Enciclopédia de Gálatas 6:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gl 6: 1

Versão Versículo
ARA Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado.
ARC IRMÃOS, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.
TB Irmãos, se um homem for surpreendido em algum delito, vós, que sois espirituais, restaurai o tal num espírito de mansidão; e tu olha a ti mesmo, para que não sejas também tentado.
BGB Ἀδελφοί, ἐὰν καὶ προλημφθῇ ἄνθρωπος ἔν τινι παραπτώματι, ὑμεῖς οἱ πνευματικοὶ καταρτίζετε τὸν τοιοῦτον ἐν πνεύματι πραΰτητος, σκοπῶν σεαυτόν, μὴ καὶ σὺ πειρασθῇς.
BKJ Irmãos, se algum homem for surpreendido em uma falta, vós, que sois espirituais, restaurai o irmão no espírito de mansidão, considereis a vós mesmos para que também não sejais tentados.
LTT Ó irmãos, se até mesmo for- antes - apanhado 1332 um homem em alguma falta, vós, os que sois espirituais, restaurai o tal em espírito de mansidão (observando- em- minúcias- e- tomando- cuidados por ti mesmo, para que não, também tu, sejas tentado).
BJ2 Irmãos, caso alguém seja apanhado em falta, vós, os espirituais, corrigi esse tal com espírito de mansidão, cuidando de ti mesmo, para que também tu não sejas tentado.
VULG Fratres, etsi præoccupatus fuerit homo in aliquo delicto, vos, qui spirituales estis, hujusmodi instruite in spiritu lenitatis, considerans teipsum, ne et tu tenteris.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gálatas 6:1

Gênesis 9:20 E começou Noé a ser lavrador da terra e plantou uma vinha.
Gênesis 12:11 E aconteceu que, chegando ele para entrar no Egito, disse a Sarai, sua mulher: Ora, bem sei que és mulher formosa à vista;
Números 20:10 E Moisés e Arão reuniram a congregação diante da rocha, e Moisés disse-lhes: Ouvi agora, rebeldes: porventura, tiraremos água desta rocha para vós?
II Samuel 11:2 E aconteceu, à hora da tarde, que Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista.
Jó 4:3 Eis que ensinaste a muitos e esforçaste as mãos fracas.
Isaías 35:3 Confortai as mãos fracas e fortalecei os joelhos trementes.
Ezequiel 34:16 A perdida buscarei, e a desgarrada tornarei a trazer, e a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com juízo.
Mateus 9:13 Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.
Mateus 11:29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.
Mateus 18:12 Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou?
Mateus 26:69 Ora, Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: Tu também estavas com Jesus, o galileu.
Mateus 26:75 E lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, três vezes me negarás. E, saindo dali, chorou amargamente.
Lucas 15:4 Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
Lucas 15:22 Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés,
Romanos 8:6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
Romanos 14:1 Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.
Romanos 15:1 Mas nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos.
I Coríntios 2:15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
I Coríntios 3:1 E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo.
I Coríntios 4:21 Que quereis? Irei ter convosco com vara ou com amor e espírito de mansidão?
I Coríntios 7:5 Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.
I Coríntios 10:12 Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia.
I Coríntios 14:37 Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.
II Coríntios 2:7 De maneira que, pelo contrário, deveis, antes, perdoar-lhe e consolá-lo, para que o tal não seja, de modo algum, devorado de demasiada tristeza.
II Coríntios 10:1 Além disso, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde, mas ausente, ousado para convosco;
Gálatas 2:11 E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível.
Gálatas 5:23 Contra essas coisas não há lei.
II Tessalonicenses 3:15 Todavia, não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão.
II Timóteo 2:25 instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade
Hebreus 12:13 e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado.
Hebreus 13:3 Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo.
Tiago 3:2 Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo.
Tiago 3:13 Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.
Tiago 5:19 Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,
I Pedro 3:15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,
I João 5:16 Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore.
Judas 1:22 E apiedai-vos de alguns que estão duvidosos;

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 1332

Gl 6:1 "for- ANTES- apanhado": antes dele reagir e vencer a tentação em que caiu por não acautelar-se? Antes de fugir para- longe- dela? Antes do julgamento por Deus? Antes de eu e os seus irmãos também cairmos em alguma falha semelhante em gravidade? Ou, simplesmente, surpreendido?


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

gl 6:1
Fonte Viva

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 37
Página: 89
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, orientai-o com espírito de mansidão, velando por vós mesmos para que não sejais igualmente tentados.” — PAULO (Gl 6:1)


   Se tentamos orientar o irmão perdido nos cipoais do erro, com aguilhões de cólera, nada mais fazemos que lhe despertar a ira contra nós mesmos.

   Se lhe impusermos golpes, revidará com outros tantos.

   Se lhe destacamos as falhas, poderá salientar os nossos gestos menos felizes.

   Se opinamos para que sofra o mesmo mal com que feriu a outrem, apenas aumentamos a percentagem do mal, em derredor de nós.

   Se lhe aplaudimos a conduta errônea, aprovamos o crime.

   Se permanecemos indiferentes, sustentamos a perturbação.


Mas se tratarmos o erro do semelhante, como quem cogita de afastar a enfermidade de um amigo doente, estamos, na realidade, concretizando a obra regenerativa.

Nas horas difíceis, em que vemos um companheiro despenhar-se nas sombras interiores, não olvidemos que, para auxiliá-lo, é tão desaconselhável a condenação, quanto o elogio.

Se não é justo atirar petróleo às chamas, com o propósito de apagar a fogueira, ninguém cura chagas com a projeção de perfume.

Sejamos humanos, antes de tudo. Abeiremo-nos do companheiro infeliz, com os valores da compreensão e da fraternidade.

Ninguém perderá, exercendo o respeito que devemos a todas as criaturas e a todas as coisas.

Situemo-nos na posição do acusado e reflitamos se, nas condições dele, teríamos resistido às sugestões do mal.

Relacionemos as nossas vantagens e os prejuízos do próximo, com imparcialidade e boa intenção.

Toda vez que assim procedermos, o quadro se modifica nos mínimos aspectos.

De outro modo será sempre fácil zurzir e condenar, para cairmos, com certeza, nos mesmos delitos, quando formos, por nossa vez, visitados pela tentação.



gl 6:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Ao chegarmos ao sexto volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição, pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

gl 6:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 18
C. EXEMPLOS PRÁTICOS DE AMOR, 6:1-10

1. Restaurando os Caídos (6:1-5)

Paulo exorta os irmãos espirituais a restaurarem todo aquele que for vencido pelo pecado. Os irmãos devem empreender esta ação em espírito de mansidão, porque eles também estão sujeitos às tentações. Este compartilhamento de cargas cumpre a lei do amor de Cristo. Todo indivíduo deve procurar ter uma avaliação verdadeira sobre si mesmo, tendo passado no teste das exigências de Deus. Esta, e não as falhas dos outros, é a única base apropriada de alegria. Cada um é responsável por sua vida.

a) Restauração em espírito de humildade (6.1). A prova mais clara de que as pessoas vivem pelo Espírito é a presença de amor (agape), que se manifesta ativamente na comu-nidade cujos membros se importam uns com os outros. Uma expressão prática dessa realidade é a restauração daqueles que caíram. Paulo escreve: Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa (1). Não se trata de descobrir pecados na vida das pessoas; significa: se alguém é pego em pecado sem saber que estava em pecado. Deus não quer que haja essa situação; e não há necessidade dessa correção, se o crente se vale dos recursos que Paulo acabara de descrever." Contudo, se ocorre a derrocada" espiritual, os que são espirituais (os que vivem pelo Espírito; cf. 1 Co 3,1) têm uma responsabilidade decisiva. Eles devem encaminhar o tal, ajudando-o em amor a corrigir o erro." O tempo presente indica que esta correção é um processo e não um ato momentâneo. Nem sempre pode ser realizada, mas o crente tem de tentar. É uma res-ponsabilidade delicada e difícil, a qual só pode ser cumprida com espírito de mansi-dão. Não há outra ocasião que esta atitude, que é combinação de força e suavidade, seja mais necessária que aqui; é o único espírito no qual a correção é possível. O objetivo é uma recuperação saudável. "A correção pode ser feita de modo a desencorajar completamente o indivíduo, levando-o à depressão e desespero; ou pode ser feita de modo a levantar o indi-víduo com a determinação de torná-lo melhor e com a esperança de sair-se bem."

Ao mesmo tempo, o homem espiritual tem em si motivo suficiente para ser manso: Olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Não significa só "pen-sar", mas "prestar atenção" ou até "tomar nota" (cf. Rm 16:17). Paulo se dirige intencio-nalmente à consciência individual, ti mesmo.'" Qualquer crente pode estar na condição de tentado ou sob prova.'" O verbo grego peiradzo (tentado) é usado pelo menos de dois modos diferentes no Novo Testamento. Descreve as condições que ocorrem inesperada-mente com o homem, sobre as quais ele tem pouco controle. Nestas circunstâncias, a promessa é de vitória (cf. 1 Co 10.13). Outras vezes, como neste caso, o homem é respon-sável por estar na situação (cf. Mt 6:13; Lc 22:40-46; 1 Co 7.5). Em tais ocasiões, o crente se entregou pelo menos parcialmente à tentação, sendo praticamente equivalente a pecar. É exatamente o ponto que Paulo quer chegar. O apóstolo não está falando sobre a possibilidade de ser tentado ou provado, mas de pecar. Ao procurar corrigir quem caiu, é atitude saudável lembrar: "Eis-me aqui pela graça de Deus".

b) Prova de obediência aos mandamentos de Cristo (6.2). Ajudar a restaurar o irmão caído é modo tangível de levar as cargas uns dos outros (2). O termo grego bare (car-gas) descreve uma carga pesada de qualquer tipo, mas aqui diz respeito especificamente a compartilhar o sofrimento e a vergonha daquele que fracassou espiritualmente. Faz parte do imperativo do amor, e obedecer este mandamento é cumprir a lei de Cristo. Paulo já dissera que o amor cumpre a lei; aqui ele acrescenta que esta é a lei de Cristo. É certo que o apóstolo se refere à lei conforme é interpretada por Cristo (ver comentários em 5.14).

Não há dúvida de que a maior prova do amor divino no mundo é quando um grupo de pessoas leva amorosamente as cargas uns dos outros, tomando parte no sofrimen-to como também no prazer (cf. Jo 13:35). Não há como falsificar este comportamento. Toda motivação meramente humana fracassa, sendo dissolvida pelos ácidos do ciúme e da desconfiança.

O verdadeiro amor deve ser recíproco; é a abertura do coração para dar e receber. Às vezes, é mais difícil receber amor que dar, sobretudo para aqueles cuja personalidade é naturalmente independente. Mas até esse tipo de temperamento tem de tornar-se ponto de disciplina espiritual. Não há outro modo de cumprir a lei de Cristo, exceto pelo compartilhamento do amor.

O sucesso de instituições e organizações como os Alcoólatras Anônimos demonstra a terapia do sofrimento compartilhado, quando quem ajuda e é ajudado acha a cura por dependência mútua. Ainda mais na comunhão cristã, o amor compartilhado mostra que é abençoadamente redentor.

  1. Atitudes que impedem a restauração (6.3). Paulo adverte contra a idéia de al-guém pensar ser alguma coisa (3). É perigosamente fácil o crente justificar-se quando vê o erro nos outros. Mas o crente que se consola ou se satisfaz comparando-se com pessoas que erraram acaba se identificando com aquele que engana-se a si mesmo. Não há indivíduo mais enganado do que quem se satisfaz consigo mesmo.

Este versículo não está ensinando que todos os homens não têm valor; que o homem não é nada, e quem pensa que é alguma coisa se engana. Não é esta a intenção de Paulo, como mostra claramente o versículo 4. Paulo está depreciando toda avaliação própria que esteja baseada em comparação com os outros, sobretudo com aqueles que caíram em pecado (cf. 2 Co 10.12).

  1. Responsabilidade pessoal (6.4,5). Prove cada um a sua própria obra (4) signi-fica: "Que cada pessoa examine 'sua própria conduta' " (NTLH), ou a obra de Deus nele. Paulo não está contrastando as obras humanas e a graça divina, mas está se referindo ao que o homem pode demonstrar em sua própria vida. Ainda é "Deus [...] o que opera em vós" (Fp 2:13). A ênfase de Paulo está no que o homem vê em si mesmo e não no que ele vê nos outros.

Tendo provado a sua obra, então o crente terá glória só em si mesmo (5). O signi-ficado de glória (kauchema) não é jactância, ostentação, mas exultação ou até grati-dão.' Quando posto à prova e aprovado, o homem é legitimamente abençoado.

Esta linha de argumentação leva Paulo à realidade da responsabilidade individual: Cada qual levará a sua própria carga (5). O apóstolo passa das obrigações sociais do cristão (2) para a responsabilidade que cada pessoa tem por sua alma. A ênfase cristã está na interação da responsabilidade social e individual, e não em uma com exclusão da outra. Na comunhão cristã, as cargas são compartilhadas uns com os outros em amor, mas há certa carga' que é peculiar ao próprio homem.

2. Fazendo o Bem para Todos (6:6-10)

Conforme Paulo foi ensinado, o crente é obrigado a compartilhar os bens com seus mestres. Os homens não devem se enganar, pensando que podem fugir das conseqüênci-as de suas escolhas. Não há como lograr Deus. O homem colhe o que semeia. Se semeou na carne, colhe corrupção; mas se semeou no Espírito, colhe vida eterna. Esta realidade motiva os que fazem o bem, pois a colheita da bondade virá, se eles não desistirem. Assim, sempre que houver oportunidade, o crente deve fazer o bem a todas as pessoas, particularmente aos membros da família da fé.

a) O sustento dos mestres (6.6). Vemos o amor cristão quando o crente se identifica atenciosamente com quem cai em pecado, e também quando compartilha mais extensa-mente na comunhão."' Este compartilhamento se manifesta na prática da relação do crente com o seu mestre: O que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui (6). O verbo grego hoinoneo (reparta) significa "com-partilhar" ou "participar" como parceiro.'" O homem de fé, tendo sido instruído no evan-gelho por seus mestres,' tinha a obrigação de compartilhar com eles todos os seus bens. A interpretação é que significa primariamente sustento material e financeiro."' Eles tinham de compartilhar as posses em troca do que haviam recebido (cf. Rm 15:27).

b) A certeza da colheita (6:7-10). No versículo 7, Paulo diz abruptamente: Não erreis: Deus não se deixa escarnecer. Evidentemente, os crentes que não sustentavam ade-quadamente seus mestres (6) pensavam que tal negligência era inconseqüente e desper-cebida por Deus. Paulo lhes garante que tal ação não ludibria' Deus. Eles estão somen-te se enganando.

Deus escreveu uma lei na constituição do universo que pode ser verificada de mil maneiras: Porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.' A natureza da colheita é determinada pela plantação. Já se disse que: "O homem é livre para esco-lher, mas não é livre para escolher as conseqüências do que escolhe". É fato sensato que até o perdão divino não altera totalmente esta lei. Quantas e quantas vezes o filho de Deus se aflige pela colheita contínua de oportunidades perdidas, influências nocivas, decisões egoístas ou libertinagens de outrora!

Nos versículos 6:10, vemos algumas das "Leis da Colheita da Vida". O pensamento chave é: Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará, 7:

1) É vantajoso o crente investir riqueza material em empreendimentos espirituais, 6;

2) Semear na carne significa decadência e morte, 8a;

3) Semear em Deus significa vida eterna, 8b;

4) Não deixe de fazer o que é bom — é desse lado que Deus está, 9,10 (A. F. Harper).

O princípio geral, meramente enunciado, tem ilustração específica. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção (8). Embora Paulo refira-se ao mesmo contraste geral de carne e Espírito analisado no capítulo anterior (cf. 5:16-26),110 aqui ele modificou ligeiramente a ênfase pelo uso da metáfora da semeadura e colheita. Basicamente, ele está aludindo à colheita do tempo do fim conforme está relacionada com a semeadura vigente. Semear na carne significa viver pela carne, satisfazendo e cumprindo os desejos e tendências de modo não aprovado por Deus (ver comentários em 5.24). Semelhante vida só pode ocasionar a colheita final de corrupção. Além de cor-rupção, a palavra grega phthoran significa "ruína, destruição, desilusão, deterioração".111 Não haverá resultado de valor — somente perda total.

Entretanto, a certeza da colheita não se aplica somente ao mal! É igualmente verda-deira acerca do bem. O homem que semeia no Espírito é aquele que satisfaz seus desejos e tendências vivendo no Espírito. Ele ceifará a colheita gloriosa da vida eterna.

Paulo usa este princípio geral da certeza da colheita como meio de encorajamento: E não nos cansemos de fazer o bem (9). A expressão fazer o bem é tradução literal do original grego. Pelo contexto, diz respeito àqueles que restauram os caídos e ajudam a levar as cargas dos outros. De significação mais geral, é fazer o que sabemos que é certo, pouco importando o grau de dificuldade ou as exigências requeridas. No sentido mais amplo, é obedecermos a Deus e vivermos pelo Espírito. Todo aquele que assim faz não deve desanimar,' porque a seu tempo ceifaremos. A frase a seu tempo significa "no tempo próprio" (cf. Ec 3:1-8; 8.6).

Que fonte de bênçãos e encorajamento é esta promessa! A constituição do universo acha-se por trás dela. O Pai Celestial vê e sabe de tudo. Poucas coisas são mais difíceis que esperar, mas esta provação é transformada pela garantia da colheita.

Há apenas uma condição: Se não houvermos desfalecido (9). Significa desistir. Os homens fracassam, porque desistem e não porque são vencidos.

Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos (10). Confiante de que a colheita virá, o crente é motivado a mostrar sua fé fazendo o bem no tempo certo.' Há tempo de semear e tempo de colher (cf. Ec 3:2b). Esta condição por vezes é esque-cida, mas as sementes semeadas antes ou depois da estação própria não produzem colheita abundante.

O apóstolo acrescenta uma observação final de destaque: Principalmente aos domésticos da fé (10). Este pormenor indica que a preocupação primária de Paulo aqui são as necessidades físicas e não as necessidades espirituais dos homens. Os cris-tãos têm a obrigação especial de ajudar os irmãos que estiverem passando por privação física e material, sobretudo se tal condição foi ocasionada por discriminação religiosa. É bem possível que Paulo tivesse em mente as necessidades materiais dos mestres itinerantes (cf. 6.6).

SEÇÃO V

CONCLUSÃO

Gálatas 6. 11- 18

A. PALAVRAS FINAIS 6:11-17

Paulo encerra a epístola com letras grandes escritas de próprio punho Ele comen-ta que seus oponentes queriam circuncidar os gálatas somente por causa de aparência exterior, a fim de darem a impressão de que são ortodoxos e fugirem da perseguição causada pela cruz. Até estes próprios judaizantes não guardavam a lei, ao mesmo tem-po em que desejavam que os outros se submetessem ao rito da circuncisão para que eles tivessem a satisfação de se gloriar na carne circuncidada. Em contraste notável, Paulo recebe glória somente na cruz, na qual o mundo foi crucificado para ele e ele para o mundo. Nem a circuncisão nem incircuncisão têm valor algum, exceto ser nova criatura. Para aqueles que vivem por este padrão há paz e misericórdia, pois eles são o verdadeiro povo de Deus. Paulo solicita liberdade de mais aborrecimentos, porque o seu corpo trazia as marca de Cristo.

1. A Assinatura de Paulo (6,11)

Ao iniciar o encerramento da epístola, Paulo pegou a pena e escreveu: Vede com que grandes letras vos escrevi por minha mão (11). Não há absolutamente suges-tão de que ele estivesse se referindo a uma carta longa. O apóstolo chama a atenção para as letras enormes que ele está usando para escrever as palavras finais: "Eu vou escrever estas palavras finais com a minha própria letra. Vejam como preciso fazer estas letras grandes!". Esta ação tinha o propósito expresso de dar destaque ao escrever um resumo final dos seus argumentos contra os oponentes, acrescentando uma acusação decisória. Seria comparável ao tipo negrito usado hoje em dia para destacar palavra ou frases em livros, com a autenticação adicional da assinatura do escritor.

  1. A Acusação Franca (6.12,13)

O que Paulo insinuara cautelosamente (cf. 4.17,18; 5.11), agora declara abertamen-te: seus oponentes eram totalmente insinceros. Todos os que querem mostrar boa aparência na carne, esses vos obrigam a circuncidar-vos, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo (12). Eles exigiam que os gálatas se circuncidassem por motivos dissimulados. Deste modo, eles manteriam a boa posição que detinham na comunidade judaica à custa dos convertidos de Paulo. Ele classifica semelhante egoísmo como estar na carne. Nestas referências à circuncisão, é óbvio que a carne dos convertidos está no fundo da mente de Paulo, mas em ambos os exemplos o apóstolo usa "carne" em referência ao modo de vida, contra o qual ele os advertira. Phillips interpreta boa aparência na carne por "um rosto simpático para o mundo" (CH). Para se gloriarem na vossa carne (13) é interpretado por "para que eles possam se gabar de terem colocado o sinal da circuncisão no corpo de vocês."

Ainda mais seriamente, os judaizantes são acusados de procurar fugir da perse-guição ocasionada pela cruz, obrigando a circuncisão dos gálatas. Era este o único motivo, e indica claramente que eles eram cristãos judeus. A perseguição provinha dos colegas judeus, de quem esperavam compensação pelo sucesso em colocar os convertidos pa-gãos sob a lei judaica. Não há evidência de que tal ardil tenha dado certo; provavel-mente fracassou.
A cruz não dá chance a acordos. Tem um estigma que requer aceitação (17). Quantas vezes, no decorrer dos séculos, os homens tentaram amenizá-la, mas não conseguiram! Ainda é a "rude cruz" que não pode ser camuflada ou falsificada.

A insinceridade dos judaizantes é mostrada nesta asserção, Porque nem ainda esses mesmos que se circuncidam guardam a lei (13). Esta tradução, dá a impres-são de que se refere aos próprios judaizantes. Isto está de acordo com o que Paulo afirma retoricamente em Romanos 2:17-24. Contudo, o particípio presente, "sendo circuncida-do", indica que Paulo se referia aos convertidos por esses mestres.' Tendo feito converti-dos, eles não exigiram que guardassem toda a lei (cf. 5.3), dando prova de que eles não eram motivados por zelo à lei, como indubitavelmente afirmavam. Pelo contrário, eles querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne. Aqui, gloria-rem (kauchaomai) é próximo do termo "ostentação", mas ainda com o pensamento subjacente de "exultação" (ver comentários em 6.4).

Paulo fez a mais devastadora acusação, fundamentada obviamente em muitas evi-dências conhecidas pelos gálatas. Poucas atitudes são mais repulsivas. Respeitamos o oponente, pouco importando quão extrema seja sua posição, se sabemos que ele é since-ro. Caso contrário, é difícil evitar o desprezo.

  1. A Glória de Jesus Cristo (6:14-16)

Como é inspirador o contraste do versículo 14! Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Usando sua exclamação exclu-siva, me genoito (longe esteja de mim; ver comentários em 2.17), Paulo confessa sua repulsa em gloriar-se em qualquer coisa, exceto na cruz. A antítese direta aos seus opo-nentes é surpreendente. Do que eles procuravam fugir ao preço da insinceridade é a base única de exultação do apóstolo.'

Ele tem boa razão pelo que se gloriar, porque é a cruz pela qual o mundo está crucificado para mim (14). Foi a cruz que revolucionara toda a sua vida. Como comen-tado anteriormente (ver comentários em 5.24, nota 87), foi o homem interior que morreu com Cristo, mas em conseqüência disso, o mundo pode ser descrito como crucificado para ele. O mundo ao qual Paulo se refere não era uma vida de pecado desenfreado, mas era sua herança judaica, a circuncisão e a justiça farisaica. Este "mundo lhe era antiga-mente uma realidade viva, incomensurável e tremenda. No favorecimento do mundo pendiam todas as suas esperanças; o seu desfavor significava ruína. Por conseguinte, ele era servo e escravo do mundo, e o mundo era seu senhor absoluto, imperioso e cruel. Este serviço era escravidão degradante e sem esperança. Mas agora, pela morte de Cristo na cruz, essa escravidão acabou para sempre".3

No sentido mais profundo, porém, a mudança ocorrera nele e não no mundo. Seu testemunho é: Eu fui crucificado para o mundo. Todo homem que não está em Cristo tem seu mundo, que é aquilo pelo qual ele vive, serve como escravo e, talvez, esteja disposto a morrer. Quando Cristo liberta a pessoa desta escravidão, aqueles que olham nunca a entendem totalmente. É porque eles não sabem a alegria que toma o interior daquele que pertence a Cristo. Não é maravilhoso que esta seja a única glória do crente?

Em seguida, Paulo repete sua convicção inequívoca (ver comentários em 5,6) de que, em Cristo Jesus,' nem a circuncisão nem a incircuncisão têm virtude alguma (15). O orgulho dos judeus (a circuncisão) e dos gentios (a incircuncisão) não tem ne-nhum valor; este tipo de orgulho é totalmente inútil em termos de salvação. Só uma coisa tem valor: Ser uma nova criatura. Eis o maior milagre conhecido por nós — o milagre da "nova criação".5 Pelo poder da cruz, Deus cria um novo homem.6

Como Paulo sempre deixa claro, o "novo homem" tem de viver e andar na vontade de Deus (cf. Cl 2:6). Este é o clímax de sua exortação (cf. 5:13-26; esp. v. 25). A todos quantos andarem (stoicheo, marcharem) conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles (16; ver comentários em 5.25). Neste caso, é viver de acordo com a "reta medida" (cf. 2 Co 10:13-16), que é pelo Espírito (cf. 5.25). Sobre todo o povo de Deus Paulo dá a bênção apostólica de paz (ver comentários em 1.3; 5,22) e misericórdia (cf. 1 Tm 1.2; 2 Tm 1.2).

A última frase do versículo 16 é incomum: E sobre o Israel de Deus. Há dúvidas quanto a quem se refere: só àqueles da herança judaica ou é um novo nome para a igreja cristã.' A última opção é a mais provável, porque, levando em conta o contexto preceden-te, dificilmente se esperaria que Paulo separasse os cristãos judeus com uma bênção especial. Há provas de que, na era apostólica, "novo Israel" se tornou nome favorito para referir-se à igreja (ver comentários em 3.8; Rm 2:28-29; 9:6-8).

4. As Marcas do Senhor Jesus (6,17)

Tendo dito tudo que queria, Paulo finaliza suas argumentações, dizendo: Desde agora, ninguém me inquiete (17). O apóstolo se consumira a serviço de Cristo e, em essência, pede que no futuro ele seja poupado dos insultos e embaraços de que é alvo por seus oponentes. A justificação para o pedido é: Trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus. A figura alude à prática prevalecente de marcar os escravos com ferro em brasa, identificando a quem pertenciam.' Paulo freqüentemente se identificava como escravo de Jesus Cristo; era sua ilustração favorita. As feridas e cicatrizes da batalha (cf. 2 Co 11:23-33) eram seu distintivo; seu corpo estava indelevelmente gravado com as marcas (lit., "estigma") do Senhor Jesus. Elas o marcavam como escravo em ação e não simplesmente em palavra; mas ele usava a identificação com alegria.

B. BÊNÇÃO APOSTÓLICA, 6.18

Só restava a despedida, a qual Paulo fez de modo tipicamente apostólico: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja, irmãos, com o vosso espírito. Estas não são palavras gratuitas, mas são oração sincera. Ninguém sabia melhor que ele que eles pre-cisavam dessa graça em cada momento da vida. Eles a possuiriam "no Espírito". Com significação profunda, a palavra final de Paulo para estes a quem ele teve de tratar com severidade era irmãos.' Embora usasse o termo muitas vezes, só aqui ele envolve uma bênção, dando garantia de seu amor intenso e permanente. Com o escritor, todos que lerem esta carta podem dizer: Amém!


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Gálatas Capítulo 6 versículo 1
Se alguém for surpreendido:
Outra tradução possível:
se alguém caiu.Gl 6:1 Mt 18:15-18; Jc 5:19-20.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 18
6.1 vós... espirituais. Aqueles que são guiados pelo Espírito (5,25) devem estender a mão ao crente a quem o pecado enredou, mas devem ser cautelosos para, ao fazerem isso, não serem igualmente enredados pelo pecado.

6.2 a lei de Cristo. Requer amor não apenas ao próximo (5.14; Mt 22:39) mas também aos inimigos (Mt 5:43), tendo o amor de Deus como modelo.

6.4 prove cada um o seu labor. Paulo exorta os cristãos da Galácia a examinarem-se a si mesmos como indivíduos perante Deus ao invés de nutrirem falsa confiança com base em comparações relativas com outros (conforme 2Co 13:5, 6).

gloriar-se unicamente em si. Como Paulo esclarece em seguida, a razão para alguém “gloriar-se” não deve estar na sua obediência à lei. Enquanto os judaizantes “gloriavam-se” de seu sucesso na promoção legalista (v. 13), Paulo “gloria-se” somente na cruz de Cristo (v. 14; conforme 2Co 11:16-12.10).

6.5 fardo. Esse termo, no grego, é diferente daquele que, no v. 2, é traduzido como "cargas", assinalando uma mudança de metáfora. Paulo encorajava os cristãos a ajudar aos outros com as "cargas” (v. 2), que são a luta e a vitória contra as tentações. Aqui, porém, Paulo está dizendo que não devemos nos tornar orgulhosos julgando-nos melhores que os outros, pois somente Deus é nosso juiz.

6:10 A igreja tem a responsabilidade de ajudar a aliviar o sofrimento dos que estão fora de sua comunhão, mas tem especial responsabilidade de ajudar irmãos e irmãs em Cristo que estejam passando necessidade (1Ts 3:12).

6:11 Paulo ditava, algumas vezes, suas cartas a um secretário (Rm 16:22) mas geralmente escrevia ele mesmo a conclusão (1Co 16:21; Cl 4:18; 2Ts 3:17). As “letras grandes” a que se refere talvez indiquem que a sua vista estava enfraquecida (conforme 4.15).

6.12 circuncidardes. Ver nota em 2.3.

não serem perseguidos. É possível que os advogados da circuncisão na Galácia estivessem agindo sob pressão de nacionalistas judeus extremadamente zelosos da Judéia (4.17, nota).

6.14 gloriar-me... na cruz. Para um desenvolvimento mais detalhado desse conceito, ver 1Co 1:18-2.5.

6.15 circuncisão. Ver nota em 5.6.

nova criatura. A atividade do Espírito Santo na vida dos crentes reverte os efeitos da queda e produz um povo regenerado (2Co 5:17), que subseqüentemente ocupará o lugar que lhes pertence no novo céu e na nova terra (Ap 21:1).

6.16 Israel de Deus. Essa locução pode designar o povo de Deus recentemente constituído, do qual a marca de identificação é o Espírito Santo e não a circuncisão. Esse povo seria constituído de gentios e judeus. Mas também pode referir-se à “plenitude” de Israel, os eleitos da nação judaica por cuja salvação Paulo estava profundamente preocupado (conforme Rm 9:1-5; 11:12,26,31).

6.17 marcas. O termo grego designa o ferro em brasa utilizado para marcar um escravo como propriedade de determinado senhor. A mesma palavra também era empregada para designar a marca que os sacerdotes pagãos traziam para identificar o deus ao qual serviam. Paulo refere-se, com essa palavra, às cicatrizes adquiridas em sua atividade missionária (2Co 11:23-25). Essas cicatrizes eram as marcas que Paulo trazia como um escravo de Cristo (Rm 1:1; Fp 1:1; Tt 1:1).

6:18 Uma conclusão apropriada para a carta em que Paulo preocupa-se ao máximo com a graça de Deus. Essa bênção resume a esperança de Paulo de que, entre os gálatas, o evangelho da graça de Deus triunfará.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 23
6.1-8.39 Esta seção analisa a santificação: a mudança que Deus faz em nossas vidas quando crescemos em fé. O capítulo 6 explica que os crentes são livres do controle do pecado. O capítulo 7 se ocupa das dificuldades contínuas que os cristãos enfrentam com o pecado. O capítulo 8 descreve a forma em que podemos obter vitória sobre o pecado.

6.1, 2 Se a Deus adora perdoar, por que não lhe dar mais para perdoar? Se o perdão está garantido, podemos pecar tanto como queiramos? A resposta categórica do Paulo é: Em nenhuma maneira! Tal atitude, planejar de antemão aproveitar-se de Deus, é não entender a seriedade do pecado. O perdão de Deus não converte em menos sério o pecado. Pelo contrário, a morte de seu Filho pelo pecado mostra quão sério é. Jesus pagou com sua vida nosso perdão. A misericórdia de Deus não deve converter-se em desculpa para um estilo de vida negligente com lassidão moral.

6.1-4 Na igreja da época do Paulo, a imersão era a forma usual de batismo. Os novos cristãos se "sepultavam" por completo na água. Compreendiam que esta forma de batismo simbolizava a morte e sepultura da velha maneira de viver, seguida por uma ressurreição à vida com Cristo. Se pensarmos que nossa antiga vida pecaminosa está morta e sepultada, temos um motivo poderoso para resistir ao pecado. Podemos decidir conscientemente tratá-la como se estivesse morta. Logo podemos continuar desfrutando de nossa nova vida com Cristo. (se desejar mais informação a respeito deste conceito, vejam-se Gl 3:27 e Cl 2:12 e 3:1-4.)

6.5ss Podemos gozar de nossa nova vida em Cristo porque estamos unidos ao em sua morte e ressurreição. Nossos maus desejos, nossa escravidão ao pecado e nosso amor ao pecado morreram com O. Agora, unidos com O por fé em sua ressurreição, temos comunhão inquebrável com Deus e liberdade para resistir o pecado. se desejar mais informação a respeito da diferença entre a nova vida em Cristo e a natureza pecadora, leia-se Ef 4:21-24 e Cl 3:3-15.

6:6 O castigo do pecado e o poder que tinha sobre nossas vidas morreu com Cristo na cruz. Nosso "velho homem", cheio de pecado, morreu de uma vez por todas e agora estamos livres de seu poder. O "corpo do pecado" não é o humano, a não ser nossa natureza rebelde amante do pecado herdada do Adão. Apesar de que nosso corpo coopera voluntariamente com nossa natureza pecaminosa, não devemos por isso considerá-lo malvado. O que é mau é o pecado em nós. E o que se derrota é esse poder do pecado em ação em nossos corpos. Paulo acaba de estabelecer que a fé em Cristo nos declara absolvidos, "inocentes" ante Deus. Aqui Paulo enfatiza que já não necessitamos uma vida sob o poder do pecado. Deus não nos tira do mundo nem nos converte em robôs. Às vezes sentiremos desejos de pecar e algumas vezes o faremos. A diferença radica em que antes de ser salvos, fomos escravos de nossa natureza pecaminosa, mas agora podemos escolher viver para Cristo (veja-se Gl 2:20).

6:8 devido à morte e ressurreição de Cristo, seus seguidores não têm por que temer à morte. A segurança que nos dá nos permite desfrutar de companheirismo com O e fazer sua vontade. Isto se refletirá em todas nossas atividades: trabalho e adoração, distração, estudo bíblico, meditação e serviço a outros. Quando compreender que não teme à morte, experimentará um novo vigor na vida.

6:11 "Lhes considere mortos ao pecado" significa que devemos estimar nossa velha natureza pecadora como morta e surda ao pecado. devido a nossa união e identificação com Cristo, já não estamos atados a esses velhos motivos, desejos e metas. Assim nos consideremos segundo o que Deus tem feito em nós. Temos um novo começo e o Espírito Santo nos ajudará a nos transformar cada dia no que Cristo declarou que somos.

6.14, 15 Se já não estamos sob a Lei, a não ser a graça, temos liberdade para pecar e passar por cima os Dez Mandamentos? Paulo responde: "Em nenhuma maneira". Quando estávamos sob a Lei, o pecado era nosso amo. A Lei nem nos justificava nem nos ajudava a vencer o pecado. Mas agora que estamos unidos a Cristo, O é nosso Senhor e nos dá poder para fazer o bom e evitar o mau.

6.16-18 Em certos ofícios, um aprendiz recebe instrução de um "professor" que o prepara, modelo e lhe ensina os segredos de seu ofício. Todas as pessoas escolhem um professor e este o molda. Sem o Jesus, não teríamos opção; aprenderíamos a pecar e os resultados seriam culpa, sofrimento e separação de Deus. Graças ao Jesus, entretanto, podemos agora escolher a Deus como nosso Professor. lhe seguindo, desfrutaremos da nova vida e aprenderemos os caminhos do Reino. Continua com seu primeiro professor, o pecado? Ou é aprendiz de Deus?

6:17 Obedecer com todo o coração significa dar-se por inteiro a Deus, lhe amar "com todo seu coração, e com toda sua alma, e com toda sua mente" (Mt 22:37). Freqüentemente, nossos esforços por saber e obedecer os mandatos de Deus poderiam muito bem descrever-se como "ao meio coração". Como mede a proporção de obediência de seu coração? Deus deseja nos dar o poder para obedecer o de todo coração.

6:17 A "forma de doutrina" que lhes deu são as boas novas de que Jesus morreu por seus pecados e ressuscitou para lhes dar uma nova vida. Muitos acreditam que isto se refere à declaração de fé da igreja primitiva que aparece em 1Co 15:1-11.

6.19-22 É impossível ser neutro. Cada pessoa tem um amo: Deus ou o pecado. Um cristão não é alguém que não pode pecar, a não ser alguém que já não é escravo do pecado. Pertence a Deus.

6:23 Você tem a liberdade de escolher entre dois amos, mas não está em condições de regular as conseqüências de sua eleição. Cada um destes amos paga com sua moeda. O pagamento do pecado é morte. Isso é tudo o que pode esperar de uma vida sem Deus. O pagamento de Cristo é vida eterna: nova vida com Deus que começa na terra e contínua por sempre com Deus. Que eleição tem feito?

6:23 A vida eterna é um presente de Deus. Se for um presente, não podemos ganhá-lo nem pagar por ele. Seria insensato receber um presente por amor e oferecer pagá-lo. que recebe um presente não pode comprá-lo. O correto quando nos oferece um presente é aceitá-lo com agradecimento. Nossa salvação é um presente de Deus, não algo que temos feito nós (Ef 2:8-9). O nos salvou por sua misericórdia, não pelo que tenhamos feito (Tt_3:5). Devemos aceitar com ação de obrigado o presente que generosamente Deus não


Matthew Henry - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 18
6.1-3 Nenhum cristão deve pensar jamais que é totalmente independente e que não necessita a ajuda de outros, e ninguém deve pensar que foi excluído da tarefa de ajudar a outros. O corpo de Cristo, a Igreja, funciona só quando os membros trabalham juntos pelo bem-estar comum. Conhece alguém que necessita ajuda? Há algum irmão ou irmã em Cristo que requer correção ou ânimo? Humilde e gentilmente aproxime-se dessa pessoa (Jo 13:34-35).

6:4 Quando a gente faz o melhor, sente-se satisfeito dos resultados e não precisa comparar-se com outros. As pessoas fazem comparações por muitas razões. Alguns destacam as debilidades de outros a fim de sentir-se melhor consigo mesmo. Outros simplesmente querem assegurar-se que atuam bem. Quando estiver tentado a comparar-se, olhe ao Jesucristo. Seu exemplo o inspirará a que faça as coisas muito melhor, e sua aceitação carinhosa lhe será de consolo quando não obtiver seus objetivos.

6:6 Paulo insiste que cumpramos com nossa responsabilidade de satisfazer as necessidades materiais daqueles que nos ensinam (1Co 9:7-12). É fácil receber o benefício de um bom ensino bíblico e admirar a nossas líderes espirituais, passando por cima suas necessidades financeiras e físicas. Devemos cuidar deles, não a contra gosto ou com chateio, a não ser com um espírito generoso, como amostra de honra e avaliação por seus serviços (1Tm 5:17-18).

6.7, 8 Certamente seria surpreendente se você plantasse milho e brotassem cabaças. É uma lei da vida, tão espiritual como física, que um colhe o que semeia. Se a gente fofocar de seus amigos, perde-os. Cada ação tem resultados. Se você plantar para seus próprios desejos, colherá lamentos e maldade. Se planta para agradar a Deus, colherá gozo e vida eterna Que tipo de sementes está semeando?

6.9, 10 É desalentador fazer continuamente o bem e não receber nenhuma palavra de agradecimento ou ver resultados tangíveis. Paulo desafiou aos gálatas e nos desafia a seguir fazendo o bom e confiar a Deus os resultados. A seu tempo, colheremos bênções.

6:11 Até este momento, Paulo ditou a carta a um amanuense. Agora toma a pluma para escrever suas saudações pessoais e finais. O fez o mesmo em outras cartas também, para dar ênfase a suas palavras e assegurar que a letra era genuína.

6:13 Alguns dos judaizantes fizeram ênfase na circuncisão como prova de santidade, mas ignoravam as outras leis judias. A gente, com freqüência, escolhe certos princípios ou proibições e os convertem em varas para medir sua fé. Alguns podem rechaçar o alcoolismo mas ignoram a gulodice. Outros desprezam a promiscuidade mas toleram o prejuízo. A Bíblia nisto é integralmente nossa regra de fé e prática. Não podemos tomar e escolher os mandatos que seguiremos.

6:14 O mundo está cheio de incitações. Cada dia somos confrontados com pressões culturais sutis como também com propaganda abundante. A única forma de escapar destas influências destrutivas é pedir a Deus que nos ajude para morrer a elas, assim como Paulo o fez. Quanto dos interesses deste mundo lhe atraem? (vejam-se 2.20 e 5.24 para maior informação sobre este conceito).

6:15 É fácil ser apanhado pelo superficial. Tome cuidado com aqueles que fazem ênfase nas coisas que devêssemos ou que não devêssemos fazer, sem que mostre interesse pela condição interior do coração. Levar uma vida "boa", sem uma mudança interior, conduz a um caminhar espiritual vão e vazio. O que importa a Deus é que experimentemos uma mudança total do interior (2Co 5:17).

6:18 A epístola do Paulo aos Gálatas, declara com ênfase a liberdade do cristão. É indubitável que estes cristãos primitivos na Galacia, desejavam crescer na vida cristã, mas eram confundidos por aqueles que diziam que isto só se podia obter por meio do cumprimento de certas leis judias.

Quão estranho seria que um prisioneiro ao ser liberado desejasse retornar a sua cela e não queria ir-se! Que estranho seria que se solte a um animal de uma armadilha e que este retorne a ela! Quão triste é para um crente, ser liberado da escravidão do pecado, para retornar logo à conformidade rígida de normas e regulações estabelecidas!

Se você acreditar no Jesucristo, já foi liberado; em lugar de voltar para alguma forma de escravidão, seja o legalismo ou o pecado, use sua liberdade para viver para Cristo e lhe sirva como O.

NOSSOS MAUS DESEJOS 5ERSUS O FRUTO DO ESPIRITU

A vontade do Espírito Santo está em oposição constante a nossos desejos pecaminosos. Os dois estão em bandos opostos da batalha espiritual.

Nossos maus desejos são : O fruto do Espírito é:

Perversos Bom

Destrutivos Produtivo

Fácil de acender Difícil de acender-se

Difícil de sufocar Fácil de sufocar

Egocêntrico Abnegado

Opressivo e possessivo Liberador e educativo

Decadente Edificante

Pecaminoso Santo

Mortífero Vida abundante


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 18
C. uma expressão de liberdade através do serviço (6: 1-10)

1 Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi o tal com espírito de mansidão; olhando para ti mesmo, para que não sejas também tentado. 2 Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprir a lei de Cristo. 3 Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se. 4 Mas que cada homem provar sua própria obra, e então terá sua jactância a respeito de si mesmo, e não de seu vizinho. 5 Para cada homem levará o seu próprio fardo.

6 . Mas o que está sendo instruído na palavra, comunicar-lhe que ensina em todas as coisas boas 7 Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. 8 Porque o que semeia a sua própria carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito devem do Espírito colherá a vida eterna. 9 E não nos cansemos de fazer o bem.: porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido 10 Então, enquanto temos oportunidade, vamos nos trabalhar o que é bom para com todos, e especialmente para com os que são da família da fé.

O esforço humano e as obras não contam, mas de uma forma diferente do que os legalistas supostos. Boas obras não são o meio de salvação, mas a ocupação devotado dos já salvos. A liberdade é para ser expresso em serviço de amor a Deus e ao homem.Chegando a este serviço como filhos livres e adultos e não como escravos desinteressados, devemos servir melhor. Sem ética deve ser maior do que a do cristão. Fé trabalhar por amor não pode ser ultrapassado. Viver para Cristo produz melhores obras do que trabalhar para salvar a si mesmo. É a graça que dá vida que faz a diferença.

1. Helpfulness Humble Toward Todos (6: 1-5 ) . Se alguém tem de assumir responsabilidades, como todos devem, não deixe que o força ir para o peso inútil e opressivo de um legalismo impossível. Em vez disso, levantar os caídos. Se um homem for apanhado "em flagrante" em um pecado, assumir o seu fardo e demonstrar sua desenvoltura espiritual, fazendo todo o possível para restaurá-lo. Seus esforços humildes e gentis vai realizar mais do que você poderia ganhar por ganhar uma ação judicial contra ele. Por tendo um outro problemas, falhas e até mesmo os pecados de, você vai tornar o trabalho mais curta daquelas coisas que vos queria destruir. E, quem sabe, você pode precisar a mesma ajuda e perdão em algum momento quando a tentação assalta você!

Faça o que fizer, não ostentar, para além dos encargos normais da vida, o peso opressivo de um ego enorme. A superestimar sua própria importância é só para enganar a si mesmo por suas próprias fantasias (phrenapataō , uma palavra provável cunhado por Paulo). Você pode ser capaz de transportar carga ou de vida ou um ego pesado. Mas para transportar tanto vai quebrar você. Traga o ego abaixo do tamanho. Há responsabilidades incontornáveis ​​que vão com vida. Descarregá-las com toda a diligência. Teste a qualidade de seu próprio trabalho e melhorá-lo. Você não precisa ser um especialista em falhas de toda a gente. Construa a sua própria vida tão bem que vai ser uma fonte de satisfação para você como o passar dos anos. Porque em última análise, esta é a sua responsabilidade. No exército de Deus cada soldado deve levar seu próprio pacote, embora não deve ser frequentemente ajudar a mover o equipamento pesado. (Verso 2 usa uma palavra diferente para carga do que é usado no versículo 5 . Baré é uma carga pesada dos quais um pode ser demitido na ocasião, enquanto phortion é um termo comum para uma embalagem individual ou kit.)

2. Compartilhamento com os professores do Um (Gl 6:6 ) . O princípio de filhos livres em vez de trabalhadores escravos realiza a colheita. Nós não estão sob o chicote da escravidão e do medo. Como os agricultores gratuitos que escolher a semente e nós selecionamos o solo. A colheita em seguida, corresponde à finalidade e aos trabalhos. Nada muda isso. É uma lei inexorável de Deus que Ele "retribuirá a cada um segundo as suas obras" (Rm 2:6)

11 Vede com que grandes letras vos escrevo com minha própria Mc 12:1 Todos os que querem fazer um show de boa aparência na carne, eles obrigar você a ser circuncidado; só que eles não podem ser perseguidos por causa da cruz de Cristo. 13 Porque nem ainda os que recebem a circuncisão não se mantêm a lei; mas eles querem que vos circuncidados, para se gloriarem na vossa carne.

Neste ponto, Paulo tem a caneta de seu amanuense para completar a carta como uma garantia contra a falsificação. Muitas vezes, ele limitou-se a bênção final, talvez com uma única frase de exortação (II Tessalonicenses 3:17. , 18 ; 1Co 16:21. ; Cl 4:18). Aqui ele escreve um parágrafo inteiro e em letras maiores, sem dúvida, para dar ênfase. Ele deve fazer o seu ponto inconfundível e de seu próprio punho. Em poucas palavras, ele diz que o motivo do legalismo, como praticado pelos judaizantes, está tudo errado. Eles só querem tirar satisfação nos externos e desviar a atenção da cruz de Cristo, sobre o qual perseguição surge naturalmente. Se fossem realmente sincero sobre seu legalismo, eles iriam manter a lei com grande devoção a si mesmos. Mas essa não é a sua preocupação. Eles querem glória na vossa carne circuncidados, sendo elogiado por outros judeus para fazer conversos.

B. a verdadeira glória da cruz (Gl 6:14 , 15)

14 Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. 15 Pois não há nada a circuncisão, nem a incircuncisão, mas uma nova criatura .

Paulo se isenta de quaisquer motivos para se como manifestados pelos judaizantes. Há, em certo sentido, um desinteresse saudável no verdadeiro servo de Deus. Em última análise, ele busca apenas a glória de Deus. Ele não está preocupado principalmente com a "contagem narizes" ou "fazer um show de boa aparência na carne." Ele aprecia sinais da graça de Deus e fielmente trabalha para a fruta. Mas, depois de ter feito o seu melhor, sua única glória real não está em conformidade tudo e todos ao seu próprio padrão e propósito. Ele glórias somente na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo , pela qual o mundo perdeu o seu poder sobre ele e através do qual ele perdeu esse sentimento desesperado de bondage para qualquer coisa e tudo o mais, mas a vontade de Deus. A única coisa importante é a nova criatura que a cruz feita de ele e que ele vai fazer de tudo que ele pode persuadir a acreditar. Se ele pode ter certeza disto, a circuncisão, e todas as outras coisas externas vai tomar seu lugar de secundário ou mesmo de importância incidental como eles ajudar ou atrapalhar os homens à luz da cruz.

C. FINAL ADMOESTAÇÃO e bênção (6: 16-18)

16 E a todos quantos andarem conforme esta regra, paz seja em cima deles, e misericórdia, e sobre o Israel de Deus.

17 agora ninguém me moleste; Pois dou-branded no meu corpo as marcas de Jesus.

18 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito, irmãos. Amém.

Esta regra resume a mensagem construtiva do livro. É a "linha" ou "canon" de verdade que se torna a norma ou padrão pelo qual a caminhada ("ordeira") do crente ele deveria aferido. Não é uma lista detalhada de regras legalistically interpretado. É uma filiação, manifestando a sua liberdade na devoção ao Pai e em uma determinação de ser e de fazer o que traria glória a Ele. Esta caminhada encontra o seu ponto de partida na cruz de Cristo e sua realização na nova criatura. Tudo deve ser medido por esta norma."É a norma para o que importa, pois o que é válido eo que não é, para o que deve ser aceito e o que deve ser rejeitado." A todos quantos andarem conforme esta regra, a paz esteja com eles, e misericórdia . Eles são o Israel de Deus em distinção do Israel segundo a carne.

Como Paulo começou com uma defesa de seu apostolado, ele fecha com um outro tal impulso. Pessoal, nota manuscrita de Paulo é: "Eu carrego a marca de cicatrizes propriedade-a batalha de Jesus de um soldado da cruz." Por implicação ele compara essas marcas da verdadeira devoção com as marcas horríveis de auto-mutilação realizadas pelos sacerdotes de Cybele e com a Judaistic glorying no rito externo da circuncisão. Ele chama os gálatas com as cores como um guerreiro experiente, que pode levar a vitória.

Depois de um ataque sem precedentes contra substitutos humanos para o modo divino de salvação, a prescrição de Paulo é simplesmente a graça para os irmãos. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito, irmãos. Amém .

Bibliografia

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Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 18
Nesse capítulo final, Paulo apresen-ta mais dois contrastes da vida cris-tã. Lembre-se que a vida espiritual descrita é a do crente que vive sob a graça, não sob a Lei. É uma vida de liberdade, não de escravidão (5:1- 15), e é vivida no Espírito, não na carne (5:16-26).

  1. Os outros, não o "eu" (6:1-10)

O crente obedece à lei do amor em Cristo. "Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros" Oo 13:34). O Espírito de Deus é de amor, pois o Senhor é amor. Quando andamos no Espírito, permitimos que ele ope-re por nosso intermédio para ajudar os outros, em vez de usar nossa li-berdade em Cristo para propósitos egoístas. "Outros" é a grande pala-vra do evangelho! Devemos seguir o exemplo de Jesus e viver pelos ou-tros. Desobrigação da Lei não quer dizer independência uns dos outros, pois pertencemos à mesma família e ministramos uns aos outros.

  1. Ajuda espiritual (vv. 1-5)

Suponha que um crente seja pego de repente pelo inimigo e caia em pecado. (Talvez a palavra "surpre-endido" sugira ser pego em peca-do por outros crentes.) Devemos ter uma atitude de julgamento e de condenação? Não, de forma algu-ma! Se formos espirituais (andamos no Espírito, somos guiados por ele e frutificamos por intermédio dele) tentaremos restaurar o caído. A pa-lavra grega para "restaurar" é o ter-mo médico usado para consertar, colocar no lugar um osso quebrado. Os cristãos são membros do corpo de Cristo, e um cristão em pecado enfraquece o corpo. Claro que de-vemos considerar as medidas disci-plinares esboçadas em Mt 18:0 afirma esse princípio de que, se recebemos bênçãos espirituais, temos a obriga-ção e o privilégio de compartilhar as bênçãos materiais que temos. "Seme[ar] para a [...] carne" quer dizer viver para a carne, investir tempo e dinheiro em coisas efême-ras; e "semear para o Espírito" quer dizer usar tempo e dinheiro em coi-sas eternas. Muitos cristãos se per-guntam por que não crescem em graça ou colhem frutos espirituais, embora usem seu tempo e dinheiro (e dinheiro é apenas tempo cunha-do que podemos gastar de novo) em coisas carnais. Sem dúvida, é preciso fé e paciência para semear para o Espírito, porém Deus prome-te a colheita na época adequada. A colheita espiritual leva tempo para crescer. Temos de ser semeadores fi-éis em nossas atividades.

  1. A glória de Deus, não a aprovação dos homens (6:11 -18)

Paulo tem a graça em mente no final da carta. O cristão que depende da graça, por intermédio do Espírito, sempre traz glória a Deus; o lega-lista que "pratica religião" ganha a aprovação dos homens. E incrível como o mundo honra as "pessoas religiosas" e odeia os cristãos dedi-cados!

Em geral, Paulo ditava a carta para um secretário e, no fim, acres-centava pessoalmente sua "assina-tura de graça" (1Co 16:21-46; Cl 4:18; 2Co 3:17-47). Aparentemen-te, ele escreveu de próprio punho a carta aos Gálatas e em letras gran-des por causa de seu problema na vista (veja Gl 4:15). A expressão "le-tras grandes" refere-se ao tamanho das letras, e não à quantidade de palavras, pois a carta é relativamen-te breve. Paulo não permite que sua deficiência física o impeça de obe-decer a Deus e de alertar seus ami-gos cristãos em relação aos perigos do legalismo.

Paulo afirma: "Todos os que querem ostentar-se na carne, es-ses vos constrangem a vos circun- cidardes, somente para não serem perseguidos por causa da cruz de Cristo. Pois nem mesmo aqueles que se deixam circuncidar guar-dam a lei" (v. 12,13a). Que cen-sura pungente! Esses judaizantes, como os fariseus da época de Cristo, atravessariam terras e ma-res para conseguir um converti-do (Mt 23:15), a fim de conseguir mais glória para seus nomes, não para ajudar o convertido. No en-tanto, Paulo não tem esse feitio, ele se gloriava na cruz e estava disposto a suportar toda vergonha e perseguição ligada à cruz. PauIo podia gloriar-se na cruz porque conhecia a pessoa, o propósito e o poder da cruz.

Paulo menciona, mais uma vez, a própria crucificação (6:14, veja 2:20). Salvação quer dizer que Cristo morreu por mim — substituição; santificação quer dizer que eu morri com Cristo — identificação. O apóstolo afirma: "Aqueles [...] antes, querem que vos circuncideis, para se gloriarem na vossa carne. Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo". Na época de Paulo, a cruz era um instrumento vergonhoso de dor e morte; hoje, com freqüência, ela é uma peça polida de joalheria. O Espírito transforma a cruz em uma realidade na vida do cristão que vive pela graça, porém a religião transforma-a em símbolo.

O cristão pertence à "nova criação" (2Co 5:17), o verdadeiro "Israel de Deus" (v. 16). Isso não significa que a igreja do Novo Tes-tamento tomou o lugar do Israel do Antigo Testamento, pois, em Cristo, não há distinção de raças (3:28). Na verdade, Paulo diz que esses judaizantes não pertencem ao verdadeiro Israel, ao verdadeiro povo de Deus. Os gentios que re-cebem Cristo como Salvador não são filhos genéticos de Abraão, mas espirituais (3:7). Hoje, a igre-ja é o verdadeiro Israel de Deus, porque o povo antigo, em des-crença, foi temporariamente pos-to de lado e chamado de "Não- Meu-Povo" (Dn 1:9-28; Dn 2:23; Rm 9:25-45). Um dia, Israel se tornará o povo de Deus e herdará as pro-messas nacionais.

Devemos andar pela "regra" da graça e da nova criação em Cristo. Muitos cristãos bem-intencionados, porém ignorantes, andam conforme uma regra diferente e tentam trazer o reino ou reformar o mundo.
Paulo remove esses legalistas criadores de problemas com um movimento da pena. Ele escreve: "Pois nem a circuncisão é coisa al-guma [...] e [...] todos quantos an-darem de conformidade com esta regra [...] porque eu trago no corpo as marcas [estigmas] de Jesus". Isso quer dizer que ele tem cicatrizes no corpo que provam que sofreu reprovação por causa da cruz de Cristo, e não que tenha cinco fe-ridas no corpo semelhantes às de Jesus Cristo. Na época de Paulo, os homens estigmatizavam os solda-dos, os escravos e as pessoas que se dedicavam a um deus. Paulo era soldado, escravo e seguidor devo-tado de Cristo.
Ele encerra com uma bênção maravilhosa: "A graça de nosso Se-nhor Jesus Cristo seja, irmãos, com o vosso espírito" (v. 18).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 18
6.2 Lei de Cristo. É uma referência ao "novo mandamento" (Jo 13:34; 1Jo 4:21) de amar uns aos outros. Esta lei abrange todo o fruto do Espírito (5.22,
23) e cumpre todo o dever do homem para com Deus e os homens (conforme 5.14 com Mt 22:37-40).

6:3-5 Não é bom comparar-se com outrem com o fim de gloriar-se nas suas faltas. No julgamento cada um levará o seu próprio fardo, isto é, será julgado com respeito àquilo que ele mesmo fez (conforme 2Co 5:10). O v. 2 fala de cargas que podemos ajudar o nosso irmão a levar (i.e., tristezas, calamidade, etc.); enquanto o v. 5, usando outra palavra no grego, refere-se ao fardo que não podemos compartilhar.

6.6 Os crentes têm uma obrigação material perante aqueles que os instruem em coisas espirituais.
6.8 Semeia para a... carne. São atos de satisfazer e agradar a si mesmo (Rm 15:1-45) que resultam na morte (Rm 6:23). Semeia para o Espírito, é obedecer ao Espírito Santo (Rm 8:14, Mt 28:20; 1Co 9:16).

6.11 Aparentemente, Paulo fazia uso de um amanuense (conforme 1Co 16:21; 2Ts 3:17) e escrevia a última saudação das suas cartas com sua própria mão. Possivelmente, a epístola aos crentes da Galácia foi toda ela escrita pela apóstolo.

6.17 Marcas de Jesus (conforme 2Co 11:23-47). São marcas provenientes da perseguição, em contraste com a marca da circuncisão imposta pelos judaizantes.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 18
Aqui estão as regras dóceis e amáveis que devem regulamentar as relações interpessoais. A ausência de egocentrismo, de preocupação com a minha própria dignidade e posição, deve ser contrabalançada por aquela preocupação verdadeira que me leva a colocar-me na posição do outro e agir para com o outro da mesma forma que eu gostaria que ele agisse para comigo (5.26—6.2). Contudo, esse esquecimento de si mesmo, esse pensamento não-egoísta a favor dos outros, pode ser esperado somente de alguém que aprendeu a viver consigo mesmo, a aceitar as suas próprias habilidades e chamado e o nicho em que os seus dons precisam situá-lo. Somente dessa forma pode um homem adquirir aquela profunda segurança e a confiança na responsabilidade assumida e conscientemente cumprida (6:3-5).
Finalmente, existe a ênfase na generosidade e na mordomia altruísta dos bens materiais. Cobrindo desde as necessidades de mestres (v. 6) (não somente mestres itinerantes, como os apóstolos, mas sempre que preciso e apropriado significa auxiliar nas necessidades de mestres locais, como os anciãos de At 14:23, na própria igreja), a preocupação cristã deve atingir toda a família da fé e depois todos (v. 10). E significativo que a exortação à semeadura e colheita apareça no centro desse texto, flanqueada dos dois lados por instruções acerca da bondade prática e do fazer o bem aos necessitados. Não podemos limitar o seu significado a só esse aspecto da vida cristã, mas, colocado como está, liga o “semear para o Espírito” de maneira inseparável e para sempre à expressão prática da misericórdia e da bondade cristã. Nesse contexto, então, a expressão [semeia] para a sua carne (v. 8) é duplamente significativa: não é meramente “carne” no sentido geral, mas também indulgência e prazer pessoal diante da necessidade dos outros.

[Observações:
1) A ternura expressa pelo termo irmãos no v. 1 é especialmente adequada à carta. Conforme 4:12-20; 5:7-12.


2)    v. 1. vocês, que são espirituais (hymeis hoi pneumaükoi) não é uma referência a uma classe especial de “homens espirituais” (“pneumáticos”), mas em potencial a todo crente que vive em conformidade com 5.25.


3)    v. 2. a lei de Cristo-, v.comentário de 5:13-15 e conforme Jc 2:8.


4)    Algumas versões (conforme ARC e ACF) introduzem uma dificuldade desnecessária nos v. 2,5 ao traduzir duas palavras gr. diferentes pela mesma palavra “carga” (a NVI traz respectivamente fardos e carga). Os versículos se referem, respectivamente, a provações ou dificuldades opressivas (v. 2) e responsabilidades devidas (v. 5).


5)    v. 7. zomba-, uma palavra notável que significa “levantar o nariz para” ou, de forma mais coloquial, “empinar o nariz para”.]

VI. CONCLUSÃO (6:11-18)
A argumentação terminou, e o apóstolo toma a pena do amanuense para acrescentar alguns parágrafos de próprio punho com suas letras grandes (será que isso ocorreu para ênfase, ou em virtude de dificuldades visuais [conforme 4:12-15], ou seria simplesmente uma referência bem-humorada a uma idiossincrasia?). Um pouco da dor do conflito retorna à sua mente (v. 12,13) apenas para provocar uma irrupção de lealdade que vai viver para sempre na hinódia cristã (v. 14). Paulo conclui a carta ao voltar a sua atenção novamente para aquele ato irresistível e soberano de Deus que havia transformado a sua vida e a vida de todo um mundo à sua volta: De nada vale ser circuncidado ou não. 0 que importa é ser uma nova criação.

O que significa o Israel de Deus (v. 16)? A idéia de que seja somente um remanescente fiel da etnia de Israel está fora de sintonia com a carta, embora possa ser uma referência generalizada, e não exclusiva, àqueles hebreus que, como o próprio Paulo, haviam obedecido à verdade em Cristo. Seria, então, a igreja? Em potencial, talvez. Entretanto, o conceito de uma igreja universal, mesmo que tenha surgido nas igrejas em geral, ainda é futuro no pensamento do próprio Paulo, um conceito a ser desenvolvido das sementes de pensamentos como as que temos esboçadas nessa carta, e que atingiriam completa maturidade somente em Efésios e Golossenses, escritas nos anos finais da sua vida (v. Hort, The Christian Ecclesia, caps. 7—9, esp. p. 148). Paulo também não usa o termo em outro texto acerca da igreja.

Quem, então, constitui o Israel de Deus? O próprio apóstolo dá a resposta: todos os que andam conforme essa regra, aqueles que, ao compartilharem a fé que Abraão tinha, se tornaram filhos de Abraão. Não podemos dar definição mais exata. Assim, temos o apóstolo com a única glória que ele desejava: no seu corpo estavam os stigmata (as marcas características) de Jesus. Só estamos começando a compreender a dívida que, por Deus, a história humana e nós temos para com ele em virtude de sua visão quase que solitária.

BIBLIOGRAFIA
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Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 5

1-5. Alguém. Algum homem com paixões como as de vocês e portanto sujeito à queda. For surpreendido, apanhado em flagrante. Falta deveria ser uma palavra mais forte (cons. Rm 5:15). Um santo que cometeu pecado necessita de restauração como também de perdão divino. Aquele que está qualificado a ajudá-lo é o espiritual, isto é, que possui em um notável grau o fruto do Espírito, especialmente o amor (Gl 5:22) pelo irmão em dificuldade e também mansidão (Gl 5:23), uma vez que ele também pode um dia cair no mesmo pecado e necessitar da mesma disposição amorosa. Um verdadeiro espírito de ajuda também deveria ser predominante em outros assuntos – levai as cargas uns dos outros (contraste com Lc 11:46). A lei de Moisés foi descrita como sendo uma carga (At 15:10), mas a lei de Cristo não é assim (1Co 5:3). Seu fardo é leve (Mt 11:30). Isso deixa livre o discípulo para ministrar ao seu próximo (Mc 10:43-45). A advertência no final de Gl 6:1 vai até Gl 6:3. A superavaliação do ego leva ao logro. Que um homem examine suas próprias obras. Se encontrar nelas alguma satisfação, então terá motivo de gloriar-se unicamente em si. Seus sentimentos serão de gratificação e satisfação e não de orgulho e superioridade sobre seus irmãos. Melhor que cada um se avalie imediatamente, preparando-se para o julgamento que o Senhor fará naquele dia quando cada um levará o seu próprio fardo. Ele será tido responsável pela sua própria vida e obra (Rm 14:12).


Moody - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 10

Gálatas 6

D. O Evangelho Praticado no Serviço. Gl 6:1-10.

Os cristãos têm ainda uma lei a cumprir, a lei de Cristo. Só podem cumpri-la no poder do Espírito, quando se servem mutuamente na comunhão da Igreja.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 5
c) Carregando as cargas (Gl 6:1-48), vós, em cuja vida o fruto do Espírito, -do qual fruto faz parte a mansidão-está crescendo cada vez mais. Corrigi-o (1). Um verbo interessante, usado de várias maneiras no Novo Testamento. Nos clássicos é empregado para indicar o ajustamento de ossos fora de lugar; no Novo Testamento, porém, é usado para indicar equipamento e preparação (He 10:5; He 11:3), e o concerto de redes de pesca (Mt 4:21). É o verbo traduzido como "aperfeiçoe", em He 13:21 e 1Pe 5:10. O dano provocado no irmão faltoso, por causa de sua transgressão, deve ser reparado, e ele deve ser novamente posto em seu lugar no corpo de Cristo. Guarda-te (1). A exortação é dirigida à consciência de cada qual: que cada qual considerasse sua própria tendência e possibilidade de pecar, relembrando que algum dia talvez venham a necessitar do mesmo tratamento misericordioso. As cargas uns dos outros (2). A ênfase recai sobre uns dos outros; a auto-centralização é condenada. As cargas são o peso do pecado por causa do pecado que o irmão faltoso está carregando, bem como todos os outros pesos da tristeza e da preocupação que podem sobrecarregar os corações de nossos semelhantes. Aqui temos cargas melhores de serem carregadas que o peso da lei, e aqui temos a melhor de todas as leis que devemos cumprir, a lei de Cristo.

>Gl 6:3

Uma atitude mental inteiramente diferente é em seguida descrita no vers. 3, a atitude de reivindicar superioridade espiritual sobre um irmão caído. Tal atitude só pode ser assumida por alguém que iludiu a si mesmo. A si mesmo se engana (3); isto é, por suas próprias fantasias. O verbo grego ocorre somente nesta passagem no Novo Testamento, e o adjetivo correspondente ocorre em Tt 1:10. Todas as comparações entre nós mesmos e os outros devem cessar, e cada qual deveria ter como alvo fazer com que sua própria obra seja digna (4), e "então ele terá algo em que gloriar-se em sua própria conta, e não em comparação com seus semelhantes" (Moff.). Prove (4). Verbo empregado nos escritos clássicos para indicar a avaliação de metais e moedas. Ocorre nesse senso em Pv 17:3 (LXX) e em 1Pe 1:7. Com o sentido de examinar e testar ocorre também em 1Co 3:13; 1Co 11:28; 1Ts 5:21. Em outro (4); lit., "no outro"; algumas versões traduzem, "em seu próximo". Fardo (5). Palavra diferente da que aparece no vers. 2. A palavra empregada ali destaca o peso da carga; esta palavra simplesmente denota o fato que se trata de algo que deve ser transportado (phortion, do verbo phero, "eu carrego"). Para cada indivíduo há certa carga de responsabilidade pessoal que ele não pode transferir para ombros alheios, e, se ele devotar sua mente à mesma ele não terá nem o tempo nem a inclinação de comparar-se com os outros.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 18

Pegá-lo

Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi o tal com espírito de mansidão; cada um que olha para si mesmo, para que você também tentado. (6: 1 )

A primeira responsabilidade de um crente espiritual que procura restaurar um irmão caído é ajudar a pegá-lo. Quando uma pessoa se depara, a sua primeira necessidade é a de levantar-se, e muitas vezes ele precisa de ajuda para fazê-lo. Uma parte integrante da disciplina na igreja, por isso, está a ajudar um irmão caído voltar em seus pés espiritual e moralmente.

Mesmo se alguém for surpreendido nalguma falta, ele merece ajuda e incentivo, bem como repreensão. Caught pode implicar que a pessoa foi realmente visto cometendo o delito, indicando que não havia dúvidas sobre sua culpa. Mas o verbo grego ( prolambanō ) permite também a idéia de ser o homem pego pela culpa própria, por assim dizer. Esse é o sentido da prestação Rei Tiago, "surpreendido nalguma falta", e parece apropriado neste contexto.

Esta interpretação também é suportado pelo uso de Paulo paraptōma ( culpa ), que tem a idéia básica de tropeçar ou cair. O homem não cometer o pecado com premeditação, mas sim deixar de ser por sua guarda ou, talvez, flerta com a tentação ele acha que pode suportar. Ou ele simplesmente tenta viver sua vida em seu próprio poder e falhar, a produção de uma obra da carne, em vez de o fruto do Espírito.

A responsabilidade pela disciplina dos que tropeçam, bem como para aqueles que cometem pecados mais graves, repousa sobre os ombros de membros da igreja que são espirituais . Espirituais crentes são aqueles que andam no Espírito, cheios do Espírito Santo, e manifestando o fruto de o Espírito, que, em virtude de sua força espiritual, são responsáveis ​​por aqueles que são carnais.

Deve notar-se que, enquanto que o vencimento é relativo, dependendo de uma progressão e crescimento, espiritualidade é uma realidade absoluta que não está relacionada com o crescimento. Em qualquer ponto na vida de um cristão, a partir do momento da sua salvação para sua glorificação, ele é ou espiritual, andando no Espírito, ou carnal, andando nas obras da carne. Maturidade é o efeito cumulativo dos momentos de espiritualidade. Mas qualquer crente, em qualquer ponto de seu crescimento à semelhança de Cristo, pode ser um espiritual crente que ajuda um crente pecadora que caiu para a carne.

O espiritual e moralmente forte têm a responsabilidade para o espiritual e moralmente fraco. "Nós, que somos fortes", diz Paulo, "devemos suportar as fraquezas dos que, sem força e não agradar a nós mesmos" ( Rm 15:1 ).

Não é que espirituais os crentes devem ser suspeito e curiosos. Essas são dificilmente qualidades de espiritualidade. Mas eles serão sensíveis ao pecado quando e onde ele pode aparecer dentro do corpo e deve estar preparado para lidar com isso da maneira a Palavra de Deus prescreve.

Quando os escribas e fariseus trouxeram a Jesus a mulher apanhada no ato de adultério, que o lembrou que a lei de Moisés exigia que ela fosse apedrejada até a morte. Em vez de responder, Jesus inclinou-se e começou a escrever nos pecados de areia, talvez, listando de que aqueles no meio da multidão eram culpados. "Quando eles persistiram em perguntar-lhe, endireitou-se, e disse-lhes:" Aquele que estiver sem pecado entre vós, que ele seja o primeiro a atirar uma pedra contra ela. " E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. E, ouvindo eles isto, começaram a sair, um a um, começando com os mais velhos. "Quando Jesus então lhe perguntou se algum dos seus acusadores tinha ficado para condená-la, ela respondeu: "Ninguém, Senhor. E Jesus disse: "Nem eu te condeno; vai sua maneira De agora em diante não peques mais." ( João 8:3-11 ).

Jesus não estava interessado em destruir a mulher, mas em ajudá-la, e que deve ser a atitude de seus seguidores em direção a outras pessoas, especialmente para com outros crentes.
Mandamento de Jesus "Não julgueis para que não sejais julgados" ( Mt 7:1 ) é freqüentemente usado pelos cristãos para se opor a disciplina na igreja e às vezes é citado por outsiders na oposição assumindo posições fortes da Igreja contra certos males. Como o contexto deixa claro, no entanto (ver vv. 3-5 ), Jesus estava falando, uma pessoa hipócrita condenando que atua como juiz, passando sentença sobre os outros, uma vez que ele vê apenas o melhor em si mesmo e o pior em todos outra coisa. Se tal pessoa confessa e ficar limpo do seu próprio pecado, o Senhor passou a dizer, então ele está qualificado para confrontar seu irmão com o propósito não para condenar, mas "para tirar o cisco do [seu] olho do irmão" ( v . 5 ). Ele é, então, espiritual e tem o direito e até mesmo obrigação de ajudar seu irmão superar uma transgressão .

Aviso semelhante de Tiago sobre julgar os outros também é usado frequentemente para se opor a disciplina. Mas novamente o contexto deixa claro que em seu ditado, "Quem és tu, que julgas o próximo?"Tiago não estava falando sobre a ajuda de um irmão de um pecado, mas sobre judgmentally falando condenação "contra um irmão" ( Tiago 4:11-12 ). Um cristão que "fala mal do irmão" tem o orgulho, a auto-justos, e cruel. Ele visa apenas a exaltar-se, empurrando para baixo os outros. A espiritual crente que humildemente busca restaurar um irmão pecador, no entanto, não está falando contra ele, mas servi-lo da melhor maneira possível.

Um pastor comentou certa vez: "Muitas vezes pensei que se eu cair em um paraptōma [ culpa ], eu vou Oração para que eu não caia nas mãos dos juízes censura, crítica na igreja. Deixe-me cair nas mãos de barkeepers, prostitutas, ou traficantes de drogas, porque essas pessoas da igreja iria me rasgar com seus longos, meneando, línguas fofoqueiras, me cortar em pedaços ".

Somente espirituais crentes têm a sabedoria ou o direito de disciplinar irmãos na fé, assim como só os crentes espirituais têm o direito de liderança na igreja ( 1 Tim. 3: 1-13 ; Tito 1:5-9 ). Diante de Deus, na verdade, eles não têm o direito de não disciplinar. Eles são comandados para restaurar o tal . Quando uma igreja está empenhada em restabelecer membros caídos, que está a caminho de ser pura e utilizável.

Katartizō (para restaurar ) significa, literalmente, para consertar ou reparar e às vezes era usado metaforicamente de restaurar a harmonia entre facções brigando em uma disputa. Foi usado também de fixar um osso quebrado ou colocando um membro deslocado de volta no lugar. Esse é o valor usado pelo escritor de Hebreus em chamar os crentes a "fortalecer as mãos que são fracos e os joelhos que são fracos, e fazei caminhos retos para os pés, para que o membro que é manco não pode ser posto para fora de conjunta, antes, seja curado "( Heb. 12: 12-13 ).

Espirituais crentes restaurar um crente caído em primeiro lugar, ajudando a reconhecer o seu trespasse como transgressão . Até que uma pessoa admite seu pecado, ele não pode ser ajudado com isso.Uma vez que ele fez isso, ele deve ser encorajados a confessar seu pecado diante de Deus e afastem-se dela em arrependimento, buscando sinceramente perdão de Deus.

Restauração de irmãos e irmãs caídos é sempre a ser feito em um espírito de mansidão , que é característica de quem anda pelo Espírito ( Gl 5:23. ). Um cristão que é crítico e crítico como ele tenta ajudar um irmão caído não mostra a graça de Cristo ou ajudar seu irmão, mas em vez depara-se.

Depois de uma igreja exerceu disciplina adequada, os membros devem "perdoar e conforto" aquele que foi disciplinado, "para que de alguma forma, um tal ser esmagada pela tristeza excessiva" ( 2Co 2:7 ).

Desde o cuidado cada um olhando para si mesmo, para que você também ser tentado , é evidente que até mesmo espirituais crentes podem tropeçar. Eles são feitos do mesmo material, como aqueles que têm caído. Porque a exortação à procura de si mesmo é tão vital, Paulo usa uma palavra forte ( skopeo , observar ou considerar) no tempo presente, em que salientou, a atenção diligente contínua para a sua própria pureza. Eles, também , poderia ser tentado e até mesmo cair no mesmo pecado para o qual eles disciplinados um irmão.

A atitude de cada cristão deve estar sempre a atitude de Jesus. E quando um crente precisa ajudar disciplina um irmão caído, ele deve pedir uma porção especial de amor e bondade de Cristo. Se o Pai não quer mesmo um de seus próprios a ser devastada ( Mt 18:14 ), e se "o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-los" ( Lc 9:56 ), como muito menos fazer Seus seguidores têm o direito de ser destrutivo ao invés de útil?

Segurá-lo

Levai as cargas uns dos outros, e, assim, cumprir a lei de Cristo. Porque, se alguém pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se. Mas prove cada um o seu próprio trabalho, e, em seguida, terá motivo para vangloriar-se em relação a si mesmo, e não em relação a outra. Para cada um levará a sua própria carga. ( 6: 2-5 )

A segunda responsabilidade de um crente espiritual que procura restaurar um irmão caído é para ajudar a segurá-lo uma vez que ele está de volta em seus pés. Não é suficiente simplesmente para ajudá-lo a se converter do seu pecado e, em seguida, deixá-lo sozinho. É logo após a vitória espiritual que Satanás muitas vezes faz com que seus ataques mais severos sobre os filhos de Deus.
Os cristãos são continuamente (presente) para carregar os fardos uns dos outros . urso tem o pensamento de levar com a resistência, e encargos é de Baros , que se refere a cargas pesadas que são difíceis de levantar e transportar. Usado metaforicamente, como aqui, ele representa qualquer dificuldade ou problema de uma pessoa tem problemas para lidar com. Neste contexto, a referência sugere encargos que tentam um crente pecar a cair de volta para a transgressão da qual ele acaba de ser entregue. A, oprimindo tentação persistente é um dos mais pesados ​​fardos que um cristão pode ter.

Para se libertar do pecado que não é sempre a ser libertado de sua tentação. O crente espiritual que realmente ama seu irmão e sinceramente quer restaurá-lo para um passeio pelo Espírito continuará a passar tempo com ele e fazer-se disponível para o conselho e encorajamento. A oração é a mais poderosa arma crentes têm em vencer o pecado e se opondo a Satanás, e nada ajuda a um irmão carregam seus fardos, tanto quanto a oração por ele e com ele.

O irmão que foi entregue a partir de uma transgressão tem a obrigação de deixar seus amigos espirituais ajudá-lo a carregar seu fardo. Não é espiritualidade, mas o orgulho que faz uma pessoa querer "ir sozinho." Tiago diz aos crentes para "confessar [seus] pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que [eles] podem ser curados" ( Jc 5:16 ). O próprio Deus é fonte final do crente de força, e nEle somos chamados a lançar nossos fardos ( Sl 5:22. ) e nossos cuidados ( 1Pe 5:7. ).

Quando os crentes suportar cargas uns dos outros, eles cumpram a lei de Cristo. Jesus disse: "Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei" ( Jo 13:34 ). A lei de Cristo é a lei do amor, que preenche todo o resto da lei de Deus ( Gl 5:14 ; Rm 13:8 ).

É uma filosofia equivocada e não bíblica que faz com que alguns pastores para pensar que não deve ficar muito perto de membros de sua congregação. É óbvio que eles nunca devem mostrar favoritismo, e não há perigo em se tornar muito envolvido nas relações sociais superficiais. Mas um pastor que não intimamente atender as pessoas sob seus cuidados não pode possivelmente ministrar a eles de forma eficaz.

Porque, se alguém pensa ser alguma coisa, não sendo nada, Paulo continua, engana-se. À primeira vista, essa afirmação parece um pouco fora do lugar. Mas, à luz da chamada para os crentes espirituais para restaurar pecando irmãos "em um espírito de mansidão" ( v. 1 ), a necessidade de tal advertência se torna aparente.

Uma das principais razões que muitos cristãos não se preocupam em ajudar outros cristãos é que eles se sentem superiores aos pecadores e erroneamente consideram-se espiritualmente algo quando a verdade é que eles são realmente nada . Como os fariseus, a sua preocupação não é para a verdadeira justiça que Deus dá e que só vem através da humildade (ver Mateus 5:3-8. ), mas para a sua própria justiça, que não tem parte no reino de Deus, ou o seu trabalho ( v. 20 ). Seu desejo não é ajudar um irmão de tropeço, mas para julgar e condenar. Na melhor das hipóteses, eles deixá-lo "ensopado em seu próprio suco," o pensamento, se não dizendo: "Ele se meteu nesta confusão; deixá-lo-se para fora."

A presunção pode coexistir com a moralidade para o exterior, mas não pode coexistir com a espiritualidade. Na verdade, a presunção é o pecado final, o primeiro na lista de coisas que Deus odeia ( Prov. 6: 16-17 ). O cristão que ele acha que é alguma coisa, não sendo nada precisa de ajuda para enfrentar seu próprio pecado antes que ele possa ser qualificado para ajudar qualquer outra pessoa fora de um pecado. Ele precisa primeiro a "tirar a trave do [seu] próprio olho" ( Mt 7:5 ).

Deus não faz grau na curva mas por seu próprio absolutos. Ele não se compara os crentes a outro, mas a Sua Divina padrões perfeitos de justiça. E se o Senhor não julga um crente por compará-lo com outros crentes, quanto menos um crente deve julgar a si mesmo dessa maneira? (Cf. 2Co 10:12 ).

Se não há razão para um crente jactância , ou júbilo, em relação a si mesmo , isto é, em relação ao que Deus tem feito em e por meio dele, é com base na sua fidelidade e obediência, e não na base do que ele pode ter feito em relação a , ou em relação a, outro. Se ele é realmente mais fiel e útil do que alguns de seus companheiros de fé, que é obra de Deus, não a sua própria.

Comando de Paulo para cada um para levar a sua própria carga parece contradizer o que ele acabou de dizer sobre rolamento fardos uns dos outros ( v. 2 ). Mas ele usa um termo diferente aqui. Phortion (carga ) refere-se a tudo o que é realizado, e não tem nenhuma conotação de dificuldade. Ele foi muitas vezes utilizado das obrigações gerais de vida que uma pessoa é responsável por suportar em sua própria .

Para um cristão, a carga pode se referir a "seus feitos no corpo, de acordo com o que ele tem feito, seja bom ou ruim", para os quais ele vai dar conta "diante do tribunal de Cristo" ( 2Co 5:10 ; 1 Cor. 3: 12-15 ). Sua carga também pode referir-se a cumprir a sua vocação pessoal e ministério para o Senhor. Jesus garante a seus seguidores que a "carga" [ phortion ] de serviço Ele dá-lhes "é leve" ( Mt 11:30). Em ambos os casos, cada crente é responsável perante o levará a sua própria carga , mesmo à luz um Cristo dá-lo, e para responder por sua fidelidade ao fazê-lo, quando ele enfrenta-lo.

Edificá-lo

E deixe aquele que está sendo instruído na palavra, faça participante de todas as coisas boas com aquele que o instrui. ( 6: 6 )

A terceira responsabilidade de um crente espiritual que procura restaurar um irmão caído é ajudar a construir-lo.
Como o versículo 3 , este versículo, à primeira vista não parece encaixar-se que Paulo está focando na passagem. A interpretação aparentemente óbvia, e aquele que é o mais comum, é que Paulo está exortando congregações para pagar seus pastores de forma justa. Mas, apesar de que o princípio é ensinado no Novo Testamento (ver, por exemplo, Lc 10:7 ), não parece ser o que Paulo está ensinando aqui. Ele acaba de falar sobre a restauração pecando irmãos, e em versos 7:8 ele fala sobre semear e colher na carne ou pelo Espírito. Não só isso, mas nenhuma menção é feita de apoio financeiro ou, necessariamente, de qualquer tipo de suporte material. As coisas boas podem incluir bens materiais, mas que não parece ser o sentido aqui.

O grego pode ser traduzido como "Aquele que recebe instrução share com ele que dá instrução em todas as boas coisas ", e tal prestação parece adequado.

Compartilhar é de koinōneō , que tem a idéia básica de compartilhar de forma igual. É a forma verbal do substantivo comumente traduzida como "comunhão". Paulo está falando sobre a mutualidade, e não de um partido ao serviço ou o fornecimento para o outro, mas de ambas as partes compartilhando juntos. O que é ensinado a palavra e aquele que ensina a ter uma bolsa comum e deve compartilhar todas as coisas boas juntos.

O termo mais comum para as coisas materiais que são favoráveis, ou bom, é kalos . Mas as coisas boas traduz o plural de agathos , que é usada no Novo Testamento, principalmente de excelência espiritual e moral. Paulo usa esta palavra para descrever o próprio evangelho, as "boas novas de coisas boas" ( Rm 10:15 ). O escritor de Hebreus usa-lo da mesma forma, de "as coisas boas que estão por vir", de que "Cristo veio como sumo sacerdote" ( He 9:11 ) e do qual a lei era "apenas uma sombra" ( 10: 1 ).

Sob essa interpretação, o compartilhamento de todas as coisas boas é o terceiro passo na restauração de um crente caído. O cristão espiritual que pegou e levantou seu irmão caído também constrói-lo empalavra , em cujo bom coisas eles comunhão juntos.

18. Semeando e colhendo ( Gálatas 6:7-10 )

Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Para aquele que semeia na sua carne será da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá a vida eterna. E não nos desanimamos em fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não se cansam. Portanto, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, e especialmente para aqueles que são da família da fé. ( 6: 7-10 )

O universo está sob o controle das leis invioláveis, como cientistas e outros homens aprenderam ao longo da história têm reconhecido. As ciências físicas são, em essência, o estudo dessas leis físicas. Além da operação consistente de leis absolutas, a ciência tal como a conhecemos não poderia existir.
Uma evidência da autoria divina da Bíblia é que, na medida em que ele toca em ciência, é sempre preciso, embora tenha sido escrito vários milênios antes de a maioria das verdades científicas que toca em humanamente foram descobertos. Só o Ser que fez o universo poderia ter dado informações aos autores humanos das Escrituras que foi infalivelmente consistente com todas as leis e comprovada fato da ciência.
O eminente geólogo Tiago Dwight Dale contou uma turma de formandos da Universidade de Yale, "Como você enfrenta problemas científicos, lembre-se que ... não há nada mais verdadeiro no universo do que as afirmações científicas na Palavra de Deus."
Os escritos sagrados dos hindus, budistas e outras religiões pagãs refletir e até mesmo ensinar as ideias mais bizarras sobre a natureza eo funcionamento do universo. A ciência nunca poderia ter se originado a partir de tais religiões, porque eles não têm noção do desígnio divino, ordem e operação. Sem exceção, suas cosmologias são construídos sobre o acaso cego ou os caprichos caprichosas de divindades humanóides. A idéia de um universo ordenado divinamente regulado por leis absolutas é completamente estranho para a maioria das suas crenças básicas.

A Bíblia, por outro lado, não só é preciso quando se relaciona fatos físicos, mas claramente ensina que o universo é ordenado e seguro, e não por acidente ou acaso, mas pelo projeto soberano e poder de Deus, seu Criador. Deus "estende o norte sobre o espaço vazio, e suspende a terra sobre o nada", declarou Job. "Ele envolve-se as águas em suas nuvens, ea nuvem não rasga debaixo delas ... Ele inscreveu um círculo sobre a superfície das águas, no limite da luz e da escuridão" ( 26:7-8 , 26:10 ). Muito antes de as viagens de Colombo e outros aventureiros provou a Terra era redonda, Isaías escreveu: "É Ele que fica acima da abóbada da terra" ( Is 40:22 ). O hebraico abraço ("cofre"), que, literalmente, refere-se a um círculo e é assim traduzido em muitas versões, também pode significar esfera. No entanto, a idéia de estar em volta da Terra, muito menos esférica e suspensa no espaço, era desconhecido do mundo antigo.

É manifestamente inconsistentes para os filósofos argumentam que não existem absolutos morais, quando tudo física que pode ser observado e medido é clara e inegável reguladas por leis-Apart absoluto e inviolável desde que mesmo o menor organismo ou subsistema em nossa vasta e intrincada universo não pode operar.
Mesmo os antigos gregos reconheceram que havia um padrão de certo e errado, um tipo básico de semeadura moral e colher. De acordo com a sua mitologia, a deusa Nêmesis procurou e castigado cada pessoa que se tornou extremamente orgulhoso e arrogante. Não importa o quanto eles poderiam tentar fugir dela, ela sempre encontrada suas vítimas e executado a frase.

A Bíblia elucida lei moral absoluta de forma muito clara e com freqüência. Por exemplo, Deus tinha "soberania concedida, grandeza, glória e majestade, a Nabucodonosor," mas por causa do orgulho arrogante do rei, o Senhor o depôs do trono e fê-lo tornar-se como um animal selvagem que comeram grama. "No entanto, você, seu filho", declarou Daniel antes de Belsazar, durante o grande banquete em Babilônia ", não humilharam seu coração, mesmo que você sabia de tudo isso, mas você tem exaltado-se contra o Senhor do céu; e trouxeram os vasos de sua casa antes de você, e você e seus nobres, suas esposas e suas concubinas foram beber vinho a partir deles, e você tem louvores aos deuses de prata e ouro, de bronze, ferro, madeira e pedra, que não vêem, ouvem ou compreender. Mas a Deus, em cuja mão está o fôlego de vida e seus caminhos, você não tem glorificado. " É por isso que "a mão foi enviado por Ele, e esta inscrição foi escrito", o profeta passou a explicar, uma inscrição, cuja interpretação foi: "Deus o teu reino e colocar um fim a isso ... você tem sido pesado na balança e achado deficiente ... o seu reino foi dividido e entregue aos medos e persas "( Dan. 5: 18-28 ).

O mundo moderno tem suas próprias Belshazzars. Ernest Hemingway se tornou famoso por esnobando o nariz para a moralidade e para Deus, declarando que sua própria vida se mostrou uma pessoa poderia fazer o que quisesse sem pagar as consequências. Como muitos outros antes e depois dele, ele considerou as ideias de que a Bíblia é antiquada e ultrapassada, completamente inútil para o homem moderno e um obstáculo para seu prazer e auto-realização. Leis morais eram para ele uma superstição religiosa que não tinham relevância. Em uma paródia zombando da Oração do Senhor, ele escreveu, "Nosso nada [em espanhol de" nada "] que estais no nada." Mas, em vez de provar a impunidade de infidelidade, o fim da vida de Hemingway provou a loucura de Deus zombando. Sua vida devassa o levou a tal desespero completo e desesperança que ele colocou uma bala na cabeça.
Outros autores famosos, como Sinclair Lewis e Oscar Wilde, que abertamente atacou o padrão moral divina e manuseou seus narizes em Deus, zombando de Sua Palavra e Sua lei foram, no entanto, sujeito a essa lei. Lewis morreu um alcoólatra patético em uma clínica de terceira categoria, na 1tália, e Wilde acabou um homossexual preso, em vergonha e desgraça. Perto do fim de sua vida, ele escreveu, "eu esqueci em algum lugar ao longo da linha que o que você está em segredo que você algum dia chorar em voz alta a partir do telhado."

Até os últimos dias não vai continuar a ser "escarnecedores, seguindo depois as suas ímpias concupiscências" ( Jd 1:18 ).

Em todas as suas dimensões, incluindo a moral e espiritual, o universo está estruturado em leis inexoráveis. Em Gálatas 6:7-10 , Paulo usa uma lei bem conhecida da botânica-que uma determinada semente pode reproduzir apenas a sua própria espécie, para ilustrar leis paralelas e igualmente invioláveis ​​de Deus nos reinos morais e espirituais.

Paulo foi concluída a apresentação de sua tese principal, que o legalismo, em particular o legalismo dos judaizantes, não tem parte ou no recebimento ou em viver a vida cristã. Depois de dar instruções para crentes espirituais para restaurar seus irmãos pecador que caíram para a carne, agora ele adverte algum dos irmãos caídos que pode presumir que a graça de Deus e se ressentem de ser repreendido e ofereceu ajuda.

Não se engane, ele adverte-os, Deus não se zomba . Deceived é de planaō , que tem o significado primário de desviando do caminho. Em parte, o apóstolo estava ligando em Gálatas equivocada de parar de ser enganado por outros, porque muitos deles tinham sido desviados, ou "A Feiticeira" ( 3: 1 ), pelos judaizantes em pensar que a obediência à lei mosaica representada especialmente pela circuncisão, era necessário para receber e viver a vida cristã ( 2: 15-21 ; 3: 2-3 ; 4: 8-11 ).

O grande perigo dos falsos mestres não é só no mal dos ensinamentos em si, mas no seu ser ensinada como verdade de Deus. Uma pessoa que ensina heresia em nome de Satanás, ou simplesmente com base em sua própria autoridade, raramente tem muita influência, especialmente na igreja. Ele sempre foi e continuará a ser falsos mestres que pretendem ensinar em nome de Deus que são os mais destrutivos. "Os homens maus e impostores irão proceder de mal a pior, enganando e sendo enganados" ( 2Tm 3:13 ). Durante os últimos dias, Jesus disse que tais professores enganosas vai multiplicar enormemente, tanto em número e influência. "Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas se levantarão e mostrarão grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, até os escolhidos" ( Mt 24:24 ).

É por essa razão que o ensino cuidadoso e consistente de todo o conselho da Palavra de Deus é tão importante, não só para a edificação da igreja, no Senhor, mas também para protegê-la contra a ser enfraquecido e destruídos. Um crente untaught é um crente fraco e, portanto, um crente vulnerável. Escritura não só é o alimento do crente, mas também a sua armadura ( Ef. 6: 10-17 ).

O enganador supremo, é claro, é Satanás, que, "sempre que ele profere mentira, fala ... de sua própria natureza, porque ele é um mentiroso, e pai da mentira" ( Jo 8:44 ). O Senhor assegura Seus filhos que a conquista de Satanás é certo, que "a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo [serão] precipitado na terra, e os seus anjos ... lançados com ele "( Ap 12:9 ).

Quando os crentes não conseguem reconhecer a realidade ou a gravidade do pecado em suas vidas, seus corações estão enganados e Deus está ... zombou . A segunda consequência é de longe o pior, porque isso equivale a tratar o Senhor com desprezo. zombado é de muktērizō , que literalmente significa transformar-se o nariz de um, e, portanto, ao desprezo ou desdém. Na passagem acima citada de sua primeira carta, João declara que para um cristão negar seu pecado é fazer de Deus um mentiroso ( 1Jo 1:10 ) e para zombar Sua santidade absoluta.

Para um crente pecar voluntariamente em qualquer forma e em qualquer grau, é negar o seu Senhor. Mas, para o pecado ao pensar que ele é de alguma forma imune a padrão de santidade de Deus é para zombar do Senhor e para imitar o mundo.

Em Gálatas 6:7 b -10, Paulo leva para casa o ponto de que mesmo os crentes podem se tornar culpado de zombando de Deus e que ser salvo não o isenta das consequências inexoráveis ​​da Sua lei da semeadura e da colheita. Depois de afirmar e explicar esta lei divina, em seguida, mostra como ele é espiritualmente cumprida e aplicada.

A Lei Divina Demonstrado

pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. ( 6: 7 b)

Em seu sentido literal, físico, que o direito rudimentar de agricultura é auto-evidente. É absolutamente universal, aplicando-se igualmente a todos os agricultores e jardineiro em todo tempo e lugar para os jovens e os velhos, os experientes e os inexperientes, os sábios e os tolos e os salvos e os perdidos. Ela é tão imparcial, previsível e imutável como a lei da gravidade. Não há exceções, e que a pessoa que planta a semente faz diferença nenhuma no funcionamento da lei. O que quer que ele semeia, isso também ceifará.

Ao chegar em casa depois das férias, a família descobriu uma planta grande, estranha prosperando no jardim. Ele provou ser um girassol gigante, que, como foi descoberto mais tarde, haviam sido plantados lá por um amigo como uma brincadeira. Apesar da nossa perplexidade, no entanto, a idéia nunca entrou em nossas mentes que a planta poderia de alguma forma surgiram a partir de uma cenoura, pepino, ou semente squash. Antes tínhamos a menor idéia de como a planta veio a ser no jardim, sabíamos que tinha crescido de uma semente de girassol e nenhum outro tipo. No mundo natural, os homens nunca questionar a lei da semeadura e da colheita.

Mas o princípio é tão verdade nos reinos morais e espirituais, embora o pecado dos homens e auto-engano, muitas vezes os impede de ver ou reconhecê-la. A Palavra de Deus é clara. "Aqueles que lavram iniquidade e aqueles que semeiam o mal colhê-la" ( 4:8 ; cf. Pv 11:18 ). Os ímpios "semeiam o vento, e eles colhe tempestades", enquanto que aqueles que "semear com vista a justiça, a colher de acordo com bondade" ( Os 8:7 ).

Em grande medida, o caráter de uma pessoa é o produto de sementes plantadas no início da sua vida. A criança que foi criada para ter o seu próprio caminho vai se transformar em um adulto que quer que o seu próprio caminho. Um escritor Inglês observou: "O que me impressiona mais e mais a cada dia é a permanência da vida cedo, a identidade entre a juventude e idade adulta. Todo hábito, bom e mau, daqueles primeiros anos parece ter afetado permanentemente toda a minha vida. A batalha é em grande parte vencida ou perdida antes que parece começar. "

Essa observação não é surpresa para a pessoa que conhece as Escrituras. "Ensina a criança no caminho em que deve andar", ele ensina, e "mesmo quando ele for velho, não se desviará dele" ( Pv 22:6 ). "Tu colocado nossas iniqüidades diante de ti, os nossos pecados ocultos, à luz da tua presença" ( Sl 90:8 ).

A lei da semeadura e da colheita não é contrariada pelo evangelho da graça. A lei da salvação em Jesus Cristo é, de fato, a manifestação final da referida lei. Jesus Cristo semeou justiça perfeita e vida eterna colheu, que Ele dá àqueles que confiam em seu trabalho terminado. O crente colhe a vida eterna porque, na fé, ele está unido com Cristo e com o que semeou e colheu em nome do homem.
Mas o crente não é, assim, isentos de todas as consequências da sua própria sementeira. Ele nunca vai colher as últimas conseqüências do pecado, que são a morte e juízo, porque o seu Senhor já colheu essas conseqüências para ele. Mas ele continua a colher as dores da alma terrena, feridas, vergonha e dor de seus pecados e insensatez. Lei de causa e efeito de Deus ainda opera na vida de seus filhos.

Um verdadeiro sentimento de culpa colheu do pecado é aliado e amigo de um crente. É a advertência de Deus que algo está errado. Quando atenderam, a verdadeira culpa é purificadora, porque impede uma pessoa de cometer um pecado ou, depois que ele cometeu, vai levá-lo ao arrependimento, em virtude dos quais o Senhor "é fiel e justo para perdoar [seus] pecados e limpar [ele] de toda injustiça "( 1Jo 1:9 ). Mas nesse meio tempo ele pode produzir todos os tipos de egoístas, desejos carnais que são contrárias à vontade e padrões de Deus e que se expressam em tudo, desde a imoralidade flagrante a fria indiferença às coisas do Senhor. A carne é a residência do pecado que ainda permanece na vida de um crente ( Rm 7:18 ). A pessoa que semeia na sua carne subserviente à sua maus desejos em vez de deixar o Espírito sujeitai-a. Ele se submete a suas paixões, em vez de superá-la.

O pecado em particular que Paulo trata tão fortemente ao longo desta carta é o pecado do legalismo, em especial a de os judaizantes heréticas, que minaram o evangelho da graça, colocando as obras humanas entre o sacrifício de Cristo e da salvação do homem. Porque que o pecado estava tão centrada em carne , levou a inúmeros outros pecados. Descobriu-se crentes de volta para os seus próprios recursos e poder, em que eles poderiam fazer nada, mas tropeçar de uma só ofensa para o outro, produzindo apenas os feitos de carne (ver 5: 19-21 ; 6: 1 ).

Corrupção é de phthora , que se refere à degeneração, indo de melhor para pior. Ele foi por vezes utilizado de alimentos deteriorados, que se transforma de que o que é benéfico para o que é prejudicial. As obras da carne são sempre corruptora e só pode fazer uma pessoa cada vez pior. A última palavra corrupção é a morte eterna, o salário do pecado ( Rm 6:23 ).

Apesar de sua confiança em Cristo salva-lo da morte espiritual, um crente pecar pode, no entanto ceifará a corrupção, sofrendo morte física e muitas outras conseqüências terrenas trágicos, como fizeram alguns dos Corinthians impenitente ( 1Co 11:30 ).

O líder evangélico britânico João R. W Stott tem escrito ", Toda vez que nós permitimos que nossa mente para abrigar um rancor, enfermeira uma queixa, entreter uma fantasia impuro, chafurdar na auto-piedade, estamos semeando a carne. Cada vez que perduram em má companhia, cuja influência insidiosa sabemos que não pode resistir, cada vez que deitar na cama, quando deveríamos estar-se e orando, cada vez que lemos literatura pornográfica, cada vez que tomar um risco que tensiona a nossa auto-controle estamos semeando, semeadura, plantio, a carne "( A Mensagem de Gálatas [Londres: Inter-Varsity, 1968], p.170).

Por outro lado, o crente que semeia no Espírito devem do Espírito colherá a vida eterna. O cristão que está preocupada com as coisas de Deus, em vez de as coisas de carne do mundo irá produzir o fruto do Espírito ( 5: 22— 23 ). Para semear para o Espírito é o mesmo que para andar pelo Espírito ( 5:16 ), a ser conduzido pelo Espírito ( 5:18 ), e para ser cheio do Espírito Santo ( Ef 5:18 ). É o mesmo que permanecer em Cristo e em Sua Palavra e ter Suas palavras permanecerem em nós ( Jo 8:31 ; Jo 15:7 ).

O produto de semear para o Espírito é a vida eterna. Não é que somente crentes cheios do Espírito ir para o céu. Cada crente vai para o céu, porque cada crente é sempre um filho de Deus e um cidadão do reino de Deus.

Em toda a Escritura, a vida eterna se refere principalmente à qualidade, e não duração. O crente começa a participar na vida eterna no momento em que ele confia em Jesus Cristo como Senhor e Salvador.Mas, assim como a sua vida sempre não refletem perfeitamente a justiça que ele tem diante de Deus em Cristo, nem que isso sempre refletem perfeitamente o eterno qualidade de vida que ele tem n'Ele.

Porque é externo , nenhum pecado na vida de um crente pode separá-lo de vida eterna , mas qualquer pecado em sua vida corrompe sua reflexão e fruição de que a vida eterna. É por isso que alguns cristãos estão entre os mais miserável, infeliz e miserável pessoas. Um crente persistentemente pecando por vezes pode ser mais miserável do que um incrédulo, simplesmente porque o seu pecado está em constante conflito com e guerreando contra sua nova natureza em Cristo. O pecador cristão tem uma batalha feroz dentro dele que um incrédulo nunca experimenta. O crente que semeia na sua carne não perde o Espírito , mas ele perde o fruto do Espírito, entre os quais estão o amor, alegria, paz e paciência ( 05:22 ). Davi não orou, "Restaurar a minha salvação para mim", mas, "Restitui-me a alegria da tua salvação" ( Sl 51:12 ).

Essa fruta representa todas as bênçãos de uma vida semeada ao Espírito , a vida que, na fidelidade e obediência, goza plenamente "toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" e "as riquezas da glória da sua herança nos santos" ( Ef 1:3 ).

A Lei Divina preenchidos

E não nos desanimamos em fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não se cansam. ( 6: 9 )

Para aqueles que andam e semear no Espírito, o fruto da paciência (veja 05:22 ) parece muitas vezes entre os mais evasivo. Depois de anos de serviço fiel, altruísta para o Senhor, um crente pode ter experimentado pouca evidência óbvia de a bênção do Senhor. Como Paulo, ele pode ter mais problemas, frustrações e perseguição no final de sua vida do que ele tinha quando ele era um novo crente.

O santo puritano João Brown escreveu: "Muitos cristãos são como filhos; eles iriam semear e colher no mesmo dia." É fácil tornar-se cansado de semeadura e estar ansioso para a colheita.

Perde coração é de enkakeō e se cansar é de ekluō . Ambos os termos levar as idéias de tornar-se exausto e desistir. Eles são o oposto de ser "firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor" ( 1Co 15:58 ). Era contra a tentação de perder o ânimo e se cansam de que o escritor de Hebreus disse:

Portanto, uma vez que temos uma tão grande nuvem de testemunhas que nos cercam, vamos também deixar de lado todo embaraço, eo pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus , o autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que você não se cansem nem desanimem. ( Heb. 12: 1-3 )

Às vezes, é claro, o problema não é o cansaço espiritual, mas a preguiça espiritual, tornando-se cansado de não fazer nada ao invés de fazer o bem . Às vezes o problema é a hipocrisia espiritual, ouvindo e falando de servir ao Senhor, mas fazendo pouco dele (cf. Jc 1:22 ).

Mas quando um crente é genuinamente e persistentemente fiéis em fazer o bem, ele tem a garantia de Deus que , em devido tempo , ele deve colher . Como em relação a colher vida eterna ( v. 8 ), Paulo não está falando aqui sobre a salvação, mas cerca de bênção, e, finalmente, a recompensa eterna. Ele está dizendo que é possível servir a Deus por um longo tempo e, em seguida, a desistir e perder bênção aqui e premiar em glória. O apóstolo João advertiu: "Acautelai-vos, que você não pode perder o que temos feito, mas que você pode receber uma recompensa completa" ( 2Jo 1:8 ). Para a igreja de Corinto, ele disse,

Uma vez que temos este ministério, assim como alcançamos misericórdia, não desanimamos, pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas por causa da vergonha, não andando com astúcia ou adulterando a palavra de Deus, mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos a todos os homens de consciência diante de Deus ... Estamos aflitos em todos os sentidos, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, que a vida de Jesus se manifeste também em nosso corpo, ... sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco. ( 2 Cor. 4: 1-2 , 8-10 , 2Co 4:14 )

Paulo colheu bênção nesta vida, porque ele nunca desistiu. Ele chamou a Tessalônica crentes a sua "alegria ou coroa da salvação" ( 1Ts 2:19 ). No final de sua vida, ele poderia dizer: "Combati o bom combate, terminei o curso, eu guardei a fé; no futuro não está guardada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, o justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda "( 2 Tm 4: 7-8. ). A colheita é tanto nesta vida e na vida futura.

O Divino Direito Aplicado

Portanto, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, e especialmente para aqueles que são da família da fé. ( 06:10 )

Aqui está uma liminar final, prática que se passa com o princípio da semeadura e colheita, dado como um guia para os crentes em sua caminhada no Espírito.

Oportunidade traduz kairos , que literalmente se refere a um período fixo e distinto de tempo. A frase enquanto nós temos não se refere a oportunidades ocasionais que podem surgir na vida de um crente, mas ao total oportunidade de sua atual existência terrena. A idéia é, enquanto tivermos oportunidade durante a nossa vida na terra. Em outras palavras, a vida inteira de um crente é o seu único, mas limitada oportunidade de servir aos outros em nome do Senhor. A idéia também está implícito de buscar e até mesmo fazer particulares oportunidades dentro da oportunidade mais ampla de nosso tempo na terra. A exortação reflexiva, vamos fazer é de ergazomai , o que significa ser ativo, para trabalhar de forma eficaz e de forma diligente, e é aqui uma auto-Chamado a um grande esforço em aproveitar todas as oportunidades para semear para a glória de Deus.

Bom é de agathos e tem um artigo definido na frente dele em grego. Em outras palavras, Paulo está falando de um determinado bem , bom . É o agathos bondade de excelência moral e espiritual que é um fruto do Espírito ( 5:22 ), e não simplesmente Kalos bondade que é limitada a coisas físicas e temporais. É a bondade interna produzida pelo Espírito no coração dos crentes obedientes, que, em seguida, encontra expressão na bondade externa falada por sua boca e executada por suas mãos.

Também é bom que é inqualificável e irrestrita, para ser mostrado a todos os homens, incluindo os incrédulos. "Para tal é a vontade de Deus", disse Pedro, "que fazendo direito você pode emudecer a ignorância dos homens insensatos" ( 1Pe 2:15 ). Uma das melhores maneiras de frustrar as críticas do cristianismo é para os cristãos de fazer o bem para os incrédulos. Amar preocupação vai fazer mais para ganhar uma pessoa para Cristo do que o argumento mais cuidadosamente articulada. O coração de cada testemunho cristão deve ser bondade. "Em todas as coisas mostram-se a ser um exemplo de boas ações", Paulo admoestou Tito ", com pureza na doutrina, digno, som na fala que é irrepreensível, para que o adversário pode ser confundido, não tendo nada de ruim para dizem sobre nós "( Tito 2:7-8 ).Mais tarde, na mesma carta, Paulo diz: "Sobre essas coisas que eu quero que você fale com confiança, de modo que aqueles que acreditavam que Deus pode ter o cuidado de envolver-se em boas ações Essas coisas são boas e proveitosas para os homens." ( 3: 8 ).

Tão importante quanto fazer o bem para os incrédulos é, no entanto, é especialmente para ser demonstrado para aqueles que são da família da fé. O primeiro teste do nosso amor por Deus é o nosso amor por Seus outros filhos, nossos irmãos e irmãs em Cristo . "Nós sabemos que já passamos da morte para a vida", diz João, "porque amamos os irmãos" ( 1Jo 3:14 ). "Se alguém diz:" Eu amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não viu E temos este mandamento de. Ele, que aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão "( 4: 20-21 ).

Tal semeadura faz para colheita alegre, e é também testemunho dinâmico para aqueles salvação fora. Como tratamos uns aos outros é a nossa maior atração para um mundo em busca de amor, bondade e compaixão.

19. Glorificando-se a Carne ( Gálatas 6:11-13 )

Vede com que grandes letras Estou escrevendo para você com a minha própria mão. Aqueles que desejam fazer uma boa exibição na carne tentar obrigá-lo a ser circuncidados, simplesmente, que eles não podem ser perseguidos por causa da cruz de Cristo. Para aqueles que são circuncidados nem sequer manter a lei em si, mas eles querem que vos circuncidado, para que possam se orgulhar em sua carne. ( 6: 11-13 )

O fim da carta de Paulo às igrejas da Galácia tem o mesmo peso de gravidade, urgência e indignação como o resto. Tanto no início e no final ( 1: 3 ; 06:18 ), ele elogia os seus leitores a graça de Deus, e sua profunda preocupação com o bem-estar espiritual daqueles a quem ele escreve é evidente em toda a epístola. Mas ele não tem tempo para as comodidades pessoais encontrados na maioria de seus outros escritos. É quase como se o mensageiro estavam de pé na porta, esperando por Paulo para terminar de escrever para que ele pudesse apressar a carta em seu caminho.

Exceto para a bênção final ( v. 18 ), versículos 11 ao final são em grande parte uma salva de despedida contra os judaizantes, cujas atividades herética solicitado a letra em primeiro lugar. Eles estavam ensinando a espúria, feita pelo homem evangelho (que era o evangelho em absoluto, 1: 6-7 ) da salvação pelas obras e de viver sob o governo da lei em total contradição com o Evangelho divino da salvação pela graça e de estar por do Espírito que Paulo pregou quando ele ministrou na Galácia.

Essas duas abordagens para a salvação são os dois únicos que existem, as duas únicas formas de religião que o homem já conheceu. Há graça / fé / Espirito religião, conhecido como o cristianismo, e não há lei / trabalhos / carne religião, que identifica todo o resto. O caminho de Deus é o caminho da graça, trabalhando por meio da fé do homem na obra redentora de Jesus Cristo e do poder de sustentação do Espírito Santo. Todas as outras formas, não importa quão aparentemente diferentes, são uma tentativa de salvação pelas obras carnais da lei. É como se, na prateleira das religiões mundiais de mercado, existem centenas de pacotes atraentes, com uma grande variedade de formas, tamanhos, etiquetas, reclamações e preços. Mas dentro de todos eles é o mesmo de mau gosto serragem, nutritionless de retidão de obras. Estando sozinho, pouco atraente e repulsivo para o homem natural, é o evangelho, a única que contém alimentos real.
O caminho de Deus é o caminho da realização divina; todas as outras formas dependem de realização humana. Aqueles que seguem a religião de realização divina dizer: "Eu não posso realizar qualquer coisa no meu próprio poder ou bondade, e eu me jogar na misericórdia de Deus, confiando no sacrifício suficiente de Seu Filho em meu nome." Aqueles que seguem o caminho da realização humana, não importa o que sua embalagem pode ser, digamos, "No meu próprio mérito e no meu próprio poder eu posso me tornar aceitável a Deus e digno de um lugar no céu."
Antes de expor os motivos ímpios dos judaizantes na pregação do evangelho falso de realizações legalistas judeus, Paulo primeiro dá uma visão sobre seus próprios motivos piedosos em pregar o verdadeiro evangelho da graça divina.
Porque Paulo não explica o seu significado, o comentário Vede com que grandes letras Estou escrevendo para você com a minha própria mão não pode ser interpretada dogmaticamente. Como sempre, no entanto, a interpretação responsável coloca grande pressão sobre o contexto.

O que quer dizer com Paulo especificamente referindo-se a sua escrita em letras grandes com a sua própria mão , é razoável assumir seu ponto estava intimamente relacionado com o que ele estava falando nos versículos circundantes. Seria de esperar que o verso de se relacionar intimamente com sua advertência anterior para os cristãos a fazer o bem ( vv. 9-10 ), a sua seguinte aviso sobre a judaizantes ( vv. 12-15 ), ou a ambos os tópicos, como uma transição entre o dois.

Assim, a escrita de Paulo com letras grandes ... pode ter sido devido a uma combinação de razões. A primeira possibilidade é que ele usou letras grandes por causa de deficiência visual, uma aflição sugeriu nesta carta. Pouco tempo depois de falar de ter vindo para a Galácia com "uma doença física" ( 4:13 ), o apóstolo expressa sua gratidão a crentes de lá para a sua vontade de "ter arrancado [seus] olhos e deu-lhes [a ele]" ( v 15. ). Se o "espinho na carne" de Paulo ( 2Co 12:7. ; Cl 4:18 ; . 2Ts 3:172Ts 3:17 ), a fim de provar a autenticidade da carta. Durante o tempo da igreja primitiva, muitos documentos falsos circularam em nome dos apóstolos, a fim de ganhar credibilidade. Paulo referiu-se que a prática do engano quando ele advertiu os crentes de Tessalônica para não "ser rapidamente abalada a partir de [sua] compostura ou ser perturbado ou por um espírito ou uma mensagem ou uma carta como se a partir de [ele], no sentido de que o dia do Senhor [tinha] vir "( 2Ts 2:2 ), não teria hesitado em dizem que falam por Paulo, se isso iria servir o seu propósito. Paulo era, portanto, em causa não só que os crentes gálatas entender claramente o que ele estava escrevendo, mas que eles entendem claramente que ele era realmente o único que estava escrevendo.

Como já foi mencionado, é provável que Paulo escreveu toda a carta. Em todos os outros lugares no Novo Testamento, onde ele aparece, o aoristo indicativo ativo grego do grafo ( estou escrevendo ) refere-se a algo que já está escrito, não para algo ainda a ser escrito. Por isso, é possível traduzir a frase como: "Eu tenho escrito", caso em que se poderia referir-se a carta como um todo, ao invés de algumas letras finais que ele estava prestes a acrescentar sobre o fim.

Talvez Paulo estava ansioso para chegar a sua mensagem aos Gálatas, mas não tinha escriba disponíveis no momento. Ou, como já foi sugerido, por causa da gravidade da mensagem em si, ele pode ter querido fazer a carta mais pessoal escrevendo tudo isso, mesmo com suas limitações, em sua própria mão.

A maior parte da carta é gasto condenando os falsos ensinos dos judaizantes. Agora Paulo também condena os seus motivos para o ensino de sua perversão legalista do evangelho. Ele declara que eles foram motivados pelo orgulho religioso, por covardia, e pela hipocrisia.

Orgulho religioso

Aqueles que desejam fazer uma boa exibição na carne tentar obrigá-lo a ser circuncidados, ( 6:12 a)

Primeiro de todos os judaizantes foram motivados pelo orgulho religioso, um desejo de fazer uma boa exibição na carne . Aqui a carne tem referência às obras de sua humanidade e auto-esforço para além do Espírito. Eles não estavam preocupados em agradar a Deus por parte de dentro justiça, mas para impressionar outros homens pelo legalismo para fora.

Foi em relação a essas demonstrações de orgulho religioso que Jesus deu avisos repetidos no Sermão da Montanha. No que diz respeito a vida religiosa em geral, Ele disse: "Acautelai-vos de praticar a vossa justiça diante dos homens, para ser notado por eles, caso contrário não tereis recompensa junto de vosso Pai que está nos céus" ( Mt 6:1 ).

Em outra ocasião, Jesus contou uma parábola projetado especialmente para a "certas pessoas que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e viram os outros com desprezo." Ele falou de um fariseu que se levantou orgulhosamente no Templo e agradeceu a Deus por sua própria bondade e de um coletor de impostos que estava a alguma distância e estava muito envergonhado de seu pecado até mesmo a olhar para o céu, como na postura habitual oração. Em vez disso, ele batia no peito e suplicou a Deus por misericórdia. O desprezado publicano "desceu justificado para sua casa", declarou Jesus, ao passo que os fariseus altamente respeitados não o fizeram ( Lucas 18:9-14 ).

Foi contra líderes religiosos orgulhosos e arrogantes que Paulo advertiu: "Vede que ninguém vos faça presa por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo" ( Cl 2:8 ).

Covardia

simplesmente que eles não podem ser perseguidos por causa da cruz de Cristo. ( 06:12 b)

Os judaizantes não só estavam orgulhosos, mas covarde. Defendiam o legalismo para proteger suas vidas e bem-estar material, bem como para alimentar seus egos carnais. Basta que eles não podem ser perseguidos exprime o seu motivo. Eles não estavam dispostos a pagar o preço de perseguição, a fim de ser identificado com Jesus Cristo. Eles usariam seu nome e participar de Sua igreja somente se não houve ofensa para aqueles ao seu redor. A maior parte desse crime poderia ser evitado se eles negaram o significado da morte de Cristo.

Desde o primeiro século, a cruz foi a insígnia reconhecido do cristianismo. Durante as perseguições romanas, o peixe tornou-se um sinal comum, mas apenas entre os próprios cristãos como um meio secreto de identificar um outro. O único sinal de que tem continuamente e universalmente representava a fé cristã é a cruz . Historiadores romanos Mesmo seculares, incluindo Tácito no primeiro século e Suetônio, no segundo século, vulgarmente designado por cristãos como os seguidores de um criminoso crucificado sob Pôncio Pilatos.

Crucificação não se originou com os romanos, mas foi aperfeiçoado por eles e foi, talvez, o meio mais cruéis e agonizantes de execução já foi inventadas. Foi criada não apenas para matar, o que pode ser feito mais facilmente em muitas outras maneiras, mas a degradar e humilhar. Foi geralmente reservada para os inimigos especiais do estado que foram executados publicamente como um impedimento à sedição, rebelião e outros delitos graves. Por causa de sua dor e crueldade incomum e prolongada nenhum cidadão romano podia ser executado por que isso significa.
No entanto, esse símbolo de um meio de horríveis de morte tornou-se para os cristãos o símbolo mais acarinhados da vida, porque Cristo sofreu e morreu na cruz como o sacrifício total e definitiva para salvá-los do pecado e da morte. Deus transformou a expressão mais medo do ódio do homem na mais bela expressão do Seu amor divino.

O livro de Gálatas foi chamado de "A crucificação Epístola", não só porque ele cita diretamente a cruz ou a crucificação cerca de sete vezes ( 2:20 ; 3: 1 ; 05:11 , 24 ; 06:12 , 14 [duas vezes]) mas porque a graça redentora de Deus, o tema da epístola, tornou-se eficaz para os homens apenas por meio da cruz de Cristo. O sinal da cruz os pontos para a graça.

Por essa razão, a cruz de Cristo sempre foi uma ofensa para as religiões de obras ", para os judeus uma pedra de tropeço, e aos gentios loucura" ( 1Co 1:23 ). Mesmo antes de Jesus foi crucificado, a idéia de Sua morte sacrificial era repugnante para muitos judeus que tinham mostrado interesse superficial em Seu ensino. Na sinagoga de Cafarnaum, ele declarou: "A minha carne é verdadeira comida eo meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu . vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim Este é o pão que desceu do céu; não como os vossos pais comeram, e morreram, o que come deste pão viverá eternamente "( João 6:55-58 ). Em resposta a essa "declaração difícil, ... muitos dos seus discípulos se retiraram e não andavam mais com ele" ( vv. 60 , 66 ).

Paulo refere-se aos "inimigos da cruz de Cristo" como aqueles "cujo fim é a perdição, cujo deus é o seu apetite, e cuja glória é para confusão deles, que defina as suas mentes nas coisas terrenas" ( Fp 3:18-19. ). Qualquer pessoa, seja religiosa ou não, nominalmente cristão ou pagão, que nega ou rejeita a suficiência do sacrifício de Cristo para a salvação dos homens é um inimigo da cruz.

Os judaizantes se identificaram com a igreja, mas não com a cruz e, portanto, não é verdadeiramente com Cristo. Eles reconheceram Jesus como o Messias e proclamou fidelidade a Ele, mas que não tiveram parte nele porque se recusaram a receber a Sua obra consumada na cruz em seu nome. Sua confiança estava em suas próprias obras humanas, representadas pela circuncisão, ao invés de prestação de salvação pela graça através do poder de Deus na cruz de Cristo. Eles queriam um Messias para livrá-los de seus opressores, mas não um Salvador para livrá-los da seus pecados. Eles podem lidar com isso por si mesmos, eles pensavam.

Quando usado em um (salvação) soteriological contexto, como aqui, a cruz não se refere aos pedaços de madeira sobre a qual Jesus foi pendurado, mas para toda a obra da redenção divina que Sua morte nacruz realizado. Não é o fato de que Jesus foi crucificado como um criminoso comum, que é o crime de cruz , mas a verdade da expiação substitutiva, que permite que não há lugar para o orgulho humano, status, ou conquista.

Porque, assim como os cristãos professos, eles continuaram a confiar em si mesmos, os judaizantes não tinha fidelidade a cruz de Cristo. A sua preocupação era com a sua segurança, não a sua salvação, e eles esperavam que a adesão a formas externas, como a circuncisão seria minimizar o ofensa a outros judeus e gentios e que, assim, dar-lhes proteção contra a perseguição . Ao ensinar a obediência à lei mosaica e o rito da circuncisão que esperavam para neutralizar as críticas, alienação e rejeição por parte de companheiros judeus. Um judeu que se tornou um cristão era frequentemente alvo de ostracismo social e da ruína financeira. Ele foi colocado para fora da sinagoga e muitas vezes fora de sua própria casa. Judeus companheiros se recusaram a fazer negócios com ele, e ele muitas vezes encontrado dificuldades para comprar comida e roupa, mesmo que tivesse dinheiro para pagar por eles.

Os judaizantes também esperava que identificando-se com a lei de Moisés iria ajudá-los a manter o status de proteção judeus então apreciado no Império Romano. Porque seu líder tinha sido crucificado sob a lei romana cristãos eram freqüentemente sob suspeita por oficiais romanos e, muitas vezes vítimas de assédio que os judeus não o fez.
Porque a obra redentora de cruz enfraquece todo sistema religioso humano de retidão de obras, é sempre um motivo de ofensa e perseguição . Quando Pedro e os outros apóstolos corajosamente pregado na cruz em Jerusalém, os líderes judeus foram "cortados para os vivos e foram com a intenção de matá-los" ( Atos 5:29-33 ). Ao longo do livro de Atos, os cristãos sofreram a oposição mais grave e perseguição quando proclamaram o poder da cruz . Os judaizantes não queria fazer parte de tal sofrimento, indicando que não tinha verdadeiro amor por Cristo e nenhum desejo de tomar as suas próprias cruzes e segui-Lo (ver Mt 10:38 ). Eles eram como a semente da parábola de nosso Senhor que foi semeado em solo rochoso e que representa aqueles que abandonam a verdade quando a perseguição vem (13 20:40-13:21'>Mat. 13 20:21 ).

Hipocrisia

Para aqueles que são circuncidados nem sequer manter a lei em si, mas eles querem que vos circuncidado, para que possam se orgulhar em sua carne. ( 06:13 )

A terceira razão os judaizantes gloried na carne era a sua hipocrisia. Hipocrisia é inseparável da covardia, porque se uma pessoa não tinham medo de que outras pessoas possam dizer ou fazer, ele não teria nenhum motivo para fingir ser algo que ele não é.
Os judaizantes que estavam circuncidados tinham nem mesmo sinceramente tentar viver de acordo com os padrões da Mosaic lei , muito menos pelo poder do Espírito Santo. Eles não eram mesmo os judeus honestos, muito menos cristãos genuínos, Paulo implica. Sua religião era puro fingimento, um display sham colocar no para o benefício de outros. Eles realizaram o fácil, a cirurgia para fora uns sobre os outros, mas nunca viveu o resto da lei de Deus.

Eles estavam muito preocupados em fazer prosélitos à sua forma pervertida do evangelho, que não foi simbolizado pelo batismo, mas a circuncisão. Eles querem que vos circuncidar, Paulo disse aos Gálatas, a fim de que eles possam se orgulhar em sua carne. Embora eles nunca manteve-o, os judaizantes zelosamente trabalhou para ganhar convertidos para a Lei , para que eles pudessem se gabar a sua eficácia na obtenção de prosélitos.

Desde o momento em que Caim ofereceu a sua oferta inaceitável para o Senhor, o homem tem usado a religião como uma capa para o seu pecado. Como os judaizantes demonstrar, é possível de ser extremamente ativo na igreja e ainda ser moralmente e espiritualmente corrupto. Em nenhum lugar é hipocrisia mais fácil ou mais perigoso do que na obra de Deus. E em nenhum lugar isso despertar sua ira mais de onde é praticada em Seu nome.

Dos "escribas e fariseus" que tinham "se sentaram na cadeira de Moisés," Jesus disse: "Portanto, tudo o que eles dizem, fazei e observai, mas não façais segundo as suas obras, pois eles dizem as coisas, e fazer não fazê-las e eles amarram cargas pesadas, e os põem aos ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los com tanto como um dedo "(. Mateus 23:2-4. ).

O maior fardo dos escribas e fariseus colocar aos ombros dos homens era o peso insuportável da salvação pelas obras. Por causa de sua hipocrisia, não era grande fardo para aqueles líderes religiosos, mas para o judeu consciente que era inimaginável frustrante e sem esperança. Ele encontrou-se sob as demandas implacáveis ​​da lei na lei, tradição na tradição, cerimônia sobre cerimônia de tantos deles que ele não podia sequer sabem sobre todos eles, muito menos mantê-los todos.
"Eles todas as suas obras a ser percebido pelos homens," Jesus continuou; "Para eles alargar os seus filactérios, e alongar as borlas das suas vestes. E eles adoram o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e que está sendo chamado pelos homens, o rabino" ( vv. 5-7 ). Eles fizeram todo o possível para chamar a atenção para si, gloriar-se no reconhecimento e elogios que recebeu por causa de suas posições, títulos e convertidos.

Eles honraram e agradou a si mesmos, mas desonrado e desagradou a Deus, que odeia o orgulho e ama a humildade. Portanto, "não ser chamados Rabi," Jesus disse a seus discípulos; "Porque um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos E não ninguém na terra chameis vosso pai;. Porque um só é vosso Pai, aquele que está nos céus E não ser chamados líderes;. Porque um só é o vosso Líder, que é , Cristo "( vv. 8-10 ). O maior entre os seguidores de Jesus Cristo são aqueles que, como servos ( v. 11 ), ajudar os outros a carregar os fardos.

Durante todo o resto do capítulo em Mateus Jesus continua a esfolar os escribas e fariseus por sua hipocrisia. Ele condena-los para exaltar-se, para fechar homens para fora do reino por seu legalismo, para fazer orações pretensiosos mas insinceros, para fazer brechas para escapar da detenção de votos, por ser meticuloso sobre o dízimo ervas, mas negligenciar a justiça, a misericórdia ea fidelidade, para tomando cuidado para aparecer limpo do lado de fora de suas vidas, mas de não ter nenhuma preocupação com a santidade interior, e para a construção de túmulos para os profetas haviam assassinados ( vv. 13-31 ). Todas essas idéias e atividades religiosas foram projetados para construir o orgulho ea tampa pecado, para se vangloriar em a carne.

Como o fim dos tempos se aproximam, a hipocrisia religiosa como qualquer outro pecado, vai aumentar. "Perceber isso", Paulo advertiu Timóteo ", que nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis virão. Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, presunçosos, soberbos, maldizentes, desobedientes aos pais, ingratos, profanos desamor, irreconciliáveis, mal-intencionados gossips, sem auto-controle, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo forma de piedade, embora tenham negado o seu poder "( 2Tm 3:1 ).

Cada pessoa é confrontada com a escolha entre as religiões malditos de realização humana e da verdade salvífica de realização divina em Jesus Cristo.


20. Glorificando-se na Cruz ( Gálatas 6:14-18 )

Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Pois nem é nada de circuncisão, nem a incircuncisão, mas uma nova criação. E quem vai caminhar por esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus.
De agora em diante ninguém causar problemas para mim, porque eu trago no meu corpo as marcas-marcas de Jesus.
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito, irmãos. Amém. ( 
6: 14-18 )

Como mencionado no capítulo anterior , as duas únicas religiões básicos no mundo são a de realização divina e de realização humana. A religião de realização divina é o evangelho de Jesus Cristo, que, pela graça soberana de Deus, desde que para a redenção do homem por meio do sacrifício de si mesmo na cruz. A religião de realização humana engloba todas as outras religiões do mundo, que compartilham a base comum de retidão de obras, de tentar agradar a Deus por várias formas e métodos de mérito humano e esforço.

A religião de retidão de obras foi iniciado com a rebelião de Satanás contra Deus. Como Lúcifer, o mais alto dos anjos, ele tentou usurpar o trono ea glória de Deus por seus próprios esforços de criatura (verIsa. 14: 12-15 ; Lc 10:18 ). Foi com a atração de auto-esforço que ele tentou Eva, Adão e indiretamente, para comer o fruto proibido, enganando-os a pensar que por desobediência obstinado podiam arrancar divindade para si ( Gen. 3: 1-7 ). Era a mesma atração de esforço obstinado que levou Caim a oferecer seu próprio tipo de sacrifício para o Senhor e para oferecê-la em presunção em vez de fé ( 4: 3-7 ). Em cada caso, Deus rejeitou e condenou os esforços de auto-consciente de suas criaturas. Ele expulsou Satanás do céu, expulsou Adão e Eva do Jardim, e se recusou a aceitar o sacrifício de Caim infiel.

Se alguém estuda cuidadosamente as várias religiões e cultos do mundo, ele logo vai descobrir que, sem exceção, eles se baseiam em algum tipo de esforço humano e obras de justiça. E, sem exceção, todas as religiões e cultos que lidam com o sobrenatural traçar suas origens até os anjos, criaturas extraterrestres, ou outros seres espirituais. Por exemplo, o anjo Moroni disse ter apresentado o Livro de Mórmon em placas de ouro para José Smith; o anjo Gabriel supostamente ditou o Corão a Maomé; e foi em supostas revelações angélicas a Sra Herbert Armstrong que Armstrongism (a Igreja Mundial de Deus) foi fundada. Além disso, cada religião humana e cult nega a Trindade, nega a única divindade de Jesus entre os homens, e nega Sua expiação sacrificial única e completa para o pecado do homem.

Paulo fala de "falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar", ele continua a dizer "porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Portanto, não é de surpreender os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras "( 13 47:11-15'>II Coríntios 11:13-15. ).

Apenas centrada no graça, o cristianismo bíblico é de Deus. Qualquer outra forma de religião é de Satanás, inspirado por suas espíritos demoníacos, promovido pela sua mentira agentes humanos ( 1 Tim. 4: 1-2 ). e centrado em obras de justiça. Aqueles que confiam em Jesus Cristo e sua obra concluída da redenção são salvos, enquanto que aqueles que confiam em qualquer outro meio de salvação continuam perdidos. Eles "não conhecem a Deus e ... e não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus." Consequentemente, "estes irão pagar a pena de destruição eterna, longe da presença do Senhor e da glória do seu poder" ( II Tessalonicenses 1:8-9. ).

Antes da vinda do Messias à terra, judaísmo do Velho Testamento era a mais perfeita expressão da crença em Deus, porque estava fundada sobre a Sua Palavra revelada e apontou para a necessidade de um Salvador. Mas depois que o Messias poupança (Cristo) veio, o judaísmo não era mais válido aos olhos de Deus, e um judeu que rejeitaram a Cristo estava espiritualmente tão pagão quanto qualquer adorador Gentil de Astarte ou Zeus. Da mesma forma, os professos cristãos que, em nome de legalismo judaico procurou acrescentar esforço humano para a obra consumada de Cristo também eram inimigos ímpios de Deus. Tais eram os judaizantes da Galácia, que se vangloriou em sua carne ( Gl 6:13 ).

Mas longe esteja traduz me genoito , um negativo forte que carrega a idéia de impossibilidade virtual. Paulo usa a mesma frase várias vezes no livro de Romanos a rejeitar firmemente várias interpretações falsas do evangelho (ver 3: 4 , 6 , 31 ; 6: 2 , 15 ). Ele usa-lo aqui para dizer aos Gálatas, que era inconcebível para ele mesmo a pensar em ostentando em nada, mas a cruz de nosso Senhor Jesus Cristo .

Embora kauchaomai (a gabar ), muitas vezes refere-se a ostentação do mal (ver, por exemplo, 1Co 1:29. ; 1Co 3:21 ; Ef 2:9 , Rm 5:11 ("exultar") e Fp 3:3 ). Louvor de Paulo, por outro lado, foi na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo . Onde quer que fosse, Paulo "determinado a não saber nada ... a não ser Jesus Cristo, e este crucificado" ( 1Co 2:2 ). Cristãos honra e louvor a cruz , porque o sacrifício de Cristo não fornecida redenção e vida eterna, e é por isso que é o símbolo supremo do evangelho, a religião da realização divina.

Não importa quão boa seja uma pessoa relativamente consegue ser em seu próprio poder, ele está muito aquém da perfeição moral e espiritual absoluta de que Deus requer. Jesus disse que a exigência divina para os homens é de ser perfeito como Deus é perfeito ( Mt 5:48 ), e é só através da cruz que a perfeição divina é graciosamente disponibilizados para aqueles que acreditam e têm a perfeita justiça de Cristo . "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos salvos da ira de Deus por meio dele" ( Rom. 5 : 8-9 ).

O liberal que acredita na bondade inata do homem ou em sua capacidade de salvar a si mesmo tem grande dificuldade em mostrar a cruz como uma demonstração do amor de Deus. Se os homens fossem inerentemente bom ou se eles foram capazes de alcançar sua própria salvação, então a morte de Cristo na cruz foi uma farsa desperdício por parte de Deus. Para enviar um homem, para não mencionar o seu próprio Filho divino, uma morte tão horrível para salvar aqueles que não precisam ser salvos dificilmente teria sido um ato de amor. A cruz, então, ter sido uma peça cruel e sem sentido de pompa.
Se um homem estavam sentados com segurança em um cais e alguém pulou na água e se afogou em uma suposta tentativa de resgatá-lo, o ato seria considerado inútil e louco, não amoroso.

"Nisto consiste o amor", João explicou, "não fomos nós que amamos a Deus, mas que Ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados" ( 1Jo 4:10 ). Crucificação de Jesus foi necessário porque a humanidade não está sentado com segurança no cais da vida, mas é perdido no pecado e condenado à morte ( Rm 6:23 ). A crucificação era necessário, porque não havia outro caminho para o homem ser salvo. É o poder da cruz que purifica o homem do seu pecado e torna-lo apresentável para Deus. "Ele mesmo levou os nossos pecados em Seu corpo na cruz, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados" ( 1Pe 2:24. ).

Quando os homens se identificam com a morte de Cristo na cruz , Deus Pai identifica-los com a perfeita justiça de Seu Filho, cujo sangue foi derramado lá. "Agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo" ( Ef 2:13 ). Os crentes são "justificados como um presente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus exibido publicamente como propiciação em seu sangue pela fé" ( Romanos 3:24-25. ; cf. Rm 4:25 ; Rm 6:10 ; 1Co 15:31Co 15:3 ).

Não era que Paulo não tinha nada a glória no a partir do ponto de vista humano. Ele tinha muito mais para se orgulhar do que sobre os judaizantes (ver Gl 6:13 ). "Se alguém tem uma mente que confiar na carne", disse ele, "eu muito mais: circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; como a Lei, um fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível ". Mas, percebendo a inutilidade dessas coisas, ele continuou,

Todas as coisas que para mim era lucro, essas coisas que eu considerei perda por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como lixo, a fim de que eu possa ganhar a Cristo, e pode ser encontrado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus com base na fé, para que eu possa conhecê-lo, eo poder da sua ressurreição. ( Fm 1:3 Paulo dá três razões para gloriar-se apenas na cruz de Jesus Cristo: a cruz tem o poder de homens livres da escravidão do mundo, ela tem o poder de fazer o que a carne não pode fazer, e tem o poder para trazer a salvação.

O Poder de homens livres da escravidão do mundo

pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. ( 06:14 b)

A primeira razão Paulo dá para o seu gloriar-se na cruz é o seu poder para libertá-lo da escravidão para o mundo do sistema do mal. O mundo se traduz kosmos (o oposto do kaos , de onde obtemos o Inglêscaos ) e fala de um sistema ordenado . Nossa palavra de cosméticos (derivado do kosmos ) tem o significado básico de encobrir transtorno com algo que traz ordem. No Novo Testamento, kosmos refere-se ao fim do sistema mundial mal governado por Satanás e seus agentes (ver Jo 12:31 ; Jo 14:30 ; 1Co 2:61Co 2:6; . Ef 2:2 ). De uma forma ou de outra, todo incrédulo é escrava às futilidades e frustrações do mundo .

A pessoa que pertence a Jesus Cristo, no entanto, é libertado do mal e desesperança do mundo. Ele sabe que seu passado, presente e futuros pecados estão perdoados através da morte de Cristo, para que sua vida atual é no cuidado e força do Espírito Santo, e que sua vida futura é tão segura nos céus, como se já estivesse lá. Tudo o que um crente tesouros em última análise está nos céus. Seu Pai celestial está lá, seu Salvador está lá, seu eterno lar está lá, e sua recompensa está aí. Suas maiores esperanças estão lá e, embora eles ainda estão a ser realizados, eles estão certos e garantidos pelo Senhor. "Aquele que começou a boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus", declara Paulo ( Fp 1:6 ). Se uma pessoa é religioso ou ateu ou agnóstico, se não conhecem a Cristo, ele é cativo para o sistema satânico do mundo. Lembrando-los de suas vidas pré-cristãos, Paulo disse aos Efésios: "Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados , em que você anteriormente andou de acordo com o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência. Entre eles também todos nós outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais "( Ef. 2: 1-3 ).

O mundo é corrupto ( 2Pe 1:4 ), e todos os que se identifica com esse sistema é corrupto e será julgado com ele. Mas o cristão está livre da corrupção e do julgamento do mundo. A idéia do mundo eo crente sendo crucificado uns aos outros significa que eles estão mortos para o outro. Como no caso da carne sendo crucificado ( 05:24 ), isso não significa que o mundo não tem mais influência sobre o crente, mas que o seu domínio está quebrado e ele não está mais em cativeiro total a ele. O golpe de morte tem sido tratado para o mundo do sistema, de modo que em breve não vai existir. Ele ainda está em vias de morrer, e ainda pode tocar o crente com a sua corrupção. No entretanto, a cidadania do cristão não está mais no mal mundial sistema, mas "nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da Sua glória, pelo esforço do poder que Ele tem até sujeitar todas as coisas para si mesmo "( Fp 3:20-21. ).

"Manifestei o teu nome aos homens que me deste para fora do mundo", Jesus orou ao Pai. "Eram teus e Tu lhes deste a mim, e eles têm guardado a tua palavra ... E eu não estou mais no mundo, e ainda que eles próprios estão no mundo, e eu venho a Ti Pai Santo, guarda-los. em teu nome, o nome que tu me deste, para que sejam um, como nós somos ... Eu não te peço para levá-los para fora do mundo, mas para mantê-los do mal. Eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo "( Jo 17:6 , 15-16 ).

A frase que o mundo está crucificado para mim também se refere a posição espiritual do crente diante de Deus, para o fato histórico de sua confiança em Cristo para a salvação e sua união espiritual com Cristo através da Sua morte na cruz. "Por que é nascido de Deus vence o mundo", João nos diz, "e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. E quem é aquele que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? " ( I João 5:4-5 ). Quando uma pessoa recebe Jesus Cristo como Senhor e Salvador, o pecado torna-se um assunto morto, a lei torna-se um assunto morto, e o mundo se torna um assunto morto.

Em face do perigo específico dos judaizantes, Paulo estava dizendo, com efeito, "Essa parte do sistema de mundo chamado judaísmo está crucificado para mim e eu para o judaísmo. Ele está morto para mim e eu estou morto para ele. Nós não estamos mais ter qualquer parte em outro. " Qualquer que seja a manifestação particular do mundo sistema de uma pessoa é presa em, sua única saída é através da cruz do Senhor Jesus Cristo, pela qual ele se torna morto para sua antiga vida e sua antiga vida torna-se morto para ele. "O nosso homem velho foi crucificado com Ele, que o corpo do pecado seja desfeito, para que não devemos mais ser escravos do pecado; pois aquele que está morto está justificado do pecado" ( Rm 6:6-7. ).

A frase e eu para o mundo se relaciona com a vida prática do cristão diante de Deus. O crente fiel não tem interesse mais convincente nas coisas do mundo , embora ele ainda é vítima de suas concupiscências. Assim como eles tornaram-se mortos para ele, ele torna-se morto para eles. Obviamente, não faz sentido para associar com um cadáver, que é a razão pela qual Paulo pediu aos Colossenses: "Se você já morreram com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se você estivesse vivendo no mundo, você submeter-se de decretos, tais como, 'Não manuseie, não gosto, não toque! " (Que todos se referem a coisas destinadas a perecer com o uso) —em conformidade com os mandamentos e ensinamentos de homens? ... Se, em seguida, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à . destra de Deus Pensai nas coisas lá do alto, não nas coisas que estão na terra Porque vós morrestes ea vossa vida está escondida com Cristo em Deus "(. Colossenses 2:20-22 ; 3: 1-3 ).

O poder de fazer o que a Carne não pode fazer

Pois nem é nada de circuncisão, nem a incircuncisão, mas uma nova criação. ( 06:15 )

Em segundo lugar, Paulo se gloriava na cruz por causa de seu poder para fazer o que a carne, enfraquecido e corrompido pelo pecado, não pode fazer. Como judeu, ele tinha feito tudo o que estava em seu poder para agradar a Deus; mas ele descobriu que, em vez de agradar a Deus, ele estava realmente perseguindo o próprio Filho de Deus ( At 9:5 ) sobre a qual construir. O homem necessita de uma vida inteiramente nova, um novo nascimento, uma nova criação. "Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura" ( 2Co 5:17 ), apto para a comunhão com seu Pai celestial e para a cidadania em seu lar celestial.

O poder para trazer a salvação

E quem vai caminhar por esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus. ( 06:16 )

Em terceiro lugar, Paulo se gloriava na cruz, porque ele tem o poder de trazer a salvação para todos os que vão a pé por esta regra . Paulo aqui parece implicar um convite para os judaizantes e quaisquer outras pessoas que não conhecem a Jesus Cristo como Salvador. Eles não têm de permanecer perdidos e alienados de Deus. Pela fé em Cristo, eles também podiam caminhar por esta regra do evangelho.

"Porque Deus amou o mundo", declarou Jesus, "que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas que o mundo fosse salvo por Ele Aquele que nele crê não é julgado; mas quem não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus "(. João 3:16— 18 ). A condição para a salvação é a crença no Filho de Deus, e é uma condição que cada pessoa pode atender, se ele quiser, pois Deus fez a salvação à disposição de todos, sem exceção ", não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento "( 2Pe 3:9. ; cf . 1Tm 2:61Tm 2:6 ).

Os homens não podem alterar os termos da salvação, mas eles podem recusar os termos. E quando eles conscientemente recusar a oferta da salvação de Deus, o seu julgamento é maior do que se nunca tivessem ouvido o evangelho a todos. "Quanto maior castigo que você acha que ele será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com o qual foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?" ( He 10:29 ).

Kanon ( regra ) tem a idéia básica de medição e foi muitas vezes usado no sentido de um princípio ou norma. Para caminhar por esta regra é aceitar o evangelho de realização divina através do sacrifício de Cristo na cruz e andar pela fé no poder do Seu Espírito, e não pelo que vemos no poder da carne (cf. 5: 16-17 ; 2Co 5:7 ) e são "filhos da desobediência" ( Ef 2:2 e 9: 6-7 .

Em um aviso final, Paulo diz: De agora em diante ninguém causa problemas para mim, porque eu trago no meu corpo as marcas-marcas de Jesus. É possível que ele estava falando com alguns cristãos da Galácia que, embora os crentes genuínos, estavam no entanto, a ser influenciada pelo evangelho pervertido dos judaizantes. Eles não só estavam ajudando corromper as igrejas, mas estavam causando Paulo grande dificuldade e sofrimento.

Sem dúvida, muitos crentes na Galácia havia testemunhado Paulo de receber alguns dos os marca-marcas que traziam em seu corpo . Em Listra ele foi apedrejado, arrastado para fora da cidade, e deixado para morrer ( At 14:19 ). "Porque você sabe o quanto a minha fidelidade ao evangelho custou-me," Paulo perguntou: " Que ninguém causa problemas para mim . "

Também é possível Paulo estava falando para os incrédulos, especificamente os judaizantes. Judeus legalistas gostava de fazer pretensão de grande sacrifício pessoal e devoção, como através do uso, rostos sombrios longos quando eles jejuaram ( Mt 6:16 ). "Se você está impressionado com aflições corporais, por causa do Senhor", Paulo teria sido dizendo-lhes: "olhe para a marca-marcas de Jesus eu carrego comigo. "

Cada golpe que Paulo recebeu foi realmente um golpe contra Jesus , seu Mestre e Salvador. "Os sofrimentos de Cristo são nossos em abundância", disse ele ao Corinthians ( 2 Cor. 1: 5 ). O apóstolo foi "trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, que a vida de Jesus também [pode] se manifeste em [seu] corpo" ( 04:10 ). Para a igreja de Colossos, ele escreveu: "Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e na minha carne, que eu faço a minha parte em nome do seu corpo (que é a igreja) para o preenchimento de suprir o que falta aos sofrimentos de Cristo" ( Cl . 01:24 ).

Sempre que um cristão é perseguido por sua fé, é realmente Cristo que está sendo perseguido por ele. Quando Paulo estava no caminho para Damasco para prender e aprisionar os cristãos, o Senhor disse-lhe: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" ( Atos 9:4 ). Porque Satanás e seu sistema mundial não pode mais afligem diretamente a Cristo, eles afligi-lo indiretamente por perseguir a igreja, Seu Corpo.

Em sua bênção final, Paulo faz uma declaração final da graça sobre a lei, a fé sobre as obras, a interna pela externa: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito, irmãos. Amém.

Em A Guerra Santa , João Bunyan fornece uma cena final dramática entre Emmanuel (Cristo) e os moradores da cidade de Alma Humana (você e eu). Emmanuel ajudou a repelir os Diabolonians (exército de Satanás), e agora ele está na praça da cidade dizendo-lhes como ficar livre das garras de Satanás. Emmanuel diz:

"Eu vos amei, Mansoul eu comprei pra você por um preço;. Um preço não de coisas corruptíveis, como prata ou ouro, mas a preço de sangue, o meu próprio sangue, o que eu derramei livremente para fazer minha, e conciliar você para o meu pai.
"E eu fiquei por você em sua apostasia, quando você era infiel, embora você não sabia. Eu estava lá. Fui eu quem fez o seu caminho escuro e amargo. Fui eu quem colocou o Sr. Divino-Fear para trabalhar. É Fui eu quem despertou consciência e entendimento e vontade. Fui eu quem fez você me procurar, e em encontrar-me, encontrar a sua própria saúde e felicidade.
"Nada pode feri-lo, mas o pecado, nada pode me lamentar, mas o pecado, nada pode fazer você cair diante de seus inimigos, mas o pecado, tenha cuidado com o pecado, minha Alma Humana.
"Eu ensinei-lhe assistir, a lutar, a orar, e para fazer a guerra contra seus inimigos; então agora eu ordeno que você acredite que meu amor é constante para você.

"O meu Mansoul, como eu tenho o meu coração, meu amor em cima de você!
"Mostre-me seu amor-e guarda-o, até que eu te levar para o reino de meu pai, onde não há mais tristeza, nem sofrimento, nem dor ... onde você nunca deve ter medo de novo ..."
Como Emmanuel monta afastado em seu carro, Consciência, Entendimento, e vai discutir o futuro e como eles vão ter que estar atentos para manter os Diabolonians na baía. A menos que eles dependem completamente Rei Shaddai (o Pai), Emmanuel (o Filho), eo Senhor Secretário alta (o Espírito Santo) que irá falhar e cair em mãos inimigas.
"Isso é muito melhor do que a liberdade que tinha antes?" pede Entendimento, referindo-se a dias antes Emmanuel tinha entrado em suas vidas.
"A liberdade que tinha antes era como-" Será que lutou por palavras ", como os pássaros que voam através de janelas quebradas in-and-out de um deserto sem rumo, indo a lugar nenhum voando casa."
"Você o ama, porque você tem que?" Entendimento da sondagem foi gentil; sua conversa era para reiterar a sua fé, e em sua fala que fortaleceu o outro.
"Eu não tenho que amá-lo", disse Will. "Eu sou livre. Ele sempre me deixou livre para fazer o que quiser."
"Então?"
"Eu o amo, porque eu quero", disse Will simplesmente "E eu nunca pode amá-lo o suficiente."
Isso é, essencialmente, a mensagem da epístola de Paulo aos crentes Gálatas e aos crentes de todas as épocas, a mensagem de que, porquanto temos confiado nele, Cristo nos libertou.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Gálatas Capítulo 6 do versículo 1 até o 18

Gálatas 6

A carga que se deve levar — Gl 6:1-5

Paulo conhecia os problemas que surgem em cada sociedade cristã. O melhor dos homens pode dar um tropeção. A palavra que usa Paulo (paraptoma) não assinala o pecado deliberado mas sim o escorregão de um homem que caminha sobre gelo ou por um atalho perigoso. Agora, o perigo daqueles que são espirituais e se esforçam verdadeiramente por viver a fé cristã consiste em que se inclinam muito a julgar duramente os pecados alheios. Em muitas pessoas boas há uma atitude de dureza. Há muita gente boa a quem não se pode ir em busca de desabafo mediante o relato dos próprios fracassos, defeitos e enganos, pois o receberiam com fria antipatia. Mas Paulo diz que o cristão verdadeiro tem a obrigação de levantar o homem que dá um tropeção. A palavra traduzida restaurai-o é a comum para efetuar uma reparação. Também se usa para o trabalho do cirurgião que remove algum tumor do corpo ou engessa um membro quebrado. Toda a atmosfera do termo põe a ênfase não no castigo, mas na cura; a correção não se pensa como tristeza mas sim como emenda. E Paulo continua dizendo que quando vemos que alguém cai numa falta ou pecado faríamos bem em dizer: "Se não fosse pela graça de Deus, eu estaria na mesma situação."

Paulo continua reprovando a vaidade. Dá uma receita para evitá-la. Não devemos comparar nossos logros com as obras de nosso próximo; devemos considerar o que deveríamos e poderíamos ter feito se tivéssemos obtido nosso ideal supremo. Podemos nos alegrar por nossos êxitos se nos compararmos com outros; mas quando nos comparamos com o ideal desaparece todo motivo de vaidade.

Nesta passagem Paulo fala duas vezes de levar as cargas. Há um tipo de carga que provém das oportunidades e as mudanças da vida; sua origem é externa; o homem agüenta uma crise, uma situação de emergência ou uma tristeza. Cumpre-se a lei de Cristo ajudando a alguém que está acossado. Mas há uma carga que o homem deve agüentar por si mesmo. A palavra que Paulo usa aplica-se à mochila do soldado. Há um dever que ninguém pode cumprir por nós e uma tarefa da qual somos pessoalmente responsáveis. Há coisas que ninguém por melhor vontade que tenha pode fazer por nós, e que nós, por mais que o queiramos, não podemos depositar nos ombros de outrem.

NÃO FICAR ATRÁS

Gálatas 6:6-10

Aqui Paulo é extremamente prático.
A Igreja cristã tinha mestres. Naquela época havia nela uma participação verdadeiramente comunitária. A verdade era que nenhum cristão podia suportar o possuir muito enquanto outros tinham muito pouco. Assim, pois, Paulo diz: "Se um homem lhes ensina as verdades eternas então o mínimo que podem fazer é compartilhar com ele as coisas materiais que possuem".
Paulo passa então a afirmar uma dura verdade. Insiste em que no final da vida os pratos da balança se equilibrarão com escrupulosa justiça. Se alguém se deixa dominar pela parte baixa de sua natureza, no final de seus dias não poderá esperar outra coisa senão uma colheita de tribulações. Mas se se mantém no bom caminho fazendo sempre o bem, ainda que tenha que esperar durante muito tempo Deus enfim o recompensará. O cristianismo nunca eliminou a ameaça que se abate sobre a vida. Os gregos criam no Némesis: quando um homem agia mal era seguido pelo Némesis que, mais cedo ou mais tarde, alcançava-o. Toda a tragédia grega é um sermão sobre o texto "Aquele que faz paga". O que lembramos o suficiente é a verdade, bendita verdade, de que Deus pode perdoar e perdoa ao homem seus pecados; mas nem mesmo Deus pode eliminar as conseqüências do pecado. Se um homem pecar contra seu corpo, pagará com uma saúde arruinada, mesmo quando tenha sido perdoado. Se um homem pecar contra uma pessoa amada, mais cedo ou mais tarde haverá corações destroçados ainda que ele seja perdoado.

John B. Gough, o famoso orador em favor da temperança, que tinha vivido uma vida de vício em sua juventude, costumava admoestar dizendo: "As cicatrizes ficam".
E Orígenes, o grande erudito cristão que era universalista, cria que todos os homens se salvariam mas que ficariam as marcas do pecado.
Lembremos que não podemos negociar o perdão de Deus: há uma lei moral no universo e se alguém a quebrantar, poderá ser perdoado mas ele a quebranta com perigo para si mesmo.

Desta maneira Paulo termina lembrando a seus amigos que algumas vezes o dever e a tarefa da caridade e a generosidade pode ser cansativa e incômoda; mas o dever permanece e ninguém que alguma vez lançou o seu pão sobre as águas deixou de descobrir que algum dia voltava para ele.

PALAVRAS FINAIS

Gálatas 6:11-18

Em geral Paulo só adicionava sua assinatura nas cartas que ditava a seu amanuense. Mas no presente caso seu coração transborda de tanto amor e ansiedade para com os Gálatas que não pode senão redigir todo o parágrafo final. “Vede”, diz, “com que letras grandes vos escrevi de meu próprio punho”.

As letras grandes podem dever-se a três causas possíveis.

  1. Esta parte pôde ter sido escrito com letras grandes devido à sua importância; como se estivesse impresso com tipos maiores.
  2. A escritura grande podia também ser o resultado de Paulo não estar habituado a empunhar a pena; fazia o melhor que podia.
  3. Pode ser também que os olhos de Paulo se sentissem fracos ou que estivesse atormentado por uma grande dor de cabeça; e tudo o que podia fazer era escrever com a torpe caligrafia de quem logo que pode ver.

Mais uma vez volta para o centro do problema. Aqueles que querem que os Gálatas sejam circuncidados têm três razões.

  1. Que estes sejam libertados da perseguição. Os romanos reconheciam a religião judia; sua prática era permitida oficialmente. A circuncisão constituía a marca indiscutível do judeu. De modo que eles viam na circuncisão o salvo-conduto que dava segurança em caso de estalar a perseguição. A circuncisão os preservaria tanto do ódio dos judeus como da lei romana.
  2. Em última análise mediante a circuncisão e a observância das normas e prescrições da Lei estavam tentando fazer uma exibição que ganhasse a aprovação de Deus. Paulo estava absolutamente seguro de que nada que o homem faça pode merecer a salvação; assim novamente lhes aponta a cruz onde a graça e o amor de Deus se mostram com plenitude. Ameaça-os a que cessem com o intento de ganhar a salvação e a que confiem na graça que os amou de tal maneira.
  3. Aqueles que desejavam que os Gálatas se circuncidassem, eles próprios não observavam a Lei; ninguém pode observá-la em sua totalidade. O que queriam era gabar-se de que os Gálatas eram seus conversos e exibi-los como seus troféus. Queriam glorificar-se em seu poder sobre pessoas às quais tinham reduzido à sua própria escravidão legalista. E novamente Paulo deixa situado com toda a força de que é capaz, que nem a incircuncisão nem a incircuncisão têm importância; o que interessa é esse ato de fé e confiança em Cristo que abre ao homem uma nova vida e o faz uma nova criatura.

“Trago em meu corpo", diz Paulo, "as marcas do Senhor Jesus". Dois são os possíveis significados desta afirmação. Os estigmas sempre fascinaram os homens.

De Francisco de Assis conta-se que uma vez, estando jejuando no topo de uma montanha solitária creu ver o amor de Deus crucificado numa cruz que se estendia através do horizonte; ao contemplar esta cena uma espada de dor e piedade atravessou seu coração. A visão desapareceu paulatinamente e Francisco se relaxou, e logo — dizem — baixou a vista e eis aqui que as marcas dos pregos estavam em suas mãos! e as levou até o fim de seus dias. Não podemos dizer se se trata de um fato ou de uma lenda.
Há mais de uma coisa neste mundo que escapa à consideração dos filósofos. Alguns pensam que Paulo tinha passado realmente por uma experiência de crucificação com o Senhor que teria levado também a marca dos pregos em suas mãos. Com freqüência o amo marcava a seu escravo para mostrar que era de sua pertença. O que Paulo pensa com mais probabilidade é que as cicatrizes e marcas do que tinha sofrido por Cristo eram as que mostravam que era seu escravo.
Em último termo não usa sua autoridade apostólica como fundamento de sua apelação mas sim as feridas recebidas por amor a Cristo. Como o personagem de Bunyan, "Valente pela verdade", Paulo diz: "Levo comigo minhas marcas e cicatrizes para que dêem testemunho perante Aquele que me recompensará."
E assim, depois do ambiente de tormenta, de pressão e tensão da Carta vem a paz da bênção. Paulo disputou, reprovou e adulou; mas sua última palavra é GRAÇA, para ele a única coisa que interessa.


Dicionário

Chegar

verbo intransitivo Atingir o fim de um movimento: a carta chegou; chegar ao cume da montanha.
Tornar-se real; acontecer, ocorrer: uma notícia boa nunca chega gratuitamente.
Ser mais que o necessário: não aguento mais suas críticas, chega!
Voltar após um tempo fora; regressar a um determinado lugar: sua irmã já chegou?
verbo intransitivo e transitivo indireto Ser suficiente; bastar: o dinheiro não chegou para as despesas.
Surgir o momento ou a oportunidade de fazer ou de realizar alguma coisa: o seu dia chegará; ainda não chegou a sua vez.
Figurado Alcançar determinado ponto, posição; elevar, ascender: chegar a ministro.
verbo transitivo direto Modificar ou alterar a posição de algo: chega esta televisão para trás.
Etimologia (origem da palavra chegar). Do latim plicare.

Encaminhar

Encaminhar
1) Mostrar o caminho (Gn 46:28).


2) Caminhar (1Sm 6:12; Jo 11:38, RA).


3) Preparar (13:18, RA).


4) Ajudar a continuar (1Co 16:6-11, RA).


verbo transitivo Fazer chegar a: encaminhar os pedidos ao presidente.
Guiar, conduzir: é um pai que sabe encaminhar bem os filhos.
verbo pronominal Dirigir-se: encaminhar-se para um impasse internacional.

Espírito

substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
Substância incorpórea e inteligente.
Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
Pessoa dotada de inteligência superior.
Essência, ideia predominante.
Sentido, significação.
Inteligência.
Humor, graça, engenho: homem de espírito.
Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.

Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.


Veja Espírito Santo.


Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

[...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

[...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

O princípio inteligente do Universo.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

[...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

[...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

[...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

[...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

[...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

[...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

[...] é o modelador, o artífice do corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

[...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

[...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

[...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

[...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

[...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

[...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

[...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

[...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

[...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

[...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

[...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] a essência da vida é o espírito [...].
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

[...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

[...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

[...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

[...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

[...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12


Espírito
1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
v. ANJO).


5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).


Espírito Ver Alma.

Homem

substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
Pessoa do sexo masculino.
Esposo, marido, companheiro.
A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.

substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
Pessoa do sexo masculino.
Esposo, marido, companheiro.
A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.

As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são :
(1). Adam (Gn 1:26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus.
(2). ish (Gn 2:24, etc.), um indivíduo do sexo masculino.
(3). Enosh (Gn 6:4, etc.), a raça humana, como seres mortais.
(4). Geber (Êx 10:11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são
(1). Aner (Lc 1:27, etc.), homem da idade madura –
(2). Anthropos (Mt 4:4, etc.), homem em oposição a animal.

O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27

O homem compõe-se de corpo e espírito [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir.
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18

[...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2

Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

[...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade!
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4

Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade

Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

[...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15

Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1

[...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo.
Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro

O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39

Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

[...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa

[...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16

O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22

[...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

[...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável

[...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

[...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

[...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão

Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...].
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão

[...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil.
Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

[...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21

[...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

[...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...]
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

[...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro.
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude

[...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37

Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7

[...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...].
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12

[...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

[...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor

No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro

Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

[...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde

Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29

Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte

O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo

Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133

[...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46


Homem
1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn 2:15). O ser humano é composto de corpo e alma. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, podendo, por isso, ter comunhão com ele (Gn 1:26);
v. IMAGEM DE DEUS).

2) Os seres humanos; a humanidade (Gn 1:26), hebraico adham; (Ef 6:6). 3 Ser humano do sexo masculino (Pv 30:19).

4) Ser humano na idade adulta (1Co 13:11).

5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm 6:6) em contraste com o “novo homem”, que é a natureza espiritual do regenerado (Ef 2:15).

6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm 7:22) em contraste com o “homem exterior”

Irmãos

-

Mansidão

Mansidão Uma das qualidades específicas que se percebem na personalidade de Jesus (Mt 11:29). Essa palavra não deve ser identificada com o fatalismo, nem com a resignação, nem com a passividade. Pelo contrário: implica uma atitude positiva diante de Deus e dos seres humanos, como a manifestada por Jesus como Rei manso e humilde (Mt 21:5. Comp.com Zc 9:9ss.).

substantivo feminino Característica ou condição do que é manso.
Que possui o gênio brando; que é suave e pacífico; de temperamento fácil; meiguice.
Falta de agitação; sem pressa; desprovido de inquietação; tranquilidade ou brandura.
Etimologia (origem da palavra mansidão). Manso + idão.

Mansidão Modo de agir pacífico e bondoso; delicadeza (Sf 2:3); (1Co 4:21).

É a força revestida de veludo. É a calma, a tranqüilidade e o equilíbrio emocional. A mansidão é necessária para agradar a Deus, para a convivência e para manter a paz.

Mesmo

adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Ofensa

Toda ofensa – friamente exumada – é tão exclusivamente um arranhão provocado em nossa vaidade pessoal, alimento para o amor-próprio doentiamente acalentado, um convite para que o nosso orgulho venha a explodir ruidosamente.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Ofensa

[...] é fruto da ignorância ou, mais propriamente, da ausência de luz espiritual [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 58


ofensa s. f. 1. Lesão de fato ou por palavras; agravo, injúria, ultraje. 2. Teol. Pecado considerado como um ultraje a Deus. 3. Transgressão de norma, regra ou preceito de alguma arte ou doutrina. 4. Mágoa ou ressentimento da pessoa ofendida.

Ser

verbo predicativo Possuir identidade, particularidade ou capacidade inerente: Antônia é filha de José; esta planta é uma samambaia; a Terra é um planeta do sistema solar.
Colocar-se numa condição ou circunstância determinada: um dia serei feliz.
Gramática Usado na expressão de tempo e de lugar: são três horas; era em Paris.
verbo intransitivo Pertencer ao conjunto dos entes concretos ou das instituições ideais e abstratas que fazem parte do universo: as lembranças nos trazem tudo que foi, mas o destino nos mostrará tudo o que será.
Existir; fazer parte de uma existência real: éramos os únicos revolucionários.
verbo predicativo e intransitivo Possuir ou preencher um lugar: onde será sua casa? Aqui foi uma igreja.
Demonstrar-se como situação: a festa será no mês que vem; em que lugar foi isso?
Existir: era uma vez um rei muito mau.
Ser com. Dizer respeito a: isso é com o chefe.
verbo predicativo e auxiliar Une o predicativo ao sujeito: a neve é branca.
Gramática Forma a voz passiva de outros verbos: era amado pelos discípulos.
Gramática Substitui o verbo e, às vezes, parte do predicado da oração anterior; numa oração condicional iniciada por "se" ou temporal iniciada por "quando" para evitar repetição: se ele faz caridade é porque isso lhe traz vantagens políticas.
Gramática Combinado à partícula "que" realça o sujeito da oração: eu é que atuo.
Gramática Seguido pelo verbo no pretérito perfeito composto: o ano é acabado.
substantivo masculino Pessoa; sujeito da espécie humana.
Criatura; o que é real; ente que vive realmente ou de modo imaginário.
A sensação ou percepção de si próprio.
A ação de ser; a existência.
Etimologia (origem da palavra ser). Do latim sedẽo.es.sẽdi.sessum.sedẽre.

O ser é uno mesmo quando no corpo ou fora dele. No corpo, ocorre a perfeita integração dos elementos que o constituem, e, à medida que se liberta dos envoltórios materiais, prossegue na sua unidade com os vestígios da vivência impregnados nos tecidos muito sutis do perispírito que o transmitem à essência espiritual.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

[...] o ser é fruto dos seus atos passados, para agir com as ferramentas da própria elaboração, na marcha ascendente e libertadora.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

[...] cada ser é um universo em miniatura, expansível pelo pensamento e pelo sentimento e que possui como atributo a eternidade.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 8

[...] o ser é o artífice da sua própria desgraça ou felicidade, do seu rebaixamento ou elevação. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo


Sois

substantivo deverbal Ação de ser; ato de expressar permanentemente uma condição, característica ou capacidade particular: vós sois o melhor amigo que tenho; sois o único Deus acima de todos os outros.
Não confundir com: sóis.
Etimologia (origem da palavra sois). Forma Der. de ser.

Surpreendido

surpreendido adj. Perplexo, admirado; surpreso.

Tal

substantivo masculino e feminino Pessoa sobre quem se fala, mas de nome ocultado: estava falando do tal que me criticou.
Uso Informal. Quem se destaca ou expressa talento em: se achava o tal, mas não sabia nada.
pronome Este, esse, aquele, aquilo: sempre se lembrava de tal situação; tal foi o projeto que realizamos.
Igual; que se assemelha a; de teor análogo: em tais momentos não há nada o que fazer.
Dado ou informação que se pretende dizer, mas que não é conhecida pelo falante: livro tal.
Informação utilizada quando se pretende generalizar: não há como combater a pobreza em tal país.
advérbio Assim; de determinado modo: tal se foram as oportunidades.
Que tal? Indica que alguém pediu uma opinião: Olha o meu vestido, que tal?
Um tal de. Expressão de desdém: apareceu aqui um tal de João.
De tal. Substitui um sobrenome que se desconhece: José de tal.
Etimologia (origem da palavra tal). Do latim talis.e.

tal pron. 1. Igual, semelhante, análogo, tão bom, tão grande. 2. Este, aquele; um certo. 3. Isso, aquilo. S. .M e f. 1. Pessoa de mérito em qualquer coisa. 2. Pop. Pessoa que se julga ser a mais importante entre outras; o batuta, o notável. Adv. Assim mesmo.

Tentado

tentado adj. Atraído, seduzido.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Gálatas 6: 1 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Ó irmãos, se até mesmo for- antes - apanhado 1332 um homem em alguma falta, vós, os que sois espirituais, restaurai o tal em espírito de mansidão (observando- em- minúcias- e- tomando- cuidados por ti mesmo, para que não, também tu, sejas tentado).
Gálatas 6: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

54 d.C.
G1437
eán
ἐάν
se
(if)
Conjunção
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2675
katartízō
καταρτίζω
restituir, i.e. preparar, examinar, completar
(mending)
Verbo - particípio presente ativo - Masculino no Plurak acusativo acusativo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3900
paráptōma
παράπτωμα
cair ao lado ou próximo a algo
(trespasses)
Substantivo - neutro acusativo plural
G3985
peirázō
πειράζω
tentar para ver se algo pode ser feito
(to be tempted)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo passivo
G4151
pneûma
πνεῦμα
terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
([the] Spirit)
Substantivo - neutro genitivo singular
G4152
pneumatikós
πνευματικός
relacionado ao espírito humano, ou alma racional, como a parte do homem que é
(spiritual)
Adjetivo - neutro acusativo singular
G4240
praÿtēs
πραΰτης
[e] gentileza
([and] gentleness)
Substantivo - feminino acusativo singular
G4301
prolambánō
προλαμβάνω
tomar antes
(She came beforehand)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G444
ánthrōpos
ἄνθρωπος
homem
(man)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G4572
seautoû
σεαυτοῦ
um exilado dos filhos de Bani que mandou embora uma esposa estrangeira na época de
(Maadai)
Substantivo
G4648
skopéō
σκοπέω
neto de Saul e filho de Rispa, a filha de Aiá, concubina de Saul; ele e seu irmão Armoni
(Mephibosheth)
Substantivo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G5100
tìs
τὶς
alguém, uma certa pessoa
(something)
Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
G5108
toioûtos
τοιοῦτος
()
G80
adelphós
ἀδελφός
O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
(small dust)
Substantivo


ἐάν


(G1437)
eán (eh-an')

1437 εαν ean

de 1487 e 302; conj

  1. se, no caso de

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

καταρτίζω


(G2675)
katartízō (kat-ar-tid'-zo)

2675 καταρτιζω katartizo

de 2596 e um derivado de 739; TDNT - 1:475,80; v

  1. restituir, i.e. preparar, examinar, completar
    1. emendar (o que estava quebrado ou rachado), reparar
      1. completar
    2. preparar, equipar, colocar em ordem, arranjar, ajustar
      1. preparar ou ajustar para si mesmo
    3. eticamente: fortalecer, aperfeiçoar, completar, tonar-se no que se deve ser

μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


παράπτωμα


(G3900)
paráptōma (par-ap'-to-mah)

3900 παραπτωμα paraptoma

de 3895; TDNT - 6:170,846; n n

  1. cair ao lado ou próximo a algo
  2. deslize ou desvio da verdade e justiça
    1. pecado, delito

Sinônimos ver verbete 51


πειράζω


(G3985)
peirázō (pi-rad'-zo)

3985 πειραζω peirazo

de 3984; TDNT - 6:23,822; v

  1. tentar para ver se algo pode ser feito
    1. tentar, esforçar-se
  2. tentar, fazer uma experiência com, teste: com o propósito de apurar sua quantidade, ou o que ele pensa, ou como ele se comportará
    1. num bom sentido
    2. num mau sentido, testar alguém maliciosamente; pôr à prova seus sentimentos ou julgamentos com astúcia
    3. tentar ou testar a fé de alguém, virtude, caráter, pela incitação ao pecado
      1. instigar ao pecado, tentar
        1. das tentações do diabo
    4. o uso do AT
      1. de Deus: infligir males sobre alguém a fim de provar seu caráter e a firmeza de sua fé
      2. os homens tentam a Deus quando mostram desconfiança, como se quisessem testar se ele realmente é confiável
      3. pela conduta ímpia ou má, testar a justiça e a paciência de Deus e desafiá-lo, como se tivesse que dar prova de sua perfeição.

πνεῦμα


(G4151)
pneûma (pnyoo'-mah)

4151 πνευμα pneuma

de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

  1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
    2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
    3. nunca mencionado como um força despersonalizada
  2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
    1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
    2. alma
  3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
    1. espírito que dá vida
    2. alma humana que partiu do corpo
    3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
      1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
      2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
  4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
    1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
  5. um movimento de ar (um sopro suave)
    1. do vento; daí, o vento em si mesmo
    2. respiração pelo nariz ou pela boca

Sinônimos ver verbete 5923


πνευματικός


(G4152)
pneumatikós (pnyoo-mat-ik-os')

4152 πνευματικος pneumatikos

de 4151; TDNT - 6:332,876; adj

  1. relacionado ao espírito humano, ou alma racional, como a parte do homem que é semelhante a Deus e serve como seu instrumento ou orgão
    1. aquilo que possue a natureza da alma racional
  2. que pertence ao espírito, ou um ser superior ao ser humano, contudo inferior a Deus
  3. que pertence ao Espírito Divino
    1. de Deus, o Espírito Santo
    2. alguém que está cheio e é governado pelo Espírito de Deus

      relativo ao vento ou à respiração; ventoso, exposto ao vento, que sopra


πραΰτης


(G4240)
praÿtēs (prah-oo'-tace)

4240 πραυτης prautes

de 4239; TDNT - 6:645,929; n f

  1. gentileza, bondade de espírito, humildade

προλαμβάνω


(G4301)
prolambánō (prol-am-ban'-o)

4301 προλαμβανω prolambano

de 4253 e 2983; TDNT - 4:14,495; v

  1. tomar antes
  2. antecipar, prevenir
  3. tomar alguém por prevenção (i.e., antes que possa fugir ou ocultar seu crime)
    1. surpreender, descobrir

ἄνθρωπος


(G444)
ánthrōpos (anth'-ro-pos)

444 ανθρωπος anthropos

de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

  1. um ser humano, seja homem ou mulher
    1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
    2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
      1. de animais e plantas
      2. de Deus e Cristo
      3. dos anjos
    3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
    4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
    5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
    6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
    7. com referência ao sexo, um homem
  2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
  3. no plural, povo
  4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

σεαυτοῦ


(G4572)
seautoû (seh-ow-too')

4572 σεαυτου seautou

caso genitivo de 4571 e 846; pron

  1. te, ti mesmo

σκοπέω


(G4648)
skopéō (skop-eh'-o)

4648 σκοπεω skopeo

de 4649; TDNT - 7:414,1047; v

olhar, observar, contemplar

marcar

fixar os olhos em alguém, dirigir a atenção para alguém

olhar para, prestar atênção em si mesmo

Sinônimos ver verbete 5822


σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

τὶς


(G5100)
tìs (tis)

5101 τις tis

τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

τοιοῦτος


(G5108)
toioûtos (toy-oo'-tos)

5108 τοιουτος toioutos (inclui as outras inflexões)

de 5104 e 3778; adj

  1. como esse, desta espécie ou tipo

ἀδελφός


(G80)
adelphós (ad-el-fos')

80 αδελφος adelphos

de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

TDNT 1:144,22; n m

  1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
  2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
  3. qualquer companheiro ou homem
  4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
  5. um associado no emprego ou escritório
  6. irmãos em Cristo
    1. seus irmãos pelo sangue
    2. todos os homens
    3. apóstolos
    4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial