sempre foi muito importante. Na época do Novo Testamento, ela se localizava na região da Frigia, que fazia parte da província romana da Galácia.

    Apesar de tudo que havia acontecido, os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo (52). Esta afirmação é muitas vezes, mas não usualmente, aplicada a Paulo e Barnabé. Mas Alexander sugere: "Os discípulos que foram assim afetados eram sem dúvida os judeus convertidos e os gentios que os missionários haviam deixado para trás em Antioquia e contra quem a perseguição talvez tenha continuado durante algum tempo"." Os discípulos estavam cheios de alegria precisamente porque estavam chei-os... do Espírito Santo.

    Alexander Maclaren usa este texto (52) como base para o sermão "Cheio do Espírito Santo". 1. Que esta possa ser a experiência de todo cristão; 2. O resultado daquela vida universal e abundante; 3. A maneira pela qual também podemos ser cheios.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Atos Capítulo 13 versículo 24
    Mc 1:4; Lc 3:3; At 19:4.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
    *

    13.1 Barnabé. Ver nota em 4.36.

    Simeão, por sobrenome Níger. Seu sobrenome significa “negro”em latim, e ele pode ter vindo da África. Ele pode ser o mesmo Simão Cireneu (Lc 23:26), cujos filhos Alexandre e Rufo estavam entre os cristãos em Roma (Mc 15:21; conforme Rm 16:13).

    Lúcio de Cirene. Cirene era a capital da província romana de Cirenaica (na Líbia atual).

    * 13.3 impondo sobre eles as mãos. Eles oficialmente colocaram suas mãos sobre Barnabé e Paulo, em reconhecimento do que o Espírito Santo tinha já feito (v. 2) e do que iria fazer ao enviá-los (v.4; conforme 14.23; 1Tm 4:14).

    * 13.4 Selêucia. O porto de Antioquia, 25 km a oeste de Antioquia.

    Chipre. Uma ilha na parte leste do Mediterrâneo, habitada principalmente por gregos, mas também por muitos judeus.

    * 13.5 Chegados a Salamina. Eles navegaram em direção a oeste cerca de 208 km, de Selêucia à costa leste de Chipre. Salamina era a mais importante cidade da ilha; a capital da província era Pafos, 144 km a sudoeste.

    *

    13.6 certo judeu, mágico. A palavra grega magos significa “sábio” (Mt 2:1), “feiticeiro”, “mágico”. A feitiçaria era proibida no judaísmo, mas não era desconhecida. Barjesus (filho de Josué) era realmente um falso profeta.

    * 13.7 Sérgio Paulo. Possivelmente Lúcio Sérgio Paulo, que tinha sido um oficial no reinado de Cláudio, e então tornou-se procônsul (o oficial chefe numa província senatorial) em Pafos, Chipre (conforme 18.12; 2Co 9:2). Em contraste, a Palestina era uma província imperial e tinha um procurador, que prestava contas diretamente ao imperador.

    * 13.8 Elimas. Outro nome para Barjesus. Este homem estava na corte do procônsul; ele tentava impedir Sérgio Paulo de crer na mensagem cristã.

    * 13.9 Saulo... chamado Paulo. “Saulo” era seu nome judeu e “Paulo” seu nome romano, provavelmente remontando a sua vida em Tarso. Lucas usa a ocasião da conversão de um proeminente oficial gentio, Sérgio Paulo, para apresentar o nome familiar do apóstolo dos gentios.

    *

    13.13 dirigiram-se a Perge da Panfília. A cidade de Perge era na Panfília, uma província romana economicamente pobre na costa sul da Ásia Menor (atual Turquia). Perge ficava 8 km para o interior. Foi neste tempo que João Marcos deixou Paulo e Barnabé e voltou para casa.

    * 13.14 Antioquia da Pisídia. Esta Antioquia estava cerca de 160 km ao norte de Perge e 1.100 m acima do nível do mar. Ficava na Frígia, mas perto da Pisídia e, para distingui-la da outra Antioquia da Frígia, era popularmente chamada “Antioquia da Pisídia”.

    * 13.15 leitura da lei e dos profetas. Um culto de adoração na sinagoga incluiria o credo judaico (Dt 6:4), a oração de “Dezoito Bênçãos”, uma leitura da lei e outra dos profetas, uma exposição e aplicação (Lc 4:16-30) e uma bênção de encerramento.

    * 13.20 cerca de quatrocentos e cinqüenta anos. Cerca de quatrocentos anos, mais os quarenta anos no deserto e o período da conquista de Josué (7.6 nota).

    *

    13.33 Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Isto é, hoje, ao levantar-te dentre os mortos, estou declarando que tu és meu Filho e eu sou teu Pai (Hb 1:5, nota).

    * 13.34 para que jamais voltasse à corrupção. Isto é, para nunca morrer de novo.

    * 13.39. A lei conduz o pecador para Cristo (Gl 3:24), pois “um homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo” (Gl 2:16). Ser justificado é ser declarado justo por Deus (Rm 3:21,22) e portanto receber perdão dos pecados (Ef 1:7). Ver “Justificação e Mérito” em Gl 3:11.

    * 13.46 a vós outros, em primeiro lugar... a palavra de Deus. Uma vez que Jesus o Messias veio através dos judeus (Gn 12:3), Paulo é consistente em aplicar o princípio “para os judeus primeiro e também para os gregos” (Rm 1:16). Ele reconhece que o plano de Deus tambem inclui os gentios (Is 49:6), um fato a que estes judeus de Antioquia da Pisídia resistiam.

    *

    13.48 e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. Deus havia escolhido este povo de antemão e agora, através da convicção e do arrependimento (11.18; 2Tm 2.25) trouxe-os à fé em Cristo (Ef 2:8). Lucas usa a voz passiva (“haviam sido destinados”) indicando que Deus é o agente. Somente Deus concede vida eterna (Mt 45:26; Jo 10:28; 17:2). Ver “Eleição e Reprovação” em Rm 9:18.

    *

    13.51 sacudindo... o pó dos pés. Um sinal judeu de desagrado e separação (Mt 10:14).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
    13:1 Que variedade há na igreja! O elo comum destes cinco homens foi sua grande fé em Cristo. Nunca devemos excluir a aquele que Cristo chama para lhe seguir.

    13 2:3 A igreja apartou ao Paulo e Bernabé para a obra que Deus tinha para eles. Apartar significa separar com um propósito especial. Nós também devemos dedicar a nossos pastores, missionários e operários cristãos para suas tarefas. Podemos também nos dedicar com nosso tempo, dinheiro e talentos para a obra de Deus. lhe pergunte a Deus o que quer que dedique ao.

    13:2, 3 Este foi o começo da primeira viagem missionária do apóstolo Paulo. A igreja se envolveu ao enviar ao Paulo e Bernabé, mas o plano era de Deus. por que Paulo e Bernabé foram a esses lugares? (1) O Espírito Santo os conduziu. (2) Seguiram as rotas de comunicação do Império Romano, isto facilitou a viagem. (3) Visitaram populações chave e centros culturais para alcançar tanta gente como fora possível. (4) Foram às cidades com sinagogas, falando primeiro aos judeus com a esperança de que vissem o Jesus como o Messías e que ajudassem a pulverizar as boas novas a todos.

    13:2, 3 Este foi o começo da primeira viagem missionária do apóstolo Paulo. A igreja se envolveu ao enviar ao Paulo e Bernabé, mas o plano era de Deus. por que Paulo e Bernabé foram a esses lugares? (1) O Espírito Santo os conduziu. (2) Seguiram as rotas de comunicação do Império Romano, isto facilitou a viagem. (3) Visitaram populações chave e centros culturais para alcançar tanta gente como fora possível. (4) Foram às cidades com sinagogas, falando primeiro aos judeus com a esperança de que vissem o Jesus como o Messías e que ajudassem a pulverizar as boas novas a todos.

    13:4 Localizada no Mediterrâneo, a ilha do Chipre, com uma grande população judia, era o lar do Bernabé. Sua primeira parada foi dentro de território familiar.

    13 6:7 Um procónsul era um alto oficial romano. Sua função aqui era governar a ilha. Os governantes freqüentemente possuíam adivinhos privados. Barjesús se deu conta que se Sergio Paulo acreditava no Jesus, logo ficaria sem emprego.

    MINISTÉRIO NO Chipre: Os líderes da igreja da Antioquia escolheram ao Paulo e Bernabé para levar o evangelho em direção oeste. Acompanhados do João Marcos, abordaram uma nave com rumo à Seleucia e cruzaram o Mediterrâneo para o Chipre. Pregaram na Salamina, a cidade maior, e atravessaram a ilha para chegar ao Pafos.

    13 9:10 Aqui é onde ao Saulo lhe chama pela primeira vez Paulo.

    13:10 O Espírito Santo guiou ao Paulo a confrontar ao Barjesús com seu pecado. Há tempo para ser amável e tempo para confrontar. lhe peça a Deus que lhe mostre a diferença e que lhe dê valor para fazer o bom.

    13:13 Não se explica o porquê João Marcos deixou ao Paulo e Bernabé. Algumas sugestões são: (1) sentia saudades seu lar; (2) não esteve de acordo com a mudança de liderança do Bernabé (seu tio) pelo do Paulo; (3) esteve muito doente (pôde ter afetado a todos eles; veja-se Gl 4:13); (4) sentiu-se incapaz de suportar o rigor e perigos da viagem missionária; (5) planejou ir sozinho até certa parte, mas não o comunicou ao Paulo nem ao Bernabé. Paulo acusou ao João Marcos de perda de valor e entrega, e recusou levá-lo como companheiro em outra viagem (Gl 15:37-38). Por cartas posteriores do Paulo é evidente que o respeito que tinha ao Marcos aumentou (Cl 4:10) e que o necessitou em seu trabalho (2Tm 4:11).

    13:14 Esta é Antioquía da Pisidia, não a Antioquía de Síria onde já florescia a igreja (11.26). Antioquía da Pisidia era o centro de bons caminhos e comércio e tinha uma grande população judia.

    13:14 Quando foram a uma nova cidade para atestar de Cristo, Paulo e Bernabé assistiam antes à sinagoga. Quão judeus foram à sinagoga acreditavam em Deus e estudavam com diligência as Escrituras. É trágico, entretanto, que muitos não aceitavam ao Jesus como o Messías prometido porque tinham uma falsa idéia do que seria o reino do Messías. O não foi um rei militar que derrocaria o controle de Roma, a não ser um rei servo que derrocaria o pecado do coração da gente. (Solo mais tarde quando voltar, julgará as nações do mundo.) Paulo e Bernabé não se separaram das sinagogas, mas sim trataram de mostrar com claridade que muitas das Escrituras que os judeus estudavam assinalavam ao Jesus.

    13:14, 15 O que acontecia no serviço da sinagoga? Primeiro se recitava o Shema (isto é Dt 6:4, o qual os judeus repetiam várias vezes ao dia). Elevavam-se certas orações, logo se lia a Lei (os livros de Gênese até o Deuteronomio), uma leitura dos profetas tentava ilustrar a Lei e um sermão. Os principais das sinagogas decidiam quem devia dirigir o serviço e dar o sermão. Cada semana se escolhia uma pessoa diferente para que dirigisse. Já que era um costume que o principal da sinagoga convidasse a rabinos visitantes para que falassem, Paulo e Bernabé quase sempre tinham a porta aberta quando foram pela primeira vez a uma sinagoga. Mas assim que falavam do Jesus como o Messías, a porta se fechava. Pelo general, os líderes religiosos não os convidavam de novo e algumas vezes o jogavam do povo.

    13.16ss A mensagem do Paulo aos judeus na Antioquía começa com uma ênfase na aliança entre Deus e Israel. Começou com um ponto no que concordavam, para todos os judeus era motivo de orgulho ser o povo escolhido de Deus. Logo Paulo passou a explicar como o evangelho cumpriu este pacto e alguns judeus encontraram esta mensagem difícil de aceitar.

    BERNABE

    Todo grupo necessita um "animador", porque cedo ou tarde cada pessoa necessita estímulo; entretanto, freqüentemente o valor do estímulo se passa por cima devido a que tende a ser privado antes que público. Está provado, a gente necessita estímulo quando sente a solidão com maior intensidade. Um homem chamado José era tão notável em sua forma de estimular, que foi uma grande ajuda para todos e ganhou o apodo de "filho de consolação", ou Bernabé, dos cristãos em Jerusalém.

    Bernabé esteve sempre disposto a estimular e foi uma grande ajuda às pessoas que o rodeava. É interessante notar que Bernabé em qualquer lugar estimulava aos cristãos, grupos de inconversos se converteram em crentes!

    As ações do Bernabé foram cruciais na igreja primitiva. Em certa forma, devemos lhe agradecer por grande parte do Novo Testamento. Deus usou sua relação com o Paulo em um ponto e com o Marcos em outro a fim de obter que estes dois homens se mantiveram em marcha embora cometessem enganos. Bernabé fez maravilhas através do estímulo!

    Quando Paulo chegou a Jerusalém a primeira vez, logo depois de sua conversão, os cristãos da localidade estavam comprensiblemente resistentes em lhe dar a bem-vinda. Pensavam que a história de sua conversão era uma armadilha para capturar a mais cristãos. Solo Bernabé esteve disposto a pôr em risco sua vida reunindo-se com o Paulo para logo convencer a outros que sua antes inimigo era agora um crente fervente no Jesus. Solo podemos nos perguntar o que tivesse acontecido com o Paulo de não estar Bernabé.

    Foi Bernabé o que animou ao Marcos para que viajasse com ele e Paulo a Antioquía. Marcos se uniu a eles em sua primeira viagem missionária, mas decidiu durante a viagem retornar a casa. Mais tarde, Bernabé quis convidar ao Marcos para que se unisse a eles em outra viagem, mas Paulo não esteve de acordo. Como resultado, os companheiros se separaram, Bernabé foi com o Marcos e Paulo com o Silas. Isto permitiu que se dobrasse o esforço missionário. O estímulo paciente do Bernabé recebeu o prêmio eficaz do Marcos. Paulo e Marcos se reuniram mais tarde em diferentes esforços missionários.

    Como mostra a vida do Bernabé, estranha vez estaremos em situações nas que não possamos animar a alguém. Nossa tendência, entretanto, é mas bem criticar. É importante que alguma vez assinalemos os enganos de alguma pessoa, mas antes de que tenhamos o direito a fazê-lo, devemos ganhar a confiança dessa pessoa mediante o estímulo. Está disposto a estimular às pessoas com as que se relacionará hoje?

    Virtudes e lucros:

    -- Um dos primeiros em vender suas posses para ajudar aos cristãos em Jerusalém

    -- O primeiro em viajar com o Paulo como membro da equipe missionária

    -- Era um alentador, como mostra seu apodo, e um dos que mais influiu nos primeiros dias do cristianismo

    -- Chamado apóstolo, em que pese a que não foi um dos doze originais

    Debilidades e enganos:

    -- Apoiou ao Pedro, temporalmente, mantendo-se afastado dos crentes gentis até que Paulo lhe corrigiu

    Lições de sua vida:

    -- O estímulo é uma das formas mais eficazes para ajudar

    -- cedo ou tarde, a verdadeira obediência a Deus encerra risco

    -- Sempre há alguém que necessita estímulo

    Dados vitais:

    -- Lugar: Chipre, Jerusalém, Antioquía

    -- Ocupação: Missionário, professor

    -- Familiares: Irmã: María. Sobrinho: João Marcos

    -- Contemporâneos: Pedro, Silas, Paulo, Herodes Agripa I

    Versículos chave:

    "Este, quando chegou, e viu a graça de Deus, regozijou-se, e exortou a todos a que com propósito de coração permanecessem fiéis ao Senhor. Porque era varão bom, e cheio do Espírito Santo e de fé. E uma grande multidão foi adicionada ao Senhor" (At 11:23-24).

    A história do Bernabé se narra em At 4:36-37; 9:27-15.39. Também se menciona em 1Co 9:6; Gl 2:1, Gl 2:9, Gl 2:13; Cl 4:10.

    13 23:31 Paulo começou de onde seus ouvintes estavam e logo apresentou a Cristo. Já que Paulo se dirigia a uma audiência de judeus devotos, começou com o pacto, Abraão, Davi e outros temas familiares. Mais tarde, quando falava com filósofos gregos em Atenas (17.22-32), apresentaria sua mensagem com observações referentes à cidade. Em ambos os casos, enfocava sua mensagem em Cristo e enfatizava a ressurreição. Quando você anuncie as boas novas, comece de onde se encontra sua audiência e logo lhe fale de Cristo.

    MINISTÉRIO NO PANFILIA E GALACIA : Paulo, Bernabé e João Marcos saíram do Pafos e desembarcaram no Perge na região úmida da Panfilia, uma bandagem estreita de terra entre o mar e o monte Touro. João Marcos os deixou no Perge, mas Paulo e Bernabé seguiram o caminho escarpado para as alturas da Pisidia na Galacia. Quando os judeus rechaçaram sua mensagem, Paulo pregou aos gentis e os judeus jogaram ao Paulo e Bernabé da cidade da Antioquía da Pisidia.

    13 38:39 Estas são as boas novas do evangelho: o perdão de pecados e a liberdade de culpa estão ao alcance de todas as pessoas mediante a fé em Cristo, incluindo-o a você. recebeu este perdão alguma vez? sente-se renovado por isso cada dia?

    13 42:45 Os líderes judeus apresentaram argumentos teológicos contra Paulo e Bernabé, mas a Bíblia nos diz que a verdadeira razão para sua denúncia foi "que se encheram de ciúmes" (5.17). Quando vemos que outros triunfam onde não temos lucros ou não recebemos o que desejamos, é difícil nos regozijar com eles. O ciúmes são nossa reação natural. Mas que trágico é quando o ciúmes tentam deter a obra de Deus. Se um trabalho for obra de Deus, te regozije nele, sem importar quem o faça.

    13:46 por que era necessário que o evangelho fora antes aos judeus? Deus planejou que através da nação judia todo mundo o conhecesse (Gn 12:3). Paulo, como judeu, amou a seu povo (Rm 9:1-5) e quis lhe dar toda oportunidade para que lhe unissem na proclamação da salvação de Deus. É lamentável, mas muitos judeus não reconheceram no Jesus ao Messías, nem entenderam que no, Deus oferecia a salvação a cada um, judeu ou gentil, a quem vem ao em fé.

    CONTINUACION DO MINISTÉRIO NO GALACIA: Paulo e Bernabé, jogados da Antioquía da Pisidia, descenderam neste direção. Primeiro foram ao Iconio, um centro comercial no caminho entre Assíria e Síria. Logo depois de pregar ali, tiveram que fugir a Listra, 40 km ao sul, onde apedrejaram ao Paulo, mas ele e Bernabé percorreram os 80 km que lhes faltava para chegar ao Derbe, povo fronteiriço. O carinho dos irmãos atrasou seus passos.

    13:47 Deus planejou que esta luz fora o Israel (Is 49:6). Através do Israel veio Jesus, a luz das nações (Lc 2:32). Esta luz se pulverizaria e iluminaria aos gentis.

    13:50 Em lugar de aceitar a verdade, os líderes judeus jogaram ao Paulo e Bernabé do povo. Quando se confronta às pessoas com uma verdade que transtorna, freqüentemente dão as costas e se negam a escutar. Quando o Espírito de Deus assinala mudanças necessárias em nossas vidas, devemos escutá-lo, ou do contrário arriscamos afastar tanto a verdade de nós, que nos deixará de afetar.

    13:51 Freqüentemente os judeus sacudiam o pó de seus pés quando saíam de uma aldeia gentil. Isto simbolizava limpar-se da contaminação dos que não adoravam a Deus. Para o Paulo e Bernabé, fazer o mesmo aos judeus demonstrava que ao rechaçar o evangelho não eram na verdade parte do Israel e não eram melhor que os pagãos.

    13:51 Jesus disse a seus discípulos que sacudissem o pó de seus pés de qualquer povo que não os aceitasse nem escutasse (Mc 6:11). Os discípulos não eram culpados se se rechaçava a mensagem, sempre e quando fossem fiéis em apresentá-lo. Quando pregamos a Cristo com esmero e sensibilidade, Deus não nos responsabiliza pelas decisões de outras pessoas.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
    XV. A CAMPANHA DA IGREJA DA PRIMEIRA GENTILE missionária (At 13:1)

    As missões de Felipe para Samaria (At 8:5) e ao nobre etíope (At 8:26 ), de Pedro para Cesaréia (At 10:23 ), e a pregação geral dos discípulos espalhados após o martírio de Estêvão (At 8:1 ), foram todas as expressões do espírito e perspectiva missionária da igreja nascente. No entanto, o registro de At 13:1 ). Enquanto o elemento preditivo não estava ausente, profetas do Novo Testamento foram para a maioria dos "contadores por diante" parte ou pregadores do evangelho. Paulo define a sua função de "edificação", "exortação", e "consolação" (1Co 14:3 ). Felipe disse ter tido "quatro filhas virgens, que profetizavam" (At 21:9 ). Paulo relaciona a ordem divina dos oficiais como "apóstolos, profetas, professores, operadores de milagres, dons de curar, socorros, governos, e dons de línguas" (1 Cor. 00:28 ). Aqueles nomeado em Antioquia são Barnabas (veja At 11:22 ), mais tarde, o companheiro missionário de Paulo; Simeão, também conhecido como Niger ou preto, este último um sobrenome romano, possivelmente um homem libertado da África; Lúcio de Cirene, uma antiga cidade-estado Africano (veja At 11:20 ); Manaém, aqui designado o irmão adotivo de Herodes, o tetrarca, mas designado pelo RSV ", um membro da corte de Herodes, o tetrarca." Herodes Antipas tornou-se governante da Galiléia e Perea depois que seu pai (Herodes, o Grande) morreu, mas foi exilado para a Gália, onde morreu em AD 39. Finalmente, Saul, que se tornaria o grande apóstolo, é nomeado.

    A relação vital destes cristãos com Cristo tornou-os sensíveis à vontade de Deus e os rumos do Seu Espírito (ver At 8:29 , At 8:39 ; At 10:19 ; At 11:12 ; At 13:4 ). Um exame cuidadoso irá revelar o quão bem Barnabé e Saulo conheceu essas qualificações.

    Embora seja o propósito primordial de Lucas para narrar a história de Paulo, ao invés de Barnabé ou de outra, ao longo dos capítulos restantes de Atos, a evidência é conclusiva de que a sabedoria divina foi plenamente justificada na escolha desses homens para se tornar o primeiro, ótimo, Christian missionários.

    3. A Consagração da Missão (At 13:3 , ambos são designados "apóstolos" por Lucas. Se Barnabas tinha cumprido as exigências estabelecidas pelo Pedro para apostolado é uma questão de dúvida. Que Paulo não teve, seus inimigos persistentemente sustentou (ver At 1:21 , At 1:22 ). No entanto, o direito de reivindicação ao apostolado de Paulo está bem estabelecida: em primeiro lugar , pela sua formação (At 22:3 Gal. , 12 e Ef 3:1. ); quarta , pelo reconhecimento dos apóstolos de Jerusalém dele (Gl 2:6. ); quinta , pela ordenação da igreja de Antioquia e consagração dele ao serviço missionário (At 13:2 ); sexto , pelo fruto do seu serviço (At 13:49 ; At 14:1 ); sétimo , pelo milagres divinos que acompanharam o seu ministério (At 13:11 ; At 14:3 ); e oitavo , por seu sucesso em fundar igrejas cristãs na Ásia Menor durante a sua primeira viagem missionária (At 14:23 ), e, posteriormente, em grande parte do mundo romano.

    A segurança moral e espiritual proporcionado estes apóstolos cristãos heróicos pela imposição das mãos, apoiado por jejuns e orações fervorosas por parte da igreja de Antioquia, sem dúvida, foi responsável em grande medida para o sucesso da sua empresa.Não há substituto para as orações da igreja local na empresa missionária.

    B. O INAUGURADO MISSÃO (13 4:12'>13 4:12)

    A campanha missionária que foi iniciado por Deus através da igreja de Antioquia foi agora lançado pelos apóstolos sob a direção evidente do Espírito Santo.

    1. A Divinely Campanha Aprovado (At 13:4 ), e que Marcos era seu primo, podem ser responsáveis ​​pela expedição de ter sido dirigida primeiro para Chipre, onde eles tinham amigos e conhecidos, e onde o evangelho já havia sido introduzido (At 11:19 ,At 11:20 ); e que João Marcos era uma espécie de missionário aprendiz parece provável, eles tinham também João [Marcos] como auxiliar (v. At 13:5 ; Jo 3:19 .) Em segundo lugar , ele era um falso profeta que sutilmente usou seu conhecimento dos mistérios secretos da revelação divina, em que ele havia sido iniciado como um profeta judeu, para perverter a verdade de Deus (v. At 13:10 ). Em quarto lugar , ele foi um aprendeu, sábio , astuto, homem astuto, como seu nome Elimas (sábio, habilidoso, aprendeu) significa. Desde Bar-Jesus era o seu nome judeu, ironicamente significando seus propósitos, em sua forma inglesa, Elimas foi, provavelmente, o título dado a ele pelos habitantes de Paphos, em reconhecimento de sua hábil, embora iníquos, práticas. Assim, ele era conhecido em Paphos como Elimas, Bar-Jesus, ou um médico. Quinto , ele parece ter sido totalmente desprovido de quaisquer vestígios de tais princípios morais como a sinceridade, honestidade, ou boas intenções, e até agora depravado a ponto de ser capaz dos crimes mais cruéis ou hediondos, como sugerido pela repreensão de Paulo: O cheio de todo o engano e vilania . Sexta , ele parece ter assim entregou-se à influência satânica, como tornar-se participante da natureza demoníaca na medida em que Paulo poderia dirigir a ele como tu, filho do diabo . Seventh , embora estrategicamente situado em uma posição de grande influência como moral e religiosa consultor ou tribunal capelão (v. do procônsul 7a ), sua influência maligna foi lançado contra toda moral, religiosa, social, econômica e boa política da humanidade e da comunidade. Isto parece evidente a partir de carga de Paulo: inimigo de toda a justiça . O que um formidável adversário estes "primeiro termo" missionários confrontado! Homens de menor convicção, coragem e fé poderia muito bem ter abandonado o campo neste primeiro compromisso sério como eles tentaram invadir esses domínios fortificadas de domínio escuro de Satanás.

    Suposição de Paulo da iniciativa em lidar com o caso de Elimas pode indicar um reconhecimento de sua sabedoria superior e treinamento para que de Barnabé, necessária para igualar a habilidade e astúcia deste servo de Satanás. Que Deus sabiamente escolhe seus servos, com vista a sua aptidão para a ocasião ou situação é evidenciada pela experiência bem sucedida e uma história semelhante. Também não estamos a ignorar a influência do Espírito Santo , com quem Paulo foi preenchido , para este encontro com Satanás. O mais sábio é impotente fraco na presença de forças satânicas sem a sabedoria e poder do Espírito de Deus, e os gigantes espirituais iletrados e fracos, muitas vezes tornam-se sob a influência do Espírito (ver 1Co 1:26 ). Além disso, nesta conjuntura Lucas introduz nome Gentile do Apóstolo "Paulo", pelo qual ele é consistentemente designado durante todo o restante dos Atos e do Novo Testamento, exceto na reiteração de sua experiência de conversão (veja At 14:14 ; At 15:12 , At 15:25 ; At 22:13 ; At 26:14 ).Enquanto "Saul" era o seu nome judeu, agora que o seu ministério levou-o em contato com o mundo oficial romano, no qual império que ele tem cidadania legal, é tanto a sua vantagem pessoal e que do Reino de Cristo, que ele representa para ser oficialmente conhecido como "Paulo". Mais uma vez, daqui em diante a ordem dos nomes apresentados por Lucas é geralmente Paulo e Barnabé, em vez de Barnabé e Saulo, como antes, indicando, assim, a proeminência de liderança em que Paulo havia entrado.

