Enciclopédia de João 4:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 4: 7

Versão Versículo
ARA Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
ARC Veio uma mulher de Samaria tirar água; disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
TB Uma mulher da Samaria veio tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
BGB Ἔρχεται γυνὴ ἐκ τῆς Σαμαρείας ἀντλῆσαι ὕδωρ. λέγει αὐτῇ ὁ Ἰησοῦς· Δός μοι πεῖν·
HD Vem uma mulher de Samaria tirar água. Jesus lhe diz: Dá-me de beber.
BKJ Então veio uma mulher de Samaria para tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
LTT Vem uma mulher, proveniente- de- dentro- da Samaria, para tirar água. Diz-lhe (pedindo) Jesus: "Dá-Me água para beber."
BJ2 Uma mulher da Samaria chegou para tirar água. Jesus lhe disse: "Dá-me de beber!"
VULG Venit mulier de Samaria haurire aquam. Dicit ei Jesus : Da mihi bibere.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 4:7

Gênesis 24:43 eis que estou junto à fonte de água; seja, pois, que a donzela que sair para tirar água e à qual eu disser: Ora, dá-me um pouco de água do teu cântaro,
II Samuel 23:15 E teve Davi desejo e disse: Quem me dera beber da água da cisterna de Belém que está junto à porta!
I Reis 17:10 Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; e, chegando à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; e ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, numa vasilha um pouco de água que beba.
Mateus 10:42 E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.
João 4:10 Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
João 19:28 Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 4 : 7
tirar
Lit. “extrair, puxar, tirar (líquido)”.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO

TOPOGRAFIA FÍSICA
UMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais 10:100 quilômetros quadrados, o que perfaz uma área total de aproximadamente 27.700 quilômetros quadrados. Desse modo, a área total do território é quase a mesma do estado de Alagoas, da Bélgica ou de Ruanda, ou ainda do lago Erie, nos Estados Unidos.
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.

UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.

UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn 10:16-18; 15:19-21; Ex 3:8-13.5; Nm 13:29; Dt 7:1-20.17; Js 3:10-12.8; 24.11; Jz 3:5-1Rs 9.20; cp. At 13:19). Na perspectiva da história colonialista, a terra foi conhecida por diversos nomes: Canaã, Palestina, Hatti, Djahy, Hurru, Retenu etc. Mas a ideia de variedade apresentada a seguir tem a ver com a topografia multiforme e diversificada da terra. Em seu eixo lateral, ela está dividida em pelo menos quatro zonas fisiográficas distintas.

PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is 17:10-11; 19:24-26); (2) a planície de Aco (a baía que tem forma de crescente e se estende ao redor do monte Carmelo; cp. Jz 4:13-16; 5.21); (3) a planície de Dor (uma faixa de terra bem estreita e situada entre o monte Carmelo e o rio Crocodilo; cp. Js 17:15-18); (4) a planície de Sarom (a área de terras baixas que vai do pântano do rio Crocodilo para o sul, até o Jarcom; cp. 1Rs 4:10-1Cr 5.16; 27.29; Is 33:9-35.2; 65.10; Ct 2:1); (5) a planície Filisteia (a região ao sul do larcom).
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn 20:26), nas narrativas patriarcais não há nenhuma referência a essa planície . Nenhuma das batalhas da ocupação israelita aconteceu ali, nenhuma área da planície foi habitada por Israel no início de sua ocupação , ali não havia cidades de refúgio e quase nenhuma das cidades levíticas, dali nenhum juiz nem profeta de Israel fez convocação ao povo, e nada aconteceu ali referente ao ministério registrado de Jesus.
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex 14:6; Dt 20:1; Js 11:4; Jz 1:19-4.3; 2Sm 1:6; observe-se também a proibição em Dt 17:16). Em contraste com as montanhas vizinhas, essa planície oferecia um terreno favorável ao uso de carros, inclusive a ataques-relâmpago, que não seriam barrados por grandes rochas ou terreno montanhoso. Aliás, há uma notável correspondência entre a área em que os cananeus conseguiam rodar seus carros e a área que Israel não conquistou durante o período de ocupação (Js 17:16-18). Ao mesmo tempo, essa abertura pode ajudar a explicar por que, depois do período bíblico, os filisteus não conseguiram sobreviver como entidade política nativa, ao passo que os israelitas, mais isolados, foram capazes de manter um sentimento duradouro de identidade nacional.
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.

CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5-2.
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm 29:31). A base da ponta da flecha se estende por cerca de 28 quilômetros, a partir dos arredores, ao norte de Jenin, até o monte Tabor e, desses dois pontos, estende-se por cerca de 32 quilômetros até seu vértice, logo a oeste de Jocneão e perto do rio Quisom, em cujo pântano o carro de Sísera ficou atolado (Jz 5:21; cf. SI 83.9). A ponta dessa flecha, às vezes chamada de planície de Megido (2Cr 35:22; Zc 12:11), é baixa e plana. A planície é coberta por uma camada extremamente grossa de terra preta, em alguns lugares com mais de 90 metros de profundidade, e que se formou com a decomposição e erosão de basaltos da Galileia. Enquanto a planície de Jezreel tinha muitos acessos, o acesso para a principal artéria de transporte, conhecida como Grande Estrada Principal era em Megido. Os vinte estratos arqueológicos dessa cidade refletem uma ocupação quase contínua até o início do período romano. Na verdade, a cidade de Megido, uma base militar permanente, teve enorme importância durante cada período de sua história, sem exceção; não é exagero afirmar que, do ponto de vista militar, foi um dos pontos mais estratégicos de todo o sudoeste do Crescente Fértil. A partir do final do quarto milênio a.C. até o próprio século 20, Megido tem sido palco de repetidos confrontos militares. Samaria. Ao sul de Jezreel fica o distrito montanhoso de Samaria - que, em termos de altitude, vegetação e clima, é uma área intermediária e de transição entre a Galileia e Judá. No extremo noroeste, devido à sua beleza (Ct 7:5) e fertilidade (Is 35:2; Jr 50:19), o monte Carmelo ("vinha/jardim de Deus") era proverbial na Bíblia. Nos textos antigos está amplamente atestado que o monte era lugar de um santuário? Foi talvez nesse contexto que o monte Carmelo serviu de cenário para a disputa religiosa de Elias com os profetas de Baal (1Rs 18:17-40) e, em outra ocasião, como lugar de retiro espiritual para Eliseu (2Rs 2:25-4.25). No extremo nordeste, a região montanhosa de Samaria também é conhecida como as montanhas de calcário de Gilboa. Outros montes de Samaria, o monte Ebal e o monte Gerizim, cercam o vale em que Siquém, a principal cidade, está localizada. Samaria é toda montanhosa, e os cumes de j. el-Qurein, j. 'Ayrukabba, j. 'en-'Ena e j. el-'Asur (Baal-Hazor, cp. 2Sm 13:23) dominam o horizonte.
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn 37:12-28). Outra depressão, a planície comprida e estreita de Mikhmetat, vai de Siquém para o sul, até ser interrompida pelo j. Rahwat.
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm 21:20-1Sm 26.1,2; cp. Mc 1:4). Espetáculo assustador de desolação, o deserto de Judá, também conhecido como lesimom, é um deserto verdadeiro E uma terra despovoada, deprimente, selvagem, rochosa e improdutiva, e praticamente sem nenhuma ocorrência de chuva (SI 63.1). Até mesmo os nômades beduínos dos dias de hoje tendem a evitar a aridez e o terreno irregular desse deserto. Em sua margem oriental, o deserto de Judá mergulha quase verticalmente até o vale do Jordão abaixo e em alguns lugares a descida chega a 1.350 metros. Entre Jericó e a ponta sul do mar Morto, existem mais de 20 desfiladeiros profundos que foram cavados por uádis. Contudo, no período bíblico, esses uádis eram estreitos e sinuosos demais para permitirem estradas importantes e, por esse motivo, Judá estava naturalmente isolada no lado oriental. O profeta Isaías anunciou, porém, um tempo em que até a topografia contorcida e acidentada do deserto de Judá será endireitada e nivelada e todos os lugares escarpados serão aplanados (Is 40:3-4; ср. 41:18-20; 51.3).
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt 1:7; Js 9:1-10.40; 12.8; Iz 1.9; 1Rs 10:27-1C 27.28; 2Cr 9:27-26.10; 28.18; Jr 17:26-32.44; 33.13; Ob 19).
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz 15:4-5; 2Sm 23:11-12). Aliás, é possível que as disputas entre filisteus e israelitas fossem provocadas justamente pelo desejo de ambos os povos de dominar e explorar os ricos vales agrícolas da Sefelá.
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn 24:62; Nm 13:29; Js 15:19; Jz 1:15) designava o deserto estéril ao sul de Judá (e.g. Is 15:2-4; 18.19; 1Sm 27:10-2Sm 24.7; cp. os leques aluvianos que se estendem de Berseba até Arade). Ao longo do tempo, o sentido da palavra evoluiu e, pelo fato de essa região estéril ficar no sul, passou a ter o sentido de um ponto cardeal e, assim, designar o sul de quase qualquer lugar (Is 11:2; Zc 14:10-1Sm 30.14).
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm 20:1-34.3; Js 15:1) e o deserto de Para (Nm 10:12; Dt 1:1). A região do moderno Neguebe apresenta um ambiente adverso à atividade humana ou à sua povoação por um grande número de pessoas. A área depende totalmente de chuva, sempre escassa e incerta, embora o território tenha alguns poços nas vizinhanças de Berseba (Gn 26:18-22) e Cades-Barneia.
A localização estratégica da Palestina
A localização estratégica da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
Altitude da Palestina
Altitude da Palestina
Samaria
Samaria
O vale de Jezreel
O vale de Jezreel

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O começo do ministério de Jesus

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

29 d.C., c. outubro

Rio Jordão, talvez em Betânia do outro lado do Jordão, ou perto dela

Jesus é batizado e ungido; Jeová o reconhece como seu Filho e lhe dá sua aprovação

Mt 3:13-17

Mc 1:9-11

Lc 3:21-38

Jo 1:32-34

Deserto da Judeia

É tentado pelo Diabo

Mt 4:1-11

Mc 1:12-13

Lc 4:1-13

 

Betânia do outro lado do Jordão

João Batista identifica Jesus como o Cordeiro de Deus; os primeiros discípulos se juntam a Jesus

     

Jo 1:15-29-51

Caná da Galileia; Cafarnaum

Primeiro milagre, água transformada em vinho; visita Cafarnaum

     

Jo 2:1-12

30 d.C., Páscoa

Jerusalém

Purifica o templo

     

Jo 2:13-25

Conversa com Nicodemos

     

Jo 3:1-21

Judeia; Enom

Vai à zona rural da Judeia, seus discípulos batizam; João dá seu último testemunho sobre Jesus

     

Jo 3:22-36

Tiberíades; Judeia

João é preso; Jesus viaja para a Galileia

Mt 4:12-14:3-5

Mc 6:17-20

Lc 3:19-20

Jo 4:1-3

Sicar, em Samaria

Ensina samaritanos no caminho para a Galileia

     

Jo 4:4-43


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Cairbar Schutel

jo 4:7
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 84
Página: -
Cairbar Schutel

“Ao sair Jesus do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Olha, Mestre, que pedras e que edifícios! Disse-lhe Jesus: Vê estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que Dão seja derribada. “Estando ele sentado no Monte das Oliveiras, defronte do templo, perguntaram-lhe em particular Pedro, Tiago, João e André: Dize-nos quando sucederão estas coisas, e que sinal haverá quando elas estiverem para se cumprir? Então Jesus começou a dizer-lhes: Vede que ninguém vos engane. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu, e enganarão a muitos. Quando, porém, ouvirdes falar de guerras, e rumores de guerras, não vos assusteis: porque é necessário que assim aconteça mas não é ainda o fim. Pois se levantará nação contra nação, e reino contra reino. Haverá terremotos em vários lugares, e haverá fomes: estas coisas são o princípio das dores. Estais vós de sobreaviso; pois vos hão de entregar aos tribunais e sereis açoitados nas sinagogas, e haveis de comparecer diante dos reis e governadores por minha causa, para lhes servir de testemunho. Mas é necessário que primeiro o Evangelho seja pregado a todas as nações, E quando vos conduzirem para vos entregar, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, mas falai o que vos for dado naquela hora, porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo. Um irmão entregará à morte a seu irmão e um pai a seu filho; e os filhos se levantarão contra seus pais e os farão morrer. Sereis também odiados de todos por causa do meu nome;


mas aquele que perseverar até o fim será salvo. “Quando, porém, virdes a abominação da desolação estar onde não deve (quem lê entenda), então os que estiverem na Judeia fujam para os montes; o que se achar no eirado, não desça e nem entre para tirar as coisas de sua casa; e o que estiver no campo, não volte para tomar sua capa. Mas ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Rogai que não suceda isso no Inverno; porque aqueles dias serão de tribulação, tal qual nunca houve desde o princípio da criação por Deus feita até agora, nem haverá jamais. E se o Senhor não abreviasse aqueles dias, ninguém seria salvo; mas por causa dos eleitos, que ele escolheu, os abreviou. “Então se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo acolá! não acrediteis; levantar-se-ão falsos Cristos e falsos profetas, e farão milagres e prodígios, para enganar os eleitos se possivel fora. Estais vós de sobreaviso; de antemão vos tenho dito todas as coisas. “Mas naqueles dias, depois daquela atribulação, o Sol escurecerá, a Lua não dará mais claridade, as estrelas cairão do céu e as potestades celestes serão abaladas. Então se há de ver o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. E Ele enviará os anjos e ajuntará os seus eleitos dos quatro ventos, da extremidade da Terra à extremidade do céu. "


(Marcos, XIII, 1-27.)


Este trecho do Evangelho, provavelmente da última fase da vida de Jesus, é digno do nosso estudo e atenção.


Já o Mestre havia lançado o seu libelo contra os escribas e fariseus, os cegos guias de cegos, que irigiam os sepulcros dos profetas a quem seus pais haviam trucidado; aos traficantes das graças de Deus; aos vendilhões do templo. Ele já havia lamentado Jerusalém, que matava os profetas e enviados que transpunham suas portas quando, ao chamarem os discípulos sua atenção para as grandezas do templo, aproveitou-se da oportunidade para proferir, perante eles, o seu Sermão Profético como o chamam os Evangelhos.


Foi nessa ocasião que Jesus falou aos discípulos dos tempos que haviam de chegar e das ocorrências que se desenrolariam no mundo, até a iniciação de uma nova fase de vida para a Humanidade;


Sem outro exórdio que pudesse desviar a atenção dos admiráveis painéis por meio dos quais mostrou aos que o cercavam os fatos que se desenrolariam depois da sua passagem para a Espiritualidade, começou Jesus a falar do grande e suntuoso Templo de Jerusalém, do qual não ficaria pedra sobre pedra.


Era este o final maior dos acontecimentos que estavam próximos, foi justamente o que se realizou.


Do Templo de Jerusalém não ficou pedra sobre pedra, como também não ficará pedra sobre pedra de todos os monumentos que o orgulho, a vaidade e o egoísmo humano edificaram em nome de Deus!


Grande era a missão que cumpria ao Mestre levar a termo, e de retirada do Templo onde Ele havia apostrofado os sacerdotes, o Mestre seguira para o Monte das Oliveiras, sítio predileto onde, por várias vezes, se tinha reunido com seus discípulos, mostrando-lhes do alto do pico, cuja vista abrangia extensos horizontes, as belezas da Natureza matizada pelos reflexos do Sol.


Sentado na relva, melancólico e pensativo, começou então o Mestre a responder às perguntas daqueles que deveriam apostolar a sua causa, salientando os fatos que assinalariam o fim dos tempos do mundo sacerdotal, que precederia o início do mundo espiritual, ou seja da fase iniciativa do Reinado do Espírito sobre a matéria. Tomando como símbolo das grandezas humanas o Templo de Jerusalém, Jesus fez ver a seus discípulos que todas essas pompas luxuosas, que adormecem o Espírito e aniquilam o sentimento, distraem os homens de seus deveres para com Deus e o próximo, impedindo as almas de cumprirem seus deveres evangélicos.


O Mestre já havia também predito os grandes martírios que teria de sofrer, predições que se realizaram à letra; mas que tudo isso era preciso que se cumprisse; e que Ele voltaria ao mundo no tempo da restauração final da sua Palavra. Mas, antes disso, o mundo teria de passar por grandes transformações e a Humanidade por grandes sofrimentos.


Perguntando-lhe os discípulos a época em que ocorreriam esses acontecimentos, Jesus começou por ensiná-los a raciocinar, ensinandolhes a discernir os homens e os Espíritos, a fim de poderem distinguir os tempos preditos. “Cuidado! Ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome dizendo: eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. “Se alguém vos disser: eis aqui o Cristo ou ei-lo ali, não acrediteis;


porque hão de levantar-se falsos Cristos e falsos profetas e mostrarão tais sinais e milagres que, se fora possivel, enganariam até os escolhidos. “Se disserem que o Cristo está no deserto, não saiais; se disserem que está no interior da casa não acrediteis porque assim como o relâmpago sai do Oriente para o Ocidente, assim será a vinda do Filho do Homem. " Com esta exposição Jesus fez ver que a sua vinda não seria como daquela vez, em que fora crucificado; viria em Espírito, presidindo o grande movimento de espiritualização do mundo, tal como se está verificando sob os auspícios do Espiritismo! Frisou bem os mistificadores, que apresentariam “Cristo" fechados em câmaras e no interior das casas, assim como os que aparecem nos desertos, arrebatam multidões curiosas e constituem redutos de fanáticos.


E foi só depois de bem exaltar o sentimento e o raciocínio de seus discípulos, que o Filho de Deus julgou acertado narrar as dores por que o mundo teria de passar e as lutas que seus seguidores teriam de sustentar na obra da regeneração humana. “Haveis, primeiramente, de ouvir rumores de guerra, mas não vos assusteis, porque não é ainda nessa ocasião que virá o fim, pois levantarse-á nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome e terremotos em vários lugares; mas tudo isso é o principio das dores. " Esta predição está realizada e continua a se verificar; as guerras que têm assolado ultimamente o planeta não deixam dúvida sobre a realização da previsão. Os ataques contra a palavra apostólica, levando os divulgadores da aos tribunais, têm continuado desde os primeiros tempos do Cristianismo.


Desde os tempos de Nero, prosseguindo sempre, estendendo-se à alçada da Igreja de Roma, que entregava os “hereges" ao braço forte para lhes serem infligidos os maiores suplícios, a história dos inquisidores e da Inquisição, compondo páginas de sangue na História da Humanidade, deixam ver claramente o cumprimento também desse trecho do Evangelho.


A Grande Guerra de 1914-18, que fez mais de 30 milhões de vítimas; a grande peste que levou outras tantas ou ainda mais; as lutas que fervilham em todo o mundo não são mais que os sinais característicos, preditos pelo Nazareno, do fim dos tempos em que o mundo terá de passar por uma completa reforma no que se refere à moral.


Jesus acrescentou que, em virtude da iniquidade a que os homens se entregariam, o amor se esfriaria e não haveria mais caridade; os afetos se extinguiriam e o caráter se abastardaria.


É o que estamos vendo por toda a parte! O luxo, as pompas, a ganância do ouro, o desejo da multiplicação de fortunas; o egoísmo endeusado; e, de outro lado, o desprezo para com os necessitados, para com os enfermos e abandonados!


Em vez de hospitais, erguem-se igrejas; em vez de casas de instrução, constroem-se cadeias; em vez de luz, a Humanidade veste-se de trevas!


Um dos mais característicos “sinais dos tempos" é a Pregação do Evangelho, como está escrito: “Este Evangelho será pregado pelo mundo todo; então virá o fim. " Graças ao Espiritismo, ou seja, aos Espíritos da Verdade, este convite para seguir a Cristo se está realizando como um aviso amoroso da vinda, em Espírito, de Jesus, que restabelecerá na Terra o Reinado do Espírito.


A pregação do Evangelho é o machado posto à raiz das árvores infrutíferas; é a exortação à regeneração dos costumes para a espiritualização dos homens.


Outro característico igual é: “a abominação da desolação predita pelo Profeta Daniel, que se havia de verificar no lugar santo. " É fato bem patente aos olhos de todos: o que os homens chamam lugar santo são as igrejas; e não há quem conteste a desolação que lavra nas igrejas!


Que é atualmente religião? Nada. O que é uma igreja? Um lugar abominável, onde se pode encontrar tudo menos amor a Deus, caridade, amor ao próximo, respeito, moral!


A Igreja atual é um ponto de diversão como qualquer outro, é um botequim de festas onde se mercadejam frangos e leitões.


Que é a religião do povo, hoje?


Onde está a fé, a Esperança, a Caridade, que unem, sustentam, amparam e elevam a massa popular? O que há são tráficos de missas, tráficos de batismos, tráficos de casamentos, tráficos de nascimentos e tráficos de mortos! Tudo é mercadoria, tudo se vende na religião do povo, tudo se mercadeja nas igrejas dessa Babilônia!


A Imortalidade, a comunhão das almas e dos santos, desapareceu do Credo; o Diabo venceu a Divindade: o Inferno tragou o Céu!


Não há crença, não há fé; para a massa do povo, tudo termina com a morte; a Igreja proclamou: pulvis est, et in pulveris reverteris, “és pó e ao pó tornarás", spiritus qui vales non redit. “Os mortos não retornam". O túmulo é então, a última palavra da vida! Eis o sinal certo do fim dos tempos; eis a desolação e a abominação, predita por Jesus, imperando no “lugar santo"!


As últimas predições do Mestre, exaradas no referido capítulo, versam sobre os fenômenos físicos, os sinais no céu. Todos dizem: “o tempo está mudado". De fato, o tempo está mudado e essa mudança foi predita por Jesus há quase dois mil anos, para assinalar o fim do Mundo da Carne e o advento do Mundo do Espírito.


Finalmente, diz o texto: “As estrelas cairão do céu e as potestades serão abaladas. " Essas Estrelas mais não são que os Espíritos Superiores, que viriam tomar parte nessa restauração, mesmo porque só eles serão capazes de abalar as potestades, os governos civis e religiosos, da Terra e do Espaço, que conduziram os homens à degradação em que se acham!


Eles vêm ajuntar os escolhidos dos quatro ventos e chamá-los a formar esse Reino desejado, que pedimos cotidianamente ao Senhor no Pai Nosso.


Vamos concluir, aconselhando o leitor a tomar um lugar nas fileiras do Cristo, porque só assim ficará resguardado dos males futuros que farão ruir o mundo velho com suas paixões, para, removidos os escombros, erguer-se em cada alma uma cátedra onde o Espírito da Verdade possa pontificar!



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jo 4:7
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 7
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 4:4-26


4. Jesus precisava atravessar a samaria.


5. Chegou, pois, a uma cidade da samaria, chamada sícar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José.


6. Era ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, estava Jesus assim sentado ao pé da fonte; era cerca da hora sexta.


7. Uma mulher da Samaria veio tirar água. Disse-lhe Jesus: "dá-me de beber".


8. Pois seus discípulos tinham ido à cidade comprar alimentos.


9. Disse-lhe então a mulher samaritana: "Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana"? (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos).


10. Respondeu-lhe Jesus: "Se souberas o dom de Deus e quem é Aquele que te diz "dáme de beber", tu lhe terias pedido, e ele te daria a água viva".


11. Disse-lhe a mulher: "Senhor, não tens com que a tirar, e o poço é fundo; donde, pois, tens essa água viva?


12. És tu, porventura, maior que nosso pai Jacó, que nos deu este poço, do qual bebeu ele, seus filhos e seu gado"?


13. Replicou-lhe Jesus: "Todo o que bebe desta água, tornará a ter sede.


14. Mas quem beber da água que eu lhe der, não terá mais sede no futuro; mas a água que eu lhe der, se tornará nele uma fonte de água que mana para a vida imanente".


15. Disse-lhe a mulher: "Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem venha aqui tirá-la".


16. Disse-lhe ele: "Vai, chama teu marido e vem cá".


17. Respondeu a mulher: "Não tenho marido". Replicou-lhe Jesus: "Disseste bem que não tens marido.


18. Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido: isso disseste com verdade".


19. Disse-lhe a mulher: "Senhor, vejo que és profeta.


20. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar".


21. Disse-lhe Jesus: "Mulher, acredita-me, vem a hora em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai.


22. Vós adorais o que não sabeis, nós adoramos o que sabemos, pois a salvação é dos judeus.


23. Mas vem a hora - e é agora - em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em verdadeiro espírito; porque são esses que o Pai procura para seus adoradores.


24. Deus é o Espírito; e os que o adoram, precisam adorá-lo em verdadeiro espírito".


25. Respondeu a mulher: "Eu sei que vem o Messias (que se chama o Cristo); quando ele vier, anunciar-nos-á todas as coisas".


26. Disse-lhe Jesus: "Sou eu: o que fala contigo".


O itinerário de Jesus, ao regressar da Judeia para a Galileia, foi diferente da estrada comum. Estaria coinscientemente escapando a algum cerco?


Vindo do vale do Jordão, para chegar a Samaria, teve que penetrar nos "ouadis" Aqrabeth ou Beit-

Dedjan, caminho muito mais árduo, porque O obrigava a penosa subida por senda pedregosa (e de pedras pontudas), até atingir a planície de Mahné, onde se situava Sicar (que não deve confundir-se com Siquém, tantas vezes visitada pelos patriarcas, cfr. GN 12:6; GN 33:18 etc .) . Realmente o encontro não se deu em Siquém, cidade abundante de água, mas em Sicar (hoje el-Akar). Já o "Peregrino de Bordeaux", no ano 333, distinguia as duas localidades (cfr. A. Neubauer, "Geógraphie du Talmud", Paris, 1868, pág. 169-171).


O poço de Jacó ficava a menos de cinco minutos ao sul da cidadezinha, ainda habitada na época de Jesus. Esse poço captava uma fonte subterrânea; daí empregar o evangelista, indiferentemente, or "phéar" (poço), "pégê" (fonte).


Quando Jesus chegou ao pé da fonte, estava cansado (kekopiakôs) da íngreme ladeira que galgara, e sentou-se (literalmente "deixou-se cair" (ekathedzeto) com toda sencerimônia, sobre a borda do poço ou ao lado dele.


João não deixa de anotar (sempre os números!) a hora: era a hora "sexta", ou seja, cerca do meio-dia.


Bom lugar para um repouso, a essa hora escaldante. Enquanto o Mestre repousava, seus discípulos vão pouco além, à cidade, para buscar alimentos.


Nesse interim, aproxima-se uma mulher da região da Samaria, hoje denominada Sebastieh, "samaritana".


Não vinha da cidade de que ficava a 12 kms de Sicar.


Comum era o hábito de buscar água em ânforas, nos poços. O poço de Jacob mede 39 metros de profundidade, e só quem possua uma corda bastante longa poderá haurir água. Ora, os viajantes não costumam carregar tais apetrechos, pois ninguém recusa uma pouca d’água a um peregrino sedento.


Jesus solicita esse obséquio da samaritana. Acontece que, entre samaritanos e judeus havia animosidade de longa data, recrudescida após o cativeiro, quando os companheiros de Zorobabel recusaram que os samaritanos colaborassem na restauração do templo (Esdras. 4:1-5). Mais tarde, o sacerdote Manass és, expulso de Jerusalém, estabeleceu um templo no monte Garizim, servido por clero regular, rivalizando com Jerusalém (Ant. Jud. 11. 7,2) o que fez mais tensas as relações. Os judeus equiparavam os samaritanos aos "filisteus", a tal ponto que o Eclesiástico 50:27-3 diz: "há duas nações que minha alma detesta, e a terceira nem é uma nação: os que moram na montanha de Seir, os filisteus e o povo insensato que habita Siquém". Os samaritanos de seu lado não poupavam os judeus (Josefo, Ant. Jud. 8. 2, 2 e 20, 6, 1).


Tudo justifica, pois, a surpresa da samaritana, ao ouvir que Jesus falava com ela. Que era um galileu, manifestava-o seu sotaque (cfr. MT 26:73) e as borlas de seu manto (cfr. 9:20 e MC 6:56). Embora sem recusar a água, faz-lhe sentir sua estranheza.


Jesus, que nela viu um espírito de escol, capaz de penetrar os "mistérios do Reino", aproveita a circunst ância para esclarecê-la; e de tal modo a impressiona, que sua evolução daí por diante se fez quase vertical, pois quinze séculos após ela se chamaria Teresa de Ávila, a única mulher que recebeu, da igreja católica. o título de "doutora da igreja", a "doutora seráfica", uma das maiores místicas que honraram e dignificaram a raça humana no ocidente.


Começa o Rabbi dizendo "se souberas (ει ηδεις, condição não realizada no presente) o dom de Deus, tu Lhe pedirias de beber, e Ele te daria a água viva". Evidente tratar-se de um simbolismo, notável sobretudo numa região pobre de água. A samaritana, porém, não percebe o simbolismo (tal como ocorrera com Nicodemos) e interpreta ao pé da letra, embora lhe tenha dado, agora, o titulo de Senhor, reconhecendo-

Lhe a superioridade incontestável.


Ao verificar que não era compreendido, Jesus volta à prática pedindo que ela chame seu marido, ao que ela confessa não tê-lo. Jesus confirma-o, declarando que já tivera cinco, e que o atual lhe não pertencia.


Admirada, confessa a samaritana ver nele um "Profeta" (médium), com capacidade de conhecer a vida intima das criaturas.


Tendo entrado no terreno religioso, a samaritana aproveita para pedir que Jesus dirima a questão, declarando quem está certo: os judeus, que celebram seu culto em Jerusalém, ou os samaritanos, que o fazem no monte Garizim, no local do templo construído por Manassés em 400 A. C. , mas destruído em 129 A. C. por João Hircan.


Ainda hoje os samaritanos celebram sua páscoa nesse monte. A cena passa-se no sopé do Garizim e do Hebal onde está o poço de Jacó.


A samaritana opõe "vós" (os judeus modernos, de sua época), a "nossos pais", que representavam a tradição milenar do tronco comum das duas facções; porque tanto Abraão quanto Jacó erigiram altares em Siquém (cfr. GN 12:7 e GN 33:20) e Josué’ o fez no monte Hebal (DT 27:4); mas nesse local, no Pentateuco samaritano, aparece o nome do monte Garizim. Entretanto, os judeus fundamentavam-se em David e Salomão para defender o templo de Jerusalém.


Esse desvio "teológico" deve ter aliviado a tensão da samaritana, temerosa de maiores verificações em sua vida particu1ar. Jesus pede-lhe que "acredite nele", como profeta que ela mesma reconhece, e passa a fazer-lhe revelações.


Em primeiro lugar, declara taxativamente que não tem importância o LUGAR físico e geográfico do culto ao Pai. Em segundo lugar, afirma que os samaritanos adoram o verdadeiro Deus, sem dúvida, mas não conhecem; ao passo que "nós" (os judeus) - e Jesus viveu a religião judaica do nascimento à morte, confessando-se abertamente filiado a essa religião: nós os judeus - sabemos o que adoramos. E, categórico: "a salvação É DOS JUDEUS".


Mas, prossegue o Mestre, virá a hora - e é AGORA - em que os verdadeiros adoradores O cultuarão em espírito, pois esta é a Vontade divina. Mais uma vez nos afastamos totalmente das traduções vulgares tradicionais que trazem: "em espírito E verdade". Preferimos "em espírito verdadeiro" ou "em verdadeiro espírito", pois trata-se, sem sombra de dúvida, de uma hendíades (veja vol, 1, pág. XII), como, por exemplo, em Sófocles (Ajax. 145): βοτα και λειαν isto é, "o gado e a pilhagem", significando "o gado pilhado". Espírito VERDADEIRO, no sentido de Espírito MESMO, sem mistura de matéria, nem intelecto, nem emoções, nem sensações.

De qualquer forma, Jesus prega abertamente o universalismo: o Pai comum de TODOS OS HOMENS será adorado em qualquer lugar físico, pois o verdadeiro templo de Deus é nosso próprio espírito e nosso corpo (cfr. Rom. 8:9,11; 1CO 3;16,17 e 6:19; 2CO 6:16; 2TM 1:14 e Tiago 4:5). Não há mais necessidade de templos e igrejas, sinagogas nem "centros’ mesquitas nem pagodes; nada mais de liturgias, fórmulas sacramentais e sacramentos, pompas e solenidades: os verdadeiros adoradores rejeitam tudo isso, e adoram em ESPÍRITO VERDADEIRO. Adorar a Deus em verdadeiro espírito, é adorá-lo verdadeiramente. Ao passo que os ritos, liturgias e gestos mágicos trazem o terrível perigo de materializar, e portanto mecanizar, o culto. E contra essa mecanização, sempre protestaram os mestres (cfr.


Oseas. 6:6; Amós, 5:20-26; IS 1:11-17: Salmo 50:7-23), e o próprio Jesus (MT 15:8 e MC 7:6).


Nem se trata, apenas, de que "agradam" a Deus esses adoradores: não Diz que o pai os PROCURA (dzetei), porque, sendo o ESPÍRITO, só o Espírito pode com Ele sintonizar. Como pode Deus, o Pensamento Universal, "procurar"? Pela impulsão interna, levando as criaturas a uma evolução constante, até atingir o ápice supremo da perfeição espiritual.


A expressão de Jesus é clara: Deus é O ESPÍRITO (πνευµα ο θεος) . A colocação do predicativo antes do verbo, sem artigo, equivale simplesmente pela posição, a um elemento determinado. Portanto, não é UM espírito, mas O espírito, que é O amor. Quando em atividade, torna-se O amante que produz (Pai ou Verbo), e o resultado é O amado (Filho). Daí o tríplice aspecto (trindade) de Deus, que foi invertido pelos que não conheciam a doutrina profunda de Jesus, e que, no entanto, está tão clara nos Evangelhos.

Nessa amplitude de visão universalista, a querela entre judeus e samaritanos toma a proporção de min úscula discordância de personalidades vaidosas, sem importância alguma.


Diante do exposto, a samaritana indaga a respeito do Messias aguardado por eles (com a palavra TAHEB, que significa "O que volta") como pelo judeus. A tradução para o grego é uma explicação do evangelista.


Nesse ponto, Jesus declara sem rebuços: "sou Eu, quem fala contigo" Foi feita a revelação.


No início (vers 11) a samaritana o julga um grande homem (Senhor) mais tarde (vers. 19), chega à conclus ão de que se trata de um inspirado (Profeta); e finalmente (vers. 26) nele reconhece o ungido (Messias ou Cristo). Deu-lhe, pois, a explicação de Suas primeiras palavras: "Se souberas QUEM fala contigo!!" ...


Todo o episódio narrado no cap. 4. º de João, referente à samaritana, está repleto de lições maravilhosas.


Não quer isto dizer que se não tenha realizado o fato relatado pelo evangelista. Absolutamente, o fato realizou-se na esfera terrena. Realmente os pormenores se verificaram, como em todas as outras cenas apontadas pelos evangelistas. Pretendem alguns que TUDO seja simbolismo. Não aceitamos.


Acreditamos firmemente que todas as cenas narradas nos Evangelhos são REAIS, foram vividas no plano terreno, material. Mas Jesus era tão adiantado que saiba aproveitar todas as ocasiões para dar lições. Encaminhava os acontecimentos de forma a que deles, quem no pudesse, extrairia lições para a individualidade; e quem no não alcançasse, tiraria lições para a personalidade. Daí ter falado sempre em parábolas, enquanto outros ensinamentos eram vividos. Também os evangelistas, mais tarde, souberam ESCOLHER aquilo que deviam revelar, pois nem tudo disseram do que fez Jesus em Sua passagem pela Terra, pois "se o fizessem, o planeta não comportaria os livros necessários para narrálos" (JO 21:25).


Uma vista geral e rápida ao significado das palavras. Samaria, em hebraico (shomron) significa "vigil ância". Sicar quer dizer "bebida inebriante", ou "inebriado". Reconhecemos nessa raiz a mesma do árabe que deu origem ao nosso "açúcar". Saindo, então, Jesus do "louvor a Deus" (Judeia), dirige-se para o" Jardim fechado" (Galileia). Mas quis atravessar o monte da "vigilância" (Samaria). E nessa vigilância chega a ficar "inebriado" (Sicar) de amor, já na região da "fonte" ou "Poço" que "O vencedor" (Jacó) dera a seu filho, isto é, "a quem Deus aumenta, (José).


Vamos à interpretação.


Jesus é a individualidade, o CRISTO INTERNO. Quando a alma está "vigilante" (samaritana) e chega a "hora sexta" (antes do Grande Encontro da hora sétima), essa Alma Vigilante vai ao "poço" (ao coração), porque está sedenta de amor divino. E aí ela encontra "sentado" ao pé do poço, (habitando no coração) aguardando-a, o Cristo Interno, o Eu profundo, também SEDENTO. E a individualidade, esse Eu profundo, pede-lhe de beber, pede à Alma Vigilante que Lhe entregue seu amor, para que Sua sede seja saciada.


Todo o episódio retrata, pois, uma lição sobre o Mergulho na Consciência Cósmica, o Encontro com o Eu profundo, no poço do coração, obtido pelo espírito VIGILANTE.


Primeiramente há um equívoco natural: a Alma Vigilante estranha o chamamento de alguém que ela ainda não encontrara, um Desconhecido. Ela acostumara-se a percorrer as áreas do amor profano nos leitos conjugais; do amor desinteressado, nos filhos que gerara; do amor sublimado nas devoções ritualísticas sonoras de solenes notas de órgão; do amor divino nos claustros segregados do bulício do mundo. E agora eis que faceta nova à sua frente se apresenta. Um "Estranho"! ...


Mas esse Estranho é belo e é suave como a tarde a descambar... é puro como a aurora que silenciosamente arranca os véus da noite, desnudando os céus para o esponsalício com o Sol... E esse Estranho diz-lhe que lhe poderá dar "água viva" ... Realmente, todas as águas que anteriormente com sofreguid ão bebera para saciar seu amor, jamais a deixaram satisfeita: queria sempre mais; e depois de ter mais, vinha o tédio... E o Estranho promete que se ela O "conhecer" profundamente, Ele saciará sua sede para sempre!


Ingênua, retruca-lhe que o "poço é fundo": realmente o coração do homem é abismo insondável, é infinito, e só com o infinito pode ser saciado definitivamente.


Será o Desconhecido maior que o "vencedor" que deu à humanidade liturgias, ritos e pompas religiosas

? O Cristo Interno demonstra que todos os que bebem da água das exterioridades transitórias da personalidade continuam tendo sede; apenas aqueles que se unem a Ele, que O "conhecem", imergindo ou mergulhando na Consciência Cósmica, só esses é que jamais terão sede, porque nessa mesma Alma Vigilante surgirá uma fonte perene de água viva, que virá do fundo do "poço" de seu coração e manará sem intermitências para a Vida Imanente, para a vida interna, para a vida do Espírito.


Nesse diálogo sublime e inenarrável, a Alma Vigilante sente os pormenores de beleza inefável (só quem no experimenta pode avaliá-lo!) pede ansiosamente, qual "mendigo do espírito", que lhe seja dada essa água, para que ela jamais sinta a solidão, jamais volte a ficar sedenta de amor.


Então o Cristo Interno lhe pergunta pelo "marido", ou seja, por aquele a quem ela ama. E a Alma diz que, no momento, não no possui. "Com verdade respondes", fala o Cristo Interno: "pois CINCO tiveste, e o atual não é teu" ! Realmente, na peregrinação longa pelos caminhos da Terra, a Alma vai desposando numerosas crenças (lembremo-nos de que "adúltero", na Bíblia, é o povo que trai YHWH para unir-se a outras "deuses"). Afirma o Cristo Interno, que acompanha a Alma desde o início, que ela tivera CINCO crenças, e que a SEXTA (sempre a numerologia!), que era a dos samaritanos, não era a legítima: a verdadeira, o marido real e legítimo, seria justamente o SÉTIMO, o amante perfeito, ele mesmo, o Cristo Interno, representado pelo judeu que com ela se entretinha em colóquio amoroso, tentando conquistá-la.


Essa mesma passagem, todavia, pode ser interpretada melhor, com mais verdade compreendendo-se que o Cristo Interno queria dizer que "os cinco maridos" que tivera, referiam-se às suas ilusões, quando pensara que era: 1) seu próprio corpo; 2) suas sensações; 3) suas emoções; 4) seu intelecto;


5) seu "espírito"; todos eles eram "falsos", no sentido de transitórios e ilusórios. O próprio "sexto" marido atual, a mente, (que a levara a mergulhar no coração - poço - na busca da Cristo), esse mesmo não era legítimo, pois só a Centelha Divina, o Eu profundo, é que pode dizer-se o VERDADEIRO EU, o verdadeiro Espírito.


O que seria ilógico e incompreensível, se não fossem esses sentidos ocultos de uma lição maior, seria Jesus pular de um assunto (água viva) a outro: "chama teu marido", sem nenhum nexo, sem qualquer sequência. No meio dessas lições maravilhosas, que tinha que ver o "marido"? Essas aparentes ilogicidades é que nos convencem de que a lição é muito mais profunda do que o que lemos na letra fria do texto.


A alma, iludida ainda pelas aparências, indaga a respeito da verdadeira crença, e o Cristo Interno esclarece que a salvação (o Caminho) é DOS JUDEUS, através do máximo Enviado, do maior dos Manifestantes divinos na Terra, Jesus de Nazaré. Mas, logo a seguir esclarece que nenhuma crença, nenhuma religião poderá salvar quem quer que seja: o Pai PROCURA com ânsia amorosa aqueles que O amam em verdadeiro Espírito, sem nenhuma interferência material, nem sensitiva, nem emocional, nem intelectual, nem mesmo espiritual-religiosa: é o Espírito Verdadeiro o único que poderá unificar-se ao Cristo Interno, à Consciência Cósmica.


A alma reconhece, finalmente, na Voz interna do coração o verdadeiro Cristo Cósmico, manifestado DENTRO DE NÓS; e para ela abre-se a Luz sublime da compreensão: é ESSE Cristo que é o verdadeir "Caminho da Verdade e da Vida" (JO 14:6); Ele ensinar-nos-á todas as coisas (JO 14:26).


E o Cristo Interno confirma a sensação íntima da alma vigilante e amorosa: "sou Eu... que falo contigo, sou o CRISTO DE DEUS" !


O amor que se expande do coração da Alma Vigilante não tem medida: atingiu o ápice da felicidade que pode uma alma humana suportar, encontrou o Caminho definitivo, a alma gêmea da sua alma, e a União é total e absoluta, por todos os séculos, liberta já de toda sede espúria: tem tudo; a alegria, a felicidade, o AMOR (que é DEUS) permeando-lhe, já agora conscientemente, todas as células. Já era então a hora sétima, a perfeição total e absoluta!


E desse encontro a Alma Vigilante se recordaria e reviveria ainda, quinze séculos após, expandindo seu amor com estas palavras: "Alma, tens que procurar-te em Mim, e a Mim, hás de procurar-me em ti". (Teresa de Avila, "Búscate en mí", Obras, vol. 2. º, pág. 957).



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

SAMARIA

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.283, Longitude:35.2)
Nome Grego: Σαμάρεια
Atualmente: Palestina
Capital do reino de Israel, no reino dividido. Região em que localizava-se a Galiléia e Nazaré, no início da Era Cristã. Cerca de 48 km distante de Jerusalém. A nova cidade encontra-se próximo às ruinas.

Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída pelo antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino do sul, o reino de Judá. Atualmente situa-se entre os territórios da Cisjordânia e de Israel.

Samaria é um termo construído pelo hebraico shomron, nome da tribo shemer, que era proprietária do local e o vendeu ao Omri, que teria sido o sexto rei de Israel.

Mapa Bíblico de SAMARIA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54
3. A Nova Adoração (Jo 4:1-30)

Os versículos iniciais desta seção são uma transição cuidadosamente escrita, dando explicações sobre o trabalho e o caminho de Jesus. A seqüência é simples. Os fariseus tinham ouvido o que Jesus fazia e que batizava mais discípulos do que João. Quando o Senhor veio a saber disto, Ele deixou a Judéia e foi para a Galiléia (1,3; ver o mapa 1). Aqui há três pontos de interesse. Em primeiro lugar, são os fariseus que representam os judeus hostis; os saduceus ou herodianos não são mencionados pelo nome no Evangelho de João. Em segundo lugar, não há indicação de que o autor desejasse descrever nenhum conhecimento sobrenatural por parte de Jesus. O Senhor veio a saber (1) indica sim-plesmente que os relatos da sua obra eram amplamente conhecidos. Em terceiro lugar, a observação entre parêntesis ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos (2) tinha a finalidade de corrigir os rumores (Jo 3:26-4.1).

E era-lhe necessário passar por Samaria (4). O termo necessário expressa uma obrigação que pode ter uma dupla natureza. A rota mais curta entre a Judéia e a Galiléia era através de Samaria. Entretanto, devido à profunda animosidade entre os judeus e os samaritanos, muitos judeus que iam da Judéia para a Galiléia se encaminha-vam pelo lado leste passando pelo Jordão, pelo norte através da Peréia, e novamente pelo Jordão até a Galiléia. Pode ter ocorrido que, para ganhar tempo, o Senhor Jesus tenha passado por dentro de Samaria. Entretanto, é mais provável que a necessidade expressa aqui esteja relacionada ao propósito e à missão do Senhor. Samaria, e especial-mente a mulher samaritana, precisavam dEle.

Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. E estava ali a fonte de Jacó (5-6). Séculos de história são trazidos ao cenário (cf. Gn 33:19-48.22; Js 24:32). O objetivo evidente é mostrar que os procedimentos antigos, identificados com Jacó e José, e até mesmo a fonte de Jacó, só adquirem significado e só se cumprem em Cristo Jesus. A maioria das autoridades concorda que Sicar é identificada como a atual aldeia de Askar, ao pé do monte Ebal. Ela está situada cerca de 800 metros ao norte da fonte de Jacó (ver o mapa 1).

Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta (6). Da mesma maneira como é cuidadoso para mostrar a divindade de Jesus, João toma cuidado para destacar a sua perfeita humanidade. Jesus estava cansado da viagem e sentou-se (cf. Jo 1:14-19.28; Hb 4:15). A expressão assentou-se con-tém um advérbio que significa "desta maneira", o que já provocou várias interpretações. Uma é que esta história de Jesus e da samaritana foi contada muitas vezes. Quem a conta poderia demonstrar, ao chegar neste ponto, a postura de Jesus. Jesus... assen-tou-se assim — i.e., desta maneira — junto da fonte. Era isso quase à hora sexta — i.e. , era quase meio-dia, sob o calor do dia e à hora do almoço (cf. 4.8).

a. A Água Velha e a Nova (Jo 4:7-15). A hora e o lugar estão claros. No palco, por assim dizer, está a Figura central, completamente Deus e completamente homem, aquele que conhece todos os homens (2.25). Para a fonte, vem uma mulher de Samaria tirar água (7). A mulher mal suspeitava que neste dia, enquanto estivesse envolvida com a cansativa rotina de carregar água, chegaria o maior tesouro da sua vida (cf. Mt 13:44). Ela nem sequer poderia imaginar que se tornaria a "evidência B" no Evangelho de João, exemplificando que Jesus realmente "sabia o que havia no homem" (Jo 2:25).

A palavra água introduz o tema do diálogo que vem a seguir, e no final se eleva para "significar a água da vida eterna" (cf. Jo 1:33-2:6-7; 3.5).27 Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber (7). Neste supremo exemplo de testemunho pessoal, Jesus inicia a conversa em um ponto em que a mulher poderia entender, em alguma coisa em que ela já estivesse pensando.

Como para explicar por que Jesus pediu água somente para si mesmo, o autor inse-riu uma observação explanatória sobre os discípulos que tinham ido à cidade comprar comida (8).

Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos) ? (9). A resposta da mulher a Jesus foi natural, por causa da hostilidade histórica entre os judeus e os samaritanos, e também por causa de um cho-que contra a moralidade de costumes: o fato de Ele, um homem, pedir alguma gentileza a uma mulher estranha. A palavra original para comunicar "sugere as relações famili-ares, e não as de negócios"."

A resposta de Jesus à mulher afirmou a ignorância dela sobre a sua verdadeira natureza e, ao mesmo tempo, despertou nela uma profunda curiosidade. Se tu conhe-ceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva (10). A palavra para dom, dorea, transmite a idéia de "presente gratuito", ou seja, um presente incondicional (cf. 3.16). "Dom aqui é uma palavra régia, usada como uma referência aos favores de um rei ou de um homem rico. Ela é sempre aplicada ao dom do Espírito no livro de Atos".29 O próprio Senhor é como esse Dom! Mas a mulher não sabia disto. Se o soubesse, teria feito o pedido e Ele a atenderia. O que ela e todos os que pedem com fé poderiam receber é a água viva. Com que cuidado Jesus a levou de onde estava — pensando na água da fonte de Jacó — a um conceito mais eleva-do e satisfatório! A Água viva é aquela que é "perene, que jorra de uma fonte inesgotá-vel, sempre fresca".' Isto ele... daria a ela. Assim, a atenção dela é levada da água até Ele — o que o coloca em um contraste imediato com Jacó e com tudo o que está associado a ele. Como conseqüência, ocorre a pergunta dela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu maior do que Jacó, o nosso pai? (11-12)

O contraste entre a moda antiga, representada pela fonte de Jacó, e a nova, a água que eu lhe der (14), é vívido e claro nas palavras de Jesus à mulher. A moda antiga, da lei, dos profetas e especificamente a ênfase da samaritana no Pentateuco não eram sufi-cientes para satisfazer as necessidades mais profundas dos homens. Qualquer que beber desta água tornará a ter sede (13). A mulher samaritana sabia muito bem que Jesus estava falando a verdade a respeito dela. Não era apenas que ela vinha diariamen-te, durante anos, até a fonte de Jacó para buscar água; o verdadeiro problema era que durante toda a sua vida a sua religião não tinha matado a sede da sua alma enfraquecida. Muitas pessoas fazem tudo o que a sua religião exige, mas, não tendo nunca bebido daquele que é a Água Viva, sua vida não se modifica, e assim continuam secas e infrutí-feras. A promessa que Jesus faz à mulher é universal: Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna (14). Aqui está! O superlativo da vida oferecido a uma criatura pecadora, necessitada, ignorante. A forma exterior é substituída por uma nova fonte interior. Os tanques estagnados da alma são transformados em um poço que jorra água. A alma enfraquecida e morta do homem passa a participar da "vida eterna". A mulher pouco entendeu sobre a importância dessa promessa. Ainda pensando em ter-mos do seu monótono e morto mundo materialista, ela respondeu: Senhor, dá-me des-sa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui tirá-la (15). Ela teve um vislumbre de luz. A expressão para que não tenha mais sede pode ter sido mais do que uma descrição de uma necessidade física de água.

b. A Vida Antiga e a Nova (Jo 4:16-30). De uma forma repentina e abrupta, Jesus muda o rumo da conversa. Ele passa do apelo e da promessa para a inquisição e para a ordem. Não se pode reivindicar os benefícios do evangelho, uma fonte de água e de vida eterna — sem satisfazer as exigências do evangelho, que são a confissão e o arrependimento. Vai, chama o teu marido e vem cá (16). A pergunta era aguda, atingindo o ponto mais profundo do seu ser, investigando a história do seu triste passado. A sua confissão foi simples e mesmo assim evasiva. Senhor, Não tenho marido (17). Refletindo perfeita-mente o conhecimento que Jesus tinha dos homens (2.25), esta solicitação penetrou nela de forma profunda. Disseste bem: Não tenho marido, porque tiveste cinco mari-dos e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade (17-18).

Aparentemente, a mulher agora estava vivendo com um amante sem o benefício do rito do casamento, possivelmente sem ter se divorciado do último dos seus cinco maridos.

Todas as evidências apontam para uma mulher de pouca moral cuja forma de religião não tinha sido capaz de libertá-la das cadeias dos maus costumes. Jesus reconheceu a sua admissão não como uma evasão, mas sim como uma confissão. Ele disse literalmente: "O que você disse é verdade". Existe um antigo clichê que afirma que a verdade ma-chuca. Seria melhor dizer "A verdade ajuda!" Nenhum homem jamais perdeu ao enfren-tar as completas evidências da verdade (cf. Jo 1:14-19; 3.21; 4.24; 14.6).

Ela agora aclamava aquele que primeiro considerou ser apenas um judeu (4.9). Se-nhor, vejo que és profeta (19). "Esse tipo de conhecimento, e não meramente uma previsão, é a principal característica dos profetas".31 Neste diálogo existe um excelente exemplo da progressão dos ensinos em estágios — a água (4.7), a água viva (4.10), uma fonte de água (4.14). Eles acompanham uma progressão na compreensão da natureza de Jesus — um judeu (4.9), um profeta (4.19), o Cristo (4,29) (cf. Jo 9:11-17, 38).

Tendo admitido o conhecimento de Jesus a seu respeito, a mulher rapidamente mudou o assunto da conversa para um tema que seria mais seguro para ela, e ao mesmo tempo estaria no âmbito de um profeta. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar (20). Esta afirmação reflete um apelo à própria religião que ela professava. Nossos pais adoraram neste monte. Isto reflete também uma tentativa de usar as diversidades e as divisões dentro da religião. A expressão e vós dizeis funciona como uma desculpa para os seus próprios fracassos na vida. Este é um antigo padrão que é utilizado até mesmo em tempos modernos.

Neste monte. O Monte Gerizim tinha um papel significativo na tradição dos samaritanos. Aqui "Abraão preparou o sacrifício de Isaque, e aqui também... ele encon-trou Melquisedeque... e no Pentateuco samaritano, Gerizim, e não Ebal, é a montanha onde se erigiu o altar (Dt 28:4) "."

A questão sobre onde adorar foi respondida pela clássica frase de Jesus sobre a natureza da verdadeira adoração, relacionada com a sua missão. A expressão a hora vem (21,23) deve ser interpretada em termos do seu completo sacrifício, que tornaria possível a verdadeira adoração (cf. Jo 2:4-7.30; 8.20; 12.23; 13 1:17-1). A hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai (21). Esta afirmação também está relacionada com a destruição dos próprios templos dedicados à adoração. O Templo de Jerusalém foi destruído em 70 d.C., e Hircano tinha destruído o templo dos samaritanos em Gerizim em 129 a.C.

Vós adorais o que não sabeis (22). Os samaritanos rejeitavam todo o Antigo Testa-mento, exceto o Pentateuco. A avaliação de Jesus da inferioridade dos seus ritos e adora-ção se reflete no uso do termo neutro o que. O objeto da sua adoração era impessoal, pouco compreendido e vago, não apenas para a mulher, mas também para todos os da sua nação. Não existe uma adoração genuína baseada na ignorância ou no que não se conhe-ce. Tais práticas levam ao fanatismo ou ao legalismo humanístico. Por outro lado, os ju-deus, com quem Jesus se identificava, são reconhecidos como o instrumento da revelação de Deus: Nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus (22).

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem (23). Agora é o momento para que as antigas formas, limitadas em termos de lugar e de nação, sejam transformadas em uma adoração que é ao mesmo tempo pessoal, em espí-rito, e inteligente, em verdade. "Adorar em espirito significa que nós entregamos as nossas vontades à vontade de Deus, os nossos pensamentos e planos aos que Deus tem para nós e para o mundo... Em verdade significa que não estamos adorando uma "ima-gem" de Deus, feita segundo as nossas próprias idéias... somente Cristo nos apresentou ao Deus 'verdadeiro' ou real"?' A palavra-chave em toda esta idéia é Pai. Ele é o Objeto de adoração e aquele que procura os que o adoram em espírito e em verdade. "Quando Deus se revelar como o Pai universal... as limitações de espaço estarão acabadas e tanto o conhecimento quanto a adoração a Deus serão mediados por meios puramente espiri-tuais"." A natureza do objeto de adoração, Deus é Espírito (24; cf. 1 Jo 1:5-4.8), deter-mina as condições necessárias para a adoração. Importa que os que o adoram o ado-rem em espírito e em verdade (24).

A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo (25). A expectativa messiânica samaritana não se base-ava na grande riqueza de predições dos profetas, porque eles só aceitavam o Pentateuco. As esperanças deles provavelmente se baseavam em Escrituras como Gênesis 3:15 e Deuteronômio 18:15. A menção que a mulher faz do Messias, "O Ungido", abriu a porta para a grande auto-revelação de Jesus. Eu o sou, eu que falo contigo (26), ou, literal-mente, "Eu sou, este que está falando com você". Esta é a primeira ocorrência da expres-são "Eu sou", que Jesus usa muitas vezes no Evangelho de João para revelar a sua verdadeira natureza. Algumas delas são afirmações diretas como esta (e.g., 6.20; 8.24, 58). Outras aparecem metaforicamente (e.g., 6.35; 8.12; 14.6). A expressão, em uma ou outra forma, aparece 27 vezes no Evangelho de João. A forma em grego é ego eimi, e é a primeira pessoa do singular, no presente do indicativo do verbo eimi, que transmite a idéia da existência essencial ou do ser. A existência pessoal é intensificada pelo uso do pronome pessoal da primeira pessoa do singular, ego. Isto assume um tremendo signifi-cado quando comparado com a auto-revelação de Deus para Moisés como "Eu sou" (Êx 3:14). Jesus estava dizendo para aquela samaritana: "Este que está falando com você é o `Eu sou', o próprio Deus!" Assim terminou a conversa, e adequadamente, porque já não havia nada mais a dizer. O próprio Deus havia falado.

E nisso vieram os seus discípulos e maravilharam-se de que estivesse fa-lando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela? (27) A surpresa dos discípulos não teve como causa a nacionalidade da mulher nem o seu caráter, porque eles nada sabiam sobre o seu passado. Eles se surpreenderam porque Jesus estava falando com uma mulher. "Um homem não deveria ter uma conversa com uma mulher na rua, nem mesmo com a sua própria esposa, menos ainda com qualquer outra mulher, para que os homens não o caluniassem".' Os discípu-los não fizeram perguntas. Não há necessidade de fazer perguntas a alguém em quem se confia.

A conversa terminara, mas para esta mulher uma nova vida havia começado. A nova vida era marcada por três coisas. A primeira era o abandono da vida antiga, uma religião sem significado, uma sede nunca satisfeita — ela deixou... o seu cântaro (28). Ela já não precisava mais dele, porque agora tinha dentro de si uma inesgotável fonte de água (4.14). A segunda, o seu testemunho era pessoal e produtivo. Ela disse aos homens da cidade: Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito... Saíram, pois, da cidade e foram ter com ele (29-30; cf. 39,42). Finalmente, a pergunta que ela fez aos seus ouvintes era uma mostra da sua própria surpresa e de sua ligeira dúvida -"Não é este o Cristo?" (4.29). A pergunta também serviu para levantar uma importante questão na mente dos homens da aldeia.

O fato de a mulher ter deixado o seu cântaro na fonte sugere que ela deixou todo o seu antigo modo de vida. Uma mensagem intitulada "Abandonando a vida antiga" pode-ria ser estruturada sobre três idéias: 1. Uma nova fonte de alegria e de vida (14) ; 2. Uma nova testemunha (29-31) ; 3. Da desgraça moral à vida produtiva (18,39-42).

4. Os Novos Campos de Colheita (4:31-42)

A conversa entre Jesus e a samaritana começou com a sede física e terminou com a dádiva da água da vida. Então, aqui o apetite físico — Rabi, come (31) — fornece a oportunidade para ensinar os discípulos sobre a verdadeira satisfação das necessidades mais profundas da vida. Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.... A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra (32, 34). Para que o Filho cumpra a sua missão, Ele precisa obter força do Pai, que o enviou (cf. Jo 5:19-26; 6.57; 8.29). Esta comida divina, com a qual o Filho vive, tem uma dupla natureza. Primeiramente, é fazer a vontade daquele que... enviou o Filho (cf. Sl 40:8; Hb 10:7-10). É evidente que a vontade de Deus é prover e convocar os homens para uma vida santificada (1 Ts 4.3). Em segundo lugar, é a vontade de Deus que o Filho "realize a sua obra" (34, tradução literal; cf. 17;4). "A sua missão é não somente a de ensinar ou de 'anunciar', mas a de realizar a obra da salvação do homem; i.e.,... de reali-zar a transformação de água em vinho, de erigir o novo templo, de trazer (por meio da sua vinda e ascensão) a possibilidade do nascimento +k pne+matoo, de dar a água viva que jorra para a vida eterna — em uma palavra, de abrir para a humanidade uma vida verdadeiramente espiritual ou divina"."

Realizar a sua obra necessariamente envolve olhar a tarefa de uma forma atenci-osa e realista. Uma mulher samaritana tinha vindo, mas lá fora estão as terras que já estão brancas para a ceifa (35). A nação como um todo estava necessitando da dádiva da vida eterna, e já estava pronta para ela. Postergá-la ou atrasá-la intencionalmente é algo fora da realidade. "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa?" A hora é agora! Se esta geração deve receber o evangelho, esta geração deve levá-lo até o povo.

Se deve haver uma colheita, também deve haver a semeadura, assim como a ceifa, e ambas envolvem um trabalho árduo. Aquele que semeia vê a promessa do final no come-ço; aquele que ceifa percebe os resultados do começo no final. Então ambos se regozi-jam (36), pois o fruto do seu trabalho mútuo é a vida eterna (36). "Não há necessidade de falar, neste contexto, de um antes e um depois, deste homem ou daquele, pois todo o trabalho parecerá um só" (cf. 17:20-23).' Embora exista uma divisão de trabalho — um é o que semeia, e outro, o que ceifa (37) — há uma unidade, pois o produto final é um só. Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho (38). "Todos, sendo ceifeiros, merecem a recompensa que estão recebendo, a partir do trabalho de outros"?'

O perfeito exemplo da seara é encontrado naquilo que aconteceu em Samaria. A mulher testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito (39), com o resultado de que muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele pela (lit., "por causa da") palavra da mulher (39). A semeadura, um testemunho pessoal, produziu frutos, a fé nele. Tal foi o impacto do testemunho da mulher que os samaritanos vieram ver Jesus, e rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias (40).

Por mais importante que o testemunho seja quando procuramos trazer as pessoas a Cristo, ele é, em última análise, apenas um meio de se atingir este objetivo. Cada homem tem de chegar a sua própria confrontação final sobre onde se baseia a sua fé, não no que outra pessoa disse, mas em Cristo e na sua Palavra eterna. Assim foi com estes homens. E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo que disseste que nós cremos, porque nós mesmos o temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo (41-42). O que aconteceu aqui foi, ao mesmo tempo, intensamente pessoal -nós cremos... nós mesmos o temos ouvido... sabemos — e caracterizado pela des-truição das barreiras do nacionalismo e do sectarismo religioso. Eles reconheceram a este em quem creram como sendo o Salvador do mundo (42), não apenas um Messi-as para os samaritanos. O primeiro e o último pensamento daquele que crê em Cristo é a missão com alcance mundial.

5. Um Novo Nível de Fé (4:43-54)

Dois dias depois, partiu dali e foi para a Galiléia (43). Os dois dias se refe-rem a sua estada em Samaria (40), e dali a sua saída de Samaria. Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria (44). A sua própria pátria foi interpretada com o seguinte significado: 1. A Galiléia em ge-ral; 2. Nazaré; 3. A baixa Galiléia, não incluindo Cafarnaum; 4. A Judéia. Os três pri-meiros parecem significados improváveis em João, à luz de Jo 1:11 e Jo 7:41-42. A Judéia parece ser o significado mais provável. Westcott escreve: "O Senhor não tinha sido recebido com a devida honra em Jerusalém. A sua reivindicação messiânica não tinha sido bem-vinda. Ele não confiava a si mesmo os judeus dali, e foi forçado a partir. Se muitos o seguiram, podemos estar certos de que não eram os representantes do povo, e a sua fé repousava nos milagres"."

Em contraste com esta resposta artificial e a rejeição final na Judéia, estava a recepção de braços abertos no Norte. Os galileus o receberam, porque viram to-das as coisas que fizera em Jerusalém no dia da festa; porque também eles tinham ido à festa (45).

Ao apresentar o cenário do acontecimento que será descrito, o autor faz menção do primeiro milagre que Jesus realizou em Caná da Galiléia, onde da água fizera vi-nho (46). Isto parece ser um convite para comparar os dois milagres, e eles realmente têm semelhanças intrigantes. Ali (Jo 2:1-11), o relato está centrado na água que se torna vinho; aqui (49) o quase morto volta à vida. Ali é a fé da mãe de Jesus que consegue o milagre; aqui, é a fé do oficial. Os dois acontecimentos passam da tristeza para a alegria, e se tornam a razão para que os outros creiam — ali, os discípulos (2.11), aqui o oficial e toda a sua casa (53).

E havia ali um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum (46). Segundo Arndt e Gingrich, a palavra traduzida como oficial poderia se referir a "um parente da família real (de Herodes) ", mas provavelmente se refere a "um oficial real".'

As narrativas dos milagres de Jesus em Jerusalém (2,23) tinham evidentemente chegado antes dele à Galiléia, e o primeiro milagre em Caná sem dúvida fora o assunto de muitas conversas em Cafarnaum, que ficava a somente 24 quilômetros (ver o mapa 1). Assim, este oficial, ouvindo... que Jesus vinha da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele e rogou-lhe que descesse e curasse o seu filho, porque já estava à morte (47). A palavra traduzida como foi significa literalmente "ele se foi", indicando que o pai deixou o filho, doente como estava, para ir fazer o seu pedido a Jesus. O verbo rogou está no imperfeito no texto grego, indicando um pedido repetido e continuado.

A resposta de Jesus, embora aparentemente uma recusa, na realidade era um teste para a fé do oficial. Se não virdes sinais e milagres, não crereis (48). Esta é uma questão inquisitiva. Os sinais e milagres são o motivo ou o resultado da fé? Este aconte-cimento espetacular, o milagre, é a experiência estática de uma coisa a ser buscada por si mesma? É o produto de uma fé dinâmica e devidamente embasada, ou é a porta aberta para ela? Ou seja, a fé nele e na sua Palavra? Em João, a palavra milagres aparece somente aqui. As duas palavras, sinais e milagres, combinadas "assinalam os dois principais aspectos do milagre: o aspecto espiritual, pois sugerem alguma verdade mais profunda do que aquela que o olho vê, para o qual eles são, de alguma maneira, símbolos e garantias; e o aspecto externo, pois a sua estranheza arrebata a atenção"»

O apelo renovado do oficial baseou-se na questão da vida e da morte. Ele não estava preparado para entrar em uma discussão teológica quando a sua necessidade imediata parecia tão grande. Senhor, desce, antes que meu filho morra (49). A resposta de Jesus foi um teste ainda maior à fé do homem. Vai, o teu filho vive (50). O oficial viera buscar Jesus (47,49) ; agora tudo o que ele obtinha era a promessa de vida para o seu filho. Ele poderia crer, não tendo visto? (cf. 20.29). É possível confiar na Palavra de Deus sem hesitação? Este homem fez isso! E o homem creu na palavra que Jesus lhe disse e foi-se (50). A sua fé sem hesitação é enfatizada pelo tempo do verbo ser, foi-se, que poderia ser traduzido literalmente como "ele tomou o seu caminho".

Os versículos 51:53 são uma espécie de epílogo para certificar o que já havia sido realizado. O relato dos servos para o oficial: O teu filho vive (51) aparece nos melho-res manuscritos como um discurso indireto — literalmente "que o seu filho estava vivo". O que Jesus havia prometido se cumprira com exatidão! Assim como o teste para a fé do oficial foi feito uma segunda vez, assim também a certificação foi assegurada, sem quaisquer dúvidas. A pergunta do pai sobre a hora em que o filho se achara melhor (52) revela o fato de que era aquela hora a mesma em que Jesus lhe disse: O teu filho vive (53). O que tinha sido a crença na promessa específica de Jesus (50) agora adquire um aspecto mais profundo e amplo da fé pessoal. E creu ele, e toda a sua casa (53).

Jesus fez este segundo milagre [sinal] quando ia da Judéia para a Galiléia (54). A observação da série de sinais em Caná da Galiléia serve para marcar as visi-tas de Jesus ali, que estão relacionadas e intercaladas com viagens a Jerusalém (cf. Jo 2:11-13; 4.3).

Em Jo 4:46-54, encontramos: 1. O nosso Senhor lamentando uma fé inadequada (46-48) ; 2. O nosso Senhor testando, e conseqüentemente fortalecendo, uma fé crescente (49-50) ; 3. Cristo ausente recompensando uma fé que fora testada (51-53). (Alexander Maclaren)


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54
*

4.1-42

O pano de fundo deste incidente é o profundo desprezo que os judeus e os samaritanos sentiam uns pelos outros (v. 9). Não é surpresa que os samaritanos respondessem com inimizade aos judeus. Quando viajavam entre a Galiléia e a Judéia, muitos judeus atravessavam o Jordão, de preferência a passarem por Samaria. Jesus não seguiu esta prática (Lc. 9.52).

* 4:6

Cansado. Jesus sentiu fadiga e mesmo exaustão, por causa de sua natureza humana (Mt 8:24). Ver "A Humanidade de Jesus", em 2Jo 7.

hora sexta. Meio-dia.

* 4:9

os judeus não se dão com os samaritanos. Esta frase poderia ser traduzida também como "os judeus não usam nada em comum com os Samaritanos", referindo-se à legislação que proíbe aos judeus comer ou beber com os samaritanos, que eram mais relaxados na sua maneira de entender o ritual da purificação. A surpresa não foi tanto pelo fato de Jesus estar falando com a samaritana, mas pelo fato de ele beber (água) de um recipiente samaritano.

* 4:10

o dom de Deus. Esta expressão dá ênfase ao fato de que a salvação não é merecida, mas dada (Ef 2:8). O próprio Jesus é o dom de Deus (3.16; Gl 2:20; Ef 5:25).

água viva. No Antigo Testamento, água viva ou corrente era empregada figurativamente como referência à atividade divina (Jr 2:13; Zc 14:8. Ver também v. 14 e 7:37-39).

* 4:11

Como os judeus e Nicodemos antes dela, a mulher samaritana não compreendeu os termos chaves que Jesus usa (v. 15; 2:19-21; 3:3-10).

* 4:13

tornará a ter sede. Jesus contrasta a satisfação transitória com a satisfação eterna, ensinando que todos os prazeres terrenos, mesmo quando legítimos, se desvanecem.

* 4:14

Aqui "eu lhe der" expressa a origem divina da bênção, "uma fonte a jorrar", refere à sua grande abundância; "para a vida eterna" significa duração sem fim.

* 4:18

cinco maridos já tiveste. O conhecimento da vida anterior da mulher samaritana é idêntico ao conhecimento que Jesus revelou a respeito de Natanael (1.48).

* 4:20

Nossos pais adoravam neste monte. Algum tempo depois de o reino do Norte cair sob a Assíria (721 a.C.), uma ruptura surgiu entre os judeus, em Jerusalém, e os israelitas que viviam em Samaria. Estes samaritanos, posteriormente, construíram um templo no Monte Gerizim, que foi destruído cerca de 130 a.C.. Eles continuam a cultuar no Monte Gerizim, mesmo nos tempos modernos.

* 4:23

vem a hora e já chegou. Ver 6.25. Logo virá o tempo em que as divisões entre Judeus e Samaritanos serão removidas (v. 21) e o culto do templo será substituído. O tempo "já chegou" porque Jesus está presente e começou a obra que conduz à presença do Espírito Santo na igreja (7.39; 20.22).

* 4:24

importa que... o adorem em espírito e em verdade. O "verdadeiro" culto é contrastado com o culto regulado pelas disposições temporárias da lei, especialmente a separação entre judeus e gentios e as exigências do culto no templo de Jerusalém. Os aspectos cerimonial e sacrificial da lei não eram falsos; eram temporários e provisórios. O culto "em espírito" é o culto no Espírito Santo. Ele continua a obra começada por Jesus (14.16-18; At 2:33). Marcas proeminentes da era do Espírito são a remoção da barreira entre judeus e gentios, e a capacidade de os cristãos adorarem sem necessidade de templo de qualquer espécie.

* 4:26

Eu sou. Esta é uma ocasião antes do seu julgamento, quando Jesus é citado apresentando-se como o Messias. Talvez insinuações políticas associadas a este título desaconselhassem Jesus a empregá-lo com mais freqüência (conforme 6.14,15).

* 4:27

se admiraram. A atitude dos discípulos reflete tanto o desprezo dos judeus pelos samaritanos como o chauvinismo machista que considerava o ensinar a uma mulher como perda de tempo.

* 4:30

Saíram. O testemunho da mulher foi mais eficiente do que a visita dos doze apóstolos.

* 4:37

Um é o semeador, e outro é o ceifeiro. Jesus torna claro que seus discípulos têm uma responsabilidade diferente da sua. Eles colherão o que Jesus semeou. A frase pode antecipar deliberadamente o que ocorre em 12:23-24.

* 4:42

o Salvador do mundo. Eles reconheceram que Jesus era mais do que um profeta (vs. 19,29,39); ele é o Salvador (1Jo 4:14).

* 4:44

um profeta não tem honras na sua própria terra. "Sua própria terra" é provavelmente a Galiléia mais do que a Judéia (conforme v. 3). A Galiléia é considerada como sendo o lugar de origem de Jesus, neste Evangelho (1.46; 2.1; 7.42,52). Ainda que os galileus o tenham recebido (v. 45) o texto indica que Jesus foi desprezado por eles, porque tinham necessidade de ver “sinais e prodígios", para crer (v. 48; ver Introdução: Dificuldades de Interpretação).

* 4:46

oficial do rei. Um oficial a serviço de Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia (conforme Mt 14:1-12; Lc 23:7).

* 4:50

teu filho vive. Esta foi uma expressão de poder para curar e não meramente uma profecia de que ele se recuperaria.

* 4:52

à hora sétima. Uma hora da tarde.

* 4:54

segundo sinal. Embora Jesus tenha realizado muitos outros sinais (2.23), este é o segundo que teve lugar em Caná da Galiléia (conforme 2.11). A repetição, por três vezes, da expressão "teu filho vive" (vs. 50, 51,
53) mostra o propósito do sinal, que é revelar que Jesus tem poder para dar a vida. Correspondendo a esta repetição é a progressão da fé do oficial (vs. 48,50,53). Este enfoque sobre a vida através do poder da palavra de Jesus prepara o leitor para o discurso seguinte sobre a vida através do Filho (5.19-30).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54
4.1-3 Já tinha surto a oposição contra Jesus, em especial de parte dos fariseus. sentiam-se molestos com a popularidade e a mensagem de Cristo que contradizia muitas de seus ensinos. Como Jesus logo que começava seu ministério, não era o momento de enfrentar-se abertamente a aqueles líderes, por isso deixou Jerusalém e viajou ao norte, a Galilea.

4:4 Depois que o reino do norte, com seu capital Samaria, caiu em mão dos assírios, deportaram muitos judeus a Assíria e trouxeram estrangeiros para que se estabelecessem ali e ajudassem a manter a paz (2Rs 17:24). Do matrimônio entre aqueles estrangeiros e quão judeus ficaram surgiu uma raça mista, impura na opinião de quão judeus viviam no Judá, o reino do sul. Os judeus puros odiavam essa raça mista, que eram os samaritanos, porque sentiam que traíram a sua gente e a sua nação. Os samaritanos estabeleceram um lugar alterno de adoração no monte Gerizim (2Rs 4:20) paralelo ao templo de Jerusalém, destruído cento e cinqüenta anos atrás.

Os judeus faziam todo o possível por não viajar através da Samaria. Mas Jesus não tinha motivos para viver com sortes restrições culturais. A rota através da Samaria era mais curta e essa foi a que tomou.

4.5-7 O poço do Jacó estava situado dentro da propriedade que tinha pertencido ao Jacó (Gn 33:18-19). Não era um poço de manancial, mas sim a água se acumulava no fundo quando caía a chuva e o rocio. Os poços principalmente estavam localizados nos subúrbios da cidade, junto aos caminhos principais. Duas vezes ao dia, na manhã e na tarde, as mulheres foram tirar água. Esta mulher foi ao meio dia, possivelmente para não encontrar-se com outras pessoas devido a sua reputação. Aqui Jesus deu a esta mulher uma mensagem extraordinária sobre o água pura e fresca que pode satisfazer a sede espiritual para sempre.

4.7-9 Esta mulher (1) era samaritana, membro da odiada raça mista, (2) tinha uma má reputação, e (3) estava em um lugar público. Nenhum judeu respeitável lhe falava com uma mulher baixo estas circunstâncias. Mas Jesus o fez. O evangelho é para todos, sem importar raça, posição social nem pecados cometidos. Devemos estar preparados para estender seu Reino em todo tempo e em qualquer lugar. Jesus cruzava qualquer barreira por pregar as boas novas e, quem o sigo, não podemos fazer menos.

4:10 O que quis dizer Jesus com "água viva"? No Antigo Testamento muitos versículos se referem à sede de Deus como sede de água (Sl 42:1; Is 55:1; Jr 2:13; Zc 13:1). A Deus lhe chama manancial da vida (Sl 36:9) e manancial de águas vivas (Jr_17:13). Ao dizer que podia dar água viva que saciaria para sempre a sede, Jesus declarava ser o Messías. Solo o Messías poderia dar este presente que satisfaz a necessidade da alma.

4.13-15 Muitas coisas espirituais têm seu paralelo nas físicas. Assim como nosso corpo padece de fome e sede, também nossas almas. Mas nossas almas necessitam água e alimento espirituais. A mulher confundiu as duas classes de água porque é muito possível que ninguém lhe tivesse falado antes da fome e a sede espirituais. Não privamos a nossos corpos de comida e água quando os requerem. por que o fazemos com nossas almas? A Palavra vivente, Jesucristo, e a Palavra escrita, a Bíblia, podem satisfazer a fome e a sede da alma.

4:15 A mulher acreditava erroneamente que se recebia a água que Jesus lhe oferecia, não teria que voltar para poço cada dia. Estava interessada na mensagem do Jesus porque pensava que lhe brindava uma vida fácil. Mas se esse fosse sempre o caso, a gente aceitaria a mensagem de Cristo por razões impróprias. Cristo não deveu tirar as dificuldades, a não ser a trocar nosso interior e a nos dar poder para enfrentá-los da perspectiva de Deus.

4:15 A mulher não entendeu de repente o que Jesus dizia. Costa aceitar algo que modifica a base fundamental de nossa vida. Jesus lhe deu tempo para que fizesse perguntas e que juntasse as peças ela mesma. Pregar o evangelho não sempre significa obter resultados imediatos. Quando convidar às pessoas a que permita que Jesus troque sua vida, conceda tempo para que valore o assunto.

4.16-20 Quando esta mulher se deu conta de que Jesus conhecia sua vida privada, em seguida trocou de tema. Freqüentemente a gente se sente molesta quando se fala de seus pecados ou problemas e procura passar a outro assunto. Se alguém nos fizer isso, devêssemos represar de novo a conversação para Cristo. Sua presença tira a luz o pecado e molesta às pessoas, mas só Deus pode perdoar pecados e dar vida nova.

4.20-24 A mulher pôs em discussão um tópico teológico popular: o melhor lugar para adorar. Mas sua pergunta era uma cortina de fumaça para proteger sua profunda necessidade. Jesus conduziu a conversação para um ponto mais importante: a localização do adorador não é nem remotamente mais importante que a atitude do adorador.

4.21-24 "Deus é Espírito" significa que o espaço físico não o limita. Está presente em todo lugar e pode adorar-se em qualquer lugar, a qualquer hora. Não é onde adoramos o que conta, a não ser como adoramos. É nossa adoração em espírito e na verdade? Tem a ajuda do Espírito Santo? Como nos ajuda o Espírito Santo na adoração? O Espírito Santo intercede por nós (Rm 8:26), ensina-nos as palavras de Cristo (Jo 14:26) e nos ajuda a nos sentir amados (Rm 5:5).

4:22 Quando Jesus disse "a salvação vem dos judeus", manifestava que solo por meio do Messías, um judeu, o mundo acharia salvação. Deus prometeu que através da raça judia todas as nações seriam bentas (Gn 12:3). Os profetas do Antigo Testamento declararam que os judeus seriam luz às nações do mundo ao lhes levar o conhecimento de Deus, e anunciaram a vinda do Messías judeu que deveria salvar à nação e ao mundo. A mulher que estava junto ao poço sabia estas coisas, por isso esperava a vinda do Messías. Mas não lhe ocorreu que falava com O!

4:34 A "comida" a que Jesus se refere é o alimento espiritual. Inclui mais que estudo bíblico, oração ou assistência à igreja. Também nos alimentamos fazendo a vontade de Deus e ajudando a que a obra de salvação se complete. Não só nos alimentamos com o que ingerimos, mas também com o que damos em nome de Deus. Em 17.4, Jesus se refere a acabar o trabalho de Deus na terra.

4:35 Algumas vezes os cristãos se desculpam para não atestar a familiares ou amigos dizendo que estes não estão preparados para acreditar. Jesus, entretanto, esclarece que ao redor de nós há uma colheita contínua que espera a ceifa. Não espere que Jesus o encontre desculpando-se. Olhe a seu redor. Achará gente lista para ouvir a Palavra de Deus.

4.36-38 As recompensas que Jesus oferece são a alegria de trabalhar para O e ver a colheita de crentes. Pelo general, o sembrador não vê a não ser a semente, enquanto que o colhedor vê os grandes resultados da semeia. Mas na obra do Jesus, ambos serão recompensados ao ver novos crentes entrar em Reino de Deus. A frase "outros lavraram" (4,38) possivelmente se refira ao Antigo Testamento e ao João o Batista, que preparou o caminho para o evangelho.

4:39 A mulher samaritana contou imediatamente sua experiência a outros. Sem lhes importar sua reputação, muitos aceitaram seu convite e foram ao encontro do Jesus. Talvez tenha pecado em nosso passado de que estamos envergonhados, mas Cristo nos troca. Quando a gente vê estas mudanças, move-a a curiosidade. Use estas oportunidades para lhes apresentar a Cristo.

4.46-49 Este oficial do rei era possivelmente um oficial ao serviço do Herodes. Caminhou uns trinta e dois quilômetros para ver o Jesus e se referiu ao como "Senhor", ficando sob seu mando embora tinha autoridade legal sobre O.

4:48 Este milagre era mais que um favor a aquele oficial: era um sinal para todo mundo. O Evangelho do João está dirigido a toda a humanidade para que criam no Senhor Jesus Cristo. Aquele funcionário do governo tinha a certeza de que o que Jesus dissesse podia realizar-se. Acreditou, e viu um sinal maravilhoso.

4:50 O oficial não só acreditou que Jesus podia sanar, mas sim lhe obedeceu quando lhe disse que se fora a sua casa, demonstrando assim sua fé. Não é suficiente dizer que acreditam que Jesus pode fazer-se carrego de nossos problemas. Precisamos atuar em conseqüência. Quando orar por uma necessidade ou problema, cria que Jesus pode fazer o prometido.

4:51 Os milagres do Jesus não foram simples iluda produtos do otimismo. Apesar de que o oficial tinha a seu filho a trinta e dois quilômetros de distância, sanou quando Jesus o disse. A distância não era um problema porque Cristo domina o espaço. Nunca poderemos pôr muita distância entre nós e Cristo ao grau que não possa nos ajudar.

4:53 Note como se desenvolveu a fé do oficial. Primeiro, acreditou o suficiente para ir pedir lhe ajuda ao Senhor. Segundo, acreditou na segurança das palavras do Jesus de que seu filho sanaria e atuou em correspondência. Terceiro, ele e toda sua casa acreditaram no Jesus. A fé é um presente que se desenvolve na medida que o usamos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54
F. JESUS ​​ea mulher samaritana (4: 1-26)

1 Quando, pois, o Senhor soube que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que Jo 2:1 (ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos), 3 deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia. 4 E ele tem que passar por Samaria. 5 Então ele vem para uma cidade de Samaria, chamada Sicar, perto da parte do campo que Jacó dera a seu filho José: 6 e poço de Jacó estava lá. Jesus, pois, cansado da viagem, sentou-se assim junto do poço. Era cerca da hora sexta. 7 Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber 8 . Pois seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida 9 então a mulher samaritana lhe disse: , Como é que tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.) 10 Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tivesses conhecido o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber; tu lhe terias pedido dele, e ele te daria água viva. 11 A mulher disse-lhe: Senhor, tu não tens com que tirá-la, eo poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? 12 És tu maior ? que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e seus filhos, e seu gado 13 Jesus respondeu, e disse-lhe: Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede; 14 mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna. 15 A mulher disse-lhe: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la. 16 Disse-lhe Jesus. Vai, chama o teu marido e vem cá. 17 A mulher respondeu, e disse-lhe: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Tu disseste bem, eu não tenho marido: 18 para tiveste cinco maridos; ea quem tu agora tens não é teu marido: isto disseste tu verdadeiramente. 19 A mulher disse-lhe: Senhor, vejo que és profeta. 20 Nossos pais adoraram neste monte; e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. 21 Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém, vós vos adorar o Pai. 22 Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que conhecemos; porque a salvação vem dos judeus. 23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade:. para tal levará o Pai procura para seus adoradores 24 Deus é Espírito, e os que . adoradores o adorem em espírito e em verdade 25 A mulher disse-lhe: Eu sei que vem o Messias (que se chama Cristo.): quando ele vier, ele vai declarar a nós todas as coisas 26 Jesus disse-lhe: I que falar a ti sou ele .

A cidade de Samaria foi fundada por Omri, o sexto rei do Reino de Israel e do chefe de uma dinastia de quatro reis. Ele foi localizado em uma colina de 400 metros nas terras altas centrais palestinos e deu o seu nome ao território circundante. Ele também deu seu nome para as pessoas que habitavam o território. Ele sofreu todas as vicissitudes da terra dos judeus, mas continuou a sobreviver. No tempo de Jesus na terra de Samaria foi anexada à Judéia como um único território sob Tetrarchs do Império Romano. Como resultado da mudança de populações trazidas pelos assírios, com a queda do Reino do Norte, em 721 AC , os samaritanos se tornou de sangue misturado. Em algum momento depois da restauração em 536 AC e à recusa dos judeus para compartilhar com eles a reconstrução do Templo de Jerusalém, um templo rival foi construído no Monte Gerizim, a sudeste da cidade de Samaria curta distância. O Pentateuco serviu como suas Escrituras. Aparentemente, o culto foi realizado lá na época de Cristo.

A mulher de Samaria provavelmente veio do interior de Samaria, em vez de partir da cidade com esse nome. A cidade de Sicar, perto do qual estava o poço de Jacó, onde conversa da mulher com Jesus ocorreu, provavelmente, deve ser identificado com Siquém. Sicar não é mencionado no Antigo Testamento. O campo dada a José por Jacó é, sem dúvida, a parte extra ou "encosta de montanha", que Jacó deu a José acima do que ele deu os outros filhos (Gn 48:22 ).

Diz-se que a rota usual tomada por judeus da Judéia para a Galiléia era a leste do rio Jordão, um desvio ao redor de Samaria. Porque os samaritanos eram de raça mista e adorado em um templo rival, eles eram piores do que os pagãos nas mentes dos judeus e não para ser associado. "Dog" era um nome comum para eles.

Jesus deixou a Judéia, neste momento, aparentemente para evitar mais comparações entre ele e João Batista nas mentes das pessoas. João tinha o registro em frente ao anunciar Jesus como o Messias e se não mais do que uma voz desaparecendo, embora os judeus teria prolongado a discussão sobre os dois batismos. O encontro tinha sido rentável, mas não havia nenhum ponto em Jesus "manter viva a questão, permanecendo em cena. Ele saiu e foi para a Galiléia.

Jesus tomou a rota através de Samaria, porque Ele queria ministrar às pessoas daquela província. Seja por acidente ou por design, ele conheceu uma mulher que veio para o bem da comunidade para obter o abastecimento de água da família. Ela provou ser um bom ouvinte e um propagandista pronto ou testemunha. Este encontro de Jesus com a mulher foi uma das mais bem sucedidas missões gravadas por João, tanto em termos de recepção pronto da mensagem de Cristo e na apreciação com que foi recebido.

Jesus escolheu um momento oportuno para se chegar ao bem, quando as mulheres estariam lá, em vez de os homens com os rebanhos. O dia estava quente, e Ele estava visivelmente quente e cansado. Ele se aproveitou da situação para abrir uma conversa, perguntando a mulher para um copo de água. Os discípulos tinham ido à cidade (Sicar-Siquém) para alimentos; Jesus pode ter enviado eles. Ele ea mulher foram deixados sozinhos. Seu discurso, e talvez até mesmo o Seu vestido, traiu como judeu, e a surpresa da mulher foi imediatamente evidente. Como é que tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? João acrescentou o comentário que os judeus não tinha relações com os samaritanos. Além das barreiras raciais e religiosos, e em parte por causa deles, as mulheres samaritanas eram considerados impuros, e um homem que, tanto quanto falou com um deles foi contaminado por ela. Ao falar com ela Jesus corria o risco de ser considerada impura por aqueles que o conheceram; mas Ele também mostrou que Ele considerou cerimonial religião ineficaz para lidar com sua condição moral e espiritual real. Não é de admirar que Ele era capaz de obter a atenção da mulher ao mesmo tempo. Ela estava muito espantado para obter a água que ele havia pedido.

Jesus logo revelou que a água não era o que ele queria. Ele estava à procura de uma abertura para a Sua mensagem, e ele começou a discursar sobre a água da vida. Ele se ofereceu para dar-lhe água viva, a água da vida eterna. E como Nicodemos, ela era incapaz de compreender mais do que o primeiro significado de suas palavras. No entanto, ela parecia estar tateando em busca de significado oculto. Esse homem tem alguns meios especiais de tirar água de um poço tão profundo? Ou será que ele provar ser um homem maior do que Jacó (que tinha fornecido o bem) e abastecimento de água de alguma outra forma? (V. 11-12 ). Ignorando o possível nota de sarcasmo em seu discurso, Jesus disse-lhe que a água que Ele daria a ela traria para sua vida eterna. Poço de Jacó água pode saciar apenas a sede física e ajudar a sustentar a vida física. A água que Jesus ofereceu iria matar a sede da alma e produzir a vida que seria eterna. O poço de água representou o ceremonialism Velho; Jesus estava trazendo na nova era da graça. Ele ofereceu a sua vida a partir de cima, a vida do Espírito, assim como Ele teve a Nicodemos, a quem Ele falou em termos do novo nascimento.

A vida eterna tem qualidades morais, bem como qualidades de extensão além do tempo. Jesus tentou fazer valer esta verdade sobre a mulher, pois Ele tinha visto seu coração começando a se abrir, a fé começa a tomar conta de suas palavras. Na única língua que ela sabia que ela pediu para a água, não só para si, mas para os outros, para a sua água era para ser compartilhado-as bem servidas todas as pessoas da comunidade e até mesmo viandantes como Jesus. Senhor, dá-me dessa água , que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la. Jesus não disse, como se poderia esperar, "Eu sou a água da vida." Em outras ocasiões Ele afirmava ser o pão da vida e à luz do mundo. Mas, neste caso, Ele estava se dirigindo a alguém que tinha começado a sondar além da analogia já feita entre o poço de água e a água prometeu. Ela tinha começado a ver o religioso, mesmo espiritual, significado em que Jesus estava dizendo. E a linguagem não precisava ter sido desconhecido para ela, ela pode ter sido lembrado de Moisés trazendo água da rocha, ou de Isaías gritando: "com alegria tirareis águas das fontes da salvação." Sua verdadeira atitude tornou-se evidente quando ela não fez qualquer tentativa para justificar a sua vida amorosa solta quando Jesus revelou que ele sabia sobre isso (sem dúvida por uma visão divina, que é mais evidente no Evangelho de João que no Sinópticos). Por isso, ela sabia que Ele era um profeta e imediatamente virou a conversa para a religião. Nossos pais adoravam neste monte; e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar . Em poucas palavras bem escolhidas Jesus expôs as insuficiências de ambos Samaritano e adoração Jerusalém, que diferiram muito pouco um do outro, ambos pertencentes ao antigo ceremonialism. Não que esse culto não tinha lugar tanto na revelação de Deus ao homem ou ao alcance do homem a Deus. Mas o judaísmo tinha a vantagem de ser o meio especial da revelação de salvação para o mundo de Deus, por meio de que a revelação do Messias havia sido prometido. Quando o Messias veio, tanto samaritanismo eo judaísmo teria que ceder, porque a verdadeira adoração, então, tornar-se espiritual, em vez de permanecer cerimonial.

A mulher estava aparentemente bem versados ​​no Antigo Testamento, mesmo para além do Pentateuco, que era o limite do Samaritano canon. A promessa de um Messias era familiar para ela. Eu sei que o Messias vier, ela disse. A reverência silenciosa vem na narrativa neste ponto. Jesus estava prestes a fazer o mais simples possível declaração de Sua divina origem e que, para uma mulher que não era do povo eleito. Este Jesus declaração não tinha sido eliminados para fazer a Nicodemos, membro do Sinédrio, o Conselho Judaico. A diferença reside na receptividade dos mais abordados. Muitas vezes acontece que aqueles que tiveram a maior oportunidade de ganhar a verdade são mais maçantes de compreensão do que os outros que vêm a ele pela primeira vez. A diferença aqui é entre um oficial religiosa judaica e uma dona de casa Ct 1:1 ).

Deus também é leve, que fala da verdade revelada ou de Deus revelando-se. Cristo veio como a luz do mundo. Tiago diz que não há variação em Deus ", nem sombra de variação" (Jc 1:17 ). No escuro, sem falsidade, sem imperfeições são encontradas nele. Ele é a verdade-verdade revelada. Andar na luz é andar na verdade de Deus em Cristo.

É bom pensar de culto em espírito e em verdade como adoração exercidas no espírito de amor e sobre a base da verdade revelada. Culto, especialmente o culto público, é um louvor reunindo para a comunhão e edificação mútua e para dar e honra a Deus. A sua verdadeira intenção e propósito são perdidas quando o espírito de amor está ausente. Culto cerimonial, como Nicodemos ea Samaritana sabia adoração sob a Antiga Aliança, culto que tinha servido ao seu propósito e não podia mais levar os homens à presença de Deus, poderia ser realizada se os participantes praticaram amor uns pelos outros e para Deus ou não. Mas a adoração sob a Nova Aliança deve estar no espírito de amor, tanto para Deus e para o homem. Jesus ensinou que as diferenças entre irmãos devem ser esclarecidas antes de adoração é aceitável (Mt 5:23. ).

De maneira semelhante culto cristão deve ser realizado de acordo com a verdade de Deus, como foi revelado em Cristo. Além disso, a adoração deve constituir a busca da verdade. As bênçãos do culto são uma sensação de aceitação e garantia de que vem da presença de Deus, mas a adoração deve significar mais do que isso. Adorar em verdade trará uma nova luz em que o adorador vai andar. A verdade pode vir "íntimo e penetrante" e ser mais séria do que alegre como se vê dentro de si atitudes e relacionamentos que são não cristão. Pode "Rock Um nos calcanhares" ou "drive-lo de joelhos", "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes" (He 4:12 ). Culto em espírito e em verdade é solicitado-amor e adoração saturado de amor que traz a luz da verdade de Deus sobre o coração ea vida Dt 1:1)

27 E nisto vieram os seus discípulos; e se admiravam de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que procuras? ? ou: Por que falas com ela 28 Então a mulher deixou o cântaro, e foi à cidade e disse ao povo: 29 Vinde, vede um homem que me disse tudo o que sempre fiz: isso pode ser o Cristo? 30 Saíram da cidade, e foram ter com ele. 31 E entretanto os seus discípulos lhe rogavam, dizendo: Rabi, come. 32 Mas ele lhes disse: Uma comida tenho para comer que vós não conheceis.33 Então os discípulos diziam uns aos outros: Acaso alguém lhe trouxe alguma coisa para comer? 34 Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra. 35 Não dizeis vós que ainda há quatro meses e , em seguida,vem a colheita? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede os campos, que já estão brancas para a ceifa. 36 Aquele que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; que o que semeia eo que ceifa juntamente se regozijem. 37 Por aqui está a dizer verdade, Um semeia, e outro o que ceifa. 38 Eu vos enviei a ceifar onde não trabalhaste; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.

39 E desde aquela cidade muitos dos samaritanos creram nele por causa da palavra da mulher, que testificou: Disse-me todas as coisas que fiz. 40 Então, quando os samaritanos vieram a ele, rogaram-lhe que ficasse com eles: . e ficou ali dois dias 41 E muitos mais creram por causa da sua palavra; 42 e diziam à mulher: Já que acreditamos, não por causa da tua palavra para nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.

Assim que os discípulos voltaram com alimentos a mulher deixou para a cidade. Conversa como ela e Jesus engajados é mimada quando outros estão presentes. Foi-coração-privada para o coração. Algumas verdades não se encaixam discurso público.Problemas de algumas pessoas são mais bem atendidos em entrevistas particulares. A dependência em serviços públicos em detrimento de aconselhamento pessoal por parte do pastor e da igreja não pode deixar de deixar muitos intocado dos problemas mais profundos das pessoas. Jesus foi o Mestre da entrevista pessoal.

Deixando seu pote de água (para ela planejava voltar), a mulher correu para Sicar para dizer a seus amigos do profeta a quem ela metade acreditava que era o Messias judeu. Muitos acreditavam que o que ela disse a eles; mas é duvidoso que sua fé foi mais longe do que a dela em relação a messianidade de Cristo. Outros vieram para o bem e foram persuadidos a acreditar no que o próprio Jesus disse a eles. O que ouvi dele confirmou o que a mulher tinha dito. Talvez o preconceito contra os judeus os impediu de falar de Cristo como o Messias, eles chamaram de o Salvador do mundo (v. Jo 4:42 ). Mas, de maior importância é o fato de que eles acreditavam mais prontamente e de coração do que os judeus.

O segundo resultado desta entrevista com a mulher é vista como Jesus falou com os discípulos após o seu regresso. Pode não ser adequada para dizer que eles eram unappreciative da grandeza da ocasião. Eles não tinha ouvido a conversa, e para o momento em que eles foram totalmente absorvidos com os preparativos para o jantar. Eles não conseguiram pegar qualquer um a atmosfera do que havia acontecido; o próprio ar deve ter sido cobrado como com eletricidade. O registro implica que os discípulos tinham começado a comer antes que a mulher deixou. Quando Jesus se absteve de comer eles insistiram com comida sobre Ele, inconsciente de sua preocupação. Uma comida tenho para comer que vós não conheceis . Eles não sabiam o que ele quis dizer. Os samaritanos tinham vindo a aceitar a Cristo de uma forma não condizente com este primeiro grupo de discípulos. Os discípulos tinham Ele aceita como Rabbi (professor- Jo 1:38 ), e pediu para segui-Lo noviciados como interessadas. Eles não esteve presente para ouvir tanto o ensino sobre o novo nascimento ou sobre a água da vida. Sua resposta à recusa de Jesus para comer- Acaso alguém lhe trouxe de comer -compares bem com a de Nicodemos: "Como pode um homem nascer, sendo velho?" A mulher tinha demonstrado uma visão mais aguçada e percepção espiritual do que qualquer um recorde-se de João para este tempo. Talvez fosse porque ela era uma mulher; ou porque ela não era judia. Ela teria tido alguma compreensão das próximas palavras de Jesus aos seus discípulos: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra (v. Jo 4:34 ). Para os discípulos, isso era algo para ser lembrado e compreendido em uma data posterior.

Deve-se observar, no entanto, que a disponibilidade de compreensão parecia não ser de tão grande importância para Jesus como para nós neste dia de prioridades, QI, e Questionário Kids. A mulher samaritana não é ouvido de novo nos Evangelhos. Foi de grande importância que os discípulos chegar a uma compreensão plena de Jesus e Sua missão no que diz respeito à sua parte nela e sua dedicação a ele. E assim, Jesus apontou para os campos de cereais não amadurecidas e tirou uma lição. Ao contrário do grão, a colheita espiritual já estava maduro para a recolha, como evidenciado pelas pessoas que afluem para fora da cidade. Eles, os discípulos, estavam a ser ceifeiros na seara de Deus, a sua recompensa seria certo, e que iria se alegrar com aqueles que tinham ido antes deles no programa de salvação de Deus. Jesus pensou em ambos semear e colher acontecendo simultaneamente. Cada homem colhe onde outro semeou e por sua vez as porcas para outro para colher. Um homem, as plantas mais águas, e ainda outro o que ceifa, mas é "Deus que dá o crescimento" (1Co 3:7)

43 E, depois de dois dias, saiu dali para a Galiléia. 44 Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria. 45 Então, quando ele veio para a Galileia, os galileus o receberam, vistas todas as coisas que ele fez em Jerusalém no dia da festa; pois também eles tinham ido à festa.

46 Foi, então, outra vez a Caná da Galiléia, onde da água fizera vinho. E havia um nobre, cujo filho estava enfermo em Cafarna1. 47 Quando ele soube que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, foi a ele, e rogou -lhe que descesse, e curasse o seu filho; pois ele estava no ponto de morte. 48 , portanto, Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e prodígios, ye de nenhuma maneira terá acreditar. 49 O nobre diz-lhe: Senhor, desce, antes que meu filho morra. 50 Jesus disse- lhe: Vai-te; teu filho vive. O homem creu na palavra que Jesus lhe dissera, e ele seguiu o seu caminho. 51 E como ele já ia descendo, os seus servos o conheci, dizendo que seu filho vivia. 52 Perguntou-lhes a hora em que ele começou a alterar. Disseram-lhe, pois Ontem à hora sétima a febre o deixou. 53 Então o pai sabia que era a hora em que Jesus lhe disse: O teu filho vive:. e creu ele e toda a sua casa 54 Esta é novamente o segundo sinal de que Jesus, ao voltar da Judéia para a Galiléia.

Depois de dois dias em Samaria, a pedido do povo de Sicar, Jesus continuou seu caminho para a Galiléia. As palavras de Jesus neste time- um profeta não tem honra na sua própria pátria -foram provavelmente falado em referência a Judéia e como parte de Sua razão para ter saído há poucos dias antes. Eles também indicam a atitude de resistência que Jesus foi encontrando e que iria continuar. Eles também são algo reminiscente da afirmação de João: "Veio para o que suas próprias coisas ou [casa] e os que estavam a sua não o receberam" (Jo 1:11 ). Quando ele chegou na Galileia, os galileus o recebeu, provavelmente, aqueles que tinham observado quando Ele limpou o templo na festa da Páscoa. Foi dito que eles acreditavam nEle então. Jesus, no entanto, não passou entre eles como entre amigos e discípulos por Ele sabia que a superficialidade da sua fé (Jo 2:24 ). Este foi mais de uma visita casual do que uma turnê planejada. Ele cumpriu sua missão na Samaria e foi passar alguns dias em território familiar, antes de retornar a Jerusalém para uma festa "sem nome".

Durante a visita, Jesus curou o filho de um nobre ou um oficial romano em Cana, completando assim seu testemunho inicial para os três grupos principais de representação na Palestina: judeus, samaritanos e gentios (todos os não-judeus eram gentios). O segundo milagre na pequena cidade de Cana dá evidência do grau de fé que Ele encontrou lá como contra a Nazaré, sua casa de infância (Mt 13:53 ). Cada confronto de Jesus com uma pessoa individual teve suas características distintas, embora o objetivo final em cada caso era o mesmo, o desenvolvimento da fé Nele. Jesus nunca se aproximou de duas pessoas exatamente da mesma maneira. Este homem de Cana queria que Jesus curasse o seu filho; Jesus queria que o homem a crer Nele. O homem confessou,curar meu filho . Em essência, Jesus respondeu: "A fé é necessária e você não vai acreditar até ver pela primeira vez um milagre." A resposta do pai mostrou que ele era uma exceção para o comum das pessoas, ele aceitou a promessa de Cristo que seu filho iria viver e ele voltou para sua casa. O resultado foi que a criança foi restaurado para a saúde, a fé do pai foi vindicado, e toda a família se tornaram crentes. O contraste entre este oficial do Tribunal Romano e os galileus que tinham visto Jesus em Jerusalém mostra que a fé com base apenas nas ocorrências (milagres) nem sempre é forte nem genuína. João aqui revelado progressos na apresentação de Cristo da verdade redentora. Milagres têm o seu lugar como um meio de fé, mas em última análise, a fé deve vir através de uma visão sobre a pessoa e obra de Cristo, para os cristãos não podem viver por milagres sozinho. Na verdade, a fé não é realmente fé até que ele tenha ido além da capacidade de ver. No final do ministério de Cristo, após a ressurreição, Ele falou esta verdade para Tomé, que queria um apoio concreto para a sua fé: "Porque me viste, creste; bem-aventurados os que não viram, creram" (Jo 20:29 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54
Esse capítulo tem duas seções: (1) o ministério de Cristo para com a mulher samaritana (4:1-42); e (2) o milagre que Cristo fez para o oficial do rei (4:43-54). Em um sentido, as duas experiências envolvem mila-gres, pois a transformação da mu-lher pecadora foi tão maravilhosa quanto a cura a "longa distância" do filho do oficial.

  1. O ministério de Cristo para com a samaritana (4:1 -43)

Os samaritanos eram uma "raça mista", parte judia e parte gentia. Assim, eram considerados proscri- tos, e os judeus os desprezavam. Em Samaria, eles tinham um sistema re-ligioso próprio, que rivalizava com as afirmações dos judeus (4:20-24), e acreditavam na vinda do Messias (4:25). Jesus precisava "atravessar a província de Samaria" (v. 4) porque Deus planejara que essa pecadora se encontrasse com ele e achasse a água da vida em Cristo. No relato da conversa, vemos o caminho que essa mulher percorreu para crer em Jesus Cristo.

  1. "Sendo tu judeu" (vv. 1-9)

Surpreendeu-a o fato de um rabi ju-deu pedir um favor a uma mulher, muito mais a uma samaritana. Ela não sabia nada mais a respeito de

Jesus além do fato de que era um judeu e de que tinha sede. O pe-cador, cego para Cristo, está mais interessado nos assuntos da vida (como pegar água) que nas coisas da eternidade.

  1. "És tuporventura, maior do que Jacó, o nosso pai?" (vv. 10-15)

No versículo 10, Jesus diz-lhe que ela ignora duas coisas: a dádiva de Deus (salvação) e a identidade do Salvador que estava à frente dela. Jesus fala de água viva — a água da vida —, mas ela interpreta isso de forma literal. É típico do pecador confundir o físico com o espiritual! Nicodemos pensou que Jesus falava de nascimento físico (3:4), e, mais adiante, até mesmo os discípulos pensaram que ele falava de alimen-to literal (4:31-34). Jesus diz que as coisas do mundo não satisfazem, e que, sem Cristo, os homens sempre "tornarfão] a ter sede". Lc 16:19-42).

Devemos prestar atenção ao exemplo que Cristo estabelece como ganhador de almas. Ele não permite que preconceitos pessoais ou necessidades físicas o atrapa-lhem nessa tarefa. Ele recebe essa mulher de forma amigável e não a força a tomar uma decisão. Com sabedoria, ele dirige a conversa e permite que a Palavra faça efeito no coração dela. Ele lida com ela em particular e, de forma amorosa, aponta-lhe o caminho da salvação. Ao falar com ela a respeito de algo comum e que estava em pauta — água —, e ao usar isso como uma imagem da vida eterna, ele prende a atenção dela. (Da mesma forma que, no frio da noite, falou com Ni- codemos a respeito de vento.) Ele não evitou falar de pecado, mas a fez encarar suas necessidades.

  1. O milagre de Cristo para o oficial do rei (4:43-54)

Esse é o segundo dos sete sinais que João apresenta. Esses sinais mostram a forma como a pessoa é salva e os efeitos da salvação. (Leia as notas introdutórias a João.) Os dois primeiros sinais acontecem em Caná, na Galiléia. A transfor-mação da água em vinho ilustra que a salvação é por meio da Pala-vra. Nesse capítulo, a cura do filho do oficial mostra que a salvação vem pela fé.

O filho está à morte em Cafar- naum, a cerca Dt 27:0, veja uma reação semelhante de Marta.) Je-sus não foi com o homem; em vez disso, disse-lhe estas palavras: "Vai, [...] teu filho vive". O homem creu na Palavra!

O versículo 52 ("ontem") indi-ca que o homem permaneceu um dia inteiro em Caná, pois o trajeto de volta para sua casa não levaria mais de três ou quatro horas. O me-nino curou-se às 13 horas, e no dia seguinte o pai chegou em casa. Isso prova que teve fé verdadeira na pa-lavra de Cristo, pois não se apressou em ir para casa a fim de ver o que acontecera. Essa é a forma como somos salvos — ao pôr nossa fé na Palavra de Deus. "Cristo diz isso, eu creio nisso, e isso encerra a ques-tão!" Aparentemente, o oficial ficou em Caná, cuidou de alguns negó-cios e foi para casa no dia seguinte. Ele teve "gozo e paz [...] [em seu] crer" (Rm 15:13) porque sua con-fiança repousava apenas na palavra de Cristo. Ele não ficou surpreso quando o servo disse-lhe "que o seu filho vivia". Ele apenas perguntou a que horas isso aconteceu e verificou que foi no momento em que Cristo disse a palavra salvadora. O resulta-do disso: toda a sua família creu em Cristo. "A fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" (Rm 10:17).

No versículo 48, Jesus apresen-ta a razão por que as pessoas não crêem: elas querem ver sinais e vi- venciar prodígios. Lembre-se que Satanás pode realizar sinais e pro-dígios com a finalidade de enganar as pessoas (2Co 2:9-47). Você está em terreno perigoso se sua salvação fundamentar-se em sentimentos, em sonhos, em visões, em vozes ou em qualquer outra evidência carnal. A única coisa que nos garante a vida eterna é a fé na Palavra. (Veja 1Jo 5:9-62.)


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54
4.2 Jesus mesmo não batizava. Os evangelhos frisam que Cristo batizaria com o Espírito Santo não com água (Mt 3:11; Lc 3:16).

4.4 Necessário... A rota normal dos judeus circundava a província de Samaria seguindo o vale do Jordão para o norte. Jesus põe em práticaAt 1:8. Começa Seu ministério em Jerusalém (cap.
3) passa para Judéia (3:22-36); em seguida leva as boas novas a Samaria e depois entra em contato com o mundo gentio (4:46-54).

4.5 Sicar. "Os arqueólogos" a identificam com Siquém Gn 33:19).

4.6 Cansado. A humanidade de Jesus é notável nesta passagem. Ele se cansa, tem sede (7) e fome (8.31). Hora sexta - meio dia

4.7 Jesus se desassocia dos costumes da época:
1) Fala com uma mulher - os fariseus evitavam qualquer contato com mulheres não parentes.
2) Teve contato com uma samaritana - na opinião dos rabinos todos os samaritanos eram ritualmente imundos.
3) Ensinou uma mulher - os fariseus opinaram que seria melhor queimar a Torá (a Lei de Deus) do que entregara a uma mulher. • N. Hom. Jesus Ganhador de Almas
1) Abre o diálogo fazendo um pedido;
2) Suscita curiosidade (9);
3) Provoca interesse profundo (10);
4) Transforma o interesse em convicção de pecado (16-18; conforme Lc 5:8);
5) Revela quem Ele é (19, 26);
6) Cria o desejo de testemunhar (28, 29)

4.10 Água viva. No sentido natural significava água potável que flui de fonte ou dentro de um poço. Espiritualmente significa a salvação ("dom de Deus") em Cristo, fonte de vida eterna a jorrar (14; conforme 19,34) naqueles que vêm para Ele e crêem nele (7; 37, 38). A água simboliza o Espírito Santo em 7; 39.

4.12 Jacó. Conforme 1.47, 48n. O poço dado por Jacó, com cerca Dt 30:0, Cl 1:17).

4.14 Jesus cumpre as promessas messiânicas (conforme Is 12:3; Is 35:7; Is 49:10).

4.15 Como Nicodemos (3.4,
9) a mulher pensa em termos materiais. Uma vez convicta do seu pecado (16-18). O modo de pensar mudou.
4.19 És profeta. Conforme Dt 18:15, Dt 18:18.

4.20 Neste monte. Seria Gerizim, o monte, de bênção (Dt 11:29; Dt 27:12) onde os samaritanos instalaram um templo rival e culto alheio ao de Jerusalém.

4.21,23 A hora vem... e já chegou. Denota a nova era messiânica inaugurada por meio da nova aliança tornada válida no sacrifício de Jesus Cristo (He 9:11-58). • N. Hom. A Verdadeira Adoração,
1) A questão do local é insignificante (21; At 7:48s).
2) O objeto é o Deus que se .revela na história, na Bíblia e sumamente em Cristo.
3) O modo:, a) em espírito (Jo 3:5, Jo 3:6; Jo 16:13); b) em verdade (8.32; 14.6; 17.17).

4.25,26 Messias. Cf.1.41n. Eu o sou... Conforme 52.6.

4.34 A comida ou sustento de Cristo é sua vida entregue totalmente à vontade do Pai (6.55; Mt 4:4; Dt 8:3; Sl 40:6-81- He 10:5-58). Realizar (gr teleiõsõ, "consumar"). Conforme 19.30 com 9.4 e 17.4.

4.35 Campos... branqueiam. Jesus fala dos samaritanos vindos para ouvir a mensagem da salvação (conforme 8.5, 6).

4.36,37 Um é o semeador. Indica o próprio Cristo que semeia Sua vida na morte (para produzir "muito fruto" 12.24).

4.38 Outros trabalharam. Historicamente os patriarcas e profetas do AT prepararam o solo. Presentemente era o Senhor que semeou as boas novas entre os samaritanos. Os discípulos são convocados a ceifar o fruto na hora (conforme At 8:4-44; Jl 9:13).

4.39,42 Contato pessoal com Cristo é essencial para a fé madura. Salvador do mundo. Esta frase rara aparece também em 1Jo 4:14. Ainda que "a salvação vem dos judeus" (22), os samaritanos reconheceram que a salvação de Cristo se estende para toda raça (conforme Is 45:2, Is 45:3). • N. Hom. Três Passos da Fm 1:0, Mt 13:57; Mc 6:1, Mc 6:4, etc.). Não tem honras. Jesus foi para a Galiléia para evitar choques precipitados com Seus inimigos na Judéia.

4.46 Oficial (gr basilikos. Josefo usa este termo para qualquer servo do rei). Talvez fosse gentil (conforme 44n). Teria sido Cuza, procurador de Herodes (Lc 3:3), ou Manaém, seu colaço (At 13:1)?

4.48 Jesus era ciente da fé superficial do oficial e da multidão em volta, fé essa que dependia de vista (20.29).

4.5o Jesus não entra em contato direto.com gentios necessitados (conforme 12.20s; Mc 7:24-41;- Mt 8:5-40; Lc 7:1-42); cura- os a distância.

4.52 Ontem à hora sétima. Se foi a hora romana seria às 19 horas, que explicaria a demora do pai em voltar para casa.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54

4) A mulher samaritana (4:1-42)

Os samaritanos são mencionados com certa freqüência nos Evangelhos (conforme Lc 9:5156; Lc 10:29-42). Está no fato de que ambas as curas foram realizadas de certa distância, v. 44. em sua própria terra (patris) deve significar aqui não Nazaré, na Galiléia, como geralmente significa nos Sinópticos (conforme Mc 6:4 etc.), mas, em vista do contexto messiânico, Jerusalém, na Judéia, considerada por todos os judeus seu próprio lar. v. 48. Os sinais que Jesus realiza só têm a intenção de serem indicadores do caminho para a compaixão de Deus. Eles não são suficientes como único fundamento para a fé. v. 50. O homem confiou na palavra de Jesus: Mesmo assim, sua fé ainda não era fé salvífica. Era somente, até então, segurança de que Jesus era genuíno (conforme v. 53). v. 52. à uma da tarde: tradução do grego “sétima hora”, v. 53. Assim, creram ele e todos os de sua casa: Isso agora era fé absoluta que dava valor à sua crença anterior sem que tivesse visto (conforme 20.29). v. 54. o segundo sinal miraculoso: Conforme 2.11.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 42

João 4

E. Missão na Samaria. Jo 4:1-42.

Samaria, um território que os judeus evitavam se possível, tornouse o cenário de um triunfo espiritual: um poço, uma mulher, um testemunho, a colheita dos samaritanos que creram. Tanto o samaritanismo quanto o judaísmo precisavam do corretivo de Cristo; precisavam ser substituídos pela vida do novo nascimento.


Moody - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 7 até o 10

7-10. Uma mulher samaritana. Nenhuma referência à cidade de Samaria, que ficava muito distante, mas ao território dos samaritanos. Ela vinha equipada para tirar água. Considerando que a aldeia de Sicar tinha água, é possível que a caminhada solitária da mulher ao poço de Jacó indique uma espécie de ostracismo imposto pelas outras mulheres da comunidade (cons. Jo 4:18).

Jesus interrompeu o silêncio pedindo água para beber. Era um pedido natural à vista do seu cansaço. É um lembrete pungente da humanidade de nosso Senhor. Atendido ou não (a última alternativa parece a mais provável), o pedido introduziu a conversa. A partida dos discípulos foi providencial, pois a mulher não teria conversado com Jesus na presença deles. Duas coisas deixaram a mulher admirada: que Jesus fizesse tal pedido a uma mulher, pois os rabis evitavam qualquer contato com mulheres em público; e particularmente que ele falasse assim com alguém que era samaritano. Para explicar sua admiração, o escritor acrescenta a observação de que os judeus não se associavam aos samaritanos. Isto não pode ser aceito em sentido absoluto, pois foi refutado pelo versículo 8. Mostra a indisposição que havia entre os dois grupos de pessoas. Os judeus desprezavam os samaritanos porque eram um povo de sangue e religião misturados, apesar de possuírem o Pentateuco e professarem adorar o Deus de Israel.

Um significado mais restrito foi proposto para as palavras da mulher "os judeus não usam os mesmos vasos que os samaritanos". Isto se aplica bem à situação (D. Daube, The New Testament and Rabbinic Judaism, pág. 375-382). Respondendo, Jesus afastou-se de sua própria necessidade, sugerindo que a mulher tinha uma necessidade mais profunda, que alguém podia atender por meio do dom de Deus. Alguns o explicam em termos pessoais, referindo-se ao próprio Cristo (Jo 3:16), mas provavelmente seria melhor que o tornássemos equivalente à água viva. Jo 7:37-39 é o melhor comentário (cons. Ap 21:6).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 4 até o 42
c) O testemunho de Jesus aos samaritanos (Jo 4:4-43) -A seqüência do pensamento do escritor torna-se patente na história que se segue. Se a água purifica, ela também mata sede. A referência a Samaria é consoante com a mais ampla implicação da mensagem de Jesus. A missão de Jesus abrange os povos não semitas do mundo. Jesus vai agora ao Norte. Para evitar o desvio através da Peréia, é necessário seguir a estrada norte de Jerusalém à Galiléia, atravessando Samaria. Era-lhe necessário passar por Samaria (4). Nestas palavras se vê a urgência constrangedora de Jesus, para cumprir a sua missão.

>Jo 4:5

Chegou pois a Sicar (5). Sicar é identificada usualmente com Askar, uma aldeota na vizinhança de Siquém, lugar onde existe o poço tradicional, ao pé do monte Ebal. É bem provável que este seja o lugar autêntico. Jesus, exausto da longa caminhada, senta-se sozinho à beira do poço. Seus discípulos foram à vila comprar comida (8). Por volta da sexta hora (6), isto é, perto de meio dia. João usa aqui o método judaico para calcular a hora. Note-se, entretanto, que no capítulo 19, ele usa o sistema romano. Jesus pede água à mulher samaritana, que acaba de chegar ao poço com seu vaso (7). A resposta da mulher é dada em forma de pergunta, e reflete surpresa e hesitação (9). Ela se impressiona com o fato de Jesus, sendo judeu, pedir-lhe água, e mostra hesitação, por causa da conhecida hostilidade entre judeus e samaritanos. Os judeus não se dão com os samaritanos (9); isto parece ser uma nota explicativa do evangelista. Havia, realmente, acerbo antagonismo entre judeus e samaritanos, desde o tempo da volta dos judeus do exílio, e a construção pelos samaritanos de um templo rival no monte Gerizim. Os samaritanos reivindicavam sua descendência das dez tribos e a posse duma pura religião, derivada da lei de Moisés.

>Jo 4:10

Jesus, procurando despertar na mulher o senso de necessidade pessoal e interesse pelas coisas espirituais, fala-lhe de uma dádiva melhor do que aquela que Ele lhe tinha pedido. Ele desejava muito dar-lhe tal dádiva, caso a aceitasse voluntariamente. Trata-se da água viva (10). A mulher surpreende-se de que Ele é capaz de trazer água viva da fonte, onde Jacó tinha falhado no mesmo propósito (11-12). É assim que ela interpreta a "dádiva de água viva". A misteriosa alusão de Jesus à água da vida o conduz a anunciar a verdade que Ele mesmo mata a sede do homem para todo sempre. A água do poço de Jacó satisfaz apenas temporariamente, porém Ele pode dar a vida eterna que jorra na alma, satisfazendo cabalmente todos os desejos mais íntimos do homem (14).

>Jo 4:15

A samaritana entende como "água viva" alguma coisa mágica, calculada a tornar a vida mais fácil e confortável. Assim ela pede: Senhor, dá-me dessa água (15). Jesus sabe que o único meio de despertar nela o senso de culpa é trazer à tona os seus pecados. Jesus pede-lhe que traga seu esposo (16). Na resposta, a samaritana revela-se um tanto embaraçada e evasiva. Jesus aproveita e resposta para confrontar-lhe com os seus pecados (17-18). A samaritana reconhece que está na presença de alguém cujo conhecimento não é apenas intuitivo, mas sobrenatural: Senhor, vejo que és profeta (19).

>Jo 4:20

2. A NOVA MANEIRA DE CULTUAR DEUS (Jo 4:20-43) -Neste trecho, aparece a controvérsia a respeito da maneira de cultuar Deus. A mulher, provavelmente, queria desviar a atenção do "profeta" dos seus pecados secretos e por este motivo refere-se ao monte Gerizim, reabrindo o assunto debatido da validez do lugar como centro para culto de Deus (20). É bastante significante, a importância dada ao lugar de culto por uma alma cujos pecados são expostos. Há salvação em Jerusalém ou em Gerizim? Os motivos da samaritana em apresentar o problema parecem ser mistos. Jesus agora fala de um culto que não se limita a nenhum lugar (21). Jesus apresenta a fé judaica como superior, dizendo a salvação vem dos judeus (22), em contraste com a fé dos samaritanos, com seu culto ritualista destituído de valores espirituais. No vers. 23 Jesus define a verdadeira natureza do culto. O local é secundário; o que importa é a realidade espiritual. O advento messiânico dá um golpe mortal aos preconceitos raciais. O culto deve ser pessoal e espiritual, oferecido a Deus pela inspiração do Espírito. Os requisitos indispensáveis para o verdadeiro culto são definidos como sendo realidade na vida íntima e sinceridade quanto ao propósito espiritual. Deus é Espírito (24). O original grego coloca a palavra "Espírito" primeiro, salientando desta maneira a natureza de Deus. Essencialmente, Deus é Espírito.

>Jo 4:25

A mulher, cônscia da sublimidade das verdades reveladas por Jesus, se declara disposta a esperar pela revelação mais completa que o Messias há de trazer (25). Jesus, em momento dramático, se identifica como o Messias. Eu o sou, eu que falo contigo (26). Esta declaração é perfeitamente relevante ao diálogo com a samaritana, pois já chegou a hora do estabelecimento do Reino Messiânico. A nação judaica estava com a mente ofuscada até a hora decisiva da crise.

>Jo 4:27

3. A FÉ DOS SAMARITANOS (Jo 4:27-43) -Os discípulos agora reaparecem e o diálogo é interrompido (27). A mulher, deslumbrada pela sua descoberta, apressa-se em chegar à vila, para participar a sua experiência com o povo de Sicar (28-29). Aquele que penetrou no íntimo do seu coração só pode ser o Cristo (29). A expressão de surpresa da parte dos discípulos, tanto como o abandono do cântaro pela mulher, são pormenores literários bem significativos. A mulher desperta o interesse dos seus concidadãos a tal ponto que consegue levá-los a Jesus.

>Jo 4:31

Neste intervalo, os discípulos preparam alguma refeição com os alimentos comprados e convidam Jesus para comer (31). Jesus, ainda vibrando em espírito, em conseqüência do seu ministério abnegado à samaritana, responde aos discípulos que já tem uma comida da qual eles não tinham conhecimento (32). A linguagem de Jesus requer interpretação espiritual, entretanto, os discípulos a entendem literalmente (33). Então, ele explica a renovação das suas energias através da obediência à vontade divina. Enquanto se aproximam os samaritanos, ele exorta os discípulos a que levantem os olhos para os campos. Há quatro meses para a ceifa (35). A frase sugere que o incidente ocorreu em meados de dezembro. Em contraste com o curso da natureza, a semente lançada no coração da samaritana já estava dando fruto. O ceifeiro espera pelo tempo exato indicado pelo curso da natureza, antes que se receba a justa recompensa. Em comparação, os discípulos já estão ceifando sem precisar esperar. O que semeia se regozija com o que colhe (36). O intervalo de tempo foi eliminado, e os discípulos já recebem os frutos do trabalho de Cristo, assim provando a veracidade do dito: um é o semeador, e outro é o ceifeiro (37), Destarte os discípulos entram no trabalho de outros (38).

>Jo 4:39

O clímax da narrativa é alcançado com a aceitação da fé por muitos samaritanos. O testemunho da mulher levou muitos a crer no Senhor Jesus (39). Eles insistem com Jesus para que fique com eles (40). Jesus permaneceu dois dias entre eles e muitos outros creram por intermédio do seu próprio ensino (41). A fé não é uma experiência que se adquire por ouvir o testemunho de outros; é a confiança vivificante que se baseia na palavra de Cristo. Os samaritanos o reconhecem como o Salvador do mundo (42). A frase não é uma interpretação posterior, colocada na boca dos samaritanos, mas o reconhecimento da forma em que Cristo, o Messias, lhes fora revelado.


John Gill

Adicionados os Comentário Bíblico de John Gill, Ministro Batista
John Gill - Comentários de João Capítulo 4 versículo 7

Veio uma mulher de Samaria,... Ou “proveniente de Samaria”; não da cidade de Samaria, mas do país da Samaria; de Sicar, uma cidade da Samaria: sua vinda não foi por acaso, mas pela providência de Deus e de acordo com seu propósito, que ordena todas as coisas de acordo com o conselho de sua vontade; e é um exemplo incrível da graça, que uma mulher, uma mulher samaritana, uma lasciva e infame, devesse ser escolhida como um vaso da salvação, devesse ser o objeto do favor divino, e ser efetivamente chamada pela graça de Deus; quando tantos homens sábios, eruditos e religiosos em Jerusalém foram passados por cima; e não apenas isso, mas ela foi o meios de levar o conhecimento do Salvador para muitos de sua vizinhança: ela veio, de fato...

Para tirar água;... Para o uso e serviço temporal presente dela; ela pouco pensou de se encontrar na fonte de Jacó, com Cristo a fonte dos jardins, e fonte da água viva; ela veio para apanhar água natural, enquanto não tendo nenhuma noção de água em um sentido espiritual: ou de levar com ela de volta a água da vida, até mesmo uma fonte dela, borbulhando para dá vida eterna:

Jesus disse-lhe: dá-me de beber;... Ou seja, água para beber, na vasilha ou balde que ela trouxe consigo, porque ele estava com sede; que é uma outra prova da verdade de sua natureza humana, e de que ele a assumiu sem a pecaminosa fraqueza: embora, de fato, esse pedido fosse feito para introduzir a uma conversa com a mulher, ela tendo ainda maior sede espiritual, e um mais forte desejo pelo bem estar de sua alma imortal.




Fonte: John Gill's Expositon of the Entire Bible




John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54

11. A água viva (João 4:1-26)

Portanto, quando o Senhor soube que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João (embora o próprio Jesus não batizava, mas os seus discípulos eram), deixou a Judéia e foi outra vez para a Galiléia. E Ele teve que passar por Samaria. Então, Ele veio para a cidade de Samaria, chamada Sicar, perto da parte do campo que Jacó dera a seu filho José; o poço de Jacó estava lá. Então Jesus, cansado da viagem, estava sentado assim junto do poço. Era cerca da hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Jesus disse-lhe: "Dá-me de beber." Para seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Portanto, a mulher samaritana lhe disse: "Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber desde que eu sou mulher samaritana?" (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.) Respondeu Jesus, e disse-lhe: "Se tu conhecesses o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe teria pedido a Ele, e Ele teria lhe dado água viva. " Ela disse-lhe: "Senhor, tu não tens com que tirá-e o poço é fundo;?, Onde, em seguida, você começa a água viva Você não é maior do que o nosso pai Jacó, é você, que nos deu o poço, bebendo de ele próprio e seus filhos e seu gado? " Jesus respondeu, e disse-lhe: "Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de águas vivas para a vida eterna. " A mulher disse-lhe: "Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede nem vir até aqui para desenhar." Ele disse a ela: "Vai, chama o teu marido e vem cá." A mulher respondeu, e disse: "Eu não tenho marido." Jesus disse-lhe: "Você disse corretamente," Eu não tenho marido ', pois tiveste cinco maridos, e aquele que agora tens não é teu marido;. Presente que você disse verdadeiramente " A mulher disse-lhe: "Senhor, vejo que és profeta." Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. "Jesus disse-lhe:" Mulher, crer em Mim, uma hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; para estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito, e os que o adoram o adorem em espírito e em verdade "A mulher disse-lhe:" Eu sei que vem o Messias (que se chama Cristo.);. quando isso vier, Ele vai declarar todas as coisas para nós "Jesus lhe disse:" Eu, que falo a você sou Ele "(4: 1-26).

A esperança do Messias está no coração do Velho Testamento. A partir do terceiro capítulo do Gênesis (Gn 3:15) para o terceiro capítulo de Malaquias (Ml 3:1, 44-45).

Como as gerações de Israel tornou-se familiarizado com essas passagens, eles levaram as promessas de Deus para o coração. Embora eles esperaram ansiosamente, ano após ano, para a sua vinda do Salvador, o seu sentimento de expectativa só aumentou com o passar dos séculos. Assim, no momento do nascimento de Jesus, a antecipação sobre o Messias havia chegado a um ponto mais alto.
Mas, em seguida, o impensável aconteceu. O Messias veio, e Israel rejeitaram. Sob a influência de seus líderes religiosos, as pessoas se recusaram a abraçar aquele para quem eles estavam esperando e em vez disso o assassinou.
Não era que a prova não era clara. De fato, "o Velho Testamento, escrito ao longo de um período de mil anos, contém quase três centenas de referências à vinda do Messias. Todos estes foram cumpridas em Jesus Cristo, e estabelecer uma sólida confirmação de suas credenciais como o Messias. " (Josh McDowell, A nova evidência de que Exige um Veredito [Nashville: Tomé Nelson, 1999], 164). Em vez disso, era que o estabelecimento religioso de Israel se sentiram ameaçados por Jesus 'ministério Ele desafiou sua autoridade e confrontou a sua hipocrisia.

Em resposta, os fariseus teimosamente se recusou a acreditar que a verdade sobre ele (07:48). Eles abertamente contrariada Seus ensinamentos, e desprezado qualquer que O seguiam. Quando ouviram as multidões atônitos perguntando sobre Jesus: "Este homem não pode ser o Filho de Davi [isto é, o Messias], pode?" (Mt 12:23), os fariseus, indignado declarou: "Este homem expulsa os demônios só por Belzebu o príncipe dos demônios" (v. 24). O próprio fato de que Ele expulsava os demônios era uma poderosa evidência de sua autenticidade. No entanto, os líderes religiosos eram tão obstinado em sua incredulidade que eles tentaram transformar até mesmo que contra Ele.

Eventualmente, no ato mais hediondo e apóstata em sua história, Israel emitiu o seu Messias em "mãos de homens ímpios e colocá-lo à morte" (At 2:23):

Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram a multidão a pedir Barrabás e colocar Jesus à morte. Mas o governador disse-lhes: "Qual dos dois quereis que eu vos solte?" E eles disseram: "Barrabás". Disse-lhes Pilatos: "Então, o que devo fazer com Jesus, chamado Cristo?" Todos disseram: "Crucifica-o!" E ele disse: "Mas que mal fez ele?" Mas eles gritavam ainda mais, dizendo: "Crucifica-o!" Quando Pilatos viu que ele estava realizando nada, mas sim que um tumulto estava começando, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: "Eu sou inocente do sangue deste homem; ver para que vocês mesmos." E todo o povo disse: "o seu sangue será sobre nós e sobre nossos filhos!" (Mt 27:1), de Jacó (Dt 18:18; conforme Atos 3:22-23.), De Judá (Gn 49:10), de Jesse (Is. 11: 1-2; conforme v 10; Rm 15:12), e de Davi (Jr 23:1 ; 2 Sam 7:12-14; He 1:5.; He 7:14; conforme Lc 1:32; 3:.. 31-33; Rm 1:3). Jeconias seria sem filhos, no sentido de que nenhum de seus descendentes iria sentar-se no trono de Israel. No entanto, Deus prometeu que o Messias reinará como rei de Israel no trono de Davi (2Sm 7:12; Jer. 23: 5-6.; Conforme Lc 1:32). Esse enigma aparente foi resolvida em Jesus Cristo. Ele era descendente de a, linha salomônica real através de sua legal (embora não biológica) pai, José (Mateus 1:11-12.). Mas Sua descendência física de Davi veio através de outro dos filhos de Davi, Nathan, o ancestral de sua mãe, Maria (Lc 3:31). Assim, o nascimento virginal de Jesus lhe permitiu ser tanto o herdeiro legal do trono de Davi e seu descendente biológica (como Deus havia prometido; conforme 13 22:44-13:23'>Atos 13:22-23), ao mesmo tempo, evitando a maldição sobre a linha a família de Jeconias.

A identidade do Messias pode ser ainda mais limitado pelas previsões específicas sobre o Seu nascimento.

Primeiro, ele tinha que ter nascido em um lugar específico: "Mas tu, Belém Efrata, pequena demais para estar entre os clãs de Judá, de ti One sairá para Mim de reinar em Israel, e cujas saídas são. há muito tempo, desde os dias da eternidade "(Mq 5:2..). A Bíblia registra que "Jesus nasceu em Belém da Judéia" (Mt 2:1).

Em segundo lugar, o Messias tinha que ter nascido dentro de um prazo específico. Uma vez que Ele era para ser da tribo de Judá (conforme Gn 49:10), Ele tinha que vir antes das tribos individuais perderam a sua identidade após a destruição do templo romano com todos os seus registros genealógicos. Na verdade, a profecia de Daniel das setenta semanas, na verdade, previu que o Messias seria morto antes que o templo foi destruído (Dn 9:26). Essa incrível profecia também destacou o dia exato, quase cinco séculos no futuro, que o Messias se apresentaria a nação (09:25). Naquele mesmo dia, Jesus entrou em Jerusalém para a adulação das multidões saudando-o como o Messias (Mateus 21:1-11.).

Finalmente, o Messias nasceria em circunstâncias únicas e milagrosas para uma pessoa especial: "Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e ela vai chamará Emanuel" (Is 7:14). Jesus Cristo na história humana nasceu de uma virgem:

Mas quando ele tinha considerado isso, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, dizendo: "José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que foi concebido no seu é do Espírito Santo Ela dará à luz um Filho;. e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados ". Ora, tudo isto aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta:

"Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel", que traduzido significa: "Deus conosco". E José acordou de seu sono e fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu Maria como sua esposa, mas manteve virgem até que ela deu à luz um filho; e ele pôs o nome de Jesus. (Mt 1:1; Mat. 4: 12-16; Mt 9:35).

A morte do Messias também foi predito em grande detalhe, e Jesus cumpriu todas as profecias. O Velho Testamento predisse que o Messias seria traído por alguém próximo a ele. Sl 41:9). Mesmo a quantidade exata Judas foi pago, trinta moedas de prata (Mateus 26:14-15.), Foi prevista no Antigo Testamento (11:12 Zech.).

O Antigo Testamento profetizou que o Messias seria executado com homens ímpios: "Por isso, vou colocar-Lhe uma parte com os grandes, e ele dividirá os despojos com os fortes, porque Ele derramou a sua alma até a morte, e foi contado com o transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu "(Is 53:12.); quando Cristo foi crucificado ", dois ladrões foram crucificados com Ele, um à direita e outro à esquerda" (Mt 27:38). (. Sl 34:20) Apesar de nenhum dos Seus ossos seria quebrado, o Messias seria traspassado (Zc 0:10.), Que foi exatamente o que aconteceu com Jesus (João 19:33-34, 36-37). Finalmente, o Messias havia de ser enterrado no túmulo de um homem rico (Is 53:9).

A prova, então, de forma inequívoca e esmagadoramente aponta para Jesus de Nazaré como o Messias. Só Ele cumpriu essas e todas as outras profecias messiânicas do Antigo Testamento.

O apóstolo João, obviamente entendeu a evidência convincente de que confirmou a autenticidade de Jesus. Na verdade, a razão pela qual ele escreveu seu evangelho era para confirmar a obvious— "que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus" (Jo 20:31). E isso está de acordo com esta Proposito que João relata a história do encontro de Jesus com a mulher samaritana.

A reação da mulher a Jesus, como relatado no relato de João, sugere fortemente que ela abraçou-Lo como seu Senhor e Salvador. Mas sua conversão não é o ponto principal desta passagem. A verdade central desta seção é encontrada na revelação de Jesus de Si mesmo como o Messias (v 26).. Fê-lo aqui pela primeira vez e para uma mais improvável não-judeu.

Mas por que ele decidir não declarar Seu primeiro messiahship às-alvo os líderes religiosos judeus mais politicamente corretos e influentes? Por que escolher para revelar a verdade a um monumental, desprezado, imoral, Samaritana obscuro? A resposta está na verdade arrebatadora que na questão da salvação, "Deus não é um para mostrar parcialidade" (At 10:34; conforme Dt 10:17; 2 Crônicas 19:... 2Cr 19:7; Rm 2:11; Rm 10:12; Gl 2:6; Ef 6:9).

O contraste entre a mulher samaritana e Nicodemos, por exemplo, foi impressionante. Ele era um judeu devoto religioso; ela era uma samaritana imoral. Ele era um teólogo aprendidas; ela era uma mulher camponesa ignorante. Ele reconheceu Jesus como um mestre enviado por Deus; ela não tinha idéia de quem ele era. Ele era rico; ela era pobre. Ele era um membro da elite social de Israel; ela era a escória da sociedade Samaritan-um pária entre os párias, já que os judeus consideravam todos os samaritanos como párias imundos.
Revelação de Jesus de si mesmo a essa mulher demonstrou que o amor salvífico de Deus não conhece limites; ele transcende todas as barreiras de raça, gênero, etnia e tradição religiosa. Em contraste com o amor humano, o amor divino é indiscriminada e abrangente (conforme 3,16). Que Jesus escolheu para fazer-se conhecido primeiro, não só para um samaritano, mas também a uma mulher, era uma dura repreensão aos membros da elite religiosa de Israel, que rejeitaram mesmo quando Ele fez revelar a eles.
A história do encontro do Senhor com a mulher no poço se desdobra em quatro cenas: as circunstâncias, o contato, a convicção, e do Cristo.

As Circunstâncias

Portanto, quando o Senhor soube que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João (embora o próprio Jesus não batizava, mas os seus discípulos eram), deixou a Judéia e foi outra vez para a Galiléia. E Ele teve que passar por Samaria. Então, Ele veio para a cidade de Samaria, chamada Sicar, perto da parte do campo que Jacó dera a seu filho José; o poço de Jacó estava lá. Então Jesus, cansado da viagem, estava sentado assim junto do poço. Era cerca da hora sexta. (4: 1-6)

Palavra de Jesus 'crescente popularidade atingiu os fariseus, que ouviram que Ele fazia e batizava mais discípulos do que

João. A nota entre parênteses que o próprio Jesus não batizava, mas os seus discípulos, é impossível conciliar com a doutrina da regeneração batismal, o falso ensino de que o batismo é necessário para a salvação. Certamente o Senhor Jesus Cristo, que veio para "buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10), Ele mesmo seria ter feito tudo o que era necessário para trazer os pecadores para a salvação.

Tal como tinham feito com João (conforme 1: 19-25), as autoridades judaicas (particularmente os fariseus; conforme 1: 24-25) viram Jesus com desconfiança. Ele também anunciou o Reino de Deus, chamados para o arrependimento (Mt 4:17), e batizou (através de seus discípulos) aqueles que se arrependeram (conforme a discussão Dt 1:26 no capítulo 4 deste volume). Como observado no capítulo anterior deste volume, alguns dos discípulos de João Batista também foram perturbados por Jesus 'crescente popularidade à custa de seu mestre. Embora João confirmou que seu ministério foi dando lugar ao ministério de Jesus (03:30), que ainda não era hora de o precursor a desaparecer completamente da cena. Seu trabalho não foi feito.

Por isso, o Senhor deixou a Judéia e partiu novamente para a Galiléia. Ele não queria que uma rivalidade pública para desenvolver entre seus seguidores e as de João. Ele também sabia que, no plano soberano de seu pai, um confronto público com as autoridades judaicas ainda era prematuro (conforme 07:30; 08:20).

Em seu retorno à Galiléia, Jesus teve que passar por Samaria. Não era necessidade geográfica que o obrigou a fazê-lo, apesar do fato de que ele foi o mais direto de várias rotas. A estrada através Samaria foi menor do que a estrada costeira ou a estrada no lado leste do rio Jordão, que é por isso que muitos judeus viajou com ele, especialmente na época das grandes festas religiosas. Mas tão grande era o seu desdém para os samaritanos que os judeus mais rigorosas evitado viajar através Samaria completamente. Eles preferiram, em vez de ser contaminado por um mal menor, assim eles iriam atravessar o Jordão e viajar até seu banco leste com a região, em grande parte Gentil de Berea. Eles, então, cruzar de volta para a Galiléia ao norte de Samaria. Jesus poderia facilmente ter ido por esse caminho.

Mas o Senhor foi obrigado a passar por Samaria e parar numa certa aldeia, não para poupar tempo e passos, mas porque ele tinha um compromisso divino lá. João freqüentemente usado o verbo dei ( teve que ) para falar de Jesus cumprindo a missão que Lhe foi dado pelo Pai (3:14; 9: 4; 10:16; 12:34; 20: 9). Ele sempre foi consciente de fazer a vontade do Pai, que foi por isso que Ele veio à terra (06:38; conforme 04:34; 05:30; 17: 4; Mt 26:39.).

Como Ele viajou para o norte em direção a Galiléia, Jesus chegou a uma cidade de Samaria, chamada Sicar (provavelmente a vila moderna de Askar), localizada na encosta do Monte Ebal, em frente Mt.Garizim. (Conforme Dt 11:29;.. 08:33 Josh) Samaria era a capital do reino do norte, chamado Israel. A nação dividida em duas após o reinado de Salomão. Rei Omri nomeada a cidade a capital do reino do norte (1Rs 16:24). O nome veio para se referir a toda a região e, por vezes, a todo o reino do norte, que foi para o cativeiro em 722 aC (II Reis 17:1-6). Nas mãos dos assírios Sicar, uma cidade no distrito de Samaria, estava perto da parte do campo que Jacó dera a seu filho José. Quando ele voltou para a terra de Canaã depois de vinte anos em Haran (Gn 27:43; Gn 31:38), Jacó comprou um pedaço de terra perto da cidade do Velho Testamento de Siquém (33: 18-19), não muito longe de Sicar. Então, pouco antes de sua morte, Jacó legou essa propriedade para seu filho José (Gn 48:22; "porção" [Hb.,shechem ] lit. significa "ombro", ou "cume"). Muitos anos depois, José foi enterrado lá depois de Israel conquistou a terra sob Josué (Js 24:32). Era, portanto, um local familiar e importante para os judeus e samaritanos.

De acordo com a antiga tradição bem atestada, o poço de Jacó era cerca de meia milha ao sul de Sicar. A localização exata tem sido bem estabelecida pela tradição, e para o bem fica hoje perto de uma igreja ortodoxa inacabado. Era um poço profundo (aprox. 100 pés), alimentado por uma mola de corrida (a palavra traduzida como "bem" em vv. 11-12 refere-se a uma cisterna ou canoa bem, enquanto a palavra usada aqui denota uma mola ou fonte). A sexta hora, por cômputo judaico, teria sido a sexta hora após o nascer do sol em cerca Dt 6:12; isto é, meio-dia. Jesus, sendo cansado da viagem, estava sentado, assim, pelo bem. Como a Palavra divina encarnada (01:
14) Jesus era sem pecado (8:46;. 2Co 5:21; 1Pe 2:221Pe 2:22; 1Jo 3:51Jo 3:5). ( João 1:11, O New Commentary americano [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 201)

O palco estava montado; Jesus estava no lugar certo e na hora certa para um encontro na vontade de Deus. Ele era, na realidade, mantendo um compromisso divino que Ele mesmo tinha feito antes da fundação do mundo.

O Contato

Veio uma mulher de Samaria tirar água. Jesus disse-lhe: "Dá-me de beber." Para seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Portanto, a mulher samaritana lhe disse: "Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber desde que eu sou mulher samaritana?" (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.) Respondeu Jesus, e disse-lhe: "Se tu conhecesses o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe teria pedido a Ele, e Ele teria lhe dado água viva. " Ela disse-lhe: "Senhor, tu não tens com que tirá-e o poço é fundo;?, Onde, em seguida, você começa a água viva Você não é maior do que o nosso pai Jacó, é você, que nos deu o poço, bebendo de ele próprio e seus filhos e seu gado? " Jesus respondeu, e disse-lhe: "Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de águas vivas para a vida eterna. " A mulher disse-lhe: "Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede nem vir até aqui para desenhar." (4: 7-15)

Como Jesus sentou-se ao lado do bem naquela noite, cansado e com sede de sua viagem, veio uma mulher de Samaria tirar água. O frio da noite foi o tempo em que as mulheres habitualmente efectuados que chore (Gn 24:11). Esta mulher veio ao meio-dia, talvez por causa de seu desejo de evitar a vergonha pública. O que também foi incomum era que esta mulher veio uma longa distância a este bem quando havia outras fontes de água mais próximo da aldeia. Mas ela, por razões que em breve se tornará evidente, era um pária. Ela prefere caminhar a distância extra na hora mais quente do dia de enfrentar a hostilidade e desprezo das outras mulheres na mais estreita bem cedo ou no final do dia.

Simples pedido do Senhor, "Dá-me de beber", estava em que a cultura de uma violação chocante de costume social. Homens não falam com as mulheres em público, nem mesmo suas esposas. Nem associado rabinos com as mulheres imorais (conforme Lc 7:39). O mais significativo de tudo nesta situação, os judeus costumam não queria nada com os samaritanos (conforme a discussão do v. 9 abaixo). Mas Jesus quebrou todas essas barreiras. A nota entre parênteses que os discípulos tinham ido à cidade comprar comida explica por que Jesus estava sentado no poço por si mesmo. Ele também indica que nosso Senhor não prestar atenção aos tabus dos judeus estritos, que não comem alimentos manipulados por samaritanos.

Surpreso que Jesus falou com ela, a mulher samaritana disse com espanto, "Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber desde que eu sou mulher samaritana?" Como mencionado acima, era culturalmente incorreto para um homem , especialmente um rabino, para falar com qualquer mulher, especialmente um pária imoral. Mas a sua pergunta revela que o que ela achou mais surpreendente foi que Jesus, sendo judeu, iria falar com ela, um

Samaritana uma vez que, como João explicou de um jeito discreto, os judeus não se comunicavam com os samaritanos. Ainda mais surpreendente foi a Sua vontade de se contaminar cerimonialmente por beber de seu pote de água, já que ele havia nenhum navio de Sua própria a partir do qual a beber (v . 11). (A palavra traduzida negociações em nota explicativa de João literalmente significa "usar os mesmos utensílios.") Mas Jesus foi o infinitamente santo Deus em carne humana. Ele não pode ser contaminado por um pote de água Samaritano. O que quer que Ele tocou-mesmo cadáveres (Lucas 7:12-15) ou leprosos (Mateus 8:2-3.) —não Manchar-lo, mas em vez disso tornou-se limpo.

A rivalidade entre os judeus e os samaritanos vinha acontecendo há séculos. Após a queda do reino do norte para os assírios, as dez tribos de

Israel [foram] levados para o exílio de sua terra para a Assíria ... [e] o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia e de Cuta e de Awa de Hamate e Sephar-vaim, e estabeleceu-los nas cidades de Samaria no lugar dos filhos de Israel. Então eles tomaram Samaria e viviam em suas cidades. (II Reis 17:23-24).

Os estrangeiros não-judeus casaram-se com a população de judeus que não haviam sido deportados, formando uma raça mista conhecida como os samaritanos (o nome deriva da região e capital de cidade, ambos chamados Samaria). Os novos colonizadores trouxeram sua religião idólatra com eles (II Reis 17:29-31), que tornou-se misturaram com o culto do Senhor (vv 25-28, 32-33, 41).. Com o tempo, no entanto, os samaritanos abandonaram seus ídolos e adoraram ao Senhor sozinho, à sua maneira (por exemplo, eles aceitaram apenas o Pentateuco como Escritura canônica, e adoraram a Deus no monte Garizim, não em Jerusalém).

Quando os exilados judeus voltaram para Jerusalém sob Esdras e Neemias, a sua primeira prioridade era para reconstruir o templo. Professando lealdade para com o Deus de Israel, os samaritanos ofereceram a sua assistência (Esdras 4:1-2). Recusa cega dos judeus (Ed 4:3, Ne 4:7 ss.). Desapontado em sua tentativa de adorar em Jerusalém, os samaritanos construíram seu próprio templo no monte Garizim (c. 400 aC). Os judeus mais tarde destruiu o templo durante o período intertestamental, piorando ainda mais as relações entre os dois grupos.

Depois de séculos de desconfiança, houve uma profunda animosidade entre os judeus e os samaritanos. O escritor do livro apócrifo de Eclesiástico expressa o desprezo e desdém os judeus sentiam para os samaritanos. Afirmar que Deus detestava o povo samaritano, ele ironicamente se refere a eles como "as pessoas estúpidas vivendo em Siquém" (50: 25-26). Os líderes judeus da época de Jesus manifestado este mesmo preconceito. Na verdade, quando eles queriam insultar Jesus, o pior que podia fazer era chamá-lo de um samaritano (08:48). Os samaritanos, claro, retribuiu hostilidade, como os judeus "foi ilustrado quando uma das suas aldeias recusou-se a receber Jesus porque Ele estava a caminho de Jerusalém (Lucas 9:51-53).

Em resposta à consulta da mulher, Jesus respondeu, e disse-lhe: "Se tu conhecesses o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe teria pedido a Ele, e Ele teria dado água viva. " A resposta do Senhor virou o jogo em cima dela. Quando a conversa começou, Ele era a sede um, e ela a um com a água. Agora Ele falou como se ela fosse a sede um e Ele o único com a água. A resposta da mulher refletida sua confusão. Ainda pensando em termos de água física, ela perguntou, "Senhor, você não tem nada para tirar, eo poço é fundo (conforme a discussão de v 6 acima.); onde, em seguida, você começa a água viva? " Ela não entendia que Jesus estava falando sobre as realidades espirituais. A água viva que Ele lhe ofereceu foi a salvação em toda a sua plenitude, incluindo o perdão do pecado e da habilidade e desejo de viver uma vida obediente que glorifica a Deus.

O Antigo Testamento usa a metáfora de água viva para descrever a limpeza espiritual e de vida nova que vem a salvação através do poder transformador do Espírito Santo. Desobediente Israel era culpado de ter estupidamente "[Deus], ​​o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas abandonado" (Jr 2:13). Mais tarde, Jeremias advertiu que "todos os que abandonar [o Senhor] será confundido. Aqueles que se afastam na terra será escrito, porque eles deixaram, o manancial de águas vivas, o Senhor" (17:13). Ambas as passagens enfatizar que Deus é a única fonte de salvação; Só Ele é a "fonte da vida" (Sl 36:9.) . Is 55:1; conforme Is 44:3). Escritura não sabe nada de uma salvação sem arrependimento, e que sempre envolve abandonar o pecado (At. 26: 19-20; 1Ts 1:91Ts 1:9.; Rom 3: 5-8; 6: 1-2.). Pelo contrário, Ele "entregou a si mesmo por nós para nos remir de toda iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras" (Tt 2:14; conforme At 3:26; Ef. 5: 25-27; Colossenses 1:20-23). Como resultado, aqueles que vêm a Ele e verdadeiramente receber a água viva da salvação eterna "foram libertados do pecado, [e se tornar] escravos da justiça ... e escravizados a Deus" (Rm 6:18, Rm 6:22;. Cf .. Ef 6:6; 1Pe 2:161Pe 2:16). Jesus respondeu ao interesse da mulher, oferecendo-lhe a oportunidade de confessar seus pecados e receber o perdão para ser purificado e entregue-se da iniqüidade para a justiça.

Chocado e envergonhado pela realização enervante que Jesus sabia tudo sobre sua vida moralmente degradada, a mulher respondeu evasivamente, "Eu não tenho marido." Embora ela não estava mentindo, ela não estava contando toda a verdade. Mas sua tentativa desesperada de esconder seu pecado de Jesus foi inútil; Sua resposta devastadora forçou-a a enfrentá-lo: "Você disse corretamente," Eu não tenho marido ', pois tiveste cinco maridos, e aquele que agora tens não é teu marido, o que você disse verdadeiramente. " Embora louvando —la por sua veracidade (na medida em que fui), Jesus, no entanto, desmascarado seu pecado. Também deve-se notar que, recusando-se a chamar o homem que ela estava vivendo com seu marido, Jesus rejeitou a noção de que a simples convivência constitui um casamento.A Bíblia vê o casamento como um formal, legal, aliança público entre um homem e uma mulher (Matt. 19: 5-6).

Abalado pelo conhecimento incrivelmente precisas de Jesus de sua vida pecaminosa, a mulher disse: "Senhor, vejo que és profeta." chamando-o de um profeta, ela afirmou que seu conhecimento de seu estilo de vida sórdida foi preciso. Já não é que ela tenta esconder seu pecado; em vez disso, esta declaração constitui uma confissão de que ela estava voltando do seu pecado, com a esperança de receber a água da vida eterna.

O Cristo

"Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar", Jesus disse-lhe: "Mulher, crê-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém vai você adorarão o Pai Vós adorais o que não conheceis;. nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade;. para tal pessoas que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito, e os que o adoram o adorem em espírito e em verdade ". A mulher disse-lhe: "Eu sei que vem o Messias (que se chama o Cristo); quando isso vier, Ele vai declarar todas as coisas para nós", disse-lhe Jesus: "Eu que falar com você sou Ele." (4: 20-26)

Depois de ter sido condenado por seu pecado e necessidade de perdão, e ter se arrependido e concordou com a acusação de Jesus, a mulher perguntou onde ela deve ir ao encontro de Deus e buscar a Sua graça e salvação. Uma vez que Jesus era, obviamente, um profeta de Deus, ela argumentou que Ele saberia, então ela disse: "Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar." O comentário dela destacou um dos os principais pontos de discórdia entre judeus e samaritanos. Ambos acreditavam que sob a antiga aliança Deus dirigiu Seu povo para adorá-Lo em um local específico (conforme Dt 12:5; Dt 26:2), e foi a partir monte Garizim que os israelitas proclamou as bênçãos da obediência aos mandamentos de Deus (Dt 11:29.). Os judeus, aceitando a completa cânone do Antigo Testamento, reconheceu que Deus tinha escolhido Jerusalém como o lugar onde estava a ser adorado (2Cr 6:6; 78:. 68-69; Sl 132:13; 9: 3-5); e, em segundo, a fonte da salvação, ou seja, o Messias era um judeu (Rm 9:5), "pois um espírito não tem carne nem ossos" (Lc 24:39). Ele é "o Deus invisível" (Cl 1:15; conforme 1Tm 1:171Tm 1:17; He 11:27..), Que "habita em luz inacessível [conforme Sl 104:2;. conforme Ex 33:20;. Jo 1:18; Jo 6:46). Se Ele não tivesse revelado nas Escrituras e em Jesus Cristo, Deus seria absolutamente incompreensível.

Porque Deus é espírito, aqueles que realmente adoram o adorem em espírito e em verdade. A verdadeira adoração não consiste em mera conformidade exterior às normas e deveres religiosos (Is 29:13; 48:.. Is 48:1; Jer 12: 1-2 .; Mateus 15:7-9), mas emana do interior do espírito. Ele também deve ser coerente com a verdade que Deus revelou sobre Si mesmo em Sua Palavra. Os extremos da ortodoxia morta (verdade e nenhum espírito) e heterodoxia zeloso (espírito e nenhuma verdade) devem ser evitados.

Ainda incapaz de compreender plenamente o que Jesus estava dizendo a ela, a mulher disse-lhe: "Eu sei que vem o Messias (que se chama o Cristo); quando isso vier, Ele vai declarar todas as coisas para nós." Ela ainda estava confuso , mas expressou sua esperança de que um dia o Messias (cuja vinda os samaritanos também antecipou, com base em Dt 18:18) seria esclarecer todas essas questões religiosas vexatório.

A história chegou ao seu poderoso clímax dramático na resposta de Jesus, "eu que falo a você sou Ele." Ele evitou uma declaração tão direta ao povo judeu (conforme Mt 16:20), por causa da política e crassly militaristas expectativas que tinham para o Messias; eles esperavam para alguém que levaria uma revolta para se libertar do jugo dos romanos odiados (conforme Jo 6:15). A fé desta mulher samaritana, por outro lado, não foi obstruída por esses equívocos autodenominados (como a sua resposta no v. 29 indica). A palavra Ele não está no texto original. Nosso Senhor, na verdade, disse, "eu que falo a você sou." Aqui é outra das declarações "Eu Sou" que são tão comuns neste evangelho (conforme 8:58). Vinte e três vezes o nosso Senhor diz: "eu sou", e sete vezes acrescenta metáforas ricas (conforme 6:35, 41, 48, 51; 08:12; 10: 7, 9, 11, 14; 11:25; 14: 6; 15: 1, 5).

As palavras de Jesus deve ter balançado a mulher para o núcleo de seu ser. O homem que poucos minutos antes havia feito um simples pedido de um copo de água já afirmou ser o Messias esperado. Ao contrário de Nicodemos, que não sabia nada de quaisquer sinais e milagres que Jesus tinha realizado. Mas apenas por causa do que ele sabia sobre ela a mulher não duvidar da veracidade de sua afirmação.Isso foi ótimo, dado por Deus a confiança. Na verdade, ela foi e proclamou-o em sua vila, fato que sugere fortemente que ela tinha realmente vir a fé salvadora.

Conversa de Jesus com a mulher no poço ilustra três verdades inegociáveis ​​sobre a salvação. Em primeiro lugar, a salvação vem somente para aqueles que reconhecem sua necessidade desesperada de vida espiritual que eles não têm. Água viva será recebida somente por aqueles que percebem que eles são espiritualmente sede. Em segundo lugar, a salvação vem somente para aqueles que confessar e se arrepender de seus pecados e desejo perdão. Antes desta mulher promíscua pudesse abraçar o Salvador, ela teve de reconhecer todo o peso da sua iniqüidade. E, terceiro, a salvação vem somente para aqueles que abraçam a Jesus Cristo como o Messias e do pecado portador. Afinal de contas, a salvação é encontrada em nenhum outro (conforme 14: 6; At 4:12).

12. O Salvador do Mundo (João 4:27-42)

Neste ponto, seus discípulos vieram, e eles ficaram maravilhados que Ele estava falando com uma mulher, mas ninguém disse: "O que você busca?" ou "Por que você fala com ela?"Assim, a mulher deixou o seu cântaro, e foi à cidade e disse aos homens: "Vinde, vede um homem que me disse tudo o que eu tenho feito;? ​​Isso não é o Cristo, que é" Eles saíram da cidade, e foram ter com ele. Enquanto isso, os discípulos estavam incitando-o, dizendo: "Mestre, come." Mas Ele disse-lhes: "Eu tenho um alimento para comer que vós não conheceis".Então os discípulos diziam uns aos outros: "Ninguém lhe trouxe de comer, não é?" Jesus disse-lhes: "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra. Você não diz, que ainda há quatro meses, e depois que venha a ceifa? Eis que eu vos digo, elevador os vossos olhos e vede os campos, que já estão brancos para a colheita já que ceifa é receber os salários e está recolhendo frutos para a vida eterna;. de modo que o que semeia como o que ceifa juntamente se regozijem Pois neste caso, o ditado. é verdade, 'Um semeia e outro o que ceifa. " Eu vos enviei a ceifar onde não trabalhaste; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho ". De que cidade muitos dos samaritanos creram nele por causa da palavra da mulher, que testificou: "Ele me disse que todas as coisas que eu fiz." Então, quando os samaritanos foram ter com Jesus, eles estavam pedindo-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. Muitos mais creram por causa da sua palavra; e eles estavam dizendo para a mulher: "Já não é por causa do que você disse que nós acreditamos que, para nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo." (4: 27-42)

Israel é um país abençoado por Deus com exclusividade. De nenhum outro povo que Ele disse: "Você só tenho escolhido entre todas as famílias da terra" (Am 3:2.; Lv 20:26; Lc 1:54; Jo 4:22; Rm 1:16; 3: 1-2.).

Como povo escolhido de Deus, os israelitas receberam promessas singulares e bênçãos. Por exemplo, Deus assegurou a Abraão que seus descendentes iriam se tornar uma grande nação, e que através deles as outras "famílias da terra serão abençoados" (Gn 12:1-3; conforme At 3:25). Deus também trouxe-os "a uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel" (Ex 3:8; 13 14:1-13:17'>Gn 13:14-17; Gn 15:18; Gn 17:8.; Dt 30:5; conforme 20:. 1-4; Dt 23:14; Dt 28:7).

Infelizmente, a desobediência de Israel causaram a nação a ser oprimido por seus inimigos (conforme Lev 26: 15-17; Dt 4:27; 28:.. 64-66; Jz 2:16; Isa. 1: 7-8.; 5: 5-7) e, eventualmente, conquistado e enviado para o exílio (Lev. 26: 33-37; Dt 4:27; 2 Reis 17:. 6-23; 2Rs 18:11; 2Rs 25:21; Sl 44:11;. Jr 9:16; Lm 1:1; Ez 12:15; 20: 23-24; Ez 22:15; Ez 36:19; Am 5:27; Am 7:11, Am 7:17; Zc 7:14).. No entanto, as promessas de Deus para abençoar a nação permaneceu em vigor, assim como o fazem hoje (Jer 33: 20-26; Rm 9:1). Apesar desobediência contínua de Israel e derrota subsequente, a promessa de Deus nunca vacilou:

 

Assim diz o Senhor,
Quem dá o sol para luz do dia
E a ordem fixa da lua e das estrelas para luz da noite,
Quem agita o mar, de modo que suas ondas rujam;
O Senhor dos exércitos é o seu nome:
"Se esta ordem fixa afasta
Desde antes de mim ", diz o Senhor,
"Então os filhos de Israel também cessará
De ser uma nação diante de mim para sempre "
Assim diz o Senhor,
"Se os céus em cima pode ser medido
E os fundamentos da terra cá em baixo,
Então eu também rejeitarei toda a descendência de Israel

Por tudo o que eles têm feito ", diz o Senhor (Jer. 31: 35-37).

 

Como povo escolhido de Deus, Israel tem todas as vantagens. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, diz: "Então, o que a vantagem do judeu Ou qual é o benefício da circuncisão grande em todos os aspectos Em primeiro lugar, porque lhe foram confiados os oráculos de Deus?". (Rom. 3: 1-2). Eles também são os únicos ", a quem pertence a adoção de filhos, ea glória, a aliança ea promulgação da Lei, eo culto, e as promessas, de quem são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente Amém "(Rm. 9: 4-5).. Em Sua bondade gracioso, Deus concedeu a Israel privilégios que nenhuma outra nação já apreciado.

O Senhor Jesus Cristo resumiu o privilégio mais significativo Israel recebeu quando Ele disse à mulher samaritana que "a salvação vem dos judeus" (04:22). Como observado no capítulo anterior deste volume, que a verdade tem um duplo significado: a de que o evangelho foi pregado primeiramente aos judeus (Mateus 10:5-7; Mt 15:24; Lc 24:47; At 1:8; Rm 1:16), e que o Messias veio a nação de Israel (Gn 49:10; Is 11:1), a Bíblia promete salvação para eles também. Is 45:22 registra gracioso convite de Deus, "Vire-se para mim e sejam salvos, todos os confins da terra; porque eu sou Deus, e não há outro." Mais tarde, em Isaías, Deus disse profeticamente ao Messias: "Ele é muito pequeno uma coisa que você deve ser meu servo, para levantar as tribos de Jacó e para restaurar os preservados de Israel; eu também vai fazer você uma luz das nações para que a minha salvação chegue até o fim da terra "(49: 6; conforme 42: 6; Lc 2:32). O apóstolo Paulo citou este versículo em At 13:47 como o seu mandato por pregar o evangelho aos gentios. E o próprio Jesus, após Sua ressurreição, declarou que "o arrependimento para a remissão dos pecados seria proclamado em seu nome a todas as nações, começando por Jerusalém" (Lc 24:47; conforme At 1:8.; Lucas 14:16-24). Foi a incredulidade e impenitência dos judeus que os desligados de bênção divina no tempo de Elias e Eliseu e causadas poder e bênção de Deus para ir para párias (Lucas 4:25-30). Esta mesma incredulidade defini-los contra o seu único Salvador.

A história que se desenrola nesta seção revela cinco sutis, provas ainda inconfundíveis que corroboram a afirmação de Jesus ser o Messias: Seu controle impecável de circunstâncias, o seu impacto sobre a mulher, sua intimidade com o Pai, a sua visão sobre as almas dos homens, e Sua impressão sobre os samaritanos.

Impecável Controle de Circunstâncias de Cristo

Neste ponto, seus discípulos vieram, e eles ficaram maravilhados que Ele estava falando com uma mulher, mas ninguém disse: "O que você busca?" ou "Por que você fala com ela?"(04:27)

O grego frase touto epi ( neste ponto; ou "naquele momento") capta o domínio completo da situação de Jesus. Os discípulos vieram de volta da compra de alimentos em Sicar (v. 8) no exato momento em Jesus revelou Sua messianidade à mulher samaritana. Se tivessem retornado mais cedo, teriam interrompeu a conversa antes de chegar a sua conclusão dramática; teve eles voltaram mais tarde, eles teriam perdido ouvir declaração de Jesus. Divina Providência estava no trabalho.

Os discípulos ficaram espantados ao ver que Jesus estava falando com uma mulher -a violação chocante das normas sociais, como foi observado no capítulo anterior deste volume. No judaísmo, acreditava-se que, para um rabino para falar com uma mulher era no máximo um desperdício de tempo, e, na pior, uma distração de estudar a Torá-o que poderia levar à condenação eterna. Que ela era um samaritano fez a ação do Senhor ainda mais surpreendente. E se soubessem fundo imoral da mulher, os discípulos teria sido completamente atordoado. Como poderia o seu Mestre tem nada a ver com essa pessoa? De todas as pessoas, por que Ele iria escolher para revelar Sua messianidade com ela? No entanto, o seu respeito por Jesus era tal que eles sabiam melhor do que interromper a conversa. Portanto, ainda que estes eram exatamente seus pensamentos, eles não perguntar à mulher, "O que você busca?" ou pedir a Jesus, "Por que você fala com ela?" Eles já tinham conhecimento de que Jesus não estava vinculada por expectativas judaicas, tradições e preconceitos, e que ele tinha boas razões para fazer o que Ele fez.

Houve uma importante lição aqui para os discípulos de aprender. Embora o evangelho seria pregado primeiro a Israel (Matt. 10: 5-6; Mt 15:24), não seria pregado exclusivamente a Israel (Is 59:20-60: 3; Rm 1:16..). Ele iria atravessar todas as barreiras culturais-um conceito que foi difícil para muitos judeus a aceitar. A história inesquecível de recusa dramática de Jonas para obedecer quando Deus o chamou para pregar em Nínive demonstra atitude anti-missionário dos judeus. Na verdade, Jonas correu na direcção oposta. Sua desobediência não resultarem de medo para sua própria segurança, mas a partir de uma falta de vontade de ver seus inimigos (os assírios odiados) misericórdia experiência de Deus. O próprio profeta admitiu que esta foi a sua motivação: "[Jonas] orou ao Senhor e disse:" Por favor, Senhor, não foi isso o que eu disse quando eu ainda estava no meu próprio país Portanto, a fim de evitar esta fugi para Társis? , pois eu sabia que és um Deus clemente e compassivo, lento para a ira e grande em benignidade, e que se arrepende do calamidade "(Jn 4:2;.. Gl 3:28).

Como explicou a verdade a esta mulher, conversa do Senhor não foi forçado, apressado, ou manipuladora. Em vez disso, Jesus soberanamente orquestrado o calendário de eventos para que os discípulos chegaria no momento oportuno. Como Deus em carne humana, controle providencial de Jesus sobre a situação não é nenhuma surpresa, já que Deus soberanamente orquestra todos os eventos.

A história está sob controle absoluto de Deus, pré-escrita na eternidade passada. Paulo disse aos filósofos pagãos em Atenas que Deus determinou os tempos designados de todas as nações (At 17:26; conforme At 1:7; Rm 15:1), proclamando a verdade a um pecador perdido deu o Senhor muito mais satisfação (conforme Lc 15:10; Lc 19:10) do que qualquer alimento físico poderia fornecer (conforme 23:12). Jesus frequentemente referido o Pai como Aquele que enviou Ele (05:24, 30, 36-37; 6: 38-39, 44, 57; 07:16, 28, 29, 33; 08:16, 18, ​​26 , 29, 42; 9: 4; 11:42; 12: 44-45, 49; 13 20:14-24; 15:21; 16: 5; 17: 8, 18, ​​21, 23, 25; 20 .: 21; Mt 10:40; Mc 9:37; Lc 4:18; Lc 9:48; Lc 10:16); Seu objetivo durante Seu ministério terreno foi realizar a sua obra (conforme 05:17, 36; 9: 4; 10:25, 32, 37-38; 14:10; 17:
4) da salvação (6: 38-40 ; Mt 1:21; Lc. 5: 31-32; Lc 19:10; 1Jo 4:91Jo 4:9; 13 3:40-13:8'>13 3:8., 13 24:40-13:32'>24-32; Marcos 4:26-32), Jesus impressionou em os discípulos a urgência de alcançar os perdidos. Não havia necessidade de esperar quatro meses; os espirituais campos já estavam brancos para a ceifa. Os discípulos tinham apenas para levantar os seus olhos e olhe ao samaritanos vindo em direção a eles (v. 30), a sua roupa branca formando um contraste impressionante contra o verde brilhante do grão de amadurecimento e parecendo cabeças brancas nas hastes que indicavam o tempo para a colheita.

Embora os samaritanos ainda não tinha atingido o bem, Jesus conhecia o coração dos homens e cujo estava pronto para a salvação (conforme 1: 47-49; 2: 24-25; 6:64), assim como ele tinha conhecido a história da vida silenciosa de a mulher (vv. 16-18). Tal visão sobrenatural foi uma manifestação de Sua divindade (conforme 1Sm 16:7). Ao contar aos discípulos que aquele que colhe está recebendo salários e está recolhendo frutos para a vida eterna do Senhor destacou a responsabilidade de participar da colheita de almas. Eles receberiam seus salários, a alegria gratificante de recolher frutos para a eternidade (conforme Lc 15:7).

Impression de Cristo na samaritanos

De que cidade muitos dos samaritanos creram nele por causa da palavra da mulher, que testificou: "Ele me disse que todas as coisas que eu fiz." Então, quando os samaritanos foram ter com Jesus, eles estavam pedindo-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. Muitos mais creram por causa da sua palavra; e eles estavam dizendo para a mulher: "Já não é por causa do que você disse que nós acreditamos que, para nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo." (4: 39-42)

Após o interlúdio de versículos 31:38, os samaritanos reinserir a narrativa como a história constrói a um poderoso conclusão. Muitos dos aldeões creram nele por causa da palavra da mulher, que testificou: "Ele me disse que todas as coisas que eu fiz." Certamente, podemos supor que ela deu os detalhes de seu conhecimento sobrenatural, não apenas este comentário resumo. Esse conhecimento sobrenatural dos detalhes de seu passado liquidado para eles que Ele era de fato o Messias. Portanto, quando eles chegaram perto de Jesus junto ao poço, eles foram continuamente pedindo-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. Durante esse tempo muitos mais creram por causa da sua palavra. Embora eles foram influenciados pelo testemunho da mulher, ao ouvir do próprio Jesus foi o argumento decisivo. Então eles estavam dizendo a ela, "Já não é por causa do que você disse que nós acreditamos que, para nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo." Essas palavras não tinham a intenção de denegrir o seu testemunho , mas sim para indicar que o seu tempo com Jesus confirmou.

A confissão samaritanos 'de Jesus como o Salvador do mundo (conforme 2Co 5:19; 1 Jo 2:1)

Após os dois dias Ele saiu de lá para a Galiléia. Para Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria. Então, quando ele veio para a Galileia, os galileus o receberam, vistas todas as coisas que Ele fez em Jerusalém para a festa; para eles próprios também foi para a festa. Por isso, Ele veio novamente a Caná da Galiléia, onde tinha feito a água em vinho. E havia um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. Quando ele soube que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele e estava implorando-lhe que descesse e curasse o seu filho; pois ele estava no ponto de morte. Então Jesus lhe disse: "Se não virdes sinais e prodígios, você simplesmente não vai acreditar." O oficial do rei, disse-lhe: "Senhor, desce, antes que meu filho morra." Jesus disse-lhe: "Vá;. Teu filho vive" O homem creu na palavra que Jesus falou com ele e começou. Como ele já ia descendo, os seus escravos conheci, dizendo que seu filho estava vivo. Então perguntou-lhes a hora em que ele começou a ficar melhor. Então eles disseram-lhe: "Ontem à hora sétima a febre o deixou." Então, o pai sabia que era a hora em que Jesus lhe disse: "Seu filho vive"; e ele mesmo acreditou e toda a sua casa. Este é novamente um segundo sinal de que Jesus realizou quando Ele tinha vindo da Judéia para a Galiléia. (4: 43-54)

O evangelho de João é eminentemente o evangelho de crença. Ele escreveu seu registro inspirado para que seus leitores "creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo [eles], tenhais vida em seu nome" (20:31). O verbo pisteuo ("acreditar") aparece quase 100 vezes neste evangelho, e a esmagadora maioria das suas ocorrências referem-se a acreditar Salvadora no Senhor Jesus Cristo (por exemplo, 1:12; 06:29; 08:30; 12:44 ; 14: 1; 17:20). Através de acreditar nas pessoas a se tornar filhos de Deus (1:12; 12:36), obter a vida eterna (3: 15-16, 36; 06:40, 47), evitar o julgamento (3:18; 5:24), participar da ressurreição da vida (11:25; conforme 5:29), possuem habitação do Espírito Santo (7: 38-39), são entregues a partir de escuridão espiritual (0:46), e encontrar a capacitação para o serviço espiritual (14 : 12).

Além disso, Deus ordena que as pessoas acreditam em seu Filho. Quando perguntado pela multidão, "O que vamos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus?" (Jo 6:28), Jesus respondeu: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que por ele foi enviado" (v 29; conforme 03:18; 14: 1.). Mas a verdade trágico é que a maioria das pessoas se recusam a acreditar em Jesus Cristo. No Sermão da Montanha Ele advertiu, "larga é a porta e o caminho é largo que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Porque a porta é pequena e o caminho é estreito que conduz à vida, e não há São poucos os que a encontram "(13 40:7-14'>Mateus 7:13-14; conforme 13 23:42-13:30'>Lc. 13 23:30). Expressando essa mesma verdade do ponto de vista da soberania divina Ele declarou: "Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos" (Mt 22:14;. Conforme Jo 10:26). Apesar de suas boas ações ou zelo religioso, os incrédulos nunca pode agradar a Deus (Rm 8:8). Em João 16:8-9 Jesus disse do Espírito Santo: "Ele, quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo; quanto ao pecado, porque não crêem em mim."

Um "coração do mal, descrente" (He 3:12) caracteriza as pessoas-a unregenerate coração que ama a escuridão do pecado e detesta a luz do Evangelho (João 3:19-20). Incredulidade do coração também é composta por Satanás, "o deus deste mundo [que] cegou os entendimentos dos incrédulos para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo" (2Co 4:4). Por exemplo, o Antigo Testamento registra que, enquanto o Faraó endureceu o seu coração (Ex 8:15, Ex 8:32; Ex 9:34; 1Sm 6:61Sm 6:6; 7:. Ex 7:3; Ex 9:12; Ex 10:1, Ex 10:27; Ex 11:10; Ex 14:4).

Na sua essência, a incredulidade é uma rejeição da verdade salvífica de Deus contida nas Escrituras. Assim, Jesus disse aos judeus incrédulos: "Porque eu falo a verdade, você não acredita em mim. Qual de vocês Me convence de pecado? Se eu falar a verdade, por que você não acredita em mim?" (João 8:45-46). A incredulidade é a rejeição de Jesus Cristo, que é a verdade de Deus encarnado (Jo 14:6; He 3:12.). O povo de Israel rejeitou sinais miraculosos de Jesus, tal como tinham igualmente rejeitados grandes obras de Deus em toda a sua história (Sl 78:32;. Conforme v 22;.. Nu 14:11;. Dt 1:32; Dt 9:23 ; 2Rs 17:142Rs 17:14; Lc 22:67; At 14:1; Hb 3:18-19).

Os relatos evangélicos descrevem vários níveis de incredulidade. Em primeiro lugar, houve incredulidade devido à falta de exposição. Esta foi a incredulidade do coração preparado e pronto, apenas esperando a revelação da verdade de Deus. Este é o nível mais raso de incredulidade, exigindo apenas o conhecimento da glória do esplendor da pessoa de Cristo a ser superado. Por exemplo, quando João Batista apontou para Cristo André e João (1: 35-37), eles imediatamente seguiram-no-mesmo que ele ainda não tinha sequer falado com eles. Seu conhecimento do Antigo Testamento e seu amor a Deus os fez pronto.
Segundo, havia descrença devido à falta de informações. Este tipo de incredulidade necessário mais do que a mera exposição à pessoa de Cristo; aqueles a este nível foram menos preparado e teve de ouvir Suas palavras para ser persuadido. A mulher samaritana no poço não estava impressionado com a aparência de Jesus ou expostos a qualquer um dos seus milagres; Para ela, ele parecia ser apenas mais um rabino judeu. Mas depois ela experimentou Seu conhecimento sobrenatural a respeito de seu pecado (4: 16-19); Sua declaração direta de que Ele era o Messias (4:
26) foi convincente. Suas palavras também convenceu muitos de seus conterrâneos para crer nEle (4: 41-42).

Em terceiro lugar, havia descrença devido a uma percepção de falta de provas. Aqueles que se enquadram nesta categoria tinha ouvido as reivindicações de Cristo, mas a evidência de que essas alegações eram verdadeiras desejado. Os Evangelhos descrevem-nos como aqueles que precisam para ver as obras de Cristo. O próprio Jesus ofereceu Seus milagres como prova de que Ele era o Messias (Lucas 7:20-22; Jo 5:36; Jo 10:25, 37-38; Jo 14:11; conforme At 2:22). Embora os milagres que atestam Cristo realizados não trouxe todos os que os observados para a fé salvadora (2: 23-25; 0:37; Lc 4:23), eles não convencer alguns. Eles foram suficientes para convencer a Nicodemos que Jesus foi enviado por Deus (3: 2), e começar a ele no caminho para a fé salvadora (ver cap 8 deste volume.).

Mas havia um quarto nível de incredulidade encontrada no deliberada de coração endurecido-ness extremamente religiosa e hipócrita, ou seja, devido à incredulidade. Aqueles a este nível se recusou a acreditar em Cristo e do evangelho da graça, e nenhuma quantidade de evidência seria convencê-los de outra forma. Eles sabiam quem era Jesus; eles entenderam Seus ensinamentos; eles estavam cientes da esmagadora evidência; ainda que teimosamente rejeitou suas alegações. Jesus alertou para as consequências dessa obstinada incredulidade, quando disse: "A menos que você acredita que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (08:24). Os fariseus exemplificou esse nível final de incredulidade hipócrita quando concluíram de Jesus: "Este homem expulsa os demônios só por Belzebu o príncipe dos demônios" (Mt 12:24). Eles decidiram, exatamente o oposto da verdade, que Jesus era satânico. Essa incredulidade deliberada é o tipo mais mortal. Porque essas pessoas, que pensam ter conseguido justiça, continuamente rejeitam todas as provas para o evangelho de Deus mostra-los e odeiam a realidade que eles são espiritualmente pobres, cegos, escravizados e oprimidos com o pecado (conforme Lc 4:16-30) . Sua incredulidade nunca vai dar lugar ao arrependimento e à fé salvadora (conforme Mt 12:31-32.; Hb 6:4-8.).

Como começar o seu ministério galileu, Jesus encontrou algumas pessoas no terceiro nível da incredulidade. Os galileus não ficaram impressionados com sua pessoa ou suas palavras; Ele cresceu entre eles, e eles pensavam que sabiam quem Ele era (conforme Mt 13:1.; Lucas 7:2-10), as diferenças significativas entre as duas histórias descarta essa possibilidade.Por exemplo, o homem nesta história era um oficial do rei, enquanto o centurião era um soldado; o funcionário pediu a cura para seu filho, enquanto o centurião intercedeu em favor de seu servo; e fé do funcionário não foi elogiado por Jesus (v 48)., enquanto que a fé do centurião era (Lc 7:9; At 3:26; At 13:46; Rm 1:16). O povo judeu eram o principal foco do ministério de Jesus (Mateus 10:5-6; Mt 15:24.).

A declaração proverbial um profeta não tem honra na sua própria pátria (conforme Lc 4:24) contrasta aceitação de Jesus pelos samaritanos com Sua rejeição geral pelo povo judeu (01:11). Ele também explica Seu motivo para o retorno à sua região de origem da Galiléia (como a conjunção gar [para] indica). À primeira vista, parece um tanto desconcertante que Jesus foi para a Galileia, porque, como Elemesmo testificou, Ele receberia nenhuma honra lá. A questão, porém, é que Jesus não foi pego de surpresa quando muitos em sua região natal rejeitaram. Ele foi para lá sabendo que Ele seria dada uma recepção fria, especialmente em Nazaré, onde tinha sido levantada (Lc 4:1ff). Mas alguns na Galiléia iria acreditar e, portanto, honrá-lo.

A declaração de João, por isso, quando Ele veio para a Galileia, os galileus o receberam, não significa que eles acreditavam Salvadora em Jesus como o Messias. Oun ( tão ) remete para a declaração de Jesus no versículo anterior, e confirma que os galileus não fez honrá-lo por quem Ele realmente era. Pelo contrário, depois de ter visto todas as coisas que Ele fez em Jerusalém no dia da festa (conforme 2:23), saudaram-lo apenas como um fazedor de milagres. Eles estavam curiosos, ansiosamente esperando para ver Jesus realizar algumas façanhas mais sensacionais. Assim, o apóstolo João escreve com um senso de ironia; recepção de Jesus os galileus 'não era genuíno, mas superficial e raso.

Incredulidade Confrontado

Por isso, Ele veio novamente a Caná da Galiléia, onde tinha feito a água em vinho. E havia um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. Quando ele soube que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele e estava implorando-lhe que descesse e curasse o seu filho; pois ele estava no ponto de morte. Então Jesus lhe disse: "Se não virdes sinais e prodígios, você simplesmente não vai acreditar." O oficial do rei, disse-lhe: "Senhor, desce, antes que meu filho morra." (4: 46-49)

O fato de que Jesus encontrou um oficial do rei, em Caná da Galiléia, onde tinha feito a água em vinho (conforme 2: 1-11) só contribuiu para a ironia da situação. Este foi o lugar onde Jesus tinha realizado seu primeiro milagre. No entanto, em vez de exibir verdadeira crença nele, por causa de seu inegável poder sobrenatural, as pessoas simplesmente exibido um desejo de ver mais milagres. Como este incidente demonstra, a recepção dos galileus, como a da maioria dos judeus (2: 23-25), era curioso, emoção em busca, não-poupança, interesse superficial, baseado em assinar. A conjunção oun ( portanto ) introduz a história do funcionário real e apresenta-o como um exemplo daqueles galileus que viram Jesus não era o Messias, mas apenas como um fazedor de milagres (conforme a discussão do v. 48 abaixo).

oficial do rei ( basilikos ) era mais provável no serviço de Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia, de 4 aC a ad 39. (É improvável que ele estava a serviço do imperador, desde a Galiléia não era parte de uma província imperial.) Antipas era um filho de Herodes, o Grande, que governou a Palestina na época do nascimento de Cristo. Após a morte de seu pai, Antipas foi feito governante da Galiléia. Embora Roma negou-lhe o título real formal, Antipas foi, no entanto, comumente referido como um rei (Mt 14:9). Alguns têm especulado que este oficial do rei foi "Cuza, procurador de Herodes" (Lc 8:3; Mc 6:3) e a mulher siro-fenícia (Marcos 7:24-30), assumiu Jesus tinha que estar fisicamente presente para curar seu filho. Em segundo lugar, ele esperava que Jesus tinha o poder de curar a doença de seu filho, mas não tinha esperança de que ele poderia ressuscitá-lo dentre os mortos. Essas duas hipóteses foram atrás de sua insistência de que Jesus veio de uma vez antes que fosse tarde demais. Ao contrário do jovem rico (Marcos 10:17-22), ele não estava em busca da verdade espiritual, mas em vez disso foi movida por uma necessidade física e emocional esmagadora. Seu objetivo em vir para Jesus não era obter a salvação eterna para si, mas a cura física para o seu filho morrer.

Confrontado com medo, débil, a fé imperfeita do funcionário real e da incredulidade dos galileus em geral, Jesus emitiu uma severa repreensão: "Se não virdes sinais e prodígios, você simplesmente não vai acreditar." O NASB justamente adiciona a palavra em itálico pessoas , já que o verbo traduzido see é plural. Repreensão de Jesus compreendeu o oficial do rei, e todos os galileus, cujo fé falho desconsiderada Sua mensagem e missão de salvação e preferiu se concentrar na milagres sensacionais Ele realizados em seu nome.

O oficial do rei ignorou a avaliação de Jesus dele e de seus colegas galileus. Única e exclusivamente, ele abriu seu coração, exclamando: "Senhor, desce a Cafarnaum antes que meu filho (, um termo carinhoso mais agradável do que "filho" [vv. 46-47]) morre. " Apesar de sua repreensão caule da tipo de fé diante dEle, o Senhor graciosamente realizou o milagre, consequentemente desenho fé do funcionário para um nível superior. Ao curar seu filho fisicamente, o Grande Médico mudou-se para curar o pai espiritualmente.

Incredulidade Conquistada

Jesus disse-lhe: "Vá;. Teu filho vive" O homem creu na palavra que Jesus falou com ele e começou. Como ele já ia descendo, os seus escravos conheci, dizendo que seu filho estava vivo. Então perguntou-lhes a hora em que ele começou a ficar melhor. Então eles disseram-lhe: "Ontem à hora sétima a febre o deixou." Então, o pai sabia que era a hora em que Jesus lhe disse: "Seu filho vive"; e ele mesmo acreditou e toda a sua casa. Este é novamente um segundo sinal de que Jesus realizou quando Ele tinha vindo da Judéia para a Galiléia. (4: 50-54)

Em vez de concordar em voltar a Cafarnaum com ele, como o oficial havia implorado para ele fazer, Jesus apenas disse-lhe: "Vai, teu filho vive." No mesmo instante, o menino foi curado (vv 52-53.).Mesmo que ele não tinha a confirmação de que, o homem , no entanto, acreditava que a palavra que Jesus falou com ele. As palavras do Senhor a ele o tinha deslocado a partir do terceiro nível de descrença (que precisa de milagres) para o segundo (que acredita que a palavra de Cristo). Sem qualquer prova tangível de que seu filho foi curado, tomou Jesus em Sua palavra e partiu para casa.

Deixando de Cana, na região montanhosa de Galileu, o funcionário foi para baixo em direção a Cafarnaum, na costa norte do Mar da Galiléia (cerca de 700 pés abaixo do nível do mar). No caminho, os seus escravos o conheci, já tendo deixado a cidade para encontrá-lo e dizer-lhe a boa notícia de que seu filho estava vivo (ou seja, de que ele havia se recuperado, não apenas que ele ainda não havia morrido).Overjoyed, o homem perguntou-lhes a hora em que ele começou a ficar melhor. Os servos respondeu: "Ontem à hora sétima a febre o deixou." A sétima hora teria sido o início da tarde, em algum momento entre 1 e 3 horas, no mais amplo ajuste de contas. Até o momento ele deixou Cana e chegou nas imediações de Cafarnaum, foi depois da meia-noite ( ontem). É possível que a palavra de Jesus para ele aliviou sua ansiedade sobre seu filho, que lhe permite permanecer em Cana, talvez para ouvir e ver mais do Senhor e entender a Sua mensagem. Isso teria sido crítico, pois o levou a acreditar plenamente em Jesus quando seus servos relatou a cura completa de seu filho, confirmando as afirmações do Senhor (v. 53).

Era o tempo de recuperação de seu filho que o verificado para o pai que um milagre havia acontecido, porque ele sabia que a cura de seu filho tinha acontecido naquele muito hora em que Jesus tinha dito a ele: "Seu filho vive." Quando ele ouviu a notícia, o funcionário real creu ele, juntamente com cada membro de toda a sua família (conforme At 11:14; At 16:15, 31-34; At 18:8; 1Co 16:15.).

João concluiu esta conta com a nota de rodapé, Este é novamente um segundo sinal de que Jesus realizou quando Ele tinha vindo da Judéia para a Galiléia. Este ato de cura foi a segunda das oito principais sinais de que João registra como prova de que Jesus era o Messias. Ele também foi o segundo sinal (o primeiro tenha sido efectuado nas bodas de Cana [2: 1-11]) Ele tinha realizado na Galiléia.Que não foi o segundo milagre de Jesus em geral fica claro a partir 02:23. Neste caso, a verificação impressionante do poder de Jesus levantou o real oficial todo o caminho do sinal de procura de incredulidade a verdadeira fé salvadora.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54

João 4

Rompendo barreiras — Jo 4:1-9

Em primeiro lugar, situemo-nos no ambiente desta cena. A região da Palestina só tem 200 quilômetros do Norte ao Sul. Porém, na época de Jesus, dentro desses 200 quilômetros havia três divisões muito claras. No Norte estava Galiléia, no Sul Judéia, e no meio Samaria. Nesta etapa de seu ministério Jesus não queria ver-se envolto em uma controvérsia sobre o batismo, de maneira que decidiu abandonar no momento a Judéia e transladar suas atividades a Galiléia. Entre os judeus e os samaritanos havia uma inimizade de séculos, cujas causas veremos imediatamente. Mas, apesar de tudo, a forma mais rápida de passar da Judéia a Galiléia era atravessar Samaria. A viagem da Judéia a Galiléia se podia fazer em três dias, se se passava por Samaria. A outra possibilidade era cruzar o Jordão, subir pela costa Leste do rio, não entrar em Samaria, voltar a cruzar o Jordão, ao norte de Samaria e então entrar na Galiléia. É obvio que esta rota levava o dobro de tempo. De maneira que Jesus tinha que passar por Samaria se queria ir a Galiléia pelo caminho mais curto.
No caminho chegaram à cidade de Sicar. Perto de Sicar o caminho a Samaria se bifurca. Um dos caminhos se dirige ao Noroeste, a

Scitópolis; o outro vai primeiro para o Oeste, a Nablus e depois para o Norte, a Enganim. Justo na bifurcação do caminho está até o dia de hoje o poço que se conhece pelo nome de poço de Jacó. Tratava-se de uma zona muito rica em lembranças judaicas. Aí havia uma parte de terra que Jacó tinha comprado (Gênesis 33:18-19). Em seu leito de morte, Jacó deixou essa terra a José (Gn 48:52). E, depois da morte de José no Egito, levaram seu corpo a Palestina e o ali o sepultaram (Js 24:32) De maneira que se reuniam muitas lembranças judaicas em torno desta zona. O poço tinha mais de trinta metros de profundidade. Não se trata de uma vertente; é um poço no qual se filtra a água e ali se junta. Mas não resta dúvida de que se tratava de um poço do qual ninguém podia tirar água se não tinha algo com o que fazê-lo.

Quando Jesus e seu pequeno grupo chegaram à bifurcação dos caminhos, Jesus se sentou para descansar pois estava cansado da viagem. Era meio-dia. O dia judaico vai das seis da manhã até as seis da tarde e a hora sexta são as doze do meio-dia. De maneira que o calor chegou a seu grau máximo, e Jesus se sentia fatigado e sedento pela marcha. Seus discípulos foram comprar alguma comida na aldeia samaritana. Algo deve ter começado a acontecer. Antes de encontrar-se com Ele é muito pouco provável que lhes houvesse sequer ocorrido comprar comida em alguma população samaritana. Pouco a pouco, até possivelmente de maneira inconsciente, estavam quebrando as barreiras.
De maneira que, enquanto Jesus estava sentado, uma mulher samaritana se aproximou do poço. Por que teria que vir a esse poço, é algo misterioso, visto que estava a quase um quilômetro de Sicar onde deve ter vivido, e ali havia água. Pode ser que tenha sido um pária moral de tal calibre que até as mulheres da aldeia a expulsavam do poço do lugar e tinha que ir até ali para tirar água? Jesus lhe pediu que lhe desse água para beber. A mulher se voltou surpreendida. "Eu sou samaritana", disse. "Você é judeu. Como é que me pede que te dê água para beber?"
E então João passa a explicar aos gregos, para aqueles que escrevia o Evangelho, que não havia nenhum tipo de intercâmbio entre judeus e samaritanos. Não resta dúvida que o que temos no texto não é mais que o resumo mais breve possível do que deve ter sido uma longa conversação. É evidente que houve muito mais neste encontro do que se registra aqui. Se nos permite usar uma analogia, isto é como a minuta de uma reunião de uma comissão em que só se registram os pontos mais importantes. Creio que a mulher samaritana deve ter aberto sua alma ao estrangeiro. De que outra forma Jesus pode ter-se informado a respeito de seus complicados problemas domésticos? Era uma das contadas vezes em sua vida em que encontrava a alguém em cujo olhar havia amabilidade em lugar de uma superioridade crítica; e lhe abriu seu coração.

Há poucos relatos do Evangelho que mostrem tanto sobre a personalidade de Jesus como este.

  1. Mostra-nos o caráter real de sua humanidade. Jesus se sentia cansado pelo caminho, e se sentou junto ao poço, esgotado.

É muito significativo que João, que sublinha a absoluta deidade do Jesus Cristo mais que qualquer dos outros evangelistas, também sublinhe a fundo sua humanidade. João não nos apresenta um personagem livre do cansaço e esgotamento, o esforço e a luta próprios de nosso caráter humano. Mostra a alguém para quem a vida era um esforço, tal como o é para nós; mostra a alguém que também se sentia cansado e que também devia prosseguir.

  1. Mostra-nos a calidez de sua compaixão. A mulher samaritana teria fugido envergonhada de um líder religioso qualquer, de um dos líderes eclesiásticos ortodoxos da época. Ela o teria evitado. Se por uma casualidade muito pouco provável um deles lhe tivesse dirigido a palavra, ela o teria enfrentado com um silêncio envergonhado e até hostil. Mas para Jesus foi a coisa mais natural do mundo falar com esta mulher. Por fim tinha encontrado alguém que não era um juiz, mas um amigo, alguém que não condenava, mas sim compreendia.
  2. Mostra a Jesus como alguém que rompe barreiras. A luta entre judeus e samaritanos era uma história muito, muito velha. Em 722 A. C. os assírios tinham invadido, capturado e subjugado o reino de Samaria, no Norte. Fizeram o que costumavam fazer os conquistadores naquela época: transladaram quase toda a população a Média (2Rs 17:6). E trouxeram para esse lugar gente de Babilônia, de Cuta, da Ava, de Hamate e de Sefarvaim (2Rs 17:24). Agora, é impossível transladar a todo um povo. Alguns dos habitantes do reino do Norte ficaram nesse mesmo lugar. Como é inevitável, começaram a casar-se com os estrangeiros; e nessa forma cometeram um pecado que é imperdoável para qualquer judeu. Perderam sua pureza racial.

Até o dia de hoje, em uma família judia ortodoxa, se um filho ou uma filha se casa com um gentio, celebra-se seu funeral. Essa pessoa está morta aos olhos do judaísmo ortodoxo. De maneira que a grande maioria dos habitantes de Samaria e do reino do Norte foram a Média. Jamais voltaram; foram assimilados ao lugar onde foram levados e são as dez tribos perdidas. Os que permaneceram no país se casaram com estrangeiros que chegaram e perderam o direito de ser chamados judeus.
Depois de um tempo, o reino do Sul, cuja capital era Jerusalém, sofreu uma invasão e uma derrota semelhantes. Também os seus habitantes foram levados a Babilônia; mas não perderam sua identidade; permaneceram inalteravelmente judeus. Depois vieram os dias de Esdras e Neemias e os exilados voltaram para Jerusalém graças ao rei da Pérsia. Sua tarefa imediata foi reparar e reconstruir o templo, que estava destroçado. Os samaritanos vieram a oferecer sua ajuda para esta tarefa sagrada. Sua ajuda foi orgulhosamente rechaçada. Tinham perdido sua herança judaica e não tinham nenhum direito de compartilhar a reconstrução da casa de Deus. Indignados por este rechaço, voltaram-se com amargura contra os judeus de Jerusalém. Essa briga ocorreu ao redor do ano 450 A. C. e nos dias de Jesus aquela inimizade era tão profunda como sempre.

Agravou-se quando o judeu renegado Manassés se casou com a filha do samaritano Sambalate (Ne 13:28) e se dedicou a construir um templo que rivalizava com o de Jerusalém, no monte Gerizim que estava no centro do território samaritano e que é ao que se refere a mulher samaritana. Mais tarde, na época dos Macabeus, no ano 129 A. C., o general e caudilho judeu João Hircano comandou um ataque contra Samaria e saqueou e destroçou o templo do monte Gerizim.

Havia um profundo ódio entre judeus e samaritanos. Os judeus os chamavam depreciativamente chutitas, que era o nome de um dos povos que tinham instalado os assírios nessa região. Os rabinos judeus diziam: "Nenhum homem deve comer o pão dos chutitas porque quem come de seu pão é como aquele que come carne de porco." O Eclesiástico mostra Deus dizendo: “Há duas nações que minha alma detesta, e uma terceira nem sequer é nação: os habitantes de Seir, os filisteus e o povo estúpido que mora em Siquém” (Eclesiástico 50:25-26, Bíblia de Jerusalém).

Siquém era uma das mais famosas cidades samaritanas. O ódio era devolvido com interesse. Conta-se que o rabino Jocanán passava por Samaria quando ia orar a Jerusalém. Passou pelo monte Gerizim. Viu-o um samaritano e lhe perguntou: "Para onde vai?" "Vou a Jerusalém", disse, "a orar." O samaritano respondeu: "Não seria melhor que orasse nesta montanha Santa (o monte Gerizim) antes que nessa casa maldita?" Os peregrinos que foram da Galiléia a Jerusalém deviam passar por Samaria se, como vimos, viajavam pela rota mais rápida; e os samaritanos sentiam prazer em lhes obstar o caminho.
A desavença entre judeus e samaritanos tinha mais de 400 anos. Mas se desenvolvia com o mesmo ressentimento e amargura de sempre. Não é surpreendente que a mulher samaritana sentisse algo estranho quando Jesus, um judeu, falou com ela, uma samaritana.

  1. Mas havia até outra forma em que Jesus estava derrubando barreiras. A samaritana era uma mulher. Os rabinos estritos proibiam que um rabino saudasse uma mulher em público. Um rabino nem sequer podia falar em público com sua própria mulher, sua filha ou sua irmã. Até havia fariseus ao quais se apelidavam: "Os fariseus machucados e sangrantes" porque fechavam os olhos quando viam uma mulher pela rua e assim batiam a cabeça em paredes e casas! Para um rabino o fato que o vissem falando em público com uma mulher significava o fim de sua reputação, e entretanto, Jesus falou com esta mulher. Não só era mulher; tratava-se de uma mulher cuja personalidade era muito conhecida. Nenhum homem decente, e menos um rabino, deixou-se ver em sua companhia ou falando com ela; mas Jesus sim.

Para um judeu este relato era surpreendente. Aqui estava o Filho de Deus cansado, esgotado e sedento. Aqui estava o mais santo dos homens ouvindo compreensivamente uma triste historia. Aqui estava Jesus rompendo as barreiras do nacionalismo e do costume judaico ortodoxo. Aqui está o começo da universalidade do evangelho; aqui está Deus amando o mundo de tal maneira, não em teoria, mas em ação.

A ÁGUA VIVA

João 4:10-15

Devemos notar que esta conversação com a mulher samaritana segue exatamente o mesmo esquema que a conversação com Nicodemos. Jesus faz uma afirmação. A afirmação não se entende e pe tomada em um sentido incorreto. Jesus repete a afirmação de maneira ainda mais clara. Volta a ser mal compreendida; e então Jesus obriga a pessoa com quem está falando a descobrir e enfrentar a verdade por si mesma. Essa era a forma como Jesus costumava ensinar; e era uma forma muito efetiva, porque, como disse alguém: "Há certas verdades que o homem não pode aceitar; deve descobri-las por si mesmo".

Tal como fez Nicodemos, a mulher tomou as palavras de Jesus em seu sentido literal, quando devia compreendê-las no plano espiritual. Jesus falou de água viva. Agora, na linguagem comum, para o judeu água viva significava água corrente. Tratava-se da água que fluía em um arroio, por oposição à água estancada em uma cisterna ou em um pântano. Como já vimos, este poço não era um lugar onde houvesse águas vivas, mas sim a água se filtrava de uma capa subterrânea. Para o judeu, a água viva, corrente, de um arroio sempre era a melhor. De maneira que o que a mulher disse foi: "Oferece-me água pura de um arroio. De onde a tirará?" e passou a falar de "nosso pai Jacó".

É obvio, os judeus teriam negado com a maior ênfase que Jacó foi o pai dos samaritanos, mas uma das coisas que afirmavam os samaritanos era que descendiam de José, filho de Jacó, por Efraim e Manassés. Em realidade, a mulher diz a Jesus: "Esta é uma conversação blasfema. Nosso grande antepassado Jacó, ao vir a este lugar, teve que cavar este poço para obter água para sua família e seus animais. "Pretende ser capaz de tirar água fresca e corrente de um arroio? Se for assim, pretende ser mais sábio e poderoso que Jacó. Isso é algo que ninguém tem o direito de afirmar".
Quando a pessoa ia viajar costumava levar um balde feito com a pele de algum animal para poder tirar água de qualquer poço junto ao qual se detivessem. Não resta dúvida de que o grupo de Jesus tinha um desses baldes; e tampouco resta dúvida de que os discípulos o tinham levado a aldeia. A mulher viu que Jesus não tinha esse balde de couro dos viajantes e então volta a dizer: "Não precisa falar de tirar água e me dar água. Vejo com meus próprios olhos que você não tem balde com que tirar a água".

H. B. Tristam começa seu livro Eastern Customs in Bible Lands (Costumes orientais nas terras bíblicas) com esta experiência pessoal. Estava sentado junto a um poço na Palestina ao lado do cenário da estalagem que aparece na história do Bom Samaritano.

"Uma mulher árabe desceu da serra para tirar água; desdobrou e abriu sua bolsa de couro de cabra, depois desatou uma corda e a atou a um balde muito pequeno de couro que levava consigo; com este balde encheu o couro muito lentamente, atou-lhe a boca, o pôs sobre o ombro e, com o balde na mão, subiu a costa. Fiquei pensando na mulher de Samaria junto ao poço de Jacó, quando um árabe que viajava a pé, subindo a íngreme ladeira que vem de Jericó, com calor e cansado da viagem, desviou-se até o poço, ajoelhou-se e olhou para baixo com ansiedade. Mas não tinha ‘com o que tirá-la e o poço era fundo’. Passou a boca pela umidade que tinha deixado a água que derramou a mulher que veio antes dele e, desiludido, prosseguiu em seu caminho”.

Isso era exatamente no que estava pensando a mulher quando disse a Jesus que não tinha com o que tirar a água das profundidades do poço.
Mas os judeus empregavam a palavra água em outro sentido. Estavam acostumados a falar da sede de Deus que a alm sentia; e muito freqüentemente falavam de acalmar essa sede com água viva. Jesus não estava usando expressões incompreensíveis. Estava empregando palavras que qualquer que tivesse percepção espiritual deveria ter compreendido.

No Apocalipse a promessa é: “Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida” (Ap 21:6). O Cordeiro os conduzirá a fontes de água da vida (Ap 7:17). A promessa era que o povo escolhido tiraria com alegria águas das fontes da salvação (Is 12:3). O salmista falava de sua alma sedenta do Deus vivo (Sl 42:1). A promessa de Deus era: “Porque derramarei água sobre o sedento” (Is 44:3). O chamado dizia que todo aquele que estivesse sedento devia ir às águas e beber gratuitamente (Is 55:1). Jeremias se queixava de que o povo tinha abandonado a Deus, fonte de água viva, e havia cavado para si cisternas rotas que não podiam conter a água (Jr 2:13). Ezequiel teve sua visão do rio da vida (Ez. 47:1-12). No novo mundo haveria um manancial aberto para a purificação (Zc 13:1). As águas sairiam de Jerusalém (Zc 14:8).

Às vezes os rabinos identificavam esta água viva com a sabedoria da Lei; outras vezes a identificavam nada menos que com o Espírito Santo de Deus. Toda a linguagem pictórica religiosa dos judeus estava cheio desta idéia da sede da alma que só podia satisfazer-se com a água viva que era o dom de Deus. Mas a mulher preferiu entender estas palavras na mais crua forma literal. Era cega porque não queria ver.

Mas Jesus passou a fazer uma afirmação ainda mais surpreendente. Disse que ele podia lhe dar água viva que lhe tiraria a sede para sempre. Mais uma vez mais a mulher tomou ao pé da letra; mas de fato era nada menos que uma afirmação messiânica. Na visão profética da época por vir, da idade de Deus, prometia-se: "Não terão fome nem sede" (Is 49:10). Deus e ninguém mais, possuía a fonte viva da água que saciava toda sede. "Contigo está o manancial da vida", tinha exclamado o salmista (Sl 36:9). O rio da vida sairá do mesmo trono de Deus (Ap 22:1). O Senhor é a bebedouro viva (Jr 17:13). Na época messiânica o lugar seco se converterá em lago e o deserto em mananciais de água (Is 35:7). Quando Jesus dizia que trazia para os homens a água que apaga para sempre toda sede, não fazia mais que afirmar que era o Ungido de Deus que teria que introduzir a nova era.

Mais uma vez a mulher não o viu. E, segundo minha opinião, esta vez falou em brincadeira, como seguindo a onda com alguém que estava um tanto louco. "Dê-me dessa água", disse, "assim não voltarei a ter sede e não precisarei caminhar até o poço todos os dias". Estava zombando com um tipo de sarcástico menosprezo das coisas eternas.
No coração de tudo isto se encontra a verdade fundamental de que no coração humano há uma sede de algo que só Jesus Cristo pode satisfazer.
Em um de seus livros, Sinclair Lewis apresenta um respeitável pequeno comerciante que se anima a expressar esta grande verdade. Está falando com a moça que ama. Ele diz: "Por fora todos parecemos muito diferentes; mas muito no fundo somos todos iguais. Os dois nos sentimos muito infelizes por algo, e não sabemos o que é."
Em todo homem existe esse desejo insatisfeito e sem nome; esse vazio descontente; essa carência; essa frustração; esse desejo que às vezes faz com que alguém encolha os ombros, sem saber por que.
Em Sorrel and Son (Sorrel e filho), Warwick Deeping apresenta um diálogo entre Sorrel e seu filho. O moço está falando sobre a vida. Diz que é como caminhar tateando em uma névoa encantada. A névoa se abre por um momento; a gente vê a Lua ou o rosto de uma garota; a gente pensa que quer a Lua ou o rosto; e depois a névoa volta a baixar, e o deixa a alguém procurando algo que não sabe muito bem o que é.

Agostinho fala de "nossos corações que estão inquietos até que descansam em ti". Um elemento da situação humana é o fato que não podemos encontrar a felicidade nas coisas que essa situação humana nos oferece. Jamais estamos a salvo do desejo de eternidade que Deus pôs na alma do homem. Existe uma sede que só podem aplacar as águas da eternidade, e que só Jesus Cristo pode satisfazer.

CONFRONTANDO A VERDADE

João 4:15-21

Vimos como a mulher, com certa frivolidade e como, em brincadeira, pediu a Jesus que lhe desse a água viva para que não voltasse a ter sede e para ver-se livre de ter que fazer a cansativa caminhada até o poço. E depois, de repente, e com toda crueldade, Jesus a fez voltar à realidade. Tinha passado o momento de brincar com as palavras, o momento das brincadeiras. "Vê", disse Jesus, "procure o seu marido e volte com ele." A mulher ficou paralisado como se tivesse experimentado uma dor repentina; crispou-se como se tivesse recebido um golpe, ficou tão pálida como alguém que vê uma visão; e isso era o que lhe havia acontecido, porque de repente se viu si mesma. Nesse momento se viu obrigada a enfrentar-se a si mesmo e à ligeireza e imoralidade e a absoluta falta de dignidade de sua vida.

No cristianismo há duas revelações: a revelação de Deus e a revelação de nós mesmos. Ninguém se vê realmente a si mesmo até que não vá por si mesmo à presença de Cristo; e então o que vê o deixa aturdido. Para expressá-lo de outro modo: o cristianismo começa com um sentido de pecado. Começa com uma repentina tomada de consciência de que a vida, tal como a estamos vivendo, não nos leva a lugar nenhum. Despertamos a nós mesmos e despertamos a nossa necessidade de Deus.
Alguns têm sustentado, devido a esta menção dos cinco maridos, que este relato não ocorreu em realidade mas se trata de uma alegoria.

Vimos que quando os habitantes primitivos de Samaria foram exilados e transportados a Média, vieram outros cinco povos a esse lugar. Nesse relato lemos que cada um destes povos trouxe consigo seus próprios deuses (2Rs 17:29); e se tem sustentado que a mulher representa Samaria; os cinco maridos representam aos cinco falsos deuses com aqueles que por assim dizer, casaram-se os samaritanos. O sexto marido representaria o Deus verdadeiro; mas, como disse Jesus, adoram-no, não na verdade, mas em ignorância; e portanto não estão casados com Ele. Pode ser que neste relato, haja uma referência à infidelidade dos samaritanos para com Deus; mas a história é muito vívida para que se trate de uma alegoria elaborada. É muito parecida à vida real.

Alguém afirmou que a profecia é a crítica apoiada na esperança. Um profeta assinala a um homem ou a uma nação o que está mal, mas não o faz para provocar o desespero neles e sim para lhes indicar o caminho da emenda e da retidão de vida. Do mesmo modo, Jesus começou por assinalar a esta mulher sua situação pecaminosa; mas passou a falar-lhe da verdadeira adoração em que nossas almas podem encontrar a Deus.
A pergunta da mulher nos soa como algo estranho. Diz, e não há dúvida de que se sente turvada ao dizê-lo: "Nossos pais dizem que devemos adorar aqui, no monte Gerizim; você diz que devemos adorar em Jerusalém; o que devo fazer?"

Os samaritanos adaptavam a história como mais lhes convinha. Ensinavam que tinha sido no monte Gerizim onde Abraão tinha estado disposto a sacrificar a Isaque. Ensinavam que aí era onde Melquisedeque tinha aparecido a Abraão. Afirmavam que Moisés tinha edificado um altar pela primeira vez no monte Gerizim e tinha devotado sacrifícios a Deus quando o povo entrou na terra prometida, o que na verdade tinha acontecido no monte Ebal (Dt 27:4). Manipulavam o texto das Escrituras e a história para dar glória ao monte Gerizim. A mulher tinha sido educada na consideração do monte Gerizim como o mais sagrado dos lugares e no desprezo por Jerusalém.

Agora, o que ela estava pensando era o seguinte. Estava dizendo em seu íntimo: "Sou uma pecadora perante Deus; devo fazer uma oferta a Deus por meu pecado; devo levar essa oferta à casa de Deus para me justificar perante seus olhos; onde tenho que levá-la?" Para ela, como para todos seus contemporâneos, a única forma de apagar o pecado era o sacrifício. Seu grande problema era onde oferecer esse sacrifício. Neste momento não está discutindo os méritos do templo do monte Gerizim e os do templo do monte Sião; tudo o que quer saber é: Onde posso encontrar a Deus?

A resposta de Jesus foi que estava chegando a seu fim a época das velhas rivalidades fabricadas pelos homens; e estava chegando o momento em que o homem encontraria a Deus em todas partes. Sofonias tinha tido a visão de que todos as pessoas adorariam a Deus “cada uma do seu lugar” (Sf 2:11). Malaquias tinha sonhado que em todos os lugares se ofereceria incenso como oferta limpa em nome de Deus (Ml 1:11). A resposta que Jesus deu à mulher foi que não tinha que ir a nenhum lugar especial para encontrar a Deus, nem ao monte Gerizim nem ao monte Sião; que não tinha necessidade de oferecer sacrifício em algum lugar especial. A resposta de Jesus foi que a verdadeira adoração encontra a Deus em todas partes.

A ADORAÇÃO VERDADEIRA

João 4:22-26

Jesus havia dito à mulher samaritana que as velhas rivalidades estavam em vias de desaparecer, que estava chegando o dia em que a controvérsia a respeito dos respectivos méritos do monte Gerizim e do monte Sião seria algo sem pertinência; que aquele que na verdade procurasse a Deus o encontraria em qualquer parte. Mas apesar de tudo isso, Jesus sublinhou o fato de que o povo judeu ocupava um lugar único no plano e na revelação de Deus.

Diz que os samaritanos adoram em ignorância. Em um sentido isso é verdade. Os samaritanos só aceitavam o Pentateuco, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento. Rechaçavam todo o resto do Antigo Testamento. Portanto, tinham rechaçado todas as grandes mensagens dos profetas e toda a devoção suprema dos Salmos. De fato, possuíam uma religião truncada, porque sua Bíblia era uma Bíblia truncada; de fato, tinham rechaçado o conhecimento que estava a seu alcance e que poderiam ter possuído. Mais ainda, os rabinos judeus sempre tinham acusado os samaritanos de professar nada mais que uma adoração supersticiosa do Deus verdadeiro. Sempre repetiam que a adoração dos samaritanos não se apoiava no amor e o conhecimento e sim na ignorância e o temor.

Como já vimos, quando estes povos estrangeiros foram viver a Samaria, levaram com eles seus próprios deuses (2Rs 17:19). Diz que um sacerdote do Betel foi dizer-lhes como tinham que temer ao Senhor (2Rs 17:28). Mas, de fato, o mais provável é que se limitaram a agregar Jeová à sua lista de deuses porque sentiam um temor supersticioso de excluí-lo. Depois de tudo, era o Deus da terra onde viviam e podia ser perigoso não incluí-lo na adoração.

Assim, pois, em uma adoração falsa podemos detectar três falhas.

  1. Uma adoração falsa seleciona o que quer saber e entender a respeito de Deus e omite o que não quer. Os samaritanos tomavam o que queriam das Escrituras e não prestavam atenção ao resto. Uma das coisas mais perigosas do mundo é uma religião parcial. É muito fácil aceitar e crer nas verdades de Deus que convêm e não prestar nenhuma atenção ao resto.

Vimos, por exemplo, que há pensadores, homens de igreja e políticos que justifiquem o apartheid e a segregação racial apelando a algumas passagens das Escrituras, enquanto esquecem com toda conveniência as partes muito mais numerosas que o proíbem.

Em uma grande cidade houve um ministro que organizou um petição para ajudar a um homem a quem se condenou por certo delito. Pareceu-lhe que se tratava de uma circunstância na qual devia intervir a misericórdia cristã. Soou o telefone e uma voz de mulher lhe disse: “Sinto-me sobressaltada de que você, um ministro, brinde sua ajuda para esta petição de misericórdia”. “Por que teria que sentir-se surpreendida?” perguntou o ministro. A voz disse: “Suponho que você conhece sua Bíblia espero”, respondeu ele. “Então”, disse a voz, “não sabe que a Bíblia diz ‘Olho por olho e dente por dente’?”
Aqui temos a uma mulher que tomava a parte da Bíblia que lhe convinha nesse momento e se esquecia do grande ensino de misericórdia que Jesus impartiu no Sermão da Montanha. Faríamos bem em recordar que, embora nenhum homem conseguirá chegar jamais à verdade absoluta, devemos tender para ela, e não pegar fragmentos que se encaixam a nossas necessidades e a nossa situação.

  1. Uma adoração falsa é uma adoração ignorante. A adoração deveria ser a aproximação a Deus por parte do homem total. O homem tem uma mente e tem o dever de fazê-la trabalhar. A religião pode começar com uma resposta emocional; mas chega o momento em que terá que pensar essa resposta emocional.

E. F. Scott disse que a religião é muito mais que um mero exercício forçado do intelecto mas que, de todos os modos, uma grande parte do fracasso religioso não se deve a outra coisa que à preguiça intelectual. Deixar de pensar as coisas é um pecado. Em última instância a religião não está a salvo até que o homem possa dizer, não só o que crê, mas também por que crê. A religião é esperança, mas é uma esperança sustentada pela razão (1Pe 3:15).

  1. Uma adoração falsa é uma adoração supersticiosa. É uma adoração que se faz não por um sentimento de necessidade nem por algum desejo autêntico, a não ser, basicamente, porque o homem teme que poderia ser perigoso não oferecer essa adoração. Mais de uma pessoa se negará a passar debaixo de uma escada; muita gente se sentirá satisfeita quando um gato preto lhe cruza o caminho; muitos recolhem um alfinete convencidos de que lhes trará boa sorte; mais de uma pessoa se sentirão incômodas quando houver treze sentados na mesma mesa onde ele está. Não crê nestas superstições mas sente que pode haver algo de verdade nelas e que é melhor estar a salvo. Muita gente apóia sua religião em um vago temor do que poderia acontecer se não prestarem atenção a Deus. Mas a verdadeira religião não se apóia no medo, e sim no amor a Deus em gratidão pelo que tem feito, e no desejo de estar com Deus para poder achar a vida. Há muita religião que é uma espécie de ritual supersticioso para evitar a possível ira dos deuses imprevisíveis.

Assim, Jesus assinalou a verdadeira adoração. Deus — disse — é Espírito. No momento que um homem compreende isto, uma luz potente o invade. Se Deus for Espírito, não está limitado às coisas; e portanto, a adoração de ídolos não só é algo inútil, mas também é um insulto à própria natureza de Deus. Se Deus for Espírito, não está limitado a lugares; de maneira que limitar a adoração de Deus a Jerusalém ou a qualquer outro lugar é pôr limite a algo que por sua própria natureza ultrapassa todo limite. Se Deus for Espírito, os dons que alguém lhe oferece devem provir do espírito. Os sacrifícios animais, as coisas feitas pelos homens resultam insuficientes e inadequadas. Os únicos dons que se ajustam à natureza de Deus são os dons do espírito — o amor, a lealdade, a obediência e a devoção. O espírito do homem é sua parte superior. Isso é o que permanece quando a parte física desapareceu. Essa é a entidade que sonha os sonhos e vê as visões, que, devido à debilidade e às falhas do corpo e da parte física do homem, podem não cumprir-se. O espírito do homem é a fonte e origem de seus sonhos, pensamentos, ideais e desejos. A adoração autêntica, genuína, dá-se quando o homem, através de seu espírito, chega à amizade e intimidade com Deus. A adoração genuína e autêntica não consiste em chegar a um lugar determinado; nem em passar por um ritual ou liturgia determinados; nem sequer significa trazer certos dons. A adoração autêntica se dá quando o espírito, a parte imortal e invisível do homem, encontra-se e fala com Deus, que é imortal e invisível.

Assim, pois, esta passagem termina com a grande declaração. Ante os olhos dessa mulher samaritana se apresentou uma visão que a assustou e a intrigou. Havia coisas que estavam além de sua capacidade de compreensão, coisas cheias de mistério. Tudo o que pôde dizer foi: "Quando vier o Messias, o Cristo, o Ungido de Deus, Ele nos declarará todas as coisas". Jesus lhe disse: "Eu sou, que fala contigo". É como se houvesse dito: não se trata de um sonho da verdade, é a própria verdade.

COMPARTILHANDO O ASSOMBRO

João 4:27-30

Não é estranho que os discípulos se sentissem assombrados e intrigados quando ao voltar de sua tarefa na cidade de Sicar, encontraram a Jesus falando com a mulher samaritana. Já vimos a idéia que tinham os judeus sobre a mulher. O preceito rabínico dizia: "Que ninguém fale com uma mulher na rua, nem sequer com sua própria esposa". Os rabinos desprezavam a mulher e a consideravam incapaz de receber qualquer tipo de ensino, por isso diziam: "É melhor queimar as palavras da lei antes que dá-las às mulheres". Uma de suas frases comuns era: "Cada vez que um homem prolonga sua conversação com uma mulher faz mal a si mesmo, deixa de cumprir a Lei e por último herda o Geena". Segundo as pautas rabínicas, Jesus não poderia fazer algo menos ortodoxo que falar com essa mulher. Aqui vemos Jesus derrubando barreiras.
Depois vem um detalhe curiosamente revelador. É algo que não poderia provir de alguém que não tivesse compartilhado esta cena. Por mais surpreendidos que estivessem os discípulos não tiveram a idéia de perguntar à mulher o que procurava, ou de perguntar a Jesus por que estava falando com ela. Estavam começando a conhecer a Jesus. E já tinham chegado à conclusão de que por surpreendentes que fossem seus atos, se ele os fazia, não tinha que serem questionados. A pessoa deu um grande passo ao discipulado quando aprendeu a dizer: "Quem sou eu para questionar as atitudes e as exigências de Jesus. Meus preconceitos e convenções devem desaparecer ante seus atos e mandamentos".

A esta altura, a mulher já estava a caminho da aldeia sem seu cântaro. O fato de deixar o cântaro demonstra duas coisas. Demonstra que tinha pressa em compartilhar essa experiência extraordinária e que não sonhava em fazer outra coisa senão retornar ao mesmo lugar. Toda a atitude desta mulher samaritana nos diz muito a respeito da experiência cristã autêntica.

  1. Sua experiência começou ao ver-se obrigada a confrontar-se consigo mesma e ver-se tal qual era. O mesmo aconteceu com Pedro. Depois da pesca milagrosa, quando Pedro descobriu algo da majestade de Jesus, tudo o que pôde dizer foi: “Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador” (Lc 5:8). Mais de uma vez nossa experiência cristã começará com uma desagradável sensação de desgosto conosco mesmos. Em geral, a última coisa que vê o homem é a si mesmo. E em geral acontece que o primeiro que Cristo faz para ajudar a um homem é obrigá-lo a fazer o que esse mesmo homem se negou a fazer durante toda sua vida: ver-se a si mesmo.
  2. A mulher samaritana se sentiu esmagada pela capacidade de Cristo para ver em seu coração. Estava assombrada por seu Intimo conhecimento do coração humano, e de seu coração em particular. Ao salmista o espantava o mesmo pensamento: “De longe entendes o meu pensamento... Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces” (Salmo 139:1-4).

Conta-se que uma vez uma garotinha escutou um sermão de C. H. Spurgeon e ao finalizar, sussurrou a sua mãe: "Mamãe, como sabe ele o que acontece em casa?"
Não há nenhum disfarce nem cortina que seja impenetrável ao olhar de Cristo. Ele tem o poder de ver as profundezas do coração humano. Não se trata de que só veja o que tem de mal nesse coração; também vê o herói dormido na alma de cada um dos homens. É como o cirurgião que vê o mal e o doente, mas que também vê a saúde que seguirá quando se tirar a parte má.

  1. O primeiro instinto da mulher samaritana foi compartilhar sua descoberta. Tendo descoberto a essa pessoa assombrosa, sentiu-se compelida a compartilhar com outros sua descoberta. A vida cristã se apóia nos pilares gêmeos da descoberta e da comunicação. Nenhum descobrimento é completo até que nossos corações se encham do desejo de compartilhá-lo, e não podemos comunicar a Cristo a outros até que o temos descoberto para nós mesmos. Os dois grandes passos da vida cristã são, em primeiro lugar, encontrar, e em segundo, dizer.
  2. Esse mesmo desejo de contar sua descoberta a outros, matou o sentimento de vergonha humana que a mulher experimentava. Sem dúvida se tratava de uma perdida; alguém que estava na boca do povo; o mesmo fato de que tirasse a água deste poço tão distante demonstra como evitava a companhia de suas vizinhas e como evitavam elas a sua. Mas agora correu a lhes contar experimentava. Uma pessoa pode ter algum problema que o faz sentir-se envergonhado e que o mantém em segredo, mas uma vez que se cura, freqüentemente se sente tão maravilhada e agradecida que o conta a todo o mundo. Um homem pode esconder seu pecado, mas uma vez que encontra a Jesus Cristo como Salvador, seu primeiro instinto é dizer a outros: "Vejam o que era, e olhem o que sou agora; isto é o que Cristo fez por mim".

A COMIDA QUE MAIS SATISFAZ

João 4:31-34

Mais uma vez, esta passagem segue a estrutura normal das conversações do quarto Evangelho. Jesus diz algo que se entende em um sentido equivocado. Diz algo que tem um significado profundo e espiritual. Em um primeiro momento toma ao pé da letra e logo vai mostrando gradualmente seu significado que por último se compreende.

Isto é o mesmo que fez Jesus quando falou com Nicodemos sobre o novo nascimento, e quando falou com a mulher sobre o água que acalmava a sede para sempre.

A esta altura dos acontecimentos, os discípulos tinham retornado com comida e pediam a Jesus que comesse. Tinham-no deixado tão cansado e exausto que se sentiam preocupados ao ver que não parecia sentir desejos de comer as provisões que tinham trazido. Sempre é surpreendente comprovar que uma tarefa grande pode elevar ao homem além das necessidades corporais.
Durante toda sua vida, Wilberforce, que libertou os escravos, foi um homem pequeno, insignificante e doentio. Quando se levantava para dirigir a palavra à Câmara dos Comuns, em um primeiro momento outros membros se riam perante esta pessoa estranha e pequena; mas quando o fogo e o poder o dominavam, estavam acostumados a alagar o recinto para ouvi-lo falar. Estavam acostumados a dizer: "O pequeno peixe se convertia em um baleia". Sua mensagem, sua tarefa, a chama da verdade, e o dinamismo do poder, conquistavam a sua debilidade física.
Há uma imagem do John Knox pregando quando era ancião. Era um homem acabado; estava tão fraco que quase tinham que levantá-lo até o púlpito e deixá-lo apoiado no suporte de livro. Mas antes de ter passado muito tempo a voz recuperava seu antigo ressonar como de trompetistas e parecia "que ia romper o púlpito em mil pedaços e saltar fora". A mensagem o enchia com uma espécie de força divina e sobrenatural.
A resposta de Jesus a seus discípulos foi que ele tinha uma comida da qual eles não sabiam nada. Em sua simplicidade, perguntaram entre si se alguém teria lhe trazido de comer. Então lhes disse: "Minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou". A chave suprema da vida de Jesus é a submissão à vontade de Deus. O caráter único de Jesus reside no fato de que foi a única pessoa que sempre foi e será perfeitamente obediente à vontade de Deus. Pode-se dizer com exatidão que Jesus foi a única pessoa em todo mundo que jamais fez o que quis, e que sempre fez o que Deus queria . Era o enviado de Deus.
Vez por outra, o quarto Evangelho diz que Jesus foi enviado por Deus. No quarto Evangelho há duas palavras gregas para expressar esta idéia. A palavra apostellein, que aparece dezessete vezes, e pempein, que ocorre vinte e sete vezes. Quer dizer que o quarto Evangelho diz, ou mostra a Jesus dizendo, não menos de quarenta e quatro vezes, que Jesus foi enviado por Deus. Era alguém que obedecia ordens. Era o homem de Deus. Logo, uma vez que veio, falou uma e outra vez, da obra que lhe foi encarregada. Em Jo 5:36 fala das obras que o Pai lhe deu para cumprir. Em Jo 17:4 a única coisa que diz é que acabou a obra que o Pai lhe deu para cumprir. Quando fala de tirar e pôr sua vida, de viver e morrer, diz: "Este mandamento recebi de meu Pai" (Jo 10:18). Sempre fala, como neste caso, da vontade de Deus. “Eu desci do céu,” diz, “não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6:38). "Eu faço sempre", diz, "o que lhe agrada" (Jo 8:29). Em Jo 14:23, valendo-se de sua experiência pessoal e de seu próprio exemplo, afirma que a única prova de amor é obedecer os mandamentos dAquele a quem se diz amar. Esta obediência de Jesus não era algo que brilhava em um momento e em outros morria. Não se tratava, como acontece conosco, de uma experiência espasmódica. Era a própria essência e o ser, o cerne e a medula, a dinâmica e a força que movia sua vida.

Seu grande desejo é que nós sejamos como Ele.

  1. Obedecer a vontade de Deus é o único caminho que nos conduzirá à paz. Não pode haver paz quando não estamos de acordo com o Rei do Universo.
  2. A obediência à vontade de Deus é o único caminho que nos conduzirá à felicidade. Não pode haver nenhum tipo de felicidade quando pomos nossa ignorância humana contra a sabedoria de Deus.
  3. A obediência à vontade de Deus é o único caminho que nos permitirá alcançar poder. Quando seguimos nosso próprio caminho não podemos depender mais que de nossas forças, e portanto deprimimos em forma inevitável. Quando seguimos o caminho de Deus, contamos com seu poder, e nessa forma nos asseguramos a vitória.

O SEMEADOR, A COLHEITA E OS CEIFEIROS

João 4:35-38

Tudo o que estava ocorrendo em Samaria tinha sugerido a Jesus a visão de um mundo que era preciso colher para Deus. Quando disse: "Ainda faltam quatro meses para a ceifa", não devemos pensar que se referia à época do ano que passava nesse momento em Samaria. Se fosse assim, teria sido em meados de janeiro. Não teria feito um calor exaustivo, a água não teria sido escassa, não teria havido necessidade de procurar um poço para encontrar água, teria sido a estação das chuvas, e a água teria abundado em todas partes. Jesus está citando um ditado popular. Os judeus dividiam o ano agrícola em seis partes. Cada divisão constava de dois meses: a época da semeadura, o inverno, a primavera, a época da colheita, o verão e a estação mais quente.
O que Jesus está dizendo é: "Vocês têm um ditado popular; se plantarem a semente, devem esperar pelo menos quatro meses para começar a colher". E depois Jesus levantou a vista. Sicar está em meio de uma região que ainda hoje é famosa por seu trigo. A terra apta para a agricultura é muito escassa na Palestina, lugar cheio de pedras e rochas. Quase em nenhum outro lugar do país se podiam ver campos de trigo. De maneira que Jesus passeou seu olhar e seu braço a seu redor. "Olhem", disse, "os campos estão brancos e preparados para a ceifa. Demoraram quatro meses em crescer; mas em Samaria há uma colheita que está pronta para segar agora”. Jesus está pensando no contraste entre a natureza e a graça. Na colheita comum, os homens semeavam e esperavam; em Samaria as coisas tinham acontecido com tão divina celeridade que logo que foi semeada a palavra, a ceifa já estava esperando.

H. V. Morton faz uma sugestão muito interessante a respeito desta passagem sobre os campos brancos preparados para a colheita. Ele mesmo estava sentado neste lugar onde se encontrava o poço. Enquanto estava ali viu sair às pessoas da aldeia e começar a subir a costa. Vinham em pequenos grupos e vestiam túnicas brancas. Essas túnicas se destacavam contra a terra e o céu. Pode ser que justo neste momento do relato, o povo começou a dirigir-se para Jesus, em resposta ao anúncio da mulher. À medida que se moviam através dos campos com suas túnicas brancas, possivelmente Jesus disse: "Olhem os campos! Vejam agora! Estão brancos para a ceifa!" A multidão vestida de branco era a colheita que estava desejando segar para Deus.
De maneira que Jesus prosseguiu para demonstrar que o incrível tinha acontecido. O semeador e o ceifeiro podiam desfrutar ao mesmo tempo. Tratava-se de algo que ninguém podia esperar. Para o judeu, a época da semeadura era um momento duro, de trabalho; a época da alegria era o momento da ceifa.

“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Salmo 126:5-6). Mas aqui há algo mais que está escondido debaixo da superfície. Os judeus sonhavam com a idade de ouro, a idade por vir, a idade de Deus, quando o mundo seria o mundo de Deus, quando desapareceriam a dor e o pecado, e Deus reinaria supremo. Amós apresenta sua imagem dessa época: “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que o que lavra segue logo ao que ceifa, e o que pisa as uvas, ao que lança a semente” (Am 9:13). “A debulha se estenderá até à vindima, e a vindima, até à sementeira” (Lv 26:5). Sonhava-se que nessa idade de ouro, a semeadura e a ceifa, a plantação e a colheita ocorreriam muito de perto. Haveria tal fertilidade que terminariam os dias em que era preciso esperar.

Vemos, pois, o que Jesus está fazendo aqui com todo amor. Suas palavras não fazem mais que afirmar que com ele amanheceu a idade de ouro; o tempo de Deus está aqui; o tempo em que terminou a espera, foi dito a palavra, foi semeada a semente e a ceifa aguarda.
Mas havia outro aspecto; e Jesus sabia. "Há outro provérbio", disse, "e também diz a verdade: a gente semeia e outro ceifa". E passou a fazer duas aplicações do mesmo.

  1. Disse a seus discípulos que levantariam uma colheita que não se produziu por seu trabalho. Quis dizer que ele estava semeando a semente, que em sua cruz estava semeada toda a semente do amor e do poder de Deus, e que chegaria o dia em que seus discípulos percorreriam o mundo e recolheriam a ceifa que tinha semeado com sua vida, sua morte e sua cruz.
  2. Disse-lhes que chegaria o dia em que eles semeariam e seriam outros que fariam a ceifa. Chegaria um momento em que a Igreja cristã enviaria seus evangelistas; jamais veriam a colheita; alguns morreriam como mártires, mas o sangue dos mártires seria a semente da Igreja. É como se houvesse dito: "Algum dia vocês trabalharão e não verão o resultado de seu esforço. Algum dia semearão e irão do lugar antes que se levante a colheita. Não temam! Jamais se desanimem! A semeadura não se fará em vão; não se esbanjará a semente! Outros verão a colheita que vocês não verão".

De maneira que nesta passagem se apresentam duas coisas.

  1. Existe a lembrança de uma oportunidade. A colheita espera que a ceifem para Deus. Há momentos na história em que os homens estão curiosa e estranhamente sensíveis a Deus. Que tragédia seria que a Igreja cristã não ceifasse a colheita de Cristo!
  2. Existe a lembrança de um desafio. Muitos homens estão destinados a semear mas não a ceifar. Mais de um ministério tem êxito, não por seu próprio mérito e poder, mas graças a algum santo homem que viveu e pregou, morreu e deixou atrás de si uma influência que foi maior em sua ausência que em sua presença. São muitos os homens que devem trabalhar e jamais vêem os frutos de seus esforços.

Uma vez me levaram a visitar um lugar que era famoso por seus plantações. O dono amava a extensão que tinha plantado e conhecia os nomes de cada planta. Mostrou-me alguns brotos que demorariam vinte e cinco anos em crescer. Ele tinha quase setenta e cinco anos. Jamais veria a beleza dessas plantas, mas alguém a veria.

Nenhuma palavra pronunciada para Cristo, nenhuma tarefa feita em seu nome, fracassam jamais. Se nós não virmos os frutos de nossas obras, outros os verão. Na vida cristã não há lugar para o desespero.

O SALVADOR DO MUNDO

João 4:39-42

Nos eventos que tiveram lugar em Samaria temos o esquema segundo o qual freqüentemente se propaga o evangelho. No desenvolvimento da fé por parte dos samaritanos houve três etapas.

(1) A introdução. A mulher apresentou os samaritanos a Cristo. Aqui vemos bem claro a necessidade que Deus tem de nós. Como disse Paulo: "E como ouvirão sem haver quem pregue?" (Rm 10:14). A palavra de Deus deve transmitir-se de um homem a outro. Deus não pode fazer chegar sua mensagem àqueles que jamais o ouviram se não houver alguém que o transmita.

Nosso dever consiste nesse privilégio especial e nessa terrível responsabilidade de levar os homens a Cristo. Não se pode efetuar a apresentação se não houver um homem que a faça. Mais ainda, essa apresentação se faz sobre a base do testemunho pessoal.
A exclamação da mulher de Samaria foi: "Vejam o que fez comigo e para mim". Não chamou a seus vizinhos a uma teologia e a uma teoria; chamou-os um poder dinâmico, transformador e recriador. A Igreja só se poderá expandir até que os reinos do mundo se convertam nos reino do Senhor quando os homens e mulheres tenham uma experiência pessoal do poder de Cristo, e quando transmitirem essa experiência a outros.

  1. Houve uma intimidade mais estreita e um conhecimento crescente. Uma vez apresentados a Cristo, os samaritanos procuraram sua companhia. Pediram-lhe que ficasse com eles para que pudessem aprender mais sobre Ele e chegassem a conhecê-lo melhor. É certo que se deve apresentar o homem a Cristo, mas também é certo que uma vez que foi apresentado deve continuar vivendo por si mesmo em presença de Cristo. É possível levar um homem à presença de Cristo, mas depois disso o homem deve passar por si mesmo a descobrir a Cristo por seus próprios meios. Ninguém pode viver uma experiência em nome de outro. Outros podem nos situar perante a experiência, mas não podem vivê-la por nós. Outros podem nos conduzir à amizade de Cristo, mas nós devemos procurar e desfrutar dessa amizade por nossa conta.
  2. Produziu-se a descoberta e a entrega. E aqui vemos o que significa essa descoberta. Os samaritanos descobriram em Cristo o Salvador do mundo. Não é muito provável que eles mesmos o tenham expresso nessas palavras. Devemos lembrar que João escreve vários anos depois, e expressa a descoberta dos samaritanos em suas próprias palavras, palavras que encerram a descoberta de toda uma vida vivida com Jesus Cristo e pensando nele. Encontramos este título somente em João. Encontramo-lo nesta passagem e em 1Jo 4:14. Em sua opinião era o título por excelência pelo qual se devia conhecer a Cristo.

João não inventou o título. No Antigo Testamento Deus muitas vezes era chamado o Deus de Salvação, o Salvador, o Deus salvador. A muitos deuses gregos foi atribuído este título de Salvador. No momento em que João escreve, era o título do imperador romano. Os imperadores eram investidos com o título de Salvador do Mundo. É como se João tivesse dito: "Tudo aquilo que sonharam, desejaram e esperaram, fez-se carne em Jesus". Fazemos bem em recordar este título. Jesus não era meramente um profeta, que veio com uma mensagem de Deus. Não veio só com a exortação acesa e a verdade flamejante do profeta. Jesus não era só um psicólogo perito, com uma surpreendente percepção e um grande conhecimento da natureza humana, e com uma faculdade extraordinária para ler a mente humana.

É certo que isso foi o que demonstrou no caso da mulher samaritana, mas demonstrou algo mais. Jesus não era um mero patrão e exemplo. Não veio somente para mostrar aos homens em que forma é preciso viver e a deixar uma demonstração de como fazê-lo. Um grande exemplo pode ser algo que descoroçoa e frustra quando nos vemos incapazes de segui-lo. Jesus era um Salvador. Quer dizer, resgatou os homens da situação má e desesperada em que se encontravam. Rompeu as cadeias que os atavam ao passado e lhes deu um poder e uma presença que os capacitava a enfrentar o futuro.

De fato, a mulher samaritana é o grande exemplo de seu poder salvador. Sem dúvida, a cidade onde vivia a teria catalogado como uma pessoa que estava além de toda possibilidade de reforma. E, não resta dúvida que ela mesma teria reconhecido que jamais poderia viver uma vida respeitável. Mas veio Jesus e a resgatou em duas formas: fez com que pudesse romper com o passado e lhe abriu um novo futuro. Nenhum título é adequado para descrever a Jesus além do título de Salvador do mundo.

O ARGUMENTO INCONTESTÁVEL João 4:43-45

Os três Evangelhos sinóticos consignam a declaração de Jesus a respeito de que nenhum profeta tem honra em sua própria terra (Mc 6:4; Mt 13:57; Lc 4:24). Tratava-se de um antigo provérbio que tinha mais ou menos o mesmo significado que "a familiaridade faz desaparecer o respeito". Mas João o introduz em um momento muito estranho. Os outros evangelhos o apresentam em momentos em que em realidade os compatriotas de Jesus o rechaçavam; João o apresenta em um momento em que de fato o aceitavam. Pode ser que João esteja lendo o pensamento de Jesus.

Já vimos que Jesus tinha abandonado Judéia e se dirigiu a Galiléia para evitar a controvérsia provocada por sua popularidade cada vez maior. Ainda não tinha chegado o momento do conflito (João 4:1-4). Pode ser que o tremendo êxito que obteve em Samaria surpreendesse a Jesus; suas palavras a respeito da colheita assombrosa têm o eco de uma alegre surpresa. Pode ser que Jesus se dirigiu a Galiléia em busca de repouso e solidão porque não esperava que seus compatriotas lhe respondessem. E pode ser que na Galiléia tenha ocorrido exatamente o mesmo que em Samaria, que contra tudo o que se esperava seu ensino teria provocado uma onda de respostas. Devemos escolher entre explicar esta frase nesta forma, ou supor que, de algum modo, deslizou-se em um lugar que não lhe corresponde.

Seja como for, esta passagem e o anterior nos dão o argumento incontestável a favor de Cristo. Os samaritanos creram em Jesus, não pelas palavras de outro, mas sim porque eles mesmos o tinham ouvido falar e jamais tinham ouvido nada parecido às coisas que Ele dizia. Os galileus creram em Jesus, não pelos relatos de outras pessoas, mas sim porque o tinham visto fazer coisas em Jerusalém que jamais haviam sonhado que um homem pudesse fazer. Os samaritanos tinham ouvido Jesus falar; os da Galiléia tinham visto Jesus agir, e as palavras que pronunciou e as coisas que fez foram argumentos diante dos quais não cabia resposta.
Aqui temos uma das grandes verdades da vida cristã. O único argumento em favor do cristianismo é uma experiência cristã. Às vezes pode acontecer que devamos debater com as pessoas até que caiam as barreiras intelectuais que eles construíram e se renda a fortaleza que têm em suas mentes. Pode acontecer que em algumas ocasiões devamos apresentar o cristianismo de maneira tal que a convicção intelectual venha a seguir de tal apresentação. Mas na maioria dos casos, a única possibilidade de convicção que temos é dizer: "Sei como é Jesus e o que pode fazer. Tudo o que posso lhes pedir que façam é que o experimentem por vocês mesmos e vejam o que acontece".

Em última instância, ninguém pode convencer a outra pessoa do que significa uma determinada experiência; tudo o que se pode fazer é convidá-la a dar os passos necessários que lhe permitirão viver a mesma experiência. É certo que às vezes deve existir a compreensão intelectual. Mas a evangelização cristã efetiva começa em realidade quando podemos dizer: "Sei o que Cristo fez por mim", e quando passamos a dizer: "Provem e vejam o que pode fazer por vocês".

Aqui é onde em realidade sentimos sobre nossos ombros a tremenda responsabilidade pessoal. É muito pouco provável que alguém se anime a fazer a experiência a menos que nossas próprias vidas dêem provas do valor de dita experiência. Não serve de muito dizer às pessoas que Cristo lhes trará alegria, paz e poder, se nossas próprias vidas estiverem tristes pelo descontentamento e a insatisfação, ansiosas e preocupadas, frustradas e vencidas. Para que possamos atrair homens a Cristo nossas vidas devem ser tais que em realidade tenha algum sentido dizer: "Vejam o que Jesus Cristo fez comigo". Outros só se convencerão de que vale a pena provar, quando virem que para nós a prova deu como resultado uma experiência indiscutivelmente desejável.

A FÉ DE UM OFICIAL DO REI

João 4:46-54

A maioria dos comentaristas consideram que esta passagem ás outra versão da cura do servo do centurião que aparece em Mateus 8:5-13 e em Lucas 7:1-10. Pode ser que seja assim, mas existem diferenças que justificam o que nós tomamos como uma história distinta. Na conduta deste oficial do rei há certos rasgos que servem de exemplo a todos os homens.

(1) Aqui temos um cortesão que vai a um carpinteiro. Em grego, o homem é chamado basilikos. A palavra pode inclusive significar que era um rei pequeno. Mas a usa para designar a um oficial real, e este homem ocupava uma posição proeminente na corte do Herodes. Por outro lado,

Jesus não tinha maior status que o de ser o filho do carpinteiro da aldeia de Nazaré. Além disso, Jesus estava em Caná e este homem vivia em Capernaum, e Caná está a mais de trinta quilômetros de Cafarnaum. Isso explica por que demorou tanto tempo em voltar para sua casa. De maneira que aqui nos encontramos com um cortesão que viaja mais de trinta quilômetros para pedir a ajuda de um carpinteiro.

Não podia haver uma cena menos provável no mundo que a de um importante oficial do rei fazendo trinta quilômetros para pedir um favor ao carpinteiro de uma aldeia. Primeiro e sobretudo, este cortesão "engoliu" seu orgulho. Necessitava algo, e nem a convenção nem o costume puderam detê-lo quando se propôs expor sua necessidade a Cristo. Não cabe a menor dúvida de que sua ação causaria sensação mas não lhe importava o que as pessoas dissessem se obtinha a ajuda que tanto desejava. Se quisermos a ajuda que Cristo nos pode dar devemos ser o suficientemente humildes para engolir o orgulho e não nos preocupar com o que os outros possam dizer. O mais importante é um sentimento tal de necessidade que faça que o orgulho e as convenções não ocupem nenhum lugar em nossas vidas.
(2) Estamos diante de um cortesão que se negava a sentir-se descoroçoado. Jesus o encarou com a afirmação, que à primeira vista pode parecer muito brusca, a respeito de que o povo gente não creria se não lhe mostrassem sinais e maravilhas. Pode ser que o objetivo de Jesus ao pronunciar essa frase não fosse dirigir-se ao oficial, e sim à multidão que deve ter-se reunido para ver o resultado deste surpreendente evento. Deviam estar de boca aberta e os olhos fixos nos dois personagens para ver o que aconteceria. Possivelmente Jesus estava falando com essa gente ávida de sensacionalismo. Mas Jesus tinha uma forma de assegurar-se de que uma pessoa falava sério. Fez o mesmo com a mulher cananéia (Mateus 15:21-28). Se o homem tivesse dado meia volta irritado e petulante; se tivesse sido muito orgulhoso para aceitar uma correção; se tivesse abandonado a empresa desesperado, nesse mesmo momento. Jesus saberia que sua fé não era autêntica. O homem deve estar seguro antes de receber a ajuda de Cristo.

  1. Estamos diante de um cortesão que tinha fé. Deve ter-lhe sido difícil dar a volta e voltar para sua casa com a segurança que Jesus lhe tinha dado de que seu filhinho viveria. Na atualidade, o povo está começando a aceitar o poder do pensamento e da telepatia de maneira tal que ninguém rechaçaria este milagre simplesmente porque se produziu à distância. Mas deve ter sido difícil para o oficial. Entretanto, teve a fé suficiente para dar meia volta e voltar a andar esse caminho de trinta quilômetros com nada mais que a segurança que Jesus lhe tinha dado para consolar seu coração. É da mesma essência da fé crer que o que Jesus diz é verdade. Ocorre muito freqüentemente que experimentamos como que um desejo vago, nebuloso, de que as promessas de Jesus sejam certas. A única forma de penetrar nelas é crer nelas com a ansiosa intensidade de um homem que se afoga. Se Jesus disser algo, não é questão de que "pode ser certo"; ”deve ser certo".
  2. Estamos diante de um cortesão que se rendeu. Não se trata de um homem que obteve o que quis de Cristo e depois se esqueceu. Ele e toda sua casa creram. Tal coisa não lhe deve ter resultado fácil visto que a idéia de Jesus como o Ungido de Deus deve ter arrasado com todas as suas convicções anteriores. Deve ter sido um fato surpreendente que o carpinteiro de Nazaré fosse o Messias. Tampouco deve ter sido fácil professar a fé em Jesus na corte do Herodes. Teria que suportar as brincadeira e as risadas; e sem dúvida haveria aqueles que pensariam que se tornou um tanto louco.

Mas este oficial era um homem que enfrentava os atos e os aceitava. Tinha visto o que Jesus podia fazer; e a única coisa que restava a fazer era render-se a Ele. Tinha começado com um sentimento desesperado de necessidade, essa necessidade tinha sido satisfeita, e seu sentimento de necessidade se converteu em um amor total e pleno, e assim deve acontecer sempre no progresso da vida cristã.

A maior parte dos estudiosos do Novo Testamento consideram que nesta parte do quarto Evangelho os capítulos não estão na ordem correta e que de algum modo foi mal situado. Sustentam que o capítulo 6 deveria estar antes do capítulo 5. A razão que dão é a seguinte. O capítulo 4 termina com Jesus na Galiléia (Jo 4:54). O capítulo 5 começa com Jesus em Jerusalém. O capítulo 6 nos volta a mostrar a Jesus na Galiléia. O capítulo 7 começa dando a entender que Jesus acaba de chegar a Galiléia em vista da oposição que encontrou em Jerusalém. As mudanças entre Jerusalém e Galiléia se fazem muito difíceis de seguir. Por outro lado, o capítulo 4 termina com estas palavras (Jo 4:54): “Foi este o segundo sinal que fez Jesus, depois de vir da Judéia para a Galiléia”. O capítulo 6 começa assim (Jo 6:1): “Depois disso, partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia”, o qual é uma seqüência muito natural. O capítulo 5 mostra a Jesus subindo a Jerusalém para uma festa e um encontro que produziu sérios problemas com as autoridades judias. De fato, nos diz que a partir desse momento começaram a persegui-lo (Jo 5:10). Logo o capítulo 7 começa dizendo que Jesus foi a Galiléia e que “não desejava percorrer a Judéia, visto que os judeus procuravam matá— lo” (Jo 7:1). Não cabe dúvida de que a seqüência dos acontecimentos resulta muito mais clara se lermos o sexto capítulo antes do quinto. Em nosso comentário, não alteramos a ordem; mas devemos fazer notar que muitos estudiosos do Novo Testamento consideram que a ordem deveria ser: capítulo 4, capítulo 6 e capítulo 5, e que esta ordem dá uma seqüência mais natural e mais fácil dos acontecimentos.


Dicionário

Beber

Engolir ou ingerir líquido

verbo transitivo direto Figurado Usar todo o dinheiro para comprar bebidas alcoólicas; gastar: bebeu o dinheiro da herança.
Absorver um líquido: este papel bebe a tinta.
Aproveitar com intensidade; absorver-se: beber a inteligência do seu mestre.
verbo transitivo direto e intransitivo Figurado Ter um consumo alto de combustível: este opala bebe muita gasolina; comprei um carro que só sabe beber!
expressão Figurado Beber as palavras de alguém. Ouvir alguém com muita atenção.
Etimologia (origem da palavra beber). Do latim bibere “ingerir líquido”.

Da

contração Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a.
Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana.
Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou.
Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira.
Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".

contração Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a.
Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana.
Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou.
Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira.
Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".

contração Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a.
Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana.
Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou.
Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira.
Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


fazer justiça

(Heb. “juiz” ou “julgamento”). O mais velho dos dois filhos que Jacó teve com Bila, serva de Raquel (Gn 30:5-6). De acordo com o relato sobre seu nascimento, Raquel comemorou o evento declarando: “Julgou-me Deus” (Heb. danannî); “por isso lhe chamou Dã”. O nome expressou assim uma situação particular na vida de Raquel e mais tarde também serviu de testemunho do favor de Deus quanto a sua esterilidade.

Dã não é mais citado individualmente, mas a tribo que recebeu seu nome é mencionada com frequencia, a maioria das vezes de forma negativa. Quando os danitas não conseguiram ocupar a terra que receberam na partilha de Canaã, viajaram bem para o norte, derrotaram e expulsaram a população de Laís e se fixaram ali (próximos da moderna cidade de Tell Dã), onde estabeleceram um culto idólatra (Jz 18). Dã, juntamente com Betel, foi mais tarde escolhida pelo rei Jeroboão como sede de seu novo centro de adoração, para que o povo não subisse a Jerusalém (1Rs 12:29). Talvez por esse motivo não seja mencionada no livro de Apocalipse, na distribuição das terras entre as tribos, no final dos tempos (Ap 7:5-8).

Ao abençoar os filhos no leito de morte, Jacó disse: “Dã julgará o seu povo”. Falou também que “Dã será serpente junto ao caminho” (Gn 49:16-17). Moisés, ao proferir sua bênção sobre os israelitas, não foi muito generoso, ao referir-se a Dã como um “leãozinho; saltará de Basã” (Dt 33:22).

E.M.


[Juiz] -

1) Um dos filhos de Jacó (Gn 30:6)

2) A TRIBO de Dã e o seu território (Nu 1:39). 3 Uma cidade no extremo Norte da terra de Israel (Jz 20:1).

Jesus

interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
Ver também: Jesus.
Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.

Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)

Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

J [...] é o guia divino: busque-o!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

Jesus é a história viva do homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

Jesus é também o amor que espera sempre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] é a única porta de verdadeira libertação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o salário da elevação maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

[...] é a verdade sublime e reveladora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92


Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.


Mulher

[...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

[...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

[...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
Aquela que deixou de ser virgem.
Companheira do cônjuge; esposa.
Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
Aquela que deixou de ser virgem.
Companheira do cônjuge; esposa.
Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

Samaria

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Samaria [Torre de Guarda] -

1) Monte situado 12 km a nordeste de Siquém (Am 6:1)

2) Capital do reino do Norte, construída nesse monte por Onri (1Rs 16:24); (Jr 23:13); Ez 23; (Os 7:1-7); 8:5-6; (Am 4:1). Seu nome atual é Sebastieh.
3) Região central da Terra Santa, abrangendo as tribos de Efraim e Manassés do Oeste. Ao norte ficava a Galiléia; a leste, o Jordão; ao sul, a Judéia; e, a oeste, o Mediterrâneo (2Rs 17:24-26;)

Samaria Capital do Reino do Norte de Israel fundada pelo rei Amri em 880 a.C. Com o tempo, o nome estendeu-se à região dos arredores (Lc 17:11; Jo 4:4ss.).

Tirar

verbo transitivo direto e bitransitivo Extrair algo de algum lugar; extirpar: tirou as amígdalas; tirou as plantas do vaso.
Puxar com muita força: os bois tiram o arado; tirou a cobertura do telhado.
Diminuir do valor da conta corrente; ver o extrato bancário: tirar dinheiro do banco; tirar o extrato.
Retirar algo de alguém; privar, perder: os problemas tiravam-lhe o sossego.
Direcionar para outro caminho: tirar o carro da frente do caminhão.
Comer alguma coisa: tirar um pedaço da torta.
verbo transitivo direto Tirar a roupa, o sapato etc.; despir, descalçar: tirou a roupa e os sapatos.
Arrancar algo do lugar onde estava; sacar, arrancar: tirou a espada.
Alcançar como efeito; receber, colher: tirar os frutos do seu trabalho.
Deixar como estava antes: tirar as manchas do tecido.
Finalizar um curso: tirar o mestrado, o doutorado.
Passar a possuir algo que não lhe pertence; roubar: tirar doces de crianças.
Fazer a captação de fotos, imagens; fotografar: tirar fotos.
Realizar a cópia de algo ou reproduzir algo a partir do original: tirar cópias de documentos.
Fazer um convite de dança para alguém: tirar alguém para dançar.
Deixar de ter um costume, hábito ou vício: tirar o álcool da sua vida.
Estar sujeito a torturas, punições, castigos etc.: tirou a vida inteira pelo assassinato.
Passar para o papel; transcrever: tirar uma letra de música.
verbo bitransitivo Retirar, fazer sair de um lugar: tirou o objeto daquela mesa.
Ser capaz de usar, de usufruir de algo: tirar proveito de uma situação.
Fazer sair intensa e violentamente: o vento tirou as roupas do varal.
Privar de; espoliar, usurpar: tirou-lhe a casa e tudo que tinha.
Fazer desaparecer por completo; limpar, eliminar: tirar a sujeira do chão.
Medir alguma coisa: tirar a temperatura da água.
Entender por dedução, pelo raciocínio: tirar conclusões dos testemunhos.
verbo bitransitivo e pronominal Mandar para longe: tirar alguém de uma festa; o policial me tirou do casamento.
verbo transitivo indireto Assemelhar-se a; ter o mesmo aspecto, aparência: o sapato tira para o castanho.
Ter uma tendência para; ser direcionado para: minha filha tira para as artes.
verbo pronominal Sair-se de; livrar-se: tirou-se daquele lugar terrível.
Desviar-se do caminho: a bicicleta tirou-se da estrada.
Etimologia (origem da palavra tirar). Do latim tirare.

Veio

substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
Corrente de água que provém de rios; riacho.
Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

Veio
1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


2) Riacho (28:11, RA).


água

substantivo feminino Líquido incolor, sem cor, e inodoro, sem cheiro, composto de hidrogênio e oxigênio, H20.
Porção líquida que cobre 2/3 ou aproximadamente 70% da superfície do planeta Terra; conjunto dos mares, rios e lagos.
Por Extensão Quaisquer secreções de teor líquido que saem do corpo humano, como suor, lágrimas, urina.
Por Extensão O suco que se retira de certos frutos: água de coco.
Por Extensão Refeição muito líquida; sopa rala.
[Construção] Num telhado, a superfície plana e inclinada; telhado composto por um só plano; meia-água.
[Popular] Designação de chuva: amanhã vai cair água!
Botânica Líquido que escorre de certas plantas quando há queimadas ou poda.
Etimologia (origem da palavra água). Do latim aqua.ae.

Água Líquido essencial à vida, o qual, por sua escassez, é muito valorizado na Palestina, onde as secas são comuns. Para ter água, o povo dependia de rios, fontes, poços e cisternas (Is 35:6).

Água Ver Ablução, Batismo, Novo nascimento.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ἔρχομαι γυνή ἐκ Σαμάρεια ἀντλέω ὕδωρ λέγω αὐτός Ἰησοῦς δίδωμι μοί πίνω
João 4: 7 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Então veio uma mulher de Samaria para tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
João 4: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Maio de 28
G1135
gynḗ
γυνή
esposa
(wife)
Substantivo - feminino acusativo singular
G1325
dídōmi
δίδωμι
bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
(baths)
Substantivo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1537
ek
ἐκ
o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
(Gilgal)
Substantivo
G2064
érchomai
ἔρχομαι
vir
(are come)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
G2424
Iēsoûs
Ἰησοῦς
de Jesus
(of Jesus)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G4095
pínō
πίνω
beber
(you should drink)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 2ª pessoa do plural
G4540
Samáreia
Σαμάρεια
()
G501
antléō
ἀντλέω
um descendente de Judá, filho de Heles
(Eleasah)
Substantivo
G5204
hýdōr
ὕδωρ
água
(water)
Substantivo - Dativo neutro no Singular
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


γυνή


(G1135)
gynḗ (goo-nay')

1135 γυνη gune

provavelmente da raíz de 1096; TDNT - 1:776,134; n f

  1. mulher de qualquer idade, seja virgem, ou casada, ou viúva
  2. uma esposa
    1. de uma noiva

δίδωμι


(G1325)
dídōmi (did'-o-mee)

1325 διδωμι didomi

forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

  1. dar
  2. dar algo a alguém
    1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
      1. dar um presente
    2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
    3. suprir, fornecer as coisas necessárias
    4. dar, entregar
      1. estender, oferecer, apresentar
      2. de um escrito
      3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
        1. algo para ser administrado
        2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
    5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
    6. fornecer, doar
  3. dar
    1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
      1. dar, distribuir com abundância
    2. designar para um ofício
    3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
    4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
      1. como um objeto do seu cuidado salvador
      2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
      3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
      4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
  4. conceder ou permitir a alguém
    1. comissionar

Sinônimos ver verbete 5836


ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

ἐκ


(G1537)
ek (ek)

1537 εκ ek ou εξ ex

preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

  1. de dentro de, de, por, fora de

ἔρχομαι


(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)

2064 ερχομαι erchomai

voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

  1. vir
    1. de pessoas
      1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
      2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
  2. metáf.
    1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
    2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
  3. ir, seguir alguém

Sinônimos ver verbete 5818


Ἰησοῦς


(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')

2424 Ιησους Iesous

de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

Jesus = “Jeová é salvação”

Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


πίνω


(G4095)
pínō (pee'-no)

4095 πινω pino

forma prolongada de πιω pio; que (junto como outra forma ποω poo) ocorre apenas como um substituto em determinados tempos; TDNT - 6:135,840; v

beber

figurativamente, receber na alma o que serve para refrescar, fortalecer e nutrir para a vida eterna


Σαμάρεια


(G4540)
Samáreia (sam-ar'-i-ah)

4540 σαμαρεια Samareia

de origem hebraica 8111 שמרון; TDNT - 7:88,999; n pr loc

Samaria = “proteção”

  1. território da Palestina, que tinha Samaria com sua capital

ἀντλέω


(G501)
antléō (ant-leh-o)

501 αντλεω antleo

de antlos (porão de um navio); v

  1. lançar fora água que acumula no fundo de um navio, jogar para fora ou bombear
  2. tirar água

ὕδωρ


(G5204)
hýdōr (hoo'-dore)

5204 υδωρ hudor caso genitivo υδατος hudatos etc.

da raiz de 5205; TDNT - 8:314,1203; n n

  1. água
    1. de água dos rios, das fontes, das piscinas
    2. da água do dilúvio
    3. da água em algum repositório da terra
    4. da água como elemento primário, da qual e por meio da qual o mundo existente antes do dilúvio formou-se e foi compactado
    5. das ondas do mar
    6. fig. usado de muitas pessoas

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo