Enciclopédia de Atos 2:43-43
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Livros
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Wiersbe
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Francis Davidson
- Barclay
- Notas de Estudos jw.org
- Dicionário
- Strongs
Perícope
at 2: 43
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. |
ARC | E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. |
TB | Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e milagres eram feitos pelos apóstolos. |
BGB | ⸀Ἐγίνετο δὲ πάσῃ ψυχῇ φόβος, πολλά ⸀τε τέρατα καὶ σημεῖα διὰ τῶν ἀποστόλων ἐγίνετο. |
HD | Havia temor em cada alma; muitos prodígios e sinais eram realizados através dos apóstolos. |
BKJ | E sobreveio temor à toda alma, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. |
LTT | |
BJ2 | Apossava-se de todos o temor, pois numerosos eram os prodígios e sinais que se realizavam por meio dos apóstolos. |
VULG | Fiebat autem omni animæ timor : multa quoque prodigia et signa per Apostolos in Jerusalem fiebant, et metus erat magnus in universis. |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 2:43
Referências Cruzadas
Ester 8:17 | Também em toda província e em toda cidade aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e gozo, banquetes e dias de folguedo; e muitos, entre os povos da terra, se fizeram judeus; porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles. |
Jeremias 33:9 | E esta cidade me servirá de nome de alegria, de louvor e de glória, entre todas as nações da terra que ouvirem todo o bem que eu lhe faço; e espantar-se-ão e perturbar-se-ão por causa de todo o bem e por causa de toda a paz que eu lhe dou. |
Oséias 3:5 | Depois, tornarão os filhos de Israel e buscarão o Senhor, seu Deus, e Davi, seu rei; e temerão o Senhor e a sua bondade, no fim dos dias. |
Marcos 16:17 | |
Lucas 7:16 | E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo. |
Lucas 8:37 | E toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles, porque estavam possuídos de grande temor. E, entrando ele no barco, voltou. |
João 14:12 | |
Atos 3:6 | E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. |
Atos 4:33 | E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. |
Atos 5:11 | E houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas coisas. |
Atos 5:15 | de sorte que transportavam os enfermos para as ruas e os punham em leitos e em camilhas, para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles. |
Atos 9:34 | E disse-lhe Pedro: Eneias, Jesus Cristo te dá saúde; levanta-te e faze a tua cama. E logo se levantou. |
Atos 9:40 | Mas Pedro, fazendo-as sair a todas, pôs-se de joelhos e orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, assentou-se. |
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
O TESTEMUNHO EM JERUSALÉM
Atos
Como observamos nos comentários sobre Atos
A. A PREGAÇÃO POR MEIO DE TESTEMUNHOS
O poder para a proclamação — foi isto o que o Espírito trouxe. No mesmo dia em que o Espírito Santo desceu sobre eles, os apóstolos começaram a sua pregação, com resulta-dos surpreendentes. Era o método de Deus de transmitir o Evangelho — as Boas Novas daquilo que Cristo realizara pelos homens pecadores na sua morte e ressurreição.
1. As Testemunhas Recebem o Poder (2:1-13)
Antes de poder pregar, as testemunhas precisavam ser preparadas. Assim, encon-tramos neste parágrafo das Escrituras a história de como os discípulos foram cheios do Espírito Santo.
a. Pentecostes (2:1-4). Este é o acontecimento mais importante do livro de Atos. Sem ele, o livro nunca teria sido escrito. Foi este grandioso ato de Deus de derramar o Espírito Santo sobre os primeiros crentes que precipitou todos os atos dos homens autorizados pelo Espírito, sobre os quais podemos ler na história do início da igreja cristã. Winn sugere que o livro de Atos poderia ser chamado de "o livro mais emocio-nante que já foi escrito".'
Cumprindo-se o dia de Pentecostes' literalmente significa "quando o dia de Pen-tecostes estava sendo completado". Isto pode se referir ao final das sete semanas que pre-cederam o Pentecostes.' Mas como a palavra dia está no singular, e uma vez que o dia dos judeus começava no pôr-do-sol, pode-se assumir melhor que a frase indica que, naquela manhã, "o dia de Pentecostes estava se cumprindo".4 Robertson diz: "Lucas pode querer dizer que o dia de Pentecostes ainda não estava terminado; ainda estava em curso".'
Mas o verdadeiro significado da frase é provavelmente mais teológico do que crono‑
lógico. Lenski escreve: "Lucas está pensando na promessa do Senhor e de como agora se aproxima o seu cumprimento. A chegada deste dia conclui a medida do tempo que o
Senhor contemplava quando Ele fez a promessa".' O retrocesso é anterior a isto — até às profecias do Antigo Testamento sobre o derramamento do Espírito Santo, como a refe-rência de Joel
Pentecostes é a palavra grega que significa "cinqüenta". Este nome para a festa é encontrado pela primeira vez nos escritos apócrifos do período intertestamentário, em Tobias 2.1 e em 2 Macabeus 12.32. A designação do Antigo Testamento é Festa das Semanas (Êx
Os judeus da Palestina vinham em grande número a Jerusalém para a Páscoa, que comemorava o início da sua vida nacional e também assinalava o início do seu ano religi-oso. Mas os judeus da dispersão tinham a sua maior celebração no Pentecostes. Isto se devia ao fato de que a viagem pelo Mediterrâneo era muito mais segura em maio ou junho (Pentecostes) do que em março ou abril (Páscoa) ! Encontramos um exemplo disto no caso de Paulo. Na sua última viagem a Jerusalém, ele não teve tempo para visitar Éfeso, porque "apressava-se... para estar, se lhe fosse possível, em Jerusalém no dia de Pentecostes" (Atos
Existe uma tradição entre os judeus de que a Festa das Semanas comemorava a entrega da Lei no Sinai. Não se sabe ao certo se esta era a opinião na época de Jesus.
Purves observa que não há menção disto no Antigo Testamento, nem em Filo nem em Josefo, e conclui: "Provavelmente foi depois da queda de Jerusalém que se iniciou esta tradição".' Dosker é ainda mais específico quando escreve: "Ela originou-se com o grande rabino judeu Maimonides [século XII] e foi copiada pelos escritores cristãos".' Mas Foakes‑Jackson declara: "Não podemos deixar de recordar a cena da entrega da Lei no monte Sinai, quando Israel se tornou uma comunidade estritamente religiosa, e há razão para supor que o Pentecostes já era a festa comemorativa da entrega da lei"." O Pentecostes era o cumprimento de Jeremias
Na nova edição revisada da obra de Hasting, em um volume, o Dictionary of the Bible, afirma-se que tanto os fariseus quanto os saduceus consideravam o Pentecostes como "a festa que concluía a Páscoa"» Este fato tem nuanças teológicas. A crucificação de Cristo, quando Ele se ofereceu como um sacrifício pelo pecado do homem, e a ressur-reição, que validou o seu sacrifício como aceito divinamente, seriam incompletas sem o derramamento do Espírito. De certa maneira, a sexta-feira santa e o domingo de Pás-coa não seriam senão um prelúdio para o dia de Pentecostes. A crucificação, a ressur-reição e a ascensão, juntas, formam o êxodo' de Jesus da terra de volta para o céu, que era a preparação necessária para o derramamento do Espírito Santo no Pentecostes.
Jesus disse: "... vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei" (Jo
No dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. O melhor texto grego diz: "juntos em um lugar" — homou ao invés de homothymadon.
Daí, a força total da última expressão, reunidos, não deve ser ressaltada aqui. No entanto, tanto a palavra homou (juntos) quanto o contexto sugerem um espírito de unidade. Uma das traduções recentes afirma: "Eles estavam todos harmoniosamente em um lugar" (Berk).
A primeira parte do versículo 2 diz literalmente: "e, de repente, veio do céu um som (grego echos), como de um vento veemente e impetuoso", i.e., como o rugido reverberante de um tornado. Ele encheu toda a casa. Alguns estudiosos sugeriram que o derramamen-to do Espírito sobre os discípulos pode ter ocorrido no Templo!' Mas Lenski provavel-mente está correto quando diz: "Se Lucas tivesse em mente uma sala no Templo, ele certamente teria escrito hieron"»
Este som, como o rugido do vento, serviu como um alerta para todos os que estavam reunidos. Se alguém tinha estado sonolento, agora estaria completamente desperto. As-sim, todos eles viram as línguas repartidas, como que de fogo (3). O texto grego diz: "línguas como que de fogo distribuindo-se" (ou "sendo distribuídas")." Hackett descreve a cena corretamente quando diz: "A aparição semelhante ao fogo apresentou-se primeiramente em um corpo único, e então repentinamente repartiu-se em todas as direções, para que uma porção pousasse sobre cada um dos presentes"."
A importância desses dois símbolos — o vento e o fogo — é demasiado óbvia para ser perdida. Knowling diz: "O fogo, como o vento, era símbolo da presença divina (Êx
Qual era o propósito da combinação sobrenatural do som e da visão, do vento e do fogo? É muito instrutiva a comparação com o que teve lugar no monte Sinai, em relação à entrega da Lei. Lemos que "Houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte... E todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o monte tremia grandemente" (Êx
Assim foi com o Pentecostes. A revelação do Espírito Santo iniciava-se. Os discípulos deveriam estar alertas e ativos para o que estava acontecendo. Os símbolos do vento e do fogo ajudariam-nos a entender o significado daquilo que acontecia.
Mas estas coisas, juntamente com o falar em outras línguas, não eram senão acom-panhamentos do Pentecostes; eram acessórios temporários. O tema central era que to-dos foram cheios do Espírito Santo (4). Este foi o grande milagre, que de longe supe-rou os demais.
O fato de que o derramamento do Espírito Santo purificou os corações dos discípulos é indicado claramente pelas palavras de Paulo no Concílio de Jerusalém. Falando das pessoas na casa de Cornélio (cap. 10), ele declarou: "E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós; e não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando o seu coração pela fé" (Atos
Qual é o significado da afirmação de que os discípulos cheios do Espírito Santo co-meçaram a falar em outras línguas? (4). Os versículos seguintes parecem indicar claramente que os discípulos falavam em linguagens articuladas e compreensíveis. O propósito disso parece ter sido a evangelização mais eficaz da multidão de judeus e pro-sélitos, muitos dos quais compreenderiam melhor a mensagem do evangelho na sua pró-pria língua (8) do que no grego ou no aramaico normalmente falado.
Os primeiros quatro versículos poderiam se esquematizados assim: Pentecostes -(1) O lugar; (2) O som; (3) A visão; (4) A importância.
b. Perplexidade (2:5-13). O versículo 5 afirma que em Jerusalém estavam habi-tando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. A palavra grega para habitando, katoikountes, sugere a acomodação em um lugar para ficar. Moulton e Milligan escrevem: "Usado mais tecnicamente, o verbo se refere aos 'residentes' permanentes de uma cidade ou aldeia, assim distinguida daqueles 're-sidentes como estrangeiros' ou 'peregrinos' (paroikountes) ".19 Com base nisto, Lenski diz: "Lucas se preocupa somente com esta classe de judeus que tinham nascido ou sido criados em regiões estrangeiras, mas agora eles estavam definitivamente estabeleci-dos na Cidade Santa para ali terminar os seus dias". Lumby escreve: "Provavelmen-te, além dos visitantes que tinham vindo para a festa, muitos judeus religiosos de regiões estrangeiras eram moradores permanentes de Jerusalém, porque era muito desejado pelos judeus poder morrer e ser sepultado perto da Cidade Santa"." Apoiando este último ponto, ele cita esta frase rabínica: "Todo aquele que for sepultado na terra de Israel estará tão bem como se fosse sepultado sob o altar"?' Assim, a multidão se compunha tanto de residentes em Jerusalém quanto de visitantes para a festa. Muitos comentaristas afirmam que os varões religiosos eram os judeus, e não os gentios. Somente Lucas utiliza esta palavra (eulabeis), e nas outras três ocasiões em que o faz (Lc
12) inquestionavelmente se refere aos judeus.
Correndo aquela voz (6) significa, literalmente, "quando esse som [phone] acon-teceu". Existe uma diferença de opinião quanto ao que isso significa. Cadbury e Lake comentam: "O som mencionado aqui é phone, a voz de oradores inspirados, e não o echos do versículo 2".2' Mas Lechler declara: "Ao contrário, nada, a não ser echos no versículo 2 pode significar phone aute".24Alford pensa que o som era tão alto a ponto de ser ouvido "provavelmente por toda Jerusalém"?' Mas Bruce dá o que provavelmente parece ser a melhor conclusão: "O último (v.
4) parece mais provável, mas não devemos excluir o anterior (v. 2) ".26 Isto é, a primeira referência é às pessoas ouvindo a pregação inspirada dos apóstolos.
Qualquer que tenha sido o som, ele causou um ajuntamento da multidão. Lucas utiliza plethos, "um grande número". Esta é uma palavra favorita nos seus textos, que aparece vinte e cinco vezes no seu Evangelho e em Atos, e somente sete vezes em outras partes do Novo Testamento.
Cada um ouviu os discípulos falando na sua própria língua. A palavra é a mesma usada em Atos
Algumas vezes perguntou-se se o milagre foi o fato de eles falarem ou de a mul-tidão os ouvir. Lechler parece plenamente justificado quando comenta a respeito deste último: "Mas sem mencionar que isto é muito mais difícil de imaginar, transfere-se o milagre daqueles que tinham o Espírito Santo para aqueles que não o tinham; isto é contra a linguagem simples do texto, que nos conta que 'começaram a falar em outras línguas"."
Os ouvintes reconheciam os que falavam como sendo galileus (7).29 Como os galileus eram desprezados por terem pouca cultura, era especialmente surpreendente que eles falassem em várias línguas. E os ouvintes os ouviam falando, cada um na sua própria língua (dialektos; o mesmo que "língua", v. 6).
Partos e medos, elamitas (9) viviam a leste do rio Tigre. Esses, juntamente com os que habitam na Mesopotâmia constituiriam um grupo geográfico, os da região Tigre-Eufrates. Como um resultado do cativeiro de Israel e de Judá (II Reis
O nome mais problemático da lista inteira é Judéia. Aqui ela aparece entre a Mesopotâmia e uma lista de cinco nomes que se referem a partes da Ásia Menor. Mas não é aí que se situa a Judéia. Knowling chama a atenção para o fato de que Jerônimo a substituiu por "Síria", e Tertuliano sugeriu "Armênia"?' Lenski acompanha Zahn, mu-dando Judéia por "judeus", deixando somente catorze países listados, ao invés de quinze?' Mas a melhor explicação é oferecida por Lake e Cadbury. Falando sobre a lista de nove nações, que se inicia com a Mesopotâmia e termina com a Líbia (junto a Cirene), eles dizem: "Se a Judéia for interpretada, no sentido profético, como o país 'do Eufrates até o rio do Egito', isto abrange, em uma ordem razoavelmente metódica, todos os distri-tos a leste do Mediterrâneo"?'
A seguir vêm cinco distritos da Ásia Menor — Capadócia, Ponto, Ásia, Frigia e Farina (9-10). Com exceção da Frigia, todos são nomes de províncias romanas. A Frigia era um território racial, na sua maioria na província da Ásia, mas parcialmente na Galiléia. Como a Frigia é citada em separado, é possível que Ásia aqui seja "usada no seu sentido popular, como denotando as terras costeiras do Egeu, e excluindo a Frigia" (cf.comentário sobre 16.6).' No Novo Testamento, o termo "Ásia" refere-se à província romana do mesmo nome e nunca ao continente asiático, como o conhecemos hoje.
O Egito tinha uma grande população judaica, a qual se diz que chegava a um milhão de pessoas. Cirene era uma cidade litorânea na parte norte da área geral da Líbia, no Norte da África. Josefo cita Estrabão, o famoso geógrafo e historiador grego da época de Cristo, como tendo dito: "Agora esses judeus já chegaram a todas as cidades; e é difícil encontrar um lugar na terra habitável que não tenha admitido esta tribo de homens e não seja possuída por eles; e aconteceu que o Egito e Cirene... imitaram o seu modo de viver, e mantêm grandes grupos desses judeus em uma maneira peculiar"."
Forasteiros romanos evidentemente significa "visitantes de Roma", como aparece na maioria das versões modernas (lit., "hóspedes de Roma"). Esta é a décima terceira região mencionada como uma que trazia pessoas à Festa do Pentecostes. Schuerer diz: "Roma era a sede de uma comunidade judaica que chegava a ter milhares de pessoas"."
Judeus e prosélitos é interpretado por Bruce 37 e Lenski 38 como referindo-se so-mente àqueles de Roma. Mas parece melhor aplicar esta dupla divisão ao povo de todas as quinze nações, como é feito talvez pela maioria dos comentaristas recentes.
O termo prosélitos (extraído diretamente do grego) é encontrado no Novo Testa-mento somente em Mateus
Cretenses 40 e árabes (11) é interpretado, por muitos comentaristas, como uma idéia posterior. Knowling diz que "a introdução dos dois nomes sem nenhuma conexão aparente com o restante deve mostrar que não estamos lidando com uma lista artificial, mas sim com um registro genuíno das diferentes nações representadas na Festa".' Lake e Cadbury ressaltam: "Os cretenses e os árabes representam os dois extremos do Oeste e do Sudeste que não foram abrangidos pelos nomes anteriores"." A ilha de Creta está situada a sudeste da Grécia e a oeste da Palestina (ver o mapa 3). Bruce escreve que "a Arábia, no uso greco-romano, geralmente significava o reino dos árabes nabateus, que na ocasião estava no ápice do seu poder sob Aretas IV (9 a.C.— 40 d.C.).' Isto represen-tava o Sul e o Leste da Palestina.
Plumptre sugere que esta lista de quinze nações fornece uma espécie de "visão-de-pássaro mental do império romano", e acrescenta, de acordo com o comentário de Knowling, que a "ausência de algumas nações que esperaríamos encontrar na lista" é uma indicação da autenticidade do registro."
Línguas é a mesma palavra grega (glossa) do versículo 4, mas diferente daquela traduzida como "língua" (dialektos) no versículo 8. A frase final dos ouvintes maravilha-dos destaca um contraste com o que aconteceu com a confusão de línguas em Babel (Gn
O deslumbramento foi seguido pela perplexidade: Que quer isto dizer? (12) A ex-plicação dada por alguns foi a de que os discípulos estavam cheios de mosto (vinho novo; 13).' A primeira colheita da uva não acontecia antes de agosto, e agora era junho. Assim, alguns estudiosos afirmaram ter encontrado um erro aqui. Mas Lake e Cadbury escrevem que "o problema é solucionado por Columella... que dá uma receita para impe-dir que gleukos se azede"." A expressão pode referir-se ao vinho misturado com mel.' Uma tradução melhor é "vinho doce", que é o que significa gleukos (cf. "glucose"). O escritor romano, Cato, dá esta receita: "Se você deseja manter o vinho novo doce durante o ano inteiro, coloque-o numa jarra, cubra a tampa com breu, coloque a jarra em um lago de peixes, retire-a depois de trinta dias; você terá vinho doce durante o ano inteiro".' Se surgir a pergunta de como os homens poderiam ficar embriagados com suco de uva não fermentado, a resposta pode ser que os que zombavam estavam falando sarcasticamen-te. Este "vinho doce", se armazenado apropriadamente, pode muito bem ter sido o que Jesus e os seus discípulos bebiam.
2. A Exposição do Testemunho (2:14-36)
O sermão de Pedro no Dia de Pentecostes é o primeiro de um considerável número de longos sermões no livro de Atos (cf. o sermão curto de Pedro em 1:16-22). Selwyn, no seu excelente comentário sobre a primeira carta de Pedro, destacou inúmeros paralelos entre este sermão e a primeira epístola de Pedro.' Embora muitos estudiosos recentes tenham afirmado que os discursos no livro de Atos foram feitos pelo autor do livro e colocados na boca dos seus personagens — de acordo com o costume daquela época' — é digno de nota que Macgregor aceite a força da apresentação de Selwyn. Ele também diz que a ausência de idéias teológicas avançadas "nos primeiros discursos de Pedro colabo-ra fortemente para o uso das fontes documentais primitivas"." Selwyn faz referência ao "estilo semita áspero e à doutrina primitiva que marcam partes dos discursos de Pedro".'
a. A Profecia de Joel (2:14-21). Pedro levantou-se com os onze — seus companheiros apóstolos — levantou a voz e disse-lhes (14). Temos a impressão de que o falar em várias línguas tinha terminado e que toda a multidão ouviu quando Pedro fez o seu sermão. Disse não é o verbo normal, lego, mas um composto forte, apophthengomai, que aparece somente aqui e em 26.25. Pode ser traduzido como "falou" (ASV) ou "advertiu-os". "A implicação é que o discurso de Pedro é uma manifestação inspirada e que estava em uma linguagem bem articulada"." Os três verbos no começo deste versículo sugerem três coisas que todo pregador deveria fazer no púlpito: levantar-se ("endireitar-se"), er-guer a voz, e falar.
Varões judeus (em algumas versões, "homens da Judéia") pode ser traduzido como "companheiros judeus"." Pedro procurava ganhar a atenção da sua audiência por essa forma cortês e amigável de falar. Escutai é, mais exatamente, "dêem ouvidos" (ASV). A palavra grega, encontrada somente aqui no Novo Testamento, é um composto das pala-vras que significam "dentro" e "orelha". Assim, sugere a idéia de "ligar-se". É isso o que um pregador deseja que a sua audiência faça.
A primeira coisa que Pedro fez foi negar a acusação de embriaguez. Ele chamou a atenção para o fato de que era somente a terceira hora do dia (nove horas da manhã), muito cedo para que alguém estivesse embriagado. "O costume judeu era o de não comer antes dessa hora, que era a hora da oração matinal"." Lumby escreve: "Os judeus bebi-am vinho somente com carne, e, segundo o costume estabelecido em Êxodo
Qual é, então, a explicação? Pedro declarou: isto é o que foi dito pelo profeta Joel (16). Estes homens não estavam embriagados; eles estavam cheios do Espírito (cf. Ef
Em Atos
A citação encontrada nos versículos
A chave para a resposta parece ser a frase últimos dias (17). Lumby diz: "Na lin-guagem dos profetas do Antigo Testamento, estas palavras significam a vinda do Messi-as (cf. Is
No pensamento do próprio Joel, provavelmente toda a carne significava toda a na-ção de Israel, ou seja, todas as classes de israelitas — velhos e jovens, servos e senhores. Mas na mente do Espírito, e como é usada no Novo Testamento, a expressão tem um significado universal.
A frase e profetizarão (18) não está no texto de Joel. Ela se repete aqui e no versículo 17 para enfatizar que os servos e as servas, assim como os filhos e as filhas, profetizarão.
Em lugar da palavra glorioso (20), citada da Septuaginta, o texto em hebraico de Joel tem uma outra palavra que significa "terrível". Este adjetivo é usado para descrever o dia do Senhor em Joel
Nos versículos
O versículo 21 resume o Evangelho em poucas palavras: todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Em Joel, Senhor se referia a Deus Pai, mas aqui é transferido a Cristo. Knowling escreve: "Na sua relação com a divindade do nosso Senhor, este fato é de importância básica, porque não é simplesmente que os primeiros cristãos se dirigiam ao seu Senhor ascendido tantas vezes pelo mesmo nome que é usado para 'Jeová' na LXX — embora certamente seja notável que em I Tessalonicenses o nome se aplique a Cristo mais de vinte vezes — mas que eles não hesitavam em referir a Ele os atributos e as profecias que os grandes profetas da nação judaica tinham associado com nome de Jeová".'
Para os israelitas, salvo significava "libertado" (cf. Jl
b. Jesus de Nazaré (2:22-28). Varões judeus significa, literalmente, "homens, israelitas" (cf. 14). Como no versículo 14, Pedro pede para a audiência: escutai estas palavras (22). Os versículos
O sermão propriamente dito se inicia no versículo 22 e se estende até o 36. Pedro falou a respeito de Jesus: 1. O seu ministério de realização de milagres (22) ; 2. A sua crucificação (23) ; 3. A sua ressurreição (24-32) ; 4. A sua ascensão e exaltação (33-36). Ele o apresenta como Jesus, o Homem, e como Jesus, o Senhor. Este primeiro sermão de Pedro pode ser interpretado como um bom exemplo do conteúdo da pregação apostólica (kerygma). O seu tema principal era Jesus — crucificado, ressuscitado, glorificado. Ele é ao mesmo tempo Salvador e Senhor.
Aprovado (22) significa "confirmado, certificado" (RSV) ou "divinamente certifica-do" (Berk.). O verbo grego era usado nos papiros daquele período no sentido de "procla-mar" uma, indicação a uma função pública.' Pedro afirma que os milagres que Jesus realizou eram as suas credenciais divinas, proclamando a indicação de Deus de Cristo como o Messias.
O versículo 22 contém as três palavras usadas para significar milagres nos Evange-lhos. Prodígios significa literalmente "poderes" (dynameis), i.e., "obras poderosas" (ASV). Maravilhas (terata) é uma palavra menos comum (16 vezes no Novo Testamento, em comparação com 120 vezes de dynamis). Ela aparece somente uma vez em Mateus, Mar-cos e João, mas 9 vezes no livro de Atos. Sempre é traduzida como "maravilha". Sinais (semeia) é traduzido como "milagre" 23 vezes no Novo Testamento (KW), em um total de 77 vezes. Mas o seu significado correto é "sinal". A primeira destas três palavras para os milagres de Jesus enfatiza a sua natureza (obras poderosas), a segunda chama a atenção para o efeito produzido, "maravilha", e a terceira ressalta o seu objetivo e importância: aqueles eram "sinais" da divindade de Jesus. A segunda palavra nunca ocorre no Novo Testamento sem a terceira. O significado destes milagres era mais importante do que o aspecto de "maravilhar".
Um dos grandes paradoxos da vida é o fato duplo da soberania divina e da liberdade humana. No versículo 23, estas se unem. Jesus foi "entregue" (ASV) pelo determinado conselho e presciência de Deus. Ao mesmo tempo, foram os homens que o tomaram e crucificaram. Embora a morte de Cristo estivesse no plano divino da redenção, isto de nenhuma maneira diminui a culpa daqueles que o mataram, porque eles agiram de livre e espontânea vontade.
A palavra grega para presciência é prognosis. Ela é usada somente aqui e em I Pedro
Mas a crucificação foi revertida pela ressurreição — ao qual Deus ressuscitou (24). O termo ânsias pode ser traduzido como "dores" (ASV), pois a palavra grega signi-fica literalmente "dores do parto". É usada no seu sentido literal em I Tessalonicenses
A longa citação dos versículos
c. Jesus, o Senhor (Atos
Pedro toma as palavras de Davi e aplica-as a Cristo. Davi morreu e foi sepultado. Neste ponto, Pedro está certo de que não haverá contradição. Seja-me lícito dizer-vos livremente pode ser traduzido como "Eu posso confiantemente dizer a vocês" (NASB). Além disso, entre nós está até hoje a sua sepultura. Ali o corpo — ou pelo menos os ossos — ainda poderia ser encontrado. Não seria a mesma coisa com o corpo de Jesus, o que foi provado pelo sepulcro vazio.
Pedro declarou que Davi escreveu como um profeta (30), que acreditou na promes-sa de Deus de que um dos seus descendentes sentar-se-ia no seu trono.' Sendo um pro-feta, ele previu, pelo menos de certo modo (cf. 1 Pe 1:10-12), a ressurreição de Cristo (31) — literalmente, "o Cristo" (i.e., "o Messias").
Então Pedro marcou um ponto: "Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas" (32). Assim, a profecia foi cumprida. A expressão do que pode igualmente significar "de quem" ou "da qual". A preferência provavelmente recai sobre "da qual", referindo-se à ressurreição.
A relação íntima da ressurreição (32) e a ascensão (33) também é encontrada em I Pedro
Derramou é o mesmo verbo que é corretamente traduzido da mesma maneira nos versículos
A multidão podia ver e ouvir os resultados do derramamento do Espírito sobre os discípulos. Eles podiam ver a mudança nos apóstolos, e podiam ouvir a nova mensagem que estava sendo pregada. A referência também pode ter sido a visão das línguas de fogo e a audição do som como um vento veemente e impetuoso (2-4).
No versículo 34, o apóstolo retorna ao contraste entre Davi e Cristo. Davi não subiu aos céus, i.e., corporeamente. Mas Jesus sim. No Salmo 110 — o capítulo do Antigo Testamento mais freqüentemente citado no Novo Testamento, e que os judeus afirmam ser messiânico ‑ Disse o Senhor [Jeová] ao meu Senhor [Adon]: Assenta-te à minha direita. Este sempre era o lugar especial de honra, da mesma maneira que o convidado de honra se senta hoje à direita do anfitrião. Ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés (35) é uma refe-rência ao antigo costume dos vencedores de colocar o pé no pescoço dos vencidos (cf. Js
Finalmente, Pedro chega ao clímax do seu sermão: a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo (36). O que chocava os judeus era que Pedro ousava igualar Jesus ao Deus Jeová do Antigo Testamento.'
3. O Testemunho Eficaz (2:37-47)
Provavelmente, nenhum sermão já pregado jamais teve um efeito maior. Isto se deveu ao recente derramamento do Espírito.
a. O Arrependimento do Povo (2:37-42). Quando o povo ouviu a mensagem de Pedro, eles compungiram-se em seu coração (37). O verbo forte (somente aqui no Novo Tes-tamento) significa "perfurar, espetar agudamente, alfinetar, ferie.' Esta é uma vívida descrição da obra do Espírito Santo para convencer o coração humano do pecado (cf. Jo
A resposta de Pedro foi simples e específica: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado (38). A palavra grega para "arrepender" (metanoeo) significa "modificar o seu pensamento", i.e., modificar a sua atitude em relação a Deus, ao pecado, ao mundo, a si mesmo. Aqui, ela significa que o povo deveria mudar a sua atitude com relação a Jesus. Ao invés de rejeitá-lo, deveriam aceitá-lo como "Senhor e Cristo" (36), ou seja, o seu Messias. Como testemunho público disso, eles deveriam ser batizados em nome de Jesus. Cada um de vós seja batizado significa, literalmente, "Que cada um de vós seja batizado". Esta deveria ser a etapa seguinte ao arrependimento, como no ministério de João Batista (Mc
A promessa não era apenas para os judeus de Jerusalém, e para os seus descen-dentes, mas também a todos os que estão longe (39), ou seja, os gentios, definidos também como tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar. Esta expressão deve ser interpretada à luz do versículo 21 — "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo", ou seja, a promessa é feita a todos aqueles que responderem ao chamado de Deus.
E com muitas outras palavras (40) Pedro testificava ("declarava solenemente") e exortava o povo para que se salvasse daquela geração perversa — literalmente "distorcida" (cf. Dt
Os resultados foram espantosos. Quase três mil almas (pessoas) somaram-se ao re-lativamente pequeno grupo de crentes que tinham sido cheios com o Espírito naquele mesmo dia. Era uma tremenda demonstração do poder do Espírito Santo. Estes novos convertidos perseveravam na doutrina (melhor "ensino", didache) dos apóstolos, e na comunhão (koinonia). Isto é, havia uma unidade de fé e de espírito. O partir do pão provavelmente se refere a uma celebração freqüente da Ceia do Senhor. As orações acon-teciam tanto nas casas particulares quanto no Templo (cf. v. 46).
b. O Progresso se Repete (Atos
- 44b) ; ou seja, eles deixavam todas as suas posses à disposi-ção da igreja, para que fossem usadas conforme a necessidade.
O versículo 45 pode ser adequadamente parafraseado assim: "E de tempos em tem-pos eles vendiam as suas posses e os seus bens, e os repartiam entre todos, segundo as necessidades que cada um tinha de tempos em tempos". A implicação é a de que, quando surgiam as necessidades especiais, algum crente, ou alguns crentes, vendiam proprieda-des e tornavam os resultados da venda disponíveis para solucionar a emergência. Ames-ma coisa ainda acontece hoje entre os cristãos consagrados.
Os primeiros discípulos — a maioria composta por judeus — continuavam a adorar diariamente no templo (46). Isto era natural. Posteriormente, a perseguição aos judeus expulsou-os do Templo, e também das sinagogas.
Eles também partiam o pão em casa. O texto grego também poderia ser traduzido como "de casa em casa". Não havia edifícios para igrejas no início, e a maioria das reuni-ões de adoração era conduzida nas casas.
Louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo (47) é uma combinação desejada na igreja de todos os tempos e lugares. O Senhor estava acrescentando diaria-mente novas pessoas ao número de crentes. Esta era uma igreja em crescimento. A últi-ma frase, aqueles que se haviam de salvar, é uma tradução completamente injustificável. Não existe aqui nenhuma indicação de predeterminação ou predestinação. O texto grego diz claramente: "todos os dias acrescentava" o Senhor à igreja aqueles que estavam sendo salvos". Isto simplesmente afirma que aqueles "que estavam sendo sal-vos" uniam-se ao crescente grupo de discípulos em Jerusalém.
Este capítulo sugere "o milagre do Pentecostes". 1. As condições do Pentecostes (1). Os discípulos estavam juntos em Jerusalém, em obediência ao mandamento de Cristo (1.4), e pela fé de que Ele cumpriria a sua promessa (1.5). 2. Os acompanhamentos do Pentecostes (2-3). Estes foram o som de um vento tempestuoso e a visão das línguas repartidas — ambos símbolos do Espírito Santo. 3. As conseqüências do Pentecostes (37-42) : convicção (37), conversão (41), comunhão (42).
Genebra
2.1 dia de Pentecostes. Lit., o “Qüinquagésimo Dia” depois do sábado da semana da Páscoa (Lv
estavam todos reunidos. Todos os apóstolos (1,16) estavam lá, e provavelmente muitos dos 120 antes mencionados (1.15).
no mesmo lugar. Uma expressão idiomática que significa “juntos”.
*
2.2 um som... de um vento impetuoso. Três sinais (vento, fogo e pregação inspirada) da presença de Deus foram testemunhados (Êx
*
2.4 Todos. Todos os 120 (1.15). Ver Joel
cheios do Espírito Santo. Eles estavam sob a direção e influência especiais do Espírito, particularmente evidenciados pelo seu falar em línguas conhecidas (“outras línguas”) que não haviam previamente aprendido (ver 10.46; 19.6). Paulo discute o dom espiritual de línguas em 1Co
o Espírito lhes concedia que falassem. Em toda a vida cristã, nada é realizado à parte de Deus (Ef
*
2.5 judeus, homens piedosos. Ver 8.2; 22.12; Lc
*
2:6-7 A multidão estava maravilhada que galileus de origem rural, com seus sotaques peculiares, pudessem ter aprendido essas línguas estrangeiras.
*
2.8-11 A lista das pessoas de quinze nações começa com o leste (“partos, medos e elamitas, e os naturais da Mesopotâmia”, onde judeus haviam sido levados cativos para a Assíria e Babilônia). A lista prossegue em direção oeste para Judéia, e daí ao norte para a Ásia Menor (Capadócia, Ponto, Ásia, Frígia e Panfília), daí para o norte da África (Egito, regiões da Líbia nas imediações de Cirene), e então para Roma. Finalmente a lista inclui dois lugares bem separados, Creta e Arábia.
*
2.15 a terceira hora. Considerando as seis da manhã como a primeira hora, faz com que esta seja nove da manhã. Era costume jejuar nos dias de festa pelo menos até a quarta hora. Assim, a embriaguez alegada era muito improvável.
*
2.17-21 A citação é do texto do Antigo Testamento Grego de Joel
*
2.22 Jesus o Nazareno. Este título é usado nos demais lugares por Lucas (6.14; 10.38; 22.8; 26.9; Lc
aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais. Embora ter vindo de Nazaré fosse uma pedra de tropeço (conforme Jo
*
2.23 pelo determinado desígnio e presciência de Deus. Embora homens ímpios, tanto judeus como gentios (4.27,28) tivessem, por sua própria vontade, levado Jesus à morte, suas ações estavam dentro da soberana determinação de Deus (conforme 17.26; 2Cr
crucificando-o. Lucas novamente enfatiza como Jesus morreu (Lc
*
2.25 diz Davi. No Sl 16, Davi está em primeiro lugar falando de sua própria experiência e sofrimento humano, mas nos versos citados aqui ele está, em última análise, falando sobre Jesus (v.25), o Santo de Deus, cujo corpo não viu corrupção (v.27).
*
2.33 Exaltado... à destra de Deus. O plano de Deus foi além da ressurreição de seu Filho, que deve ser exaltado à posição que ele ocupava com o Pai desde a eternidade (Jo 17. 5).
tendo recebido do Pai... Espírito Santo, derramou. A doutrina da Trindade está implícita: Pedro mostrou como o Pai (vs. 32,33) operava na vida, morte, ressurreição e exaltação de Jesus, seu Filho, e o Espírito Santo produzia o milagre de fazer com que seus servos falassem em línguas.
*
2:36 Nesta declaração culminante, Pedro não somente realça que Jesus é o Messias de Deus do Antigo Testamento (3.18,20; 4.26; 5.42; Is
*
2.38 Arrependei-vos, e... seja batizado. O arrependimento (voltar-se para Deus com tristeza pelo pecado) e o batismo eram partes importantes da mensagem de João Batista (Mt
em nome de Jesus Cristo. Um resumo de Mt
para remissão dos... pecados. O batismo é um sinal e um selo da limpeza espiritual que o Espírito efetua através do perdão dos pecados (Tt
o dom do Espírito Santo. O dom da habitação interior da pessoa do Espírito Santo, assim como o dom do perdão (Ef
* 2:39 Pedro proclama que a salvação através do Messias de Deus é prometida aos judeus, a seus filhos e a todos que ainda estão longe (isto é, os gentios, Ef
quantos o Senhor, nosso Deus, chamar. A salvação é baseada na escolha e no chamado de Deus (Jo
* 2.42 na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Este é o resumo dos elementos essenciais necessários no discipulado cristão. Eram elementos que os apóstolos haviam aprendido de sua experiência com Jesus: seu ensinamento a respeito de sua pessoa e obra (Mt
* 2.44 Todos os que creram estavam juntos. Isto demonstra a unidade do Espírito, que Paulo mais tarde advoga (Ef
*
2.45 Vendiam as suas propriedades. Unificados no Espírito, os crentes estavam sintonizados com as necessidades físicas dos outros, e voluntariamente (4.34; 5,4) contribuíam para suprir aquelas necessidades (4.32, “tudo, porém, lhes era comum”).
* 2.46 partiam pão de casa em casa. Isto se refere às refeições diárias comuns, compartilhadas nos lares.
*
2.47 acrescentava-lhes o Senhor. A igreja pertence ao Senhor e ele é aquele que soberanamente constrói sua igreja (Mt
Matthew Henry
Wesley
O Pentecostes de At
E de repente . ... A rapidez da efusão Pentecostal foi resultante de quatorze anos e séculos e meio (Lightfoot) de preparação, a partir da promulgação da Lei no Monte Sinai. Deus pode levar muito tempo para se preparar, mas quando Seus planos estão concluídas e o tempo é propício, Ele se move de repente e de forma significativa. Quatro palavras podem resumir o significado deste primeiro Pentecostes cristão: ou seja, o poder , a pressa de um vento ; pureza , línguas partindo em pedaços, como que de fogo, ... pousaram sobre cada um deles ; posse , todos foram cheios com o Espírito Santo ; e proclamação , eles começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem . Cristo tinha prometido poder divino como um concomitante de Pentecostes (At
Pentecostes foi um milagre tríplice de interpretação, esclarecimento, e convicção. A multidão reunida ouviu esses discípulos proclamar as maravilhas de Deus em suas próprias línguas e foram profundamente convictos em seus corações da veracidade da mensagem. Disse Cristo: "E quando ele [o Espírito Santo] vier, ele vai reprovar [condenado] o mundo do pecado, da justiça e do juízo" (Jo
Quinze países diferentes estão listados nesta passagem. Elas consistem em prosélitos gentios à fé judaica, tementes a Deus (gentios que adoravam o Deus dos judeus, mas que não se inscrever para os cerimoniais judaicos), os judeus da diáspora , e os judeus da Judéia. Aqui pode-se notar que a primeira fase da Diáspora ocorreu em 722 AC, quando as dez tribos do norte foram levados para o cativeiro nas mãos dos assírios cruéis, enquanto a segunda fase ocorreu em 586 AC , quando o Reino do Sul foi levada para a Babilônia com a conquista de Nabucodonosor. Enquanto não há nenhum registro da restauração do Reino do Norte, o Reino do Sul, depois de cerca de 70 anos, foi em parte devolvido à sua terra natal sob a Cyrus benevolente. No entanto, a maior porcentagem desses cativos posteriores foi amplamente distribuídos por todo o Império Persa, que se seguiu na sucessão política da Babilônia. Durante o auge do Império Persa, ocorreram os incidentes registrados no Livro de Ester. É de particular interesse que o autor deste livro observa que houve 127 províncias do Império Persa, que vão desde a Índia até a Etiópia, qualquer que seja o significado desses nomes de lugares pode ser a história, e ainda que não havia judeus que habita em tudo destas províncias persas (ver Et
A nova dispensação espiritual inaugurada pela descida Pentecostal do Espírito Santo necessária uma explicação divinamente inspirada. A Palavra de Deus corretamente entendida e expôs sempre esclarece Seus atos.
1. A Pentecostal Pergunta (AtAqueles que ouviram a pregação das grandes obras de Deus em suas próprias línguas por parte dos discípulos cheios do Espírito senti a poderosa influência do Espírito e que se encontravam em um estado de êxtase espiritual, pois tal é o significado da palavraespantado, além de sua capacidade de compreender. Esse algo sobrenatural tinha acontecido certo da multidão estavam bem conscientes, mas o que isso significava que não poderia dizer. As manifestações de Deus sempre prender a atenção, despertar o interesse, e provocar inquéritos relativos a verdade espiritual. Nada produz sanidade moral e investigação espiritual como manifestações divinas poderosas. Quando o homem começa a se perguntar, Deus está pronto para informar. Um disse que é só no ponto de reconhecida necessidade do homem que Deus pode ajudá-lo.
Mas enquanto alguns foram transferidos para honesta, inquérito reverente, sob a influência do Espírito, outros com ceticismo escarnecido e zombou da manifestação divina, dando o sagrado uma interpretação secular e profano, dizendo: Eles estão cheios de vinho novo . Um pedaço de barro úmido e um bloco de gelo colocados juntos no sol reagem de forma diferente, com resultados bastante opostas. A um é fundido, o outro endurecido. Então, pela mesma manifestação divina, uma pessoa pode ser derretido em submissão à vontade divina, enquanto outro pode rejeitar essa manifestação e tornar-se espiritualmente calejada.
2. O porta-voz Pentecostal (AtMas Pedro . ... Pedro, sempre o porta-voz pronto e talentoso, uma vez que tem vergonhosamente falhou o seu Senhor, mas agora totalmente restaurado, responde à acusação dos escarnecedores por ereto diante da multidão para provar que ele não estava bêbado, ao qual os outros discípulos adicionar o seu apoio através de pé também. Pedro levantou a voz em plena confiança e convicção da origem divina do fenômeno, pronto para testemunhar corajosamente a Cristo ressuscitado em face da violenta oposição.
3. O equívoco de Pentecostes (AtMuito evidentemente havia uma nítida divisão do povo, bem como de opiniões sobre as manifestações espirituais. Enquanto os judeus da dispersão inclinada em relação à influência do Espírito, os Judéia judeus que tinham sido responsáveis pela rejeição e crucificação de Jesus Cristo e não queriam ouvir que Ele estava vivo de novo, marcado todo o assunto intoxicação irracional. É a esta última classe de judeus da Judéia que Pedro dirige sua grande sermão Pentecostal, e que em sua língua comum, como testemunham as suas palavras, Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém . Sem dúvida, os outros discípulos testemunharam a Cristo da mesma forma nas diferentes línguas dos presentes e menos preconceituosa do que o anterior. A terceira hora (nove horas da manhã), por si só exclui a cobrança de embriaguez. "Eles que se embriagam, embriagam-se de noite" (1Ts
Isto é aquilo que foi dito pelo profeta Joel . Pedro faz manifestação do Espírito do cumprimento da profecia judaica por Joel, com a qual eles estavam familiarizados e que prontamente aceitou. Pentecostes foi o cumprimento de suas próprias profecias.
Nos versículos 17 através de 20 , Pedro cita a previsão de Pentecostes de Joel e interpreta-o como uma visitação divina evangélica imparcial e universal. Profecia de Pentecostes de Joel reflete quatro componentes principais, a saber: (1) derrame universal do Espírito Santo , que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne ; (2) a proclamação universal do Evangelho , vossos filhos e vossas filhas profetizarão ... meus servos e servas ... meus ... profetizarão (pregar); (3) a iluminação espiritual , e vossos jovens terão visões (a iluminar e animar a frente olhar , ver Is
Propósito, ou o que os filósofos chamam de teleologia, ou seja, plano ou projeto direcionado para um determinado fim-caracteriza todos os atos de Deus de Sua obra criativa para a restauração final de toda a criação (homem pecaminosamente rebelde de exceção) através do plano redentor e disposição . Pentecostes foi o culminar de um longo processo de planejamento divino para a redenção humana. Aqui Pedro declara abertamente para os oponentes judeus de Cristo, bem como aqueles favoravelmente inclinado, que o propósito Pentecostal tríplice é: (1) um convite evangélico universal , todo aquele ; (2) a condição evangélica universal , invocar o nome do Senhor ; e (3) a prestação evangélica universal , será salvo (ver Mt
C. DA DECLARAÇÃO DE PENTECOSTES: PEDRO Pentecostais SERMÃO (2: 22-40)
22 Varões israelitas, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré, um homem aprovado por Deus entre vós com milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos sabeis; 23 ele, a ser entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, vós, pela mão de homens sem lei o crucificastes e matastes: 24 a quem Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte,., porque não era possível que ele deve ser retido por ela 25 Para Davi diz a respeito dele, Eu via sempre o Senhor diante de mim; Pois ele está à minha direita, para que eu não seja comovido; 26 Por isso o meu coração se alegrou, ea minha língua exultou; Além disso também a minha carne repousará na esperança: 27 Porquanto não deixarás a minha alma no hades, Nem permitirás que o teu Santo veja a corrupção. 28 Fazes-me saber os caminhos da vida; Não farás para me cheio de alegria na tua presença. 29 Irmãos, posso dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e seu túmulo está conosco até este dia. 30 Sendo, pois, profeta, e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento a ele, que do fruto de seus lombos ele iria definir um no seu trono; 31 ele prevendo esta . disse da ressurreição de Cristo, que não foi deixada no hades, nem a sua carne viu a corrupção 32 a este Jesus, Deus ressuscitou, que todos nós somos testemunhas. 33 Sendo, portanto, pela mão direita de Deus exaltado, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, que ele derramou isto que vós vedes e ouvis. 34 Porque Davi não subiu aos céus : mas ele próprio diz: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, 35 até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés. 36 Que toda a casa de Israel, com absoluta certeza, que Deus o fez Senhor e Cristo, este Jesus, que vós crucificado. 37 E, ouvindo eles isto , compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos. Irmãos, o que devemos fazer? 38 E Pedro disse -lhes: Arrependei-vos, e ser batizados cada um de vocês em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo. 39 Para a você é a promessa, para vossos filhos e para todos os que estão longe, até mesmo , a todos quantos o Senhor nosso Deus chamar-lhe. 40 E com muitas outras palavras dava testemunho, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.Tendo prefaciou seu sermão pela profecia de confirmação de Joel, Pedro procede diretamente a uma afirmação de aprovação divina de Jesus Cristo e à missão redentora, e depois cobra abertamente os judeus da Judéia com Sua rejeição e crucificação (vv. At
Em resposta à pergunta, O que vamos fazer ?, feita por aqueles de seu público que foram condenados pelo Espírito, Pedro escancara a porta da salvação universal fornecida na obra redentora de Cristo na Cruz, e convida todos a entrar pelo caminho de arrependimento, remissão dos pecados, e do dom do Espírito Santo (vv. At
A igreja Pentecostal manteve-se um modelo para os cristãos de todas as idades posteriores. Resumidamente caracterizada: (1) os seus convertidos alegremente receberam o evangelho, foram batizados, e se identificaram com a igreja (v. At
Wiersbe
4) quando desceu. O som do vento im-petuoso traz à lembrança Jo
Os crentes falaram em línguas. Eles não pregaram em línguas; an-tes, louvaram a Deus em línguas que não conheciam (2:11). Aparen-temente, eles estavam no cenáculo quando o Espírito desceu (2:2), mas devem ter mudado para o pátio do templo em que se reuniu uma gran-de multidão. O objetivo do falar em línguas era impressionar os judeus para que se dessem conta de que estava acontecendo um milagre. Em 10:46, os gentios falam em línguas, o que prova para os apóstolos que aqueles receberam o Espírito; e, em 19:6, pelo mesmo motivo, os efé- sios que seguiam João Batista fala-ram em línguas.
- A mensagem (2:14-41)
- Introdução (vv. 14-21)
Primeiro, Pedro respondeu à acu-sação de que os homens estavam embriagados. No sábado, ou em dia de festa, nenhum judeu podia comer ou beber qualquer coisa an-tes das 9 horas, e o falar em línguas aconteceu à terceira hora do dia, isto é, Jl
36). Pedro dava mais uma oportu-nidade para que Israel recebesse Cristo. Deus dava-lhe mais uma oportunidade, apesar de ter matado João Batista e Jesus. A ressurreição de Cristo era o prometido "sinal de Jonas" que provava que ele era o Messias (Mt
- A aplicação (vv. 37-40)
Os homens sentiram-se compun-gidos e pediram conselho a Pedro. Pedro disse-lhes que se arrependes-sem, cressem e fossem batizados; dessa forma, eles se identificariam com Jesus como o Cristo. João Batis-ta (Mc
A promessa do Espírito, além disso, segundo afirma Pedro, não estaria restrita aos judeus que se encontra-vam naquele instante em Jerusalém, mas seria destinada "a todos quan-tos o Senhor Jesus Cristo chamar", fosse em qualquer época, espalha-dos pelo mundo todo (v. 39).
- A multidão (2:42-47)
Observe que os crentes permane-ceram no templo e testemunharam e adoraram. O Espírito deu-lhes unidade de coração e de mente e acrescentou, dia a dia, crentes à congregação. Esses versículos são uma bela descrição de como será a vida na era do reino. Embora, na época, a igreja (como a conhece-mos) existisse na mente de Deus, apenas mais tarde Paulo revelou-a totalmente. Atos 2 é uma mensa-gem ao povo judeu, por isso não veja nele verdades que foram reve-ladas apenas mais tarde. A igreja de hoje não se encontra no templo judaico nem exige a prática de co-munismo. Até os eventos de Atos 7, em que os líderes da nação resis-tem de novo ao Espírito e matam Estêvão, a oferta do reino ainda es-tava aberta aos judeus.
Russell Shedd
2.3 Línguas, como de fogo. Experiência extática e milagrosa e, portanto, difícil de explicar. Para a relação entre o Espírito e o fogo veja Mt
2.4 Todos... cheios... A Igreja unida, esperançosa e que presta culto passou pelo batismo do Espírito segundo a promessa de Cristo (1.5). Significou:
1) A presença e atuação do Espírito dentro do crente (Jo
2) Presença contínua em vez de esporádica; 3), Habitou em toda a igreja (1Co
4) Sua presença enche a Igreja de vida, provendo poder para propagar o evangelho; (4); confrontar o mundo sem temor (14), ganhar almas (41) e operar milagres (43). Conclui-se que há apenas um batismo da Igreja e dos indivíduos, mas repetidas plenitudes para serviço (Ef
2.5 Homens piedosos. Provavelmente eram gentios interessados no judaísmo sem serem verdadeiros prosélitos batizados e circuncidados.
2:9-11 Houve quatro classes de judeus da dispersão:
1) Orientais ou babilônios;
2) Sírios;
3) Egípcios e
4) Romanos, que, como Paulo, eram cidadãos do império, embora não da cidade de Roma.
2.13 Embriagados. O gr original acrescenta "com vinho doce" i.e., ainda em processo de fermentar. A vindima era no mês de agosto.
2.15 Terceira hora. Cerca das, nove horas da manhã. O costume dos judeus era de tomar o desjejum às dez horas e no sábado ao meio dia.
2.17 Últimos dias. O cumprimento da profecia de Joel inaugura a "era messiânica”. Pedro cita também os, acontecimentos apocalípticos que serão prenúncio da segunda vinda de Cristo e julgamento final.
2.18 Profetizando. Deus falará por meio de Seus servos escolhidos. Profecia era um reconhecido dom do Espírito na 1greja primitiva (1Co
2.23 Pedro não tem receio em confrontar a multidão com sua iniqüidade, em grande parte o mesmo povo que um pouco antes clamara "Hosana"... Barrabás... crucifica-o". Sua iniqüidade foi frustrada pela ressurreição. A cruz não era a derrota, mas a chave do plano divino.
• N Hom. 2.24 "Impossibilidade Divina" que os grilhões da morte prendam a Cristo.
1) A ressurreição foi a vindicação divina de Seu caráter e Sua palavra;
2) Garante a aceitação de Sua expiação;
3) Abre caminho para Sua exaltação "à minha direita" (conforme Fp
2.33 À destra de Deus. Refere-se à autoridade e majestade. Sl
2.34 Davi não subiu aos céus. Davi não foi ressurreto nem exaltado por Deus. Só Cristo cumpriu a profecia de Sl
2.36 Senhor e Cristo. Apresenta o mais primitivo Credo (conforme Rm
2.38 Arrependei-vos. Marca-se o fim de cada mensagem principal apostólica com o apelo ao arrependimento para receber o perdão dos pecados (3.19, 26; 5.31; 10.43; conforme 17.30; 26.20). Implica numa mudança de pensamento radical, (metanoia) que surge de convicção de pecado. Em nome de Jesus Cristo. A profissão pública de fé no batismo e invocação do nome de Cristo, foram a base de recepção na igreja (conforme 2.21; Rm
2.39 Estão longe. Esta frase refere aos gentios (conforme Ef
2.40 Salvai-vos. Os salvos formam o remanescente profetizado no AT. Eles escaparão da condenação do Senhor.
• N Hom. 2:41-47 Uma Igreja Exemplar.
1) Formada de crentes batizados, unidos com padrões definidos de doutrina, comunhão, amor e oração.
2) Rege-se segundo a autoridade dos apóstolos; seu ensino deriva-se de Cristo sendo preservado no NT.
3) O centro da comunhão se manifesta no Agape (festa ou refeição de amor incluindo a Santa Ceia, 42, 46), comunidade de bens (44,
45) e socorro dos necessitados.
4) Louvor e alegria no Senhor (47).
5) Freqüência no culto (46).
6) Crescimento e excelente reputação (41,47).
