Enciclopédia de Gênesis 3:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 3: 16

Versão Versículo
ARA E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.
ARC E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.
TB Disse ele à mulher: Multiplicarei grandemente o teu sofrer e a tua conceição; em dor darás à luz filhos; o teu desejo será para teu marido, e ele te dominará.
HSB אֶֽל־ הָאִשָּׁ֣ה אָמַ֗ר הַרְבָּ֤ה אַרְבֶּה֙ עִצְּבוֹנֵ֣ךְ וְהֵֽרֹנֵ֔ךְ בְּעֶ֖צֶב תֵּֽלְדִ֣י בָנִ֑ים וְאֶל־ אִישֵׁךְ֙ תְּשׁ֣וּקָתֵ֔ךְ וְה֖וּא יִמְשָׁל־ בָּֽךְ׃ ס
BKJ À mulher ele disse: Eu multiplicarei grandemente o teu sofrimento e a tua concepção. Com sofrimento terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele governará sobre ti.
LTT E disse à mulher: "Grandemente multiplicarei o teu sofrimento da tua gravidez; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para ① o teu marido, e ele governará sobre ti."
BJ2 À mulher ele disse:[l] "Multiplicarei as dores de tuas gravidezes, na dor darás à luz filhos. Teu desejo te impelirá ao teu marido e ele te dominará."
VULG Mulieri quoque dixit : Multiplicabo ærumnas tuas, et conceptus tuos : in dolore paries filios, et sub viri potestate eris, et ipse dominabitur tui.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 3:16

Gênesis 4:7 Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás.
Gênesis 35:16 Partiram de Betel, e, havendo ainda um pequeno espaço de terra para chegar a Efrata, teve um filho Raquel e teve trabalho em seu parto.
Números 30:7 e seu marido o ouvir e se calar para com ela no dia em que o ouvir, os seus votos serão válidos; e as suas obrigações, com que ligou a sua alma, serão valiosas.
Números 30:13 Todo voto e todo juramento de obrigação, para humilhar a alma, seu marido o confirmará ou anulará.
I Samuel 4:19 E, estando sua nora, a mulher de Fineias, grávida, e próxima ao parto, e ouvindo estas novas, de que a arca de Deus era tomada e de que seu sogro e seu marido morreram, encurvou-se e deu à luz; porquanto as dores lhe sobrevieram.
Ester 1:20 E, ouvindo-se o mandado que o rei decretar em todo o seu reino (porque é grande), todas as mulheres darão honra a seus maridos, desde a maior até à menor.
Salmos 48:6 Tremor ali os tomou, e dores, como de parturiente.
Isaías 13:8 E assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais, e se angustiarão como a mulher parturiente; cada um se espantará do seu próximo; o seu rosto será rosto flamejante.
Isaías 21:3 Pelo que os meus lombos estão cheios de grande enfermidade; angústias se apoderaram de mim como as angústias da que dá à luz; estou tão atribulado, que não posso ouvir, e tão desfalecido, que não posso ver.
Isaías 26:17 Como a mulher grávida, quando está próxima a sua hora, tem dores de parto e dá gritos nas suas dores, assim fomos nós por causa da tua face, ó Senhor!
Isaías 53:11 O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.
Jeremias 4:31 Porquanto ouço uma voz como de mulher que está de parto, uma angústia como da que está com dores do primeiro filho; a voz da filha de Sião, ofegante, que estende as mãos, dizendo: Oh! Ai de mim agora! Porque a minha alma desmaia diante dos assassinos.
Jeremias 6:24 Ouvimos a sua fama, afrouxaram-se as nossas mãos; angústia nos tomou, e dores como de parturiente.
Jeremias 13:21 Que dirás, quando puser os teus amigos sobre ti como cabeça, se foste tu mesmo que contra ti os ensinaste? Porventura, não te tomarão as dores, como à mulher que está de parto?
Jeremias 22:23 Ó tu que habitas no Líbano e fazes o teu ninho nos cedros! Quão lastimada serás quando te vierem as dores e os ais como da que está de parto!
Jeremias 49:24 Enfraquecida está Damasco; virou as costas para fugir, e tremor a tomou; angústia e dores a tomaram como da mulher que está de parto.
Miquéias 4:9 E, agora, porque farás tão grande pranto? Não há em ti rei? Pereceu o teu conselheiro? Apoderou-se de ti dor, como da que está de parto?
João 16:21 A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.
I Coríntios 7:4 A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.
I Coríntios 11:3 Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo varão, e o varão, a cabeça da mulher; e Deus, a cabeça de Cristo.
I Coríntios 14:34 As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque lhes não é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei.
Efésios 5:22 Vós, mulheres, sujeitai-vos a vosso marido, como ao Senhor;
Colossenses 3:18 Vós, mulheres, estai sujeitas a vosso próprio marido, como convém no Senhor.
I Tessalonicenses 5:3 Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.
I Timóteo 2:11 A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição.
I Timóteo 2:15 Salvar-se-á, porém, dando à luz filhos, se permanecer com modéstia na fé, no amor e na santificação.
Tito 2:5 a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.
I Pedro 3:1 Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra,

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

"para" pode implicar "deve mostrar submissão a" ou "inclinar-se-á a tentar pôr-se sobre."


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

DOR

ISRAEL
Mapa Bíblico de DOR



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
5. A Mulher que a Serpente Iludiu (Gn 3:1-5)

A serpente (1) se enfiou sorrateiramente no jardim tranqüilo como um visitante sinistro. Por todo o antigo discurso semítico, os répteis estavam relacionados com influ-ências demoníacas e este versículo descreve que a criatura era mais astuta que todas as alimárias do campo. À medida que a história progride, a serpente é apresentada em todos os lugares como instrumento de certo poder espiritual oculto. No Novo Testa-mento, Jesus relaciona a serpente ao diabo (Jo 8:44), como também o faz Paulo (Rm 16:20; cf. 2 Co 11.3; 1 Tm 2,14) e João (Ap 12:9-20.2). Em todos estes exemplos, a fonte da tentação é objetivamente distinta de Deus ou do ser humano. Em nenhum caso, a ser-pente é considerada apenas a "personificação da tentação"' ou a "representante do poder da tentação"."

A serpente começou a conversa com uma expressão de surpresa: Não comereis de toda árvore do jardim?, e passou a citar erroneamente a ordem original de Deus, tornando-a absurda. A proibição original estava relacionada só com uma árvore, mas a serpente disse de toda árvore, frase que em 2.16 é encontrada na ordem permissiva e não na ordem negativa (2.17). A serpente pôs em dúvida a bondade de Deus: Ele foi muito restritivo, retendo desnecessariamente benefícios de grande valor.

Esta primeira pergunta era aparentemente inocente, mas enganou a mulher (2), fazendo com que ela também citasse erroneamente a ordem. Ela tornou a proibição mui-to mais forte do que realmente era. Deus não dissera: Nem nele tocareis (3). Mas Ele fizera a ameaça de castigo muito mais forte do que para que não morrais. Ela tornou, sem perceber, a ordem irracional e o castigo mera possibilidade, em vez de ser um resul-tado inevitável. A mulher perdeu a oportunidade de ouro de derrotar a sugestão da ser-pente. Tivesse ela citado a ordem corretamente e se aferrado a ela, o inimigo não teria podido prosseguir com seu intento.

A serpente percebeu a vantagem e passou a negar categoricamente a verdade da declaração punitiva de Deus, declarando positivamente: Certamente não morrereis (4). Ele concentrou seu ataque incitando ressentimento contra a restrição e suscitando desejo de poder. Deus não estava usando a finalidade da morte como dispositivo para sonegar ao gênero humano a descoberta de algo — se abrirão os vossos olhos (5) ? Ele não estava impedindo o homem de possuir um bem que o homem tinha o direito de ter? A serpente estava acusando Deus de motivo impróprio, de egoisticamente manter o homem em nível de existência inferior. O verdadeiro destino do homem, a serpente indicou, era ser como Deus. A característica principal do ser divino era o poder de saber o bem e o mal.' Este saber não era conhecimento abstrato, mas a habilidade prática de saber todas as coisas, inclusive a inteligência de inventar e estabelecer pa-drões éticos.

Engenhosamente, a serpente sugerira que desobedecer a ordem de Deus ocasiona-ria, não a morte, mas uma vida completa e rica para o homem. Não foram feitas promes-sas positivas, só a sugestão de possibilidades que eram fascinantes e misteriosas. Este era o apelo nuclear do paganismo, a crença de que grandes realizações, pensamento profundo ou ritual cuidadosamente observado introduziriam a pessoa no reino divino. Este também é o pecado básico do homem, alcançar o estado de ser absolutamente livre e auto-suficiente.

Em Gn 3:1-6, ternos "O Apelo da Serpente".

1) Ao desejo físico, 6ab;

2) À curiosidade intelectual, 5;

3) À disposição de auto-afirmação, 1,3 (G. B. Williamson).

  • O Ato de Violação (3:6-8)
  • Os argumentos da serpente atraíram três facetas da natureza da mulher, cada uma parte legítima de sua natureza de criatura. A fome física foi estimulada, pois aquela árvore era boa para se comer (6). O apetite estético foi provocado, pois era agradá-vel aos olhos. E a capacidade de sabedoria e poder foi atiçada, pois era árvore desejá-vel para dar entendimento, o que incluía a habilidade de dominar os outros (cf. a tentação de Jesus, Mt 4:1-11; Lc 4:1-13; 1 Jo 2:16).

    Na verdade, há muito que a mulher fora derrotada e sua contemplação logo resultou em ação. A ordem de Deus foi desobedecida e, incrivelmente, seu marido a seguiu na desobediência. Depois de terem comido, foram abertos os olhos de ambos (7), mas não do modo em que a serpente indicou. Em vez de passarem para um nível de existência superior, eles caíram a um nível inferior. Eles conheceram que estavam nus. Em vez de ficarem unidos com Deus, alcançando essência igual com Ele, eles foram alienados um do outro pela consciência de que seu ato não produziu o que esperavam.18 A frustra-ção estava relacionada com o novo conhecimento de nudez. A desobediência gerou culpa e vergonha. Em reação ao sentimento de vergonha, os dois apanharam folhas de fi-gueira, com as quais fizeram para si aventais (ou "cintas"). Eram tangas simples e transpassadas.

    O homem e a mulher estavam familiarizados com a voz do SENHOR Deus (8), como se deduz pela comunhão freqüente com o Criador. A viração do dia é expressão idiomática para aludir à noite, pois no Oriente Próximo sopra um vento fresco sobre a terra ao pôr-do-sol. Desta vez, o casal não estava preparado para encontrar-se com Deus. A expressão a presença é caracteristicamente vívida em hebraico. Não é uma influên-cia vaga e indefinível, mas uma confrontação direta, bem definida e pessoal. O casal culpado escondeu-se, mas de nada adiantou.

  • A Intimação para Comparecer na Presença de Deus (3:9-13)
  • A pergunta: Onde estás? (9), não foi feita por Deus não saber o paradeiro deles, mas porque Ele queria induzir a resposta e fazer o homem e a mulher saírem do esconde-rijo pela própria confissão.

    A resposta de Adão: Temi (10), esclarece o motivo de terem se escondido. Participar do fruto da árvore não o fez semelhante a Deus, como sugeriu a serpente, mas compro-meteu sua verdadeira essência de ser homem diante de Deus.

    Deus conhece o bem e o mal da perspectiva da bondade divina e soberana. Mas o homem, sendo homem e dependente de Deus, só pode conhecer o bem e o mal da perspec-tiva da obediência à vontade de Deus ou da perspectiva da desobediência, que é a rejei-ção da vontade expressa de Deus. O alcance do homem ao estado divino só o lançaria no papel da desobediência; por conseguinte, seu conhecimento do bem e do mal estava mis-turado com culpa e medo.

    A primeira pergunta foi feita diretamente ao homem: Comeste tu? (11). Adão não tinha desculpa, porque ele sabia qual era a ordem. Tratava-se de uma proibição simples e clara. Mas Adão não enfrentou sua responsabilidade; ele passou a culpa para a esposa — ela me deu (12) — e Deus não a deu para ele? Certamente, ela era digna de confiança como guia para a ação.

    A mulher (13) também tentou evadir-se da responsabilidade, dizendo: A serpente me enganou. Então ela se deu conta de que a serpente "a fez de boba".

    Em 3:6-11, G. B. Williamson destaca "Deus e o Pecador".

    1) O pecado causa culpa pessoal, 7,10,11;

    2) O pecado separa Deus e o homem, 8b;

    3) Deus busca o homem peca-dor, 8a,9;

    4) Deus perdoa a culpa do homem, 21.

    8. O Pronunciamento dos 5eredictos (3:14-19)

    Os pecados cometidos estão refletidos nas punições, as quais foram aplicadas em partes. A serpente (14) foi amaldiçoada. Mais que é tradução incorreta, pois sugere que outros animais também foram amaldiçoados. O sentido correto é "à parte" ou "separado de entre". Moffatt traduz: "Uma maldição em ti de todas as criaturas!" A serpente posou como supremamente sábia, mas sua maneira de se locomover sempre seria símbolo de sua humilhação. A frase sobre o teu ventre não significa que a serpente tinha original-mente pernas e as perdeu no momento em que a maldição foi imposta, mas que seu modo habitual de locomoção tipificava seu castigo.

    A frase pó comerás é idiomaticamente equivalente a "tu serás humilhado" (cf. Si 72.9; Is 49:23; Mq 7:17, onde a frase "lamberão o pó" tem claramente este significado).

    O castigo envolveria inimizade (15), hostilidade entre pessoas. A semente da ser-pente, que Jesus relaciona aos ímpios (Mt 13:38-39; Jo 8:44), e a semente da mulher, têm ambas sentido fortemente pessoal.' Deus disse à serpente: A Semente da mulher te ferirá a cabeça. Compare a referência de Paulo a isto em Romanos 16:20. A serpente só poderia ferir o calcanhar da Semente da mulher. De fato, ferir não é forte o bastante para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer, esmagar, destruir. Uma cabeça esmagada que leva à morte é contrastada com um calcanhar esmagado que pode ser curado. O versículo 15 é chamado "proto-evangelho", pois contém uma promessa de espe-rança para o casal pecador. O mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre; Deus tinha em mente um Vencedor para a raça humana. Há um forte caráter messiânico neste versículo.

    Em 3.14,15, vemos "O Calcanhar Ferido".

    1) O Salvador prometido era a Semente da mulher — o Deus-Homem;

    2) Esta Semente Santa feriria a cabeça da serpente -conquistar o pecado;

    3) A serpente feriria o calcanhar do Salvador — na cruz, ele morreu (G. B. Williamson).
    O castigo da mulher seria o oposto do "prazer" que ela procurou no versículo 6. Ela conheceria a dor (16) no parto, que é bem diferente do novo tipo de vida que ela tentou alcançar pela desobediência. Igualmente, a futura ligação do seu desejo ao seu marido era repreensão à sua decisão de buscar independência. Ela sempre seria dependente dele.

    Em 3:1-15, Alexander Maclaren vê "Como o Pecado Entrou".

    1) O induzimento ao mal, 1-5;

    2) A entrega ao tentador, 6;

    3) As conseqüências fatais 7:15.
    Deus pôs uma maldição diretamente na terra em vez de colocá-la no homem. Adão foi comissionado a trabalhar com a terra (2.15), mas já não seria por puro prazer. O homem se submeteu tão facilmente ao apelo da mulher que ele comeu o fruto proibido. Agora seu trabalho na terra seria misturado com dor (17). De todos os lados, ele seria confrontado por competidores: espinhos e cardos (18), que crescem profusamente sem cultivo e não produzem comida para o homem. Em Oséias 10:8, estas plantas aparecem como símbolos de julgamento e desolação no lugar da adoração. Compare também com Juízes 8:7-16; II Samuel 23:6; Salmo 118:12; Isaías 32:13-33.12; Jeremias 4:3-12.13 e Ezequiel 28:24. Em todo caso, uma conotação ruim é ligada à natureza destas plantas (ver tb. Mt 13:7; Hb 6:8).

    A morte física não seria imediata, mas seria inevitável, porquanto és pó e em pó te tornarás (19). O tipo imediato de morte que o homem sofreu foi espiritual: separação de Deus.

    Em 3:14-19, encontramos retratada "A Maldição Causada pelo Pecado".

    1) Na ser-pente, 14;

    2) Na mulher, 15,16;

    3) Em Adão, 17,19.

    4) Na terra, 17b,18 (G. B. Williamson).

    9. A Expulsão do Jardim do Éden (3:20-24)

    Na melancolia sombria do julgamento havia raios de esperança e misericórdia. O homem podia ver a possibilidade de um futuro através de sua esposa. Agora ele a chama Eva (20), que significa "vida", pois dela viria uma posteridade.

    Misericordioso, Deus providenciou para eles túnicas de peles (21). Estas indumentárias podem ter vindo de animais sacrificados, ainda que o texto não o diga especificamente.

    Há um toque de ironia na observação divina de que este casal humano é como um de nós (22). A preposição de (min) destaca uma nítida distinção entre Deus e o homem em vez de mostrar identidade. Está em contraste com como um, que denota unidade. O homem e a mulher tinham buscado ser como Deus, que sabe o bem e o mal, como seres que são soberanos. Mas nunca poderiam alcançar este status. Eles só possuíam o fôlego (2,7) e a imagem (1.26,27) de Deus. Por conseguinte, sua intrusão em um âmbito que não era deles foi uma negação do seu estado de criatura e uma rebelião contra a singularida-de do Criador. O homem tinha de ter o acesso impedido à árvore da vida para que ele não se fixasse na rebelião.

    Os querubins (24) são seres angelicais que representam o poder de Deus e estão relacionados com seu trono. Duas figuras de querubins estavam na tampa da arca (Êx 25:18-22; 37:7-9), e muitos estavam entretecidos nas cortinas do tabernáculo (Êx 26:1-31; 36.8,35) e esculpidos nas paredes e portas do templo (1 Rs 6:23-35; 2 Cr 3:10-13). Ezequiel os descreveu com a combinação de quatro faces: um leão, um boi, uma águia e um ho-mem, com mãos de homens, pés de bezerros e quatro asas (cf. as quatro criaturas de Ap 4:6-8). Estas criaturas foram incumbidas com a tarefa de deter o acesso do homem à árvore da vida enquanto este estiver carregado com o fardo do pecado.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 14 até o 19

    A Maldição e a Sentença (Gn 3:14-19)

    Foram impostas várias maldições e sentenças. Note o leitor que todos os participantes receberam o que queriam. A culpa ficou sendo transferida; mas no fim foi feita uma justiça absoluta. Emanuel Kant argumentava em prol da existência de Deus com base na idéia da necessidade moral. Deve haver um Deus que é inteligente e justo o bastante para recompensar todo bem e punir todo mai. Se um Deus assim não existisse, então o verdadeiro deus de tudo seria o caos. Isso posto, se quisermos manifestar-nos com inteligência, teremos de escolher Deus, ou este mundo seria deveras confuso e o pessimismo seria o principio mais dominante. Ver no Dicionário o artigo Pessimismo.

    O Pacto Adâmico (Gn 3:14-19)

    Esse pacto condicionava a vida humana após a queda no pecado, prometendo ao homem a redenção. Ver no Dicionário o artigo intitulado Pactos. Várias maldições foram proferidas por causa do pecado, mas o Redentor foi prometido em Gn 3:15. A morte viría, em consequência do pecado; mas a vida, afinal, revertería todos os efeitos do pecado.

    Gn 3:14
    Maldita és. A queda imporia uma maldição sobre todos os seres vivos, pois as coisas não continuariam em sua condição ideal. Mas a serpente, especialmente, ficaria em estado de miséria. Ela teria de arrastar-se de ventre e comer pó. O texto implica, embora não declare especificamente, que a serpente era antes um animal dotado de pernas, bem diferente da serpente que conhecemos. O fato de que comeria pó indicava, metaforicamente, sua posição humilde. O vs. Gn 3:15 parece aplicar a maldição a algo como Satanás, que tinha agido por trás da serpente. Também estava destinado a receber um golpe esmagador. Seu poder seria anulado. É difícil ver como o vs. Gn 3:15 pode ser aplicado somente a serpentes literais. Só pode ser que o autor sacro estivesse pensando em algum grande principio de mal que se ocultava por trás da serpente, Essa circunstância deu origem à teoria, desenvolvida por teólogos posteriores (judeus e cristãos), de que Satanás foi o inspirador de todo o episódio. Ver no Dicionário o artigo intitulado Satanás.

    “A serpente é a mais odiosa de todas as criaturas, a mais detestada pelos homens; e Satanás, amaldiçoado por Deus, foi banido de Sua presença, tendo sido preso em cadeias de trevas, à espera do juízo do último dia...” (John Gill, in loc.).

    Vários comentadores judeus posteriores (Aben Ezra, Jarchi etc.) referiram-se à idéia de que originalmente a serpente tinha pernas; e alguns estudiosos evangélicos levam a sério essa questão.
    “Ela obteve a palma da vitória sobre nossos crédulos primeiros pais, e contínua à solta entre os homens, sempre trazendo consigo a degradação, sempre fazendo suas vítimas afundar cada vez mais em abismos de vergonha e de infâmia. Mesmo assim, perpetuamenfe, ela sofre a derrota, e, em segundo lugar, tem de lamber o pó’, por causa de sua astúcia maligna...” (Ellicott, in loc.).

    Gn 3:15
    Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. Essa é uma declaração notabilíssima. Os críticos erram ao continuarem a ver aqui apenas uma serpente literal que teria sido amaldiçoada, e que continuaria a ser um vexame para o homem e a mulher. Mas é uma insensatez falar aqui meramente sobre como uma serpente pode ferir um homem no calcanhar, e como sua picada por muitas vezes é fatal. E também é tolice pensar que faz parte da maldição que o homem, em retaliação, por muitas vezes esmaga a cabeça da serpente. Ambas as coisas são verdadeiras: as serpentes continuam picando e matando, e os homens continuam esmagando cabeças de serpentes, mas por certo o texto envolve mais do que isso.

    A Explicação Remidora. A maldição trouxe a inimizade; mas há uma solução. A cabeça da serpente seria esmagada, Isso subentende um resultado remidor como a resposta divina ao problema todo. Porém, o autor sagrado não nos oferece uma única palavra sobre como isso sucedería. Nem Moisés nem o resto do Antigo Testamento têm alguma coisa que se compare à doutrina neotestamentária da redenção, com a consequente obtenção da Imagem Divina, por causa da herança da natureza divina (2Pe 1:4). O livro de Gênesis não nos oferece nenhuma explicação a respeito, Mas certas porções do Antigo Testamento, como o livro de Isaías, projetam bastante luz.

    A Explicação Messiânica. Os Targuns de Jonathan, de Jerusalém, e os intérpretes cristãos falam sobre a explicação messiânica. O descendente da mulher é a raça humana, mas por extensão é o Messias, o qual é o Filho do Homem. E a descendência da serpente é o seu continuo poder maligno, através de quaisquer agentes que ela queira utilizar. O poder de Satanás não foi anulado, mas há a missão de Cristo que já derrotou e que ainda derrotará mais definitivamente o poder satânico. O resultado da cruz é a salvação, por meio do Messias e de Sua missão.

    Os Ferimentos. Metaforicamente, o calcanhar ferido aponta para o calcanhar de Cristo ferido na cruz, e, por extensão, todo o sacrifício da cruz, a expiação ao preço do sangue do Senhor. E a cabeça ferida é o golpe fatal recebido pelas forças do mal, encabeçadas por Satanás. O bem vencerá, afinal, o mal. Os ferimentos infligidos por Satanás prosseguem: o mundo jaz no maligno; a miséria humana prevalece por toda parte; o pecado parece triunfar; os homens continuam blasfemando; o mal aparentemente triunfa por toda parte; a maioria dos homens endurece o coração diante da mensagem da redenção; a iniquidade opera universal e eficazmente.

    Os Ferimentos Maior e Menor. É verdade que Satanás inflige seus ataques; mas na refrega ele sai muito mais ferido. Satanás ofende e prejudica a todos os homens. Sob seus ataques, os homens são miseravelmente empurrados para cá e para lá. Mas para o crente, pelo menos está assegurado o seu triunfo final em Cristo.

    “Os motivos do terceiro capítulo — morte, labuta, suor, espinhos, a árvore, o conflito e as descendências — giram em torno de Cristo. Ele é o segundo Adão, que se tornou maldito em nosso lugar, que suou como que grandes gotas de sangue, na mais amarga agonia, que recebeu a coroa de espinhos, que foi pendurado em um madeiro até a morte, e que foi depositado no pó do sepulcro” (Allen P. Ross, in ioc.).

    Gn 3:16

    Em meio de dores darás à luz filhos. Até hoje os homens buscam como aliviar as dores do parto. Por que a mulher não é um pouco diferente, para poder dar luz a seus filhos facilmente, como se dá com alguns animais? O autor sagrado vê aqui outro princípio. O parto é uma ocorrência dolorosa e potencialmente fatal. Essa condição é um dos medonhos resultados da queda no pecado. Metaforicamente. essa dor do parto é também a dc contínua de tudo quanto se segue. O homem nasce para a tristeza, como as (agulhas sobem para o ar (5:7). Essas fagulnas não tomam outra direção, a não ser sempre para cima, tal como o homem está sempre sujeito a dores. Esse é outro aspecto do “problema do mal”. Ver no Dicionário o artigo Problema do Mal.

    O teu desejo. Não somente o desejo sexual da mulher, conforme Jarchi pensava, mas toda a sua vontade, prazer e desejos, que ficariam sujeitos ao veto ou aprovação de seu marido. A afirmação destaca a dependência da mulher ao seu marido. Na antiguidade, essa supremacia do homem era exercida mediante um tratamento extremamente arbitrário, e, com freqüência, isso continua até os tempos modernos. Mui significativamente, o autor do livro de Gênesis faz essa condição aparecer como um resultado da queda no pecado. Presumivelmente, antes disso, a mulher era uma auxiliadora (Gn 2:18), o que envolvia sujeição, mas não aviltamento. Todo domínio e ditadura que uma pessoa possa manter sobre outra deve ser tida como parte da desordem reinante e resultante do pecado, Os críticos, que acreditam que o Gênesis é uma obra de data posterior, vêem nesse versículo um reflexo de condições para as quais contribuíram o baalismo, uma das religiões que exaltava a fertilidade e se especializava na exploração da mulher. Nesse caso, o desep seria somente o desejo sexual, conforme Jarchi supunha, e isso visto como parte da exploração da mulher. E alguns comentadores contendem sobre o fato de que o autor sacro indicava assim que as relações sexuais entre homem e mulher são o ponto focal do domínio e exploração que o homem exerce sobre a mulher.

    E ele te governará. Temos ai ou um reforço do que já fora dito, ou, então, uma generalização. Se o desejo é de natureza sexual, então esta declaração generaliza o tema do domínio exercido pelo homem. Se aquela palavra tiver de ser entendida em um sentido geral, então esta afirmação adicional meramente repete a idéia, para efeito de ênfase.

    Desejo é termo que, de acordo com alguns, indica o desejo que ela teve de pecar, após ter sido enganada. Visto que ela cedera a esse desejo, agora terra de suportar o domínio exercido pelo homem, embora isso só se manifestasse ocasionalmente. Mas esse sentido não é muito provável.

    Vários intérpretes supõem que, antes da queda, o homem e a mulher eram iguais e não havia nenhum domínio masculino arbitrário, e que a vida era sempre harmônica sem jogos de poder entre os sexos.
    Adam Ciarke (in Ioc.) oferece um curioso significado ao termo “desejo”. Ele supunha que seria o desejo sexual, e que a mulher cai na armadilha do sexo, ou seja, por mais que ela tente, não é capaz de escapar às dores de parto. Ela desejará o sexo, mas sofrerá na hora do parto. Nesse caso, o “desejo” sena o apetite sexual.

    Ellicott, por sua vez, pensava que o desejo indica um “anseio natural pelo casamento”. Sem importar as dores que isso lhe traga, ainda assim a mulher deseja muito esse estado. Há uma grande verdade nesse parecer, sem importar se o autor sagrado queria dizer isso, especificamente, ou não.

    A Diferença do Novo Testamento. No trecho de Gáiatas 3.28, Paulo vai além da conduta sugerida no relato do Gênesis. Ele faz homem e mulher serem iguais em Cristo. É como se ele tivesse afirmado: “Em Cristo foi ab-rogada toda essa penalidade”.

    Gn 3:17

    Visto que atendeste à voz de tua mulher. Em geral, os homens não dão ouvidos às suas mulheres, e isso lhes traz dificuldades. Nesse caso, Adão, na qualidade de primeiro homem, não tendo sofrido tentação da parte do Enganador, ou decidiu agradar sua mulher, conforme pensam alguns estudiosos, ou, então, gostou da aparência do fruto proibido, e sofreu sua própria tentação particular. Ele foi internamente tentado, devido a uma fraqueza inerente, Era inocente, mas fraco. O trecho de 1Tm 2:14 indica que o homem caiu deliberadamente.

    Adão. A maioria dos intérpretes opina que esse é um nome próprio, o que indicaria que aqui Adão recebeu seu nome. Ellicott explica que no hebraico não há o artigo definido, pelo que devemos entender a palavra como um nome próprio. Mas outros preferem traduzir aqui por “homem”, e não por um nome próprio, como nos vss. Gn 3:9, Gn 3:12 e outros.

    A Terra Foi Amaldiçoada. Notemos o paralelo. O trabalho da mulher efetua-se no lar, particularmente a tarefa de gerar filhos. No caso dela, isso se tornou um processo difícil e doloroso. Mas o trabalho do homem efetua-se no campo, e esse trabalho também foi dificultado. O pecado sempre produz dificuldades e vexames. Ninguém pode desobedecer à Palavra de Deus sem pagar por isso. O homem viu rompida a sua comunhão com Deus, e agora a própria natureza rebelava-se contra o homem.

    Em fadigas. Notemos a natureza enfática dessa declaração. Antes o labor do homem era satisfatório. Mas agora ele trabalharia muito para produzir pouco, e isso em meio a muita labuta fatigante. Essa frustração resulta da desaprovação divina. Quanto a isso, Adão não usufruiu do “muito bem” de Deus.

    A Voz de Deus, a Voz da Mulher. Notemos o contraste entre este versículo e o vs. Gn 3:8. O homem podia dar ouvidos a uma ou a outra voz. Mas acabou dando ouvidos à voz errada. Assim sucede no caso das tentações. Muitas vozes estranhas procuram desviar-nos da senda do nosso dever. Quanto ao trabalho como uma maldição ou uma bênção, ver as notas sobre o vs. Gn 3:19.

    Até que tornes à terra. O homem não foi executado no momento de seu pecado. Mas recebeu ali uma sentença perpétua. A terra, origem de toda a sua riqueza e bem-estar, agora havia sido amaldiçoada — uma pesada pena. Entregue a si mesmo, o solo não produziría boas coisas de maneira espontânea. Coisas boas só poderíam ser produzidas mediante uma labuta cansativa. Abandonado a si mesmo, o solo só produziría espinhos e ervas daninhas. O fim dessa árdua labuta é a decadência e, finalmente, a morte.
    Gn 3:18
    Cardos e abrolhos. Não é preciso cultivar as plantas nocivas. Sozinhas, elas exibem uma estonteante fertilidade. Adam Clarke proveu uma curiosa exposição neste ponto, que vale a pena reproduzir:
    *. . ,a espécie de cardo chamada Acanthum vulgare produz mais de cem cabeças, cada uma contendo de três a quatrocentas sementes. Suponhamos que esses cardos produzam uma média de 80 cabeças, e que cada qual contenha apenas 300 sementes. A primeira colheita da planta seria de 22 mil Se tudo fosse replantado, a colheita seguinte seria de 576 milhões. Se tudo fosse semeado de novo, havería 13.824 bilhões; e uma única colheita dai, que seria apenas a colheita do terceiro ano, produziría 331.776 quatrilhões; e a colheita do quarto ano totalizaria 7.962.624 sextilhões, uma produção mais do que suficiente para ocupar não somente a superfície do mundo inteiro, mas também de todos os demais planetas do sistema solar, de tal forma que nenhuma outra espécie vegetal podería medrar, se imaginarmos que cada planta ocupasse um quadrado de trinta centímetros de lado”. (Ele acreditava que os planetas são habitáveis e são férteis, à semelhança da terra.) E é bom que ele tenha parado no quarto ano, pois de outra sorte ninguém sabería dizer o número resultante.

    John Gill mostrou ser mais simples. Disse ele apenas. * . .toda espécie de ervas daninhas e plantas e mato sem valor, crescendo e florescendo". Clarke prosseguiu para queixar-se dessa prodigiosa produção de vida vegetal, a fim de mencionar o Cardus vutgatissimus viarum, que não somente produz milhões de sementes inúteis, mas também espalha suas raízes por toda parte, cercando a planta-mãe por muitos metros em redor, a lançar seus rebentos por toda parte. Em seguida as sementes criam uma nova planta-mãe e assim o processo se vai multiplicando, até que grandes campos acabam cobertos por essa espécie tão daninha. Então ele fala sobre a terrível Spinosa vulgaris, tão prejudicai que nenhuma outra planta ousa medrar onde ela tiver lançado raízes. Essa planta é recoberta de espinhos, de tal modo que se uma pessoa aproximar-se dela, terá de pagar pela sua imprudência. Por outra parte, tentemos plantar uma macieira! Em breve fica recoberta de vermes e parasitas, e a menos que seia devidamente cultivada, logo estará completamente degenerada. O limão, no entanto, fazendo exceção à regra, é tão azedo que não parece ter nenhum inimigo natural. Será isso correto?

    Foi assim que o paraíso degenerou em um campo recoberto de espinhos e abrolhos, árvores frutíferas mirradas e grãos de cereal minados de parasitas.

    Gn 3:19

    No suor do rosto. No jardim do Éden, o homem tinha de cultivar o solo; mas então sua tarefa era comparativamente leve. Ele tinha tempo para lazer, adoração e desenvolvimento espiritual. Mas agora, para obter um minimo de sustento, ele precisava suar. E continuaria a cumprir sua sentença perpétua, pois o labor e o suor haveríam de continuar até que voltasse à terra, da qual fora formado.

    Ao pó tornarás. A referência aqui é ao sepultamento de corpos mortos. O homem foi tirado do pó da terra; e havería de voltar a ele Algo lamentável, para dizer o mínimo. Por ocasião dos sepultamentos, é costumeiro o pregador dizer, à beira do túmulo: “Tu és pó e ao pó tornarás". Mas notemos que coisa alguma é dita acerca da alma, que não pode ser afetada pelo pó da terra. Também nada é dito sobre a vida do futuro. O Pentateuco, de fato, é mudo quanto à esperança futura. Ver meus comentários sobre esse fato em Gn 1:26. Assim, embora haja um pálido raio de esperança no fato de que o homem compartilha da imagem de Deus (e essa percepção fazia parte inerente do uso desse vocábulo), o autor sagrado não desenvolveu o tema, e, ao que parece, não sabia muita coisa a respeito, ou mesmo nada sabia. Ver no Dicionário o artigo intitulado Alma. Aprendemos que a teologia é um empreendimento continuo. Na verdade, a teologia progride. É ridículo que queiramos achar no Gênesis as verdades que encontramos nos escritos de Paulo. E é igualmente ridículo dizer que aquilo que Paulo sabia é o fim da erudição. A verdade nunca estaca, embora os homens tentem freiá-la em uma ou outra de suas fases. O que estaca é o conhecimento do homem, quando este se enterra em dogmas estagnados.

    Quando um ministro, diante de um túmulo qualquer, diz que o morto está voltando ao po, costuma adicionar as palavras “na esperança da vida eterna". Mas o autor sagrado fez alto diante da maldição herdada pelo homem, sem agitar nenhum laivo de esperança.
    O homem teria vivido fisicamente para sempre se não tivesse comido do fruto proibido? Alguns eruditos respondem com um não. mas outros respondem com um sim. Para alguns, o pó precisa voltar ao pó, com maldição divina ou não. Seja como for, não foi oferecida nenhuma promessa de vida. Ver Ec 12:7 quanto a um contraste. O homem, como pó, volta à terra; mas o espirito volta a Deus, “que o deu”. Agora está sendo dito algo. Agora temos esperença.

    O homem, essa cnatura frágil, quão pouca razão tem para orgulhar-se de si mesmo.
    Em meu ariigo sobre a alma, fomeci provas acerca da sobrevivência da aima. Alguns estudiosos, neste ponto, contrastam o pó, que naturalmente se desintegra, com a substância pura da alma, que é simples e não se pode desintegrar. Este argumento filosófico comum teve origem com Platão e foi aproveitado por filósofos e teólogos posteriores. Um corpo feito de partículas de terra deve desintegrar-se. Mas o espírito, por sua própria natureza, não se dissolve. Alguns intérpretes supõem que a “árvore da vida" teria dado ao homem essa contraparte imortal, pelo que teria vivido para sempre no espírito, sem importar o que viesse a suceder ao seu corpo físico. Mas o texto não nos fornece nenhum indicio em favor dessa idéia,

    O Trabalho como Maldição e como Bênção. Para a maioria das pessoas, o trabalho é uma maldição. Poucas pessoas seguem todos os dias para o trabalho de coração leve. A maior parte dos trabalhadores é escrava de seus salários. Poucas pessoas acham satisfação interior naquilo que fazem. Isso faz parte da maldição divina. Quando nada há de criativo em um trabalho, este se toma monótono, insípido entorpecedor. Tal tipo de trabalho é degradante, mas é nisso que a maior parte das pessoas se vê envolvida. Hoje em dia as pessoas se mantêm em longas filas à espera de algum trabalho que pague o salário mínimo, o qual não é adequado nem mesmo para as necessidades mais básicas. E os que não são contratados acabam ficando sem alimento suficiente para servir a seus filhos. Quase metade de toda a população brasileira vive subnutrida. Muitas pessoas vão para o leito, à noite, com fome. Pessoas neste país estão morrendo de inanição, ao passo que muitos políticos vivem no luxo e dispõem de contas bancárias secretas na Suíça. Essas condições fazem parte da maldição; e, no entanto, continuamos a considerar o pecado de forma tão negligente. As pessoas sentem-se esgotadas diante de seu trabalho, e não lhes resta energia para desfrutar de suas horas de lazer. Uniões trabalhistas, apesar de seus excessos ocasionais, têm melhorado um tanto a situação, mas esta é deveras lamentável, para dizer o mínimo.

    O Trabalho como uma Bênção. Um trabalho que realiza alguma coisa é divertido. Epicuro insistia em que os prazeres mentais são superiores aos prazeres físicos. Aqueles que trabalham usando seus cérebros, e assim realizam projetos valiosos, divertem-se o tempo todo. Talvez tenham de trabalhar longas horas, mas sentem satisfação. “Os homens que trabalham duramente em geral são os mais felizes" (Cuthbert A. Simpson, in loc.). “Sempre haverá alguém ou alguma coisa pela qual devamos trabalhar; e enquanto assim continuar sucedendo, a vida deverá ser e realmente será digna de ser vivida" (Le Baron R. Briggs). O treinamento e a educação têm por alvo desenvolver habilidades naturais e latentes, liberando-as em atividades dignas. Quando temos algo pelo que trabalhar, mui naturalmente a energia se redobra, e o trabalho toma-se mais inspirador do que cansativo. Quando o trabalho não é criativo é que se toma degradante. Desenvolví esse tema no meu artigo intitulado Trabalho. Dignidade e Ética do, que se acha no Dicionário.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
    *

    3.1-24 Os guardiães do santuário (2.15 nota) são agora testados quanto à sua fidelidade ao seu Rei. O teste é administrado sob um pacto de obras: a obediência lhes dá direito à vida com Deus; a desobediência resulta em morte. O fracasso deles indica a sua necessidade de justificação e santificação através do cumprimento de Cristo do pacto da graça.

    * 3.1 a serpente. No mundo bíblico as cobras simbolizavam, de modo variado, a vida, a sabedoria, e o caos; o deus do caos é as vezes assemelhado a uma cobra (26:12, 13; Is 27:1). Esta serpente é uma encarnação de Satanás, o Adversário. Ver v. 15, nota; “Satanás”, índice.

    mais sagaz. A opção feita por Satanás dessa forma física era um instrumento oportuno para sua malévola inteligência (conforme 13 47:11-15'>2Co 11:13-15). Suas palavras devem ser cuidadosamente escrutinadas. Ele só pode ser resistido com a ajuda da esplêndida armadura de Deus (Mt 4:1-11; Ef 6:10-20).

    mulher. Satanás subverte a instituição do casamento ao deixar de lado o homem, tentando a mulher para usurpar sua autoridade (1Tm 2:12, 14). Mesmo assim, o marido é tido por culpado porque a obedeceu (vs. 9, 17).

    * 3.2-5 A serpente tenta Eva ao: enfatizar a proibição de Deus, e não a sua provisão; reduzir a ordem de Deus a uma pergunta; lançar dúvida quanto à sinceridade de Deus e difamar os seus motivos; e negar a realidade da sua ameaça. A mulher gradualmente dá lugar às negações e meias-verdades de Satanás ao menosprezar os seus próprios privilégios, aumentando a proibição (“nem tocareis nele,” v. 3) e minimizando a ameaça (v. 6).

    * 3:5

    do bem e do mal. Ver 2.9 e nota.

    * 3:6 O pecado é essencialmente a falha do homem em confiar em Deus, um ato ou estado de descrença, uma afirmação de autonomia (2.9 e nota). A verdadeira religião consiste na comunhão com Deus baseada em confiança que leva a obediência (Jo 14:15). Ver a nota teológica “A Queda”, índice.

    árvore … entendimento. A decisão da mulher foi baseada em valores práticos, apreciação estética e gratificação intelectual.

    tomou-lhe do fruto. Neste ato, ela selou uma aliança com o príncipe da morte e das trevas. A eleição amorosa de Deus e o plano da redenção são sua única esperança (v. 15 e notas).

    e ele comeu. O homem se torna um rebelde: rodeado de motivos suficientes para confiar e obedecer a Deus, ele escolhe a desobediência contra Deus (6.5; 8.21). A salvação depende totalmente do Senhor, não do rebelde. Por indicação de Deus Adão representava toda a raça como sendo seu cabeça e trouxe morte sobre todos (Rm 5:12-19). Ele também representa, como modelo e protótipo, a hostilidade da humanidade contra Deus (2.4—3.24 e nota).

    * 3.7-11 A sua morte espiritual (2.17 e nota) é mostrada por sua alienação mútua, simbolizada no coser as folhas de figueira para se cobrirem, e sua separação de Deus é expressa em se esconderem por entre as árvores.

    * 3.7 nus. A nudez no Antigo Testamento sugere fraqueza, necessidade e humilhação (Dt 28:48; 1:21; Is 58:7). A palavra hebraica para “nus” soa como a palavra “sagaz” em 3.1. A intimidade do casamento é despedaçada (conforme 2.21, 24 e notas); a confiança é substituída pela desconfiança. A primeira experiência de culpa foi expressa em termos de tomar consciência da nudez. A redenção está ligada à provisão de Deus de algo para cobrir o pecado humano (v. 21 e notas; conforme Êx 25:17 e nota).

    *

    3.8 esconderam-se. Suas consciências os condenavam, eles se retraíram da intimidade com Deus que anteriormente gozavam no jardim (Rm 2:12-16). Sua expulsão do mesmo condiz com suas atitudes e ações.

    * 3.9 Onde. Embora onisciente, Deus ajusta a sua linguagem às limitações humanas. Aqui a pergunta os induz a vir a ele (conforme 4.9; 11.5).

    * 3.10 Ouvi a tua voz. Ironicamente, a palavra traduzida como “ouvi” é também a palavra para “obedeci” — precisamente o que Adão não fez.

    * 3.11 Quem. Ver nota em 11.5. As perguntas (v. 13) incitaram-nos a confessar sua culpa. Deus não faz perguntas a Satanás, simplesmente o destina a julgamento (v.14).

    *

    3.12, 13 Eles mostram sua fidelidade a Satanás ao distorcer a verdade, acusando um ao outro, e finalmente acusando a Deus (conforme Tg 1:13). Seus esforços para esconder seu pecado apenas o expõe.

    * 3:13

    enganou. Esta palavra sublinha o ensinamento de Paulo em 1Tm 2:12, 14.

    * 3.14-20 O pesado juízo de Deus sobre Satanás (vs. 14-15), a mulher (v. 16), e o homem (vs. 17-19), ainda inclui a promessa de salvação para o povo de Deus (v. 15).

    * 3.14, 15 A linguagem aqui tem uma referência dupla, referindo-se tanto à serpente quanto a Satanás.

    * 3.14 maldita. Maldita, o oposto de abençoada (1.22 e nota), denota a quebra dos poderes da serpente.

    comerás pó todos os dias. Pó é o símbolo de humilhação abjeta (Sl 44:25; 72:9), uma indignidade que dura para sempre. A derrota final de Satanás sob o calcanhar do Messias (v. 15) é retardada para que o programa de redenção de Deus através do descendente prometido da mulher pudesse ser realizado.

    *

    3.15 Porei inimizade. Deus graciosamente converte a afeição depravada da mulher por Satanás para si mesmo.

    a tua descendência e o seu descendente. A humanidade é agora convertida em duas comunidades: os remidos, que amam a Deus, e os réprobos, que amam a si mesmos (Jo 8:33, 44; 1Jo 3:8). A divisão é imediatamente expressa na hostilidade de Caim contra Abel (cap. 4). Esta profecia encontra seu cumprimento no triunfo do Segundo Adão, e da comunidade unida a ele, sobre as forças do pecado, morte e o mal (Dn 7:13, 14; Rm 5:12-19; 16:20; 1Co 15:45-49; Hb 2:14, 15).

    ferirá ... ferirás. Antes da sua gloriosa vitória, o Descendente da mulher deve sofrer para conquistar a nova comunidade do domínio da serpente (Is 53:12; Lc 24:26, 46; 2Co 1. 5-7; Cl 1:24; 1Pe 1:11).

    cabeça ... calcanhar. O sofrimento de Cristo é vitorioso. Ele já alcançou a vitória na cruz, provendo expiação para os santos (13 51:2-15'>Cl 2:13-15) e o consumará na sua segunda vinda (2Ts 1:5-10).

    * 3.16-19 A mulher é frustrada no seu relacionamento natural dentro do lar: um parto doloroso para ter filhos e a subordinação ao seu marido. O homem é frustrado na sua atividade para prover alimento. Cada um experimenta a dor nestes reveses.

    * 3.16 em meio a dores darás a luz. A dor é experimentada até num momento de grande realização para a mulher. Ainda assim, no seu papel de dar a luz e criar os filhos da promessa em Cristo Jesus, a mulher é privilegiada em participar do plano de Deus em criar um povo para si mesmo (v. 15; conforme 1 Tm 2.15).

    desejo. A expressão “e ele te governará” e as palavras paralelas em 4.7 sugerem que o desejo da mulher é o de dominar. A ordenança do casamento continua, mas é frustrada na batalha entre os sexos.

    ele te governará. A harmonia, intimidade e a complementaridade do relacionamento marital antes da queda (2.21-24 e notas) são corrompidos pelo pecado, e distorcidos pelo domínio e submissão forçada. A restauração destes relacionamentos se dá através da nova vida em Cristo (Ef 5:22-23).

    * 3.17 terra. O relacionamento natural do homem com a terra, dominando sobre a mesma, é revertido; ao invés de se submeter a ele, esta o resiste e finalmente o engole (2.7 e nota). A terra, frustrada por ter sido designada pelo Criador à desarmonia, espera por restauração (Rm 8:20-22).

    em fadigas. O trabalho em si é uma bênção porque o trabalho do homem reflete a atividade do Deus que trabalha (2.2, nota). Porém, o objeto do trabalho do homem, a terra, é maldita e se torna uma fonte de frustração.

    *

    3:19

    tu és pó. O corpo terreno do homem torna a morte física possível.

    ao pó tornarás. A morte física é ao mesmo tempo julgamento e bênção. Ela torna toda a atividade vã, porém ela livra o redimido da frustração terrena e abre o caminho para uma salvação eterna, que perdura além do sepulcro (Sl 73:24; Pv 14:32).

    * 3:20

    E deu … o nome. Ver 1.5, 2.23 e notas.

    mãe de todos os seres humanos. A escolha por Adão do nome de Eva demonstra a sua fé na promessa de Deus de que a mulher daria luz a filhos, incluindo o Descendente que derrotaria a Satanás.

    * 3.21 vestimenta de peles. As “cintas” de folha de figo do v. 7 eram somente para os quadris. As “vestimentas” duráveis de Deus se contrastam com a tentativa inadequada de Adão e Eva de encobrir sua vergonha. A provisão de Deus também implicava a morte de um animal, talvez sugerindo um sacrifício pelo pecado (3.7 nota; Lv 17:11).

    *

    3:22

    nós. Ver nota em 1.26.

    viva eternamente. Adão e Eva são protegidos de uma eterna escravidão ao pecado e desgraça que resultaria se eles comessem da árvore da vida (v. 19 e nota).

    3.24 expulso. Deus purifica o seu jardim templo (2.8, nota; conforme Lc 10:18; Jo 2:12-17; Ap 21:27).

    oriente. Ver 2.8 e nota. O tabernáculo de Israel e também o templo, como as catedrais medievais eram voltadas para o oriente.

    querubins. Estes seres celestiais resguardam a santidade de Deus, proibindo que os pecadores tenham acesso a ele (Êx 25:18; 2Cr 3:7).

    para guardar. O vindouro Adão celestial, que carrega sobre si a maldição da fadiga, suor, espinhos, conflito, morte no madeiro e desce ao pó, vai reaver o jardim, rasgando o véu do templo no qual os querubins eram costurados (2.8 e nota; Êx 26:1; Mt 27:51; Hb 6:19; 9:3; Ap 21:1-3, 14). A espada flamejante é a primeira arma de governo ou de coação à lei.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
    3:1 Disfarçado como uma ardilosa serpente, Satanás deveu tentar a Eva. Alguma vez, Satanás foi um ser angélico que se rebelou contra Deus e foi jogado do céu. Satanás é um ser criado e portanto tem limitações. Mesmo que Satanás está tratando de tentar a todos para afastar os de Deus, não terá a vitória final. Em Gn 3:14-15 Deus promete que Satanás será esmagado por um da semente da mulher, o Messías.

    3.1-6 por que Satanás nos prova? A tentação é um convite de Satanás para nos entregar a seu estilo de vida e renunciar ao estilo de vida de Deus. Satanás tentou a Eva e obteve que pecasse. Após se mantém ocupado tratando de conseguir que a gente peque. Inclusive tentou ao Jesus (Mt 4:11), mas Jesus não pecou!

    De que maneira poderia ter resistido Eva a tentação? Seguindo os mesmos princípios que nós podemos seguir. Primeiro, devemos nos dar conta de que ser tentados não é um pecado. Não pecamos até que nos rendemos ante a tentação. portanto, para resistir a tentação, devemos: (1) orar pedindo forças para resisti-la, (2) fugir (algumas vezes literalmente), e (3) dizer não quando enfrentarmos a algo que nos consta que não é correto. Jc 1:12 fala das bênções e recompensas para aqueles que não se rendem ante a tentação.

    3.1-6 A serpente (Satanás) tentou a Eva fazendo-a duvidar da bondade de Deus. O sugeriu que Deus era estrito, mísero e egoísta já que não queria que Eva tivesse como O conhecimento do bem e do mal. Satanás fez que Eva se esquecesse de tudo o que Deus lhe tinha dado e que centrasse sua atenção na única coisa que não podia ter. Também, nos metemos em problemas quando insistimos em emprestar atenção às poucas coisas que não temos em lugar de olhar o muito que Deus nos deu. A próxima vez que sinta lástima de si pelo que não tem, considere tudo o que sim tem e agradeça a Deus. Logo suas dúvidas não o farão cair em pecado.

    3:5 Adão e Eva obtiveram o que queriam: um conhecimento íntimo tanto do bem como do mal. Mas o obtiveram através do caminho equivocado e o resultado foi desastroso. Às vezes temos a ilusão que liberdade é fazer o que a um agrada. Deus diz que a verdadeira liberdade provém da obediência e de saber o que não devemos fazer. As restrições que O nos deu são para nosso próprio benefício, nos ajudando a evitar o mal. Temos a liberdade de caminhar de frente a um automóvel que vem para nós a alta velocidade, mas não é necessário que sejamos atropelados para nos dar conta de que se o fazemos seria algo realmente tolo. Não escute as tentações de Satanás. Não é necessário que faça o mau para obter maior experiência e aprender mais a respeito da vida.

    3:5 Satanás utilizou um motivo sincero para tentar a Eva: "Chegará a ser como Deus!" Não estava mal que Eva queria ser como Deus. Parecer-se mais a Deus é a meta suprema da humanidade. É o que se supõe que devemos fazer. Mas Satanás enganou a Eva no que respeita ao modo apropriado de obter este objetivo. Disse-lhe que ela poderia parecer-se mais a Deus ao desafiar sua autoridade, tomando seu lugar e decidindo por si mesmo o que era melhor para sua vida. Em efeito, disse-lhe que se convertesse em seu próprio deus.

    Mas chegar a ser como Deus não é o mesmo que tratar de ser Deus. Mas bem, é refletir suas características e reconhecer sua autoridade sobre sua vida. Ao igual a Eva, freqüentemente temos uma meta muito valiosa mas tratamos de alcançar a de um modo equivocado. Comportamo-nos como um candidato político que lhe paga ao encarregado da recontagem de votos para ganhar as eleições. Quando faz isto, servir ao povo deixa de ser sua meta principal.

    A exaltação do eu conduz à rebelião contra Deus. logo que começamos a tirar deus de nossos planos, estamo-nos colocando nós mesmos por cima do. Isto é exatamente o que Satanás quer que façamos.

    ADAN

    É difícil imaginar como se sentiria Adão sendo primeira e única pessoa na terra. Uma coisa é que nos sintamos sozinhos; para o Adão, que nunca tinha conhecido a outro ser humano, era outra coisa. O se perdeu de muitas coisas que nos fizeram como somos agora: não teve infância, nem pais, nem família, nem amigos. Teve que aprender a ser humano por sua conta. Felizmente, Deus não permitiu que lutasse muito tempo antes de lhe apresentar uma ajuda e companheira idônea: Eva. Formaram uma unidade completa, inocente e aberta, sem um pingo de vergonha em nada.

    Uma das primeiras conversações do Adão com seu agradabilísima e bela companheira deveram ter sido as regras do horta. antes de que Deus criasse a Eva, já lhe tinha dado ao Adão completa liberdade no horta, junto com a responsabilidade de vigiá-lo e cuidá-lo. Entretanto, uma árvore estava fora dos limites: a árvore do conhecimento do bem e do mal. Adão deveu ter falado com a Eva sobre tudo isto. Ela sabia, quando Satanás lhe aproximou, que o fruto dessa árvore não se devia comer. Entretanto, decidiu comer o fruto proibido. Mais tarde o ofereceu ao Adão. Nesse momento, o destino da criação esteve em perigo. Tristemente, Adão não se deteve considerar as conseqüências. Seguiu adiante e o comeu.

    Nesse momento de pequena rebelião algo grande, formoso e puro se rachou: a perfeita criação de Deus. O homem se viu separado de Deus por querer atuar por sua conta. Seja que se lance um calhau ou uma pedra grande para uma janela de vidro, o efeito é o mesmo. Nunca poderão voltar a reuni-los milhares de fragmentos.

    Entretanto, no caso do pecado do homem, Deus já tinha posto em marcha um plano para vencer os efeitos da rebelião. A Bíblia inteira é a história de como se desenvolve esse plano, com a visita de Deus à terra através de seu Filho Jesus como parte essencial. A vida sem pecado do Jesus e sua morte fizeram possível que Deus oferecesse o perdão a todos os que o quisessem. Nossas ações de rebelião, já sejam pequenas ou grandes, demonstram que somos descendentes do Adão. Unicamente o pedir o perdão do Jesucristo nos faz filhos de Deus.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Foi o primeiro zoólogo: deu-lhe nome aos animais

    -- Foi o primeiro desenhista de jardins, a cargo de vigiar e cuidar dele

    -- É o pai da raça humana

    -- Foi a primeira pessoa feita à imagem de Deus e primeiro humano que teve uma relação íntima e pessoal com O

    Debilidades e enganos:

    -- Fugiu da responsabilidade e culpou a outros; preferiu esconder-se a enfrentar-se; desculpou-se em lugar de confessar a verdade

    -- Seu maior engano: fazer-se cúmplice da Eva para trazer o pecado ao mundo

    Lições de sua vida:

    -- Como descendentes do Adão, todos refletimos até certo grau a imagem de Deus

    -- Deus quer que as pessoas, embora tenham liberdade de fazer o mal, optem por amá-lo ao.

    -- Não devemos culpar a outros de nossas próprias faltas

    -- Não podemos nos esconder de Deus

    Dados gerais:

    -- Onde: Horta de Éden

    -- Ocupação: Guardião, jardineiro e granjeiro

    -- Familiares: Esposa: Eva. Filhos: Caím, Abel, Set e muitos outros filhos mais. O único homem que nunca teve pai nem mãe terrestres

    Versículos chave:

    "A mulher que me deu por companheira me deu da árvore, e eu comi" (Gn 3:12).

    "Porque assim como no Adão todos morrem, também em Cristo todos serão vivificados" (1Co 15:22).

    A história do Adão se relata em Gênese 1:26-5.5. Também lhe menciona em 1Cr 1:1; Lc 3:38; Rm 5:14; 1Co 15:22, 1Co 15:45; 1Tm 2:13-14.

    3:6 Satanás tratou de que Eva pensasse que o pecado era bom, prazenteiro e desejável. O conhecimento tanto do bem como do mal parecia inofensivo a ela. Pelo general, a gente decide fazer coisas más porque se convenceu de que essas coisas são boas, ao menos para eles mesmos. Nossos pecados não sempre nos parecem horríveis, e os pecados que dão prazer são os que nos custa mais trabalho evitar. Assim prepare-se para as atrativas tentações que possam surgir a seu passo. Mesmo que não sempre possamos acautelar a tentação, sempre há uma saída (1Co 10:13). Recorra à Palavra de Deus e a seu povo para permanecer firme ante a tentação.

    3:6, 7 Observe com atenção o que fez Eva: olhou, tomou, comeu e deu. Freqüentemente a batalha está perdida ao primeira olhada. A tentação começa simplesmente ao olhar algo que queremos. Está você lutando com a tentação porque não aprendeu que olhar é o primeiro passo para o pecado? Sairemos vitoriosos da tentação mais freqüentemente se seguirmos o conselho do Paulo de fugir daquelas coisas que nos produzem maus pensamentos (2Tm 2:22).

    3.6, 7 Uma das realidades do pecado é que seu efeito se estende. depois de que Eva pecasse, envolveu ao Adão em sua má ação. Quando fazemos algo mau, freqüentemente nosso primeiro alívio da culpa vem quando envolvemos a alguém mais. Como desperdício tóxico derramado em um rio, o pecado se estende rapidamente. Reconheça e confesse seu pecado a Deus antes de que seja tentado e polua aos que estão a seu redor.

    3.7, 8 depois de pecar, Adão e Eva se sentiram culpados e envergonhados por sua nudez. Seus sentimentos de culpabilidade os fizeram fugir de Deus e trataram de esconder-se. Uma consciência culpado é um sinal de advertência que Deus colocou dentro de você que se acende quando tem feito o mau. Quão pior pode fazer é eliminar os sentimentos de culpabilidade sem eliminar a causa. É como utilizar um analgésico sem detectar a enfermidade. Alegre se de que esses sentimentos estejam aí, fazem-no estar consciente de seu pecado para que assim possa pedir o perdão de Deus e corrigir suas más ações.

    3:8 Resulta graciosa a imagem de dois humanos talheres com folhas de figueira tratando de esconder do Deus que todo o vê e todo sabe. Como puderam ser tão parvos de pensar que podiam esconder-se? Entretanto, nós fazemos o mesmo quando tratamos de lhe ocultar coisas a Deus. lhe conte tudo o que faz e pensa e não trate de esconder-se, é impossível. A sinceridade fortalecerá sua relação com Deus.

    3.8, 9 Este versículo mostra o desejo de Deus de ter amizade conosco. Também mostra por que temos medo de ter uma relação com O. Adão e Eva se esconderam quando escutaram que se aproximava. Deus queria estar com eles, mas por causa de seu pecado, Adão e Eva tinham medo de mostrar-se ante O. O pecado tinha quebrado sua comunhão com Deus, assim como tem quebrado nossa comunhão com Deus. Mas por meio do Jesucristo, o Filho de Deus, aberto-se o caminho para que renovemos nossa amizade com O. Deus deseja estar conosco. O nos oferece totalmente seu amor incondicional. Nossa resposta natural é o temor, já que sabemos que não podemos viver sob suas normas. Mas o reconhecer que O nos ama, apesar de nossas faltas, pode-nos ajudar a tirar esse temor.

    3.11-13 Adão e Eva não fizeram caso à advertência de Deus em 2.16, 17. Eles não entenderam as razões deste mandamento, assim decidiram atuar da forma que lhes parecia mais apropriada. Todos os mandamentos de Deus são obviamente para nosso próprio benefício, mas pode que não sempre entendamos as razões. O povo que confia em Deus lhe obedecerá porque Deus o pede, seja que entenda ou não o porquê de seus mandamentos.

    3.11-13 Quando Deus perguntou ao Adão sobre seu pecado, Adão culpou a Eva. Logo Eva culpou à serpente. Quão fácil é desculpar nossos pecados culpando a outra pessoa ou às circunstâncias. Mas Deus sabe a verdade. E O nos faz responsáveis a cada um de nós pelo que fazemos (veja-se 3:14-19). Admita seu pecado e peça desculpas a Deus. Não trate de escapar de seu pecado culpando a outro.

    3.14ss Adão e Eva escolheram seu curso de ação (desobediência) e logo Deus escolheu o seu. Como Deus santo só podia responder de uma maneira coerente com sua natureza moral perfeita. Não podia permitir passar por cima o pecado, devia castigá-lo. Se as conseqüências do pecado do Adão e Eva lhe parecem extremas, recorde que o pecado que cometeram pôs em ação a tendência do mundo à desobediência a Deus. Este é o motivo pelo qual ainda pecamos hoje: Todo ser humano que jamais tenha nascido, com a exceção do Jesus, possui a herança da natureza pecaminosa do Adão e Eva (Rm 5:12-21). O castigo do Adão e Eva reflete com que seriedade Deus vê o pecado de qualquer classe.

    3.14-19 Adão e Eva aprenderam por meio de uma experiência dolorosa que, já que Deus é justo e odeia o pecado, deve castigar aos pecadores. O resto do livro de Gênese relata histórias dolorosas de vistas arruinadas pela queda. A desobediência é pecado e rompe nossa relação com Deus. Felizmente, quando desobedecemos, a vontade de Deus é nos perdoar e restaurar nossa relação com O.

    3:15 Satanás é nosso inimigo, ele fará todo o possível para fazer que sigamos seu caminho de maldade e morte. A frase "Você lhe ferirá no calcanhar" se refere aos intentos constantes de Satanás de derrotar a Cristo durante sua vida na terra. "Esta te ferirá na cabeça", anuncia a derrota de Satanás quando Cristo se levantou da morte. Um golpe ao talão não é mortal, mas a gente atirado na cabeça sim. Já Deus estava revelando seu plano para derrotar a Satanás e oferecer salvação ao mundo por meio de seu Filho Jesucristo.

    3.17-19 A desobediência do Adão e Eva, e a queda da graça de Deus afetou a toda a criação, incluindo o meio ambiente. Anos atrás a gente não se preocupava da contaminação dos rios com desperdícios químicos e lixo. Isto parecia tão insignificante, tão corriqueiro. Agora sabemos que só duas ou três partes por milhão de certas substâncias químicas podem danificar a saúde humana. O pecado em nossas vidas é extra�amente similar aos desperdícios tóxicos. Até as quantidades mais pequenas são letais.

    3.22-24 A vida no horta do Éden era como viver no céu. Tudo era perfeito, e se Adão e Eva tivessem obedecido a Deus, poderiam ter vivido ali por sempre. Mas depois de desobedecer, Adão e Eva já não mereciam viver no paraíso, assim Deus lhes disse que se fossem. Se tivessem contínuo vivendo no horta e comendo da árvore da vida, teriam vivido para sempre. Mas a vida eterna em um estado de pecado significaria tratar de esconder-se eternamente de Deus. Como Adão e Eva, todos nós pecamos e estamos separados de Deus. Entretanto, nós não temos que permanecer separados. Deus está preparando uma nova terra como paraíso eterno para todo seu povo (veja-se Apocalipse 22).

    3:24 Os querubins eram poderosos anjos do Senhor.

    3:24 Assim é como Adão e Eva romperam sua relação com Deus: (1) chegaram a estar convencidos de que seu caminho era melhor que o de Deus; (2) coibiram-se e se esconderam; (3) trataram de desculpar-se e defender-se. Para construir uma relação com Deus devemos reverter esses passos: (1) abandonar as desculpas e a autodefesa; (2) deixar de nos esconder de Deus; (3) nos convencer de que o caminho de Deus é melhor que o nosso.

    PLANO DO SATANAS

    Dúvida: Faz-nos questionar a Palavra de Deus e sua bondade

    Desalento: Faz-nos dirigir o olhar para nossos problemas e não para Deus

    Confusão: Faz que as coisas más nos pareçam atrativas para que as desejemos mais que as coisas boas

    Derrota: Faz-nos nos sentir fracassados

    Demora: Faz-nos pospor as coisas para que nunca as façamos


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
    B. A QUEDA (3: 1-4: 26)

    1. A introdução do pecado (3: 1-6)

    1 Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. ? E ele disse à mulher, assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim 2 E a mulher disse à serpente, Do fruto das árvores do jardim podemos comer: 3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. 4 E a serpente disse à mulher, Ye Certamente não morrereis: 5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem eo mal. 6 E quando a mulher viu que a árvore era boa para se comer, e que era um agradável aos olhos, e que a árvore era desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu; e ela deu também a seu marido com ela, e ele comeu.

    Muitas interpretações diferentes foram feitas deste capítulo. Alguns estudiosos liberais dizem que é uma coleção de mitos, ou uma revisão deles, originalmente transmitida de geração a geração dos povos primitivos. Alguns comentaristas faria dela uma alegoria, algo como as parábolas de Jesus, em que uma narrativa ficcional é usado para retratar as verdades espirituais e eternas. Alguns gostaria de salientar que o aceitam como história literal, mas que, apesar disso, ver na serpente mais de uma serpente e no fruto mais do que mero fruto. A grande maioria dos comentadores antigos judeus, os pais da igreja, e os estudantes evangélicos da Palavra nos tempos modernos concordam com a interpretação de H. Orton Wiley dele "como um registro inspirado de fatos históricos, ligadas a um simbolismo profundo e rico." Esta interpretação é a que é assumida pelas Escrituras divinamente inspiradas (ver 31:33 ; Dn 6:7. ; 1Co 15:22. ; 2Co 11:3 ).

    A serpente é retratado como o instrumento da tentação. Ele é descrito como mais sutil do que todos os animais do campo , como tendo o poder da palavra, e não há uma possível implicação mais tarde que ele não estava rastejando em cima de sua barriga antes da queda, mas talvez ereto ou, pelo menos, andando sobre pernas (Gn 3:14 ). Nada é dito em Gênesis sobre algum ser celestial ou demoníacas aproximando Eve. Mas o Novo Testamento deixa claro que Satanás era o verdadeiro tentador (Jo 8:44 ; 2Co 11:3 ), o resto da explicação tradicional repousa sobre o fundamento tênue de uma passagem altamente simbólica (Ap 12:3 , Ap 12:7) e na leitura de um significado mais profundo em duas denúncias poéticas dos reis de Babilônia e Tiro (Is 14:12 ; Ez 28:12-17. ). Uma quase suspeita que a teoria deve tanto aos detalhes adicionados por João Milton em Paradise Lost , como o que a Bíblia realmente diz. Na principal, no entanto, a teoria parece ser o melhor que pode ser oferecido com base escassa disponível para interpretação. Ele está de acordo com o que sabemos sobre a natureza de Deus, a natureza do mal, e as atividades de Satanás.

    Palavras do tentador mostrar uma progressão de três etapas. (1) O seu primeiro discurso gravado parece expressar incredulidade: Será que Deus realmente proibiu de comer de uma das árvores? A injeção de a ideia de surpresa ou espanto e dúvida em um dos mandamentos de Deus na mente de Eva foi a tentativa de Satanás para estabelecer uma cabeça de praia a partir do qual ele pudesse completar sua obra de destruição. (2) Ele seguiu este com um desmentido do aviso divino, Ye Certamente não morrereis .Enquanto a resposta de Eva para a serpente deu pouca indicação de seu mordendo a isca, ele seguiu até sua primeira sugestão sutil, com um ataque ousado que a deixou poucas dúvidas quanto à sua opinião de Deus. (3) Em seguida, para a insídia da dúvida e o sacrilégio de tentar roubar a Deus de Sua veracidade, acrescentou a blasfêmia do que sugere que a ordem de Deus era devido a motivos ocultos e egoístas, Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, em seguida, seus olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem eo mal .

    Mesmo para Eva em seu estado de inocência, o verdadeiro caráter do tentador e efeito deve ter sido imediatamente claro. Ela e Adão tinha experimentado o suficiente da bondade de Deus para desmentir tudo Satanás disse. Sua resposta inicial ao tentador realizada promessa de bom. Ele perguntou a ela sobre o mandamento de uma forma negativa, disse Deus, não vos? Ela respondeu-lhe da mesma maneira em que Deus tinha dado a ordem, primeiro referindo positivamente ao seu livre acesso a todas as outras árvores, dando assim a proibição da sua perspectiva como qualquer outra coisa, mas dura ou cruel. O mandamento tinha sido, evidentemente, dado a Adão sozinho, uma vez que era antes da criação de Eva, e até mesmo a forma do verbo é singular (2: 16-17 ).Mas Eve sabia sobre ele e reconheceu como obrigatória para ela também, e ela fielmente respondeu a Satanás com quase as palavras exatas que o Senhor tinha usado.

    Erro de Eva não é aparente em sua resposta inicial, mas em seu continuar a ouvir o tentador e seguir suas palavras, a ponto de olhar para o fruto proibido à luz do que ele disse. Três razões são dadas para sua rendição final: a árvore era (1) boa para se comer , (2) um deleite para os olhos , e (3) desejado para fazer um sábio . Tem sido frequentemente salientado que esses três desejos, tudo natural e legítimo, desde que limitada à esfera para a qual Deus criou-os, agora passou para o que um escritor mais tarde chamado de "a concupiscência da carne, a concupiscência dos os olhos ea soberba da vida "( 1Jo 2:16 ). Ela tinha ouvido a Satanás por muito tempo, tanto tempo que seus desejos eram despertou e ela cedeu, para ela tomou do seu fruto, e comeu; e ela deu também a seu marido . Satanás obteve uma dupla vitória: Eve tinha rendido à sua tentação, e Eva, por sua vez tornou-se o instrumento de tentação para Adão.

    As Escrituras deixam bem claro que Eva era a pessoa que foi enganada por Satanás (1Tm 2:14 ). O partilhar real da fruta, no entanto, deve ter sido quase simultânea. Tal é indicado pela estreita ligação de comer e deu , as palavras com ela , eo fato de que a consciência de culpa foi vivido juntos (v. Gn 3:7 ). E seja qual for a escolha de Eva pode ter sido, foi a Adão que Deus havia dado diretamente o mandamento e foi na escolha de Adão que o destino de toda a humanidade descansou (Rm 5:12 ), e foi Adão, que deve aceitar a responsabilidade final para sua própria queda e que de toda a raça humana.

    Muitas tentativas foram feitas para explicar a árvore do conhecimento do bem e do mal e identificar os seus frutos. Por alguma razão inexplicável pontos tradição popular para a maçã. E muitos foram convencidos de que a árvore e seu fruto só poderia ser um símbolo de algum ato que envolveu a escolha moral de alguma forma envolvidos na relação sexual entre homem e mulher. Mas a Bíblia em nenhum lugar imagens de sexo dentro do relacionamento conjugal como intrinsecamente mau. Deus teve de fato criou o primeiro casal humano do sexo masculino e feminino e ordenou-lhes a se multiplicar e encher a terra (1: 27-28 ), e causou-los a unir juntos como uma só carne (Gn 2:24 ). Que esta árvore e seus frutos eram únicos, que só existia no Éden, e que suas propriedades místicas excedeu em importância as suas propriedades físicas parece muito clara, de fato. A árvore ficou como um lembrete constante da soberania de Deus e de Seu desejo de obediência amorosa do homem. Deus havia projetado homem para a comunhão com Ele, mas que a comunhão não poderia ser realizado na plenitude e riqueza Deus propôs, se o homem não chegou a entrar em-lo livremente e com amor, não pela necessidade de sua origem, mas por sua própria escolha. Isto requeria um teste de algum tipo, e esta fornecida a árvore. Era um dom da graça de Deus, destinados à melhoria do homem, mas virou por artimanhas de Satanás e rebelião do homem nos meios de destruição do homem.

    Algumas interessantes bits de provas que sustentam o relato bíblico da queda foram transformadas por arqueólogos. Na chamada epopéia de Gilgamesh, um antigo conto babilônico, o herói depois de uma missão longa e difícil obtém a planta da vida só para tê-lo roubado por uma serpente. E nas imediações de Nínive foram encontrados dois selos, que data de 3000 aC, e mais cedo, o que descreve um homem, uma mulher, e uma serpente, o outro uma árvore no centro, um homem à direita, uma mulher na deixou arrancar frutos, e uma posição ereta serpente atrás dela. No entanto, as nações pagãs pode ter torcido os detalhes, é evidente que grande parte da verdade sobre a origem do homem e do pecado permaneceu conhecimento generalizado nos tempos antigos.

    2. As conseqüências do pecado (3: 7-4: 26)

    1. As conseqüências espirituais (3: 7-8)

    7 E os olhos de ambos foram abertos, e eles sabiam que estavam nus; e eles costuraram folhas de figueira juntos, e fizeram para si aventais. 8 E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia: o homem e sua mulher esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim.

    Duas consequências internas da queda são imediatamente aparentes. Adão e Eva sentiu vergonha e medo . O primeiro foi aparente em sua consciência súbita de sua nudez e sua tentativa de cobrir-se com aventais de folhas de figueira . O segundo foi aparente em sua tentativa de cobrir-se ainda mais por esconder entre as árvores quando Deus veio para o Seu período diário de comunhão com eles. H. Orton Wiley resume essas consequências, em termos teológicos, quando ele diz: "Externamente, foi um afastamento de Deus e uma escravidão a Satanás; internamente, foi a perda da graça divina pela qual o homem tornou-se sujeito à corrupção física e moral. "A vergonha que sentia era devido à sua perda de graça, o medo ao seu afastamento de Deus.

    A serpente tinha prometido a Eva que o fruto da árvore iria abrir os olhos e torná-los como Deus, conhecendo o bem eo mal. A promessa foi cumprida na medida em que seus olhos se abriram, mas o novo conhecimento não era aquele que exaltou mas o que humilhado. Eles sempre soubera que havia uma diferença entre certo e errado, mas a distinção tinha sido limitada ao uso ou não uso da árvore. Agora eles tinham ido além distinguir entre certo e errado para saber o mal experimentalmente. E tudo o que esse conhecimento adicional foi o peso da culpa. Sua vergonha não tinha nada a ver com sexo. Em vez disso, a nudez que causou sua invenção frenético de roupa era sua súbita consciência de que eles haviam perdido a glória divina que tinha envolto-los previamente.A imagem de Deus no sentido de, uma personalidade racional consciente foi mantido, mas a glória da santidade divina, à semelhança moral completa a Deus, tinha ido embora. Adão e Eva ficavam expostos ao mundo ao seu redor de plantas, mundo animal, espiritual mundialmente como nunca tinha sido antes. E quando o som da voz de Jeová chamando-os para o que tinha sido a sua visita diária e amado ecoou por entre as árvores, eles descobriram que eles tinham não só perdeu sua posição elevada no mundo criado, mas eles tinham perdido o seu direito de íntima comunhão com o Deus que os haviam concebido para o efeito. Ao chegar para o que eles sentiam que era um nível mais elevado de vida que tinham perdido a maior e caiu para o menor.

    b. As consequências físicas (3: 9-21)

    9 E o Senhor Deus chamou ao homem, e disse-lhe: Onde estás? 10 E ele disse: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e escondi-me. 11 E ele disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? 12 E o homem disse: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e eu comi. 13 E o Senhor Deus disse: à mulher: Que é isto que fizeste? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. 14 E o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita és acima de todos os animais domésticos, e dentre todos os animais do campo; sobre o teu ventre tu ir, e pó comerás todos os dias da tua vida: 15 e porei inimizade entre ti ea mulher, entre a tua descendência ea sua descendência: ele te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. 16 E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, ea tua conceição; em dor darás à luz filhos; eo teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. 17 E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: não deves comer dela, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela todos os dias da tua vida; 18 espinhos e abrolhos ele deve trazer diante de ti; e tu comerás a erva do campo, 19 com o suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra; porque dela foste tomado; porque tu és pó, e em pó te voltar. 20 E o homem chamou o nome de sua mulher Eva; porque ela era a mãe de todos os viventes. 21 E o Senhor Deus fez para Adão e sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.

    Os versículos 9:13 delinear a série de perguntas, através da qual Deus procura a verdade sobre a queda. Adão se recusou a enfrentar a sua responsabilidade pessoal e culpou seu pecado sobre a mulher que me deste por companheira me , implicando, assim, que o próprio Deus foi parcialmente a culpa. Eve se recusou a enfrentar sua responsabilidade pessoal e apontou o dedo acusador para a serpente. Assim, temos o primeiro registro do dispositivo familiar conhecido como projectionism psicológico. Ambos, no entanto, foram forçados a admitir, eu comi . Qualquer que seja o papel desempenhado por outros, o fato do pecado não poderia ser evitado.

    Nenhuma menção é feita da tentativa da serpente para evitar a responsabilidade. Em qualquer caso, Deus começou Seu pronunciamento do juízo com a serpente. O julgamento sobre a serpente, a mulher, o homem, e até mesmo a própria Terra é composta principalmente de mudanças não-físicos ou externos, necessariamente, a introdução de novos fatores, mas a modificação ou exagero das já existentes. A serpente era a rastejar no pó e ao ser confrontado com inimizade contínua por parte do homem. É duvidoso dos princípios manifestados em outros julgamentos que esta foi uma mudança total de estrutura corporal e estilo de vida para a serpente, mas sim uma intensificação da sua postura geralmente abjeta e da tentativa do homem de controlar ou matá-lo. A mulher tinha sido nomeado ajudante do homem e portador de crianças, mas ela foi rebaixado na medida em que seu marido era o seu mestre, e ao maior cumprimento de seu destino estava envolvido na dor e risco. O homem sempre foi esperado para o trabalho, mas agora o seu trabalho deveria ser intensificado. Ele não era mais para ser rápida e facilmente o mestre do seu mundo, mas estava a ser forçado a trabalhar duro para obter as necessidades da vida, lutando contra os espinhos e cardos a terra iria produzir, enfrentando apenas a perspectiva de voltar para a terra de que ele originalmente tinha sido tomada.

    Mas, no momento do julgamento, a soberania ea graça de Deus foram claramente revelada. Deus realmente havia projetado homem para a comunhão com Ele e até mesmo a transgressão eo pecado não estavam indo para frustrar o grande projeto. Deus amou o homem desde o início e de Seu amor não abandonou Adão agora. Mesmo quando se fala à serpente, Deus declarou: Porei inimizade entre ti ea mulher, entre a tua descendência ea sua descendência: ele te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar .Embora a referência à mulher semente hematomas da serpente cabeça refere-se, em parte, para a inimizade do homem para a serpente, ele também deve significar que Deus providenciou para o triunfo final do homem sobre o tentador. Quando este versículo é visto à luz do evangelho cristão, é impossível não ver uma referência velada a Cristo, o Deus-homem, que era de fato a semente da mulher, e por cuja morte e ressurreição e intercessão homem é redimido e Satanás derrotado. Essa impressão é agravada quando se observa que semente é singular e o pronome pessoal referindo-se é ele . E um certamente não vê conflito entre a previsão de que esta vitória vem através da semente da mulher (em vez de a semente do homem e da mulher) e o fato de que Cristo foi concebido da virgem Maria, sem a anuência de um homem.

    A graça de Deus foi ainda revelada quando Ele substituiu as fig-leaf inadequados aventais Adão e Eva tinham feito para se com casacos de pele. É possível que Deus instituiu, assim, o sacrifício de sangue como a única esperança do homem de acesso a Deus. É certo que o sangue foi derramado neste ato gracioso para atender a necessidade do homem. E a lição é claramente revelado que as tentativas do homem para cobrir sua vergonha nunca são suficientes. A única cobertura para vergonha e culpa, a única esperança de perdão e restauração deve vir através de Deus e o remédio que ele inventa e fornece. Assim, na hora mais escura do homem, quando o pecado tinha prejudicado a imagem divina nele, quando o julgamento tinha sido pronunciada contra ele, quando todo o seu mundo estava mudando, mesmo assim, a graça ea misericórdia de Deus foram revelados como na promessa velada e ato simbólico Ele predisse o vinda do Salvador e Sua obra redentora.

    c. As Conseqüências Dispensational (3: 22-24)

    22 E o Senhor Deus disse: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecendo o bem eo mal; e agora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva em constante 23 , portanto, o Senhor Deus o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de onde ele foi levado. 24 Então ele expulsou o homem; e ele colocou no leste do jardim do Éden os querubins, e uma espada flamejante que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.

    O ato final de Deus em julgamento sobre Adão envolveu uma conferência divina, aparentemente dentro da Trindade, do mesmo tipo que o que resultou em sua criação: Eis que o homem se tornou como um de nós (conforme Gn 1:26 ). Deus enfrentou a possibilidade de que agora desde que o homem pecou, ​​se o homem manteve constante acesso à árvore da vida, ele poderia perpetuar o seu Estado independente, rebelde e pecaminosa sempre. Então Deus empurrou Adão e Eva do jardim, cumprindo, assim, o aviso de que se eles comeram do fruto da árvore que iam morrer. Por enquanto eles foram cortadas a partir da fonte da vida e da mortalidade inerente em seus corpos de poeira começou a se afirmar. Assim, os meios de distribuição de vida de Deus ao homem foi alterado em consequência da queda. Antes que ele tinha acesso livre e pronto para a fonte da vida. Agora ele só poderia ser obtida se Deus providenciou alguns novos meios-que Ele havia de fato prometeu fazer, mas que seria tão cercada de condições que para cumprir o propósito original de Deus de amor, companheirismo dispostos.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
    Gênesis 3 Tentação (3:1-6)

    O tentador

    Deus não é o autor do pecado nem tenta as pessoas para que pequem; esse é o trabalho do demônio (Jc 1:13). Já vimos que Satanás caiu em pecado antes da obra de Gêne-Sf 1:0); em Gênesis 4, ele é o mentiroso homicida (Jo 8:44). Temos de ter cuidado para evitar os caminhos enganosos dele.

    1. O alvo

    Satanás mira a mente de Eva (2Co 11:1-47; 1Tm 2:9-54) e consegue enganá-la. A mente do homem é uma parte de seu ser que foi cria-da à imagem de Deus (Cl 3:9-51).

    Assim, Satanás ataca Deus quando ataca a mente humana. Satanás usa mentiras. Ele é mentiroso, o pai da mentira Jo 8:44).

    1. A tática

    Satanás não pode vencer se a mente se apega à verdade de Deus; mas, se a mente duvida da Palavra de Deus, ela abre espaço para que as men-tiras do demônio se instalem. Sata-nás questiona a Palavra de Deus (v. 1), nega a Palavra de Deus (v. 4) e, depois, a substitui por suas próprias mentiras (v. 5). Observe que Satanás tenta minar nossa fé na bondade de Deus — ele sugere a Eva que Deus resistia a eles ao mantê-los afastados da árvore do conhecimento do bem e do mal. Quando questionamos a bondade de Deus e duvidamos de seu amor, favorecemos diretamente Satanás. Este faz com que a tenta-ção soe maravilhosa ao dizer: "Se-reis como Deus" (ARC). O próprio Satanás quis ser "semelhante ao Al-tíssimo" (Is 14:14), e, séculos mais tarde, ele ofereceu a Cristo "todos os reinos do mundo", se Cristo o adorasse (Mt 4:8).

    1. A tragédia

    Eva não devia ter dado "lugar ao diabo" (Ef 4:27); ela devia ter se apegado à Palavra de Deus e resis-tido ao diabo. Nós nos pergunta-mos onde estava Adão durante essa conversa. De qualquer forma, Eva

    afastou-se da Palavra de Deus ao negligenciá-la livremente (v. 2); ela acrescentou "nem tocareis" à Pa-lavra (v. 3); e ela mudou a Palavra de Deus de "certamente morrerás" para "para que não morrais" (v. 3). No versículo 6, vemos a trágica ação da cobiça da carne ("boa para se comer"), dos olhos ("agradável aos olhos") e da vaidade ("desejá-vel para dar entendimento") — veja 1Jo 2:15. É difícil pecar sozi-nho. Há algo em nós que nos faz querer compartilhar o pecado com os outros. Adão pecou deliberada- mente e mergulhou o mundo em julgamento (1Tm 2:14).

    1. Condenação (3:7-19)
    2. Interna (vv. 7-13)

    De imediato, veio a perda da ino-cência e da glória e o sentimento de culpa. Eles tentaram cobrir a nudez com vestimentas feitas por eles mesmos, as quais Deus não aceitou (v. 21). Além disso, vemos a perda do desejo de ter amizade com Deus EÍes se escondem quan-do ouvem Deus se aproximando! A culpa, o temor e a vergonha que-bram a amizade que usufruíam com Deus antes da desobediência. Observe que também cresce uma atitude de autodefesa: o homem culpa a mulher, a mulher culpa a serpente. Vemos aqui o trágico efeito interior do pecado.

    1. Externa (vv. 14-19)

    É provável que a serpente que Sa-tanás usou não seja a criatura ras-tejante que conhecemos hoje. O nome sugere brilho e glória, mas a criatura foi julgada e condenada a uma vida vil na poeira, porque se rendeu a Satanás e tomou parte na tentação. O julgamento da mulher envolveu concepções múltiplas e dor no parto. Ela teve que se sujei-tar a seu marido. Observe que Pau-lo sugere que as mulheres cristãs que casam com homens não-salvos correm perigo especial ao dar à luz crianças (1Tm 2:8-54). O julgamen-to do homem envolveu seu traba-lho: o deserto substituiu o paraíso, e o suor e a exaustão do trabalho pesado no campo substituíram a alegria de ministrar no jardim. Deus não puniu o trabalho, pois o traba-lho não é pecaminoso (2:15). São o suor, a exaustão e os obstáculos da natureza que nos lembram a queda do homem. Toda a criação foi amal-diçoada e está em servidão por cau-sa do pecado (Rm 8:15-45).

    1. Eterna (v. 15)

    Esse foi o primeiro evangelho decla-rado na Bíblia: a boa-nova de que, no fim, a semente da mulher (Cristo) vencería Satanás e sua semente (Gl 4:4-48). O curso divide-se desse pon-to em diante: Satanás e sua família (semente) opõem-se a Deus e sua família. Deus mesmo põe a inimiza-de (hostilidade) entre eles, e a guer-ra chega a seu ápice quando Deus expulsa Satanás para o inferno (Ap 20:10). Reveja a parábola do joio, em Mt 13:0 informa-nos que Caim "era do Maligno" — um filho do demônio. O Antigo Testamento é o relato das duas sementes em con-flito; o Novo Testamento é o registro do nascimento de Cristo e de sua vitória sobre Satanás por intermédio da cruz.

    1. Salvação (3:20-24)

    O único evangelho que Adão conhe-cia era o que Deus disse em 3:15, contudo ele acreditou e foi salvo. Como sabemos que ele acreditou no que Deus disse? Porque deu o nome de Eva, que significa "vida", ou "doadora de vida", a sua mulher. Deus disse que Adão e Eva morre-ríam, e Adão morreu fisicamente de-pois de 930 anos. Contudo, ele tam-bém morreu espiritualmente, pois ficou separado de Deus por causa do pecado. Deus prometeu que o Salvador nascería por intermédio da mulher, e Adão acreditou nessa pro-messa e se salvou. Deus não mudou as conseqüências físicas do pecado, mas ele cancelou a conseqüência espiritual — o inferno.

    No versículo 21, a vestimenta de peles retrata a salvação que temos em Cristo. É o derramar de sangue, a oferenda de uma vida inocente por causa da culpa. Adão e Eva tentaram cobrir o pecado e a vergonha com folhas (3:7), mas Deus não aceitou essas boas obras. Ele também não aceita essas obras hoje!

    A Bíblia, com freqüência, usa as vestimentas para retratar a salva-ção (veja Is 61:10 e Zc 3:0). À vista de Deus, as vestimentas de auto-retidão e as boas obras são trapos imundos (Is 64:6). Note que Deus quer que Adão e Eva se cubram, ele apro-va esse sentimento de vergonha. A pessoa abolir isso e voltar à nudez é sempre um sinal de degeneração. O padrão de Deus é sempre a vesti-menta modesta (1Tm 2:9).

    Os versículos 22:24 mostram uma ação singular da graça de Deus: ele expulsou o homem e a mulher do jardim! Eles perderam o direito à árvore da vida ao desobedecer a Deus. Eles, se tivessem comido des-sa árvore, viveríam para sempre em seu estado pecaminoso. Isso signi-ficaria que o Salvador, o segundo Adão, não poderia vir para morrer a fim de salvar a humanidade do pecado. Por isso, Deus, ao expulsar Adão e Eva do paraíso, mostrou sua graça e misericórdia em relação a toda a raça humana. A espada que Deus pôs no jardim barrava a pas-sagem. Pode-se traduzir essa "espada flamejante" (NVI) por "fogo de Deus", uma referência à sua santi-dade (He 12:29).

    O contraste entre o primeiro Adão e o último Adão, Cristo, é ex-plicado em Rm 5:0).

    Observe que em Romanos 5 temos muito mais afirmações (9, 15,17,20) indicando que a morte de Cristo não nos trouxe apenas de volta à posição em que Adão esta-va, mas ela também nos deu muito mais que Adão já teve. Somos reis e sacerdotes para Deus e reinare-mos com Cristo para sempre!


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
    • N. Hom. 3.1 Nem Deus nem o homem é autor do pecado, pois este é algo que vem de fora, mediante a serpente (Satanás, conforme 2Co 11:14; Ap 12:9 ; Ap 20:2). Observe-se que a tentação está associada à dúvida relativa à Palavra de Deus, "Deus disse". São estes os estágios da tentação:
    1) A curiosidade e a desconfiança despertadas em Eva (v. 1),
    2) Insinuação de tríplice dúvida com referência a Deus: sua bondade no tocante à restrição; sua retidão relativamente à afirmação de que morreriam (v. 4); e, por fim, sua santidade quando Satanás assevera que, ao contrário de morrerem, "como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal" (v. 5) - esta tríplice dúvida conduz à
    3) Incredulidade, que por seu turno se desfecha na
    4) Desobediência (v. 6).

    3.10 A consciência despertada com relação ao pecado e, em conseqüência, a vergonha, leva ao temor e à tentativa de esconder-se, mostrando claramente a natureza decaída da humanidade, desde então, até a presente.
    3.12,13 Sintomático do estado impenitente reinante nos corações de Adão e Eva é a maneira como procuram lançar a culpa um sobre o outro.

    3.15 Aqui está que se denomina de Proto-evangelho, isto é, a primeira referência feita ao necessário Redentor, capaz de efetuar a purificação pelo pecado, bem como pagar a horrenda pena que este acarreta. Observe-se que o termo "descendente" encontra-se no singular, portanto, uma referência clara feita a certa pessoa (Cristo) descendente de Eva, e não a toda a raça humana (conforme Gl 3:16).

    3.20 Eva quer dizer vida. A linguagem primitiva não era a hebraica mas, à medida que os pensamentos se transmitem de uma para outra língua, os nomes vão se ajustando para manterem a significação original.

    3.21 A tentativa feita pelo homem de cobrir-se com folhas (7), era tão inadequada como o desejo de desculpar-se pelo pecado. A provisão de Deus, fazendo-lhes vestimentas de peles é o primeiro vestígio da exigência divina de uma vítima sacrificial que ofereça uma cobertura (propiciação: heb caphar) capaz de promover a reconciliação.

    3.22 Foi devido à misericórdia de Deus que não se permitiu ao homem comer da "árvore da vida", de modo a perpetuar e agravar ainda mais a sua condição pecaminosa.

    3.23 A separação é o resultado inevitável do pecado (conforme Is 59:2). O pecado e o paraíso (significando o lugar onde Deus pode ser encontrado para com Ele manter-se Comunhão) são realidades incompatíveis.

    3.24 Querubins, uma categoria de anjos; têm a tarefa de zelar pela santidade de Deus. Por isso Deus mandou que, no Santo dos Santos, Moisés colocasse dois querubins de ouro, simbolizando o local da presença sagrada e gloriosa de Deus no tabernáculo (Êx 37:7-10).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24

    2) a) A queda do homem (3:1-24)

    v. 1. a serpente: cobra (BLH) seria uma tradução melhor, pois trata-se da palavra hebraica normal nãhãs. Embora o elo com Satanás esteja implícito no v. 15 e explícito no NT, não é explicado aqui. Ela é apresentada como o mais esperto e inteligente (Leupold) entre os animais selvagens — não há conotação negativa na palavra. A tentação é retratada como que vindo não de um ser superior, mas de um ser inferior, sobre o qual a mulher deveria ter exercido domínio. Como a mulher ouviu o réptil, não é explicado no texto.

    Deve ter sido algo inerentemente natural, senão o choque a teria levado a se precaver. Parece claro que a voz foi a expressão dos seus pensamentos e desejos mais profundos. O castigo da cobra (v. 14) não deve ser entendido como se em alguma época ela tenha tido pernas. Antes, o que antigamente tinha parecido normal e belo seria agora um lembrete perpétuo do que ela havia feito.
    Será que Deus realmente é bom? (v. 1-5). As primeiras palavras da cobra podem ser traduzidas assim: “Deus certamente não disse a vocês que não poderiam comer de nenhuma árvore do jardim, certo?”. Ela falou como se tivesse ouvido um boato terrível. A resposta da mulher foi impecável, mas o seu tom de voz deve ter traído a sua disposição de duvidar da bondade perfeita de Deus. O fato de ela mencionar o tocar nas árvores deve provavelmente ser colocado sob a responsabilidade do homem, pois ele pensou que havia uma cilada no presente de Deus; assim, era melhor que ele fosse cuidadoso. Com a dúvida, veio a negação: não morrerão; Deus quer evitar que vocês se tornem como ele mesmo. A tradução “como deuses” (BJ, VA, NEB) é possível, mas não tão adequada como “como Deus”. A tentação era optar pela independência. A atratividade da árvore (v. 6) provavelmente era só subjetiva. Deus não fizera a tentação mais difícil de ser vencida. O mau desejo sempre irradia uma atratividade falsa sobre o que não é certo.

    Nudez (v. 6,7). Não é sugerida motivação alguma para a mulher dar o fruto a seu marido nem para a aceitação dele. A afirmação categórica de Paulo em lTm 2.14 de que Adão não foi enganado coloca a culpa maior sobre ele e implica que ele agiu de olhos abertos. Podemos deduzir disso que ele já havia tido a intenção de comer o fruto, ou que ele tinha a intenção de compartilhar do destino da sua esposa em vez de confiar em Deus, mas, se foi esse o caso, ele logo se esqueceu disso (v. 12). Aqui o sentimento de nudez (v. 7) assume um significado simbólico ainda mais profundo. Os dois buscavam a independência, mas só se pode desfrutar dela completamente quando há subordinação a um centro comum de autoridade, que no final das contas é Deus. Ao se “libertarem” de Deus, entraram em conflito um com o outro. Quanto mais próximo o relacionamento, tanto mais prejudicial é o pecado.

    Os resultados do pecado (v. 8-24). O medo da nudez na presença de Deus (v. 9) dificilmente era uma questão física; eles sabiam que o que haviam feito não podia ser escondido dele. O maior problema gerado por essa história à medida que ela se desenrola é por que não há sugestão de perdão por parte de Deus, “Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio de amor e de fidelidade [...] e perdoa a maldade, a rebelião e o pecado” (Ex 34:7). Por que não houve uma segunda oportunidade? A resposta certamente está nas respostas do homem e da mulher; não há o menor sinal de que eles quisessem voltar à completa dependência do seu Criador. Vemos isso nos castigos que atingem o orgulho dos que estavam envolvidos no problema. A oferta de Satanás sempre é glória e poder (Mt 4:8,Mt 4:9) para os que o seguem, mas o resultado no final é sempre vergonha, como é simbolizado pela forma de se locomover e o alimento da cobra. Não há sugestão alguma de que o corpo da cobra foi modificado, e sim que assumiu um novo significado (conforme o arco-íris 9:11-15).

    O proto-evangelho (v. 15). A anunciação germinal do evangelho. Conta-se por antecipação aqui a história do longo conflito entre os filhos de Deus e os filhos do maligno, que é um dos temas principais do AT. Até o Nascimento Virginal, não se conseguiu entender todas as implicações dessa promessa (conforme Is
    7.14). A tradução infeliz da Vulgata, “ela ferirá a tua cabeça”, contribuiu muito para uma valorização exagerada da Virgem Maria. Precisamos observar aqui que, em contraste com a representação medieval errônea da mulher, atribuindo a culpa principal da Queda a ela (isso já aparece em Eclesiástico 25,24) — uma atitude que infelizmente foi perpetuada em certa medida nas igrejas da Reforma — a promessa de Deus vê a mulher exercendo um papel fundamental no conflito que estava por vir. A glória principal do homem é a sua habilidade de exercer domínio, assim ele é humilhado pela rebeldia do solo. Apesar dos avanços da ciência, o homem nunca foi capaz de controlar a natureza, suas secas e pestes. A glória da mulher é que a vida nova precisa vir por intermédio dela. Isso não está ligado, a partir daí, somente com sofrimento, mas também com um desejo profundo e irresistível (a mesma palavra ocorre em 4.6) “para o seu marido” (v. 16), algo que está por trás de tantos casamentos destruídos. Além disso, ela fica sabendo que o seu marido vai tirar vantagem disso e dominá-la. Isso não é uma ordem, como é traduzido em algumas versões; a NVI está certa ao traduzir “e ele a dominará”.

    Está amplamente difundida na tradição cristã a idéia de que o v. 21 se refere à instituição divina do sacrifício animal (conforme comentário Dt 4:3). Se este é o caso, então é difícil explicar por que algo tão fundamental não é ensinado de forma mais explícita.

    Adão e Eva são expulsos do paraíso (v. 22-24). A expulsão de Adão e Eva do paraíso é retratada como um ato de graça. A vida interminável, que em todas as épocas da história humana tem sido o sonho de tantos, seria um peso intolerável, se não tivesse um alvo alcançável, pois isso depende da comunhão viva entre o ser humano e seu Deus (conforme Ec 1:0, argumentamos que a função das árvores era “sacramental”, caso em que comer ocasionalmente, em contraste com o comer intencional, não teria maiores consequências. A árvore da vida nunca é explicada, nem aqui nem em Ap 22:2. Observe que em contraste com a árvore do conhecimento do bem e do mal, não havia proibição para comer dela.

    Os querubins (v. 24). No tabernáculo, eles eram o trono de Deus (Ex 37.7ss). Além disso, estavam bordados no véu que separava o Santo dos Santos (Ex 36:35), simbolizando a sua função de guardiões do trono de Deus, e é nessa função que eles aparecem em Ez 1.5ss; lO.lss; e Ap 4.6ss. A melhor forma de compreendê-los é considerá-los representantes da criação. Eles são os guardiões da árvore da vida, pois sabem que sem a morte do Senhor da Vida não haveria salvação para o mundo (Rm 8:18-45). Observe que a espada flamejante (v. 24), não mencionada em outra passagem, não era empunhada pelos querubins.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24

    Gênesis 3

    B. A Tentação e a Queda. Gn 3:1-24.

    O autor do Gênesis faz aqui uma lista dos passos que levaram à entrada do pecado nos corações daqueles indivíduos divinamente criados, que começaram suas vidas com corações tão puros e tantas promessas. A desobediência e o pecado obscureceram o quadro. Embora estes seres fossem moralmente honestos, receberam o poder da escolha; e estavam sujeitos ao poder do tentador a qualquer momento. Por isso o teste foi inevitável. O jardim era uma criação primorosa, cheia de provisões abundantes. O meio ambiente do homem nada deixava a desejar. Uma proibição, contudo, fora feita ao homem e à mulher. Todas as árvores, arbustos e guloseimas seriam deles, com exceção do fruto da "árvore do conhecimento do bem e do mal". Esta proibição parece que formou a atmosfera na qual as mentes humanas acolheram o apelo do tentador.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 3 do versículo 1 até o 24
    c) A entrada do pecado no mundo (Gn 3:1-4.26)

    1. TENTAÇÃO E QUEDA DO HOMEM (Gn 3:1-7). Em porção alguma a Bíblia provê um relato filosófico ou especulativo sobre a raiz, a origem, do mal. Na qualidade de livro da redenção, a Bíblia descreve o modo pelo qual o pecado entrou na esfera da experiência humana. Trata-se de um relato histórico sobre a queda do homem. Alguns expositores invocam o conceito de mito ao explicarem essa passagem: mas mito, mesmo em seu sentido técnico e legítimo, não é requerido na narração de acontecimentos históricos. A idéia do fruto proibido é familiar nas histórias antigas, mas essas histórias podem ser consideradas como memórias sobre o modo como ocorreu a queda do homem. O ponto teológico importante, neste registro, é que ele ensina que a tentação veio do exterior e que o pecado foi um intruso na vida do homem. Portanto, o pecado não pode ser considerado como latentemente bom: pelo contrário estragou um mundo que foi criado como "bom" (Gn 1:31).

    A serpente (1). Em parte alguma do relato do livro de Gênesis o tentador é chamado de diabo ou Satanás. É impossível, entretanto, não ver mais do que a serpente aqui, pois o evento envolve muito mais do que poderia ser praticado por uma criatura irracional sozinha. A identificação com o diabo é feita em Jo 8:44; 2Co 11:3, 2Co 11:14; Ap 12:9; Ap 20:2. O maligno empregou o caráter excepcional da serpente para alcançar seu propósito destruidor. Astuta (1). Cfr. "prudentes como as serpentes" (Mt 10:16). Essa sagacidade já devia ter sido observada pela mulher, pois não demonstrou sinais de alarma quando a serpente realmente falou com ela. Disse (1). Cfr. Nu 22:28. O fato do jumento ter falado a Balaão foi um milagre divino; o fato da serpente ter falado à mulher foi um milagre diabólico. Deus disse...? (1). Uma dúvida e uma insinuação. Sereis como Deus (5). No original hebraico, a palavra para "Deus" é ’ el que, na qualidade de substantivo comum, tem forma análoga em todas as línguas semíticas. O plural, ’ elohim, portanto, pode significar "deuses", como em Gn 31:30, ou "Deus" (Gn 1:1).

    A mentira incluía certo elemento de verdade, o que a tornava ainda mais enganosa (ver versículo 22). É verdade que o participar da fruta proibida levaria à fixidez moral, no qual estado, naturalmente, Deus existe; porém, a semelhança com Deus, nesse caso, era de espécie contrária àquela que Deus tencionava para o homem. Da posição de contrapeso moral, embora esta palavra seja um tanto insuficiente, visto que o homem foi criado em retidão e com tendências inclinadas para Deus, o homem, supostamente, avançaria para uma posição avançada de perfeição moral e seria confirmado em seu caráter, num caráter santo. Quanto a esse respeito, a intenção divina é que o homem fosse como Deus. Mediante o pecado, porém, o homem atingiu uma diferente espécie de fixidez moral: foi confirmado em caráter, mas esse caráter era mau em sua qualidade.

    >Gn 3:6

    VENDO A MULHER QUE AQUELA ÁRVORE ERA BOA PARA SE COMER (6). O tentador desviara então a mente da mulher do propósito de Deus envolvido na proibição. A palavra divina ensinara que a proibição visava a proteger o homem do mal; o pensamento de dúvida, na mente da mulher, era agora que o fruto proibido não era danoso, afinal de contas. A psicologia da queda da mulher é significativamente demonstrada em 1Jo 2:16. Foram abertos os olhos de ambos (7). Até aquele instante não passavam de crianças, mas agora o estado adulto lhes sobreviera num momento.

    >Gn 3:8

    2. DEUS INTERROGA OS PRATICANTES DO MAL (Gn 3:8-13). Deus, que passeava no jardim (8). A descrição, neste ponto, não deve ser considerada como inteiramente antropomórfica. Havia algum modo sem igual de intercurso entre Deus e o homem, que o jardim do Éden pressupõe e que a subseqüente encarnação de nosso Senhor até certo ponto confirma. Onde estás? (9). "Deus o busca, não porque ele esteja separado de Seu conhecimento, mas de Sua comunhão" (Delitzsch).

    >Gn 3:14

    3. O JULGAMENTO DIVINO CONTRA O PECADO (Gn 3:14-24). O castigo é primariamente, retributivo: somente em certo sentido secundário é correto falar do castigo como algo corretivo ou restringente. O castigo é uma retidão vindicativa, e não uma paixão vindicativa, e é a reação da santidade de Deus contra toda violação a esta. O pecado e o castigo não estão arbitrariamente ligados mas estão entrelaçados pelas leis espirituais segundo as quais o homem foi divinamente constituído. O castigo, todavia, não é simplesmente o processo natural que é posto em movimento por uma ação pecaminosa; em outras palavras, é mais que uma penalidade natural, como o dano que um homem recebe se colocar sua mão no fogo. O sofrimento por causa do pecado é uma penalidade judicial, uma penalidade infligida pelo julgamento divino, e pertence ao terreno moral.

    À serpente (14). Faz parte da ordem divina que, embora um animal não seja moralmente responsável por suas ações, este deve sofrer por qualquer dano que venha a fazer ao homem. Ver Gn 9:5; Êx 21:28. Tudo foi criado para contribuir para a perfeição moral do homem, e sempre que a criação animal ou inanimada deixa de atingir essa finalidade, fica sujeita ao julgamento de Deus. Note-se a maldição contra a "terra", no versículo 17, e ver Rm 8:21-45. Sobre o teu ventre andarás (14). A degradação da forma da serpente fez parte da maldição que lhe foi imposta. Inimizade (15). Isso explica, no terreno natural, a profunda hostilidade que parece haver entre as serpentes e o homem, mas certamente se liga ao conflito que também pertence ao terreno espiritual.

    >Gn 3:15

    Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (15). Há uma sugestividade natural na figura aqui empregada. A serpente mata ferindo o calcanhar do homem, mas o homem destrói a serpente esmagando-lhe a cabeça. Mas, a sentença divina ultrapassa o animal e atinge o próprio diabo. Essas palavras proclamam que a vitória estará do lado do homem: visto que foi o homem que foi vencido, assim será o homem que efetuará o triunfo. Essas palavras contêm, em primeiro lugar, um sentido coletivo; é a raça humana que esmaga o maligno. Mas também contêm uma significação individual. Note-se a transição da "semente" da serpente para a própria "serpente", e igualmente o fato que a "semente" da mulher está no singular. Somente em Cristo, "a semente da mulher" é que essa vitória poderia ser realizada (ver 1Jo 3:8), e daí haverá de tornar-se uma realidade para a humanidade que está n’Ele (Rm 16:20; 1Co 15:57). É digno de nota o fato que a promessa foi precisamente verdadeira em relação ao seu cumprimento. A palavra é proferida especificamente a respeito da mulher, e quando o Redentor veio, Ele foi "nascido de mulher" (Gl 4:4) de forma exclusivamente miraculosa. Não é correto inferir o nascimento virginal do Proto-evangelho, mas certamente é perfeitamente legítimo olhar, do ponto de vista do nascimento virginal e verificar quão maravilhosamente próximas foram as palavras da promessa do modo de sua realização. Não deve passar despercebido o fato que o Proto-evangelho, como são chamadas essas palavras, não foi dirigido aos pecadores, mas ao tentador. A obra de Cristo, em sua base, é a vindicação e a vitória de Deus sobre o maligno.

    >Gn 3:16

    À mulher (16). O castigo particular da mulher é duplo. Primeiramente, sua vida sexual já não seria uma alegria para ela, porém, um motivo de sofrimento; e, em segundo lugar, ela foi posta em sujeição a seu marido. A verdadeira subordinação que se deriva do fato da mulher ter-se originado do homem, tornou-se em sujeição. Uma das bênçãos do Evangelho às mulheres dos países ocidentais é a mitigação dessa sujeição.

    >Gn 3:17

    A Adão (17). No julgamento imposto a Adão foi chamada atenção particular ao caráter de seu pecado como uma transgressão contra o mandamento de Deus. Ver 1Jo 3:4. Se foi o incidente do pecado que foi tratado no caso da mulher, foi o princípio do pecado que foi posto em consideração no caso de Adão, na qualidade de cabeça da raça. O julgamento foi: "Porquanto...comeste da árvore de que te ordenei dizendo: "Não comerás dela". Maldita é a terra (17). Trata-se de um relato sobre o pecado de Adão. Não é possível, por conseguinte, julgar pelo presente estado da terra como seriam as coisas quando saíram da mão do criador. Com dor (17). No hebraico é a mesma palavra do versículo 16. Com o fim do pecado chegará ao fim a dor. Ver Ap 21:4. És pó, e em pó te tornarás (19). Por ocasião de sua criação, o homem foi feito glorioso, com semelhança moral com Deus. Quando o pecado entrou em sua vida a glória o deixou, e o homem passou a ser considerado em termos dos aspectos materiais de sua constituição. Isso não significa, naturalmente, que o homem deixou de ser um espírito vivo, ou que ele tenha perdido qualquer "parte" de sua natureza, e, sim, que agora ele passaria a viver de conformidade com o que é material e terreno, e não de conformidade com o que deveria ter sido seu alto destino. Eva (20). Esse nome significa "viva" ou "vida". Assim como Adão foi rebaixado sob a sentença de morte, a presença da mulher, que era sua esposa, era o penhor da vida. Através da mulher é que a semente conquistadora haveria de vir e que a vida seria restaurada. Túnicas de peles (21). É possível que, oculta por detrás deste versículo, esteja alguma indicação sobre a origem divina do sacrifício. Ou mediante algum mandamento direto, ainda que não registrado, ou talvez mediante uma convicção divinamente inspirada dentro dele, é possível que Adão tenha sido impelido a oferecer a vida de um animal em sacríficio, de cuja pele ele e sua mulher foram orientados para usar como cobertura de sua vergonha. É impossível, contudo, dogmatizar a maneira pela qual o Senhor "fez" as túnicas de peles, ou ser dogmático sobre se esta passagem provê ou não um relato sobre a origem do princípio de holocausto.

    >Gn 3:22

    É como um de nós (22). Isso significa que o homem tinha adquirido um estado de determinação moral. Para que não estenda... (22). A sentença foi retoricamente deixada por terminar. E tome também da árvore da vida (22). Existe quem pense que a árvore era alguma espécie de meio sacramental para transferir o homem a um estágio mais elevado de vida física, sem passar pela morte: porém, o reaparecimento dessa árvore, no livro de Apocalipse, não encoraja essa interpretação. Não há a menor indicação, em parte alguma da narrativa, que Adão e Eva soubessem qualquer coisa quanto à existência dessa árvore como uma das árvores do jardim. Note-se com atenção o que Eva diz, nos versículos 2:3. A despeito do fato que o argumento baseado no silêncio é notoriamente perigoso, parece haver alguma significação na ausência de alusão a essa árvore, na narrativa das ações e pensamentos de Adão e Eva. A interpretação sobre o caráter dessa árvore constitui um dos pontos obscuros das Escrituras. Em Ap 22:2 reaparece "a árvore da vida", mas desta vez numa passagem altamente simbólica (conf. Ap 2:7). É possível que essa árvore tenha sido qualquer árvore, tão somente simbólica da "vida" que o homem, se não tivesse pecado, poderia ter desfrutado em comunhão com Deus. E coma e viva eternamente (22). O tomar e comer são expressões simbólicas da maneira de como desfrutamos da vida eterna. Mas dessa vida não podia Adão agora desfrutar; por conseguinte, em figura, a "árvore" é posta fora do alcance do homem, ainda que ela, durante sua inocência, tivesse sido símbolo de sua bênção.

    >Gn 3:23

    O Senhor Deus, pois, o lançou fora (23). Qualquer que seja a verdadeira explicação sobre a árvore, não há dúvida sobre a significação da ação de Deus ao remover o homem do jardim. O homem estava agora cortado de Deus e, portanto, no sentido mais real estava cortado da "vida": isso foi simbolizado mediante a separação entre ele e a "árvore da vida". Somente quando a redenção aparece consumada é que a árvore da vida reaparece dentro do alcance do homem. Note-se que a "árvore da vida" era símbolo do estado abençoado do homem; enquanto que a "árvore da ciência do bem e do mal" simbolizava o teste a que foi sujeitado o homem. Querubins (24). O assunto dos querubins é um estudo à parte por si mesmo, mas parece razoavelmente verdadeiro afirmar que não são anjos. Noutras passagens Deus aparece a cavalgar sobre eles (ver, por exemplo, Sl 18:10). Melhor é considerá-los como figuras simbólicas, ainda que não de natureza estática, pois sempre são representados como ativos e em movimento. Podem ser definidos como o "símbolo animado da proposital atividade de Deus". E uma espada inflamada (24). Dessa maneira, por causa do pecado, o homem é mantido fora do Paraíso, de conformidade com o propósito de Deus e em execução à Sua ira. Note-se que o caráter simbólico e pictórico da árvore da vida, dos querubins, e da espada, se verifica no fato que não temos registro histórico a respeito de sua remoção deste mundo.


    Dicionário

    Conceicao

    Concepção, religiosidade

    Conceição

    substantivo feminino Religião Dogma cristão da concepção da Virgem Maria: Imaculada Conceição.
    Religião Festividades religiosas em louvor à concepção da Virgem Maria, celebradas no dia 8 de dezembro pela igreja católica.
    Antigo Ação ou efeito de conceber; concepção.
    Antigo Capacidade natural de criar, conceber, de inventar.
    Etimologia (origem da palavra conceição). Do latim conceptio.onis.

    Desejo

    substantivo masculino Aspiração; vontade de ter ou obter algo: desejo de perdão.
    Objetivo ou propósito: um trabalho decente é o seu desejo.
    Cobiça; excesso de vontade por bens, posses: o desejo de poder.
    Impulso pelo prazer através de relações sexuais: desejo sexual.
    [Informal] Ansiedade provocada durante a gravidez; vontade de comer certos alimentos durante a gravidez: desejo de comer manga.
    Ação ou efeito de desejar; de querer; possuir vontade.
    Etimologia (origem da palavra desejo). Do latim desedium.

    O desejo é semente da alma. Por isso mesmo, asseverou a profecia no caminho dos séculos: “Guarda carinhosamente teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Todo desejo [...] é manancial de poder. A planta que se eleva para o alto, convertendo a própria energia em fruto que alimenta a vida, é um ser que ansiou por multiplicar-se...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Todo desejo é potencial de criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    O desejo é a alavanca de nosso sentimento, gerando a energia que consumimos, segundo a nossa vontade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

    O desejo é o ímã da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 4

    Desejo sexual O desejo sexual é a força de atração única, unindo as criaturas, como no mundo animal. Passado este impulso de atração, mediante a satisfação dos instintos sexuais, há o afastamento natural no relacionamento do casal.
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22


    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Dominar

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Ter o domínio de algo; vencer: Atenas dominou Esparta; empresa que domina sobre outros mercados.
    Ter autoridade ou poder sobre algo ou sobre alguém; prevalecer: o time dominou o campeonato; os poderosos dominam sobre o povo.
    verbo transitivo direto Ter controle dos próprios sentimentos, impulsos, emoções; reprimir: dominar a vontade de comprar.
    Tornar algo ou alguém submisso por meio da força, da violência: lutador domina adversário com golpe baixo.
    Tomar conta de absolutamente tudo: a enchente dominou o bairro.
    verbo transitivo direto e intransitivo Exercer autoridade, poder, domínio em relação a outros povos ou nações, geralmente por meio do controle político, econômico, territorial etc.; subjugar, vencer: alguns países buscaram dominar povos ameríndios; o único propósito daquele país era dominar.
    verbo pronominal Controlar-se diante das próprias paixões, vontades; conter-se: dominava-se para que ninguém notasse sua dor.
    Etimologia (origem da palavra dominar). Do latim dominare.

    Dor

    substantivo feminino Sensação corporal penosa, sendo classificada pelo seu tipo, intensidade, caráter e ocorrência: dor de barriga; dor difusa.
    Mágoa; sofrimento provocado por uma decepção, pela morte de alguém, por uma tragédia: dor de perder o pai.
    Compaixão; piedade de si mesmo ou do sofrimento de outra pessoa: demonstrou uma dor imensa diante da pobreza.
    Figurado Expressão de um sofrimento, de uma tristeza física ou moral: música repleta de dor.
    Etimologia (origem da palavra dor). Do latim dolor.oris.

    hebraico: habitação

    [...] A dor é o aguilhão que o impele [o Espírito] para a frente, na senda do progresso.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 5

    A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 9, it• 7

    [...] a dor é uma bênção, porque é com ela que resgatamos erros clamorosos de passadas vidas. [...]
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 8

    [...] a dor resulta sempre do nosso atrito com os dispositivos reguladores do Universo. [...]
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 70

    [...] é a eterna lapidária de todos os espíritos [...].
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 10

    A dor material é um fenômeno como o dos fogos de artifício, em face dos legítimos valores espirituais.
    Referencia: BRAGA, Ismael Gomes• Elos doutrinários• 3a ed• rev• Rio de Janeiro: FEB, 1978• - Adendo

    [...] A dor é uma oferenda de Deus e os raios que emite célere se encaminham para as moradas celestes.
    Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] A dor é um meio de elevação; o sofrimento do presente repara os erros de outrora e engendra as felicidades do futuro.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

    [...] A dor é uma advertência necessária, um estimulante à vontade do homem, pois nos obriga a concentrarmos pararefletir, e força-nos a domar as paixões.A dor é o caminho do aperfeiçoamento
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 9

    [...] A dor, física ou moral, é um meiopoderoso de desenvolvimento e deprogresso.[...] A dor é a purificação suprema, é aescola em que se aprendem a paciência,a resignação e todos os deveres austeros.É a fornalha onde se funde o egoísmoem que se dissolve o orgulho. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 13

    [...] A dor é a purificação suprema, afornalha onde se fundem os elementosimpuros que nos maculam: o orgulho, o egoísmo, a indiferença. É a única escola onde se depuram as sensações, onde se aprendem a piedade e a resignação estóica. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

    [...] é na realidade o ensino por excelência, a grande escola em que se aprendem as verdades eternas. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Giovana

    Por mais admirável que possa parecer à primeira vista, a dor é apenas um meio de que usa o Poder Infinito para nos chamar a si e, ao mesmo tempo, tornar-nos mais rapidamente acessíveis à felicidade espiritual, única duradoura. É, pois, realmente, pelo amor que nos tem, que Deus envia o sofrimento. Fere-nos, corrige-nos como a mãe corrige o filho para educá-lo e melhorá-lo; trabalha incessantemente para tornar dóceis, para purificar e embelezar nossas almas, porque elas não podem ser verdadeiras, completamente felizes, senão na medida correspondente às suas perfeições.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 26

    A dor não é somente o critério, por excelência da vida, o juiz que pesa os caracteres, as consciências e dá a medida da verdadeira grandeza do homem. É também um processo infalível para reconhecer o valor das teorias filosóficas e das doutrinas religiosas. A melhor será, evidentemente, a que nos conforta, a que diz por que as lágrimas são quinhão da Humanidade e fornece os meios de estancá-las. Pela dor, descobre-se com mais segurança o lugar onde brilha o mais belo, o mais doce raio da verdade, aquele que não se apaga.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 26

    Homem, meu irmão, aprende a sofrer, porque a dor é santa! Ela é o mais nobre agente da perfeição. Penetrante e fecunda, é indispensável à vida de todo aquele que não quer ficar petrificado no egoísmo e na indiferença. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 26

    A dor é o agente do progresso, que diz a muitos Espíritos: – Levanta-te e caminha!
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um Adeus

    [...] é sempre a resposta que a ignorância conduz para os desatentos. É, também, de certo modo, a lapidadora das arestas morais, a estatuária do modelo precioso para a grandeza da vida que se exalta...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 29

    [...] é a forja dos que amam e a companheira dos que esposam mais altos ideais, dos que aspiram mais amplos resultados [...].
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 7

    [...] é o escopro que afeiçoa e alinda o mármore divino da alma. [...]
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 6

    [...] moeda luminosa com que todos neste orbe podem conseguir a salvação perene da alma, o resgate de todos os delitos [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 7

    [...] é a lixívia que saneia, embranquecendo a alma enodoada pelos mais hediondos crimes!
    Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 7

    É a dor o lapidário da alma [...] e unicamente o seu cinzel destrói-lhe os vincos, tira-lhe as escabrosidades, adelgaça-a, dá-lhe polimento e facetas que a tornam – diamante divino e vivo que o é – luminosa e resplendente.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 6, cap• 6

    A dor é sempre chamada por aqueles que se mantêm à margem do caminho e que teimam em não seguir o caminho reto do bem, com Jesus. Os corações mais petrificados se tornam dóceis, quando visitados pela dor.
    Referencia: IMBASSAHY, Carlos• O Espiritismo à luz dos fatos: respostas às objeções formuladas à parte científica do Espiritismo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    A dor é mensagem de sabedoria.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Dor

    É o crisol onde a alma se depura e aperfeiçoa, como a alma é a força e a superioridade do homem no reino da Criação.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 8

    [...] A dor é um parto. Suprimir a dor fora limitar a sensação e impedir o abo toar da vida, que é precisamente o objetivo da vida. Não sendo senão uma privação, o mal estimula o desejo e este, estimulando-nos os esforços, nos faz avançar para a felicidade.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    [...] a dor é instrumento de resgate, aperfeiçoamento e advertência. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 22

    [...] a lapidária das almas; é ela que serve de cadinho ao espírito, no qual ele se retempera para as lutas porvindouras. [...] a dor é o veículo do nosso aperfeiçoamento; é pela dor que chegaremos mais depressa à perfeição absoluta.
    Referencia: PALISSY, Codro• Eleonora• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 6 e 7

    [...] a dor é o crisol em que essa alma se purifica e se redime para a sua progressiva ascensão às claridades eternas. [...]
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 36

    A dor, sob suas múltiplas formas, é o remédio supremo para as imperfeições, para as enfermidades da alma. [...]
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    E para os Espíritos milenarmente rebeldes e recalcitrantes, como os que compõem a Humanidade, a dor é a grande disciplinadora.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Deus

    Alguém já disse que a dor é o cadinho purificador da alma. A imagem é bem mais significativa que se poderia imaginar: as doenças são autênticas válvulas de escoamento das trevas acumuladas pelo Espírito em delitos do pretérito.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Doença e mediunidade

    [...] A dor, física ou moral, é um meio poderoso de desenvolvimento e de progresso. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Ligeiros comentários sobre as obras de Léon Denis

    [...] é, na realidade, uma forma benéfica, decorrente da Lei de Deus, para a restauração da harmonia do ser com o seu destino – o de progredir sempre.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 18

    [...] Para bem compreendermos o papel da dor será necessário situá-la como a grande educadora dos seres vivos, com funções diferentes no vegetal, no animal e no homem, mas sempre como a impulsionadora do processo evolutivo, uma das alavancas do progresso do princípio espiritual.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 20

    [...] A dor, a grande retificadora, é universal e alcança todas as criaturas compromissadas com o passado, como cautério da alma, enquanto não atingida a perfeição moral.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 36

    [...] é a nossa custódia celestial [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 12

    A dor é ingrediente dos mais importantes na economia da vida em expansão. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

    [...] é o selo do aperfeiçoamento moral no mundo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

    A dor aliviada ou consolada por nós é uma bênção invisível que nos acompanha aonde vamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A dor é, realmente, a Divina 1nstrutora, capaz de elevar-nos da Terra para o Céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A dor é o anti-séptico espiritual mais importante que conhecemos para a defesa e preservação de nossa felicidade para a vida eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A dor é a nossa rútila cartilha [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A dor é a nossa companheira – lanterna acesa em escura noite – guiando-nos, de retorno, à Casa do Pai Celestial.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] A dor é o preço sagrado de nossa redenção.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    As dores constituem os imperecíveis tesouros do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] A dor em nossa vida íntima é assim como o arado na terra inculta. Rasgando e ferindo, oferece os melhores recursos à produção.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

    [...] é o instrumento invisível de que Deus se utiliza para converter-nos, a pouco e pouco, em falenas de luz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] é o grande e abençoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver-se na jornada para a vida eterna. Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao plano divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    A dor constitui valioso curso de aprimoramento para todos os aprendizes da escola humana.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    A dor, o obstáculo e o conflito são bem-aventuradas ferramentas de melhoria, funcionando em nosso favor. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 16

    A dor é agente de fixação, expondo-nos a verdadeira fisionomia moral.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Exames

    Se a dor humana é lavoura de renovação para quem sofre e resgata, é também sementeira sublime para todos aqueles que desejam plantar o bem imperecível. De outra forma, Jesus não precisaria imolar-se na cruz por todos nós.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    [...] significa possibilidade de enriquecer a alma [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 6

    [...] dor, lapidária da evolução e eterna obreira do Espírito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - No banquete do Evangelho

    [...] O leito de dor é um campo de ensinamentos sublimes e luminosos. Nele, a alma exausta vai estimando no corpo a função de uma túnica. Tudo o que se refira à vestimenta vai perdendo, con seqüentemente, importância. Persevera, contudo, a nossa realidade espiritual. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 7

    Segue sem repousar, gemendo embora, / Sob a nuvem de fel que se agiganta; / Nossa dor é a subida áspera e santa, / Em que a mão do Senhor nos aprimora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Poetas redivivos• Por diversos Espíritos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 45

    [...] A dor e o obstáculo guardam para nós a função de legítimos instrutores. É um erro interpretar dificuldades à conta de punições ou pesadelos, quando nelas devemos encontrar recursos de aprimoramento e provas abençoadas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

    A dor é senda para a alegria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - No correio do coração

    [...] a dor é o anjo misterioso que nos acompanha até o fim da luta pela perfeição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial

    [...] A dor é uma bênção que nosso Pai nos envia, oferecendo-nos a graça retificadora. Mas toda dor que não sabemos aceitar, rejeitando-lhe a grandeza divina, converte-se em guerra sem sangue, no coração.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carta paternal

    A dor é a nossa companheira até o momento de nossa integração total com a Divina Lei.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A dor

    O mundo vale como escola de aperfeiçoamento e a dor é simples buril que nos aprimora [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aniversário de luz

    [...] a dor é o estímulo às mais altas realizações [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 60

    [...] A dor é uma bênção que a Lei de Deus nos envia...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• A vida escreve• Pelo Espírito Hilário Silva• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 23

    É criação do próprio espírito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 82

    A dor não provém de Deus, de vez que, segundo a lei, ela é uma criação de quem a sofre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    – A dor é um aviso – comentou aquele homem transformado – que nos bate na porta quando menos esperamos ou estamos preparados para enfrentá-la. Ela chega, com o vigor de quem nos toma desprevenidos, e dá a impressão de que vai vencer a luta contra nossa força de vontade e perseverança. Mas eis que de dentro de nós surgem recursos emocionais desconhecidos, que rompem de vez nossas couraças de timidez e acanhamento, e nos colocam a postos, única e exclusivamente por amor. Descobrimos que o sentimento por nossos filhos é muito maior do que qualquer definição teórica, das que encontramos nos mais elevados livros que tratam do assunto. – Esse aviso – prosseguiu – é o chamado definitivo e talvez mais grave de nossas vidas. [...]
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A dor é meu aviso

    Podemos aquilatar da têmpera de nossa fé pela maneira de recebermos e tolerarmos o sofrimento. Sabem os espíritas que a dor exerce uma ação re dentora sobre o espírito humano, despertando-o para as verdades divinas. Infelizmente, porém, nem sempre, quando ela nos bate à porta, e nos invade o lar, e nos comprime o coração, nos encontra suficientemente resignados para acolhê-la sem desespero. Por que isso? Qual a razão da nossa fraqueza? A resposta é simples: falta de fé. Desde que penetremos a verdade evangélica, assimilando-a; desde que Deus tenha um altar em nosso coração, em vez de um nicho em nossos lábios, a fé nos dará forças para enfrentar todas as vicissitudes. Por mais que repitamos essas verdades, muitas vezes sentimos que elas ainda não estão integradas em nosso espírito. Isto revela, então, a enormidade do nosso atraso.
    Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Amemos a vida

    Dor-auxílio [...] pela intercessão de amigos devotados à nossa felicidade e à nossa vitória, recebemos a bênção de prolongadas e dolorosas enfermidades no envoltório físico, seja para evitar-nos a queda no abismo da criminalidade, seja, mais freqüentemente, para o serviço preparatório da desencarnação, a fim de que não sejamos colhidos por surpresas arrasadoras, na transição da morte. O enfarte, a trombose, a hemiplegia, o câncer penosamente suportado, a senilidade prematura e outras calamidades da vida orgânica constituem, por vezes, dores-auxílio, para que a alma se recupere de certos enganos em que haja incorrido na existência do corpo denso, habilitando-se, através de longas reflexões e benéficas disciplinas, para o ingresso respeitável na 5ida Espiritual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19


    Filhós

    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

    Marido

    Marido Homem casado em relação à ESPOSA (Gn 3:6); (Ef 5:22).

    Adão foi o primeiro marido (Gn 2:22 – 3,6) – e a lei fundamental que diz respeito às relações entre homem e mulher é primeiramente estabelecida para Adão e Eva (Gn 2:24-25). Segundo a lei judaica, eram dez as obrigações que o marido tinha de cumprir com relação a sua mulher. A três destas obrigações se refere o Pentateuco (Êx 21:9-10). As outras sete compreendiam o seu dote – o seu tratamento em caso de doença – o resgate do cativeiro – o funeral – ser provida em casa do marido pelo tempo que ela ficasse viúva, e enquanto não lhe fosse paga a sua doação – a sustentação das filhas dela até que se casassem – e uma disposição para que seus filhos, além de receberem a parte da herança do pai, pudessem também compartilhar o que para ela estava estabelecido. Ao marido pertenciam todos os ganhos da sua mulher, e também aqueles bens que ela herdasse depois do seu casamento. Todavia, podendo o marido aproveitar-se dos frutos resultantes da administração do dote de sua mulher, era responsável por qualquer perda. Era ele o seu herdeiro universal. os deveres do marido são freqüentemente expostos nas epístolas, por exemplo: 1 Co 7.3 – Ef 5:25Cl 3:19 – 1 Pe 3.7. (*veja Casamento.)

    substantivo masculino Homem casado; esposo: estou com o meu marido há 30 anos.
    Indivíduo que se une em matrimônio a outra pessoa, ou que mantém com ela uma relação semelhante a do casamento; cônjuge.
    Aquele que se uniu a uma mulher pelo matrimônio.
    Etimologia (origem da palavra marido). Do latim maritus.i.

    Mulher

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
    Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
    Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
    Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
    Aquela que deixou de ser virgem.
    Companheira do cônjuge; esposa.
    Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
    Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

    Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

    [...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

    [...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

    A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

    [...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


    Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

    Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

    Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

    Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

    A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Multiplicar

    verbo transitivo Matemática Fazer uma multiplicação.
    Aumentar o número, a quantidade, a intensidade.
    verbo pronominal Produzir seres semelhantes a si mesmo; reproduzir-se.
    Desenvolver extraordinária atividade.

    Sera

    abundância

    Será

    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

    (Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 3: 16 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Grandemente multiplicarei o teu sofrimento da tua gravidez; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para ① o teu marido, e ele governará sobre ti."">E disse à mulher: "Grandemente multiplicarei o teu sofrimento da tua gravidez; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para ① o teu marido, e ele governará sobre ti."
    Gênesis 3: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes de 4000 a.C.
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H1931
    hûwʼ
    הוּא
    ele / ela / o / a
    (it)
    Pronome
    H2032
    hêrôwn
    הֵרֹון
    que existe no céu
    (heavenly)
    Adjetivo - neutro acusativo plural
    H3205
    yâlad
    יָלַד
    dar à luz, gerar, parir, produzir, estar em trabalho de parto
    (you shall bring forth)
    Verbo
    H376
    ʼîysh
    אִישׁ
    homem
    (out of man)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4910
    mâshal
    מָשַׁל
    governar, ter domínio, reinar
    (and to rule)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H6089
    ʻetseb
    עֶצֶב
    dor, ferida, labuta, pesar, trabalho, trabalho árduo
    (In pain)
    Substantivo
    H6093
    ʻitstsâbôwn
    עִצָּבֹון
    ()
    H7235
    râbâh
    רָבָה
    ser ou tornar-se grande, ser ou vir a ser muitos, ser ou tornar-se muito, ser ou vir a ser
    (and multiply)
    Verbo
    H802
    ʼishshâh
    אִשָּׁה
    mulher, esposa, fêmea
    (into a woman)
    Substantivo
    H8669
    tᵉshûwqâh
    תְּשׁוּקָה
    desejo, anseio, avidez
    (your desire [shall be])
    Substantivo


    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    הוּא


    (H1931)
    hûwʼ (hoo)

    01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

    uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

    1. ele, ela
      1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
      2. retomando o suj com ênfase
      3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
      4. (antecipando o suj)
      5. (enfatizando o predicado)
      6. aquilo, isso (neutro) pron demons
    2. aquele, aquela (com artigo)

    הֵרֹון


    (H2032)
    hêrôwn (hay-rone')

    02032 הרון herown ou הריון herayown

    procedente de 2029; DITAT - 515c; n m

    1. concepção física, gravidez, concepção

    יָלַד


    (H3205)
    yâlad (yaw-lad')

    03205 ילד yalad

    uma raiz primitiva; DITAT - 867; v

    1. dar à luz, gerar, parir, produzir, estar em trabalho de parto
      1. (Qal)
        1. dar à luz, gerar
          1. referindo-se ao nascimento de criança
          2. referindo-se ao sofrimento (símile)
          3. referindo-se ao perverso (comportamento)
        2. gerar
      2. (Nifal) ser nascido
      3. (Piel)
        1. levar a ou ajudar a dar à luz
        2. ajudar ou atuar como parteira
        3. parteira (particípio)
      4. (Pual) ser nascido
      5. (Hifil)
        1. gerar (uma criança)
        2. dar à luz (fig. - referindo-se ao ímpio gerando a iniqüidade)
      6. (Hofal) dia do nascimento, aniversário (infinitivo)
      7. (Hitpael) declarar o nascimento de alguém (descencência reconhecida)

    אִישׁ


    (H376)
    ʼîysh (eesh)

    0376 איש ’iysh

    forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

    1. homem
      1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
      2. marido
      3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
      4. servo
      5. criatura humana
      6. campeão
      7. homem grande
    2. alguém
    3. cada (adjetivo)

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מָשַׁל


    (H4910)
    mâshal (maw-shal')

    04910 משל mashal

    uma raiz primitiva; DITAT - 1259; v

    1. governar, ter domínio, reinar
      1. (Qal) governar, ter domínio
      2. (Hifil)
        1. levar a governar
        2. exercer domínio

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עֶצֶב


    (H6089)
    ʻetseb (eh'-tseb)

    06089 עצב ̀etseb

    procedente de 6087; DITAT - 1666a,1667a; n m

    1. dor, ferida, labuta, pesar, trabalho, trabalho árduo
      1. dor
      2. ferida, ofensa
      3. labuta, trabalho árduo
    2. utensílio, criação, objeto
    3. (DITAT) ídolo

    עִצָּבֹון


    (H6093)
    ʻitstsâbôwn (its-tsaw-bone')

    06093 עצבון ̀itstsabown

    procedente de 6087; DITAT - 1666e; n m

    1. dor, trabalho, trabalho árduo, pesar, labuta

    רָבָה


    (H7235)
    râbâh (raw-baw')

    07235 רבה rabah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2103,2104; v.

    1. ser ou tornar-se grande, ser ou vir a ser muitos, ser ou tornar-se muito, ser ou vir a ser numeroso
      1. (Qal)
        1. tornar-se muitos, tornar-se numeroso, multiplicar (referindo-se a pessoas, animais, objetos)
        2. ser ou tornar-se grande
      2. (Piel) alargar, aumentar, tornar-se muitos
      3. (Hifil)
        1. tornar muito, tornar muitos, ter muitos
          1. multiplicar, aumentar
          2. fazer muito para, fazer muito a respeito de, transgredir grandemente
          3. aumentar sobremaneira ou excessivamente
        2. tornar grande, aumentar, fazer muito
    2. (Qal) atirar

    אִשָּׁה


    (H802)
    ʼishshâh (ish-shaw')

    0802 אשה ’ishshah

    procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

    1. mulher, esposa, fêmea
      1. mulher (contrário de homem)
      2. esposa (mulher casada com um homem)
      3. fêmea (de animais)
      4. cada, cada uma (pronome)

    תְּשׁוּקָה


    (H8669)
    tᵉshûwqâh (tesh-oo-kaw')

    08669 תשוקה t eshuwqaĥ

    procedente de 7783 no sentido original de estirar-se atrás de; DITAT - 2352a; n. f.

    1. desejo, anseio, avidez
      1. de homem por mulher
      2. de mulher por homem
      3. de animal selvagem para devorar