    Sérgio Paulo deu a cada prova de sinceridade inteligente como ele chamou a si Barnabé e Saulo, procurava muito ouvir a palavra de Deus (v. At 13:7 , At 9:18 ). Orígenes e Crisóstomo mencionar uma tradição no sentido de que Elimas se tornou um cristão e, até mesmo as palavras de Paulo, serás cego ... por uma temporada , parecem oferecer um raio de esperança.

    4. A Campanha Definitivamente Victorious (At 13:12)

    12 Então o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina do Senhor.

    Um oficial romano de mentalidade prática não poderia ser outro que não profundamente impressionado com tal demonstração de poder divino. O milagre do julgamento inspirou sua fé no poder de Cristo para salvar e condicionado a sua mente para a recepção e compreensão da doutrina do Senhor. Assim converso primeiro registro de Paulo é tanto um gentio e um funcionário do governo distinto; "Um membro das antigas gens patrícias do Sergii."

    O maior sucesso desta missão de plantar o cristianismo em Chipre é indicado pela citação de três bispos, Gelasues de Salamina, Cyrl de Paphos, e Spryidon de Trimithus, que participou do Concílio de Nicéia, em de Harnack AD 325. Mais uma vez, Harnack refere que o registo do Sínodo dos Sardica (AD
    343) revela as assinaturas dos doze bispos de Chipre; ambos os quais evidências são um testemunho para o rápido crescimento do cristianismo em Chipre.

    C. prorrogação da missão (13 13:43'>13 13:43)

    Tendo rapidamente cobriu a terra natal de Barnabé em Chipre, o missionário set partido naveguem 170 milhas do Mediterrâneo em direção ao país natal de Paulo, por cuja salvação de sua alma apaixonada ansiava.

    1. A exension Geográfica (At 13:13 , 14a)

    13 Agora, Paulo e seus companheiros navegado de Pafos, chegaram a Perge, na Panfília, e João, apartando-se deles, voltou para Jerusalém. 14 Mas eles, passando de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia;

    Perge era a capital da província da Panfília. Aqui Marcos, por razões desconhecidas, deixou o partido e, evidentemente, voltou para Jerusalém. Se ele se ressentia da ascensão de Paulo para a liderança do partido sobre seu primo Barnabé, ou tornou-se saudades de casa, ou não foi capaz de suportar os rigores do pioneiro viagem missionária, ou estava com medo do país selvagem da montanha, antes deles, ou se pontos de vista mais liberais de Paulo irritou seus preconceitos judaicos, é deixado para conjecturas. Que Paulo estava descontente com a conduta de Marcos e fez uma edição deste incidente no início da segunda viagem missionária, Lucas francamente registros (ver At 15:36 ). No entanto, mais tarde Paulo atesta a pena de Marcos e, assim, indiretamente, credita o julgamento de Barnabé como superior em ter dado Marcos outra chance (veja 2Tm 4:11 ).

    Embora alguns sustentam que um possível caso de malária ou outra doença contraída por Paulo nas terras baixas da Panfília responderam por ele ter se mudou para o país mais elevado para o norte (ver Gl 4:13 ), parece que a explicação mais provável encontra-se em paixão de Paulo para evangelizar as regiões ao longo além Galácia. A referência da carta aos gálatas a enfermidade de Paulo aparece mais propensos a indicar uma aflição olho (ver Gl 4:15 ). As cidades abrangidas pelo âmbito de seu objetivo imediato foram Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe, todos os quais foram localizados na zona Sul da província romana da Galácia.

    Certos estudiosos da nota, incluindo Bispo Lightfoot, apoiar a "Teoria da Galácia do Norte", no sentido de que as igrejas a que Paulo escreveu a carta aos gálatas estavam localizados no norte da Galácia adequada, e incluiu Tavium, Ancyra, e Pessimus. No entanto, esta posição parece não ter apoio suficiente, especialmente à luz do fato de que não há nenhuma viagem missionária especificamente registados nem conta a criação de igrejas nas partes. Por outro lado, Lucas registra a viagem missionária para as cidades do sul da Galácia e dá conta do estabelecimento das várias igrejas lá. Este último ponto de vista defende que a epístola aos gálatas foi escrito para igrejas da Pisídia, Antioquia, Icônio, Listra e Derbe, estabelecidos primeira viagem missionária de Paulo.

    Em apoio à vista sul são as seguintes evidências: primeiro , temos um claro registro da visita do Apóstolo, e estabelecimento de igrejas, as cidades da província romana do sul da Galácia, enquanto não temos nenhum registro definitivo de qualquer uma visita para, ou a criação de, igrejas no norte da Galácia adequada; nem há qualquer referência à existência de quaisquer igrejas no norte da Galácia até cerca de um século e meio mais tarde. Em segundo lugar , a província romana da Galácia incluiu os estados do sul mencionados em At 13:1 ; 1Co 16:1. ; 1Pe 1:1 ), bem como um cidadão do reino dos céus, a sabedoria de Paulo e leadings do Espírito Santo são claramente evidenciado na seleção desta localização vantajosa para a entrada de embaixador do Apóstolo na Galácia. Principais rotas terrestres, capitais governamentais, centros de população, e sinagogas judaicas eram uma parte da estratégia de Paulo para a propagação do evangelho.

    2. A extensão Evangélica (At 13:14. ; Dt 11:13 ; Nu 15:37. ); (2) orações fixas e bênçãos; (3) uma lição com a Lei; (4) uma lição dos Profetas, destina-se a ilustrar a lei; (5) um sermão ou instrução. O chefe da sinagoga (em Antioquia não parece ter sido mais do que um) decidiu que era para ler ou pregar.

    Reconhecido pelos chefes da sinagoga como irmãos judeus, embora estranhos, Paulo e Barnabé foram convidados a trazer a congregação uma exortação, ou melhor um "consolo", ou encorajamento para as suas esperanças. Espalhadas por todo o mundo antigo, sem vida nacional independente, essas pessoas, como Simeão com o nascimento de Cristo, foram "esperava a consolação de Israel", a sua vinda do Messias (Lc 2:25 ). Qualquer mensagem por um judeu credenciados que podem direcionar as suas esperanças para o breve retorno de seu longamente aguardado Messias seria bem-vindo, de fato; e assim por especialmente bem-vindo foram mensageiros de Jerusalém, como foi o caso de Paulo e Barnabé. Tal convite proporcionou uma oportunidade cobiçado por Paulo para entregar a seus irmãos em Israel em Antioquia o glorioso evangelho que este Messias de suas esperanças Apaixonado estava na mão. O sermão que se segue é o endereço registrado pela primeira vez de Paulo e aqui, como em todos os seus sermões gravados posteriores, é claramente revelada a influência dos princípios subjacentes de endereço o orador oficial de Estevão dos At 7:1 ).

    Uma análise do sermão de Paulo, que segue nos versículos 16 através de 47 , pode aparecer como segue:

    1. Um endereço de reconhecimento e de cortesia (v. At 13:16 ).

    2. Um quadro judaico histórico de referência , com os factos de que sua audiência estava familiarizado (vv. At 13:17-25 ).

    3. Certos descontos bíblicas, históricas e lógicas a partir do exposto , a respeito de Cristo como o Messias dos judeus e do Salvador de toda a humanidade (vv. At 13:26-37 ).

    4. A aplicação prática dessas verdades para a sua audiência (vv. At 13:38 , At 13:39 ).

    5. A solene advertência e apelo apaixonado aos seus ouvintes , para que não sofra o destino de seus antepassados ​​no deserto (vv. At 13:40 , At 13:41 ).

    Em primeiro lugar , a respeito do endereço, ele precisa ser notado que quando Paulo se levantou, e [acenou] com a mão , ele estava empregando um gesto familiar projetado para prender a atenção e estabelecer relacionamento com seu público. Além disso, o endereço, os homens de Israel, e os que temeis a Deus , indica claramente que Paulo reconheceu duas classes gerais de ouvintes diante dele: primeiro , os "judeus da dispersão"; e, segundo , "tementes a Deus", ou aqueles gentios que tiveram o privilégio de adorar o Deus verdadeiro, Jeová, nos serviços não-litúrgicas da sinagoga, mas que não se inscrever para as cerimônias judaicas da circuncisão ou estrita observância da Lei. Eles eram "tementes a Deus", mas-não prosélitos completos. Que havia muitos desses gentios fora no império e além que se beneficiaram do culto espiritual de Jeová, por meio da sinagoga é claramente evidente. Quando um ministro não reconhecer corretamente seu público e seus componentes, geralmente ele vai deixar de ganhar a sua atenção e interesse por sua mensagem. Quando um ministro devidamente reconhece e respeita seu público, normalmente ele vai ganhar o respeito do público para si e sua mensagem.

    Se Paulo pretende incluir os prosélitos devotos do versículo 43 na classe dos homens de Israel , ou que temeis a Deus , no versículo 16 , não é clara. No entanto, a partir dos fatos anteriores, parece que eles estavam entre os primeiros, e que a menção especial feita destas prosélitos devotos no versículo 43 destina-se a indicar que, como os judeus, tinha uma compreensão mais profunda da relação do Lei de Moisés para o Messias prometido e, consequentemente, agarrou mais fácil e claramente as implicações da mensagem de Paulo. Além disso, ter reconhecido-os como homens de Israel em seu discurso teria sido um elogio distinto para eles e sem ofensa para os judeus, se de fato não é um elogio também aos judeus.

    Em segundo lugar , Paulo lança abruptamente em sua mensagem: (1) ele simpaticamente relata sua congregação para o Deus da história israelita, em seguida, se identifica com eles: O Deus deste povo de Israel escolheu a nossos pais (v. At 13:17 ); (2) ele faz uma alusão patriótica a libertação da nação israelita da escravidão egípcia sob a intervenção direta de Deus; exaltou o povo [entregues e defendido os] , sendo eles estrangeiros na terra do Egito, e com um alto braço [a demonstração de poder divino sobre os seus inimigos] conduziu-os fora dele (v. At 13:17 ); (5) o período dos juízes é brevemente citado com a notação da sua rescisão com o seu profeta ilustre Samuel (v. At 13:20 ); (6) o cumprimento de Deus com o seu pedido de um rei segue com a coroação de Saul, da tribo de Benjamim, cujo reinado durou 40 anos (v. At 13:21 ); (7) uma referência delicada para remoção de Saul seguinte (v. At 13:22-A ), depois que Paulo chega ao ponto crucial de sua mensagem na introdução do rei Davi de quem Deus testificou: um homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade (v. At 13:22 ); (9) Esta conclusão é, então, colaborou por João previsão do Batista da vinda de Cristo, a sua missão de a Israel o arrependimento e do testemunho pessoal de João para Cristo como o Messias (vv. At 13:23 , At 13:24 ), todos os fatos com que seus ouvintes ficaram familiarizados. Assim, a base histórica deste sermão é completa.

    Em terceiro lugar , o apóstolo passa a fazer suas deduções, a partir desses fatos conhecidos e reconhecidos, a respeito de Cristo como o Messias dos judeus e o Salvador de todos os homens.

    Paulo (1) aperta seu alcance psicológico sobre sua audiência por um endereço direto renovada: Irmãos , filhos da estirpe de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus (v. At 13:26-A ;) (2) Em seguida, ele corajosamente afirma que Israel já deu à luz o filho de suas expectativas de velhice, e que sua missão é anunciar-lhes que gloriosa consumação: para nós é a palavra desta salvação enviou . (v At 13:26 ); (3), em seguida, antecipando as suas prováveis ​​objeções à sua identificação de Jesus Cristo com o Messias, por causa da rejeição dos judeus de Cristo em Jerusalém, fato de que eles teriam tido conhecimento, Paulo passa a desqualificar o julgamento adverso do Sinédrio em os motivos (a) de que eles realmente não sabia Jesus Cristo, (b) que eles não entendem o verdadeiro significado da escrita profética que lêem regularmente, (c) que eles realmente cumpriu essas profecias a respeito de Cristo pela sua condenação oficial de ele, (d) que tinham de forma desonesta e injusta rendeu o seu julgamento em exigindo a pena de morte para Cristo, quando não achassem alguma causa de morte por ele (vv. At 13:28 , At 13:29 ).

    Next (4) Paulo passa a declarar o fato culminante de cristianismo que Deus o ressuscitou dentre os mortos (v. At 13:30-A ), e (5), ele suporta esta afirmação pelo fato de suas aparições pós-ressurreição aos discípulos que, incluindo a alto-falante, agora são suas testemunhas para com o povo (v. At 13:31 ), e, em seguida, apoia a ressurreição de Cristo como referência para os Salmos de Davi, em que Sua vitória eterna sobre a morte está claramente previsto (vv. 13 34:37'>34 -37 ).

    Quarta , Paulo oferece os benefícios práticos da morte expiatória e ressurreição de Cristo aos seus ouvintes como (1) remissão dos pecados (v. At 13:38-A ); e (3) a superioridade da graça cristã à Lei mosaica em fazer para o homem o que a Lei nunca poderia fazer (v. At 13:39 , At 13:41-A ); (2) uma referência para a exposição do poder divino projetada para produzir a sua salvação (v. At 13:41 ), uma doutrina da descoberta de que despertou espiritualmente a alma adormecida de um monge alemão quase quinze séculos depois e produziu a Reforma Protestante história de mudança de AD 1517. Além disso, este sermão revela que as pessoas, a quem ele mais tarde escreveu a Epístola aos gálatas sobre este assunto de justificação, já tinha sido iluminado (ver Gl 2:16. ; Gl 3:16 ; Gl 3:1 ). Algumas doutrinas que surgem a partir desse sermão são providência divina, a onipotência divina, o julgamento divino, o arrependimento, a revelação divina, a morte de Cristo, a ressurreição de Cristo, as aparições de Cristo, a divina filiação de Cristo, para remissão dos pecados. Curiosamente, a doutrina do batismo está totalmente ausente, embora foram convertidos (vv. At 13:48 , At 13:52 ).

    O interesse espiritual e desejo despertado na mente dos judeus e gentios pelo sermão de Paulo é evidente; e como eles saíram, eles [os judeus e prosélitos gentios] rogavam que estas palavras possam ser falado com eles no sábado seguinte (v. At 13:42 ). Os apóstolos, aproveitando-se de suas almas despertas, mais instruídos e encorajou esses novos crentes para continuar na graça de Deus (v. At 13:43 ).

    D. A MISSÃO interrompida (13 44:52'>13 44:52)

    Em Paphos, então em Antioquia, o inimigo não permitiria seu domínio a ser invadida e seus súditos levado cativo pelo evangelho de Cristo sem oposição violenta. Em Antioquia, como de costume no ministério de Paulo, os judeus foram os maiores opositores do evangelho de Cristo.

    1. A causa da interrupção (At 13:44 , 45)

    44 E no sábado seguinte quase toda a cidade estava reunida para ouvir a palavra de Dt 45:1
    )

    46 E Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Era mister que a palavra de Deus deve primeiro ser falado. Vendo-vos afasta-os de você, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios. 47 Porque assim fez o Senhor nos ordenou, dizendo ,

    Eu te pus para luz dos gentios,

    Que sejas para salvação até os confins da terra.

    48 E, como os gentios, ouvindo isto, alegravam-se e glorificavam a palavra de Deus, e todos quantos estavam ordenados para a vida eterna. 49 E a palavra do Senhor se divulgava por toda aquela região. 50 Mas os judeus instou sobre as mulheres devotas de alta, e os principais da cidade, e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos. 51 Mas estes, sacudindo a poeira de seus pés contra eles, e veio a Icônio.

    No versículo 46 Paulo indica claramente que é uma parte de sua estratégia missionária para pregar o evangelho em primeiro lugar para os judeus, usando a sinagoga como uma porta de entrada para o mundo gentio (ver Rm 1:14 ). Nisto Paulo revela o que muitos estudiosos da Bíblia até hoje não conseguiram ver: a saber, que os judeus não eram um povo escolhido especialmente de Deus para a salvação, com a exclusão dos gentios, mas eles foram escolhidos e preparados para se tornar uma nação missionária para proclamar o evangelho de Deus a todos os povos da terra. Esta é a tese de Paulo em sua carta aos Romanos, onde no capítulo 9, ele apresenta eleição de Israel por Deus como um povo missionário, no capítulo 10 Sua rejeição de Israel a partir deste escritório e função por causa de sua rejeição de Cristo e de Seu evangelho (assim deixando-os sem uma mensagem), e no capítulo 11 de sua restauração parcial de Israel na sua aceitação de Cristo. Em nenhum lugar em Sua Palavra que Deus revelou uma eleição dos judeus, como nação, para a salvação, com a exclusão dos gentios, nem a sua rejeição, como uma nação, de salvação. A salvação é sempre e em toda parte uma questão de aceitação "pessoal" de misericórdia oferecida de Deus em Cristo.

    A declaração de Paulo, eis que nos voltamos para os gentios (v. At 13:46 ; ver também At 18:6 ).

    Os gentios ter apreendido as implicações universais de palavras de Paulo grandemente jubilosos e glorificavam a palavra de Deus (v. At 13:48 , etc.).

    O que está claro a partir desta passagem e sua configuração, e é consistente com todo o plano da redenção divina, é que enquanto Deus ordena a vida eterna tudo o que vai acreditar, e à morte eterna tudo o que não acredito, deve ser observado que Deus nem ordena o "ato de crer", nem o Estes são atos de vontade moral inteligente do homem, para o exercício da qual ele tem a responsabilidade moral completa (ver "ato de incredulidade." Jo 3:16 e Jo 3:36 ).

    Quando se compreende que as palavras do versículo 44 , quase toda a cidade estava reunida , implicaria não apenas os moradores da cidade, mas os do país, bem, ou as regiões da Pisídia (Clarke), então a afirmação de Lucas do versículo 49 leva no significado: E a palavra do Senhor se divulgava por toda aquela região . Assim, a sabedoria dos apóstolos é justificado em sua seleção de Antioquia como seu primeiro centro Galácia estratégico a partir do qual a evangelizar.

    As mulheres devotas de afetados pela propaganda judaica contra os apóstolos eram provavelmente as esposas de cidadãos proeminentes gentios, se não oficiais do governo, que se tornaram prosélitos da fé judaica. Estas mulheres foram agora utilizados por estes judeus para influenciar seus maridos, os principais da cidade, para tomar medidas contra Paulo e Barnabé, detendo, cerca de tratamento, e expulsando-os de Antioquia e Pisídia. Como como as táticas do Sinédrio em lidar com o caso de Jesus, e mais tarde os contra Paulo em Jerusalém após sua prisão.

    A ação de Paulo e Barnabé, ao sair Antioquia, quando estes, sacudindo a poeira de seus pés contra eles (v. At 13:51 ), foi bem compreendida pelos judeus que viam nisso uma maldição pronunciada sobre os seus inimigos. Ao viajar em terras pagãs fora de Canaã, os judeus fez uma pausa nas fronteiras e sacudiu a poeira contaminada dos seus pés e roupas antes de reentrar sua terra sagrada, para que não contaminá-lo. Assim, este ato dos apóstolos significava que os judeus de Antioquia tinha tomado uma maldição sobre si mesmos em rejeitar o evangelho e de seus mensageiros (ver Mt 10:14. ; Mc 6:11 ; Lucas 9:5 ; e At 18:6)

    52 E os discípulos ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo.

    Mais uma vez a ironia da situação acaba por a glória de Deus eo benefício de Seus discípulos. Esses discípulos, como os de Tessalônica ", recebendo a palavra em muita tribulação", mas "com a alegria do Espírito Santo" (I Tessalonicenses 1:. 6b ). Tal discipulado lances justo para o sucesso da igreja em qualquer situação.

    O sucesso dessa invasão inicial de Antioquia com o evangelho está em evidência em uma data posterior. Diz Finegan:

    Também houve uma basílica cristã de Antioquia, que foi mais de 200 metros de comprimento e que data, de acordo com uma inscrição, no tempo da Optimus, que foi bispo de Antioquia, no último quartel do século IV.

    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
    Agora, iniciamos a terceira e última seção de Atos. "O período de triun-fo" (caps. 13—28), em que o evan-gelho da graça de Deus é pregado ao mundo romano e em que, por intermédio do ministério de Paulo e de outros, estabelecem-se as igre-jas locais. Testemunhamos o início de um novo ministério em um novo centro espiritual — Antioquia, na Síria. Apresenta-se o relato da pri-meira viagem missionária de Paulo e de seu primeiro sermão. Atos cita pela primeira vez a palavra maravi-lhosa "justificado" (13:39).

  • Em Antioquia: chamado do Espírito (13 1:3)
  • Lembre-se que o centro de opera-ção da igreja mudou de Jerusalém e dos judeus para Antioquia e para os gentios (At 11:19-44). Não confun-da Antioquia, na Síria, a "igreja-lar" de Paulo, com Antioquia, na Pisídia (13 14:52). Observe que Deus cha-mou dois dos servos do Senhor que ministravam nessa igreja local (o primeiro e o último nomes da lista fornecida no v. 1 — logo o último se torna o primeiro) para o ministério mundial. Deus usa em outros luga-res os servos que são fiéis em sua terra natal.

    O termo "profetas" (v. 1) refe-re-se aos do Novo Testamento (Ef 4:11). Esses homens falam por Deus e são diretamente guiados pelo Es-pírito. Alguns sugerem que Simeão é o pai de Alexandre e de Rufo, aquele que carregou a cruz de Cris-to (Mc 15:21). Manaém era irmão de criação do Herodes que matou João Batista. Graças a Deus, apesar de não terem sido chamados muitos homens de grandeza, alguns encon-traram a Cristo!

    Os versículos 1:3 descrevem o programa de envio de missioná-rios do Novo Testamento: (1) Deus chama os que escolhe; (2) a igreja confirma o chamado; (3) a igreja e o Espírito enviam os missionários e os apoiam com oração e auxílio. Os missionários devem relatar seu tra-balho para suas igrejas (14:26-28). O fato de as igrejas locais se reuni-rem e organizarem agências de en-vio de missionários também não é algo antibíblico.

  • Em Chipre: oposição do demônio (13 4:12)
  • Na parábola do joio (Mt 13:24-40 e 36-43), Cristo afirmou que, sempre que se planta um filho de Deus ver-dadeiro, Satanás planta uma imita-ção. Foi o que aconteceu na primeira parada dos missionários. Satanás en-trou em um apóstata judeu, um falso profeta, um filho do diabo (v. 10). Paulo, com o poder do Espírito, ce-gou o enganador. Isso não parece a nação de Israel ferida com a cegueira depois de rejeitar a Cristo? VejaRm 11:25. Observe que "Sau- lo" usa seu nome mais conhecido, "Paulo", que significa "pequeno".

  • Em Perge: deserção de Marcos (13:13)
  • Note que não é mais "Barnabé e Saulo" (v. 2), mas "Paulo e seus companheiros". Paulo considerou a partida de Marcos uma deser-ção (veja 15:38). Não temos, no entanto, certeza da razão de ele ter deixado o grupo. Seria por que Paulo tornou-se proeminente e seu primo, Barnabé, não era mais o líder? Ou por causa de situações difíceis e perigosas que teriam pela frente? Seria uma saudade de casa juvenil? Seja qual tenha sido o motivo, isso fez com que os dois missionários se afastassem, embo-ra, mais tarde, Paulo tenha perdoa-do e recebido Marcos (2Tm 4:11). Como é maravilhoso que Deus nos dê outra chance! Mais de um servo de Deus fracassou em seu primeiro ministério, mas foi bem-sucedido depois.

  • Em Antioquia da Pisídia: recepção dos gentios (13 14:52)
  • Por que Paulo foi à sinagoga judaica quando seu comissionamento espe-cial era para os gentios? Por várias razões: (1) ele sabia que, na sinago-ga, conseguiría uma audiência en-tre os judeus, e esse era lugar lógico de iniciar sua pregação; (2) ele tem uma responsabilidade pessoal com seu povo (Rm 9:1-45 e 10:1); (3) ele queria que sua nação ouvisse a Pa-lavra de Deus e, assim, não tivesse desculpa.

    Nesse sermão, ele afirma que Cristo veio "primeiro [...] a todo o povo de Israel" (vv. 23-27 e v. 46); no entanto, tem o cuidado de afir-mar que a salvação é para "todo o que crê" (v. 39). Nos versículos 1:7-22, Pau Io mostra como o Antigo Tes-tamento era uma preparação para a vinda de Cristo. Nos versículos 23:37, ele resume a vida e a morte de Cristo, prova a ressurreição dele e mostra que Israel ("os que habita-vam em Jerusalém e as suas autori-dades", v. 27) rejeitou seu Messias. Os versículos 38:41 apresentam sua conclusão pessoal da mensagem, pois demonstram que a salvação é pela fé em Cristo, não pela obe-diência à Lei. Os versículos 40:41 registram uma advertência a partir deHc 1:5. Aqui, a "obra" refere-se ao plano de Deus de sal-vação para os gentios. Os judeus deviam achar isso inacreditável! Na época em que Habacuque disse essas palavras, o governante gentio Nabucodonosor subia ao poder e, a seguir, invadiría nação após nação. Paulo usou essas palavras para ad-vertir os judeus de que morreríam, como acontecera no passado com o Israel descrente, se não recebessem o evangelho e cressem. Ele pregava o evangelho da graça de Deus (veja v. 43), a mesma mensagem que de-vemos anunciar hoje.

    Qual foi o resultado do sermão? Alguns judeus e gentios prosélitos creram de imediato. E óbvio que es-sas pessoas piedosas que conheciam as Escrituras estavam mais bem pre-paradas para receber a mensagem. Na semana seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir! Isso significa que os crentes gentios es-palharam a Palavra entre os amigos; portanto, naquele sábado, a maioria da congregação era gentia. Isso fez com que os judeus atrapalhassem o ministério de Paulo, pois ficaram com inveja dos gentios. Assim, Pau-lo afastou-se deles a fim de ministrar entre os gentios. No versículo 46, ele explica sua atitude: de acordo com o projeto de Deus, delineado no Antigo Testamento, a Palavra ti-nha de ir primeiro para os judeus; contudo, como eles se mostraram (como seus irmãos de Jerusalém) indignos, a mensagem iria para os gentios. No versículo 47, Paulo citaIs 49:6, em que Deus disse que Cristo (o "eu" não se refere a Paulo) era "luz para os gentios". Veja tam-bém Lc 2:29-42.

    No versículo 48, não "ameni-ze" o sentido da frase que indica que certas pessoas são "destinadjajs para a vida eterna". Na verdade, o signifi-cado da palavra grega é "inscritos", o que dá a idéia de nomes escritos em um livro. Ao mesmo tempo que al-cançamos a salvação pela graça que vem por intermédio da fé, há o tra-balho misterioso de Deus por meio do qual somos escolhidos em Cristo (Ef 1:4). Oferecemos o evangelho a todos, pois não sabemos quem são os escolhidos de Deus, e confiamos que o Espírito trabalhará.

