Enciclopédia de Romanos 4:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

rm 4: 19

Versão Versículo
ARA E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido, sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara,
ARC E não enfraqueceu na fé, nem atentou para o seu próprio corpo já amortecido, pois era já de quase cem anos, nem tão pouco para o amortecimento do ventre de Sara.
TB E, sem se enfraquecer na fé, ele considerou o seu próprio corpo já amortecido (tendo ele quase cem anos), e a velhice de Sara;
BGB καὶ μὴ ἀσθενήσας τῇ ⸀πίστει κατενόησεν τὸ ἑαυτοῦ ⸀σῶμα νενεκρωμένον, ἑκατονταετής που ὑπάρχων, καὶ τὴν νέκρωσιν τῆς μήτρας Σάρρας,
BKJ E não enfraquecendo na fé, ele não considerou seu próprio corpo praticamente morto quando tinha já quase cem anos, nem ainda a morte do ventre de Sara.
LTT E, não havendo ele enfraquecido na sua fé, não 1045 atentou para o seu próprio corpo já tendo sido tornado como morto (de quase cem anos sendo (Abrão)), nem tampouco atentou para o estado de como morto do útero de Sara.
BJ2 E foi sem vacilar na fé que considerou seu corpo já morto[i] - ele tinha cerca de cem anos - e o seio de Sara também morto.
VULG Et non infirmatus est fide, nec consideravit corpus suum emortuum, cum jam fere centum esset annorum, et emortuam vulvam Saræ.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Romanos 4:19

Gênesis 17:17 Então, caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E conceberá Sara na idade de noventa anos?
Gênesis 18:11 E eram Abraão e Sara já velhos e adiantados em idade; já a Sara havia cessado o costume das mulheres.
Mateus 6:30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?
Mateus 8:26 E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pequena fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.
Mateus 14:31 E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste?
Marcos 9:23 E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer; tudo é possível ao que crê.
João 20:27 Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
Romanos 4:20 E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus;
Romanos 14:21 Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.
Hebreus 11:11 Pela fé, também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

rm 4:19
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

MORTO

Atualmente: ISRAEL
O Mar Morto é um grande lago salgado, que possui 80 quilômetros de extensão, por 12 quilômetros de largura e está situado entre ISRAEL e Jordânia numa altitude de 400 metros abaixo do nível do mar. O Mar Morto pode ser comparado a um ralo que recebe todos os minerais que escorrem das montanhas vizinhas trazidos pela chuva: enxofre, potássio, bromo, fosfato, magnésio e sódio. A lama que se forma no fundo, é aproveitada para banhos e cosmética. Em suas águas, seis vezes mais salgadas do que as do oceano, vivem apenas microorganismos muito simples. Praticamente, não há vida.
Mapa Bíblico de MORTO



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Romanos Capítulo 4 do versículo 1 até o 25
c) A justificação é defendida (Rm 4:1-25). Agora chegamos a uma digressão na qual o apóstolo exemplifica e defende a sua doutrina de justificação pela fé sem a lei. Ele o faz por meio de uma referência a Abraão, que, como o pai do Povo Escolhido, tinha um lugar proeminente no pensamento religioso do judaísmo. Paulo acaba de dizer que pela doutrina da justificação pela fé "nós estabelecemos a lei" (3.31). Como vimos, isto significa que a revelação do Antigo Testamento "contém uma concepção da religião como uma confian-ça pessoal em Deus, mais fundamental que a restrição legal que recebia uma ênfase unilateral no judaísmo farisaiso".1" A partir deste ponto de vista, Abraão, reconhecido pelos fariseus mais rígidos como o homem justo ideal, era justificado pela fé mais do que pelas obras da lei. Ao provar este ponto, Paulo faz a mais forte defesa escritural para a sua doutrina.


1) Abraão é justificado pela fé, não pelas obras (4:1-8). Com toda a probabilidade, Paulo não tinha escolha ao falar de Abraão; os seus oponentes judeus provavelmente o desafiaram com a história. "Olhe para Abraão, disseram eles; existe um homem justo para você. Ele obedecia perfeitamente a lei, mesmo antes que ela fosse dada. Ele tinha alguma coisa de que se vangloriar; e o que você me diz das obras e da fé agorar"

Paulo toma a pergunta deles no versículo 1: Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai ("antepassado", NASB) ? Ele responde: Se Abraão foi justificado pelas obras, vocês têm razão: tem de que se gloriar; talvez diante dos homens, mas não diante de Deus (2). Abraão não tinha motivos para se vangloriar diante de Deus. Pois, que diz a Escritura? (3) A resposta de Paulo se refere a Gênesis 15:6, citado na Septuaginta: Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Em que Abraão creu? Na promessa de Deus: "Então, o levou fora e disse: Olha, agora, para os céus e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua semente" (Gn 15:5). A seguir vem a citação de Paulo: E creu ele no Senhor. A fé não opera no vazio; ela sempre se baseia na promessa de Deus (cf. 10.17). A confiança de Abraão na promes-sa de Deus "lhe foi imputada como justiça" (RSV). Ou seja, Abraão foi justificado porque colocou a sua confiança na Palavra de Deus. (Nos versículos 17:22, Paulo faz uma expo-sição esclarecedora da natureza e do caráter da fé de Abraão.)

Precisamos observar como Paulo se concentra no verbo "imputar" (elogisthe).2" Evi-dentemente, se a fé é imputada...como justiça, não é propriamente idêntica à justiça, mas sim distinta dela. Precisamos evitar a noção de que a fé é um tipo refinado de justiça, que Deus aceita em lugar da obediência legal. A fé e a justiça se encontram em categorias diferentes. O poder da fé pela qual Abraão foi justificado, se originou em Deus. A fé não se apoia na nossa confiança, ela se apoia em Deus (cf. versículos 20:21). Não somos justi-ficados pela virtude da nossa fé, mas sim por Deus. Caso contrário, teríamos de que nos gloriar, mas não diante de Deus. A justificação pela graça através da fé é completa-mente separada de quaisquer traços de méritos humanos.

Paulo prossegue detalhando esta verdade: Ora, àquele que faz qualquer obra, não lhe é imputado (logizetai) o galardão segundo a graça, mas segundo a dívi-da. Mas, àquele que não pratica, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada (logizetai) como justiça (4-5). O contraste entre graça e dívida é instrutivo. " 'Obra' e 'dívida' são correlatas; 'fé' e 'graça' também são correspondentes de uma maneira similar, e é a este par que 'imputar' pertence. Acontece que como Abraão teve a justiça imputada a si, ele não podia ter feito obras, mas deve ter recebido a graça"."1 Portanto, ser justificado pela graça por meio da fé é receber uma justiça imere-cida: Deus justifica o ímpio. Isto parece saltar diante das Escrituras (Êx 23:7; Pv 17:15; Is 5:23)." E isto escandaliza aqueles que acham que o pecador precisa fazer determina-das coisas antes de ser digno da justificação. Quando lemos que Deus justifica o ímpio, devemos entender que Deus absolve o pecador culpado em razão de sua própria miseri-córdia, independentemente de qualquer merecimento humano. A justificação é um ato de pura graça por parte de Deus. Ninguém diz isto mais claramente do que John Wesley, que observa nesta passagem:

Vemos claramente como esta opinião é sem fundamento, de que a santidade ou a santificação é anterior à nossa justificação. Pois o pecador, primeiramente con-vencido pelo Espírito de Deus do seu pecado e do perigo, treme diante do terrível tribunal da justiça divina, e não tem nada a alegar, exceto a sua própria culpa, e os méritos do Mediador. Cristo aqui interfere; a justiça é satisfeita; o pecado é perdoa-do e o perdão é aplicado à alma, por uma fé divina produzida pelo Espírito Santo, que então começa a grande obra da santificação interior. Assim, Deus justifica o ímpio, e permanece justo e fiel a todos os seus atributos... se um homem pudesse ser santificado antes de ser justificado, isto colocaria a sua justificação completamente de lado; ele não poderia, tendo em vista a verdadeira natureza das coisas, ser justi-ficado se não fosse, naquele mesmo momento, ímpio."'

Foi isto que Lutero quis dizer quando chamou a justiça dos cristãos de "uma justiça estrangeira". Em sua obra Lectures on Romans ele afirma: "Tudo... está fora de nós e em Cristo... pois Deus não deseja nos salvar pela nossa própria justiça, mas sim por uma justiça exterior que não se origina em nós, mas que vem até nós de um lugar que está além de nós mesmos, que não nasce na nossa terra mas que vem do céu. Portanto, preci-samos chegar a conhecer esta justiça que é completamente exterior e estrangeira a nós. É por isto que a nossa própria justiça pessoal precisa ser extirpada".'" Ele prossegue ressaltando que "as virtudes normalmente são as piores e maiores falhas", pois elas tendem a fazer com que confiemos em nós mesmos, e não em Cristo. "Mas agora Cristo deseja que todos os nossos sentimentos sejam tão expostos que, por um lado, não tenha-mos medo de ser lançados em confusão por conta das nossas falhas, nem nos alegremos em vão por conta das nossas virtudes. Por outro lado, não nos glorifiquemos diante dos homens naquela justiça exterior que, vindo de Cristo, está em nós. Também não deve-mos sofrer derrotas por causa daqueles sofrimentos e maldades que recaem sobre nós por causa dele'''. Foi isto que August Toplady escreveu:

Possam as minhas lágrimas correr sempre, Possa o meu zelo não conhecer fraqueza, Estes não podem expiar o pecado;

Tu e só Tu podes salvar.

Ao examinar a doutrina da propiciação vimos que, para ser justificado, o pecador deve "se submeter à sentença divina sobre os seus pecados" — isto é, confessar a sua culpa e arrepender-se genuinamente.'" No entanto, tal arrependimento não deve ser encarado como uma obra meritória, mas simplesmente como uma preparação para a fé que por si só se torna o canal da graça justificadora de Deus. Pois já vimos "que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei" (Rm 3:28). É "somente pela fé" (sola fide) porque é "somente pela graça" (sola gratia).

Nem mesmo Abraão é um exemplo isolado do princípio da justificação pela fé; outro exemplo do Antigo Testamento está à mão no caso de Davi. Agora Paulo cita as palavras de abertura do Salmo 32, onde, em alegre alívio com a certeza do perdão divino, Davi exclama: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pe-cados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa (logizetai) o pecado (7-8).207 Já vimos a recorrência do verbo logizomai nos versículos 3:8. Esta palavra constitui um elo formal entre o Salmo 32:1-2 e Gênesis 15:6. "Na exegese rabínica, este elo deveria encorajar a interpretação de uma passagem com base na outra, pelo princípio chamado gezerah shawah (`mesma categoria')."" A conclusão a que se chega a partir deste princípio é a de que o "imputar da justiça" é equivalente ao "não imputar do pecado". Agora fica muito claro que a justificação, ou o imputar da justiça, não significa a justa avaliação da virtude humana (tal como os judeus supunham que fosse o caso de Abraão), mas o perdão ou a absolvição. O homem cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos é justificado.'

Nesta seção, encontramos um tratamento de "Justiça pela Fé".

1) A necessidade da fé, 1-2;

2) O objeto da fé, 2-3;

3) O princípio da fé, 4-5;

4) A aceitação da fé, 5;

5) O resultado da fé, 6-8.


2) Abraão é justificado pela fé, não pela circuncisão
(Rm 4:9-12). Até aqui, Paulo usou

1) métodos gerais interpretar Gênesis 15:6. Agora ele vê uma oportunidade de levar o seu argumento um pouco adiante aplicando esse gezerah shawah ao contrário: Gênesis 15:6 pode ser usado para esclarecer o Salmo 32:1-2.2" Vem, pois, esta bem-aventurança (o perdão de que fala Davi) sobre a cir-cuncisão somente ou também sobre a incircuncisão? (9). Não há nada neste salmo que responda a esta pergunta. Como Davi era um membro do Povo Escolhido, podemos supor que esta bem-aventurança era um privilégio especial judeu. Mas aplicar ogezerah shawah resulta numa resposta diferente. E também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraão. O apóstolo agora chega ao seu argumento decisivo. Ele pergunta: Como lhe foi, pois, imputada? Estando na circuncisão ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas na incircuncisão (10). Esta é a simples constatação de um fato. Abraão não foi circuncidado até pelo me-nos 14 anos mais tarde, de acordo com Gênesis 17:10-27.211 Paulo estabeleceu o seu argu-mento. Abraão era um gentio quando Deus imputou a sua fé como justiça.

Então o apóstolo chega à inevitável conclusão. Abraão, a partir de então, se tornou o pai de todos os que crêem (estando eles também na incircuncisão, a fim de que também a justiça lhes seja imputada)... e também o pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas da-quela fé de Abraão, nosso pai, que tivera na incircuncisão (11b-12). Paulo chega a duas conclusões, completamente opostas aos seus ensinos anteriores e àquele do judaís-mo ortodoxo.

1) Abraão é o pai, acima de tudo, dos gentios que crêem;

2) ele é o pai dos judeus, não com base na sua circuncisão, mas com base na sua fé. O último ponto é um eco do que ele disse em Rm 2:28-29, que a verdadeira "circuncisão é do coração", "no Espírito e não na letra". Novamente Paulo prova o seu argumento principal: para os judeus e para os gentios, da mesma maneira, existe um único caminho para a justificação; somen-te o caminho da fé.

Mas se Abraão já era justificado pela fé, e se a circuncisão não justifica, por que então Abraão foi circuncidado? A resposta de Paulo é que Abraão recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão (11). A expressão sinal da circuncisão significa simplesmente "um sinal que consiste na cir-cuncisão". Este sinal ainda é universalmente conhecido como uma marca de um homem judeu. Selo aqui significa confirmação. Dirigindo-se aos seus convertidos em Corinto, Paulo escreveu "vós sois o selo do meu apostolado no Senhor" 1Co 9:2). Ou seja, o próprio fato de vocês serem cristãos fiéis confirma o fato de que eu sou um apóstolo. "De modo similar, a circuncisão de Abraão não lhe imputa a justiça... mas confirma, por um sinal visível, que ele já tinha sido justificado pela fé".212

Estes versículos tiveram uma importante influência sobre uma teoria que foi lançada por alguns grupos com grande confiança. A teoria é que Paulo ensinava uma "religião sacramental", no sentido de que os sacramentos, na verdade, transmitiam a graça divi-na, não no sentido da fé fortalecedora que já forneceu a condição suficiente para a salva-ção, mas, na verdade, e neles mesmos (ex opere operato), transmitiam a graça regeneradora e santificadora. A declaração de Paulo de que a justificação de Abraão precedeu a sua circuncisão em diversos anos, e se efetivou pela fé e somente por ela, deveria calar para sempre tal argumento. C. Anderson Scott escreve a respeito disto: "O análogo cristão à circuncisão é, naturalmente, o batismo, como um ritual que simboliza a purificação e a admissão na comunidade redimida. E não pode haver dúvida de que tudo o que Paulo tinha a dizer sobre a circuncisão ele poderia igualmente dizer sobre o batismo. Como a circuncisão, o batismo 'é proveitoso' (Rm 2:25), mas, como a circuncisão, ele não tem valor se a pessoa não se tornar uma nova criatura"."


3) Abraão é justificado pela fé, não pela lei
(Rm 4:13-17a). Se a circuncisão não teve nada a ver com a justificação de Abraão, a lei ainda menos. Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão ou à sua posteri-dade, mas pela justiça da fé (13). Como Paulo tinha ressaltado na Epístola aos Gálatas, a lei foi dada 430 anos depois que a promessa de Deus foi feita a Abraão, e não poderia invalidar ou restringir o seu alcance (Gl 3:17). Pois, se os que são da lei são herdei-ros, logo a fé é vã e a promessa é aniquilada (14). Isto significa dizer que, se muito tempo depois que a promessa tinha sido feita, ela tivesse sido condicionada à obediên-cia a uma lei que não tinha sido mencionada na época da promessa original, toda a base da promessa teria sido anulada. A promessa era uma promessa de bênção, e é satisfeita no evangelho. A lei efetivamente promete uma bênção a quem a observa, mas ao mesmo tempo evoca uma maldição sobre aqueles que a infringem. E em vista da oscilação uni-versal do pecado, a maldição se destaca mais do que a bênção: a lei opera a ira (15).2'

Um segundo argumento é introduzido como explicação no versículo 15: porque onde não há lei também não há transgressão (parabasis). Este argumento interrompe a conexão entre os versículos 14:16, mas ele se encaixa no padrão do pensamento de Paulo. A sua primeira palavra, porque, volta ao versículo 13, e dá mais base às palavras daquele versículo.' A palavra transgressão se refere a um ato consciente de desobedi-ência voluntária. Uma tendência pecadora pode realmente estar presente na ausência da lei, mas é necessário um mandamento específico para cristalizar essa tendência numa transgressão positiva ou numa brecha da lei (cf. Rm 5:13-20; 7:7-13, e comentários sobre essas passagens). O objetivo da lei era mostrar o quão excessivamente pecaminoso o pecado é, por meio da real exibição de tal transgressão, que naturalmente recebe a visita correta da ira — um assunto muito diferente da lei. A lei, embora sendo em si mesma uma boa coisa (cf. 7.12,14), está tão intimamente relacionada ao pecado (cf. Rm 7:5) e à ira (15a), que é impensável considerá-la como a base da promessa. Uma promessa de graça como a que Deus fez a Abraão pertence a um campo totalmente separado da lei.

A justificação de Abraão e as bênçãos que a acompanham não se baseavam na lei, mas na sua fé em Deus; elas não foram obtidas por meio de esforço ou de méritos por parte dele, mas foram concedidas pela graça de Deus. Paulo declara que é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteri-dade (todos os homens), não somente à que é da lei (os judeus), mas também à que é da fé de Abraão (todos os crentes), o qual é pai de todos nós (16). O princípio do qual Deus tratou com Abraão se aplica também a todos os seus descendentes — não aos seus descendentes naturais (que estão sujeitos às obrigações da lei), mas aos seus des-cendentes espirituais (aqueles que seguem o exemplo da fé de Abraão: "que também andam nas pisadas daquela fé de Abraão, nosso pai", v. 12). Paulo afirma que isto é o que Deus queria dizer quando Ele lhe deu o nome Abraão em lugar de Abrão, como se cha-mava antes, e disse Por pai de muitas nações te constituí (17a). Isto compreende todos aqueles que são justificados pela fé — judeus e gentios, igualmente; Abraão é o pai de todos os crentes. Aqui se encontra novamente o ensino do Israel espiritual (cf. 2:28-29), contrastado com a nação de Israel segundo a carne.'


4) A fé de Abraão foi uma antecipação da fé cristã (Rm 4:17b-25). Abraão é o pai dos cristãos judeus e gentios, não em virtude de qualquer relacionamento humano com eles, mas perante aquele no qual creu, a saber, Deus, o qual vivifica os mortos e chama as coisas que não são como se já fossem (17). Neste versículo, e no seguinte, o apóstolo tem em mente o relato do nascimento de Isaque, o filho da promessa (e talvez também o sacrifício pretendido, cf. Hb 11:19). Aquele Deus a quem Abraão dirigia a sua fé é o Deus "que dá a vida aos mortos" (NASB). A fé de Abraão era uma fé na ressurreição. Além disso, Ele "chama à existência as coisas que não existem".' Deus é o Criador, e a fé significa a confiança no seu poder criativo. Ele creu, contra a esperança, que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: 'Assim será a tua descen-dência'. E não enfraqueceu na fé, nem atentou para o seu próprio corpo já amortecido (pois era já de quase cem anos), nem tampouco para o amorteci-mento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de Deus por incredulida-de, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus; e estando certíssimo de que o que Ele tinha prometido também era poderoso para o fazer (18-21). O segundo nem do versículo 19 é omitido em quase todas as versões modernas, uma vez que está omitido também nos melhores manuscritos. Abraão atentou para o fato de que seu próprio corpo estava agora amortecido, e ainda assim não duvidou... da promessa de Deus (20), dando glória a Deus. Por acreditar desta maneira, Abraão estava dando glória a Deus — dando a Ele a honra que lhe era devida como Criador, e como Aquele que dá a vida. Pelo que isso lhe foi também imputado como justiça (22).

Paulo prossegue: não só por causa dele está escrito que lhe fosse tomado em conta, mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos na quele que dos mortos ressuscitou a Jesus, nosso Senhor (23-24). Existe uma cor-respondência precisa entre a fé de Abraão e a fé daqueles que crêem em Cristo. Abraão acreditava naquele "Deus que vivifica os mortos" (17). Aqui, afirma Paulo, é onde a fé de Abraão se torna um exemplo e é típica do homem que crê em Cristo. Quando cremos em Jesus, como aquele que por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação (25), cremos naquele "Deus que vivifica os mortos". Karl Barth escreveu com profundo discernimento:

Quem foi, se não Jesus Cristo, aquele em quem Abraão confiou e creu quando deu crédito à promessa de Deus? Realmente, Jesus Cristo era a semente prometida a Abraão em Isaque. Daquela maneira, e portanto nele, Abraão deu glória à onipotência, à fidelidade e à constância de Deus. Deste modo, e portanto nele, Deus era a justiça de Abraão. Nós não cremos de uma maneira diferente da de Abraão, e em ninguém diferente Daquele em quem Abraão acreditava, como também fizeram outros crentes do Antigo Testamento como ele. Pois nós simplesmente acreditamos na promessa que foi feita a ele, e que agora se cumpriu.'

A fé em Cristo é, ao mesmo tempo, e ainda mais profundamente, a fé naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus (24). A fé desse tipo justifica "não devido à sua força, qualidade e beleza, mas somente por causa do seu objeto, por causa de Jesus Cristo, por causa da onipotência, fidelidade e constância de Deus, continuada, revelada e ativa nele".

É preciso evitar qualquer interpretação grosseira do versículo 25, que poderia suge-rir que a ressurreição de Jesus não teve nada a ver com a reconciliação dos nossos pecados, e que a sua morte não teve nada a ver com a nossa justificação. A última idéia é descartada pelo texto em 5.9. A morte e a ressurreição são dois aspectos de um único evento divino. Sem a ressurreição, a morte de Jesus não é útil para a nossa justi-ficação. "Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé" (1 Co 15.17).

O capítulo 4 trata do tema "A Fé que Salva".

1) A sua base – a promessa de Deus, 3; cf. Gn 15:5-6; Rm 10:17-2) A sua natureza – a persuasão no coração de que Deus é fiel, 18-21;

3) O seu resultado – a justificação diante de Deus, 22-25.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Romanos Capítulo 4 versículo 19
Gn 17:17; Gn 18:11; He 11:11-12.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Romanos Capítulo 4 do versículo 1 até o 25
*

4.1-25

Paulo confirma seu argumento de que a justificação vem pela graça divina, através da fé em Cristo (3.22-25), mediante um apelo à vida de Abraão. Na qualidade de pai espiritual dos judeus (v. 1), Abraão provê um caso de teste para a doutrina de Paulo. Se ele pudesse mostrar que Abraão foi justificado pela fé, então sua exposição anterior tornar-se-ia irrefutável em um contexto judaico.

* 4:2-3

Contra a posição de que Abraão foi considerado justo e sustentado em sua posição de aliança com Deus à base de sua obediência e fidelidade, Paulo tencionou demonstrar que a declaração geral, em 3.27, é verdadeira no caso de Abraão em particular. Abraão nada tinha do que "vangloriar-se", porquanto Gn 15:6 prova que foi pela fé, e não mediante a guarda da lei, que ele foi contado como justo. Tiago também destaca Abraão como exemplo de alguém que demonstrou sua verdadeira fé por meio de suas obras (Tg 2:21). Ver "Justificação e Mérito", em Gl 3:11.

* 4:4-5

É um princípio geral que os salários são ganhos em troca de trabalho, e não recebidos como uma "dádiva" (ver a referência lateral). Mas Gn 15:6 não faz qualquer menção a obras por parte de Abraão, mas menciona tão-somente a confiança que ele teve em Deus. Embora a fé tivesse sido um ato de Abraão, em nada esse ato contribuiu para a justiça resultante de Abraão diante de Deus, pois essa justiça foi uma dádiva divina (v. 4). Nesse sentido, se a fé, como o instrumento da justificação, envolve a atividade humana, ela não é uma "obra" meritória. A retidão de Deus foi "imputada” a Abraão (v. 3 e referências laterais; v. 9), e não conquistada por ele em troca de suas boas obras. Ver "Fé e Obras", em Tg 2:24.

* 4.6-8

O fato que a exegese paulina de Gn 15:6 está correta é confirmado por um apelo às palavras de Davi, em Sl 32:1,2. A bem-aventurança, a comunhão com Deus e tudo aquilo que os acompanha, bem como a salvação, não são adquiridas mediante as obras, mas são o efeito do dom do perdão. É por causa da obra de Cristo, e não por causa da nossa, que somos justificados. Méritos humanos de qualquer tipo ficam excluídos.

* 4.9-12

Paulo agora aborda uma crítica adicional do seu argumento. Mesmo que ele tivesse demonstrado que a retidão veio pela graça, mediante a fé, no caso de Abraão, ter-se-ia ele esquecido que Abraão foi o pai dos circuncidados (e, portanto, não dos incircuncisos)? O apóstolo provê aqui uma resposta devastadora: Gn 15:6 descreve Abraão antes dele ter sido circuncidado (v. 10). A retidão em foco e selada no caso dele, por meio da circuncisão, já tinha sido imputada a ele, quando ainda não havia sido circuncidado. Abraão, pois, serve de protótipo de todos os crentes, tanto judeus quanto gentios. Para os judeus, Abraão serve de protótipo porque a sua circuncisão retorna ao momento da sua justificação, e, para os gentios, porque ele recebeu a justificação à parte da circuncisão.

* 4.13-15

Agora o argumento de Paulo avança mais um passo. A promessa feita a Abraão era que ele seria o pai de uma multidão que possuiria o território de Canaã, e que ele também seria a fonte de bênçãos para todas as nações (Gn 12:2,3,7). Cristo é o Descendente de Abraão (Gl 3:16), e já começou a herdar a terra (Sl 2:8; conforme Mt 28:18,19). Essa promessa foi recebida por Abraão mediante a fé, e não "por intermédio da lei" (v. 13). Paulo assume aqui a verdade do que ele demonstrou em Gl 3:17, visto que a lei veio quatrocentos e trinta anos depois da promessa, a promessa não pode ser reputada dependente da lei. Se a herança fosse dependente da obediência à lei, então a fé não teria lugar no esquema divino das coisas, e a promessa seria inútil, visto que a lei não pode produzir a obediência que ela mesma requer para que seja cumprida. Somente "onde não há lei" também "não há transgressão"; mas onde há lei, ela "suscita a ira" (v. 15). Concedida a verdade da pecaminosidade de todas as pessoas, é impossível que a promessa pudesse ser recebida à base da guarda da lei.

* 4:16

Essa é a razão por que provém da fé. Porquanto a promessa, em todos os seus elementos, é recebida pela fé, ela também é "segundo a graça", e "firme... para toda a descendência" de Abraão. Se, por acaso, a promessa fosse dada à base das obras humanas, a promessa teria fracassado; tivesse sido à base da circuncisão, ela só poderia ser recebida pelos judeus. Mas visto que vem mediante a fé, e, por conseguinte, vem pela graça (pela ação de Deus, e não por ação humana), "certamente" ela destina-se à verdadeira descendência espiritual de Abraão, ou crentes, sem importar, quanto ao nascimento natural, se eles são judeus ou gentios.

* 4:17

como está escrito. Uma vez mais Paulo apela para as Escrituras (Gn 17:5), quanto à confirmação de sua exposição. Longe de ser pai somente dos judeus (os circuncidados), já era claro, desde o livro de Gênesis, que Abraão seria o patriarca espiritual de todos os crentes, judeus e gentios igualmente. E nem é inacreditável que a promessa de Deus viesse também a ser recebida pelos gentios, pois Aquele em quem Abraão confiou "dá vida aos mortos". Isso se evidenciou na nova vida que veio do ventre aparentemente morto de Sara (v. 19), na vida devolvida a Isaque, quando ele estava sob a sentença de morte (Gn 22), e, finalmente, na vida restaurada na ressurreição de Cristo (4.24,25).

e chama à existência as cousas que não existem. Essas palavras podem referir-se à criação do mundo, por parte de Deus, a partir do nada (ver Gn 1; Is 41:4; 48:13, porquanto a criação foi chamada à existência pela palavra de Deus), ou podem referir-se ao nascimento de Isaque (onde uma nação emergiu de um ventre estéril). Talvez isso também aluda às palavras de Os 1:10; 2:23 (9.25,26).

* 4:18

contra a esperança. No curso natural dos eventos, acreditar que Sara daria à luz ao filho de Abraão (o primeiro requisito para receber o que lhe fora prometido) seria totalmente fútil, pelas razões expostas no versículo 19.

creu. Abraão confiou no poder de Deus (v. 17), e assim ganhou a certeza de que a promessa de Deus teria cumprimento. Paulo deixou salientado que a verdadeira fé dirige-se na direção de Deus, e não na direção da humanidade, na direção da palavra divina, e não na direção das situações humanas.

* 4:19

sendo já de cem anos. Ver Gn 17:1,17.

* 4:20

dando glória a Deus. Dar glória a Deus é a garantia da qualidade da fé, visto que é dependência no poder de Deus e é também confiança em sua promessa proferida (v. 21). A vida de fé demonstrada por Abraão era de natureza tal que os atributos de Deus formavam o seu alicerce (1.20), e, por conseguinte, era uma vida na qual a glória de Deus foi exibida (conforme 1.21). Foi exercendo essa espécie de fé que ele foi justificado (v. 22).

* 4:25

A prova da justificação pela fé, no caso de Abraão, levou Paulo de volta ao alicerce da justificação na obra de Cristo (3.24-26). A morte e a ressurreição de Cristo são dois aspectos de uma única obra salvífica. Na primeira parte, Cristo levou sobre si a pena legal pela nossa culpa. Na segunda parte, a ressurreição de Cristo confirmou que a sua morte foi uma oferta suficiente e eficaz pelo pecado, tendo agradado ao Juiz Supremo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Romanos Capítulo 4 do versículo 1 até o 25
B. O TESTEMUNHO DO ANTIGO TESTAMENTO (4: 1-25)

1 Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai, tem achado segundo a carne? 2 Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar; mas não diante de Dt 3:1 (como está escrito: Por pai de muitas nações te constituí) perante aquele no qual ele Acredita, mesmo Deus que dá vida aos mortos e chama as coisas que não são, como se já fossem. 18 qual, em esperança, creu contra a esperança, a fim de que ele poderia se tornar um pai de muitas nações, conforme o que lhe tinha . sido dito: Assim será a tua descendência 19 e sem se enfraquecer na fé, considerou o seu próprio corpo já tão bom como morto (pois tinha quase cem anos), eo amortecimento do ventre de Sara; 20 contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus, 21 e estando certíssimo de que o que ele tinha prometido, também era poderoso para o fazer. 22 Por isso também lhe foi imputado para justiça. 23 Ora, não foi escrita só por causa dele, que lhe foi imputado; 24 , mas por nossa causa, também, a quem há de ser imputado, que cremos naquele que ressuscitou a Jesus nosso Senhor dentre os mortos, 25 , que foi entregue por nossas transgressões, e ressuscitou para nossa justificação.

A lógica do argumento de Paulo tem sido forte, mas é prático? Será que funciona? Onde estão os exemplos? Paulo tem-los de fato. Mas desta vez ele não cai para trás em seu próprio testemunho. Ele também não descrever qualquer recente maravilhosa conversões, embora se-ia pensar que os exemplos mais claros de justificação pela fé seria desde o Calvário e na comunidade, talvez Christian em mau Corinto, de onde Paulo estava escrevendo. Mas ele faz uma coisa mais fundamental.

Paulo apela para a experiência de Abraão. Isso realiza várias coisas. Todo judeu alegou Abraão como seu pai. A salvação estava em segui-lo. Se Abraão foi salvo pelas obras, o argumento seria enfraquecida ou destruídos. Mas se ele poderia ser dado como um exemplo válido de salvação pela fé, isso fortaleceria muito o caso. Se Paulo não lidou com Abraão, os judeus tinham certeza de responder: "Mas você vai ter que admitir que não era assim com Pai Abraão." Além disso, o exemplo de Abraão coloca a doutrina da salvação pela fé em seu próprio contexto. Não é uma doutrina distintiva Novo Testamento. É uma característica do Antigo Testamento, bem como do Novo. A salvação nunca foi qualquer outra forma, nem nunca o poderia ser (He 11:6 ) . A primeira frase abre o caso da justiça de Abraão para inspeção. Qual foi a sua fonte? Isto é muito mais clara, se seguirmos a prestação nota de rodapé, como muitos estudiosos não-putting "segundo a carne", com a pergunta é "ancestral".: Será que a sua justiça vem pelas obras ou pela fé? Se por suas próprias obras, ele teria, contrariamente à conclusão de Paulo em Rm 3:27 , ter motivos para a glória diante dos homens. Ele, então, seria uma exceção ou, possivelmente, uma refutação da justificação pela fé. Mas, mesmo assim, Paulo não concede que a justiça de Abraão seria capaz de vangloriar-se em face de Deus. Mesmo sua estariam sujeitos a limitação humana.

Mas foi pelas obras? O que diz a Escritura (v. Rm 4:3 )? Abraão creu em Deus e ele foi colocado em sua conta por justiça. A ideia central é clara. Não foi por obras, mas pela fé que o problema da justiça foi resolvido. Antes de fé, o registro mostrou falta de justiça.Com fé, o registro mostrou justiça.

Muitos estudiosos tomar para , no sentido de "como", o que implica que a fé é contada como se fosse o que é não-saber, a justiça. Mas Girdlestone aponta que o hebraico de Gn 15:6 ) . A justiça é uma coisa. Mas o que sobre a herança global de Abraão? Certamente foi por obras da lei que Abraão se tornou herdeiro do mundo! Não, diz Paulo. A lei de Moisés ainda não tinha sido dada. Na verdade, não era por lei de qualquer tipo (como é indicado pela ausência do artigo com "lei" em grego). Sua herança foi através da justiça que é pela fé (v. Rm 4:13 ). Uma pessoa não pode ser herdeiro tanto pelas obras da lei e pela fé. É um ou o outro. Se por lei, a fé é esvaziado do significado atribuído a ele ea promessa é destruído (v. Rm 4:14 ). O objetivo da lei nunca foi para salvar. Ele traz o pecado em um foco onde ele pode ser reconhecido e tratado. Wrath, não herança, é o produto de direito. Lei intensifica pecado. Falta de lei reduz o significado do pecado (v. Rm 4:15 ). Obediência, com certeza, é necessário que o cristão, mas é uma obediência nascida da fé, não um ganho de salvação através da realização de certas obras.

O que era impossível pela lei só é possível pela fé (v. Rm 4:16 ). Se é pela fé, a promessa é livre para operar no padrão de graça, o dom gratuito de Deus. Que grande mão da graça de Deus provê, pouco a mão de homem de fé recebe. Com esta como a condição de receber a promessa, ele pode ser tão certo que um descendente de Abraão como para outro, para aqueles que têm o direito e para aqueles que têm apenas a fé sem a lei. Todos podem ser filhos espirituais de Abraão, porque tudo pode ser herdeiros da promessa pela fé.

3. A posteridade de Abraão pela fé (4: 17-22 ) . Justiça e da herança de Abraão é pela fé. Resta salientar o grande milagre da posteridade a um homem de cerca de 100 anos de idade e com uma mulher apenas dez anos mais jovem. Paulo não tem a debater esta questão. Não poderia ser pelas obras da lei. Mas ele não tomar cuidado especial para levar para casa o papel importante que a fé jogado em receber o dom de Deus.

Tudo começou com uma promessa firme: Um pai de muitas nações te constituí. Houve uma resposta corajosa. Não obstante as aparentes impossibilidades, ele creu em Deus. Como a fé de Abraão tem resistido ao teste de controlo do homem, por isso estava "diante de Deus." A grandeza não era tanto a medida da fé de Abraão, no entanto, a partir de de Abraão Deus-que pode restaurar a vitalidade ao que é amortecido e pode falar das coisas que ainda não eixst como se fossem à mão (v. Rm 4:17 ).

A tensão existente entre impossibilidade humana e da promessa divina. Olhando para o ser humano, ele viu que estava sem esperança. No entanto, crendo em Deus, ele descansou na esperança. Olhando para trás, a impossibilidade, Abraão riu. Quão tolo é esperança! Mas quando ele olhou para a promessa, ele teve que escolher. Ele acreditava que, com o resultado que ele se tornou um pai de muitas nações , de acordo com o que foi dito (v. Rm 4:18 ). Esta não foi a loucura cega. Foi escolha deliberada. Como os melhores manuscritos dizer, ele considerou totalmente para o amortecimento do seu próprio corpo e para o amortecimento do ventre de Sara. No entanto, ele não se enfraqueceu na fé. A experiência com o ser humano pode ter-lhe ensinado que a esperança era uma loucura, mas a experiência com Deus lhe tinha ensinado que a dúvida era maior loucura. Deus tornou-se mais real para ele do que o seu problema. A fé tornou-se corajoso e triunfou (v. Rm 4:19 ).

Esta decisão fundamental para manter os olhos na promessa de Deus era a chave para a sua força. Ele não vacilou (pairar entre duas decisões) por causa da incredulidade, mas estava vestido de poder em relação à fé, dando glória a Deus (v. Rm 4:20 ). A lado com a fraqueza humana contra a promessa teria sido um insulto a Deus. Para acreditar e receber mostra de Deus na luz adequada e dá o devido crédito a ele. Quaisquer que sejam as primeiras impressões de Abraão, ele chegou a uma garantia constante de que Deus é capaz de fazer o que prometeu (v. Rm 4:21 ). Isso é fé. Por isso também indica o resultado adequado. Ele lhe foi imputado para justiça (v. Rm 4:22 ).

Na verdade, todos os três principais preocupações da vida de Abraão fundidos em 1. O tipo de justificação pela fé não pode ser isolado da vontade de Deus para toda a vida. Para buscar uma auto-justiça, teria impedido a herança realmente distintivo. E para não conseguiram acreditar por Isaque e para a posteridade teria sido para voltar a cair obras humanas e possibilidades humanas. Em certo sentido, a fé-justiça de Abraão foi a julgamento em matéria de Isaque. Será que ele estava realmente vivendo perto o suficiente para Deus para ver um milagre? Ele era. Este confirmou sua justificação pela fé.

4. A Princípio Universal (4: 23-25 ​​) . A conta de Abraão não é apenas história para ser lido. É um princípio para ser experimentado. Este não foi apenas para um pioneiro há 4.000 anos (v. Rm 4:23 ), mas para nós a quem a fé certamente trará os mesmos resultados básicos na justiça e vida. Não menos é colocar para a nossa conta quando cremos no mesmo Deus, que levantou Jesus nosso Senhor dentre os mortos (v. Rm 4:24 ). Se Abraão poderia experimentar todos esses milênios antes do Calvário, quanto mais podemos acreditar, agora que Jesus foi entregue à morte por nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação!

Como Denney indica, Paulo não faz uma separação abstrata entre a morte e ressurreição de Cristo, como se eles tivessem diferentes motivos ou extremidades separadas servido. Denney diz: "Ele morreu e ressuscitou para nossa justificação; o trabalho é um eo seu fim é uma delas. "Nós acreditamos em um Salvador vivo, mas é fé nEle como Aquele que não apenas vive, mas foi entregue à morte para expiar nossos pecados.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Romanos Capítulo 4 do versículo 1 até o 25
Tente dominar a fundo esse capítulo de todas as formas! Ele explica como Deus, por intermédio da morte e da ressurreição de Cristo, justifica (de-clara justa) a pessoa descrente. "Sal-vação" é um termo abrangente e in-clui tudo o que Deus faz para quem crê em Cristo; "justificação" é um termo legal que descreve nossa posi-ção perfeita diante do Senhor na jus-tiça de Cristo. Nesse capítulo, Paulo usa o exemplo de Abraão para ilus-trar três fatos importantes a respeito da justificação pela fé.

  • A justificação acontece pela fé, não pelas obras (4:1 -8)
  • Todo judeu reverenciava o "pai Abraão" e sabia, por intermédio de Gênesis 15:6, que fora justificado diante de Deus. Eles referiam-se ao céu como "seio de Abraão", tal a certeza que tinham de que Deus aceitara Abraão. Paulo, como sabia disso, aponta para Abraão e pergun-ta: "Que diremos, pois, ter alcança-do [justificado] Abraão, nosso pai segundo a carne?". Isso aconteceu pelas obras? Não, pois nesse caso ele seria glorificado por sua realização, e o Antigo Testamento não registra nenhum feito desse tipo. O que as Escrituras dizem? "Creu Abraão em Deus!" (Veja Gn 15:1-6.) A dádiva da justiça vem pela fé na Palavra re-velada de Deus, não pelas obras.

    Observe que Paulo, em seu argumento, usou as palavras "im-putado" e "levado em conta" (vv. 3-6,8-11,22-24). Essas palavras têm o mesmo significado: pôr na conta da pessoa. A justificação significa imputar (pôr na nossa conta) jus-tiça, e isso nos dá a posição certa diante de Deus. A santificação é a justiça concedida (que passa a fazer parte de nossa vida) e dá-nos a po-sição certa diante dos homens a fim de que creiam que somos cristãos. Como Jc 2:14-59 argumenta, a justificação e a santificação fazem parte da salvação. Como posso di-zer que tenho fé em Deus, se minha vida não espelha isso?

    A salvação é ou uma recompen-sa pelas obras ou uma dádiva que recebemos pela graça; não pode ser as duas coisas. O versículo 5 afirma que Deus justifica o ímpio (não o justo) pela fé, não pelas obras. Paulo provou que o "pai Abraão" foi salvo apenas pela fé, embora os judeus pensassem que Deus justificava as pessoas por suas obras. A seguir, Paulo menciona Davi e prova que o grande rei de Israel ensinava a justi-ficação pela fé, independentemente das obras, ao citar Sl 32:1-19. Deus não imputou o pecado em nossa conta, mas o transferiu para a conta de Cristo (2Co 5:21; e veja Fm 1:18,Gl 3:29). Como Paulo men-cionou emRm 2:27-45, nem todos os "judeus" são verdadeira-mente o "Israel de Deus".

    Nos versículos 13:17, Paulo con-trasta a Lei e a graça da mesma for-ma como fez com a fé e as obras, nos versículos 1:8. Aqui, a palavra- chave é "promessa" (vv. 13 14:16). Deus, apenas por sua graça, pro-meteu que Abraão seria o "herdeiro do mundo" (v. 13 — essa promessa

    aponta para o glorioso reino gover-nado pela Semente prometida, Cris-to); e não havia qualquer conexão com a Lei ou com a circuncisão nessa promessa. Abraão tinha ape-nas de crer no Senhor! A Lei ape-nas traz ira e revela o pecado; ela não foi dada para salvar ninguém. A Lei cancela totalmente a graça, as-sim como as obras cancelam a fé, e as duas coisas não existem juntas (vv. 14-15). Como Abraão poderia ser salvo pela Lei, se esta ainda não fora dada? No versículo 16, Paulo conclui que a justificação vem pela graça, por intermédio da fé, e, por isso, todas as pessoas — judeus e gentios — podem ser salvas! Abraão é o "pai de todos nós", todos os que seguem seus passos de fé, e não apenas dos judeus. (Leia Gl 3.)

  • A justificação acontece pelo poder da ressurreição, não pelo esforço humano (4:18-25)
  • A primeira seção (vv. 1 -8) contrastou a fé e as obras; a segunda (vv. 9-17), a Lei e a graça; essa terceira seção (vv. 18-25) contrasta a vida e a mor-te. No versículo 17, observe que Paulo identifica Deus como aquele que "vivifica os mortos". Abraão e Sara estavam "amortecido[s]", o cor-po deles já tinha passado da idade de poder ter filhos (veja Hb 11:11- 12). Como duas pessoas, com 90 e 100 anos, podiam ter esperança de ter um filho? Porque o poder de ressurreição do Espírito entra em ação quando a carne está morta!

    Temos de admirar a fé de Abraão. Embora tudo o que Abraão tivesse fosse a promessa de Deus de que seria pai de muitas nações, ele creu nessa promessa, deu glória a Deus e recebeu a bênção. Esse é um retrato perfeito do milagre da salvação. As pessoas nunca serão justificadas enquanto dependerem da carne e ainda acharem que po-dem agradar a Deus. O Senhor "res-suscita-nos da morte", dá-nos nova vida e uma posição perfeita diante dele quando aniquilamos com nós mesmos, admitimos que estamos mortos e deixamos de lutar por con-ta própria. Abraão foi justificado apenas pela fé na Palavra de Deus, da mesma forma que também o são os pecadores hoje.
    Talvez isso tenha acontecido com Abraão porque ele era alguém im-portante. O versículo 24 afirma que não, que Deus declarou isso em sua Palavra por nossa causa, não por causa de Abraão. Nós somos salvos da mesma forma que ele foi: pela fé. Observe como o relato de Romanos dá importância ao verbo "crer": 1:16; 3:22,26; 4:3,24; 5:1; 10:4,9-10; etc. O mesmo poder de ressurreição en-tra na vida do pecador, e este trans-forma-se em cristão e, como Abraão, em filho de Deus, quando crê na promessa do Senhor apresentada na Palavra. Temos de confessar que es-tamos mortos e crer que Cristo está vivo e nos salvará.
    O versículo 25 explica o fun-damento da justificação: a morte e a ressurreição de Cristo. No capí-tulo 5, Paulo abordará em detalhes esse assunto. O versículo afirma: "(Jesus Cristo] por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nos-sa justificação". A morte dele prova que somos pecadores. Sua ressur-reição prova nossa justificação por meio de seu sangue. Mais uma evi-dência de que a justificação diz res-peito ao poder da ressurreição, não ao débil esforço humano.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Romanos Capítulo 4 do versículo 1 até o 25
    4.5 O valor infinito da fé é derivado do seu objeto: Deus e Sua manifestação. Crer é, portanto, agarrar de uma vez a perfeição de Deus.
    4.11 Ainda incircunciso. Pelo menos 14 anos passaram depois da declaração de Gn 15:6 até a circuncisão; portanto, não pode ter importância na justificação daquele que a recebe, como qualquer outro rito externo sem fé. É simplesmente o selo não a substância.

    4.13 Herdeiro do Mundo. Era Abraão como o pai dos fiéis (conforme Gn 12:3). O domínio do mundo inteiro pertencerá à descendência espiritual de Abraão (conforme 1Co 3:21; 1Co 6:2).

    4.25 Entregue por... transgressões. Parece basear-se em Is 53:6 , Is 53:12. Na LXX encontra-se duas vezes a palavra paradidõmi "entregar" (conforme Rm 8:32 e 1Co 11:23). A palavra por traduz dia, "por causa de". Cristo foi entregue para morrer a fim de expiar os pecados do Seu povo o ressuscitou para garantir a justificação dele. • N. Hom. Seis aspectos da justiça em Romanos 4:1) A justiça é associada com imputação 11 vezes (vv. 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11,22, 23, 24).
    2) É associada 9 vezes com fé (3, 5, 9, 13 14:16-20, 22, 24).
    3) Existe à parte das obras (vv. 2, 5, 6).
    4) Existe fora da lei (vv. 13 14:16).
    5) É segundo a graça (v. 16).
    6) Vem através da morte e ressurreição.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Romanos Capítulo 4 do versículo 1 até o 25
    A justificação pela fé, um princípio divino (4:1-25)
    Esse capítulo amplia a afirmação feita em 3.21 de que a justificação pela fé tem fundamento nas Escrituras e explica as declarações feitas em 3.29ss segundo as quais Deus aceita tanto o judeu quanto o gentio, mas somente com base na fé. Para Paulo, estava seguro e claro que Deus nunca seria infiel para com os princípios básicos da sua revelação no AT. Deus permanece o mesmo, e a sua palavra é sempre contemporânea (conforme v. 23,24). Deve haver uma unidade essencial entre a antiga e a nova revelação de Deus. A justificação pela fé, na verdade, não é novidade, mas o fundamento sobre o qual Deus se encontrou com o próprio fundador de Israel.

    O apóstolo está, incidentemente, tocando nas raízes do orgulho nacional e espiritual do judaísmo. Ele toma como seu texto básico Gn 15:6, que resume de forma clara o relacionamento entre Deus e Abraão nas histórias de Gênesis. Esse capítulo todo é uma análise detalhada e cuidadosa daquele texto e de suas implicações. A luz disso, Paulo dá quatro respostas à pergunta do v. 1. (a) Abraão foi justificado diante de Deus por fé, e não por obras. O próprio texto deixa isso claro (v. 2

    8). (b) Ele foi justificado diante de Deus por fé, e não pela circuncisão. E isso que ensina o texto, pois está antes de Gn 17 (v. 9-12). (c) Ele foi justificado diante de Deus pela fé, e não pela lei. Isso também está evidente com base na posição do texto, que no Pentateuco precede em muito o relato da promulgação da lei no êxodo (v. 13-17a). (d) O contexto de Gn 15:6 define a fé que Abraão tinha como confiança nas promessas de vida dadas por Deus (v. 17b-25). No decorrer de cada resposta, Paulo mostra que há um princípio em jogo que é relevante para o evangelho.

    v. 1-8. Abraão possuía a justificação pela fé. Na sua mente, Paulo está argumentando com outros judeus, seus patrícios. Como fizeram judeus posteriores, esses, provavelmente, citaram Gn 26:5 como base da sua afirmação de que a obediência de Abraão à lei o tornou aceitável diante de Deus. v. 3. Mas as Escrituras dão uma resposta diferente. Aqui e em Gn 15:6, justiça é “um relacionamento correto com Deus conferido pelo senso divino de aprovação” (J. Skinner, Genesis). Is 41:8 resume isso na palavra “amigo”, como Tiago percebeu ao ligar os dois versículos (Jc 2:23). O termo creditado tem outras raízes no AT à parte do texto citado. E usado para descrever o juízo, ou a avaliação, feito pelos sacerdotes como representantes de Deus mediante o qual aprovavam ou rejeitavam a oferta de um israelita (e.g., Lv 8:18; 17:4). Assim, aqui e em Gênesis é uma referência à avaliação divina, que, embora possa conflitar com uma avaliação humana, de forma nenhuma é fictícia (conforme 2.26). A palavra também era um termo comercial com referência ao fato de se creditar algo na conta de alguém. Não é por generosidade que um empregador credita o salário na conta dos seus empregados; eles têm direito à remuneração, v. 5. Mas o relacionamento entre o homem e Deus não se enquadra na categoria de trabalho e direito à remuneração. Mãos vazias estendidas com é tudo o que o homem tem para mostrar a Deus. Um relacionamento correto fundamentado na graça é pago e colocado na conta daquele que crê, por assim dizer; ele é aceito, por ímpio que seja. v. 6-8. Deus aceita os ímpios? Sim, Paulo pode provar isso. Usando um princípio divino de interpretação, ele define Gn 15:6 em termos de Sl 32:1-2, em que a idéia ocorre novamente; creditar a justiça significa não creditar o pecado. “A única coisa que é somente minha e com que posso contribuir para a minha redenção é exatamente o pecado do qual preciso ser redimido” (William Temple).

    v. 9-12. A fé é que justifica, e não a circuncisão. Tendo estabelecido o fato de que desconsiderar o pecado de alguém por meio do perdão é a mesma coisa que considerar alguém justo, Paulo pode agora aplicar o “bem-aventurado” (“Como é feliz”) do Sl 32:0), a certa altura havia se tornado em termos gerais a base das reivindicações do homem diante de Deus. “Explicações” adicionais fizeram dela um fardo que aleijava um judeu escrupuloso como Paulo, um fardo que se tornava cada vez mais pesado pela falta de espontaneidade, de alegria e do sentimento da iniciativa bondosa de Deus. Paulo ataca a lei em virtude do le-galismo de que havia se tornado sinônimo. Os judeus a haviam pervertido e reduzido a um meio de realização humana. A promessa de Deus não poderia se cumprir na vida dessas pessoas. A lei é “um monte de restos de carvão marcando um milagre chamejante que ocorreu, uma cratera feita pelo fogo que revela o lugar em que Deus falou [...] um canal seco que numa geração passada e em diferentes condições esteve cheio da água viva da fé e de clara e translúcida percepção” (Barth). v. 15. A lei não pode abençoar, mas só condenar; v. 3.10 e comentário; 5.13 e comentário. v. 16. A promessa era uma questão de graça por parte de Deus e de por parte do homem. Era, assim, independente da lei. Já de antemão, Deus estava deixando claro que os seus herdeiros não seriam confinados aos judeus (conforme G1 3.8). v. 17. Aliás, Deus o constituiu pai de muitas nações, como declara Gn 17:5 (gr. ethnê significa tanto “gentios” como “nações”). A Abraão, foi atribuído o papel de mediador da bênção no plano salví-fico de Deus para “todas as famílias da terra” (G. von Rad, Genesis, acerca de Gn 12:3).

    v. 17b-25. A fé que Abraão tinha é comparada à fé cristã. A promessa do v. 17a foi dada a Abraão quando estava diante dos olhos de Deus. O contexto de Gn 15:6 associa a fé que Abraão teve à promessa que Deus fez em relação a Isaque. A esterilidade de sua esposa e a sua própria (v. 19; Gn 18:1 lss) descartavam a confiança em si mesmo e o conduziram a Deus, que pode tanto renovar vida como pronunciar o seu chamado criador (conforme Is 41:1 e as expressões de chamado à vida em Gn 1). v. 18. A sua esperança fundamentada na confiança na promessa de Deus era totalmente contrária às expectativas naturais. “Somos capazes de ouvir o seu ‘Sim’, enquanto o mundo acima e abaixo dele exclama o seu ‘Não’” (Barth). Assim dirige o olhar de Abraão para cima, para as estrelas que enfeitavam o céu noturno, v. 19. A NVI está correta em seguir as versões que omitem o “não” que alguns manuscritos antigos acrescentaram ao texto (“não atentou para o seu próprio corpo”, ACF). “Ter fé não significa fechar os olhos para os fatos. A fé não tem nenhuma relação com o auto-engano otimista” (Nygren). Havia um ditado rabínico que dizia que um homem centenário é “como alguém morto e que já partiu”, v. 20. Paulo desconsidera os desvios temporários de Abraão da fé em Gn 16:2 e 17.17, ou porque os seus pensamentos estão concentrados em Gn 15 ou porque as dúvidas de Abraão tiveram pouca duração, v. 21,22. Foi o fato de Abraão ter se lançado sobre a promessa e o poder de Deus para cumpri-la que fundamentou a ação de Deus de aceitá-lo como justo diante de si. v. 23,24. E é assim que funciona hoje também! A fé cristã é também a fé que Abraão tinha, fé no mesmo doador da vida miraculosa, que agora demonstrou o seu poder no milagre da ressurreição, v. 25. O versículo soa como uma linha de poesia semítica. Jesus, nosso Senhor (v. 24), provavelmente, é uma citação de uma confissão de fé usada na adoração nas igrejas da Palestina. A primeira metade é um eco de Is 53:0; conforme Rm 1:4 e comentário), mostrando que ele não era pessoalmente objeto da ira de Deus, e essa condição é compartilhada por aqueles que estão nele.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Romanos Capítulo 1 do versículo 18 até o 21

    A. A justiça é o "status" necessário para o homem se apresentar diante de Deus. 1:18 - 5:21.

    Os homens precisam da justiça. Esta necessidade se fundamenta na natureza e essência de Deus.


    Moody - Comentários de Romanos Capítulo 1 do versículo 18 até o 39

    II. A Justiça - A Chave do Relacionamento entre o Homem e Deus.

    1:18 - 8:39

    Aqui Paulo luta corpo a corpo com os grandes temas da vida. Como pode um homem ser justo diante de Deus? Como um homem é afetado pela atitude de Adão e de Cristo? Como deve viver um homem que é justo? Como pode ele viver desse modo?


    Moody - Comentários de Romanos Capítulo 4 do versículo 1 até o 25

    Romanos 4


    3) A Justificação pela Fé na 5ida de Abraão. Rm 4:1-25 .

    A argumentação de Paulo de que somos justificados pela fé, não é algo novo. O objeto da fé para Paulo era Cristo. A explícita apresentação da fé em Cristo como meio de justificação, torna a nova aliança uma aliança eterna. Mas a velha aliança já trazia em si o princípio da justificação pela fé. Quem melhor do que Abraão serviria, por exemplo? Ele foi o pai do povo judeu. Por isso Paulo examina cuidadosamente a sua vida.

    a) Sua Justificação Obtida pela Fé, não pelas Obras. Rm 4:1-8.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Romanos Capítulo 4 do versículo 1 até o 25
    d) A justiça abraâmica (Rm 4:1-45) -Era universalmente aceito pelos judeus que Abraão fora singularmente justo, tendo melhores fundamentos para se jactar, do que a maioria dos homens. Mas tal ufania é inadmissível à vista de Deus (2). A Escritura diz que Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça (3; ver. Gn 15:6). Ora, se alguém trabalha, seu salário não depende da boa vontade do patrão, mas torna-se uma dívida deste para com o seu empregado (4). Todavia, se não trabalha, crendo apenas nAquele que justifica ao pecador, sua fé é considerada como justiça (5).

    O sagrado escritor de Hebreus faz eco ao ponto de vista do Velho Testamento, nos vers. Rm 11:8-45. Foi notável a fé demonstrada por Abraão, e o referido escritor tem para ele um lugar conspícuo em sua galeria de honra. E digno de nota que Tiago, em sua epístola (Rm 2:23), também cita Gn 15:6, acrescentando "E foi chamado amigo de Deus". Paulo e Tiago chegam à mesma conclusão, partindo de pontos de vista diferentes. Quando Tiago declara: "Não foi por obras que o nosso pai Abraão foi justificado?" (Rm 2:21), seu alvo é recomendar as boas obras como prova necessária e fruto essencial da fé. A tarefa de Paulo, por outro lado, é condenar as boas obras como base última da salvação, e negar-lhes qualquer mérito para ajustar relações com Deus. Prossegue o apóstolo salientando que este novo sistema de justificação, apresentado em seu evangelho, está radicado no Velho Testamento e, para isso, mostra que Davi também se distinguiu pela fé; visto como expressou a bem-aventurança daqueles que são considerados justos à parte de qualquer mérito proporcionado por obras (Sl 32:1-19). Tal estado de altíssima felicidade do homem perdoado não é o próprio Davi quem o declara, senão Deus mesmo. O salmista está simplesmente registrando o fato bendito, embora que exultando pessoalmente, em conseqüência da sua própria experiência.

    >Rm 4:9

    2. A JUSTIÇA DE ABRAÃO INDEPENDEU DA CIRCUNCISÃO (Rm 4:9-45) -A experiência do patriarca decorreu na seguinte ordem: primeiro a fé, seguindo-se a justificação e depois a circuncisão. Os judeus inverteram a ordem, pondo em primeiro lugar o rito. Com a idéia de bem-aventurança como liame, o apóstolo mostra que Abraão possuía este fruto da fé, antes de sua circuncisão (10). Recebeu o sinal da circuncisão como selo (11). O próprio rito era o sinal ou confirmação do concerto feito por Deus com Abraão (cfr. Gn 17:1-14; At 7:8). Nesta base, o Patriarca é o pai de todos os que crêem (11), circuncisos ou não (cfr. 2Pe 1:1). Em desafio à doutrina ortodoxa judaica, Paulo afirma um dos princípios vitais do seu próprio ensino, qual seja a porta franqueada aos gentios, o privilégio universal da justificação pela fé.

    >Rm 4:13

    3. A JUSTIÇA DE ABRAÃO INDEPENDEU DA LEI MOSAICA (Rm 4:13-45) -O ponto ferido por Paulo, a seguir, é que Abraão foi considerado justo com Deus uns quatrocentos anos antes que a lei viesse a existir, antes que fosse promulgada no monte Sinai. A promessa de ser herdeiro do mundo não foi feita ao patriarca nem à sua posteridade por intermédio da lei, e sim mediante a justiça da fé (13). "Herdeiro do universo" interpreta-se como a suma de todas as promessas feitas a Abraão, como reveladas em Gn 12:3-7; 13 15:1'>Gn 13:15-16; Gn 15:1, 5, 18; Gn 17:8-19, e mencionadas em At 3:25 e Gl 3:8. Estas promessas incluíam a dádiva de um filho e herdeiro uma descendência inumerável, o Messias e Seu reino universal. Observe-se o modo pelo qual nosso Senhor, em uma das beatitudes, espiritualizou a idéia da herança do mundo, ao declarar que os mansos herdariam a terra (Mt 5:5). Se os da lei a herdassem, a fé se tornaria vã, e a promessa, de nenhum efeito para assegurar justiça (14). A lei, entretanto, desperta somente o senso de pecado, culpa e penalidade. Remova-se a lei e o pecado desaparece (15). Nessa conformidade, a fé e não a lei é a base da justiça de Abraão à vista de Deus.

    O apóstolo argumenta semelhantemente em Gl 3:17 e segs., mas a lógica aí é mais legal e histórica, ao passo que aqui é mais doutrinária. Leis e graça são incompatíveis. Daí vem que a promessa é confirmada a toda a descendência, não somente à que procedeu da lei, mas igualmente à que procedeu da fé (16). Por essa fé, Abraão se torna pai de todos os que crêem, gentios e judeus. Num sentido físico, dizia a promessa que ele seria pai de todos (Gn 17:5); porém Paulo está pensando aqui numa paternidade espiritual e universal. Abraão, pai dos fiéis, aparece perante Deus como representante de todos os crentes, judeus ou gentios (16,17).

    Notem-se os dois atributos divinos, impressivos e apropriados, que Paulo acrescenta aqui: Deus que vivifica os mortos, e chama à existência as coisas que não existem (17). O poder vivificador de Deus é visto nos seguintes milagres: a capacidade de Abraão procriar Isaque (19; cfr. He 11:12, "aliás já amortecido"); o livramento de Isaque da morte, no altar do sacrifício (cfr. He 11:19, "Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dos mortos") e a ressurreição de Cristo (24). O segundo atributo, de chamar à existência o que não existe, tem referência aos filhos nascituros, à posteridade do pai Abraão, quando historicamente, ele não tinha filhos.

    >Rm 4:20

    Outra vez Paulo elogia a fé do patriarca. Não duvidou... mas, pela fé, se fortaleceu (20), significando que, em referência à promessa divina, Abraão não vacilou em incredulidade, mas foi fortalecido pela fé, glorificando destarte o nome de Deus pela confiança plena na capacidade divina de cumprir a dita promessa. A conclusão deste caso de Abraão, apresentado como prova, é a declaração inicial de que sua fé lhe foi imputada como justiça (22; cfr. vers. 3).

    Agora, o apóstolo se prepara para o seu maior tema, a justiça do crente. Esta aceitação de Abraão, pai dos fiéis, está registrada para que também creiamos e reivindiquemos a justiça de Deus mediante Jesus, que Se ofereceu por nossas transgressões e ressuscitou para nossa justificação (23-25).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Romanos Capítulo 4 do versículo 1 até o 25

    17. Abraão — justificado pela fé ( Romanos 4:1-8 )

    Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne, tem encontrado? Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar; mas não diante de Deus.Pois o que diz a Escritura? "E Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça." Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, mas como o que é devido.Mas, ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, sua fé lhe é contada como justiça, assim como Davi também fala da bênção sobre o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras: "Bem-aventurados aqueles cujas maldades foram perdoadas, e cujos pecados foram cobertos Bem-aventurado é o homem cujo pecado o Senhor não terá em conta (.. 4: 1-8 )

    Se houver qualquer doutrina de que o principal inimigo do homem e de Deus deseja para minar e distorcer, é a doutrina da salvação. Se Satanás pode causar confusão e erro em relação a essa doutrina, ele conseguiu manter os homens em seu pecado e sob julgamento divino e condenação, que a vontade de uma ação dia não resgatados com Satanás e seus anjos demoníacos no tormento eterno do inferno.
    Toda religião falsa do mundo-se um ramo herética do cristianismo, uma religião pagã altamente desenvolvida, ou primitivo animismo-se baseia em alguma forma de salvação pelas obras. Sem exceção, eles ensinam que, de uma forma ou de outra, o homem pode tornar-se direito com a divindade por alcançar a justiça em seu próprio poder.
    Todo o quarto capítulo de Romanos é dedicada a Abraão, a quem Paulo usa como ilustração da verdade bíblica central que o homem pode tornar-se bem com Deus somente pela fé em resposta à Sua graça, e nunca pelas obras. Os versículos 6:8 referem-se a Davi , mas Paulo é simplesmente usando Davi como uma ilustração para comprovar que ele está ensinando sobre Abraão.

    Podemos assumir várias razões para a escolha de Paulo Abraão como o exemplo supremo da salvação pela fé. Em primeiro lugar, Abraão viveu cerca de 2.000 anos antes de Paulo escreveu esta carta, o que demonstra que o princípio da salvação pela fé e não por obras não era novo no judaísmo. Abraão foi o primeiro e mais importante patriarca hebreu. Ele viveu mais de 600 anos antes da Antiga Aliança foi estabelecido por meio de Moisés. Ele, portanto, viveu muito antes de a lei foi dada e, obviamente, não poderia ter sido salvo por obediência a ela.

    Em segundo lugar, Paulo usou Abraão como um exemplo de salvação pela fé, simplesmente porque ele era um ser humano. Até este ponto, em Romanos, Paulo foi falando principalmente sobre verdades teológicas em abstracto. Em Abraão ele dá uma ilustração de carne e osso da justificação pela fé.
    O terceiro, e sem dúvida a mais importante, a razão que Paulo usou Abraão como o exemplo da justificação pela fé foi a de que, embora o ensino rabínico e crença popular judaica eram contrárias à Escritura, tanto quanto a base da justiça de Abraão estava em causa, eles concordaram que Abraão foi o exemplo supremo do Antigo Testamento de um homem temente a Deus, justo, que é agradável ao Senhor. Ele é o modelo bíblico da fé genuína e piedade.

    A maioria dos judeus nos dias de Paulo acreditava que Abraão foi justificado diante de Deus por causa de seu próprio caráter justo. Eles acreditavam que Deus escolheu Abraão para ser o pai de seu povo Israel porque Abraão era o homem mais justo sobre a terra durante seu tempo. Como muitos cultos hoje, tomaram certas passagens bíblicas e torcido ou interpretou-as fora do contexto, a fim de apoiar as suas idéias preconcebidas.

    Os rabinos, por exemplo, apontou que o Senhor disse a Isaque, "Eu multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu, e vai dar aos seus descendentes todas estas terras, e por seus descendentes todas as nações da terra serão abençoados, porque Abraão obedeceu Me e guardaram a minha ordenança, os meus mandamentos, os meus estatutos e as minhas leis "( Gn 26:4-5 ). Eles apontaram que o Senhor chamou Abraão "Meu amigo" ( Is 41:8. ). Vários versículos depois, ele refere-se ao patriarca como "Abraão, o crente" ( v. 9 ). Porque Abraão era o homem por excelência da fé, ele é, nesse sentido, "o pai de todos os que crêem" ( Rm 4:11 ). Através de sua fé em Deus, "Abraão exultou por ver o meu dia", disse Jesus, "e viu-o e ficou feliz" ( Jo 8:56 ).

    O escritor de Hebreus descreve a fé pela qual Abraão foi declarado justo por Deus: "Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber . para onde estava indo Pela fé, ele viveu como um estrangeiro na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa, porque ele estava olhando para a cidade que tem fundamentos, cujo arquiteto e construtor é Deus "( Heb. 11: 8-10 ).

    Assim como Paulo, que escrevo esta carta para Roma, Abraão foi soberanamente e escolhido diretamente por Deus. Nem Abraão nem Paulo estava à procura de Deus, quando foram divinamente chamado e comissionado. Abraão provavelmente nunca tinha ouvido falar do verdadeiro Deus, ao passo que Paulo sabia muito sobre ele. Abraão estava aparentemente satisfeito com seu paganismo idólatra, e Paulo estava contente com seu tradicional, mas falsa, o judaísmo.

    Quando Abraão foi chamado pela primeira vez por Deus, ele morava em Ur da Caldéia ( Gn 11:31 ; Gn 15:7 ).

    Sem garantia, mas a palavra de Deus, Abraão deixou seu negócio, sua terra natal, os seus amigos, a maioria de seus parentes, e provavelmente muitos de seus bens. Ele abandonou sua segurança temporais para uma incerteza futura, tanto quanto os olhos humanos podem ver ou sua mente humana pode compreender. A terra que foi prometida para herdar era habitada por pagãos talvez ainda mais perversos e idólatras que os do seu país de origem. Abraão pode ter tido apenas uma idéia remota de onde a terra de Canaã era, e é possível que ele nunca tinha ouvido falar dele em tudo. Mas quando Deus o chamou para ir lá, Abraão obedeceu e começou a longa viagem.

    Porque ele apenas parcialmente obedeceu a Deus, no entanto, trazer ao longo de seu pai e seu sobrinho Lot, Abraão desperdiçado 15 anos em Haran, onde o grupo viveu até morreu Tera ( Gn 11:32 ). Por esse tempo Abraão era 75 anos de idade, e como ele continuou a viagem para Canaã, ele também continuou a obedecer a Deus apenas parcialmente, tomando Lot com ele ( 12: 4 ).

    Quando Abraão, Sara, e Ló chegou a Siquém, em Canaã, Abraão recebeu uma promessa soberana e incondicional de Deus: "O Senhor apareceu a Abrão e disse: 'À tua descendência darei esta terra' Então ele construiu ali um altar ao. Senhor, que lhe aparecera "( Gn 12:7 ).

    O Senhor deu repetidas promessas a Abraão, e Abraão respondeu com fé, que Deus "... contada a ele como justiça" ( Gn 15:6 ). Ele também trouxe miséria futura aos seus próprios descendentes, com quem os descendentes de árabes de Ismael, filho de Agar, estaria em conflito contínuo, como são até hoje.

    Apesar de sua imperfeição espiritual, Abraão sempre veio para o Senhor com fé, eo Senhor honrou a fé e continuou a renovar suas promessas a Abraão. Deus milagrosamente causado Sara para ter um filho na sua velhice, o filho a quem Deus havia prometido dar a Abraão. E quando o maior teste de todos veio, Abraão não vacilou em sua confiança do Senhor. Quando Deus lhe ordenou a sacrificar Isaque, os únicos meios humanos através dos quais a promessa poderiam ser cumpridos, Abraão respondeu com obediência imediata, e Deus respondeu dando um substituto para Isaque ( Gênesis 22:1-18 ). O escritor de Hebreus declarou que era "pela fé [que] Abraão, quando foi provado, ofereceu Isaque; e aquele que recebera as promessas oferecia o seu Filho unigênito, era aquele a quem foi dito: ' Em Isaque seus descendentes serão chamados. " Ele [isto é, Abraão] considerou que Deus é capaz de levantar os homens, mesmo dentre os mortos, a partir do qual ele também recebeu de volta como um tipo "( Hebreus 11:17-19. ).

    Nem Abraão nem o seu mais imediato herdeiros-seu filho Isaque e seu neto Jacó-nunca possuiu qualquer terra em Canaã, com exceção de um pequeno campo de Manre, em que a caverna de Macpela foi localizado. Abraão comprou este terreno a partir de Ephron, uma hitita, para o enterro de Sara (veja Gn 23:3-11 ). O próprio Abraão e Isaque, Rebeca, e Leah também foram enterrados lá ( 49:31 ). Muitos anos mais tarde, de acordo com o pedido do Jacó, seu corpo foi trazido de volta do Egito por José e seus irmãos para o enterro ao lado de pai e avô de Jacó ( 13 1:50-14'>Gn 50:13-14 ).

    Como é sempre o caso com a verdadeira crença, o Espírito Santo iluminar a mente eo coração de Abraão a reconhecer o Deus único e verdadeiro, e permitiu-lhe responder em fé. Abraão viu a Terra Prometida e vagou por ela como um nômade, mas ele nunca possuíram. Mesmo seus descendentes não possuir a terra até mais de meio século depois da promessa de que foi dado pela primeira vez.
    Assim como Abraão confiou a palavra de Deus para dar-lhe uma terra que nunca tinha visto, ele confiou o poder de Deus para levantar Isaque dos mortos, se necessário, por um milagre divino ele nunca tinha visto. Foi em resposta à fé de Abraão em Deus que lhe foi imputado como justiça .

    Foi imputado é de logizomai , que realizou o significado económico e jurídico de creditar algo a conta de outro. A única coisa que Deus recebeu de Abraão foi a sua fé imperfeita, mas por Sua graça e da misericórdia divina, Ele contado que ele conta espiritual de Abraão como justiça . Esse acerto de contas gracioso reflete o coração da revelação redentora de Deus e é o foco, tanto do Antigo e Novo Testamentos. Deus nunca forneceu qualquer meio de justificação a não ser através da fé Nele.

    Mesmo que a desobediência repetida de Abraão era pecaminosa e trouxe mal a si próprio e aos outros, Deus, mesmo que a desobediência usado para glorificar a Si mesmo. Esses atos de desobediência testemunhar que, ao contrário do ensino rabínico, Abraão foi soberanamente escolhido por Deus por suas próprias razões e propósitos divinos, não por causa da fidelidade ou a justiça de Abraão. Abraão foi escolhido pela graça soberana e eletiva de Deus, não por causa de suas obras ou até mesmo por causa de sua fé. Sua fé era aceitável a Deus somente porque Deus graciosamente contada , ou contados, elecomo justiça . Não era a grandeza da fé de Abraão que ele, mas a grandeza do Senhor gracioso em quem ele colocou sua fé salvou.

    A fé nunca é a base ou o motivo para a justificação, mas apenas o canal através do qual Deus opera Sua graça redentora. A fé é simplesmente um coração condenado chegando a receber o dom gratuito e imerecido de Deus da salvação.

    O que era verdade no que diz respeito à fé de Abraão é verdade em relação à fé de cada crente. Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, mas como o que é devido, Paulo declara.Mas, ao que não trabalha , mas crê naquele que justifica o ímpio, sua fé lhe é imputada como justiça .