2.43 Temor. Trata-se do pavor gerado pela presença majestosa do Deus que opera milagres (conforme 1.50n)., 2.46 Casa em casa. Os cultos em que se reuniam os crentes de Jerusalém se realizavam no templo (conforme Lc
NVI F. F. Bruce
1) A descida do Espírito Santo (2:1-13)
O evento (2:1-4). O grupo estava reunido num encontro normal (epi to auto), na casa mencionada anteriormente (2.2; conforme 1.14,15). O sopro de um vento muito forte revelou o evento, e a aparição de línguas de fogo foi vista sobre cada discípulo preenchido pelo Espírito. E possível que o grupo tenha deixado a casa rapidamente e ido para o templo, onde o som (talvez uma declaração solene) atraiu a multidão. O vento como símbolo do Espírito era conhecido com base na profecia de Ezequiel (Ez
O significado da descida, (a) A vinda do Espírito encerra a série de acontecimentos que juntos constituem a intervenção de Deus na história humana para a salvação da humanidade, e não pode ser separada da encarnação e do ministério terreno de Cristo, da sua morte expiatória e da sua ressurreição triunfante. A sua exaltação possibilitou o derramamento (2.33; Jo
Cesaréia (10:44-48; 1Co
Falar em línguas (2:4-13). Esse é um “sinal”, um acontecimento fora do curso natural e das operações da inteligência humana, que deu evidência da presença e do poder do Espírito Santo. Há outros casos à medida que os benefícios do Pentecoste são estendidos em 10.46 e 19.6, mas, à parte dessas referências, as línguas são mencionadas somente em Mc
As reações da multidão (2:5-13).
Os muitos judeus devotos da Dispersão que tinham ido a Jerusalém para a festa são selecionados para menção especial — talvez uma ênfase precoce na universalidade. Muitos haviam perdido o uso do aramaico e normalmente dependiam do grego como língua franca. A proclamação das maravilhas de Deus (v. 11) nas línguas dos países de sua adoção naturalmente despertaria o seu interesse aguçado, seguido de pasmo, visto que todos entenderam o que estava sendo dito — provavelmente por um ou outro dos que falavam. Era um teras (milagre) que se tornou um sêmeion (sinal) de que Deus queria se fazer entender, apesar da confusão das línguas humanas que lembra Babel. Aqui acontecia um fato que daria uma história extraordinária para levar e contar em países desde a Pérsia até Roma e no norte da África (v. 8-11)1 Temos de lembrar, no entanto, que todos os ouvintes pertenciam à comunidade de Israel.
Além do pasmo e da perplexidade dos peregrinos, não sabemos nada acerca de outras reações imediatas, exceto a resposta fácil que os “espertos” apresentaram: “Eles estão bêbados”. A teoria deles foi logo desfeita por Pedro.
2) O sermão de Pedro (2:14-36)
O kerygma para os judeus. Agora cheio do Espírito, Pedro pôde começar a “proclamar como um arauto” o grande fato da redenção, levantando a voz, estando ele com os Onze, para expressar solenemente a mensagem inspirada (2.14). Diante dos judeus, a “mensagem do arauto” (gr. kerygma) geralmente inclui as seguintes características: (a) a culpa do povo que crucificou o Messias; (b) a revogação do seu veredicto realizada por Deus por meio da ressurreição e exaltação de Jesus; (c) a evidência do bem conhecido ministério de Cristo da graça e do poder; (d) os apelos a textos do AT; (e) a possibilidade contínua da bênção para os israelitas que se arrependessem e cressem.
Introdução (2.14,15). Ainda são nove horas da manhã, hora em que os judeus ainda não tinham tomado refeição alguma, e muito menos teriam tomado vinho. “Isso não é embriaguez”, diz Pedro, “mas inspiração”.
A profecia de Joel (2:16-21). Os autores do NT citam o AT em uma diversidade de formas, e com maior freqüência com base na analogia de princípios do que no cumprimento direto. Da perspectiva do autor, um uso especial feito de uma profecia do AT não anula o seu significado como estabelecido pelo contexto original. Em J1 2:28-32, o profeta fala do derramamento do Espírito sobre todos como o clímax das bênçãos que Deus vai conceder ao Israel restaurado. Isso é precedido pelos usuais presságios de juízo nos últimos dias e pela promessa da salvação a todos que invocam o nome do Senhor. Os presságios terríveis Dt
Cristo e Israel (2:22-24). Pedro fez referência ao conhecimento pessoal dos judeus da Palestina quando falou do ministério de Jesus de Nazaré, cujas obras poderosas mostraram que ele foi aprovado por Deus como seu mensageiro a Israel (v. 22). A terrível responsabilidade pela rejeição de tal Homem caiu totalmente sobre os ombros dos habitantes de Jerusalém: Este homem [...] e vocês, com a ajuda de homens perversos o mataram, pregando-o na cruz. Mas a ira irracional deles se tornou a ferramenta para o cumprimento do plano divino estabelecido na presciência de Deus.
A ressurreição (2:24-32). Acima de tudo, os apóstolos eram “testemunhas da ressurreição” (1.22), e Pedro afirma: Deus o ressuscitou, pois o Príncipe da vida não podia ficar preso nos laços da morte (v. 24). O veredicto vergonhoso do Sinédrio foi revertido pela Onipotência.
Tanto Pedro quanto Paulo (13,35) apelam ao Sl
Cristo. Davi não ressuscitou dos mortos, nem ascendeu ao céu para ser exaltado num trono de glória, de modo que Sl
O apelo (2.36). Profecia e fatos contemporâneos haviam sido fundidos em um forte argumento que foi a base para um apelo direto a todo o Israel. Deus havia constituído Jesus, o crucificado, tanto Senhor quanto Messias para o seu povo, apesar da trágica rebeldia deles.
3) A primeira igreja cristã (2:37-47)
Arrependimento e batismo (2:37-41).
O “eles” implícito no v. 37 é uma referência àqueles que receberam a palavra e clamaram: Irmãos, que faremosP A resposta de Pedro é convincente e clara à luz de outros trechos das Escrituras, pois o arrependimento, “a mudança da mente e atitude”, é o aspecto negativo daquela fé em Cristo que está claramente implícita. O batismo em si não podia obter o perdão de pecados e a dádiva do Espírito Santo, mas era o sinal exterior de uma nova atitude que repudiava o crime da grande rejeição e colocava os que confessavam a fé cristã do lado do Messias, em nome de Jesus Cristo (v. 38): a expressão mostra que os convertidos confessaram Jesus como Messias e participaram na plenitude do seu Senhor e Salvador.
Pedro entendia que a expressão para todos que estão longe (v. 39) se referia aos judeus dispersos, como também aos judeus da Palestina, e a promessa era para os humildes de coração que escaparam desta geração corrompida do rebelde povo de Israel, formando um remanescente fiel de testemunhas.
A fundação da igreja (2.41). Pedro poderia ter usado a descrição que Paulo fez da sua forma de edificar a igreja: “eu, como sábio construtor, lancei o alicerce [...] Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que está posto, que é Jesus Cristo” (1Co
As práticas da igreja (2.42). Esse versículo resume sucintamente os elementos principais da vida e da atividade da igreja em Jerusalém: (a) A perseverança no ensino dos apóstolos. Os apóstolos foram chamados não somente para testemunhar ao mundo, mas também para ensinar a família cristã. Nesse estágio, o ensino seria somente a reiteração dos fatos do ministério, da morte e ressurreição de Cristo considerados à luz da profecia do AT. Temos de pensar na grande comunidade dividida em grupos para esse tipo de instrução ministrada pelos apóstolos e seus auxiliares. Essa “tradição oral” — no real sentido — faria surgir depois o material escrito que encontramos nos Evangelhos e abriu o caminho para as revelações posteriores das cartas, (b) O termo comunhão (koinõnia) indica um compartilhamento generoso em que cada crente dava aos outros o que ele mesmo havia recebido, quer bênçãos espirituais quer bênçãos materiais (v. a base para isso em ljo
Influência exterior e unidade espiritual (2:43-47). A influência exterior da igreja era vista na admiração bastante difundida, na realização de milagres e no acréscimo ao grupo daqueles que Deus estava salvando (v. 43,47). As grandes características da vida interior da igreja eram a alegria no Senhor, o compartilhamento dos bens, a comunhão e os encontros no pátio do templo (v. 44-46). Os crentes estavam tão próximos da cruz e da ressurreição e tão cheios do Espírito que por um período o egoísmo foi tragado pelo amor. Assim, era fácil vender bens e pensar no bem de todos. Dessa forma, surgiu a “igreja-comunidade” de Jerusalém, que, considerada um experimento, foi de natureza temporária; prestou-se somente a um conjunto temporário de circunstâncias que não persistiram e não foram reproduzidas em outro lugar. Em anos posteriores, a igreja em Jerusalém se tornou cronicamente pobre, e as dificuldades na distribuição são ilustradas em 6.1. Considerada um exemplo de amor, no entanto, a comunidade tem muito a nos ensinar. O crescimento (v. 47) era o resultado natural do estado espiritual da igreja.
Moody
D. Vida da Igreja Primitiva. At
Agora Lucas dá um pequeno resumo da vida e caráter da primitiva comunidade cristã.
Francis Davidson
Convencida pela força do argumento de Pedro, a multidão foi acutilada por sua própria consciência. Vendo-se culpados do sangue do Ungido do Senhor, exclamaram: "Que faremos, irmãos?" ouvindo de Pedro a garantia de que o perdão e o dom do Espírito Santo lhes seriam concedidos por Deus se se arrependessem e fossem batizados no Nome de Jesus como Messias. Aquela geração, de um modo geral, provara-se perversa, contudo havia um lugar para um remanescente fiel. Havendo antes citado, de Os
Segue-se um quadro da primitiva comunidade cristã, reunida diariamente em várias casas para partir o pão, acorrendo ao templo (aparentemente se reunia na colunata chamada de Salomão, a julgarmos de At
Barclay
Introdução a Atos 2 O alento de Deus — At
Havia três grandes festivais judeus aos quais todo varão judeu que vivesse dentro de um raio de trinta quilômetros de Jerusalém estava obrigado legalmente a assistir — a Páscoa, o Pentecostes e a festa dos Tabernáculos. O nome de Pentecostes significa: "A qüinquagésima" e outro nome era "A festa das Semanas". Chamava-se assim porque caía cinqüenta dias, uma semana de semanas, depois da Páscoa. A Páscoa era em meados de abril; portanto o Pentecostes caía a princípios de junho. Nessa época as condições para viajar eram as melhores. À festa do Pentecostes acudia possivelmente tanta ou mais gente que à da Páscoa. Isto explica a quantidade de países mencionados neste capítulo, porque nunca havia em Jerusalém uma multidão mais internacional que nesse momento.
A própria festa tinha dois significados principais. (1) Tinha um significado histórico. Recordava a entrega da Lei a Moisés no monte Sinai. (2) E tinha um significado agrícola. Na Páscoa se oferecia a Deus o primeiro ômer de cevada; no Pentecostes se ofereciam dois pães em gratidão pelo fim da colheita. Tinha outra característica única. A Lei estabelecia que nesse dia não se devia fazer nenhum trabalho servil (Lv
Não sabemos realmente o que aconteceu no Pentecostes. O certo é que os discípulos tiveram a experiência de que o poder do Espírito inundava suas vidas como nunca antes. Devemos recordar que Lucas não foi testemunha ocular desta parte de Atos e que estava transmitindo uma história que tinha ouvido. Relata os atos como se os discípulos de repente tivessem adquirido o dom de falar em idiomas estrangeiros.
Isto não é provável por duas razões.
- Havia na 1greja primitiva um fenômeno que nunca desapareceu totalmente. Chamava-se falar em línguas (ver At
10: ; At46 19: ). A passagem principal que o descreve é I Coríntios 14. O que acontecia era que alguém, em êxtase, começava a pronunciar uma série de sons ininteligíveis de nenhuma linguagem conhecida. Supunha-se que isso estava diretamente inspirado pelo Espírito de Deus. Embora nos pareça estranho, era um dom altamente cobiçado. Paulo não o aprovava totalmente, porque lhe parecia preferível que se desse a mensagem em um idioma que pudesse ser compreendido. Em realidade disse que se um estranho chegava a entrar podia pensar que estava diante de uma congregação de insanos (1Co6 14: ). Isto se ajusta precisamente a At23 2: . Os homens que falavam em línguas lhes pareciam bêbados àqueles que não conheciam o fenômeno. Sobre estas pautas é muito mais provável que esta passagem se refira a esse estranho, embora cobiçado, dom de poder falar em línguas.13 - Era desnecessário falar em idiomas estrangeiros. A passagem diz que a multidão estava formada por judeus (versículo
5) e prosélitos. Estes eram gentios que se cansaram dos numerosos deuses pagãos, da imoralidade e lassidão e tinham ido às sinagogas para aprender sobre o único Deus e o caminho limpo da vida, e que tinham aceito a religião judia e o estilo de vida dessa nação. Para uma multidão como essa se necessitavam quando muito dois idiomas. Quase todos os judeus falavam aramaico; e embora fossem judeus dos dispersos em países estrangeiros, falavam o idioma que quase todo mundo utilizava nesse momento — o grego, que chegou a ser um idioma universal que todos falavam além do próprio. Em realidade o aramaico e o grego, que os discípulos devem ter falado, eram suficientes. Parece que provavelmente Lucas, um gentio, confundiu o falar em línguas com o falar em idiomas estrangeiros. O que aconteceu foi que pela primeira vez em sua vida essa multidão tão variada estava ouvindo a palavra de Deus em uma forma que penetrava diretamente em seus corações e que podiam compreender; o poder do Espírito era tal que tinha dado a esses discípulos simples uma mensagem e uma expressão que chegavam a todos os corações.
A primeira pregação cristã
Atos
Na Igreja primitiva havia quatro formas de pregar.
- Havia a chamada kerigma, que significa literalmente o anúncio de um arauto. Consiste em explicar sinceramente os principais pontos da mensagem cristã, sobre os quais, tal como o viam os primeiros pregadores, não pode haver nenhum questionamento nem rechaço.
- Havia a chamada didaquê. Didaquê significa literalmente ensinar e esclarecia e buscava o sentido, o significado e as implicações dos atos que se proclamaram. Dizendo-o em termos de nossos dias — suponhamos que um pregador deu a conhecer atos indisputáveis, e que alguém perguntasse: "E qual a relação com isso?" — a didaquê é a resposta a essa pergunta.
- Havia a chamada paraklesis que significa literalmente exortação. Este tipo de pregação admoestava os homens ao dever e à obrigação de mudar sua vida para estar de acordo com o kerigma e a didaquê que lhes foi dado.
- Havia a homilia que significa falar de qualquer tema ou noção da vida à luz da mensagem cristã. Uma pregação completa tem algo dos quatro elementos. Há nela uma proclamação cheia dos atos do evangelho cristão; a explicação do significado e importância destes atos; a exortação para que nossas vidas respondam a eles; e a consideração de todas as atividades da vida à luz da mensagem cristã.
Em Atos encontraremos principalmente kerigma, devido a fala da proclamação dos atos do evangelho àqueles que nunca tinham ouvido a respeito dele antes. Este kerigma segue um modelo que se repete várias vezes através de todo o Novo Testamento.
- Prova-se que Jesus, e tudo o que lhe aconteceu, é o cumprimento da profecia do Antigo Testamento. Em tempos modernos damos cada vez menos ênfase ao cumprimento da profecia. Chegamos a ver que os profetas não vaticinavam tanto os atos por vir como anunciavam a verdade de Deus para os homens. Mas esta ênfase da pregação primitiva na profecia conserva e estabelece uma grande verdade. Estabelece que a história não leva um caminho sem rumo; que não se trata de um labirinto sem começo nem fim, mas sim no universo operam um significado, um sentido e uma lei moral. Crer na possibilidade da profecia é crer que Deus controla tudo e que está levando a cabo seus propósitos.
- O Messias veio em Jesus, as profecias messiânicas se cumpriram e nasceu uma Nova Era. A Igreja primitiva tinha o sentido tremendo de que Jesus era a pedra angular de toda a história; que com sua vinda a eternidade invadiu o tempo e que Deus entrou no campo de ação humano; e que, portanto, a vida e o mundo nunca poderiam ser os mesmos. Com a vinda de Jesus tinha nascido algo crucial, irrepetível, que o afetava tudo.
- A pregação primitiva passava então a estabelecer que Jesus nasceu da linhagem de Davi, que ensinou e realizou milagres, que foi crucificado, que tinha ressuscitado dos mortos e que estava agora à mão direita de Deus. A Igreja primitiva estava segura de que toda a religião cristã tinha uma base histórica, que estava baseada na vida terrestre de Cristo, e que era preciso contar a história dessa vida. Mas também estava segura de que essa vida e essa morte terrestres não eram o fim, mas que depois disso vinha a ressurreição. A base eram os atos históricos, mas estes não eram tudo. Jesus não era para eles alguém de quem tinham lido ou cuja história tinham ouvido: era Alguém que eles conheceram e experimentaram. Não era uma figura de um livro, alguém que viveu e morreu: era uma profecia viva, viva para sempre.
- Os pregadores primitivos insistiam além disso, em que Jesus retornaria em glória para estabelecer seu Reino sobre a Terra. Em outras palavras, a Igreja primitiva cria intensa e apaixonadamente na Segunda Vinda. Esta também é uma doutrina que em certo modo desapareceu da pregação moderna. Mas basicamente conserva uma grande verdade, a verdade de que a história se dirige para um fim; que um dia, em algum momento, haverá uma consumação, e que portanto o homem está no caminho ou sobre ele.
- A pregação terminava com a afirmação de que só em Jesus há salvação, que aquele que crê nEle receberá o Espírito Santo, e que aquele que não quer crer está destinado a coisas terríveis. Quer dizer, finalizava com uma promessa e uma advertência. É exatamente como aquela voz que Bunyan ouviu lhe sussurrando ao ouvido: "Você deixará seus pecados e irá ao céu ou você os conservará e irá ao inferno?
Se agora lermos o sermão de Pedro como um tudo, veremos como estão tecidas nele estes cinco fios.
O DIA DO SENHOR CHEGOU
No versículo 15 Pedro insiste em que esses homens não podem estar embriagados porque é a terceira hora do dia. O dia judeu se considerava depois das seis da manhã até as seis da tarde, e, portanto, a terceira hora são as nove da manhã.
Toda a passagem nos apresenta uma das concepções básicas e dominantes tanto do Antigo como do Novo Testamento — a concepção do Dia do Senhor. Tanto em um como em outro há muito que não pode compreender-se totalmente mas podemos conhecer os princípios básicos que jazem sob essa concepção.
Os judeus nunca perderam a convicção de que eram o povo escolhido por Deus. Interpretavam essa posição no sentido de que estavam escolhidos para receber honras e privilégios especiais entre as nações. Foram sempre uma nação pequena. A história foi para eles um longo desastre. Viam com clareza que por meios humanos nunca alcançariam a posição que mereciam como povo escolhido. De modo que, pouco a pouco, chegaram à conclusão de que o que o homem não podia fazer Deus devia fazê-lo. Começaram, pois, a esperar o dia em que Deus interviria diretamente na história e os exaltaria à honra que sonhavam. O dia dessa intervenção era o Dia do Senhor. Dividiam todo o tempo em duas eras: a era presente, completamente má e destinada à destruição; e a era vindoura que seria a idade áurea de Deus. Entre ambas estava o Dia do Senhor que seria o nascimento terrível da nova era. Chegaria de repente como um ladrão na noite; seria um dia em que o mundo tremeria até em seus pedestais de uma coluna, e o próprio universo se destroçaria, desintegrando-se; seria um dia de juízo e terror. Através de todos os livros proféticos do Antigo Testamento, e em muitos do Novo há descrições desse Dia. As passagens típicas são: Is
Por trás de todo o gasto imaginário havia uma grande verdade em Jesus, Deus em pessoa chegou à cena da história humana.
SENHOR E CRISTO
Esta é uma passagem cheia da essência do pensamento dos pregadores primitivos.
- Insiste em que a cruz não foi um acidente. Pertencia aos planos eternos de Deus (versículo 23). Várias vezes Atos afirma que a cruz estava nos planos eternos de Deus (ver: At
3: ; At18 4: ; At28 13: ). O pensamento de Atos nos previne de dois sérios enganos com respeito à morte de Jesus. (a) A cruz não é uma medida de emergência tomada por Deus quando todo o resto tinha fracassado. É parte da própria vida de Deus. (b) Não devemos pensar que algo do que Jesus fez mudou a atitude de Deus para com os homens. Nunca devemos opor um Jesus gentio e amante a um Deus irado e vingativo. Jesus foi enviado por29
Deus. Ele foi quem planejou sua vinda a este mundo. Podemos dizê-lo assim: a cruz foi uma janela no tempo que nos permite ver o amor sofredor que existe eternamente no coração de Deus
- Atos insiste em que, embora isto é assim, de modo nenhum atenua o crime dos que crucificaram a Jesus. Toda menção da crucificação em Atos leva consigo instintivamente um sentimento de horror em face do crime que os homens cometeram (At
2: ; At23 3: ; At13 4: ; At10 5: ). Além de qualquer outra coisa a crucificação é o maior crime de toda a história. Demonstra de modo supremo o que pode fazer o pecado, que pode tomar a vida mais encantada que o mundo jamais viu e tentar destroçá-la em uma cruz.30 - Atos propõe-se a provar que os sofrimentos e a morte de Jesus Cristo foram o cumprimento de uma profecia. Os pregadores primitivos tinham que fazer isso. Para o judeu a idéia do Messias crucificado era incrível. A Lei dizia: “o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus” (Dt
21: ). Para o judeu ortodoxo a cruz era o único fato que fazia totalmente impossível que Jesus pudesse ser o Messias. Os pregadores primitivos respondiam: "Se vocês tão-só lessem as Escrituras corretamente veriam que tudo estava escrito".23 - Atos dá ênfase à Ressurreição como a prova final de que Jesus era fora de dúvida o Escolhido de Deus. Atos foi chamado o evangelho da Ressurreição. Para a Igreja primitiva isto era o mais importante. Devemos recordar o seguinte: sem a Ressurreição não existiría a Igreja cristã. Quando os discípulos pregavam sobre a importância da Ressurreição falavam de sua própria experiência. Depois da cruz estavam aniquilados, destroçados, com seus sonhos quebrados e suas vidas quebrantadas. A Ressurreição mudou tudo isto e converteu homens sem esperança em pessoas plenas de confiança, covardes em heróis.
Uma das tragédias da Igreja é que muitas vezes se deixa a pregação da Ressurreição para a Páscoa. Cada domingo é o dia do Senhor; cada dia do Senhor deve ser guardado como o dia da Ressurreição. Na Igreja oriental, no dia de Páscoa, se duas pessoas se encontram, alguém diz: "O senhor ressuscitou"; e a outra responde: "ressuscitou verdadeiramente!" Um cristão é um homem que nunca esquece que vive e anda com um Senhor ressuscitado.
SALVAI-OS!
- Em primeiro lugar, esta passagem nos mostra com clareza cristalina o resultado da cruz. Quando mostrou aos homens o que tinham feito ao crucificar a Jesus, seus corações se quebrantaram. Disse Jesus: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo” (Jo
12: ). Se o pecado do homem foi o responsável pela crucificação de Jesus, nosso pecado foi responsável. Todo homem teve parte nesse crime.32
Conta-se que uma vez um missionário contou a história de Jesus em uma vila indígena. Depois mostrou a vida de Cristo com slides projetados numa parede branqueada. De repente quando o slide da cruz apareceu sobre a parede um homem da audiência se levantou e correu para a frente. "Desce dessa cruz, Filho de Deus", gritou, "eu, e não você, teria que estar pendurando ali".
A cruz, quando compreendemos o que aconteceu ali, não pode menos que atravessar o coração.
- Essa experiência demanda uma reação por parte dos homens. Pedro disse: "Acima de tudo, arrependei-vos" (Barcelona). O que significa arrepender-se? A palavra significava originalmente repensar, pensar novamente. Muitas vezes o voltar a pensar mostra que o primeiro pensamento estava equivocado; de modo que a palavra começou a significar mudar de idéia; mas, se um homem for honesto mudar de idéia significa mudar de ação. O arrependimento deve envolver tanto uma mudança de idéia como uma mudança na ação. Alguém pode mudar de idéia e ver que suas ações estavam equivocadas, mas pode estar tão apaixonado por sua velha maneira de agir que não a mude. Alguém pode mudar seu forma de agir, mas suas idéias podem continuar sendo as mesmas. Pode mudar só por temor ou por motivos prudentes; mas seu coração ainda ama suas velhas formas de agir e, chegado o momento, recairá nelas. O verdadeiro arrependimento envolve uma mudança de mentalidade e uma mudança na ação.
- Quando nos arrependemos algo acontece com o passado. Vem a remissão dos pecados. O perdão de Deus para o que fica atrás. Deixemos bem claro que as consequências do pecado não se apagam. Nem sequer Deus pode fazê-lo. Quando pecamos podemos fazer algo contra nós mesmos ou contra outros, que não pode ser desfeito. Consideremos desta maneira. Quando fomos jovens e fazíamos algo mau criava-se uma barreira invisível entre nós e nossos pais. Mas quando nos desculpávamos e sentíamos outra vez os braços de nossa mãe ao redor d nós se restaurava a velha relação e tudo ficava bem. O perdão não suprime as conseqüências do que fizemos, mas restabelece nossa relação com Deus. A suspeita e o medo desaparecem e estamos em paz com Ele.
- Quando nos arrependemos algo acontece com o futuro. Recebemos o dom do Espírito Santo. Embora nos arrependemos, como faremos para não cair nos mesmos enganos novamente? Entra em nossa vida um poder que não é nosso, o poder do Espírito Santo, e com ele podemos vencer nas batalhas que jamais sonhamos ganhar, e resistir aquilo que por nós mesmos não poderíamos resistir.
No momento do verdadeiro arrependimento somos libertos da alienação e do medo do passado, e equipados para enfrentar as batalhas do futuro.
AS CARACTERÍSTICAS DA IGREJA Atos
Nesta passagem temos uma espécie de brilhante resumo das características da Igreja primitiva.
- Era uma Igreja que aprendia. A palavra doutrina no verso At
2: não é passiva; é ativa. A frase significa que persistiam em ouvir os apóstolos enquanto ensinavam. Um dos grandes perigos da Igreja é uma religião estática que olhe para trás em vez de para frente. Justamente devido a que as riquezas de Cristo são inescrutáveis e intermináveis deveríamos partir sempre para frente. O cristão deve caminhar, não rumo ao entardecer mas rumo ao amanhecer. Deveríamos considerar um dia perdido aquele em que não aprendemos nada novo e quando não penetramos mais profundamente na sabedoria e na graça de Deus.42 - Era uma Igreja em comunhão. Tinha o que alguém chamou a grande qualidade de estar juntos. Nelson explicava uma de suas grandes vitórias dizendo: "Tive a alegria de comandar um grupo de irmãos". A Igreja só é uma verdadeira Igreja quando é um grupo de irmãos.
- Era uma Igreja que orava. Aqueles primeiros cristãos sabiam que não podiam enfrentar a vida com suas próprias forças e que não tinham necessidade de fazê-lo. Sempre falavam com Deus antes de fazê-lo com os homens; sempre iam a Deus antes de sair ao mundo; podiam enfrentar os problemas da vida porque primeiro encontravam a Deus.
- Era uma Igreja reverente. No versículo 43 a palavra corretamente traduzida temor encerra a idéia de temor reverencial. Diz-se de um grande grego que se movia no mundo como se o fizesse em um templo. O cristão vive com reverência porque sabe que toda a Terra é o templo do Deus vivente.
- Era uma Igreja na qual aconteciam coisas. Ocorriam maravilhas e sinais (versículo 43). Se esperamos grandes coisas de Deus e busquemos fazer grandes coisas para Ele, algo acontecerá. Quando a fé morre, morre a capacidade de obter. Mais coisas aconteceriam se créssemos que juntos — Deus e nós — podemos fazer acontecer.
- Era uma Igreja que compartilhava (versículos
44: ). Aqueles primeiros cristãos tinham um intenso sentimento de responsabilidade um pelo outro. Diz-se que William Morris nunca via um homem ébrio sem sentir uma responsabilidade pessoal por ele. Um verdadeiro cristão não deveria suportar o ter tanto quando outros têm tão pouco.45 - Era uma Igreja que adorava (versículo 46). Nunca esqueciam de visitar a casa de Deus. Devemos lembrar que "Deus não conhece a religião solitária". A metade da emoção de um concerto ou de uma grande competição de atletismo é o ser um entre um grande número de pessoas. Quando nos reunimos podem acontecer coisas. O Espírito de Deus se move sobre os que juntos O adoram.
- Era uma Igreja alegre (versículo 46). A felicidade estava ali. Um cristão melancólico é uma contradição. A alegria de um cristão não é necessariamente algo de que deva gabar-se; mas na profundidade de seu coração há uma alegria que ninguém pode tirar.
- Era uma Igreja de gente que não podia deixar de ser querida por outros. Há duas palavras gregas para bom. Uma é agathos que descreve simplesmente um objeto como bom. A outra é kalos que significa algo que não somente é bom, mas sim tem aspecto de bom; há um atrativo nisso. O verdadeiro cristianismo é algo bonito. Há muita gente boa, mas há neles um traço de dureza. Nunca poderiamos ir e chorar em seu regaço. São o que alguém denominou cristãos de gelo.
Struthers estava acostumado a dizer que o que ajudaria à Igreja mais que qualquer outra coisa seria que uma que outra vez os cristãos fizessem algo agradável. A Igreja primitiva estava formada por gente atrativa.
Notas de Estudos jw.org
milagres: Ou: “presságios”. — Veja a nota de estudo em At
Dicionário
Alma
substantivo feminino Princípio espiritual do homem que se opõe ao corpo.Religião Composição imaterial de uma pessoa que perdura após sua morte; espírito.
Qualidades morais, boas ou más: alma nobre.
Consciência, caráter, sentimento: grandeza de alma.
Figurado Quem habita algum lugar; habitante: cidade de 20.000 almas.
Figurado Origem principal: esse homem era a alma do movimento.
Expressão de animação; vida: cantar com alma.
Condição essencial de: o segredo é a alma do negócio.
[Artilharia] O vazio interior de uma boca de fogo: a alma do canhão.
[Música] Pequeno pedaço de madeira que, colocado no interior de um instrumento de cordas, comunica as vibrações a todas as partes do instrumento: a alma de um violino.
Armação de ferro, de uma escultura modelada.
Etimologia (origem da palavra alma). Do latim anima.ae, sopro, ar, origem da vida.
O termo “alma” é a tradução do hebraico nephesh. Em Gênesis
espírito, ânimo, eu, coração. – Segundo Roq., “alma, no entender de alguns etimologistas, vem de anima, termo latino que vem do grego anemos, “ar, sopro, alento”; outros, e talvez com mais razão, derivam a palavra alma do verbo latino alo... alere, “vivificar, nutrir”. Seja qual for sua etimologia, representa esta palavra, em sua significação mais lata, o princípio, a causa oculta da vida, do sentimento, do movimento de todos os seres viventes”. – Espírito é a palavra latina spiritus, de spiro... are, “respirar”, e vale o mesmo que sopro ou hálito, ar que se respira. Espírito difere de alma, primeiro em encerrar a ideia de princípio subtil, invisível que não é essencial ao outro vocábulo; segundo, em denotar inteligência, faculdades intelectuais ativas que àquele só são acessórias. Os filósofos materialistas têm querido negar à alma humana a qualidade de espiritual, mas nenhum se lembrou ainda de dizer que o espírito era matéria. Alma desperta ideia de substância simples, que anima ou animou o corpo, sendo que espírito só indica substância imaterial, inteligente e livre, sem relação nenhuma com o corpo. Deus, os anjos, os demônios são espíritos, mas não são almas; as substâncias espirituais que animaram os corpos humanos, ainda depois de separadas deles, chamam-se almas; e assim dizemos: as almas do Purgatório; almas do outro mundo, a que os franceses chamam revenants. Vieira disse, falando do demônio: “É espírito: vê as almas”. Os gregos designavam a alma pela palavra psyche, “que quer dizer respiração”, “sopro”; e davam-lhe a mesma extensão que nós damos à palavra alma... Daí vem chamar-se psicologia à parte da filosofia que trata da alma. No sentido figurado, alma refere-se aos atos, aos sentimentos, aos afetos; espírito, ao pensamento, à inteligência. Diz-se que um homem tem a alma grande, nobre, briosa; e que tem o espírito penetrante, profundo, vasto. Falando do homem, alma e espírito nem sempre são sinônimos perfeitos; isto é, nem em todos os casos se podem empregar indiferentemente, senão em alguns; tal é aquele de Vieira em que, querendo encarecer o valor da alma sobre o corpo, diz: “Tudo isto que vemos (no 166 Rocha Pombo homem) com os próprios olhos é aquele espírito sublime, ardente, grande, imenso – a alma (II, 71). – Ânimo é a mesma palavra latina animus, de anemos, grego, do mesmo modo que anima. Na sua significação primitiva vale o mesmo que alma, espírito; porém o uso tem preferido este vocábulo para designar a faculdade sensitiva e seus atos: representa, pois, quase sempre valor, esforço, ou intenção, vontade; e nisto se distingue de alma e espírito (se bem que nem sempre essencialmente). Segundo os afetos que o ânimo experimenta, pode ele ser baixo, abatido, humilde, vil, ou altivo, elevado, soberbo, nobre, esforçado: o que com propriedade (em muitos casos) não se poderia dizer de alma, e ainda menos de espírito”. Como notamos entre parênteses, nem sempre é de rigor a distinção que faz Roq. Também dizemos: espírito baixo ou altivo; alma esforçada ou abatida, vil ou soberba. – Em linguagem filosófica, eu é a alma, é o conjunto das faculdades que formam a individualidade psicológica. Particularmente, quando se considera a alma como ser pensante, ou quando nela se vê apenas a faculdade intelectual, chamamo-la espírito. – Coração só pode ser tido como sinônimo de alma e de espírito: de alma, quando exprime, como esta, “órgão dos afetos”; de espírito, quando é tomado como sede da fortaleza moral, da coragem etc.
[...] ser imaterial e individual que em nós reside e sobrevive ao corpo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•
A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•
[...] a alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 135
[...] o Espiritismo nos apresenta a alma, como um ser circunscrito, semelhante a nós, menos o envoltório material de que se despojou, mas revestido de um invólucro fluídico, o que já é mais compreensível e faz que se conceba melhor a sua individualidade. [...] As relações da alma com a Terra não cessam com a vida; a alma, no estado de Espírito, constitui uma das engrenagens, uma das forças vivas da Natureza; não é mais um ser inútil, que não pensa e já não age senão para si durante a eternidade; é sempre e por toda parte um agente ativo da vontade de Deus. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discursos•••, 2
O principal agente da saúde, que a restitui quando perdida e a preserva, impedindo o desenvolvimento de qualquer enfermidade [...] é a alma.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9
[...] A alma, no curso da sua existência terrena e ainda por muito tempo após a morte do corpo, está bem revestida de uma forma, guarda bem uma identidade pessoal (e neste sentido é limitada), mas isso não impede que sua atividade seja, apesar de tudo, radiante e que esse estado de incessante irradiação se estenda desmedidamente na existência espiritual. [...]
Referencia: BOECHAT, Newton• Ide e pregai• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1989• -
[...] a alma, tal como o átomo, longe de ser uma estrutura simples, é um sistema dinâmico, formado por múltiplos elementos que, por assim dizer, gravitam em torno de um núcleo central (Aksakof).
Referencia: CERVIÑO, Jayme• Além do inconsciente• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
[...] ser concreto, dono de um organismo físico perfeitamente delimitado.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•
[...] é una, e cada essência espiritual é individual, é pessoal. Nenhuma alma pode transmutar-se noutra, substituir outra. Portanto, uma unidade irredutível, que tem a existência em si.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
A alma é um ser transcendental.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 13
[...] um ser concreto, com individualidade, porque, mesmo durante a vida, é esse ser ao qual se deu o nome de alma ou de espírito, que pode separar-se do corpo e manifestar sua realidade objetiva nos fenômenos de desdobramento.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 13
[...] princípio independente da matéria, que dirige o corpo, e a que chamamos alma.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1
[...] é uma realidade que se afirma pelo estudo dos fenômenos do pensamento; que jamais se a poderia confundir com o corpo, que ela domina; e que, quanto mais se penetra nas profundezas da fisiologia, tanto mais se revela, luminosa e clara, aos olhos do pesquisador imparcial, a existência de um princípio pensante.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1
[...] a esta força que vela sobre o corpo e o conduz, chamamos alma.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 2
É o eu consciente que adquire, por sua vontade, todas as ciências e todas as virtudes, que lhe são indispensáveis para elevar-se na escala dos seres. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 3, cap• 3
[...] A alma do homem é que é o seu eu pensante e consciente.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
A alma é o princípio da vida, a causa da sensação; é a força invisível, indissolúvel que rege o nosso organismo e mantém o acordo entre todas as partes do nosso ser. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 10
A alma, princípio inteligente, centro da força, foco da consciência e da personalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 29
A [...] [é] um centro imperecível de força e de vida, inseparável de sua forma sutilíssima. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 4
A alma [...] vem de Deus; é, em nós, o princípio da inteligência e da vida. Essência misteriosa, escapa à análise, como tudo quanto dimana do Absoluto. Criada por amor, criada para amar, tão mesquinha que pode ser encerrada numa forma acanhada e frágil, tão grande que, com um impulso do seu pensamento, abrange o Infinito, a alma é uma partícula da essência divina projetada no mundo material.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9
Cada alma é um foco de vibrações que a vontade põe em movimento. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20
A palavra alma e seus equivalentes em nossas línguas modernas (espírito, por exemplo) ou nas línguas antigas, como anima, animus (transcrição latina do grego), spiritus, atma, alma (vocábulo sânscrito ligado ao grego, vapor), etc. implicam todas a idéia de sopro; e não há dúvida de que a idéia de alma e de espírito exprimiu primitivamente a idéia de sopro nos psicólogos da primeira época. Psyche, mesmo, provém do grego, soprar.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3
[...] a alma não é um sopro; é uma entidade intelectual.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3
[...] a alma é uma substância que existe por si mesma.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 9
A alma é uma substância invisível, impalpável, imponderável, fora das nossas condições de observação física. Nossas medidas de espaço não lhe podem ser aplicadas do mesmo modo que as do tempo. Ela pode manifestar-se a centenas e milhares de quilômetros de distância. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 3, cap• 12
[...] a alma não é uma sucessão de pensamentos, uma série de manifestações mentais e, sim, um ser pessoal com a consciência de sua permanência.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 3, cap• 2
Nossas almas não são puros Espíritos. São substâncias fluídicas. Agem e se comunicam entre si por meios materiais, porém matéria sutil, invisível, imponderável.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Estela• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - No domínio do desconhecido
A alma é um ser intelectual, pensante, imaterial na essência. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 1a narrativa
[...] imaterial, imensurável, intransmissível, consciente. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 1a narrativa
[...] a alma é uma entidade individual, [...] é ela quem rege as moléculas para organizar a forma vivente do corpo humano.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Urânia• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1
[...] A alma é uma chama velada. Quando lhe colocamos os santos olhos do amor, ela esplende e ilumina. Quando a descuidamos, ela se entibia e morre...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Auto-iluminação
É a faculdade que Deus deu ao homem de se perpetuar pelo tempo afora e pelo Universo.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 8
[...] a alma é atributo divino, criado por Deus, e espalhado, fragmentado, pelo Universo, tendo cada fragmento individualidade própria, ação independente, função definida, trajetória certa, e missão determinada [...].
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 28
A alma é que sente, que recebe, que quer, segundo as impressões que recebe do exterior, e mesmo independente delas, pois que também recebe impressões morais, e tem idéias e pensamentos sem a intervenção dos sentidos corporais.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
A alma é o princípio causal do pensamento; ou, antes, é ela quem pensa e o transmite pelo cérebro, seu instrumento.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3
[...] a alma, o princípio inteligente que subsiste à morte da carne, que zomba das investigações materialistas, que escapa ao trabalho grosseiro das necropsias, que se não deixa encerrar nas quatro paredes negras do caixão funerário.
Referencia: Ó, Fernando do• Marta• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 15
A Alma ou Essência, parcela do Poder Absoluto, e, como este, eterna, imortal; sede de potências máximas, ou faculdades, que exatamente denunciam a sua origem, funções tais como a Inteligência, a Consciência, o Pensamento, a Memória, a Vontade, o Sentimento, e demais atributos que sobrevivem através da Eternidade e que da criatura hu mana fazem a imagem e a semelhança do seu Criador, pois Deus, o Ser Absoluto, possui estes mesmos atributos (além de muitos outros que ainda ignoramos), em grau supremo, enquanto que a criatura os possui em grau relativo, visto que é essência sua, sendo, portanto, a Alma, sede de tais atributos, o verdadeiro ser!
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8
[...] a alma é luz que se eleva à grandeza divina.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem
[...] A alma não é uma entidade metafísica, mas, sim, um centro imperecível de força e de vida, inseparável de sua forma sutilíssima. Preexistia ao nosso nascimento e a morte carece de ação sobre ela. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Joana D’arc
Nossa alma é um universo de sombras e claridades. Seu destino é a perfeição. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 8
A alma é a sede da vida. É ela que pensa, que sente, que imprime à matéria esta ou aquela forma, que dá ao rosto esta ou aquela expressão.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A letra e o espírito
[...] a alma humana é uma consciência formada, retratando em si as leis que governam a vida e, por isso, já dispõe, até certo ponto, de faculdades com que influir na genética, modificando-lhe a estrutura, porque a consciência responsável herda sempre de si mesma, ajustada às consciências que lhe são afins. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7
A Toda alma é templo vivo, que guarda ilimitada reserva de sabedoria e amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O tempo
A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista dos valores iluminativos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25
[...] a alma é a sede viva do sentimento [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9
[...] Intimamente justaposta ao campo celular, a alma é a feliz prisioneira do equipamento físico, no qual influencia o mundo atômico e é por ele influenciada, sofrendo os atritos que lhe objetivam a recuperação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25
Alma A parte não-material e imortal do ser humano (Mt
v. IMORTALIDADE). Os dicotomistas entendem que o ser humano é corpo e alma, sendo espírito sinônimo de alma. Os tricotomistas acreditam que o ser humano é corpo, alma e espírito. “Alma vivente” quer dizer “ser vivo” (Gn
Alma Parte espiritual do homem, distinta de seu corpo. Embora o conceito bíblico esteja longe da rígida dicotomia entre corpo e alma que caracteriza, por exemplo, o hinduísmo ou o platonismo, o certo é que também existia a crença de uma categoria distinta do corpo que se identificava com o mais íntimo do ser. Assim aparece no Antigo Testamento como um “eu” espiritual que sobrevive consciente depois da morte (Is
A. Cohen, o. c.; J. Grau, Escatología...; J. L. Ruiz de la Peña, La otra dimensión, Santander 1986; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres..; m. Gourges, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993.
Apóstolos
O vocábulo “apóstolo” (do grego apostolos, que significa “mensageiro” ou “enviado”) é o nome dado a alguém enviado para uma missão por outrem. No NT esse termo é usado para identificar os primeiros líderes do movimento que se formou em torno de Jesus de Nazaré. Com o tempo, este termo tornou-se mais amplo e abrangeu também outros cristãos que cumpriram tarefas de destaque na área de evangelização e missões.
A escolha dos Doze
Os primeiros apóstolos foram escolhidos diretamente por Jesus (Mc
Os nomes dos apóstolos são relacionados quatro vezes, em Mateus
A relação única dos doze com Jesus
Havia muitas pessoas que desejavam seguir a Jesus (Mt
Devido ao grau de aproximação com Jesus, algum reconhecimento favorável deve ser dado ao “discípulo amado”, citado apenas no evangelho de João e nunca identificado pelo nome. A tradição cristã geralmente assume que se tratava do próprio autor do quarto evangelho, embora haja discussão quanto a isso. De qualquer maneira, o escritor deste livro notou que esse discípulo estava próximo a Jesus e foi quem lhe perguntou, durante a última Ceia, sobre a identidade do traidor (Jo
Dois outros discípulos devem ser mencionados, pelo seu grau de amizade com Jesus. Em todas as listas com os nomes dos apóstolos, Pedro é sempre mencionado em primeiro lugar e Judas 1scariotes em último. Evidentemente Pedro era o líder do grupo e claramente serviu como porta-voz deles em várias situações (Mt
A dedicação dos doze
Alguns dos apóstolos de Jesus eram provenientes de uma associação prévia com João Batista (Jo
Jesus também insistiu para que o povo se arrependesse, voltasse as costas para os pecados do passado e abrisse seus corações, a fim de crer nas boas novas de salvação (Mc
Numa ocasião Pedro lembrou a Jesus os sacrifícios que ele e os outros discípulos fizeram: “Nós deixamos tudo, e te seguimos! O que, então, haverá para nós?” (Mt
O treinamento dos doze
O Senhor sabia que sua missão seria depositada nas mãos dos que a terminariam, depois que Ele deixasse a Terra. Por essa razão, dedicou grande parte de seu tempo e atenção ao treinamento dos discípulos, especialmente dos doze. Em público, Ele geralmente ensinava por meio de parábolas, mas, em particular, explicava tudo claramente aos discípulos (Mt
A qualificação dos doze
Havia qualificações bem definidas para o apostolado, e Pedro as relacionou resumidamente em seu discurso em Atos
Primeiro, para ser apóstolo, era preciso que a pessoa tivesse testemunhado todo o ministério público de Jesus, desde seu batismo até a ressurreição. Assim, o propósito do testemunho ocular dos apóstolos foi enfatizado. Lucas, na introdução de seu evangelho, destacou a importância dos apóstolos como “testemunhas oculares”, bem como “ministros da palavra” (Lc
Segundo, o testemunho apostólico realçava a importância da cruz e da ressurreição. Era do conhecimento público no primeiro século, em Jerusalém, que Jesus de Nazaré fora morto por meio de crucificação, e a inscrição informava isso a todos “em aramaico, latim e grego” (Jo
A autoridade dos apóstolos
O fato de que os apóstolos foram as testemunhas oculares de Jesus deu à mensagem deles uma autoridade exclusiva. Foram escolhidos pelo Pai e pelo Filho como os comunicadores da mensagem cristã (Lc
O papel do apóstolo Paulo
A mais excelente figura no cumprimento da missão apostólica foi a do apóstolo Paulo, cuja conversão é narrada três vezes no livro de Atos (At
Paulo tinha convicções muito fortes quanto ao seu apostolado (1Co
Paulo afirmou o papel dos doze (1Co
Sumário
Em resumo, os apóstolos tiveram a responsabilidade primária da proclamação do Evangelho e do cumprimento da Grande Comissão. Foram as testemunhas oculares e os ministros da Palavra; a Igreja certamente foi edificada “sobre o fundamento dos apóstolos...” (Ef
Apóstolos São os discípulos mais próximos de Jesus, escolhidos para expulsar demônios, curar enfermidades, anunciar o evangelho (Mt
Por não possuirmos referências aos “sheluhim” cronologicamente paralelas aos primeiros tempos do cristianismo, a interpretação citada já recebeu fortes ataques a partir da metade deste século. Atualmente, existe uma tendência de relacionar novamente a figura do apóstolo com a raiz verbal “shlj”, que foi traduzida na Septuaginta umas setecentas vezes por “apostollein” ou “exapostollein”. O termo era bastante amplo — como já destacou Lightfoot — indo, posteriormente, além do grupo dos Doze. São consideradas importantes as contribuições de H. Riesenfeld (The Gospel Traditions and Its Beginnings, Londres 1
957) e de B. Gerhardsson (Memory and Manuscript: Oral Tradition and Written Transmission in the Rabbinic Judaism and Early Christianity, Uppsala 1961), que estudavam a possibilidade de os Doze serem o receptáculo de um ensinamento de Jesus, conforme uma metodologia de ensinamento semelhante ao rabínico e que, a partir deles, foi-se formando um depósito de tradições relacionadas com a pregação de Jesus. Essa tese, embora não seja indiscutível, possui certo grau de probabilidade.
C. K. Barrett, The Signs of an Apostle, Filadélfia 1972; f. Hahn, “Der Apostolat in Urchristentum” em KD, 20, 1974, pp. 56-77; R. D. Culver, “Apostles and Apostolate in the New Testament” em BSac, 134, 1977, pp. 131-143; R. W. Herron, “The Origin of the New Testament Apostolate” em WJT, 45, 1983, pp. 101-131; K. Giles, “Apostles before and after Paul” em Churchman, 99, 1985, pp. 241-256; f. H. Agnew, “On the origin of the term Apostolos” em CBQ, 38, 1976, pp. 49-53; Idem, “The origin of the NT Apostle- Concept” em JBL, 105, 1986, pp. 75-96; B. Villegas, “Peter Philip and James of Alphaeus” em NTS, 33, 1987, pp. 294; César Vidal Manzanares, Diccionario de las Tres Religiones, Madri 1993; Idem, El judeo-cristianismo...
Maravilhas
(maravilha + -ar)
Causar ou sentir espanto, admiração. = ADMIRAR-SE, PASMAR
1. Coisa ou pessoa que excede toda a ponderação.
2. Assombro, pasmo.
3. Espécie de malmequer do campo.
4. Botânica Planta balsaminácea do Brasil.
às mil maravilhas
Muito bem; da melhor maneira possível (ex.: tudo correu às mil maravilhas).
Sinais
(latim tardio *signalis, -e, que serve de sinal, de signum, -i, sinal)
1. Coisa que chama outra à memória, que a recorda, que a faz lembrar.
2. Indício, vestígio, rastro, traço.
3. Qualquer das feições do rosto.
4. Gesto convencionado para servir de advertência.
5. Manifestação exterior do que se pensa, do que se quer.
6. Rótulo, letreiro, etiqueta.
7. Marca de roupa.
8. Ferrete.
9. Marca distintiva.
10. Firma (principalmente a de tabelião).
11. O que serve para representar.
12. Mancha na pele.
13. Presságio.
14. Anúncio, aviso.
15. Traço ou conjunto de traços que têm um sentido convencional.
16.
Placa ou dispositivo usado para regular ou orientar a circulação de veículos e de
17. Dispositivo provido de sinalização luminosa, automática, que serve para regular o tráfego nas ruas das cidades e nas estradas. = SEMÁFORO
18. O que revela causa oculta ou ainda não declarada.
19. Penhor, arras.
20. Dinheiro ou valores que o comprador dá ao vendedor, para segurança do contrato.
21. [Marinha] Combinações de bandeiras com que os navios se comunicam entre si ou com a terra.
22. Dobre de sinos por finados.
23. Antigo Pedacinhos de tafetá preto que as senhoras colavam no rosto para enfeite.
sinal da cruz
Gesto feito com a mão direita, tocando a testa, o peito, o ombro esquerdo e o direito ou com o polegar direito, fazendo uma pequena cruz na testa, na boca e no peito.
sinal de diferente
[Matemática]
Símbolo matemático (≠) que significa "diferente de".
sinal de igual
[Matemática]
Símbolo matemático (=) que significa "igual a".
sinal de impedido
Sinal sonoro que indica que o telefone está ocupado.
sinal de vídeo
Sinal que contém os elementos que servem para a transmissão de uma imagem.
sinal verde
Autorização para fazer algo.
=
LUZ VERDE
Temor
substantivo masculino Ato ou efeito de temer; receio, susto, medo, pavor, terror: viver no temor da miséria, da velhice, da morte.Sentimento de respeito profundo ou de reverência por: temor a Deus.
Figurado Algo ou alguém que provoca medo, terror: o pirata era o temor dos mares.
Sensação de instabilidade, de ameaça ou de dúvida: no emprego, vive em temor frequente.
Demonstração de rigor e pontualidade: cumpria com temor suas obrigações.
Etimologia (origem da palavra temor). Do latim timor.oris.
Reverência; respeito; veneração
Temor
1) Medo (Dt
2) Respeito (Pv
v. TEMER A DEUS).
3) Modo de se referir a Deus (Gn
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
γίνομαι
(G1096)
prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v
- tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
- tornar-se, i.e. acontecer
- de eventos
- erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
- de homens que se apresentam em público
- ser feito, ocorrer
- de milagres, acontecer, realizar-se
- tornar-se, ser feito
δέ
(G1161)
partícula primária (adversativa ou aditiva); conj
- mas, além do mais, e, etc.
διά
(G1223)
preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep
- através de
- de lugar
- com
- em, para
- de tempo
- por tudo, do começo ao fim
- durante
- de meios
- atrave/s, pelo
- por meio de
- por causa de
- o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
- por razão de
- por causa de
- por esta razão
- consequentemente, portanto
- por este motivo
καί
(G2532)
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
- e, também, até mesmo, realmente, mas
ὁ
(G3588)
que inclue o feminino
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
- este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
πᾶς
(G3956)
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
- individualmente
- cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
- coletivamente
- algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
πολύς
(G4183)
que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj
- numeroso, muito, grande
σημεῖον
(G4592)
de um suposto derivado da raiz de 4591; TDNT - 7:200,1015; n n
- sinal, marca, símbolo
- aquilo pelo qual uma pessoa ou algo é distinto de outros e é conhecido
- sinal, prodígio, portento, i.e., uma ocorrência incomum, que transcende o curso normal da natureza
- de sinais que prognosticam eventos notáveis prestes a acontecer
- de milagres e prodígios pelos quais Deus confirma as pessoas enviadas por ele, ou pelos quais homens provam que a causa que eles estão pleiteando é de Deus
τέ
(G5037)
partícula primária (enclítica) de conecção ou adição; partícula
não apenas ... mas também
tanto ... como
tal ... tal
τέρας
(G5059)
de afinidade incerta; TDNT - 8:113,1170; n n
prodígio, portento
milagre: realizado por alguém
φόβος
(G5401)
da palavra primária phebomai (amedrontar); TDNT - 9:189,1272; n m
- medo, temor, terror
- aquilo que espalha medo
reverência ao próprio marido
ψυχή
(G5590)
de 5594; TDNT - 9:608,1342; n f
- respiração
- fôlego da vida
- força vital que anima o corpo e é reconhecida pela respiração
- de animais
- de pessoas
- vida
- aquilo no qual há vida
- ser vivo, alma vivente
- alma
- o lugar dos sentimentos, desejos, afeições, aversões (nosso coração, alma etc.)
- a alma (humana) na medida em que é constituída por Deus; pelo uso correto da ajuda oferecida por Deus, pode alcançar seu o seu mais alto fim e eterna e segura bemaventurança. A alma considerada como um ser moral designado para vida eterna
- a alma como uma essência que difere do corpo e não é dissolvida pela morte (distinta de outras partes do corpo)
ἀπόστολος
(G652)
de 649; TDNT - 1:407,67; n m
- um delegado, mensageiro, alguém enviado com ordens
- especificamente aplicado aos doze apóstolos de Cristo
- num sentido mais amplo aplicado a outros mestres cristãos eminentes
- Barnabé
- Timóteo e Silvano