    Claro que Satanás faz oposição sempre que a semente frutifica; e veja que ele pode usar pessoas reli-giosas para fazer o trabalho. Pessoas religiosas perseguiram e mataram em nome de Cristo, mas a cristan- dade verdadeira não persegue nin-guém. (A respeito do comentário de Paulo sobre perseguição, leia 2Tm 3:11.) Paulo e seus associados, cheios de alegria e do Espírito Santo, continuaram a ministrar a Palavra e não permitiram que a oposição os impedisse de fazer isso.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
    13.1 Profetas. Além daqueles vindos de Jerusalém (11.
    - 27n) houve alguns de Antioquia. Mestres. Dotados do dom de instruir na doutrina e nos princípios de vida cristã baseados no AT (conforme 11.26; 15.35; 18.11).

    13.2 Servindo. No gr clássico (leitourgeõ) significava serviço público sem remuneração. Tem no N.T. um sentido mais lato do que liturgia, indicando qualquer serviço feito no nome e para o Senhor. Disse o Espírito Santo. Talvez por meio de um profeta. Barnabé e Saulo. É de notar que os homens chamados por Deus para a obra missionária eram os mais capazes da Igreja. A obra. Evangelizar os grandes caminhos para Roma e o oeste. • N. Hom. Verdadeiro Missionário é:
    1) Separado (2);
    2) Enviado (4) e
    3) Saturado do Espírito Santo (9).

    13.13 Impondo... mãos. Indicando o compromisso da Igreja na comissão dos missionários.

    13.4 Chipre. Grande ilha ao sul da Turquia, fonte fornecedora de cobre (no AT Quitim) e terra natal de Barnabé.

    13.5 Nas sinagogas. Paulo não deixava de oferecer o evangelho primeiramente aos judeus (Rm 1:16). João. Marcos (conforme 12.12,
    25) Auxiliar, (gr hupereten) traduzido "ministros" (da palavra) em Lc 1:2. Sugere-se que eram catequistas autorizados, que, como Marcos, eram testemunhas oculares dos acontecimentos históricos da vida de Cristo.

    13.7 Procônsul. Lucas demonstra precisão nos titulas dados a oficiais. Chipre foi governado por um procônsul sob o controle do senado depois de 22 a.C.

    13.10 Filho do diabo. Em oposição ao Seu nome, Bar (filho) - jesus (6).

    13.11 Cego. Paulo lembra sua cegueira que trouxe luz interna (9.8ss).

    13.12 Creu. O único caso de um governador que creu.

    13.13 Paulo. Tomado a liderança do grupo missionário, o apóstolo é chamado pelo seu nome romano que significa "pequeno". Perge, na costa sul na moderna Turquia, tinha alta incidência de malária, que alguns acham ter sido o "espinho na carne" de Paulo (2Co 12:7);
    2) Oração pelo líder;
    3) Leitura do Pentateuco (no sábado, também dos profetas);
    4) Sermão por um membro idôneo da congregação (Lc 4:1 Lc 4:6).

    13.16 As duas classes de assistentes eram judeus e gentios que se denominavam "tementes a Deus" (conforme 10.2n).
    13.21 Saul. O pregador também era Saul, da tribo de Benjamim (Fp 3:5).

    13.22 Segundo o meu coração. Mas Davi não fez toda a vontade de Deus, indicando que a referência finalmente é a Jesus (conforme Jo 17:4). Nesta mensagem, Davi, não Moisés, é o vulto do AT que antecipa a Jesus Cristo, o rei que dá a Seu povo a herança (19) do reino de Deus (Gl 5:21; Cl 1:13).

    13.23 Trouxe. Alguns manuscritos têm 'levantou" (dos mortos) dando a entender que Cristo se tornou Salvador pela Sua morte e ressurreição (3.26n). Salvador... Jesus (conforme Jz 3:19). Promessa. Paulo omite referência à Lei (maior tesouro dos judeus) e dá ênfase à promessa (23, 32, 34; conforme Gl 3:15-48).

    13.24 O esboço da história do evangelho em vv. 24-31 é semelhante à mensagem de Pedro em 10:36-43. Batismo é o sinal externo do arrependimento interno.

    13.25 Digno. Palavra omitida em Mt, Mc e Lc mas usada emJo 1:27.

    13.26 Irmãos. Nota-se a intimidade do pregador persuasivo. A nós. Alguns dos melhores manuscritos têm "a vós". Desta salvação. Conforme s 20n. • N. Hom. A Palavra da Salvação é:
    1) Pessoal - "a nós";
    2) Poderosa - para remir pecados, (38);
    3) pacífica - cumpre as promessas graciosas de Deus (34);
    4) Perfeita - justifica completamente (39),
    5) presente - amanhã pode ser tarde (40).

    13.27 Os judeus deixando de crer em Jesus não podiam entender os profetas bíblicos cf. 3,17) o que os levou a condená-lO.
    13.28 Nenhuma causa de morte. A inocência de Cristo e dos seus apóstolos é importante no propósito de Lucas que é de mostrar que o cristianismo não traz nenhuma ameaça contra o Estado ou suas autoridades

    13.33 A citação de Sl 2:7 (a mesma feita pela voz divina em Lc 3:22) confirma o fato de Jesus ser Filho de Deus (conforme Rm 1:4).

    13 35:37 Paulo como Pedro em 2:25-31, afirma que a profecia da preservação de corrupção não pode referir a Davi mas unicamente a Cristo que ressurgiu. Nem a crucificação nem a ressurreição faziam parte da esperança messiânica dos judeus.

    13.38 A ressurreição de Cristo confirmou a aceitação por parte de Deus do sacrifício feito por Jesus na cruz (2.38; 5.31; Rm 4:25).

    13.39 Todo o que crê. Elemento chave na mensagem de Paulo; a salvação se recebe unicamente pela fé (conforme Rm e GI). As coisas. Os pecados que a lei não tem meios de remir.

    13.41 A oferta da, salvação é seguida por uma advertência séria.
    13.43 Prosélitos piedosos. São os gentios que se submeteram à circuncisão, ao batismo judaico e à Lei. Graça equivale a evangelho, vv. 38, 39.

    13.44 Palavra de Deus. A referência à mensagem do evangelho como a Palavra de Deus é um estágio primitivo da formação dos evangelhos e das epístolas do NT, também assim designados.

    13.47 Luz. Os missionários, como Jesus, o Servo de Jeová, devem iluminar os gentios.

    13.48 Destinados. A predestinação à salvação não opera independentemente da fé voluntariamente exercida (39, 46; Ef 2:8, Ef 2:9).

    13.49 Região. Antioquia, Icônio, Listra e Derbe encontravam-se no sul da província da Galácia. A Carta aos Gálatas dirigida a esta região.

    13.50 Não raro a alta sociedade e homens religiosos se opõem à verdade.
    13.51 Pó dos pés. É sinal de repúdio e fim de responsabilidade. Icônio, na encruzilhada de estradas, a 135 km ao sul de Antioquia.

    13.52 Aquele que está cheio de alegria; em meio de dificuldade e perseguição, demonstra a plena ação do Espírito (Gl 5:22).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52
    IX. A EVANGELIZAÇÃO SISTEMÁTICA DOS GENTIOS. A PRIMEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA DE PAULO (13.1—14.28)


    1) A estratégia missionária de Paulo

    A primeira viagem missionária de Paulo é o início de um trabalho apostólico sistemático entre as nações, o que determina a conclusão do último estágio do plano geral. A figura que se evidencia é Paulo, porque durante essa viagem o colega de Barnabé se destacou como o vaso escolhido por Deus para ser apóstolo aos gentios. Paulo não somente recebeu revelações com respeito à natureza e constituição da igreja (Ef 2:11-49.


    2) Barnabé e Saulo são separados para um serviço especial (13 1:4a)
    Os profetas e mestres em Antioquia (v. 1,2). E importante observar que o propósito de Deus foi dado a conhecer a alguns profetas e mestres, experimentados nos caminhos de Deus e dispostos a esperar pela resposta dele em adoração, oração e jejum. Foram esses homens — e não a igreja em Antioquia como um todo — que receberam a mensagem que resultaria na evangelização sistemática dos gentios, e podemos crer que eles estavam orando exatamente sob o peso dessa grande necessidade. A ordem: Separem-me Barnabé e Saulo... provavelmente veio por meio de uma mensagem profética.

    A separação (v. 2-4). Não temos aqui uma consagração, pois Saulo era um apóstolo já com longos anos de ministério, e Barnabé era pai espiritual da igreja em Antioquia, dedicado à obra do Senhor havia muitos anos. Quando o Espírito Santo indicou que esses dois obreiros extraordinários deveriam levar avante o movimento seguinte, os seus colegas se curvaram diante da vontade do Senhor e se identificaram com Barnabé e Saulo por meio do ato da imposição de mãos. A igreja, sem dúvida, estava presente nesse ato final
    (14.26). O envio por meio dos irmãos foi meramente um ato de comunhão, pois, depois de Enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia (v. 4).


    3) Testemunho em Chipre (13.4b-13)
    O itinerário (v. 4-6). Selêucia era o porto de Antioquia, e os missionários navegaram de lá para Chipre, ilha nativa de Barnabé, levando com eles João Marcos, primo de Barnabé. Vínculos pessoais poderiam parecer úteis, mas os primeiros passos desse estágio da viagem parecem mais uma “questão familiar”. A típica obra de evangelização dos gentios só começou realmente quando o grupo chegou a terra firme sob a liderança de Paulo. Em Salamina, eles proclamaram a palavra de Deus nas sinagogas judaicas (v. 5) e, então, parecem ter atravessado rapidamente a ilha no sentido oeste até chegarem à capital, Pafos.

    Sérgio Paulo (v. 6-12). Os missionários, supostamente, pregaram a judeus e gentios em Pafos, mas Lucas focaliza a nossa atenção num incidente que destacou Paulo como o líder apontado por Deus para conduzir a expedição. Sérgio Paulo era procônsul de Chipre e, como muitos homens zelosos dos seus dias, estava interessado no misticismo do Oriente. Por isso, Elimas (“o instruído”) atraiu a sua atenção. Barjesus, provavelmente, era o seu nome judaico, e Elimas, o seu título profissional. Quando Sérgio Paulo ouviu falar de Barnabé e Saulo e os convocou à sua presença, o ciúme e a ira do falso profeta foram provocados, e ele, provavelmente, denunciou a “heresia” do Nazareno (v. 8). Então

    Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo (v. 9), declarou abertamente o engano e a maldade de Elimas, pronunciando o castigo de uma cegueira temporária sobre ele — um castigo apropriado para o delito de viver à custa de aprofundar a cegueira espiritual dos seus incautos seguidores (v. 9-11). Temos todas as razões para acreditar que o procônsul realmente acreditou, demonstrando mais interesse na palavra do que no sinal (v. frases nos v. 7,8,12); sir William Ramsay encontrou indicações de que alguns membros da família do procônsul mais tarde se tornaram proeminentes nos círculos cristãos da Ásia Menor (The Bearing of RecentDiscovery on the Trustworthiness of the NT, 1915, p. 150ss).

    O nome Paulo. Saulo era o nome judaico do apóstolo, e Paulo seria o seu codinome como cidadão romano. Este era mais apropriado para o líder de uma missão evange-lística aos gentios, e Lucas não passa a usá-lo casualmente, mas denota com isso que o incidente em Pafos levou ao ápice o amplo reconhecimento dos “sinais” do apostolado de Paulo, o que confirmou publicamente o chamado secreto na estrada de Damasco. A expressão “Barnabé e Saulo” é deixada de lado como pertencente a uma fase de transição que agora tinha sido suplantada, e depois disso Paulo e seus companheiros foram os que navegaram para a Panfília (v. 13). (Como cidadão romano, Paulo pertencia a uma classe especial, mas acerca do costume — tão antigo quanto o século II d.C. — de judeus terem um nome judaico e outro gentílico, cf. At 12:12, “João, também chamado Marcos”).

    Na estrada para a Pisídia (13 13:16). A deserção de João Marcos em Perge pode ter ocorrido em virtude da mudança de liderança pela qual Paulo pareceu desbancar o seu honrado primo. Resultados indiretos trágicos seguiriam disso mais tarde. Não há o menor indício de que Paulo tenha ficado doente em Perge e decidido rumar para o clima mais saudável do interior, que é a suposição de Ramsay em apoio à teoria do “sul da Galá-cia” quanto ao destino da carta aos Gálatas, de acordo com a qual as “igrejas” de G1 1.2 seriam as fundadas na presente viagem (St. Paul the Traveller, p. 95ss). A travessia dos montes Taurus teria sido uma tarefa muito árdua para um homem doente. Gl 4:13 atribui a evangelização dos gálatas a uma mudança abrupta de planos devida a uma doença séria, ao passo que é precisamente nesse ponto da narrativa de Atos que Paulo se destaca como líder e decide ir a Antioquia da Pisídia, porque era um entroncamento de estradas importantes. Lucas detalha a mensagem na sinagoga e os procedimentos gerais em Antioquia da Pisídia como típicos da estratégia de Paulo e como modelo para operações futuras. Antioquia da Pisídia, na realidade, não ficava exatamente na Pisídia, mas na Frigia, parte da qual esteve temporariamente incluída na província romana da Galácia — um fato que não afetou fatores étnicos e lingüís-ticos. (Um balanço criterioso das argumentações a favor das teorias do “sul da Galácia” e do “norte da Galácia” é apresentado por

    D. Guthrie em sua obra NT Introduction: The Pauline Epistles, 1961, p. 72ss.)


    4) O kerygma de Paulo aos judeus (13 14:41)

    Paulo e Bamabé na sinagoga (v. 14-16). A importância de iniciar o testemunho em novo território na sinagoga local já foi comentada. Divisão e perseguição certamente seguiriam a pregação, mas, entrementes, o Messias havia sido apresentado aos judeus, de acordo com o plano de Deus, e os primeiros convertidos foram ou judeus ou gentios tementes a Deus — i.e., homens nutridos nas Escrituras, de elevado padrão moral e completamente livres das influências degradantes do paganismo. A importância desse núcleo nas igrejas locais não pode ser exagerada e é responsável pela estabilidade do testemunho nos primeiros anos. A ordem das atividades na sinagoga e a função dos líderes são suficientemente destacadas no v. 15. (V. tb. “Sinagoga” no NBD).

    O tema geral. A apresentação que Paulo faz do kerygma aos judeus da Diáspora deveria ser comparada à de Pedro quando enfrentou os judeus em Jerusalém (2:14-36;

    3:12-26 etc.). Pode-se perceber que os pontos principais são idênticos, mas adaptados a um público distante do cenário da cruz e da ressurreição. Paulo, assim como Estêvão, faz uma recapitulação da história de Israel, mas o seu propósito é mostrar que Deus esteve agindo até que as promessas se cumprissem em Jesus, o Messias, rejeitado pelos líderes de Jerusalém, mas aprovado divinamente por meio do poderoso ato da ressurreição. O ponto central é que Deus levantou-lhes Davi, que está associado ao Filho de Davi.

    O procedimento de Deus com Israel até o tempo de Davi (v. 17-21). Israel foi escolhido por Deus e, por isso, liberto do Egito e levado a Canaã. As épocas dos juízes e de Saul foram de fracasso relativo, mas Deus havia preparado o seu rei que faria toda a sua vontade. Os quatrocentos e ánquenta anos (v. 19) talvez sejam calculados desde os patriarcas até o início do tempo dos juízes, como o período em que Deus ordenou a entrega da terra.

    O filho de Davi e o testemunho de João (v. 23-25). Davi foi um homem que cumpriu a vontade de Deus em sua geração (v. 36,37), mas cujo filho seria o Messias. Isso tocaria uma nota favorável no coração dos ouvintes judaicos, mas eles ficaram assombrados quando ouviram: Da descendência desse homem Deus trouxe a Israel o Salvador Jesus, como prometera (v. 23). O uso do testemunho de João Batista diante de um público da Diáspora era significativo, pois ele era amplamente reconhecido como profeta (v. 24,25).

    Os acontecimentos em Jerusalém (v. 26-31). Os judeus de Antioquia certamente teriam ouvido relatos deturpados da crucificação, e era bastante sensível tocar no assunto da grande rejeição. Paulo insiste na mensagem da salvação em Jesus (v. 26) e atribui a rejeição (a) à falta de reconhecimento por parte dos líderes do seu Messias; e (b) à sua falta de compreensão verdadeira das profecias messiânicas relacionadas aos sofrimentos do Servo de Javé (v. 27-29). Como na pregação de Pedro, há aqui uma ênfase forte na ressurreição como ato de Deus que anulou o veredicto dos líderes e tornou possível a pregação da boa notícia; o incrível se torna crível pelo testemunho confiável dos primeiros apóstolos (v. 30,31)-
    A mensagem de Paulo (v. 32-41). Com base na obra salvífica manifesta de Deus, Paulo pode dizer: Nós lhes anunciamos as boas novas... (v. 32). O fato fundamental da ressurreição de Jesus é provado, como em Pedro, mediante as referências aos salmos e a Isaías (conforme tb. v. 30,31). Os propósitos de bênção de Deus por meio do Filho (associado a Davi) tinham sido anunciados em Sf 2:7 e Is 55:3, e o Messias que não conheceu decomposição foi profetizado em Sl 16:10 (conforme 2:25-31). Portanto, meus irmãos, quero que saibam... introduz a aplicação que Paulo faz da grande obra salvífica de Deus às necessidades dos judeus em Antioquia; os v. 38,39 são caracteristica-mente paulinos. Algumas versões obscurecem dikaioõ, o grande verbo de Paulo. A RSV (em inglês) usa o verbo “ser liberto” no lugar de “ser justificado”. Tanto o contexto aqui quanto o resumo do ensino de Paulo em Romanos e Gálatas fornecem o significado de que a lei não pode justificar o “obreiro” (pessoa que realiza obras) de coisa alguma, visto que todas as suas obras estão manchadas de pecado, e assim somente aquele que crê e estabelece um contato vital com o Salvador que morreu e ressuscitou é justificado de todas as coisas. A remissão dos pecados havia sido destacada muitas vezes no kerygma de Pedro, mas aqui temos uma prefiguração da doutrina da justificação pela fé tão destacada por Paulo. A advertência (v. 41) é extraída de Hc 1:5. Nessa profecia, pecadores obstinados seriam esmagados pelos castigos que cairiam sobre Judá durante a invasão babilónica. Aqui os escamecedores (talvez Paulo já estivesse enxergando alguns deles na congregação) estavam em perigo de um juízo final em virtude da incredulidade.


    5) Reações típicas à mensagem (13 42:52)
    Primeiros convertidos (v. 42.43). A mensagem de Paulo teve um efeito imediato sobre um bom número de judeus e gentios piedosos e tementes a Deus cuja fé recém-descoberta os levou a seguir os missionários em busca de mais instruções.
    Oposição e divisão (v. 44-48). A notícia de que uma mensagem nova e poderosa estava sendo pregada na sinagoga por visitantes vindos da Palestina reuniu uma grande multidão no sábado seguinte, mas esse interesse tão amplo suscitou a oposição ciumenta dos descrentes líderes judaicos. Evidentemente eles causaram tanta tensão na sinagoga que Paulo e Barnabé tiveram de se retirar com os seus convertidos, mas não antes de terem destacado a necessidade da mensagem primeiro aos israelitas, a rejeição da qual abriu o caminho para um testemunho completo para os gentios. Os que rejeitaram Cristo mostraram com sua atitude que não eram dignos da vida eterna, e Is 49:6 foi citado como evidência de que o Messias-Servo, proclamado por seus mensageiros, deveria ser um meio de salvação até aos confins da terra (v. 46,47). Não devemos concluir com base no v. 46 que houve mudança de filosofia, pois Paulo retornou repetidas vezes aos judeus na sinagoga depois desse dia. Podemos bem imaginar a alegria dos gentios à medida que entravam no Reino por meio da fé em Cristo, sabendo que eles também, como crentes, estavam na lista de cidadãos do céu (designados vem de tetag-menoi, inscritos ou arrolados, v. 48).

    Difusão e expulsão (v. 49-52). Centenas de convertidos tornaram-se testemunhas de Deus para as regiões circunvizinhas, e esse fator vai ser pressuposto em situações futuras. Entrementes, judeus hostis foram bem-sucedidos em cooptar a ajuda de mulheres tementes a Deus de posição social elevada que poderiam influenciar os seus parentes em altas posições. Assim, a perseguição e a pressão da multidão que resultaram foram dirigidas de cima; ou, ao menos, foram feitas com a conivência das autoridades. Como a comissão missionária era pregar em todos os lugares, e contatos em Antioquia se tornaram difíceis ou impossíveis, o seu propósito seria mais bem atingido com a ida para Icônio, mas não antes de terem pronunciado um julgamento simbólico típico sobre os que rejeitaram Cristo (v. 51; conforme Mt 10:14 e paralelos). Os discípulos deixados em Antioquia dependiam do Senhor e, assim, continuavam cheios de alegria e do Espírito Santo (v. 52).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 13 até o 41
    b) Discurso de Paulo em Antioquia da Pisídia (At 13:13-41)

    De Chipre o grupo atravessou de navio para a Ásia Menor, onde Marcos os abandonou, regressando a Jerusalém. As razões que teve para proceder assim não são declaradas; talvez se ressentisse da maneira como seu primo Barnabé ia resvalando para um segundo plano. Quando partiram de Antioquia, dizia-se Barnabé e Saulo (2); ao deixarem Chipre, era Paulo e seus companheiros (13). Fosse qual fosse a razão, Marcos voltou. Barnabé parece que não se importava com o caso; era ele um notável exemplo do velho ditado:

    É preciso dom, mais do que é possível dizer,

    Para se ocupar lugar secundário com prazer.

    Barnabé e Paulo, agora sós, dirigiram-se para o interior (Ramsay pensou que a causa foi Paulo ter contraído malária nos terrenos baixos alagadiços, próximos do litoral embora seja isto mera especulação). Chegaram a Antioquia da Pisídia, colônia romana da província da Galácia e aí ficaram algum tempo. As colônias romanas desempenharam importante papel nos planos de campanha de Paulo, em todas as suas viagens missionárias. Com verdadeiro instinto estratégico, ele escolheu, para evangelização intensiva, os pontos importantes ao longo das principais estradas entre Jerusalém e Roma. Outro aspecto destacável do seu método se vê em Antioquia da Pisídia, onde eles primeiro entraram em contato com a sinagoga judaica local. Em toda parte o programa constante de Paulo era "primeiro ao judeu".

    No primeiro sábado após chegarem a Antioquia da Pisídia, encaminharam-se à sinagoga. Depois da leitura da lei e dos profetas, os chefes da sinagoga convidaram os estranhos a dizer alguma palavra de exortação que tivessem para os presentes. Paulo levantou-se e falou. O resumo do seu discurso é dado mas um tanto extenso, provavelmente para mostrar a espécie de sermão que costumava pregar nas sinagogas de todo o Império. Narrou o livramento que Deus operara em prol do povo de Israel, por ocasião do êxodo, e esboçou-lhes a história de Moisés a Davi. Depois passou de Davi ao prometido Messias da sua descendência, declarando que esse Messias prometido aparecera nos seus dias na pessoa de Jesus, cuja morte e bem atestada ressurreição provaram ser Ele o Messias predito nas Escrituras hebraicas. Como Pedro em Pentecostes, argumentou que as palavras do Sl 16:10, "Não permitirás que o teu Santo veja a corrupção", não podiam aplicar-se a Davi, que viu a "corrupção", mas ao descendente de Davi, que naqueles últimos dias, segundo fora evidente, ressurgira dos mortos. O sermão findou com uma aplicação, à situação presente, do aviso do profeta Habacuque às vésperas da invasão dos caldeus: "Vede, ó desprezadores, maravilhai-vos e desvanecei... (a palavra "desprezadores" é citada dos LXX, onde substitui a frase "entre as nações" do texto hebraico).

    >At 13:14

    Antioquia da Pisídia (14), sendo esta uma das regiões da província da Galácia. Depois da leitura da lei e dos profetas (15). A lei era lida toda, conforme um lecionário fixo; as leituras eram selecionadas dos profetas, com alguma semelhança ou relação com a lição precedente da lei. Os chefes da sinagoga (15). A estes incumbia planejar o culto público, e convidar membros idôneos da congregação para fazer as leituras e dirigir a palavra. Varões irmãos (15). Como em qualquer outra parte dos Atos, essa expressão deve traduzir-se simplesmente "Irmãos".

    >At 13:16

    Varões Israelitas, e vós outros que também temeis a Deus (16). Estas palavras indicam os dois elementos de que se compunha a congregação, judeus e os gentios "tementes a Deus" (ver At 10:2). Suportou-lhes os maus costumes (18). Alguns textos, com a mudança de uma letra no verbo grego assim traduzido, têm "levou-os como uma ama" (cfr. Dt 1:31). Sete nações (19). Veja-se Dt 7:1. Cerca do quatrocentos e cinqüenta anos (20). Este período cobre o tempo a partir da peregrinação dos patriarcas até a ocupação da terra. Achei a Davi... (22); citação do Sl 89:20 e 1Sm 13:14. Havendo João primeiro pregado... (24). Os vers. 24-31 contém um esboço da pregação apostólica, semelhante ao de At 10:36-43. Não sou aquele (25); isto é, o Messias. Cfr. Jo 1:20-43. Eles... tirando-o do madeiro (29); temos aí um plural de sentido geral. Nos Evangelhos consta que isso foi feito por José de Arimatéia e Nicodemos. A nós, seus filhos (33). Leia-se "a nós e a nossos filhos" (F. H. Chase) Ressuscitando a Jesus (33). O sentido aqui é Deus levantar a Jesus como Messias, assim corno levantou a Davi como rei (22); contraste-se com o vers. 34, onde se tem em vista a ressurreição: Deus o ressuscitou dentre os mortos. Tu és meu filho, eu hoje te gerei (33); citação do Sl 2:7. O dia da unção do rei "era idealmente o dia em que ele, como representante da nação, nascia para uma nova relação de filho para com Jeová" (F. H. Chase); é provável que se faça alusão aí ao dia do batismo de Jesus (quando Deus lhe falou, "Tu és meu Filho..."). Dar-vos-ei as santas e fiéis bênçãos de Davi (34); citação de Is 55:3. Tais bênçãos prometidas a Davi encontram seu cumprimento em Cristo mediante Sua ressurreição. Todo o que crê é justificado (39). É digno de nota que somente neste sermão do Paulo, nos Atos, o conceito da justificação se declara explicitamente. A fé em Cristo leva o homem a uma posição do completa justiça perante Deus, o que a lei jamais pôde realizar. Vede (41); cfr. Hc 1:5 (que por sua vez serve de eco a Is 29:14).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52

    26. O caráter de uma Igreja Eficaz ( 13 1:44-13:13'>Atos 13:1-13 )

    Ora, havia em Antioquia, na igreja que estava lá, profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: "Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado." Então, jejuando e orando, e impondo-lhes as mãos, os despediram. Então, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. E quando chegaram a Salamina, começaram a proclamar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham a João como seu ajudante. E quando eles passaram por toda a ilha até Pafos, acharam um certo mago, falso profeta judeu, cujo nome era Bar-Jesus, que estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem de inteligência. Este chamou a Barnabé e Saulo e procurou ouvir a palavra de Deus. Mas Elimas, o mágico (porque assim o seu nome é traduzido) estava se opondo-los, buscando transformar o procônsul da fé. Mas Saul, que também era conhecido como Paulo, cheio do Espírito Santo, fixou seu olhar sobre ele, e disse: "Você que é cheio de todo o engano e fraude, seu filho do diabo, inimigo de toda a justiça, não deixará de dar a perverter os retos caminhos do Senhor? E agora, eis que a mão do Senhor está sobre você, e você ficará cego e não ver o sol por algum tempo. " E logo uma névoa e escuridão caiu sobre ele, e ele andou buscando aqueles que iria levá-lo pela mão. Então o procônsul acreditou quando viu o que tinha acontecido, de ser surpreendido com o ensinamento do Senhor. Agora, Paulo e seus companheiros-se ao mar a partir de Paphos e chegaram a Perge, na Panfília; e João deixou e voltou para Jerusalém. ( 13 1:13 )

    Há muita verdade no ditado humorístico que algumas pessoas fazem as coisas acontecerem, outros vêem as coisas acontecem, enquanto outros ainda estão se perguntando o que aconteceu. O que é verdade para os indivíduos também é verdade para as igrejas. Algumas igrejas são dinâmicas, atingindo de forma agressiva com o evangelho para fazer um impacto no mundo. Alguns sabem Deus está se movendo em outras igrejas e me pergunto por que eles não estão passando por esse poder. Outros, ainda, apenas mal existe, definhando enquanto as ervas daninhas espirituais (e talvez até mesmo físicas) crescer. Eles fazem um impacto apenas na vida social dos seus membros.

