Enciclopédia de Atos 11:18-18

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 11: 18

Versão Versículo
ARA E, ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida.
ARC E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida.
TB Eles, depois de ouvir essas palavras, se apaziguaram e glorificaram a Deus, dizendo: Assim, pois, Deus também aos gentios deu o arrependimento para a vida.
BGB ἀκούσαντες δὲ ταῦτα ἡσύχασαν καὶ ⸀ἐδόξασαν τὸν θεὸν λέγοντες· ⸀Ἄρα καὶ τοῖς ἔθνεσιν ὁ θεὸς τὴν μετάνοιαν ⸂εἰς ζωὴν ἔδωκεν⸃.
HD Ao ouvirem essas {coisas}, ficaram em silêncio e glorificaram a Deus, dizendo: Então também aos gentios foi concedido o arrependimento para a vida.
BKJ E, eles ouvindo estas coisas, se calaram, e glorificaram a Deus, dizendo: Então, Deus também concedeu aos gentios o arrependimento para a vida.
LTT E, havendo eles ① ouvido estas coisas, se aquietaram- silenciaram e glorificavam a Deus, dizendo: "Portanto, também aos gentios Deus concedeu o arrependimento para- dentro- da vida!"
BJ2 Ouvindo isto, tranqüilizaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: "Logo, também aos gentios Deus concedeu o arrependimento que conduz à vida!"
VULG His auditis, tacuerunt : et glorificaverunt Deum, dicentes : Ergo et gentibus pœnitentiam dedit Deus ad vitam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 11:18

Levítico 10:19 Então, disse Arão a Moisés: Eis que hoje meus filhos ofereceram a sua oferta pela expiação de pecado e o seu holocausto perante o Senhor, e tais coisas me sucederam; se eu hoje tivesse comido a oferta pela expiação do pecado, seria, pois, aceito aos olhos do Senhor?
Josué 22:30 Ouvindo, pois, Fineias, o sacerdote, e os príncipes da congregação, e os cabeças dos milhares de Israel que com ele estavam as palavras que disseram os filhos de Rúben, e os filhos de Gade, e os filhos de Manassés, pareceu bem aos seus olhos.
Isaías 60:21 E todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado.
Isaías 61:3 a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.
Jeremias 31:18 Bem ouvi eu que Efraim se queixava, dizendo: Castigaste-me, e fui castigado como novilho ainda não domado; converte-me, e converter-me-ei, porque tu és o Senhor, meu Deus.
Ezequiel 36:26 E vos darei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de pedra da vossa carne e vos darei um coração de carne.
Zacarias 12:10 E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito.
Atos 3:19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor.
Atos 3:26 Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro o enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, e vos desviasse, a cada um, das vossas maldades.
Atos 5:31 Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados.
Atos 11:1 E ouviram os apóstolos e os irmãos que estavam na Judeia que também os gentios tinham recebido a palavra de Deus.
Atos 13:47 Porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te pus para luz dos gentios, para que sejas de salvação até aos confins da terra.
Atos 14:27 E, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles e como abrira aos gentios a porta da fé.
Atos 15:3 E eles, sendo acompanhados pela igreja, passaram pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios, e davam grande alegria a todos os irmãos.
Atos 20:21 testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo.
Atos 21:20 E, ouvindo-o eles, glorificaram ao Senhor e disseram-lhe: Bem vês, irmão, quantos milhares de judeus há que creem, e todos são zelosos da lei.
Atos 22:21 E disse-me: Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe.
Atos 26:17 livrando-te deste povo e dos gentios, a quem agora te envio,
Romanos 3:29 É, porventura, Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente.
Romanos 9:30 Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé.
Romanos 10:12 Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
Romanos 15:9 e para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia, como está escrito: Portanto, eu te louvarei entre os gentios e cantarei ao teu nome.
II Coríntios 3:18 Mas todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.
II Coríntios 7:10 Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.
Gálatas 1:24 E glorificavam a Deus a respeito de mim.
Gálatas 3:26 Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus;
Efésios 2:11 Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro tempo, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que, na carne, se chamam circuncisão feita pela mão dos homens;
Efésios 3:5 o qual, noutros séculos, não foi manifestado aos filhos dos homens, como, agora, tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas,
II Timóteo 2:25 instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade
Tiago 1:16 Não erreis, meus amados irmãos.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 11 : 18
arrependimento
μετάνοια - (metanoia) Lit. “mudança de mente, de opinião, de sentimentos, de vida”.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

os crentes provenientes- de- dentro- da circuncisão e que estavam em Jerusalém, v. At 11:2.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Cairbar Schutel

at 11:18
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 79
Página: -
Cairbar Schutel

“Uma mulher que havia doze anos padecia de uma hemorragia e que tinha sofrido bastante às mãos de muitos médicos e gastado tudo o que possuía, sem nada aproveitar, antes ficando cada vez pior, tendo ouvido falar a respeito de Jesus veio por detrás entre a multidão e tocou-lhe a capa; porque dizia: se eu tocar somente as suas vestes, ficarei curada. E no mesmo instante cessou sua hemorragia, e sentiu no seu corpo que estava curada do seu flagelo. “E Jesus disse-lhe: Filha, a tua fé te curou; vai-te em paz e fica livre de teu mal. "


(Marcos, V. 25-34.)


Sabedoria e santidade são os dois atributos para a aquisição da felicidade.


A Luz dá sabedoria, a Religião dá santidade, mas só, o Amor resume toda a Lei e a Profecia.


A Esperança consola é anima; a Caridade robustece e ampara; a Fé salva; o Amor anima todas estas virtudes; o Amor é a Lei.


Os homens titubeiam; a Humanidade degrada; tudo parece perdido como a nau batida pela tempestade! Eis que aparece o Amor e faz ouvir sua voz convincente: tudo se acalma!


A bonança sucede à impetuosidade dos ventos e à fúria dos mares! a luz sucede às trevas como o dia sucede à noite!


Não há o que melhor manifeste a Lei de Deus do que o Amor. Seu nome, escrito unicamente com quatro letras, indica os quatro pontos cardeais da felicidade espiritual; suas letras são luzes; sua luz brilha mais e aquece melhor que o Sol!


A Esperança está ligada à Imortalidade; mas a Fé é inseparável do Amor.


A mulher enferma, cheia de fé, aproxima-se do Senhor, toca-lhe as vestes. “Assim fazendo, pensou, ficarei curada do mal que há muitos anos me aflige". E o milagre efetuou-se!


Assim também sucederá a todos aqueles que tiverem fé e de Jesus se aproximarem: “0 que me seguir não verá trevas. " Todos os que tiverem Fé, e com Fé buscarem vencer as dificuldades, triunfarão porque o Amor coopera com a Fé para abater barreiras, destruir domínios, aniquilar empecilhos e suprimir dificuldades. “Se tiveres fé, disse Jesus, dirás a este monte: passa-te para lá e ele passará. " “Se tiveres fé, dirás a esta figueira: transplanta-te para além, e assim acontecerá. " A missão exclusiva de Jesus foi reviver os corações na Fé, para que as almas cheguem às alturas do amor de Deus.


Em todas as suas excursões, o Mestre semeava Fé, para que as gentes, com o seu produto, granjeassem os tesouros do Amor.


É assim que, cultivando seus ensinos, nós alçaremos os mundos de luz que se movimentam no Éter acionados pela vontade de Deus.


A Luz dá Sabedoria e salva; Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida; o Amor é a Lei.



Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 11 do versículo 1 até o 30
4. Justificativa (Atos 11:1-18)

Atos 10 apresenta a história da visita de Pedro à casa de Cornélio e o derrama-mento do Espírito de Deus sobre o grupo ali reunido. O capítulo 11 apresenta a justificati-va de Pedro para a sua entrada na casa de um gentio, e a sua associação com os "pagãos".

  • Pedro É Criticado (11:1-3). Os rumores do que havia acontecido em Cesaréia che-garam até os apóstolos e os irmãos que estavam na Judéia (1). Eles ouviram as espantosas notícias de que também os gentios tinham recebido a Palavra de Deus.
  • Quando Pedro regressou a Jerusalém, os que eram da circuncisão (2) — os judeus cristãos que enfatizavam a constante observação à Lei — disputavam com ele. A sua queixa era: Entraste em casa de varões incircuncisos e comeste com eles (3). Para os judeus conservadores, os homens incircuncisos eram impuros, e o contato com eles po-deria corromper uma pessoa. Mas a transgressão mais grave que Pedro havia cometido foi comer com eles. Isto era uma coisa que nenhum filho sério de Abraão poderia fazer.

  • A Explicação de Pedro (Atos 11:4-18). Se um homem sabe que tem razão, a sua melhor defesa é uma explicação direta do que fez, e do porquê. Este foi o método seguido por Pedro. Ele começou a fazer-lhes uma exposição por ordem (4). Ele contou toda a história aos seus críticos. O fato de que aquilo que tinha acontecido é repetido aqui mos-tra a grande importância ligada a este evento significativo. Iniciara-se uma nova época — a da evangelização dos gentios.
  • A narrativa dos versículos 5:10 é quase idêntica à de 10.9b-16, exceto pelo fato de que o relato de Pedro, aqui, narrado na primeira pessoa, é bem mais vívido. Por exemplo, ele diz sobre o vaso: descia do céu e vinha até junto de mim (5). Este é o tipo de toque adicional que poderíamos esperar que ele nos desse.

    Pedro contou o fato de que havia três varões (11) de Cesaréia que vieram à casa onde estava (cf; Atos 10:7-17), e como o Espírito lhe disse que fosse com eles, nada duvidan-do (12). Foi o Espírito Santo que lhe disse que fosse com aqueles homens até à casa de Cornélio, de modo que ele não teve escolha. Se o povo quisesse criticá-lo por ter ido, teria que discutir com o Espírito sobre o assunto.

    Nada duvidando é a mesma coisa que "não duvidando" (10.20), mas o texto grego aqui apresenta a forma ativa do verbo; em Atos 10:20, é a meia-passiva. A diferença foi bem explicada pela adoção de "sem hesitação" em 10.20 e "sem fazer diferença" aqui (RSV). Como uma razão para esta modificação, Lumby sugere: "A visão não tinha lhe dado nenhuma idéia de que haveria uma viagem; agora [10.20] Pedro é informado dela, e assim também, quando chega ao final da viagem, o 'não hesitar' significa 'não fazer dis-tinção entre os judeus e os outros homens'. Desse modo, a visão tornou-se compreensível, pouco a pouco, e a perplexidade foi removida"."

    Não somente o Espírito lhe ordenou que fosse, mas também seis irmãos foram com ele (12). Em 10.23, não sabemos quantos, mas somente que "alguns irmãos" acom-panharam Pedro. Pedro teria pensado que os judeus cristãos tradicionais de Jerusa-lém poderiam criticá-lo? Se isto aconteceu, ele teve muitas testemunhas para corrobo-rar a história que estava contando. Talvez os seis homens tenham acrescentado o seu entusiasmado testemunho a respeito do maravilhoso derramamento do Espírito na casa de Cornélio.

    Pedro fez um adendo significativo ao relato de Cornélio a respeito da sua visão (cf. Atos 10:32). Ele mencionou que o centurião havia dito que o anjo lhe ordenara que mandas-se buscar a Pedro, o qual te dirá palavras com que te salves, tu e toda a tua casa (14). Adam Clarke interpreta isto como querendo dizer: "Ele anunciará a você toda a doutrina da salvação".' O fato de que Pedro interpretou a sua missão como sendo a de dizer a Cornélio como ser salvo está evidente pelo seu discurso na casa do centurião (Atos 10:34-43). Ele apresentou os fundamentos elementares da experiência cristã pregan-do a crucificação, a ressurreição e o julgamento. As suas palavras finais foram: "A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome" (10.43). O que Pedro estava pregando era o perdão através da fé em Jesus Cristo. Obviamente, ele entendia que era disto que Cornélio e seus amigos precisavam.

    Como podemos explicar, então, a afirmação: E, quando comecei a falar, caiu so-bre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio (15) ? Isto é, as pessoas na casa de Cornélio tiveram a mesma experiência que os 120 discípulos no Dia de Pentecostes. Este pode ter sido o primeiro sermão de salvação que abriu os corações para o dom do Espírito Santo, mas certamente não foi o último. Talvez a explicação que está mais de acordo com as Escrituras seja: enquanto Pedro estava apenas começando o seu sermão (quando comecei a falar) os seus ouvintes creram, nos seus corações, em Jesus Cristo, e sentiram a conversão evangélica — como aconteceu com John Wesley quando estava em uma reunião em Aldersgate Street, na noite de 24 de maio de 1738. Então, como seus corações estavam completamente abertos para toda a vontade de Deus, aqueles ouvintes que tinham caminhado devotamente à luz do judaísmo (10,2) e agora aceitavam a Cristo foram subitamente cheios do Espírito Santo. Esta reconstrução do que aconteceu não ignora nem suprime quaisquer afirmações do relato bíblico.

    Pedro prosseguiu contando aos seus críticos em Jerusalém: E lembrei-me do dito do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo (16). Esta é uma citação de 1.5. Nos Evangelhos, é João Batista que é mencionado como tendo dito estas palavras, mas o livro de Atos indica que Jesus as repetiu.

    Pedro concluiu a sua defesa fazendo uma pergunta que definitivamente silenciou os seus críticos. Ele disse: Portanto, se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quan-do cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era, então, eu, para que pudesse resis-tir a Deus? (17) Para isto, não havia uma resposta possível. Quando os judeus cristãos ouviram a conclusão de Pedro, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Na ver-dade, até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida (18). Para eles, este era um fato surpreendente, que eles foram obrigados a aceitar. Algumas das implicações da salvação dos gentios seriam discutidas mais tarde, no Concílio de Jerusalém (cap. 15), mas uma vitória importante foi conseguida aqui.

    5. Viagens de Evangelização (Atos 11:19-30)

    Esta seção fala de dois movimentos da Igreja Primitiva ao longo do mar Mediterrâ-neo. O primeiro foi rumo ao norte, a partir de Jerusalém para Antioquia, na Síria. O Evangelho foi pregado livremente naquela cidade distante. O segundo foi rumo ao sul, de Antioquia a Jerusalém (ver o mapa 3). O primeiro levou as bênçãos espirituais da salvação àqueles que estavam no Norte. O segundo trouxe bênçãos materiais dos novos convertidos para os irmãos necessitados em Jerusalém. Como se faz menção de Chipre (uma ilha), é bem provável que eles tenham viajado por barco.

    a. Rumo ao Norte (Atos 11:19-26). As palavras iniciais deste parágrafo — E os que fo-ram dispersos (19) — são exatamente as mesmas em grego, na frase inicial de 8.4. Outro ramo da diáspora cristã aqui é tomado e contado. Esta dispersão teve início com a perseguição que sucedeu por causa de Estêvão (cf. Atos 8:1).

    Os cristãos dispersos viajaram para o norte até a Fenícia (as cidades de Tiro e Sidom), o Líbano moderno, na costa norte da Palestina), Chipre — a maior ilha da extremidade leste do mar Mediterrâneo — e Antioquia. Esta cidade, fun-dada em 300 a.C., tinha se tornado a terceira maior cidade do Império Romano, supera-da apenas por Roma e Alexandria." Diz-se que as suas muralhas encerravam uma área maior do que as de Roma. A oito quilômetros da cidade, ficava o bosque de Dafne, um importante centro de adoração a Apolo e Ártemis lou Artemisal. Como um resultado par-cial disto, Antioquia era famosa pela sua imoralidade. Ainda assim, muitos judeus e prosélitos ali viviam.' Eles foram evangelizados em primeiro lugar, pois foi dito que os primeiros missionários não estavam anunciando a ninguém a Palavra senão somente aos judeus. Isto provavelmente aconteceu antes da experiência de Pedro em Cesaréia.

    Felizmente, havia alguns homens de Chipre e Cirene (Norte da África) que eram um pouco mais esclarecidos. Quando eles chegaram a Antioquia, pregaram o Senhor Jesus aos gregos (20). Embora os antigos manuscritos gregos façam uma diferença entre Hellenas ("gregos") e Hellenistas (helênicos"), o contexto deixa claro que esta nova pregação se dirigia aos gentios. Os evangelizadores — anunciando é a palavra euangelizomenoi — estavam proclamando as Boas Novas sobre o Senhor Jesus, ou proclamando que Jesus é o Senhor.

    Como estavam obedecendo às ordens de Cristo (Mt 28:19), eles viram o cumprimen-to da sua promessa (Atos 1:8) — a mão do Senhor era com eles (21), i.e., o seu poder se manifestava no seu ministério. O resultado foi que grande número creu e se converteu ao Senhor. Antioquia em pouco tempo tornou-se o principal centro do cristianismo.

    A fama do que estava acontecendo em Antioquia chegou aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém (22). Preocupados quanto a esta evangelização dos gentios estar de acordo com a ordem divina, os líderes enviaram Barnabé até Antioquia. Isto pode implicar que ele verificaria o trabalho na Fenícia (19) no seu caminho para o Norte.

    A igreja de Jerusalém não poderia ter escolhido alguém melhor do que Barnabé para esta missão. Ele era um verdadeiro "filho da consolação" (Atos 4:36), onde quer que fosse. Um cristão judeu legalista e preconceituoso certamente teria impedido o maravi-lhoso movimento do Espírito de Deus em Antioquia. Mas Barnabé o encorajou: o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor (23). O generoso Barnabé estava tão integralmente consagrado ao seu Senhor que se alegrava por ver qualquer pessoa -até mesmo um gentio — aceitando a Cristo. Ao invés de criticar o novo movimento, ele lhe deu a sua aprovação e a sua bênção. Ele se alegrou por ver a graça de Deus em operação nesta cidade tão necessitada. O próprio Barnabé era um judeu natural de Chipre (Atos 4:36), o que fazia com que ele se harmonizasse perfeitamente com os evangelizadores de Chipre e Cirene. Ele exortou os novos convertidos, cumprindo assim o significado do seu nome: "filho da exortação" (ver os comentários sobre Atos 4:36).

    A descrição de Barnabé é quase tão nobre quanto poderia ser a de qualquer homem: Porque era homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé (24). As três coisas aqui afirmadas a respeito de Barnabé formaram os pontos principais de muitos sermões fúnebres. O pastor consagrado sempre fica feliz quando pode dizer essas coisas sobre um membro falecido de sua igreja. O resultado do caráter e do ministério deste bom homem de Deus cheio do Espírito Santo e inspirado pela fé foi que muita gente se uniu ao Senhor. Mas Barnabé precisava de ajuda. A tarefa em Antioquia era excessivamente gran-de para ele. Esta metrópole cosmopolita de língua grega exigia os serviços tanto de um gigante intelectual quanto de um exortador cheio do Espírito. Assim, Barnabé foi até Tarso, cerca de 200 quilômetros a noroeste de Antioquia para buscar Saulo (25). Feliz é o homem que percebe as suas limitações, e que está disposto a trazer um ajudante à altura da situação. O desprendido Barnabé desejava somente o que era melhor para o Reino. Assim, ele foi buscar Saulo, o brilhante e altamente educado jovem rabino judeu que havia se convertido alguns anos antes. Saulo teve um bom início no seu ministério, e depois tinha sido enviado para casa pela igreja de Jerusalém (9.30), quando passou a correr um risco de vida.

    Achando-o, o conduziu para Antioquia (25). As palavras "buscar" e achando sugerem que Barnabé teve de procurar por algum tempo antes de encontrar Saulo. É provável que Saulo estivesse ocupado evangelizando a sua província da Síria e Cilicia, como ele mesmo indica (Gl 1:21). Durante todo um ano, Barnabé e Saulo se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. Deve ter sido um ano de ministério muito frutífe-ro para ambos — o generoso Barnabé exortando e encorajando o povo, e o perspicaz Saulo expondo as Escrituras e exaltando a Cristo. Eles formavam uma equipe maravilhosa.

    Uma afirmação muito interessante aparece no final deste versículo: Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. Até agora, eles tinham sido designados como "fiéis", "irmãos", "santos", "do Caminho", e, como aqui, "discípu-los". Mas como os judeus usavam normalmente as designações "irmãos" e "discípulos", era necessário atribuir um nome mais peculiar que inquestionavelmente indicasse os discípulos de Cristo.

    A palavra "cristão" aparece somente duas outras vezes no Novo Testamento. Agripa disse a Paulo: "Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão" (26.28). E Pedro escreveu: "se padece como cristão [sendo perseguido pelo mundo por ter esse nome], não se envergonhe" (1 Pe 4.16). A história da atribuição do nome, tomada em conjunto com este fato, sugere que cristãos não foi uma designação escolhida por eles mesmos, mas que lhes foi atribuída por aqueles que estavam fora da igreja. Além disso, é muito improvável que os judeus chamassem os crentes por este nome. Gloag observa: "Não se deve supor que eles dariam esse nome sagrado Christos àqueles que eles consideravam hereges e apóstatas".' Os judeus os chamavam de "nazarenos" (Atos 24:5), uma expressão de desprezo.

    Parece claro que a designação cristãos foi dada aos discípulos pelos gentios de Antioquia, como Meyer afirma." Sempre se supôs que este termo era usado como uma zombaria. Mas Meyer insiste: "Não há nada que apóie a opinião de que a palavra foi, a princípio, um título riclículo".81Ao contrário, como os gregos e os romanos normalmente designavam partidos políticos pelos nomes dos fundadores, assim também eles se referiam a este grupo como cristãos. Lake e Cadbury observam acertadamente que a palavra "implica que Christos já tinha sido adotado pela população gentia como um nome próprio — um hábito ao qual os cristãos surpreendentemente logo se submeteram, como é de-monstrado pelo uso da palavra por Paulo"." Originalmente, "Cristo" — lit., "o Cristo" -significava "o Messias". Foi um título adicionado ao nome Jesus, "Jesus, o Cristo", quan-do pregava aos judeus. Mas os gentios naturalmente o adotaram como um nome próprio.

    O fato de que o povo de Antioquia julgou necessário dar um nome ao novo movimen-to na cidade mostra como este movimento tinha crescido. Ele precisava ser reconhecido e designado. Gloag escreve: "Enquanto o cristianismo estava confinado aos judeus e aos prosélitos, os cristãos não eram distinguidos deles, e eram considerados pelos gentios como uma seita judaica; mas agora o fato de que inúmeros gentios eram recebidos sem circuncisão dentro da igreja era uma prova de que o cristianismo era diferente do judaís-mo, e assim os discípulos não mais seriam encarados como os saduceus, fariseus, essênios e outras seitas judaicas"."

    A história da evangelização de Antioquia ilustra "Quando o Evangelho tem sucesso": 1. Quando é pregado a gente nova (19) ; 2. Quando é pregado a todas as classes e raças (20-21) ; 3. Quando é pregado por homens cheios do Espírito (22-26).

    b. Rumo ao Sul (Atos 11:27-30). Sem dúvida, as notícias do que estava acontecendo em Antioquia continuavam a se espalhar (cf. 22). Como resultado, vieram profetas de Jerusalém para Antioquia (27). Entre eles, estava Ágabo (28), que é mencionado novamente em Atos 21:10. No Novo Testamento, o termo profetas pode significar basica-mente "pregadores". Mas de vez em quando, algum deles fazia alguma predição. As-sim, Ágabo dava a entender, pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, o que aconteceu no tempo de Cláudio César, que reinou entre 41 e 54 d.C. Lake e Cadbury observam: "A evidência de Suetônio (Claudius xix.) e Tácito (Ann. xii.
    43) mostra que a escassez difundida foi uma característica do reinado de Cláudio".' Josefo nos fala de uma fome na Palestina entre 44 a 48 d.C.," a qual provavelmente é a mes-ma mencionada aqui.

    Os discípulos (29) em Antioquia determinaram mandar — lit., "conseguiram enviar para um ministério" (diakonia) — cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. Assim, eles recompensaram com bens materi-ais muito necessários os seus irmãos judeus que lhes tinham enviado as bênçãos espiri-tuais do Evangelho.

    O alívio foi enviado por mão de Barnabé e de Saulo (30). Esta foi uma sábia atitude que uniu mais intimamente a igreja gentílica em Antioquia à igreja judaica em Jerusalém.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Atos Capítulo 11 do versículo 1 até o 30
    *

    11.2 os que eram da circuncisão. Outros crentes judeus criticavam Pedro por aceitar os gentios.

    * 11.3 comeste com eles. Comer com não-judeus era uma clara violação da lei cerimonial, porque os gentios não seguiam as leis dietéticas do Antigo Testamento (Lv 11), nem as purificações cerimoniais (Mc 7:5).

    * 11.14 serás salvo, tu e toda a tua casa. A graça salvadora de Deus frequentemente se estende a toda a família, como aparece consistentemente no Antigo Testamento (p.ex., Abraão, Isaque, Jacó e suas famílias) e no Novo (2.38,39; 16.31; Lc 19:9).

    * 11.17 eu para que pudesse resistir a Deus? Era a vontade de Deus salvar tanto judeus quanto gentios; sem dúvida alguns daqueles presentes foram lembrados da promessa de Deus a Abraão: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12:3; Gl 3:8).

    *

    11.18 arrependimento para vida. O arrependimento bíblico significa tristeza pelo pecado e uma mudança do coração que se volta do pecado em direção a Deus (20.21). Os frutos do arrependimento são as boas obras para as quais Deus nos chama (26.20; Lc 3:8; Ef 2:10).

    * 11.21 A mão do Senhor. Os homens pregavam, mas as pessoas eram salvas à medida que Deus as chamava para crerem nele (1Co 3:6).

    * 11.26 chamados cristãos. A palavra “cristão” ocorre três vezes no Novo Testamento: aqui, em 26.28 e em 1Pe 4:16. Significa uma pessoa que pertence a Cristo ou é seguidor dele. O termo pode ter se originado na igreja, ou pode a princípio ter sido um termo depreciatório, usado pelos de fora.

    *

    11.28 todo o mundo. O mundo inteiro, não somente o local.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 11 do versículo 1 até o 30
    11:1 Gentil era todo aquele que não fora judeu. A maioria dos judeus crentes pensavam que Deus oferecia salvação só aos judeus porque O lhes deu sua Lei (Exodo 19-20). Um grupo em Jerusalém acreditava que os gentis poderiam salvar-se, mas solo se seguiam todas as leis e tradições judias, em essência, se se convertiam ao judaísmo. Ambos os grupos estavam equivocados. Deus escolheu aos judeus e lhes ensinou suas leis de maneira que levassem a mensagem de salvação a toda a terra (vejam-se Gn 12:3; Sl 22:27; Is 42:4; Is 49:6; Is 56:3-7; Is 60:1-3; Jr 16:19-21; Zc 2:11; Ml 1:11; Rm 15:9-12).

    11.2-18 Quando Pedro trouxe a notícia da conversão do Cornelio a Jerusalém, os crentes se surpreenderam de que tivesse comido com gentis. Logo depois de ouvir toda a história, entretanto, começaram a elogiar a Deus (11.18). Sua reação nos ensina como tratar desacordos com outros crentes. antes de julgar a conduta de outros crentes, é importante saber escutá-los. O Espírito Santo pode nos ensinar algo importante através deles.

    11:8 Deus prometeu mediante as Escrituras que O alcançaria aos gentis. Isto começou com sua promessa geral ao Abraão (Gn 12:3; Gn 18:18) e deveu ser muito específica na declaração do Malaquías: "Porque de onde o sol nasce até onde fica, é grande meu nome entre as nações" (Ml 1:11). Mas esta foi uma verdade extremamente difícil de aceitar para os judeus e inclusive para os crentes judeus. Estes entenderam como certas profecias se cumpriam em Cristo, mas passaram por cima outros ensinos do Antigo Testamento. Freqüentemente tendemos a aceitar sozinho parte da Palavra de Deus, as que nos interessam, evitando os ensinos que não nos agradam. Devemos aceitar toda a Palavra de Deus como verdade absoluta.

    11.12ss A defesa do Pedro por comer com gentis foi uma declaração simples do acontecido. Levou consigo seis testemunhas para lhe respaldar, logo se referiu à promessa do Jesus a respeito da vinda do Espírito Santo (11.16). Vista-las dos gentis trocaram e era toda a evidência que Pedro e os outros necessitavam. Também hoje, vista-las trocados são sinais poderosos.

    Paulo E BERNABE NO ANTIOQUIA: A perseguição pulveriza aos crentes para Fenícia, Chipre e Antioquía, e o Evangelho foi com eles. A maioria falou sozinho a judeus, mas na Antioquía, alguns gentis se converteram. A igreja enviou ao Bernabé para que investigasse e este se sentiu satisfeito com o que achou. Bernabé foi ao Tarso para levar ao Paulo a Antioquía.

    11:16 Jesus demonstrou também com claridade que A e sua mensagem eram para toda a gente. Pregou na Samaria (Jo 4:1-42); na região dos gadarenos, povoada por gregos (Mc 5:1-20); e além disso alcançou aos romanos (Lc 7:1-10). Os apóstolos não deveriam haver-se surpreso de que a eles lhes chamou para fazer o mesmo.

    11:18 As questões intelectuais terminaram e a discussão teológica finalizou com o relatório que Deus derramou seu Espírito Santo entre os gentis. Este era um ponto decisivo para a igreja primitiva. Tinham que aceitar aos que Deus escolheu, embora fossem gentis. Mas a alegria pela conversão dos gentis não era unânime. Isto continuou sendo um problema para alguns cristãos judeus do primeiro século.

    11.19-21 Quando a igreja aceitou o testemunho do Pedro de que o evangelho era também para os gentis, o cristianismo correu em áreas gentis e um grande número se converteu. As sementes desta obra missionária se fez visível depois da morte do Esteban quando perseguiram e dispersaram a muitos judeus crentes, os quais uma vez estabelecidos difundiram o evangelho.

    11:20, 21 Foi na Antioquía onde os cristãos começaram sua missão mundial e onde os crentes agressivamente pregaram aos gentis (aos que não eram judeus que não adoravam a Deus). Felipe pregou na Samaria, mas os samaritanos eram em parte judeus (8.5); Pedro pregou ao Cornelio, mas ele já rendia culto a Deus (10.2). Os crentes pulverizados ao início da perseguição em Jerusalém, difundiam o evangelho entre os judeus nos lugares aos que chegavam (11.19). Agora os crentes começavam a anunciar ativamente as boas novas com os gentis.

    11:22 À exceção de Jerusalém, Antioquía jogou um papel muito importante na igreja primitiva, mais que qualquer outra cidade. depois de Roma e Alejandría, Antioquía foi a cidade maior no mundo romano. Na Antioquía se fundou a primeira igreja gentil e foi ali onde aos crentes lhes chamou cristãos pela primeira vez (11.26). Paulo usou a cidade como ponto de partida para suas viagens missionárias. Antioquía era o centro de adoração para vários cultos pagãos que promoviam a imoralidade sexual e outras formas de maldade comuns a religiões pagãs. Também foi um centro comercial vital, a porta ao mundo oriental. Antioquía foi uma cidade chave para Roma e a igreja primitiva.

