Enciclopédia de Gálatas 1:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gl 1: 11

Versão Versículo
ARA Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem,
ARC Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens.
TB Declaro-vos, irmãos, que o evangelho que foi pregado por mim não é segundo o homem;
BGB Γνωρίζω ⸀γὰρ ὑμῖν, ἀδελφοί, τὸ εὐαγγέλιον τὸ εὐαγγελισθὲν ὑπ’ ἐμοῦ ὅτι οὐκ ἔστιν κατὰ ἄνθρωπον·
BKJ Mas asseguro-vos, irmãos, que o evangelho que foi pregado por mim, não é segundo o homem.
LTT Mas faço-vos saber, ó irmãos, que o evangelho (as boas novas) (aquele por mim havendo sido pregado- como- as- boas- novas) não é segundo o homeM.
BJ2 Com efeito,[h] eu vos faço saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o homem,
VULG Notum enim vobis facio, fratres, Evangelium, quod evangelizatum est a me, quia non est secundum hominem :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gálatas 1:11

Romanos 2:16 no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.
I Coríntios 2:9 Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam.
I Coríntios 11:23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
I Coríntios 15:1 Também vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado, o qual também recebestes e no qual também permaneceis;
Gálatas 1:1 Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos),
Efésios 3:3 como me foi este mistério manifestado pela revelação como acima, em pouco, vos escrevi,

Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Dois (2)

A natureza dualística existente no cosmo. O positivo e negativo, o bem e o mal, céus e terra, anoite e o dia, ..., Etc. É a pluralidade das criaturas existentes no mundo, isto é, as coisas tangíveis; a matéria.



Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

gl 1:11
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

Ao chegarmos ao sexto volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição, pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

gl 1:11
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24
SEÇÃO

INTRODUÇÃO DE PAULO

Galatas 1:1-10

A. SAUDAÇÃO APOSTÓLICA, 1:1-5

Tendo enfatizado sua comissão divina como apóstolo, Paulo junta-se a seus compa-nheiros de viagem na saudação às igrejas na Galácia. Trata-se de saudação de graça e paz de Deus Pai, e do Senhor Jesus Cristo, cuja doação de si próprio tornara possível o resgate deles do mundo mau em que viviam. E por causa deste dom que glorificavam a Deus.

Nos primórdios da igreja, um apóstolo (1) ocupava posição distinta de liderança e autoridade.' Embora se considerasse o menos merecedor de ser chamado apóstolo, por ter perseguido a igreja (cf. 1 Co 15:9), mesmo assim Paulo defendia seu direito a esse ofício (cf. 1 Co 9.1,2; 2 Co 11.5; 12.11,12) e, repetidamente, assumia o título.' Paulo decla-ra que seu apostolado não era da parte dos (apo, "de") homens, nem por (dia, "através de"; cf. BAB, BJ, RA) homem algum; não era de fonte humana ou por agência humana. Este era o ponto onde seus inimigos o desafiavam e procuravam minar-lhe a autoridade.' Com esta declaração brusca e direta, já no início da carta, o apóstolo propositadamente nega a base em que se apoiavam para desqualificá-lo. Paulo afirma que a única fonte e agência de apostolado que ele considera é por Jesus Cristo. Ele foi comissionado diretamente por Jesus.' Na estrada de Damasco, ele encontrara o Senhor ressurreto; esta era a base de sua reivindicação ao ofício apostólico (cf. 1 Co 15.8). Sua autoridade veio através de Cristo, de Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos. Por conseguinte, todo aquele que desafiasse sua autoridade teria que resolver com o próprio Deus.

Todo servo de Cristo — ministro e leigo — deve ter o senso da comissão divina. A fonte e agência de suas obras têm de ser mais altas que a autoridade humana. Se ele for enviado só por homem, fracassará. Claro que a garantia preciosa de que "Deus me enviou" pode ser extrapolada; mas a obstinação e arrogância lançam uma sombra na realidade da declaração. Muitos ficam imaginando se, na escolha de Matias (At 1:23-26), os onze apóstolos, talvez, deixaram de fazer a escolha de Deus. O tempo mostra que Paulo era possivelmente a substituição planejada por Deus para o lugar de Judas.

A referência de Paulo à ressurreição de Jesus como base de sua reivindicação à comissão divina destaca a importância desta doutrina de fé na igreja primitiva. Tudo em que criam era condicional ao fato de que Deus Pai ressuscitara Jesus Cristo. "Se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados" 1Co 15:17). Cabe aqui uma pergunta: Até que ponto a ressurreição é importante para nossa fé hoje? Não sabemos com certeza onde Paulo estava quando escreveu esta carta (cf. Intro-dução). Mas, de acordo com suas saudações habituais,' ele envia a carta de todos os

irmãos que estão comigo (2).

Esta é provavelmente referência aos companheiros missionários de viagem (cf. Atos 20:4) e não aos membros de uma igreja. Estes obreiros eram indubitavelmente conhe-cidos e respeitados pelas igrejas gálatas, e a menção deles daria força à mensagem de Paulo.

Uma das questões não solucionadas da erudição do Novo Testamento é a identifica-ção das igrejas da Gaiácia (2). Estão localizadas no distrito norte da Ásia Menor (o uso popular e étnico) ou na região sul da província da Galácia (o uso técnico romano) ? O fato de Paulo nunca se referir às cidades da Galácia do Norte é forte argumento em defesa da Teoria da Galácia do Sul (cf. Introdução; ver Mapa 1).

A bênção apostólica: Graça e paz, da parte de Deus Pai e da de nosso Senhor Jesus Cristo (3), já se tornara, nestes primeiros tempos, forma-padrão. Faz parte da saudação em cada uma das cartas de Paulo. Embora encontremos idéias relacionadas em saudações gregas e hebraicas, esta saudação espelha os inigualáveis conceitos cris-tãos do favor de Deus, que fornece a salvação por Cristo, e da resultante bem-aventurança. Paulo não está declarando especificamente que Jesus morreu pelos pecados do ho-mem, mas não há dúvidas de que era esta a intenção, quando observa que Jesus deu-se

a si mesmo por nossos pecados (4). A cruz e a ressurreição são o tema primário de Paulo, de forma que ele raramente menciona a vida e ministério de Jesus. O entendi-mento de Paulo acerca do pecado torna a cruz indispensável. Uma vida dedicada ‑mesmo a de Jesus Cristo — não é eficaz em expiar o pecado. O propósito de doar-se é que Ele poderia livrar-nos do presente mundo mau. Ao aceitar o fato histórico da cruz, Paulo faz uma aplicação pessoal e prática — libertação presente. A palavra livrar (exaireo) sugere resgate de um estado de impotência.' Essa salvação não é a conseqüência univer-sal e automática da cruz, mas é uma pronta possibilidade.'

Esta é a única ocasião em que Paulo fala deste século (lit., era) como presente e mau, embora em outros lugares esteja claramente indicado em sua expressão comum "o mundo". Sua figura de linguagem é vividamente descritiva. Os homens estão desespera-damente presos nas garras deste mundo mau; mas, pela cruz, Cristo pode salvá-los. Paulo não sugere que o propósito de Deus é retirar os homens do mundo, mas que ele os salva do poder do mal em vigor no mundo. É significativo que o apóstolo aborde o tema da libertação do poder do pecado já na saudação. Em geral, depois da bênção apostólica,

  • apóstolo expressa ação de graças a Deus acompanhada por uma nota de elogio àqueles a quem ele escreve. Aqui, é notadamente diferente. A referência à libertação do pecado, fundamentada completamente na morte de Cristo, realça a maior preocupação de Paulo: refutar os proponentes da lei. Em vez de elogiar os gálatas, ele confessa assombro e surpresa por terem rejeitado a graça de Cristo.
  • Como declaração fortalecedora da identificação de Cristo com o Pai, o apóstolo acres-centa que esta libertação foi segundo a vontade de Deus, nosso Pai. Cristo deu-se aos homens por completo de acordo com a vontade do Pai. Assim Paulo pode concluir: a quem seja glória para todo o sempre. Amém! (5).

    B. RAZÃO PARA ESCREVER, 1:6-10

    1. Apostasia dos Gálatas (1.6,7)

    Nesta subdivisão, Paulo está atônito por terem os gálatas abandonando tão depres-sa a Cristo que os chamara. Eles o renunciavam em troca de um evangelho diferente, que, na realidade, não era evangelho coisa alguma. Aqueles que os incomodavam só queriam perverter o evangelho de Cristo. Como ele lhes dissera, todo aquele que pregas-se um evangelho diferente do que receberam — seja de Paulo ou de um anjo — estaria sob a maldição de Deus. Paulo, então, pergunta se sua pregação invoca a Deus ou aos homens e, se, com isto, ele procura agradar aos homens.

    Admiro-me de que tão depressa afastásseis' daquele que vos chamou (6). Paulo estava admirado por terem desistido em tão pouco tempo.' O uso do tempo presen-te indica claramente que os gálatas estavam no processo de abandono. Isto explica a urgência de Paulo quanto a procurar fazê-los voltar antes que se estabelecessem no erro. Um movimento ou mudança envolve partir como também chegar. Para aceitar um evan-gelho diferente os gálatas tinham de deixar o que tinham conhecido e experimentado. Eles estavam desviando-se de Deus. Foi ele que os chamara das trevas pagãs para si — o Deus que é Luz, Vida e Amor. O espanto de Paulo é que eles dessem as costas a Deus tão rapidamente, e os lembra que Deus os chamara à graça de Cristo. Na base do pensamento do apóstolo está a crença de que todas as coisas são de Deus (o Pai) através de Cristo (o Filho).

    Num nítido jogo de palavras em grego, Paulo declara ironicamente que eles se volta-ram para outro (heteros) evangelho, o qual não é outro (allos, 7). Seus oponentes diziam que o que ensinavam era um evangelho, querendo dizer logicamente que era superior ao que Paulo pregara. Por um momento, o apóstolo aceita a afirmação. Mas diz que o que pregam é heteros evangelho — "de tipo diferente". Não é um evangelho allos — "do mesmo tipo".' Em seguida, Paulo ressalta as razões específicas por que não era outro evangelho do tipo que tinham recebido; na realidade, não era evangelho coisa alguma. O verdadeiro evangelho é "boas-novas" — especificamente as boas-novas de salvação. Os oponentes de Paulo os inquietavam (tarasso). A intenção era agitar, pertur-bar e desestabilizar os gálatas. Ao inquietar estes novos-convertidos, eles queriam trans-tornar (metastrepho, lit., "arruinar") o evangelho de Cristo. O que ensinavam não era absolutamente evangelho, mas tentativa velada de destruir o evangelho de Cristo que é as "boas-novas" de que, por Cristo, há libertação deste século mau (cf. 4). Como Paulo argumentará depois com mais detalhes, o resultado dessa mensagem era só escra-vidão e servidão em contraste com a libertação e liberdade que os gálatas encontraram mediante a graça, pela fé.

    2. A Questão Crucial (1:8-10)

    Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evange-lho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema (8). Paulo estava tão con-vencido de que não havia outro evangelho que invocou a maldição de Deus sobre si mes-mo — ou até sobre os anjos do céu —, caso eles "pregassem um evangelho diferente (gr., para) daquele que vos pregamos' (cf. BJ, CH). Estas palavras não eram um discurso inconseqüente ou mera retórica. A pessoa da herança e educação de Paulo teria profundo respeito por votos solenes e maldições. Ser anátema (cf. "amaldiçoado", NTLH; "maldi-to", BAB; cf. CH) era fatal.' A natureza séria do erro promulgado entre os gálatas é destacada por tal declaração. Paulo os avisara deste erro, talvez na primeira vez que lhes pregara. Por isso, os lembra: Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo (9). O contraste entre agora... vo-lo digo e já vo-lo dissemos torna bastante certo que ele não estava se referindo ao versículo anterior.

    Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. O versículo 9 difere do versículo 8 no ponto em que é usado o pronome indefi-nido "alguém" (tis) no lugar do sujeito — Paulo ou um anjo. No versículo 8, a possibilida-de é mais remota — "se nós" —, ao passo que neste versículo a construção gramatical sugere que tal possibilidade está acontecendo — "se alguém está". É indiscutível que Paulo está se referindo ao que estava sendo feito na Galácia. Inicialmente, ele se usara como mera ilustração hipotética.

    Em nossos dias de tolerância crescente na religião, a denúncia dogmática de Paulo soa um tanto quanto descabida. Claro que há o respeito pela crença dos outros e apoia-mos a garantia de que ninguém sofra perseguição religiosa. Mas isto não significa que todos os caminhos levam a Deus. A oposição de Paulo não era um sectarismo estreito; era a preocupação sobre o meio fundamental de salvação. Ele estava convencido de que o curso que os gálatas estavam tomando os conduziria à escravidão espiritual — e quem saberia melhor que ele, que tinha vivido sob a lei? Só lhe resta condenar tal teologia -terminantemente. O seu Mestre não advertira que ele viera trazer espada (cf. Mt 10:34) ? Nestes dias em que vivemos precisamos ouvir esta voz de certeza e convicção, bem como da verdadeira tolerância.

    Os oponentes de Paulo o acusaram de ajustar sua mensagem de forma que fosse atraente aos homens e lhes ganhasse o favor. Por isso, pergunta: Persuado (peitho,

    "apelo") eu agora a homens ou a Deus? (10). Tal condenação séria é humanamente atraente? Ele repete a pergunta com palavras diferentes: Procuro agradar a homens?

    A resposta é um enfático Não! Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo. Esta afirmação deve ser entendida em termos do seu contexto. Paulo estava sendo acusado pelos judeus de rejeitar a lei para agradar aos gentios. Em outro texto, o apóstolo demonstra abertamente a importância e até a necessidade de agradar aos homens a fim de conquistá-los para Cristo (cf. 1 Co 10.33). O apóstolo não pode ser considerado um independente radical. Ele era sensível às atitudes dos homens. Se ele se

    permitisse ser colocado em servidão das opiniões de homens ele já não seria o servo liberto de Cristo. Se ele tivesse de decidir entre agradar aos homens e a Deus, sua esco-lha não estava em discussão.

    Segundo A. F. Harper, temos nos versículos 1:10 "A Mensagem de Deus a quem se Desvia de Jesus":
    1) A
    mensagem vem de Deus Pai, 1, e por meio de um líder espiritual preocupado (4,19) ; 2). A maior preocupação de Deus é a nossa salvação do pecado, 4;

    3) Você se desviou de Jesus?, 6,7;

    4) A seriedade da deserção, 8,9;

    5) O caminho para a recuperação: Procuro ser servo de Cristo, 10 (ver tb. 2:18-20).

    SEÇÃO II

    AUTORIDADE - DE DEUS E NÃO DO HOMEM

    Galatas 1:11-2.21

    A. DECLARAÇÃO DA AUTORIDADE DE PAULO, 1:11-12

    Paulo declara aos seus irmãos que o evangelho que ele lhes pregara não era mensa-gem humana ou elaborada pelo homem; ele não o recebera de homem, nem lhe fora ensinado. Ele a recebera por revelação de Jesus Cristo.

    Inicialmente, Paulo deseja que eles entendam que sua autoridade é de Deus e não do homem: Mas faço-vos saber (11; gnorio, "fazer saber"). O que ele afirma em declara-ção direta agora fundamentará em detalhes. Ao tratá-los de irmãos, ele dá a entender que a apostasia dos gálatas não estava completa ou era irrevogável; eles ainda eram seus companheiros cristãos. Como Paulo enfatizará depois, o evangelho por ele anun-ciado era o pronunciamento de que a salvação era mediante a graça, pela fé, e não pelas obras da lei (cf. 3:1-4.31). A carta não indica em nenhum lugar que ele tinha outro conflito teológico com seus oponentes. De particular significação é o fato de que o evange-lho não é segundo os homens.' Esta expressão tem importância especial para Paulo, sendo, talvez, equivalente a "carnal".' O significado que o apóstolo quer transmitir é claro: o seu evangelho não era mera mensagem humana, como ele explica no versículo seguinte.

    Esta mensagem não era humana, porque Paulo não a recebera, nem a aprendera de homem (12). Nem a fonte do seu evangelho, nem o método pelo qual ele o recebera era humano. A maioria dos expositores cristãos, até nos dias de Paulo, foi ensinado por ou-tros homens, mas ele não. O evangelho lhe veio por revelação de Jesus Cristo. Isto não diz respeito a uma revelação geral, disponível a todos que a recebessem, mas a uma revelação especial e pessoal para Paulo.

    A pessoa que afirma ter uma revelação pessoal faz-se acusável de ser arrogante e perigosa. Não é difícil avaliar a preocupação dos oponentes de Paulo. Com base no que lhes pareceria revelação estritamente particular e pessoal, ele estava abolindo muito do que eles consideravam vital e sagrado. No transcurso dos séculos, homens têm se levan-tado proclamando uma mensagem que afirmam ser revelação especial. Esta é precisa-mente a falácia de grande parte do atual conceito de "inspiração". Tais mestres concor-dam que a Bíblia é "inspirada". Mas do mesmo modo há outras obras inspiradas — até as de um Shakespeare e de um Beethoven. É lógico que isto destrói a singularidade das Escrituras. Reconhecemos que Deus inspirou e deu revelações aos homens desde os tem-pos bíblicos. Mas a revelação da Palavra escrita é inigualável. Neste sentido, é terminal e não contínua. A declaração audaciosa de Paulo foi inteiramente fundamentada, não por ele, mas pelo Espírito de Deus. Nossa tarefa não é fazer acréscimos à revelação escrita, mas entendê-la e explicá-la.

    B. FUNDAMENTO DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO, 1:13 2:21

    1. Antes da Conversão — Oposição Zelosa (1.13,14)

    Paulo lembrou aos gálatas os fatos que eles sabiam sobre a maneira como ele outro-ra se comportava no judaísmo — a perseguição excessiva da igreja e a busca zelosa das tradições dos seus antepassados.

    Estes convertidos pagãos na Galácia ouviram (13) deste período da vida de Paulo por seus próprios lábios, o que está de acordo com seu costume de usar o testemunho pessoal na pregação. Eles sabiam de suas relações (conduta), no passado, no judaís-mo. O termo grego anastrophe (conduta) significa "modo de vida" (BJ) — "comporta-mento" ou "procedimento" (NVI) —, fato que é prontamente verificado na descrição que se segue. Paulo se refere especificamente à sua conduta na religião dos judeus (lit., judaísmo). Os gálatas também estavam cientes de como sobremaneira ele perse-guia a igreja de Deus e a assolava. A perseguição paulina da igreja cristã' era dema-siada e extrema. O verbo grego protheo (assolava) é muito forte; significa "destruir" (cf. NTLH; NVI) ou "pilhar" com a nítida conotação de devastação (cf. RA) bélica. O apóstolo está descrevendo que sua conduta antes da conversão era uma guerra pessoal contra a igreja de Cristo.

    Paulo não só demonstrava seu zelo perseguindo os cristãos e destruindo a igreja, mas, ao mesmo tempo, excedia (14; prokopto, "progredia", BJ) 4 em judaísmo a mui-tos de sua própria nação que eram da mesma idade que ele. Nascido de pais hebreus, ele aceitara a interpretação mais rígida da lei — o farisaísmo. Mesmo por estes pa-drões excessivamente rigorosos ele podia dizer que era "irrepreensível" (cf. Fp 3:5-6), sendo extremamente zeloso das tradições de seus pais. Seu progresso no judaís-mo ia muito além da justiça da lei — no sentido mais rigoroso. Ele diz que era zelote.5 Claro que isto fazia parte essencial do farisaísmo.6 Neste aspecto, ele excedeu a muitos dos seus contemporâneos.

    O argumento básico de Paulo é que sua vida antes da conversão mostra que ele recebeu de Deus, e não do homem, a autoridade para o seu evangelho. Em apoio ao argumento, ele destaca fatos de sua hostilidade extrema ao cristianismo (no lado negativo) e seu progresso superior no judaísmo farisaico (no lado positivo). Ambos os lados são provas que sua aceitação do cristianismo não podia ser absolutamente delineada pela influência ou instrução cristã (humana) ! Só uma revelação divina podia fazer isso.

    2. Depois da Conversão — Sem Consulta Humana (1:15-24)

    a) Paulo na Arábia e Damasco (1:15-17). Quando Paulo nasceu, Deus o escolheu para pregar aos gentios. Quando Deus o chamou pela revelação de seu Filho, Paulo não visitou os apóstolos em Jerusalém, mas foi para a Arábia (cerca de 320 quilômetros ao sul de Damasco, e 160 quilômetros a sudeste de Jerusalém; ver Mapa 2). Foi só depois de três anos que ele visitou Pedro e Tiago em Jerusalém, e, então, por apenas 15 dias. Em seguida, foi para a Síria e Cilicia (ver Mapa 1). Durante este tempo, ele era desconhecido pelas igrejas na Judéia, exceto pela informação de que o ex-perseguidor agora pregava a fé que outrora destruía.

    Como Burton observou,' a seção introduzida pela palavra mas (15) não está em contraste com o que vem anteriormente. É, na verdade, uma extensão. Uma tradução melhor seria: E quando aprouve a Deus. A expressão quando aprouve a Deus é um hebraísmo que reconhece a soberania divina. E apenas outro modo de dizer: "quando Deus quis" (cf. "quando [....] houve por bem", BJ). Foi Deus quem separou Paulo no ventre de sua mãe. Esta última expressão é outro hebraísmo bem conhecido para refe-rir-se ao momento do nascimento. Paulo está chamando atenção ao fato de que desde o nascimento Deus o separara. O verbo grego aphorizo (separou) significa "separar de", no sentido de excomunhão (cf. Lc 6:22), ou "separar para". Claro que o sentido aqui é a segunda acepção, sendo praticamente equivalente a uma nomeação. Deus nomeara Paulo para a tarefa especial no nascimento. Até que um dia, na estrada de Damasco, esta nomeação foi revelada' e Deus o chamou. O fariseu cegamente zeloso foi confrontado pelo Cristo ressurreto — e ouviu o chamado de Deus. Como observado no versículo 6, no entendimento de Paulo, a proclamação do evangelho era Deus chamando os homens para si. O apóstolo ouviu o chamado da boca do Senhor ressurreto. O chamado e a nome-ação eram, como são todas as bênçãos de Deus, pela sua graça.

    Os detalhes desta revelação encontram-se em outros lugares das Escrituras, princi-palmente nos três relatos da conversão de Paulo (At 9:1-18; 22:4-16; 26:9-18). Como está evidente pela referência abreviada nesta carta, o fato importantíssimo era que a experi-ência tivera o desígnio de revelar seu Filho em mim (16). Este incidente tornou-se a pedra fundamental do ministério de Paulo, no qual tudo o mais se baseava. Ele era legalmente apóstolo, porque vira Cristo (cf. 1 Co 9.1; 15.8). Diante de seus compatriotas e captores romanos ele tinha apenas uma única defesa — ele se encontrara com o Senhor ressurreto. Sua autoridade para pregar o evangelho, agora sob ataque, era que ele a recebera por revelação do Filho de Deus. Qual foi esta revelação? Os textos dizem que era "pantomima", "alucinação", "sinal", "transe" e "visão". Mas todas estas explicações deixam escapar o ponto principal — foi uma revelação pessoal. Deus revelou seu Filho a mim! O propósito da experiência era que Paulo pregasse entre os gentios. O termo grego ethnos (gentios) designa todos os que não são judeus (cf. Act 9:15-22.15; 26:16-18).

    Como a experiência de Paulo com Cristo tornou-se o foco de sua vida e ministério, assim o cristão hoje precisa de um ponto de referência em sua vida espiritual. Obviamente, a experiência de Paulo era única, mas mesmo assim há uma experiência pessoal de confronto com Cristo que proporciona a realidade espiritual daqueles que buscam a Deus. É necessário no que tange ao chamado para o ministro de Cristo, e não é menos essencial para todo seguidor do Salvador. Um encontro com o Senhor vivo e ressurreto é o começo indispensável de toda vida transformada — o milagre do novo nascimento. Isto se torna para os nascidos de novo um ponto de perspectiva que faz com que tudo que acontece entre em foco. "Perdido andei, sem ver a luz, mas Cristo me encontrou."*

    "Preciosa a Graça de Jesus", Hinário para o Cantor Cristão , n.' 314, linhas 3 e 4 da estrofe 1, letra em inglês de John Newton e em português da Comissão do Hinário para o Cantor Cristão, 1990 (São Paulo: Bompastor, 2003, 3.á reimpressão). (N. do T.)

    Paulo fundamenta suas declarações mostrando que, depois de ter-se convertido e recebido revelação especial, ele não consultou carne nem sangue (16). O verbo grego prosanatithemi (consultei) significa "contribuir" ou "acrescentar algo". Neste caso, o apóstolo está deixando claro que nenhum homem acrescentou nada ao seu evangelho -tudo veio de Deus. Suas atividades antes e após a conversão apóiam esta declaração.

    Nem tornei ("subi", BAB, BJ, RA) a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos (17). Os judeus sempre usam a expressão "subir a Jerusalém", que reconhecidamente tornou-se lugar de liderança humana e autoridade na igreja pri-mitiva. É significativo que o novo-convertido, tendo sido especialmente chamado, não tenha trocado idéias cóm os líderes cristãos. Este fato apóia fortemente a declaração paulina de possuir uma autoridade exclusiva. A palavra antes é importante no ponto em que ressalta o apostolado de Paulo. Ele também era apóstolo, embora outros o tivessem precedido nesse chamado santo.

    Paulo foi para a Arábia, fato que está em nítido contraste com Jerusalém. Era um lugar deserto e não uma metrópole próspera. Ali, Paulo teve comunhão com Deus em vez de ter comunicação com os homens. Ele não declara o propósito da viagem para a Arábia, mas está claramente implícito que era um recolhimento ou afastamento e não uma atividade missionária. Da perspectiva da história, sabemos que Paulo precisava refazer seu sistema de pensamento. Isto era essencial para que ele ministrasse fora das frontei-ras do judaísmo. Os primeiros apóstolos tiveram apenas de acrescentar Cristo ao espera-do Messias do judaísmo. Paulo teve de fazer mais. Depois do período de meditação na Arábia, voltou outra vez a Damasco. Esta é a primeira menção da cidade de Damas-co, que é predominante em todos os relatos da conversão de Paulo em Atos. O fato de ter voltado outra vez a Damasco indica, obviamente, que ele saíra de lá. Nessa cidade pregou, provavelmente, com vigor e discernimento renovados depois do período na Arábia.

    b) A curta visita de Paulo a Jerusalém (1:18-20). Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro (18)." A menção aos três anos tem o efeito de mostrar que ele adiou a consulta com os líderes da igreja por todo este longo período de tempo. Os três anos representam o provável período total de sua conversão. Não há indícios de que a viagem de Paulo a Jerusalém tenha sido feita com a finalidade de obter aprovação ou sanção para o seu evangelho. Tratava-se de simples visita para conhecer Pedro, o líder reconhecido da igreja. E foi uma visita curta — apenas quinze dias em comparação aos três anos que haviam passado desde a conversão. Claro que esses poucos dias proporcionariam exígua oportunidade para instrução ou treinamento.

    E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor (19). Se estivesse buscando aprovação ou aceitação oficial, seria de se esperar que Paulo visitasse todos os apóstolos. Isto ele nega propositadamente,' afirmando que o único apóstolo que viu, além de Pedro, foi Tiago, o irmão do Senhor. Esta referência a Tiago é de importância especial, porque ele, como líder da igreja em Jerusalém, estava associ-ado ao grupo legalista que mais tarde discordou de Paulo.

    A atitude de Paulo para com os líderes da igreja não deve ser interpretada como desprezo pela liderança humana. O mundo de Paulo se esfacelara e só Deus podia re-construí-lo — na comunhão solitária. Tempos depois, quando seu evangelho foi desafia-do, não lhe restava senão defendê-lo desta maneira. Há evidências claras que o apóstolo respeitava profundamente a liderança e autoridade humana (cf. Atos 21:18-26), mas não hesitava em exigir explicações de quem quer que fosse, se tal pessoa transigisse com a verdade de sua consciência. Este é modo de reconhecer que a autoridade humana mais alta é a consciência pessoal. Assim, 15 séculos depois, Martinho Lutero, discípulo de Paulo, desafiou a igreja e o império ao declarar: "Não é nem seguro nem certo agir contra a consciência!"

    Paulo poderia afirmar: Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico e não minto (20). Esta declaração solene — chamar Deus como Testemunha da veracidade do que a pessoa fala — é método usado por Paulo para enfatizar a impor-tância do que ele diz (cf. Rm 9:1-2 Co 1.23; 11.31; 1 Ts 2.5).

    c) Paulo na Síria e Cilicia (1:21-24). O relato em Atos 9:28) preenche muito dos detalhes sobre o termo posteriormente (21). Os anos que Paulo passou na Síria e na Cilicia (ver Mapa

    1) vieram depois que ele pregou e discutiu abertamente Cristo em Jerusalém e depois que ele despertou a oposição assassina de seus inimigos (cf. At 9:29-22:17-20). Seus irmãos cristãos o enviaram a Tarso em prol de sua segurança pessoal. É óbvio que ele fez dessa cidade sua sede na Cilicia. Após este fato, ele foi levado a Antioquia da Síria (ver Mapa

    1) por Barnabé (cf. Atos 9:30-11.25).

    A declaração de que ele era desconhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo (22) não deve ser entendida com o sentido de que os judeus cristãos não tinham visto ou ouvido falar de Paulo depois de sua conversão. O ponto do seu argu-mento é que, durante este período extenso, ele não pregou nem trabalhou em Jerusalém — o primeiro centro da igreja. As narrativas em Atos deixam bastante claro que Paulo pregara e testemunhara em Jerusalém antes de ter voltado para Tarso. Porém, ao longo deste período de aproximadamente 11 anos, ele não voltou à Judéia.

    Neste ínterim, a igreja na Judéia ouvira apenas que, aquele que já nos perse-guiu anuncia, agora, a fé que, antes, assolou (23). Eram notícias comoventes e incrí-veis; e glorificavam a Deus a respeito de mim (24).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 22
    1.1 Paulo. Sabemos, através de quinze referências em At 7:13, que Paulo também tinha o nome de “Saulo”. Em suas cartas, no entanto, sempre refere-se a si próprio como “Paulo”, um nome comum entre os romanos.

    apóstolo. A palavra significa “mensageiro”. Embora Paulo, algumas vezes, empregasse o termo para designar um comissionado como Epafrodito (Fp 2:25), aqui o emprega com referência aos primeiros apóstolos em Jerusalém (1.19; 1Co 15:9). Paulo defende a autoridade que tem como apóstolo para estabelecer o fundamento da Igreja (1Co 3:10; 9:1; 14:37,38; Ef 2:20; 3.3-5). Ver 2Co 1:1 nota.

    1.3 graça a vós outros e paz. Todas as cartas de Paulo começam mencionando essas duas bênçãos de Deus. “Graça” traduz o termo grego charis, que significa “um ato de bondade imerecido”. Paulo usa essa palavra com mais freqüência do que qualquer outro escritor do Novo Testamento e a confere grande sentido teológico. Aplica-se a tudo o que Deus nos deu em Cristo, sem que tivéssemos obtido por merecimento ou que possamos devolver. "Paz" aplica-se ao relacionamento inaugurado pela morte e ressurreição de Cristo (1,4) entre Deus e os que crêem no evangelho. Para um comentário do próprio Paulo sobre o significado desses dois termos, ver Rm 5:1,2.

    1.6 vos chamou na graça. A graça de Deus vem até nós por iniciativa dele mesmo, através de seu chamado, e não por causa de coisa alguma que tenhamos feito para merecê-la (1.15; Rm 4:4-8; 8:30; 9.11-13).

    1.7 alguns que vos perturbam. Provavelmente cristãos de origem judaica provenientes de Jerusalém, os quais insistiam em exigir dos gentios não apenas que cressem em Jesus Cristo mas também que aceitassem a circuncisão e, desse modo, se tornassem judeus (2.3-5, 12; 6.12, 13). Vários indícios dessa idéia estavam disseminadas entre os cristãos de origem judaica na igreja primitiva (At 15:1-21.20, 21; Fp 3:2, 3).

    1.8, 9 Aqueles que exigem mais do que a fé em Jesus Cristo para salvação, ainda que suas credenciais sejam as melhores, distorcem completamente o evangelho. Os pregadores do falso evangelho estão debaixo da condenação de Deus.

    1.9 anátema. A ação de graças que Paulo normalmente faz por seus leitores é aqui substituída por uma ameaça de maldição, repetida para fins de ênfase. A palavra grega é anathema, empregada também em Rm 9:3.

    1.10 procuro agradar a homens? Os adversários de Paulo na Galácia não atacaram somente o evangelho mas também o seu mensageiro, a saber, Paulo. Uma das acusações era a de que Paulo pregava uma forma pouco exigente do evangelho, sequer exigindo a circuncisão ou a obediência às leis do sábado ou, tampouco, as restrições alimentares (4.10; 5.11).

    1.11 não é segundo o homem. Paulo defende-se da acusação de seus adversários de que ele está em rebelião contra os apóstolos de Jerusalém, os quais lhe teriam dado a autoridade que tem. Paulo argumenta que a sua autoridade vem tão somente de Deus, apenas confirmada pelos apóstolos de Jerusalém.

    1.12 mediante revelação. Ver At 9:3-5; 22:6-10; 26:13-18; 1Co 15:8.

    1.13 perseguia eu a Igreja de Deus. A perseguição que Paulo promovera contra a igreja antes do seu chamado era bem conhecida entre os primeiros cristãos (At 7:58-8.3; 9.1, 2). Paulo mesmo envergonhava-se profundamente dessa parte do seu passado (1Co 15:9), embora a considerasse evidência de que a graça de Deus é capaz de conquistar até os pecadores mais rebeldes (At 22:4-5; 26:9-11; 1Co 15:10; Fp 3:6; 1 Tm 1.13, 14).

    1.14 extremamente zeloso. Paulo gostava de mostrar a oponentes como os da Galácia que ser um judeu, ainda que um judeu zeloso, não é suficiente para a salvação. Paulo via sua própria experiência como prova de que o zelo pela lei não podia salvar (Rm 9:30–10.4; 2Co 11:22; Fp 3:4-6).

    1.15 antes de eu nascer. Paulo reproduz conscientemente as palavras do chamado de Jeremias (Jr 1:5) e, talvez, do chamado do Servo mencionado em Isaías (Is 49:1, 5), os quais, assim como Paulo, foram chamados para ser mensageiros de Deus aos gentios. Paulo tinha consciência de que o seu apostolado (v.1, nota) estava em continuidade com a tradição profética do Antigo Testamento.

    me chamou pela sua graça. Ver nota no v. 3; “Vocação Eficaz e Conversão” em 2Ts 2:14. O chamado de Paulo para ser um apóstolo, assim como a fé que possui cada crente, foi o resultado da graça precedente de Deus. Antes do nosso nascimento e, conseqüentemente, antes que pudéssemos fazer qualquer coisa boa ou má, Deus escolheu criar em nós a fé (Rm 9:10-13; Ef 1:4-6). Ninguém pode obter por merecimento o chamado de Deus; é um dom gratuito.

    1.16 gentios. Tanto “nações” como “gentios” são traduções corretas da palavra grega usada aqui. Escritores judeus aplicavam esse termo a qualquer um que não fosse judeu. Paulo fora chamado para pregar aos gentios (2.9; At 9:15-22.21; 26.17; Rm 1:5; 15:16) mas não se considerava chamado para pregar exclusivamente aos gentios. Em At 13:28, ele prega freqüentemente aos judeus e passagens como Rm 1:14-16; 9.1-5 e 1Co 9:20 mostram que dispunha-se sempre a evangelizar os judeus.

    não consultei carne e sangue. Paulo encontrou-se, obviamente, com Ananias três dias depois da sua conversão (At 9:10-19; 22:12-16). A palavra traduzida por “consultar”, todavia, sugere apresentar alguma coisa perante alguém ou submetê-la para observação e aprovação. Paulo certamente não consultou Ananias neste sentido. O papel de Ananias foi confirmar o chamado de Paulo para pregar aos gentios e batizá-lo.

    1.17 Jerusalém... Arábia... Damasco. A conversão e o chamado de Paulo aconteceram perto de Damasco (At 9:3-22.6; 26.12). Ele permaneceu na cidade vários dias após sua conversão (At 9:19). Essa antiga cidade situa-se em uma planície fértil entre dois rios, de modo que o viajante que parte dali precisa literalmente “subir” até Jerusalém através da região montanhosa da Palestina. Jerusalém era o centro cultural e religioso da Palestina e o lar de Tiago, Pedro e João, que, em Atos e Gálatas, destacam-se como os líderes da comunidade cristã primitiva em Jerusalém (2.9). Paulo enfatiza que o seu chamado para pregar aos gentios viera de Deus e não dos líderes da igreja de Jerusalém. A Arábia era governada por um rei nabateu, Aretas IV, que lutou contra Roma pelo controle de Damasco. Quando da conversão de Paulo, um governador de Aretas estava no controle da cidade e aparentemente ajudou judeus enraivecidos na tentativa de matar a Paulo (At 9:23-25; 2Co 11:32,33).

    1.18 três anos. Os “muitos dias” de At 9:23.

    a Jerusalém. A primeira viagem de Paulo a Jerusalém após a sua conversão (At 9:26-30).

    avistar-me com. Tradução da palavra grega que significa visitar alguém com o propósito de obter informação. Paulo provavelmente conferenciou com Pedro a respeito da vida e do ensino de Jesus.

    Cefas. Nome aramaico de Pedro (ver referência lateral). Tanto “Cefas” como “Pedro” significam “pedra”.

    1.19 Tiago, o irmão do Senhor. Ver Mt 13:55 e Mc 6:3. Esse Tiago não é o discípulo Tiago que aparece freqüentemente junto com Pedro e João nos evangelhos. Herodes assassinou aquele Tiago ainda nos primórdios da igreja (At 12:2). Tiago, o irmão do Senhor, no começo não cria em Jesus (Jo 7:5) mas converteu-se mais tarde, em conseqüência, talvez, da visão que teve do Senhor ressuscitado (1Co 15:7).

    1.21 Síria e Cilícia. Ver At 9:30. Paulo voltou para sua casa em Tarso (At 9:11-21.39; 22.3), a cidade mais importante na Cilícia. Esta região da Cilícia encontrava-se sob a administração da província romana da Síria durante os primórdios do primeiro século. É, pois, acurado o uso dos dois nomes por Paulo.

    1.22 Judéia. Paulo podia estar se referindo à região específica chamada Judá no Antigo Testamento ou à província romana da Judéia, que incluía a Judá antiga além da Samaria e da Galiléia.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 32
    1:1 Paulo escreveu esta carta à igreja em Roma. Ainda nenhum líder da igreja (Jacóo, Pedro, Paulo) tinha estado ali; a igreja se estabeleceu com crentes que visitaram Jerusalém durante o Pentecostés (At 2:10) e viajantes que ouviram as boas novas em outros lugares e o levaram a Roma (por exemplo, Priscila e Aquila; At 18:2; Rm 16:3-5). Paulo escreveu a carta aos Romanos durante seu ministério em Corinto (ao final de sua terceira viagem missionária, antes de voltar para Jerusalém; At 20:3; Rm 15:25) para animar aos crentes e para lhes expressar seu desejo de visitá-los algum dia (em um lapso de três anos o fez). A igreja romana não tinha o Novo Testamento, porque talvez os Evangelhos não tinham circulado em sua forma escrita final. portanto, esta carta pode muito bem ser a primeira peça de literatura cristã que os romanos viram. Escrita a judeus e gentis cristãos, a carta aos Romanos é uma apresentação sistemática da fé cristã.

    1:1 Quando Paulo, um judeu devoto que antes era um perseguidor de cristãos, acreditou, Deus o usou para pulverizar o evangelho através de todo o mundo. Apesar de sua prisão, Paulo finalmente pregou em Roma (Feitos
    28) possivelmente até ao mesmo César. se desejar mais informação a respeito do Paulo, veja-se Feitos 9.

    1:1 Paulo humildemente se autodenomina servo (escravo) do Jesucristo. Para um cidadão romano (e Paulo o era), optar por ser escravo era inimaginável, mas Paulo escolheu ser completamente dependente e obediente a seu Senhor amado. Qual é sua atitude para Cristo o Senhor? Nossa obediência ao capacita para ser úteis e servos e assim realizar o trabalho que na verdade importa.

    1:2 Algumas das profecias que predizem as boas novas do Jesucristo são Gn 12:3; Sl 16:10; Sl 40:6-10; Sl 118:22; Is 11:1ss; Zc 9:9-11; Zc 12:10; Ml 4:1-6.

    1.3, 4 Paulo acreditava que Jesus era o Filho de Deus, o Messías prometido, e o Senhor ressuscitado. Paulo chamou o Jesus descendente do rei Davi para enfatizar que na verdade no se cumpriam as profecias do Antigo Testamento no sentido de que o Messías viria da linhagem do Davi. Com esta declaração de fé Paulo manifesta estar de acordo com os ensinos das Escrituras e dos apóstolos.

    1.3-5 Aqui Paulo resume as boas novas do Jesucristo: (a) veio como humano, (2) era de linhagem real judeu, da linha do Davi, (3) morreu e ressuscitou, e (4) abriu a porta para que a graça e benignidade de Deus fossem nossas. O livro de Romanos desenvolve estes temas.

    1.5, 6 Os cristãos têm grandes privilégios e responsabilidades. Paulo e os apóstolos receberam perdão (a graça de Deus) como um privilégio imerecido. Mas também lhes atribuiu a responsabilidade de anunciar a mensagem do perdão de Deus a outros. Deus perdoa os pecados de quem por fé acreditam no como Senhor. Ao nos fazê-lo comprometemos a viver uma vida nova. A nova vida do Paulo incluiu um chamado de Deus, uma responsabilidade que O lhe deu para atestar ante o mundo como missionário. Deus pode também nos chamar a ser missionários no estrangeiro, mas O chama a todos os crentes a atestar e a ser exemplo da mudança de vida que Jesus obra nos crentes.

    1:6, 7 Paulo diz que a quem aceita a Cristo, O os convida a: (1) ser parte da família de Deus, e (2) ser gente Santa ("chamados a ser Santos", apartados, dedicados para seu serviço). Que expressão tão maravilhosa do que significa ser um cristão! Por ter renascido na família de Deus, possuímos a maior experiência de amor e a maior herança. Por tudo o que Deus tem feito por nós, devemos nos esforçar por ser um povo santo.

    1.6-12 Paulo mostrou amor para a igreja em Roma expressando o amor de Deus por eles e sua própria gratidão e apoio em oração. Para fazer impacto na vida da gente, você precisa amá-la e acreditar nela. A paixão do Paulo por ensinar a esta gente e ter companheirismo com ela começa com o amor. Dê graças a Deus por seus irmãos cristãos e lhes diga quanto lhe importam.

    1:7 Roma era a capital do Império Romano que se estendia por grande parte da Europa, o norte da África e o Próximo Oriente. Nos tempos do Novo Testamento, Roma desfrutava de sua idade de ouro. A cidade era rica na arte e as letras. Era um centro cultural mas a sua vez a moral era decadente. Os romanos rendiam culto a muitos deuses pagãos. Inclusive adoraram a alguns dos imperadores. Em contraste com os romanos, os seguidores de Cristo acreditavam em um só Deus e viviam moralmente.

    1:7 O cristianismo era muito diferente ao poderio militar dos romanos. Muitos eram simplesmente pragmáticos, acreditavam que o fim justificava os meios. E para os romanos, nada era melhor que o vigor físico. Confiavam em seu poderio militar para proteger-se contra seus inimigos. Os cristãos de todas as idades devem recordar que Deus é a única fonte de permanente segurança e salvação e, ao mesmo tempo, O é nosso Pai!

    1:8 Paulo usa a frase "graças a meu Deus mediante Jesucristo" para enfatizar que Cristo é o único mediador entre Deus e o homem. Através do, Deus nos enviou seu amor e perdão; no nome de Cristo expressamos nosso agradecimento a Deus (veja-se 1Tm 2:5).

    1:8 Como os cristãos romanos se achavam no centro do poderio político do mundo ocidental, eram extremamente visíveis. Por fortuna, sua reputação era excelente; sua fé sólida se dava a conhecer em todo mundo. O que diz a gente quando fala a respeito de sua congregação ou denominação? São certos seus comentários? O que poderia fazer você para que notem outros aspectos? Qual é a melhor maneira de que o público reconheça sua fé?

    1:9, 10 Quando orar por alguma preocupação, não se surpreenda pela forma em que Deus responda. Paulo orava por sua visita a Roma a fim de ensinar aos cristãos ali. Quando ao fim chegou a Roma, foi em qualidade de prisioneiro (veja-se At 28:16). Paulo orou por uma viagem tranqüila e chegou sem novidade depois que o prendessem, esbofeteassem, naufragasse e, entre outras coisas, mordesse-o uma víbora. Freqüentemente, a maneira em que Deus responde nossas orações difere muito do que esperamos. Quando orar, espere a resposta de Deus embora às vezes em maneiras inesperadas.

    1.11, 12 Paulo orava por ter a oportunidade de visitar estes cristãos a fim de animá-los quanto a seus dons e fé, e que eles a sua vez o animassem a ele. Como missionário de Deus, ajudou-lhes a compreender o significado das boas novas do Jesus. Como povo santo de Deus, eles poderiam lhe brindar companheirismo e bem-estar. Quando os cristãos se reúnen, cada um devesse dar e receber. Nossa fé em comum nos dá uma linguagem e propósito comuns para nos animar uns aos outros.

    1:13 Ao final de sua terceira viagem missionária, Paulo visitou Síria, Galacia, Ásia, Macedônia e Acaya. Às Iglesias destas regiões lhes chamava gentis devido a que estavam compostas principalmente de gentis.

    1:14 Com "a gregos e a não gregos", Paulo se refere a todos os da cultura grega e aos que não são desta cultura. "A sábios e a não sábios" se refere às pessoas educadas e às analfabetas. Qual era a dívida do Paulo? depois de sua experiência com Cristo no caminho a Damasco (Feitos 9), consumiu toda sua vida em pregar as boas novas de salvação. Sua dívida era com Cristo por ser seu Salvador e devia pagá-la a todo mundo. Pagou sua dívida proclamando a salvação que há em Cristo para todos, sejam gentis ou judeus, sem importar barreiras culturais, sociais, raciais nem econômicas. Temos a mesma dívida com Cristo porque O recebeu o castigo reservado para nós, pelo pecado. Apesar de que é impossível lhe pagar a Cristo por tudo o que tem feito, podemos demonstrar nossa gratidão ao dar amor a outros.

    1:16 Paulo não se envergonhava porque sua mensagem era a mensagem de Cristo, as boas novas. Era uma mensagem de salvação, capitalista para trocar vistas e para todos. Quando se sentir tentado a envergonhar-se, recorde que as boas novas se referem a tudo isto. Se se centrar em Deus e no que faz no mundo, antes que em suas limitações, sua vergonha logo desaparecerá.

    1:16 por que a mensagem foi antes aos judeus? Por mais de dois mil anos foi um povo especial para Deus, desde que Deus escolheu ao Abraão e lhe prometeu grandes bênções a seus descendentes (Gn 12:1-3). Deus não os escolheu porque o merecessem (Dt 7:7-8; Dt 9:4-6), mas sim porque quis mostrar seu amor e misericórdia através deles, lhes ensinar e lhes preparar para a vinda do Messías ao mundo. Escolheu-os não porque tenha favoritos, mas sim para que o mundo conhecesse seu plano de salvação.

    Por séculos os judeus aprenderam a respeito de Deus mediante a obediência a suas leis, celebrando suas festas e vivendo de acordo a seus princípios morais. Freqüentemente esqueciam as bênções de Deus e sofriam a disciplina, mas mesmo assim possuíam a herança preciosa de poder acreditar e obedecer ao único Deus verdadeiro. De entre todos os habitantes da terra, os judeus deviam ter sido os primeiros em receber ao Messías e compreender sua mensagem e missão, e assim aconteceu com alguns (veja-se Lc 2:25, Lc 2:36-38). É obvio, os discípulos e o grande apóstolo Paulo foram judeus fiéis que reconheceram no Jesus ao dom mais precioso de Deus dado ao gênero humano.

    1:16 Judeus e cristãos por igual se opuseram às religiões romanas idólatras e os funcionários romanos freqüentemente confundiam a ambos os grupos. Isto era muito fácil que acontecesse já que a igreja cristã em Roma se compunha de judeus convertidos que assistiram à festa do Pentecostés (veja-se At 2:1ss). Quando Paulo escreveu Romanos, entretanto, muitos gentis também se reuniam na igreja. Os judeus e os gentis precisavam entender a relação entre o judaísmo e o cristianismo.

    1:17 O evangelho mostra como Deus é justo em seu plano para nos salvar e como pode nos fazer aptos para a vida eterna. Ao confiar em Cristo, entramos em boa relação com Deus. Do princípio ao fim, Deus nos declara justos por fé e só por fé.

    1:17 Paulo cita Hc 2:4. Quando Habacuc disse "viverá", possivelmente se referia sozinho à vida presente, mas Paulo amplia o conceito para incluir também a vida eterna. Ao confiar em Deus, obtemos salvação; achamos vida agora e para sempre.

    1:18 por que Deus revela sua ira contra os pecadores? Porque substituem a verdade a respeito Do com fantasias e imaginações (1.25). Afogam a verdade de Deus naturalmente revelada a todas as pessoas, a fim de acreditar algo que sustente seu estilo de vida egocêntrico. Deus não pode tolerar o pecado porque sua natureza é moralmente perfeita. Não pode passar por cima nem comutar uma rebelião tão deliberada. Deus quer tirar o pecado e restaurar ao pecador, e pode fazê-lo na medida que o pecador não distorça nem rechace a verdade com obstinação. Mas sua ira se revela contra os que persistem em pecar. Assegure-se de não ir depois de uma fantasia em vez de ir depois do verdadeiro Deus. Não despreze a verdade a respeito Do por proteger seu próprio estilo de vida.

    1.18ss Romanos 1:18-3.20 desenvolve o argumento do Paulo de que ninguém pode dizer que por seus méritos é aceitável ante os olhos de Deus: nem as multidões, nem os romanos, nem sequer os judeus. Todas as pessoas, sem importar o lugar em que se achem, merecem a condenação de Deus por seus pecados.

    1.18-20 Possui alguém desculpa para não acreditar em Deus? A Bíblia responde com um enfático não. Deus revelou sua existência através da natureza. Cada pessoa, portanto, deve aceitar ou rechaçar a Deus. Não seja negligente. Quando chegar o dia em que deva ser julgado pelo que tenha escolhido, não haverá desculpa. Comece a lhe dar hoje sua devoção e adoração.

    1.18-20 Nestes versículos, Paulo responde a uma objeção comum: Como um Deus amoroso pode enviar a alguém ao inferno, sobre tudo a quem alguma vez ouviu a respeito de Cristo? Paulo diz que Deus nos revelou ampliamente em sua criação. E a gente segue ainda rechaçando este conhecimento básico de Deus. Além disso, cada um sabe em seu foro interno o que Deus demanda, mas optam por não viver de acordo a isso. Em outras palavras, nossas normas morais são sempre melhores que nossa conduta. Se a gente suprimir a verdade de Deus a fim de viver a sua maneira, não tem desculpa. Conhece a verdade e tem que sofrer as conseqüências de passá-la por alto.

    1.18-20 Algumas pessoas se perguntam por que necessitamos missionários se a gente pode conhecer deus através da natureza (a criação). A resposta: (1) Apesar de que a gente sabe que Deus existe, anulam esta verdade com suas perversões e rechaçam assim toda relação com O. Os missionários com muito tato lhes assinalam esse engano e lhes mostram a possibilidade de um novo começo. (2) Apesar de que as pessoas podem acreditar em Deus, não querem compromissos com O. Os missionários tentam persuadi-los mediante palavras afetuosas e obras de amor. (3) Os missionários convencem às pessoas que rechaça a Deus das perigosas conseqüências desse rechaço. (4) Através dos missionários a igreja obedece a Grande Comissão de nosso Senhor (Mt 28:19-20). (5) E o que é mais importante, embora a natureza revela a Deus, às pessoas terá que lhe falar de Cristo e como, através do, podem ter uma relação pessoal com Deus.

    Não é suficiente saber que Deus existe. A gente deve aprender que Deus é amor. Deve entender o que fez para nos demonstrar seu amor (Mt 5:8). Deve mostrar-se os como aceitar o perdão de pecados que oferece Deus. (Veja-se também 10.14, 15.)

    1:20 Que tipo de Deus nos revela a natureza? A natureza nos mostra um Deus poderoso, inteligente, minucioso, um Deus de ordem e formosura; um Deus que controla todas as coisas. Esta é sua revelação geral. Através de sua revelação especial (a Bíblia e a vinda do Jesus), aprendemos sobre o amor, o perdão e a vida eterna que Deus oferece. Em sua graça nos revelou que estas duas maneiras, para que possamos acreditar no.

    1:20 Deus se revela através da natureza apesar de que este testemunho se distorceu com a queda do homem. O pecado do Adão motivou que a maldição divina caísse sobre a natureza (Gn 3:17-19). Os espinheiros e os cardos foram os resultados imediatos, e após e até nossos dias os desastres naturais foram comuns. Em Rm 8:19-21, Paulo diz que a natureza mesma espera ansiosamente ser redimida dos efeitos do pecado (veja-se Ap 22:3).

    1.21-23 Como podem as pessoas inteligentes voltar-se idólatras? A idolatria começa quando a gente rechaça o que sabe a respeito de Deus. Em lugar de pôr seus olhos no, o Criador e sustentador da vida, atuam como se fossem o centro do universo. Muito em breve inventam "deuses" que se ajustam muito bem a seu egoísmo, seus planos e seus intuitos. Estes deuses podem ser figuras de madeira, mas também podem ser metas ou coisas que queremos ter tais como dinheiro, poder ou comodidades. Até poderiam ser representações errôneas de Deus mesmo nas que o conformamos a nossa imagem, em lugar de que seja ao reverso. O denominador comum é: os idólatras adoram as coisas que Deus tem feito antes que a Deus mesmo. Quais são suas prioridades? Onde estão seus sonhos, planos, esperanças? Rende culto a Deus ou a ídolos que se fabricou?

    1.21-32 Paulo com toda claridade descreve a inevitável espiral descendente do pecado. Primeiro, as pessoas rechaçam a Deus; depois, fazem-se suas idéias do que deve ser e fazer um deus; logo caem em pecado: pecado sexual, cobiça, ódio, inveja, homicídio, dissensão, engano, malícia, intriga. Por último, cresce seu ódio para Deus e animam a outros a que sintam o mesmo. Deus não dá início a esta progressão para o mal. Mas quando as pessoas o rechaçam, concede-lhes viver como têm escolhido. Deus os entrega ou os faz sentir a conseqüência natural de seus pecados. Uma vez apanhados pela espiral descendente, não podem livrar-se. Os pecadores devem confiar em Cristo somente se tiverem que achar a via de escapamento.

    1:23 Quando Paulo diz que o homem trocou a glória do Deus incorruptível em semelhança de imagens de aves, de quadrúpedes e de répteis, parecesse que a propósito define a maldade do homem nos termos utilizados em Gênese, onde se narra a queda do Adão (veja-se Gn 1:20-26). Quando adoramos à criatura em lugar do Criador, perdemos de vista nossa identidade como seres superiores aos animais, feitos à imagem de Deus.

    1.24-32 Estas pessoas decidiram rechaçar a Deus e O o permitiu. Pelo general, Deus não interfere em nossas decisões que vão contra sua vontade. Permite-nos declarar nossa aparente independência do, apesar de que sabe que em pouco tempo seremos escravos de nossa rebeldia, e perderemos a liberdade de não pecar. Tem a vida sem Deus a aparência de liberdade para você? Estude-o bem. Não há pior escravidão que a do pecado.

    1:25 A gente tende a acreditar em mentiras que respaldam suas próprias crenças egocêntricas. Hoje mais que nunca devemos tomar cuidado com os dados aos que permitimos moldar nossas convicções. Através da televisão, a música, os filmes e o resto dos meios maciços de comunicação que nos apresentam estilos de vida pecaminosos e valores insalubres, constantemente nos bombardeiam com atitudes e crenças opostas por completo à Bíblia. Tome cuidado com o que permite chegue a formar parte de suas opiniões. A Bíblia é a única norma de verdade. Avalie as demais opiniões à luz de seus ensinos.

    1.26, 27 O plano divino quanto às relações sexuais normais é o ideal de Deus para sua criação. É lamentável, mas o pecado distorce o uso natural dos dons de Deus. Freqüentemente, o pecado não só implica negar a Deus, mas também negar a forma em que nos fez. Quando uma pessoa diz que qualquer ato sexual é aceitável sempre que não fira ninguém, está-se enganando. À larga (e pelo general breve) o pecado fere às pessoas: indivíduos, famílias, sociedade. Que lamentável que a gente adore as coisas que Deus tem feito em lugar de render culto ao Criador, ao grau que muitas vezes distorça e destrua as coisas que realmente valem! Entretanto, é impossível compreender o plano natural de Deus sem chegar a conhecer criador mesmo.

    1:26, 27 A homossexualidade (mudança ou abandono das relações sexuais naturais) propagou-se nos dias do Paulo como nos nossos. Muitas práticas pagãs o respiravam. A vontade de Deus é receber a tudo o que vá ao em fé e os cristãos devem amar a outros sem importar sua procedência. Entretanto, a homossexualidade está estritamente proibida nas Escrituras (Lv 18:22). No mundo de hoje, muitos consideram aceitável esta prática, inclusive algumas Iglesias. Mas a sociedade não é a que estabelece o patrão para as leis de Deus. Muitos homossexuais acreditam que seus desejos são normais e que têm o direito de expressá-los. Mas Deus não nos obriga nem anima a satisfazer todos nossos desejos (até os que são normais). Os desejos que violam suas leis são indevidos e devem controlar-se. Se você tiver estes desejos, pode e deve resisti-los. Conscientemente evite lugares ou atividades que sabe inflamará tentações desta natureza. Não menospreze o poder de Satanás para tentá-lo nem o potencial para lhe causar um dano sério se ceder a essas tentações. Recorde, Deus pode e perdoará pecados sexuais assim como perdoa outros pecados. Renda-se à graça e à misericórdia de Deus lhe pedindo que lhe mostre o caminho para sair do pecado e ir à luz de sua liberdade e amor. A oração, o estudo da Bíblia e o firme companheirismo dos cristãos em uma igreja centrada na Bíblia podem lhe ajudar a cobrar energias para resistir estas tentações poderosas. Se você for uma pessoa que anda neste pecado, terá que procurar a ajuda de um pastor que seja confiável, profissional e bom conselheiro.

    1:32 Como sabia esta gente que o castigo que Deus impõe a estes delitos é a morte? Os seres humanos, criados à imagem de Deus, têm consciência e natureza moral básica. Esta verdade se aceita além dos círculos religiosos. Os sicólogos, por exemplo, dizem que a pessoa sem consciência sofre uma séria desordem da personalidade que é muito difícil de tratar. Por instinto, muitas pessoas se dão conta quando fazem algo incorreto, mas pudesse não lhes importar. Algumas pessoas, inclusive, arriscam-se a uma morte temprana por saciar seus desejos agora. "Sei que é mau, mas o quero", dizem; ou "Sei que é perigoso, mas correrei o risco". Para este tipo de pessoas, parte de sua distração é ir contra a vontade de Deus, as normas morais da comunidade, o sentido comum e seu conceito do que é bom ou mau. Mas no profundo de seu ser sabem que o pagamento do pecado é a morte (6.23).

    QUE É FÉ?

    Fé é uma palavra com muitos significados. Pode significar fidelidade (Mt 24:45), confiança absoluta, como o demonstraram algumas pessoas que foram ao Jesus procurando sanidade (Lc 7:2-10). Pode significar uma esperança confiada (Hb_11:1). Ou, como Santiago menciona, crença morta que não se mostra em boas obras (Jc 2:14-26). O que quis dizer Paulo quando, em Romanos, fala da fé salvadora?

    Devemos ser muito cuidadosos para compreender como Paulo usa a palavra fé devido a que a relaciona com a salvação. Não é algo que devemos fazer a fim de ganhar a salvação; se fosse assim, a fé seria sozinho uma obra mais e Paulo estabelece com claridade que as obras humanas nunca poderão nos salvar (Gl 2:16). Em troca, a fé é um dom que Deus nos dá porque é nosso Salvador (Ef 2:8). A graça de Deus é o que nos salva, não nossa fé. Em sua misericórdia, entretanto, quando O nos salva nos dá fé, uma relação com seu Filho que nos ajuda a ser como O. Mediante a fé que nos dá, passamos de morte a vida (Jo 5:24).

    Até no período do Antigo Testamento, a graça, não as obras, foi a base da salvação. Como Hebreus assinala: "Porque o sangue de touros e dos machos caibros não pode tirar os pecados" (Jo 10:4). Deus procurava que seu povo, além dos sacrifícios de animais, visse-o o, mas freqüentemente punham sua confiança no cumprimento das demandas da Lei: levar a cabo os sacrifícios ordenados. Quando Jesus triunfou sobre a morte, cancelou os cargos que existiam em nosso contrário e abriu o caminho ao Pai (Cl 2:12-15). devido a sua misericórdia nos brinda fé. Que trágico que convertamos a fé em obras e tratemos das efetuar dependendo de nós mesmos! Não podemos nos aproximar de Deus mediante nossa fé, nunca mais como no Antigo Testamento a gente se aproximava de Deus através de seus sacrifícios. Em lugar disso devemos aceitar seu oferecimento com ação de obrigado e lhe permitir plantar a semente de fé em nós.


    Matthew Henry - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24
    1:1 Paulo e Bernabé acabavam de terminar sua primeira viagem missionária (Feitos 13:2-14.
    28) durante o qual visitaram 1conio, Listra e Derbe, cidades na província romana da Galacia (atualmente a Turquia). Ao pouco tempo de seu retorno a Antioquía, Paulo foi acusado por alguns cristãos judeus de diluir o cristianismo, fazendo-o mais favorável para os gentis. Estes cristãos judeus não estavam de acordo com as declarações do Paulo de que os gentis não tinham que cumprir com muitas das leis religiosas, que os judeus tinham obedecido por séculos. Alguns dos acusadores do Paulo inclusive o tinham seguido a algumas das cidades da Galacia e disseram aos gentis convertidos que deviam circuncidar-se e cumprir com as leis judias e seus costumes para ser salvos. De acordo a estes homens, os gentis deviam ser judeus a fim de chegar a ser cristãos.

    Em resposta a este ataque, Paulo escreveu esta carta às Iglesias na Galacia; nela, ele explica que ao cumprir com as leis do Antigo Testamento ou as leis judias não obteriam salvação. Uma pessoa é salva por graça mediante a fé. Paulo escreveu esta carta em 49 D.C., pouco tempo antes do concílio de Jerusalém, que também tratou sobre a lei versus a graça (Feitos 15).

    1:1 Paulo foi chamado a ser apóstolo pelo Jesucristo e Deus o Pai. Apresentou seus créditos do começo desta carta porque alguns na Galacia estiveram questionando sua autoridade.

    1:1 Para maior informação a respeito da vida do Paulo veja-se seu perfil em Feitos 9. Nessa época Paulo tinha sido cristão por quase quinze anos.

    1:2 No tempo do Paulo, Galacia era a província romana situada na parte central da atual a Turquia. Grande parte da região descansava sobre uma larga e fértil meseta e um grande número de pessoas se transladou a esta região por ser favorável para a agricultura. Uma das metas do Paulo durante sua viagem missionária foi visitar as regiões que fossem centros de numerosa população, a fim de alcançar o maior número possível de pessoas.

    1.3-5 O plano completo de Deus foi nos salvar por meio da morte do Jesus. fomos resgatados do poder deste mundo malvado: um mundo governado por Satanás, cheio de crueldade, tragédia, tentação, e decepção. O ter sido resgatados deste mundo perverso não significa que fomos tirados fora, mas sim já não estamos escravizados a ele. Reflete sua vida a gratidão por ter sido salvado? transferiu você a lealdade a este mundo pela lealdade a Cristo?

    1:6 Alguns estavam pregando "um evangelho diferente". Esta gente pregava que para que os gentis fossem salvos deviam cumprir com as leis e costumes judias, especialmente o rito da circuncisão. A fé em Cristo não era suficiente. Esta mensagem danificou a verdade das boas novas de que a salvação é um presente, não uma recompensa por certas obras. Cristo Jesus permitiu que estivesse disponível para todas as pessoas, não só para os judeus. Tome cuidado das pessoas que dizem que se requer mais que a fé em Cristo para obter a salvação. Quando a gente estabelece requisitos adicionais para a salvação, negam o poder da morte de Cristo na cruz (veja-se 3:1-5).

    1:7 Só há um caminho dado Por Deus para o perdão de nossos pecados: acreditar no Jesucristo como Senhor e Salvador. Nenhuma outra pessoa, método ou ritual pode dar vida eterna a uma pessoa. Alguns pensam que todas as religiões são igualmente válidas para ir a Deus. Em uma sociedade livre a gente tem direito a ter suas próprias opiniões religiosas, mas isso não garante de que suas idéias sejam corretas. Deus não aceita uma religião feita pelo homem como um substituto da fé no Jesucristo. O há provido um só caminho: Jesucristo (Jo 14:6).

    1:7 Aqueles que confundiam aos crentes da Galacia eram cristãos judeus radicais, que acreditavam que as práticas do Antigo Testamento, tais como a circuncisão e as restrições na comida, eram requeridas para todos os crentes em Cristo. Devido a estes professores queriam trocar aos cristãos gentis em judeus, foram chamados judaizantes. Algum tempo depois de que a carta aos Gálatas foi enviada, Paulo se encontrou com os apóstolos em Jerusalém para discutir este assunto (veja-se Feitos 15).

    1:7 Os cristãos da Galacia era principalmente gregos, não familiarizados com leis e costumes judias. Os judaizantes formavam parte de uma facção extremista de cristãos judeus. Ambos os grupos acreditavam em Cristo, mas seus estilos de vida eram grandemente diferentes. Não sabemos por que os judaizantes viajaram grandes distancia para ensinar seus enganos aos gentis recém convertidos. Eles puderam ter sido motivados por (1) um desejo sincero de integrar o judaísmo com a nova fé cristã, (2) um sincero amor por sua herança judia ou (3) um desejo, nascido do ciúmes, de destruir a autoridade do Paulo. Tenham sido sinceros ou não, estes judaizantes, seus ensinos ameaçavam estas Iglesias novas e tinham que ser neutralizadas. Quando Paulo disse que estes professores queriam perverter o evangelho, ele não estava rechaçando tudo o que fora judeu. O mesmo era um judeu que adorou no templo e assistiu às festividades religiosas. Mas ele estava consciente de que nada se pode conseguir fora da verdade singela desta mensagem: esta salvação, tanto para judeus como para gentis, é só pela fé no Jesucristo.

    1:7 A verdade distorcida é às vezes mais difícil de perceber que a mentira aberta. Os judaizantes estavam deformando a verdade a respeito de Cristo. Declaravam lhe seguir, mas negavam que a obra do Jesus na cruz fora suficiente para a salvação. Sempre existirão pessoas que deformem as boas novas. Seja porque não compreendam o que a Bíblia ensina ou porque não estão de acordo com a verdade tal como se apresenta. Como podemos descobrir que a verdade está sendo tergiversada? antes de aceitar os ensinos de qualquer grupo, descubra o que este ensina a respeito de Cristo. Se seus ensinos não estiverem acordes com a verdade da Palavra de Deus, eles estão pervertendo o evangelho.

    1:8, 9 Paulo denunciou enfaticamente a perversão do evangelho de Cristo por parte dos judaizantes. O disse que se até um anjo do céu vier e prega outra mensagem, deve ser "anátema". Se um anjo deveu pregar outra mensagem, não deveu ter sido do céu, sem importar sua aparência. Em 2Co 11:14-15, Paulo adverte que Satanás e seus anjos podem tomar a forma de anjos de luz. O invoca uma maldição sobre o anjo que difunda um evangelho falso: uma reação adequada com um emissário do inferno. Paulo estende essa maldição a si mesmo em caso de que ele faça o mesmo. Sua mensagem não deve ser trocado nunca, porque a verdade do evangelho nunca troca. Paulo usou palavras duras porque está ocupando-se de um assunto de vida ou morte.

    1:10 Dedica você sua vida em tratar de agradar a outros? Paulo teve que falar com dureza aos cristãos na Galacia porque estavam a sério perigo. Não se desculpa por suas palavras diretas, sabia que não estaria servindo fielmente a Cristo se permitia que os cristãos da Galacia seguissem no caminho equivocado. A quem trata você de agradar, às pessoas ou a Deus? Peça o valor necessário para dar o primeiro lugar à aprovação de Deus.

    1.11ss por que os gálatas deviam escutar ao Paulo em lugar dos judaizantes? Paulo responde esta pergunta implícita ao mostrar seus créditos: sua mensagem era diretamente de Cristo (1.12), tinha sido um judeu exemplar (1.13, 14), tinha tido uma conversão especial (1.15, 16; veja-se também At 9:1-9), tinha sido confirmado em seu ministério pelos outros apóstolos (At 1:18-19; At 2:1-9) Paulo apresentou seus créditos também às Iglesias em Corinto e Filipos (2 Corintios 11:12; Fp 3:4-9).

    1:12 Não conhecemos detalhes desta revelação. Paulo se refere a uma experiência diferente a que teve no caminho a Damasco. O tema central era que suas palavras eram mais que próprias especulações ou idéias.

    1:13, 14 Paulo chegou a ser um dos maiores religiosos judeus de seu tempo, cumpridor escrupuloso da lei e ciumento perseguidor dos cristãos (veja-se At 9:1-2). antes de sua conversão foi até muito mais ciumento guardador da lei que os mesmos judaizantes. O tinha superado a seus contemporâneos em conhecimentos e práticas religiosas. Tinha sido sincero em seu zelo, mas estava equivocado. Quando se encontrou com o Jesus, sua vida trocou. Agora canaliza todas suas energias na edificação das Iglesias cristãs.

    1:14 A palavra judaísmo não se refere só à nacionalidade mas também à religião. Para ser judeu completo, uma pessoa deve ser descendente do Abraão. Além disso, um judeu fiel se adere às leis judias. Os gentis (1,16) são aqueles que não são judeus, já seja por sua nacionalidade ou religião. Nos dias do Paulo, os judeus pensavam que todos os gentis eram pagãos. Os judeus evitavam aos gentis porque acreditavam que um contato com eles conduziria corrupção espiritual. Embora os gentis por nacionalidade pudessem chegar a ser judeus pela religião, aceitando a circuncisão e as leis e costumes judias, nunca seriam aceitas de tudo. Muitos judeus tinham dificuldade em aceitar que a mensagem de Deus era para judeus e gentis por igual. Alguns judeus pensavam que os gentis tinham que ser judeus antes de que chegassem a ser cristãos. Mas Deus planejou salvar a ambos: judeus e gentis. O tinha revelado seu plano através dos profetas do Antigo Testamento (vejam-se por exemplo, Gn 12:3; Is 42:6; Is 66:19), e que teve seu cumprimento por meio do Jesucristo, e que estava sendo proclamado aos gentis por intermédio do Paulo.

    1:15, 16 Pelo fato de que Deus guiava seu ministério, Paulo não fazia nada que Deus não tivesse planejado de antemão, lhe havendo dado poder para fazê-lo. De forma similar, Deus disse ao Jeremías de que O tinha chamado ainda antes de que nascesse, para cumprir com uma tarefa especial para O (Jr_1:5). Deus o conhece você intimamente também, e decidiu escolhê-lo para que seja do antes de que nascesse (veja-se Salmo 139). O quer que se mantenha perto do e que cumpra com a tarefa que lhe encomendou.

    1.15-24 Paulo se refere a sua conversão para mostrar que sua mensagem veio diretamente de Deus. Deus o comissionou para pregar as boas novas aos gentis. depois de seu chamado, Paulo não consultou com ninguém, mas sim passou três anos na Arábia. Logo falou com o Pedro e Santiago, após não teve contato com cristãos judeus por vários anos. Nesse lapso, pregou às gentis a mensagem que Deus lhe tinha encomendado. Suas boas novas não vinham de um homem, vieram de Deus.

    1:18 Esta foi a primeiro visita do Paulo a Jerusalém já como cristão, como se registra em At 9:26-30.

    1:21 Por causa da oposição em Jerusalém (veja-se At 9:29-30), Paulo tinha ido a Síria e Cilícia. Nestes lugares remotos não teve oportunidade de receber instrução de parte dos apóstolos.

    1:24 A mudança de vida no Paulo motivou louvores de pessoas que o viram ou ouviram. Sua nova vida surpreendeu a muitos, os que glorificaram a Deus porque só O pôde ter transformado a este ciumento perseguidor de cristãos em um cristão. Possivelmente não tenhamos experiente uma transformação tão dramática como a do Paulo, mas nossas novas vidas devem glorificar a Deus cada dia. Quando a gente o olhe a você, reconhece a mudança que Deus obrou em sua vida? Se não, possivelmente não esteja vivendo como devesse.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24
    INTRODUÇÃO (Gl 1:1)

    1 Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos), 2 e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia: 3 Graça a vós, e paz da parte de Deus Pai, e nosso Senhor Jesus Cristo, 4 que se entregou por nossos pecados, para que pudesse para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, 5 a quem seja o glória para todo o sempre. Amém.

    A saudação contém os três elementos habituais de uma carta antiga: o anúncio do escritor, a designação dos leitores, e as saudações de abertura. Como sempre, Paulo dá a essas cortesias um caráter espiritual que ele traz diretamente para o propósito da sua missão em geral, e da epístola em particular.

    1. sua prerrogativa (Gl 1:1 ). Apesar de tudo isso está implícito no termo, Paulo elabora o significado do seu apostolado. Sem dúvida, aqueles que tentaram desacreditar o havia insinuado que havia uma diferença entre os apóstolos originais e Paulo. Sua missão, que realizou, não foi dada por Cristo, mas pelos homens em Antioquia. Mesmo quando ele recebeu o Espírito Santo, disse que era para ser através de um homem, Ananias, que colocou as mãos sobre ele. Paulo enfaticamente nega essas calúnias. Seu apostolado não é de homens como a fonte, nem é por meio do homem como a agência intermediária. Havia apenas uma fonte e agência. Foi por meio de Jesus Cristo, e por Deus Pai . Como Ridderbos diz: "O anexado diretamente e por Deus Paianuncia que o chamado de Paulo de Cristo era ao mesmo tempo um chamado de Deus. "

    A chave para a prerrogativa de Paulo é a ressurreição. Deus é descrito como Aquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos. Assim, Ele tornou possível para Jesus a chamar Paulo como realmente como tinha chamou os Doze. E foi o mesmo Senhor ressuscitado, não Ananias, que derramou o Espírito Santo sobre Paulo. Assim, a graça eo apostolado de Paulo não era nem um pouco atrás dos outros.

    2. Seus Leitores (Gl 1:2)

    6 Estou admirado de que sois tão rapidamente retirando-lhe que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, 7 o qual não é outro evangelho : só há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. 8 Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema. 9 Como já dissemos antes, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho do que aquele que recebestes, seja anátema.

    Como vimos, Paulo foi breve e abrupta em sua saudação aos Gálatas. Ele omitiu seus rejoicings habituais e elogios. Agora, de repente, desabafa seu coração. A ocasião de escrever é que as coisas não são mais como eram com os Gálatas. A situação deve ser corrigida ou tudo estará perdido.

    1. Lapse do Evangelho (Gl 1:6 ), foi aprovado pelos líderes em Jerusalém (2: 1-10 ), e foi vindicado, mesmo contra o erro de o apóstolo chefe Jerusalém (2: 11-21 ). Todas essas três questões são discutidas apenas porque as relações tensas exigem.

    O restante da epístola é uma exposição das glórias da salvação pela fé em Cristo (3: 1-4: 31) e da forma de liberdade por meio do Espírito (5: 1-6: 18 ).

    A. recebido por revelação de Cristo (1: 10-24)

    10 Para am 1 agora a procurar o favor dos homens ou o de Deus? ou procuro agradar a homens? Se eu ainda estivesse agradando a homens, não seria servo de Cristo.

    11 Pois eu comuniquei a vocês, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado, que não é segundo os homens. 12 porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado, mas ele veio a mim através da revelação . de Jesus Cristo 13 Porque já ouvistes da minha maneira de viver no tempo passado nos judeus religião, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus, e fez estragos do mesmo: 14 e eu avançamos nos judeus religião além muitos da minha idade entre os meus compatriotas, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais. 15 Mas, quando foi o beneplácito de Deus, que me separou, mesmo desde o ventre de minha mãe e me chamou pela sua graça, 16 para revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios;logo, não consultei carne e sangue, 17 nem subi a Jerusalém para os que eram apóstolos antes de mim, mas parti para a Arábia; e voltei outra vez a Damasco.

    18 Depois, passados ​​três anos, subi a Jerusalém para visitar a Cefas, e permaneceu com ele quinze dias. 19 Mas outro dos apóstolos não vi a nenhum, salvar o irmão Tiago do Senhor. 20 Ora, acerca do que vos escrevo, eis que, diante de Deus, eu não minto. 21 Depois fui para as regiões da Síria e da Cilícia. 22 E eu ainda não era conhecido de rosto para as igrejas da Judéia, que estavam em Cristo: 23 mas só ouvi dizer que ele que uma vez que nos perseguia agora prega a fé de que uma vez que ele fez estragos; 24 e glorificavam a Deus em mim.

    O título desta seção, do ponto de vista negativo, poderia ser chamado de "Repúdio de Paulo de Motivos corruptos." Mas o método de repúdio é uma clara afirmação de todos os fatores positivos que entram prerrogativas para proclamar o evangelho como ele faz.

    1. Pregou com Worthy Motives (Gl 1:10 , 11 ) . Em primeiro lugar, Paulo deixa claro que o seu ministério é clara e não pode ter lealdades primárias em duas direções. Ou ele é servo de Deus ou do homem-não ambos. Por enfaticamente alegando que o ex ele absolutamente repudia o último. Ele é um servo de Cristo , procurando apenas a favor de ... Deus . Caso contrário, por que ele teria sido tão dispostos a sofrer perseguição?

    Dar a conhecer seria melhor ser traduzido como "lembrar." Referência é uma verdade esquecida que tinha anteriormente sido bem conhecido. Quando o evangelho foi pregado primeiramente aos Gálatas, que não tinha nenhuma dúvida de sua origem divina.Na verdade, tão grande era a manifestação do poder de Deus que, em um momento em que tentou adorar Paulo e Barnabé (At 14:11 ).

    2. Expor padrão divino e Fonte (Gl 1:12 ) . Como o versículo 11 , declarou que seu evangelho não era depois que o homem (depois de qualquer forma humana ou standard), versículo 12 insiste que não foi transmitida a ele pelo homem nem era ensinado pelo homem. Ele simplesmente não era uma parte de sua formação rabínica. Nem tinha aprendido como uma teoria exótica durante suas viagens. Embora os fatos da vida e actividades de Jesus foram, em alguma medida, pelo menos, o conhecimento comumente disponíveis, o evangelho veio nem dos repórteres nem dos filósofos. Ele veio a Paulo através da revelação de Jesus Cristo , porque o evangelho não reside no fato de que um homem viveu na Galiléia, mas em quem ele era e por que Ele veio. Paulo tinha sido tão consciente de Jesus e tão irritado por aquele que perseguiu seus seguidores. Mas quando Jesus apareceu a Paulo na estrada de Damasco e apresentou-se, esta foi evangelho dado por revelação de Deus. Daquele dia em Paulo duvidou nem o evangelho nem o seu próprio chamada para proclamá-la.

    3. Inversão Planos Humanos (Gl 1:13 , 14 ) . Para provar que o seu ponto de vista da educação e no início não eram a fonte de seu evangelho, Paulo apela à sua conhecida forma de vida no tempo passado na religião dos judeus . O resultado líquido de sua formação e inclinações naturais era fazê-lo, pelo menos, tão zeloso contra o evangelho como os judaizantes que estavam perturbando os gálatas. A palavra traduzida como religião judaica nos versículos 13:14 não se refere ao dado por Deus a adoração legítima entre os judeus que Paulo tão consistentemente se identifica com a fé em Cristo. Refere-se, antes, à adoção de hábitos judaicos, língua ou política. Aqui ele denota "partidarismo judaica, e descreve com precisão o espírito de festa amarga", que fez Paulo perseguidor tão mortal nos seus dias anteriores. Os gálatas, provavelmente, pode ter ouvido mais de uma vez da própria boca de Paulo a conta de sua antiga vida e de sua conversão radical e chamada. Agora ele simplesmente lembra-lhes que a perseguição foi intensiva e contínua (imperfeito) e devastador. Horror de Paulo em sua própria conduta anterior é visto na expressão que persegui a Igreja de Deus homem -puny lutando contra o Deus Todo-Poderoso.

    O ponto da passagem é o contraste entre a velha vida e do evangelho. Assim, longe de ter sido educado na fé cristã, ele superou seus compatriotas de sua própria geração, em seu zelo pelas tradições dos pais . E essa educação foi obtido em Jerusalém, a sede para o movimento judaizar atual. O zelo de Paulo para que o evangelho não era um produto de sua formação inicial. Era uma inversão total de seu ponto de vista e os planos.

    4. Alcançar Propósito Divino (Gl 1:15 , 16a ) . Deus, porém, não ignorou Paulo todo esse tempo. Mesmo antes do treinamento Judaistic, e até mesmo antes do nascimento de Paulo, o olho de Deus estava sobre ele. O crédito total para sua conversão e chamada pertence a Deus. Paulo está reivindicando nenhum mérito, prerrogativa, ou originalidade. Tudo é de graça. Este, em nenhum sentido nega a realidade da escolha humana e consentimento. Mas isso definitivamente indicam que era a vontade e plano que estava sendo realizado de Deus. O que Paulo agora é e o evangelho que anuncia não são de realização humana e autoridade. Foi o beneplácito de Deus que escolheu Paulo fora do ventre de sua mãe , chamou-o por meio da graça , e revelou Cristo nele, a fim de que ele pregasse entre os gentios. "O uso de no (en) no versículo 16 não indica que a revelação foi apenas Paulo. Em vez disso, a preposição indica que não só foi Paulo o instrumento de Deus na pregação do evangelho, mas também em sua própria pessoa deu o mais forte testemunho ao seu poder. "A autoridade não está na opinião humana discutível. É na revelação divina.

    5. Em pé Além de Counsel Humano (Gl 1:16 ) . Pelo menos três anos completos decorridos (como a preposição implica) antes de Paulo voltou de Damasco a Jerusalém. Não há nenhuma indicação quanto do tempo foi gasto em Saudita ou o que Paulo fez em Damasco (conforme At 9:1 ). Estes, provavelmente, pode ter sido iniciado, pelo menos em parte, sob o ministério inicial de Paulo antes que ele foi chamado para Antioquia. Em qualquer caso, não há registro de Atos do ministério de Paulo em Antioquia, capital da Síria. Mas, mais uma vez, o interesse de Paulo nesta passagem está no fato de que seu ministério ainda era independente da Judéia. Até o momento ele era ainda desconhecida por rosto para as igrejas da Judéia, que estavam em Cristo . Eles só sabiam Paulo por sua reputação. A notícia se espalhou de que o perseguidor tornou-se um pregador da fé. Para este glorificavam a Deus , atribuindo a mudança inteiramente à graça de Deus trabalhando em seu coração. Tanto Paulo quanto as igrejas na Judéia pregou o evangelho, mas ainda de forma totalmente independente uma da outra durante os primeiros 14 anos de vida cristã de Paulo. E os registros são quase tão silencioso a respeito realizações de Paulo durante a maior parte deste período, tais como estão os trabalhos de muitos dos Doze Apóstolos.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24
    Os dois primeiros capítulos são pes-soais. "Evangelho", mencionado onze vezes nos 45 versículos, é a palavra- chave. O objetivo de Pâulo é mostrar que sua mensagem e seu ministério vêm diretamente de Cristo, não dos homens. Paulo não prega uma men-sagem transmitida a ele por Pedro ou algum dos outros apóstolos. A fim de que ninguém pensasse que o ministé-rio de Paulo lhe foi dado pelos após-tolos, Deus teve o cuidado de manter o ministério dele totalmente separado do dos Doze.

    1. Paulo anuncia o evangelho (1:1 -5)

    Os judaizantes que "fascinaram" os gálatas (3:
    1) diziam que o apostolado e a mensagem de Paulo não eram dig-nos de confiança, porque não tinham a aprovação oficial de Jerusalém. Eles alegavam que Pedro os credenciara, como se a aprovação dos homens comprovasse que Deus enviou o pregador. Pâulo inicia a carta com a afirmação de que seu ministério e sua mensagem vinham diretamente de Je-sus Cristo. (Observe o uso de "não" e de "nem" nos versículos 1:12-17.) Ele, logo de início, explica o evange-lho que prega.

    O evangelho de Paulo centra-va-se em Cristo — a morte, o se- pultamento e a ressurreição dele —, não em Moisés ou na Lei. Era o evangelho da graça que trazia paz.

    Era o evangelho da liberdade, como declara o versículo 4, "para nos desarraigar". Os judaizantes escra-vizavam as igrejas por intermédio da Lei (veja 2:4; 3:13 4:9). A morte de Cristo libertou-nos da maldade dessa era presente e deu-nos uma posição de liberdade (5:1 ss). Não é de admirar que Pâulo acrescente: "A quem seja a glória pelos séculos dos séculos" (v. 5).

    Que nunca nos confundamos a respeito do conteúdo e do intuito do evangelho. O evangelho não é "seguir Cristo e imitar a vida dele", mas "re-ceber Cristo pela fé e permitir que ele liberte você". O evangelho não diz, em nenhum momento, que alcança-mos a salvação ao guardar a Lei.

    1. A perplexidade de Paulo com a substituição do evangelho por parte deles (1:6-10)

    Paulo ficou perplexo por dois moti-vos: (1) pelo fato de os gálatas abra-çarem outra mensagem logo após vivenciarem a bênção da salvação (3:1-5); e (2) por se afastarem dele (Paulo) que sofreu para trazer Cristo até eles. O sentido literal da palavra grega, usada no particípio presente, "passado" (v. 6), é "passando". Eles estavam no processo de passar da graça pura para uma mistura de Lei e graça. Em 5:4, Paulo afirma: "Da graça decaístes [estão fora dela]". Isso quer dizer que eles mudaram da esfera da graça para a da Lei, e não que perderam a salvação já al-cançada. O sentido da graça é que dependo de Deus para satisfazer minhas necessidades, ao passo que, na Lei, tento resolver as coisas por mim mesmo, com minha força.

    Os apóstolos são vigorosos na condenação de qualquer outro evan-gelho, independentemente de quem o pregue, mesmo que seja um anjo! Lembre-se que há apenas um único evangelho da graça de Deus, aquele que Paulo pregou, embora haja mui-tos "evangelhos" (mensagens das boas-novas). Abraão acreditou no "evangelho" (3:8), na "boa-nova" de que todas as nações seriam abençoa-das por intermédio da semente dele. Em todas as eras, os homens foram salvos por crer em alguma promessa que Deus lhes revelou. Noé creu na Palavra de Deus em relação ao Dilú-vio e à arca; Abraão creu na Palavra sobre sua semente prometida; hoje cremos na Palavra a respeito da mor-te e da ressurreição de seu Filho. Não há outro evangelho desde o advento de Paulo e a revelação da justifica-ção pela fé. De Mateus 3 a Atos 7, a Bíblia enfatiza o "evangelho do rei-no", porém essa não é a mensagem para nós.

    1. O argumento de Paulo em relação ao seu ministério (1:11-24)

    Nessa passagem, Paulo mostra sua total independência em relação aos Doze e à assembléia de Jerusalém.

    1. Ele recebeu o evangelho direto de Cristo (vv. 11-14)

    Paulo viu o Cristo ressurrecto (Atos 9 e recebeu diretamente dele seu comissionamento e sua mensagem. Essa experiência qualifica-o para o apostolado. Nunca se preten-deu que Paulo substituísse Judas e fosse o 12a apóstolo (At 1:16-44). Primeiro, Paulo não satisfaria os pré-requisitos para isso; segundo, Deus manteve-o intencionalmente afastado dos Doze para que nin-guém acusasse Paulo de transmitir a mensagem dos outros. Ninguém pode acusar Paulo de inventar a própria mensagem porque ele foi um precursor da igreja, não um simpatizante. Após seu encontro com Cristo na estrada de Damasco, sua vida mudou de forma radical. O encontro dele com Cristo é a única coisa que pode explicar uma transformação tão notável.

    1. Ele recebeu o evangelho à parte dos apóstolos (w. 15-17)

    Reafirmamos que Deus nunca pre-tendeu que Paulo pertencesse aos Doze. Fundamentalmente, o mi-nistério dos apóstolos era para os judeus e referia-se ao reino; o de Paulo era para os gentios e relacio-nava-se com o mistério da igreja, o único corpo. Cristo chamou os Doze enquanto estava na terra, porque a mensagem deles apresentava a esperança do reino terreno para Israel. Paulo recebeu seu cha-mado do céu, pois sua mensagem apresentava o "chamado celestial" da igreja, em Cristo. Os doze após-tolos estavam associados às doze tribos de Israel. Paulo era um ho-mem (judeu com cidadania gentia) que representava esse único corpo, em Cristo.

    Paulo não consultou os ho-mens após receber seu chamado. Se fizesse isso logo após receber seu chamado, as pessoas diriam que tomara emprestado a men-sagem dos Doze e que recebera autoridade deles. Em vez disso, Deus mandou Paulo à Arábia para um tempo de meditação e de exa-me. Alguém disse: "Paulo chegou à Arábia com a Lei e os Profetas e saiu com Romanos e Gálatas!". Paulo, como Moisés e Elias antes dele, foi para o deserto lutar com o desígnio de Deus e o plano dele para sua vida. A seguir, ele voltou para Damasco, onde testemunhou de Cristo pela primeira vez.

    1. Ele recebeu reconhecimento das igrejas por seu evangelho (vv. 18-24)

    Na verdade, os crentes tinham medo de Paulo, e, se não fosse por Barnabé, ele não seria aceito. Esse fato prova que Paulo nunca dependeu da igreja de Jerusalém para conseguir aprova-ção. Depois dessa visita, ele foi para a Síria (Antioquia). At 11:22-44 registra seu ministério nesse local, porém os crentes da Judéia não o co-nheciam pessoalmente. Contudo, as igrejas de lá ouviram a notícia mara-vilhosa da conversão de Paulo e glo-rificaram a Deus.

    E trágico que hoje os homens re-jeitem a revelação do evangelho de Paulo e tentem misturar graça e Lei. Eles tentam "encaixar" Paulo nos ca-pítulos iniciais de Atos, os quais ain-da enfatizam o reino. Eles tiram de Paulo para dar a Pedro! Precisamos voltar à pura mensagem da graça, ao evangelho apenas de Jesus Cristo. A mistura de igreja e reino, de graça e Lei e de Pedro e Paulo só cria confu-são, além de "perverter" (distorcer — 1:
    7) o evangelho de Jesus Cristo.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24
    1.1 Paulo não demora em lançar imediatamente o fundamento que indica a propósito da epístola. O evangelho que ele prega não é de origem humana, mas divina. Seu apostolado, posto em dúvida pelos judaizantes (v. 7), é importante para sustentar a veracidade de sua mensagem.
    1.2 Galácia. Provavelmente a região ao sul da Ásia Menor incluindo as igrejas de Antioquia, Listra e Derbe (conforme At 13:14-44).
    3) Reconhece o prazer divino em manifestar o Senhor Jesus Cristo por seu intermédio como .também Sua pregação.

    1.17 Arábia. Os árabes, sob Aretas, controlavam um território vasto, incluindo a própria Damasco (conforme 2Co 11:32, 2Co 11:33). Sem ser declarado, podemos concluir que o sou propósito era consultar a Deus, uma vez determinado que o Senhor, e não os apóstolos, seria a fonte da sua mensagem.

    1.18 Três anos. É provável que se refere aos anos depois da sua conversão. Subi á Jerusalém. Esta visita corresponde àquela mencionada em At 9:26-44. Cefas. É o aramaico equivalente a Pedro.

    1.19 Tiago, filho de Maria e José, e, portanto, meio irmão de Jesus (conforme Jc 1:1).

    1.21 Cilícia. Nesta ocasião estava ligada com a Síria e sob a administração romana. A cidade principal da Cilícia era Tarso, onde Paulo foi criado e agora anunciava o evangelho (23).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24
    I. INTRODUÇÃO (1:1-5)
    v. 1,2a. Do profundo mistério da Divindade, a Palavra havia falado. Essa era a certeza que havia fascinado e inspirado a alma de Saulo de Tarso. Nesse prodígio, havia ainda outro: o conhecimento de que ele mesmo era um instrumento da palavra divina. Em Jesus, Deus havia aparecido; a ressurreição havia estabelecido esse fato além de qualquer dúvida. Agora Saulo de Tarso era o servo-escravo e embaixador comissionado do Senhor Jesus Cristo: Paulo, apóstolo, por designação direta de Deus.

    Havia homens que não entendiam dessa forma. Eles também professavam o nome de Cristo — mas para eles a mensagem que Paulo pregava era uma traição das antigas veredas de Deus. Criados na tradição das antigas alianças e fascinados pela lei judaica, como o caminho de vida designado por Deus, eles não estavam conseguindo se adaptar facilmente à idéia de que essas coisas teriam de ser deixadas de lado. Além disso, eles podiam reivindicar orgulhosamente a autoridade, mesmo que não estritamente confirmada, das credenciais de Jerusalém, da igreja dos apóstolos e de Tiago, o irmão do Senhor. Para eles, Paulo era simplesmente alguém que surgiu do nada em Antioquia da Síria, e eles não hesitaram em destacar isso.
    Assim, Paulo se esforça, ao abrir a sua carta, em afirmar a base da sua autoridade. Os seus oponentes reivindicavam a autoridade de homens de expressão? A autoridade dele não precisava desse tipo de mediação, mas vinha diretamente do Deus que havia falado decisivamente em Cristo, ressuscitando-o dos mortos. Mas, mesmo entre os homens, ele não estava sozinho. Com ele estavam os devotos companheiros que os gálatas conheciam.
    [Observação: da parte de e por meio de são preposições que sugerem respectivamente a fonte original e a fonte intermediária de autoridade.]

    v. 2b. A resposta a essa questão foi discutida na introdução; este comentário considera as igrejas como aquelas organizadas por Paulo no sul da Galácia, na sua primeira viagem missionária (At 13:14).

    v. 3-5. Ao desafiar a autoridade de Paulo, os mestres judeus tinham um motivo dissimulado: desacreditar o evangelho que ele pregava. Assim, na sua saudação, Paulo reafirma os elementos essenciais do evangelho. Foi um auto-sacrifício pelos nossos pecados e um passo proposital da vontade de Deus;
    um ato voluntário da graça divina, inquestionável por parte do homem. Acrescentar qualquer outra exigência a ele seria uma presunção irreverente e ímpia. Para destacar isso, a transcendência de Deus é sublinhada. A vontade daquele cuja glória se estende pelas eras das eras (para todo o sempre) entrou em ação para nos libertar desta presente era perversa. O livramento era o ato de Deus em que ele tinha prazer; um livramento, por assim dizer, para ele mesmo (acerca do significado do uso da voz média v. Vine, Expository Dictionary of NT Words, “Deliver” 8). Se Cristo se entregou a si mesmo, como ousaríamos acrescentar mais alguma exigência?

    Não podemos negligenciar a importância desse trecho nesse estágio tão primitivo do ensino cristão. O nome do Senhor Jesus Cristo já é usado em equivalência ao de Deus nosso Par, um fato ainda mais espantoso em face do sentimento intenso dos judeus que envolvia toda a questão principal dessa carta. Além disso, o auto-sacrifício dele é por nossos pecados: o propósito redentor da morte de Cristo já é estabelecido como base do evangelho nessa formulação tão antiga. Aqui, então, temos os elementos mais precoces e essenciais da pregação cristã.

    II. O MOTIVO DA CARTA (1:6-9)
    Algo do ensino que foi levado à Galácia pelos mestres judaizantes pode ser apreendido com base em referências posteriores na carta. Esse ensino aceitava a missão de Messias de Jesus, mas acrescentava mais uma exigência à da fé em Cristo: a aceitação da obediência aos preceitos judaicos, particularmente como está simbolizada na circuncisão e no cumprimento da lei ética e cerimonial (At 15:1; G1 3.2,10; 4.10,21; 5.2; 6.12,13).
    Para Paulo, também era axiomático e evidente que a fé em Cristo exercia um efeito radical sobre a conduta (5:19-24). Mas o lugar que os judaizantes davam à lei não era, para ele, somente uma diferença de ênfase. Isso pervertia a sua mensagem, era outro evangelho, era um evangelho diferente daquele que lhes pregamor, era uma anulação (metastrepsai, v. 7) do evangelho.

    As razões desse antagonismo são elaboradas em detalhes nessa carta. O novo ensino era retrógrado, a volta à servidão (5.1; v. At 15:10). Por detrás de tudo isso, estava uma razão ainda mais profunda. Render-se aos judaizantes seria reduzir o caminho de Cristo a simplesmente mais uma das seitas briguentas judaicas e, inevitavelmente, sufocar no nascimento a mensagem universal de Cristo. O próprio Paulo deve ter percebido isso; mas era uma visão muito adiante dos horizontes dos bitolados sectários de Jerusalém, preocupados como estavam com as minúcias da observância da lei e com o temor da única perseguição que a igreja tinha experimentado (6.12). O apóstolo mantém o seu conselho, mas a compreensão arde na paixão de suas palavras. Se alguma vez houve uma questão em que Paulo teve de apressar o passo, mas com cautela, foi essa, e ser insuficientemente radical era derrotar os propósitos de Deus, seria abandonar aquele que os chamou.

    [Observações:
    1) amaldiçoado: anathema.


    2)    v, 6,7. outro evangelho que [...] não é o evangelho: há diferentes pontos de vista acerca do sentido aqui, que estão refletidos nas diferentes versões. Estaria Paulo sugerindo que a mensagem dos judaizantes não era evangelho algum? ou que não era uma mensagem diferente mas uma perversão da verdadeira mensagem? A diferença surge de pontos de vista contrários acerca do significado das palavras gregas heteros e allos defendidos, e.g., por Lightfoot e Ramsay. (A NVI opta pela primeira opção.)


    3)    v. 8. ainda que nós: a própria autoridade divina de Paulo é válida somente se a sua mensagem permanecer autêntica. Conforme Pedro

    (G1 2.11).

    4)    Observe a mudança de uma possibilidade remota, ainda que nós [pregássemos] um evangelho... (v. 8), para uma contingência muito presente: Se alguém lhes anuncia um evangelho... (v. 9).]

    III. A AUTORIDADE DE PAULO E DO EVANGELHO QUE ELE PREGAVA (SEÇÃO PRINCIPALMENTE BIOGRÁFICA) (1.10—2.21)
    1.10. A VA (conforme ARC e ACF) traduz a primeira pergunta literalmente: “Porque, persuado eu agora a homens ou a Deus?”. Pela simples incongruência de outra resposta, essa pergunta exige a resposta “a homens”; mas percebe-se que isso não se encaixa no contexto, e a maioria das traduções segue o exemplo da RSV (em português, a ARA) ao traduzir a palavra grega peithõ (persuadir) por “procurar o favor de” ou alguma expressão semelhante (v. At 12:20). A pergunta, então, é paralela à que segue: estou tentando agradar a homens? O versículo todo lança luz, mesmo que de passagem, sobre a acusação de que Paulo estava diluindo a sua mensagem para seduzir pessoas — exatamente a mesma acusação que ele faz mais tarde aos seus oponentes (6.12). Essa tradução de peithõ é correta e bem documentada.

    Contudo, a tradução na 5A (ARC e ACF, em português) talvez expresse uma ambigüi-dade intencional no original. Paulo, criado e formado como fariseu zeloso, havia se curvado diante do ato irrefutável de Deus. Qual era a argumentação dos seus oponentes? Confrontados com o ato irrefutável de Deus, eles estavam praticamente insistindo em que Deus poderia agir da forma deles, e de nenhuma outra. Assim, talvez Paulo esteja perguntando: Estaria ele, como os seus oponentes, tentando persuadir Deus a se curvar às suas idéias, ou aos homens para que se curvem diante das idéias de Deus? A resposta óbvia é a sugerida pela VA: “aos homens”. A tradução da maioria das versões, sem dúvida, exige a resposta: “a Deus”. V. 2Co 5:11; conforme At 17.4. Um enfático “não” serviria a essa interpretação. Paulo, o perseguidor, tinha se curvado agora diante do ato irresistível de Deus. Observe também o ainda na segunda parte do versículo.

    [Observação: o gr. coloca um artigo (“o”) antes de “Deus”, mas não antes de “homens”. Com base nisso, Lightfoot chama a atenção para uma construção semelhante em 4.31 “não somos filhos da [sem artigo definido no gr.] escrava”, i.e., de qualquer escrava, “mas da [com artigo definido no gr.] livre”, i.e., da única esposa legítima), sugerindo um sentido semelhante em 1.10.]

    v. 11-17. Paulo agora começa a primeira parte da sua argumentação, e a desenvolve até o final do cap. 2. Ela está relacionada à base de sua própria autoridade, e por isso à base da sua mensagem. Ele começa por demonstrar a sua dependência direta de Deus com respeito ao evangelho que pregava, uma forma de tratar a questão que exige dele que evite ambas as pontas de um dilema. Por um lado, precisa mostrar que o seu ensino não estava fundamentado em nenhuma agência humana; por outro, que não era nenhuma idiossincrasia, mas havia sido reconhecido e validado por seus colegas apóstolos.
    A sua conversão era a primeira evidência, e a mais reveladora, a seu favor. Agora ele pode oferecer a única explanação convincente daquela inversão dramática de todo o curso da sua vida: uma revelação (apokalypsis) de Jesus Cristo. Ele destaca que não ocorreu influência humana no estágio delicado logo após essa revelação: não consulta pessoa alguma, diz ele; em vez disso, retirou-se (para um lugar deserto?) na Arábia. Essa informação é acrescentada ao que sabemos com base em At 9. Não sabemos o tempo exato que ele esteve na Arábia, pois os três anos do v. 18 incluem a atividade considerável em Damasco, acerca da qual nos informa At 9.

    Qual foi a revelação pela qual Paulo recebeu o evangelho (v. 12)? A outra revelação, do v. 16, estava centrada na experiência dramática na estrada de Damasco (v. observação 2), mas o crescimento na compreensão do evangelho não era necessariamente de uma natureza sobrenatural. A preocupação de Paulo é evitar a alegação de mera especulação humana. A argumentação cuidadosa e detalhada dessa carta é evidência suficiente de que a fonte da revelação estava nas reflexões de Paulo acerca do AT. Podemos citar alguns dos trechos que foram mais importantes nessa formação: a história de Abraão, Habacuque e a última parte de Isaías evidentemente foram proeminentes. Por trás das suas convicções, e confirmando-as, estava a consciência do governo e da ação de Deus na formação da sua vida (v. 15; conforme Jr 1:5 e Is 49:1).

    [Observações:
    1) Conforme o v. 12 com 1Co 11:23; Ef 3:2-49; Cl 1:25-51. Contraste com 1Co 15:3 e conforme G1 1.18. Não há contradição. Conforme Cullmann The Early Church, 1956, art. “The Tradition”, p. 59ss).


    2) v. 16. revelar o seu Filho em mim (en emoi): outras versões preferem “por mim” (i.e., por meio do ensino de Paulo; como Lightfoot), ou “no meu caso” (i.e., em distinção de outros; como Hogg e Vine), ou “para mim” (RSV).]

    v. 18-24. A visita a Jerusalém mencionada aqui também está registrada em At 9:23-30. Com base nesse texto, vemos que a apresentação de Paulo a Pedro não foi facilmente realizada antes que Barnabé se tornasse amigo dele. Paulo acrescenta a seguinte informação àquilo que concluímos do texto de Atos.

    1)    Em Jerusalém, os “apóstolos” a quem Barnabé o apresentou (At 9:27) eram somente dois em número (Tiago, embora não fosse um dos Doze, satisfazia as exigências do apostolado) (v. 19).

    2)    Paulo indica que o encontro e a consulta (,historêsai) com Pedro foi um propósito definido da sua visita a Jerusalém; um propósito por parte do discípulo de Gamaliel que reconhece publicamente a capacidade intelectual e espiritual do pescador Galileu (v. 18).


    3)    Embora Paulo andasse “com liberdade em Jerusalém” entre eles (At 9:28), não tinha conseguido visitar as igrejas da Judéia ainda (v. 22).

    4)    Alguns alegam uma discrepância entre os quinze dias do v. 18 e o período evidentemente mais longo sugerido por Atos; mas o primeiro período refere-se explicitamente somente à duração da estada de Paulo com Pedro.

    Em 2Co 11:32, Paulo nos conta que a sua fuga de Damasco ocorreu enquanto a cidade era governada por um governador apontado por Aretas, rei dos nabateus. Na cronologia discutida anteriormente, a data da fuga de Paulo teria sido 35 ou 36 d.C. (precisamos levar em consideração a forma inclusiva de cálculo do tempo). Acerca dos problemas relacionados a isso, veja no NBD os artigos “Aretas”, “Cronologia do NT” e “Paulo”.

    Atos também se refere ao retiro de Paulo na Síria e na Cilicia, com a informação mais específica de que Paulo retornou a Tarso, sua cidade natal (At 9:29-30). Os nomes Síria e Cilicia são os de uma divisão política romana combinada, e isso não significa necessariamente que Paulo tenha visitado a Síria propriamente dita, embora isso seja possível. Compare também At 22:17-21, em que ficamos sabendo que a urgência dos companheiros de Paulo foi confirmada por uma visão.

    Paulo então desaparece do relato de Atos por um período de aproximadamente quinze anos, até que Barnabé o leva de Tarso, na Cilicia, para Antioquia, na Síria (At 11:25-26). Que esses não foram anos de inatividade, fica claro pelas referências nas outras cartas. Muitas das experiências que Paulo descreve em 2Co 11:23-47 podem ser datadas nesse período, incluindo as visões diretas de Deus de 2Co 12:2-47. A evangelização que Paulo empreendeu da sua região natal durante esse período, claramente sugerida em G1 2.2, também explicaria o fato de ele ter evitado a Cilicia na sua primeira viagem missionária, em que os missionários viajaram ao continente via Chipre, a ilha natal de Barnabé.

    O zelo de Paulo em declarar a exatidão do seu relato (v. 20) indica quanto esses fatos eram importantes para a sua argumentação. Ele ainda está destacando o fato de ter ficado isolado de influência, a não ser da de Pedro e Tiago. A unidade com esses dois líderes, sugerida tacitamente por esse relato, poderia, por outro lado, acrescentar força à sua argumentação.
    [Observação: v. 23. a fé. o uso de “fé” como sinônimo de evangelho certamente está em concordância com toda a exposição contida nessa carta. Conforme Lightfoot in loco.]


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 11 até o 24
    c) O Evangelho de Paulo não derivado dos homens, mas de Deus (Gl 1:11-48). Judaísmo (13). Aqui é contrastado com a igreja de Deus. Sobremaneira (13). Essa forte expressão ocorre também em Rm 7:13; 1Co 12:31; 2Co 1:8. Devastava (13); o mesmo verbo grego ocorre no vers. 23 e em At 9:21 ("exterminava"), referindo-se às atividades perseguidoras de Saulo. Os verbos perseguia e devastava estão no tempo verbal imperfeito, o que em grego indica um curso de ação que prosseguiu até a sua conversão. A muitos da minha idade (14); seus jovens contemporâneos na escola de Gamaliel, entre os quais ele era um líder notável e herói (At 7:58). De meus pais (14). Os pais de Paulo eram fariseus estritos (Fp 3:5), e todas as influências que foram exercidas pelo seu lar sobre ele tornavam sua conversão ao Cristianismo extremamente improvável.

    >Gl 1:15

    Me separou (15). Paulo quer dizer que, antes de seu nascimento, ele fora separado por Deus com um propósito especial, à semelhança de Jeremias (Jr 1:5); cfr. Rm 1:1. É digno de nota como, palavra após palavra, salienta o fato que sua conversão foi obra exclusiva de Deus; pois diz ele: Aprouve a Deus, separou, chamou, sua graça. Revelar seu Filho em mim (16). Quando o véu foi tirado para o lado (12), Paulo viu que Cristo era o Filho de Deus, assentado à direita do poder, decisivamente comprovado ser tal por meio de Sua ressurreição (Rm 1:4). Isso foi o raiar da manhã em seu coração (2Co 4:6). Carne e sangue (16); cfr. as palavras de nosso Senhor a Pedro (Mt 16:17). Apóstolos antes de mim (17). Paulo era apóstolo, possuindo absolutamente a mesma autoridade que os discípulos originais; ele vira o Senhor ressurrecto (1Co 9:1; 1Co 15:8).

    >Gl 1:17

    Arábia (17); provavelmente alguma porção dos desertos árabes, dentro de fácil acesso a partir de Damasco. Que ele foi até a península do Sinai, conforme alguns têm suposto, é realmente extremamente duvidoso. Seu desejo, é de supor-se, era de estar sozinho com Deus, para meditar e pensar. Não há menção dessa viagem à "Arábia" em At 9. Podemos conjeturar que Paulo pregou durante "certos dias" em Damasco (At 9:19-22), foi para a Arábia, e então regressou a Damasco, entrando nos "muitos dias" referidos em At 9:23, sendo que esses dias formaram uma grande parte dos "três anos" mencionados no versículo seguinte aqui. Decorridos três anos (18); quase certamente, três anos após a sua conversão, pois dessa data em diante é que Paulo calculava qualquer coisa digna de consideração em sua vida. Para avistar-me com Cefas (18). Há traduções que dizem: "para tornar-me conhecido de Cefas"; no dizer de Beet, "um propósito muito diferente de desejar obter sanção apostólica para a sua obra". Tiago, o irmão do Senhor (19). Assim descrito para ser distinguido de Tiago, filho de Zebedeu, que na ocasião ainda estava vivo. Se esse Tiago é aqui chamado de apóstolo, é um ponto mudo. Talvez assim tenha sido, no sentido mais lato em que essa palavra é algumas vezes empregada no Novo Testamento, como quando, por exemplo, foi empregada para Barnabé (At 14:4-14). Tiago não era um dos discípulos originais de Jesus (Jo 7:5), mas aqui ele aparece em íntima associação com os apóstolos, em Jerusalém. O Cristo ressurrecto apareceu para ele (1Co 15:7), e esse aparecimento, com toda a probabilidade, produziu a sua conversão. Não há razão válida que nos impeça de acreditar que Tiago tenha sido filho de José e Maria. (Quanto a esse problema inteiro examinar o livro do dr. William Patrick, James, the Lord’s Brother, bem como a elaborada dissertação no Comentário de Eadie). Diante de Deus testifico que não minto (20). Os oponentes de Paulo, sem dúvida alguma, haviam torcido o propósito da visita de Paulo: isso explica a forte linguagem que ele emprega aqui. Síria... Cilícia (21), são províncias vizinhas. Ficavam bem longe de Jerusalém, pelo que durante muito tempo Paulo era desconhecido para as igrejas Cristãs de Jerusalém e das circunvizinhanças (22). Que Paulo pregou em sua província nativa, como também na Síria, podemos deduzir da menção sobre as igrejas da Síria e da Cilícia, em At 15:41. Ouviam somente dizer (23); mais literalmente, "estavam apenas ouvindo". Glorificavam a Deus a meu respeito (24). Paulo já estava começando a ser reconhecido como exemplo típico do poder remidor de Cristo (1Tm 1:16).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24

    1. A Saudação (Gálatas 1:1-5)

    Paulo, apóstolo (não enviado de homens, nem por intermédio de homem, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos), e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia: Graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo, que deu a si mesmo por nossos pecados, para que Ele possa nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém. (1: 1-5)

    Uma maneira de negar a veracidade de uma mensagem é negar a autoridade de quem a dá. A igreja da Galácia tinha recebido o verdadeiro evangelho da graça de Paulo e tinha acreditado até alguns falsos mestres veio depois que ele se foi. Eles não só atacou a validade da mensagem, mas também a do mensageiro. Aparentemente, os judaizantes tinha convencido alguns dos membros da igreja da Galácia que Paulo era um apóstolo auto-nomeado sem comissão divina. Então, no início da carta Paulo dispensado com as habituais saudações pessoais e imediatamente começou a estabelecer a autenticidade de sua autoridade apostólica, que ele mais tarde (1: 11-2:
    21) expande em detalhe.
    Neste breve saudação Paulo resume a sua autoridade (o seu direito de falar), a sua mensagem (as verdades que ele fala), e seu motivo (a sua razão de falar).

    Autoridade de Paulo

    Paulo, apóstolo (não enviado de homens, nem por intermédio de homem, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos), e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia: (1: 1-2)

    Seguindo o costume de sua época, o apóstolo começa a sua carta indicando o seu nome, Paulo . Ele, então, estabelecer a sua autoridade como apóstolo, em primeiro lugar, com base em seu direito ao título de "apóstolo", segundo a partir da maneira em que ele foi escolhido para esse cargo, e em terceiro lugar, com base em sua relação com irmãos na fé .

    O Título Apóstolo

    um apóstolo (1: 1-A)

    Um apóstolo ("aquele que é enviado com uma comissão") era um enviado, embaixador, ou mensageiro, que foi escolhido e treinado por Jesus Cristo como seu emissário especial para proclamar a Sua verdade, durante os anos de formação da igreja. Em seu uso primário e técnico, o termo aplicado a doze originais que foram escolhidos no início do ministério terrestre de Jesus (Mc 3:14; Lc 6:13) e foram postos de lado para estabelecer as bases da igreja primitiva e ser os canais de revelação concluída de Deus (At 2:42; At 2:20 Ef.). Eles também receberam poder de realizar curas e de expulsar os demônios como verificar sinais de sua autoridade divina (At 2:43; 2 Coríntios 0:12; Heb. 2: 3-4.). Deve notar-se que, pouco antes de Pentecost, Judas foi substituído por Matthias (At 1:26).

    Em um sentido mais amplo, o termo apóstolo também é utilizada de homens como Barnabé (At 14:14), Silas e Timóteo (1Ts 1:1;. Fp 2:25.), enquanto os Doze e Paulo eram "apóstolos de Jesus Cristo." Nenhum dos dois grupos foi perpetuado. Com exceção de Judas, não há registro do Novo Testamento de um apóstolo tanto no grupo primário ou secundário a ser substituídos depois que ele morreu.

    Porque ele não estava entre os doze originais, Paulo necessárias para defender o seu apostolado de forma que eles não fizeram. Porque uma das qualificações foi testemunhar Cristo Ressuscitado (At 1:22), Paulo explicou à igreja de Corinto que entre Sua ressurreição e ascensão de Jesus em primeiro lugar "apareceu a Cefas [Pedro], depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez; ... Depois apareceu a Tiago, então a todos os apóstolos; e por último, como se fosse a um abortivo, Ele apareceu também a mim "(1 Cor. 15: 5-8) . Paulo testemunhou o Cristo ressurreto de uma forma única. Como ele estava viajando a Damasco para prender e aprisionar os cristãos lá, "de repente uma luz do céu brilhou em volta dele, e ele caiu no chão, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?" E ele disse: "Quem és tu, Senhor? E Ele disse: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues" (Atos 9:3-5). Através do piedoso Ananias de Damasco, o Senhor declarou este antigo inimigo do evangelho para ser "um instrumento escolhido de Minas, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel" (v. 15). Assim como o Senhor "efetivamente trabalhou para Pedro no seu apostolado da circuncisão [Ele] efetivamente trabalhou para [Paulo] também para os gentios" (Gl 2:8At 23:11; e II Coríntios 12:1-4 (. conforme 1Co 9:1).

    Chamada original do seu apostolado foi diretamente através de Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos . Jesus chamou Paulo e colocou-o à parte, antes que ele teve contato com qualquer um dos outros apóstolos. Depois de vários anos de preparação divina (conforme Gal. 1: 17-18), ele foi enviado para fora para começar o seu trabalho entre os gentios diretamente pelo Espírito Santo, cuja nomeação divina foi reconhecida pelos líderes da igreja em Antioquia (13 2:44-13:3'>Atos 13:2-3). A autoridade de Paulo não era o homem-determinado ou auto-dado, mas Deus -given, e seu direito de instruir o Gálatas foi fundamentada em que prerrogativa divina.

    Paulo nunca perdeu uma oportunidade de mencionar a ressurreição, sem a qual o evangelho seria impotente. O Deus que nomeou Paulo apóstolo era Deus, o Pai, que ressuscitou o Seu Filho dos mortos .

    Paulo teve certamente um comissionamento muito superior a qualquer um dos falso-ensino, judaizantes auto-nomeados que estavam confundindo os Gálatas e tentando definir-se acima de sua autoridade.
    Freqüente menção do apóstolo de Deus e Pai, em relação a Jesus Cristo em todo o Novo Testamento marca uma ênfase que não deve ser desperdiçada. A intenção não é para nós a compreender Deus comonosso Pai (apesar de que a verdade é mencionado em 1: 4), mas o Pai em relação ao papel que tem na Trindade, especialmente sua relação com o Filho. A intenção é a de salientar a importância de a relação entre o primeiro e segundo membros do Trinity como a natureza essencial. O título é a de expressar a igualdade de divindade entre os dois, pai e filho que compartilham a mesma natureza (conforme Mt 11:27; João 5:17-18., Jo 5:22; 10: 29-33; Jo 14:9). Um pouco mais tarde Ele lhes disse: "Estas coisas vos tenho dito, e no respeito com você. Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará recordará tudo o que eu disse para você (14: 25-26).

    Porque o ensinamento dos apóstolos veio diretamente do Senhor, os escritos de Paulo, Pedro, João e os outros são todos muito como divinamente inspirada e autoritária como as palavras que Jesus falou em pessoa durante Seu ministério terreno. É por essa razão que a letra vermelha Bíblias pode ser enganosa, porque sugerem que as palavras pronunciadas por Jesus durante seus três anos de ministério terreno são de alguma forma mais inspirada e preciosa do que outras partes das Escrituras. Como Paulo deixou claro a Timóteo no entanto, "Toda a Escritura é inspirada por Deus" (2Tm 3:16), que é o autor de todas as sua palavra, seja por meio dos profetas, o Senhor Jesus Cristo, ou os apóstolos.

    Porque a Bíblia é a própria Palavra de Deus, para ser sujeito a Deus está sujeito à Bíblia. Não é um amálgama de opinião humana, mas o repositório da verdade divina.
    Como discutido na 1ntrodução, as igrejas de sul Galácia estavam nas centrais cidades da Ásia Menor de Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe, onde Paulo havia ministrado em ambos os seus primeiro e segundo viagens missionárias (13 14:44-14:23'>Atos 13:14-14: 23; 16: 1-5). O fato de que Paulo fundou essas igrejas certamente lhe deu alguma autoridade para lidar com eles (conforme 1 Cor. 4: 14-21, onde Paulo expressa seu direito de repreender o Corinthians, porque ele era seu pai espiritual).

    A menção a essas igrejas é breve e impessoal, e não há uma aparente falta de as comodidades normalmente encontrada nas epístolas de Paulo. Seu ressentimento de sua deserção do evangelho da graça obrigou-o a renunciar a qualquer elogio ou observações pessoais, e ele simplesmente deu uma saudação evangelho antes que ele os repreendeu.

    Mensagem de Paulo

    Graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo, que deu a si mesmo por nossos pecados, para que Ele possa nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, (1: 3— 4)

    Como Paulo explica mais tarde na epístola, o evangelho que ele pregava "não estava de acordo com o homem. Porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado, mas eu recebi através de uma revelação de Jesus Cristo" (Gal. 1:11 —12). Duas das mais preciosas palavras relacionadas ao que é dado por Deus evangelho são graça e paz . A primeira é a fonte de salvação e o segundo é o resultado.Graça é posicional, a paz é prático, e, juntos, eles fluem da parte de Deus, nosso Pai, através do Seu Filho e nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo .

    Na cultura grega da época de Paulo a saudação comum era chara ("alegria"). Mas, embora a alegria está entre as muitas bênçãos cristãos receber de Deus e deve refletir em suas vidas (Gl 5:22), a saudação distintamente cristã de graça ... e paz realizada significado especial e significado para Paulo e para outros crentes no igreja primitiva.

    Uma vez que não ofereceu nenhuma graça e desde há paz, o sistema de direito que está sendo ensinado pelos judaizantes deitado é atacada mesmo neste simples saudação. Se estar bem com Deus e possuir a salvação é pelas obras, já que esses falsos mestres mantida, então não é de graça (Rom. 4: 4-5) e pode trazer não a paz, pois nunca se sabe se ele tem boas obras suficientes para ser eternamente seguros.

    No versículo 4, Paulo apresenta um resumo sucinto do verdadeiro evangelho da graça e paz , mostrando a sua natureza, o seu objeto e sua origem.

    A natureza do evangelho: morte expiatória e Ressurreição de Cristo

    que deu a si mesmo por nossos pecados, (1: 4a)

    No torneamento de graça em um sistema legalista de salvação pelas obras, os Gálatas havia ignorado o significado da morte de Cristo.
    O coração do evangelho é sacrifício voluntário de Cristo de Si mesmo por nossos pecados . A salvação não é conquistada por nossos esforços para eliminar o pecado, mas por sua confiança na promessa de Deus para perdoar o pecado através da obra de Jesus Cristo. Sua morte expiatória foi a parte mais essencial do plano divino da redenção, sem a qual todos os Seus ensinamentos e obras miraculosas teria sido sem sentido e um escárnio. Além da morte sacrificial de Cristo, o Seu ministério terreno teria retratado o poder ea verdade de um grande e maravilhoso Deus, mas um Deus com quem os homens nunca poderiam ser conciliados, porque eles não tinham como sair de seu pecado. Uma vez que nenhum homem pode eliminar o pecado pelas obras (Rm 3:20), ele deve ser perdoado. É por isso que era absolutamente necessário que "ele mesmo os nossos pecados em Seu corpo na cruz, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça" (1Pe 2:24). Se Cristo não tivesse morrido em nosso favor, Ele não poderia ter sido levantada em nosso favor; e se Ele não tivesse sido levantada, Paulo diz, em seguida, pregando o evangelho seria vã, confiando no evangelho seria inútil, e todos os homens ainda estariam em seus pecados (1 Cor. 15: 14-17).

    A declaração que deu a si mesmo por nossos pecados, afirma que o propósito da vinda de Cristo era para ser uma oferta pelo pecado (conforme 3:13).

    O objeto do Evangelho: para entregar a partir da idade atual

    para que Ele possa nos livrar do presente século mau, (1: 4b)

    O propósito do evangelho é a entregar (o subjuntivo grego expressa propósito) aqueles que acreditam em Cristo a partir deste mundo perverso . A morte de Jesus foi uma operação de resgate, o único meio possível de salvar os homens do mundo condenado e da morte eterna, fornecendo-lhes a vida eterna.

    Exaireō ( entregar ) carrega a idéia de resgatar do perigo. A palavra foi usada por Estevão em seu sermão perante o Sinédrio, como ele descreveu a libertação divina de José e os filhos de Israel a partir de aflição egípcia (At 7:10, At 7:34). Pedro usou a palavra para descrever a libertação de Deus dele da prisão (At 12:11), e do comandante romano Cláudio Lísias usou de seu resgate do Paulo da turba beligerante em Jerusalém (23:27;. Conforme v 10). Gl 1:4.; 1Jo 5:51Jo 5:5).

    Jesus orou no Jardim: "Pai, se Tu és dispostos, retire de mim este cálice; ainda não a minha vontade, mas a tua" (Lc 22:42). Era não a vontade do Pai para esse copo para ser removido, porque caso contrário o mundo não poderia ser salvo. Foi a vontade do Pai por Seu precioso Filho para morrer, a fim de que aqueles que confiam nele pudesse viver. O Pai enviou seu Filho para morrer, e do Filho de bom grado deu a sua vida.

    Especificamente cada crente resgatado é entregue por causa da soberana vontade, da graça de Deus. "Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem , mas de Deus "(João 1:12-13). A salvação é, portanto, retirado da vontade do homem e é enterrado no fundo do decreto soberano de Deus.

    Motive de Paulo

    a quem seja a glória para todo o sempre. Amém. (1: 5)

    Paulo conclui sua introdução com uma doxologia apropriada para tal Deus salvar. Seu motivo para escrever às igrejas da Galácia era que ele pode reconhecer que Deus é digno de glória para todo o sempre.propósito supremo do apóstolo era glorificar seu Senhor, e ele chama todos os crentes a fazer tudo "para a glória de Deus" (1Co 10:31).

    Nestes cinco versos de Gálatas abertura Paulo abrange as quatro etapas da salvação do homem. A primeira etapa foi o decreto soberano de Deus para salvar, a segunda foi a morte de Cristo pelos pecados do homem, a terceira foi a nomeação de apóstolos para testemunhar essa disposição divina, eo quarto foi o dom da graça de Deus e paz aos que acreditam em Jesus Cristo. Em cada uma das etapas do Pai e do Filho trabalhar juntos, porque a sua vontade e os seus trabalhos são sempre um (Jo 5:30; Jo 6:38; Jo 10:30).

    Paulo e os outros apóstolos foram comissionados e enviado pelo Pai e do Filho, e a graça que traz a salvação ea paz que traz a salvação são do mesmo modo, tanto da parte do Pai e do Filho. Salvação é fornecido, pregou, e concedida pela operação comum de Deus Pai e Deus Filho. Juntos, eles planejou a salvação, juntamente Eles fornecem salvação, juntamente Eles anunciar a salvação e, juntos, dar a salvação para cada pessoa que vem a eles na fé.

    Amém expressa a afirmação cabendo a dignidade de Deus para receber a glória para uma disposição como maravilhoso da eterna salvação graciosa. Alan Cole escreve desta palavra: "Quando o old-fashioned cantonês de língua Cristão diz, no final de uma oração shing sam shoh UEN (" com todo o meu coração isto é o que eu desejo ") ele se aproxima muito quase o significado original hebraico" ( A Epístola de Paulo aos Gálatas [Grand Rapids: Eerdmans, 1970], p 37)..

    2. Devotos da destruição ( Gálatas 1:6-9 )

    Surpreende-me que você está passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho; que não é realmente o outro; senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu, vos anunciasse um evangelho diferente daquele que já vos pregamos, seja anátema. Como já dissemos antes, então eu digo novamente agora, se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. ( 1: 6-9 )

    Ao longo da história, Deus tem dedicado certos objetos, indivíduos e grupos de pessoas à destruição. Da Jericho antigo Ele declarou: "E a cidade fica sujeita à proibição, ela e tudo o que está nele pertence ao Senhor; somente a prostituta Raabe e todos os que com ela estiverem em casa devem viver ... Mas, como para você , guardai-vos das coisas sob a proibição, para que não cobiçam-los e tomar algumas das coisas sob a proibição, para que você faria o acampamento de Israel maldito e trazer problemas por ela "( Josh. 6: 17-18 ).

    Mas "Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, da tribo de Judá, tomou das coisas sob a proibição", e por causa de sua desobediência, "a ira do Senhor se acendeu contra o filhos de Israel "( 7: 1 ).Porque ele desobedeceu e tentou salvar egoisticamente algo do que Deus já havia posto para destruição, ele trouxe a tragédia em seus irmãos israelitas, e eles já não podia "estar diante de seus inimigos" ( v. 12 ). Depois de Achan, sua família e todos os seus bens foram destruídos ", o Senhor se apartou do ardor da sua ira. Por isso, o nome daquele lugar foi chamado o vale de Acor até hoje" ( vv. 25-26 ). Acor significa "problema" e simboliza o destino daqueles que tentam tirar proveito daquilo que Deus condenou.

    O Novo Testamento fala de duas categorias gerais de pessoas a quem Deus dedica à destruição. A primeira categoria é "alguém [que] não ama o Senhor" ( 1Co 16:22 ). A segunda é a falsos mestres, que em Gálatas 1:8-9 Paulo duas vezes chama de maldito. Jesus advertiu seus discípulos que "surgirão falsos cristos e falsos profetas se levantarão e mostrarão grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, até os escolhidos" ( Mt 24:24 ). Os falsos mestres são filhos de seu "pai ao diabo, e ... quero fazer os desejos do [seu] pai", que "sempre que ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e o pai da mentira "( Jo 8:44 ). Paulo lembrou a Timóteo que tais pessoas na liderança da igreja em Éfeso tinha "entregue a Satanás, para que possam ser ensinados a não blasfemar" ( 1Tm 1:20 ).

    Nos primeiros dias da igreja, Elimas, o mago se opuseram à pregação de Paulo e Barnabé e, em particular, tentou manter o procônsul romano Sérgio Paulo "longe da fé. Mas Saul, que também era conhecido como Paulo, cheio do Espírito Santo , fixou seu olhar sobre ele, e disse: 'Você que é cheio de todo o engano e fraude, seu filho do diabo, inimigo de toda a justiça, você não vai deixar de dar a perverter os retos caminhos do Senhor?' "( 13 7:44-13:10'>Atos 13:7-10 ). Nesse repreensão Paulo expõe quatro características dos falsos mestres: eles são enganosos, filhos do diabo, inimigos da justiça, e pervertem o evangelho.

    Entre as principais características de Satanás e seus seguidores é engano. Paulo adverte que no fim dos tempos o Anticristo virá "de acordo com a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não acolheram o amor da verdade, a fim de ser salvo "( 2 Ts 2: 9-10. ). João nos diz de "o grande dragão, [que] foi jogado para baixo, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo" ( Ap 12:9 ; Ap 20:3 ).

    Satanás e seus emissários do demônio fazer o seu trabalho enganador geralmente através de seres humanos e na maioria das vezes através de líderes religiosos. Entre esses líderes religiosos são aqueles que colocam como cristãos, a quem Paulo descreve como "falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo" ( 2Co 11:13 ). "E não é de admirar", Paulo passa a explicar, "porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Portanto, não é de surpreender os seus ministros se disfarcem em ministros de justiça" ( vv. 14-15 ). Paulo reconheceu os agentes humanos utilizados por Satanás quando ele falou dos "espíritos enganadores" que propagam "doutrinas de demônios, por meio da hipocrisia de mentirosos" ( 1 Tm 4: 1-2. ).

    Satanás tem efetivamente cumprido sua decepção mais destrutiva através energizado por demônios falsos mestres que colocam como porta-vozes de Deus. Foi quando os seus próprios sacerdotes e profetas comprometidos a verdade de Deus que os israelitas eram mais propensas a idolatria e outras práticas pagãs. Foi falsos mestres que reivindicam para pregar o evangelho que estavam mais bem sucedido no enfraquecimento da igreja primitiva, simbolizadas pelos judaizantes legalistas que grassaram espiritual às igrejas da Galácia. Foi falsos mestres dentro da igreja do final do século XVIII e dos séculos 11X que gradualmente transformou teologia bíblica para as diversas formas de modernismo e liberalismo. Hoje mesmo as doutrinas do misticismo oriental e ocultismo estão encontrando seu caminho para dentro da igreja, muitas vezes sob o disfarce de espiritualmente filosofia, psicologia, ou a melhoria da auto-imagem "neutro".

    Na vida das igrejas, Paulo temia nada mais do que a falsa doutrina, uma vez que é a fonte básica de comportamento pecaminoso. Sua profunda preocupação com o bem-estar espiritual dos crentes de Corinto seria plenamente como propósito para a igreja hoje. "Estou com medo", escreveu ele, "para que assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, vossas mentes devem ser desviados da simplicidade e pureza de devoção a Cristo" por alguém que "vem e prega outro Jesus que nós não temos pregado ou você recebe um espírito diferente que não tenha recebido, ou outro evangelho que você não aceitou "( 2 Cor. 11: 3-4 ).

    Para os anciãos de Éfeso na praia de Mileto, Paulo disse: "Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue. I sei que depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês, que não pouparão o rebanho; e dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas "( Atos 20:28-30 ).

    Alvo principal de Satanás para falso ensino é a doutrina da salvação, porque se as pessoas estão confusos sobre que eles não têm nenhuma maneira de chegar a Deus em primeiro lugar e, assim, permanecer sob influência e controle de Satanás. Ele ensina mentiras sobre organização da igreja, a vida cristã, a volta do Senhor, e muitas outras coisas. Mas a sua primeira preocupação é minar o coração do Evangelho, que é a salvação pela graça, tornada possível através da Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo. Pedro advertiu seus leitores: "Também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas sensualidade, e por causa deles o caminho da a verdade será blasfemado "( II Pedro 2:1-2. ). O mais destrutiva de todas as heresias é "negar o mestre," a encarnação do Senhor Deus.

    Os falsos profetas também estão mais interessados ​​na popularidade do que na verdade. Sua preocupação não é para servir ao Senhor e ministrar ao Seu povo, mas "para fazer uma boa exibição na carne" ( Gl 6:12 ) e para ganhar uma sequência para se ( At 20:30 ). Eles estão em seu trabalho por dinheiro; e "em sua ganância eles farão de vós negócio com palavras falsas", diz Pedro, porque seus corações estão "exercitado na ganância" ( 2Pe 2:3 ).

    Uma vez que eles não têm a verdadeira vida espiritual e poder para subjugar a carne, os falsos profetas são pecaminosos na vida privada, e às vezes até mesmo em público ", tendo os olhos cheios de adultério e que nunca deixam de pecado, seduzindo as almas inconstantes" ( 2Pe 2:14 ). Pedro se refere a eles como "animais irracionais, como criaturas de instinto de ser capturado e morto, injuriando onde eles não têm conhecimento ... Eles contam-se um prazer para deleitar-se durante o dia. Eles são manchas e imperfeições, deleitando-se em seus enganos ... amaldiçoado crianças; deixando o caminho direito, eles se desviaram ... Estes são fontes sem água, névoas levadas por uma tempestade, para quem foi reservada a escuridão preto por falar palavras arrogantes de vaidade que seduzir por. desejos carnais, por sensualidade, aqueles que escapam daqueles que vivem no erro "( 2 Pe. 2: 12-15 , 17-18 ).Ceremonialism Religiosa, ritualismo, e legalismo não pode restringir a carne, para que as pessoas que dependem de tais adereços externos conter apenas o mal em suas vidas, o que, eventualmente, quebrar qualquer restrições auto-impostas eles tentam usar em si mesmos.

    Foram esses falsos mestres malditos, especificamente os judaizantes, que foram assola as igrejas da Galácia. O livro de Gálatas é só epístola de Paulo em que ele não tem uma palavra de elogio para aqueles a quem ele escreve. Após sua breve saudação ele imediatamente se lança a razão para a sua escrita: sua extrema preocupação e perplexidade sobre os falsos mestres que estavam subcotassem o evangelho da graça que ele tinha tanto cuidado pregado e desenvolvido enquanto ele ministrou na Galácia. Ele estava profundamente entristecido que a verdade da oferta soberana e graciosa de Deus da redenção através do sacrifício expiatório de Jesus Cristo estava sendo corrompido pelos ensinamentos de salvação pelas obras, a saber, que um gentio tinha de se tornar um judeu cirurgicamente e cerimonialmente antes que ele pudesse tornar-se um cristão e que todos os cristãos tinham de obedecer e honrar a lei e as tradições judaica, a fim de obter e manter a justiça do Senhor.

    Em Gálatas 1:6-9 o apóstolo dá três características envolvidas em sua forte oposição a esse grave e condenável heresia: a sua maravilha, sua sabedoria e sua advertência.

    A surpresa de Paulo sobre Deserção dos gálatas

    Surpreende-me que você está passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo, para outro evangelho; ( 1: 6 )

    Paulo dificilmente poderia compreender que os crentes gálatas já estavam abandonando seu ensino apostólico. Ele estava espantado ( thaumazō , uma palavra forte, ou seja, para ser surpreendido) e desorientados. Ele não conseguia entender por que eles estavam passando tão depressa Ele , isto é, Deus, que chamou -los por meio de a graça de Cristo . Ele não ficou surpreso com o que os falsos mestres estavam fazendo, mas ficou chocado com a resposta favorável que receberam de cristãos na Galácia.

    O apóstolo foi especialmente surpreso que a deserção tinha chegado tão rapidamente . (Para um excelente tratamento da sequência temporal dos escritos de Paulo, ver Gálatas: A Carta da Liberdade Cristã, por Merrily C. Tenet.) Tacheōs ( rapidamente ) pode significar tanto fácil e prontamente ou em breve, e às vezes ambos, como era, provavelmente, o caso com os gálatas desertando o verdadeiro evangelho. Os crentes aparentemente ofereceu pouca resistência e ineficaz para os falsos mestres e, portanto, eram inconstante em sua fidelidade a Paulo e seu ensino. Eles rapidamente e facilmente veio sob a influência de doutrinas heréticas.

    Os gálatas haviam tido o privilégio de ser ensinado pelo maior professor que a igreja já conhecida para além do próprio Senhor; mas eles prontamente rejeitou as verdades da graça que haviam aprendido dele. Há ainda um grande e urgente necessidade de pregação e ensino que se repete continuamente as verdades centrais do evangelho (veja II Pedro 1:12-15. ). É possível até mesmo para os crentes de longa data para perder um controle firme sobre as verdades e se permitem ser enfraquecido e pervertida por idéias que melhoram supostamente sobre os ensinamentos puros e simples das Escrituras.

    Estes Gálatas eram verdadeiros crentes que tinham vindo para a salvação no poder do Espírito Santo ( 3: 3 , 5 ; 4: 6 , 8-9 ). Eles eram irmãos cristãos ( 1: 2 , 11 ; 03:15 ; 04:12 , 31 ; 05:13 ), que havia se tornado seriamente confuso.

    Os cristãos da Galácia não só estavam a ser confuso e enfraquecido em sua confiança para viver pela graça, mas, na verdade, foram desertando . O termo atrás desertar ( metatithēmi ) foi utilizado de deserção militar, que foi punido com a morte durante o tempo de guerra, tanto quanto nos tempos modernos. O verbo grego é reflexivo, o que indica que o ato é voluntário. Os crentes não foram passivamente a ser removido, como a tradução Rei Tiago sugere, mas estavam no processo de remover-se da esfera da graça. Os falsos mestres foram responsáveis ​​por sua corrupção da verdade de Deus, mas os cristãos da Galácia também foram responsáveis ​​por ser tão facilmente enganados por ele para perseguir o legalismo.

    Para abandonar o evangelho da graça que Paulo ensinou-lhes que não era simplesmente a desertar uma doutrina, mas a abandonar a Ele , o Deus que tinha chamado -los para a salvação . Chamado é um particípio aoristo e poderia ser traduzido ", que vos chamou uma vez por todas "(cf. 13 53:2-14'>2 Ts 2: 13-14. ; 2 Tm 1: 8-9. ; 1Pe 1:151Pe 1:15. ). A chamada falado nas epístolas do Novo Testamento é sempre uma chamada eficaz para a salvação (ver Rm 8:30. ).

    O único evangelho de Deus é o evangelho da graça , que é o evangelho da redenção divina totalmente à parte de qualquer obra ou mérito do homem. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé", Paulo declarou aos Efésios ", e isto não vem de vós, é dom de Deus;. Não como resultado de obras, para que ninguém se glorie Pois somos feitura dele "( Ef. 2: 8-10 ). E é continuamente que "a graça na qual estamos firmes" ( Rm 5:2 .

    Os judaizantes estavam promovendo um evangelho diferente , um meio completamente contrárias e ineficazes de estar bem com Deus. Por conseguinte, embora eles tinham "começado pelo Espírito," alguns dos verdadeiros crentes na Galácia estavam tentando ser "aperfeiçoado pela carne" ( 3: 3 ). Apesar de terem "conheceis a Deus, ou melhor, sendo conhecidos por Deus," que tinha virado "de volta novamente para os fracos e inúteis coisas elementares" ( 4: 9 ); e apesar de terem sido "correr bem", eles estavam agora a ser "prejudicado ... de obedecer à verdade" ( 5: 7 ).

    Sabedoria de Paulo Quanto Engano dos Falsos mestres

    que não é realmente o outro; senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. ( 1: 7 )

    Os ensinamentos distorcidos dos judaizantes que se presume ser uma forma de o evangelho, mas Paulo declara que o seu "outro evangelho" ( 6 v. ) foi realmente não é outro evangelho a todos. Há apenas uma mensagem de boas notícias, o evangelho da salvação pela graça soberana de Deus operando por meio da fé do homem. Qualquer mensagem que é mais ou menos do que isso não é a boa notícia, em qualquer sentido.

    Outra traduz allos , que se refere a algo do mesmo tipo exato. Como já observado, tanto que os judaizantes ensinou correspondia ao verdadeiro evangelho. Eles, sem dúvida, afirmar que Jesus era o Filho de Deus, o Messias anunciado pelos profetas do Antigo Testamento, e um grande fazedor de milagres. Eles provavelmente acreditavam que Ele foi crucificado e ressuscitado e que a salvação exigiu a crença em Deus. Mas eles também ensinou que para estar bem com Deus e para manter que a salvação justo uma pessoa deve estar em conformidade com todas as leis da Antiga Aliança. Ao fazer isso, eles reduzem o poder do verdadeiro evangelho, soberana de Deus, salvando, e permitindo a graça. Ao adicionar obras para a salvação que tinham sutilmente mas destruiu completamente o evangelho da graça de Deus, de que há não é realmente outra . Esta foi uma má notícia, uma vez que o homem não pode manter seu relacionamento correto com Deus por esforço próprio e boas obras. Ele irá produzir boas obras, como resultado da graça salvadora e poder de trabalho de Deus nele ( Ef 2:10. ; Tiago 2:14-26 ), mas ele não fazer boas obras para ganhar ou manter a salvação.

    Por causa de sua decepção, falsos mestres, como os judaizantes são ainda mais perigosos do que aqueles que abertamente negar "que Jesus é o Cristo" e, assim, participar claramente na obra do anticristo ( 1Jo 2:22 ). Sistemas falsos rotulados como o cristianismo sempre distorcer a natureza e obra de Jesus Cristo. Aqueles que negam a Cristo por completo são facilmente vistos como os incrédulos que são;mas aqueles que afirmam ensinar e seguir a Cristo ao minar o evangelho de Sua graça são infinitamente mais perigoso, porque eles dão a aparência de levar as pessoas a Cristo, enquanto eles estão realmente erguer barreiras para a salvação pela graça.

    Estão perturbando é de tarassō , o que significa, literalmente, para agitar e para trás e, portanto, para agitar e agitar. Figurativamente, conota perturbação emocional profunda e refere-se a uma mente inquieta. É a palavra usada de Herodes quando ouviu sobre o nascimento do Rei dos Judeus ( Mt 2:3 ). Também foi usada por Jesus no Seu mandamento: "Não se perturbe o coração" ( Jo 14:1 ).

    Sempre que o evangelho é pervertido a igreja está inquieto. Para alterar a mensagem da graça é para abafar e, eventualmente, asfixiar a igreja. Paulo escreveu a Tito: "Porque há muitos homens rebeldes, paroleiros e enganadores, especialmente os da circuncisão, que devem ser silenciadas, porque eles são perturbadoras famílias inteiras, ensinando coisas que não deveriam ensinar" ( Tito 1:10-11 ) . Os maiores inimigos da Igreja não são os que contradizem abertamente a Bíblia e denunciar Cristo, mas as crianças do inferno que, propondo a falar em seu nome, sutilmente minar e distorcer Seu verdadeiro evangelho com um sistema de retidão de obras.

    Aviso de Paulo de Destruição de Deus

    Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu, vos anunciasse um evangelho diferente daquele que já vos pregamos, seja anátema. Como já dissemos antes, então eu digo novamente agora, se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. ( 1: 8-9 )

    Os judaizantes que estavam equivocadas as igrejas da Galácia, provavelmente, tinham credenciais impressionantes e podem ter sido entre aqueles que afirmava ser da igreja de Jerusalém e de ser autorizado por Tiago, o líder daquela igreja (veja At 15:24 ). Além de proclamar a sua forma modificada do evangelho, que Paulo declarou não haver evangelho a todos, eles procuraram minar a autoridade e ensinamento de Paulo em todos os aspectos poderiam.

    Embora a heresia particular de os judaizantes era legalismo, a advertência de Paulo se aplica igualmente à perversão oposto de libertinagem ou antinomianism, que, sob o pretexto de liberdade em Cristo, remove todos os padrões de justiça e moralidade. Desses falsos mestres Jude escreveu: "Para certas pessoas se introduziram com dissimulação, os que por muito tempo foram previamente marcados para este mesmo juízo, homens ímpios, que transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo" ( Jd 1:4 ).

    William Hendricksen parafraseia Gl 1:8. , 1Tm 4:13 ; 2 Tm 2: 15-17. ). Para submeter-se ao falso ensino, não importa o quão ortodoxo convicções próprias de um pode ser, é desobedecer a Deus e se comprometer e enfraquecer um de testemunho e de tolerar a distorção da graça de Deus em Cristo.

    3. Credenciais Apostólicas (Gálatas 1:10-24)

    Por que eu estou procurando agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou sou eu procuro agradar aos homens? Se eu ainda estivesse se esforçando para agradar a homens, não seria um servo de Cristo.
    Pois eu gostaria que você soubesse, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado, mas eu recebi através de uma revelação de Jesus Cristo. Para você já ouviu falar do meu ex-modo de vida no judaísmo, como eu costumava perseguir a igreja de Deus, além da medida, e tentou destruí-lo; e eu estava excedia em judaísmo a muitos dos meus contemporâneos entre os meus compatriotas, sendo mais extremamente zeloso minhas tradições ancestrais. Mas quando Ele, que me separou, já desde o ventre de minha mãe e me chamou pela sua graça, houve por bem revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, não consultei imediatamente com carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que eram apóstolos antes de mim; mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco.
    Em seguida, três anos depois, subi a Jerusalém para conhecer Cefas, e fiquei com ele quinze dias. Mas eu não vi nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. (Agora no que estou escrevendo para você, eu lhe asseguro diante de Deus que não estou mentindo.) Então eu fui para as regiões da Síria e da Cilícia. E eu ainda não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo; mas apenas, mantiveram audiência, "Aquele que antes nos perseguia, agora prega a fé que uma vez que ele tentou destruir." E eles estavam glorificando a Deus por minha causa. (1: 10-24)

    Um dos principais objetivos dos judaizantes que estavam mexendo-se tanta controvérsia e confusão nas igrejas da Galácia era desacreditar a autoridade apostólica de Paulo. Eles sabiam que não poderiam minar com sucesso seu ensino de evangelho da graça de Deus, até que minou sua autoridade divina aos olhos dos membros da igreja. Para conseguir esse efeito, a espalhar a idéia de que Paulo não era um apóstolo legítimo, mas foi auto-nomeados e que sua motivação era elevar-se e construir uma sequência pessoal. Acusaram-no de deixar de lado as cerimônias de Mosaic, padrões e práticas, a fim de tornar o evangelho mais atraente para os gentios, removendo suas associações judaicas. Ele também fez o evangelho mais fácil para os judeus a aceitar, eles argumentaram, porque ele removeu os exigentes requisitos de judaísmo tradicional à qual todos os judeus fiéis inscritos.
    A estratégia funcionou como as acusações dos judaizantes tinha causado muitos membros das igrejas da Galácia para começar a duvidar legitimidade apostólica de Paulo. Como ele não estava entre os apóstolos originais, a quem Jesus chamou pessoalmente, ensinou e comissionados, exatamente onde se ele levar sua mensagem e autoridade? Será que ele levá-los em segunda mão dos outros apóstolos, ou ele simplesmente fazer a sua própria marca do evangelho e arrogam autoridade apostólica para si mesmo? Que direito, eles pediram, Paulo tinha para falar por Deus, como ele persistentemente alegou que fazer?

    Não há evidências de que a igreja primitiva nunca duvidou da apostolado dos Doze (o onze inicial e Matthias, que substituiu Judas). Os onze foram escolhidos a dedo e treinados por Jesus; e sob a direção do Senhor que escolheu Matthias, que havia sido um dos discípulos que acompanharam "todo o tempo que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando com o batismo de João, até ao dia em que foi recebido em cima de nós ... faça conosco testemunha da sua ressurreição "(Atos 1:21-26). As credenciais dos Doze eram bem conhecidos e bem atestado.

    Jesus lhes havia prometido: "Quando vos entregarem, não ficar ansioso sobre como ou o que você vai falar, pois será dado naquela hora o que haveis de falar Porque não sois vós que falais, mas é. o Espírito de vosso Pai é que fala em vós "(Mt 10:19-20.). Embora muitos cristãos gostam de reivindicá-la para si, essa promessa foi dada aos apóstolos sozinho. O Espírito Santo pode trazer as coisas à nossa lembrança e nos dar clareza de espírito quando somos chamados a testemunhar por Ele em condições opressivas. Mas Cristo prometeu nova revelação apenas para os apóstolos, que eram os únicos porta-vozes autorizados da Sua Palavra antes de o Novo Testamento foi escrito. "Estas coisas vos tenho dito, e no respeito com você," Jesus disse a eles. "Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que eu disse a você" (João 14:25-26). O Espírito Santo não só permitiu que os apóstolos se lembrar com precisão e completamente o que Jesus lhes havia ensinado durante seu ministério de três anos terrena, mas divinamente revelado a eles toda a verdade adicional Mais tarde, ele declarou através deles.

    Depois do Pentecostes crentes "perseveravam na doutrina dos apóstolos" (At 2:42), porque eles reconheceram que esses homens foram divinamente designado para pregar e ministrar no lugar de Cristo. A sua autoridade apostólica foi confirmada por "muitos prodígios e sinais [que] estavam ocorrendo através dos apóstolos" (v. 43). Quando falavam de Deus, foi o próprio Deus falando através deles.

    Mas Paulo não era mesmo um crente, e muito menos um apóstolo, quando Jesus fez essas promessas para os Doze e quando a igreja primitiva em Jerusalém submetidos à sua instrução e liderança. Ele não foi convertido até vários anos depois e, de fato, depois de ele ter sido o inimigo mais destrutiva da igreja nascente.

    Não foi difícil, portanto, para os judaizantes para levantar dúvidas sobre Paulo nas mentes de muitos crentes. Agora que ele não estava mais com eles em pessoa para ensinar e protegê-los, eles se tornaram presa por falsos mestres. O fato de que Paulo declarou-se "apóstolo dos gentios" (Rm 11:13) pode não ter o tornou querido para alguns crentes judeus, que ainda abrigava forte preconceito contra os gentios, pensando que eles sejam completamente fora da esfera e privilégio de preocupação e da graça de Deus. E o fato de que Paulo freqüentemente afirmado e defendido seu apostolado sugere que foi muitas vezes questionado (ver, por exemplo, Rm 1:1.; 2Co 1:12Co 1:1 Paulo apresenta algumas credenciais gerais de seu apostolado e mensagem, e nos versículos 13:24, ele se desdobra credenciais autobiográficos que incluem preconversion, conversão e provas postconversion de sua legitimidade.

    Credenciais Gerais de Paulo

    Por que eu estou procurando agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou sou eu procuro agradar aos homens? Se eu ainda estivesse tentando agradar a homens, não seria um servo de Cristo.
    Pois eu gostaria que você soubesse, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado, mas eu recebi através de uma revelação de Jesus Cristo. (1: 10-12)

    As acusações contra ele envolveu a mentira de que ele foi propositAdãoente diluir o padrão divino para tornar mais fácil, de modo que ele seria popular e ganhar o apoio de pessoas cansadas da maneira mais difícil, exigindo do judaísmo legalista. Eles pretendia que ele estava simplesmente dizendo o que os homens queriam ouvir.

    Paulo não era um Pessoas Pleaser

    Por que eu estou procurando agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou sou eu procuro agradar aos homens? Se eu ainda estivesse tentando agradar a homens, não seria um servo de Cristo. (1:10)

    Gar ( para ) tem inúmeros significados, que são em grande parte determinados pelo contexto. Ele também pode ser traduzida por "porque", "sim, certamente", "certamente", "o quê" e "porquê". Também pode significar, por vezes, "não", o que é uma rendição útil neste verso. Para não é uma tradução incorreta, mas "não" parece seguir melhor o fluxo do argumento de Paulo neste contexto. "Não", ele está dizendo, referindo-se de volta para o forte anátemas dos dois versículos anteriores ", isso soa como eu sou um povo agradar? Estou procurando agora o favor dos homens ou o de Deus? Ou eu estou lutando para agradar homens? " Obviamente, Paulo de pronunciar uma maldição sobre os homens (v. 9) não se encaixa com as acusações dos judaizantes contra ele. Pelo contrário, sem dúvida procura honrar a Deus, cuja verdade estava sendo pervertida.

    Se eu ainda estivesse tentando agradar a homens refere-se aos dias em que ele fez buscam agradar seus companheiros judeus por zelosamente perseguindo os cristãos, partindo do princípio que estava sendo fiel a Deus, concentrando seu esforço em favorecendo o judaísmo tradicional. Mas à luz do que ele ensinou e do jeito que ele tinha vivido desde a sua conversão, a idéia de que ele estava ainda a tentar agradar aos homens era absurda. Se isso fosse verdade, ele não seria um servo de Cristo. Ele entregou sua vida inteiramente ao senhorio de Jesus Cristo, e que a rendição lhe custar muito caro em termos humanos. No final desta epístola Paulo lembra seus leitores: "Por que eu carrego no meu corpo as marcas-marcas de Jesus" (6:17). Algumas dessas marcas que tinha recebido na Galácia, onde, na cidade de Listra, ele já foi deixado para morrer após ser apedrejado (At 14:19). O sofrimento nas mãos de pessoas que não estavam satisfeitos com ele foi uma ocorrência comum para ele e foi o preço de honrar a Deus.

    Por natureza, agradar as pessoas não são mártires. O desejo de escapar ridículo e problemas é uma de suas marcas registradas. Agradar aos homens não traz a severa perseguição Paulo resistiu e é totalmente incompatível com ser um servo de Cristo.

    Foi bastante acusadores judeus de Paulo que estavam para agradar aos homens. Era "para fazer uma boa exibição na carne" que eles tentaram "para obrigar [crentes gentios] para ser circuncidado", com o propósito de não ser "perseguidos por causa da cruz de Cristo" (Gl 6:12). Primeiro propósito de Paulo era "para ser agradável a Ele" (2Co 5:9). Seu segundo objetivo era ver homens salvos e que uma forte denúncia exigido de qualquer evangelho falso que condenaria-los pelo seu engano.

    Mensagem de Paulo não foi inventada pelo Homem

    Pois eu gostaria que você soubesse, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. (01:11)

    Eu gostaria que você soubesse é de gnōrizō , um forte verbo grego que significa tornar conhecido com certeza, para certificar. Ele foi muitas vezes utilizado, como aqui, de introduzir uma declaração importante e enfático que se seguiu imediatamente. Em Inglês vernacular a frase poderia ser processado, "Deixe-me deixar bem claro." "O evangelho que prego", disse ele, "não é humano, quer na natureza ou na autoridade. Eu não inventei-lo ou alterá-lo, nem qualquer outro homem. Sua mensagem é completamente de origem divina, sem qualquer mistura de sabedoria humana tanto faz. " É por isso que o evangelho de Paulo é o padrão pelo qual todas as teorias humanas falsas de salvação são medidos e condenado.

    Tinha Paulo proclamou um evangelho que estava de acordo com o homem , que teria sido permeada por retidão de obras, como é todo sistema humanamente concebido de religião. Orgulho pecaminosa do homem se ofende com a idéia de que somente a misericórdia ea graça de Deus pode salvá-lo do pecado, e ele, portanto, insiste em ter um papel na sua própria salvação. O próprio fato de que Paulo pregouuma mensagem de salvação em que trabalha jogar absolutamente nenhuma parte foi-se evidências de que a sua mensagem era de Deus e não ... o homem.

    Mensagem de Paulo não foi recebido de Man

    Porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado, (1: 12a)

    Essa declaração foi particularmente dirigida contra os judaizantes, que receberam a sua instrução religiosa principalmente de tradição rabínica, por meio de memorização. Em vez de estudar as Escrituras diretamente, a maioria dos judeus, líderes religiosos e leigos alike-olhou para interpretações humanas da Escritura como a sua autoridade religiosa e guia. Sua teologia, padrões morais, e cerimônias tinha raízes na Palavra revelada de Deus do Antigo Testamento, mas as verdades e os padrões bíblicos tinha sido tão diluído e distorcida por interpretações humanas que o Judaísmo do tempo do Novo Testamento foi amplamente recebidas ... do homem e ensinada de acordo com a interpretação do homem. Embora as Escrituras, especialmente a Torah, ou a lei foram ritualmente dada a maior honra, eles não foram honrados pelo povo através de pesquisa direta e sincera obediência. Aos olhos de muitos judeus de que no dia-a apenas como aos olhos de muitos cristãos professos hoje, a Escritura era uma relíquia religiosa que mereceu reverência superficial, mas não um estudo sério ou obediência. As idéias religiosas tomaram a sério e tentou viver foram as tradições humanas relacionadas com a sua cultura única comunidade que tinha acumulado ao longo dos últimos várias centenas de anos. Muitas das tradições não só não foram ensinados nas Escrituras, mas contrariada Escritura. Com poucas exceções, os judeus "invalidado a palavra de Deus por causa da [sua] tradição" (Mt 15:6), e até mesmo os elementos da história de Cristo que ele sabia que antes de sua conversão eram superficiais e vazias por causa de sua incredulidade. O que ele agora acreditava e pregava ele não o recebi ... do homem, nem foi ... ensinado pelo homem. Não houve de origem humana para a mensagem de Paulo. O evangelho não foi inventado pelos homens, nem transmitida a ele por qualquer ser humano. Esta resposta reflete, sem dúvida, outra das acusações dos judaizantes contra Paulo, ou seja, que ele tinha sido ensinado sua doutrina pelos apóstolos em Jerusalém, que também tinham abandonado o judaísmo.

    Mensagem de Paulo foi diretamente de Cristo

    mas eu recebi-lo através de uma revelação de Jesus Cristo. (1: 12b)

    O evangelho que Paulo pregava e ensinava era nem uma invenção humana, nem a tradição humana, mas foi-lhe dada diretamente por Deus através de uma revelação de Jesus Cristo. Revelação é deapokalupsis e significa um desvelamento de algo previamente secreta. Jesus Cristo é melhor compreendido como o objeto dessa mesma revelação . Não era que ele não tinha conhecimento prévio de Jesus.Foi pela simples razão de que ele fez saber alguma coisa sobre ele e sua obra que ele havia perseguido ferozmente aqueles que acreditaram n'Ele. Ele, obviamente, sabia que os cristãos acreditavam que Jesus era o Filho de Deus eo Messias prometido do Antigo Testamento, porque foi para as alegações de que Jesus foi mais criticados e, eventualmente, crucificado (Lc 23:2; Jo 5:18; Jo 10:30) veio pessoalmente a encontrar e conhecer Jesus Cristo como Senhor e Salvador de que ele recebeu a verdade sobrenatural do evangelho através dedivina revelação . Como explicou à igreja de Corinto, é só quando uma pessoa se converte ao Senhor que o véu da ignorância espiritual e separação de Deus é removido (2 Cor. 3: 14-16), para que a verdade recebida pode ser entendido. E para Paulo os detalhes e distinções de que a verdade do evangelho veio por revelação especial diretamente de Deus (conforme v. 16).

    É uma coisa a reclamar revelação direta de Deus, mas um outro para provar isso. Ao longo da história da igreja, muitas pessoas têm falsamente alegado tal revelação, como muitos fazem hoje. Mas Paulo não se limitou a fazer o pedido. Nem se esperar que seus leitores a acreditar nele, simplesmente com base em afirmações pessoais. Nos próximos 12 versos, portanto, o apóstolo prossegue para justificar o seu pedido, apresentando provas irrefutáveis ​​de que a revelação divina e de suas credenciais apostólicas.

    Credenciais autobiográficos de Paulo

    Para você já ouviu falar do meu ex-modo de vida no judaísmo, como eu costumava perseguir a igreja de Deus, além da medida, e tentou destruí-lo; e eu estava excedia em judaísmo a muitos dos meus contemporâneos entre os meus compatriotas, sendo mais extremamente zeloso minhas tradições ancestrais. Mas quando Ele, que me separou, já desde o ventre de minha mãe e me chamou pela sua graça, houve por bem revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, não consultei imediatamente com carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que eram apóstolos antes de mim; mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco.
    Em seguida, três anos depois, subi a Jerusalém para conhecer Cefas, e fiquei com ele quinze dias. Mas eu não vi nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. (Agora no que estou escrevendo para você, eu lhe asseguro diante de Deus que não estou mentindo.) Então eu fui para as regiões da Síria e da Cilícia. E eu ainda não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo; mas apenas, mantiveram audiência, "Aquele que antes nos perseguia, agora prega a fé que uma vez que ele tentou destruir." E eles estavam glorificando a Deus por minha causa. (1: 13-24)

    A partir dos três períodos de sua vida espiritual preconversion-, conversão e postconversion-Paulo mostra como certos eventos antes que ele foi salvo, quando ele foi salvo, e depois que ele foi salvo tudo provar a sua mensagem foi recebida de Deus.

    Preconversion Proof

    Para você já ouviu falar do meu ex-modo de vida no judaísmo, como eu costumava perseguir a igreja de Deus, além da medida, e tentou destruí-lo; e eu estava excedia em judaísmo a muitos dos meus contemporâneos entre os meus compatriotas, sendo mais extremamente zeloso minhas tradições ancestrais. (1: 13-14)

    Aqui, Paulo descreve seu ex- posição e atividades enquanto ele estava no judaísmo, oferecendo-lhes como uma espécie de prova negativa de que a sua mensagem de graça não tinha fundamento nas crenças, circunstâncias ou eventos de sua antiga vida. Torna-se claro que nada em sua vida não convertido desde que a fonte da verdade que ele agora estava proclamando. De fato, tanto a sua conversão e sua mensagem foram construídas sobre a intervenção divina.

    Paulo tinha sido um judeu de primeira ordem ", circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja ; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível "(Fp 3:5-6.). Sua vida preconversion foi centrada totalmente na lei e tradição. Graça era um conceito estranho para a religião de Saul, o fariseu, apesar do fato de que a graça era tanto a base da Antiga Aliança, como o Novo. Obra redentora de Deus se originou a partir de Sua graça e nunca teve qualquer outra base. Mas a maioria dos judeus, doutrinados pelos escribas e fariseus religiosamente dominantes, há muito havia perdido de vista da graça de Deus e, em vez disso vir a confiar em suas próprias obras e bondade para agradar a Deus. Assim, tudo o que nos apóstoloantigo modo de vida no judaísmo tinha sido diametralmente oposta à mensagem da graça soberana e salvadora de Jesus Cristo, ele agora proclamada e defendida.

    O primeiro aspecto do Paulo ex ... a vida que provou que ele não tinha aterramento anterior para que o evangelho foi que ele usou para perseguir a igreja de Deus além da medida, e tentou destruí-lo . Seu conhecimento preconversion do evangelho, velado e distorcida como foi, o fez perceber que essa forma radical de salvação permitido nenhum lugar para retidão de obras e judaísmo legalista, portanto, completamente rebaixada. Por outro lado, o judaísmo legalista permitido há lugar para um evangelho da graça e, portanto, procurou destruir aqueles que acreditaram e ensinou-lo.

    O idioma original está viva na descrevendo a hostilidade de Paulo. A frase usada para perseguir é no imperfeito e enfatiza a intenção persistente e contínua para o dano. A palavra destruir foi utilizado de soldados que assola a cidade. Ele também é usado aqui no imperfeito, enfatizando assim a persistência do esforço destrutivo de Paulo. Ele estava determinado a extinguir totalmente a igreja . Aparentemente, ele usou o título a igreja de Deus de sublinhar que esta não era apenas um grupo pertencente a Jesus, a fim de que todo aquele que se opuseram a ela, oposição só Jesus. Pelo contrário, quem se opõe a Igreja se opõe a Deus .

    Saul, o fariseu tinha tanta paixão pelo judaísmo tradicional que ele poderia tolerar qualquer contradição ou compromisso dele por companheiros judeus. Imediatamente após o martírio de Estêvão, "Saul começou a devastar a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, ele iria colocá-los na prisão" (At 8:3.).

    O segundo aspecto da antiga vida de Paulo de que provou que ele não tinha aterramento anterior no evangelho era seu zelo inigualável para o judaísmo tradicional. Eu estava excedia em judaísmo a muitos dos meus compatriotas, declarou ele, sendo mais extremamente zeloso minhas tradições ancestrais.

    Avançando é de prokoptō , o que significa, literalmente, para cortar a frente, como em abrindo caminho através de uma floresta. Saul continuou a ardência seu rastro no judaísmo , o que significava cortando tudo em seu caminho, como os cristãos judeus, que em sua mente eram traidores arco para as suas tradições ancestrais. Ele era tão extremamente zeloso que ele continuamente punido crentes judeus "em todas as sinagogas [e] tentou forçá-los a blasfemar; e sendo furiosamente furioso com eles, [ele] manteve perseguindo-os até nas cidades estrangeiras "(At 26:11). Em seu extremo zelo, ele ultrapassou muitos de seus contemporâneos. Poucos judeus combinava com a sua paixão pela sua religião e sua intolerância para com a verdade sobre Jesus Cristo.

    Tradições ancestrais se refere ao corpo de ensinamentos orais sobre a lei do Velho Testamento, que chegou a ter a mesma autoridade com a lei. Conhecido como o Halakah, esta coleção de interpretações da Torá tornou-se uma cerca em torno lei revelada de Deus e tudo, mas escondeu-lo de vista. Durante um período de várias centenas de anos, havia se expandido em um acúmulo enorme de regulamentos religiosos, morais, legais, práticas e cerimoniais que desafiavam a compreensão, muito menos o cumprimento total. Ele continha tais grandes quantidades de minúcias que mesmo os estudiosos rabínicos mais instruídos não podia dominar mesmo, mediante interpretação ou no comportamento. No entanto, o mais complexo e oneroso, tornou-se, os legalistas mais zelosamente judaica reverenciado e propagou-lo.

    Vivendo como um fariseu devoto, Paulo foi superado por poucos. João RW Stott escreve: "Agora, um homem nesse estado mental e emocional não está disposto a mudar de idéia, ou até mesmo para que se mudou para ele por homens ... Só Deus poderia alcançá-lo e Deus fez!" ( A Mensagem de Gálatas [Londres: Inter-Varsity, 1968], p.32).

    O argumento de Paulo em recitar estas duas características gerais de sua vida passada era que, antes de seu encontro com Cristo, não havia a menor preparação humana ou de origem para a sua compreensão, e muito menos aceitar e proclamando o evangelho da salvação pela graça de Deus trabalhando através de fé completamente à parte das obras. Era estranho para todo o seu pensamento anterior.

    Prova de Conversão

    Mas quando Ele, que me separou, já desde o ventre de minha mãe e me chamou pela sua graça, houve por bem revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, (1: 15-16a)

    Não até que Cristo soberanamente na glória da ressurreição confrontou-o na estrada de Damasco, Paulo respondeu à grande realidade do evangelho: que Jesus, apesar de morto e enterrado, agora estava vivo.Ele imediatamente percebeu que apenas um Jesus ressuscitado podia proclamar do céu: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues" (At 9:5). Samuel confrontou as pessoas com a mesma mensagem: "O Senhor não abandonará o seu povo por causa do seu grande nome, porque o Senhor tem sido o prazer de fazer você um povo para si mesmo" (1Sm 12:22.). Deus escolheu os judeus por nenhuma outra razão do que o Seu próprio prazer santo e propósito.

    Davi sabia que ele foi escolhido e ungido rei por eleição soberana de Deus. "O Senhor, o Deus de Israel, escolheu-me de toda a casa de meu pai, para ser rei sobre Israel para sempre", disse ele. "Por que Ele escolheu Judá para ser um líder, e na casa de Judá, a casa de meu pai, e entre os filhos de meu pai se agradou de mim para me fazer rei sobre todo o Israel e de todos os meus filhos (porque o. Senhor tem me dado muitos filhos), Ele escolheu o meu filho Salomão para se assentar no trono do reino do Senhor sobre Israel "(13 28:5'>I Crônicas 28:4-5.). Da escolha da nação de Israel, da tribo de Judá, a família de Jessé, e das de Jesse filho e neto Davi Solomon, o processo era totalmente divino e soberano. A eleição de Deus é baseada em nada, mas seu próprio prazer.

    Paulo não deu início a escolha para ser salvo, e muito menos a escolha para ser apóstolo. Ele foi "chamado como apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus" (1Co 1:1), como Isaías e Jeremias foram chamados e consagrada ao seu trabalho profético, ainda no úteros de suas mães (Is 49:1; Jr 1:5). Leitores judeus de Paulo soube imediatamente que ele estava comparando seu chamado ao apostolado aos apelos daqueles grandes homens de Deus. Ele não estava tentando classificar-se com eles, mas para estabelecer claramente que, como a deles a sua chamada foi inteiramente fazendo Deus.

    Este propósito se tornou fato histórico na estrada de Damasco, e nos dias seguintes, quando, diz Paulo, Deus me chamou pela sua graça . Por meio do amor gratuito e bondade de Deus, na verdade, e eficazmente já trouxe a eleger Saul a Si mesmo na salvação.

    Deus houve por bem revelar o Seu Filho para Saul de forma direta e absolutamente único. Como "ele estava se aproximando de Damasco, ... de repente uma luz do céu brilhou em volta dele, e ele caiu no chão, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?" E ele disse: "Quem és tu, Senhor? E Ele disse: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues, mas levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que você deve fazer '" (Atos 9:3-6). Em seu depoimento perante o rei Agripa, Paulo dá mais detalhes sobre seu primeiro encontro com o Senhor ressuscitado. Depois de identificar-se como "Jesus, a quem tu persegues", o Senhor disse: "Levanta-te e põe-te em pé; para este fim eu apareci para você, para te fazer ministro e testemunha, não só para as coisas que você tem visto, mas também para as coisas em que eu vou lhe aparecem; libertá-lo do povo judeu e dos gentios, a quem eu vos envio a vós "(26: 15-17). Revelações diretas de Deus de Cristo e as Escrituras para Paulo começou naquele dia e continuaram durante o curto período de tempo em Damasco e os anos na Arábia, e depois como Deus desejou por toda a vida do apóstolo.

    A frase em mim não nos força para interpretar a revelação como um sentimento puramente interna, subjetiva, mas pode significar "me" e executar a ideia de experiência objetiva.

    A chamada para ser salvo foi acompanhada pela chamada para servir, para pregasse entre os gentios . Embora a experiência de Paulo era absolutamente único, Deus não chamar qualquer pessoa para a salvação que Ele também não chamar para o serviço. Todo crente é "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2:10). Falando aos crentes, Pedro escreveu: "Vós sois uma raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, para que possais proclamar as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1Pe 2:9). Os judaizantes necessários para ver que os gentios não precisam ouvir a lei de Moisés ou as tradições da anciãos somente judeus o evangelho de Jesus Cristo.

    Assim, a escolha de Paulo, sua transformação, a revelação e chamada para evangelizar os povos foram todas feitas por Deus, não dos homens. Mesmo depois disso, os homens não desempenhou nenhum papel em sua preparação para cumprir o seu chamado.

    Postconversion Proof

    Eu não consultar imediatamente com carne e sangue, nem subi a Jerusalém para os que eram apóstolos antes de mim; mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco.
    Em seguida, três anos depois, subi a Jerusalém para conhecer Cefas, e fiquei com ele quinze dias. Mas eu não vi nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. (Agora no que estou escrevendo para você, eu lhe asseguro diante de Deus que não estou mentindo.) Então eu fui para as regiões da Síria e da Cilícia. E eu ainda não era conhecido de vista das igrejas da Judéia, que estavam em Cristo; mas apenas, mantiveram audiência, "Aquele que antes nos perseguia, agora prega a fé que uma vez que ele tentou destruir." E eles estavam glorificando a Deus por minha causa. (1: 16b-24)

    João Brown comentou que, começando com o encontro na estrada de Damasco, Cristo tomou Paulo sob a Sua própria tutoria imediato. Era essencial para o Senhor para estabelecer a independência de Paulo como um apóstolo. Ele não foi ensinada pelos outros apóstolos, mas foi totalmente igual a eles. Depois de passar vários dias "com os discípulos que estavam em Damasco" e pregando brevemente nas sinagogas lá (Atos 9:19-20), Paulo não consultou carne e sangue . Ele procurou a partir de Ananias ou outros cristãos em Damasco nenhum conselho ou entendimento, nenhum esclarecimento sobre a revelação que ele havia recebido. Não é que ele não teria sido ajudado por indo para aprender com os outros crentes, mas seu ser dado o lugar único de atingir gentios parecia exigir que ele não pode ser visto como sendo meramente convencido por alguns judeus convertidos a esta doutrina. Gentios poderia ter sido mais relutantes em aceitar a sua mensagem se eles percebiam nele como de origem judaica. E os judaizantes necessária para entender que o evangelho não era de todo uma heresia defendida por alguns judeus.

    Paulo foi embora para Nabatean Saudita , uma região que se estendia a leste de Damasco até a península de Sinai. Apesar de não identificar a localização exata, parece provável que ele ficou perto de Damasco. O lugar e propósito da sua permanência na Arábia são desconhecidas, mas que foi certamente o lugar de sua preparação para o ministério.

    Depois de sua estada na Arábia, o apóstolo voltou mais uma vez a Damasco e continuou a pregar lá por um período de tempo. Ele quase imediatamente encontrou perseguição dos líderes judeus, um grupo que, sem dúvida, incluiu alguns dos homens com os quais ele próprio já havia planejado a conspirar contra os cristãos (ver At 9:2) sugere que o apóstolo também pregou em Saudita e teve despertado o desprazer de seu rei. Em qualquer caso, as autoridades civis Gentil de Damasco apoiou os esforços dos líderes judeus para prender e executar Paulo (conforme Atos 9:23-24).

    Os dois períodos de pregar em Damasco e a permanência no meio em Saudita sozinha com Senhor Jesus-learning, meditando, e estudando o Antigo Testamento-totalizaram três anos . Depois disso, Paulsubiu a Jerusalém (que não deve ser confundida com uma viagem mais tarde o alívio da fome lá de Antioquia, mencionado em At 11:30, ou a viagem para o conselho de Atos 15para conhecer Cefas , ou seja, o apóstolo Pedro. Paulo faz questão de ressaltar que ele foi apenas com o objectivo de se familiarizar com Cefas, que era o companheiro pessoal do Senhor Jesus e o porta-voz mais poderosa nos primeiros anos da igreja de Jerusalém, do dia de Pentecostes (Atos 2:14 —40; 3: 11-26; 4: 8-20; 5: 3-32; 8: 20-25). Ele só fiquei com ele quinze dias , obviamente, muito pouco tempo ter sido totalmente transformado a partir de toda a sua teologia e da tradição judaica e plenamente instruídos no evangelho. Ele também não vê qualquer outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor. A visita de Paulo a Jerusalém foi não para aprender mais sobre a mensagem do evangelho, mas para conhecer e se familiarizar com (o verbo significa "para visitar, com o objetivo de conhecer alguém "), estes dois homens que tinham estado tão perto de Jesus e, talvez, para aprender com eles algumas de suas experiências íntimas com o Senhor encarnado, a quem ele tinha chegado a amar e servir, e com quem ele passou esses três anos se familiarizando.

    Deve-se notar que os Atos 9:23-25 ​​indica que de Paulo deixando Damasco foi o resultado de um conjunto dramático dos acontecimentos. Os judeus resistiram fortemente a sua pregação e tinha desenvolvido um plano para matá-lo quando surgiu a oportunidade. Eles patrulhavam os portões da cidade 24 horas por dia à espera de capturar Paulo, mas quando os seus discípulos ouviram o enredo que o ajudou a fugir, baixando-o sobre o muro da cidade em uma cesta.

    Além de tal situação que ameaçava sua vida, Paulo pode ter ficado mais tempo em Damasco. No período de tempo é dado para sua ida a Jerusalém, mas quando ele chegou lá e tentou ver os apóstolos, ele foi rejeitado por causa do medo de que ele não era um verdadeiro crente (At 9:26). Sem a ajuda de Barnabé, Paulo não teria sido capaz de visitar até mesmo Pedro e Tiago. Ele se encontrou com nenhum dos outros apóstolos em todos, que podem ter sido muito medo ou pode ter sido longe de Jerusalém na época. Pode-se supor que, embora os apóstolos não espalhar sob a perseguição de Paulo (At 8:1), este Tiago seria facilmente ter sido considerado por Paulo para ser um apóstolo, no sentido mais amplo.

    Para dar aos seus leitores a maior confiança possível em que ele estava escrevendo , Paulo fez um voto judeu comum: . Garanto-vos diante de Deus que eu não estou mentindo Essa declaração, juntamente com muitos outros, contradiz as afirmações de intérpretes liberais que Paulo era um sincero e líder altamente capaz, mas que muitos de seus ensinamentos refletem apenas suas idéias e preferências pessoais.Se assim fosse, ele seria ou ter sido terrivelmente auto-iludido ou então um mentiroso sem vergonha. Ou ele era um porta-voz autoritária e totalmente confiável para Deus ou ele era uma farsa.

    O ponto de Paulo nesta parte da carta era afirmar que recebeu seu evangelho diretamente do Senhor, não dos outros apóstolos. Ele só visitou duas delas por duas semanas, e só depois de três anos se passaram desde sua conversão. Qualquer acusação de que ele era um apóstolo de segunda mão, recebendo a sua mensagem dos apóstolos de Jerusalém, era falsa.
    Depois que Paulo deixou Jerusalém, ele foi para as regiões da Síria e Cilícia , o último dos quais incluiu sua cidade natal, Tarso (veja At 9:11, At 9:30). Este movimento foi precipitado por um outro grupo de judeus hostis que foram "tentativa de colocá-lo à morte" (At 9:29). Ele foi escoltado para fora de Jerusalém até o porto da cidade de Cesaréia, onde ele provavelmente tomou um navio para sua cidade natal de Tarso. Ele pregou lá até Barnabé chamado para ele vir a Antioquia da Síria.

    Durante uma estadia de vários anos nessas regiões , Paulo pregou (v. 23). Os outros apóstolos ainda estavam na Judéia e Samaria, e não tinha nenhum contato com ou influência sobre ele. Quando a palavra de avivamento em Antioquia da Síria "chegou aos ouvidos da igreja em Jerusalém, ... eles enviaram Barnabé a Antioquia off", que ministrou lá por um tempo por ele mesmo e, em seguida, "partiu para Tarso a procurar Saul", com quem Ele, então, "ensinou números consideráveis" em Antioquia. Foi aqui que "os discípulos foram chamados cristãos pela primeira vez" (Atos 11:20-26). Paulo ficou como um professor na igreja de Antioquia até que o Espírito Santo lhe enviou e Barnabé de desconto em sua primeira viagem missionária (13 1:44-13:3'>Atos 13:1-3), e depois que eles voltaram para Antioquia, de onde eles foram enviados para o município em Jerusalém (14: 26-15: 4).

    Neste momento Paulo ainda era desconhecido pela vista para as igrejas da Judéia, que estavam em Cristo . Igrejas é uma designação plural indicando assembléias locais que fazem parte da única Igreja.Duas visitas de Paulo a Jerusalém não incluem visitar as igrejas da Judéia , que região foi geralmente considerada separAdãoente da sua principal cidade, Jerusalém (At 1:8, At 9:21, At 9:26). Mas quando o Senhor deu essa grande bênção para o ministério de Paulo, o que resulta em sua própria perseguição (vv. 23-24, 29), seus companheiros cristãos não podia mais dúvida de que ele foi um especialmente escolhido e homem dotado de Deus, e glorificavam a Deus por causa dele.

    Ele e Barnabé só fez duas visitas a Jerusalém, um para trazer alívio da fome a partir de Antioquia (At 11:30) e outro para discutir a relação entre a lei mosaica para o evangelho da graça (Atos 15). Desde a presença de Paulo não era tão escasso para 14 anos (Gl 2:1).

    Para rejeitar o ensino de Paulo é a de rejeitar a Palavra de Deus. Nem o testemunho de si mesmo, nem dos outros apóstolos Paulo permite outra conclusão.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Gálatas Capítulo 1 do versículo 1 até o 24

    Gálatas 1

    O anúncio do Evangelho — Gl 1:1-5

    Algumas pessoas se introduziram na população de Galácia afirmando que Paulo não era na verdade um apóstolo e que, por conseguinte, não se devia ouvi-lo. Baseavam esta campanha de desprestígio já no fato de que Paulo não tinha sido membro do corpo original dos doze apóstolos, já na circunstância de que tinha sido o mais furioso de todos os perseguidores da Igreja, já em que não possuía nenhuma nomeação oficial dos dirigentes da Igreja. A resposta de Paulo não foi um argumento. Foi uma afirmação irrebatível. Não devia seu apostolado a homem alguém, mas sim ao dia em que, de caminho a Damasco, encontrou-se face a face com Jesus Cristo. Paulo afirmava ter recebido diretamente de Deus sua tarefa e ofício.
    (1) Paulo tinha a certeza de que Deus lhe tinha falado. Leslie Weatherhead nos conta de um menino que tinha tomado a resolução de tornar-se ministro. Ao perguntar-se o quando tinha chegado a essa decisão, sua resposta foi que depois de ter escutado um sermão na capela da escola. Perguntaram-lhe o nome do pregador que lhe tinha causado tal efeito. Sua resposta foi: "Ignoro o nome do pregador, mas sei que nesse dia Deus me falou".
    Em última análise ninguém pode constituir a alguém em ministro ou servo de Deus. Só Deus pode fazê-lo. A verdadeira prova de um cristão não é se tiver acontecido ou não por determinadas cerimônias e tomado certos votos, mas sim se tiver visto Cristo face a face.
    Um ancião sacerdote judeu chamado Ebed-Tob estava acostumado a dizer sobre seu ministério: "Não foram nem meu pai nem minha mãe os que me colocaram neste lugar, mas sim o braço do Rei poderoso". Existe uma mão invisível que chama com gesto doce e indubitável.
    (2) A verdadeira razão da capacidade de Paulo para o trabalho forçado e o sofrimento radicava em que possuía a segurança absoluta de que Deus lhe tinha encomendado o trabalho. Considerava cada esforço que lhe era exigido como uma tarefa encomendada por Deus. Mas não só homens da talha de Paulo têm uma tarefa encomendada por Deus. Deus dá a cada homem sua tarefa. Pode ser uma tarefa que chegue a ser conhecida por todos e que a história lembre; pode ser uma tarefa que não chegue aos ouvidos de ninguém; mas, em cada caso trata-se sempre de uma tarefa para Deus.
    Existem tarefas humildes mas que são também um apostolado divino. A tarefa que Deus encomendou a Paulo foi evangelizar o mundo. Para a maioria de nós simplesmente se tratou de fazer felizes a uma ou duas pessoas do estreito círculo de nossos próximos mais queridos. Também esta tarefa é de Deus. Do mesmo modo, o Senhor escolhe a alguns para desenvolver um trabalho muito mais amplo.
    No começo mesmo de sua epístola Paulo recapitula em duas palavras de enorme significado seus desejos e orações em favor de seus amigos.
    (1) Deseja-lhes graça. Na palavra graça se encerram duas idéias principais. A primeira é a de beleza pura. A palavra grega caris significa graça no sentido teológico, embora retendo sempre o sentido de beleza e encanto. E mesmo quando usada em teologia a idéia de encanto jamais fica de lado.

    Se a vida cristã possui graça deverá ser algo belo. Com muita freqüência existe a bondade sem encanto e o encanto sem bondade. A obra da graça está na união da bondade e do encanto. A segunda idéia é a de uma generosidade pura, imerecida. Trata-se de um dom que o homem jamais mereceu nem pôde haver ganho, e que recebe da bondade pródiga e do amor do coração de Deus. Trata-se de uma palavra que contém todo o amor de Deus. Quando Paulo pede graça para seus amigos é como se dissesse: "Que a beleza maravilhosa do amor imerecido de Deus esteja em vós a fim de que torne amáveis suas vidas também".

    (2) O apóstolo lhes deseja paz. Paulo era judeu, e a palavra hebraica shalom deve ter estado presente em sua mente quando escrevia o termo grego eirene. Agora, shalom significa muito mais que a mera ausência de tribulação. Significa tudo aquilo que é para o bem supremo do homem: tudo aquilo que torna pura sua mente, resolvida sua vontade e prazeroso seu coração. É esse sentido do amor e do cuidado de Deus que, ainda que o corpo seja torturado, mantém o coração do homem em paz e alegria.

    Finalmente, ao falar aqui de Jesus, Paulo recapitula numa sentença de alcance literalmente infinito: o coração e a obra de Jesus Cristo. "Deu-se a si mesmo... para nos liberar". (1) O amor de Cristo é um amor que se entregou e padeceu. (2) O amor de Cristo é um amor que venceu e triunfou. Nesta vida a tragédia do amor consiste em que com freqüência é frustrado ou em que se deva suportar a dor de amar e ser incapazes de libertar o ser amado. Mas o amor de Cristo é o amor perfeito porque está respaldado por esse infinito poder que nada pode frustrar e que pode libertar o ser amado da escravidão do pecado.

    O ESCRAVO DE CRISTO

    Gálatas 1:6-10

    O fato básico que está atrás desta epístola é o seguinte: o evangelho de Paulo era um evangelho de livre graça. O apóstolo cria de todo coração que ninguém poderia ganhar jamais o favor de Deus. Cria apaixonadamente que ninguém poderia jamais ganhar o amor de Deus. Portanto, cria que tudo o que o homem ficava por fazer era lançar-se por um grande ato de fé no amor e na misericórdia de Deus. Pensou também que tudo o que o homem podia fazer era receber com assombrada gratidão o que Deus lhe oferecia; que o importante não é o que nós podemos realizar por nós mesmos, mas sim o que Deus fez por nós. Este era o evangelho da livre graça que Paulo tinha pregado. Depois dele tinham aparecido alguns que pregavam uma versão judia do cristianismo. Estes declaravam que se a pessoa queria agradar a Deus, acima de tudo devia ser circuncidado; e depois devia procurar dedicar sua vida inteira ao cumprimento de todas as regras e prescrições da Lei. Cada vez que alguém levava a cabo uma obra da Lei — diziam — isso lhe era anotado no crédito de seu conta com Deus. Ensinavam a necessidade de que o homem ganhasse por si mesmo o amor e o favor de Deus. Para Paulo isto era absolutamente impossível.

    Agora, seus adversários declaravam que o apóstolo estava tornando muito fácil a religião com a intenção de ganhar o favor dos homens e congraçar-se com eles. Esta afirmação era precisamente o contrário da verdade. De toda maneira, se a religião consistir em receber a circuncisão e em cumprir uma série de regras e prescrições, é possível, ao menos em teoria, satisfazer suas exigências. Mas advirta-se que Paulo diz enquanto mantém no alto a cruz: "Deus os amou desta maneira". E assim a religião já não é questão de satisfazer as exigências da Lei mas sim de enfrentar-se com as obrigações do amor. O homem pode satisfazer as exigências da Lei porque esta tem limites legais e estatutários; mas jamais poderá satisfazer as exigências do amor porque, se fosse capaz de entregar à pessoa amada o Sol, a Lua e as estrelas, ficaria, entretanto, com a sensação de que sua entrega era muito pequena. Mas tudo o que os adversários judeus podiam ver era que Paulo declarava que a circuncisão já não era necessária e que a Lei em diante não tinha importância.

    Paulo rechaçou a acusação de que queria congraçar-se com os homens. Seu serviço não estava dirigido aos homens, mas sim a Deus. Dava-lhe o mesmo o que os homens dissessem ou pensassem dele: seu Senhor era Deus. E foi então quando aduziu o argumento irrebatível: "Se estivesse tentando buscar o favor dos homens, não seria escravo de Cristo". O que tem em mente aqui é o seguinte; o escravo levava o nome e o emblema de seu dono gravados em seu corpo a ferro candente. Paulo levava em seu corpo as marcas de suas campanhas, os sinais de seus sofrimentos, o sinal da escravidão a Cristo. "Se estivesse buscando obter o favor dos homens", diz, "teria estas cicatrizes? Se toda minha aspiração fora estar em paz com os homens, teria estas marca em meu corpo?" O mesmo fato de que estava marcado de tal sorte era a prova final de que toda sua intenção era servir a Cristo, e não agradar aos homens.
    Quando Paulo queria demonstrar que era servo de Cristo apelava ao testemunho de seus cicatrize; estas eram suas condecorações, seus emblemas de honra.
    John Gunther nos conta dos primeiros comunistas da Rússia muitos dos quais tinham estado na Sibéria; quase todos tinham passado pelo cárcere sob o regime dos czares e levavam em seus corpos as marcas físicas do que tinham sofrido; e nos diz que, longe de sentir-se envergonhados por essas marcas que os desfiguravam, elas eram seu maior orgulho. Podemos estar convencidos de que estavam equivocados e tinham induzido outros ao engano, mas tinham sofrido por sua causa.

    Quando os homens nos vêem dispostos a sofrer alguma coisa pela fé que dizemos possuir, é quando começam a crer que realmente a possuímos. Se uma coisa não nos custar nada, os homens não atribuirão valor alguém.

    A MAO DE DEUS QUE DIRIGE Gálatas 1:11-17

    Paulo sustentava que o evangelho que pregava não era algo recebido de outros nenhuma história de segunda mão; tinha-o recebido diretamente de Deus. Esta era uma afirmação muito séria; uma pretensão que exigia alguma sorte de demonstração. E para demonstrá-lo Paulo tinha a ousadia de destacar-se ele mesmo. Assinalava a mudança radical em sua própria vida.

    1. Ele tinha sido um fanático da Lei. A Lei tinha constituído sua própria vida, seu conhecimento tinha sido o único objeto de seu estudo; todo o esforço de sua vida se cifrava em sua observância. E agora o centro dominante de sua vida é a graça. Este homem que com apaixonado ardor tinha tentado merecer o favor e a aprovação de Deus, agora se contentava, em humilde atitude de fé, em receber o que Deus lhe oferecia. Tinha cessado para sempre de gloriar-se no que poderia fazer por si mesmo; e tinha começado definitivamente a gloriar-se no que Deus tinha feito por ele.
    2. Tinha sido o principal perseguidor da Igreja. Tinha-a devastado. A palavra que usa é a que se aplicava ao saque total de uma cidade; tinha tentado fazer da Igreja uma terra seca; e agora sua única meta e objetivo pelos quais estava disposto a entregar-se até a morte, eram difundir essa mesma Igreja por todo mundo. Todo efeito deve ter uma causa adequada. Quando alguém marcha de cabeça numa direção e de repente gira para dirigir-se com o mesmo ímpeto na direção diametralmente oposta; quando alguém investe de repente todos seus valores de modo tal que sua vida gira ao reverso, deve existir alguma explicação adequada. Para Paulo a explicação consistia na intervenção direta de Deus. Deus posou sua mão sobre os ombros de Paulo para detê-lo em meio de sua marcha. "Este é", diria Paulo, "o tipo de efeito que só Deus pode produzir". E o notável em Paulo é que não trepida em expor sua própria vergonha com a finalidade de mostrar o poder de Deus.

    O apóstolo tem duas coisas que dizer sobre a intervenção de Deus.

    1. Não se trata de nada imprevisto, mas sim de algo que estava no plano eterno de Deus. Este plano existia já antes do nascimento de Paulo.

    A. J. Gossip narra como Alexandre Whyte chegou à ordenação, a sua primeira acusação. A mensagem de Whyte foi que desde a eternidade Deus tinha estado preparando esse homem para essa congregação e esta para ele, e no momento preciso os tinha reunido. Cada homem é uma idéia de Deus; para cada homem Deus tem um plano; Deus envia a cada homem ao mundo para desempenhar uma parte de seu propósito e desígnio. Pode ser uma parte pequena como uma parte notável. Pode tratar-se de algo que todo mundo chegue a conhecer como de algo que só chegue ao círculo dos mais amealhados.
    Epicteto (Gl 2:16) diz-nos: "Tenha o ânimo de elevar seu olhar a Deus e exclamar: Desde agora em diante me trate como quer. Sou um contigo, sou teu; não me amedronto perante nada enquanto você pense que é bom. me conduza aonde queira; me revista da indumentária que queira. Quer me manter na acusação ou me afastar dele, que fique quieto ou fuja, que seja rico ou pobre? Por tudo isto te defenderei diante dos homens". Se um filósofo pagão pôde dar-se assim plenamente a um Deus ao que conhecia tão vagamente, quanto mais nós!

    1. Paulo sabia ter sido eleito para uma tarefa. Não pensava que tivesse sido eleito para a honra, mas para o serviço; não para o fácil, mas para o difícil. O general escolhe seus melhores soldados para as campanhas mais árduas; o professor escolhe a seus melhores alunos para os estudos mais difíceis. Paulo sabia que tinha sido salvo para servir.

    O CAMINHO DOS ESCOLHIDOS

    Gálatas 1:18-24

    Nesta passagem consideraremos a última seção da precedente antes de ver o que Paulo fez precisamente quando a mão de Deus o deteve.
    (1) Em primeiro lugar se retirou para Arábia. afastou-se para estar sozinho. Se obrou desta maneira o fez por duas razões. Em primeiro termo devia refletir sobre o tremendo acontecimento vívido. Logo, devia falar com Deus antes de falar com os homens. Tinha que estar seguro de si mesmo e seguro de Deus. São tão poucos os que tomam tempo para enfrentar-se consigo mesmos e para enfrentar-se com Deus... E como pode o homem enfrentar as tentações, as grandes tensões da vida sem haver tomado um tempo para reflexão, sem haver meditado, sem sentir— se seguro?

    1. Em segundo lugar, Paulo voltou para Damasco. Esta foi uma ação valente. Lembre-se que Paulo estava de caminho a Damasco para extirpar dali à Igreja, quando Deus o deteve. Todo Damasco sabia. Paulo voltou em seguida para dar seu testemunho perante as pessoas que melhor sabiam o que tinha sido.

    Kipling tem um poema famoso chamado o Voto de Mulholland. Mulholland era cuidador de gados a bordo. Numa ocasião a tormenta se desatou ficando livres os novilhos. Mulholland fez um pacto com Deus: se Deus o libertasse dos chifres afiados e das unhas dos animais ele o serviria dali em diante. Efetivamente se salvou. Quando atracou na terra propôs-se dar cumprimento à parte do pacto que lhe correspondia: mas sua idéia era pregar a religião ali onde ninguém o conhecia e em circunstâncias muito cômodas: elegantemente vestido e a salvo do mau tempo. E então ouviu o imperativo divino: "Volta para os barcos boiadeiros e prega ali meu evangelho". Deus o enviou a um lugar que conhecia bem e onde era bem conhecido. Nosso testemunho cristão, assim como que nossa caridade cristã, devem começar em casa.

    1. Em terceiro lugar Paulo foi a Jerusalém. Novamente arriscou sua vida. Seus amigos de antes, os judeus, reclamariam seu sangue porque para eles era um renegado. Suas vítimas de antes, os cristãos, poderiam fugir do seu contato, não podendo crer que tivesse mudado. Paulo teve a coragem de enfrentar seu passado. Jamais conseguimos nos apartar realmente de nosso passado, fugindo do mesmo, mas sim enfrentando-o, admitindo-o e vencendo-o.
    2. Em quarto lugar, Paulo foi a Síria e Cilícia. Ali encontrava-se Tarso. Ali era onde Paulo se criou, onde tinha ido à escola e aprendido muitas coisas. Ali se encontravam os amigos de sua infância e juventude. Novamente escolheu o caminho mais árduo. Sem dúvida o considerariam completamente louco; e o enfrentariam com ira e escárnio. Paulo estava inteiramente preparado para ser considerado néscio pela causa de Cristo.

    Nestes versículos Paulo busca defender e demonstrar a independência de seu evangelho; não o tinha recebido de nenhum homem, mas de Deus. Não consultou a ninguém, mas sim a Deus. Mas ao escrever, sem querer ele se descreve como o homem que tem a valentia de atestar sua mudança e de pregar seu evangelho nos lugares mais difíceis.


    Dicionário

    Anunciado

    adjetivo Que se anunciou, comunicou; dito oralmente; comunicado.
    Divulgado por publicidade; por anúncio; publicitado: produtos anunciados.
    Que se previu antecipadamente; preconizado: morte anunciada.
    Etimologia (origem da palavra anunciado). Particípio de anunciar, do latim anuntiare, "dizer por anúncio".

    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Evangelho

    Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É terreno onde todos os cultos podem reunir-se, estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas. [...] Para os homens, em particular, constitui aquele código uma regra de proceder que abrange todas as circunstâncias da vida privada e da vida pública, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundam na mais rigorosa justiça. É, finalmente e acima de tudo, o roteiro infalível para a felicidade vindoura, o levantamento de uma ponta do véu que nos oculta a vida futura. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

    O Evangelho é a fonte das verdades morais e religiosas, e é fundamento da igreja cristã [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10

    [...] manancial de luz e de vida em todas as idades da Humanidade e para todas as humanidades.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] É a fé, o amor e a justiça. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] divina pedra de toque da Religião e da Moral [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] o mais perfeito código de conduta que se conhece [...].
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 1

    No Evangelho de Jesus, encontramos todas as luzes e recursos inestimáveis para resolver os problemas da afeição mal dirigida, das fraquezas do sentimento e da viciação sexual. Se a Ciência cuida do corpo, o Evangelho orienta e ilumina o Espírito.
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

    [...] a mensagem do Evangelho, que é luz para os que tateiam nas trevas da ignorância, bálsamo para os corações sofridos e esperança para os tristes, os aflitos e os desgraçados de todos os matizes!
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 10

    Evangelho é seta a indicar o caminho.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Esforço

    [...] a obra imortal de Jesus Nazareno [...] é ela o código por excelência de toda a moralidade una e perfeita, de toda a liberdade e de toda a solidariedade.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 2

    [...] é o livro de Jesus, e é preciso conhecer Jesus mais que ao seu Código para dele se ocupar.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Exórdio

    Ora, os Evangelhos são a obra da Bondade, representam um ciclo da evolução planetária, e, como tal, devem ter recebido o influxo e a sanção dos mensageiros do Pai, orientadores da Verdade relativa que cada época comporta.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

    O Evangelho é caminho, porque, seguindo-o, não nos perderemos nas sombrias veredas da incompreensão e do ódio, da injustiça e da perversidade, mas perlustraremos, com galhardia e êxito, as luminosas trilhas da evolução e do progresso – da ascensão e da felicidade que se não extingue. O Evangelho é Verdade, porque é eterno. Desafia os séculos e transpõe os milênios. Perde-se no infinito dos tempos. O Evangelho é Vida, porque a alma que se alimenta dele, e nele vive, ganhará a vida eterna. Aquele que crê em Jesus epratica os seus ensinos viverá – mesmoque esteja morto.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8

    [...] é o fundamento da ordem e doprogresso.O Evangelho é Amor – na sua mais ele-vada expressão.Amor que unifica e constrói para aEternidade.Amor que assegura a perpetuidade detodos os fenômenos evolutivos.[...] Somente o Evangelho aproximaráos homens, porque ele é Caridade.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 29

    O Evangelho, comentado à luz do Es-piritismo, é o mais autêntico roteiro deque podemos dispor, hoje e sempre, paraa equação, pacífica e feliz, dos proble-mas humanos. Com ele, tudo é clarida-de e paz, alegria e trabalho, harmonia eentendimento, luz e progresso. [...]Com ele, a inteligência e a cultura edificampara a vida que não perece, descortinandoos panoramas da perfeição.[...] Com ele, a fortuna constrói o pro-gresso, estimula a prosperidade, esten-de as bênçãos do socorro fraterno àquelesque a velhice pobre e a infância desvali-da colocam à margem da felicidade
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - Conclusão

    [...] O Evangelho é a bússola que oscaminheiros prudentes não abandonam[...]
    Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Evangelho – bússola doscaminheiros

    [...] é a bússola dos Espíritos, [...] é oparadigma incontroverso da Verdade E E Epara o nosso ciclo de evolução intelectual e moral [...].
    Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 3

    Padrão eterno de inigualável sabedoria, o Evangelho é que há de nortear a Humanidade para seus altos destinos. [...]
    Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

    Os Evangelhos foram e serão sempre o livro do progresso, a fonte da luz e da verdade.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    O Evangelho é também Poesia Divina da Sabedoria e do Amor, a estender-se no mundo em cânticos de fraternidade e serviço.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani

    O Evangelho é o livro do coração; cura as feridas do sentimento, porque destila o amor de Jesus Cristo: consola o desconforto dos aflitos, porque dele se evola a essência da verdade divina, gradativamente propiciada aos filhos de Deus, para a escalada gloriosa do futuro. Por ele, é certo, aumenta a criatura o seu patrimônio intelectual, com conhecimentos puramente espirituais, porém, a sua finalidade máxima é formar o patrimônio moral da Humanidade.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo é o código de toda a sabedoria de que se pode revestir a humana criatura, para a vida e para as vidas: mas o sagrado código, obra do Mestre divino, imutável em sua essência, na essência de seus puríssimos ensinamentos, reveste-se do especialíssimo caráter de uma eterna variedade na forma que o acomoda a todas as idades, a todos os progressos da Humanidade. É uma luz que cresce em intensidade, a par e à medida que os olhos da alma humana adquirem maior capacidade para suportá-la.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Assim, a única profilaxia eficaz contra a obsessão é a do Evangelho.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 4, cap• 1

    [...] O Evangelho de Jesus é o norteador seguro para que os desavisados não se fiem somente na Ciência sem ética e na Filosofia sem a moral cristã.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 2

    [...] é expressão e aplicação das leis universais e imutáveis de Deus. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 14

    [...] O Evangelho do Cristo, código supremo para o entendimento da vida, é simbolizado pelo amor ao Criador e à criatura, como caminho para a redenção do Espírito eterno.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 33

    O Evangelho de Jesus é o grande repertório de ensinamentos para a busca da sabedoria e da paz. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 36

    O Evangelho é o repositório das normas e regras necessárias ao progresso espiritual. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

    O Evangelho do Cristo, entendido em espírito, é o código que permite a compreensão dos mecanismos das leis morais da vida, resumidas em uma palavra – Amor.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 33

    [...] O maior tratado de psicologia espontânea que podemos conhecer. [...]
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

    [...] é um cântico de sublimadas esperanças no caminho das lágrimas da Terra, em marcha, porém, para as glórias sublimes do Infinito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

    [...] O Evangelho do Cristo é o transunto de todas as filosofias que procuram aprimorar o espírito, norteando-lhe a vida e as aspirações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 66

    [...] O Evangelho é código de paz e felicidade que precisamos substancializar dentro da própria vida!
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

    [...] é a construção de um mundo novo pela edificação moral do novo homem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

    [...] É uma luz para a nossa existência neste mundo mesmo, que devemos transformar em Reino de Deus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

    [...] livro mais vivaz e mais formoso do mundo, constituindo a mensagem permanente do Céu, entre as criaturas em trânsito pela Terra, o mapa das abençoadas altitudes espirituais, o guia do caminho, o manual do amor, da coragem e da perene alegria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    O Evangelho é roteiro iluminado do qual Jesus é o centro divino. Nessa Carta de Redenção, rodeando-lhe a figura celeste, existem palavras, lembranças, dádivas e indicações muito amadas dos que lhe foram legítimos colaboradores no mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 171

    [...] Código de ouro e luz, em cuja aplicação pura e simples reside a verdadeira redenção da Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

    [...] O Evangelho é a luz eterna, em torno da qual nos cabe o dever de estruturar as nossas asas de sabedoria e de amor [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

    Expressão autêntica da biografia e dos atos do Divino Mestre [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 20

    Para as horas de amargura, / Para as dívidas da sorte, / o Evangelho é a luz da vida / que esclarece além da morte.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O Evangelho não é um livro simplesmente. É um templo de idéias infinitas – miraculosa escola das almas – estabelecendo a nova Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o Evangelho de Jesus [é o] roteiro das almas em que cada coração deve beber o divino ensinamento para a marcha evolutiva.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O Evangelho é, por isso, viveiro celeste para a criação de consciências sublimadas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Evangelho

    O Evangelho é serviço redentor, mas não haverá salvação para a Humanidade sem a salvação do Homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

    [...] fonte real da Medicina preventiva, sustentando as bases do equilíbrio físio-psíquico.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 23

    E E EO Evangelho é o roteiro para a ascensão de todos os Espíritos em luta, o aprendizado na Terra para os planos superiores do Ilimitado. De sua aplicação decorre a luz do espírito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 225

    O Evangelho, todavia, é livro divino e, enquanto permanecemos na cegueira da vaidade e da ignorância, não nos expõe seus tesouros sagrados. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 11

    [...] o Evangelho de Amor, que é, sem dúvida, o Livro Divino em cujas lições podemos encontrar a libertação de todo o mal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    Ainda e sempre o Evangelho do Senhor / É a mensagem eterna da Verdade, / Senda de paz e de felicidade, / Na luz das luzes do Consolador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Eterna mensagem

    [...] confere paz e liberdade. É o tesouro do mundo. Em sua glória sublime os justos encontrarão a coroa de triunfo; os infortunados, o consolo; os tristes, a fortaleza do bom ânimo; os pecadores, a senda redentora dos resgates misericordiosos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

    [...] O Evangelho é amor em sua expressão mais sublime. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

    [...] Seu Evangelho [de Jesus] de perdão e amor é o tesouro divino dos sofredores e deserdados do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9

    [...] a palavra evangelho significa boas notícias.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 1

    [...] O Evangelho do Cristo é o Sol que ilumina as tradições e os fatos da Antiga Lei. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

    O Evangelho é o Livro da Vida, cheio de contos e pontos divinos, trazidos ao mundo pelo Celeste Orientador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - Pontos e contos

    [...] O Evangelho de Nosso Senhor não é livro para os museus, mas roteiro palpitante da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

    [...] é mensagem de salvação, nunca de tormento. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

    [...] é a revelação pela qual o Cristo nos entregou mais amplo conhecimento de Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Atualidade espírita

    [...] celeiro divino do nosso pão deimortalidade.[...] O Evangelho é o Sol da Imortali-dade que o Espiritismo reflete, com sa-bedoria, para a atualidade do mundo
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Brilhe vossa luz

    Além disso, é o roteiro do otimismo divino.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 120

    [...] não é apenas um conjunto brilhante de ensinamentos sublimes para ser comentado em nossas doutrinações – é código da Sabedoria Celestial, cujos dispositivos não podemos confundir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A luta continua

    [...] representa uma glorificada equipe de idéias de amor puro e fé transforma dora, que Jesus trouxe à esfera dos homens, erguendo-os para o Reino Divino.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 20

    O Evangelho – o livro-luz da evolução – é o nosso apoio. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 48

    Aprendamos com o Evangelho, a fonte inexaurível da Verdade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 62

    O Evangelho, assim, não é o livro de um povo apenas, mas o Código de Princípios Morais do Universo, adaptável a todas as pátrias, a todas as comunidades, a todas as raças e a todas as criaturas, porque representa, acima de tudo, a carta de conduta para a ascensão da consciência à imortalidade, na revelação da qual Nosso Senhor Jesus Cristo empregou a mediunidade sublime como agente de luz eterna, exaltando a vida e aniquilando a morte, abolindo o mal e glorificando o bem, a fim de que as leis humanas se purifiquem e se engrandeçam, se santifiquem e se elevem para a integração com as Leis de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26


    Evangelho
    1) A mensagem de salvação anunciada por Jesus Cristo e pelos apóstolos (Rm 1:15). “Evangelho” em grego quer dizer “boa notícia”.
    2) Nome dado a cada um dos quatro primeiros livros do NT: MATEUS, MARCOS, LUCAS e JOÃO. Esses livros apresentam a vida e os ensinos de Jesus Cristo.

    substantivo masculino Doutrina de Jesus Cristo: pregar o Evangelho.
    Livros que contêm essa doutrina, a vida e história de Cristo, e que fazem parte do Novo Testamento.
    Figurado Coisa que merece fé e confiança: sua palavra é um evangelho.
    Figurado Conjunto de princípios que servem de base a uma doutrina: o evangelho da democracia.

    Esta palavra, cuja significação é ‘boas novas’, ou ‘boa mensagem’, aplica-se às quatro inspiradas narrações da vida e doutrinas de Jesus Cristo, compreendidas no N.T. (Mateus, Marcos, Lucas, João) – e, também, à revelação da graça de Deus, que Cristo veio pregar, e que se manifesta na Sua vida, morte e ressurreição, significando para os homens salvação e paz. Por diferentes nomes é conhecido o Evangelho: o Evangelho da graça, porque provém do livre amor de Deus (At 20:24) – o Evangelho do Reino, pois que trata do reino da graça e da glória (Mt 4:23) – o Evangelho de Cristo, porque Jesus é o seu autor e assunto (Rm 1:16 – 15,19) – o Evangelho da Paz e salvação, pois que as suas doutrinas promovem o nosso bem-estar presente e conduzem à gloria eterna (Ef 1:13 -6,15) – o glorioso Evangelho, porque nele se expõem as gloriosas perfeições de Deus (2 Co 4,4) – e o Evangelho eterno, visto que foi planejado desde a eternidade, é permanente, e de efeitos eternos (Ap 14:6). *veja cada Evangelho sob o nome de seu autor.

    Faco

    substantivo masculino [Portugal] Fôlha de navalha, a que, se põe um cabo rústico.
    Etimologia (origem da palavra faco). De faca.

    Homens

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    Irmãos

    -

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Saber

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter conhecimento; ficar ou permanecer informado; conhecer: saber o horário das aulas; sei que amanhã irá chover; nunca soube o que se passava com ela; era humilhado e não se opunha.
    verbo transitivo direto Expressar conhecimentos determinados: saber cantar; saber dançar.
    Suspeitar sobre; pressentir: sabia que ele conseguiria vencer.
    Possuir capacidade, habilidade para; conseguir: soube fazer os exercícios.
    Alcançar alguma coisa; fazer por merecer: soube aceitar os prêmios.
    verbo transitivo direto predicativo Julgar ou possuir como; considerar: sempre o sabia apaixonado.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Sentir o sabor de; possuir sabor de: os doces não sabem a nada; soube-me bem aquele bolo.
    substantivo masculino Conjunto de conhecimentos; em que há sabedoria; erudição: buscava esforçosamente o saber.
    Etimologia (origem da palavra saber). Do latim sapere.

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter conhecimento; ficar ou permanecer informado; conhecer: saber o horário das aulas; sei que amanhã irá chover; nunca soube o que se passava com ela; era humilhado e não se opunha.
    verbo transitivo direto Expressar conhecimentos determinados: saber cantar; saber dançar.
    Suspeitar sobre; pressentir: sabia que ele conseguiria vencer.
    Possuir capacidade, habilidade para; conseguir: soube fazer os exercícios.
    Alcançar alguma coisa; fazer por merecer: soube aceitar os prêmios.
    verbo transitivo direto predicativo Julgar ou possuir como; considerar: sempre o sabia apaixonado.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Sentir o sabor de; possuir sabor de: os doces não sabem a nada; soube-me bem aquele bolo.
    substantivo masculino Conjunto de conhecimentos; em que há sabedoria; erudição: buscava esforçosamente o saber.
    Etimologia (origem da palavra saber). Do latim sapere.

    Saber é o supremo bem, e todos os males provêm da ignorância.
    Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 22

    O saber é qual árvore de crescimento demorado: todos os anos lhe caem as folhas que serviram para sua nutrição; ela, porém, se mostra, lenta mas firmemente, aumentada na altura e na grossura. [...]
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 13

    [...] saber é duvidar, porque é apreender que nada se sabe. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 13a efusão

    [...] O saber, no seu verdadeiro e reto uso, é a mais nobre e mais poderosa aquisição dos homens. [...]
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 14

    [...] Quantas criaturas há, no meio espírita, que não têm condições de fazer amplos estudos da Doutrina, talvez até desconheçam os mais credenciados autores de nossa leitura e, no entanto, vivem a Doutrina pelo exemplo... Pode ser que não tenham estrutura intelectual para dissertar sobre uma tese espírita, mas absorvem o pensamento da Doutrina às vezes muito mais do que gente intelectualizada. E entre elas, não poderá haver Espíritos que já trazem muito conhecimento de outras vidas? Parece que sim. Tudo nos conduz afinal o raciocínio a um ponto de remate: também na seara espírita, como em qualquer seara do conhecimento, o saber da erudição e da pesquisa é necessário, tem o seu inegável valor. Mas o saber daqueles que não são cultos perante os valores intelectuais e, no entanto, vivem a Doutrina através da experiência cotidiana, é claro que têm muita autoridade pelo exemplo!
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20


    Segundo

    numeral Numa série, indica ou ocupa a posição correspondente ao número dois.
    adjetivo De qualidade inferior ou menos importante; secundário: artigos de segunda ordem.
    Que apresenta semelhanças de um modelo, tipo ou versão anterior; rival, cópia: atriz se acha a segunda Fernanda Montenegro.
    Que pode se repetir posteriormente; novo: segunda chance.
    Cuja importância está condicionada a algo ou alguém melhor: é a segunda melhor aluna.
    [Música] Que, num canto ou ao reproduzir um instrumento musical, produz sons graves: segunda voz.
    substantivo masculino Algo ou alguém que está na segunda posição: não gosto de ser o segundo em minhas competições.
    Curto espaço de tempo: já chego num segundo!
    [Esporte] Pessoa que presta auxílio ou ajuda o boxeador.
    [Geometria] Medida do ângulo plano expressa por 1/60 do minuto, sendo simbolizada por .
    [Física] Medida de tempo que, no Sistema Internacional de Unidades, tem a duração de 9.192.631.770 períodos de radiação, sendo simbolizada por s.
    Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, “que ocupa a posição dois”.
    preposição Em conformidade com; de acordo com; conforme: segundo o juiz, o goleiro é realmente culpado.
    conjunção Introduz uma oração que expressa subordinação, e conformidade com o que foi expresso pela oração principal: segundo vi, este ano teremos ainda mais problemas climatéricos.
    Introduz uma oração que expressa subordinação, indicando proporcionalidade em relação à oração principal; à medida que: segundo o contar dos dias, ia ficando ainda mais inteligente.
    Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, do verbo segundar.
    advérbio De modo a ocupar o segundo lugar.
    Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundo.

    hebraico: o segundo

    (Lat. “segundo”). Junto com Aristarco, Segundo era um cristão da igreja em Tessalônica que se uniu a Paulo em sua última jornada pela Grécia e finalmente de volta a Jerusalém. Ao que parece foi um dos representantes daquela igreja que levou os donativos coletados para os pobres em Jerusalém (At 20:4).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gálatas 1: 11 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas faço-vos saber, ó irmãos, que o evangelho (as boas novas) (aquele por mim havendo sido pregado- como- as- boas- novas) não é segundo o homeM.
    Gálatas 1: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    54 d.C.
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1107
    gnōrízō
    γνωρίζω
    lado de fora
    (outside)
    Advérbio
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2097
    euangelízō
    εὐαγγελίζω
    Esse
    (this)
    Pronome
    G2098
    euangélion
    εὐαγγέλιον
    este, esta, esse, essa, tal pron rel
    (whom)
    Pronome
    G2596
    katá
    κατά
    treinar, dedicar, inaugurar
    (do dedicated)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5259
    hypó
    ὑπό
    por / através / até
    (by)
    Preposição
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    γνωρίζω


    (G1107)
    gnōrízō (gno-rid'-zo)

    1107 γνωριζω gnorizo

    de um derivado de 1097; TDNT - 1:718,119; v

    1. fazer conhecido
      1. tornar-se conhecido, ser reconhecido
    2. conhecer, obter conhecimento de, ter completo conhecimento de
      1. no grego antigo significa “obter conhecimento de” ou “ter completo conhecimento de”

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εὐαγγελίζω


    (G2097)
    euangelízō (yoo-ang-ghel-id'-zo)

    2097 ευαγγελιζω euaggelizo

    de 2095 e 32; TDNT - 2:707,*; v

    1. trazer boas notícias, anunciar boas novas
      1. usado no AT para qualquer tipo de boas notícias
        1. de jubilosas notícias da bondade de Deus, em particular, das bênçãos messiânicas
      2. usado no NT especialmente de boas novas a respeito da vinda do reino de Deus, e da salvação que pode ser obtida nele através de Cristo, e do conteúdo desta salvação
      3. boas notícias anunciadas a alguém, alguém que tem boas notícias proclamadas a ele
      4. proclamar boas notícias
        1. instruir (pessoas) a respeito das coisas que pertencem à salvação cristã

    εὐαγγέλιον


    (G2098)
    euangélion (yoo-ang-ghel'-ee-on)

    2098 ευαγγελιον euaggelion

    do mesmo que 2097; TDNT - 2:721,267; n n

    1. recompensa por boas notícias
    2. boas novas
      1. as boas novas do reino de Deus que acontecerão em breve, e, subseqüentemente, também de Jesus, o Messias, o fundador deste reino. Depois da morte de Cristo, o termo inclui também a pregação de (sobre) Jesus Cristo que, tendo sofrido a morte na cruz para obter a salvação eterna para os homens no reino de Deus, mas que restaurado à vida e exaltado à direita de Deus no céu, dali voltará em majestade para consumar o reino de Deus
      2. as boas novas da salvação através de Cristo
      3. a proclamação da graça de Deus manifesta e garantida em Cristo
      4. o evangelho
      5. quando a posição messiânica de Jesus ficou demonstrada pelas suas palavras, obras, e morte, a narrativa da pregação, obras, e morte de Jesus Cristo passou a ser chamada de evangelho ou boas novas.

    κατά


    (G2596)
    katá (kat-ah')

    2596 κατα kata

    partícula primária; prep

    abaixo de, por toda parte

    de acordo com, com respeito a, ao longo de



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ὑπό


    (G5259)
    hypó (hoop-o')

    5259 υπο hupo

    preposição primária; prep

    1. por, sob

    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial