Enciclopédia de II Samuel 2:31-31

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2sm 2: 31

Versão Versículo
ARA Porém os servos de Davi tinham ferido, dentre os de Benjamim e dentre os homens de Abner, a trezentos e sessenta homens, que ali ficaram mortos.
ARC Porém os servos de Davi feriram dentre os de Benjamim, e dentre os homens de Abner, a trezentos e sessenta homens, que ali ficaram mortos.
TB Mas os servos de Davi tinham ferido trezentos e sessenta homens dentre os de Benjamim e dentre os de Abner, de tal maneira que morreram.
HSB וְעַבְדֵ֣י דָוִ֗ד הִכּוּ֙ מִבִּנְיָמִ֔ן וּבְאַנְשֵׁ֖י אַבְנֵ֑ר שְׁלֹשׁ־ מֵא֧וֹת וְשִׁשִּׁ֛ים אִ֖ישׁ מֵֽתוּ׃
BKJ Os servos de Davi, porém, haviam ferido homens de Benjamim e de Abner, de forma que morreram trezentos e sessenta homens.
LTT Porém os servos de Davi feriram dentre os de Benjamim, e dentre os homens de Abner, a trezentos e sessenta homens, que ali ficaram mortos.
BJ2 mas a guarda de Davi matara, entre os homens de Benjamim e os de Abner, trezentos e sessenta homens.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Samuel 2:31

II Samuel 3:1 E houve uma longa guerra entre a casa de Saul e a casa de Davi; porém Davi se ia fortalecendo, mas os da casa de Saul se iam enfraquecendo.
I Reis 20:11 Porém o rei de Israel respondeu e disse: Dizei-lhe: Não se gabe quem se cinge como aquele que se descinge.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Reino de Davi e de Salomão

Informações no mapa

Tifsa

Rio Eufrates

HAMATE

SÍRIA (ARÃ)

Hamate

Rio Orontes

Ribla

Zedade

ZOBÁ, ARÃ-ZOBÁ

Tadmor (Palmira)

Zifrom

Hazar-Enã

Lebo- Hamate

Gebal

Cobre

Berotai

Deserto da Síria

Sídon

SIDÔNIOS (FENÍCIA)

Cadeia do Líbano

BETE-REOBE

Cadeia do Antilíbano

Damasco

Mte. Hermom

Tiro

Abel

MAACÁ, ARÃ-MAACÁ

Basã

Terra de Cabul?

Hazor

Argobe

GESUR

Dor

Vale de Jezreel

En-Dor

Helão

Megido

Mte. Gilboa

Lo-Debar

Rogelim

Bete-Seã

Jabes-Gileade?

Salcá

Tobe

Sucote

Maanaim

Jope

Silo

Gileade

Ramá

Zereda

Rabá

Gezer

Gilgal

AMOM

Ecrom

Jerusalém

Hesbom

Gate

Belém

Medeba

FILÍSTIA

Gaza

Hebrom

En-Gedi

Aroer

Ziclague

Jatir

Betel

MOABE

Berseba

Ramote

Mispa

Aroer

Vale do Sal?

Torrente do Egito

Neguebe

Tamar

Cobre

Punom

EDOM

Deserto de Parã

Deserto da Arábia

Eziom-Geber

Elote, Elate

Bete-Horom Baixa

Bete-Horom Alta

Gezer

Gibeão

Geba

Quiriate-Jearim

Gibeá

Anatote

Baurim

Nobe

Baal-Perazim

Ecrom

Bete-Semes

Jerusalém

Fonte de Giom

Poço de En-Rogel

Gate

Vale de Elá

Azeca

Socó

Belém

Adulão

Queila

Gilo

Tecoa

Deserto de Judá

Cisterna de Sirá

Hebrom

Jesimom

Zife

Horesa

Estemoa

Carmelo

Maom

Informações no mapa

Reino de Davi

Reino de Salomão

Importações

Exportações

Para os hititas e a Síria: cavalos, carros de guerra

De Társis: ouro, prata, marfim, macacos, pavões

De Tiro: cedro, junípero, ouro

Para Tiro: cevada, trigo, vinho, azeite

Do Egito: cavalos, carros de guerra

De Ofir: ouro, pedras preciosas, madeira

Da Arábia: ouro, prata


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
  1. Davi, Rei de Judá (2 Sm 2:1-7)

Logo depois, Davi buscou a direção do Senhor quanto a retornar a Judá, e foi instru-ído a ir para Hebrom, cerca de trinta quilômetros a sudoeste de Jerusalém (1). Ele e todo o seu grupo, com suas famílias e bens domésticos, mudaram-se de Ziclague para as cidades de Hebrom (3), e o plural refere-se ao fato do nome se aplicar a quatro cidades agrupadas. Ela fora conhecida anteriormente como Quiriate-Arba (Js 20:7), que signifi-ca "cidade quádrupla" ou "tetrópolis". Ali os seus habitantes se ajuntaram e ungiram... a Davi rei sobre a casa de Judá (4).

Nos versículos 1:4 podemos ver "a descoberta e a atitude de se fazer a vontade de Deus". (1) As circunstâncias transformadoras devem fazer voltar nossa mente ao caminho que Deus nos mandaria tomar, 1; (2) A direção de Deus é, às vezes, muito específica, 1; (3) A obediência humana deve seguir a direção divina 2:3; (4) A bênção segue a obediência.
Informado do ato heróico dos homens de Jabes-Gileade, ao sepultarem Saul e seus filhos, Davi enviou uma mensagem de apreço por eles. Ele também sugeriu que conside-rassem o fato de Judá tê-lo feito rei (5-7). Nada resultou disso no momento, a não ser a hostilidade arraigada que existia entre Abner, comandante militar de Saul, e Joabe, que serviu a Davi em uma função similar.

  1. Isbosete, Rei de Israel (2:8-11)

Após a morte de Saul, Abner (8) tomou a responsabilidade de estabelecer Isbosete, o quarto filho de Saul (1 Cron 8.33; 9.39), como rei — ao levá-lo a Maanaim, a leste do Jordão (veja o mapa), onde eles estariam fora do alcance dos filisteus. Em Crônicas, Isbosete é chamado de Esbaal — um nome posteriormente mudado quando baal, "senhor", foi alte-rado para bosete, "vergonha", em protesto contra o culto a Baal em Israel.

Provavelmente, Isbosete não estivera presente na batalha de Gilboa, e em vista de sua óbvia subordinação a Abner, não deve ter tido uma personalidade forte. O reino de Isbosete incluía, além de todo o Israel (9), Gileade, a leste do Jordão; os assuritas, não identificados de outra forma no Antigo Testamento; o território ao redor de Jezreel, para o norte perto de Gilboa; e as tribos de Efraim e Benjamim.

A cronologia de 10,11 é difícil. Várias tentativas têm sido feitas para reconciliar os dois anos de reinado de Isbosete com os sete anos e meio do reinado de Davi sobre Judá em Hebrom. Foi sugerido por John Bright que Davi continuou a residir em Hebrom cinco anos e meio após a morte de Isbosete, antes de fazer de Jerusalém a sua capital'. É mais provável que a solução para a discrepância esteja em todo o Israel (9). Isto é, Isbosete dirigiu um governo de refúgio em Maanaim por cinco anos e meio após a morte de Saul, até que o governo israelita fosse restabelecido pelo menos na parte oeste do Jordão. Seu reinado sobre todo o Israel começou, então, quando ele tinha a idade de quarenta anos, apenas dois anos antes de ser assassinado.

  1. Abner e Joabe (2 Sm 2:12-3,1)

Esta seção fala de uma campanha iniciada por Abner, capitão das forças de Isbosete, contra Joabe, capitão de Davi. Saiu... de (12) é a frase hebraica técnica para ir à guerra. Os homens de Davi encontraram-se com as forças invasoras perto do tanque de Gibeão (13), ao norte de Hebrom, capital de Judá, e onde as ruínas de um grande reservatório foram encontradas. Doze jovens soldados foram escolhidos de cada lado para uma com-petição de campeões (como em I Samuel 17). Joguem (14) ; o conflito armado sério e fatal que só terminaria com a morte. Quando a competição terminou empatada com a morte de todos os competidores, iniciou-se uma batalha geral que se transformou na derrota de Abner e seus homens (16,17). Helcate-Hazurim significa campo das espadas.

O ponto mais importante no registro da batalha é a explicação da inimizade entre Joabe, capitão de Davi, e Abner. O primeiro, sobrinho de Davi (1 Cr 2.15,16), tinha dois irmãos no exército, Abisai (1 Sm 26,6) e Asael, notado posteriormente por ser ligeiro de pés. Este partiu para alcançar Abner, e não seria dissuadido embora obviamente não fosse páreo para o homem mais velho em um combate corpo a corpo. Os soldados em perseguição pararam ao chegar ao corpo de Asael, porque a noite se aproximava (18-24). Os soldados de Abner fizeram um batalhão, isto é, reagruparam as suas forças depois da pausa na batalha, e Abner rogou a Joabe que parasse com a matança inútil que resul-taria apenas em mais amargura (25,26).

Joabe concordou com uma trégua. Suas palavras (27) têm sido entendidas de diver-sas maneiras. Ou ele quis dizer que se Abner não houvesse pedido uma trégua, a perse-guição e a matança teriam continuado por toda a noite e adentrado pela manhã seguin-te, ou ele quis dizer que se Abner tivesse falado antes, a batalha não teria ocorrido ou não teria durado tanto tempo. As duas forças se separaram, e por longas marchas noturnas voltaram para as suas respectivas capitais; Joabe com a perda de 20 soldados, e Abner com uma perda de 360 (28-32). A planície (29) era a do vale do Jordão perto de Jericó. Todo o Bitrom (29), literalmente "os lugares escarpados", provavelmente a leste do Jordão. Asael foi sepultado em Belém na sepultura de seu pai, no caminho de volta a Hebrom (32). O texto em II Samuel 3:1 indica uma hostilidade contínua, provavelmente não iniciada por Davi, com o resultado da força crescente da causa deste e com a fraque-za decrescente da causa de Isbosete.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
*

2:1

consultou Davi ao SENHOR. Embora tivesse consciência de ter sido divinamente designado para tornar-se o próximo rei de Israel, Davi buscou a orientação do Senhor, tal como já havia feito por tantas vezes antes (p.ex., 1Sm 23:2,4,9-12; 30:7,8).

Hebrom. Localizada a quase 31km a sudoeste de Jerusalém, Hebrom tem a maior elevação dentre todas as cidades de Israel, e estava estrategicamente bem localizada para o início do reino de Davi sobre Judá. Hebrom era uma cidade real cananéia quando os israelitas chegaram do Egito (Js 10:3), mas suas ligações com o povo de Deus remontam aos tempos dos patriarcas (p.ex., Gn 13:18; 23:2,19; 35:27).

* 2:2

Ainoã... Abigail. Ver 1Sm 25:40-44, nota.

a jezreelita. Citada em Js 15:56 como sendo uma das aldeias da região montanhosa ao sul de Hebrom, esta Jezreel não é a bem conhecida Jezreel ao norte (v. 9).

o carmelita. Ver notas em 1Sm 15:12; 25:2.

* 2:4

ungiram ali Davi rei. Quanto à unção, ver 1Sm 2:10 nota. Davi já tinha sido ungido por Samuel (1Sm 16:3,12,13), e agora foi ungido novamente, dessa vez como rei sobre Judá. E ele seria ungido pela terceira vez, como rei sobre Israel (5.3).

* 2:5

Benditos do SENHOR sejais vós. O elogio de Davi aos habitantes de Jabes-Gileade, por sua bondade para com Saul, alcançou duas coisas. Primeiramente demonstra que ele não guardava malícia para com o rei agora falecido, e em segundo lugar armou o palco para a sua própria liderança sobre o gileaditas, a leste do rio Jordão.

* 2.8-32

A instituição liderada por Abner, do filho de Saul, Is-Bosete, como rei de Israel, resultou em guerra entre as casas de Saul e de Davi.

* Is-Bosete. Ver nota em 1Sm 31:2. Como tornar-se-á evidente, este último filho sobrevivente de Saul foi pouco mais do que um mero títere nas mãos de Abner.

e o fez passar a Maanaim. Abner fez 1s-Bosete atravessar o rio Jordão, provalmente em um esforço para escapar da pressão dos filisteus. Dois lugares próximos do rio Jaboque têm sido sugeridos para Maanaim, um a pouco mais de 11km, e o outro a cerca de 27km das margens do rio Jaboque.

* 2:9

rei sobre Gileade... sobre todo o Israel. A maneira como as regiões específicas foram alistadas sugere que o controle mantido por Is-Bosete sobre essas áreas era mais completo do que o seu controle sobre Israel como um todo.

* 2:11

sete anos e seis meses. Ver nota em 5.4,5.

* 2.12

Gibeom. Gibeom era uma cidade benjamita, atualmente chamada el-Jib, cerca de 8km ao norte de Jerusalém.

* 2.13

Joabe, filho de Zeruia. Ver nota no v. 18.

* 2.14

Levantem-se os moços e batam-se diante de nós. Abner sugeriu uma forma de combate representativo similar ao duelo entre Davi e Golias (1Sm 17:4, nota). Mas um grande derramamento de sangue não pôde ser evitado em nenhuma das duas ocasiões (vs. 17, 31.).

* 2:18

os três filhos de Zeruia. De acordo com 13 2:16'>1Cr 2:16, Zeruia era uma das duas irmãs de Davi, desta forma, os filhos dela eram sobrinhos dele.

Joabe. Joabe desempenhou um importante papel durante todo o reinado de Davi, tendo servido como comandante das forças militares de Davi (8.16). Embora fosse um ardoroso defensor de Davi, Joabe ocasionalmente mostrava ser um homem descontrolado (3.39), agindo segundo os seus próprios interesses (3.26,27) e até mesmo desafiando as ordens de Davi (18.5,9-14). Joabe foi executado pelo rei Salomão (1Rs 2:28-35).

Abisai. Abisai serviu juntamente com Joabe no exército de Davi (10.10; 18.2 e 23.18).

Asael. Também tido como um dos heróis de Davi (23.24). A incansável perseguição de Asael a Abner, no presente episódio, o levará a uma morte violenta (v. 23).

* 2:22

como me avistaria rosto a rosto com Joabe, teu irmão? As tentativas de Abner de evitar ferir a Asael podem ter sido motivadas não simplesmente pelo temor de vingança da parte de Joabe, mas também pelo desejo de não erigir barreiras desnecessárias a um eventual entendimento com Davi. Ver nota no v. 26.

* 2:26

ordenar ao povo que deixe de perseguir a seus irmãos. A referência de Abner a "seus irmãos" pode sugerir uma mudança em direção a uma situação mais conciliadora; e talvez Abner sentisse que Davi não podia ser detido. Abner preferia obter tréguas a ser derrotado, especialmente se pudesse continuar autônomo.

* 2:28

trombeta. Ver nota em 1Sm 13:3.

* 2:30-31

A disparidade no número de baixas sofrido pelas tropas de Davi e pelas de Benjamim prenuncia a tendência futura.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de II Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
2:1 Mesmo que Davi sabia que ele chegaria a ser rei (1Sm 16:13; 1Sm 23:17; 1Sm 24:20), e apesar de que o momento parecia o adequado (agora que Saul estava morto), mesmo assim Davi perguntou a Deus se devia retornar ao Judá, o território de sua tribo natal. antes de que avancemos ao que nos parece óbvio, primeiro leve o assunto ante Deus, que é o único que conhece o melhor momento.

2:1 Deus disse ao Davi que retornasse ao Hebrón, onde logo seria coroado rei do Judá. Davi fez do Hebrón seu capital porque: (1) era a cidade maior do Judá nesse tempo, (2) era segura contra os ataques, (3) estava localizada perto do centro do território do Judá, e (4) muitas rotas principais de comércio convergiam no Hebrón, fazendo desta maneira difícil o corte das linhas de fornecimento.

2:4 A tribo do Judá coroou publicamente ao Davi como seu rei. Samuel tinha ungido rei ao Davi muitos anos antes (1Sm 16:13), mas a unção tinha sido levada a cabo em privado. Esta coroação foi como alguém tira de posse de um funcionário público que já tinha sido eleito para esse posto. Entretanto, o resto do Israel, não aceitou o reinado do Davi durante sete anos e meio (1Sm 2:10-11).

2.4-7 Davi enviou uma mensagem para agradecer aos homens do Jabes do Galaad que tinham arriscado sua vida para sepultar o corpo do Saul (1Sm 31:11-13). Saul tinha resgatado Ao Jabes do Galaad de certa derrota quando Nahas amonita tinha rodeado a cidade (1 Smamuel 11), desta maneira os cidadãos demonstraram sua gratidão e generosidade. Em sua mensagem, sugeriu além que seguissem o exemplo do Judá e o reconhecessem como seu rei. Jabes do Galaad se localizava ao norte da terra do Galaad, e Davi procurava com isto obter o apoio das dez tribos restantes que não o tinham reconhecido ainda como rei.

2:10, 11 Davi governou Judá durante sete anos e meio, enquanto Is-boset reinou no Israel por só dois anos. A brecha de cinco anos pode haver-se dado devido a Is-boset não tomou posse do trono imediatamente depois da morte do Saul. Como conseqüência do constante perigo que representavam os filisteus na parte norte do Israel, puderam ter acontecido cinco anos antes de que Is-boset começasse a reinar. No transcurso desse tempo, Abner, comandante de seu exército, provavelmente jogou um papel principal na divisão dos filisteus que deu origem à confederação do norte. Sem ter em conta o início de seu reinado, seu domínio foi débil e limitado. Os filisteus ainda dominavam a área e Is-boset foi intimidado pelo Abner (3.11).

2.12ss Com o Israel dividido, houve uma tensão constante entre o norte e o sul. Não obstante, o verdadeiro rival do Davi no norte não foi Is-boset a não ser Abner. Neste incidente, Abner sugeriu um "perigoso torneio" entre os campeões de seu exército e os campeões do exército do Davi, guiados pelo Joab. O fato de que esta confrontação acontecesse no lago do Gabaón (localizado no território natal do Saul, Benjamim) indica-nos que os homens do Joab estavam pressionando pelo norte, obtendo mais território. Abner pôde ter sugerido esta confrontação com a esperança de deter o avanço do Joab.

supunha-se que doze homens de cada lado brigariam entre si e o lado que apresentasse mais sobreviventes seria declarado vencedor. O enfrentamento entre o Davi e Goliat (1 Smamuel
17) foi uma estratégia militar similar, uma maneira de evitar um terrível derramamento de sangue em uma guerra sem quartel. Neste caso, entretanto, a totalidade dos vinte e quatro campeões morreram antes de que algum bando pudesse reclamar a vitória. Não se obteve nada, e a guerra civil continuou.

2.21-23 Abner advertiu em repetidas ocasiões ao Asael que retornasse para não perder sua vida, mas Asael se negou pelo dever que se impôs a si mesmo. A persistência é uma qualidade boa se se usar para uma boa causa. Mas se a meta é exclusivamente a honra pessoal ou de algum benefício, a persistência pode não ser mais que mera teima. A teima do Abner não só lhe custou a vida, mas sim além disso acelerou uma desunião desafortunada no exército do Davi nos anos seguintes (3.26, 27; 1Rs 2:28-35). antes de que dita alcançar uma meta, assegure-se de que a mesma valha sua devoção.

2:28 Esta batalha terminou com a vitória das tropas do Joab (2.17), mas a guerra continuou na nação dividida até que Davi foi finalmente coroado rei do Israel (5.1-5).

PERSONAGENS NO DRAMA

Pode causar confusão seguir a pista de todos os personagens apresentados nos primeiros capítulos de 2 Smamuel. Aqui apresentamos alguma ajuda.

Joab - Filho da Sarvia, meia irmã do Davi - Um dos generais do Davi e mais tarde, comandante em chefe Do Davi

Abner - Primo do Saul - Comandante em chefe do Saul - Estava do bando do Saul e Isboset, mas fez ofertas ao Davi

Abisai - Irmão do Joab - Alto oficial no exército do Davi, chefe dos três" - Estava do bando do Joab e Davi

Asael - Irmão do Abisai e Joab - Alto oficial, um dos trinta guerreiros selecionados do Davi (homem "ligeiro de pés") - Estava do bando do Joab e Davi

Is-boset - Filho do Saul - Seleção do Saul e do Abner como rei - Estava do bando do Saul


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
II. RIVALIDADE PARA O REINO (2Sm 2:1)

1 E aconteceu depois disto que Davi consultou ao Senhor, dizendo: Subirei a alguma das cidades de Judá? E o Senhor disse-lhe: Vai-se. E disse Davi: Para onde subirei? E ele disse: Para Hebrom. 2 Então subiu Davi para lá, e também as suas duas mulheres, Ainoã, a jizreelita, e Abigail, mulher de Nabal, o carmelita. 3 E os homens que estavam com ele Davi fez subir, cada um com sua família; e habitaram nas cidades de Hebron. 4 Então os homens de Judá, veio, e ali ungiram Davi rei sobre a casa de Judá.

E eles disseram Davi, dizendo: Os homens de Jabes-Gileade foram os que sepultaram Saul. 5 E Davi enviou mensageiros aos homens de Jabes-Gileade, e disse-lhes: Bem-aventurados vós do Senhor, que fizestes tal benevolência para seu senhor, a Saul, e tê-lo enterrado. 6 E agora Jeová mostrar benevolência e de verdade para vós; e também eu vos farei este bem, porquanto fizestes isto. 7 Agora, pois, se as vossas mãos, e sede homens valorosos; Saul para seu senhor, é morto, e também a casa de Judá me ungiu por seu rei.

Por meio de uma série de perguntas, Davi foi capaz de saber que Deus quis seu movimento de Ziclague de Hebron, em Judá. Própria tribo de Davi foi o primeiro a aprovar a ele como sucessor de Saul. E os homens de Judá, veio, e ali ungiram Davi rei sobre a casa de Judá (v. 2Sm 2:4 ).

Davi tinha mantido relações amistosas com sua tribo nativa, enquanto ele estava no exílio. Ele tinha feito os presentes para as cidades de Judá do despojo de seus raids (conforme 1Sm 30:26 ). Além disso, em busca da vontade de Deus, Davi não tinha nenhuma razão sólida para ir em outro lugar do que a Judá. Desde que ele estava retornando do exílio, era de se esperar que ele voltaria para sua própria tribo. Hebron foi fácil para defender e não tinha sido um alvo dos filisteus.

Basicamente, Davi exerceu fé na vontade de Deus, mas que a fé foi implementado pelo sentido prático de som. Parece haver uma estranha tendência de igualar a vontade de Deus com o ilógico e irracional, mas Davi não tinha, então compreender a orientação divina. Uma e outra vez Davi perguntou sobre a vontade de Deus, e ele seguiu em sintonia com a sabedoria prática. É normalmente possível a alguém seguir a vontade de Deus, se ela pode ser interpretada em termos das sãs, consistentes ongoings ordenadas de vida. Caso contrário, um crente sincero busca da vontade de Deus encontra o seu curso de ação constantemente frustrado, pois ele não é certo o que é a vontade de Deus.

Davi foi dito que Saul havia sido enterrado por homens de Jabes-Gileade (v. 2Sm 2:4)

8 Agora, Abner, filho de Ner, chefe do exército de Saul, tomou a Isbosete, filho de Saul, eo fez passar a Maanaim, 9 e ele constituiu rei sobre Gileade, sobre o asuritas, sobre Jezreel, e mais Efraim, e sobre Benjamim, e sobre todo o Israel. 10 Isbosete, filho de Saul, tinha quarenta anos de idade quando começou a reinar sobre Israel, e reinou dois anos. Mas a casa de Judá seguiam a Davi. 11 E o tempo que Davi reinou em Hebrom, sobre a casa de Judá, sete anos e seis meses.

Rivalidade para o trono de Israel desenvolveu quando Abner, comandante do exército de Saul e um primo do rei caído, proclamou Isbosete, filho de Saul, como o sucessor de Saul. Maanaim, a principal cidade em Gileade, foi escolhida como a capital (v. 2Sm 2:8 ). O gileaditas provou-se fiel a Saul desde sua derrota dos amonitas em seu favor (1Sm 11:1 Então Abner tornou a Asael: Desvia-te de mim seguinte: por isso devo ferirá para o chão? como levantaria eu o meu rosto diante de Joabe, teu irmão? 23 Todavia ele recusou desviar, Abner com o fim Hinder da lança o feriu no corpo, de modo que a lança lhe saiu por detrás; e ele caiu ali, e morreu no mesmo lugar: e ele veio a passar, que todos quantos tinham vindo para o lugar onde Asael caiu e morreu ainda estava de pé.

24 Mas Joabe e Abisai perseguiram a Abner: e o sol se punha, quando chegaram ao outeiro de Amá, que está diante de Giah pelo caminho do deserto de Gibeão. 25 E os filhos de Benjamim se ajuntaram atrás de Abner, e tornou-se uma banda, e ficou no topo de uma colina. 26 Então Abner gritou a Joabe, e disse: Devorará a espada para sempre? Não sabes que será amargura final? quanto tempo ficará ela então, antes que tu ordenar ao povo que deixe de perseguir a seus irmãos? 27 E disse Joabe: Vive Deus, se tu não tivesses falado, só em seguida, na parte da manhã as pessoas tinham ido embora, nem seguiu cada um a seu irmão . 28 Então Joabe tocou a trombeta; e todo o povo parou, e seguiram a Israel nem mais, nem eles lutaram mais. 29 E Abner e seus homens caminharam toda aquela noite pela Arabá; e, passando o Jordão, e foi por todo o Bitrom, e chegou a Maanaim.

30 E Joabe voltou de perseguir a Abner. e quando ajuntou todo o povo, faltavam dos servos de Davi dezenove homens, e Asael 31 Mas os servos de Davi tinham ferido de Benjamim, e dentre os homens de Abner, de modo que trezentos e sessenta homens morreram. 32 E levantaram a Asael, e sepultaram-no na sepultura de seu pai, que estava em Belém. E Joabe e seus homens caminharam toda a noite, e o freio dia sobre eles em Hebron.

1 Agora, houve uma longa guerra entre a casa de Saul ea casa de Davi, e Davi se fortalecia cada vez mais forte, mas a casa de Saul se iam enfraquecendo.

2 E a Davi nasceram filhos em Hebrom e seu primogênito foi Amnon, de Ainoã, a jizreelita; 3 e segundo Quileabe, de Abigail, esposa de Nabal, o carmelita; eo terceiro, Absalão, filho de Maacá, filha de Talmai, rei de Gesur; 4 e o quarto, Adonias, filho de Hagite; eo quinto, Sefatias, filho de Abital; 5 eo sexto Itreão, de Eglá, a esposa de Davi. Estes nasceram a Davi em Hebrom.

"Estes versículos descrevem a cadeia sórdida milenar de circunstâncias que levam à guerra." O primeiro link é crescente tensão entre duas nações. Não ocorre o incidente de precipitação que provoca o início das hostilidades. Segue-se a guerra total, o resultado incerto, a trégua e, finalmente, a paz instável.

A razão para o aparecimento de Abner e os seus homens em Gibeão é desconhecida. Gibeão era cerca de seis milhas a noroeste de Jerusalém. Geral de Davi, Joabe, veio de Hebron, a cerca de 20 milhas ao sul de Jerusalém, com seus homens, para atender a força com força.

Abner previsto um desafio, Deixe que os rapazes ... joguem diante de nós (v. 2Sm 2:14 ). Pode não ser possível determinar o motivo de Abner para isso, mas, tendo em conta a reação em cadeia que leva guerras, é possível dizer que Abner deliberadamente provocou um incidente que levou a possibilidade ao vivo da guerra. A espada-play foi calculado para evocar o aumento da tensão e atiçar a vontade de lutar. O incidente explodiu em uma batalha em pleno desenvolvimento. E a batalha foi muito dolorido naquele dia; e Abner foi espancado (v. 2Sm 2:17 ).

O jovem irmão de Joabe, Asael, um lutador inexperiente mas apaixonado, perseguiu o habilidoso e experiente Abner. Ele não era páreo para Abner e morreu de um ferimento de lança infligida sobre ele (v. 2Sm 2:23 ). Além disso, sua impetuosidade despertou uma amarga rivalidade entre Joab e Abner que teve resultados de longo alcance para o reino, bem como para Davi (conforme 2 Sam 3. ; I Reis 2 ). Enquanto os jovens podem contribuir na ocasião fenomenalmente a uma empresa, por exemplo, a vitória jovem de Davi sobre Golias, é possível que, um jovem inexperiente impetuoso para complicar seriamente ou mesmo tragicamente, como é visto em ação precipitada de Asael.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
Davi luta contra a família de Saul (2—4)

Agora iniciamos com as "intrigas políticas" que contaminaram toda a vida de Davi. Embora Davi procu-rasse a mente do Senhor, não con-seguia evitar as intrigas e os planos dos outros e, como estava em débito com esses homens, tinha dificulda-de em opor-se a eles. A marcha de Davi para o trono foi difícil.

  • O assassinato de Asael (cap. 2)
  • Joabe, Abisai e Asael eram filhos de Zeruia, meia-irmã de Davi (1Co 2:16 e 2Sm 17:25). Portanto, eram sobrinhos de Davi, como também homens valorosos de seu exército. De início, Davi reinou sobre Judá, sua tribo, e tinha seu quartel-gene-ral em Hebrom. No entanto, Abner, comandante do exército de Saul, declarou Isbosete, filho de Saul, rei sobre as outras tribos. Abner trans-feriu a capital para Maanaim, so-bre o rio Jordão, para proteger a si mesmo e ao novo rei dos homens de Davi. É claro que Abner tinha in-teresse pessoal na casa de Saul, já que era primo deste (1Sm 14:50). Ele visava vantagens pessoais com o reinado de Isbosete, mas, ao coroá- lo, desobedeceu deliberadamente à Palavra de Deus. O Senhor deixara claro que apenas Davi governaria Israel. Talvez os cristãos de hoje se-jam como os judeus daquela época: permitimos que nosso Rei governe apenas sobre uma parte de nossa vida, e o resultado disso é conflito e sofrimento. O assassinato de Asael, por Abner, foi o prelúdio da "lon-ga guerra" entre os dois reis (3:1). Como veremos, para tristeza de Davi, os dois irmãos remanescentes vingaram a morte de Asael.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
    2.1 Abiatar, mediante Urim e Tumim, revelou a Davi que subisse para Hebrom, 37 km a sudoeste de Jerusalém." Hebrom, era cidade histórica e de fama; lá repousavam os corpos dos patriarcas e sua esposas (Gn 23; 49:29-33). Era mais antiga que Zoã (Tanis), a capital dos reis hicsos, no Egito (Nu 13:22). Josefo calculou a sua origem em cerca de 2.300 a.C. (Guerras Judaicas, IV, 9.17). Calebe ganhou-a em herança (Js 14:13-6), foi lá, também, que Absalão se declarou rei (2Sm 15:10).

    2.4 Davi é, publicamente, ungido rei pela casa de Judá.

    2:5-7 Davi revelou-se homem de estado, quando elogiou o nobre gesto dos homens de Jabes-Gileade (1Sm 31:11-9); oferece-lhes vantagens e sugere, suavemente, que agora ele é rei.

    2.8 Abner. Primo de Saul (1Sm 14:50-9). Como general comandante do exército, era o terceiro homem do reino de Saul. O primeiro era Saul e o segundo, Jônatas. Era superior, em todos os sentidos, a Joabe; general comandante do exército de Davi Is-Bosete "Homem do vexame". Nome ganho em conseqüência de sua morte humilhante (4:5-8). Seu nome de nascimento era Esbaal, "Homem de Baal" ou "Homem do Senhor" (ver 1Cr 8:33).

    2.9 E o constituiu rei. Após cinco anos de escaramuças e conchavos políticos, Abner consegue fazer com que o povo aceite a Is-Bosete como rei sobre Israel, na cidade de Maanaim (8). Para a mesma cidade, mais tarde, por ocasião da revolta de Absalão, foge também Davi (2Sm 17:24), talvez por esta ser uma cidade assaz fortificada (ver 18.24).

    2:13-16 Açude de Gibeom (13), ou Campo das Espadas (16). Lugar onde morreram, num duelo singular, vinte e quatro homens - doze de cada lado.

    2.18 Filhos de Zeruia (ver 1Sm 26:6 e 2Sm 17:25).

    2.19- 23 Asael. "Deus fez". Moço afoito, que mais confiava na ligeireza de suas pernas do que no sábio conselho de Abner. Com sua imprudência e precipitação, causou dois grandes males: retardou a unificação do reino de Israel (3.21), e provocou o derramar inútil de sangue valoroso (3.27). Abner, ao traspassá-lo, deu "motivo" para Joabe se constituir em vingador do sangue de Asael (Êx 21:23-25), ao que Joabe não tinha direito visto que Asael morrera em luta lícita. O sangue derramado em guerra era isento de vingança (1Rs 2:5).

    2.24 Joabe e Abisai perseguiram Abner, devido aos ciúmes que Joabe tinha de Abner (3.25),por este ser mais célebre (3.6, 21), mais querido (3.20, 31-34), mais leal e generoso, tanto na guerra como no trato civil (2.26; 3.38; 1Rs 2:32). E, provavelmente, Abner ocuparia o posto de general comandante de todo o exército dos dois reinos unidos (Israel e Judá, 3.21; ver 3.27, nota sobre "vingança").

    2.26 Consumirá... a seus irmãos? Novamente o bom senso de Abner repreende a Joabe.

    Este último, diante da lógica, se retira. Mais tarde, porém, havia de; matá-lo traiçoeiramente (3.27).
    2.30- 32 Enterraram na sepultura de seu pai. O pai de Asael é figura desconhecida. Zeruia, (sua mãe), ao contrário, é muito citada (1Sm 26:6; 2Sm 17:25).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
    (1) Reis rivais (2:1-11)
    A vida, porém, precisava continuar, e Davi, que durante muito tempo havia levado uma vida nômade, precisava se fixar. Ele consultou o Senhor; como, não sabemos, H. P. Smith (p.
    266) acha que “o nome foi obtido em um processo de exclusão como o usado na descoberta de uma pessoa por meio do lançar sortes”. Ele foi conduzido a se fixar com as suas duas mulheres, Ainoã e Abigail, e todos os seus seguidores em Hebrom, na região montanhosa (Js 15:45; 1Sm 30:31); “a cidade mais importante de todo o distrito” (Driver, Notes, p. 227). Então os homens de Judá foram a Hebrom e ali ungiram Davi rei da tribo de Judá (v. 4).

    v. 4b-7. Davi ficou sabendo da bondade dos homens de Jabes-Gileade e enviou-lhes mensagens de bênção e gratidão, orando para que Javé fosse bondoso e fiel para com eles. Ele lhes informou que os de Judá o tinham coroado rei e prometeu relações amistosas com os habitantes de Jabes-Gileade. Mas a fratura estava longe de ser curada.
    v. 8-11. Abner, o comandante supremo de Saul, agrupou o Norte em torno de Is-Bosete, a quem proclamou rei sobre Gileade, Assuri, Jezreel\ Efraim, Benjamim e sobre todo o Israel (v. 9); ele estabeleceu um “governo no exílio” fora do alcance dos filisteus. Essa divisão entre o Norte e o Sul chegou ao ápice com o cisma após a morte de Salomão, mas as suas origens datam na verdade de muito tempo antes (v.

    H. L. Ellison, Prophets of Israel, caps. I e II). Is-Bosete tinha 40 anos (um indicador da idade de Salomão quando morreu) e reinou dois anos (v. 10), embora Hertzberg sugira que a frase original no início do v. 12 era: “ele reinou dois anos quando Abner [...] saiu” (p. 250). v. 10. a tribo de Judá seguia a Davi: ele reinou sete anos e meio em Hebrom.

    Is-Bosete é o “Esbaal” de lCr 8.33; 9.39; e provavelmente o Isvi de 1Sm 14:49 (Mauchline, p. 203); o seu nome foi mudado posteriormente para Is-Bosete, “homem de vergonha”, porque Esbaal é um composto do nome do deus fenício Baal. v. 9. Assuri: um nome origi-nariamente dado aos assírios, que evidentemente não é a intenção aqui; provavelmente um erro de escriba no lugar dos aseritas ou dos gesuritas.

    (2) A primeira batalha: Asael é morto (2.12—3.1)

    As forças do Norte sob Abner e as de Davi sob Joabe (1Sm 26:6; a sua mãe, Zeruia, era irmã de Davi, lCr 2,16) se encontraram no açude de Gibeom (v. 13): “um grande reservatório que existe ainda hoje” (H. P. Smith, p. 270). Depois de se posicionarem cada um de um lado do açude, começaram a discutir com as vozes ressoando por sobre a água; Joabe concordou com a proposta de Abner segundo a qual 12 homens escolhidos de cada lado lutassem diante deles (v. 14). Mas o conflito limitado fugiu do controle, e todos os participantes perderam a sua vida. A matança foi tão grande que a sua lembrança foi preservada no nome do lugar, Helcate-Hazurim (v.

    16); “campo de punhais”.
    Na perseguição que se seguiu, Asael, irmão de Joabe e Abisai e notável atleta, estava para alcançar Abner que fugia. Abner, prevendo a luta de extermínio entre famílias que se seguiria se ele fosse morto, aconselhou a Asael que atacasse outro no lugar dele. Mas Asael persistiu, e Abner, “supostamente ao parar repentinamente, fez Abner correr contra a ponta de sua lança. Devemos supor que isso não teve a intenção de matá-lo, mas de torná-lo incapaz para a batalha. Infelizmente a lança tocou a parte macia do abdome. Asael estava correndo tão rapidamente que a lança atravessa o seu corpo, e ele morre na hora” (Hertzberg, p. 252). Os que estavam nas imediações ficaram parados em sinal de respeito.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Samuel Capítulo 2 do versículo 1 até o 32
    b) Davi proclamado rei em Hebrom e o seu reino em Jerusalém (2Sm 2:1-10). Davi procura a direção de Deus antes de agir. Deus manda-o a Hebrom (1) lugar fácil de defender e que tem, para Davi, muitas e sagradas recordações. Também lá se encontravam muitos dos seus amigos (cfr. 1Sm 30:26-9). A súbita evolução dos acontecimentos não permitia que se demorasse em Ziclague. Em breve Judá ungia-o rei da sua tribo (4). Davi fora já secretamente ungido por Samuel (1Sm 10:1) e seria mais tarde ungido rei por todo o Israel (2Sm 5:3). A mensagem que Davi enviou aos homens de Jabes-Gileade era ditada pela genuína admiração que a sua ação lhe inspirara (conforme 1Sm 31:11-9) mas tinha também um alcance político na medida em que tacitamente os convidava a porem-se do seu lado (5-7).

    >2Sm 2:8

    2. ABNER FAZ IS-BOSETE REI DE ISRAEL (2Sm 2:8-10). Abner era primo de Saul, capitão do exército e, logicamente, o defensor da casa de Saul. Embora soubesse que Davi fora ungido por Deus para ser rei de Israel, proclamou Is-Bosete sucessor de Saul. As relações de Davi, com Aquis, de Gate, tinham, sem dúvida, levantado fortes suspeitas contra ele. De acordo com o versículo 10 Is-Bosete devia ter 35 anos de idade quando seu pai morreu. Jônatas, seu irmão mais velho, seria, por conseguinte, mais idoso do que geralmente o imaginamos. O reinado de dois anos de Is-Bosete conta-se, sem dúvida, a partir da altura em que foi constituído rei sobre todo o Israel.

    >2Sm 2:12

    3. A BATALHA DE GIBEOM E A PERSEGUIÇÃO DE ABNER (2Sm 2:12-10). Maanaim estava ainda em poder de Is-Bosete mas o objetivo era Gibeom, cidade estreitamente ligada à memória de Saul, 8 km a noroeste de Jerusalém. (Conforme Js 10:2; Js 9:3; Js 21:17; 2Sm 20:5-10; 2Cr 1:3, 2Cr 1:5). Aqui, junto ao tanque de Gibeom doze homens de Is-Bosete lutaram com doze homens de Davi (13-15). O divertimento que a luta constituiu para ambos os partidos prova bem a indiferença que a vida lhes merecia. O encontro foi renhido e impiedoso e nele pereceram os vinte e quatro combatentes (16). Ao indecisivo combate segue-se uma peleja entre os dois exércitos, que termina com a fuga e a dispersão dos homens de Abner (17). Asael, o mais jovem dos três filhos de Zeruia, estava decidido a conquistar a glória de matar Abner. Era ligeiro de pés como uma cabra montesa (18 Lit. gazela) mas não passava de um adolescente. Abner, num gesto magnânimo, tenta convencê-lo a contentar-se com os despojos de um dos mancebos (21). Mas ele recusa-se a desistir e acaba por ser morto. Abner consegue, habilmente, reagrupar os seus homens formando uma falange no cume de um outeiro (25); depois convida Joabe a desistir da luta: Consumirá a espada para sempre? (26). A guerra fratricida fora começada por ele, Abner; mas tinha razão ao dizer que continuar a lutar era apenas prolongar e intensificar a amargura. Joabe tocou a buzina e a perseguição cessou. E caminharam Abner e os seus homens toda aquela noite pela planície, área desértica que se estende pelo vale do Jordão, atravessaram todo o Bitrom, região em que, segundo parece, abundavam as ravinas, e regressaram a Maanaim (29). Abner perdera 360 homens, ao passo que Joabe perdera apenas 20 (30-31).


    Dicionário

    Abner

    -

    Meu pai é uma lâmpada. Comandante chefe do exército de Saul. o pai de Abner, chamado Ner, era irmão do pai de Saul, o qual se chamava Quis, daí serem primos Abner e Saul. Foi ele que trouxe Davi à presença de Saul, depois do combate com o gigante Golias (1 Sm 17.67), e foi com Saul na sua expedição contra Davi (1 Sm 26.3 a 14). Cinco anos depois da morte de Saul e do desastroso combate em Gilboa, Abner proclamou rei de israel a is-Bosete, filho de Saul – e o novo monarca foi geralmente reconhecido, exceto por Judá, onde reinava Davi. Seguiu-se uma guerra entre os dois reis, e houve uma batalha em Gibeom entre o exército de israel, comandado por Abner, e o de Judá sob o comando de Joabe, filho de Zeruia, irmã de Davi (2 Sm 2.12 a 17). Abner foi derrotado, e pessoalmente perseguido por Asael, o irmão mais novo de Joabe. Abner, em sua própria defesa, mas com relutância, matou o seu inimigo. is-Bosete censurou insensatamente a Abner porque este se casara com Rispa, que tinha sido concubina de Saul. Abner, indignado pela acusação que lhe faziam, passou para o lado de Davi, que lhe prometeu o principal lugar no seu exército. E Abner, em paga desta confiança, conquistaria a israel. Mas antes de poder fazer qualquer coisa neste sentido, foi ele traiçoeiramente assassinado por Joabe e seu irmão Abisai, como vingança da morte de Asael – contudo, a causa principal era o receio de que Abner os despojasse em favor de Davi. o ato traiçoeiro foi julgado por Davi com indignação, mas razões de Estado o levaram a deixar impune aquele crime. Mostrou, porém, a sua consideração pelo general Abner, assistindo ao funeral e fazendo uma oração apropriada junto da sepultura (2 Sm 3.33,34).

    Foi o principal comandante do exército de Saul e posteriormente do exército que seguiu Is-Bosete, sucessor do rei. Era filho de Ner, o qual era tio de Saul (1Sm 14:50). Foi ele quem cuidou do jovem Davi, quando este se preparava para sair e enfrentar Golias (1Sm 17:55-57). Abner era tido em alta estima por seu primo Saul e comia à sua mesa no palácio (1Sm 20:25), mas logo teve boas razões para não gostar de Davi. Quando Saul estava perseguia o futuro rei, o filho de Jessé foi ao acampamento dele à noite e cravou uma lança no chão, ao lado da cabeça do rei adormecido, pois recusou matar o ungido de Deus. Ao voltar ao seu esconderijo, Davi escarneceu de Abner, por não ter protegido adequadamente seu senhor (1Sm 26:5-16).

    Logo depois que Saul foi derrotado pelos filisteus, Davi foi ungido rei. Abner, porém, levou Is-Bosete a Maanaim, do outro lado do rio Jordão, onde o estabeleceu como rei (2Sm 2). Quando ele voltou com seus homens para Gibeom, confrontou-se com Joabe, comandante do exército de Davi. Após uma grande batalha, Abner fugiu (veja Asael). Ele teve grande influência na casa de Is-Bosete (2Sm 3:6). Quando sua lealdade foi questionada, ficou furioso e passou para o lado de Davi (2Sm 3). Abner então convenceu o povo de Israel e de Benjamim a declarar sua lealdade a Davi.

    Quando Joabe retornou, suspeitou da motivação de Abner e talvez tenha ficado com ciúmes, ao perceber que Davi tinha muita consideração por ele (2Sm 3:22-25). Joabe, contudo, estava determinado a vingar o sangue de seu irmão Asael, morto por Abner, embora relutantemente (2Sm 2:20-23). Joabe saiu para conversar com Abner e o feriu mortalmente (2Sm 3:27). Realmente, a morte de Abner representou o fim de qualquer esperança que Is-Bosete, filho de Saul, pudesse ainda alimentar de tornar-se rei de Israel. Logo depois ele mesmo foi morto (2Sm
    4) e Davi tornou-se rei de todo o Israel em Hebrom (2Sm 5). O filho de Jessé sempre respeitou a lealdade de Abner à dinastia de Saul, bem como sua habilidade militar. Ele ficou aborrecido com a maneira pela qual Abner fora assassinado e acusou Joabe, pronunciando uma maldição sobre sua família (2Sm 3; 1Rs 2:5-32). Posteriormente, durante o reinado de Davi, Jaasiel, o filho de Abner, foi apontado como líder sobre a tribo de Benjamim. P.D.G.


    Abner [Pai de Luz]

    Primo de Saul e comandante do seu exército (1Sm 14:50). Foi morto por Joabe (2Sm 2—3).


    Ali

    advérbio Naquele lugar: vou te deixar ali, perto da igreja.
    Naquele tempo; então: até ali estávamos bem, foi depois que nos separamos.
    Num local conhecido ou já mencionado: deixe os guarda-chuvas ali.
    Nessa situação, momento, pessoa; naquilo: ninguém disse mais nada, ali tem algo errado!
    Gramática Quando usado com um pronome pessoal ou demonstrativo intensifica a relação de identificação ou de proximidade: põe isso ali, por favor.
    Etimologia (origem da palavra ali). Do latim ad illic.

    lá, acolá, aí, além. – Ali diz propriamente – “naquele lugar”, tanto à vista como no sítio de que se acaba de tratar. – Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 161 Lá significa – “naquele outro lugar”; isto é – no lugar que não é o em que me encontro eu presentemente e que está distante de mim, na parte oposta àquela em que estou. – Aí quer dizer – “nesse lugar”; isto é – no lugar em que se encontra a pessoa a quem nos dirigimos. – Acolá diz – “ali, naquele lugar que está à vista, mas que não é o que eu ocupo, nem o que está ocupando a pessoa com quem falo”. – Além significa – “mais para diante, do outro lado de um lugar ou um acidente à vista, ou mesmo não visível”.

    Benjamim

    substantivo masculino O filho mais amado, em geral o caçula.
    [Brasil] Dispositivo que serve para ligar vários aparelhos elétricos em uma só tomada.

    Filho da mão direita. 1. Nomeque lhe foi dado por seu pai Jacó. A sua mãe moribunda tinha dado à recém-nascida criança o nome de Benoni, filho da minha aflição (Gn 35:18). Benjamim era dos doze filhos do patriarca Jacó o mais novo, e teve com o seu irmão José, filho da mesma mãe, a mais afetuosa estima da parte de seu pai. Benjamim era a grande consolação do seu idoso pai, e correspondia com igual afeto à grande amizade que lhe tinha o seu irmão José, mais velho do que ele (Gn 45:14). Nasceu na Palestina, entre Betel e Belém, e a sua vida, quando foi dado à luz, custou a vida de sua mãe (Gn 35:16 e seguintes). Nada mais se sabe de Benjamim até àquela ocasião em que seus irmãos tiveram de ir ao Egito para comprar trigo. Revela-se, então, o seu caráter como bem amado filho e querido irmão. É ele o favorito de toda a família, e ainda que pai de numerosa descendência, foi sempre considerado como aquele de quem o resto da família devia ter especial cuidado (Gn 46:21 – 44.20). A partir de então a sua vida se extingue na da tribo, a que deu o seu nome. Ele, que parece ter sido o menos varonil dos doze, foi o fundador de uma tribo de guerreiros temíveis. Mas a fortaleza e as qualidades guerreiras desta gente provinham do seu escabroso país que estava também exposto aos ataques dos seus inimigos de fora. Que isto havia de ser assim, foi anunciado por Jacó à hora da sua morte (Gn 49:27). 2. Um descendente de Harim (Ed 10:32). 3. Um daqueles que tomaram parte na reedificação dos muros de Jerusalém (Ne 3:23). Provavelmente o mesmo que o dos números 4:5. 4. (Ne 12:34). 5. (1 Cr 7.10).

    1. Décimo segundo filho de Jacó. Sua mãe, Raquel, morreu logo após seu nascimento. Por isso, deu-lhe o nome de Benoni, que significa “filho da minha tristeza” (Gn 35:18-24; 1Cr 2:2), o qual Israel mais tarde mudou para Benjamim (“filho da minha mão direita”). Embora Jacó tivesse doze filhos, somente dois deles eram de Raquel — José e Benjamim. Isso, somado ao fato de que a mãe morrera enquanto ainda eram bem pequenos, ajudou a fortalecer a afeição especial que havia entre os dois irmãos. Após José ser vendido e levado como escravo para o Egito, Benjamim experimentou o favor especial do pai; numa época de grande fome em Canaã (Gn 42:4), Jacó hesitou em enviá-lo junto com os outros em busca de ajuda egípcia. Na segunda viagem deles ao Egito, José —promovido a governador por Faraó — os ajudou, embora sem se identificar. Ele fez de tudo para mostrar generosidade, principalmente para com o irmão Benjamim, a princípio sem permitir que soubessem quem era (Gn 45:22). A atitude peculiar de José, ao ordenar que seus servos escondessem presentes nas bagagens dos irmãos, deixou-os turbados e temerosos, até que finalmente ele se deu a conhecer e trouxe toda a família para o Egito. Essa mudança provou ser significativa para a futura realização dos planos redentores de Deus para seu povo (Gn 46:3s).

    Em sua velhice, Jacó (Israel) abençoou todos os seus filhos, e profetizou que no futuro voltariam para Canaã. A Benjamim, progenitor dos benjamitas (veja adiante) Jacó pronunciou: “Benjamim é lobo que despedaça; pela manhã devorará a presa, e à tarde repartirá o despojo” (Gn 49:27). Uma bênção mista, que marcaria os benjamitas como uma tribo impetuosa, mas, às vezes, também impiedosa. Benjamim teve dez filhos (veja Gn 46:21).

    A tribo de Benjamim tinha reputação de bravura e muita habilidade militar. Eram adeptos do manuseio das armas com a mão esquerda, o que, no caso de Eúde, resultou no livramento de Israel das mãos dos moabitas (Jz 3:15ss; 1Sm 9:1), em cumprimento da profecia de Jacó. Moisés predisse que Deus abençoaria Benjamim e “descansaria em seus braços” (Dt 33:12). A presa seria devorada e o espólio, repartido.

    Os benjamitas estabeleceram-se na faixa oriental de terra abaixo das colinas da Judéia — entre Efraim e Judá; incluía cidades importantes, como Jerusalém, Gibeá e Mizpa. Como a história da tribo, entretanto, isso também era uma bênção mista. Gibeá ficou conhecida pelo seu alto índice de homossexualismo (Jz 19:22), e as constantes batalhas sobre Jerusalém marcaram sua história. Durante o reinado de Saul, os benjamitas tiveram sua maior preeminência e a maior parte da tribo permaneceu leal ao rei (veja 1Cr 12:2-7).

    As tribos de Benjamim e Judá mantiveram grande influência entre o povo de Israel depois do retorno da Babilônia, em 537 a.C. (veja Esdras 1:2). De acordo com Jeremias 33:12-26, Benjamim e Judá tiveram destaque particular como recipientes das “promessas da graça” de restauração e retorno feitas pelo Senhor.

    O apóstolo Paulo era benjamita e usava a si mesmo como exemplo da teologia do “remanescente” (veja Romanos 11:1ss). Apesar da rejeição quase total ao Senhor, por parte de Israel, sempre haveria um remanescente; não por causa da justiça deles, mas porque foram escolhidos pela graça (Rm 11:5) e, como no caso do próprio Paulo, deviam sua continuidade à obra da graça de um Deus salvador (veja Fp 3:4s).

    Para nós, hoje, a lição é que mesmo um grande passado, como o da tribo de Benjamim, não garante um excelente futuro, exceto pela misericórdia de Deus. A linhagem de Paulo não tinha nenhum valor para ele, a não ser para entender a maneira pela qual o Senhor conservou um remanescente e enxertou outros ramos (os cristãos gentios; veja Rm 11). Não foi, entretanto, sua herança que o salvou, mas sim a misericórdia de Deus e sua fidelidade em guardar as promessas da aliança (Gn 12:1-3). Em sua defesa diante do rei Agripa, Paulo explicou que Deus o resgatara do seu próprio povo e dos gentios, para depois enviá-lo de volta para abrir os olhos deles (At 26:15ss). Como a tribo de Benjamim, o apóstolo reconheceu que era a atividade redentora do Senhor, o próprio Deus que conservaria um testemunho para si, no meio de um mundo hostil.


    2. Nome dado ao bisneto de Benjamim, filho de Bilã (1Cr 7:10).


    3. Membro da tribo de Benjamim que se arrependeu de ter-se casado com uma mulher estrangeira (Ed 10:32). Esdras exortou os judeus que fizeram isso a se apresentar publicamente diante de toda a cidade, para demonstrar arrependimento pelo pecado. Esse pode ser o mesmo Benjamim citado em Neemias 3:23; ias 12:34, que ajudou na reconstrução do Templo.

    S.V.


    Benjamim [Filho da Mão Direita] -

    1) Filho mais novo de JACÓ (Gn 35:18)

    2) Tribo dos descendentes de BENJAMIM 1, (Js 21:17).

    Davi

    Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

    Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


    Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
    6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

    Dados Gerais

    Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

    Antecedentes

    Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

    Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

    Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

    Davi eleito por Deus para ser rei

    Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

    Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

    Davi com Saul

    Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

    Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

    Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

    Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

    Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

    O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

    Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

    Saul contra Davi

    Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

    Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

    Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

    Davi é exaltado ao reino

    Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

    Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

    Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

    Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

    Jerusalém como centro do reino de Davi

    A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
    2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

    Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

    A queda de Davi

    A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

    Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

    Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

    O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

    Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

    Os últimos dias de Davi

    No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

    Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

    Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

    Conclusão

    Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

    Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

    W.A. e V.G.


    o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

    Nome Hebraico - Significado: Amado.

    Dentre

    contração No interior de; no meio de; indica inclusão, seleção, relação, ligação etc.: dentre os candidatos, um conseguiu a vaga; um dentre os demais receberá o pagamento.
    Gramática Contração da preposição "de" com a preposição "entre".
    Etimologia (origem da palavra dentre). De + entre.

    Ferir

    verbo transitivo Golpear; fazer chaga ou ferimento em.
    Machucar: a sandália nova está ferindo o pezinho da menina.
    Atritar algo para fazer chispa: ferir a pedra do isqueiro.
    Figurado Magoar, ofender: ferir a sensibilidade do amigo.
    Causar impressão desagradável: palavras que ferem os ouvidos.
    Contrariar: ferir as conveniências; ferir os interesses de alguém.
    verbo pronominal Golpear-se, cortar-se, machucar-se: ferir-se nos espinhos da roseira.
    Figurado Magoar-se, ofender-se: ele se feriu com a injustiça do chefe.

    Ferir
    1) Produzir ferimento (Gn 3:15)

    2) Dar pancada em (Nu 20:11). 3 Matar (Nu 21:24).

    4) Atacar (Js 10:4).

    5) Castigar (Isa 19:)

    Homens

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    Mortos

    masc. pl. part. pass. de matar
    masc. pl. part. pass. de morrer
    masc. pl. de morto

    ma·tar -
    (latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
    verbo transitivo e intransitivo

    1. Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).

    2. Abater (reses).

    3. Causar aflição ou sofrimento a. = AFLIGIR

    4. [Brasil] [Jogos] Meter a bola de bilhar no buraco.

    verbo transitivo

    5. Causar grande dano ou prejuízo a. = ARRUINAR

    6. Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação). = DESTRUIR

    7. Causar grande sofrimento a. = AFLIGIR, MORTIFICAR

    8. Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).

    9. Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).

    10. Fazer desaparecer. = EXTINGUIR

    11. Saciar (ex.: matar a sede).

    12. Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).

    13. Levar à exaustão; causar grande cansaço.

    14. Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).

    15. [Brasil, Informal] Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).

    16. [Informal] Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).

    17. [Futebol] Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).

    18. [Angola, Informal] Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.

    verbo pronominal

    19. Tirar a própria vida. = SUICIDAR-SE

    20. Figurado Sacrificar-se, cansar-se.

    21. Figurado Entregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).


    a matar
    Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).


    mor·rer |ê| |ê| -
    (latim vulgar morere, do latim morior, mori)
    verbo intransitivo

    1. Cessar de viver. = FALECER, FINAR-SE, PERECER

    2. Secar-se.

    3. Extinguir-se, acabar.

    4. Figurado Sofrer muito; não medrar.

    5. Não vingar.

    6. Não chegar a concluir-se.

    7. Desaguar.

    8. Cair em esquecimento.

    9. Definhar.

    10. Perder o brilho.

    11. Ter paixão (por alguma coisa).

    12. Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).

    nome masculino

    13. Acto de morrer.

    14. Morte.


    mor·to |ô| |ô|
    (latim mortuus, -a, -um)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida. = DEFUNTO, FALECIDOVIVO

    adjectivo
    adjetivo

    2. Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).VIVO

    3. Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta). = PARADOACTIVO, MOVIMENTADO

    4. Que não tem vigor. = DEBILITADO, ENFRAQUECIDOFORTE, ROBUSTO, VIGOROSO

    5. Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas). = DESUSADO, OBSOLETO

    6. Que já não se fala (ex.: língua morta).VIVO

    7. Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta). = DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDOBRILHANTE, COLORIDO, VIVO

    8. Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto). = INEXPRESSIVO, INSÍPIDOEXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO

    9. Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas). = MURCHO, SECOVIÇOSO

    10. Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar). = ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO

    11. Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto). = APAGADO, EXTINTOACESO

    12. Figurado Extremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar). = EXAUSTO


    não ter onde cair morto
    [Informal] Ser muito pobre.

    nem morto
    [Informal] De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).

    Plural: mortos |ó|.

    masc. pl. part. pass. de matar
    masc. pl. part. pass. de morrer
    masc. pl. de morto

    ma·tar -
    (latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
    verbo transitivo e intransitivo

    1. Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).

    2. Abater (reses).

    3. Causar aflição ou sofrimento a. = AFLIGIR

    4. [Brasil] [Jogos] Meter a bola de bilhar no buraco.

    verbo transitivo

    5. Causar grande dano ou prejuízo a. = ARRUINAR

    6. Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação). = DESTRUIR

    7. Causar grande sofrimento a. = AFLIGIR, MORTIFICAR

    8. Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).

    9. Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).

    10. Fazer desaparecer. = EXTINGUIR

    11. Saciar (ex.: matar a sede).

    12. Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).

    13. Levar à exaustão; causar grande cansaço.

    14. Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).

    15. [Brasil, Informal] Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).

    16. [Informal] Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).

    17. [Futebol] Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).

    18. [Angola, Informal] Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.

    verbo pronominal

    19. Tirar a própria vida. = SUICIDAR-SE

    20. Figurado Sacrificar-se, cansar-se.

    21. Figurado Entregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).


    a matar
    Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).


    mor·rer |ê| |ê| -
    (latim vulgar morere, do latim morior, mori)
    verbo intransitivo

    1. Cessar de viver. = FALECER, FINAR-SE, PERECER

    2. Secar-se.

    3. Extinguir-se, acabar.

    4. Figurado Sofrer muito; não medrar.

    5. Não vingar.

    6. Não chegar a concluir-se.

    7. Desaguar.

    8. Cair em esquecimento.

    9. Definhar.

    10. Perder o brilho.

    11. Ter paixão (por alguma coisa).

    12. Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).

    nome masculino

    13. Acto de morrer.

    14. Morte.


    mor·to |ô| |ô|
    (latim mortuus, -a, -um)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida. = DEFUNTO, FALECIDOVIVO

    adjectivo
    adjetivo

    2. Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).VIVO

    3. Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta). = PARADOACTIVO, MOVIMENTADO

    4. Que não tem vigor. = DEBILITADO, ENFRAQUECIDOFORTE, ROBUSTO, VIGOROSO

    5. Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas). = DESUSADO, OBSOLETO

    6. Que já não se fala (ex.: língua morta).VIVO

    7. Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta). = DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDOBRILHANTE, COLORIDO, VIVO

    8. Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto). = INEXPRESSIVO, INSÍPIDOEXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO

    9. Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas). = MURCHO, SECOVIÇOSO

    10. Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar). = ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO

    11. Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto). = APAGADO, EXTINTOACESO

    12. Figurado Extremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar). = EXAUSTO


    não ter onde cair morto
    [Informal] Ser muito pobre.

    nem morto
    [Informal] De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).

    Plural: mortos |ó|.

    Mortos EVOCAÇÃO DOS MORTOS

    V. NECROMANCIA.


    Servos

    masc. pl. de servo

    ser·vo |é| |é|
    (latim servus, -i, escravo)
    nome masculino

    1. Aquele que não dispõe da sua pessoa, nem de bens.

    2. Homem adstrito à gleba e dependente de um senhor.SUSERANO

    3. Pessoa que presta serviços a outrem, não tendo condição de escravo. = CRIADO, SERVENTE, SERVIÇAL

    4. Pessoa que depende de outrem de maneira subserviente.

    adjectivo
    adjetivo

    5. Que não tem direito à sua liberdade nem a ter bens.LIVRE

    6. Que tem a condição de criado ou escravo.

    7. Que está sob o domínio de algo ou alguém.

    Confrontar: cervo.

    Ver também dúvida linguística: pronúncia de servo e de cervo.

    Sessenta

    numeral Quantidade que corresponde a 59 mais 1:60.
    Que representa essa quantidade: documento número sessenta.
    Que ocupa a sexagésima posição: página sessenta.
    Que expressa ou contém essa quantidade: sessenta metros; sessenta alunos.
    substantivo masculino A representação gráfica que se faz dessa quantidade; em arábico: 60; em número romano: LX.
    Etimologia (origem da palavra sessenta). Do latim sexaginta.

    Trezentos

    numeral Quantidade que corresponde a 299 mais 1:300.
    Que representa essa quantidade: documento número trezentos.
    Que ocupa a trecentésima posição: página trezentos.
    Que expressa ou contém essa quantidade: trezentos metros; sessenta alunos.
    substantivo masculino Representação gráfica que se faz dessa quantidade; em arábico: 300; em número romano: CCC.
    Etimologia (origem da palavra trezentos). Do latim trecenti.ae.a.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Samuel 2: 31 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Porém os servos de Davi feriram dentre os de Benjamim, e dentre os homens de Abner, a trezentos e sessenta homens, que ali ficaram mortos.
    II Samuel 2: 31 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1008 a.C.
    H1144
    Binyâmîyn
    בִּנְיָמִין
    filho mais novo de Raquel e Jacó, irmão legítimo de José
    (Benjamin)
    Substantivo
    H1732
    Dâvid
    דָּוִד
    de Davi
    (of David)
    Substantivo
    H376
    ʼîysh
    אִישׁ
    homem
    (out of man)
    Substantivo
    H3967
    mêʼâh
    מֵאָה
    cem
    (and a hundred)
    Substantivo
    H4191
    mûwth
    מוּת
    morrer, matar, executar
    (surely)
    Verbo
    H5221
    nâkâh
    נָכָה
    golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
    (should kill)
    Verbo
    H5650
    ʻebed
    עֶבֶד
    escravo, servo
    (a servant)
    Substantivo
    H74
    ʼAbnêr
    אַבְנֵר
    Abner
    (Abner)
    Substantivo
    H7969
    shâlôwsh
    שָׁלֹושׁ
    três
    (three)
    Substantivo
    H8346
    shishshîym
    שִׁשִּׁים
    ()


    בִּנְיָמִין


    (H1144)
    Binyâmîyn (bin-yaw-mene')

    01144 בנימין Binyamiyn

    procedente de 1121 e 3225, grego 958 βενιαμιν; DITAT - 254a; n pr m

    Benjamim = “filho da mão direita”

    1. filho mais novo de Raquel e Jacó, irmão legítimo de José
    2. filho de Bilã, bisneto de Benjamim
    3. um benjamita, um dos filhos de Harim, na época de Esdras que casara com esposa estrangeira
    4. a tribo descendente de Benjamim, o filho de Jacó

    דָּוִד


    (H1732)
    Dâvid (daw-veed')

    01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

    procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

    1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

    אִישׁ


    (H376)
    ʼîysh (eesh)

    0376 איש ’iysh

    forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

    1. homem
      1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
      2. marido
      3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
      4. servo
      5. criatura humana
      6. campeão
      7. homem grande
    2. alguém
    3. cada (adjetivo)

    מֵאָה


    (H3967)
    mêʼâh (may-aw')

    03967 מאה me’ah ou מאיה me’yah

    propriamente, um numeral primitivo; cem; DITAT - 1135; n f

    1. cem
      1. como um número isolado
      2. como parte de um número maior
      3. como uma fração - um centésimo (1/100)

    מוּת


    (H4191)
    mûwth (mooth)

    04191 מות muwth

    uma raiz primitiva; DITAT - 1169; v

    1. morrer, matar, executar
      1. (Qal)
        1. morrer
        2. morrer (como penalidade), ser levado à morte
        3. morrer, perecer (referindo-se a uma nação)
        4. morrer prematuramente (por negligência de conduta moral sábia)
      2. (Polel) matar, executar, despachar
      3. (Hifil) matar, executar
      4. (Hofal)
        1. ser morto, ser levado à morte
          1. morrer prematuramente

    נָכָה


    (H5221)
    nâkâh (naw-kaw')

    05221 נכה nakah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1364; v

    1. golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
      1. (Nifal) ser ferido ou golpeado
      2. (Pual) ser ferido ou golpeado
      3. (Hifil)
        1. ferir, golpear, bater, açoitar, bater palmas, aplaudir, dar um empurrão
        2. golpear, matar, sacrificar (ser humano ou animal)
        3. golpear, atacar, atacar e destruir, conquistar, subjugar, devastar
        4. golpear, castigar, emitir um julgamento sobre, punir, destruir
      4. (Hofal) ser golpeado
        1. receber uma pancada
        2. ser ferido
        3. ser batido
        4. ser (fatalmente) golpeado, ser morto, ser sacrificado
        5. ser atacado e capturado
        6. ser atingido (com doença)
        7. estar doente (referindo-se às plantas)

    עֶבֶד


    (H5650)
    ʻebed (eh'-bed)

    05650 עבד ̀ebed

    procedente de 5647; DITAT - 1553a; n m

    1. escravo, servo
      1. escravo, servo, servidor
      2. súditos
      3. servos, adoradores (referindo-se a Deus)
      4. servo (em sentido especial como profetas, levitas, etc.)
      5. servo (referindo-se a Israel)
      6. servo (como forma de dirigir-se entre iguais)

    אַבְנֵר


    (H74)
    ʼAbnêr (ab-nare')

    074 אבנר ’Abner ou (forma completa) אבינר ’Abiyner

    procedente de 1 e 5216; n pr m

    Abner = “meu pai é uma candeia”

    1. primo de Saul e capitão do exército, morto traiçoeiramente por Joabe

    שָׁלֹושׁ


    (H7969)
    shâlôwsh (shaw-loshe')

    07969 שלוש shalowsh ou שׂלשׂ shalosh masc. שׂלושׂה sh elowshaĥ ou שׂלשׂה sh eloshaĥ

    um número primitivo; DITAT - 2403a; n m/f

    1. três, trio
      1. 3, 300, terceiro

    שִׁשִּׁים


    (H8346)
    shishshîym (shish-sheem')

    08346 ששים shishshiym

    múltiplo de 8337; DITAT - 2336c; n. indecl.; adj.

    1. sessenta