    11.22-26 Bernabé nos dá um exemplo maravilhoso de como ajudar aos novos cristãos. Demonstrou uma fé sólida; ministró com alegria, bondade e estímulo; e lhes ensinou lições a respeito de Deus. Tome em conta ao Bernabé quando vir novos crentes e pense em como lhes ajudar a crescer em sua fé.

    11:25 Ao Paulo o enviaram a seu lar no Tarso para protegê-lo do perigo depois de que sua conversão causou um alvoroço entre líderes judeus em Jerusalém (9.30). Ali permaneceu alguns anos antes de que Bernabé o fora a procurar para ajudar à igreja na Antioquía.

    11:26 A jovem igreja da Antioquía foi uma mescla curiosa de judeus (que falavam grego ou aramaico) e gentis. É significativo que aqui lhes chamou pela primeira vez cristãos aos crentes, porque tudo o que tinham em comum era Cristo. Nem a raça, cultura nem sequer o idioma. Cristo pode transpassar todos os limites e unificar às pessoas.

    11:26 Bernabé e Paulo permaneceram na Antioquía durante todo um ano ensinando aos novos crentes. Puderam ter ido a outras cidades novas, mas viram a necessidade de preparar e conservar os resultados. ajudou a alguém para que possa acreditar em Deus? Use tempo no ensino e a motivação que necessita essa pessoa. É você um novo crente? Recorde, logo que começa em sua vida cristã. Sua fé precisa crescer e maturar através do estudo e aprendizagem constante da Bíblia.

    11.27, 28 Não só houve profetas no Antigo Testamento, mas também na igreja primitiva. Seu papel foi apresentar a vontade de Deus às pessoas e as instruir na Palavra de Deus. Alguns, como o caso do Agabo, tinham o dom de predizer o futuro.

    11:28, 29 Houve uma séria fome durante o reinado do imperador romano Claudio (41-54 D.C.) devido a uma seca que se estendeu em grande parte do Império Romano durante vários anos. É interessante notar que a igreja da Antioquía ajudou à igreja de Jerusalém. A igreja filha cresceu o suficiente para ajudar à igreja estabelecida.

    11:29 A gente da Antioquía se sentiu motivada a dar com generosidade porque se encarregaram das necessidades de outros. Isto é o que a Bíblia menciona como "doador alegre" (2Co 9:7). Desinteresse em dar reflete a falta de preocupação pelas necessidades de outros. Concentre seu interesse nos necessitados e se verá motivado a dar.

    11:30 Os anciões se escolhiam para dirigir os assuntos da congregação. Neste aspecto, não se sabe muito a respeito de suas responsabilidades, mas ao parecer seu papel principal era satisfazer as necessidades dos crentes.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Atos Capítulo 11 do versículo 1 até o 30
    E. A DEFESA DE PEDRO (11: 1-18)

    A notícia do sucesso da missão de Pedro para os gentios em Cesaréia espalhou-se rapidamente por toda a Judéia, como os apóstolos e discípulos ouviram das poderosas obras de Deus na casa de Cornélio e passou essa boa notícia, juntamente com os seus companheiros. Além de seu poder transformador moral e espiritual nas vidas, lares e comunidades de pessoas, despertar espiritual sempre tem uma influência de restrição contra maldade entre as pessoas não-cristãs. No entanto, eles não são menos susceptíveis de suscitar oposição de fontes antipáticos. Tal foi o caso com o despertar Gentile em Cesaréia.

    1. A ocasião da Defesa (11: 1-4)

    1 Ora, os apóstolos e os irmãos que estavam na Judéia que também os gentios tinham recebido a palavra de Dt 2:1) (v., que logo acusou de associação ilícita com gentios 3 ). Estes legalistas judaico-cristãs não atacou o batismo de gentios, talvez por causa do mandamento do Senhor e visitação evidente de Deus destes gentios, mas eles fizeram um problema agudo de violação da lei cerimonial judaica e costume de Pedro: Entraste em casa de homens não circuncidados e comeste com eles (v. At 11:3 ). O legalismo sempre coloca externalidades acima espiritualidade e procura sufocar o último por aplicação da primeira. Paulo declarou: "a letra mata, mas o espírito vivifica" (2Co 3:6 ). O legalismo, invariavelmente, tende para "classismo" na igreja, a atitude "mais santo do que tu".

    2. A explicação de Pedro (11: 5-10)

    5 Eu estava na cidade de Jope orando; e em êxtase tive uma visão, descia um vaso, como se fosse um grande lençol descendo do céu pelas quatro pontas; e ele veio até a mim: 6 . em que quando eu tinha amarrado os meus olhos, considerei, e vi os quadrúpedes da terra, e as feras e os répteis e as aves do céu 7 Ouvi também uma voz que me dizia: Levanta-te, Pedro; matar e comer. 8 Mas eu disse: Não, Senhor. para nada comum ou imunda nunca em minha boca entrou 9 Mas a voz respondeu a segunda vez desde o céu, que Deus purificou, não fazer tu Ct 1:10 E isso foi feito por três vezes; e tudo tornou a recolher-se ao céu.

    Não que Deus purificou, faça tu comum (v. At 11:9 ). Originou-se em resposta à oração a Deus em Jope, foi revelado ao Apóstolo, em uma visão de Deus, em que Deus claramente (por uma revelação três vezes repetida) mostrou-lhe que os gentios não estavam a ser considerado impuro pelos judeus. A autenticidade da-folha visão é acentuado, Pedro indica, pelo fato de que não foi apenas três vezes reduzido mas finalmente recolhido ao céu de onde ela tinha sido desilusão. Pedro dá a entender que ele tinha sido tão relutante em quebrar regras cerimoniais e comer carne considerada impura pelos judeus, como os cristãos judeus estavam a ver que a lei cerimonial tinha sido cumprida e revogada por Cristo, e, portanto, que os gentios deviam ser admitidos a comunhão do corpo de Cristo, sem imposição da lei judaica. Em suma, era obra de Deus, e que eram os cristãos judeus de objeto?

    3. A obediência de Pedro (11: 11-14)

    11 E eis que, de imediato três homens de pé em frente à casa em que estávamos, tendo sido enviados de Cesaréia me. 12 E o Espírito mandou-me ir com eles, não fazendo qualquer distinção. E também estes seis irmãos foram comigo; e entramos na casa do homem: 13 e ele disse-nos como vira em pé um anjo em sua casa, e dizendo: Manda a Jope e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome Pedro; 14 que te falarem palavras, pelo qual tu serás salvo, tu e toda a tua casa.

    Como Pedro continuou sua defesa do evangelho para os gentios diante da oposição judaica-cristã, ele claramente implícita a origem divina e autorização da missão, e, em seguida, apresentou uma série de evidências em apoio da sua obediência em ministrar, e associar-se com, os gentios. Primeiro , não tinha mais cedo o transe de origem divina foi retirada de três homens apareceram de Cesaréia perguntando por ele em nome de Cornélio, que tinha sido instruído de Deus em uma visão para enviar para ele (v. At 11:11 ). Em segundo lugar , o Espírito Santo falou diretamente a ele, levando-o a acompanhar os mensageiros a Cesaréia, e que sem dúvidas (v. At 11:12 ). Em terceiro lugar , seis homens cristãos judeus acompanhado Pedro a Cesaréia para testemunhar às orientações divinas e aprovação em todos os eventos (v. At 11:12 ). Em quarto lugar , comparando notas com Cornélio, depois de chegar a Cesaréia, Pedro descobriu que todas as circunstâncias das instruções divinas, tanto de sua parte e com Cornelius, perfeitamente correspondeu. Equinto , afirmou o objeto da missão como sendo a salvação de Cornélio e sua família (vs. At 11:14 ), uma missão mais digno, de fato.

    4. A recompensa de Pedro (11: 15-18)

    15 E, quando comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, como também sobre nós no princípio. 16 E eu me lembrei da palavra do Senhor, como disse: João, na verdade, batizou com água; mas vós sereis batizados no Espírito Santo. 17 Se, pois, Deus lhes deu o mesmo dom que ele fez também a nós, quando cremos no Senhor Jesus Cristo, que era eu, para que pudesse resistir a Deus? 18 E quando eles ouviram estas coisas, apaziguaram-se, e glorificavam a Deus, dizendo: Então também aos gentios Deus concedeu arrependimento para a vida.

    Pedro viu claramente a aprovação divina e recompensa da sua obediência (em transcender os limites cerimoniais do judaísmo para levar o evangelho aos gentios) foi o derramamento do Espírito Santo sobre eles, assim como no dia de Pentecostes (v. At 11:15 ). Nós já observamos que o significado da efusão espiritual divina no dia de Pentecostes foi quatro vezes (veja At 2:1 ). Assim também, Pedro diz respeito, o Espírito Santo foi derramado sobre os gentios em Seu poder pessoal, santificando pureza, enduement espiritual e posse , e numa proclamação milagrosa através do dom de línguas (ou idiomas), para fins de evangelização. Esta efusão espiritual Pedro então reconhecido como sendo o cumprimento da promessa de Cristo (v. At 11:16 ).

    Os versículos 17:18 revelam claramente que a apresentação vívido e convincente de Pedro dos acontecimentos em Caesarea venceu, por enquanto, a aprovação completa dos cristãos judeus em Jerusalém sobre a missão para os gentios.

    XIII. DA PRIMEIRA GENTILE Centro Missionário igreja (At 11:19)

    Temos observado anteriormente a aprovação da evangelização Gentile em Cesaréia, pelos cristãos judeus no fim da defesa de Pedro (At 11:17 , At 11:18 ). Torna-se claro, no entanto, a partir do versículo 19, que a evangelização de Antioquia foi realizado pelos discípulos dispersos sob a perseguição que se seguiu à morte de Estevão (At 8:1 ). Ele é considerado como um colono judeu em um assentamento grego da Barca, um distrito de Trípoli moderna (conforme At 2:10 ; At 6:9 ; At 13:1) presta outro testemunho para o impacto inicial do cristianismo sobre a África.

    Tradição na era apostólica não dá conta de qualquer um dos apóstolos originais de evangelização na África. Na verdade, a tradição descreve Tomé como o apóstolo para a Índia, cuja via provável levou-o através do Nilo e do outro lado do Mar Vermelho, e, possivelmente, através de Alexandria. JN Farquhar considerou esta tradição muito favoravelmente e, na verdade, considerado Tomé como um dos evangelistas para anunciar Cristo no Egito, Cirene, e para o oeste da África. Eusébio é a autoridade para uma tradição que João Marcos foi um missionário para o Egito, mas especialmente o instaurador de igrejas em Alexandria. Demetrius, Pantanus, Clemente e Orígenes foram associados com a famosa Escola Catequética de Alexandria, que se tornou um centro de aprendizagem cristã que ficou sem rival no mundo cristão de sua época.

    Voltando aos discípulos dispersos, notamos que alguns deles pregado somente aos judeus (v. At 11:19)

    21 E a mão do Senhor estava com eles, e um grande número que creu e se converteu ao Senhor.

    Esses discípulos havia pregado o Senhor Jesus (v. At 11:20)

    A fama da missão Antiochian entre os gregos logo alcançou a igreja de Jerusalém. Os cristãos judeus lá, contido pela vontade de Deus reconheceu visitação dos gentios cesariana, sabiamente, não condenou o movimento em Antioquia, mas sim selecionado e autorizou um homem mais honrado e digno de confiança de seu número, Barnabas (v. At 11:24 ), para proceder a essa cidade.

    1. A Comissão de Barnabé (At 11:22)

    22 E o relatório a respeito deles chegou aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia:

    Comissão de Barnabé era, evidentemente, principalmente para investigar a situação e informar a igreja de Jerusalém. A extensão da sua comissão pode ser inferida a partir da duração do seu serviço lá e sua aquisição de Saul para ajudá-lo no ministério da igreja. Sua mais liberal fundo Cypriote bem qualificou-o para o trabalho entre os gentios. Se Barnabas não pode ter tido a honra de fundar a igreja de Antioquia, ele pelo menos detém o crédito por ser o primeiro pastor conhecido. Que ele não era um dos originais (At 14:14) apóstolos, mas um levita judaica que era dono de terras em Chipre, que terra ele vendeu e deu a receita para a igreja, podemos aprender com At 4:36 . Esta passagem da mesma forma nos informa dos seus dons especiais para o serviço cristão, como o próprio nome Barnabé significa "filho da consolação" (ASV).

    2. A Consolação de Barnabé (At 11:23)

    23 que, quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou; e ele exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor:

    Após a sua chegada em Antioquia, Barnabé evidentemente sabiamente fez o papel de um auditor imparcial e observador do renascimento Gentile. As evidências de transformar a graça divina no trabalho nas vidas dessas pessoas gentios foram logo suficiente para convencê-lo de que ele era de fato um trabalho real e grande de Deus. Quanto Barnabé, Lucas diz: que, quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou . Embora ele não era nem o autor nem o diretor deste trabalho, ele era suficientemente generoso para apreciar e alegrar-se nele. Barnabas de uma vez se ajustou à nova situação, entrou no movimento e emprestou todo o peso de seu apoio por exortações (encorajamentos: Weymouth) para todos eles; ou seja, tanto judeus como gentios. A importação de suas exortações era a unidade do corpo de Cristo e fixidez de propósito e firmeza no Senhor Jesus Cristo. Seu próprio nome, Barnabas, significa "filho de profecia" (veja At 13:1)

    24 pois ele era um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé: E muita gente se uniu ao Senhor.

    Algo da estima em que Barnabé foi realizada pelo autor do livro de Atos é indicado pelo fato de que ele é mencionado em Atos nada menos do que vinte e cinco vezes diferentes, além de cinco referências a ele por Paulo fora Atos. Lucas aqui caracteriza Barnabé como um homem de sterling "caráter": um bom homem ; um homem de "espiritualidade": cheio do Espírito Santo ; e um homem de "fé": cheio de ... fé . Seu caráter decorre de duas fontes: primeiro , sua rígida formação levítico na lei moral; e segundo , o som da sua conversão ao cristianismo (At 4:36 , At 4:37 ). Sua espiritualidade foi atribuído à obra santificadora e permanente presença do Espírito Santo em sua vida. Sua fé era o fruto natural dos dois primeiros, além de uma inabalável devoção a Cristo e uma inquestionável obediência à Sua vontade. Sua plenitude da fé pode implicar: primeiro , que "natural ou a fé intelectual" que é a propriedade de todo homem normal, sem a qual a vida seria impossível; segundo , "a fé evangélica", pelo qual ele experimentou uma economia e relacionamento santificadora com Cristo; terceiro , "a fé fiduciária", pelo qual ele manteve a constância de seu relacionamento com Cristo; e quarta , "alcançar a fé", pelo qual ele viu as grandes obras de Deus realizada.

    Não é de admirar que Lucas afirma, após esta caracterização de Barnabé: E muita gente se uniu ao Senhor (v. At 11:24 , 26)

    Após o ataque feito contra a vida de Saul pelos judeus helenistas em Jerusalém que ele tinha ido para Tarso, sua cidade natal na Cilícia, onde tinha mais provável envolvido em trabalhos evangelísticos até chamado a Antioquia para ajudar Barnabé. É possível, e alguns estudiosos acham provável, que Barnabé e Saulo tinha frequentado a universidade grega juntos em Tarso, e que Barnabas tinha conhecido há muito tempo o caráter eo valor de Saul. Em todo o caso, o seu conhecimento aprofundado com, e confiança em, Saul são evidentes (ver At 9:27 ).

    1. A convocação de Saul (At 11:25 , 26a)

    25 E foi a Tarso a procurar Saul; 26 e quando ele o encontrou, levou-o para Antioquia.

    Quando a igreja de Antioquia havia crescido além da capacidade de Barnabé para pastorear-lo sozinho, era Saul que ele desejava para ajudá-lo. Educação de Saul mais liberal, longa permanência entre os gentios, transformação espiritual profunda, e suas atividades evangelísticas subsequentes em Damasco, possivelmente em Saudita por algum tempo, em Jerusalém, e em seguida, na Cilícia durante cerca de sete anos, o combinado para recomendar-lhe a Barnabé como um homem equipada para ajudá-lo no trabalho em Antioquia. Assim Barnabé partiu para Tarso, não muito distante de Antioquia, onde procurou Saul. O fato de que ele provavelmente não tinha conhecimento definitivo do paradeiro exato de Saul pode sugerir que Saul já estava viajando para algum lugar na Ásia Menor evangelizadora. Quando encontrado, Saul prontamente acompanhado Barnabé para Antioquia.

    2. O Serviço de Saul (At 11:26)

    26 e quando ele o encontrou, levou-o para Antioquia. E sucedeu que, mesmo que por um ano inteiro eles estavam reunidos com a igreja, e ensinaram muita gente; e que os discípulos foram chamados cristãos pela primeira vez em Antioquia.

    Serviço de Saul em Antioquia era principalmente um ministério de ensino. Em consideração a sua formação completa judaica teológico, sua conversão radical ao cristianismo, e sua compreensão solidária dos gentios (ver At 15:1 ). O termo Christian ocorre apenas três vezes no Novo Testamento (At 11:26 ; At 26:28 ; 1Pe 4:16 ), e só em última instância, ele é usado por um cristão dos cristãos. É bastante claro que eles não assumem o nome de si mesmos, como eles estavam tão chamado , e os judeus não poderiam ter-lhes dado este nome sem admitir a messianidade de Cristo . Portanto, ele provavelmente foi dado a eles pelos Antiochians, não objeto de escárnio como alguns supõem, mas em reconhecimento da sua devoção declarada a Cristo como seu Senhor e líder. Foi aqui em Antioquia que os discípulos de Cristo mais quase ganhou o direito para o nome cristão do que em qualquer lugar ou tempo anterior, e eles foram recompensados ​​com ele. Harnack dá um tratamento interessante e esclarecedor dos vários nomes reconhecidos os primeiros cristãos.

    D. The Jerusalem Fomes (11: 27-30)

    27 Ora, naqueles dias, descia profetas de Jerusalém para Antioquia. 28 E levantando-se um deles, de nome Ágabo, e significado pelo Espírito, que deve haver uma grande fome por todo o mundo, que aconteceu nos dias de . Claudius 29 E os discípulos, cada um segundo a sua capacidade, determinado enviar socorro aos irmãos que habitavam na Judéia: 30 que também eles fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e Saulo.

    Este incidente reflete o importante papel desempenhado pelos profetas, como distinguido de apóstolos ou diáconos na igreja apostólica, eo espírito de autêntica caridade que caracterizou os cristãos Antioquia, em seu alívio dos necessitados em Jerusalém.Ele indica ainda mais a boa vontade desses jovens cristãos gentios em direção à Igreja Matriz judaico-cristã em Jerusalém (veja nota em At 2:41 ).


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 11 do versículo 1 até o 30
    Esse capítulo apresenta o relaciona-mento entre os crentes de Jerusalém (igreja judaica) e os novos discípu-los gentios. Lembre-se que o proble-ma da igreja de Jerusalém é a com-preensão errônea dos propósitos de Deus, e não o preconceito. O Anti-go Testamento compreendia o plano de Deus como um reino terreno que abençoaria os gentios por intermé-dio do reino do Messias de Israel. Portanto, a rejeição de Cristo e de seu reino pela nação significava que os gentios não seriam salvos? Eles deviam tornar-se prosélitos judeus como condição para ser salvos? A experiência de Pedro em Cesaréia (At 10:0; At 1:8), e a na-ção recebería o Messias, e o reino seria estabelecido quando Jerusa-lém cresse (At 3:25-44). Pedro foi à casa de Cornélio porque recebeu uma ordem direta do Espírito San-to (11:12), não porque entendeu o novo plano de Deus. Esses crentes judeus criticaram a atitude de Pedro motivados pelo desejo de ser fiéis à vqntade revelada de Deus, e não porque odiassem os gentios.

    Os judeus cristãos regozijaram- se e glorificaram a Deus quando Pedro lhes contou como o Espírito orientou-o e determinou que seu mi-nistério se dirigisse ao crente gentio. Observe que Pedro prova ter cum-prido a vontade de Deus ao citar: (1) sua experiência pessoal (vv. 5-11); (2) a orientação do Espírito (v. 12); e (3) a Palavra de Deus (v. 16). Se quisermos fazer a vontade de Deus, há três coisas que são essenciais: o testemunho pessoal, a orientação do Espírito em nosso coração e o ensino claro transmitido pela Pala-vra do Senhor.

  • A igreja de Jerusalém encoraja os gentios (11:19-26)
  • Agora, o evangelho entra em um novo território gentio, Antioquia, o território-chave da Síria. (Não con-funda essa Antioquia, da Síria, com a mencionada em At 13:14, da Pisídia. Consulte o mapa de sua

    Bíblia para localizar essas duas ci-dades.) At 8:1 ss descreve uma perseguição que dispersou os cris-tãos até Antioquia, localizada a cer-ca de 482 quilômetros ao norte de Jerusalém. Os discípulos, fiéis ao comissionamento recebido, tinham pregado apenas aos judeus (claro que antes dos eventos de At 10:0, pois essa passagem referia- se aos "judeus helenistas". Aqui, ela refere-se aos gregos mesmo — em outras palavras, aos gentios. A igreja de Jerusalém enviou Barnabé para investigar a situação na região, pois muitos gentios passaram a confessar Cristo como Salvador. No entanto, a missão dele era distinta da de Pedro e da de João, em 8:14-17, pois os crentes de Antioquia já tinham re-cebido o Espírito e experimentado a graça de Deus. O versículo 23 traz o primeiro registro do uso da pala-vra "graça" em relação à salvação em Atos. (At 4:33 fala da graça de Deus ajudando os crentes.) Em anos posteriores, a graça torna-se a grande mensagem de Paulo. Note que esses gentios foram salvos pela graça (v. 23) alcançada por intermé-dio da fé (v. 21). Ef 2:8-49 ensi-na isso.

    Barnabé alegrou-se com essa congregação gentia e exortou-os a permanecer na fé. A seguir, ele faz uma coisa estranha: deixa a igreja e sai à procura de Paulo. Por que ele faz isso? Porque Barnabé, cheio do Espírito, sabia que Deus comissio-nara Paulo para pregar o evangelho para os gentios (At 9:15,At 9:27). Bar-nabé sabia que Paulo seria o pró-ximo líder pregando a mensagem da graça de Deus à medida que di-minuía a importância de Pedro e a do desígnio de Deus para o reino. Durante um ano, Paulo e Barnabé ensinaram a Palavra de Deus aos gentios. Eles partiram dessa igreja em sua primeira viagem missioná-ria. A igreja de Antioquia passou a ter mais importância que a de Jeru-salém quando Paulo substitui a Pe-dro no papel do apóstolo especial de Deus que trouxe a revelação do mistério da igreja.

  • A igreja de Jerusalém recebe ajuda dos gentios (11:27-30)
  • Esses "profetas" eram cristãos que ministravam nas congregações lo-cais e revelavam a Palavra de Deus. Conforme indica a ida deles de Je-rusalém para Antioquia, havia um relacionamento estreito entre essas igrejas. No versículo 28, a expres-são "por todo o mundo" pode indi-car todo o mundo romano ou, tal-vez, apenas aquela região Oudéia). Os crentes gentios, como uma ex-pressão do amor cristão, enviaram imediatamente ajuda material aos crentes da Judéia.

    At 2:44-44 e At 4:31-44 e 4:31-35 apre-sentam um padrão que, embora manifeste um espírito sempre dese-jável, não se aplica à igreja de hoje.

    Observe que os crentes de Antio- quia não "tinham tudo em comum"; antes, fizeram doações pessoais de acordo com suas posses (11:29; veja 2Co 9:7). Paulo instrui-nos a prover para os nossos (1Tm 5:8) e adverte-nos de que, se não fizermos isso, somos piores que os pagãos. O padrão de Deus para a doação é que cada crente, á começar pela igreja local, dê dízimos e ofertas ao Senhor. Escolheram Barnabé e Sau- lo (Paulo) para levar o auxílio até Je-rusalém. Mais tarde, eles retornam a Antioquia e trazem João Marcos com eles (12:25).

    O capítulo 12 apresenta o en-cerramento do ministério especial de Pedro, e o capítulo 13 antecipa o ministério do apóstolo Paulo. Es-ses capítulos encerram o período de transição em que o evangelho da graça substitui a mensagem do reino, em que Antioquia, na Síria, toma o lugar de Jerusalém como centro do ministério, e em que Pau-lo assume o papel de líder da obra de Deus em lugar de Pedro.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 11 do versículo 1 até o 30
    11:1-18 A repetição em substância da narrativa da conversão de Cornélio, revela a importância que a admissão dos gentios à plena comunhão da Igreja tinha para Lucas e a Igreja primitiva.
    11.2 Os... da circuncisão. Os crentes judaicos que se opuseram à admissão de gentios incircuncisos na 1greja, logo se constituíram num partido da circuncisão ou judaizantes. Mantinham a validez permanente da Lei e exclusividade dos judeus na comunhão da mesa (conforme 15.1 -5; 21.20; Gl 2:4, Gl 2:12).

    11.6 Feras. São distinguidos os animais silvestres daqueles domesticados (quadrúpedes) como em Gn 1:24, 25.

    11.12 Sem hesitar. Ou, possivelmente, "sem fazer distinção (entre judeu e gentio)". Seis irmãos. Juntos com Pedro, seriam um total de sete testemunhas que, no conceito da época, garantiria a veracidade de um relatório (conforme Ap 5:1).

    11.16 Batizados com o Espírito Santo. Os judeus interpretavam exclusivamente como promessa a Israel. No derramar o Espírito Santo sobre os gentios Deus mesmo tinha incluído a todos os homens

    11.17 O mesmo (gr "igual") dom. Aos gentias Deus concedera igualmente o dom do Espírito Santo. Resistir a Deus. Os judaizantes estão em vista. No impedir a livre entrada dos crentes gentios na 1greja resistiam à vontade divina (Gl 5:1-48).

    11.18 Apaziguaram-se. Ainda que não fosse possível derrubar a defesa de Pedro, emocionalmente o problema muito sério continuou (At 15:0; Rm 16:15n). Até Antioquia. É de notar que os fundadores das Igrejas de Roma e Antioquia eram leigos. Senhor. Cristo é apresentado aos gentios como Senhor (kurios) não Cristo (o Messias) da esperança judaica (conforme 2.36; 5.42; 8.5; 9.22, etc.).

    • N. Hom. 11.24 O Homem útil na obra. Barnabé (como Estêvão) era:
    1) Bom - não egoísta (foi buscar Paulo, 25);
    2) Cheio do Espírito Santo - alegrou-se, exortou e evangelizou, eficazmente (23s);
    3) Cheio de fé - deu exemplo de firmeza (23). Se uniu. Lit. "foi acrescentada" como em 2.41,47.

    11.26 Cristãos. Significa "pessoas de Cristo".

    11.28 Ágabo. Sendo profeta, comunicou a palavra do Senhor pela inspiração do Espírito Santo. Os profetas do Novo, como os do Antigo Testamento, eram carismáticos (conforme 1Pe 1:10-60; Ef 4:11) com quem formam o fundamento (Ef 2:20, Ef 2:21). Todo o mundo. Refere-se ao Império romano. Dias de Cláudio. Reinou de 41-48 d.C. A fome veio entre 44-48, sendo 46 a data indicada.

    11.29 Conforme os suas posses. Dos membros mais ricos esperava-se uma oferta maior, ainda que voluntária (conforme 1Co 16:0; 1Pe 5:2). Saulo. Esta visita deve ser a mesma relatado em Gl 2.1ss. "em obediência a uma revelação".


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 11 do versículo 1 até o 30

    5)    Reações em Jerusalém (11:1-18)
    Uma pergunta inevitável (v. 1-3). Era natural que os apóstolos e irmãos de toda a Judéia quisessem saber o significado dos acontecimentos extraordinários em Cesaréia. O partido dos circuncisos foi formado somente após a discussão dessa questão. Esses homens perguntaram por que Pedro tinha violado as regras dos costumes judaicos (v. 2,3).

    A defesa de Pedro (v. 4-17). Pedro, apoiado pelas testemunhas de Jope, defendeu as suas ações da única maneira possível: contando a história de como Deus agiu com ele e com Cornélio. A ligação entre Cesaréia e Pentecoste se destaca claramente (v. 15): o Espírito Santo desceu sobre eles como sobre nós no princípio, e isso está ligado à promessa do Mestre fundamentada na profecia de João Batista (v. 16; 1.4,5). Todos tinham de se submeter ao que Deus havia revelado claramente, por mais estranha que fosse essa lição.

    As conseqüências (v. 18). Os líderes espirituais das igrejas na Judéia aceitaram a nova revelação e glorificaram a Deus. Muitos cristãos judeus, no entanto, conseguiam ouvir somente relatos parciais do evento, que lhes pareceram insuficientes para demolir a posição evidentemente inexpugnável de Israel como apresentada no AT. “Que a mensagem seja apresentada aos gentios”, eles disseram, “mas depois de crerem eles precisam ser circuncidados e estabelecidos com base na aliança judaica”. Esses cristãos judeus conservadores se tornaram conhecidos como judaizantes. Vamos encontrá-los novamente no cap. 16, e a carta aos Gálatas é a resposta inspirada aos argumentos deles, os quais teriam reduzido o cristianismo às dimensões de uma seita judaica.

    VII. ANTIOQUIA, UM NOVO CENTRO DE ATIVIDADE MISSIONÁRIA (11:19-30)

    O testemunho se espalha (v. 19-21).
    Anos haviam passado desde a dispersão em 8.1,4, mas ondas de bênçãos ainda resultavam do ímpeto original. Os judeus haviam sido alcançados por cristãos helenistas na Fenícia, Chipre e Antioquia — a grande capital da Síria que fazia a ponte entre o Leste e o Oeste. Pode-se supor que os cristãos judeus em Antioquia logo ouviram do grande acontecimento em Cesaréia e, assim, ficaram encorajados a pregar Jesus como Senhor dos gentios, muitos dos quais estavam sinceramente doentes com “tantos deuses e tantos senhores” do paganismo. Usando uma expressão idiomática hebraica, Lucas nos conta que a mão do Senhor estava com as testemunhas anônimas, de forma que muitos dos gentios se converteram ao Senhor (v. 20,21).

    Barnabé em Antioquia (v. 22-24). Ao ouvirem as notícias de um movimento em grande escala entre os gentios, a igreja em Jerusalém não tentou impor a autoridade da “igreja-mãe”, nem lavou as suas mãos em relação a um acontecimento tão importante. Em vez disso, os irmãos enviaram Barnabé, o homem de grande graça e sabedoria, para ver se a obra era de Deus e agir de forma apropriada. Ele ajudou grandemente essa nova igreja, composta de crentes dentre judeus e gentios, contribuindo com o que era necessário em harmonia com a ação do Espírito.
    Barnabé e Saulo em Antioquia (v. 25,26). Barnabé foi suficientemente humilde para reconhecer a sua necessidade de ajuda na área de ensino e, assim, procurou e encontrou Saulo em Tarso. Uma parceria maravilhosa de serviço foi estabelecida, por meio da qual a igreja foi edificada. A ênfase durante o trabalho de um ano foi no ensino da Palavra (v. 26). A essa altura, tantas pessoas estavam falando de Cristo em Antioquia que a sua presença era sentida pela população em geral, e esta cunhou o apelido de cristãos, i.e., “homens de Cristo”. Na época inicial, esse nome foi usado principalmente por pessoas de fora do grupo ou inimigos (26.28; 1Pe 4:16).

