Enciclopédia de Deuteronômio 4:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dt 4: 16

Versão Versículo
ARA para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher,
ARC Para que não vos corrompais, e vos façais alguma escultura, semelhança de imagem, figura de macho ou de fêmea;
TB para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na forma de uma estátua, semelhança de homem ou de mulher,
HSB פֶּ֨ן־ תַּשְׁחִת֔וּן וַעֲשִׂיתֶ֥ם לָכֶ֛ם פֶּ֖סֶל תְּמוּנַ֣ת כָּל־ סָ֑מֶל תַּבְנִ֥ית זָכָ֖ר א֥וֹ נְקֵבָֽה׃
BKJ para que não vos corrompais, e vos façais imagem de escultura semelhante a qualquer figura, semelhança de macho ou de fêmea,
LTT Para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na similitude de qualquer figura, semelhança de macho ou fêmea;
BJ2 não vos pervertais, fazendo para vós uma imagem esculpida em forma de ídolo: uma figura de homem ou de mulher,
VULG ne forte decepti faciatis vobis sculptam similitudinem, aut imaginem masculi vel feminæ :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Deuteronômio 4:16

Êxodo 20:4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Êxodo 32:7 Então, disse o Senhor a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido,
Deuteronômio 4:8 E que gente há tão grande, que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje dou perante vós?
Deuteronômio 4:23 Guardai-vos de que vos esqueçais do concerto do Senhor, vosso Deus, que tem feito convosco, e vos façais alguma escultura, imagem de alguma coisa que o Senhor, vosso Deus, vos proibiu.
Deuteronômio 4:25 Quando, pois, gerardes filhos e filhos de filhos, e vos envelhecerdes na terra, e vos corromperdes, e fizerdes alguma escultura, semelhança de alguma coisa, e fizerdes mal aos olhos do Senhor, para o provocar à ira,
Deuteronômio 5:8 Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra;
Salmos 106:19 Fizeram um bezerro em Horebe e adoraram a imagem fundida.
Isaías 40:18 A quem, pois, fareis semelhante a Deus ou com que o comparareis?
João 4:24 Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
Atos 17:29 Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.
Atos 20:4 E acompanhou-o, até à Ásia, Sópatro, de Bereia, e, dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo, e Gaio, de Derbe, e Timóteo, e, dos da Ásia, Tíquico e Trófimo.
Romanos 1:22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
I Timóteo 1:17 Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém!

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

dt 4:16
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 14
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 17:1-9


1. Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João seu irmão, e elevouos à parte a um alto monte.


2. E foi transfigurado diante deles: seu rosto resplandeceu como o sol, e suas vestes tornaram-se brancas como a luz.


3. E eis que foram vistos Moisés e Elias conversando com ele.


4. Então Pedro disse a Jesus: "Senhor, é bom estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; para ti uma, para Moisés uma e uma para Elias!".


5. Falava ele ainda, quando uma nuvem de luz os envolveu e da nuvem saiu uma voz dizendo: "Este é meu Filho, o Amado, que me satisfaz: ouvi-o".


6. Ouvindo-a, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram muito medo.


7. aproximando-se Jesus, tocou neles e disse: "levantaivos e não temais".


8. Erguendo eles os olhos a ninguém mais viram, senão só a Jesus.


9. Enquanto desciam do monte, ordenou-lhes Jesus dizendo: "A ninguém conteis esta visão, até que o Filho do Homem se tenha levantado dos mortos".


MC 9:2-8


2. Seis dias depois tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João e elevou-os à parte, a sós, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles.


3. E seu manto tornou-se resplandecente e extremamente branco, como neve, qual nenhum lavandeiro na terra poderia alvejar.


4. E foram vistos Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus.


5. Então Pedro disse a Jesus: "Rabi, é bom estarmos aqui: façamos três tendas, uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias".


6. porque não sabia o que havia de dizer, pois tinham ficado aterrorizados.


7. E surgiu uma nuvem envolvendoos, e da nuvem veio uma voz: "Este é meu Filho, o Amado: ouvi-o".


8. E eles, olhando de repente em redor, não viram mais ninguém, senão só Jesus com eles.


9. Enquanto desciam do monte, ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, senão quando o Filho do Homem se tivesse levantado dentre os mortos.


LC 9:28-36


28. E aconteceu que cerca de oito dias depois desses ensinos, tende tomado consigo Pedro, João e Tiago. subiu para orar.


29. E aconteceu na que oração, a forma de seu rosto ficou diferente e as roupas dele brancas e relampejantes.


30. E eis que dois homens conversavam com ele, os quais eram Moisés e Elias,


31. que apareceram em substância e discutiam sobre sua saída, que ele estava para realizar em Jerusalém. 32. Pedra e seus companheiros estavam oprimidos de sono, mas conservando-se despertos, viram sua substância e os dois homens ao lado dele.


33. Ao afastarem-se estes de Jesus, disse-lhe Pedro: "Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas, uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias", não sabendo o que dizia.


34. Enquanto assim falava, surgiu uma nuvem que os envolvia, e aterrorizaram-se quando entraram na nuvem.


35. E da nuvem saiu uma voz, dizendo: "Este é meu Filho, o Amado, ouvi-o".


36. Tendo cessado a voz, foi achado Jesus só. Eles se calaram e, naqueles dias, a ninguém contaram coisa alguma do que haviam visto.


Interessante observar o cuidado dos três evangelistas, em relacionar o episódio da chamada "Transfigura ção" com a "Confissão de Pedro" ou, talvez melhor, com os ensinos a respeito do Discipulato (cfr. Lucas).


Mateus e Marcos precisam a data, assinalando que o fato ocorreu exatamente SEIS DIAS depois, ao passo que Lucas diz mais displicentemente, "cerca de oito dias". Como nenhum dos narradores demonstra preocupações cronológicas em seus Evangelhos, chama nossa atenção esse pormenor. Como também somos alerta dos pelo fato estranho de João, testemunha ocular do invulgar acontecimento, têlo silenciado totalmente em suas obras, embora nos tenha ficado o testemunho de Pedro (2. ª Pe. 1:17-19) .


A narrativa dos três é bastante semelhante, embora Lucas seja o único a tocar em três pontos: a oração de Jesus, o sono dos discípulos, e o assunto conversado com os desencarnados.


Começa a narrativa dos três, dizendo que Jesus leva ou "toma consigo" (paralambánai) Pedro, Tiago e João, e os leva "à parte". Essa expressão paralambánai kat"idían é de cunho clássico (cfr. Políbio, 4. 84. 8: Plutarco. Morales, 120 e; Diodoro de Sicília, 1 . 21).

Os três discípulos que acompanharam Jesus, foram por Ele escolhidos em várias circunstâncias (cfr. MT 26:37; MC 5:37; MC 14:33; LC 8:51), tendo sido citados por Paulo (GL 2:9) como "as colunas da comunidade". Pedro havia revelado a individualidade de Jesus pouco antes, e fora o primeiro discípulo que com João se afastara do Batista para seguir Jesus; João, o "discípulo a quem Jesus amava" (cfr. JO 13:23; JO 19:26; JO 21:20) e talvez mesmo sobrinho carnal de Jesus (cfr. vol. 3); Tiago, irmão de João, foi decapitado em Jerusalém no ano 44 (AT 12:2), tendo sido o primeiro dos discípulos, escolhidos como emissários, que testemunhou com seu sangue a Verdade dos ensinos de Jesus.


Com os três Jesus "subiu ao monte", com artigo definirlo (Lucas), ou "os ELEVOU a um alto monte".


Mas não se identifica qual o monte. Surgiu, então, a dúvida entre os exegetas: será o Hermon ou o Tabor?


O Salmo diz "que o Tabor e o Hermon se alegram em Teu Nome" (89:12) ...


Alguns opinam pelo Hermon, a 2. 793 m de altura, perto do local da "confissão de Pedro", Cesareia de Filipe. Objeta-se, todavia, que é recoberto de neve perpétua e que, situado em região pagã, dificilmente seria encontrada, no dia seguinte, no sopé, a multidão a esperá-lo, enquanto discutia com os demais discípulos, que haviam permanecido na planície, sobre a dificuldade que tinham de curar o jovem epil éptico.


Outros preferem o Tabor. Além dessas razões, alegam: que "seis dias" são tempo suficiente para chegar com calma de volta à Galileia. O Tabor é um tronco de cone, com um platô no alto de cerca de 1 km de circuito; fica a sudeste de Nazaré situado no final do planalto de Esdrelon, que ele domina a 320 m de altura (562 m acima do nível do mar e 800 m acima do Lago de Tiberíades). Tem a seu favor a tradição desde o 4. º século, atestada por Cirilo de Jerusalém (Catech. 12:16, in Patrol. Graeca, vol. 33, col. 744) e por Jerônimo que, ao escrever sobre Paula, afirmava que ela scandebat montem Thabor, in quo transfiguratus est Dominus (Ep. 108. 13, in Patrol. Lat. vol. 20, cal. 889, e Ep. 46,12, ibidem, col.


491), isto é, "subia ao monte Tabor, onde o Senhor se transfigurou".


Objetam alguns que lá devia haver um forte, de que fala Flávio JosefO (Bel1. Jud. 2-. 20. 6 e 4. 1. 1. 8), mas isso só ocorreu 36 anos depois, na guerra contra Vespasiano.


Do alto do Tabor, fértil em árvores odoríferas, contempla-se todo o campo do ministério de Jesus: Can á, Naim, Cafamaum, uma parte do Lego de Tiberíades, e, 8 km a noroeste, Nazaré.


Chegam ao cume, Jesus se põe a orar (Lucas) e, durante a prece, "se transfigura". Mateus e Marcos não temem usar metemorphôthê, "metamorfoseou-se", que exprime uma transformação com mudança de forma exterior. Lucas evita esse verbo, preferindo metaschêmatízein ("revestir outra forma"), talvez para que os pagãos, a quem se dirigia, não supussessem uma das metamorfoses da mitologia.


Essa transformação se operou no rosto, que tomou "outra forma"; embora não se diga qual, a informação de Mateus é que "resplandecia como o sol". Também as vestes se tornaram "brancas como a luz" (Mat.) ou "brancas qual nenhum lavandeiro seria capaz de alvejar (Marc.) ou "brancas e relampejantes" (Lucas).


Mateus e Marcos falam em "visão" (ôphthê, aoristo passivo singular, "foi visto"), enquanto Lucas apenas anota que "dois homens", que eram Moisés e Elias, conversavam com Ele.


Moisés, o libertador e legislador dos israelitas, servo obediente e fiel de YHWH, e Elias, o mais valoroso e adiantado intérprete, em sua mediunidade privilegiada, do pensamento de YHWH. Agora vinham ambos encontrar, aniquilado sob as vestes da carne, aquele mesmo YHWH, o "seu DEUS", com o simbólico nome de JESUS: traziam-Lhe a garantia da amizade e a fidelidade de seus serviços, sobretudo nos momentos difíceis: dos grandes sofrimentos que se aproximavam. Lucas esclarece que a conversa girou exatamente em torno do "êxodo", ou seja, da saída de Jesus do mundo físico, que se realizaria em Jerusalém dentro de pouco tempo, através da porta estreita de incalculáveis dores morais e físicas. Embora desencarnados, continuavam servos fiéis de "seu Deus". Digno de nota o emprego desse mesmo termo "êxodo" por parte de Pedro (2. ª Pe. 1:15), quando se refere à sua próxima desencarna ção. E talvez recordando-se dessa palavra, Lucas usa o vocábulo oposto (eísodos) "entrada" (AT 13:24) ao referir-se à chegada de Jesus no planeta em corpo físico.


Como vemos, trata se de verdadeira e legítima "sessão espírita", realizada por Jesus em plena natureza, a céu aberto, confirmando que as proibições, formuladas pelo próprio Moisés ali presente, não se referiam a esse tipo de sessões, mas apenas a "consultar" os espíritos dos mortos sobre problemas materiais (cfr. LV 19:31 e DT 18:11), em situações em que só se manifestam espíritos de pouca ou nenhuma evolução. Tanto assim que era condenado o médium "presunçoso" que pretendesse falar em nome de YHWH, sem ser verdade (mistificação) e o que servisse de instrumento a "outros" espíritos (DT 18:20). Mas conversar com entidades evoluídas, jamais poderia ter sido condenado por Moisés que assiduamente conversava com YHWH e que, agora mesmo, o estava fazendo, embora em posição invertida.


Quanto à presença de Elias, que Jesus afirmou categoricamente haver reencarnado na pessoa de João Batista, (cfr. MT 11:14) observemos que o episódio da "transfiguração" se passa após a decapitação do Batista (cfr. MT 14:10 e MC 6:27; vol. 3). Por que, então, teria o precursor tomado a forma de uma encarnação anterior? Que isso é possível, não há dúvida. Mas qual a razão e qual o objetivo? Só entrevemos uma resposta: recordar o tempo em que, sob as vestes carnais de Elias, esse Espírito fiel e ardoroso servira de médium e intérprete ao próprio Jesus, que então respondia ao nome de YHWH.


Outra indagação fazem os hermeneutas: como teriam os discípulos reconhecido Moisés, que viveu

1500 anos antes e Elias que viveu 900 anos antes, se não havia nenhum retrato deles coisa terminantemente proibida (cfr. EX 20:4; LV 26:1; DT 4:16, DT 4:23 e DT 4:5:8)? No entanto, ninguém afirmou que os discípulos os "reconheceram". Lucas, em sua frase informativa, diz que "viram dois homens"; depois esclarece por conta própria: "que eram Moisés e Elias". Pode perfeitamente deduzir-se daí que o souberam por informação de Jesus (que os conhecia muito bem, como YHWH que era). Essa dedução tanto pode ser verídica que, logo depois, ao descerem do monte os quatro (vê-lo-emos no próximo cap ítulo) a conversa girou precisamente sobre a vinda de Elias antes do ministério de Jesus. Como poderia vir, se ainda estava "no espaço"? E o Mestre lhes explica o processo da reencarnação.


Também em Lucas encontramos outra indicação preciosa, que talvez lance nova luz sobre o episódio.


Diz ele que "os discípulos estavam oprimidos pelo sono, mas conservando-se plenamente despertos" (tradução de diagrêgorêsantes, particípio aoristo de diagrêgoréô, que é um verbo derivado de egrêgora, do verbo egeírô, "despertar"). Quiçá explique isso que o episódio se passou no plano espiritual (astral, ou talvez mental). Eles estavam em sono, ou seja, fisicamente em transe hipnótico (mediúnico), com o corpo adormecido; mas se mantinham plenamente despertos, isto é perfeitamente conscientes nos planos menos densos (astral ou mental); então, o que de fato eles viram, não foi o corpo físico de Jesus modificado, mas sim a forma espiritual do Mestre e, a seu lado, as formas espirituais de Moisés e Elias. Inegavelmente a frase de Lucas sugere pelo menos a possibilidade dessa interpretação. Mais tarde, na agonia, é também Lucas que chama a atenção sobre o sono desses mesmos três discípulos (LC 22:45).


Mateus e Marcos parecem indicar que Pedro fala ainda na presença de Moisés e Elias, mas Lucas esclarece que ele só se manifestou depois que eles desapareceram. Impulsivo e extrovertido como era, não conseguiu ficar calado. E sem saber o que dizer, propõe construir três tendas, uma para cada um cios visitantes e uma para Jesus.


Interessante observar que em Marcos encontramos o vocábulo que deve ter sido usado por Pedro "Rabbi", enquanto Mateus o traduz para "Senhor" (kyrie) e Lucas para "Mestre" (epistata, ver vol. 2). Perguntase qual a razão das tendas. Talvez porque já era noite? Mas quantas vezes dormira Jesus ao relento, sem que Pedro se preocupasse... Alguns hermeneutas indagam se a expressão "construir tendas" não terá, por eufemismo, significado apenas "permanecer lá", isto é, não mais voltar à planície. E a hipótese é bastante lógica e forte, digna de ser aceita.


Pedro não obteve resposta. Estava ainda a falar quando os envolveu (literalmente "cobriu") a todos uma nuvem (Mat. : de luz), e os três jogaram-se de rosto ao chão, aterrorizados. Na escritura, a nuvem era um sinal da presença de YHWH (cfr. EX 16:10; EX 19:9, EX 19:16; 24:15,16; 33:9-11; LV 16:2; NM 11:25, etc.) . Daí pode surgir outra interpretação, que contradiz a primeira hipótese, de haver-se passado a cena no plano espiritual. A nuvem poderia ser o ectoplasma que tivesse servido para materialização dos espíritos e que, ao desfazer-se a forma, tomava aspecto de nuvem difusa, até o ectoplasma ser absorvido pelo ar. O mesmo fenômeno, aliás também atestado por Lucas apenas (AT 1:9) se observou ao dispersar-se o ectoplasma utilizado para a materialização do corpo astral de Jesus após a ressurreição; nessa circunstância, dois outros espíritos aproveitaram o ectoplasma para materializar-se e dizer aos discípulos boquiabertos, que fossem para seus afazeres; e logo após desaparecerem. Também aqui parece coincidir o aparecimento da nuvem com o desaparecimento dos dois espíritos.


Quando a nuvem os cobriu, foi ouvida uma voz (fenômeno comum nas sessões de materialização, e conhecido com o nome de "voz direta"), que proferiu as mesmas palavras ouvidas por ocasião do" Mergulho de Jesus" (MT 13:17; MC 1:11; LC 3:22; vol. 1): "este é meu filho, o Amado, que me alegra"; e os três evangelistas acrescentam unanimemente: "ouvi-o". No entanto, Pedro. testemunha ocular do fato, repete a frase sem o imperativo final: "recebendo de Deus Pai honra e glória, uma voz assim veio a Ele da magnífica glória: este é meu Filho, o Amado, que me satisfaz. E essa voz que veio do céu, nós a ouvimos, quando estávamos com Ele no monte santo"(2. ª Pe. 1:17-18).


Após a frase, que Marcos, com um hápax (exápina) diz "ter cessado", tudo voltou à normalidade. Mas, segundo Mateus, eles permaneceram amedrontados. Foi quando Jesus, tocando os, mandou-os levantarse, dizendo que não tivessem medo. Levantando-se, eles viram apenas Jesus, já em seu estado físico normal.


Termina Lucas informando que tal impressão causou o fato, que os três nada disseram a ninguém "por aqueles dias". Esse silêncio aparece como uma ordem dada por Jesus aos três, "ao começarem a descer o monte", fixando-se o prazo: "até que o Filho do Homem se levante dentre os mortos" (ou "seja ressuscitado").


Procuremos penetrar, agora, o sentido profundo do episódio narrado pelos três sinópticos.


Esclareçamos, de início, que as instruções de João o evangelista, quanto à iniciação ao adeptado e sua conquista, seguem caminho diferente dos três outros evangelistas, e por isso essa passagem foi substituída por outra: as bodas de Caná (cfr. vol. 1). Daí não haver tocado no assunto. Mas outras razões podem ser dadas: tendo experimentado esse esponsalício pessoalmente, não quis divulgá-lo por discrição. Ou também: tendo sido narrado pelos três, inútil seria revivê-lo depois que estava divulgado havia pelo menos 30 anos.


Examinemos rapidamente os dados fornecidos pelos textos.


Mateus e Marcos assinalam, com precisão que a cena se deu SEIS dias depois. Não nos interessa saber depois "de que"; e sim assinalar que o fato se passou no SÉTIMO dia. Alertados, pois, para isso (que Lucas, mais intelectualizado por formação, interpretou como pura indicação cronológica e registrou com imprecisão: cerca de oito dias), imediatamente compreendemos que se trata, mais uma vez, do último passo sério de uma iniciação esotérica. Daí a necessidade de prestar toda a atenção aos pormenores, ao que está escrito, ou ao que está sugerido, embora não dito, às ilações silenciosas de um texto que, evidentemente, tinha que aparecer disfarçado, indicando apenas, despretensiosamente, uma ocorrência no mundo físico.


Antes de entrarmos nos comentários "místicos", observemos o episódio à luz dos mistérios iniciáticos o Jesus passara, em sua peregrinação terrena, pelos três primeiros graus: o MERGULHO nas águas profundas do coração, a CONFIRMAÇÃO, obtida com a Voz ouvida logo após o mergulho, completando assim os mistérios menores. E recebera bem a "prova" do terceiro grau, as "tentações", vencendoas em tempo curto e de maneira brilhante. Nem mesmo necessitara propriamente de uma metánoia

("modificação mental" ou, como prefere H. Rohden, "transmentação"): sua mente já estava firmada no Bem havia milênios; submeteu-se às provas por espontânea vontade (tal como ocorrera com o" mergulho" diante do Batista, MT 3:14-15), para exemplificar, deixando-nos o modelo vivo, que temos que seguir.


Superadas, pois, as tentações (3. ° grau) - e portanto vencida e domada totalmente a personagem transitória com sua ignorância divisionista, transbordante de egoísmo, vaidade e ambição - podia pretender o ingresso no 4. ° grau iniciático, nos mistérios maiores.


A cerimônia, realizada diante da Força Divina, conscientemente sentida dentro de cada um, mas também transcendente em a Natureza, dividia-se em duas partes.


A primeira partia do candidato (termo que significa "vestido de branco"; cfr. Marcos: "branco qual nenhum lavandeiro na Terra é capaz de alvejar"); consistia na "Ação de Graças" (em grego eucharist ía). O homem eleva suas vibrações ao máximo que lhe é possível, a fim de, sintonizando com Deus, agradecer o suprimento de Força (dynamis) e de Energia (érgon) que recebeu. Com isso, seu Espírito caminha ao encontro do Pai.


A essa Ação de Graças comparecem os "padrinhos" do novo ser que "inicia" a estrada longa e árdua do adeptado: dois "iniciados maiores", que se responsabilizam por ele, tornando-se fiadores de que realmente ele é digno de receber a Luz o Alto, e de que está APTO ao passo de suma gravidade que pretende dar. Ninguém melhor que Moisés e Elias para apresentar-se fiadores da pureza e santidade de YHWH, diante da Grande Ordem Mística e de seu Chefe, o Rei da Justiça e da Paz, MELQUISEDEC!


E lá estão eles, revestidos de luz, embora suas luzes fossem ainda inferiores às daquele que, para eles, fora "o seu Deus"!


Nesse encontro magnífico, o entretenimento permanecia na mesma elevação espiritual, e os assuntos tratados referiam-se exatamente aos passos seguintes: o quinto e as dores e a paixão indispensáveis para o sexto; conversavam a respeito da próxima "saída" que, dentro em pouco, se realizaria em Jerusalém.


Nesse alto nível de frequências vibratórias, puramente espirituais, em que o candidato aceita, de pleno grado e com alegria, tudo o que os "padrinhos" lhe apresentam como necessário à promoção, aguardava-se a aprovação do Alto, a poderosa manifestação (em grego epiphanía) que devia chegar do VERBO, através da palavra autorizada do Hierofante Máximo, declarando o candidato aceito no quarto grau, que lhe garantia o título oficial de "Iniciado". E Melquisedec mais uma vez faz soar SUA VOZ: "este é meu Filho, o Amado". Através do Sumo Sacerdote do Deus Altíssimo (HB 7:1) soava o SOM divino, e ao mesmo tempo vinha a autorização plena e total, para que pudesse ENSINAR os grandes mistérios àqueles que deles fossem dignos: OUVI-O!


Os três discípulos que ali haviam sido convocados testemunharam espiritualmente a cerimônia porque, em existências precedentes, já haviam passado por esse grau, embora em nível inferior, e estavam, agora, repetindo mais uma vez os sete passos, num nível mais elevado. Explicamo-nos: Realmente sabemos haver diversos planos em cada estágio evolutivo. No estágio hominal (como em tudo neste planeta), os planos são estruturados em setenários. Então, cada ser terá que submeter-se aos sete passos iniciáticos em cada um dos sete planos. O Homem atingirá o grau definitivo de "iluminado" após os três primeiros cursos de iniciação em três vidas diferentes, embora, talvez não sucessivas.


Ao completar o quarto curso, terá então o título definitivo de "iniciado", quando já se firmou na estrada certa. Depois do quinto curso, poderá receber o grau de "adepto". Após o sexto curso merecerá o mestrado supremo, será o "Hierofante". Só após o sétimo e último curso, será legitimamente chamado "O CRISTO". E foi isso que precisamente ocorreu com Jesus que, de direito, foi e é denominado Jesus, O CRISTO!


Só alguém que tenha um grau maior ou igual, poderá conceder a uma criatura os títulos legítimos.


Por isso, na Terra, só o Rei da Justiça e da Paz, o CRISTO MELQUISEDEC, poderia ter conferido a Jesus essa prerrogativa. E por essa razão foi escrito que Jesus, "sacerdote da Ordem de Melquisedec" (HB 5:6), "entrou, como precursor, por nós, quando se tornou Sumo Sacerdote, para sempre, da Ordem de Melquisedec" (HB 6:20).


Enquanto Jesus conquistava o quarto grau do sétimo plano, os três discípulos presentes eram recebidos e confirmados no mesmo quarto grau, mas de um plano inferior, que ousamos sugerir se tratava do quarto plano, pois se estavam preparando para o grau de "Iniciados", que realmente demonstraram ser, pelo futuro de suas vidas físicas, naquela encarnação.


Olhando-se as coisas sob esta realidade que acabamos de expor, é que verificamos quanta ilusão anda pelo mundo, no coração daqueles que se intitulam "iniciados" logo nos primeiros passos do caminho do Espírito; e sobretudo daqueles que julgam poder comprar uma palavra mágica que os torna instantânea e milagrosamente "iniciados" da noite para o dia...


Mas olhemos, agora o texto sob outro prisma. Estudemo-lo em sua interpretação mística do mundo mental, dentro do coração, na conquista do "reino dos céus".


Observemos que Jesus (a Individualidade) toma consigo PEDRO (a emoção, o corpo astral); TIAGO (corruptela portuguesa de Jacó - veja vol. 2 - com o sentido "o que suplanta", e que representa aqui o intelecto, que suplanta toda a animalidade, quando se desenvolve no plano hominal) e JOÃO (o intelecto já iluminado, cujo nome exprime "o dom de Deus" ou "a graça divina", cfr. vol. 1).


Por aí se compreende a razão da escolha. Qualquer passo que pretenda ser sério e construtivo espiritualmente, na individualidade, tem que contar, na personalidade, com esses três fundamentos: as emoções, o intelecto que suplantou a animalidade e o intelecto já iluminado pela intuição; por isso os evangelistas nos mostram Jesus a chamar, nos casos mais importantes, os três nomes-chaves: Pedro, Tiago e João.


Outra observação importante é o termo empregado por Mateus e Marcos (Lucas emprega anébê, "subiu) e que nos elucida com exatidão: anaphérei, ou seja, ELEVOU-OS. Com isso percebemos que houve uma elevação de vibrações, e bastante forte: ao monte alto (Mateus e Marcos). Lógico que não era preciso dar o nome do monte: foi ao Espírito, à mente, ao coração, que Jesus os "elevou", que a individualidade fez ascender a personalidade, subindo com Ela. E não deixa de salientar: "à parte", sozinhos, deixando na planície, ao sopé do monte, os demais discípulos, ou seja, os veículos inferiores.


Lucas, bem avisado, anota que os discípulos ficaram "oprimidos pelo sono" (hêsan bebaryménoi hypn ôi). No entanto, pode acrescentar que, apesar disso, se conservavam "plenamente despertos", isto é, numa superconsciência espiritual ativíssima, fora do corpo físico (desdobrados).


Passados os veículos superiores para o plano mental (mergulhados no coração), puderem observar aquilo que todos os grandes místicos atestaram sem discrepância, no oriente e no ocidente, em qualquer época: a percepção de uma luz intensíssima, que só poderia ser comparada, como o foi, ao SOL e à própria LUZ. Estavam os veículos em contato com o Eu Interno, com o CRISTO, com o Espírito em todo o seu resplendor relampejante: Deus é LUZ: mergulhar em Deus é mergulhar na LUZ.


Aí, nessa fulguração supernatural, observaram os três planos da individualidade, a tríade superior: a Centelha divina do Sol imortal, a partícula da Luz Incriada, representada por Jesus, pelo Cristo Cósmico mergulhado no ser; viram a Mente Criadora, que eles personalizaram em Moisés, criador da legislação para a personalidade; e o Espírito Individualizado, que o participante da experiência mística representa por Elias (cujo nome significa "Deus é meu Senhor"); Elias é o Espírito mais típico em sua ação espiritual, no Antigo Testamento. Aparece repentinamente nos livros históricos, sem filiação nem tradição, e também faz sua partida estranhamente num carro de fogo, como se se tratasse de alguém que não nasceu nem morreu ou que aqui tivesse vindo e ido proveniente de outro planeta. Tal como o Espírito imortal que, proveniente de uma individualização do Pensamento Universal, não conhece seu princípio nem jamais finalizará sua ascensão.


Aí temos, portanto, mais um exemplo vivo e palpitante, mais uma lição maravilhosamente exposta na prática, de um dos processos da unificação da personagem humana, em sua parte mais elevada, com a individualidade divina. A personagem descobre, nesse Encontro acima dos planos comuns, no nível altíssimo (alto monte) do mental, que seu verdadeiro EU tem três aspectos distintos, embora constituam um só princípio: 1. º o Cristo Cósmico, a Partícula divina; 2. º a Mente criadora (nóus) simbolizada em Moisés; 3. º o Espírito individualizado, do qual Elias serviu de símbolo. Esses três aspectos reúnemse numa única individualidade, com o sagrado nome de JESUS.


Daí a metamorfose que eles dizem que Jesus sofreu "no rosto": não era mais aquele Jesus do corpo físico, mas sim o JESUS-INDIVIDUALlDADE, ali observado nas três faces: Jesus o CRISTO, Moisés a Mente, Elias o Espírito.