    Atos 11 introduziu uma liderança e uma congregação que Deus usou para fazer as coisas acontecerem-a igreja de Antioquia, a primeira cabeça de ponte do cristianismo no mundo pagão. Essa igreja teve um início impressionante. At 11:21 registros que "um grande número de crentes se converteram ao Senhor" sob o ministério de helenistas judeus que fugiram de Jerusalém após o martírio de Estêvão ( 11: 19-20 ). A igreja de Antioquia cresceu dramaticamente sob a liderança capaz de Barnabé e Saulo ( 11:26 ). Foi em Antioquia que o nome de cristãos foi dado primeiro aos seguidores de Jesus Cristo ( 11:26 ).Apesar de ter sido concebido como um termo de escárnio, os crentes usava-o como um distintivo de honra. Os membros desta igreja, em grande parte Gentil mostrou seu amor por seus irmãos judeus, enviando-lhes o alívio da fome ( 11: 27-30 ).

    Mas de todos os fatores que fizeram da igreja de Antioquia forte, o mais significativo foi a sua submissão ao Espírito Santo. Ambos os líderes (cf. 11:24 ; 13: 9 ) e a congregação (cf. 13: 2 , 4 ) da igreja de Antioquia foram cheios do Espírito. Eles eram totalmente dependentes do Espírito, que energizado cada fase de seu ministério.

    O que marca uma igreja cheia do Espírito Santo? Uma igreja cheia do Espírito Santo pode ser definida simplesmente como alguém cuja membros andar em obediência à vontade de Deus. Uma vez que Deus revela Sua vontade nas Escrituras, uma igreja cheia do Espírito Santo deve estar profundamente comprometido com a Palavra de Deus. De fato, uma comparação de Efésios 5 e Colossenses 3 revela que ser cheio do Espírito e deixando a Palavra ricamente habitar na vida de alguém produzir os mesmos efeitos. Por isso, eles são as duas faces da mesma realidade espiritual.

    Capítulo 13 marca um ponto de viragem em Atos. Os primeiros doze capítulos têm-se centrado sobre o ministério de Pedro; os capítulos restantes se concentrar em Paulo. Até agora, a ênfase tem sido na igreja judaica em Jerusalém e Judéia; capítulos 13:28 descrevem a propagação da igreja Gentil todo o mundo romano. E foi a partir da, cada vez maior, igreja controlada pelo Espírito doutrinariamente som dinâmico em Antioquia que a bandeira de missões Gentil foi desfraldada. Tinha líderes espirituais, com um ministério espiritual, que foi em uma missão espiritual, enfrentou a oposição espiritual, e experimentou a vitória espiritual.

    Líderes Espirituais

    Ora, havia em Antioquia, na igreja que estava lá, profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. (13: 1 )

    Igrejas, fortes e eficazes, inevitavelmente, líderes piedosos, ea igreja de Antioquia não foi excepção. Deus sempre tem colocado um prêmio sobre liderança espiritual ( At 6:3. ; Tito 1:5-9 ; cf. Os 4:9. ). Estes cinco homens eram o coração do ministério em Antioquia.

    Lucas descreve-os como profetas e mestres, dois termos importantes do Novo Testamento. Profetas desempenhou um papel significativo na igreja apostólica (cf. 1Co 12:28. ; Ef 2:20. ; Ef 3:5 ).Como os apóstolos, eles eram pregadores da Palavra de Deus e foram responsáveis, nos primeiros anos da igreja para instruir as congregações locais. Às vezes, eles receberam nova revelação de Deus, como em At 11:28 e 21: 10-11 . Ambos os incidentes gravar o que os profetas, em contraste com os apóstolos, recebeu prática, a revelação não doutrinária. A função dos profetas como receptores da revelação divina terminou com a cessação dos dons de sinais temporários. Mesmo a sua sede, como a dos apóstolos, foi substituído por pastores e mestres e evangelistas (cf. : Ef 4:11-12. , que eram os anciãos e os superintendentes () 1Tm 3:1 ). Embora profetas de que tipo original não existem mais, o dom semelhante para pregar a Palavra de Deus permanece. É dado aos pastores e evangelistas, que proclamam o que Pedro chamou de "palavra profética" ( 2Pe 1:19. ) e ainda é vital para a saúde espiritual da igreja (cf. Rom. 10: 14-18 ). Todo o caminho para o retorno do Senhor, o "espírito de profecia" continua a ser "o testemunho de Jesus" ( Ap 19:10 ).

    Os professores são fundamentais para a igreja de hoje (cf. 1Co 12:28. ; Ef 4:11. ; Jc 3:1 indica.

    Antioquia tinha cinco homens que estavam ambos os pregadores e mestres da Palavra de Deus. Foi através do seu ministério que a igreja foi edificada na fé.

    Barnabé já apareceu várias vezes em Atos. A partir Dt 4:36 aprendemos que ele era um levita da ilha de Chipre. Seu nome de nascimento era José, mas os apóstolos nomeou Barnabé, que significa "Filho da consolação" descrição apt —um deste gentil, amoroso homem. Foi Barnabé, que convenceu os céticos e crentes suspeitos em Jerusalém que a conversão de Saulo era genuíno ( 09:27 ). A bolsa Jerusalém, enviou-o a investigar os rumores de que os gentios tinham sido salvos em Antioch ( 11:22 ) —um sinal da grande estima que a igreja de Jerusalém o segurou. Ele trouxe Saulo de Tarso e o envolveu no ministério em Antioquia ( 11: 25-26 ). Barnabé, junto com Saul, realizado contribuições da igreja de Antioquia para o alívio da igreja da Judéia para Jerusalém ( 11:30 ).

    Pouco se sabe sobre Simeon , Lucius , e Manaém. nota de Lucas, que Simeão, chamado Níger (que significa "negro") pode sugerir que ele era um homem de pele escura, um Africano, ou ambos. Enquanto alguns identificá-lo com Simão de Cirene, que carregava a cruz de Jesus ( Mc 15:21 ), não há nenhuma evidência direta para a referida identificação. Lucius, mas não Simeon, é identificado com a cidade de Cirene no Norte da África. Não há nada para ligá-lo com o Lucius quem Paulo cumprimenta em Rm 16:21 e certamente nenhuma evidência para identificá-lo (como alguns têm argumentado) como Lucas, o médico. Manaem foi notáveis, Lucas registra, porque ele tinha sido criado com Herodes o tetrarca (Herodes Antipas, o Herodes dos evangelhos). Suntrophos ( fora criado com ) pode ser traduzida como "irmão de criação." Ele tinha sido criado em Herodes casa do Grande junto com Herodes Antipas. Saul, ou Paulo, não precisa de introdução. Através de seus esforços incansáveis ​​o evangelho se espalhou por todo o mundo gentio. Estes foram os pastores que levou o rebanho para eficácia e impacto.

    Ministério Espiritual

    E, servindo eles ao Senhor e jejuando, ( 13: 2 a)

    A responsabilidade dos pastores espirituais é o ministério espiritual. Ao contrário de muitos no ministério hoje que estão ocupados com atividades e programas rasas, os líderes em Antioquia entendido seu mandato espiritual claramente. Eles modelou-se após os apóstolos, que, de acordo com At 6:4 ). Servir em um papel de liderança na igreja deve ser visto como um ato de adoração a Deus. Esse serviço consiste em oferecer sacrifícios espirituais a Ele (cf. 13 15:58-13:16'>Heb. 13 15:16 ), incluindo a oração, a supervisão do rebanho, estudar e pregar e ensinar a Palavra.

    Seu ministério não foi para a congregação, mas para o Senhor. É crucial entender que Deus é o público para todo o ministério espiritual (cf. Atos 20:19-20 ). Aqueles cujo objetivo é ministrar às pessoas será tentado a comprometer para alcançar esse fim. Fazendo o Senhor o objeto do ministério evita a necessidade de compromisso.

    Como os crentes da Macedônia, aqueles no ministério deve dar-se em primeiro lugar ao Senhor e só então a outros crentes (cf. 2Co 8:5 ). O homem de Deus, como cada crente, faz o seu "trabalho de coração, como para o Senhor e não para os homens", porque "é o Senhor Cristo, a quem [ele serve]" (Colossenses 3:23-24 ).

    A Bíblia freqüentemente conecta jejum com tempos de vigilante, fervorosa oração (cf. Ne 1:4. ; Dn 9:3 ; Lc 2:37 ; Lc 5:33 ; At 14:23. ; Lucas 5:33-35 ). Em nítido contraste com a vistosa jejum, hipócrita dos fariseus, o jejum dos crentes é para os olhos de Deus somente ( Mt 6:16-18. ). (Para uma discussão mais aprofundada do jejum, ver Mateus 1:7 , MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1985], 399ff)

    Missão Espiritual

    o Espírito Santo disse: "Separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado." Então, jejuando e orando, e impondo-lhes as mãos, os despediram. Então, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre. E quando chegaram a Salamina, começaram a proclamar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham a João como seu ajudante. ( 13: 2 b-5)

    Homens espirituais com o ministério espiritual eficaz verão a Deus estender a sua missão espiritual. Deus escolhe para posterior ministério das já ativamente servindo a Ele. Ele não é susceptível de levar os cristãos ociosas para baixo da prateleira, pó-los fora, e confiar-lhes um trabalho importante. Saulo e Barnabé estavam profundamente envolvidos em ministrar ao Senhor quando a sua chamada para o serviço adicional prestado veio. Deus escolheu experientes, homens comprovada para a missão de vital importância para os gentios.
    A verdade que todo o ministério está a ser feito para que o Senhor está aqui reforçado pelo comando do Espírito para separar Barnabé e Saulo para a Si mesmo. Eles eram seus homens, para usar como Ele o faria e enviar onde quer que Ele desejar.

    Outro princípio que flui para fora do texto é que Deus soberanamente chama os homens para o ministério. A igreja não escolheu Saulo e Barnabé. Na verdade, eles provavelmente teriam sido os dois últimos escolhido, uma vez que eles foram os melhores da igreja tinha. Nem Saulo e Barnabé voluntário. Em vez disso, o Espírito soberanamente chamou-os para o serviço missionário de tempo integral.

    A princípio, definitiva, para ser adquirida a partir deste texto é a importância de esperar o tempo de Deus. A igreja de Antioquia não inventar esquemas ou traçar estratégias para alcançar o mundo gentio. Em vez disso, concentrou-se na realização dos ministérios Deus já havia lhe são confiadas. Uma característica importante para discernir a vontade de Deus para o futuro é fazer a Sua vontade no presente.
    Como o Espírito Santo comunicada à igreja não é revelado. Presumivelmente, ele falou por meio dos profetas. No entanto, a mensagem foi comunicada, a resposta da Igreja foi a obediência instantânea.Não houve resmungos ou ressentimento; o Espírito Santo exigiu a igreja de melhor, e Antioquia alegremente desde Saulo e Barnabé.

    Depois de terem jejuado e orado, sem dúvida, para o sucesso do ministério de Saulo e Barnabé, os líderes impuseram as mãos sobre eles. A imposição de mãos, nem concedido Saulo e Barnabé o Espírito Santo nem ordenou ao ministério. Ambos já tinham recebido o Espírito ( At 9:17 ; At 11:24 ) e estava servindo no ministério por muitos anos. A imposição das mãos simplesmente significadas identificação, confirmação e unidade na sua próxima missão (cf. Nu 8:10. ; 27: 18-23 ).

    Tendo orado para Saulo e Barnabé e tendo identificado publicamente com eles, a igreja de Antioquia os despediu. A melhor tradução de apoluo ( os despediu ) pode ser "eles deixá-los ir", ou "eles lançaram-los." É claro desde o versículo 1 que o Espírito, não a igreja, enviou os dois missionários. Como ele já tinha enviado eles, toda a igreja podia fazer era cortar o cordão e deixá-los ir. Essa verdade é repetida no versículo 4 , onde Lucas relata que os missionários foram enviados pelo Espírito Santo.

    Deixando de Antioquia para iniciar a missão, eles desceram a Selêucia. Localizado a cerca de 16 milhas de distância, perto da foz do rio Orontes, Seleucia serviu como porto de Antioquia. Se os missionários levaram a estrada para Seleucia ou viajou de barco para baixo as Orontes não é declarado. Uma vez em Seleucia, tomaram passagem em um navio e navegaram para Chipre.

    Chipre é a terceira maior ilha do Mediterrâneo, depois da Sicília e Sardenha. É cerca de 60 milhas ao largo da costa da Síria e teria sido visível do Seleucia em um dia claro. A parte principal da ilha é de 90 a 100 quilômetros de comprimento e até 60 km de largura. No Novo Testamento vezes suas duas principais cidades eram Salamina, o principal porto e centro comercial, e Paphos, a capital.

    Saulo e Barnabé, sem dúvida, escolheu para iniciar sua expansão missionária em Chipre por várias razões. De acordo com At 4:36 , que era a casa de Barnabé e território assim familiar. Além disso, ele estava perto de Antioquia, a jornada provavelmente dois dias, no máximo. Além disso, Chipre tinha uma grande população judaica. Todos esses motivos fazem dele um ponto de partida ideal para a divulgação para o mundo gentio.

    Chegando na principal cidade portuária, Salamina, começaram a anunciar a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus. Pregar o evangelho primeiro aos judeus era costume de Paulo ao longo de suas viagens missionárias. Chipre teve um assentamento judaico grande o suficiente para suportar várias sinagogas em Salamina. Enquanto viajavam de sinagoga em sinagoga, Saulo e Barnabé tiveram JohnMark como sua ajudante. Ele era um nativo de Jerusalém ( At 12:12 ) e era primo de Barnabé ( Cl 4:10 ). Quando Saulo e Barnabé voltaram a Antioquia, de Jerusalém após a entrega de ajuda humanitária, João Marcos veio com eles ( At 12:25 ). Ele, sem dúvida, deixou Antioquia junto com Saulo e Barnabé. Embora ele estava prestes a abandoná-los e voltar a Jerusalém, pois agora ele era um membro da equipe, ajudando Saulo e Barnabé realizar a sua missão espiritual.

    Oposição Espiritual

    E quando eles passaram por toda a ilha até Pafos, acharam um certo mago, falso profeta judeu, cujo nome era Bar-Jesus, que estava com o procônsul Sérgio Paulo, homem de inteligência. Este chamou a Barnabé e Saulo e procurou ouvir a palavra de Deus. Mas Elimas, o mágico (porque assim o seu nome é traduzido) estava se opondo-los, buscando transformar o procônsul da fé ... Agora, Paulo e seus companheiros-se ao mar a partir de Pafos, chegaram a Perge, na Panfília; e João deixou e voltou para Jerusalém. ( 13 6:8 , 13 )

    Quando o povo de Deus procuram avançar seus propósitos, a oposição satânica é inevitável. A equipe missionária tinha até agora percorrido toda a ilha de Salamina, no canto nordeste até Pafos , na costa sudoeste. Além de ser a sede do governo romano, Paphos foi

    um grande centro para a adoração de Afrodite [Vênus] ... O maior festival de Chipre em honra de Afrodite foi a Aphrodisia, realizada durante três dias a cada primavera. Ele contou com a presença de grandes multidões não só de todas as partes do Chipre, mas também de países vizinhos. (Charles F. Pfeiffer e Howard F. Vos, A Geografia Wycliffe histórico de Terras Bíblicas [Chicago: Moody, 1967], 305-6)

    Era uma cidade repleta de imoralidade: "prostituição religiosa extensa acompanhada [de Afrodite] ritos em Paphos" (Pfeiffer e Vos, 306).
    Aqui, na capital, acharam um certo mago. Como aconteceu quando Pedro e João trouxe o evangelho para Samaria, Saulo e Barnabé foram confrontados por um mago . Magos ( mágico ) não tem necessariamente uma conotação ruim. É usado, por exemplo, em Mt 2:1 , MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1985], 26-28) Mais tarde, porém, o termo mágico foi usado para descrever todos os tipos de praticantes de magia e curiosos pelo ocultismo .Bar-Jesus, sendo judeu, obviamente, não foi um dos magos Medo-Persa. Como Simon ( Atos 8:9-11 ), ele era um enganador que colocar seu conhecimento para uso mal.

    Bar-Jesus não era apenas um mágico; Lucas descreve-lo mais como um falso profeta. Seu nome, ironicamente, significa "filho da salvação", um estranho nome na verdade, para um falso profeta enganar.Não foi por acaso que esse homem tinha se ligado ao Roman procônsul. O reino das trevas está ansioso para influenciar aqueles que governam. Grande parte do mal neste mundo pode ser rastreada finalmente a tal influência nefasta por "as forças espirituais do mal, nas regiões celestes" ( Ef 6:12. ; cf. 13 27:11-1'>Dan 10: 13 11:1. ).

    O governador romano de Chipre foi Sérgio Paulo, a quem Lucas descreve como um homem de inteligência. A precisão do relato de Lucas é verificada por meio de uma inscrição encontrada no Soloi, na costa norte de Chipre. Isso em si datas de inscrição "no proconsulado de Paulus" (Sir William M. Ramsay, St. Paulo o viajante e do Cidadão romano [reimpressão; Grand Rapids: Baker, 1975], 74).

    Como Roman inteligente, o governador, sem dúvida, teve um grande interesse em novas filosofias e crenças religiosas. Que ele tinha em sua comitiva um professor judeu (embora um renegado um) mostrou que ele tinha algum interesse no judaísmo. Saulo e Barnabé lhe apareceu a ser dois professores mais judeus de quem ele poderia aprender mais sobre a fé judaica. Além disso, seus deveres como governador o levou a investigar este novo ensinamento que estava varrendo Chipre. Assim, ele convocou Barnabé e Saulo e procurou ouvir a palavra de Deus.

    Alarmados com a perspectiva da conversão de Sérgio Paulo, e sua própria subsequente perda de status, Elimas, o mágico (porque assim o seu nome é traduzido) estava se opondo-los, buscando transformar o procônsul da fé. Ele estava fazendo a licitação do seu mau mestre, Satanás. Como muitas pessoas Judeu da época, Bar-Jesus também tinha um nome grego, Elimas, pelo qual ele era conhecido na corte de Sérgio Paulo. Nota parentética de Lucas, que , assim, o seu nome é traduzido não significa Elimas traduz Bar-Jesus. Em vez disso, Elimas era aparentemente a transliteração grega de uma palavra árabe para "mágico" (Simon J. Kistemaker, New Testament Commentary: Atos [Grand Rapids: Baker, 1990], 462).

    É bom lembrar a lição destes versos. Levar alguém a Cristo não é meramente um exercício acadêmico, nem é uma questão de fazer um discurso de vendas bem-sucedida. Pelo contrário, ela envolve uma guerra total contra as forças do inferno. Saulo e Barnabé lutou Bar-Jesus para a alma de Sérgio Paulo.
    Mas tais ataques externos não são apenas a estratégia de Satanás. Ainda mais mortal ao longo dos séculos, têm sido seus ataques contra a igreja a partir de dentro. Não é de surpreender, então, que ele procurou inviabilizar a missão para os gentios com a pressão interna também. Essa pressão veio em deserção de João Marcos. Tendo concluído seu trabalho no Chipre, Paulo e seus companheiros-se ao mar a partir de Pafos, chegaram a Perge, na Panfília; e João deixou e voltou para Jerusalém. Perga era uma grande cidade na província romana da Panfília, na Ásia Menor.

    O que especificamente foi a razão João deixou e voltou para Jerusalém não é clara. Alguns sugeriram que ele estava com medo de viajar nas montanhas perigosas da Panfília, uma região infestada de bandos de saqueadores (cf. 2Co 11:26 ). Outros acham que ele se ressentia Paulo tendo ascendência sobre seu primo, Barnabé; outros que ele desaprovavam a ênfase de Paulo sobre a pregação do evangelho para os gentios; e outros ainda que temia perseguição. Seja qual for a razão, Paulo não considerou válidos ( At 15:38 ). E, tragicamente, embora deserção de João Marcos não impediu que a missão para os gentios, que se dividiu a equipe bem sucedida de Paulo e Barnabé ( Atos 15:36-40 ). Dissensão interna, divisão e desunião continuar a perturbar obras de Deus que têm resistido rápido contra as tempestades da oposição externa.

    Vitória Espiritual

    Mas Saul, que também era conhecido como Paulo, cheio do Espírito Santo, fixou seu olhar sobre ele, e disse: "Você que é cheio de todo o engano e fraude, seu filho do diabo, inimigo de toda a justiça, não deixará de dar a perverter os retos caminhos do Senhor? E agora, eis que a mão do Senhor está sobre você, e você ficará cego e não ver o sol por algum tempo. " E logo uma névoa e escuridão caiu sobre ele, e ele andou buscando aqueles que iria levá-lo pela mão. Então o procônsul acreditou quando viu o que tinha acontecido, de ser surpreendido com o ensinamento do Senhor. ( 13 9:12 )

    A batalha pela alma de Sérgio Paulo agora atingiu o seu clímax. Saul, que, Lucas observa, também era conhecido por seu nome romano Paulo, teve o suficiente de interferência do mágico. Ser cheio do Espírito Santo, Paulo fixou seu olhar em cima do que falso profeta. Tal como acontece com todos aqueles que mexer com a doutrina ocultista e demoníaca, Bar-Jesus estava cheio de todo o engano e fraude. Dolos ( engano ) é a palavra grega para "uma armadilha". Como um laço habilmente disfarçado, Bar-Jesus não era o que parecia ser a suas vítimas inocentes. Radiourgias ( fraude ) aparece somente aqui no Novo Testamento. Isso significava originalmente ", facilidade ou facilidade em fazer, daí prontidão em transformar a mão para qualquer coisa, boa ou ruim, e assim por imprudência, falta de escrúpulos, a maldade" (Marvin R. Vincent, Palavra Studies no Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1946], 1: 516). Longe de ser um "filho da salvação", Bar-Jesus foi acusado por Paulo como sendo, na realidade, um filho do diabo. Bar-Jesus imaginava-se um profeta justo, mas Paulo denunciou-o como o inimigo de toda a justiça. Ele constantemente torcida e verdade pervertida de Deus, levando a questão fulminante de Paulo, "será que você não deixará de dar a perverter os retos caminhos do Senhor?"

    Bar-Jesus não era para fugir com uma simples bronca, no entanto. Como ele tinha feito outros cegos espiritualmente, ele estava agora a sofrer cegueira física. Paulo informou ele, "a mão do Senhor está sobre você, e você ficará cego e não ver o sol por algum tempo." Essa cegueira Bar-Jesus 'era para ser temporário foi uma indicação da misericórdia de Deus. Só podemos esperar que ele se recuperava de sua cegueira espiritual.

    Vitória espiritual dos missionários não era só negativo, como pode ser visto na derrota do Bar-Jesus, mas também positivo. O emissário de Satanás havia sido derrotado e silenciado; e, agora, Paulo e Barnabé estavam prestes a vencer a batalha pela alma de Sérgio Paulo: . Então o procônsul acreditava quando ele viu o que tinha acontecido, de ser surpreendido com o ensinamento do Senhor Como tantas vezes está relacionada em Atos, Deus usou um milagre para confirmar a autenticidade de seus mensageiros ea verdade da Sua Palavra. Significativamente, foi o ensinamento do Senhor, não o milagre impressionante que ele tinha acabado de presenciar, que levou o procônsul de acreditar. Ele foi surpreendido com a doutrina do Senhor, não com o milagre.

    Não há nenhuma razão para duvidar da autenticidade da crença de Sérgio Paulo. Que ele se tornou um verdadeiro cristão é sugerido por algumas fontes extra-bíblicas. O grande arqueólogo do século XIX Sir William Ramsay ", argumentou a partir de outras fontes literárias que Sergia Paulla, a filha do procônsul, era um cristão, como era seu filho Gaio Caristanius fronto, o primeiro cidadão de Antioquia da Pisídia para entrar no Senado romano" (Richard N . Longenecker, "At", no Frank E. Gaebelein, ed. Comentário do Expositor Bíblia [Grand Rapids: Zondervan, 1981], 9: 421; conforme EM Blaiklock, A Arqueologia do Novo Testamento [Grand Rapids : Zondervan, 1977], 107; JA Thompson, a Bíblia e Arqueologia [Grand Rapids: Eerdmans, 1987], 392). Mas, para além de tal evidência externa, o relato de Lucas é clara. A conversão de Sérgio Paulo "tem sido o ponto principal de todo o Chipre narrativa" (João B. Polhill, O New Commentary americano: Atos [Nashville: Broadman, 1992], 295). Como seu conselheiro de outrora foi mergulhado na escuridão física, o procônsul emergiu da escuridão espiritual para a gloriosa luz do evangelho.

    A igreja de Antioquia está por todo o tempo como um exemplo de uma igreja eficaz. A bem-sucedida missão de evangelizar o mundo gentio que iniciou foi um ponto de viragem na história. A verdadeira igreja de Jesus Cristo na Terra, hoje, é o legado espiritual de que o alcance.

