Enciclopédia de Atos 8:6-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 8: 6

Versão Versículo
ARA As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava.
ARC E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia;
TB A multidão, unânime, estava atenta às coisas que Filipe lhe dizia, ouvindo-o e vendo os milagres que estava fazendo.
BGB προσεῖχον ⸀δὲ οἱ ὄχλοι τοῖς λεγομένοις ὑπὸ τοῦ Φιλίππου ὁμοθυμαδὸν ἐν τῷ ἀκούειν αὐτοὺς καὶ βλέπειν τὰ σημεῖα ἃ ἐποίει·
HD As turbas, atentando para o que era dito por Filipe, {estavam} unânimes em ouvir e ver os sinais que {ele} fazia.
BKJ E as multidões unanimemente prestavam atenção às coisas que Filipe falava, ouvindo e vendo os milagres que ele fazia.
LTT E prestavam atenção as multidões às coisas sendo faladas por Filipe, em- uma- mesma- harmonia, em o ouvirem elas e verem os sinais que ele fazia;
BJ2 As multidões atendiam unânimes ao que Filipe dizia, pois ouviam falar dos sinais que operava ou viam-nos pessoalmente.
VULG Intendebant autem turbæ his quæ a Philippo dicebantur, unanimiter audientes, et videntes signa quæ faciebat.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 8:6

II Crônicas 30:12 E em Judá esteve a mão de Deus, dando-lhes um só coração, para fazerem o mandado do rei e dos príncipes, conforme a palavra do Senhor.
Mateus 20:15 Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?
João 4:41 E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra.
Atos 13:44 E, no sábado seguinte, ajuntou-se quase toda a cidade a ouvir a palavra de Deus.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

at 8:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 11
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:13-20


13. Indo Jesus para as bandas de Cesareia de Filipe, perguntou a seus discípulos: "Quem dizem os homens ser o filho do homem"? 14. Responderam: "Uns dizem João Batista; outros, Elias; outros, Jeremias, ou um dos profetas".


15. Disse-lhes: "Mas vós, quem dizeis que eu sou"?


16. Respondendo, Simão Pedro disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus o vivo",


17. E respondendo, disse-lhe Jesus: "Feliz és tu, Simão Bar-Jonas, porque carne e sangue não to revelaram, mas meu Pai que está nos céus.


18. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre essa pedra construir-me-ei a "ekklêsía"; e as portas do" hades" não prevalecerão contra ela.


19. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus, e o que ligares na Terra será ligado nos céus, e o que desligares na Terra será desligado nos céus".


20. Então ordenou a seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era o Cristo.


MC 8:27-30


27. E partiu Jesus com seus discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe; e no caminho interrogou seus discípulos, dizendo; "Quem dizem os homens que sou eu"?


28. Responderam eles: "Uns dizem João Batista; outros, Elias; e outros, um dos profetas".


29. E ele lhes disse: "Mas vós, quem dizeis que sou"? Respondendo, Pedro disselhe: "Tu és o Cristo".


LC 9:18-21


18. E aconteceu, ao estar ele sozinho orando, vieram a ele os discípulos; e ele perguntoulhes, dizendo: "Quem dizem as multidões que eu sou"?


19. Responderam eles: "Uns João o Batista; outros que um profeta dos antigos reencarnou".


20. E disse-lhes: "E vós, quem dizeis que sou"? Respondendo, pois, Pedro disse: "O Cristo de Deus".


21. Porém advertindo-os energicamente, ordenou que a ninguém dissessem isso.


Da margem oriental, onde se encontrava a comitiva, Jesus parte com seus discípulos para o norte para as bandas" (Mat. ) ou "para as aldeias" (Mr.) de Cesareia de Filipe.


Essa cidade fica na encosta do Hermon, a 4 ou 5 km de Dan, portanto no limite extremo norte da Palestina.


No 3. º séc. A. C., os gregos aí consagraram a Pâ e às Ninfas uma gruta belíssima, em que nasce uma das fontes do Jordão. Daí o nome de Paneas (ainda hoje o local é denominado Banias pelos árabes) dado à aldeia. No alto do penhasco, Herodes o grande construiu um templo de mármore de alvinitente esplendor em honra de Augusto; e o tetrarca Filipe, no ano 3 ou 2 A. C. aí levantou uma cidade a que denominou Cesareia, para homenagear o mesmo imperador. Logo, porém, a cidade passou a ser conhecida como "Cesareia de Filipe", para distingui-la da outra Cesareia da Palestina, porto de mar criado por Herodes o grande no litoral, na antiga Torre de Straton.


A viagem até lá durava dois dias, beirando-se o lago Merom (ou Houléh); ao chegar aos arredores de Cesareia de Filipe, encontraram o ambiente de extrema beleza e frescor incalculável, que perdura ainda hoje. Verde por toda a parte, a dominar o vale em redor, com o silêncio das solidões a favorecer a medita ção, diante de uma paisagem deslumbrante e serena; ao longe avistavam-se as águas que partiam da gruta a misturar-se, ao sul, com o Nahr el-Hasbani e com o Nahr el-Leddan, para dar origem ao Jordão. Nesse sitio isolado, entre pagãos, não haveria interferências de fariseus, de saduceus, nem de autoridades sinedritas ou herodianas.


Mateus, cujo texto é mais minucioso, relata que Jesus fez a pergunta em viagem, "indo" para lá; Marcos, mais explicitamente declara que a indagação foi feita "a caminho". Lucas, porém, dá outra versão: mostra-nos Jesus a "orar sozinho", naturalmente enlevado com a beleza do sítio. Depois da prece, faz que os discípulos se cheguem a Ele, e então aproveita para sindicar a opinião do povo (a voz geral das massas) e o que pensam Seus próprios discípulos a Seu respeito.


As respostas apresentam-se semelhantes, nos três sinópticos, repetindo-se mais ou menos o que foi dito quando se falou da opinião de Herodes (MT 14:2, MC 6:14-16; LC 9:8-9; ver vol. 3. °). Em resumo:

a) - João, o Batista, crença defendida sobretudo pelo remorso de Herodes, e que devia ter conquistado alguns seguidores;


b) - Elias, baseada a convicção nas palavras bastante claras de Malaquias 3:23-3, que não deixam dúvida a respeito da volta de Elias, a fim de restaurar Israel para a chegada do Messias;


c) - Jeremias, opinião que tinha por base uma alusão do 2. º livro dos Macabeus 2:1-3, onde se afirma que a Arca, o Tabernáculo e o Altar dos Perfumes haviam sido escondidos pessoalmente por Jeremias numa gruta do Monte Nebo, por ocasião do exílio do povo israelita, e por ele mesmo havia sido vedada e selada a entrada na pedra; daí suporem que Jeremias voltaria (reencarnaria) para indicar o local, que só ele conhecia, a fim de reaver os objetos sagrados. E isso encontrava confirma ção numa passagem do 4. º livro de Esdras (Esdras 2:18), onde o profeta escreve textualmente: "Não temas, mãe dos filhos, porque eu te escolhi, - diz o Senhor - e te enviarei como auxílio os meus servos Isaías e Jeremias";


d) - um profeta (Lucas: "um profeta dos antigos que reencarnou), em sentido lato. Como grego, mais familiarizado ainda que os israelitas com a doutrina reencarnacionista, explica Lucas com o verbo anestê o modo como teria surgido (re-surgido, anestê) o profeta.


No entanto, é estranhável que não tenham sido citadas as suspeitas tão sintomáticas, já surgidas a respeito do messianato de Jesus (cfr. MT 12:23), chegando-se mesmo a querer coroá-lo rei (JO 6:14).


Não deixa de admirar o silêncio quanto a essas opiniões, conhecidas pelos próprios discípulos que nolas narram, ainda mais porque, veremos na continuação, eles condividiam esta última convicção, entusiasticamente emitida por Pedro logo após.


O Mestre dirige-se então a eles, para saber-lhes a opinião pessoal: já tinham tido tempo suficiente para formar-se uma convicção íntima. Pedro, temperamental como sempre e ardoroso incontido, responde taxativo:

—"Tu és o Cristo" (Marcos) - "Tu és o Cristo de Deus" (Lucas)


—"Tu és o Cristo, o filho de Deus o vivo" (Mateus).


Cristo, particípio grego que se traduz como o "Ungido", corresponde a "Messias", o escolhido para a missão de levar ao povo israelita a palavra física de YHWH.


Em Marcos e Lucas, acena para aí, vindo logo a recomendação para fiada disso ser divulgado entre o povo.


Em Mateus, porém, prossegue a cena com três versículos que suscitaram acres e largas controvérsias desde épocas remotíssimas, chegando alguns comentaristas até a supor tratar-se de interpolação. Em vista da importância do assunto, daremos especial atenção a eles, apresentando, resumidas, as opiniões dos dois campos que se digladiam.


Os católicos-romanos aceitam esses três versículos como autênticos, vendo neles:

a) - a instituição de uma "igreja", organização com poderes discricionários espirituais, que resolve na Terra com a garantia de ser cegamente obedecida por Deus no "céu";


b) - a instituição do papado, representação máxima e chefia indiscutível e infalível de todos os cristãos, passando esse poder monárquico, por direito hereditário-espiritual, aos bispos de Roma, sucessores legítimos de Pedro, que recebeu pessoalmente de Jesus a investidura real, fato atestado exatamente com esses três versículos.


Essa opinião foi combatida com veemência desde suas tentativas iniciais de implantação, nos primeiros séculos, só se concretizando a partir dos séculos IV e V por força da espada dos imperadores romanos e dos decretos (de que um dos primeiros foi o de Graciano e Valentiniano, que em 369 estabeleceu Dâmaso, bispo de Roma, como juiz soberano de todos os bispos, mas cujo decreto só foi posto em prática, por solicitação do mesmo Dâmaso, em 378). O diácono Ursino foi eleito bispo de Roma na Basílica de São Júlio, ao mesmo tempo em que Dâmaso era eleito para o mesmo cargo na Basílica de São Lourenço. Os partidários deste, com o apoio de Vivêncio, prefeito de Roma, atacaram os sacerdotes que haviam eleito Ursino e que estavam ainda na Basílica e aí mesmo mataram 160 deles; a seguir, tendo-se Ursino refugiado em outras igrejas, foi perseguido violentamente, durando a luta até a vitória total do "bando contrário". Ursino, a seguir, foi exilado pelo imperador, e Dâmaso dominou sozinho o campo conquistado com as armas. Mas toda a cristandade apresentou reações a essa pretens ão romana, bastando citar, como exemplo, uma frase de Jerônimo: "Examinando-se do ponto de vista da autoridade, o universo é maior que Roma (orbis maior est Urbe), e todos os bispos, sejam de Roma ou de Engúbio, de Constantinopla ou de Régio, de Alexandria ou de Tânis, têm a mesma dignidade e o mesmo sacerdócio" (Epistula 146, 1).


Alguns críticos (entre eles Grill e Resch na Alemanha e Monnier e Nicolardot na França, além de outros reformados) julgam que esses três versículos tenham sido interpolados, em virtude do interesse da comunidade de Roma de provar a supremacia de Pedro e portanto do bispado dessa cidade sobre todo o orbe, mas sobretudo para provar que era Pedro, e não Paulo, o chefe da igreja cristã.


Essa questão surgiu quando Marcion, logo nos primeiros anos do 2. º século, revolucionou os meios cristãos romanos com sua teoria de que Paulo foi o único verdadeiro apóstolo de Jesus, e portanto o chefe inconteste da Igreja.


Baseava-se ele nos seguintes textos do próprio Paulo: "Não recebi (o Evangelho) nem o aprendi de homem algum, mas sim mediante a revelação de Jesus Cristo" (GL 1:12); e mais: "Deus... que me separou desde o ventre materno, chamando-me por sua graça para revelar seu Filho em mim, para preg á-lo entre os gentios, imediatamente não consultei carne nem sangue, nem fui a Jerusalém aos que eram apóstolos antes de mim" (GL 15:15-17). E ainda em GL 2:11-13 diz que "resistiu na cara de Pedro, porque era condenado". E na 2. ª Cor. 11:28 afirma: "sobre mim pesa o cuidado de todas as igrejas", após ter dito, com certa ironia, não ser "em nada inferior aos maiores entre os apóstolos" (2. ª Cor. 11:5) acrescentando que "esses homens são falsos apóstolos, trabalhadores dolosos, transformandose em apóstolos de Cristo; não é de admirar, pois o próprio satanás se transforma em anjo de luz"
(2. ª Cor. 11:13-14). Este último trecho, embora se refira a outras criaturas, era aplicado por Marcion (o mesmo do "corpo fluídico" ou "fantasmático") aos verdadeiros apóstolos. Em tudo isso baseava-se Marcion, e mais na tradição de que Paulo fora bispo de Roma, juntamente com Pedro. Realmente as listas fornecidas pelos primeiros escritores, dos bispos de Roma, dizem:

a) - Irineu (bispo entre 180-190): "Quando firmaram e estabeleceram a igreja de Roma, os bemaventurados apóstolos Pedro e Paulo confiaram a administração dela a Lino, de quem Paulo fala na epístola a Timóteo. Sucedeu-lhe depois Anacleto e depois deste Clemente obteve o episcopado, em terceiro lugar depois dos apóstolos, etc. " (Epíst. ad Victorem, 3, 3, 3; cfr. Eusébio, His. Eccles., 5,24,14).


b) - Epifânio (315-403) escreve: "Porque os apóstolos Pedro e Paulo foram, os dois juntos, os primeiros bispos de Roma" (Panarion, 27, 6).


Ora, dizem esses críticos, a frase do vers. 17 "não foi a carne nem o sangue que to revelaram, mas meu Pai que está nos céus", responde, até com as mesmas palavras, a Gálatas 1:12 e Gálatas 1:16.


Para organizar nosso estudo, analisemos frase por frase.


VERS. 18 a - "Também te digo que tu és Pedro e sobre essa pedra construir-me-ei a "ekklêsia") (oi kodomêsô moi tên ekklêsían).


O jogo de palavras corre melhor no aramaico, em que o vocábulo kêphâ (masculino) não varia. Mas no grego (e latim) o masculino Petros (Petrus, Pedro) é uma criação ad hoc, um neologismo, pois esse nome jamais aparece em nenhum documento anterior. Mas como a um homem não caberia o feminin "pedra", foi criado o neologismo. Além de João (João 1:42), Paulo prefere o aramaico Kêphá (latim Cephas) em 1CO 1:12; 1CO 3:22; 1CO 9:5; 1CO 15:5 e GL 2:14.


Quanto ao vocábulo ekklêsía, que foi transliterado em latim ecclésia (passando para o portuguê "igreja"), temos que apurar o sentido: A - etimológico; B - histórico; C - usual; D - seu emprego no Antigo Testamento; e E - no Novo Testamento.


A- Etimologicamente ekklêsía é o verbo Kaléô, "chamar, convocar", com o preverbo ek, designativo de ponto de partida. Tem pois o sentido de "convocação, chamada geral".


B- Historicamente, o termo era usado em Atenas desde o 6. º século A. C. ; ao lado da Boulê ("concílio", em Roma: Senado; em Jerusalém: Sinédrio), ao lado da Boulê que redigia as leis, por ser constituída de homens cultos e aptos a esse mister, havia a ekklêsía (em Roma: Comitium; em Jerusal ém: Synagogê), reunião ou assembleia geral do povo livre, que ratificava ou não as decisões da autoridade. No 5. º séc. A. C., sob Clístenes, a ekklésía chegou a ser soberana; durante todo o apogeu de Atenas, as reuniões eram realizadas no Pnyx, mas aos poucos foi se fixando no Teatro, como local especial. Ao tornar-se "cidade livre" sob a proteção romana, Atenas viu a ekklêsía perder toda autoridade.


C- Na época do início do cristianismo, ekklêsía corresponde a sinagoga: "assembleia regular de pessoas com pensamento homogêneo"; e tanto designava o grupo dos que se reuniam, como o local das reuniões. Em contraposição a ekklésía e synagogê, o grego possuía syllogos, que era um ajuntamento acidental de pessoas de ideias heterogêneas, um agrupamento qualquer. Como sinônimo das duas, havia synáxis, comunidade religiosa, mas que, para os cristãos, só foi atribuída mais tarde (cfr. Orígenes, Patrol. Graeca, vol. 2 col. 2013; Greg. Naz., Patrol Graeca vol. 1 col. 876; e João Crisóst., Patrol. Graeca, vol. 7 col. 22). Como "sinagoga" era termo típico do judaísmo, foi preferido" ecclésia" para caracterizar a reunião dos cristãos.


D- No Antigo Testamento (LXX), a palavra é usada com o sentido de reunião, assembleia, comunidade, congregação, grupo, seja dos israelitas fiéis, seja dos maus, e até dos espíritos dos justos no mundo espiritual (NM 19, 20; 20:4; DT 23:1, DT 23:2, DT 23:3, DT 23:8; Juizes 20:2; 1. º Sam. 17:47; 1RS 8:14, 1RS 8:22; 1CR. 29:1, 20; 2CR. 1:5; 7:8; Neem. 8:17; 13:1; Judit 7:18; 8:21; Salmos 22:22, Salmos 22:25; 26:5; 35:18; 40:10; 89:7; 107:32; 149:1; PV 5:14; Eccli, 3:1; 15:5; 21:20; 24:2; 25:34; 31:11; 33:19; 38:37; 39:14; 44:15; Lam. 1:10; Joel 2:16; 1. º Mac. 2:50;3:13; 4:59; 5:16 e 14:19).


E- No Novo Testamento podemos encontrar a palavra com vários sentidos:

1) uma aglomeração heterogênea do povo: AT 7:38; AT 19:32, AT 19:39, AT 19:41 e HB 12:23.


2) uma assembleia ou comunidade local, de fiéis com ideias homogêneas, uma reunião organizada em sociedade, em que distinguimos:


a) - a comunidade em si, independente de local de reunião: MT 18:17 (2 vezes); AT 11:22; AT 12:5; AT 14:22; AT 15:41 e AT 16:5; l. ª Cor. 4:17; 6:4; 7:17; 11:16, 18,22; 14:4,5,12,19,23,28, 33,34,35; 2. a Cor. 8:18, 19,23,24; 11:8,28; 12:13; Filp. 4:15; 2. a Tess. 1:4; l. ª Tim. 3:5, 15; 5:6; Tiago 5:15; 3. a JO 6; AP 2:23 e AP 22:16.


b) - a comunidade estabelecida num local determinado, uma sociedade local: Antióquia, AT 11:26; AT 13:1; AT 14:27; AT 15:3; Asiáticas, l. ª Cor. 16:19; AP 1:4, AP 1:11, AP 1:20 (2 vezes); 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22; Babilônia, 1PE 5:13; Cencréia, RM 16. 1; Corinto, 1CO 1:2; 2CO 1:1; Êfeso, AT 20:17; AP 2:1; Esmirna, Apoç. 2:8; Filadélfia, AP 3:7; Galácia, 1CO 16. 1; GL 1:2; dos Gentios, RM 16:4; Jerusalém, AT 5:11; AT 8:1, AT 8:3; 12:1; 15:4,22:18:22; Judeia, AT 9:31; 1TS 2:14; GL 1:22; Laodicéia, CL 4:16; AP 3:14; Macedônia, 2CO 8:1; Pérgamo, AP 2:12; Roma, RM 16:16; Sardes, AP 3:1; Tessalônica, 1TS 1:1; 2TS 1:1; Tiatira, AP 2:18.


c) - a comunidade particular ou "centro" que se reúne em casa de família: RM 16:5, RM 16:23; 1CO 16:19; CL 4:15; Film. 2; 3 JO 9, 10.


3) A congregação ou assembleia de todos os que aceitam o Cristo como Enviado do Pai: MT 16:18; AT 20:28; 1CO 10:32; 1CO 12:28; 1CO 15:9; GL 1:13; EF 1:22; EF 3:10, EF 3:21:5:23,24,25,27,29,32; Filp. 3:6; CL 1:18, CL 1:24; HB 2:12 (citação do Salmo 22:22).


Anotemos, ainda, que em Tiago 2:2, a comunidade cristã é classificada de "sinagoga".


Concluímos desse estudo minucioso, que a palavra "igreja" não pode ser, hoje, a tradução do vocábulo ekklêsía; com efeito, esse termo exprime na atualidade.


1) a igreja católica-romana, com sua tríplice divisão bem nítida de a) militante (na Terra) ; b) sofredora (no "Purgatório") e c) triunfante (no "céu");


2) os templos em que se reúnem os fiéis católicos, com suas "imagens" e seu estilo arquitetônico especial.


Ora, na época de Jesus e dos primeiros cristãos, ekklêsía não possuía nenhum desses dois sentidos. O segundo, porque os cristãos ainda não haviam herdado os templos romanos pagãos, nem dispunham de meios financeiros para construí-los. E o primeiro porque só se conheciam, nessa época, as palestras de Jesus nas sinagogas judaicas, nos campos, nas montanhas, a beira-mar, ou então as reuniões informais nas casas de Pedro em Cafarnaum, de Simão o leproso em Betânia, de Levi, de Zaqueu em Jerusalém, e de outros afortunados que lhe deram hospedagem por amizade e admiração.


Após a crucificação de Jesus, Seus discípulos se reuniam nas casas particulares deles e de outros amigos, organizando em cada uma centros ou grupos de oração e de estudo, comunidades, pequenas algumas outras maiores, mas tudo sem pompa, sem rituais: sentados todos em torno da mesa das refeições, ali faziam em comum a ceia amorosa (agápê) com pão, vinho, frutas e mel, "em memória do Cristo e em ação de graças (eucaristia)" enquanto conversavam e trocavam ideias, recebendo os espíritos (profetizando), cada qual trazendo as recordações dos fatos presenciados, dos discursos ouvidos, dos ensinamentos decorados com amor, dos sublimes exemplos legados à posteridade.


Essas comunidades eram visitadas pelos "apóstolos" itinerantes, verdadeiros emissários do amor do Mestre. Presidiam a essas assembleias, "os mais velhos" (presbíteros). E, para manter a "unidade de crença" e evitar desvios, falsificações e personalismos no ensino legado (não havia imprensa!) eram eleitos "inspetores" (epíscopoi) que vigiavam a pureza dos ensinamentos. Essas eleições recaíam sobre criaturas de vida irrepreensível, firmeza de convicções e comprovado conhecimento dos preceitos de Jesus.


Por tudo isso, ressalta claro que não é possível aplicar a essa simplicidade despretensiosa dessas comunidades ou centros de fé, a denominação de "igrejas", palavra que variou totalmente na semântica.


Daí termos mantido, neste trecho do evangelho, a palavra original grega "ekklêsía", já que mesmo sua tradução "assembleia" não dá ideia perfeita e exata do significado da palavra ekklêsía daquela época.


Não encontramos outro termo para usar, embora a farta sinonímia à disposição: associação, comunidade, congregação, agremiação, reunião, instituição, instituto, organização, grei, aprisco (aulê), sinaxe, etc. A dificuldade consiste em dar o sentido de "agrupamento de todos os fiéis a Cristo" numa só palavra.


Fomos tentados a empregar "aprisco", empregado por Jesus mesmo com esse sentido (cfr. JO 10:1 e JO 10:16), mas sentimos que não ficava bem a frase "construirei meu aprisco".


Todavia, quando ekklêsía se refere a uma organização local de país, cidade ou mesmo de casa de fam ília, utilizaremos a palavra "comunidade", como tradução de ekklêsía, porque a correspondência é perfeita.


VERS. 18 b - "As portas do hades (pylai hádou) não prevalecerão contra ela".


O hades (em hebraico sheol) designava o hábitat dos desencarnados comuns, o "astral inferior" ("umbral", na linguagem espirítica) a que os latinos denominavam "lugar baixo": ínferus ou infernus. Digase, porém, que esse infernus (derivado da preposição infra) nada tem que ver com o sentido atual da palavra "inferno". Bastaria citar um exemplo, em Vergílio (En. 6, 106), onde o poeta narra ter Enéias penetrado exatamente as "portas do hades", inferni janua, encontrando aí (astral ou umbral) os romanos desencarnados que aguardavam a reencarnação (Na revista anual SPIRITVS - edição de 1964, n. º 1 -, nas páginas 16 a 19, há minucioso estudo a respeito de sheol ou hades. Edições Sabedoria).


O sentido das palavras citadas por Mateus é que os espíritos desencarnados do astral inferior não terão capacidade nem poder, por mais que se esforcem, para destruir a organização instituída por Cristo.


A metáfora "portas do hades" constitui uma sinédoque, isto é, a representação do todo pela parte.


VERS. 19 a - "Dar-te-ei as chaves do reino dos céus".


As chaves constituíam o símbolo da autoridade, representando a investidura num cargo de confiança.


Quando Isaías (Isaías 22:22) fala da designação de Eliaquim, filho de Hilquia, para prefeito do palácio, ele diz : "porei sobre seu ombro a chave da casa de David; ele abrirá e ninguém fechará, fechará e ningu ém abrirá". O Apocalipse (Apocalipse 3:7) aplica ao Cristo essa prerrogativa: "isto diz o Santo, o Verdadeiro, o que tem a chave de David, o que abre e ninguém fechará, o que fecha e ninguém abrirá". Em Lucas (11:52) aparece uma alusão do próprio Jesus a essa mesma figura: "ai de vós doutores da lei, porque tirastes as chaves da ciência: vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam".


VERS. 19 b - "O que ligares na Terra será ligado nos céus, e o que desligares na Terra será desligado nos céus".


Após a metáfora das chaves, o que se podia esperar, como complemento, era abrir e fechar (tal como em Isaías, texto que devia ser bem conhecido de Jesus), e nunca "ligar" e desligar", que surgem absolutamente fora de qualquer sequência lógica. Aliás é como esperávamos que as palavras foram colocadas nos lábios de Clemente Romano (bispo entre 100 e 130, em Roma): "Senhor Jesus Cristo, que deste as chaves do reino dos céus ateu emissário Pedro, meu mestre, e disseste: "o que abrires, fica aberto e o que fechares fica fechado" manda que se abram os ouvidos e olhos deste homem" - haper àn anoíxéis énéôitai, kaì haper àn kleíséis, kéklestai - (Martírio de Clemente, 9,1 - obra do 3. º ou 4. º século). Por que aí não teriam sido citadas as palavras que aparecem em Mateus: hò eàn dêséis... éstai dedeménon... kaí hò eàn lêsêis... éstai lelyménon?


Observemos, no entanto, que no local original dessa frase (MT 18:18), a expressão "ligar" e "desligar" se encaixa perfeitamente no contexto: aí se fala no perdão a quem erra, dando autoridade à comunidade para perdoar o culpado (e mantê-lo ligado ao aprisco) ou a solicitar-lhe a retirada (desligando-o da comunidade) no caso de rebeldia. Então, acrescenta: "tudo o que ligardes na Terra, será ligado nos céus, e tudo o que desligardes na Terra, será desligado nos céus". E logo a seguir vem a lição de "perdoar setenta vezes sete". E entendemos: se perdoarmos, nós desligamos de nós o adversário, livramonos dele; se não perdoarmos, nós o manteremos ligado a nós pelos laços do ódio e da vingança. E o que ligarmos ou desligarmos na Terra (como encarnados, "no caminho com ele", cfr. MT 5. 25), será ratificado na vida espiritual.


Daí a nítida impressão de que esse versículo foi realmente transportado, já pronto (apenas colocados os verbos no singular), do capítulo 18 para o 16 (em ambos os capítulos, o número do versículo é o mesmo: 18).


A hipótese de que este versículo (como os dois anteriores) foi interpolado, é baseada no fato de que não figuram em Marcos nem em Lucas, embora se trate claramente do mesmo episódio, e apesar de que esses dois evangelistas escreveram depois de Mateus, por conseguinte, já conheciam a redação desse apóstolo que conviveu com Jesus (Marcos e Lucas não conviveram). Acresce a circunstância de que Marcos ouviu o Evangelho pregado por Pedro (de quem parece que era sobrinho carnal, e a quem acompanhou depois de haver abandonado Paulo após sua primeira viagem apostólica. Marcos não podia ignorar uma passagem tão importante em relação a seu mestre e talvez tio. Desde Eusécio aparece como razão do silêncio de Marcos a humildade de Pedro, que em suas pregações não citava fatos que o engrandecessem. Mas não é admissível que Marcos ignorasse a cena; além disso, ele escreveu seu Evangelho após a desencarnação de Pedro: em que lhe ofenderia a modéstia, se dissesse a verdade total?


Mais ainda: seu Evangelho foi escrito para a comunidade de Roma; como silenciar um trecho de importância tão vital para os cristãos dessa metrópole? Não esqueçamos o testemunho de Papias (2,

15), discípulo pessoal do João o Evangelista, e portanto contemporâneo de Marcos, que escreveu: "Marcos numa coisa só teve cuidado: não omitir nada do que tinha ouvido e não mentir absolutamente" (Eusébio, Hist. Eccles. 3, 39).


E qual teria sido a razão do silêncio de Lucas? E por que motivo todo esse trecho não aparece citado em nenhum outro documento anterior a Marcion (meados do 2. º século) ?


Percorramos os primeiros escritos cristãos, verificando que a primeira citação é feita por Justino, que aparece como tendo vivido exatamente em 150 A. D.


1. DIDACHE (15,1) manda que os cristãos elejam seus inspetores (bispos) e ministros (diáconos). Nenhum aceno a uma hierarquia constituída por Jesus, e nenhuma palavra a respeito dos "mais velhos" (presbíteros).


2. CLEMENTE ROMANO (bispo de Roma no fim do 1. º e início do 2. º século), discípulo pessoal de Pedro e de Paulo (parece até que foi citado em FP 4:3) e terceiro sucessor de ambos no cargo de inspetor da comunidade de Roma. Em sua primeira epístola aos coríntios, quando fala da hierarquia da comunidade, diz que "Cristo vem da parte de Deus e os emissários (apóstolos) da parte de Cristo" (1. ª Clem. 42, 2). Apesar das numerosíssimas citações escriturísticas, Clemente não aproveita aqui a passagem de Mateus que estamos analisando, e que traria excelente apoio a suas palavras.


3. PAPIAS (que viveu entre o 1. º e o 2. º século) também nada tem em seus fragmentos.


4. INÁCIO (bispo entre 70 e 107), em sua Epístola aos Tralianos (3, 1) fala da indispensável hierarquia eclesiástica, mas não cita o trecho que viria a calhar.


5. CARTA A DIOGNETO, aliás comprovadamente a "Apologia de Quadrado dirigida ao Imperador Adriano", portanto do ano de 125/126 (cfr. Eusibio, Hist. Eccles. 4,3), nada fala.


6. EPÍSTOLA DE BARNABÉ (entre os anos 96 e 130), embora apócrifa, nada diz a respeito.


7. POLICARPO (69-155) nada tem em sua Epístola aos Filipenses.


8. O PASTOR, de Hermas, irmão de Pio, bispo de Roma entre 141 e 155, e citado por Paulo (RM 16:14). Em suas visões a igreja ocupa lugar de destaque. Na visão 3. ª, a torre, símbolo da igreja, é construída sobre as águas, mas, diz o Pastor a Hermas: "o fundamento sobre que assenta a torre é a palavra do Nome onipotente e glorioso". Na Parábola 9, 31 lemos que foi dada ordem de "edificar a torre sobre a Rocha e a Porta". E o trecho se estende sem a menor alusão ao texto que comentamos.


#fonte 9. JUSTINO (+ ou - ano 150) cita, pela vez primeira, esse texto (Diálogus, 100, 4) mas com ele só se preocupa em provar a filiação divina do Cristo.


10. IRINEU (bispo entre 180-190), em sua obra cita as mesmas palavras de Justino, deduzindo delas a filiação divina do Cristo (3, 18, 4).


11. ORÍGENES (184-254) é, historicamente, o primeiro que afirma que Pedro é a pedra fundamental da igreja (Hom. 5,4), embora mais tarde diga que Jesus "fundou a igreja sobre os doze apóstolos, representados por Pedro" (In Matt. 12, 10-14). Damos o resumo, porque o trecho é bastante longo.


12. TERTULIANO (160-220) escreve (Scorpiae, 10) que Jesus deu as chaves a Pedro e, por seu interm édio, à igreja (Petro et per eum Ecclesiae): a igreja é a depositária, Pedro é o Símbolo.


13. CIPRIANO (cerca 200-258) afirma (Epíst. 33,1) que Jesus, com essas palavras, estabeleceu a igreja fundamentada nos bispos.


14. HILÁRIO (cerca 310-368) escreve (De Trinit. 3, 36-37) que a igreja está fundamentada na profiss ão de fé na divindade de Cristo (super hanc igitur confessionis petram) e que essa fé tem as chaves do reino dos céus (haec fides Ecclesiae fundamentum est... haec fides regni caelestis habet claves). 15. AMBRÓSIO (337-397) escreve: "Pedro exerceu o primado da profissão de fé e não da honra (prirnaturn confessionis útique, non honóris), o primado da fé, não da hierarquia (primatum fídei, non órdinis)"; e logo a seguir: "é pois a fé que é o fundamento da igreja, porque não é da carne de Pedro, mas de sua fé que foi dito que as portas da morte não prevalecerão contra ela" (De Incarnationis Dorninicae Sacramento, 32 e 34). No entanto, no De Fide, 4, 56 e no De Virginitate, 105 - lemos que Pedro, ao receber esse nome, foi designado pelo Cristo como fundamento da igreja.


16. JOÃO CRISÓSTOMO (c. 345-407) explica que Pedro não deve seu nome a seus milagres, mas à sua profissão de fé (Hom. 2, In Inscriptionem Actorum, 6; Patrol. Graeca vol. 51, col. 86). E na Hom. 54,2 escreve que Cristo declara que construirá sua igreja "sobre essa pedra", e acrescenta" sobre essa profissão de fé".


17. JERÔNIMO (348-420) também apresenta duas opiniões. Ao escrever a Dâmaso (Epist. 15) deseja captar-lhe a proteção e diz que a igreja "está construída sobre a cátedra de Pedro". Mas no Comm. in Matt. (in loco) explica que a "pedra é Cristo" (in petram Christum); cfr. 1CO 10:4 "e essa pedra é Cristo".


18. AGOSTINHO (354-430) escreve: "eu disse alhures. falando de Pedro, que a igreja foi construída sobre ele como sobre uma pedra: ... mas vejo que muitas vezes depois (postea saepíssime) apliquei o super petram ao Cristo, em quem Pedro confirmou sua fé; como se Pedro - assim o chamou "a Pedra" - representasse a igreja construída sobre a Pedra; ... com efeito, não lhe foi dito "tu es Petra", mas "tu es Petrus". É o Cristo que é a Pedra. Simão, por havê-lo confessado como o faz toda a igreja, foi chamado Pedro. O leitor escolha qual dos dois sentidos é mais provável" (Retractationes 1, 21, 1).


Entretanto, Agostinho identifica Pedro com a pedra no Psalmus contra partem Donati, letra S; e na Enarratio in Psalmum 69, 4. Esses são os locais a que se refere nas Retractationes.


Mas no Sermo 76, 1 escreve: "O apóstolo Pedro é o símbolo da igreja única (Ecclesiae unicae typum);


... o Cristo é a pedra, e Pedro é o povo cristão. O Cristo lhe diz: tu és Pedro e sobre a pedra que professaste, sobre essa pedra que reconheceste, dizendo "Tu és o Cristo, o filho de Deus vivo", eu construirei minha igreja; isto é, eu construirei minha igreja sobre mim mesmo que sou o Filho de Deus. É sobre mim que eu te estabelecerei, e não sobre ti que eu me estabelecerei... Sim, Pedro foi estabelecido sobre a Pedra, e não a Pedra sobre Pedro".


Essa mesma doutrina aparece ainda em Sermo 244, 1 (fim): Sermo 270,2: Sermo 295, 1 e 2; Tractatus in Joannem, 50, 12; ibidem, 118,4 ibidem, 124. 5: De Agone Christiano, 32; Enarratio in Psalmum 108, 1.


Aí está o resultado das pesquisas sobre o texto tão discutido. Concluiremos como Agostinho, linhas acima: o leitor escolha a opinião que prefere.


O último versículo é comum aos três, embora com pequenas variantes na forma: Mateus: não dizer que Ele era o Cristo.


Marcos: não falar a respeito Dele.


Lucas: não dizer nada disso a ninguém.


Mas o sentido é o mesmo: qualquer divulgação a respeito do messianato poderia sublevar uma persegui ção das autoridades antes do tempo, impedindo o término da tarefa prevista.


Para a interpretação do sentido mais profundo, nada importam as discussões inócuas e vazias que desenvolvemos acima. Roma, Constantinopla, Jerusalém, Lhassa ou Meca são nomes que só têm expressão para a personagem humana que, em rápidas horas, termina, sob aplausos ou apupos, sua representação cênica no palco do plano físico.


Ao Espírito só interessa o ensino espiritual, revelado pela letra, mas registrado nos Livros Sagrados de qualquer Revelação divina. Se o texto foi interpolado é porque isso foi permitido pela Divindade que, carinhosamente cuida dos pássaros, dos insetos e das ervas do campo. Portanto, se uma interpolação foi permitida - voluntária ou não, com boas ou más intenções razão houve e há para isso, e algum resultado bom deve estar oculto sob esse fato. Não nos cabe discutir: aceitemos o texto tal como chegou até nós e dele extraiamos, pela meditação, o ensinamento que nos traz.


* * *

Embevecido pela beleza da paisagem circunstante, reveladora da Divindade que se manifesta através de tudo, Jesus - a individualidade - recolhe-se em prece. É nessa comunhão com o Todo, nesse mergulho no Cosmos, que surge o diálogo narrado pelos três sinópticos, mas completo apenas em Mateus que, neste passo, atinge as culminâncias da narração espiritual de João.


O trecho que temos aqui relatado é uma espécie de revisão, de exame da situação real dos discípulos por parte de Jesus, ou seja, dos veículos físicos (sobretudo do intelecto) por parte da individualidade.


Se vemos duas indagações na letra, ambas representam, na realidade, uma indagação só em duas etapas. Exprime uma experiência que visa a verificar até onde foi aquela personagem humana (em toda a narrativa, apesar do plural "eles", só aparece clara a figura de Simão Bar-Jonas). Teriam sido bem compreendidas as aulas sobre o Pão da Vida e sobre a Missão do Cristo de Deus? Estaria exata a noção e perfeita a União com a Consciência Cósmica, com o Cristo?


O resultado do exame foi satisfatório.


Analisemo-lo para nosso aprendizado.


Em primeiro lugar vem a pergunta: "Quem dizem os homens que eu sou"? Não se referia o Cristo aos" outros", mas ao próprio Pedro que, ali, simbolizava todos os que atingiram esse grau evolutivo, e que, ao chegar aí, passarão por exame idêntico (esta é uma das provações "iniciáticas"). A resposta de Pedro reflete a verdade: no período ilusório da personalidade nós confundimos o Cristo com manifestações de formas exteriores, e o julgamos ora João Batista, ora Elias, ora Jeremias ou qualquer outro grande vulto. Só percebemos formas e nomes ilusórios. Esse é um período longo e inçado de sonhos e desilusões sucessivas, cheio de altos e baixos, de entusiasmos e desânimos.


O Cristo insiste: "que pensais vós mesmos de mim"? ou seja, "e agora, no estágio atual, que é que você pensa de mim"?


Nesse ponto o Espírito abre-se em alegrias místicas incontroláveis e responde em êxtase: Tu és o Ungido, o Permeado pelo Som (Verbo, Pai) ... Tu és o Cristo Cósmico, o Filho de Deus Vivo, a Centelha da Luz Incriada, Deus verdadeiro proveniente do verdadeiro Deus!


Na realidade, Pedro CONHECEU o Cristo, e os Pais da Igreja primitiva tiveram toda a razão, quando citaram esse texto como prova da divindade do CRISTO, o Filho Unigênito de Deus. O Cristo Cósmico, Terceiro aspecto da Trindade, é realmente Deus em Sua terceira Manifestação, em Seu terceiro Aspecto, e é a Vida que vivificava Jesus, como vivifica a todas as outras coisas criadas. Mas em Sua pureza humana, em Sua humildade, Jesus deixava que a Divindade se expandisse através de Sua personalidade física. E Pedro CONHECEU o Cristo a brilhar iluminando tudo através de Jesus, como a nós compete conhecer a Centelha divina, o Eu Interno Profundo a cintilar através de nossa individualidade que vem penosamente evoluindo através de nossas personalidades transitórias de outras vidas e da atual, em que assumimos as características de uma personagem que está a representar seu papel no palco do mundo.


Simão CONHECEU o Cristo, e seu nome exprime uma das características indispensáveis para isso: "o que ouve" ou" o que obedece".


E como o conhecimento perfeito e total só existe quando se dá completa assimilação e unificação do conhecedor com o conhecido (nas Escrituras, o verbo "conhecer" exprime a união sexual, em que os dois corpos se tornam um só corpo, imagem da unificação da criatura com o Criador), esse conhecimento de Pedro revela sua unificação com o Cristo de Deus, que ele acabava de confessar.


O discípulo foi aprovado pelo Mestre, em cujas palavras transparece a alegria íntima e incontida, no elogio cheio de sonoridades divinas:

—"És feliz. Simão, Filho de Jonas"!


Como vemos, não é o Espírito, mas a personagem humana que recebe a bênção da aprovação. Realmente, só através da personalidade encarnada pode a individualidade eterna atingir as maiores altitudes espirituais. Se não fora assim, se fosse possível evoluir nos planos espirituais fora da matéria, a encarnação seria inútil. E nada há inútil em a natureza. Que o espírito só pode evoluir enquanto reencarnado na matéria - não lhe sendo possível isso enquanto desencarnado no "espaço" -, é doutrina firmada no Espiritismo: Pergunta 175a: "Não se seria mais feliz permanecendo no estado de espírito"?


Resposta: "Não, não: ficar-se-ia estacionário, e o que se quer é progredir para Deus". A Kardec, "O livro dos Espíritos". Então estava certo o elogio: feliz a personagem Simão ("que ouviu e obedeceu"), filho de Jonas, porque conseguiu em sua peregrinação terrena, atingir o ponto almejado, chegar à meta visada.


Mas o Cristo prossegue, esclarecendo que, embora conseguido esse passo decisivo no corpo físico, não foi esse corpo ("carne e sangue") que teve o encontro (cfr. A carne e o sangue não podem possuir o reino dos céus", 1CO 15:50). Foi, sim, o Espírito que se uniu à Centelha Divina, e o Pai que habita no âmago do coração é que revela a Verdade.


E continuam os esclarecimentos, no desenvolvimento de ensinos sublimes, embora em palavras rápidas

—não há prolixidade nem complicações em Deus, mas concisão e simplicidade - revelando-nos a todos as possibilidades ilimitadas que temos: - Eu te digo que tu és Pedro, e sobre essa pedra me edificarei a "ekklêsía".


Atingida a unificação, tornamo-nos conscientemente o Templo do Deus Vivo: nosso corpo é o Tabernáculo do Espirito Santo (cfr. RM 6 : 9, 11; 1CO 3:16, 1CO 3:17; 2CO 6:16: EF 2:22; 2TM 1:14; Tiago,

4:5). Ensina-nos então, o Cristo, que nós passamos a ser a "pedra" (o elemento material mineral no corpo físico) sobre a qual se edificará todo o edifício (templo) de nossa eterna construção espiritual.


Nossa personagem terrena, embora efêmera e transitória, é o fundamento físico da "ekklêsíia" crística, da edificação definitiva eterna (atemporal) e infinita (inespacial) do Eu Verdadeiro e divino.


Nesse ponto evolutivo, nada teremos que temer:

—As portas do hades, ou seja, as potências do astral e os veículos físicos (o externo e o interno) não mais nos atingirão com seus ataques, com suas limitações, com seus obstáculos, com seus "problemas" (no sentido etimológico). A personagem nossa - assim como as personagens alheias - não prevalecerá contra a individualidade, esse templo divino, construído sobre a pedra da fé, da União mística, da unificação com o Cristo, o Filho do Deus Vivo. Sem dúvida os veículos que nos conduzem no planeta e as organizações do pólo negativo tentam demolir o trabalho realizado. Será em vão. Nossos alicerces estão fixados sobre a Pedra, a Rocha eterna. As forças do Antissistema (Pietro Ubaldi Queda e Salvação") só podem alcançar as exterioridades, dos veículos físicos que vibram nos planos inferiores em que elas dominam. Mas o Eu unido a Deus, mergulhado em Deus (D-EU-S) é inatingível, intocável, porque sua frequência vibratória é altíssima: sintonizados com o Cristo, a Torre edificada sobre a Pedra é inabalável em seus alicerces.


E Cristo prossegue:

—"Dar-te-ei as chaves do reino dos céus".


Com essas chaves em nossas mãos, podemos abrir e fechar, entrar e sair, ligar-nos e desligar-nos, quando e quanto quisermos, porque já não é mais nosso eu pequeno personalístico que quer, (cfr. JO 5:30) pensa e age; mas tudo o que de nós parte, embora parecendo proveniente da personagem, provém realmente do Cristo ("já não sou mais eu que vivo, o Cristo é que vive em mim", Gál 2:20).


Com as chaves, podemos abrir as portas do "reino dos céus", isto é, de nosso coração. Podemos entrar e sair, para ligar-nos ao Cristo Cósmico na hora em que nosso ardor amoroso nos impele ao nosso Amado, ou para desligar-nos constrangidos a fim de atender às imprescindíveis e inadiáveis tarefas terrenas que nos competem. Por mais que pareçam ilógicas as palavras "ligar" e "desligar", após a sinédoque das chaves, são essas exatamente as palavras que revelam o segredo do ensinamento: estão perfeitamente encaixadas nesse contexto, embora não façam sentido para o intelecto personalístico que só entende a letra. Mas o Espírito penetra onde o intelecto esbarra (cfr. "o espírito age onde quer", JO 3:8). Com efeito, após o Encontro, o Reconhecimento e a União mística, somos capazes de, mesmo no meio da multidão, abrir com as nossas chaves a porta e penetrar no "reino dos céus" de nosso coração; somos capazes de ligar-nos e conviver sem interrupção com o nosso Amor.


E a frase é verdadeira mesmo em outros sentidos: tudo o que ligarmos ou desligarmos na Terra, através de nossa personalidade (da personagem que animamos) será automaticamente ligado ou desligad "nos céus", ou seja, nos planos do Espírito. Porque Cristo é UM conosco, é Ele que vive em nós, que pensa por nós, que age através de nós, já que nosso eu pequenino foi abolido, aniquilado, absorvido pelo Eu maior e verdadeiro; então todos os nossos pensamentos, nossas palavras, nossas ações terão repercussão no Espírito.


A última recomendação é de capital importância na prática: a ninguém devemos falar de nada disso.


O segredo da realização crística pertence exclusivamente à criatura que se unificou e ao Amado a quem nos unimos. Ainda aqui vale o exemplo da fusão de corpos no Amor: nenhum amante deixa transparecer a ouvidos estranhos os arrebatamentos amorosos usufruídos na intimidade; assim nenhum ser que se uniu ao Cristo deverá falar sobre os êxtases vividos em arroubos de amor, no quarto fechado (cfr. MT 6:6) do coração. Falar "disso" seria profanação, e os profanos não podem penetrar no templo iniciático do Conhecimento.


Isso faz-nos lembrar outra faceta deste ensinamento. Cristo utiliza-se de uma fraseologia tecnicamente especializada na arquitetura (que veremos surgir, mais explícita, posteriormente, quando comentarmos MT 21:42, MC 12:10 e LC 20:17).


Ensina-nos o Cristo que será "edificada" por Ele, sobre a "Pedra", a ekklêsía, isto é, o "Templo".


Ora, sabemos que, desde a mais remota antiguidade, os templos possuem forma arquitetônica especial.


Na fachada aparecem duas figuras geométricas: um triângulo superposto a um quadrilátero, para ensinamento dos profanos.


Profanos é formado de PRO = "diante de", e FANUM = "templo". O termo originou-se do costume da Grécia antiga, em que as cerimônias religiosas exotéricas eram todas realizadas para o grande público, na praça que havia sempre na frente dos templos, diante das fachadas. Os profanos, então, eram aqueles que estavam "diante dos templos", e tinham que aprender certas verdades básicas. Ao aprendê-las, eram então admitidos a penetrar no templo, iniciando sua jornada de espiritualização, e aprendendo conhecimentos esotéricos. Daí serem chamados INICIADOS, isto é, já tinham começado o caminho.


Depois de permanecerem o tempo indispensável nesse curso, eram então submetidos a exames e provas.


Se fossem achados aptos no aprendizado tornavam-se ADEPTOS (isto é: AD + APTUS). A esses é que se refere Jesus naquela frase citada por Lucas "todo aquele que é diplomado é como seu mestre" (LC 6:40; veja vol. 3). Os Adeptos eram os diplomados, em virtude de seu conhecimento teórico e prático da espiritualidade.


O ensino revelado pela fachada é que o HOMEM é constituído, enquanto crucificado na carne, por uma tríade superior, a Individualidade eterna, - que deve dominar e dirigir o quaternário (inferior só porque está por baixo) da personagem encarnada, com seus veículos físicos. Quando o profano chega a compreender isso e a viver na prática esse ensinamento, já está pronto para iniciar sua jornada, penetrando no templo.


No entanto, o interior dos templos (os construídos por arquitetos que conheciam esses segredos). o interior difere totalmente da fachada: tem suas naves em arco romano, cujo ponto chave é a "pedra angular", o Cristo (cfr. MT 21:42,. MC 12:10; LC 20:17,. EF 2:20; 1PE 2:7; e no Antigo: JÓ 38:6; Salmo 118:22: IS 28:16, JR 51:26 e ZC 4:7).


Sabemos todos que o ângulo da pedra angular é que estabelece a "medida áurea" do arco, e portanto de toda a construção do templo. Assim, os que já entram no templo ("quem tem olhos de ver, que veja"!) podem perceber o prosseguimento do ensino: o Cristo Divino é a base da medida de nossa individualidade, e só partindo Dele, com Ele, por Ele e Nele é que podemos edificar o "nosso" Templo eterno.


Infelizmente não cabem aqui as provas matemáticas desses cálculos iniciáticos, já conhecidos por Pit ágoras seis séculos antes de Cristo.


Mas não queremos finalizar sem uma anotação: na Idade Média, justamente na época e no ambiente em que floresciam em maior número os místicos, o arco romano cedeu lugar à ogiva gótica, o "arco sextavado", que indica mais claramente a subida evolutiva. Aqui, também, os cálculos matemáticos nos elucidariam muito. Sem esquecer que, ao lado dos templos, se erguia a torre...


Quantas maravilhas nos ensinam os Evangelhos em sua simplicidade! ...


Corte do PANTEON de Roma, mostrando a arquitetura iniciática, com as medidas áureas

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
SEÇÃO III

O TESTEMUNHO NA JUDÉIA E SAMARIA
Atos 8:1-12.25

Esta seção descreve o esforço missionário da igreja "em toda a Judéia e Samaria" (1.8). Atos 8 fala de Filipe em Samaria, e do seu testemunho ao eunuco etíope. Atos 9 fala da conversão de Saulo, e de Pedro em Lida e Jope. Atos 10 registra a visão de Pedro (em Jope) e a conversão de Cornélio (em Cesaréia). Atos 11 descre-ve a defesa de Pedro e os cristãos em Antioquia. Atos 12 conta a libertação de Pedro e a morte de Herodes. Todos os acontecimentos tiveram lugar na Judéia ou em Samaria (exceto em Atos 11:19-30;).

A. TESTEMUNHANDO EM SAMARIA, Atos 8:1-25

A pregação do Evangelho em Samaria definiu uma transição da missão judaica para a missão dos gentios. Os samaritanos eram uma raça mestiça, uma mistura de judeus e gentios. Portanto, era lógico que o primeiro passo fora da Judéia devesse ser em Samaria, imediatamente ao norte.

1. Saulo, o Perseguidor (8:1-3)

A primeira frase de Atos 8.1 — E também Saulo consentiu na morte dele — na ver-dade pertence ao capítulo anterior, pois se refere ao apedrejamento de Estêvão. Consen-tiu, no original, é uma construção com particípio, "que denota não um ato momentâneo... mas uma ação continuada ou habitual".' O verbo significa "concordar, agir de acordo com os assassinos (Lc 11:48; Rm 1:32-1 Co 7, 12-13) e não meramente consentir ou aprovar o assassinato".2 Morte não é a palavra grega habitual, thanatos, mas anairesis (somente aqui no NT), que significa "uma destruição, um assassinato, um homicídio".3 A diferença de thanatos (morte) é significativa. O jovem rabino Saulo estava dando a sua aprovação oficial ao assassinato de um mártir inocente.

Naquele dia é o significado exato do original. O uso exato desta frase no Novo Testamento (e.g., Mt 13:1-22.
23) sugere que aqui significa "naquele mesmo dia" do

apedrejamento de Estêvão. Parece que este evento deu início à grande perseguição dos crentes em Jerusalém. É apenas a segunda vez que o termo igreja (aplicado aos cris-tãos) é encontrado aqui no livro de Atos (cf. Atos 5.11), mas ele aparece 22 vezes no restante do livro.

O resultado da perseguição foi que todos os discípulos foram dispersos nesta primei-ra diáspora cristã. A dispersão forçada levou-os às terras da Judéia e de Samaria — como descrito nos capítulos 8:12.

A frase exceto os apóstolos parece estranha. Pode parecer que os líderes estariam correndo um perigo maior de serem mortos. Duas ou três explicações podem ser oferecidas. A primeira é que os apóstolos eram todos judeus e tinham a estima geral do "povo"

(Atos 5.13). Pode ter acontecido que os helênicos, representados por Estêvão, fossem o objeto particular da perseguição. Em segundo lugar, pode-se supor que os apóstolos consideravam como seu dever permanecer em Jerusalém, independentemente das conseqüências.

O corpo de Estêvão foi sepultado por alguns varões piedosos (2). Estes eram cristãos ou judeus não cristãos? Meyer pensa que eles eram "judeus religiosos que, com a sua consciência piedosa (comp. ii.
5) e com unia inclinação secreta ao cristianismo, tiveram a coragem de honrar a inocência daquele que tinha sido apedrejado".4 Gloag concorda que provavelmente "os piedosos mencionados aqui eram amigos e admiradores, que não reconheciam abertamente ser cristãos".5 De qualquer forma, a lei exigia que o criminoso executado fosse sepultado (Dt 21:22-23). Para cumprir a lei, José de Arimatéia e Nicodemos — que não eram discípulos confessos de Jesus — sepultaram o corpo de Cristo. Aqueles que cuidaram do corpo de Estêvão fizeram sobre ele gran-de pranto. A palavra grega para pranto (somente aqui no NT) significa literalmente "um golpe na cabeça e no peito". Esta era uma maneira tipicamente oriental de de-monstrar grande pesar.

Saulo, mais enfurecido que inibido pela visão da morte de Estêvão, assolava a igreja (3). O verbo (somente aqui no NT) é usado na Septuaginta para referir-se a um javali selvagem que devasta uma vinha (e.g., Sl 80:13). Não satisfeito em prender as pessoas nos lugares públicos, o zeloso jovem rabino invadia as casas particulares. "Arrastar" é uma "antiga forma de uma palavra que significa "rebocar, puxar violentamente".6 Saulo estava arrastando furiosamente homens e mulheres à prisão.

2. Filipe em Samaria (8:4-8)

Aqueles que tinham sido dispersos pela perseguição (cf.
1) iam por toda parte (4). Uma tradução mais precisa é "passavam de um lugar para outro" (ASV). O verbo grego é um termo favorito de Lucas, que usa-o dez vezes em seu Evangelho e vinte e duas vezes no livro de Atos — de um total de 42 ocorrências. No livro de Atos, é usado para descrever uma atividade missionária da igreja.

Aonde quer que fossem, estes leigos — cf. "exceto os apóstolos" (1) — estavam anun-ciando a palavra. O verbo euangelizo é um outro termo favorito de Lucas. Ele usa-o aproximadamente na metade do total das ocorrências no Novo Testamento. Com o signi-ficado de "anunciando novidades jubilosas", é uma palavra que se encaixa perfeitamente para descrever a pregação do Evangelho, por estes missionários do século I.

Dos sete homens escolhidos para cuidar dos assuntos materiais da igreja (6:1-6), dois representaram papéis importantes. Estêvão tornou-se o primeiro mártir. Filipe (5) foi o primeiro a ser chamado de "evangelista" (Atos 21:8). Este capítulo conta o início dos seus esforços para evangelizar.