O episódio da "transfiguração" torna-se, por tudo isso, um dos pilares fundamentais da mística cristã, uma das provas basilares da realidade do mundo espiritual que somos nós, esse microcosmo que é a redução finita de um macrocosmo infinito, incompreensível ao nosso intelecto personalístico; esse minuto-segundo, ponto físico euclidiano, que é uma projeção descritiva da eternidade, inconcebível ao nosso cérebro físico.


Lição perfeita em sua execução, revestida de impecável didática para quem olha e vê.


Dos veículos presentes ao excelso acontecimento, só as emoções se descontrolam. A parte puramente hominal do intelecto e a parte super-hominal do intelecto-iluminado, receberam a lição e silenciaram respeitosamente, absorvendo o ensino (o Lógos) e transmudando-se no Homem Novo que ali surge, no Super-Homem que naquele instante nasce para a Vida imanente. Mas as emoções se comovem profundamente, a ponto de não saber o que fazer: e nessa comoção, agitando-se, fazem o cenário desaparecer, diluem a visão, embora propondo permanecer indefinidamente nesse estado samádico, nesse êxtase supremo. Mas de qualquer forma, foi exteriorizado um "desejo"; mesmo sendo sublime, mesmo revelando a decisão de anular-se para permanecer naquela vibração puríssima, a emoção revolveu as águas cristalinas que espelhavam o céu na terra, e a descida foi perturbadora. Os veículos se aterrorizaram na queda de vibrações e caíram "prostrados com o rosto por terra", sem mais coragem de fitar a amplidão infinita.


Após essa revelação magnífica, tudo começa a voltar à normalidade, descendo os veículos espirituais ao corpo denso, e nele mergulhando como alguém que ao descer de um céu límpido e diáfano, penetrasse numa nuvem grosseira de materialidade. A "nuvem" da matéria toca-lhes a visão divina embaçalhes os olhos espirituais, diminui-lhes a agudeza perceptiva da superconsciência.


Surge ainda, no entanto, a afirmação espiritual do Verbo (Som, Pai), proclamando a individualidade, o Espírito individualizado, o CRISTO, como o Filho Amado, "que lhe proporciona alegria": é a declaração de Amor do Amante ao Amado, na união profunda de dois-em-um, no amplexo sublime do Esponsalício Místico. Nada mais natural que traduzir por palavras o ímpeto amoroso do Amante, porque o Amante é exatamente A PALAVRA, o VERBO, o LOGOS, o SOM Incriado, que tudo cria, sustenta e conserva com seu Amor-Ação Ativo e criador de PAI, permanentemente em função fecundadora. E, sendo PAI, nada mais natural que declarar que o Cristo-é "MEU FILHO". Também é óbvio que aconselhe aos veículos todos que O ouçam, seguindo-Lhe os ensinos e as inspirações.


Ao sentirem o impacto do natural peso mundo das células, ao penetrarem no mundo das formas, os veículos se oprimem, se amedrontam, e caem em quase desânimo, tristeza e saudade.


Mais uma vez a individualidade "tocando-os", fá-los levantar-se para reanimá-los aos embates físicos.


E eles vêem "apenas Jesus", apenas a individualidade despida da glória, em seu aspecto mais comum.


Não deixa esta, todavia, ao "descer do monte", ou seja, ao penetrar novamente na personagem terrena, de recomendar que silenciem o acontecimento. Os que realmente se amam, a ninguém revelam seus íntimos contatos amorosos: é o segredo da câmara nupcial que se leva ao túmulo. Assim, a personalidade deverá manter secretos esses encontros místicos, essas experiências indizíveis (2. ª Cor.


12:4). Sobretudo àqueles que não tiveram a experiência, aos que vivem NA personagem apenas, nada deverá jamais ser revelado: só poderá tratar-se desses raptos, desse Mergulho, com aqueles que já os VIVERAM, isto é, só quando o FILHO do Homem (ou o Super-Homem) tiver sido levantado da morte, do sepulcro da personagem física terrena, e definitivamente ingressado no "reino dos céus", só então será lícito condividir as experiências sublimes da unificação com o Cristo-Deus.


Mais uma prova de que se tratava realmente de um rito iniciático dos mistérios, é o silêncio imposto, o segredo que Jesus exige dos que a ele assistiram. Todas as cerimônias dos mistérios eram secretíssimas e ouvidos profanos delas não podiam ouvir falar. Nenhum dos escritores antigos que a elas assistiu as reproduz em suas obras. Mais tarde, depois que todos os passos fossem dados, poderia o fato ser divulgado, mas apenas como "um episódio" ocorrido no mundo físico, e não como o acesso a um grau iniciático, não como a conquista de um nível espiritual superior na escala dos Mistérios divinos.


Essa interpretação só poderia vir à luz no fim do ciclo zodiacal de Pisces (trevas), no alvorecer do signo do Aquário, quando tudo o que é oculto virá à luz, e os segredos celestiais jorrarão torrencialmente do Alto, para dessedentar os sequiosos de Espírito.


* * *

A "transfiguração" de Jesus é classificada com o termo metamorfose, típica dos mistérios iniciáticos gregos, fundamento da Mitologia. Muitas dessas metamorfoses são narradas pelos escritores iniciados nesses mistérios. Se os profanos pensam que são reais, enganam-se: são simbólicas da passagem de um estado a outro, ou de um estágio ao seguinte. Apuleio, por exemplo, simboliza e mergulho de Lúcius na matéria densa (encarnação), imaginando sua metamorfose num asno. As peripécias do animal são as ocorrências normais da vida humana na Terra. No fim, a iniciação nos mistérios de Ísis o faz voltar, muito mais experiente, à vida hominal, dedicando-se totalmente ao Espírito.


A metamorfose de Jesus, porém, foi de outro tipo: passou da carne ao Espírito, desintegrando momentaneamente a matéria em energia luminosa, embora ainda conservasse as características hominais da conformação externa, mas muito mais belas, por serem Energia Espiritual Radiante e Puríssima.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Deuteronômio Capítulo 4 do versículo 1 até o 49
Tg E. EXORTAÇÃO FINAL, 4:1-40

Tendo concluído a revisão histórica, Moisés passa a fazer sua exortação final. Esta também está entremeada de apelos às experiências do passado da nação para dar força à substância do apelo.

1. O Privilégio da Revelação de Israel (4:1-8)

Moisés começa a peroração estendendo-se sobre o grande privilégio de Israel ser o recebedor da revelação divina. Esta revelação requer resposta prática. Tem de ser aten-dida e traduzida em obediência ativa: Ouve (1). Certos estudiosos não fazem distinção entre estatutos (chuqqim) e juízos (mishpatim). Outros consideram que estatutos são revelações de validade permanente (choq significa "esculpido ou inscrito") e sancionadas por Deus e pela consciência. Por outro lado, juízos são regras de lei "formuladas por autoridade ou estabelecidas por costume antigo, pelas quais o juiz (mishpat) deve se guiar em certos casos específicos"» De acordo com a tradição judaica, estatutos são os preceitos, a razão da observância negativa que inculca disciplina e obediência — por exemplo, as leis dietéticas (cf. 14:3-20)." Mandamentos (2, mitswoth) é termo mais geral para designar qualquer coisa que seja mandada por Deus, incluindo regulamentos temporários como a colheita do maná (Êx 16:28).

Nada deve ser acrescentado ou tirado da lei de Deus (2). A idéia principal é que não deve haver tentativas de perverter o significado claro da lei divinamente dada. Jesus acusou os fariseus de invalidar a palavra de Deus pela tradição que eles mesmos inven-tavam e transmitiam (Mc 7:13). A lei deve ser reverentemente preservada e igualmente observada. Guardar a palavra de Deus significa vida; desobedecer-lhe significa morte, como testifica o destino daqueles que morreram em conseqüência de sucumbirem às seduções das moabitas para adorar Baal-Peor (3; cf. Nm 25:1-9). Baal quer dizer "se-nhor". Entre as nações em Canaã e circunvizinhanças, cada localidade tinha seu deus ou baal local. A imoralidade fazia parte regular da adoração de Baal, na qual havia ofereci-mentos de sacrifícios de crianças. Baal-Peor era o nome da deidade da cidade de Peor. Bete-Peor (3.29; "casa de Peor") seria o local do seu templo. O verbo vos chegastes (4) denota forte submissão (cf. Atos 11:23).

Observe os termos ensino (1) e ensinado (5). O próprio Deuteronômio é uma exposição das leis dadas, já tendo em vista as novas condições na Terra Prometida. O cumprimento destas leis impressionaria os povos adjacentes com a sabedoria e o entendimento (6) de Israel. De certa forma, quando a igreja cristã leva a sério a Palavra de Deus, o mundo a respeita. O parágrafo se encerra com uma exclamação relativa à grandeza de Israel. Não havia outra nação contemporânea, nem mesmo a maior, cujo deus esteve tão perto como o SENHOR (7) esteve de Israel, perto o bas-tante para ouvir todas as vezes que o chamava. Não havia outra gente (8) que fosse exaltada por leis tão justas.

2. O Perigo da Idolatria (4:9-31)

O grande privilégio da revelação de Deus a Israel trazia consigo uma responsabili-dade especial.

a) A revelação original tem de ser lembrada (4.944). Em Deuteronômio, repetidas vezes Moisés leva a nação de volta à revelação histórica de Deus em Horebe (10). Os principais fatos devem ser firmemente lembrados e ensinados às gerações subseqüentes. Moisés enfatizava sobretudo a ausência de forma que desse base à idolatria. Os israelitas ouviam uma voz (12) que dava os mandamentos e fazia um concerto, apelando à consci-ência e fé, mas não havia semelhança ("forma", NVI; "aparência", ARA) alguma. Moisés foi delegado a lhes ensinar estatutos e juízos (14), para com isso validar a revelação divina dada a um homem escolhido. Mas nada que podia ser visto ou tocado estava visí-vel em Horebe, para que a adoração não fosse materializada e sensualizada e a matéria se exaltasse acima do espírito. Como se deu com Israel, assim ocorre com cristãos; temos de recorrer constantemente à revelação original concedida no Novo Testamento e man-ter nossa fé e serviço puros.

  1. A revelação original não deve ser corrompida com idolatria (4:15-24). Este pará-grafo apresenta várias formas de idolatria. Os israelitas foram advertidos a se manter longe de escultura (16; pesei, "imagem esculpida", cf. ARA). Não deviam copiar figura ou forma. A figura de macho ou de fêmea pode se referir à adulação sexual na adora-ção pagã, na qual os órgãos sexuais eram adorados com ritos obscenos. Eram os egípcios e outras nações que adoravam animais, pássaros, insetos, répteis e peixe (17,18).

O versículo 19 proibia Israel de adorar o sol, a lua ou as estrelas, que eram influência dominante na religião babilônica. Qual é o significado de: Àqueles que o SENHOR, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus (19) ? Certos expositores julgam que significa que esta forma de adoração era permitida por Deus para as nações que não tinham a revelação especial de Israel como estágio para a verdadeira adoração (cf. Act 14:16-17; 17.30). Mas para os israelitas, inclinar-se a esses elementos significava apostasia e repúdio ao concerto do SENHOR (23) que os liber-tara. Do forno de ferro (20) é metáfora para designar aflição severa (cf. 1 Rs 8.51; Is 48:10; Jr 11:4). Um fogo que consome, um Deus zeloso (24), indica o amor ardente que não tolera rivais e destrói tudo que seja contrário à natureza divina. Moisés se refere de novo à raiva que o Senhor teve do patriarca, excluindo-o da Terra Prometida (21,22). O propósito era avisar o povo que não se deve brincar com Deus e exortá-los a não se esquecerem do concerto, quando Moisés já não estivesse com eles para fazer cumprir suas reivindicações.

  1. Deus tratará de Israel com base na revelação original (4:25-31). Se os israelitas menosprezarem a revelação singular dada por Deus, Ele os castigará; mas caso se arre-penderem e se voltarem a Ele segundo as condições do concerto, Ele os restabelecerá.

Moisés previu o risco de as gerações futuras se esquecerem do concerto. Quanto mais nos afastamos dos dias do concerto original, maior o perigo de decadência espiritu-al, a não ser que o concerto seja renovado em novos enchimentos do Espírito.'0 envelhe-cimento, idéia contida na palavra hebraica traduzida por vos envelhecerdes (25), pode ocorrer até a quem entra na Canaã da santidade de coração. Pelo fato de o concerto não ser renovado, nossa experiência envelhece e perdemos a herança.

Moisés toma o céu e a terra... por testemunhas (26). Ou se tratava de um apelo a testemunhas celestes e humanas ou de apelo poético aos fenômenos fixos da natureza que sobrevivem ao envelhecimento das gerações dos homens. Ele afirma que julgamento inevitavelmente ocorrerá a toda forma de idolatria transgressora do concerto. Haverá reversão completa das bênçãos da observância fiel: os israelitas serão desapropriados da terra prometida, e seu número (27) diminuirá. Novamente estarão em escravidão a nações idólatras e, ao servi-las, serão escravos dos seus deuses artificiais, cegos, mudos e inanimados.

Mas o Deus que é um fogo consumidor também é um Deus misericordioso, que não se esquece do concerto (31). No exílio, Ele ouvirá o clamor dos seus se o buscarem de todo o... coração e de toda a... alma (29), voltarem-se a Ele e obedecerem-lhe a voz (30).

Moisés, como "o primeiro e o maior profeta da longa sucessão de profetas",' revelou este insight sobre o caráter de Deus e a fragilidade do povo para que estabelecesse o padrão dos acontecimentos futuros. Ao lado disto, como outro dos profetas, ele teve indubitavelmente visões extáticas do futuro.

3. O Privilégio de Ser o Eleito de Deus (4:32-40)

O discurso de Moisés atinge agora um clímax magnífico neste parágrafo.

  1. Um privilégio único (4:32-34). Estes versículos estão na forma de perguntas retóricas. Moisés convida o tempo (
    - 32a) e o espaço (32b), a história e a geografia, para fornecer outro exemplo de nação que tenha a experiência de Deus como Israel teve. Nenhuma outra nação tinha ouvido Deus falar do meio do fogo (33) e sobreviver. Nenhum outro deus tinha sepa-rado para si um povo do domínio de outro povo (34) maior. Há estudiosos que afirmam que as provas se refiram a Faraó, ao passo que outros dizem que são os testes aos quais Deus submeteu Israel. Provavelmente ambos os pontos de vista estão certos. Sinais são atos significativos; milagres ("maravilhas", NVI), ações sobrenaturais; peleja, a ruína do exército egípcio no mar Vermelho. Mão forte ("mão poderosa", ARA) e braço estendido ("braço forte", NVI) representam a onipotência divina em ação. Grandes espantos são demonstrações terríveis do poder divino. A redenção de Israel estava fundamentada na história, e a nossa também está, na cruz e na ressurreição. Das três palavras gregas usa-das no Novo Testamento para aludir a milagres, duas são encontradas aqui na Septuaginta: semeion, "sinal", e teras, "milagre". A terceira é dynamis, "obra de poder" (cf. Hb 2:4).
  2. O propósito do privilégio (4:35-38). Deus escolheu os israelitas porque amava seus pais (37). Foi uma eleição baseada no amor e graça divinos; mas não devemos menospre-zar a atitude de fé e obediência por parte dos patriarcas, notavelmente por Abraão. Porque amou, Deus deu a Israel seu poder e sua presença (cf. Êx 33:14-15). E seu propósito em tudo era que, primeiramente, soubessem que o SENHOR é Deus; nenhum outro há, senão ele (35). Davies declara que os versículos 35:39 "ensinam o monoteísmo absolu-to".' Em segundo lugar, que fossem ensinados (ou disciplinados, cf NVI) nos caminhos divinos (36) ; e, em terceiro, para que ele os estabelecesse na Terra Prometida (37,38).
  3. A obrigação do privilégio (4.39,40). Os israelitas não eram os favoritos mimados de um Deus indulgente. Tal concepção é um insulto ao caráter divino. Ser o povo eleito de Deus trazia consigo a obrigação de honrá-lo no coração (39) como supremo e guardar os seus estatutos (40). Só assim as coisas lhes iriam bem. Há uma verdade vital na ênfase deuteronômica. No final das contas, somos guardados ao guardar a Palavra de Deus ou quebrados ao quebrá-la.

F. A DESIGNAÇÃO DAS CIDADES DE REFÚGIO, 4:41-43

Pelo visto, esta ação foi empreendida entre o primeiro e o segundo discurso. O relato talvez tenha sido escrito por Moisés ou tenha qualidade de nota editorial. Quanto à finali-dade das cidades de refúgio, ver comentários em Dt 19:13 e também em Números 35:6-11-34.

É impossível localizar estas três cidades com certeza. Pensamos que Bezer (43) ficava exatamente a leste do lugar do discurso no território de Rúben. Consideramos que Ramote é o mesmo que Ramote-Gileade. Porém, ficava no território de Manassés e não em Gade. Julgamos que Golã se situava no norte do território de Manassés. Todas as cidades foram escolhidas por serem de fácil acesso para a maioria da população, a fim de que o assassino não intencional tivesse a chance de declarar sua inocência. Daquém do Jordão (41) é referência clara à margem leste do rio Jordão (cf.comentários em 1.1).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Deuteronômio Capítulo 4 do versículo 1 até o 49
*

4:2

Nada acrescentareis à palavra. A palavra de Deus a Moisés devia ser tratada como sagrada e mantida inviolável (12.32). Ver uma exigência similar em Ap 22:18,19, mui possivelmente modelada segundo esta proibição no livro de Deuteronômio.

* 4:3

Baal-Peor. Uma temível advertência. A referência é a Nm 25, que detalha a idolatria em Baal-Peor, que Deus julgou tirando a vida de 24.000 pessoas.

* 4:6

perante os olhos dos povos. A fidelidade de Israel seria um testemunho, diante do mundo, de que Deus estava próximo de seu povo, e que as suas leis eram justas.

* 4:9

e as farás saber a teus filhos. Deuteronômio salienta a responsabilidade pactual dos pais para com seus filhos (6.7; 11.19). Essa preocupação da aliança com os filhos continua no Novo Testamento (Mt 19:14, nota; At 2:39).

* 4:10

Não te esqueças do dia. Uma referência à grande teofania (a auto-revelação visível de Deus) no monte Sinai, registrada em Êx 19:9—20.19. Foi uma experiência inesquecível.

* 4:13

os dez mandamentos. Esse título também é usado em Dt 10:4 e Êx 34:28. Os protestantes geralmente os dividem em quatro mandamentos que tratam do nosso relacionamento com Deus, e com seis que tratam do relacionamento com o próximo. Os católicos-romanos unem o primeiro e o segundo mandamentos e dividem o décimo, do que resulta uma divisão em três e sete mandamentos. O mandamento relativo ao sábado é crucial: diz respeito a Deus e também visa o benefício tanto dos homens quanto dos animais (Mc 2:27); os três primeiros mandamentos dizem respeito exclusivamente a Deus, e os últimos seis dizem respeito ao relacionamento entre os seres humanos.

* 4:15

aparência nenhuma vistes. Deus é Espírito transcendente (Jo 4:24), o que exclui toda representação idólatra de Deus sob a forma de objetos animados (vs. 16-18), bem como qualquer adoração da ordem criada (v. 19).

* 4:20

fornalha de ferro. Um quentíssimo forno, usado para fundir o ferro, uma vívida metáfora para um lugar de grande sofrimento (8.9, nota).

* 4:21

o SENHOR se indignou contra mim. Ver Dt 1:37; 3:26; Nm 20:12.

* 4:24

é Deus zeloso. Ver a nota em Êx 20:5.

* 4.25-29

Aqui, de forma breve, acha-se uma advertência incorporada nas maldições de 28:15-68. Mas aqui também temos uma promessa feita aos arrependidos.

* 4:27

O SENHOR vos espalhará entre os povos. Tais passagens têm sido entendidas por alguns como indicação de que o livro de Deuteronômio não foi escrito por Moisés, mas por alguém do século VI a.C., durante o exílio dos judeus na Babilônia. Contudo, esta advertência é geral, e não há menção ao cativeiro na Babilônia, ou às condições desse período posterior.

* 4:30

nos últimos dias. Esta expressão, repetida em Dt 31:29, refere-se a qualquer tempo futuro em geral de apostasia e renovação (conforme Nm 24:14).

* 4:31

é Deus misericordioso. Essa descrição pode aludir ao nome de Deus, dado em Êx 34:6 ("o SENHOR Deus, misericordioso"). O tema do amor de Deus pelo seu povo é destacado em Deuteronômio (7.7-9,13 10:15-18; 23.5; 33.3), antecipando a revelação mais completa do amor de Deus nas páginas do Novo Testamento (Jo 3:16; Rm 5:8; Ef 2:4,5; 1Jo 3:1).

aliança que jurou a teus pais. Ver Dt 1:8.

* 4:32

o dia em que Deus criou o homem. Exceto pela narrativa da criação nos primeiros capítulos do livro de Gênesis, esta é a única menção da criação do homem no Pentateuco.

* 4:34

no Egito. Uma referência ao livramento da servidão no Egito, um tema repetidamente mencionado no livro de Deuteronômio.

* 4:37

ele mesmo presente. Ver Êx 33:14.

* 4.41-43

Esta seção parentética, em estilo de narrativa, assinala o final do primeiro grande discurso de Moisés. Moisés deu nomes às cidades de refúgio na Transjordânia. O princípio para se ter cidades de refúgio foi apresentado em Êx 21:13; que deveria haver seis dessas cidades foi declarado em Nm 35:6. Esta seção cita as três cidades de refúgio da Transjordânia, enquanto que Dt 19:1-13 especifica que três deveriam ser designadas para a própria terra de Canaã. Finalmente, todas as seis cidades aparecem em Js 20:7,8. Esse desdobramento progressivo é coerente com a autoria mosaica, servindo também de indicação de que o livro de Deuteronômio não foi escrito após a conquista da terra de Canaã.

4.44—11.32

Neste seu segundo discurso (bem como na seção que se segue, caps. 12—26), Moisés expõe o modo de vida segundo a aliança. A exposição enfoca o amor do Senhor, um amor que resulta na obediência e na consagração, conforme é exemplificado entre os levitas que foram separados para servir ao Senhor. O sermão termina com uma previsão da solene declaração das obrigações pactuais, elaboradas nos caps. 27—30.

* 4:45

os testemunhos... estatutos... juízos. Note o uso da linguagem pactual. Esta porção do livro de Deuteronômio, com sua lista de requisitos da aliança, assemelha-se especialmente às condições dos pactos antigos, especialmente aqueles do segundo milênio a.C. (Introdução: Data e Ocasião).

* 4.48

monte Siom. Esse monte não deve ser confundido com o monte Sião, em Jerusalém. O nome "Siom" não é mencionado em qualquer outro lugar; pode ter sido uma cópia equivocada de "Siriom", um termo semelhante (e nome alternativo para o monte Hermom; Dt 3:9), encontrado na tradução siríaca deste versículo (referência lateral).

* 4:49

pelas faldas de Pisga. Ver uma descrição similar dessa área, em Dt 3:17.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Deuteronômio Capítulo 4 do versículo 1 até o 49
4:2 O que quer dizer acrescentando ou diminuir aos mandamentos de Deus? Estas leis eram a Palavra de Deus e portanto estavam completas. Como poderia qualquer ser humano, com uma visão e um conhecimento limitados, alterar as leis perfeitas de Deus? Acrescentar algo às leis as converteria em uma carga, as diminuir as deixaria incompletas. Assim que as leis deviam permanecer inalteráveis. Pretender fazer mudanças à lei de Deus é assumir uma posição de autoridade sobre Deus, que deu as leis (Mt 5:17-19; Mt 15:3-9; Ap 22:18-19). Os líderes religiosos nos tempos de Cristo fizeram exatamente isso; elevaram suas próprias leis ao mesmo nível das de Deus. Jesus os repreendeu por isso (Mt 23:1-4).

4:8 Serão ainda aplicáveis aos cristãos de hoje as leis que Deus deu aos israelitas? As leis de Deus estão desenhadas para guiar a qualquer pessoa a uma vida saudável, reta e dedicada a Deus. Seu propósito era assinalar o pecado (ou pecado potencial) e assinalar a forma adequada de enfrentá-lo. Os Dez Mandamentos, o fundamental da lei de Deus, são tão aplicáveis hoje como o foram três mil anos atrás porque proclamam um estilo de vida que Deus respalda. São a expressão perfeita de quem é Deus e como quer O que a gente viva.

Mas Deus deu outras leis além dos Dez Mandamentos. São estas igual de importantes? Deus nunca ditou uma lei que não tivesse um propósito. Entretanto, muitas das leis que lemos no Pentateuco estavam dirigidas especialmente às pessoas dessa época e dessa cultura. Embora uma lei em particular pode não ser aplicável a nós, sim o é a verdade eterna e o princípio que a respalda.

Por exemplo, os cristãos não praticam sacrifícios de animais na adoração. Entretanto, os princípios que os fundamentavam -perdão do pecado e gratidão a Deus- aplicam-se ainda. Os sacrifícios apontam ao sacrifício supremo que Jesucristo fez por nós. O Novo Testamento diz que com a morte e a ressurreição do Jesucristo se cumpriram as leis do Antigo Testamento. Isto significa que enquanto as leis do Antigo Testamento nos ajudam a reconhecer nossos pecados e a corrigir nossa maldade, é Jesucristo quem tira nossos pecados. Jesus é agora nosso exemplo máximo porque obedeceu perfeitamente a lei e modeló sua intenção verdadeira.

4:9 Moisés queria assegurar-se de que o povo não esqueceria tudo o que tinha visto fazer a Deus, assim insistiu aos pais a que ensinassem a seus filhos os grandes milagres de Deus. Isto ajudava aos pais a recordar a fidelidade de Deus e servia para transmitir de uma geração a outra as histórias que narravam os grandes feitos de Deus. É fácil esquecer as formas maravilhosas em que Deus trabalhou na vida de seu povo. Mas você pode recordar os grandes feitos da fidelidade de Deus ao contar a seus filhos, amigos e colegas o que lhe viu fazer.

4:19 Deus não estava desculpando a idolatria das demais nações. Simplesmente estava dizendo que enquanto o julgamento se retardaria para aquelas outras nações, seria rápido e completo para o Israel porque o Israel conhecia as leis de Deus. Devemos recordar que a idolatria não era tão somente ter estátuas na casa: montões inofensivos de argila, madeira e ferro. Era o compromisso com outras qualidades, crenças e práticas malignas que estavam representadas pelos ídolos (tais como assassinato, prostituição, crueldade na guerra, egocentrismo) ou às forças e atributos da humanidade, do reino animal, da ordem das estrelas que eram reverenciadas sem fazer referência a Deus que os tinha criado. Devido a Deus se revelou a si mesmo tão claramente na história do Israel, os israelitas não tinham desculpa para adorar a ninguém mais que ao Deus verdadeiro.

4:24 Deus é fogo consumidor. Já que é moralmente perfeito, aborrece o pecado e não pode aceitar aos que o praticam. O pecado do Moisés lhe impediu de entrar na terra prometida, e nenhum sacrifício pôde evitar esse juízo. O pecado nos impede de entrar na presença de Deus, mas Jesucristo pagou a multa por nosso pecado e com sua morte nos liberou para sempre do julgamento de Deus. Confiar no Jesucristo nos salva da ira de Deus e nos permite começar uma relação pessoal com O.

4:24 O ciúmes demandam afeto e lealdade exclusivos. Alguns ciúmes são maus. É destrutivo que um homem se incomode quando sua mulher fala prazenteiramente com outro homem. Mas há ciúmes que são bons. É correto que um homem exija que sua mulher o trate a ele, e só a ele, como marido. Pelo comum, utilizamos a palavra ciúmes com sua conotação negativa. Mas o zelo de Deus é adequado e bom. O está defendendo sua Palavra e sua alta honra. O nos faz uma exigência forte: solo ao Senhor, e a ninguém mais em todo o universo, devemos tratá-lo como Deus.

4:29 Quer conhecer deus? Deus prometeu a quão israelitas o encontrariam quando o buscassem com toda sua alma e com todo seu coração. A Deus lhe pode conhecer e, O quer que o conheçam, mas temos que querer conhecê-lo. Os atos de serviço e adoração devem estar acompanhados de uma devoção sincera que saia do coração. Como diz Hb 11:6, "é necessário que o que se aproxima de Deus cria que lhe há, e que é galardonador dos que lhe buscam". Deus premiará aos que procuram uma relação com O.

4:32 Quão tentados nos sentimos de olhar a todas partes menos a Deus quanto a guia e condução! Confiamos nos médicos, nos conselheiros financeiros e nos comentaristas de notícias, mas confiamos em Deus? Procure primeiro o conselho de Deus (4.39, 40), e reconheça sua autoridade sobre cada dimensão da vida.

4:40 Tinha o Israel a garantia de prosperidade se obedecia as leis de Deus? Sim, mas temos que ver cuidadosamente o que significava isso. As leis de Deus se desenharam para fazer dessa nação escolhida uma nação saudável, justa e misericordiosa. Quando o povo seguia essas leis, prosperava. Entretanto, isto não quer dizer que não havia enfermidades, nem tristezas nem incompreensões entre eles. Em lugar disso, significa que prosperaram como nação, e que os problemas individuais os dirigiram da maneira mais justa possível. Atualmente a promessa de Deus de prosperidade -sua presença constante, seu consolo e os recursos para viver como devemos- estende-se a todos os crentes. Enfrentaremos provas, Jesus nos assegurou isso. Mas fugiremos da calamidade que é resultado direto do pecado intencional e saberemos que no céu nos espera um grande tesouro.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Deuteronômio Capítulo 4 do versículo 1 até o 49
K. MOISES comandos de obediência (4: 1-8)

1 E agora, ó Israel, ouve os estatutos e até os preceitos que eu vos ensino, para fazê-las; para que vivais, e entreis, e possuí a terra que o Senhor, o Deus de vossos pais, vos Ez 2:1 Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem vós diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando. 3 Os vossos olhos viram o que o Senhor fez por causa de Baal-Peor; para todos os homens que seguiu a Baal-Peor, o Senhor teu Deus consumiu do meio de Jc 4:1 Mas vós, que vos apegastes Senhor vosso Deus estão vivos cada um de vocês neste dia. 5 Eis que eu vos ensinei estatutos e . preceitos, como o Senhor meu Deus me ordenou, para que assim façais no meio da terra que passais a possuir 6 Mantenha, portanto, e fazê-las; para isso é a vossa sabedoria eo vosso entendimento à vista dos povos, que ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Esta grande nação é deveras povo sábio e entendido. 7 Pois que grande nação há que tenha deuses tão perto -lhes, como o Senhor nosso Deus é whensoever que o invocamos? 8 E que grande nação há que tem os estatutos e preceitos tão justos como toda esta lei que hoje ponho diante de vós?

Os direitos e privilégios de Canaã exigiu obediência absoluta. Os israelitas eram para manter as normas e regulamentações que tinham sido enunciados durante a viagem. Moisés enfatizou a importância da fiel dedicação a Deus. Por "Ouve, Israel" entende-se não só para ouvir, mas ouvir atentamente quando o Livro da Lei foi lido para que eles possam traduzir a palavra escrita na vida cotidiana.

As leis de Deus são imutáveis ​​e não devem ser alterados ou abreviados. Os israelitas deviam abster-se de adicionar à lei, porque a lei de Deus era perfeitamente concebido e revelada e qualquer adição seria uma adulteração. Por outro lado, eles não deviam deixar alguma parte da lei não observado. Eles não estavam a omitir o bem que a lei exigia. Scott diz:

Moisés comandos obediência aos estatutos e juízos. Isto irá assegurar a vida, entrada e posse da terra. As leis não são para ser adulterado, no interesse da fraqueza humana. A experiência em Baal-Peor (ou seja, o lugar sagrado para o deus local de Peor) foi um aviso. Aqueles que se virou para paganismo estão mortos; aqueles que decididamente se agarrou a Jeová estão vivos. Se Israel só vai ser obediente, então sua sabedoria será provado e sua religião e moral vai excitar a admiração de nações vizinhas.

Todos os sistemas religiosos do mundo neste momento eram maus, obscena e desmoralizante. Cultos Natureza envolvendo sexo em seu ritual foram predominantes em cada mão. O estado moral e religiosa desta cultura pagã são bem descrito por Paulo (verRom. 1: 18-32 ).

Mesmo as nações do mundo reconheceu que Israel tinha algo único e a desejar. As nações da terra se emprestado de códigos legais, morais e civis de Israel. Se o elemento de mosaico estavam a ser removidos das leis das nações civilizado, de pouco valor permaneceriam.

L. AVISOS contra a idolatria (4: 9-40)

9 Tão-somente guarda-te, e guarda bem a tua alma, que não te esqueças das coisas que os teus olhos viram, e não se apartem do teu coração todos os dias da tua vida; mas torná-los conhecidos a teus filhos e aos filhos de teus filhos; 10 o dia em que tu stoodest perante o Senhor teu Deus em Horebe, quando o Senhor me disse: Ajunta-me este povo, e eu os farei ouvir as minhas palavras, para que possam aprender a temer-me todos os dias que viverem na terra, e que eles podem ensinar os filhos. 11 E viestes e ao pé do monte; eo monte ardia em fogo até o meio do céu, e havia trevas, e nuvens e escuridão. 12 E o Senhor vos falou do meio do fogo; ouvistes o som de palavras, mas não vistes forma alguma; somente ouvistes uma voz. 13 E ele vos anunciou o seu pacto, o qual vos ordenou cumprir, os dez mandamentos; e os escreveu em duas tábuas de pedra. 14 E o Senhor me ordenou ao mesmo tempo que vos ensinasse estatutos e preceitos, para que possais fazer deles na terra qual passais a possuir.

15 Tomai, portanto, bom Guardai-vos; para não vistes forma de forma no dia em que o Senhor vos falou em Horeb, do meio do fogo; 16 para que não vos vós mesmos corruptos, e fazer-lhe uma imagem esculpida na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou mulher , 17 à semelhança de qualquer animal que há na terra, à semelhança de qualquer ave que voa nos céus, 18 à semelhança de qualquer coisa que se arrasta no chão, à semelhança de qualquer peixe que há nas águas debaixo da terra; 19 e para que não te levantando os olhos ao céu, e vendo o sol, a lua e as estrelas, todo o exército dos céus, ó ser levados a adorá-los e atendê-los, o que o Senhor teu Deus atribuído aos todos os povos debaixo de todo o céu. 20 Mas o Senhor vos tomou, e vos tirou da fornalha de ferro, do Egito, a fim de lhe serdes um povo hereditário, como hoje se vê. 21 Além disso Jeová estava com raiva de mim por amor de vós, e jurou que eu não passaria o Jordão, e que eu não deveria ir em até esta boa terra que o Senhor teu Deus te dá por herança: 22 mas eu tenho de morrer nesta terra, não devo ir o Jordão; mas vós o passareis, e possuireis essa boa terra. 23 Guardai-vos de que vos esqueçais do pacto do Senhor vosso Deus, que ele fez com você, e fazer-lhe uma imagem esculpida na forma de qualquer coisa que o Senhor teu Deus thee. proibido 24 Pois o Senhor teu Deus é um fogo devorador, um Deus ciumento.

25 Quando tu gerar filhos, e filhos de filhos, e haveis de ter sido muito tempo na terra, e vos corruptos, e fazer uma imagem de escultura na forma de qualquer coisa, e fará o que é mau aos olhos do Senhor teu Deus, para o provocar à ira; 26 O céu ea terra como testemunhas contra vós o dia, em que vós perecereis depressa a face da terra onde-a vós passar o Jordão, para a possuir; vós não deve prolongar os vossos dias nela, antes sereis de todo destruídos. 27 E o Senhor vos espalhará entre os povos, e ficareis poucos em número entre as nações para onde o Senhor vos conduzirá. 28 E ali servireis deuses que são obra de homens mãos, madeira e pedra, que não vêem, não ouvem, nem comem, nem cheiram. 29 Mas, a partir daí, haveis de procurar o Senhor teu Deus, e tu encontrá-lo, quando tu procurares atrás dele com todo o teu coração e com toda a tua alma. 30 Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, nos últimos dias farás retorno ao Senhor teu Deus, e ouve a sua voz: 31 para o Senhor teu Deus é Deus misericordioso ; ele não te deixará, nem te destruirá, nem se esquecerá da aliança de teus pais que jurou a eles.

32 Para pergunta agora aos tempos passados, que foram antes de ti, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, desde uma extremidade do céu até a outra, se sucedeu jamais tal coisa como esta grande coisa é , ou se jamais se ouviu coisa semelhante? 33 Ou se algum povo ouviu a voz de Deus falando do meio do fogo, como tu a ouviste, e viva? 34 Ou se Deus intentou ir tomar para si uma nação do meio de outra nação, por meio de provas, de sinais, de maravilhas, de peleja, e com mão forte, e por um braço estendido, e com grandes espantos, segundo tudo o que o Senhor vosso Deus vos fez no Egito, diante dos seus olhos ? 35 A ti te foi mostrado para que soubesses que o Senhor é Deus; não há outro além dele. 36 Do céu te fez ouvir a sua voz, para te instruir, e sobre a terra te fez ver seu grande fogo; e ouviste as suas palavras do meio do fogo. 37 E porque amou a teus pais, não somente escolheu a sua descendência depois deles, e te tirou com a sua presença, com a sua grande força, para fora do Egito; 38 para expulsar nações de diante de ti maiores e mais poderosas do que tu, para trazer-te em, para te dar a sua terra por herança, como neste dia. 39 Saiba, pois, hoje, e colocá-lo para o teu coração, que o Senhor é Deus em cima no céu e embaixo na terra; não há nenhum outro lugar. 40 E te manter seus estatutos, e os mandamentos que eu hoje te ordeno, para que te vá bem a ti, ea teus filhos depois de ti, e para que venhas a prolongar os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá, para sempre.

Os filhos de Deus eram para estar constantemente atento a seus interesses finais e eternos. Alma, bem como corpo estava a ser cuidadosamente considerado em sua sobre-todas as atividades. O ritual levítico era para ser um lembrete constante de que eles estavam "povo escolhido" para realizar uma "missão sagrada" para o Senhor. Muito dependia deles, porque na posse da nação israelita foram a recepção, conservação e gravação dos "oráculos sagrados." Eles eram canal humano de Deus através do qual o Messias havia de ser revelado. Diligência espiritual é sempre exigida no interesse da integridade espiritual. Clarke diz:

Não é suficiente para colocar as coisas divinas na memória, devem ser estabelecidas até no coração. "Tua palavra que eu escondido em meu coração", diz Davi, "que eu não pecar contra ti." A vida de Deus na alma do homem sozinho pode preservar a alma para a vida eterna; e esta graça deve ser mantido todos os dias da nossa vida. Quando Adão caiu, sua condição não foi meliorated pela reflexão de que ele tinha sido uma vez no paraíso; nem aproveitar Satanás agora que ele já foi um anjo de luz. Aqueles que deixar a graça de Deus retirasse dos seus corações, perde a graça; e quem perder a graça, a queda da graça; e como alguns têm caído e ressuscitado não mais, por isso, podem os outros; portanto, tomar cuidado de ti mesmo. Se fosse impossível para os homens, finalmente, cair da graça de Deus, exortações desse tipo nunca tinha sido dado, porque teria sido desnecessário, e Deus nunca faz uma coisa desnecessária.

A geração mais velha, agora está morto e os Dt 20:1 ). O anjo (Malak) de Deus ou de Jeová é um modo freqüente de manifestação do próprio Deus em forma humana, para fins especiais. Em muitas passagens, presume-se que Deus e Seu anjo são a mesma pessoa, e os nomes são usados ​​como sinônimos (Gn 16:7 , Gn 22:16 ; Ex 3:2. ; Jz 2:4 ). A identificação do anjo com o Messias e do Logos (Palavra-Cristo) é óbvio e evidente-os últimos termos estar mais definida em sua expressão da revelação de Deus ao homem. Aqui Cristo exerce o cargo de Redentor, em nome da sobre-tudo programa redentor de Deus durante o período do Antigo Testamento.

Professor Sauer está de acordo. Ele ressalta que o "significado espiritual da aliança com Abraão é também a razão, na história da redenção, que o anjo do Senhor vem para a frente." À medida que os pais da igreja já tinha reconhecido, este é ninguém menos do que o Filho de Deus, a Palavra (Jo 1:1 ; Pv 8:22. , Pv 8:23 ), que apareceu mais tarde em Cristo (Jo 1:14 ). Portanto Ele claramente chama a si mesmo de "Deus" (Ex 3:2 ), e é assim chamado (Ex 3:2 , Gn 22:15) e, a partir de agora através do todo Antigo Testamento há executa um orgânica desdobramento desta auto-revelação velada do Filho; do "anjo do Senhor" (Gn 16:7 ; Ex 23:20 ), para o "mensageiro de da aliança "( Ml 3:1 ). Clarke diz:

Contudo Deus escolheu para aparecer ou se manifestar, ele teve o cuidado de nunca assumir qualquer forma descritível. Ele não teria o culto das imagens, porque ele é um espírito, e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade. Essas coisas externas tendem a chamar a mente para fora de si mesmo, e difundi-la em sensata, se não for sensual, objetos; e, assim, o culto espiritual é impedido, e do Espírito Santo entristecido. Pessoas que agem dessa forma podem nunca sabe muito da religião do coração.

Vos tirou da fornalha de ferro (v. Dt 4:20 ). É evidente que os israelitas foram obrigados a fazer o trabalho mais difícil no Egito, que têm a ver com construção de todos os tipos, incluindo escavação, fundição e tarefas associadas em uma fundição.

Jeová estava com raiva de mim (v. Dt 4:21 ). Moisés explica às pessoas que a promessa de Israel serão realizados por Israel como uma nação, mas que ele, como seu líder, não serão autorizados a entrar na terra prometida (ver comentários sobre N1. Dt 20:12 ).Moisés avisa as pessoas que são para manter a aliança do SENHOR e para abster-se de fazer quaisquer imagens esculpidas.

Mesmo que Moisés não chegou a entrar na terra de Canaã, ele foi autorizado a ver a terra de longe e fez perceber que todos os seus esforços não foram em vão. Ele recebeu a garantia de que a aliança entre Israel e Jeová ainda estava em vigor. Uma divina antigo disse certa vez: "Há mais alegria nos lutos penitenciais de um crente do que em toda a alegria de um homem mau."

Pisgah foi o cume da qual os pontos de vista mais inspiradoras da terra prometida poderiam ser obtidos. A seguinte observação poética é significativa:

As molas, ou pourings diante de Pisga, fertilizando a terra, pode sugerir um discurso sobre as alegrias e as diversas vantagens que decorrem perspectivas celestiais. Quanto a vida presente é beneficiado e embelezada por pensamentos e propósitos que fluem de vista para a vida celestial. Todo verdadeiro Pisgah em nossa vida, ou seja, todos os pontos de meditação exaltado, deve ser uma fonte principal de pensamento santo e ação.

O Senhor teu Deus é um fogo devorador (v. Dt 4:24 ). As pessoas são lembrados de que, mesmo que o Senhor os ama e dá-lhes a supervisão providencial, eles serão punidos por desobediência. Deus pode expressar seus desígnios de amor apenas quando o seu povo são obedientes. A lei da obediência se aplica a todas as áreas de conduta e experiência humana. Deus é um Deus ciumento, e Ele não tolera concorrência. Ele é um fogo consumidor e traz julgamento sobre todos os que permitem que suas afeições a ser mal orientado.

Senhor vos espalhará (v. Dt 4:27 ). Uma das sanções que devia ser imposta a Israel por desobediência foi que eles perderiam suas casas e identidade nacional por períodos mais longos ou mais curtos de tempo, dependendo de quanto tempo levou-os a arrepender-se e fazer as pazes com o Senhor. O livro de Juízes dá um exemplo de como esse julgamento efectivamente trabalhadas.

O Senhor teu Deus é um Deus misericordioso (v. Dt 4:31 ). O Deus do céu é rigoroso em suas exigências, embora misericordioso, e "não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2Pe 3:9)

41 Então Moisés separou três cidades além do Jordão, para o nascente; 42 para que o homicida poderia fugir para lá, que mata o seu vizinho de surpresa, e sem odiá-lo no tempo passado; para que, refugiando-se numa destas cidades, vivesse: 43 a saber , Bezer, no deserto, na terra da planície, para os rubenitas; ea Ramote, em Gileade, para os gaditas; ea Golã, em Basã, para os manassitas.

Essas cidades estavam a ser locais de refúgio, onde um homicida poderia obter proteção da lei, até que pudesse ser razoavelmente julgados por seus superiores. Isso deu à proteção do homem que acidentalmente matou alguém, mas que poderiam ser linchado pelos parentes do homem morto.

Se um homem esqueceu de fugir para a cidade de refúgio que ele fez por sua própria conta e risco. Se o vingador do sangue alcançou-o no caminho de seu sangue estava sobre a sua cabeça, porque ele não valer-se da segurança que Deus lhe tinha fornecido.

Se verificou-se que o homicida em questão era inocente de homicídio intencional ou que a morte foi acidental, ele estava livre para seguir o seu caminho, e foi decretado que o vingador do sangue não poderia molestá-lo. Ele foi, no entanto, obrigado a ficar longe de sua própria casa e património, até à morte do sumo sacerdote. Enquanto ele permaneceu na área de proteção da cidade ou subúrbios, ele estava seguro de danos, mas se ele se aventurou por diante, ele retirou-se da prisão preventiva da lei.

N. MOISES AVALIAÇÕES DA LEI (4: 44-49)

44 E esta é a lei que Moisés propôs aos filhos de Israel: 45 estes são os testemunhos, e os estatutos e os preceitos que Moisés falou aos filhos de Israel, quando eles saíram do Egito, 46 além do Jordão , no vale defronte de Bete-Peor, na terra de Siom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom, a quem Moisés e os filhos de Israel feriram, quando eles saíram do Egito. 47 E tomaram a sua terra em possessão e na terra de Og, rei de Basã, os dois reis dos amorreus, que estavam além do Jordão, para o nascente,48 de Aroer, que está à beira do vale do Arnon, até ao monte Sião (o mesmo é Hermon), 49 e toda a Arabá, além do Jordão para o oriente, até o mar da Arabá, pelas faldas de Pisga.

Esta seção é um resumo das conquistas no lado leste do rio Jordão. Manley aponta:

O local e horário do segundo discurso são cuidadosamente definidos. Foi dado à vista de Bete-Peor, que adiciona sabor picante dos seus alertas, e de Pisga (vs. Dt 4:49 ), que lança luz sobre suas promessas. Sion (vs. Dt 4:48) como um nome para Hermon é encontrada somente aqui. A palavra "testemunho" denota uma afirmação solene ou testemunha. Testemunhos de Deus são a declaração de Seu caráter, vontade e propósito, como contida na Sagrada Escritura. Em Ex 25:21 , Ex 25:22 , os dez mandamentos são chamados de "testemunho", e em 2Rs 11:12 nos é dito que Jehoiada entregue "o testemunho" a Jeoás, o que pode ter sido o todo ou parte deste livro de Deuteronômio. "Esta é a lei" provavelmente se refere aos capítulos 5-26 , que são apresentados como um discurso.

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Deuteronômio Capítulo 4 do versículo 1 até o 49
Ele os lembra da glória e da grandeza de Deus (Dt 4:0)

Nessa seção, Moisés leva a nação de volta ao Sinai, onde se revelara a glória e a grandeza do Senhor, e onde a nação estremeceu com a Lei de Deus. O povo corria o risco de esquecer a glória e a grandeza de Deus (veja Dt 4:9,Dt 4:23,Dt 4:31). Moisés sa-lientou três perigos:

  • Esquecer a Palavra (Dt 4:1-5)
  • Que outra nação fora abençoada com a Palavra de Deus? A Palavra do Senhor era a sabedoria e o po-der de Israel. Se os israelitas obede-cessem à sua Palavra, ele os aben-çoaria, e eles possuiríam a terra. Se eles mudassem sua Palavra (v. 2) ou desobedecessem a ela, ele os dis-ciplinaria, e eles perderíam o gozo da terra deles. Quando a Palavra de Deus, a qualquer tempo, torna-se lugar-comum para os filhos do Se-nhor, e estes não a respeitam mais, então eles caminham em direção a problemas sérios.

  • Voltar-se para os ídolos (Dt 4:14-5)
  • Em Dt 4:4,Dt 4:23, Moisés adverte os israelitas: "Guarda-te". Ele os fez lembrar de que não vi-ram imagens de Deus no Sinai e advertiu-os de que não fizessem nenhuma imagem (vv. 15-19; veja Rm 1:21-45). Deus provou ser maior que todos os deuses do Egito; portanto, por que adorar os outros deuses? Deus, em amor, chamou a nação para si. Se eles se voltassem para os ídolos, isso seria adultério espiritual. Nos versículos 25:31, Moisés resume o futuro de Israel: ele se voltaria para os ídolos, seria expulso da terra e espalhado e, em escravidão, servi ria a outros deu-ses. Israel, no cativeiro, aprendería sua lição e abandonaria os ídolos de uma vez por todas.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Deuteronômio Capítulo 4 do versículo 1 até o 49
    Cap. 4 Moisés encerra seu primeiro discurso com uma exortação à obediência (1-40); é feita uma observação sobre a separação das três cidades de refúgio (41 -43); depois vem a introdução ao segundo discurso de Moisés (44-49).
    4.1,2 Estatutos... juízos... mandamentos. Essas palavras, bem como testemunhos (45) descrevem a lei em seus vários aspectos. Veja a nota Dt 26:16-5.

    4.1 Para que vivais. A palavra de Deus, é o "pão da vida" e Suas palavras apontam o caminho da vida eterna, conforme 8.3; Mt 19:17; Jo 6:63.

    4.2 Nada acrescentareis... nem diminuireis. Há uma clara distinção entre a palavra de Deus e a palavra do homem, conforme Mt 5:17-40; Mt 15:6; Ap 22:18, Ap 22:19. Muitas divisões e heresias na cristandade têm se originado daqueles que consideram as tradições humanas ou as chamadas "revelações" verdades divinas. Outras heresias têm surgido daqueles que solapam a revelação bíblica, ao negarem a autoridade e a inspiração divinas (conforme nota sobre 13.2).

    4.5 No meio da terra. A lei visava primariamente a Israel. Seu cerimonial e regulamentos judiciais eram para ser usados por uma nação na terra, até que fosse feita a revelação posterior, quando Cristo viesse. (Conforme nota sobre 5.16).

    4.8 Toda esta lei. A relevância da lei mosaica para o crente pode ser resumida como segue: "Primeiramente", essa lei contém certos elementos transitórios a que não se obrigam os cristãos (4.5n). Em segundo lugar, encerra princípios eternos de santidade, justiça e verdade, incluídos no Decálogo e implícitos em toda a lei, que se impõe a todas as gerações de judeus e cristãos. A estes se refere a frase "está escrito" (Mt 4:10; Mt 5:17; Rm 13:9; 1Pe 1:16). Em terceiro lugar, como,

    parte da Bíblia inspirada, todo o livro foi escrito para nos instruir (Rm 15:4) e é muito "proveitoso" (2Tm 3:16). Finalmente , é sabido que Moisés escreveu acerca de Cristo (Jo 5:46).

    4.9 Farás saber. É uma ênfase repetida, conforme 6.7; 11.19; 24.8; 31.19.

    4.13 Sua aliança. Essa é a primeira das vinte e sete ocorrências desse tema em Deuteronômio. A palavra é aqui usada para indicar o estabelecimento de uma relação, de um vínculo permanente entre os dois lados. Pelo pacto de Horebe, Deus tomou a Israel como Seu povo particular e Israel o tomou como seu Senhor (Êx 19:5, 8), conforme Is 42:0). Deus é espírito (Jo 4:24), e é errado o homem tentar representá-lo materialmente para um auxilio à adoração. Quando o Antigo Testamento se refere a manifestações visíveis de Deus, pode referir-se a um aparecimento do Cristo pré-encarnado. Um estudo cuidadoso de todas as referências do Antigo Testamento ao "anjo do Senhor” parece indicar que assim sucede. Veja-se a nota 2Cr 3:1.

    4.19 O sol, a lua. Já no tempo de Abraão se erguiam grandiosos templos à lua, em Ur. No Egito, em Om (Heliópolis), prestava-se culto ao sol.

    4.20 Povo de herança. Os crentes de hoje também são povo de uma herança (1Pe 1:4), neste caso eterna.

    4.24 Deus zeloso. A palavra hebraica qãnã, tanto pode significar "zeloso", como "ciumento" aliás duas idéias que andam intimamente ligadas. O amor de Deus é muitas vezes comparado ao do marido que se dá sem reservas e que espera em troca um amor incondicional.

    4.27 Vos espalhará entre os povos. Israel é avisado que seriam exilados de sua herança como pena pela idolatria. Conforme nota sobre 28.64.

    4.29 De lá. Não importando onde estiver, nem suas circunstâncias, qualquer um pode encontrar a Deus se realmente O busca de todo o coração (Jo 4:23, Jo 4:24).

    4.31 Aliança... teus pais. Embora Israel viesse a sofrer a pena máxima (27) por violar o pacto mosaico, Deus seria gracioso para com Israel, à base do pacto abraâmico anterior. Conforme 30.20; Lv 26:33, 42; Gn 15. • N. Hom. O emprego de objetos materiais para adorar a Deus:
    1) É incompatível com a natureza espiritual de Deus (15);
    2) Conduz à adoração aos próprios objetos (19);
    3) Pode levara uma vida corrupta (16);
    4) Incorre na ira de Deus (25b-26).

    4.34 Desde os princípios da existência humana, os homens foram desenvolvendo crenças e costumes religiosos, e, já no tempo de Moisés cada tribo e região tinha sua religião local, imutável, já havia séculos. Eram idéias humanas produzidas pelo fato de a própria natureza do universo proclamar muita coisa sobre Seu Criador, Sl 19:1. A idéia de Deus procurar deliberadamente um povo, resgatando-o com amor e poder, era desconhecida aos pagãos.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Deuteronômio Capítulo 4 do versículo 1 até o 49
    II. ESTIPULAÇÕES BÁSICAS DA ALIANÇA (4.1—11.32)

    1) Moisés conclama Israel (4:1-43)
    Nessa seção final do primeiro discurso de Moisés, há paralelos claros com conceitos encontrados em tratados do Oriente Médio. “O autor do tratado é citado (v. 1,2,5,10), há referência aos antecedentes históricos, as estipulações do tratado são mencionadas, Israel é conclamado à obediência, são citadas as sanções do tratado, as bênçãos e maldições, as testemunhas (v. 26), e se registra a obrigação de transmitir o conhecimento do tratado à geração seguinte (v. 10)” (J. A. Thompson). Os pontos principais estão relacionados à importância da Lei (v. 1-8), ao pecado da idolatria (v. 9-24), ao perigo do juízo (v. 25-31) e à bondade de Deus (v. 32-40).
    a) A lei de Deus (4:1-8)
    v. 1. £ agora, ó Israel, ouça\ comparável ao “Portanto” de Rm 12:1 como um elo entre os atos salvíficos de Deus e a reação dos salvos. A ordem de não mudar o que Deus disse (mais um aspecto que lembra os tratados da época) é um tema bíblico recorrente (Mt 23:16-40; Mc 7:9-41; Ap 22:18,Ap 22:19). O desastre de Baal-Peor (v. 3; conforme Nu 25:1-4) mostra as conseqüências da desobediência. Mas está claro com base nos v. 6-8 que, longe de ser algo restritivo ou um peso, a lei de Deus é um sinal do seu amor e um meio de bênção para aqueles que vivem de acordo com ela.

    b) O pecado da idolatria (4:9-24)
    Esses versículos na realidade são um sermão acerca do segundo mandamento. Eles dependem do fato de que no momento supremo da história da salvação no AT (comparável ao Calvário na era da nova aliança), o povo de Deus não viu forma alguma (v. 12,15), mas reconheceu a sua presença por meio da palavra falada exigindo e definindo obediência de acordo com a aliança, v. 9,10. Aqui e nos versículos seguintes, está subentendido que o público de Moisés (aparentemente os filhos da geração do deserto) esteve diante do Senhor, o seu Deus, em Horebe. Isso não é um erro acidental, mas a afirmação da contempo-raneidade da salvação. “Você estava lá quando crucificaram o meu Senhor?”, pergunta a canção, e a fé responde: “Sim”, v. 13. Era muito fácil identificar a aliança com os mandamentos; porém, mais tarde isso levou a uma visão superficial e legalista do relacionamento fundado na aliança. As duas tábuas de pedra talvez tenham sido necessárias em virtude da extensão do conteúdo; mais provavelmente, correspondem às duas cópias que normalmente se faziam de documentos de tratados, v. 16-19. Deus não é somente diferente em essência de tudo que criou; nada e ninguém podem simbolizá-lo de maneira digna. v. 20. fornalha de fundir ferro: tão dura foi a provação, v. 24. Sugere-se que a palavra aqui traduzida por zeloso tenha que ver com um verdadeiro zelo por justiça. Mas Ct 8:6, que também o associa com fogo, sugere uma alusão às exigências fortes e exclusivas do amor santo e altruísta de Deus. v. 25-31. Não há razão para considerar esses versículos como pós-exílicos (nem imediatamente pré-exíli-cos). A derrota seguida de deportação certamente já era um conceito familiar muitos séculos antes. Significativo era que Javé, ao contrário de reis seculares, podia perdoar até mesmo o desprezo de um tratado solene (v. 29-31).

    c)    A bondade de Deus (4:32-40)

    Após uma dissuasão negativa em relação à idolatria, segue um estímulo positivo à obediência e à lealdade. A experiência de salvação que Israel tinha, bem como a experiência da auto-revelação de Deus, eram coisas singulares (v. 32-34). Tendo sua origem no amor de Deus (v. 37), demonstravam a sua grandeza (v. 35) e deviam evocar obediência aos seus mandamentos (v. 40). Esse texto mostra claramente a continuidade essencial entre os dois testamentos, v. 35. A santidade misteriosa da divindade (geralmente não associada com pureza moral no mundo antigo) era considerada uma ameaça à humanidade que entrasse em contato com ela (cf., e.g., Gn 32:30); quanto mais se afrontada com o pecado! A resolução dessa disparidade é outro grande tema bíblico, v. 35,39. A nota monoteísta tocada aqui não implica necessariamente a inexistência de outros poderes espirituais; antes, que não são nada quando comparados com Javé.

    d)    As cidades de refúgio (4:41-43)

    V.comentário Dt 19:1-5. As três cidades mencionadas aqui estão localizadas na Trans-jordânia, de forma que podiam ser destinadas para isso nesse estágio, enquanto as outras foram estabelecidas mais tarde (v. Js 20:0 a 28.68 toma a forma de um segundo discurso proferido por Moisés, seguindo o primeiro de 1.6—4.40.

    v. 44,45. Os quatro sinônimos usados nesses versículos provavelmente têm o propósito de conter a totalidade da Lei. Em princípio (e às vezes na prática), é possível distingui-los: lei (tôrâ) é ensino; mandamentos (‘êdut) são exigidos pela aliança; decretos (hôq) foram registrados por escrito; ordenanças (mispãi) são as decisões de um juiz. v. 48. Siom: v. 3.9 e Sl 29:6; Sião (conforme VA e RV: “Siom”, seguindo o TM) certamente não é a intenção aqui.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Deuteronômio Capítulo 1 do versículo 6 até o 49

    II. Prólogo Histórico: A História da Aliança. 1:6 - 4:49.

    O preâmbulo nos tratados internacionais de suserania era seguido por um resumo histórico do relacionamento entre senhor e vassalo. Era escrito em estilo primeira e segunda pessoa e procurava estabelecer a justificação histórica para o reinado contínuo do senhor. Citavam-se os benefícios alegadamente conferidos pelo Senhor ao vassalo, tendo em vista estabelecer a fidelidade do vassalo no sentido da gratidão complementar e o medo que a identificação imponente do suserano no preâmbulo tinha a intenção de produzir. Quando os tratados eram renovados, o prólogo histórico era atualizado. Todos estes aspectos formais caracterizam Dt. 1:6 - 4:49.

    O prólogo histórico da Aliança do Sinai referia-se ao livramento do Egito (Ex 20:2).


    Moody - Comentários de Deuteronômio Capítulo 4 do versículo 1 até o 49

    Dt 4:1; Dt 6:1; Dt 12:1). Dt 4:1, Dt 4:2, Dt 4:5, Dt 4:10);
    2) referências ao passado relacionamento histórico;
    3) a apresentação da exigência central de pura devoção ao suserano;
    4) apelo às sanções das bênçãos e maldições;
    5) invocação de testemunhas (v. Dt 4:26);
    6) a exigência de transmitir o conhecimento da aliança às gerações subseqüentes (vs. Dt 4:9,Dt 4:10); e
    7) alusão à questão dinástica (vs. Dt 4:21, Dt 4:22). Esta mistura de diversos aspectos de liderança na instituição da aliança encontrados aqui e em todo o livro, explicam-se pela origem do material no livre discurso de despedida de Moisés. Deuteronômio não é um documento preparado em uma repartição pública com desapaixonado apego à forma legal.

    Os versículos 1:8 fazem uma convocação à sabedoria. Os estatutos que Moisés ensinou a Israel foram uma revelação da vontade de Deus (v.

    5).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Deuteronômio Capítulo 4 do versículo 1 até o 40
    b) Exortação à obediência (Dt 4:1-5). Ó Israel, ouve (1). Começa Moisés por chamar a atenção do povo, preparando-o para lhes expor a Lei de Jeová. Cfr. 5.1; 1.1 nota. A insistência para "ouvir" e obedecer a Palavra do Senhor é freqüente em todo o livro. Cfr. Dt 4:30; Dt 8:20; Dt 9:23; Dt 13:4, Dt 13:8; Dt 15:5; Dt 26:14, Dt 26:17; Dt 27:10; Dt 28:1-5, Dt 28:15, Dt 28:45, Dt 28:62; Dt 30:2, Dt 30:8, Dt 30:10, Dt 30:20. Cfr. ainda 1.1 nota. Estatutos (1). A palavra huqqim deriva dum radical que significa "gravar", "esculpir", indicando, portanto, que se trata de regras de conduta permanente, dirigidas ou ao indivíduo ou à consciência da nação. Juízos (1). O termo mishpat exprime uma "decisão" determinada por um juiz (shophet), que profere os juízos ou sentenças (cfr. Dt 1:16-5). São, na realidade, os juízes que superintendem em matéria de leis (Êx 21:1-22.17). A palavra emprega-se quando se trata de atos decisivos de Deus, ao julgar os maus e vingar os inocentes. Por isso "estatutos e juízos" abrangem as leis e os preceitos. Cfr. Dt 12:1-5. O termo "estatutos" sozinho aparece em Dt 4:6; Dt 6:24; Dt 16:12; e com "mandamentos" em Dt 6:17; Dt 10:13; Dt 28:15, Dt 28:45; Dt 30:10. Para que vivais (1). Todas as palavras do Senhor são "pão de vida" (Dt 8:3) que sustentam para a vida eterna. Cfr. Mt 19:17; Jo 6:63.

    >Dt 4:2

    Não acrescentareis (2). Cfr. Dt 12:32. Esta ordem terminante vem frisar a diferença entre a Palavra de Deus e a palavra do homem. É difícil acreditar que o autor destas palavras as tivesse desobedecido. O próprio Cristo não deixou de insistir na mesma distinção (Mt 5:17-40; Mt 15:6), e quando se completaram os oráculos, novos avisos se fizeram ouvir. (Ap 22:18-66). Mandamentos (2). Esta palavra traduz fielmente o termo original hebraico miswah, que abrange todas as prescrições, temporárias ou permanentes, gerais ou particulares. Em Dt 4:13 e Dt 10:4 lemos, no entanto, o vocábulo dabar e não miswah, com o significado de "palavra" portanto podia-se traduzir "as dez palavras".

    >Dt 4:3

    Os vossos olhos têm visto (3). Muitas vezes apela Moisés para a experiência dos seus ouvintes, lembrando-lhes aquilo que viram (Dt 1:19; Dt 3:21; Dt 7:19; Dt 11:7; Dt 29:2-5), ouviram (Dt 4:12; Dt 5:23) e conheceram (Dt 7:15). Cfr. 4.10 nota. Baal-Peor (3). Era a divindade a quem se prestava culto em Bete-Peor (3.29 nota; Nu 25:3). Como vimos, muitos outros deuses (baalins) eram cultuados com ritual ligado à mais ignóbil imoralidade. Cfr. Dn 9:10.

    >Dt 4:5

    Para que assim façais no meio da terra (5). Convém observar que a Lei, embora primariamente destinada a Israel, foi escrita também para o crente cristão. Para Israel, a Lei de Moisés era uma dádiva de Deus para guiar a conduta, orientar o povo, atraí-lo para Si e uni-lo numa nação. Todas as prescrições, quer cerimonias, que judiciais destinavam-se ao povo, como nação, até que com a vinda de Cristo, finalmente, se completasse a revelação. As leis, se bem que em princípio fossem transitórias, não obrigavam de igual modo judeus e cristãos (cfr. Mt 8:4; Lc 11:42; Gl 4:9; Gl 5:1-48; He 9:9-58). Veja a Introdução a Levítico. Esta será a vossa sabedoria e o vosso entendimento (6). Novos incitamentos à obediência. Tão chegados como o Senhor, nosso Deus (7). Este era o maior de todos os privilégios. Cfr. Dt 30:14. Estatutos e juízos tão justos (8). Cfr. 25.1 nota. Rm 7:12, Rm 7:14. Toda esta lei que hoje dou perante vós (8). Estas palavras constituem, por assim dizer, um resumo da maior parte do Deuteronômio (1.5 nota).

    Qual, então, a importância da Lei de Moisés para a leitor cristão? Primeiramente, essa Lei contém certos elementos transitórios, que não obrigam os cristãos. Cfr. 4.5 nota. Em segundo lugar, encerra princípios eternos de santidade, justiça e verdade, incluídos no Decálogo e implícitos em toda a lei, que se impõem a todas as gerações de judeus e cristãos. A estes se refere o Novo Testamento como mandamentos, com a frase "está escrito" (Mt 4:10; Mt 5:17; Rm 13:9; 1Pe 1:16). Em terceiro lugar, como parte da Bíblia inspirada, todo o livro foi escrito para nos instruir (Rm 15:4) e é muito "proveitoso" (2Tm 3:16). Finalmente, é sabido que Moisés escreveu acerca de Cristo (Jo 5:46; Dt 18:15 nota). Cristo, portanto, deve ser procurado nessas páginas, já que toda a lei tem o fim de nos conduzir a Ele (Gl 3:24).

    >Dt 4:9

    2. A ALIANÇA DO SENHOR (Dt 4:9-5). Guarda-te... farás saber (9). Moisés dirige-se a uma nação composta de elementos jovens, a quem cabe a responsabilidade de transmitir a revelação às gerações futuras; por isso a ênfase sobre o ensino (Dt 4:9-5; Dt 6:7; Dt 11:19; Dt 24:8; Dt 31:19). Não foi esquecida a lição nas casas piedosas como podemos ler em 2Tm 3:14-55. Que não te esqueças (9). Insiste-se muitas vezes na obrigação de lembrar, quer positiva (Dt 5:16; Dt 7:18; Dt 8:2, Dt 8:18; Dt 9:7; Dt 15:15; Dt 16:3, Dt 16:12; Dt 24:9, Dt 24:18, Dt 24:22; Dt 25:17; Dt 32:7), quer negativamente (Dt 4:23, Dt 4:31; Dt 6:12; Dt 8:11, Dt 8:14, Dt 8:19; Dt 9:7; Dt 25:19). Esta insistência vai ao ponto de se ordenar a doutrina e a escrita, ou seja, ensinar oralmente a escrever (6.9 nota), lançando-se assim a base para o corpo da Sagrada Escritura. Em Horebe (19). O Deuteronômio está cheio de "reminiscências" de Moisés, relacionadas, primeiramente com o Egito e com a viagem até ao Sinai (4.34 nota); em segundo lugar, com a entrega da Lei naquele monte; a seguir, com a jornada desde Horebe até Cades (8.1 nota) e, finalmente, com os acontecimentos dos dois últimos anos (23.4 nota). É o segundo caso que ocupa uma grande parte dos caps. 4-5; 9; 11, por se referir à aliança, aos Dez Mandamentos, aos trovões e ao fogo do Sinai, à apostasia do bezerro de ouro, à intercessão pelo povo, à entrega das segundas Tábuas e à separação da tribo de Levi. Aprendê-las-ão, para me temerem (10). A frase é repetida em Dt 14:23; Dt 17:19; Dt 31:13; cfr. Dt 6:24; Dt 8:6; Dt 10:12; Dt 28:58. Exigia-se um sentido de temor reverente e filial para com Deus, assim como um sentimento de amor respeitoso. Cfr. Lv 19:3 nota. O elemento do temor poderá desaparecer (9.19 nota); o da reverência fica. Trevas (11). Cfr. Êx 19:18; Êx 20:21; Sl 97:2. Deus habita numa luz inacessível (1Tm 6:16), mas as trevas escondem-No do pecador. Do meio do fogo (12). Dez vezes se faz esta afirmação (Dt 4:12, Dt 4:15, Dt 4:33, Dt 4:36; Dt 5:4, Dt 5:22, Dt 5:24, Dt 5:26; Dt 9:10; Dt 10:4; cfr. Dt 32:22), mostrando a profunda impressão exercida sobre Moisés, a quem Deus se revelou primeiramente na sarça ardente e depois no fogo do Sinai. Onde quer que haja avivamento verdadeiro, Deus ainda fala "do meio do fogo"! Não esqueçamos que o fogo simboliza a majestade de Deus e a poderosa força dos elementos por Ele dirigida (Sl 104:4).

    >Dt 4:13

    O Seu Concerto (13). Cfr. 29.1 nota. É a primeira das vinte e sete vezes que no Deuteronômio deparamos com a alusão a este tema de tanta importância. Enquanto a palavra berith pode significar um contrato baseado em condições, pode também, como na caso presente, empregar-se no sentido dum parentesco adquirido entre duas partes. Este pode ser de fraternidade, como entre Davi e Jônatas (1Sm 18:3), ou de soberania, como entre Davi e Israel, ou de pura graça, como na aliança de Deus com Noé (Gn 9:9). Pela aliança de Horebe, Jeová também apenas por pura graça, tomou Israel para "Seu Povo"; e este, por sua vez, considerou Jeová como seu Deus (Êx 19:5, 8). O Senhor deu-lhe então "os Dez Mandamentos" (Êx 34:28; cfr. Dt 9:9), juntamente com "estatutos e juízos", a que prometeu obedecer, em virtude da aliança já feita. Por isso a "promessa" precedeu a "lei" (Gl 3:15 e segs.). E os escreveu (13). Cfr. 6.9 nota. Que pretendemos de mais explícito que esta afirmação, duas vezes repetida (Dt 5:22; Dt 10:4), para provar a sua origem divina? Não precisamos de saber que espécie de instrumento utilizou. Mas quem escreve nos corações dos homens (2Co 3:3), dispõe certamente de meios para escrever sobre a pedra.

    >Dt 4:15

    Guardai, pois... (15). O seguinte aviso contra a idolatria tinha plena justificação em face dos acontecimentos. A vocação de Israel como nação devia dar testemunho da majestade e da glória de Jeová em contraste com a degradante idolatria dos pagãos. Semelhança nenhuma (15). Cfr. 5.8 nota. Não existe qualquer espécie de contradição entre esta afirmação e o fato de vermos o Senhor manifestar-Se através de aparições ou visões aos profetas. Cfr. Jo 1:18. Para que não vos corrompais... figura de macho ou de fêmea (16). A pureza moral da Lei mosaica constituía um impressionante contraste com o ritual obsceno ligado ao culto de Baal, Astarote, ou dos outros deuses. Figura de algum animal... de alguma ave alígera (17). Os egípcios assim representavam os seus deuses. Anubis, por exemplo, tinha a cabeça de chacal; Tote, de falcão. O sol, e a lua (19). Já no tempo de Abraão se erguiam grandiosos templos à lua em Ur. No Egito, em Om (Heliópolis), prestava-se culto ao sol (Gn 41:45).

    >Dt 4:20

    Povo hereditário (20). Cfr. Dt 9:26; Dt 1:38 nota. Já que por graça especial de Deus os israelitas herdariam a Terra da Promissão, assim o povo do Senhor, já resgatado, tornar-se-ia herança do mesmo Senhor (1Pe 1:4). Por isso a ele lhe confiaria a Sua revelação e através dela prepararia a vinda do Messias. Por causa das vossas palavras (21). Cfr. 1.37 nota. Um fogo que consome (24). Cfr. 4.12 nota. O fogo que purifica os metais preciosos consome o que é inútil e sem valor. Por isso mesmo simboliza a santidade e os justos juízos de Deus. A doutrina aqui ministrada por Moisés é aplicada ao Cristianismo em He 12:29. Um Deus zeloso (24). Cfr. Êx 20:5 nota; Dt 5:9. A palavra hebraica cana tanto pode significar "zeloso" como "ciumento", aliás duas idéias que andam intimamente ligadas. O amor de Deus é muitas vezes comparado ao do marido que se dá sem reservas e que espera em troca um amor incondicional.

    >Dt 4:25

    3. UM APELO À FIDELIDADE (Dt 4:25-5). O céu e a terra (26). São as testemunhas silenciosas dos nossos votos e pecados. (Cfr. Dt 30:19; Dt 31:28). Não prolongareis os vossos dias (26). O prolongamento da vida é uma das bênçãos freqüentemente associadas à obediência (Dt 5:16, Dt 5:33; Dt 6:2; Dt 11:9; Dt 17:20; Dt 22:7; Dt 25:15; Dt 30:18, Dt 30:20; Dt 32:47; Cfr. Sl 21:4). Espalhará (27). Na promessa de Deus a Abraão a semente e a terra para herdar associam-se com freqüência. Mas, a provar-se a infidelidade, logo o povo seria deserdado (Nu 14:12) e espalhado (Dt 28:64). Mesmo assim, se viesse a arrepender-se, seria novamente reunido até da extremidade do céu (Dt 30:1-5; Mt 24:31). Servireis a deuses (28). Isto é, estareis em escravidão das nações pagãs, representadas pelos seus deuses. Para que a povo não julgasse que Moisés atribuía vida a estas divindades, acrescenta-se com desdém que não passam de obra de mãos humanas. Cfr. 6.14 nota.

    >Dt 4:29

    De todo o teu coração e de toda a tua alma (29). Repetem-se estas palavras (Dt 6:5; Dt 10:12; Dt 11:13; Dt 13:3; Dt 26:16; Dt 30:2, Dt 30:6, Dt 30:10) como a salientar a consagração total que Deus exige dos Seus servos. E ouvirás a sua voz (30). Também se repete esta frase (Dt 8:20; Dt 9:23; Dt 13:4, Dt 13:18; Dt 15:5; Dt 26:14, Dt 26:17; Dt 27:10; Dt 28:1-5, Dt 28:15, Dt 28:45, Dt 28:62; Dt 30:2, Dt 30:8, Dt 30:10, Dt 30:20) como condição para serem cumpridas as promessas da Aliança. Deus misericordioso (31). A palavra parece indicar compaixão ou piedade e assim é também traduzida em Dt 30:3; cfr. 7.9 nota. A justiça e a misericórdia parecem contradizer-se, mas tanto Moisés como os profetas aludem a uma e a outra, como existindo em Deus e sobretudo unindo-se em Cristo sobre a Cruz.

    >Dt 4:32

    Tempos passados (32). Apela Moisés para a proteção divina, que o povo realmente sentira, a provar o selo de Deus sobre todas as Suas obras e, portanto, a revelação, em especial os acontecimentos relacionados com a Êxodo. Não será esse Deus digno do amor dos homens? As repetidas referências ao Egito (quarenta e sete ao todo) são prova mais que evidente que o próprio Moisés é o autor da livro. Cfr. Dt 1:27-5; Dt 4:20, Dt 4:34, Dt 4:37, Dt 4:45-5, Dt 7:13; Dt 10:15; Dt 23:5). Só assim Moisés explica a eleição soberana de Israel, a ponto de na Bíblia andarem intimamente ligadas à graça e à eleição (cfr. Rm 8:28; Rm 11:28-45). Através de Israel e do remanescente eleito primeiramente e por meio de Seu Filho unigênito mais tarde, operou o Senhor o Seu grandioso Plano de Salvação. Moisés chama o povo a pagar com amor, mais um tema constante deste livro de Deus. Cfr. Dt 5:10; Dt 6:5; Dt 7:9; Dt 10:12; Dt 11:1, Dt 11:13, Dt 11:22; Dt 13:3; Dt 19:9; Dt 30:6, Dt 30:16, Dt 30:20.

    >Dt 4:40

    Que te ordeno hoje (40). Como a vida de Moisés está prestes a extinguir-se, compreende-se que insista urgentemente na atenção que deve ser prestada aos seus últimos conselhos. Cfr. Dt 6:6; Dt 7:11; Dt 8:1, Dt 8:11. Para que bem te vá a ti (40). Expressão de bênção que várias vezes se repete: Dt 5:16, Dt 5:33; Dt 6:3, Dt 6:18; Dt 12:25, Dt 12:28; Dt 22:7. Além destas promessas de felicidade material, há que contar com o amor (vers.
    37) que une o Criador às Suas criaturas, o Senhor aos Seus servos.


    Dicionário

    Corromper

    verbo transitivo direto Subornar; oferecer dinheiro ou vantagens a alguém, buscando satisfazer seus interesses próprios: desonesto, buscava corromper o fiscal.
    Adulterar; mudar o conteúdo original de: os seus erros corromperam o texto.
    verbo transitivo direto e pronominal Perverter-se; depravar física ou moralmente: o dinheiro fácil corrompe algumas pessoas; corrompeu-se nos vícios.
    Deteriorar; fazer com que algo se apodreça ou seja estragado: o tempo corrompe os metais; as refeições corrompem-se fora da geladeira.
    Etimologia (origem da palavra corromper). Do latim corrumpere.

    Corromper Tornar pervertido, imoral, viciado (Sl 14:1); (1Co 15:33); (Ef 4:22).

    Escultura

    As artes de bordar e esculpir foram muito utilizadas na construção do tabernáculo e do templo, bem como na ornamentação das vestes sacerdotais. No tempo de Salomão, o artista Hirão, da Fenícia, tinha o principal cuidado nesta espécie de trabalhos, e também dirigia grandes obras de arquitetura (Êx 28:9-36 – 31.2 a 5 – 35.33 – 1 Rs 6.18, 35 – 2 Cr 4.11, 16 – Sl 74:6Zc 3:9).

    Escultura Objeto ESCULPIDO (Ex 20:4).

    escultura s. f. 1. Arte de esculpir. 2. Obra que resulta do exercício dessa arte. 3. Estatuária.

    Figura

    substantivo feminino Forma exterior de um corpo, de um ser; configuração.
    Aspecto, aparência, estatura, configuração de pessoa humana: uma bela figura.
    Personalidade marcante, vulto: as grandes figuras do passado.
    Forma de representar algo visualmente; imagem, símbolo, emblema.
    Figurado Forma imaginária que se dá aos seres metafísicos: estava no escuro e disse ter visto uma figura.
    Representação por desenho, ilustração: livro com figuras.
    Imagem que simboliza alguma coisa; símbolo: era a figura do mau.
    Figurado O que se evidencia, que está em destaque: a figura mais importante do projeto.
    Figurado Personagem relevante: as figuras do nosso tempo.
    [Ludologia] Imagem que, no baralho, representa o rei, a dama e o valete.
    [Teatro] Personagem numa representação teatral; ator que desempenha o papel desse personagem.
    [Geometria] Conjunto de pontos, retas, planos, superfícies: figura plana, figura sólida.
    [Artes] Encadeamento de passos que constitui uma das diferentes partes de uma dança.
    Gramática Recurso estilístico com que se embeleza, enfatiza, ou se dá mais originalidade à expressão das ideias, e que consiste na mudança do sentido das palavras (metáfora, metonímia etc.), na estruturação da frase (elipse, anacoluto, silepse, anáfora, pleonasmo etc.), nas sutilezas, contrastes, parentesco das ideias (eufemismo, antítese, litotes etc.) e em outros artifícios.
    expressão Fazer (boa ou má) figura. Causar (boa ou má) impressão, sair-se bem ou mal, sobressair-se ou ter (ou não) êxito.
    Etimologia (origem da palavra figura). Do latim figura.ae, “forma, desenho, imagem”.

    Figura
    1) Representação, por pintura ou escultura, de um corpo humano, ou de um ser celestial (Ex 26:1), ou de um animal (Lv 26:1), ou de um vegetal (2Cr 4:3)

    2) Jeito; aspecto (1Sm 28:14). 3 Fiasco (2Sm 6:20), RA).

    4) Comparação (Jo 16:25), RA).

    5) Forma; semelhança (Fp 2:7), RA).

    6) TIPO (He 9:23-24).

    Fêmea

    substantivo feminino Animal do sexo feminino.
    [Popular] A mulher.
    Diz-se de qualquer peça de objeto ou instrumento em que se encaixa outra, chamada macho.

    Imagem

    substantivo feminino Representação de uma pessoa ou uma coisa pela pintura, escultura, desenho etc.; imitação, cópia.
    Pequena estampa que representa um assunto religioso ou qualquer outro.
    Reprodução visual de um objeto dada por um espelho, um instrumento de óptica.
    Figurado Parecença, semelhança: o homem foi feito à imagem de Deus.
    Figurado Representação das pessoas, dos objetos no espírito: a imagem dela me persegue.
    [Literatura] Processo pelo qual se tornam mais vivas as ideias, emprestando ao objeto uma forma mais sensível: há belas imagens neste poema.
    Representação por imagem, escultura, quadro etc.: a imagem de Santa Rita.
    Figurado O que traz consigo um conceito simbólico de: esta frase é a imagem do fascismo.
    Ideia que alguém tem de um produto, conceito etc., em relação a seu público-alvo: a imagem do cliente que pretende alcançar.
    [Ótica] Reprodução de um objeto que, pela junção dos raios luminosos emanados por ele, ocorre depois de passar por um sistema óptico.
    [Psicologia] Experiência sensorial que se pode invocar na ausência de um estímulo.
    [Psicologia] Representação mental de um conceito, ideia, algo que está no âmbito do abstrato.
    [Matemática] Na aplicação do conjunto C ao conjunto D, o elemento de C que corresponde a um elemento dado de D.
    Etimologia (origem da palavra imagem). Do latim imago.ginis.

    É uma representação artificial de alguma pessoa ou coisa, a qual se usa como objeto de adoração. E, nesta circunstância, é sinônima de ídolo. Mica, indivíduo da tribo de Efraim, mandou fazer uma imagem de prata (Jz 17:3-4). Além disso, persuadiu um levita a que fosse seu sacerdote. Era esta imagem consultada como oráculo, e publicamente foi instalada junto dos danitas. o neto de Moisés tornou-se seu sacerdote, e o cargo continuou a ser exercido na sua família (Jz 18:4-6 e 14 a 31). Gideão também fez uma estola sacerdotal com o ouro tirado ao inimigo, e a colocou em ofra (Jz 8:24-27) – essa estola tornou-se um ídolo que trouxe grande mal a israel e a Gideão.

    Imagem
    1) Ídolo (Ex 20:4);
    v. FIGURA 1).

    2) Semelhança (2Co 4:4);
    v. FIGURA 5).

    Macho

    substantivo masculino Qualquer animal do sexo masculino.
    Mulo, filho de jumento e de égua, ou de cavalo e jumenta.
    Peça que se encaixa em outra, chamada fêmea.
    Instrumento para tornar côncava a parte cortada da madeira.
    Dobra em duas pregas num pano, uma de cada lado.
    Náutica Machos de leme, ferragem cujas abas giram dentro dos fusos.
    adjetivo Que é do sexo ou do gênero masculino.
    Forte, vigoroso.
    Valente, corajoso; másculo.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Semelhança

    substantivo feminino Característica do que é semelhante.
    Em que há ou demonstra haver relação ou afinidade entre seres, coisas, pontos de vista; que possui algo em comum; analogia: estão casados, mas não demonstram semelhança alguma.
    Que apresenta uma relação de conformidade entre o modelo e o resultado imitado: há semelhança entre o verdadeiro e a cópia.
    Aquilo que pode ser visto no exterior; aparência ou aspecto.
    Em que pode haver comparação entre uma ou mais coisas; confronto: não há relação de semelhança entre as obras.
    Etimologia (origem da palavra semelhança). Semelhar + ança.

    semelhança s. f. 1. Qualidade de semelhante. 2. Conformidade, relação de fisionomia entre duas ou mais coisas ou pessoas que se parecem mutuamente. 3. Analogia, imitação, conformidade, parecença. Sin.: similitude.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Deuteronômio 4: 16 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na similitude de qualquer figura, semelhança de macho ou fêmea;
    Deuteronômio 4: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1407 a.C.
    H176
    ʼôw
    אֹו
    ou
    (or)
    Conjunção
    H2145
    zâkâr
    זָכָר
    macho
    (male)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H5347
    nᵉqêbâh
    נְקֵבָה
    fêmea
    (and female)
    Substantivo
    H5566
    çemel
    סֶמֶל
    ()
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H6435
    pên
    פֵּן
    para mais informações
    (lest)
    Conjunção
    H6459
    peçel
    פֶּסֶל
    ()
    H7843
    shâchath
    שָׁחַת
    destruir, corromper, arruinar, deteriorar
    (Now was corrupt)
    Verbo
    H8403
    tabnîyth
    תַּבְנִית
    modelo, planta, forma, construção, figura
    (the pattern)
    Substantivo
    H8544
    tᵉmûwnâh
    תְּמוּנָה
    ()


    אֹו


    (H176)
    ʼôw (o)

    0176 או ’ow

    presume-se que seja a forma construta ou genitiva de או ’av forma abreviada para 185;

    DITAT - 36; conjunção

    1. ou, em lugar de
      1. estabelecendo que a última opção é a preferida
      2. ou se, introduzindo um exemplo para ser visto a partir da ótica de um princípio específico
      3. (em séries consecutivas) ou...ou, quer...quer
      4. se porventura
      5. exceto, ou então
    2. porventura, não o mínimo (expressão), se, de outra forma, também, e, então

    זָכָר


    (H2145)
    zâkâr (zaw-kawr')

    02145 זכר zakar

    procedente de 2142; DITAT - 551e n m

    1. macho (referindo-se a seres humanos e animais) adj
    2. homem, macho (referindo-se a seres humanos)

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    נְקֵבָה


    (H5347)
    nᵉqêbâh (nek-ay-baw')

    05347 נקבה n eqebaĥ

    procedente de 5344; DITAT - 1409b; n f

    1. fêmea
      1. mulher, menina
      2. animal fêmea

    סֶמֶל


    (H5566)
    çemel (seh'-mel)

    05566 סמל cemel ou סמל cemel

    procedente de uma raiz não utilizada significando parecer; DITAT - 1515; n m

    1. imagem, estátua, ídolo

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    פֵּן


    (H6435)
    pên (pane)

    06435 פן pen

    procedente de 6437; DITAT - 1780 conj.

    1. para que não, não, que não adv.
    2. para que não

    פֶּסֶל


    (H6459)
    peçel (peh'-sel)

    06459 פסל pecel

    procedente de 6458; DITAT - 1788a; n. m.

    1. ídolo, imagem

    שָׁחַת


    (H7843)
    shâchath (shaw-khath')

    07843 שחת shachath

    uma raiz primitiva; DITAT - 2370; v.

    1. destruir, corromper, arruinar, deteriorar
      1. (Nifal) estar inutilizado, estar deteriorado, estar corrompido, estar estragado, estar ferido, estar arruinado, estar apodrecido
      2. (Piel)
        1. deteriorar, aruinar
        2. perverter, corromper, agir corruptamente (moralmente)
      3. (Hifil)
        1. deteriorar, arruinar, destruir
        2. perverter, corromper (moralmente)
        3. destruidor (particípio)
      4. (Hofal) deteriorado, arruinado (particípio)

    תַּבְנִית


    (H8403)
    tabnîyth (tab-neeth')

    08403 תבנית tabniyth

    procedente de 1129; DITAT - 255d; n. f.

    1. modelo, planta, forma, construção, figura
      1. construção, estrutura
        1. sentido duvidoso
      2. modelo
      3. figura, imagem (referindo-se aos ídolos)

    תְּמוּנָה


    (H8544)
    tᵉmûwnâh (tem-oo-naw')

    08544 תמונה t emuwnaĥ ou תמנה t emunaĥ

    procedente de 4327; DITAT - 1191b; n. f.

    1. forma, imagem, semelhança, representação