    27. Paulo prega Jesus ( 13 14:44-13:41'>Atos 13:14-41 )

    Mas indo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia, e no dia de sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se. Depois da leitura da lei e dos profetas, os chefes da sinagoga mandaram-lhes, dizendo: "Irmãos, se tendes alguma palavra de consolação para o povo, dizê-lo." E Paulo levantou-se, e fazendo sinal com a mão, ele disse: "Homens de Israel, e os que temeis a Deus, ouvi: O Deus deste povo de Israel escolheu a nossos pais, e fez as pessoas grandes durante a sua estadia na terra do Egito , e com um braço erguido Ele os levou para fora dela. E por um período de cerca de 40 anos Ele colocou-se com eles no deserto. E quando Ele tinha destruído as sete nações na terra de Canaã, Ele distribuiu a sua terra por herança —todos que levou cerca de 450 anos. E depois destas coisas que Ele lhes deu juízes até o profeta Samuel. E depois pediram um rei, e Deus lhes deu Saul, filho de Quis, homem da tribo de Benjamin , por quarenta anos. E depois que ele lhe tinha retirado, levantou-se Davi para ser seu rei, a respeito de quem Ele também testemunhou e disse: 'Eu encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vai. " Da descendência deste homem, de acordo com a promessa, Deus trouxe a Israel um Salvador, Jesus, depois de João tinha proclamado antes de Sua vinda um batismo de conversão para todo o povo de Israel. E, enquanto João estava completando seu curso, ele não parava de dizer , 'O que você acha que eu sou? Eu não sou Ele. Mas eis que um vem depois de mim as sandálias de cujos pés não sou digno de desatar. " Irmãos, filhos da família de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus, a nós a palavra desta salvação é enviado para fora. Para aqueles que vivem em Jerusalém e as suas autoridades, reconhecendo nem Ele nem os enunciados dos profetas que se lêem todos sábado, cumpriu estes condenando-O. E embora eles não encontraram nenhum motivo para colocá-Lo à morte, pediram a Pilatos que ele seja executado. E quando eles tinham realizado tudo o que foi escrito a respeito dele, tirando-o da cruz e colocado . Ele em um túmulo Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos,. e por muitos dias, ele parecia que subiram com ele da Galiléia a Jerusalém, os mesmos que agora são suas testemunhas para com o povo e nós pregamos-vos as boas notícias da promessa feita aos pais, Deus a cumpriu esta promessa aos nossos filhos em que Ele ressuscitou a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo, 'Tu és meu Filho, hoje te gerei ". E quanto ao fato de que Ele ressuscitou dentre os mortos, para nunca mais tornar à decadência, Ele falou assim: '. Eu te darei as santas e fiéis bênçãos de Davi' Por isso, também diz em outro Salmo: 'Tu não permitir que teu santo veja corrupção. " Para Davi, depois de ter servido ao propósito de Deus em sua geração, adormeceu e foi colocada entre seus pais, e foi submetido a decadência;. Mas aquele a quem Deus ressuscitou não foi submetido a decadência Portanto, saiba-se-vos, irmãos, que por meio dele o perdão dos pecados é proclamada a você, e por ele, todo aquele que crê é libertado de todas as coisas, a partir do qual você não poderia ser libertados por meio da Lei de Moisés. Olhai, pois, para que a coisa falada nos profetas podem não descerá sobre vós: 'Eis que escarnecedores, e maravilhe-se, e perecem, porque estou realizando uma obra em vossos dias, uma obra que você nunca vai acreditar, se alguém deve descrevê-lo para você.' "( 13: 14— 41 )

    "Se algumas arcanjo homileticamente inclinadas fosse me permitem selecionar outro tempo e lugar para se viver", escreve Warren Wiersbe: "Eu imediatamente pediria para ser transportado para a Grã-Bretanha durante o reinado da Rainha Victoria" ( Caminhando com os Giants [ Grand Rapids: Baker, 1980], 51). Entre os grandes pregadores que floresceram durante essa época, observa Wiersbe, foram Charles Spurgeon, Canon Henry Liddon, Alexander Maclaren, RW Dale, Alexander Whyte, e José Parker.

    Mas, para aqueles que, como Warren Wiersbe, que amam a grande pregação (como todos os cristãos deveriam), um tempo ainda mais emocionante estar vivo foi durante os primeiros anos da igreja. Foi então que a maior pregação na história da igreja ocorreu. Já em Atos, Lucas apresentou tais pregadores magistrais como Pedro, Filipe e Estevão. Atos 13 contém a primeira (e mais longo) registrou sermão do maior pregador de todo-Paulo-lhes o apóstolo.

    Embora este seja o primeiro de seus sermões registrados em Atos, Paulo não era um pregador iniciante. Ele havia pregado em Damasco imediatamente após a sua conversão ( At 9:20 ), durante seus três anos na Arábia ( Gal. 1: 15-18 ), e enquanto servia como pastor em Antioquia ( At 13:1 ), uma vez que foi para esse fim que o Senhor lhe havia chamado ( Atos 26:15-20 ; 1Co 1:171Co 1:17. , 21-23 ; 2 Cor . 5: 19-20 ; Rm 15:19 ; . Ef 3:8 , Cl 1:28 ; 1Tm 2:71Tm 2:7. ). As palavras de Paulo aos crentes de Roma refletem a importância que ele colocou na pregação: "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram E como crerão naquele de quem não ouviram E como ouvirão, se não um? pregador "( Rm 10:14 )? Suas palavras a Timóteo são a chamada clássico para essa responsabilidade: "Prega a palavra." ( 2Tm 4:2 ). A partir de púlpitos de hoje vêm os sons incertos da psicologia, bate-papo relacional, comentário social, contação de histórias, homilias rasas, e retórica política. Muitos vêem a pregação como um anacronismo na era atual de, igrejas orientadas para entretenimento de fácil utilização. Os programas, os membros da igreja intratáveis, e detalhes administrativos corroer o tempo de preparação desses pastores que querem pregar.

    Enquanto muitos minimizar a importância da pregação bíblica, não deixa de ser vital para uma igreja espiritualmente forte. O pregador representa Cristo ao seu povo, reforçando o conceito de autoridade e submissão dentro do Corpo de Cristo. Voltando a igreja em um centro de terapia de grupo ou de entretenimento mina essa autoridade. Strong pregação bíblica também defende a autoridade da Palavra de Deus. Que estranho é que muitos dos que afirmam a infalibilidade da Bíblia não conseguem pregar expositivamente (conforme John Macarthur, "O Mandate da Biblical Inerrancy: pregação expositiva", do Mestre Seminary Journal 1 [Primavera 1990]: 3-15).

    O Novo Testamento sublinha repetidamente a importância da pregação. Jesus disse a um seguidor prospectivo para "ir e proclamar em todos os lugares do reino de Deus" ( Lc 9:60 ), mesmo como Ele mesmo fez ( Lucas 4:18-19 , Lc 4:43 ). Paulo, na cobrança de seu jovem protegido Timóteo: "Prega a palavra, estar pronto a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com grande paciência e doutrina" (2Tm 4:2 ). Própria paixão e vocação de Paulo era pregar a Palavra.

    A pregação bíblica tem sido o catalisador de todo grande avivamento na história da igreja. Os Padres da Igreja tomou o bastão dos apóstolos, e através de sua pregação cristianismo conquistou o Império Romano. A pregação dos grandes reformadores Lutero, Calvino, Knox, Zwingli, e Latimer trouxe a luz da verdade para a igreja depois de séculos de escuridão. A poderosa pregação de João Owen, João Bunyan, Richard Baxter, Tomé Manton, Tomé Brooks, Tomé Watson, e Jeremiah Burroughs, entre muitos outros, disparou o renascimento Puritan na 1nglaterra do século XVII. João Wesley, George Whitefield, e Jonathan Edwards levou o Grande Despertar do século XVIII. O século XIX, como já referimos, foi abençoado com a pregação de Spurgeon, Parker, Maclaren, e Whyte. Talvez a igreja hoje sabe pouco de reavivamento porque sabe pouco do forte bíblica, pregação, doutrinal.

    A igreja nasceu no Dia de Pentecostes, quando Pedro pregou ( At 2:1 , At 8:12 ). Como o evangelho se espalhou para o mundo gentio, o catalisador foi novamente poderosa pregação por mensageiros escolhidos de Deus.

    Tendo em primeiro lugar visitado casa ilha do Barnabé de Chipre, a equipe missionária próxima visitou a região da casa de Paulo, na Ásia Menor. Deixando de Chipre, eles navegaram norte cerca de 200 milhas através do Mar Mediterrâneo e desembarcou em Atália, o porto de Perge. Nesse ponto, João Marcos abandonou Paulo e Barnabé e voltaram para Jerusalém.

    Paulo e Barnabé aparentemente não pregar em Perge , neste momento, embora eles fizeram em sua viagem de retorno ( At 14:25 ). Alguns têm especulado que Paulo estava doente (cf. Gl 4:13 ), possivelmente com a malária, e necessário para deixar as terras baixas costeiras para as regiões montanhosas mais frias (Antioquia da Pisídia era 3.600 pés acima do nível do mar). Em qualquer caso, eles não permanecem lá, mas indo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia. Esta cidade foi localizado na Ásia Menor e não deve ser confundido com Antioquia, na Síria, de onde os missionários começaram a sua jornada.

    Concisa declaração de Lucas passa em silêncio o que deve ter sido uma árdua jornada (especialmente se Paulo estava doente com malária). A estrada de Perge para Antioquia da Pisídia, cerca de cem quilômetros de distância, era difícil e perigoso. É ferida seu caminho através das montanhas Taurus acidentadas, agarrando-se falésias que ascenderam a alturas vertiginosas. Os viajantes também tiveram de atravessar os rios turbulentos e inundáveis ​​Cestrus e Eurymedon. As montanhas de Taurus eram notórios para os bandos de ladrões que os infestadas. Esses bandidos, que haviam atormentado Alexandre o Grande e Augusto César, foram ainda indomada no tempo de Paulo. Quando Paulo escreveu: "Eu estive em deslocações frequentes, em perigos de rios, perigos de salteadores" ( 2Co 11:26 ), ele pode muito bem ter tido esta viagem em mente.

    Depois de sua viagem difícil acabou, Paulo e Barnabé chegaram em Antioquia. No que se tornou o padrão para o ministério de Paulo, no dia de sábado, entraram na sinagoga e sentaram-se. . Nas sinagogas Paulo encontrou um público pronto de pessoas interessadas em verdade religiosa. Além disso, era costume conceder rabinos que visitam, como Paulo, o direito de dirigir da sinagoga. Tanto ele quanto o público sinagoga dividiu o terreno comum do Antigo Testamento. Paulo podia e fez uso desse fundo comum de conhecimento como um ponto de partida, quando apresentou o evangelho. Por fim, seu grande amor por seus compatriotas judeus e desejo de vê-los queimando salvo ( Rm 10:1 ; At 19:33 ; At 21:40 ; At 26:1. , Sl 89:13 , Sl 89:21 ; Sl 136:12 Isa. ; 51: 9 ;62: 8 ; 21. Jer: 5 ; 27: 5 ; 32 : 17 , 21 ; Ez 20:33-34. ), tornou-se a expressão comum de libertação de Deus da nação do cativeiro egípcio ( Ex 6:6. ; Dt 5:15 ; Dt 7:19 ; Dt 9:29 ; Sl 44:3. ; Dt 2:7 ; Dt 29:5. ) e colocar-se com o seu pecado e rebelião ( Neh. 9: 16-19 ; Sl 95:7-11. ; Amos 5:25-26 ; Heb. 3: 7-11 , 17-18 ). Deus cuidou de seu povo, apesar de sua rebelião, suportando o seu pecado, porque eles tinham um papel fundamental a desempenhar em Seu plano para a história.

    Depois de seus quarenta anos de peregrinação no deserto, Deus trouxe uma nova geração de Israel para a terra prometida. E quando Ele tinha destruído as sete nações na terra de Canaã, Ele distribuiu suas terras como herança-tudo que levou cerca de quatrocentos e cinqüenta . anos Dt 7:1 deve ser traduzido: "Ele tinha governado por dois anos em Israel quando ... Saul escolheu para si mesmo três mil de Israel" ( Enciclopédia de Dificuldades da Bíblia [Grand Rapids: Zondervan, 1982 ], 171-72).

    Depois que Deus tinha removido Saul da realeza, Ele levantou Davi para ser seu rei. Em nítido contraste com Saul, Davi foi obediente, tanto assim que a respeito dele, Deus testemunhou e disse: 'Eu encontrei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade. " Alguns podem questionar a designação de Davi como um homem segundo o coração de Deus. Afinal de contas, ele era culpado de covardia ( 1 Sam. 21: 10-22: 1 ), adultério ( 2 Sam. 11: 1-4 ), e assassinato ( 2Sm 12:9 ). Ele era a Semente da mulher que esmagou a cabeça da serpente ( Gn 3:15 ). Ele era o Filho nascido de uma virgem, cujo nome era "Deus conosco" ( Is 7:14 ). Ele era o Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte de Is 9:6 ), Jacó (Nu 24:17 , e Jesse () Is 11:1 ). Ele era para ser um descendente de Davi ( Jr 23:5 ). Séculos antes de Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumento, Zc 9:9 a quantidade exata de dinheiro que ele iria receber por isso. O cumprimento dessas profecias e dezenas mais uma prova esmagadora de que Jesus de Nazaré era de fato Israel profetizou e tão esperado Messias.

    Versículo 23 une os dois primeiros pontos de Paulo. Historicamente, Jesus era da descendência de Davi. Profeticamente, foi Ele quem, de acordo com a promessa, Deus trouxe a Israel como um Salvador. Ele era o cumprimento das profecias do Antigo Testamento sobre a vinda do Messias. Em Deus é ele promessa no Antigo Testamento foi realizado.

    A primeira profecia Paulo mencionou foi o do precursor Messias. Isaías 40:3-5 descreve seu ministério:

    A voz está chamando, "Limpar o caminho para o Senhor no deserto, endireitai no ermo uma estrada para o nosso Deus, Que todo vale será exaltado, e cada montanha e ser feita de baixo;. E deixar o terreno acidentado se tornar um planície, e do terreno acidentado um amplo vale, então, a glória do Senhor será revelada e toda a carne vai vê-lo em conjunto, pois a boca do Senhor o disse ".

    Em Ml 3:1 ), impediu-o de qualquer tais pretensões. Quando confrontado pelas autoridades judaicas, João distinguiu-se claramente do Messias ainda a ser revelada-:

    E este é o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram sacerdotes e levitas de Jerusalém para perguntar-lhe: "Quem é você?" E confessou, e não negou, e ele confessou: "Eu não sou o Cristo." E perguntaram-lhe: "O que então? És tu Elias?" E ele disse: "Eu não sou." "És tu o profeta?" E ele respondeu: "Não." Disseram-lhe então: "Quem é você, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram? O que você diz sobre si mesmo?" Ele disse: "Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor", como disse o profeta Isaías. " ( João 1:19-23 )

    João nem sequer considerar-se digno de desatar as sandálias de Messias pés -os tarefa do escravo mais humilde.

    O ministério de João era bem conhecido de ouvintes de Paulo, uma vez que ele teve seguidores na Ásia Menor, em seguida, ( Atos 19:1-3 ). Todos na platéia deve ter sabido de identificação de João de Jesus de Nazaré como o Messias ( Jo 1:29 , Jo 1:36 ).

    Paulo tinha chegado a um ponto importante em seu sermão, e ele fez uma pausa para enfatizar isso. Readdressing os dois grupos na platéia como irmãos, filhos da família de Abraão, e os que dentre vós temem a Deus, Paulo declarou que para nós a palavra da salvação anunciada por João é enviado para fora. Foi proclamado e, assim, disponibilizado "para todos aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego "( Rm 1:16 ).

    Paulo já antecipou e respondeu a duas perguntas que possam ter surgido na mente dos seus ouvintes, uma técnica que ele empregou freqüentemente em seus escritos ( Rm 3:3 ; Rm 6:1 ; Rm 7:7 ; Rm 9:14 ; Rm 11:1 ; 1Co 15:351Co 15:35. ; Gl 3:21. ).

    A primeira questão era um povo judeu têm lutado com desde os tempos apostólicos até agora: Se Jesus é o Messias, por que os líderes judeus não conseguem reconhecê-lo como tal? Paulo deu a mesma resposta Estevão fez: por causa de seus corações endurecidos, escurecido pelo pecado. Ele explicou que aqueles que vivem em Jerusalém e as suas autoridades, reconhecendo nem Ele nem as declarações dos profetas que se lêem todos os sábados, cumpridas estas condenando-O. Os chamados especialistas no Antigo Testamento (escribas, fariseus, saduceus, sacerdotes) falharam completamente para entender seus ensinamentos (cf. Mt 22:29. ; Jo 5:39 ). Se o tivessem feito, teriam reconhecido Jesus como o Messias. Aqueles que são ignorantes da Palavra escrita será, inevitavelmente, ignorante da Palavra viva. A ignorância tornou-se um modo de vida para eles, como eles ritualismo substituído pela verdade. Ironicamente, eles então cumprido as profecias das Escrituras que eles não entendiam por condenar Jesus.

    Paulo, então, respondeu uma segunda pergunta que teria surgido: Se Messias foi rejeitado, isso anularia o plano de Deus? Longe disso, respondeu Paulo. Is 53:3 ).

    Mesmo o crime hediondo da crucificação cumpriu a profecia. Paulo declara no versículo 29 que quando eles tinham realizado tudo o que foi escrito a respeito dele, tirando-o da cruz. Entre as profecias cumpridas na cruz eram que o Messias seria uma afronta, um de quem o povo sacudiu a cabeça ( Sl 109:25 ); que as multidões no local da crucificação olhavam para ele ( Sl 22:17. ; cf.Lc 23:35 ); e que os Seus carrascos dividiriam Sua roupa entre si por sorteio ( Sl 22:18. ; cf. João 19:23-24 ). Sl 69:21 previu Ele seria dado vinagre e fel para Sua sede, Mt 27:34 registros o cumprimento dessa previsão. O grito de Jesus na cruz: "Meu Deus, Meu Deus, por que me desamparaste?" ( Mt 27:46 ) foi a realização de Sl 22:1 ) foram predito em Sl 31:5 ), assim como o Sl 34:20 previu que aconteceria. Zc 12:10 predisse o piercing do Seu lado com uma lança, registrado em Jo 19:34 .

    Além dessas profecias, o próprio fato de que o Velho Testamento predisse que o Messias seria crucificado é incrível. Crucificação não era uma forma judaica de execução, se é que foi mesmo a conhecer a eles nos tempos do Antigo Testamento. No entanto, o Salmo 22 e Números 21 picture tal morte (cf. Jo 3:14 ).

    O enterro de Cristo também cumpriu a profecia. Vítimas de crucificação eram comumente jogados em valas comuns, uma vez que tal execução foi normalmente reservado para as classes mais baixas dos criminosos. No entanto, após a morte de Jesus, eles puseram na sepultura. Esse detalhe aparentemente insignificante foi um cumprimento de Is 53:9 , At 2:32 ; At 3:15 ; At 4:10 ; At 5:30 ;At 10:40 ). De todas as provas de que Jesus é o Messias, que é o maior. Como Paulo escreveria mais tarde em Rm 1:4 , MacArthur New Testament Commentary [Chicago: Moody, 1989], 317ff .; Josh McDowell, Evidência que Exige um Veredito [San Bernardino, Calif .: Aqui é vida de 1986], 1: 232ff .; Frank Morison, Who Moved O Stone? [Grand Rapids: Zondervan, 1958], 88ff .; George Eldon Ladd, eu creio na ressurreição de Jesus [Grand Rapids: Eerdmans, 1976], 132ff .)

    Paulo conclui esta seção sobre a ressurreição, mostrando que, por ele , a boa notícia da promessa de Deus feita aos pais tenha sido cumpridas. Em versículos 33:37 , Paulo enumera três dessas promessas.

    A primeira promessa foi cumprida quando Deus ressuscitou a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo, 'Tu és meu Filho; hoje te gerei ". Sl 2:7 ).

    A questão crítica para o povo judeu era o que fazer com o pecado. Como o antigo livro de Jó se expressou: "Como pode um homem ser justo diante de Deus ... Como, então, pode o homem ser justo para com Deus, e como pode ser limpo que é nascido de mulher?" ( 9:2. ; Lc 11:46 ;At 15:10 ), uma vez que "Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da lei , para realizá-las "( Gl 3:10 ).

    Para os que trabalham em vão para ganhar a salvação através de guardar a lei Paulo dramaticamente proclamou o mais glorioso, verdade libertadora que se possa imaginar: através de Jesus perdão dos pecados é proclamada a você, e por ele, todo aquele que crê é libertado de todas as coisas, a partir do qual você poderia não ser liberado por meio da Lei de Moisés. A morte expiatória de Jesus, o Messias satisfez plenamente as exigências da lei de Deus ( Gl 3:13 ), fazendo remissão dos pecados disponíveis para todos os que crêem nEle. Que o perdão é a partir de todas as coisas, ou seja, ele traz o perdão completo para todos os pecados ( 13 51:2-14'>Colossenses 2:13-14 ). Como surpreendente que o mesmo pecado de assassinar o Messias desde o sacrifício por todos os pecados eo caminho para a glória através do completo perdão dos pecados de todos os que se arrependem e crêem.

    Como Paulo, o ex-fariseu bem sabia, mantendo a lei libertou ninguém de seus pecados. Para os romanos, ele escreveu, "pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei" ( Rm 3:28. ; cf. 1Co 1:301Co 1:30 ; . Gl 2:16 ; Gl 3:11 ; Fp 3:9:

    Pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele; por meio da Lei vem o conhecimento do pecado. Mas agora, sem a lei a justiça de Deus se manifestou, tendo o testemunho da lei e dos profetas, mas a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção.
    Paulo fechou seu sermão com uma advertência contra a rejeição da salvação oferecida em Jesus Cristo. Ele solenemente os seus ouvintes a dar atenção, portanto, para que a coisa de que fala o Profetas não venha sobre você, ou seja, o julgamento sobre os pecadores impenitentes e incrédulos. O Antigo Testamento advertiu contra rejeitar o Messias (cf. Sl 2:12 ). Paulo concluiu seu sermão, citando uma das muitas passagens de julgamento, Hc 1:5 )


    28. O Evangelho Incomoda (13 42:44-13:52'>Atos 13:42-52)

    E, como Paulo e Barnabé estavam saindo, as pessoas continuavam a pedir que essas coisas poderiam ser ditas a eles no sábado seguinte. Agora, quando a reunião da sinagoga tinha quebrado, muitos dos judeus e dos prosélitos tementes a Deus, seguindo a Paulo e Barnabé, que, falando com eles, foram exortando-os a perseverarem na graça de Deus. E no sábado seguinte quase toda a cidade se reuniram para ouvir a palavra de Deus. Mas os judeus, vendo as multidões, encheram-se de inveja, e começou a contradizer as coisas que Paulo dizia, e estavam blasfemando. E Paulo e Barnabé, falando ousAdãoente, disseram: "Era necessário que a palavra de Deus deve ser falado para você em primeiro lugar;. Desde que você repudiá-lo, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos estão se voltando para os gentios Porque assim o Senhor nos ordenou: "Eu Você colocou como uma luz para os gentios, para que sejas para salvação até o fim da terra. '" E os gentios, ouvindo isto, eles começaram a se alegrar e glorificando a palavra do Senhor; e todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. E a palavra do Senhor foi sendo espalhado por toda a região. Mas os judeus despertou as mulheres devotas de destaque e os principais da cidade, e instigou uma perseguição contra Paulo e Barnabé, e os expulsaram de seu distrito. Mas estes, sacudindo a poeira de seus pés em sinal de protesto contra eles e foram para Icônio. E os discípulos eram continuamente cheio de alegria e com o Espírito Santo. (13 42:52)

    Em Rm 1:16 Paulo descreve o evangelho como "o poder de Deus para a salvação." A palavra grega traduzida como "poder" é dunamis , do qual o nosso Inglês palavra deriva "dinamite". Refere-se à positivamente dramática transformação daqueles que acreditam. Quando o evangelho é pregado com poder e convicção, os resultados também podem ser negativamente explosivo. Para o evangelho primeiro confronta os pecadores com a lei e julgamento, então a graça de Deus em Cristo. Tal confronto e exposição de culpa, vergonha e desgraça, juntamente com a oferta de salvação pela graça, exige uma resposta; que muitas vezes obriga as pessoas a rejeição bastante apaixonado. Ele expõe como os pecadores indefesos são e retira-los de suas pretensões e aspirações de justiça própria. E isso, muitas vezes tirando enfurece aqueles que rejeitam a mensagem.

    Desde o primeiro pregador do Novo Testamento, esta tem sido o caso. João pregação do Batista despertou a oposição das autoridades judaicas a um nível tal que eles enviaram representantes para ele exigindo saber quem ele era (João 1:19-22) e, por implicação, que direito ele tinha de pregar essas chamadas de confronto para arrependimento.

    O Senhor Jesus Cristo foi o pregador mais preocupante que já falou. Sua vida e mensagem tão enfurecido as autoridades judaicas de rejeição que eles finalmente exigiu a sua execução. Ele próprio declarou a divisão do evangelho de Mateus 10:34-36:

    Não penseis que vim trazer paz à terra; Eu não vim trazer paz, mas espada. Porque eu vim para colocar um homem contra seu pai, a filha contra sua mãe, e uma filha-de-lei contra a mãe-de-lei; e os inimigos do homem serão os membros de sua família.
    Os apóstolos também pregou uma mensagem de divisão que levou à hostilidade. Sermões de Pedro em Jerusalém definir a cidade em alvoroço e resultou na perseguição dos apóstolos. O sermão de Estevão causou tanto rebuliço que não só ele foi apedrejado até a morte, mas também a perseguição eclodiu contra a igreja como um todo. Ao longo de Atos, o evangelho continuou a causar divisões onde quer que ele foi pregado, como o registro de conflitos até o fim do livro demonstra.
    Conflito, muitas vezes, ocorrem quando o verdadeiro evangelho é pregado hoje. O evangelho não reunir todos juntos, nem é uma opinião geralmente tolerável que os descrentes pode pegar ou largar. Em vez disso, ele divide as pessoas, dividindo o penitente do coração endurecido, os salvos dos não salvos, o justo do réprobo, aqueles que amam a sua verdade daqueles que a rejeitam.

    A maior parte da oposição ao evangelho nos primeiros anos veio do povo judeu-a corolário trágico para a sua rejeição de seu Messias, Jesus Cristo (Jo 1:11). Em Jerusalém, a perseguição veio dos líderes judeus (At 4:5). Em Samaria, a oposição veio de Simão, o mágico, que provavelmente foi total ou parcialmente judaica. Paulo enfrentou forte oposição dos judeus em Damasco (Atos 9:20-23). Em Atos 12, Herodes, na tentativa de agradar os líderes judeus, assassinados e presos Tiago Pedro. Na primeira parada de sua viagem atual, Paulo e Barnabé encontrou o judeu falso profeta Bar-Jesus (13 6:44-13:8'>Atos 13:6-8). At 14:2; At 18:6 encontra Paulo e Barnabé em Antioquia da Pisídia. Aqui, também, o evangelho provaria divisiva. Como uma pedra gigante lançada uma pequena lagoa, ele quebrou a calma superfície entre vários grupos étnicos da cidade. A passagem descreve as diferentes reações ao sermão Paulo havia acabado de pregar (13 16:41). A reação inicial parecia positivo; a resposta subsequente foi mista.

    A reação inicial

    E, como Paulo e Barnabé estavam saindo, as pessoas continuavam a pedir que essas coisas poderiam ser ditas a eles no sábado seguinte. Agora, quando a reunião da sinagoga tinha quebrado, muitos dos judeus e dos prosélitos tementes a Deus, seguindo a Paulo e Barnabé, que, falando com eles, foram exortando-os a perseverarem na graça de Deus. E no sábado seguinte quase toda a cidade se reuniram para ouvir a palavra de Deus. (13 42:44)

    A resposta preliminar ao sermão de Paulo pelo público sinagoga foi favorável, embora essa atitude iria mudar em breve. Quatro características de sua resposta positiva inicial se destacam.

    Eles ficaram satisfeitos

    E, como Paulo e Barnabé estavam saindo, as pessoas continuavam a pedir que essas coisas poderiam ser ditas a eles no sábado seguinte. (13:42)

    Intrigado com o que tinham ouvido, como Paulo e Barnabé estavam saindo, as pessoas continuavam a pedir que essas coisas poderiam ser ditas a eles no sábado seguinte. dinâmico, poderoso pregando sobre o Messias havia despertado o interesse de Paulo, e que eles queriam ouvir mais . Sua mensagem foi imerso no Velho Testamento. Paulo tinha falado de escolha soberana de Deus e cuidados em relação Israel. Ele se referiu a maior rei de Israel, Davi, e os profetas. Não havia nada de censurável em mensagem de Paulo, exceto a sua nomeação Jesus de Nazaré como o Messias. Se não está convencido de que a verdade, o povo de Antioquia, pelo menos, não manifestou a violenta oposição a ele desenfreada em Jerusalém.

    A capacidade de despertar o interesse das pessoas é a marca de um bom pregador. Em Atos 17, Paulo novamente exibido essa habilidade:

    E logo os irmãos enviaram Paulo e Silas afastado por noite para Bereia; e quando eles chegaram, eles foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias, para ver se estas coisas eram assim. (Vv. 10-11)

    Pregação persuasiva de Paulo levou os Bereans volta para o Antigo Testamento para verificar por si mesmos que o que ele pregava era verdade. O discurso de Paulo no Areópago aos atenienses pagãos tão agitado seu interesse, que alguns lhe disse: "Vamos ouvi-lo novamente a respeito deste" (At 17:32).

    Para um pregador tão fascinam seus ouvintes que eles exigem para ouvi-lo de novo é um testemunho da eficácia da sua pregação. Para eles para atrasar a conclusão a respeito de Jesus Cristo, no entanto, é perigoso. Para o Corinthians, Paulo escreveu: "Pois ele diz:" No tempo aceitável te escutei e no dia da salvação te socorri ', eis agora é "o tempo aceitável," eis que agora é' o dia da salvação "(. 2Co 6:2; conforme Sl 95:7-11..).

    Eles foram persistentes

    Agora, quando a reunião da sinagoga tinha quebrado, muitos dos judeus e dos prosélitos tementes a Deus, seguindo a Paulo e Barnabé (13: 43a)

    Alguns na platéia foram tão afectadas pela mensagem de Paulo de que eles não poderiam esperar até o próximo sábado para ouvir mais. Assim, quando a reunião da sinagoga tinha quebrado, muitosdeles, incluindo ambos os judeus e prosélitos tementes a Deus (convertidos completos ao judaísmo que tinham sido circuncidados) seguiram Paulo e Barnabé para fora da sinagoga. Eles mantiveram um diálogo em execução com os missionários pelas ruas de Antioquia. Sua abertura para a mensagem e desejo de mais conhecimento sobre o assunto eram sinais encorajadores.

    Estariam Professando

    [Paulo e Barnabé] falando com eles, foram exortando-os a perseverarem na graça de Deus. (13: 43b)

    Alguns na multidão que ouviu o sermão de Paulo aparentemente professavam crer. Como eles continuaram falando com eles, Paulo e Barnabé foram exortando-os a perseverarem na graça de Deus. Se a fé daqueles ouvintes era genuíno não estava imediatamente aparente; eles precisavam para validar sua confissão, continuando na graça de Deus. A perseverança é uma marca da fé salvadora. O apóstolo João descreve aqueles cuja fé não era genuíno como aqueles que "Saíram de nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; mas eles saíram, a fim de que isso pode ser demonstrado que todos eles não são de nós "(1Jo 2:19). Nosso Senhor também destacou a perseverança como a marca da verdadeira fé salvadora: "Jesus, pois, dizia aos judeus que haviam crido nele:" Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos "(Jo 8:31). É o sinal de verdadeiros ramos que permanecer na videira:

    Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Toda vara em mim que não dá fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto, ele a limpa-lo, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado com você. Permanecei em Mim, e Eu em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim.Eu sou a videira, vós sois os ramos; Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca; e os colhem, e lançá-los no fogo, e ardem. (João 15:1-6)

    Compare também Colossenses 1:21-23:

    E, embora estivesse anteriormente alienado e hostil em mente, envolvidos em ações más, mas Ele já reconciliou em Seu corpo carnal pela morte, a fim de apresentá-lo diante dele santos e imaculados e irrepreensíveis-se de fato você continuar na fé alicerçados e firmes, e não se afastou da esperança do evangelho que ouvistes, que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro.

    A chave é a frase "se de fato de continuar." O escritor de Hebreus faz o mesmo ponto: "Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se nos ativermos o início da nossa confiança até ao fim" (He 3:14.).

    Um defeito trágico em muito evangelismo contemporâneo é a confiança na garantia silogística. A pessoa que faz uma profissão de fé em Jesus Cristo é apresentado com o seguinte silogismo, projetado para fornecer garantia de salvação.:. "Aqueles que colocam sua fé em Jesus Cristo será salvo Você colocou sua fé Nele, portanto, você está salvo . " Infelizmente, a segunda premissa pressupõe que a fé do indivíduo é genuíno, que não pode ser provado, naquele momento, mas pode ser comprovada por sua perseverança.
    O resultado de tal metodologia evangelística com defeito é que muitos que não têm fé genuína é dada uma garantia psicológico falsa. Garantia bíblica Genuina é dom de Deus através do Espírito Santo aos crentes obedientes. (Para mais informações sobre a doutrina da segurança, ver John Macarthur, salvo sem a Doubt [Wheaton, Ill .: Victor, 1992]; Tomé Brooks, o Céu na Terra [reimpressão; Edinburgh: Banner da Verdade], 1982.)

    A tentação especial enfrentado por Paulo e ouvintes judeus de Barnabas era para voltar a cair no legalismo. Muitos que eram intelectualmente convencido de que o evangelho era verdadeiro não chegou a fé salvadora, porque eles não podiam deixar de ir a sua tradicional sistema de obras de justiça. Eles enfrentaram e sucumbiu a pressões sociais e culturais, e prendeu em legalismo e ritualismo, acabou caindo para trás a partir da mensagem da graça.
    O livro de Hebreus contém diversas passagens de alerta voltados para aqueles em que posição perigosa. Eles são resumidos no capítulo 10: "Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele Mas nós não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que têm fé. para a conservação da alma "(vv. 38-39).

    Paulo dirigiu o seguinte aviso aos Gálatas que procuram ser justificados por guardar a lei:; (. Gl 5:4).

    Nada tão enfurecido os judeus como o pensamento de que as bênçãos da salvação pode ser estendido para os gentios desprezados. Esse pensamento encheu -los com ciúmes , como tinha anteriormente o Sinédrio (At 5:17). Não só isso, ele agitou-los à ação. Eles começaram a contradizer as coisas que Paulo dizia. O imperfeito do antilegō ( contradizendo ) indica que eles estavam falando continuamente contra a mensagem de Paulo, na tentativa de refutá-lo.

    Não contente com o exercício de um debate furioso com o apóstolo, seus adversários foram também blasfemando (conforme At 18:6 Jesus "respondeu [a mulher cananéia] e disse: 'Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel." Quando Ele enviou os doze para fora em uma viagem de pregação, Jesus ordenou-lhes, "Do Não vá no caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; mas sim ir às ovelhas perdidas da casa de Israel "(Mateus 10:5-6.). O Cristo ressuscitado disse que "o arrependimento para remissão dos pecados deve ser proclamado em seu nome a todas as nações, começando por Jerusalém" (Lc 24:47). Pedro disse aos judeus em Jerusalém, "Para você em primeiro lugar, Deus suscitou a seu Servo, e enviou para abençoá-los, transformando cada um de vocês das suas maldades" (At 3:26). Paulo escreveria mais tarde que o evangelho "é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16). Embora conhecido como o apóstolo dos gentios (Rm 11:13), Paulo, no entanto, colocou uma alta prioridade à evangelização dos judeus. Ele normalmente começou seu evangelismo nas cidades gentios por pregar aos judeus, reunindo, assim, alguns crentes para auxiliar no testemunho aos gentios.

    Tragicamente, ouvintes de Paulo escolheu para repudiar o evangelho, e ao fazê-lo julgar -se indignos da vida eterna. Eles trouxeram o veredicto sobre si mesmos por sua própria escolha. Depois de séculos de espera de Messias, o povo rejeitaram e a salvação que Ele trouxe (Jo 1:11). Eles iriam pagar um preço terrível para tal orgulho nacionalista e amor da justiça própria.

    Esta passagem ensina a verdade bíblica importante da responsabilidade humana. Como todos os que vão para o inferno, os judeus incrédulos em Antioquia julgados indignos da vida eterna por sua incredulidade. Jo 3:18 diz: "Aquele que crê não é julgado;. Aquele que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" As pessoas perecem, porque não optar por rejeitar e se recusam a acreditar, e sua escolha fecha-los para fora da vida eterna. Jesus disse uma vez aos judeus incrédulos: "Vocês não estão dispostos a vir a mim, que você pode ter a vida" (Jo 5:40). Mais tarde, ele disse: "A menos que você acredita que eu sou, morrereis nos vossos pecados (Jo 8:24). Condenação é o resultado da rejeição e da incredulidade, para que cada alma sem fé é totalmente responsável. Que a verdade da vontade pessoal deve ser realizada em conjunto com a verdade igualmente bíblica de que Deus é absolutamente soberano na salvação e salva quem Ele quer salvar (veja a discussão sobre v. 48 abaixo). A antinomia resultante (uma aparente incompatibilidade entre duas verdades inegáveis) está além da capacidade de nossas mentes finitas para resolver JI Packer escreve.:

    A antinomia particular que nos interessa aqui é a aparente oposição entre a soberania divina ea responsabilidade humana, ou (colocando-o mais biblicamente) entre o que Deus faz como Rei e que Ele faz como Juiz. A Escritura ensina que, como rei, ele encomendas e controla todas as coisas, as ações humanas entre eles, de acordo com o Seu próprio propósito eterno. Escritura também ensina que, como juiz, ele detém todos os homens responsáveis ​​pelas escolhas que ele faz e os cursos de ação, ele prossegue. Assim, os ouvintes do evangelho são responsáveis ​​pela sua reação; se eles rejeitarem a boa notícia, eles são culpados de incredulidade.

     

    O homem sem Cristo é um pecador culpado, responsável perante Deus por violar a lei. É por isso que ele precisa do evangelho. Quando ele ouve o evangelho, ele é responsável pela decisão que ele faz sobre ele. Ele define diante de si uma escolha entre a vida ea morte, a escolha mais importante que qualquer homem pode enfrentar ... Quando pregamos as promessas e os convites do evangelho, e oferecer Cristo aos homens e mulheres pecadores, faz parte da nossa tarefa enfatizar e re-enfatizar que eles são responsáveis ​​perante Deus pelo modo como eles reagem às boas notícias da sua graça. ( Evangelismo e da soberania de Deus [Downers Grove, Ill .: InterVarsity de 1978], 22, 25-26)

    Confrontado com a rejeição pela comunidade judaica, Paulo e Barnabé anunciaram que estavam se voltando para os gentios , como o Senhor tinha ordenado a eles. Para apoiar essa decisão, eles citou Is 49:6; conforme Atos 26:22-23.) .Não houve justificativa para a resposta hostil, negativa do judeu pessoas a Gentil salvação.

    A resposta positiva

    E os gentios, ouvindo isto, começou regozijo e glorificando a palavra do Senhor; e todos os que haviam sido destinados para a vida eterna. E a palavra do Senhor foi sendo espalhado por toda a região. (13 48:49)

    Em contraste com a animosidade judaica, os gentios, ouvindo a boa notícia de que a salvação foi oferecida a eles, eles começaram a se alegrar e glorificando a palavra do Senhor. A notícia de que provou ser uma pedra de tropeço para os judeus resultou em regozijo entre os gentios. Eles estavam glorificando a palavra do Senhor; e como muitos deles , como tinha sido nomeado para a vida eterna.

    Essa última frase é uma das declarações mais claras em toda a Escritura a respeito da soberania de Deus na salvação. Como tal, é a verdade de equilíbrio para a doutrina da responsabilidade humana discutido anteriormente. A Bíblia afirma que, sem hesitar, na salvação do homem não escolhe Deus, mas Deus escolhe o homem. "Ninguém", Jesus afirmou claramente: "pode ​​vir a mim, a não ser que tenha sido concedida a ele a partir do Pai" (Jo 6:65). Paulo descreveu os cristãos como "aqueles que foram escolhidos de Deus" (Cl 3:12; conforme 2Tm 2:102Tm 2:10; Tt 1:1, Mt 24:24, Mt 24:31Lc 18:7. Pedro chama os crentes "aqueles que são escolhidos ..." (1Pe 1:1; Fp 4:1; Ap 3:5, Ap 20:15; Ap 21:27; Ap 22:19; conforme Ex 32:32-33; Dn 12:1; possivelmente ele e Barnabé foram espancados com varas ou chicotes (conforme 2 Cor. 11: 24-25).

    O versículo 51 descreve o, resultado terrível triste para os judeus incrédulos, como Paulo e Barnabé , sacudindo o pó dos seus pés em sinal de protesto contra eles e foram para Icônio. Esse ato foi uma das simbolismo sinistro. Quando Jesus enviou os setenta, ordenou-lhes:

    Seja qual for a cidade em que entrardes e não vos receberem, sair para as ruas e dizer: "Até o pó da vossa cidade que se agarra aos nossos pés, sacudimos em protesto contra você; ainda ter certeza disso, que o reino de Deus está próximo. " Eu digo a você, será mais tolerável naquele dia para Sodoma do que para aquela cidade. (Lucas 10:10-12)

    Os judeus da época de Paulo eram escrupulosos não trazer poeira Gentil de volta para Israel. Por seu ato, Paulo e Barnabé estavam dizendo no sentido de que eles consideravam os judeus em Antioquia não melhor do que os pagãos. Não poderia haver condenação mais forte. Os judeus foram deixados na sua incredulidade obstinada.
    Pelo contrário, . os discípulos estavam continuamente cheio de alegria e com o Espírito Santo como os missionários partiram para Icônio (cerca de oito quilômetros de distância), que deixaram atrás deles dois grupos completamente diferentes: a rejeição, prejudicado, judeus cheio de ódio; e os alegres, crentes cheios do Espírito.

    Esta breve passagem pinta em relevo gritante a escolha de frente para cada homem. Todos os homens, quer a confiança em Jesus e são salvos ou rejeitá-lo e estão condenados. Como ele mesmo disse, "Quem não é comigo é contra mim; e quem não ajunta comigo, espalha" (Mt 12:30.). Ele nos deixou há terceira alternativa.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 52

    Atos 13

    Enviados pelo Espírito Santo — At 13:1-3

    A Igreja cristã já estava amadurecida para tomar a maior de todas suas decisões. Tinham mimado, com toda deliberação em levar a mensagem do evangelho a todo mundo. Foi uma decisão tomada sob a direção direta do Espírito Santo. A verdade é que os homens da Igreja primitiva nunca faziam sua vontade, mas vontade de Deus.

    A primeira viagem missionária

    Os capítulos At 13:1 e 14 de Atos nos relatam a história da primeira viagem missionária. Paulo e Barnabé saíram de Antioquia. Esta cidade estava a uns vinte e quatro quilômetros da desembocadura do rio Orontes de modo que em realidade zarparam de Selêucia que era o porto de Antioquia. dali cruzaram o mar para com o Chipre. Pregaram em Salamina e Pafos. Zarparam desta última e atracaram em Perge, em Panfília, que era uma província costeira. Não pregaram ali. Como veremos, a razão pela qual não agiram nesta cidade foi porque o clima dessa zona costeira baixa não convinha à saúde de Paulo.
    Penetraram no continente e chegaram a Antioquia da Pisídia. Quando a situação se tornou perigosa prosseguiram e chegaram a Icônio que estava a uns cento e cinqüenta quilômetros de Antioquia. Mais uma vez suas vidas se viram ameaçadas e deveram ir a Listra que estava a uns trinta e cinco quilômetros. Depois de ter sofrido um ataque muito sério e perigoso passaram a Derbe, cuja localização ainda não foi identificada. Dali voltaram a seu ponto de partida, passando por Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Dali foram à província costeira de Panfília. Esta vez pregaram em Perge. Logo tomaram o barco em Atalia, que era o porto principal de Panfília, e zarparam para com Selêucia, retornando a Antioquia. A viagem durou perto de três anos.
    Esta passagem nos fala de profetas e mestres. Tinham funções diferentes. Os profetas não pertenciam a nenhuma igreja determinada. Eram pregadores errantes que davam toda sua vida para escutar a palavra de Deus e transmiti-la a seus irmãos na fé. Os professores pertenciam às igrejas locais e sua funções eram as de instruir àqueles que aceitavam a fé cristã.

    Assinalou-se que esta lista de profetas simboliza o chamado universal do evangelho. Barnabé era um judeu oriundo de Chipre; Lúcio provinha de Cirene no Norte da África; Simeão era também um judeu mas é dado seu outro nome, Níger que é romano e que mostra que se deve ter movido em círculos compostos por romanos; Manaém era um homem com conexões na aristocracia e na corte; e o próprio Paulo era um judeu de Tarso em Cilícia e um rabino. Neste pequeno grupo está exemplificada a influência unificadora do cristianismo. Homens de muitas terras e de distintos passados tinham descoberto o segredo de estar juntos devido a que tinham descoberto o segredo de Cristo.

    Fez-se uma especulação muito interessante. Simeão que era chamado Níger provavelmente procederia também da África, já que seu nome é africano. Sugeriu-se que este Simeão é o mesmo homem Simão do Cirene que levou a cruz de Jesus (Lc 23:26). Seria um fato maravilhoso que o homem cujo primeiro contato com Jesus foi levar-lhe a cruz — uma tarefa que deve lhe ter incomodado amargamente — fosse um dos homens principalmente responsáveis por levar diretamente a história da cruz a todo o mundo.

    ÊXITO EM CHIPRE

    13 4:44-13:12'>Atos 13:4-12

    Paulo e Barnabé se dirigiram em primeiro lugar a Chipre. Podemos ver a mão de Barnabé nisto. O era nativo dessa região (At 4:36), e era típico de seu amável coração que desejasse compartilhar os tesouros de Jesus em primeiro lugar com sua própria gente.

    Chipre era uma província romana, famosa por sua minas de cobre e sua indústria naval. Às vezes se chamava Makária que significa a Ilha Feliz, porque se dizia que seu clima era tão perfeito e seus recursos e produtos tão variados que dentro de seus limites se podia achar todo o necessário para uma existência feliz. Paulo não escolheu nunca o caminho fácil. Pregaram em Pafos, a capital da ilha. Pafos era famosa ou infame pelo culto a Vênus, a deusa do amor, e era sinônimo de imoralidade e luxúria. O governador do Chipre era Sergio Paulo. Eram épocas intensamente supersticiosas. A superstição é sempre signo de que uma civilização está em decadência. A maioria dos grandes homens, até os inteligentes como Sergio Paulo, tinham magos próprios, que eram adivinhos e que sabiam de magia e encantamentos. Barjesus ou Elimas — uma palavra, árabe que significa o hábil — era o mago particular de Sergio Paulo. Ele viu que se o governador se convertesse ao cristianismo perderia seu posto. Mas Paulo o encarou efetivamente.

    Até este momento Paulo é chamado Saulo. Nesses dias todos os judeus tinham dois nomes. Um era judeu, por ele os conhecia em seu círculo de ação; o outro era grego, e por ele eram conhecidos em todas partes. Algumas vezes o nome grego era tradução do hebraico. Assim é como o hebraico Cefas e o grego Pedro significam rocha; Tomé em hebraico e Dídimo em grego significam "gêmeo". Outras vezes se imitava o som. Assim é como Eliaquim se converte em Alcimo em grego e Josué se converte em Jesus. Assim é como Paulo era Saulo em seu lar e Paulo para o resto do mundo. Pode ser que desde esse momento tenha aceito tão completamente sua missão como apóstolo dos gentios, que começou a utilizar unicamente seu nome gentio. Se foi assim, está assinalando que desde este momento se envolveu na tarefa para a qual o Espírito Santo o separou e que já não poderá voltar atrás.

    O DESERTOR

    At 13:13

    Sem que se mencione sequer seu nome, este versículo contém o maior de todos os tributos a Barnabé. Até este momento a ordem foi sempre Barnabé e Saulo (At 13:2). Foi Barnabé que partiu como chefe da expedição. Mas agora referimos a Paulo e Barnabé. Paulo assumiu a liderança do grupo. E o bonito é que não sabemos que Barnabé se tenha queixado. Estava pronto a ocupar o segundo lugar, sempre que se fizesse a obra de Deus.

    Mas o principal interesse deste versículo é que deixa uma mancha na biografia de João Marcos — pois o João que aqui se menciona é aquele que conhecemos melhor como Marcos — que foi ao mesmo tempo um desertor e um homem que se redimiu a si mesmo. Marcos era muito jovem. Parece que a casa de sua mãe era a sede da Igreja em Jerusalém (At 12:12). E Marcos deve ter estado sempre muito perto do centro da fé. Paulo e Barnabé o levaram como ajudante, devido a que era parente de Barnabé: mas ele retornou a seu lar. Nunca saberemos por que o fez. Possivelmente se ressentiu diante da deposição de Barnabé; possivelmente teve medo diante da proposta de viajar à meseta onde estava Antioquia da Pisídia por um dos caminhos mais difíceis e perigosos do mundo: possivelmente, devido a que provinha de Jerusalém duvidava perante a idéia de pregar aos gentios; possivelmente nesse momento era um desses jovens que serviam mais para começar algo que para terminá-lo; possivelmente — como disse Crisóstomo há tempo — sentia saudades a sua mãe. Qualquer que fosse a razão, partiu. Por um tempo Paulo achou muito difícil perdoá-lo. Ao partir na segunda viagem missionária Barnabé quis levá-lo novamente mas Paulo se negou a fazê— lo, devido a que tinha desertado em Panfília (At 15:38), e por causa disto Paulo e Barnabé deixaram de viajar juntos para sempre.

    Marcos desaparece da história. A tradição e a lenda contam que foi a Alexandria e ao Egito e fundou uma Igreja ali. Mas quando surge novamente uns vinte anos depois é o homem que se redimiu a si mesmo. Quando Paulo escreveu aos Colossenses estando no cárcere em Roma lhes diz que recebam a Marcos se é que vai a eles. De modo que Marcos está novamente com Paulo. E no final quando escreve a Timóteo pouco antes de morrer, diz: “Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério” (2Tm 4:11). O homem que uma vez foi um desertor chegou a ser de utilidade para Paulo.

    Como disse Fosdick: "Ninguém precisa permanecer tal qual é". Pela graça de Deus o homem que uma vez desertou se converteu no autor de um evangelho, e no final, Paulo o necessitava.

    UMA VIAGEM PERIGOSA PARA UM HOMEM DOENTE

    13 14:44-13:15'>Atos 13:14-15

    Uma das coisas que nos surpreendem de Atos é o heroísmo que transmite em uma só oração. Antioquía da Pisídia estava em uma meseta a uns mil e duzentos metros sobre o nível do mar. Para chegar a ela Paulo e Barnabé tiveram que cruzar a cadeia dos Montes Touro por um dos caminhos mais difíceis da Ásia Menor, famoso por seus ladrões e salteadores. Partiam para realizar uma das viagens mais perigosas.

    Mas devemos nos fazer uma pergunta: Por que não pregaram em Panfília? Por que deixaram as costas sem ter proclamado a palavra e partiram por um caminho tão difícil e perigoso? Não muito depois Paulo lhe escreveu uma carta às pessoas de Antioquía da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe. É a Carta aos Gálatas, visto que todas estas cidades pertenciam à província romana de Galácia. Nessa carta diz um pouco de importância. “E vós sabeis que vos preguei o evangelho a primeira vez por causa de uma enfermidade física” (Gl 4:13). De modo que quando chegou a Galácia estava doente. Todos sabemos que Paulo tinha um "aguilhão" em sua carne que apesar da oração não se curou (II Coríntios 12:7-8).

    Especulou-se muito a respeito do que podia significar esse aguilhão. A tradição mais antiga nos diz que Paulo sofria de terríveis enxaquecas. E a explicação mais factível é que era vítima de uma febre malária virulenta que existia nas costas baixas da Ásia Menor. Um viajante diz que as enxaquecas características desta malária eram como se um ferro candente atravessasse a fronte; e outro a assemelha ao torno de um dentista trabalhando sobre a têmpora. É muito provável que Paulo se visse atacado por esta malária na baixa Panfília e que tivesse que dirigir— se à meseta para curar-se dela.

    Notemos que nunca pensou em retornar. Foi um homem doente aquele que enfrentou a terrível viagem através das montanhas. Mesmo seu corpo estando dolorido. Paulo não deixava de seguir adiante e de aventurar-se por Cristo. De modo que nestes dois versículos há um romance oculto de heroísmo para aqueles que possam percebê-lo.

    A PREGAÇÃO DE PAULO

    13 16:44-13:41'>Atos 13:16-41

    Esta é uma passagem muito interessante e importante devido a que é o único relatório completo de um sermão de Paulo que possuímos. lhe comparando cuidadosamente com o sermão de Pedro em Atos 2, veremos que os elementos principais são precisamente os mesmos.

    O sermão de Paulo tem cinco pontos principais.

  • Paulo insiste em que a vinda de Jesus é a consumação da história. Dá um esboço da história nacional dos judeus para demonstrar que culmina com Cristo. A história não é um processo sem propósito. Os estóicos criam que a história consistia em ciclos, e que em cada um deles o mundo se destruía em uma grande conflagração e que depois recomeçava o processo. Para eles a história se repetia simplesmente. Uma afirmação moderna e cínica é que a história é o registro dos pecados, enganos e loucuras dos homens. Mas a perspectiva cristã da história se caracteriza por seu otimismo. É seguro que a história se dirige sempre a um fim de acordo com os propósitos de Deus.
  • Paulo assinala que os homens não reconheceram a divina consumação quando veio em Jesus Cristo. Browning disse: "Devemos amar o mais alto quando o vemos". Mas o homem, ao seguir seu próprio caminho e rechaçar a Deus, pode no final castigar-se a si mesmo com uma cegueira que o impeça de ver. O uso equivocado do livre-arbítrio não finaliza na liberdade, mas sim na ruína.
  • Embora os homens, cegos em sua insensatez, rechaçaram e crucificaram a Jesus, não derrotaram a Deus, e a ressurreição é a prova do invencível propósito e poder de Deus. Conta-se que uma vez, em uma noite tormentosa, quando soprava um forte vento um menino disse a seu pai com medo: "Deus deve ter perdido o controle sobre os ventos nesta noite." A ressurreição prova que Deus nunca perde o controle, que no final seus propósitos e sua vontade reinarão acima de tudo.
  • Paulo continua utilizando um argumento exclusivamente judeu. A ressurreição é o cumprimento da profecia, porque Davi recebeu promessas de coisas que evidentemente não se cumpriram nele, mas se cumpriram em Cristo. Mais uma vez, por pouco que nos pareça hoje o valor da profecia, o fato é que a história é um processo que se encaminha para frente. Não é circular e sem fim; olhe para o que virá segundo o propósito de Deus.
  • A vinda e a mensagem de Cristo são boas novas para o povo. Até esse momento tinham vivido de acordo com a Lei. Ninguém podia cumpri-la completamente e portanto toda pessoa pensante estava consciente de seu fracasso, de sua incapacidade e de seu culpa inevitável. Mas em Jesus Cristo e em sua vida e morte os homens podem achar o poder que liberta e perdoa, que exime da condenação que pesava sobre eles e que restaura a verdadeira amizade e comunhão entre Deus e o homem.
  • Mas as que são boas novas para alguns, são más para outros. Piora a condenação daqueles que em sua cegueira viram e rechaçaram e desobedeceram o chamado a crer e aceitar a Jesus Cristo. Existem desculpas para o homem que nunca teve uma oportunidade; mas não existe desculpa para aquele que viu o esplendor do oferecimento de Deus e o rechaçou. Aquilo que é um dom de amor para os que o aceitam, é uma condenação para aqueles que o rechaçam.

    PROBLEMAS EM ANTIOQUIA

    13 42:44-13:52'>Atos 13:42-52

    Antioquía na Pisídia era uma cidade de natureza inflamável. Era um lugar heterogêneo. Tinha sido fundada por um dos sucessores de Alexandre o Grande ao redor do ano 300 a. C. Os judeus muitas vezes se dirigiam a estas novas cidades para conseguir dominar seu comércio. Devido a que estava em um cruzamento de caminhos se converteu em uma colônia romana no ano 6 a. C. Portanto sua população estava composta por gregos, judeus, romanos e não poucos nativos frígios que eram gente emocional e instável. Era o tipo de população em que uma faísca podia causar um grande incêndio. O que enfureceu os judeus foi que se outorgassem privilégios divinos aos gentios incircuncisos. De modo que tomaram medidas.

    Nesta época a religião judia tinha um atrativo especial para as mulheres. Em nada era mais sujo e depravado o mundo antigo que na moral sexual. A vida familiar se estava deteriorando rapidamente. As que mais sofriam eram as mulheres. A religião judia pregava uma ética altamente pura e austera e uma vida limpa. Muitas mulheres se reuniam em volta das sinagogas, muitas vezes se tratava de mulheres de boa posição social, que encontravam nestes ensinos o que tanto desejavam. Muitas se convertiam em prosélitas; e muitas mais em temerosas de Deus. Os judeus persuadiram a essas mulheres a que incitassem a seus maridos, muitos dos quais eram magistrados e homens influentes, para que tomassem medidas contra os pregadores cristãos. O resultado inevitável foi a perseguição, e Antioquía começou a ser perigosa para Paulo e Barnabé e tiveram que partir. Os judeus tentavam guardar para si todos seus privilégios. De um começo os cristãos viram que os privilégios só se outorgam para ser compartilhados. Os judeus tentavam fechar as portas. De começo os cristãos viram que as portas deviam abrir-se. Como se disse: "Os judeus consideravam os gentios como palha que devia queimar-se; Jesus os considerou frutos que deviam colher-se para Deus". E sua Igreja deve ter a mesma visão de um mundo para Cristo.


    Dicionário

    Antes

    antes adv. 1. Em tempo anterior. 2. Em lugar anterior. 3. De preferência. 4. Em realidade, realmente. adj. Contado de então para trás (di-Zse de tempo): Dois anos antes.

    Arrependimento

    remorso, pesar, contrição, atrição, compunção, penitência. – Segundo Lacerda, arrependimento “é o sentido pesar, a pena pungente de haver cometido erro ou culpa, acompanhado do desejo veemente de emenda e reparação. – Indica a palavra remorso, no sentido translato, o remordimento, a angústia que nos atormenta a consciência quando delinquimos, ou perpetramos algum grave delito. – Pesar é a recordação molesta e penosa causada pela falta que se cometeu. – Contrição é palavra religiosa, e significa a dor profunda e sincera de ter ofendido a Deus por ser quem é, e porque o devemos amar 27 E, no entanto, o uso autoriza o emprego desta palavra tratando-se de qualquer substância que dá perfume. 208 Rocha Pombo de todo o coração sobre todas as coisas. A contrição alcança-nos o perdão de Deus; o tempo diminui o pesar; a reparação aquieta o arrependimento; os remorsos, porém, perseguem o malvado impenitente até à sepultura”. – Atrição é quase o mesmo que contrição: é também termo de teologia, e exprime a ideia de que o atrito se impressiona mais com o castigo do que com a dor da consciência. – A compunção (define Bruns.) “é uma contrição levada ao mais alto grau, pois é a dor profunda (e amargurada) de ter ofendido a Deus, dor que não provém do receio do castigo, senão do verdadeiro amor divino...” – Penitência é ao mesmo tempo “a compunção, o arrependimento do contrito, com o desejo de sofrer penas que lhe resgatem a culpa cometida”.

    [...] é apenas a preliminar indispensável à reabilitação, mas não é o bastante para libertar o culpado de todas as penas. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 5

    [...] é o prelúdio do perdão, o alívio dos sofrimentos, mas porque Deus não absolve incondicionalmente, faz-se mister a expiação, e principalmente a reparação. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

    [...] arrepender-se significa sentir dor ou pesar (por faltas ou delitos cometidos); mudar de parecer ou de propósito; emendar-se; corrigir-se.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 41

    O arrependimento não é a remissão total da dívida, é a faculdade, o caminho para redimi-la. E é nisso que consiste, segundo o código de Kardec, o perdão do Senhor.
    Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - O Paracleto

    O arrependimento é, com efeito, um meio de chegar ao fim, de chegar à expiação produtiva, à atividade nas provações, à perseverança no objetivo. É uma venda que se rasga e que, permitindo ao cego ver a luz brilhante que tem diante de si, o enche do desejo de possuí-la. Mas, isso não o exime de perlustrar o seu caminho. Ele passa a ver melhor os obstáculos, consegue transpô-los mais rapidamente e com maior destreza e atinge mais prontamente o fim colimado. Nunca, porém, vos esqueçais desta sentença. A cada um de acordo com as suas obras. As boas apagam as más. Todavia, o Espírito culpado não pode avançar, senão mediante a reparação.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

    [...] caminho para a regeneração e nunca passaporte direto para o céu [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    A concepção instrumental do tipo ético é a que compreende a arte como um instrumento de elevação moral. [...]
    Referencia: TOURINHO, Nazareno• A dramaturgia espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Ética estética

    [...] no plano da cultura, a Arte será sempre, e cada vez mais, a livre criação do ser humano em busca da beleza.
    Referencia: TOURINHO, Nazareno• A dramaturgia espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Epíl•

    [...] A Arte é a mediunidade do Belo, em cujas realizações encontramos as sublimes visões do futuro que nos é reservado.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

    A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação desse mais além que polariza as esperanças da alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 161


    Arrependimento Decisão de mudança total de atitude e de vida, em que a pessoa, por ação divina, é levada a reconhecer o seu pecado e a sentir tristeza por ele, decidindo-se a abandoná-lo, baseando sua confiança em Deus, que perdoa (Mt 3:2-8); (2Co 7:9-10); (2Pe 3:9). O comp lemento do arrependimento é a FÉ 2. E os dois juntos constituem a CONVERSÃO. V. REMORSO.

    arrependimento s. .M 1. Ato de arrepender-se; pesar sincero de algum ato ou omissão. 2. Contrição. 3. Mudança de deliberação.

    Arrependimento Em hebraico, o termo utilizado é “teshuváh”, que procede de uma raiz verbal que significa voltar ou retornar.

    No Antigo Testamento, é um chamado constante dos profetas para afastar-se do mau caminho e viver de acordo com a Aliança. Em nenhum caso, indica a obtenção do perdão mediante o esforço humano, mas receber o perdão misericordioso de Deus para seguir uma vida nova de obediência a seus mandamentos.

    Nos evangelhos, o conceito de arrependimento (“metanoia” ou mudança de mentalidade) é um conceito essencial, equivalente à conversão, que se liga ao profetismo do Antigo Testamento, mostrando-se distanciado do desenvolvimento do judaísmo posterior. Jesus insiste na necessidade de arrepender-se porque chegou o Reino de Deus (Mc 1:14-15) e afirma que se perecerá se não houver arrependimento (Lc 13:1-5).

    O arrependimento jamais é uma obra meritória, mas uma resposta ao chamado amoroso e imerecido de Deus (Lc 15:1-32). O arrependimento é, portanto, voltar-se à graça de Deus, recebê-la humilde e agradecidamente e, então, levar uma vida conforme os princípios do Reino. E até mesmo àquele que se arrepende e já não tem possibilidade de mudar de vida, porque está prestes a morrer, Deus mostra seu amor, acolhendo-o no paraíso (Lc 23:39-43).


    Arrependimento é o sentimento de pesar por faltas cometidas, ou por um ato praticado. Neste último sentido se diz a respeito de Deus, como se vê em Gn 6:6 – 1 Sm 15.11, etc. – e, semelhantemente, as ações divinas são, a outros respeitos, apresentadas por meio de ter-mos que se aplicam propriamente em relação ao homem (Gn 8:1 – 11.5). os profetas, em muitas das suas passagens, chamam o homem ao arrependimento dos seus pecados e à mudança de vida (is 55:7Jr 3:12-14Ez 14:6Jl 2:12-13). Com respeito a alguns exemplos de arrependimento e confissão de pecados, no A.T., *veja Nm 12:11 – 1 Sm 15.24 a 31 – 2 Sm 12.13 – 1 Rs 21.27 a 29 – 2 Cr 12.6,7. No N. T. uma palavra traduzida por ‘arrependimento’ denota pesar por coisa feita (Mt 21:30), e é usada em relação a Judas (Mt 27:3). outra palavra (na sua forma verbal ou substantiva) exprime uma mudança de idéias, que se manifesta numa mudança de vida e de propósitos. É a palavra usada na pregação de Jesus (Mt 4:17, etc.), na dos Apóstolos (At 2:38 – 5.31, etc.), nas Epístolas (Rm 2:4, etc.), e no Apocalipse (2.5, etc.).

    Batismo

    substantivo masculino Sacramento que, segundo o cristianismo, retira o pecado original de quem o recebe, sendo a partir de então considerado cristão.
    Religião Batizado; a cerimônia em que alguém recebe esse sacramento.
    Religião Ablução; ritual que consiste na lavagem dos pés para purificação ou iniciação.
    Cerimônia através da qual um objeto é benzido, atribuindo-lhe geralmente um nome.
    Admissão; ação de ser admitido em qualquer religião, seita, organização ou partido.
    Capoeira. Cerimônia em que os alunos combatem publicamente com seus mestres ou colegas, passando a fazer parte daquela irmandade, confraria.
    Por Extensão Adulteração; ação de adulterar, modificando o conteúdo de algo, geralmente falsificando ou cometendo fraude: batismo da gasolina.
    De batismo. Indica, geralmente, o nome que alguém recebeu ao nascer: nome de batismo.
    Etimologia (origem da palavra batismo). Do latim baptismus.i; pelo grego batptismós.

    Rito cristão que simboliza a purificação do pecado e a identificação com Jesus. A aspersão, a imersão e a efusão são as três modalidades do batismo com água praticado hoje pelos cristãos.

    João batizava os homens na água, e Jesus no Espírito – e o batismo de Jesus é a vida do Espírito, porque seu batismo é a palavra – e as palavras de Jesus são espírito e vida.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    Esse batismo de fogo, pelo qual Jesus se mostrava ansioso, não era outra coisa senão a luta que os belos e nobres ideais do Cristianismo precisou enfrentar, e continua enfrentando, para que os privilégios, a tirania e o fanatismo venham a desaparecer da face da Terra, cedendo lugar a uma ordem social fundada na justiça, na liberdade e na concórdia.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 42

    O batismo com o Espírito Santo é a comunhão com os Espíritos elevados que velam por vós; mas, para chegar a essa comunhão, era preciso, ao tempo da missão terrena de Jesus, e o é ainda, ser puro, cheio de zelo, de amor e de fé, como o eram os apóstolos fiéis.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    O batismo em Espírito Santo é a assistência, a inspiração dos Espíritos purificados, concedidas pelo Cristo, em nome do Senhor, aos homens, que então as recebem mediunicamente e mesmo se comunicam com aqueles Espíritos nas condições e na proporção das mediunidades que lhes são outorgadas. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    O batismo por meio da água, que João Batista administrou e que Jesus recebeu para ensinar pelo exemplo, comprovando assim que esse batismo não passava de uma figura, era, a um tempo, material e simbólico; material pela ablução do corpo; simbólico pelo arrependimento e pela humildade que a ablução consagrava e que tinham a proclamá-los a confissão pública que, diante de todos, cada uma fazia, em voz alta, dos seus pecados, isto é, de suas faltas, de suas torpezas, de todas as infâmias que podem germinar no coração humano. O batismo pela água era, pois, uma preparação para o batismo pelo Espírito Santo e pelo fogo, batismo este que vem de Deus e que o Cristo defere aos que dele se tornam dignos, concedendo-lhes a assistência e o concurso dos Espíritos purificados.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    O batismo era o símbolo material da aliança entre os cristãos. [...] Ser batizado [...] é colocar-se a criatura, verdadeiramente, sob a proteção de Deus, sob a do Mestre, protetor e governador do planeta, e sob a influência, a inspiração dos bons Espíritos do Senhor. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

    Os espiritistas sinceros, na sagrada missão de paternidade, devem compreender que o batismo, aludido no Evangelho, é o da invocação das bênçãos divinas para quantos a eles se reúnem no instituto santificado da família.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 298


    Batismo Cerimônia em que se usa água e por meio da qual uma pessoa se torna membro de uma igreja cristã. O batismo é sinal de arrependimento e perdão (At 2:38) e união com Cristo (Gl 3:26-27), tanto em sua morte como em sua ressurreição (Rm 6:3-5).

    Batismo Rito de imersão em água, que simbolizava a consagração espiritual. Essa prática, igual à da ablução que às vezes é definida com esse mesmo termo, era comum entre os judeus (Ex 29:4; 30,20; 40,12; Lv 16:26.28; 17,15; 22,4.6).

    No tempo de Jesus, batizava-se em água corrente o prosélito procedente do paganismo, significando sua purificação da impureza idolátrica. Da mesma forma, os sectários do Mar Morto praticavam ritos relacionados com a imersão, ligados também a um simbolismo de purificação. Como no caso dos prosélitos, os essênios de Qumrán consideravam que a pessoa abandonava uma situação de perdição para entrar numa de salvação, embora a pertença a uma ou outra não estivesse definida em termos raciais ou nacionais, mas exclusivamente espirituais. Algo semelhante encontramos em João Batista. Este pregou um batismo como sinal de arrependimento para perdão dos pecados (Mc 1:4), isto é, o batismo não perdoava os pecados, todavia era sinal de que se realizara a conversão que precedia o perdão. Nesse sentido, João opôs-se aos que, sem a conversão anterior necessária, pretendiam receber o batismo (Mt 3:7ss.). Uma vez mais, a condição para a salvação não era pertencer a um grupo — os “filhos de Abraão” — mas a mudança no relacionamento com Deus.

    Jesus recebeu o batismo de João, passando no curso do mesmo por uma experiência do Espírito Santo, que reafirmou sua autoconsciência de filiação divina e de sua messianidade (Mc 1:10 e par.). Conforme o quarto evangelho, esse episódio foi compartilhado com o próprio Batista (Jo 1:29-34).

    Quanto a Jesus assumir o batismo de João, parece haver uma identificação simbólica do messias sofredor com os pecadores chamados à conversão. Parece que os discípulos de João que começaram a seguir Jesus também batizaram (Jo 4:1-2), embora Jesus não o tivesse praticado.

    Os relatos sobre a ressurreição de Jesus mostram-no ordenando a seus discípulos a pregação do evangelho, cuja aceitação deve simbolizar-se mediante o batismo administrado com uma fórmula trinitária, que atribui um só nome comum ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo (Mt 28:19), posterior à pregação do evangelho de salvação (Mc 16:15-16). É, portanto, indiscutível que as primeiras Igrejas cristãs recorreram ao batismo como rito de entrada nelas, que simbolizava a conversão e a adesão a Jesus como messias e Senhor (At 2:38; 8,12.38; 9,18; 10,48; 10,48; 1Co 1:14.16 etc.).

    G. Barth, El bautismo en el tiempo del cristianismo primitivo, Salamanca 1986; L. f. Badia, The Qumran Baptism and John the Baptist’s Baptism, Lanham 1980; G. R. Beasley-Murray, Baptism in the New Testament, Grand Rapids 1962; J. W. Dale, Baptizo, Bauconda 1991; J. Jeremias 1nfant Baptism in the First Four Centuries, Filadélfia 1962; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Diccionario de las tres religiones monoteístas...


    Israel

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    João

    1. Veja João, o apóstolo.


    2. Veja João Batista.


    3. Pai de Simão Pedro e de André (chamado de Jonas em algumas traduções: Mt 16:17). Era um pescador que vivia na região da Galiléia. É interessante notar que as três ocasiões registradas nos evangelhos em que Jesus chamou Pedro pelo nome completo, “Simão filho de João (ou Jonas)”, foram momentos que marcaram pontos cruciais na vida desse apóstolo. Na primeira ocasião, André apresentou seu irmão Simão ao “Messias”, Jesus. Cristo olhou para Simão e anunciou profeticamente: “Tu és Simão, filho de João. Tu serás chamado Cefas [que quer dizer Pedro]” (Jo 1:42). Daquele momento em diante, Simão Pedro passou a seguir a Cristo. Na segunda ocasião em que o nome inteiro dele foi usado, ele havia acabado de responder uma pergunta de Jesus, dizendo: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16:16). O significado desta identificação de Jesus como o Cristo era tão grande que Jesus disse: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus” (Mt 16:17). A última ocasião foi depois da ressurreição, quando Cristo testou o amor de Pedro por Ele e o comissionou com as palavras: “Simão, filho de João... Apascenta os meus cordeiros” (Jo 21:15-17).


    4. João, um parente do sumo sacerdote Anás; é mencionado apenas em Atos 6. Era um dos anciãos e líderes diante dos quais os apóstolos Pedro e João foram levados para serem interrogados. A pregação deles começava a aborrecer profundamente os líderes e por isso tentaram silenciá-los. Os apóstolos disseram que eram obrigados a obedecer a Deus e não aos homens (v. 19). Finalmente, sentindo o peso da opinião pública, os anciãos decidiram libertar os dois. P.D.G.


    João
    1) O Batista: V. JOÃO BATISTA.
    2) Pai do apóstolo Pedro (Jo 1:42); 21:15-17, RA; RC, Jonas).

    3) O evangelista e apóstolo: V. JOÃO, APÓSTOLO.
    4) João Marcos: V. MARCOS, JOÃO.

    João A) Evangelho de João

    1. Autoria e datação. O primeiro que relacionou o Quarto Evangelho a João, o filho de Zebedeu, parece ter sido Irineu (Adv. Haer, 3,1,1), citado por Eusébio (HE 5:8,4), o qual menciona Policarpo como fonte de sua opinião. Sem dúvida, o testamento reveste-se de certa importância, mas não deixa de apresentar inconvenientes. Assim, é estranho que outra literatura relacionada com Éfeso (a Epístola de Inácio aos Efésios, por exemplo) omita a suposta relação entre o apóstolo João e esta cidade. Também é possível que Irineu tenha-se confundido quanto à notícia que recebeu de Policarpo, já que destaca que Papias foi ouvinte de João e companheiro de Policarpo (Adv. Haer, 5,33,4). No entanto, conforme o testemunho de Eusébio (HE 3:93,33), Papias foi, na realidade, ouvinte de João, o presbítero — que ainda vivia nos tempos de Papias (HE 3.39,4) — e não do apóstolo. Fica, pois, a possibilidade de que esse João foi o mesmo ao qual Policarpo se referiu.

    Outras referências a uma autoria de João, o apóstolo, em fontes cristãs são muito tardias ou lendárias para serem questionadas, seja o caso de Clemente de Alexandria, transmitido por Eusébio (HE 6:14,17) ou o do Cânon de Muratori (c. 180-200). É certo que a tradição existia em meados do séc. II, mas não parece de todo concludente. Quanto à evidência interna, o evangelho reúne referências que podemos dividir nas relativas à redação e nas relacionadas com o discípulo amado (13 23:19-26-27; 20,1-10 e 21:7 e 20-4; possivelmente 18:15-16; 19,34-37 e talvez 1:35-36).

    As notícias recolhidas em 21:20 e 21:24 poderiam identificar o redator inicial com o discípulo amado ou talvez com a fonte principal das tradições recolhidas nele, porém, uma vez mais, fica obscuro se esta é uma referência a João, o apóstolo.

    Em nenhum momento o evangelho distingue o discípulo amado por nome nem tampouco o apóstolo João. E se na Última Ceia só estiveram presentes os Doze, obviamente o discípulo amado teria de ser um deles; tal dado, contudo, ainda não é seguro. Apesar de tudo, não se pode negar, de maneira dogmática, a possibilidade de o discípulo amado ser João, o apóstolo, e até mesmo existem alguns argumentos que favorecem essa possibilidade. Pode-se resumi-los da seguinte maneira:

    1. A descrição do ministério galileu tem uma enorme importância em João, a ponto de a própria palavra “Galiléia” aparecer mais vezes neste evangelho do que nos outros (ver especialmente: 7,1-9).

    2. Cafarnaum recebe uma ênfase muito especial (2,12; 4,12; 6,15), em contraste com o que os outros evangelhos designam o lugar de origem de Jesus (Mt 13:54; Lc 4:16). A própria sinagoga de Cafarnaum é mencionada mais vezes neste do que nos outros evangelhos.

    3. O evangelho de João refere-se também ao ministério de Jesus na Samaria (c.4), o que é natural, levando-se em conta a relação de João, o de Zebedeu, com a evangelização judeu-cristã da Samaria (At 8:14-17).

    4. João fazia parte do grupo de três (Pedro, Tiago e João) mais íntimo de Jesus. É, pois, um tanto estranho que um discípulo tão próximo a Jesus, como o discípulo amado — e não se tratando de João —, não apareça sequer mencionado em outras fontes.

    5. As descrições da Jerusalém anterior ao ano 70 d.C. encaixam-se com o que sabemos da permanência de João nessa cidade, depois de Pentecostes. De fato, os dados fornecidos por At 1:13; 8,25 e por Paulo (Gl 2:1-10) indicam que João estava na cidade antes do ano 50 d.C.

    6. João é um dos dirigentes judeu-cristãos que teve contato com a diáspora, assim como Pedro e Tiago (Jc 1:1; 1Pe 1:1; Jo 7:35 1Co 9:5), o que se enquadraria com algumas das notícias contidas em fontes cristãs posteriores e em relação ao autor do Quarto Evangelho.

    7. O evangelho de João procede de uma testemunha que se apresenta como ocular.

    8. O vocabulário e o estilo do Quarto Evangelho destacam uma pessoa cuja primeira língua era o aramaico e que escrevia em grego correto, porém cheio de aramaísmo.

    9. O pano de fundo social de João, o de Zebedeu, encaixa-se perfeitamente com o que se esperaria de um “conhecido do Sumo Sacerdote” (Jo 18:15). De fato, a mãe de João era uma das mulheres que serviam Jesus “com seus bens” (Lc 8:3), como a mulher de Cuza, administrador das finanças de Herodes. Igualmente sabemos que contava com assalariados a seu cargo (Mc 1:20). Talvez alguns membros da aristocracia sacerdotal o vissem com menosprezo por ser um leigo (At 4:13), mas o personagem estava longe de ser medíocre, a julgar pela maneira tão rápida pela qual se tornou um dos primeiros dirigentes da comunidade hierosolimita, logo depois de Pedro (Gl 2:9; At 1:13; 3,1; 8,14 etc.).

    Não sendo, pois, João, o de Zebedeu, o autor do evangelho (e pensamos que a evidência a favor dessa possibilidade não é pequena), teríamos de ligá-lo com algum discípulo mais próximo a Jesus (como os mencionados em At 1:21ss., por exemplo) e que contava com uma considerável importância dentro das comunidades judeu-cristãs da Palestina.

    Em relação à datação do quarto evangelho, não se duvida porque o consenso tem sido quase unânime nas últimas décadas. Geralmente, os críticos conservadores datavam a obra em torno do final do séc. I ou início do séc. II, enquanto os radicais — como Baur — situavam-na por volta de 170 d.C. Um dos argumentos utilizados como justificativa dessa postura era ler em Jo 5:43 uma referência à rebelião de Bar Kojba. O fator determinante para refutar essa datação tão tardia foi o descobrimento, no Egito, do p 52, pertencente à última década do século I ou à primeira do século II, onde está escrito um fragmento de João. Isso situa a data da relação, no máximo, em torno de 90-100 d.C. Contudo, existem, em juízo de vários estudiosos, razões consideráveis para datar o evangelho em um período anterior. No ponto de partida dessa revisão da data, devem estar os estudos de C. H. Dodd sobre este evangelho. Este autor seguiu a corrente que data a obra entre 90 e 100, atribuindo-a a um autor estabelecido em Éfeso; reconheceu, sem dúvida, que o contexto do evangelho se refere a condições “presentes na Judéia antes do ano 70 d.C., e não mais tarde nem em outro lugar”. De fato, a obra é descrita como “dificilmente inteligível” fora de um contexto puramente judeu anterior à destruição do Templo e até mesmo à rebelião de 66 d.C.

    Apesar dessas conclusões, C. H. Dodd sustentou a opinião em voga, alegando que Jo 4:53 era uma referência à missão pagã e que o testemunho de João recordava a situação em Éfeso em At 18:24-19:7. Ambas as teses são de difícil defesa para sustentar uma data tardia, já que a missão entre os pagãos foi anterior a 66 d.C., e At 18:19 narram acontecimentos também anteriores a 66 d.C.

    O certo é que atualmente se reconhece a existência de razões muito sólidas para defender uma datação da redação do evangelho anterior a 70 d.C. São elas:

    1. A cristologia muito primitiva (ver Mensagem).

    2. O pano de fundo que, como já advertiu Dodd, só se encaixa no mundo judeu-palestino anterior a 70 d.C.

    3. A existência de medidas de pressão contra os cristãos antes do ano 70 d.C.: as referências contidas em Lc 4:29; At 7:58 e 13:50 mostram que não é necessário mencionar Jo 9:34ss.; 16,2 para episódios posteriores à destruição do Templo.

    4. A ausência de referências aos pagãos.

    5. A importância dos saduceus no evangelho.

    6. A ausência de referências à destruição do templo.

    7. A anterioridade ao ano 70 d.C. dos detalhes topográficos rigorosamente exatos.

    2. Estrutura e Mensagem. O propósito do evangelho de João é claramente determinado em 20:31: levar a todos os povos a fé em Jesus como messias e Filho de Deus, a fim de que, por essa fé, obtenham a vida. O evangelho está dividido em duas partes principais, precedidas por um prólogo (1,1-18) e seguidas por um epílogo (c. 21).

    A primeira parte (1,19-12,50) ou o “Livro dos Sinais”, segundo C. H. Dodd, apresenta uma seleção dos milagres — sinais ou signos — de Jesus.

    A segunda parte (13 1:20-31), também denominada “Livro da Paixão” (Dodd) ou da Glória (Brown), inicia-se com a Última Ceia e narra a paixão, morte e ressurreição de Jesus.

    Três são os aspectos especialmente centrais na mensagem de João.

    Em primeiro lugar, a revelação de Deus através de seu Filho Jesus (1,18). Evidentemente, a cristologia desse evangelho é muito primitiva e assim Jesus aparece como “profeta e rei” (6,14ss.); “profeta e messias” (7,40-42); “profeta” (4,19; 9,17); “messias” (4,25); “Filho do homem” (5,27) e “Mestre da parte de Deus” (3,2). Sem súvida, do mesmo modo que Q, onde Jesus se refere a si mesmo como a Sabedoria, neste evangelho enfatiza-se que o Filho é, pela filiação, igual a Deus (Jo 5:18) e Deus (1,1; 20,28). De fato, o Logos joanino de Jo 1:1 não é senão a tradução grega do termo aramaico Memrá, uma circunlocução para referir-se a YHVH no Targum.

    É o próprio Deus que se aproxima, revela e salva em Jesus, já que este é o “Eu sou” que apareceu a Moisés (Ex 3:14; Jo 8:24; 8,48-58). Isso se evidencia, por exemplo, nas prerrogativas do Filho em julgar (5,22,27,30; 8,16.26; 9,39; 12,47-48), ressuscitar os mortos (5,21,25-26.28-29; 6,27; 35,39-40,50-51.54-58; 10,28; 11,25-26) e trabalhar no sábado (5,9-18; 7,21-23).

    O segundo aspecto essencial da mensagem joanina é que em Jesus não somente vemos Deus revelado, mas também encontramos a salvação. Todo aquele que crê em Jesus alcança a vida eterna (3,16), tem a salvação e passa da morte à vida (5,24). E a fé é uma condição tão essencial que os sinais pretendem, fundamentalmente, levar as pessoas a uma fé que as salve. De fato, crer em Jesus é a única “obra” que se espera que o ser humano realize para obter a salvação (Jo 6:29). Aceitar ou não Jesus como Filho de Deus, como “Eu sou”, como messias, tem efeitos contudentes e imediatos. A resposta positiva — uma experiência que Jesus denomina “novo nascimento” (3,1ss.) — conduz à vida eterna (3,15) e a ser convertido em filho de Deus (1,12); a negativa leva à condenação (3,19) e ao castigo divino (3,36).

    Partindo-se dessas posturas existenciais, dessa separação entre incrédulos e fiéis, pode-se entender o terceiro aspecto essencial da mensagem joanina: a criação de uma nova comunidade espiritual em torno de Jesus e sob a direção do Espírito Santo, o Consolador. Só se pode chegar a Deus por um caminho, o único: Jesus (14,6). Só se pode dar frutos unido à videira verdadeira: Jesus (Jo 15:1ss.). Todos os que assim se unem a Jesus serão perseguidos por um mundo hostil (15,18ss.), todavia serão também objeto da ação do Espírito Santo (16,5ss.), viverão em uma alegria que humanamente não se pode entender (16,17ss.) e vencerão o mundo como Jesus (16,25ss.). Neles também se manifestará um amor semelhante ao de Jesus (Jo 13:34-35), o Filho que voltará, no final dos tempos, para recolher os seus e levá-los à casa de seu Pai (Jo 14:1ss.). É lógico que essa cosmovisão se expresse nesse conjunto de oposições que não são exclusivas de João, mas que são tão explícitas nesse evangelho: lu-Ztrevas, mundo-discípulos, Cristo-Satanás etc. O ser humano vê-se dividido diante de sua realidade — a de que vive nas trevas — e a possibilidade de obter a vida eterna pela fé em Jesus (5,24). O que aceita a segunda opção não se baseia em especulações nem em uma fé cega, porém em fatos que aconteceram na história e dos quais existiram testemunhas oculares (19,35ss.; 21,24). Ao crer em Jesus, descobre-se nele — que na Ressurreição demonstrou a veracidade de suas pretensões — seu Senhor e seu Deus (Jo 20:28) e obtém-se, já nesta vida, a vida eterna (20,31), integrando-se numa comunidade assistida pelo Espírito Santo e que espera a segunda vinda de seu Salvador (Jo 14:1ss.; 21,22ss.).

    C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; R. Bultmann, The Gospel of John, Filadélfia 1971; C. K. Barrett, The Gospel, according to St. John, Filadélfia, 1978; R. Schnackenburg, The Gospel According to St. John, 3 vols., Nova York 1980-1982; f. f. Bruce, The Gospel of John, Grand Rapids 1983; G. R. Beasley-Murray, John, Waco 1987; J. Guillet, Jesucristo em el Evangelio de Juan, Estella 51990; A. Juabert, El Evangelio según san Juan, Estella 121995.

    B - João, o Apóstolo

    Pescador, filho de Zebedeu, foi um dos primeiros a ser chamado por Jesus e, por este, constituído apóstolo. Junto com seu irmão Tiago e com Pedro, formava o grupo mais íntimo de discípulos e é sempre mencionado no ínicio das listas apostólicas, junto a Tiago, Pedro e André. Com o seu irmão Tiago, recebeu o apelido de Boanerges, o filho do trovão (Mc 3). Desempenhou um papel de enorme transcendência na 1greja judeu-cristã de Jerusalém (At 1:8; Gl 2:9). É possível que, no final de sua vida, tenha desenvolvido um ministério missionário na Ásia Menor.

    Tradicionalmente é identificado como João, o Evangelista, autor do quarto evangelho, e como o autor do Apocalipse.

    C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A.T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

    C - João, o Apóstolo

    Tradicionalmente (desde o séc. II), tem-se identificado o autor do Quarto Evangelho com o filho de Zebedeu: João. Embora um bom número de autores modernos recusem essa hipótese, razões têm sido reconsideradas — R. A. T. Robinson, por exemplo — para possibilitar esse ponto de vista. O autor do quarto evangelho conhece mais intimamente o ministério da Galiléia e até nos dá informações sobre ele que não conhecemos através de outros evangelhos. A situação abastada dos filhos de Zebedeu — cujo pai contava com vários assalariados — permite crer que era “conhecido” do Sumo Sacerdote. Além disso, descreve com impressionante rigor a Jerusalém anterior a 70 d.C., o que é lógico em uma pessoa que foi, segundo Paulo, uma das colunas da comunidade judeu-cristã daquela cidade (Gl 2:9). A tudo isso, acrescenta-se o testemunho unânime dos autores cristãos posteriores que atribuem essa autoria a João. Em todo caso, e seja qual for a identidade do quarto evangelista, o certo é que recolhe uma tradição sobre a vida de Jesus muito antiga, fidedigna e independente da sinótica. É bem possível que sua redação seja anterior a 70 d.C., embora alguns autores prefiram situá-la por volta de 90 d.C. O autor do quarto evangelho é o mesmo que o das três epístolas de João, que constam no Novo Testamento, constituindo a primeira um guia interpretativo do evangelho para evitar que este seja lido em clave gnóstica.

    C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols. Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; R. Bultmann, The Gospel of John, Filadélfia 1971; C. K. Barrett, The Gospel according to St. John, Filadélfia 1978; R. Schnackenburg, El evangelio según san Juan, 3 vols., Barcelona 1980:1982; f. f. Bruce, The Gospel of John, Grand Rapids 1983; G. R. Beasley-Murray, John, Waco 1987; J. Guillet, Jesucristo en el Evangelio de Juan, Estella 51990; A. Juabert, El Evangelio según san Juan, Estella 121995.

    D - João, o Teólogo

    Conforme alguns estudiosos, é o autor do Apocalipse e cujo túmulo estava em Éfeso. Por ser um personagem distinto de João, o evangelista (seja ou não este o filho de Zebedeu), é possível que tenha emigrado para a Ásia Menor, ao eclodir a revolta de 66-73 d.C. contra Roma. Sua obra é, portanto, anterior a 70 d.C. e constitui uma valiosa fonte para estudo da teologia judeu-cristã da época.

    K. Stendhal, The Scrolls...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...; C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R.E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; f. f. Ramos, Evangelio según San Juan, Estella 1989.


    Felizmente, temos considerável informação acerca do discípulo chamado João. Marcos diz-nos que ele era irmão de Tiago, filho de Zebedeu (Mc 1:19). Diz também que Tiago e João trabalhavam com “os empregados” de seu pai (Mc 1:20).
    Alguns eruditos especulam que a mãe de João era Salomé, que assistiu a crucificação de Jesus (Mc 15:40). Se Salomé era irmã da mãe de Jesus, como sugere o Evangelho de João (Jo 19:25), João pode ter sido primo de Jesus.
    Jesus encontrou a João e a seu irmão Tiago consertando as redes junto ao mar da Galiléia. Ordenou-lhes que se fizessem ao largo e lançassem as redes. arrastaram um enorme quantidade de peixes – milagre que os convenceram do poder de Jesus. “E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram” (Lc 5:11) Simão Pedro foi com eles.
    João parece ter sido um jovem impulsivo. Logo depois que ele e Tiago entraram para o círculo íntimo dos discípulos de Jesus, o Mestre os apelidou de “filhos do trovão” (Mc 3:17). Os discípulos pareciam relegar João a um lugar secundário em seu grupo. Todos os Evangelhos mencionavam a João depois de seu irmão Tiago; na maioria das vezes, parece, Tiago era o porta-voz dos dois irmãos. Paulo menciona a João entre os apóstolos em Jerusalém, mas o faz colocando o seu nome no fim da lista (Gl 2:9).
    Muitas vezes João deixou transparecer suas emoções nas conversas com Jesus. Certa ocasião ele ficou transtornado porque alguém mais estava servindo em nome de Jesus. “E nós lho proibimos”, disse ele a Jesus, “porque não seguia conosco” (Mc 9:38). Jesus replicou: “Não lho proibais… pois quem não é contra a nós, é por nós” (Mc 9:39-40). Noutra ocasião, ambiciosos, Tiago e João sugeriram que lhes fosse permitido assentar-se à esquerda e à direita de Jesus na sua glória. Esta idéia os indispôs com os outros discípulos (Mc 10:35-41).
    Mas a ousadia de João foi-lhe vantajosa na hora da morte e da ressurreição de Jesus. Jo 18:15 diz que João era ” conhecido do sumo sacerdote”. Isto o tornaria facilmente vulnerável à prisão quando os aguardas do sumo sacerdote prenderam a Jesus. Não obstante, João foi o único apóstolo que se atreveu a permanecer ao pé da cruz, e Jesus entregou-lhe sua mãe aos seus cuidados (Jo 19:26-27). Ao ouvirem os discípulos que o corpo de Jesus já não estava no túmulo, João correu na frente dos outros e chegou primeiro ao sepulcro. Contudo, ele deixou que Pedro entrasse antes dele na câmara de sepultamento (Jo 20:1-4,8).
    Se João escreveu, deveras, o quarto Evangelhos, as cartas de João e o Apocalipse, ele escreveu mais texto do NT do que qualquer dos demais apóstolos. Não temos motivo para duvidar de que esses livros não são de sua autoria.
    Diz a tradição que ele cuidou da mãe de Jesus enquanto pastoreou a congregação em Éfeso, e que ela morreu ali. Preso, foi levado a Roma e exilado na 1lha de Patmos. Acredita-se que ele viveu até avançada idade, e seu corpo foi devolvido a Éfeso para sepultamento

    Graça ou favor de Deus. – Aparece, também,em outros lugares com a forma de Joanã. Um parente do sumo sacerdote Anás. Juntamente com Anás e Caifás ele fez inquirições a respeito do ensino dos apóstolos Pedro e João e da cura do coxo (At 4:6). E nada mais se sabe dele. – João Marcos, o evangelista – filho de Maria, e primo (não sobrinho) de Barnabé. Apenas cinco vezes é este evangelista mencionado com o nome de João (At 12:12-25 e 13 5:13-15.37). Nas outras passagens é o nome Marcos que prevalece. (*veja Marcos.) – João Batista, o Precursor. A vinda de João foi profetizada por isaías (40.3), e por Malaquias (4.5 – *veja Mt 11:14), sendo o seu nascimento anunciado aos seus idosos pais por ‘um anjo do Senhor’ (Lc 1:5-23). Seu pai Zacarias era sacerdote, e sua mãe isabel ‘era das filhas de Arão’. A vinda desta criança foi também predita à Virgem Maria, na Anunciação (Lc 1:36). o nascimento de João (Lc 1:57) trouxe novamente, após a circuncisão, a fala a Zacarias, que a tinha perdido, quando o anjo lhe fez saber que havia de ter um filho (Lc 1:20-64). Quanto à infância de João Batista apenas se sabe que ele ‘Crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a israel’ (Lc 1:80). E assim, embora tivesse sido consagrado antes do seu nascimento à missão de pregar e ensinar (Lc 1:13-15), ele só deu início à sua obra quando chegou à idade viril, depois de ter passado vários anos isolado, vivendo uma vida de abnegação. A maneira como João Batista apareceu pregando chamou a atenção de toda a gente. o seu vestido era feito de pelos de camelo, e andava cingido de um cinto de couro, sendo a alimentação do notável pregador o que encontrava no deserto gafanhotos e mel silvestre (Lv 11:22Sl 81:16Mt 3:4). o ministério de João começou ‘no deserto da Judéia’ (Mt 3:1Mc 1:4Lc 3:3Jo 1:6-28). Ele pregava o arrependimento e a vinda do reino dos céus, e todo o país parecia ser movido pela sua palavra, pois vinham ter com ele as multidões para receberem o batismo (Mt 3:5 e Mc 1. S). Em termos enérgicos censurou a falsa vida religiosa dos fariseus e saduceus que se aproximavam dele (Mt 3:7), avisando, também, outras classes da sociedade (Lc 3:7-14) – e chamava a atenção dos ouvintes para Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (Lc 3:15-17Jo 1:29-31), a quem batizou (Mt 3:13-17). o povo quis saber se João era o Cristo prometido (Lc 3:15) – mas ele categoricamente asseverou que não era (Jo 1:20). A importância do ministério de João acha-se claramente indicada nas referências de Jesus Cristo e dos apóstolos ao caráter e obra notável do pregador. Depois de responder aos mensageiros de João (Mt 11:2-6Lc 7:19-23), falou Jesus às multidões sobre o caráter e missão do Batista, declarando: ‘Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista’ (Mt 11:7-11Lc 7:24-28). Mais tarde foi por Jesus, de um modo preciso, identificado com o prometido Elias (Mt 17:10-13Mc 9:11-13) – e também o batismo de João foi assunto de que Jesus Se serviu para discutir com ‘os principais sacerdotes e os anciãos do povo’, colocando-os em dificuldades (Mt 21:23-27) – e, pelo fato de estes judeus rejeitarem o apelo de João, fez-lhes sentir o Salvador a sua responsabilidade (Mt 21:32). o batismo de João foi lembrado por Jesus depois da Sua ressurreição (At 1:5) – a ele se referiu também Pedro (At 1:22 – 10.37 – 11.16), e o apóstolo Paulo (At 13:24-25). Apolo conhecia somente o ‘batismo de João’ (At 18:25), e maior conhecimento não havia em certos discípulos de Éfeso (At 19:1-4). Com respeito ao ‘batismo de João’, *veja Batismo. o ministério corajoso de João parece ter alarmado Herodes, o tetrarca da Galiléia, que, segundo conta Josefo (Ant. Xiii, 5.2), o considerava como demagogo e pessoa perigosa. Como João o tivesse censurado por ter casado com Herodias, mulher de seu irmão Filipe, que ainda estava vivo, lançou Herodes o seu censurador numa prisão. (*veja Herodias.) o medo da indignação popular (Mt 14:5) parece tê-lo impedido de matar João Batista – mas a filha de Herodias, baseando-se numa inconsiderada promessa de Herodes, obteve a morte de João (Mt 14:3-12). – o Apóstolo. João, irmão de Tiago, era filho de Zebedeu (Mt 4:21), e de Salomé, sendo esta, provavelmente, irmã da mãe de Jesus (cp. Mt 27:56 com Mc 15:40Jo 19:25). Sendo assim, era João primo de Jesus, e por isso foi muito natural que o Salvador entregasse a Sua mãe aos cuidados de João, quando estava na cruz (Jo 19:25-27). João era, como seu pai, pescador de Betsaida, na Galiléia, trabalhando no lago de Genesaré (Mt 4:18-21). A família parece ter vivido em boas circunstâncias, visto como seu pai Zebedeu tinha jornaleiros (Mc 1:20) – a sua mãe era uma das piedosas mulheres, que desde a Galiléia acompanharam Jesus e o serviam com os seus bens (Mt 27:56) – o próprio evangelista era conhecido do sumo sacerdote (Jo 18:15), e tinha casa sua (Jo 19:27). Acha-se identificado com aquele discípulo de João Batista, que não é nomeado, e que com André seguiu a Jesus (Jo 1:35-40). A chamada de João e de seu irmão Tiago está, em termos precisos, narrada em Mt 4:21-22 e em Mc 1:19-20. Foi ele um dos doze apóstolos (Mt 10:2, e ref.). A ele e seu irmão deu Jesus o nome de Boanerges (Mc 3:17). Na sua juventude parece ter sido homem apaixonado, de temperamento impulsivo, dando ocasião a que Jesus o censurasse uma vez por ter proibido certo indivíduo de operar milagres (Mc 9:38-39), outra vez por ter desejado que viesse do céu castigo sobre os inóspitos samaritanos (Lc 9:51-56), e também pela sua pessoal ambição (Mc 10:35-40). Todavia, era ele chamado o discípulo, ‘a quem Jesus amava’ (Jo 21:20), e a quem, juntamente com Tiago e Pedro, deu Jesus Cristo o privilégio de presenciarem tantos e maravilhosos acontecimentos do Seu ministério. João pôde observar a cura da sogra de Pedro (Mc 1:29), a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5:37 e Lc 8:51), a pesca miraculosa (Lc 5:10), a transfiguração (Mt 17:1 e refs.), e a agonia no horto de Getsêmani (Mt 26:37, e refs.). É certo que João, como os outros discípulos, abandonou o Divino Mestre, quand

    Nome Hebraico - Significado: Graça divina.

    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Pregado

    pregado adj. 1. Fixado com prego. 2. Esfalfado.

    Tender

    verbo transitivo indireto Possuir uma inclinação, aptidão para: sua filha sempre tendia para o piano.
    Ser parecido ou estar próximo de: o vestido listrado tendia para o vermelho.
    Encaminhar; seguir em direção a: seus projetos tendem à falência.
    Destinar-se; ter como objetivo, como motivo: os impostos tendem à falência do consumidor.
    verbo transitivo direto Desfraldar; encher ou manter-se aberto com o vento: o temporal tendia os lençóis no varal.
    verbo intransitivo Voltar-se; apresentar uma inclinação em relação a: a bicicleta tendeu para a esquerda.
    verbo transitivo direto e pronominal Estender; expandir-se ou alongar-se no tempo ou num espaço: tendia as pernas; a praia tendia-se pelo horizonte.
    Etimologia (origem da palavra tender). Do latim tendere.

    verbo transitivo indireto Possuir uma inclinação, aptidão para: sua filha sempre tendia para o piano.
    Ser parecido ou estar próximo de: o vestido listrado tendia para o vermelho.
    Encaminhar; seguir em direção a: seus projetos tendem à falência.
    Destinar-se; ter como objetivo, como motivo: os impostos tendem à falência do consumidor.
    verbo transitivo direto Desfraldar; encher ou manter-se aberto com o vento: o temporal tendia os lençóis no varal.
    verbo intransitivo Voltar-se; apresentar uma inclinação em relação a: a bicicleta tendeu para a esquerda.
    verbo transitivo direto e pronominal Estender; expandir-se ou alongar-se no tempo ou num espaço: tendia as pernas; a praia tendia-se pelo horizonte.
    Etimologia (origem da palavra tender). Do latim tendere.

    tender
    v. 1. tr. dir. Estender, estirar. 2. tr. dir. Desfraldar, enfunar. 3. tr. dir. Bater ou enformar (a massa do pão) antes de cozer. 4. pron. Estender-se, fazer-se largo. 5. tr. ind. Dirigir-se, encaminhar-se. 6. tr. ind. Aproximar-se de: T. para o zero a temperatura. 7. tr. ind. Apresentar tendência, inclinação, pendor ou propensão para.

    Tênder

    tênder
    v. 1. tr. dir. Estender, estirar. 2. tr. dir. Desfraldar, enfunar. 3. tr. dir. Bater ou enformar (a massa do pão) antes de cozer. 4. pron. Estender-se, fazer-se largo. 5. tr. ind. Dirigir-se, encaminhar-se. 6. tr. ind. Aproximar-se de: T. para o zero a temperatura. 7. tr. ind. Apresentar tendência, inclinação, pendor ou propensão para.

    Vinda

    substantivo feminino Ato ou efeito de vir; chegada: estamos ansiosos pela sua vinda!
    Ato ou efeito de estar presente por um tempo: a vinda do artista para a exposição.
    Ato ou efeito de regressar, de voltar; regresso: a ida foi conturbada, mas a vinda foi bem mais tranquila.
    Etimologia (origem da palavra vinda). Feminino de vindo.

    vinda s. f. Ação ou efeito de vir; regresso, volta.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    προκηρύσσω Ἰωάννης προκηρύσσω πᾶς λαός Ἰσραήλ πρό εἴσοδος πρόσωπον βάπτισμα μετάνοια
    Atos 13: 24 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    tendo primeiramente a João, antes da vinda dele, pregado o batismo do arrependimento a todo o povo de Israel.
    Atos 13: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    48 d.C.
    G1529
    eísodos
    εἴσοδος
    chegando
    (coming)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G2474
    Israḗl
    Ἰσραήλ
    nome dado ao patriarca Jacó (e mantido por ele em adição ao seu nome anterior)
    (Israel)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G2491
    Iōánnēs
    Ἰωάννης
    traspassado, fatalmente ferido, furado
    (the slain)
    Substantivo
    G2992
    laós
    λαός
    (Piel) cumprir o casamento conforme o levirato, cumprir a função de cunhado
    (and marry)
    Verbo
    G3341
    metánoia
    μετάνοια
    acender, queimar, colocar fogo
    ([that] you shall set)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4253
    pró
    πρό
    trança, cacho
    (locks)
    Substantivo
    G4296
    prokērýssō
    προκηρύσσω
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    G4383
    prósōpon
    πρόσωπον
    um tropeço, meio ou ocasião para tropeço, pedra de tropeço
    (a stumbling block)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G908
    báptisma
    βάπτισμα
    imaginar, tramar, inventar (mau sentido)
    (he had devised)
    Verbo


    εἴσοδος


    (G1529)
    eísodos (ice'-od-os)

    1529 εισοδος eisodos

    de 1519 e 3598; TDNT - 5:103,666; n f

    1. entrada
      1. lugar ou caminho que conduz a um lugar (como um portão)
      2. ato de entrar

    Ἰσραήλ


    (G2474)
    Israḗl (is-rah-ale')

    2474 Ισραηλ Israel

    de origem hebraica 3478 ישראל; TDNT - 3:356,372; adj

    Israel = “ele será um príncipe de Deus”

    nome dado ao patriarca Jacó (e mantido por ele em adição ao seu nome anterior)

    família ou descendentes de israel, a nação de Israel

    cristãos, o Israel de Deus (Gl 6:16), pois nem todos aqueles que são descendentes de sangue de Israel são verdadeiros israelitas, i.e., aqueles a quem Deus declara ser israelitas e escolhidos para salvação


    Ἰωάννης


    (G2491)
    Iōánnēs (ee-o-an'-nace)

    2491 Ιοαννης Ioannes

    de origem hebraica 3110 יוחנן; n pr m

    João = “Jeová é um doador gracioso”

    João Batista era filho de Zacarias e Elisabete, e o precussor de Cristo. Por ordem de Herodes Antipas, foi lançado na prisão e mais tarde decapitado.

    João, o apóstolo, escritor do quarto evangelho, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago. É aquele discípulo (sem menção do nome) chamado no quarto evangelho de “o discípulo amado” de Jesus. De acordo com a opinião tradicional, é o autor do Apocalipse.

    João, cognominado Marcos, companheiro de Barnabé e Paulo At 12:12.

    João, um membro do Sinédrio At 4:6.


    λαός


    (G2992)
    laós (lah-os')

    2992 λαος laos

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:29,499; n m

    povo, grupo de pessoas, tribo, nação, todos aqueles que são da mesma origem e língua

    de uma grande parte da população reunida em algum lugar

    Sinônimos ver verbete 5832 e 5927


    μετάνοια


    (G3341)
    metánoia (met-an'-oy-ah)

    3341 μετανοια metanoia

    de 3340; TDNT - 4:975,636; n f

    1. como acontece a alguém que se arrepende, mudança de mente (de um propósito que se tinha ou de algo que se fez)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    πρό


    (G4253)
    pró (pro)

    4253 προ pro

    preposição primária; TDNT - 6:683,935; prep

    1. antes

    προκηρύσσω


    (G4296)
    prokērýssō (prok-ay-rooce'-so)

    4296 προκηρυσσω prokerusso

    de 4253 e 2784; TDNT - 3:717,430; v

    anunciar ou proclamar, ser de antemão arauto

    anunciar de antemão (do próprio arauto)


    πρόσωπον


    (G4383)
    prósōpon (pros'-o-pon)

    4383 προσωπον prosopon

    de 4314 e ops (rosto, de 3700); TDNT - 6:768,950; n n

    1. face
      1. a fronte da cabeça humana
      2. semblante, expressão
        1. o rosto, na medida em que é o orgão de visão, e (pelos seus vários movimentos e variações) o índex dos pensamentos e sentimentos íntimos
      3. aparência que alguém apresenta pela sua riqueza ou propriedade, sua posição ou baixa condição
        1. circunstâncias e condições externas
        2. usado nas expressões que denotam ter consideração pela pessoa em julgamento e no tratamento às pessoas

          aparência externa de coisas inanimadas


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βάπτισμα


    (G908)
    báptisma (bap'-tis-mah)

    908 βαπτισμα baptisma

    de 907; TDNT - 1:545,92; n n

    1. imersão, submersão
      1. de calamidades e aflições nas quais alguém é submergido completamente
      2. do batismo de João, aquele rito de purificação pelo qual as pessoas, mediante a confissão dos seus pecados, comprometiam-se a uma transformação espiritual, obtinham perdão de seus pecados passados e qualificavam-se para receber os benefícios do reino do Messias que em breve seria estabelecido. Este era um batismo cristão válido e foi o único batismo que os apóstolos receberam. Não há registro em nenhum outro lugar de que tenham sido alguma vez rebatizados depois do Pentecostes.
      3. do batismo cristão; um rito de imersão na água, como ordenada por Cristo, pelo qual alguém, depois de confessar seus pecados e professar a sua fé em Cristo, tendo nascido

        de novo pelo Santo Espírito para uma nova vida, identifica-se publicamente com a comunhão de Cristo e a igreja.

        Em Rm 6:3 Paulo afirma que fomos “batizados na sua morte”, significando que estamos não apenas mortos para os nossos antigos caminhos, mas que eles foram sepultados. Retornar a eles é tão inconcebível para um Cristão quanto para alguém desenterrar um cadáver! Em países islâmitas, um recém convertido tem poucos problemas com os muçulmanos até ser publicamente batizado. É então que os muçulmanos sabem que têm que dar um jeito nele e daí começa a perseguição. Ver também discussão sobre batismo no verbete 907.