Ele desceu a Samaria (5). Embora Samaria esteja ao norte da Judéia, na mente dos judeus, as pessoas sempre "subiam" a Jerusalém e "desciam" dali para qualquer outro lugar. Samaria era um local lógico para iniciar a missão evangelística do mundo cristão. Como diz Macgregor: "Os samaritanos formaram uma casa no meio do caminho entre o mundo judaico e o mundo gentílico":

Descendo Filipe à cidade de Samaria. No Antigo Testamento, Samaria é o nome da capital do Reino no Norte de Israel, embora às vezes a palavra se refira à nação. Mas, no Novo Testamento, o termo normalmente se refere ao distrito localizado entre a Judéia, ao sul, e a Galiléia, ao norte (ver o mapa 1). A velha cidade de Samaria foi reconstruída por Herodes o Grande, e chamada Sebaste — o equivalente grego ao termo latino "Augusto". Isto ainda se conserva no nome da atual vila Sebastiyeh, que está situada no antigo monte Samaria. Mas Josefo indica que, no século I, Sebaste foi algumas vezes mencionada como Samaria.8Assim, não há necessariamente qualquer anacronismo aqui.' Filipe pregava. Esta palavra é kerysso, "anunciar" ou "proclamar como um arauto", e não euangelizo (cf. 4). Para os samaritanos, ele "estava proclamando" (imperfeito de uma ação continua) Cristo — lit., o Cristo; i.e., "o Messias". Os samaritanos, juntamente com os judeus, estavam procurando o Messias que viria (Jo 4:25).

Os ouvintes de Filipe prestavam atenção (6) ao que ele anunciava. Eles ouviam as palavras que ele dizia e viam os sinais (trad. literal) que ele realizava. A realização de milagres representou um papel importante no ministério de Jesus e no início da evangelização dos judeus e samaritanos. Paulo declarou: "Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria" 1Co 1:22). Quando a pregação do Evangelho penetrou no mundo dos gentios, a realização de milagres passou a ter menos importância.

Estes "sinais" consistiam principalmente em expulsar espíritos imundos (demônios) e curar os enfermos e aflitos (7). Muitos paralíticos e coxos é a tradução literal do grego (cf. Phillips).

O resultado desta manifestação de poder divino foi grande alegria naquela cidade (8). Quando Deus nos abençoa, segue-se sempre um período de regozijo.

3. Filipe e Simão (8:9-13)

Havia um triste contraste para esta alegria quase universal. Um certo homem cha-mado Simão, tinha iludido a gente de Samaria com sua arte mágica. Ele afirmava ser uma grande personagem. Os habitantes da cidade, desde o mais pequeno até o maior (10), acreditavam neste charlatão e diziam: Este é a grande virtude de Deus. O texto grego diz: "Este homem é o poder de Deus, que se chama — Grande" (cf. ASV). Os rabinos algumas vezes se referiam a Deus como "O Poder". Houve muitas discussões se isto tudo reflete um ponto de vista pagão ou uma educação hebraica. Uma vez que os samaritanos são uma raça mestiça, é perfeitamente possível que eles tenham misturado conceitos teológicos, e que a resposta para o debate seja "ambas as coisas".

O povo tinha consideração por este falso mágico (11). O texto grego diz "dar atenção" — exatamente a mesma forma dos versículos 6:10. Por muito tempo [Simão] os ha-via iludido com artes mágicas — literalmente, "maravilhado-os com sua arte mágica".

Mas agora eles acreditavam em Filipe (12). Ele lhes pregava (evangelizava) acerca do Reino de Deus — como João Batista e Jesus tinham feito. Filipe estava agora também pregando em nome de Jesus Cristo. A salvação só se dá por meio do nome de Jesus Cristo, o "Salvador" (cf. Atos 4:12).

Aqueles que criam se batizavam. Isto mostra que eles não dependiam mais da ade-são fiel à lei como meio de salvação, mas que podiam depositar a sua total confiança em Cristo. Os crentes consistiam tanto em homens como mulheres.
Surpreendentemente, até mesmo o próprio Simão creu (13). De modo inevitável, surge a questão se isto era fé genuína em Jesus Cristo ou meramente uma concordância mental às verdades do cristianismo. A favor da fé genuína há o fato de que a mesma palavra é usada no versículo 12. Certamente, Simão mostrou toda a aparência visível de ser um crente sincero, pois foi batizado, e Filipe aceitou sua conversão como sendo sincera. Além do mais, ele ficou, de contínuo, com Filipe. O verbo é forte, significando "acompanhar constantemente, continuar firme".10 Vendo os sinais — lit., "sinais e po-deres" — que estavam sendo realizados, ele ficou atônito, ou "maravilhado".

Sobre a natureza da conversão de Simão, Meyer tem a dizer: "Na verdade ele foi, pela pregação e pelos sinais de Filipe, movido pela fé em Jesus Cristo como o Messias. Mas a sua fé era somente histórica e intelectual, sem ter como resultado urna mudança de vida interior"."

4. O Pentecostes Samaritano (Atos 8:14-17)

Quando os apóstolos... em Jerusalém (14) souberam o que tinha acontecido em Samaria, enviaram Pedro e João para examinarem a situação. Estes dois homens esta-vam intimamente associados a algumas das primeiras atividades descritas no livro de Atos (Atos 3:4). Mas João não é mencionado novamente no livro.

Quando os dois apóstolos chegaram, oraram pelos samaritanos para que recebes-sem o Espírito Santo (15). Está claro que estes novos convertidos, embora definitiva-mente salvos pela fé em Jesus Cristo e já batizados (12), não tinham recebido o Espírito Santo. Era necessário que lhes acontecesse a mesma experiência que tiveram os 120 no cenáculo no dia de Pentecostes.

O fato de que, embora convertidos e batizados nas águas, os samaritanos ainda não tinham sido batizados com o Espírito Santo (cf. Mt 3:11) está ainda ressaltado entre parênteses. Lucas explica por que os apóstolos oraram daquela forma: Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus (16). O texto grego sugere que eles continuavam (tempo im-perfeito) no estado de ter sido batizados nas águas (particípio perfeito). Eles ainda não tinham experimentado, pessoalmente, o Pentecostes. Aqui com certeza se reflete clara-mente o entendimento de Lucas de que o dom do Espírito Santo é uma experiência subseqüente à conversão.

Pedro e João lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo (17).

Muitos estudiosos sustentam que a referência não é ao recebimento do Espírito Santo em si, mas sim à concessão dos miraculosos dons do Espírito. Mas não é o que a narrativa diz. Ela declara claramente: receberam o Espírito Santo. Parece estar implícito que houve algumas manifestações exteriores relacionadas a este fato, através da afirma-ção, no versículo seguinte, de que Simão estava ciente daquilo que havia acontecido. No entanto, na narrativa não existe nenhuma menção ao falar em línguas.

Knowling objeta contra a interpretação de Espírito Santo significando aqui dons especiais do Espírito. Ele diz: "Em um livro tão marcado pela obra do Espírito Santo... édifícil acreditar que Lucas possa querer limitar a expressão lambanein [receber] aqui... a qualquer coisa menos do que o derramamento daquele Espírito que passaria a habitar dentro de cada crente, e que torna o cristão o templo de Deus".'

Esta passagem do livro de Atos é muito significativa. Os samaritanos foram conver-tidos a Cristo por meio da pregação de Filipe e, em uma ocasião posterior, foram cheios do Espírito Santo sob o ministério de Pedro e João. Para eles, sem dúvida, o recebimento do Espírito foi um fato subseqüente à conversão.

Pode-se perguntar por que Filipe, que estava cheio do Espírito (cf. Atos 6:3-5), não pôde concluir este trabalho sem a vinda de Pedro e João. A resposta provavelmente é que era necessário estabelecer a unidade da Igreja de Jesus Cristo, no início, por meio deste ato de autoridade apostólica. Não deveria haver movimentos separados surgindo aqui e ali, mas sim uma Igreja unida, fundada pelos homens que Jesus encarregou desta tarefa.

5. Simão e a Simonia (Atos 8:18-24)

Simonia — uma palavra derivada deste incidente — significa a compra ou a venda de ofícios eclesiásticos, ou autoridade eclesiástica. E Simão, vendo que o Espírito Santo era dado pela imposição das mãos dos apóstolos... lhes ofereceu dinhei-ro (18) para que compartilhassem com ele o poder de derramar ou conceder o Espírito (19) Esta mágica era muito melhor do que qualquer coisa que ele possuía! Ele queria manter o seu controle sobre o povo. Em resposta, Pedro disse a Simão: O teu dinheiro seja contigo para perdição (9) Isto poderia ser interpretado como uma oração para que o seu dinheiro, que amea-çava trazer-lhe a destruição, pudesse acabar. Knowling diz: "Estas palavras não são uma maldição nem uma imprecação, como é evidente no versículo 22, mas sim uma expressão veemente de horror por parte de Pedro, uma expressão que poderia advertir Simão de que ele estava no caminho da destruição"." Após observar outras interpretações, Alexander conclui: "A verdadeira solução parece ser que Pedro falou com uma autoridade divina direta, e também que o pedido deve ser qualificado pela exortação contida no versículo 22".' Ele acrescenta: "O pecado e a loucura da oferta do mágico não estão meramente na idéia de subornar a Deus, mas em comprar o que, pela sua própria natureza, só poderia ser uma dádiva gratuita".15

Pedro continuou afirmando: Tu não tens parte nem sorte nesta palavra (21). Parte indica uma divisão ou porção. Sorte significa o que é obtido lançando sortes, ou seja, uma parte designada. A palavra grega para palavra ou "ministério" é logos, que literalmente significa "palavra". Hackett prefere essa tradução e explica o seu significa-do: "A doutrina ou o Evangelho, que nós pregamos".16 Este é o sentido transmitido pela versão Siríaca Peshita (século V), onde se lê "em sua fé". Mas logos pode significar "o que é falado sobre", e desta forma "assunto, caso, coisa".'

Pedro também declarou: O teu coração não é reto — lit., "direito", e também, em um sentido moral, "franco' — diante de Deus. Isto mostra que se Simão havia passado por uma verdadeira conversão, o que parece estar implícito no versículo 13, o amor pelo dinheiro agora havia feito com que ele se desviasse. Ele não era mais sincero, e nenhum homem pode ser salvo sem ser sincero.

Mas não era tarde demais para Simão ser perdoado. Pedro o advertiu, dizendo: Ar-repende-te... dessa tua iniqüidade e ora — "pedir, suplicar"" — a Deus," para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração (22). Porventura parece sugerir uma incerteza quanto à possibilidade de Simão poder ser perdoado. Mas o texto grego diz literalmente "se por isso"; i.e., como um resultado por seu arrependimento. A única incerteza — e era muito real — era se Simão se arrependeria. Aparente-mente, ele não o fez. Gloag se expressa bem: "Pedro aqui... não expressa dúvida sobre o perdão de Deus, nem a limitação da sua misericórdia; a dúvida se refere ao arrependi-mento de Simão"?'

A palavra grega para pensamento (somente aqui no NT) origina-se do verbo "continuar". Sendo assim, ela significa um "plano" consciente ou um "projeto"?' uma "trama"."

Pedro continuou descrevendo Simão como estando literalmente em (eis) fel de amar-gura, e... laço de iniqüidade (23). Bruce escreve: "No papiro, eis é usado desse modo após einai, expressa destino"?' Sugeriu-se que Simão caiu neste estado. Meyer parafra-seia a passagem da seguinte forma: "Eu o reconheço como um homem que caiu em amar-ga animosidade contra o Evangelho, como em fel, e em iniqüidade como em grilhões cingidos"?' Gloag diz: "Fel aqui significa 'veneno', como — de acordo com a opinião dos antigos — o veneno das serpentes que residia em seu fel"."

A reação de Simão aos avisos de Pedro não dá evidências de um verdadeiro arrepen-dimento. Ele não estava preocupado com o seu pecado, mas somente com as suas conseqüências. Pedro o instruiu a orar a Deus na esperança de ser perdoado (22). Agora Simão pede aos apóstolos para orarem (a mesma palavra contida no v. 22) para que nenhuma das coisas mencionadas por Pedro venha sobre ele (24). Não havia no coração de Simão uma tristeza devido ao pecado, mas somente o temor pela sua própria segurança.

Em Simão, vemos (Atos 8:8-13, 18-24) "Um candidato inaceitável para o batismo com o Espírito Santo". 1. Simão foi rejeitado porque teve uma concepção errada do preço a ser pago (18,
20) ; 2. Ele teve um motivo errado para buscar o Espírito Santo (19) ; 3. Seu coração não era reto aos olhos de Deus (21-23). (G.B. Williamson)

6. Samaria Evangelizada (Atos 8:25)

Este versículo parece constituir um parágrafo intermediário entre o precedente e o seguinte. Tendo eles — provavelmente Pedro e João — testificado (testemunhado completamente) e falado (no texto grego, simplesmente "falado") a palavra do Se-nhor, voltaram para Jerusalém. A última parte deste versículo tem dois imperfeitos, portanto lê-se literalmente "eles estavam retornando para Jerusalém e estavam evangelizando muitas aldeias de samaritanos". Isto dá a idéia de uma campanha contí-nua de evangelização durante a prolongada viagem de volta.

O companheiro evangelista de Pedro era o mesmo João que uma vez desejou invocar o fogo do céu para destruir uma aldeia de samaritanos (Lc 9:52-56). Jesus o repreendeu por ter um espírito errado. Mas agora, depois do Pentecostes, ele tinha o Espírito de Cristo. Gloag sabiamente observa: "Agora, ele invocava um tipo diferente de fogo que pudesse descer do céu sobre os samaritanos — o fogo do Espírito Santo"."

B. TESTEMUNHANDO AO EUNUCO ETÍOPE, Atos 8:26-40

Filipe era um evangelista versátil, cheio do Espírito e guiado pelo Espírito. Ele podia pregar para grandes multidões em um "avivamento que alcançasse uma cidade inteira". Mas ele também podia realizar um trabalho pessoal com um único indivíduo em uma estrada deserta. A eternidade pode revelar que, quanto aos seus resultados finais, a segun-da destas atividades era tão fértil quanto a primeira. A lição essencial a ser aprendida é que, quando o Espírito Santo nos impele a levar algum ministério a outros, Ele nos dá o poder necessário para cumprirmos a missão. Onde Deus guia, Deus provê. Outra lição é que, aos olhos do Senhor, nenhuma tarefa orientada pelo Espírito é pequena. Somente a onisciência divina pode antever os resultados dos poucos momentos de um testemunho dado a uma pessoa cujo coração o Espírito Santo preparou para acolher este testemunho.

1. Um Peregrino Buscando a Deus (8:26-31)

No meio das atividades de Filipe na cidade samaritana, com muitos convertidos para cuidar, o anjo — lit., "um anjo" — do Senhor chamou-o para uma nova tarefa. O contexto sugere que esta é uma outra maneira de dizer que o Espírito conduziu-o (cf. 29, 39). A ordem era: Levanta-te — tempo aoristo de ação imediata — e vai — tempo imperfeito de ação continua, "ir" — para a banda do sul (26). No único outro ponto do Novo Testamento em que aparece a palavra grega para sul, ela é traduzida como "meio-dia" (22.6). Alguns estudiosos preferem esta tradução. Mas "para a banda do sul" parece ser o significado correto da frase.

Filipe devia ir ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que estava deserto. Gaza estava a cerca de 96 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Era a cidade mais ao sul da Palestina, quase na fronteira do Egito (ver o mapa 1). Nos tempos do Antigo Testamen-to, era uma das cinco cidades dos filisteus. Que está deserto pode referir-se ao cami-nho; ou seja, "Pegue a estrada deserta", em vez de uma outra rota. Esta é a opinião de Schuerer28 e Gloag." Mas Lake e Cadbury empregaram a frase à cidade. A antiga Gaza, que estava situada a aproximadamente quatro quilômetros do Mediterrâneo, foi destruída por Alexandre o Grande (332 a.C.) e ainda estava deserta. Poderia muito bem ser chama-da deserto de Gaza. A nova Gaza Helênica ficava na costa.' Bruce aceita esta interpreta-ção.' Em qualquer caso, a missão envolvia diversos dias de viagem. Talvez fossem 56 quilômetros de Samaria a Jerusalém e cerca de 96 quilômetros a mais para Gaza.

Filipe levantou-se e foi (27). Os dois verbos estão no tempo aoristo e sugerem obediência imediata. Como ele foi imediatamente, encontrou um homem. Se tivesse de-morado por qualquer razão, Filipe teria perdido seu encontro divino com o eunuco.

Seguindo orientações divinas, Filipe viu um etíope, que tinha ido a Jerusalém para adoração, ou "em peregrinação", e estava agora voltando. Etiópia era o nome de um reino no Nilo, entre a atual Assuã e Khartoum. A maioria dos estudiosos atuais reconhece que a referência aqui não é à Abissínia, hoje conhecida comumente como Etiópia. Entretan-to, o Westminster Dictionary of the Bible afirma que a profecia de Salmos 68:31 — "A Etiópia cedo estenderá para Deus as suas mãos" — "foi cumprida com a conversão do eunuco etíope (At 8:26-40) e a introdução do Evangelho na Abissínia"."

O viajante que Filipe encontrou era um eunuco," mordomo-mor (ou alto official) de Candace, rainha dos etíopes. A lei mosaica proibia um eunuco de ser membro da congre-gação do Senhor (Dt 23:1). Mas a proibição parece ter sido suspensa posteriormente (Is 56:3-5). Mordomo-mor é dynastes, que significa "príncipe". Candace era um título, como Faraó. Lake e Cadbury observam: "O título era dado à rainha-mãe, chefe real do governo".' O eunuco era superintendente de todos os seus tesouros, portanto, um ho-mem de alto cargo e grande responsabilidade.

Como um homem digno de sua posição, o eunuco tinha um dos melhores meios de transporte da época. Assentado no seu carro [uma carruagem], lia o profeta Isaías

(28). Pergaminhos escritos à mão eram raros e dispendiosos, mas ele era um homem rico e podia tê-los. De acordo com os costumes da época, ele lia em voz alta, pois Filipe o ouviu (30). Os rabinos determinavam que a Lei devia ser lida em voz alta por quem estivesse viajando."

Em obediência à voz interior do Espírito (29), Filipe correu (30) para emparelhar-se ao carro. Ouvindo o eunuco ler o pergaminho de Isaías, ele perguntou: Entendes tu o que lês? — uma questão pertinente em qualquer época. Entendes significa literalmen-te: "Você conhece?" Que lês significa literalmente: "Você conhece novamente". Há um jogo de palavras em grego que não pode ser convertido para o nosso idioma. Estes dois verbos aparecem juntos em II Coríntios 3:2 — "conhecida e lida por todos os homens".

A resposta do eunuco etíope foi quase patética: Como poderei entender, se al-guém me não ensinar? (31) Ensinar é o mesmo verbo usado por Jesus em João 16:13 como "guiar" — "Quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a ver-dade". Filipe, cheio do Espírito, era capaz de dar orientações sobre as Escrituras.

Ávido por aprender o verdadeiro significado da passagem profética, o eunuco rogou que Filipe subisse à carruagem. O verbo rogou (parakaleo) é muito forte, significando "exigiu" ou "suplicou"."

2. Uma Profecia Incomum (Atos 8:32-33)

A expressão O lugar da Escritura (32) pode ser traduzida como "a passagem da Escritura". Lugar (perioche, somente aqui no NT) é a palavra usada pelos pais da igreja para as lições das Escrituras que são lidas em público. Literalmente significa "uma por-ção circunscrita, uma seção".'

A citação em 32-33 foi copiada quase literalmente da Septuaginta de Isaías 53:7-8, e é uma parte de uma das "Canções do Servo" de Isaías, encontrada em um importante capítulo messiânico do Antigo Testamento. A profecia, Assim não abriu a sua boca, foi cumprida quando Jesus "nada respondeu", quando foi falsamente acusado perante Pilatos (Mt 27:12). A frase difícil, foi tirado o seu julgamento, provavelmente signi-fica: "lhe negaram justiça" (RSV). Gloag assim a interpreta: "O seu julgamento — o julgamento que lhe era devido — os seus direitos de justiça — lhe foram negados por seus inimigos"."

A próxima frase, quem contará a sua geração?, tem causado mais dificuldades. Gloag opina que ela significa: Quem deveria "expor a maldade de seus contemporâne-os?" Mas Meyer diz que, embora anteriormente sustentasse aquela opinião," ele defi-nitivamente escolheria esta interpretação: "Quão indescritivelmente grande é a multi-dão daqueles que pertencem a Ele".41 A frase final, porque a sua vida é tirada da terra, reconhecidamente parece se adequar melhor à primeira destas explicações do que à segunda.

3. Um Pregador Cheio do Espírito (Atos 8:34-40)

A questão que preocupava o eunuco etíope era: de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro? (34). Lumby escreve: "Alguns dos judeus interpretaram esta passagem como tratando de um profeta sofredor, mas geralmente ela se aplicava à nação sofredora".42 O eunuco pareceu sentir que ela deveria ser aplicada a um indivíduo. Mas a quem?

Filipe estava à altura das exigências da situação. Abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus (35). Esta era a resposta. O Servo sofredor do Senhor, de quem Isaías falara, não era nenhum outro senão Jesus, o Messias escolhido por Deus.

Sem dúvida, a carruagem já havia percorrido uma grande distância enquanto Filipe comentava a passagem de Isaías e revelava Jesus. Finalmente, chegaram ao pé de alguma água (36), e o eunuco solicitou o batismo. Talvez Filipe tivesse repetido as pala-vras de Pedro no dia de Pentecostes: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados..." (2.38).

O versículo 37 é a teologia sólida do Novo testamento, mas é omitido nas versões revisadas porque não está nos melhores e mais antigos manuscritos gregos. Talvez re-presente uma tradição autêntica, mas tem todo o aspecto de ser uma nota explicativa, adicionada por algum escriba para fornecer uma resposta à questão do versículo 36 e, por fim, encontrar seu caminho dentro do texto.

O eunuco mandou parar o carro (38), enquanto ele e Filipe desceram para um lago ou riacho. A água corrente era considerada preferível para o batismo cristão na 1greja Primitiva (Didache 7.1).

Quando os dois homens saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe (39). Ele desapareceu. O eunuco... jubiloso, continuou o seu caminho, como todos fazem quando encontram Cristo como Salvador. Este é um contraste com o jovem governante rico, que "retirou-se triste" (Mt 19:22).

Filipe se achou — i.e., apareceu — em Azoto (40). Esta é a Asdode do Antigo Testamento, uma das cinco cidades dos filisteus. Estava situada cerca de 32 quilômetros ao norte de Gaza, a mais ou menos metade do caminho entre aquela cidade e Jope (ver o mapa 1). Em seu caminho para o norte, pela costa, Filipe anunciava o evangelho em todas as cidades — lit„ "ia evangelizando todas as cidades". Estas incluiriam Lida e Jope, onde os crentes são mencionados logo depois disso (9:32-42). Filipe evangelizou as cidades litorâneas no extremo norte, como Cesaréia, onde o encontramos na próxima vez em que aparece no livro de Atos (21.8). Esta cidade foi construída por Herodes o Grande, e pas-sou a chamar-se Cesaréia Sebaste em honra ao Imperador Augusto de Roma. Concluída em aproximadamente 13 a.C., foi a sede do governo romano na Judéia nos dias de Jesus.

Este capítulo pode ser usado para enfatizar a importância dos "Dois Tipos de Evangelização": evangelização em massa (4-25) e evangelização pessoal (26-40). Sob a primeira, se destacam: 1. O método é pregar (5) ; 2. A mensagem é Cristo (5) ; 3. O motivo é que as pessoas sejam salvas e santificadas (12-17). Sob a evangelização pessoal, cha-mamos a atenção para: 1. A importância da obediência imediata (27, ver comentários) ; 2. A oportunidade oferecida (27-29) ; 3. O lugar da Escritura profética (30-32) ; 4. A interpre-tação da passagem, (34-35) ; 5. A aplicação à necessidade pessoal (36-39).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Atos Capítulo 8 versículo 6
Havia hostilidade entre os judeus e os samaritanos, a quem aqueles consideravam semipagãos (Jo 4:9,; ver Samaria na Concordância Temática).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
*

8.3 Saulo, porém, assolava a igreja. O verbo grego é enfático, e significa não somente perseguição, mas um esforço para destruir a igreja.

* 8.4 dispersos... pregando a palavra. Através da perseguição, a mensagem foi espalhada mais longe e mais rapidamente (11.19). Como disse Tertuliano, “o sangue dos cristãos é a semente da igreja”.

* 8.9 Simão. Simão, o mago, é freqüentemente mencionado em antigos escritos fora da Bíblia como sendo o arquinimigo da igreja e um dos líderes da heresia gnóstica. O gnosticismo (nome que vem da palavra grega gnosis,que significa “conhecimento”), ensinava que uma pessoa ganhava a salvação não pelo mérito da morte de Jesus pelos pecadores, mas por conhecimento especial a respeito de Deus. Justino o Mártir (morto cerca de 165 d.C.), ele próprio um samaritano, diz que quase todos os samaritanos consideravam Simão o supremo deus (o “Grande Poder”, v.10). Irineu (morto cerca de 180 d.C.), que escreveu extensivamente sobre os gnósticos, considera Simão como uma das fontes dessas heresias. Embora o Simão do v. 9 possa ter sido outro Simão, os pais da igreja igualam os dois, e o contexto de 8:9-11 (seu caráter e a atitude dos samaritanos a respeito dele) certamente indicam os dois como a mesma pessoa.

* 8.15 recebessem o Espírito Santo. Os crentes samaritanos, até este ponto, não haviam recebido a evidência da dinâmica presença interior do Espírito Santo, embora, como crentes, o Espírito Santo estivesse habitando neles (Rm 8:9). Não nos é dito qual a evidência que o Espírito concedia.

*

8.22,23. Pelas suas palavras e ações, Simão comprovou que não cria em Cristo. Ele ainda estava “em fel de amargura” (cf. Dt. 29.18; Hb 12:15) e “laço de iniqüidade’’ (ver Rm 6:16; 8:8). Uma profissão de fé sem arrependimento é inválida.

* 8.27 eunuco. A palavra refere-se ou a um oficial emasculado, pertencente à corte real, ou a um alto oficial do governo. A Etiópia bíblica (ou Cuxe) é a remota área sul do Egito, incluindo partes da moderna Eritréia, Etiópia e Sudão.

Candace. O título da rainha-mãe, que governava em lugar de seu filho. Acreditava-se que ele era sagrado demais para ser envolvido em negócios seculares.

* 8.28 lendo... Isaías. Se o etíope estivesse lendo a passagem sobre a misericórdia do Senhor para com os eunucos (Is 56:3-5; conforme Dt 23:1), teria sido natural para ele ler também Is 53 (v. 35, nota).

* 8.30 ouviu-o. Nos tempos antigos, as pessoas normalmente liam em voz alta.

*

8.35 anunciou-lhe a Jesus. Filipe começou de Is 53 e identificou o servo na passagem como o Servo Sofredor, Jesus. Lucas dá a entender que ele continuou em outras passagens do Antigo Testamento, para identificar Jesus como o Messias.

* 8:40

Azoto. É a Asdode do Antigo Testamento (1Sm 5:1), uma das cinco cidades filistéias, cerca de 32 km ao norte de Gaza e 96 km ao sul de Cesaréia, na costa. Filipe pregava o evangelho em todas as cidades ao longo da costa, até chegar a Cesaréia, uma grande cidade que Herodes o Grande tinha reconstruído (perto da torre de Estratão). Tinha um excelente porto que Herodes expandiu para importante tráfego marítimo (21.8), e servia como quartel general para os procuradores romanos tais como Pilatos, Félix (23.33-24,4) e Festo (25.6). Filipe deve ter se radicado em Cesaréia, porque anos depois ele ainda residia lá (21.8).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
8.1-4 A perseguição forçou aos cristãos para que saíssem de Jerusalém e fossem a Judea e Samaria; dessa maneira se cumpria a segunda parte do recente mandato do Jesus (veja-se 1.8). A perseguição ajudou à difusão do evangelho. O sofrimento dos crentes traria grandes resultados para Deus.

8:4 A perseguição obrigou aos crentes a abandonar seus lares em Jerusalém e a que o evangelho fora com eles. Freqüentemente devemos nos sentir molestos antes de querer nos mover. Ao melhor não desejemos esta experiência, mas o desconforto pode ser uma das melhores costure para nós porque Deus pode trabalhar através de nossos sofrimentos.

A próxima vez que se sinta tentado a queixar-se do desconforto ou das circunstâncias dolorosas, detenha-se e pergunte-se se ao melhor Deus o está preparando para uma missão especial.

8:5 Não se refere ao Felipe o apóstolo (veja-se Jo 1:43-44), a não ser a um judeu de fala grega, "cheio de fé e do Espírito Santo", um dos sete diáconos escolhidos para ajudar na distribuição dos mantimentos na igreja (Jo 6:5).

8:5 o Israel se dividia em três regiões principais: Galilea no norte, Samaria no centro e Judea no sul. A cidade da Samaria (na região do mesmo nome) chegou a ser a capital do norte do reino do Israel nos dias do reino dividido, antes de sua conquista por Assíria em 722 a.C. Durante esta guerra, o rei assírio levou muitos cativos, deixando sozinho aos mais pobres e repovoando a terra com estrangeiros. Estes contraíram matrimônio judeus que ficaram e esta raça mista originou aos samaritanos. Os judeus "puros" do reino do sul do Judá, consideravam os samaritanos como meia casta e se odiavam mutuamente. Mas Jesus foi a Samaria (João
4) e mandou a seus seguidores que pulverizassem o evangelho até ali (1.8).

8:7 Jesus enfrentou e jogou fora muitos demônios durante seu ministério na terra. Aos demônios, ou espíritos malignos, controla-os Satanás. Talvez são anjos cansados que se uniram a Satanás em sua rebelião contra Deus e podem obter que uma pessoa seja muda, surda, cega ou doente. Também tentam às pessoas para que peque. Apesar de seu poder, não podem ler nossa mente nem podem estar em distintos lugares ao mesmo tempo. Os demônios são reais e estão ativos, mas Jesus tem autoridade sobre eles e delegou sua autoridade a seus seguidores. Apesar de que permite que Satanás obre em nosso mundo, Deus tem o controle total. Seu poder pode jogar fora demônios e terminar com sua obra destrutiva nas vidas das pessoas. Ao final, Satanás e seus demônios serão confinados para sempre, terminando sua obra maligna no mundo (Ap 20:10).

8.9-11 Nos dias da igreja primitiva, os feiticeiros e magos eram numerosos e influentes. Faziam maravilhas, efetuavam sanidades e exorcismos, e praticavam a astrologia. Suas magias possivelmente eram simples truques ou os feiticeiros receberam algum poder de Satanás (Mt 24:24; 2Ts 2:9).

Simón realizou muitas maravilhas ao grau que até alguns pensavam que era o Messías, mas seus poderes não vinham de Deus (veja-se 8:18-24).

8:14 A fim de descobrir se os samaritanos eram verdadeiros crentes, enviaram ao Pedro e João a investigar. Os cristãos judeus, inclusive os apóstolos, duvidavam ainda se os gentis (os que não eram judeus) e os meio judeus podiam receber ao Espírito Santo. E não foi mas sim até que Pedro teve sua experiência com o Cornelio (capítulo
10) que os apóstolos se convenceram por completo de que o Espírito Santo era para todos. Foi João o que perguntou ao Jesus se podiam mandar fogo do céu para que descendesse e destruíra a uma aldeia samaritana que recusou recebê-los (Lc 9:51-55). Agora Pedro e ele foram aos samaritanos para orar com eles.

MINISTÉRIO DO Felipe: Para escapar da perseguição em Jerusalém, Felipe fugiu a Samaria onde continuou pregando o evangelho. Enquanto esteve ali, um anjo o conduziu a um funcionário etíope que se encontrava no caminho entre Jerusalém e Gaza. Este funcionário se converteu ao cristianismo antes de prosseguir seu caminho a Etiópia. Felipe foi açoito a Cesarea.

8.15-17 Este era um momento crucial na extensão do evangelho e o crescimento da Igreja. Os apóstolos, Pedro e João, tiveram que ir a Samaria para evitar que este novo grupo de crentes se separasse de outros crentes. Quando Pedro e João viram o Espírito Santo obrando nesta gente, tiveram a certeza de que o Espírito Santo obrava através de todos os crentes: gentis, raças mistas e também judeus "puros".

8.15-17 Muitos eruditos acreditam que Deus decidiu que a plenitude de seu Espírito viesse de forma dramática e em sinal deste momento particular da história: a difusão do evangelho na Samaria pela capitalista e eficaz predicación dos crentes. Pelo general, o Espírito Santo entra na vida de uma pessoa no momento da conversão. Este foi um acontecimento especial. O derramamento do Espírito aconteceria de novo com o Cornelio e sua família (10.44-47), uma demonstração de que os gentis incircuncisos podiam receber o evangelho.

8.18-23 "Tudo tem seu preço" parece ser certo em nosso mundo de subornos, riqueza e materialismo. Simón pensou que podia comprar o poder do Espírito Santo, mas Pedro o censurou com dureza. A única maneira de receber ao Espírito Santo é fazer o que Pedro disse ao Simón: arrepender do pecado, pedir perdão a Deus e ser cheio com seu Espírito. Nenhuma quantidade de dinheiro pode comprar a salvação, o perdão de pecado nem o poder de Deus que se obtêm mediante o arrependimento e a fé em Cristo como Senhor e Salvador.

8:24 Recorda a última vez em que um familiar ou amigo o censurou asperamente? sentiu-se ferido? Colérico? Defensivo? Aprenda uma lição do Simón e sua reação à censura do Pedro. Exclamou: "Roguem vós por mim ao Senhor". Se o repreenderem por um engano grave, é para seu bem. Admita sua falta, arrependa-se imediatamente e peça oração.

8:26 O ministério do Felipe com as grandes multidões na Samaria era de êxito (8.5-8), entretanto, obedientemente deixou esse ministério para ir a um caminho desértico. devido a que Felipe foi aonde Deus o enviou, Etiópia se abriu ao evangelho. Dependa da direção de Deus embora esta pareça sem sentido. Pudesse ser que não entenda seus planos ao princípio, mas os resultados provarão que os caminhos do Senhor são retos.

8:27 Etiópia está na África, ao sul do Egito. É óbvio que o eunuco estava muito dedicado a Deus porque percorreu uma grande distancia para adorar em Jerusalém. Em épocas passadas, os judeus tiveram contato com Etiópia (conhecida como Qs; Sl 68:31; Jr 38:7), de maneira que este homem possivelmente era um gentil convertido ao judaísmo. Como estava sobre os tesouros de Etiópia, sua conversão lhe permitiu levar o cristianismo até as estruturas de poder de outro governo. Este é o começo do testemunho "até o último da terra" (Jr_1:8). Vejam-nas profecias em Is 56:3-5 sobre estrangeiros e eunucos.

8.29-35 Felipe achou ao etíope lendo as Escrituras e aproveitou essa oportunidade para lhe explicar o evangelho, lhe perguntando se entendia o que lia. Felipe: (1) dependeu da direção do Espírito, (2) começou o diálogo de onde o homem estava (imerso nas profecias do Isaías), e (3) explicou como Jesucristo cumpriu as profecias do Isaías. Quando anunciamos o evangelho, devêssemos começar onde a outra pessoa está concentrada. Logo podemos relacionar o evangelho com essas preocupações.

8.30, 31 O eunuco pediu ao Felipe que lhe explicasse uma passagem das Escrituras que não entendia. Quando não entendermos a Bíblia, devemos procurar a ajuda de outros. Não devemos permitir que nossa insegurança ou orgulho se interponha na compreensão da Palavra de Deus.

8:35 Alguns pensam que o Antigo Testamento não tem relevância hoje em dia, mas Felipe guiou a este homem à fé no Jesucristo usando as Escrituras do Antigo Testamento. Ao Jesucristo o achamos tanto nas páginas do Antigo como nas do Novo Testamentos. Toda a Palavra de Deus tem aplicação a cada pessoa de todas as épocas. Não devemos ser negligentes no uso do Antigo Testamento, porque é também a Palavra de Deus.

8:38 O batismo é um sinal de identificação com Cristo e sua comunidade. Entretanto, não houve testemunhas ao redor do Felipe, o importante era que o eunuco se batizasse.

8:39, 40 por que o Espírito transportou de repente ao Felipe a uma cidade diferente? Este sinal milagroso mostrou a urgência de levar aos gentis a acreditar em Cristo.

Açoito era uma das antigas capitais de Filistéia. Talvez Felipe viveu na Cesarea os seguintes vinte anos (21.8).

MISSIONÁRIOS DO NOVO TESTAMENTO E SUAS VIAGENS

Felipe: Um dos primeiros em pregar o evangelho fora de Jerusalém 8:4-40

Pedro e João: Visitar os novos crentes na Samaria para animá-los 8:14-25

Paulo (viaje a Damasco): Determinou capturar cristãos, mas Cristo o capturou a ele 9:1-25

Pedro: Deus o guiou a uma das primeiras famílias gentis em converter-se ao cristianismo: a família do Cornelio 9:32-10.48

Bernabé: Foi a Antioquía para respirar, viajou ao Troas para levar ao Paulo a Jerusalém desde a Antioquía 11:25-30

Bernabé, Paulo, João Marcos: Deixaram Antioquía para ir ao Chipre, Panfilia e Galacia na primeira viagem missionária 13 1:14-28

Bernabé e João Marcos: depois de separar-se do Paulo, deixaram Antioquía para ir ao Chipre : 15:36-41 Paulo, Silas, Timoteo, Lucas: Deixaram Antioquía para voltar a visitar as Iglesias na Galacia, logo se dirigiram a Ásia, Macedônia e Acaya em uma segunda viagem missionária 15:36-18.22

Apolos: Deixou Alejandría para dirigir-se ao Efeso; conheceu o evangelho completo com a ajuda da Aquila e Priscila; pregou em Atenas e Corinto 18:24-28

Paulo, Timoteo, Erasto: Terceira viagem missionária onde visita de novo as Iglesias da Galacia, Ásia, Macedônia e Acaya18.23; 19:1-21.14


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
IX. Primeira dispersão da Igreja (At 8:1)

1 E também Saulo consentiu na morte dele.

E se levantou naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria, exceto os apóstolos. 2 E uns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram grande pranto sobre Ec 3:1 Saulo porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres os entregava à prisão.

4 No entanto os que foram dispersos pregando a palavra.

Antes do incidente desse registro, a evangelização cristã, desde o Pentecostes, tinha sido confinado a Jerusalém, tanto quanto sabemos. Lá também não parece haver qualquer evidência bíblica de que os "apóstolos", como ainda imaginou a sua responsabilidade para a evangelização mundial. Na verdade Cristo tinha encomendado assim eles (Mt 28:18 ; At 1:8 ). A lei judaica proibia luto público com a morte de um criminoso condenado. Assim, a grande lamentação sobre Estevão deu testemunho de sua inocência e a ilegalidade do seu martírio. Também não era o corpo de um criminoso enterrado pelo judaísmo oficial (ver enterro de Cristo, Mt 27:57. ; Jo 19:28 ).

Era morte heróica e gloriosa de Estevão, que quebrou as barras de ferro de legalismo judaico e emancipado do evangelho de Cristo para a divulgação mundial. O grão de trigo caiu no chão e morreu, e ele trouxe muito fruto (Jo 12:24 ). Estevão significa "coroa", e, assim, ele foi o primeiro a usar a "coroa de mártir cristã" (ver Ap 2:10 ). Ele tinha "dormido" que um grande despertar espiritual pode ocorrer. Deus enterra Seus obreiros, mas sua obra continua.

A morte de Estevão foi seguido pela primeira organizada, sistemática perseguição, concertada dos discípulos, o que parece ter sido dirigida principalmente contra os cristãos helenistas que tinha apanhado o maior visão do evangelho de Estevão. Sob o impacto da perseguição, os discípulos estavam dispersos (até agora tinham se concentrado em Jerusalém) pelas regiões da Judéia e Samaria, exceto os apóstolos . Esta divulgação estava de acordo com a ordem de Cristo (Mt 10:23 ), e não para a segurança dos discípulos, mas para a propagação do Evangelho. Vale ressaltar que os apóstolos são excetuados na dispersão: exceto os apóstolos (v. At 8:1 ). "Certamente a cólera do homem redundará em teu louvor: O resíduo da cólera tu cingirá sobre ti [conter]" (Sl 76:10. ).

B. Filipe eo MISSÃO Samaritano (8: 5-13)

O autor de Atos parece destacar, de entre as muitas atividades de testemunho dos discípulos dispersos sob a terrível perseguição de Saul, o caso de Felipe como um exemplo do tenor daqueles discípulos.

1. O Ministério da Felipe (At 8:5 . Exatamente o que cidade de Samaria Filipe foi para, se Sebaste capital ou possivelmente Sicar, não é certo, nem importante. Pode ter sido o último, onde Cristo viu a mulher samaritana e muitos outros convertidos (Jo 4:3 ). É, evidentemente, era um centro populoso, e representou a transição do evangelho dos judeus para os gentios. Os samaritanos eram um povo judaico-Gentile racialmente mistos, e tão vira-lata na religião.Consequentemente, eles foram mais desprezados pelos judeus que eram os gentios. Felipe de ir até a cidade de Samaria indica apenas a maior importância de Jerusalém, e não elevação geográfica. Lá, ele pregou a estes samaritanos Cristo como o Messias, a quem eles esperavam, tanto das Escrituras judaicas de que dispunham e do ministério antes de Cristo entre eles.

2. A resposta dos samaritanos (At 8:6 ), o cumprimento daquelas Escrituras e das suas esperanças pessoais, que a fé foi confirmada por as manifestações de acompanhamento do poder divino e aprovação nos milagres realizados entre eles através de Felipe (conforme 1Co 1:5 , Mt 4:25 ). Lucas, que era médico e, portanto, bem qualificado para julgar a natureza dos males do seu tempo, tanto aqui como no caso do Gadarene (ver Lc 8:26 ), refere-se claramente à possessão demoníaca. Em segundo lugar , o autor claramente diferencia, nesta passagem, entre possessão demoníaca e da doença de aflições paralisia cerebral e de claudicação, ambas as quais posteriormente são curadas, enquanto a primeira é expulso. Não admira que deveria ter havido muita alegria nos corações e casas de indivíduos emancipados e curadas restaurados à normalidade. O evangelho forjado benefícios sociais e econômicos, bem como física e espiritual.

4. O caso do Simon the Sorcerer (8: 9-13)

9 E estava ali um certo homem, chamado Simão, que vinha exercendo naquela cidade a arte mágica, e tinha iludido o povo de Samaria e dizendo ser ele uma grande personagem: 10 Ao qual todos atendiam, desde o menor até o maior, dizendo: Este é o Poder de Deus que se chama Grande. 11 E eles deram ouvidos a ele, porque já desde muito tempo os havia iludido com artes mágicas. 12 Mas, quando creram em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus e o nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres. 13 E creu até o próprio Simão e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e vendo os sinais e grandes milagres realizados, ele ficou surpreso.

Basta notar que esta Simon foi um dos muitos bruxos oportunistas da terra no seu dia que se aproveitou da expectativa predominante de um Messias popularizada pelos judeus da diáspora e jogou em cima da credulidade das pessoas com as práticas de prestidigitação, malabarismo, e adivinhação. Provavelmente um superpsychic, bem como um malandro e um demônio-traficante, este homem tinha por muito tempo espantado os samaritanos e os manteve vinculado, nos termos de suas magias de feitiçaria.Essas magias foram validados, nas mentes das pessoas, por sua pretensão de ser uma grande personagem . Na verdade, ele professou divindade, e muitas lendas infundadas sobre ele cresceu até mesmo na igreja. O próprio Simão foi condenado à consternação pelos verdadeiros milagres e maravilhas operadas através de Felipe, e, em seguida, motivada por maus desejos egoístas, ele professou a fé em Cristo, foi batizado e por um tempo seguido Felipe e estudados mais diligentemente os sinais e grandes milagres operados por Felipe (v. At 8:13)

Vale ressaltar que os apóstolos foram exceção na dispersão dos discípulos sob perseguição no martírio de Estêvão (v. At 8:1)

14 Os apóstolos, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João;

A notícia do recebimento do evangelho de Cristo pelos samaritanos era realmente memorável. A palavra indica uma espécie de viragem nacional a Cristo e não apenas um revival em uma determinada cidade. A reunião do apostolado em Jerusalém foi imediatamente chamado, e decisão oficial foi feito para despachar Pedro e João para Samaria com plenos poderes para agir em qualquer capacidade que considerado sábio no interesse da igreja. Esta é a primeira ação deste tipo registrada dos apóstolos de Jerusalém.

2. Confirmação Os Apóstolos "( 8: 15-17)

15 que, quando eles desceram, oraram por eles, para que recebessem o Espírito Santo: 16 Porque ainda ele estava caído com nenhum deles. só eles tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus 17 Então lhes impuseram suas mãos sobre eles, e eles receberam o Espírito Santo.

A maioria das autoridades parecem concordar que a missão de Pedro e João para Samaria era consagrar ou ordenar, através da imposição das mãos e oração do lado humano, e por meio dos dons especiais do Espírito Santo no lado divino, alguns dos samaritanos para o serviço cristão especial para seu próprio povo. Embora isso possa ser verdade, não se pode negar que com a manifestação do Espírito Santo, a qualquer título, há sempre a eficácia santificadora da santidade de Sua presença pessoal. Se os samaritanos foram santificados nesta ocasião ou outra, eles foram santificados pelo Espírito Santo (At 15:8 ). Assim, os apóstolos reconhecido, aprovado, e confirmou que Deus tinha visitado com a salvação dos samaritanos também.

3. Os Apóstolos "Repreensão de Simon (8: 18-24)

18 E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos o Espírito Santo foi dado, ele ofereceu-lhes dinheiro, 19 dizendo: Dai-me também este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos, receba o Espírito Santo. 20 Mas Pedro disse-lhe: A tua prata contigo à perdição, pois cuidaste obter o dom de Deus com dinheiro. 21 Tu não tens parte nem sorte neste ministério. porque o teu coração não é reto diante de Deus 22 Arrependei-vos, portanto, de dessa tua maldade, e roga ao Senhor para que, talvez, o pensamento do teu coração te seja perdoado. 23 Pois vejo que estás em fel de amargura, e em laço de iniqüidade. 24 E Simão, respondendo, disse: Orai vós por me ao Senhor, que nenhuma das coisas que haveis dito venha sobre mim.

Os versículos 18:24 apresentar o verdadeiro caráter de um outro impostor que, como Ananias, desejado conexões cristãs e poderes divinos por razões egoístas. Ele havia surpreendido anteriormente as pessoas com a sua magia e feitiçaria, antes de professar o cristianismo. Se ele pudesse, mas obter estes dons especiais do Espírito Santo pela imposição das mãos dos apóstolos, ele seria capaz de substituir seus antigos práticas e competências e, assim, sua fama e fortuna iria crescer muito. Ele faz o seu pedido, e Pedro, percebendo a maldade do seu coração, oferece-lhe a repreensão fulminante contidas nos versículos 20 , 21 e 23 , e, em seguida, exorta-o ao verdadeiro arrependimento e fervorosa oração a Deus por perdão. Simon, ainda pensando magicamente, pede as orações de Pedro, não para a salvação, mas que ele pode escapar a consequente julgamento de seu mal (v. At 8:24 ). Lucas não relacionar a sequela, e nós somos deixados para conjecturar o resultado.

4. Os Apóstolos "Evangelização (At 8:25)

25 Eles, pois, havendo testificado e falado a palavra do Senhor, voltaram para Jerusalém, e pregou o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos.

Assim iluminado e inspirado pela visitação dos samaritanos com a salvação de Deus eram Pedro e João, que, como eles voltaram para Jerusalém, eles se engajaram na evangelização das aldeias de as próprias pessoas a quem Tiago e João, uma vez pedi ao Mestre para que a permissão "bid descer fogo do céu e os consuma. "

CONVERT AFRICANO PRIMEIRA X. A IGREJA DO (At 8:26 , 40)

Quando Deus tem uma missão especial a cumprir, Ele não nomear alguém que está sentado de braços cruzados à espera de algo para fazer, mas escolhe um que está ativamente engajado na tarefa em mãos. Felipe era tal, e ele tornou-se o mensageiro de Deus para a empresa missionária especial em relação ao nobre etíope. Já observamos Felipe engajados na evangelização bem sucedida dos samaritanos. Poderosos milagres e conversões poderosas estavam ocorrendo sob o seu ministério entre as pessoas, até que poderia ser dito que Samaria recebera a palavra de Deus (v. At 8:14 ). Da mesma forma, após essa missão foi concluída, Felipe ... passando por ... pregou o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia (v. At 8:40 ).

1. Comissão do Mensageiro (At 8:26)

26 Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza: o do mesmo é deserto.

Parece mais incomum que Deus deveria ter encomendado Filipe, que estava sendo usado com sucesso na evangelização dos samaritanos, para deixar seus trabalhos lá entre as multidões de coração com fome e partem para um deserto despovoado no sul da Palestina. Desde há várias estradas que levam a Gaza, e Deus conhecia bem a estrada sobre a qual o nobre iria retornar à sua terra natal a partir de Jerusalém, ele especifica a Filipe a rota exata a seguir, o caminho que desce de Jerusalém para Gaza . É sempre mais seguro para seguir Suas orientações.

2. A obediência do Mensageiro (At 8:27 com notas marginais). Este oficial importante era, evidentemente, um judeu de religião que tinha sido a Jerusalém para adorar no templo. Ele provavelmente era apenas um adepto do portão . Ele estava voltando e lendo a caminho da profecia de Isaías. Ele claramente esperava que o Messias, como todos os judeus fizeram. Esta foi a oportunidade de Filipe!

4. Abordagem do Mensageiro (At 8:29 , 30)

29 E disse o Espírito a Filipe: Chega, e juntar-te a esse carro. 30 E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?

Felipe, cuja fé em Deus tinha sido recompensado na constatação da fome-hearted etíope, foi rápido em responder ao Espírito de inspiração de ir perto, e juntar-te a esse carro (v. At 8:29)

O nobre tinha adorado em Jerusalém e, possivelmente, estava presente no dia de Pentecostes. Ele teve de ler o conhecimento das Escrituras judaicas, muito provavelmente na versão Alexandrino grego (Septuaginta), e foi em busca sincera do Messias.

1. Bewilderment do candidato (At 8:31 , 33)

32 Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta:

Ele foi levado como a ovelha ao matadouro;

E como um cordeiro diante do que o tosquia é mudo,

Assim, ele não abriu a sua boca;

33 Na sua humilhação seu juízo foi tirado:

Sua geração, que deve declarar?

Porque a sua vida é tirada da terra.

O ponto de seu interesse bíblico foi muito oportuna. Ele falou ao seu coração de julgamento vergonhoso de Cristo diante de Pilatos: Foi levado como a ovelha ao matadouro ; dos seus sofrimentos não-retaliação: assim ele não abriu a sua boca ; da ignomínia e da injustiça do tratamento concedido Ele: em sua humilhação [sofrimentos] seu juízo foi tirado [ou, Ele foi negada justiça]; da maldade incomensurável de seus opositores e assassinos: Sua geração que declarará [ou declarar a sua maldade]; e da Sua morte:sua vida é tirada da terra . Tal registro é suficiente para despertar o interesse moral e espiritual de qualquer alma sincera.

4. O Seeker Pergunta (At 8:34)

34 E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? de si mesmo, ou de algum outro?

A altura de interesse tornou-se tão grande na mente do homem nobre que ele rompeu com uma demanda por uma explicação. Este é sempre o ponto crucial em lidar com o buscador sincero a Deus. É só o homem que conhece a si mesmo Deus que pode levar outro a Cristo neste momento. Felipe pacientemente e meticulosamente aguardava este momento. O relógio tinha atingido, e agora era a vez de Felipe e voltar-se para falar, e ele falou na temporada.

C. DO PRONTO INSTRUTOR (8: 35-37)

Há muitos que se pode falar de religião, mas são poucos os que realmente conseguem instruir os homens em um relacionamento de poupança com o Senhor Jesus Cristo, como fez Felipe em lidar com o etíope.

1. Sabedoria do evangelista (At 8:35 ).

2. A mensagem do evangelista (At 8:35)

36 E, quando iam a caminho, chegaram ao pé de alguma água; e disse o eunuco: Eis aqui é água; que impede que eu seja batizado?

Embora omitido pela American Standard Version, a ReiTiago 5ersion inclui versículo 37 , onde se lê, em parte: O pedido da Ethiopian para o batismo expressa em suas palavras: "Eu creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus." Eis aqui água; o que impede que eu seja batizado ? indica que a instrução de Felipe na salvação, mesmo que o sinal externo do batismo nas águas, tinha sido completa, talvez até muito além da conversa gravada em Atos. Ele também indica a autenticidade e sinceridade da conversão do homem.Mas Felipe, ansioso por um compromisso profundo e confissão aberto de Cristo, respondeu: "Se crês de todo o teu coração, tu podes." Felipe queria nenhuma conversão a meio caminho de um homem que gostaria de voltar a seus compatriotas pagãos com uma oportunidade para uma ampla e testemunha vital com Cristo. Sua confissão aberta: "Eu creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus," totalmente satisfeito, o evangelista de sua conversão completa para Cristo. "Pois com o coração se crê para a justiça; e com a boca se confessa a respeito da salvação "( Rm 10:10 ).

D. O convertido ALEGRE (8: 38-40)

Esforços evangelísticos pessoais de Filipe levou o etíope a fé sincera em Cristo, uma confissão aberto de Cristo, e um alegre experiência com Cristo.

1. Batismo do Convert (At 8:38)

38 E mandou parar o carro para ficar parado, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco; eo batizou.

O batismo do etíope revela quatro coisas: primeiro , que a salvação pessoal precede o batismo de água (. ver v At 8:37 ); segundo , que o batismo era uma prática reconhecida da Igreja apostólica (Mt 28:19. ); terceiro , que o desempenho do rito do batismo não se restringiu aos apóstolos, uma vez que Felipe foi, mas um evangelista leigo; e quarta , que o batismo nas águas, quer por imersão ou de outra forma, mas era um sinal exterior ou testemunho do trabalho inner-alma da graça.

2. Desaparecimento do evangelista (At 8:39)

40 Mas Filipe se achou em Azoto e, indo passando, pregou o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia.

A expressão, Mas Filipe se achou em Azoto , destina-se a transmitir a idéia, Wesley pensa, que "Provavelmente nenhum viu-lo de seu deixando o eunuco, até que ele estava ali." A distância de Gaza, perto da qual lugar Felipe provavelmente encontrou o eunuco , foi de cerca Dt 20:1 ); segundo , evangelismo pessoal, como representado na a conversão do nobre etíope (At 8:26a ); e terceiro , evangelismo itinerante, representado pela sua pregação para as cidades costeiras (At 8:40 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
Os capítulos 1:7 descrevem o "período de teste" em que, pela terceira vez, ofereceu-se o reino a Israel. Os capítulos 8:12 relatam o "período de transição" em que aconteceram as seguintes mudan-ças:

  1. A Antioquia passa a ser o centro da atividade, não Jerusalém.
  2. A mensagem muda dos ju-deus para os samaritanos e, a seguir, para os gentios.
  3. À medida que Paulo se torna líder, as atividades de Pedro ficam menos importantes.
  4. A atividade da igreja substi-tui o comunismo da "economia do reino". A igreja existia desde o Pen- tecostes, no entanto o ministério de graça de Paulo revela o sentido dela e seu lugar no projeto de Deus.
  5. O evangelho da graça de Deus substitui o evangelho do rei-no. Se o eunuco etíope era negro (como dizem alguns), então nos ca-pítulos 8:10 temos três conversões notáveis que fazem paralelo com as dos três filhos de Noé, em Gê-nesis 10:18. O etíope poderia ser descendente de Cam; Paulo, judeu, de Sem; e Cornélio, gentio, de Jafé. Dessa forma, temos um retrato da propagação do evangelho para toda a humanidade.

  1. Filipe, o evangelista (8:1-25)

Mais uma vez, Satanás atacou como um leão, tentando devorar os cren-tes. Paulo foi o principal líder dessa perseguição e, mais tarde, admitiu-o diversas vezes (At 26:10-11; 22:4-5, 18-20; 1Tm 1:13; 1Co 15:9; Gl 1:13). Observe que Paulo afirmou com clareza que perseguiu a igreja de Deus, o que prova que a igreja já existia antes da conversão dele, em-bora ainda estivesse para ser reve-lado seu lugar no plano do Senhor. Alguns ensinam que Deus teve de enviar perseguição a fim de forçar os apóstolos a deixar Jerusalém e a cumprir o comissionamento que lhes fora dado, mas isso está total-mente errado. Antes de mais nada, os apóstolos não deixaram a cida-de; ao contrário, permaneceram lá corajosamente a fim de transmitir a mensagem da salvação aos líde-res judeus e de testemunhar para o perdido. Os apóstolos não perdiam a esperança de que Israel se arre-pendesse e se salvasse. Esse minis-tério poderia acontecer apenas em Jerusalém. Cristo ordenara-lhes que permanecessem lá. Paulo é que le-varia o evangelho até "aos confins da terra".

A perseguição é uma oportu-nidade para o serviço, e, aqui, Fi-lipe é um exemplo de evangelista (Ef 4:11). Filipe, chamado para ser diácono, como Estêvão, o fora an-tes dele, descobriu dons espirituais adicionais e tornou-se um grande evangelista. Em Atos, vemos pela primeira vez o ministério da Palavra sair do território judeu quando Fili-pe leva o evangelho para Samaria, como Cristo fizera em Jo 4:0). Si mão, o mágico, abraçou a fé em Cristo e foi até batizado, contudo os eventos posteriores provam que seu coração nunca mudou. Jo 2:23-43) é plantada.

No Pentecostes, Pedro usou pela primeira "as chaves do reino" ao abrir a porta da fé para os judeus, e, aqui, usa-as pela segunda vez ao conceder o Espírito aos samaritanos.

Até agora, as pessoas tinham de ser batizadas para receber o Espírito, mas agora esse dom é transmitido pela imposição de mãos (veja o caso de Paulo em 9:17). Os que ensinam que, em At 2:38, o comando de Pedro é a exigência de Deus para hoje têm dificuldade em explicar por que esses crentes samaritanos receberam o Espírito apenas vários dias após serem batizados. At 10:0). O Espírito abriu o caminho de Filipe para alcançar o homem, abriu as Escrituras para o pecador que buscava e abriu o coração do pecador para o Salva-dor. O homem que não entende o que está fazendo não pode ser salvo, e apenas o Espírito pode en-sinar ao pecador as verdades do evangelho. Há colheita quando o Espírito junta um servo preparado e um pecador contrito.

  1. A Palavra de Deus

Rm 10:17 afirma: "E, assim, a fé vem pela pregação, e a prega-ção, pela palavra de Cristo". Filipe usou a bela imagem do Cordeiro de Deus apresentada em Is 53:0; Ef 1:12-49; Ef 1:0 Tes- salonicenses 2:1 -6; 2 Tessalonicen- ses3:1; 2Tm 4:1-55; Tt 1:3. O testemunho pessoal que frutifica é aquele que planta a Palavra de Deus e exalta Jesus Cristo.

Em obediência à Palavra de Deus, o etíope provou sua fé pelo batismo. Filipe foi arrebatado para ministrar em outro lugar, mas o su-perintendente do tesouro seguiu seu caminho cheio de júbilo! Quando Filipe pregou as boas-novas de Cristo na cidade, houve grande alegria (v. 8), e, quando as pregou no deserto, fez com que o novo crente seguisse seu caminho com júbilo. Uma das evidências da verdadeira conversão é a alegria. VejaLc 15:5-42,Lc 15:9-42- ,Lc 15:23-42,Lc 15:32.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
8.1 Exceto os apóstolos. Esta perseguição foi dirigida contra os crentes helênicos que como Estêvão tiveram uma visão mais ampla do universalismo do evangelho que substituiria o judaísmo.

8.5 Samaria. O nome da capital já havia sido mudado para Sebaste. Há textos primitivos que têm "uma cidade de Samaria". Justino Mártir afirma que Simão Mago era natural de Gita na Samaria.

8.6 Atendiam. A ótima preparação dos samaritanos fora feita por Cristo (Jo 4:0). Aquele que quis trazer fogo do céu sobre os samaritanos agora lhes traz o Espírito Santo (conforme Lc 9:54)

8.16 Em Atos o recebimento do Espírito Santo se relaciona com a manifestação de algum dom do Espírito. Deparamos aqui o Pentecostes de Samaria (conforme 10.44). Em nome (gr eis to onoma). Expressão comum no mundo comercial denotando transferência de propriedade para "o nome" i.e., para a conta de alguém. Conforme Cl 1:13.

8.17 Impunham os mãos. Conforme 6.6n. Não é confirmação tal qual se pratica em muitas igrejas hoje; seria um ato de comunhão do Espírito Santo unindo os samaritanos aos crentes judeus.

8.20 Dinheiro. Nenhum dom divino pode ser adquirido com dinheiro.

8.21 Não tens parte nem sorte. Uma frase muito comum AT (Dt 12:12).

8.22 O pecado de Simão é aquele que Cristo declarou ser imperdoável (Mt 12:32) O perdão depende do pecador se arrepender, confessar seu pecado e pedir perdão.

8.23 Fel de amargura. Esta expressão tem origem em Dt 29:18 (citado em He 12:15). Nesse contexto trata da influência má que, de um indivíduo; passa a contaminar o povo todo.

8.25 Jerusalém. Evidentemente a Igreja de Jerusalém não criou embaraços para a inclusão dos samaritanos na 1greja (contraste-se 11.3).

8.26 Um anjo do Senhor falou. "Dificilmente se distingue o anjo ("mensageiro" no hebraico) do Espírito que falou a Filipe (29). Gaza. Antigamente, uma das cinco capitais dos filisteus. Se acha deserto, frase que distingue a velha cidade destruída por Alexandre Janeu em 93 a.C. da nova, a 4 km, edificada à beira-mar em 57 a.C.

8.27 Eunuco. Era comum utilizar eunucos como oficiais nos governos orientais. Este talvez fosse prosélito. lreneu (180 d.C.) diz que ele se tornou em missionário entre os etíopes.

8.28 Lendo. Em voz alta, que era prática comum na antigüidade.

8.29 Disse o Espírito. Lucas deixa bem claro que o avanço da Igreja foi dirigido passo a passo pelo Espírito Santo.

8.31 A Passagem profética de Is 52:13-53.12 é quase incompreensível para os que desconhecem a história de Cristo. Os judeus gradativamente abandonaram a interpretação messiânica, atribuindo essa profecia ao povo de Israel no sofrimento e sua futura exaltação.

8.37 Este versículo não consta nos melhores manuscritos. Preserva, no entanto, uma liturgia muito antiga e uma fórmula de credo dos primeiros tempos.
8.38 Água. No livro de Atos o batismo não demora. É prova pública da aceitação do evangelho.

8.39 Arrebatou. Não é necessário interpretar literalmente; pode indicar um impulso do Espírito que provocou sua retirada rápida. Cheio de júbilo. Indica a presença do Espírito Santo. Conforme o jovem rico (Mc 10:22).

8.40 Azoto. É a velha cidade filistéia de Asdode no AT. Cesaréia. Construída por Herodes o Grande, capital romana da Palestina. Encontramos Filipe aqui e quando aparece novamente na história de Atos (21.8).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
V. PERSEGUIÇÃO E EXPANSÃO (8.1B— 9.43)

1) O segundo estágio do testemunho cristão (8.1b-25)
Os evangelistas anônimos (8.1b-4).

Jerusalém havia sido intensamente evangelizada sob a proteção do Nome, mas a Palestina estava para ouvir a palavra pelos lábios daqueles que foram espalhados por toda essa região em virtude da cruel perseguição que assolava Jerusalém. Assim, “Deus é fiel e se cumpre” de muitas maneiras e realiza seus propósitos por meio da ira dos homens. Atingimos o segundo estágio do programa Dt 1:8: “toda a Judéia e Samaria”.

E impossível destacar demais a importância do testemunho individual na difusão do evangelho. Filipe é mencionado posteriormente como mensageiro de Deus a Samaria, mas os que haviam sido dispersos pregavam a palavra por onde quer que fossem (v. 4). Centenas de evangelistas anônimos estavam pregando o evangelho a milhares de almas, e a mensagem se tornou conhecida em toda a região. Quando a pregação da palavra é “profissionalizada”, perde-se uma grande parte da vitalidade do testemunho cristão.

Uma perseguição severa (8.1b-4). A perseguição, provavelmente, afetou os cristãos helenistas muito mais do que os discípulos de fala aramaica, fiéis a todos os “costumes”. Os apóstolos eram respeitados, provavelmente porque parte da sua aura de popularidade como realizadores de milagres ainda persistia. A forte declaração Todos [...] foram dispersos (v. lb) seria, provavelmente, modificada se pudéssemos ver a imagem na mente do autor. Os Doze, dificilmente, teriam permanecido se não tivesse havido rebanho para ser cuidado, e encontramos muitos cristãos hebreus em Jerusalém mais tarde.

Saulo [...] devastava a igreja (v. 3) com a energia cruel de um exército destruidor. Os detalhes Dt 8:1,Dt 8:3 deveriam ser suplementados pelas afirmações futuras de Paulo que revelaram um incômodo na consciência que o seu serviço posterior nunca silenciou completamente: 22.4; 26:9-11; 1Co 15:9; G1 1.13; Ef 3:8; lTm 1.13.

Os homens piedosos (v. 2) que sepultaram o corpo de Estêvão eram, provavelmente, judeus piedosos que sabiam apreciar o poder da vida e do testemunho do mártir.

Filipe em Samaria (8:5-8,12,13). Diversos textos gregos trazem “a cidade de Samaria” (VA, RV) ou uma cidade de Samaria, como na NVI aqui. Uma cidade menor e sua região circunvizinha se encaixa melhor no retrato do que a capital agitada e helenizada, então chamada Sebaste. Boas sementes tinham sido lançadas ali pelo próprio Mestre, e algumas devem ter brotado (Jo 4:39-43). Embora fosse judeu, Filipe foi bem recebido, sendo ajudado pelas “credenciais” dos seus milagres (v. 6-8). A sua mensagem é muito bem descrita (v. 12) como as boas novas do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, o que associa a obra salvífica de Cristo ao propósito geral de Deus no Reino. Os crentes foram batizados, mas nenhuma evidência manifesta do poder do Espírito lhes foi concedida no início. Isso não significa que eles não foram regenerados.

Simão, o Mago (v. 9-11,13). Simão parece ter tido conhecimento especial e talvez ajuda de demônios, o que o capacitava a realizar alguns milagres e reivindicar ser o poder divino conhecido como o Grande Poder. Os sama-ritanos adoravam Javé, mas, provavelmente, pensavam em Simão como um agente especial da Divindade: “o grande vizir de Deus”, como um estudioso sugeriu. Ele estava impressionado pelos milagres espontâneos de Filipe, reconhecendo poderes superiores aos seus, e assim creu. A denúncia severa de Pedro nos v. 20-23 mostra que ele nunca havia sido regenerado. O seu batismo é o exemplo clássico do sinal exterior que é aplicado de maneira errada a alguém cuja profissão de fé não foi genuína.

A visita de Pedro e João (v. 14-25).

Por que o Espírito não “desceu sobre” os crentes samaritanos, como fez posteriormente sobre os gentios que receberam a palavra em Gesaréia (10:44-48)? Precisamos lembrar que os samaritanos tinham mantido uma adoração javista durante séculos, divorciada do testemunho judeu, o canal da salvação de Deus (Jo 4:22). Os crentes “no Nome” talvez tivessem tentado conduzir a questão da sua maneira, transferindo o cisma para a igreja. Por essa razão, Pedro e João — que vinham da odiada Jerusalém, mas eram apóstolos comissionados de Cristo — chegaram para inspecionar a obra em Samaria e, reconhecendo a mão do Senhor, tornaram-se instrumentos de transmissão da plenitude do Espírito por meio da oração e de um ato de identificação, o “impor as mãos”. Viu-se, assim, que a igreja era uma e estava unida, e os samaritanos foram abençoados por meio do único canal do testemunho cristão. A experiência normativa foi claramente o recebimento do Espírito Santo quando homens e mulheres creram (10.44; 19.2; Ef 1:13; 1Co 12:13), e nada se sabe em outros textos ou situações de algum “dom” apostólico pelo qual o Espírito foi concedido. Essa é a exceção, e precisa ser explicada como tal. (Devemos observar, também, que deve ter sido tão difícil para a igreja em Jerusalém reconhecer os samaritanos quanto vice-versa; v. tb. Pedro, At 10:14).

Os erros de Simão (v. 14-24). Aos olhos não regenerados de Simão, a manifestação de um novo poder nos crentes veio de um “toque mágico”. Se ele tivesse esse “algo a mais” no seu repertório, isso produziria um efeito maravilhoso nas multidões! De acordo com os seus padrões, tudo tinha o seu preço, de modo que ele fez uma oferta de dinheiro para comprar o dom\ Daí vem o termo “sintonia” para descrever o comércio de coisas sagradas, como sacramentos. Como Pedro viu claramente, esse erro fundamental mostrava que Simão estava totalmente alienado do caminho da vida. Arrependa-se [...] e ore..., disse Pedro, mas Simão respondeu no seguinte sentido: “Orem vocês por mim para me salvar do castigo” (v. 22-24), o que mostra que ele ainda estava pensando em termos de poderes mágicos e de “influência”, não tendo desejo algum de se aproximar de Deus pessoalmente como um pecador arrependido. Uma seita anticristã chamada “simonistas” existiu no século II, mas as tradições que a conectam com Simão não são confiáveis.


2) Filipe prega ao etíope (8:26-40)
O ministro de Estado (v. 26-28). A Etiópia antiga não é a Abissínia, mas a antiga Núbia, ao sul de Assuã, que era uma região muito desenvolvida na Antiguidade. O rei era considerado deus e se retirava da vida pública, de modo que o governo efetivo recaía sobre a rainha-mãe, que sempre levava o título de Candace (v. 27). Os seus ministros seriam eunucos, e, entre eles, o chanceler do tesouro público era um dos mais importantes. Os judeus estavam em todos os países que oferecessem possibilidades de comércio, daí que o oficial talvez tenha ouvido falar de Javé, o Deus de Israel, por meio deles. Ele fez a longa e árdua jornada até Jerusalém para adorar a Deus, o que mostra que o eunuco era no mínimo um homem temente a Deus. A história ilustra o grande princípio: “Quem procura, encontra”. Podemos imaginar que o etíope tenha se desapontado com o ritual do templo, mas a única coisa certa é que ele adquiriu um rolo do profeta Isaías, o qual estava lendo atenciosamente na viagem para casa (v. 27,28). A leitura, a ordem do Espírito a Filipe, o encontro entre alguém que procura e o servo do Senhor ilustram muito claramente a obra providencial de Deus (v. 28,29).

Lendo e compreendendo (v. 29-35). O significado do texto bíblico nem sempre é auto-evidente, nem mesmo para o que busca sinceramente, e Deus prepara aqueles que, eles mesmos tendo sido ensinados, são capazes de guiar outros (v. 30,31). O trecho não poderia ter sido mais apropriado às necessidades do etíope, mas ele externou uma indagação antiga (v. 34): Quem era o sofredor que venceu? Os rabinos judeus (especialmente os que vieram mais tarde) às vezes pensavam em termos do Israel sofredor; o eunuco perguntou se poderia ser Isaías. A predição sublime vai muito além das experiências de uma nação ou de um profeta, e o próprio Senhor declarou enfaticamente que o Servo Sofredor de Javé de Is 42:53 era também o Messias triunfante (Lc 24:25-42,Lc 24:44-42; Fp 2:6-50). A citação nos v. 32, 33 é da LXX, e o trecho apresenta problemas textuais até no TM. Podemos estar certos de que Filipe incluiu Is 53:4-23 quando pregou as boas novas de Jesus com base nesse texto. A ministração dessa lição pode ter durado horas, visto que a carruagem avançava lentamente, e trouxe completa convicção ao coração dessa autoridade núbia. Jesus Cristo era o Messias, o Cordeiro de Deus, o que carregou todo o pecado!

O batismo do etíope (v. 36-39). A vista de água — a estrada até Gaza cruza diversos leitos de rios e uádis — sugeriu o batismo ao novo convertido (v. 37), pois Filipe havia sido fiel à comissão de Mt 28:19. O etíope diz algo com o seguinte sentido: “Há algum outro requisito além da fé para o batismo?”. A maioria das versões em português, incluindo a NVI aqui, não traz o v. 37, mas, de acordo com F. F. Bruce, a inserção antiga da expressão no texto ocidental “certamente reflete a prática cristã primitiva” e constitui o credo de batismo mais antigo que conhecemos: “Eu creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”. Esse batismo seguiu a profissão de fé. A descida de ambos à água (v. 38,39) certamente sugere a imersão.

Separação, alegria e serviço (v. 39, 40). Esse caso importante de conversão não desviou Filipe da sua obra como evangelista que parece ter se concentrado a partir daí em Cesaréia, com referência especial à região costeira (v. 40; conforme 21.8). O novo convertido não lamentou a perda do seu mestre, mas se alegrou no seu Salvador (v. 39). A história é um interlúdio no sentido de que não faz avançar a história da difusão do evangelho para o Ocidente, mas mostra como a boa notícia foi espalhada em todos os tipos de lugares improváveis durante os primeiros anos. Podemos pressupor certamente que o eunuco testemunhou na Núbia.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 25

III. Expansão da Igreja na Palestina Através da Pregação e Dispersão. 6:1 - 12:25.

Até este ponto, os apóstolos não deram nenhuma evidência de ter o propósito de levar o Evangelho a todo o mundo, mas permaneceram em Jerusalém dando o seu testemunho aos judeus. Agora Lucas conta o começo da expansão da igreja através da Judéia e Sanaria. Essa expansão não foi realizada por causa da visão e propósito da igreja mas por ato providencial de Deus, dispersando os crentes. Para explicar esta perseguição, Lucas primeiro conta como Estêvão colocou-se em posição de destaque como um dos sete.


Moody - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 4 até o 25

C. O Evangelho em Samaria. At 8:4-25.

Primeiro, Lucas registra a expansão do Evangelho em Samaria. Os samaritanos eram descendentes de uma mistura do remanescente de Israel com estrangeiros que foram introduzidos na Samaria pelos conquistadores assírios quando as classes superiores foram levadas para o exílio (2Rs 17:1). Considerando os judeus que os samaritanos eram mestiços raciais e religiosos, violentos preconceitos raciais tiveram de ser vencidos antes da igreja poder se tornar realmente universal.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 25
c) Filipe e os Samaritanos (At 8:1-25)

A execução de Estêvão foi o sinal para uma campanha mais decisiva de repressão. A grande comunidade de crentes de Jerusalém foi dispersa por toda a Palestina e até às suas fronteiras, embora os apóstolos, que talvez na mente do povo não estivessem identificados com a atividade de Estêvão, permanecessem em Jerusalém. Entretanto, a dispersão causou mais bem do que mal à causa; os que desse modo foram espalhados levaram consigo as boas novas e a disseminaram por toda parte, atingindo mesmo o norte como Antioquia da Síria, o que deu lugar a notável desenvolvimento do trabalho naquela cidade em poucos anos. Mas na sede, nova iniciativa foi tomada quase que imediatamente: Filipe, um dos sete, partiu de Jerusalém para Samaria, cuja população cismática, semijudaica, passou ele a evangelizar. Até então o evangelho fora anunciado só a judeus. A obra evangelística de Filipe teve notável êxito e, quando as notícias desse fato chegaram aos ouvidos dos apóstolos, Pedro e João foram enviados lá para fazerem sindicância. (Ter-se-ia João lembrado da proposta que um dia fizera relativamente aos samaritanos, Lc 9:54?). Chegando lá os dois apóstolos, tiveram confirmação da genuinidade da conversão dos samaritanos, e os convertidos receberam o Espírito Santo. O episódio de Simão Mago, neste ponto, é interessante, entre outras coisas, porque em literatura cristã posterior ele aparece como pai de todas as heresias.

Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos (1). Parece, do que se segue, que os crentes helenistas eram o alvo principal da perseguição, talvez por estarem mais intimamente associados a Estêvão. Desse tempo até o ano 135 A. D. a igreja de Jerusalém parece que se compunha quase só de "hebreus". Assolava (3), como animal feroz, a devorar uma vítima. A cidade de Samaria (5). A cidade que no Velho Testamento se chamava Samaria foi restaurada por Herodes, o Grande, que lhe deu o nome de Sebaste. A lição variante, "uma cidade de Samaria", aparece em várias autoridades; se está certa, a cidade em questão podia ser Gita, que no dizer de Justino fora a cidade natal de Simão Mago. Seja como for, a pregação do evangelho aos samaritanos representou uma ampliação do seu escopo (cfr. At 1:8). Certo homem, chamado Simão (9). Diz-se que tempos depois Simão Mago visitou Roma e outras partes, onde granjeou muitos adeptos; os simonianos, segundo se sabe, sobreviveram pelo menos até o terceiro século. O poder de Deus, chamado o Grande Poder. Pode significar que ele se dizia o Grão Vizir do Altíssimo. O próprio Simão abraçou a fé (13). Não há necessidade de se entender que ele recebeu o dom da "fé salvadora". Ficou apenas convencido do poder do Nome de Jesus, ao ver as obras poderosas que pelo mesmo eram operadas.

>At 8:14

Enviaram-lhes Pedro e João (14). Por algum tempo os apóstolos de Jerusalém exerceram a supervisão geral da vasta obra de evangelização. Oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo (15). Evidentemente não haviam recebido o Espírito Santo ao serem batizados; não, pelo menos, no sentido de Lucas (que regularmente envolve a manifestação de algum dom espiritual). Haviam sido batizados em nome do Senhor Jesus (16); lit. "para o nome do Senhor Jesus", expressão esta que só se encontra em Atos, aqui e em At 19:5. A pessoa assim batizada testemunha publicamente que passou a ser propriedade de Cristo. Então lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo (17). Ouve-se dizer com freqüência que esse ato apostólico foi confirmação, considerada como distinta do batismo, na qual se concede o Espírito. Mas a evidência do Novo Testamento é contrária a tal interpretação. Paulo, por exemplo, dá como certo que todos os crentes batizados têm o Espírito de Deus (cfr. Rm 5:5; Rm 8:9; 1Co 12:13). (Tal contradição de termos, como se se afirmasse "crente não batizado", não se encontra no Novo Testamento). Nunca se cogita de fazer distinção entre batismo e confirmação, a não ser quando o rito de iniciação cristã veio a ser objeto disso. Na ocasião em apreço temos provavelmente um ato de reconhecimento e incorporação da nova comunidade de crentes samaritanos na comunidade maior da Igreja apostólica, sendo a imposição das mãos um ato que expressava companheirismo, cercado de manifestações do Espírito Santo em os neoconversos. (Veja-se The Seal of the Spirit, de G. W. H. Lampe, 1952, págs. 64 e segs.). Ofereceu-lhes dinheiro (18). Com isto ele fez que se incluísse o termo "simonia" no vocabulário eclesiástico. Fel de amargura (23); provavelmente um genitivo semitizante, a significar "amargo fel"; citação de Dt 29:18 (cfr. He 12:5). Laço de iniqüidade (23). Cfr. Is 58:6. Sobrevenha a mim (24). O texto "ocidental" acrescenta "que nunca parou de chorar copiosamente", cláusula adjetiva ligada canhestramente ao fim da sentença, ao invés de vir imediatamente depois do seu antecedente "Simão". Voltaram para Jerusalém (25); isto é, provavelmente Filipe, bem como os dois apóstolos.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40

18. A Igreja Perseguida alcança o mundo ( At 8:1 ). O assassinato de Estevão quase certamente fixa um ponto de rejeição final do evangelho pelos líderes judeus, e o projeto de Deus para que o evangelho se mudar para um novo território começou.

Nos versos de abertura deste capítulo crítico três características progressistas que descrevem a expansão inicial destacam-se: perseguição, o que levou a pregação, o que levou a produtividade.

Perseguição

E naquele dia uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos. E alguns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram grande pranto sobre ele. Mas Saul começou a devastar a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, ele iria colocá-los na prisão. ( 8: 1b-3 )

A perseguição da igreja havia enfrentado até esse ponto tinha sido dirigida aos apóstolos e seus associados que estavam proclamando a Jesus ressuscitado. Pedro e João tinha encontrado oposição das autoridades judaicas, e Estevão tinha morrido uma morte de mártir. Até o momento, no entanto, não existe perseguição, tinha sido dirigido aos membros da igreja. Essa foi a mudar rapidamente.
No mesmo dia da morte de Estevão, uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Essa perseguição, detonada pelo assassinato de Estevão, foi liderada por um judeu helenista chamado Saulo de Tarso. Ele era um aluno brilhante do rabino Gamaliel reverenciado ", excedia em judaísmo a muitos dos [seus] contemporâneos entre os [seus] compatriotas, sendo mais extremamente zeloso [seus] tradições ancestrais" ( Gl 1:14 ). Seu próprio testemunho é que ele era "um hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível" ( Fp 3:5, MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1991], xiii-xvii)

Ironicamente, este mesmo Saul, que aceitou a morte de Estevão viria a sofrer muito mais para a causa de Cristo do que Estevão. A primeira perseguição física Estevão encontrou o matou, enquanto Paulo foi repetidamente golpeada (cf. 2Co 11:23 ).Ele suportou a emoção de enfrentar a morte muitas vezes ( 2 Cor. 4: 8-12 ).

O ministério de Paulo foi em muitos aspectos paralelos, a de Estevão. Estevão pregou Cristo nas sinagogas, de modo que Paulo ( Atos 17:1-2 ). O povo judeu rejeitou a mensagem de Estevão, como fizeram de Paulo ( Atos 18:5-6 ). Estevão foi acusado de falar contra Moisés, a lei, e do templo, por isso foi Paulo ( At 21:28 ; At 24:6 ). Estêvão foi apedrejado, assim era Paulo (embora ele não morreu) ( Atos 14:19-20 ). Ambos foram julgados perante o Sinédrio ( At 6:12 ); "Eles vão fazer você párias da sinagoga, mas uma hora está chegando para todos que mata-lo a pensar que ele está oferecendo o serviço a Deus" (Jo 16:2 ; At 11:2 ; At 15:4 sugere que aqueles que fugiram eram principalmente helenistas. Além disso, "a partir deste momento em diante, a Igreja de Jerusalém parece ter consistido quase inteiramente de" hebreus "(FF Bruce, O Livro dos Atos [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 174). Era natural que os helenistas de que Estevão era um provável seria suportar o peso da perseguição.

Como vigias fiéis, os apóstolos permaneceram em seus postos. Eles permaneceram na cidade por devoção ao seu Senhor e do desejo de pastorear o rebanho de Jerusalém. Uma razão adicional aparece noverso 2 : Jerusalém ainda era um campo missionário. Os homens piedosos que enterrar Estêvão, e fizeram grande pranto sobre ele, pode não ter sido fiéis. Lucas usa o termo devoto outro lugar para falar de judeus piedosos (cf. Lc 2:25 ; At 2:5 ), ele começou a entrar na casa após a casa em busca de cristãos. arrastando homens e mulheres da mesma forma, . ele iria colocá-los na prisão Não contente para assediar os santos em Jerusalém, ele "persegui este caminho até à morte, prendendo e colocando homens e mulheres em prisões" ( At 22:4 ), com a permissão dos líderes judeus ( At 22:5 ), ele cumpriu a predição do Senhor registradas em Jo 16:2 , 19-20 ; At 26:9. ).

A perseguição resultou na dispersão da igreja. Mas Deus usou a ira dos homens para Seus propósitos do evangelho.

Pregando

Portanto, aqueles que tinham sido espalhados pregando a palavra. E Filipe desceu à cidade de Samaria e começou a proclamar Cristo a eles. E as multidões unanimemente estavam dando atenção ao que foi dito por Filipe, porque ouviam e viam os sinais que ele realizava. Pois, no caso de muitos que tinham espíritos imundos, eles estavam saindo deles gritando em alta voz; e muitos que tinham sido paralisada e coxos foram curados. ( 8: 4-7 )

Portanto, apesar da perseguição, aqueles crentes que haviam sido espalhados não estavam encolhidos em algum lugar no medo, mas pregando a palavra. Eles haviam sido fazê-lo antes da eclosão da perseguição, e depois de ser espalhados eles continuaram a pregar. Fui sobre é de dierchomai , uma palavra usada frequentemente em Atos dos esforços missionários ( 08:40 ; 09:32 ; 13: 6 ; 14:24 ; 15: 3 ,41 ; 16: 6 ; 18:23 ; 19: 1 , 21 ; 20: 2 ).

Pregação é de euangelizō , que refere-se a proclamar o evangelho. Todos os crentes dispersos estavam envolvidos em evangelismo. Embora alguns são especialmente dotados como evangelistas ( At 21:8. ; 2Tm 4:52Tm 4:5 ). Embora Paulo depois instruiu Timóteo a "fazer o trabalho de um evangelista" ( 2Tm 4:5 ), que se mudou para a capital há de Tirza. Depois de quase um século e meio da idolatria e da rebelião contra Deus, a cidade caiu sob os assírios Salmaneser V em 722 B . C . ( II Reis 17:1-6 ; 18: 9-12 ). A queda de Samaria marcou o fim do Reino do Norte. Muitas de suas pessoas foram reassentadas em outras terras pelos assírios ( 2Rs 17:6 ). A hostilidade entre judeus e samaritanos cresceu durante o período intertestamental e foi evidente durante os tempos do Novo Testamento (cf. Lucas 9:52-53 ; Jo 4:9 ).

O Senhor tinha desafiado opinião convencional ao anunciar sua messianidade a uma mulher samaritana, dando o exemplo de seu compromisso com o mundo e para os pecadores (cf. Jo 4: 4FF .). Seu comando expresso em At 1:8 ). Os samaritanos, como os judeus, olhou para a vinda do Messias ( Jo 4:25 ). Dado que a base da crença, Estevão poderia simplesmente proclamar Jesus como o Messias há muito esperado. Com um pouco de nós precisa gastar tempo na pré-evangelismo, derrubando seu falso sistema de crença e provar a verdade do cristianismo. Só então eles serão preparados para compreender a mensagem do evangelho. Outros, como esses samaritanos, já que o fundo. Eles estão prontos para ouvir o evangelho.

O Espírito Santo tinha preparado o seu coração para atender à mensagem de Filipe. Como resultado, sua pregação resultou em um despertar espiritual por atacado, como as multidões unanimemente estavam dando atenção ao que foi dito por ele. Os sinais que Filipe estava realizando ele autenticados como um verdadeiro mensageiro de Deus (cf. At 2:43 ; At 4:30 ; 5: 12-16 ; At 6:8 , ea discussão no capítulo 13 deste volume).

O versículo 7 dá algumas amostras dos milagres realizados por Filipe: No caso de muitos que tinham espíritos imundos, eles estavam saindo deles gritando em alta voz; e muitos que tinham sido paralisada e coxos foram curados. Lucas observa que aqueles possuídos por espíritos imundos, ou demônios, foram libertados da escravidão. Jesus tinha encontrado freqüentemente e curou indivíduos possuídos por demônios (cf. Mt 4:24. ; Mt 8:16 , Mt 8:28 ; 9: 32-34 ; 12: 22-28 ; etc.), como Satanás reuniu todas as suas forças em uma fútil esforço para se opor a ele. Jesus ainda estava curando os através deste associado dos apóstolos possuído pelo demônio.

Tais pessoas habitado por demônios existem em nossos dias, embora possam não ser tão frequentemente se manifestam na cultura ocidental, como nas culturas do terceiro mundo. Como CS Lewis observa, Satanás e seus demônios se adaptar a qualquer mundo vista prevalece em uma dada sociedade. Eles são igualmente em casa com materialistas ocidentais e mágicos do terceiro mundo ( O Screwtape Letters[New York: Macmillan, 1961], 3). Muitos são controlados por demônios que dão nenhum sinal exterior da mesma. Isso é especialmente verdadeiro para aqueles que estão envolvidos na promoção da religião falsa. (Para uma discussão sobre se os cristãos podem ser possuído pelo demônio, ver meu livro Como enfrentar o inimigo [Wheaton, Ill .: Victor, 1992].)

Apesar das reivindicações daqueles no chamado movimento "guerra espiritual", os crentes de hoje não tem a autoridade ou capacidade de comando ou para lançar diretamente os demônios. Eu tenho notado que em outros lugares o dom de sinal temporária dos milagres era o poder ( dunamis ) para expulsar demônios ( I Coríntios, MacArthur New Testament Commentary [Chicago: Moody, 1984], 302). Tal como os outros dons de sinais, esse dom já não opera hoje. Tal como acontece com a cura física, no entanto, podemos orar a Deus para interceder.

Em nenhum lugar nas Escrituras são crentes dito para "amarrar Satanás" ou exercer autoridade sobre demônios. Satanás não será preso até um santo anjo faz isso no futuro ( Apocalipse 20:1-3 ). E aqueles que tentam afirmar a sua autoridade sobre os demônios risco liquidação como os exorcistas judeus, os filhos de Ceva, de 13 44:19-16'>Atos 19:13-16 . É perigoso para reivindicar para nós mesmos autoridade que Deus não nos tem concedido. A instrução bíblica para conduzir a guerra espiritual é apresentado em Efésios 6:10-18 .

Incapaz de resistir poder dado por Deus de Filipe, os espíritos imundos saíam de suas vítimas, gritando em alta voz. Demons chorou muitas vezes quando eles foram expulsos de um indivíduo (cf. Mc 1:23 , Mc 1:26 ; Mc 3:11 ; Mc 5:7 , Lc 4:41 ), talvez de raiva e protesto.

Além de expulsar demônios, Filipe também curou muitos que havia sido paralisada e coxo. Tais curas de graves doenças físicas fizeram o poder de Deus evidente. Não é de admirar, então, que o povo paga muita atenção para a verdade na pregação de Filipe.

Produtividade

E lá foi muita alegria naquela cidade. ( 8: 8 )

Os poderosos milagres e pregação de Filipe resultou, como teve em Jerusalém, na salvação de muitos samaritanos. Mas como verdadeira pregação bíblica inevitavelmente acontecer, ele produziu uma outra resposta muito diferente. Alguns aceitaram o evangelho, acreditando e reagir com muita alegria. Eles eram os verdadeiros crentes, o trigo. Sua alegria não veio só a partir de libertação física de doenças, ou a libertação espiritual de demônios, mas de completa libertação do pecado através do Messias, o Senhor Jesus Cristo. Outros, no entanto, eram falsos crentes, ou joio. Esse homem era Simão, o Mago, o assunto da seguinte narrativa.

19.A Fé que não é mantida ( Atos 8:9-24 )

Ora, havia um certo homem, chamado Simão, que anteriormente estava praticando magia na cidade, e surpreendendo o povo de Samaria, dizendo ser alguém grande; e todos eles, do menor para o maior, prestavam atenção a ele, dizendo: "Este homem é o que é chamado o grande poder de Deus." E eles foram dando-lhe atenção, porque ele tinha há muito tempo espantou-los com suas artes mágicas. Mas, quando creram em Filipe, pregando as boas novas do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, eles estavam sendo batizados, tanto homens como mulheres. E até mesmo o próprio Simon acreditava; e depois de ser batizado, ele continuou com Filipe; e como ele observou sinais e grandes milagres acontecendo, ele estava constantemente espantado. Os apóstolos, em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João, que desceu e orou por eles, para que recebessem o Espírito Santo. Pois ele ainda não tinha descido sobre nenhum deles; eles simplesmente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus. Então eles começaram colocando suas mãos sobre eles, e eles recebiam o Espírito Santo. E Simão, vendo que o Espírito foi concedido através da imposição das mãos dos apóstolos, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: "Dar autoridade para me bem, de modo que a pessoa sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. " Mas Pedro disse-lhe: "O teu dinheiro seja contigo para perdição, porque você pensou que poderia obter o dom de Deus com dinheiro! Você não tem nenhuma parte ou porção nesta matéria, para o seu coração não é reto diante de Deus. Por isso se arrepender deste maldade do seu, e orar ao Senhor para que, se possível, a intenção do seu coração pode ser perdoado. Para eu ver que você está no fel da amargura e nos da escravidão da iniqüidade ". Mas Simon respondeu, e disse: "Ore ao Senhor por me a vós mesmos, para que nada do que você disse que pode vir em cima de mim." ( 8: 9-24 )

Uma das realidades mais terríveis de toda a Escritura é que alguns que pensam que estão a salvo será eternamente perdidos. Pensando que eles estão no caminho estreito da verdade salvadora que conduz ao céu, eles são, na realidade, no largo caminho da religião que leva à destruição (cf. 13 40:7-14'>Mt 7:13-14. ). Eles um dia vai ouvir o Senhor Jesus Cristo, o mais chocante, aterrorizante palavras nenhum homem jamais poderia ouvir: "Nunca vos conheci; afastar mim, vós que praticais a iniqüidade" ( Mt 7:23. ). Para seu horror, eles vão descobrir tarde demais que há uma entrada para o inferno na beira dos portões do céu.

Sempre que o evangelho é pregado, ele irá inevitavelmente produzir tanto genuína fé salvadora e falsa fé. A semente da Palavra cairá em terra boa e ruim solo. Haverá ramos que permanecer na videira, e aqueles que são cortadas e queimadas. Haverá aqueles com fé de trabalho e aqueles com fé demônio. Haverá aqueles a quem Jesus Se revela e aqueles a quem Ele não confiar-se. Há aqueles que "ter fé para a conservação da alma" e aqueles que "retrocedem para a perdição" ( He 10:39 ). Haverá trigo e haverá joio.

Em 13 24:40-13:30'>Mateus 13:24-30 , Jesus contou uma parábola que ilustra essa verdade:

Ele apresentou outra parábola para eles, dizendo: "O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Mas, enquanto os homens dormiam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. Mas quando o trigo brotou e deu espigas, o joio tornou-se evidente também. E os escravos do fazendeiro veio e disse-lhe: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Como, então, ele tem o joio?' E ele disse-lhes: 'Um inimigo fez isso!' E os escravos disse-lhe: 'Você quer que nós, então, para ir e arrancá-lo?' Mas ele disse: 'Não, para que não, enquanto você está recolhendo o joio, você pode enraizar-se o trigo com ele permitir que tanto a crescer juntos até a colheita;. E no tempo da ceifa, direi aos ceifeiros:' Primeiro recolher o joio e atai-o em feixes para ser queimado; mas recolher o trigo no meu celeiro '".
Como muitas vezes aconteceu, os discípulos perdeu o ponto, e pediu uma explicação:

Então, Ele deixou as multidões, e entrou na casa. E os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: "Explica-nos a parábola do joio do campo." E ele, respondendo, disse: "O que semeia a boa semente é o Filho do Homem, e o campo é o mundo; e como para a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou é o diabo, e a ceifa é o fim dos tempos, e os ceifeiros são os anjos Portanto, assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do. . a idade O Filho do Homem enviará os seus anjos, e eles retirarão do seu Reino todos os obstáculos, e aqueles que cometem a iniquidade, e lançá-los na fornalha de fogo; naquele lugar haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. " ( 13 36:40-13:43'>Mat. 13 36:43 )

Este texto apresenta um exemplo de uma genuína fé salvadora, o eunuco etíope. Mas, primeiro, ele apresenta a primeira tentativa conhecida satânico para semear uma tara na igreja, Simon Magus. Simon parecia ser um verdadeiro crente; mesmo um tão exigente como Filipe aceitou-o como tal e batizou. Simon mesmo "continuou com Filipe" ( versículo 13 ). Assim, ele se manifestou há três marcas de um verdadeiro crente: ele acreditava, era obediente no batismo, e ele continuou com Filipe. Ele ilustra a dificuldade de contar o trigo do joio. Não foi até que ele tentou comprar a autoridade para conferir o Espírito Santo que ele foi desmascarado.

Onde é que Simon dar errado? Como é que alguém que chegou tão perto deixar escapar a verdadeira salvação? A fé deve ser fundamentada na verdade, e ele não estava. Esta passagem revela quatro flagrantes, falhas maciças na teologia de Simon: Ele tinha uma visão errada de si mesmo, a salvação, o Espírito, e do pecado. Aquelas falhas impediu de fé genuína e deixou-o na posição de perecer eternamente.

Uma visão errada da Auto

Ora, havia um certo homem, chamado Simão, que anteriormente estava praticando magia na cidade, e surpreendendo o povo de Samaria, dizendo ser alguém grande; e todos eles, do menor para o maior, prestavam atenção a ele, dizendo: "Este homem é o que é chamado o grande poder de Deus." E eles foram dando-lhe atenção, porque ele tinha há muito tempo espantou-los com suas artes mágicas. ( 8: 9-11 )

Uma visão equivocada do homem mantém miríades fora do reino. A visão de que o homem é essencialmente bom é tão difundida como é condenável. Ele embala suas vítimas em uma falsa sensação de segurança, levando-os a pensar que Deus aplaude suas boas ações. Na realidade, Ele vê as supostas boas obras com que vestir-se como "uma peça de roupa suja" ( Is 64:6, MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1985], 26-28)

Espera de Simon sobre o povo de Samaria estava completa. Todos eles, do menor para o maior, prestavam atenção nele. Impressionado com seus poderes ocultos, exclamaram: Este homem é o que é chamado o Grande Poder de Deus. Esse título mostra que Simon alegou divindade para si próprio (cf. Mc 14:62 ). Isso Simon via a si mesmo como Deus revela a visão mais herética de auto imaginável. Os Padres da Igreja primitiva informou que Simon foi um dos fundadores do gnosticismo e que ele via a si mesmo como Deus encarnado:

Os dois primeiros professores para propagar idéias gnósticas dentro de círculos cristãos eram Simon e seu sucessor Menandro. Ao contrário de posteriores e mais famosos representantes do gnosticismo, ambos Simon e Menandro alegou divindade para si próprios. De acordo com Atos 8:9-11 , Simon chamou a si mesmo o "grande poder de Deus." O termo grego que ele usou, dunamis, foi usada pelos teólogos mais tarde, mais ortodoxos em referência tanto do Filho e do Espírito Santo ... Justino Mártir também relata reivindicação messiânica Simon 's. (Harold OJ Brown, Heresias [Garden City, NY: Doubleday, 1984], 50)

Visão deturpada de Simon de si mesmo deu a Satanás uma abertura para usá-lo para espalhar a falsa doutrina através da igreja. Seu falso ensino, posteriormente elaborada em full-blown Gnosticismo, foi para ameaçar e fortificar a igreja de Paulo em diante há séculos.

Como muitos mágicos charlatães de sua época (cf. At 13:6 diz: "Eles gritam, mas Ele não responde por causa do orgulho dos homens maus." O salmista ressalta que "os ímpios, na altivez do seu rosto, não o buscam Todos os seus pensamentos são: 'Deus não existe'." ( Sl 10:49descreve sete coisas que o Senhor odeia. Encabeçando a lista está ". Olhos altivos" Pv 8:13 diz: "O temor do Senhor é odiar o mal; o orgulho ea arrogância, o mau caminho", enquanto Pv 16:5 advertem que "o orgulho vem antes da destruição, e um espírito altivo, antes de tropeço", enquanto Pv 21:4 , o Senhor Jesus Cristo disse a um ensino parábola que o orgulho não pode ser salvo:

E Ele também esta parábola a certas pessoas que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e viram os outros com desprezo: "Dois homens subiram ao templo para orar: um, fariseu, eo outro, um coletor de impostos O fariseu, de pé. e orava assim consigo mesmo: 'Ó Deus, graças te dou porque não sou como as outras pessoas: roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano Jejuo duas vezes por semana, dou o dízimo de tudo quanto ganho.. ' Mas o publicano, estando em pé de distância, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! " Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, em vez do que o outro, pois quem se exalta será humilhado, mas quem se humilha será exaltado ".

É somente aqueles com a humildade de crianças pequenas que estão aptos para entrar no reino ( Mateus 18:2-4. ). Em um dos convites mais poderosos para com os pecadores, Tiago escreveu,

Todavia, dá maior graça. Por isso, diz: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." Enviar portanto, a Deus. Mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Aproximem-se de Deus e Ele se aproximará de você. Purificai as mãos, pecadores; e purificai os corações, vós de espírito vacilante. Seja miserável e lamentar e chorar; se o vosso riso em pranto, ea vossa alegria em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará. ( Tiago 4:6-10 )

Somente os humildes, conscientes das suas insuficiências e deficiências, tem aquela sensação de perdição que os leva a Deus. São os pobres em espírito, não o orgulho no coração, que vivenciam a fé salvadora (Mt 5:3 no capítulo 6 ).

Simon viram a salvação como uma questão puramente ritualística, externo, um ato adicional em sua vida, em vez de a transformação total de toda a sua pessoa no interior ( 2Co 5:17 ). A fé que não transforma a vida não é a fé salvadora. Tiago escreveu: "De que adianta, meus irmãos, a alguém dizer que tem fé, mas não tem obras? Possível que a fé salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em por si só. Mas alguém pode muito bem dizer, 'Você tem fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras' "( Jc 2:14 , 17-18 ). Os demônios têm fé ( Jc 2:19 ), mas não são salvos. Eles acreditam, e até mesmo tremer, mas não amar a justiça e odiar o pecado, a evidência da salvação. Tampouco foram os descritos na João 2:23-25 ​​salvo por sua fé superficial:. "Agora, quando Ele estava em Jerusalém na Páscoa, durante a festa, muitos creram no seu nome, vendo os sinais que Ele estava fazendo, mas Jesus, em Sua parte, não estava confiando-se a eles, pois Ele sabia que todos os homens, e porque Ele não precisa de ninguém para testemunho do homem porque ele bem sabia o que havia no homem. Simon acredita nos sinais, mas não no One cujo poder era por trás deles. A verdadeira salvação não é mera profissão ou ato ritual. É a transformação divina da alma do amor de si mesmo ao amor de Deus, do amor ao pecado amar de santidade.

Uma visão errada do Espírito

Os apóstolos, em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João, que desceu e orou por eles, para que recebessem o Espírito Santo. Pois ele ainda não tinha descido sobre nenhum deles; eles simplesmente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus. Então eles começaram colocando suas mãos sobre eles, e eles recebiam o Espírito Santo. E Simão, vendo que o Espírito foi concedido através da imposição das mãos dos apóstolos, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: "Dar autoridade para me bem, de modo que a pessoa sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. " ( 8: 14-19 )

Palavra do sucesso incrível do ministério de Filipe atingiu os apóstolos em Jerusalém. Quando eles ouviram que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João para o check-out.Isso samaritanos foram incluídos no reino foi chocante para devotos judeus, que os desprezavam como párias mestiços. Pedro e da missão de João era tripla: Primeiro, eles vieram para ajudar a Filipe com a colheita espiritual. A resposta dos samaritanos era grande demais para um homem para tratar. Em segundo lugar, eles vieram para dar sanção apostólica e bênção para a obra de Filipe entre os samaritanos.Os apóstolos eram os líderes da igreja e manteve essa posição mesmo após a igreja se espalhou a partir de Jerusalém. Finalmente, eles desceram de Jerusalém e orou para os samaritanos para que recebessem o Espírito Santo. Apesar de terem acreditado e foi batizado, o Espírito ainda não tinha caído em cima de qualquer um deles; eles simplesmente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus.

Muitos dos que ensinam que os cristãos recebem o Espírito subseqüente ao apelo a salvação a esta e outras passagens de apoio. Aqui está um exemplo claro, eles argumentam, de pessoas que foram salvas, mas não têm o Espírito Santo. Tal ensino ignora a natureza transitória de Atos. (Para uma discussão mais aprofundada sobre a natureza transitória de Atos e a questão da subsequência sobre a vinda do Espírito Santo, ver meu livro Charismatic Chaos [Grand Rapids: Zondervan, 1992].) Ele também voa na cara do ensino básico das Escrituras que "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, ele não pertence a Ele" ( Rm 8:9 ).

Por que os samaritanos (e mais tarde os gentios) tem que esperar para os apóstolos, antes de receber o Espírito? Durante séculos, os samaritanos e os judeus haviam sido rivais. Se os samaritanos tinham recebido o Espírito independente da igreja de Jerusalém, que rift teria sido perpetuada. Não poderia muito bem ter sido duas igrejas separadas, uma igreja judaica e uma igreja Samaritano. Mas Deus tinha projetado uma igreja, em que "não há judeu nem grego, não há escravo nem homem livre, não há homem nem mulher", mas "todos [são] um em Cristo Jesus" ( Gl 3:28 ).

Ao atrasar o Espírito está vindo até Pedro e João chegou, Deus preservou a unidade da igreja. Os apóstolos precisava ver por si mesmos, e dar testemunho em primeira mão para a igreja de Jerusalém, que o Espírito veio sobre os samaritanos. Os samaritanos também precisava saber que eles estavam sujeitos à autoridade apostólica. Os crentes judeus e os samaritanos foram, assim, unidos em um só corpo.

Hoje, os crentes recebem o Espírito na salvação (cf. 1Co 12:13 ). Não houve necessidade de atraso após judeus, gentios, samaritanos santos, e do Antigo Testamento já estavam incluídos na igreja.

Quando eles chegaram, Pedro e João começou colocando suas mãos sobre os crentes samaritanos, e eles recebiam o Espírito Santo. Isso foi demais para Simon. Quando ele viu que o Espírito foi concedido através da imposição das mãos dos apóstolos, ofereceu-lhes dinheiro. Evidentemente, os crentes estavam falando em línguas como no dia de Pentecostes, para que houvesse um sinal perceptível desta grande realidade suficiente para despertar o interesse de Simon. Filipe o impressionou, mas Pedro e João dominou. Simon pediu-lhes impetuosa e animAdãoente, "Dar autoridade para me bem, de modo que a pessoa sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo." Ele tratou os dois apóstolos, como se fossem companheiros praticantes de magia, e estava pronto para negociar o preço para comprar o segredo de seu poder. Por este ato, Simon deu seu nome ao termo "simonia", que ao longo da história se referiu à compra e venda de cargos eclesiásticos.

Nada que Deus tem, no entanto, está à venda, certamente não o Espírito Santo! Na verdade, não há nada de homens pecadores tem a lhe oferecer. Salvação e bênção espiritual que Ele derrama livremente a Seus filhos. Em Is 55:1 ), alerta Simon da seriedade de sua situação: ". Eu vejo que você está no fel da amargura e nos da escravidão da iniqüidade" A frase fel da amargura é muito forte. Chole ( fel ) refere-se a um ingrediente amargo ou bile. Juntamente com pikria ( amargura ), que transmite uma condição extremamente amarga, dura, e de mau gosto. Ele vividamente retrata a realidade de um no cativeiro da iniqüidade. O pecado é um malvado feitor. Pv 5:22 adverte que "as suas próprias iniqüidades o prenderão os ímpios, e ele será realizado com as cordas do seu pecado."

Simon, no entanto, não foi convencido. Embora abalada e com medo, ele se recusou a pedir perdão ao Senhor. Em vez disso, ele disse aos apóstolos, "Ore ao Senhor por me a vós mesmos, para que nada do que você disse que pode vir em cima de mim." Sua única preocupação era escapar das consequências temporais de seu pecado. O verdadeiro arrependimento, no entanto, consiste em mais do que uma mera tristeza pelo pecado. Paulo escreve em II Coríntios 7:9-10 ,

Eu agora folgo, não porque fostes contristados, mas que fostes contristados para o ponto de arrependimento; para fostes contristados segundo a vontade de Deus, a fim de que você não pode sofrer perda de qualquer coisa através de nós. Para a tristeza que está de acordo com a vontade de Deus produz um arrependimento sem pesar, levando a salvação; mas a tristeza do mundo produz morte.
Simon teve uma visão errada de si mesmo, da salvação, do Espírito Santo, e do pecado. Tudo o que foi adicionado para uma fé que não salvou.

20 A fé que não Salva (Atos 8:25-40)

E assim, quando eles tinham solenemente testificado e falado a palavra do Senhor, eles começaram a voltar a Jerusalém, e foram pregar o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos.Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: "Levanta-te e vai para o sul para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza." (Esta é uma estrada do deserto.) Então ele se levantou e saiu; e eis que era um eunuco etíope, um oficial da corte de Candace, rainha dos etíopes, que estava no comando de todos os seus tesouros; e ele tinha ido a Jerusalém para adorar. E ele estava voltando e sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. E o Espírito disse a Filipe: "Vá-se para fazer esse carro." E quando Filipe tinha acabado, ele ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: "Você entende o que você está lendo?" E ele disse: "Bem, como eu poderia, se alguém não me explicar?" E ele convidou Filipe para subir e sentar-se com ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: "Ele foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como um cordeiro diante do seu tosquiador é calada, ele não abre a sua boca em humilhação Seu juízo foi tirado; que deve. relacionar sua geração? Porque a sua vida é retirado da terra ". E o eunuco a Filipe, e disse: "Por favor, diga-me, de quem o profeta dizer isto? De si mesmo, ou de outra pessoa?" Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, ele anunciou a Jesus. E, quando iam ao longo da estrada que chegaram a um pouco de água; e disse o eunuco: "Olha! Água! O que me impede de ser batizado?" [E disse Felipe: "Se você crê de todo o coração, você pode." E, respondendo ele, disse:] E ele ordenou o carro a parar "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus."; e desceram ambos à água, Filipe, bem como o eunuco; eo batizou. E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe; eo eunuco não o viu mais, mas jubiloso seguia o seu caminho. Mas Filipe encontrou-se em Azoto; e como ele passou por ele continuou pregando o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. (8: 25-40)

Ao longo da história da redenção, Deus derramou Suas bênçãos para a humanidade através do canal de Seu povo do convênio. Deus nunca pretendeu Israel para ser um reservatório, armazenando bênçãos divinas para si próprios. Em vez disso, eles eram para ser um funil através do qual essas bênçãos poderiam ser disperso a um mundo perdido. Em Is 42:6)

O outro extremo foi o do compromisso. Influenciado pelas nações vizinhas, Israel freqüentemente caiu em idolatria pagã. Uma Israel idólatra não tinha mensagem para dar às nações idólatras gentios ao seu redor. Na época de Jesus, a adoração de ídolos pagãos tinha ido embora, desaparecendo em sua maior parte depois do cativeiro babilônico. Foi substituído, no entanto, por uma forma corrompida do judaísmo, que advogava a salvação pelas obras.
Por causa do fracasso de Israel, Deus cortou um novo canal através do qual Suas bênçãos poderia alcançar o mundo-da igreja. Ao contrário de Israel nacional, a igreja iria abraçar todas as nações. Começando no dia de Pentecostes e em Jerusalém como um grupo exclusivamente judaica, a igreja logo estendeu a mão para o mestiço samaritanos. Outro marco foi alcançado como Filipe apresentou Jesus Cristo a um gentio. Através deste homem, um alto oficial da corte da rainha da Etiópia, o evangelho seria primeiro penetrar as almas do grande continente Africano. Em contraste com Simon, a sua fé era verdadeira, resultando na salvação. Que a fé genuína necessários três elementos: a preparação adequada, a apresentação adequada, e que a resposta adequada.

A preparação adequada

E assim, quando eles tinham solenemente testificado e falado a palavra do Senhor, eles começaram a voltar a Jerusalém, e foram pregar o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos.Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: "Levanta-te e vai para o sul para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza." (Esta é uma estrada do deserto.) Então ele se levantou e saiu; e eis que era um eunuco etíope, um oficial da corte de Candace, rainha dos etíopes, que estava no comando de todos os seus tesouros; e ele tinha ido a Jerusalém para adorar. E ele estava voltando e sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. (8: 25-28)

Fé salvadora Genuina exige a preparação adequada. Na parábola do semeador, apenas o solo bom, devidamente preparado trouxe os frutos da salvação. O texto indica quatro características que prepararam o solo do coração do eunuco.

A obra soberana do Espírito

E assim, quando eles tinham solenemente testificado e falado a palavra do Senhor, eles começaram a voltar a Jerusalém, e foram pregar o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos.Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: "Levanta-te e vai para o sul para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza." (Esta é uma estrada do deserto.) (8: 25-26)

A salvação, tanto em seu planejamento eterno e seu desenvolvimento temporais, é totalmente a obra de Deus. Salvação é originário da vontade soberana de Deus (At 13:48; Rm 8:29..) E é implementado por Sua graça (Ef 2:8-9; 2Ts 2:132Ts 2:13.. ; 2Tm 2:102Tm 2:10; Fm 1:1; 1Pe 1:11Pe 1:1: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer". Paulo explica em 1Co 2:14 que "um homem natural [rebelde homem, pecador longe de Deus] não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura, e ele não pode entendê-las, porque elas são espiritualmente avaliado. " Consequentemente, a pregação do evangelho, além da rápida ação do Espírito, é percebido como nada mais que uma "pedra de tropeço", e "loucura" (1Co 1:23).

Como se morte espiritual do homem não bastasse, um segundo fator impede de Deus. Paulo escreve: "Se o nosso evangelho está encoberto, é velado para os que estão perecendo, em cujo caso o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo , que é a imagem de Deus "(2 Cor. 4: 3-4). Satanás e suas hostes demoníacas também estão ativamente envolvidos em manter os homens de encontrar a verdade de Deus. Como os pássaros na parábola do semeador, eles arrancar dos homens caídos a verdade do evangelho. Como resultado, "quando alguém ouve a palavra do reino, e não a entende, vem o Maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração" (Mt 13:19).

À luz destas verdades, é absurdo supor que ninguém, além do trabalho do Espírito Santo em sua alma sem vida, jamais poderia vir a fé salvadora em Cristo. O homem não pode subir as barreiras que separam-lo de Deus. Soberanamente, Deus, em Seu amor e misericórdia, deve chegar ao homem. Se Ele não o fez, ninguém poderia ser salvo.
O Espírito começou seu trabalho preparatório manobrando Filipe em uma posição estratégica. Depois de Pedro e João tinham solenemente testificado e falado a palavra do Senhor, eles começaram a voltar a Jerusalém. Em sua viagem de volta, eles estavam pregando o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos, que exercem o trabalho de evangelização iniciada por Filipe. Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: "Levanta-te e vai para o sul para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza." (Esta é uma estrada do deserto.) As circunstâncias que estavam a levar a salvação do eunuco foram soberanamente e, especificamente, organizado pelo Espírito.

Gaza foi uma das cinco cidades principais dos filisteus, junto com Ashdod, Ashkelon, Ekron, e Gate. Old Gaza haviam sido destruídas no início do primeiro século B . C . e uma nova cidade foi construída perto da costa. A estrada de Jerusalém para o Egito, no entanto, ainda corria através das ruínas da antiga Gaza. Nota de Lucas de que esta é uma estrada no deserto ressalta a estranheza do comando do Espírito a Filipe. Havia duas estradas de Jerusalém para Gaza, e do Espírito comandos Filipe levar a que raramente foi utilizado (Simon J. Kistemaker, New Testament Commentary: Atos [Grand Rapids: Baker, 1990], 311). Também é possível traduzir a frase grega kata mesēmbrian (em direção ao sul ) "ao meio-dia" (I. Howard Marshall, Os At [Grand Rapids: Eerdmans, 1984], 161). Essa rendição "faria o mandamento divino de Filipe todos os mais incomuns e desconcertantes: ao meio-dia a estrada estaria deserto de viajantes por causa do calor" (Marshall, At, 161).

Este não foi um mero encontro casual e, certamente, não é o resultado do engenho humano inteligente. Além de orquestração do Espírito de eventos, ele nunca teria tido lugar em tudo. Isso enfatiza novamente a obra soberana do Espírito na salvação.

O Will Submisso de Filipe

E ele se levantou e foi; (8: 27a)

Muitas vezes Deus realiza Sua obra soberana através de instrumentos humanos (conforme At 2:4; At 4:8; 6: 3-8; At 7:55; At 8:17; 10: 1-48; 16: 25-34 ). Como um mestre escultor, Ele toma outra forma ferramentas inúteis e sem importância e os usa para criar uma obra-prima. Não é um pré-requisito, contudo, para ser usado por Deus. Paulo escreve: "Ora, numa grande casa, não somente há vasos de ouro e de prata, mas também para os navios de madeira e de barro, e outros para honrar e alguns para a desonra. Portanto, se alguém se purificar destas coisas, ele será um vaso para honra, santificado e útil ao Senhor, e preparado para toda boa obra "(2 Tim. 2: 20-21). Deus usa instrumentos sagrados para fazer a Sua obra.

Filipe era um tal instrumento. Quando pedi para ir para o que deve ter parecido uma jornada ilógico, ele se levantou e se foi. Ele não luta com a irracionalidade do comando antes de obedecer, nem ele questionar a Deus. Para deixar o trabalho próspera em Samaria para uma estrada deserta pode parecer absurdo para muitos, mas não para o homem de Deus, que acaba de ser visitado por um anjo do Senhor.Por obediência voluntária, tornou-se o meio pelo qual Deus salvou o eunuco.

O Culto Busca do Eunuco

e eis que era um eunuco etíope, um oficial da corte de Candace, rainha dos etíopes, que estava no comando de todos os seus tesouros; e ele tinha ido a Jerusalém para adorar. (8: 27b)

eunuco etíope era um candidato após o verdadeiro Deus, como mostrado por sua longa jornada a Jerusalém para adorar. Como ele entrou em contato com o judaísmo não é dito, mas não havia uma grande colônia judaica em Alexandria. Ele era um alto funcionário em seu país, um oficial da corte de Candace, rainha dos etíopes. Etiópia, em que dia foi um grande reino localizado ao sul do Egito. Para os gregos e romanos, que representava os limites exteriores do mundo conhecido (João B. Polhill, O New Commentary americano: Atos [Nashville: Broadman, 1992], 223). Seus reis se acreditava serem encarnações do deus do sol, e os assuntos cotidianos do governo foram considerados abaixo deles. O poder real estava com as mães rainha, conhecido pelo título hereditário Candace (que não é um nome próprio, mas um título oficial, como o Faraó ou Caesar). Esse homem era responsável por todos os seus tesouros. Em termos modernos, ele era o ministro das Finanças, ou o Secretário do Tesouro.

Apesar de seu poder e prestígio, ele tinha um grande vazio em sua alma. Ele fez uma longa e árdua jornada de sua terra natal para Jerusalém, em busca do verdadeiro Deus. Infelizmente, dado o estado do judaísmo contemporâneo, ele provavelmente foi embora ainda vazio. Não é certo se ele estava fisicamente um eunuco. O termo também foi usado para falar de funcionários do governo que não tinha sido emasculados (como Potifar [Gn 39:1).

A soberania de Deus na salvação não elimina a responsabilidade do homem. Que Deus recompensa o coração buscando é o claro ensino da Escritura. Em Jr 29:13 Deus disse: "Você vai buscar-me e encontrar-me, quando me procurarem de todo o coração", enquanto que em Jo 7:17 o Senhor Jesus Cristo disse: "Se alguém está disposto a fazer a Sua vontade , ele conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo. " O eunuco é um exemplo clássico de quem viveu até a luz que ele tinha. Deus, então, deu-lhe a revelação completa de Jesus Cristo através do ministério de Filipe.

O bíblico Palavra da Verdade

E ele estava voltando e sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. (08:28)

Ao voltar para a sua terra, o eunuco estava sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. Ele tinha o desejo de conhecer a Deus e sabia que ele viria a ser conhecido através da Escritura. Ele era realmente um candidato ansioso. Ele não tinha nenhuma dúvida pagou um alto preço em Jerusalém para que rolagem, o que teria sido difícil para um gentio de adquirir. Talvez Isaías teve um significado especial para ele, já que o livro fala encorajador para eunucos (Is. 56: 3-5).

Embora a existência de Deus, e alguns de seus atributos, pode ser discernido da natureza (Rm 1:20), poupando conhecimento Dele vem somente através das Escrituras. Jesus disse em Jo 5:39: "Examinais as Escrituras, porque você acha que neles você tem a vida eterna;. E são elas mesmas que testificam de mim" No versículo 46 Ele acrescentou: "Se você acredita Moisés, você acreditaria em mim, porque ele escreveu a meu respeito." O encontro com dois de seus seguidores após a sua ressurreição, ele censurou-lhes a sua obtusidade: "homens e tardos de coração ó tolo para acreditar em tudo o que os profetas disseram! Não era necessário que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras "(Lucas 24:25-27).

Grandes palavras de Paulo aos Romanos servem para enriquecer a compreensão dessa conta:

Pois não há distinção entre judeu e grego; para o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam; para "Quem quer que invocar o nome do Senhor será salvo." Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Assim como está escrito: "Quão formosos são os pés dos que trazem alegres novas de coisas boas!" (Rom. 10: 12-15)

Todos os fundamentos estavam no local; trabalho de preparação do Espírito estava completa. Filipe havia obedecido o chamado do Espírito e estava no local para atender o homem. O coração do eunuco estava buscando, elaborado pela leitura das Escrituras. Tudo foi definido para o passo seguinte.

A boa apresentação

E o Espírito disse a Filipe: "Vá-se para fazer esse carro." E quando Filipe tinha acabado, ele ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: "Você entende o que você está lendo?" E ele disse: "Bem, como eu poderia, se alguém não me explicar?" E ele convidou Filipe para subir e sentar-se com ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: "Ele foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como um cordeiro diante do seu tosquiador é calada, ele não abre a sua boca em humilhação Seu juízo foi tirado; que deve. relacionar sua geração? Porque a sua vida é retirado da terra ". E o eunuco a Filipe, e disse: "Por favor, diga-me, de quem o profeta dizer isto? De si mesmo, ou de outra pessoa?" Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, ele anunciou a Jesus. (8: 29-35)

Quando o Espírito disse a Filipe: "Vá-se para fazer esse carro", ele imediatamente obedecido. Embora comitiva do eunuco deve ter sido impressionante, Filipe não se intimidou. Ousadia pertence a pessoas cheias do Espírito (At 4:31). Podemos discernir nas palavras de Filipe a essência de uma apresentação eficaz do evangelho.

Ele deve estar centrado na Escritura

E quando Filipe tinha acabado, ele ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: "Você entende o que você está lendo?" E ele disse: "Bem, como eu poderia, se alguém não me explicar?" E ele convidou Filipe para subir e sentar-se com ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: "Ele foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como um cordeiro diante do seu tosquiador é calada, ele não abre a sua boca em humilhação Seu juízo foi tirado; que deve. relacionar sua geração? Porque a sua vida é retirado da terra ". E o eunuco a Filipe, e disse: "Por favor, diga-me, de quem o profeta dizer isto? De si mesmo, ou de outra pessoa?" (8: 30-34)

Aparentemente sem o benefício de uma apresentação formal normalmente necessário para uma audiência com um líder tão exaltado, e demonstrando sua ânsia por ter funcionado acima, Filipe ouviu que lia o profeta Isaías. O antigo costume de ler em voz alta, desde uma abertura para Felipe, que, apesar de um completo estranho, corajosamente perguntou: "Você entende o que está lendo?" O homem estava tão perplexo com a passagem que ele estava lendo que ele parece não ter se importado que era Filipe ou por que ele estava em sua presença. O eunuco apenas exclamou: "Bem, como eu poderia, se alguém não me explicar?" Por incrível que pareça, ele então convidou Filipe para subir e sentar-se com ele. O coração do evangelista deve ter sido regozijando-se na confiança de que Deus tinha tão preparado este homem. Que o funcionário convidou Filipe para explicar as Escrituras para ele fala da busca do eunuco, humilde e espírito dócil (conforme Is 55:6-7.).

passagem da Escritura o eunuco estava lendo era esta: "Ele foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como um cordeiro diante do seu tosquiador é calada, ele não abre a sua boca em humilhação Seu juízo foi tirado; que devem dizer respeito. ? Sua geração para a sua vida é retirado da terra. " Esta passagem, tirada de Isaías 53:7-8., intrigado o eunuco "Por favor, diga-me," ele disse a Filipe: "de quem o profeta dizer isso de si mesmo? , ou de outra pessoa? " Sua confusão era compreensível, uma vez que o pensamento judaico contemporâneo foi dividido sobre a interpretação desta passagem. Alguns sustentavam que as ovelhas abatidas representava a nação, outros que Isaías falou de si mesmo, outros, ainda, que ele se refere ao Messias. Não havia nenhuma dúvida na mente de Filipe, no entanto, de quem Isaías escreveu.

Tal como o seu Senhor (Jo 3:1.), Apolo (At 18:24), e Estevão (At 7:1ff), Filipe foi experiente o suficiente no Escrituras para atender o eunuco onde ele estava. Cada crente deve se esforçar para ser proficiente nas Escrituras para que nós, também, pode conhecer pessoas no ponto de sua perplexidade e levá-los ao Salvador. Nas palavras de Pedro, devemos "sempre [ser] pronto para fazer uma defesa a todo aquele que pede [us] para dar conta da esperança que está em [nós]" (1Pe 3:15).

Uma boa apresentação do evangelho deve ser baseada solidamente na Escritura. O uso de testemunhos pessoais, histórias, folhetos e outras ferramentas não é nenhum substituto. Pois as Escrituras por si só é "o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16). O poder está na Palavra.

Ele deve estar centrada em Jesus Cristo

Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, ele anunciou a Jesus. (08:35)

Filipe estava pronto. Começando a partir da própria Escritura o eunuco estava lendo, ele anunciou a Jesus. Ele mostrou o eunuco que o Cordeiro de que a passagem falou não era outro senão o Messias, que seria o sacrifício final e final para o pecado . Em seguida, apresentou provas de que Jesus era o Messias.

Qualquer apresentação do evangelho, para ser eficaz, deve apresentar clara e exaustivamente a pessoa e obra de Jesus Cristo. Talvez a razão alguns rejeitam Jesus é que Ele não tenha sido apresentado bem o suficiente para que eles compreendam que Ele é e o que Ele tem feito. Para anunciar aos outros o que Cristo fez em nossas vidas é importante, mas a verdade bíblica sobre Jesus Cristo é a mensagem essencial o pecador deve ouvir. Como Paulo escreveu aos Romanos: "A fé vem pelo ouvir ... a palavra de Cristo" (10:17).

A Resposta Adequada

E, quando iam ao longo da estrada que chegaram a um pouco de água; e disse o eunuco: "Olha! Água! O que me impede de ser batizado?" [E disse Felipe: "Se você crê de todo o coração, você pode." E, respondendo ele, disse:] E ele ordenou o carro a parar "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus."; e desceram ambos à água, Filipe, bem como o eunuco; eo batizou. E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe; eo eunuco não o viu mais, mas jubiloso seguia o seu caminho. Mas Filipe encontrou-se em Azoto; e como ele passou por ele continuou pregando o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. (8: 36-40)

A preparação do Espírito e apresentação de Filipe combinados para produzir a resposta adequada por parte do eunuco. Essa resposta foi tríplice: a fé, a confissão, e regozijo.

E, quando iam ao longo da estrada que chegaram a um pouco de água; e disse o eunuco: "Olha! Água! O que me impede de ser batizado?" (8:36)

Em algum momento, como eles foram ao longo da estrada o eunuco foi concedida a fé salvadora e foi instruído a respeito do batismo. Isso está implícito por sua reação quando eles chegaram a um pouco de água. O eunuco disse a Filipe: "Olha! Água! O que me impede de ser batizado?" Eles me deparei com uma piscina ou córrego no deserto, apenas o momento adequado para o homem para testemunhar publicamente a sua fé salvadora sendo obedientes a ordenança de imersão. Esse é mais um exemplo de controle do Espírito soberano dos acontecimentos.

Confissão

[E disse Felipe: "Se você crê de todo o coração, você pode." E, respondendo ele, disse:] E ele ordenou o carro a parar "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus."; e desceram ambos à água, Filipe, bem como o eunuco; eo batizou. (8: 37-38)

Os manuscritos mais antigos e confiáveis ​​não contêm versículo 37, que deve ser omitido do texto. Ainda assim, algo como que a confissão deve ter ocorrido. Vindo para a água, o eunuco ordenou o carro a parar; e desceram ambos à água, Filipe, bem como o eunuco; eo batizou. Como observado na discussão de At 2:38 no capítulo 6, o batismo é a confissão pública de fé esperado de todos os crentes. O eunuco não só confessou sua fé, pessoalmente, para Filipe, mas abertamente na frente de toda a sua comitiva. Que tanto ele como Filipe desceu na água indica que o seu batismo era por imersão. O mesmo acontece com a palavra baptizo , que significa "mergulhar" ou "imergir".

Regozijo

E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe; eo eunuco não o viu mais, mas jubiloso seguia o seu caminho. Mas Filipe encontrou-se em Azoto; e como ele passou por ele continuou pregando o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. (8: 39-40)

Depois saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe; eo eunuco não o viu mais. Elias (1Rs 18:12; 2Rs 2:162Rs 2:16) e Ezequiel (Ez 3:12, Ez 3:14; Ez 8:3; Jo 17:13; At 13:52; Romanos 0:12;. 14:17; 15:13; Gl 5:22; Fp 1:25; 1 Tessalonicenses 1:.. 1Ts 1:6; 1Pe 1:8 Pedro 1: 8.; Jude 24).

Filipe, por sua vez, encontrou-se em Azoto. Azoto, 20 milhas ao norte de Gaza, foi o nome atual da antiga cidade filistéia de Ashdod. Como ele atravessou a região costeira, ele continuou pregando o evangelho a todas as cidades. Não importa onde ele estava, Filipe só tinha uma coisa em sua mente. Como ele fez o seu caminho para o norte em direção a Cesaréia, onde ele e sua família aparentemente fizeram a sua casa (Atos 21:9), ele pregou nas cidades (como Jope e Lida, que Pedro em breve visita), enquanto viajava.

Lucas não nos dão a história subsequente do eunuco etíope. De acordo com a igreja Padre Irineu, ele se tornou um missionário para os etíopes (Richard N. Longenecker, "At", no Frank E. Gaebelein, ed,. Comentário Bíblico do Expositor , vol 9 [Grand Rapids:. Zondervan , 1981], 366). O que está claro é que a preparação do Espírito, juntamente com a apresentação de Filipe, produziu nele a fé que não salva.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40

Atos 8

Como Saulo entrou em cena — At 8:1). As divergências entre ambos era de séculos. Muito antes, no século VIII a.C., os assírios conquistaram o reino do Norte cuja capital era Samaria. Como costumavam fazer os conquistadores naqueles dias, deportaram a maior parte da população e a puseram no estrangeiro.

No século VI os babilônios conquistaram o reino do Sul cuja capital era Jerusalém e levaram seus habitantes a Babilônia; mas estes se negaram completamente a perder sua identidade e permaneceram obstinadamente os judeus. No século V a.C. foi-lhes permitido voltar e reconstruir sua cidade destroçada sob Esdras e Neemias.
Enquanto isso, aqueles que, pertencendo ao reino do Norte, ficaram na Palestina uniram-se a raças estrangeiras que se introduziram no território. Ao fazer isto perderam sua pureza racial e para um judeu isto era um crime imperdoável. Quando chegou o povo do reino do Sul e começou a reconstruir sua cidade, o povo de Samaria, que nunca se afastou do lugar e que se casou com estrangeiros, ofereceram seu ajuda, mas foram rechaçados com desprezo porque não eram judeus puros. E desde esse dia em adiante houve uma brecha incurável e um ódio amargo entre judeus e samaritanos. O fato de que Filipe pregasse aqui, que os apóstolos viessem, que a mensagem de Jesus se desse a esta gente, mostra a Igreja dando inconscientemente um dos passos mais importantes de sua história. Sem dar-se conta estão descobrindo que Cristo é para todo o mundo. Sabemos muito pouco a respeito de Filipe, mas foi um dos arquitetos da Igreja cristã.

Devemos assinalar o que foi que o cristianismo deu a esse povo.

  1. Deu-lhe a história de Jesus. Deu-lhe simplesmente a mensagem do amor de Deus em Jesus Cristo.
  2. Deu-lhe cura. O cristianismo nunca foi algo que só consiste em palavras. Trazia luz à mente dos homens e cura para seu corpo.
  3. Deu-lhe, como conseqüência natural disto, uma alegria que os samaritanos nunca tinham conhecido. O cristianismo que cria uma atmosfera de tristeza é falso; o verdadeiro é aquele que irradia alegria em qualquer momento.

COISAS QUE NÃO SE PODEM COMPRAR NEM VENDER

Atos 8:14-25

Simão não era um personagem incomum no mundo antigo. Havia muitos astrólogos, adivinhos e magos, e em uma era crédula tinham uma grande influência e viviam luxuosamente. Não devemos nos surpreender muito disto quando até o século XX não se libertou dos adivinhos e da astrologia, como pode testemunhá-lo quase qualquer periódico ou revista popular. De maneira nenhuma devemos pensar que Simão e seus colegas fossem estelionatários e impostores conscientes. Muitos deles se enganaram a si mesmos antes de fazê-lo com outros. Criam em seus próprios poderes.
Para compreender corretamente o que era que Simão queria, devemos ter em conta algumas das coisas da atmosfera e a prática da

Igreja primitiva. Nela a entrada do Espírito no homem estava relacionada com certos fenômenos bem visíveis e definidos. Em especial estava relacionada com o dom de falar em línguas (Atos 10:44-46). Quando o Espírito Santo entrava em um homem, este experimentava uma espécie de êxtase que se manifestava no estranho fenômeno de emitir sons sem sentido. Pode parecer estranho, mas isto era muito impressionante. Na prática judia era muito comum a imposição das mãos. Quando se realizava isto se dizia que havia uma transferência de certas qualidades de uma pessoa a outra. Ainda utilizamos este costume na ordenação de ministros.

Não se tem que pensar por um momento que isto representa um conceito completamente materialista da transferência do Espírito. O fator dominante era a personalidade da pessoa que impunha as mãos. Os apóstolos eram tão respeitados, admirados e até venerados que simplesmente sentir o roce de suas mãos era uma experiência profundamente espiritual.
Em uma reminiscência pessoal, lembro de ter ido ver um homem que era um dos maiores eruditos e santos da Igreja. Eu era muito jovem e ele era muito idoso. Fiquei a sós com ele por um momento e nesse instante impôs suas mãos sobre mim e me abençoou. Até o dia de hoje, quase trinta anos depois, posso sentir ainda a emoção desse momento. Assim era a imposição de mãos na 1greja primitiva.
Simão estava impressionado pelos efeitos visíveis da imposição das mãos e tentou comprar a habilidade para fazer o que os apóstolos podiam fazer. Simão deixou seu nomeio na linguagem comum, pois a palavra simonia significa ainda a indigna compra-venta de postos eclesiásticos.

Simão tinha duas falhas.
(1) Não estava interessado realmente em dar o Espírito Santo a outros; só lhe interessavam o poder e o prestígio que adquiriria com ele. Esta exaltação do eu é sempre o perigo do pregador e do professor. É certo que ambos devem brilhar aos olhos dos homens; mas também é certo — como disse Denney — que não podemos demonstrar ao mesmo tempo que somos inteligentes e que Cristo é maravilhoso.

  1. Simão se esqueceu de que há certos dons que dependem do caráter. O dinheiro não pode comprá-los. Mais uma vez, deve-se advertir o pregador e o professor: "Pregar é comunicar a verdade através da personalidade." Para dar o Espírito a outros não é necessário que alguém seja rico, mas sim que a gente mesmo possua o Espírito.

CRISTO CHEGA A UM ETÍOPE

Atos 8:26-40

Havia um caminho de Jerusalém que levava a Belém e Hebrom e que se unia à rota principal ao Egito no sul de Gaza. Havia duas cidades com este nome. A antiga foi destruída na guerra do ano 93 a.C. e a nova Gaza fora construída mais ao sul no ano 57 a.C. A primeira era chamada Antiga ou Gaza do Deserto para distinguir a da outra. Este caminho que passava por Gaza era transitado por quase a metade do trânsito do mundo; era um caminho no qual Filipe tinha muitas possibilidades de ter uma aventura por Cristo. Nesta rota apareceu o eunuco etíope em seu carro. Era o chanceler da fazenda real de Candace. Candace é mais um título que um nome próprio, que se dava a todas as rainhas de Etiópia.
Este eunuco esteve em Jerusalém adorando. Deve ter sido uma destas duas coisas. Naqueles dias o mundo estava cheio de pessoas que se cansaram de seus muitos deuses e da desordem moral de seus povos. Aproximavam-se do judaísmo e nele encontravam o Deus único e a moral austera que dava significado à vida. Se aceitavam o judaísmo e eram circuncidados e guardavam a Lei se convertiam em prosélitos; se não chegavam a isto, mas continuavam concorrendo às sinagogas judias e liam as Escrituras eram chamados tementes a Deus. De modo que este etíope deve ter sido uma dessas pessoas que tinha achado descanso no judaísmo fosse como prosélito ou temente a Deus. Ia lendo o capítulo 53 de Isaías; e começando por ele Filipe lhe mostrou quem era Jesus.

Ao crer, batizou-se. Por meio do batismo e da circuncisão os gentios formavam parte da fé judia. Na época do Novo Testamento se batizavam principalmente os adultos; não é que houvesse algo contra o batismo de crianças, mas nesses momentos se convertiam homens e mulheres de outras crenças e a família cristã apenas teve tempo para desenvolver-se. O batismo para estes cristãos primitivos era, sempre que possível, por imersão e em águas correntes.
Simbolizava três coisas.

  1. Simbolizava a purificação. Assim como o corpo era purificado pela água, também sua alma se inundava na graça de Cristo.
  2. Marcava um momento definido na vida. Conta-se de um missionário que ao batizar os convertidos os fazia entrar em rio por uma margem, batizava-os, e os fazia sair pela outra margem, como se no momento do batismo se traçou em suas vidas uma linha que os enviava a um novo mundo.
  3. O batismo era uma união verdadeira com Cristo. Ao cobrirem as águas sua cabeça, o homem parecia morrer com Cristo, e ao surgir se levantava com Ele, um novo homem para uma vida nova (Rom. 6:1-4).

A tradição nos diz que este eunuco voltou para seu lar e evangelizou a Etiópia. Podemos estar seguros ao menos de que aquele que seguiu seu caminho contente não poderia guardar sua nova alegria para si mesmo.


Dicionário

Atenção

substantivo feminino Concentração mental sobre algo específico: via a obra com atenção; tinha atenção ao assunto; estudava com atenção.
Expressão de cuidado; dedicação: o pai tratava-a com atenção.
Tendência natural para ouvir alguém: tinha a atenção do chefe.
interjeição Advertência ou recomendação: atenção! Faixa de pedestres.
Palavra usada para fazer com que alguém se volte para quem fala.
[Militar] Voz de comando que alerta o soldado para a ordem a ser cumprida: atenção! Sentido!
substantivo feminino plural Atenções. Expressão de delicadeza, de zelo: queria as atenções dos pais.
Etimologia (origem da palavra atenção). Do latim attentio.onis.

aplicação, reflexão, ponderação, meditação, contensão, apercepção, cogitação; cuidado, vigilância, solicitude, desvelo, dedicação. – Atenção é o ato pelo qual o nosso espírito fixa o seu poder sobre algum objeto externo. Se, em vez de num objeto externo, as nossas faculdades se fixam sobre objetos internos, esse ato chamase reflexão. Se a reflexão, ou a atenção é demorada e persistente, chama-se aplicação. – Ponderação sugere ideia de atenção mais profunda, de extremo cuidado e grave aplicação com que se estuda e trata de resolver alguma alta questão, ou de efetuar negócio de grande importância. – Meditação, como bem define Bruns., é “uma espécie de reflexão prolongada e persistente”. Não obstante, há entre os dois vocábulos uma diferença notável, e que consiste em que a reflexão deduz consequências, enquanto que a meditação se exerce sobre fatos cujas consequências se conhecem antecipadamente. Antes de empreender um negócio importante, necessitamos refletir, não meditar. A paixão do Redentor é um assunto de meditação, para os crentes, não de reflexão. – Contensão significa “profundo esforço espiritual; grande, intensa aplicação”. – Apercepção é a “capacidade própria da inteligência para conceber ideia das coisas reais”. – Cogitação enuncia “o ato ou a operação de pensar sobre alguma coisa”. – Cuidado é a “atenção zelosa, indefectível com que se faz alguma coisa”. – Vigilância é um cuidado contínuo, uma atenção que se não deixa iludir, uma atividade que está sempre alerta (vígil “que vela”). – Desvelo é o “cuidado e vigilância contínua de quem se empenha com afinco em realizar alguma coisa; que não cessa de agir enquanto não consegue o seu fim”. – Solicitude é a “atenção, o cuidado, a diligência levados quase a um verdadeira inquietação por aquilo que nos interessa ou de que devemos dar contas”. – Dedicação é quase solicitude e desvelo: é “a boa vontade e empenho com que se cuida de cumprir um dever, ou de executar alguma tarefa”.

De fundamental importância para a aquisição dos estados mais elevados de consciência, bem como para as altas produções artísticas, intelectuais ou mesmo para os fenômenos mediúnicos é a atenção. Através dela a mente concentra a sua atividade psíquica sobre o objeto que a solicita, seja esse uma sensação, uma percepção, uma representação, um afeto, um desejo etc. Muitos autores não a consideram uma atividade psíquica autônoma, sendo determinada pelo interesse, pela motivação ou pela deliberação consciente. Segundo Paim, a atenção, a concentração, a consciência, a distração e a subconsciência estão estreitamente relacionadas. Sem a atenção, a atividade psíquica se proces saria como num sonho vago e difuso, como no delírio oniróide ou nos estados crepusculares da consciência. A atenção seria um dos fatores delimitadores do que Freud denominou processo primário e processo secundário. Contudo, é bom recordar que mesmo nos sonhos a atenção pode operar, e difíceis problemas podem ser resolvidos durante a atividade onírica, tais como as clássicas descobertas do núcleo benzeno, da insulina, etc. Nesse campo a Posição Espírita lança intensas claridades ao ensinar que alguns sonhos são frutos da atividade do espírito emancipado da carne, atuando no plano espiritual. [...] Jung considera a focalização da atenção como o elemento essencial da consciência, como se um jato de luz focalizasse certo número de objetos. Em geral, considera-se o número de objetos passíveis de ser focalizados pelo foco da consciência como sendo igual a quatro. Bleuler, por exemplo, considera a atenção como uma das manifestações da afetividade. Diz Alonso Fernandez: “a faculdade da atenção vem a ser uma espécie de raio luminoso constitutivo da consciência”. De acordo com a Posição Espírita, o maior desenvolvimento espiritual é expresso, no mundo espiritual, em irradiação de luz. Os Espíritos Superiores são também denominados Espíritos de luz. No nível mental, a luz simboliza a intensidade da atenção, a maior clareza dos processos intelectuais e o maior refinamento dos sentimentos. Aliás, a qualidade predominante da atmosfera A psíquica, no plano espiritual, é expressa pela cor da denominada aura espiritual, e exprime com exatidão o grau de evolução espiritual da personalidade. [...]
Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 2

[...] a atenção redunda no aumento de capacidade motomuscular, ao passo que diminui o tempo de reação. Quando, voluntariamente, concentramos o pensamento numa coisa que desejamos recordar, enviamos na sua direção uma série de influxos sucessivos, que objetivam dar ao movimento perispirítico o mesmo período vibratório que ele tinha, pode dizer-se, um tanto mais fraco, no momento em que fora registrado, isto é, percebido. Essa repetência de excitação, provocando, por superatividade funcional, uma espécie de congestionamento do órgão material, produz, abaixo mesmo dos limites da consciência, uma espécie de atenção passiva. Depois de uma série de excitações da mesma intensidade, com exclusão das primeiras, naturalmente insensíveis, a recordação torna-se nítida, muito embora momentos antes a lembrança não existisse.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

A atenção deve ser total e não fragmentada conforme é habitual entre as pessoas distraídas. Estas reservam apenas alguns momentos para fixá-la em determinados acontecimentos, sentindo dificuldade em aprofundar o raciocínio em torno do que observam. Logo fugindo à observação desviam-se para outras faces dos movimentos mentais e físicos não auferindo os benefícios da paz interior de que poderiam desfrutar.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Inconsciência de si mesmo

Nas ocorrências de sofrimento e de desagrado, de frustração e tudo quanto antes era considerado como infelicidade, a atenção bem aplicada penetrará nas suas razões desencadeadoras e oferecerá compreensão para as mesmas, articulando atividades que tomadas com cuidado modificarão os efeitos danosos. Entre outras, a meditação, a conversação saudável com o órgão enfermo ou mentalmente com o insucesso perturbador, em se tratando de natureza moral, emocional ou mesmo a pessoa que a desencadeou. E nos casos mais graves, como a morte ou desencarnação, deixando-se arrastar pela certeza da imortalidade e do reencontro feliz com os afetos que o anteciparam na viagem à Espiritualidade, passado algum tempo terá estímulos para lutar e crescer, a fim de merecer a continuação ditosa da experiência afetiva, no momento interrompida somente no campo das sensações físicas. [...] Em razão dessa atenção que leva ao conhecimento das causas, da conscientização da realidade como ser imperecível, também os significados existenciais se alteram e a visão em torno do que é bom e aprazível, compensador e feliz, se modifica em relação àquilo que o ego elegia como fundamental para o ser, prazer e gozo, por estar sempre envolto em dificuldade e conflito, ansiedade e desconfiança.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Inconsciência de si mesmo


Filipe

substantivo masculino Ictiologia Peixe teleósteo escombriforme (Vomer setipinnis).
[Regionalismo: Bahia] Saco de couro para guardar comida.
Conjunto de duas sementes, de frutas inconhas, como duas bananas grudadas uma na outra.
Ornitologia Nome vulgar de um pássaro (Myiophobus fasciatus, da família dos Tiranídeos, que ocorre no Brasil. No Espírito Santo é chamado caga-sebo.
Etimologia (origem da palavra filipe). De Filipe, nome próprio.

Amador de Cavalos. l. Aquele apóstolo, natural de Betsaida, cidade de André e de Pedro, ou ali residente, e que Jesus chamou bem cedo para o seu ministério (Jo 1:43-44). Filipe, pela sua vez, trouxe a Jesus o seu amigo Natanael, que certamente havia de ter falado muito sobre as promessas do A.T. a respeito do Messias (Jo 1:45). Foi um dos doze apóstolos (Mt 10:3Mc 3:18Lc 6:14At 1:13) – Jesus o interrogou naquela ocasião em que houve o milagre da alimentação de cinco mil pessoas (Jo 6:5-7). Ele e André, no último tempo da vida de Jesus, trouxeram-lhe ‘alguns gregos’, que desejavam ver o Divino Mestre (Jo 12:20-22) – e na última ceia dirigiu a Jesus esta súplica ‘mostra-nos o Pai, e isso nos basta’ (Jo 14:8). Encontra-se ainda Filipe entre os apóstolos, reunidos no cenáculo depois da ascensão, mas não torna a ser mencionado no N.T. 2. o segundo dos sete diáconos (At 6:5). Talvez pertencesse a Cesaréia, na Palestina, onde mais tarde vivia ele com as suas filhas (At 21. 8,9). Depois do apedrejamento de Estêvão, pregou Filipe em Sebasta ou Samaria, onde operou muitos milagres, sendo muitos os convertidos. E foram batizados – mas quando os apóstolos em Jerusalém souberam que Samaria havia recebido a palavra de Deus, mandaram para lá Pedro e João, que, dirigindo-se àquela cidade e falando àqueles crentes, oraram para que o Espírito Santo viesse sobre eles. No tempo em que Filipe estava ali, um anjo lhe ordenou que tomasse o caminho que vai de Jerusalém à antiga Gaza. obedeceu, e deu-se o fato de ele encontrar um eunuco etíope, que era mordomo da rainha Candace. Filipe continuou o seu trabalho de evangelização em Azoto (Asdode), e caminhou depois ao longo da costa de Cesaréia (At 8). Nada mais se sabe dele pelo espaço de vinte anos, até ao tempo em que Paulo e seus companheiros se hospedaram em sua casa, vivendo então o diácono com as suas quatro filhas, que possuíam o dom da profecia. Ele era conhecido como um dos sete, sendo também cognominado ‘o Evangelista’ (At 21:8). 3. Filho de Herodes, o Grande (Mt 14:3). (*veja Herodes.) 4. outro filho de Herodes, o Grande – tetrarca da ituréia (Lc 3:1).

O Evangelho de João é o único a dar-nos qualquer informação pormenorizada acerca do discípulos chamado Filipe. Jesus encontrou-se com ele pela primeira vez em Betânia, do outro lado do Jordão (Jo 1:28). É interessante notar que Jesus chamou a Filipe individualmente enquanto chamou a maioria dos outros em pares. Filipe apresentou Natanael a Jesus (Jo 1:45-51), e Jesus também chamou a Natanael (ou Bartolomeu) para seguí-lo.
Ao se reunirem 5 mil pessoas para ouvir a Jesus, Filipe perguntou ao Seu Senhor como alimentariam a multidão. “Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço”, disse ele (Jo 6:7). Noutra ocasião, um grupo de gregos dirigiu-se a Filipe e pediu-lhe que o apresentasse a Jesus. Filipe solicitou a ajuda de André e juntos levaram os homens para conhecê-lo (Jo 12:20-22).
Enquanto os discípulos tomavam a última refeição com Jesus, Filipe disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (Jo 14:8). Jesus respondeu que nele eles já tinham visto o Pai.
Esses três breves lampejos são tudo o que vemos acerca de Filipe. A igreja tem preservado muitas tradições a respeito de seu último ministério e morte. Segundo algumas delas, ele pregou na França; outras dizem que ele pregou no sul da Rússia, na Ásia Menor, ou até na Índia. Nada de concreto portanto.

Quatro diferentes pessoas são conhecidas por esse nome no Novo Testamento. É importante fazer uma distinção entre Filipe, um dos doze apóstolos, e o diácono, às vezes chamado de “o evangelista”, o qual foi muito dedicado à obra de Deus na 1greja primitiva (At 6:5).

1Filipe, o apóstolo Mencionado nos evangelhos e em Atos. Em Mateus 10:3, Marcos 3:18 e Lucas 6:14 aparece na lista dos doze apóstolos. Sabe-se muito pouco sobre ele além do que está escrito no evangelho de João. Era da mesma cidade de Pedro e André, ou seja, Betsaida, na Galiléia (Jo 1:44). Era uma localidade principalmente dedicada à pesca, situada a nordeste do ponto onde o rio Jordão desaguava no mar da Galiléia. Existe certa discussão sobre sua localização exata. Filipe, o tetrarca, aproximadamente 30 anos antes reconstruíra essa cidade e a chamou de “Júlias”, em homenagem à filha do imperador romano. A associação que a localidade tinha com o tetrarca talvez explique o nome do apóstolo: os pais com certeza colocaram o nome de Filipe em homenagem ao governante.

De acordo com o evangelho de João, provavelmente Filipe foi o quarto apóstolo a ser escolhido por Jesus (Jo 1:43). Nas listas dos evangelhos sinóticos ele sempre aparece em quinto lugar, talvez porque os dois irmãos Tiago e João eram sempre mencionados juntos. É no evangelho de João que ele recebe maior atenção. Fica claro em sua resposta imediata à ordem de Cristo “segue-me” que ele rapidamente creu ser Jesus o cumprimento do que Moisés escrevera no Antigo Testamento. Seu entusiasmo fica evidente pela maneira como apresentou Natanael ao Filho de Deus (1:46).

Três pontos são dignos de menção aqui. Primeiro, Filipe, assim como Pedro e André, é um bom exemplo daquelas pessoas que “receberam” a Jesus rápida e entusiasticamente, numa época em que a maioria dos “seus não o receberam” (Jo 1:11). Segundo, embora existam indicações de que ele era tímido e fraco na fé (veja adiante), imediatamente testemunhou de Jesus, quando falou sobre Ele a Natanael. Esse tema do testemunho sobre Cristo, um mandamento dirigido a todos os cristãos, é desenvolvido extensivamente no evangelho de João (veja especialmente Jo 5:31-46). João Batista já havia dado testemunho sobre Jesus (1:7s), bem como André e seu irmão Pedro (1:41). Posteriormente, o testemunho do Antigo Testamento sobre Jesus é mencionado (5:39), assim como o da samaritana (4:39-42), o do Espírito Santo (15:
26) e, é claro, o dos apóstolos (15:27). Terceiro, o conteúdo desse testemunho torna-se evidente quando Filipe testemunhou não somente sobre um homem surpreendente, mas sobre o que estava escrito na Lei de Moisés a respeito de Jesus. Talvez Filipe pensasse em Cristo como “o profeta” (Dt 18:19, um versículo ao qual João 1:21 faz alusão). Ele cria que as Escrituras se cumpriam, um ponto que João estava determinado a estabelecer em todo seu evangelho.

Filipe é mencionado novamente em João 6. Jesus voltou-se para ele para testálo, ao perguntar-lhe onde comprariam pão para alimentar 5:000 pessoas (6:5,6). Não sabemos se Cristo desejava testar particularmente a fé de Filipe ou se ele era a pessoa mais indicada para responder a tal pergunta, por conhecer aquela região do grande “mar da Galiléia” (6:1; talvez estivessem próximos de Betsaida). Jesus, entretanto, lançou o desafio, embora já tivesse seus próprios planos de operar um milagre. Filipe não teve fé e tampouco o entendimento para imaginar qualquer solução que não custasse uma fortuna em dinheiro para alimentar aquela multidão. Essa falta de compreensão foi vista também nos demais discípulos, em várias ocasiões; ficou patente em Filipe (Jo 14:8), quando pediu a Jesus que lhe “mostrasse o Pai”. Isso, segundo ele, “seria suficiente”. A resposta de Cristo teve um tom profundamente triste. Filipe e os outros estiveram com Jesus por muito tempo. Viram-no em ação e ouviram seus ensinos. Mesmo assim, não perceberam que, ao contemplar Jesus, viam o próprio Pai. Enfaticamente Cristo lhe perguntou como fazia tal pergunta depois de tanto tempo em sua presença. A resposta era que Filipe e seus companheiros ainda não tinham seus olhos espirituais abertos adequadamente para entender essas coisas. Essa seria a tarefa do Espírito Santo logo mais — abrir totalmente seu entendimento (14:25,26). Ao relatar incidentes como esse aos seus leitores, João demonstrava a profundidade dos ensinos de Jesus e destacava sua importância. A unidade do Pai e do Filho estava firmemente estabelecida na resposta dada por Cristo à pergunta de Filipe.

Em João 12:21-22 alguns gregos aproximaram-se de Filipe e solicitaram uma audiência com Jesus. Talvez o tenham procurado porque tinha nome grego. Esses homens certamente são significativos nesse ponto do evangelho, pois indicaram que havia outras pessoas interessadas em Jesus e apontaram para adiante, ao tempo em que outras ovelhas seriam acrescentadas ao rebanho do Senhor, as que não pertenciam ao povo de Israel (10:15,16). Antes que isso acontecesse, Jesus já teria morrido. Portanto, foi apropriado que em João 12:23 a resposta de Cristo apontasse para adiante, para sua própria morte e ressurreição. Não está claro se Filipe promoveu ou não o encontro dos gregos com Jesus. A última menção ao seu nome é em Atos 1:13, entre os discípulos reunidos no Cenáculo.

2Filipe, o evangelista Às vezes também chamado de diácono, é mencionado pela primeira vez em Atos 6:5. Os apóstolos perceberam que o trabalho de administração da Igreja em Jerusalém era muito pesado; portanto, precisavam de ajuda. Muitas pessoas convertiam-se ao Evangelho. Os cristãos de origem grega reclamaram que suas viúvas eram desprezadas na distribuição diária de alimentos. Os apóstolos observaram que perdiam muito tempo na solução desse tipo de problema (At 6:2) e negligenciavam o ministério da Palavra de Deus. Portanto, sete homens foram indicados e escolhidos entre os que eram “cheios do Espírito Santo e de sabedoria”. Os apóstolos oraram e impuseram as mãos sobre eles e os nomearam para o serviço social da Igreja. Este incidente é uma interessante indicação de quão cedo na vida da Igreja houve um reconhecimento de que Deus dá diferentes “ministérios” e “dons” a diversas pessoas. Este fato reflete também o reconhecimento pela Igreja de que os que são chamados para o ministério da palavra de Deus” (v. 2) jamais devem ter outras preocupações. O
v. 7 indica o sucesso dessa divisão de tarefas: “De sorte que crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava rapidamente o número dos discípulos...”.

Quando começaram as primeiras perseguições contra os cristãos em Jerusalém (na época em que Estêvão foi martirizado), Filipe dirigiu-se para Samaria, onde rapidamente tornou-se um importante missionário. Perto do final do livro de Atos, Paulo e Lucas o visitaram em Cesaréia, onde vivia e era conhecido como “evangelista” (At 21:8).

Atos 8 concede-nos uma ideia do tipo de trabalho no qual Filipe esteve envolvido em Samaria. Proclamou o Evangelho, operou milagres e desenvolveu um ministério que mais parecia o de um apóstolo do que de um cooperador ou administrador. Seu trabalho naquela localidade foi especialmente importante para a mensagem do livro de Atos. Lucas mostra como a Grande Comissão foi cumprida, sob a direção do Espírito Santo. Atos 1:8 registra o mandamento de Jesus para os discípulos, a fim de que fossem testemunhas em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da Terra. Por meio de Filipe, esse testemunho chegou a Samaria. Muitas pessoas se converteram por meio de sua mensagem e foram batizadas (8:12). Posteriormente, os apóstolos Pedro e João foram até lá e confirmaram que o Evangelho era aceito de bom grado pelos gentios e samaritanos.

Enquanto esteve em Samaria, Filipe enfrentou um problema com um mágico chamado Simão, o qual, quando viu os milagres operados por ele, creu e batizouse. Não se sabe ao certo se sua conversão foi genuína, pois mais tarde ele é duramente repreendido por Pedro (8:20-24).

Filipe também teve oportunidade de pregar para um eunuco etíope. Provavelmente foi por meio deste homem que mais tarde o Evangelho se espalhou por toda a Etiópia, pois aquele cidadão era um importante oficial do governo e estava a caminho de sua casa (8:27,28). O fato de que Filipe era realmente um homem “cheio do Espírito Santo” é visto na maneira como o Espírito o levou a falar com o eunuco, que viajava em sua carruagem. Ele lhe expôs as Escrituras do Antigo Testamento à luz do advento de Cristo; o eunuco creu e foi batizado. A referência a Filipe como “o evangelista” em Atos 21:8 indica claramente que bem mais tarde em sua vida ainda era amplamente reconhecido por seu zelo missionário.

3Filipe, o filho de Herodes, o Grande Em Marcos 6:17 (veja Mt 14:3; Lc 3:19) a morte de João Batista é lembrada quando as pessoas sugeriram que talvez Jesus fosse João, o qual revivera. Ao mencionar esse incidente, Marcos referiu-se ao casamento de Herodes com Herodias, a qual fora esposa de seu irmão Filipe. As referências a esse governante, cuja esposa posteriormente foi tomada por Herodes, proporciona o pano de fundo histórico para a repreensão de João Batista a Herodes: o Batista o repreendeu por causa de seu casamento ilegal; como resultado, foi decapitado (Mt 14:3-12).

A pressuposição geral é que este só pode ser Herodes Filipe, o tetrarca (veja abaixo), filho de Herodes, o Grande, e Cleópatra. Josefo, entretanto, identificou o primeiro marido de Herodias como Herodes, filho de Herodes, o Grande, e Mariane. Herodes, é claro, era o nome de família. Josefo contudo não menciona o segundo nome de seu filho. Certamente é possível que o primeiro marido de Herodias fosse Herodes Filipe, o que justificaria sua designação por Marcos como “Filipe”. Isso significa que dois filhos de Herodes, o Grande, foram chamados de Filipe, pois tal coisa seria possível, desde que houvesse duas mães envolvidas.

4Filipe, tetrarca da Ituréia e Traconites Esse governante, conhecido como Filipe Herodes, era filho de Herodes, o Grande, e Cleópatra, de Jerusalém. Lucas 3:1 descreve seu governo sobre a Ituréia e Traconites. É impossível determinar onde eram os limites de seu território, mas Josefo declara que incluía Auranites, Gaulanites e Batanéia. Portanto, esta área estendia-se do oeste da parte norte do rio Jordão, incluindo uma região considerável a leste do rio e norte de Decápolis. O lago Hulé e a cidade conhecida como Cesaréia de Filipe também estavam dentro desse território. Filipe governou nessa região do ano 4 d.C. até sua morte em 33 d.C. Durante esse período foi responsável pela reconstrução de Cesaréia de Filipe (anteriormente conhecida como Peneiom) e a cidade pesqueira de Betsaida, no extremo norte do mar da Galiléia. Era considerado pela população como o melhor e mais justo de todos os Herodes. P.D.G.


Filipe [Amigo de Cavalos]


1) Um dos apóstolos, natural de Betsaida, que levou Natanael a Jesus (Jo 1:44-45) e fez o mesmo com um grupo de gregos (Jo 12:20-23).


2) Judeu HELENISTA, apelidado de “o evangelista”, um dos escolhidos para ajudar na distribuição de dinheiro às viúvas de Jerusalém (At 6:5). Pregou em Samaria (At 8:4-8) e levou o eunuco etíope a Cristo (At 8:26-40).


3) TETRARCA (v. HERODES 4).


Filipe 1. Nome de um dos Doze. Ver Apóstolos.

2. Herodes Filipe (ou Filipo) I. Seu nome real era Boeto. Filho de Herodes, o Grande, e de Mariamne 2. Marido de Herodíades. Afastado da sucessão em 5 a.C., marchou para Roma sem sua esposa, para lá residir como um civil (Mt 14:3; Mc 6:17).

3. Herodes Filipe (ou Filipo) II. Filho de Herodes, o Grande, e de Cleópatra. Tetrarca da Ituréia e Traconítide, assim como das regiões próximas do lago de Genesaré (Lc 3:1) de 4 a.C. a 34 d.C. Em idade avançada, casou-se com Salomé, a filha de Herodíades.


Prestar

verbo transitivo Dar com presteza; dispensar.
Conceder.
Dar ou fazer segundo certas condições.
Exibir: prestar contas.
Dedicar, render: prestar homenagens.
verbo intransitivo Ser útil, ter préstimo: isto não presta mais.
verbo pronominal Acomodar-se; ser adequado.
Adaptar-se, condescender: não me presto a certas exigências.

prestar
v. 1. tr. ind. e Intr. Ter préstimo; ser útil. 2. pron. Ser adequado ou próprio. 3. pron. Estar pronto e disposto. 4. tr. dir. Pronunciar em ato solene. 5. tr. dir. Apresentar, dar, exibir: P. contas. 6. tr. dir. Fornecer, ministrar, oferecer: P. informações. 7. tr. dir. Consagrar, dedicar, render: P. culto a Deus.

Sinais

sinal | s. m. | s. m. pl.

si·nal
(latim tardio *signalis, -e, que serve de sinal, de signum, -i, sinal)
nome masculino

1. Coisa que chama outra à memória, que a recorda, que a faz lembrar.

2. Indício, vestígio, rastro, traço.

3. Qualquer das feições do rosto.

4. Gesto convencionado para servir de advertência.

5. Manifestação exterior do que se pensa, do que se quer.

6. Rótulo, letreiro, etiqueta.

7. Marca de roupa.

8. Ferrete.

9. Marca distintiva.

10. Firma (principalmente a de tabelião).

11. O que serve para representar.

12. Mancha na pele.

13. Presságio.

14. Anúncio, aviso.

15. Traço ou conjunto de traços que têm um sentido convencional.

16. Placa ou dispositivo usado para regular ou orientar a circulação de veículos e de peões (ex.: sinal de trânsito; sinal luminoso).

17. Dispositivo provido de sinalização luminosa, automática, que serve para regular o tráfego nas ruas das cidades e nas estradas. = SEMÁFORO

18. O que revela causa oculta ou ainda não declarada.

19. Penhor, arras.

20. Dinheiro ou valores que o comprador dá ao vendedor, para segurança do contrato.

21. [Marinha] Combinações de bandeiras com que os navios se comunicam entre si ou com a terra.


sinais
nome masculino plural

22. Dobre de sinos por finados.

23. Antigo Pedacinhos de tafetá preto que as senhoras colavam no rosto para enfeite.


sinal da cruz
Gesto feito com a mão direita, tocando a testa, o peito, o ombro esquerdo e o direito ou com o polegar direito, fazendo uma pequena cruz na testa, na boca e no peito.

sinal de diferente
[Matemática] Símbolo matemático (≠) que significa "diferente de".

sinal de igual
[Matemática] Símbolo matemático (=) que significa "igual a".

sinal de impedido
Sinal sonoro que indica que o telefone está ocupado.

sinal de vídeo
Sinal que contém os elementos que servem para a transmissão de uma imagem.

sinal verde
Autorização para fazer algo. = LUZ VERDE


Unanimemente

advérbio De modo unânime; com unanimidade, em correspondência geral.
De maneira a haver correspondência nas opiniões, nos votos, nos julgamentos.
Etimologia (origem da palavra unanimemente). Unânime + mente.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ὄχλος προσέχω ὁμοθυμαδόν ὑπό Φίλιππος λέγω ἔν ἀκούω καί βλέπω σημεῖον ὅς ποιέω
Atos 8: 6 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E as multidões unanimemente prestavam atenção às coisas que Filipe falava, ouvindo e vendo os milagres que ele fazia.
Atos 8: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

31 d.C.
G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G191
akoúō
ἀκούω
ser idiota, louco
(the foolish)
Adjetivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3661
homothymadón
ὁμοθυμαδόν
com uma mente, de comum acordo, com uma paixão
(with one accord)
Advérbio
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G3793
óchlos
ὄχλος
impressão, inscrição, marca
(and any)
Substantivo
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G4337
proséchō
προσέχω
levar a, trazer para perto
(Beware)
Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do plural
G4592
sēmeîon
σημεῖον
pequenez, pouco, um pouco
(a little)
Substantivo
G5259
hypó
ὑπό
por / através / até
(by)
Preposição
G5376
Phílippos
Φίλιππος
levantar, levar, tomar, carregar
(has made insurrection)
Verbo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
G991
blépō
βλέπω
ver, discernir, através do olho como orgão da visão
(looking upon)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo


δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἀκούω


(G191)
akoúō (ak-oo'-o)

191 ακουω akouo

uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

  1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
  2. ouvir
    1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
    2. entender, perceber o sentido do que é dito
  3. ouvir alguma coisa
    1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
    2. conseguir aprender pela audição
    3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
    4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
    5. compreender, entender

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὁμοθυμαδόν


(G3661)
homothymadón (hom-oth-oo-mad-on')

3661 ομοθυμαδον homothumadon

de um composto da raiz de 3674 e 2372; TDNT - 5:185,684; adv

  1. com uma mente, de comum acordo, com uma paixão

    Singular palavra grega. Usada 10 de suas 12 ocorrências no livro de Atos. Ajuda-nos a entender a singularidade da comunidade cristã. Homothumadon é um composto de duas palavras que significam “impedir” e “em uníssomo”. A imagem é quase musical; um conjunto de notas é tocado e, mesmo que diferentes, as notas harmonizam em grau e tom. Como os instrumentos de uma grande orquestra sob a direção de um maestro, assim o Santo Espírito harmoniza as vidas dos membros da igreja de Cristo.


ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

ὄχλος


(G3793)
óchlos (okh'los)

3793 οχλος ochlos

de um derivado de 2192 (que significa veículo); TDNT - 5:582,750; n m

  1. multidão
    1. ajuntamento informal de pessoas
      1. multidão de pessoas que se reuniram em algum lugar
      2. tropel
    2. multidão
      1. povo comum, como oposto aos governadores e pessoas de importância
      2. com desprezo: a multidão ignorante, o populacho
    3. multidão
      1. multidões, parece denotar grupo de pessoas reunidas sem ordem

Sinônimos ver verbete 5927


ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


προσέχω


(G4337)
proséchō (pros-ekh'-o)

4337 προσεχω prosecho

de 4314 e 2192; v

  1. levar a, trazer para perto
    1. trazer um navio à terra, e simplesmente atracar, aportar
  2. mudar a mente para, tentar ser solícito
    1. a uma pessoa ou algo: cuidar, prover para
  3. assistir a si mesmo, i.e., dar atênção a si mesmo
    1. dar atênção a, ter cuidado
  4. aplicar-se a, concentrar-se em, segurar ou apegar-se a uma pessoa ou uma coisa
    1. ser dado ou dedicado a
    2. devotar pensamento e esforço a

σημεῖον


(G4592)
sēmeîon (say-mi'-on)

4592 σημειον semeion

de um suposto derivado da raiz de 4591; TDNT - 7:200,1015; n n

  1. sinal, marca, símbolo
    1. aquilo pelo qual uma pessoa ou algo é distinto de outros e é conhecido
    2. sinal, prodígio, portento, i.e., uma ocorrência incomum, que transcende o curso normal da natureza
      1. de sinais que prognosticam eventos notáveis prestes a acontecer
      2. de milagres e prodígios pelos quais Deus confirma as pessoas enviadas por ele, ou pelos quais homens provam que a causa que eles estão pleiteando é de Deus

ὑπό


(G5259)
hypó (hoop-o')

5259 υπο hupo

preposição primária; prep

  1. por, sob

Φίλιππος


(G5376)
Phílippos (fil'-ip-pos)

5376 φιλιππος Philippos

de 5384 e 2462; n pr m

Filipe = “amante de cavalos”

um apóstolo de Cristo

um evangelista e um dos sete diáconos da igreja de Jerusalém

tetrarca de Traconite. Irmão de Herodes Antipas, somente por parte de pai. Felipe nasceu de Cleópatra, de Jerusalém, e Herodes de Maltace, uma samaritana. Morreu no vigésimo ano de Tibério, cinco anos após sua menção em Lc 3:1. Construiu Cesaréia de Felipe. Seu meio-irmão, Herodes Antipas, casou com sua esposa ilegalmente.(Gill)

ver 2542, Cesaréia de Felipe


αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

βλέπω


(G991)
blépō (blep'-o)

991 βλεπω blepo

um palavra primária; TDNT - 5:315,706; v

  1. ver, discernir, através do olho como orgão da visão
    1. com o olho do corpo: estar possuído de visão, ter o poder de ver
    2. perceber pelo uso dos olhos: ver, olhar, avistar
    3. voltar o olhar para algo: olhar para, considerar, fitar
    4. perceber pelos sentidos, sentir
    5. descobrir pelo uso, conhecer pela experiência
  2. metáf. ver com os olhos da mente
    1. ter (o poder de) entender
    2. discernir mentalmente, observar, perceber, descobrir, entender
    3. voltar os pensamentos ou dirigir a mente para um coisa, considerar, contemplar, olhar para, ponderar cuidadosamente, examinar
  3. sentido geográfico de lugares, montanhas, construções, etc.: habilidade de localizar o que se está buscando

Sinônimos ver verbete 5822