Enciclopédia de Mateus 7:14-14
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- Livros
- O Evangelho Segundo o Espiritismo
- Nas Pegadas do Mestre
- Parábolas e Ensinos de Jesus
- Livro da Esperança
- Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus
- Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos
- Paulo e Estêvão
- Auta de Souza
- Tende Bom Ânimo
- Sabedoria do Evangelho - Volume 2
- Sabedoria do Evangelho - Volume 4
- Sabedoria do Evangelho - Volume 5
- Sabedoria do Evangelho - Volume 6
- Comentários Bíblicos
- Beacon
- Champlin
- Genebra
- Matthew Henry
- Wesley
- Wiersbe
- Russell Shedd
- NVI F. F. Bruce
- Moody
- Francis Davidson
- John MacArthur
- Barclay
- Dicionário
- Strongs
Perícope
mt 7: 14
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | |
ARC | E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. |
TB | porque estreita é a porta, e apertada, a estrada que conduz à vida, e poucos são os que acertam com ela. |
BGB | ⸀ὅτι στενὴ ἡ πύλη καὶ τεθλιμμένη ἡ ὁδὸς ἡ ἀπάγουσα εἰς τὴν ζωήν, καὶ ὀλίγοι εἰσὶν οἱ εὑρίσκοντες αὐτήν. |
HD | Quão estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram! |
BKJ | Porque estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz à vida, e são poucos os que a encontram. |
LTT | |
BJ2 | Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à Vida. E poucos são os que o encontram. |
VULG | Quam angusta porta, et arcta via est, quæ ducit ad vitam : et pauci sunt qui inveniunt eam ! |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:14
Referências Cruzadas
Provérbios 4:26 | Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem-ordenados! |
Provérbios 8:20 | Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo. |
Isaías 30:21 | E os teus ouvidos ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda. |
Isaías 35:8 | E ali haverá um alto caminho, um caminho que se chamará O Caminho Santo; o imundo não passará por ele, mas será para o povo de Deus; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão. |
Isaías 57:14 | E dir-se-á: Aplainai, aplainai, preparai o caminho; tirai os tropeços do caminho do meu povo. |
Jeremias 6:16 | Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para a vossa alma; mas eles dizem: Não andaremos. |
Mateus 16:24 | Então, disse Jesus aos seus discípulos: |
Mateus 20:16 | |
Mateus 22:14 | |
Mateus 25:1 | |
Marcos 8:34 | E, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: |
Lucas 12:32 | |
Lucas 13:23 | E disse-lhe um: Senhor, são poucos os que se salvam? E ele lhe respondeu: |
João 15:18 | |
João 16:2 | |
João 16:33 | |
Atos 14:22 | confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus. |
Romanos 9:27 | Também Isaías clamava acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. |
Romanos 9:32 | Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei. Tropeçaram na pedra de tropeço, |
Romanos 11:5 | Assim, pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça. |
Romanos 12:2 | E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. |
Efésios 2:2 | em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência; |
I Tessalonicenses 3:2 | e enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de Deus, e nosso cooperador no evangelho de Cristo, para vos confortar e vos exortar acerca da vossa fé; |
I Pedro 3:20 | os quais em outro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO
UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃOUma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.
No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.
DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:
- Abraão, vindo de Berseba (Gn
22: ), avistou o monte Moria (com quase toda certeza nas vizinhancas de Jerusalém) no terceiro dia de sua viagem, e os dois lugares estão separados por cerca de 80 quilômetros.4 - Vindos de Afeque, Davi e seus homens chegaram em Ziclague no terceiro dia (1Sm
30: ) e, aqui de novo, os dois lugares estão separados por apenas pouco mais de 80 quilômetros.1 - Cades-Barneia (Ain Qadeis) ficava a 11 dias de viagem do Horebe (no iebel Musa ou perto dele) pela estrada que passava pelo monte Seir (Dt
1: ), e cerca de 305 quilômetros separam os dois lugares.2 - Uma marcha de Jerusalém para a capital de Moabe (Ouir-Haresete), pelo "caminho de Edom" durava sete dias. e a distância aproximada envolvida nessa rota era de cerca de 185 quilômetros (2Rs
3: ).5-10 - A Bíblia conta que a caravana de judeus liderada por Esdras partiu da fronteira babilônica (quer tenha sido de Hit, quer de Awana) no dia 12 do primeiro mês (Ed
8: ) e chegou em Jerusalém no dia primeiro do quinto mês (Ed31 7: ), o que significa que a jornada levou pouco mais de três meses e meio. Tendo em vista a rota provável percorrida por Esdras e seus compatriotas (8.22,31 - 0 caminho mais curto e mais perigoso adiante de Tadmor, eles viajaram cerca de 1.440 quilômetros em pouco mais de 100 dias, mas o tamanho e a composição de sua caravana podem ter impedido médias diárias maiores.9
Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At
A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.
A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.
A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.
VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Vai, minha boa irmã, segue, aproveita A existência esposada com Jesus!… Atende ao pobrezinho, aos órfãos nus, Não desprezes os bens da “porta estreita”. (Mt 7:14) É feliz para sempre a alma que aceita O testemunho em lágrimas da cruz. A dor do sacrifício é como a luz Que abre o caminho para a “vida eleita”. Guarda a esperança pela vida em fora, Sê a verdade e o bem para quem chora, Não te atormente a estrada mais sombria. Vence as tristes jornadas escabrosas, E hás de ver a manhã de luz e rosas Na claridade eterna da alegria!… |
(“” — GEF 1ª edição 20-6-1962.)
Diversos
Tende Bom Ânimo
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavier e Carlos Baccelli
Diversos
“Estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida…” — Jesus (Mt 7:14)
Nos domínios da alma, não há conquista sem merecimento e não existe merecimento sem trabalho.
O caminho da ilusão é de fácil acesso, mas o que conduz à vida plena constitui permanente desafio e somente conseguem percorrê-lo os que já sabem renunciar.
A porta da felicidade que procuramos abrir-se-á com a chave do dever cumprido.
Jesus traçou o caminho que precisamos percorrer por nós mesmos, sustentando nos ombros a cruz das provas remissoras.
Ninguém avança sozinho. Os que seguem à frente nos auxiliam, mas, por nossa vez, devemos socorrer aos companheiros da retaguarda.
Prossigamos nos passos do Senhor e nada nos desnorteará.
(Psicografia de Carlos A. Baccelli)
Referências em Outras Obras
CARLOS TORRES PASTORINO
Sabedoria do Evangelho - Volume 2
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 48
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 7:13-14
13. Entrai pela porta estreita: porque larga é a porta e espaçosa a estrada que conduz à perdição, e são muitos os que por ela entram,
14. mas estreita é a porta e apertada a estrada que conduz à vida, e poucos são os que a encontram
LC 13:23-30
23. Alguém perguntou-lhe: "Senhor, são poucos os que se salvam"? Respondeu-lhes;
24. Forcejai por entrar pela porta estreita, porque vos digo que muitos procurarão entrar e não serão capazes
25. Quando o dono da casa se tiver levantado e houver fechado a porta, e vós, do lado de fora, começardes a bater, dizendo: "Senhor, abre-nos" e ele vos responder: "Não sei donde sois",
26. então começareis a dizer; "nós comemos e bebemos em tua presença e tu ensinaste em nossas praças.
27. E ele vos dirá: "não sei donde sois; retiraivos de mim todos vós que praticais a iniquidade".
28. Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes no reino de Deus Abraão, Isaac e vós excluídos dele.
29. Muitos virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e hão de reclinar-se à mesa do reino de Deus.
30. E então há últimos que serão primeiros e primeiros que serão últimos.
O texto é de suma clareza: o caminho do aperfeiçoamento é difícil e é mister esforçar-se, "forcejar" (agônízesthe) para passar pela porta estreita. Já a permanência no mesmo nível evolutivo, ou o retrocesso, são fáceis: tal como subir ou descer árdua montanha.
Em Lucas, Jesus não responde à pergunta a respeito do número dos que "se salvam"; apenas adverte que não adiantam a fé e a devoção: indispensável o esforço "com luta pessoal. Também de nada vale a procedência (a raça), nem tampouco o rótulo doutrinário e religioso. Os "salvos" chegarão de todas as partes e raças. E muitos dos que "parecem" últimos, são os primeiros, e vice-versa. Falando aos sacerdotes e doutores, disse Jesus: "em verdade vos digo que os pecadores e as meretrizes entrarão primeiro que vós no reino dos céus" (MT 21:31).
A elucidação das dificuldades, que o "espírito" encontra na subida evolutiva, corresponde a uma realidade palpável, que todos experimentamos. De fato, poucos são os que se esforçam por subir. A grande massa da humanidade ainda vive no comodismo da matéria, nos interesses imediatos, na "estrada da perdição", não no sentido de "inferno" nem de perdição "eterna", mas no de desvio do caminho certo: estão "perdidos" no matagal das ilusões, nas florestas dos enganos.
Já os que acertam com a porta (e poucos são os que acertam, pois alguns pensam que se trata de devo ção piedosa, outros de estudos cerebrais de vocábulos, outros de ações taumatúrgicas e milagreiras, outros de puro mediunismo mecânico, outros de conversas com desencarnados, e tantas outras ilusões posições de corpo, exercícios de yoga, etc. etc.), esses que acertam com a porta da evolução real, sabem que o caminho é "para dentro".
Então, Jesus não responde à ideia errada, de haver, no final, um grupo de salvos e outro de perdidos eternamente. A ideia é falsa, não merece respondida: mas esclarecimento, sim. Isso faz o Mestre, advertindo que não bastam os atos externos, sejam de religião e devoção, sejam de convivência com Ele ("comemos e bebemos contigo"), nem o acolhimento que Dele tenham feito ("falaste em nossas praças"). Há uma só coisa essencial: EVOLUIR, e fazê-lo de dentro para fora.
E não julguemos pelas aparências (já o vimos ao fala, do julgamento"), pois muitos que parecem pecadores, são mais santos, do que aqueles que se apresentam como virtuosos.
Não percamos de vista, outrossim, que muitos que procuram entrar no "reino" (ter o Encontro Sublime), não no conseguem: falta de evolução. Não se trata de falta de merecimento, já que não é este que determina a possibilidade do Encontro e do Mergulho, e sim o grau evolutivo de cada um: não é o fato de o cálice ser de ouro, que o fará ter maior capacidade de conteúdo do que uma jarra de barro ordin ário.
Sabedoria do Evangelho - Volume 4
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 16:24-28
24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.
26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?
27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.
28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1
34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.
36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?
37. E que daria um homem em troca de sua alma?
38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".
LC 9:23-27
23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.
24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.
25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?
26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.
27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.
Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.
Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.
Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.
Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).
As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.
No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.
Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:
1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).
2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);
3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).
Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).
O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.
Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.
A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.
Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?
O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.
As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.
Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").
E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).
A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.
Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.
O versículo seguinte apresenta variantes.
MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.
MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).
LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).
E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.
Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.
Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.
A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;
Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).
Penetremos mais a fundo o sentido.
Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.
Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.
Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.
Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.
O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.
Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.
Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.
Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".
Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).
Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).
Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?
Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).
Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).
No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.
Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-
Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).
A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.
Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.
SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).
Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.
Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).
A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.
Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).
E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).
Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...
Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.
Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).
Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.
Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.
Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.
Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.
E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:
a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;
b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).
c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.
Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.
No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.
Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.
O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.
Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.
A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE
Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.
DEUS NO HOMEM
Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.
A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).
O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).
Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).
Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.
De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".
A CONCEPÇÃO DO HOMEM
O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).
Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;
2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;
3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.
Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".
Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;
B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;
C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).
No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.
ENCARNAÇÃO
Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.
Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.
COMPARAÇÃO
Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.
Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).
Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;
B - a Antena Emissora, que produz as centelas;
C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.
Mal comparando, aí teríamos:
a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;
b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida
c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.
Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:
a) - a captação da onda
b) - sua transformação
c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;
B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).
Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).
Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).
Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.
Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive
—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.
Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ
ό CRISTO - coração (Centelha)
πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ
ξ carne (Corpo)
A - O EMPREGO DAS PALAVRAS
Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.
KARDÍA
Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).
Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.
MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;
4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;
9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);
RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;
Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.
2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.
NOÚS
Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).
Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado
14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).
LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.
4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.
PNEUMA
Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;
2. ª Tim. 2:7; HB 11:13
1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).
Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:
a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.
(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.
b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.
A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.
Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.
2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).
Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).
Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.
Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :
a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.
b) - pneuma como espírito desencarnado:
I - evoluído ou puro, 107 vezes:
MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.
II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:
MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.
c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)
d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.
PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).
ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.
DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)
MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.
Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;
8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).
II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:
• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);
• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);
• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).
Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).
Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).
DIÁNOIA
Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).
PSYCHÊ
Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).
A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).
No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;
Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .
Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.
Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.
O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).
Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.
não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:
EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.
EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.
1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.
EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.
SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.
Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)
SOMA
Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).
Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.
No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);
MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).
HAIMA
Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.
O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.
A palavra é assim usada no N. T. :
a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;
b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).
c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).
d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).
SÁRX
Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".
Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.
B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS
Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.
Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.
INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM
Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.
Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).
Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).
Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:
1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".
2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.
3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.
4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao
. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.
5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).
Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).
O CORPO
Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.
Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).
Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).
Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).
Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).
Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).
Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.
Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".
Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.
Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus
sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.
Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.
ALMA
Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.
Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).
A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.
Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.
atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.
A MENTE
Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.
E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).
A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.
Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).
O CORAÇÃO
Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.
Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.
Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).
Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:
a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;
b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;
c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.
a) -
A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).
Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).
Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;
E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).
Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).
Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ
ι.
Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).
Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.
E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)
Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ
ν.
João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).
θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ
ν.
b) -
Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).
E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).
A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).
A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).
E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).
Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).
Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).
c) -
Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.
Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.
Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.
Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).
Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.
Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.
Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).
#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό
ς.
Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".
E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".
Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.
Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).
#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ
ν.
Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).
Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ
ν).
Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".
Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.
Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".
Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).
Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).
A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.
ESCOLA INICIÁTICA
Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.
Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.
Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.
Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.
Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).
Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.
A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).
E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".
Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.
TERMOS ESPECIAIS
Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.
Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.
Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.
Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.
Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".
Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.
Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.
Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).
Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.
Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).
Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).
Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.
Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.
Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.
Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.
Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.
Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.
Mystagogo o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.
Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.
Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).
Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").
Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.
Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.
Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).
Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.
Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.
Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.
Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.
Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".
Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.
Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).
Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.
Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .
Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.
Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.
Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.
Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.
TRADIÇÃO
D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".
Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.
O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).
Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".
No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.
Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).
O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.
E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).
"PALAVRA OUVIDA"
A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).
Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.
Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).
Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).
O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).
O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).
Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.
Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).
Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".
Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".
A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.
Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.
DYNAMIS
Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.
Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.
Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.
Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).
EON
O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;
MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.
Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.
A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).
DÓXA
Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).
Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".
Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.
Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).
MISTÉRIO
Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.
Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:
1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);
2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.
Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).
O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).
O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).
Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).
O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).
O PROCESSO
O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.
Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:
1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.
2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.
3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.
Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".
4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.
5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.
6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.
7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".
Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.
Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.
O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).
NO CRISTIANISMO
Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.
então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).
No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").
No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.
Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.
Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.
E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.
A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).
Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".
Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).
Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).
Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.
CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.
através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.
Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.
Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;
V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.
Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.
TEXTOS DO N. T.
O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.
A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).
B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".
Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".
1. ª Cor. 2:1 "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".
1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".
1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".
EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"
EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".
EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".
EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.
EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".
CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".
CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".
CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".
2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".
1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".
1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".
No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.
CULTO CRISTÃO
Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".
Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).
Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).
Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).
OS SACRAMENTOS
O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".
No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.
Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,
2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.
2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).
3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.
4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.
Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é
verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).
5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.
6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.
7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".
Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.
Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.
Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.
Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.
Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.
Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.
Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.
Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.
A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.
E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.
Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.
No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.
Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?
Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.
Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.
Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").
Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).
Sabedoria do Evangelho - Volume 5
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 18
CARLOS TORRES PASTORINO
JO 10:1-9
O trecho que acabamos de ler, bem como o próximo, parecem ser a continuação da conversa de Jesus com o ex-cego e com seus discípulos. Após a simbologia dos cegos e videntes, vem o ensino que João resumiu, de como penetrar na Escola de Jesus, a "Assembleia do Caminho", e conseguir o ambicionado objetivo.
Inicia com uma parábola a que João chama um "provérbio" (paroimía) palavra que aparece aqui e mais duas vezes (JO 16:25 e JO 16:29). O termo "parábola" só é empregado nos três sinópticos (47 vezes) e na epístola aos hebreus (2 vezes), e nunca em João nem em Paulo.
Interessante observar que essa parábola é iniciada com a fórmula solene das grandes verdades: "amén, amén", o que levanta logo a suspeita de que se trata de profundíssimo ensino que João esquematizou em forma de parábola.
É uma comparação pastoril que opõe a situação do pastor num redil à do ladrão que vem roubar. Segundo o costume palestiniano da época, o rebanho era recolhido à noitinha num aprisco, cercado de muro baixo de pedras, enquanto os pastores iam dormir, só ficando de atalaia um porteiro. Pela manhãzinha vinham os pastores buscar suas ovelhas, o que faziam emitindo cada um seu grito gutural próprio. As ovelhas conheciam a voz de seu pastor e o seguiam para as pastagens frescas, grudadas a seus calcanhares. Era comum dar nomes aos principais animais do rebanho, as guias ou "madrinhas".
Já se qualquer estranho quisesse penetrar no cercado, tinha que pulá-lo, porque o porteiro não o deixaria entrar; e se o conseguisse, não adiantaria procurar imitar o grito do pastor, porque as ovelhas, não lhe reconhecendo a voz, não o seguiam e até fugiam, amedrontadas.
A palavra empregada, que acompanhando a tradição utilizamos na tradução como "ovelhas", é próbaton, que exprime qualquer animal de quatro patas (ou melhor, que caminhe para a frente), mas designa mais especialmente o gado lanígero (ovelhas, cordeiros, carneiros). Nada impede que se utilize a palavra "ovelhas".
Os discípulos não percebem a lição dessa parábola. Jesus a explica: "eu sou a porta das ovelhas"; só quem entrar por mim será salvo. A expressão "entrar e sair" é semítica, e manifesta a liberdade de ir e vir (cfr. NM 27:17; DT 31:2 e DT 31:1SM 17:15).
O vers. 8 é violento: pántes hósoi êlthon, "todos quantos vieram", prò einoú, "em meu lugar", kléptai eisin kaì lêptaí, (observemos a assonância, tanto mais que o kai era popularmente elidido na conversação) "são ladrões e assaltantes". A locução prò emoú pode ser interpretada como adjunto temporal, "antes de mim", ou como locativo, "em meu lugar", isto é, fazendo-se passar pelo Cristo. Talvez houvesse uma alusão aos que, havia pouco, se haviam dito "messias": JUDAS, o galileu (cfr. AT 5:37), natural de Gamala, que é chamado por Flávio Josefo ora Gaulonita (Ant. JD 18, 1, 1) ora o galileu (Ant. JD 18, 1, 6; 20, 5, 2; Bell. JD 2, 8, 1; 17, 8, 9; 7, 8, 1). Segundo esse historiador, foi ele o fundador da seita dos zelotes (designativo de Simão, um dos doze discípulos de Jesus, LC 6:15 e AT 1:13). Morreu em 6 A. D. em combate com os romanos; e TEUDAS (cfr. AT 5:36) só conhecido por essa citação, e que talvez seja o Simão citado por Flávio Josefo (Bell. JD 2, 4, 2; Ant. JD 17, 10, 6), assassinado pelas autoridades. Ambos combatiam o domínio romano, atribuindo-se as qualidades do messias.
Mas se a interpretação aceitar o "antes de mim", essa frase englobaria todos os profetas e avatares anteriores a Jesus o que não seria fácil de explicar. Donde talvez o melhor sentido seja "em meu lugar", o que seria confirmado por Mateus (24:24) e Marcos (Marcos 13:22), quando falam que outros pseudo-cristos aparecerão na Terra, os quais "enganariam até os escolhidos, se fosse possível".
Aqui se nos depara mais um ensinamento simbólico e iniciático.
Vejamos, primeiro, o simbolismo. Observemos que os elementos citados são: a porta, o aprisco, o pastor, o ladrão, as ovelhas, o porteiro, a voz e a pastagem.
Num plano restrito encontramos:
- ovelhas - as células do corpo humano
- aprisco - o corpo humano
- ladrão - a matéria, as sensações, as emoções
- porteiro - a intuição
- pastor - o Pai
- voz - a consciência
- porta - o Cristo Interno
- pastagens - a espiritualidade
A ação assim se desenrola: as ovelhas ou células do corpo humano, individuações conscientes que trabalham ativamente e sem descanso para ajudar a evolução do Espirito, vivem no aprisco do corpo das criaturas. Mas acontece que, por vezes, surgem os ladrões e assaltantes, que são as sensações, emoções e até o intelecto, que sobem vindo de outro lugar, isto é, do polo negativo do Antissistema, metaforicamente situado "em baixo". Daí ter sido usado o termo "sobem". Não podem entrar quando o porteiro, a intuição, lhes percebe as más intenções e proíbe o avanço. Às vezes, porém assaltam com violência atraindo-nos com desejos incontrolados (soberba, avareza, sensualidade, inveja, gula, ira e preguiça) que nos roubam a paz, turbam a visão e atrasam na caminhada evolutiva. Mas as ovelhas (células) ouvem a voz do Pastor, a voz silenciosa da consciência, o SOM do Pai que é o Bom Pastor, e que penetra em nós pela porta, que é o Cristo Interno. Essa porta não apenas serve de entrada para a orientação superior, como também é utilizada para a saída, a fim de que as células (e o homem) evoluam.
Só através do Cristo Interno, essa PORTA divina em nós, poderemos evoluir, alcançando as pastagens, a espiritualidade, e a liberdade de ir e vir, sem estar sujeitos ao ciclo fatal das reencarna ções compulsórias. Só por meio do Cristo Interno a criatura poderá elevar-se do astral ao mental e a outros planos superiores.
Num plano mais amplo, temos:
- ovelhas - as criaturas humanas, células do corpo de Jesus;
- aprisco - a humanidade do planeta Terra;
- ladrão - elementos inferiores rebeldes, intelecto;
- porteiro - intuição;
- pastor - o Pai;
- voz - Jesus;
- porta - o Cristo;
- pastagem - o planeta espiritualizado.
Já vimos que as células, individuações conscientes, evoluem gradativamente, passando pelo estágio animal até chegar, após milênios sem conta, ao estágio hominal. Firmemos bem o princípio de que as células são constituídas da parte física (corpo material), do etérico, do astral, do mental (concreto e abstrato), do psiquismo (ainda não é pneuma, Espírito, grau que o psiquismo atingirá somente quando chegar ao estágio hominal) e da Centelha Divina.
Aqui cabe mais um passo na explicação a respeito da Centelha Divina e da Mente, que dissemos estar.
no homem, "localizada" no coração. Como então, existe em cada célula? A Centelha divina, já o dissemos, (vol. 4) não se localiza, pois é infinita e não se destaca do Todo. O que existe no coração é o PONTO DE CONTATO, a "antena" que entra em sintonia com o Cristo. Na célula, como em tudo está toda a Divindade, a Centelha e a Mente, ou seja, cada célula tem seu PONTO DE CONTATO. Afirmamos que o homem é uma condensação da Centelha e da Mente: ora, "condensar" é reduzir, e não ampliar. A Centelha com sua Mente, infinitas ambas, se reduzem a um ponto material, mas permanecendo infinitas como a Divindade de que fazem parte e da qual não se destacam (nada se pode tirar nem acrescentar ao que é infinito). Portanto, a Centelha com sua Mente, no homem, permanecem infinitas, embora no "coração" haja um "ponto capaz de entrar em sintonia, de vibrar em uníssono, com a Divindade. Então, nossa Centelha e nossa Mente são infinitamente maiores que nosso próprio corpo, e o envolvem e se estendem ilimitadamente. Nós constituímos uma condensação material delas. Talvez um exemplo, dado por Sérgio Mondaíni, faça compreender bem a coisa. No Oceano Atlântico, formase, em determinado ponto, pequeno cristal de sal. É a condensação da água salgada, mas continua mergulhado no Oceano que o envolve e interpenetra. Nesse pequeno cristal de sal, existe um "ponto de contato" com o Oceano, e por isso dizemos que naquele ponto" se localiza, no cristal, o Oceano.
Assim acontece conosco. E tal como nesse pequeno cristal, endurecido, cristalizado, a água não pode movimentar-se à vontade, porque está "condensada em sólido", assim, em nós, a Centelha e a Mente não podem agir livremente, porque estão "condensadas" na matéria, e só podem agir através do cérebro físico material com seus neurônios. No entanto, nossa Mente continua infinita, UNA com o Cristo, apesar de nosso cérebro físico não ter conhecimento disso porque se "destacou" ou "se isolou" do conjunto, mesmo continuando mergulhado nele, tal como a cristalzinho de sal no Oceano Atlântico. O objetivo que procuramos é fazer que esse cristal novamente se desfaça e se perca no Oceano, ou seja, que aprendamos a superar nossa personagem física, para (através do ponto de contato do coração mas não nele) podermos novamente infinitizar-nos no Todo Infinito. Acreditamos que ficou tudo claro.
As células são, pois, seres verdadeiramente completos, a caminhar na escala evolutiva. As células físicas, que vemos em nosso corpo, são a materialização ou condensação (encarnação) de seres vivos, já animais, embora monocelulares, que se encontram nos primórdios da evolução.
Ora, desde que chegamos pelo menos, ao estágio hominal, as células que nos acompanham e ajudam na evolução, são AS MESMAS, até o final de nosso progresso. Não as mesmas fisicamente (a duração máxima da vida físico-material de uma célula é de sete anos, excetuadas as do sistema nervoso), mas mentalmente, pois quando perdem o corpo físico (desencarnam) adquirem outro (reencarnam) imedi ata e automaticamente, no mesmo local e com as mesmas funções. Poderão mudar de funções entre um desencarne nosso e outro (se largamos o corpo astral) a fim de irem treinando as diversas tarefas que lhes forem cometidas.
Daí termos aventado a hipótese (vol 1) de que a atual humanidade do planeta Terra é constituída das células já evoluídas ao estágio hominal, do corpo que serviu a Jesus em sua evolução há milhões de séculos ou milênios, e por isso foi ele o encarregado de construir este planeta como habitat de SUAS antigas células, para ajudar e dirigir a evolução dos que também O ajudaram a evoluir a seu tempo, e isso sob a orientação de Espíritos superiores a Ele (por exemplo, Melquisedec, cfr. HB 4:14; HB 5:6-10; 6:20 e cap. 7). Então, o planeta Terra é o aprisco em que se reúnem todas as suas ovelhas; mas os elementos inferiores, provenientes do Anti-sistema, com o intelecto ainda rebelde e não iluminado, procuram roubar essas ovelhas para outros caminhos tortuosos, apesar dos esforços do porteiro (intuição) que ouve a VOZ (SOM) do Pai, através dos avatares que nos mostram o caminho.
Ora, falando o Cristo Interno, diz-nos que é a PORT A. através da qual nos chega a Voz do Pastor (o Pai), e através da qual, pela união atingiremos a unificação e infinitização com o Pai, a perfeita SINTONIA com o SOM. Só com esse trabalho evolutivo, através do Cristo, conseguiremos a liberdade de ação espiritual e as pastagens, isto é, a vida liberta no planeta espiritualizado. Sem essa união através do Cristo, nada se conseguirá.
No campo da iniciação sabemos que há uma passagem estreita e difícil, que os Espíritos têm que atravessar para atingir o estágio superior. Há um ponto-chave, uma angustura, que é a passagem da personagem à individualidade, a perfeita metánoia ou mudança da mente ou pensamento, que deixa de agir através da mente concreta (intelecto) para fazê-lo diretamente por meio da mente abstrata (ou Mente), com o indispensável desapego total (ou o abandono, se necessário, na vida monacal) de todos os contatos inferiores (matéria, sensações, emoções, intelectualismo) que são definitivamente superados.
E só um meio existe de atravessar essa passagem estreita, conforme foi ensinado: "entrai pela porta estreita... poucos são os que a encontram" (MT 7:13-14) e "forcejai por entrar pela porta estreita, porque vos digo que muitos procurarão entrar e não serão capazes" (LC 13:24. cfr. vol. 2), Pois o Cristo é essa PORTA ESTREITA, mas segura e garantida. Se conseguirmos atravessá-la, teremos liberdade de entrar e sair e pastagens maravilhosas.
Realmente, a passagem através do Encontro com o Cristo Interno (que é também externo e infinito) é das mais difíceis de conseguir na senda evolutiva. Mas há que atravessar essa porta, para alcançar "o outro lado" das pastagens, para conseguirmos passar da matéria ao Espirito. E esse passo só o conseguiremos dar enquanto mergulhados na carne (o cuspo, misturado com a terra, é que possibilita a visão). Tentemos com todas as nossas forças e não desanimemos de tentá-lo, ainda que levemos nessa luta dez, vinte ou cinquenta encarnações.
Sabedoria do Evangelho - Volume 6
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO
LC 17:20-21
Estes dois versículos de Lucas, que acabamos de ler, constituem uma das lições mais sublimes e profundas.
Já por várias vezes fora comentado o "reino de Deus" ou "reino dos céus" (expressão esta preferida por Mateus, para "não tomar em vão o nome de Deus"), mas sempre por meio de comparações e de parábolas. Mas jamais foi definido por Jesus, por impossibilidade de definir-se o indefinível, ou de descreverse com o intelecto finito o infinito.
Aqui, porém, é feita uma pergunta quanto ao tempo: QUANDO virá?
Esperavam todos que esse "reino" fosse humano (apesar de "divino"), e que viria com reis, áulicos, ministros e exércitos, e que terminaria com o domínio romano odiado. Mas quando, finalmente, surgiria no cenário palestinense ?
A resposta merece análise minuciosa: ouk érchetai (não vem), he basiléia toú theoú (o reino de Deus) metà paratêrêseôs (com ostentação, isto é, de modo ostensível: não pode ser observado de fora de forma visível); oudè eroúsin (nem dirão) idoú hôde hê ékei (ei-lo aqui ou ali); idoú gár (eis porque) he basiléia toú theoú (o reino de Deus) entòs humôn estin (dentro de vós está).
Grande número de traduções autorizadas e aprovadas transforma o "DENTRO" (entós) em "entre vós", sob as mais ocas alegações.
Esta é a palavra mais clara do Cristo, sem alegorias nem símbolos, a respeito do reino de Deus. Toda pergunta deve ser respondida com a Verdade, seja feita por quem for. E esta é uma lição secundária que depreendemos do texto. Porque se quem indaga não está à altura de entender, não entenderá.
Mas se estiver preparado, perceberá todas as sutilezas. A resposta foi de clareza meridiana, e no entanto, não dizemos os fariseus, mas nem mesmo as que "se dizem" cristãos, a têm compreendido, e torcem a transparência das palavras. Damos a prova: "entos cum genitivo, intus, in, intra; vix in cordibus Pharisaeorum, ergo potius intra, apud vos" (Max Zerwick, S. I., "Aná1ysis Philológica", Romae,
1960, pág. 186); isto é: "entòs, com genitivo, dentro, em, no interior de, dificilmente nos corações dos fariseus, logo, é antes no interior de, no meio de vós" ... Assim se procura modificar uma palavra certa, desde que não se compreenda algo diferente da própria crença formulada pela vaidade humana.
Já vimos (vol. 1) que o reino de Deus ou reino dos céus não é um reino terreno, mas um estágio evolutivo, assim como dizemos reino mineral, reino vegetal, reino animal, reino hominal, também dizemo "reino celeste, divino ou de Deus ou dos céus". Trata-se de um passo acima do reino hominal. Quando os homens, feita sua evolução através do reino humano, podem libertar-se dele, e passam a ser a consequência ou o resultado do reino hominal, atingindo o estágio de "filhos do homem", conseguem" entrar" no reino dos céus ou reino de Deus, pois este chega ou vem, e desabrocha, floresce, frutifica
...
O reino de Deus está dentro de nós, por mais atrasados que estejamos, tal como a árvore está na semente; tal como a borboleta está na lagarta; tal como a ave está no ovo; tal como o corpo do homem está no óvulo fecundado pelo espermatozoide; tal como o adulto está no recém-nascido.
A questão é de conscientização e desabrochamento. Mas todos chegaremos a "entrar" no reino dos céus, da mesma forma que os animais "entrarão" no reino hominal.
Daí não poder dizer-se QUANDO virá: todos entrarão nele, mas cada um por sua vez, quando tudo concorrer para isso.
O reino dos céus, ou reino de Deus, que está dentro de vós, é o CRISTO DIVINO, a terceira manifestação da Divindade, que constitui a essência ultérrima de todas as coisas criadas; é o terceiro aspecto de Deus Espírito Santo, a LUZ, que quando emite o SOM (Pai, Verbo), provoca o nascimento do FILHO, a força cristônica que emerge e é, em todos os lugares e todas as coisas.
O reino de Deus é o passo gigantesco de avanço espiritual, que não se vê de fora, que não pode ser observado por olhos humanos, que chega silencioso como o nascer do sol, quando sem o menor ruído envolve de luz a Terra. É a transmutação do homem vulgar no gênio, a transformação do ignorante no sábio, a mudança do homem comum em santo, a libertação definitiva do plano animal. Em grande parte, a humanidade já compreendeu que há coisas superiores na criatura humana, tanto que abandonou a antiga definição: "O homem é um animal racional". Era, sim. E muitos ainda assim se revelam nas atitudes, nas palavras e nos pensamentos. Mas hoje já sabemos, já aprendemos, pelas lições trazidas pelos Manifestantes Divinos, que o homem é uma Centelha divina, a perambular pelo globo terráqueo em busca da perfeição.
O reino dos céus é a Felicidade Total conquistada ainda na Terra, apesar das dores e sofrimentos, de carências e humilhações.
Quem entrou uma vez no reino dos céus, dele não sai mais, embora tudo tenha contra ele, até o martírio do corpo e a morte da personagem terrestre.
O reino de Deus está DENTRO DE NÓS: desenvolvamo-lo com todas as nossas energias e nossos esforços; é a única coisa que vale a pena procurar e possuir.
Vendamos todas as nossas pérolas, para conseguir essa pérola mais preciosa que todo o planeta (MT 13:45); desfaçamo-nos de tudo o que possuímos, para adquirir o campo onde está enterrado o tesouro valioso (MT 13:44); coloquemos o fermento da fidelidade absoluta, para fazer crescer dentro de nós mais rapidamente o amor (MT 13:33). De qualquer modo, temos que AGIR, pois nem todo o que apenas é devoto e diz "Senhor, Senhor" conseguirá entrar no reino dos céus (MT 7:21), já que a porta é estreita (MT 7:14). Mas uma coisa é certa: temos que buscar em primeiro lugar o reino dos céus e sua perfeição, porque, então, todas as coisas nos serão acrescentadas" (MT 6:33).
Qual o segredo, ou a técnica, para conquistá-Lo?
Para ensinar isso, os quatro evangelistas nos deixaram as preciosas anotações do ensino do Mestre Nazareno. Aí estão todos os passos necessários e todas as técnicas e segredos; tudo. E como o Pai ama a todos os seus filhos, não apenas aos judeus e aos ocidentais, há outras revelações na Índia, no Tibet, na Pérsia, etc. todas com o mesmo objetivo. Cabe à humanidade saber vê-las e praticá-las.
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
E. A VIDA DOS DISCÍPULOS, Mt
1. Advertências e Exortações (7:1-23)
a) Censura (7:1-5). Um espírito crítico é uma negação da verdadeira religião. Este era um dos piores defeitos dos fariseus. Assim, Jesus advertiu os seus seguidores: Não julgueis, para que não sejais julgados (1). Usando o termo no sentido popular, pode-ríamos parafrasear assim: "Não seja crítico, ou você será criticado". Uma tradução livre ainda melhor seria: "Não condene os outros, ou você mesmo será condenado". Como Buttrick diz: "A censura crítica é um bumerangue"." O problema de julgar os outros é que nos colocamos acima daqueles que julgamos. Bowman e Tapp traduzem assim este versículo: "Não se 'sente no tribunal' a não ser que você tenha vindo para ser julgador.' Oswald Chambers adverte os seus leitores: "Cuidado com qualquer coisa que o coloque no lugar de uma pessoa superior"."
Deve ser notado que vários comentaristas interpretam a segunda oração do primei-ro versículo como se referindo ao dia do juízo final. Se julgarmos os outros seremos julga-dos por Deus (ou Cristo).
No versículo 2, Jesus declara, de forma dupla, um dos princípios básicos da vida. Ele pode ser colocado mais brevemente desta forma: "Você recebe o que você dá". Dê um sorriso e você receberá um sorriso; dê um resmungo e você receberá um resmungo.
Então Jesus ilustrou a incoerência de um espírito crítico (3-5). Um homem vê um argueiro (3) – "grão" ou "lasca" – no olho de seu irmão e quer tirá-lo. Mas na verdade ele tem uma trave ou "tronco" em seu próprio olho. O Mestre sugeriu que seria melhor para o crítico tirar primeiro a trave de seu próprio olho, para que ele pudesse enxergar mais claramente a fim de tirar o argueiro do olho de seu irmão.
Jesus estava, obviamente, falando por meio de uma hipérbole. Mas Ele estava usan-do o forte princípio pedagógico de que as pessoas se lembram mais facilmente daquilo que lhes parece mais ridículo. Ninguém jamais poderia se esquecer do quadro que ele pintou aqui.
Alguém que mostra um espírito agressivo e crítico ao criticar um defeito insignifi-cante em um companheiro cristão, na verdade tem uma tora de madeira em seu próprio olho. A falta de amor sempre distorce a visão. O que Jesus está dizendo é: Você não pode ajudar outro companheiro até que tenha se livrado dessa atitude crítica que possui.
- Consagração (7.6). A maioria dos comentaristas interpreta este versículo como uma advertência contra compartilhar ricas verdades espirituais com ouvintes indignos. Jones, no entanto, opõe-se a esta opinião, alegando que ela não se encaixa no contexto, nem representa o pensamento de Cristo. Assim, ele oferece a seguinte interpretação alternativa: "Não devemos tomar a parte santa da personalidade que está sendo aperfei-çoada, e dá-la aos cães do desejo, nem tomar as pérolas da nossa vida espiritual e lançá-las aos porcos, aos nossos apetites mais baixos, para que eles não pisem a parte santa no lamaçal, e, voltando-se, despedacem o bem mais precioso que possuímos, ou seja, a nossa vida espiritual".'
- Pedir (7:7-12). Pedir, buscar, bater. O primeiro sugere uma oração sincera, o se-gundo uma oração fervorosa, e o terceiro uma oração desesperada. É talvez sugerido — e a experiência parece apoiar este pensamento — que às vezes é necessário simplesmente pedir (7) a fim de obter a resposta. Se ela não vier, deve-se começar uma oração perseve-rante; deve-se buscar. Se a resposta ainda estiver demorando, pode ser necessário ba-ter, em uma oração desesperada, e até mesmo agonizante. Mas a promessa é que todos esses tipos de oração serão recompensados (8).
Alexander Maclaren tem um sermão baseado nesta passagem chamado "A Nossa Batida". Ele analisa a verdade através de perguntas investigativas:
1) A quem estas exortações são corretamente dirigidas?
2) Em que parte da vida estas promessas são verdadeiras?
3) De que condições dependem estas promessas?
Jesus usou a analogia de um pai humano. Nem um dos seus ouvintes daria ao seu filho uma pedra por pão, ou uma serpente por um peixe (9-10). A conclusão, então, é que se nós, sendo maus — "mau como você e eu somos em comparação com o Pai"' -damos boas coisas aos nossos filhos, quanto mais o Pai Celestial dará boas coisas — e Lucas traz a expressão "o Espírito Santo" (Lc
A chamada regra de ouro (12) resume a lei e os profetas; isto é, o Antigo Testamen-to. O cristianismo não é nada menos, mas é algo mais.
A regra de ouro havia sido declarada na forma negativa antes da vinda de Cristo. Confúcio disse: "Não faça aos outros o que você não gostaria que fizessem a você". Os mestres judeus tinham um ditado similar. Mas é geralmente reconhecido que Jesus foi o primeiro a apresentá-lo de uma forma positiva. Isso é algo muito diferente. Deixar de ferir é uma coisa; estender uma mão para ajudar, é outra. Esta atitude positiva é ilustra-da pela parábola do Bom Samaritano (Lc
- Dois Caminhos (7:13-14). A idéia de dois caminhos é familiar no Antigo Testa-mento (cf. Sl 1; Jr
21: ). Mas Jesus chamou a atenção para as portas. Estreita (13) ; a mesma palavra do versículo 14. A tradução literal é "apertada". O termo grego para larga significa "espaçosa". O "cristianismo do caminho largo" não levará ninguém para o céu. Este é um pensamento solene que Jesus declarou; poucos encontrari-am o caminho que leva á vida.8 - Falsos Profetas (7:15-20). Jesus teve que advertir os seus discípulos contra aque-les que viriam vestidos como ovelhas. Eles ajuntariam o rebanho de crentes, como se fossem um com eles, mas interiormente (15) seriam lobos devoradores. A igreja de Jesus Cristo tem sido afligida por esses falsos profetas ao longo de toda a sua história. Eles às vezes têm feito muito para destruir o rebanho Como podem ser reconhecidos? Por seus frutos os conhecereis (16).
Cristo usou a analogia de vinhas e árvores frutíferas. Cada uma produz seus pró-prios frutos. Se a árvore for má, os frutos serão maus. O inverso também é verdadeiro. A árvore que não produz bons frutos corta-se e lança-se no fogo. Esta é uma advertên-cia solene. Aqueles que não estão produzindo bons frutos não pertencem a Cristo (19).
- Falsa Profissão de Fé (7:21-23). Enquanto a advertência anterior estava particu-larmente voltada aos líderes religiosos, esta trata do grupo de membros dentro da Igreja. O verdadeiro teste do discipulado é a obediência. Nem mesmo a pregação e a operação de milagres em Nome de Jesus Cristo prova que uma pessoa é aceita diante de Deus. O termo demônio, diabolos ("Diabo") é sempre singular no grego. A palavra aqui é plural, daimonia, "demônios". A penalidade para a desobediência é a separação de Deus.
2. A Conclusão do Sermão (7:24-29)
- Ilustração Final (7:24-27). Aquele que ouve e pratica é como um homem que cons-truiu a sua casa sobre a rocha. Quando as tempestades batem contra a casa com toda a sua fúria, ela ainda permanece firme. O termo enchente, utilizado por algumas versões, significa, literalmente, rios. O clima da Palestina é como o do sul da Califórnia, sob muitos aspectos. Os leitos dos rios ficam secos durante a maior parte do ano. Mas quan-do as chuvas do inverno e da primavera chegam, surgem as inundações. Jesus retratou o ouvinte descuidado como um homem que de forma insensata construiu a sua casa sobre a areia, e então a perdeu. As casas na Palestina são em sua maioria construídas com pedras ou com tijolos secos ao sol. Quando as tempestades dissolvem a argamassa, as paredes tendem a cair.
- A Reação da Multidão (7:28-29). Quando Jesus concluiu o seu sermão, o povo se admirou da sua doutrina — ou melhor, do seu "ensino". Ele ensinava com autorida-de (29). As pessoas comuns sentiram a sua autoridade divina, que faltava aos escribas, e a reverenciaram. Os escribas tinham o hábito de citar antigos mestres como apoio aos seus ensinos.
Champlin
Genebra
7:1
Não julgueis. Jesus proíbe certa espécie de julgamento, mas aprova um outro de diferente espécie. Condenar outros por suas faltas é falhar no exercício do perdão (6.14-15); só uma crítica suave e humilde que primeiro reconhece a grandeza das suas próprias faltas, pode ajudar alguém. Há também uma necessidade de discernir a espécie de julgamento que não condena mas distingue o não crente do crente (v.6). O método para discernir é dado no v. 16.
* 7:6
o que é santo. Uma referência às evidências do reino, tais como a cura e o exorcismo, que pode explicar porque Jesus não fez milagre para os descrentes. Porém, a expressão "o que é santo" também incluiria a pregação do reino; os crentes não devem continuar a pregar a pessoas que rejeitaram o Evangelho com desprezo e escárnio (10.14; 15.14). O Livro de Atos ilustra o princípio na prática (At
* 7:11
que sois maus. A pecaminosidade geral da humanidade é admitida aqui, uma vez que mesmo aqueles que chamam a Deus de "Pai", são tidos como maus.
boas coisas. Estas dádivas do Pai são as coisas que Jesus tinha descrito como necessárias para os discípulos: retidão, sinceridade, pureza, humildade e sabedoria. Os que conhecem sua própria necessidade pedirão a Deus por elas. O paralelo de Lc
* 7:12
fazei-o vós também a eles. Freqüentemente chamado a "Regra Áurea", este princípio foi afirmado por vários pensadores antigos como: "Não faças a outrem aquilo que não queres que te façam". Jesus tornou esta obrigação positiva. Aqui ela aparece depois das considerações a respeito da bondade de Deus e sua voluntariedade em dar.
* 7:14
apertado, o caminho. Apresentar a vida cristã como “um mar de rosas” e minimizar que ela é repleta de problemas, não segue a orientação do nosso Senhor (At
* 7:15
disfarçados em ovelhas... lobos roubadores. A mensagem do falso profeta pode ser atraente e mesmo parecer ortodoxa. O único modo de saber com segurança é deixar o tempo mostrar seus frutos (vs. 16-20). Alguns dos frutos dos falsos profetas são mencionados no Novo Testamento: controvérsias (1Tm
* 7:21
Senhor, Senhor. A repetição do nome era um tratamento de intimidade (Gn
* 7:25
e caiu a chuva. Tempestades na Palestina não são freqüentes, mas podem ser violentas. Ainda que as casas do tolo e do sábio possam, por longo tempo, parecer igualmente seguras, quando a tormenta vem, a destruição da casa do tolo é total (Is
* 7:29
e não como os escribas. Os escribas, como os rabinos depois deles, ensinavam referindo àquilo que mestres anteriores haviam dito. Sua autoridade era a tradição. Jesus ensinava diretamente das Escrituras, com sua própria autoridade. Ver nota teológica "O Ensino de Jesus", índice.
Matthew Henry
Wesley
Jesus colocou o dedo em uma das falhas mais comuns da humanidade quando Ele disse: . Não julgueis para que não sejais julgados Ward torna esta: "Pare de fazer juízos de valor sobre os homens para que não sejais julgados por Deus", e acrescenta: "O palavras iniciais indicaram que todo o capítulo deve ser lido no contexto da decisão definitiva ".
O discípulo de Cristo deve viver constantemente à luz do dia do Juízo Final, quando ele terá que dar uma conta para as obras feitas no corpo (2Co
O segundo verso afirma um princípio geral de vida: Você recebe o que dá. Se um julga os outros severamente, ele próprio ser julgado severamente.
Os versículos
A base da certeza da oração respondida é o relacionamento de um para Deus como seu filho. Se (relativamente humanos maus pais) dar boas dádivas aos seus filhos, quanto mais o Pai celestial dará boas coisas (Lc
Pergunte-procuram-dominó estes são três níveis de oração. Se perguntar não traz resultados, deve-se procurar por um período de tempo, persistentemente orando e esperando em Deus para conhecer a Sua vontade. Se a busca não tiver êxito, então deve-se desesperadamente bater. Isso sugere sério, intenso, oração urgente, que não estaremos satisfeitos até que algum tipo de resposta vem. Sempre que o discípulo deve seguir o seu Mestre, dizendo: "Todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres" (Mt
O último verso deste parágrafo (v. Mt
O tema das duas maneiras era familiar para os leitores do Antigo Testamento (1 Sl. ; Jr
Como no período do Antigo Testamento surgiram falsos profetas, por isso há no Novo. Chegando em pele de cordeiro, eles são realmente vorazes devoradores [] lobos, curvados sobre devorando o rebanho.
Jesus disse: Pelos seus frutos os conhecereis, (vv. Mt
Mais uma vez Ward aponta a relação com o julgamento. Ele diz: "A vida do discípulo é definido na perspectiva do Juízo final, que irá revelar a maneira pela qual as palavras de Jesus têm sido postas em prática."
f. Julgamento dos Professores (7: 21-23) 21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome, e pelo teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos ? poderosas obras 23 E então direi-lhes: Nunca vos conheci: afastar-me, vós que praticais a iniqüidade.Não profissão, mas a posse é o que faz um verdadeiro discípulo de Cristo. Não está chamando Senhor, mas fazer o testamento do Pai. Essa é a única exigência para a sociedade no reino dos céus. Para o Reino é o reinado ou regra de Deus. Não é uma organização exterior, mas um organismo vivo. É composto por aqueles que apresentaram os seus corações à vontade de Deus e que procuram trabalhar a vontade divina em suas vidas diárias.
Capacidade de profetizar, expulsar demônios, fazer muitos milagres (milagres) não é prova de que um é um verdadeiro seguidor de Cristo. O único teste válido é: Será que um que fizer a vontade de Deus?
g. Acórdão do Ouvintes (7: 24-27) 24 Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha: 25 e desceu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa; e ela não caiu., porque estava fundada sobre a rocha 26 E todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica não, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia: 27 e desceu a chuva , vieram as enchentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; e ela caiu, e foi grande a sua queda.Jesus fechou seu sermão com um aviso de que havia dois tipos de ouvintes em sua congregação. Aquele que não só ouve , mas quem faz suas palavras serão como um homem prudente que edificou a sua casa [a vida] em cima das rochas, de modo que ele resistiu às tempestades. Aquele que ouve as suas palavras, mas não as pratica será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia, para que ele caiu antes das enchentes.
O ponto parece claro. Se alguém iria construir forte caráter cristão que vai resistir ao estresse e tensão da vida, ele deve ordenar os seus caminhos de acordo com a Palavra de Deus. Assim, ele se mostra um verdadeiro membro do Reino.
Filson oferece uma sugestão alternativa quanto à interpretação de inundações. Ele escreve: "Provavelmente ele quer dizer nem crises ou ensaios na vida recorrentes, mas como em vv. Mt
As pessoas ficaram admirados com os ensinamentos de Cristo. Eles estavam acostumados a ouvir os escribas citar outras autoridades, os rabinos do passado. Mas Jesus falou com sua própria autoridade. A diferença foi surpreendente. As multidões reconheceu que eles não estavam ouvindo opiniões humanas, mas a verdade divina. Aqui era algo que agarrou seus corações e os segurou.
Jesus não é só do professor, mas juiz. (V. Comentando a frase: "Senhor, Senhor", 21 ), Filson diz: "A suposição de Jesus aqui e em outros lugares é que ele vai falar a palavra decisiva no julgamento final; Isto indica claramente que ele não pense de si mesmo ou querem que os outros pensam dele apenas como um bom homem ".
O Sermão da Montanha é o primeiro dos cinco grandes discursos em Mateus em torno do qual o Evangelho é, em grande parte construído. Cada um termina com uma fórmula semelhante à encontrada no verso Mt
John Wesley
'Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem'.( Mateus
1. Nosso Senhor, tendo nos alertado quanto aos perigos que facilmente nos atacam, em nosso primeiro ingresso na religião; aos obstáculos que naturalmente surgem nela; às maldades de nossos próprios corações; agora prossegue, para nos avisar dos obstáculos de fora; particularmente, o mau exemplo e o mau conselho. Através de um ou outro desses, milhares, que uma vez seguiram bem, retornaram para a perdição; sim, muitos desses que não eram noviços na religião, e que fizeram algum progresso na retidão. A precaução Dele, portanto, contra esses ele impõe sobre nós, com toda a gravidade possível, e repete isto, várias vezes, nas mais variadas expressões, a fim de que não permitamos, por quaisquer que sejam os meios, que ela passe desapercebida. Assim, Ele nos protege eficazmente contra a primeira: 'Entrem', Ele diz, 'pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem': Para nos assegurar da última, 'Tomem cuidado', diz Ele, 'com os falsos profetas'. Nós iremos, no momento, considerar apenas a primeira.
2. 'Entrem', diz nosso abençoado Senhor, 'pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem':
3. Nessas palavras nós podemos observar:
I. Primeiro, as propriedades inseparáveis do caminho para a o inferno: 'Portão largo, caminho amplo, que conduz à destruição, e muitos entram através dele'.
II. Em Segundo Lugar, as propriedades inseparáveis do caminho para o céu: 'Estreito é o portão, e poucos o encontram'.
III. Em Terceiro lugar, uma exortação séria fundamentada nisso: 'Entrem pelo portão estreito'.
I
1. Nós podemos observar, Primeiro, as propriedades inseparáveis do caminho para o inferno: 'Largo é o portão, e amplo é o caminho que conduz à destruição. E muitos existem que entram por ele'.
2. Largo é realmente o portão, e amplo o caminho que conduz à destruição! Porque o pecado é o portão do inferno, e a maldade o caminho para a destruição. E quão largo é o portão do pecado! Quão espaçoso é o caminho da maldade! O 'mandamento' de Deus 'é excessivamente amplo'; não se estendendo apenas a todas as nossas ações, mas a cada palavra que sai de nossos lábios; sim, cada pensamento que surge em nossos corações. E o pecado é igualmente amplo com o mandamento, uma vez que se trata de pecado, qualquer brecha do mandamento. Sim, antes, é, milhares de vezes, maior; já que existe apenas um caminho de manter o mandamento; porque nós não o mantemos devidamente, a menos que a coisa feita, a maneira de fazê-la, e todas as outras circunstâncias estejam de acordo: Por outro lado, existem milhares de maneiras de romperem com cada mandamento; portanto esse portão é amplo, de fato.
3. Para considerar isto um pouco mais particularmente: quão amplos são aqueles pecados, dos quais todos os demais derivam suas existências; a mente carnal que é inimiga de Deus; o orgulho do coração; a vontade própria; o amor ao mundo! Nós podemos fixar alguns limites a eles? Eles não se difundem, através de nossos próprios pensamentos, e se misturam com todos os nossos temperamentos? Eles não estariam influenciando, mais ou menos, toda a massa de nossas afeições? Nós não podemos, num exame íntimo e fiel de nós mesmos, perceber essas raízes de amargura, continuamente brotando, infectando todas as nossas palavras, e corrompendo todas as nossas ações? E quão inumeráveis frutos elas produzem, em todas as épocas e nações! Suficientes, até mesmo, para cobrirem toda a terra com escuridão e habitações desumanas.
4. Ó quem é capaz de calcular seus frutos execráveis; contar todos os pecados, quer contra Deus ou nosso próximo; não os que a imaginação poderia descrever, mas os que podem ser motivo de experiência diária e melancólica? Nem precisamos percorrer toda a terra para encontrá-los. Inspecionando qualquer um dos reinos; uma simples região; ou município; ou cidade; e quão farta será esta colheita! E estes, que estão assim espalhados, não se tratam de maometanos ou da escuridão pagã; mas daqueles chamados pelo nome de Cristo, e que professam ver a luz de seu glorioso Evangelho. Indo não muito além do reino ao qual pertencemos, a cidade onde nós estamos agora!
Nós nos denominados cristãos; sim, e estes da mais pura espécie: Nós somos protestantes; cristãos reformados! Mas, ai de mim! Quem poderá continuar a reforma de nossas opiniões, em nossos corações e vidas? Não existe um motivo? Porque quão inumeráveis são nossos pecados; e estes dos mais abjetos! Será que as mais grotescas abominações, de toda a espécie, não abundam entre nós, dia a dia? Os pecados, de toda a sorte, não cobrem a terra, como as águas cobrem o mar? Quem poderá contá-los? Melhor contar as gotas da chuva, ou as areias do ancoradouro. Então, 'largo é o portão', assim 'amplo é o caminho que conduz à destruição!'.
5. 'E muitos existem que entram', por aquele portão; muitos que caminham naquele caminho; quase tantos quanto entram para o portão da morte; os que mergulham nas câmaras das sepulturas. Porque não pode ser negado, (embora nem nós podemos conhecer isto, a não ser com a vergonha e tristeza do coração), que, mesmo nestas que são chamadas de regiões cristãs, a generalidade de todas as idades e sexo, de toda profissão e empreendimento; de todo nível e grau; alto e baixo; rico e pobre, estão caminhando no caminho da destruição. A maior parte dos habitantes dessa cidade, até esse dia, vive no pecado; em alguma transgressão palpável, costumeira e conhecida da lei que eles professam observar; sim, em alguma transgressão exterior; alguma espécie de descrença e iniqüidade grosseira e visível; alguma violação declarada de suas obrigações; para com Deus ou homem. Esses, então, ninguém pode negar, estão todos no caminho que conduz à destruição.
Acrescente a esses, aqueles que têm um nome que, de fato, eles vivem, mas que nunca estiveram vivos para Deus; aqueles que exteriormente parecem justos para os homens, mas que interiormente estão cheios de imundície; cheios de orgulho e vaidade; de ira ou desejo de vingança; de ambição ou cobiça; amantes de si mesmos; amantes do mundo; amantes do prazer mais do que amantes de Deus. Esses, na verdade, podem ser altamente estimados por homens; mas eles são uma abominação para o Senhor; e quão grandemente irão esses 'santos do mundo' aumentar o número dos filhos do inferno!
Sim, acrescente a todos, o que quer que eles sejam na consideração de outros; o que quer que eles tenham, mais ou menos, da forma da santidade; quem 'sendo ignorantes da retidão de Deus, buscam estabelecer sua própria retidão', como alicerce da reconciliação deles com Deus, e a aceitação Nele, e, em conseqüência, não têm 'submetido a si mesmos à retidão que é de Deus', pela fé. Agora, junte todas essas coisas, em uma só, quão horrível verdade é aquela afirmação de nosso Senhor: 'Largo é o portão, e amplo o caminho que conduz à destruição, e muitos são os que entram por ele!'.
6. Nem isto diz respeito apenas ao rebanho vulgar, à parte pobre, e simples, da humanidade. Homens de eminência no mundo; homens que têm muitos campos e juntas de bóias, não desejam ser excluídos desses. Pelo contrário, 'muitos homens sábios, segundo a carne', de acordo com os métodos humanos de julgamento; 'muito consideráveis', no poder, na coragem, na riqueza; muitos 'nobres', são chamados; chamados para o caminho amplo, através do mundo, da carne e do diabo; e eles não são desobedientes daquele chamado. Sim, quanto mais alto se erguem em suas fortunas e poder, mais profundamente eles mergulham na iniqüidade. Quanto mais bênçãos receberam de Deus, mais pecados cometem; usando suas honras ou riquezas; seu aprendizado ou sabedoria, não como meio de operarem sua salvação, mas, antes, de distinguirem-se no vício, e assim assegurarem sua própria destruição!
II
1. E a mesma razão que muitos desses seguem, tão seguramente nesse caminho amplo, é porque ele é amplo; não considerando que esta é a propriedade inseparável do caminho para a destruição. 'Muitos existem', diz o Senhor, 'que entram nele': pela mesma razão que eles deveriam fugir dele, mesmo 'porque, estreito é o portão, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que o encontram'.
2. Esta é a propriedade inseparável do caminho para o céu. Tão estreito é o caminho que conduz à vida - à vida eterna, tão estreito é o portão, que nada impuro; nada não santo, pode entrar. Nenhum pecador pode passar, através daquele portão, até que ele seja salvo, de seus pecados. Não apenas dos pecados exteriores, de sua 'conversa maldosa, recebida por tradição de seus antepassados'. Não será suficiente 'cessar de praticar o mal', e 'aprender a praticar o bem': Ele não deve apenas ser salvo de toda ação pecaminosa, de todo o discurso diabólico e inútil; mas mudar interiormente; renovar-se totalmente no espírito de sua mente: Do contrário, ele não poderá passar através do portão da vida; ele não poderá entrar para a glória.
3. Porque, 'estreito é o caminho que conduz à vida'; o caminho da santidade universal. Estreito, de fato, é o caminho da pobreza de espírito; o caminho do murmurar santo; o caminho da humildade; daquela fome e sede em busca da retidão. Estreito é o caminho da misericórdia; do amor verdadeiro; o caminho da pureza de coração; de praticar o bem a todos os homens; e de alegremente sofrer o mal; toda a forma de mal, por causa da retidão.
4. 'E poucos existem que o encontram'. Ai de mim! Quão poucos encontram, mesmo o caminho do pagão, honestamente! Quão poucos existem, que não fazem ao outro o que eles não gostariam que fosse feito a eles! Quão poucos são inocentados, diante de Deus, por agirem de acordo com a injustiça ou indelicadeza! Quão poucos 'não ofendem com suas línguas'; não falam coisa alguma indelicada, e mentirosa! Que proporção pequena da humanidade é inocente, mesmo das transgressões exteriores! E quão menor proporção tem seu coração correto, diante de Deus, -- limpo e santo aos seus olhos! Onde estão eles, a quem Seu olhar minucioso discerne serem verdadeiramente humildes; abominando a si mesmos, no pó e cinza, na presença de Deus seu Salvador, para ser profunda e firmemente sérios, sentindo suas necessidades, e 'passando o tempo de sua permanência curta com medo'; verdadeiramente humildes e gentis, nunca 'dominando o mal, mas sobrepujando o mal com o bem'; totalmente sedentos por Deus, e continuamente buscando a renovação em sua semelhança? Quão escassamente eles estão espalhados sobre a terra; cujas almas são engrandecidas no amor para com toda a humanidade; e que amam a Deus com todas as suas forças; que deram a Ele seus corações, e desejam nada mais na terra ou céu! Quão poucos são esses amantes de Deus e homens que gastam todas as suas forças, em fazer o bem a todos os homens; e estão prontos para sofrer todas as coisas, sim, morrendo em si mesmo, para salvar uma alma da morte eterna!
5. Mas, enquanto tão poucos são encontrados no caminho da vida, e tantos são encontrados, no caminho da destruição, existe um grande perigo de que a torrente de exemplos possa nos arrastar com eles. Mesmo um simples exemplo, se ele estiver sempre à nossa frente, está apto a causar muita impressão sobre nós; especialmente, quando ele tem a natureza do seu lado; quando ele incorre em nossas próprias inclinações. Quão grande, então, deve ser a força de tão numerosos exemplos, continuamente diante de nossos olhos; e todos conspirando juntos com nossos próprios corações, para nos levar para baixo da correnteza da natureza! Quão difícil deve ser represar a maré, e nos mantermos 'incólumes no mundo'.
6. O que aumenta a dificuldade ainda mais, é que eles não são a parte rude e insensível da humanidade, pelo menos, não esses somente, que nos apresentam o exemplo, que enchem o caminho declinante, mas o polido; o bem educado; o sábio; os homens que entendem o mundo; os homens de conhecimento; de aprendizado profundo e diverso; o racional; o eloqüente! Esses são todos, ou quase todos, contra nós. E como nós devemos nos colocar contra eles? As línguas deles não gotejam maná; e eles não aprenderam todas as artes da sutil persuasão? E de raciocínio também; porque esses são versados em todas as controvérsias, e discussão oral. Portanto, trata-se de uma pequena coisa, para eles, provarem que o caminho está correto, porque é amplo; que ele que segue a multidão não pode fazer mal, mas apenas aquele que não a segue; que o caminho de vocês deve estar errado, porque é estreito, e porque existem poucos que o encontram. Esses irão tornar claro para uma demonstração, que o mal é bom, e o bom é mal; que o caminho da santidade é o caminho da destruição, e o caminho do mundo, o único caminho para o céu.
7. Ó, como podem os homens incultos e ignorantes manter sua causa contra tais oponentes! E ainda, esses não são todos, com os quais eles devem contender; de qualquer modo, eles não estão à altura para a tarefa: Porque existem muitos homens consideráveis, nobres e poderosos, tanto quanto sábios, na estrada que conduz à destruição; e esses têm um menor caminho de contestação, do que aquele da razão e argumento. Eles usualmente recorrem, não ao entendimento, mas aos medos de alguém que se oponha a eles; um método que raramente fracassa, mesmo onde o argumento não tem proveito algum, colocando-se no mesmo nível de competência de todos os homens; porque todos podem temer, quer possam raciocinar ou não. E todos que não têm uma confiança firme em Deus, uma esperança certa no seu poder e amor, não podem deixar de temer dar algum desgosto a esses que têm o poder do mundo em suas mãos. Qual a surpresa, portanto, se o exemplo desses é uma lei para todos que não conhecem a Deus?
8. Muitos ricos estão igualmente no caminho amplo. E esses recorrem às esperanças dos homens, e a todos os seus desejos tolos, tão fortemente e efetivamente, quanto o poderoso e o nobre recorrem aos seus medos. De modo que dificilmente você pode firmar-se no caminho do reino, a menos que você esteja morto para tudo abaixo; a menos que você esteja crucificado para o mundo, e o mundo crucificado para você; a menos que você não deseje nada a não ser Deus.
9. Porque quão escuro, quão desconfortável, quão proibitivo é o panorama do lado oposto! Um portão estreito! Um caminho apertado! E poucos encontram o portão! Poucos caminham por ele! Além do que, mesmo esses poucos não são homens sábios; não são homens de aprendizado ou eloqüência. Eles não são capazes de raciocinar fortemente e claramente: Eles não podem propor um argumento para alguma vantagem. Eles não sabem como provar o que eles professam acreditar; ou explicar mesmo o que eles dizem; o que eles experimentam. Certamente, tais defensores como esses nunca irão recomendar, mas, antes, irão desconsiderar a causa que eles aderiram.
10. Acrescentem a estes, aqueles que não são homens nobres e honrados: Se eles fossem, vocês poderiam tolerar suas loucuras. Eles são homens de nenhum interesse, nenhuma autoridade, nenhuma consideração no mundo. Eles são simples e comuns; inferiores na vida; e tal como não têm poder, não têm desejo de causar dano a vocês. Portanto, não existe nada, afinal, que deva ser temido deles; e não existe coisa alguma, afinal, para se esperar: Uma vez que a grande parte deles pode dizer: 'Prata e ouro eu não tenho'; pelo menos, uma quantia moderada. Mais ainda, alguns deles dificilmente têm alimento, ou vestuário para colocar. Por essa razão, tanto quanto porque seus caminhos não são iguais àqueles dos outros homens, falam mal deles, em qualquer lugar; são menosprezados; eles têm seus nomes banidos como prejudiciais; são variavelmente perseguidos; e tratados como a imundície e refugo do mundo. De modo que, tanto os seus temores, as suas esperanças, e todos os seus desejos (exceto aqueles que você têm imediatamente de Deus), sim, todas as suas paixões naturais, continuamente inclinam você a retornar para o caminho largo.
III
1. Assim sendo, é que nosso Senhor tão sinceramente exorta: 'Entrem pelo portão estreito'. Ou (como a mesma exortação está expressa em outra parte): 'Esforcem-se para entrar', 'lutem, como em agonia': 'Porque muitos', diz nosso Senhor, 'o buscarão, esforçando-se indolentemente, 'e não serão capazes'.
2. É verdade, que Ele anuncia o que pode ser considerada uma outra razão para o fato de não serem capazes de entrar, nas palavras que imediatamente se seguem a essas. Porque, depois de ter dito: 'Em verdade, eu lhes digo, que muitos buscarão entrar, e não serão capazes'; Ele anexa: 'Quando o pai de família se levantar, e cerrar a porta, e vocês começarem, de fora', permanecer do lado de fora parece ser apenas uma expletiva elegante [partícula, palavra ou frase desnecessária ao enunciado estrito, mas que confere ênfase ou colorido à linguagem] 'a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo Ele, lhes disser: Não sei de onde vocês são; apartem-se de mim, vocês todos que praticam a iniqüidade. Ali haverá choro e ranger de dentes' (Lucas
3. Pode parecer, numa visão superficial dessas palavras, que a demora para buscar, afinal, preferivelmente, à maneira deles buscarem, era a razão porque eles não eram capazes de entrar. Mas isto é, em efeito, a mesma coisa. Eles eram, portanto, ordenados a partir, porque eles tinham sido 'trabalhadores da iniqüidade'; porque eles tinham caminhado na estrada larga; em outras palavras, porque eles não tinham se afligido 'para entrarem pelo portão estreito'. Provavelmente, eles buscaram, antes que a porta fosse fechada; mas não foi o suficiente: E eles se esforçaram, depois que a porta foi fechada; mas, então, era tarde demais.
4. Portanto, se esforcem, nesse seu dia, 'para entrar pelo portão estreito'. E com esse objetivo, coloquem, em seus corações; e permitam que predomine, em seus pensamentos, que vocês estão no caminho largo; que vocês estão o caminho que conduz à destruição. Se muitos vão com vocês, tão certo quanto Deus existe, eles, assim como vocês, estão indo para o inferno! Se vocês estão caminhando como a generalidade dos homens caminha, vocês estão caminhando para o abismo sem fim! Muitos dos sábios, ricos, poderosos ou nobres estão viajando com vocês nesse mesmo caminho? Por esse sinal, sem ir mais longe, vocês sabem que ele não conduz à vida. Aqui está uma regra resumida, clara e infalível, antes de vocês entrarem nos particulares. Em qualquer profissão que vocês estejam engajados, vocês devem ser singulares, ou serão condenados! O caminho para o inferno não tem nada singular nele; mas o caminho para o céu é singularidade em seu todo. Se vocês moverem, a um passo que seja, em direção a Deus, vocês não serão como os outros homens. Mas não se esqueça disto. É muito melhor permanecerem sós, do que caírem em um abismo. Corram, então, com perseverança, a corrida que se coloca diante de vocês, embora suas companhias sejam poucas. Não será sempre assim. Mais algum tempo, e vocês terão 'a inumerável companhia de anjos, para a assembléia geral da Igreja de seu primogênito, e os espíritos dos homens justos que se tornaram perfeitos'.
5. Agora, então, 'esforcem-se para entrar no portão estreito', sendo penetrados com o mais profundo senso do inexprimível perigo, em que suas almas estão, enquanto vocês estiverem no caminho largo, -- por quanto tempo, vocês evitarem a pobreza de espírito, e toda aquela religião interior, que os muitos ricos, e sábios, consideram loucura. 'Esforcem-se para entrar'; sendo perfurados com a tristeza e vergonha por terem, por tanto tempo, corrido com a multidão insensata, extremamente negligenciando, se não, desprezando, aquela 'santidade, sem a qual é impossível algum homem ver ao Senhor'. Esforcem-se, como em agonia do temor santo, a fim de que 'a promessa feita a vocês de fazerem parte do que restou, mesmo daquele 'restante que permanece para o povo de Deus', vocês não possam, todavia, 'alcançar'. Esforcem-se fervorosamente, com 'gemidos que não podem ser articulados'. Esforcem-se, orando sem cessar; em todos os momentos, erguendo seus corações a Deus, e dando a eles nenhum descanso, até que vocês 'acordem em busca da santidade Dele', e estejam 'satisfeitos com ela'.
6. Para concluir: 'Esforcem-se para entrar no portão estreito', não apenas, através dessa agonia da alma, da convicção, da tristeza, da vergonha, do desejo, do medo, da oração incessante; mas igualmente, ordenando sua conversa corretamente, caminhando com todas as suas forças, em todos os caminhos de Deus; o caminho da inocência; da devoção e da misericórdia. Abstenham-se da aparência do mal: Façam todo o bem possível a todos os homens: Neguem a si mesmo, a sua vontade própria, em todas as coisas, e tomem suas cruzes diariamente. Estejam prontos a cortar a sua mão direita; a arrancarem seu olho direito, e atirá-lo para longe de vocês; sofrer a perda dos bens, dos amigos, da saúde, e todas as coisas na terra, assim vocês poderão entrar para o reino dos céus!.
Wiersbe
- O caminhar do crente (7:1-12)
O versículo 12 é chave para essa seção: "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles". Essa é a regra de ouro que rege o relacio-namento do crente com os outros. Embora outras religiões digam coi-sas semelhantes, a regra de ouro é estritamente cristã por causa de seu caráter positivo. Ela não diz: "Não faça aos outros o que não quer que façam a você". Ela põe sobre o cren-te a responsabilidade de agir de for-ma que os outros o imitem para que Deus seja glorificado (5:16). Essa se-ção tem três partes, cada uma delas relacionada com a outra.
- Julgamento (7:1-5)
Cristo, aqui, não nos diz que evite-mos avaliar as pessoas ou que não usemos a sabedoria dada por Deus (veja 1Jo
Essa ordem de Cristo não proí-be que a igreja discipline os mem-bros. Ele diz-nos que devemos en-frentar o cristão desobediente com honestidade e humildade, examinar as evidências e lidar com o pecado de forma decisiva (veja 18:15-18; 1Co
- Oração (7:7-12)
Por que Cristo incluiu essa exorta-ção à oração nesse ponto do ser-mão? Porque é muito difícil que com nosso poder e sabedoria obe-deçamos aos mandamentos que ele nos deu.Jc 1:5: "Se, porém, algum de vós necessita de sabedo-ria, peça-a a Deus", ecoa o que Je-sus fala nessa passagem. O cristão que procura obedecer à Palavra do Senhor deve pedir constantemente força e sabedoria e bater à porta do Senhor para conseguir a graça necessária para isso. Observe que Cristo fundamenta sua oração na paternidade de Deus (vv. 9-11). Como filhos do Senhor, podemos esperar que ele cuide de nós e su-pra nossas necessidades.
- A justiça verdadeira comprova-da por meio de testes (7:13-29)
Cristo apresenta três testes que com-provam se nossa justiça é verdadei-ramente de Deus. O falso cristia-nismo, um disfarce, fracassa nesses testes.
- O teste da negação de si mesmo (vv. 13-14)
Os dois caminhos referenn-se a dois estilos de vida: a vida popular, fácil e confortável, ou o difícil caminho da negação de si mesmo. Alcança-mos esses caminhos por duas por-tas: a porta estreita da entrega ou a porta larga da auto-suficiência. A justiça verdadeira leva à negação de si mesmo. EmMt
Observe que os "falsos cristãos" são surpreendidos no julgamento! E possível enganarmos a nós mesmos! Satanás cega a mente (2Co
- O teste de permanência ou obe-diência (vv. 24-29)
Os dois construtores representam a vida de dois homens. Os dois usam os mesmos materiais e a mesma planta, e o mundo não vê diferença nas duas casas. No en-tanto, quando há uma tempestade — a hora do teste —, a casa que não foi alicerçada na rocha desa-ba e falha no teste. O cristão ver-dadeiro fundamenta-se na Rocha, Cristo Jesus (1Co
Leia sua Bíblia e veja como os falsos crentes sempre fracassam em tempos de teste. O "misto de gente" em Israel queria voltar para o Egito quando as coisas ficaram difíceis na jornada deles. Em Roma, mui-tos dos chamados cristãos abando-naram Paulo em seu momento de necessidade (2Tm 4:9-55). Toda-via, observe como os verdadeiros cristãos ficam firmes independen-temente do teste. Abraão, Moisés, Josué, Davi, Isaías, Jeremias, Da-niel, Pedro, Paulo e muitos outros provaram que tinham fé verdadei-ra ao permanecer firmes durante a tempestade. Eles foram edificados sobre a Rocha.
Russell Shedd
7.3 Argueiro. O cisco que representa o pecado alheio e que pode cegar (v. 22 e nota), não é de nossa responsabilidade corrigir, uma vez que nossos pecados são como uma trave nos impedindo de ver.
7.6 Porcos. Animais considerados imundos pelos judeus (Lv
7.7 As três expressões, em conjunto, ensinam claramente qual é a disposição amorosa de Deus no que diz respeito a atender às orações (cf.Jo
7.9 Um estimulo à oração, destinado àqueles que imaginam que Deus não responderá, ou mesmo atendendo, não concederá a bênção especificamente pedida. Pedra. Semelhante aos pães orientais, redondos e achatados, Cobra. Semelhante à enguia, que é comestível.
7.12 Este versículo, originário de Jesus, chama-se "a regra áurea". Aqui Jesus se ocupa com o nosso procedimento diário: devemos agir somente em amor (1Co
7.13,14 porta estreita. Jesus chama o caminho para o céu de "porta estreita" ou "caminho apertado", não porque de Deus tivesse falta da generosidade de querer salvar a todos (2Pe
7.15 Acautelai-vos. Não devemos nos impressionar com às vestes (práticas religiosas) dos falsos profetas (v. 15) nem com aquilo que dizem (21), nem com aquilo que fazem (22); devem ser julgados apenas pelo critério de Jesus, pelos frutos espirituais se é que realmente os produzem, conforme Gl
7.24,27 A conclusão do Sermão do Monte:
1) Aquele que ouve a palavra de Jesus e pratica, é como o homem sábio que edificou a casa (sua vida e suas atividades) sobre a rocha (Cristo), resistindo assim à ação devastadora do tempo e da eternidade: as provações, tentações e o julgamento,
2) O que ouve a palavra de Jesus e não a pratica, é como um insensato que constrói a casa da sua vida sobre os alicerces humanos do dinheiro, da cultura, dos títulos, da fama, da popularidade, os quais como a areia não resistem à ação demolidora do juízo final.
7.29 Autoridade. Autoridade cívica e religiosa é justamente o que os escribas tinham, mas a palavra gr exousia, também significa "poder sobrenatural" é o que- o evangelho tem, 1Co
NVI F. F. Bruce
(7:1-6)
Conforme Lc
v. 5. Hipócrita: Menos porque o homem, cuja visão estava assim debilitada, dificilmente poderia enxergar para remover o cisco, e mais porque ele estava se comportando como se enxergasse perfeitamente.
Schlatter, provavelmente, está correto ao associar o v. 6 aos v. 1-5. O julgamento que Jesus está condenando especificamente são os nossos esforços em fazer todos se conformarem aos nossos padrões de perfeição. Além de nós mesmos não nos conformarmos a esse padrão, ainda estamos sujeitos a considerar espiritualmente despreparados aqueles a quem julgamos. Precisamos distinguir entre a nossa proclamação de Cristo e nossa própria compreensão dos seus padrões.
Acerca de como tratamos os outros (7:7-12)
Gf. Lc
A “Regra de Ouro” ocorre em Tobias 4.15, na sua forma negativa que é também atribuída a Hillel e Fílon. E improvável que se deva dar muito significado à diferença entre as formas positiva e negativa, ainda mais que uma série de ditados talmúdicos virtualmente pressupõe a positiva. Assim, não deveria ser considerado o cume da montanha da ética cristã.
E muito questionável que Peçam [...] busquem [...] batam devam ser considerados três estágios na oração. Antes, temos aqui a pessoa que está separada de Deus batendo, o que se desviou de Deus buscando e a criança que está em casa pedindo; todos são igualmente atendidos. O termo maus (ponêroi) não destaca a maldade concreta dos homens, mas a inutilidade deles quando colocados à luz de Deus. Observe em Lucas o “Espírito Santo” em lugar de coisas boas. v. 12. a Lei e os Profetas-. Aqui uma referência a todo o AT, cf.
5.17. Jesus quer dizer: “Isso é o que o AT ensina”, e não “Isso é a essência do AT”, como com freqiiência se interpreta.
Três contrastes (7:13-27)
Jesus conclui o seu discurso com um chamado à ação e auto-análise.
Os dois caminhos (v. 13,14). Gf. Lc
13
21.8), mas não há paralelos concretos das duas portas. Atrás disso, está tanto o ensino de João
Batista quanto o de Jesus, que exigiam um passo de decisão, que no momento requeria do homem que tratasse com Deus simplesmente como um indivíduo.
O judaísmo, na verdade, não conhece essa posição. Lc
O verdadeiro fruto (v. 15-23). Gf. 12.33ss; Lc
13
A verdadeira resposta (v. 24-27). Conforme Lc
O efeito do sermão (7.28,29)
Conforme Mc
Moody
III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.
A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt
4) Sermão da Montanha. 5:1 - 7:29.
É o mesmo discurso registrado em Lc
13,14. Entrai pela porta estreita. Para aqueles que já entraram, pela fé, em relação com Cristo (como também aos outros que estavam ouvindo; v. 28) nosso Senhor descreve a impopularidade relativa de sua nova posição. A ordem de porta e caminho sugerem a porta como entrada para o caminho, símbolo da experiência crucial do crente com Cristo, a qual introduz à vida piedosa. Os cristãos primitivos eram chamados de aqueles "do Caminho" (At
Francis Davidson
Estreita (13). A porta é estreita devido ao fato de que, na vida cristã, não há lugar para coisa alguma que não represente devoção singela à causa do Mestre e dedicação total do homem e de todos os seus bens àquele fim. A exclusão de interesse próprio e a separação do mundo com seus cuidados e diversões tornam a porta e o caminho estreitos. Espaçoso (13). Cômodo para a multidão. Vida (14). Aqui, como em inúmeros casos na Bíblia, é o contraste de perdição (13). São os dois destinos do homem. Poucos (14). Aqui encontramos um dos mistérios da providência divina cuja verdade é provada na experiência, em cada geração sucessiva da raça. É a minoria que alcança a salvação. Na sua totalidade, porém, haverá "uma grande multidão" (Ap
Falsos profetas (15). Estes são os que ensinam o erro e que pretendem autoridade divina para seus ensinos. Vestidos como ovelhas (15). Quer dizer, apresentando-se como verdadeiros cristãos e talvez pensando que o são de fato. Lobos devoradores (15). Pelo seu zelo em desviar os homens do caminho da salvação, eles os destroem com sua propaganda falsa. Por seus frutos os conhecereis (16). Muitos que ensinam erros têm uma vida exterior exemplar. São reconhecidos, todavia, não pela conduta, como pelo ensino. Corta-se e lança-se no fogo (19). Eles serão cortados da igreja de Cristo e, finalmente, destruídos na segunda morte.
Nem todo... entrará no reino dos céus (21). Mesmo nesse período de ministério de Nosso Senhor, haveria muitos fazendo uma profissão pública de discípulo, embora insinceros e interesseiros. É possível ter uma relação com Jesus Cristo que não seja a que proporciona a salvação. É o grande perigo de uma profissão sem possessão. Aquele que faz (21). Uma vida de serviço e santidade é a única prova final de genuína regeneração. Naquele dia (22). O dia do juízo. Não profetizamos nós em teu nome? (22). Alusão a Jr
John MacArthur
40. Pare de criticar (Mateus
Não julgueis para que não julgou. Pois da mesma forma que julga, você será julgado; e pelo seu padrão de medida, que será usada para medir vocês. E por que você repara no cisco que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como você pode dizer ao seu irmão: "Deixe-me tirar o cisco do seu olho", e eis que o log está em seu próprio olho? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.
Não dê o que é santo aos cães, e não jogue suas pérolas aos porcos, pois eles destruirão tudo sob os seus pés, e volta e rasgá-lo em pedaços. (7: 1-6)
Tal como acontece com todos os outros elementos do Sermão da Montanha, a perspectiva desta passagem é dada em contraste com a dos escribas e fariseus, hipócritas, cuja auto-justiça estava em oposição direta à verdadeira justiça de Deus (ver 05:20 ).
Aqui, a comparação é na área das relações humanas. Seis versos (1-6) foco no aspecto negativo, um espírito de julgamento hipócrita, e os seis versículos seguintes (7-12) foco no aspecto positivo contrastantes de um espírito que é humilde e confiante, e amoroso. Estes doze versos formam o somatório divina de todos os princípios de corretas relações humanas.
Quando um indivíduo ou um grupo de pessoas a desenvolver as suas próprias normas da religião e da moralidade, eles inevitavelmente julgar todos por essas crenças e padrões de self-made. Os escribas e fariseus tinham feito exatamente isso. Ao longo dos vários séculos anteriores haviam gradualmente modificados Palavra revelada de Deus para se adequar ao seu próprio pensamento, inclinações e habilidades. Na época de Jesus a sua tradição havia tomado tal poder sobre o judaísmo que tinha efectivamente substituído a autoridade das Escrituras nas mentes de muitos judeus (Mt
O retrato clássico de julgamento hipócrita é dado na parábola do fariseu e do publicano que foi ao templo para orar. "O fariseu, de pé e estava orando, assim, para si mesmo:" Ó Deus, graças te dou porque não sou como as outras pessoas; roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano Jejuo duas vezes por semana;. Eu pago o dízimo de tudo que eu tenho. " Mas o publicano, estando em pé de distância, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! "" Avaliação das duas orações de Jesus é clara: "Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, em vez do que o outro, pois quem se exalta será humilhado, mas quem se humilha será exaltado" (Lucas
Um corolário indissociável de justificar a si mesmo é condenar os outros. Quando alguém se eleva, todo mundo está reduzido em conformidade. Os fariseus estavam fazendo todo o possível para levantar-se em seus próprios olhos, inclusive atuando como juízes espirituais ao condenar os outros.
Note-se que esta passagem erroneamente tem sido usado para sugerir que os crentes nunca devem avaliar ou criticar ninguém por nada. Nosso dia odeia absolutos, especialmente absolutos teologais e morais, e tal interpretação simplista fornece uma fuga conveniente do confronto. Os membros da sociedade moderna, incluindo muitos cristãos professos, tendem a resistir dogmatismo e convicções fortes sobre o certo eo errado. Muitas pessoas preferem falar de amor com tudo incluído, o compromisso, o ecumenismo, e unidade. Para a pessoa religiosa moderna esses são os únicos "doutrinas" vale a pena defender, e eles são as doutrinas de que todas as doutrinas conflitantes devem ser sacrificados.
Alguns anos atrás, uma igreja foi à procura de um pastor que enfatizam a santidade em vez de doutrina. Certa vez recebi um manuscrito a avaliar cuja principal tese era de que a doutrina divide a igreja. Por conseguinte, o autor argumentou, toda a doutrina, pelo menos tudo o que pode ser discordou e, portanto, ser divisiva-deve ser eliminado por causa do objetivo maior de unidade e de comunhão. Doutrina direito não só é compatível com a verdadeira santidade, unidade e comunhão, mas é absolutamente necessário para que eles existam. Apenas doutrina certa, doutrina bíblica, pode-nos o que a verdadeira santidade, unidade e comunhão são-e não são ensinar.
Em muitos círculos, incluindo alguns círculos evangélicos, aqueles que sustentam a convicções fortes e que falam-se e confrontar a sociedade ea igreja são marcados como violadores deste comando não para julgar, e são vistos como causadores de problemas ou, na melhor das hipóteses, como controverso. No entanto, em nenhum momento na história da igreja, ou do antigo Israel, era espiritual e reforma moral alcançado além do confronto e conflito. Os profetas de Deus sempre foi ousado e polêmico. E eles sempre foram resistiu, muitas vezes por parte do povo de Deus. Os reformadores da igreja do século XVI eram homens de forte doutrina, convicção e princípio-além de que a Reforma Protestante nunca teria acontecer.
Reforma é necessária quando a vida espiritual e moral são baixos; e pela simples razão de que eles são baixos eles vão resistir a todos os esforços para a reforma. O poder do pecado, seja em um descrente ou crente, se opõe à justiça e sempre vai resistir a verdade de Deus e os padrões de Deus. Para a pessoa carnal, doutrina absoluta e altos padrões morais são inerentemente controverso.
Cristo não aqui ou em qualquer outro lugar não permita tribunais de justiça, como reivindicado pelo romancista russo Leon Tolstoi e outros. Tanto o Antigo eo Novo Testamento defender não só o direito, mas a necessidade divina de tribunais humanos da lei (por exemplo, Deut. 19: 15-21; 13
Todo o impulso do Sermão da Montanha é mostrar a completa distinção entre a religião verdadeira e falsa religião, entre a verdade espiritual e hipocrisia espiritual. Jesus coloca padrões perfeitos e santos de Deus ao lado dos padrões profanos e hipócritas dos escribas e fariseus e declara que aqueles que seguem essas normas profanos e hipócritas não têm parte no reino de Deus (5:20). No sermão mais controversos ou julgamento já foi pregado.
Se esta maior sermão por nosso Senhor ensina alguma coisa, ela ensina que Seus seguidores devem ser mais exigentes e perceptivo em que eles acreditam e no que fazem, que eles devem fazer todos os esforços para julgar entre a verdade ea mentira, entre o interno eo externo , entre a realidade ea farsa, entre verdadeira justiça e falsa justiça, enfim, entre o caminho de Deus e todas as outras formas.
Alguns versos depois, Jesus adverte: "Cuidado com os falsos profetas" (Mt
Paulo diz aos crentes: "Rogo-vos, irmãos, manter seus olhos sobre aqueles que causam dissensões e obstáculos contra a doutrina que aprendestes, e afastai-vos deles. Porque os tais são escravos, não de nosso Senhor Cristo, mas de sua próprios apetites; e com palavras suaves e lisonjas enganam os corações dos incautos "(Rm
Toda mensagem que ouvimos é para ser julgado pela solidez de sua doutrina. Paulo disse aos Gálatas: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que vos temos pregado a você, seja anátema" (Gl
Mas Jesus está aqui falando sobre o, julgamento egoísta hipócrita e condenação sem misericórdia dos outros praticados pelos escribas e fariseus. A sua principal preocupação não era ajudar os outros do pecado para a santidade, mas para condená-los a julgamento eterna por causa de ações e atitudes que não quadrado com as suas próprias tradições mundanas, self-made.
Krino (para julgar ) significa, basicamente, para separar, escolher, selecionar, ou determinar, e tem uma dúzia ou mais nuances de significado que deve ser decidido a partir do contexto. Em nossa presente passagem Jesus está se referindo ao julgamento dos motivos, que um mero ser humano pode saber de outro, e ao julgamento das formas externas. Paulo diz: "Portanto não nos julguemos mais uns aos outros, mas sim determinar isso-não colocar um obstáculo ou uma pedra de tropeço no caminho de um irmão" (Rm
A Bíblia consistentemente proíbe justiça individual ou vigilante que assume para si as prerrogativas de um tribunal devidamente comprovada de direito. Também proíbe consistentemente julgamentos precipitados que não têm pleno conhecimento do coração ou dos fatos. "Aquele que dá uma resposta antes de ouvir, é estultícia e vergonha" (Pv
É significativo que, se Deus é onisciente, Ele nos dá muitos exemplos do que nós mesmos cuidados devem tomar antes de fazer julgamentos, especialmente aqueles que envolvem consequências graves.Antes de julgar aqueles que estavam a construir a torre de Babel, "O Senhor desceu para ver a cidade ea torre que os filhos dos homens edificavam" (Gn
O que Jesus aqui proíbe é hipócrita, oficioso, apressada, sem misericórdia, prejudicado, e condenação indevida com base em padrões e do conhecimento humano. Ele dá três razões pelas quais tal julgamento é pecaminoso: revela uma visão errônea de Deus, uma visão errônea dos outros, e uma visão errônea de nós mesmos.
Uma visão errônea de Deus
Não julgueis para que não sejais julgados. (7: 1)
Julgamento injusto e impiedoso é proibido em primeiro lugar, porque manifesta uma visão errada de Deus. Com a frase para que não sejais julgados , Jesus lembra aos escribas e fariseus que eles não são o corte final. Para julgar os motivos de outra pessoa ou para amaldiçoar a condenação é de brincar de Deus. "Pois nem mesmo o Pai a ninguém julga, mas deu todo o julgamento ao Filho" (Jo
Exceto quando eles podem estar ensinando continuamente falsa doutrina ou seguindo padrões que são claramente unscriptural, nunca estamos a julgar de uma pessoa ministério, ensino, ou a vida-e certamente não seus motivos-by um padrão auto-intitulado. "Não fale um contra o outro", Tiago nos adverte. "Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão, fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei você não é um observador da lei, mas juiz dela Há apenas um Legislador e Juiz. , Aquele que é capaz de salvar e destruir; mas quem é você que julgam seu próximo "? (Tiago
Sempre que atribuir as pessoas a condenação sem piedade, porque não fazer algo do jeito que acho que deve ser feito ou porque acreditam que seus motivos são errados, nós julgar que somente Deus é qualificado para fazer. Um poeta desconhecido de últimos dias escreveu,
Juiz não o funcionamento de seu cérebro,
E do seu coração tu não pode ver.
O que olha para os teus olhos apagados uma mancha,
Em pura luz de Deus só pode ser
Uma cicatriz trazida de algum campo bem-ganhou
Onde queres apenas fraco e rendimento.
O Salvador não chamar para que os homens deixam de ser examinando e exigentes, mas a renunciar à tentação presunçoso para tentar ser Deus.
Uma visão errônea dos Outros
Pois da mesma forma que julga, você será julgado; e pelo seu padrão de medida, que será usada para medir vocês. (7: 2)
A maioria das pessoas se sentem livres para julgar os outros como este, porque eles erroneamente pensam que são de alguma forma superior aos outros. Os fariseus pensaram que eram isentos de julgamento, porque eles acreditavam que eles perfeitamente medido até os padrões divinos. O problema era que esses eram meros padrões humanos que eles, e outros como eles, tinham estabelecido muito aquém da lei santa e perfeita vontade de Deus
Jesus diz que Deus nos julgará com o mesmo tipo de julgamento com o qual julgamos os outros. Quando assumimos o papel de último juiz, onisciente, que implica que estamos qualificados para julgar-que sabemos e entender todos os fatos, todas as circunstâncias, e todos os motivos envolvidos. Portanto, quando afirmamos o nosso direito de juiz , que será julgado pelo padrão de conhecimento e sabedoria nós reivindicamos é nosso. Se nos colocamos como juiz sobre os outros, não podemos alegar ignorância da lei em referência a nós mesmos quando Deus nos julga.
Tiago tem o mesmo princípio em mente quando ele adverte: "Não muitos de vocês se tornarem professores, meus irmãos, sabendo que, como tal, será punido com julgamento mais severo" (Jc 3:1).
Estamos especialmente culpado se não praticar o que nos ensinar e pregar. "Portanto, és inescusável, cada um de vocês que passa o julgamento, no que julgas a outro, você se condena;. Para você que julgam praticar as mesmas coisas E nós sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas "(Rom. 2: 1-2).
Deus não tem padrões duplos. Ao criticar injustamente ou condenar sem piedade, jogamos a Deus e dar a impressão de que nós mesmos somos acima de qualquer crítica e julgamento. Mas Deus coloca nenhum de nós como juiz final acima dos outros, e não nos atrevemos a nos definir como juiz acima dos outros. Outras pessoas não estão sob nós, e para pensar assim é ter a visão errada deles. Para ele fofoqueiro, fofoca, crítica e julgamento é viver sob a falsa ilusão de que aqueles a quem nós assim juiz são de alguma forma inferior a nós.
Tal julgamento é um boomerang, Jesus diz, e voltará sobre aquele que juízes. Julgamento hipócrita se tornará suas próprias forca, assim como a forca Haman tinha erguido para executar o Mordecai inocente foi usado em vez de pendurar Hamã (Et
Na antiga Pérsia um certo juiz corrupto que aceitou um suborno para prestar um falso veredicto foi condenada executado pelo rei Cambises. A pele do juiz foi então usada para cobrir o tribunal. Juízes subsequentes foram obrigados a tornar seus julgamentos ao sentar-se na cadeira, como um lembrete das conseqüências de perverter a justiça.
Para ser crítico é perigoso para a vítima por causa do preconceito contra ele. É ainda mais perigoso para o juiz, porque pelo padrão de medida com a qual ele julga os outros será medido para ele.
Uma visão errônea de nós mesmos
E por que você repara no cisco que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como você pode dizer ao seu irmão: "Deixe-me tirar o cisco do seu olho", e eis que o log está em seu próprio olho? Hipócrita, (7: 3-5a)
Quando julgamos criticamente também manifestar uma visão errônea de nós mesmos. Todas as três visões falsas estão conectados. Quando temos uma visão errada de Deus, não podemos deixar de ter uma visão errada dos outros e de nós mesmos. Colocando-nos no lugar de Deus como juiz perverte nossa perspectiva dos outros e de nós mesmos.
A karphos ( speck ) não é um pequeno pedaço de poeira ou fuligem, mas um pequeno caule ou galho, ou possivelmente uma lasca. Apesar de pequeno, em comparação com um registo , não é um objecto para ter insignificante no olho. Comparação de Jesus, portanto, não é muito pequeno entre um pecado ou falha e um que é grande, mas entre um que é grande e que é gigantesco. O ponto principal, é claro, é que o pecado do crítico é muito maior do que o pecado da pessoa que ele está criticando.
Alguns intérpretes sugerem o pontinho representa uma infração de cerimonial, em vez menor, enquanto log representa um pecado extremamente vulgar e repugnante. Mas as pessoas com pecados, obviamente terríveis geralmente gastam seu tempo tentando esconder ou justificar a sua própria grande pecado, não para criticar os pequenos pecados dos outros.
O pecado miserável e bruta que é sempre cega ao seu próprio pecado é auto-justiça, o pecado que Jesus condena repetidamente nos escribas e fariseus, não só no Sermão da Montanha, mas em todo o seu ministério. Quase por definição, auto-justiça é um pecado de cegueira ou de visão grosseiramente distorcido, porque ele olha diretamente para o seu próprio pecado e ainda imagina que vê apenas justiça. O log nesta ilustração representa o mesmo pecado fundamental de auto-justiça que Jesus foi condenando todo o sermão.
A própria natureza da auto-justiça é para justificar a si mesmo e condenar os outros. Ao fazê-lo as pessoas brincar de Deus, porque eles se julgam com base em seus próprios padrões e sabedoria. A justiça própria é o pior dos pecados, porque é a incredulidade. Ele confia em si e não a Deus. Ele confia em si mesmo para determinar o que é certo e errado e para determinar quem faz o que é certo ou errado.Farisaísmo afirma ser tanto legislador e juiz, prerrogativas que pertencem somente ao Senhor. Por conseguinte, nega e se opõe ao evangelho, porque o evangelho proclama pecado e perdição do homem ao mesmo tempo que proclama a misericórdia ea graça de Deus. Porque a pessoa hipócrita não vê o pecado em sua vida, ele não vê necessidade de a graça de Deus em seu nome. O termo aviso transmite a idéia de grave, a meditação contínua. Jesus está dizendo, com efeito, "Você não vai parar e pensar sobre o seu próprio pecado? Até que você tenha feito isso, como você pode enfrentar um outro com seus defeitos?"
Assim, a pessoa hipócrita nunca pode ser qualquer coisa, mas um hipócrita , porque ele coloca continuamente em um ato enganoso de superioridade justos. É por isso que ele se sente qualificado para dizer ao seu irmão: "Deixe-me tirar o cisco do seu olho "-Deixa-me dizer-lhe o que está errado em sua vida e deixe-me endireitar-lo.
O hipócrita "é como um homem que olha para o seu rosto natural num espelho, pois uma vez que ele olhou para si mesmo e ido embora, ele imediatamente esquecido que tipo de pessoa que ele era" (Tiago
O equilíbrio certo
tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.
Não dê o que é santo aos cães, e não jogue suas pérolas aos porcos, pois eles destruirão tudo sob os seus pés, e volta e rasgá-lo em pedaços. (7: 5b-6)
A pessoa que tem a mente e atitude do reino cidadão a pessoa que é pobre de espírito, humilde e que tem fome e sede de justiça de Deus (conforme Mt
Jesus aqui dá o corretivo para o tipo errado de julgamento, mostrando o equilíbrio certo de humildade e convicção, a pobreza de espírito e poder no Espírito. O mandamento do Senhor é, tira primeiro a trave do teu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão . Antes de tudo nós confessamos nosso próprio pecado, muitas vezes o pecado da justiça própria e de um espírito condenando em relação aos outros e pedir para a limpeza de Deus. Quando o nosso próprio pecado é limpo, quando o log é retirado do nosso próprio olho , então vamos ver o pecado de nosso irmão claramente e ser capaz de ajudá-lo. Então, vamos ver tudo claramente por Deus, aos outros e de nós mesmos. Vamos ver Deus como o único juiz, outros como pecadores necessitados que são exatamente como nós mesmos. Vamos ver o nosso irmão como um irmão, em nosso próprio nível e com nossas próprias fragilidades e necessidades.
Este equilíbrio certo de humildade e prestimosidade é refletida no Salmo 51. Davi ora em primeiro lugar, "Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova um espírito inabalável dentro de mim .... Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustenta-me com um espírito voluntário. Então, "ele é capaz de dizer:" Eu ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores serão convertidos em Ti "(10 vv., 12-13). Jesus disse a Pedro que depois que ele havia se recuperado de sua deserção moral, ele poderia, então, "fortalecer [seus] irmãos" (Lc
Jesus fecha esta ilustração com um raio que destrói completamente a interpretação sentimental que, em nome de humildade e amor, nunca estamos a opor-se malfeitores erradas ou corretas. É claro que Jesus não exclui todo tipo de julgamento. Na verdade, Ele apenas tão claramente comanda um certo tipo de julgamento aqui como Ele proíbe um tipo errado nos versos precedentes. Não dê o que é santo aos cães, e não jogue suas pérolas aos porcos. Para obedecer a esse comando é obviamente, necessário para ser capaz de determinar quais são cães e porcos.
Nos tempos bíblicos, os cães raramente eram mantidos como animais domésticos na forma como eles são hoje. Exceto para aqueles utilizados como animais de trabalho para pastorear ovelhas, eram vira-latas em grande parte half-selvagens que atuavam como catadores. Eles estavam sujos, ganancioso, rosnando, e muitas vezes cruel e doente. Eles eram perigosos e desprezado.
Ele teria sido impensável para um judeu ter jogado a esses cães um pedaço de santo carne que havia sido consagrado como um sacrifício no Templo. Algumas partes dessas ofertas eram queimadas, algumas partes foram comidos pelos sacerdotes, e alguns, muitas vezes ser levado para casa e comido pela família que fez o sacrifício. A parte esquerda do altar era a parte que foi consagrada exclusivamente ao Senhor, e, portanto, era sagrado de uma maneira muito especial. Se nenhum homem era comer a parte do sacrifício, quanto menos ele deve ser jogado para um bando de selvagens, imundas cães . Tal ato seria a altura de profanação.
Swine foram considerados pelos judeus para ser o epítome da impureza. Esse é o sacrifício de um porco no altar judaico a razão Antíoco Epifânio 'e forçando os sacerdotes para comer foi uma abominação e tão absoluta desencadeou a revolta dos Macabeus contra a Grécia em 168 AC
Porque um judeu nunca teria tentado domesticar um porco, a maior parte do suína que encontramos foram, como os cães, animais selvagens que forrageados por si mesmos, muitas vezes em depósitos de lixo na periferia da cidade. Como os cães que limpam, essas suína eram gananciosos, vicioso, e imundo mesmo para os padrões de suínos normais. Se você veio entre eles e seu alimentos que provavelmentevirar e rasgá-lo em pedaços com suas presas e cascos afiados.
A lição de Jesus é que certas verdades e bênçãos de nossa fé não devem ser compartilhados com pessoas que são totalmente antagônico para as coisas de Deus. Tais pessoas são espirituais cães e porcos , que não têm apreço por aquilo que é santo e justo. Eles vão ter o que é santo , as pérolas (o mais raro e mais valiosa de jóias; ver 13
Um animal selvagem cujo principal preocupação é procurar comida dificilmente gostam de ser lançada uma pérola. Ele vai se ressentir sua não ser algo para comer e, possivelmente, atacar a pessoa que joga-lo.
Jesus não deu tudo de seu ensino a todos que aconteceu para estar ouvindo. Em uma ocasião Ele orou: "Eu Te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que te escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e te revelaste aos pequeninos" (Mt
Pedro avisa: "Mas falsos profetas houve também entre o povo, assim como também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas sensualidade, e por causa deles o caminho da verdade será blasfemado; e em sua ganância eles farão de vós negócio com palavras fingidas "(II Pedro
Cães e suína representam aqueles que, por causa de sua grande perversidade e impiedade, se recusam a ter qualquer coisa a ver com as santas coisas e preciosas de Deus, senão a atropelar-los sob seus pés, e volta e rasgar o povo de Deus em pedaços .
Haverá momentos em que o evangelho se apresenta é absolutamente rejeitadas e ridicularizadas e nós fazer o julgamento a se virar e falar mais nada, decidir que devemos "sacudi o pó de jour] pés" (Mt
Mt
41.começar a amar (Mateus
Peçam, e lhes será dado; buscai, e achareis; batam, ea porta será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate será aberto. Ou qual é o homem dentre vós, quando seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, ele não lhe dará uma cobra, vai? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará o que é bom para aqueles que lhe pedirem! Por isso, no entanto, você quer que as pessoas a tratá-lo, para tratá-los, pois esta é a Lei e os Profetas. (7: 7-12)
Aqui é a conclusão do tema principal do Sermão da Montanha, que é dar as normas para a vida do reino. Jesus deu as normas relacionadas à auto, à moral, à religião, e ao dinheiro e posses. Aqui Ele conclui dando as normas relacionadas com as relações humanas começaram nos versículos
Essa passagem faz o lado positivo da soma dos princípios que levam à corretas relações humanas de Jesus. Para amar os outros da maneira que Deus quer que amemos exige, sobretudo, que não se auto-retidão e descuidAdãoente criticar e condenar os outros sem piedade. Se atitude que está presente, que tem de ser removido. Para não ser injustamente crítica de uma pessoa não é o mesmo que amá-los, mas é absolutamente necessário antes de o verdadeiro amor pode existir. No entanto, o amor é muito mais do que algo negativo; é infinitamente mais do que simplesmente não desejar o mal aos outros ou fazer-lhes qualquer coisa errada. A mera ausência do ódio e da má vontade, não constitui amor.
O lado positivo do amor é o lado activo, o lado produtivo, o lado que é a verdadeira medida e prova de amor. Ele não é visto no que se abstenha de fazer, mas no que fazemos. (As formas verbais gregas nas descrições de amor em 13
Jesus dá três razões para obedecer ao mandamento de amar os outros como a nós mesmos: a promessa de Deus para Seus filhos exige, Seu padrão para Seus filhos exige, eo Seu propósito para Seus filhos exige.
Promessa de Deus para com seus filhos exige-
Peçam, e lhes será dado; buscai, e achareis; batam, ea porta será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate será aberto. (7: 7-8)
Aqui está uma das maiores e mais abrangentes as promessas do Senhor para aqueles que pertencem a Ele, para aqueles que são Seus filhos e cidadãos do Seu reino. À luz desta grande promessa que pode se sentir livre para amar plenamente os outros e totalmente sacrificar pelos outros, porque o nosso Pai celestial dá o exemplo em Sua generosidade para nós e promete que temos acesso ao Seu tesouro eterno e ilimitado para satisfazer nossas próprias necessidades como bem como a deles. Nós podemos fazer para os outros o que gostaríamos que quer fazer por nós mesmos (ver v. 12), sem medo de esgotar os recursos divinos e não ter nada para a esquerda.
Os versículos
Das muitas coisas pelas quais devemos pedir, buscar e bater, a sabedoria de Deus está entre as nossas maiores necessidades. Nós não podemos ser exigentes e selectivos sem conselho divino de nosso Pai Celestial; e os principais meios para alcançar tal sabedoria está peticionando oração "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e será dado a ele" (Jc 1:5) e como "família de Deus" (Ef
Em segundo lugar, aquele que afirma que essa promessa deve estar vivendo em obediência ao Pai. "O que quer que pedimos dele recebemos," João diz, "porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista" (1Jo
Em terceiro lugar, a nossa motivação em pedir deve estar certo. "Pedis e não recebeis," explica Tiago ", porque pedis mal, para o que você pode gastar em seus prazeres" (Jc 4:3), não podemos afirmar esta promessa. "Não suponha esse homem esperar que ele vai receber alguma coisa do Senhor, sendo um homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos" (Tiago
Outra qualificação possível é a perseverança, sugerido pelos tempos presentes imperativos de pedir, buscar e . bato A idéia é a de continuidade e constância: Persisti em pedir; persistir em buscar; continuar batendo. "Vemos também uma progressão de intensidade nos três verbos, de simples pedindo para a busca mais agressiva para o ainda mais agressivo batendo. No entanto, nenhuma das figuras é complicado ou obscuro. O filho mais novo sabe o que é a pedir, buscar e bater.
A progressão na intensidade também sugere que os nossos sinceros pedidos ao Senhor não são para ser passiva. Seja qual for da Sua vontade que sabemos fazer que deveríamos estar fazendo. Se nós estamos pedindo ao Senhor que nos ajude a encontrar um emprego, devemos estar à procura de um trabalho nós mesmos enquanto aguardamos Sua orientação e disposição. Se estamos fora de comida, devemos estar tentando ganhar dinheiro para comprá-lo, se pudermos. Se queremos ajudar no enfrentamento de um irmão sobre um pecado, devemos estar tentando descobrir tudo o que puder sobre ele e sua situação e tudo o que pudermos sobre o que a Palavra de Deus diz sobre o assunto envolvido. Não é a fé, mas presunção de pedir ao Senhor para fornecer mais quando não estamos usando fielmente o que Ele já nos deu.
Padrão de Deus para Seus filhos exige-
Ou qual é o homem dentre vós, quando seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, ele não lhe dará uma cobra, vai? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará o que é bom para aqueles que lhe pedirem! (7: 9-11)
Estes versos continuam a apontar para e ilustrar a regra de ouro do versículo 12. Estamos também a amar os outros como a nós mesmos, porque essa é uma parte do padrão de vida de Deus para Seus filhos e cidadãos do reino. "Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou por nós, como oferta e sacrifício a Deus como um aroma perfumado" (Ef
Se dissermos que os filhos de Deus, a natureza de Deus deve ser refletido em nossas vidas, imperfeita como eles ainda estão. Jesus aqui passa a nos mostrar algo do que o amor de nosso Pai celestial é como.Primeiro, Ele dá várias ilustrações de relações familiares humanos por fazer duas perguntas retóricas.
O que o homem ... no meio de vós , ou seja, o que o pai, amoroso , quando seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? A resposta óbvia é nenhum homem, nenhum pai amoroso. O mais cruel dos pais dificilmente enganar o seu próprio filho, dando-lhe uma pedra para comer, que parecia com o pão. Mesmo que o filho descobriu o engano antes de quebrar um dente, seu coração seria quebrado pela crueldade de seu pai.
Ou, Jesus continua, se o filho lhe pedir um peixe , o pai não vai dar-lhe uma serpente, vai? A idéia não é que a cobra estaria vivo e venenosa, e, portanto, de perigo físico para o filho. A sugestão é de uma cobra que é cozido para se parecer com a carne comum e seria, ao contrário da pedra, atender a necessidade física do filho. Mas porque eles estavam entre os animais imundos (Lv
Na conta de Lucas, Jesus dá a ilustração acrescentado e mais dramática de um escorpião sendo substituído por um ovo (11:12). Alguns escorpiões Oriente Próximo foram bastante grande e se assemelhava a um ovo de pássaro quando se enrolou para dormir. Neste caso, o engano poderia causar grande perigo físico para o filho, até mesmo uma morte agonizante.
Se vós, pois, sendo maus -como pecaminosa humana pais-sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará o que é bom para aqueles que lhe pedirem! Aqui está um dos muitos ensinamentos das escrituras específicas de natureza caída e mal do homem. Jesus não está falando de pais específicos que são especialmente cruel e perverso, mas de pais humanos, em geral, os quais são pecaminosas por natureza.
Aqueles que não conhecem o verdadeiro Deus não têm nenhuma fonte divina a quem eles podem se transformar com a garantia ou de confiança. A maioria dos deuses pagãos, mas são maiores do que imagens da vida dos homens que fizeram e adorá-los. A mitologia grega conta a história de Aurora, a deusa do amanhecer, que se apaixonou por Tithonus, um jovem mortal. Quando Zeus, o rei dos deuses, prometeu conceder-lhe qualquer presente que ela escolheu para seu amante, ela pediu que Tithonus pode viver para sempre. Mas ela tinha esquecido de pedir que ele também permanecer eternamente jovem.Portanto, quando Zeus deferiu o pedido, Tithonus estava condenado a uma eternidade de envelhecimento perpétua ( Hino homérico a Afrodite [5,218-38]). Essas são as formas caprichosas dos deuses os homens fazem.
Mas não é assim com o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Como no capítulo anterior, Jesus usa a expressão muito mais para descrever o amor de Deus para Seus filhos (conforme 06:30). Nosso divino amoroso, misericordioso, bondoso Pai que está no céu não tem limite no seu tesouro e não há limites para a bondade que está disposto a conceder a seus filhos que lhe pedirem . O relacionamento mais naturalmente altruísta entre os seres humanos é a de pais com seus filhos. Estamos mais propensos a sacrificar para os nossos filhos, até mesmo ao ponto de abrir mão de nossas vidas, do que para qualquer outra pessoa no mundo. No entanto, o maior amor parental humano não se pode comparar com a de Deus.
Não há limite para o que nosso Pai celestial dará para nós quando pedimos em obediência e de acordo com a Sua vontade. Mais uma vez temos a verdade adicional da passagem paralela em Lucas, que nos diz: "Quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?" (11:13).
A verdade Jesus proclama aqui é que, se os pais humanos imperfeitos e pecadores tão voluntariamente e livremente dar a seus filhos os princípios básicos da vida, Deus infinitamente superá-los na medida e no benefício. É por isso que os filhos de Deus são "bem-aventurados ...com todas as bênçãos espirituais" (Ef
Como tratar os outros não é para ser determinado pela forma como nós esperamos que eles nos tratem ou pela forma como nós pensamos que eles devem nos tratar, mas pela forma como deseja -los para tratar nós. Aqui é o coração do princípio, um aspecto da verdade geral que não é encontrado em expressões similares em outras religiões e filosofias.
Por muitos anos o instrumento básico da música foi o cravo. Como suas chaves estão deprimidos, uma determinada cadeia é arrancado para criar a nota desejada, assim como uma corda de violão é arrancado com uma picareta. Mas o tom feita desta maneira não é puro, e o mecanismo é relativamente lenta e limitativa. Em algum momento durante o último quartel do século XVIII, durante a vida de Beethoven, um músico desconhecido modificado o cravo para que as chaves ativado martelos que atingiram, em vez de arrancadas, as cordas. Com essa pequena alteração, uma melhoria significativa que passaria a melhorar radicalmente todo o mundo musical, dando uma grandeza e amplitude nunca antes conhecido.
Esse é o tipo de mudança revolucionária Jesus dá na regra de ouro. Qualquer outra forma de este princípio básico tinha sido dado em termos puramente negativos, e é encontrado na literatura de quase todas as grandes religiões e sistema filosófico. O rabino Hillel disse: "O que é odioso para si mesmo não fazer a outra pessoa." O livro de Tobit nos Apócrifos ensina: "O que tu mesmo hatest, para ninguém fazer."Os estudiosos judeus em Alexandria que traduziram a Septuaginta (Antigo Testamento grego) aconselhados em um determinado pedaço de correspondência ", como você deseja que nenhum mal acontecer a você, mas para ser um participante de todas as coisas boas, por isso você deve agir com o mesmo princípio em direção a seus súditos e delinquentes ". Confúcio ensinou: "O que você não quer fazer a si mesmo, não faça para os outros." Um antigo rei grego chamado Nicocles escreveu: "Não faça aos outros as coisas que fazem você sentir raiva quando você experimentá-los nas mãos de outras pessoas." O filósofo grego Epicteto disse: "O que você evitar o sofrimento a si mesmo, não se afligem sobre os outros." Os estóicos promoveu a princípio, "O que você não quer que seja feito a você, não faço a mais ninguém." Em todos os casos, a ênfase é negativo. O princípio é uma parte importante de corretas relações humanas, mas fica aquém-far-alcançar o padrão perfeito de Deus.
Essas expressões ir só até onde o homem pecador pode ir, e são essencialmente expressões não de amor, mas de auto-interesse. A motivação é basicamente egoísta-não prejudicar os outros, a fim de que eles não vão nos prejudicar. Essas formas negativas de a regra não são de ouro, porque eles são principalmente utilitária e motivado pelo medo e auto-preservação. Como a Escritura nos diz repetidamente da humanidade caída, "Não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer" (Rm
O amor altruísta não serve para evitar que o seu próprio dano ou para segurar o seu próprio bem-estar. Ele serve para o bem de quem está sendo servido, e serve na forma como ele gosta de ser servido-se sempre recebe esse serviço ou não. Esse nível de amor é o nível divino, e só pode ser alcançada com a ajuda divina. Só os filhos de Deus pode ter corretas relações com os outros, porque eles possuem a motivação e o recurso a abster-se de outros hipocritamente condenar e de amar de uma forma absolutamente altruísta.
42. Qual o caminho para o Céu? (13
Entrai pela porta estreita; por larga é a porta, e o caminho é largo que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela. Para o portão é pequeno, e o caminho é estreito que leva à vida, e poucos são os que a encontram. (7: 13-14)
Aqui é o apelo a que Jesus foi se movendo através de todo o sermão. Ele dá a chamada para decidir agora sobre como se tornar um cidadão do reino de Deus e herdar a vida eterna, ou continuar a ser um cidadão deste mundo decaído e receber a condenação. O caminho para a vida é nos termos de Deus por si só; o caminho para a condenação é em quaisquer condições uma pessoa quer, porque todos os sentidos, mas leva de Deus para o mesmo destino.
Jesus tem vindo a dar os padrões de Deus em todo o sermão, as normas que são santa e perfeita e que são diametralmente opostos aos padrões de justiça própria, auto-suficiente, e hipócritas de por aqueles dos escribas e fariseus tipificado-man Ele mostrou o que a Sua Reino é como e quais as suas pessoas são como-e não são como. Agora ele apresenta a opção de entrar no reino ou não. Aqui o Senhor incide sobre a decisão inevitável que cada pessoa deve fazer, no cruzamento onde ele deve decidir sobre o portão , ele vai entrar e a forma como ele irá.
Nossa vida está repleta de decisões-o que vestir, o que comer, onde ir, o que fazer, o que dizer, o que comprar, com quem casar, que carreira seguir e assim por diante. Muitas decisões são triviais e insignificantes, e alguns são essenciais e de mudança de vida. O mais grave de tudo é a nossa decisão a respeito de Jesus Cristo e Seu reino. Essa é a escolha final que determina o nosso destino eterno. É essa decisão que Jesus aqui chama os homens a fazer.
Em perfeita harmonia com a Sua soberania absoluta; Deus sempre tem permitido que os homens para escolhê-lo ou não, e Ele sempre insistia com eles para decidir por Ele ou enfrentar as consequências de uma escolha contra Ele. Desde que a humanidade virou as costas para ele na queda, Deus entortou todo o esforço e não poupou custo em cortejar Suas criaturas de volta a Ele. Ele providenciou e mostrado o caminho, não deixando nada para o homem, mas a escolha. Deus fez sua escolha, dando o caminho da redenção. A escolha é agora Mans.
Enquanto Israel estava no deserto, o Senhor instruiu Moisés para dizer ao povo: "Eu chamo o céu ea terra como testemunhas contra vós hoje, que eu pus diante de ti a vida ea morte, a bênção ea maldição. Então, escolher a vida para que você vivas, tu ea tua descendência, amando o Senhor, teu Deus, obedecendo a sua voz e apegando-a Ele "(Deut. 30: 19-20).
Depois de Israel entraram na Terra Prometida, Josué confrontou o povo novamente com uma escolha: de continuar a servir os deuses egípcios e cananeus que aprovaram ou de se voltar para o Senhor que os havia libertado do Egito e deu-lhes a terra prometida a Abraão. "Escolham hoje a quem irão servir," Josué invocado (13
Em Monte Carmelo, o profeta Elias pediu ao povo de Israel: "Quanto tempo você vai hesitar entre duas opiniões Se o Senhor é Deus, segui-Lo;? Mas se Baal, segui-lo" (1Rs
Esse é o chamado que Deus tem feito para os homens, uma vez que se afastaram Dele, e isso é o apelo supremo da Sua Palavra.
Em seu poema Os Caminhos , O poeta britânico João Oxenham escreveu,
Para cada homem abre
A Way, e maneiras, e uma maneira,
E a alta alma sobe a High Way,
E a baixa Alma tateia o Baixo,
E no meio, sobre os apartamentos enevoadas,
O resto deriva para lá e para cá.
Mas, para cada homem abre
A Way alta e uma baixa,
E cada homem decideth
A Way sua alma deve ir.
No Sermão da Montanha, Jesus apresenta ainda mais uma vez que grande variedade de escolhas. Este sermão, portanto, não pode ser simplesmente admirado e elogiado por sua ética. Suas verdades vai abençoar aqueles que aceitam o Rei, mas vai ficar em julgamento sobre aqueles que se recusam a Ele. Aquele que admira a maneira de Deus, mas não aceita que está sob maior juízo, porque ele reconhece que ele sabe a verdade.
Este sermão também não se aplica apenas para o futuro era do reino milenar. As verdades Jesus ensina aqui são verdades cuja essência Deus ensina no Antigo Testamento e todo o Novo Testamento. Eles são verdades para as pessoas de todas as idades de Deus, como a decisão sobre o portão e o caminho sempre foi uma empresa de decisão.
A escolha é entre o um e os muitos, o caminho certo e os muitos erros, o único e verdadeiro caminho e as muitas maneiras falsas. Como João Stott assinala, em 13
O contraste Jesus faz é não entre religião e irreligião, ou entre as religiões superiores e os inferiores. Também não é um contraste entre pessoas agradáveis e eretas e os vis e degradadas. É um contraste entre a justiça divina e da justiça humana, tudo de que é injustiça. É um contraste entre a revelação divina e da religião humana, entre a verdade divina e falsidade humana, entre confiando em Deus e confiar em si mesmo. É o contraste entre a graça de Deus e as obras do homem.
Sempre houve, mas dois sistemas de religião no mundo. Um é o sistema de realização divina de Deus, eo outro é o sistema do homem da realização humana. Uma delas é a religião da graça de Deus, o outro a religião das obras dos homens. Uma delas é a religião de fé, o outro a religião da carne. Uma delas é a religião do coração sincero e o interno, o outro a religião da hipocrisia e da externa. Dentro do sistema do homem são as milhares de formas e nomes religiosos, mas eles são todos construídos sobre as realizações do homem e da inspiração de Satanás. Cristianismo; por outro lado, é a religião da realização divina, e está sozinho.
Mesmo a lei dada por meio de Moisés, embora divina, não era um meio de salvação, mas sim um meio de mostrar a necessidade do homem para a salvação. "Pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele", explica Paulo; "Por meio da Lei vem o conhecimento do pecado" (Rm
Mas quando hipócrita, homem centrado no ego viu que ele era pecaminoso pela norma da lei, ele simplesmente definir a lei de lado e criou padrões de sua autoria. Ele inventou novas religiões que acomodaram suas deficiências e que eram humanamente possível. Ao cumprir as suas próprias normas realistas, pois, alguém se considerava justo. Isso é o que os rabinos e escribas tinham feito no que diz respeito às suas tradições. Eles baixaram os padrões de Deus, levantou as suas próprias estimativas de si mesmos, e sentiram que tinham alcançado uma posição justa com Deus (Rm
A partir daqui, através do resto do sermão (. Vv 13-27) Jesus aponta repetidamente duas coisas: a necessidade de escolher se quer seguir a Deus ou não, e o fato de que as escolhas são duas e apenas duas. Há duas portas, o estreito ea ampla; dois caminhos, o estreito e amplo; dois destinos, vida e destruição; dois grupos, os poucos e os muitos; dois tipos de árvores, o bom eo mau, que produzem dois tipos de fruta, o bom eo mau; dois tipos de pessoas que professam a fé em Jesus Cristo, o sincero eo falso; dois tipos de construtores, o sábio eo insensato; duas fundações, a rocha e areia; e duas casas, o seguro eo inseguro. Em toda pregação deve haver a procura de um veredicto. Jesus faz o cristal escolha clara.
Nos versículos
As duas portas
Digite está no aoristo imperativo tenso, e, portanto, exige uma ação definitiva e específica. O comando não é para admirar ou para refletir sobre o portão , mas para entrar nele. Muitas pessoas admiram os princípios do Sermão da Montanha, mas nunca siga esses princípios. Muitas pessoas respeito e louvor a Jesus Cristo, mas nunca recebê-Lo como Senhor e Salvador. Porque eles nunca recebem o Rei e nunca entrar no reino, eles são o máximo separado do Rei e, tanto fora do seu reino, como é o ateu ou pagão rankest mais antiético.
Mandamento de Jesus não é simplesmente para entrar algum portão, mas para entrar pela porta estreita . Cada pessoa entra em um portão ou outro; que é inevitável. Jesus pede para os homens a entrar nodireito porta , portão de Deus, a única porta que leva a vida e para o céu.
Jesus tem mostrado repetidamente a estreiteza do padrão interno da justiça de Deus, em contraste com as normas gerais e externos da tradição judaica. O caminho para esse caminho estreito da vida no reino é através da porta estreita do próprio Rei. "Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (Jo
Jesus confrontou o jovem rico que buscava a vida eterna e apresentou uma prova de sua disposição de submeter ao Seu senhorio: "Uma coisa que você ainda não têm; vende tudo o que possui, e distribuí-lo aos pobres, e terás um tesouro no céu ; depois vem e segue-me "(Lc
Para amar a Deus com tudo o que temos é a de abandonar a auto-auto-confiança, auto-realização, auto-justiça, e auto-satisfação. "A menos que você está convertam e se tornem como crianças," Jesus disse: "você não entrará no reino dos céus" (Mt
A porta estreita exige arrependimento. Muitos judeus acreditavam que simplesmente sendo um judeu, um descendente físico de Abraão, foi suficiente para a entrada no céu. Muitas pessoas hoje acreditam que ser em uma igreja qualifica-los para o céu. Alguns até acreditam que o simples facto de um ser humano qualifica-los, porque Deus é muito bom e gentil excluir ninguém. Deus não oferecem o caminho para todos, e seu maior desejo é que todo mundo entrar, porque Ele não deseja "que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2Pe
Charles Spurgeon disse: "Você e seus pecados deve separar ou você e seu Deus nunca vão se reunir Ninguém pecado podem lhe manter;. Todos eles devem ser abandonados, eles devem ser levados para fora como reis cananeus da caverna e ser enforcados ao sol. "
A vida arrependido será uma vida transformada. A mensagem principal da primeira epístola de João é que a vida verdadeiramente remidos manifestar-se em uma vida transformada, em que a confissão do pecado (1: 8-10), a obediência à vontade de Deus (2: 4-6), o amor de Deus do outro crianças (2: 9-11; 3: 16-17), e prática de justiça (3: 4-10) são normais e habitual. "Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto, e assim sereis meus discípulos" (Jo
Aqueles que pregam um evangelho de auto-indulgência pregar um evangelho totalmente diferente do que Jesus pregou. O portão de orgulho, de auto-justiça, e auto-satisfação é a porta larga do mundo, e não o portão estreito de Deus.
A maioria das pessoas passam a vida correndo por aí com as multidões, fazendo o que todo mundo faz e acreditar que todo mundo acredita. Mas, tanto quanto a salvação está em causa, não há segurança em números. Se cada pessoa em um grupo é salvo é porque cada um deles vem individualmente no reino por sua própria decisão, energizado pelo Espírito Santo, a confiar em Cristo.
Dois Caminhos
As duas portas levar a dois caminhos. O portão que é ampla leva a da maneira que é amplo ; e a porta estreita , que é pequena , leva a da maneira que é estreita. O caminho estreito é o caminho dos justos, e o caminho largo é o caminho dos ímpios e essas são as duas únicas formas em que os homens podem viajar . A pessoa piedosa se deleita "na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. E ele será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo", enquanto o ímpio "são como a palha que o vento vai embora "(Sl
A maneira que é amplo é o caminho mais fácil, atraente, inclusive, indulgente, permissivo, e auto-orientado do mundo. Existem algumas regras, poucas restrições, e alguns requisitos. Tudo que você precisa fazer é professam Jesus, ou pelo menos ser religioso, e que são prontamente aceitas nesse grupo grande e diversificada. Pecado é tolerado, a verdade é moderado, e humildade é ignorado. A Palavra de Deus é elogiado, mas não estudou, e Seus padrões são admirados, mas não seguiu. Desta forma, não requer maturidade espiritual, sem caráter moral, sem compromisso, e não sacrifício. É a maneira mais fácil de flutuar rio abaixo, em "o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência" (Ef
Uma das Índias Ocidentais, que tinha escolhido o Islã sobre o cristianismo disse que seu motivo era que o Islã "é um caminho nobre, amplo. Há espaço para um homem e seus pecados sobre ele. O caminho de Cristo é muito estreita" Parece que muitos pregadores hoje fazem não vejo essa questão tão claramente quanto que descrente muçulmano.
A maneira que é estreita , no entanto, é a maneira mais difícil, o caminho exigente, o caminho da abnegação e da cruz. Stenos ( estreito ) vem de uma raiz que significa "a gemer", como de estar sob pressão, e é usada figurativamente para representar uma restrição ou constrição. É a palavra de que cheguemos a estenografia, por escrito, que é abreviado ou comprimido.
O fato de que poucos são aqueles que encontram o caminho de Deus implica que está a ser procurado diligentemente. "E você vai procurar-me e encontrar-me, quando você procura por mim de todo o vosso coração" (Jr
O reino é para aqueles que vêm para o Rei em pobreza de espírito, mais de luto seus pecados, e fome e sede de Sua justiça para substituir o seu próprio (Mat. 5: 3-4, Mt
Comentários William Hendriksen,
O Reino, então, não é para os fracos, vacilantes e conciliadores .... Não é por Balaão, o jovem rico, Pilatos e Demas .... Não é ganho por meio de orações diferidos, promessas não cumpridas, resoluções quebrados e testemunhos hesitantes. É por homens fortes e resistentes, como José, Nathan, Elias, Daniel, Mordecai e Pedro ... Estevão ... e Paulo. E não nos esqueçamos de tais mulheres valentes, como Rute, Deborah, Esther e Lydia. ( Exposição do Evangelho segundo Mateus . [Grand Rapids: Baker, 1973], p 490)
Como Paulo expressa isso em Romanos
Caminho da salvação de Deus é extremamente simples, mas não é fácil. Nós podemos dar nada ou desistir de nada que vai nos ganhar a entrada no reino, mas se almejamos para segurar coisas proibidas pode nos manter fora do reino. Essa é outra razão pela qual poucos são os que a encontram.
Podemos não paga nada para a salvação, mas vindo a Jesus Cristo custa tudo o que temos. "Se alguém vem a mim", diz Jesus, "e não aborrecer a seu pai e mãe e esposa e filhos e irmãos, e irmãs, e até sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua própria atravessar [a vontade até para morrer se necessário] e não me segue não pode ser meu discípulo "(Lc
A pessoa que diz sim a Cristo deve dizer não para as coisas do mundo, porque estar em Cristo é confiar em Seu poder, em vez de nossa própria e estar dispostos a abandonar o nosso próprio caminho para a Sua. Pode custar perseguição, ridicularização, e tribulação. Em suas últimas instruções aos seus discípulos, Jesus várias vezes lembrou-lhes o preço que pagaria por segui-Lo: "Porque você não é do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por isso o mundo vos odeia Lembre-se da palavra. que eu disse a você, 'Um escravo não é maior que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós "(João
Dois Destinos
Tanto o amplo e os estreitos caminhos apontam para a boa vida, para a salvação, céu, Deus, o reino, e uma bênção, mas apenas o estreito caminho, na verdade, leva a esses. Não há nada aqui para indicar que o caminho largo está marcado como "Inferno". O ponto de nosso Senhor está fazendo é que ele é marcado como "Céu", mas não leva lá. Essa é a grande mentira de todas as religiões falsas de realização humana. Os dois destinos muito diferentes das duas maneiras são feitas clara pelo Senhor (conforme Jr
Dois grupos
Indo para as duas portas, descendo as duas maneiras, e indo para os dois destinos que encontramos dois grupos de pessoas. Aqueles que entrar pela porta larga e viajar pelo caminho que é amplo em direção ao destino de destruição são muitos . O muitos irão incluir pagãos e cristãos nominais, ateus e religiosos, teístas e humanistas, judeus e gentios, toda pessoa de qualquer idade, fundo, persuasão e circunstância que não veio para salvar a obediência a Jesus Cristo.
No dia do juízo muitos afirmam ser seguidores de Cristo, mas "muitos procurarão entrar e não poderão", Jesus adverte. "Uma vez que o dono da casa se levanta e fecha a porta, e você começa a ficar de fora e bater à porta, dizendo: Senhor, abre-se a nós! ' Ele, então, vai responder e dizer-lhe: 'Eu não sei de onde você é. " Em seguida, você vai começar a dizer: 'Comemos e bebemos na tua presença, e tu ensinaste nas nossas ruas ", e ele vai dizer, eu lhe digo, eu não sei de onde você é, afastar-me, todos os malfeitores" (13
O grupo que passa pela porta estreita e percorre o caminho estreito e é destinado a vida é poucos em número. Quando Jesus disse: "Não temais, pequeno rebanho" (Lc
Os crentes não são poucos em número, porque a porta é estreita demais ou pequeno demais para acomodar mais. Não há limite para o número que poderia passar por aquele portão, se eles passam no caminho de Deus, em arrependimento por seus pecados e na confiança em Jesus Cristo para salvá-los. Também não é o número poucos porque o espaço celeste é limitado. A graça de Deus não tem limites, e as habitações do céu são ilimitadas. Também não é o número poucos porque Deus deseja que a maioria das pessoas perecem. Ele deseja ardentemente "para que todos cheguem ao arrependimento" (2Pe
43. Cuidado com os falsos profetas (Mateus
Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Você vai conhecê-los pelos seus frutos. Pode alguém colher uvas dos espinheiros, nem figos dos abrolhos, são eles? Mesmo assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Então, você vai conhecê-los pelos seus frutos. (7: 15-20)
Depois de dar o convite para "entrar pela porta estreita", para vir a Deus por a única maneira que Ele tem proporcionado, Jesus adverte que nem todos que dizem pertencer a Deus e falar para ele realmente faz isso. Quando estamos na encruzilhada da decisão, devemos lembrar que o verdadeiro caminho para Deus é estreito e que o falso caminho é largo; o verdadeiro caminho é difícil e exigente, e da maneira falsa é fácil e permissiva; o verdadeiro caminho tem relativamente poucos seguinte nele, ea maneira falsa tem muitos.
Jesus agora diz, com efeito, "Enquanto você se esforça para entrar naquela porta estreita e andar que caminho estreito que conduz à vida, cuidado com aqueles que iria enganá-lo. Assim como há um portão enganosa e de forma enganosa, há também são enganosas pregadores e professores que apontam para aquele portão e promover dessa forma ". Assim como a falsa portão e forma, eles vão reclamar para mostrar o caminho para o céu e da vida, mas eles realmente mostrar o caminho para o inferno e da destruição. O falso portão tem falsos profetas que estão na frente dele que procuram levar as pessoas para o caminho falso e impedi-los de entrar na verdade.
No presente passagem Jesus primeira dá uma advertência e, em seguida, chama-nos a estar atentos. Assim como Ele descreveu os verdadeiros e falsos caminhos, Ele agora descreve os verdadeiros e os falsos mestres dessas maneiras.
Aviso
Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. (7:15)
Os falsos profetas não eram novos para Israel. Enquanto Deus teve verdadeiros profetas, Satanás teve falsos. Eles são vistos desde os primeiros tempos da história redentora. Moisés advertiu,
Se um profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, e o sinal ou a maravilha se torna realidade, sobre o qual ele falou-lhe, dizendo: "Vamos após outros deuses (a quem você não tem conhecido) e vamos atendê-los ", você não deve ouvir as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porque o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se você ama o Senhor, teu Deus, com todo o seu coração e com toda a tua alma. Você deve seguir o Senhor, teu Deus, e temem; e você deve manter seus mandamentos, ouvir a Sua voz, servi-Lo, e se agarram a ele. Mas aquele profeta ou sonhador de sonhos deve ser condenado à morte, porque ele aconselhou rebelião contra o Senhor vosso Deus. (13
Os falsos profetas sempre encontrar uma audiência e muitas vezes são incentivados por aqueles que estão descontentes com os caminhos de Deus. "Porque este é um povo rebelde", disse Isaías de Israel, "falsos filhos, filhos que se recusam a ouvir a instrução do Senhor; que dizem aos videntes:" Você não deve ver visões ", e aos profetas: ' Você não deve profetizeis para nós o que é certo, falar-nos palavras agradáveis, ilusões profetizar "" (Is. 30: 9-10). A partir do capítulo 5 até o capítulo 23 de Jeremias, vemos que o homem de Deus repetidamente contra os falsos profetas por quem seu povo estava sendo tão terrivelmente enganados.
Como Jesus estava sentado no monte das Oliveiras, pouco antes da última semana da Páscoa, os discípulos perguntaram: "Dize-nos quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?" Ele respondeu: "Vede que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo ', e enganarão a muitos ... Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas se levantarão e mostrarão grandes sinais e prodígios , de modo a enganar, se possível, até os escolhidos "(Mat. 24: 3-5, Mt
Sempre houve um grande mercado para os falsos profetas, porque a maioria das pessoas não querem ouvir a verdade. Eles preferem ouvir o que é agradável e lisonjeira, mesmo que seja falsa e perigosa, sobre o que é desagradável e que não faz jus, mesmo que seja verdadeiro e útil.
A definição de um Falso Profeta
Desde o início da obra redentora de Deus em favor da humanidade caída, Seus verdadeiros representantes foram marcados por duas coisas: eles são divinamente comissionado, e apresentam uma mensagem divina. Eles são chamados por Deus, e eles declaram a mensagem de Deus e só essa mensagem. Um verdadeiro profeta é a voz de Deus aos homens.
Quando Moisés foi chamado, ele disse: "Por favor, Senhor, eu nunca fui eloqüente, nem recentemente nem no tempo passado, nem depois que falaste a teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua". E o Senhor disse-lhe: "Quem fez a boca do homem? Ou quem lhe faz mudo ou o surdo, ou ver ou cego? Não sou eu, o Senhor? Agora, em seguida, ir, e eu, eu mesmo, será com a boca e ensinar-lhe o que você está a dizer "" (Ex. 4: 10-12).
A característica mais perigosa de falsos profetas, porém, é que eles, também, a pretensão de ser de Deus e para falar em Seu nome. "Uma coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra", Deus disse a Jeremias. "Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes se pronunciar sobre a sua própria autoridade, e meu povo assim o deseja!" (Jer. 5: 30-31). Mais uma vez ele disse: "Os profetas profetizam mentiras em meu nome eu nem enviei nem lhes ordenei, nem falei com eles, pois eles vos profetizam uma visão falsa, e adivinhação, e vaidade, eo engano de suas próprias mentes." (14: 14). E ainda novamente Ele disse:
"Também entre os profetas de Jerusalém vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios", andam com falsidade; e fortalecem as mãos dos malfeitores, para que ninguém se desviou de sua maldade. "... Assim diz o Senhor dos Exércitos," Não dê ouvidos às palavras dos profetas que vos profetizam. Eles estão levando-os a futilidade; falam da visão de sua própria imaginação, não da boca do Senhor .... Não mandei esses profetas, mas eles correram. Eu não falei com eles, mas eles profetizaram. "(23:14, 16, 21)
Em uma promessa do julgamento o Senhor disse a Zacarias: "Pois eis que eu vou levantar um pastor na terra, que não vai se importar para os que perecem, procurar os dispersos, a curar os quebrantados, ou manter a uma posição, mas vai devorar a carne da ovelha gorda e arrancar seus cascos "(Zc
Uma das descobertas mais assustadoras sobre Popular Templo Church Cristão foi que uma grande maioria de seus membros tinham sido criados em lares cristãos de um tipo ou de outro. A maioria dos que se juntou a essa igreja fez na crença de que ele oferece uma experiência maior e mais genuíno de companheirismo e serviço cristão. No entanto, a igreja dissolvido durante a noite quando o seu líder, Jim Jones, e quase mil de seus seguidores mais leais suicídio em massa cometido em Jonestown, um assentamento igreja remoto nas selvas da Guiana, América do Sul.
Em seu livro Deceived , Mel Branco tenta determinar por que tantas pessoas pudessem ser tão fatalmente enganados. Entre as razões que ele sugere são:
Ele [Jim Jones] soube inspirar esperança. Ele estava comprometido com as pessoas em necessidade; ele aconselhou os presos e delinquentes juvenis. Ele começou um centro de colocação de trabalho; ele abriu casas e lares para os retardados descansar; ele tinha um posto de saúde; ele organizou um centro de formação profissional; ele forneceu assistência jurídica gratuita; ele fundou um centro comunitário;ele pregou a respeito de Deus. Ele alegou ainda para expulsar demônios, fazer milagres e curar.
Mas, por outro lado, encontramos todas as marcas de um falso profeta. Ele promoveu-se através do uso de celebridades, um veículo muito comum para os falsos profetas para ganhar credibilidade. Ele manipulou a imprensa; ele queria que certas histórias favoráveis; ele era grande em jogar a imprensa .... E ele usou a linguagem e as formas de fé para ganhar seu poder.
Jim Jones criou uma comunidade acolhedora, supostamente cristã. Porém, ele substituiu Jesus Cristo como a autoridade e mais e mais lealdade ganhou para si mesmo. Ele começou a exigir dinheiro para cada serviço oferecido e ele estava preocupado com o sexo, tanto em suas formas normais e desviantes. Ele iria mentir de forma convincente sobre qualquer coisa, a fim de obter uma vantagem ou fazer uma impressão desejada. Antes de sua morte bizarra que ele tinha conseguido ganhar a admiração e elogios de inúmeros líderes de igrejas, governadores, senadores, deputados, e até mesmo o presidente dos Estados Unidos.
A maior tragédia de Jonestown não era que cerca de mil pessoas morreram, mas que morreram acreditando que estavam servindo a Deus. Na verdade, é claro, eles estavam servindo a Satanás, e estavam em seu caminho para o inferno se não conhecem a Cristo. Quaisquer crentes que podem ter sido entre eles incorridos grande perda de recompensa.
"Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas surgirão", Jesus advertiu, "e vai mostrar grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, até os escolhidos" (Mt
"Ninguém vos engane com palavras vãs", Paulo adverte os Efésios; ". Porque por estas coisas que a ira de Deus vem sobre os filhos da desobediência Portanto, não sejais participantes com eles" (Ef
Jude dá uma forte advertência contra os falsos profetas e conta como os crentes devem responder a elas. Ele escreve: "Mantenham-se no amor de Deus, esperando ansiosamente para a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna" (v. 21). Nossa primeira necessidade é obter nós mesmos certo com o Senhor, para ter certeza de que está no lugar de comunhão divina, bênção e poder. Então, vamos estar preparados para "ter misericórdia de alguns, que estão duvidando; salvar os outros, arrebatando-os do fogo; e de outros tende misericórdia com temor, detestando até a roupa contaminada pela carne" (. Vv 22-23) .
O primeiro grupo Jude menciona é composta de crentes que foram tentados a duvidar de sua fé, e que precisam de conforto e segurança. O segundo grupo é composto de incrédulos que estão em seu caminho para o inferno e que precisam de ser agarrado, por assim dizer, e segurou. O terceiro grupo, no entanto, é composto por aqueles que são confirmados na religião falsa e que são extremamente perigosas, até mesmo para o cristão mais maduro. Devemos testemunhar a essas pessoas com cuidados especiais e na dependência especial sobre o Senhor sabedoria e proteção, para que nós nos tornamos espiritualmente contaminada por seus pontos de vista poluídas e formas.
Os falsos profetas e aqueles que seguem os falsos profetas são tão perigosos para o povo de Deus como lobos vorazes são ovelhas.
A decepção dos Falsos Profetas
O perigo de falsos profetas é muito maior por causa de sua decepção. Quando um inimigo é visto pelo que ele é, somos alertados e podem ser preparados para nos defender. Mas, quando um inimigo se apresenta como um amigo, nossas defesas estão em baixa. Os cães e suína do versículo 6 são muito mais facilmente reconhecido por causa de sua pecaminosidade aberto e rejeição de Deus.
No Antigo Testamento vezes profetas eram frequentemente reconhecido por aquilo que eles usavam. Como Elias, que muitas vezes usava áspero, peludo, roupa desconfortável, como um símbolo de sua precede os confortos normais da vida pela causa de Deus. João Batista, como o último profeta do Antigo Testamento, usava casaco de pêlo de camelo e comia gafanhotos e mel silvestre. Houve exceções, mas geralmente profetas poderiam ser identificados pelo seu, roupas grossas simples. Por essa razão, uma pessoa que queria se passar por um profeta, às vezes, usar essas roupas. Zacarias fala de tais homens que "vestiu um roupão peludo, a fim de enganar" (Zc
Os falsos profetas são quase sempre agradável e positiva. Eles gostam de estar com os cristãos, para falar como os cristãos, e de ser identificado como cristãos. Eles sabem e usar a terminologia bíblica e muitas vezes aparecem muito bem informados sobre as Escrituras. As doutrinas que afirmam são aparentemente bíblica.
Muitos falsos profetas também parecem ser sincero, e por causa do que a sinceridade que podem mais facilmente enganar os outros. Paulo adverte que "os homens maus e impostores irão proceder de mal a pior, enganando e sendo enganados" (2Tm 3:13). Ser enganados pelo enganador final, essas pessoas podem ser completamente convencido em suas próprias mentes que suas crenças pervertidas são verdadeiras. Eles tornaram-se tão profundamente dedicado a falsidade de que a escuridão parece ser leve, e preta parece ser branco.
Se eles são tão enganosas, como, então, eles podem ser identificados? Na maioria das vezes eles mostram suas verdadeiras cores por que eles não afirmam. Em outras palavras, eles são identificados, não tanto pelo que eles dizem, mas pelo que eles não dizem. Eles geralmente não negar abertamente a divindade de Jesus, Sua expiação substitutiva, a depravação e perdição do homem, a realidade ea penalidade do pecado, o destino do inferno para os incrédulos, a necessidade de arrependimento, humildade e submissão a Deus, e outros tais e verdades desconfortáveis "negativas". Eles simplesmente ignorá-los.
A fim de realizar o seu engano efetivamente, esses líderes espúrias viver vidas morais e verticais na superfície. O grande comentarista João Broadus escreveu que muitos dos falsos profetas vieram de formação religiosa tradicional, e por causa da ingraining dos valores morais cristãos tradicionais início eles acham difícil de superar abertamente as restrições em suas mentes por sua formação inicial. (Mateus [Valley Forge, Pa .: Judson, 1886], p. 167). Moralidade Outward ajuda a dar a impressão de autenticidade espiritual e, portanto, ajuda a perpetuar o engano. Mas a verdade é que eles são energizados por "espíritos ea doutrinas de demônios enganadores" e tornaram-se "mentirosos marcados a ferro em sua própria consciência, como com um ferro em brasa" (1 Tim. 4: 1-2). Eles são motivados pelo desejo de "torpe ganância" (1Pe
Em A Didaqué , um dos primeiros escritos cristãos após tempos do Novo Testamento, encontramos uma seção dedicada a lidar com os falsos profetas. O termo usado para descrevê-los é Christemporos , que significa "comerciantes Cristo". Falsos profetas usar Jesus Cristo e Seu evangelho e da igreja como meios para servir os seus próprios fins. Eles usam as coisas de Deus como uma mera mercadoria para promover e distribuir a sua própria vantagem.
A Didaqué dá vários meios para distinguir os verdadeiros profetas do falso. Uma era que um verdadeiro profeta não permaneceria como convidado casa mais de dois dias, porque ele teria de ser para cima e sobre o seu trabalho. Um falso profeta, no entanto, estaria disposta a ficar indefinidamente, uma vez que ele não tinha verdadeira missão para cumprir, exceto servir seus próprios interesses. O segundo teste foi em relação ao pedindo dinheiro. O verdadeiro profeta, disse a Didaqué , gostaria de pedir para pão e água, mas nada mais, ou seja, apenas para as necessidades de manter-se indo. Um falso profeta, por outro lado, não é o menos avessos a pedir ou mesmo exigindo dinheiro. Um terceiro teste estava na área de estilo de vida. Uma pessoa que não leva uma vida que corresponde aos padrões que ele ensina claramente não é um homem de Deus. Ainda outro teste foi em relação à vontade de trabalhar. Se uma pessoa queria viver fora os outros e não iria trabalhar para seu próprio sustento, ele era um traficante de Cristo.
Um falso profeta é sempre no trabalho da igreja para si mesmo, para preencher seus próprios bolsos, para satisfazer a sua própria ganância, ego, e prestígio e para ganhar poder, influência e reconhecimento para si mesmo.
Nosso dia tem mais do que sua parte de comerciantes Cristo. Através de livros, rádio, televisão, gravações, nas igrejas, conferências, seminários, cruzadas, e por vários outros meios que empacotar e vender o evangelho, da mesma forma que Madison Avenue vende carros e sabão. Eles são vendedores ambulantes insinceros da Palavra de Deus, que corrompê-lo para seus próprios fins (2Co
A Danação de Falsos Profetas
O destino dos falsos profetas só está implícita no versículo 19, mas é explícita em ambos os trechos anteriores e posteriores. Porque eles entram pela porta larga e viajar pelo caminho largo, o seu fim é a perdição (v. 13). E quando eles vêm antes de Jesus no dia do juízo, e dizer: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres?" Ele vai responder: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniqüidade" (vv 22-23.).
Pedro nos diz que, junto com os hereges e apóstatas falsos mestres ", o seu julgamento de há muito tempo não é ocioso, ea sua destruição não dorme", que eles serão mantidos "sob punição para o dia do juízo", que gosta selvagem bestas eles vão "também ser destruídas", e que "a escuridão preta foi reservado" para eles (2Pe
Também é possível que uma árvore em si a dar frutos que é colorido, bem formados, e atraente, mas que é amargo, desagradável, e mesmo venenosa. Esse tipo de má árvore com o seu fruto ruim é muito mais difícil de julgar do que arbustos espinhosos que têm uvas neles ou cardos que têm figos sobre eles. No segundo caso, tanto a árvore e a fruta parece ser verdadeiro. O que ele traz tem de ser cuidadosamente analisada para determinar se ele é bom fruto ou maus frutos . A madura acreditar que tem discernimento desenvolvido pode manchar a árvore má e maus frutos (He 5:14).
Julgando o fruto dos falsos profetas, é claro, não é tão fácil como a julgar frutas em um pomar. Mas a partir da Escritura descobrimos pelo menos três testes primários podemos aplicar a fim de saber. Eles são nas áreas de caráter, credo e convertidos.
Personagem
Caracteres de sua base de uma pessoa motivos internos, normas, lealdades, atitudes e ambições-acabará por mostrar através de que ele faz e como ele age. João Batista disse aos fariseus hipócritas e dos saduceus que vinham a ser batizado para a primeira "produzir frutos dignos de arrependimento" (Lc
Nenhuma pessoa é salva por boas obras, mas cada crente é salvo por boas obras. "Pois somos feitura dele," Paulo nos diz: "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef
Como tudo o que é piedoso e justo, verdadeiro frutificação começa no interior, no coração. Paulo fala da nossa ", tendo sido preenchido com o fruto da justiça, que vem por meio de Jesus Cristo" (Fm
Uma pessoa que pertence a Jesus Cristo, e que é chamado por Deus e dado a mensagem de Deus vai dar provas de bons frutos , tanto em suas atitudes e suas ações. Uma pessoa que não pertence a Deus, especialmente um falso profeta, que diz ser o mensageiro de Deus, mais cedo ou mais tarde se manifestar a maus frutos que a árvore má da sua vida sensual produz inevitavelmente.
Os falsos profetas podem disfarçar e esconder seu mau fruto por um tempo com pompa eclesiásticas, conhecimento bíblico, e vocabulário evangélica. Eles podem cobri-lo por pertencer a organizações cristãs, associar-se com líderes cristãos, e por falar sobre as coisas divinas. Mas como eles falam, agem e reagem quando não na visão dos cristãos acabará por expor sua verdadeira lealdade e convicções. O que está no coração vão surgir, e teologia corrupto vai resultar em uma vida corrupta. O ensino falso e viver pervertido são inseparáveis e, eventualmente, se manifestará.
Pedro nos diz que o verdadeiro crente maduro e estará crescendo na fé, a excelência moral, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e amor. "Se essas qualidades são suas e estão aumentando", diz ele, "que prestam você nem inútil, nem infrutíferos no verdadeiro conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo" (2 Pe 1: 5-8.). Aqueles, por outro lado, que são profetas falsos e enganadores, em "falando palavras arrogantes de vaidade ... seduzir por desejos carnais, pela sensualidade, aqueles que mal escapar os que vivem no erro, prometendo-lhes liberdade, enquanto eles próprios são escravos da corrupção "(2: 18-19). E seus falsos crentes podem escapar temporariamente "das corrupções do mundo", mas eles acabarão por regressar ao seu "vômito" e "a revolver-se no lamaçal" (2 Pe. 2: 20-22).
A menos que aqueles que afirmam ser os porta-vozes de Deus dar provas de que seus mais profundos motivos e padrões de vida são para honrar, glorificar e exaltar a Deus, e crescer em humildade, santidade e obediência, podemos ter a certeza de que Deus não ligou ou mandou— . Se eles são orientados a dinheiro, prestígio, reconhecimento, popularidade, poder, frouxidão sexual, e do egoísmo, eles não pertencem a Jesus Cristo. Se eles estão orgulhosos, arrogantes, ressentido, egoísta e auto-indulgente, eles são claramente falsos profetas. O verdadeiro teste, uma atitude bem-aventurança de humildade, pode ser resumida nas palavras de Jesus: "Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória; mas aquele que está buscando a glória daquele que o enviou, Ele é verdadeiro, e não há não há injustiça "(Jo
Martyn Lloyd-Jones comenta com sabedoria,
Um cristão pode geralmente ser conhecida pela sua própria aparência. O homem que realmente acredita na santidade de Deus, e quem sabe o seu próprio pecado e da escuridão do seu coração, o homem que acredita no julgamento de Deus ea possibilidade de inferno e tormento, o homem que realmente acredita que ele mesmo é tão vil e indefeso que nada, mas a vinda do Filho de Deus do céu à terra e Sua indo para a vergonha amarga e agonia e crueldade da cruz jamais poderia salvá-lo, e reconciliá-lo com Deus, este homem vai mostrar tudo isso em sua personalidade. Ele é um homem que é hound para dar a impressão de mansidão, ele é obrigado a ser humilde. Nosso Senhor nos faz lembrar aqui que, se um homem não é humilde, devemos ter muito cuidado com ele. Ele pode colocar em uma espécie de pele de cordeiro, mas que não é a verdadeira humildade, que não é verdade mansidão. E se a doutrina de um homem é errado, que, geralmente, irá mostrar-se neste momento. Ele será afável e agradável, ele vai apelar para o homem natural, e para as coisas que são física e carnal; mas ele não vai dar a impressão de ser um homem que viu a si mesmo como um pecador amarrada ao inferno, e que foi salvo pela graça de Deus. ( Estudos no Sermão da Montanha, Vol. 2. [Grand Rapids: Eerdmans, 1977], pp 258-59)
É quase sempre o caso que os falsos profetas vai atrair incrédulos declarados, bem como os crentes nominais e carnais. Ele apela para o homem natural e evita cuidadosamente qualquer coisa que é ofensivo para orgulhoso, natureza caída do homem. Ele faz questão de ser atraente, simpático, e de não dar nenhuma ofensa.
Mas nenhuma pessoa, não importa o quão inteligente e enganoso, pode indefinidamente esconder um personagem que está podre e fora de sintonia com Deus. João Calvin disse: "Nada é mais difícil de falsificar do que a virtude." Exige muito. Exige mais do que qualquer pessoa tem em si mesmo, e quando disposição e poder divino de Deus estão ausentes a farsa não pode durar muito tempo.
Credo
Uma segunda área em que um falso profeta pode ser julgado é o de doutrina. Superficialmente, o que ele ensina pode parecer exame bíblico e ortodoxo, mas cuidado sempre revelar idéias que são anti-bíblica e da ausência de uma teologia forte e clara. Idéias falsas serão ministradas, ou pelo menos verdades importantes serão omitidos. Frequentemente haverá uma combinação de ambos. Eventualmente, a fruta vai mostrar uma árvore para o que é, porque a árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore má dar frutos bons.
Em uma ocasião posterior, Jesus disse aos fariseus: "Raça de víboras, como podem vocês, apesar de serem maus, dizer o que é bom? Pois a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom, do seu bom tesouro traz o que é bom, eo homem mau do seu mau tesouro tira o mal "(Mateus
Ao julgar se deve ou não um ensinamento vem de Deus, Isaías aconselha: "À lei e ao testemunho Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz,!", Ou seja, eles não têm luz (Is
Todos os falsos profetas se têm uma visão incompleta, distorcida ou perversa de Cristo. Se Satanás pode confundir e enganar as pessoas sobre a pessoa e obra de Cristo, ele tem confundido e enganado-los no próprio coração do Evangelho.
Jesus acaba de mostrar que o caminho da salvação, o portão para o reino ea vida de Deus, é estreito e exigente, ao passo que a porta para o inferno e da destruição é amplo (13
Arthur Rosa diz: "Os falsos profetas estão a ser encontrado nos círculos do mais ortodoxo, e eles fingem ter um ardente amor pelas almas, ainda que fatalmente iludir multidões a respeito do caminho da salvação. O púlpito, plataforma e panfleto vendedores ambulantes têm desenfreAdãoente baixou o padrão de santidade divina e assim adulterado o Evangelho, a fim de torná-la palatável para a mente carnal. "
O credo dos falsos profetas nunca tem uma porta estreita e um caminho estreito. Na superfície a sua mensagem pode parecer difícil e exigente, mas ele sempre vai descansar sobre a fundação de obras do homem e, portanto, estará sempre accomplishable por esforço próprio do homem. Eles nunca revelam a profundidade ou o perigo do pecado e da depravação, a necessidade de arrependimento, perdão e submissão ao Senhor, ou o destino de julgamento, condenação e destruição eterna para aqueles que além de Deus. Não há quebrantamento sobre o pecado e nenhum anseio de justiça. Eles têm respostas fáceis para os pequenos problemas. "Eles já curou o quebrantamento do meu povo superficialmente", diz Jeremiah ", dizendo:" Paz, paz ', mas não há paz "(Jr
Eles têm uma audiência pronta entre a maioria das pessoas, porque eles dizem que só o que as pessoas gostam de ouvir. Assim como fez o antigo Israel no tempo de Jeremias, as pessoas hoje como se fosse dessa forma (Jr
O credo do falso profeta, se ele tem algum, será vago, indefinido, e etéreo. Nenhuma verdade exigindo será absoluta ou clara, e cada princípio vai ser fácil e atraente.
Arthur Rosa declara: "Qualquer pregador que rejeita a lei de Deus, que nega arrependimento ser uma condição para a salvação, que assegura a vertiginosa e sem Deus, que são amados por Deus, que declara que a fé salvadora não é nada mais do que um ato da vontade que cada pessoa tem o poder de realizar é um falso profeta e deve ser evitado como uma praga mortal "( Uma Exposição do Sermão da Montanha , p. 362).
Falsos profetas falam muito sobre o amor de Deus, mas nada de Sua santidade, muito sobre as pessoas que são privadas, mas nada sobre aqueles que são depravados, muito sobre a paternidade universal de Deus de todos os seres humanos, mas nada sobre sua paternidade exclusiva somente daqueles que são seus crianças através de fé em Seu Filho, Jesus Cristo, muito sobre o que Deus vai nos dar, mas nada sobre a obediência a Ele, muito sobre a saúde e felicidade, mas nada sobre a santidade e sacrifício. Sua mensagem é uma mensagem de lacunas, a maior diferença de que deixa de fora a verdade que salva.
Converte
Os falsos profetas também podem ser identificados por seus convertidos e seguidores. Eles irão atrair para si as pessoas que têm a mesma orientação superficial, egoísta e anti-bíblica como eles fazem."Muitos seguirá sua sensualidade", Pedro nos diz, "e por causa deles o caminho da verdade será blasfemado" (2Pe
Mas os crentes verdadeiros que estão carnal e mundano também pode ser atraído e corrompido, tornando-se uvas em espinheiros e figos em cardos. De um modo geral, no entanto, falsos profetas atrair falsos crentes, e dessa forma agir como uma espécie de proteção negativa para a verdadeira igreja.
Os falsos profetas e seus falsos seguidores que "não receberam o amor da verdade para serem salvos. E por isso Deus lhes enviará uma influência iludindo a fim de que eles possam acreditar que é falso, a fim de que todos eles podem ser julgados que não creram a verdade, mas tiveram prazer na iniqüidade "(2 Ts 2: 10-12.). Em última análise, Deus torna-se de que toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo (conforme Jo
Nosso Senhor encerra esta seção potente com uma repetição afirmação do versículo 16, por isso, então, você vai conhecê-los pelos seus frutos. Assim, estamos mais uma vez chamados a ser exigentes ao ouvir pregadores que nos chamam para o caminho largo que leva à morte e inferno.
44. Palavras vazias e corações vazios (Mateus
Nem todo o que me diz: "Senhor, Senhor ', entrará no reino dos céus; mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? " E então eu lhes direi: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniquidade."
Portanto, quem ouve estas minhas palavras, e age de acordo com eles, pode ser comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; e ainda assim ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; e ela caiu, e foi grande a sua queda.
O resultado foi que, quando Jesus terminou estas palavras, as multidões ficaram admirados com seu ensinamento; pois Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. (7: 21-29)
Jesus ainda está dando o convite de seu povo chamando-sermões da religião falsa para o verdadeiro reino. Ele disse que alguns entrar pela porta estreita da salvação porque antes de tudo ele deve ser encontrado (v. 14), o que implica que ele deve ser procurado e pesquisado. Ninguém tropeça no reino inadvertidamente. Em segundo lugar, o caminho estreito e exigente da salvação é o completo oposto do caminho do mundo, que é amplo, fácil, e indulgente. Em terceiro lugar, a porta estreita para o reino requer atravessando sozinha e nua, tomando sem posses, sem obras, sem orgulho, sem auto-justiça. Em quarto lugar, como o senhor menciona no relato paralelo em Lc
Agora Jesus dá uma última razão por que tão poucos entrar pela porta estreita da salvação: o auto-engano. JC Ryle diz: "O Senhor Jesus acaba o Sermão da Montanha, por uma passagem de aplicação de perfuração de coração Ele muda de falsos profetas aos falsos professores, de professores pouco sólidas para ouvintes doentias." ( Pensamentos expositivas sobre o Evangelho: São Mateus [Londres: Tiago Clarke, 1965], pp 69-70).. Não só pode falsos profetas nos enganar sobre o caminho da salvação, mas podemos nos iludir. Depois de nos alertar sobre os falsos profetas, o Senhor agora adverte homens sobre si mesmos. O homem pecador é tendencioso em seu próprio favor e, por causa do orgulho, tende a rejeitar o verdadeiro evangelho.
As duas categorias de auto-engano são os de mera profissão verbal e de mero conhecimento intelectual. O primeiro, descrito nos versos
O Senhor não está falando com as pessoas sem religião, para os ateus ou agnósticos. Ele nem está falando com os pagãos, hereges, ou apóstatas. Ele está falando especificamente para as pessoas que estão com devoção religiosa, mas que estão iludidos em pensar que eles estão na estrada para o céu quando eles são realmente na ampla estrada para o inferno. Eles não são diferentes daqueles nos últimos dias que Paulo diz realizará uma forma de piedade, mas negam o seu poder (2Tm 3:5) realmente vir em termos de Deus, essas estimativas não poderia ser remotamente correta. Pelos padrões bíblicos, é difícil de acreditar que nem a metade dos membros da igreja nos Estados Unidos são os verdadeiros crentes.
O Novo Testamento não só dá extremamente elevados padrões para julgar a verdadeira vida cristã, mas também dá muitas advertências sobre espiritual auto-engano em relação à salvação. Em Mateus 25 Jesus fala das cinco virgens loucas que fingiam devoção ao noivo, mas não atendidas de conhecê-lo por causa de seu despreparo (vv. 1-12), e daqueles crentes professos (simbolizado como cabras) que estão surpresos que o Senhor rejeita— porque nunca verdadeiramente servido Ele (vv. 32-33, 41-46).
O que acalma as pessoas em tal engano? Em primeiro lugar, muitos cristãos professos-e até mesmo muitos cristãos verdadeiros segurar uma falsa doutrina da segurança. Muitas vezes é porque a pessoa que testemunhou a eles lhes disse que tudo o que tinham que fazer era fazer uma profissão de fé, a pé um corredor, levantar a mão, faça uma oração, e nunca dúvida o que o Senhor tinha feito em suas vidas.Talvez eles foram ensinados que isso jamais duvidar de sua salvação é duvidar da Palavra e da integridade de Deus. Infelizmente, muitos evangelistas, pastores e trabalhadores pessoais tentar certificar a salvação de uma pessoa para além do trabalho de convencimento do Espírito Santo e da evidência de frutas com continuidade em obediência à Palavra (Jo
Pedro deixa claro que sua vocação e escolha são feitas segura, aumentando qualidades de fecundidade que demonstram a veracidade da salvação e eliminar tropeçando em dúvida (2 Pe. 1: 3-11). E nosso Senhor ensina que algumas pessoas parecem salvo, mas não são (ver 13
Um segundo contribuinte para o auto-engano é o fracasso do auto-exame. Através de uma visão defeituosa e presunçoso da graça de Deus, alguns crentes professos alegremente passar a vida ignorando e não se preocupar com os seus pecados. No entanto, o Senhor diz a Seu povo para examinar suas vidas cada vez que eles vêm para a sua mesa (1Co
João nos diz: "Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos, ea verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça "(João
Quando um casal vive junto sem estar casado, quando uma pessoa pratica a homossexualidade, é enganador e desonesto nos negócios, é odioso e vingativo, ou habitualmente pratica qualquer pecado sem remorso ou arrependimento, essas pessoas não possam ser cristão, não importa que tipo de experiência que eles afirmam ter tido ou que tipo de testemunho que eles fazem agora. A Palavra de Deus é explícita: "Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados , nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus "(1 Cor. 6: 9-10). Novamente Paulo adverte: "Para isso, você sabe, com certeza, de que nenhuma pessoa ou avarento homem imoral ou impuro, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas que a ira de Deus vem sobre os filhos da desobediência "(Ef. 5: 5-6). Em cada um desses avisos extremamente sombrias Paulo pede a seus leitores para não ser enganado.
A pessoa que professa ser um cristão, mas que habitualmente e unrepentantly continua em pecado conhecido faz a Deus para ser mentiroso, porque a Sua Palavra nega expressamente que qualquer pessoa pertence a Ele (I João
A terceira causa de auto-engano é a concentração excessiva em atividades religiosas. Atender igreja, ouvindo sermões, cantando músicas da fé, lendo a Bíblia, participar de estudos bíblicos, e muitas outras atividades perfeitamente boas e úteis pode realmente isolar uma pessoa do próprio Deus que ele é supostamente adorando e servindo. Essas coisas podem causar um crente a pensar que ele é fiel e obediente, quando na realidade ele não pode ser; e eles podem causar um incrédulo a pensar que ele é salvo, quando na realidade ele não é.
A quarta causa de auto-engano é o que pode ser chamado de troca justa, ou equilibrar, a abordagem. Em vez de confessar e pedir perdão por seus pecados, uma pessoa pode se dar o benefício da dúvida e racionalizar a sua salvação por pensar que as coisas boas que ele equilibrar o mau, que cancela o positivo do negativo. Mas, em primeiro lugar, à parte de Deus, é impossível fazer qualquer coisa que é verdadeiramente bom, porque "não há ninguém que faça o bem, não há sequer um", Paulo diz-nos (Rm
As muitas desilusões encontradas no largo caminho da destruição são evidenciadas em duas manifestações básicas, que se concentra em Jesus aqui: palavras e obras vazias e corações vazios. Os do primeiro grupo fazem mera profissão verbal de fé e obras. Aqueles no segundo tem mero conhecimento intelectual do evangelho que ouvem. Os do primeiro grupo dizer , mas não faça; os do segundo ouvem , mas não fazem.
Palavras vazias
Nem todo o que me diz: "Senhor, Senhor ', entrará no reino dos céus; mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? " E então eu lhes direi: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniquidade." (7: 21-23)
Um judeu poderia usar o termo senhor simplesmente como um título de respeito e honra, dada a qualquer político, militar, ou líder religioso, incluindo professores. Mas para aquelas pessoas a dizer, Senhor, Senhor , sugere muito mais do que o respeito humano, como os seus comentários seguintes deixar claro. Que eles alegaram ter profetizado, expulsar demônios, e realizou milagres em Jesus ' nome indica eles reconheceram-Lo como Senhor de uma forma sobrenatural. Senhor era um título substituto judeu comum para Jeová, ou Javé, que nome eles consideravam santo demais para proferir . Portanto, para tratar Jesus como Senhor era abordar-Lo como o único Deus verdadeiro. Para dirigir a Ele como Senhor, Senhor foi adicionar um espírito de intenso zelo para demonstrar a força da devoção e dedicação.No versículo 22, as três referências ao seu nome são enfáticos e transmitir o significado de quem Ele é. Jesus é, portanto, falando sobre aqueles que fazem uma profissão de fé nEle.
Essas pessoas afirmam ser seguidores do Deus de Israel, o Criador e Senhor de tudo terra. Não só isso, mas eles reconhecem o próprio Jesus a ser divino, porque eles me dirão [isto é, para Jesus] naquele dia: "Senhor, Senhor". E o fato de que eles têm afirmado tantas obras pendentes em seu nome nos diz que eles são especialmente trabalhadores religiosos fervorosos.
A decisão final, no mesmo dia , é apresentado aqui em geral, sem referência à distinção entre os tribunais separados para os crentes (2Co
Não é aquele que simplesmente diz o Senhor, mas o que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, que é salvo. A questão é a obediência à Palavra de Deus. "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos", disse Jesus (Jo
A palavra de Jesus aos reclamantes desobedientes será, eu nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniquidade. Todas as suas palavras de respeito e honra e todas as suas obras de dedicação e devoção será declarado vazio e inútil. Eles podem ter tido o nome de Deus em suas bocas, mas rebelião estava em seus corações.
Suas palavras: Nunca vos conheci , não, é claro, significa que Jesus não tinha conhecimento de sua identidade. Ele sabe muito bem que essas pessoas são; Eles estão enganados cristãos professos cujas vidas foram gastos na prática [de] ilegalidade.
"Conhecer" foi uma expressão hebraica que representava relações íntimas. Foi frequentemente utilizado de intimidade marital (veja Gn
Jesus, portanto, vai dizer para aqueles que afirmam Ele, mas nunca confiei nele, eu nunca soube que você. "Eu nunca te conhecido como meus discípulos, e você nunca me conheceram como seu Senhor e Salvador. Nós não temos nenhuma parte íntima do outro Você escolheu o seu reino, e não era o meu reino ". Apartai-vos de mim é a sentença final resultante para o inferno, e é idêntico em pensamento para o julgamento de Mt
Praticais a iniquidade é um particípio presente no grego, indicando, ação contínua regulares, e identifica o pecado imperdoável e padrões de vida injustos desses Reivindicaçãoers da salvação. Você continuamente e habitualmente praticam a iniquidade é a idéia. Profissão de Cristo e prática de ilegalidade são totalmente incompatíveis. Uma árvore boa não pode suportar esse tipo de fruta (Mt
Uma árvore boa não só pode, mas vai dar bons frutos, e uma vida que professa ser cristão, mas não reflete a justiça de Cristo, não tem parte nele. Esse tipo de profissão vem do tipo de fé que não tem obras e é morta (Jc 2:17). É a fé demônio Tiago se refere a (Jc 2:19), que é ortodoxo e precisas, mas profana. No sentido último e mais trágica uma profissão tão falso é levar o nome do Senhor em vão. "A blasfêmia contra o santuário", G. Campbell Morgan observou, "é muito mais terrível do que a blasfêmia da favela" ( O Evangelho Segundo Mateus [New York: Revell, 1929], p 79).. Devoção professo Mere a Cristo é mas um outro beijo de Judas.
O Senhor sabe muito bem que mesmo Seus discípulos mais fiéis irá falhar, tropeçar e cair em pecado. Caso contrário, ele não teria nos ensinou a orar: "Perdoa-nos as nossas dívidas" (Mt
A segunda possibilidade é que esses atos surpreendentes foram realizadas pelo poder de Satanás. Jesus previu que "surgirão falsos cristos e falsos profetas se levantarão e mostrarão grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, até os escolhidos" (Mt
Uma terceira possibilidade é que algumas das reivindicações eram simplesmente falso. As profecias, exorcismos e milagres eram falsos e artificial. Sem dúvida, todos os três serão representados.
Mas se as próprias obras foram feitas no poder de Deus ou não, as pessoas que fizeram eles não pertencem a Ele e não verdadeiramente reconhecê-Lo como Senhor , apesar de sua profissão. Eles não tinham nenhuma parte do Seu reino ou a sua justiça, e essas obras, se verdadeira ou falsa, divina ou satânica, estaria-los em nenhum bom lugar diante do tribunal de Cristo.
As palavras de uma gravura da catedral de Lübeck, na Alemanha, lindamente refletir ensino de nosso Senhor aqui:
Assim fala Cristo, nosso Senhor para nós, Vós me chamais mestre e obedecer a mim não, vocês chamam-me luz e ver-me não, vocês chamam-me o caminho e andar a mim não, vocês chamam-me a vida e viver a mim não, vocês chamam-me sábio e siga-me não, vocês chamam-me justo e não me ama, você me chama rica e perguntar a mim não, vocês chamam-me eterna e buscar-me que não, se eu te condeno, não me culpe.
Corações vazios
Portanto, quem ouve estas minhas palavras, e age de acordo com eles, pode ser comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; e ainda assim ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; e ela caiu, e foi grande a sua queda. (7: 24-27)
A segunda prova de que a muitos (vv. 13,
22) que estão no caminho largo não entrarão no reino é que suas vidas não estão edificados sobre o fundamento de Cristo e da Sua Palavra. Novamente Jesus pega o tema da própria justiça do homem, a justiça que é totalmente inaceitável para Deus e que de maneira nenhuma qualificar uma pessoa para o seu reino (Mt
Na primeira ilustração (vv. 21-23), vemos um contraste entre as verdadeiras e falsas profissões verbais de fé e boas obras. Aqui vemos contrastes entre ouvintes obedientes e desobedientes. Ambos os grupos ouvir verdadeira Palavra de Deus, mas alguns ouvir e obedecer, e alguns ouvem e desobedecer; alguns transformar sua confiança para a justiça de Deus, e algumas continuam confiando em seu próprio país, no entanto, que não se torna visível até o julgamento.
A implicação é que mesmo aqueles que desobedecem a acreditar que eles pertencem a Cristo e fazer uma profissão convincente da fé Nele. Eles ouvem a Palavra de Deus e reconhecê-la como Palavra de Deus, mas acreditam erroneamente que simplesmente saber e reconhecer que são o suficiente para agradar a Deus e garantir-lhes um lugar em Seu reino. Como aqueles que dizem: "Senhor, Senhor", e fazer obras religiosas incrível, mas realmente "ilegalidade prática", os falsos ouvintes construir sua casa religiosa, mas são auto-enganados quanto à sua viabilidade.
Na ilustração daqueles que fazem falsas profissões, os verdadeiros crentes são mencionados apenas por implicação ("Não é todo mundo que me diz:" v. 21). Na ilustração dos ouvintes e construtores, porém, tanto o verdadeiro e os falsos crentes estão claramente descritos. Nesses dois grupos, vemos muitas semelhanças, mas também algumas diferenças radicais.
Semelhanças
Primeiro de tudo, os dois construtores ouviram o evangelho. Portanto, quem ouve estas minhas palavras se aplica tanto ao homem sábio (v. 24) e para o homem insensato (26 v.). Ambos sabem o caminho da salvação.
Em segundo lugar, ambos passam a construir uma casa depois de terem ouvido o caminho da salvação. O homem sábio constrói sua casa, o que representa a sua vida, sobre estas minhas palavras . A implicação é que o homem tolo , embora ele não age em cima de Cristo palavras , acha que sua casa é segura simplesmente porque ele ouviu e reconheceu as palavras . Ele acredita que a vida que ele vive é cristã e, portanto, agradável a Deus. Ele não intencionalmente construir uma casa que ele acha que vai cair . Ambos os construtores têm a confiança de suas casas vai ficar; mas a confiança de um homem é no Senhor e do outro homem é em si mesmo
Em terceiro lugar, os dois construtores construir suas casas no mesmo local geral, evidenciado pela sua aparentemente sendo atingido pela mesma tempestade. Em outras palavras, as circunstâncias das suas vidas exteriores eram essencialmente as mesmas. Um tinha nenhuma vantagem sobre a outra. Eles moravam na mesma cidade e com a eventual participação da mesma igreja, ouviu a mesma pregação, foi para o mesmo estudo da Bíblia e comunhão com os mesmos amigos.
Em quarto lugar, a implicação é que eles construíram o mesmo tipo de casa . Exteriormente suas casas eram muito parecidos. De todas as aparências do homem insensato viveu muito, da mesma forma que o homem sábio . Podemos dizer que ambos estavam religioso, teologicamente ortodoxo, moral, servido na igreja, a apoiou financeiramente, e eram cidadãos responsáveis da comunidade. Eles pareciam acreditar iguais e viver da mesma forma.
Diferenças
As diferenças entre os dois construtores e as duas casas que construíram não eram visíveis a partir do exterior. Mas eles eram infinitamente mais importante do que as semelhanças. A chave é entender o que se faz agir de acordo com a Palavra de Deus (obediência) eo outro não agir de acordo com a Sua Palavra (desobediência). Uma constrói usando as especificações divinas, o outro usa o seu próprio.
De longe, a maior diferença entre as especificações desses construtores e do jeito que é construir nas fundações eles estabelecidas. O homem sábio ... edificou a sua casa sobre a rocha, enquanto que ohomem insensato ... edificou a sua casa sobre a areia.
Petra ( rocha faz) não significa uma pedra ou até mesmo uma pedra, mas um grande afloramento de rocha, uma grande extensão de terra firme. É sólido, estável, e irremovível. areia , pelo contrário, está solto, instável e extremamente móvel. Os agentes que vendem lotes de terra na areia são os falsos profetas Jesus acaba advertido sobre (15-20 vv.).
Os escribas e fariseus tinham um conjunto complexo e complicado de tradições religiosas que consideravam como tendo grande valor diante de Deus. Mas todas essas tradições foram externo, superficial, e instável. Eles não tinham nenhuma substância ou estabilidade espiritual ou moral. Eles estavam mudando areia , composto inteiramente de opiniões, especulações e padrões dos homens. Aqueles que criaram e os seguiu não teve em conta a obediência à Palavra de Deus, a pureza do coração, a espiritualidade da alma, ou a integridade de comportamento. Sua única preocupação era com a aparência, o forte desejo de ser visto e "honrado por homens" (Mt
A marca do verdadeiro discipulado não é simplesmente ouvir e crer, mas crer e fazer. Os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, os únicos verdadeiros convertidos do evangelho, são aqueles que são "cumpridores da palavra e não somente ouvintes, que se iludem. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante um homem que olha para o seu rosto natural num espelho, pois uma vez que ele olhou para si mesmo e ido embora, ele imediatamente esquecido que tipo de pessoa ele era "(Tiago
"Nisto conhecemos o que temos vindo a conhecê-Lo, se guardarmos os seus mandamentos", declara João. "Aquele que diz:" Eu vim a conhecê-lo ", e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, ea verdade não está nele, mas qualquer que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus foi realmente aperfeiçoou . Nisto conhecemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou "(I João
Professar conhecimento de Deus e de Sua verdade, mas não seguir a Deus, obediente, e viver a Sua verdade é ser enganado. É ter entrado pela porta larga e estar andando no caminho largo que leva à destruição. É ter uma casa construída sobre a areia.
A única validação que podemos ter da salvação é uma vida de obediência. Essa é a única prova Escritura menciona do nosso ser sob o senhorio de Jesus Cristo. A obediência é a condição sine qua non da salvação.
A casa construída sobre a rocha é a vida de obediência, a vida de Jesus foi explicando todo o Sermão da Montanha. É a vida que tem uma visão bíblica de si mesmo, como descrito nas bem-aventuranças. É a vida que tem uma visão bíblica do mundo, e vê-se como meio de Deus para preservar e ilumina o mundo, embora não sendo uma parte dela. É a vida que tem a visão divina da Escritura e que determina a não alterar a Palavra de Deus, em menor grau. É uma vida que está preocupado com a justiça interna, em vez de forma externa. É uma vida que tem uma atitude piedosa para com o que é dito eo que é feito, em direção motivos, coisas, dinheiro e outras pessoas. É uma vida de autenticidade ao invés de hipocrisia e da justiça de Deus, em vez de auto-justificação.
A casa construída sobre a rocha é a vida que se esvazia de justiça própria e orgulho, que é oprimido por e chora sobre o seu próprio pecado, que faz o máximo esforço para entrar pela porta estreita e ser fiel no caminho estreito de Cristo e Sua Palavra. Tal construtor não constrói a sua vida ou colocar a sua esperança em cerimônia, ritual, visões, experiências, sentimentos ou milagres, mas sobre a Palavra de Deus e que por si só.
A areia é composta de opiniões humanas, atitudes e vontades, que estão sempre mudando e sempre instáveis. Para construir sobre a areia é construir sobre a auto-vontade, auto-realização, auto-efeito, a auto-suficiência, auto-satisfação e auto-justiça. Para construir sobre a areia é ser unteachable, para ser "sempre aprendendo e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade" (2Tm 3:7). Ele recebe rapidamente e desaparece rapidamente. Ele gosta de promessas de Deus, mas não as suas necessidades.
O homem tolo sempre tem desculpas quando Jesus faz exigências sobre a sua vida. Quando ele ouve o evangelho, ele diz ao Senhor: "Eu te seguirei aonde quer que vá." Mas, quando ele ouve: "As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça", ele de repente se lembra que ele tem para enterrar seu pai (ou seja, esperam o seu pai de morte, a fim de receber a herança) ou "dizer adeus para os que estão em casa." Essa pessoa que põe a mão no arado e olha para trás, Jesus diz: "não é apto para o reino de Deus" (Lucas
A chuva, transbordaram os rios, e os ventos não representam tipos específicos de julgamento físico mas simplesmente resumir o julgamento final de Deus. A tempestade é o teste final que a casa de cada vida humana terá de enfrentar. Como o anjo da morte no Egito passou pelas casas de sangue aspergido dos filhos de Israel, enquanto abate de todos os primogênitos no resto, de modo que o mesmo acórdão, que passa sem perigo sobre a casa que está fundada sobre a rocha de Cristo e Sua Palavra destruir totalmente o que está construído sobre a areia ... -que é outra coisa senão a Cristo e à Sua Palavra.
Se a sua religião é verdadeira ou falsa, um dia ele vai ser julgado. E esse julgamento vai provar com Proposito absoluta que é trigo e qual é joio, que são ovelhas e cabras, que são que entraram pela porta estreita para andar pelo caminho estreito e que entraram pela porta larga para andar o caminho largo.
Aqueles cujas casas estão sobre a rocha de Jesus Cristo e Sua Palavra serão entregues "a partir da ira vindoura" (. 1Ts
A alma que em Cristo confiante repousar,
Eu não vou, não vou abandonar a seus inimigos;
Essa alma, apesar de todo o inferno a queira destruir,
Eu nunca vou, não, nunca, não, nunca abandonará!
A diferença mais trágico entre os construtores está em seus destinos finais. Inigualável e incomparável obra sermão de Jesus termina com uma advertência devastador do julgamento. Suas últimas palavras são: . e foi grande a sua queda A linha inferior do evangelho para aqueles que rejeitam a Cristo não é que eles perdem uma grande quantidade de bênção ou mesmo que perder uma vida de felicidade eterna com Deus no céu, embora essas coisas são absolutamente verdadeiras. A linha inferior para aqueles que rejeitam a Cristo é que eles estão destinados para o tormento eterno, a destruição que continua a destruir para sempre. Para rejeitar Cristo é olhar para a frente para ser "lançado no inferno, onde o seu verme não morre, eo fogo não se apaga" (Marcos
Resposta ao Sermão
O resultado foi que, quando Jesus terminou estas palavras, as multidões ficaram admirados com seu ensinamento; pois Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. (7: 28-29)
A resposta a esta mais magnífico discurso dado sempre foi tão surpreendente de uma forma negativa como o sermão em si era de uma forma positiva. Parece certo que alguns dos que constam as multidõesque estavam lá naquele dia acreditou em Jesus. Mas o número que, em seguida, entrou pela porta estreita provou que Ele havia dito: "poucos são os que o encontram" (7:14).
Mas as conversões que possam ter ocorrido não são relatados. Só nos é dito que as multidões ficaram admirados com seu ensinamento (conforme Jo
Mas a coisa mais notável que atingiu o público naquele dia foi que Jesus ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Autoridade ( exousia ) tem a ver com poder e privilégio, e é uma palavra-chave na apresentação de Mateus da realeza de Jesus (9: 1-8; 21: 23-27; 28:18). No Novo Testamento, ele é usado para o poder que comprova e reflete a soberania de Jesus. Os escribas citou outros para emprestar autoridade para os seus ensinamentos, mas Jesus citou somente a Palavra de Deus e falou como a final autoridade em verdade. Ele falou a verdade eterna simplesmente, diretamente, com o amor (em contraste com o ódio amargo dos fariseus) e, sem hesitar ou consulta. Isso surpreendeu a multidão.
Todas essas coisas eram importantes para eles ouvirem, e foi totalmente adequado, de fato inevitável, que eles devem ser surpreendido , porque o Seu ensinamento foi realmente incrível. Mas o que eles precisavam não foi surpresa, mas a crença, não espanto, mas obediência. Jesus não lhes disse que todas essas coisas para seu espanto, ou mesmo simplesmente para sua informação, mas para a sua salvação.Ele não tinha a intenção apenas para mostrar-lhes a porta estreita eo caminho estreito, mas insistiu com eles para entrar aquele portão e seguir esse caminho, o que Ele iria tornar acessível ao pagar a pena por seus pecados.
Mas a maioria das pessoas só assistiu e ouviu, apenas ouvidas e consideradas, mas não decidir. Mesmo por não decidir, no entanto, eles decidiram. Por qualquer motivo, possivelmente sem nenhum motivo consciente em tudo, eles decidiram ficar no caminho largo.
CS Lewis dá um exemplo notável de sua própria vida do que a atitude é de muitos que ouvir o evangelho:
Quando eu era criança, muitas vezes eu tinha dor de dente, e eu sabia que se eu fui para a minha mãe, ela me daria algo que amortecer a dor para que a noite e me deixe dormir. Mas eu não queria ir para a minha mãe, pelo menos, não até que a dor se tornou muito ruim. E a razão de eu não ir era isso. Eu não duvido que ela me daria a aspirina, mas eu sabia que ela também iria fazer outra coisa. Eu sabia que ela ia me levar ao dentista manhã seguinte. Eu não poderia começar o que eu queria sair dela sem conseguir algo mais, o que eu não queria. Eu queria o alívio imediato da dor: mas eu não poderia fazê-lo sem ter meus dentes fixada permanentemente direita. E eu sabia que esses dentistas; Eu sabia que eles começou mexendo com todos os tipos de outros dentes que ainda não tinham começado a doer. Eles não iriam deixar os cães dormem mentir. ( Mere Christianity [New York: Macmillan, 1977], p 177).
É esse mesmo tipo de pensamento que mantém muitas pessoas para fora do reino: o preço é mais do que eles querem pagar. Lewis continua a dizer, nas palavras imaginárias de Cristo: "Você tem o livre-arbítrio, e se você escolher, você pode empurrar-me para longe. Mas se você não me afasta, entender que eu estou indo para ver este trabalho através de ... . Eu nunca vou descansar, nem deixá-lo descansar, até que você esteja literalmente perfeito, até que meu pai pode dizer sem reserva que Ele está bem satisfeito com você, como Ele disse que estava bem satisfeito com Me "(p. 158).
Essa é a decisão que o Senhor exige antes que Ele pode transformar corações vazios, com as suas palavras vazias e obras vazias, para o coração cheio que produzem as boas obras para as quais são recriados.É grande o desejo de Deus que nenhuma pessoa pereça e que cada pessoa "cheguem ao arrependimento" (2Pe
Barclay
Ninguém pode julgar — Mat. 7:1-5 (cont.) Mt
Mt
Mt
Conhecidos por seus frutos — Mat. 7:15-20 (cont.)
Os frutos da inautenticidade — Mat. 7:15-20 (cont.) Os impostores — Mat. 7:21-23
O único fundamento verdadeiro — Mat. 7:24-27
O ERRO DE JULGAR
Quando Jesus fala deste modo, como o faz com tanta freqüência no
Sermão da Montanha, usa palavras e conceitos bem conhecidos pelos judeus de sua época. Muitas vezes os rabinos advertiam a seus ouvintes sobre o engano de julgar a outros. "Aquele que julga favoravelmente a seu
próximo", diziam, "será julgado favoravelmente por Deus." Sustentavam que havia seis grandes boas obras que beneficiavam ao crente nesta vida e eram proveitosas até na vida vindoura – estudar, visitar os doentes, praticar a hospitalidade, orar devotamente, educar aos filhos na Lei, e pensar o melhor com respeito ao próximo. Os judeus sabiam também que a bondade no julgamento não é menos que uma obrigação sagrada.
É possível se pensar que este mandamento é fácil de obedecer, mas a história está infestada dos mais extraordinários enganos de julgamento. Houve tantos casos de julgamentos equivocados que se acreditaria que os homens deveriam aprender a abster-se totalmente de julgar a outros. Assim aconteceu na literatura.
Na Edinburgh Review do mês de novembro de 1814, Lorde Jeffrey escreveu um comentário sobre um poema que acabava de publicar Nordsworth, e que posteriormente se tornou famoso com o título de "A
excursão". E em seu julgamento crítico, dizia o comentarista: "Esta obra não vale nada."
Ao comentar a publicação do famoso Endimión, de Keats, o
periódico The Quarterly afirmava, de modo parcimonioso: "Há no poema algumas chispadas de talento que mereceriam melhor uso."
Em repetidas ocasiões artistas que, posteriormente, chegariam a ser
famosos, foram rechaçados por serem considerados inúteis. Em suas memórias Gilbert Frankau recorda como, na época vitoriana, a casa de sua mãe era uma reunião onde se encontravam as pessoas mais brilhantes da época. Sua mãe tomava provisões para entreter aos hóspedes com alguma expressão artística. Em certa oportunidade, convidou-se a uma jovem cantor australiana. Depois de ouvi-la, a senhora Frankau declarou: "Que voz atroz! Ela deveria ser amordaçada e não ser permitida cantar o resto de sua vida." A cantora era Nellie Melba, uma das mais famosas sopranos de ópera, poucos anos depois.
Gilbert Frankau, que era produtor de teatro, estava montando uma obra e pediu a uma agência de atores que lhe mandasse candidatos
jovens para o papel principal. Chegou um ator, enviado pela agência, e Frankau o provou. Imediatamente depois de ouvi-lo, telefonou aos
diretores da agência, e lhes disse: "Não serve, e nunca servirá. É melhor que o aconselhem a buscar outra profissão, se não quiser morrer de fome." O nome do moço era Ronald Colman, que se converteria num dos
mais famosos atores de cinema que jamais tenha havido.
Muitas vezes somos culpados de sérios enganos de julgamento.
Collie Knox conta o que ocorreu a ele e a um amigo. Ele tinha sofrido um acidente aéreo enquanto cumpria uma missão como piloto do Royal Flying Corps, durante a II Guerra Mundial. Seu amigo, naquele mesmo dia, tinha sido condecorado pela Rainha no palácio de Buckingham, por sua valentia em combate. Depois das cerimônias mudaram de roupa, e agora vestidos como civis estavam jantando em um famoso restaurante de Londres. Enquanto o faziam se aproximou uma jovem que pôs nas mãos de cada um destes dois heróis uma pena branca, que era sinal de desprezo pela covardia de quem não colaborava no esforço de guerra do Reino Unido.
Dificilmente haja alguém que não seja culpado de ter cometido sérios erros de julgamento. Dificilmente haja alguém que não tenha
sofrido algum engano de julgamento com respeito a si mesmo por parte de outros. E entretanto, o estranho é que dificilmente haja um
mandamento de Jesus que seja mais freqüentemente desobedecido que este, no qual se nos proíbe julgar a outros.
NINGUÉM PODE JULGAR
Há três grandes razões que nos fazem incapazes de julgar a outros.
- Nunca conhecemos todos os fatos nem a totalidade da pessoa que julgamos.
Faz muito, o famoso rabino Hillel disse: "Não julguem a ninguém
até não ter conhecido a sua situação e circunstâncias." Ninguém conhece a força das tentações que outros devem suportar. O homem de temperamento plácido não conhece a tentação daqueles a quem ferve o sangue e se inflamam de paixão ante o menor motivo. O homem que foi bem educado, em um lar decente, não conhece as tentações de quem se criou em um tugúrio, ou em um lugar onde o mal caminha pela rua cotidianamente. Quem tem a bênção de pais cristãos não conhece as tentações de quem leva sobre si a tara de uma herança pecaminosa. O
fato é que se fôssemos capazes de conhecer todas as circunstâncias, ficaríamos surpresos de que tantas pessoas tenham podido ser tão boas, apesar do que tiveram que suportar.
Tampouco conhecemos a totalidade da pessoa. Em determinada situação, alguém pode ser terrivelmente insuportável, mas em outras
ocasiões poderá constituir-se em uma torre de poder espiritual e beleza.
Em uma de suas novelas Mark Rutherford conta a história de um homem que se casou pela segunda vez. Sua esposa também tinha estado
casada antes, e tinha, de seu primeiro casamento, uma filha adolescente. Esta menina era bastante insuportável, por seu caráter ressentido e sua atitude agressiva. O pobre homem não pôde tirar nada a limpo de sua
enteada. Então, inesperadamente, a mãe da moça caiu doente. Imediatamente a filha se transformou. Sem que ninguém tivesse necessidade de dizer-lhe converteu-se na enfermeira ideal, em um
autêntico exemplo de devoção e infatigável serviço. Seu habitual silêncio se iluminou com um repentino brilho, e apareceu nela outra pessoa que ninguém teria pensado que jamais podia ocultar-se nela.
Há um tipo de cristal que se chama "pedra do Lavrador". À primeira vista é uma pedra opaca, feia, que não chamaria a atenção de ninguém, mas se lhe damos volta, repentinamente, em certa posição, vista de certo
modo, estala um brilho muito bonito. Há muitas pessoas que são como esta pedra. Pareceriam ser difíceis de amar, mas é porque não as conhecemos na totalidade de suas facetas.
Todos têm algo bom. Nossa responsabilidade não é julgar e
condenar a outros, atendo-nos ao conhecimento superficial que temos deles, mas sim a procurar a beleza oculta que nos fará amá-los. Isso é o que esperaríamos de outros com respeito a nós e é o modo em que devemos agir com respeito a outros.
- É quase impossível julgar de maneira absolutamente imparcial. Uma e outra vez somos arrastados e desviados por nossas reações
instintivas, não raciocinadas, frente a outros. Nossos julgamentos não obedecem ao julgamento mas apenas a uma reação totalmente irrazoável
e ilógica. Diz-se que às vezes, entre os gregos, quando se julgava a alguém por alguma causa muito delicada, o julgamento se realizava às escuras, para que os juízes não pudessem ver o culpado e assim não ser influídos por outra coisa que os fatos do caso.
Em um de seus ensaios, Montaigne conta uma aguda e amarga história: Havia um juiz persa que tinha dado um veredicto injusto, tendo recebido suborno para isso. Quando Cambises, o rei, descobriu o que tinha ocorrido, deu ordem de que o juiz fosse executado. Depois da execução mandou que lhe tirassem a pele e com ela atapetou a poltrona em que os juízes se sentavam para emitir seus veredictos, como macabro aviso do caráter da justiça que não se vende. Somente uma pessoa completamente imparcial tem direito de julgar a outros. Mas não está na natureza humana o ser totalmente imparcial. Somente Deus pode nos julgar.
- Mas Jesus é quem deu expressão à principal das razões que nos impedem de julgar a outros. Ninguém é o suficientemente bom para julgar a outros. Jesus desenhou a imagem muito clara do homem que tem uma trave em seu olho e busca tirar o argueiro que há no olho de seu próximo. O cômico desta situação provocará nossa risada, e isto será suficiente para que aprendamos a lição. Somente o que é irrepreensível tem direito de procurar faltas em outros. Ninguém tem o direito de criticar a outro se não está disposto a, pelo menos, tentar que suas ações sejam melhores que as do outro, a quem critica. Todos os domingos os estádios de futebol estão cheios de pessoas que são críticos azedos dos enganos que os jogadores cometem, mas que ficariam em ridículo se eles mesmos descessem ao campo de jogo e tivessem que dirigir a bola.
Toda igreja e toda organização de qualquer tipo está cheia de pessoas que estão preparadas para criticar os que dirigem o grupo, mas
jamais sonhariam em assumir eles mesmos responsabilidades diretivas. O mundo está infestado de pessoas que reclamam o direito de julgar a
outros mas se abstêm de toda ação positiva. Ninguém tem o direito de
criticar a outros a menos que esteja disposto a encontrar-se na mesma situação. Ninguém é o suficientemente bom para criticar a seu próximo.
Temos muito que fazer para retificar nossas próprias vidas para que tratemos de retificar as de outros. Seria conveniente nos concentrarmos
em nossas próprias faltas, e deixar as faltas de outros ao juízo de Deus.
A VERDADE E O OUVINTE
Este dito de Jesus é, evidentemente, muito difícil de interpretar, porque parece exigir uma exclusividade que é precisamente o contrário
do espírito da mensagem cristã. A Igreja Primitiva o aplicava em duas circunstâncias particulares:
- Usavam-na os judeus que acreditavam que os dons e a graça de Deus eram somente para os judeus. Os inimigos do apóstolo Paulo,
cristãos judeus, sustentavam que os pagãos antes de poder entrar na 1greja deveriam circuncidar-se e aceitar a Lei, quer dizer, fazer-se judeus antes de poder chegar a ser cristãos. Era um texto que podia, certamente,
interpretar-se como apoio do exclusivismo dos cristãos judaizantes.
- A Igreja primitiva usava este texto de maneira muito particular. A Igreja estava sob um duplo ataque. Estava ameaçada de fora. A Igreja
primitiva era uma ilha de pureza rodeada por muito imoralidade pagã. Era muito fácil que essa imoralidade afetasse sua vida, tornando-a mundana. Mas também havia a ameaça que provinha de dentro da
mesma Igreja.
Naquela época primitiva, os cristãos começavam a elaborar as doutrinas da fé, e era inevitável que alguns fossem levados ao caminho
da heresia por suas especulações. Houve alguns que procuraram estabelecer uma solução de compromisso entre as categorias cristãs e a filosofia do paganismo, chegando a alguma síntese de ambos os pensamentos que pudesse satisfazer aos dois. Para poder sobreviver a
Igreja devia defender-se tanto das ameaças exteriores como desta ameaça
interior: de outro modo teriam chegado a converter-se em mais uma das religiões que competiam dentro do marco do Império Romano.
Especialmente, os cristãos daquela época eram muito cuidadosos com respeito à qualidade das pessoas que eram admitidas à celebração da
Eucaristia ou Ceia do Senhor. Este texto se associava com essa prática. A Santa Ceia começava com o anúncio: "As coisas santas são para os santos." Teodoreto cita o que, segundo ele, é um dito de Jesus que não foi recolhido pelos evangelistas: "Meus mistérios são para mim e para os
meus."
A Constituição Apostólica estabelece que ao começar a Ceia, um dos diáconos devia dizer: "Que nenhum dos catecúmenos (quer dizer,
aqueles que se estavam preparando para receber o batismo), e nenhum dos auditores os que tinham vindo ao culto porque estavam interessados em conhecer algo sobre o cristianismo), e nenhum dos incrédulos, e
nenhum dos hereges, permaneça neste lugar. A Mesa do Senhor estava fechada para todos, exceto os cristãos.
O Didaquê, um livro cujo título completo era O ensino dos doze
apóstolos, que data do ano 100 de nossa era, e que é o primeiro "manual de culto" ou "livro de oração comum" da Igreja, estabelece: "Que ninguém coma ou beba da Ceia, exceto os que foram batizados no nome do Senhor: porque, com respeito a isto, o mesmo Senhor disse: 'Não dêem o santo aos cães'." Um dos protestos de Tertuliano é que os hereges permitem o acesso à Ceia a toda classe de pessoas, até aos pagãos, e ao fazê-lo, "Jogam aos cães o que é santo, e aos porcos as pérolas (embora por certo não são verdadeiras pérolas)" (Do Praescriptione, 41).
Em todos estes casos o texto serve como fundamento de alguma forma de exclusivismo. Tal atitude não significa que a Igreja carecesse
de uma mentalidade missionária: a Igreja dos primeiros tempos vivia consumida pelo afã de ganhar a todos para Cristo. Mas ao mesmo tempo era consciente da necessidade de manter no alto a pureza da fé, para que
o cristianismo não fosse absorvido pouco a pouco, e finalmente tragado, pelo oceano de paganismo que o rodeava.
É fácil dar-se conta do significado transitivo deste texto; mas nós devemos tentar ver também seu significado permanente.
COMO ALCANÇAR OS QUE NÃO SÃO DIGNOS DE OUVIR
Mt
É possível que este dito de Jesus tenha sido modificado acidentalmente no processo de transmissão. Constitui, literalmente, um bom exemplo do paralelismo hebreu que já encontramos anteriormente
(Mt
Não deis aos cães o que é santo,
nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas...
Com exceção de uma palavra, o paralelismo é perfeito; dar possui como paralelo equivalente a jogar; os cães têm seu paralelo nos porcos;
mas santo não pode equiparar-se como paralelo de pérolas. Aqui se rompe o paralelismo. Entretanto, havia duas palavras hebraicas muito similares, especialmente quando lembramos que o hebraico antigo não
tinha vocais escritas, mas apenas consoantes. A palavra que significa santo é kadosh (K D SH) e a palavra aramaica que significa aro é kadasha (K D SH). As consoantes são exatamente iguais e na antiga
escritura hebraica ambas as palavras se escreviam igual. Mais ainda, no Talmud aparece a frase proverbial "um aro no focinho de um porco", que significava algo completamente incongruente, fora de lugar. Não é impossível, então, que a frase original dissesse:
"Não deis um aro aos cães,
nem lanceis as vossas pérolas aos porcos."
Neste caso existiria um paralelismo que poderíamos denominar perfeito.
Se este fosse o texto original do ensino de Jesus, significaria
simplesmente que há certas pessoas que não são capazes de receber a mensagem cristã que a Igreja está desejosa de oferecer. Não se trataria pois, de uma declaração de exclusivismo, mas sim de uma antecipação da dificuldade prática com que se enfrentariam os cristãos ao pregar o
evangelho, em qualquer época da história. É muito certo que é completamente impossível repartir a verdade a certas pessoas. Antes de receber algum ensino, algo deve suceder em suas vidas. Há um dito rabínico que afirma: "Assim como os tesouros não devem ser mostrados a qualquer um, as palavras da Lei não devem ser aprofundadas a não ser na presença de quem está capacitados a nos acompanhar."
Esta é uma verdade universal. Não é com qualquer um que podemos falar de qualquer coisa. Em um grupo de amigos podemos nos
sentar a conversar sobre nossa fé; podemos permitir que nossas mentes questionem e aventurem respostas; podemos falar das coisas que não compreendemos e das que nos deixam perplexos, e podemos permitir
que nossas mentes se lancem aos caminhos da especulação. Mas se ao mesmo grupo ingressa uma pessoa de ortodoxia rígida e pouco pormenorizada, o mais provável é que, ao ela nos ouvir, pendure em nós
a etiqueta de hereges perigosos; e se, em troca, entra uma alma simples, daquelas que jamais imaginam perguntas, o mais provável é que ao nos ouvir, sinta que sua fé é abalada e posta em tela de juízo.
Um filme científico, sobre os aspectos médicos do sexo, por exemplo, pode servir para alguns como experiência iluminadora, reveladora, valiosa e saudável; mas haverá outros, predispostos à
obscenidade e à curiosidade insalubre, que serão incapazes de compreender o verdadeiro significado das imagens.
Conta-se do Dr. Johnson que em certa oportunidade estava brincando e contando piadas como só pode fazer-se em um grupo de
amigos íntimos. Repentinamente viu que se aproximava uma pessoa que ele conhecia, cujo caráter era muito pouco agradável, e disse: "Fiquemos quietos, porque vem um tolo."
De maneira, pois, que há certas pessoas que são incapazes de receber a verdade cristã. Pode ser que suas mentes estejam fechadas; possivelmente tenham a capacidade de compreensão embotada pela
imundície que recobre seus sentidos; possivelmente tenham levado vidas que obscureceram sua capacidade para ver a verdade; possivelmente
sejam zombadores por natureza, especialmente frente a tudo o que é santo; possivelmente, como ocorre às vezes, careçamos completamente de um terreno comum com eles, a partir do qual possamos argumentar. Ninguém pode compreender senão aquilo para o qual está capacitado. Não podemos abrir nossos corações e mostrar seus segredos ante qualquer um. Sempre há alguns para quem a pregação de Cristo é tolice, e em cujas mentes a verdade, ao ser expressa em palavras, encontrará um muro impenetrável.
O que faremos com estes? Temos que abandoná-los, considerando-os casos perdidos? Vamos privá-los, terminantemente, da mensagem cristã? O que as palavras não podem fazer, freqüentemente pode fazê-lo uma vida autenticamente cristã. É possível que haja alguns absolutamente impermeáveis à mensagem cristã por meio de argumentos, mas que não terão resposta para a demonstração de uma vida cristã.
Cecil Northcott, em Uma Epifania Moderna, conta a história de uma conversação durante um acampamento no qual conviviam jovens
cristãos de distintas nacionalidades. "Uma noite muito úmida um grupo dentre os acampantes conversavam sobre as distintas maneiras de
comunicar o evangelho às pessoas. Em certo momento da discussão, voltaram-se para uma moça africana: "Maria, o que vocês fazem em seu país?" "Não falamos", disse Maria, "não organizamos campanhas
evangelísticas nem distribuímos folhetos. Simplesmente enviamos uma ou duas famílias cristãs para viver em uma aldeia onde o resto são pagãos. E quando vêem como são os cristãos, eles também querem
tornar-se cristãos."
Em última instância o único argumento que pode conquistar toda objeção é o de uma vida verdadeiramente cristã.
Com freqüência é impossível falar de Cristo frente a algumas pessoas. Sua insensibilidade, sua cegueira moral, seu orgulho intelectual, sua zombaria cínica, a sujeira de suas mentes, é possível que os fechem totalmente às palavras que falam de Cristo. Mas sempre é possível
mostrar a Cristo aos homens: a fraqueza da Igreja não é a falta de argumentos cristãos mas a escassez de vidas cristãs consagradas.
CARTA FUNDAMENTAL DA ORAÇÃO
Todo homem que ora quererá saber a que Deus está orando. Em que classe de atmosfera serão ouvidas suas orações. Dirige-se a um Deus
avaro, de quem se deve arrancar os dons pela força? Dirige-se a um Deus zombador, cujos dons bem podem ser armas de duplo sentido? Ou se dirige a um Deus bondoso, que está mais disposto a dar que nós a pedir?
Jesus provinha de uma nação que amava a oração. Os rabinos judeus disseram algumas das coisas mais belas que ninguém jamais disse com respeito à oração. "Deus está tão perto de suas criaturas como a orelha está perto da boca." "Os seres humanos dificilmente podem ouvir
a duas pessoas que falam ao mesmo tempo, mas Deus é capaz de nos ouvir a cada um de nós, mesmo que todo mundo clame a Ele em um mesmo momento". "O homem se incomoda quando o chateiam os
pedidos de seus amigos, mas no caso de Deus, cada vez que alguém eleva a Ele suas necessidades, mais o ama."
Jesus tinha sido educado no amor da oração. Nesta passagem nos
oferece a carta fundamental cristã da oração.
O raciocínio de Jesus é muito simples. Um dos rabinos judeus perguntava se haveria algum homem que fosse capaz de odiar a seus
filhos. O argumento de Jesus era que se os homens não são capazes de odiar a seus filhos, Deus, o Pai celestial, não se negará jamais a ouvir as orações de suas criaturas.
Jesus escolhe seus exemplos com cuidado. Escolhe três, porque Lucas acrescentará mais um aos dois que temos em Mateus. Se o filho pedir pão, seu pai lhe dará uma pedra? Se o filho pedir um peixe, o pai lhe dará uma serpente? Se o filho pedir um ovo, o pai lhe dará um
escorpião? (Lc
É importante que nos três exemplos, os dois objetos mencionados são de aparência semelhante. As pedras arredondadas que cobriam a costa do mar eram exatamente da forma, do tamanho e da cor de pequenas migalhas de pão. Se um filho pedir pão a seu pai, acaso este se rirá dele, oferecendo-lhe uma pedra, que possa confundir-se com um pão, porque seu aspecto é similar, mas que não se pode comer? Se o filho pede peixe, poderá o pai lhe dar uma serpente? A serpente, neste caso, provavelmente seja uma enguia. Segundo as leis judias a enguia não se podia comer, porque era um peixe impuro por não ter barbatanas nem escamas (Lv
Deus nunca se negará a ouvir nossas orações, e nunca se rirá de nossos pedidos. Os gregos tinham em sua mitologia histórias de deuses que respondiam às orações de seus fiéis, mas estas respostas sempre
tinham alguma armadilha, eram armas de dois gumes. Aurora, a deusa da alvorada, apaixonou-se por Teotônio, um jovem mortal. Zeus, o rei de todos os deuses, ofereceu-lhe qualquer dom que ela quisesse, para seu
amante mortal. Aurora, é obvio, escolheu que o dom fosse a vida eterna para Teotônio, mas se esqueceu de pedir, ao mesmo tempo, a juventude eterna. De modo que Teotônio envelheceu cada vez mais sem nunca
poder morrer, e o dom que tinha recebido se transformou em uma maldição.
Podemos extrair uma lição de tudo isto. Deus responderá sempre nossas orações, mas o fará à sua maneira, e sua maneira será a da perfeita sabedoria e o perfeito amor que o caracterizam. Freqüentemente, se respondesse nossas orações tal como nós o desejamos, o resultado seria o pior possível para nós, porque em nossa ignorância costumamos pedir coisas que em vez de nos beneficiar nos prejudicariam. Este dito de Jesus afirma não somente que Deus responderá nossas orações, mas sim o fará com sabedoria e amor.
Mas embora esta seja a carta fundamental da oração cristã, impõe— nos certas obrigações. Em grego há duas formas imperativas do verbo. A primeira é o imperativo aoristo, que pronuncia uma ordem definida e limitada: "Feche a porta", por exemplo, seria um imperativo aoristo. Mas também existe imperativo presente, que dá caráter de continuidade à ordem que se reparte, como se se dissesse: "Feche sempre as portas." Os imperativos que aparecem aqui são imperativos presentes, e seu significado, portanto, é "Peçam sempre, e sigam pedindo; procurem sempre, e sigam procurando, batam sempre, e sigam batendo."
Jesus nos diz que devemos persistir na oração; diz-nos que não devemos desanimar. É evidente que nisto reside a prova de nossa sinceridade. Queremos realmente o que estamos pedindo? É algo de tal natureza que podemos voltar a levá-lo, uma e outra vez, ao trono da graça divina? Porque a prova do valor de qualquer desejo, sempre será se posso pedir a Deus por ele, em oração. Jesus estabelece, nesta passagem, a dupla realidade de que Deus sempre responderá nossas orações a sua maneira, em sabedoria e amor; e que devemos levar ante Deus uma vida de infatigável oração, que demonstre a validez das coisas pelas quais pedimos, e a validez de nossa sinceridade ao pedi-las.
O PINÁCULO DA ÉTICA
Estas são, provavelmente, as palavras mais universalmente famosas que Jesus proferiu. Com este mandamento o Sermão da Montanha
alcança seu cume e pico mais alto. Este dito de Jesus foi chamado "a pedra angular de todo o sermão". Constitui o regulamento fundamental de toda ética social, e é o pináculo de toda doutrina ética.
É possível citar ditos rabínicos paralelos de virtualmente tudo o que Jesus ensinou. Mas não existem paralelos desta doutrina. É algo que nunca ninguém havia dito antes. É um novo ensino, uma nova forma de
ver a vida e as obrigações que a vida impõe.
Não é difícil encontrar muitos paralelos deste afirmação em forma negativa. Como já o tínhamos afirmado, havia sobretudo dois mestres rabínicos, entre os judeus, que desfrutavam de enorme fama: Hillel, que
era reconhecido por sua doçura e graça, e Shamai, que orientava seus ensinos segundo uma rígida e firme austeridade. Os judeus contavam a seguinte história:
“Um pagão foi a Shamai e lhe disse: ‘Estou disposto a me converter em partidário e ingressar no judaísmo, se você for capaz de me ensinar toda a Lei enquanto eu me mantiver na posição de uma perna num só pé.’ Shamai o expulsou de sua casa, batendo nele com um ponteiro que tinha à mão. O pagão, então, foi a Hillel, quem o recebeu como partidário, e lhe disse: ‘Não faça a outros o que você não gostaria que fizessem a você; esta é toda a Lei, veja bem e continue aprendendo-a’.”
Aqui temos a Regra Áurea em sua forma negativa. No Livro de
Tobias há uma passagem no qual o ancião Tobias ensina a seu filho tudo o que necessita para a vida, e um de seus máximas é: "O que não queres
para ti, não o faças a ninguém" (Tobias 4:15). Há um livro judeu que se chama A Carta a Aristeas, que se apresenta como uma crônica do que aconteceu com os sábios judeus que se reuniram em Alexandria para traduzir as escrituras hebraicas ao grego e produziram a Septuaginta. O
rei do Egito lhes tinha devotado um banquete, durante o qual lhes fez
muitas perguntas difíceis. Entre outras lhes disse: "Qual é o ensino da sabedoria?" E um dos eruditos judeus lhe respondeu: "Assim como você gostaria que nenhum mal lhe sobreviesse, mas sim queria ser partícipe de todo o bem, assim aja com seus súditos e seus ofensores, admoestando docemente aos nobres e aos bons. Porque Deus atrai para si a todos os homens mediante a benignidade" (A Carta ao Aristeas, 207).
O rabino Eliézer foi provavelmente o que mais perto esteve da maneira em que Jesus o diz, quando ensina "Que a honra de seu amigo
seja tão cara para ti como a tua própria". O salmista conhecia também a forma negativa deste ensino, quando afirmava que somente o que não fizeram mal a ninguém podem aproximar-se de Deus (Sl
é difícil encontrar paralelos no judaísmo da forma negativa da Regra de Ouro; mas não há paralelo da forma positiva em que Jesus a expressou.
O mesmo ocorre com os ensinos das outras religiões. A forma
negativa desta lei suprema é um dos princípios básicos nos ensinos de Confúcio. Tze-Kung lhe perguntou: "Há alguma palavra que possa servir como regra para ordenar toda a vida do homem?" E Confúcio respondeu: "Não é acaso ‘reciprocidade’ essa palavra que buscas? O que não queres que te façam, tampouco o faças aos outros."
Nos Hinos da Fé do budismo há alguns versos muito bonitos, que se aproximam muito do ensino do cristianismo:
Todos os homens tremem ante o açoite, todos temem de morte;
Ponha-os no lugar dos outros, não matem, nem ordenem matar.
Todos os homens tremem ante o açoite,
todos os homens amam a vida; Façam como preferiria que lhes fizessem,
não matem nem ordenem matar.
O mesmo ocorre com os gregos e os romanos, Sócrates conta que o rei Nicocles impôs aos oficiais de seu exército o seguinte regulamento: "Não façam a outros aquelas coisas que deixam vocês zangados quando
as experimentam às mãos de outros." Epicteto condena a escravidão, fundando-se em que: "O sofrimento que a gente mesmo evita, não deve infligi-lo a outros." Uma das máximas básicas dos estóicos era: "O que não desejam que lhes seja feito, jamais o façam a outros." E se conta que o imperador Alexandre Severo fez que esta máxima fora gravada em pedra e colocada na parede de seu palácio, para não esquecê-la nunca como norma de vida.
Em sua forma negativa, este ensino é por certo a fundamentação de tudo ensino ética, mas ninguém, exceto Jesus, enunciou-a em sua forma
positiva. Muitas vozes disseram: "Não façam a outros, o que não querem que outros façam a vocês." Mas ninguém antes havia dito: "Façam aos
outros o que vocês querem que eles façam a vocês."
A REGRA ÁUREA DE JESUS
Mt
Vejamos agora no que se diferenciam a forma negativa e a positiva desta regra áurea. E vejamos quanto mais exigiu Jesus que qualquer
outro mestre que a humanidade tenha tido.
Quando se enuncia esta norma em sua forma negativa, quando se diz que não devemos fazer a outros o que não queremos que outros
façam conosco, a norma não é tão fundamental para a vida religiosa, mas sim ocupa um lugar subordinado. Trata-se simplesmente de uma afirmação do sentido comum, sem a qual as relações sociais seriam
impossíveis no mundo. Se não pudéssemos dar por sentado que o comportamento das demais pessoas tem que ajustar-se às normas da vida civilizada, a vida em sociedade seria intolerável. A forma negativa da
regra áurea não nos impõe uma obrigação adicional, mas sim é algo sem o qual seria impossível a mera existência de nossa sociedade.
Mais ainda, a forma negativa da regra áurea, envolve somente o não fazer certas coisas, significa evitar certas ações. Nunca é tão difícil não
fazer algo. O não ferir a outros não é um princípio religioso fundamental,
é antes um princípio legal. A classe de princípios que podem ser observados pelos que não acreditam em nada nem têm nenhum interesse religioso. A pessoa poderia abster-se de fazer o mal a outros, e entretanto não ser mais que uma pessoa inútil para seus semelhantes. Pode-se satisfazer a forma negativa da regra áurea, limitando-se a inação. Com não fazer absolutamente nada, evita-se quebrantar esta norma, de maneira perfeita. A bondade que consiste em não fazer nada seria uma total contradição de tudo o que significa a bondade cristã.
Quando se enuncia esta norma em forma positiva, quando se nos diz que devemos fazer a outros o que queremos que eles nos façam, entra em nossas vidas um novo princípio, e uma nova atitude para com nossos semelhantes. Uma coisa é dizer: "Não devo ferir a outros." Esta pode ser uma obrigação legal. Outra coisa muito distinta é dizer: "Devo me esforçar em ajudar a outros, sendo amável com eles, assim como eu gostaria que outros me ajudassem, sendo amáveis comigo." Somente o amor poderá nos ajudar a fazer isto. A atitude de quem afirma: "Não devo fazer mal a ninguém" é diametralmente oposta à de quem sustenta: "Devo fazer todo o bem que eu puder."
Para tomar uma analogia muito simples – se alguém tiver um carro, a lei pode obrigá-lo a dirigir de tal maneira que não atropele as pessoas
ou aos outros veículos, na rua ou estrada, mas nenhuma lei civil pode obrigá-lo a deter-se e levantar um caminhante cansado e com os pés feridos. É algo simples evitar fazer o mal a outros; não é tão difícil respeitar seus princípios e seus sentimentos. Mas é muito mais difícil
estabelecer deliberadamente como política e norma de nossa vida, o fazer tudo o que esteja a nosso alcance para agir de maneira tão amável para outros como gostaríamos que eles agissem conosco. E entretanto, é
justamente esta nova atitude o que faz bela a vida.
Jane Stoddart cita um incidente da vida de W. H. Smith.
“Quando Smith estava no Ministério de Guerra, seu secretário particular, o senhor Fleetwood Wilson, deu-se conta de que um sábado pela tarde, quando já tinha terminado a semana de trabalho, Smith estava ainda
ocupado em preparar a valise em que ele mesmo levaria os documentos que devia revisar durante o fim de semana no campo. O secretário, Wilson, disse-lhe que pouparia todo esse trabalho se adotasse a prática comum de outros ministros de governo – deixar os papéis para que fossem enviados pelo correio. Smith pareceu um pouco confundido por um momento e depois disse: ‘O que ocorre, Sr. Wilson, é que o carteiro que nos traz a correspondência desde Henley, tem já muitos coisas que carregar. Uma manhã eu o vi aproximar-se de minha casa, com o pesado pacote de meus papéis além das outras cartas e pacotes que normalmente deve levar, e fiz o propósito de evitar-lhe essa carga adicional, se estava em minhas mãos’.”
Ações assim demonstram uma atitude especial para com o nosso próximo. É a atitude de acreditar que não devemos limitar nossos entendimentos com outros ao que permite a lei, mas sim devemos tratá— los como o exige o amor.
É perfeitamente possível para qualquer um observar a regra áurea em sua forma negativa. Mediante um esforço poderia disciplinar sua vida de não fazer nunca nada que não queira que outros façam a ele. Mas a única pessoa que pode começar a obedecer, sequer, a regra áurea em sua forma positiva é aquele que tem o amor de Cristo em seu coração. Tentará perdoar tal como espera ser perdoado; ajudar tal como gostaria de ser ajudado; reconhecer o bom de outros tal como espera que se reconheça o seu; compreender, tal como espera ser compreendido. Nunca procurará evitar fazer coisas; estará sempre procurando coisas para fazer. É evidente que isto complicará sua vida; terá muito menos tempo livre para satisfazer seus desejos e atividades prediletas, porque uma e outra vez se verá obrigado pelo amor a deixar de fazer o que está fazendo para ajudar a outros. Será um princípio que dominará sua vida no lar, na fábrica, no ônibus, no escritório, na rua, no trem, nos lugares de recreação, e em todas as partes. Nunca poderá obedecer este princípio até que seu egoísmo não tenha morrido, extinto por completo de seu coração. Para obedecer este mandamento terá que converter-se em um homem novo, e possuir um novo centro em sua vida. Se o mundo
estivesse composto por indivíduos que procurassem obedecer esta regra, viveríamos em um mundo novo.
A VIDA NA ENCRUZILHADA
13
A vida sempre tem certa qualidade dramática, porque tal como foi dito: "Quando um homem se encontra em uma encruzilhada, concentra-
se sobre ele toda a vida". Cada ação da vida confronta o homem com uma decisão iniludível; não pode permanecer impassível. Sempre deve escolher um caminho ou outro. Por isso, uma das funções mais
importantes de todos os grandes homens da história, foi enfrentar a seus contemporâneos com essas decisões iniludíveis.
Quando se aproximava o fim de sua vida, Moisés falou com seu povo e lhes disse: "Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o
mal.., escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência..." (Deuteronômio 30:15-20). Quando Josué estava a ponto de transmitir o mando de seu povo, ao final de sua vida, enfrentou-os com a mesma
eleição: "Escolhei hoje a quem sirvais" (Js
(Jr
É esta a decisão que Jesus põe diante dos homens nesta passagem. Há um caminho largo e fácil de transitar, e há muitos que o escolhem;
mas o fim dos que andam por ele é a ruína. Há um caminho estreito e difícil, e muito poucos são os que vão por ele; mas o fim deste é a vida. Ceve, o discípulo do Sócrates, escreveu em sua obra Tábula: "Vê uma
porta e em frente um caminho não muito transitado, pois os viajantes são poucos? Esse é o caminho que conduz à verdadeira instrução."
Examinemos a diferença entre os dois caminhos.
- É a diferença entre o fácil e o difícil. Nunca há vias fáceis que conduzam à grandeza; esta sempre é produto do esforço.
Hesíodo, o antigo poeta grego, escreve: "A maldade pode se ter em abundância com facilidade, o atalho é liso, e ela habita muito perto; mas frente à virtude os deuses imortais colocaram o suor." Epicarmo disse: "Os deuses nos exigem trabalho duro, como preço de todas as coisas boas." O homem ardiloso não deseja as coisas brandas", adverte, "porque terminará recebendo as duras."
Em certa oportunidade Edmund Burke pronunciou um grande discurso no Parlamento inglês, onde era deputado. Ao terminar, alguns
observaram que seu irmão, Richard Burke, estava submerso em profundos pensamentos. Perguntaram-lhe o que estava pensando, e respondeu: "Estava-me perguntando como fez Edmund para
monopolizar todo o talento de nossa família; mas depois lembrei que quando todos nós estávamos jogando, ele estava invariavelmente trabalhando."
Mesmo que algo se faz com aparente facilidade, essa facilidade mesma é, sem dúvida, o resultado de muito trabalho duro e perseverante. A habilidade do concertista de piano, ou a do campeão no campo de
golfe, não se alcança sem muito suor.
Nunca houve outro caminho que conduzisse à grandeza que o caminho do trabalho, e algo que prometa ser um atalho não é mais que
uma miragem e uma armadilha.
- É a diferença entre o caminho longo e o curto. É muito estranho que algo surja perfeito e acabado, sem que haja custado um longo esforço. A grandeza, em geral, provém de muito tempo dedicado ao
trabalho e à contínua atenção aos detalhes.
Horácio, em sua Poética, recomenda a Pisón que quando escrever algo o guarde durante nove anos antes de publicá-lo. Conta-lhe de um
discípulo que costumava levar exercícios a Quintílio, o famoso crítico, o qual normalmente lhe dizia: "Apaga-o e atira-o ao lixo, não o forjaste, deves devolvê-lo ao fogo e à bigorna."
A Eneida, de Virgílio, foi o trabalho dos últimos dez anos de sua vida. Quando estava a ponto de morrer, seu propósito foi destruir a obra,
porque a considerava imperfeita, e o teria feito se seus amigos não o tivessem detido. A República, de Platão começa com uma afirmação muito singela: "Ontem fui ao Pireo, com Glauco, filho do Aristão, para oferecer uma oração à deusa."
No manuscrito de Platão, de seu próprio punho e letra, havia correções que indicam como lhe ocorreram sucessivamente pelo menos treze versões diferentes desta primeira frase. O grande mestre da literatura grega trabalhou infatigavelmente com uma só oração, até conseguir a cadência exata que se adequava ao texto que queria produzir.
Um dos poemas imortais da literatura universal é a Elegia escrita em um cemitério rural, de Thomas Gray. Seu autor a escreveu no verão
de 1742, e só em 12 de junho de 1750 começou a circular, entre o grupo mais íntimo de seus amigos. Sua perfeição lapidária custou ao autor oito anos de trabalho.
Ninguém chegou a produzir uma obra mestra tomando um atalho. Neste mundo, constantemente nos são oferecidos atalhos, a promessa de resultados imediatos; e o caminho longo, cujos resultados se produzem a
longo prazo. As coisas de valor duradouro nunca se produzem instantaneamente; o caminho longo, em última análise, é sempre o mais adequado.
- É a diferença entre o caminho disciplinado e o indisciplinado. Nada se obteve jamais sem uma estrita disciplina. Muitos atletas e muitos homens comuns arruinaram suas possibilidades por abandonar a disciplina e permitir uma atitude descuidada.
Coleridge é a suprema tragédia da indisciplina. Nunca houve uma mente tão grande que produzisse tão pouco. Abandonou a Universidade de Cambridge para entrar no exército; abandonou o exército porque,
apesar de sua erudição, não podia pôr o cabresto num cavalo. Ingressou em Oxford, para reiniciar seus estudos, mas também saiu desta universidade sem obter grau acadêmico algum. Lançou um periódico,
chamado The Watchman e o abandonou depois de publicar dez números. Tem-se dito a seu respeito: "Perdia-se em visões de trabalho que seria
bom fazer mas que jamais faria. Coleridge possuiu todos os dons que fazem um grande poeta, exceto um, o da concentração no trabalho." Em sua cabeça e sua mente tinha inumeráveis livros, segundo ele mesmo dizia: "terminados, embora falta escrevê-los". "Estou em vésperas", diz, de enviar à imprensa dois volumes em oitavo." Mas os livros nunca foram compostos fora de sua mente, por não submeter-se à disciplina de sentar-se a escrevê-los.
Ninguém alcançou a eminência, e uma vez alcançada conseguiu mantê-la, sem disciplina no trabalho:
- É a diferença entre o trabalho reflexivo e a irreflexão. Aqui chegamos ao centro do problema. Ninguém escolheria o caminho fácil,
curto e indisciplinado se refletisse sobre o assunto. Neste mundo tudo tem dois aspectos – o que tem no momento e o que terá amanhã. O caminho fácil poderá parecer muito tentador no momento, e o caminho
difícil muito pouco atrativo. A única forma de organizar corretamente nossa escala de valores é ver não somente o princípio mas também a meta de nossos caminhos, ou seja ver todas as coisas não somente à luz
do tempo, mas também à luz da eternidade.
OS FALSOS PROFETAS
Quase todas as expressões e frases deste texto poderiam evocar, nos judeus que as ouviram, coisas que para eles eram bem familiares. Os
judeus conheciam muito bem tudo concernente a falsos profetas. Jeremias, por exemplo, teve problemas com os profetas que diziam "Paz, paz; e não há paz" (Jr
O falsos profetas e os falsos governantes eram chamados de lobos. Na pior época de Israel, Ezequiel havia dito: "Os seus príncipes no meio dela são como lobos que arrebatam a presa para derramarem o sangue, para destruírem as almas e ganharem lucro desonesto" (Ez
Sofonías traça um escuro quadro do estado de coisas em Israel quando
diz: "Os seus príncipes no meio dela (a nação do Israel) são leões rugidores, os seus juízes lobos da tarde; nada deixam até o dia seguinte. Os seus profetas são levianos, homens traiçoeiros" (Sf
Jesus disse que os falsos profetas são como lobos cobertos com pele de ovelhas. Quando o pastor cuidava seus rebanhos nas serranias, sua vestimenta era um saco de pele de ovelha, com a lã para dentro e o couro para fora. Mas a pessoa pode se vestir como um pastor e, entretanto, não ser um pastor.
Os profetas usavam uma espécie de hábito, pelo qual eram reconhecidos. Elias tinha um manto (1Rs
espécie de capa de pêlos (2Rs
filósofos gregos usavam habitualmente uma toga de filósofo. Graças a esta vestimenta podia distinguir-se um profeta dentre outros homens. Mas às vezes a vestimenta era levada por quem não tinha o direito a fazê-lo, porque Zacarias afirma, em seu livro, que nos grandes dias por
vir, "nem mais (os profetas) se vestirão de manto de pêlos, para enganarem" (Zc
Nos tempos neotestamentários também houve falsos profetas. Mateus foi escrito ao redor do ano 85 de nossa era, e nessa época os profetas eram ainda um dos ministérios reconhecidos na 1greja. Eram
homens que não tinham residência fixa e andavam de um lugar para outro, levando às Iglesias uma mensagem que acreditavam ter recebido
diretamente de Deus. Em sua melhor expressão os profetas eram uma inspiração para a Igreja, porque eram homens que, tendo abandonado tudo, serviam exclusivamente a Deus e a sua Igreja. Mas este ofício se prestava particularmente aos abusos. Havia quem se valia dele para ganhar prestígio, para aproveitar-se da generosidade das Iglesias locais e viver dessa maneira ociosos, comodamente e sem preocupações.
O Didaquê é o primeiro livro cristão de disciplina eclesiástica que conhecemos, e data de aproximadamente o ano 100 de nossa era. As disposições que propõe com respeito a esses profetas itinerantes são muito ilustrativas. Devia-se respeitar os verdadeiros profetas, outorgando a eles a mais elevada honra; se devia recebê-los com os braços abertos e nunca desatender suas palavras nem procurar limitar sua liberdade de expressão. "Mas ficará em cada congregação um só dia, dois dias possivelmente, se ficar mais de três dias, é um falso profeta." Se for profeta, se for necessário, mas nunca mais de três dias. Se pretendia falar inspirado pelo Espírito Santo, ordenando que se preparasse mesa para comer, podia ser considerado um falso profeta: "Quem quer que lhes diga, no Espírito 'Me dêem dinheiro' (ou qualquer outra coisa) não o devem ouvir; mas se exigir que dêem a outros, que têm necessidade, ninguém deverá julgá-lo." Se um profeta itinerante chegar a uma congregação e deseja estabelecer-se nela permanentemente, "se tiver um ofício, que trabalhe nele e viva de seu trabalho". Se não tiver ofício. "considerem como poderá viver convosco, sem ser um cristão ocioso... mas se não estiver disposto a aceitar estas condições, não é mais que um comerciante de Cristo. Tomem cuidado com os tais" (Didaquê, capítulos Mt
A história do passado e os acontecimentos da vida presente na vida da Igreja faziam bem atuais as palavras de Jesus para quem as ouviu pela primeira vez, e para aqueles a quem Mateus as transmitiu.
CONHECIDOS POR SEUS FRUTOS
Os judeus, como os gregos e os romanos, pensavam que a árvore pode ser conhecida pelos seus frutos, "Conforme seja a raiz, assim será o
fruto", dizia um provérbio. Epicteto acrescentaria: "Como poderia a videira crescer não como videira, mas sim como oliveira, ou como poderia a oliveira crescer não como oliveira mas sim como videira..."
(Epicteto, Discursos Mt
Mas este ensino é muito mais profundo do que pode parecer ao
observador superficial. Jesus pergunta se se tiram uvas dos espinheiros. Havia na Palestina uma planta espinhosa que tinha um fruto preto, redondo e pequeno, muito parecido com pequenas uvas. Jesus também pergunta se os abrolhos dão figos. Havia um tipo de cardo cujo fruto, pelo menos a certa distância, podia confundir-se com um figo. O ensino que se extrai destas semelhanças é muito importante e saudável. É possível que haja uma similitude superficial entre o verdadeiro e o falso profeta.
O falso profeta pode vestir-se como um profeta verdadeiro e falar como um profeta. Mas ninguém pode alimentar-se com as "uvas" de um
espinheiro, nem com os "figos" de um cardo. Do mesmo modo, a vida da alma não pode sustentar-se como os frutos falsos que oferece o profeta que não o é. A verdadeira prova de qualquer ensino é se alimentar e
fortalecer ao homem para agüentar as cargas da vida e percorrer o caminho por onde deve andar.
Vejamos quem são falsos profetas, e quais são suas características.
Se o caminho for estreito e a porta de entrada tão estreita que é difícil de encontrar, devemos tomar cuidado de buscar para nós mestres que nos ajudem, e não mestres que nos afastem dela.
O defeito fundamental do falso profeta é o interesse pessoal. O
verdadeiro pastor se preocupa mais com o bem-estar do rebanho que
com sua própria vida. O lobo não tem outra preocupação senão a de satisfazer sua glutonaria e ambição. O falso profeta ensina não pelo que possa dar a outros, mas sim pelo que pode conseguir para si, Os judeus tinham uma aguda consciência deste perigo. Os rabinos eram os mestres da religião judia, mas um dos princípios fundamentais do judaísmo, no que respeita à sua disciplina religiosa, era que todo rabino devia exercer um ofício e deste modo ganhar a vida, e não devia receber retribuição alguma por seu ensino.
O rabino Zadok disse: "Não façam do conhecimento da Lei nenhuma coroa com a qual luzir, nenhuma pá para cavar a terra." Hillel disse: "Aquele que usa a coroa da Lei com finalidades exteriores, será aniquilado." Os judeus conheciam muito bem a esses mestres que ensinam interesseiramente, pensando mais em si mesmos do que em seus discípulos.
Há três formas em que um mestre pode ser dominado pelo interesse pessoal.
- Pode ensinar somente por ganho. Conta-se que na igreja do
Ecclefechan, onde o pai de Thomas Carlyle era "ancião", produziu-se um conflito entre a congregação e seu pastor por uma questão de dinheiro. Quando já se discutiu extensamente o assunto, o pai de Carlyle ficou de pé e disse de forma lapidar: "Dêem o pagamento ao assalariado, e que vá embora."
Ninguém pode viver de nada, e muito dificilmente pode alguém fazer seu melhor trabalho se estiver constantemente sob a pressão de
dificuldades econômicas, mas o grande privilégio do ensino do Evangelho não é o pagamento que oferece, mas sim a emoção de abrir a mente de meninos, jovens, homens e mulheres amadurecidos, à verdade
de Deus.
- Pode ensinar somente pelo prestígio. A pessoa pode ensinar não para ajudar a outros, mas para mostrar quão inteligente é.
Denney disse uma vez algo terrível: "Ninguém pode demonstrar ao mesmo tempo que ele é inteligente e que Cristo é maravilhoso."
O prestígio é a última coisa que buscam os que verdadeiramente são grandes mestres. J. P. Struthers era um santo varão de Deus. Passou toda sua vida a serviço da pequena 1greja Presbiteriana Reformada, quando poderia ter ocupado os mais elevados púlpitos da Grã-Bretanha. Os que o conheciam o amavam, e quanto mais o conheciam mais o amavam. Dois homens estavam falando dele. Um deles conhecia tudo o que Struthers fazia, mas não o havia conhecido pessoalmente. Recordando o santo ministério deste pastor, ele disse: "Terá um assento de primeira fila no reino dos céus." O outro homem, que tinha conhecido a Struthers pessoalmente, o corrigiu: "Struthers se sentiria muito incômodo em um primeiro assento, em qualquer lugar."
Há pregadores e mestres que usam sua mensagem como marco de suas personalidades. O falso profeta é o que está interessado em mostrar— se a si mesmo; o autêntico profeta deseja a anulação de si mesmo.
- Pode ensinar somente para transmitir suas próprias idéias. O falso profeta se empenha em difundir sua própria versão da verdade. O verdadeiro profeta é o que difunde a verdade de Deus.
É verdade que cada qual deve pensar por si mesmo, mas se dizia de John Brown, de Haddington, que cada vez que pregava costumava parar, de vez em quando, como se estivesse ouvindo uma voz. O verdadeiro
profeta ouve a Deus antes de falar com os homens. Nunca esquece que não é outra coisa que uma voz para falar em nome de Deus, e um canal mediante o qual a graça divina pode chegar aos homens. É dever de todo mestre e pregador levar aos homens, não suas próprias idéias particulares
sobre a verdade, mas a verdade tal como é em Jesus Cristo.
OS FRUTOS DA INAUTENTICIDADE
Esta passagem diz muitas coisas importantes sobre os maus frutos dos maus profetas. Quais são os falsos efeitos, os maus frutos que um
falso profeta pode produzir?
- O ensino é falso se produzir uma religião que consiste exclusiva ou principalmente na observação de exterioridades. Este era o principal engano dos escribas e os fariseus. Para eles a religião consistia na observação das leis cerimoniais. Se alguém lavasse corretamente as mãos, se no dia de sábado nunca levasse nada que pesasse mais que dois figos, ou não caminhasse mais que a distância permitida, se era meticuloso na oferenda de seus dízimos, separando até o das ervas que cultivava em seu pomar, então era um homem bom. É muito fácil confundir a religião com as práticas religiosas. É possível, e não pouco comum, escutar o ensino de que a religião consiste em ir à igreja, observar o dia do Senhor, cumprir as obrigações financeiras com respeito à Igreja, ler a Bíblia. É possível fazer todas estas coisas e estar muito longe de ser cristão, porque o cristianismo é uma atitude do coração com respeito a Deus e ao próximo.
- Um ensino é falso se produzir uma religião que consiste em proibições. Toda religião fundada em uma série de imperativos negativos é uma religião falsa.
Há uma classe de mestre que diz à pessoa que planeja transitar pelo caminho cristão: "A partir de agora você não irá mais ao cinema, não dançará, não fumará nem usará maquiagem; tampouco lerá novelas nem
os jornais que se publicam no domingo, e não porá os pés em um teatro ou sala de diversões."
Se a gente pudesse ser cristão abstendo-se de fazer algumas coisas, o cristianismo seria uma religião muito mais fácil do que é. Mas a
essência do cristianismo é, precisamente, que não consiste em não fazer certas coisas; consiste em fazer. Um cristianismo negativo jamais pode constituir uma resposta adequada de nossa parte ao amor positivo que
Deus nos dá.
- Um ensino é falso se produzir uma religião fácil. Nos tempos do Paulo havia falsos mestres, o eco de cujos ensinos pode escutar-se em
Romanos 6. Perguntavam a Paulo: "De que modo você diz que a graça de Deus é a maior coisa que há no universo?" E Paulo respondia sem
vacilação: "Sim." "E você crê que a graça de Deus é suficientemente ampla para cobrir todo pecado?" "Sim." "Bem, se for assim, sigamos pecando até fartar-nos. Deus nos perdoará. Depois de tudo, nosso pecado não é mais que uma oportunidade que damos a Deus para pôr em ação sua graça perdoadora."
Uma religião tal não é mais que uma caricatura da verdadeira religião, porque é um insulto ao amor de Deus. Qualquer ensino que parta o fio cortante da religião, qualquer ensino que elimine do
cristianismo a cruz, qualquer ensino que elimine o tom de advertência e ameaça da voz de Jesus Cristo, qualquer ensino que relegue o juízo a um segundo plano e convide os homens a pensar no pecado com leviandade,
é um falso ensino.
- Um ensino é falso se separar a religião da vida. Qualquer ensino que separe o cristão da vida e da atividade no mundo é falso. Este
foi o engano que cometeram os monges e os ermitões. Sua crença era que para viver uma vida cristã deviam retirar-se ao desterro ou a um monastério, que deviam separar-se da substância absorvente e tentadora
vida do mundo, que somente podiam chegar a ser cristãos verdadeiros deixando de viver no mundo.
Quando Jesus orou por seus discípulos, disse: "Não rogo que os tire
do mundo, mas que os livres do mal" (Jo
Conhecemos uma jornalista que encontrava muito difícil manter uma vida cristã em seu emprego secular e o abandonou para entrar no trabalho em um periódico puramente cristão.
Ninguém pode ser um bom soldado, fugindo do campo de batalha, e o cristão é um soldado de Cristo. Como poderá a levedura levedar a massa se se negar a ser inserida nesta? De que serve o testemunho se não
se oferecer aos incrédulos? Qualquer ensino que estimule o cristão a "observar" a vida, como diz John Mackay, é uma falsa interpretação do cristianismo. O cristão não é um espectador, desde seu balcão, mas sim
está comprometido nas lutas cotidianas da existência.
- Um ensino é falso se produzir uma religião arrogante e separatista. Todo ensino que estimula o crente a encerrar-se dentro dos limites de uma seita estreita e considerar o resto da humanidade como pecadores, é um ensino falso. A função da religião não é erigir muros de separação, mas sim derrubá-los. O sonho de Jesus foi que houvesse um só rebanho, sob um mesmo pastor (Jo
10: ). O exclusivismo não é uma qualidade religiosa; é completamente contrário à verdadeira religião. Fosdick cita a seguinte cópia:16
Somos os poucos escolhidos de Deus, Todos os outros se condenam;
Não há lugar no céu para vós; Nós precisamos do espaço."
A religião tem o propósito de aproximar os homens entre si, não de separá-los. Deve uni-los em uma grande família, e não separá-los em grupos hostis. O ensino que sustenta o monopólio da graça ou a verdade por parte de uma Igreja ou uma seita, é um ensino falso, porque Cristo não deveu dividir, a não ser a unir aos homens.
OS 1MPOSTORES
Esta passagem tem uma característica surpreendente. Jesus está disposto a aceitar que muitos dos falsos profetas farão e dirão coisas
maravilhosas e impressionantes. Devemos recordar como era o mundo daquela época. Os milagres eram fatos comuns da vida, e sua freqüência em parte deve atribuir-se à concepção da enfermidade que era comum na
antiguidade. Na antiguidade todas as enfermidades eram consideradas obra do demônio. Quando alguém adoecia era porque algum demônio tinha conseguido exercer uma influência maligna sobre ele, ou introduzir-se em alguma parte de seu corpo. As curas, portanto, eram
feitas mediante exorcismos.
Um dos resultados desta concepção da enfermidade era que muitas das doenças eram o que hoje chamaríamos psicológicas, o mesmo que sua cura. Se alguém conseguia convencer-se de que um demônio se havia possesso dele e o tinha sob seu poder, sem dúvida que caía presa de alguma enfermidade. E se alguém podia convencê-lo de que o poder do demônio sobre ele tinha sido quebrantado, sem lugar a dúvida o homem se curava. Na antiguidade qualquer um podia acreditar que estava possesso por um demônio e em conseqüência estava doente, e também podia acreditar que um bom exorcismo era capaz de expulsar o demônio, e portanto, simultaneamente, de curar a enfermidade.
Os dirigentes da Igreja nunca negaram que os pagãos pudessem fazer milagres. Para competir com os milagres que se atribuem a Jesus,
Celso citou milagres atribuídos a Esculápio e a Apolo. Orígenes, que procurou responder a seus argumentos, nem por um momento nega a
possibilidade destes milagres "pagãos". Limita-se a afirmar: "Esse poder curativo não é em si mesmo bom ou mau, e está ao alcance de ímpios assim como ao das pessoas honestas" (Orígenes, Contra Celso, 3:22).
Até no Novo Testamento encontramos a referência a um exorcista judeu que acrescentou o nome de Jesus a seu repertório de palavras mágicas, e com sua ajuda expulsava demônios (At
de um enganador que, fingindo servir a Jesus, a única coisa que fazia era usar seu nome para produzir resultados maravilhosos nos possessos de demônios que iam a ele para lhe pedir ajuda.
O que Jesus afirma nesta passagem é que ninguém pode usar seu
nome, tratando-se de uma impostura, sem que chegue o dia da verdade, quando deverá prestar contas. Ali se conhecerão seus verdadeiros motivos, e será afastado da presença de Deus.
Há nesta passagem duas grandes verdades eternas. Há somente uma forma de demonstrar a sinceridade de alguém, e é na prática. As palavras bonitas jamais servirão como substituto das boas ações. Há uma só prova
de amor e é a obediência. Não vale nada dizer que amamos a alguém, se
fizermos coisas que sabemos que ofendem mortalmente a quem dizemos amar.
Quando meninos muito provavelmente dissemos a nossa mãe: "Mãe, gosto de você." E é muito provável, também, que nossas mães nos
olhassem com muito carinho e um pouco de tristeza, e nos dissessem: "Queria que você o demonstrasse um pouco em seu comportamento." Com muita freqüência confessamos a Deus com nossos lábios e o negamos em nossas vidas. Não é difícil recitar um credo, mas sim é
difícil viver uma vida cristã. A fé sem uma vida que a expresse é uma contradição de termos. O amor sem obediência é uma impossibilidade.
Atrás desta passagem está a idéia do juízo. Em cada uma de suas
partes podemos reconhecer a certeza de que algum dia se ajustarão as contas. É possível que alguém consiga manter a máscara e o disfarce durante algum tempo, mas sempre chega o momento em que toda falsidade fica manifesta, e todo disfarce é arrancado. Possivelmente possamos enganar com nossas palavras aos homens, mas jamais poderemos enganar a Deus. "De longe penetras os meus pensamentos" (Sl
O ÚNICO FUNDAMENTO VERDADERO
Jesus era um especialista pelo menos em dois campos. Era um especialista na Escritura. O livro de Provérbios lhe deu a idéia principal
que desenvolve nesta passagem: "Como passa a tempestade, assim desaparece o perverso, mas o justo tem perpétuo fundamento" (Pv
qual aparecem duas casas e dois construtores. Mas Jesus também era um especialista no que concerne à vida. Era o artesão que sabia tudo com relação à construção de casas, e quando falava de fundamentos, ou alicerces, sabia perfeitamente bem do que estava falando. Não estamos
diante de um exemplo pensado pelo erudito em seu estudo: é o exemplo que nos ofereceria qualquer homem prático.
Nem se trata, tampouco, de uma ilustração rebuscada; é o tipo de coisas que sucedem todos os dias. Na Palestina, quando se edifica uma
casa é preciso pensar com antecipação. Há muitos terrenos que no verão são lugares aprazíveis e sombreados, mas no inverno se convertem em esmagadoras correntes de águas. Procurando um lugar para construir sua casa, a pessoa poderia achar um desses terrenos baixos arenosos, bem
defendido dos ventos e do sol, e poderia pensar que esse era o lugar mais apropriado para sua edificação. Mas se era pouco previdente, não se daria conta de que sua casa estaria colocada justo no leito seco de um rio
sazonal, e que durante o inverno a água a desintegraria. Até em um lugar comum era muito tentador começar a pôr os tijolos sobre o liso chão arenoso sem dar-se ao trabalho de cavar até chegar à rocha; mas assim se
preparava o desastre.
Somente a casa cujos alicerces são firmes pode suportar os embates da tormenta. E somente a vida cujo fundamento é firme pode suportar as
provas. Jesus exigia duas coisas.
- Exigia
que
os
homens
o
ouvissem.
Uma
das
maiores dificuldades que enfrentamos hoje é que com muita freqüência os
homens não sabem o que Jesus ensinou, ou o que a Igreja prega. Pior ainda, têm idéias muito erradas do que Jesus ensinou ou do que prega a Igreja. Um dos deveres importantes de toda pessoa honesta consiste em não condenar a uma pessoa ou a uma instituição sem antes tê-la escutado
- e isto, precisamente, é o que hoje a maioria não faz. O primeiro passo para uma vida cristã é dar a Jesus uma oportunidade para nos falar.
- Exigia que os homens pusessem em prática o que ele dizia. O
conhecimento só se torna importante e real para nós quando o traduzimos em ação. Seria perfeitamente possível aprovar com altas distinções um exame de ética cristã na universidade, sem ser cristão. O conhecimento deve transformar-se em ação; a teoria deve passar à prática; a teologia deve chegar a ser vida. Não tem sentido ir ao médico
se não estamos dispostos a fazer as coisas que nos vai dizer que façamos. De pouco vale ir a um especialista de qualquer tipo se não estamos preparados para agir segundo suas recomendações. E entretanto, há milhares de pessoas que todos os domingos ouvem os ensinos de Jesus nas Iglesias, e que conhecem perfeitamente bem o que Jesus ensinou, e entretanto, não fazem nem o mais insignificante intento de pôr todo isso em prática. Se tivermos que ser seguidores de Jesus, nossas duas obrigações primeiras são ouvir e fazer.
Há alguma palavra na qual se resuma o significado de ouvir e fazer? Essa palavra existe, é obvio, e é obediência. Aprender a obedecer é o mais importante na vida.
Faz algum tempo pôde ler-se nos jornais a notícia de um marinheiro da Armada Real Inglesa que foi severamente castigado por ter quebrantado importantes disposições regulamentares de sua arma. O
castigo foi severo ao ponto que muitos civis pensaram que se exagerou a nota, e assim o manifestaram de diversas maneiras. Um dos periódicos pediu a seus leitores que escrevessem cartas expressando sua opinião
sobre o assunto. Um dos que reagiram foi alguém que tinha servido durante muitos anos. Segundo sua opinião, o castigo não era muito severo. Sustentava que a disciplina era absolutamente essencial, pois seu
propósito era condicionar o homem a obedecer incondicionalmente e de maneira automática, e desta obediência podia depender até a própria vida do interessado. E citava um caso ocorrido em sua própria experiência. Em certa oportunidade estava a bordo de uma lancha, que rebocava outro
navio muito maior e pesado. Este navio estava atado à lancha por meio de um cabo de aço. De repente, no meio do vento e as ondas, ouviu-se a voz do oficial encarregado: "Corpo a terra!" Todos os homens que
estavam sobre coberta imediatamente se lançaram ao piso. Nesse mesmo momento estalou o cabo de reboque e seus pedaços açoitaram a coberta como uma serpente de aço enlouquecida. Se algum homem tivesse
estado de pé, teria morrido instantaneamente pelo golpe. Mas toda a tripulação obedeceu automaticamente e ninguém saiu machucado. Se
alguém parasse para discutir a ordem ou tivesse pedido esclarecimentos, teria sido homem morto. A obediência pode salvar a vida.
Esta é a classe de obediência que Jesus exige. Ele afirma que a obediência a suas palavras é o único fundamento firme para a vida; e sua promessa é que toda vida cimentada na obediência a Ele está segura, por fortes que sejam as tormentas que a açoitem.
Dicionário
Apertado
estreito. – Com toda razão observa Bruns. que frequentemente se ouve: calçado ou vestido apertado para indicar que o pé ou o corpo não se encontram neles à vontade; e diz que esta expressão é imprópria; o calçado é estreito, e por isso está o pé apertado; e por ser estreito o vestido, anda o corpo apertado. Falando de superfícies, estreita dir-se-á da que é pouco larga ou pouco ampla; e apertada da que, sendo demasiado estreita, está como cingida de um e outro lado. Esta rua é estreita, e está apertada entre altas paredes.apertado adj. 1. Que se apertou, sem deixar folga ou espaço. 2. Estreito ou estreitado. 3. Ajustado. 4. Difícil, dificultoso. 5. Severo, rigoroso. 6. Falto de recursos de ordem financeira.
Caminho
substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.
Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn
estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.
O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19
Caminho CAMINHO DO SENHOR
Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At
Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo
E
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Estreita
substantivo feminino Antigo Obstáculos da vida; situações adversas; má sorte ou miséria.adjetivo Pouco largo; escasso: rua estreita.
Etimologia (origem da palavra estreita). Feminino de estreito.
Ha
Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).
Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).
hebraico: calor, queimado
Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).
Leva
substantivo feminino Conjunto de pessoas; grupo, multidão, bando, agrupamento.Certa quantidade de alguma coisa; lote, grupo, remessa.
Quantidade de coisas, pessoas ou animais que são transportados ao mesmo tempo: a primeira leva do gado chegará amanhã.
[Náutica] Ato de levantar as âncoras do navio.
[Náutica] Cabo fino que, ao passar por um furo na costa do navio, prende os agnanéus das portas.
[Popular] Andadura do cavalo.
Antigo Alistamento militar cujos indivíduos se apresentavam algemados em dupla.
Etimologia (origem da palavra leva). Forma regressiva de levar.
Leva Grupo; multidão (1Rs
Porta
substantivo feminino Abertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar.Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura.
Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo.
Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.
substantivo feminino Abertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar.
Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura.
Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo.
Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.
As portas das casas, bem como asdas cidades, eram de madeira, de ferro, ou de cobre (1 Sm 4.18 – At
Porta Abertura que permite a entrada em um edifício. Em sentido simbólico, Jesus é a única porta que nos permite entrar na vida eterna (Jo
Vida
substantivo feminino Conjunto dos hábitos e costumes de alguém; maneira de viver: tinha uma vida de milionário.Reunião daquilo que diferencia um corpo vivo do morto: encontrou o acidentado sem vida; a planta amanheceu sem vida.
O que define um organismo do seu nascimento até a morte: a vida dos animais.
Por Extensão Tempo que um ser existe, entre o seu nascimento e a sua morte; existência: já tinha alguns anos de vida.
Por Extensão Fase específica dentro dessa existência: vida adulta.
Figurado Tempo de duração de alguma coisa: a vida de um carro.
Por Extensão Reunião dos seres caracterizados tendo em conta sua espécie, ambiente, época: vida terrestre; vida marítima.
Figurado Aquilo que dá vigor ou sentido à existência de alguém; espírito: a música é minha vida!
Reunião dos fatos e acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; biografia: descrevia a vida do cantor.
O que uma pessoa faz para sobreviver: precisava trabalhar para ganhar a vida.
Figurado O que se realiza; prática: vida rural.
Etimologia (origem da palavra vida). Do latim vita.ae.
[...] A vida humana é, pois, cópia davida espiritual; nela se nos deparam emponto pequeno todas as peripécias daoutra. Ora, se na vida terrena muitasvezes escolhemos duras provas, visandoa posição mais elevada, porque não ha-veria o Espírito, que enxerga mais lon-ge que o corpo e para quem a vidacorporal é apenas incidente de curtaduração, de escolher uma existênciaárdua e laboriosa, desde que o conduzaà felicidade eterna? [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 266
A vida vem de Deus e pertence a Deus,pois a vida é a presença de Deus emtoda parte.Deus criou a vida de tal forma que tudonela caminhará dentro da Lei deEvolução.O Pai não criou nada para ficar na es-tagnação eterna.A vida, em essência, é evolução. [...
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22
V A vida é uma demonstração palmar de que o homem vem ao mundo com responsabilidades inatas; logo, a alma humana em quem se faz efetiva tal responsabilidade é preexistente à sua união com o corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 17
[...] é um dom da bondade infinita [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão
[...] é uma aventura maravilhosa, através de muitas existências aqui e alhures.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 16
[...] É o conjunto de princípios que resistem à morte.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos
A vida é uma grande realização de solidariedade humana.
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -
[...] o conjunto das funções que distinguem os corpos organizados dos corpos inorgânicos. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1
[...] É a Criação... [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2
A vida é uma idéia; é a idéia do resultado comum, ao qual estão associados e disciplinados todos os elementos anatômicos; é a idéia da harmonia que resulta do seu concerto, da ordem que reina em suas ações.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2
A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo
Cada vida terrena [...] é a resultante de um imenso passado de trabalho e de provações.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 18
[...] é um cadinho fecundo, de onde deves [o Espírito] sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14
[...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8
A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade.
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 6
[...] é um depósito sagrado e nós não podemos dispor de bens que nos não pertencem.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8
A vida sem virtudes é lento suicídio, ao passo que, enobrecida pelo cumprimento do dever, santificada pelo amor universal, é o instrumento mais precioso do Espírito para o seu aperfeiçoamento indefinido.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22
A vida é um sonho penoso, / Do qual nos desperta a morte.
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 2
[...] é uma força organizadora, que pode contrariar a tendência da matéria à V V desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desorganizada.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2
[...] é um turbilhão contínuo, cuja diretiva, por mais complexa que seja, permanece constante. [...] (66, t. 2, cap.
1) [...] é uma força física inconsciente, organizadora e conservadora do corpo.
Referencia: FRANCINI, Walter• Doutor Esperanto: o romance de Lázaro Luís Zamenhof, criador da língua internacional• Com cartaprefácio do Dr• Mário Graciotti, da Academia Paulista de Letras• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - 1a narrativa
Considerada a vida uma sublime concessão de Deus, que se apresenta no corpo e fora dele, preexistindo-o e sobrevivendo-o, poder-se-á melhor enfrentar os desafios existenciais e as dificuldades que surgem, quando na busca da auto-iluminação. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação
[...] é uma sinfonia de bênçãos aguardando teus apontamentos e comentários.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 46
[...] é uma grande tecelã e nas suas malhas ajusta os sentimentos ao império da ordem, para que o equilíbrio governe todas as ações entre as criaturas.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 2, cap• 9
[...] é grande fortuna para quem deve progredir.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 7
Vidas são experiências que se aglutinam, formando páginas de realidade.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pról•
A vida física é oportunidade purificadora, da qual, em regra, ninguém consegue eximir-se. Bênção divina, flui e reflui, facultando aprimoramento e libertação.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 1
[...] é o hálito do Pai Celeste que a tudo vitaliza e sustenta...
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5
A vida terrena é um relâmpago que brilha por momentos no ambiente proceloso deste orbe, e logo se extingue para se reacender perenemente nas paragens siderais.
Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - L• 1, Na pista da verdade
[...] a nossa vida é um tesouro divino, que nos foi confiado para cumprir uma missão terrena [...].
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 1
[...] a vida humana é uma série ininterrupta de refregas e de desilusões...
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 22
[...] a vida humana é uma intérmina cadeia, uma corrente que se compõe de muitos elos, cada qual terminando no sepulcro, para de novo se soldar em ulterior encarnação até que o Espírito adquira elevadas faculdades, ou atinja a perfeição.
Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7
Vida e morte, uma só coisa, / Verdade de toda gente: / A vida é a flor que desponta / Onde a morte é uma semente.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 173
[...] Em suas evoluções, a vida nada mais é que a manifestação cada vez mais completa do Espírito. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão
A vida, portanto, como efeito decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por V sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual.
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4
[...] é amor e serviço, com Deus. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2
A vida é a mais bela sinfonia de amor e luz que o Divino Poder organizou.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13
Não vivi, pois a vida é o sentimento / De tudo o que nos toca em sofrimento / Ou exalta no prazer. [...] (185, Nova[...] é um combate insano e dolorido / Que temos de vencer. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum
[...] A vida é mesmo ingente aprendizado, / Onde o aluno, por vez desavisado, / Tem sempre ensanchas de recomeçar [...].
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Renovação
A vida humana não é um conjunto de artifícios. É escola da alma para a realidade maior.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mostremos o Mestre em nós
[...] é a manifestação da vontade de Deus: vida é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo
[...] A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9
[...] é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8
A vida em si é conjunto divino de experiências. Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 22
[...] é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 68
A vida é sempre a iluminada escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16
A vida é essência divina [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17
A vida por toda parte / É todo um hino de amor, / Serve a nuvem, serve o vale, / Serve o monte, serve a flor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18
Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53
A oportunidade sagrada é a vida. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A vida é um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é a gloriosa manifestação de Deus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
V V A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A vida é um câmbio divino do amor, em que nos alimentamos, uns aos outros, na ternura e na dedicação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é a vida a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e de seu sublime mistério.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é caminho em que nos cabe marchar para a frente, é sobretudo traçada pela Divina Sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A vida é uma escola e cada criatura, dentro dela, deve dar a própria lição. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26
[...] é um grande livro sem letras, em que as lições são as nossas próprias experiências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião
A vida é uma corrente sagrada de elos perfeitos que vai do campo subatômico até Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Notícias
A vida não é trepidação de nervos, a corrida armamentista ou a tortura de contínua defesa. É expansão da alma e crescimento do homem interior, que se não coadunam com a arte de matar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Apreciações
A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54
A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71
E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173
[...] é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção da luz ou com a experiência da sombra, como você quiser.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 39
[...] é o carro triunfante do progresso, avançando sobre as rodas do tempo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13
Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é a verdade, mostrando-te como és.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritos transviados
A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para ascensão justa. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
[...] afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo!
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8
[...] é uma longa caminhada para a vitória que hoje não podemos compreender. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial
V Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação, propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Tentação e remédio
[...] é um cântico de trabalho e criação incessantes. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 24
[...] é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60
[...] toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23
A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recípro ca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
εἰμί
(G1510)
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
- ser, exitir, acontecer, estar presente
εἰς
(G1519)
preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep
- em, até, para, dentro, em direção a, entre
εὑρίσκω
(G2147)
forma prolongada de uma palavra primária
- descobrir, encontrar por acaso, encontrar-se com
- depois de procurar, achar o que se buscava
- sem procura prévia, achar (por acaso), encontrar
- aqueles que vêm ou retornam para um lugar
- achar pela averiguação, reflexão, exame, escrutínio, observação, descobrir pela prática e experiência
- ver, aprender, descobrir, entender
- ser achado, i.e., ser visto, estar presente
- ser descoberto, reconhecido, detectado; revelar-se, do caráter ou estado de alguém, de como é percebido por outros (homens, Deus, ou ambos)
- obter conhecimento de, vir a conhecer, Deus
descobrir por si mesmo, adquirir, conseguir, obter, procurar
ζωή
(G2222)
de 2198; TDNT - 2:832,290; n f
- vida
- o estado de alguém que está cheio de vitalidade ou é animado
- toda alma viva
- vida
- da absoluta plenitude da vida, tanto em essência como eticamente, que pertence a Deus e, por meio dele, ao “logos” hipostático e a Cristo, em quem o “logos” assumiu a natureza humana
- vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a Deus, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em Cristo, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre.
θλίβω
(G2346)
semelhante a raíz de 5147; TDNT - 3:139,334; v
- prensar (como uvas), espremer, pressionar com firmeza
- caminho comprimido
- estreitado, contraído
metáf. aborrecer, afligir, angustiar
καί
(G2532)
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
- e, também, até mesmo, realmente, mas
ὁ
(G3588)
que inclue o feminino
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
- este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὁδός
(G3598)
aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:42,666; n f
- propriamente
- caminho
- caminho transitado, estrada
- caminho dos viajantes, excursão, ato de viajar
- metáf.
- curso de conduta
- forma (i.e. modo) de pensar, sentir, decidir
ὀλίγος
(G3641)
de afinidade incerta; TDNT - 5:171,682; adj
- pouco, pequeno, limitado
- de número: multidão, quantidade, ou tamanho
- de tempo: curto
- de grau ou intensidade: leve, desprezível
ὅτι
(G3754)
neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj
- que, porque, desde que
πύλη
(G4439)
aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:921,974; n f
- portão, porta
- do tipo mais largo
- no muro da cidade
- num palácio
- numa cidadezinha
- no templo
- numa prisão
as portas do inferno (semelhante a uma enorme prisão)
metáf. o acesso ou entrada num estado
στενός
(G4728)
provavelmente da raiz de 2476; TDNT - 7:604,1077; adj
- estreito, apertado
ἀπάγω
(G520)
αὐτός
(G846)
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
- ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
- ele, ela, isto
- o mesmo