Enciclopédia de João 10:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 10: 14

Versão Versículo
ARA Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim,
ARC Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
TB Eu sou o bom pastor, conheço as minhas ovelhas, e as que são minhas me conhecem a mim,
BGB ἐγώ εἰμι ὁ ποιμὴν ὁ καλός, καὶ γινώσκω τὰ ἐμὰ καὶ ⸂γινώσκουσί με τὰ ἐμά⸃,
HD Eu sou o bom pastor e conheço as minhas {ovelhas}, e as minhas {ovelhas} me conhecem.
BKJ Eu sou o bom pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
LTT EU SOU o bom Pastor, e conheço as Minhas ovelhas, e sou conhecido das Minhas ovelhas.
BJ2 Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas me conhecem,[p]
VULG Ego sum pastor bonus : et cognosco meas, et cognoscunt me meæ.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 10:14

Salmos 1:6 Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá.
Isaías 53:11 O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.
João 10:11 Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
João 10:27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;
João 17:3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
João 17:8 porque lhes dei as palavras que me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste.
II Coríntios 4:6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.
Efésios 1:17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação,
Efésios 3:19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus.
Filipenses 3:8 E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo
II Timóteo 1:12 por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia.
II Timóteo 2:19 Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.
I João 5:20 E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
Apocalipse 2:2 Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são e tu os achaste mentirosos;
Apocalipse 2:9 Eu sei as tuas obras, e tribulação, e pobreza ( mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.
Apocalipse 2:13 Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
Apocalipse 2:19 Eu conheço as tuas obras, e o teu amor, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras.
Apocalipse 3:1 E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.
Apocalipse 3:8 Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.
Apocalipse 3:15 Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente!

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 3) e na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., depois da Páscoa

Mar da Galileia; Betsaida

Em viagem para Betsaida, Jesus alerta contra o fermento dos fariseus; cura cego

Mt 16:5-12

Mc 8:13-26

   

Região de Cesareia de Filipe

Chaves do Reino; profetiza sua morte e ressurreição

Mt 16:13-28

Mc 8:27–9:1

Lc 9:18-27

 

Talvez Mte. Hermom

Transfiguração; Jeová fala

Mt 17:1-13

Mc 9:2-13

Lc 9:28-36

 

Região de Cesareia de Filipe

Cura menino endemoninhado

Mt 17:14-20

Mc 9:14-29

Lc 9:37-43

 

Galileia

Profetiza novamente sua morte

Mt 17:22-23

Mc 9:30-32

Lc 9:43-45

 

Cafarnaum

Moeda na boca de um peixe

Mt 17:24-27

     

O maior no Reino; ilustrações da ovelha perdida e do escravo que não perdoou

Mt 18:1-35

Mc 9:33-50

Lc 9:46-50

 

Galileia–Samaria

Indo a Jerusalém, diz aos discípulos que abandonem tudo pelo Reino

Mt 8:19-22

 

Lc 9:51-62

Jo 7:2-10

Ministério de Jesus na Judeia

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., Festividade das Tendas (Barracas)

Jerusalém

Ensina na Festividade; guardas enviados para prendê-lo

     

Jo 7:11-52

Diz “eu sou a luz do mundo”; cura homem cego de nascença

     

Jo 8:12–9:41

Provavelmente Judeia

Envia os 70; eles voltam alegres

   

Lc 10:1-24

 

Judeia; Betânia

Ilustração do bom samaritano; visita a casa de Maria e Marta

   

Lc 10:25-42

 

Provavelmente Judeia

Ensina novamente a oração-modelo; ilustração do amigo persistente

   

Lc 11:1-13

 

Expulsa demônios pelo dedo de Deus; sinal de Jonas

   

Lc 11:14-36

 

Come com fariseu; condena hipocrisia dos fariseus

   

Lc 11:37-54

 

Ilustrações: o homem rico insensato e o administrador fiel

   

Lc 12:1-59

 

No sábado, cura mulher encurvada; ilustrações do grão de mostarda e do fermento

   

Lc 13:1-21

 

32 d.C., Festividade da Dedicação

Jerusalém

Ilustração do bom pastor e o aprisco; judeus tentam apedrejá-lo; viaja para Betânia do outro lado do Jordão

     

Jo 10:1-39


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Espíritos Diversos

jo 10:14
O Espírito da Verdade

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3622
Capítulo: 74
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO —


“Eu sou o bom pastor e conheço as minhas ovelhas e das minhas sou conhecido.” JESUS (Jo 10:14)


O pastor atento se identifica com o rebanho de tal maneira, que define de pronto qualquer das ovelhas mantidas a seu cuidado.

Conhece as mais ativas.

Descobre as indiferentes.

Nomeia as retardatárias.

Registra as que lideram.

Classifica a lã que venham a produzir.

Tudo faz, em favor de todas.


Por sua vez, as ovelhas, pouco a pouco, percebem, dentro da limitação que as caracteriza, o modo de ser do pastor que as dirige.

Habituam-se aos lugares que lhe são prediletos.

Respeitam-lhe os sinais.

Acatam-lhe as ordens.

Reconhecem-lhe o poder diretivo, sem confundir-lhe a presença.


Na imagem, temos a divina missão do Cristo para conosco.

O Pastor Compassivo conhece cada uma das ovelhas do redil humano, tudo fazendo para guiá-las ao campo da Luz Celeste.

Incentiva as indiferentes.

Acalma as impetuosas.

Fortalece as mais fracas.

Apoia as mais responsáveis.

Sopesa o valor de todas, segundo as peculiaridades e tendências de cada uma.


E, de igual modo, as ovelhas do rebanho terrestre, gradativamente, vêm a conhecer e a sentir a existência abençoada do Bom Pastor.

Entendem-lhe os ensinamentos e admoestações.

Reverenciam a excelência do seu Amor.

Confiam serenamente em sua Misericórdia.

Esposam-lhe os ideais e buscam corresponder-lhe à vontade, destacando-o, nos quadros da vida, por Intermediário do Pai Excelso.


Desse modo, cabe-nos atender ao chamamento do Mestre, melhorando as condições da vida, no mundo, com base em nossa própria renovação.

Nesse programa de luta, vale indagar de nós mesmos:

— Que ovelha somos?

E com semelhante pergunta, busquemos na disciplina, ante o Cristo de Deus, a nossa posição de servidores do bem, na certeza de que a humildade conferir-nos-á sintonia com o Divino Pastor, para que, sublimando e servindo, atinjamos com Ele o Aprisco Celeste na imortalidade vitoriosa.




(Psicografia de Waldo Vieira)



Saulo Cesar Ribeiro da Silva

jo 10:14
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 95
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO —


“Eu sou o bom pastor e conheço as minhas ovelhas e das minhas sou conhecido.” JESUS (Jo 10:14)


O pastor atento se identifica com o rebanho de tal maneira, que define de pronto qualquer das ovelhas mantidas a seu cuidado.

Conhece as mais ativas.

Descobre as indiferentes.

Nomeia as retardatárias.

Registra as que lideram.

Classifica a lã que venham a produzir.

Tudo faz, em favor de todas.


Por sua vez, as ovelhas, pouco a pouco, percebem, dentro da limitação que as caracteriza, o modo de ser do pastor que as dirige.

Habituam-se aos lugares que lhe são prediletos.

Respeitam-lhe os sinais.

Acatam-lhe as ordens.

Reconhecem-lhe o poder diretivo, sem confundir-lhe a presença.


Na imagem, temos a divina missão do Cristo para conosco.

O Pastor Compassivo conhece cada uma das ovelhas do redil humano, tudo fazendo para guiá-las ao campo da Luz Celeste.

Incentiva as indiferentes.

Acalma as impetuosas.

Fortalece as mais fracas.

Apoia as mais responsáveis.

Sopesa o valor de todas, segundo as peculiaridades e tendências de cada uma.


E, de igual modo, as ovelhas do rebanho terrestre, gradativamente, vêm a conhecer e a sentir a existência abençoada do Bom Pastor.

Entendem-lhe os ensinamentos e admoestações.

Reverenciam a excelência do seu Amor.

Confiam serenamente em sua Misericórdia.

Esposam-lhe os ideais e buscam corresponder-lhe à vontade, destacando-o, nos quadros da vida, por Intermediário do Pai Excelso.


Desse modo, cabe-nos atender ao chamamento do Mestre, melhorando as condições da vida, no mundo, com base em nossa própria renovação.

Nesse programa de luta, vale indagar de nós mesmos:

— Que ovelha somos?

E com semelhante pergunta, busquemos na disciplina, ante o Cristo de Deus, a nossa posição de servidores do bem, na certeza de que a humildade conferir-nos-á sintonia com o Divino Pastor, para que, sublimando e servindo, atinjamos com Ele o Aprisco Celeste na imortalidade vitoriosa.




(Psicografia de Waldo Vieira)



Amélia Rodrigues

jo 10:14
Há Flores no Caminho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Ele não mais voltaria à Galileia a partir daquele momento.


Os sítios queridos onde medravam a ternura e a simplicidade não volveriam a escutar-Lhe a voz.


Ficavam para trás as cariciosas convivências, os caminhos enflorescidos pela bondade espontânea e pela meiguice das gentes simples e humildes, afáveis e dóceis, marcadas pelas experiências primeiras da canção da Boa Nova.


Era Tishri do ano 29.


O pó se levantava pelos caminhos e a luz ardia nos olhos.


Começaria, agora, até o acume das dores, o período pela árida Judeia.


Poderia um profeta desincumbir-se do ministério sem viver e sofrer na Judeia?


Iniciavam-se agora e alongavam-se as rudes provas e os aturdimentos gerais, as controvérsias e as paixões fulminantes.


As ciladas armadas pela insensatez e os olhos vigilantes da inveja estavam abertos seguindo-Lhes os passos, a Sua atividade, provocando. . .


* * *

Em janeiro, passadas as Festas, quando Jerusalém acabara de receber magotes de viajantes de toda parte, o Seu verbo já se levantara e se fizera ouvir.


Os discípulos fascinados sentiam-se aturdidos face à coragem dEle.


O verbo desataviado e as atitudes desembaraçadas se espraiavam conclamando ao Reino de Deus.


Jesus desvelara-se por fim.


Chegava a hora.


Nenhum silêncio era possivel a partir de então.


Testemunhos e dores não O atemorizavam.


Indispensável inaugurar o período de libertação das consciências.


— Eu sou o Bom Pastor. . .


A voz soava meiga e poderosa.


Ao dizê-lo diante da multidão que O cercava, houve um estremecimento, seguido de sussurros enquanto a ira farisaica espuma e escorre na boca aberta dos adversários.


Há um infinito de amor naquelas palavras e nos gestos nobres que O ampliam além do tempo e pelos longes dos espaços.


A nebulosa de dúvidas se aclara e as incertezas se fazem convicção.


— Todo aquele que não entra pela porta do aprisco das ovelhas é um ladrão e um salteador — prossegue, no seu canto de dedicação. — Quem vai pela porta é o pastor, que ama as ovelhas. O salteador tenta seduzi-las, levá-las. . . As ovelhas, no entanto, conhecem a voz do seu pastor e o seguem, confiantes. "O Pastor faz-se seguido, porque defende as ovelhas, por isso, elas o amam. Ele logo chega, caminha à frente delas e as chama pelos nomes.


O ladrão age diferentemente. . . " Os murmúrios aumentam e o mal-estar se manifesta nos mais afoitos, nos atrevidos, que bradam:

— Tem demônio. Fala pela sua boca a blasfêmia, o espírito das trevas. . .


Outros retrucam negativamente:

— Diz a verdade!


Altercam-se os constantes contendores, os inúteis e esvaziados de ideais, os que falam e não agem, os que agridem em nome da fé, mais não vivem para a fé. . .


Ele não se altera, não modifica o tom de voz, a canção de esperança e de apoio.


O dia arde. O grupo aumenta. O silêncio concede-lhe espaço no campo da audição geral.


— O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas e, se alguma se extravia, vai ao seu encontro onde quer que esteja, sem importar-se com qualquer perigo, porque o amor vence os obstáculos, supera os impedimentos e é melhor dar a vida pela ovelha tresmalhada do que perdê-la. O pastor dá-lhes pastagens, guarda-as. . .


As almas solitárias, os corações sedentos de carinho, aqueles que jornadeiam em clima de necessidades, sob o açodar das dores que não se encorajam revelar, os que estão à borda da alucinação, porque cansados e exauridos, constituem, em todos os tempos, as ovelhas, o rebanho, a família que o amor deve reunir em um só grupo, sob o Seu comando.


Naquele momento há um altissonante apelo no silêncio que se faz natural.


Ele prossegue:

— O mercenário cuida das ovelhas, mas não as defende. Quando o perigo se avizinha poupa-se a aborrecimentos e dores, fugindo, receando perder a vida, porque o rebanho não é seu, por isso não lhe dá amor. "Eu, porém, que vos amo, digo: eu sou a porta por onde as ovelhas entram no redil, a passagem de segurança, que conduz e apoia. . . " Lágrimas orvalham os olhos e emoções se avolumam nos sentimentos enregelados, nos ressequidos.


Aquela doação total e sem limite penetra com reconforto e dá força, ampara e levanta.


Todos sentimos necessidade de segurança, de ponto de referência, de certeza, para caminhar em paz.


A jornada solitária, o caminho pedregoso e áspero se dilatam além das perspectivas humanas. Para vencê-los, no entanto, só com a presença de Jesus.


Só Ele é o pastor, junto a quem as aflições se fazem paz e as precárias forças se transformam em alento.


Há pastores, todavia, que em Seu nome são mercenários, procurando tomar-Lhe o lugar nos corações.


Zelam por si mesmos, apaixonados e loquazes, susceptíveis e volúveis, buscando poder e glória, não excogitando dos interesses daqueles que os seguem.


Pensam no próprio eu antes que nos outros.


Assoberbam-se, na azáfama egoística, pressurosos e amargos.


Não desculpam aqueles que discordam das suas diretrizes, que os não seguem armazenando azedume e fazendo-se combativos no sentido negativo da luta.


Veem perigos, apontam falhas, mas não protegem as ovelhas.


São mercenários no curral.


Quando se não beneficiam de moedas, fazem-no pelo elogio, pela autopromoção, azorragados pela conquista das coisas nenhumas com que se inquietam, de que se abarrotam.


Estão passeando suas injunções através dos séculos, em nome de Jesus.


O pastor, porém, verdadeiro, afável, doando-se, é conhecido facilmente pelas ovelhas que lhe identificam a voz, os sentimentos, os instrumentos da ação e o conseguem porque são amadas, seguindo-o, confiantes.


O bom pastor, acima de todos os pastores, comanda as ovelhas com incomparável amor, porta e estrada, estrada de acesso e rota, cajado de comando e presença de apoio.


* * *

Antes, naquele ínterim, entre outubro e janeiro, Ele atendera publicamente à "mulher adúltera", cantou com inesquecível música a sinfonia do amor expressa na "parábola do bom samaritano", para depois de surpreender e escandalizar a hipocrisia e o puritanismo, apresentar-se na sublime condição de bom pastor, de porta.


* * *

Não mais a Galileia O escutaria, senão ao retornar do túmulo, para rápido convívio com os amigos, no aprazível mar de Genesaré, antes de encerrar, em definitivo, o ministério. . .


Jesus: Pastor e porta!


João 10:10-18

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jo 10:14
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 20
CARLOS TORRES PASTORINO

MC 9:38-41


38. Perguntou-lhe João, dizendo: "Mestre, vimos alguém expulsando espíritos atrasados em teu nome e lho proibimos, porque ele não nos acompanha".


39. Mas Jesus disse: "Não lho proibais. Pois ninguém há que faça trabalho em meu nome, e possa logo depois falar mal de mim.


40. Quem não é contra vós, é por vós.


41. E quem vós der de beber um copo de água em (meu) nome, porque sois de Cristo, em verdade vos digo, de modo algum perderá sua retribuição".


LC 9:49-50


49. Tomando a palavra, João disse: "Mestre, vimos alguém expulsando espíritos atrasados em teu nome, e lho proibimos porque não nos acompanha.


50. E disse Jesus: "Não lho proibais, pois quem não é contra vós, é por vós".


As últimas palavras de Jesus, "receber em meu nome", fizeram que João se recordasse de um episódio que com ele se passou, embora não possamos saber a ocasião nem o local, que os narradores silenciaram.


Sabemos, realmente, que a tolerância não era a característica fundamental, naqueles primeiros anos ardorosos de juventude, de João e de seu irmão Tiago (cfr. LC 9:54), tanto que Jesus os apelida d "filhos do trovão" (cfr. MC 3:17).


Foi-lhes chocante, pois, e aborreceu-os fortemente o fato de uma criatura, que não seguia o Mestre, expulsar um obsessor em nome de Jesus: Imediatamente eles se aproximaram e o proibiram de continuar com esse "abuso". Julgavam que, com isso, estavam defendendo a honra do Mestre querido, e, ao mesmo tempo, pretendiam garantir para si e para seus companheiros, o "privilégio" do uso exclusivo do nome de Jesus, como um monopólio religioso... Essa mentalidade teve (e tem!) numerosos seguidores, sobretudo na Idade Média e nos tempos que se lhe seguiram, não se conseguindo, porém, até hoje extirpá-la totalmente, entre os cristãos de todos os matizes.


Pela frase de João temos a impressão de que esse exorcista operava com êxito, coisa que não ocorreu com os filhos do sacerdote Ceva (Cfr. AT 19:13-16) que fracassaram na tentativa com o mesmo nome de Jesus. Naquela época eram realmente numerosos os exorcistas, judeus e não-judeus, que se fixavam em certos locais ou perambulavam pelas cidades, exercendo essa profissão.


Com a ordem de Jesus, de que fossem recebidas as crianças em Seu nome, João sente que talvez tenha agido precipitadamente, e pede a opinião do Mestre, que a dá com franqueza, ensinando que se deve olhar a intenção, e que esta não deve ser prejulgada má à primeira vista.


A frase de João, que mantivemos na tradução: "e lho proibimos porque não nos acompanhava" (kai ekôlyomen autòn, hóti ouk êkoloúthei hêmin) baseia-se nos códices aleph, E, delta, theta, e é seguida por Vogels, Swete, Huby, Pirot e outros.


A regra de Jesus é clara; "quem não é contra vós, está do vosso lado: é a vosso favor"; e torna-se evidente que, se alguém trabalha em nome de Jesus, não pode, logo a seguir, falar mal dele. Realmente, só o fato de usar o nome de Jesus prova bem que é ou pelo menos pretende ser, seu discípulo.


E para salientar que não há necessidade de "seguir" a doutrina, mas basta um simples ato de humanidade para atrair bênçãos, acrescenta uma imagem corriqueira da vida diária: basta que vos dêem um copo d’água em meu nome, porque sois de Cristo.


Aparece o possessivo "meu" em aleph, C2, D, X, gama, delta, e pi2. Outra observação; aqui é o único passo dos sinópticos em que "Cristo" aparece sem artigo; só mais tarde, em Paulo, é que o encontramos assim (cfr. Rom. 8;9; l. ª Cor. 1; 12 e 3:23; 2. ª Cor. 10;7).


A preocupação máxima da personagem egoística, que vive e vibra no mundo divisionista da matéria, é manter ciosamente os "direitos" conquistados. Ignora que "onde começa o direito, termina o amor" (Pietro Ubaldi). A individualidade, que sabe e reconhece que é una com o Cristo Cósmico e portanto com todas as individualidades que existem, é que ama sem limitações de "direitos", conhecendo apenas humilde e desprendidamente seus deveres do serviço.


A lição, pois, procede plenamente. Vemos a personagem humana, exaltada pelo ciúme (que frequentemente se camufla com o eufemismo de "zêlu") a protestar e perseguir, sob a alegação de que não pode falar e agir em nome do Mestre quem não for seguidor da escola que os homens regulamentaram e impuseram como sendo a única que é "dona" de Jesus, muito embora na prática venham a contradizer os ensinos teóricos do Mestre. Tudo isso, porém é sobejamente conhecido, para que percamos tempo em comentários.


A lição diz-nos que devemos superar todas essas divisões, considerando correligionários e irmãos todos os que falam, pregam e agem em nome de Cristo, embora em línguas diferentes ou sob outras formas verbais. Cristo é um só manifestando-se através dos grandes avatares: Mesquisedec, Rama, Hermes, Crishna, Gautama o Buddha, Quetzalcoatl, Jesus, Bahá"u"lláh, Ramakrishna, ou qualquer outro. CRISTO revelou-se sempre e ainda se revela universalmente a todas as criaturas, em todas as latitudes e meridianos, em todas as épocas, em todos os idiomas, embora os homens. O interpretem segundo suas capacidades pessoais (são personagens) e portanto traduzam Seu pensamento dentro do estilo e do idioma, dos hábitos e das tradições folclóricas, do adiantamento cultural e das limitações de compreensão; dessa forma, parece aos que estão demais apegados à personalidade e não são observadores, que cada grupo humano segue uma senda diferente dos outros: são, pensam eles, "outras" religiões... são adversários... antagonistas... diabólicos... E cada grupo SE atribui a única e total posse da verdade, classificando todos os outros no "erro" ... São crianças, que não alcançam a compreensão adulta do Homem feito, o qual já percebe, pela individualidade, que TODOS os caminhos levam ao mesmo e único Deus que habita DENTRO DE TODOS indistintamente, de qualquer religião que seja. E o único testemunho que apresentam a favor dessa "propriedade", é a palavra deles mesmos: eles SE DIZEM donos do "Deus verdadeiro", e ai de quem não acreditar neles!

Quando a humanidade tiver evoluído suficientemente para superar a fase materialista e divisionista das personagens transitórias, ela compreenderá que "tudo está cheio de Deus" (pánta plêrê theôn, Aristóteles, Anima, 4. 5,411 a 7), e que o caminho que leva a religar-nos a Deus, é o CRISTO UNIVERSAL (Cósmico), sob qualquer das denominações por que Se tenha manifestado a nós, em qualquer época, em qualquer clima: "Eu sou o CAMINHO da Verdade (Pai) e da Vida (Espírito-Santo) (JO 14:6).


Só através do Cristo Cósmico teremos a verdadeira união fraternal de todos ("todos vós sois irmãos", MT 23:8), a verdadeira e real "união de todos os crentes", sob a Chefia não de um homem - por mais rico que seja, por mais prestigiado, por mais luxuosas suas roupas, por maiores seus palácios, por mais pomposos seus ritos, por mais numerosos, unidos e hierarquizados seus súbditos - mas sob a Chefia DO CRISTO, que diretamente age no âmago de cada criatura, a insuflar-lhe humildade, harmonia e amor.


A lição da tolerância é o passo inicial da lição da compreensão total, que a todos FUNDE no amor.


Passo inicial, porque "tolerar" supõe ainda pretensa superioridade em quem "generosamente" tolera, embora a contragosto. O passo final é a fusão, a unificação de todos - cada qual permanecendo em sua própria linha evolutiva - no grande rebanho, com o único Pastor, o CRISTO: "EU SOU O BOM PASTOR" (JO 10:14-16).


Todos aqueles que não se opõem frontalmente ao trabalho crístico são a ele favoráveis, porque, se não ajudam, pelo menos não obstam à tarefa.


No entanto, qualquer ajuda (um copo d"água que seja a quem ainda está no caminho, será recompensada, desde que a intenção seja a de cooperar com o irmão, por ser ele de Cristo. Não de um Cristo particular, determinado, mas sem artigo, com a generalidade da indeterminação: DE CRISTO.


Quando o homem deixa de pertencer a si mesmo, no egoísmo separatista e passa a ser DE CRISTO (Cfr, 1. ª Cor. 6:19-20), começa aí, realmente, o caminho intérmino e maravilhoso, cheio de amor e inçado de espinhos e dores; começa aí sua crucificação consciente na carne, que lhe já não constitui o máximo de prazer, mas que se torna a "gaiola", embora dourada, que o impede de voar; começa aí a verdadeira porta da iniciação, e por isso o Cristo afirmou: "Eu sou a PORTA" (JO 10:7), a porta que leva ao "caminho", o caminho que leva à Verdade, a Verdade que leva à vida, na gloriosa ascensão que nos unifica a Ele, que nos harmoniza sintonicamente ao Som do Verbo, que nos transforma em luz ao mergulharmos na Fonte Incriada da Luz do Espírito-Santo.


Perspectiva de infinito, que principia quando "voltarmos a ser crianças", e tem seu ponto de fuga na eternidade da Vida.


jo 10:14
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 19
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 10:10-21


10. "O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que elas tenham vida e a tenham abundante.

11. Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor aplica sua alma sobre as ovelhas.

12. O mercenário, não sendo pastor, de quem as ovelhas não são próprias, vê vir o lobo e deixa as ovelhas e foge, e o lobo as agarra e dispersa,

13. porque é mercenário e não interessam as ovelhas 14. Eu sou o Bom Pastor, conheço as minhas (ovelhas) e as minhas me conhecem,

15. assim como me conhece o Pai e eu conheço o Pai; e aplico minha alma sobre as ovelhas.

16. E tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; estas devo trazer, e ouvirão minha voz e haverá um rebanho, um pastor.

17. Por isso o Pai me ama, porque aplico minha alma para que de novo a recolha.

18. Ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a aplico. Tenho o poder de recolhê-la: esse mandamento recebi de meu Pai".

19. Por causa desses ensinos, houve de novo divergência entre os judeus.

20. Muitos deles diziam: "Ele tem obsessor e tresvaria, por que o escutais?"

21. Outros diziam: "Essas palavras não são de um obsedado; pode acaso um obsessor abrir os olhos aos cegos"?



Sem intervalo, no resumo de João, passa-se à segunda aplicação da parábola, em que Jesus se diz "O Bom Pastor".


A figura de pastor, com aplicação ao guia espiritual, já era comum no Antigo Testamento. É atribuída a YHWH "a rocha de Israel" por Moisés (GN 49:24); e o próprio YHWH verbera os pastores de Israel porque relapsos (Ez. 34:1-10) e diz que ele mesmo será o pastor de seu povo (Ez. 34:11-31), salientando que "suscitará sobre eles um só pastor, que as apascentará, meu servo amado (1). Ele as apascentará e servirá de pastor. Eu YHWH serei seu Elohim, e meu servo amado será príncipe entre eles" (2).


(1) As traduções trazem "meu servo David". Ora, David reinou em Israel de 1055 a 1015 A. C., ao passo que Ezequiel escreveu essa profecia no cativeiro da Babilônia, com Oconias, em 592 A. C., isto é, mais de quatrocentos anos depois de David. A não ser que se queira aceitar que Jesus seio o reencarnação de David, o que parece contradizer os fatos, temos que admitir não se possa falar no futuro de uma personagem passado. Evidente, então, que nesse passo david é um substantivo comum, e como tal temos traduzi-lo: "o amado".


(2) Outros passos do A. T. em que "pastor" tem esse sentido de "guia" espiritual: NM 27:17; 1RS 22:17; 2CR. 18:16; Judit, 11:15; Ecl. 12:11; EC 18:13; Cânt. 1:7; IS 13:20; IS 31:4; IS 38:12; IS 40:11; IS 44:28; (referindo-se a Ciro); 56. 11; 63:11; Jeremias, 2:8; 3:15; 6:3; 10:21; 12:10; 17:16; 22:22; 23:1, 2, 4; 25:34-36; 31;10; 33:12; 43:12; 49:19; 50:6, 44; 51:23; EZ 37:24; Amós, 1:2; Miq. 5:5; Nah. 3:18; ZC 10:2, ZC 10:3; 11:3, 5, 8, 16, 17; 18:17. No Novo Testamento. MT 9. 36; 25:32: Mt 26:31: MC 6. 34:14:27; 1. º Cor. 9; 7; EF 4:11; 1. º Pe. 2:25; 5:2, 4. E em JO 21:15-17, Jesus encarrega Pedro de cuidar de Seu "rebanho".

Nesta segunda interpretação da parábola é dado um passo adiante. Salienta Jesus, de início, que o "ladrão" só vai ao rebanho para "roubar, matar e destruir", ao passo que Ele veio para vitalizá-las mais abundantemente (perissóm). E afirma: "eu sou o bom pastor": caracterizando-o pelo que faz: "aplica sua alma sobre as ovelhas". Aqui afastamo-nos das traduções correntes que trazem: "dá a vida pelas ovelhas". Vejamos o original: ho poimên ho kalos tên psychén autoú títhêsin hypèr tõn probátôn; ora, títhêmi só tem contra si dídômi (dar) no papiro 45, numa emenda posterior do Sinaítico, em D e na versão latina e siríaca sinaítica; e títhêmi significa "depositar, colocar e aplicar" (como prefere o Professor José Oiticica, "Os 7 Eu Sou", 1958, pág. 7): tên psychên é a "alma", o princípio espiritual vivificador; e hypér pode ser "em favor de", sem dúvida, mas o sentido principal é "sobre", e há razões para mantêlo.


Não devemos modificar, na tradução, o significado das palavras, sob pena de escapar-nos o sentido profundo que elas exprimem.


Enquanto o mercenário foge e abandona as ovelhas ao ver o lobo, o pastor a elas se dedica, porque as ovelhas são de sua propriedade e ele as ama e as conhece uma a uma pelo nome. Mas outras há que não são deste aprisco e mister será reuni-las para que haja um só rebanho, um só pastor. Notemos que no original não há a cópula "e". Essa universalidade de "salvação" é assinalada por Paulo: "todos vós sois UM em Cristo" (GL 3:28): "há um só Espírito... até que TODOS cheguemos" à perfeição (EF 4:4, EF 4:13).


O vers. 8, ao invés das traduções vulgares que trazem: "tenho direito de dar minha vida e de reassumila" (coisa sem sentido) diz no original: "tenho o poder de aplicar minha alma e tenho o poder de recolhêla", também aqui concordando com a opinião do Prof. José Oiticica.


Novas discussões (cfr. JO 7:43 e JO 9:16) causaram esse ensino, uns apontando Jesus como obsedado, outros não acreditando que um obsessor pudesse ter aberto os olhos a um cego de nascença.


Examinemos, agora, a parte muito mais importante do ensino, que tem que entender-se penetrando em profundidade as palavras do rápido resumo que João nos legou.


Analisemos segundo a interpretação dada, no capítulo anterior, aos termos utilizados. Estamos no plano a que denominamos "mais amplo". "O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir". Trata-se da personagem (a matéria, com seu peso; as sensações com seus gozos; as emoções com seus descontroles apaixonados; o intelecto com sua rebeldia analista e discursiva), também chamada "antagonista" (satanás) ou adversário (diabo) que pode mesmo considerar-se um "ladrão" da espiritualidade. Realmente a personagem "rouba, mata e destrói" tudo o que é espiritual, pois só vê e percebe as coisas da matéria e dos sentidos. O Cristo Cósmico, entretanto, penetra tudo e todos, dando-lhes Vida, e "age" para que essa Vida seja mais abundante e plena, mais rica e vibrante, do que a simples "vida" psíquica dos veículos inferiores.


Então chega-nos a declaração enfática: "eu sou o BOM PASTOR", o que governa o conjunto das ovelhas, o que vive nelas e por elas, que delas cuida e as ama, que constitui a "alma grupo" de todo o rebanho, "a cabeça de todo o corpo" (cfr. 1. ª Cor. 11:3; EF 4:15 e EF 5:23; CL 1:18 e CL 2:10).


A esta segue-se a frase que foi modificada por não ter sido entendida: "

"o bom pastor aplica sua alma sobre suas ovelhas", ou seja, o Cristo utiliza e aplica toda a Sua alma, a Sua força cristônica, sobre Suas criaturas, para fazê-las evoluir a fim de alcançá-Lo. Isso foi representado ao vivo com o cuspo misturado à terra, para ser colocado sobre os olhos do cego de nascença. O que também exprime que só através da encarnação, do mergulho na matéria, é que o ser pode trabalhar por sua evolução.


Aqui entram mais dois elementos de comparação: o mercenário e o lobo. O "mercenário" é o intelecto, que "faz as vezes" de pastor, isto é, que em nome do pastor (Mente Crística) toma conta dos veículos inferiores. No entanto, sendo mercenário, não cuida como deve do tesouro que lhe foi confiado; é quando aparecem os lobos (as paixões desordenadas vorazes, insaciáveis, trazidas pelos instintos, pelos desejos, pelas necessidades). O mercenário "se retira", deixando campo aberto e livre às paixões, aos lobos. A frase é de sentido usual e corrente: perturbação dos sentidos, obliteração intelectual, a ira cega, e tantas outras expressões que demonstram que realmente nos grandes embates emocionais, os lobos paralisam o intelecto, amordaçam a acuidade de racionar, e o corpo e o psiquismo são estraçalhados pelos paroxismos passionais, agarrados e desorientados pelos rapaces devoradores, que roubam, matam e destroem.


Assim age o intelecto "mercenário", porque as células não lhe pertencem e não lhe interessam, já que é simples coordenador, como governo central, substituto eventual e temporário da Mente. Além disso, julga-se a autoridade máxima e única que tem a capacidade de resolver seus problemas e os da per sonagem, pois chega até a ignorar a existência da Mente abstrata: ele vem "de baixo" (sobe), e a Mente é "de cima"; ele pertence ao Antissistema, a Mente ao sistema; ele representa o polo negativo, a Mente o positivo: ele é o chefe dos veículos inferiores, a Mente é espiritual. Daí, com frequência, recusar o intelecto a espiritualização e confessar-se materialista e ateu, só acreditando no que a ele chega através dos sentidos, e não da PORTA que é o Cristo.


Já com o Cristo o caso difere fundamentalmente. Ele conhece uma a uma cada célula (cfr. MT 10:30; LC 12:7 e LC 21:18), porque de dentro de cada uma, embora também de fora (imanente e transcendente) a impele à evolução, ajudando-lhe a escalada ascensional. As células lhe pertencem, porque são condensação Sua, quando Se sacrificou, baixando Suas vibrações até o Antissistema, a fim de provocarlhes a individuação que lhes forneça a diferenciação do Todo, para o aprendizado. O Cristo Interno, por isso, APLICA SUA ALMA sobre cada uma das células, e por isso as conhece plenamente, tanto quanto conhece o Pai e é conhecido pelo Pai; pois assim como Ele é UM com o Pai e o Pai UM com Ele, assim Ele é UM com as células e as células são UM com Ele.


Como agora estamos considerando as células já evoluídas ao estágio hominal (na acepção do "plano mais amplo"), neste sentido o Cristo afirma também que conhece cada ser humano tanto quanto é conhecido pelo Pai e vice-versa, porque o Cristo é UM com cada uma de Suas criaturas, embora cada criatura ainda não saiba que é UM com Ele. E não o sabe porque se acha dissociada Dele pelo intelecto da personagem que, tendo vindo "de baixo", ainda é cega de nascença: o mercenário ainda não conhece o pastor verdadeiro e chega até ao cúmulo de negar Sua existência...


Acontece, porém, que na evolução do planeta Terra, onde foram reunidas todas as antigas células, hoje seres humanos, houve várias trocas de domicílio. A Terra recebeu, sabemo-lo, pela generosidade de seus Mentores, grande grupo de "espíritos" provenientes de Capela e outros planetas, que não pertencem a evolução terrena, assim como também muitos dos nativos da Terra estão estagiando em outros planetas ("Na casa de meu Pai há muitas moradas", JO 14:2). A quais se refere o Cristo?


Aos que estão em outros planetas e que precisam ser trazidos para cá, a fim de formarem o conjunto com seus antigos companheiros? Os aos que estão aqui, mas "não são deste aprisco", aos quais, porém, é mister unir aos deste, para que formem um todo? De qualquer forma - ou trazendo os de fora para cá, quando o planeta tiver evoluído para recebê-los, ou conquistando os estranhos que aqui estão - o fato é que deverá formar-se um só rebanho, uma só humanidade, um só pastor; da mesma forma que cada corpo possui um só Espírito, assim a humanidade possui uma só "alma grupo". Para reunir a todos, será utilizado o processo científico da sintonização de vibrações ("ouvir a voz", isto é, igualar a frequência vibratória do SOM).


A ação do Cristo, embora constante ("Meu Pai age até agora, eu também ajo") JO 5:17) é sentida por nós intermitentemente, porque Ele tem "o poder de aplicar e o poder de recolher" Sua força cristônica, segundo Sua vontade, sem que por ninguém seja coagido. Realmente, em muitos momentos sentimos o "apelo" que nos ativa o desejo de encontrá-Lo. Daí a teoria da "graça", que não chega quando nós queremos, mas quando a vontade divina o determina, por ser o melhor momento para cada um de nós. Então, podemos interpretar a "graça" como uma atuação mais forte do Cristo Interno dentro de cada um, aplicando a vibração do SOM, "Sua alma", e buscando dar-nos a tônica, para que, de nossa parte, busquemos sintonizar com essa nota básica. A tônica é o AMOR, por isso o Pai vibra como Amante e o Cristo age como Amado (david), constituindo o "príncipe" entre todos. Essa é a ordem do Pai.


O Cristo, portanto, é o bom pastor, o chefe de todo o rebanho que atualmente constitui a humanidade terrestre; conhece todas e cada uma de Suas ovelhas, e aplica Sua força a cada uma delas no momento mais oportuno; e quando elas começam a agir por si, recolhe essa força, a fim de permitir que elas trabalhem pessoalmente por sua própria evolução. Indispensável que aprendam a trabalhar sozinhas, assumindo a responsabilidade plena seus atos.


No campo iniciático, o Cristo é o Bom Pastor, ou seja, o verdadeiro Hierofante e Rei, dentro de nós ("Um só é vosso Mestre, o Cristo", MT 23:10). As criaturas que agem em Seu nome, os intelectos personalísticos que se fazem passar por Mestre, são simples agentes que vêm "de baixo", mercenários e ladrões de almas, que roubam, matam e destroem tudo o que é verdadeiramente espiritual, para seu próprio proveito vaidoso, de terem sequazes que os endeusem. São numerosos e enganam a muitos só não chegando conquistar as ovelhas escolhidas, porque estas conhecem a "voz" do verdadeiro pastor, e não seguem estranhos. Os SONS que produzem são diferentes, fora da tônica do AMOR do Cristo.


Os que são realmente emissários Seus, esses jamais falam em seus próprios nomes, não aceitam sequer o nome de mestres, sabem que nada sabem, e que tudo o que lhes vem, é proveniente do Cristo Interno que neles age. Não fazem seguidores, porque convidam apenas os homens e acompanhá-los no cortejo do Cristo, para onde todos caminham, uns mais à frente, outros mais à retaguarda, uns com "guias" do rebanho, com a campainha ao pescoço, outros colaborando, mas todos simples ovelhas do único rebanho do único pastor.


O evangelista assinala, ainda uma vez, a divergência entre os religiosas ("judeus"): uns julgando obsedado aquele que transmite os ensinos do Cristo, outros, porém, "sentindo" em sua voz a doce tônica do AMOR, que faz os cegos verem, isto é, que ilumina os intelectos, e comove os corações, atraindo-os ao Cristo.


Que a voz do Bom Pastor seja sempre o guia de nossos Espíritos, para que jamais percamos o rumo certo, para que não erremos pelas estradas invias, para que nos libertemos dos lobos vorazes, e só vivamos pelo AMOR e para o AMOR.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
Jo 9 ; 10 são uma unidade, e é melhor considerá-los juntos. O ato de devolver a visão ao cego de nascença não só ilustra o brilho da Luz nas trevas (1.5), mas também torna-se a oportunidade para o início de uma nova comunidade (9.34). Esta comunidade é composta por aqueles que crêem em Jesus como o Senhor (9.38), e cujo Senhor é o Pastor das ovelhas (10.2).

3. O Pastor das Ovelhas (Jo 10:1-42)

A abertura, Na verdade, na verdade (1), é caracteristicamente usada por João para apresentar uma mudança de assunto, mais do que um novo episódio. Aqui, as pala-vras de Jesus estão intimamente ligadas ao que aconteceu anteriormente. O vos digo (1) dedica o discurso a seguir tanto ao homem curado (9,35) quanto aos fariseus que estavam com ele (9.40). Para o homem Ele teve palavras de conforto e força (3-4,7,9-10) ; para os fariseus, palavras de condenação e de julgamento (1,5,10-13).

a. A Nova Sociedade (Jo 10:1-18). A parábola ou ilustração (1-5) que Jesus usou não era de todo nova para os seus ouvintes. Em Ezequiel 34, aparece o mesmo exemplo do pastor e das ovelhas. Ali os governantes são condenados como negligentes, tirânicos, não se importando com as suas responsabilidades (4). Eles abusam da sua função (3) e se ali-mentam, ao invés de alimentar as ovelhas (2-3,8). Como resultado, as ovelhas se espa-lham (5) e tornam-se presas fáceis para todas as feras do campo (8). Conseqüentemente, Deus irá julgar os pastores indignos (10), e Ele mesmo irá reunir o rebanho desgarrado (12), alimentá-lo (14) e dar-lhe abrigo (15). Deus irá indicar um Pastor, da raiz de Davi (o Messias), e Ele mesmo alimentará o rebanho e será o seu Pastor (23). Então o rebanho terá paz, segurança (25), e possuirá todas as bênçãos da terra bem regada (26). O reba-nho é Israel (30) e pertence ao Senhor Deus (31).

Outros usos do mesmo exemplo no Antigo Testamento são encontrados em Salmos 23:74-1; 78.52, 71; 79.13 80:1-95.7; 100.3; Isaías 40:11; Jeremias 23:1-4. Falsos pasto-res aparecem em alguns casos; por exemplo, em Jeremias 2:8-10.21; 12.10; Zacarias 11:3-9, 15-17. A mesma linguagem metafórica também aparece em outras partes do Novo Testamento; por exemplo, em Marcos 6:34-14.27; Lucas 12:32-15:3-7; Mateus 9:36-15.24; 18:11-13 26:31; Hebreus 13:20; I Pedro 2:25-5.4.

A razão para o uso freqüente do exemplo pastor-rebanho é, sem dúvida, o fato de que os judeus tinham sido um povo pastoril durante muitas gerações. Este tipo de linguagem era fácil de ser entendido por todos. À medida que Jesus utiliza o exemplo aqui, todos os elementos essenciais aparecem: o rebanho, o aprisco, a porta, o pastor, os ladrões, os mercenários e os estranhos. Seria uma violência para a parábola tentar encontrar um equivalente exato e constante para cada um dos elementos, embora algumas coisas se-jam evidentes.

Primeiramente, só existe uma entrada verdadeira para o curral. Aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador (1). O motivo e o método de abordagem do rebanho marcam as diferenças entre o ladrão e o pastor. O pecado e os seus agentes querem enganar e destruir, ao passo que o Bom Pastor (14) dá a sua vida pelas ovelhas (15).

Em segundo lugar, existe o Bom Pastor (11), que entra no aprisco pela porta -Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas (2). A palavra pastor é anarthrous em grego, e conseqüentemente "fixa a atenção no caráter, como algo distinto da pessoa".' "O pastor não é um exemplo na parábola, ele é o exemplo; e é sobre a descrição do seu comportamento que se apóia a narrativa, para que a atenção dos leitores possa se concentrar ali. Não somente as ovelhas são as suas próprias ovelhas; não apenas ele tem toda a autoridade para aproximar-se delas; não apenas ele chama as suas ovelhas pelo nome; não apenas elas ouvem a sua voz, mas ele as traz para fora e, quando faz sair todas as suas ovelhas, vai diante delas, e elas o seguem".'

Em terceiro lugar, Ele é o Criador da nova sociedade de crentes, i.e., daqueles que crêem nele. A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas e as traz para fora. E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz (3-4). A menção do porteiro ou guarda do portão é incidental na história. Mas uma coisa é importante. Existe um relacionamento entre o Pastor e as ovelhas que se baseia na natureza do Pastor — a sua voz, o seu conhecimento das ovelhas, a sua liderança, a sua orientação. Estas palavras devem ter significado muito para o homem que tinha sido curado da sua cegueira, e que fora excomungado da sua sinagoga (Jo 9:34) e expulso da sua família. Agora, ele era um membro da nova sociedade, um seguidor do Bom Pastor. A palavra usada para tirar para fora é a mesma traduzida como "expulsar" em Jo 9:34. Assim, realmente, ser expulso, sob o ponto de vista de Deus, é ser chamado para fora. Assim é a ekklesia (lit., "os chamados para fora"), a Igreja, a nova sociedade.

Em quarto lugar, aqueles que pertencem a esta nova sociedade, a Igreja, são sub-missos a uma única voz, ...porque conhecem a sua voz. Mas, de modo nenhum, seguirão o estranho; antes, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos (4-5). Existe uma gloriosa exclusividade em ser um membro do rebanho de Cristo — existe somente uma voz, um caminho, uma vontade que realmente importa. Em uma época de uma vida excessivamente complexa, o caminho garantido para a paz de espírito, para o enfoque nos propósitos corretos, e o comprometimento significativo é encontra-do quando reconhecemos somente a sua voz. Esta "audição seletiva" é uma proteção não somente contra a heterodoxia, mas também contra a desintegração da personalidade (cf. 14-15). Thomas R. Kelly chama isto de "orientação habitual de todo o ser para aquele que é o Foco".1"

Tendo registrado a parábola, o autor insere uma observação sobre a reação de al-guns dos ouvintes. Jesus disse-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que era que lhes dizia (6). A palavra aqui traduzida como parábola aparece somente cinco vezes no Novo Testamento, quatro delas no texto de João (Jo 16:25-29; 2 Pe 2.22). Ela significa um exemplo simbólico, e especialmente no uso de João significa dizeres misteri-osos, uma "figura de linguagem" (NASB) "na qual se escondem idéias particularmente grandiosas".1" Talvez ela seja melhor traduzida como "alegoria" (Moffatt). As palavras, Eles não entenderam, assumem um interessante contraste com a expressão mais usu-al de João; "não creram" (cf. 38). A familiaridade direta com (o conhecimento) o chamado (a voz) de Deus e a sua reivindicação (a propriedade), além do comprometimento pessoal com esse chamado (a fé), são corolários definitivos no encontro divino-humano.

Agora se segue uma explicação da parábola (vv. 7-18), e essa explicação também é dada em uma linguagem altamente figurada (cf. a parábola do semeador e sua explicação, Mt 13:3-23). Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas (7). Em verdade representa a mudança, da parábola para a expli-cação, que começa com a revelação de Jesus de sua natureza divina (cf. os comentários sobre Jo 4:26-6.20; também sobre Jo 6:35-41,48,51; 7.34,36; 8.12,24,28,58; 10.9,11,14,36; 11.25; 13 19:14-6; 15.1,5; 17.24; 18.8). A exclusividade deste caminho de fé em Cristo nunca foi melhor colocada do que quando Jesus disse: Eu sou a porta. Cristo é o Caminho para Cristo, pois Ele é ao mesmo tempo a Porta e o Aprisco. Parece atraente quando os ho-mens dizem que todos aqueles que têm ideais éticos elevados comparáveis aos do Ser-mão da Montanha são cristãos. Mas como isso parece vazio quando colocado ao lado do desafio pessoal: Eu sou a porta! Não existe outra! Assim, Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouviram (8). Certamente isto não deve ser interpretado como uma referência àqueles verdadeiros men-sageiros de Deus do Antigo Testamento, mas inclui todos aqueles que falsamente se intitulam mensageiros de Deus. Mesmo os fariseus, que corromperam os ensinos de Moisés como se estes mesmos fossem capazes de dar vida, estão sob esta condenação. "Não há um ponto na história humana que esteja além do horizonte dos ladrões e mercenários das parábolas. Quando o homem afirma anunciar o dom da vida, à parte da fé em Jesus, ele se proclama como ladrão e mercenário, e a sua atividade foi, é, e será, uma atividade destrutiva".1"

Outra vez Jesus se declara como sendo a porta (9), mas desta vez retrata os benefí-cios que vêm àquele que entra. Se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens (9). É agora um assunto de vida ou morte para as ovelhas. A única e verdadeira entrada significa a vida — a salvação, a segurança, o sustento. Mas a morte é encontrada no caminho falso, pois o ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir (10) — perda, morte, destruição. Contra este cenário se delineia o tema supremo do evangelho — a vida abundante pela fé em Cristo. Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância. Todo o propósito da missão de Jesus é dar a vida (20.31), e que esta vida seja de qualidade suprema (eterna), assim como infinita em quantidade (cf. Jo 1:16-2.6ss.; Jo 4:14-6.13 7:38). O propósito e o plano de Deus não são apenas salvar o homem da morte, da destruição, da culpa, mas também torná-lo santo, "conforme a imagem do seu Filho" (Rm 8:29). Tal propósito só pode ser atingido de uma maneira; por meio da morte voluntária de Jesus. Simplesmente por ser o bom pastor, Ele dá a sua vida pelas ovelhas (11). Literalmente, o bom pastor pode ser traduzido como "O Pastor, aquele que é bom". A sua bondade é tão grande que Ele não encontra comparação — não existe Pastor como Ele. Alguns levantaram a questão de como Cristo pode ser ao mesmo tempo a Porta e o Pastor. Mas isto significa estar limitado pelos detalhes da parábola, porque Ele certamente é a Porta do aprisco, a única Entrada para a vida, e Ele é o Pastor das ovelhas, o Único que se preocupa o suficiente para dar a sua vida pelas ovelhas (cf. Jo 6:51).

Um novo personagem é introduzido no versículo 12 — o mercenário. Mas o merce-nário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado das ovelhas (12-13). Não existe um exame de ra-zões para serviço mais intenso nem mais concentrado do que este. Não é preciso ser um ladrão, um bandido, ou um lobo para destruir as ovelhas — basta um trabalhador assa-lariado, i.e., alguém que pensa somente em termos do que ele pode conseguir, nunca em termos do que pode dar. A menos que vigie de perto os motivos para manter-se puro, quando a crise chega (o lobo), o homem fica oprimido e foge, abandonando a responsabi-lidade e o rebanho.

O relacionamento entre o Bom Pastor e o seu rebanho baseia-se na natureza do relacionamento entre Jesus e o Pai. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido ("As minhas me conhecem", NASB). Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas (14-15). Cada um dos seis verbos destes versículos está no presente, e assim o retrato é ilustrativo. Particularmente, o verbo conhecer no presente significa conhecer por familiaridade, por experiência. As ovelhas "têm a experiência de conhecer a Jesus como o seu próprio Pastor. Aqui (neste conhecimento recíproco) está o segredo do seu amor e da sua lealdade".'4'

A observação universal do quarto Evangelho se destaca na afirmação de Jesus: Ain-da tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agre-gar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor (16). Observe que há outras ovelhas, não bodes. "O rebanho de Cristo não está limitado àqueles que estão encerrados no curral judaico, seja na Palestina, seja em outros luga-res" (cf. Jo 11:52-12.32)." O amor de Deus é para todo o mundo (3.16). A urgência moral de trazer essas outras ovelhas para o curral está expressa nas palavras, também me con-vém agregar estas. O verbo ouvir "assume o genitivo, como quando tem a conotação de ouvir com entendimento e obediência".' Haverá um rebanho' tem o verbo no plural nos melhores manuscritos, e a palavra "rebanho" é a tradução correta do termo grego poimne (cf. Ez 34:20-24). "Todos (judeus e gentios) formarão um único rebanho sob um único Pastor".'

O sacrifício voluntário e de auto-doação de Jesus provê não apenas a linha de pensa-mento desta seção, como também um tipo de clímax na sua interpretação da parábola. A idéia já foi mencionada anteriormente, mas agora o assunto fica explícito. O amor do Pai e a auto-doação do Filho estão ligados de maneira inseparável (Jo 6:51-10.11,15). Por isso, o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la (17-18). Pela primeira vez nesta seção, a idéia da ressurreição é introduzida, e é vista como "a inevitável conseqüência da obediência a Jesus".'

Não existe conflito entre a auto-doação voluntária de Jesus e a sua afirmação: Esse mandamento recebi de meu Pai (18). Os objetivos auto-escolhidos em termos da vontade perfeita de Deus constituirão a liberdade melhor e mais elevada da vida. Quando Jesus se colocou de acordo com a vontade do Pai, a ressurreição se fez possível e verda-deira. "A comunidade concreta de cristãos do mundo foi trazida à existência por um conjunto histórico e concreto de obediência, e toda a vida da igreja deve ser controlada pela fé em Jesus. Nele, o amor de Deus e a fé dos homens se encontram, e se encontram na morte de Jesus, porque ali a vontade de Deus foi finalmente cumprida: cumprida, porque a sua morte não foi nem o resultado das manobras dos judeus ou de alguns impe-tuosos, nem uma decisão excêntrica de Jesus de render-se aos seus inimigos. Foi o clí-max de uma necessidade divina, e toda a sua vida e ministério se dirigiram a ela".147

  • As Divisões (Jo 10:19-21). As declarações de Jesus a respeito de si mesmo, assim como o seu ato de cura do homem nascido cego, geraram uma divisão entre os judeus (19). Esta divisão era mais profunda do que nunca (cf. 9.16). Alguns levantavam a questão da natureza de Jesus, dizendo que Ele era um pecador por ter desobedecido às leis do sába-do, ao passo que outros diziam que nenhum pecador é capaz de abrir os olhos a um homem cego. A divisão (dissensão, cisma) aqui era tão aguda que muitos deles diziam: Tem demônio e está fora de si (20).148 No encontro divino-humano, existe uma lei que diz que os homens não serão os mesmos depois de terem um encontro com o Homem da Galiléia. A reação será a fé ou a descrença. A fé resulta de um conceito verdadeiro de quem Jesus é, como no caso do homem curado. A descrença — começando no mesmo ponto, em Jesus encarnado (Jo 9:15-16) — avança até o ponto onde eles o chamaram de pecador (9.24), e agora vai até à maior de todas as blasfêmias: Tem demônio (cf. Jo 7:20-8.48,52).
  • Como os seus inimigos acreditavam que Jesus estava possuído pelo demônio, a per-gunta deles, como uma oposição, era natural: Por que o ouvis? (20). O verbo ouvir, como é usado aqui, significa "escutar com atenção e apreço",' tornando o cisma entre os judeus ainda mais compreensível.

    A réplica da oposição baseava-se puramente nas premissas pragmáticas. A conclu-são deles se enquadrava no que eles tinham visto, e no fato de que as afirmações de Jesus a seu respeito não poderiam ser as palavras de um endemoninhado. Os argu-mentos deles se depararam com a pergunta retórica: Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos? (21)

  • O Último Testemunho Público (Jo 10:22-42). O lugar é o mesmo de Jo 7:10-10.21, Jeru-salém, mas agora é inverno e a ocasião é a Festa da Dedicação (22). Estes poucos versículos (10:22-42) é tudo o que João tem a dizer sobre o período entre os eventos e sermões da época da Festa dos Tabernáculos (7.8), e os eventos e sermões próximos da última Festa da Páscoa durante o ministério terreno de Jesus (Jo 12:1). A Festa da Dedi-cação foi a última das grandes festas judaicas a ser estabelecida. Ela foi instituída para comemorar a purificação do Templo em 164 ou 165 a.C., por Judas Macabeu e seus ir-mãos, trazendo a um fim a profanação do Templo sob o rei sírio Antíoco Epifânio. Ainda celebrada hoje em dia pelos judeus, é chamada de Hanukkah e é realizada perto da época do Natal.' Também é conhecida como a Festa das Luzes.
  • Aqui, como em outras partes do texto de João, o sermão está associado a uma festa (cf. Jo 2:23-5.1; 6.4; 7.2, 38-39) e tem um significado especial em termos do objetivo da festa. Houve sugestões de que "aqui o ministério do Senhor, que atinge o seu clímax na Paixão, é definido como a verdadeira dedicação, que deve superar e substituir a festa judaica".151 Da mesma maneira, a menção que o autor faz ao fato de que era inverno parece ser mais do que uma mera observação, porque era a "estação da morte, interior e exterior" (cf. Jo 13:30).152

    O fato de que Jesus passeava no templo, no alpendre de Salomão (23, ver o quadro A) pode ser devido ao tempo frio. Era ali que os rabinos conversavam com os seus alunos e discutiam a lei. Quando Jesus se uniu a eles, veio a inevitável pergunta: Até quando terás a nossa alma suspensa? que também é traduzida como "Até quando você nos manterá em suspense (na dúvida) ?" (ASV). Embora estas traduções sejam aceitáveis, o verbo grego aireis usado aqui é a mesma palavra que aparece no versículo 18, onde é traduzido como "tomar". Foi sugerido que uma tradução igualmente adequada seria: "Por quanto tempo você vai continuar a tirar a nossa vida?" Hoskyns comenta: "O ministério e a morte de Jesus envolvem a destruição do judaísmo... Jesus está tirando a vida deles".153

    Em relação à exigência dos judeus: Se tu és o Cristo, dize-no-lo abertamente (24), Jesus deu uma resposta em quatro partes. 1. Os judeus não crêem, embora a Palavra lhes tenha sido dita, Já vo-lo tenho dito, e as suas obras testificam a respeito dele (25). A comunicação pessoal de Deus com os homens, na sua melhor hipótese, não tinha resultado na fé por parte dos judeus. 2. A razão pela qual eles não tinham fé, vós não credes, é porque, como disse Jesus: não sois das minhas ovelhas. 3. Em contraste com aqueles que não crêem, existem aqueles que Ele chama de minhas ovelhas (27). Quatro fatos caracterizam as suas ovelhas: (a) elas ouvem a sua voz, e, como foi escrito aqui, elas ouvem com atenção e consideração (20) ; (b) Ele as conhece (lit., "Eu tenho um relacionamento pessoal com elas"; 14-15) ; (c) elas o seguem (lit. "elas estão me seguin-do") ; e (d) Ele lhes dá a vida eterna (27-28).' 4. Aquelas que ouvem, aquelas com quem Ele tem um relacionamento pessoal, e a quem Ele dá a vida eterna, nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das suas mãos (28). Alguns assumiram que isto significa que uma pessoa está eternamente segura, independentemente do que faz a respeito do seu relacionamento com Deus. Mas a garantia de segurança — que é uma promessa magnífica e adequada — é que nada exterior ao homem pode destruí-lo, en-quanto ele estiver depositando a sua fé em Deus. Westcott diz: "Se o homem peca, em qualquer estágio da sua vida espiritual, não é devido à vontade da graça divina, nem ao poder opressor dos adversários, mas pela sua negligência em usar o que pode usar ou não. Não podemos ser protegidos contra nós mesmos, apesar de nós mesmos".155

    Esta garantia para aquele que tem fé se baseia na própria natureza de Deus, pois Jesus disse: Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai (29). Existe um problema textual na versão KJV quanto à tradução da primeira parte do versículo 29. O texto que representa a autorida-de mais antiga diz: "Aquilo que o Pai me deu" que é a versão preferida por alguns comentaristas. A mesma idéia é expressa em Jo 6:39-17.2. No entanto, as duas leituras transmi-tem a mesma idéia básica. "O Pai é a única fonte de segurança dos crentes em Jesus. Eles pertencem a Jesus porque foram dados a Ele pelo Pai".'

    Além disso, a garantia do crente está baseada no relacionamento entre o Pai e Je-sus, porque Ele disse: Eu e o Pai somos um (30). Qual é a natureza deste relaciona-mento? Em que sentido o Pai e o Filho são um? Uma tradução literal seria: "Eu e o Pai, nós somos um". Westcott diz: "Todas as palavras desta frase tão importante estão reple-tas de significado. A palavra é Eu, e não o Filho; o Pai, e não meu Pai; uma essência, e não apenas uma pessoa; somos, e não sou. A revelação é a natureza de Cristo na totalida-de da sua natureza dupla, do Filho encarnado na plenitude do seu ser manifestado, e em relação com o Pai, com Deus, pois Ele é, ao mesmo tempo, Pai do Filho, e Pai dos ho-mens".' Barclay, usando outras afirmações de Jesus a respeito da unidade entre Jesus e o Pai e os crentes (17.11,20-22) argumenta que a unidade aqui descrita é basicamente uma união moral. Ele diz: "O laço da unidade é o amor; a prova do amor é a obediência. Os cristãos são unidos uns com os outros quando são unidos pelo laço da unidade, e obedecem às palavras de Cristo. Jesus é uno com Deus porque Ele obedeceu a Deus e Ele amou a Deus como ninguém jamais o fez. A sua unidade com Deus é uma unidade de amor perfeito, que resulta em uma obediência perfeita".158 Embora esta união moral seja um fato, ela se baseia na suposição da verdade de uma união de naturezas.

    Quando os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedreja-rem (31), essa não foi uma atitude nova por parte deles (cf. Jo 1:11-5:17-18; 6:40-43,51-52,60,66; 7:29-30; 8:58-59) e atingiu o seu clímax na crucificação. A razão alegada para o seu ato foi a blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo (33). A reação de Jesus a esta acusação foi um apelo à sua reverência pelas Escrituras. Ele citou Salmos 82:6, Eu disse: sois deuses? (34) Isto se aplicava "a todos os homens inspirados do Antigo Testamento, incluindo os profetas, e preparava o caminho para o contraste entre aqueles a quem vieram tanto a Palavra de Deus, quanto Jesus, que é verdadeira-mente o Filho de Deus".' Como a Escritura não pode ser anulada (35), por que o título Filho de Deus (36) não se aplicaria àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo (36) ?160

    Jesus queria submeter a sua reivindicação ao teste pragmático. Se a sua afirmação, Sou Filho de Deus (36), é verdadeira, as suas obras deveriam ser avaliadas com base nessa afirmação. Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis (37). Os judeus não tinham contestado as boas obras de Jesus (cf. 33), mas hesitavam em uma descrença com respeito a sua verdadeira natureza. É fácil para o homem aceitar as bên-çãos e os benefícios de Deus, mas é mais difícil colocar a fé em Cristo por Ele ser quem é. Este é o tema constante no Evangelho de João: a fé que assegura a vida eterna nunca é menor do que a fé em Jesus por ser Ele quem é. Isto não quer dizer que as obras de Jesus não tenham um valor instrumental. Ele exortou o povo a crer... nas obras, para que conheçais e acrediteis ["percebais", NEB] que o Pai está em mim, e eu, nele (38). Bernard traduz conhecer e acreditar com maior precisão: "Para que vocês possam perceber e assim alcançar a firme convicção do conhecimento".' Mas os judeus não tole-ravam nenhuma transigência e procuravam, pois, prendê-lo outra vez (39). Entre-tanto, como a sua hora ainda não era chegada (cf. Jo 7:30-8.20), ele escapou de suas mãos.

    Este foi o "último encontro direto do Senhor com os judeus durante o seu ministé-rio".162 Terminada a discussão, Ele retirou-se outra vez para além do Jordão, para o lugar onde João tinha primeiramente batizado, e ali ficou (40; cf. Jo 1:28). Esta localização não pode ser identificada com precisão, mas seria algum lugar a leste do Jordão, em Peréia ou Decápolis (ver o mapa 1). Este retorno ao lugar onde Ele iniciara o seu ministério público não era um acidente. A tranqüilidade daquele lugar solitário, e a lembrança de uma grande visitação de Deus são necessárias na vida de qualquer pessoa que esteja enfrentando uma crise, como Jesus (cf. Gn 35:1-5). Porém, nem mesmo neste lugar houve alívio para o nosso Senhor por parte das multidões, pois iam ter com ele (41) e ali creram nele (42). Neste ponto, há uma última menção a João Batista neste Evangelho. É um tipo de avaliação comparativa entre as obras e palavras de João e Jesus. João não fez sinal algum, mas tudo quanto João disse deste era verdade (41).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de João Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
    *

    10.1-42

    Este capítulo é dividido em três seções: o discurso sobre o bom pastor (vs. 1-21), o debate com os judeus na Festa da Dedicação (vs. 22-38) e a seção que encerra o capítulo (vs. 39-42). O capítulo é unido pelo ensino sobre o caráter seguro da atividade salvífica de Cristo.

    * 10:1

    Para Deus como Pastor de seu povo, ver Gn 48:15; 49:24; Sl 23:1; 28:9; 78:52; 80:1; Is 40:11; Jr 31:10; Ez 34:11-16. Uma profecia em Zc 13:7 concernente ao "Pastor de Israel" foi aplicada por Jesus a si mesmo (Mt 26:31). Jesus aqui apresenta o seu ministério como a obra de um pastor. Em outras partes do Novo Testamento, Jesus é referido como "o grande Pastor" (Hb 13:20) e "Supremo Pastor" (1Pe 5:4). Em Ap 7:17 se diz que "o Cordeiro... os apascentará".

    aprisco. Um lugar cercado com uma única entrada. Ladrões ou predadores podiam escalar a cerca para roubar ou, mesmo, para matar as ovelhas (vs. 8-10).

    * 10:2

    entra pela porta. O pastor não precisa escalar a cerca, mas é admitido pelo guarda. A linguagem aqui implica que vários rebanhos são guardados num único aprisco, e que cada pastor encarregado atende ao seu próprio rebanho.

    * 10:3

    as ovelhas ouvem. O pastor conhece a sua ovelha "pelo nome" e a ovelha reconhece a voz do seu pastor e vem a ele. Esta é uma imagem viva de como Deus tem marcado algumas pessoas para serem suas no meio da humanidade caída.

    * 10:4

    lhe reconhecem a voz. A graça que elege é também graça eficaz: Jesus, que conhece as ovelhas, revela-se a elas de tal modo que elas lhe responderão. Ele não as força a segui-lo, mas através da obra da regeneração ele desperta a vontade delas.

    * 10:5

    de modo nenhum seguirão o estranho. Esta promessa confortadora não exclui a necessidade de advertir os crentes contra mestres enganosos (Mc 13:22,23; 2Tm 3.5; 4.2-5; 1Jo 2:26).

    * 10:6

    eles não compreenderam. Em alguns casos os próprios discípulos não compreenderam o que Jesus lhes estava ensinando (13 10:40-13.17'>Mt 13:10-17,36; 15:15).

    * 10:7

    eu sou a porta. Jesus muda a metáfora de "pastor" para "porta". Como a "porta das ovelhas", Jesus é o único através de quem a vida eterna é recebida (conforme 14.6; Mt 7:13,14). A frase "eu sou", aqui, continua a série dessas sete expressões, neste Evangelho (6.35, nota).

    * 10:8

    ladrões e salteadores. Isto não se refere aos profetas do Antigo Testamento enviados por Deus (Mt 21:34-36; 23,29-36), mas a qualquer que, falsamente, se apresentava como o Messias.

    * 10:9

    Se alguém entrar por mim, será salvo. Isto garante que a salvação é dada àqueles que confiam em Cristo (At. 16.31; Rm 10:9,10). Em 14.6 torna-se plenamente claro que só estes são salvos. Cristo é necessário e suficiente para a salvação (3.36).

    entrará, e sairá. As ovelhas entram no aprisco para terem segurança e saem para a pastagem sob os cuidados de seu pastor.

    * 10:10

    para que tenham vida... em abundância. A vida que Jesus dá é única porque é eterna, e ele dá esta vida em crescente abundância aos seus redimidos.

    * 10:11

    bom pastor. Jesus agora retorna à ilustração com a qual começou o capítulo (vs.2-5).

    dá a vida. Jesus, como o Pastor, faz mais do que arriscar a sua vida (conforme 1Sm 17:34-36), ele dá a sua vida, suportando a morte no lugar dos pecadores. Isto fica subentendido no nome "o Cordeiro de Deus" declarado por João Batista (1,29) e em outras afirmações do próprio Jesus (2.19; 3.14; 6.51).

    pelas ovelhas. Este sacrifício é "pelas ovelhas". É para aqueles que o Pai lhe deu (17.2,6,24), os eleitos. São eles que, através da morte de Jesus Cristo em seu lugar, serão justificados e desfrutarão da comunhão com Deus.

    * 10:12

    O mercenário. Jesus torna mais nítida a figura, contrastando seu serviço sacrificial com o covarde abandono das ovelhas por aqueles que são motivados por interesse próprio. Ladrões roubam as ovelhas; o mercenário abandona as ovelhas; Cristo dá a sua vida pelas ovelhas.

    * 10:14

    conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim. Isto é colocado em paralelo com a intimidade que há entre o Pai e o Filho (v. 15, conforme 17:21-23). É claro que "conhecer", aqui, como freqüentemente nas Escrituras, significa mais do que entender mentalmente; inclui uma compreensão pessoal e um compromisso da vontade. Dizer que Deus "conhece" uma pessoa, neste sentido, refere-se ao seu gracioso compromisso de redimir essa pessoa.

    * 10:15

    Ver nota teológica "Redenção Definida", índice.

    * 10:16

    outras ovelhas. O evangelho não é confinado só a Israel, mas estende-se ao resto do mundo.

    * 10:17

    o Pai me ama. O auto-sacrifício do Filho é um ato de amor obediente ao Pai, que revela o amor entre as três Pessoas da Trindade.

    * 10:17-18

    para a reassumir. A ressurreição de Cristo é descrita como o ato de cada uma das três Pessoas da Trindade: o Filho, o Pai (At 2:32-3.15; 4.10; Gl 1:1), e o Espírito Santo (Rm 8:10-11).

    * 10:18

    Ninguém a tira de mim... eu espontaneamente a dou. Esta é uma reivindicação de divindade, como seus próprios inimigos entenderam (v.33), porque só Deus é o autor e doador da vida. O versículo também sublinha que Cristo não foi uma vítima, mas ofereceu-se voluntariamente pelos pecadores. Ver "A Humilde Obediência de Cristo", em 5.19.

    * 10:19

    dissensão. Ver 7.43; 9.16.

    * 10.20. Ver 7.20.

    * 10:22

    Festa da Dedicação. Esta Festa, agora chamada Hanukkah, é celebrada em dezembro. Comemora a restauração do Templo nos tempos de Judas Macabeus e a revolta judaica contra Antíoco Epifânio (164 a.C.).

    * 10:23

    Pórtico de Salomão. É um pórtico com teto, suportado por colunas no lado leste do pátio dos gentios no templo de Herodes (At 3:11-5.12).

    * 10:24

    Se tu és o Cristo. Esta era a questão chave que surgiu no ministério de Jesus. Os discípulos tinham chegado àquela conclusão (6.69; Mt 16:16; Mc 8:29; Lc 9:20). A questão será novamente levantada no julgamento de Jesus e o sumo sacerdote considerará a resposta de Jesus como blasfêmia (Mt 26:63-65; Mc 14:61-64; Lc 22:67-71).

    * 10:25

    Já vo-lo disse. Jesus tinha afirmado isto à mulher Samaritana (4,26) e ao cego de nascença (9,37) e tinha aceitado a confissão dos discípulos (v.42, nota; 1.49). Na sua discussão com as autoridades judaicas, ele tinha dado a entender a mesma coisa (8.28,58). Aqui, outra vez, ele afirma sua identidade Messiânica de forma absoluta.

    As obras. Jesus tinha se referido às suas obras como evidência da fidedignidade de sua reivindicação (5,36) e ele tinha acentuado este ponto, posteriormente, diante dos discípulos (14.11; 15.24). O cego de nascença tinha raciocinado do mesmo modo (9.32,33).

    * 10:26

    vós não credes. Eles fecharam seus olhos à clara evidência.

    porque não sois das minhas ovelhas. Só os que são de Cristo, aqueles que o Pai lhe deu, é que vêm à fé. Os outros são tão cegos por causa de seu preconceito pecaminoso, que se recusam a crer. Só os regenerados, que nasceram de novo (3.3), crêem.

    * 10:27

    minhas ovelhas. Elas ouvem Jesus (vs.3-5) e o seguem (v.4). Estes crentes mostram-se renovados na nova orientação e compromisso de suas vidas.

    * 10:28

    O Senhor dá às Suas ovelhas a vida eterna de comunhão com Deus (17.2-3). Ele as protege dos perigos de acordo com a infalibilidade da graça divina; e não permite que ninguém as arrebate de suas mãos. Os santos perseveram porque Deus os preserva. As ovelhas não podem se arrebatar das mãos de Deus, porque o divino Pastor guardará suas verdadeiras ovelhas, impedindo que elas se percam eternamente (conforme 17.12). As solenes advertências das Escrituras contra a apostasia não visam provocar dúvidas a respeito da perseverança de Deus em relação àqueles que ele salvou (conforme 1Jo 2:19). Ver "Perseverança dos Santos", em Rm 8:30.

    * 10:29

    e da mão do Pai. A mão do Pastor é também a mão do Pai e o supremo poder de Deus é a garantia final da segurança das ovelhas.

    * 10:30

    um. Não são Pessoas idênticas, mas uma em essência (a palavra grega traduzida “um” é neutra). O Pai, o Filho e o Espírito Santo possuem igualmente a plenitude da natureza divina. Esta unidade essencial subjaz à sua unidade no propósito redentivo. Este versículo indica mais do que unidade de propósito.

    * 10.31-33

    Os judeus entenderam a reivindicação de divindade feita por Jesus, e estavam se preparando para apedrejá-lo por blasfêmia (8.59).

    * 10.34-38

    No Antigo Testamento, os juízes humanos (ver referência lateral no Sl 82:6) podiam ser chamados "deuses" porque eram considerados como agindo no lugar de Deus, ao fazerem justiça. A palavra hebraica ’elohim é usada não só para referir o único Deus verdadeiro, mas também para denotar deuses falsos, anjos e, muito raramente, homens exercendo funções divinas. O argumento de Jesus pode ser entendido como segue: “Ao invés de ofender-se porque esta palavra é aplicada a mim, devíeis examinar as minhas credenciais que provam que meu Pai me enviou a este mundo”.

    * 10:34

    na vossa lei. A citação é encontrada no Sl 82:6. O termo "lei" não se restringia ao Pentateuco ou Torah, mas se referia a qualquer parte do Antigo Testamento, como tendo autoridade legal (15.25).

    * 10:35

    àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus. Esta não é uma referência ao que está escrito nas Escrituras, mas à nomeação divina dos juízes.

    e a Escritura não pode falhar. Uma forte afirmação da autoridade das Escrituras. Nesta séria confrontação que iria até o fim, na sua morte, Jesus não hesitou em basear todo seu argumento numa só palavra de um dos menores Salmos de Asafe. Ver "A Autoridade das Escrituras", em 2Tm 3.16.

    * 10:37

    as obras de meu Pai. Os milagres e todo o curso de sua vida atestavam a correção da reivindicação de Jesus da sua origem e missão celestiais. Ver "Milagres", em 1Rs 17:22.

    * 10:38

    o Pai está em mim, e eu estou no Pai. Esta mútua interioridade entre Pai e Filho é característica dos relacionamentos dentro da Trindade.

    * 10.39

    ele se livrou. João não nos dá detalhes, mas torna claro que nada poderia acontecer a Jesus até que Deus determinasse a hora (7.44; 8.59).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
    10:1 De noite, freqüentemente se juntavam as ovelhas dentro de um redil para proteger as de ladrões, do tempo ou de animais selvagens. Os redis eram covas, apriscos ou áreas abertas rodeadas de paredes construídas de pedras ou ramos. Pelo general, o pastor dormia dentro do redil para proteger as ovelhas. Do mesmo modo que um pastor cuida de suas ovelhas, Jesus, o Bom Pastor, cuida de seu rebanho (quem o segue). O profeta Ezequiel, ao predizer a vinda do Messías, chamou-o pastor (Ez 34:23).

    10:7 No redil, o pastor cumpria a função de porta, permitindo a entrada às ovelhas e as protegendo. Jesus é nossa porta à salvação de Deus. Oferece o acesso ao amparo e à segurança. Cristo é nosso protetor. Algumas pessoas levam a mal que Jesus seja a porta, o único caminho de acesso a Deus. Mas Jesus é o Filho de Deus. por que teríamos que procurar outro caminho ou por que quereríamos uma forma de abordar a Deus feita a medida? (Vejam-se também as notas a 14.6.)

    10:10 Em contraste com o ladrão que vem para arrebatar a vida, Jesus dá vida. A vida que O dá agora é abundantemente mais rica e plena. É eterna e, entretanto, começa imediatamente. A vida em Cristo se desfruta em um plano mais elevado devido a seu lhe superabundem perdão, amor e direção. aceitou a vida que lhe oferece Cristo?

    10.11, 12 O assalariado cuida as ovelhas por dinheiro, enquanto que o pastor o faz por amor. O pastor é o dono das ovelhas e se dedica a elas. Jesus não só leva a cabo uma tarefa, mas sim está dedicado a nos amar e inclusive a dar sua vida por nós. Os falsos professores e profetas não têm esta dedicação.

    MINISTÉRIO AO OUTRO LADO DO Jordan : Jesus esteve em Jerusalém para a Festa dos Tabernáculos (7.2); logo pregou em várias aldeias, talvez na Judea, antes de voltar para Jerusalém para a Festa da Dedicação. De novo provoca a irritação dos líderes religiosos, quem tratou de prendê-lo, mas O sai da cidade e vai ao outro lado do Jordão para pregar.

    10:16 As "outras ovelhas" eram os gentis. Jesus veio para salvar a gentis e judeus por igual. Esta é uma revelação de sua missão mundial: morrer pelos pecados do mundo. A gente tende a querer limitar as bênções de Deus a seu grupo, mas Jesus não aceita que o limitem as barreiras que erigimos.

    10.17, 18 A morte e ressurreição de Cristo, como parte do plano de Deus para a salvação do mundo, estavam totalmente sob o controle de Deus. Ninguém podia matar ao Jesus sem seu consentimento.

    10.19, 20 Se Jesus só tivesse sido um homem, suas declarações de que era Deus teriam provado sua loucura. Mas seus milagres demonstraram que suas palavras eram certas: O verdadeiramente era Deus. Os líderes judeus não viam além de seus próprios prejuízos e olhavam ao Jesus unicamente de uma perspectiva humana: Jesus confinado a um corpo humano. Mas ao Jesus não o pode limitar esta visão restringida.

    10:22, 23 A Festa da Dedicação comemorava a restauração do templo sob o Judas Macabeo em 165 a.C., depois que Antíoco Epífanes o profanasse ao sacrificar um porco sobre o altar do holocausto. A festa se celebrava no fim de dezembro. Esta é também a atual Festa das Luzes, chamada Hanukah.

    10:23 O pórtico do Salomão era uma galeria coberta sustentada por grandes colunas de pedra a qual se encontrava no pátio do templo apenas transpostos os muros.

    10:24 Muitas pessoas que pedem provas o fazem por motivos que não correspondem. A maioria daqueles cuestionadores não desejavam seguir ao Jesus como O queria. Tinham a esperança de que Jesus se proclamasse Messías por razões não exatamente corretas. A eles, ao igual à os discípulos e o resto da gente na nação judia, lhes teria encantado que O tivesse jogado aos romanos. Entretanto, muitos não pensavam que o faria. Estes que duvidavam tinham a esperança de que se identificasse para acusar o de mentiroso (como fizeram os fariseus em 8.13).

    10:28, 29 Do mesmo modo que um pastor protege suas ovelhas, Jesus protege a seu povo do dano eterno. Apesar de que é de esperar que os crentes sofram na terra, Satanás não pode danificar suas almas nem lhes tirar sua vida eterna com Deus. Existem muitas razões para sentir temor aqui na terra porque este é território do diabo (1Pe 5:8). Mas se decide seguir ao Jesus, O lhe dará segurança eterna.

    10:30 Esta é a declaração mais clara de sua divindade que Jesus tenha expresso jamais. Jesus e seu Pai não são a mesma pessoa, mas em essência e natureza são um. daqui que Jesus não é um simples bom professor: O é Deus. Esta declaração não deixava lugar a dúvidas. Os líderes religiosos desejavam matá-lo porque suas leis diziam que qualquer que proclamasse ser Deus devia morrer. Não havia nada que pudesse persuadir os de que a declaração do Jesus era verdade.

    10:31 Os líderes judeus tentaram cumprir a diretiva que se encontra em Lv 24:16 com respeito aos blasfemos (os que afirmam ser Deus). Tinham a intenção de apedrejar ao Jesus.

    10.34-36 Jesus se referia ao Sl 82:6, onde a governadores e juizes israelitas lhes chama "deuses" (vejam-se também Ex 4:16; Ex 7:1). Se Deus chamou deuses aos líderes israelitas porque eram agentes da revelação de Deus e de sua vontade, como podia ser blasfêmia que Jesus se chamasse o Filho de Deus? Jesus estava repreendendo aos líderes religiosos porque O é o Filho de Deus em uma singular e sem paralelos relação de unidade com o Pai.

    10:35 "A Escritura não pode ser quebrantada" é uma clara declaração da verdade da Bíblia. Se aceitarmos a Cristo como Senhor, também devemos aceitar seu testemunho da Bíblia como Palavra de Deus.

    OS NOMES DO Jesus

    Em distintas situações, Jesus se atribuiu nomes que assinalavam papéis especiais que estava disposto a cumprir para as pessoas. Alguns destes se remontam às promessas do Messías do Antigo Testamento. Outros eram maneiras de ajudar às pessoas a entendê-lo.

    6.27: O Filho do Homem

    Forma favorita do Jesus para referir-se ao mesmo. Este enfatiza sua humanidade, mas da maneira que a utilizava, resultava ser um anúncio de divindade.

    6.35: O pão de vida

    refere-se a seu papel de doador de vida, O é a única fonte de vida eterna.

    8.12: A luz do mundo

    A luz é um símbolo de verdade espiritual. Jesus é a resposta universal à necessidade do homem de verdade espiritual.

    10.7: A porta das ovelhas

    Jesus é o único caminho que leva a Reino de Deus.

    10.11: O bom pastor

    Jesus se apropriou das imagens proféticas do Messías que aparecem no Antigo Testamento. Esta é uma manifestação de divindade enfocada no amor e a direção do Jesus.

    11.25: A ressurreição e a vida

    Jesus não só é a fonte da vida, também é o poder sobre a morte.

    14.6: O caminho, a verdade e a vida

    Jesus é o método, a mensagem e o significado para todas as pessoas. Mediante este título resume o propósito pelo que veio à terra.

    15.1: A videira

    Este título tem uma importante segunda parte: "vós os pámpanos". Da mesma maneira que ocorre com muitos de seus outros nomes, Jesus nos recorda que assim como os pámpanos obtêm vida da videira e não podem viver separados dela, dependemos por completo de Cristo para obter vida espiritual.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de João Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
    U. JESUS ​​a porta eo Pastor (10: 1-21)

    1 Em verdade, em verdade eu vos digo: quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. 2 Mas o que entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3 A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama as suas ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4 Quando ele pôs para trás todos os seus, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem. porque conhecem a sua voz 5 E um estranho eles não vão seguir, mas fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos. 6 esta parábola Jesus lhes: mas eles não entenderam o que era que lhes dizia.

    7 , portanto, Jesus disse-lhes de novo: Em verdade, em verdade eu vos digo. Eu sou a porta das ovelhas. 8 Todos os que vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. 9 Eu sou a porta; por mim, se alguém entrar, ele será salvo, e entrará, e sairá, e achará pastagem. 10 O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e pode ter isso em abundância. 11 Eu sou o bom pastor.: o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas 12 Aquele que é mercenário, e não um pastor, de quem não são as ovelhas, está vendo a vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge, eo lobo arrebata arrebata e dispersa -los : 13 foge porque é mercenário, e não tem cuidado com as ovelhas. 14 Eu sou o bom pastor; e eu sei que é meu, e meu próprio me conhecem, 15 assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. 16 E tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me importa conduzir, e elas ouvirão a minha voz; e eles se tornarão um só rebanho e um só pastor. 17 Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida, para que eu possa levá-la de novo. 18 Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho poder para a dar, e tenho poder para tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.

    19 Surgiu uma divisão entre os judeus por causa destas palavras. 20 E muitos deles diziam: Tem demônio, e perdeu o juízo; por que ouvi-lo? 21 Diziam outros: Estas não são as palavras de um endemoninhado. Pode um demônio abrir os olhos aos cegos?

    A cura do cego (cap. Jo 9:1) aconteceu em Jerusalém, provavelmente perto do Templo. No presente capítulo Jesus está a ser dito no pórtico de Salomão no Templo na Festa da Dedicação. Devido à estreita ligação entre estes dois capítulos pode-se supor que o conflito sobre o cego ali teve lugar também.

    O discurso sobre o Bom Pastor é chamado de uma parábola (KJV e ASV), uma alegoria (Weymouth), e uma figura (RSV). O substantivo grego é paroimia que pode ser traduzida como "parábola" ou "provérbio." A conta tem algumas das marcas da parábola do semeador (Mc 4:1)

    22 E foi a festa da dedicação em Jerusalém: 23 era inverno; e Jesus estava andando no templo, no pórtico de Salomão. 24 Os judeus, veio ao redor dele, e disseram-lhe: Até quando tu nos manter em suspense? Se tu és o Cristo, dize-nos claramente. 25 Jesus respondeu-lhes: Eu lhe disse, e não credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho de mim 26 Mas vós não credes, porque não sois . das minhas ovelhas 27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem: 28 e eu lhes dou a vida eterna; e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. 29 Meu Pai, que deu a eles a mim, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá -las . sair da mão do Pai 30 . Eu eo Pai somos um 31 . Os judeus pegaram pedras para apedrejá-lo novamente 32 Respondeu-lhes Jesus: Muitas obras boas vos tenho mostrado a partir do Pai; por qual destas obras ides apedrejar-me? 33 Os judeus responderam-lhe: Para uma obra boa, apedrejar-te que não, mas por blasfêmia; e porque, sendo tu homem, te fazes Dt 34:1. , na sua forma mais breve: "Tu) Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma e com toda tua mente "Em outra ocasião, um advogado perguntou a Jesus o que ele deve fazer para herdar a vida eterna (. Lc 10:25 ), e quando Jesus referiu-lo de volta à lei por uma resposta, o advogado citou a mesma passagem do Antigo Testamento. Jesus e os judeus foram acordados sobre o que foi fundamental na religião. A este respeito, os judeus não estavam longe do Reino. Se eles estivessem dispostos a reconhecer este acordo de base, se eles poderiam ter reconhecido que este amor a Deus e homem era inerente a mensagem de Jesus, e se eles se tinham deixado seguir de lá para conhecer e compreender melhor a Jesus, eles teriam sido contados entre suas ovelhas . Eles teriam sido incluídos quando Ele disse: Eu lhes dou a vida eterna; e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão . Jesus garantiu esta na base do poder de Deus, o Pai, da mão de quem ninguém pode arrebatá-las.

    A doutrina da segurança eterna incondicional tem sido sustentada, em parte, a força dessa promessa de Deus de manter o poder-se Deus é protetor do cristão, e nada pode tirá-lo de Deus, ele é sempre seguro e salvo. A este respeito Westcott aponta para a necessidade de distinguir "entre a certeza das promessas de Deus e Seu infinito poder, por um lado, e à fraqueza e variableness da vontade do homem, do outro." Ninguém, nenhuma coisa, pode roubar a Cristo de Sua seguidores, pois Ele eo Pai são um , mas o discípulo pode deixar de seguir, se ele escolhe. No mesmo contexto, Westcott acrescenta: "Nós não podemos ser protegidos contra nós mesmos, apesar de nós mesmos."

    O zelo dos fariseus para, não a lei moral legal a lei-nem a lei do amor-os levou a tentar aplicá-la no local. Eles montaram sobre o recolhimento de pedras, pois Jesus tinha blasfemado, alegando unidade com Deus e blasfêmia com punível por apedrejamento (Lv 24:16 ). Havia dez infracções adicionais que poderiam ser punidos com o apedrejamento, de acordo com a lei do Antigo Testamento. Se os fariseus tinham sido igualmente zelosos da lei moral não teria havido nenhum conflito. Quando alguém se lembra de que toda a vida dos fariseus foi vivida pela manutenção da lei minuto, como foi formulado e interpretado à tradição dos antigos, não é difícil entender a sua oposição a este jovem que alegou ter vindo de Deus, falando as palavras e fazer as obras de Deus, enquanto Ele corajosamente desrespeitado a tradição dos anciãos. Mas, embora seja compreensível, não é desculpável. A história unlovely das religiões, às vezes até mesmo da religião cristã, revela que a perseguição religiosa tem sido do tipo mais grave, e que os perseguidores frequentemente condenar aqueles que estão mais próximos a eles em suas doutrinas e práticas, mas que se desviam um pouco com eles. Os incrédulos muitas vezes não são molestadas; a maioria dos mártires vêm das fileiras dos crentes que são rotulados hereges.

    Para os fariseus Jesus era um herege, um radical que estava tentando mudar as coisas, e na mudança, para destruir. A única maneira que sabia lidar com discordância foi a destruí-lo. Mas este método tem sido sempre o resort de fracos e covardes, não do corajoso e verdadeiro. Se Jesus tivesse adotado esse princípio, Ele teria acolhido a sugestão de Tiago e João que fazer descer fogo do céu para "consumir" os samaritanos que se recusou a receber Jesus em sua aldeia, porque Ele tinha a intenção de ir a Jerusalém (Lc 9:54 ; Jr 23:7 ). Jesus desafiou os judeus a ter tanta consciência e tão sensível para o funcionamento de Deus, como eram seus pais. Parece evidente que o fizeram entender seu raciocínio; se não, eles teriam perguntas dele, porque tinha feito isso antes. Mas porque eles fizeram entender, e não gostou do que eles tinham ouvido falar, eles estavam indo a ponto de destruí-lo.

    Tivessem os fariseus realizada em seu propósito declarado, a sua acção teria sido pouco aquém da violência da multidão. Como foi o processo de recolha de pedras e o argumento de Jesus deu-lhes tempo para pensar sobre suas intenções precipitadas. Eles não podiam negar o fato de que o homem cego foi curado, de modo que caiu essa questão. Da mesma maneira que soltou a acusação de violar o sábado, porque este estava envolvido na cura; o homem tornou-se um forte defensor de Jesus (9: 24-34 ). A percepção de que Jesus lhes tinha assimilado a jornaleiro pastores (Jo 10:12 ), que tinha lançado uma ovelha aflitos do rebanho (Jo 9:34) veio tão perto da verdade que eles estavam contentes de cair nada tendo a ver com o cego. Ficaram condenado perante o júri de tanto a sua lei ea sua consciência. Antes, tinham acusado Jesus de estar em um estado de espírito demente (Jo 8:48 ), mas agora eles sabiam que não estavam lidando com uma ameaça pública irresponsável, mas com um adulto sadio, totalmente responsável, que sabia o que estava falando e foi preparado para provar isso. E assim blasfêmia era seu único recurso para uma acusação contra ele. O calor de sua raiva inicial de ter um pouco diminuído sob a pressão da razão, eles não decidiu pedra Jesus mas para colocá-lo na prisão. "Mas ele escapou de suas mãos" (v. Jo 10:39 RSV).


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de João Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
    Os eventos da primeira metade des-se capítulo (vv. 1-21) acontecem logo depois da expulsão do homem que fora cego, em 9:34, enquanto os ensinamentos da última metade (vv. 22-42) acontecem dois ou três meses depois. O simbolismo do pastor e de suas ovelhas amarra o capítulo como um todo.

    1. A imagem (10:1-6)

    Esses seis primeiros versículos re-tratam o relacionamento do pastor com suas ovelhas. O versículo 6 chama esse retrato de "parábola", mas a melhor palavra seria alegoria. Cristo apenas lembra às pessoas de como agem o pastor e as ovelhas. Mais adiante no capítulo, ele faz uma aplicação mais direta.

    No Oriente Médio, o aprisco de ovelhas era muito simples: tinha um muro de pedra em volta, talvez Ct 3:0.) Cristo, como bom Pastor, dá sua vida na cruz (SI 22); como o grande Pastor, ele cui-da das ovelhas (He 13:20 e SI 23); como o Supremo Pastor, ele volta em glória para suas ovelhas (SI 24 e 1Pe 5:4). No versículo 18, ele fala de sua morte e de sua ressurreição.

    1. O rebanho (vv. 16-21)

    As "outras ovelhas" são os gentios, os quais não estavam no rebanho judeu. Jesus devia trazê-los, e ele faz isso por intermédio de sua voz, sua Palavra. EmAt 10:0).

  • Elas têm vida eterna e são seguras. Os versículos 28:29 afir-mam a maravilhosa segurança que os verdadeiros crentes têm em Cristo. Nós temos vida eterna, não apenas vida "pelo tempo que não pecarmos". Estamos no cuidado de Cristo e nas mãos do Pai, uma garan-tia dupla de preservação eterna para suas ovelhas. Somos o presente do Pai para o Filho, e o Pai não pegará de volta o presente. A ovelha é uma bela ilustração do cristão. A ovelha é um animal limpo, e os cristãos fo-ram purificados de seu pecado. As ovelhas andam em bandos, e os ver-dadeiros cristãos também. A ovelha é inocente, e os cristãos devem ser sem culpa e inocentes. A ovelha va-gueia, e nós também! A ovelha pre-cisa do pastor para protegê-la, para orientá-la e para alimentá-la, e nós precisamos de Cristo para dar-nos proteção espiritual, orientação diá-ria e alimento espiritual. A ovelha é útil e produtiva, como também o são os verdadeiros cristãos. Por fim, usavam a ovelha para sacrifícios, e os cristãos estão dispostos a entre-gar-se como "sacrifício vivo" por Cristo (Rm 12:1).
  • Os judeus provaram sua des-crença ao tentar matar Cristo. Ele refutou-os ao citar Sl 82:6. Se Jeová chamou os juizes terre-nos de "deuses", sem dúvida Jesus pode chamar a si mesmo de Filho de Deus! Cristo, com cuidado para não correr risco desnecessário, dei-xou a cena. Muitos foram a ele e depositaram nele sua fé. Eles, pela fé, passaram pela Porta, saíram do rebanho religioso judeu e entraram na liberdade e na vida eterna que apenas Cristo pode dar.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 10 do versículo 1 até o 42
    Cap. 10 A conexão com o cap. 9 se encontra na expulsão do crente (9.34); Cristo, porém, o aceita, abrigando-o no novo rebanho de Sua Igreja (16) e tornando-o uma das Suas ovelhas (10.3, 4,14).
    10.1 Verdade... (gr amen, de origem heb, "munâ", "fidelidade", "digno de confiança"). Esta frase demonstra a autoridade messiânica de Jesus (3.3; 5.24, etc.). Não entra pela porta. São os falsos mestres que, rejeitam a Cristo, a Porta (7). Conforme 9:39-41.

    10.3 Porteiro. Talvez seja João Batista que prefigura os líderes genuínos do povo de Deus (1Pe 5:2-60). Chamo pelo nome. Conforme 1.47s. Conduz... Os crentes em Cristo são convidados a deixar o judaísmo (veja o livro de Hebreus) para seguir a Cristo.

    10.4 Fazer sair. Jesus cumpre a figura de Josué (Nu 27:17). • N. Hom. "Quem é o Bom Pastor?"
    1) O porteiro abre para Ele (3; conforme 1.29ss);
    2) as ovelhas reconhecem a Sua voz;


    3) Jesus as conhece por nome (3);
    4) Ele as conduz para o aprisco real (16);
    5) vai adiante para a cruz (conforme Mc 8:34).

    10.6 Parábola (gr paroimia, "figura", "adágio"; 16.25, 29; 2Pe 2:22). Os vv. 1-5 contém a parábola; 7-18 têm a explicação feita por Jesus.

    10.7,9 Eu sou a porta. Como o único meio de acesso a Deus (Mt 7:13, Mt 7:14; Jo 14:6). No Seu cuidado por nós, Ele é o Bom Pastor.

    10.8 Todos quantos vieram antes de mim, seriam os falsos cristos e líderes maus dos judeus (cf. Ez 34.1ss; Zc 10:3, Zc 11:15-38; conforme Sl 23:0; 1Jo 4:6-62.

    10.16 Outras ovelhas (gr alla, "outras do mesmo tipo"). Refere-se aos crentes gentios que se unirão ao verdadeiro Israel. Cristo não será Salvador nacional apenas, mas mundial. Aprisco. Israel. Rebanho. A Igreja universal com sua cabeça, Cristo, o supremo Pastor. 10.18 A obediência de, Cristo (Rm 5:19) necessariamente inclui a espontânea entrega de Sua vida. Reavê-la. Pela ressurreição.

    10:22-30 O diálogo na festa da dedicação ou luzes. Comemorava a purificação do templo (164 a.C.) após a contaminação por Antíoco Epifânio (1 Mc 4:36, Mc 4:39). Lembra-nos que o altar cristão é a cruz.

    10.23 Pórtico de Salomão. Os cristãos em breve estariam lá (At 3:11; At 5:12).

    10:24-30 Reconhecer que Jesus é um com Deus exige fé para compreender.
    10.27 Me seguem. As ovelhas dependem do Pastor e obedecem-Lhe a voz.

    10.28,29 A segurança do crente depende da decisão de Cristo e do Pai. Elas estão completamente seguras na mão do Filho e do Pai (14.23;Cl 3:0; Êx 21:6; 22:9, 28) quanto mais teria o Filho direito a este título. A Escritura não pode falhar. A Palavra inspirada de Deus é infalível (2Tm 3:16). Santificou. Melhor, "consagrou", separou para esta missão (He 10:10)

    10.37 Obras do meu Pai. Os milagres de Cristo não puderam ser atribuídos a poder satânico

    10.38 Fé, no evangelho de João, antecede o "saber e compreender".


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 10 do versículo 1 até o 42

    4) O bom pastor (10:1-21)
    Essa seção é um desenvolvimento das questões suscitadas no cap. 9. Os pastores de Israel tinham fracassado; agora o Bom Pastor assume. O trecho é uma longa parábola (gr. paroimia, v. 6), e a alternância entre simbolismo e realidade precisa ser seguida cuidadosamente pelo leitor, v. 2. Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas: Aqui está uma referência direta a algo que a maioria dos judeus via diariamente; mas, mais tarde, tanto a porta (v. 7) quanto o pastor (v. 10,14 etc.) simbolizam diferentes aspectos do próprio Jesus. A formulação sugere que o porteiro era alguém pago por um grupo de pastores coletivamente para cuidar de suas ovelhas em um aprisco, visto que Jesus se refere por inferência a diversos pastores (v. 16) e repete a expressão suas ovelhas em diversas ocasiões (v. 3,4,12,14). v. 6. comparação (gr. paroimia) é usado somente por João entre os autores dos Evangelhos (conforme 2Pe 2:22 e Pv 1:1, LXX) e parece significar uma “expressão velada” em contraste com a fala direta (conforme 16.25,29). 

    v. 7. Eu sou a porta das ovelhas'. Ele não diz “do aprisco”, pois está interessado nas ovelhas; assim, talvez a idéia seria: “Eu sou a porta para as ovelhas”, v. 8. Todos os que vieram antes de mim\ A ênfase aqui é diferente do v. 7. Cristo é o único caminho para a segurança do aprisco de Deus. Mas, uma vez que entram, as ovelhas desfrutam de liberdade completa, v. 11. Eu sou o bom pastor. Deus é retratado como o Pastor de Israel no AT (cf.  Sl 23:1; Is 40:11; Jr 31:9; Ez 34 et alia). O grego kalos aqui sugere a beleza da perfeita competência como também de bondade moral. O verdadeiro cuidado das ovelhas é gerado pelo direito de propriedade. Os que não têm direito sobre as ovelhas fogem quando há perigo, mas Jesus, em virtude do relacionamento que tem com o seu Pai (conforme v. 15), entrega sua vida pelas ovelhas, v. 16. outras ovelhas'. São os gentios. Eles já são suas ovelhas, embora ainda precise trazê-los para se juntar às outras; assim, vão constituir um rebanho — não “um aprisco” (VA) — em virtude de sua ligação com aquele que é um só pastor. Esses versículos têm influência evidente sobre os métodos de se buscar a unidade cristã (conforme Ef 2:11-49; Ez 34:23); como em 11.52, é o próprio Cristo que ajunta os “filhos de Deus que estão espalhados, para reuni-los num povo”,

    v. 17. Por isso éque meu Pai me ama\ A perfeita conformidade da vontade entre Filho e Pai é mostrada, diz Jesus, no fato de ele dar a sua vida. para retomá-la\ A ressurreição de Cristo no NT é sistematicamente tratada como um ato de Deus. Aqui, no entanto, Jesus mostra que é algo de que ele vai participar com a ação de dar a vida (gr. labo), recebendo-a novamente. v. 18. Tenho autoridade-. Isto é, a liberdade soberana é a prerrogativa de Jesus na sua encarnação. Mas ele dá a sua vida em virtude da ordem do Pai, o que fala tanto da autoridade do Pai como da capacidade do Filho de saber o que é a vontade do Pai. Os v. 19-21 seguem muito bem o trecho que termina em 9.41, e alguns estudiosos os transferem para essa posição; mas, visto que não há evidência textual para isso, a justificativa é insuficiente.


    5) O último encontro com os judeus (10:22-42)
    v. 22. a festa da Dedicação (heb. hanukkah)'. Essa festa celebrava a rededicação do templo em 164 a.C., por Judas Macabeu, depois da sua profanação por Antíoco Epifânio. Uma característica proeminente dessa festa era a iluminação gerada pelas lâmpadas que eram acesas no templo e nas casas em torno dele. v. 24. Se é você o Cristo, diga-nos abertamente'. Esse não era um desejo sincero de saber, mas uma pergunta feita por aborrecimento pelos judeus que até então não tinham conseguido pegar Jesus nos seus próprios argumentos. Mas Jesus não pode lhes dizer abertamente, pois, com seus pontos de vista errados, tanto um “sim” quanto um “não” teriam sido interpretados incorretamente. Ou ele precisa mostrar sinais messiânicos de acordo com as Escrituras, ou então precisa se tornar o tipo de Messias que eles querem, v. 26. vocês não crêem, porque não são minhas ovelhas-. As ovelhas reconhecem o seu pastor naquilo que faz. Mas o simples fato de que esses judeus fizeram essa pergunta os coloca total e verdadeiramente fora do rebanho de Deus. v. 27. Aliás, o segui-lo por parte das ovelhas e o conhecê-las por parte do pastor são mútuos,

     v. 30. Eu e o Pai somos um (gr. Aen): O gênero neutro descarta qualquer idéia de que isso signifique “uma Pessoa”. Esse não é um comentário acerca da Trindade. Antes, tendo falado da segurança das ovelhas tanto nele quanto no Pai, Jesus ressalta o que ele disse, ao indicar que, na ação, o Pai e ele podem ser considerados uma única entidade, pois suas vontades são uma só. v. 33. blasfêmia: A tradição legal judaica, fundamentada na Mishná e em outros textos rabínicos, declarava como blasfêmia qualquer afirmação em que um homem pronunciasse o Nome Inefável. Mas a acusação deles é uma conseqüência trágica da sua cegueira. Jesus é de fato tanto Homem quanto Deus. v. 34. Não está escrito [...] ‘Eu disse: Vocês são deuses’?'. Essa resposta, com seu apelo a Sl 82:6, é um argumento tipicamente rabínico. Parece sugerir: “Eu lhes dei a verdade de forma alegórica. Vocês não conseguem aceitar isso. Muito bem, agora vou ao encontro de vocês com o tipo de argumento de que vocês gostam” (conforme 7:15-24; Mc 12:35ss). O salmo é uma referência aos juízes de Israel — às vezes chamados “príncipes” — que, embora falhassem, eram chamados “deuses” porque administravam a justiça como parte de sua comissão divina. Como, então, eles podem acusar Jesus de blasfêmia se ele foi evidentemente enviado por Deus (v. 36)? v. 38. o Pai está em mim, e eu no Pai\ Essas palavras vão ocorrer mais uma vez na grande oração do Senhor (conforme 17,21) e vão ser discutidas aí. v. 40. Jesus retorna ao lugar em que começou o seu ministério. As associações com João Batista são fortes aqui, como sugere Temple. Jesus pode ter lembrado novamente toda a história do seu surgimento em público. João, de fato, falou a verdade. Isso é evidente. E, com base nessa evidência, muitos crêem nele (v. 42).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de João Capítulo 10 do versículo 1 até o 42

    João 10

    N. Cristo, o Bom Pastor. Jo 10:1-42.

    O cenário continua sendo Jerusalém. Logo se percebe uma ligação entre a apresentação de Cristo como o Bom Pastor e os acontecimentos dos capítulos precedentes. Os fariseus, agindo como mercenários, não se preocupavam realmente com as ovelhas, como se evidencia através de sua atitude em relação ao homem cego. Quando ele foi expulso, Jesus se aproximou e o acolheu no seu aprisco.


    Moody - Comentários de João Capítulo 10 do versículo 7 até o 18

    7-18. O Senhor explicou a figura em termos relacionados com a sua própria pessoa e sua missão.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 10 do versículo 1 até o 21
    c) A alegria do Bom Pastor (Jo 10:1-43, colocando-a depois de Jo 9:41, como alguns comentaristas recomendam. Os termos da alegoria são completos, entretanto, tomam-se compreensíveis com o desenvolvimento do tema. Jesus usa uma metáfora apropriada, dando-lhes sua interpretação. A forma de ensino que se usa chama-se, no original grego, paroimia (6), e não parabole. É mais alegoria do que parábola. Sem exagerar a distinção, pode-se dizer que paroimia é mais do que provérbio, é tipo de metáfora. O capítulo 9 termina com palavras solenes de advertência aos fariseus. A frase em verdade, em verdade, de Jo 10:1, introduz uma amplificação do discurso anterior, em forma de alegoria.

    Os fariseus já se revelaram incompetentes para serem guias espirituais (cfr. vers. 4). O aprisco (1) oriental é cercado de pedras, no qual há uma porta. As ovelhas entram ali ao anoitecer e são vigiadas pelo porteiro que guarda a entrada. O pastor volta pela manhã, e para ele o porteiro abre a porta (3). O ladrão tentaria pular uma parte do muro longe da entrada (1). A maneira de entrar no curral revela quem é o verdadeiro pastor (2). Outrossim, as ovelhas conhecem o pastor, pois lhe reconhecem a voz (5). O genuíno pastor conhece as suas ovelhas, chama-as pelos nomes e as conduz para fora (3). "O caráter indefeso da ovelha contrasta-se com a ação independente do pastor. A liberdade da ovelha depende dessa ação do pastor, é somente por seu intermédio que a ovelha desfruta de liberdade" (Hoskyns). O pastor vai adiante de suas ovelhas para guiá-las, e elas o seguem (4).

    Os fariseus não podem entender a mensagem desta alegoria. Não percebem que a sua ação em excomungar o homem outrora cego contrasta com a do pastor que o recebeu cordialmente. A sua incompreensão evidencia auto-satisfação cega. Eles entendem perfeitamente os termos pastorais da alegoria, sem poderem compreender o seu significado (6).

    >Jo 10:7

    Jesus agora interpreta a alegoria. Identifica-se com a porta das ovelhas (7). No Oriente Médio, o pastor freqüentemente se deitava à porta, tornando-se literalmente "a porta" das ovelhas. Não há nenhuma justificativa para a tradução desta frase, como "eu sou o pastor das ovelhas", segundo os manuscritos existentes.

    Jesus é a porta, tanto de entrada como de saída. Por Ele entramos à presença do Pai (Jo 14:6) e por Ele saímos para uma vida de liberdade e serviço. Jesus põe de lado a falsa autoridade dos fariseus que usurpam, injustificavelmente, a posição de liderança espiritual. "Em relação ao curral, Cristo é a porta" (Westcott).

    >Jo 10:8

    Jesus compara as Suas reivindicações de ser a porta, com as dos falsos pastores: todos quantos vieram antes de mim, são ladrões e salteadores (8). Esta se refere provavelmente aos lobos contra os quais o verdadeiro pastor mantinha sempre uma luta constante. Os lobos da alegoria representam toda a hierarquia religiosa que ofusca o ensino de Deus, colocando as tradições humanas no lugar dos mandamentos divinos. As ovelhas reconhecem os impostores, os lobos disfarçados em ovelhas, e não são enganados. Só Jesus é a porta das ovelhas (9). Só Ele pode mediar entre Deus e o homem para a salvação. "Não aos fariseus, mas a Jesus só, compete a admissão ou a rejeição no aprisco de Deus" (Expositor’s Greek Testament). Entrará e sairá e achará pasto (9). Esta linguagem pitoresca expressa completa liberdade de ação, junto com satisfação e segurança. Cfr. Nu 27:15-4.

    >Jo 10:10

    Jesus agora compara o objetivo dos ladrões com o Seu. O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir (10). Ele quer explorar os outros. Torna-se patente, no fim, que os seus objetivos são prejudiciais. Cristo veio para que tivessem vida e a tivessem em abundância (10).

    A frase relembra a superabundância da graça divina. O propósito de Cristo é de lhes proporcionar em abundância tudo o que enriquece a vida. Cfr. Sl 23:1. Jesus se descreve agora como o bom pastor que dá a sua vida pelas ovelhas. A morte de Jesus é voluntária. Ele dá, ou entrega, a sua vida. "A metáfora salienta o aspecto do risco na presença de perigo, mais do que a perda de vida" (Brooks). Entretanto, o sacrifício da sua vida é também contido na expressão, bom pastor; "bom" pode significar belo, nobre, competente. A metáfora estende a sua aplicação da porta para o pastor, dos falsos mestres, como ladrões, para o mercenário. Esta transição de pensamento é natural à mente hebraica. O mercenário, que pastoreia as ovelhas para fins lucrativos, as abandona na hora de perigo (12). Não tem genuína solicitude para com as ovelhas, pois não são dele (13). Desta maneira o rebanho se torna vítima dos lobos. O bom pastor conhece as suas ovelhas; este conhecimento é recíproco e o leva a dar a sua vida por elas (15). O estreito conhecimento entre o pastor e as ovelhas corresponde ao que existe entre o Pai e o Filho. Ainda tenho outras ovelhas (16). Estas outras são os gentios que compartilharão os benefícios do Seu sacrifício. Haverá um rebanho e um pastor (16). Os apriscos podem ser muitos. Há, porém, somente um rebanho.

    >Jo 10:17

    O Filho tem autoridade, não somente para dar a sua vida, mas também para reassumi-la (17). A Sua morte não foi uma tragédia devida a circunstâncias que Ele não pôde controlar. Foi voluntária a ação em dar a Sua vida. Mais ainda, Ele pode reassumi-la na ressurreição. Embora Sua ação provenha do Seu livre arbítrio, Sua morte foi divinamente determinada, pois tal morte é a condição necessária imposta pelo amor do Pai (17). Jesus recebeu uma comissão do Pai, portanto, depende dEle para cumpri-la (cfr. Jo 5:30). A idéia de reassumir a Sua vida concorda com o ensino de outros passos que atribuem a ressurreição do Filho à operação do Pai. Este discurso divide mais ainda os judeus (19). Alguns afirmam que está louco; enquanto outros acham que a Sua linguagem não é de um lunático. Mas outros lembram o prodígio da cura e dizem: pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos? (21).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de João Capítulo 10 do versículo 1 até o 42

    36 — O Bom Pastor (João 10:1-21)

    "Em verdade, em verdade vos digo que, quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. Mas o que entra pela porta é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, e ele chama as suas ovelhas pelo nome e as conduz para fora. Quando ele coloca diante de todos os seus, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem porque porque conhecem a sua voz. Um estranho eles simplesmente não vai seguir, mas fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos ".Esta figura de linguagem Jesus falou-lhes, mas eles não entenderam o que essas coisas eram o que Ele havia dito a eles. .. Então Jesus disse-lhes de novo: "Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas Todos os que vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não lhes deram ouvido Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo, e vai entrar e sair e achará pastagem O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir;. Eu vim para que tenham vida, ea tenham em abundância Eu sou o bom pastor;. o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Aquele que é mercenário, e não pastor, de que não é o proprietário das ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas e foge, eo lobo as arrebata e dispersa .—los Ele foge, porque é mercenário e não se preocupa com as ovelhas Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai;. e eu coloco . a minha vida pelas ovelhas Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; devo trazê-los também, e elas ouvirão a minha voz, e eles se tornarão um só rebanho e um só pastor. Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para que eu possa levá-la novamente. Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai. "Ocorreu uma divisão entre os judeus por causa destas palavras. Muitos deles diziam:" Ele tem um demônio e é insano. Por que você ouvi-lo? "Outros diziam:" Estas não são as palavras de um endemoninhado. Um demônio não pode abrir os olhos dos cegos, pode ele "(10: 1-21)?

    A Bíblia se refere a Jesus Cristo por muitos títulos. Ele é chamado de Amen (Ap 3:14; conforme 2Co 1:202Co 1:20.), O Alfa eo Omega (Ap 22:13), o advogado (1Jo 2:1), o Princípio (fonte, origem) da criação de Deus (Ap 3:14). , o Branch (Jr 23:5), o Cornerstone (Ef 2:20.), a consolação de Israel (Lc 2:25), o Conselheiro (Is 9:6), a porta das ovelhas (Jo 10:7), o Primogênito (Proeminente One) dos mortos (Ap 1:5), o Precursor (. He 6:20), o Grande Sumo Sacerdote (He 4:14), Deus bendito eternamente (Rm 9:5), o chefe da igreja (Cl 1:18), o Santo de Deus! (Jo 6:69), EU SOU (Jo 8:58), Emanuel (Is 7:14.), o Rei de Israel (Jo 1:49; conforme Zc 9:9), o Cordeiro de Deus (Jo 1:29), a luz do mundo (Jo 8:12), o Leão da tribo de Judá (Ap 5:5), o Senhor da Glória (1Co 2:8; 4: 25-26), o Deus Forte (. Is 9:6), o Unigênito (Único One) do Pai (Jo 1:14), o Príncipe da Paz (Is 9:6), o Justo (At 7:52), o Rock (1Co 10:4), a Raiz de Jessé, o Governador em (Is 11:10). Israel (Mq 5:2), Salvador (4 Tito 1 Lc 2:11). : 1), Shiloh (Gn 49:10), o Filho do Abençoado (Mc 14:61), o Filho de Davi (Mt 12:23; Mt 21:9); o Filho do Altíssimo (Lc 1:32), o Sol da Justiça (Ml 4:2), o Verdadeiro Deus (1Jo 5:20), o Verdadeiro Vine (Jo 15:1), a Palavra de Deus (Ap 19:13), e da Palavra da vida (1Jo 1:1 Deus disse: "Então eu porei sobre elas um só pastor, meu servo Davi [uma referência ao Messias, descendente de Davi], e ele vai alimentá-los, ele vai alimentá-los a si mesmo e ser seu pastor" (cf . 37:24). Miquéias profetizou que o Messias "surgem e pastorear o seu rebanho na força do Senhor, na excelência do nome do Senhor seu Deus" (Mq 5:4). O apóstolo Pedro descreveu Jesus como o Pastor de almas dos crentes (1Pe 2:25), e mais tarde como o Supremo Pastor da igreja (5: 4). O escritor de Hebreus fechou sua epístola com a bênção, "E o Deus da paz, que fez subir dentre os mortos o grande Pastor das ovelhas através do sangue da aliança eterna, mesmo Jesus, nosso Senhor, vos aperfeiçoe em toda boa coisa para fazer a sua vontade, operando em nós o que é agradável à sua vista, através de Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre Amém "(13 20:58-13:21'>Heb. 13 20:21).. Mesmo para além desta vida, Jesus continuará a apascentar o Seu povo por toda a eternidade no céu; "O Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida; e Deus lhes enxugará toda lágrima de seus olhos" (Ap 7:17).

    Em nenhum lugar em toda a Escritura é Jesus Cristo mais claramente retratado como o Pastor do seu povo do que no décimo capítulo do Evangelho de João. Esse discurso em que ele se apresenta como o Bom Pastor, flui diretamente dos acontecimentos do capítulo anterior; não há nenhuma diferença de tempo ou ruptura no pensamento entre os capítulos 9:10 (conforme 10:21). O Senhor continuou a falar com as mesmas pessoas-Seus discípulos, o mendigo cego anteriormente, os fariseus hostis, e os outros no sempre presente multidão.
    Esta seção do capítulo 10 abertura apresenta quatro distintivos do trabalho pastoral do Bom Pastor. É um ministério apascentar marcado por contraste com falsos pastores, pela preocupação com o rebanho, por cumprimento ao Pai, e pela controvérsia em um mundo caído.

    Um Ministério Marcado por Contraste para Falsos pastores

    "Em verdade, em verdade vos digo que, quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. Mas o que entra pela porta é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, e ele chama as suas ovelhas pelo nome e as conduz para fora. Quando ele coloca diante de todos os seus, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem porque porque conhecem a sua voz. Um estranho eles simplesmente não vai seguir, mas fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos ".Esta figura de linguagem Jesus falou-lhes, mas eles não entenderam o que essas coisas eram o que Ele havia dito a eles. .. Então Jesus disse-lhes de novo: "Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas Todos os que vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não lhes deram ouvido Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo, e vai entrar e sair e achará pastagem O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir;. Eu vim para que tenham vida, ea tenham em abundância ". (10: 1-10)

    Ao longo da história de Israel, pastoreio tinha sido sempre uma parte familiar da vida agrária todos os dias. E o povo sabia que todas as ovelhas são os mais indefesos, indefeso, extravio, e sujo de animais.Eles exigem uma supervisão constante, levando, resgate e limpeza ou eles vão morrer. Ser um pastor era um bom treinamento para conduzir as pessoas. Na verdade, os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó tinha sido pastores (13 1:1-13:11'>Gênesis 13:1-11; 26: 12-14; Gn 46:32; Gn 47:3; 1Sm 17:28, 1Sm 17:34; 2Sm 7:82Sm 7:8), Deus como seu pastor (Gn 48:15; Gn 49:24; Sl 23:1 80.. : Sl 28:3; Ez 34:78), e seus líderes como subpastores de Deus (Nu 27:1 2Sm 5:1 Crônicas 17.. :. 70-72; Jr 3:15; Jr 23:4; 1 Pedro 5: 2-3).

    Mas, enquanto a metáfora de um pastor sugere cuidado terno, ele também pode representar regra dura, abusivo, autocrático. Como será visto na discussão do versículo 1 abaixo, a Bíblia se refere a falsos líderes espirituais, bem como verdadeiros, como pastores. Nos versículos 1:10 Jesus contrastou a Si mesmo com falsos pastores de Israel usando duas imagens: Ele é o verdadeiro Pastor das ovelhas, e Ele é a única porta para o aprisco.

    Jesus é o verdadeiro pastor das ovelhas

    "Em verdade, em verdade vos digo que, quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador. Mas o que entra pela porta é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, e ele chama as suas ovelhas pelo nome e as conduz para fora. Quando ele coloca diante de todos os seus, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem porque porque conhecem a sua voz. Um estranho eles simplesmente não vai seguir, mas fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos ".Esta figura de linguagem Jesus falou-lhes, mas eles não entenderam o que essas coisas eram o que Ele havia dito a eles. (10: 1-6)

    Como observado anteriormente neste volume (conforme a discussão de 8:34 no capítulo 30), a frase Amém, amém ( verdadeiramente, verdadeiramente ) introduz uma declaração de notável importância. Jesus começou esse discurso, identificando-se como o verdadeiro Pastor, em nítido contraste com todos os falsos pastores. Cada aldeia nas regiões sheepherding da Palestina tinha uma dobra onde ovelhas foram mantidas durante a noite. Os pastores que pastar os seus rebanhos na paisagem circundante durante o dia, e, em seguida, levá-los de volta para o aprisco comunal à noite. Há pastores pararia cada ovelha na entrada com suas varas e inspecioná-lo cuidadosamente antes de permitir que entrar no rebanho (conforme Ez. 20: 37-38). Uma vez no aprisco, as ovelhas estavam sob os cuidados do porteiro (a subpastor contratado; v. 12), que iria vigiar-los durante a noite. Ele daria apenas os pastores acesso ao aprisco; portanto, qualquer pessoa que poderia não entrar pela porta no aprisco das ovelhas, mas subiu por outra parte, era um ladrão e salteador. Desde o porteiro, obviamente, não iria deixar estranhos em, os supostos ladrões tiveram que escalar o muro de aprisco para chegar à ovelha. Somente aquele queentrou pela porta era um pastor das ovelhas.

    Cada um desses elementos comuns da vida cotidiana tinha um significado simbólico na metáfora do Senhor. Embora alguns argumentem que o aprisco representa a igreja ou o céu, o contexto (conforme v. 16) indica que ele representa Israel. Além disso, é difícil ver como ladrões poderia quebrar em qualquer igreja ou o céu e roubar ovelhas (conforme vv. 27-29). A porta é o próprio Jesus (vv. 7, 9), o único que tem a autoridade para levar para fora de dobrar suas ovelhas eleitos de Israel. Os ladrões e salteadores representam a auto-nomeado (conforme Mt 23:2)."Os pastores se tornaram estúpidos", escreveu Jeremias, "e não buscaram ao Senhor; por isso não prosperaram, e todos os seus rebanhos se acham dispersos" (Jr 10:21).. Em 0:10, o Senhor disse através de Jeremias: "Muitos pastores arruinou minha vinha, eles têm pisada Meu campo;. Que fizeram My campo agradável um deserto desolado" "O meu povo se tornaram ovelha perdida," Deus lamentou em 50: 6. ". Seus pastores deixaram enganar Eles fizeram-nos desviar das montanhas;. De terem ido ao longo da montanha até à colina e ter esquecido seu lugar de descanso"

    Mas falsos pastores de Israel não iria escapar do julgamento de Deus. Em Jeremias 23:1-2 Deus advertiu,

    "Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto!" diz o Senhor. Portanto assim diz o Senhor Deus de Israel, acerca dos pastores que cuidar do meu povo: 'Você dispersa as minhas ovelhas e as afugentastes, e não ter assistido a eles; eis que eu estou prestes a assistir a você para a maldade das vossas ações, diz o Senhor. "
    Em uma acusação devastadora dos falsos pastores, e que pode ter sido em mente de nosso Senhor e levou seus ensinamentos, Deus declarou através de Ezequiel,

    "Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel. Profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Deus:" Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas? Você come a gordura e revesti-vos com a lã, você abate a ovelha gorda sem alimentar o rebanho. Aqueles que estão doente você não reforçados, o doente não tenha curado, o partido não tiver ligado, a espalhadas você não trouxe de volta, nem que você procurou pelos perdidos; mas com força e com a gravidade de ter dominado eles. Eles estavam espalhados por falta de pastor, e tornaram-se pasto para todas as feras do campo e foram dispersos. Meu rebanho andaram desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; Minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a superfície da terra, e não havia ninguém para buscar ou procurar por eles "'" Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: ". Como eu vivo", diz o Senhor Deus, "Com certeza, porque as minhas ovelhas tornou-se uma presa, minhas ovelhas tornou-se mesmo o alimento para todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas, mas sim se apascentam a si mesmos e não alimentar My rebanho e, portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: "Assim diz o Senhor Deus:" Eis que eu estou contra os pastores, e eu vou exigir minhas ovelhas com eles e fazê-los cessar de alimentar as ovelhas. Assim, os pastores não se alimentar mais, mas eu vou entregar minhas ovelhas da sua boca, para que eles não serão comida para eles "'" (Ez. 34: 2-10).

    Mentir profetas, muitas vezes colocando como verdadeiros pastores, também ameaçou a igreja primitiva (como ainda hoje). Jesus advertiu: "Cuidado com os falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores" (Mt 7:15). Paulo advertiu os presbíteros da igreja de Éfeso: "Eu sei que depois da minha partida, lobos ferozes penetrarão no meio de vocês, que não pouparão o rebanho" (At 20:29). Pedro escreveu: "Os falsos profetas houve também entre o povo, assim como também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição" (2Pe 2:1 revela que, como parte do seu juízo divino sobre Israel (e do mundo), Deus é

    vai levantar um pastor na terra, que não vai se importar para os que perecem, procurar os dispersos, a curar os quebrantados, ou manter a uma posição, mas vai devorar a carne da ovelha gorda e arrancar suas unhas. Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho! Uma espada será em seu braço e sobre o olho direito! Seu braço será totalmente murcho e seu olho direito será cego. (Conforme Dan 11: 36-45; 2 Tessalonicenses 2:.. 3-10; 13 3:66-13:10'>Apocalipse 13:3-10)

    Continuando com a figura de linguagem, Cristo disse que Sua ovelhas ouvem a Sua voz , quando Ele chama-los para fora de Israel e para a Sua vezes messiânica. Sua aparência imagens a resposta humana ao, chamado divino eficaz para a salvação (Jo 6:44, Jo 6:65; Jo 17:6, Jo 17:24; Jo 18:9, Cl 3:1 Tessalonicenses 4:.. 1Ts 4:7; 13 53:2-14'>213 53:2-14'> Tessalonicenses 2: 13-14; 1Tm 6:121Tm 6:12; 2Tm 1:92Tm 1:9; 1Pe 2:9; 1Pe 5:10; 2Pe 1:32Pe 1:3)..

    Depois de chamar Suas ovelhas, Cristo leva-los para fora da dobra, coloca -os diante de pasto, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem. No Oriente Médio, o pastor passou à frente do seu rebanho, atentos a quaisquer perigos potenciais, certificando-se a trilha foi seguro e aceitável, e levando a ovelha para alimentar nos pastos verdes ele já tinha olhado. Por isso, é na salvação. Jesus Salvadora chama as suas ovelhas e as conduz para fora do aprisco onde eram mantidos, levando-os para os "verdes pastos" e "águas tranqüilas" da verdade e da bênção de Deus (Sl 23:2)

    Todo aquele que é genuinamente salvo finalmente e completamente desviar Jesus Cristo. A advertência de Jesus que "surgirão falsos cristos e falsos profetas se levantarão e mostrarão grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, até os escolhidos" (Mt 24:24) implica claramente que tal engano é impossível. Aqueles que abandonar a sua profissão de fé na verdade provar que nem a sua fé nem sua salvação nunca foi genuína. "Saíram de nós", escreveu João, "mas eles não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; mas eles saíram, para que ele iria ser demonstrado que todos eles são não de nós "(1Jo 2:19). João, então, contrasta tal afastamento da verdade, a voz do pastor, com fidelidade a Sua voz. Ele escreve sobre as verdadeiras ovelhas,

    Mas você tem a unção do Santo, e todos sabem. Eu não escrevi para você, porque você não sabe a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade. Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai eo Filho. Todo aquele que nega o Filho não tem o Pai; aquele que confessa o Filho, tem também o Pai. Quanto a você, deixe que permanecerem em vós o que ouvistes desde o princípio. Se o que você ouviu, desde o início, fica em vós, também permanecereis no Filho e no Pai. (I João 2:20-24)

    Aqueles que são de Cristo, não o deixe de seguir aqueles que negam a verdade.
    O apóstolo João concluiu esta primeira metáfora com uma nota de rodapé: Esta figura de linguagem Jesus falou-lhes, mas eles não entenderam o que essas coisas foram o que Ele havia dito a eles. A palavra grega traduzida figura de linguagem ( paroimia ) descreve velado, linguagem enigmática que esconde um significado simbólico. Embora a figura de linguagem foi apresentado claramente o suficiente para que os líderes religiosos, eles não conseguiram entender o seu significado. Tão arraigado era a sua crença de que como descendentes de Abraão que faziam parte do rebanho de Deus que eles completamente perdido acusação de Jesus deles quando Ele declarou que Ele era o verdadeiro Pastor e eles eram falsos pastores a quem as ovelhas não quis ouvir. Como Suas parábolas (13 10:40-13:16'>Mat. 13 10:16), estafigura de linguagem serviu a um propósito duplo: Ele revelou a verdade espiritual aos Seus seguidores, e escondeu-o daqueles que rejeitaram.

    Jesus é a única porta para o Fold

    .. Então Jesus disse-lhes de novo: "Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas Todos os que vieram antes de mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não lhes deram ouvido Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo, e vai entrar e sair e achará pastagem O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir;. Eu vim para que tenham vida, ea tenham em abundância ". (10: 7-10)

    Aqui Jesus mudou a metáfora ligeiramente. Na primeira figura de linguagem, Ele foi o pastor; aqui Ele é o Porta do aprisco. Esta é a terceira de sete declarações no Evangelho de João, onde "EU SOU" é seguido por um predicado nominal (v 11; 06:35; 08:12; 11:25; 14: 6.; 15: 1, 5).
    Uma vez que os líderes religiosos não tinha conseguido entender Sua primeira figura de linguagem, Jesus disse-lhes de novo: "Em verdade, em verdade vos digo que, eu sou a porta das ovelhas." Às vezes, o pastor dormia na abertura do aprisco para guardar as ovelhas. Ninguém podia entrar ou sair senão por ele. Na metáfora de Jesus, Ele é a porta através da qual a ovelha entrar a segurança do rebanho de Deus e sair para o rico pasto de Sua bênção. É por meio dele que perdeu pecadores pode se aproximar do Pai e adequado a salvação que Ele oferece; Só Jesus é "o caminho, ea verdade, ea vida; ninguém vem ao Pai senão por [Ele]" (14: 6; conforme At 4:12; 1Co 1:301Co 1:30; 1Co 3:11;. 1Tm 2:51Tm 2:5.; Ez 34:15), em Sua Palavra (conforme At 20:32). Em contraste absoluto com os ladrões falsos pastores que, como o seu pai, o diabo (8:
    44) veio apenas para roubar, matar e destruir as ovelhas, Jesus veio para que tenham espiritual e eterna vida (conforme Jo 5:21; Jo 6:33; Rm 6:4; Ef 2:1, Ef 2:5; Cl 2:13), . ea tenham em abundância Perissos (abundantemente ) descreve algo que vai muito além do que é necessário. O incomparável dádiva da vida eterna excede todas as expectativas (conforme Jo 4:10 com 7:38; veja também Rm 8:32;. 2Co 9:152Co 9:15.).

    Um Ministério Marcado pela preocupação com o Flock

    "Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas Aquele que é mercenário, e não pastor, de que não é o proprietário das ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas e foge. eo lobo as arrebata e dispersa-los. Ele foge, porque é mercenário e não se preocupa com as ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco;. Devo levá-los também, e elas ouvirão a minha voz, e eles se tornarão um só rebanho e um só pastor. " (10: 11-16)

    Esta seção revela três bênçãos do Bom Pastor dá a Sua ovelha, porque Ele é realmente preocupado com eles (conforme v. 13): Ele morre para eles, os ama, e os une.

    O Bom Pastor morre por suas ovelhas

    "Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas Aquele que é mercenário, e não pastor, de que não é o proprietário das ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas e foge. eo lobo as arrebata e dispersa-los. Ele foge, porque é mercenário e não se preocupa com as ovelhas. " (10: 11-13)

    Identificação de Jesus de Si mesmo como o bom pastor aponta de volta para o verdadeiro pastor descrito nos versos 2:5. É a quarta "EU SOU" declaração no Evangelho de João (veja a discussão sobre v. 7). . O texto grego diz literalmente: "o pastor, o bom", definindo Cristo Bom Pastor, para além de todos os outros pastores Kalos ( bom ) refere-se ao seu caráter nobre (conforme 1Tm 3:7; 2Tm 2:32Tm 2:3);. Ele é o perfeito, pastor autêntico; em uma classe por si mesmo; proeminente acima de todos os outros.

    Ser um pastor fiel implicou uma vontade de colocar a própria vida em risco para proteger as ovelhas. Ladrões e dos animais selvagens, como lobos, leões e ursos eram um perigo constante (conforme 1Sm 17:34; Is 31:4). Mas Jesus, o bom pastor, ia muito além de simplesmente estar disposto a arriscar ou, na verdade, arriscando sua vida por suas ovelhas; Na verdade, ele colocou a sua vida por eles (conforme v 15; 06:51; 11:. 50-51; 18:14). A frase dá a sua vida é única para os escritos de João e sempre se refere a um voluntário, a morte sacrificial (vv 15, 17-18; 13 37:38.; 15:13; 1Jo 3:16). Jesus deu a vida por suas ovelhas, porque foram escolhidos para fazer parte do seu rebanho. A preposição huper ( para ) é freqüentemente usada no Novo Testamento para se referir a expiação substitutiva de Cristo para os eleitos (conforme v 15; 06:51; 11:. 50-51; 18:14; Lc 22:19; Rm 5:6; Rm 8:32; 1Co 11:241Co 11:24; 15:. 1Co 15:3; 2 Cor 5: 14-15, 2Co 5:21; Gl 1:4; Gl 3:13; Ef 5:2; 1 Tessalonicenses 5: 9-10; 1 Tm 2:.. 1Tm 2:6; Tt 2:14; 2 Heb.: 9; 1Pe 2:21; 1Pe 3:18; 1Jo 3:161Jo 3:16). Sua morte foi uma expiação real para fornecer propiciação pelos pecados de todos os que crêem, como eram chamados e regenerados pelo Espírito, porque eles foram escolhidos pelo Pai.

    Em frente ao Bom Pastor, que dá a sua vida pelas ovelhas, é aquele que é um mercenário (como o porteiro do v. 3), e não um pastor, que não é o dono do rebanho, que vê vir o lobo ( conforme Mt 7:15;. At 20:29), e deixa as ovelhas e foge, eo lobo as arrebata e dispersa-los (conforme Mt 9:36;. Mc 6:34). O mercenário simboliza os líderes religiosos judeus e, por extensão, todos os falsos pastores. Eles estão sempre mercenários, fazendo ministério não por amor das almas dos homens ou até mesmo o amor pela verdade, mas para o dinheiro (Tito 1:10-11; 1Pe 5:21Pe 5:2, Gn 4:25Gn 19:8; e 1Sm 1:19, o termosaber descreve o relacionamento íntimo amor entre marido e mulher (a NASB traduz o verbo hebraico "saber" naqueles versos "tinha relações com"). Em Am 3:2 diz textualmente que José "foi não saber [Maria]" até depois do nascimento de Jesus. No dia do julgamento, Jesus envia os incrédulos longe Dele, porque Ele não os conhece; isto é, Ele não tem nenhuma relação de amor com eles (Mt 7:23). Nestes versos, sei que tem mesma conotação de uma relação de amor. A simples verdade é que Jesus no amor conhece os seus, eles no amor conhecê-Lo, o Pai no amor conhece Jesus, e Ele no amor conhece o Pai. Os crentes são apanhados no afeto profundo e íntimo que é compartilhada entre Deus, o Pai, e do Senhor Jesus Cristo (conforme 14:21, 23; 15:10; 17: 25-26).

    O Good Pastor une os seus Ovelhas

    "Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco; devo trazê-los também, e elas ouvirão a minha voz;. E eles se tornarão um só rebanho e um só pastor" (10:16)

    outras ovelhas em vista aqui são os gentios, que não são de Israel vezes. Eles, também, vai ouvir de Jesus voz chamando-os para a salvação (conforme Is 42:6; Rm 1:16), e judeus e gentios resgatadashaverá um só rebanho e um só pastor. Sugerir que judeus e gentios seriam unidos em um só rebanho era um conceito revolucionário. Os judeus desprezavam os gentios, e eles voltaram a animosidade.Mesmo crentes judeus eram tão programado para impede que eles eram lentos para aceitar gentios como membros iguais na igreja (conforme Atos 10:9-16, At 10:28; 11: 1-18; 15: 1-29). Mas, como Caifás profetizou sem querer,

    "É conveniente para você que um homem morra pelo povo, e que todo não pereça a nação." Agora, ele não disse isso por sua própria iniciativa, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação, e não somente pela nação, mas para que Ele também para congregar na unidade os filhos de Deus que andavam dispersos. (João 11:50-52)

    Aos Efésios Paulo escreveu:
    Portanto lembre-se que antes de você, os gentios na carne, que são chamados "incircuncisão" pela chamada "Circuncisão", que é realizada na carne por humanos hands-lembre-se que você estava naquele tempo separado de Cristo, excluídos do da comunidade de

    Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, que fez os dois grupos em um e quebrou a barreira da parede divisória, abolindo em sua carne a inimizade, que é a lei dos mandamentos contidos em ordenanças, para que em Si mesmo Ele pode fazer os dois um novo homem, estabelecendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz, por ela ter levado à morte a inimizade. (Ef. 2: 11-16)

    A verdadeira unidade entre judeus e gentios define a igreja, porque ambos são ovelhas que pertencem à mesma Pastor.

    Um Ministério Marcado por Compliance para o Pai

    "Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para que eu possa levá-la novamente. Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e eu tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai ". (10: 17-18)

    Duas atitudes definir a relação do Cristo encarnado ao Pai: amor e obediência. Os dois são inseparáveis, uma vez que é impossível amar a Deus sem obedecê-lo (Jo 15:9; 1Jo 5:3; conforme Mt 26:53-54.). Declaração duas vezes repetida do Senhor que Ele iria tomar Sua vidanovamente aponta para a Sua ressurreição, a demonstração final de Sua messianidade e divindade (Rm 1:4, Jo 6:44).

    Um Ministério marcada pela controvérsia em um mundo caído

    A divisão ocorreu entre os judeus por causa destas palavras. Muitos deles estavam dizendo: "Ele tem um demônio e é insano. Por que você ouvi-lo?" Outros diziam: "Estas não são as palavras de um endemoninhado. Um demônio não pode abrir os olhos dos cegos, pode?" (10: 19-21)

    Como sempre foi o caso, o ensinamento de Jesus criou polêmica entre aqueles que o ouviam, e uma divisão ocorreu novamente entre os judeus por causa destas palavras (conforme 7:12, 43; 09:16). Muitos deles foram reiterando a acusações familiares, dizendo: ". Ele tem um demônio e é insano Por que você ouvi-lo?" (07:20; 08:48, 52; conforme Mt 9:34;. Mt 10:25; Mt 12:24). Em vez de, mesmo considerando o que Jesus estava dizendo, muitos arbitrariamente demitido Suas palavras-respondendo com o ridículo, em vez de arrependimento e fé em seu próprio Messias. Depois de já ter rejeitado Jesus (e sua afirmação de ser de Deus), eles realizaram a sua terra teimosamente e atribuiu seu ministério aos demônios. Tal conclusão blasfemo e iludido é condenável.

    Outros, no entanto, não é tão cegamente tendenciosa, foram capazes de concluir o óbvio o que o lúcido, majestoso sentido e clareza das palavras de Cristo indicados: "Estas não são as palavras de um possuído por um demônio." Então, chegando à mesma conclusão que o homem cego a quem Jesus tinha curado (9: 30-33), acrescentaram, "Um demônio não pode abrir os olhos dos cegos, pode?"Como o homem cego, eles perceberam que o poder milagroso de Jesus era prova inegável de que Ele realmente era sancionada pelo e enviado de Deus (conforme 07:31).

    37. Rejeitando as reivindicações de Cristo (João 10:22-42)

    Naquela época, a Festa da Dedicação teve lugar em Jerusalém; era inverno, e Jesus estava andando no templo, no pórtico de Salomão. Então os judeus se reuniram em torno dele, e diziam-lhe: "Quanto tempo você vai nos manter em suspense? Se Tu és o Cristo, dize-nos claramente." Jesus respondeu-lhes: "Eu disse a você, e você não acredita;.. As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho de mim Mas você não credes, porque não sois das minhas ovelhas minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos;. e ninguém pode arrebatá-las da mão. I do Pai eo Pai somos um. " Os judeus pegaram pedras novamente para apedrejá-lo. Jesus respondeu-lhes: "Eu mostrei muitas boas obras da parte do Pai? Para qual deles você está apedrejando Me" Os judeus responderam-Lhe: "Para um bom trabalho nós não apedrejar-te, mas por blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes por ser Deus." Jesus respondeu-lhes: "Será que não foi escrito na vossa lei:" Eu disse: Vós sois deuses? Se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (ea Escritura não pode ser anulada), que você diz sobre Ele, a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, 'Você está blasfemando,' porque eu disse: 'Eu sou o Filho de Deus "? Se eu não faço as obras de Meu Pai, não creiam em mim; mas se as faço, embora você não acredita em mim, crede nas obras, para que você possa conhecer e compreender que o Pai está em mim e eu no Pai. "Por isso, eles estavam buscando novamente para prendê-lo, e ele iludiu seu alcance. E Ele foi embora de novo para além do Jordão, para o lugar onde João foi o primeiro batismo, e Ele estava hospedado lá. Muitos vieram a Ele e diziam: "Embora João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que João disse a respeito deste homem era verdade . "Muitos acreditavam nEle lá (10: 22-42).

    Esta passagem marca o fim da apresentação de João do ministério público de Cristo. Por mais de três anos, Jesus tinha viajado o comprimento e largura de Israel, pregando o evangelho, apelando para o arrependimento, confrontando hipócrita religião falsa, instruindo os seus discípulos, e realizando inúmeros sinais e prodígios, que confirmou que ele era o Messias. Através de ambas as suas palavras e obras, Jesus tinha demonstrado claramente a Sua divindade e igualdade com Deus.

    Mas tragicamente a nação de Israel, liderado por seus líderes religiosos, rejeitaram o Messias-assim como o Velho Testamento predisse que aconteceria (conforme Sl 22:6-8; Is 49:1; Is 50:6), e várias centenas mais, provavelmente na Galiléia (1Co 15:6).. Em vez de abraçar-Lo como seu longamente aguardado Redentor Rei, o povo de Israel "pregado [Ele] a uma cruz pelas mãos de homens ímpios e colocá-lo à morte" (At 2:23). Como observado nos capítulos anteriores deste volume, a rejeição da nação de Jesus é um tema frequente no Evangelho de João (conforme 1: 10-11; 3:32; 4: 1-3; 5: 16-18; 6: 41— 43, 66; 7: 1, 20, 26-27, 30-52; 8: 13 59:9-16, 24, 29, 40-41; 10:20; 11: 46-57; 12: 37— 40).

    Em consonância com esse tema, na seção conclusiva do capítulo 10 João pontua a apresentação longa do ministério público de nosso Senhor (que começou em 1:
    35) com mais um confronto entre Jesus e os líderes religiosos judeus. O diálogo entre eles se desdobra em cinco cenas: o confronto, a pedido, a carga, o desafio, e as conseqüências.

    A confrontação

    Naquela época, a Festa da Dedicação teve lugar em Jerusalém; era inverno, e Jesus estava andando no templo, no pórtico de Salomão. Então os judeus se reuniram em torno dele, e diziam-lhe: "Quanto tempo você vai nos manter em suspense? Se Tu és o Cristo, dize-nos claramente." (10: 22-24)

    Nota do João que agora era a vez de a Festa da Dedicação prepara o terreno para o próximo episódio. Há uma lacuna de cerca de dois meses entre o versículo 21 (que ainda é definido no momento da Festa dos Tabernáculos [7: 2, 10, 37]) e versículo 22. Alguns comentaristas acham que Jesus deixou em Jerusalém durante a dois meses período, visto que o versículo 22 chamadas de atenção para Jerusalémnovamente como cenário para este diálogo. Outros acreditam que o Senhor permaneceu nas imediações de Jerusalém, desde o versículo 22 não diz que Ele subiu a Jerusalém-a formulação usual para ir para a cidade de outra região (conforme 2:13 5:1-11:55; Matt. 20: 17-18; Lc 2:22; Lc 19:28; At 11:2, At 21:15; At 24:11; At 25:1; Gl 1:17-18). . Ambas as visões são apenas especulação, já que os evangelhos não dizem onde Jesus foi durante esses dois meses.

    Conhecido hoje como Hanukkah, ou a Festa das Luzes (por causa das luzes e velas acesas nas casas judaicas, como parte da celebração), a Festa da Dedicação foi comemorado no vigésimo quinto dia do mês judaico Chislev (Nov.— de dezembro). Não era uma das festas prescritas no Antigo Testamento, mas se originou durante o período intertestamental. A festa comemora a vitória dos israelitas sobre o rei sírio infame Antíoco Epifânio (175-164 aC). Um devoto da cultura grega, Antíoco, em um decreto dado por ele em 167 aC, procurou impor-na sobre os indivíduos (um processo conhecido como helenização). Antíoco capturou Jerusalém e profanou o Templo (170 aC), sacrificando um porco no altar, a criação de um altar pagão em seu lugar, e erigir uma estátua de Zeus no lugar mais santo. Como ele tentou carimbar sistematicamente judaísmo, Antíoco brutalmente oprimido os judeus, que se apegavam tenazmente a sua religião. Sob sua direção despótico, os judeus foram obrigados a oferecer sacrifícios aos deuses pagãos; eles não foram autorizados a possuir ou ler Escrituras do Antigo Testamento, e cópias do mesmo foram destruídos; e eles foram proibidos de realizar tais práticas religiosas obrigatórias como observar o sábado e circuncisão de crianças. Antíoco foi o primeiro rei pagão para perseguir os judeus por sua religião (conforme Dan. 8: 9-14, 23-25; 11: 21-35).

    Selvagem perseguição de Antíoco fez com que os judeus piedosos a subir em revolta, liderada por um sacerdote chamado Matatias e seus filhos. Após três anos de guerrilha dos judeus, sob a brilhante liderança militar de Judas Macabeu (o filho de Matatias), foram capazes de retomar Jerusalém. Em 25 de Chislev 164 aC, eles libertaram o templo, rededicou, e estabeleceu a Festa da Dedicação. O livro apócrifo de 2 Macabeus narra uma versão histórica da história:

    Agora Macabeu e os seus seguidores, o Senhor conduzindo-os, recuperou o templo ea cidade; e eles derrubaram os altares que havia sido construído na praça pública pelos estrangeiros, e também destruiu os recintos sagrados. Eles purificado o santuário, e fez outra altar de sacrifício; em seguida, batendo fogo fora de sílex, eles ofereciam sacrifícios, após um lapso de dois anos, e queimaram incenso e lâmpadas acesas e partiu o pão da Presença. E quando eles tinham feito isso, eles se prostraram e suplicou ao Senhor que talvez nunca mais cair em tais infortúnios, mas que, se alguma vez o pecado, eles podem ser disciplinados por ele com paciência e não ser entregue ao blasfemo e bárbaro nações. Aconteceu que, no mesmo dia em que o santuário tinha sido profanado pelos estrangeiros, a purificação do santuário teve lugar, ou seja, sobre o vigésimo quinto dia do mesmo mês, que era Chislev. E eles comemorado por oito dias com alegria, na forma da festa dos tabernáculos, lembrando como não muito tempo antes, durante a festa dos tabernáculos, que tinham sido vagando nas montanhas e cavernas como animais selvagens. Portanto tendo varinhas envolta de hera e ramos bonitos e também folhas das palmeiras, eles ofereceram hinos de ação de graças a ele que tinham dado o sucesso para a purificação de seu próprio lugar sagrado. Eles decretada por portaria público e voto que toda a nação dos judeus deve observar estes dias todos os anos. (10: 1-8)
    A Festa da Dedicação, que celebrou a revolta bem sucedida, teve lugar no inverno, o que pode explicar por que Jesus, que estava andando no templo, foi especificamente no pórtico de Salomão. Foi provavelmente frio, e pode ter sido a chover, uma vez que o inverno é a estação chuvosa na Palestina. O pórtico de Salomão teria fornecido uma medida de proteção contra os elementos; Foi uma colunata com telhado apoiado por pilares, localizado no lado leste da área do templo e com vista para o Vale do Cedron abaixo. Muitas pessoas frequentavam o local, especialmente no tempo inclemente. Alguns andamos até lá para meditar, e rabinos vezes ensinou seus alunos lá. Mais tarde, os primeiros cristãos se reuniam no pórtico de Salomão para proclamar o evangelho (At 3:11; At 5:12).

    Alguns vêem na referência de João para o inverno uma metáfora para espiritual dos judeus estado que ele descreveu não só a estação do ano, mas também a frieza espiritual de Israel. "O leitor atento do Evangelho entende que o tempo ea temperatura anotações em João são reflexos da condição espiritual das pessoas nas histórias (conforme 3: 2; 13 30:18-18; 20: 1, 19; 21: 3-4) "(Gerald L. Borchert, João 1:11, O New Commentary americano [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 337-38).

    Os hostis judeus abordado o Senhor (o verbo fracamente traduzido se reuniram em torno literalmente significa "cercar", ou "cercar" [conforme Lc 21:20; At 14:20; He 11:30]) e exigiu dele, "Quanto tempo você vai nos manter em suspense Se Tu és o Cristo, dize-o francamente?". Ao perguntar a Jesus se Ele era o Messias, os líderes judeus foram certamente fazer a pergunta certa; na verdade, é a questão mais importante que qualquer um pode pedir (conforme Mt 16:15-16.). Mas, dada a revelação de que havia visto e ouvido, e sua hostilidade para com Jesus ao longo de que a revelação, o motivo era suspeito. Longe de ser um pedido sincero de informação, a sua pergunta foi realmente apenas uma outra tentativa de prender Jesus, com vista a se livrar dele. Porque Ele era a maior ameaça ao seu poder e prestígio, eles estavam procurando desesperAdãoente uma maneira de desacreditá-lo e liquidá-lo por completo. Eles ficaram incomodadas pelos sinais miraculosos que realizou (11:47); cansado das divisões causadas Ele (Lucas 12:51-53), mesmo dentro de suas próprias fileiras (conforme 9,16); com medo da revolta Ele poderia desencadear contra Roma, que colocaria em risco o seu estatuto político privilegiado (11:48); irritados com sua repreensão pública da sua hipocrisia:; (por exemplo, Matt 23:1-36.) e, acima de tudo, indignados com sua afirmação orgulhosa de ser Deus (05:18; 10:33; 19: 7). A estratégia das autoridades judaicas era fazê-lo declarar publicamente (o verbo traduzido claramente também pode ser traduzida como "público", ou "abertamente" [7: 4, 13 26:11-54; 18:20]) que Ele era o Messias, para que eles pudessem ter um pretexto para prendê-lo.

    O Reivindicação

    Jesus respondeu-lhes: "Eu disse a você, e você não acredita;.. As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas dão testemunho de mim Mas você não credes, porque não sois das minhas ovelhas minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos;. e ninguém pode arrebatá-las da mão. I do Pai eo Pai somos um. " Os judeus pegaram pedras novamente para apedrejá-lo. (10: 25-31)

    Mas Jesus já tinha dito lhes claramente quem ele era (conforme 5: 17ss .; 8:12, 24, 58); na verdade, ele havia passado os últimos três anos fazendo isso. Não só isso, as obras que Ele fez em o nome do Pai , também demonstrou que Ele era o Messias; o Filho de Deus; Deus em carne humana (conforme vv 32, 38; 3:. 2; 05:36; 07:31; 11:47; 14:11; At 2:22). Declaração duas vezes repetida do Senhor, você não acredita, indica que o problema não se deveu a qualquer ambiguidade na revelação da verdade, mas sim a sua cegueira espiritual. Faltava-lhes a compreensão, não porque faltava informação, mas porque lhes faltava arrependimento e fé. Sua incredulidade não foi devido à exposição insuficiente para a verdade, mas para o seu ódio da verdade e do amor do pecado e da mentira (João 3:19-21). Qualquer um que voluntariamente procura a verdade vai encontrá-lo (7:17), mas Jesus recusou-se a comprometer-se com os que voluntariamente rejeitado a verdade. Se Ele novamente lhes deu a resposta simples eles estavam exigindo, eles não teriam acreditado ele de qualquer maneira (conforme 8:43; Matt. 26: 63-65; Lucas 22:66-67).

    Do ponto de vista da responsabilidade humana, os judeus hostis não acreditava porque tinha deliberAdãoente rejeitaram a verdade. Mas do ponto de vista da soberania divina, eles fizeram não credes, porque eles eram não da do Senhor ovelhas, que foram dados pelo Pai (29 v; 06:37; 17:. 2, 6, 9). Um entendimento completo de como exatamente essas duas realidades, a responsabilidade humana e da soberania divina, o trabalho em conjunto está além da compreensão humana; mas não há nenhuma dificuldade com eles na mente infinita de Deus. Significativamente, a Bíblia não tentar harmonizá-las, nem desculpas pela tensão lógica entre eles. Por exemplo, fala da traição de Judas 1scariotes, Jesus disse em Lc 22:22: "O Filho do Homem vai [ser traído], uma vez que foi determinado." Em outras palavras, a traição de Cristo por Judas estava de acordo com o propósito eterno de Deus. Mas, então, Jesus acrescentou: "Ai daquele homem por quem é traído!" Essa traição de Judas era parte do plano de Deus não aliviá-lo da responsabilidade por seu crime. Em At 2:23 Pedro disse que Jesus foi "entregue por [na cruz] pelo plano pré-determinado e pré-conhecimento de Deus." No entanto, ele também acusou Israel com a responsabilidade de ter "pregado [Jesus] a uma cruz pelas mãos de homens ímpios e colocá-lo à morte." Soberania nunca desculpas de Deus pelo pecado humano. (Para uma discussão mais completa sobre a interação da soberania divina e da responsabilidade humana, ver a exposição de 6: 35-40, no capítulo 20 do presente volume.)

    Repetindo o que disse em seu discurso sobre o Bom Pastor (ver a exposição de vv 3-5 no capítulo anterior deste volume.), Jesus disse: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem. " Os eleitos irão atender ao chamado de Cristo para a salvação e continuar na fé e obediência a glória eterna (conforme Rom. 8: 29-30).

    O Senhor continuou, articulando a verdade maravilhosa que aqueles que são Suas ovelhas precisa nunca temem ser perdida. "Dou-lhes a vida eterna", Jesus declarou: "e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai ". Em nenhum lugar na Bíblia há uma afirmação mais forte da segurança absoluta eterna de todos os verdadeiros cristãos. Jesus ensinou claramente que a segurança do crente na salvação não depende do esforço humano, mas está fundamentada no gracioso, soberana eleição, promessa, e poder de Deus.

    As palavras de Cristo revelam sete realidades que se ligam todo cristão verdadeiro para sempre a Deus. Em primeiro lugar, os crentes são Sua ovelha, e é dever do Bom Pastor para proteger seu rebanho."Esta é a vontade daquele que me enviou", disse Jesus, "que de tudo o que ele me deu eu não perde nada, mas o ressuscite no último dia" (6:39). Insistir que um verdadeiro cristão pode de alguma forma ser perdido é negar a verdade dessa afirmação. É também para difamar o caráter do Senhor Jesus Cristo, fazendo-a ser um pastor incompetente, incapaz de segurar aqueles que Lhe fora confiada pelo Pai.

    Em segundo lugar, as ovelhas de Cristo ouvir apenas sua voz e seguir somente a Ele. Uma vez que eles não vai ouvir ou seguir um estranho (10: 5), eles não poderiam vagar longe Dele e ser eternamente perdidos.

    Em terceiro lugar, as ovelhas de Cristo têm a vida eterna. Falar de fim a vida eterna é uma contradição em termos.

    Em quarto lugar, Cristo  a vida eterna a Suas ovelhas. Uma vez que eles não fizeram nada para merecê-lo, eles não podem fazer nada para perdê-lo.

    Em quinto lugar, Cristo prometeu que Suas ovelhas nunca perecerá. Eram mesmo um a fazê-lo, faria dele um mentiroso.

    Em sexto lugar, ninguém, nem pastores falsos (os ladrões e salteadores de v. 1), ou falsos profetas (simbolizado pelo lobo de v. 12), nem mesmo o próprio diabo-é poderoso o suficiente para arrebatar as ovelhas de Cristo fora de sua mão .

    Finalmente, as ovelhas de Cristo são realizadas não só em sua mão, mas também na mão do Pai, que é maior do que todos; e , portanto, ninguém pode arrebatá-las da sua mão também. Infinitamente seguro, do crente "a vida está escondida com Cristo em Deus" (Cl 3:3:

    Esta é a vontade daquele que me enviou, que de tudo o que ele me deu eu não perde nada, mas o ressuscite no último dia. Porque esta é a vontade de meu Pai, que todo aquele que vê o Filho, e crê nele tenha a vida eterna, e eu Eu o ressuscitarei no último dia.
    Enfurecido com o que de forma precisa e inequívoca percebido como outra reivindicação blasfema à divindade por Jesus, os judeus, hipocritamente que explode em um ajuste da paixão, pegaram pedras novamente para apedrejá-lo -a quarta vez no Evangelho de João que eles tinham tentado matar Ele (5: 16-18; 7: 1; 08:59). Embora os romanos tinham retido o direito da pena capital por parte dos judeus (18:31), este linchamento irritado estava pronto para tomar o assunto em suas próprias mãos.

    A Comissão de

    Jesus respondeu-lhes: "Eu mostrei muitas boas obras da parte do Pai? Para qual deles você está apedrejando Me" Os judeus responderam-Lhe: "Para um bom trabalho nós não apedrejar-te, mas por blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes por ser Deus." (10: 32-33)

    Mostrando majestoso calma diante da fúria assassina de seus oponentes, Jesus lhes perguntou explicitamente, "eu mostrei-lhe muitos bons (o adjetivo kalos significa "nobre", "excelente" ou "bonito")funciona a partir do Pai, para que de eles está o apedrejamento de mim? " O Senhor não suavizar ou retirar a sua pretensão de ser igual a Deus. Em vez disso, ele forçou-os a enfrentar e lidar com os seus milagrosos boas obras feitas sob a direção do Pai (conforme 5: 19-23). Essas obras oferecido prova visível, tangível e inevitável da sua unidade com Deus (conforme 05:36), e, assim, provou que Ele não era um blasfemo, como, de fato, seus oponentes eram. A pergunta do Senhor também colocar os líderes judeus na incômoda posição de opor-se a coisas muito comuns e populares boas que Ele havia feito na cura dos doentes, alimentar os famintos, liberando o possuído pelo demônio, e até mesmo ressuscitar os mortos (conforme Lucas 7:14-15; 8: 52-56; João 11).

    Mas os enfurecidos judeus não foram dissuadidos por nenhum milagre. Ao contrário do ex-cego, que tinha chegado à conclusão adequada de ação milagrosa de Jesus (conforme 09:33), a multidão enfurecida simplesmente escovado Suas obras de lado. Eles lhe respondeu: "Para um bom trabalho que não te apedrejamos, mas pela blasfêmia;. e porque, sendo tu homem, te fazes por ser Deus" Como observado acima, os sinais de Jesus realizado demonstrou sua unidade com o Pai e provou que Ele não era culpado de blasfêmia. Mas o apelo do Senhor aos seus milagres foi perdido sobre aqueles no meio da multidão. Suas mentes foram feitas, e seu amor ao pecado realizou-los em cativeiro a Satanás, morte e julgamento.

    Em contraste com aqueles que negam que Cristo nunca realmente disse ser Deus, os judeus hostis entendeu perfeitamente que Ele estava dizendo exatamente isso. Mas eles se recusaram a considerar a possibilidade de que sua afirmação pode ser verdade. Em suas mentes, Jesus era culpado de o último ato de blasfêmia, porque, como disseram-lhe, "Você, sendo um homem, faça você mesmo a ser Deus."Como foi o caso com alegações anteriores Jesus com a divindade, a sua reacção final era um complô para matá-lo (5: 16-18; 8: 58-59). Ironicamente, a sua acusação de blasfêmia foi o inverso da verdade.Longe de ser um mero homem que estava arrogantemente promover a si mesmo como Deus, Jesus era de fato Deus todo-poderoso que abnegAdãoente se humilhou para se tornar um homem a morrer para o mundo (1:14; conforme Fm 1:2; Ex 7:1 em Mateus 1:7, A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 1985], 249-273), embora os judeus, muitas vezes tentou (conforme Mc 7:13).

    Uma vez que Deus chamou os juízes injustos deuses, argumento Jesus correu, como poderia Seus oponentes dizem Dele, a quem o Pai santificou e enviou ao mundo: "Vocês estão blasfemando", porque Ele disse: "Eu sou o Filho de Deus?" Se meros homens, que estavam mal, poderia, em algum sentido ser chamados deuses, como poderia ser inapropriado para Jesus, Aquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, a chamar-se Filho de Deus (conforme 5: 19— 27)? A questão não é a de adicionar à evidência de sua divindade; é simplesmente uma reprovação no nível da sua reacção excessiva para o uso da palavra Deus em referência a Jesus. Ele tinha provado que ele tinha direito a esse título no sentido divino completo, como ele iria afirmar novamente em vv. 37-38. Eles eram apenas aqueles a quem a palavra de Deus veio, Jesus era o Verbo encarnado de Deus (1: 1, 14). Como disse um comentarista explica ainda,

    Esta passagem é por vezes mal interpretado como se Jesus estava simplesmente classificar-se com os homens em geral. Ele apela para o salmo que fala de homens como "deuses", por isso corre o raciocínio, e, portanto, justifica a sua fala de si mesmo como Filho de Deus. Ele é "Deus" no mesmo sentido que os outros. Mas isso não está levando a sério o suficiente o que Jesus realmente diz. Ele está argumentando a partir do menor para o maior. Se a palavra de Deus poderia ser usado de pessoas que não eram mais do que os juízes, quanto mais ela poderia ser usada de um com maior dignidade, maior importância e significado do que qualquer mero juiz, um "quem o Pai santificou e enviou ao mundo" ? Ele não está se colocando no mesmo nível que os homens, mas definindo-se para além deles. (Leon Morris, Reflexões sobre o Evangelho de João [Peabody Mass .: Hendrickson, 2000], 396)

    O apelo do Senhor para o Velho Testamento era um desafio novo para os líderes judeus a abandonar as suas conclusões tendenciosas sobre Ele e apreciar as provas objetiva. Na mesma veia Jesus continuou dizendo, "Se eu não faço as obras de Meu Pai, não creiam em mim, mas, se as faço, embora você não acredita em mim, crede nas obras, para que você possa conhecer e entender que o Pai está em mim e eu no Pai ". Como ele tinha tantas outras vezes antes, com paciência irritante (conforme vv 25, 32; 5: 19-20., 36; 14: 10-11) o Senhor apelou aos seus trabalhos como prova de sua união indivisível com oPai (v 30).. Mas incrivelmente, os líderes religiosos de Israel eram tão cegos espiritualmente que não podiam reconhecer as obras de Deus. Se Jesus se não faço as obras de do Pai, que teria sido certo em se recusar a acreditar nEle. Por outro lado, porque Ele fez fazê-las, eles deveriam ter colocado de lado sua relutância em acreditar Suas palavras, e escolhida em vez de acreditar que o testemunho claro de Suas obras. Como homens de Deus supostamente, deveriam ter sido dispostos a seguir a evidência a sua conclusão lógica.

    As Conseqüências

    Por isso, eles estavam buscando novamente para prendê-lo, e ele escapou de seu alcance. E Ele foi embora de novo para além do Jordão, para o lugar onde João foi o primeiro batismo, e Ele estava hospedado lá. Muitos vieram a Ele e diziam: "Embora João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que João disse deste homem era verdade." Muitos acreditavam nEle lá. (10: 39-42)

    Não inesperAdãoente, o desafio do Senhor para os seus adversários caiu em ouvidos surdos. Em vez de considerar as evidências, os líderes judeus responderam que tinham antes por . buscando novamente para prendê-lo Pode ser que eles estavam planejando para transportá-lo para fora do templo antes de apedrejá-lo (conforme Atos 21:30-32), mas mais provável é que eles significava para prendê-lo e segurá-lo para julgamento perante o Sinédrio. Não importa o que eles pretendiam, a sua hora ainda não havia chegado (7:30; 8:20), por isso Jesus iludiu seu alcance. Ele saiu de Jerusalém, para não retornar até três ou quatro meses depois para ressuscitar Lázaro dentre os mortos (Jo 11:1 no capítulo 4 deste volume). Enquanto Ele estava hospedado lá muitos vieram a Ele e diziam: "Embora João não realizou nenhum sinal, mas tudo o que João disse deste homem era verdade." As pessoas lá me lembrava dele e veio a Ele como tinham anteriormente se reuniram para João Batista. Embora João não realizou nenhum sinal, ou seja, não fez milagres, ele foi, todavia, o testemunho preeminente para Jesus; como o povo notou, "Tudo o que João disse sobre Ele era verdade. " Não surpreendentemente,muitos creram nele lá.

    Então ministério público de Jesus fechou com uma última rejeição por parte dos próprios líderes que deveria ter o saudaram como o Messias. Sua rejeição prenunciada Sua rejeição final, alguns meses depois, quando o povo, sob a sua influência (Mt 27:20) ", gritou: Fora com ele, embora com Ele, crucifica-O!" (Jo 19:15).

    Mesmo hoje em dia, há muitos que, como a nação judaica hostil, permitir que as suas ideias pré-concebidas sobre religião e seu amor pelo pecado para cegá-los à verdade salvadora de Jesus Cristo. No entanto aqueles que são atraídos para Ele em arrependimento e fé venha a saber a verdade de quem Ele é (7:17). Para eles será dado "o direito de se tornarem filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (01:12).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de João Capítulo 10 do versículo 1 até o 42

    João 10

    O pastor e suas ovelhas — Jo 10:1-6

    A imagem de Jesus que mais agrada é a que o apresenta como o Bom Pastor. A imagem do pastor está profundamente enraizada na linguagem e nas imagens bíblicas. Não podia ser de outro modo. A maior parte da Judéia é uma planície central. estende-se desde Betel ao Hebrom, cobrindo 56 Km. Sua largura é Dt 22:27). “Guiaste o teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão” (Sl 77:20). “Assim, nós, teu povo e ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente” (Sl 79:13). “Dá ouvidos, ó pastor de Israel, tu que conduzes a José como um rebanho” (Sl 80:1). “Ele é o nosso Deus, e nós, povo do seu pasto e ovelhas de sua mão” (Sl 95:7). “Somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio” (Sl 100:3). O Ungido de Deus, o Messias, também é apresentado como o pastor das ovelhas. “Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele guiará mansamente” (Is 40:11). "Apascentará o rebanho do Senhor com fidelidade e justiça e não permitirá que nenhuma tropece. Conduzirá todas com segurança" (Salmo de Salomão Sl 17:45). Os líderes do povo são descritos como pastores do povo e da nação de Deus. “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto!” (Jeremias 23:1-4). Ezequiel expressa uma terrível condenação para os líderes falsos que perseguem seu próprio bem antes que o de seu rebanho. “Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?” (Ez 34:2).

    Esta imagem passa ao Novo Testamento. Jesus é o Bom Pastor. É o pastor que arriscará sua vida para buscar e salvar a ovelha extraviada (Mt 18:12; Lc 15:4). Compadece-se do povo porque são como ovelhas sem pastor (Mt 9:36). Os discípulos são seu pequeno rebanho (Lc 12:32). Quando se fere o pastor, dispersam-se as ovelhas (Mc 14:27; Mt 26:31). Ele é o Pastor das almas dos homens (1Pe 2:25) e o grande Pastor das ovelhas (He 13:20).

    Tal como na imagem do Antigo Testamento, os líderes da Igreja são os pastores e o povo é o rebanho. O dever do líder é alimentar ao rebanho de Deus, aceitar seu cuidado voluntariamente, não por força, fazê-lo com o ânimo bem disposto, não por amor ao dinheiro, nem fazer uso de sua posição para exercer poder sobre o povo; deve tornar-se exemplo para sua grei (I Pedro 5:2-3). Paulo incita aos anciãos de Éfeso a cuidar de todo o rebanho sobre o qual os pôs o Espírito Santo (At 20:28). A última ordem de Jesus a Pedro é que alimente a seus cordeiros e suas ovelhas (João 21:15-19).

    Os judeus tinham uma bonita lenda para explicar por que Deus tinha escolhido a Moisés para conduzir a seu povo. "Quando Moisés apascentava as ovelhas de seu sogro no deserto, escapou um cordeiro. Moisés o seguiu até que chegou a uma garganta onde encontrou um poço para beber água. Quando o alcançou disse: 'Não sabia que escapou porque tinha sede. Agora deve estar muito cansado.' Carregou o cordeiro sobre os ombros e o levou até o rebanho. Então Deus disse: 'Porque mostrou compaixão ao carregar a uma criatura de um rebanho que pertencia a um homem, conduzirá a meu rebanho, Israel.' "

    Quando pensamos na palavra pastor deveria evocar em nós a vigilância e a paciência incessantes do amor de Deus. E deveria nos recordar nosso dever para com nosso próximo, em especial se ocuparmos algum posto na 1greja de Cristo.

    O PASTOR DAS OVELHAS João 10:1-6 (continuação)

    O pastor palestino tinha certos hábitos que o diferenciavam do de outras regiões. A fim de compreender bem esta imagem devemos ver esse pastor e a forma em que trabalhava.
    O equipamento do pastor era muito simples. Tinha sua bolsa. Esta era feita da pele de animal e a usava para levar comida. Não continha nada mais que pão, fruta seca, algumas azeitonas e queijo. Tinha uma funda. A habilidade de muitos homens da Palestina era tal que “atiravam com a funda uma pedra num cabelo e não erravam.” (Jz 20:16). O pastor usava a funda para defender-se e atacar, mas também, dava-lhe um uso estranho. Na Palestina não havia cães pastores e quando o pastor queria chamar uma ovelha que se afastou muito punha uma pedra na funda e a fazia cair justo frente ao focinho do animal que se estava afastando como advertência para que retornasse. Tinha um cajado. Era um pau de madeira, bastante curto. Em um extremo tinha uma cunha na qual se costumavam pregar os pregos. No extremo superior havia um corte através do qual passava um cordão. Este cordão se usava para pendurar o cajado do cinturão. O cajado era uma arma que empregava para defender-se a si mesmo e a seu rebanho contra os animais e os ladrões. Tinha sua vara. Esta era como o gancho do pastor. Podia usar para agarrar e fazer retornar qualquer ovelha que se afastava mais do conveniente. Ao cair o dia, quando as ovelhas voltavam ao redil, o pastor atravessava a vara na porta, perto do chão, e as ovelhas tinham que passar por baixo (Ez 20:37; Lv 27:32). À medida que passavam, o pastor olhava se tinham recebido algum golpe ou se tinham sido feridas durante o dia.

    A relação entre o pastor e as ovelhas da Palestina é muito peculiar. Em muitos países se criam ovelhas para sacrificá-las; na Palestina, ao contrário, se criam ovelhas em grande medida para obter lã. É por isso que as ovelhas podem estar durante anos com o pastor. Este está acostumado a lhes dar diferentes nomes com os quais descreve alguma de suas características: "pata marrom", "orelha negra".
    Na Palestina, os pastores caminhavam diante das ovelhas e estas o seguiam. O pastor ia na frente para assegurar-se de que o caminho era seguro e que não havia nenhum perigo. Às vezes tinha que alentar as ovelhas para que o seguissem.
    Uma viajante relata que em uma oportunidade viu um pastor que guiava a suas ovelhas chegar a um vau. As ovelhas resistiam a cruzar.

    Por fim o pastor solucionou o problema carregando um dos cordeiros. Quando a mãe viu sua cria do outro lado também cruzou; o resto do rebanho não demorou para seguir seu exemplo.

    É estritamente certo que as ovelhas conhecem e entendem a voz do pastor oriental e que jamais responderão à voz de um estranho.

    H. V. Morton nos dá uma bela descrição da forma em que o pastor fala com as ovelhas.

    "Às vezes lhes fala com voz elevada, seguindo algum tipo de ritmo e com uma linguagem estranha que não se parece com nenhuma outra. A primeira vez que escutei este idioma de ovelhas e cabras estava nas serras que jazem detrás de Jericó. Um pastor de cabras tinha descido a um vale e estava escalando a ladeira da serra de frente quando, ao dar a volta, viu que as cabras ficaram atrás para comer um pasto muito tenro. Elevou a voz e falou com suas cabras na mesma linguagem que Pão deve ter empregado para dirigir-se às montanhas da Grécia. Era estranho porque não tinha nenhum característico humano. As palavras eram sons animais dispostos em algum tipo de ordem. Logo que falou se ouviu um balido no rebanho e um ou dois animais voltaram suas cabeças em direção ao pastor. Entretanto, não o obedeceram.

    "Então o pastor gritou uma palavra e emitiu um som misturado com um tipo de risada. Imediatamente uma cabra que tinha um guizo ao redor do pescoço deixou de comer, abandonou o rebanho e trotou rumo ao vale, cruzou-o e subiu a outra serra. O homem, acompanhado por este animal, continuou caminhando e desapareceu depois de uma rocha. Em seguida estendeu o pânico no rebanho. Esqueceram-se do pasto. Buscaram o pastor com o olhar. Tinha desaparecido. Deram-se conta de que a cabra que levava o guizo já não estava ali. De longe chegou o estranho chamado do pastor e ao ouvi-lo o rebanho inteiro saiu em uma correria, cruzou o vale e subiu a serra” (H. V. Morton, In the Steps of the Master, págs. 154-155).

    W. M. Thomson, em seu livro The Land and the Book descreve a mesma imagem.

    "O pastor dá um guincho de vez em quando, para lhes recordar que está ali. Reconhecem sua voz e a seguem. Mas se aquele que grita é um estranho, ficam imobilizadas, levantam as cabeças assustadas e, se for repetir, saem correndo porque não reconhecem a voz de um estranho. Fiz a prova várias vezes.”

    Trata-se a mesma imagem que João descreve.

    H. V. Morton descreve uma cena que viu em uma cova perto de Belém. Dois pastores tinham reunido a suas ovelhas para passar a noite. Como as separariam? Um dos pastores se afastou um pouco e emitiu seu chamado peculiar que só suas próprias ovelhas conheciam. Em pouco tempo, todo o rebanho tinha deslocado para ele porque conheciam sua voz. Não se tivessem aproximado se se tratasse de qualquer outro, mas conheciam o chamado de seu próprio pastor.
    Um viajante do século XVIII relata de que maneira as ovelhas da Palestina dançavam, com distinto ritmo, quando escutavam um assobio ou uma melodia que seu próprio pastor interpretava na flauta.

    Todos os detalhes da vida do pastor arrojam luz sobre a imagem do Bom Pastor cuja voz suas ovelhas ouvem e cuja preocupação constante se dirige ao rebanho.

    A PORTA RUMO À VIDA

    João 10:7-10

    Os judeus não compreenderam o sentido do relato do Bom Pastor. Por isso Jesus abertamente, de maneira franca e sem rodeios, aplicou-o a si mesmo.
    Começou dizendo: "Eu sou a porta." Nesta parábola Jesus se referiu a duas classes de redis. Nas aldeias e nos povoados havia currais comunais nos quais se refugiavam todos os rebanhos da aldeia quando retornavam de noite. Estes currais estavam protegidas por uma porta muito forte cuja chave estava na mão do guardião da porta e de ninguém mais. A essa classe de curral é ao que se refere Jesus nos versos Jo 10:2 e 3. Mas quando as ovelhas estavam nas serras na estação cálida e não voltavam de noite para a aldeia, eram reunidas em currais construídos nas serras. Estes eram espaços abertos cercados por uma parede. Tinham uma abertura pela qual entravam e saíam as ovelhas mas careciam de qualquer espécie de porta. O próprio pastor se deitava através da abertura e nenhuma ovelha podia sair ou entrar sem passar por cima dele. No sentido mais literal, o pastor era a porta; não se podia ter acesso ao curral exceto através dele.

    Era nisso que Jesus pensava ao dizer: "Eu sou a porta." Através dele, e só através dele, os homens se encontram com Deus. "Por meio dele", disse Paulo, "os uns e os outros temos entrada por um mesmo Espírito ao Pai" (Ef 2:18). O autor disse aos hebreus, "Ele é o novo e vivo caminho" (He 10:20). Jesus abre o caminho rumo a Deus. Até Jesus chegar, os homens só podiam pensar em Deus de duas maneiras: no melhor dos casos, como um estranho e, no pior dos casos, como um inimigo. Mas Jesus precisou dizer e mostrar aos homens como era Deus e lhes abrir o caminho rumo a Ele. É como se Jesus nos apresentasse a Deus, coisa que jamais teríamos podido descobrir ou obter por nossa conta. Jesus abriu aos homens a porta que conduz para Deus. É a única porta através da qual os homens podem aproximar-se a Deus.

    A fim de descrever, em parte, o que significa esse acesso a Deus, Jesus emprega uma frase muito conhecida pelos hebreus. Diz que através dele podemos entrar e sair. A possibilidade de ir de um lado para outro sem problemas era a forma que tinham os judeus de descrever uma vida absolutamente segura e protegida. Quando um homem pode sair e entrar sem temor significa que seu país está em um estado de paz, que as forças da lei e a ordem exercem uma autoridade suprema e que desfruta de uma segurança perfeita em sua vida. O líder de uma nação deve ser alguém que possa sair diante deles e entrar diante deles (Nu 27:17). Ao referir-se ao homem que obedece a Deus se diz que é bendito quando entra e bendito quando sai (Dt 28:6). Um menino é alguém que ainda não é capaz de sair e entrar por seus próprios meios (1Rs 3:7). O salmista está seguro de que Deus guardará sua saída e sua entrada (Sl 121:8). Uma vez que o homem descobre, através de Jesus Cristo, como é Deus, experimenta um sentimento novo de segurança e amparo em sua vida. Se a vida estiver nas mãos de um Deus como esse, desaparecem os temores e as preocupações.

    Há uma grande diferença entre Jesus e os homens que o precederam. Jesus disse que esses eram ladrões e salteadores. É obvio que ao dizer isso não se referia à grande sucessão de profetas e de heróis. Fazia referência aos aventureiros que apareciam com freqüência na Palestina e prometiam uma idade de ouro àqueles que os seguissem. Todos eles eram revolucionários e insurretos. Criam que para chegar à idade de ouro os homens deveriam atravessar rios de sangue. Nesta mesma época, Josefo relata que houve dez mil desordens na Judéia; tumultos provocados por guerreiros. Fala de homens como os zelotes que não se importavam perder a própria vida e matar a seus seres queridos se com isso podiam cumprir seus planos de triunfo e conquista. O que diz Jesus é o seguinte: "Houve homens que afirmavam que eram líderes que Deus lhes enviava. Criam na guerra, no assassinato, na morte. Seu caminho só conduz cada vez mais longe de Deus. Meu caminho é o da paz, do amor e da vida. E meu caminho, se vocês se animarem a escolhê— lo, conduz cada vez mais perto de Deus."
    Houve e ainda há gente que pensa que terá que alcançar a idade de ouro por meio da violência, da luta de classes, do ódio, da destruição. A mensagem de Jesus é que o único caminho que conduz a Deus no céu e à idade de ouro na Terra é o caminho do amor.
    Jesus afirma que veio para que os homens tivessem vida e para que a tivessem com abundância. A frase que se emprega para expressar que a tenham em abundância é uma expressão grega que significa ter um excedente, uma superabundância de algo. Seguir a Jesus, saber quem é e o que significa é ter uma superabundância de vida.

    Conta-se a história de um soldado romano que se apresentou a Júlio César para lhe pedir permissão para suicidar-se e pôr fim a sua vida.. Era uma criatura desgraçada, triste, desanimada, sem a menor vitalidade. César o olhou. "Homem", disse, "alguma vez esteve vivo?"

    Quando tratamos de viver nossa própria vida, é-nos um pouco aborrecida, escura. Quando caminhamos junto a Jesus, quando reconhecemos sua presença em nossas vidas, estas se enchem de uma nova vitalidade, de uma superabundância de vida. Só quando vivemos com Cristo, a vida se converte em algo vale a pena viver e começar a vivê-la em todo o sentido do termo.

    O PASTOR VERDADEIRO E O PASTOR FALSO João 10:11-15

    Esta passagem estabelece o contraste entre o bom pastor e o mau pastor, o pastor leal e o pastor desleal. Na Palestina, o pastor era o único responsável pelas ovelhas. Se a estas acontecia algo, tinha que apresentar algum tipo de prova para demonstrar que não tinha sido culpa dela. Amós diz que o pastor resgata da boca de um leão duas pernas ou a ponta de uma orelha (Am 3:12). A Lei estabelecia: “Se for dilacerado, trá-lo-á em testemunho disso” (Ex 22:13).

    A idéia é que o pastor devia levar uma prova de que a ovelha tinha morrido e que ele tinha sido incapaz de evitá-lo. Davi relata a Saul que quando cuidava as ovelhas de seu pai lutava contra o leão e o urso (I Samuel 17:34-36). Isaías fala do grupo de pastores que foram chamados para lutar contra o leão (Is 31:4). Para o pastor, o mais natural do mundo era arriscar sua vida por seu rebanho. Às vezes o pastor tinha que fazer algo mais que arriscar sua vida pelas ovelhas, devia entregar sua vida por elas. Isto acontecia em particular quando os ladrões e os salteadores se aproximavam para atacar o rebanho.

    Em seu livro The Land and the Book, o Dr. W. M. Thomson escreve: "Ouvi com profundo interesse suas descrições gráficas das lutas cruéis e desesperadas com estas bestas selvagens. E quando o ladrão e o salteador se aproximam (coisa que fazem, por certo! o pastor está

    acostumado a ter que arriscar sua vida para defender o rebanho. Conheci mais de um caso no qual entregou a vida na luta. Um pobre moço lutou a primavera passada entre Tiberíades e Tabor, contra três salteadores beduínos até que o destroçaram com suas armas e morreu entre as ovelhas que defendia”.

    O pastor autêntico jamais titubeia em arriscar, e até oferecer, a vida por suas ovelhas.

    Mas, por outro lado, também havia o pastor falso e desleal. A diferença é a seguinte. O verdadeiro pastor nascia para desempenhar sua tarefa. Era enviado a cuidar o rebanho logo que tinha a idade suficiente para fazê-lo. A vocação de pastor ia desenvolvendo-se nele: as ovelhas se convertiam em suas amigas e companheiras e assumiam como algo natural o fato de pensar nas ovelhas antes que em si mesmo. O falso pastor, ao contrário, ocupava-se do rebanho não como vocação mas sim como um meio de ganhar dinheiro. A única e exclusiva razão pela qual se ocupavam das ovelhas era para cobrar dinheiro. Até podia ser alguém que foi às montanhas porque a cidade lhe resultava muito hostil. Não tinha noção da importância e da responsabilidade inerentes a seu chamado. Era um mercenário. Os lobos constituíam uma ameaça para o rebanho. Jesus disse que enviava a seus discípulos como ovelhas em meio de lobos (Mt 10:16). Paulo advertiu aos anciãos de Éfeso que chegariam lobos rapaces que não perdoariam às ovelhas (At 20:29). Estes lobos atacavam e o pastor mercenário abandonava tudo para salvar sua própria vida. Zacarias assinala como característica de um pastor falso o fato de que não faz nenhum esforço para reunir as ovelhas dispersas (Zc 11:6).

    Em uma oportunidade, o pai de Carlyle usou esta imagem de maneira amarga. No Ecclefechan tinham problemas com o ministro e se tratava da pior espécie de problemas, um problema de dinheiro. O pai de Carlyle ficou de pé e disse com acuidade: "Dêem seu salário ao mercenário e deixem-no ir."
    A idéia central de Jesus é que o homem que só trabalha pela recompensa pensa mais no dinheiro que em qualquer outra coisa. O homem que trabalha por amor pensa mais nas pessoas às quais busca servir que em qualquer outra coisa. Jesus era o Bom Pastor que amou de tal modo a suas ovelhas que estava disposto a arriscar, e até a entregar sua vida por elas.
    Podemos assinalar dois detalhes mais antes de passar a outra passagem. Jesus se descreve a si mesmo como o bom pastor. Agora, o grego tem duas palavras para expressar bom. A palavra agathos que descreve a qualidade moral de algo. A palavra kalos que assinala que a coisa ou a pessoa não só é boa mas também na bondade há uma qualidade de atração, de beleza, que a convertem em algo formoso. Quando se diz que Jesus é o bom pastor a palavra que se emprega é kalos. Em Jesus há algo mais que eficiência, mais que fidelidade; há uma certa formosura. Às vezes, nos povos, a gente fala do bom doutor. Quando o dizem, não se referem somente à eficiência e à habilidade do médico, fazem referência à simpatia, a bondade, a gentileza que o acompanham e que o fazem granjear a amizade de todos. Na imagem de Jesus como o bom pastor há um elemento de beleza além de força e poder.

    O segundo detalhe é o seguinte. Na parábola, o rebanho é a Igreja de Cristo. Este rebanho se vê ameaçado por um duplo perigo. Está constantemente exposto ao ataque do exterior por parte dos lobos, dos salteadores e dos saqueadores. Sempre está exposto a ter problemas em seu interior provocados pelo falso pastor. A Igreja corre um duplo perigo. Sempre a atacam de fora. Está acostumada a sofrer a tragédia de uma má liderança, do desastre dos pastores que concebem seu chamado como uma carreira e não como uma forma de serviço. O segundo perigo é o pior porque se o pastor for fiel e bom, o rebanho é forte para resistir os ataques do exterior. Pelo contrário, se o pastor for infiel e só está por causa do dinheiro, os inimigos exteriores podem penetrar e destruir o rebanho. O elemento fundamental da Igreja é uma liderança baseada no exemplo de Jesus Cristo.

    A UNIDADE FINAL

    Jo 10:16

    Uma das coisas das quais é mais difícil desprender-se é o sentimento de exclusividade. Quando um povo, ou um grupo dentro de um povo, consideram que gozam de um privilégio especial e que são diferentes do resto das pessoas, é-lhes muito difícil dar-se conta de que os privilégios que consideravam exclusivos estão abertos a todos os homens. Isso foi algo que os judeus nunca aprenderam. Criam que eram o povo eleito de Deus e que Deus não queria nenhum relacionamento com outra nação ou grupo humano. Consideravam que, no melhor dos casos, o destino de outros povos era ser escravos dos judeus e, no pior, ser eliminados e apagados do mundo. No entanto, aqui está Jesus afirmando que chegará o dia quando reunirá a todos os homens e todos o reconhecerão como seu pastor.
    Nem sequer o Antigo Testamento carece de visões desse dia. Um grande profeta a quem conhecemos com o nome do Isaías teve esse mesmo sonho. Estava convencido de que Deus tinha posto a Israel como luz das nações (Is 42:6; Is 49:6; Is 56:8). Sempre houve vozes isoladas que insistiram em que Deus não era propriedade exclusiva do povo de Israel mas sim o destino desse povo era fazer conhecer a Deus a todos os homens.

    À primeira vista, pode parecer que no Novo Testamento se expressam duas opiniões sobre este tema. Pode ocorrer que algumas passagens nos surpreendam e nos preocupem quando as lemos. Segundo o relato de Mateus, quando Jesus enviou a seus discípulos a pregar, disse-lhes: “Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; mas, de preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10:5-6). Quando a mulher cananéia implorou a ajuda de Jesus, sua primeira resposta foi que não tinha sido enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 15:24). Mas há muitos argumentos que indicam o contrário. O próprio Jesus permaneceu e ensinou em Samaria (Jo 4:40). Declarou que o fato de ser descendente de Abraão não era uma garantia para entrar no Reino (Jo 8:39). Jesus falava de um centurião romano ao dizer que jamais havia visto semelhante fé em Israel (Mt 8:10). O único que voltou para agradecer foi um leproso samaritano (Lc 17:19). Foi o viajante samaritano quem demonstrou a bondade que todos os homens devem copiar (Lc 10:37). Muitos viriam do Leste e do Oeste, do Norte e do Sul para sentar-se no Reino de Deus (Mt 8:11; Lc 13:28). A ordem final foi que deviam sair a pregar o evangelho a todas as nações (Mc 16:5: Mt 28:19).

    Jesus não era a luz dos judeus e sim a luz do mundo (Jo 8:12). A que se deve esta diferença? Qual é a explicação das afirmações que parecem limitar a obra de Jesus aos judeus? Em realidade, a explicação é muito singela. O fim último de Jesus era ganhar o mundo para Deus. Mas qualquer capitão sabe que ao princípio deve restringir seus objetivos. Se busca atacar em uma frente ampla, se se propõe golpear em todas partes de uma vez, a única coisa que consegue é dispersar sua força, atomizar seu poder e não triunfa em nenhuma parte. Para obter uma vitória final completa deve começar concentrando suas forças sobre certos objetivos determinados e circunscritos. Isso foi o que Jesus fez. Quando veio e quando enviou a seus discípulos, escolheu de maneira premeditada o objetivo limitado. Se tivesse ido a todas partes e se tivesse enviado a seus discípulos a todos os lados sem impor limitações a sua esfera de ação, não teria sucedido nem conseguido nada. Nesse momento, concentrou-se com plena consciência e predeterminação, no povo judeu, mas seu objetivo final era reunir o mundo inteiro sob seu amor.

    Esta passagem contém três grandes verdades.

    1. O mundo pode converter-se em um só unicamente por meio de Jesus Cristo.

    Edgerton Young foi o primeiro missionário que se aproximou dos corte vermelhas. Saiu a seu encontro no Saskatchewan e lhes falou sobre o amor de Deus Pai. Para os indígenas foi como uma nova revelação.

    Quando o missionário terminou de pronunciar sua mensagem, um velho cacique disse: "Quando você falou há pouco do grande Espírito, eu o ouvi dizer 'Nosso Pai'?" "Sim", respondeu Edgerton Young. "Para mim isso é muito novo e muito agradável", disse o cacique. "Nunca pensamos no grande Espírito como um Pai. Nós o ouvimos no trovão, o vimos no raio, na tempestade e no vento e sentimos medo. Por isso quando você nos diz que o grande Espírito é nosso Pai, é-nos muito bonito". O ancião fez uma pausa e logo prosseguiu enquanto um raio de glória lhe iluminou o rosto. "Missionário, disse que o grande Espírito é seu Pai?" "Sim", respondeu o missionário. "E você disse que é o Pai dos índios?” prosseguiu o cacique. "Isso disse", respondeu o missionário. "Então", disse o ancião cacique, como alguém a quem lhe revelou uma grande alegria, ”Você e eu somos irmãos!”

    A única unidade possível para os homens radica em que são filhos de Deus. No mundo, existem divisões entre uma nação e outra; dentro da nação há divisões entre as classes sociais. Nunca pode haver uma só nação, uma só classe. A única coisa que pode transpor as barreiras e fazer desaparecer as diferencia é o evangelho de Jesus Cristo que fala com os homens sobre a paternidade universal de Deus.

    1. Em algumas traduções da Bíblia se comete um engano de tradução neste versículo. Diz-se: "Haverá um só rebanho e um só pastor." O engano se remonta a Jerônimo e à Vulgata. E sobre essa tradução incorreta a Igreja de Roma baseia seu ensino no sentido de que, visto que há um só rebanho só pode haver uma Igreja, a Igreja Católica Romana, e que não existe a salvação fora dela. Mas não há a menor dúvida de que a tradução correta é: "Haverá um rebanho e um pastor, ou, melhor ainda, "Converter-se-ão em um rebanho e haverá um pastor."

    A unidade não provém do fato de que se obriga a todas as ovelhas a entrar num mesmo redil mas sim todas as ovelhas ouvem, respondem e obedecem a um só pastor. Não se busca uma unidade eclesiástica mas sim a unidade que provém da lealdade a Jesus Cristo.
    Um exemplo humano ilustra isto de maneira clara. A Comunidade Britânica de Nações não é uma unidade na qual cada nação tem o mesmo sistema de governo e obedece à mesma administração. Os países que compõem a comunidade são independentes; podem fazer o que querem, têm seus próprios governos, mas estão unidos por uma lealdade comum à Rainha e à Coroa.
    O fato de que há um rebanho não significa que não pode haver mais que uma Igreja, uma forma de culto, um sistema de administração eclesiástica. O que significa é que todas as Igrejas estão unidas por e em uma lealdade comum a Jesus Cristo. A unidade cristã não se baseia na obediência a algum tipo de procedimento eclesiástico, baseia-se sobre a lealdade a uma pessoa: Jesus Cristo.

    1. Mas esta frase de Jesus se converte em algo muito pessoal: um sonho que podemos ajudar a converter em realidade para todos. Os homens não podem ouvir se carecerem de um pregador. As outras ovelhas não se podem unir ao rebanho se não haver quem sai para buscá— las. Aqui nos apresenta a tremenda tarefa missionária da Igreja. E não podemos vê-la só como missões estrangeiras. Se conhecermos alguém, aqui e agora, que está fora do amor de Cristo, Cristo o quer para si e devemos agradá-lo. Seu sonho depende de nós. Somos nós aqueles que podemos ajudá-lo a converter o mundo em um rebanho cujo pastor é Cristo.

    A ESCOLHA DO AMOR

    João 10:17-18

    Há poucas passagens no Novo Testamento que em tão poucas palavras nos digam tanto sobre Jesus.

    1. Diz-nos que Jesus viu toda sua vida como um ato de obediência a Deus. Deus lhe tinha encomendado uma tarefa e estava disposto a levá— la a cabo até suas últimas conseqüências, inclusive se isso incluía a morte. Jesus mantinha uma relação única com Deus. A única forma na qual podemos descrevê-la é dizendo que era o Filho de Deus. Mas a relação não lhe dava o direito de fazer o que quisesse; baseava-se sobre o fato de que, qualquer que fosse o preço, sempre fazia a vontade de Deus. Para Jesus, o fato de ser o Filho de Deus era de uma vez o maior dos privilégios e a maior responsabilidade. Para ele, e para nós, o fato de ser filhos de Deus só pode basear-se na obediência.
    2. Diz-nos que Jesus sempre viu a cruz e a glória juntas. Nunca duvidou de que devia morrer, tampouco duvidou de que ressuscitaria. A razão desta certeza radicava na confiança que Jesus depositava em Deus. Jamais creu que Deus o abandonaria. Cria que, sem dúvida alguma, a obediência a Deus lhe reportaria sofrimento, mas também cria que essa obediência significaria a glória. Mais ainda, cria que esse sofrimento era momentâneo e que a glória era eterna. Toda a vida se baseia sobre o fato de que algo que vale a pena obter-se requer sacrifícios. Deve pagar-se um preço por tudo. O conhecimento só se obtém por meio do estudo; a habilidade em qualquer técnica ou artesanato só se obtém com a prática; a capacidade em qualquer esporte só se obtém com o treinamento e a disciplina. O mundo está cheio de gente que perdeu a oportunidade de cumprir o seu destino porque não estava disposta a pagar o preço que este lhe impunha. Ninguém pode escolher o caminho fácil e alcançar algum tipo de glória ou grandeza. Ninguém pode optar pelo caminho difícil e não alcançar a glória e a grandeza.
    3. Diz-nos de maneira inconfundível que a morte de Jesus foi absolutamente voluntária. Isso é algo que Jesus repete uma e outra vez. No jardim obrigou a seu defensor a guardar a espada. Se quisesse, poderia convocar as legiões do céu para defendê-lo (Mt 26:53). Quando se defrontou com Pilatos, Jesus deixou bem claro que não era Pilatos quem o condenava mas foi Jesus quem aceitava a morte (João 19:9-10). Jesus não foi uma vítima das circunstâncias. Não foi como um animal a quem se arrasta ao sacrifício contra sua vontade e que se debate nos braços do sacerdote sem saber o que acontece. Jesus entregou sua vida voluntariamente porque escolheu fazê-lo.

    Conta-se que durante a Primeira Guerra Mundial havia um soldado francês muito ferido. Tinha o braço tão destroçado que era preciso amputar. Era um magnífico exemplo de virilidade e o cirurgião se sentia dolorido ao pensar que o jovem teria que ir pela vida com um só braço. Esperou junto à cama até que recuperou a consciência para lhe dar a má notícia. Quando o moço abriu os olhos, o cirurgião lhe disse: "Sinto lhe dizer que perdeu o braço." "Senhor", respondeu o jovem, "não o perdi; entreguei-o pela França."

    Jesus não caiu indefeso em uma série de circunstâncias das quais não se pôde liberar. Além de qualquer outra coisa, independentemente de qualquer poder e ajuda divina que poderia ter solicitado, é evidente que, até o último momento, pôde ter retrocedido salvando assim sua vida. Não perdeu sua vida; entregou-a. Não o mataram; escolheu morrer. Não lhe foi imposto a cruz, aceitou-a voluntariamente, por nós.

    LOUCO OU FILHO DE DEUS

    João 10:19-21

    As pessoas que ouviram a Jesus nesta oportunidade se defrontavam com o mesmo dilema diante do qual sempre se encontram os homens. Jesus era um louco megalomaníaco ou era o Filho de Deus. Não há forma de escapar a essa opção. Se alguém falar a respeito de Deus e de si mesmo como o fez Jesus cabem duas possibilidades: ou essa pessoa está completamente transtornada ou tem uma razão profunda para fazê-lo. As afirmações de Jesus podem atribuir-se ou à loucura ou à divindade. Como podemos estar seguros de que essas afirmações eram justificadas e que não provinham do maior dos farsantes?

    1. As palavras de Jesus não pertencem a um louco. Poderíamos mencionar uma testemunha atrás de outra para demonstrar que os homens sempre foram muito conscientes de que o ensino de Jesus corresponde a maior prudência.

    Em um livro chamado What 1 Believe, algumas pessoas escreveram aquelas crenças que consideravam fundamentais. Lionel Curtem afirmou que cria que o objetivo da humanidade deveria ser converter o mundo no que ele denomina a Comunidade de Deus. Continua dizendo, "Quando me perguntam o que quero dizer com esta comunidade, respondo: 'O Sermão da Montanha reduzido a princípios políticos.' "

    A Senhora Chiang Kai-shek disse: "Como temos que obedecer os postulados da lei moral a fim de construir um mundo mais moral? Minha resposta, e a resposta absoluta, em minha opinião, é o Sermão da Montanha."
    A verdade é que o testemunho de pensadores e pensadoras de todas as épocas assinalam que o ensino de Jesus é a única coisa corda que leva prudência a um mundo enlouquecido. É a única voz que pronuncia o bom sentido de Deus em meio do desespero humano. Não há o menor rastro de loucura nisso.

    1. Os atos de Jesus não são os de um louco. Curou os doentes, deu de comer os famintos, consolou aos afligidos. A loucura do megalômano é egoísta. Busca sua glorifica e prestígio. A vida de Jesus, ao contrário, estava dedicada a servir a outros. Como diziam os próprios judeus, um homem louco não poderia abrir os olhos dos cegos.
    2. O efeito que Jesus tem não é aquele que corresponde a um louco. A realidade inegável é que o poder de Jesus mudou a vida de milhões e milhões de pessoas; milhares de fracos se fortaleceram, pessoas egoístas se esqueceram de si mesmos, gente fracassada triunfou, pessoas afligidas se acalmaram, homens maus se tornaram bons. Não é a loucura quem produz semelhante mudança, é a sabedoria e a prudência perfeitas.

    A opção continua vigente: Jesus era louco ou divino. E não existe a pessoa honesta que possa analisar os testemunhos e chegar a outra conclusão que não seja a de que o que Jesus trouxe para o mundo não foi uma loucura alucinada e sim a prudência perfeita de Deus.

    A AFIRMAÇÃO E A PROMESSA

    João 10:22-28

    João começa dando-nos o lugar e a data desta discussão A data era a festa da dedicação. Esta era a festividade judia de mais recente instituição. Às vezes era denominada a festa das luzes. O nome judeu era Hanukkah. Celebrava-se no dia 25 do mês judeu chamado kislev. Este mês corresponde a dezembro, de maneira que a festa caía muito perto de nossa celebração do Natal. Os judeus do mundo inteiro continuam celebrando tal festa até o dia de hoje.

    A origem da festa da dedicação se encontra em uma das épocas mais sublimes de sofrimento e heroísmo da história judia. Havia um rei da Síria chamado Antíoco Epifanes que reinou desde 175 até 164 A. C. Amava e venerava tudo que fosse grego. Decidiu eliminar a religião judia para sempre e introduzir os costumes, as idéias, a religião e os deuses gregos na Palestina. A princípio, tentou levá-lo a cabo mediante uma penetração pacífica de idéias. Alguns judeus receberam estas novidades de bom grado, mas a maioria se manteve tenazmente fiel à sua fé ancestral.
    No ano 170 A. C. se desencadeou a tormenta. Nesse ano Antíoco atacou Jerusalém. Afirma-se que morreram 80:000 judeus e outros tantos foram vendidos como escravos. Roubaram-se 1.800 talentos do tesouro do templo. Possuir uma cópia da Lei ou circuncidar um menino se converteram em ofensas muito graves. As mães que ousavam circuncidar seus filhos eram crucificadas com o menino pendurado ao redor do pescoço. Os pátios do templo foram profanados, as habitações do templo se converteram em bordéis. Por último, Antíoco deu um passo terrível: converteu o grande altar das ofertas em um altar ao Zeus Olímpico e ofereceu carne de porco aos deuses pagãos. Poluíram-se os pátios do templo de forma tremenda e com absoluta deliberação. Foi então quando Judas Macabeu e seus irmãos se levantaram para levar a cabo uma luta heróica pela liberdade de seu povo. No ano 164 se obteve a vitória; esse ano se limpou e se purificou o templo. Reconstruiu-se o altar e se substituíram as vestimentas e os utensílios depois de quatro anos de contaminação. A festa da dedicação se instituiu para comemorar essa purificação do templo. Judas Macabeu estabeleceu que "cada ano, ao seu devido tempo e durante oito dias a contar do vinte e cinco do mês de Kislev, celebrasse com alvoroço e regozijo o aniversário da dedicação do altar" (1 Macabeus 4:59). É por isso que se havia acostumado a chamar a festividade de festa da dedicação do altar ou da Comemoração da purificação do templo.
    Entretanto, já vimos que tinha outro nome. Era costume denominá— la a festa das luzes. Havia uma grande iluminação no templo e também em cada lar judeu, coisa que se pode ver até na atualidade. Ficavam luzes na janela de cada casa judia. Segundo Shamai, ficavam oito luzes na janela e cada dia se apagava uma até que só ficava acesa a do último dia. Segundo a versão do Hillel, acendia-se uma luz o primeiro dia e se adicionava uma cada dia até que o último dia estavam acesas as oito luzes. Ainda podemos ver as luzes no lar de qualquer judeu piedoso.
    Estas luzes tinham dois sentidos. Em primeiro lugar, afirmava-se que com elas se recordava que a primeira vez que se celebrou a festa a luz da liberdade tinha retornado a Israel. Em segundo lugar, remontavam a uma lenda muito antiga. Contava-se que quando se purificou o templo e era preciso acender o grande candelabro dos sete braços, só se encontrou um pequeno cântaro com azeite para as lâmpadas que tinha escapado à contaminação. Estava intacto e conservava o selo com a marca do anel do sumo sacerdote. Segundo todas as medidas normais, o azeite que continha era suficiente apenas para acender as lâmpadas de um só dia. Entretanto, e devido a um milagre, durou oito dias até que se preparou o azeite novo segundo a fórmula correta e foi consagrado para seu uso sagrado. Portanto, afirmava-se que as luzes iluminavam o templo e os lares durante oito dias em comemoração desse cântaro que Deus tinha feito durar oito dias em lugar de um.

    Não deixa de ser significativo que deve ter sido muito perto deste período de iluminação quando Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo." No momento em que se acendiam todas as luzes da cidade em comemoração da liberdade que se obteve para adorar a Deus da única maneira correta, Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo, sou o único que pode iluminar os homens para que cheguem ao conhecimento e à presença de Deus."

    João também nos diz qual foi o lugar onde se desenvolveu esta discussão. Foi no pórtico de Salomão. Quando o povo ingressava nos recintos do templo, o primeiro pátio que encontrava era o dos gentios. Ao longo de dois de seus lados, estendiam-se duas colunatas magníficas chamadas o pórtico real e o pórtico de Salomão. Tratava-se de fileiras de esplêndidos pilares de quase doze metros de altura, cobertas. O povo caminhava por ali para orar e meditar. Os rabinos passeavam pelos pórticos enquanto conversavam com seus discípulos e expor as doutrinas da fé. Ali era onde Jesus caminhava porque, como diz João com um toque pictórico, "era inverno". De maneira que a discussão se desenvolveu neste momento de comemoração e ação de graças nacional, e entre os rabinos e seus discípulos.

    A AFIRMAÇÃO E A PROMESSA João 10:22-28 (continuação)

    Enquanto Jesus caminhava pelo pórtico de Salomão os judeus se aproximaram. "Durante quanto tempo", perguntaram-lhe, "manterá-nos em suspense? nos diga abertamente é ou não é o Ungido de Deus que este nos prometeu?" Não há a menor dúvida que havia duas posições por trás dessa pergunta. Havia aqueles que, autenticamente, queriam saber a verdade. Estavam ansiosos pela expectativa. Sua idéia sobre o Ungido de Deus não seria semelhante a de Jesus. Mas estavam desejosos de saber se por fim tinha chegado o Salvador prometido e longamente esperado. Mas também havia os outros, e eles formularam a pergunta como uma armadilha. Queriam cercar Jesus para que pronunciasse uma afirmação que logo pudessem tergiversar; já seja para convertê-la em uma blasfêmia da que se podiam ocupar seus próprios tribunais ou para acusá-lo de insurreição, em cujo caso seria o governador romano quem se ocuparia do problema.

    A resposta de Jesus foi que já lhes havia dito quem era. É certo que não o tinha feito abertamente. Segundo a versão de João, as duas grandes afirmações de Jesus se pronunciaram em particular. Revelou-se à mulher samaritana como o Messias (Jo 4:26) e ao cego de nascimento tinha dito que era o Filho de Deus (Jo 9:37). Não obstante, há certas afirmações que não é necessário expressar em palavras, em especial quando o público que as recebe está qualificado e capacitado para recebê-las. Havia duas coisas que livravam de toda dúvida a afirmação de Jesus mesmo se a pronunciasse ou não. Em primeiro lugar, suas ações. O sonho do Isaías sobre a idade de ouro era o seguinte: “Então, se abrirão os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará" (Isaías 35:5— 6). Isso era exatamente o que estava fazendo Jesus. Cada um de seus milagres era uma afirmação que exclamava pessoalmente que tinha chegado a idade de Deus, que tinha vindo o Messias. Em segundo lugar, suas palavras. Moisés tinha prometido e profetizado que Deus levantaria o profeta a quem se deveria ouvir (Dt 18:15).

    O mesmo acento de autoridade que continham as palavras de Jesus, a maneira em que deixou de lado a Lei antiga e pôs seus próprios ensinos em seu lugar, indicavam com toda clareza que Deus falava por meio dEle, que nEle tinha chegado aos homens a voz encarnada de Deus. Qualquer um que ouvia Jesus falar e via Jesus agir, não necessitava nenhuma afirmação verbal. As palavras e as ações de Jesus eram uma afirmação contínua de que Ele era o Ungido de Deus.
    Mas a grande maioria dos judeus não tinham aceito essa afirmação. Como vimos, as ovelhas da Palestina conheciam o chamado especial de seu próprio pastor e respondiam a ele. Pertenciam ao pastor e conheciam sua voz. Estes judeus não pertenciam ao rebanho de Jesus. Atrás de todo o Quarto Evangelho aparece uma doutrina da predestinação. As coisas aconteciam todo o tempo tal como Deus as tinha previsto.
    O que João diz, em realidade, é que estes judeus estavam predestinados a não seguir e não responder a Jesus. De uma ou outra maneira todo o Novo Testamento mantém um equilíbrio entre duas idéias opostas: o fato de que tudo se desenvolve segundo o plano de Deus e, entretanto, tudo acontece de maneira tal que o responsável é o livre arbítrio do homem. Estes judeus se desenvolveram de maneira tal que estavam predestinados a não aceitar a Jesus. Entretanto, tal como o João vê, isso não significa que serão condenados.
    Não obstante, embora eles não aceitavam a Jesus havia aqueles que estava dispostos a aceitá-lo. E a eles, Jesus ofereceu e prometeu três coisas.

    1. Prometeu-lhes a vida eterna. Prometeu-lhes a possibilidade de perceber uma amostra dessa vida que é própria de Deus. Prometeu-lhes que se o aceitavam como Mestre e Senhor, se eles se uniam a seu rebanho, toda a pequenez da vida terrestre desapareceria e conheceriam o esplendor e a magnificência da vida de Deus.
    2. Prometeu-lhes uma vida que não teria fim. Jamais pereceriam. Para eles, a morte não significaria nada; não seria o fim e sim o começo. Jamais desapareceriam ou penetrariam nas trevas. Conheceriam a glória da vida indestrutível.
    3. Prometeu-lhes uma vida segura. Nada os poderia arrancar de sua mão. Isto não significava que seriam livres da dor, o sofrimento ou a morte. Significava que no momento mais amargo e na hora mais escura continuariam sendo conscientes dos braços eternos que os rodeavam e os sustentavam. Conheceriam uma segurança que todos os perigos e os alarmes do mundo não poderiam fazer naufragar. Até em um mundo que se desmoronada rumo ao desastre, eles conheceriam a serenidade de Deus.

    A GRANDE CONFIANÇA E A TREMENDA AFIRMAÇÃO

    João 10:29-30

    Esta passagem nos mostra tanto a grande confiança de Jesus como sua tremenda afirmação a respeito de si mesmo.
    A confiança de Jesus buscava a origem de todas as coisas em Deus. Logo tinha falado sobre suas ovelhas e seu rebanho. Acabava de dizer que nunca ninguém arrebatará a suas ovelhas de sua mão, que Ele é o pastor que sempre manterá a salvo as ovelhas. À primeira vista e se ficasse ali, teria parecido que Jesus cifrava toda sua confiança em sua própria atração e em seu poder de liderança. Mas agora vemos o outro lado. Foi seu Pai quem lhe deu as ovelhas; tanto Ele como suas ovelhas estão a salvo na mão de seu Pai. Jesus estava tão seguro de si mesmo porque estava muito seguro de Deus. A atitude de Jesus rumo à vida não era de confiança em si mesmo mas sim de confiança em Deus. Jesus estava seguro não por seu próprio poder mas sim pelo poder de Deus. Jesus não duvidava da segurança e da vitória finais não porque se atribuía todo o poder mas sim porque atribuía todo o poder a Deus.

    E agora chegamos à suprema afirmação. "Eu e o Pai somos um", disse Jesus. O que quis dizer com isso? Tratava-se de um mistério absoluto ou podemos entender pelo menos uma parte? Vemo-nos impelidos a interpretá-lo em termos de essência e hipóstase e todas as demais noções metafísicas e filosóficas sobre as quais lutaram, discutiram e brigaram aqueles que elaboraram os credos? Acaso é necessário ser um teólogo profundo e um filósofo para compreender sequer um fragmento do significado desta tremenda afirmação?
    Se nos remetermos à própria Bíblia para interpretar esta passagem descobriremos que é tão simples que até a mente mais simples o pode compreender. O que Jesus quis dizer ao afirmar que ele e o Pai são um? Nos adiantemos um pouco e leiamos João capítulo 17. Aí João nos fala sobre a oração que Jesus ensinou aos seus antes de ir rumo à morte. Orou assim: “Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós" (Jo 17:11). Aí fica claro que Jesus concebia a unidade entre os cristãos como algo idêntico à unidade entre Ele e seu Pai. Ele o expressa com a maior clareza. Na mesma passagem continua: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos" (João 17:20-22).

    Aí Jesus diz com simplicidade e clareza que ninguém pode duvidar que a meta final da vida cristã é que os cristãos devem ser um como o são Ele e seu Pai.

    Agora, qual é essa unidade que deve existir entre os cristãos? O que é o que faz que um cristão seja um com seu próximo? O segredo dessa unidade é o amor. “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros" (Jo 13:34). Os cristãos são um porque se amam uns aos outros. Do mesmo modo, Jesus é um com Deus por seu amor para com Deus.

    Mas podemos ir mais longe. Qual é a única prova e garantia do amor? Voltemos às palavras de Jesus. “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço" (Jo 15:10). “Se alguém me ama, guardará a minha palavra" (João 14:23-24). “Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14:15). “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama" (Jo 14:21).

    Este é o nó da questão. O laço de união é o amor; a prova do amor é a obediência. Os cristãos são um quando estão unidos pelo laço da unidade e quando obedecem as palavras de Cristo. Jesus é um com Deus porque obedeceu e amou a Deus como ninguém o fez antes. Sua unidade com Deus é uma união de amor perfeito que se manifesta em uma obediência perfeita.

    Quando Jesus disse: "Eu e o Pai somos um", não se estava movendo no mundo da filosofia, da metafísica e das abstrações; movia-se no âmbito das relações pessoais. Ninguém pode entender com clareza o que significa a frase "unidade de essência", mas qualquer um compreende o que significa a unidade de corações. A unidade de Jesus com Deus surgia de duas coisas: o amor perfeito e a obediência perfeita. Era um com Deus porque o amava e o obedecia à perfeição. E veio a este mundo para nos fazer igual a Ele.

    UM CONVITE À PROVA AMARGA

    João 10:31-39

    Para os judeus, a afirmação de Jesus de que ele e o Pai eram um constituía uma blasfêmia, um insulto contra Deus. Era a invasão da parte de um homem do lugar que pertencia exclusivamente a Deus. Tratava-se de um ser humano que afirmava ser igual a Deus. A Lei judia estabelecia que a blasfêmia se devia castigar com o apedrejamento. “Aquele que blasfemar o nome do SENHOR será morto; toda a congregação o apedrejará” (Lv 24:16). De maneira que os judeus se prepararam para apedrejar a Jesus. A frase grega significa, em realidade, que foram buscar pedras para lançar-lhe. Jesus saiu ao encontro de sua hostilidade com três argumentos.

    1. Disse-lhes que tinha passado todos os dias de sua vida fazendo coisas bonitas: curando os doentes, alimentando os famintos e consolando aqueles que sofriam. Estas ações estavam tão cheios de poder, beleza e ajuda que era evidente que provinham de Deus. Por qual dessas boas obras queriam apedrejá-lo? A resposta dos judeus foi que não era por nenhuma de suas obras que queriam apedrejá-lo mas sim pelas afirmações que fazia.
    2. Qual era essa afirmação? Afirmava ser o Filho de Deus. Jesus empregou dois argumentos para sustentar essa afirmação. O primeiro é estritamente judeu e nos é difícil entendê-lo. Citou o Sl 82:6. Esse salmo é uma advertência contra os juízes injustos. É uma advertência àquelas pessoas a quem foi confiado a função de juízes para que cessem em suas práticas injustas e defendam os pobres e os inocentes. O chamado termina assim: "Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo". Deus encarrega o juiz de levar seu ajuda e sua justiça aos homens. O juiz é Deus para os homens. Esta idéia aparece com toda clareza em algumas dos regulamentos de Êxodo. Êxodo 21:1-6 diz de que maneira o servo hebreu pode ficar livre ao sétimo ano. O versículo 6 diz: "Então seu amo o levará perante os juízes”. Mas na versão hebraica, a palavra que se traduz por juízes é elohim, que significa deuses. Em Ex 22:9,Ex 22:28 se usa a mesma expressão. Até as Escrituras, ao falar dos homens aos quais Deus encarregou uma tarefa, referiam-se a eles como deuses. Portanto, Jesus disse: "Se as Escrituras podem falar assim sobre os homens, por que não posso usar os mesmos termos para falar de mim mesmo?

    Jesus afirmou duas coisas a respeito de si mesmo.
    (a) Deus o santificou para cumprir uma tarefa especial. A palavra que designa santificar é hagiazein. Deste verbo procede o adjetivo hagios, que significa santo. Agora, esta palavra sempre indica a idéia de converter uma pessoa, um lugar ou uma coisa em algo diferente de outros porque é separada para um fim especial ou para cumprir uma tarefa determinada. Uma coisa ou uma pessoa é santa porque foi separada para cumprir uma tarefa que é diferente das tarefas comuns de todos os dias. É assim como o sábado, por exemplo, é santo (Ex 20:11). É distinto dos outros dias porque era separado para algo especial. O altar é santo (Lv 16:19). Não é igual a qualquer outra parte de pedra ou a qualquer outra estrutura porque foi construído e separado para um fim determinado. Os sacerdotes são santos (2Cr 26:18). São diferentes dos outros homens porque foram separados para cumprir um trabalho e uma tarefa especiais. O profeta é santo (Jr 1:5). É distinto dos outros homens porque lhe foi encomendada uma tarefa especial e diferente.

    Quando Jesus disse que Deus o tinha santificado, consagrado, quis dizer que Deus o tinha separado dos outros homens porque lhe tinha encomendado uma tarefa especial. O fato mesmo de que Jesus usasse esta palavra demonstra quão consciente era de que Deus lhe tinha encarregado um trabalho especial.

    (b) Jesus disse que Deus o enviou ao mundo. A palavra que se emprega é a que se aplicaria quando se fala de despachar um mensageiro, um embaixador, um exército ou uma brigada de trabalho. Quando Jesus empregou essa palavra demonstrou que não se via si mesmo tanto como alguém que tinha vindo ao mundo, mas sim como alguém que tinha sido enviado. Sua vinda foi um ato de Deus, veio para representar a Deus, veio para cumprir com a tarefa que Deus lhe encomendou.

    De maneira que Jesus disse: "Nos tempos da antiguidade a Escritura podia referir-se aos juízes como a deuses porque Deus lhes tinha encarregado que levassem sua verdade e sua justiça ao mundo. Agora, me separado de outros para cumprir uma tarefa especial. Deus me enviou ao mundo como podem objetar se digo ser o Filho de Deus? Só faço o mesmo que fazem as Escrituras." Busca-se um argumento bíblico cujo poder nos é difícil perceber. Entretanto, seria absolutamente convincente para qualquer rabino judeu. Tratava-se do tipo de argumentação, baseado sobre as palavras das Escrituras, que os rabinos usavam com maior prazer e que era quase impossível contradizer.

    1. Logo Jesus os convidou a passar por uma prova amarga. "Não lhes peço", disse, "que aceitem minhas palavras. O que sim lhes peço é que aceitem minhas obras". Qualquer um pode discutir a respeito das palavras; mas não há nenhuma discussão a respeito das obras. Qualquer um pode duvidar e discutir com todo direito sobre as afirmações que alguém faz a respeito de si mesmo; mas não pode discutir quando se enfrenta com as obras dessa mesma pessoa. Jesus é o mestre perfeito porque não baseia suas afirmações sobre o que disse e sim sobre o que é e o que faz. Convoca à prova amarga, a prova das obras. O convite que fez aos judeus foi que fundassem seu veredicto a respeito dele, não baseando-se em suas palavras e sim em suas obras. E todos os seus discípulos deveriam ser capazes de passar por essa prova. A tragédia da Igreja é que são muito poucos aqueles que podem fazê-lo, e menos ainda aqueles que podem convidar a outros a passar por ela.

    A PAZ QUE PRECEDE A TORMENTA

    João 10:40-42

    O tempo de Jesus chegava a seu fim, mas Jesus sabia qual era seu tempo. Não estava disposto a brincar com o perigo de maneira irresponsável e desperdiçar sua vida. Tampouco evitaria o perigo com covardia para conservar a vida. Mas desejava afastar-se para um lugar tranqüilo antes de enfrentar a luta final. Jesus sempre saía da presença de Deus para chegar à presença dos homens. Sempre se fortalecia e se preparava para encontrar-se com os homens mediante um encontro com Deus. Essa é a razão pela qual se retirou ao outro lado do Jordão Não estava escapando; preparava-se para o último combate.
    Entretanto, o lugar aonde foi é muito significativo. Foi ao lugar onde João estava acostumado a batizar; onde ele mesmo tinha sido batizado. Ali foi onde ouviu a voz de Deus que lhe assegurou que tomou o caminho reto e a decisão adequada. É muito o que se pode dizer sobre o homem que retorna de vez em quando ao lugar onde teve a maior experiência de sua vida.

    Quando Jacó estava na parte mais bravia de sua luta, quando todas as coisas andavam muito mal, voltou para Betel (Gênesis 35:1-5). Quando necessitava a Deus, retornou ao lugar onde encontrou a Deus. Antes do fim, Jesus retornou ao lugar onde se produziu o princípio. Em mais de uma ocasião, significaria um imenso bem para nossas almas se retornássemos ao lugar onde Deus nos encontrou e onde nós o encontramos.

    Apesar de que estava em um ponto afastado do Jordão, os judeus se aproximaram de Jesus e eles também pensaram em João. Recordaram que tinha falado com as palavras de um profeta mas não tinha feito obras maravilhosas. Viam que havia uma diferença entre Jesus e João. À proclamação de João, Jesus adicionava o poder de Deus. João tinha podido diagnosticar a situação; Jesus havia trazido o poder necessário para enfrentá-la. Estes judeus tinham considerado que João era um profeta. Agora viam que tudo o que João tinha profetizado sobre Jesus era certo. E muitos deles creram.

    Acontece com muita freqüência que o homem a quem se augurou um grande futuro e em quem muitos cifraram suas esperanças, defrauda esse futuro e frustra as esperanças. A grandeza de Jesus, ao contrário, radica em que inclusive superou o que João tinha anunciado. Jesus é a única pessoa que jamais defrauda àqueles que cifram suas esperanças nEle. É a única pessoa que faz com que os sonhos sempre se convertam em realidade.


    Dicionário

    Bom

    adjetivo Que tem o necessário para; que cumpre as exigências de: um bom carro; um bom trabalhador; um bom cidadão.
    Que expressa bondade: um bom homem.
    Que gosta de fazer o bem; generoso, caridoso: bom para os pobres.
    Indulgente; que demonstra afeto: bom pai; bom marido.
    Útil; que traz vantagem; que tem utilidade: boa profissão; boa crítica.
    Feliz, favorável, propício: boas férias; boa estrela.
    Violento, forte: um bom golpe, boa surra.
    Saudável; que deixou de estar doente: ficou bom da tuberculose.
    Confiável; que está de acordo com a lei: documento bom.
    Apropriado; que se adapta às situações: é bom que você não se atrase.
    Afável; que demonstra informalidade: bom humor!
    Em proporções maiores do que as habituais: um bom pedaço de carne.
    substantivo masculino Quem expressa bondade e retidão moral: os bons serão recompensados.
    Característica gratificante: o bom dele é seu amor pela família.
    interjeição Denota consentimento: Bom! Continue assim!
    Utilizado no momento em que se pretende mudar de assunto: bom, o negócio é o seguinte!
    Etimologia (origem da palavra bom). Do latim bonus.a.um.

    Bom V. RETIDÃO 1, (Sl 125:4); (Mt 5:45).

    Conhecido

    conhecido adj. 1. Que muitos conhece.M 2. De que se tem conhecimento; sabido. 3. Experimentado, versado. 4. Ilustre.

    Ovelhas

    Ovelhas Jesus empregou essa palavra de maneira simbólica para expressar sua compaixão e amor aos seres humanos desprovidos de bons pastores (Mt 9:36; 10,6) e à humanidade perdida que ele — o Bom Pastor que cuida realmente de suas ovelhas (Jo 10:1-27) — vem para redimir (Mt 18:12; Lc 15:4-6). Sua mansidão pode ser imitada pelos falsos profetas (Mt 7:15). Em sua missão evangelizadora, os discípulos assemelham-se às ovelhas em meio aos lobos (Mt 10:16; 26,31); em alguns casos, como o de Pedro, são chamados a ser pastores das outras ovelhas (Jo 21:16ss.).

    Pastor

    substantivo masculino Aquele cujo ofício consiste em guiar os animais no pasto.
    Religião Indivíduo que, no protestantismo, é nomeado por uma comunidade, para trabalhar como orientador espiritual.
    Religião Guia espiritual; sacerdote entre os protestantes.
    adjetivo Diz-se de uma raça canina que por natureza guarda e protege os rebanhos.
    Que possui modos de vida de pastor: sociedades pastoras.
    expressão Pastor Alemão. Cão que, de origem Alemã, possui a pelagem cinza, preta ou amarelada, geralmente treinado como cão policial.
    Etimologia (origem da palavra pastor). Do latim pastore.

    os pastores no oriente passam uma vida solitária. Eles vagueiam por lugares muito distantes das habitações, à procura de pastagens, e têm de proteger os seus rebanhos de dia e de noite. o pastor, logo de manhã, faz sair as ovelhas do seu aprisco de ligeira construção, e chamando-as as conduz – elas seguem-no ‘porque lhe reconhecem a voz’ (Jo 10:1-5). As ovelhas vão atrás do seu guardador, e como que o cercam às vezes com sua confiança naquele que as protege do terrível lobo. A água é objeto de grandes cuidados da parte do pastor. É por isso que os poços, como o de Berseba, e os ribeiros, são grandes recursos e centros de pastagens (Sl 23:2). À hora do meio-dia é costume dar de beber aos animais. No fato narrado em Gn 29, o principal incidente é a remoção da pedra de cima do poço, para que o rebanho de Raquel possa beber. Essa pesada pedra tinha ali sido colocada como proteção contra o pó e a areia. Mais tarde Moisés prestou ajuda semelhante às filhas de Jetro, deitando água nos bebedouros para as ovelhas. Até hoje é o poço geralmente o lugar de reunião no oriente. (*veja Poço.) Se acontece desgarrar-se uma ovelha do rebanho, é dever do pastor procurá-la até a encontrar (Ez 34:12Lc 15:4). os objetos que ordinariamente constituíam o equipamento do pastor eram um grande cajado, um curto e grosso bordão, e uma funda. À tarde, quando o pastor leva o rebanho para o aprisco, obriga as ovelhas a passar debaixo de uma vara, pela porta, observando cada animal que passa ao alcance da mão (Lv 27:32Jr 33:13Ez 20:37). Cumprindo a sua missão durante o dia, ainda tem que vigiar o rebanho durante a noite (Jo 10:3). o terno cuidado do pastor pelas ovelhas se patenteia na maneira como presta atenção aos fracos e enfermos membros do redil a seu cargo (Gn 33:13is 40:11). As relações entre Deus e o seu povo são assemelhadas às que existem entre o pastor e as suas ovelhas (Sl 23:1 – 80.1 – vejam-se as passagens messiânicas is 40:11Zc 13:7). Jesus a Si mesmo Se chama ‘o bom Pastor’ (Jo 10:11 – cp.com Hb 13:20 – 1 Pe 2.25). (*veja ovelhas).

    Pastor
    1) Guardador de gado (Gn 13:7).


    2) Governante (Jr 3:15).


    3) Deus (Sl 23:1) e Jesus (Jo 10:11).


    4) Ministro da igreja (Hc 13:17, RC; 1Pe 5:2).


    Pastor Ver Ovelhas.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ἐγώ εἰμί καλός ποιμήν γινώσκω ἐμός καί γινώσκω ὑπό ἐμός
    João 10: 14 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Eu sou o bom pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
    João 10: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Dezembro de 29
    G1097
    ginṓskō
    γινώσκω
    gastando adv de negação
    (not)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1699
    emós
    ἐμός
    pastagem
    (as in their pasture)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2570
    kalós
    καλός
    bonito, gracioso, excelente, eminente, escolhido, insuperável, precioso, proveitoso,
    (good)
    Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4166
    poimḗn
    ποιμήν
    tubo
    (in one piece)
    Substantivo


    γινώσκω


    (G1097)
    ginṓskō (ghin-oce'-ko)

    1097 γινωσκω ginosko

    forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 1:689,119; v

    1. chegar a saber, vir a conhecer, obter conhecimento de, perceber, sentir
      1. tornar-se conhecido
    2. conhecer, entender, perceber, ter conhecimento de
      1. entender
      2. saber
    3. expressão idiomática judaica para relação sexual entre homem e mulher
    4. tornar-se conhecido de, conhecer

    Sinônimos ver verbete 5825


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐμός


    (G1699)
    emós (em-os')

    1699 εμος emos

    do caso oblíquo de 1473 (1698, 1700, 1691); pron

    1. meu, etc.

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καλός


    (G2570)
    kalós (kal-os')

    2570 καλος kalos

    de afinidade incerta; TDNT - 3:536,402; adj

    1. bonito, gracioso, excelente, eminente, escolhido, insuperável, precioso, proveitoso, apropriado, recomendável, admirável
      1. bonito de olhar, bem formado, magnífico
      2. bom, excelente em sua natureza e características, e por esta razão bem adaptado aos seus objetivos
        1. genuíno, aprovado
        2. precioso
        3. ligado aos nomes de homens designados por seu ofício, competente, capaz, tal como alguém deve ser
        4. louvável, nobre
      3. bonito por razão de pureza de coração e vida, e por isso louvável
        1. moralmente bom, nobre
      4. digno de honra, que confere honra
      5. que afeta a mente de forma prazenteira, que conforta e dá suporte

    Sinônimos ver verbete 5893



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ποιμήν


    (G4166)
    poimḗn (poy-mane')

    4166 ποιμην poimen

    de afinidade incerta; TDNT - 6:485,901; n m

    1. vaqueiro, esp. pastor
      1. na parábola, aquele a cujo cuidado e controle outros se submeteram e cujos preceitos eles seguem
    2. metáf.
      1. oficial que preside, gerente, diretor, de qualquer assembléia: descreve a Cristo, o Cabeça da igreja
        1. dos supervisores das assembléias cristãs
        2. de reis e príncipes

          As tarefas do pastor no oriente próximo eram:

          ficar atentos aos inimigos que tentavam atacar o rebanho

          defender o rebanho dos agressores

          curar a ovelha ferida e doente

          achar e salvar a ovelha perdida ou presa em armadilha

          amar o rebanho, compartilhando sua vida e desta forma ganhando a sua confiança

          Durante a II Guerra Mundial, um pastor era um piloto que guiava outro piloto, cujo avião estava parcialmente danificado, de volta à base ou porta-aviões, voando lado a lado para manter contato visual.