Enciclopédia de I Samuel 22:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 22: 14

Versão Versículo
ARA Respondeu Aimeleque ao rei e disse: E quem, entre todos os teus servos, há tão fiel como Davi, o genro do rei, chefe da tua guarda pessoal e honrado na tua casa?
ARC E respondeu Aquimeleque ao rei, e disse: E quem, entre todos os teus criados, há tão fiel como Davi, o genro do rei, pronto na sua obediência, e honrado na tua casa?
TB Aimeleque respondeu ao rei: Quem, entre todos os teus servos, é como Davi, fiel, genro do rei, chefe da tua guarda e honrado na tua casa?
HSB וַיַּ֧עַן אֲחִימֶ֛לֶךְ אֶת־ הַמֶּ֖לֶךְ וַיֹּאמַ֑ר וּמִ֤י בְכָל־ עֲבָדֶ֙יךָ֙ כְּדָוִ֣ד נֶאֱמָ֔ן וַחֲתַ֥ן הַמֶּ֛לֶךְ וְסָ֥ר אֶל־ מִשְׁמַעְתֶּ֖ךָ וְנִכְבָּ֥ד בְּבֵיתֶֽךָ׃
BKJ Então, Aimeleque respondeu ao rei, e disse: E quem é tão fiel entre todos os teus servos quanto Davi, que é genro do rei, e vai segundo a tua ordem, e é honorável na tua casa?
LTT E respondeu Aimeleque ao rei e disse: E quem, entre todos os teus criados, há tão fiel como Davi, o genro do rei, e que sai à tua ordem, e é honrado na tua casa?
BJ2 Aquimelec respondeu ao rei: "E quem há comparável a Davi, tão fiel servo entre todos, o genro do rei, chefe[g] da tua guarda pessoal, honrado na tua casa?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 22:14

I Samuel 17:25 e diziam os homens de Israel: Vistes aquele homem que subiu? Pois subiu para afrontar a Israel. Há de ser, pois, que ao homem que o ferir o rei o enriquecerá de grandes riquezas, e lhe dará a sua filha, e fará isenta de impostos a casa de seu pai em Israel.
I Samuel 18:13 Pelo que Saul o desviou de si e o pôs por chefe de mil; e saía e entrava diante do povo.
I Samuel 18:27 Então, Davi se levantou e partiu ele com os seus homens, e feriram dentre os filisteus duzentos homens; e Davi trouxe os seus prepúcios, e os entregaram todos ao rei, para que fosse genro do rei; então, Saul lhe deu por mulher a sua filha.
I Samuel 19:4 Então, Jônatas falou bem de Davi a Saul, seu pai, e disse-lhe: Não peque o rei contra seu servo Davi, porque ele não pecou contra ti, e porque os seus feitos te são mui bons.
I Samuel 20:32 Então, respondeu Jônatas a Saul, seu pai, e lhe disse: Por que há de ele morrer? Que tem feito?
I Samuel 21:2 E disse Davi ao sacerdote Aimeleque: O rei me encomendou um negócio e me disse: Ninguém saiba deste negócio pelo qual eu te enviei e o qual te ordenei; quanto aos jovens, apontei-lhes tal e tal lugar.
I Samuel 22:13 Então, lhe disse Saul: Por que conspirastes contra mim, tu e o filho de Jessé? Pois deste-lhe pão e espada e consultaste por ele a Deus, para que se levantasse contra mim a armar-me ciladas, como se vê neste dia?
I Samuel 24:11 Olha, pois, meu pai, vê aqui a orla do teu manto na minha mão; porque, cortando-te eu a orla do manto, te não matei. Adverte, pois, e vê que não há na minha mão nem mal nem prevaricação nenhuma, e não pequei contra ti; porém tu andas à caça da minha vida, para ma tirares.
I Samuel 26:23 O Senhor, porém, pague a cada um a sua justiça e a sua lealdade; pois o Senhor te tinha dado hoje na minha mão, porém não quis estender a minha mão contra o ungido do Senhor.
II Samuel 22:23 Porque todos os seus juízes estavam diante de mim, e de seus estatutos me não desviei.
Provérbios 24:11 Livra os que estão destinados à morte e salva os que são levados para a matança, se os puderes retirar.
Provérbios 31:8 Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham em desolação.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Reino de Davi e de Salomão

Informações no mapa

Tifsa

Rio Eufrates

HAMATE

SÍRIA (ARÃ)

Hamate

Rio Orontes

Ribla

Zedade

ZOBÁ, ARÃ-ZOBÁ

Tadmor (Palmira)

Zifrom

Hazar-Enã

Lebo- Hamate

Gebal

Cobre

Berotai

Deserto da Síria

Sídon

SIDÔNIOS (FENÍCIA)

Cadeia do Líbano

BETE-REOBE

Cadeia do Antilíbano

Damasco

Mte. Hermom

Tiro

Abel

MAACÁ, ARÃ-MAACÁ

Basã

Terra de Cabul?

Hazor

Argobe

GESUR

Dor

Vale de Jezreel

En-Dor

Helão

Megido

Mte. Gilboa

Lo-Debar

Rogelim

Bete-Seã

Jabes-Gileade?

Salcá

Tobe

Sucote

Maanaim

Jope

Silo

Gileade

Ramá

Zereda

Rabá

Gezer

Gilgal

AMOM

Ecrom

Jerusalém

Hesbom

Gate

Belém

Medeba

FILÍSTIA

Gaza

Hebrom

En-Gedi

Aroer

Ziclague

Jatir

Betel

MOABE

Berseba

Ramote

Mispa

Aroer

Vale do Sal?

Torrente do Egito

Neguebe

Tamar

Cobre

Punom

EDOM

Deserto de Parã

Deserto da Arábia

Eziom-Geber

Elote, Elate

Bete-Horom Baixa

Bete-Horom Alta

Gezer

Gibeão

Geba

Quiriate-Jearim

Gibeá

Anatote

Baurim

Nobe

Baal-Perazim

Ecrom

Bete-Semes

Jerusalém

Fonte de Giom

Poço de En-Rogel

Gate

Vale de Elá

Azeca

Socó

Belém

Adulão

Queila

Gilo

Tecoa

Deserto de Judá

Cisterna de Sirá

Hebrom

Jesimom

Zife

Horesa

Estemoa

Carmelo

Maom

Informações no mapa

Reino de Davi

Reino de Salomão

Importações

Exportações

Para os hititas e a Síria: cavalos, carros de guerra

De Társis: ouro, prata, marfim, macacos, pavões

De Tiro: cedro, junípero, ouro

Para Tiro: cevada, trigo, vinho, azeite

Do Egito: cavalos, carros de guerra

De Ofir: ouro, pedras preciosas, madeira

Da Arábia: ouro, prata


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

1sm 22:14
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 26
CARLOS TORRES PASTORINO
(GENESAR - SÁBADO, 22 DE MAIO DE 29 A. D.)

MT 12:1-8


1. Naquela ocasião, num sábado, passou Jesus pelas searas; e tendo fome, seus discípulos começaram a colher espigas e a comer.


2. Vendo isto os fariseus disseramlhe: "Teus discípulos estão fazendo o que não é lícito aos sábados".


3. Mas ele disse-lhes: "não lestes o que fez Davi, quando ele e seus companheiros tiveram fome?


4. como entrou na casa de Deus e comeram os pães d "proposição", que não lhe era lícito comer, nem a seus companheiros, mas somente aos sacerdotes?


5. ou não lestes na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e ficam sem culpa?


6. Digo-vos, porém: aqui está o que é maior que o templo.


7. Mas se tivésseis sabido o que significa "misericórdia quero e não um sacrifício", não teríeis condenado os inocentes,


8. porque o Filho do Homem é senhor do sábado".


MC 2:23-28


23. E aconteceu que caminhando Jesus pelas searas num sábado, seus discípulos ao passarem, começaram a colher espigas.


24. E os fariseus lhe perguntaram: "olha, por que fazem e1es no Sábado o que não é lícito"?


25. Respondeu-lhes ele: "Nunca lestes o que fez Davi, quando teve necessidade e fome, ele e seus companheiros?


26. Como entrou na casa de Deus, sendo Abiatar sumosacerdote, e comeu os pãe "proposição", os quais só aos sacerdotes era lícito comer, e ainda os deu a seus companheiros"?


27. E acrescentou: "o Sábado foi feito por causa não do homem, e não o homem por causa do Sábado;


28. assim o Filho do Homem é senhor também do Sábado".


LC 6:1-5


1. Aconteceu num sábado passar Jesus pelas searas e seus discípulos colhiam espigas e debulhando-as com as mãos, as comiam.


2. Perguntaram alguns dos fariseus: "por que fazeis o que não é lícito nos sábados"?


3. Respondeu-lhes Jesus: "Nem ao menos lestes o que fez Davi, quando teve fome, ele e seus companheiros?


4. como entrou de Deus, tomou e comeu os pães d "proposição", que somente aos sacerdotes era lícito comer, e os deu também aos que com ele estavam?


5. E acrescentou: "O Filho do Homem é senhor também do sábado".


O fato de poder "respigar" (colher espigas já maduras), assegura-nos que estamos no início do verão (segunda quinzena de maio; nesse ano, podia tratar-se do dia 22 de maio, que caiu num sábado). Jesus atravessava um campo de trigo com seus discípulos, e eles tinham fome.


Era permitido pela lei mosaica (DT 23:26) que o viandante que atravessasse um campo cultivado, e tivesse fome, pudesse colher de seus frutos para alimentar-se. Mas acontece que estávamos num sábado, e nesse dia era proibido "ceifar" (EX 34:21). Ora, para o rigorismo exagerado dos fariseus, "respigar" e "ceifar" não se distinguiam...


Traz Jesus à balha o exemplo de Davi e de seus companheiros, quando fugiam da perseguição de Saul (1SM 21:1-6), e chegando a Nob, onde se achava o sumo sacerdote Achimelec, comeram os pães d "proposição". Assim eram chamados os 12 pães que, cada Sábado, eram colocados em duas pilhas de seis, sobre uma mesa (ou altar) de ouro (3. º Reis. 7:48), e só dali eram retirados no sábado seguinte.


Desses pães, após terem sido retirados "da presença de YHWH", somente os sacerdotes podiam comer (LV 24:5-9).


Note-se que, em Marcos, Jesus fala do sumo-sacerdote Abiathar, quando na realidade não o era ainda.


Os fatos passaram-se assim: fugia Davi, quando passou rela casa de Achimelech e pediu pão para si e para seus companheiros. Não os tendo em casa, Achimelech levou a todos ao santuário de YHWH, apanhou os pães da "proposição" e deu-os. Pouco após, denunciado pelo edomita Doeg, Saul mandou assassiná-lo e a toda a sua família (1SM 22:6-23), por terem dado hospitalidade a Davi. Mas o filho de Achimelech, de nome Abiathar, conseguiu escapar, reunindo-se ao bando fugitivo de Davi; este, ao ser coroado rei de Israel, fê-lo sumo sacerdote, cargo que ocupou praticamente durante todo o reinado de Davi. Não se pode dizer que há erro de "copista", porque todos os manuscritos e códices são unânimes em colocar "Abiathar". Mas pode Ter havido um engano da parte do evangelista, que não era" infalível".


Com isso, Jesus demonstrava que a necessidade "abolia" o Sábado.


Mas outro exemplo é trazido: os sacerdotes, no templo, não violam o sábado ao imolar as vítimas, porque o sacrifício ordenado pela Torah é superior à observância sabática.


Aparece então uma afirmativa solene: "aqui está algo (no neutro) que é maior que o templo". Repete, então, a frase de Oséias (Oséias 6:6) já anteriormente citada: "a misericórdia é superior a um sacrifício", e termina com a assertiva: "o Filho do Homem é o senhor do Sábado", não só porque ele, Jesus, era o próprio YHWH que o havia instituído, como também porque todos os filhos dos homens são superiores e senhores de quaisquer ordenações, quando estas vêm prejudicar suas necessidades vitais. Porque" o sábado foi feito por causa do homem, e não o homem feito por causa do sábado".


A lição anterior podia escandalizar muitos discípulos sinceros, embora de mentalidade estreita, que haviam seguido rigorosa e conscientemente os preceitos, que julgavam "divinos", de suas próprias igrejas (não só os discípulos daquela época, mas os de todos os tempos, inclusive os atuais, tenham que denominação tiverem: israelitas, muçulmanos, católicos - romanos ou reformados -, espíritas, hindus, etc.) A este é dada outra lição sublime, simbolizada na crença mais firme e arraigada naquela população: o sábado.


Jesus ensina, claramente, que todo e qualquer preceito por mais "divino" que seja tido, é dado em benef ício do homem. Logo, o homem é superior aos preceitos, sejam eles quais forem, e podem resolver, quando em união com Deus, o que melhor lhes convenha.


Logicamente está claro: quando a personalidade ainda domina, os preceitos lhe são dados para controlar os abusos: são os trilhos e os fios elétricos, aos quais se prende o trem. Mas quando a individualidade assume o comando, não mais necessita disso: é o avião, que tem para locomover-se a amplid ão dos céus, só sendo obrigado a sujeitar-se às regras terrenas, quando está em contato próximo com a terra, com a personalidade.


O exemplo do que fez Davi é típico. Mas a frase do ensinamento esclarece melhor: o sábado (os preceitos religiosos) foi feito para (ajudar) o homem; e não absolutamente o homem foi feito por causa do sábado (dos preceitos); então, é certo: aqui está uma coisa (um ensinamento, pois em grego aparece o neutro) que é maior que o templo: um ensinamento que é superior a todas as igrejas.


Os exegetas interpretam que o neutro foi colocado para "não chocar", e que Jesus se dizia Deus, confessando-se maior que o templo. Mas teria Jesus esse escrúpulo ao falar, quando o masculino e o neutro tem a mesma pronúncia? Cremos que o sentido é mesmo o do neutro, que o evangelista entendeu e escreveu: "aqui está um ensinamento que é maior que qualquer templo" ou igreja. Muito maior é a misericórdia, a bondade, a caridade, o amor, do qualquer sacrifício que se realiza nos templos".


E por isso, "não deveis condenar inocentes". Aqueles que, no decorrer dos séculos, condenaram ao suplício, à fogueira, à morte moral e material tantos inocentes, faziam isso em nome de Jesus, para" dar-Lhe glória", julgando-se seus únicos discípulos legítimos... Como é difícil, às personalidades vaidosas, penetrar o sentido exato dos ensinamentos de Jesus! Os judeus condenaram verbalmente os discípulos de Jesus, e o Mestre imediatamente protestou; que terá Ele feito, quando Seus próprios discípulos (ou que "se diziam" tais), se esmeraram em condenar a sofrimentos indizíveis, durante séculos, tantos milhões de criaturas, cujo único "crime" era não pensar como eles?


O Filho do Homem (isto é, todo aquele que já vive na Individualidade, mesmo como encarnado na Terra) é o senhor do sábado. Quer dizer que, quem tenha conseguido viver na Consciência Cósmica, na perfeita união com o CRISTO INTERNO, esse é senhor de qualquer de seus atos, superior aos preceitos, por mais importantes que pareçam às pequenas personalidades temporárias e ignorantes dos mistérios profundos das riquezas da sabedoria e da ciência de Deus (cfr. RM 11:33).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 22 do versículo 1 até o 23
  • O Grupo de Davi (1Sm 22:1-5)
  • Depois de escapar de Gate, o próximo refúgio de Davi foi a caverna de Adulão (1), assim chamada devido a uma cidade nas suas proximidades'. Estava situada na Sefelá, a planície de Judá, em torno de 26 quilômetros a sudoeste de Jerusalém, e vinte quilômetros a sudeste de Gate. Existem na região muitas cavernas que poderiam facil-mente ter abrigado o grupo de Davi. Com ele estavam não somente os membros da famí-lia de seu pai, mas também todo homem que se achava em aperto, e todo homem endividado, e todo homem de espírito desgostoso — literalmente, de alma amargu-rada (2). Este grupo chegou, no início, a 400 homens, e posteriormente a 600 (1 Sm 23.13). Não foi uma tarefa fácil reunir um grupo de homens tão comuns em um exército eficaz. É provável que muitos deles, se não todos, fossem refugiados das leis arbitrárias e mal orientadas de Saul.

    De Adulão, Davi e os seus homens foram a Mispa, dos moabitas, um nome que significa "torre de vigia" ou "altura". A localização de Mispa, em Moabe, é desconhecida. Preocupado com seu pai e sua mãe, Davi levou-os ao rei dos moabitas e conseguiu refúgio para eles, com o seguinte pensamento: até que saiba o que Deus há de fazer de mim (3). O pai de Davi, que era neto de Rute, a moabita, provavelmente encontrou alguns parentes de sua avó ainda vivos em Moabe. Ali eles permaneceram todos os dias que Davi esteve no lugar forte (4), isto é, em Mispa.

    O profeta Gade insistiu para que Davi retornasse a Judá, e o jovem fugitivo e os seus homens refugiaram-se em seguida no bosque de Herete (5), uma região não identificada, mas com base em 23.1 provavelmente se situava na parte ocidental do ter-ritório de Judá (veja no mapa sua provável localização).

  • O Massacre dos Sacerdotes de Nobe (22:6-23)
  • Enquanto os informantes de Saul lhe traziam notícias do paradeiro de Davi, o rei de Israel ainda conservava o seu centro militar em Ramá, perto de Gibeá, cerca de cinco quilômetros ao norte de Jerusalém. Ele aparentemente mantinha um exército de pronti-dão para uma ação instantânea (6), embora seja possível que a cena aqui descrita fosse uma reunião de sua corte. Saul acusou os seus servos de cumplicidade com Jônatas na fuga de Davi, e apelou para os próprios interesses dos seus homens e as posições que mantinham a seu serviço como a base para o apoio ao seu regime (7,8).
    A esta altura Doegue, o edomita (9), relatou o que havia testemunhado em Nobe, quando Davi fugiu de Saul pela primeira vez (cf. 21:1-9). O relato fez de Aimeleque um cúmplice (9,10), visto que, na verdade, ele tenha imaginado que Davi estivesse a serviço do rei quando veio ao santuário (21.2). A reação de Saul foi mandar trazer Aimeleque e todos os sacerdotes de Nobe à sua presença, e acusá-los de conspiração (11-13). A defesa do sacerdo-te foi a negação de qualquer má intenção, falou dos leais serviços prestados por Davi ao rei e indicou a sua completa ignorância de qualquer problema entre o rei e seu genro (14,15).

    Irado, não convencido e tomado por um ódio selvagem, o rei ordenou a execução de todo o grupo de sacerdotes. Quando seus próprios soldados se recusaram a obedecer, o rei ordenou que Doegue executasse o crime. O edomita assassinou oitenta e cinco sacerdo-tes, e destruiu a cidade sacerdotal de Nobe com todos os seus habitantes (17-19). Existe um vívido contraste entre a recusa dos próprios homens de Saul e a perversa disposição de Doegue — o que ressaltou a atrocidade do acontecimento. Vestiam éfode de linho (18), ou seja, eram sacerdotes do Senhor. Os de peito (19) eram bebês de colo.

    Abiatar, um dos filhos de Aimeleque, conseguiu escapar do massacre e fugiu ao encon-tro do grupo de Davi, a quem relatou o brutal crime que Saul incitara (20,21). O filho de Jessé foi tomado pela tristeza, e contou a Abiatar sobre o seu medo quando reconheceu Doegue em Nobe, durante a sua primeira e precipitada fuga (21:1-9). Ele confessou ser a causa da morte de todos os sacerdotes e do povo de Nobe, embora não intencionalmente (22). Abiatar foi convidado a permanecer com ele sem temer, seguro de que, enquanto o mesmo inimigo procurasse matar a ambos, ele estaria sob a proteção do destino de Davi, conforme a vontade de Deus (23). Estarás a salvo (23) — ou seja, em segurança. Abiatar na verdade tornou-se sumo sacerdote durante o reinado de Davi, e foi seu companheiro durante muitos conflitos e crises (cf. 23.9; 30.7; 2 Sm 14.24,passim). Porém, foi deposto por Salomão, devido a uma suposta cumplicidade no plano de Adonias (I Reis 2:26-27).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 22 do versículo 1 até o 23
    *

    22:1

    caverna de Adulão. Adulão, que talvez signifique "refúgio," tem sido identificado com um local a uns 25 km ao sudoeste de Jerusalém, a meio-caminho entre Gate e Hebrom. Ver também 2Sm 23:13; Js 12:15; títulos dos Sl 57 e 142.

    toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele. A veemência com que Saul atacou sua própria família (20,33) deixou os familiares de Davi com poucos motivos de se sentirem seguros.

    * 22:3

    Mispa de Moabe. A localização específica dessa cidade é desconhecida. Quanto ao nome Mispa ("torre de vigia"), ver 7.5, nota.

    rei. Moabe já tinha um rei em Jz 3:12.

    Deixa estar... convosco. A resolução de Davi, ao buscar refúgio em Moabe, talvez tenha se baseado, não somente na suposição de que uma nação inimiga de Saul (14,47) bem poderia apoiar um rival deste, mas também nos vínculos entre os familiares de Davi e os moabitas (13 8:4-17'>Rt 4:13-17).

    o que Deus há de fazer de mim. Davi, ao tomar todas as medidas práticas ao seu alcance, não deixa de reconhecer o soberano controle de Deus sobre a sua situação (2Sm 15:25, 26).

    * 22.4 lugar seguro. Ver nota em 23.14.

    * 22:5

    profeta Gade. A presença desse profeta, que posteriormente serviria a Davi como vidente (2Sm 24:11; 2Cr 29:25; conforme 13 29:29'>1Cr 29:29), fica sendo, nessas alturas, uma lembrança de que o destino de Davi havia sido determinado por Deus, que lhe dá a sua proteção. Mais tarde, Davi também se ajuntaria a um sacerdote (vs. 20-23).

    * 22:6

    tendo na mão a sua lança. A alusão aqui à lança de Saul talvez seja um lembrete do seu gênio violento (18.10, 11; 19.10; 20.33), que chega à sua plena expressão nesse episódio.

    * 22:7

    filhos de Benjamim. Saul, tendo escolhido só membros da sua própria tribo para ficarem ao seu redor (9.1, 2; 10.21), agora procura aumentar a lealdade deles a ele apelando aos seus interesses: será que Davi, da tribo de Judá, tenderá a tratar com justiça os benjamitas?

    terras e vinhas. As perguntas dirigidas por Saul aos seus oficiais sugerem que ele se ocupava em pelo menos algumas das práticas abusivas da realeza contra as quais Samuel advertira (8.10-18).

