Enciclopédia de II Timóteo 1:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2tm 1: 5

Versão Versículo
ARA pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento, a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também, em ti.
ARC Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Loide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti.
TB lembrando-me daquela fé não fingida que há em ti, a qual habitou primeiro em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e estou persuadido de que também, em ti.
BGB ὑπόμνησιν ⸀λαβὼν τῆς ἐν σοὶ ἀνυποκρίτου πίστεως, ἥτις ἐνῴκησεν πρῶτον ἐν τῇ μάμμῃ σου Λωΐδι καὶ τῇ μητρί σου Εὐνίκῃ, πέπεισμαι δὲ ὅτι καὶ ἐν σοί.
BKJ trazendo à memória a fé não fingida que há em ti, a qual habitou primeiro em tua avó Loide e em tua mãe Eunice, e estou convencido de que também habita em ti.
LTT Quando à lembrança recebendo eu da não fingida fé que há em ti, a qual habitou primeiramente na tua avó Lóide e na tua mãe Eunice, e tenho sido persuadido de que também habita em ti.
BJ2 Evoco a lembrança da fé sem hipocrisia que há em ti, a mesma que habitou primeiramente em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice e que, estou convencido, reside também em ti.
VULG recordationem accipiens ejus fidei, quæ est in te non ficta, quæ et habitavit primum in avia tua Loide, et matre tua Eunice, certus sum autem quod et in te.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Timóteo 1:5

Salmos 17:1 Ouve, Senhor, a justiça e atende ao meu clamor; dá ouvidos à minha oração, que não é feita com lábios enganosos.
Salmos 18:44 Em ouvindo a minha voz, me obedecerão; os estranhos se submeterão a mim.
Salmos 22:10 Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.
Salmos 66:3 Dizei a Deus: Quão terrível és tu nas tuas obras! Pela grandeza do teu poder se submeterão a ti os teus inimigos.
Salmos 77:6 De noite chamei à lembrança o meu cântico; meditei em meu coração, e o meu espírito investigou:
Salmos 81:15 Os que aborrecem ao Senhor ter-se-lhe-iam sujeitado, e o tempo dele seria eterno.
Salmos 86:16 Volta-te para mim e tem misericórdia de mim; dá a tua fortaleza ao teu servo e salva ao filho da tua serva.
Salmos 116:16 Ó Senhor, deveras sou teu servo; sou teu servo, filho da tua serva; soltaste as minhas ataduras.
Jeremias 3:10 E, contudo, nem por tudo isso voltou para mim a sua aleivosa irmã Judá com sincero coração, mas falsamente, diz o Senhor.
João 1:47 Jesus viu Natanael vir ter com ele e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.
Atos 16:1 E chegou a Derbe e Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia que era crente, mas de pai grego,
Atos 26:26 Porque o rei, diante de quem falo com ousadia, sabe estas coisas, pois não creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto.
Romanos 4:21 e estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.
Romanos 8:38 Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
Romanos 14:5 Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em seu próprio ânimo.
Romanos 14:14 Eu sei e estou certo, no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda.
Romanos 15:14 Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmos estais cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestar-vos uns aos outros.
II Coríntios 6:6 na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido,
I Timóteo 1:5 Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
I Timóteo 4:6 Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.
II Timóteo 1:12 por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia.
II Timóteo 3:15 E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
Hebreus 6:9 Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos.
Hebreus 11:13 Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
I Pedro 1:22 Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para amor fraternal, não fingido, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
SEÇÃO

SAUDAÇÃO

II Timóteo 1:1,2

Notamos diferença marcante quando passamos de I Timóteo para II Timóteo. A situ-ação de Paulo mudou claramente para pior. Ele não é mais um homem livre fazendo planos para o futuro, com a mente repleta de altas expectativas. Agora ele é prisioneiro sem esperança humana. Não há prospecto de absolvição final, senão a resignação à pena de morte inevitável. Contudo, não há diferença no poder de recuperação espiritual do apóstolo, pois seu espírito indomável se eleva acima do que teria sido humor desespera-damente tenebroso. A fé de Paulo está sob a maior prova e mostra-se totalmente adequa-da. Há implicações emocionais que podem ser claramente detectadas, implicações que sua situação trágica não podia deixar de produzir. A carta é uma mensagem de adeus de alguém que sabe que a morte está muito próxima.

A. O ESCRITOR, 1.1

Paulo ainda é um homem engajado numa missão divinamente designada. Seu corpo está em cadeias, e a liberdade de movimento não lhe pertence mais, porém ele ainda é apóstolo de Cristo: Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, segun-do a promessa da vida que está em Cristo Jesus (1). A expressão pela vontade de Deus tem autêntico tom paulino, pois é assim que ele descreve o seu chamado em II Coríntios, Efésios e Colossenses. A frase segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus é digna de nota por duas razões. Paulo sente-se portador de uma mensa-gem vivificadora, cuja significação de modo algum é depreciada pelo fato de seu portador designado estar sob sentença de morte. Temos aqui um paradoxo que só os remidos en-tendem. A mensagem é significativa, porque traz a inconfundível assinatura paulina na expressão que está em Cristo Jesus. O princípio básico do misticismo de Paulo encon-tra-se no conceito "em Cristo", e esta é uma ressonância óbvia desse conceito nas Epísto-las Pastorais. Esforços valorosos têm sido feitos para provar que há um significado total-mente diferente aqui do que a expressão transmite nas outras cartas paulinas, mas foram todos inúteis. De acordo com Kelly, tais teorias não recebem "apoio de uma passa-gem como esta, em que o senso místico 'em união com Cristo' seja completamente ade-quado e as alternativas propostas são forçadas e antinaturais".1

B. O DESTINATÁRIO, 1.2

A Timóteo, meu amado filho: graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai, e da de Cristo Jesus, Senhor nosso (2). A nota de afeto que soa na referência de Paulo meu amado filho é mais forte e mais emocionante que a descrição em I Timóteo 1:2. Isso revela a consideração afetuosa e carinhosa que o apóstolo sentia por seu filho favorito no evangelho. A tríade na bênção paulina graça, misericórdia e paz é repeti-ção exata da primeira carta (1 Tm 1.2). Como destaca M. P. Noyes: "Hoje, as palavras deste versículo são freqüentemente usadas como bênção no encerramento de um culto na igreja ou de uma reunião religiosa".2

SEÇÃO II

TRIBUTO À ANTIGA FÉ DE TIMÓTEO

II Timóteo 1:3-5

A. A PREOCUPAÇÃO PELO BEM-ESTAR DE TIMÓTEO, 1.3,4

Era habitual nas cartas dos tempos antigos colocar, imediatamente depois da sau-dação, expressões de preocupação pelo bem-estar do destinatário. Em geral, Paulo segue esta convenção, embora por alguma razão, dentre as três Epístolas Pastorais só aqui ele o fez: Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, porque sem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia (3). O apóstolo está falando de seu histórico até certo ponto totalmente diferente do que escreveu na primeira carta. Lá (1 Tm 1.13), ele diz que outrora era "blasfemo, -e perseguidor, e opressor", ao passo que aqui ele fala em servir ao Deus dos seus antepassados com uma consciência boa. Estas duas atitudes não são mutua-mente excludentes. Na primeira carta, ele estava pensando em sua oposição a Cristo, a quem, até que os seus olhos se abriram, ele considerava impostor. Nesta carta, ele admi-te que houve em sua vida certa continuidade entre judaísmo e cristianismo. Ainda que reconhecesse as fraquezas inerentes ao judaísmo sem o seu cumprimento em Cristo, ele nunca deixou de apreciar os valores permanentes de sua herança. Esta verdade se mos-tra claramente em Romanos 9:3-5 e novamente em Filipenses 3:4-6.

O apóstolo nos dá quase que casualmente um vislumbre da intensidade e continui-dade de sua vida de oração. Timóteo é levado ao trono da graça noite e dia (3). Paulo declara o mesmo fato concernente às suas igrejas e companheiros no evangelho. Como é ampla a solidariedade e como é grande a preocupação de alguém que tinha responsabilidade tão constante! Chegamos a pensar que entre as pressões da vida prisional ele tenha querido dar uma pausa nessa tremenda responsabilidade. Contudo, sua responsabilida-de pela obra de Deus é ainda maior que antes, agora que a voz pregadora fora silenciada.

Vemos claramente o profundo sentimento do apóstolo por Timóteo e a grande soli-dão de sua situação: Desejando muito ver-te... para me encher de gozo (4). Paulo era uma pessoa que tinha saudades de seus amigos e que se sentia confortado e forta-lecido com a solidariedade e entendimento de seus companheiros em Cristo. Encontra-mos essa atitude repetidamente nesta carta; por exemplo, em 4.9: "Procura vir ter comigo depressa"; e em 4.21: "Procura vir antes do inverno". Suas cartas às igrejas também contêm expressões de afeto a indivíduos a quem ele nomeia. Não há palavras que expressem a preciosidade de companheirismo dessa qualidade, o qual só ocorre no contexto da fé cristã.

O apóstolo recorda a aflição de Timóteo na despedida da última vez que se viram: Lembrando-me das tuas lágrimas (4). O texto não diz quando isso ocorreu, mas pode-ria ter sido a ocasião em que Paulo foi encarcerado pela segunda vez e levado para Roma para o aprisionamento final. Ver de novo o jovem Timóteo, como diz esta versão, "torna minha felicidade completa" (NEB; cf. BAB, NVI).

B. A HERANÇA DE TIMÓTEO, 1.5

Neste momento, Paulo lembra a herança de fé de Timóteo: Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti (5). Ao falar da fé não fingida de Timóteo, o apóstolo não está pensando na fé que "é dom de Deus" (Ef 2:8), mas na reação ao amor de Deus em Cristo que fluía espontaneamente do coração de Timóteo. Esta mesma reação caracterizou a atitude da mãe e da avó do jovem. Talvez isso queira dizer que a avó Lóide foi o primeiro membro da família a aceitar Cristo como Salvador e Senhor, e que ela foi instrumento para levar os demais membros a aceitar a fé cristã. Ou, como é mais provável, Paulo está se referindo à atitude de fideli-dade e devoção religiosa que vinham caracterizando a família de Timóteo por, no míni-mo, três gerações, começando no judaísmo e atingindo sua plenitude e desenvolvimento no reconhecimento de Cristo Jesus como Messias e Senhor. No versículo 3, Paulo falou com apreço de um histórico semelhante a este sobre sua própria vida. Paulo e Timóteo tinham crescido entre os judeus da Dispersão que estavam "esperando a consolação de Israel" (Lc 2:25) e a acharam em Jesus.

SEÇÃO III

PAULO ANIMA TIMÓTEO

II Timóteo 1:6-14

A. DESPERTE o DOM DE DEUS QUE EXISTE EM VOCÊ, 1.6,7

Por este motivo, te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos (6). Phillips traduz as palavras por este motivo assim: "por causa dessa fé" (CH). Isso dá a entender que é a confiança resoluta de Paulo na realidade da devoção de Timóteo a Cristo que ocasiona a exortação: Despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos. Em I Timóteo 4:14, o apóstolo expressa de forma negativa este mesmo conselho: "Não desprezes o dom que há em ti". Esta é urna necessidade perene no coração de todos os cristãos, sobretudo daqueles que são promovidos à posição de líderes na igreja. Corremos o perigo constante de nosso ardor diminuir e de nossos passos afrouxarem. Precisamos renovar periodica-mente nosso compromisso e reafirmar nossa lealdade; "ponhas em chamas o dom de Deus" (NEB; cf. NVI). Este é o significado básico de despertamento, o qual tem de ocor-rer periodicamente em todos nós.

A alusão à imposição das minhas mãos (6) mostra que Paulo tem em mente as qualificações divinamente dadas a Timóteo para a obra do ministério. Se estas qualifica-ções não foram dadas no culto de ordenação, foram certamente afinadas e postas em evidência nessa experiência.

No versículo 7, Paulo destaca pelo menos uma parte deste dom espiritual: Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de modera-ção (7). Esta tradução é boa: "Pois o espírito que Deus nos deu não é espírito covarde, mas de inspirar força, amor e autodisciplina" (NEB). Não temos justificativa em presu-mir, como fazem alguns, que Timóteo estivera desempenhando o papel de covarde em seu trabalho em Éfeso, pelo que está sendo categoricamente repreendido. Na verdade, Paulo é gentil em sua repreensão, não usando o pronome "te", mas nos, como se se incluísse com Timóteo. A tarefa que Timóteo foi chamado a fazer pode ter exigido quali-dades que não eram inatas a alguém de índole calma, mas que devem ser desenvolvidas para que a obra de Deus prospere. Um espírito de ousadia santa é a ordem do dia; uma força vigorosa, um amor que é de qualidade e origem divinas e um autodomínio que torna o espírito submisso a Deus, o dominador do corpo.

B. SEJA DESTEMIDO EM SEU TRABALHO, 1:8-10

Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu (8). Este sentimento incipiente de vergonha concernente ao testemunho de Cristo pode não fazer parte da experiência de alguém tipicamente extro-vertido. Mas para pessoas naturalmente tímidas, como Timóteo evidentemente era, pode ser penosa prova de lealdade. Paulo exorta a Timóteo a livrar-se disso resolutamente. A propensão a ter vergonha de Paulo, o prisioneiro de Deus, pode advir do fato de que o apóstolo fora inserido no rol dos criminosos e agora sentia o peso cruel da justiça pagã. Além disso, o cristianismo estava vivendo sob condições novas e perigosas. Já não era tolerado como antes, mas era considerado (equivocadamente, claro) como inimigo do estado. Dar testemunho franco e aberto da fé que alguém tivesse em Cristo poderia pôr a vida em risco de quem o desse. Testemunhar destemidamente exigia coragem de deter-minado tipo. Paulo manda Timóteo não recuar: Antes, participa das aflições do evan-gelho, segundo o poder de Deus (8). Esta ordem significa, literalmente, "tomar parte nos maus-tratos de outrem".1 E Paulo lhe garante que ele suportará "com a força que vem de Deus" (NTLH; cf. CH).

Os versículos .9 e 10 fazem um resumo paulino tipicamente do milagre da graça divina que Deus revelou na obra de redenção em Cristo: "Deus" (NTLH) nos salvou e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tem-pos dos séculos (9). Já é um fato realizado que Deus nos salvou. Esta é a posição segura do verdadeiro cristão. A salvação, neste sentido, não é transferida para o futuro distante, mas é a experiência atual do crente. Não obstante, há um propósito crescente na misericórdia de Deus e um crescimento na graça que levam a um enriquecimento contínuo dessa experiência. Deus nos chamou com uma santa vocação. Isto significa mais que uma santidade existente só de nome ou que é meramente imputada ao crente pela santidade suprema de Deus; significa que o crente é liberto dos seus pecados e da culpa e poder que neles há. A vocação de Deus é a uma experiência e vida que acarreta numa consagração completa, da parte do crente, e numa limpeza interior completa, da parte de Deus. Mas Paulo avisa imediatamente que isto não é segundo as nossas obras, pois estas são totalmente indignas. Mas é segundo o próprio propósito e gra-ça de Deus. A iniciativa é de Deus neste assunto. É ele que nos desperta de nossa morte no pecado e nos chama à santidade; e é através de suas intercessões pelo seu Espírito que o aceitamos — aceitação que é possibilitada unicamente por sua graça capacitadora. O milagre da transformação humana é totalmente proveniente de Deus, embora nosso consentimento em total liberdade seja essencial para a sua realização. E tudo isto per-tence aos conselhos e propósitos eternos de Deus, uma misericórdia que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos dos séculos (9; ou "antes do início dos tempos", CH; cf. BV, NTLH).

O versículo 10 revela que a resolução de Deus redimir e salvar os homens do pecado é manifesta, agora, pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo. O plano de salvação de Deus não é uma reflexão tardia ou plano emergencial encontrado pelo Cria-dor depois que outros planos fracassaram. A entrada de Deus na história por meio de Cristo é um cumprimento no tempo certo do grande desígnio de Deus Todo-poderoso concebido na eternidade.

A vinda de Cristo representa- uma invasão no tempo pela eternidade, uma escatologia realizada, como C. H. Dodd2 a concebeu; um desfrute nesta vida atual das "virtudes do século futuro" (Hb 6:5). Paulo afirma, por conseguinte, que Jesus aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho (8). Esta é afirma-ção surpreendente, e de certo modo estranha na boca de alguém que está a ponto de morrer! (cf. 4:6-9). Em que sentido ousamos crer que Cristo aboliu a morte? Simpson diz que o verbo grego traduzido por aboliu, conforme Paulo o empregou, "significa fazer nugatório, frustrar, anular, desmantelar"? Repare nesta tradução: "Jesus Cristo [...] quebrou o poder da morte" (BV; cf. NTLH, NVI). A própria vitória de nosso Senhor sobre a morte privou-a de qualquer terror que ela tivesse, de cujo fato o testemunho triunfante de Paulo nesta carta é prova clara. Porque Cristo trilhou este caminho an-tes de nós, não precisamos temer em segui-lo. Não só a morte foi abolida, mas a vida e a incorrupção foram trazidas à plena luz e colocadas ao alcance da fé. Temos aqui uma mistura estranha, mas sublime, de dois mundos. A vida diz respeito ao tempo, enquanto que a incorrupção pertence à eternidade; mas, por Cristo, ambas são pos-tas ao nosso alcance aqui e agora.

C. A PRÓPRIA DESIGNAÇÃO DE PAULO, 1.11,12

Temos de admitir que o versículo 11 pertence gramaticalmente ao versículo 10. Con-tudo, no versículo 11 a direção do pensamento de Paulo muda de uma avaliação sublime da obra da graça de Deus para a sua responsabilidade a essa obra: Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor ("mestre", AEC, BAB, CH, NTLH, NVI, RA) dos gentios (11). Os termos pregador, apóstolo e doutor talvez tivessem diferen-ciações claras na igreja primitiva, mas Paulo não está pensando em tais distinções quan-do cita estes termos no esforço de mostrar a magnitude de sua tarefa como arauto do evangelho de Cristo. Sua confiança na designação divina para esta tarefa nunca vacilou. Em certa passagem ele chega a afirmar que mesmo antes de nascer ele foi escolhido de Deus para este ministério (G11.15). Se o seu sentimento de missão fosse vacilar, segura-mente seria nas circunstâncias atuais: prisioneiro e, quase certo, condenado à morte. Contudo, sua consciência vocacional é tão radiantemente clara nestas circunstâncias quanto em tempos mais propícios.

O apóstolo admite francamente que foi sua lealdade inflexível ao chamado de Deus que lhe ocasionou essas atuais dificuldades: Por cuja causa padeço também isto (12). O verdadeiro segredo de sua fortaleza acha-se na confissão magnífica da certeza que se segue imediatamente: Porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é podero-so para guardar o meu depósito até àquele Dia (12). É digno de nota que neste teste-munho Paulo use em quem e não "no que". O que ele está confessando não é mera assina-tura a uma proposta, mas amor e lealdade a uma Pessoa. Esta é uma característica essen-cial da fé cristã. Não é suficiente termos um credo pessoal relativo a Cristo, por mais importante que isso seja no seu devido lugar. Tem de haver uma comunhão de amor com uma Pessoa — ninguém mais que Jesus — para que nossa fé seja verdadeiramente cristã.

Concernente à certeza de Paulo de que Cristo pode guardar aquilo que lhe foi depo-sitado, encontramos certa ambigüidade no original grego. As palavras o meu depósito são tradução literal do termo grego; e esta é uma palavra que ocorre freqüentemente nas Epístolas Pastorais. Exceto aqui, sempre se refere à mensagem cristã que foi depositada ou entregue a Paulo e Timóteo. Este depósito pode significar "o que lhe confiei" (NVI) ou "aquilo que ele me confiou" (NTLH). Pelo original grego cabem ambos os significados. Considerando que qualquer interpretação é correta, o leitor faz a sua escolha.

Esta incerteza de interpretação, porém, tem solução. É provável que o coração devo-to dos cristãos de todas as eras recebe maior consolo e autoconfiança na tradução mais conhecida: Eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia. Nas crises de nossa experiência da graça de Deus, quando colocamos o futuro desconhecido à disposição da vontade de Deus, nossa alma se consola e se fortalece na certeza do poder mantenedor de Deus. E nos momentos em que a obediência é difícil e o caminho à frente está encoberto em escuridão e incerte-za, encontramos nessa certeza a força para prosseguir sem transigir ou hesitar. O gran-de testemunho de Paulo torna-se um brado de ânimo ao espírito extremamente provado e um dos textos mais queridos e amados do Novo Testamento.

D. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO SADIO, 1.13,14

Agora Paulo dedica-se à exortação relativa à integridade da mensagem cristã que Timóteo recebeu: Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e na caridade ("no amor", ACF, AEC, BAB, CH, NTLH) que há em Cristo Jesus (13). Esta é uma passagem que os proponentes de uma data recente destas cartas e da autoria não-paulina se agarram com avidez. Superficialmente, a exortação parece vaga-mente de época posterior, quando fórmulas de credo se tornaram questão de maior im-portância. Mas o apóstolo não está exigindo adesão servil à fórmula de palavras fixas e aceitas, na qual as palavras por si só expressem a fé ortodoxa. Como ressalta Kelly: "Paulo não está dizendo que Timóteo deva reproduzir seu ensino palavra por palavra. [...] O termo grego traduzido por 'modelo' denota o croqui ou projeto básico usado por um artista ou, na literatura, o rascunho rudimentar que forma a base para uma exposição mais ampla".4 Não era a responsabilidade de Timóteo "papaguear" a mensagem do seu mentor apostólico, mas falar a palavra de Deus com plena liberdade, ao mesmo tempo em que cuida para que a autenticidade da mensagem cristã não sofra mudanças.

A mesma observação é feita mais inteiramente no versículo 14: Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós. Moffatt traduz este versículo as-sim: "Mantém intactas as grandes certezas de tua fé, pela ajuda do Espírito Santo que mora em nós". Ao falar assim, o apóstolo reconhece uma das grandes verdades da expe-riência cristã: que o Espírito Santo que habita em nosso coração é o grande Conserva-dor da ortodoxia. Os períodos na vida da igreja em que o Espírito Santo esteve eviden-temente presente em poder sumamente vivificador também foram os períodos em que a verdade foi pregada com pureza e poder. Estas duas realidades são inseparáveis e sem-pre têm de permanecer assim.

SEÇÃO IV

LEALDADE E INFIDELIDADE

II Timóteo 1:15-18

A. Fusos AMIGOS, 1:15

A firme confiança em Deus, da qual o apóstolo tem falado, e a devoção a Cristo e sua igreja, que ele e Timóteo têm em comum, suscita em Paulo recordações dolo-rosas e infelizes de sofrimentos causados por falsos amigos: Bem sabes isto: que os que estão na Ásia todos se apartaram de mim; entre os quais foram Fígelo e Hermógenes. A Ásia mencionada aqui é a província romana da Ásia, cuja capi-tal era Éfeso (ver Mapa 1). É evidente que no tempo de extrema necessidade do apóstolo, provavelmente quando ele foi encarcerado pelas autoridades romanas, muitos de quem ele tinha razões para esperar amizade e assistência contentaram-se covardemente em abandoná-lo ao seu destino. Esse abandono não significa que essas igrejas repudiaram totalmente a autoridade apostólica de Paulo; nem o uso que o apóstolo faz da palavra todos quer dizer que ele não teve nenhum amigo corajoso. Dois homens de quem ele esperava certa medida de ajuda foram Fígelo e Hermógenes, os quais se afastaram dele. Paulo não está reprovando-os, mas in-forma o que já era fato notório. Kelly traduz as palavras iniciais do versículo 15 assim: "Tu deves estar ciente" (cf. RA). Se Timóteo estava bem informado sobre esta falta de coragem dos dois homens nomeados, então provavelmente era assunto de conhecimento geral.

