Enciclopédia de Oséias 9:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

os 9: 1

Versão Versículo
ARA Não te alegres, ó Israel, não exultes, como os povos; porque, com prostituir-te, abandonaste o teu Deus, amaste a paga de prostituição em todas as eiras de cereais.
ARC NÃO te alegres, ó Israel, até saltar, como os povos; porque te foste do teu Deus como uma meretriz: amaste a paga sobre todas as eiras de trigo.
TB Não te regozijes com júbilo, ó Israel, como os povos; porque pela fornicação abandonaste o teu Deus, amaste recompensa sobre todas as eiras de trigo.
HSB אַל־ תִּשְׂמַ֨ח יִשְׂרָאֵ֤ל ׀ אֶל־ גִּיל֙ כָּֽעַמִּ֔ים כִּ֥י זָנִ֖יתָ מֵעַ֣ל אֱלֹהֶ֑יךָ אָהַ֣בְתָּ אֶתְנָ֔ן עַ֖ל כָּל־ גָּרְנ֥וֹת דָּגָֽן׃
BKJ Não te alegres, ó Israel, não exultes, como os outros povos; pois tu te prostituíste, abandonando o teu Deus; amaste a recompensa mais do que todas as eiras de trigo.
LTT "Não te regozijes, ó Israel, em exultação, como os outros povos; porque tens te prostituído abandonando teu Deus; amaste o pagamento- de- prostituta sobre todas as eiras de trigo.
BJ2 Não te alegres, Israel: não exultes[h] como os povos! Porque tu te prostituíste longe de teu Deus, amaste o salário de prostituta em todas as eiras de trigo.[i]
VULG Noli lætari, Israël ; noli exsultare sicut populi : quia fornicatus es a Deo tuo ; dilexisti mercedem super omnes areas tritici.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Oséias 9:1

Isaías 17:11 No dia em que as plantares, as cercarás e, pela manhã, farás que a tua semente brote; mas a colheita voará no dia da tribulação e das dores insofríveis.
Isaías 22:12 E o Senhor, o Senhor dos Exércitos, vos convidará naquele dia ao choro, e ao pranto, e ao rapar da cabeça, e ao cingidouro do cilício.
Jeremias 44:17 antes, certamente, cumpriremos toda a palavra que saiu da nossa boca, queimando incenso à deusa chamada Rainha dos Céus e oferecendo-lhe libações, como nós e nossos pais, nossos reis e nossos príncipes temos feito, nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém; e tivemos, então, fartura de pão, e andávamos alegres, e não vimos mal algum.
Lamentações de Jeremias 4:21 Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom, que habitas na terra de Uz; o cálice chegará também para ti; embebedar-te-ás e te descobrirás. Tau.
Ezequiel 16:47 Todavia, não andaste nos seus caminhos, nem fizeste conforme as suas abominações; mas, como se isso mui pouco fora, ainda te corrompeste mais do que elas, em todos os teus caminhos.
Ezequiel 20:32 E o que veio ao vosso espírito de maneira alguma sucederá, quando dizeis: Seremos como as nações, como as outras gerações da terra, servindo ao madeiro e à pedra.
Ezequiel 21:10 para matar está afiada, para reluzir está açacalada; alegrar-nos-emos, pois? A vara do meu filho é que despreza todo madeiro.
Oséias 2:12 E devastarei a sua vide e a sua figueira, de que ela diz: É esta a paga que me deram os meus amantes; eu, pois, farei delas um bosque, e as bestas-feras do campo as devorarão.
Oséias 4:12 O meu povo consulta a sua madeira, e a sua vara lhe responde, porque o espírito de luxúria os engana, e eles se corrompem, apartando-se da sujeição do seu Deus.
Oséias 5:4 Não querem ordenar as suas ações, a fim de voltarem para o seu Deus; porque o espírito da prostituição está no meio deles, e não conhecem o Senhor.
Oséias 5:7 Aleivosamente se houveram contra o Senhor, porque geraram filhos estranhos; agora, a lua nova os consumirá com as suas porções.
Oséias 10:5 Os moradores de Samaria serão atemorizados pelo bezerro de Bete-Áven, porquanto o seu povo se lamentará por causa dele, como também os seus sacerdotes (que nele se alegravam), e por causa da sua glória, que se apartou dela.
Amós 3:2 De todas as famílias da terra a vós somente conheci; portanto, todas as vossas injustiças visitarei sobre vós.
Amós 6:6 que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo, mas não vos afligis pela quebra de José:
Amós 6:13 Vós que vos alegrais de nada, vós que dizeis: Não nos temos nós tornado poderosos por nossa força?
Amós 8:10 E tornarei as vossas festas em luto e todos os vossos cânticos em lamentações, e aparecerá pano de saco sobre todos os lombos e calva sobre toda cabeça; e farei que isso seja como luto de filho único e o seu fim como dia de amarguras.
Tiago 4:16 Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna.
Tiago 5:1 Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Cairbar Schutel

os 9:1
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3758
Capítulo: 113
Cairbar Schutel

“Tomé, chamado Dídimo, um dos doze, não estava com eles, quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos e não puser a minha mão no seu lado, de modo algum hei de crer. “Oito dias depois estavam outra vez ali reunidos seus discípulos e Tomé com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se em pé no meio deles e disse: Paz seja convosco. Em seguida disse a Tomé: chega aqui o teu dedo e olha as minhas mãos; chega também a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Respondeu Tomé: Senhor meu e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Creste, porque me viste? Bemaventurados os que não viram e creram. "


(João, XX, 24-29.)


O Amor de Jesus excede a todo o entendimento humano. Na sua abnegação e no desejo que mantinha de fazer crentes sinceros, não mediu as exigências do Apóstolo Tomé, que disse só acreditaria na sua ressurreição ou sobrevivência se o visse e o examinasse.


E Jesus, completamente materializado, torna-se visível e tangível ao seu discípulo, satisfazendo assim os imperiosos desejos que ele tinha de alicerçar sua fé sobre provas positivas. Ensinou mais o Mestre: que essa Fé não era negada a quem quer que fosse, e aqueles que acreditavam sem ver já se achavam amadurecidos na crença, pois que já haviam observados fenômenos, não tendo mais necessidade de provas positivas; por isso mesmo eram bem-aventurados.


Como se verifica, o modo de proceder de Jesus está em completo antagonismo com o dos sacerdotes das múltiplas Igrejas esparsas pelo mundo.


Enquanto estes exigem uma fé cega nos seus dogmas, Jesus procura demonstrar a Verdade com fatos palpáveis.


O Mestre não exige a escravidão da razão, o abastardamento do sentimento, antes respeita e proclama o livre-arbítrio de cada um, atributo esse concedido à criatura para o seu progresso moral, científico e religioso.


Consentindo Jesus que o seu Apóstolo o examinasse para poder crer, na ressurreição, preveniu também a todos, por certa forma, que o Consolador, o Espírito da Verdade, que ele enviaria em nome do Pai, reproduziria a sua Doutrina não só com palavras, mas com fatos da mesma natureza por ele produzidos. A Religião não consiste só em palavras e fatos. “Assim como eu fiz, fazei vós também, disse o Divino Mestre a seus discípulos, porque eu fiz para vos dar o exemplo. " Em suas pregações dizia sempre" Jesus aos que o seguiam: “Aquele que crê em mim, rios de água viva manarão de seu ventre", aludindo assim ao Espírito que deveria ser dado a todos que o seguissem.


Sem comunicação não há revelação, e sem revelação o homem material, ignorante, orgulhoso, egoísta, não poderia ocupar-se com assuntos que se referem à sua vida espiritual; retardaria o seu progresso e sua felicidade" Assim como não pode haver fraternidade e paz sem religião, não pode também haver religião sem comunhão espiritual.


O APÓSTOLO PAULO – O BRADO DA IMORTALIDADE “Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos de Jesus, dirigiu-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que fossem daquela seita, tanto homens como mulheres, os levasse presos a Jerusalém. Caminhando ele, ao aproximar-se de Damasco, subitamente resplandeceu em redor dele uma luz do céu; e caindo em terra, ouviu uma voz dizer-lhe: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu ele: Eu sou Jesus a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade e dirte-ão o que te é necessário fazer. Os homens que viajavam com ele pararam emudecidos, ouvindo a voz, mas sem ver a ninguém. Levantou-se Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada via; e guiando-o pela mão, conduziram-no a Damasco, e esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu.


Ora, havia em Damasco um discípulo chamado Ananias, e disse-lhe o Senhor em visão: Ananias! Respondeu ele: Eis-me aqui, Senhor. E o senhor ordenou-lhe: Levanta-te e vai à rua que se chama Direita e procura na casa de Judas a um homem de Tarso, chamado Saulo; pois ele está orando e tem visto um homem por nome Ananias, entrar e impor-lhe as mãos para recuperar a vista. Mas Ananias respondeu: Senhor, eu tenho ouvido a muitos, acerca deste homem, quantos males fez aos teus santos em Jerusalém; e aqui tem autoridade dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. Mas o Senhor disse-lhe: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome perante os gentios e os reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe é necessário padecer pelo meu nome. Partiu Ananias e entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Saulo, irmão, o Senhor Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo. Logo lhe caíram dos olhos umas como que escamas, e recuperou a vista; e levantando-se, foi batizado; e depois de tomar alimento, ficou fortalecido. Demorou-se alguns dias com os discípulos, que estavam em Damasco; e logo nas sinagogas proclamava que Jesus era o Filho de Deus. Pasmavam todos os que o escutavam e diziam: não é este o que perseguia em Jerusalém aos que invocavam esse nome e que tinha vindo para cá para os levar presos aos principais sacerdotes? Porém Saulo muito mais se fortalecia e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que Jesus era o Cristo. "


(Atos dos Apóstolos, IX, 1-22.)


Paulo é o mais belo rebento da Arvore do Cristianismo.


Dentre todos os grandes na Fé, que se distinguiram pela sua dedicação e amor à causa de Jesus, Paulo é o Espírito cuja luz ultrapassa a todos os anseios da Caridade, é a Sabedoria que excede a todas as ciências, é o prodígio de todos os prodígios, é a coragem, a energia que afronta todas as grandezas, é o Gênio inigualável de todos os tempos.


Só de um Espírito se sabe, que a Humanidade reverencia, admira, adora e está em esfera superior a do Apóstolo das Gentes: Nosso Senhor Jesus Cristo.


Dotado de grande saber, iluminado por uma inteligência singular, revestido de um critério extraordinário, o Mestre dos Gentios teve a felicidade invejável de ser convertido à Verdade pelo Espírito de Jesus Cristo, que fez dele o seu Vaso de Honra, para que levasse às gentes a Palavra da Redenção!


A conversão de Paulo é o fato mais culminante da Vida do Cristianismo.


O brado de Damasco: Saulo, Saulo, Eu sou Jesus! Duro te é recalcitrar contra o aguilhão: é o brado da Imortalidade e Comunhão Espírita, que se repete, hoje, pelo mundo todo chamando os homens ao Caminho, à Verdade, à Vida!


Todos os discípulos de Jesus receberam o ensino oral da Divina Doutrina durante a encarnação do Messias; só Paulo o recebeu depois da desencarnação do Nazareno.


Todos presenciaram, testemunharam mil prodígios que o Embaixador de Deus produzira como prova da sua missão.


Somente Paulo foi testemunha de um prodígio que o fez arrostar todas as ameaças, todos os perigos, toda a perseguição: a aparição do Filho de Deus!


Todos receberam conselhos, dádivas, promessas; ora era o pedaço de pão, ora o vinho, ora os peixes, ora os milagres, ora a Doutrina, ora o auxílio pecuniário; Paulo recebeu o próprio Espírito do Mestre, que o assistia, como Elias repousava sobre Eliseu.


Por isso foi ele o maior de todos, por isso ele é o maior de todos: Já não sou mais eu quem vive, mas o Cristo é que vive em mim; já não sou mais eu quem fala e quem age, mas o Cristo é que fala e age em mim, dizia o grande missionário.


Paulo é o primus inter pares dos porta-vozes do Cristianismo; o seu desapego das mundanas glórias e dos vis interesses terrenos realça-se de modo frisante nas páginas do Novo Testamento: “Nunca fui pesado a quem quer que seja; para a minha subsistência, e para auxiliar os que me são próximos, estes braços me serviram. " Paulo era tecelão, fabricava ou manipulava tendas de campanha.


Não houve dominador nem domínio com fortaleza para separar o Apóstolo do seu Mestre querido: “Quem me separará do amor de Cristo Jesus? A saúde, a enfermidade, a abundância, a miséria, as potestades, a vida, a morte? Nada me separará do Amor do Cristo. " Conhecedor de todos os “mistérios", de todo o motivo da Vida e da Morte, nas suas memoráveis Epístolas ressaltam, como chispas luminosas, a sobrevivência humana, a comunicação espírita a reencarnação, a evolução para a perfeição, para a salvação final de todos os seres vivos, na Vida Eterna e Bem-aventurada do “Deus Desconhecido" que ele anunciava a judeus e gentios.


Revestido de admirável humildade, era, entretanto, dotado de um gênio inflexível: nem as feras o apavoravam! Ferido na face pelo sumo sacerdote Ananias, no Sinédrio, não pode conter-se ante a afronta: “Deus te ferirá, parede branqueada! Tu estás aí sentado para me julgar segundo a Lei, e contra a Lei mandas que eu seja ferido?" No Adriático, é ainda Paulo com a sua coragem cristã, que afronta a tempestade, embora prisioneiro que era, e salva a tripulação do desânimo e do naufrágio!


Na Ilha de Malta, uma víbora morde-lhe a mão e os indígenas exclamam: “Este homem é verdadeiramente homicida, foi salvo do mar, mas a Justiça não o deixou viver!" Mas o Mediador de Jesus Cristo sacode o réptil no fogo, continua com a calma que lhe era habitual; e vendo novamente os gentios que o doutor do Apostolado Cristão era invulnerável ao veneno, proclamaram-no deus.


Paulo é verdadeiramente admirável: antigamente seus lenços, seus aventais, curavam os doentes, hoje, só o seu nome ergue o nosso espírito abatido por mundanas lides!


Salve, Apóstolo Venturoso, roga a teu Mestre por mim e ampara-me com o poder da tua fé e a luz da tua sabedoria!



Wesley Caldeira

os 9:1
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11469
Capítulo: 29
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
Ressurreição em Israel possuía vários significados.
Dizia-se, com o termo, de um evento escatológico, isto é, um episódio que aconteceria no fim da história humana: o despertar do sono da morte para o julgamento final, no antigo corpo, cujos elementos dispersos voltariam a se agregar.
Com a ressurreição da filha de Jairo, a de Lázaro e a de Êutico (ATOS DOS APÓSTOLOS, 20:7 a 12), ressurreição equivale à reanimação de um corpo com sinais vitais debilitados, imperceptíveis, ou restituição da normalidade fisiológica, antes da extinção da vida orgânica. Disse Jesus: “[...] a menina não morreu, está dormindo” (MATEUS, 9:24); “[...] nosso amigo Lázaro dorme, mas vou despertá-lo” (JOÃO, 11:11). Paulo tranquilizou seus companheiros a respeito do jovem Êutico, acidentado e tido como morto: “[...] Não vos perturbeis: a sua alma está nele!” (ATOS DOS APÓSTOLOS, 20:10).
Noutros contextos, ressurreição indicava uma experiência psíquica, a denominada (impropriamente) incorporação mediúnica. Outras vezes, a palavra significava reencarnação.
Em LUCAS, 9:7 e 8, numa só passagem, obtêm-se exemplos dessas duas concepções.

“O tetrarca Herodes, porém, ouviu tudo o que se passava, e ficou muito perplexo por alguns dizerem: ‘É João que foi ressuscitado dos mortos’; e outros: ‘É Elias que reapareceu’; outros ainda: ‘É um dos antigos profetas que ressuscitou’.”
Fazia pouco tempo que João Batista tinha sido decapitado, estivera encarnado no mesmo período que Jesus, era seis meses mais velho. Como João poderia ressuscitar em Jesus? Pela incorporação mediúnica, ou seja, a manifestação de um desencarnado no plano terreno por intermediário de um encarnado.
Elias e os antigos profetas viveram séculos antes. Como um deles poderia ser Jesus? Pela reencarnação, o regresso do Espírito à vida corporal.
Ressurreição ainda traduzia a volta depois da morte, em Espírito, numa aparição.
Com Jesus, depois do sepulcro, ressurreição assume este último sentido — fenômeno mediúnico de efeitos visuais, por vidência ou materialização.
Os evangelhos apoiam essa interpretação?
Basta examinar os indícios sobre a natureza do corpo de Jesus ressurrecto, para se verificar que não foi um corpo flagelado e morto que ressurgiu.
JOÃO, 20:19 informa que, estando fechadas as portas do lugar onde se achavam os apóstolos, Jesus veio e se pôs no meio deles.
Em várias passagens, as testemunhas não reconheceram o semblante de Jesus ressuscitado. Aos caminheiros de Emaús, Marcos esclarece que Jesus se “manifestou de outra forma” (MARCOS, 16:12), o que explica LUCAS, 24:16: “seus olhos, porém, estavam impedidos de reconhecê-lo”. JOÃO, 20:14 relata que Maria de Magdala “voltou-se e viu Jesus de pé. Mas não sabia que era Jesus”. Pouco adiante, JOÃO, 21:4 informa: “Jesus estava de pé, na praia, mas os discípulos não sabiam que era Jesus”; e depois:

“[...] nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: ‘Quem és tu?’, porque sabiam que era o Senhor” (21:12).
Trata-se de um corpo apto a vencer as barreiras da matéria, capaz de alterar-se para se fazer irreconhecível e, num instante depois, fazer-se reconhecer com a aparência humana habitual.
A primeira carta de Paulo aos CORÍNTIOS auxilia a entender a natureza do corpo ressuscitado de Jesus. Os coríntios também tinham dificuldade em admitir que um corpo morto pudesse ressuscitar. Paulo, em socorro a eles, elucidou:
Mas, dirá alguém, como ressuscitam os mortos? Com que corpo voltam? Insensato! O que semeias não readquire vida a não ser que morra. E o que semeias não é o corpo da futura planta que deve nascer, mas um simples grão de trigo ou de qualquer outra espécie. A seguir, Deus lhe dá corpo como quer; a cada uma das sementes ele dá o corpo que lhe é próprio. [...]. Há corpos celestes e há corpos terrestres. Um é o brilho do sol, outro o brilho da lua, e outro o brilho das estrelas. E até de estrela para estrela há diferença de brilho. O mesmo se dá com a ressurreição dos mortos; semeado corpo corruptível, o corpo ressuscita incorruptível; semeado desprezível, ressuscita reluzente de glória; semeado na fraqueza, ressuscita cheio de força; semeado corpo psíquico, ressuscita corpo espiritual. Se há um corpo psíquico, há também um corpo espiritual. [...] Digo-vos, irmãos: a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus [...]. Quando, pois, este ser corruptível tiver revestido a incorruptibilidade e este ser mortal tiver revestido de imortalidade, então cumprir-se-á a palavra da Escritura: A morte foi absorvida na vitória. Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão? (1 CORÍNTIOS, 15:35 a 55.)
O apóstolo dos gentios inicia a dissertação recordando que tudo possui um corpo apropriado — lei extensiva aos denominados mortos. A atividade nos corpos corruptíveis da matéria enseja conquistas que enchem de glória o corpo espiritual, apropriado à vida do Espírito na dimensão espiritual. Todo investimento evolutivo no corpo psíquico, ou corpo mental, ou mente, repercute no corpo espiritual. Um corpo de carne e sangue não poderá experienciar no reino de Deus, isto é, na realidade espiritual. Somente um corpo não corruptível poderá experienciar no reino de Deus, afirma Paulo. Esse corpo é o que pode preservar a pureza crescente do conteúdo, a alma. Vaso que é, o corpo espiritual reflete também, em pureza crescente, seu conteúdo.
JOÃO, 1:14 ensinou que “o Verbo se fez carne e habitou entre nós”. Se o Verbo não estaria mais entre nós, e regressaria para as esferas de sua origem, por que se manter carne?
Para o Espiritismo, o homem possui uma composição ternária. Há nele três partes essenciais: primeiro, o corpo ou ser material, o seu instrumento de inserção na vida planetária, semelhante ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital; segundo, a alma ou ser imaterial, o Espírito imortal; terceiro, o laço que une a alma ao corpo, o corpo intermediário entre a matéria e o espírito — o corpo espiritual ou, como bem o designou Allan Kardec, o perispírito. Com a morte do corpo orgânico, o Espírito passa a se apresentar e se exprimir por meio do corpo espiritual. (KARDEC, 2013a, q. 135a.)
O perispírito é conhecido desde a mais remota antiguidade. No Egito, foi chamado Ka; na China, “corpo aeriforme”; na Grécia, “carro sutil da alma”.
Homero (1987, p. 248), em A Ilíada, descreveu maravilhosamente o perispírito na aparição de Pátroclo a Aquiles: “Apareceu-lhe a alma do infortunado Pátroclo, em tudo semelhante ao homem, na altura, nos olhos e na voz, e envolto em igual radiação”.
Para Paulo e a ciência espírita, as aparições de Jesus ocorreram pela manifestação de seu corpo espiritual; não foi um corpo carnal que voltou à vitalidade.
Em todos os significados do termo ressurreição há uma ideia essencial: ressurgimento, ato ou efeito de ressurgir.

Jesus predisse sua morte e ressurgimento em diversas ocasiões (MATEUS, 17:22 a 23; 20:19; MARCOS, 8:31; 9:30 e 31; 10:33 e 34).
Após sua viagem a Cesareia, oportunidade em que conferiu a Pedro a direção da comunidade (MATEUS, 16:18), “Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que era necessário que fosse a Jerusalém e sofresse muito por parte dos anciãos, dos chefes dos sacerdotes e dos escribas, e que fosse morto e ressurgisse ao terceiro dia” (MATEUS, 16:21).
Entre as referências à ressurreição anotadas por Lucas, destaca-se, em especial, o teor da conversa entre Jesus e os dois visitantes espirituais no Tabor: “[...] eram Moisés e Elias que, aparecendo envoltos em glória, falavam de sua partida que iria se consumar em Jerusalém”. (LUCAS, 9:30 e 31.)
A ressurreição de Jesus não foi descrita pelos evangelhos; somente o túmulo vazio e as aparições.
Há quem entenda que a ressurreição foi um delírio da mente enferma de Maria de Magdala que se propagou entre os discípulos conturbados pelos acontecimentos recentes.
Ernest Renan (2003, p. 393 e 394) foi dos primeiros a propor isso:
A vida de Jesus, para o historiador, acaba com seu último suspiro. Mas a marca que ele deixara no coração dos seus discípulos e de algumas amigas devotadas foi tamanha que, durante semanas ainda, ele esteve vivo e consolador para eles. Por quem seu corpo foi levado? Em que condições de entusiasmo, sempre crédulo, eclodiu o conjunto de relatos através do qual se estabelece a fé na ressurreição? É o que, por causa de documentos contraditórios, sempre ignoraremos. Digamos, no entanto, que a forte imaginação de Maria de Magdala desempenhou, nessa circunstância, papel essencial. Poder divino do amor! Momentos sagrados em que a paixão de uma alucinada dá ao mundo um Deus ressuscitado!
Os apóstolos teriam desejado tão ardentemente a ressurreição, que suas mentes teriam simulado o fato, confundindo alucinação com ocorrência real? Numa extensão maior do fenômeno, a visão dos quinhentos da Galileia seria uma alucinação coletiva?
Não é esse, porém, o estado emocional dos apóstolos e discípulos revelados no doloroso transe da paixão. Frustração e desolação, desesperança e mesmo revolta foram a tônica. Maria de Magdala acreditava que alguém subtraíra o corpo de Jesus: “Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar”. (JOÃO, 20:15.) Tomé, ríspido, duvidou do testemunho dos colegas de apostolado. Sobre os testemunhos de Maria de Magdala, Joana de Cusa, Maria de Cléofas, Salomé e das outras mulheres, escreveu LUCAS, 24:11 que aos apóstolos essas palavras “lhes pareceram desvario, e não lhes deram crédito”.
E o que dizer da visão de Jesus por Paulo, que partiu para Damasco “respirando ainda ameaças de morte contra os discípulos do Senhor?” (ATOS DOS APÓSTOLOS, 9:1.)
Explicações de outras naturezas não faltaram.
José de Arimateia e Nicodemos seriam ligados aos essênios. Os dois varões teriam simulado o sepultamento. Daí, a pressa que tiveram em colocar Jesus no túmulo; Ele ainda estaria vivo. Os dois anjos de branco seriam essênios buscando Jesus na sepultura de Arimateia.
Outra teoria.
Simplesmente, o corpo teria sido furtado.
A proeza de ludibriar uma guarda romana, removendo a imensa rocha e retirando do túmulo o corpo, enquanto soldados profissionais dormiam, é desconcertante. Mas foi a saída entrevista pelos sacerdotes do Templo: “Dizei que os seus discípulos vieram de noite, enquanto dormíeis, e o roubaram” (MATEUS, 28:13).
Ladrões não se teriam preocupado em separar os panos e colocá-los em ordem; deixá-los-iam de qualquer modo, a esmo; ou melhor, nem teriam desenfaixado o corpo. Todavia, não foi assim: “O sudário não estava com os panos de linho no chão, mas enrolado em um lugar, à parte”. (JOÃO, 20:7.)

Os espiões e a polícia do Templo certamente realizaram investigações e buscas, em vão. Jesus, sua doutrina, seus feitos e sua vida acuaram os príncipes do clero judaico. O desaparecimento de seu corpo, é claro, provocou a reação das autoridades, obstinadas em demonstrar fraude. Aqueles que tanto lutaram por sua morte tudo devem ter feito para encobrir aos olhos do povo a evidência do crime contra o Enviado celeste.
Outras hipóteses — como a de Madalena ter-se enganado de sepulcro, ou ter havido dois enterros, um provisório, no túmulo de Arimateia, e outro definitivo, após o Shabat — não resistem aos detalhes das narrativas evangélicas: os guardas, a pedra, os panos no sepulcro, as visões.
Mas um dos elementos que tornaram o relato evangélico mais convincente foi a qualidade das testemunhas: mulheres. Para que um testemunho tivesse crédito, era necessário que estivesse amparado por outro; duas pessoas eram indispensáveis, porém, homens. (GHIBERTI, 1986, p. 700.)
Joachim Jeremias (2005, p. 492) ressalva que o testemunho de uma mulher somente era aceito em casos excepcionais, conforme se constata no estudo de documentos rabínicos antigos. E, para se ter uma ideia do quanto era desvalorizado o testemunho feminino, nos mesmos casos em que era admitido também era permitido o testemunho de um escravo pagão.
Diferente dos demais rabis, Jesus revelava terna solicitude pelas mulheres e se deixava acompanhar por elas, “ensejando-lhes o engrandecimento moral e renovando-lhes os sentimentos ultrajados”. Por isso, “nos seus passos e ministério sempre estavam presentes mulheres abnegadas, que constituíam apoio e nobreza caracterizando a singularidade superior dos seus ensinamentos”. (FRANCO, 2000, p. 101.)
Foram elas que o seguiram na via dolorosa, enfrentando o ambiente hostil e repleto dos tóxicos da ingratidão e da violência. Na cruz, as mulheres. Em seu sepultamento, as mulheres. Depois do Shabat, foram elas que se dispuseram a render homenagens de saudade. Era comum aspergir essências perfumadas sobre o corpo, já enrolado nos panos sepulcrais, ou deixar esses aromas pelo túmulo.
Os apóstolos não acreditaram nas mulheres. E raras sociedades na história teriam acreditado. Elas estavam relegadas à indiferença social, jurídica e religiosa. No entanto, a elas coube a tarefa de transmitir a mais importante mensagem dos milênios, a mensagem da imortalidade. Eram as últimas entre os seguidores de Jesus, e Ele as tornou as primeiras.
Jacques Duquesne (2005, p. 265) salientou:
Este último ponto tem grande importância. Pois deixa mal a hipótese, repetida ao longo de séculos, de uma operação montada pelos companheiros de Jesus, que teriam feito desaparecer o corpo antes de anunciar a ressurreição. Se tivessem querido montar tal operação, tal manipulação, teriam escolhido outros mensageiros que não as mulheres. Fazer anunciar a ressurreição por mulheres, quem quer que fossem, era o meio mais seguro de não acreditarem.
Uma conspiração jamais teria nas mulheres as escolhidas para a notícia da ressurreição. O mais simplório dos apóstolos elegeria um homem para ser o anunciador, e não faltariam homens eminentes para o papel, como Nicodemos ou José de Arimateia.
Diante de tudo isso, é preciso questionar: o que transformou aqueles homens rústicos, infundindo-lhes tamanha força altruística ao caráter, de modo a sustentarem contra todos os perigos uma luta sem violência, ao sacrifício de suas famílias e das próprias vidas, para que outros pudessem conhecer o amor e a liberdade como os ensinara Jesus? Algo extraordinário aconteceu e modificou para sempre a trajetória e a vida dos discípulos — acovardados, antes, heroicos depois; inseguros no passado, agora invencíveis na fé.
Jacques Duquesne (2005, p. 267) concorda:
Algo aconteceu, portanto, naqueles dias, que irrompeu em fé, que mudou esses homens. Eles declararam, até o fim da vida, que esse ‘algo’ tinha sido a ressurreição de Jesus e sua aparição diante deles.

Ninguém pode provar. Todos têm direito de duvidar. O Deus que Jesus anunciou respeita a liberdade dos homens até o ponto de permitir que duvidem Dele ou O rejeitem.
Sepulcro vazio — “um vazio que, contra as aparências, canta a vida, tornando possível uma presença que não se interromperá nunca mais”, poetizou Giuseppe Ghiberti (1986, p. 714).


Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Oséias Capítulo 9 do versículo 1 até o 17
b) A angústia e cativeiro de Israel (Os 9:1-17). Ao dar continuidade à acusação apresen-tada no capítulo 8, Oséias faz uma descrição no capítulo 9 da pena do exílio, o definhamento da nação. Israel rejeitou Jeová e tem de enfrentar a perda de rei, crianças, lugares de adoração e país.

Nos versículos 1:9, o profeta faz uma advertência de julgamento apesar da pros-peridade temporária. Não te alegres, ó Israel, até saltar, como os povos; porque te foste do teu Deus como uma meretriz (1). Os israelitas não devem se exultar, pois a infidelidade (prostituição) foi a causa de haverem se separado de Deus. As festi-vidades de Israel deviam ser ocasiões felizes, mas as festas de Baal se desdobraram em festança licenciosa. Isto ocorria, sobretudo, na festa da colheita, que começava como ocasião de agradecimento e alegria, mas acabava em libertinagem. "Oséias destaca fortemente que junto com a lealdade a Yahweh (Jeová) está a adoração feliz de um povo grato, ao passo que junto com a virada infiel a uma adoração das forças da Natureza está um colapso da vida moral"."

Amaste a paga sobre todas as eiras de trigo (1). Israel deixou de considerar que as bênçãos da colheita vinham de Deus e passou a atribuí-las à adoração de Baal, no qual se alegravam. Por causa dessa "prostituição espiritual", a eira e o lagar não os man-terão (2). Trigo, óleo e vinho não os nutrirão nem os satisfarão, porque estarão distan-tes, no exílio. O versículo 3 explica o versículo 2. Egito (3) é, obviamente, um símbolo para o exílio (8,13) como nos dias de Moisés. A expressão: na Assíria comerão comida imunda mostra que as leis dietéticas do Pentateuco eram conhecidas nos dias de Oséias. Comer comida imunda estava associado aos gentios. Mesmo nesta época, Deus deu a Israel sua proteção contra a degradação, mas no exílio não haveria tal proteção. O "em-blema de distinção" não vale mais, os limites e distinções sociais acabaram — tais fatos eram julgamentos que Israel sentia ardentemente."

Os quadros nos versículos 3:4 descrevem nitidamente o exílio vindouro. Os verbos hebraicos estão no futuro simples. Na Assíria, não derramarão vinho (libação) pe-rante o SENHOR (4), mas os seus sacrifícios para eles serão como pão de pranteadores.41 Seus sacrifícios não serão agradáveis a Jeová. A expressão: o seu pão será para o seu apetite; não entrará na casa do SENHOR significa que não haverá templo ao qual eles possam levar uma oferta antes de comer o alimento.

Que fareis vós no dia da solenidade e no dia da festa do SENHOR? (5). Israel não poderá observar as festas do Senhor enquanto estiver no exílio. Ou talvez o significa-do seja que os israelitas fariam sacrifícios, mas que não haveria a alegria da ocasião festiva porque estavam desacompanhados de justiça.

Porque eis que eles se foram por causa da destruição (6) quer dizer que os israelitas estarão sujeitos ao exílio. O Egito é mencionado simbolicamente como o lu-gar deste exílio. Mênfis era a antiga capital do Baixo Egito, hoje em ruínas ao sul da antiga Cairo. O tesouro de Israel será destruído e suas habitações ficarão abandona-das: "As urtigas herdarão os seus tesouros de prata e os espinhos ocuparão as suas tendas" (Phillips; cf. NVI).

Mais uma vez o texto fala dos dias da visitação (7; "castigo", BV; ARA; ECA; NVI; cf. (Os 2:13), desta feita junto com os dias da retribuição ("punição", NVI). O radical da palavra hebraica indica que retribuição é a execução necessária da prostituição de Israel. Então a nação saberá que o profeta profissional é um insensato. Estes mensa-geiros predisseram somente prosperidade para o povo (Ez 13:10). O homem de espíri-to ("homem inspirado", NVI) é idêntico ao profeta insensato. "O termo 'ish ruach (ho-mem de espírito) é sinônimo de 'ish holekh ruach (homem que anda no espírito), menci-onado em Miquéias 2:11, onde diz que profetiza mentiras. [...] Até os falsos profetas ficam sob um poder demoníaco superior, e eram inspirados por um ruach sheqer (espírito de mentira, I Reis 22:22) "." Isto, em si, com certeza mostrava a profundidade da iniqüidade de Israel e o grande ódio.

Deus queria que Efraim fosse o seu vigia e profeta para as nações circunvizinhas, mas não há confiança nesses mensageiros profissionais e não inspirados pelo Senhor." Assim, o profeta é como um laço de caçador de aves em todos os seus caminhos (8), e há "inimizade, hostilidade, e perseguição na casa do Senhor" (ATA; cf. NVI).

Oséias lembra os leitores do comportamento depravado de Israel em Gibeá (9; cf. Jz 19), quando "não havia rei em Israel" (Jz 19:1) e "cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos" (Jz 21:25).

Uma vez mais ouvimos o clamor aflito de Jeová: Achei Israel como uvas no de-serto, vi a vossos pais como a fruta temporã da figueira no seu princípio (10). O Senhor representa-se como viajante no deserto que sente grande prazer e alegria ao achar uvas para matar a sede e figos temporãos, iguaria muito apreciada para a maioria dos orientais (Is 28:4; Jr 24:2; Mq 7:1). Assim, Deus se deliciava em ajudar Israel como seu povo escolhido no Egito. Mas os filhos de Israel foram para Baal-Peor44 e "se torna-ram abomináveis como o objeto que amavam" (Vulgata; cf. BV; RC; ARA; ECA; NTLH; NVI).45 Eles se tornaram de caráter semelhante àquilo que amavam.

No versículo 11, encontramos uma figura diferente, mas paralela. A glória de Efraim como ave, voará; não haverá nascimento, não haverá filho, nem concepção. "A glória de Efraim voou como pássaro; não há mais nascimento, não há mais maternidade, não há mais concepção!" (VBB; cf. ECA; NVI). Os povos de terras orientais consideravam a esterilidade uma desgraça. Efraim quer dizer "fertilidade". A ironia da escritura está na observação de que o frutífero ficará estéril, e o qualificativo "frutífero" deixará de caracterizar Israel.

A glória de Israel era sua relação exclusiva com Jeová; agora os israelitas rejeita-vam essa glória do mesmo modo que abandonaram sua eleição. Não admira que Deus diga: Ai deles, quando deles me apartar! (12). A glória terá ido porque as últimas gerações de Israel se foram: Para que não fique nenhum homem. A última frase do versículo 12 dá a razão para o castigo ameaçador: a partida do Senhor. O luxo será puni-do pela "diminuição de números", que é conseqüência da esterilidade. Ainda que nasçam filhos, eu os privarei deles — os homens se perderão na batalha.

O tema da glória desvanecedora de Efraim continua nas descrições dos versículos 13:14. Efraim, assim como vi Tiro, está plantado em um lugar deleitoso (13), con-tudo a nação levará seus filhos ao matador. A palavra Tiro quer dizer "rocha". Israel pretendia ser uma rocha, símbolo de poder e glória. Mas agora que sua apostasia ficou notória, o Senhor entregaria seus filhos à morte pela espada.

Oséias parece inquieto com a situação. "Dá-lhes o que merecem" (14, ATA), diz o profeta Jamieson interpreta que as palavras uma madre que aborte e seios secos indicam: "A calamidade será tão grande, que a esterilidade será uma bênção, ainda que essa condição fosse considerada uma grande desgraça" (cf. 3:3; Jr 20:14; Lc 23:29) "."

No versículo 15, Oséias volta à situação anterior e fala por Deus. Gilgal era um dos santuários degradados pela adoração a Baal (cf. Os 4:15-12.11). Paradoxalmente, foi o pri-meiro lugar onde os israelitas fizeram um culto a Jeová depois da travessia do rio Jordão (Js 4:20; Mq 6:5). Foi ali que Jeová os odiou. Como marido traído, ele os lançaria fora de sua casa; não os amaria mais, pois os rebeldes (15) o rejeitaram. Knight faz um comen-tário sobre o versículo 15: "O Antigo Testamento nunca usa o palavreado tolo de certos evangelistas de hoje que declaram que Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. O peca-do não existe independentemente de homens que pecam. É por isso que Deus, em sua pureza e amor santo, tem de odiar o próprio pecador"."

Efraim, o frutífero, agora é atingido duramente por uma ferrugem: Secou-se a sua raiz; não darão fruto (16; cf. Sl 102:4). Talvez isto seja um trocadilho amargamente irônico feito por Oséias. "Efraim, o frutífero, não dá mais frutos" (Phillips). O hebraico indica o cumprimento certo da profecia.

As ameaças nos versículos 11:12 são reforçadas no versículo 16 e encerradas no versículo 17 com uma razão para essa rejeição: O meu Deus os rejeitará, porque não o ouvem; e desocupados andarão entre as nações (17). A frase final transmite um tremendo tom patético. A palavra traduzida por desocupados ("errantes", ARA) é usa-da em referência a Caim em Gênesis 4:14 (cf. Dt 28:65). Ao considerar que Israel preferiu andar desocupado; agora é Deus que diz: Desocupados andarão entre as nações. "A luz que Deus dá aos homens, e particularmente a luz do amor, [...] ou ilumina-lhes os olhos ou cega-lhes os olhos. Esta é a convicção de todos os profetas".'


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Oséias Capítulo 9 versículo 1
O poema que segue relaciona o exílio dos israelitas com a infidelidade ao SENHOR. A alegria do povo (vs. Os 9:1,Os 9:5) pode estar relacionada com a Festa dos Tabernáculos (conforme Lv 23:34-43).Os 9:1 Em todas as eiras de cereais:
Alusão a certos atos de culto em honra dos deuses da fertilidade (ver Os 1:2,), realizados durante a debulha dos cereais recém-colhidos (conforme Mt 3:12). Amaste a paga de prostituição:
É provável que seja uma referência aos frutos da colheita, nos quais o povo via uma dádiva de Baal (ver Os 2:5,).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Oséias Capítulo 9 do versículo 1 até o 17
*

9.1-9

Por causa do julgamento divino contra a sua desobediência à aliança, Israel não desfrutaria do fruto da terra (Dt 28:18), e nem celebraria as festas agrícolas anuais (Dt 16:1-17 e notas).

* 9:1

eiras de cereais. A área plana e aberta, usada para separar a palha do trigo e da cevada, era também um lugar onde Israel se prostituía, entregando-se a atividades sensuais relacionadas à adoração de fertilidade de Baal. Ver Introdução: Data e Ocasião.

* 9:2

lagar. Era usado tanto no fabrico do vinho quanto do azeite.

* 9:3

terra do SENHOR. Também chamada de "casa" do Senhor (8.1; 9.15), a Terra Prometida era propriedade do Senhor, e não de Baal — e nem mesmo de Israel (Lv 25:23 e nota).

tornará ao Egito. Ver nota em 8.13.

coisa imunda. Outras nações e o alimento que elas produziam eram considerados imundos (Ez 4:13; Am 7:17).

* 9:4

pão de pranteadores. O alimento na casa de enlutados era considerado imundo, por causa do contato com um cadáver (Nm 19:11-22; Dt 26:14).

na Casa do SENHOR. Eles não seriam capazes de santificar seu alimento, por meio de sacrifício, enquanto estivessem no exílio.

* 9:5

dia da solenidade... festa do SENHOR. Uma referência provável à colheita anual do outono na Festa dos Tabernáculos (Lv 23:33-43; 13 5:16-15'>Dt 16:13-15).

* 9:6

destruição. As invasões assírias.

Mênfis os sepultará. Aqui, como símbolo poético do Egito, esta cidade egípcia era conhecida por seus grandes cemitérios, túmulos e pirâmides.

preciosidades da sua prata... moradas. As tendas abandonadas e os objetos de prata podem ter sido santuários religiosos e ídolos, ou, em geral, propriedades pessoais.

* 9:7

profeta é um insensato. Em seu pecado, os israelitas consideravam os profetas do Senhor como tolos e faladores vãos.

homem de espírito. Usado paralelamente a "profeta", provavelmente essa é outra expressão para "homem de Deus" (1Sm 10:6; 1Rs 18:12; 22.21-28; 2Rs 2:9,16).

louco. A palavra hebraica indica alguém que balbuciava sem sentido, um doido (13 9:21-15'>1Sm 21:13-15; 2Rs 9:11; Jr 29:26).

* 9:8

sentinela... laço do passarinheiro. Os profetas mantinham vigilância sobre Israel (5.8; Jr 6:1; Ez 3:17; 33.1-7). Mas aquele que soava o alarme, agora se via caçado como um animal, e objeto de hostilidade.

casa do seu Deus. A Terra Prometida (8.1, nota).

* 9:9

Gibeá. Essa cidade tornou-se infame devido à violação em grupo da concubina do levita e à guerra que se seguiu (Jz 19—21). A gravidade dos pecados anteriores de Israel também mostra quão profundamente eles precisam de uma completa renovação de sua natureza.

* 9:10

uvas no deserto. Um achado incomum e delicioso.

primícias da figueira. Os primeiros figos que amadurecem nos rebentos do ano anterior não somente são muito tenros, mas também bastante incomuns (conforme Is 28:4). Essas figuras de linguagem salientam quão excepcional e agradável foi o relacionamento pactual inicial do Senhor com Israel.

Baal-Peor. Temos aqui uma referência ao adultério sexual e espiritual de Israel no deserto (Nm 25 e notas) — um comportamento que agora era repetido pelos contemporâneos do profeta Oséias.

se tornaram abomináveis. Ao passarem a seguir a Baal, o deus da vergonha, os israelitas tornaram-se, eles mesmos, detestáveis.

* 9:11

glória. Pode ser uma referência de seu poder político e militar do reino do norte. Mas o contexto sugere que seja sua numerosa população. A bênção sobre José e Efraim, tornara-os frutíferos (Gn 48:16; 49.22-26).

não haverá nascimento. A prática da religião da fertilidade gerou uma maldição na fertilidade, e não uma bênção (Dt 28:18).

* 9:14

Dá-lhes. Oséias respondeu com uma oração, pedindo que fosse retirada a bênção divina da fertilidade (Gn 49:25; Êx 23:26; Dt 28:4,11). O profeta só podia concordar com o justo julgamento divino.

* 9:15

Gilgal. Ver nota em 4.15; conforme 12.11.

os lançarei fora de minha casa. Note como isso forma um paralelo com o banimento dos cananeus por Deus (Êx 23:29,30; 33:2; Js 24:18; Jz 6:9). Ver nota em 8.1.

* 9:16

Efraim... fruto. Em hebraico, "Efraim" soa como "fruto", e esse trocadilho ironicamente sublinha a tragédia da falta de fruto de Efraim (Gn 41:52). O nome dessa tribo principal do norte com freqüência era usada para indicar o reino do norte de Israel, por inteiro.

* 9:17

O meu Deus. Diferente daqueles que se tinham desviado de Deus, o profeta permanece fiel à aliança com o Senhor.

errantes. Tendo-se afastado de Deus (7.13), os israelitas, como Caim, estavam destinados a se tornarem errantes sem descanso (Gn 4:12).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Oséias Capítulo 9 do versículo 1 até o 17
9:1 Uma era é uma área plaina, freqüentemente construída no topo de uma colina, aonde os camponeses golpeavam o trigo para separar o da casca. Freqüentemente os homens permaneciam toda a noite na era para proteger o grão, assim que este era um lugar natural de reunião. devido a sua elevação, foi-as começaram a usar-se como lugares de sacrifício para os deuses falsos.

9:6 Os líderes do Israel oscilavam entre as alianças com o Egito e as alianças com Assíria. Oseas estava dizendo que ambas estavam mau. O romper uma aliança com a traidora Assíria e logo correr em busca de ajuda com a igualmente traidora o Egito ocasionaria a destruição do Israel. Sua única esperança era retornar a Deus.

9:7 Pelo tempo no que o Israel começou a experimentar as conseqüências de seu pecado, já não estava escutando aos mensageiros de Deus. Ao não querer escutar a verdade dos profetas que falavam tão claramente de seus pecados 1srael não quis escutar as advertências de Deus a respeito do que logo lhe aconteceria. Todos escutamos e lemos seletivamente. Concentramo-nos no que parece apoiar nosso estilo de vida presente, e fechamos a tudo o que demande um reordenamiento radical de nossas prioridades. Ao fazer isto, temos a probabilidade de não escutar as advertências que mais necessitamos. Escute às pessoas que pensam que seu enfoque é totalmente equivocado. Leia artigos que pressentem os pontos de vista que você provavelmente não adote. Pergunte-se: "Está-me falando Deus por meio destes porta-vozes e escritores? Há algo em que preciso trocar?"

9:9 Um casal se deteve a passar a noite na Gabaa quando uma banda de pervertidos se reuniu ao redor da casa e lhe pediram ao homem que saísse. Em vez disso, o viajante deu a sua mulher. Violaram-na e abusaram dela durante toda a noite e logo a deixaram morta na porta (Jz 19:14-30). Esse ato terrível revelou o baixo que tinha cansado o povo. Gabaa foi destruída por sua maldade (Jz 20:8-48), mas Oseas disse que a nação inteira era agora tão malote como aquela cidade. Do mesmo modo que a cidade não pôde escapar do castigo, tampouco o escaparia a nação.

9:10 Baal-pior era o deus de Pior, uma cidade do Moab. Em Números 23, o rei Balac do Moab contratou ao Balaam, um profeta independente, para amaldiçoar aos israelitas quando cruzavam por sua terra. Os moabitas seduziram aos jovens israelitas para que cometessem pecados sexuais e adorassem ao Baal. Não passou muito tempo para que se voltassem tão corruptos como os deuses que adoravam. A gente pode adotar as características do objeto ou da pessoa que ama. A quem adora você? está-se voltando mais como Deus, ou mais como alguém ou algo?

9:14 Oseas fez esta oração quando previu a destruição que os pecados do Israel tinham trazido consigo (2Rs 17:7-23). Esta visão do destino terrível do Israel o moveu a orar para que as mulheres não se embaraçassem e os meninos morreram como infantes para que não experimentassem o tremendo sofrimento e dor que lhes esperava.

9:15 No Gilgal começou tanto o fracasso religioso como o político. Aqui trocaram a Deus por ídolos e reis. Saul, o primeiro rei da nação unificada, foi coroado no Gilgal (2Sm 11:15). Mas já para o tempo do Oseas, a adoração ao Baal tinha florescido ali (2Sm 4:15, 2Sm 12:11).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Oséias Capítulo 9 do versículo 1 até o 17
6. O Pacto para ser cumprida por Cativeiro (9: 1-9)

1 Não te alegres, ó Israel, para a alegria, como os povos; pois tu se prostituiu, com partida do teu Deus; amaste aluguer em cima de cada grão-chão. 2 A eira eo lagar não deve alimentá-los, eo vinho novo lhes faltará. 3 Eles não habitarão na terra de Jeová;mas Efraim tornará ao Egito, e comerão comida imunda na Assíria. 4 Eles não derramará vitivinícolas ofertas ao Senhor, nem se lhe agradarão as suas ofertas lhes será como pão de pranteadores; tudo o que dele comerem serão imundos; para o seu pão será para o seu apetite; não entrará na casa do Senhor. 5 Que fareis vós no dia da solenidade, e no dia da festa do Senhor? 6 Pois eis que eles se foram por causa da destruição, mas o Egito os recolherá , Mênfis os sepultará; suas coisas preciosas de prata as urtigas as possuirão; espinhos crescerão nas suas tendas. 7 os dias da punição, chegaram os dias da retribuição; Israel o saberá; o profeta é um insensato, o homem que tem o espírito é um louco, por causa da abundância da tua iniqüidade, e porque a inimizade é grande. 8 Efraim era um vigia com o meu Deus: quanto ao profeta, de um passarinheiro cilada está em todos os seus caminhos, e inimizade na casa do seu Dt 9:1. ; Mq 7:4 ), e sempre buscando o bem espiritual de Israel para o louvor e glória de Deus. Mas tu, ó Israel, têm profundamente corrompido vós (v. Os 9:9 , pois a referência a Gibeá, conforme Jz 19:21. ). Jeová se lembra de sua iniqüidade não confessado, e visitará os seus pecados (v. Os 9:9 ). A aliança divina tinha chamado para o serviço fiel e obediente de Israel. Ele tinha advertido das conseqüências do mal de infidelidade. Agora seus atos feito o lado mais obscuro da aliança uma realidade iminente.

7. O Pacto para ser cumprida por Removendo Glory (9: 10-17)

10 Achei a Israel como uvas no deserto; Vi a vossos pais como a primeira-ripe na figueira em sua primeira temporada.: Mas eles foram para Baal-Peor, e se consagraram até a coisa vergonhosa, e se tornaram abomináveis ​​como aquilo que amaram 11 Quanto a Efraim, a sua glória voará como um pássaro: não haverá nascimento, nem gravidez, nem concepção. 12 Ainda que venham a criar seus filhos, contudo os privarei deles, de modo que não é um homem deve ser deixado; sim, ai também para eles, quando deles eu me apartar! 13 Efraim, assim como vi a Tiro, está plantado num lugar aprazível;. mas Efraim levará seus filhos ao matador 14 Dê-lhes, Senhor, o que queres dar? dar-lhes uma madre que aborte e seios secos. 15 Toda a sua malícia se acha em Gilgal; pois ali me odiava: por causa da maldade de seus feitos, eu os expulsarei da minha casa; Eu os amarei mais; todos os seus príncipes são rebeldes. 16 Efraim foi ferido, sua raiz está seca, eles não darão fruto; sim, embora produza efeito, ainda hei de matar os frutos desejáveis ​​do seu ventre. 17 Meu Deus os rejeitará, porque eles não ouviram, e errantes andarão entre as nações.

Como as formas de Israel mudaram! Uma vez que Israel se agradou de Jeová, e Jeová se agradou de Israel, quando Ele os libertou da escravidão egípcia. Mas agora Israel tinha ido seu próprio caminho e encontra prazer em Baal, ao invés de Jeová-sua consagração a esse falso deus tinha começado mesmo durante as viagens de natureza selvagem, a Baal-Peor (conforme N1. 25: 1 e ss. ). A idolatria e imoralidade tomaram conta. O povo de Israel se entregaram à vergonha (v. Os 9:10 ). Sua glória voará como um pássaro. A glória de cada pai israelita era uma grande família. Mas agora, o Senhor, o seu marido divino, contra a qual eles têm prostituição comprometido, decreta que até fisicamente não terão nascimento, nem gravidez, nem concepção, um útero sem filhos e seios secos.E os pais devem ser desprovido de todas as crianças que já estão na casa. A maldade está em Gilgal. Foi em Gilgal onde consumou o seu plano para um rei no lugar de Jeová (1Sm 11:14 ), para que eles possam ser "como todas as nações" (1Sm 8:4. ; 00:11 ). Finalmente Deus disse, eu vou levá-los para fora da minha casa; ... Porque eles não ouviram ... errantes andarão entre as nações. Senhor tinha advertido em seu pacto contra essa coisa muito séculos antes (conforme Dt 28:1f ).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Oséias Capítulo 9 do versículo 1 até o 17
9.1 Israel atribuía a riqueza das colheitas à influência dos ídolos locais, e agradecia a eles em vez de observar as festas de agradecimento prescritas na lei de Moisés, e.g., Dt 16:13-5, que descreve o cumprimento literal desta profecia, e mostra que o "Egito" é o Cativeiro.

9.4 Casa do Senhor. Para serem oferecidos a Deus antes de serem comidos; senão, os alimentos seriam ritualmente contaminados e, portanto, impuros.

9.5 Nenhuma das festas prescritas na lei se celebraria no cativeiro.
9.6 Mênfís. Uma cidade capital do Egito e lugar dos grandes túmulos.

9.7 Retribuição. Heb shillem, "pagar totalmente", "completar a justa recompensa", "liquidar o assunto". Desta raiz hebraica vem a palavra "paz" (2Rs 4:26n), e "inteiro" (2Cr 16:08n. Naquela situação de apostasia, o servo de Deus é que era tratado como se fosse um tropeço ou um "laço do passarinheiro" (v. 8).

9.10 Uvas... primícias. Frutas frescas num lugar onde estão em falta, ou numa época quando quase não existem, são um refrigério sem igual; assim tinha sido Israel para com Deus, no meio do paganismo da época.

9.11 Concepção. A prostituição "religiosa", praticada nos santuários cananitas, era considerada de efeitos fertilizantes.

9.13 Tiro. Aquela fortaleza regia o comércio do Mediterrâneo, mas por causa da sua idolatria foi reduzida a nada (conforme Ez cap. 26 e 27).

9.14 Dá-lhes. O melhor que o profeta Oséias pedia para um povo tão pecaminoso é que seus filhos nunca viessem a nascer ou a ser criados.

9.15 Gilgal. Gilgal, a leste de Jericó, fora o lugar da remoção dos pecados (Is 5:2-23), mas é só verificar o que depois se praticava naquela região para logo se perceber que os israelitas resolveram retomar a eles (1Sm 8:7; 1Sm 11:14, 1Sm 11:15; 1Sm 13:8-9). Tornou-se um centro de ídolos (Jl 4:4 e 5.5). Minha casa. Significa a família do povo escolhido de Deus, a descendência dos israelitas. Conforme vemos em Ez 3:4, esta descendência ficou reduzida até se referir apenas aos restantes da tribo de Judá que foram levados para o Cativeiro na Babilônia.

9.17 Errantes. É a punição aplicada ao :assassino Caim (Gn 4:12).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Oséias Capítulo 9 do versículo 1 até o 17
III. A GLÓRIA SE VAI: ORÁCULOS ACERCA DA QUEDA DE ISRAEL (9.1—12.1)
Aqui temos cinco sub-seções afirmando e lamentando a queda da graça de Israel. E mais difícil determinar as conexões entre esses oráculos.


1) Festas sem alegria (9:1-9)

As alusões repetidas a eventos cultuais (v. 1,4,5,8) sugerem que Oséias anunciou esse oráculo na festa das cabanas, no outono. Ele censura a alegria que acompanha a ocasião, porque Israel está sob ameaça de ser deportado. A GNB parafraseia de forma apropriada o v. 10b: “Parem de celebrar as suas festas como os pagãos” (conforme 7.8 e Ef 4:17 na NEB). Ellison ressalta que a ênfase mosaica no livramento histórico da escravidão no Egito (Lv 23:42,43) tinha passado para o pano de fundo no culto da colheita “canaanizado”. Assim, a observação acerca da prostituição na eira de trigo tem um significado duplo: não há somente prostituição cultual, mas também adoração de falsos deuses. A referência dual ao Egito e à Assíria (v. 3), como em 7.11; 11.5,11; 12.1, leva à dedução de que os lugares de castigo têm sentido figurado, de forma que o Egito significa a lembrança da eleição divina aqui e em 7.16; 8.13. A Assíria finalmente tornou-se o lugar do exílio de Israel (2Rs 17:6).

Os v. 4ss destacam a miséria do exílio vindouro: não haverá ofertas nem celebrações festivas — conforme em Sl 137:1-19 um exemplo do tipo de reação quando isso aconteceu.

v. 4. templo do Senhor, como em 8.1, apresenta um problema. Não pode ser uma referência ao templo de Jerusalém e deve significar outro lugar de adoração dedicado ao Senhor, embora isso provavelmente não seja permitido no exílio. O v. 6 indica que, enquanto os israelitas estão morrendo no Egito, as suas próprias terras são tomadas pelas ervas daninhas, um retrato de desastre total (v. tb. 10.8). Os seus tesouros de prata as urtigas vão herdar é corrigido de forma precária na NEB: “as areias de Sirte vão destruí-los”; McKeating propõe: “Tafnes os lamentará”, o que se encaixa bem nas linhas precedentes.

Os v. 7ss poderiam ser um oráculo distinto, e podem ser interpretados como um diálogo entre o profeta e o povo, o que teria acontecido na festa postulada como pano de fundo dos v. 1-6. A última parte do v. 7 é, então, uma reação hostil à primeira parte, como em Jl 7:12-30 e Jr 20:1-24. Um ouvinte responde à predição de castigo, o profeta é considerado um tolo etc., ao que o profeta responde que, como sentinela que vigia Efraim, ele tem a responsabilidade de se opor à iniqüidade do povo. O v. 8 então é um comentário acerca do fato de que o ódio pelos servos de Deus vem da sua própria casa. V. outra proposta na NEB, em que, como parte do castigo, o profeta será feito louco para que não apresente a genuína palavra do Senhor. O v. 8a na NEB é incompreensível, e McKeating prefere: “O profeta é a sentinela de Efraim com o meu Deus”. Nessa versão, o restante do versículo mostra como os profetas se tornam agentes do desastre iminente porque enganam o povo, e o v. 9 amplia a descrição da atividade dos profetas, ao passo que na NVI o v. 9 continua a denúncia contra o povo. V. tb. em Ellison (p.
134) outra proposta de tradução desse texto tão difícil. A idéia do profeta como sentinela é desenvolvida em Ez 33:1-9. v. 9. Os dias de Gibeá podem ser uma referência à designação de Saul (1Sm 10:0,Dt 10:10.


2) Fruto apodrecido (9.10—10.2)
Essa seção contém uma série de ditos retrospectivos da história de Israel. Ellison enxerga aqui a prefiguração da doutrina do pecado original, v. 10. uvas crescendo no deserto seriam uma bênção fantástica para quem as encontrasse, enquanto os primeiros frutos de uma figueira expressam as esperanças de colheita. Essa foi a alegria do Senhor em Israel no êxodo (conforme Jr 2:2,Jr 2:3). Mas a sua promessa desmoronou em Baal-Peor, como é narrado em Nu 25:1-4, uma história de aberração sexual bastante próxima da acusação central de Oséias. Uma importante lei espiritual é enunciada na última linha do v. 10: tornamo-nos bons ou maus de acordo com aquilo que admiramos. O aspecto positivo disso está em Fp 4:8. A fuga da glória lembra 1Sm 4:21; pode simplesmente significar a queda da honra em virtude da ausência de filhos, mas quando eu me afastar (v. 12) sugere que o sentido pretendido é a glória do Senhor. Ai ocorre somente aqui e em 7.13, dois trechos que se encaixam bem: porque Israel se afastou do Senhor, eles sofrem a miséria dessa retirada dele.

O v. 13a é obscuro. A NEB traz “Como filhotes de leão surgem somente para ser caçados”, talvez uma alusão à prática assíria da caça a leões. Mas o sentido geral do trecho está claro. Quando o Senhor se retira, a fertilidade e a fecundidade vão junto. Mesmo que nasçam filhos, serão mortos. O v. 14 poderia ser uma maldição em um contexto ou uma bênção em outro. Em vista do fim inevitável dos descendentes, seria um ato de misericórdia não tê-los, embora em geral os filhos sejam uma “herança do Senhor” (Sl 127:3). Assim, as expectativas dos adoradores no festival (v.comentário Dt 9:1) não são satisfeitas: não há visão da glória do Senhor, nem bênção alguma de fertilidade.

A referência a Gilgal (v. 15) obviamente significava mais para Oséias do que poderia significar para nós — conforme lugares de nomes enigmáticos semelhantes em 6.7ss e 9.9. Talvez possamos associar esse local Ct 4:15 e 12.11 como um lugar de culto a falsos deuses. A NEB prefere o tempo passado, que aponta para a proclamação de Saul como rei e que oferece sacrifícios ilegais ali (1Sm 11:15;

13 8:14); conforme também comentário Dt 10:10. Mas as palavras do Senhor odiei e Não os amarei mais reforçam os terríveis perigos do pecado. Knight comenta acerca disso que Deus odeia tanto o pecado quanto o pecador, visto que em última análise são inseparáveis (mas v. 14.4). Acerca de minha terra, v.comentário Dt 8:1, embora aqui provavelmente seja figurado em relação à terra. Talvez aqui também sejam sugeridos os problemas matrimoniais de Oséias — conforme 2.3. Assim, o povo rejeitado (v. 17) vagueia pobre entre as nações, uma profecia cumprida após a queda de Samaria em 722 a.C., e desde lá Israel perdeu a sua identidade.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Oséias Capítulo 9 do versículo 1 até o 17
III. O JULGAMENTO INEVITÁVEL Os 9:1-11.11

a) A certeza do exílio (Os 9:1-17)

Amaste a paga (1). Cfr. Dn 2:5 e Jr 44:17. A fertilidade da terra tinha sido associada, na religião de Israel, com a adoração aos baalins. A celebração da colheita e de outros festivais eram ocasiões quando se praticavam grossas imoralidades, o que dava força à descrição do profeta sobre a infidelidade a Jeová em termos de infidelidade sexual.

>Os 9:2

O mosto lhes faltará (2); lit., "lhes mentirá", tal como Israel havia mentido a seu Deus. Em outras palavras, a recompensa que Israel buscava não apareceria. O versículo 3 é um claro anúncio sobre o exílio futuro. Comerão comida imunda (3). A carne só podia ser comida em conexão com um festival religioso. Na Assíria, portanto, onde não existia altar do Senhor, toda carne seria poluída do ponto de vista religioso. Pelo mesmo motivo não seriam capazes de oferecer as libações usuais por ocasião dos sacrifícios, e beber vinho em tais circunstâncias os poluiria. Pão de pranteadores (4); cfr. Nu 19:14; Dt 26:14. Novamente o pensamento é que o seu alimento seria impuro, satisfazendo sua fome (para o seu apetite) mas impróprio para ser apresentado ao Senhor. O clímax é atingido no versículo 5. O fato de serem privados do sacrifício diário seria, para eles, uma fonte de tristeza; muito mais entristecedor, para o povo exilado, seria a omissão dos grandes festivais do Senhor. O desejável da sua prata (6). O quadro é de completa desolação com urtigas e espinhos a crescer nos locais de seus antigos lares (cfr. Dn 10:8). O profeta apresenta a si mesmo como se tivesse ficado louco (7) de tristeza, por causa da multidão de iniqüidade do povo. No versículo 8 a referência é feita provavelmente aos profetas falsos, os quais são como "um laço de caçador de aves em todos os seus caminhos, um inimigo na casa do seu Deus". Contudo, algumas versões dão a sugestão que o povo buscava fazer o profeta cair numa armadilha, visto que odiavam a seu Deus.

>Os 9:9

Como nos dias de Gibeá (9). Quanto ao horrendo crime cometido em Gibeá, ver Jz 19:0), eles se consagraram a essa cousa vergonhosa (10) em Baal-Peor (ver Nu 25:0 onde, em ordem inversa, é predito um clímax semelhante de completa perda. Ver também os versículos 12:16. No versículo 13 o hebraico é incerto. Podemos seguir o texto da Septuaginta e traduzir: "Efraim, conforme vi, deu seus filhos ao assassino". Um comovente dilema do coração patriótico do profeta é apresentado no versículo 14. Este pode ser interpretado ou como imprecação ou como intercessão: neste último caso o significado seria que antes os filhos não tivessem nascido a serem entregues à morte. Gilgal (15) era o centro da falsa adoração que Oséias se preocupa tanto em denunciar. Cfr. Dn 4:15; Dn 12:11. Fora de minha casa (15); isto é, fora da terra santa. Israel seria expulso de seu lar como se fosse uma meretriz. O meu Deus (17). Uma triste apropriação de Deus por parte do profeta, implicando que o povo estava alienado do Senhor.


Dicionário

Alegres

masc. e fem. pl. de alegre
2ª pess. sing. pres. conj. de alegrar

a·le·gre
(latim vulgar *alicer, alecris, do latim alacer, -cris, animado, vivo, feliz)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Que sente ou manifesta alegria ou satisfação (ex.: criança alegre; sorriso alegre). = CONTENTE, SATISFEITODESCONTENTE, TRISTE

2. Que causa alegria (ex.: festa alegre). = ANIMADO, DIVERTIDOTRISTE

3. Que tem cor ou tom vistoso ou vivo (ex.: cores alegres).SOMBRIO

4. Que está no primeiro grau de embriaguez. = TOCADOSÓBRIO

nome masculino

5. [Gíria] Relógio de parede.


a·le·grar -
verbo transitivo

1. Causar alegria a; tornar alegre.

2. [Técnica] Abrir, limpar.

3. [Cirurgia] Legrar.

verbo pronominal

4. Sentir alegria.

5. Entrar no primeiro grau da embriaguez.


Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

==========================

NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Israel

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Meretriz

Meretriz Mulher que pratica o ato sexual por dinheiro; prostituta (He 11:31). V. PROSTITUIÇÃO.

substantivo feminino Aquela que tem relações sexuais por dinheiro; mulher que exerce o meretrício, que se prostitui ou comercializa o corpo; prostituta.
Etimologia (origem da palavra meretriz). Do latim meretrix.cis.

A palavra meretriz vem do latim meretrix, que significa prostituta ou cortesã.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

O

substantivo masculino Décima quinta letra que compõe o alfabeto português e sua quarta vogal.
apositivo Que, numa série, está após o elemento designado pela letra "n": fileira O.
Gramática Como artigo, refere-se aos nomes masculinos, acompanhando-os: o carro; o caderno.
Gramática Restringe a referência de um substantivo ao ser, ou coisa, percebido no contexto, situação ou texto: o juiz começará o julgamento.
pronome demonstrativo Faz com que qualquer palavra ou expressão se torne um substantivo: o nascer do dia.
Gramática Usa-se como sinônimo de: isso, aquilo, quando se referir a um substantivo não determinado: falou o que não devia e foi embora.
pronome pessoal De mesmo sentido que "a ele": insultou-o, mas pediu desculpas.
[Símbolo] Representação do Oxigênio (elemento químico), simbolizado por O.
Forma abreviada de Oeste (ponto cardeal situado no lado em que o sol se põe), simbolizado por O.
Etimologia (origem da palavra o). Do pronome arcaico, lo; pelo latim illu.m.

Paga

substantivo feminino O que se dá em troca de um serviço prestado, ou de um favor.
Remuneração.
Recompensa.

substantivo feminino O que se dá em troca de um serviço prestado, ou de um favor.
Remuneração.
Recompensa.

pagamento, salário, ordenado, mensalidade, soldo, soldada, vencimentos, honorários, estipêndio, remuneração, retribuição. – Segundo Bruns.: Paga é o termo genérico de que os outros vocábulos do grupo são espécies. Tudo o que se recebe em troco de um serviço prestado, ou de um objeto cedido por venda, é paga. Esta palavra é relativa a quem recebe; e nisso diferença- -se de pagamento, que é a paga considerada com relação a quem a dá. Assim é que se diz: a paga está certa; fazer os pagamentos em oiro. – Salário é a paga que se dá a quem trabalha manualmente, ou presta serviços familiares: não se deve reter o salário do trabalhador. – Ordenado é a quantia que mensal ou anualmente se paga a quem presta qualquer espécie de serviços, não completamente servis: cozinheiros, empregados, etc. recebem ordenados. – Mensalidade é o ordenado que se dá aos professores. – Soldo é a paga do militar. Soldada é o ordenado dos 448 Rocha Pombo serviçais. – Vencimentos quer dizer – o ordenado dos que prestam serviços liberais: ministros, empregados superiores, etc. recebem os seus vencimentos. – Honorários difere de vencimentos em serem estes pagos mensal ou anualmente; ao passo que os honorários são a remuneração de um serviço completo: os médicos, os advogados, etc. recebem os honorários que lhes são devidos pelo serviço prestado. – O estipêndio é uma quantia fixa, dada de superior a inferior, de quem manda a quem obedece, de quem protege a quem é protegido. – Remuneração e retribuição são termos de significação geral com que se designa o ato de recompensar algum serviço, e também a própria recompensa. Remuneração é propriamente a ação (ou o efeito) de dar o estipêndio devido, gratificar, fazer paga por algum serviço. Retribuição sugere ideia da justiça ou perfeita equidade com que é feito o pagamento, como se a pessoa que paga correspondesse, com a precisa exação, aos serviços que lhe foram prestados.

Paga Salário (Lv 19:13).

Povos

povo | s. m. | s. m. pl.

po·vo |ô| |ô|
(latim populus, -i)
nome masculino

1. Conjunto dos habitantes de uma nação ou de uma localidade. = POPULAÇÃO

2. Pequena povoação.

3. Lugarejo.

4. Aglomeração de pessoas. = GENTE

5. Figurado Grande número, quantidade.

6. História Estrato da população que não pertencia nem ao clero, nem à nobreza. = PLEBE


povos
nome masculino plural

7. As nações.


povo miúdo
Classe inferior da sociedade. = ARRAIA-MIÚDA, PLEBE

Plural: povos |ó|.

Saltar

verbo intransitivo Elevar-se do chão com esforço, atirar-se de um lugar para outro.
Brotar, surgir: lágrimas saltaram-lhe dos olhos.
Apear, descer.
Lançar-se, investir contra: saltou-lhe ao gasganete.
verbo transitivo Galgar.
Passar por cima, atravessar pulando, transpor: saltar janela.
Omitir: saltou duas linhas na transcrição.
Saltar em terra, desembarcar (de um navio, um barco).
Saltar (ou ir) pelos ares, explodir.

saltar
v. 1. Intr. Dar salto ou saltos. 2. tr. ind. e Intr. Pular de um ponto para outro. 3. tr. ind. Atirar-se. 4. tr. ind. Acometer para matar ou roubar; assaltar, saquear. 5. Intr. Despregar-se, desprender: Esta mola faz saltar. 6. tr. ind. Galgar, dando saltos. 7. tr. dir. Passar em claro ou em silêncio; omitir. 8. tr. ind. Passar bruscamente de um assunto a outro. 9. Intr. Palpitar descompassadamente. 10 tr. ind. Irromper. 11. tr. ind. e Intr. Mudar subitamente de direção (o vento). 12. Intr. Cobrir a égua (falando do cavalo).

Trigo

substantivo masculino Planta herbácea anual, da família das gramíneas, que produz o grão (cariopse) de que se extrai a farinha usada especialmente para o fabrico do pão: o trigo é o cereal por excelência, a planta alimentar mais cultivada no mundo.

Cedo aparece o trigo como objetode cultura na Palestina, no Egito, e países circunvizinhos (Gn 26:12 – 27.28 – 30.14). o Egito era afamado pela superabundante produção de cereais (Gn 12:10 e seg.). o trigo que hoje cresce na Palestina, e provavelmente o do tempo da Bíblia, não diferem da espécie, que conhecemos, o triticum vulgare dos botânicos, mas há diferentes variedades. Na Palestina é semeado o trigo em novembro ou dezembro, e recolhido em maio ou junho, segundo o clima e a localidade. No Egito fazia-se a colheita um mês mais cedo, sendo em ambos os países colhida a cevada três ou quatro semanas antes do trigo. o trigo silvestre da Palestina foi há alguns anos reconhecido, mas é apenas uma pequena planta.

Trigo CEREAL com que se faz o pão (Pv 11:26; Lc 3:17).

º

ò | contr.
ó | interj.
ó | s. m.
o | art. def. m. sing. | pron. pess. | pron. dem.
o | s. m. | adj. 2 g. | símb.
ô | s. m.

ò
(a + o)
contracção
contração

[Arcaico] Contracção da preposição a com o artigo ou pronome o.

Confrontar: ó e oh.

ó 1
(latim o)
interjeição

Palavra usada para chamar ou invocar.

Confrontar: oh e ò.

Ver também dúvida linguística: oh/ó.

ó 2
nome masculino

Nome da letra o ou O.

Confrontar: ò.

o |u| |u| 2
(latim ille, illa, illud, aquele)
artigo definido masculino singular

1. Quando junto de um nome que determina.

pronome pessoal

2. Esse homem.

3. Essa coisa.

pronome demonstrativo

4. Aquilo.

Confrontar: ó.

Ver também dúvida linguística: pronome "o" depois de ditongo nasal.

o |ó| |ó| 1
(latim o)
nome masculino

1. Décima quarta letra do alfabeto da língua portuguesa (ou décima quinta, se incluídos o K, W e Y). [É aberto como em avó, fechado como em avô, átono ou mudo como em mudo, e tem o valor de u em o [artigo], etc.]

2. [Por extensão] Círculo, anel, elo, redondo.

3. Quando em forma de expoente de um número, designa que esse número é ordinal, ou significa grau ou graus.

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

4. Décimo quarto, numa série indicada por letras (ou décimo quinto, se incluídos o K, W e Y).

símbolo

5. Símbolo de oeste.

6. [Química] Símbolo químico do oxigénio. (Com maiúscula.)

Plural: ós ou oo.

ô
(latim o)
nome masculino

[Brasil] Palavra usada para chamar ou invocar. = Ó

Confrontar: o.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Oséias 9: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

"Não te regozijes, ó Israel, em exultação, como os outros povos; porque tens te prostituído abandonando teu Deus; amaste o pagamento- de- prostituta sobre todas as eiras de trigo.
Oséias 9: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

753 a.C.
H1524
gîyl
גִּיל
.. .. ..
(.. .. ..)
Substantivo
H157
ʼâhab
אָהַב
amar
(you love)
Verbo
H1637
gôren
גֹּרֶן
eira
(the threshing floor)
Substantivo
H1715
dâgân
דָּגָן
ante, perante / na frente de
(before)
Preposição
H2181
zânâh
זָנָה
praticar fornicação, ser uma meretriz, agir como meretriz
(as with a harlot)
Verbo
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H408
ʼal
אַל
não
(not)
Advérbio
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H430
ʼĕlôhîym
אֱלֹהִים
Deus
(God)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H5971
ʻam
עַם
as pessoas
(the people)
Substantivo
H8055
sâmach
שָׂמַח
regozijar-se, estar alegre
(and you shall rejoice)
Verbo
H868
ʼethnan
אֶתְנַן
pagamento de prostituta, preço
(the wages)
Substantivo


גִּיל


(H1524)
gîyl (gheel)

01524 גיל giyl

procedente de 1523; DITAT - 346a,b; n m

  1. um júbilo
  2. um círculo, idade

אָהַב


(H157)
ʼâhab (aw-hab')

0157 אהב ’ahab ou אהב ’aheb

uma raiz primitiva; DITAT - 29; v

  1. amar
    1. (Qal)
      1. amor entre pessoas, isto inclui família e amor sexual
      2. desejo humano por coisas tais como alimento, bebida, sono, sabedoria
      3. amor humano por ou para Deus
      4. atitude amigável
        1. amante (particípio)
        2. amigo (particípio)
      5. o amor de Deus pelo homem
        1. pelo ser humano individual
        2. pelo povo de Israel
        3. pela justiça
    2. (Nifal)
      1. encantador (particípio)
      2. amável (particípio)
    3. (Piel)
      1. amigos
      2. amantes (fig. de adúlteros)
  2. gostar

גֹּרֶן


(H1637)
gôren (go'-ren)

01637 גרן goren

procedente de uma raiz não utilizada significando suavizar; DITAT - 383a; n m

  1. eira
  2. (DITAT) celeiro, chão de celeiro, local de debulha, lugar vazio

דָּגָן


(H1715)
dâgân (daw-gawn')

01715 דגן dagan

procedente de 1711; DITAT - 403a; n m

  1. trigo, cereal, grão, milho

זָנָה


(H2181)
zânâh (zaw-naw')

02181 זנה zanah

uma raiz primitiva [bem alimentado e portanto libertino]; DITAT - 563; v

  1. praticar fornicação, ser uma meretriz, agir como meretriz
    1. (Qal)
      1. ser uma meretriz, agir como meretriz, cometer fornicação
      2. cometer adultério
      3. ser um prostituto ou prostituta cultual
      4. ser infiel (a Deus) (fig.)
    2. (Pual) agir como meretriz
    3. (Hifil)
      1. levar a cometer adultério
      2. forçar à prostituição
      3. cometer fornicação

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

אַל


(H408)
ʼal (al)

0408 אל ’al

uma partícula negativa [ligada a 3808]; DITAT - 90; adv neg

  1. não, nem, nem mesmo, nada (como desejo ou preferência)
    1. não!, por favor não! (com um verbo)
    2. não deixe acontecer (com um verbo subentendido)
    3. não (com substantivo)
    4. nada (como substantivo)

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

אֱלֹהִים


(H430)
ʼĕlôhîym (el-o-heem')

0430 אלהים ’elohiym

plural de 433; DITAT - 93c; n m p

  1. (plural)
    1. governantes, juízes
    2. seres divinos
    3. anjos
    4. deuses
  2. (plural intensivo - sentido singular)
    1. deus, deusa
    2. divino
    3. obras ou possessões especiais de Deus
    4. o (verdadeiro) Deus
    5. Deus

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

עַם


(H5971)
ʻam (am)

05971 עם ̀am

procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

  1. nação, povo
    1. povo, nação
    2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
  2. parente, familiar

שָׂמַח


(H8055)
sâmach (saw-makh')

08055 שמח samach

uma raiz primitiva; DITAT - 2268; v.

  1. regozijar-se, estar alegre
    1. (Qal)
      1. regozijar-se
      2. regozijar-se (arrogantemente), exultar
      3. regozijar-se (religiosamente)
    2. (Piel) levar a regozijar-se, alegrar, tornar alegre
    3. (Hifil) levar a regozijar-se, alegrar, tornar alegre

אֶתְנַן


(H868)
ʼethnan (eth-nan')

0868 אתנן ’ethnan

o mesmo que 866; DITAT - 2529a; n m

  1. pagamento de prostituta, preço
    1. paga (de prostituta)
    2. referente a idolatria de Israel, Jerusalém, Tiro (fig.)