    * 22:8

    meu filho fez aliança. Ver notas em 18.3, 4.

    * 22:9

    Doegue, o edomita. Ver 21.7 e nota.

    Aimeleque, filho de Aitube. Ver 21.1 e notas.

    * 22:13

    conspirastes contra mim. A suposição de Saul, de que Aimeleque tinha conspirado com Davi contra o rei, não tem fundamento; Aimeleque foi simplesmente enganado por Davi (21.2, nota).

    se levantasse contra mim e me armasse ciladas. A suposição de Saul de motivos hostis da parte de Davi é tão sem fundamento quanto a sua pressuposição a respeito de Aimeleque.

    * 22:14

    chefe da tua guarda pessoal. Aimeleque deve estar ainda pensando que Davi estivesse prestando algum tipo de serviço secreto para Saul (21,2) quando veio lhe pedindo auxílio.

    * 22:17

    não quiseram estender as mãos contra os sacerdotes. A ordem de Saul, no sentido de exterminar os sacerdotes do Senhor, é tão maligna e irracional que seus próprios soldados se recusam a cumpri-la. Pelo menos uma vez antes, os homens de Saul tinham achado necessário contrariar as suas ordens (14.45 e nota).

    * 22:18

    matou... oitenta e cinco homens. Ver nota em 2.31.

    estola sacerdotal de linho. Ver nota em 2.18.

    * 22:19

    homens, e mulheres, e meninos, e crianças de peito. É uma ironia que a chacina total dos habitantes de Nobe, "a cidade dos sacerdotes," forme um paralelo quase literal com a ordem que tinha sido dada para o extermínio dos amalequitas (15,3) que Saul deixara de cumprir, e desta forma prejudicando ainda mais a sua reputação.

    * 22:20

    Abiatar... fugiu para Davi. O apoio a Davi continua a aumentar, mormente como resultado dos próprios esforços impensados de Saul visando sua autopreservação. Agora, Davi tem o apoio tanto de profetas (v. 5) quanto de sacerdotes. Abiatar traz a Davi a estola sacerdotal (23.6), que era um meio de discernir a vontade do Senhor (2.28, nota; 14.3, nota).

    * 22:22

    Fui a causa. Seria fácil para Davi desculpar-se pelo massacre em Nobe, simplesmente condenando Saul. Ao invés disso, não hesita em reconhecer sua própria parte na culpa pela tragédia (21.2, nota). Nessa confissão, o leitor recebe um vislumbre de uma diferença notável entre Davi e seu antecessor: a qualidade do seu arrependimento (15.24-26, 30 e notas; 2Sm 12:13, nota).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 22 do versículo 1 até o 23
    22:2 Afligidos, endividados e amargurados de espírito se uniram ao Davi, já que ele mesmo era um foragido. Estas pessoas eram expatriados e só podiam melhorar sua sorte ao ajudar ao Davi a converter-se em rei. O controle que Davi tinha sobre este grupo de homens nos mostra uma vez mais seu engenho e habilidade para guiar e motivar a outros. É bastante difícil formar um exército de bons homens, mas se requer de um grande líder para moldar juntos à classe de homens que seguiram ao Davi. À larga, este grupo constituiu o coração de sua liderança militar e chegou a conhecer-se como "quão valentes teve Davi" (2Sm 23:8ss).

    22:7, 8 Ao parecer, os oficiais chave do Saul eram da tribo de Benjamim, como ele. Davi era da tribo vizinha do Judá. Saul apelava à lealdade entre tribos para manter seu controle no trono.

    22:18 por que Saul mandou a matar a seus sacerdotes? Saul suspeitava que havia uma conspiração entre o Jonatán, Davi e os sacerdotes. Sua suspeita proveio do relatório do Doeg de que viu o Davi falando com o Ahimelec, o supremo sacerdote, e que recebeu dele mantimentos e armas (22.9, 10). A ação do Saul mostrou sua instabilidade mental e emocional e o longe que andava de Deus.

    Ao destruir tudo no Nob, Saul colocava à cidade sob a "maldição" (declarando-a completamente destruída) descrita em Dt 13:12-17, que se supunha devia usar-se solo em casos de idolatria e rebelião contra Deus. Mas era Saul, não os sacerdotes, quem se tinha rebelado contra Deus.

    22:18, 19 por que permitiu Deus a matança de oitenta e cinco sacerdotes inocentes? A morte desta gente serve para ilustrar de maneira dramática à nação até onde um rei pode converter-se em um tirano malvado. Onde estavam os conselheiros do Saul? Onde estavam os anciões do Israel? Algumas vezes Deus permite que o mal se desenvolva para nos ensinar a não permitir que sistemas malvados floresçam. Servir a Deus não é obter um ingresso de riqueza, êxito nem saúde. Embora Deus não promete proteger às pessoas boa do mal deste mundo, sim promete que ao final todo mal ficará abolido. Os que permaneçam fiéis ao longo de suas provas experimentarão grandes bênções no dia vindouro (Mt 5:11-12; Ap 21:1-7; Ap 22:1-21).

    22:20 Abiatar escapou e fugiu detrás o Davi com o efod (23.6), um objeto sacerdotal que continha o Urim e o Tumim, dois objetos que Davi utilizou para consultar a Deus. O efod foi possivelmente o único símbolo do sacerdócio que sobreviveu a jogada a rede do Saul e conseguiu chegar até o acampamento do Davi (23.6). Saul destruiu o sacerdócio do Israel, mas quando Davi subiu ao trono, instalou ao Abiatar como supremo sacerdote. Abiatar permaneceu nesse posto durante todo o reinado do Davi.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 22 do versículo 1 até o 23

    A localização precisa de Nobe é desconhecido. Deve ter sido a poucos quilômetros de Gibeá. Ahimelech era sacerdote. Em 1Sm 14:3)

    6 E Saul ouviu que Davi foi descoberto, e os homens que estavam com ele:. Agora Saul estava sentado em Gibeá, debaixo da árvore-tamargueira, em Ramá, com a lança na mão, e todos os seus servos estavam com Ec 7:1 E Saul disse aos seus servos que estavam com ele: Ouvi, agora, benjamitas; Acaso o filho de Jessé vos dará a todos vós terras e vinhas, ele vai fazer você a todos chefes de milhares e chefes de centenas, 8 para que todos vós tenhais conspirado contra mim, e não há ninguém que desvenda para mim quando o meu filho comete a aliança com o filho de Jessé, e não há nenhum de vocês que se doa de mim, ou desvenda a mim ter meu filho sublevado meu servo contra mim, para me armar ciladas, como se vê neste dia? 9 Então respondeu Doegue, o edomita , que também estava com os servos de Saul, e disse: Vi o filho de Jessé chegar a Nobe, a Aimeleque, filho de Aitube. 10 E ele perguntou por ele ao Senhor, e lhe deu mantimento, e lhe deu a espada de Golias o filisteu.

    11 Então o rei mandou chamar a Aimeleque, o sacerdote, filho de Aitube, e toda a casa de seu pai, os sacerdotes que estavam em Nobe; e vieram todos eles para o Ap 12:1 Então disse Saul: Ouve, filho de Aitube. E ele respondeu: Eis-me aqui, meu senhor. 13 E Saul disse-lhe: Por que conspirastes contra mim, tu eo filho de Jessé, o que tens lhe pão e uma espada, e consultou a Deus para ele, para que ele se levantasse contra mim, para me armar ciladas, como se vê neste dia? 14 E respondeu Aimeleque ao rei, e disse: E quem, entre todos os teus servos, tão fiel como Davi, que é o rei filho-de-lei e é levado em teu conselho, e honrado na tua casa?Tenho a-dia começou a perguntar por ele a Deus? Longe de mim: não deixe que o rei lhe imputar qualquer coisa a seu servo, nem a toda a casa de meu pai; pois o teu servo não soube nada de tudo isso, mais ou menos.16 E disse o rei, hás de morrer, Aimeleque, tu e toda a casa de teu pai. 17 E o rei disse ao guarda que estavam com ele, Turn, e matar os sacerdotes do Senhor; porque também a sua mão é com Davi, e porque sabiam que ele fugia e não divulgá-la a mim. Mas os servos do rei não quiseram estender as suas mãos para arremeter contra os sacerdotes do Senhor. 18 E disse o rei a Doegue: Vira-te e arremete contra os sacerdotes. E Doegue, o edomita, virou-se e ele caiu sobre os sacerdotes, e matou naquele dia oitenta e cinco homens que vestiam éfode de linho. 19 E Nob, a cidade dos sacerdotes, ele feriu a fio de espada, tanto homens e mulheres, crianças e crianças de peito, bois e jumentos e ovinos, com o fio da espada.

    20 E um dos filhos de Aimeleque, filho de Aitube, cujo nome era Abiatar, e fugiu para Davi. 21 E Abiatar disse a Davi que Saul havia matado sacerdotes de Jeová. 22 E Davi disse a Abiatar, eu sabia que naquele dia, quando Doegue, o edomita estava lá, que ele certamente dizer Saul: Eu ter ocasionado a morte . de todas as pessoas da casa de teu pai 23 Fica comigo, não temas; para quem procura a minha morte também procura a tua vida: para comigo tu estarás em segurança.

    Saul estava pronto para usar todos os meios para se livrar de Davi. Ele convocou uma assembléia de seus servos sobre o outeiro e blasfemava-los para a sua conspiração de silêncio (vv.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 22 do versículo 1 até o 23
    Agora, Davi está completamente se-parado da corte de Saul e é conside-rado um rebelde fora-da-lei. O sal-mo 34 foi composto depois de sua difícil fuga de Aquis (1Sm 21:10-9), e talvez seja a melhor expressão dos desafios e triunfos de Davi durante seu período de exílio. "Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor de todas o livra" (SI 34:19). Deus estava com Davi e socorreu-o.

  • Deus guia os passos de Davi (22)
  • Na caverna de Adulão, Davi reuniu um bando de seguidores fiéis, 400 homens, número esse que, no fim, aumentou para 600 (23:13). Nos Sl 54:0). Doegue era edomita, descendente de Esaú (Gn 25:30), portanto o ódio dele por Davi e pelos sacerdotes é apenas outro estágio da batalha de Esaú e Jacó. A presença de Davi em Nobe trouxe morte para as pessoas de lá, portanto sua mentira resultou ape-nas em tragédia. Saul não estava dis-posto a matar os amalequitas (cap. 15), mas não tinha problema algum em matar sacerdotes inocentes. Essa matança era o cumprimento da profecia de Deus para Eli, de que a casa dele seria julgada; veja 2:30-36. Saul matou os sacerdotes, mas não pôde impedir Abiatar de fugir com a esto- la sacerdotal — o instrumento para a determinação da vontade de Deus —, para juntar-se a Davi. Que uso a estola sacerdotal teria para Saul? Ele estava determinado a fazer sua própria vontade! Mais tarde, Abiatar ajudou Davi; veja 23:9; 30:7


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 22 do versículo 1 até o 23
    22.1 Caverna de Adulão. Lugar fortificado, a sudeste, de Belém. Toda a casa de teu pai, desceram ali para ter com ele. Tinham medo da perseguição de Saul, pois todos seriam mortos e os bens confiscados.

    22.2 Quatrocentos homens. Todos eles possuíam motivos para estarem descontentes com a situação reinante. O sofrimento e a opressão os unia mais que um soldo rico, o que Davi não tinha.

    22.3 Passou Davi a Mispa de Moabe. Havia boas relações entre Davi e o rei de Moabe. Em parte, por ter sido Rute, a moabita, bisavó de Davi (Rt 1:4; Rt 4:13), e em parte, por ter Saul guerreado contra Moabe (14.47).

    22.5 Profeta Gade. Aparece aqui pela primeira vez. Manda que Davi volte a Judá; um rei não pode estar longe do seu povo, mesmo que tenha de sofrer. Bosque de Herete. Lugar agreste nas montanhas de Judá.

    22.7 Dar-vos-á também o filho de Jessé... terras e vinhas, e vos fará a todos chefes... ? O socialismo agrário e favores políticos são assuntos do agrado eterno das multidões. 22:11-19 Aimeleque defende corajosamente a Davi ausente (14). Saul, em represália, manda exterminar os sacerdotes (16). Josefo diz que eram ao todo, 385 pessoas: 85 sacerdotes e 300 pessoas da família. A guarda real recusou-se a realizar a matança (17):

    Doegue, o idumeu. porém, prestou-se a ser carrasco e degola oitenta e cinto homens que vestiam estola sacerdotal (18). Quanta diferença entre o Saul que poupou os filhos de Belial no início de seu governo (10.27; 11,13) e o Saul de agora. São mortos crianças de peito, mulheres, velhos, bois, jumentos e, ovelhas (19) O crime é ainda maior, quando se lembra que Saul poupou a Agague, rei dos Amalequitas, suas ovelhas, bois, animais gordos e, cordeiros (15:8-9). Foi uma matança em que se cumpriu a profecia contra a casa de Eli (2:31-33).

    22.20,21 Abiatar, filho de Aimeleque foi o único que escapou da matança. Atribui-se o fato por ter ele estado, na hora da chacina, no santuário, oficiando ao Senhor era um serviço que exigia a presença constante de um sacerdote.

    22.22 Fui a causa (21.2). Davi reconhece as suas culpas e revela em si uma rara qualidade, a de humildade e de autocrítica. • N. Hom. A grandeza de Davi consistia em:
    1) Sabia ser humilde e arrepender-se (2Sm 12:13; 2Sm 24:10, o que Saul não sabia);
    2) Ser leal aos amigos (2Sm 9:7);
    3) Reconhecer o valor dos outros (2Sm 2:4-10);
    4) Respeitar ao ungido do Senhor (24.6; 26.9).

    22.23 Fica comigo. Abiatar, agora sumo sacerdote, acompanha a Davi. E Saul fica sem assistência sacerdotal, tanto na parte cerimonial como na parte da revelação. • N. Hom. Companhia abençoada
    1) Com Abiatar, Davi tem a continuação do serviço religioso (1Sm 23:0);
    2) Tem a "estola sacerdotal” (Urim e Tumim), que é a revelação de Deus (1Sm 23:9-9; 1Sm 30:7-9);
    3) Tem um amigo que o acompanha nas suas andanças e lutas (1Sm 30:720, 2Sm 15:24).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 22 do versículo 1 até o 23
    c)    Davi em Adulão e Mispá (22:1-5)
    De Gate, Davi foi para a caverna de Adulão (Js 15:35) na Sefelá, região próxima da planície costeira, talvez a 20 quilômetros a sudoeste de Belém. Os v. 4,5 falam fortaleza-, há muitas discussões acerca de se esse termo também se refere à caverna, com muitos argumentos a favor e contra.

    Adulão mostrou-se um quartel-general ideal para Davi e seus seguidores, que se tornaram um tipo de bando de Robin Hood. A sua família, incluindo o pai e a mãe, juntaram-se a ele, como também todos os que estavam em dificuldades, os endividados e os descontentes, “todos os que estavam aborrecidos, os que tinham queixas reais ou imaginárias” (Mauchline, p. 155). Havia 400 deles; Davi tornou-se o seu líder.

    Um local de refúgio tão perigoso dificilmente era algo adequado para pessoas tão idosas como os pais de Davi, de modo que ele os levou para Moabe, onde o rei os recebeu com hospitalidade. A sua terra já tinha sido hospitaleira muitos anos antes para com a família de Elimeleque e Noemi (Rt l.lss); além disso, Rute, a moabita, era avó de Jessé, pai de Davi.
    E nesse ponto também que encontramos pela primeira vez o profeta Gade (v. 5), que disse a Davi que o seu lugar não era em Adulão mas em Judá. Mispá, em Moabe (v. 3) e & floresta de Herete (v. 5) são lugares desconhecidos.

    d)    A vingança de Saul contra os sacerdotes de Nobe (22:6-23)
    Entrementes, Saul tinha grande interesse nos movimentos de Davi. Saul ficou sabendo que Davi e seus homens tinham sido descobertos (v. 6); “ ‘Descobertos’ é um tanto estranho; uma emenda secundária traz: ‘tinham se apresentado’ ” (D. F. Payne, NEC, 3. ed., p. 299). “Ter-se apresentado” sugeriria a Saul que Davi já não era um proscrito solitário, mas o líder de um grupo que não poderia ser desprezado. Saul estava em Gibeá, sentado debaixo da tamargueira (v. 6). A ARC e a ARF trazem “em Ramá”, mas isso é impossível, se Gibeá está correto; a ARA traz “numa colina”; Driver (Notes, p.
    180) prefere “no lugar alto”.

    Saul lançou injúrias contra os seus assessores —homens de Benjamim lembra-lhes de que lado eles deveriam ficar, e Saul os desafia a contar por que ninguém lhe tinha dito o que Davi e seus homens estavam fazendo. O edomita Doegue contou por iniciativa própria a informação acerca do que tinha visto em Nobe.

    v. 11-19. Logo Saul estava no encalço de Davi; ele intimou Aimeleque e a sua equipe a aparecer diante dele. Também o acusou de conspirar junto com Davi e que estivesse alimentando e armando o rebelde, que a essa altura estava esperando a hora de atacar.

    Aimeleque respondeu com uma vigorosa defesa da lealdade de Davi; é evidente que ele não tinha sabido nada do que havia acontecido e que o acesso de raiva de Saul tinha vindo como total surpresa. Alas não adiantou; Saul ordenou imediatamente que os seus guardas matassem Aimeleque e todos os outros sacerdotes; os guardas se negaram a obedecer. Mas Doegue executou essa missão com muita dedicação. Ele matou oitenta e cinco homens que vestiam túnica de linho (v. 18) e foi para Nobe a fim de aniquilar toda a sua população e o gado.

    v. 20-23. Abiatar, filho de Aimeleque, foi o único a escapar do massacre; ele fugiu e foi ao encontro de Davi para contar-lhe o que havia acontecido. Davi sentiu que a verdadeira culpa era sua; ele deveria ter percebido que Doegue seria dirigido por seu ressentimento e se vingaria na primeira oportunidade. Ele assegurou a Abiatar que tornaria a questão da segurança do sacerdote a sua responsabilidade pessoal.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 22 do versículo 1 até o 23
    1Sm 22:1

    3. DAVI ESCAPA PRIMEIRAMENTE PARA ADULÃO E EM SEGUIDA PARA MISPA (1Sm 22:1-9). Julgam alguns que essa caverna de Adulão seja a moderna Aid-el-Ma, cerca de dezenove quilômetros a sudoeste de Belém. Fica no vale de Elá, e até hoje existem fileiras de enormes cavernas, que poderiam abrigar todos os homens de Davi (cfr. Js 15:35; Mq 1:15; 2Sm 23:13-10; 1Cr 11:15-13). Naquela caverna se ajuntou uma variegada multidão de descontentes e perseguidos da sorte (2), material pobre para formação de um exército. É um tributo ao gênio e à personalidade de Davi que ele os forjou numa força poderosa de 400 homens, que mais tarde aumentou para 600 (cfr. 1Sm 23:13; 2Sm 23:13; 1Cr 11:15; 1Cr 12:8-13). De Adulão, Davi partiu temporariamente para outro baluarte, em Mispa de Moabe (3,5). Ele garantiu um refúgio, para seu pai e sua mãe, junto ao rei de Moabe, possivelmente por motivo de descender de Rute, a moabita (4). Mas então o profeta Gade ordenou que ele retornasse a Judá (5). Gade, depois, desempenhou um importante papel (cfr. 2Sm 24:11-10; 2Cr 29:25; 1Cr 29:29). Foi-se, em seguida, para o bosque de Querete, cuja localização é desconhecida-talvez próximo de Queila. Mas, quando se descobriu onde estava Davi, Saul teve uma conferência debaixo dum arvoredo (6; lit., "debaixo da tamareira na altura"). Saul se referiu zombeteiramente ao filho de Jessé e repreendeu seus servos por não lhe terem relatado a liga que existia entre Jônatas e Davi. Saul apelou para a cupidez e para a inveja tribal de seus súditos (7-8).

    >1Sm 22:9

    4. A MATANÇA DOS SACERDOTES (1Sm 22:9-9). A ocasião apelou para a vileza do coração de Doegue. Ele acusou Aquimeleque de interrogar ao Senhor a favor de Davi e de dar-lhe mantimentos e a espada de Golias (9-10). O Sumo Sacerdote e a casa de seu pai são então convocados, e vêm desde Nobe (11). Aquimeleque nobremente defende Davi da acusação de traição e conspiração. Mantém que ninguém é mais fiel que Davi, que, além de tudo é o genro do rei, pronto na obediência (lit. "tem acesso à tua audiência"), e honrado na tua casa (14). A sentença de morte contra todos os sacerdotes de Nobe é própria de um homem irreligioso e implacável, abandonado por Deus.

    >1Sm 22:18

    O nefando Doegue assassinou oitenta e cinco homens que usavam éfode de linho (18), quando os homens da guarda (lit., "corredores") de Saul recusaram-se a obedecer à ordem do rei. Não satisfeito com isso o aloucado monarca ordenou a total destruição de Nobe com seus homens, mulheres, crianças e gado. Somente Abiatar escapou. Dali por diante Abiatar foi amigo constante de Davi, mesmo em meio de grandes e muitas crises (1Sm 23:9 e segs.; 1Sm 30:7 e segs.; 2Sm 2:1). Abiatar foi o Sumo Sacerdote até a morte de Davi.


    Dicionário

    Aimeleque

    -

    irmão do rei

    (Heb. “irmão de um rei”).


    1. Filho de Aitube, era um dos sacerdotes de Nobe e amigo de Davi. Ele ajudou o filho de Jessé e seus homens quando fugiam de Saul; o rei ficou tão furioso que ordenou a Doegue, o edomita, que matasse todos os sacerdotes. Naquele dia foram mortos 85 deles, além de todos os homens, mulheres, crianças, bebês e até mesmo os animais (1Sm 21:22). Somente um escapou — Abiatar, filho de Aimeleque (1Sm 22:20). Davi sentiu-se culpado pela tragédia e o tomou como seu sacerdote e confidente pessoal.


    2. Em I Crônicas 18:16 e II Samuel 8:17, Aimeleque aparece como o filho de Abiatar, portanto neto do sacerdote Aimeleque, mencionado anteriormente. Enquanto alguns estudiosos interpretam que essas referências significam exatamente isso, outros acreditam que os nomes foram erroneamente trocados, e a versão correta seria “Abiatar, filho de Aimeleque”, mais coerente com os eventos de I Samuel caps. 21 e 22.


    3. Aimeleque é referido como “o heteu”, no serviço do rei Davi (1Sm 26:6).

    S.C.


    Aimeleque [Irmão do Rei] - SUMO SACERDOTE que ajudou Davi, dando-lhe pães sagrados e a espada de Golias. Por isso ele e outros sacerdotes foram mortos por ordem de Saul (1Sm 21:1); (1Sm cap 21:22).

    Casa

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

    morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

    [...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


    Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Criados

    masc. pl. part. pass. de criar
    masc. pl. de criado

    cri·ar -
    (latim creo, -are)
    verbo transitivo

    1. Dar existência a.

    2. Dar o ser a.

    3. Gerar; produzir.

    4. Originar.

    5. Educar.

    6. Inventar.

    7. Fomentar; estabelecer; interpretar.

    verbo pronominal

    8. Nascer; produzir-se.

    9. Crescer; passar à juventude.


    cri·a·do
    (latim creatus, -a, -um, particípio de creo, -are, criar, fazer crescer, causar, dar origem)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que se criou.

    2. Nédio, gordo (falando-se de animais).

    nome masculino

    3. Empregado doméstico.

    4. Usado como fórmula de cortesia para indicar que a pessoa que fala se coloca ao serviço ou às ordens de outrem.


    Davi

    Nome Hebraico - Significado: Amado.

    o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

    Dados Gerais

    Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

    Antecedentes

    Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

    Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

    Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

    Davi eleito por Deus para ser rei

    Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

    Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

    Davi com Saul

    Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

    Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

    Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

    Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

    Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

    O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

    Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

    Saul contra Davi

    Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

    Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

    Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

    Davi é exaltado ao reino

    Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

    Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

    Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

    Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

    Jerusalém como centro do reino de Davi

    A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
    2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

    Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

    A queda de Davi

    A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

    Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

    Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

    O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

    Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

    Os últimos dias de Davi

    No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

    Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

    Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

    Conclusão

    Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

    Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

    W.A. e V.G.


    Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
    6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

    Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

    Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Fiel

    adjetivo Que guarda fidelidade, que cumpre seus contratos; leal: fiel a suas promessas.
    Que não trai a pessoa com quem se relaciona: cônjuge fiel.
    Que possui fé, que acredita em algo ou em alguém.
    Religião Que acredita nos preceitos de uma religião: fiel católico.
    Que demonstra constância; constante, perseverante: amigo fiel.
    Feito ou dito com exatidão, perfeição; exato: história fiel.
    Que é idêntico a; conforme: cópia fiel.
    Em que se pode confiar; seguro: guia fiel.
    substantivo masculino e feminino Pessoa que professa os preceitos de uma religião.
    Empregado que se sujeita sem reclamar; fâmulo.
    substantivo masculino Antigo Ajudante de tesoureiro.
    expressão Fiel da balança. Haste, fio, ponteiro que marca o perfeito equilíbrio da balança.
    Etimologia (origem da palavra fiel). Do latim fidele, "que guarda fidelidade".

    Fiel No ensinamento de Jesus, aquele que se mantém firme na fé (Mt 24:45; 25,21; Lc 12:42-46; 16,10-12). Sem essa perseverança, é impossível a salvação (Mt 24:13).

    Genro

    Genro O marido da filha em relação aos pais dela (Gn 19:12).

    substantivo masculino Marido em relação à mãe ou ao pai da pessoa com que é casado: o João é casado com minha filha, por isso é meu genro.
    Gramática Nora é palavra no feminino usada para designar a mulher em relação aos pais da pessoa com que é casada.
    Etimologia (origem da palavra genro). A palavra genro deriva do latim gener, eri, com sentido idêntico, significa "genro".

    Ha

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    hebraico: calor, queimado

    Honrado

    honrado adj. 1. Que tem honra. 2. Honesto, probo.

    Obediência

    substantivo feminino Ação de quem obedece, de quem é submisso, dócil.
    Disposição para obedecer.
    Ato pelo qual alguém se conforma com ordens recebidas.
    Autoridade, mando, domínio.
    Licença dada por escrito a um religioso para passar de um convento a outro.
    Um dos três votos dos monges, que consiste em obedecer cegamente às ordens do superior eclesiástico.
    Obediência passiva, submissão cega às ordens recebidas.

    [...] é o consentimento da razão. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 9, it• 8


    Obediência Nos evangelhos, a obediência não se identifica com o cumprimento exterior de alguns mandamentos, mas com a adesão de fé a Jesus (Mt 8:27; Mc 4:41). Em contraposição, a rejeição (Mt 18:7; Mc 5:36) e a resistência a ele (Lc 1:17) são desobediências.

    Pronto

    pronto adj. 1. Imediato, instantâneo. 2. Que age sem demora; rápido. 3. Que não tarda; repentino, ligeiro, ágil. 4. Preparado para agir sem demora. 5. Ativo, diligente, expedito. 6. Acabado, concluído, terminado. 7. Mil. Desimpedido. 8. Pop. Sem dinheiro; muito pobre. Adv. Com prontidão, prontamente. Interj. Palavra de resposta a uma chamada nominal, para indicar que se está presente. De p.: prontamente.

    adjetivo Rápido, ligeiro, que não se demora: pronto atendimento.
    Concluído, terminado: o trabalho já está pronto.
    Disposto, desimpedido: estou pronto para ajudá-lo.
    advérbio Em breve, logo.
    Etimologia (origem da palavra pronto). Do latim promptus.

    adjetivo Rápido, ligeiro, que não se demora: pronto atendimento.
    Concluído, terminado: o trabalho já está pronto.
    Disposto, desimpedido: estou pronto para ajudá-lo.
    advérbio Em breve, logo.
    Etimologia (origem da palavra pronto). Do latim promptus.

    Rei

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    Responder

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Dar resposta ao que é dito, escrito ou perguntado: respondeu o que lhe ocorreu; respondeu ao professor a questão.
    Contestar uma pergunta; replicar: respondeu bem.
    verbo intransitivo Questionar em vez de obedecer; resmungar: vá e não responda!
    Repetir o som: o cão latiu e os vizinhos responderam.
    verbo transitivo indireto Fazer-se sentir por repercussão: a dor do braço me responde na cabeça.
    Apresentar razões contra; revidar: responder a uma objeção.
    Enviar resposta: responder a uma pessoa, a uma carta.
    Oferecer em troca de; retribuir: responder a uma gentileza.
    Assumir uma responsabilidade; responsabilizar-se: responde pelo irmão.
    Ter uma ação contrária, oposta a; reagir: responder à dor.
    Etimologia (origem da palavra responder). Do latim respondere.

    responder
    v. 1. tr. dir. Dizer ou escrever em resposta. 2. tr. ind. e Intr. Dar resposta. 3. tr. ind. Ser respondão. 4. tr. ind. Aduzir argumentos contra. 5. tr. ind. Pôr em contraposição. 6. Intr. Repetir a voz, o so.M 7. tr. ind. Ficar por fiador de alguém; responsabilizar-se por. 8. tr. ind. Estar em harmonia; ser igual; condizer. 9. tr. ind. Retribuir equivalentemente. 10. tr. ind. Defrontar, opor-se. 11. tr. ind. Estar defronte; opor-se.

    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Tao

    substantivo masculino [Filosofia] Ser supremo que, para o Taoismo, é a razão e fonte encontrada em tudo o que tem existência no mundo; tau.
    Capacidade de fazer alguma coisa em completa harmonia com a sua essência própria.
    Etimologia (origem da palavra tao). Do mandarim dào.

    substantivo masculino [Filosofia] Ser supremo que, para o Taoismo, é a razão e fonte encontrada em tudo o que tem existência no mundo; tau.
    Capacidade de fazer alguma coisa em completa harmonia com a sua essência própria.
    Etimologia (origem da palavra tao). Do mandarim dào.

    Tão

    tão adv. Tanto. T. somente: forma reforçada de somente.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 22: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E respondeu Aimeleque ao rei e disse: E quem, entre todos os teus criados, há tão fiel como Davi, o genro do rei, e que sai à tua ordem, e é honrado na tua casa?
    I Samuel 22: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1011 a.C.
    H1004
    bayith
    בַּיִת
    casa
    (within inside)
    Substantivo
    H1732
    Dâvid
    דָּוִד
    de Davi
    (of David)
    Substantivo
    H2860
    châthân
    חָתָן
    ()
    H288
    ʼĂchîymelek
    אֲחִימֶלֶךְ
    um sacerdote assassinado por Doegue por ordem de Saul, por ter supostamente ajudado
    (Ahimelech)
    Substantivo
    H3513
    kâbad
    כָּבַד
    ser pesado, ser importante, estar aflito, ser duro, ser rico, ser digno, ser glorioso, ser
    ([was] rich)
    Verbo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4310
    mîy
    מִי
    Quem
    (Who)
    Pronome
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H4928
    mishmaʻath
    מִשְׁמַעַת
    súditos, grupo de súditos, guarda-costas, ouvintes, obedientes
    (your bidding)
    Substantivo
    H539
    ʼâman
    אָמַן
    apoiar, confirmar, ser fiel
    (And he believed)
    Verbo
    H5493
    çûwr
    סוּר
    desviar-se, afastar-se
    (and removed)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5650
    ʻebed
    עֶבֶד
    escravo, servo
    (a servant)
    Substantivo
    H6030
    ʻânâh
    עָנָה
    E respondido
    (And answered)
    Verbo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בַּיִת


    (H1004)
    bayith (bah'-yith)

    01004 בית bayith

    provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

    1. casa
      1. casa, moradia, habitação
      2. abrigo ou moradia de animais
      3. corpos humanos (fig.)
      4. referindo-se ao Sheol
      5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
      6. referindo-se á terra de Efraim
    2. lugar
    3. recipiente
    4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
    5. membros de uma casa, família
      1. aqueles que pertencem à mesma casa
      2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
    6. negócios domésticos
    7. interior (metáfora)
    8. (DITAT) templo adv
    9. no lado de dentro prep
    10. dentro de

    דָּוִד


    (H1732)
    Dâvid (daw-veed')

    01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

    procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

    1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

    חָתָן


    (H2860)
    châthân (khaw-thawn')

    02860 חתן chathan

    procedente de 2859; DITAT - 781c; n m

    1. genro, marido da filha, noivo, marido

    אֲחִימֶלֶךְ


    (H288)
    ʼĂchîymelek (akh-ee-meh'-lek)

    0288 אחימלך ’Achiymelek

    procedente de 251 e 4428; n pr m

    Aimeleque = “meu irmão é rei” ou “irmão de Meleque”

    1. um sacerdote assassinado por Doegue por ordem de Saul, por ter supostamente ajudado Davi
    2. um soldado heteu sob o comando de Davi

    כָּבַד


    (H3513)
    kâbad (kaw-bad')

    03513 כבד kabad ou כבד kabed

    uma raiz primitiva; DITAT - 943; v

    1. ser pesado, ser importante, estar aflito, ser duro, ser rico, ser digno, ser glorioso, ser incômodo, ser honrado
      1. (Qal)
        1. ser pesado
        2. ser pesado, ser insensível, ser monótono
        3. ser honrado
      2. (Nifal)
        1. ser feito pesado, ser honrado, apreciar honra, tornar-se abundante
        2. tomar para si glória ou honra, ganhar glória
      3. (Piel)
        1. tornar pesado, tornar monótono, tornar insensível
        2. tornar honroso, honrar, glorificar
      4. (Pual) ser digno de honra, ser honrado
      5. (Hifil)
        1. fazer pesado
        2. fazer pesado, tornar monótono, deixar sem resposta
        3. fazer ser honrado
      6. (Hitpael)
        1. tornar-se pesado, tornar-se denso, tornar-se numeroso
        2. honrar-se

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מִי


    (H4310)
    mîy (me)

    04310 מי miy

    um pronome interrogativo de pessoas, assim como 4100 é de coisas, quem? (ocasionalmente, numa expressão peculiar, também usado para coisas; DITAT - 1189; pron interr

    1) quem?, de quem?, seria este, qualquer um, quem quer que


    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    מִשְׁמַעַת


    (H4928)
    mishmaʻath (mish-mah'-ath)

    04928 משמעת mishma ath̀

    procedente de 4926; DITAT - 2412g; n f

    1. súditos, grupo de súditos, guarda-costas, ouvintes, obedientes
      1. guarda-costas
      2. súditos

    אָמַן


    (H539)
    ʼâman (aw-man')

    0539 אמן ’aman

    uma raiz primitiva; DITAT - 116; v

    1. apoiar, confirmar, ser fiel
      1. (Qal)
        1. apoiar, confirmar, ser fiel, manter, nutrir
          1. pai adotivo (substantivo)
          2. mãe adotiva, enfermeira
          3. pilares, suportes da porta
      2. (Nifal)
        1. ser estável, ser fiel, ser carregado, firmar
          1. ser carregado por uma enfermeira
          2. firmado, certificado, duradouro
          3. confirmado, estável, seguro
          4. verificado, confirmado
          5. digno de confiança, fiel, confiável
      3. (Hifil)
        1. permanecer firme, confiar, ter certeza, acreditar
          1. permanecer firme
          2. confiar, crer

    סוּר


    (H5493)
    çûwr (soor)

    05493 סור cuwr ou שׁור suwr (Os 9:12)

    uma raiz primitiva; DITAT - 1480; v

    1. desviar-se, afastar-se
      1. (Qal)
        1. desviar-se do rumo, entrar
        2. partir, afastar-se do caminho, evitar
        3. ser removido
        4. chegar ao fim
      2. (Polel) desviar
      3. (Hifil)
        1. fazer desviar, causar afastamento, remover, tomar, separar, depor
        2. pôr de lado, deixar incompleto, retirar, rejeitar, abolir,
      4. (Hofal) ser levado embora, ser removido

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עֶבֶד


    (H5650)
    ʻebed (eh'-bed)

    05650 עבד ̀ebed

    procedente de 5647; DITAT - 1553a; n m

    1. escravo, servo
      1. escravo, servo, servidor
      2. súditos
      3. servos, adoradores (referindo-se a Deus)
      4. servo (em sentido especial como profetas, levitas, etc.)
      5. servo (referindo-se a Israel)
      6. servo (como forma de dirigir-se entre iguais)

    עָנָה


    (H6030)
    ʻânâh (aw-naw')

    06030 ענה ̀anah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1650,1653; v.

    1. responder, replicar, testificar, falar, gritar
      1. (Qal)
        1. responder, replicar
        2. testificar, responder como testemunha
      2. (Nifal)
        1. dar resposta
        2. ser respondido, receber resposta
    2. (Qal) cantar, exprimir de forma melodiosa
    3. (Qal) habitar

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo