Enciclopédia de Daniel 10:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dn 10: 7

Versão Versículo
ARA Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada viram; não obstante, caiu sobre eles grande temor, e fugiram e se esconderam.
ARC E só eu, Daniel, vi aquela visão; os homens que estavam comigo não a viram: não obstante, caiu sobre eles um grande temor, e fugiram, escondendo-se.
TB Só eu, Daniel, vi a visão. Pois os homens que estavam comigo não a viram; mas sobre eles caiu um grande temor, e fugiram para se esconder.
HSB וְרָאִיתִי֩ אֲנִ֨י דָנִיֵּ֤אל לְבַדִּי֙ אֶת־ הַמַּרְאָ֔ה וְהָאֲנָשִׁים֙ אֲשֶׁ֣ר הָי֣וּ עִמִּ֔י לֹ֥א רָא֖וּ אֶת־ הַמַּרְאָ֑ה אֲבָ֗ל חֲרָדָ֤ה גְדֹלָה֙ נָפְלָ֣ה עֲלֵיהֶ֔ם וַֽיִּבְרְח֖וּ בְּהֵחָבֵֽא׃
BKJ E somente eu, Daniel, tive a visão; pois os homens que estavam comigo não viram a visão, porém um grande tremor caiu sobre eles, de modo que fugiram e se esconderam.
LTT E só eu, Daniel, tive aquela visão. Os homens que estavam comigo não viram a visão ; contudo caiu sobre eles um grande temor, e fugiram, escondendo-se.
BJ2 Somente eu, Daniel, vi esta aparição. Os homens que estavam comigo não viam a visão, e no entanto um grande tremor se abateu sobre eles, a ponto de fugirem para se esconderem.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Daniel 10:7

Gênesis 3:10 E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.
II Reis 6:17 E orou Eliseu e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.
Isaías 2:10 Vai, entra nas rochas e esconde-te no pó, da presença espantosa do Senhor e da glória da sua majestade.
Jeremias 23:24 Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? ? diz o Senhor. Porventura, não encho eu os céus e a terra? ? diz o Senhor.
Ezequiel 12:18 Filho do homem, o teu pão comerás com tremor e a tua água beberás com estremecimento e com receio.
Atos 9:7 E os varões, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém.
Atos 22:9 E os que estavam comigo viram, em verdade, a luz, e se atemorizaram muito; mas não ouviram a voz daquele que falava comigo.
Hebreus 12:21 E tão terrível era a visão, que Moisés disse: Estou todo assombrado e tremendo.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Daniel Capítulo 10 do versículo 1 até o 21
C. UMA VISÃO CELESTIAL DE CONFLITOS TERRENOS, Daniel 10:1-12.13

A maioria dos intérpretes concorda em que os últimos três capítulos do livro de Daniel constituem uma unidade. Keil descreve os conteúdos dessa seção como "A Revelação das Aflições do Povo de Deus Infligidas pelos Governantes do Mundo até a Consumação do Reino de Deus"." Essa seção não está em forma de sonho ou visão. Ela é uma revelação, que vem diretamente a Daniel por intermédio de um Ser celestial que age como o Mediador da verdade. A expressão foi revelada uma palavra a Daniel (Daniel 10,1) contém a palavra niglah, a forma passiva do verbo que significa "des-vendar, manifestar, revelar". Essa manifestação culminante experimentada por Daniel veio a ele na forma mais elevada de revelação, através do encontro direto com a deidade. Keil descreve essa experiência como uma teofania, uma manifestação ou aparição de Deus.

O desvendar que Daniel viu trouxe uma realização gloriosa do poder divino. Ao mes-mo tempo revelava uma cena de conflito trágico ao longo das épocas. Moffatt traduz o primeiro versículo do capítulo 10 da seguinte forma: "Uma revelação foi feita a Daniel [...] a verdadeira revelação de um grande conflito". A KJV traduz essa parte assim: "a coisa era verdadeira, mas o tempo era prolongado".
Essa revelação em um sentido especial pertence ao povo de Israel, estendendo-se mesmo até o fim dos tempos. Em 10.4 lemos: Agora, vim para fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros dias.

1. A Visão de Daniel do Ser Celestial (Daniel 10:1-11,1)

  • A vigília de Daniel (10:1-3). Pelo menos quatro anos haviam se passado desde a experiência de Daniel com Gabriel. Naquela época, Dario, o medo (veja comentários em Daniel 6:1-28), estava servindo como rei interino na Babilônia. Agora Ciro, rei da Pérsia (1; veja Quadro B) estava no seu terceiro ano. Daniel, que a essa altura devia estar com mais de noventa anos, passou um longo período em oração. Novamente, ele estava se dedicando à oração, mas também ao jejum. Eu, Daniel, estive triste por três sema-nas completas (2). "Não comi nada saboroso, não provei carne ou vinho, nem me ungi" (3, Moffatt). Esse tipo de persistência não falharia em abrir os portais dos luga-res celestiais.
  • A aparência do Ser celestial (10:4-11). O que se segue é o desvendar de um Ser glorioso a Daniel que nos faz lembrar o que o Apóstolo João viu na ilha de Patmos (Ap 1:10-20). Ao lado do rio Hidéquel (4; Tigre), Daniel viu um homem vestido de linho (5). Ali em Patmos, João viu alguém semelhante a um Filho do Homem vestido até aos pés de uma veste comprida. Ambos estavam cingidos com ouro. Ambos brilhavam da cabeça aos pés com uma luz sobrenatural. Ambos tinham olhos como chamas que bri-lhavam e falavam como a voz de uma multidão (6). A Pessoa que João viu identificou-se da seguinte forma: "Sou Aquele que Vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre" (Ap 1:18). Quem poderia duvidar que Daniel viu em uma situação diferente o mesmo Ser, a Palavra Eterna?' E só eu, Daniel, vi aquela visão (7), embora seus companheiros estivessem atemorizados por causa da luz e do som.
  • O efeito sobre Daniel e João foi idêntico. Não ficou força em mim (8), Daniel confessou. "Caí a seus pés como morto" (Ap 1:17), registra João. O limite da capacidade de absorver a revelação celestial excedeu em ambos os casos. "Ao ouvir o som das suas palavras caí inconsciente com o meu rosto em terra" (9, Berkeley). Embora o profeta desmaiasse com a voz da mensagem, ele foi restabelecido à plena consciência quando a mensagem de Deus foi transmitida a ele. E eis que uma mão me tocou (10), testemu-nha Daniel. Além do toque fortalecedor, ele ouviu uma palavra confortadora: Daniel, homem mui desejado ("muito amado", ARA). Que palavra mais encorajadora poderia vir dos lábios divinos?

    c) O Príncipe da Paz e os príncipes terrenos (Daniel 10:2-11.1). Mais uma palavra confortadora vem da experiência de Daniel. O Senhor que cuida presta atenção às nossas orações. Três semanas Daniel esteve orando em santo desespero. Porventura Deus o tinha ouvido? O Ser resplandecente fala: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia [...] são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras (12).

    Enquanto João viu o Filho do Homem no meio do castiçal, no âmbito da Igreja, Daniel viu o "homem vestido de linho" no meio de uma batalha com governos terrenos. O mesmo Cristo eterno, que veio para ser revelado à Igreja e por meio dela, também tem se preocupado com o curso da história humana.

    Não sabemos exatamente o que significavam as três semanas de luta com o prínci-pe do reino da Pérsia (13) e qual foi a possível conseqüência dessa luta. Deve ter sido difícil e intensa para que Miguel viesse ajudá-lo. A maioria dos intérpretes entende que príncipe (sar) usado nesse texto refere-se a seres sobrenaturais que tinham uma in-fluência importante sobre as nações. Visto que o príncipe dos persas bem como o príncipe da Grécia (20) estavam em conflito com o Ser glorioso e seu ajudante, Miguel, parece evidente que pelo menos alguns desses não são anjos.

    Uma das responsabilidades especiais do arcanjo Miguel é o bem-estar do povo de Israel. Chamado em 10.13 como um dos primeiros príncipes, ele é conhecido em Daniel 10.21 como Miguel, vosso príncipe. Judas 9 nos relata que foi "o arcanjo Miguel" que "contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés". Novamente João nos conta que Miguel e suas hostes celestiais batalharão contra o dragão e o expulsarão das regiões celestiais (Ap 12:7-9). Esse príncipe, um dos príncipes mais elevados do céu, sujeito ao Redentor de Israel, tem um importante papel sobre o destino de Israel. Daniel o viu nessa ocasião como "alguém que parecia um homem mortal" (16, Moffatt).

    Além de o Anjo de Javé revelar uma batalha que trava pela vontade e as decisões de Ciro e antever um conflito com o príncipe da Grécia (20), Ele revela que no pri-meiro ano de Dario, rei dos medos, Ele levantou-se para animar e fortalecer Daniel (Daniel 11.1). Dessa forma, o Príncipe da Paz luta com os príncipes da terra para alcançar seus propósitos.

    Em Daniel 10:2-19, observamos "O Toque de Deus", com ênfase no versículo 19.

    1) O toque de Deus vem quando o buscamos de todo coração (2-3).

    2) O toque de Deus vem quando Ele se torna mais real para nós (5-6, 10-12).

    3) O toque de Deus traz uma visão nova para a nossa tarefa (14).

    4) O toque de Deus nos anima e fortalece (15-19) —A. F. Harper.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 10 do versículo 2 até o 9

    Preparação para a Revelação (Dn 10:2-9)

    Dn 10:2

    Naqueles dias eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Devemos entender que Daniel tinha recebido a visão e sido negativamente afetado por ela. Ele passou por agonia e lamentação durante alguns dias. A questão que lhe fora revelada era pesada, e seu espírito sentia-se premido por isso. Não encontramos aqui uma lamentação pelo pecado, conforme se vê no prólogo da visão do capítulo 9. Antes, a alma do profeta era pressionada pela natureza pesada das coisas vindouras. Afinal, ele já era homem idoso na época, e aquelas experiências místicas negativas estavam fazendo sua cobrança.

    Ele ainda não tinha entendido plenamente a visão, mas recebería entendimento, e não seria uma questão fácil. “No vs. 12 aprendemos que ele resolveu receber uma revelação interpretativa, preparando-se para tanto por meio de práticas ascéticas, como as mencionadas em Dn 9:3” (Arthur Jeffery, in loc.). “A revelação desta visão, dada a Daniel naquela ocasião, esmigalhou qualquer esperança que ele possa ter tido de que Israel desfrutaria de nova liberdade e paz por longo tempo. Deus revelou que sua nação estaria envolvida em muito conflitos” (J. Dwight Pentecost, in loc.).

    Dn 10:3

    Manjar desejável não comi. Daniel não comeu manjares, mas passou vida comendo o mínimo, em uma espécie de meio jejum; ele não bebia vinho, nem se ungia com azeite, embora suponhamos que tomasse banho. Tudo isso era sinal de espírito pesado e de lamentação. Conforme Dn 1:8 , Dn 1:16, a simples dieta vegetariana, acompanhada por água, que assinalara o começo da carreira de Daniel na Babilônia. Conforme Dn 10:12. Ver também 2Sm 12:20 e Am 6:6, Essas coisas eram sinais externos de um espírito pesado, inclinado para o que o profeta tinha visto,

    Dn 10:4
    No dia vinte e quatro do primeiro mês. A precisão de dados assinala a visão como veraz e histórica, e essa é uma das características das profecias apocalípticas. O primeiro mês era abib (ver Dt 16:1) e nisã (ver Ne 2:1; Et 3:7: “pão de aflição". O profeta estava à beira do rio Tigre (Dn 12:5). Chegou até ele um mensageiro celestial, provavelmente Gabriel, que estava ativo naquele tempo e, ao que tudo indica, tinha contatos freqüentes com o profeta. Ver Dn 8:16. O original hebraico diz Hidequel para o rio Tigre, sendo esse o nome acádico do rio. Era um grande rio, um título usualmente dado ao rio Nilo. Mas também pode estar em foco o rio Eufrates, conforme se vê em Gn 15:18.

    Dn 10:5
    Levantei os olhos, e olhei, e eis um homem.
    O anjo apareceu gloriosamente vestido de luz (vs. Dn 10:6), com uma veste de linho tão branco quanto neve recém-caída. Em sua cintura havia um cinto bordado com excelente ouro de Ufaz. As descrições que aqui figura nos fazem lembrar de Ezequiel 1; 9; 10. As vestes do anjos se pareciam um tanto com as vestes do sumo sacerdote (ver Lv 6:10; Ex 28:29), porém eram mais gloriosas e mais divinas. Profundas experiências místicas são assinaladas por imagens e cores vividas que são difíceis de descrever, pelo que as descrições tentam detalhar o que realmente desafia qualquer descrição.

    Quanto ao ouro puro de Ufaz, ver Jr 10:9. Talvez esteja em foco o lugar algures chamado Ofir, famoso por seu excelente ouro. Ver 28:16; Sl 45:9 e Is 13:12.

    Encontramos descrições similares sobre Cristo em 13 66:1-16'>Apo. 1:13-16, mas isso não justifica a interpretação como visão do Cristo pré-encarnado. Não se poderia dizer que Cristo estava impedido por um príncipe da Pérsia (ver Dn 10:13) ou por alguma entidade angelical ou demoníaca.

    Dn 10:6
    O seu corpo era como o berilo.
    Conforme a descrição do berilo com a descrição do anjo de Ez 1:11,Ez 1:23. A palavra hebraica fala de uma variedade de topázio azul, cor do céu, embora, de acordo com outros, fosse verde-mar. A face do homem era como o relâmpago, e seus olhos eram como brasas de fogo; seus braços e suas pernas eram como o bronze polido, e sua voz parecia formada por muitas águas. Conforme tais imagens com Ez 1:13 e Ap 1:16. Quanto aos olhos flamejantes, conforme Ez 1:13; II Enoque 1.5; 42.1; Ap 1:14 e Ap 19:12. Ver também Ez 20:18. Quanto à voz como de muitas águas, conforme Is 13:4; Is 33:3; Ez 1:24. Tais descrições são apenas débeis tentativas para dizer algo sobre o Ser divino. As grandes experiências místicas geralmente são inefáveis ou têm elementos que o são. Ver no Dicionário o artigo chamado Misticismo.

    Dn 10:7
    Só eu, Daniel, tive aquela visão. Embora Daniel estivesse acompanhado, só ele teve a visão. Mas grande agitação a acompanhou, e os companheiros de Daniel sentiram isso. Isso insuflou neles grande medo, levando-os a ocultar-se. Talvez a agitação tivesse sido sentida somente por eles. Eles se assustaram diante da presença do anjo, embora não pudessem vê-lo com os olhos. Há algo de similar na história da conversão de Paulo na estrada para Damasco:

    Os seus companheiros de viagem pararam emudecidos,
    ouvindo a voz, não vendo, contudo, ninguém,

    (At 9:7)

    eles ficaram altamente assustados. Tiveram tanto medo que correram e se esconderam”(NCV). Conforme também At 22:9. "Houve uma influência divina que todos eles sentiram, mas somente Daniel viu a aparição corpórea” (Adam Clarke, in loc.). Isso acontece nas experiências místicas. Elas podem ser experimentadas por uma pessoa, enquanto outras pessoas, embora próximas, nada vejam nem ouçam. A alma é dotada de uma visão que não usa o nervo óptico, conforme demonstram as experiências perto da morte. Ver sobre esse título na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.

    Dn 10:8

    Fiquei, pois, eu só, e contemplei esta grande visão. Os companheiros de Daniel se esconderam. Ele viu sozinho a grande visão, e isso concorda com a experiência freqüente dos gigantes espirituais, os quais estão muito acima de seus colegas e, assim sendo, muito mais próximos do Ser divino.

    Penso continuamente naqueles que foram realmente grandes.
    Que, desde o ventre, relembraram a história da alma.
    Nascidos do sol, viajaram por um pouco em direção ao sol,
    E deixaram o ar vivido, assinado com sua honra.

    (Stephen Spender)
    Os efeitos da visão foram grandes e transformaram o aspecto de Daniel em algo temível. “Perdi minhas forças. Meu rosto embranqueceu como se eu fosse um morto, e fiquei impotente" (NCV). "Ele ficou pálido de terror diante do que viu, e desmaiou” (Ellicott, in loc.).

    “Seu sangue fluiu de volta ao coração, e seus nervos afrouxaram; suas mãos se debilitaram e ficaram dependuradas; seus joelhos tornaram-se débeis e cederam sob o seu peso; sua fisionomia ficou engilhada; sua testa ficou vincada; seus olhos se afundaram nas órbitas; seus lábios estremeciam; suas juntas tremiam; seu vigor se debilitou; todo o seu corpo entrou em convulsão; ele se tornou sem vida, como um homem morto" (John Gill, in loc., com uma descrição colorida por vivida imaginação).

    Dn 10:9
    Contudo, ouvi a voz das suas palavras.
    Daniel jazia caído em estado de desmaio, o rosto no chão. Contudo, continuou ouvindo a voz de trovão que batia nele como um malho. Ele estava perplexo e estupeficado, mas a revelação continuava. Conforme Dn 8:18, onde temos algo similar. Ver também Ap 1:17; At 9:4; Ez 1:28 e Enoque 14.24, quanto a descrições similares. Daniel não foi ninado para dormir, apesar da voz melodiosa do anjo. Antes, foi nocauteado pelo poder da voz do anjo e pela natureza espantosa da experiência.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Daniel Capítulo 10 do versículo 1 até o 21
    *

    10.1—12.13

    O profeta revela uma visão final concernente ao reinado futuro de Antíoco IV Epifânio, mas olhando para além do reinado dele para outro que culmina no fim de nossa era.

    *

    10:1

    No terceiro ano de Ciro. Ou seja, em 537 a.C. Ver nota em 1.21. Os exilados repatriados retornaram à terra para reconstruir o templo (Ed 1:1-4; 3:8), mas em breve teriam que cessar, temporariamente, os seus esforços (Ed 4:24).

    *

    10:2

    pranteei. É provável que Daniel tenha pranteado por causa da lastimável condição de Jerusalém (Ne 1:4; Is 61:3,4; 64.8-12; 66:10).

    *

    10:5

    eis um homem vestido de linho. Os vs. 5 e 6 oferecem uma descrição detalhada desse anjo, que talvez seja aquele que falou ao anjo Gabriel (Dn 8:16) , ou o próprio Gabriel (9.21). Sua aparência é muito parecida com a da glória do Senhor (Ez 1:26-28; Ap 1:12-16). Quanto a outras referências aos anjos, ver Jz 13:6; Ez 9:2,3; 10:2; Lc 24:4.

    *

    10:7

    grande temor. Ver Is 6:5 e Lc 5:8.

    *

    10:12

    foram ouvidas as tuas palavras. A visão e a revelação que Daniel recebeu vieram como resposta direta à suas orações.

    *

    10:13

    Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu. Esse "príncipe" é um ser espiritual mau e poderoso (cf. Is 24:21; Lc 11:14-26) que afetava o governo imperial da Pérsia.

    Miguel. "Miguel", em outras passagens das Escrituras, é retratado como comandante dos santos anjos (Jd 9; Ap 12:7; conforme 2Rs 6:15-17). Temos aqui um vislumbre das batalhas espirituais desfechadas nos "lugares celestiais", que afetam os acontecimentos na terra (cf. Ef 6:12; Ap 12:7-9). O poder dos anjos caídos é limitado por Deus, conforme fica claro em outras passagens bíblicas (1:12 e 2.6).

    *

    10:20

    o príncipe dos persas. Ver nota no v. 13.

    o príncipe da Grécia. Esse anjo afeta os negócios do reino da Grécia (v. 13, nota). Embora tanto a Pérsia quanto a Grécia governassem o povo de Deus, Daniel teria que compreender que o poder desses príncipes era limitado pelo poder de Deus.

    *

    10:21

    na escritura da verdade. Essa é uma metáfora que representa o conhecimento de Deus e seu controle sobre a história inteira.

    a não ser Miguel, vosso príncipe. O interesse de Miguel em proteger a Israel (v. 13, nota; conforme 12,1) corresponde ao interesse do mensageiro, que está diretamente preocupado com os propósitos de Deus.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Daniel Capítulo 10 do versículo 1 até o 21
    10.1ss Esta é a visão final do Daniel (536 a.C.). Nela recebe um discernimento maior assim que a grande batalha espiritual entre o povo de Deus e os que querem destrui-lo. Inclusive há mais informação detalhada sobre o futuro, especificamente as batalhas entre os reis tolemaicos (do sul) e os reis seléucidas (do norte).

    10.1ss antes desta visão, Ciro permitiu que os judeus retornassem a Jerusalém. por que não retornou Daniel a Jerusalém? Provavelmente já era muito velho para fazer o comprido e difícil viagem (tinha mais de 80 anos). Seus deveres no governo puderam haver o impedido. Ou talvez Deus lhe disse que não fora para completar a obra para a qual o tinha chamado .

    10:5, 6 A pessoa que viu Daniel era um ser celestial. Alguns comentaristas acreditam que deveu ser uma aparição de Cristo (ver Ap 1:13-15), enquanto que outros dizem que foi um anjo (porque requereu a ajuda do Miguel-Ap 10:13). Em qualquer caso, Daniel teve uma visão da batalha entre os poderes sobrenaturais do bem e o mal.

    10.10-18 Daniel sentiu temor ante esta visão, mas a mão do mensageiro acalmou seus temores; perdeu a fala, mas o toque do mensageiro a restaurou; sentia-se débil, mas as palavras do mensageiro o fortaleceram. Deus nos pode sanar quando estamos feridos, pode-nos dar paz quando temos problemas e fortaleza quando somos débeis. Peça a Deus que o conforte da mesma maneira que o fez com o Daniel.

    10.12, 13 Apesar de que Deus enviou um mensageiro ao Daniel, um capitalista ser espiritual ("o príncipe do reino da Persia") interceptou-o durante três semanas. Daniel continuou orando e jejuando fielmente, e o mensageiro de Deus por fim chegou. As respostas a nossas orações puedenverse entorpecidas por obstáculos invisíveis. Não espere que as respostas de Deus cheguem com muita facilidade ou rapidez. A oração pode ser desafiada por forças do mal, assim ore fervientemente e com regularidade. Logo espere que Deus responda no momento oportuno.

    10.20, 21 A guerra nas regiões celestiales devia estar dirigida contra Persia e depois contra Grécia. Cada uma destas nações ia ter poder sobre o povo de Deus. Persia e Grécia estiveram representadas por "príncipes" demoníacos. Mas Deus é Senhor do passado, do presente e do futuro, e todos os fatos estão registrados no "livro da verdade".


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Daniel Capítulo 10 do versículo 1 até o 21
    D. A VISÃO DA PALAVRA E DA GUERRA (10: 1-12: 13)

    Quarta e última visão de Daniel está registrada nesta seção. É uma elaboração da visão dos dois animais do capítulo 8 , dando mais detalhadamente a atividade de Deus em meio ao conflito de potências mundiais como estavam a afectar Israel no futuro. Duas ideias funcionar através da visão-da Palavra e da guerra. Os antigos pontos para a permanência de Deus, este último para a perplexidade do homem. Daniel vê a frustração das sociedades humanas contra o pano de fundo de estabilidade divina. Ele, portanto, é capaz de dar incentivo aos santos perseguidos, não só do seu próprio tempo eo tempo de Antíoco Epifânio, mas sempre que o povo de Deus deve passar a hora da tribulação. A mensagem permanente da visão está bem expressa nas palavras de G. Campbell Morgan:

    Olhando através das visões deste livro no governo de Deus, há duas coisas impressas na mente. A primeira é que Deus está guiando o mal para o desenvolvimento integral, a fim de destruição final. A segunda é que ele está anulando boa para o desenvolvimento integral, para a vitória final.

    1. Introdução (Dn 10:1)

    2 Naqueles dias eu, Daniel, estava pranteando por três semanas inteiras. 3 não comi pão agradável, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento, até três semanas inteiras foram cumpridas. 4 e nos quatro e vigésimo dia do primeiro mês, como eu estava à borda do grande rio, o Tigre, 5 levantei os meus olhos, e olhei, e eis um homem vestido de linho e os seus lombos cingidos com ouro puro de Ufaz; 6 o seu corpo era como o berilo, eo seu rosto como o aparecimento de um relâmpago, e os seus olhos como tochas de fogo, e os seus braços e os pés semelhantes a latão reluzente, e a voz das suas palavras como a voz de um multidão. 7 E eu, Daniel, tive a visão; para os homens que estavam comigo não a viram a visão; mas um grande temor caiu sobre eles, e eles fugiram para se esconder. 8 Fiquei pois eu só a contemplar a grande visão, e não ficou força em mim; por causa da minha glória foi transformado em mim em corrupção, e não tive força. 9 Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e quando ouvi a voz das suas palavras, eu caí em um sono profundo em meu rosto, com o meu rosto em direção ao chão.

    Os versos de registro de Daniel sobre a visão de abertura dizer como ele fez preparação para a recepção da palavra de Deus. Luto e jejum acompanhado de oração como o profeta procurou o rosto de Deus por três semanas inteiras. Provavelmente o tema de sua súplica foi o péssimo estado de Israel. A preparação foi seguido pela apresentação. O homem prepara; Deus apresenta. Nenhuma quantidade de preparação pode manipular a palavra de Deus; é um dom do próprio Deus.

    A menção do horário específico e local da visão sugere que foi um evento histórico que ocorre na primavera ao lado do rio Tigre.

    A descrição da visão está registrada em termos concretos, muito semelhante ao de Ezequiel 1:9-10 e Ap 1:13 . Quem era esse personagem celestial? Alguns comentaristas identificar a figura com o Gabriel do capítulo 8: 15-16 . No entanto, a descrição, a reacção de Daniel, e os termos utilizados para tratar o ser celeste sugerem que uma personagem maior do que um anjo é para ser entendido. A maioria dos comentaristas evangélicos têm interpretado a ser celestial como Deus na pessoa do Messias.Deus transcendente e resplandecente é o objeto da experiência da vidente. Como Isaías, Daniel viu o Senhor "alto e sublime" (Is 6:1)

    10 E eis que uma mão me tocou, o que me pôs sobre os meus joelhos e sobre as palmas das minhas Mc 11:1 E disse-me, ó Daniel, homem muito amado, entende as palavras que te vou dizer, e levanta na posição vertical; porque a ti sou enviado. . E quando ele falou esta palavra a mim, fiquei tremendo 12 E disse-me: Não temas, Daniel; porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender ea humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras:. e eu vim por causa das tuas palavras "causa 13 Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu um e 20 dias; mas, eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia. 14 Agora vim, para fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos últimos dias; para a visão é ainda para muitos dias. 15 E quando ele tinha falado comigo estas palavras, abaixei o meu rosto para o chão, e era mudo. 16 E eis que um à semelhança dos filhos dos homens me tocou Lábios: então abri a boca e falei, e disse-lhe que estava diante de mim, ó meu Senhor, por causa da visão minhas tristezas são transformados em cima de mim, e não retenho força. 17 Pois como pode o servo do meu Senhor falar com o meu Senhor? pois, quanto a mim, desde agora não resta força em mim, nem fôlego ficou em mim.

    A narrativa sugere que a mão que tocou Daniel foi a mão daquele a quem ele tinha visto na minha visão, a teofania divina. Deus, que parecia alto e sublime, também estava próximo. Sua presença foi sentida. Todo o parágrafo sugere que Deus é conhecido em uma consciência santo.

    Em seguida, a voz de Deus falou com Daniel exigindo a sua atenção completa. Nenhuma mensagem de certeza poderia ser comunicada até que Daniel ficou em pé e enfrentou Deus. Com a atenção garantiu a mensagem divina continuou.

    Não temas, Daniel era uma palavra de garantia de que procurou acalmar e acalmar o homem de Deus. É natural para o homem que está em rebelião contra Deus ao medo, mas Deus é capaz de acalmar os nossos medos e transformar a nossa ansiedade em garantia.

    O toque garantindo foi seguido pelo assegurando palavra- desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender ... as tuas palavras foram ouvidas. presença de Deus faz duas coisas para o cristão-dá-lhe coragem e dá-lhe confiança. "E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve" (1Jo 5:14 ).

    Eu vim por causa das tuas palavras 'saquê meios, "Estou aqui porque você orou." Que promessa! Que encorajamento! O poder da oração é feita evidente nesta declaração do próprio Deus que, quando oramos, Ele trabalha.

    O versículo 13 é difícil de entender, embora a sua mensagem é simples. Ele explica por que algumas orações não são respondidas rapidamente, e por que algumas nações parecem ser controlado por poderes demoníacos. A resposta divina à oração de Daniel foi prejudicada por vinte e um dias (as três semanas que ele estava orando), porque o príncipe do reino da Pérsia resistiu ao mensageiro divino. Há forças espirituais no mundo que trabalham contra as forças da justiça e que impedem a obra de Deus. O príncipe do reino da Pérsia é a designação para uma das forças espirituais do qual Paulo fala claramente em Ef 6:12 : "Porque não temos que lutar contra a carne eo sangue, mas contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste mundo, contra a perversidade espiritual em lugares altos. " Michael, por outro lado, é o nome de um dos anjos de Deus, que tanto aqui como no livro de Jude vem em auxílio dos agentes da justiça (conforme . Jd 1:9 ).

    O objetivo da presença divina é afirmado no versículo 14 . Deus se aproximou de Daniel, a fim de fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos últimos dias. Não há necessidade de interpretar a frase últimos dias como o fim da história humana. Seu uso no Antigo Testamento sempre aponta para a Era Messiânica, de modo que podemos parafrasear o propósito: ". Para fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos dias entre agora e a Era Messiânica" O principal encargo do capítulo 11 é este intervalo.

    O anúncio novamente deixou Daniel fraco e sem palavras. Como Moisés sentiu sua inadequação para expor a mensagem divina. Como Jeremias ele expressou sua queixa ao Deus que ele enfrentou.

    c. Empoderamento de Deus (10: 18-11: 1)

    18 Então não me tocou novamente um como a aparência de um homem, e me consolou. 19 E ele disse, homem muito amado, não se desespere: a paz esteja contigo, ser forte, sim, ser forte. E quando ele me falou, fiquei fortalecido, e disse: Deixa meu senhor falar; pois tu me fortaleceu. 20 Então ele disse: Sabes por que eu vim a ti? e agora vou voltar a lutar com o príncipe da Pérsia: e quando eu saio, eis que o príncipe da Grécia virá. 21 Mas eu te direi o que está gravado na escritura da verdade; e ninguém há que se esforce comigo contra aqueles, senão Miguel, vosso príncipe.

    1 E quanto a mim, no primeiro ano de Dario, o medo, levantei-me para confirmar e fortalecer.

    Antes de Daniel foi capaz de receber a mensagem do futuro, ele recebeu um segundo toque da mão e uma mensagem da palavra de Deus. Na presença da divindade, ele sentiu o toque garantindo e ouviu a garantia palavras, não temas ... paz ... ser forte. Isso sugere que Deus nunca está impaciente com nossas fraquezas, mas é capaz de fortalecê-los e permitir-nos de receber a Sua palavra, a fim para dar-lhe a mão aos outros.

    O versículo 20 começa com uma questão de atenção recordando a propósito da visão dada no versículo 14 . O alto-falante, em seguida, continua com um aparte, antes de revelar a visão em si. Esta retirada é por si só revelador, ao falar da perseguição que o povo de Deus deve suportar tanto Pérsia e Grécia. Esta palavra sugere que, embora a história humana continua, e que é o assunto da visão, há também continuará a grande conflito entre as forças espirituais por trás da história. A palavra divina não diz muita coisa sobre estes para Daniel, mas é apenas uma indicação de que as forças espirituais estão alinhados muito parecido com as forças nacionais. Michael, o príncipe do povo de Deus, sempre foi alinhado com as forças da justiça e da verdade.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Daniel Capítulo 10 do versículo 1 até o 21
    10.1 Ciro. Começou a reinar no ano 539 a.C. Estamos, então, no ano 537 a.C. Daniel já é um homem idoso, passando dos oitenta.

    10.2 Três semanas. Uma época de luto pela morte espiritual de tantos judeus que não quiseram voltar para restaurar o Templo.

    10.5 Um homem. Uma teofania, comp. Ap 1:13-66; é a resposta de Deus aos atos de humilhação e contrição feitos pelo profeta.

    10.7 Só eu. A visão era para o servo de Deus; os demais percebem algo, sem entender nada, comp. At 22:7-44.

    10.8 Contemplei. Mesmo com o temor e tremor, o servo de Deus sabe que precisa estar a postos quando a vontade de Deus lhe é revelada.

    10.10 Certa mão. A consolação divina não é só para nossa própria alegria: também é para nos reforçar em nossa vocação.

    10.11 Muito amado. A confiança do crente está baseada no amor de Deus, que se lhe revela mediante o sacrifício de Cristo, Jo 3:16.

    10.13 O príncipe de reino do Pérsia. O poder espiritual satânico manifesto atra do culto pagão dos persas. Paulo nos ensina que quem adora a ídolos está servindo a demônios, 1Co 10:20. Miguel. O anjo Miguel simboliza a proteção divina em Israel, Ez 12:1; Jd 9; Ap 12:7.

    10.14 Últimos dias. Daniel está sendo preparado para uma visão que tem grande projeção na história de Israel, e precisa ser de grande força espiritual para servir de receptáculo destas revelações. O trecho que se acha nos vv. 10-21 ajuda-nos a ter uma idéia de como o poder do Espírito Santo usou homens totalmente dedicados e purificados para receberem as palavras que hoje temos registradas nas Sagradas Escrituras.

    10.17 Não me resta já força alguma. Morrem as energias do profeta fazendo-o depender exclusivamente das forças de Deus, v. 18.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Daniel Capítulo 10 do versículo 1 até o 21
    X. A VISÃO FINAL (10.1—12.13)

    Os caps. 10 a 12 registram a visão final de Daniel, e o cap. 11 apresenta um levantamento histórico detalhado, edificando sobre visões anteriores. E essa visão final, acima de tudo, que leva muitos à datação do livro no século II a.C. ou a imaginar uma atualização de uma profecia mais antiga e mais simples.


    1) O aparecimento do mensageiro
    (10.1—11.1)

    v. 1. A data é 536 a.C.; Daniel não havia retornado a Jerusalém com Zorobabel e seus companheiros, rei da Pérsia: título encontrado em textos persas, embora não em textos babilônios, exceto uma vez em que se usa um nome mais antigo para a Pérsia (tijolos de Ur), recebeu uma revelação: lit. uma palavra, de Deus, foi revelada; há uma grande diversidade de expressões para se referir à transmissão de conhecimento divino a Daniel; essa é única. A mensagem era verdadeira: cf.

    8.26. uma grande guerra: ou “serviço duro” como em Is 40:2; 7:1 (“tempos difíceis”, nota de rodapé da NVI); a expressão na 5A “o tempo determinado” segue uma opinião rabínica. Por meio da sua luta, Daniel penetrou na visão e, assim, ele entendeu a mensagem (conforme 9.23).

    v. 2. Daniel continua falando na primeira pessoa. O seu lamento talvez tenha sido pelos pecados do seu povo, ou em virtude de notícias desanimadoras de Jerusalém. Foi um exercício rígido, auto-imposto, que o preparou para receber a revelação, v. 4. O vigésimo quarto dia do primeiro mês caiu logo após as festas da Páscoa e dos Pães sem Fermento (14°; 15° até o 21°) com o que o jejum pode ter estado associado. Aqui o vidente está fisicamente à margem de um rio, e está acompanhado. grande rio, o Tigre: geralmente o Eufrates é descrito assim, por isso muitos estudiosos omitem o nome considerando-o uma glosa; para Daniel na Babilônia, no entanto, o nome pode ter sido adequado para qualquer um dos rios. v. 5. Um homem de esplendor maior do que os anteriores, considerado o Cristo pré-encarnado por Young (conforme Ap 1:1315). As suas palavras eu fui enviado (v. 11) e o fato de que a ajuda de Miguel era necessária (v. 13) podem mostrar que ele era um anjo, como no cap. 8. A apresentação de Miguel e a ausência de qualquer outro nome podem significar que ele era Gabriel, linho: usado por sacerdotes, Davi e anjos (Ez 9:2 etc.), ouro puríssimo: o sentido exato não está claro, v. 6. como berilo: lit. Társis (pedra), uma que cintilava (NEB); com voz ressonante (conforme Ez 1), a figura é a perfeição física com um toque extra. O v. 7 lembra a experiência de Paulo em At 9:0), Daniel caiu inconsciente, como em 8.18. v. 10-14. A sua recuperação foi conduzida por um ser celestial por meio de estágios de preparo gradual, primeiramente sobre mãos e joelhos, depois para ficar em pé, tremendo (outra palavra no v. 10). Daniel foi considerado apto em virtude de sua abstinência (conforme Mc 9:28,Mc 9:29). Ele tinha estado preparado Desde o primeiro dia, sua perseverança fortalecendo a sua posição, pois a demora resultou de um conflito celestial, v. 13. O anjo da guarda da Pérsia se opôs à missão, pois esta iria expor a queda do seu protetorado. Depois de anunciada, a palavra era certa; enquanto não era divulgada, poderia ser mudada. O anjo da guarda de Israel, Miguel (v. 12.1), ao contrário da sua missão sempre leal aos agentes de Deus, teve de vir para ajudar, pois eu fui impedido de continuar ali com os reis da Pérsia, cujo anjo tinha sido vencido e posto para fugir, (o TM traz “reis”, seguido aqui pela NVI; outras versões trazem “rei”). O v. 14 retoma a declaração do v. 12, no futuro citando Gn 49:1 (v.comentário Dt 2:28); aqui, como lá, o ponto final no livramento Dt 12:1.    pois a visão se refere a uma época futura: ou “ainda há uma visão acerca dos dias”.

    v. 15-17. Até mesmo esse encorajamento deixou Daniel confuso; o impacto da visão era como o de dores de parto, como em 1Sm 4:9. O interlocutor primeiro teve de lhe garantir que poderia falar na sua presença, conforme Is 6:7. 10.18—11.1. Finalmente um ser tocou nos lábios de Daniel e lhe deu forças com palavras de saudação, de forma que, finalmente, ele estava pronto, v. 20. A sua atenção foi dirigida ao assunto por meio da pergunta que prometia expansão no v. 14. logo está bem colocado na NVI, pois está ligado às palavras que seguem; o trabalho do mensageiro é conter o anjo da Pérsia, depois o da Grécia, para que os limites de Deus sejam mantidos. As coisas a serem reveladas a Daniel eram incontestáveis, escritas no Livro da Verdade, dos decretos de Deus. O interlocutor era responsável pelo controle dos eventos vindouros, e contava somente com a ajuda de Miguel.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 8 do versículo 1 até o 13

    III. A Nação Hebraica: Seu Relacionamento com o Domínio Gentio e o Seu Futuro no Plano de Deus. 8:1 - 12:13.


    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 10 do versículo 1 até o 13

    C. A Visão Final: Israel Através dos Séculos e na Consumação nas Mãos dos 1nimigos e nas Mãos de Deus. 10:1 - 12:13.


    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 10 do versículo 5 até o 9


    2) A Revelação e os Seus Efeitos. Dn 10:5-9);
    4) o fato dEle permanecer, mais tarde na visão, "acima das águas", separado, onde nem mesmo os anjos se atrevem a ficar (Dn. 12: 6);
    5) a maneira pela qual os anjos apelaram para Ele em busca de conhecimento superior (12: 6).

    O efeito desta visão sobre Daniel deveria fazer-nos cautelosos em buscar ou orar pedindo experiências sobrenaturais fora do comum da presença de Deus além daquelas experiências comumente garantidas aos crentes sinceros.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Daniel Capítulo 10 do versículo 1 até o 21
    XI. A VISÃO DE DEUS Ez 10:1-27). A visão produziu em Daniel um efeito de enfraquecimento (8).

    >Dn 10:11

    Daniel, homem muito desejado (11). Cfr. Ez 9:23. Sendo-lhe assegurado que era homem desejado por Deus, Daniel é encorajado e preparado a ouvir a mensagem que segundo é informado, diz respeito aos derradeiros dias (14), isto é, à era messiânica. É relatado primeiramente (20) que Aquele que falava haveria de pelejar contra o príncipe dos persas (isto é, o poder espiritual por detrás dos deuses da Pérsia), e quando se saísse Ele vitorioso (saindo eu, isto é, vitorioso da batalha), apresentar-se-ia o príncipe da Grécia e seria igualmente combatido. Somente Miguel estava à mão para prestar ajuda, assim como, no primeiro ano de Dario, o medo, Aquele que falava o havia ajudado (Ez 10:21; Ez 11:1; cfr. versículo 13). Assim sendo, havia severas provações que o povo de Deus teria de atravessar.


    Dicionário

    Daniel

    Nome Hebraico - Significado: Deus é meu juiz.

    (Heb. “meu juiz é Deus”). Três pessoas no Antigo Testamento são chamadas de Daniel:
    (1). Um filho do rei Davi;
    (2). um eLivros de Judá, que se tornou um oficial do alto escalão nos governos dos impérios babilônico e medo-persa, bem como profeta de Deus; e
    (3). um líder judeu que retornou da Babilônia com Esdras.


    1. Daniel, filho de Davi, é citado apenas em I Crônicas 3:1. Era o segundo filho de Davi. Sua mãe era Abigail e ele nasceu durante os sete anos e meio em que seu pai reinou em Hebrom (1Cr 3:1-4). Parece que também era chamado de Quileabe, pois este é o nome dado ao segundo filho de Davi e Abigail, nascido em Hebrom, em II Samuel 3:3.


    2. Daniel, o eLivros e profeta, é citado apenas no livro de Daniel (tanto nas partes em hebraico como em aramaico), no AT; e em Mateus 24:15, no NT. Há também a possibilidade de que seja o mesmo nome mencionado no livro de Ezequiel. Na última parte do século XIX houve considerável ceticismo com respeito aos aspectos históricos da vida de Daniel, principalmente quanto à própria existência de personagens como Belssazar e Dario, o Medo. Além disso, a tendência de menosprezar a possibilidade da previsão profética sobrenatural contribuiu imensamente para uma notável hesitação sobre a confiabilidade do retrato bíblico de Daniel. Novas evidências históricas, entretanto, bem como o estudo mais aprofundado, reforçaram a exatidão histórica do livro; também, em muitos setores da teologia, há uma consideração renovada na viabilidade das profecias bíblicas diante dos fatos.

    A reconstrução da seqüência dos fatos na vida de Daniel, partindo do livro que leva seu nome, é um grande desafio. O texto desenvolve-se em tópicos, não ordenados cronologicamente em seus movimentos mais amplos; por exemplo, os episódios citados em Daniel 7 são bem anteriores aos citados nos capítulos 5:6. O fato mais notável, entretanto, é a escassez de informações sobre o próprio Daniel, quando tinha de 20 a 25 anos (antes de 600 a.C., v.1), até os incidentes datados em Daniel 5:10 (por volta de 553-536 a.C.).

    O único evento registrado em que Daniel é visto, durante o período agitado de 50 anos, é sua interpretação da segunda visão do rei Nabucodonosor, no cap 4. Não é possível estabelecer a data dos eventos deste registro de forma mais precisa; sabe-se apenas que foi em alguma época antes do final do reinado de Nabucodonosor, em 562 a.C. Assim, tudo o que se sabe de um período de quase meio século da vida de Daniel é a informação reduzida proporcionada por esse capítulo.

    O local e a data tanto do nascimento como da morte de Daniel não são citados explicitamente nas Escrituras. Desde que este livro enfoca a invasão inicial de Jerusalém por Nabucodonosor (Dn 1:1-2), ocasião em que este jovem foi levado para a Babilônia (Dn 1:3-6), é muito provável que tenha nascido e crescido em Jerusalém. Além disso, se a invasão aconteceu em 605 a.C., quando foi colocado na categoria de “jovem” que seria educado (Dn 1:4), provavelmente tivesse entre 15 e 20 anos de idade. Isso colocaria a data de seu nascimento por volta de 625 a 620 a.C., pela metade do reinado de Josias, o último rei piedoso que governou Judá (640 a 609 a.C.; 2Cr 34:35).

    O último evento datado no livro de Daniel é a revelação dada ao profeta “no terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia” (Dn 10:1), às margens do rio Tigre (Dn 10:4). Como o Império Babilônico caiu diante da aliança medo-persa, em 539 a.C., isso significaria que o último evento cronológico no livro de Daniel aconteceu em 537 e 536 a.C. No final da profecia, entretanto, um ser celestial (12:
    7) disse a Daniel: “vai-te até que chegue o fim” (isto é, até sua morte; 12:13). Isso poderia indicar que o profeta ainda viveria por mais algum tempo. Assim, é quase certo que Daniel viveu bem mais de 80 anos, provavelmente até passou dos 90. Por não ter acompanhado a primeira leva de eLivross judeus que retornaram “no primeiro ano de Ciro” (Ed 1:1), parece que Daniel morreu na Pérsia, e passou assim 70 anos (ou mais) de sua vida longe de sua terra natal.

    Não é possível determinar mais nenhum dado específico sobre os antecedentes familiares de Daniel, a não ser que estava entre os (Dn 1:6) da “linhagem real e dos nobres” (Dn 1:3). Se ele passou os anos de sua infância na presença da corte real em Jerusalém, seu sentimento com relação à trágica queda de Judá e o exílio na Babilônia seria ainda maior. Sua experiência anterior em tais círculos, contudo, pode ter sido de grande valia nas posições que ocupou mais tarde no governo da Babilônia e da Pérsia.

    Quando Daniel iniciou o estudo de três anos, pelo qual passavam os que entravam para o serviço do rei Nabucodonosor (Dn 1:5), recebeu o nome babilônico (assim como aconteceu com seus companheiros) de Beltessazar (v.7), que significa algo como “Bel (um deus babilônico) protege sua vida”. O nome não é simplesmente a forma babilônica para Daniel e incorpora especificamente o nome de uma divindade pagã, em lugar do Deus dos judeus (o sufixo “El”); por isso, parece que o novo nome fazia parte de uma orientação sistemática para que os estudantes abraçassem completamente todos os aspectos da nova sociedade da qual faziam parte, o que era compreensível.

    Não se sabe com clareza qual a plena natureza do processo educacional no qual Daniel foi colocado ao chegar à Babilônia, embora conheçamos bem seu rigor e sua amplitude. Ele e seus companheiros foram treinados entre os melhores e mais brilhantes jovens do império (Dn 1:4). Capacitados por Deus (Dn 1:17), provaram ser muito superiores não somente aos outros estudantes (1:19), como também a “todos os magos e encantadores que havia em todo o reino” (v. 20).

    As matérias estudadas são citadas em Daniel 1:4 como as letras e a língua dos caldeus. O
    v. 17, entretanto, amplia o quadro e inclui “cultura e sabedoria”, a fim de abranger também “todas as visões” e “todos os sonhos”. No final dos três árduos anos de treinamento (o primeiro e o último poderiam ser frações, considerados como um ano completo na contagem do tempo daquela cultura) havia um exame oral feito por Nabucodonosor, no qual a sabedoria e o entendimento eram medidos e comparados com “todos os magos e encantadores” que já estavam a serviço do rei (Dn 1:20). Essas declarações indicam fortemente que o programa incluía instrução em magia, adivinhação e provavelmente astrologia como parte do estudo da venerada literatura babilônica. Depois de um furioso decreto feito por Nabucodonosor, que ordenava a execução de “todos os sábios da Babilônia” (Dn 2:12), devido ao fracasso dos conselheiros em detalhar e interpretar o sonho do rei (vv 1-11), Daniel e seus companheiros entraram em cena. Arioque, chefe da guarda real, informou-os sobre o incidente e a ordem de execução (vv. 14-16), na qual eles também estavam incluídos (v. 13); os jovens judeus puseram-se diante de Deus e oraram juntos durante toda a noite (vv.17-23) e “então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite” (v. 19). A explicação do profeta sobre o sonho e o seu significado não somente salvou a vida dos sábios como também levou o rei Nabucodonosor a louvar ao Deus de Daniel (Dn 2:47) e a elevá-lo, juntamente com seus companheiros, às mais altas posições do governo da Babilônia (v. 48,49).

    É extremamente difícil determinar quando esse incidente aconteceu na vida de Daniel. Por um lado, a referência ao segundo ano do reinado de Nabucodonosor (Dn 2:1) colocaria o fato dentro do período inicial dos três anos de treinamento, citados no
    v. 5. Se assim for, Daniel 2 funcionaria como um tipo de retrospectiva, usada para demonstrar a habilidade especial do profeta para entender as visões e os sonhos (Dn 1:17). Esse entendimento é levemente preferível, embora resulte na conclusão de que Daniel foi nomeado para um alto cargo por Nabucodonosor, antes mesmo de completar seu período de treinamento (Dn 2:48-49). Isso não explicaria melhor, entretanto, a conclusão um tanto exagerada do rei em Daniel 1:20 (considerando-os dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores) e a descrição do profeta como meramente “um dentre os filhos dos cativos de Judá” (Dn 2:25), em vez de um honorável sábio que já se encontrava a serviço do rei (Dn 1:19-20).

    Daniel 3 é o único capítulo do livro em que o profeta não é mencionado, e o cap 4 começa com Nabucodonosor aparentemente no auge de seu poder. Os eventos que se seguem inferem que o capítulo também registra a elevada influência de Daniel no governo. Depois que o profeta interpreta uma visão que adverte severamente o rei sobre as conseqüências de sua auto-exaltação, em lugar de glorificar o Deus verdadeiro (Dn 4:9-27), Nabucodonosor só é capaz de controlar seu orgulho por um ano (vv. 28-32). Sua auto-exaltação imediatamente resultou no castigo que fora predito: receberia a mente de um animal e viveria como um irracional por “sete tempos” (Dn 4:16-23,32,33).

    O significado dos “sete tempos” não está claro; a forma como o Império Babilônico foi governado durante o período em que o rei permaneceu mentalmente incapacitado é ainda mais obscura! A expressão “sete tempos” pode simplesmente referir-se a um período indefinido ou significar a um ciclo do calendário, como um mês ou um ano. Se o entendimento comum de que “um tempo” era uma estação anual de colheita estiver correto, então o rei ficou impossibilitado de governar por sete anos.

    Desde que Daniel fora nomeado conselheiro-chefe da corte real (Dn 2:49), e é chamado de “chefe dos magos” (Dn 4:9), é bem provável que tenha desempenhado um papel fundamental na manutenção da estabilidade do governo enquanto Nabucodonosor esteve afastado de sua função. Mesmo que o período tenha sido de poucas semanas ou meses e embora o império estivesse em paz, seria de se esperar que o vácuo causado pela ausência de uma figura tão inteligente e imponente como Nabucodonosor fosse rapidamente notada. Assim, desde que não existe nenuma indicação de uma luta interna pelo poder ou declínio durante sua ausência, é provável que oficiais altamente respeitáveis, como Daniel, tenham tratado dos assuntos cotidianos do império até que o rei recuperasse a sanidade e voltasse ao trono (Dn 4:37).

    Os próximos eventos registrados da vida de Daniel acontecem no início do reinado de Belsazar, o último monarca (553 a 539 a.C.) do período babilônico. “No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia” (Dn 7:1), o profeta teve um sonho, que se tornou sua primeira visão registrada no livro. O cap 8 descreve a segunda visão de Daniel, que ocorreu cerca de dois anos mais tarde, “no terceiro ano do reinado do rei Belsazar” (Dn 8:1). As duas visões descreviam circunstâncias difíceis para o povo de Deus no futuro; por isso, não é de estranhar que o profeta tenha ficado espantado e com o semblante mudado depois da primeira (Dn 7:28) e “enfraquecido e enfermo alguns dias” depois da segunda visão (Dn 8:27).

    Durante a década entre a morte de Nabucodonosor (562 a.C.) e o começo do reinado de Belsazar (553 a.C.), Daniel aparentemente perdeu um pouco de sua influência no governo da Babilônia. Certamente, em certo sentido, ele menciona seu retorno aos negócios do rei (Dn 8:27) na conclusão de sua segunda visão, datada por volta de 551 a.C.; entretanto, no bem conhecido episódio da escrita na parede (Dn 5), que ocorreu na ocasião da derrota final da Babilônia pelos medos e persas (Dn 5:30-31; Dn 6:28), em 539 a.C., o rei Belsazar deu a entender que não conhecia Daniel pessoalmente (Dn 5:13-16), ou nem mesmo sabia sobre sua fama como intérprete de sonhos e de homem sábio durante o reinado de Nabucodonosor (Dn 5:11-12).

    É algo fantástico, além de indicar a proteção providencial de Deus na transição do poder, que Daniel e o Senhor novamente tenham recebido grande reconhecimento (Dn 5:29; Dn 6:2). Não somente o profeta foi exaltado contra sua vontade para ocupar a terceira posição mais elevada no império, mesmo após ter repreendido o rei por seu orgulho e interpretado a ameaçadora escrita na parede, dirigida a Belsazar (Dn 5:22-29); logo depois da vitória medo-persa sobre a Babilônia, Daniel foi também nomeado como um dos três administradores sobre o reino, pelo novo imperador, Dario, o medo. Foi um papel no qual o profeta rapidamente se destacou (Dn 6:1-3).

    Para evitar que Daniel fosse nomeado para o mais importante cargo administrativo por Dario, outros oficiais do governo medo-persa conspiraram contra ele, para tirá-lo do caminho a qualquer custo (Dn 6:4-5). Devido à conduta ética e ao compromisso religioso do profeta, seus companheiros arquitetaram um plano para persuadir o rei a decretar que, por um período de trinta dias, toda oração que não fosse dirigida ao rei seria considerada ilegal, e o culpado, punido com a morte na cova dos leões (Dn 6:6-9).

    Por causa de sua disposição de orar três vezes ao dia, mesmo sob risco da própria vida, Daniel foi imediatamente preso e jogado na cova dos leões (Dn 6:10-17). Deus o protegeu durante toda a noite, no meio dos leões. Na manhã seguinte, foi vindicado diante do rei Dario e restaurado à sua posição de autoridade (vv. 18-23,28). Os conspiradores foram então atirados às feras famintas (v. 24) e Dario fez um decreto adicional, a fim de ordenar que o povo tremesse e temesse “perante o Deus de Daniel” (v.26).

    Durante esse mesmo período (o primeiro ano de Dario; Dn 9:1), Daniel fez uma maravilhosa oração de arrependimento corporativo (Dn 9:3-20), pelo povo judeu. O tempo parece coincidir com a proclamação feita por Ciro, supremo imperador persa (Ed 1:1), quando permitiu que os judeus dispersos pelo império voltassem para Jerusalém e reconstruíssem o Templo (Ed 1:2-4). Como resultado da oração fervorosa, do jejum e do lamento de Daniel pelos pecados de seu povo (Dn 9:3-20), o velho profeta recebeu uma revelação assombrosamente detalhada das “setenta semanas” (Dn 9:24) decretadas por Deus para o futuro de Israel (Dn 9:24-27). Embora não haja um consenso com relação ao significado e ao cumprimento dessa profecia, parece altamente provável que este período seja um paralelo com o tempo acumulado durante o qual os judeus falharam em observar a lei do “descanso do sábado” ordenada por Deus (2Cr 36:20-21), referente à utilização da terra.

    Uns dois anos mais tarde (Dn 10:1), Daniel novamente lamentou, orou e jejuou, dessa vez por três semanas (Dn 10:2-3). Esse incidente talvez esteja relacionado com os eventos em Jerusalém, onde a reconstrução do Templo foi interrompida pelo medo e desânimo (Ed 4:4-24). A visão que se seguiu é o último evento registrado no livro de Daniel, onde nada mais é registrado nas Escrituras sobre o período final da vida do profeta.

    Fora de seu livro, o nome de Daniel aparece três vezes em Ezequiel (14:14,20; 28:3). Embora alguns atribuam tais referências a alguém de renome, que provavelmente viveu no tempo de Noé ou de Jó (14:14,20), é mais provável que se reportem ao Daniel contemporâneo de Ezequiel. Se as ocorrências em Ezequiel podem ser datadas em 592 a.C. (14:14,20; cf. 8:
    1) e 586 a.C. (28:3; cf. 26:1), haveria tempo suficiente para Daniel ter demonstrado sua justiça (14:14,20) e sabedoria concernente aos mistérios (28:3). Seu reconhecimento como o principal conselheiro na Babilônia e seu sólido compromisso com Deus já se teriam estabelecido solidamente por volta de 600 a.C. (Dn 1:2, esp. 2:1).

    A única menção do nome de Daniel no NT é em Mateus 24:15. No meio do discurso do monte das Oliveiras (Mt 24:25), Jesus faz uma referência à “abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel” (Mt 24:15). A maneira como Cristo fala aqui parece autenticar a exatidão histórica dos eventos e das visões registrados no livro de Daniel.

    Um tributo adicional à fé demonstrada por Daniel na cova dos leões está registrado em Hebreus 11:33. Seu nome não é citado, mas a falta de outro evento semelhante no AT, bem como o fato da menção estar próxima à referência a “apagar a força do fogo” (Hb 11:34), relacionada com Daniel cap 3, faz com que a identificação seja quase certa.

    Uma avaliação geral das contribuições de Daniel deve incluir o uso de superlativos. Ao recuperar-se do trauma causado pela invasão de seu lar em Judá, Daniel cresceu de forma notável, até ocupar posições nos mais altos escalões da autoridade imperial e ter influência tanto no Império Babilônico como no Medo-Persa, durante uma carreira que durou mais de 60 anos.

    Ainda assim, seu legado mais profundo está na esfera espiritual. Daniel foi o veículo da revelação divina, tanto para interpretar como para ter as visões mais detalhadas da profecia bíblica. Desde que essas manifestações ultrapassaram o período do exílio babilônico (geralmente datado de 605 a 539 a.C.), Daniel, mais do que qualquer outro personagem bíblico, demonstrou ser a figura intermediária entre o período do pré e o do pós-exílio, durante a reconstrução de Jerusalém e do Templo. Essa alegação é justificada, apesar de ele ter passado a maior parte da vida distante geograficamente de Judá. Daniel tinha influência por seu acesso aos corredores do poder, bem como por seu exemplo de piedade.

    Poucas pessoas na Bíblia exibiram a fé, a coragem, a vida de oração e a sabedoria que podem ser vistas de forma consistente na existência de Daniel. Tanto em seus dias (Ez 14:14-20) como na lembrança dos escritores bíblicos (Hb 11:33), seu estilo de vida como humilde conselheiro governamental, administrador e profeta do Deus verdadeiro é profundamente reverenciado e digno de ser seguido como exemplo.

    3. Daniel, líder levita da época do pós-exílio, citado como companheiro de regresso a Judá na leva de Esdras (Ed 8:2). Foi um dos que assinaram o documento de compromisso solene com Deus (Ne 10:6). Era descendente de Itamar.

    A.B.L.


    Daniel [Deus É Juiz]

    Profeta de Judá. Foi levado para o CATIVEIRO na Babilônia, onde ocupou alta posição no governo (Dn 1:2-6; 2.48). V. DANIEL, LIVRO DE.

    =======================

    LIVRO DE DANIEL

    Livro escrito em tempos de perseguição e sofrimento. Por meio de histórias e de visões, o autor procura explicar aos judeus as razões por que eles estão sendo perseguidos e também os anima a continuarem fiéis a Deus. O livro se divide em duas partes. A primeira (caps. 1—
    6) conta histórias a respeito de Daniel e dos seus companheiros. A segunda (caps. 7—
    12) relata visões de vários impérios que aparecem e depois desaparecem. Elas mostram que os perseguidores serão derrotados e que a vitória final será do povo judeu.


    Daniel Livro do Antigo Testamento que, em hebraico, está entre os Escritos e, na versão grega, entre os LXX. Escrito em hebraico e aramaico (2,4 a 7:28), conta com adições posteriores que judeus e protestantes consideram não-canônicas (3,24-50; 3,51-90; 13 1:64-14,1-22; 14,23-42). Continua sendo objeto de controvérsia o final de sua redação, que foi fixado no séc. II a.C., no séc. VI a.C. (como o próprio livro registra) e em um arco cronológico que iria do séc. VI a.C. ao séc. III a.C., sendo, nesse caso, as passagens apocalípticas as mais recentes da obra. Jesus cita freqüentemente o Livro de Daniel, especialmente em relação à figura do Filho do homem (Dn 7:13ss.) o qual, em harmonia com o judaísmo da época, identifica com o messias e consigo mesmo (Mt 16:13ss.; 17,22-23 etc.). A figura da abominação da desolação a que Daniel se refere (Antíoco IV Epífanes no sentido original? O anticristo dos últimos tempos?) aparece também nos denominados “apocalipses sinóticos” (Mc 13, Mt 24 e Lc 21). Também Jesus utilizava os ensinamentos de Dn 12:2 que fala de uma ressurreição de salvos e condenados: os primeiros para receber a felicidade eterna; os segundos, para o castigo igualmente eterno.

    Deus é meu Juiz. 1. Segundo filho de Davi, que lhe nasceu em Hebrom, de Abigail, a carmelita (1 Cr 3.1). Mas em 2 Sm 3.3 o seu nome é Quileabe. 2. o profeta Daniel, de cuja vida pouco se sabe, a não ser o que pode ser colhido do livro que tem o seu nome. Ele não foi sacerdote, como Jeremias e Ezequiel – mas era como isaías, da tribo de Judá, e provavelmente membro da família real (1.3 a 6). Foi levado para Babilônia, quando ainda jovem (1,4) no terceiro ano de Jeoaquim (605 a.C.), oito anos antes da ida de Ezequiel. Quando chegou à Babilônia foi colocado na corte de Nabucodonosor – ali tornou-se conhecedor da ciência dos caldeus, alcançando uma sabedoria superior à deles. o primeiro acontecimento que tornou conhecido Daniel, e que lhe deu grande influência, foi o ter revelado e explicado o sonho de Nabucodonosor. Este fato ocorreu no segundo ano do exclusivo reinado daquele monarca, isto é, em 603. Depois disso foram os seus companheiros salvos de morrer na fornalha de fogo, em que tinham sido lançados por se terem recusado a prestar culto a uma imagem – e alguns anos mais tarde sucedeu o segundo sonho de Nabucodonosor. os acontecimentos registrados no cap. 5 do livro de Daniel, isto é, o banquete de Belsazar e as palavras escritas na parede parece terem ocorrido no ano 538 a. C., pelo fim do reinado de Nabonido, representado em Babilônia pelo seu filho Belsazar. Naquela noite foi assassinado o jovem príncipe (que tinha a denominação de ‘rei’) e mudada a dinastia. Daniel tinha sido elevado por Nabucodonosor a alta posição e poder: e ele ocupou lugar honroso, embora com interrupção, durante o governo da dinastia babilônia e da persa. No reinado de Dario foi aquele servo de Deus lançado numa cova de leões, pela sua fidelidade para com a religião de Moisés, mas viu-se miraculosamente salvo. Ele profetizou durante o cativeiro (1.21), sendo a sua última profecia revelada dois anos mais tarde, no terceiro ano do reinado de Ciro (10.1). Foi um modelo de fidelidade na religião do Senhor, mesmo numa terra estranha. Ezequiel menciona Daniel, e também Noé e Jó, como homens justos (14.14,20), e dotados de especial sabedoria (28.3). Se for este o mesmo Daniel, é muito notável ter sido posto um jovem contemporâneo na mesma classe de grandes homens da antigüidade. Jesus Cristo cita-o como profeta (Mt 24:15). 3. Um descendente de itamar, que voltou do exílio com Esdras (Ed 8:2), e selou o pacto traçado por Neemias (Ne 10:6).

    Grande

    adjetivo De tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande.
    Comprido, extenso ou longo: uma corda grande.
    Sem medida; excessivo: grandes vantagens.
    Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro.
    Que transcende certos parâmetros: grande profundeza.
    Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões.
    Forte; em que há intensidade: grande pesar.
    Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural.
    Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira.
    Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande.
    Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico.
    Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor.
    Magnânimo; que exprime um comportamento nobre.
    Fundamental; que é primordial: de grande honestidade.
    Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade.
    Que é austero; rígido: um grande problema.
    Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília.
    substantivo masculino Pessoa que se encontra em idade adulta.
    Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado.
    Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.

    Homens

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Obstante

    Obstante OBSTANTE NADA/NÃO


    1) Embora (Gn 48:14, RA).


    2) Todavia (Ex 6:13, RA).


    obstante adj. .M e f. Que obsta. Não o.: apesar de; apesar disso.

    Oséias, o último monarca do reino do Norte, tentara escapar da opressão dos assírios, ao recusar-se a pagar os pesados tributos exigidos e ao enviar mensageiros para buscar a ajuda de Sô, faraó do Egito (2Rs 17:4). Essa atitude fez com que Salmaneser, rei da Assíria, mandasse prender Oséias e ordenasse a invasão de Israel. Não se sabe ao certo quem era exatamente esse faraó egípcio. Alguns eruditos sugerem que se tratava de Shabako, que governou o Egito por volta de 716 a.C., mas isso o colocaria numa época muito posterior à dos eventos narrados, desde que Oséias foi rei no período entre 732 a 722 a.C. Sô também é identificado por alguns estudiosos com Osorcom IV, de Tanis (nome da cidade mencionada na Bíblia como Zoã). Essa sugestão é apoiada pela mensagem de Isaías contra o Egito, na qual o profeta destacou que aquela nação não servia para nada e mencionou especificamente “os príncipes de Zoã” (Is 19:11-15). Outras sugestões ainda são apresentadas. P.D.G.


    Rei do Egito (2Rs 17:4).

    substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
    Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

    Rei egípcio, de descendência etiópica, cujo nome por extenso era Sabaku, pertencendo à vigésima-quinta dinastia. oséias, que desejou livrar-se do jugo da Assíria, procurou para esse fim o auxilio e a aliança de Sô (2 Rs 17.4). A conseqüência desta aliança foi desastrosa, pois oséias foi feito prisioneiro pelos assírios que haviam invadido o reino de israel, tomando Samaria e levando as dez tribos para o cativeiro. Muitos, contudo, pensam que Sô era apenas um vice-rei no Delta. (*veja oséias, israel e Samaria.)

    substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
    Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
    Não confundir com: .
    Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

    Temor

    substantivo masculino Ato ou efeito de temer; receio, susto, medo, pavor, terror: viver no temor da miséria, da velhice, da morte.
    Sentimento de respeito profundo ou de reverência por: temor a Deus.
    Figurado Algo ou alguém que provoca medo, terror: o pirata era o temor dos mares.
    Sensação de instabilidade, de ameaça ou de dúvida: no emprego, vive em temor frequente.
    Demonstração de rigor e pontualidade: cumpria com temor suas obrigações.
    Etimologia (origem da palavra temor). Do latim timor.oris.

    Reverência; respeito; veneração

    Temor
    1) Medo (Dt 7:18; Lc 1:12).


    2) Respeito (Pv 1:7; Fp 5:21;
    v. TEMER A DEUS).


    3) Modo de se referir a Deus (Gn 31:42).


    Vi

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de ver

    ver |ê| |ê| -
    (latim video, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exercer o sentido da vista sobre.

    2. Olhar para.

    3. Presenciar, assistir a.

    4. Avistar; enxergar.

    5. Encontrar, achar, reconhecer.

    6. Observar, notar, advertir.

    7. Reparar, tomar cuidado em.

    8. Imaginar, fantasiar.

    9. Calcular, supor; ponderar, inferir, deduzir.

    10. Prever.

    11. Visitar.

    12. Escolher.

    13. Percorrer.

    14. Provar.

    15. Conhecer.

    verbo pronominal

    16. Olhar-se.

    17. Encontrar-se.

    nome masculino

    18. Parecer; juízo; opinião (ex.: no ver dele, isto é inadmissível).

    19. O acto de ver.


    a meu ver
    Na minha opinião.

    até mais ver
    Fórmula de despedida usada quando se pensa ou espera voltar a ver a
    (s): pessoa
    (s): a quem é dirigida.
    = ATÉ À VISTA, ATÉ MAIS

    a ver vamos
    Expressão usada para indicar que se espera ou se deve esperar pelo desenrolar dos acontecimentos.

    ver-se e desejar-se
    Estar muito aflito, muito embaraçado (ex.: o tenista viu-se e desejou-se para ganhar ao adversário).


    Ver também a dúvida linguística: ter a ver com / ter a haver.

    Virar

    verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Por-se numa posição diferente daquela em que se estava anteriormente; colocar algo numa posição contrária àquela em que se estava: virar o livro na estante; o livro virou; virou-se para trás.
    Desistir de uma direção por outra; fazer com que a direção certa seja tomada: virou-se para esquerda e encontrou o caminho certo!
    verbo transitivo direto Vergar; fazer com que alguma coisa se dobre: ela virou as barras do vestido.
    Dobrar; estar percorrendo um caminho que muda de direção: o carro virou a esquina.
    Colocar do lado avesso: virou o vestido.
    Lançar para o exterior de; despejar: virou o refrigerante sobre a mesa.
    Beber: virou a garrafa de cerveja inteira!
    Revolver; mexer o conteúdo de: virou todo o terreno com a pá.
    Esportes. Num jogo quase perdido, acabar por vencê-lo: virou o jogo no final!
    verbo transitivo direto e intransitivo Figurado Convencer; fazer com que alguém mude de opinião: o diretor virou a cabeça dos professores para o seu projeto; a opinião dos professores virou; ela era uma pessoa sem personalidade e vira com facilidade.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto, bitransitivo e pronominal Girar; fazer com que algo se movimente ao redor de seu próprio eixo; fazer com que o corpo se mova ao seu redor.
    verbo transitivo indireto e bitransitivo Indicar apontando para; voltar ou voltar-se: o caminhão virou para o norte; virou a cabeça para mãe.
    verbo predicativo Transformar-se numa outra coisa; mudar sua essência ou característica por; transformar-se: virou famosa da noite para o dia; virou uma péssima pessoa antes de morrer.
    verbo pronominal Esforçar-se; fazer um grande esforço para superar certos infortúnios.
    Tivemos de nos virar para arrumar um novo emprego.
    [Brasil] Trabalhar com prostituição: algumas pessoas se viram por aí!
    verbo transitivo indireto Rebelar-se; não se subordinar a: os filhos viraram contra os pais.
    Etimologia (origem da palavra virar). Talvez do francês virer.

    virar
    v. 1. tr. dir. Volver de um lado para o outro a direção ou posição de; voltar. 2. tr. dir. Voltar para a frente (o lado posterior). 3. tr. dir. Pôr do avesso. 4. pron. Voltar-se completamente para algum lugar. 5. tr. dir. Emborcar. 6. Intr. Agitar-se, dar voltas. 7. tr. dir. Apontar, dirigir. 8. tr. dir. Despejar, entornar. 9. tr. dir. Despejar, bebendo. 10. tr. dir. Dobrar. 11. tr. dir. Fazer mudar de intento, de opinião, de partido. 12. pron. Mudar de opinião, de partido, de sistema.

    Visão

    substantivo feminino e masculino Sentido da vista; ação ou efeito de ver; capacidade de compreensão, assimilação e percepção visual de tudo que está presente no mundo exterior, concebida a partir da utilização dos olhos e do cérebro.
    Ponto de vista; maneira de interpretar, perceber e representar situações cotidianas ou de qualquer natureza.
    Qualquer coisa que possa ser vista ou compreendida.
    Representação feita através de imagens que se transfiguram diante dos olhos ou do espírito, geralmente ocasionadas por alucinações ou delírios.
    Manifestação representativa de espectro ou de um ser espiritual.
    O que pode definir um sonho ou uma expectativa.
    Pressuposição de eventos hipotéticos ou futuros; profecia divina: a visão do Espírito Santo; segundo a visão da cartomante.
    [Zoologia] Pequeno animal da família da doninha cuja pelagem é muito utilizada na confecção de valiosas roupas femininas.
    Etimologia (origem da palavra visão). Do latim visio.onis.

    Este termo é empregado tanto no A.T., como no N.T., no sentido de uma manifestação, ou por sonho, ou doutra maneira, pela qual vem ao homem uma mensagem divina, como aconteceu com Abraão (Gn 15:1), Jacó (Gn 28:12), Moisés (Êx 3:2), Balaão (Nm 24:4-16), Ezequiel (37.1 a 14), etc. Aos profetas Deus falou ‘de vários modos’, revelando o maior número de vezes a Sua verdade, pela realização daquele estado sobrenatural das faculdades sensitivas, intelectuais e morais, a que as Escrituras chamam visão. É nesse estado que coisas longínquas, quanto ao tempo e ao lugar, ou meras representações simbólicas dessas coisas, se tornaram para a alma do Profeta vivas realidades, e, como tais, ele as descreve. Por esta razão as predições proféticas se chamam muitas vezes ‘visões’, isto é, coisas vistas, dando-se aos profetas o nome de ‘videntes’ (2 Cr 26.5 – is 1:1 – ob 1 – Hc 2:2-3 – etc.). Quanto às visões do N.T., *veja Mt 3:16 – 17.1 a 9 – At 2:2-3 – 7.55,56 – 9.3,10,12 – 10.3,19 – 16.9 – 18.9 – 22.17,18 – 23.11 – 2 Co 12.1 a 4. (*veja Profecias.)

    No Espírito, a faculdade de ver é uma propriedade inerente à sua natureza e que reside em todo o seu ser, como a luz reside em todas as partes de um corpo luminoso. É uma espécie de lucidez universal que se estende a tudo, que abrange simultaneamente o espaço, os tempos e as coisas, lucidez para a qual não há trevas, nem obstáculos materiais. [...] No Espírito, como a faculdade de ver constitui um atributo seu, abstração feita de qualquer agente exterior, a visão independe da luz.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 247

    [...] A faculdade de ver é um atributo essencial da alma, para quem a obscuridade não existe. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 257


    Visão
    1) Alguma coisa vista em sonho ou em transe e usada por Deus para comunicar uma mensagem a alguém (Is 1:1); (Am 1:1)

    2) Forma de MAGIA pela qual se procura conhecer o futuro e obter conhecimentos ocultos (Lm 2:14); (Ez 13:6).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Daniel 10: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E só eu, Daniel, tive aquela visão. Os homens que estavam comigo não viram a visão ; contudo caiu sobre eles um grande temor, e fugiram, escondendo-se.
    Daniel 10: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    539 a.C.
    H1272
    bârach
    בָּרַח
    atravessar, fugir, escapar, perseguir, afugentar, pôr em fuga, alcançar, disparar (estender),
    (she fled)
    Verbo
    H1419
    gâdôwl
    גָּדֹול
    excelente / grande
    (great)
    Adjetivo
    H1840
    Dânîyêʼl
    דָנִיֵּאל
    Daniel
    (Daniel)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2244
    châbâʼ
    חָבָא
    esconder, ocultar
    (and hid themselves)
    Verbo
    H2731
    chărâdâh
    חֲרָדָה
    medo, ansiedade, tremor, ansiedade (extrema), cuidado ansioso
    (trembling exceedingly)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H4759
    marʼâh
    מַרְאָה
    visão
    (in visions)
    Substantivo
    H5307
    nâphal
    נָפַל
    cair, deitar, ser lançado no chão, falhar
    (And caused to fall)
    Verbo
    H582
    ʼĕnôwsh
    אֱנֹושׁ
    homem, homem mortal, pessoa, humanidade
    (to the man)
    Substantivo
    H589
    ʼănîy
    אֲנִי
    E eu
    (And I)
    Pronome
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H5973
    ʻim
    עִם
    com
    (with her)
    Prepostos
    H61
    ʼăbâl
    אֲבָל
    deveras!, de fato!, com certeza!
    (indeed)
    Advérbio
    H7200
    râʼâh
    רָאָה
    e viu
    (and saw)
    Verbo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H905
    bad
    בַּד
    só, por si mesmo, além de, à parte, em separado, estar só
    (alone)
    Substantivo


    בָּרַח


    (H1272)
    bârach (baw-rakh')

    01272 ברח barach

    uma raiz primitiva; DITAT - 284; v

    1. atravessar, fugir, escapar, perseguir, afugentar, pôr em fuga, alcançar, disparar (estender), apressar
      1. (Qal)
        1. ir, atravessar
        2. fugir
        3. apressar, chegar rapidamente
      2. (Hifil)
        1. atravessar
        2. fazer fugir, pôr em fuga
        3. afugentar

    גָּדֹול


    (H1419)
    gâdôwl (gaw-dole')

    01419 גדול gadowl ou (forma contrata) גדל gadol

    procedente de 1431; DITAT - 315d; adj

    1. grande
      1. grande (em magnitude e extensão)
      2. em número
      3. em intensidade
      4. alto (em som)
      5. mais velho (em idade)
      6. em importância
        1. coisas importantes
        2. grande, distinto (referindo-se aos homens)
        3. o próprio Deus (referindo-se a Deus) subst
      7. coisas grandes
      8. coisas arrogantes
      9. grandeza n pr m
      10. (CLBL) Gedolim, o grande homem?, pai de Zabdiel

    דָנִיֵּאל


    (H1840)
    Dânîyêʼl (daw-nee-yale')

    01840 דניאל Daniye’l em Ezequiel דניאל Dani’el

    procedente de 1835 e 410, grego 1158 δανιηλ; n pr m

    Daniel = “Deus é meu juiz”

    1. o segundo filho de Davi com Abigail, a carmelita
    2. o quarto dos grandes profetas, tomado como refém na primeira deportação para a Babilônia, por causa do dom da interpretação de sonhos, recebido de Deus, tornou-se o segundo no governo do império babilônico e permaneceu até o fim do mesmo estendendo-se para dentro do império persa. Suas profecias são a chave para a compreensão dos eventos do fim dos tempos. Destacado por sua pureza e santidade por seu contemporâneo, o profeta Ezequiel
      1. também, ’Beltessazar’ (1095 ou 1096)
    3. um sacerdote da família de Itamar que fez aliança com Neemias

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    חָבָא


    (H2244)
    châbâʼ (khaw-baw')

    02244 חבא chaba’

    uma raiz primitiva [veja 2245]; DITAT - 588; v

    1. esconder, ocultar
      1. (Nifal) esconder-se
      2. (Pual) ser forçado a esconder
      3. (Hifil) esconder
      4. (Hofal) ser escondido
      5. (Hitpael)
        1. esconder-se, recuar
        2. aproximar, engrossar, endurecer

    חֲרָדָה


    (H2731)
    chărâdâh (khar-aw-daw')

    02731 חרדה charadah

    procedente de 2730; DITAT - 735b; n f

    1. medo, ansiedade, tremor, ansiedade (extrema), cuidado ansioso
      1. tremor
      2. cuidado ansioso

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    מַרְאָה


    (H4759)
    marʼâh (mar-aw')

    04759 מראה mar’ah

    procedente de 4758; DITAT - 2095g,2095h; n f

    1. visão
      1. forma de revelação
    2. espelho

    נָפַל


    (H5307)
    nâphal (naw-fal')

    05307 נפל naphal

    uma raiz primitiva; DITAT - 1392; v

    1. cair, deitar, ser lançado no chão, falhar
      1. (Qal)
        1. cair
        2. cair (referindo-se à morte violenta)
        3. cair prostrado, prostrar-se diante
        4. cair sobre, atacar, desertar, cair distante, ir embora para, cair nas mãos de
        5. ficar aquém, falhar, desacordar, acontecer, resultar
        6. estabelecer, desperdiçar, ser oferecido, ser inferior a
        7. deitar, estar prostrado
      2. (Hifil)
        1. fazer cair, abater, derrubar, nocautear, deixar prostrado
        2. derrubar
        3. jogar a sorte, designar por sorte, repartir por sorte
        4. deixar cair, levar a falhar (fig.)
        5. fazer cair
      3. (Hitpael)
        1. lançar-se ou prostrar-se, lançar-se sobre
        2. estar prostrado, prostrar-se
      4. (Pilel) cair

    אֱנֹושׁ


    (H582)
    ʼĕnôwsh (en-oshe')

    0582 אנוש ’enowsh

    procedente de 605; DITAT - 136a; n m

    1. homem, homem mortal, pessoa, humanidade
      1. referindo-se a um indivíduo
      2. homens (coletivo)
      3. homem, humanidade

    אֲנִי


    (H589)
    ʼănîy (an-ee')

    0589 אני ’aniy

    forma contrata de 595; DITAT - 129; pron pess

    1. eu (primeira pess. sing. - normalmente usado para ênfase)

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    עִם


    (H5973)
    ʻim (eem)

    05973 עם ̀im

    procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

    1. com
      1. com
      2. contra
      3. em direção a
      4. enquanto
      5. além de, exceto
      6. apesar de

    אֲבָל


    (H61)
    ʼăbâl (ab-awl')

    061 אבל ’abal

    aparentemente procedente de 56 através da idéia de negação; DITAT - 8; adv

    1. deveras!, de fato!, com certeza!
    2. mas, porém, no entanto
    3. não!, ao contrário (neg.)

    רָאָה


    (H7200)
    râʼâh (raw-aw')

    07200 ראה ra’ah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

    1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
      1. (Qal)
        1. ver
        2. ver, perceber
        3. ver, ter visão
        4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
        5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
        6. examinar, fitar
      2. (Nifal)
        1. aparecer, apresentar-se
        2. ser visto
        3. estar visível
      3. (Pual) ser visto
      4. (Hifil)
        1. fazer ver, mostrar
        2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
      5. (Hofal)
        1. ser levado a ver, ser mostrado
        2. ser mostrado a
      6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    בַּד


    (H905)
    bad (bad)

    0905 בד bad

    procedente de 909; DITAT - 201a; n m

    1. só, por si mesmo, além de, à parte, em separado, estar só
      1. em separado, só, por si mesmo
        1. somente (adv)
        2. à parte de, além de (prep)
      2. parte
      3. partes (ex. membros, brotos), barras