    Barnabé e Saulo em Jerusalém (v. 27-30). A história extrabíblica menciona períodos de escassez durante o reinado de Cláudio (41-54 d.C.), um dos quais afetou especialmente a Judéia (v. 28). A profecia de Agabo produziu generosidade entre os santos em Antioquia, que sabiam que os irmãos da Judéia seriam os principais atingidos, de forma que cada um deu de acordo com as suas condições — um princípio a ser estabelecido mais tarde em escala mais ampla em 2Co 8:9. Barnabé e Saulo foram os escolhidos para levar a oferta aos anciãos em Jerusalém.

    A data da segunda visita de Saulo a Jerusalém como cristão é fixada em termos gerais como sendo a da perseguição realizada por Herodes (12.1,25) e na visão deste autor não pode coincidir com a visita mencionada em G1 2:1-10. Os seguintes fatores devem ser levados em conta: (a) Datas não podem ser mudadas para se adequarem a uma hipótese a priori, e a desta visita é 44 d.G. (b) A questão da circuncisão não se tornou crítica antes do período das grandes bênçãos da primeira viagem missionária (15.1,2). (c) Lucas ainda usa a expressão Barnabé e Saulo que marca o período antes do reconhecimento geral da “graça” apostólica de Paulo, que foi manifesta pela operação do Espírito por meio dele durante a primeira viagem. Como auxiliar de Barnabé, ele não poderia ter defendido o seu apostolado nos termos de G1 2:1-10. O momento da mudança decisiva está em 13.13. (d) A recomendação para “lembrar dos pobres” de G1 2.10 soaria estranho se Barnabé e Saulo estivessem em Jerusalém com o propósito explícito de entregar a oferta da igreja de Antioquia aos pobres da Judéia. (V. outro ponto de vista diferente do defendido aqui nos comentários de G1 2:1-10, p. 1970)


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 25

    III. Expansão da Igreja na Palestina Através da Pregação e Dispersão. 6:1 - 12:25.

    Até este ponto, os apóstolos não deram nenhuma evidência de ter o propósito de levar o Evangelho a todo o mundo, mas permaneceram em Jerusalém dando o seu testemunho aos judeus. Agora Lucas conta o começo da expansão da igreja através da Judéia e Sanaria. Essa expansão não foi realizada por causa da visão e propósito da igreja mas por ato providencial de Deus, dispersando os crentes. Para explicar esta perseguição, Lucas primeiro conta como Estêvão colocou-se em posição de destaque como um dos sete.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 11 do versículo 1 até o 18
    c) Os outros apóstolos aprovam o ato de Pedro (At 11:1-18)

    A notícia chegou célere a Jerusalém. Retornando Pedro, viu-se obrigado a defender-se das críticas dos seus companheiros de apostolado. A atividade de Estêvão parecera bastante nociva aos olhos de homens que, embora seguidores de Jesus, ainda eram judeus ortodoxos. Todavia, para eles não fora menos prejudicial a atitude do líder dos apóstolos, que violara um costume sagrado. Aparentemente os apóstolos ainda gozavam de alguma estima do povo, porém provavelmente iam perder esse bom conceito se se espalhasse a notícia de que o líder dentre eles havia confraternizado com incircuncisos. É provável fosse mais do que coincidência que Herodes Agripa I, não muito tempo depois, querendo ganhar popularidade, lançou mão violentamente de dois dos apóstolos, e também aparecesse logo Tiago, o irmão do Senhor, como líder da igreja de Jerusalém.

    No entanto, quando Pedro contou a experiência que tivera da direção do Senhor, e do derramamento do Espírito Santo na casa de Cornélio, perguntando, "Quem era eu para que pudesse resistir a Deus?", os apóstolos se convenceram de que ele agira corretamente e louvaram a Deus por Sua graça concedida aos gentios.

    >At 11:2

    Os que eram da circuncisão (2). Provavelmente se alude aqui ao partido mais "rigorista" da igreja de Jerusalém, embora que a mesma frase, em At 10:45, signifique apenas cristãos judeus. Palavras mediante as quais serás salvo, tu e toda a tua casa (14). São termos que complementam a versão do vers. At 10:22. A "casa" incluía não somente a família, no sentido moderno da palavra, como todos nela estavam sob a autoridade do chefe do lar-escravos, atendentes e outros que tais. Cfr. At 16:15-31 e segs. At 18:8. João, na verdade, batizou com água (16). Palavras do Senhor em At 1:5. Também aos gentios (18); melhor, "até aos gentios" (aos olhos dos judeus era o sinal mais assombroso da graça divina).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 11 do versículo 1 até o 30

    24. A Igreja Gentil ( Atos 11:1-30 )

    Agora, os apóstolos e os irmãos que estavam por toda a Judéia ouviram que também os gentios tinham recebido a palavra de Deus. E quando Pedro subiu a Jerusalém, aqueles que foram circuncidados teve problema com ele, dizendo: "Você foi para homens não circuncidados e comeu com eles." Mas Pedro começou a falar e começou a explicar-lhes em seqüência ordenada, dizendo: "Eu estava na cidade de Jope orando, e em êxtase tive uma visão, um determinado objeto caindo como um grande lençol rebaixado em quatro cantos do céu, e ele veio direto para mim, e quando eu tinha fixado o meu olhar sobre ele e foi observá-lo vi os animais de quatro patas da terra e os animais selvagens e as criaturas que rastejam e as aves do céu e eu. Também ouvi uma voz que me dizia: Levanta-te, Pedro,. matar e comer ' Mas eu disse: "De maneira nenhuma, Senhor, pois nada profano ou impuro jamais entrou na minha boca." Mas uma voz do céu respondeu uma segunda vez: "O que Deus purificou não mais consideram profana. ' E isso aconteceu três vezes, e tudo foi atraído de volta para o céu. E eis que, naquele momento, três homens apareceram diante da casa em que estávamos, tendo sido enviado para mim de Cesaréia. E o Espírito disse-me para ir com —los sem receios. E também estes seis irmãos foram comigo, e entramos na casa do homem. E ele informou-nos como vira em pé um anjo em sua casa, e dizendo: 'Enviar a Jope, e têm Simon, que é também chamado Pedro, trouxe aqui, e ele deve falar palavras a você por que você será salvo, tu e toda a tua casa ". E, quando comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, assim como fez em cima de nós no início. E me lembrei da palavra do Senhor, como Ele costumava dizer: 'João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo. " Se, pois, Deus lhes deu o mesmo dom que Ele nos deu também depois de crer no Senhor Jesus Cristo, que era eu que eu poderia estar no caminho de Deus? " E, ouvindo eles isto, eles se acalmou, e glorificavam a Deus, dizendo: "Bem, então, Deus concedeu também aos gentios o arrependimento para a vida." Assim, pois, os que foram dispersos por causa da perseguição que surgiu em conexão com Estevão fizeram o seu caminho para a Fenícia, Chipre e Antioquia, falando a palavra a ninguém, exceto somente aos judeus.Mas havia alguns deles, homens de Chipre e de Cirene, que veio a Antioquia e começou a falar com os gregos também, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor estava com eles, e um grande número de pessoas que acreditavam se converteram ao Senhor. E a notícia a respeito deles chegou aos ouvidos da igreja em Jerusalém, e eles enviaram Barnabé off para Antioquia. Então, quando ele tinha vindo e testemunhou a graça de Deus, alegrou-se e começou a incentivá-los todos com o coração decidido a permanecer fiéis ao Senhor; pois ele era um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. E os números consideráveis ​​foram trazidos para o Senhor. E ele partiu para Tarso a procurar Saul; e quando ele o encontrou, levou-o para Antioquia. E sucedeu que, durante um ano inteiro reuniram-se com a igreja, e ensinaram números consideráveis; e os discípulos foram chamados cristãos pela primeira vez em Antioquia. Agora, neste momento alguns desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. E um deles, chamado Ágabo levantou-se e começou a indicar pelo Espírito, que certamente haveria uma grande fome em todo o mundo. E isso aconteceu no reinado de Claudius. E na proporção em que qualquer um dos discípulos tinham meios, cada um deles determinado a enviar uma contribuição para o alívio aos irmãos que habitavam na Judéia. E isso que eles fizeram, enviando-o a cargo de Barnabé e Saulo para os anciãos. ( 11: 1-30)

    A notícia de que os gentios odiados foram incluídos na igreja chegou a Jerusalém antes de Pedro fez, já que ele permaneceu em Caesarea por alguns dias ( At 10:48 ). Essa notícia enviou ondas de choque através da comunidade hebraica Cristão. Tão importante foi isso que Lucas, movido pelo Espírito Santo inspirador, repete o relato de sua conversão neste capítulo também.

    Que a repetição invulgar marca o evento como um dos significado único. O cristianismo não era para se tornar apenas mais uma seita do judaísmo. Tinha que aconteceu, grande comissão do Senhor Jesus Cristo ( Mat. 28: 19-20 ) nunca teria sido realizado. Ao contrário de Israel à sua frente, a igreja não iria deixar de canalizar as bênçãos da graça e do perdão de Deus para o mundo.

    O esforço da Igreja para os gentios era, portanto, um passo crucial na realização do plano redentor de Deus. Essa divulgação, que começou com o ministério de Pedro a Cornélio e sua família, agora continua com a fundação da primeira igreja Gentil. Tendo se mudado de Jerusalém para a Judéia Samaria, o evangelho estava prestes a tomar o seu final, mas ainda em curso, passo para a "parte mais remota da terra" ( At 1:8 ). Assustado com as implicações sociais óbvias, muitos sem dúvida declarou que, se os gentios foram realmente viver como cristãos, eles primeiro têm que se tornar prosélitos judeus (cf. At 15:5 ). Ele começou a falar e começou a explicar-lhes em seqüência ordenada, dizendo: "Eu estava na cidade de Jope orando, e em êxtase tive uma visão, um determinado objeto caindo como um grande lençol rebaixado em quatro cantos do céu ; e ele veio à direita para baixo para mim, e quando eu tinha fixado o meu olhar sobre ele e estava observando-o, vi os animais de quatro patas da terra e os animais selvagens e as criaturas que rastejam e as aves do céu E eu também. ouvi uma voz que me dizia: 'Levanta-te, Pedro, mata e come. Mas eu disse: "De maneira nenhuma, Senhor, pois nada profano ou impuro jamais entrou na minha boca." Mas uma voz do céu respondeu uma segunda vez: "O que Deus purificou não mais consideram profana. ' E isso aconteceu três vezes, e tudo foi atraído de volta para o céu. E eis que, naquele momento, três homens apareceram diante da casa em que estávamos, tendo sido enviado para mim de Cesaréia. E o Espírito disse-me para ir com —los sem receios. E também estes seis irmãos foram comigo, e entramos na casa do homem. E ele informou-nos como vira em pé um anjo em sua casa, e dizendo: 'Enviar a Jope, e têm Simon, que é também chamado Pedro, trouxe aqui, e ele deve falar palavras a você por que você será salvo, tu e toda a tua casa ". E, quando comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, assim como fez em cima de nós no início. E me lembrei da palavra do Senhor, como Ele costumava dizer: 'João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo. "

    Ele, então, embrulhado sua reiteração e resumo ( v. 17 ), com a observação aguçado que "se, portanto, Deus lhes deu o mesmo dom que Ele nos deu também depois de crer no Senhor Jesus Cristo, que era eu que eu poderia ficar na O caminho de Deus? " Quem quer discutir com o que o Senhor tem feito? Foi Deus unarguably salvar os gentios, como evidenciado pela vinda do Espírito Santo, com os mesmos fenômenos concomitantes como no dia de Pentecostes. Em seu relato dos acontecimentos, eles deveriam ter notado mais dois pontos-chave. Primeiro, ele não agiu sozinho, mas levou consigo seis irmãos da igreja Jope. Seu testemunho, acrescentou ao seu, fez o caso ainda mais convincente. Em segundo lugar, o que aconteceu na casa de Cornélio quadrado com as Escrituras. Pedro lembrou seus acusadores a palavra do Senhor, como Ele costumava dizer: "João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo." A Escritura estava sendo cumprida, assim como o maior profeta de todos tinha dito (cf. At 1:5 ) e para o desenvolvimento de líderes. Durante esses sete anos, os apóstolos lançaram as bases doutrinárias para a igreja. Em segundo lugar, os crentes individuais precisou ser levado a um nível de maturidade suficiente antes que pudessem ser enviados. Crentes imaturos não faria missionários eficazes. Em terceiro lugar, ele teve tempo para derrubar as paredes de longa data de preconceito. Isso estava começando a ser alcançado (cf. Gal. 2: 11-14 ), assim que era o momento certo para dar à luz a igreja em uma terra Gentil e para passar para a última fase do plano do Senhor para evangelism— "para o mais remota parte da terra "( At 1:8. ; Dt 2:15. ; Dt 4:24 Josh. ; 1Sm 5:6 ). Ele também se refere ao poder de Deus expressa em bênção ( Ed 7:9 ; Ne 2:8 ). Neste caso, estava relacionado com a bênção de Deus, de modo que um grande número de crentes se converteram ao Senhor. Novamente, como em quase todos os lugares onde Jesus Cristo estava sendo pregado, a resposta foi grande (cf. At 2:47 ; At 4:4 ; At 6:1 ; At 9:31 , At 9:35 , At 9:42 ; At 11:24 ; At 14:1 ;At 16:5 ). As pessoas não só acreditava intelectualmente, mas também virou de seus pecados ao Senhor (cf. 1Ts 1:9 ). Ele era um professor de liderança na igreja e um, gentil, generoso homem amoroso, de acordo com o seu nome, que significa "filho da exortação".

    A escolha de um representante foi crucial. O envio de um indivíduo rigidamente legalista poderia ter escrito desastre. Barnabé, no entanto, tinha as qualificações necessárias para o trabalho. O versículo 24descreve ainda o como um homem de bem e cheio do Espírito Santo e de fé. Ele possuía as qualidades espirituais necessárias para aquele que estava para discernir o que estava acontecendo.

    Barnabé também foi o homem certo para enviar porque, como alguns dos fundadores da igreja de Antioquia, ele era judeu cipriota ( 4: 36-37 ). Ele não seria percebido como uma pessoa de fora, mas como um deles.

    A graça de Deus pode ser invisível, mas seus efeitos são facilmente vistos. Quando Barnabé chegou a Antioquia e testemunhou a graça de Deus, por que eles foram salvos, alegrou-se. Outros judeus pode ter sido chateado com a conversão dos gentios, mas não Barnabé. Para ver Perdido Souls gentios adicionados ao reino ele trouxe alegria imensurável.

    Ele, então, começou a incentivá-los todos com o coração firme determinação de permanecer fiéis ao Senhor. Essa exortação reflete a preocupação que cada pastor sente para os novos convertidos, que continuem na fé. Em At 13:43 , Paulo e Barnabé exortou os novos crentes a "continuar na graça de Deus." Em 14:22 , que exortou os cristãos de Listra, Icônio e Antioquia "continuar na fé." A única maneira de permanecer fiel ao Senhor é continuar em Sua Palavra, onde Ele se revela para o crente. O apóstolo João escreveu: "Deixe que permanecerem em vós o que ouvistes desde o princípio. Se o que você ouviu, desde o início, fica em vós, também permanecereis no Filho e no Pai" ( 1Jo 2:24 ). "Se vós permanecerdes na minha palavra", disse Jesus, "então você é verdadeiramente meus discípulos" (Jo 8:31 ). É por meio da Palavra que o Espírito Santo, o professor residente verdade ( 1Jo 2:27 ), instrui os crentes.

    Mais uma vez, Lucas narra o progresso da igreja, sempre em expansão, actualizando o seu crescimento. Através do ministério em curso em Antioquia, um número considerável foram trazidos para o Senhor. A colheita era demasiado vasto para Barnabé para segurar sozinho, então ele foi para a ajuda. Ele imediatamente pensou no melhor homem possível para o trabalho, por isso ele partiu para Tarso a procurar Saul. Encontrá-lo não foi tarefa fácil, no entanto. Vários anos se passaram desde Saul fugiu de Jerusalém para sua casa em Tarso ( At 9:30 ). Ele aparentemente tinha sido deserdado por suas crenças cristãs ( Fp 3:8 ). O que era um termo de escárnio, porém, logo se tornou uma questão de honra para a igreja primitiva. O historiador Eusébio refere a conta do mártir Sanctus, que respondeu a todas as perguntas dos seus torturadores simplesmente: "Eu sou um cristão" ( História Eclesiástica V, I [Grand Rapids: Baker, 1973], 172).

    A Generosidade

    Agora, neste momento alguns desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. E um deles, chamado Ágabo levantou-se e começou a indicar pelo Espírito, que certamente haveria uma grande fome em todo o mundo. E isso aconteceu no reinado de Claudius. E na proporção em que qualquer um dos discípulos tinham meios, cada um deles determinado a enviar uma contribuição para o alívio aos irmãos que habitavam na Judéia. E isso que eles fizeram, enviando-o a cargo de Barnabé e Saulo para os anciãos. ( 11: 27-30 )

    A primeira igreja Gentil não só foi soar na doutrina, mas também forte no amor. Neste momento alguns profetas desceram de Jerusalém a Antioquia tendo notícias perturbadoras. O termo profeta não se refere a uma figura do Antigo Testamento, como Isaías ou João Batista, mas para os pregadores do Novo Testamento (cf. 1Co 14:32. ; . Ef 2:20 ). Um deles, chamado Ágabo levantou-se e começou a indicar pelo Espírito, que certamente haveria uma grande fome em todo o mundo. Como os apóstolos, os profetas não eram uma ordem permanente. Tendo cumprido seu propósito fundamental, eles gradualmente desapareceu de cena, para ser substituído pelos evangelistas e pastores e mestres ( Ef 4:11 ).

    A profecia de Ágabo aconteceu no reinado de Claudius ( UM . D . 41-54). Os anos A . D . 45-46 viu grandes fomes em Israel. Vários escritores antigos atestam esse fato, inclusive Tácito ( Anais XI.43), Josephus ( Antiguidades XX.ii.5 ) e Suetônio ( Claudius 18).

    A resposta da igreja de Antioquia ao pedido de dinheiro para ajudar os crentes da Judéia foi imediata. Na proporção em que qualquer um dos discípulos tinham meios, cada um deles determinado a enviar uma contribuição para o alívio aos irmãos que habitavam na Judéia. Determinado a ajudar a igreja mãe em Jerusalém, os cristãos de Antioquia coletado material de socorro para eles. Muito parecido com a generosidade da Igreja em Jerusalém ( Atos 4:34-35 ) foi esta expressão de amor por seus irmãos gentios. Cada deu em proporção a seus meios, e a igreja enviou a contribuição de volta a Jerusalém no comando de seus dois melhores homens- Barnabé e Saulo. O seu regresso a Jerusalém é observado em At 12:25 .

    A fase final do mandamento do Senhor registrada em Atos 1:8 tinha sido alcançado. A igreja, originalmente judaica, havia se expandido a partir de Jerusalém e Judéia para a Samaria e aos gentios nos confins da terra. A igreja de Antioquia, iniciada neste capítulo, foi a desempenhar um papel de liderança por vários séculos. Mas de todas as suas honras, uma se destaca: era a igreja que o apóstolo Paulo pastoreada e da qual ele foi chamado pelo Espírito para lançar suas viagens missionárias ( Atos 13:1 e ss .).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 11 do versículo 1 até o 30

    Atos 11

    Pedro se defende — At 11:1-10

    A importância que Lucas dava a este incidente está demonstrada pela quantidade de espaço que lhe dedicou. Nos tempos antigos um escritor não contava com um espaço limitado. Ainda não se usava a forma de livro. Os escritores usavam rolos de um material chamado papiro, que foi o precursor do papel, e que era feito da medula da planta do mesmo nome, que era uma espécie de junco. O rolo era muito pesado e a medida que podia manipular-se facilmente estava estritamente limitada. O rolo mais longo que se utilizava tinha uns onze metros e essa medida precisamente seria necessária para escrever o livro dos Atos.
    Dentro desse espaço Lucas tinha que trabalhar com um material praticamente interminável. Tinha que selecionar com grande cuidado o que ia preservar e escrever; e entretanto encontrou que este incidente de Pedro e Cornélio era de uma importância tal que o relata totalmente duas vezes. Lucas estava certo.

    Geralmente não nos damos conta de que o cristianismo esteve muito perto de transformar-se em outro tipo de judaísmo. Todos os primeiros cristãos eram judeus e a tradição e as perspectivas judias os teriam levado a guardar estas novas maravilhas para si mesmos e crer que não era possível que Deus quisesse que fossem aos desprezados gentios. Lucas nos relata duas vezes este incidente completo porque vê nele um notável marco no caminho pelo qual a Igreja buscava tateando a concepção de um mundo para Cristo.

    UMA HISTÓRIA CONVINCENTE

    Atos 11:11-18

    A falta pela qual se iniciou o juízo contra Pedro consistia em que comeu com gentios (versículo 3). Já vimos que um judeu estrito não podia conversar com um gentio. Apenas se concebia que um judeu entrasse por algum motivo prático à casa de um gentio; mas era totalmente incrível que se sentasse a comer com ele. Ao fazê-lo, Pedro violou a Lei ancestral e as tradições de seu povo. Devemos ter em conta a defesa de Pedro. Não argumentou; simplesmente demonstrou os fatos. Não importava o que estes críticos disseram; o Espírito Santo tinha descendido sobre esses gentios em forma notável. Isto não se podia discutir. No versículo 12 há um detalhe incidental muito interessante e significativo. Pedro diz que levou a seis crentes consigo. Isso fazia que houvesse sete pessoas presentes. Na lei egípcia, que os judeus conheciam bem, era preciso sete testemunhas para comprovar totalmente um caso. Na lei romana, que também conheceriam bem, necessitavam-se sete selos para autenticar um documento realmente importante tal como um testamento. De modo que Pedro em realidade estava dizendo: "Não discuto com vocês. Estou-lhes contando os fatos e tenho sete testemunhas. O caso está provado."

    A prova do cristianismo reside sempre nos fatos. É duvidoso que alguma vez alguém tenha sido ganho para o cristianismo por meio de provas verbais e demonstrações lógicas. A prova é que age, que um realidade muda os homens, que converte os maus em bons, que lhes confere o Espírito de Deus; e portanto o dever do cristão não é falar a respeito de sua fé mas demonstrá-la. Um dos maiores descréditos para o cristianismo ocorre quando as ações de um homem demonstram que suas palavras mentem; quando as palavras estão garantidas pela ação, o mundo vê perante si um fato a favor do cristianismo que suportará qualquer negativa.

    GRANDES COISAS SUCEDEM EM ANTIOQUIA

    Atos 11:19-21

    Em umas poucas palavras sóbrias e restringidas nos relata um dos maiores eventos da história. Agora, pela primeira vez, prega-se deliberadamente o evangelho aos gentios. Tudo esteve trabalhando neste sentido. Encontramo-nos com três degraus e três pilares no caminho.
    Primeiro, Filipe pregou aos samaritanos. Foi um degrau; mas os samaritanos depois de tudo eram meio judeus e conformavam uma ponte entre o mundo judeu e o gentio.
    Segundo, Pedro tinha aceito a Cornélio. Mas notemos que neste caso há uma diferença vital. Cornélio tomou a iniciativa. A Igreja cristã não o buscou; mas foi ele quem saiu em sua busca. Além disso, dá-se ênfase ao detalhe de que Cornélio era temente a Deus e, portanto, estava nos limites da fé judia.
    Terceiro, encontramo-nos com este degrau final em Antioquia. Aqui a Igreja não se dirigiu às pessoas que eram judias ou meio judias; nem esperou que os gentios se aproximassem buscando ser admitidos. Deliberadamente e com um propósito determinado, em forma espontânea e sem esperar o convite, pregou-se o evangelho aos gentios. Por fim o cristianismo se lançou à sua missão mundial.
    Aqui nos encontramos com um fato realmente surpreendente. A Igreja deu um dos passos mais importantes de todas as épocas; e nem sequer sabemos os nomes daqueles que o fizeram. Tudo o que sabemos é que provinham de Chipre e de Cirene; mas ninguém sabe nem jamais se saberá quem eram. Entram na história como os anônimos pioneiros de Cristo. Uma das tragédias da Igreja foi sempre que os homens queriam ser vistos, agradecidos, elogiados quando faziam algo que consideravam valioso. O que a Igreja necessitou sempre, possivelmente mais que qualquer outra coisa, é gente que faça sua tarefa sem se preocupar a quem se dará reconhecimento. Pode ser que aqueles homens não tenham escrito seus nomes nos livros de história; mas foram escritos para sempre no Livro da Vida.

    Mas surge outro fato surpreendente. Este incidente dá começo a uma seção de Atos em que Antioquia ocupa o lugar principal. Antioquia era a terceira cidade do mundo em tamanho. Só Roma e Alexandria eram maiores. Estava localizada perto da desembocadura do rio Orontes a uns vinte e quatro quilômetros do Mediterrâneo. Era uma bela e cosmopolita cidade. Mas era sinônimo de imoralidade e luxúria. Era famosa por suas carreiras de carros e por uma busca deliberada do prazer que se desenvolvia literalmente dia e noite. Em termos modernos, podemos descrevê-la como uma cidade enlouquecida pelo jogo, as apostas e os clubes noturnos. Mas acima de tudo era famosa pelo culto a Dafne cujo templo estava a uns oito quilômetros da cidade nos bosques de louros. A lenda diz que Dafne era uma jovem mortal da qual Apolo se apaixonou. Perseguiu-a, e para salvar-se ela se converteu em uma planta de louro. As sacerdotisas do templo de Dafne eram prostitutas sagradas e, todas as noites, nestes bosques de louro se reiniciava a perseguição das sacerdotisas por parte de seus fiéis. "A moral de Dafne" era uma frase que todo mundo utilizava significando uma forma de vida desregrada e luxuriosa. Parece incrível, e entretanto é certo, que em uma cidade como esta o cristianismo deu o grande passo para converter-se na religião do mundo. Basta pensar nisto para descobrir que não existem situações desesperadoras.

    A SABEDORIA DE BARNABÉ

    Atos 11:22-26

    Quando os líderes da Igreja em Jerusalém se inteiraram do que acontecia em Antioquia enviaram naturalmente alguém para que investigasse a situação.

    Pela graça de Deus enviaram a quem enviaram. Poderiam ter mandado a alguém com uma mentalidade rígida e estreita que tivesse feito da lei um deus e que estivesse preso a suas normas e regras; mas enviaram o homem que tinha o coração maior de toda a Igreja. Enviaram a Barnabé. Barnabé já tinha apoiado a Paulo e o tinha patrocinado quando todos suspeitavam dele (At 9:27). Já tinha dado uma prova de seu amor cristão com sua generosidade para com os irmãos necessitados (Atos 4:36-37).

    De modo que quando foi ver o que acontecia, e observou que os gentios eram atraídos à comunidade da Igreja, alegrou-se muito. Mas devia achar-se alguém a quem encarregar da tarefa. Esse alguém devia ter uma dupla formação. Devia tratar-se de um judeu criado na tradição judia; mas devia ser também um homem que enfrentasse os gentios em um plano de igualdade. Devia ter coragem, já que Antioquia não era um lugar fácil para um líder cristão; e devia ser hábil para falar e discutir já que deveria enfrentar o ataque de judeus e gentios. Barnabé conhecia esse homem. Por quase nove anos não soubemos nada a respeito de Paulo. A última notícia que tivemos dele foi quando escapou de Cesaréia a Tarso (At 9:30). Sem dúvida durante este tempo tinha estado dando testemunho de Cristo em sua cidade natal. Esteve preparando-se, e agora estava pronta a tarefa que lhe tinha sido destinada; e Barnabé com uma profunda sabedoria o pôs a cargo dela.

    Em Antioquia foi onde se chamou os cristãos por este nome pela primeira vez. Esta palavra começou sendo um mote. O povo desta cidade era famosa pela facilidade com que encontravam motes risonhos. Mais tarde o barbado imperador Juliano visitou a cidade e o batizaram "O Bode". A terminação — iani significa pertencente ao partido de... Por exemplo caesariani significa pertencente ao partido de César. Cristãos significa: Esses amigos de Cristo. Era um mote meio zombador, risonho e depreciativo. Mas os cristãos tomaram o mote e o converteram em uma palavra que todo mundo chegaria a conhecer. Por meio de suas vidas o converteram em um nome que deixou de ser depreciativo para significar coragem e amor por virtudes admiradas por todos os homens.

    AJUDA EM MOMENTOS DIFÍCEIS Atos 11:27-30

    Nesta passagem aparecem em cena os profetas. Na Igreja primitiva eram gente muito importante. São novamente mencionados em At 13:1; 15; 32; At 21:9-10. Na Igreja primitiva, em geral, havia três grupos de dirigentes e funcionários.

  • Havia os apóstolos. Sua autoridade não era restrita a um lugar determinado; suas decisões envolviam toda a Igreja; eram realmente considerados como sucessores de Jesus.
  • Havia os anciãos. Estes eram os ministros locais. Sua autoridade se limitava ao lugar que dirigiam. Estavam a cargo das Igrejas locais.
  • Havia os profetas. Devemos deduzir sua função de seu nome. A palavra profeta significa tanto adivinho como alguém que prediz o futuro. Eram homens que prediziam o futuro, mas mais ainda, prediziam a vontade de Deus. Não tinham uma esfera de ação limitada; não pertenciam a uma determinada igreja. Eram homens que viviam perto de Deus e que não tinham lares nem ataduras, mas sim foram a todas as partes apontando Deus aos homens. Sua reputação era muito boa.
  • Os Ensinos dos Doze Apóstolos que data do ano 100 d. C. contém o primeiro livro de ordens de culto da Igreja. Estão estabelecidas as ordens para um serviço de eucaristia, o sacramento da Ceia do Senhor, mas se dispõe também que os profetas têm permissão para conduzir o culto tal como o desejem. Os homens sabiam que tinham dons especiais. Mas também corriam perigos especiais. Os mais baixos motivos podiam fazer surgir um profeta. Havia falsos profetas, que simplesmente golpeavam às portas da caridade cristã e viviam dela. O mesmo livro adverte contra o profeta que em uma visão pede dinheiro ou comida; ensina que se deve dar hospitalidade por só uma noite e que se deseja ficar por mais tempo sem trabalhar é porque se trata de um falso profeta. Na Igreja primitiva, os profetas eram os homens errantes de Deus.

    Todo este incidente é muito significativo porque demonstra que os homens primitivos se deram conta da unidade da Igreja. Se havia fome na Palestina, instintivamente a primeira coisa que a Igreja de Antioquia fez foi ajudar. Naqueles dias sabiam que eram membros do corpo de Cristo. Para eles era inconcebível que uma parte da Igreja tivesse problemas e a outra não se interessasse por ela. Ainda estavam longe da perspectiva congregacional; tinham a visão ampla da Igreja como uma totalidade. Não eram membros da Igreja de Antioquia; eram-no da Igreja de Cristo.


    Dicionário

    Apaziguar

    Apaziguar Acalmar; sossegar (At 11:18).

    verbo transitivo direto e pronominal Tranquilizar ou pacificar; fazer ficar tranquilo ou pacífico: apaziguar os ânimos; apaziguou-se com o casamento.
    Comedir; tornar um sentimento menos intenso: apaziguar os desgostos; os problemas se apaziguaram com o tempo.
    Etimologia (origem da palavra apaziguar). Do espanhol apaciguar.

    Arrependimento

    Arrependimento é o sentimento de pesar por faltas cometidas, ou por um ato praticado. Neste último sentido se diz a respeito de Deus, como se vê em Gn 6:6 – 1 Sm 15.11, etc. – e, semelhantemente, as ações divinas são, a outros respeitos, apresentadas por meio de ter-mos que se aplicam propriamente em relação ao homem (Gn 8:1 – 11.5). os profetas, em muitas das suas passagens, chamam o homem ao arrependimento dos seus pecados e à mudança de vida (is 55:7Jr 3:12-14Ez 14:6Jl 2:12-13). Com respeito a alguns exemplos de arrependimento e confissão de pecados, no A.T., *veja Nm 12:11 – 1 Sm 15.24 a 31 – 2 Sm 12.13 – 1 Rs 21.27 a 29 – 2 Cr 12.6,7. No N. T. uma palavra traduzida por ‘arrependimento’ denota pesar por coisa feita (Mt 21:30), e é usada em relação a Judas (Mt 27:3). outra palavra (na sua forma verbal ou substantiva) exprime uma mudança de idéias, que se manifesta numa mudança de vida e de propósitos. É a palavra usada na pregação de Jesus (Mt 4:17, etc.), na dos Apóstolos (At 2:38 – 5.31, etc.), nas Epístolas (Rm 2:4, etc.), e no Apocalipse (2.5, etc.).

    remorso, pesar, contrição, atrição, compunção, penitência. – Segundo Lacerda, arrependimento “é o sentido pesar, a pena pungente de haver cometido erro ou culpa, acompanhado do desejo veemente de emenda e reparação. – Indica a palavra remorso, no sentido translato, o remordimento, a angústia que nos atormenta a consciência quando delinquimos, ou perpetramos algum grave delito. – Pesar é a recordação molesta e penosa causada pela falta que se cometeu. – Contrição é palavra religiosa, e significa a dor profunda e sincera de ter ofendido a Deus por ser quem é, e porque o devemos amar 27 E, no entanto, o uso autoriza o emprego desta palavra tratando-se de qualquer substância que dá perfume. 208 Rocha Pombo de todo o coração sobre todas as coisas. A contrição alcança-nos o perdão de Deus; o tempo diminui o pesar; a reparação aquieta o arrependimento; os remorsos, porém, perseguem o malvado impenitente até à sepultura”. – Atrição é quase o mesmo que contrição: é também termo de teologia, e exprime a ideia de que o atrito se impressiona mais com o castigo do que com a dor da consciência. – A compunção (define Bruns.) “é uma contrição levada ao mais alto grau, pois é a dor profunda (e amargurada) de ter ofendido a Deus, dor que não provém do receio do castigo, senão do verdadeiro amor divino...” – Penitência é ao mesmo tempo “a compunção, o arrependimento do contrito, com o desejo de sofrer penas que lhe resgatem a culpa cometida”.

    [...] é apenas a preliminar indispensável à reabilitação, mas não é o bastante para libertar o culpado de todas as penas. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 5

    [...] é o prelúdio do perdão, o alívio dos sofrimentos, mas porque Deus não absolve incondicionalmente, faz-se mister a expiação, e principalmente a reparação. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

    [...] arrepender-se significa sentir dor ou pesar (por faltas ou delitos cometidos); mudar de parecer ou de propósito; emendar-se; corrigir-se.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 41

    O arrependimento não é a remissão total da dívida, é a faculdade, o caminho para redimi-la. E é nisso que consiste, segundo o código de Kardec, o perdão do Senhor.
    Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - O Paracleto

    O arrependimento é, com efeito, um meio de chegar ao fim, de chegar à expiação produtiva, à atividade nas provações, à perseverança no objetivo. É uma venda que se rasga e que, permitindo ao cego ver a luz brilhante que tem diante de si, o enche do desejo de possuí-la. Mas, isso não o exime de perlustrar o seu caminho. Ele passa a ver melhor os obstáculos, consegue transpô-los mais rapidamente e com maior destreza e atinge mais prontamente o fim colimado. Nunca, porém, vos esqueçais desta sentença. A cada um de acordo com as suas obras. As boas apagam as más. Todavia, o Espírito culpado não pode avançar, senão mediante a reparação.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

    [...] caminho para a regeneração e nunca passaporte direto para o céu [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    A concepção instrumental do tipo ético é a que compreende a arte como um instrumento de elevação moral. [...]
    Referencia: TOURINHO, Nazareno• A dramaturgia espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Ética estética

    [...] no plano da cultura, a Arte será sempre, e cada vez mais, a livre criação do ser humano em busca da beleza.
    Referencia: TOURINHO, Nazareno• A dramaturgia espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Epíl•

    [...] A Arte é a mediunidade do Belo, em cujas realizações encontramos as sublimes visões do futuro que nos é reservado.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

    A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas. Ela significa a mais profunda exteriorização do ideal, a divina manifestação desse mais além que polariza as esperanças da alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 161


    Arrependimento Decisão de mudança total de atitude e de vida, em que a pessoa, por ação divina, é levada a reconhecer o seu pecado e a sentir tristeza por ele, decidindo-se a abandoná-lo, baseando sua confiança em Deus, que perdoa (Mt 3:2-8); (2Co 7:9-10); (2Pe 3:9). O comp lemento do arrependimento é a FÉ 2. E os dois juntos constituem a CONVERSÃO. V. REMORSO.

    arrependimento s. .M 1. Ato de arrepender-se; pesar sincero de algum ato ou omissão. 2. Contrição. 3. Mudança de deliberação.

    Arrependimento Em hebraico, o termo utilizado é “teshuváh”, que procede de uma raiz verbal que significa voltar ou retornar.

    No Antigo Testamento, é um chamado constante dos profetas para afastar-se do mau caminho e viver de acordo com a Aliança. Em nenhum caso, indica a obtenção do perdão mediante o esforço humano, mas receber o perdão misericordioso de Deus para seguir uma vida nova de obediência a seus mandamentos.

    Nos evangelhos, o conceito de arrependimento (“metanoia” ou mudança de mentalidade) é um conceito essencial, equivalente à conversão, que se liga ao profetismo do Antigo Testamento, mostrando-se distanciado do desenvolvimento do judaísmo posterior. Jesus insiste na necessidade de arrepender-se porque chegou o Reino de Deus (Mc 1:14-15) e afirma que se perecerá se não houver arrependimento (Lc 13:1-5).

    O arrependimento jamais é uma obra meritória, mas uma resposta ao chamado amoroso e imerecido de Deus (Lc 15:1-32). O arrependimento é, portanto, voltar-se à graça de Deus, recebê-la humilde e agradecidamente e, então, levar uma vida conforme os princípios do Reino. E até mesmo àquele que se arrepende e já não tem possibilidade de mudar de vida, porque está prestes a morrer, Deus mostra seu amor, acolhendo-o no paraíso (Lc 23:39-43).


    Coisas

    coisa | s. f. | s. f. pl.

    coi·sa
    (latim causa, -ae, causa, razão)
    nome feminino

    1. Objecto ou ser inanimado.

    2. O que existe ou pode existir.

    3. Negócio, facto.

    4. Acontecimento.

    5. Mistério.

    6. Causa.

    7. Espécie.

    8. [Informal] Qualquer pessoa do sexo feminino cujo nome se ignora ou não se quer nomear.

    9. [Informal] Órgão sexual feminino.

    10. Qualquer objecto que não se quer ou não se consegue nomear (ex.: essa coisa não serve para nada).

    11. [Informal] Órgão sexual masculino. = COISO

    12. [Brasil: Nordeste] Cigarro de haxixe ou marijuana. = BASEADO


    coisas
    nome feminino plural

    13. Bens.


    aqui há coisa
    [Informal] Expressão que indica que algo levanta suspeitas ou dúvidas. = AQUI HÁ GATO

    coisa alguma
    O mesmo que nada.

    coisa de
    [Informal] Aproximadamente, cerca de.

    coisa nenhuma
    Usa-se para negar a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: não se lembrou de coisa nenhuma para dizer; coisa nenhuma lhe parecia interessante). = NADA

    coisas da breca
    [Informal] Coisas inexplicáveis, espantosas.

    coisas do arco-da-velha
    [Informal] Histórias extraordinárias, inverosímeis.

    coisas e loisas
    [Informal] Grande quantidade de coisas diversificadas.

    [Informal] Conjunto de coisas indeterminadas.

    como quem não quer a coisa
    [Informal] Dissimuladamente.

    fazer as coisas pela metade
    [Informal] Não terminar aquilo que se começou.

    mais coisa, menos coisa
    [Informal] Aproximadamente.

    não dizer coisa com coisa
    [Informal] Ter um discurso desconexo; dizer disparates, coisas sem sentido.

    não estar com coisas
    [Informal] Agir prontamente, sem hesitar.

    não estar/ser (lá) grande coisa
    [Informal] Não estar/ser particularmente bom ou extraordinário.

    ou coisa que o valha
    [Informal] Ou algo parecido.

    pôr-se com coisas
    [Informal] Arranjar problemas ou dificuldades onde não existem.

    que coisa
    [Informal] Exclamação que se usa para exprimir espanto, desagrado ou irritação.

    ver a
    (s): coisa
    (s): malparada(s)
    [Informal] Prever insucesso ou perigo aquando da realização de algo.


    Sinónimo Geral: COUSA


    Deus


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Déu

    substantivo masculino Usa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.

    Gentios

    [...] Gentios eram todos os que não professavam a fé dos judeus.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Os gentios, de quem aqui se fala como tendo vindo para adorar o dia da festa, eram estrangeiros recém-convertidos ao Judaísmo. Chamavam-lhes gentios por serem ainda tidos como infiéis, idólatras. Mesmo passados séculos, os convertidos eram considerados abaixo dos legítimos filhos de Israel, que não percebiam haver mais mérito em fazer a escolha do bem, do que em adotá-lo inconscientemente.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4


    Gentios Termo com o qual os judeus se referiam aos “goyim”, isto é, aos não-judeus. Tanto o ministério de Jesus como a missão dos apóstolos excluíam, inicialmente, a pregação do Evangelho aos gentios (Mt 10:5-6). Mesmo assim, os evangelhos narram alguns casos em que Jesus atendeu às súplicas de gentios (Mt 8:28-34; 14,34-36; 15,21-28) e, em uma das ocasiões, proclamou publicamente que a fé de um gentio era superior à que encontrara em Israel (Mt 8:5-13).

    É inegável que Jesus — possivelmente por considerar-se o servo de YHVH — contemplou a entrada dos gentios no Reino (Mt 8:10-12). E, evidentemente, a Grande Missão é dirigida às pessoas de todas as nações (Mt 28:19-20; Mc 16:15-16).

    m. Gourgues, El Evangelio a los paganos, Estella 21992; J. Jeremias, La promesa de Jesús a los paganos, Madri 1974; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Este conceito aparece freqüentemente na Bíblia. No AT, é muitas vezes traduzido como “gentio” e significa simplesmente “pagão”, “povo” ou “nação”. Também é a maneira de referir-se a todos os que não são israelitas e, assim, torna-se um termo que designa “os de fora”. No AT, as relações com os gentios às vezes eram hostis (de acordo com os residentes em Canaã: Ex 34:10-16; Js 4:24), ou amigáveis (como na história de Rute). Para Israel, era proibido qualquer envolvimento com a religião dos gentios e, quando isso ocorria, acarretava castigo e repreensão. Os profetas faziam paralelos com esse quadro. Às vezes, prediziam juízo severo sobre as nações, por causa da idolatria (Is 17:12-14; Is 34:1-14), enquanto anunciavam também a esperança de que um dia as nações participariam da adoração ao Senhor (Is 2:1-4). Até mesmo predisseram a futura honra da Galiléia dos gentios (Is 9:1), um texto que Mateus 4:15 cita com referência ao ministério de Jesus.

    No NT, o conceito também tem uma ampla utilização. Em muitos casos, o termo traduzido como “gentio” pode também ser compreendido como “nação”. Em geral, este vocábulo refere-se aos não israelitas, da mesma maneira que no A.T. Às vezes refere-se a uma região que não faz parte de Israel (Mt 4:15). Freqüentemente é usado como um termo de contraste étnico e cultural. Se os gentios fazem algo, é uma maneira de dizer que o mundo realiza aquilo também (Mt 5:47; Mt 6:7-32; Lc 12:30). Muitas vezes, quando este vocábulo é usado dessa maneira, é como exemplo negativo ou uma observação de que tal comportamento não é comum nem recomendável. O termo pode ter também a força de designar alguém que não faz parte da Igreja (Mt 18:17). Às vezes descreve os que ajudaram na execução de Jesus ou opuseram-se ao seu ministério (Mt 20:19; Lc 18:32; At 4:25-27). Às vezes também os gentios se uniram aos judeus em oposição à Igreja (At 14:5).

    Além disso, como um termo de contraste, é usado de maneira positiva, para mostrar a abrangência do Evangelho, que claramente inclui todas as nações (Mt 28:19; At 10:35-45). Paulo foi um apóstolo chamado especificamente para incluir os gentios em seu ministério (At 13:46-48; At 18:6; At 22:21; At 26:23; At 28:28; Rm 1:5-13; Rm 11:13; Gl 1:16-1Tm 2:7; Tm 4:17). Cristo, como o Messias, é chamado para governar as nações e ministrar a elas (Rm 15:11-12). Assim, os gentios têm acesso à presença de Jesus entre eles (Cl 1:27) e igualmente são herdeiros da provisão de Deus para a salvação (Ef 3:6). Assim, não são mais estrangeiros, mas iguais em Cristo (Ef 2:11-22). Como tais, os gentios ilustram a reconciliação que Jesus traz à criação. Dessa maneira, a promessa que o Senhor fez a Abraão, de que ele seria pai de muitas nações, é cumprida (Rm 4:18). Assim Deus é tanto o Senhor dos judeus como dos gentios (Rm 3:29). Na verdade, a inclusão dos povos torna-se o meio pelo qual Deus fará com que Israel fique com ciúmes e seja trazido de volta à bênção (Rm 11:11-32).

    Cornélio é uma figura que ilustra o relacionamento dos gentios com Deus (At 10:11). Esse centurião é apresentado como a pessoa escolhida para revelar a verdade de que o Senhor agora alcança pessoas de todas as nações e que as barreiras étnicas foram derrubadas, por meio de Jesus. Assim, a quebra dos obstáculos culturais é a ação à qual Lucas constantemente se refere em Atos, ou seja, a maneira como a Igreja trata da incorporação dos judeus e gentios na nova comunidade que Cristo tinha formado (At 15:7-12). Ao trazer a salvação aos gentios, Deus levou sua mensagem até os confins da Terra (At 13:47). D.B.


    Emprega-se esta palavra para significar aqueles povos que não eram da família hebraica (Lv 25:44 – 1 Cr 16.24, etc.). E usa-se o mesmo termo para descrever os incrédulos, como em Jr 10:25. Dum modo geral os gentios eram todos aqueles que não aceitavam que Deus se tivesse revelado aos judeus, permanecendo eles então na idolatria. Tinha sido divinamente anunciado que na descendência de Abraão seriam abençoadas todas as nações – que as gentes se uniriam ao Salvador, e ficariam sendo o povo de Deus (Gn 22:18 – 49.10 – Sl 2:8 – 72 – is 42:6 – 60). Quando veio Jesus Cristo, a sua resposta aos gregos implicava que grandes multidões de gentios haviam de entrar na igreja (Jo 12:20-24). Tanto na antiga, como na nova dispensação, não podia o povo de Deus aliar-se pelo casamento com os gentios. E nos seus primitivos tempos os judeus constituíam essencialmente uma nação separada das outras (Lv 20:23), e eram obrigados a conservar, para não se confundirem com os outros povos, o seu caráter moral, político e religioso, sob pena de duras sentenças (Lv 26:14-38 – Dt 28). Era mesmo proibido unirem-se pelo casamento com a parte remanescente das gentes conquistadas, e que tinham ficado na Palestina (Js 23:7), para que não fossem castigados como o tinham sido os seus antecessores (Lv 18:24-25). Um amonita ou moabita era excluído da congregação do Senhor, sendo essa medida tomada até à décima geração (Dt 23:3), embora um idumeu ou egípcio tenha sido admitido na terceira. A tendência que se notava nos israelitas para caírem na idolatria mostra a necessidade que havia da severidade empregada.

    substantivo masculino plural Quem não é judeu nem professa o judaísmo.
    Religião Quem não professa o cristianismo, a religião cristã; pagão, idólatra.
    Pessoa incivilizada; selvagem: os gentios vivem isolados da sociedade.
    adjetivo Que não é cristão; próprio dos pagãos: rituais gentios.
    Que não é civilizado; selvagem: comportamentos gentios.
    Etimologia (origem da palavra gentios). Plural de gentio, do latim genitivu "nativo".

    Glorificar

    verbo transitivo direto Cobrir de glória, de louvor; gloriar, exaltar: glorificar um herói.
    Fazer uma homenagem a; celebrar as boas qualidades, os feitos de; homenagear: o colégio glorificou os melhores.
    Religião Atribuir a alguém a glória eterna; conduzir à bem-aventurança, à felicidade eterna ao lado de Deus; canonizar, beatificar: glorificar um papa.
    verbo pronominal Tornar-se notável; distinguir-se dos demais: glorificou-se fazendo o bem.
    Dar uma importância excessiva para os próprios feitos e qualidades; exaltar-se: glorificava-se de seu dinheiro.
    Etimologia (origem da palavra glorificar). Do latim glorificare.

    Glorificar
    1) Dar GLÓRIA 1, (Sl 22:23; Jo 21:19; Rm 1:21).


    2) Mostrar a GLÓRIA 2, (Jo 12:28; 17.5).


    3) Ser levado à GLÓRIA 3, (Jo 7:39).


    4) Receber a GLÓRIA 1, (2Ts 1:10).


    5) Repartir a GLÓRIA 1, com (Rm 8:30).


    6) Conseguir a GLÓRIA 1, às custas de (Ex 14:4).


    Verdade

    substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
    Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
    Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
    Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
    Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
    [Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
    Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.

    Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

    [...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

    O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

    [...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

    [...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

    [...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    [...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

    A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

    [...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

    Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

    [...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    A verdade é a essência espiritual da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

    Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


    Verdade
    1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


    2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


    3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


    4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).


    Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).

    Vida

    substantivo feminino Conjunto dos hábitos e costumes de alguém; maneira de viver: tinha uma vida de milionário.
    Reunião daquilo que diferencia um corpo vivo do morto: encontrou o acidentado sem vida; a planta amanheceu sem vida.
    O que define um organismo do seu nascimento até a morte: a vida dos animais.
    Por Extensão Tempo que um ser existe, entre o seu nascimento e a sua morte; existência: já tinha alguns anos de vida.
    Por Extensão Fase específica dentro dessa existência: vida adulta.
    Figurado Tempo de duração de alguma coisa: a vida de um carro.
    Por Extensão Reunião dos seres caracterizados tendo em conta sua espécie, ambiente, época: vida terrestre; vida marítima.
    Figurado Aquilo que dá vigor ou sentido à existência de alguém; espírito: a música é minha vida!
    Reunião dos fatos e acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; biografia: descrevia a vida do cantor.
    O que uma pessoa faz para sobreviver: precisava trabalhar para ganhar a vida.
    Figurado O que se realiza; prática: vida rural.
    Etimologia (origem da palavra vida). Do latim vita.ae.

    [...] A vida humana é, pois, cópia davida espiritual; nela se nos deparam emponto pequeno todas as peripécias daoutra. Ora, se na vida terrena muitasvezes escolhemos duras provas, visandoa posição mais elevada, porque não ha-veria o Espírito, que enxerga mais lon-ge que o corpo e para quem a vidacorporal é apenas incidente de curtaduração, de escolher uma existênciaárdua e laboriosa, desde que o conduzaà felicidade eterna? [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 266

    A vida vem de Deus e pertence a Deus,pois a vida é a presença de Deus emtoda parte.Deus criou a vida de tal forma que tudonela caminhará dentro da Lei deEvolução.O Pai não criou nada para ficar na es-tagnação eterna.A vida, em essência, é evolução. [...
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    V A vida é uma demonstração palmar de que o homem vem ao mundo com responsabilidades inatas; logo, a alma humana em quem se faz efetiva tal responsabilidade é preexistente à sua união com o corpo.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 17

    [...] é um dom da bondade infinita [...].
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

    [...] é uma aventura maravilhosa, através de muitas existências aqui e alhures.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 16

    [...] É o conjunto de princípios que resistem à morte.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    A vida é uma grande realização de solidariedade humana.
    Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] o conjunto das funções que distinguem os corpos organizados dos corpos inorgânicos. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

    [...] É a Criação... [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

    A vida é uma idéia; é a idéia do resultado comum, ao qual estão associados e disciplinados todos os elementos anatômicos; é a idéia da harmonia que resulta do seu concerto, da ordem que reina em suas ações.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

    A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

    Cada vida terrena [...] é a resultante de um imenso passado de trabalho e de provações.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 18

    [...] é um cadinho fecundo, de onde deves [o Espírito] sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores.
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

    [...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

    A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade.
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 6

    [...] é um depósito sagrado e nós não podemos dispor de bens que nos não pertencem.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

    A vida sem virtudes é lento suicídio, ao passo que, enobrecida pelo cumprimento do dever, santificada pelo amor universal, é o instrumento mais precioso do Espírito para o seu aperfeiçoamento indefinido.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    A vida é um sonho penoso, / Do qual nos desperta a morte.
    Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 2

    [...] é uma força organizadora, que pode contrariar a tendência da matéria à V V desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desorganizada.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

    [...] é um turbilhão contínuo, cuja diretiva, por mais complexa que seja, permanece constante. [...] (66, t. 2, cap.
    1) [...] é uma força física inconsciente, organizadora e conservadora do corpo.
    Referencia: FRANCINI, Walter• Doutor Esperanto: o romance de Lázaro Luís Zamenhof, criador da língua internacional• Com cartaprefácio do Dr• Mário Graciotti, da Academia Paulista de Letras• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - 1a narrativa

    Considerada a vida uma sublime concessão de Deus, que se apresenta no corpo e fora dele, preexistindo-o e sobrevivendo-o, poder-se-á melhor enfrentar os desafios existenciais e as dificuldades que surgem, quando na busca da auto-iluminação. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

    [...] é uma sinfonia de bênçãos aguardando teus apontamentos e comentários.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 46

    [...] é uma grande tecelã e nas suas malhas ajusta os sentimentos ao império da ordem, para que o equilíbrio governe todas as ações entre as criaturas.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 2, cap• 9

    [...] é grande fortuna para quem deve progredir.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 7

    Vidas são experiências que se aglutinam, formando páginas de realidade.
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pról•

    A vida física é oportunidade purificadora, da qual, em regra, ninguém consegue eximir-se. Bênção divina, flui e reflui, facultando aprimoramento e libertação.
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 1

    [...] é o hálito do Pai Celeste que a tudo vitaliza e sustenta...
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

    A vida terrena é um relâmpago que brilha por momentos no ambiente proceloso deste orbe, e logo se extingue para se reacender perenemente nas paragens siderais.
    Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - L• 1, Na pista da verdade

    [...] a nossa vida é um tesouro divino, que nos foi confiado para cumprir uma missão terrena [...].
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 1

    [...] a vida humana é uma série ininterrupta de refregas e de desilusões...
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 22

    [...] a vida humana é uma intérmina cadeia, uma corrente que se compõe de muitos elos, cada qual terminando no sepulcro, para de novo se soldar em ulterior encarnação até que o Espírito adquira elevadas faculdades, ou atinja a perfeição.
    Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

    Vida e morte, uma só coisa, / Verdade de toda gente: / A vida é a flor que desponta / Onde a morte é uma semente.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 173

    [...] Em suas evoluções, a vida nada mais é que a manifestação cada vez mais completa do Espírito. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    A vida, portanto, como efeito decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por V sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual.
    Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    [...] é amor e serviço, com Deus. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

    A vida é a mais bela sinfonia de amor e luz que o Divino Poder organizou.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

    Não vivi, pois a vida é o sentimento / De tudo o que nos toca em sofrimento / Ou exalta no prazer. [...] (185, Nova[...] é um combate insano e dolorido / Que temos de vencer. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum

    [...] A vida é mesmo ingente aprendizado, / Onde o aluno, por vez desavisado, / Tem sempre ensanchas de recomeçar [...].
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Renovação

    A vida humana não é um conjunto de artifícios. É escola da alma para a realidade maior.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mostremos o Mestre em nós

    [...] é a manifestação da vontade de Deus: vida é amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

    [...] A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

    [...] é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

    A vida em si é conjunto divino de experiências. Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 22

    [...] é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 68

    A vida é sempre a iluminada escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

    A vida é essência divina [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

    A vida por toda parte / É todo um hino de amor, / Serve a nuvem, serve o vale, / Serve o monte, serve a flor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

    Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    A oportunidade sagrada é a vida. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A vida é um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é a gloriosa manifestação de Deus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    V V A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A vida é um câmbio divino do amor, em que nos alimentamos, uns aos outros, na ternura e na dedicação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é a vida a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e de seu sublime mistério.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é caminho em que nos cabe marchar para a frente, é sobretudo traçada pela Divina Sabedoria.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A vida é uma escola e cada criatura, dentro dela, deve dar a própria lição. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26

    [...] é um grande livro sem letras, em que as lições são as nossas próprias experiências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

    A vida é uma corrente sagrada de elos perfeitos que vai do campo subatômico até Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Notícias

    A vida não é trepidação de nervos, a corrida armamentista ou a tortura de contínua defesa. É expansão da alma e crescimento do homem interior, que se não coadunam com a arte de matar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Apreciações

    A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

    A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

    [...] é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção da luz ou com a experiência da sombra, como você quiser.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 39

    [...] é o carro triunfante do progresso, avançando sobre as rodas do tempo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

    Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é a verdade, mostrando-te como és.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritos transviados

    A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para ascensão justa. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo!
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

    [...] é uma longa caminhada para a vitória que hoje não podemos compreender. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial

    V Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação, propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Tentação e remédio

    [...] é um cântico de trabalho e criação incessantes. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 24

    [...] é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60

    [...] toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23

    A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recípro ca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    δέ ἀκούω ταῦτα ἡσυχάζω καί δοξάζω θεός λέγω ἄρα καί ἔθνος δίδωμι θεός δίδωμι μετάνοια εἰς ζωή
    Atos 11: 18 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E, eles ouvindo estas coisas, se calaram, e glorificaram a Deus, dizendo: Então, Deus também concedeu aos gentios o arrependimento para a vida.
    Atos 11: 18 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    37 d.C.
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1325
    dídōmi
    δίδωμι
    bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
    (baths)
    Substantivo
    G1392
    doxázō
    δοξάζω
    pensar, supor, ser da opinião
    (they should glorify)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 3ª pessoa do plural
    G1484
    éthnos
    ἔθνος
    multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
    (Gentiles)
    Substantivo - neutro genitivo plural
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G2222
    zōḗ
    ζωή
    pingar
    ([that] water)
    Verbo
    G2270
    hēsycházō
    ἡσυχάζω
    unido n m
    (knit together)
    Adjetivo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3341
    metánoia
    μετάνοια
    acender, queimar, colocar fogo
    ([that] you shall set)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G686
    ára
    ἄρα
    guardar, poupar, acumular
    (have laid up in store)
    Verbo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δίδωμι


    (G1325)
    dídōmi (did'-o-mee)

    1325 διδωμι didomi

    forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

    1. dar
    2. dar algo a alguém
      1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
        1. dar um presente
      2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
      3. suprir, fornecer as coisas necessárias
      4. dar, entregar
        1. estender, oferecer, apresentar
        2. de um escrito
        3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
          1. algo para ser administrado
          2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
      5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
      6. fornecer, doar
    3. dar
      1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
        1. dar, distribuir com abundância
      2. designar para um ofício
      3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
      4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
        1. como um objeto do seu cuidado salvador
        2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
        3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
        4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
    4. conceder ou permitir a alguém
      1. comissionar

    Sinônimos ver verbete 5836


    δοξάζω


    (G1392)
    doxázō (dox-ad'-zo)

    1392 δοξαζω doxazo

    de 1391; TDNT - 2:253,178; v

    1. pensar, supor, ser da opinião
    2. louvar, exaltar, magnificar, celebrar
    3. honrar, conferir honras a, ter em alta estima
    4. tornar glorioso, adornar com lustre, vestir com esplendor
      1. conceder glória a algo, tornar excelente
      2. tornar renomado, causar ser ilustre
        1. Tornar a dignidade e o valor de alguém ou de algo manifesto e conhecido

    ἔθνος


    (G1484)
    éthnos (eth'-nos)

    1484 εθνος ethnos

    provavelmente de 1486; TDNT - 2:364,201; n n

    1. multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
      1. companhia, tropa, multidão
    2. multidão de indivíduos da mesma natureza ou gênero
      1. a família humana
    3. tribo, nação, grupo de pessoas
    4. no AT, nações estrangeiras que não adoravam o Deus verdadeiro, pagãos, gentis
    5. Paulo usa o termo para cristãos gentis

    Sinônimos ver verbete 5927


    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    ζωή


    (G2222)
    zōḗ (dzo-ay')

    2222 ζωη zoe

    de 2198; TDNT - 2:832,290; n f

    1. vida
      1. o estado de alguém que está cheio de vitalidade ou é animado
      2. toda alma viva
    2. vida
      1. da absoluta plenitude da vida, tanto em essência como eticamente, que pertence a Deus e, por meio dele, ao “logos” hipostático e a Cristo, em quem o “logos” assumiu a natureza humana
      2. vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a Deus, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em Cristo, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre.

    Sinônimos ver verbete 5821


    ἡσυχάζω


    (G2270)
    hēsycházō (hay-soo-khad'-zo)

    2270 ησυχαζω hesuchazo

    do mesmo que 2272; v

    1. manter quieto
      1. descansar, cessar de trabalhar
      2. conduzir a uma vida calma, dito daqueles que não estão correndo para cá e para lá, mas que ficam em casa e se dedicam a seus negócios
      3. estar em silêncio, i.e. nada dizer, ficar quieto

    Sinônimos ver verbete 5847


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μετάνοια


    (G3341)
    metánoia (met-an'-oy-ah)

    3341 μετανοια metanoia

    de 3340; TDNT - 4:975,636; n f

    1. como acontece a alguém que se arrepende, mudança de mente (de um propósito que se tinha ou de algo que se fez)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    ἄρα


    (G686)
    ára (ar'-ah)

    686 αρα ara

    provavelmente de 142 (devido a idéia de tirar uma conclusão); part

    1. portanto, assim, então, por isso