B. UM VERDADEIRO AMIGO, 1:16-18

Nesse contexto, a lealdade e cuidado de Onesíforo se destacam em cores fortes e vívidas, e Paulo lhe expressa gratidão eterna por isso: O Senhor conceda misericór-dia à casa de Onesíforo, porque muitas vezes me recreou ("reanimou", BAB, CH, NVI; cf. NTLH, RA) e não se envergonhou das minhas cadeias (16). O fato de o apóstolo falar da casa (ou "família", BJ, NTLH) de Onesíforo dá a entender que, quan-do Paulo estava escrevendo esta carta, Onesíforo já havia morrido. Certos intérpretes chegam a ponto de acreditar que ele morreu por agir como amigo de Paulo. Seja como for, a amizade fiel e a fraternidade cristã deste homem reanimaram o apóstolo muitas ve-zes (Moffatt traduz assim: "ele me deu forças").

O versículo 17 elucida até que ponto Onesíforo estava disposto a ir para ajudar Paulo: Antes, vindo ele a Roma, com muito cuidado me procurou e me achou.

Podemos apenas imaginar o que deve ter significado para o apóstolo, que definhava na prisão, ver um rosto conhecido e amigável. Há algo extremamente comovedor quando Paulo declara que Onesíforo com muito cuidado me procurou e me achou (17). P. N. Harrison escreve que "há uma história dramática por trás do registro suscito, mas su-gestivo, que Paulo faz dessa procura em Roma. Temos um vislumbre de alguém de rosto determinado em meio de multidão aglomerada, e seguimos com interesse cada vez maior este estrangeiro proveniente do distante litoral do mar Egeu, enquanto ele se enfia pelo labirinto de ruas desconhecidas, batendo em muitas portas, checando toda pista, avisa-do dos riscos que corre, mas não demovido de sua busca; até que numa prisão obscura uma voz conhecida o cumprimenta, e ele encontra Paulo preso a um soldado romano".' Não admira que Paulo sentisse gratidão tão profunda por esse exemplo de fraternidade cristã!

No versículo 18, o apóstolo expande sua bênção: O Senhor lhe conceda que, na-quele Dia, ache misericórdia diante do Senhor. E, quanto me ajudou em Éfeso, melhor o sabes tu. A expressão naquele Dia refere-se evidentemente ao Dia do Julga-mento.

Este versículo apresenta um problema para muitos intérpretes, porque, na suposi-ção de que Onesíforo tenha morrido antes da escrita da carta, o linguajar do apóstolo parece uma oração pelos mortos. Na verdade, este assunto não merece a quantidade de atenção que recebeu. Como destaca Kelly: "A oração em questão [...] é sumamente geral, equivalendo apenas à recomendação do falecido à misericórdia divina".2 Este problema desaparece completamente se aceitarmos a interpretação de E. K. Simpson de que Onesíforo não estava morto, mas longe da família e provavelmente ainda em Roma, tendo adiado sua volta para casa por ter-se preocupado com o amado apóstolo.'


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 versículo 5
At 16:1. A mãe e a avó de Timóteo eram judias e o haviam educado na esperança messiânica, baseando-se nas Escrituras (2Tm 3:15). At 16:1 indica que a mãe havia se tornado cristã.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
* 1.1,2. Saudação inicial, incluindo remetente, destinatários e bênção.

* 1.1 apóstolo de Cristo Jesus. Alguém enviado como representante oficial de Cristo (2Co 1:1, nota).

pela vontade de Deus. Paulo identifica aquele que o comissionou (1Co 1.1,2; 2Co 1:1; Ef 1.1; Cl 1.1).

de conformidade com a promessa da vida que está em Cristo Jesus. O papel do apóstolo é proclamar a vida que está em Cristo (1Tm 1.16, nota).

* 1.2 amado filho. Ver Introdução a I Timóteo: Data e Ocasião; 1Co 4.17

(conforme 1Tm 1.2).

graça... nosso Senhor. Ver nota em 1Tm 1:2.

* 1:3-5. Como na maioria de suas cartas (com exceção de Gálatas, I Timóteo e Tito), após a saudação, Paulo segue com palavras de ação de graças a Deus pelos destinatários da carta. Aqui ele enfoca o seu relacionamento com Timóteo e sua confiança na fé que Timóteo demonstra ter.

* 1.4 Lembrado das tuas lágrimas. Provavelmente Timóteo derramou lágrimas na última vez que Paulo o deixou.

estou ansioso por ver-te. Paulo antecipa seu pedido feito em 4.9, 21.

* 1.5 Lóide... Eunice. Essas mulheres são mencionadas somente aqui no Novo Testamento. Ver Introdução a I Timóteo: Data e Ocasião.

* 1:6-14. Paulo se dirige ao corpo da carta. Ao encorajar Timóteo à ousadia e fidelidade, Paulo discute o evangelho e seu próprio papel na proclamação do mesmo.

* 1.6 reavives o dom de Deus. Essa forte expressão sugere que Timóteo estava sendo menos convincente do que deveria no uso do dom espiritual que Deus lhe havia dado.

imposição das minhas mãos. Ver nota em 1Tm 1.18.

* 1.7 espírito de covardia. Essa forte expressão era necessária por causa da timidez natural de Timóteo e da gravidade de sua situação.

* 1.8 seu encarcerado, que sou eu. Paulo está aprisionado em Roma (2.9; Introdução: Data e Ocasião).

* 1.9 com santa vocação. O alvo da eleição e do chamado de Deus é a santificação do seu povo (Ef 1.4).

não... graça. Essa é uma maravilhosa afirmação que a salvação é pela graça, não por mérito humano (Ef 2.8,9).

conforme a sua própria determinação. O decreto de Deus da redenção está baseado exclusivamente no seu próprio propósito e prazer bondoso. Em outros lugares, esse propósito divino é identificado como misericórdia (Tt 3:5) e amor (Ef 1.4,5).

antes dos tempos eternos. Uma afirmação que o decreto divino da redenção através de Cristo é desde a eternidade (Ef 1.4; Tt 1:2; 1 Pe 1.20; Ap 13.8).

* 1.10 nosso Salvador Cristo Jesus. Cristo é o mediador da aliança da graça (Tt 1:4; 2:13 e 3.6).

o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade. Isto é, através de sua morte e ressurreição (Hb 2.14,15; Ap 1.18).

* 1.11 pregador. Ver 1Tm 2.7.

* 1.12 estou sofrendo. Paulo está na prisão (v. 8; 2.9).

não me envergonho. Tendo exortado a Timóteo a não se envergonhar de falar de Cristo (v. 8), Paulo se apresenta como um modelo de ousadia diante de sofrimentos (2.8-10; 3.10,11).

aquele Dia. Dia do juízo (v. 18; 4.8).

* 1.13 sãs palavras. Esse tema perpassa todas as cartas pastorais (1Tm 1.10, nota).

* 1.14 Guarda o bom depósito. Ver nota em 1Tm 6.20.

* 1:15-18. A preocupação de Paulo que Timóteo permaneça fiel levou-o a mostrar exemplos específicos de infidelidade e fidelidade.

* 1.15 todos. Paulo provavelmente está escrevendo com exagero intencional para certificar-se que seus leitores percebam a extensão da deslealdade.

Ásia. Uma província romana que cruza o mar Egeu desde a Grécia até parte da atual Turquia ocidental. Éfeso, onde Timóteo servia como representante de Paulo, era a cidade principal dessa província.

Figelo e Hermógenes. Não são mencionados em nenhum outro lugar do Novo Testamento. Provavelmente Paulo menciona-os porque contava com o apoio deles.

* 1.16 Onesíforo. Membro da igreja de Éfeso que se distinguiu por sua lealdade a Paulo (v. 18; conforme 4.19).

* 1.17 tendo ele chegado a Roma. Onesíforo pode ter ido a Roma a fim de ajudar Paulo.

* 1.18 naquele Dia. O dia do juízo (v. 12; 4.8).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
I. INTRODUÇÃO (II Tessalonicenses 1:1-2.)

1 Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo; 2 Graça e paz da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.

A. A saudação

Paulo novamente associa Silvano e Timóteo com ele mesmo na abordagem da igreja dos tessalonicenses . Mais uma vez, ele enfatiza o fato de que esta igreja está posicionado na parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo . E, como antes, ele reza para que Deus a graça (charis) e paz (eirenes) pode ser a sua porção. É claro que é assumido que Paulo, que escreveu o primeiro, também escreveu a segunda dessas cartas à igreja em Tessalônica. Esta carta foi enviada de Corinto ou vizinhança um pouco mais tarde do que o seu antecessor, provavelmente no final AD 51.

B. os novos problemas

A primeira carta de Paulo não resolver todas as questões da igreja em Tessalônica. Nesta carta, vemos que tanto o bem eo mal são um pouco mais desenvolvido do que na epístola anterior. A igreja cresceu, mas também encontrou novo e maior oposição.Enquanto isso, Paulo encontra-se em perigo pessoal e pede aos irmãos que orem por ele, que a palavra do Senhor seja glorificado ... e para que sejamos livres de homens perversos e maus (3: 1-2 ). Alguns se atreveram a desafiar a sua autoridade como apóstolo, e, portanto, nesta carta, encontramos diretrizes para a disciplina de elementos desordenados dentro da congregação (2Tm 3:6 ). Além disso, o tom desta carta é um pouco mais firme, talvez um pouco mais acentuada do que o primeiro. Esta carta também é mais breve, fato que levou alguns estudiosos a supor que havia agora duas igrejas na cidade, um

Gentile igreja à qual Primeira Tessalonicenses foi enviada, e uma igreja judaica à qual Segunda Tessalonicenses foi abordada. Não há nenhuma evidência real para uma hipótese tão gratuita.

C. ao propósito do escritor

A segunda epístola foi evidentemente escrito para corrigir erros de nascentes que surgiram desde a primeira foi enviado. Há evidências, também, do crescimento da igreja na graça e na fé, apesar de aprofundamento perseguição. Mas o objetivo imediato desta carta é vindicação de Paulo contra as calúnias dos seus inimigos. Além disso, podemos acrescentar que ele é realmente uma extensão de seu objetivo original, ou seja, mais esclarecimentos sobre a grande verdade da volta do Senhor, e as responsabilidades do crente, tendo em vista que o evento se aproxima. Por uma questão de fato, alguns insistiram em que Cristo já havia retornado, e até mesmo cartas supostamente forjado para expor opiniões mudaram de Paulo sobre a segunda vinda. Mas Paulo nunca se atreve a fixar datas ou a nomear tempos e as estações, nem ele, de fato, nunca autorizou ninguém a fazê-lo em seu nome. Aqui ele se abstém de datas, que fixa, e claramente afirma que Cristo ainda não voltou; de fato, ele diz que o retorno de nosso Senhor não ocorrerá até que certos eventos têm vindo a passar.

II. LUZ ADICIONAIS SOBRE RETORNO DO SENHOR (II Tessalonicenses 1:3-12.)

A. gratidão pela fé ea fidelidade (1: 3-6)

3 Estamos obrigados a dar sempre graças a Deus por vós, irmãos, mesmo como é justo, para que a vossa fé cresce muitíssimo eo amor de cada um de vocês todos em direção ao outro transborda; 4 para que nós mesmos nos gloriamos de você nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé em todas as perseguições e aflições que suportais; 5 , que é uma prova clara do justo juízo de Deus; a fim de que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis; 6 se é que isso é uma coisa justa com Deus para recompensar aflição para eles que afligir você,

O cumprimento apostólica é quase idêntica à da primeira carta. Em ambos os casos, a igreja está environed em Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo . Por esta igreja, Paulo pode vislumbrar nenhum maior legado que o dom de Deus de graça e paz .

A fé crescente da igreja naturalmente alegra o coração do apóstolo, como faz também o seu amor Abundante. A palavra abundam no versículo 3 significa literalmente crescendo além da medida. Ação de Graças é adequada em todos os tempos (conforme Sl 34:1 ). Nosso Senhor previamente avisado aos seus discípulos que "no mundo tereis aflições" (Jo 16:33 ); e em confirmar a fé dos jovens crentes o apóstolo lembrou-lhes que "através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus" (At 14:22 ).

Os sofrimentos do povo de Deus e a prosperidade temporária dos ímpios servir como uma prévia de seu justos julgamentos que virá em breve, em que as perdas e os ganhos serão revertidos, em que os ímpios serão punidos e os justos serão recompensados.

B. JULGAMENTO DE APROXIMAÇÃO (1: 7-9)

7 ea vós, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando a revelação do Senhor Jesus desde o céu com os anjos do seu poder em chama de fogo, 8 vingança renderização para os que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus: 9 os quais sofrerão punição, até mesmo a destruição eterna da face do Senhor e da glória do seu poder,

No versículo 1 , observamos que vem é descrito como uma revelação (de nosso Senhor apokalupsis ), ou um "lançamento", obviamente, uma referência a esse aspecto da Sua vinda, quando Ele aparece como justo Juiz. Ele será acompanhado por seus anjos poderosos, para julgar os ímpios, aqueles que não conhecem a Deus e não obedecem ao evangelho . Aqui Paulo prevê julgamento divino contra tanto a ignorância dos gentios ea desobediência dos judeus. Ambos permanecem culpados e condenados diante de Deus, absolutamente indesculpável (conforme Rm 3:1 , Rm 3:23 ). Ambas as aulas serão colocados face a face com Ele que é "um fogo consumidor" (Hb. 0:29 ).

Sofrer o castigo (v. 2Tm 1:9) é derivado de um verbo antigo que significava "a pagar uma multa, para receber a justiça direito." Nos clássicos gregos este termo freqüentemente aparece como "pagar a pena." Mas isso não é uma pena ordinária. Paulo declara que esta pena envolve a destruição eterna uma frase que não aparece em outras partes do Novo Testamento, mas é usado nos apócrifos (4 Macc. 10:15 ), onde a destruição eterna do tirano Antíoco Epifânio é anunciada. Ao contrário da opinião corrente em certos setores hoje, a palavra "destruição"

não significa aqui aniquilação, mas, como Paulo passa a mostrar, a separação da face do Senhor e da glória do seu poder, e uma eternidade de miséria, como se abateu sobre Antíoco Epifânio.

A palavra eterna em si significa "idade-long." Vincent afirma que a frase eterna destruição é um lembrete solene da "cessação de funções, em um determinado ponto do tempo, daqueles que não obedecem ao evangelho da presença e glória de Cristo." E Clarke conclui: "Não é a aniquilação , por seu ser continua; e como a destruição é eterno , é uma eterna continuidade e presença de mal considerável , e ausência de todo o bem . "

C. GOLO DA Deus da glória (1: 10-12)

10 quando ele vier para ser glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que crêem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós) naquele dia. 11 Para que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação, e cumpra todo desejo de bondade e toda obra de fé, com poder; 12 que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós nele, segundo a graça de nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.

A vinda de Cristo assinalará um evento distinto na história da humanidade. A tenso indica claramente um acontecimento no tempo. E Sua vinda como Juiz vai coincidir com o lançamento ou a revelação do versículo 7 . Por um lado, nosso Senhor virá para serglorificado nos seus santos , a glória que há de surpreender e superar até mesmo os redimidos; por outro lado, essa revelação vai trazer apenas julgamento e terror sobre os ímpios. É uma das maravilhas que ultrapassam da graça divina que o nosso glorioso Senhor, na sua vinda, e, em seguida, ao longo dos séculos dos séculos, vai mostrar "a suprema riqueza da sua graça", e revelam a "múltiplas, o multiforme sabedoria de Deus "em e através desse corpo conhecida como a Igreja (conforme Ef 2:6. ; Ef 3:10 ).

Mais uma vez Paulo segue ação de graças com fervorosa oração para a posterior realização do propósito de Deus. Em nenhum momento o Apóstolo assumir que os Tessalonicenses ter chegado em espírito no ponto de ! ne plus ultra Aqui ele faz três pedidos definitivos em seu nome: em primeiro lugar, para que possam ser contabilizados digno de sua vocação como santos; segundo, que eles podem cumprir todo desejo de bondade e toda obra de fé, com poder ; e terceiro, que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós nele . Foi Paulo assombrado pelo medo de que os tessalonicenses pode até ainda provar indigno de sua vocação celestial? Aqui ele obviamente tinha em mente aqueles a quem ele tão fortemente advertiu em sua primeira carta, os desocupados e os intrometidos. De qualquer forma, Paulo implica que a falha não deve ocorrer, e ele emprega oração fervorosa como os meios para garantir sua aceitação diante de Deus. Paulo evidentemente olha além chamada inicial de Deus, como em 1Co 1:26 e Rm 11:29 , para o resultado final dessa chamada, como em Fp 3:14 e Hebreus 3:1 . Ambos os aspectos são aqui implícita no chamado dos irmãos de Deus. Além disso, Paulo ora para que o propósito de Deus em todos os seus múltiplos aspectos e dimensões podem ser realized- cumprir todos os desejos -em a vida desses crentes; e todos com vista para a maior glória de nosso Senhor Jesus .


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
Começamos a entender os proble-mas desse jovem ministro ao ler as duas cartas de Paulo para ele. Timó-teo hesita em encarar os assuntos de forma direta e em tomar decisões em relação a eles de acordo com a Palavra de Deus. Havia "temor" (co-vardia) na vida dele, talvez o tipo de medo que "arma ciladas" (Pv 29:25). Com certeza, ele enfrentava as tentações comuns aos jovens e sentia-se inadequado para a tarefa. Paulo compartilhou cinco verdades magníficas com Timóteo a fim de confortá-lo e ajudá-lo a cumprir sua tarefa.

I. O amigo que ora (1:1-5)

Paulo enfrentava martírio e ainda encontrava tempo para orar por Ti-móteo! Ao compararmos 1 Timó-teo 1:1 2Tm 1:1, vemos que Paulo, ao encarar a morte, pen-sa sobre "promessa da vida que está em Cristo Jesus" — e que promessa maravilhosa! Ele assegura Timóteo de seu amor, de suas orações e das boas recordações que, dia e noite, tem dele.

Ele lembra a Timóteo que ha-via muito a agradecer, apesar dos problemas que enfrenta. Lembra-o de sua herança de devoção e da fé que Deus deu a ele, Timóteo, para a vida diária e para o serviço cristão, e não apenas para sua própria salva-ção. Não sabemos se, nessa época, os entes queridos de Timóteo ainda viviam, mas, se viviam, com certe-za, oravam por ele. E uma bênção ter amigos que oram! E encorajador orar pelos outros e ajudá-los na vida espiritual. Veja1Sm 12:23.

  1. O dom magnífico (1:6-7)

Um dos problemas de Timóteo era a covardia, a timidez em enfrentar os problemas e fazer o trabalho de Deus. Provavelmente, sua juventu-de contribuía para isso (1Tm 4:12). Paulo lembra aTimóteo que este está negligenciando o dom que Deus lhe deu (1Tm 4:14) e que precisa avivá- lo, da mesma forma que se abana a brasa para reavivar o fogo que mor-re. Paulo não sugere que Timóteo possa perder sua salvação, pois isso é impossível, mas que perdia o fer-vor pelo Senhor e o entusiasmo no trabalho de Deus.

No versículo 7, Paulo refere- se ao Espírito Santo. O Espírito não gera temor em nós (veja Rm 8:15), e sim força, amor e moderação (dis-ciplina, autocontrole). Todo cristão precisa ter as três coisas. O Espíri-to Santo é a força da nossa vida (At 1:8; Ef 3:20-49; Fp 4:13). Paulo usa a palavra "poder" em todas as suas cartas, exceto na para Filemom. O Espírito também nos dá amor, pois o amor é fruto dele (Gl 5:22). Nosso amor por Cristo, pela Palavra, pelos outros crentes e pelo perdido deve vir do Espírito (Rm 5:5). O Espírito também nos dá disciplina e mode-ração, e isso possibilita que não se-jamos pegos por nossos sentimentos ou pelas circunstâncias com facili-dade. Temos paz e equilíbrio quan-do o Espírito está no controle, e o temor e a covardia desvanecem-se. Veja At 4:1-44 e atente para o ver-sículo 13.

  1. O chamado santo (1:8-11)

Os efésios sabiam que Timóteo era amigo e colaborador de Paulo, mas, agora, o apóstolo era um prisionei-ro romano! Paulo admoesta: "Não te envergonhes, portanto, do teste-munho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos so-frimentos, a favor do evangelho, se-gundo o poder de Deus". Quando os cristãos sofrem, o fazem com Cristo (Fp 3:10). O mesmo poder que nos salva, nos fortalece para a batalha. Paulo enfatiza que nosso chamado se deve à graça do Senhor, nós não merecemos ser salvos. Não temos o direito de desistir ou de reclamar se Deus permite que soframos depois de nos dar uma salvação tão ma-ravilhosa! Paulo adverte que Deus tem um propósito em mente e que devemos permitir que ele realize seu propósito.

O maravilhoso propósito de Deus no evangelho estava escondi-do em eras passadas, mas foi revela-do agora. No versículo 10, o termo "destruiu" significa "sem efeito, mi-tigado". Deus não eliminou a morte por intermédio da cruz, pois as pes-soas ainda morrem. Ele mitigou-a — abrandou-a — para o crente. Cristo trouxe à luz a vida e a incorrupção (a condição de não morrer nunca). No Antigo Testamento, essas dou-trinas "estavam nas sombras", mas devemos evitar construir uma dou-trina da imortalidade, da morte ou da ressurreição apenas fundamen-tada em passagens do Antigo Tes-tamento. Muitas seitas falsas usam Jó, Eclesiastes e alguns salmos para defender doutrinas estranhas como a da alma adormecida.

  1. O Salvador fiel (1:12-14)

É encorajador saber que Cristo é fiel e capaz de guardar os seus! Paulo não "espera" nem "pensa" que sabe; ele tem convicção e afirma: "Sei em quem tenho crido". O versículo 12 dá margem a duas interpretações, e, talvez, Paulo quisesse abranger as duas. Paulo diz que sabe que pode confiar em Cristo para guardar a ele e a sua alma, mas também diz que sabe que Cristo o capacitará a per-manecer no que ele designou para Paulo. "Estou certo de que ele é po-deroso para guardar o meu depósito até aquele Dia". Cristo designara o evangelho para Paulo (1Tm 1:11), e este sabia que ele o capacitaria para

guardá-lo e mantê-lo (1Tm 6:20; 2Tm 4:7). Reveja 1Tm 1:1-54.

No versículo 13, a palavra "pa-drão" significa "esboço". A igreja tinha um padrão de doutrina sã, e era pecado desviar-se dele. Timóteo devia manter-se firme no esboço bá-sico da doutrina por intermédio do poder do Espírito (v. 14). Os versí-culos 12:14 são paralelos: Cristo, em glória, guarda o que damos a ele, e o Espírito, na terra, ajuda-nos a guardar o que Cristo nos deu!

  1. O exemplo piedoso (1:15-18)

Todos os que estão na Ásia aban-donaram Paulo (veja também 4:16). Os dois homens dos quais cita os nomes deviam ser membros da igreja efésia, e Timóteo devia conhecê-los pessoalmente. Toda-via, houve um, Onesíforo, que per-maneceu fiel ("muitas vezes ele me reanimou", NVI). Provavelmente, esse homem piedoso foi diácono em Éfeso, pois o versículo 18 afir-ma: "E tu sabes, melhor do que eu, quantos serviços me prestou ele em Éfeso" [a palavra "serviços" de-riva do grego diakonos].

Esse homem foi a Roma, procu-rou Paulo e serviu-o sem temor ou vergonha. "Nunca se envergonhou das minhas algemas" (v. 16). Que exemplo para Timóteo seguir e to-dos nós também! Eis um diácono da igreja que mostra mais fervor, amor e coragem que seu pastor!
Observe que Onesíforo estava em Roma (v. 17). Aparentemente, ele já não estava mais lá e, talvez, estivesse voltando para Éfeso. Tal-vez ele tenha levado essa carta para Timóteo. De qualquer forma, no versículo 16, Paulo saúda a família desse diácono. Ensinar, como fazem alguns, que Onesíforo tinha morrido e que as palavras de Paulo, no versí-culo 18, são uma oração pelo morto é distorcer as Escrituras. Sem dúvi-da, Paulo nunca ensinou os crentes a orar pelos mortos e, além disso, não temos nenhuma evidência de que ele tivesse morrido.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
1.1 Promessa da vida. Esta é a qualificação do apóstolo e o fundamento do seu apostolado. Vida... em Cristo. Termos inseparáveis nas cartas do apóstolo Paulo, como em Gl 2:20. A vida começa com Cristo já no presente, conforme v. 10 e 1Tm 4:8.

1.2 Amado. Uma emoção intensificada pela firmeza e pela fidelidade de Timóteo. Conforme Fp 2:20-50) e a herança eterna (At 20:32). Aquele Dia. É o Dia do Senhor, 1.18; 4.8; 2 Ts 1.10.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
I. SAUDAÇÕES (1.1,2)

De acordo com o costume da época e com a maioria das cartas do NT, esta carta começa com o nome do autor, o do destinatário e uma saudação. Com relação a si mesmo, Paulo faz menção do seu apostolado, pois é a base da autoridade que ele exerce. Ele se apressa em acrescentar, no entanto, que esse apostolado é pela vontade de Deus. Não foi ele quem se designou a essa posição, nem foi eleito por outros, tampouco o apostolado era seu por direito hereditário. Além de olhar em retrospectiva para a sua designação para o apostolado, ele também declara que o seu objeto é a promessa da vida que está em Cristo Jesus.

Timóteo é saudado carinhosamente como meu amado filho. Isso vem do fato de que ele foi levado à fé por intermédio de Paulo; além disso, a passagem do tempo forjou um vínculo profundo de amizade entre os dois homens, que foi reforçado ainda pela extensa comunhão na obra de Deus. A saudação que Paulo envia é idêntica a lTm 1.2.

II. ENCORAJAMENTO A TIMÓTEO (1.3-18)


1) Reacender o dom (1:3-7)

Parece possível que a idade e o conhecimento de que a morte não pode mais estar muito longe se combinem para evocar na mente de Paulo idéias do passado, embora a memória, para ele, não seja mera indulgência nostálgica. Torna-se a causa da gratidão e a razão para a oração. Sua própria herança é motivo de gratidão a Deus, e ele encontra um paralelo disso na experiência de Timóteo. Para Paulo, o passado contribuiu com o exemplo dos seus antepassados que serviram a Deus com a consciência limpa-, para Timóteo, o pano de fundo era o de uma mãe piedosa, como também da avó, em cujas vidas brilhava uma fê não fingida. Paulo não despreza a vida religiosa dos seus antepassados. Não tão iluminados quanto ele, mesmo assim foram fiéis à luz que tinham, e essa luz era como os primeiros raios da alvorada anunciando o nascer do sol da justiça que tinha agora iluminado o mundo. Da mesma forma, a que havia em Lóide e Eunke pode inicialmente ter sido judaica, e não cristã, mas tinha evidenciado o fundamento, para elas, como para Timóteo mais tarde, daquilo que torna “sábio para a salvação” (3.15). A oração constante por Timóteo a que o apóstolo se dedica acrescenta fervor enquanto ele lembra das lágrimas que seu colega derramou quando se separaram da última vez. Essas lágrimas refletem, em certa medida, a emoção mais evidente, ou não suprimida, daquele dia. Mas elas também retratam uma personalidade sensível e afetuosa. Um reencontro com Timóteo só traria alegria, e assim Paulo espera e ora por esse encontro noite e dia (conforme 4.9,21).

Mais uma lembrança vem do tempo em que Timóteo foi comissionado para a obra de Deus (v.comentário de lTm 1.18; 4.14). Foi naquela ocasião que Paulo indicou publicamente sua unidade com Timóteo na dedicação deste para o chamado de Deus, ao participar da imposição das [...] mãos. Gomo resposta a esse ato, Deus tinha conferido a Timóteo um dom (charisma), uma capacitação espiritual. “Deus nunca comissiona uma pessoa para uma tarefa sem conferir um dom especial adequado a ela” (Guthrie). Agora ele recebe a exortação de manter viva a chama desse dom. O dom básico foi conferido, mas precisa ser desenvolvido. A indiferença ou o medo poderiam conduzir à chama baixa, e assim ele é lembrado de que Deus não nos deu espírito de covardia. Nessas palavras, Paulo ministra de forma atenciosa a censura mais sutil, suavizada ainda mais pela sua escolha do pronome nos. Ao contrário, ele continua, o espírito é de poder, a força para executar a tarefa designada; de amor, sem o qual todo o serviço é sem valor; e de equilíbrio, um aspecto essencial a todos que querem influenciar outras pessoas para Deus.


2) Compartilhar no sofrimento (1:8-14)
A timidez pode facilmente degenerar para a covardia que se expressa na relutância de testificar ou sofrer a favor do evangelho, ou de ser identificado com o apóstolo encarcerado. A expressão de testemunhar do Senhor destaca o testemunho dado — a mensagem em si. Envergonhar-se da mensagem conduziria ao fracasso no testemunho, mas ele pode contar sempre com o fortalecimento interior por meio do poder de Deus. Nos versículos que seguem, são apresentadas razões por que ninguém nunca precisa se envergonhar desse evangelho (v. 9,10). O próprio Paulo não se envergonhou (v. 11,12), e Timóteo também não precisa (v. 13,14).

v. 9,10. A sua própria experiência do evangelho e do poder de Deus tinha significado salvação (conforme Rm 1:16), uma salvação que tanto os libertou do passado quanto os conduziu a uma nova vida de santidade, pois o seu chamado é de urna santa vocação. Essas são bênçãos que não surgem de esforços próprios, mas do propósito de Deus que está centrado em Cristo Jesus “antes da criação do mundo” (conforme Ef 1:4). Esse propósito de graça, ele afirma, tem sido revelado e, finalmente, cumprido pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus. Foi por meio da manifestação (epiphaneia) dele na encarnação que a obra pôde ser realizada e que, de uma vez, tomou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade. Sua morte anulou para o crente o poder e o aguilhão da morte (conforme He 2:14He 2:15; lGo 15.56,57) e vai finalmente anulá-los completamente (lGo 15.26). A ressurreição dele não somente trouxe do domínio da obscuridade a verdade da vida e imortalidade (conforme as idéias um tanto sombrias encontradas no AT acerca desse assunto), mas é em si o fundamento para a admissão nessa vida. A visão exaltada que Paulo tem do evangelho, sua origem, resultados e realizações conferem apoio consistente para o seu apelo: não se envergonhe de testemunhar.

v. 11,12. Ele mesmo não tem se envergonhado desse evangelho. Ele foi apontado pregador dessa mensagem, ou seja, para anunciar, e também apóstolo, para declarar com autoridade, e ainda mestre, para instruir nessas doutrinas a todos (v.comentário de lTm 2.7). Embora isso tivesse significado muito sofrimento, não há ressentimento ou lamento, mas somente confiança alegre naquele que ele passou a conhecer intimamente e em quem veio a confiar, porque [...] estou bem certo, Paulo exclama, de que ele êpoderoso para guardar.... A expressão até aquele dia é uma referência ao dia da avaliação e recompensa (conforme 1Co 3:13). Está dividido o apoio às variantes o que lhe confiei e “o que foi confiado a mim” (RSV). As outras ocorrências de parathékê, em lTm

6.20 (v.comentário) e no v. 14 do presente capítulo, sugerem a segunda como a melhor leitura. Qualquer uma seria legítima; tomadas juntas, representam os dois lados de uma negociação. A verdade e a propagação dela, junto com o dom necessário concedido por Deus, englobam o que Deus havia confiado a Paulo; para que isso seja bem protegido, ele confia tudo a Deus. A exortação de Paulo (v. 8) foi reforçada, antes pelo seu conceito de evangelho, e agora pelo seu próprio exemplo.
v. 13,14. Ao declarar a mensagem, Timóteo deve ter diante de si o ensino de Paulo. Ele não precisa repeti-lo como um papagaio nem imitar de forma servil o seu modo de apresentação, mas, mesmo expressando-o com suas próprias palavras, deve limitar-se à sã doutrina (conforme 4.3; lTm 1.10; 6.3; Tt 1:9Tt 2:1). modelo (hipotypõsis): “esboço em linhas gerais” (J. N. D. Kelly). Isso constitui o “depósito” da verdade, e precisa ser guardado pelo poder do Espírito Santo que habita em nós. Mas os seus inimigos não são só exteriores, pois a falta de fé e amor por parte dele o tornaria vulnerável à acusação de hipocrisia. A verdade que não é transmitida com fé e amor em Cristo Jesus permanece inaceitável.


3) Prestar atenção em exemplos, bons e maus (1:15-18)

Timóteo, além de não se envergonhar de testemunhar do Senhor, também não deve se envergonhar de Paulo por este estar preso. Um espírito de temor com freqüência se manifesta na falta de disposição de se associar com o povo de Deus, embora poucos pudessem ser tão caracterizados como persona non grata como Paulo diante das autoridades dos seus dias. São dados dois exemplos, e o primeiro é dos que falharam nessa questão. As palavras me abandonaram sugerem que a deserção era em relação a Paulo pessoalmente, e seria injusto imaginar uma apostasia em massa. Talvez as dificuldades que o apóstolo estava enfrentando o conduziram a olhar a situação do lado sombrio segundo o qual todos tinham agido assim, e ele parece particularmente desconcertado quanto à presença de Fígelo e Her-mógenes entre eles. Talvez tinha esperado um tratamento melhor por parte deles.

Para contrastar, ele apresenta a lealdade de Onesíforo. Provavelmente Paulo e Timóteo tinham se beneficiado da ministração de Onesíforo em Efeso (v. 18b), mas tinha sido uma coisa ele auxiliá-los lá, e outra totalmente diferente identificar-se com Paulo em Roma. Não tendo ilusão alguma acerca do perigo muito real incluído nisso, mesmo assim agiu com coragem. Parece que foi com dificuldade que finalmente conseguiu achar Paulo (v. 17), mas ele estava determinado a encontrá-lo e, tendo feito isso, mostrou que não tinha vergonha alguma das correntes de Paulo, muitas vezes me reanimou-. E o tributo do apóstolo veterano a esse viajante desconhecido. Misericórdia agora sobre sua família (v. 16), e misericórdia sobre Onesíforo naquele dia (v. 18, conforme v. 12) é a oração de Paulo que expressa seu desejo. As referências à sua casa no v. 16 e em 4.19, e à misericórdia [...] naquele dia levaram alguns estudiosos a conjecturar que Onesíforo estivesse morto na época em que a carta foi escrita, enquanto outros chegaram ao ponto de elaborar sobre esse fundamento frágil argumentos a favor da oração pelos mortos. Mas o fato é que a lembrança dessa corajosa amizade ainda comove Paulo e fornece exatamente o exemplo de que ele precisa para ilustrar o seu apelo a Timóteo.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 3 até o 5

B. Ação de Graças pela Fé de Timóteo. 2Tm 1:3-5.

Só em Gálatas e Tito é que Paulo omite a ação de graças formal ou o elogio.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 3 até o 5

John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18

1. Motivando um filho espiritual (II Timóteo 1:1-5)

Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, segundo a promessa da vida em Cristo Jesus, a Timóteo, meu amado filho: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor.
Agradeço a Deus, a quem sirvo com a consciência limpa a forma como os meus antepassados ​​fizeram, como eu sempre lembro de você em minhas orações, noite e dia, desejando vê-lo, mesmo se bem me lembro suas lágrimas, para que eu possa ser preenchido com alegria. Pois eu sou consciente da fé sincera dentro de você, que primeiro habitou em tua avó Loide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que ele está em você também. (1: 1-5)

Como mencionado na introdução, a instrução primária de Paulo a Timóteo começa com o versículo 6 do capítulo 1. Os cinco primeiros versos são motivacional e constituem um belo e comovente saudação a do apóstolo amado filho na fé. No entanto, mesmo esses comentários muito pessoais refletem princípios não é pertinente apenas para discipulado de Paulo a Timóteo, mas também para os pais cristãos, professores da escola dominical, líderes juvenis, pastores, conselheiros, vizinhos e amigos-para qualquer crente que está ajudando a outra crescer em direção à maturidade em Jesus Cristo e eficácia no ministério.

Estes seis implícita, mas facilmente discernível, princípios de motivação são: autoridade (1: 1- - 2a) (v. 3b), o altruísmo (v. 2b), apreciação (v. 3-A), recurso, afeto (v. 4), e afirmação (v. 5).

Autoridade

Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, segundo a promessa da vida em Cristo Jesus, a Timóteo, meu amado filho: (1: 1-2a)

O primeiro princípio da motivação piedosa e bem sucedido é o da autoridade, como pode ser visto na declaração de abertura por Paulo que ele era um apóstolo de Cristo Jesus. Como explicado na introdução, o apostolado de Paulo já foi bem compreendida por Timoteo. Menciona-se aqui a título de lembrete de que, apesar de seu relacionamento próximo e amoroso, Paulo classificado acima Timóteo em autoridade espiritual, porque ele trouxe a Palavra do Senhor e estava escrevendo nessa qualidade.

A intimidade não impede a autoridade. A relação de amor que os pais têm com seus filhos, não se opõe a sua autoridade sobre seus filhos. A relação pai-filho do amor sem autoridade é condenado a tragédia para toda a família. Não importa o quão cordial pode existir uma relação de trabalho, uma empresa não pode ter sucesso se os funcionários se recusam a reconhecer e se submeter à autoridade do empregador sobre eles.
Embora eles compartilhavam uma amizade profunda, saudação amorosa de Paulo a Timóteo realizado todo o peso do seu apostolado. Apostolos ( apóstolo ) significa uma literalmente que é enviado para fora, "um mensageiro", como às vezes é traduzida (ver, por exemplo, 2Co 8:23;. Fp 2:25). Mas, no Novo Testamento, mais comumente carrega a conotação de embaixador, um representante que carrega com ele a autoridade do que ele representa. Ele é usado nesse sentido do Jesus chamou doze discípulos durante Seu ministério terreno (Lc 6:13; Lc 9:10) e de Paulo, a quem Cristo chamou do céu depois de Sua ascensão (ver Atos 9:3-15; 22: 6 —14; 13 44:26-18'>26: 13-18). O Senhor usou a forma verbal de si mesmo, como "Jesus Cristo, a quem Tu [o Pai] enviaste [ apostello ] "(Jo 17:3) e "tenham em abundância" (10:10). Aqueles que afirmam que a promessa pela fé pode reclamar com Paulo que Cristo " é a nossa vida "(Cl 3:4). Falando de verdadeiros filhos de Deus, sejam judeus ou gentios, Paulo assegurou aos crentes de Filipos: "Nós somos a verdadeira circuncisão, que adoram [ Latreuo ] no Espírito de Deus, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne "(Fp . 3: 3).

Como o apóstolo envelhecimento estava à beira da morte, ele poderia testemunhar que sua consciência não acusar ou condenar. Sua culpa foi perdoado, e sua devoção indiviso. "Após o auto-exame cuidadoso", disse ele, na verdade, "Eu posso dizer com sinceridade que, embora eu não sou perfeito, estou vivendo em santidade diante do Senhor". Ele queria que Timóteo não ter nenhuma dúvida de que ele suportou suas aflições presentes físicos, como ele teve inúmeros outros, por causa de sua fidelidade inabalável ao Senhor, e não como uma consequência do infiel, vida ímpios.

Embora até mesmo o crente mais espiritual não pode conhecer seu próprio coração com certeza ou completo entendimento, não só é possível, mas espera-se que, como Paulo, todos os cristãos têm a consciência limpa. Esta era uma questão vital para Paulo, que muitas vezes refere-se a sua consciência . Ao defender-se contra os ataques que encontram-se que ele experimentou em Corinto, ele respondeu com um apelo ao mais alto tribunal humano, a consciência. Sua defesa foi: "Porque a nossa confiança orgulhoso é esta: o testemunho da nossa consciência, de que em santidade e sinceridade de Deus, não em sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e especialmente para você" (. 2Co 1:12; conforme At 23:1.). Por conseguinte, parece mais provável que ele estava se referindo aos patriarcas, profetas, e outros santos do Antigo Testamento. Também é possível que ele tinha em mente os outros apóstolos e os muitos outros crentes piedosos na igreja primitiva que o precederam na fé.

Apelação

como eu sempre lembro de você em minhas orações, noite e dia, (1: 3b)

Um quarto elemento de motivação era constante apelo de Paulo para o Senhor, em nome de Timóteo. É difícil imaginar a força e incentivo que a intercessão de Paulo deu a seu jovem amigo como ele ministrava em Éfeso e outras partes da Ásia Menor, sem a companhia de Paulo.
O advérbio adialeiptos ( constantemente ) refere-se ao que é incessante, sem interrupção. Podemos ter certeza de que a frase de Paulo Eu sempre lembro de você não era exagero. O apóstolo tinha usado a mesma palavra em exortar os crentes de Tessalônica a "orar sem cessar "(1Ts 5:17, grifo do autor), e ele próprio era acostumado a fazer nem menos. Ele já tinha assegurado os fiéis de suas orações incessantes e preocupação para eles (1: 2-3). Usando a mesma palavra, ele assegurou a igreja em Roma que "Deus, a quem sirvo em meu espírito, no pregação do evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós, nas minhas orações "( Rom. 1: 9-10, ênfase adicionada). Ele deu a garantia semelhante aos crentes de Corinto (1Co 1:4.), Em Colossos (Cl 1:3). Mais tarde, em que evangelho a palavra é usada para os discípulos de João Batista, que se dizia que "muitas vezes rápidos e oferecem orações" (5:33). Foi usado por Paulo de sua "oração a Deus" para a salvação de seus irmãos israelitas (Rm 10:1 ).

À primeira vista, a referência a noite eo dia parece redundante e um tanto inadequado. Parece redundante porque, por definição, constantemente significa em torno do relógio, e inadequado porque é provável que Paulo e seus companheiros de prisão não podia distinguir uma hora a partir de outro naquela masmorra. Mas, sem dúvida, usou a frase noite e dia no caminho muitas vezes é usado hoje, como uma figura de linguagem que expressa a continuidade. Ele simplesmente queria reforçar a sua devoção a Timóteo.

Não há melhor maneira de motivar os outros crentes a considerar a sua prestação de contas a ser fiel e para mover seus corações no serviço de Cristo do que para mantê-los continuamente diante do Senhor em oração e para dizer-lhes isso.

Afeição

saudade de vê-lo, mesmo se bem me lembro suas lágrimas, para que eu possa ser preenchido com alegria. (1: 4)

O quinto princípio para motivar os outros crentes, especialmente aqueles que podem ser discipulado, é amá-los e expressar afeto genuíno para eles. Paulo perdeu muito companheirismo de Timóteo e estava ansioso para ver ele. Longing é de epipotheō , um verbo que denota intenso desejo ou anseio. Mais tarde, na carta que ele reflete o mesmo desejo doendo, implorando a Timóteo: "Faça todo o esforço para vir para mim em breve" (4: 9), e "Quando você vem trazer a capa que deixei em Trôade de Carpo ... [e ] fazer todo esforço para vir antes do inverno "(vv. 13, 21).

Lembro-me de suas lágrimas, o apóstolo diz, talvez referindo-se a seu tempo da última partida, na sequência de uma breve visita a Éfeso algum tempo depois de escrever sua primeira carta a Timóteo e antes que ele foi preso em Nicópolis e feito prisioneiro a Roma. Paulo tinha uma ligação semelhante com os anciãos de Éfeso. Quando saíram para encontrá-lo na praia perto de Mileto ", ele se ajoelhou e orou com todos eles. E eles começaram a chorar alto e abraçou Paulo, e beijou-o repetidamente, de luto, especialmente sobre a palavra que dissera, que eles deve ver seu rosto não mais "(Atos 20:36-38).

Embora, sem dúvida, percebi que ele nunca pôde ver Timoteo novamente, mesmo a perspectiva remota de uma tal reunião preenchido Paulo com alegria. Sabendo profundo amor e desejo do apóstolo vê-lo novamente, certamente cheio Timoteo com alegria, bem e inspirou ainda maior compromisso de seguir em os passos de seu amado professor e amigo.

Afirmação

Pois eu sou consciente da fé sincera dentro de você, que primeiro habitou em tua avó Loide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que ele está em você também. (1: 5)

O último princípio da motivação Paulo alude é o da afirmação. Nos dois versículos anteriores Paulo menciona sua lembrança Timoteo em oração e recordando as suas lágrimas. Agora, novamente ele reflete sobre sua ligação íntima, desta vez sendo consciente da fé sincera dentro de Timoteo.

Anupokritos ( sincero ) é uma palavra composta, composto por um prefixo negativo ligado a hupokritēs , a partir do qual nós temos a palavra Inglês obviamente relacionado hipócrita. de Timóteo  estava completamente genuína, sem hipocrisia, sem pretensão ou engano. Em sua carta anterior a Timóteo, Paulo havia escrito: "O objetivo da instrução é o amor de um coração puro, de uma boa consciência, e um sincero [ anupokritos fé] "(1Tm 1:5, grifo do autor). Tiago usou-o como a qualificação final de "a sabedoria de cima [que] é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem vacilar, sem hipocrisia "(Jc 3:17, ênfase adicionada).

Timóteo teve uma herança de fé sincera no prazo de [ele], que primeiro habitou em [sua] avó Loide, e [sua] mãe Eunice. A referência a Lois e Eunice sugere que Paulo sabia que aquelas mulheres pessoalmente e, talvez, era instrumental, juntamente com Barnabé , a ganhá-los para Cristo durante a sua primeira viagem missionária, que o tinha levado, através da área de casa de Timóteo da Galácia (veja 13 13:44-14:21'>Atos 13:13-14: 21). Eles provavelmente eram crentes judeus, sob o Antiga Aliança que imediatamente recebeu Jesus como o Messias, Salvador e Senhor, quando ouvi pela primeira vez o evangelho dos lábios de Paulo. Até o momento da segunda viagem de Paulo, as mulheres haviam levado seu neto e filho ao Senhor, e ele já havia se tornado "bem falado pelos irmãos que estavam em Listra e Icônio" (At 16:2).

Alguns anos atrás, eu estava envolvido em uma discussão a respeito da escolha de um homem para assumir a liderança de uma organização cristã conhecida. Ao olhar para a lista de clientes potenciais, eu comentei que era interessante que cada um desses homens tinha um pastor piedoso para um pai. O Senhor tem, é claro, levantou muitos líderes fiéis, incluindo Paulo, de famílias ímpios e até mesmo ateus. Mas uma alta porcentagem dos grandes homens ao longo da história da igreja vieram de lares cristãos. O pai de Timóteo era um gentio descrente (At 16:3)

E por esta razão que eu lembrá-lo para acender de novo o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, amor e disciplina. Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro; mas comigo os meus sofrimentos do evangelho segundo o poder de Deus, que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade, mas agora foi revelado pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe vida e imortalidade à luz através do evangelho, para o qual fui constituído pregador, apóstolo e um professor.Por esta razão sofro também estas coisas, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido e estou convencido de que Ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia. Manter o padrão das sãs palavras que você ouviu de mim, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Guarda, por meio do Espírito Santo que habita em nós, o tesouro que foi confiado a você.
Você está ciente do fato de que todos os que estão na Ásia se afastou de mim, entre os quais estão Phygelus e Hermógenes. O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo porque muitas vezes ele me recreou, e não se envergonhou das minhas cadeias; mas quando estava em Roma, ele procurou ansiosamente para mim, e me encontrou-o Senhor lhe conceda encontrar misericórdia do Senhor naquele dia, e você sabe muito bem o que os serviços que prestou em Éfeso. (1: 6-18)

Durante a Rebelião Boxer (1899-1900), extremos nacionalistas chineses fomentou uma campanha de terror contra funcionários de governos estrangeiros, os missionários cristãos, e até mesmo os cristãos chineses. Depois eles cercaram uma certa estação da missão, eles selaram todas as saídas, exceto um. Eles colocaram uma cruz no chão em frente ao portão se abriu e disse que os missionários e estudantes que qualquer um que andou fora e pisado a cruz seria poupado. Segundo relatos, os primeiros sete estudantes que partiram pisoteadas na cruz e foram enviados em seu caminho. A oitava estudante, uma jovem, aproximou-se da cruz, se ajoelhou, rezou para a força, cuidadosamente caminhou ao redor da cruz, e foi imediatamente morto a tiros. Os restantes 92 alunos, reforçada pelo exemplo de coragem da garota, também andou ao redor da cruz para a morte.

A segunda seção do II Timóteo 1:6-18 enfoca os crentes "não ter vergonha de Jesus Cristo. Paulo funda este apelo sobre as motivações para servir a Cristo, ele tem apresentado nos versículos 1:5. Esses seis motivações eram para gerar em Timóteo a atitude generalizada de não ter vergonha do Senhor Jesus Cristo, a atitude subjacente que é indispensável para um ministério eficaz no reino. A expressão positiva de que a atitude é corajoso, testemunha sem remorso para e obediência a Ele, não importa o que o custo ou as conseqüências. É a atitude que se recusa a equivocar-se, vacilar ou comprometer e que não hesita em ser conflituosa quando necessário.

Davi expressa a atitude de testemunho corajoso com estas palavras: ". Tenho proclamado boas-novas de justiça na grande congregação; eis que não vai restringir os meus lábios, ó Senhor, tu sabes que eu não ter escondido tua justiça dentro do meu coração, eu falaram de tua fidelidade ea tua salvação; não escondi tua benignidade ea tua verdade da grande congregação "(Sl 40:9-10.). Ele sempre fala para o Senhor sem restrição ou reserva. Outro salmista declarou: "A minha boca falará da tua justiça e da tua salvação todo o dia, porque eu não sei a soma deles, virei com as grandes obras do Senhor Deus;. Farei menção da tua justiça , Tua alone "(Sl 71:15-16.). Ainda outro salmista declarou: "Eu também falarei dos teus testemunhos perante os reis, e não será confundido" (119 Ps: 46.). Nada pode deter o compromisso daqueles santos para falar de graça e justiça de Deus.

Não importa o quão talentoso, uma pessoa pode ser, ou como bem treinado, biblicamente letrado, astuto, ou articulada, e não importa muita oportunidade ou privilégio que ele pode ter, se ele não tem coragem e compromisso espiritual, ele não vai falar e agir de forma eficaz para o Senhor.
Paulo está chamando para um nível de compromisso que diz: "Eu não me importo com o que o mundo pensa, diz ou faz. Eu sei o que Deus ordenou para me ser e de fazer, e é isso que eu determinar, por Sua poder, de ser e de fazer. O que quer que as conseqüências, eu corajosamente vai ficar para Cristo ". O apóstolo menciona especificamente esse tema três vezes nesta passagem (vv. 8, 12, 16), porque é o coração de sua mensagem para o jovem pastor Timóteo. É um apelo para ele ter, um compromisso inabalável intransigente para proclamar Jesus Cristo, independentemente do perigo ou dificuldade.
Como cristãos, a maioria de nós deve confessar a ter vergonha do Senhor em algum momento ou outro, com medo do que as pessoas possam pensar e de como as suas opiniões podem afetar nossa popularidade na escola, a nossa posição social, ou o nosso sucesso nos negócios.Talvez nós ficamos com medo que eles me pergunto por que o nosso estilo de vida é muitas vezes incompatível com a nossa fé. No entanto, devemos também confessar que os riscos que enfrentamos foram muito menos graves do que as Timoteo enfrentado, que incluiu perseguição física, prisão e possível morte.

O exemplo mais conhecido no Novo Testamento de ter vergonha de Cristo é a negação de Pedro, durante o julgamento de Jesus diante do sumo sacerdote Caifás e ao Sinédrio, o Conselho Judaico. Todos os discípulos fugiram quando Jesus foi preso no Jardim do Getsêmani (Mt 26:56), mas Pedro voltou e seguiu "Ele a uma distância até o pátio do sumo sacerdote" (v. 58). Enquanto espera lá, ele três vezes negou ser discípulo de Jesus ou até mesmo conhecê-Lo (vv. 70-74). Assim que um galo cantou, "Pedro se lembrou da palavra que Jesus tinha dito:" Antes que o galo cante, tu me negará três vezes. " E ele saiu e chorou amargamente "(v. 75).

Esse relato vívido faz negação de Pedro um alvo fácil para qualquer reprovação. Mas, como mencionado acima, cada cristão sabe que ele, também, por vezes, tem sido culpado de negar o Senhor, embora talvez não tão publicamente ou de forma dramática. A verdade incentivando que ganhamos com a experiência de Pedro é que, assim como nós podemos ter vergonha do Senhor, como ele era, também podemos ser perdoados e restaurados pelo Senhor como ele era. Quando, depois da ressurreição, Pedro três vezes afirmada amor por Ele, Jesus três vezes reconheceu que o amor era verdadeiro, embora fraco, e Ele cobrado Pedro com cuidado do seu rebanho, a Igreja (João 21:15-17). Algumas semanas mais tarde, durante a festa de Pentecostes, Pedro destemidamente proclamou diante de uma grande multidão em Jerusalém,

"Homens de Israel, ouçam estas palavras: Jesus, o Nazareno, homem aprovado por Deus com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou através dele no meio de vós, como vós mesmos sabeis-este, entregue pelo predeterminado plano e presciência de Deus, você pregado a uma cruz pelas mãos de homens ímpios e colocá-lo à morte. E Deus O ressuscitou novamente, pondo fim à agonia da morte, uma vez que era impossível para ele, a ser realizada em sua poder. "... E com muitas outras palavras que ele solenemente testemunhou e continuou exortando-os, dizendo:" Salvai-vos desta geração perversa! " Então, os que receberam a sua palavra foram batizados; e adicionaram-se naquele dia cerca de três mil almas. (Atos 2:22-24, 40-41)

Pedro continuou a pregar o evangelho em Jerusalém, sem compromisso e sem medo. Pedro foi levado perante o mesmo Conselho, onde o seu Senhor foi falsamente acusado e fora da qual ele havia negaram. Mas nesta ocasião Pedro era um homem diferente. Quando ele foi ordenado a parar de pregar, ele declarou com João, "se é justo aos olhos de Deus que lhe dê ouvidos a vós do que a Deus, você é o juiz, porque nós não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos" (Atos 4:19-20).

Tal como acontece com Pedro, é somente quando passamos de vergonha e medo de convicção ardente e forte compromisso que nós tornar-se útil no serviço do Senhor.
É possível que Timoteo tinha-se tornado um pouco medroso ou apático em seu ministério. As dificuldades e oposição que ele encontrou em Éfeso, tanto de dentro e fora da igreja ali, pode ter tomado um pedágio em sua coragem. Seu fogo espiritual pode ter arrefecido. Nesta segunda carta a Timóteo, Paulo dá apenas um elogio, dizendo: "Estou consciente da fé sincera dentro de vós" (1: 5). O restante da carta é dedicada à exortação. Embora ele não acusa Timoteo do pecado, ele dá muitas admoestações (ver 1: 8; 1:13 2:1-15, 22; 4: 1-2, 4: 5).

Durante Seu ministério terreno, Jesus deixou claro o custo do discipulado para aqueles que são fiéis e sem vergonha. "Todo aquele, pois, que me confessar diante dos homens," Ele disse: "Eu também o confessarei diante de meu Pai que está nos céus" (Mt 10:32). Ele, então, dá o inverso preocupante dessa promessa: "Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus" (v 33).. No relato de Marcos, Jesus falou a mesma verdade ainda mais pungente: "Porque, quem se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos "(Mc 8:38).

Uma pessoa que se recusa a proclamar abertamente Jesus Cristo como Senhor e Salvador dá provas de que ele não pertence a Cristo, não importa o pedido for feito por ser cristão. O verdadeiro discipulado é caro. Um cristão nominal que não vai mesmo "confessar [Jesus] diante dos homens" certamente não vai pagar o preço que fiel, discipulado contínuo pode incorrer. "Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim não é digno de mim", disse Jesus, "e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e siga-Me depois é não é digno de mim Quem acha a sua vida, perdê-la, e quem perder a sua vida por minha causa achá-la "(Mat. 10: 37-39).. A marca de um verdadeiro seguidor de Cristo é vontade de colocar sua própria vida em risco. A partir da perspectiva da eternidade, no entanto, que é um pequeno preço. "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" Jesus perguntou retoricamente: "Porque o que dará o homem em troca da sua alma?" (Marcos 8:36-37).

A palavra Inglês mártir traduz o grego Martur , que significa simplesmente testemunha. Mas porque tantos cristãos primitivos pagos pelo seu testemunho com a própria vida, mártir eventualmente adquirida que significado especial.

O custo do discipulado não começou com os santos do Novo Testamento. Inúmeros santos sob a Antiga Aliança, e mesmo antes da Antiga Aliança, de boa vontade e de bom grado sofreu por causa de sua fé inabalável no Senhor. Consequentemente, "Deus não se envergonha de ser chamado o seu Deus" (He 11:16). Alguns "foram torturados, não aceitando o seu lançamento, a fim de que eles possam obter uma melhor ressurreição;. E outros experimentaram escárnios e açoites, sim, também cadeias e prisões Eles foram apedrejados, serrados ao meio, eles foram tentados, eles foram condenado à morte com a espada; andaram de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montanhas e cavernas e buracos no chão "(11 : 35-38).

Como os santos, o grande reformador João Hus não tinha vergonha do seu Senhor e por isso pagou o preço físico final. Em 1415, quando ele era um pastor, em Praga, esta "estrela da manhã da Reforma", como ele é muitas vezes chamado, foi preso, condenado e sentenciado a queimar na fogueira por pregar o verdadeiro evangelho. Quando as chamas tragado seu corpo, ele citou o Sl 25:2.). Para aqueles que tiveram a bênção imensurável de ouvir o caminho da salvação, de ter "conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo", ainda se recusam a confiar nele ", o último estado tornou-se pior para eles do que o primeiro. Para isso seria melhor para eles não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, a afastar-se do santo mandamento que lhes "(2Pe 2:21).

É característica da pessoa não salva de que se envergonhar de Cristo ", porque a mente posta na carne é inimizade contra Deus, pois não sujeitar-se à lei de Deus, pois não é mesmo capaz de fazê-lo" (Rm . 8: 7; conforme 5:10; Cl 2:21). Portanto, quando um crente se envergonhar de Cristo, ele está agindo como um incrédulo. A vergonha que marca a alma descrente nunca devem marcar um cristão, mas tragicamente às vezes acontece. A vergonha pode ser óbvia e pública ou pode ser sutil e privado, mas o Senhor sempre sabe disso e se entristece.

O escritor de Hebreus nos lembra que "convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem são todas as coisas, em trazendo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse o autor da salvação deles por meio de sofrimentos. Pois tanto o que santifica como aqueles que são santificados, vêm todos de um só, razão pela qual ele não se envergonha de lhes chamar irmãos "(Hb 2:10-11.). Citando o magnífico salmo messiânico 22, ele reforça que a verdade, dizendo: "Eu vou proclamar o teu nome a meus irmãos" (v. 12). O Senhor nos redimiu através do Seu sofrimento, através do qual Ele se tornou "pecado por nós, para que nos tornássemos justiça de Deus em Cristo" (2Co 5:21). Ele "entregou a si mesmo por nossos pecados, para que Ele possa nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de nosso Deus e Pai" (Gl 1:4) chamar, mesmo quando estamos com vergonha de chamá-lo Senhor.

Falando diretamente a Timóteo, e, indiretamente, a todos os crentes, Paulo apresenta oito meio pelo qual um cristão pode proteger contra ter vergonha de Cristo. São eles: renovar o seu dom (1: 6); considerar a sua recursos (v. 7); aceitar o seu sofrimento (v 8a.); lembre-se o seu chamado (vv 8b-10.); realizar o seu dever (vv 11-12a.); confiar em sua segurança (v 12b.); afirmar a sua doutrina (vv 13-14.); e escolher seus associados (vv. 15-18).

Renove o seu Presente

E por esta razão que eu lembrá-lo para acender de novo o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos. (1: 6)

Como já mencionado, parece provável que fervor e devoção de Timoteo tinha arrefecido em algum grau. Primeira admoestação de Paulo, portanto, era para este jovem pastor de renovar seu compromisso divinamente inspirada de proclamar e defender o evangelho e para pastorear fielmente os crentes Deus confiado aos seus cuidados.

Por esta razão, refere-se à "fé sincera dentro" Timoteo elogiado no verso anterior. O produto da fé sincera é fiel serviço, eo coração de serviço fiel está ministrando o nosso presente, sem reservas, pois o Senhor, o dom que Ele distribui "para cada um individualmente como quer" (1Co 12:11). Além de ministrar o nosso presente no serviço do Senhor, nossa vida na terra é inútil. O nosso único objectivo, como cristãos, é obedecer e servir ao Senhor pelo dom com o qual Ele nos abençoou com exclusividade cada um de nós, para que o corpo seja edificado para ser eficaz na evangelização.

Paulo queria lembrar Timoteo de algo que ele já sabia. Anazpureō ( para kindle de novo ) significa literalmente "para manter o fogo vivo", para atiçar as brasas em chamas e não deixá-los morrer. Ele carrega a mesma idéia de constância como faz a declaração do apóstolo: "Eu morro todos os dias" (1Co 15:31). Precisamos continuamente enterrar vontade própria, a fim de permitir que continuamente o Espírito Santo de Cristo para trabalhar a Sua vontade através de nós. Assim como cada crente, como Paulo, precisa acordar todos os dias e enterrar auto, cada crente também precisa de cada dia para continuamente kindle de novo o dom de Deus que recebeu. A expressão negativa do comando é "Não extingais o Espírito" (1Ts 5:19). Sob a orientação do Espírito, e em Seu poder, temos de exercer regularmente o dom que recebemos de Deus, para que não se atrofia por falta de cuidados e desuso.

Presente traduz o carisma , o que denota uma expressão específica do Charis ("graça") e, portanto, carrega a idéia de um dom da graça. Refere-se às categorias gerais de dons espirituais que Paulo explica em Romanos 12 e I Coríntios 12. Deus soberanamente concede essas capacitações sobre os crentes de acordo com sua própria vontade divina, totalmente à parte de qualquer mérito pessoal, qualificação, ou buscando. Por isso, "uma vez que temos dons [ charismata , plural de carisma ] que diferem de acordo com a graça [ charis ] que nos foi dado ", Paulo admoestou os crentes em Roma," deixar que cada exercê-los em conformidade "(Rm 12:6).. Em ambos os casos, os apóstolos estão falando da única dons espirituais de cada crente, o que pode abranger vários dons específicos.

Superdotação divina do crente é inseparável de sua vocação divina. Na salvação, presentes de carência de cada cristão é concedida a ele exclusivamente para equipá-lo para servir a Deus na área ou áreas de ministério específico para o qual ele foi chamado. Os presentes graça são capacitações divinas para o serviço eficaz do Senhor. Superdotação de Timóteo preparou-o não só para pregar e ensinar, mas também para "fazer o trabalho de um evangelista, [de modo a] cumprir o seu ministério" (2Tm 4:5), e "de acordo com as profecias feitas anteriormente acerca de vós" (1Tm 1:18).

Mas admoestação básica de Paulo a Timóteo, e para cada crente, permanece inalterada. Superdotação Divino deve ser continuamente reacendeu, ventilou-se em chamas, a fim de que Cristo possa funcionar plenamente a Sua vontade para nós e através de nós. O próprio fato de que nós temos dons de Deus exige a sua utilização plena e constante. E o fato de que cada crente tem um dom concedido por Deus significa que cada crente tem um ministério divinamente equipada.

Quaisquer que sejam os dons específicos nosso superdotação pode abraçar, eles estão continuamente a ser exercido no poder de Deus para a extensão do seu reino, para a construção de sua igreja, e para a glória do Seu nome. Se um crente tem o dom de profecia, deve ser exercida "de acordo com a medida da fé; se o serviço, seja em ministrar; se é ensinar, em seu ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte , com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria "(Rm 12:6-8.). E em todos os casos, ele não deve ser "ficando para trás em diligência, [mas ser] fervorosos no espírito, servindo ao Senhor" (v. 11).

Embora o presente de Timoteo foi dada a ele por Deus através do Espírito Santo e colocado dentro dele, não poderia tornar-se evidente ou começar a funcionar até que ele foi contratado para ministrar. Em um semelhante, embora não como uma maneira única, cada crente deve genuinamente e sem reservas a dedicar-se ao serviço do Senhor na energia do Espírito antes de sua superdotação pode se tornar verdadeiramente evidente ou eficaz. Quando o desejo do nosso coração é agradar ao Senhor, o Senhor nos guiará por esse desejo em áreas específicas do serviço para o qual Ele nos presenteou. O Senhor não zombar de Seus filhos. Ele amorosamente concede desejos que correspondem aos Seus dons.
Quando começamos a funcionar na área em que Deus nos presenteou, nossa ousadia em seu serviço vai crescer, porque sabemos que estamos a fazer o que Ele nos designou, e equipado para fazer. Nada dá um crente mais coragem e mais proteção de se envergonharem de Cristo do que saber que ele está na vontade do Senhor e está operando seu dom no poder do Espírito Santo.

Considere seus recursos

Porque Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, amor e disciplina. (1: 7)

Um segundo meios para se proteger contra ter vergonha de Cristo é a de considerar os nossos recursos divinos. O verbo grego ( didomi ) atrás não tenha dado está no aoristo indicativo tensa, mostrando passado ativa concluída ação. Deus já nos providenciou os recursos.

O Senhor pode recusar ajuda especial até que tenhamos necessidade especial. Jesus disse aos Doze: "Quando vos entregarem, não ficar ansioso sobre como ou o que você vai falar;. Para ele será dado naquela hora o que haveis de falar Porque não sois vós que falais, mas é o Espírito de vosso Pai é que fala em vós "(Mt 10:19-20.). Mas Deus providenciou tudo o que precisamos para todos os dias de vida e serviço fiel quando no princípio cremos.

A partir de uma perspectiva negativa, podemos ter certeza de que qualquer espírito de timidez que possamos ter não é de Deus. Ambos os testamentos falar de um medo adequado e apropriado de Deus, no sentido de admiração e reverência. Mas deilia é um tímido, covarde, medo vergonhoso que é gerada pelo caráter fraco, egoísta. O Senhor nunca é responsável pela nossa covardia, a nossa falta de confiança, ou nosso ser vergonhoso Dele. O substantivo deilia ( timidez ) é usado somente aqui no Novo Testamento e, ao contrário, o termo mais comum, por medo ( Phobos ), carrega um significado geralmente negativo.

Os recursos que temos do nosso Pai celestial são poder, amor e disciplina. Quando estamos vacilando e apreensivo, podemos ter certeza de que é porque nosso foco é em nós mesmos e nossos próprios recursos humanos, em vez de o Senhor e Seus recursos divinos disponíveis.

Dunamis ( poder ) denota grande força ou energia, e é o termo de que cheguemos a dinâmica e dinamite. Ele também traz a conotação de energia eficaz, produtivo, e não no que é cru e desenfreado. Deus nos dá o Seu poder para que nós para ser eficaz em seu serviço. Paulo não orou para que os crentes em Éfeso pode ser dado poder divino, mas que eles possam estar cientes do poder divino que já possuía. "Rezo para que os olhos do vosso coração seja iluminado", escreveu ele, "para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos, e qual é a superação grandeza do seu poder para nós que cremos. Estes são, de acordo com a operação da força do seu poder, que Ele trouxe em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais "( Ef. 1: 18-20). Através de Cristo, temos o recurso do próprio sobrenatural de Deus poder, o próprio poder Ele costumava levantar Cristo dentre os mortos.

Embora santos do Antigo Testamento não foram habitados pelo Espírito Santo no mesmo grau de plenitude que os crentes do Novo Testamento são (conforme Jo 14:17), eles não têm o recurso do Espírito de Deus fornecendo ajuda divina como eles viveram e serviram. Eles entenderam, como Zacarias declarou a Zorobabel, que sua força não era por humanos "'pode nem ... poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos" (Zc 4:6). É o "amor sincero dos irmãos" pelo qual "fervorosamente se amam de coração" (1Pe 1:22), o "perfeito amor [que] lança fora o medo" (1Jo 4:18). É o amor que afirma, sem reservas ou hesitação: "Se vivemos, vivemos para o Senhor, ou se morremos, morremos para o Senhor, por isso, se vivemos ou morramos, somos do Senhor" (Rm 14:8).

Nossas vidas espirituais são medidos com precisão por nosso amor. Se o nosso primeiro amor é para si mesmo, a nossa vida vai centrar-se na busca de nosso próprio bem-estar, os nossos próprios objetivos, o nosso próprio conforto e sucesso. Não vamos nos sacrificar para os outros ou até mesmo para o Senhor. Mas se ama com o amor que Deus oferece, a nossa vida vai centrar-se em agradá-Lo e em buscar o bem-estar dos outros, especialmente outros cristãos. O amor divino é o primeiro fruto do Espírito, e manifesta-se quando nós "vivemos pelo Espírito [e] ... andar pelo Espírito" (Gl 5:22., Gl 5:25).

Sōphronismos ( disciplina ) tem o significado literal de uma mente seguro e som, mas também carrega a idéia de um adicional, disciplinada e mente devidamente priorizadas auto-controlado. Deus-dada disciplina permite que os crentes a controlar todos os elementos de suas vidas, seja ela positiva ou negativa. Permite-lhes a experiência de sucesso sem se tornar orgulhoso e sofrer falha, sem se tornar amargo e sem esperança. A vida disciplinada é a vida divinamente ordenada, em que a sabedoria divina é aplicada a todas as situações.

Em sua carta à igreja de Roma, Paulo usa a forma verbal do termo, advertindo: "Eu digo a cada um dentre vós que não pense mais alto de si mesmo além do que convém pensar, mas pensar de modo a ter bom senso [ sōphrone ], como Deus repartiu a cada um uma medida de fé "(Rm 12:3).

A grande triunvirato de poder espiritual, amor e disciplina pertencem a cada crente. Estes não são dons naturais. Nós não nascemos com eles, e eles não podem ser aprendidas em sala de aula ou desenvolvido a partir da experiência. Eles não são o resultado de herança ou ambiente ou instrução. Mas todos os crentes possuem essas maravilhosas, dadas por Deus dotes: poder, para ser eficaz em seu serviço; amor, para ter a atitude correta para com Ele e outros; e disciplina, para se concentrar e aplicar cada parte de nossas vidas de acordo com a Sua vontade.

Quando esses dons estão todos presentes, resultados maravilhosos ocorrer. Nenhuma afirmação melhor afirmar essa realidade pode ser encontrada do que na carta de Paulo à igreja de Éfeso, a quem ele disse:
Por esta razão, me ponho de joelhos diante do Pai, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome, para que Ele vos conceda, de acordo com as riquezas da sua glória, para ser fortalecidos com poder pelo seu Espírito no interior homem; para que Cristo habite em seu coração por meio da fé; e que você, estando arraigados e alicerçados em amor, pode ser capaz de compreender, com todos os santos, qual seja a largura, comprimento e altura e profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus por todas as gerações para todo o sempre. Amém. (Ef. 3: 14-21; grifo do autor)

Aceite seu sofrimento

Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro; mas comigo os meus sofrimentos pelo evangelho (1: 8-A)

Um terceiro meio para se proteger contra ter vergonha de Cristo está aceitando as consequências de ser fiel. Consequentemente, Paulo aconselhou Timóteo a preparar-se para o engano, a animosidade e rejeição.

Por isso se refere ao dom divino concedido e recursos Paulo acabou mencionado nos dois versículos anteriores. "À luz dessas bênçãos imensuráveis", o apóstolo estava dizendo: "você não tem motivos para se envergonhar do testemunho de nosso Senhor, ou de [Paulo] Seu prisioneiro. Não tenha medo de citar o nome de Cristo ou a ser conhecido como meu amigo e companheiro de ministro ".

No momento esta carta foi escrita, provavelmente em UM . D . 66, ser cristão não só trouxe a crítica quase universal, mas frequentemente a perseguição, a prisão (como Paulo foi, então, experimentar), e até mesmo a morte. Para ser associado com o Senhor, ou com Paulo, seu encarcerado, pode ser caro ao extremo. É interessante e significativo que o apóstolo não se considerava principalmente para ser um prisioneiro de Roma, mas em vez dele, ou seja, do Senhor Jesus Cristo, que tinha o controle soberano de sua vida. Ele poderia dizer: "Eu carrego no meu corpo as marcas-marcas de Jesus" (Gl 6:17).

Mas sendo um prisioneiro não resultou apenas da sua fidelidade a Cristo, mas também resultou na promoção da causa de Cristo. Ele disse à igreja em Éfeso, "Eu, Paulo, [sou] o prisioneiro de Cristo Jesus por amor de vós, os gentios" (Ef 3:1.).

Paulo não iria pedir a Timóteo para fazer o que ele não faria isso. Junte-se a mim, disse ele, em sofrimento para o evangelho (conforme 2: 3). Junte-se a ... no sofrimento traduz o, composto única palavra grega sunkakopatheō , que aqui é um imperativo ativo. Paulo exortou Timóteo a partilhar o seu próprio maior desejo, o seu propósito supremo na vida: "sei [Cristo], e do poder da sua ressurreição, ea comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com sua morte" (Fp 3:10). .

É importante notar que Paulo está falando sobre o sofrimento por causa do evangelho, não sobre o sofrimento punição por nossos pecados. Devemos dar "nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja desacreditado" (2Co 6:3).Em vez disso, "Que aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus", Pedro passou a dizer, "confiar as suas almas ao fiel Criador, fazendo o que é certo" (v. 19).

Mas quando vivemos uma vida moral divina antes de nossa família, os nossos colegas, nossos colegas de trabalho, ou nossos vizinhos, podemos esperar que a hostilidade de uma forma ou de outra, porque a sua imoralidade e impiedade será mais evidente, por contraste. Quando nos confrontamos com seu pecado e testemunhar a sua necessidade de arrependimento e salvação, vamos ser ressentido.

Mais tarde nesta carta, Paulo ecoa promessa de Jesus de que "no mundo tereis aflições" (Jo 16:33), garantindo a Timóteo que, "de fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2Tm 3:12). O sofrimento é o custo inevitável de uma vida piedosa.

Mas o sofrimento de Cristo é mais um privilégio do que um sacrifício, mais uma bênção do que um calvário. "Mesmo se eu estou sendo derramado como libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé", ele disse aos crentes de Filipos: "Alegro-me e compartilhar minha alegria com todos vós" (Fp 2:17). Ele podia dizer com honestidade humilde ", em tudo [estamos], nós nos recomendamos como servos de Deus, em grande resistência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas insônia, em fome, na pureza, na ciência, na paciência, na bondade, no Espírito Santo, no amor verdadeiro, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça para a mão direita e à esquerda "(2 Cor. 6: 4-7).

Devemos compartilhar essa atitude altruísta com Paulo e com os apóstolos em Jerusalém, que "seguiram o seu caminho a partir da presença do [judaica] Conselho, regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome" (At 5:41 ).

Lembre-se de sua chamada

de acordo com o poder de Deus, que nos salvou, e chamou com uma santa vocação, não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus desde toda a eternidade, mas agora foi revelado pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe vida e imortalidade à luz através do evangelho, (1: 8b-10)

Um quarto meios para se proteger contra ter vergonha de Cristo é simplesmente para lembrar a nossa santa vocação de nosso Pai Celestial, que, como Paulo acaba de declarar, compartilha Seu poder divino com os Seus filhos.
Estes poucos versos são de um estudo da soteriologia, a doutrina da salvação, em miniatura. O apóstolo não era, é claro, ensinando Timoteo novas verdades, mas simplesmente lembrando-o do cardeal, verdades conhecidas do evangelho, verdades que devem motivar cada crente a fidelidade, para testemunho corajoso e viver para Jesus Cristo.

Lembrando estas verdades e colocando a nossa confiança em Deus, que lhes deu-nos a "andar de modo digno do Senhor, para agradá-Lo em todos os aspectos, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus; reforçada com todo o poder, de acordo com seu poder glorioso, para a consecução de toda firmeza e paciência "(Col. 1: 10-11).

Por causa do poder de Deus, podemos dizer com Paulo: "Posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Fp 4:13). Podemos testemunhar com Pedro que "são protegidos pelo poder de Deus mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo" (1Pe 1:5).

De Deus o poder nem sempre se manifesta em nossas vidas de maneiras óbvias. Quando Paulo havia orado três vezes que Deus iria remover uma certa aflição, "um espinho na carne, um mensageiro de Satanás para buffet" dele, Deus respondeu: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 Cor. 12: 7-8). Sem hesitação ou decepção, Paulo respondeu: "De boa vontade, pois, eu gloriarei nas minhas fraquezas, para que o poder de Cristo habite em mim. Por isso, estou bem contente com fraquezas, nas injúrias, nas angústias, nas perseguições, nas dificuldades, pelo amor de Cristo, pois, quando sou fraco, então é que sou forte "(vv 9-10.).

Nosso amoroso Pai celestial é disposto e "capaz de manter [us] de tropeçar, e para fazer [us] ficar na presença de Sua glória irrepreensível com grande alegria" (Jd 1:24).

Deus soberanamente projetado salvação, e Ele soberanamente inicia, sustenta e completa a salvação. Ele nos perdoou, justificou-nos, e nos libertou do pecado e de Satanás, da morte e do inferno. Em todos os sentidos e em todos os tensa-passado, presente e futuro a Deus é o nosso Salvador.

Esse é um tema importante nas cartas pastorais. O Todo-Poderoso é freqüentemente chamado Salvador (1Tm 1:1; 1Tm 4:10; Tt 1:3; Tt 3:4; Tt 1:4; Tt 3:6; 1Tm 4:10; 2 Tm 2:.. 8-10; Tito 2:11-14; 3: 4-7 ).

O Deus que nos salvou também nos chamou com, ou para, uma santa vocação. Paulo não está falando de incrédulos chamado de Deus ao arrependimento e à salvação, mas de Sua eficaz, economizando chamada de crentes, aqueles que foram salvos, para uma vida santa e, finalmente, para a santidade eterna e perfeita (conforme 1Jo 3:2, Jo 6:44; conforme Fm 1:6.)

Deus "nos escolheu nele [Cristo] antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele" (Ef 1:4). Ele nos escolheu e nos amou ", de acordo com o eterno propósito que Ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Ef 3:11).

Mas este plano divino de toda a eternidade só agora foi revelado pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual destruiu a morte, e trouxe vida e imortalidade à luz através do evangelho. maioria das vezes no Novo Testamento (ver, por exemplo, 1Tm 6:14; 2Tm 4:12Tm 4:1; Tt 2:13), epiphaneia ( aparecer ) refere-se a segunda vinda de Cristo. Mas aqui, obviamente, refere-se a sua primeira vinda, quando Ele destruiu a morte.

Katargeō ( abolir ) significa literalmente tornar inoperante. Não é que a morte não existe mais ou que os crentes são prometeu fuga dele, a menos que sejam arrebatados. Mas, para os crentes, a morte não é mais uma ameaça, já não um inimigo, não o fim. Citando primeiro de Is 25:8, Paulo exultava: "Quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então virão sobre a palavra que está escrita, 'Morte foi tragada pela morte vitória O, onde está a tua vitória ó morte, onde está o teu aguilhão '"(1 Cor. 15: 54-55).?. "Desde então, os filhos participam da carne e do sangue", o escritor de Hebreus explica: "Ele mesmo [Cristo] do mesmo modo também participou da mesma, que por sua morte, tornar impotente aquele que tinha o poder da morte, isto é, o dMal "(He 2:14).

Mais do que simplesmente abolir a morte, na Sua primeira aparição Cristo trouxe vida e imortalidade à luz através do evangelho. Não foi até o Filho de Deus se encarnou em Jesus Cristo, que Deus escolheu para revelar toda a verdade sobre eterna vida e imortalidade. Trazê-los aos meios de luz tornando-os conhecidos. Essa é a nossa área de especialização. Sabemos que a realidade incomensurável de eterna, a existência imortal. Essa também é a nossa alegria e esperança em Cristo.

Realize Seu Dever

para o qual fui constituído pregador, apóstolo e um professor. Por esta razão sofro também estas coisas, (1: 11-12a)

Para ilustrar os próximos dois meios de se proteger contra ter vergonha de Cristo, Paulo chama de sua própria vida e ministério. O primeiro desses dois meios é perceber o dever de um, sobre o qual Paulo teve o mais forte convicção pessoal. Usando as mesmas palavras (no texto grego) como ele tinha em sua primeira carta (1Tm 2:7). Pelo menos duas vezes, Paulo testemunhou publicamente a esse chamado, em primeiro lugar nos degraus do quartel do exército romano diante de uma grande multidão em Jerusalém (Atos 22:3-21) e, alguns anos depois, diante do governador romano Festus, o rei Agripa e sua esposa Berenice em Cesaréia (Atos 26:2-23).

Saul, como Paulo era conhecido antes de sua conversão, não tinha planos de se tornar um cristão. Quando ele encontrou pela primeira vez Cristo, ele foi o principal perseguidor da Igreja infantil (ver Atos 8:1-9: 2). Nem, após sua conversão, foi seu próprio plano, ou qualquer outro plano humano, para que ele seja um embaixador especial para Jesus Cristo. Na praia perto Mileto, ele lembrou aos anciãos de Éfeso que recebeu seu ministério exclusivamente "do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus" (At 20:24; conforme Cl 1:25 ). Em sua primeira carta à igreja de Corinto, ele afirmou que a verdade, em termos ainda mais fortes. "Porque, se anuncio o evangelho, não tenho nada a gabar-se de", disse ele; "Porque eu sou sob compulsão, porque ai de mim se eu não anunciar o Evangelho" (1Co 9:16.).

Paulo primeiro menciona sua comissão como um pregador, como um proclamador, ou arauto, que oficialmente e publicamente anuncia uma mensagem em nome de um caso governante-in de Paulo, o Senhor Jesus Cristo. Ele também foi contratado como um apóstolo "de Cristo Jesus por vontade de Deus" (2Tm 1:11Tm 1:1). Falando com sarcasmo sobre certos "falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo, [que] se disfarçam como servos da justiça" (vv. 14-15), ele perguntou retoricamente,

Eles são servos de Cristo? (Falo como se insano) eu ainda mais; em muito mais trabalho, muito mais em prisões; em açoites, sem número, muitas vezes em perigo de morte. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo. Eu estive em deslocações frequentes, em perigos de rios, perigos de salteadores, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos; Estive em trabalho de parto e fadigas, muitas noites sem dormir, em fome e sede, muitas vezes sem comida, frio e nudez. (Vv 23-27; cf.. 6: 4-10)

Ministério fiel no serviço do Senhor é sempre agridoce. Ele traz sofrimento e alegria, decepção e gratidão. É como o pequeno livro que representa julgamento que levou João "fora de mão do anjo, e comi-o, e era na minha boca doce como o mel, e quando eu tinha comido, o meu ventre ficou amargo" (Ap 10:10 ).

Mas, para Paulo, como deveria ser para cada crente, o sofrimento era um pequeno preço a pagar, porque a sua alegria sempre superado seu sofrimento, e sua satisfação sempre superaram as suas decepções. "Para mim, o viver é Cristo", alegrou-se ", e morrer é lucro" (Fm 1:21)."Mesmo se eu estou sendo derramado como libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé", ele testemunhou mais tarde, nessa carta, "Alegro-me e compartilhar minha alegria com todos vós" (2:17). Ele deu testemunho semelhante aos crentes de Colossos, dizendo: "Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e na minha carne, que eu faço a minha parte em nome do seu corpo (que é a igreja) em encher o que está faltando na de Cristo aflições "(Cl 1:24). O pior sofrimento que aguentar não é comparável à nossa futura glória (Rm 8:18).

Charles Spurgeon deu uma ilustração vívida da satisfação primordial que vem de altruísta, o serviço dos deuses.
Um homem deve levar um balde de água na cabeça e ser muito cansado com o peso; mas esse mesmo homem quando ele mergulha no mar devem ter mil baldes na cabeça sem perceber o seu peso, porque ele está no elemento e inteiramente o rodeia. Os deveres de santidade são muito cansativo para homens que não estão no elemento de santidade; mas quando uma vez que esses homens são lançados no elemento de graça, então eles suportar dez vezes mais, e não sentem o peso, mas são atualizados, assim, com alegria indizível.

Dever pode trazer a dor mais profunda ou a maior alegria. Dever espiritual insatisfeito traz insatisfação incalculável, pesar e angústia, não importa o quão fácil pode ser infidelidade. Por outro lado, o dever cumprido espiritual traz satisfação e felicidade indizível, qualquer que seja o custo de fidelidade. O cristão que é obediente ao seu dever sob o Senhor pode dizer com Pedro: "Se alguém sofre como cristão, que ele não sentir vergonha, mas em que o nome glorifique a Deus" (1Pe 4:16).

Confie a sua segurança

mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido e estou convencido de que Ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia. (1: 12b)

Resumindo seu depoimento anterior, e novamente usando sua própria experiência, Paulo dá um sexto meios para se proteger contra ter vergonha de Cristo: confiando na segurança espiritual.
Paulo era não se envergonha de seu Senhor, pois, diz ele, eu sei em quem tenho crido. Oida (saber) carrega a idéia de saber com certeza. Ele é usado com freqüência no Novo Testamento de Deus do próprio conhecimento e do homem de conhecer por revelação direta de Deus ou por uma experiência pessoal. No Sermão da Montanha, Jesus usou esse verbo em assegurar seus ouvintes: "Seu Pai sabe do que você precisa, antes de vós lho pedirdes" (Mt 6:8).

Estou convencido, ele testemunha, que Ele [Deus] é capaz [ dunatos , lit., é poderoso o suficiente] para guardar o que lhe foi confiada. Phulassō (para se proteger) foi um termo militar usado de um soldado de guarda, que era responsável com a própria vida para proteger o que foi confiado aos seus cuidados. Ele estava convencido não só por promessas divinas, mas também pela fidelidade constante de Deus, já exibiu a ele em tal medida que ele pudesse testemunhar a partir de encontros pessoais e experiência. Ele perguntou retoricamente,

Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Assim como está escrito: "Por amor de ti somos ser condenado à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro." Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Rom. 8: 35-39)

Paulo confiou sua segurança absoluta em Deus. Ele tinha sido através de anos de incansáveis ​​tentações, provas e testes, oportunidades e dificuldades. Ele tinha visto o poder de Deus no trabalho novo e de novo, tanto nele e em torno dele. Ele tinha visto o Senhor salvar e curar e proteger e orientar e incentivar (conforme 2 Tim. 4: 14-18). Ele havia encontrado pessoalmente Cristo na estrada de Damasco e foi "arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras inefáveis, que o homem não é permitido falar .... E por causa da suprema grandeza das revelações, por esta razão, a manter-me de exaltar a mim mesmo, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás para me esbofetear-to me impedir de exaltar a mim mesmo! " (2Co 12:4).

Sua confiança não veio de um credo ou um sistema teológico ou de uma denominação ou uma ordenação. Ele veio apenas a partir de um relacionamento íntimo e ininterrupta com Deus, a quem ele deu a sua vida sem reservas, passando sobre a sua missão divina, sem preocupação com seu próprio bem-estar, a segurança, ou a vida. Sem a menor reserva, todas essas coisas foram confiadas a Ele até aquele dia. Seu único "ambição, seja em casa ou ausente, [era] para ser agradável a Ele" (2Co 5:9.); para o dia vai mostrá-lo, porque é para ser revelado com fogo, e o fogo em si vai testar a qualidade do trabalho de cada homem "(1Co 3:13.), a fim de" que cada um pode ser recompensado por suas obras no corpo, de acordo com o que ele fez, seja bom ou bad "(2Co 5:10).

Como Pedro, Paulo sabia com certeza perfeito que ele foi "protegido pelo poder de Deus através da fé para uma [concluído] salvação preparada para se revelar no último tempo" (1Pe 1:5). Quando a nossa vida pertence a Jesus Cristo, nada neste mundo, nem mesmo todos os demônios do inferno ou o próprio Satanás, pode nos tocar!

Afirme sua Doutrina

Manter o padrão das sãs palavras que você ouviu de mim, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Guarda, por meio do Espírito Santo que habita em nós, o tesouro que foi confiado a você. (1: 13-14)

Um sétimo guarda contra ter vergonha de Cristo está afirmando e sustentando doutrina correta. Embora a nossa confiança final é no próprio Cristo, a Sua verdade também é de grande importância. Ele é, de fato, absolutamente necessário para uma vida fiel, bem como para a segurança da nossa segurança. Se nós pertencemos a Cristo, que será seguro, mas se negligenciarmos a sua verdade, a nossa confiança em que a segurança vai minguar. Muitos cristãos, talvez a maioria, não têm a coragem de suas convicções, simplesmente porque eles não têm convicções claras. Antes de colocar sua vida em risco para o que você acredita, você deve acreditar.

Durante uma entrevista de rádio, alguns anos atrás, eu disse: "O que é particularmente trágico sobre os muitos escândalos que assolam o evAngelicalalismo hoje é o fato de que muitas igrejas, e por isso muitas pessoas que se dizem cristãs, têm pouca preocupação com a verdade bíblica e padrões bíblicos de viver. Em nome do amor, compreensão e paz dentro da Igreja e com a sociedade, quase qualquer teologia é aceita, ou pelo menos não desafiado, não importa o quanto ele pode contradizer a Escritura. "

Grande parte da igreja professa é ateológico, isto é, sem quaisquer convicções teológicas significativas. Como o mundo à sua volta, muitas pessoas que passam pelo nome de Cristo acreditam que para manter e ensinar doutrinas absolutas é ser sem amor, antagônicos, e até mesmo "anticristão". Eles se encaixam descrição de Paulo sobre aqueles nos últimos dias, que "não suportarão a sã doutrina; mas querendo ter comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, e vai voltando às fábulas "(2 Tim. 4: 3-4). Quando você examinar aqueles que hoje ridicularizar doutrina, você descobre que eles são também, como aqueles nos últimos dias que Paulo diz "serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, presunçosos, soberbos, maldizentes, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, irreconciliáveis, caluniadoras, sem auto-controle, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo forma de piedade, embora tenham negado seu poder .... [Eles são] sempre aprendendo e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade "(2 Tim. 3: 2-5, 2Tm 3:7). Sã doutrina leva a uma vida santa, e a ausência dele para estar profano.

Padrão traduz hupotupōsis , que foi usado de esboço de um escritor ou esboço de um artista, que estabeleceu as diretrizes e normas para a obra concluída. O cristão padrão é a Palavra de Deus, que engloba as sãs palavras que você já ouviu falar de mim [Paulo], apóstolo de Jesus Cristo. Nas Escrituras temos própria verdade e padrões de Deus, tudo o que precisamos ou deveria querer ter. É a verdade só divinamente inspirada, divinamente revelado, absoluto, único, perfeito e suficiente. Nele encontra-se todo o necessário para a salvação e para viver a vida salva. Mais tarde nesta carta Paulo recomenda a Timóteo, dizendo: "Desde a infância sabes as sagradas letras, que são capazes de dar-lhe a sabedoria que conduz à salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra "(2 Tm 3: 15-17.).

Coragem no ministério cristão, assim como na vida cristã em geral, não é possível para além de fortes convicções bíblicas. Mas Paulo dá equilíbrio necessário para o seu advogado. Convicções fortes estão a ser realizada e ensinou na fé e no amor que há em Cristo Jesus. Quando defendemos a Palavra de Deus, um espírito sem amor hipócrita, a controvérsia resultante e oposição não são causados ​​inteiramente pela ofensa de a própria verdade, mas também pela maneira ofensiva e não espiritual em que proclamá-la. Estamos a defender a Palavra de Deus na fé,isto é, com a atitude certa de confiança para com Deus; e devemos defendê-la no amor, com a atitude certa de bondade e compaixão para com os incrédulos e para os crentes mal ensinados e imaturos. "Falando a verdade em amor, estamos a crescer em todos os aspectos para ele, que é a cabeça, Cristo" (Ef 4:15). Embora não deve ter uma dúvida ou uma ortodoxia morta, nem deveríamos ter um sem amor, frio e insensível ortodoxia.

O Santo Espírito de habitando em todos os crentes é uma doutrina fundamental do Novo Testamento. Pouco antes de sua crucificação, Jesus prometeu aos discípulos: "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; que é o Espírito da verdade" (João 14:16-17). Imediatamente antes de Sua ascensão Ele prometeu mais uma vez, "Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até à parte mais remota da terra" (At 1:8; conforme 1Co 6:19).

Portanto, assim como Deus tem poder para guardar o que temos confiado a Ele (v. 12), Ele também dá -nos poder para proteger, por meio do Espírito Santo que habita em nós, o tesouro que Ele tem confiado a nós. Teólogos diria que este descreve ambos os lados da nossa segurança, o poder de Deus e manter a perseverança do Espírito energizado dos santos. No final da carta anterior, Paulo deu uma ordem similar: "Ó Timóteo, guarda o que foi confiado a você", especificamente advertindo-o para evitar a "tagarelice mundana e vazia e os argumentos contraditórias do que é falsamente chamado 'conhecimento'" (1Tm 6:20).

O depósito de nossas vidas com Deus é segura. A questão é: quão seguro é o seu depósito de verdade com a gente? Faculdades cristãs, seminários, pastores e outros líderes da igreja que se desviam da Escritura, desertar para "outro evangelho" e "querendo perverter o evangelho de Cristo" (Gal. 1: 6-7), vai enfrentar um terrível dia do ajuste de contas diante de Deus. A responsabilidade mais solene que qualquer crente tem, especialmente aqueles que o Senhor chamou para serem pregadores e professores, é defender e defender a integridade da Sua Palavra.

Escolha seus associados

Você está ciente do fato de que todos os que estão na Ásia se afastou de mim, entre os quais estão Phygelus e Hermógenes. O Senhor conceda misericórdia à casa de Onesíforo porque muitas vezes ele me recreou, e não se envergonhou das minhas cadeias; mas quando estava em Roma, ele procurou ansiosamente para mim, e me encontrou-o Senhor lhe conceda encontrar misericórdia do Senhor naquele dia, e você sabe muito bem o que os serviços que prestou em Éfeso. (1: 15-18)

Um oitavo meios para se proteger contra ter vergonha de Cristo é a de escolher cuidadosamente um de associados, um meio que Paulo aqui implica. Nestes quatro versos ele contrasta colegas de trabalho que estavam me envergonho do evangelho com aqueles que não foram.

"Não se engane", advertiu a igreja de Corinto; "As más companhias corrompem os bons costumes" (1Co 15:33). Se associarmos com os cristãos espiritualmente corajosas, a nossa própria coragem será reforçada. Por outro lado, se associar com aqueles que têm vergonha de Cristo e Seu evangelho, que em breve será manchada por essa vergonha.

O primeiro grupo Paulo menciona incluídos todos os que estão na Ásia [que] se afastou dele. Eles tinham vergonha de Paulo, porque eles eram envergonho do evangelho que ele pregou e defendeu, e eles se tornaram ainda mais envergonhado e com medo quando ele foi preso por causa da fé (conforme v. 8). Timoteo estava ciente de [que] verdade, porque ele tinha sido pastoreando alguns anos em Éfeso, uma cidade na província romana da Ásia. Uma vez que Paulo estava preso, muitos dos homens que estavam com ele, incluindo todos os que [estavam] na Ásia, tinham medo de ser considerado culpado por associação. Porque a sua primeira prioridade era a auto-preservação, eles não tinham mais nada a ver com o apóstolo, que não só havia ministrado com eles, mas para eles.

Para ser rejeitada pelo mundo não é agradável, mas a ser abandonado por colegas de trabalho no serviço de Cristo é particularmente doloroso. Para que aqueles que você gastou sua vida alimentando espiritualmente se afastar de você, e às vezes até mesmo contra você, é de partir o coração ao extremo.

Paulo tinha se dado sem reservas a esses homens da Ásia. Como os crentes gálatas, eles eram filhos espirituais de Paulo, com quem ele estaria em "trabalho até que Cristo [foi] formada em" eles (Gl 4:19). Não era de admirar que ele expressou no início desta segunda epístola seu profundo desejo de ver Timoteo, um dos poucos que não tinham o abandonaram (2Tm 1:4).

O segundo grupo Paulo menciona está em contraste gritante com o grupo da Ásia. Paulo terminou a sua repreensão daqueles homens nomeando nomes, e ele começa estO elogio também nomeando um nome. Ele ora, o Senhor conceda misericórdia para [os da] casa de Onesíforo, que, como Phygelus e Hermógenes, eram conhecidos por Timoteo. Porque Paulo pede a Timóteo para cumprimentá-los (4:19), esta família, obviamente, viveu em ou perto de Éfeso.

Onesíforo tinha amizade com Paulo, enquanto ele estava na prisão. Ele muitas vezes refrigerados Paulo e não tinha medo de suas correntes, isto é, do seu ser um prisioneiro. Ele visitou regularmente o apóstolo envelhecimento e ministrou às suas necessidades, sem medo e sem vergonha. Quando esse amigo veio primeiro a Roma, talvez a negócios, ele ansiosamente procurou Paulo até que ele encontrou ele, sugerindo que a pesquisa envolveu um tempo considerável, esforço e possivelmente perigo.

Em profunda gratidão, Paulo novamente ora para que o Senhor [seria] conceder a ele para encontrar a misericórdia do Senhor naquele dia, no mesmo dia do julgamento dos crentes para as obras que ele mencionou no versículo 12 e refere-se novamente em 4: 8. A devoção de Onesíforo para Paulo tinha começado muitos anos antes. Ele provou sua coragem e fidelidade pelos serviços que prestou em Éfeso, quando o apóstolo ministrou lá.

Como Onesíforo, Martin Luther, o instrumento principal de Deus na Reforma, possuía tal coragem piedosamente em grande abundância. Um biógrafo, Roland Bainton, escreve sobre ele: "Lutero tinha o rosto para ir a Jerusalém e que não seria desviaram Ele entraria Worms embora houvesse tantos demônios como telhas nos telhados .... Ele ignorou todos. considerações humanas e atirou-se totalmente a Deus "( Here I Stand: A Vida da Martin Luther [New York: Abingdon, 1950], 181).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de II Timóteo Capítulo 1 do versículo 1 até o 18

II Timóteo 1

A glória e o privilégio de um apóstolo — 2Tm 1:1-7).

Nunca saberemos o que aconteceu exatamente; mas na hora de necessidade de Israel se manifestou esta tremenda epifaneia de Deus.

Quando Judas Macabeu e seu pequeno exército se viram confrontados com o poder de Nicanor, oraram: "Tu, Soberano, enviaste o teu anjo a Ezequias, rei do Judá, que deu morte a uns cento e oitenta e cinco mil

homens do exército de Senaqueribe (ver II Reis 19:35-36); agora também Senhor dos céus, envia um anjo bom diante de nós para infundir o temor e o espanto. Que o poder de teu braço fira os que vieram blasfemando

para atacar o teu povo santo!"

E logo a história prossegue: "Enquanto o povo de Nicanor avançava aos som de trombetas e cantos de guerra, os homens de Judas deram combate ao inimigo entre invocações e preces. Lutando com as mãos, mas orando a Deus em seu coração, abateram não menos de trinta e cinco mil homens, alegrando-se muito pela epifaneia de Deus" (2 Macabeus 15:22-27). Mais uma vez não sabemos o que aconteceu, mas mais uma vez Deus fez uma aparição grande e salvadora para seu povo. De modo que para o judeu a palavra epifaneia denotava a intervenção de Deus para resgatar e salvar.

Para os gregos esta era uma palavra igualmente grandiosa. chamava-se epifaneia à ascensão do imperador a seu trono. Era sua

manifestação. Todo imperador chegava ao trono com grandes esperança; sua chegada era saudada como o amanhecer de um novo e precioso dia, de grandes bênçãos por vir.

O evangelho foi plenamente manifestado com a epifaneia de Jesus; e a mesma palavra mostra que Jesus era a grande intervenção e manifestação salvadora de Deus no mundo; e que a vinda de Jesus foi o

começo de sua ascensão ao trono que finalmente seria o trono do Reino de Deus.

A CONFIANÇA HUMANA E DIVINA

2 Timóteo 1:12-14

Esta passagem utiliza uma palavra grega muito vívida num muito

sugestivo duplo sentido. Paulo fala daquilo que ele confiou a Deus; e insiste com Timóteo a proteger a confiança que Deus depositou nele. Em ambos os casos a palavra em grego é paratheke. Paratheke significa um depósito entregue sob a confiança de alguém. Uma pessoa podia depositar algo com um amigo em que podia confiar; podia depositar algo para que fosse guardado para seus filhos e seus seres queridos; podia depositar suas riquezas num tempero para protegê-las, porque os templos eram os bancos e caixas de segurança do mundo antigo. Em cada caso

algo confiado e depositado era um paratheke. No mundo antigo não havia dever mais sagrado que o de proteger estes depósitos e devolvê-los quando os requeria.

Há uma famosa história grega que relata quão sagrada era esta confiança (Heródoto 6:89; Juvenal, Sátiras, 13 199:208). Os espartanos

eram famosos por sua honra e honestidade estritas. Certo homem de Mileto foi a um tal Glauco de Esparta. Disse que tinha escutado relatórios tão grandiosos da honestidade dos espartanos que desejava

depositar seu dinheiro em poder de Glauco, até que ele ou seus herdeiros o reclamassem novamente. entregavam-se e recebiam certos símbolos, e tarjas para identificar à verdadeira pessoa que reclamasse no momento

de fazê-lo. Passaram os anos; morreu o homem de Mileto; seus filhos foram a Esparta ver Glauco, mostraram as tarjas que os identificavam, e pediram que lhes devolvessem o dinheiro depositado. Mas Glauco disse

que não lembrava jamais ter recebido esse dinheiro. Os filhos de Mileto foram embora tristes; mas Glauco foi ao famoso oráculo do Delfos para ver o que devia fazer, se devia admitir tê-lo recebido ou se, como a lei

grega lhe permitia fazê-lo, jurar que não sabia nada a respeito dele, porque os gregos aceitavam esse tipo de juramento como certo. O oráculo respondeu:

No presente seria melhor, oh Glauco, fazer o que desejas, Jurar para prevalecer, e aproveitar o dinheiro

Jura então — a morte é o destino até daqueles que nunca juraram falsamente.

Não obstante o deus do Juramento tem um filho que não tem nome nem pés nem mãos;

De força poderosa, chega à vingança e some na destruição a todos os que pertencem à raça ou à casa do homem

que cometeu perjúrio.

Mas os homens que mantêm seus juramentos deixam detrás eles uma florescente descendência"

Glauco compreendeu; o oráculo estava dizendo-lhe que se desejava

um lucro momentâneo, devia pagar o depósito; mas tal negocio

inevitavelmente lhe traria perdição eterna. Glauco rogou ao oráculo que perdoasse sua pergunta; mas a resposta foi que ter tentado ao deus era tão mau como ter cometido o fato. Mandou buscar os homens de Mileto e lhes devolveu o dinheiro.

Então Heródoto continua dizendo: "Glauco neste mundo não tem um único descendente; nem se conhece nenhuma família como dele; sua raiz e seus ramos foram tiradas de Esparta. É bom então quando se realizou uma promessa, nem sequer duvidar em pensamento a respeito de seu cumprimento." Para os gregos, algo confiado, um depósito, um paratheke era algo completamente sagrado.

Paulo diz que tem seu depósito em Deus. Quer dizer que confiou tanto sua tarefa como sua vida a Deus. Pareceria que foi cortado na

metade de sua carreira. Terminar como um criminoso numa cárcere de Roma poderia parecer como se fosse desfeito todo o seu trabalho. Mas

Paulo tinha semeado sua semente e pregado seu evangelho, e deixava o resultado nas mãos de Deus. Poderia parecer que este era o fim de Paulo; mas ele tinha confiado sua vida a Deus; e estava seguro de que na vida e

na morte estava salvo.

Por que estava tão seguro? Porque sabia em quem tinha crido. Devemos notar e lembrar sempre que Paulo não diz que sabia o que era

o que cria. A segurança de Paulo não provinha do conhecimento intelectual de um credo ou de uma teologia; provinha do conhecimento pessoal de Deus. Conhecia a Deus pessoalmente; conhecia-o intimamente; sabia como era Deus em amor e em poder; e para Paulo era

incrível e inconcebível que Deus falhasse com ele ou o traísse. Se trabalhamos honestamente, se fizemos o melhor que podíamos fazer, não importa quão magros nos pareçam, podemos tomar essa tarefa e esse

esforço e deixar o resultado e o êxito a Deus. Não importa se vivemos ou morremos, podemos confiar nossa vida a Deus. Com Ele a vida está a salvo neste ou em qualquer outro mundo, porque nada pode nos separar

do amor de Deus em Jesus Cristo nosso Senhor.

A CONFIANÇA HUMANA E DIVINA

2 Timóteo 1:12-14 (continuação)

Mas este assunto da confiança tem outra cara. Há outra paratheke. Paulo insiste com Timóteo a proteger e manter incorrupto o depósito que

Deus lhe confiou. Não só pomos nossa confiança em Deus: Deus também confia em nós. Não está longe do pensamento do Novo Testamento a idéia da dependência divina dos homens. Quando Deus

quer que se faça algo, tem que encontrar o homem que o leve a cabo. Se Deus quiser que se ensine a um menino, que se leve uma mensagem, que se pregue um sermão, que encontre um afastado, que se console uma

pessoa decaída, que se cure a um doente, tem que encontrar algum agente e algum instrumento para realizar sua tarefa.

A confiança que Deus tinha depositado particularmente em Timóteo era a de fiscalizar e edificar a Igreja. Se Timóteo verdadeiramente ia

cumprir essa confiança tinha que fazer determinadas coisas.

  1. Tinha que manter a forma das sãs palavras. Isto quer dizer que devia vigiar a manutenção da crença cristã em toda sua pureza, e que as

idéias falsas, equivocadas e errôneas não entrassem nela; que os grandes princípios da fé se mantivessem incorruptos. Isto não quer dizer que na 1greja cristã não deve haver pensamentos novos, idéias,

desenvolvimentos na doutrina e a fé. Significa sim que há certas grandes verdades cristãs que devem preservar-se intactas. E pode ser que a grande verdade cristã que devia permanecer para sempre estivesse

resumida no credo da Igreja primitiva: "Jesus Cristo é o Senhor" (Fp 2:11). Qualquer teologia que busque tirar Jesus do nicho mais alto ou tirar seu lugar único no plano da redenção e da salvação está

necessariamente equivocada. A Igreja cristã não deve estar nunca reafirmando sua fé, mas sim deve reafirmar a fé em Cristo.

  1. Nunca deve fraquejar na . Aqui a palavra fé esconde dois significados em sua entranha.

  1. Dá a idéia de fidelidade e lealdade. O líder cristão deve ser para sempre fiel e leal a Jesus Cristo. Nunca deve envergonhar-se de demonstrar de quem é e a quem serve. Nunca deve temer estar junto a seu Mestre e Salvador que aceitou a Cruz por ele. A fidelidade é a virtude mais antiga e essencial do mundo.
  2. Mas a fé também encerra a idéia de esperança. O cristão nunca deve perder seu esperança em Deus; nunca deve cair num pessimismo cansado e resignado. Nunca deve se desesperar. No coração de um

cristão não deve haver nem falta de esperança, nem pessimismo, nem desespero, nem por si mesmo nem pelo mundo.

  1. Seu amor não deve fraquejar nunca. Amar os homens é vê-los

como Deus os vê. É negar-se a outra coisa que buscar seu mais alto bem— estar. É enfrentar a amargura com o perdão. É enfrentar o ódio com o amor. É enfrentar a indiferença com a paixão chamejante que não pode ser apagada, nem sufocada, nem obscurecida. O amor cristão busca insistentemente amar os homens como Deus os ama, e amar a outros como Deus nos amou primeiro .

OS MUITOS INFIÉIS E O ÚNICO FIEL

2 Timóteo 1:15-18

Esta é uma passagem em que se combinam a dor e a alegria. No final sucedeu com Paulo o mesmo que sucedeu com Jesus, seu Mestre. Seus amigos o traíram e fugiram. No Novo Testamento Ásia não é o

continente da Ásia, mas sim a província romana de Ásia que abrangia a parte oeste da Ásia Menor. Sua capital era a cidade de Éfeso. Quando Paulo caiu prisioneiro seus amigos o abandonaram. O mais provável é

que o tenham deixado por medo. Os romanos nunca teriam procedido contra Paulo, baseando-se numa acusação puramente religiosa; os judeus deveram ter convencido os romanos de que Paulo era um perigoso alvoroçador e perturbador da paz pública. Não havia dúvida de que

finalmente Paulo seria aprisionado com uma acusação política. Era

perigoso ser amigo de um homem semelhante; e na hora de necessidade os amigos de Ásia abandonaram a Paulo porque temiam por sua própria segurança.

Mas apesar de que outros temessem e desertassem, um homem foi fiel até o fim. Seu nome era Onesíforo, nome que significa proveitoso.

Outros podiam envergonhar-se ou temer reconhecer que conheciam Paulo, mas Onesíforo não.

P. N. Harrison escreveu uma descrição vivida da busca de Paulo

realizada pelo Onesíforo em Roma:

"Parece-nos ver em meio de uma multidão movediça, um rosto decidido, e seguir com agudo interesse a esse estranho das longínquas costas do Egeu, enquanto atravessa o labirinto de ruas desconhecidas, chamando muitas portas, seguindo todas as pistas, advertido dos riscos que corre mas sem afastar-se de sua finalidade; até que em alguma escura casa-prisão uma voz conhecida o saúda, e descobre a Paulo encadeado a um soldado romano. Tendo encontrado o caminho, Onesíforo não se contenta realizando uma só visita, mas sim, fazendo honra a seu nome, demonstra ser incansável em seus serviços. Outros fugiram da ameaça e ignomínia dessas cadeias; mas este visitante considera que o privilégio supremo de sua vida é compartilhar com esse criminoso a recriminação da cruz. Chega a conhecer a série de labirintos (das ruas de Roma) como se fossem sua própria Éfeso".

Não há dúvida que, quando Onesíforo buscou Paulo e foi visitá-lo várias vezes, estava expondo sua vida. Era perigoso perguntar onde se podia encontrar a determinado delinqüente, e era ainda mais perigoso continuar visitando-o; mas isso foi o que Onesíforo fez.

Várias vezes a Bíblia nos confronta face a face com uma pergunta que é muito real para cada um de nós. Várias vezes a Bíblia apresenta e

saca um personagem do cenário da história com uma só frase. Hermógenes e Fígelo: não sabemos nada a respeito deles mais além de

seus nomes e o fato de que traíram a Paulo e o abandonaram. Onesíforo: não sabemos nada dele, exceto que em sua lealdade a Paulo arriscou — ou talvez perdeu a vida. Hermógenes e Fígelo passam à história

marcados como desertores; Onesíforo aparece como um amigo que esteve mais próximo que um irmão. Se nós fôssemos descritos numa só sentença, qual seria? Um veredicto de uma sentença sobre nossas vidas seria o veredicto de traidor ou o de discípulo fiel?

Antes de deixarmos esta passagem devemos notar que num aspecto particular é um centro de polêmica. Cada um ao ler esta passagem deve formar sua própria opinião, mas há muitos que consideram que a implicação desta passagem é que Onesíforo morreu. Paulo ora em primeiro lugar pela família de Onesíforo.

Há muitos que asseguram que esta passagem implica muito definidamente que Onesíforo tinha morrido, e que talvez sua fidelidade a

Paulo foi o que lhe custou a vida. Agora, se Onesíforo morreu, esta passagem mostraria a Paulo orando pelos mortos, pois ora para que Onesíforo encontre misericórdia no último e grande dia. As orações

pelos mortos são um problema muito discutido. Não tentamos discutir o assunto aqui, mas podemos assinalar que para os judeus não eram desconhecidas.

Nos dias das guerras dos macabeus houve uma batalha entre as tropas de Judas Macabeu e o exército de Górgias, o governador de Iduméia. Finalizou com uma vitória de Judas Macabeu. Depois da

batalha os judeus estavam juntando os cadáveres dos que tinham caído no campo de luta. Em cada um deles encontraram "objetos consagrados aos ídolos da Yamnia que a Lei proíbe aos judeus". O que se quer dizer é que os soldados judeus que tinham morrido levavam consigo amuletos

pagãos num intento supersticioso de proteger suas vidas. A história continua dizendo que todos os que foram mortos levavam esse amuleto, e assinala que devido a isso tinham sido mortos. Ao ver isto, Judas e toda

seu povo oraram para que o pecado desses homens "ficasse completamente apagado". Judas então arrecadou dinheiro e fez uma oferenda pelos pecados daqueles que tinham caído porque criam que, ao

haver ressurreição, não era supérfluo "rogar pelos mortos". De modo que a história termina dizendo de Judas Macabeu: "Por isso mandou fazer este sacrifício expiatório em favor dos mortos para que ficassem libertados do pecado" (2 Macabeus 12:39-45).

É evidente que Paulo tinha sido criado com a crença de que as orações pelos mortos não eram algo odioso, mas sim belo. Este é um

tema pelo qual houve muitas vezes longas e amargas disputas; mas podemos e devemos assinalar isto: se amamos a uma pessoa com todo nosso coração, e se a lembrança dessa pessoa não está nunca ausente de nossas mentes e lembrança, então, sem nos importar o que diga o

intelecto de um teólogo, o instinto de nossos corações é lembrar a tal pessoa em nossas orações, já seja que estejam neste mundo ou no outro.


Dicionário

Avo

substantivo masculino Palavra, que, junta aos números cardinais, de dez para cima, indica as partes em que se divide um todo.
Insignificância, bagatela.
Moéda, em Macau e Timor.
(Cast. avo).
[Dicionário Candido de Figueiredo, 1913].

substantivo masculino Palavra, que, junta aos números cardinais, de dez para cima, indica as partes em que se divide um todo.
Insignificância, bagatela.
Moéda, em Macau e Timor.
(Cast. avo).
[Dicionário Candido de Figueiredo, 1913].

substantivo masculino Palavra, que, junta aos números cardinais, de dez para cima, indica as partes em que se divide um todo.
Insignificância, bagatela.
Moéda, em Macau e Timor.
(Cast. avo).
[Dicionário Candido de Figueiredo, 1913].

Estou

estou | interj.
1ª pess. sing. pres. ind. de estar

es·tou
(forma do verbo estar)
interjeição

[Portugal] Expressão usada para atender o telefone ou iniciar uma chamada telefónica. = ALÔ, ESTÁ


es·tar -
(latim sto, stare, estar de pé, estar imóvel, ficar firme)
verbo copulativo

1. Achar-se em certas condições ou em determinado estado (ex.: a caixa está danificada; ele está uma pessoa diferente; estou sem paciência; está claro que há divergências entre nós).

2. Experimentar determinado sentimento (ex.: estou contente). = SENTIR-SE

3. Ter atingido um certo grau ou qualidade (ex.: a execução está perfeita; isto está uma porcaria).

4. Achar-se em certa colocação, posição ou postura, sujeita a alteração ou modificação (ex.: a equipa está em segundo lugar no campeonato; estou sentado porque esta menina cedeu-me o lugar).

5. Ter certo vestuário, ornamento ou acessório (ex.: os convivas estão em traje de gala).

6. Apresentar determinado estado de saúde (ex.: o paciente está pior; estou bem, obrigado; como está o seu marido?).

7. Sair pelo preço de ou ter um valor (ex.: a banana está a 2 euros; a despesa está em 1000 euros). = ATINGIR, CUSTAR, IMPORTAR

verbo transitivo

8. Achar-se, encontrar-se num dado momento ou num determinado espaço (ex.: estamos no início do ano lectivo; estávamos na rua e ouvimos o estrondo; vou estar por casa; estou em reunião).

9. Ter determinada localização (ex.: o Brasil está na América do Sul; o Funchal está a mais de 900 km de Lisboa). = FICAR, LOCALIZAR-SE, SITUAR-SE

10. Ter chegado a ou ter atingido determinada situação ou ocasião (ex.: estamos num ponto de viragem; estou com problemas; o carro está à venda).

11. Ser presente; marcar presença (ex.: não estava ninguém na sala). = COMPARECER

12. Ter uma relação afectiva ou sexual (ex.: estou com um namorado novo).

13. Haver, existir, verificar-se determinado estado (ex.: estão 29 graus à sombra; ainda está chuva?). [Verbo impessoal] = FAZER

14. Partilhar a mesma habitação (ex.: depois da separação dos pais, esteve vários anos com a avó). = COABITAR, MORAR, RESIDIR

15. Ter data marcada (ex.: a consulta está para dia 8).

16. Pertencer a um grupo, a uma corporação ou a uma classe especial (ex.: ele está nos bombeiros voluntários; estamos no partido há muito tempo). = INTEGRAR

17. Seguir uma carreira ou um percurso escolar ou profissional (ex.: ele está na função pública; esteve 30 anos na carreira diplomática; está em medicina).

18. Empregar-se ou ocupar-se durante certo tempo (ex.: estou num curso de especialização; o rapaz está num restaurante da praia).

19. Fazer viagem ou visita a (ex.: estivemos em Londres no mês passado). = VISITAR

20. Conversar com ou fazer companhia a (ex.: está com um cliente; ela esteve com uma amiga com quem não falava há anos).

21. Não desamparar; ficar ao lado ou a favor de (ex.: estou convosco nesta luta; estamos pelos mais fracos). = APOIAR

22. Ter vontade ou disposição (ex.: ele hoje não está para brincadeiras).

23. Ficar, permanecer ou esperar (ex.: eu estou aqui até vocês voltarem).

24. Depender (ex.: a decisão está no supervisor).

25. Ter o seu fundamento ou a sua base em (ex.: as qualidades estão nos gestos, não nas palavras; o problema está em conseguirmos cumprir o prazo). = CONSISTIR, RESIDIR

26. Ser próprio do caráter ou da natureza de (ex.: está nele ajudar as pessoas).

27. Condizer ou combinar bem ou mal, com alguma coisa (ex.: a roupa está-lhe bem; isto está aqui bem). = FICAR

28. [Pouco usado] Usa-se seguido de oração integrante introduzida pela conjunção que, para indicar uma opinião (ex.: estou que isto não é grave). = ACHAR, CRER, ENTENDER, JULGAR, PENSAR

verbo auxiliar

29. Usa-se seguido de gerúndio ou da preposição a e infinitivo, para indicar continuidade da acção (ex.: estavam a descansar; a reunião está decorrendo; não sei o que estarão a pensar; estava espalhando um boato; estariam a enganar alguém).

30. Usa-se seguido da preposição para e infinitivo, para indicar que algo se vai realizar (ex.: não sei o que está para vir; está para acontecer uma surpresa).

31. Usa-se seguido da preposição para e infinitivo, para indicar vontade ou intenção de realizar certo acto dentro de pouco tempo (ex.: ele hoje não está para brincadeiras; estou para ir ver a exposição há 2 meses).

32. Usa-se seguido da preposição por e infinitivo, para indicar que a acção não se realizou ainda (ex.: o trabalho está por fazer).

33. Usa-se seguido de particípio, para formar uma voz passiva cuja acção sofrida é geralmente permanente (ex.: o texto está escrito, agora é só rever; a derrota estava prevista).

nome masculino

34. Modo de ser num determinado momento. = CONDIÇÃO, ESTADO

35. A posição de imobilidade, a postura, a atitude.


está bem
Expressão usada para consentir, anuir, concordar (ex.: está bem, podem sair). = SIM

não estar nem aí
[Informal] Não ligar a ou não se interessar por algo (ex.: ele não está nem aí para os que os outros possam pensar).


Ver também dúvidas linguísticas: tá-se; tou/tô.

Eunice

Nome Grego - Significado: Bela vitoriosa.

A mãe de Timóteo (2 Tm 1.5), uma judia cristã, casada com um grego (At 16:1).

Mãe de Timóteo e filha ou nora de Lóide (2Tm 1:5). Judia, porém seu marido era grego (At 16:1). Sem dúvida, o fato de seu filho não ter sido circuncidado na infância (At 16:3), devia-se à origem do esposo, mas seu nome, que significa “temente a Deus”, provavelmente foi dado pela própria mãe.

É provável que Lóide e Eunice tenham-se convertido durante a primeira visita de Paulo a Listra (At 14:8-20), pois Timóteo aparentemente sabia a respeito da perseguição que o apóstolo sofreu quando esteve lá (2Tm 3:11; At 16:1). Embora saibase pouco sobre Eunice, sua influência sobre Timóteo ao levá-lo a conhecer e amar o Deus das Escrituras era considerável, e ela foi elogiada pelo apóstolo (2Tm 3:14-16). Foi seu conhecimento da Bíblia que o ajudou a entender a salvação por meio da fé em Cristo, e foi sua formação anterior que o preparou tão bem para o ministério de evangelista, para o qual Deus o chamou por intermédio de Paulo.

Essa é uma das maiores recompensas para os pais cristãos: ver um filho crescer no conhecimento e temor do Senhor e começar a servir a Deus por si mesmo. Foi a alegria experimentada por Eunice, que assumira o desafio de ensinar e treinar o filho nas Escrituras, mesmo sem o apoio do marido. Tal fidelidade a Deus e a bênção decorrente disso devem ser um grande encorajamento para muitos homens e mulheres que se encontram numa situação semelhante hoje, ao criar os filhos sozinhos, sem o cônjuge, ou na companhia de alguém que não compartilha do mesmo compromisso com Cristo e a Palavra de Deus. P.D.G.


Eunice [Abençoada com a Vitória] - Mãe de Timóteo (2Tm 1:5).

Da liberdade de consciência decorre o direito de livre exame em matéria de fé. O Espiritismo combate a fé cega, porque ela impõe ao homem que abdique da sua própria razão; considera sem raiz toda fé imposta, donde o inscrever entre suas máximas: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

[...] A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do Infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5, it• 19

[...] confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 3

Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 6

[...] Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 7

Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 11

No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 12

[...] É uma vivência psíquica complexa, oriunda das camadas profundas do inconsciente, geralmente de feição constitucional, inata, por se tratar mais de um traço de temperamento do que do caráter do indivíduo. No dizer de J. J. Benítez, as pessoas que têm fé fazem parte do pelotão de choque, a vanguarda dos movimentos espiritualistas. Nas fases iniciais ela é de um valor inestimável, mas à medida que a personalidade atinge estados mais diferenciados de consciência, pode ser dispensável, pois a pessoa não apenas crê, mas sabe. [...] Do ponto de vista psicológico, a vivência da fé pode ser considerada mista, pois engloba tanto aspectos cognitivos quanto afetivos. Faz parte mais do temperamento do que do caráter do indivíduo. Por isso é impossível de ser transmitida por meios intelectuais, tal como a persuasão raciocinada. Pode ser induzida pela sugestão, apelo emocional ou experiências excepcionais, bem como pela interação com pessoas individuadas.[...]
Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 1

No sentido comum, corresponde à confiança em si mesmo [...]. Dá-se, igualmente, o nome de fé à crença nos dogmas desta ou daquela religião, caso em que recebe adjetivação específica: fé judaica, fé budista, fé católica, etc. [...] Existe, por fim, uma fé pura, não sectária, que se traduz por uma segurança absoluta no Amor, na Justiça e na Misericórdia de Deus.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 11

A futura fé que já emerge dentre as sombras não será, nem católica, nem protestante; será a crença universal das almas, a que reina em todas as sociedades adiantadas do espaço, e mediante a qual cessará o antagonismo que separa a Ciência atual da Religião. Porque, com ela, a Ciência tornar-se-á religiosa e a Religião se há de tornar científica.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 44

A fé é uma necessidade espiritual da qual não pode o espírito humano prescindir. [...] Alimento sutil, a fé é o tesouro de inapreciado valor que caracteriza os homens nobres a serviço da coletividade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

Nesse labor, a fé religiosa exerce sobre ele [o Espírito] uma preponderância que lhe define os rumos existenciais, lâmpada acesa que brilha à frente, apontando os rumos infinitos que lhe cumpre [ao Espírito] percorrer. [...] Respeitável, portanto, toda expressão de fé dignificadora em qualquer campo do comportamento humano. No que tange ao espiritual, o apoio religioso à vida futura, à justiça de Deus, ao amor indiscriminado e atuante, à renovação moral para melhor, é de relevante importância para a felicidade do homem.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 25

O melhor tônico para a alma, nas suas múltiplas e complexas atividades afetivas e mentais, é a fé; não a fé passiva, automática, dogmática, mas a fé ativa, refletida, intelectualizada, radicada no coração, mas florescendo em nossa inteligência, em face de uma consciência esclarecida e independente [...].
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carta a um materialista

Essa luz, de inextinguível fulgor, é a fé, a certeza na imortalidade da alma, e a presunção, ou a certeza dos meios de que a Humanidade tem de que servir-se, para conseguir, na sua situação futura, mais apetecível e melhor lugar.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 23

A fé é, pois, o caminho da justificação, ou seja, da salvação. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

[...] é a garantia do que se espera; a prova das realidades invisíveis. Pela fé, sabemos que o universo foi criado pela palavra de Deus, de maneira que o que se vê resultasse daquilo que não se vê.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

A fé é divina claridade da certeza.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 16

A fé é alimento espiritual que, fortalecendo a alma, põe-na em condições de suportar os embates da existência, de modo a superá-los convenientemente. A fé é mãe extremosa da prece.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 35

[...] A fé constitui a vossa égide; abrigai-vos nela e caminhai desassombradamente. Contra esse escudo virão embotar-se todos os dardos que vos lançam a inveja e a calúnia. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

A fé e a esperança não são flores destinadas a enfeitar, com exclusividade, os altares do triunfo, senão também poderosas alavancas para o nosso reerguimento, quando se faz preciso abandonar os vales de sombra, para nova escalada aos píncaros da luz.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Ainda assim

Razão, pois, tinha Jesus para dizer: “Tua fé te salvou”. Compreende-se que a fé a que Ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 5

Mas a fé traduz também o poder que supera nossas próprias forças físicas e mentais, exteriores e interiores, poder que nos envolve e transforma de maneira extraordinária, fazendo-nos render a ele. A fé em Deus, no Cristo e nas forças espirituais que deles emanam pode conduzir-nos a uma condição interior, a um estado de espírito capaz de superar a tudo, a todos os obstáculos, sofrimentos e aparentes impossibilidades.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 14

A fé no futuro, a que se referem os 1nstrutores Espirituais da Terceira Revelação, deixa de ser apenas esperança vaga para se tornar certeza plena adquirida pelo conhecimento das realidades eternas. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 28

A fé significa um prêmio da experiência.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

Quem não entende não crê, embora aceite como verdade este ou aquele princípio, esta ou aquela doutrina. A fé é filha da convicção.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Res, non verba

[...] constitui o alicerce de todo trabalho, tanto quanto o plano é o início de qualquer construção. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

Curiosidade é caminho, / Mas a fé que permanece / É construção luminosa / Que só o trabalho oferece.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 44

[...] A fé está entre o trabalho e a oração. Trabalhar é orar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é emanação divina que o espírito auxilia e absorve.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A fé é a caridade imaterial, porque a caridade que se concretiza é sempre o raio mirífico projetado pela fé.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A fé continuará como patrimônio dos corações que foram tocados pela graça do sofrimento. Tesouro da imortalidade, seria o ideal da felicidade humana, se todos os homens a conquistassem ainda mesmo quando nos desertos mais tristes da terra.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A fé não desabrocha no mundo, é dádiva de Deus aos que a buscam. Simboliza a união da alma com o que é divino, a aliança do coração com a divindade do Senhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39

Fé representa visão.Visão é conhecimento e capacidade deauxiliar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 69

[...] A fé representa a força que sustenta o espírito na vanguarda do combate pela vitória da luz divina e do amor universal. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 354

A fé sincera é ginástica do Espírito. Quem não a exercitar de algum modo, na Terra, preferindo deliberadamente a negação injustificável, encontrar-se-á mais tarde sem movimento. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

A fé é a força potente / Que desponta na alma crente, / Elevando-a aos altos Céus: / Ela é chama abrasadora, / Reluzente, redentora, / Que nos eleva até Deus. / [...] A fé é um clarão divino, / refulgente, peregrino, / Que irrompe, trazendo a luz [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Supremacia da caridade

É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus que é a sabedoria da própria vida. Palpita em todos os seres, vibra em todas as coisas. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

A fé é o guia sublime que, desde agora, nos faz pressentir a glória do grande futuro, com a nossa união vitoriosa para o trabalho de sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em plena renovação

A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 40

[...] a fé representa escudo bastante forte para conservar o coração imune das trevas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 141

Em Doutrina Espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 29


O consentimento dado a uma crença unido a uma confiança nela. Não pode identificar-se, portanto, com a simples aceitação mental de algumas verdades reveladas. É um princípio ativo, no qual se harmonizam o entendimento e a vontade. É essa fé que levou Abraão a ser considerado justo diante de Deus (Gn 15:6) e que permite que o justo viva (Hc 2:4).

Para o ensinamento de Jesus — e posteriormente dos apóstolos —, o termo é de uma importância radical, porque em torno dele gira toda a sua visão da salvação humana: crer é receber a vida eterna e passar da morte para a vida (Jo 3:16; 5,24 etc.) porque crer é a “obra” que se deve realizar para salvar-se (Jo 6:28-29). De fato, aceitar Jesus com fé é converter-se em filho de Deus (Jo 1:12). A fé, precisamente por isso, vem a ser a resposta lógica à pregação de Jesus (Mt 18:6; Jo 14:1; Lc 11:28). É o meio para receber tanto a salvação como a cura milagrosa (Lc 5:20; 7,50; 8,48) e pode chegar a remover montanhas (Mt 17:20ss.).

A. Cole, o. c.; K. Barth, o. c.; f. f. Bruce, La epístola..., El, II, pp. 474ss.; Hughes, o. c., pp. 204ss.; Wensinck, Creed, pp. 125 e 131ss.



1) Confiança em Deus e em Cristo e na sua Palavra (Mt 15:28; Mc 11:22-24; Lc 17:5).


2) Confiança na obra salvadora de Cristo e aceitação dos seus benefícios (Rm 1:16-17;
v. CONVERSÃO).


3) A doutrina revelada por Deus (Tt 1:4).


substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
[Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

1. Definição da Palavra. A simples fé implica uma disposição de alma para confiarem outra pessoa. Difere da credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não Lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso. A fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como ‘uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras’. E mais adiante diz o mesmo escritor: ‘o segredo de um belo caráter está no poder de um perpétuo contato com Aquele Senhor em Quem se tem plena confiança’ (Bispo Moule). A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração. 2.A fé, no A.T. A atitude para com Deus que no Novo Testamento a fé nos indica, é largamente designada no A.T. pela palavra ‘temor’. o temor está em primeiro lugar que a fé – a reverencia em primeiro lugar que a confiança. Mas é perfeitamente claro que a confiança em Deus é princípio essencial no A.T., sendo isso particularmente entendido naquela parte do A.T., que trata dos princípios que constituem o fundamento das coisas, isto é, nos Salmos e nos Profetas. Não se está longe da verdade, quando se sugere que o ‘temor do Senhor’ contém, pelo menos na sua expressão, o germe da fé no N.T. As palavras ‘confiar’ e ‘confiança’ ocorrem muitas vezes – e o mais famoso exemplo está, certamente, na crença de Abraão (Gn 15:6), que nos escritos tanto judaicos como cristãos é considerada como exemplo típico de fé na prática. 3. A fé, nos Evangelhos. Fé é uma das palavras mais comuns e mais características do N.T. A sua significação varia um pouco, mas todas as variedades se aproximam muito. No seu mais simples emprego mostra a confiança de alguém que, diretamente, ou de outra sorte, está em contato com Jesus por meio da palavra proferida, ou da promessa feita. As palavras ou promessas de Jesus estão sempre, ou quase sempre, em determinada relação com a obra e palavra de Deus. Neste sentido a fé é uma confiança na obra, e na palavra de Deus ou de Cristo. É este o uso comum dos três primeiros Evangelhos (Mt 9:29 – 13.58 – 15.28 – Me 5.34 a 36 – 9.23 – Lc 17:5-6). Esta fé, pelo menos naquele tempo, implicava nos discípulos a confiança de que haviam de realizar a obra para a qual Cristo lhes deu poder – é a fé que obra maravilhas. Na passagem de Mc 11:22-24 a fé em Deus é a designada. Mas a fé tem, no N.T., uma significação muito mais larga e mais importante, um sentido que, na realidade, não está fora dos três primeiros evangelhos (Mt 9:2Lc 7:50): é a fé salvadora que significa Salvação. Mas esta idéia geralmente sobressai no quarto evangelho, embora seja admirável que o nome ‘fé’ não se veja em parte alguma deste livro, sendo muito comum o verbo ‘crer’. Neste Evangelho acha-se representada a fé, como gerada em nós pela obra de Deus (Jo 6:44), como sendo uma determinada confiança na obra e poder de Jesus Cristo, e também um instrumento que, operando em nossos corações, nos leva para a vida e para a luz (Jo 3:15-18 – 4.41 a 53 – 19.35 – 20.31, etc.). Em cada um dos evangelhos, Jesus Cristo proclama-Se a Si mesmo Salvador, e requer a nossa fé, como uma atitude mental que devemos possuir, como instrumento que devemos usar, e por meio do qual possamos alcançar a salvação que Ele nos oferece. A tese é mais clara em S. João do que nos evangelhos sinópticos, mas é bastante clara no último (Mt 18:6Lc 8:12 – 22.32). 4. A fé, nas epístolas de S. Paulo. Nós somos justificados, considerados justos, simplesmente pelos merecimentos de Jesus Cristo. As obras não têm valor, são obras de filhos rebeldes. A fé não é a causa, mas tão somente o instrumento, a estendida mão, com a qual nos apropriamos do dom da justificação, que Jesus, pelos méritos expiatórios, está habilitado a oferecer-nos. Este é o ensino da epístola aos Romanos (3 a 8), e o da epístola aos Gálatas. Nós realmente estamos sendo justificados, somos santificados pela constante operação e influência do Santo Espírito de Deus, esse grande dom concedido à igreja e a nós pelo Pai celestial por meio de Jesus Cristo. E ainda nesta consideração a fé tem uma função a desempenhar, a de meio pelo qual nos submetemos à operação do Espírito Santo (Ef 3:16-19, etc). 5. Fé e obras. Tem-se afirmado que há contradição entre S. Paulo e S. Tiago, com respeito ao lugar que a fé e as obras geralmente tomam, e especialmente em relação a Abraão (Rm 4:2Tg 2:21). Fazendo uma comparação cuidadosa entre os dois autores, acharemos depressa que Tiago, pela palavra fé, quer significar uma estéril e especulativa crença, uma simples ortodoxia, sem sinal de vida espiritual. E pelas obras quer ele dizer as que são provenientes da fé. Nós já vimos o que S. Paulo ensina a respeito da fé. É ela a obra e dom de Deus na sua origem (*veja Mt 16.
17) – a sua sede é no coração, e não meramente na cabeça – é uma profunda convicção de que são verdadeiras as promessas de Deus em Cristo, por uma inteira confiança Nele – e deste modo a fé é uma fonte natural e certa de obras, porque se trata de uma fé viva, uma fé que atua pelo amor (Gl 5:6). Paulo condena aquelas obras que, sem fé, reclamam mérito para si próprias – ao passo que Tiago recomenda aquelas obras que são a conseqüência da fé e justificação, que são, na verdade, uma prova de justificação. Tiago condena uma fé morta – Paulo louva uma fé

substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
[Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
[Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

Ha

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

hebraico: calor, queimado

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Habitar

verbo transitivo direto e transitivo indireto Morar; ter como residência fixa: habitava um apartamento novo; habitam em uma cidade pequena.
Figurado Permanecer; faz-ser presente: um pensamento que habitava sua mente; Deus habita na alma de quem crê.
verbo transitivo direto Povoar; providenciar moradores ou habitantes: decidiram habitar o deserto com presidiários.
Etimologia (origem da palavra habitar). Do latim habitare.

Habitar Morar (Sl 23:6; At 7:48).

Loide

-

Lóide

Avó de Timóteo, de quem Paulo selembra em virtude de sua fé (2 Tm 1.5).

Avó de Timóteo (2Tm 1:5). Provavelmente Lóide e Eunice, a mãe deste jovem, converteram-se ao cristianismo na primeira visita de Paulo a Listra (At 14:820), pois Timóteo demonstrava estar a par das perseguições que Paulo sofreu quando esteve lá (2Tm 3:11; At 16:1). Embora se saiba muito pouco tanto sobre Lóide como sobre Eunice, a influência das duas, ao levar Timóteo a conhecer e amar ao Senhor das Escrituras, era considerável e foi elogiada pelo apóstolo Paulo (2Tm 3:14-16). O conhecimento das Escrituras levou Timóteo ao entendimento da salvação por meio da fé em Cristo e serviu como a base que o preparou tão bem para o ministério de evangelista, para o qual o Senhor o chamara por meio de Paulo.

Numa época em que a ideia sobre a família quase não existe mais na maioria dos países ocidentais, é extremamente importante observar como uma avó e uma mãe crentes conseguem influenciar a vida de uma criança, ao vê-la crescer e tornar-se um cristão sincero. Tal encorajamento à fé, através das gerações, é freqüentemente visto na Bíblia. O fato de que certamente Timóteo tinha um pai não-cristão serve de esperança e consolo para os que se encontram em situação semelhante hoje. Avós cristãos que vêem os netos crescer sem receber um ensino bíblico devem reconhecer o impacto de tal acontecimento. Por isso, devem ensinar-lhes a Palavra de Deus. P.D.G.


Lóide Avó de TIMÓTEO (2Tm 1:5).

Memória

Memória
1) Lembrança (1Rs 17:18).


2) Fama (Sl 135:13).


3) MEMORIAL 1, (Ex 28:12; 1Co 11:24-25;
v. CEIA DO SENHOR).


4) No título de Sl 38:70 (RC, lembrança) a expressão “em memória” parece estar ligada a um SACRIFÍCIO acompanhado de queima de INCENSO, pedindo que Deus se lembre do salmista.


Memória Recordação, impulsionada pela fé, que o discípulo faz da pessoa e obra de Jesus. A comemoração dessa pessoa e obra é a finalidade do partir do pão (Lc 22:19). Nesse empenho, desfruta da ajuda do Espírito Santo (Jo 14:26).

[...] Segundo a Psicofisiologia, a memória constitui a base de toda a atividade psíquica. O seu material é constituído pelas impressões que chegam à consciência por intermédio das sensações e são denominadas marcas mnêmicas ou engramas. Essa fixação dos engramas é grandemente influenciada pela atenção, pelo interesse, pela repetição e pela familiaridade com o material psíquico preexistente. Em seu sentido estrito, a memória é a soma de todas as lembranças existentes e as aptidões que determinam a extensão e a precisão dessas lembranças. Também tomam parte a capacidade de fixação e de evocação. Em Neurofisiologia já foram determinados dois tipos distintos de memória, localizados em regiões distintas do cérebro: a memória recente e a memória pregressa. O suporte fisiológico da memorização ainda é obscuro, mas pode envolver tanto a criação de novos circuitos funcionais entre os neurônios cerebrais como a síntese de proteínas no citoplasma das células nervosas. De particular importância no processo mnemônico são os núcleos da base, especificamente o hipocampo, as amídalas e os corpos mamilares. A memória tem fundamental importância tanto para o diagnóstico como para a terapêutica em Psiquiatria. A antiga hipótese freudiana do trauma infantil ilustra a importância dos engramas na etiologia de distúrbios psíquicos.
Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 2

A memória, durante o estado de vigília, é, muitas vezes, uma reminiscência das vidas anteriores. É verdade que essas reminiscências são vagas, mas evidenciam na inteligência as aptidões mais acentuadas.
Referencia: BOURDIN, Antoinette• Entre dois mundos• Trad• de M• Quintão• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 27

[...] é o fulcro da vida mental, contribuindo para fundar a personalidade [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Já vimos que a memória é uma condição quase indispensável à personalidade, pois ela é que liga o estado de atualidade aos estados anteriores, e nos afirma sermos hoje o mesmo indivíduo de há vinte anos. É a memória que cons titui a identidade, porquanto, ao mesmo passo que persistem as sensações presentes, surgem, por ela evocadas, as imagens antigas, que são, senão idênticas, ao menos muito análogas. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] Faculdade misteriosa essa, que reflete e conserva os acidentes, as formas e as modificações do pensamento, do espaço e do tempo; na ausência dos sentidos e longe da impressão dos agentes externos, ela representa essa sucessão de idéias, de imagens e de acontecimentos já desaparecidos, já caídos no nada. Ela os ressuscita espiritualmente, tais como o cérebro os sentiu, a consciência os percebeu e formou.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] é atributo do invariável, do invólucro fluídico – o perispírito.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

A memória é o concatenamento, a associação das idéias, dos fatos, dos conhecimentos. [...] A memória é uma faculdade implacável de nossa inteligência, porque nenhuma de nossas percepções jamais é esquecida. Logo que um fato nos impressionou os sentidos, fixa-se irrevogavelmente na memória. Pouco importa que tenhamos conservado a consciência desta recordação: ela existe, é indelével.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 14

[...] é um disco vivo e milagroso. Fotografa as imagens de nossas ações e recolhe o som de quanto falamos e ouvimos... Por intermédio dela, somos condenados ou absolvidos, dentro de nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11


lembrança, recordação, reminiscência, retentiva. – Memória é a faculdade própria do nosso espírito de conservar impressões, ou “as ideias e noções dos objetos, e de as reproduzir na ausência deles”. – Lembrança é um dos atos desta faculdade: o que se dá quando a memória nos faz presentes essas impressões. – Recordação é outro ato da memória: o que se passa quando nós lhe pedimos (por assim dizer) conta das ideias e noções que lhe entregamos como em depósito: ato que é como chamar e trazer à lembrança o que havíamos confiado à memória. Finalmente reminiscência é ainda outro ato da memória: é a lembrança de ideias e noções, que em tempos remotos nos foram presentes e que em nós deixaram mui fracas e ligeiras impressões, das quais, por isso mesmo, apenas podemos agora achar e reconhecer os vestígios; chegando às vezes quase a duvidar da existência anterior de tais ideias no nosso espírito. Tem memória quem conserva as espécies das coisas que foram objeto de seus pensamentos, e as pode reproduzir. A memória pode ser fácil, ampla, tenaz, pronta, etc. A memória talvez enfraquece com a idade, com a doença; e talvez se extingue de todo por indisposição do cérebro. Tem lembrança ou lembra-se quem atualmente suscita ou tem presentes as espécies dos objetos, que já o impressionaram. A lembrança pode ser mais ou menos remissa, mais ou menos viva; e às vezes é tal que parece fazer-nos realmente presentes os próprios objetos. A vista de um lugar excita-nos de ordinário a lembrança do objeto agradável ou desagradável, que ali avistamos a primeira vez. A lembrança de qualquer objeto traz quase sempre consigo a de outros que com ele são ligados ou associados, etc. Tem recordação ou recorda-se quem traz à lembrança ou suscita as espécies dos objetos que entregou à memória. O homem grato recorda-se muitas vezes, com gosto e sensibilidade, do benefício recebido. O bom português recorda com saudade a antiga glória da sua pátria. O orador faz recordação do discurso, ou recorda o discurso antes que se exponha a recitá-lo em público. O estudante recorda a lição antes de entrar na aula, etc. Tem finalmente reminiscência quem se lembra mui remissamente de algum objeto que em outro tempo viu ou conheceu; quem acha em sua memória alguns, quase apagados, vestígios desse objeto. Dizem que Pitágoras ostentava ter reminiscência de diferentes estados pelos quais a sua alma tinha passado em existências anteriores. Alguns filósofos foram de parecer que as ideias que temos das coisas puramente inteligíveis, bem como de alguns que chamam primeiros princípios, são meras reminiscências; e segundo Platão, tudo quanto parece que nós aprendemos de novo não é, na realidade, senão reminiscência”. – Retentiva seria sinônimo perfeito de memória, se não acrescentasse à noção de reter na memória a ideia de lembrança ou recordação súbita e viva.

substantivo feminino Faculdade de reter ideias, sensações, impressões, adquiridas anteriormente.
Efeito da faculdade de lembrar; lembrança: não tenho memória disso!
Recordação que a posteridade guarda: memórias do passado.
Dissertação sobre assunto científico, artístico, literário, destinada a ser apresentada ao governo, a uma instituição cultural etc.
[Artes] Monumento dedicado a alguém ou em celebração de uma pessoa digna de lembrança; memorial.
Papel usado para anotar coisas que não se deve esquecer; lembrete.
Relato feito escrita ou oralmente sobre uma situação; narração.
[Jurídico] Documento com o qual alguém expõe a sua defesa ou pedido a ser anexado aos autos.
[Matemática] Dispositivo dos calculadores eletrônicos, que registra sinais, resultados parciais etc., que são consignados no momento oportuno para o fazer intervir no seguimento das operações: discos de memória.
[Informática] Unidade funcional que pode receber, conservar e restituir dados.
[Informática] Memória convencional, a que é armazenada segundo os padrões de um programa altamente abrangente.
substantivo feminino plural Memórias. Obra literária escrita por quem presenciou os acontecimentos que narra, ou neles tomou parte.
expressão De memória. Sem a ajuda de notas ou livros, só pela lembrança.
Em memória de. Em homenagem a alguém que já morreu.
[Informática] Memória secundária. Meio de armazenamento de dados e instruções não volátil (p. ex., disquetes), usado para que estes se preservem (p. ex., quando o computador é desligado).
Etimologia (origem da palavra memória). Do latim memoria.

Mãe

substantivo feminino Aquela que gerou, deu à luz ou criou um ou mais filhos.
[Zoologia] Fêmea de animal que teve sua cria ou oferece proteção ao filhote que não é seu.
Figurado Quem oferece cuidado, proteção, carinho ou assistência a quem precisa.
Figurado Razão de algo ou o que dá origem a alguma coisa; causa: a preguiça é a mãe do ócio.
Figurado Lugar a partir do qual algo tem seu início e onde começa a se desenvolver ou difundir: a Grécia foi a mãe da civilização ocidental.
Figurado O que há de mais importante e a partir do qual os demais se originaram; principal.
Figurado Num jogo de futebol, jogador que favorece o time adversário: o goleiro foi uma mãe para o time oponente.
Borra que, no vinho ou vinagre, fica no fundo do recipiente; madre.
expressão Mãe do rio. Leito do rio cujas águas transbordam, alagando suas regiões ribeirinhas.
Etimologia (origem da palavra mãe). Do latim mater.

substantivo feminino Aquela que gerou, deu à luz ou criou um ou mais filhos.
[Zoologia] Fêmea de animal que teve sua cria ou oferece proteção ao filhote que não é seu.
Figurado Quem oferece cuidado, proteção, carinho ou assistência a quem precisa.
Figurado Razão de algo ou o que dá origem a alguma coisa; causa: a preguiça é a mãe do ócio.
Figurado Lugar a partir do qual algo tem seu início e onde começa a se desenvolver ou difundir: a Grécia foi a mãe da civilização ocidental.
Figurado O que há de mais importante e a partir do qual os demais se originaram; principal.
Figurado Num jogo de futebol, jogador que favorece o time adversário: o goleiro foi uma mãe para o time oponente.
Borra que, no vinho ou vinagre, fica no fundo do recipiente; madre.
expressão Mãe do rio. Leito do rio cujas águas transbordam, alagando suas regiões ribeirinhas.
Etimologia (origem da palavra mãe). Do latim mater.

de matrem, caso acusativo do latim mater, pronunciado madre no português dos primeiros séculos, de onde veio comadre, pela formação cum matre, com a mãe; depois commatre, segunda mãe, madrinha, diminutivo de madre, em relação aos afilhados, isto é, aqueles que são tratados como filhos verdadeiros por quem cumpre a função da maternidade, como fazem a madrinha e a mãe adotiva, na falta da mãe biológica. Os étimos mata, em sânscrito; máter, em grego dórico; méter, no grego jônico e no ático; e as formas latinas mamma, seio, e mammare, mamar, revelam possível influência na sílaba inicial das palavras que designam a mãe em vários idiomas.

Esta palavra é, algumas vezes, usada na significação de metrópole, a ‘mãe’ ou cidade principal de um país ou de uma tribo – e outras vezes emprega-se compreendendo o povo todo (2 Sm 20.19 – is 50:1Gl 4:26Ap 17:5). ‘Mãe em israel’ foi um nome dado a Débora (Jz 5:7), querendo dizer a mulher que serviu a Deus na libertação do povo de israel.

[...] é síntese de carinho, de abnegação, de ternura, de sacrifício, de labor sagrado, de imolação voluntária... é fragmentar o coração por diversos seres, continuando integral para o amor que consagra a todos eles.
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2

Mãe! aquela que ama o ser que Deus lhe enviou qual dádiva celeste, e a quem ela concede o atributo divino – a vida – olvidando todos os sofrimentos pelo amor que consagra a quem lhos fez padecer! Mãe! amiga incomparável dos arcanjos que quebram as asas ao deixar o Infinito constelado, para caírem no tétrico abismo da Terra – a mais extensa de todas as jornadas! – e os acolhe em seu generoso seio, beijando-os, desejando-lhes todas as venturas, todas as bênçãos celestiais, todas as alegrias mundanas! Mãe! aquela que padece as ingratidões dos filhos, chorando, suplicando ao Céu sempre e sempre auxílio, proteção para que sejam encaminhados ao bem e às venturas! Mãe! aquela que, na Terra, representa o próprio Criador do Universo, pois ela é quem nucleia eatrai a alma – fragmento divino, átomodo Pai Celestial – para torná-la movi-mentada, consciente pelo cérebro
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2

[...] é a excelsa criatura que, na Terra,representa diretamente o Criador doUniverso [...].[...] Mãe é guia e condutora de almaspara o Céu; é um fragmento da divin-dade na Terra sombria, com o mesmodom do Onipotente: plasmar seres vi-vos, onde se alojam Espíritos imortais,que são centelhas deíficas!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7,cap• 20

Mãe, é o anjo que Deus põe junto aohomem desde que ele entra no mundo[...].
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 20

Mãe, que é mãe? É um ser todo amor,todo ternura, todo meiguice, todosuavidade.Um ser que não tem vida própria, poisa sua vida é a do filho. Um ser que reú-ne todos os amores da Terra. Um serque, qual divina vestal, sabe sustentarsempre vivo o fogo sagrado do amor
Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• Memórias de uma alma• Romance real de Adriano de Mendoza• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - Reminiscências

Mãe é alguém que se dilui na existênciados filhos, vendo o paraíso através dosseus olhos e existindo pelo ritmo dosseus corações, para elas transfigurados emsantuário de amor.
Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 36

Mãe quer dizer abnegação, desvelo, ca-rinho, renúncia, afeto, sacrifício – amor – numa palavra. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mãe

[...] A mãe, em sua perfeição, é o verdadeiro modelo, a imagem viva da educação. A perfeita educação, na essência de sua natureza, em seu ideal mais completo, deve ser a imagem da mãe de família. [...]
Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 14

Um coração materno, em toda parte, é um celeiro de luz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Porque, ser mãe, minha irmã, / É ser prazer sobre as dores, / É ser luz, embora a estrada / Tenha sombras e amargores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Ser mãe é ser anjo na carne, heroína desconhecida, oculta à multidão, mas identificada pelas mãos de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Ser mãe é ser um poema de reconforto e carinho, proteção e beleza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

Mãe possui onde apareça / Dois títulos a contento: / Escrava do sacrifício, / Rainha do sofrimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 48

Dizem que nosso Pai do Céu permaneceu muito tempo examinando, examinando... e, em seguida, chamou a Mulher, deu-lhe o título de Mãezinha e confiou-lhe as crianças. Por esse motivo, nossa Mãezinha é a representante do Divino Amor no mundo, ensinando-nos a ciência do perdão e do carinho, em todos os instantes de nossa jornada na Terra. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Mãezinha

[...] E olvidaste, porventura, que ser mãe é ser médium da vida? [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

Pela escritura que trago, / Na história dos sonhos meus, / Mãe é uma estrela formada / De uma esperança de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

Minha mãe – não te defino, / Por mais rebusque o abc... / Escrava pelo destino, / Rainha que ninguém vê.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Trovadores do Além: antologia• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 1, cap• 51


Mãe Os evangelhos reúnem numerosas referências à mãe relacionadas com a concepção (Lc 1:24.31.36; 2,21), a gravidez (Mt 1:18-23; Lc 2:5), o parto (Lc 1:13.57; 23,29), com a preocupação pelo futuro dos filhos (Mt 20:20) ou com sua dor pela morte deles (Mt 2:18). A atitude de Jesus com as mães foi muito positiva e as considerava — como o judaísmo de sua época — dignas de receber os benefícios oferecidos pela Lei de Deus e que eram, muitas vezes, omitidos, recorrendo-se a subterfúgios legalistas (Mt 15:4ss.; Mc 7:10-12).

É compreensível, pois, que Jesus expressasse sua compaixão pelas mães que estivessem amamentando quando acontecesse a destruição de Jerusalém (Mt 24:19; Mc 13:17; Lc 21:23). Mesmo tendo a maternidade em tão grande estima, não deixa de ser relevante que destacasse como mais importante do que sua mãe Maria tê-lo dado à luz cumprir a Palavra de Deus (Lc 11:27ss.). Jesus a manteve discretamente à parte de seu ministério (Lc 2:48; Jo 2:4) e afirmou que “sua Mãe” era aquela que punha em prática a vontade do Pai (Mt 12:46-50; Mc 3:31-35; Lc 8:19-21).

Em seu ensinamento, Jesus recorreu freqüentemente a símbolos extraídos da função materna. Assim, Deus é como uma mãe que deseja proteger e reunir seus filhos (Lc 19:41-44) e as dores do parto são símbolo da presente era, durante a qual os discípulos sofrem tribulação, mas que terminará com o triunfo do messias (Jo 16:21).


Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Primeiro

adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
[Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
numeral Numa sequência, o número inicial; um.
Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.

adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
[Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
numeral Numa sequência, o número inicial; um.
Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.

primário, primitivo, primevo, primordial. – Segundo Lac. – primeiro é, em geral, o ser que está ou se considera à frente de uma série deles; é o que precede a todos em alguma das diferentes circunstân- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 455 cias de tempo, lugar, dignidade, etc. – Primitivo é o primeiro ser de uma série com relação aos seus diferentes estados, ou com relação a outros seres que daquele se derivaram. – Primevo (como se vê da própria formação do vocábulo) refere-se ao que é da primeira idade, ou das primeiras idades. D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal. A disciplina que se observava nos primeiros séculos da Igreja chama-se disciplina primitiva. As leis por que se regia um povo nos primeiros tempos da sua organização social chamam-se ao depois lei primevas. – Entre primeiro e primário há uma distinção essencial que se pode marcar assim: o primeiro está em primeiro lugar, ou está antes de todos na série; marca, portanto, apenas lugar na ordem, e é por isso mesmo que quase normalmente reclama um completivo: F. é o primeiro na classe; os primeiros homens; o primeiro no seu tempo; o primeiro a falar. Enquanto que primário marca também o que vem antes de todos, o que está em primeiro lugar, mas com relação aos atributos, ou ao modo de ser dos vários indivíduos que formam a série ou que entram na ordem: diz, portanto, primário – “o mais simples, aquele pelo qual se começa”. Ensino primário; noções primárias. – Primordial refere-se à época que precede a uma outra época e que se considera como origem desta. Período geológico primordial é o que precede ao primitivo. Neste já se encontram organismos: o primordial é azoico.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
II Timóteo 1: 5 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Quando à lembrança recebendo eu da não fingida fé que há em ti, a qual habitou primeiramente na tua avó Lóide e na tua mãe Eunice, e tenho sido persuadido de que também habita em ti.
II Timóteo 1: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G1774
enoikéō
ἐνοικέω
habitar
(dwelling)
Verbo - Presente do indicativo ativo - Genitivo neutro no Singular
G2131
Euníkē
Εὐνίκη
faísca, tição, flecha flamejante
(in fetters)
Substantivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2983
lambánō
λαμβάνω
descendentes do terceiro filho de Canaã que vivia em ou próximo ao local de Jebus, o
(the Jebusites)
Substantivo
G3090
Lōḯs
Λωΐς
filha do rei Jorão, de Judá, e esposa do sumo sacerdote Joiada
(Jehoshabeath)
Substantivo
G3125
mámmē
μάμμη
()
G3384
mḗtēr
μήτηρ
lançar, atirar, jogar, derramar
(I have cast)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3748
hóstis
ὅστις
quem
(who)
Pronome pessoal / relativo - nominativo masculino singular
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3982
peíthō
πείθω
o comando
(the command)
Substantivo
G4102
pístis
πίστις
(faith)
Substantivo - feminino acusativo singular
G4412
prōton
πρῶτον
primeiro
(first)
Advérbio - superlativo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G505
anypókritos
ἀνυπόκριτος
mil
(a thousand)
Substantivo
G5280
hypómnēsis
ὑπόμνησις
ação de recordar
(remembrance)
Substantivo - feminino acusativo singular


δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἐνοικέω


(G1774)
enoikéō (en-oy-keh'-o)

1774 ενοικεω enoikeo

de 1722 e 3611; v

habitar

metáf. viver em alguém e influenciá-lo (para o bem)


Εὐνίκη


(G2131)
Euníkē (yoo-nee'-kay)

2131 Ευνικη Eunike

de 2095 e 3529; n pr f

Eunice = “boa vitória”

  1. mãe de Timóteo

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

λαμβάνω


(G2983)
lambánō (lam-ban'-o)

2983 λαμβανω lambano

forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v

  1. pegar
    1. pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
      1. pegar algo para ser carregado
      2. levar sobre si mesmo
    2. pegar a fim de levar
      1. sem a noção de violência, i.e., remover, levar
    3. pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
      1. reinvindicar, procurar, para si mesmo
        1. associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
      2. daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
      3. pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
      4. pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
      5. capturar, alcançar, lutar para obter
      6. pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
    4. pegar
      1. admitir, receber
      2. receber o que é oferecido
      3. não recusar ou rejeitar
      4. receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
      5. tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
    5. pegar, escolher, selecionar
    6. iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
  2. receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta

Sinônimos ver verbete 5877


Λωΐς


(G3090)
Lōḯs (lo-ece')

3090 λωις Lois

de origem incerta; n pr f Lóide = “agradável”

  1. a avó de Timóteo

μάμμη


(G3125)
mámmē (mam'-may)

3125 μαμμη mamme

de origem natural [“mammy”]; n f

mamãe (o nome que crianças usam para chamar sua mãe)

avó


μήτηρ


(G3384)
mḗtēr (may'-tare)

3384 μητερ meter

aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:642,592; n f

mãe

metáf. fonte de algo, pátria



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅστις


(G3748)
hóstis (hos'-tis)

3748 οστις hostis incluindo o feminino ητις hetis e o neutro ο,τι ho,ti

de 3739 e 5100; pron

  1. quem quer que, qualquer que, quem

ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

πείθω


(G3982)
peíthō (pi'-tho)

3982 πειθω peitho

verbo primário; TDNT - 6:1,818; v

  1. persuadir
    1. persuadir, i.e. induzir alguém pelas palavras a crer
    2. fazer amigos de, ganhar o favor de alguém, obter a boa vontade de alguém, ou tentar vencer alguém, esforçar-se por agradar alguém
    3. tranquilizar
    4. persuadir a, i.e., mover ou induzir alguém, por meio de persuasão, para fazer algo
  2. ser persuadido
    1. ser persuadido, deixar-se persuadir; ser induzido a crer: ter fé (em algo)
      1. acreditar
      2. ser persuadido de algo relativo a uma pessoa
    2. escutar, obedecer, submeter-se a, sujeitar-se a
  3. confiar, ter confiança, estar confiante

πίστις


(G4102)
pístis (pis'-tis)

4102 πιστις pistis

de 3982; TDNT - 6:174,849; n f

  1. convicção da verdade de algo, fé; no NT, de uma convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas divinas, geralmente com a idéia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com ela
    1. relativo a Deus
      1. a convicção de que Deus existe e é o criador e governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em Cristo
    2. relativo a Cristo
      1. convicção ou fé forte e benvinda de que Jesus é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de Deus
    3. a fé religiosa dos cristãos
    4. fé com a idéia predominante de confiança (ou confidência) seja em Deus ou em Cristo, surgindo da fé no mesmo
  2. fidelidade, lealdade
    1. o caráter de alguém em quem se pode confiar

πρῶτον


(G4412)
prōton (pro'-ton)

4412 πρωτον proton

neutro de 4413 como advérbio (com ou sem 3588); TDNT - 6:868,965; adv

  1. primeiro em tempo ou lugar
    1. em qualquer sucessão de coisas ou pessoas
  2. primeiro em posição
    1. influência, honra
    2. chefe
    3. principal

      primeiro, no primeiro


σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

ἀνυπόκριτος


(G505)
anypókritos (an-oo-pok'-ree-tos)

505 ανυποκριτος anupokritos

de 1 (como partícula negativa) e um suposto derivado de 5271; TDNT - 8:570,1235; adj

  1. não fingido, franco, sincero

ὑπόμνησις


(G5280)
hypómnēsis (hoop-om'-nay-sis)

5280 υπομησις hupomnesis

de 5279; TDNT - 1:348,56; n f

ação de recordar

lembrança, memória

Sinônimos ver verbete 5809