    Embora a fé é necessária para a salvação, ela não tem poder em si mesmo para salvar. É o poder da graça redentora de Deus sozinho, trabalhando através do trabalho expiatório de Seu Filho na cruz, que tem poder para salvar. A fé não é, como alguns dizem, um tipo de trabalho. Paulo aqui deixa claro que a fé salvadora é completamente além de qualquer tipo de humanos obras .

    Se o homem fosse capaz de salvar-se por suas próprias obras , então a salvação seria parte da graça de Deus, e do sacrifício de Cristo na cruz teria sido em vão. Se tais justas obras foram atingível por homens, então a salvação não seria um dom da graça de Deus, mas seria um salário que é devido . Não só faria justiça funciona obviar a graça de Deus, ele também seria roubar-lhe a glória, para que toda a criação foi feita. "Porque dele, e por meio dele e para ele são todas as coisas", Paulo lembrou aos fiéis romanos mais tarde nesta epístola. "A ele seja a glória para sempre. Amém" ( Rm 11:36 ). O objetivo principal do evangelho não é para salvar os homens, mas para glorificar a Deus. Em outra bela bênção no meio de sua carta aos Efésios, Paulo exultou: "Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus por todas as gerações para todo o sempre Amém "(. Ef. 3: 20-21 ).

    Existem muitas razões pelas quais o homem pecador não pode salvar-se por suas próprias obras. Em primeiro lugar, por causa do seu pecado, ele é incapaz de alcançar o padrão divino de justiça, que é a perfeição absoluta. Em segundo lugar, não importa o quão generoso, sacrificial, e beneficente suas obras pode ser, eles não poderiam expiar seus pecados. Mesmo que Deus reconheceu todas as obras de uma pessoa como sendo bom, o trabalhador ainda estaria sob pena divina de morte por seus pecados. Em terceiro lugar, como mencionado acima, se os homens foram capazes de salvar-se, a morte expiatória de Cristo foi inútil. Em quarto lugar, como também já foi observado, se o homem pudesse salvar a si mesmo, a glória de Deus seria eclipsado pelo homem.
    Deus só salva a pessoa que não confia em seu trabalho, mas crê naquele que justifica o ímpio . Até que uma pessoa confessa que é ímpio , ele não é um candidato para a salvação, porque ele ainda confia em sua própria bondade. Isso é o que Jesus quis dizer quando disse: "Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento" ( Lc 5:32 ). Aqueles que são justos aos seus próprios olhos não têm parte na obra redentora de Deus de graça.

    Na parábola da vinha Jesus ilustrado graça imparcial de Deus. De uma perspectiva humana, os homens que tinham trabalhado durante todo o dia merecia mais do que aqueles que trabalharam apenas a última hora. Mas o ponto de Jesus foi a de que o proprietário do terreno, o que representa Deus, tinha o direito de fazer o que ele quisesse. Ele não defraudar os trabalhadores de todo o dia, mas paga-lhes exatamente o que havia prometido e que tinham concordado.
    Por padrão de Deus, o trabalho de cada pessoa está muito aquém de ganhar a redenção Ele fornece. Na escala divina da justiça perfeita, mesmo os mais dedicados e longserving cristã não é um fio de cabelo mais perto de ganhar a sua salvação que é o criminoso mais vil que aceita a Cristo em seu leito de morte.
    Mesmo a fé genuína não constitui em si mérito ou produzir a justiça perfeita além de que ninguém pode vir a Deus. A sua fé é bastante reconhecido como que exigia justiça .

    O "acerto de contas" Paulo fala aqui é a justificação, que ato forense de Deus pelo qual ele atribui a justiça perfeita de Cristo na conta do pecador, em seguida, declara Seu veredicto que o perdoado um é totalmente justa. Em seu livro Redenção Consumada e Aplicada , João Murray escreveu: "Deus não pode deixar de aceitar em seu favor daqueles que são investidos com a justiça do seu próprio Filho. Enquanto a sua ira se revela do céu contra toda impiedade injustiça e dos homens, sua boa vontade também se revela do céu sobre a justiça de seu bem-amado e unigênito "([Grand Rapids: Eerdmans, 1955], p 124.).

    Deus, portanto, justifica o ímpio , e não simplesmente desconsiderar o seu pecado, mas de ter imputado o pecado a Cristo, que pagou a pena na íntegra, Ele agora acha a justiça de Cristo para nós."Certamente nossas dores Ele levou, e as nossas dores Ele transportadas, ainda que nós mesmos o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido Mas Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, Ele foi moído pelas nossas iniqüidades;. A correção para o nosso bem— paz estava sobre ele, e por Sua pisaduras fomos sarados "( Isaías 53:4-5. ).

    Porque Deus credita o pecado do crente com o relato de Cristo, Ele pode creditar a justiça de Cristo na conta do crente. Deus não poderia ter justiça com justiça creditada a Abraão não tinha pecado de Abraão, como o pecado de cada crente, foi pago pelo sacrifício de sangue do próprio Cristo.
    Antes da cruz, o pecado do crente foi pago em antecipação do sacrifício expiatório de Cristo, e desde que a cruz o pecado do crente foi pago antecipAdãoente.
    Comentando sobre a justiça acerto de contas de Deus para os crentes, Arthur Rosa escreveu,
    Ele é chamado de "a justiça de Deus " ( Rm 1:17. ; Rm 3:21 ), porque Ele é o nomeador, aprovador, e imputer dele. Ele é chamado de "a justiça de Deus e nosso Salvador Jesus Cristo " ( 2Pe 1:1 ), porque a fé é o apreensor e receptor dela. Ele é chamado de homem justiça ( 33:26 ), porque ele foi pago por ele e imputada a ele. Todas estas variadas expressões referem-se a tantos aspectos daquela perfeita obediência até à morte que o Salvador realizou para o seu povo. ( As doutrinas da eleição e Justificação [Grand Rapids: Baker, 1974]., p 188)

    Deus imputando a fé de um crente como Sua própria justiça divina é uma verdade incontestável, mas incompreensível. Ele emociona o coração daqueles que depositam sua fé em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
    Quando um pecador penitente é confrontado com a majestade, poder e justiça de Deus, ele não pode deixar de ver a sua própria perdição e da inutilidade de suas próprias obras. Por divinamente dada uma visão que ele percebe que ele é digno apenas de condenação de Deus. Mas Deus dá a garantia divina de que, por meio da fé de um pecador em Jesus Cristo, Ele não só irá salvá-lo da condenação, mas também vai enchê-lo com Sua própria justiça eterna.

    O pecador verdadeiramente arrependido grita com o profeta Miquéias, que confessou: "Com que me apresentarei ao Senhor e me prostrarei perante o Deus excelso? Devo ir a Ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Será que o Senhor se deleitar em milhares de carneiros, em dez mil ribeiros de azeite? Devo apresentar o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma? " ( Mq 6:6-7. ).

    Um acróstico simples, usando as letras da palavra fé, pode ajudar a compreender os elementos da fé salvadora. "F" poderia representar fatos. A fé não é baseada em um salto cego no desconhecido e incognoscível, como muitos teólogos liberais e neo-ortodoxa nos querem fazer crer. Ele é baseado em fatos da obra redentora de Deus através de Seu Filho Jesus Cristo.

    Em sua primeira carta à igreja de Corinto, Paulo declarou:

    Agora eu faço-vos saber, irmãos, o evangelho que vos anunciei, o qual também recebestes, em que também você está, pelo qual também sois salvos, se retiverdes a palavra que vos anunciei, a menos que você acredita em vão. Transmiti-vos, em primeiro lugar o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e que Ele apareceu a Cefas, e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais permanecem até agora, mas alguns já dormiram; Depois apareceu a Tiago, então a todos os apóstolos; e por último, como se fosse a um abortivo, Ele apareceu também a mim. ( 1Co 15:18 )

    Para mostrar ainda mais a importância do fato da ressurreição de Jesus, Paulo passou a dizer: "Se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vã a vossa fé também é vã .... E, se Cristo não ressuscitou, sua fé é inútil, você ainda estais nos vossos pecados "( 14 vv. , 17 ).

    A letra "A" poderia representar acordo. É uma coisa para saber a verdade do evangelho; outra bem diferente é a concordar com ele. O coração crente afirma a verdade que recebe da Palavra de Deus.

    A letra "I" poderia representar internalização, o desejo interior de um crente a aceitar e aplicar a verdade do evangelho a sua própria vida. Falando de Cristo, o apóstolo João escreveu: "Ele veio para os Seus, e aqueles que foram os seus não o receberam. Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, mesmo para aqueles que crêem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus "( João 1:11-13 ). Internalização envolve também o desejo genuíno de obedecer a Cristo como Senhor. "Se vós permanecerdes na minha palavra", disse Jesus, "então você é verdadeiramente meus discípulos" ( Jo 8:31 ).

    A letra "T" poderia representar confiança. Em alguns aspectos, e em alguns contextos, a confiança é sinônimo de fé. Mas a confiança também carrega a idéia de ter a confiança incondicional em Deus, de confiar a Ele para cumprir as promessas que nunca nos abandonará, como Seus filhos e para fornecer todas as nossas necessidades. As parábolas do tesouro escondido e da pérola de grande valor ( 13 44:40-13:46'>Mat. 13 44:46 ) ensinam a necessidade de um crente de entregar tudo o que ele tem para a causa de Cristo, de afirmar e confiando na Sua senhoria e Sua graça.

    Confiança Genuina envolve a afastar-se de pecado e de auto e voltando-se para Deus. Isso é chamado de viragem arrependimento, além de que nenhuma pessoa pode ser salva. O arrependimento é uma parte muito importante do evangelho, que às vezes é equiparado a salvação. Pedro declarou: "O Senhor não retarda a sua promessa, como alguns a julgam demorada, mas é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" ( 2Pe 3:9 ). A grande maioria das pessoas que confiaram em Cristo ao longo dos séculos nunca o vi. Mesmo aqueles que o viram depois da ressurreição e testemunhou Sua ascensão ao céu só tinha a esperança, e não ainda a realidade, de sua união a Ele um dia no céu. Até que ele se encontra com o Senhor através da morte ou pelo arrebatamento, cada crente deve viver na esperança de que ele ainda não tenha recebido.

    Justificação Traz Bênção

    Assim também Davi fala da bênção sobre o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras: "Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades foram perdoadas, e cujos pecados foram cobertos Bem-aventurado é o homem cujo pecado o Senhor não terá em. conta. " ( 4: 6-8 )

    Paulo aqui cita Davi, a fim de estabelecer que o maior rei de Israel entendeu e ensinou que a justificação é pela fé. A bênção Davi está falando é a salvação, supremo de Deus bênção oferecido a humanidade caída. Os únicos que podem recebê-lo são aqueles para quem Deus atribui justiça, independentemente de obras .

    No Salmo 32 o homem segundo o coração de Deus declarou: "Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades foram perdoadas, e cujos pecados foram cobertos Bem-aventurado é o homem cujo pecado o Senhor não terá em conta.".

    Davi compreendeu claramente a graça de Deus. Em sua grande salmo penitencial escrito depois Nathan confrontou-o com o seu adultério com Bate-Seba e do assassinato de seu marido, Davi lançou-se inteiramente na graça de Deus. "Tem misericórdia de mim, ó Deus", suplicou ele, "segundo a tua benignidade; de acordo com a grandeza da Tua compaixão apaga as minhas transgressões." Ele confessou: "Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que Tu és justificado quando falarás, e irrepreensíveis quando tu juiz." Davi sabia que só Deus poderia purificar e lavar seus pecados e apaga todas as suas iniqüidades. Só Deus poderia criar nele um coração puro e livrá-lo da culpa e do pecado que o produziu ( Sl. 51: 1-14 ).

    A pessoa de fé genuína é abençoada, Davi proclama, porque por graciosa provisão de Deus suas maldades foram perdoados, porque os seus muitos pecados particulares foram cobertos, e porque o pecado básico e depravação de sua natureza decaída o Senhor não terá em conta .
    Abraão foi justificado somente pela fé, Davi foi justificado somente pela fé, e cada crente antes e depois deles tem sido justificada apenas pela fé. A fé de um pecador é graciosamente aceito por Deus e contados por ele, como justiça, por amor de Cristo.
    A história é contada de um pobre agricultor que tinha salvado sua dinheiro durante anos, a fim de comprar um boi para puxar o arado. Quando ele pensou que tinha poupado o suficiente, ele viajou uma grande distância para a cidade mais próxima para comprar um boi. Ele logo descobriu, no entanto, que o dinheiro de papel que ele tinha sido poupança tinha sido substituído por uma nova moeda e que a data para a troca do antigo para o novo havia muito tempo já passou. Porque ele era analfabeto, o homem perguntou a um menino de escola vizinho para escrever uma carta para o presidente de seu país, explicando sua terrível situação e pedir a isenção. O presidente foi tocado pela carta e escreveu de volta para o agricultor:. ". A lei deve ser seguido, porque o prazo para a troca de notas já passou O governo já não pode mudar suas contas para os novos Mesmo que o presidente não está isento a esta regra. No entanto ", continuou o presidente," porque acredito que você realmente trabalhou duro para salvar este dinheiro, eu estou mudando o seu dinheiro para o novo dinheiro de meus próprios fundos pessoais de modo que você será capaz de comprar o seu boi ".
    Diante de Deus, as boas obras de cada pessoa são tão inútil quanto dinheiro desatualizado que fazendeiro. Mas o próprio Deus, na Pessoa do Seu Filho, pagou a dívida. E quando um pecador confessou lança-se na misericórdia de Deus e recebe na fé obra expiatória do Senhor em seu nome, ele pode perdoados e divinamente justos diante dEle.
    Com as seguintes linhas de tocar seu hino "está terminado", Tiago Proctor capturou a essência da justificação pela fé, independentemente das obras:

    Nada, nem grande nem pequena 
    Nada, pecador, não;

    Jesus fez isso, fez tudo isso, 
    Longo, há muito tempo.

    Quando Ele, de Seu trono elevado, 
    abaixou-se para fazer e morrer,

    Tudo foi totalmente feito: 
    ouvir Seu grito!

    Weary, que trabalha, sobrecarregado um, 
    Pelo que trabalham tanto?

    Cessar seu fazer; tudo foi feito 
    Comprido, há muito tempo.

    'Até a Jesus "trabalho você se agarrar 
    por uma fé simples,

    "Fazer" é uma coisa, mortal 
    "Fazendo" termina em morte.

    Lança o teu mortal "fazer" para baixo 
    para baixo aos pés de Jesus;

    Fique nele, somente nele, 
    Gloriously completa.

    "Está consumado!" Sim, de fato, 
    Acabou cada jota;

    Pecador, isso é tudo que você precisa, 
    Diga-me, não é?

    (Copyright: 1922. Esperança Publishing Co., proprietário; na escolha Hinos da Fé [Fort Dodge, Iowa: Walterick de 1944]., nº 128)

    18. Abraão — justificados pela graça ( Romanos 4:9-17 )

    É este bênção então sobre a circuncisão, ou também sobre a incircuncisão? Para nós dizemos, "a fé foi imputada a Abraão como justiça". Como, então, isso lhe foi imputado?Enquanto ele foi circuncidado ou incircunciso? Não na circuncisão, mas na incircuncisão; e ele recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso, que ele poderia ser o pai de todos os que crêem sem serem circuncidados, que a justiça pode ele contado a eles, e o pai da circuncisão, aqueles que não somente são da circuncisão, mas que também seguir os passos da fé de nosso pai Abraão, que ele teve enquanto não circuncidado. Porque a promessa a Abraão, ou à sua descendência que ele seria herdeiro do mundo não foi feita pela lei, mas pela justiça da fé. Porque, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã ea promessa é anulada; para a Lei opera a ira, mas onde não há lei, não há transgressão. Por este motivo, é pela fé, para que pudesse ser feita de acordo com a graça, a fim de que a promessa seja certo que todos os descendentes, não apenas para aqueles que são da lei, mas também para aqueles que são da fé Abraão, que é o pai de todos nós, (como está escrito: "Um pai de muitas nações já fiz você") aos olhos daquele a quem ele acreditava, até mesmo Deus, que dá vida aos mortos e chama à existência que não existe. ( 4: 9-17 )

    É uma experiência muito triste e opressora para visitar locais sagrados católicos, como o Santuário de Guadalupe, no México. O santuário é construído sobre o lugar onde Maria teria aparecido em uma ocasião. Na esperança de seu intercedendo por eles com o seu Filho, Jesus Cristo, a cada miríades de peregrinos anos rastejar em suas mãos e joelhos para um quarto de milha ou assim para o santuário. Eles, então, entrar e acender velas, uma para cada amigo ou parente para quem eles procuram reduzir a permanência no purgatório.
    Alguns anos atrás, um missionário na Índia visitou meu escritório e me mostrou uma cópia recente do idioma Inglês-grande revista de notícias indiana. A reportagem foi em um grande festival religioso hindu chamado Maha Kumbh Mela, que é celebrado a cada 12 anos, na confluência do Ganga (Ganges) e rios Yamuna, chamou as águas lendárias do Sangam. Alega-se a ser o maior evento religioso do mundo a única.
    Desconsiderando a jornada difícil, o grande despesa, e as águas de refrigeração, multidões de fiéis são atraídos para a celebração. Caste e classe econômica são temporariamente retiradas. O festival é liderada por um grupo de homens santos nus austeros que levam uma procissão de milhares de peregrinos para a água. Fakirs sentar em camas de pregos e andar sobre vidro quebrado e deitar-se sobre brasas. A visão comum é ver adoradores levando facas longas e piercing suas línguas, para condenar-se ao silêncio eterno, como forma de apaziguar seus deuses inumeráveis. Alguns fiéis vão olhar para o sol até que eles estão cegos. Outros intencionalmente fazer com que seus membros à atrofia em gestos de adoração. Um homem tinha segurado o braço na posição vertical por oito anos. Embora seus músculos do braço há muito haviam atrofiado, suas unhas sem cortes tivesse continuado a crescer e desceu alguns metros de dois anos e meio abaixo de suas mãos.
    Um livro sagrado hindu declara: "Aqueles que se banham na confluência do rio preto e branco, o Ganges e Yamuna, ir para o céu." Outra escrita sagrada diz que "o peregrino que se banha neste lugar ganha absolvição para toda a sua família e mesmo que ele tenha cometido uma centena de crimes, ele é resgatado no momento em que toca o Ganga, cujas águas lavar seus pecados."
    Neste festival à beira-mar está alinhada com inúmeros estandes de barbear, em que a tira se dedicaram nua e tem todo o cabelo em seus corpos raspado, incluindo as suas sobrancelhas e cílios. Cada fio de cabelo raspado é recolhido e todo o cabelo é então jogado na água suja. Escritos hindus assegurar peregrinos que "para cada fio de cabelo, assim, fique, você está prometido um milhão de anos de residência no céu."
    O artigo fechado com o comentário: "Milhões de pessoas que vêm com fome espiritual partida com a paz em seus corações e fé renovada."
    Que infernal condenando engano de Satanás,! Mas que ilustra perfeitamente os sistemas de obras centradas de religião que os homens criam sob a inspiração de Satanás, os quais procuram convencer as pessoas de que elas podem ser feitas bem com Deus e garantido um lugar no céu através da realização de certos ritos e cerimônias. Algumas religiões são muito mais sofisticados e humanamente atraente do que outros, mas todos compartilham a falsa crença comum em obras de justiça, de alguma forma ou de outra. O homem natural, instintivamente, acredita que de alguma forma ele pode tornar-se bem com Deus por seus próprios esforços.

    Continuando seu ataque contra obras justiça e estabelecendo que Abraão, o exemplo supremo de um homem de Deus, foi salvo pela fé e não por obras ( Rom. 4: 1-8 ), Paulo próxima estabelece que Abraão foi salvo pela graça de Deus e não por ser circuncidado ou por guardar a lei. Seu argumento era que, se Abraão, o maior homem na antiga dispensação, foi salvo pela fé, pela graça de Deus, então todas as outras pessoas deve ser justificada com a mesma base. E, ao contrário, se Abraão não podia ser justificado por ser circuncidado ou por guardar a lei, então nem poderia qualquer outra pessoa.

    Em Romanos 4:9-17 Paulo demonstra três verdades intimamente relacionados: a fé de Abraão, justificando não veio por sua circuncisão ( vv 9-12. ;) ele não veio por seu guarda da lei ( vv 13-15. ); mas ele veio somente pela graça de Deus ( vv. 16-17 ).

    Abraão não foi justificado pela circuncisão

    É este bênção então sobre a circuncisão, ou também sobre a incircuncisão? Para nós dizemos, "a fé foi imputada a Abraão como justiça". Como, então, isso lhe foi imputado?Enquanto ele foi circuncidado ou incircunciso? Não na circuncisão, mas na incircuncisão; e ele recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé que teve quando ainda incircunciso, que ele poderia ser o pai de todos os que crêem sem serem circuncidados, que a justiça pode ser contada a eles, e o pai da circuncisão, aqueles que não somente são da circuncisão, mas que também seguir os passos da fé de nosso pai Abraão, que ele teve enquanto não circuncidado. ( 4: 9-12 )

    Paulo antecipou a questão de que os judeus estaria perguntando neste momento em seu argumento: "Se Abraão foi justificado pela sua fé, por que Deus exigir a circuncisão de Abraão e todos os seus descendentes"
    A maioria dos judeus na época do Novo Testamento eram plenamente convencido de que a circuncisão não era apenas a marca única, que os distinguem de todos os outros homens, como povo escolhido de Deus, mas também foi o meio pelo qual eles se tornaram aceitável a Deus.
    O judeu apócrifos Livro de Jubilees declara:

    Esta lei é para todas as gerações, para sempre, e não há nenhuma circuncisão do tempo, e não repercussão mais de um dia fora dos oito dias; pois é uma ordenança eterna, ordenado e escrito sobre as mesas celestiais. E todo aquele que nasce, a carne de cujo prepúcio não é circuncidado ao oitavo dia não pertence aos filhos da aliança que o Senhor fez com Abraão, pois ele pertence aos filhos de destruição; nem há, além disso, qualquer sinal de que ele é o Senhor, mas (ele está destinado) para ser destruído e que foi morto desde a terra. (15: 25ff).
    Muitos judeus acreditavam que a salvação foi baseado em sua obediência a Deus em ser circuncidado, e que, portanto, a sua segurança eterna descansou nesse rito. Em seu comentário sobre o Livro de Moisés, o rabino Menachem escreveu, "Nosso rabinos [rabinos] disseram que nenhum homem circuncidado nunca vai ver o inferno" (fol. 43, col. 3). A circuncisão foi considerada tal marca do favor de Deus que foi ensinado que, se um judeu tinha praticado idolatria sua circuncisão deve primeiro ser removidos antes que ele pudesse ir para o inferno. Uma vez que é humanamente impossível remover a circuncisão, presumivelmente, que seria realizado por um ato direto de Deus.

    Jalkut Rubem ensinou que "A circuncisão salva do inferno" (Nm. 1), e do Midrash Millim que "Deus jurou a Abraão que ninguém que foi circuncidado deve ser enviado para o inferno" (fol. 7, col. 2). O livro Akedath Jizehak ensinou que "Abraão senta-se diante do portão do inferno, e não permite que qualquer israelita circuncidado deve entrar lá" (fol. 54, col. 2).

    Tais crenças eram tão fortes no judaísmo que muitos deles foram transportados para o cristianismo por judeus convertidos na igreja primitiva. Circuncisão e seguindo a lei de Moisés tornou-se tais questões que um conselho especial dos apóstolos e anciãos em Jerusalém foi chamado para resolver a questão. A decisão unânime, expressa em uma carta enviada a todas as igrejas, era que a obediência ao ritual Mosaic, incluindo a circuncisão, não era necessário para a salvação (ver Atos 15:19-29 ).

    Paulo tinha saído de um fundo judaico fortemente legalista, sendo "circuncidado ao oitavo dia, ... hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu" ( Fp 3:5 ). Paulo, portanto, alertou seus companheiros cristãos, crentes judeus, especialmente com "cuidado com os cães, cuidado com os maus obreiros, guardai-vos da falsa circuncisão, pois somos a verdadeira circuncisão, que adoram no Espírito de Deus, e nos gloriamos em Cristo Jesus e não confiamos na carne "( Fp 3:2-3. ). Ele deu um aviso semelhante aos crentes na Galácia:

    Foi para a liberdade que Cristo nos libertou; Permanecei, pois, firmes e não estar sujeito novo, a jugo de escravidão. Eis que eu, Paulo, vos digo que, se você recebe a circuncisão, Cristo não será de nenhum benefício para você. E eu depor novamente a todo homem que recebe a circuncisão, que ele é obrigado a guardar toda a lei. Você foi separado de Cristo, você que está procurando ser justificados pela lei; de ter caído em desgraça. ( Gal. 5: 1-4 )

    A pessoa que confia na circuncisão, ou em qualquer outra cerimônia ou trabalho, anula a obra de Cristo em seu nome. Ele coloca-se sob a lei, e uma pessoa sob a lei deve obedecê-la com perfeição absoluta, o que é humanamente impossível. "Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor" ( Gl 5:6 . Se assim for, ele estava sugerindo, com efeito, que, se os judaizantes pensei que o ato de circuncisão era um ato tão religiosamente meritória, por que não continuar com a auto-mutilação extrema dos sacerdotes Cybelene?

    Os judaizantes-aqueles que afirmavam que um cristão, Gentil, bem como judeu, tinha que manter a lei de Moisés, a fim de ser salvo (ver At 15:5 ). Em outras palavras, mesmo muitos dos judaizantes eram hipócritas sobre a circuncisão, usando-o como um meio de escapar da perseguição de colegas judeus.

    Gênesis 17:10-14 deixa claro que o ato da circuncisão era um dado por Deus marca da sua aliança com Abraão e seus descendentes, os judeus. Foi com base nessa passagem que os rabinos ensinaram, ea maioria dos judeus acreditavam que a obediência a esse rito foi o meio de agradar a Deus e tornar-se bem com Ele. Mas Paulo usa aquela passagem para demonstrar que, ao contrário, Abraão foi não fez justos diante de Deus por sua circuncisão, mas que quando foi dado o comando da circuncisão tinha  sido declarado justo.

    Paulo começa por perguntar, é esta bênção, em seguida, sobre a circuncisão, ou também sobre a incircuncisão? Para nós dizemos, "a fé foi imputada a Abraão como justiça". Como, então, isso lhe foi imputado? Enquanto ele foi circuncidado ou incircunciso?

    A relevância desta verdade fundamental para o nosso próprio dia é grande. Embora poucas pessoas, mesmo os judeus, agora acreditam que a circuncisão traz a salvação, incontáveis ​​milhões confiar firmemente em alguma outra forma de cerimônia ou atividade religiosa para fazê-los bem com Deus.
    Entre aqueles que reivindicam o nome de Cristo, a Igreja Católica Romana é de longe o maior agressor. Ao longo de sua história tem ensinado a salvação pelas obras humanas, feitas eficaz através da mediação do sacerdócio católico.
    Em seu livro Fundamentos do Dogma Católico (St. Louis: B. Herder, 1962), o Dr. Ludwig Ott explica os ensinamentos cardeais do catolicismo romano em relação à salvação e bênção espiritual.

    Ott define um sacramento pelo Catecismo Romano (II I,
    8) como "uma coisa perceptível aos sentidos, que em razão da instituição Divina possui o poder de realizar e que significa santidade e justiça" (p. 326). Ele continua a dizer que os sacramentos conferem a graça imediatamente, sem a mediação da fé de uma pessoa (p.
    326) e que os sacramentos conferem graça santificante nos receptores (p. 332). Desde ritos sacramentais conferir regeneração, o perdão, o Espírito Santo, ea vida eterna ", em matéria de distribuição desta graça, é necessário que o ministro realize o sinal sacramental de forma adequada" (p. 343). Catolicismo Romano afirma que nem crença ortodoxa nem dignidade moral por parte do beneficiário é necessária para a validade de um sacramento (345 p.).
    Em meados do século XVI, o Concílio de Trento emitiu um comunicado que declarou: "Se alguém nega que, pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que é conferida no Batismo, a culpa do pecado original é remetido; ou até mesmo afirma que toda a o que tem a natureza verdadeira e própria do pecado não é levado embora ... que seja anátema "(p.354).
    Citando o apócrifo Carta de Barnabé , Ott relata que os católicos acreditam "que descem na água [do batismo] cheio de pecados e sujeira e que surgir a partir dele a dar frutos, como temos em nossos corações o temor de Deus, e nossa esperança espírito em Jesus "(p. 355). Católicos ensinam que de acordo com o batismo Escritura tem o poder tanto de erradicar o pecado e efetuando santificação interior."Batismo efetua o perdão de todas as penas do pecado, tanto do eterno eo temporal" (355 p.), E que o batismo é "necessária para todos os homens, sem exceção, para a salvação" (p. 356).

    Catolicismo Romano afirma que o sacramento da confirmação dá o Espírito Santo para uma pessoa e aumenta a graça santificante (p. 365). O sacramento da Eucaristia (a massa) une o destinatário com Cristo (p. 390). Como o alimento espiritual, a massa "preserva e aumenta a vida sobrenatural da alma" (p. 395). Consequentemente, se um fiel católico em qualquer parte do mundo, é perguntado se ele recebeu a Cristo, ele provavelmente vai responder que o receberam no último massa, e em todos os outros de massa que ele participou.
    Os sacramentos da penitência, ordens sagradas, casamento e extrema-unção também são reivindicados para conferir, em si e por si, outros benefícios espirituais da graça divina.
    Alguns grupos protestantes manter doutrinas semelhantes, acreditando, por exemplo, que o batismo coloca uma pessoa em Nova Aliança, para além de qualquer conhecimento ou fé de sua parte.Consequentemente, o batismo de uma criança é tão válida quanto o batismo de um maduro, professando adulto.
    Mas todas estas doutrinas são formas de mágica, em que nem o receptor nem a fonte do resultado desejado precisa de ser conscientemente envolvido. O resultado é conferida apenas na base das palavras apropriadas sendo pronunciada ou acções a serem realizadas. Mesmo Deus não está envolvido diretamente na eficácia dos sacramentos. Eles não funcionar só que sem os destinatários que têm fé, mas também sem Deus transmitir diretamente a Sua graça. O poder está na fórmula do rito.
    Isso é exatamente o tipo de poder que os judeus dos dias de Paulo ligados a circuncisão. E porque eles acreditavam que o que era verdade para Abraão em relação à justificação era verdade de cada pessoa, especialmente todos os judeus, Paulo continua a usar esse patriarca como seu modelo. Respondendo à sua própria pergunta sobre o tempo de Abraão de ser declarado justo, o apóstolo declara que foi não na circuncisão, mas na incircuncisão .

    A cronologia óbvia de Genesis comprova isso. Quando Abraão foi circuncidado, Ismael tinha treze anos e Abraão tinha noventa e nove (ver Gênesis 17:23-25 ​​). Mas quando Abraão foi declarado justo por Deus ( 15: 6 ), Ismael ainda não tinha nascido ou mesmo concebido ( 16: 2-4 ). Quando Ismael nasceu, Abraão era oitenta e seis (ver 16:16 ). Portanto Abraão foi declarado justo por Deus, pelo menos, 14 anos antes de ser circuncidado.

    Abraão estava na aliança de Deus e sob a Sua graça, muito antes de ter sido circuncidado, enquanto Ismael, embora circuncidado, nunca foi no convênio. A circuncisão tornou-se uma marca da relação de aliança entre Deus e seu povo, mas o pacto não foi estabelecida com base na circuncisão. Quando Abraão foi dado pela primeira vez a promessa da aliança, ele era apenas setenta e cinco ( Gn 12:1-4 ).Circuncisão não veio apenas, pelo menos, 14 anos depois de Abraão foi declarado justo, mas também 24 anos depois que ele entrou em uma relação de aliança com Deus em primeiro lugar. Além disso, porque não havia judeus naquela época, quando Abraão foi declarado justo ele era, por assim dizer, um gentio incircunciso.

    A pergunta natural a ser feita, portanto, seria: "Por que a circuncisão? Por que Deus fez esse rito de uma lei vinculativa para todos os descendentes de Abraão?" Primeiro de tudo, diz Paulo, a circuncisão era um sinal. Abraão recebeu o sinal da circuncisão . A circuncisão era a marca física, racial de identidade para o seu povo. Mesmo sob a Nova Aliança, Paulo não tinha objeção a um judeu ser circuncidado, desde que o ato foi visto por este prisma. Na verdade Paulo pessoalmente circuncidado Timóteo, que era apenas metade judeu, a fim de que Timoteo poderia ter melhor oportunidade de testemunhar a judeus perto de sua área de residência que o conheciam ( At 16:3 ). Através desse mesmo profeta, o Senhor declarou,

    "Deixe-o que se gloriar, glorie disso, que ele entende e sabe-me, que eu sou o Senhor, que exerce misericórdia, juízo e justiça na terra; porque eu deliciar-se com essas coisas", diz o Senhor. "Eis que vêm dias", declara o Senhor, "que eu vou punir todos os que são circuncidados e ainda incircunciso-Egipto, a Judá e Edom, e os filhos de Amom, e de Moabe, e todos aqueles que habitam o deserto que cortar o cabelo em seus templos, pois todas as nações são incircuncisos, e toda a casa de Israel são incircunciso de coração "( Jr 9:24-26. ).

    Cada criança do sexo masculino de Israel era um testemunho de que o coração dos homens precisa circuncisão espiritual, ou de limpeza.
    De forma semelhante, o batismo simboliza a morte de um crente e ressurreição com Cristo. Comunhão simboliza o seu ato redentor em nosso nome, o que estamos a comemorar até que Ele volte. Nem rito tem qualquer mérito em si, e os elementos da água, pão e vinho, certamente, não têm mérito ou poder em si mesmos. Tanto o batismo e comunhão são manifestações exteriores e lembretes da realidade interna da salvação através de Jesus Cristo.

    Como Paulo já havia deixado claro nesta epístola, "Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne, mas ele é um judeu que é no interior,. E circuncisão, a que é de o coração, pelo Espírito, não pela letra, e seu louvor não provém dos homens, mas de Deus "( Rm 2:28-29. ).

    Ao contrário do que o ensino em algumas igrejas de hoje, o batismo infantil não corresponde à circuncisão de bebês do sexo masculino judeu. Mesmo que ele fez, no entanto, o batismo não seria mais do que prover salvação circuncisão.
    A refeição da Páscoa, que foi celebrada por judeus por cerca de três e meio milênios, nunca foi considerado um meio de libertação, mas apenas o símbolo e um lembrete disso. Para os judeus, a Páscoa é um símbolo coletivo de libertação e circuncisão é um símbolo individual de justificação. Para o cristão, a comunhão é o símbolo coletivo, corporativo da nossa relação com Cristo; o batismo é o símbolo individual dele.
    Abraão recebeu a circuncisão depois que ele foi considerado justo, a fim de que ele seja o pai de todos os que crêem sem serem circuncidados, que a justiça pode ser contada a eles, e o pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também seguir os passos da fé de nosso pai Abraão, que ele teve enquanto não circuncidado .

    Racialmente Abraão é o pai de todos os judeus; espiritualmente, ele é o pai de ambos os gentios crentes, que acreditam sem terem sido circuncidados , e de crentes judeus, que ... são da circuncisão .Ambos os grupos de crentes são considerado justo por causa de sua fé em Deus através de Jesus Cristo, e eles também seguir os passos da fé de nosso pai Abraão, que ele teve enquanto não circuncidado .

    Abraão não era justificada pela Lei

    Porque a promessa a Abraão, ou à sua descendência que ele seria herdeiro do mundo não foi feita pela lei, mas pela justiça da fé. Porque, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã ea promessa é anulada; para a Lei opera a ira, mas onde não há lei, não há transgressão. ( 4: 13-15 )

    Segundo o ponto de Paulo nesta passagem é que Abraão não só não foi justificada pelo rito da circuncisão, mas também não se justificava por guardar a lei mosaica. Mais uma vez a cronologia das Escrituras judaicas prova seu ponto. Como todo bom judeu conhecia a lei não foi revelado a Moisés, até mais de 500 anos depois de Abraão viveu, e que patriarca obviamente, não tinha como saber o que a lei exige.
    O homem nunca foi capaz de chegar a Deus por meio de uma cerimônia de ida ou de padrão de conduta. Quando Abraão foi declarado justo diante de Deus, ele era circuncisão nem a posse da lei mosaica.Circuncisão ainda não havia sido requerido por Deus e da lei ainda não tinha sido revelada por Deus. Lá na frente, a promessa feita a Abraão ou à sua descendência que ele seria herdeiro do mundo não foi feita pela lei, mas pela justiça da fé .

    A promessa feita a Abraão foi incorporado na aliança de Deus com Abraão, no qual o patriarca foi dito que seus descendentes seriam herdeiros do mundo ( Gn 12:3 ; Gn 22:18 ). Ao analisar a promessa de Deus a Abraão, quatro fatores significativos emergir.

    Em primeiro lugar, a promessa envolvida uma terra (ver Gênesis 15:18-21 ), em que Abraão se viver, mas que não iria ser possuído até cerca de cinco séculos mais tarde, quando Josué conduziu os israelitas na conquista de Canaã.

    Em segundo lugar, a promessa também envolveu um povo, que seriam tão numerosos que não poderiam ser contados, como o pó da terra, e as estrelas no céu ( Gn 13:16 ; Gn 15:5. ).

    Em terceiro lugar, a promessa envolvida uma bênção de todo o mundo através de descendentes de Abraão ( Gn 12:3. ).

    Jesus disse aos líderes religiosos judeus incrédulos: "Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o e ficou feliz" ( Jo 8:56 ). De uma forma que não é explicado, Abraão previu a vinda do Messias, que nasceria como um de seus descendentes prometidos. Foi por meio que desceu Messias, o Cristo, que Abraão iria abençoar o mundo inteiro e ser herdeiro do mundo . Referindo-se ao texto hebraico deGn 22:17 e 18 , Paulo dá a exegese de Sua própria Palavra de Deus, declarando que "as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Ele não diz:" E a seus descendentes ", como referindo-se a muitos, mas sim um ", e à tua descendência", isto é, Cristo "( Gl 3:16 ). Mais tarde, no mesmo capítulo, o apóstolo diz de todos os crentes, Gentil, bem como judeu "Se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa" ( v 29 ). Nele eles se tornam parte dessa única semente espiritual ", isto é, Cristo."

    Todos os crentes são um em Cristo Jesus ", um espírito com Ele" ( 1Co 6:17 ). Porque eles são identificados com unigênito Filho de Deus, os crentes se tornam-se filhos de Deus. "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus", Paulo declara mais tarde no livro de Romanos "e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos a fim de que nós também sejamos glorificados com Ele "( Rom. 8: 16-17 ).

    Não é descendência humana de Abraão mas descida espiritual dele, seguindo o seu exemplo de fé, que faz um crente um herdeiro tanto com Abraão e com Cristo. Como Paulo lembrou aos crentes de Corinto, a maioria dos quais, sem dúvida, eram gentios, descendência humana não significa nada, tanto a posição de uma pessoa diante de Deus está em causa. "Portanto, ninguém se glorie nos homens Para todas as coisas pertencem a você, seja Paulo, ou Apolo, ou Cefas ou o mundo ou a vida ou a morte seja o presente ou o futuro;. Todas as coisas pertencem a você, e você pertence a Cristo; e Cristo é de Deus "( 1 Cor. 3: 21-23 ). Por outro lado, Jesus disse aos líderes judeus incrédulos que, embora fisicamente descendentes de Abraão, espiritualmente eles eram filhos de seu "pai do diabo" ( Jo 8:44 ).

    Justificação nunca foi através da Lei, assim como nunca foi através da circuncisão. O grego da frase é anarthrous, ou seja, não tem nenhum artigo definido, o que está sendo inserido por tradutores. Portanto, Paulo estava falando não só da lei mosaica, mas de Deus Direito em seu sentido mais amplo, referindo-se a todos os mandamentos e os padrões de Deus. Ele também estava falando do princípio geral da lawkeeping humana, em que muitos judeus de confiança para sua salvação.

    Como Paulo esclarece mais tarde na epístola, a lei de Deus "é santa, eo mandamento é santo, justo e bom" ( Rm 7:12. ; cf. . Gl 3:21 ). Mas a lei nunca foi dado como um meio de salvação, mesmo para os judeus. "Pois todos quantos são das obras da lei", isto é, procuram justificar-se com base na observância da lei "estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não cumprir todas as coisas escrito no livro da lei, para realizá-las "( Gl 3:10 ). A pessoa que confia em sua capacidade de salvar a si mesmo por lawkeeping é amaldiçoado por causa da impossibilidade de manter perfeitamente a lei de Deus. Paulo contou seus próprios esforços anteriores em lawkeeping como débitos espirituais, como a perda e lixo ( Fp 3:7-8. ).

    O objetivo da Lei era revelar padrões perfeitos de Deus da justiça e para mostrar aos homens que eles são incapazes em seu próprio poder para viver de acordo com essas normas. A consciência de que a incapacidade deve conduzir os homens a Deus com fé. A lei foi dada como um "tutor para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé" ( Gl 3:24 ).

    Deus nunca reconheceu qualquer justiça, mas a justiça de fé nEle, e que a justiça, como a Sua justiça comunicada e imputado, vem por meio de sua própria provisão graciosa. Jesus Cristo não só é o objeto de nossa fé, mas é também o seu "autor e consumador" ( He 12:2 ; 2Co 5:212Co 5:21 ).

    Confiança de Abraão não estava no que ele possuía, mas no que ele foi prometido.

    Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé, ele viveu como um estrangeiro na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa; pois ele estava olhando para a cidade que tem fundamentos, da qual o arquiteto e construtor é Deus. ( Heb. 11: 8-10 )

    De Abraão  foi exemplificado em sua vontade de ir para uma terra que nunca tinha visto, que era uma herança prometida ele nunca iria possuir. Abraão viajou para que a terra e ficou satisfeito de viver lá como um alienígena, porque sua última esperança estava na herança de "a cidade que tem fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus."

    Paulo continua a explicar, Porque, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã ea promessa é anulada . Se os homens foram capazes de manter a Lei de Deus perfeitamente que seria de fatoherdeiros de Deus. Isso, é claro, é impossível, mas se fosse verdade faria fé ... vazio e faria de Deus promessa ... anulada .

    A fé é capaz de receber qualquer coisa que Deus promete. Se, por outro lado, a promessa de Deus é apenas para ser recebido por meio da obediência a uma lei que nem Abraão, nem seus filhos poderiam manter, então a fé é cancelada. Em outras palavras, predicar uma promessa em uma condição impossível de anular a promessa.
    A lei não pode salvar, porque a lei opera a ira . Quanto mais uma pessoa procura justificar-se, mantendo de Deus Lei , mais ele demonstra sua incapacidade de fazê-lo por causa de sua pecaminosidade e mais juízo e ira que ele traz sobre si mesmo. Tão certo quanto a lei revela a justiça de Deus para que ele também expõe pecaminosidade do homem.

    Como Paulo comenta mais tarde em Romanos,

    Que diremos, pois? É a lei pecado? De maneira nenhuma! Pelo contrário, eu não teria chegado a conhecer o pecado senão pela lei; pois eu não teria conhecido a cobiça, se a lei não dissesse: "Não cobiçarás".Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim a cobiça de toda espécie; para além do pecado lei está morto. E eu era uma vez vivia sem a lei; mas quando veio o mandamento, o pecado tornou-se vivo, e eu morri; e este mandamento, que era de resultar em vida, provou resultar em morte por mim; para o pecado, tomando ocasião, pelo mandamento me enganou, e por ele me matou. (Rom. 7: 7-11 )

    "Por que a lei, então?" Paulo retoricamente perguntou aos crentes gálatas. "Ele foi adicionado", explica ele, "por causa das transgressões, tendo sido ordenada por meio de anjos, pela agência de um mediador, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita" ( Gl 3:19 ). Como já mencionado, a lei não foi dada para nos salvar, mas para ser "nosso tutor para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé" ( Gl 3:24 ).

    Abraão foi justificado pela Graça de Deus

    Por este motivo, é pela fé, para que pudesse ser feita de acordo com a graça, a fim de que a promessa seja certo que todos os descendentes, não apenas para aqueles que são da lei, mas também para aqueles que são da fé Abraão, que é o pai de todos nós, (como está escrito: "Um pai de muitas nações já fiz você") aos olhos daquele a quem ele acreditava, até mesmo Deus, que dá vida aos mortos e chama à existência que não existe. ( 4: 16-17 )

    O cerne dessa passagem é o versículo 16 . Deus considera o crente  como justiça, a fim de que a salvação pode estar em conformidade com a graça . Se não fosse soberana de Deus graça fornecendo um caminho de salvação, a fé mesmo uma pessoa não poderia salvá-lo. É por isso que a fé não é simplesmente uma outra forma de obras humanas, como alguns teólogos ao longo dos séculos têm mantido. O poder da salvação, ou justificação, é de Deus em graça, não no homem a fé . A fé de Abraão não era , em si, mas a justiça foi contado a ele como justiça com base daquele que seria mesmo graciosamente fornecer para os crentes, incluindo Abraão, a justiça que nunca poderia alcançar por si mesmos.

    Graça é o poder divino que traz a justificação para que a promessa seja determinada a todos os descendentes . Que Paulo está aqui falando de espiritual, não físico, descendentes, é claro pela sua ida a dizer não apenas para aqueles que são da lei, ou seja, os judeus, mas também para aqueles que são da fé de Abraão, que é o pai de todos nós .

    Como mencionado acima, quando Abraão foi chamado em Ur dos caldeus, ele era um pagão idólatra. Antes da aliança de Deus com Abraão, não havia judeus e, portanto, não há gentios, com mais rigor. Mas o ponto aqui de Paulo é que Deus contada a fé de Abraão como justiça diante de tais distinções foram feitas. Foi por essa razão que a fé de Abraão era uma fé universal que se aplica a toda a humanidade, e não apenas para os judeus, os que são da lei . E foi por essa razão que Abraão se tornou o pai de todos nós , ou seja, de todos os que confiam em Jesus Cristo, independentemente da herança racial ou religiosa. Abraão era o protótipo espiritual de cada crente genuíno. Ele era um pagão, idólatra, pecador ímpio que não confiava em seus próprios esforços, mas na promessa graciosa de Deus.

    Como sempre, a defesa de Paulo é bíblico. Como está escrito , refere-se a Gn 17:5 ).

    Em segundo lugar, esse Deus é aquele que chama à existência o que não existe . Paulo aqui, obviamente, refere-se ao poder de Deus, expressa através da criação, em que "o que se vê não foi feito do que é aparente" ( He 11:3 )

    Na esperança contra toda a esperança que ele acreditava, a fim de que ele poderia se tornar um pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: "Assim será a tua descendência."E, sem enfraquecer na fé, ele contemplou o seu próprio corpo, agora tão bom como morto desde que ele tinha cerca de cem anos de idade, e para o amortecimento do ventre de Sara;Ainda, com relação à promessa de Deus, ele não vacilou na incredulidade, mas cresceu forte na fé, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que o que ele tinha prometido, também era poderoso para o fazer. Por isso também que lhe foi imputado como justiça. Agora não somente por causa dele se escreveu, que lhe foi imputado, mas por nossa causa, também, a quem ele vai ser contada, como aqueles que nEle crêem que ressuscitou a Jesus nosso Senhor dentre os mortos, o qual foi entregue-se por causa das nossas transgressões, e ressuscitou para nossa justificação. ( 4: 18-25 )

    Esta passagem conclui ilustração de Paulo de Abraão como exemplo supremo do Antigo Testamento sobre a fé salvadora. Ela deixa bem claro o fato de que, embora a fé do homem e da graça de Deus estão ambos envolvidos na salvação, são de modo algum componentes iguais. Fé, mesmo do homem está incluído com a provisão de salvação graciosa de Deus, como o apóstolo declara aos Efésios: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não como resultado de obras, para que ninguém se glorie Pois somos feitura dele "(. Ef. 2: 8-10 um ).

    O nome original de Abraão era Abrão (ver Gn 11:26 , Gn 11:31 ; cf. Atos 7:2-4 ), o patriarca não tinha filhos. Até o momento ele deixou Haran, após a morte de seu pai, Tera, Abraão tinha setenta e cinco anos de idade ( Gn 12:4 ). E quando a promessa foi reiterada alguns anos mais tarde, o Senhor prometeu a Abrão que seus descendentes seriam tão inumeráveis ​​quanto as estrelas do céu ( 15: 5 ; cf. 22:17 ), embora o patriarca e sua esposa Sara ainda não tinham filhos. Foi nesse momento que Abrão "creu no Senhor, e Ele imputou-lhe isto como justiça" ( 15: 6 ). No entanto, é evidente a partir das passagens anteriores no Gênesis que a resposta de Abraão a Deus tinham sido previamente o de sincero, fé incondicional.

    Nós não sabemos o que os pensamentos de Abrão eram quando ele foi chamado originalmente em Ur ou quando ele entrou em Canaã, a Terra Prometida em primeiro lugar. Nós não sabemos como Deus convenceu Abrão, um pagão idólatra (ver Js 24:2 )

    Mas se Abrão foi constrangido por seu antigo nome, ele foi ainda mais envergonhado por sua nova. Porque ele não conseguia perceber como a promessa pode ser cumprida através de um filho de Sara, que era agora 90 anos de idade e passado o tempo normal da gravidez, Abraão pediu ao Senhor que Ismael pode se tornar o herdeiro prometido ( Gn 17:18 ). Mas o Senhor respondeu: "Não, mas Sara, tua mulher te dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Isaque; e eu estabelecerei a minha aliança com ele para uma aliança perpétua para a sua descendência depois dele" ( Gn 17:19 ). Deus disse a Abraão agora explicitamente que ele seria de fato ter um filho por Sara, que o nascimento ocorreria um ano depois, e que o nome do filho era ser Isaque ( v. 21 ).

    É uma profunda lição para aprender que as promessas de Deus só pode ser cumprida pelo poder de Deus, e os esforços humanos para efetuar sua vontade, não importa o quão sincero ou inteligente desses esforços pode ser, estão condenadas ao fracasso, e trazer Deus desonrar ao invés de glória. O esforço humano, mesmo com a Proposito de manter os mandamentos de Deus ou de cumprir suas promessas, é fútil e é uma forma de obras justiça. Em alertando os crentes gálatas contra os judaizantes legalistas (aqueles que ensinam que os cristãos devem estar em conformidade com a lei mosaica, bem como acredito em Jesus, a fim de ser salvo) Paulo disse: "Diga-me, que querem estar debaixo da lei, não é verdade ouvir a lei? Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre. Mas o filho da escrava nasceu segundo a carne, e o filho da mulher livre, por promessa " ( Gal. 4: 21-23 ).

    Ishmael ilustra o produto de legalista auto-esforço humano, enquanto Isaque ilustra o produto da provisão soberana e graciosa de Deus. Paulo lembrou aos crentes gálatas que, por causa de sua confiança em Jesus Cristo, eles estavam ", como Isaque, filhos da promessa" ( 04:28 ). Eles eram filhos de Deus pela operação de Sua graça divina, não pelo trabalho de seus próprios esforços humanos.

    Assim como Deus não reconheceria Ismael como o filho de sua promessa de Abraão, por causa de que o filho foi concebido naturalmente, Ele não vai reconhecer como Seus filhos espirituais aqueles que confiam em sua própria bondade e realizações.

    Depois de mostrar que a salvação vem pela fé não obras ( Rom. 4: 1-8 ), e de graça não lei ( . vv 9-17 ), Paulo conclui o capítulo ( . vv 18-25 ), mostrando que a fé também vem por divina poder, não pelo esforço humano. Nesta passagem, os pontos apóstolo fora três realidades da fé salvadora: a sua análise ( . vv 18-21 ), a sua resposta ( . 22 v ), e sua aplicação ( . vv 23-25 ​​).

    A Análise da fé de Abraão

    Na esperança contra toda a esperança que ele acreditava, a fim de que ele poderia se tornar um pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: "Assim será a tua descendência."E, sem enfraquecer na fé, ele contemplou o seu próprio corpo, agora tão bom como morto desde que ele tinha cerca de cem anos de idade, e para o amortecimento do ventre de Sara;Ainda, com relação à promessa de Deus, ele não vacilou na incredulidade, mas cresceu forte na fé, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que o que ele tinha prometido, também era poderoso para o fazer. ( 4: 18-21 )

    Nesta passagem Paulo enumera sete características principais da fé de Abraão e de toda a fé que é dado por Deus, o único tipo de fé que resulta em salvação.
    Em primeiro lugar, o apóstolo declara de Abraão que em esperança contra toda a esperança que ele acreditava . Os termos esperança e  estão relacionados, mas eles não são os mesmos. A esperança,neste caso, é o desejo de algo que pode ser verdade ou pode acontecer, ao passo que a fé é o firme confiança de que ela é verdadeira ou vai acontecer. O patriarca antigo tinha esperança quando, do ponto de vista humano, não havia absolutamente nenhuma base ou justificação para a esperança . Contudo, apesar da aparente impossibilidade que se esperam, ele acreditava que isso iria acontecer, como Deus disse.

    O objeto da fé de Abraão era Deus, e, em particular, a promessa de que ele , ou seja, Abraão, pode ser vir a ser pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: "Assim será a tua descendência."Quando o Senhor tinha tomadas Abraão "de fora e disse:" Agora, olhe para o céu, e conta as estrelas, se você é capaz de contá-los ', e ele disse-lhe:' Assim será a tua descendência ", em seguida, [Abraão] creram no Senhor ; e Ele imputou-lhe isto como justiça ". ( Gênesis 15:5-6 ).

    Em segundo lugar, Paulo declara que Abraão creu em Deus , sem se tornar fraco na fé . Para tornar-se fraco na fé é permitir dúvida para a nuvem e minar parcialmente crença. Abraão tinha sido confiando em Deus por 25 anos, reconhecendo, como Paulo tinha acabado de intimado, que "Deus ... dá vida aos mortos e chama à existência o que não existe" ( Rm 4:17 ). Tanto quanto sabemos, Abraão havia testemunhado nenhum milagre de Deus. Ele nunca tinha visto Deus levantar uma pessoa de entre os mortos ou ligar para qualquer coisa ou pessoa a ser que já não existe. No entanto, ele acreditava firmemente que o Senhor foi facilmente capaz de fazer essas coisas. Comentando sobre essa característica da fé de Abraão, o escritor de Hebreus disse: "Pela fé, Abraão, quando foi provado, ofereceu Isaque; e aquele que recebera as promessas oferecia o seu Filho unigênito, era aquele a quem foi disse: "Em Isaque seus descendentes serão chamados." Ele considerou que Deus é capaz de levantar os homens, mesmo dentre os mortos, do qual ele também recebeu de volta como um tipo "( Hebreus 11:17-19. ).

    Em terceiro lugar, Paulo nos diz que a fé de Abraão o impediu de tornar-se desanimado por sua própria fraqueza natural. Porque a fé de Abraão em Deus era forte e inabalável, sua própria ignorância e fraqueza havia obstáculos para a sua confiança. Ele, portanto, não vacilou quando ele contemplou seu próprio corpo, agora tão bom como morto desde que ele tinha cerca de cem anos de idade . Poder de procriação natural do Abraão havia ido embora, como se estivesse morto, ainda que fato fisiológico não diminuiu sua fé. Impotência Natural foi problema para Abraão, porque a sua fé era no Deus sobrenatural que o havia criado, em primeiro lugar.

    Muitas gerações antes da época de Abraão, Noé tinha demonstrado uma fé inabalável em Deus semelhante. Quando o Senhor ordenou a Noé que construísse uma arca, que nunca tinha visto chuva, porque a umidade necessária toda a Terra veio de neblina e orvalho. No entanto, durante 120 longos anos Noé fielmente continuou a construir a arca, por nenhuma outra razão do que era a vontade de Deus. Em obediência a Deus, ele reuniu os animais exatamente de acordo com a instrução do Senhor e os levou para a arca, antes de começar a chover, um fenômeno desconhecido, até que Deus então soberanamente abriu as comportas dos céus.

    "Pela fé, Noé sendo avisados ​​por Deus das coisas que ainda não se viam, em reverência preparou uma arca" ( He 11:7 ; cf. Gn 17:21 ) Mas. o amortecimento do ventre de Sara não era mais um obstáculo para a fé de Abraão que foi a impotência de seu próprio corpo.

    Em quinto lugar, no que diz respeito à promessa de Deus, Abraão não vacilou na incredulidade . Ele não vacilar entre a fé ea dúvida como muitos crentes fazem com freqüência. Quando do ponto de vista humano coisas estão indo bem, é fácil confiar em Deus. Mas quando as coisas parecem impossíveis, é ainda mais fácil de desconfiar dele. Sara era uma mulher de fé, e "ela considerou fiel aquele que lhe havia prometido" ( He 11:11 ). Mas antes de sua fé veio a esse ponto de confiança sem reservas, tinha rido da promessa que ela ouviu a tomada de Senhor para seu marido ( Gn 18:12 ).

    Parece das narrativas do Gênesis que Paulo estava enganado sobre a fé inabalável de Abraão. Quando "a palavra do Senhor veio a Abrão numa visão, dizendo: Não temas, Abrão, eu sou um escudo para você, sua recompensa será muito grande, '... Abram disse,' Ó Senhor Deus, o que ? queres me dar, uma vez que estou sem filhos eo herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer ... Desde que não me tens dado filhos para mim, um nascido na minha casa será o meu herdeiro "( Gen. 15: 1— 3 ). Abraão admitiu abertamente diante de Deus que ele não conseguia entender como a promessa divina de um herdeiro, muito menos de uma multidão de nações, poderia ser cumprida. O único herdeiro que ele podia ver era o seu principal servo, Eliezer, que teria recebido a herança de Abraão não tinha nenhum filho nascido a ele por Sara.

    Mas lutando fé não há dúvida, assim como tentação do pecado em si não é pecado. O próprio fato de que Abraão estava tentando entender como a promessa de Deus poderia ser cumprida indica que ele estava olhando para uma forma de realização, embora ele ainda não podia ver um caminho. Weaker fé poderia ter simplesmente sucumbiu à dúvida. Sincero lutando com problemas espirituais vem de uma fé forte, dos deuses. Essa fé se recusa a duvidar e confia nas promessas de Deus, mesmo quando não há forma de realização é humanamente imaginável. Teste de fé de Seus filhos de Deus foi concebido para reforçar a sua confiança, e eles devem agradecer a Ele por isso, difícil como parece ser na época (ver Tiago 1:2-4 ). Quando Abraão foi testado por Deus, ele cresceu mais forte na fé.

    João Calvin sabiamente observou que os crentes "nunca são tão iluminada que não há restos de ignorância, nem é o coração tão estabelecido que não há dúvidas." Um cristão que afirma entender toda a verdade de Deus e para vislumbrar o cumprimento de todas as Suas promessas não está demonstrando grande fé, mas grande presunção. Fé piedosa não é o entendimento completo, mas confiança total, "a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem" ( He 11:1 ).

    Quando o rei Nabucodonosor ordenou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego para adorar a estátua de ouro sob ameaça de morte, eles calmamente respondeu: "Ó Nabucodonosor, não precisamos de lhe dar uma resposta a respeito disso. Se assim é, o nosso Deus a quem nós servimos é capaz de nos livrar da fornalha de fogo ardente;. e Ele nos livrará da tua mão, ó rei Mas mesmo que ele não tem, saiba-se a ti, ó rei, que não vão servir o seu deuses nem adoraremos a imagem de ouro que você configurou "( Dan. 3: 16-18 ). A principal preocupação desses três jovens era honrar, obedecer e glorificar a Deus, assim como seu antepassado Abraão tinha feito.

    Como eles atravessaram o Mar Mediterrâneo a caminho de Roma, Paulo e seus companheiros de viagem encontrou uma violenta tempestade que ameaçava rasgar o navio distante. Mesmo depois de jogar uma carga todos do navio e atacar ao mar, eles continuaram a fundadora, e todos, mas Paulo perdeu a esperança de sobrevivência. Lucas relata que

    quando eles tinham ido muito tempo sem comer, Paulo levantou-se no meio deles e disse: "Homens, você deveria ter seguido o meu conselho e não ter partido de Creta, e incorreu este dano e perda. E ainda agora eu exortá-lo a manter a sua coragem, pois não haverá perda de vida no meio de vós, mas somente o navio. Por esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou ea quem sirvo-me, dizendo: "Faça Não tenha medo, Paulo, você deve estar diante de César, e eis que Deus te deu todos os que estão navegando com você '. Portanto, manter a sua coragem, homens, porque creio em Deus, que ele vai sair exatamente como me foi dito. " ( Atos 27:21-25 )

    Nem mesmo o mais perigoso de circunstâncias poderia enfraquecer a confiança de Paulo em seu Pai celestial, e é através dessa confiança que Seus filhos glorificar e honrá-Lo mais.
    Em sétimo lugar, Abraão estava certíssimo de que a promessa de Deus estava certo e Seu poder suficiente, estando certíssimo de que o que Ele tinha prometido, também era poderoso para o fazer . Esta declaração resume o fato de que a sua fé em Deus era completa e incondicional.

    A resposta a fé de Abraão

    Por isso também que lhe foi imputado como justiça. ( 04:22 )

    O coração de toda esta passagem, na verdade, de todo o capítulo, é que, em resposta à fé de Abraão, Deus graciosamente contado isso a ele como justiça. Em sua carne do pecado, Abraão era totalmente incapaz de cumprir a norma da perfeita vontade de Deus a justiça . Mas a boa notícia da salvação, "o evangelho de Deus" ( Rm 1:1. ). Paulo expressa a mesma verdade mais tarde no livro de Romanos: "Porque o que estava escrito em épocas anteriores foi escrito para nossa instrução, para que através da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, tenhamos esperança" ( Rm 15:4 ).

    Do lado humano, a frase-chave em Rm 4:24 é que nEle crêem . A fé é a condição necessária para a salvação. Como o décimo primeiro capítulo de Hebreus deixa claro, as únicas pessoas que já foram recebidas por Deus são aqueles que o receberam pela fé.

    Se, apesar de sua revelação limitada, Abraão poderia antecipar o Salvador e acreditar que Deus poderia ressuscitar os mortos, quanto mais razão que os homens de hoje tem que acreditar que o Pai, de fato, aumentar a Jesus nosso Senhor dentre os mortos, a fim de que aqueles que acreditam "nele não pereça, mas tenha a vida eterna" ( Jo 3:16 )?

    Jesus foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitou para nossa justificação. Entregue-se era um termo judicial, referindo-se ao compromisso de um criminoso para a sua punição. Jesus Cristo foi entregue para cumprir a pena de morte que as nossas transgressões merecem, e Ele ressuscitou para fornecer a justificação diante de Deus que nunca poderíamos alcançar em nosso próprio poder ou mérito.

    O grande teólogo do século XIX, Charles Hodge escreveu,
    Com um Salvador morto, um Salvador sobre quem a morte tinha triunfado e mantido em cativeiro, a nossa justificação tinha sido para sempre impossível. Como era necessário que o sumo sacerdote, sob a velha economia deve não só matar a vítima no altar, mas carregam o sangue para o lugar mais santo, e polvilhe-o sobre o propiciatório; por isso era necessário não só que nosso grande Sumo Sacerdote deve sofrer no átrio exterior, mas que ele deve passar para o céu para apresentar a sua justiça diante de Deus para a nossa justificação. Ambos, portanto, como a prova da aceitação de sua satisfação em nosso nome, e como um passo necessário para assegurar a aplicação dos méritos de seu sacrifício, a ressurreição de Cristo era absolutamente essencial, até mesmo para a nossa justificação. ( Comentário sobre a Epístola aos Romanos [Grand Rapids: Eerdmans, 1983 reimpressão], p.129)

    Apesar de suas alegações de objetivismo científico, o homem moderno tornou-se encantado com o sobrenatural e com a perspectiva de seres extraterrestres. Misticismo oriental, em muitas formas e graus, está varrendo o mundo intelectualmente "iluminados" como nunca antes na história. Muitos homens e mulheres de grande destaque não pensaria em tomar uma decisão importante ou tomar uma longa viagem sem consultar seus horóscopos.
    Isso demonstra que não é tão moderno, educado, homem sofisticado está além da crença no sobrenatural ou milagroso. É que, como os homens descrentes de todas as idades, ele inerentemente resiste ao trabalho sobrenatural e milagrosa de Jesus Cristo. Para que sobrenatural, obra milagrosa para ser eficaz, a pessoa deve confessar e renunciar a suas transgressões , o que é o crime supremo de natureza depravada do homem. Mas só por essa confissão e arrependimento, que sempre acompanham a fé verdadeira, uma pessoa pode receber a justificativa , o reconhecimento da justiça imerecida para a seu relato, que o sacrifício de Cristo torna possível.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Romanos Capítulo 4 do versículo 1 até o 25

    Romanos 4

    A fé que toma a Deus pela palavra — Rm 4:1-8

    Paulo se vê motivado a falar de Abraão por três razões.

    1. Os judeus tinham a Abraão como o grande fundador da raça, e como o modelo de tudo o que um homem devia ser. Muito naturalmente o judeu devia perguntar: "Se tudo o que você diz é certo, qual foi o atributo especial que foi dado a Abraão quando Deus o escolheu para ser o antecessor de seu povo escolhido. No que estriba a especial posição de Abraão? O que o faz diferente de outra gente?" Esta é a pergunta que Paulo vai responder.
    2. Paulo justamente esteve tentando provar que o que faz a um homem justo com Deus não é a execução das obras que prescreve a Lei, mas a simples confiança que toma a Deus pela palavra, e que crê que Deus ainda nos ama quando não temos nada para merecer esse amor. A imediata reação do judeu era: "Isto é algo completamente novo. Isto contradiz tudo o que fomos ensinados a crer. É uma doutrina completamente incrível e jamais ouvida." A resposta de Paulo é: "Longe de ser nova, esta doutrina é tão velha como a fé judia. Longe de ser uma novidade herética, este ensino é a própria base da religião judia."

    Isto é o que Paulo vai provar.

    1. Paulo começa a falar a respeito de Abraão, porque era um sábio mestre que conhecia a mentalidade humana e a forma em que ela funciona. Ele esteve falando a respeito da fé. Agora, fé é um substantivo abstrato e uma idéia abstrata. A mente humana comum encontra que as idéias abstratas são muito difíceis de captar e de entender. O mestre sábio sabe que cada palavra deve transformar-se, encarnar-se, cada idéia deve converter-se em uma pessoa, que a única forma em que uma pessoa comum pode captar uma idéia abstrata é ver essa idéia em ação e vê-la encarnada em uma pessoa. Assim, pois, Paulo, com efeito, diz: "Estive falando sobre a fé. Se querem ver o que é a fé, olhem para Abraão." Paulo se aproxima de Abraão para fazer seus leitores verem a idéia abstrata da fé em ação concreta, para que eles possam realmente captar o que ele entende por fé.

    Quando Paulo começou a falar a respeito de Abraão entrou em um terreno que todo judeu conhecia e entendia. Nos pensamentos dos judeus Abraão ocupava uma posição única. Ele era o fundador da nação. Ele era o homem a quem Deus falou pela primeira vez. Ele era o homem que foi escolhido por Deus em uma forma única e que tinha ouvido e obedecido a Deus. Os rabinos tinham suas próprias discussões sobre Abraão. Para Paulo a essência da grandeza de Abraão era esta. Deus tinha vindo a Abraão e lhe ordenou que deixasse seu lar e seus amigos, seus parentes e seus meios de vida, e lhe disse: "Se fizer esta grande aventura de fé, Eu transformarei você no pai de uma grande nação e de um grande povo." Dali em adiante Abraão tinha tomado a Deus pela palavra. Não discutiu; não duvidou; saiu sem saber aonde ia (He 11:8); confiou em Deus completamente e sem discutir o tomou pela palavra. Não foi o fato de

    Abraão ter executado meticulosamente as demandas da Lei o que o pôs em tão especial relação com Deus; foi sua completa fé em Deus, sua completa aceitação de Deus, sua completa disposição para abandonar sua vida nas mãos de Deus. Isto era para Paulo a fé, e foi esta fé de Abraão a que fez com que Deus o reconhecesse como um homem bom.

    Agora, uns poucos, pouquíssimos dos rabinos mais avançados criam nisto. Um comentário rabínico dizia: "Abraão, nosso pai, herdou este mundo e o mundo por vir somente pelo mérito da fé pela que creu em Deus: porque está escrito: 'E creu no Senhor e foi contado por justiça'. "
    Mas a grande maioria dos rabinos transformavam a história de Abraão para que servisse a suas próprias crenças. Sustentavam que Abraão foi o único homem justo de sua geração, e por conseguinte foi escolhido para ser o antecessor do povo escolhido por Deus. A resposta imediata é: "Mas como pôde Abraão guardar a Lei se viveu centenas de anos antes de ter sido dada a Lei?" Os rabinos aventuravam a estranha teoria de que a cumpriu por intuição ou antecipação. "Nesse tempo", diz o Apocalipse de Baruque (57:2), "nomeava-se entre eles a lei não escrita e se cumpriam então as obras do mandamento." "Ele cumpriu a lei do Altíssimo", diz o Eclesiástico (44:20-21), "e com ele entrou em aliança... Por isso Deus lhe prometeu com juramento abençoar por sua linhagem às nações."

    Os rabinos estavam tão apaixonados por sua teoria das obras, que insistiam em que Abraão foi escolhido por suas obras, embora tivessem que sustentar que ele conheceu a Lei com antecipação, embora a Lei ainda não tivesse chegado.
    Aqui encontramos novamente a ruptura básica entre o legalismo judeu e a fé cristã. O pensamento básico dos judeus era que o homem devia ganhar o favor de Deus. O pensamento básico da cristandade é que o homem nunca pode ganhar o favor de Deus, que tudo o que pode fazer é tomar a Deus pela palavra e arriscar tudo sobre a fé de que as promessas de Deus são certas. O argumento de Paulo era — e, por certo,

    Paulo tinha inquestionavelmente razão — que Abraão entrou em uma relação justa com Deus, não porque tivesse feito todo tipo de obras legais, mas sim porque se lançou, tal como era, sobre a promessa de Deus.

    A maior descoberta da vida cristã é que não precisamos nos torturar com uma batalha perdida para ganhar o amor de Deus, que tudo o que precisamos é aceitar com completa confiança o que Deus nos oferece. Verdade é que, depois disto todo homem de honra está na obrigação de ser merecedor deste amor ao longo de toda sua vida. Mas já não é o criminoso tentando obedecer uma lei impossível; é um amante oferecendo sua totalidade Àquele que o ama quando não é merecedor desse amor.

    Sir James Barrie contou uma vez uma história sobre Robert Louis Stevenson. "Quando Stevenson foi a Samoa, construiu uma pequena choça e logo foi a uma grande casa. A primeira noite que entrou nesta grande casa se sentiu muito cansado e pesaroso por não ter tido a prevenção de ter pedido a seu servo que lhe trouxesse café e cigarros. Justamente quando estava pensando nisto, abriu-se a porta e o moço nativo entrou com uma bandeja levando cigarros e café. E Stevenson lhe disse, em sua língua nativa: "Grande é sua previsão"; e o moço o corrigiu, dizendo: "Grande é o amor." O serviço foi feito, não porque existisse a coerção da servidão, mas sim pela compulsão do amor. Esta é também a origem da bondade cristã.

    O PAI DOS FIÉIS

    Romanos 4:9-12

    Para entender esta passagem, devemos entender a importância que os judeus atribuem à circuncisão. Para um judeu, um homem não circuncidado não era literalmente judeu, fosse qual fosse sua parental. A prece judia da circuncisão diz: "Bendito é aquele que santificou a seus amados do ventre e pôs sua ordenança em sua carne, e selou sua prole com o sinal da santa aliança." Os regulamentos rabínicos dizem: "Não comerá da Páscoa a menos que o selo de Abraão esteja em sua carne." Se um gentio aceitava a fé judia, não podia entrar totalmente a ela sem três coisas — batismo, sacrifício e circuncisão. Para o judeu nenhum homem incircunciso era judeu.

    De maneira que o judeu que objetava ao que Paulo está respondendo todo o tempo, está ainda argumentando na retaguarda. "Suponhamos que admito", diz, "tudo o que diz sobre Abraão e sobre o fato de que foi sua plena confiança o que lhe permitiu estabelecer uma justa relação com Deus, mesmo assim deverá estar de acordo em que Abraão era circuncidado." Paulo tem um argumento incontestável. A história do chamado de Abraão, e da bênção de Abraão por Deus, está em Gn 15:6; a história da circuncisão de Abraão está em Gn 17:10 ss. Em realidade não foi Abraão circuncidado até quatorze anos depois que respondeu ao chamado de Deus, e havia já entrado em uma relação única com Deus. A circuncisão não foi a entrada a uma justa relação com Deus, foi só o sinal e o selo de que o homem tinha entrado já nessa relação. Abraão foi considerado justo enquanto ainda era incircunciso. O fato de que foi considerado justo não teve nada que ver com a circuncisão e sim muito que ver com seu ato de fé. Deste indiscutível fato histórico, Paulo tira duas grandes deduções.

    1. Abraão não é o pai daqueles que foram circuncidados, é o pai daqueles que fizeram o mesmo ato de fé em Deus que ele fez. É o pai de todo aquele que, em todos os tempos, toma a Deus pela palavra, como ele o fez. Isto significa que o verdadeiro judeu não é o racialmente judeu e fisicamente circuncidado. O verdadeiro judeu é aquele que crê em Deus como Abraão o fez. A palavra judeu deixou que ser uma palavra que descreve uma nacionalidade para passar a ser uma palavra que descreve uma forma de vida e uma reação para com Deus. Os descendentes de Abraão não são os membros de alguma nação em particular, mas os que em qualquer nação pertencem à família de Deus.
    2. O oposto disto também é verdade. A pessoa pode ser judeu da mais pura linhagem; pode ser circuncidado e, contudo pode não ser descendente de Abraão no verdadeiro sentido. Não tem direito de chamar Abraão seu pai, não tem direito às promessas de Deus, porque não tem feito essa aventura de confiança e fé que fez Abraão.

    Em um breve parágrafo Paulo fez em pedaços todo o pensamento judeu. Os judeus sempre creram que pelo fato de serem judeus, automaticamente desfrutavam do privilégio da bênção de Deus e a imunidade ao castigo de Deus. A prova de que alguém era judeu era a circuncisão. Alguns rabinos tomavam isto tão literalmente, que em realidade diziam que, se um judeu era tão mau que devia ser condenado por Deus, havia um anjo que se encarregava de anular sua circuncisão, e fazê-lo de novo incircunciso, antes de que o castigo fosse aplicado.

    Paulo deixou sentado o grande princípio de que o caminho para com Deus não consiste em ser membro de uma nação em particular, nem em alguma ordenança que faz uma marca no corpo de um homem; a única forma de chegar a Deus é através da fé que toma a Deus pela palavra, que faz com que tudo dependa, não das realizações ou do histórico de alguém, mas somente da graça de Deus.

    A GRAÇA É TUDO

    13 45:4-17'>Romanos 4:13-17

    Deus fez a Abraão uma grandíssima e maravilhosa promessa. Prometeu-lhe que se tornaria uma grande nação, e que nele seriam benditas todas as famílias da Terra (Gênesis 12:2-3). Na verdade, a terra lhe seria dada em herança. Agora, Abraão recebeu essa promessa por causa de sua fé, e da confiança, e da crença, e da rendição que mostrou Abraão para com Deus. Não porque tivesse acumulado méritos fazendo as obras da Lei. Não foi por nada que ele fez. Foi a generosa resposta da graça de Deus à absoluta fé de Abraão. A promessa, como o diz Paulo, dependia de duas coisas, e só delas — a livre graça de Deus e a perfeita fé de Abraão. Os judeus estavam ainda perguntando: "Como pode um homem entrar em uma correta relação com Deus de maneira que possa herdar sua grande promessa?" Sua resposta era: "Deve obtê-lo vencendo, ganhando, adquirindo méritos aos olhos de Deus fazendo as obras que a lei prescreve." Quer dizer, deve obtê-lo por seu próprio esforço.

    Agora, Paulo via com absoluta clareza exatamente o que a atitude do judeu tinha feito — tinha destruído completamente a promessa. E o tinha feito por esta razão — ninguém pode cumprir fielmente a Lei; ninguém vive uma vida tão perfeita como para nunca transgredir a Lei; ninguém pode jamais em sua imperfeição, satisfazer a perfeição que é Deus; portanto, se a promessa depender de guardar a Lei, a mesma nunca pode ser cumprida.

    Paulo via as coisas em termos de branco ou preto. Via dois únicos caminhos para tentar entrar em uma justa relação com Deus. Por um lado, está a dependência do esforço humano; pelo outro, a dependência da graça divina. Por um lado está a constante batalha perdida por obedecer uma lei impossível de ser obedecida; pelo outro, a fé que simplesmente toma a Deus pela palavra.
    Em cada lado havia três coisas.

    1. De um lado, estava a promessa de Deus. Em grego há duas palavras que significam promessa. Uma é hyposquesis, que significa uma promessa sujeita a condições. "Eu prometo fazer isto se você promete fazer aquilo." A outra é epaggelia, que significa uma promessa feita pela bondade do coração de alguém, e em forma incondicional. E é epaggelia a que Paulo usa ao referir-se à promessa de Deus. É como se dissesse: "Deus é como um pai humano: promete amar a seus filhos, não importa o que eles façam." Na verdade, o amar a alguns o fará feliz, enquanto o amor a outros o entristecerá, mas em ambos os casos seu amor não nos abandonará. Não depende de nosso mérito, mas sim do próprio generoso coração de Deus.
    2. Logo está a fé. Fé é a certeza de que Deus é como é. É descansar recostando-nos neste amor do qual o medo está eliminado para sempre.
    3. Logo está a graça. O dom da graça é sempre algo que não se ganhou e não se merece. A verdade é que o homem nunca pode ganhar o amor de Deus. Deve achar sempre sua glória, não no que ele faz por Deus, mas no que Deus tem feito por ele.
    4. Do outro lado está a Lei. Agora, o problema quanto à Lei foi sempre que pode diagnosticar o mal mas não pode efetuar uma cura. A Lei mostra ao homem quando se equivoca, mas não lhe ajuda a evitar equivocar-se. Existe na Lei, como Paulo o acentuará mais adiante, certo terrível paradoxo. É próprio da natureza humana que, quando uma coisa está proibida, há uma tendência a fazê-la desejável. "As frutas roubadas são as mais doces." E, portanto, a Lei pode em realidade impulsionar alguém a desejar precisamente o que ela proíbe. O complemento essencial da Lei é o juízo e enquanto o homem viva em uma religião cujo pensamento dominante é a Lei, não poderá ver-se a si mesmo nada mais que como um criminoso condenado, no tribunal da justiça de Deus.
    5. Está a transgressão. Cada vez que se introduz uma lei, vem a transgressão. Ninguém pode quebrantar uma lei que não existe; e ninguém pode ser condenado por violar uma lei cuja existência ignora. Se introduzirmos uma lei e nos detemos ali, se fizermos da religião somente questão de obedecer a Lei, então a vida consiste em uma longa série de transgressões que esperam ser castigadas.
    6. Está a ira. Pensemos na Lei, pensemos na transgressão e inevitavelmente o próximo pensamento é a ira. Pensemos em Deus em termos da Lei, e não poderemos fazer outra coisa senão pensar em Deus em termos de justiça ultrajada. Pensemos no homem em termos da Lei e não podemos fazer outra coisa senão pensar no homem como destinado a ser condenado por Deus.

    Assim, Paulo deixa estabelecidos perante os romanos os dois caminhos. Um é o caminho em que o homem busca relacionar-se com Deus por seus próprios esforços. É um caminho que está destinado ao fracasso. O outro é o caminho no qual o homem, em corajosa fé, entra em uma relação com Deus, que pela graça de Deus já existe, e no qual só deve entrar com confiança.

    CRER NO DEUS QUE TORNA POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL

    Romanos 4:18-25

    A última passagem termina dizendo que Abraão creu no Deus que chama os nossos à vida e que inclusive cria coisas que não têm existência. Esta declaração transporta os pensamentos de Paulo a outro exemplo sobressalente da vontade de Abraão de crer em Deus, de confiar nEle e de tomá-lo pela palavra. A promessa de que todas as famílias da Terra seriam benditas em seus descendentes, foi dada a Abraão quando era um homem velho. Sua mulher, Sara, tinha noventa anos de idade (Gn 17:17), e ali surgiu a promessa de que lhes nasceria um filho. Parecia uma promessa além de toda esperança de ser cumprida, por quanto Abraão tinha passado em muito a idade de procriar, e Sara tinha passado em muito a idade de conceber um filho. E entretanto, mais uma vez, Abraão tomou a Deus pela palavra; creu que a promessa de Deus era certa; creu que o que Deus dizia Ele o faria. Mais uma vez, foi esta fé a que foi contada por justiça. Foi esta vontade de tomar a palavra de a Deus pela palavra aquilo que o pôs em uma correta relação com Deus.

    Os rabinos judeus tinham uma declaração à qual Paulo se refere aqui. Diziam: "O que está escrito de Abraão, está escrito também de seus filhos." Queriam dizer que qualquer promessa que Deus tivesse feito a Abraão, estendia-se também a seus filhos. Portanto, se a disposição de Abraão de tomar a Deus pela palavra o pôs em uma correta relação com ele, o mesmo deve ser conosco. Não são as obras da Lei, é essa fé confiante a que estabelece a relação que deve existir entre Deus e o homem.
    A essência da fé de Abraão neste caso era que creu que Deus podia tornar possível o impossível. Se continuamos crendo que tudo depende de nossos esforços, estamos limitados a ser pessimistas, porque a experiência demonstrou a triste verdade de que nossos esforços podem realizar muito pouco. Quando compreendermos que não é nosso esforço, mas a graça e o poder de Deus o que importa, então nos transformaremos em otimistas, porque estamos obrigados a crer que com Deus nada é impossível.
    Diz-se que uma vez Santa Teresa partiu para construir um convento com uma soma equivalente a meia coroa por todo recurso. Alguns lhe disseram: "Nem sequer Santa Teresa pode realizar muito com meia coroa." Ela respondeu: "É verdade, mas Santa Teresa, e meia coroa e Deus podem fazer qualquer coisa."

    Um homem pode muito bem duvidar de empreender uma empresa arriscada por si só, mas não tem por que duvidar ao empreendê-la com Deus.
    Ann Hunter Small, a grande professora missionária, conta como seu pai, que era também um missionário, estava acostumada a dizer: "Ó, quão maus e tolos são os que não fazem a não ser grasnar!" E ela mesma tinha um dito favorito: "Uma igreja que vive se atreve a fazer algo."

    Esse atrevimento só se faz possível para um homem e para uma igreja que toma a Deus pela palavra.


    Dicionário

    Amortecido

    amortecido adj. 1. Quase morto. 2. Que tem aparência de morte. 3. Mortiço, quase extinto. 4. Que não tem vigor ou intensidade; enfraquecido.

    Amortecimento

    amortecimento s. .M 1. Ato ou efeito de amortecer. 2. Enfraquecimento. 3. Diminuição de intensidade de um movimento vibratório.

    Anos

    ano | s. m. | s. m. pl.
    masc. pl. de ano

    a·no 1
    (latim annus, -i)
    nome masculino

    1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

    4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

    5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

    6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


    anos
    nome masculino plural

    7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


    ano bissexto
    Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

    ano civil
    Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

    ano comum
    Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

    ano de safra
    Ano abundante.

    ano económico
    Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

    ano escolar
    Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

    ano lectivo
    Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

    ano natural
    O mesmo que ano civil.

    ano novo
    Ano que começa.

    Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

    ano planetário
    [Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

    ano sabático
    Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

    Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

    ano secular
    Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

    ano sideral
    [Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

    fazer anos
    Completar mais um ano de existência.

    muitos anos a virar frangos
    [Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

    verdes anos
    A juventude.


    a·no 2
    (latim anus, -i, ânus)
    nome masculino

    O mesmo que ânus.


    ano | s. m. | s. m. pl.
    masc. pl. de ano

    a·no 1
    (latim annus, -i)
    nome masculino

    1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

    4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

    5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

    6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


    anos
    nome masculino plural

    7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


    ano bissexto
    Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

    ano civil
    Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

    ano comum
    Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

    ano de safra
    Ano abundante.

    ano económico
    Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

    ano escolar
    Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

    ano lectivo
    Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

    ano natural
    O mesmo que ano civil.

    ano novo
    Ano que começa.

    Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

    ano planetário
    [Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

    ano sabático
    Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

    Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

    ano secular
    Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

    ano sideral
    [Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

    fazer anos
    Completar mais um ano de existência.

    muitos anos a virar frangos
    [Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

    verdes anos
    A juventude.


    a·no 2
    (latim anus, -i, ânus)
    nome masculino

    O mesmo que ânus.


    Atentar

    verbo transitivo indireto Fazer um atentado contra algo ou alguém; cometer um crime: atentou contra a vida do juiz.
    Figurado Não respeitar; tratar alguém de maneira ofensiva: atentava contra a bondade dos pais.
    verbo transitivo direto e intransitivo Irritar; provocar aborrecimento: atentava o pai para ir ao cinema; algumas crianças estão atentando.
    verbo transitivo direto Empreender; colocar em funcionamento: atenta abrir uma padaria.
    Etimologia (origem da palavra atentar). Do latim attemptare.
    verbo transitivo indireto Ter preocupação ou cuidado por: atente para a vida.
    verbo transitivo direto e transitivo indireto Observar atentamente: atentava a palestra; atentava para a palestra.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Levar em consideração; pensar de modo reflexivo acerca de: atenta pouco a conselhos; atenta pouco para conselhos; nunca atentava, nem agia.
    Etimologia (origem da palavra atentar). Atento + ar.

    Atentar
    1) Ver (Dt 26:7).


    2) Dar atenção (Pv 16:20).


    3) Fixar a atenção (2Co 4:18).


    Cem

    numeral Dez vezes dez; um cento. (Antes de outro número, não se diz cem, mas cento: cem pessoas; cento e três pessoas.).
    Usa-se enfaticamente como número indeterminado: já lhe disse isso cem vezes!
    Cem por cento (ou cento por cento), inteiramente, completamente: cem por cento brasileiro.

    Corpo

    [...] O corpo é o invólucro material que reveste o Espírito temporariamente, para preenchimento da sua missão na Terra e execução do trabalho necessário ao seu adiantamento. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 5

    [...] O corpo é apenas instrumento da alma para exercício das suas faculdades nas relações com o mundo material [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8, it• 10

    [...] os corpos são a individualização do princípio material. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

    [...] é a máquina que o coração põe em movimento. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 156

    [...] O corpo não passa de um acessório seu, de um invólucro, uma veste, que ele [o Espírito] deixa, quando usada. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 3

    [...] invólucro material que põe o Espírito em relação com o mundo exterior [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

    [...] apenas um segundo envoltório mais grosseiro, mais resistente, apropriado aos fenômenos a que tem de prestar-se e do qual o Espírito se despoja por ocasião da morte.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, it• 10

    [...] o corpo não é somente o resultado do jogo das forças químicas, mas, sim, o produto de uma força organizadora, persistente, que pode modelar a matéria à sua vontade.
    Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Um caso de desmaterialização parcial do corpo dum médium• Trad• de João Lourenço de Souza• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 5

    Máquina delicada e complexa é o corpo humano; os tecidos que o formam originam-se de combinações químicas muito instáveis, devido aos seus componentes; e nós não ignoramos que as mesmas leis que regem o mundo inorgânico regem os seres organizados. Assim, sabemos que, num organismo vivo, o trabalho mecânico de um músculo pode traduzir-se em equivalente de calor; que a força despendida não é criada pelo ser, e lhe provém de uma fonte exterior, que o provê de alimentos, inclusive o oxigênio; e que o papel do corpo físico consiste em transformar a energia recebida, albergando-a em combinações instáveis que a emanciparão à menor excitação apropriada, isto é, sob ação volitiva, ou pelo jogo de irritantes especiais dos tecidos, ou de ações reflexas.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    O corpo de um animal superior é organismo complexo, formado por um agregado de células diversamente reunidas no qual as condições vitais de cada elemento são respeitadas, mas cujo funcionamento subordina-se ao conjunto. É como se disséssemos – independência individual, mas obediente à vida total.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] o invólucro corporal é construído mediante as leis invariáveis da fecundação, e a hereditariedade individual dos genitores, transmitida pela força vital, opõe-se ao poder plástico da alma. É ainda por força dessa hereditariedade que uma raça não produz seres doutra raça; que de um cão nasça um coelho, por exemplo, e mesmo, para não irmos mais longe, que uma mulher de [...] raça branca possa gerar um negro, um pele-vermelha, e vice-versa. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] é um todo, cujas partes têm um papel definido, mas subordinadas ao lugar que ocupam no plano geral. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 3

    [...] não passa de um vestuário de empréstimo, de uma forma passageira, de um instrumento por meio do qual a alma prossegue neste mundo a sua obra de depuração e progresso. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    [...] O corpo material é apenas o instrumento ao agente desse corpo de essência espiritual [corpo psíquico]. [...]
    Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 1

    [...] Nosso corpo é o presente que Deus nos deu para aprendermos enquanto estamos na Terra. Ele é nosso instrumento de trabalho na Terra, por isso devemos cuidar da nossa saúde e segurança física.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] Em o nosso mundo físico, o corpo real, ou duradouro, é um corpo etéreo ou espiritual que, no momento da concepção, entra a cobrir-se de matéria física, cuja vibração é lenta, ou, por outras palavras, se reveste dessa matéria. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 9

    Neste mundo, são duais os nossos corpos: físico um, aquele que vemos e tocamos; etéreo outro, aquele que não podemos perceber com os órgãos físicos. Esses dois corpos se interpenetram, sendo, porém, o etéreo o permanente, o indestrutível [...].
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

    [...] O corpo físico é apenas a cobertura protetora do corpo etéreo, durante a sua passagem pela vida terrena. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

    Esse corpo não é, aliás, uma massa inerte, um autômato; é um organismo vivo. Ora, a organização dum ser, dum homem, dum animal, duma planta, atesta a existência duma força organizadora, dum espírito na Natureza, dum princípio intelectual que rege os átomos e que não é propriedade deles. Se houvesse somente moléculas materiais desprovidas de direção, o mundo não caminharia, um caos qualquer subsistiria indefinidamente, sem leis matemáticas, e a ordem não regularia o Cosmos.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

    [...] O nosso corpo não é mais do que uma corrente de moléculas, regido, organizado pela força imaterial que nos anima. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 2, cap• 12

    [...] complexo de moléculas materiais que se renovam constantemente.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

    [...] é toda e qualquer quantidade de matéria, limitada, que impressiona os sentidos físicos, expressando-se em volume, peso... Aglutinação de moléculas – orgânicas ou inorgânicas – que modelam formas animadas ou não, ao impulso de princípios vitais, anímicos e espirituais. Estágio físico por onde transita o elemento anímico na longa jornada em que colima a perfeição, na qualidade de espírito puro...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

    O corpo humano [...] serve de domicílio temporário ao espírito que, através dele, adquire experiências, aprimora aquisições, repara erros, sublima aspirações. Alto empréstimo divino, é o instrumento da evolução espiritual na Terra, cujas condições próprias para as suas necessidades fazem que a pouco e pouco abandone as construções grosseiras e se sutilize [...] serve também de laboratório de experiências, pelas quais os construtores da vida, há milênios, vêm desenvolvendo possibilidades superiores para culminarem em conjunto ainda mais aprimorado e sadio. Formado por trilhões e trilhões de células de variada constituição, apresenta-se como o mais fantástico equipamento de que o homem tem notícia, graças à perfei ção dos seus múltiplos órgãos e engrenagens [...].
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

    [...] Vasilhame sublime, é o corpo humano o depositário das esperanças e o veículo de bênçãos, que não pode ser desconsiderado levianamente.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

    O corpo é veículo, portanto, das pro-postas psíquicas, porém, por sua vez,muitas necessidades que dizem respei-to à constituição orgânica refletem-se nocampo mental.[...] o corpo é instrumento da aprendi-zagem do Espírito, que o necessita paraaprimorar as virtudes e também paradesenvolver o Cristo interno, que gover-nará soberano a vida quando superar osimpedimentos colocados pelas paixõesdesgastantes e primitivas. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cor-po e mente

    O corpo é sublime instrumento elabo-rado pela Divindade para ensejar odesabrolhar da vida que se encontraadormecida no cerne do ser, necessitan-do dos fatores mesológicos no mundoterrestre, de forma que se converta emsantuário rico de bênçãos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto aosofrimento

    [...] Constituído por trilhões de célulasque, por sua vez, são universos minia-turizados [...].[...] Um corpo saudável resulta tambémdo processo respiratório profundo,revitalizador, de nutrição celular.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conquista interna

    Abafadouro das lembranças, é também o corpo o veículo pelo qual o espírito se retempera nos embates santificantes, sofrendo-lhe os impositivos restritivos e nele plasmando as peças valiosas para mais plena manifestação.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    [...] é sempre para o espírito devedor [...] sublime refúgio, portador da bênção do olvido momentâneo aos males que praticamos e cuja evocação, se nos viesse à consciência de inopino, nos aniquilaria a esperança da redenção. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    Sobre o corpo físico, o que se pode dizer logo de início é que ele constitui mecanismo extremamente sofisticado, formado de grande número de órgãos, que em geral trabalham em grupo, exercendo funções complementares, visando sempre a atingir objetivos bem determinados. Estes agrupamentos de órgãos são denominados aparelhos ou sistemas que, por sua vez, trabalham harmonicamente, seguindo a diretriz geral de manter e preservar a vida do organismo.
    Referencia: GURGEL, Luiz Carlos de M• O passe espírita• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1

    O corpo carnal é feito de limo, isto é, compõe-se dos elementos sólidos existentes no planeta que o Espírito tem que habitar provisoriamente. Em se achando gasto, desagrega-se, porque é matéria, e o Espírito se despoja dele, como nós nos desfazemos da roupa que se tornou imprestável. A isso é que chamamos morte. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

    [...] o corpo físico é mero ponto de apoio da ação espiritual; simples instrumento grosseiro de que se vale o Espírito para exercer sua atividade física. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

    [...] O corpo físico nada é senão um instrumento de trabalho; uma vez abandonado pelo Espírito, é matéria que se decompõe e deixa de oferecer condições para abrigar a alma. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 16

    [...] O nosso corpo – além de ser a vestimenta e o instrumento da alma neste plano da Vida, onde somente nos é possível trabalhar mediante a ferramenta pesada dos órgãos e membros de nosso figurino carnal – é templo sagrado e augusto. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• Apenas uma sombra de mulher• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] O corpo é o escafandro, é a veste, é o gibão que tomamos de empréstimo à Vida para realizarmos o nosso giro pelo mundo das formas. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

    A bênção de um corpo, ainda que mutilado ou disforme, na Terra [...] é como preciosa oportunidade de aperfeiçoamento espiritual, o maior de todos os dons que o nosso planeta pode oferecer.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 17

    [...] o corpo humano é apenas um aparelho delicado, cujas baterias e sistemas condutores de vida são dirigidos pelas forças do perispírito, e este, por sua vez, comandado será pela vontade, isto é, a consciência, a mente.
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Recordações da mediunidade• Obra mediúnica orientada pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    O corpo carnal, ou corpo material terreno, o único a constituir passageira ilusão, pois é mortal e putrescível, uma vez, que se origina de elementos exclusivamente terrenos. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap 8

    [...] [no corpo] distinguimos duas coisas: a matéria animal (osso, carne, sangue, etc.) e um agente invisível que transmite ao espírito as sensações da carne, e está às ordens daquele.
    Referencia: ROCHAS, Albert de• A Levitação• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1980• - Os limites da Física

    [...] Tradicionalmente visto pelas religiões instituídas como fonte do pecado, o corpo nos é apresentado pela Doutrina Espírita como precioso instrumento de realizações, por intermédio do qual nos inscrevemos nos cursos especializados que a vida terrena nos oferece, para galgarmos os degraus evolutivos necessários e atingirmos as culminâncias da evolução espiritual. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Adolescência – tempo de transformações

    O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 34

    O corpo físico é apenas envoltório para efeito de trabalho e de escola nos planos da consciência.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Museu de cera

    [...] é passageira vestidura de nossa alma que nunca morre. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

    O veículo orgânico para o espírito reencarnado é a máquina preciosa, capaz de ofertar-lhe às mãos de operário da Vida Imperecível o rendimento da evolução.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    O corpo nada mais é que o instrumento passivo da alma, e da sua condição perfeita depende a perfeita exteriorização das faculdades do espírito. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    [...] O corpo de carne é uma oficina em que nossa alma trabalha, tecendo os fios do próprio destino. Estamos chegando de longe, a revivescer dos séculos mortos, como as plantas a renascerem do solo profundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 35

    O corpo é um batel cujo timoneiro é o espírito. À maneira que os anos se desdobram, a embarcação cada vez mais entra no mar alto da experiência e o timoneiro adquire, com isto, maior responsabilidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    O corpo físico é máquina viva, constituída pela congregação de miríades de corpúsculos ativos, sob o comando do espírito que manobra com a rede biológica dentro das mesmas normas que seguimos ao utilizar a corrente elétrica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Mentalismo

    [...] o corpo físico na crosta planetária representa uma bênção de Nosso Eterno Pai. Constitui primorosa obra da Sabedoria Divina, em cujo aperfeiçoamento incessante temos nós a felicidade de colaborar. [...] [...] O corpo humano não deixa de ser a mais importante moradia para nós outros, quando compelidos à permanência na crosta. Não podemos esquecer que o próprio Divino Mestre classificava-o como templo do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 12

    [...] O corpo carnal é também um edifício delicado e complexo. Urge cuidar dos alicerces com serenidade e conhecimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

    [...] o corpo do homem é uma usina de forças vivas, cujos movimentos se repetem no tocante ao conjunto, mas que nunca se reproduzem na esfera dos detalhes. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 29

    [...] O corpo humano é campo de forças vivas. Milhões de indivíduos celulares aí se agitam, à moda dos homens nas colônias e cidades tumultuosas. [...] esse laboratório corporal, transformável e provisório, é o templo onde poderás adquirir a saúde eterna do Espírito. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

    No corpo humano, temos na Terra o mais sublime dos santuários e uma das supermaravilhas da Obra Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

    O corpo é para o homem santuário real de manifestação, obra-prima do trabalho seletivo de todos os reinos em que a vida planetária se subdivide.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    O corpo de quem sofre é objeto sagrado.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 53

    O corpo é a máquina para a viagem do progresso e todo relaxamento corre por conta do maquinista.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 55


    substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
    Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
    Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
    Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
    Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
    Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
    Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
    [Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
    [Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
    [Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
    expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
    Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
    Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
    Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
    [Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
    [Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
    De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
    locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
    Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.

    substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
    Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
    Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
    Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
    Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
    Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
    Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
    [Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
    [Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
    [Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
    expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
    Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
    Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
    Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
    [Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
    [Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
    De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
    locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
    Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.

    Enfraquecer

    verbo transitivo Tornar fraco.
    verbo intransitivo e pronominal Tornar-se fraco, perder a força ou a energia, debilitar-se: a vista enfraqueceu(-se).

    Era

    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

    outro

    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

    Erã

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


    O consentimento dado a uma crença unido a uma confiança nela. Não pode identificar-se, portanto, com a simples aceitação mental de algumas verdades reveladas. É um princípio ativo, no qual se harmonizam o entendimento e a vontade. É essa fé que levou Abraão a ser considerado justo diante de Deus (Gn 15:6) e que permite que o justo viva (Hc 2:4).

    Para o ensinamento de Jesus — e posteriormente dos apóstolos —, o termo é de uma importância radical, porque em torno dele gira toda a sua visão da salvação humana: crer é receber a vida eterna e passar da morte para a vida (Jo 3:16; 5,24 etc.) porque crer é a “obra” que se deve realizar para salvar-se (Jo 6:28-29). De fato, aceitar Jesus com fé é converter-se em filho de Deus (Jo 1:12). A fé, precisamente por isso, vem a ser a resposta lógica à pregação de Jesus (Mt 18:6; Jo 14:1; Lc 11:28). É o meio para receber tanto a salvação como a cura milagrosa (Lc 5:20; 7,50; 8,48) e pode chegar a remover montanhas (Mt 17:20ss.).

    A. Cole, o. c.; K. Barth, o. c.; f. f. Bruce, La epístola..., El, II, pp. 474ss.; Hughes, o. c., pp. 204ss.; Wensinck, Creed, pp. 125 e 131ss.



    1) Confiança em Deus e em Cristo e na sua Palavra (Mt 15:28; Mc 11:22-24; Lc 17:5).


    2) Confiança na obra salvadora de Cristo e aceitação dos seus benefícios (Rm 1:16-17;
    v. CONVERSÃO).


    3) A doutrina revelada por Deus (Tt 1:4).


    Da liberdade de consciência decorre o direito de livre exame em matéria de fé. O Espiritismo combate a fé cega, porque ela impõe ao homem que abdique da sua própria razão; considera sem raiz toda fé imposta, donde o inscrever entre suas máximas: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    [...] A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do Infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5, it• 19

    [...] confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 3

    Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 6

    [...] Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 7

    Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 11

    No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 12

    [...] É uma vivência psíquica complexa, oriunda das camadas profundas do inconsciente, geralmente de feição constitucional, inata, por se tratar mais de um traço de temperamento do que do caráter do indivíduo. No dizer de J. J. Benítez, as pessoas que têm fé fazem parte do pelotão de choque, a vanguarda dos movimentos espiritualistas. Nas fases iniciais ela é de um valor inestimável, mas à medida que a personalidade atinge estados mais diferenciados de consciência, pode ser dispensável, pois a pessoa não apenas crê, mas sabe. [...] Do ponto de vista psicológico, a vivência da fé pode ser considerada mista, pois engloba tanto aspectos cognitivos quanto afetivos. Faz parte mais do temperamento do que do caráter do indivíduo. Por isso é impossível de ser transmitida por meios intelectuais, tal como a persuasão raciocinada. Pode ser induzida pela sugestão, apelo emocional ou experiências excepcionais, bem como pela interação com pessoas individuadas.[...]
    Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 1

    No sentido comum, corresponde à confiança em si mesmo [...]. Dá-se, igualmente, o nome de fé à crença nos dogmas desta ou daquela religião, caso em que recebe adjetivação específica: fé judaica, fé budista, fé católica, etc. [...] Existe, por fim, uma fé pura, não sectária, que se traduz por uma segurança absoluta no Amor, na Justiça e na Misericórdia de Deus.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 11

    A futura fé que já emerge dentre as sombras não será, nem católica, nem protestante; será a crença universal das almas, a que reina em todas as sociedades adiantadas do espaço, e mediante a qual cessará o antagonismo que separa a Ciência atual da Religião. Porque, com ela, a Ciência tornar-se-á religiosa e a Religião se há de tornar científica.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 44

    A fé é uma necessidade espiritual da qual não pode o espírito humano prescindir. [...] Alimento sutil, a fé é o tesouro de inapreciado valor que caracteriza os homens nobres a serviço da coletividade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Nesse labor, a fé religiosa exerce sobre ele [o Espírito] uma preponderância que lhe define os rumos existenciais, lâmpada acesa que brilha à frente, apontando os rumos infinitos que lhe cumpre [ao Espírito] percorrer. [...] Respeitável, portanto, toda expressão de fé dignificadora em qualquer campo do comportamento humano. No que tange ao espiritual, o apoio religioso à vida futura, à justiça de Deus, ao amor indiscriminado e atuante, à renovação moral para melhor, é de relevante importância para a felicidade do homem.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 25

    O melhor tônico para a alma, nas suas múltiplas e complexas atividades afetivas e mentais, é a fé; não a fé passiva, automática, dogmática, mas a fé ativa, refletida, intelectualizada, radicada no coração, mas florescendo em nossa inteligência, em face de uma consciência esclarecida e independente [...].
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carta a um materialista

    Essa luz, de inextinguível fulgor, é a fé, a certeza na imortalidade da alma, e a presunção, ou a certeza dos meios de que a Humanidade tem de que servir-se, para conseguir, na sua situação futura, mais apetecível e melhor lugar.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 23

    A fé é, pois, o caminho da justificação, ou seja, da salvação. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

    [...] é a garantia do que se espera; a prova das realidades invisíveis. Pela fé, sabemos que o universo foi criado pela palavra de Deus, de maneira que o que se vê resultasse daquilo que não se vê.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    A fé é divina claridade da certeza.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 16

    A fé é alimento espiritual que, fortalecendo a alma, põe-na em condições de suportar os embates da existência, de modo a superá-los convenientemente. A fé é mãe extremosa da prece.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 35

    [...] A fé constitui a vossa égide; abrigai-vos nela e caminhai desassombradamente. Contra esse escudo virão embotar-se todos os dardos que vos lançam a inveja e a calúnia. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    A fé e a esperança não são flores destinadas a enfeitar, com exclusividade, os altares do triunfo, senão também poderosas alavancas para o nosso reerguimento, quando se faz preciso abandonar os vales de sombra, para nova escalada aos píncaros da luz.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Ainda assim

    Razão, pois, tinha Jesus para dizer: “Tua fé te salvou”. Compreende-se que a fé a que Ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 5

    Mas a fé traduz também o poder que supera nossas próprias forças físicas e mentais, exteriores e interiores, poder que nos envolve e transforma de maneira extraordinária, fazendo-nos render a ele. A fé em Deus, no Cristo e nas forças espirituais que deles emanam pode conduzir-nos a uma condição interior, a um estado de espírito capaz de superar a tudo, a todos os obstáculos, sofrimentos e aparentes impossibilidades.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 14

    A fé no futuro, a que se referem os 1nstrutores Espirituais da Terceira Revelação, deixa de ser apenas esperança vaga para se tornar certeza plena adquirida pelo conhecimento das realidades eternas. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 28

    A fé significa um prêmio da experiência.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

    Quem não entende não crê, embora aceite como verdade este ou aquele princípio, esta ou aquela doutrina. A fé é filha da convicção.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Res, non verba

    [...] constitui o alicerce de todo trabalho, tanto quanto o plano é o início de qualquer construção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

    Curiosidade é caminho, / Mas a fé que permanece / É construção luminosa / Que só o trabalho oferece.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 44

    [...] A fé está entre o trabalho e a oração. Trabalhar é orar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é emanação divina que o espírito auxilia e absorve.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé é a caridade imaterial, porque a caridade que se concretiza é sempre o raio mirífico projetado pela fé.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé continuará como patrimônio dos corações que foram tocados pela graça do sofrimento. Tesouro da imortalidade, seria o ideal da felicidade humana, se todos os homens a conquistassem ainda mesmo quando nos desertos mais tristes da terra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé não desabrocha no mundo, é dádiva de Deus aos que a buscam. Simboliza a união da alma com o que é divino, a aliança do coração com a divindade do Senhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39

    Fé representa visão.Visão é conhecimento e capacidade deauxiliar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 69

    [...] A fé representa a força que sustenta o espírito na vanguarda do combate pela vitória da luz divina e do amor universal. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

    Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 354

    A fé sincera é ginástica do Espírito. Quem não a exercitar de algum modo, na Terra, preferindo deliberadamente a negação injustificável, encontrar-se-á mais tarde sem movimento. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

    A fé é a força potente / Que desponta na alma crente, / Elevando-a aos altos Céus: / Ela é chama abrasadora, / Reluzente, redentora, / Que nos eleva até Deus. / [...] A fé é um clarão divino, / refulgente, peregrino, / Que irrompe, trazendo a luz [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Supremacia da caridade

    É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus que é a sabedoria da própria vida. Palpita em todos os seres, vibra em todas as coisas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    A fé é o guia sublime que, desde agora, nos faz pressentir a glória do grande futuro, com a nossa união vitoriosa para o trabalho de sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em plena renovação

    A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 40

    [...] a fé representa escudo bastante forte para conservar o coração imune das trevas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 141

    Em Doutrina Espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 29


    1. Definição da Palavra. A simples fé implica uma disposição de alma para confiarem outra pessoa. Difere da credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não Lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso. A fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como ‘uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras’. E mais adiante diz o mesmo escritor: ‘o segredo de um belo caráter está no poder de um perpétuo contato com Aquele Senhor em Quem se tem plena confiança’ (Bispo Moule). A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração. 2.A fé, no A.T. A atitude para com Deus que no Novo Testamento a fé nos indica, é largamente designada no A.T. pela palavra ‘temor’. o temor está em primeiro lugar que a fé – a reverencia em primeiro lugar que a confiança. Mas é perfeitamente claro que a confiança em Deus é princípio essencial no A.T., sendo isso particularmente entendido naquela parte do A.T., que trata dos princípios que constituem o fundamento das coisas, isto é, nos Salmos e nos Profetas. Não se está longe da verdade, quando se sugere que o ‘temor do Senhor’ contém, pelo menos na sua expressão, o germe da fé no N.T. As palavras ‘confiar’ e ‘confiança’ ocorrem muitas vezes – e o mais famoso exemplo está, certamente, na crença de Abraão (Gn 15:6), que nos escritos tanto judaicos como cristãos é considerada como exemplo típico de fé na prática. 3. A fé, nos Evangelhos. Fé é uma das palavras mais comuns e mais características do N.T. A sua significação varia um pouco, mas todas as variedades se aproximam muito. No seu mais simples emprego mostra a confiança de alguém que, diretamente, ou de outra sorte, está em contato com Jesus por meio da palavra proferida, ou da promessa feita. As palavras ou promessas de Jesus estão sempre, ou quase sempre, em determinada relação com a obra e palavra de Deus. Neste sentido a fé é uma confiança na obra, e na palavra de Deus ou de Cristo. É este o uso comum dos três primeiros Evangelhos (Mt 9:29 – 13.58 – 15.28 – Me 5.34 a 36 – 9.23 – Lc 17:5-6). Esta fé, pelo menos naquele tempo, implicava nos discípulos a confiança de que haviam de realizar a obra para a qual Cristo lhes deu poder – é a fé que obra maravilhas. Na passagem de Mc 11:22-24 a fé em Deus é a designada. Mas a fé tem, no N.T., uma significação muito mais larga e mais importante, um sentido que, na realidade, não está fora dos três primeiros evangelhos (Mt 9:2Lc 7:50): é a fé salvadora que significa Salvação. Mas esta idéia geralmente sobressai no quarto evangelho, embora seja admirável que o nome ‘fé’ não se veja em parte alguma deste livro, sendo muito comum o verbo ‘crer’. Neste Evangelho acha-se representada a fé, como gerada em nós pela obra de Deus (Jo 6:44), como sendo uma determinada confiança na obra e poder de Jesus Cristo, e também um instrumento que, operando em nossos corações, nos leva para a vida e para a luz (Jo 3:15-18 – 4.41 a 53 – 19.35 – 20.31, etc.). Em cada um dos evangelhos, Jesus Cristo proclama-Se a Si mesmo Salvador, e requer a nossa fé, como uma atitude mental que devemos possuir, como instrumento que devemos usar, e por meio do qual possamos alcançar a salvação que Ele nos oferece. A tese é mais clara em S. João do que nos evangelhos sinópticos, mas é bastante clara no último (Mt 18:6Lc 8:12 – 22.32). 4. A fé, nas epístolas de S. Paulo. Nós somos justificados, considerados justos, simplesmente pelos merecimentos de Jesus Cristo. As obras não têm valor, são obras de filhos rebeldes. A fé não é a causa, mas tão somente o instrumento, a estendida mão, com a qual nos apropriamos do dom da justificação, que Jesus, pelos méritos expiatórios, está habilitado a oferecer-nos. Este é o ensino da epístola aos Romanos (3 a 8), e o da epístola aos Gálatas. Nós realmente estamos sendo justificados, somos santificados pela constante operação e influência do Santo Espírito de Deus, esse grande dom concedido à igreja e a nós pelo Pai celestial por meio de Jesus Cristo. E ainda nesta consideração a fé tem uma função a desempenhar, a de meio pelo qual nos submetemos à operação do Espírito Santo (Ef 3:16-19, etc). 5. Fé e obras. Tem-se afirmado que há contradição entre S. Paulo e S. Tiago, com respeito ao lugar que a fé e as obras geralmente tomam, e especialmente em relação a Abraão (Rm 4:2Tg 2:21). Fazendo uma comparação cuidadosa entre os dois autores, acharemos depressa que Tiago, pela palavra fé, quer significar uma estéril e especulativa crença, uma simples ortodoxia, sem sinal de vida espiritual. E pelas obras quer ele dizer as que são provenientes da fé. Nós já vimos o que S. Paulo ensina a respeito da fé. É ela a obra e dom de Deus na sua origem (*veja Mt 16.
    17) – a sua sede é no coração, e não meramente na cabeça – é uma profunda convicção de que são verdadeiras as promessas de Deus em Cristo, por uma inteira confiança Nele – e deste modo a fé é uma fonte natural e certa de obras, porque se trata de uma fé viva, uma fé que atua pelo amor (Gl 5:6). Paulo condena aquelas obras que, sem fé, reclamam mérito para si próprias – ao passo que Tiago recomenda aquelas obras que são a conseqüência da fé e justificação, que são, na verdade, uma prova de justificação. Tiago condena uma fé morta – Paulo louva uma fé

    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

    substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
    Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
    Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
    Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
    Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
    Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
    [Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Próprio

    adjetivo Que faz referência a pessoa em questão; que pertence a essa pessoa: saiu em sua própria moto; vivia em apartamento próprio.
    Que se usa com um propósito certo; apropriado: utilize o questionário próprio.
    Particular de uma pessoa; inerente: maneira própria de falar.
    Em que há autenticidade; verdadeiro: significado próprio do texto.
    Pessoalmente; mesmo: o próprio presidente assinou o acordo.
    Gramática Diz-se do substantivo que nomeia uma pessoa ou ser, ente determinado; normalmente, escrito com inicial maiúscula: Maria (nome próprio).
    substantivo masculino Encarregado de levar e trazer mercadorias, mensagens; mensageiro.
    [Lógica] Aristotelismo. Determinação quantitativa que não faz parte da essência e/ou definição.
    substantivo masculino plural Próprios. Aquilo, bens, propriedades etc., que pertence ao Estado.
    Etimologia (origem da palavra próprio). Latim proprius.a.um.

    mesmo. – Como adjetivos, estes dois vocábulos são empregados quase sempre indistintamente; e, no entanto, parece que é clara a diferença que se nota entre eles, pelo menos em casos como estes, por exemplo: “Irei eu próprio à sua casa” (quer dizer: irei eu em pessoa); “irei eu mesmo” (isto é – não irá, ou não mandarei outra pessoa).

    Quase

    advérbio De distância aproximada; de modo perto ou próximo; aproximadamente: são quase sete horas; viveu até quase os cem anos.
    Em que há uma pequena diferença para menos: o aluno quase conseguiu a nota máxima.
    Uma quantidade qualquer; um pouco: o carro está quase estragado.
    Na iminência de; prestes a: Maria está quase casada.
    Etimologia (origem da palavra quase). Do latim quasi.

    quase adv. 1. Perto, proximamente, no espaço e no tempo. 2. Com pouca diferença. 3. Pouco mais ou menos. 4. Por um pouco que não.

    Sara

    Sara [Princesa] - A esposa de Abraão e mãe de Isaque. Até os 90 anos foi chamada de Sarai (Briguenta?). V. (Gn 11:29-31); 12; 16-23; (He 11:11); (1Pe 3:6:)

    3ª pess. sing. pres. ind. de sarar
    2ª pess. sing. imp. de sarar

    sa·rar -
    verbo transitivo

    1. Dar saúde a (quem está doente).

    2. Curar.

    verbo intransitivo

    3. Curar-se.


    Princesa. A mulher de Abraão (Gn 11:29), e, segundo o Gn 20:12, era também sua meia irmã. A respeito da sua vida, *veja Abraão. Ela morreu na idade de cento e vinte e sete anos, sendo sepultada na caverna de Macpela (Gn 11:29-23.20). É ela (Gl 4:22-31) o tipo da ‘Jerusalém lá de cima’. As suas excelências são recordadas em Hb 11:11 – 1 Pe 3.6.

    Sarã

    3ª pess. sing. pres. ind. de sarar
    2ª pess. sing. imp. de sarar

    sa·rar -
    verbo transitivo

    1. Dar saúde a (quem está doente).

    2. Curar.

    verbo intransitivo

    3. Curar-se.


    Tampouco

    advérbio Nem; também não: não gosto de laranja, tampouco de tangerina.
    Muito menos: detesto música eletrônica, tampouco vou aos festivais.
    Gramática Utiliza-se com o intuito de reforçar e intensificar uma negação.
    Etimologia (origem da palavra tampouco). Forma contração de tão pouco.

    tampouco adv. Também não.

    Ventre

    substantivo masculino Parte do corpo em que estão alojados o estômago, o intestino, o fígado, o pâncreas, a bexiga etc.; abdome, barriga.
    O útero: ventre materno.
    Figurado Parte central; âmago: ventre da terra.
    [Anatomia] Parte média e mais ou menos volumosa de certos músculos.
    [Física] Num sistema de ondas estacionárias, ponto de alongamento máximo.
    Prisão de ventre. Dificuldade na defecação; constipação intestinal.
    Soltura de ventre, diarreia.
    Etimologia (origem da palavra ventre). Do latim venter.tris.

    Do latim Venter. Abdome.

    Ventre Barriga (Sl 22:10).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Romanos 4: 19 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, não havendo ele enfraquecido na sua fé, não 1045 atentou para o seu próprio corpo já tendo sido tornado como morto (de quase cem anos sendo (Abrão)), nem tampouco atentou para o estado de como morto do útero de Sara.
    Romanos 4: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    57 d.C.
    G1438
    heautoû
    ἑαυτοῦ
    cortar, talhar, picar, derrubar, separar, cortar em dois, raspar
    (cut down)
    Verbo
    G1541
    hekatontaétēs
    ἑκατονταέτης
    revelar
    (brought over)
    Verbo
    G2235
    ḗdē
    ἤδη
    (already)
    Advérbio
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2657
    katanoéō
    κατανοέω
    a rainha do rei Ezequias e mãe de Manassés
    ([was] Hephzibah)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3388
    mḗtra
    μήτρα
    um ventre
    (a womb)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G3499
    nekróō
    νεκρόω
    restante, excesso, resto, remanescente, excelência
    (the excellency)
    Substantivo
    G3500
    nékrōsis
    νέκρωσις
    sogro de Moisés
    (to Jether)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4102
    pístis
    πίστις
    (faith)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G4225
    poú
    πού
    coisa juntada, junção, costura, lugar da junção
    (in the coupling)
    Substantivo
    G4564
    Sárrha
    Σάῤῥα
    ()
    G4983
    sōma
    σῶμα
    o nome original do último rei de Judá antes do cativeiro; também conhecido como
    (Mattaniah)
    Substantivo
    G5225
    hypárchō
    ὑπάρχω
    o dono da eira pela qual a arca estava passando em viagem para Jerusalém quando
    (of Nachon)
    Substantivo
    G770
    asthenéō
    ἀσθενέω
    ser fraco, débil, estar sem força, sem energia
    ([those] ailing)
    Verbo - particípio presente ativo - Masculino no Plurak acusativo acusativo


    ἑαυτοῦ


    (G1438)
    heautoû (heh-ow-too')

    1438 εαυτου heautou

    (incluindo todos os outros casos)

    de um pronome reflexivo que caiu em desuso e o caso genitivo (caso dativo ou acusativo) de 846; pron

    1. ele mesmo, ela mesma, a si mesmo, eles ou elas mesmos, a si próprios

    ἑκατονταέτης


    (G1541)
    hekatontaétēs (hek-at-on-tah-et'-ace)

    1541 εκατονταετης hekatontaetes

    de 1540 e 2094; adj

    1. centenário, (de) cem anos

    ἤδη


    (G2235)
    ḗdē (ay'-day)

    2235 ηδη ede

    aparentemente de 2228 (ou possivelmente 2229) e 1211; adv

    1. agora, já

    Sinônimos ver verbete 5815


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κατανοέω


    (G2657)
    katanoéō (kat-an-o-eh'-o)

    2657 κατανοεω katanoeo

    de 2596 e 3539; TDNT - 4:973,636; v

    perceber, notar, observar, entender

    considerar atenciosamente, fixar os olhos ou a mente em alguém


    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)

    μήτρα


    (G3388)
    mḗtra (may'-trah)

    3388 μητρα metra

    de 3384; n f

    1. ventre, útero

    νεκρόω


    (G3499)
    nekróō (nek-ro'-o)

    3499 νεκροω nekroo

    de 3498; TDNT - 4:894,627; v

    1. mortificar, entregar à morte, assassinar
    2. cansar-se
      1. de um velho impotente

        privar de poder, destruir a força de


    νέκρωσις


    (G3500)
    nékrōsis (nek'-ro-sis)

    3500 νεκρωσις nekrosis

    de 3499; TDNT - 4:895,627; n f

    1. abandonar à morte, matança
    2. ser deixado à morte
    3. estado de morte, lentidão total, esterilidade
      1. dos membros e orgãos do corpo


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πίστις


    (G4102)
    pístis (pis'-tis)

    4102 πιστις pistis

    de 3982; TDNT - 6:174,849; n f

    1. convicção da verdade de algo, fé; no NT, de uma convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas divinas, geralmente com a idéia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com ela
      1. relativo a Deus
        1. a convicção de que Deus existe e é o criador e governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em Cristo
      2. relativo a Cristo
        1. convicção ou fé forte e benvinda de que Jesus é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de Deus
      3. a fé religiosa dos cristãos
      4. fé com a idéia predominante de confiança (ou confidência) seja em Deus ou em Cristo, surgindo da fé no mesmo
    2. fidelidade, lealdade
      1. o caráter de alguém em quem se pode confiar

    πού


    (G4225)
    poú (poo)

    4225 που pou

    caso genitivo de um pronome indefinido pos (algum) de outra forma arcaica (cf 4214); adv

    1. onde? em que lugar?

    Σάῤῥα


    (G4564)
    Sárrha (sar'-hrah)

    4564 σαρρα Sarrha

    de origem hebraica 8283 שרה; n pr f

    Sara = “princesa”

    1. esposa de Abraão

    σῶμα


    (G4983)
    sōma (so'-mah)

    4983 σωμα soma

    de 4982; TDNT - 7:1024,1140; n n

    1. o corpo tanto de seres humanos como de animais
      1. corpo sem vida ou cadáver
      2. corpo vivo
        1. de animais
    2. conjunto de planetas e de estrelas (corpos celestes)
    3. usado de um (grande ou pequeno) número de homens estreitamente unidos numa sociedade, ou família; corpo social, ético, místico
      1. usado neste sentido no NT para descrever a igreja

        aquilo que projeta uma sombra como distinta da sombra em si


    ὑπάρχω


    (G5225)
    hypárchō (hoop-ar'-kho)

    5225 υπαρχω huparcho

    de 5259 e 756; v

    1. começar por baixo, fazer um começo
      1. iniciar

        vir a, portanto estar lá; estar pronto, estar à mão

        estar


    ἀσθενέω


    (G770)
    asthenéō (as-then-eh'-o)

    770 ασθενεω astheneo

    de 772; TDNT - 1:490,83; v

    1. ser fraco, débil, estar sem força, sem energia
    2. estar carente de recursos, indigente, pobre
    3. estar debilitado, doente