Simão

Dicionário Comum

Fonte: Priberam

Simão: substantivo masculino [Popular] Macaco.

Dicionário Bíblico

Fonte: Dicionário Adventista

Pedro, simão: o apóstolo filho de Jonas(Mt 16:17), era um pescador de Betsaida, na Galiléia (Mt 4:18 e ref.). o temperamento que se atribui aos galileus se patenteia na energia, independência, e na demasiada franqueza de Pedro. A sua fala também era característica da Galiléia (Mc 14:70At 2:7). Provavelmente ele já era casado, antes de ser chamado para seguir a Jesus, visto como a cura da sua sogra está descrita em Mt 8:14 e seg. – e mais tarde teria sido acompanhado pela mulher nas suas viagens missionárias 1Co 9:5). Aquele ‘meu filho Marcos’, a que se faz referência na 1ª epístola de Pedro (5.13), era sem dúvida João Marcos, pois o título de filho era muitas vezes aplicado a discípulos. Quando Jesus esteve em Betânia, na outra banda do Jordão (Jo 1:28), André, irmão de Simão, levou-o a Jesus (Jo 1:40-41). Foi então que Cristo lhe deu o nome de Cefas (Jo 1:42). Pedro, já na qualidade de discípulo de Jesus, esteve com o Mestre na bodas de Caná (Jo 2:1-11), e é possível que o acompanhasse na Sua viagem pela Judéia (Jo 2:12 – 4.4), voltando mais tarde à sua ocupação de pescador (Jo 4:43). Depois disto deu-se a sua chamada definitiva para o ministério (Mt 4:18-22Mc 1:16-20Lc 5:1-11), sendo Pedro incluído no número dos doze apóstolos (Mt 10:2-4Mc 3:13-19Lc 6:12-16). Daqui em diante é Pedro nas narrativas do evangelho o mais conspícuo dos doze discípulos. Foi testemunha da ressurreição da filha de Jairo (Mc 5:37Lc 8:51) – andou sobre a água para ir ao encontro de Jeaus (Mt 14:28-31) – confessou que Jesus era ‘o Cristo, o Filho do Deus vivo’, e foi abençoado por Ele (Mt 16:13-20Mc 8:27-30Lc 9:18-21) – foi censurado pelo mesmo Senhor, pelo motivo das suas deprecações, para que os sofrimentos preditos por Cristo fossem dele afastados (Mt 16:22-23) – esteve com Jesus no monte, e foi testemunha da Transfiguração (Mt 17:1-4Mc 9:2-6Lc 9:28-32 – 2 Pe 1.17,18) – foi ele quem foi buscar a moeda de tributo, achando-a na boca do peixe (Mt 17:24-27) – quis saber de Jesus a respeito da prática do perdão (Mt 18:21) – recebeu a promessa a respeito da futura glória daqueles que tinham deixado tudo para seguir a Cristo (Mt 19:27-30) – juntamente com outros interrogou o Divino Mestre sobre as desgraças anunciadas para a cidade de Jerusalém (Mc 13:1-4) – e com João foi mandado preparar a Páscoa (Lc 22:8). Na última Ceia não queria que Jesus lhe lavasse os pés (Jo 13:6-9) – sugeriu a João que perguntasse o nome do traidor (Jo 13:24) – declarou a sua firme fidelidade a Jesus, mas foi avisado da sua próxima queda (Mt 26:33-35Mc 14:29-31Lc 22:31-34Jo 13:36-38). Pedro acompanhou Jesus ao horto de Getsêmani (Mt 26:36-48Mc 14:33-42Lc 22:40-46). Quando chegou àquele lugar o bando que havia de prender o Salvador, Simão Pedro resistiu, e chegou a cortar uma orelha a Malco (Jo 18:10-26) – depois foi seguindo de longe o seu Mestre até ao palácio do sumo sacerdote, onde entrou por intermédio de João (Jo 18:16) – e foi durante o julgamento que ele por três vezes negou conhecer o seu Mestre, chorando depois amargamente a sua falta (Mt 26:69-75Mc 14:66-72Lc 22:55-62Jo 18:17-18,25 a 27). Depois da crucifixão, Pedro, acompanhado de João, visitou o sepulcro (Lc 24:12Jo 20:2-6), e recebeu do Senhor uma mensagem, que implicava uma renovação de confiança (Mc 16:7). Cristo, ressuscitado, apareceu-lhe quando ele estava só (Lc 24:34 – 1 Co 15,5) – e também Se manifestou Jesus estando Pedro com outros discípulos ‘no mar de Tiberíades’, sendo ali interrogado pelo Salvador, e novamente encarregado de anunciar o Evangelho (Jo 21:1-23 – 2 Pe 1.14). Estava presente nas reuniões que os apóstolos tiveram depois da ascensão (At 1:13) – foi ele quem sugeriu a nomeação de um apóstolo para o lugar de Judas (At 1:15-25) – e apareceu a explicar as manifestações do Espirito Santo no dia de Pentecoste (At 2:14-40). o fato de curar o coxo, que junto da Porta Formosa do templo pedia esmola, resultou no seu discurso ao povo, bem como a sua prisão (At 3:4-1 a 26). Foi Pedro quem censurou a Ananias e Safira (At 5:1-11) – e em virtude de certos milagres, foram os apóstolos presos, açoitados e depois soltos (At 5:12-42). Passado pouco tempo, Pedro e João, representando os apóstolos, foram mandados para confirmar os convertidos em Samaria (At 8:14) – e achando ali cristãos batizados, que não tinham recebido o Espírito Santo, puseram sobre eles as suas mãos. Então Simão Mago patenteou os seus sentimentos anticristãos, propondo a Pedro que lhe fosse vendido o poder de dar o Espírito Santo por meio da imposição das mãos (At 8). Três anos mais tarde ocorreu o primeiro mencionado encontro de Pedro e Paulo (At 9:26Gl 1:17-18). Foram feitos dois milagres de cura (Enéias, Dorcas), enquanto Pedro andava visitando as igrejas ao sul da Palestina. A uma visão que ele teve, seguiu-se a conversão de Cornélio, sendo removidas da alma de Pedro as suas dúvidas quanto à possibilidade de os pagãos se tornarem cristãos sem ser necessário que fossem primeiramente judeus (At 10). A família de Cornélio recebeu o Espírito Santo, sendo os seus membros batizados por Pedro, que por esse fato ofendeu os seus conterrâneos (At 11:2). Defendeu-se, contudo, convencendo-os de que ‘também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para a vida’ (At 11:18). Seguiu-se a prisão de Pedro por ordem de Herodes Agripa i e o seu miraculoso livramento. Tiago, o filho de Zebedeu, já tinha sido executado (At 12:2). (*veja Tiago.) Seis anos depois encontramo-lo em Jerusalém discutindo com os outros apóstolos o assunto da circuncisão. Mas ele não foi o presidente daquele concilio, nem apresentou as suas deliberações (At 15). Foi em Antioquia, não muito depois do concílio, ou, segundo alguns, antes dessa magna reunião, que houve o memorável conflito entre Pedro e Paulo (Gl 2:11-14). Pedro parecia estar indeciso sobre a questão da igualdade dos gentios. Paulo denunciou a conduta de Pedro, e então o mais velho submeteu-se ao apóstolo mais novo, ficando para sempre seu amigo (2 Pd 3.15). A respeito dos últimos anos da vida de Pedro nada se sabe como coisa
Simão: ouvindo. l. irmão de Jesus (Mt 13:55Mc 6:3). (*veja irmãos do Senhor.) 2. (Mt 4:18, etc.). (*veja Pedro.) 3. o Zelote, um apóstolo de Jesus Cristo. Nada sabemos dos seus atos como apóstolo (Mt 10:4Mc 3:18Lc 6:15At 1:13). *veja Cananita. 4. Leproso que vivia em Betânia, e em cuja casa foi a cabeça do Salvador ungida com óleo (Mt 26:6Mc 14:3). Como ele estava vivendo na sua própria casa e entre o povo, devia já estar livre da lepra, sendo, provavelmente, um dos curados por Jesus Cristo. Lázaro, Maria e Marta estavam presentes como hóspedes (Jo 12:2). 5. Um cireneu, que foi obrigado a prestar auxílio ao Redentor, levando também a cruz ao lugar da crucificação (Mt 27:32Mc 15:21Lc 23:26), pois Jesus, pela Sua fadiga, não a podia levar para mais longe. Era pai de Alexandre e Rufo (Mc 15:21) – e talvez o cristão de Roma, de quem se fala em Rm 16:13. 6. Um fariseu, em cuja casa foi ungido Jesus pela mulher, que era uma pecadora (Lc 7:36-50). 7. o pai de Judas iscariotes (Jo 6:71 – 12.4 – 13 2:26). (*veja Judas iscariotes.) 8. Um mágico de Samaria, geralmente chamado Simão Mago, o qual procurou comprar por dinheiro o dom do Espírito Santo (At 8:9-24). Ao seu ímpio oferecimento de dinheiro, para receber o dom do Espírito Santo, chamou-se ‘simonia’. A posterior tradição cristã encontra muito que dizer da sua vida depois daquele acontecimento. 9. Simão, o curtidor, um cristão de Jope em cuja casa esteve Pedro hospedado (At 9:43 – 10.6,17,32).
Simão pedro: Era um homem de contrastes. Em Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?” Ele respondeu de imediato: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16:15-16). Alguns versículos adiante, lemos: “E Pedro chamando-o à parte, começou a reprová-lo…” Era característico de Pedro passar de um extremo ao outro.
Ao tentar Jesus lavar-lhe os pés no cenáculo, o imoderado discípulo exclamou: “Nunca me lavarás os pés.” Jesus, porém, insistiu e Pedro disse: “Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça” (Jo 13:8-9).
Na última noite que passaram juntos, ele disse a Jesus: “Ainda que todos se escandalizem, eu jamais!” (Mc 14:29). Entretanto, dentro de poucas horas, ele não somente negou a Jesus mas praguejou (Mc 14:71).
Este temperamento volátil, imprevisível, muitas vezes deixou Pedro em dificuldades. Mas, o ES o moldaria num líder, dinâmico, da igreja primitiva, um “homem-rocha” (Pedro significa “rocha”) em todo o sentido.
Os escritores do NT usaram quatro nomes diferentes com referência a Pedro. Um é o nome hebraico Simeon (At 15:14), que pode significar “ouvir”. O Segundo era Simão, a forma grega de Simeon. O terceiro nome era Cefas palavra aramaica que significa “rocha”. O quarto nome era Pedro, paralavra grega que significa “Pedra” ou “rocha”; os escritores do NT se referem ao discípulo com estes nomes mais vezes do que os outros três.
Quando Jesus encontrou este homem pela primeira vez, ele disse: “Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas” (Jo 1:42). Pedro e seu irmão André eram pescadores no mar da Galiléia (Mt 4:18; Mc 1:16). Ele falava com sotaque galileu, e seus maneirismos identificavam-no como um nativo inculto da fronteira da galiléia (Mc 14:70). Foi levado a Jesus pelo seu irmão André. (Jo 1:40-42)
Enquanto Jesus pendia na cruz, Pedro estava provavelmente entre o grupo da Galiléia que “permaneceram a contemplar de longe estas coisas” (Lc 23:49). Em 1Pe 5:1, ele escreveu: “…eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo…”
Pedro encabeça a lista dos apóstolo em cada um dos relatos dos Evangelhos, o que sugere que os escritores do NT o consideravam o mais importante dos doze. Ele não escreveu tanto como João ou Mateus, mas emergiu como o líder mais influente da igreja primitiva. Embora 120 seguidores de Jesus tenha recebido o ES no dia do Pentecoste, a Bíblia registra as palavras de Pedro (At 2:14-40). Ele sugeriu que os apóstolos procurassem um substituto para Judas 1scariotes (At 1:22). Ele e João foram os primeiros a realizar um milagre depois do Pentecoste, curando um paralítico na Porta Formosa (At 3:1-11).
O livro de Atos acentua as viagens de Paulo, mas Pedro também viajou extensamente. Ele visitou Antioquia (Gl 2:11), Corinto (2Co 1:12) e talvez Roma.
Pedro sentiu-se livre para servir aos gentios (At 10), mas ele é mais bem conhecido como o apóstolo dos judeus (Gl 2:8). À medida que Paulo assumir um papel mais ativo na obra da igreja e à medida que os judeus se tornavam mais hostis ao Cristianismo, Pedro foi relegado a segundo plano na narrativa do NT.
A tradição diz que a Basílica de São Pedro em Roma está edificada sobre o local onde ele foi sepultado. Escavações modernas sob a antiga igreja exibem um cemitério romano muito antigo e alguns túmulos usados apressadamente para sepultamentos cristãos. Uma leitura cuidadosa dos Evangelhos e do primitivo segmento de Atos tenderia a apoiar a tradição de que Pedro foi figura preeminente da igreja primitiva.
Simão zelote: Mateus refere-se a um discípulo chamado “Simão, o Cananeu”, enquanto Lucas e o livro de Atos referem-se a “Simão, o Zelote”. esses nomes referem-se à mesma pessoa. Zelote é uma palavra grega que significa “zeloso”; “cananeu” é transliteração da palavra aramaica kanna’ah, que também significa “zeloso”; parece, pois, que este discípulo pertencia à seita judaica conhecida como zelotes.
A Bíblia não indica quando Simão, foi convidado para unir-se aos apóstolos. Diz a tradição que Jesus o chamou ao mesmo tempo em que chamou André e Pedro, Tiago e João, Judas 1scariotes e Tadeu (Mt 4:18-22).
Temos diversos relatos conflitantes acerca do ministério posterior deste homem e não é possível chegar a uma conclusão.

Quem é quem na Bíblia?

Autor: Paul Gardner

Simão:

Usado como forma grega do nome hebraico Simeão, que significa “ouvindo”. Existem nove personagens com esse nome no Novo Testamento.


1. Irmão de André, um dos doze discípulos e apóstolos de Jesus. Veja Pedro.


2. Irmão de Jesus, é mencionado pelo nome apenas em Marcos 6:3 e na passagem paralela em Mateus 13:55. Nessa narrativa, Cristo havia chegado à cidade de Nazaré, onde fora criado, e começou a pregar na sinagoga. Ambos os evangelhos revelam a surpresa da multidão em face da sabedoria que Jesus manifestava. As pessoas ficaram particularmente espantadas, porque todos conheciam sua família, que estivera presente na cidade o tempo todo. Numa bela retórica, perguntaram: “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde, pois, lhe veio tudo isto? E escandalizavam-se nele” (Mt 13:55-57). Lamentavelmente, devido à falta de fé deles, Jesus não fez muitos milagres na cidade e declarou que o profeta não tem honra no meio de seu próprio povo.

Em outro texto os irmãos de Jesus manifestam o desejo de que Ele fosse mais explícito em seu ministério público, sem de fato acreditar nele (Jo 7:3-5). Mais tarde, porém, claramente passaram a crer no Senhor e foram mencionados no grupo que “orava constantemente” antes do dia de Pentecostes, em Atos 1:14. Pelo menos alguns tornaram-se missionários na 1greja primitiva e são mencionados em I Coríntios 9:5.

Durante toda a história da Igreja, a palavra “irmão”, referente aos irmãos de Jesus, tem sido interpretada de várias maneiras. Alguns argumentam que deveriam ser filhos apenas de José, de um casamento anterior, a fim de manter a ideia que mais tarde tornou-se conhecida como a doutrina da virgindade perpétua de Maria. Agostinho e outros notáveis escritores católicos romanos argumentavam que a palavra significava simplesmente “parentes” ou “primos”. Os textos onde a frase aparece, entretanto, dão muito mais a ideia de referir-se a irmãos literais de Jesus, nascidos de Maria, depois que teve seu filho “primogênito”, Jesus (Lc 2:7; cf. Mt 1:25).


3. Simão, um fariseu, é mencionado apenas em Lucas 7. Jesus aceitou um convite para jantar em sua casa. Quando estavam à mesa, uma mulher que morava na mesma cidade, “uma pecadora”, entrou na casa e “estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas. Então os enxugava com os próprios cabelos, beijava-os e os ungia com ungüento” (v. 38). Claramente ela reconhecia seus pecados e buscava seu perdão e sua bênção. Como fariseu, Simão logo ficou preocupado com o fato de uma “pecadora” tocar em Jesus, deixando-o, desta maneira, cerimonialmente contaminado. Desde que Cristo parecia não se preocupar com isso, Simão concluiu que ele não era um verdadeiro profeta, pois se assim fosse entenderia o que ocorria naquela atitude da pecadora. Jesus respondeu aos pensamentos silenciosos de Simão com uma parábola, na qual contrastou duas pessoas que tinham uma dívida com um agiota. Uma devia uma grande soma e a outra, pouco dinheiro; ambos os débitos foram perdoados. Jesus perguntou a Simão qual das duas pessoas amaria mais o agiota. Desta maneira o fariseu foi apanhado pela parábola, ao ter de aplicá-la aos seus próprios pensamentos. Respondeu que a pessoa que fora perdoada do maior débito. Cristo então aplicou a parábola a Simão e à mulher. Ele cumprira suas obrigações legais de hospitalidade para com Jesus, mas ela mostrara seu amor pelo Senhor desde que entrara na casa dele. “Ela amou mais” porque seus “muitos pecados” foram perdoados. Por outro lado, por implicação, Simão amava menos, pois tinha experimentado pouco do perdão de Deus (v. 47).

Lucas enfatiza dois pontos importantes neste incidente nos vv. 49 e 50. Primeiro, prossegue com um tema de seu evangelho, a fim de mostrar como os outros convidados foram forçados a perguntar: “Quem é este que até perdoa pecados?” Queria que seus leitores também fizessem essa mesma pergunta, pois assim conheceriam melhor a Jesus Cristo (veja também Lc 4:22-41; Lc 5:21; Lc 7:16-19; Lc 8:26-9:18-20; etc.). Segundo, Lucas conclui a seção, a fim de revelar que a resposta da mulher a Cristo foi fundamental para o seu perdão: “A tua fé te salvou; vai-te em paz”. Portanto, por implicação, essa deveria ser a resposta dos leitores a Jesus, a qual os levaria ao perdão e à salvação. P.D.G.


4. Simão, o zelote, é um dos apóstolos menos conhecidos de Jesus. Seu nome é registrado na Bíblia somente nas listas dos apóstolos nos três primeiros evangelhos e na cena do Cenáculo, em Atos 1.

Provavelmente existem duas razões pelas quais o nome dele é sempre especificado como “o zelote”, ou uma palavra semelhante. A primeira razão seria para que não houvesse confusão com Simão Pedro. Ambos tinham o mesmo nome e, assim, era necessário fazer uma distinção entre eles. Jesus deu ao mais proeminente deles o apelido de Pedro (Mt 10:2; Mt 16:18). Não sabemos quem começou a chamar o outro de “zelote”.

A segunda razão, sem dúvida, é que esse nome descrevia seu caráter ou sua lealdade, tanto no passado como no presente. Além dos nomes de família, tais designações eram comuns entre os apóstolos. Tiago e João, os filhos de Zebedeu, eram conhecidos como “filhos do trovão” (Mc 3:17), claramente um comentário sobre suas personalidades impetuosas. Mateus era chamado de “o publicano” (Mt 10:3), para lembrar seu passado antes de tornar-se discípulo de Cristo.

Provavelmente a melhor explicação a respeito de Simão, o zelote, seja devido à sua personalidade — caráter ou atividades passadas. A descrição dele como “o zelote” numa passagem que relata uma situação posterior à ressurreição de Cristo (At 1:13) implica que qualquer que fosse o motivo da designação, ele continuou o mesmo. Se essa ideia estiver correta, seria entendido como “o zeloso”, talvez pelo seu zelo geral ou especificamente em relação a Jesus Cristo.

Por outro lado, as passagens nos evangelhos sinópticos (Mt 10:4; Mc 3:18; Lc 6:15) ocorrem exatamente no início do ministério de Jesus. Nesse aspecto, é muito mais provável que “zelote” refira-se ao partido político nacionalista que existia no judaísmo, naquela época. Essa hipótese é apoiada pela palavra grega traduzida como “zelote”, em Mateus 10:4 e Marcos 3:18. A palavra é cananaios, que é outro termo para a seita judaica dos zelotes. É claro que é bem possível que o antigo zelo nacionalista de Simão tenha-se transformado numa lealdade intensa a Jesus, caso em que ambos os nomes estariam presentes. Qualquer que seja o motivo, o papel de Simão, o zelote, como apóstolo de Cristo é um exemplo magnífico da graça transformadora de Deus e também como o Senhor usa pessoas drasticamente diferentes para realizar seus propósitos.

A.B.L.


5. Simão, o leproso, é mencionado apenas em Mateus 26:6 e Marcos 14:3. É a única pessoa acometida de lepra citada pelo nome, no Novo Testamento. Veja Lepra. Ele nos proporciona um interessante exemplo de como Jesus era totalmente capaz de aceitar aquelas pessoas marginalizadas pela sociedade. Em Marcos 14, Cristo fora à casa de Simão, em Betânia, para uma refeição. Enquanto alimentavam-se, uma mulher entrou e derramou um perfume caríssimo sobre a cabeça dele. Alguns na sala consideraram a ação dela um grande desperdício de dinheiro e “murmuravam contra ela” (Mc 14:5). Jesus lembrou aos presentes que os pobres sempre estariam com eles, mas o Filho de Deus não se encontraria entre eles por muito tempo. Tomou o perfume como um indicador profético de sua morte, quando seu corpo seria preparado com essências aromáticas para o sepultamento (v. 8). João 12:1-8 aparentemente relata o mesmo evento ocorrido em Betânia. A mulher é identificada como Maria, mas nenhuma menção é feita a Simão, o leproso.


6. Simão Iscariotes é mencionado apenas no evangelho de João. Era pai de Judas 1scariotes, o discípulo que traiu Jesus (Jo 6:71; Jo 13:2-26). Veja Judas 1scariotes.


7. Simão de Cirene foi forçado pelos guardas romanos a carregar a cruz para Jesus até o Gólgota, local onde Cristo foi crucificado (Mt 27:32; Lc 23:26). Marcos 15:21 acrescenta que ele era “pai de Alexandre e de Rufo” e que “por ali passava, vindo do campo”. Isso pode significar que seus filhos posteriormente aderiram à fé em Cristo e eram conhecidos na 1greja primitiva.

Cirene ficava no norte da África (moderna Líbia) e parece que ali havia uma grande comunidade judaica (At 6:9). É possível que Simão estivesse em Jerusalém para a festa da Páscoa. Posteriormente, no dia de Pentecostes, visitantes de Cirene ouviram o evangelho em sua própria língua e se converteram (At 2:10). Pessoas desse país também são mencionadas em conexão com a pregação do evangelho aos gentios (At 11:20) e um certo Lúcio de Cirene era mestre na igreja em Antioquia (At 13:1).


8. Simão, o mágico, vivia em Samaria e suas artes mágicas eram bem conhecidas na comunidade (At 8:9). Ele tinha prazer na aclamação do povo da cidade, o qual achava que ele tinha poderes divinos (vv. 10,11). Filipe, o evangelista, pregou a palavra de Deus em Samaria e muitas pessoas creram e foram batizadas. Ele realizou milagres em nome de Jesus e expeliu os demônios; toda a cidade foi afetada (vv. 4-8). O próprio Simão ficou maravilhado com o que acontecia por intermédio de Filipe e ele mesmo creu e foi batizado (v. 13). Pedro e João foram a Samaria para ver por si mesmos quantas pessoas tinham crido em Cristo e impuseram as mãos sobre os novos convertidos, para que recebessem o Espírito Santo (vv. 14-17). “Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: Dai-me também esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo” (vv. 18,19).

Acostumado a ser pago por seus serviços de magia, provavelmente Simão nada viu de errado em oferecer dinheiro para adquirir um pouco do poder que os apóstolos possuíam. O pedido, entretanto, revelou seu pecado e sua falta de entendimento. Pedro o olhou fixamente e lhe disse sem preâmbulos: “O teu coração não é reto diante de Deus”. Exortou-o então a se arrepender, a buscar perdão e uma mudança no coração: “Pois vejo que estás em fel de amargura e em laço de iniqüidade”. Simão pediu a Pedro que orasse por ele, para que não sofresse o juízo de Deus (vv. 23,24).

O texto não deixa claro até que ponto a conversão de Simão foi genuína. Certamente ele foi atraído pela operação de sinais e maravilhas, como acontece com tantas pessoas através dos séculos. Pedro precisou de maturidade espiritual para ver que a atração aos sinais e a crença neles não representava uma conversão genuína. A implicação no final da passagem é que, embora a fé de Simão não fosse genuína no princípio, no final ele realmente buscou o perdão do Senhor.


9. Simão, o curtidor, vivia perto do mar, em Jope (At 9:43;10:6-32). Sua casa provavelmente ficava à beira-mar, para que o curtume das peles de animais não causasse contaminação cerimonial à comunidade judaica. Pedro permaneceu em sua casa “por muitos dias”. O apóstolo chegara a Jope procedente de Lida, chamado por alguns discípulos, pois Tabita, uma discípula conhecida por suas boas obras, havia morrido. Pedro orou e ela ressuscitou dentre os mortos (At 9:40). Quando estava no terraço, na casa de Simão, o curtidor, Pedro teve a visão na qual foi encorajado a comer dos assim chamados animais “impuros”. Por meio desta revelação, o Senhor o preparava para o trabalho entre os gentios e especificamente para encontrar-se com o centurião Cornélio, cujos empregados já estavam a caminho de Jope, para pedir-lhe que os acompanhasse a Cesaréia. P.D.G.


Dicionário da Bíblia de Almeida

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Simão: Simão [Ouvinte] -

1) PEDRO (Mt 4:18)

2) Iscariotes, pai de JUDAS 1, (Jo 13:26), RA).

3) O leproso (Mc 14:3).

4) CIRENEU (Mt 27:32).

5) CURTIDOR (At 10:6).

6) FARISEU (Lc 7:40).

7) MÁGICO (At 8:9-24).

8) ZELOTE ou CANANEU 3, (Mt 10:4).

9) Ir

Dicionário de Jesus e Evangelhos

Autor: César Vidal Manzanares

Simão: Simão 1. O apóstolo Pedro (Mt 16:17; Jo 1:42; 21,15).

2. O zeloso. Um dos discípulos de Jesus. Não se deve equivocar e identificá-lo, como já se fez, com um zelote (Mt 10:4; Mc 3:18; Lc 6:15).

3. Um dos irmãos de Jesus (Mt 13:55; Mc 6:3).

4. Um fariseu (Lc 7:40.43);

5. Um personagem de Betânia, afligido pela lepra (Mt 26:6; Mc 14:3). Às vezes, é identificado com o 4.

6. O Cireneu. Personagem — possivelmente gentio — que foi obrigado a ajudar Jesus a levar a cruz (Mt 27:32; Mc 15:21; Lc 23:26);

7. Simão Iscariotes, pai de Judas 1scariotes (Jo 6:71; 13 2:26).

Strongs


Ἀλέξανδρος
(G223)
Ver ocorrências
Aléxandros (al-ex'-an-dros)

223 Αλεξανδρος Alexandros

do mesmo que (a primeira parte de) 220 e 435; n pr m Alexandre = “defensor do homem”

  1. filho de Simão de Cirene que carregou a cruz de Cristo, Mc 15:21
  2. um certo homem da família do sumo sacerdote, At 4:6
  3. um certo judeu, At 19:33
  4. um certo caldeireiro que se opôs ao apóstolo Paulo, 1Tm 1:20

Καϊάφας
(G2533)
Ver ocorrências
Kaïáphas (kah-ee-af'-as)

2533 Καιαφας Kaiaphas

de origem aramaica קיפא; n pr m

Caifás = “tão gracioso”

  1. sumo sacerdote dos judeus nomeado para aquele ofício por Valério Grato, governador da Judéia, após a destituição de Simão, filho de Camite, 18 d.C. Destituído em 36 d.C. por Vitélio, governador da Síria, que nomeou Jonatã, filho de Anás (Anás, sogro de Caifás), seu sucessor

Κανανίτης
(G2581)
Ver ocorrências
Kananítēs (kan-an-ee'-tace)

2581 Κανανιτης Kananites

de origem aramaica, cf 7067 הקני; n pr m

Canaanita = “zeloso”

  1. sobrenome do apóstolo Simão, também conhecido como “Simão, o Zelote”

Λευΐ
(G3017)
Ver ocorrências
Leuḯ (lyoo'-ee)

3017 λευι Leui

de origem hebraica 3878 לוי; TDNT - 4:234,529; n pr m

Levi = “ligado”

terceiro filho do patriarca Jacó com sua esposa Lia, o instituidor da tribo dos israelitas que levam seu nome

filho de Melqui, um dos antepassados de Cristo

filho de Simão, um antepassado de Cristo


Ἀνδρέας
(G406)
Ver ocorrências
Andréas (an-dreh'-as)

406 Ανδρεας Andreas

de 435; n pr m

André = “varonil”

  1. um nativo de Betsaida, na Galiléia, irmão de Simão Pedro, um discípulo de João o Batista, e mais tarde apóstolo de Cristo. Dele se diz ter sido crucificado na Acaia.

Ἄννας
(G452)
Ver ocorrências
Ánnas (an'-nas)

452 Αννας Annas

de origem hebraica 2608 חנן; n pr m

Anás = “humilde”

  1. sumo sacerdote dos judeus, elevado ao sacerdócio por Quirino, o governador da Síria em 6 ou 7 d.C., contudo, mais tarde deposto por Valerius Gratus, o procurador da Judéia, que colocou em seu lugar, primeiro Ismael, filho de Fabi, e logo depois Eleazar, filho de Anás. Depois de Eleazar, o ofício passou a Simão; de Simão em 18 d.C. a Caifás; no entanto, mesmo depois de ter sido deposto do ofício, Anás continuou a ter grande influência.

Σίμων
(G4613)
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Símōn (see'-mone)

4613 σιμων Simon

de origem hebraica 8095 שמעון; n pr m

Pedro = “rocha ou pedra”

Pedro era um dos apóstolos

Simão, chamado Zelote ou Kanaites

Simão, pai de Judas, o traidor de Jesus

Simão Mago, o mágico samaritano

Simão, o curtidor, At 10

Simão, o fariseu, Lc 7:40-44

Simão de Cirene, que carregou a cruz de Cristo

Simão, o primo de Jesus, o filho de Cleopas

Simão, o leproso, assim chamado para distingui-lo dos outros do mesmo nome


אַמְנֹון
(H550)
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ʼAmnôwn (am-nohn')

0550 אמנון ’Amnown ou אמינון ’Amiynown

procedente de 539; n m Amnom = “fiel”

  1. filho mais velho de Davi, estuprador de Tamar, morto por Absalão
  2. um filho de Simão (do clã de Calebe)

רִנָּה
(H7441)
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Rinnâh (rin-naw')

07441 רנה Rinnah

o mesmo que 7440; n. pr. m. Rina = “grito”

  1. um judaíta, filho de Simão

שִׁימֹון
(H7889)
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Shîymôwn (shee-mone')

07889 שימון Shiymown

aparentemente em lugar de 3452; n. pr. m. Simão = “deserto”

  1. um judaíta, pai de Amnom, Rina, Ben-Hanã e Tilom

תּוּלֹון
(H8436)
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Tûwlôwn (too-lone')

08436 תולן Tuwlon

procedente de 8524; n. pr. m. Tilom = “dom”

  1. um judaíta, filho de Simão