Enciclopédia de I João 2:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1jo 2: 4

Versão Versículo
ARA Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.
ARC Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade.
TB Aquele que diz que o conhece e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e a verdade não está nele;
BGB ὁ λέγων ⸀ὅτι Ἔγνωκα αὐτὸν καὶ τὰς ἐντολὰς αὐτοῦ μὴ τηρῶν ψεύστης ἐστίν, καὶ ἐν τούτῳ ἡ ἀλήθεια οὐκ ἔστιν·
BKJ Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está com ele.
LTT Aquele que está dizendo: "Eu O tenho conhecido", e que aos Seus mandamentos não está preservando- e- obedecendo, mentiroso é, e dentro dele a Verdade não está.
BJ2 Aquele que diz: "Eu o conheço", mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade[g] não está nele.
VULG Qui dicit se nosse eum, et mandata ejus non custodit, mendax est, et in hoc veritas non est.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I João 2:4

Oséias 8:2 E a mim clamarão: Deus meu! Nós, Israel, te conhecemos.
Tito 1:16 Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra.
Tiago 2:14 Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? Porventura, a fé pode salvá-lo?
I João 1:6 Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
I João 1:8 Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
I João 1:10 Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
I João 2:9 Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas.
I João 4:20 Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I João Capítulo 2 do versículo 1 até o 29
C. PARA QUE NÃO PEQUEIS 2:1-2

No meio da abordagem de João acerca do pecado, ele expressa uma palavra encorajadora aos fiéis — Meus filhinhos (1). Essa é uma expressão afável, muitas ve-zes usada com referência ao relacionamento entre mestre e pupilos. Esse pode ter sido o uso imediato desse termo por João. Mas ele tem um significado mais profundo, uma referência ao fato de que os cristãos experimentam comunhão com Deus como resultado do novo nascimento (Jo 3:3). Eles se assemelham, portanto, ao seu Pai celestial tanto em propósito quanto em ação.

Para que não pequeis vem como um desafio necessário para o antinomianismo descrito acima, no qual a liberdade do pecado é considerada não só impraticável mas tam-bém impossível. João parece pressentir que seu ensinamento acerca do arrependimento e perdão pode levar a esse tipo de doutrina e vida. E, assim, ele declara sem ambigüidade, que a marca da vida cristã é a ausência de pecado. Esse deveria ser o alvo e o desejo do coração de cada filho de Deus. Ele também é um alvo alcançável por causa destas coisas que João escreveu — a auto-revelação de Deus, a provisão por comunhão com Ele e com seu povo, a promessa de perdão e purificação ao caminhar na luz e a eficácia do sangue de Jesus Cristo. "O objetivo do autor é produzir 'impecabilidade'. E essa não é uma aspi-ração infrutífera em relação a um ideal que possivelmente não pode ser realizado, por-que os recursos em lidar com o pecado que ele deseja combater estão à mão".6

A necessidade desse tipo de exortação é o reconhecimento de uma certa tensão de-baixo da qual a vida cristã é vivida. Há a garantia consciente de que um remédio seguro foi provido pelo pecado no coração e vida de uma pessoa, tanto em princípio quanto em ação. Em contraste com isso está o fantasma que nos persegue: o fato de que continua-mos sujeitos a cair. Esse não é o estado descrito por Paulo, quando diz: "vejo nos meus membros outra lei", "que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo" (Rm 7:21-23). Esse estado é, na verdade, a tensão entre espiritualidade e humanidade. É o risco neces-sário que todo homem corre ao se esforçar em seguir o feixe claro da luz reveladora de Deus enquanto habita em um corpo perecível num mundo de trevas e pecado.

Na expressão para que não pequeis (hina me harmatete), o "aoristo sugere atos específicos de pecado em vez do estado habitual, que é incompatível com a posição dos cristãos que estão na verdade".7 João não está dizendo que os cristãos não podem pecar nem que não irão pecar, mas que não deveriam pecar.

Se alguém pecar refere-se, nesse caso, ao cristão que foi surpreendido pelo peca-do, em vez do pecador voluntário e habitual. É possível, nesse sentido, pecar "involuntariamente". Ele pode sucumbir porque as forças pecaminosas são mais fortes do que ele. Ele pode ser enganado ou pego em uma armadilha por causa da sua igno-rância. Ou ele pode se desviar em decorrência de descuido ou negligência. Em todo caso, a restauração está prontamente disponível na pessoa de Jesus Cristo. Mas esse conhecimento glorioso não deveria diminuir seu sentimento da escuridão do pecado e os perigos de pecar.

No capítulo anterior, o remédio para o pecado era definido como a confissão que resulta em perdão e purificação e no estabelecimento de uma comunhão dos filhos de Deus. No contexto presente, o remédio é definido em termos da obra pessoal e redentora de Cristo. Três características são atribuídas a Ele e elas estão em justaposição com "o sangue de Jesus Cristo". Pode-se dizer que elas servem para explicar o que se quer dizer quando o Sangue é usado metaforicamente para a completa obra redentora de Cristo. Ele é chamado de Advogado, o Justo e a propiciação.

Temos um Advogado (paracleton). Esse substantivo é usado no Novo Testamento somente por João. No evangelho, ele fala do Espírito Santo como "outro Consolador"

(paracleton; Jo 14:16), mostrando que o Espírito Santo opera como Agente de Cristo no mundo. O termo Advogado tem uma variedade de significados encontrados na história do seu uso. O parácleto é alguém que é enviado, que é chamado para ajudar, alguém que conforta, alguém que intercede. A palavra em si "denota meramente 'alguém chamado para ajudar'. Na epístola, a idéia de alguém que defende a causa do cristão diante de Deus é claramente indicada, um 'advogado' é a tradução mais satisfatória".8

Jesus Cristo é aqui chamado de o Justo. Anteriormente, o próprio Deus foi cha-mado de "justo" ou reto (dikaion; 1.9). Isso apóia a afirmação de João de que Cristo é o Filho de Deus, a Revelação da pessoa de Deus. O termo Justo refere-se não tanto à vindicação do caráter moral de Cristo como à qualidade salvadora da sua atividade. De forma muito simples, João tem dito aqui que, quando o cristão cai no pecado, um apelo por ajuda traz Cristo para o seu lado, para ajudá-lo. Como verdadeiro homem e verdadei-ro Deus, Cristo é capaz de representar um perante o outro. Ele pode interceder pelo homem diante de Deus porque "Ele não precisa de advogado para si mesmo".9

Cristo é a propiciação (hilasmos; "expiação", RSV) pelos nossos pecados. Na KJV e na RSV há duas interpretações da mesma palavra. É possível que uma delas ou as duas contenham o significado de João. Propiciação traz a idéia de aplacar ou pacificar alguém que foi tratado com injustiça. Surge então a pergunta se é Deus ou o homem que precisa ser apaziguado ou aplacado. O sistema sacrificial do Antigo Testamento não foi instituído para apaziguar (conciliar) a ira de Deus contra o homem pecador, embora seja com freqüência interpretado dessa forma. Em vez disso, ele foi dado como um sinal da fé do homem em Deus, um veículo por meio do qual ele se voltava da sua alienação de Deus em arrependimento e esperança de perdão. A propiciação tem que ver com a reconcili-ação do homem com Deus, e não de Deus com o homem. Essa posição é encontrada no evangelho de João, em que Deus é descrito como que enviando Cristo por causa do seu grande amor pelo mundo pecador. Deus redime o homem por causa do seu amor, não em decorrência de ira ou ódio.

Assim, a obra redentora de Cristo, tornando-se homem e morrendo na cruz, mudou o curso da rebelião do homem e o reconciliou, o pródigo com Deus, o Pai, que está espe-rando de braços abertos. Isso deve ser entendido de uma forma muito real, mas, ao mes-mo tempo, de maneira provisória ou temporária. A humanidade, em Cristo, o Deus-ho-mem, foi reconciliada com Deus, mas os homens individual e coletivamente devem vir e experimentar sua reconciliação pelo arrependimento e uma disposição de caminhar na luz (1.7, 9). Caso contrário, a doutrina da reconciliação nos leva inevitavelmente ao universalismo legalista. E esse não é o ensinamento de João.
A expiação, por outro lado, traz a idéia da remoção de pecados. É por meio da obra do Filho de Deus encarnado que o remédio foi provido para o problema do pecado. Jesus Cristo é o Agente de Deus para a salvação do homem. O termo cognato hilasterion refere-se ao assento de misericórdia, o lugar da reconciliação entre Deus e o homem. A salvação somente pode ser encontrada em Cristo. Isso coincide com o pensamento prévio de João: O sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, "nos purifica de todo pecado" (1.7).

Talvez esses dois termos sejam necessários para uma compreensão adequada do pensamento de João. Ao cristão, diante de quem ele ocupa o modelo de impecabilidade, ele também apresenta Cristo, o Advogado justo, o único pelo qual podemos encontrar a reconciliação com Deus e a remoção de todo pecado.
Mas com receio de ser mal-entendido, João se apressa em acrescentar que esse cor-retivo divino é pelos pecados de todo o mundo, não só para os cristãos vacilantes. A provisão que restaura um cristão é o mesmo que o perdoou e o purificou. Todo aquele que andar "na luz" pode conhecer a mesma reconciliação e comunhão que somente os filhos de Deus conhecem.

João nos fala de um Deus responsável, mas também de um homem responsável. O Pai fez tudo que era necessário para a restauração do homem, a sua nobre criação. Ele não abandonou a sua responsabilidade quando o homem caiu no pecado. Mas Ele tam-bém não anulou a liberdade do homem e a sua responsabilidade pessoal quando proveu a salvação em Jesus Cristo. A dignidade do homem pode ser vista mesmo no seu estado decaído. Ele pode ter permitido que os poderes do mal o dominassem e, ao mesmo tempo, ele não é nenhum verme rastejando no pó. O pecado também não o privou desse poder de escolha que originariamente o diferenciava de uma marionete. Deus também não trata o homem de maneira diferente do que a nobre criatura que ele criou inicial-mente. Ele foi criado para funcionar em uma posição altiva, física e intelectualmente. Na questão da salvação, Deus espera que o homem se levante e faça parte dos salvos; que se levante e testemunhe; que se levante e escolha; que ande deliberadamente na luz ou continue a andar nas trevas. A esperança da salvação está apoiada na obra propiciatória de Cristo, mas ela também reside, até certo ponto, na habilidade inata do homem de escolher seu próprio destino.

D. O TESTE DA OBEDIÊNCIA, 2:3-6

E nisto sabemos que o conhecemos (3). No capítulo 1, confessar e andar na luz por parte do homem, em conexão com o perdão e a purificação por parte de Deus, resul-tava em comunhão com Deus, com Cristo e com os santos da Igreja. Na seção atual, o resultado da obra restauradora de Cristo é conhecê-lo. Para os gregos, o conhecimento da realidade máxima vinha por meio da contemplação racional; para os gnósticos, ela vinha como resultado de uma experiência mística. Para João, o conhecimento máximo é o conhecimento de Deus em Jesus Cristo e que pode ser obtido pelo processo de ser salvo do pecado. Aqueles que desfrutam da comunhão com Deus também o conhecem. O após-tolo escreve para que saibamos que o conhecemos, ou "que estejamos certos que o conhecemos" (RSV). "Aprendemos a perceber mais e mais claramente que o nosso conhe-cimento é genuíno por intermédio dos seus resultados permanentes na disposição cres-cente para obedecer"?' Esse conhecimento está vinculado à comunhão de 1.7, que é o resultado de participar da vida em Cristo. Em seu evangelho, João diz: "E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem envias-te". "No quarto evangelho, é deixado perfeitamente claro que conhecer a Deus é experi-mentar seu amor em Cristo e corresponder a esse amor por meio da obediência"»

Se guardarmos os seus mandamentos passamos por um teste que valida nosso conhecimento de Deus. Dois outros testes são sugeridos mais tarde (3.14, 24). Isso não quer dizer que cada homem que guarda a lei de Deus seja cristão; muitos observavam os princípios cristãos de vida porque eles são certos e prometem as maiores recompensas -as pessoas são honestas porque "a honestidade é a melhor política". Isso quer dizer que as afeiçoes são estabelecidas sobre os preceitos morais do evangelho e, assim, tornam-se a base da obediência às leis de Deus.

O termo seus mandamentos não se refere aqui somente aos Dez Mandamentos. Guardar os seus mandamentos equivale a guardar a sua palavra (5) e isso significa a verdade de Deus como ela está em Cristo. Isso significa empenhar-se continuamente para ser cada vez mais parecido com Cristo — a andar como ele andou (6). "Conhecer a Cristo, entender a doutrina da sua pessoa e obra não passa de mera teoria; nós apren-demos a conhecê-lo e a saber que o conhecemos ao praticar os seus preceitos".12 Jesus disse: "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" (Mt 7:21). "A religião emocional sem disciplina torna-se sentimental e a religião intelectualizada torna-se estéril [...I A disci-plina moral é o caminho para o caráter cristão".13

Guardar os mandamentos de Deus pode ser equiparado a andar na luz. Os resulta-dos prometidos são somente para aqueles que "continuam a guardar". Nós o conhecemos quando desejamos acima de todas as coisas lhe obedecer, e à medida que continuamos a guardar sua palavra nosso amor por Deus é aperfeiçoado. (1Jo 5eja também 2.15; 3.17; 4.12; 5.3). O grego teteleiotia "significa `tem sido feito perfeito e permanece assim'. A obediência, não o sentimento, é o teste do amor perfeito".' Os mandamentos de Deus foram todos motivados pelo amor, e a única reposta apropriada é a resposta do amor. Nossa comu-nhão com Deus é uma comunhão de amor. "Em si mesmo não é um pensamento surpre-endente e repulsivo, que o amor de Deus deveria habitar em nós em sua medida plena e em sua perfeição simples".' "Em certo sentido, é o amor de Deus pulsando em nosso peito, porque ele é originado, ou melhor, ocasionado por Ele. Mas em um sentido importante ele é humano, porque esse amor é a atividade das nossas suscetibilidades espirituais reve-lando-se de acordo com as leis da mente como gratidão concernente a um benfeitor".16

Se um homem ou mulher são capazes de saber o que significa amar um ao outro de tal maneira que estão dispostos a selar esse amor por meio do matrimônio e a permanecer fiéis um ao outro "até que a morte os separe", não é demais esperar que o cristão professo ame a Deus com uma lealdade não dividida. Paulo disse que "o cumprimento da lei é o amor" (Rm 13:10). E a lei moral de Deus revelada tanto no Antigo como no Novo Testamen-to foi confirmada por Jesus. O mandamento do nosso Senhor é: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento" (Mt 22:37).

E. O TESTE DA VIDA, 2:7-8

Uma melhor tradução para Irmãos (7) é "Amados" (agapetoi). João usa esse termo afetuoso por causa da importância do que ele tem a dizer, e receber a atenção compreen-siva dos seus leitores. Ao usar os termos um mandamento antigo e um mandamento novo parece claro que ele está falando de um mandamento em dois aspectos em vez de dois mandamentos. Superficialmente, poderia parecer que esse mandamento tinha sido dado no Antigo Testamento e era, portanto, antigo; reiterado no Novo Testamento, era, conseqüentemente, novo. Assim, João somente poderia estar se referindo ao mandamen-to de amor, como foi resumido por Jesus em Mateus 22:37-40.

Esse mandamento foi dado desde o princípio. A frase poderia significar desde o princípio da criação, da primeira promulgação da lei mosaica ou do princípio da era apostólica, quando os cristãos receberam o evangelho. A segunda opção é possível, por que a Queda quebrou o relacionamento de amor entre Deus e o homem e a instituição da dispensação mosaica buscava restaurá-la. O mandamento para amar a Deus e nosso próximo tornou-se novo quando foi dado novamente por Jesus sob novas circunstâncias e para alcançar um novo vínculo que a lei era incapaz de estabelecer.

Entretanto, a terceira interpretação é a preferida e de maior significado. No princí-pio, a Igreja havia recebido o mandamento do amor, e agora João está reafirmando a verdade desse mandamento. Ele era antigo porque era a única lei por meio da qual haviam vivido a vida cristã. "Ele era antigo mas não obsoleto, primitivo mas não anti-quado".' Esse mandamento era antigo, à medida que João rememorava o seu significa-do, mas ele era novo em cada estágio de ênfase. Na época da última Páscoa, Jesus disse aos seus discípulos: "Um novo mandamento vos dou" (Jo 13:34). Erich Haupt vê nesse incidente uma distinção na maneira como Jesus demonstrava o seu amor. Nesse estágio do seu ministério, Ele agia na plenitude do seu amor. Ele agia não como Senhor e Mestre mas como Servo, de uma maneira totalmente inesperada. Aos discípulos, na cerimônia do lava-pés, Ele exortou a fazer o que Ele havia feito (Jo 13:15) ; pouco depois, quando anunciou o novo mandamento, ele disse que eles deveriam amar uns aos outros como Ele os amava (Jo 13:34). Somente na última parte da sua vida e ministério Jesus mostrou-se como Modelo para seus discípulos. Antes disso, eles tinham praticado o amor como um dever, mas daqui em diante, eles deveriam amar como Ele amou, espontaneamente, de coração. Isso corresponde exatamente ao que João diz nesse texto — que o cristão "tam-bém deve andar, como ele andou". Talvez no fundo da mente de João havia o pensamento de que foi em seu fervor que Jesus encorajou a imitação da sua maneira de amar. Se esse é o caso, isso leva a uma melhor compreensão do novo mandamento. João estava seguin-do o padrão de pensamento de Jesus.'

F. O TESTE DO AMOR, 2:9-11

João expôs a falácia das reivindicações de alguns membros do grupo que não eram verdadeiros cristãos. Ele o fez em relação à comunhão (1.6), ao pecado (1.8), aos pecados (1,10) e ao conhecimento de Deus (2.4). Em cada caso, ele desafiou a heresia com a verda-de. Ele faz o mesmo aqui em relação ao amor — Aquele que diz que está na luz e aborrece a seu irmão até agora está em trevas (9). O apóstolo traçou contrastes entre luz e trevas, verdade e falsidade, e agora entre amor e ódio. Nesses termos ele aponta inconsistências entre profissão de fé e conduta, bem como erros na teologia. Nin-guém pode fazer melhor do que sabe; mas nesse caso, houve uma ignorância voluntária, decorrente da falha de andar na luz e manter o amor vivo. As trevas tinham cegado os olhos. Desatentos com o que havia acontecido, eles estavam vivendo no passado, um passado brilhante, do qual se gloriavam, enquanto as trevas os engoliam.

Sem dúvida esse tipo de pessoa fazia parte da minoria. Mas o problema era real na 1greja, e João tinha de lidar com isso. Para o corpo principal de "amados" ele escreveu: Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo (10). Ele não tropeça nem cai nas trevas, nem é causador da queda de outros. Ensinamentos heréticos e seus defensores sempre causaram simpatia em um número desproporcional de mem-bros da Igreja e seus líderes. A verdade é menos espetacular, mas sua natureza é eterna.

G. FILHINHOS, PAIS, JOVENS, 2:12-14

Esses versículos apresentam dois problemas: as classes de pessoas endereçadas e a mudança de tempo no verbo "escrever".

Existem dois grupos de três aqui, cada um consistindo em filhinhos, pais e jovens. No primeiro, a palavra grega usada para filhinhos é teknia e no segundo, paidia. A diferença de sentido entre esses dois termos é pequena e João provavelmente não tinha a intenção de ressaltar nenhum tipo de diferença. Em outros lugares na epístola em que uma dessas palavras é usada (2.1, 28; 3.7, 18; 4.4; 5.21), João provavelmente se refere a todo corpo de leitores. A ordem filhos, pais e jovens é ilógica se João estava se dirigindo a grupos etários. Filhinhos é um termo afetuoso dirigido a todos. Ele os divide em dois grupos — pais e jovens. Essa divisão pode ser por idade ou maturidade espiritual, visto que idade e maturidade são geralmente contrastadas com juventude e imaturidade, embora esse nem sempre seja o caso. Ao mesmo tempo, todos podem em um sentido real ser incluídos em cada uma das três categorias.

A mudança de tempos é mais difícil de ser compreendida. O texto grego de Nestle traz grapho (escrevo ou estou escrevendo, no presente indicativo) três vezes e egrapha (escrevi ou tenho escrito, no aoristo) três vezes. A KJV aqui, usando a tradução de um texto grego menos exato, traz escrevo quatro vezes e escrevi duas vezes. A RSV traz "estou escrevendo" três vezes e "escrevo" três vezes, com referência "ao aoristo como `epistolar', equivalente ao presente"?' A ARC traz escrevo no primeiro conjunto de três e escrevi no segundo.

Tem sido sugerido um número de interpretações acerca da mudança do presente para o aoristo. Alfred Plummer enumera sete." Três são mais razoáveis do que as outras. Primeiro, "escrevo" pode referir-se à epístola e "escrevi" ao evangelho de João.

Essa é a escolha de Plummer e, é claro, se baseia na hipótese de que João é o autor das duas obras. Segundo, no uso do aoristo "o autor se volta para o pensamento da parte da carta que ele já havia terminado"." Terceiro, "no presente [...] o apóstolo tem em mente a passagem na qual ele está engajado: no aoristo [...] a epístola está na sua mente, como se ela tivesse sido concluída; ele fala historicamente do conceito intelectual da epístola que precedia a composição atuar." Qualquer uma das duas primeiras é preferível à terceira.

João escreve: Filhinhos, escrevo-vos porque, pelo seu nome, vos são perdoa-dos os pecados (12). O perdão não representa tudo na salvação do pecado, mas é a

porta de entrada para a vida cristã, o início do andar na luz na comunhão cristã. No hebraico, o nome sempre significa o caráter de um indivíduo. Pelo seu nome é uma maneira de dizer que eles foram perdoados por meio da obra propiciatória de Cristo.

Mencionamos que o significado de filhinhos se divide em pais e jovens. Da mesma forma, o perdão de pecados tem dois aspectos: pais pode sugerir conhecimento de Cristo e jovens força para ser vitorioso sobre o mal e o próprio Satanás.

No segundo conjunto de três, João escreve porque seus filhos ("filhinhos", ARA, NVI) conheceram o Pai, uma reiteração de "conhecestes" no versículo 13. Ele então divide esse conhecimento do Pai em dois elementos: conhecimento do Filho e vitória sobre o diabo. A vida cristã tem tanto o lado teórico quanto o prático. O perdão de pecados e o conhecimento de Deus (v.
3) são os fundamentos dos jovens, que naturalmente estavam no apogeu da vida e de um andar vitorioso com Deus. A força para vencer é atribuída a uma comunhão mais pertinente com Deus, em todas as suas ramificações expressas, e mantém tanto jovens quanto velhos no apogeu da vida e no vigor espiritual. Andar na luz da obediência à vontade de Deus e ter a Palavra de Deus habitando no interior nos torna fortes contra todas as forças do mal.

H. AMOR DO MUNDO, 2:15-17

Aqueles que almejam o alto padrão da vida cristã descrito por João devem deixar de amar o mundo e o que no mundo há (15). Isso é assim porque o mundo está na escuridão e o povo de Deus anda na luz. Há uma contradição aparente entre essa res-trição e a própria afirmação de João de que Deus ama o mundo (Jo 3:16). Poderia parecer que somos aconselhados a não amar o mesmo mundo pelo qual Cristo morreu para salvar e do qual todas as pessoas fazem parte. Mas "o mundo que o Pai ama é toda a raça humana. O mundo que não devemos amar é tudo que está alienado dele, tudo que impede o homem de amá-lo em troca [...] O mundo que não devemos amar é o seu rival"." "Eles não deveriam evitar nenhum lugar e nenhum homem; eles deveriam amar todos os lugares e todas as pessoas; mas em todos os lugares e no meio das pesso-as, havia um mundo que eles não deviam amar".25 Esse mundo é o sistema de vida que foi estabelecido pelo homem não regenerado debaixo da influência do mal. Pode se dizer sem sombra de dúvida acerca desse sistema: Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Um coração não pode conter dois amores tão hostis um para com o outro como é o caso do amor da luz e o amor das trevas"." "Somente Deus é digno de ser completamente amado".' "Ninguém pode servir a dois senhores [...] Não podeis servir a Deus e a Mamom" (Mt 6:24).

O que há no mundo que o cristão não deve amar não pode significar todas as coisas que formam o mundo. A expressão é idêntica em significado a tudo o que há no mundo (16). Disso "podemos entender o elemento que faz do mundo o mundo, sua natu-reza e determinação fundamentar.' João não apresenta um catálogo de coisas que com-põem o mundo, mas destaca três aspectos essenciais de mundanismo: a concupiscên-cia da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida.

Alguns escritores têm encontrado nesses aspectos essenciais do mundanismo um paralelo com as três tentações de Jesus no deserto, mas é difícil chegar a conclusões significativas. A concupiscência da carne é a sensualidade; não a tentação de satisfa-zer um apetite legítimo, como ocorreu com Jesus no deserto, mas o desejo pelo abominá-vel como "glutonaria, bebedeira e as relações sexuais irregulares".29 "O significado malé-fico da frase está na palavra 'concupiscência', não na 'carne' "3° Ela encontra sua ilustra-ção no erotismo que é espalhado por meio de imagens, palavras e voz, pelo mundo do entretenimento e da propaganda. Seu perigo está no fato de se esconder atrás da palavra amor. A concupiscência não conhece critério ou norma, somente a satisfação própria. Ela é essencialmente egoísta, irresponsável e autoconsumidora. A carne (sarx) "denota a natureza humana corrompida pelo pecado".31

A concupiscência dos olhos é ilícita, uma "curiosidade lasciva". Essa concupis-cência envolve o que a pessoa não tem. A concupiscência da carne envolve o que ela tem e usa isso para fins maléficos. "Esses dois tipos de concupiscência estão relacionados com o desejo de prazer, e o prazer daquilo que é desejado, mas de tal forma que o elemen-to egoísta se sobressai"." A concupiscência dos olhos envolve não somente os olhos mas também a mente e a imaginação. Ela pode procurar satisfação por meio da mídia, da literatura e arte, e talvez se torne mais marcante quando insatisfeita; sua satisfação completa incluiria ceder à concupiscência da carne. Esse tipo de concupiscência é "a tendência de ser cativado pela exposição exterior das coisas, sem examinar seus verda-deiros valores".' "Nosso autor, olhando para a sociedade contemporânea de um ponto de vista cristão, e julgando-a com uma seriedade mais profunda, a vê como a própria encarnação desse espírito presunçoso e vanglorioso"."

E o mundo que passa (17) é o mundo que os cristãos não devem amar. Mais tarde, João fala em termos escatológicos da "última hora" (2.18), da vinda de Cristo (2.28), da manifestação de Cristo (3,2) e do dia do julgamento (4.17). Isso pode incluir o fim do mundo, quando "os céus, em fogo, se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão" (2 Pe 3.12). Mas aqui o apóstolo não está falando do que acontecerá ao mundo físico. João está pensando no mundo ateísta. A vida que o homem construiu em auto-estima e em oposição a Deus não tem um poder de sobrevivência permanente. O século XX, mais do que qualquer outra época, dá um testemunho poderoso da transitoriedade de todas as coisas temporais e a possibilidade de o homem destruir a civilização que ele mesmo criou, in-cluindo-se a si próprio. Os caminhos do pecado são disseminados com as sementes da sua própria destruição.

O mundo também passa em termos do progresso da história pessoal. O tempo voa e tudo muda. O orgulho, a folia e as atividades sensuais da mocidade e das pessoas de meia idade logo perdem sua atração quando a idade avança, e chegam "os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento" (Ec 12:1).

Em contrapartida, aquele que faz a vontade de Deus permanece para sem-pre. Aqui, João também está falando em termos morais em vez de físicos. A pessoa que está no mundo, mas não pertence a ele, subsiste a tudo que passa por causa da vida que possui em Cristo. Não temos aqui um contraste direto entre o mundo que é temporário e o homem que é eterno por fazer a vontade de Deus. João poderia ter contrastado diretamente o mundo e o Reino de Deus. Mas então ele teria de contrastar o cristão e o pecador, virtualmente dizendo que o pecador também passará. João não está dizendo isso, mas ele atribui imortalidade à vida eterna (espiritual) que o homem recebe por meio de Cristo. Ele parece dizer que o homem pode viver um dos dois tipos de vida na terra — um tipo subsistirá e o outro não.

I. O MUNDO PASSA, 2:18-26

É já a última hora (18). Frases semelhantes ocorrem em outros textos do Novo Testamento (Jo 11:24; At 2:17-1 Pe 1.3; Jd
18) e encontram seu correlativo no "dia do Senhor" dos profetas hebraicos. Alguns escritores são ousados ao dizer que João achava que "a história do mundo [...] estava se aproximando do fim".35 Esse pensamento encon-tra um certo apoio no livro de Apocalipse. Outros o interpretam como que significando "o tempo imediatamente precedendo o retorno de Cristo para julgar o mundo"." Steele diz:

"Essa expressão denota uma crise e não o fim do mundo"." João viu essa crise ser preci-pitada pelas perseguições aos cristãos e que culminou na luta fatal entre a Igreja e o Império Romano. Tanto quanto o apóstolo podia ver, a história não iria continuar seu curso costumeiro. Ele não podia apresentar detalhes porque não foram revelados a ele. Mas sua fé lhe dizia que o justo sobreviveria e o mundo pecador seria destruído. Deus não seria derrotado nessa disputa.

Uma evidência da última hora é a aparição de muitos anticristos. Esses não eram líderes mundiais ou governantes, mas ex-membros da igreja que tinham negado que Jesus é o Cristo (22). Eles eram aqueles que saíram de nós, mas não eram de nós (19). "O rompimento da conexão mostra que essa condição de membro era apenas exteri-or".' Eles eram fruto da crise na qual muitos caíram. Embora João fale de um anticristo que vem (18), de quem o povo tinha ouvido falar, ele não o descreve. Seu anticristo fica distante do "filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus" (2 Ts 2:3-4) de Paulo. Dos fariseus que eram contra Ele, Jesus disse: "Vós tendes por pai ao diabo" (Jo 8:44).

Em contraste com os anticristos lemos acerca daqueles que seguem a Cristo. João diz o seguinte a respeito dos cristãos: vós tendes a unção do Santo (20). "Da forma como o Anticristo tem seus representantes, assim o Santo, o Cristo, tem os seus".'

A unção com óleo sob a aliança mosaica acompanhava somente a consagração de sacerdotes, reis e profetas. Na dispensação cristã, a unção com o Espírito Santo é um privilégio de todos. O resultado do dom do Espírito Santo é o conhecimento. Isso é uma reafirmação de 2.3, e o conhecimento aqui poderia significar o conhecimento de Cristo. Mas seu significado parece ser mais amplo do que isso. A frase sabeis tudo é mais corretamente traduzida por: "Todos vocês conhecem". O significado parece ser que todos os verdadeiros cristãos têm o conhecimento da verdade como é revelada em Cristo. O apóstolo tinha se referido ao Espírito Santo como o "Espírito da verdade" (Jo 14:17), que, quando vier, "vos guiará em toda a verdade" (Jo 16:13). Ele está dizendo aqui que por meio da unção do Espírito Santo as pessoas têm um conheci-mento certo e seguro — não de uma verdade histórica ou científica ou mesmo teológi-ca, mas da verdade salvadora.

João tinha escrito aos cristãos porque reconheceram a verdade quando foi apresen-tada a eles. Ele não lançaria suas pedras aos porcos — os anticristos. Há momentos em que é tolice apresentar o evangelho a certas pessoas. João diz isso porque eles são men-tirosos e querem somente ouvir o que é falso.

Nenhuma mentira vem da verdade (21) ; i.e., a verdade não contém falsidade. Visto que eles aceitavam a falsidade, João não podia oferecer-lhes nenhuma verdade. A negação de Jesus como o Cristo (22) e de Deus como o Pai os incapacitou a ouvir a verdade. A negação de um era a negação de outro (v. 23). Mais do que isso, era a negação da Encarnação. Para João, a Encarnação é o dogma principal da teologia cristã — ela é central, em torno da qual todos os outros dogmas se agrupam e crescem.

Evidentemente, os anticristos estavam ativamente empenhados em tentar enganar (v. 26) os cristãos. João os tinha desmascarado até que foram persuadidos a deixar a Igreja. Ele insta os cristãos a permanecerem firmes, como havia ocorrido desde o prin-cípio (24), na esperança da promessa de vida eterna (25). Essa vida é uma posse presente e uma esperança futura.

J. PERMANECENDO EM CRISTO, 2:27-29

João expressa o relacionamento entre o cristão e seu Deus em termos da unção (27). Deus permanece no cristão por meio da presença contínua do Espírito Santo, e o cristão permanece em Deus. Em uma expressão semelhante, Jesus disse aos seus dis-cípulos: "Estai em mim, e eu, em vós [...] Eu sou a videira, vós, as varas" (Jo 15:4-5). Isso ressalta o tipo de comunhão mais íntima onde os dois lados estão ativamente empenhados em sua continuação.

O Espírito Santo é apresentado como o Mestre e, portanto, não tendes necessida-de de que alguém vos ensine. João não quer dizer que toda instrução humana deve ser descartada, do contrário, ele nunca teria escrito essas palavras de instrução. Em vez disso, de maneira bastante veemente, ele está dizendo que os cristãos não dependem dessa "sabedoria" que os gnósticos afirmavam possuir. João estava advertindo contra essa filosofia ilusória. A semelhança da reivindicação a fontes especiais de conhecimen-to, tanto pela Igreja como pelos falsos mestres, tornou as exortações do apóstolo de gran-de importância para os cristãos do primeiro século.

O Espírito Santo é o "Protetor da ortodoxia". Ele é o Mestre da verdade não adulte-rada; portanto, Ele é o Avalista de que nosso relacionamento duradouro com Deus é uma compreensão inteligente bem como uma intimidade emocional. "A experiência da vida eterna significava crescimento na verdade e posse da verdade".' "À medida que a verda-de é apropriada, a comunhão com o Divino cresce e torna-se mais real"»
Além do mais, os filhinhos devem permanecer nele (28). Eles precisam realizar algo, como em qualquer relacionamento pessoal e em cada processo de aprendizagem.

"O ensinamento que eles receberam no princípio tornou-se o critério para todos os desenvolvimentos posteriores [...] Eles devem permanecer 'no ensinamento dele'. Os ensinamentos primitivos não tinham sido suplantados por uma mensagem mais eleva-da e inteiramente diferente, como ocorria entre os gnósticos. Eles não precisavam de mais ensinamento"."

Um novo motivo é agora acrescentado para permanecerem na verdadeira comu-nhão. Visto que é a "última hora", os cristãos devem estar preparados para encontrar‑se com Cristo quando ele se manifestar. Duas qualidades deveriam caracterizá-los nesse período — eles deveriam ter confiança e não ser confundidos. A primeira qualidade "significa especialmente a confiança destemida com a qual a alma fiel en-contra a Deus"."

No lugar da expressão não sejamos confundidos, a NVI traz: "não sejamos enver-gonhados diante dele na sua vinda". Que cada pessoa que professa ter encontrado a Jesus Cristo "ande na luz", "guarde seus mandamentos", "permaneça nele", seja ensina-da pelo Espírito de tal maneira, que ela não tenha nada na sua vida para se envergonhar aqui e agora ou na sua vinda.

O versículo 29 usa dois verbos gregos para sabeis — oida, "saber", e ginosko, "apren-der a saber"." Podemos ler então: Se sabeis que ele (Cristo) é justo — e vocês sabem se estão sendo ensinados pelo Espírito Santo — vocês também saberão que todo aquele que pratica a justiça é nascido de Deus.

Um pensamento novo, mas relacionado, é introduzido aqui. Por meio da compreen-são dada pelo Espírito Santo, o verdadeiro cristão pode determinar se o outro é um verdadeiro cristão. Isso é discernido ao observar se as ações dele são justas ou não. O cristão será como o seu Mestre, "Jesus Cristo, o Justo" (2,1) ; ele guardará "os seus mandamen-tos" e andará como Cristo andou.

João não fala de justificação pela fé como Paulo, embora a fé na pessoa e obra de Cristo seja fundamental. Um homem torna-se cristão ao receber vida eterna de Cristo. Por essa razão, João não precisa argumentar contra obras de justiça como Paulo fez. De modo simples, o que um homem faz e como age são aspectos intimamente ligados com a sua salvação. A ênfase dos dois apóstolos é diferente, mas eles concordavam que obras justas devem seguir a conversão inicial. "Pelos seus frutos os conhecereis" (Mt 7:20) -conhecer que eles são nascidos de Deus, nascidos de novo do alto.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I João Capítulo 2 do versículo 1 até o 29
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2.1-6 O perdão não remove a obrigação moral de se obedecer aos mandamentos de Deus. Alguns leitores podem entender a promessa em 1.9 como uma licença para pecar, mas João deixa claro que isso seria um abuso e uma aplicação errônea da promessa (v. 1). "Jesus Cristo, o justo" é apresentado como sacrifício, advogado e exemplo. Sua expiação é eficaz em prol dos eleitos de Israel e do mundo inteiro.

Na Bíblia, "conhecer" a alguém envolve íntima comunhão e amor. Conhecer a Cristo significa "guardar seus mandamentos". Esse conhecimento de Cristo é chamado um "aperfeiçoado" amor de Deus (v. 5), não porque nos torne pessoalmente sem pecado, mas porque é irrevogavelmente implantado naqueles que vivem em conformidade com ele. Qualquer um que presuma ter recebido perdão de Deus mas despreze o dom do amor obediente, considerando-o desnecessário, é um "mentiroso". Em vez de receber a "Jesus Cristo, o justo" como Salvador, tal pessoa fabrica um falso cristo, um salvador que se mostra indiferente para com a prática da justiça.

* 2.1 para que não pequeis. João quer que seus leitores respondam à misericórdia de Deus com uma vida de obediência. Essa é uma atitude que demonstra preocupação com aqueles entre os quais havia servido (2Jo 4:6; 3Jo 3, 4). I João não traz detalhes sobre os pecados dos leitores ou os de seus oponentes heréticos (no que difere, por exemplo, de 1 Coríntios).

temos Advogado. A palavra grega é parakletos, "ajudador", tal como um advogado em questão judicial. No evangelho de João, essa palavra é usada para o Espírito Santo (Jo 14:16, 26; 15:26; 16:7). Não se encontra em qualquer outra parte do Novo Testamento, embora seja comum em outra literatura.

* 2.2 propiciação. Propiciação é um sacrifício oferecido a Deus com o propósito de remover a inimizade introduzida pelo pecado entre Deus e aquele que o adora. Somente Cristo pode ser uma propiciação eficaz.

pelos do mundo inteiro. O sacrifício de Cristo é suficiente não apenas para João e sua comunidade imediata, mas é válido em qualquer lugar no mundo. É um sacrifício que não precisa de qualquer adição ou suplemento.

* 2.6 andar assim como ele andou. João pressupõe que seus leitores têm a forma de conhecimento acerca da vida e dos propósitos de Jesus que o evangelho (Jo) confere.

*

2.7-11 O mandamento de Deus em Cristo é, ao mesmo tempo, "antigo" e "novo". É antigo porquanto data do alvorecer da era cristã; os crentes contavam com esse mandamento "desde o começo", quando Jesus Cristo começou a ensinar. E é novo porque é continuamente reaplicado em novos atos de amor, os quais têm em Cristo a sua fonte e "em vós", a sua exteriorização. O amor pertence ao reino da luz, em oposicão às trevas, onde o ódio ainda domina. João fala do amor pelos "irmãos", que Jesus deu como mandamento a seus discípulos pouco antes de sua morte. João traça nitidamente o contraste entre uma comunidade cristã governada pelo amor e o ódio que, fora, impera (Jo 15:18,19).

* 2.7 desde o princípio. Embora João, algumas vezes, refira-se, com essa palavra, ao princípio de todas as coisas (vs.13 14:1-1), ele refere-se aqui ao começo do movimento cristão com a vida e o ensino de Jesus (v. 24; 3.11). Conforme demonstra o versículo seguinte, a vinda de Jesus foi um ponto de reorientação decisivo para o surgimento de uma nova época, o raiar de um novo dia.

* 2.12-14 Os três grupos mencionados nestes versículos são, na realidade, o mesmo grupo, o dos destinatários da carta, caracterizados de diferentes maneiras. São "filhinhos" porque com o perdão de seus pecados foram acolhidos na família de Deus, seu Pai. São "pais" porque o conhecimento de Deus que têm em Jesus Cristo os qualifica a transmitirem esse conhecimento às gerações futuras. São chamados de "jovens" porque sua rejeição decisiva do maligno é uma vitória semelhante à de Jesus, o qual lutou contra Satanás no deserto e foi vitorioso (Mt 4:1-11).

* 2.12 por causa do seu nome. O poder do nome de Jesus está no centro da proclamação dos primeiros cristãos (ver At 2:38-3.6; 4.12). Jo 17:11,12 indica que Deus deu seu próprio nome a Jesus para proteger os discípulos do Senhor e guardá-los em segurança. O nome de Deus cairia em opróbrio se seu perdão viesse a falhar.

*

2.13 porque tendes vencido o Maligno. O tema da vitória é repetido novamente em 5.4,5; ali, a vitória é sobre "o mundo", que se opõe a Deus. A vitória que João descreve consiste em resistir à tentação e manter-se fiel à palavra de Deus. Ela contrasta com a derrota da raça humana por ocasião da Queda (Gn 3). Para João, a vitória na luta contra a tentação já foi efetivamente obtida, visto que nossa união com Deus não pode ser desfeita (Jo 10:27-30).

* 2.15-17 A admoestação moral para não amar o mundo também é orientação prática; pois já está claro que o mundo está passando (v. 17). Como no evangelho de João, "o mundo" é o sistema de rebelião e orgulho que busca destituir a Deus e seu governo. É esse sistema, não a ordem da criação como tal, que "não" é do Pai e que já foi marcada para o julgamento e a destruição (Jo 12:31). Aqueles que não pertencem ao mundo recebem a palavra do Pai da parte de Jesus (Jo 17:14) e, por sua resposta a ela, demonstram que foram escolhidos para a salvação e a vida eterna.

* 2.16 concupiscência... soberba. Os que amam a esse mundo (v. 15) são míopes; buscam satisfação e honra agora (Lc 6:24-26). Em contraste, aqueles que amam o Pai têm uma perspectiva de longo termo e aguardam a recompensa de Deus (Lc 6:20-23).

* 2.17 aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. João não está ensinando que a nossa obediência merece a vida eterna. Somente a obediência de Jesus pôde satisfazer às exigências de Deus. Os crentes recebem a vida eterna como um dom (5,11) e o dom do amor transforma-os de tal modo que eles fazem a vontade de Deus com gratidão (3.16).

*

2.18-28 Desde o momento em que Jesus proferiu julgamento contra esse mundo, permanece sobre o mesmo a "última hora", uma intensificação final da oposição a Deus que termina com o julgamento final. A predição sobre o "anticristo" não é do Antigo Testamento mas de Jesus (Mt 24:5,24). Essa predição começou a cumprir-se na era do Novo Testamento com aqueles que negavam o Pai e o Filho (v. 22) e deixaram a igreja a fim de propagarem seus falsos ensinamentos (v. 19). Sua negação do Filho foi uma rejeição do Pai, que o enviou (2.23; Jo 15:23). Em oposição aos anticristos, os crentes têm uma unção da parte do Espírito Santo (vs. 20,
27) que abre seus corações e suas mentes para que conheçam a verdade salvadora. O Espírito é nosso melhor mestre; ele permanecerá conosco para sempre e nos protegerá das mentiras que poderiam nos afastar de Cristo. O Espírito permanece onde quer que a mensagem do evangelho é recebida, e, ali onde o Espírito permanece, o Filho e o Pai também estão presentes (v. 24).

* 2.18 já é a última hora. João não satisfará o desejo de se "conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade" (At 1:7); antes, ele define todo o tempo compreendido entre a primeira e a segunda vinda de Cristo como "a última hora" (conforme At 2:17; 1Co 10:11). Não importa a duração dessa "hora" em termos do tempo registrado em calendário. Permanecerá verdadeiro que "o tempo está próximo" (Ap 1:3; conforme Ap 1:1; 22:20) para o cumprimento de todas as promessas de Deus.

vem o anticristo... muitos anticristos têm surgido. Essa declaração é comumente compreendida como uma evidente predição de vários anticristos no decurso da história seguidos por um último anticristo no fim (2Ts 2:3-10; 13 11:66-13.18'>Ap 13:11-18). João, contudo, pode estar referindo-se somente a falsos mestres do tipo que já perturbam a igreja (v. 22; 4.3).

* 2.19 saíram de nosso meio. Paulo também adverte quanto aos falsos mestres que hão de surgir dentre os crentes (At 20:29-31). Como no caso de Simão, o mago (At 8:9-24), filiação exterior à igreja não garante a salvação. Apatia interior ou hostilidade ao evangelho podem ser dissimuladas mediante conformidade exterior. Os falsos mestres revelavam sua hostilidade não somente abandonando a igreja, mas também pela maneira como a abandonavam. Visto que saíam para opor-se à palavra do evangelho, o afastamento deles representava uma renúncia à igreja e à sua mensagem como o foi o abandono de Judas da última Ceia (Jo 13:30).

* 2.20 unção que vem do Santo. "Cristo" significa "Ungido", em referência ao ofício ímpar de Jesus como Salvador vindo de Deus. Deus ungiu a Jesus diretamente com o Espírito Santo para ser o perfeito Profeta, Sacerdote e Rei (At 10:38; Hb 1:1-9). Os crentes também têm responsabilidades proféticas, sacerdotais e reais, sendo ungidos com o Espírito Santo (2Co 1:21, 22) para esses deveres (1Co 12).

*

2.22 nega que Jesus é o Cristo? Separar Cristo, o Salvador, do homem Jesus era a marca distintiva do docetismo, a heresia segundo a qual Cristo só aparentava ser um ser humano (Introdução: Data e Ocasião).

* 2.25 vida eterna. Esse é o dom supremo de Deus, mediado por Jesus Cristo (Jo 5:24-27), e concedido gratuitamente aos remidos mediante a fé em Cristo (5.11,13; Jo 3:16).

* 2.27 não tendes necessidade de que alguém vos ensine. Os crentes recebem de Deus uma iluminação através do ministério do Espírito Santo, o qual acompanha a palavra e guarda-nos na verdade do evangelho. Não há contradição alguma em ouvirmos receptivamente a outros crentes, especialmente quando eles estão nos admoestando e instruindo. Eles também possuem o Espírito, e a confusão gerada pelo falso ensino constitui-se em um perigo real (Mt 24:24).

* 2.28 na sua vinda. João refere-se ao retorno visível e final de Cristo no fim da presente era. Então Cristo virá como Juiz; aqueles, porém, que "permanecem" nele, mantendo a confiança na mensagem do evangelho (v. 24), não precisam temer a condenação (Jo 3:17, 18). Ver "A Segunda Vinda de Jesus", em 1Ts 4:16.

*

2.29—3.3 Os crentes, ensinados pelo Espírito, conhecem todo um sistema de verdade e de vida que permanece oculto para aqueles que estão no mundo. É fundamental, contudo, saber que, mesmo sem o reconhecimento, por enquanto, por parte de outros, podemos ter a certeza de que somos "filhos de Deus" e que "nascemos dele". A revelação pública dessa verdade aguarda a revelação pública do próprio Deus, quando ele "se manifestar", por ocasião do segundo advento. Os filhos de Deus apresentarão os traços de família; já agora, à medida em que nossa esperança outorga às nossas vidas uma pureza que se assemelha, por conformidade, à dele, como no fim, quando "seremos semelhantes a ele". Somente então será completo o conhecimento que temos dele, mas mesmo agora nosso conhecimento de que "ele é justo" trará crescente justiça às nossas próprias vidas.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I João Capítulo 2 do versículo 1 até o 29
2:1 João emprega a expressão "filhinhos" de uma forma paternal e afetuosa. Não está menosprezando a seus leitores a não ser lhes mostrando afeto. João nesse momento era muito ancião, tinha empregado grande parte de sua vida no ministério e muitos de seus leitores eram seus filhos espirituais.

2:1, 2 Às pessoas que se sentem culpados e condenadas João lhes oferece confiança. Elas sabem que pecaram, e Satanás (chamado "acusador de nossos irmãos" em Ap 12:10) está exigindo a pena de morte. Quando você se sinta dessa maneira, não perca a esperança. O melhor advogado defensor do universo está a cargo de sua causa. Jesucristo, nosso defensor, é o Filho do Juiz. Já sofreu o castigo em seu lugar. Você não deve tentá-lo outra vez porque já seu nome não está na lista dos processados. Unido com Cristo, está tão seguro como O. Não tema lhe pedir que se faça cargo de seu caso; O já obteve a vitória (vejam-se Rm 8:33-34; Hb 7:24-25).

2:2 Jesucristo é o sacrifício expiatório por nossos pecados (veja-se também 4.10). O pode apresentar-se diante de Deus como nosso mediador porque sua morte satisfez a ira de Deus contra o pecado e pagou a pena de morte por eles. Dessa maneira, Cristo satisfaz os requisitos de Deus e estorva nossos pecados. No somos perdoados e desencardidos.

2:2 Algumas vezes temos dificuldade para perdoar a alguém que nos ofendeu. Imagine quão difícil deve ser ter que dizer a cada pessoa que estamos dispostos a perdoá-la sem importar o que fizerem! Isso é o que fez Deus na pessoa do Jesucristo. Ninguém, sem importar o que tiver feito, está fora da esperança do perdão. Quão único temos que fazer é nos voltar para o Jesucristo e lhe entregar nossa vida.

2.3-6 Como pode estar seguro de que pertence a Cristo? Esta passagem menciona dois modos se soubesse: se você fizer o que Cristo diz e vive como Cristo quer. E o que quer Cristo que façamos? João responde em 3.23 "que criamos no nome de seu Filho Jesucristo, e nos amemos uns aos outros". A fé cristã verdadeira se traduz em uma conduta afetuosa; essa é a razão pela que João diz que nossa conduta nos outorga a segurança de que pertencemos a Cristo.

2:6 "Andar como O andou" ou viver como viveu Cristo não significa escolher doze discípulos, realizar grandes milagres e ser crucificado. Não podemos tratar de imitar a vida de Cristo, porque muito dela teve que ver com sua identidade como Filho de Deus, sua missão especial ao morrer pelo pecado e o contexto cultural do primeiro século do mundo romano. Para viver hoje como Cristo viveu no primeiro século, devemos seguir seu exemplo de total obediência a Deus e de serviço afetuoso às pessoas.

2:7, 8 O mandamento de amar a outros é novo e é antigo ao mesmo tempo. É antigo porque vem do Antigo Testamento (Lv 19:18) e é novo porque Jesus o interpretou de uma maneira totalmente nova (Jo 13:34-35). Na igreja cristã, o amor não se expressa solo ao mostrar respeito; também se expressa mediante a abnegação e o serviço (Jo 15:13). Por essa razão, pode definir-se como "dar incondicionalmente". Vai além dos amigos e chega até os inimigos e perseguidores (Mt 5:43-48). O amor deve ser a força unificadora e a marca distintiva da comunidade cristã. É a chave para andar na luz, porque não podemos crescer espiritualmente enquanto odiamos a outros. Uma relação crescente com Deus produz uma relação crescente com outros.

2.9-11 Isso significa que, se a você não agrada alguém, você não é um cristão? Estes versículos não se ocupam de não aceitar aos cristãos desagradáveis. Sempre haverá pessoas que não nos agradarão tanto como outras. As palavras do João assinalam a atitude que motiva desprezar ou marginar a outros, tratá-los como irritantes, competidores ou inimigos. Felizmente, o amor cristão não é um sentimento a não ser uma eleição. Podemos optar por nos interessar pelo bem-estar das pessoas e nos preocupar com elas com respeito, sintamos ou não afeto por elas. Se optarmos por amar a outros, Deus nos ajudará a expressar nosso amor.

2.12-14 João escreve a crentes de diferentes idades, seus "filhinhos" que tinham experiente perdão por meio do Jesucristo. Os majores ("pais") eram pessoas amadurecidas na fé que mantinham uma relação duradoura com Cristo. Os jovens tinham lutado com as tentações de Satanás e tinham vencido. Os filhinhos e as filhinhas tinham aprendido a respeito de Cristo e logo que começavam sua viagem espiritual. Em cada etapa da vida, a Palavra de Deus é importante. Cada etapa da vida na peregrinação cristã se levanta sobre a outra. À medida que os filhinhos aprendem a respeito de Cristo, vão crescendo em sua capacidade para sobrepor-se à luta das tentações. À medida que os jovens vão de vitória em vitória, crescem em sua relação com Cristo. Os majores, tendo conhecido a Cristo durante anos, desenvolveram a necessária sabedoria para ensinar aos jovens e começar o ciclo novamente. É seu crescimento cristão apropriado para a etapa de sua vida?

2:15, 16 Algumas pessoas pensam que as mundanalidades têm que ver com a conduta externa: com as pessoas com quem nos junto, os lugares que freqüentamos, as atividades de que desfrutamos. Isso não é totalmente certo, porque a mundanalidad começa no coração e se caracteriza por estas três atitudes: (1) desejos da carne, afã pela satisfação de desejos físicos, (2) desejos dos olhos, desejo e acumulação de coisas, e (3) vangloria da vida, obsessão com o nível social ou a importância de um. Quando a serpente tentou a Eva (Gn 3:6), tentou-a nestes três aspectos. Também quando o diabo tentou ao Jesus no deserto, essas foram suas três esferas de ataque (veja-se Mt 4:1-11).

Por contraste, Deus valora o domínio próprio, um espírito generoso e um serviço humilde. É possível dar a impressão de que evitamos os "prazeres mundanos", enquanto ainda albergamos atitudes mundanas em nosso coração. É também possível, como Jesus, amar aos pecadores e passar o tempo com eles enquanto se mantêm os valores do reino de Deus. Quais são os valores mais importantes para você? Sua conduta reflete os valores do mundo ou os valores de Deus?

2:17 Quando é forte nosso afeto pelos bens materiais, é difícil acreditar que um dia se desvanecerá o que desejamos. E pode parecer até muito mais difícil acreditar que a pessoa que faz a vontade de Deus viverá para sempre. Mas essa era a convicção do João apoiada nos fatos da vida, morte, ressurreição e promessas que Jesus fez. Ao saber que este mundo de maldade e seu pecado terá fim, dá-nos ânimo para controlar nossa cobiça, conduta desenfreada e continuar fazendo a vontade de Deus.

2.18-23 João fala do último tempo, o período entre a primeira e a segunda vindas de Cristo. Os leitores de I João no primeiro século viviam no último tempo ao igual a nós. Durante este tempo aparecerão "anticristos" (falsos professores que pretendiam ser cristãos e que enganavam a membros débeis, afastando os de Cristo). Por último, antes que o mundo termine, surgirá um grande anticristo (Ap 13:19-20; Ap 20:10). Entretanto, não devemos temer a esse maligno. O Espírito Santo mostra seus enganos para que não sejamos enganados. Não obstante, devemos ensinar a Palavra de Deus com claridade e com cuidado a quão débeis estão entre nós, de modo que não sejam presa desses falsos professores, que "vêm a vós com vestidos de ovelhas, mas por dentro são lobos rapaces" (Mt 7:15).

2:19 Os anticristos não foram totalmente estranhos à igreja; um dia saíram dela, mas em realidade não pertenceram a ela. João não deu uma razão pela que não permaneceram. É claro que suas razões para formar parte, ao começo, foram equivocadas. Hoje muitas pessoas são "cristãs" por menos que as melhores raciocine. Possivelmente ir à igreja seja uma tradição familiar. Talvez gostam dos contatos sociais e de negócios que podem desenvolver ali. Ou possivelmente o ir à igreja é um hábito de anos, e nunca se detiveram perguntar-se por que o faziam. Qual é sua razão fundamental para ser cristão? A menos que seja uma razão cristocéntrica, você poderia em realidade não sê-lo. Não devesse conformar-se com menos do que é melhor. Você pode relacionar-se com Cristo pessoalmente e chegar a ser um discípulo leal e confiável.

2:20 Pelo general, unção se refere ao derramamento de um azeite especial. O azeite se usava para consagrar aos reis e às pessoas especiais para o serviço (1Sm 16:1, 1Sm 16:13), e também se usa na igreja quando alguém está doente (Jc 5:14). "Mas vós têm a unção do Santo" se poderia ler: "Lhe deu o Espírito Santo pelo Pai e o Filho". Quando uma pessoa se entrega a Cristo recebe o Espírito Santo. Uma das formas em que o Espírito Santo ajuda ao crente e à Igreja é por comunicar a verdade. Jesucristo é a verdade (Jo 14:6) e o Espírito Santo guia aos crentes ao (Jo 16:13). Os que estão contra Cristo também estão contra a verdade, e o Espírito Santo não obra em suas vidas. Quando somos guiados pelo Espírito podemos permanecer contra os falsos professores e do anticristo. lhe peça ao Espírito que o guie cada dia (veja-se 2.27).

2.22, 23 Ao parecer os anticristos da época do João tentavam ser leais a Deus enquanto negavam e se opunham a Cristo. João afirma categoricamente que fazer isso é impossível. Como Jesucristo é o Filho de Deus e o Messías, negá-lo é rechaçar a forma em que Deus se revelou ao mundo. Uma pessoa que aceita a Cristo como o Filho de Deus aceita ao mesmo tempo a Deus o Pai. Os dois são um e não lhes pode separar. Muitos membros de seitas se denominam "cristãos" mas negam que Jesucristo seja divino. Devemos pôr ao descoberto essas heresias e nos opor a sortes ensinos para que os fracos não sucumbam a elas.

2:24 Estes cristãos tinham escutado o evangelho, ao parecer do João mesmo. Sabiam que Cristo era o Filho de Deus, que morreu por seus pecados e que ressuscitou para lhes dar nova vida, e que retornaria para estabelecer seu Reino em forma completa. Mas agora estavam infiltrados pelos professores que negavam as doutrinas fundamentais da fé cristã, e alguns dos crentes estavam em perigo de sucumbir aos argumentos falsos. João os anima a aferrar-se à verdade cristã que escutaram desde o começo de seu andar com Cristo. É mais importante crescer em nosso conhecimento do Senhor que depender de nossa compreensão obtida mediante um cuidadoso estudo, e ensinar essas verdades a outros. Entretanto, por muito que saibamos, nunca devemos abandonar as verdades fundamentais a respeito de Cristo. Jesucristo sempre será o Filho de Deus, e seu sacrifício por nossos pecados é permanente. Não há verdade que possa contradizer estes ensinos bíblicos.

2:26, 27 Cristo tinha prometido enviar ao Espírito Santo para ensinar a seus discípulos e para lhes recordar todas as coisas que Jesus lhes tinha ensinado (Jo 14:26). Como resultado, os cristãos têm ao Espírito Santo neles ("a unção") para evitar que se desviem. Além disso, têm a Palavra inspirada de Deus, que pode revelar os ensinos questionáveis. Para permanecer na verdade de Cristo devemos seguir sua Palavra e seu Espírito. Permita que o Espírito Santo lhe ajude a distinguir a verdade do engano. Para maior informação sobre o Espírito Santo, o que é e faz, vejam-nas notas sobre Jo 3:6; At 1:5 e Ef 1:13-14.

2:27 Cristo vive (permanece) em nós por meio do Espírito Santo, e além nós vivemos em Cristo. Isso significa que pomos nossa absoluta confiança no, dependemos do para direção e fortaleza, e vivemos como O quer que vivamos. Isso significa que nossa relação com O é pessoal e lhe vivifiquem. João usou a mesma idéia no João 15, onde fala de Cristo como a videira e de seus seguidores como os pámpanos (veja-se também 3.24; 4.15).

2:28, 29 A prova visível de ser cristão é sua conduta reta. Muitas pessoas fazem coisas boas mas não têm sua fé posta no Jesucristo. Outros afirmam que têm fé mas estranha vez produzem boas obras. Um déficit, já seja na fé ou na conduta reta, será motivo de vergonha quando Cristo volte. devido a que a verdadeira fé sempre produz boas obras, os que afirmam que têm fé e os que vivem constantemente de forma reta são verdadeiros crentes. As boas obras não produzem salvação (veja-se Ef 2:8-9) mas são necessárias para provar que a verdadeira fé está em realidade presente (Jc 2:14-17).

UM LIVRO DE CONTRASTES

Uma das características distintivas do estilo do João em seus escritos foi seu costume de apresentar ambos os lados de um conflito. Escreveu para mostrar a diferença entre o cristianismo verdadeiro e qualquer outra coisa. Aqui estão alguns de seus contrastes favoritos.

Luz e trevas: Jc 1:5

Mandamento novo e mandamento antigo: Jc 2:7-8

Amar a Deus e amar ao mundo: Jc 2:15-16

Cristo e o anticristo: Jc 2:18

Verdade e mentira: Jc 2:20-21

Filhos de Deus e filhos do diabo: Jc 3:1-10

Vida eterna e morte eterna: Jc 3:14

Amor e ódio: Jc 3:15-16

Ensino verdadeiro e ensino falso: Jc 4:1-3

Amor e temor: Jc 4:18-19

Com vida e sem vida: Jc 5:11-12


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I João Capítulo 2 do versículo 1 até o 29
1. O problema do pecado (1Jo 2:1 ; 11:. Jo 11:51F ). Com estas palavras, João não limita a obra de Cristo a um grupo seleto, mas ele declara a universalidade da redenção. Esta universalidade não significa que todos serão salvos; certamente significa a salvação está disponível a todos os homens que sejam salvos.

c. A Possibilidade de Assurance (2: 3-4)

Muitas vezes João usa a palavra sabe nesta epístola. Os cristãos podem saber a verdade, mas este conhecimento vem no caminho da obediência. A obediência perfeita é o objetivo (v. 1Jo 2:1 ). O erro gnóstico de reivindicar conhecimento especial não relacionado à obediência à revelação de Deus em Cristo é rejeitada pelo autor. Essa pessoa que professa conhecimento sem obediência é um mentiroso, ea verdade não está nele . Esta pessoa não tem o verdadeiro conhecimento de Deus em tudo; ele está completamente fora da fé cristã.

d. A perfeição do amor (1Jo 2:5 ), enquanto aqui no versículo 5 , ele afirma sua ligação com obediência. Obviamente, a manutenção de sua palavra significa o mesmo que manter os seus mandamentos. Sua palavra dá unidade aos vários comandos, e "respostas para o espírito e não ao pé da letra." Esse espírito em questões de obediência no aperfeiçoamento do amor.

A frase amor de Deus é ambígua e pode significar tanto o amor que Deus mostra para o homem ou o homem amor mostra a Deus. Além disso, pode significar o amor que é característico de Deus, que Ele revelou ao homem e comunicada a ele, e que resulta em amor do homem para com seus irmãos e para Deus. "O cristão sabe o amor de Deus e torna-se nele uma fonte de amor, atingir seu completo desenvolvimento na vida humana por meio da obediência vital."

O amor é levado à perfeição em manter sua palavra , mas essa perfeição não é alcançada através do preenchimento de uma série de atos de obediência a um conjunto de mandamentos. Love "atinge o seu pleno crescimento somente quando todo plano de Deus é bem-vinda e absorvido." Tal perfeição do amor não é um desempenho externo perfeita de regras, mas uma harmonia interior com toda a vontade de Deus. No Christian esta perfeição "reside na sua absoluta disponibilidade para aprender e fazer a vontade de Deus." É amar "uns aos outros com um coração puro fervorosamente" (1Pe 1:22 , KJV).

e. O padrão de obediência (1Jo 2:5 ), e na manutenção da sua palavra na sua unidade (v. 1Jo 2:5 ), enquanto que o sinal da comunhão é encontrado na imitação de Cristo. Em uma palavra, o teste da verdade cristã é encontrada em uma união com Cristo que é visto em imitação proposital de Cristo Jesus.

Alguns cristãos erram em seu buscando conhecer as regras corretas para a vida. Muitas vozes são ouvidas proclamando os deveres dos cristãos. Na confusão de comandos humanos não poucos vivem em dúvida e perto de desespero. Em vez de, que estabelece uma lista de regras, João aponta para a pessoa central, e faz dele o padrão. Lançamento da escravidão do medo vem quando se vê Cristo tanto como padrão para conduta e propiciação pelos pecados. Essa pessoa segue a luz que emana de Cristo.Código de ética do cristão é visto na vida de Cristo; seus fracassos na solução find obediência no advogado ; sua plena certeza vem do amor puro encontrado em Cristo e por Ele. Por estes o cristão sabe que ele permanece nele .

O principal encargo da preocupação de João é encontrado na palavra deveria . Um cristão deve dar muita atenção a sua imitação de Jesus; ele deve buscar conhecer a vontade de Deus em tudo. A contemplação da vida de Cristo, conforme revelado nos Evangelhos dá a conhecer o padrão de conduta cristã. A vida de Cristo não consiste em estrita observância das muitas leis. Sua vida foi vivida em espírito de amor e compaixão. "Mandamentos são melhor compreendidas e mais prontamente obedeceu quando viu encarnado em uma vida humana, em vez de quando ouve ou lê. ... Os homens precisam a inspiração de uma pessoa mais do que as sanções da lei." Ao olhar para Cristo ninguém precisa entender mal o que Deus exige dele.

3. A ordem de Cristo (2: 7-11)

7 Amados, não escrevo mandamento novo a vós, mas o mandamento antigo, que tendes desde o princípio:. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes 8 Novamente, uma nova gravação mandamento vos a vós, o qual é verdadeiro nele e em você;porque as trevas vão passando, e já a verdadeira luz alumia. 9 Aquele que diz que está na luz e odeia a seu irmão, está nas trevas até agora. 10 Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e não há há tropeço nele. 11 Mas aquele que odeia a seu irmão está em trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.

Neste parágrafo João elabora ainda mais sobre a observância dos mandamentos do Senhor. Na verdade, ele explica o que significa a imitar o Senhor Jesus Cristo. Ele muda a partir do plural, "mandamentos" (1Jo 2:4) e Sua vida foi vivida no amor. O caminho do cristão do dever é encontrado em sua vida (1Jo 2:6)

João nos versículos 9:11 se torna mais explícito quanto à sua compreensão do mandamento novo e a verdadeira luz . Para fazer o seu pensamento claro que ele define luz defronte escuridão , e amo defronte ódio . O autor vê as relações pessoais em termos de preto e branco. Não há palco no meio do caminho; um está ou na escuridão ou em luz . "A indiferença é impossível. Não há crepúsculo neste mundo espiritual. "

A falsa alegação do gnóstico é repetido novamente (v. 1Jo 2:9 ). Meras palavras sobre a luz sem amor-ação correspondente são falsas. Não pode haver uma luz quando não é o ódio por um irmão . O verdadeiro teste da verdade é a luz (1Jo 1:6 ). O amor a Deus sem amor por um irmão é impossível (1Jo 4:20 ). Para reivindicar o conhecimento de Deus e negar o amor a um irmão pode ser evidência de apenas escuridão .

Um irmão é um do companheiro de Christian. "A idéia de fraternidade sob a nova dispensação é normalmente assim limitada. ... Não é, tanto quanto parece, nenhum caso de companheiros, como homem, é chamado de" irmão "no Novo Testamento." É apenas como vê-se a relação de Cristo para o mundo inteiro que aqueles fora do grupo de crentes pode ser visto como irmãos. Mesmo com pessoas de fora que o relacionamento deve ser de amor (Mt 5:44 ). Amor necessariamente começa em casa no círculo acreditando. Alguns acham que é mais fácil amar as pessoas do mundo a uma distância do que amar o seu vizinho do lado. Para João, o amor cristão é, antes de tudo para o irmão.

Aquele que ama a seu irmão permanece na luz . Uma vez que "Deus é luz" (1Jo 1:5)

12 Eu vos escrevi, meus filhinhos, porque os vossos pecados são perdoados por amor do seu nome. 13 Eu vos escrevi, pais, porque conheceis aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque vencestes o maligno. Eu vos escrevi, filhinhos, porque conheceis o Pai. 14 Eu vos escrevi, pais, porque conheceis aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, ea palavra de Deus permanece em vós, e já vencestes o maligno.

Desde João definiu, quase em uma palavra, o que é para seguir a Cristo, agora ele tem algo a dizer sobre as pessoas que seguem o Senhor Jesus. Ele referiu-se a este grupo como "meus filhinhos" (1Jo 2:1 ).

b. Privilégios pertencentes aos grupos de idade

Em um olhar mais atento para as palavras nos versículos 12:14 observa-se que João está retratando todos os cristãos de três maneiras. As bênçãos de um grupo de idade são as bênçãos dos outros. Todos os cristãos são como crianças na inocência, como pais, na maturidade, e gostam de homens jovens em vigor. Se esta observação está correta, os privilégios são mais listado como uma unidade.

Não é o dom do perdão (v. 1Jo 2:12 ). Essa bênção não se limita a crianças em Cristo, apesar de tudo entrar no Reino na porta do perdão. O perdão é uma realidade para o crente sempre que ele precisa do "Advocate" (1Jo 2:1 ). Além disso, com a palavra de Deus habitando dentro, o cristão "está em contato vivo com a fonte da vida. O dom natural de vigor energético é consagrado a um fim divino por uma voz divina. "Sua palavra é a chave para a vitória espiritual (conforme He 4:12 ).

5. A exclusão do mundanismo (2: 15-17)

15 Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e da vanglória da vida, não é do Pai , mas é do mundo. 17 E o mundo passa, ea sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.

A fim de manter a comunhão com Deus pela obediência, os crentes devem excluir o pecado (1Jo 2:1 ), e amor para o mundo (1Jo 2:15 ). "Os comentaristas geralmente insistem que o termo mundo ... não se refere à ordem de criação (incluindo o homem), mas para a vida dos homens como alienado de Deus. "Apesar de esta definição de mundo geralmente é verdade, João fala da pessoa com "bens do mundo "( 1Jo 3:17) e sobre a existência "neste mundo" (1Jo 4:17 ), sem qualquer conotação de mal. É difícil fazer uma distinção no uso de João entre o mundo como criação e do mundo como pecaminoso. Três coisas, entretanto, pode-se notar na descrição de João do mundo .

1. O mundo não é para ser amado (1Jo 2:15)

Depois de exortar os cristãos nos versos precedentes amar uns aos outros e apreciar os seus privilégios como filhos de Deus, João agora dá uma proibição: Não ameis o mundo . João sabia que a Terra foi criada por Deus, e que os cristãos, juntamente com outros, deve fazer uso dele. Muitas coisas são colocados aqui para gozo e prazer do homem. Mas João também sabia que o mundo tal como existe hoje, tem sido manchado pelo pecado. O mundo material, por si só não se tornou pecadora, mas o homem caído corrompeu a criação de Deus. Os homens agem por egoísmo em vez de por amor. Desde as coisas que estão no mundo têm sido utilizados de forma errada, eles são agora tornar-se instrumentos do maligno.

Nos dias de João a palavra para o mundo (kosmos) tinha adquirido um significado moral. Por isso que ele quis dizer a sociedade humana organizada em princípios errados, possuindo desejos baixos e tendo falsos valores. O mundo estava sociedade pagã com seus falsos padrões e seus falsos deuses. O mundanismo está levando a criação de Deus e tornando-se o fim ou objetivo de vida. É exercerem as suas actividades da vida sem a consideração do Deus que criou estas coisas. O mundo , quando tratados como completa em si mesma se torna um rival a Deus.

Por conseguinte, o cristão não pode amar o mundo . O amor supremo e só de o crente deve ser para Deus, e não deve haver qualquer rival. Para comprometer com o mundo é a rendição. Para amar o mundo é torná-lo um ídolo, e de tal não existe amor do Pai . Jesus ensinou que o homem "não pode servir a Deus e ao dinheiro" (Mt 6:24 ). Paulo escreveu: "Pensai nas coisas lá do alto, não nas coisas que estão sobre a terra" (Cl 3:2 ). Este desejo carnal, que busca a satisfação física em si é a concupiscência da carne . "No Novo Testamento, a carne é que parte da nossa natureza que, quando está sem Deus e sem a graça de Jesus Cristo, oferece uma cabeça de ponte para o pecado. "É mais do que os pecados da carne; que inclui todos os objetivos egoístas. É mais do que o pecado do pecador bruta e notório; ele pode expressar-se no luxo, enquanto outros vivem na miséria.

a concupiscência dos olhos . Esta luxúria "representa um tipo superior de desejo do que o desejo da carne , na medida em que procura mentais prazer onde o outro procura física gratificação. "Ao invés de sua apropriação estar, é contemplação. É um espírito que acredita que a felicidade é encontrada nas coisas visíveis aos olhos, e que encontra as suas alegrias na aparência exterior. Em um dia de publicidade outdoor, telas de cinema e televisão, e os spreads de revistas atraentes, este aspecto do mundo é predominante.

Finalmente, há a vanglória de vida . Este "é a paixão egoísta de viver em superioridade consciente para um de outros homens de acordo com normas e valores do mundo." A mania de fama, posição e poder que habita a alma é do mundo . "Como João vê-lo, o homem do mundo é o homem que julga tudo por seus apetites ... o braggart prepotente que tenta tornar-se um homem muito maior do que ele é."

Aquilo que é do mundo e não do Pai é um princípio do mal no coração do homem. É que a soma de todo o mal chamado por Paulo "o velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano" (Ef 4:22 ). Esta natureza má permanece nos corações dos crentes, pois lhes é dito para arrumar esta velha natureza (conforme Cl 3:8 ). Tudo que o homem amado no lugar de Deus, assim como o desejo (luxúria) para ele, é apenas temporária. O cristão já está em um novo mundo onde a verdadeira luz brilha (1Jo 2:8)

Há um pouco de uma mudança agora no pensamento de João. Onde antes o principal teste de comunhão estava andando na luz, o teste torna-se agora um dos crença. João ensina que ambos doutrina e prática são importantes na 1greja. Ele tem falado sobre a prática; agora ele indica a necessidade de crenças corretas. Algumas pessoas podem considerar que a prática é absolutamente importante e que a crença é relativamente sem importância. Não é assim com João. A negação da verdade também é fatal.

1. A Lie Anticristo (2: 18-23)

18 Filhinhos, esta é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora tem lá surgiram muitos anticristos; . por onde conhecemos que é já a última hora 19 Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; mas eles saíram , para que se manifestasse que não são todos de Nu 20:1 E vós tendes a unção da parte do Santo, e sabeis tudo . 21 Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade. 22 Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anti-cristo, mesmo aquele que nega o Pai eo Filho. 23 Qualquer que nega o Filho, também não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem também o Pai.

1. A Sign of the End (1Jo 2:18)

No versículo anterior João falou sobre o mundo que passa longe. Neste versículo, ele anuncia que esta é a última hora . Há considerável diferença de opinião entre os estudiosos quanto ao significado desta frase. Alguns dizem que isso não pode ser o fim da idade e do retorno de Cristo. Outros sustentam que a última hora se aplica ao período que antecede a volta de Jesus, quando a idade atual chegará ao seu fim. No Antigo Testamento, a expressão "últimos dias" apontavam para a vinda de Cristo e da idade de ouro da supremacia de Deus. Jesus falou do "fim do mundo" como um tempo em que "hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos ... Mas aquele que perseverar até o fim, esse será salvo" (Mt 24:11.) . Jude falou de uma "última vez", no qual seria o ódio, a falsidade, a apostasia, e o aparecimento do Anticristo.

João tem em mente o período final do mal, que culminará na nova era. A época atual está desaparecendo; o novo dia está amanhecendo (1Jo 2:8 ). O conflito com o anticristo é iniciado, e continuará até a segunda vinda. Os cristãos devem viver em constante expectativa do retorno de Cristo (Mt 24:42 ). Se fosse a última hora nos dias de João, é mais verdadeiramente assim hoje.

O termo anti-cristo é peculiar para as epístolas de João, no Novo Testamento (ver v. 1Jo 2:22 ; Jo 4:3 ). João descreve o anti-cristo mais como um espírito do que como uma pessoa se tornar um governante do mundo (v. 1Jo 2:22 ).

b. Incompatível com a Igreja (2: 19-21)

Esses anticristos sobre qual João está escrevendo havia sido intimamente ligado com a Igreja. Eles eram professores do cristianismo, que haviam chegado para o corpo de crentes. Se tivessem sido os verdadeiros seguidores de uma só vez não é clara, mas é possível que alguns deles podem ter sido. Paulo, ao descrever "o homem do pecado", fala de uma "apostasia" (2Co 2:3. ). Este versículo 19 "não diz, ou supor, que todos os cristãos vão ficar para sempre cristãos".

É claro, porém, que esses falsos pessoas não estavam em comunhão com a Igreja no momento em que partiu, para João diz: Eles não eram de nós . As pessoas não se separam de cristãos ainda na fé. Na verdade, é bom que os falsos irmãos afastar-se do grupo, para, em seguida, é feito manifesto quem eles são. Falsos mestres restantes em um grupo cristão são mais perigosos do que quando estão fora. Esses hereges deixou por vontade própria. Aparentemente, João ou os outros líderes não defraudando-os. A Igreja, obviamente, tinha de vida suficiente para fazer falsos profetas se sentir muito desconfortável.

Nos versículos anteriores desta epístola, João escreveu sobre a escuridão ea luz, sobre o mundo e da Igreja, e sobre o pecado e santidade. A escuridão e do mundo estavam fora da Igreja. Mas, nestes versos, alguns escuridão veio para a Igreja. Para a proteção contra esses males, a Igreja tem sido dada a unção do Santo . Este presente serve como guarda contra o erro, e permite que todos os cristãos a conhecer a verdade (v. 1Jo 2:20 , RSV). João estava certo de que essas pessoas sabiam a verdade e que a mentira do anti-Cristo foi evidenciado por seu conhecimento. O Espírito Santo é o grande conservador de verdade, e Sua presença é muito importante para a Igreja (ver notas em vv. 1Jo 2:26-27 ). Estes anti-cristos , em negar o seu Senhor, tinha perdido o Espírito Santo; e por isso a sua comunhão com Deus e com a Igreja tinha sido perdida também.

No versículo 21, João não quer deixar a impressão com seus leitores de que ele não tem confiança neles. Ele declara que eles sabem a verdade . João tem a garantia de verdadeiro conhecimento do cristão, mas escreve apenas para alertar sobre uma possível perda do Espírito (ver v. 1Jo 2:24 ). "O objeto do apóstolo por escrito não é para se comunicar novos conhecimentos, mas para pôr em uso ativo e decisivo o conhecimento que os leitores já possuía." Além disso, ele deixa claro que a mentira do anti-cristo é absolutamente incompatível com o verdade em Cristo. Não há reconciliação possível desses falsos ensinamentos com a revelação de Deus. Seduzindo os professores devem ser completamente evitados.

c. Falso em Doutrina (2: 22-23)

João identifica o verdadeiro mentiroso como aquele que nega que Jesus é o Cristo . Ele diz ainda que é aquele que nega o Pai eo Filho . Aparentemente esses gnósticos, que se tornara o anti-cristo do tempo de João, tentou justificar suas crenças, alegando que eles tinham o Pai , mesmo que negou que Jesus é o Cristo . João é muito enfático em dizer aqui, todo aquele que nega o Filho, também não tem o Pai . Em outras palavras, a visão correta da natureza de Cristo é importante para a posse de Deus, o Pai.

O que, na verdade, eram essas pessoas que negam? No capítulo 1 , é evidente que eles não acreditavam que Cristo estava vindo em carne (ver também 1Jo 4:2)

24 Quanto a você, deixe que permanecerem em vós o que ouvistes desde o princípio. Se o que ouvistes desde o início permanecerem em vós, vós também permanecereis no Filho e no Pai, 25 E esta é a promessa que ele nos prometeu, até mesmo a vida eterna. 26 Estas coisas vos escrevo-vos sobre os que vos querem enganar. 27 E quanto a vós, a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como também ela vos ensinou, vós permanecerdes em ele.

Preocupação subjacente de João ao longo desta epístola é para o bem-estar de seus leitores. Eles estão em perigo se ouvir esses hereges. Esses falsos professores têm uma finalidade, e que é para enganar os seguidores de Cristo (v. 1Jo 2:26 ). "Aqui é a alternativa pavor de perseverança ou apostasia; que, o seu próprio livre arbítrio deve decidir ". Não é a mentira do anticristo; aqui é a verdade desde o início . João define essas duas alternativas, em contraste com as palavras e para você nos versículos 24:27 . O versículo anterior em cada caso, fala da negadores (v. 1Jo 2:23) e aqueles que levam cristãos extraviar (v. 1Jo 2:26 ). João agora apresenta as salvaguardas para o crente.

1. Reino de Deus (2: 24-26)

"O Possuído Cristo é a Verdade que ancora a alma a realidade em tempos de crise." Não há nada que possa substituir a experiência pessoal. O permanente no Filho e no Pai "é um estado habitual da mente, a disposição permanente da alma." As experiências de outros cristãos inspirar uma pessoa, mas nunca pode dar a certeza da verdade nem proteção contra o erro que direta entre em contato com origina Deus.

Esta moradia em Deus é assegurada pela holding do Christian às verdades ouvidas , desde o início . "A crença não é menos central do que o amor em todas as interpretações autênticas do cristianismo." Deve-se lembrar e se apropriar do que já foi recebido.Os ensinamentos originais dadas por Jesus e confirmadas pelos apóstolos estão a ser segurado no coração do crente. Quantas vezes uma pessoa foi salva da rendição para o mal, recordando o que foi aprendido no colo da mãe, ou em uma aula de escola dominical!

Permanecendo no Filho um permanece no Pai . A única maneira de estar no Pai é através do Filho . Anticristos reivindicar a união com Deus, sem Jesus Cristo, mas são totalmente errado. Isto continuou habitando em Deus cumpre promessa de Deus de vida eterna . Eles "que recebem sua doutrina, e continuar em comunhão com o Pai e com o Filho, terá esta a vida eterna." É de tal união com Deus que a segurança reside em que os cristãos enfrentam os hereges que iria levá-los ao erro.

b. Ministrado pelo Espírito Santo (1Jo 2:27)

A segunda salvaguarda contra o erro para o crente é a habitação unção . A raiz dessa palavra (crisma) e de Cristo (Christos) é o mesmo. "A unção é do Ungido ". A palavra significa" uma pomada , em si a própria coisa pela qual unção é efetuada "e pode aludir ao óleo da unção (Sl 14:7 ). Nesta epístola João usa a palavra unção para descrever este dom de Cristo.

O Espírito é dada a todos os cristãos quando eles acreditam (conforme Rm 8:9. ); e Paulo exortou os cristãos a "ser cheio do Espírito" (Ef 5:18 ). Obviamente, o Espírito não só habita no crente, mas também está disponível para maiores derrames (conforme At 2:1 ; At 4:31 ; Ef 3:19. ). É a Sua presença, que é uma salvaguarda para o crente.

Sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, de modo que vocês não precisam que alguém vos ensine . João não tem nenhuma intenção de suprimir ainda mais o ensino para os crentes já que possuem o Espírito Santo; caso contrário, não haveria necessidade desta carta que ele está escrevendo. O que ele quer dizer é que os crentes não têm necessidade para a alta iluminação pretenso dos gnósticos. Esses hereges alegou um conhecimento acima e além do que os cristãos já tinham recebido. A resposta de João é que eles têm "nenhuma necessidade para tal ensino como seus falsos mestres que lhes é proposto." Qualquer ensino diferente daquela unção é absolutamente irrelevante e perigoso. O cristão tem a verdadeira e única fonte de verdade, no Espírito Santo, cujos dons para a edificação são distribuídos por Ele (1Co 12:7 ).

Assim, pode-se ver que a manutenção da comunhão com Deus e com os irmãos é vital no teste da verdade, conforme descrito por João. Essa comunhão premiado continua e cresce quando quatro aspectos da vitória são atingidos. (1) Não há vitória sobre anatureza pecaminosa por meio da obediência a Deus, a confissão do pecado, e da confiança no sangue de Cristo (1Jo 1:7 ). (2) A vitória é adquirida ao longo de atos pecaminosos por dependência do "advogado", seguindo o exemplo de Jesus, e pela obediência ao mandamento do amor (2: 1-11 ). (3) Além disso, há a vitória sobre o mundo pela recusa a amá-lo e pelo reconhecimento de sua natureza transitória (2: 15-17 ). (4) Por fim, a vitória completa sobre o falso ensino é atingido por atender a verdade como derivada dos Apóstolos e pela posse da unção especial de Deus (2: 18-27 ).

Dois elementos essenciais existir na vida de cada crente, ele deve acreditar que a verdade revelada por Deus, e ele deve conformar a sua vida com os padrões revelados. Prática e crença são como as duas margens de um rio; sem que nenhum deixa de haver um rio. Crença sem conduta santa é ortodoxia morta; ética sem fé na revelação de Deus ao homem é um padrão humanista e mudar de vida. Somente na combinação dinâmica de crença correta através da revelação divina, com um amor santo de emissão em uma conduta divinamente ordenada, é a verdade de ser encontrado.

III. A SEGUNDA DUPLA teste da verdade-FILIAÇÃO (1Jo 2:28 , e segue o mesmo padrão do primeiro ciclo, enfatizando a prática necessária de santidade para o cristão, e a crença de direito a respeito de Cristo.

A idéia de filiação é destaque neste segunda divisão da epístola. A palavra "gerado" aparece em 1Jo 2:29 e 1Jo 3:9 João usa as palavras "filhos de Deus", e em 1Jo 3:9 não ocorre em outras partes do epístola.

A. A REALIZAÇÃO DE JUSTIÇA É A PROVA DO NASCIMENTO NOVO (2: 28-3: 24)

Nesta seção João retorna para o lado prático da vida cristã com ênfase na caminhada cristã como evidência do novo nascimento. Em 1Jo 3:24 ele se refere ao testemunho direto do Espírito Santo de Deus no coração do crente, mas a maioria das provas nesta seção é encontrado no testemunho de uma vida santa. Ele usa os termos, pratica a justiça , e, guardamos os seus mandamentos . Esta discussão por João sublinha sua crença de que ninguém é um filho de Deus apenas por profissão. Deve haver a prova correspondente de um andar santo.

1. Viver Santo e da Segunda Vinda (2: 28-3: 3)

28 E agora, meus filhinhos, permanecei nele; que, se ele se manifestar, tenhamos confiança, e não sejamos confundidos por ele na sua vinda. 29 Se sabeis que ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele.

1 Vede que grande amor o Pai derramou sobre nós, que fôssemos chamados filhos de Deus; e como nós somos. Por esta razão o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. 2 Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, se ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque haveremos de vê-lo assim como ele é. 3 E todo o que nele tem esta esperança definir sobre ele purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro.

1. Ousadia diante dEle (1Jo 2:28)

João acaba alertou seus leitores sobre os perigos do anticristo e prometeu-lhes a proteção que vem através da unção do Espírito Santo (2: 18-27 ). Desde permanecer em Cristo pode ser perdida através dos apelos do maligno, o continuou morando em Deus é uma necessidade. Este lugar de segurança não é mantida automaticamente; o crente deve manter esta relação. Assim, João exorta: permanecei nele .

Um incentivo para a morada constante em Cristo é a iminência de sua vinda. Não há dúvida sobre o fato de a segunda vinda. A palavra se não questiona o fato em si, mas marca a incerteza do tempo e das circunstâncias (conforme v. 1Jo 2:29 ). Para preciso ousadia sugere um tipo de julgamento, como Paulo tinha em mente (2Co 5:10 ). Para permanecemos nele, dá a garantia para o dia do julgamento, no momento da sua aparência.

Para ser confundidos diante dele na sua vinda é "a encolher longe Dele em vergonha" (NVI). A frase sugere a idéia de separação de uma pessoa culpada surpreendeu na sua vinda (II Tessalonicenses 1:9. ). Tal não precisa ser o destino dos filhos de Deus quepermanecemos nele agora. A pessoa contemplando a Sua glória como Ele caminha agora pode ter nenhuma surpresa ou choque quando de repente ele aparece nas nuvens.

b. Justo por meio dele (1Jo 2:29)

Dois fatos de conhecimento são sugeridas neste verso. Pode-se saber que ele é justo . A palavra se não está questionando o fato de a justiça divina, mas apenas a percepção humana dele. Se alguém conhece essa verdade, então ele também sabe que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele . A percepção da primeira verdade deve conduzir directamente para a compreensão da segunda. Quando as pessoas não conseguem perceber a santidade de Deus, eles vão deixar de desenvolver um andar santo. O desculpar do pecado na vida do crente resulta de uma parte de conhecimentos sobre a justiça de Deus.

Para ser gerado por ele é nascer d'Aquele que é justo . A partir do versículo anterior este parece ser Jesus Cristo. Não há dúvida relativa à sua justo; mas se o gerado por ele refere-se a Jesus, este é o único lugar nas Escrituras onde o termo "nascido de Cristo" seria usado. João e outros escritores usar as frases, "nascido de Deus" e "nascido do Espírito", mas nunca "nascidos de Cristo." Obviamente, João nunca pensa de Cristo à parte de Deus, ou de Deus da revelação, exceto em Cristo. Para ser "nascido de Cristo" é o mesmo que ser "nascido de Deus." O uso do pronome desta forma teria criado nenhum problema para os ouvintes de João.

A declaração, cada um também que pratica a justiça é nascido dele , não significa que o fazer da justiça traz o novo nascimento. O significado é que quando um é gerado por Deus, ele pratica a justiça . Precisamente, a obediência é a evidência do novo nascimento. Quando alguém se torna um filho de Deus, ele age como uma. Se uma pessoa não está vivendo em obediência a Deus, ele não é um filho de Deus. Em uma palavra, uma vida santa prova conclusivamente que a vida espiritual tem origem em Deus.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I João Capítulo 2 do versículo 1 até o 29
O teste de obediência (1:5—2:6)

João apresenta a imagem da luz (Jo 1:4). Deus é luz; Satanás é o "poder das trevas" (Lc 22:53). Obedecer ao Senhor é andar na luz, e desobede-cer a ele, andar nas trevas. Lembre- se que a comunhão é uma questão de luz e de trevas; a filiação, de vida e de morte (3:4; 5:11 -12). João aponta para o fato de que as pessoas podem dizer que estão na luz quan-do, na verdade, vivem nas trevas. Aqui, observe as quatro "mentiras": (1) sobre a comunhão (1:6-7); (2) sobre nossa natureza, dizer que não temos pecado (1:8); (3) sobre nos-sas obras, a afirmação de que não pecamos (1:10); e (4) sobre a obedi-ência, ao afirmar que guardamos os mandamentos, quando não fizemos isso (2:4-6).

O cristão peca, mas isso não quer dizer que tenha de ser salvo de novo. O pecado na vida do crente interrompe a comunhão, todavia não destrói a filiação. O verdadei-ro cristão sempre é aceito mesmo que não seja aceitável. Como Deus provê para os pecados dos santos? Por meio do ministério celestial de Cristo. Fomos salvos da puni-ção pelo pecado pela morte dele (Rm 5:6-45) e somos salvos todos os dias do poder do pecado pela vida de Cristo (Rm 5:10). "Advogado" é aquele que defende uma causa, a mesma palavra que Jo 14:16 usa para "Consolador". O Espírito Santo é o representante de Cristo para nós, na terra, e o Filho representa-nos diante de Deus, no céu. Deus pode perdoar nossos pecados quando os confessamos, porque as feridas de Cristo testificam sua morte por nós. Leia com atençãoRm 8:31-45 Ef 4:6 no Novo Testamento. Diz que o crente deve aprender pessoalmente com o Espírito, por intermédio da Palavra, e não depender apenas de mestres humanos. O cristão em comunhão com Deus lê e compreende a Bíblia, e o Espírito ensina a ele.

Nos versículos 28:29, João su-gere (como Pedro) que a doutrina e o viver falsos caminham juntos. Levamos uma vida santa diante dos homens quando cremos na verdade de coração e entregamo-nos a ela. Sem dúvida, um dos maiores incen-tivos para a vida santa é o iminen-te retorno de Jesus Cristo. É triste o fato de que alguns cristãos se sen-tirão envergonhados quando Cristo retornar porque não têm habitado (comungado) com ele.
Embora esses capítulos tenham muitos detalhes que devemos exa-minar, a principal lição é clara: o cristão deve obedecer à Palavra, amar o povo de Deus e crer na verdade se quiser comungar com Cristo. O cristão deve confessar de imediato e pedir o perdão de Deus quando o pecado entra em sua vida. Devemos gastar tempo com a Palavra, aprender a verdade e dei-xar que ela tome conta de nossa pessoa interior e a transforme. Ou, pelo lado negativo, o cristão que desobedecer deliberadamente à Palavra, negligenciá-la e não se der bem com o povo do Senhor não tem comunhão com Deus e está em trevas. Não basta falarmos da vida cristã, precisamos praticá-la.

Da perspectiva de Deus, a "propiciação" (2:2 e 4:
10) refere- se ao sentido da morte de Cristo. A morte de Cristo trouxe perdão, porém a justiça de Deus tem de ser satisfeita antes que ele possa perdoar o pecador. Nesse ponto é que entra a propiciação. A palavra dá a idéia de satisfazer a santidade de Deus pela morte de um subs-tituto. Isso não quer dizer que ele estivesse tão irado que Cristo tinha de morrer para que ele amasse os pecadores. A morte de Cristo satis-fez a exigência da Lei do Senhor e, assim, a barreira que havia entre o homem e ele foi derrubada, tor-nando possível que Deus retire o pecado. A palavra "propiciatório" (He 9:5) equivale a "propiciação".

Veja Êxodo 25:1 7-22. O sangue no propiciatório cobria o pecado.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I João Capítulo 2 do versículo 1 até o 29
2.1 Advogado (gr parakletos, "chamado para o lado"). Somente nos escritos de João. Aqui refere-se a Cristo (conforme Jo 14:16, Jo 14:26; Jo 15:26; Jo 16:7), nosso intercessor junto a Deus. A intercessão de Cristo é a aplicação contínua de Sua morte para nossa salvação.

2.4 Deus, sendo luz (1,5) e amor (4.8), torna o pecado e o ódio (9) incompatíveis com um conhecimento genuíno de Deus. Verdade. Aparece 20 vezes nas cartas de João. Consiste principalmente no evangelho que liga o crente com Deus (conforme Jo 14:6).

2.5 O amor para com Deus é aperfeiçoado na plena obediência à Sua palavra.

2.6 Como Ele andou. O padrão de obediência é o exemplo de Cristo (1Pe 2:21; conforme Ct 2:6) mas não seu espírito revelado:
1) nos apetites malignos da carne,
2) no materialismo avarento e transitório e,
3) no orgulho da vida sem Deus (conforme Jc 1:27; Jc 4:4) • N. Hom. Os três inimigos da cristão:
1) o diabo (14);
2) o mundo (15-17);
3) a carne (16 cf. Lc 4:3 ou Cristo, Jo 6:69).

• N. Hom. 2 22 Três marcas de um cristianismo autêntico:
1) Teológica - fé em Jesus como o Cristo, o Filho de Deus encarnado (3.23; 5.5, 10, 13);
2) Moral - obediência aos mandamentos de Deus (3.4; 3.5, 9);
3) Social - amor fraternal (10; 4.7, 8).

2.26 A Profecia de Paulo se cumpre em 40 anos (conforme At 20:29, At 20:30).

2.27 Ensina (conforme Jo 14:26; 1Co 2:9-46). O Espírito e a Palavra (24-26) cooperam suprindo toda a necessidade dos fiéis.

2.29 A prática da justiça é resultado do novo nascimento (Ef 2:10).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I João Capítulo 2 do versículo 1 até o 29
2.1. O ensino Dt 1:7-5 é passível de uma interpretação perversa: “Eu posso pecar porque todos pecam. Deus vai me perdoar. Afinal, para que ele existe?”. Daí a precaução do autor: para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar. Os dois verbos estão no aoristo; atos pecaminosos isolados, e não um curso de vida pecaminoso, está em vista, te-mos\ A lógica exigiria “ele tem” [o que pecou], mas o apóstolo quebra a concordância gramatical para se incluir na provisão da graça. um intercessor. O grego traz paraklétos, um título do Espírito Santo (e por implicação, em Jo 14:16, um título de Jesus) encontrado somente aqui e em Jo 14—16. “Consolador”, “Auxiliador” e “Advogado” corretamente indicam a abrangência de significados. O Espírito Santo é o Consolador, instruído pelo Pai e Filho, dentro do nosso coração; aqui o Senhor Jesus é o nosso Consolador, representando nossos interesses e defendendo a nossa causa perante Deus. A expressão é junto ao Pai — junto (pros, v.comentário de

1,2) àquele que sustenta uma relação de intimidade com o nosso Conselheiro e de graça para conosco. Esse ministério atual do Senhor Jesus é ilustrado em Lc 22:31,Lc 22:32Jo 17:0,Rm 8:27,Rm 8:34, acerca da intercessão dos dois Conselheiros. Embora a nossa restauração dependa da nossa confissão (1.9), o ministério do Conselheiro não depende disso.

v. 2. Ele não somente defende a nossa causa; ele próprio é, em virtude de sua vida sacrificada na morte (1.7), a propiciação pelos nossos pecados, o que restaura a comunhão (v. comentário Dt 1:7). A morte de Cristo, de uma forma que foi prefigurada pelo sacrifício pelos pecados mencionado em Lv 4, quebra a barreira que o pecado erigiu entre Deus e o homem, mas também pelos pecados de todo o mundo\ “pelos pecados” não está explícito no original, mas provavelmente esteja implícito. de todo o mundo: A vida para o mundo por meio da apropriação individual de Cristo na sua morte é ensinada em Jo 6:51. Conforme Mc 10:45; Jo 3:16; Jo 4:42; Jo 11:51,Jo 11:52. Deus ama o mundo todo, e Cristo morreu por sua causa; nisso está o equilíbrio na concentração da carta no amor dentro dos limites da comunidade fraterna cristã (3.16; 5.1). O amor experimentado dentro dos limites vai ser exercitado fora deles; dessa forma, o amor mostra que é divino (Mt 5:44-40). A expiação é a base justa para a paciência de Deus no presente em vista de um mundo rebelde (conforme Rm 3:25); e, de qualquer modo, todos os que estão para ser chamados encontram-se agora “no mundo” (Ef 2:3).

v. 3. Sabemos (“E nisto sabemos, ARC): Uma expressão característica da carta (2.3, 5,29; 3.19.24; 4.2,6,13 5:2) que marca a intenção de oferecer uma série de testes pelos quais o leitor pode descobrir se ele tem ou não a vida eterna (5.13). (Quando o objeto é pessoal [como em 3.19,24], a tradução adequada é “reconhecer”.) A seqüência da argumentação exigiria a afirmação de que a prova de alguém conhecer a Deus está em não pecar; de forma característica, João avança além disso para a expressão positiva: obedecemos aos seus mandamentos. A tão elevada “comunhão com Deus” (1,6) se expressa neste mundo na obediência, e isso a mandamentos reais.

v. 4. V.comentário Dt 1:6; v. 5. E difícil decidir entre amor de Deus e “amor por Deus” como a tradução correta do grego. Talvez se possa achar uma boa argumentação a favor de “amor por Deus” (RSV). A concretização prática (“aperfeiçoamento”, como diria o nosso autor) do amor por Deus não se encontra em êxtases de adoração mística, mas na obediência, em andar como ele andou.

III. O MANDAMENTO (2:7-17)

Essa nova seção foi preparada em 2.3, em que a questão de “não pecar” é desenvolvida no seu aspecto positivo de “obedecer aos mandamentos”. Nesta seção, o ponto de vista dos “mandamentos dele” é estreitado para o mandamento supremo que inclui todos os outros, o do amor (Mt 22:36-40; Rm 13:0), mas, em vista Dt 2:24Dt 3:11 e 2Jo 1:6 — q.v.]). Em um sentido mais amplo, o mandamento é antigo\ é encontrado no AT (Lv 19:18) e, de fato, é uma lei primordial da criação. A sua lei correspondente no mundo físico foi formulada por Newton: “Todo corpo atrai outro corpo com uma força proporcional à sua massa”, com outro princípio impressionantemente próximo: “A cada ação corresponde uma reação igual e contrária”. Os princípios que mantém coeso o Universo físico são assim “imagens do Verdadeiro”, do amor e da justiça, correspondendo às duas grandes declarações teológicas que predominam na carta: Deus é amor e: Deus é luz — embora a natureza mostre os aspectos mais austeros e, por assim dizer, mecânicos, a graça vem por meio de Jesus Cristo. Não obstante, é também um novo mandamento. Em Mt 22:37-40, toda a lei e os profetas são declarados como dependentes dos dois mandamentos do amor a Deus e do amor ao próximo. Mas, ao constituirmos uma nova sociedade, o Senhor editou um novo mandamento como o princípio da sua ordem, o mandamento do amor aos irmãos — enquanto ao mesmo tempo confirma os primeiros dois mandamentos. Esse mandamento é verdadeiro nele, o seu grande exemplo, e, em grau diferente, em vocês. (Acerca de uma distinção semelhante entre os sentidos em que um termo é aplicado a Cristo e a seu povo, v. Mt 17:27; Jo 20:17.) O princípio do amor é verdadeiro no nosso caso porque Cristo entrou em nossa experiência, a verdadeira luz que ilumina todo homem já brilha em nosso coração, e nossas trevas estão se dissipando.

v. 9. A luz é o meio de percepção e reconhecimento, de compreensão e comunhão; e Quem afirma estar na luz (v.comentário de

1,6) mas odeia seu irmão na verdade não sabe nada dessas coisas; ele ainda está na esfera do homem irregenerado (Ef 2:0,23).

v. 10. A luz em que aquele que ama seu irmão permanece ainda significa principalmente comunhão, mas com tudo que está incluído na “santa” comunhão, uma comunhão que é “com o Pai e com o Filho Jesus Cristo”. Quem ama seu irmão permanece na santa comunhão, e não tem dentro de si nenhuma tendência de ser provocado repentinamente ao pecado e, assim, de se tornar causa de tropeço. O pano de fundo Dt 2:9-5 no evangelho está em Jo 11:9,Jo 11:10 e 12.35.

v. 11. odeia-, Não é simplesmente “não gosta”; aqui é o contraste maligno e infernal com o amor divino, desejando ativamente que o mal aconteça ao objeto do seu ódio. Essa pessoa está sob o satânico domínio das trevas e da inimizade; ela é incapaz de discernir a verdadeira natureza de suas próprias ações ou o destino para o qual está se preparando. Psicológica e espiritualmente, o ódio cega os que o alimentam, assim como o amor ilumina. E característica de João negar as cores indistintas da situação humana e de insistir no forte contraste entre o preto e o branco do princípio espiritual subjacente. Sua função não é a de um juiz, pesando todos os fatores (Pv 21:2), mas a de um mestre elucidando a essência da questão, até mostrando as coisas com maior clareza do que são na realidade. A necessidade do ou/ou do amor e do ódio é bem ilustrada em Mc 3:1-41.

v. 12-14. Ao se voltar novamente aos seus queridos Filhinhos, o apóstolo explode em felicitação extática a eles com relação ao lugar deles na família de Deus, ainda mais maravilhoso quando contrastado com as trevas consideradas há pouco. O breve dito lírico consiste em duas estrofes de três linhas cada. Cada uma das três primeiras linhas começa com o verbo no tempo presente (“eu lhes escrevo”), e as últimas três começam com o aoristo (“eu lhes escrevi”) — o que parece somente um artifício para distinguir as estrofes. Dessa forma, a seqüência repetida de filhinhos, pais e jovens sobressai sugestivamente. A idéia de que a primeira série, introduzida com “eu lhes escrevo”, é uma referência à carta, enquanto a série com “eu lhes escrevi” é uma referência ao evangelho não tem fundamento, e a NIV (em inglês) provavelmente faz bem em ignorar a distinção. O mesmo aoristo “eu escrevi” é usado em 5.13, referindo-se à carta. Todos aqueles a quem o apóstolo se dirige na carta são seus amados Filhinhos (2.1 etc.), e assim é improvável que pais e jovens representem diferentes idades; antes, faz parte da experiência cristã combinar a inocência (por meio da graça) das crianças com a maturidade dos pais e (esse sendo o ponto principal) a seriedade moral dos jovens. A ordem natural do dito seria “filhinhos, jovens e pais”; as orientações aos jovens, sendo deslocadas da sua ordem natural, são enfáticas; e o propósito da seção deve ser encontrado nisso. Alguns eruditos, no entanto (com Westcott), consideram que essas palavras são orientações a grupos de diferentes idades.

v. 12,13. Como filhinhos amados, desfrutam do bem principal de ter os seus pecados [...] perdoados, e isso grafas ao nome de Jesus

(2,2) e de conhecerem a Deus como Pai.

v. 13,14. Como pais, os cristãos conhecem aquele que ê desde o princípio, isto é, o Eterno.

v. 13,14. As palavras dirigidas aos cristãos que são jovens, que logicamente viriam entre as outras duas orientações, mas são deixadas para o final por questão de ênfase, declaram que o termo médio entre o simples perdão e a compreensão madura é a firme e séria determinação que é a característica mais nobre do jovem: ser forte, levar a sério a palavra de Deus escrita e avançar na vitória sobre o Maligno.

v. 15. O amor divino, o objeto da ordem, sempre está em perigo de ser esmagado e expulso por um amor rival, o amor ao mundo.
O “mundanismo” é identificado com o amor ao que nele há [no mundo]. Mas, quando perguntamos quais poderiam ser as coisas contidas nesse “o que nele há”, vemos que não são coisas específicas, mas uma referência ao espírito do mundo e os seus valores. O mundanismo é constituído de atitudes, sendo as três atitudes características a sensualidade, o materialismo e a ostentação (C. H. Dodd).

v. 16. A expressão a cobiça da carne é clara o suficiente, significando a noção de que os desejos e apetites têm o direito de insistir na sua satisfação sem referência a uma lei superior. A cobiça dos olhos é o espírito do mundo que atribui valor supremo às coisas que podem ser vistas (em contraste com o valor que a fé atribui ao invisível — 2Co 4:18) e a con-seqüente ganância para obtê-las. Com ostentação, o autor quer dizer “o orgulho ostensivo na posse de recursos do mundo” (Plummer, in: CGT).

v. 17. Mas a morte é tanto o término como também a tendência dessas coisas, e não somente o indivíduo mas também o mundo tem a sentença de morte pendendo sobre si e já está avançando para a sua dissolução, mas aquele que faz a vontade de Deus: Aquele que obedece ao mandamento do amor divino compartilha a vida de Deus e permanece para sempre.

IV. AS UNÇÕES CONCORRENTES (2:18-29)

E nessa seção e na seção VI que a crise que pode ter ocasionado a carta está claramente em vista (v. Introdução e comentário Dt 1:6). A falsidade do novo ensino é expressa num jogo de palavras difícil de traduzir para o português, mas entenderemos melhor se mantivermos em mente que “Cristo” significa “ungido”. Jesus é o Cristo; seu povo reparte a vida dele (Jo 14:19,Jo 14:20) e é em um sentido derivado, mas verdadeiro, constituído de “cristos” que fazem as obras dele, tendo um chrisma {unção, 2.20,27) dele (conforme Jo 14:121ss). É sabido que o fim dos tempos seria anunciado pela aparição do anti-cristo-, mas, diz João, seu espírito jã está em circulação no mundo. Esses falsos mestres são seu povo e repartem seu espírito; eles são anticristos, e sua iniciação (a unção concorrente — o “antibatismo”, poderíamos quase dizer) nesse novo ensino não é um verdadeiro chrisma, mas um antichrisma que os cega (2Ts 2:9-53).

v. 18. João tem sido amplamente censurado por sua declaração: esta é a última hora. Uma declaração moderada desse ponto de vista é a feita por Jelf, citada em CGT, p. 106: “O único ponto em que podemos certamente dizer que os apóstolos estavam enganados, e levaram outros ao engano, é na sua expectativa do retorno imediato de Cristo, e esse é exatamente o ponto do qual o Salvador diz que somente o Pai tem conhecimento”. Mas há muita superficialidade nesse ponto de vista, que demonstra pouca consideração pelo ensino do próprio Senhor com relação à proximidade do fim (Mt 10:23; Mt 16:27; Mt 24:14,Mt 24:30;

25.13), e menos ainda simpatia pelo ensino apostólico regular (1Co 1:7; lTs 1.10; Jc 5:7; 1Pe 1:13). João e seus leitores estavam vivendo numa “hora escatológica”, tensa com os movimentos dos principados invisíveis que poderiam irromper no mundo visível a qualquer momento. Jerusalém tinha caído, e a Roma anticristã já estava fechando o cerco no seu combate mortal contra a igreja. Eram os dias do oitavo imperador, Domi-ciano; seria ele o anticristo, “o oitavo rei” de Ap 17:11? (V. p. 2,250) Até mesmo do nosso ponto no tempo, a avaliação de João foi correta. Há períodos em que o fim chega evidentemente muito perto, mesmo que no passar do tempo a crise diminua e recue. Os períodos do surgimento do Islã, a Reforma, as Guerras Napoleônicas e a época presente são exemplos de tempos carregados do destino. Em uma dessas “últimas horas”, o fim vai irromper repentinamente no seu curso irreversível; a percepção disso fortalece os cristãos para estarem especialmente preparados em épocas assim (e.g., 1Co 7:26). Se perguntarmos se João tinha tudo isso em vista, a resposta deve ser: “muito provavelmente, não”. Os profetas falam de coisas que não sabem (IPe l.lOss), e João tinha boas razões para pensar do seu tempo, assim como nós pensamos do nosso, que era a última hora; embora a palavra aqui seja literalmente “uma última hora”.

Fazia parte da expectativa cristã comum, embora por motivos de prudência fosse passado adiante somente em forma de ensino oral e não de instrução escrita (vocês ouviram'. conforme 2Ts 2:5), o fato de que a aparição da figura sinistra do anticristo anunciaria o fim (conforme o chifre pequeno de Ez 7:0 e as bestas de Ap 13:0) já começou; e, com o surgimento de muitos anticristos, o que impede a aparição do próprio anticristo? Deveriamos observar que a percepção que João tinha da sua situação contemporânea não ia além disso, e os comentaristas não devem ter medo de nos deixar nesse ponto do ensino. [Anticristo: alguém que se apropria da aparência de Cristo e se opõe a Cristo — a ser distinguido dos “falsos cristos” (Mt 24:24), i.e., pretendentes a Messias. Orígenes ensinou que “tudo que Cristo é em realidade o anticristo oferece em aparência; e assim todo o ensino falso que se apropria da aparência da verdade, entre os hereges e até mesmo entre os pagãos, é em certo sentido um anticristo. A encarnação revela o verdadeiro destino do homem na sua união com Deus por meio de Cristo; a mentira do anticristo é que o homem é divino mesmo dissociado de Cristo”. Abreviado de Westcott, p. 69,70.]

v. 19. A separação dos mestres anti-cristãos, distinguindo a sua apostasia da verdade, serve mesmo assim a um propósito solene mas necessário. Não era somente providência divina que as oportunidades deles para o prejuízo fossem limitadas, mas isso também mostrou que eles na realidade não eram dos nossos, ou, como traz a NEB, “para que ficasse claro que nem todos na nossa comunidade verdadeiramente pertencem a ela” — uma advertência salutar para toda igreja. A apostasia entre os que são membros afiliados à igreja pode ocorrer e de fato ocorre, mas somente com aqueles que nunca foram verdadeiramente de Cristo.

v. 20. vocês (enfático) têm uma unção-. A sugestão é que “eles” também tinham a sua “unção” — provavelmente o ritual de iniciação para o seu círculo gnóstico, quando eram admitidos aos ensinos esotéricos. “Vocês, não menos do que eles, estão entre os iniciados” (NEB). A “unção” concedida por Cristo como o Santo é o Espírito Santo, em virtude do qual todos vocês têm conhedmento. Essa tradução é preferível à ARC: “e sabeis tudo” (conforme nota textual da NVI: “vocês conhecem todas as coisas”). O conhecimento da verdade não é privilégio de uns poucos escolhidos, mas de todo o povo de Deus (Jo 18:20Cl 1:28; He 8:11); isso é um forte ataque contra a posição dos hereges.

v. 21. O apelo à fé comum da igreja está fundamentado na convicção do v. 20: A igreja conhece intuitivamente o que pertence à sua fé histórica (a verdade) e vai reconhecer e rejeitar qualquer elemento estranho como uma mentira. Os profetas, sem dúvida, vão pesar as declarações de outros profetas (ICo

14.29), mas o juízo final é o de toda a congregação. v. 22. A mentira do anticristo que está sendo combatida é a negação de que Jesus ê o Cristo e o Filho de Deus (v. Introdução).

v. 24. Essa negação é incompatível com aquilo que ouviram desde o princípio — o evangelho original que agora está sendo corrompido — e por sua natureza essa negação torna impossível essa comunhão, esse permanecer no Filho e no Pai, que (v. 25) é exatamente a natureza da vida eterna (Jo 14:23;

17.3). v. 26. “Chega de falar dos que querem enganar vocês” (NEB).
v. 27. a unção (v. 20) — o Espírito Santo, esse chrisma que nos torna cristãos — permanece e ensina (Jo 14:26). E, portanto, uma impertinência, e pior do que isso, que pessoas venham e ensinem uma doutrina nova. O mestre cristão, desse ponto de vista, simplesmente lembra os seus irmãos do que eles já sabem (ao menos em princípio), esclarece o seu pensamento e os conduz à aplicação prática. O Espírito Santo vai ensiná-los a reconhecer o que pertence e o que não pertence ao evangelho quando eles o ouvirem (Jo 10:5). A palavra “permanecer” (v. 27,28) lembra novamente a figura da videira verdadeira (Jo

15:1-11); a referência ambígua a “ele” {dele, nele) pode ser definida por entendê-la como “Deus em Cristo”. A expressão não sejamos envergonhados diante dele é bem parafraseada na RSV: “não diminuamos diante dele em vergonha”.

v. 29. Mesmo antes de fazer a sua transição dramática em 3.1 para o tópico dos “filhos de Deus”, a mente de João já avançou para esse domínio de pensamento, e ele declara em forma de expectativa que os filhos de Deus vão ser reconhecidos pela conduta correta — sendo o padrão de conduta o próprio caráter de Deus, e, portanto, precisa ser expresso na obediência à vontade dele. V. o comentário Dt 4:7. O “filho do trovão” pega um pedaço sólido e consistente do cerne da seção seguinte para lançá-lo como um projétil contra os mestres apóstatas na sua obstinação.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I João Capítulo 2 do versículo 1 até o 29

I João 2

II. Conduta na comunhão. 1Jo 2:1-29.

O escritor trata agora da conduta do crente que anda na luz. Não há interrupção de pensamento entre os capítulos.


Moody - Comentários de I João Capítulo 2 do versículo 3 até o 6


2) O Padrão para Imitação - "Como Ele andou". 1Jo 2:3-6.

a) A Palavra de Cristo. 1Jo 2:3-5.

Imitação envolve a guarda dos Seus mandamentos.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I João Capítulo 2 do versículo 1 até o 6
1Jo 2:1

Contrariamente a tais ensinos, João apresenta a verdade. Considera o fato de os crentes não serem perfeitos, sem falta; todavia não considera isto como coisa em que se deva ter prazer, porque o seu propósito em escrever é não pecarmos (2.1). No entanto o pecado ocorre, e João passa a falar da provisão divina, que nos depara um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo: e ele é a propiciação pelos nossos pecados (1-2). A palavra traduzida advogado é parácletos, empregada em outra parte do Novo Testamento somente em referência ao Espírito Santo (chamado outro "Paráclito" em Jo 14:16). Sua significação essencial é de "alguém chamado para estar ao lado" de outrem, a fim de lhe prestar assistência. Era usada freqüentemente nos tribunais com relação a advogados de defesa, ou de outros chamados a dar assistência, como por exemplo dar depoimento. A idéia aqui é que Jesus defende pecadores. Temos duas indicações da maneira como Ele age em nosso favor: a primeira está em Ele ser chamado o justo, o que mostra que nosso livramento não vai de encontro à justiça, senão de acordo com ela. A segunda é ser Ele a propiciação pelos nossos pecados. Esta expressão lembra-nos o processo de fazer expiação, mediante a oferta do sacrifício, no Velho Testamento; lembra-nos também a ira de Deus contra toda espécie de mal, ira que tem de ser levada em conta no processo da salvação. Por Sua morte na cruz, Cristo fez perfeita expiação, pelo que não precisamos mais temer a ira de Deus. O próprio Filho de Deus, ao mesmo tempo argumento da defesa e Defensor, sacrifício e Sacerdote, deve impor-se nos desígnios de um Deus que é "fiel e justo" (1Jo 1:9), isto é, fiel às Suas promessas e coerente consigo mesmo.

A seguir vem um teste pelo qual os homens podem saber se, a despeito de suas falhas, estão em relações ajustadas com Deus, andando em comunhão com Ele. O teste consiste em se verificar se guardam os Seus mandamentos ou não, porquanto é impossível conhecer realmente a Deus e tal conhecimento não influir na vida diária. E como Paulo diz: "Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2Co 5:17). Tanto isto é inevitável que a pessoa que diz conhecer a Deus, porém não Lhe guarda os mandamentos, é chamada mentirosa (4). Contrariamente, o amor de Deus é aperfeiçoado, isto é, está atingindo seu objetivo e fim, no homem que guarda a Sua palavra (5). Permanece nele (6). Temos aqui uma referência clara ao ensino de nosso Senhor, registado por João no seu Evangelho (ver Jo 15:4-43). A descrição de vida como um "andar" era expressão favorita de Paulo. O pensamento aqui se liga com 1Jo 1:6-62, acima. A vida cristã deve assinalar-se pela comunhão constante com Deus, o que tanto caracterizou a vida de nosso Senhor.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de I João Capítulo 2 do versículo 1 até o 29

Conquistando

Meus filhinhos, escrevo estas coisas para você, para que não pequeis. ( 2: 1-A )

O Novo Testamento deixa claro que os cristãos, escravos não mais pecar, são dados os meios espirituais para ter vitória sobre o pecado. Forte comando de Paulo aos crentes assume os seus recursos para conquistar o pecado que ainda permanece no corpo unglorified:

Portanto, não deixe que o pecado reine em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências, e não ir em apresentar os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como vivos dentre os mortos, e os vossos membros como instrumentos de justiça de Deus. Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça. ( Romanos 6:12-14. ; cf. 2Co 5:15. ; 1Pe 2:24 )

A lei fez exigências mas não forneceram qualquer poder ou equipando para cumpri-los. Como resultado, ele só condena e não salva.
Forte o amor de João para seus leitores e seu desejo para que eles dar atenção às suas palavras e não o pecado vem através de sua designação do concurso, meus filhinhos, uma expressão que ocorre seis outras vezes nesta carta ( 02:12 , 28 ; 3: 7 , 18 ; 4: 4 ; 05:21 ; cf. 2:13 , 18 ).Ser fiel, confessores diligentes de pecado, como uma expressão de sua nova criação, tornou contrária à sua própria disposição de abusar da graça de Deus, entregando-se ainda mais o pecado (cf. Rm 6:1-2. ; Gl 5:13. ; 1Pe 2:16 ). João estava escrevendo essas coisas paraincentivá-los em santidade consistente, porque eram pessoas regeneradas habitado pelo Espírito Santo, que havia sido libertada do pecado habitual (cf. Rom. 8: 12-13 ; Tito 2:11-12 ; 13 60:1-16'>I Pedro 1:13-16 ). Mais uma vez João ecoa, de forma concisa, seguindo a exortação de Paulo a partir de Romanos 6 ,

E depois? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De maneira nenhuma! Você não sabe que quando você se apresentar para alguém como escravos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus que, embora tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que foram cometidos, e tendo sido libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça, ( vv. 15-18 )

Assim, no final de I João 1 , o apóstolo envelhecimento apresenta novos testes de salvação e uma imagem clara de quem passa esses testes. Os aprovados são os verdadeiros cristãos que abraçam o perdão de Deus, mas não deixam de ser confessores constantes de seu pecado. Essa característica é uma realidade em suas vidas devido a regeneradora de Deus e santificar o trabalho em seus corações, por meio do Espírito Santo ( Jo 16:13 ; Rm 8:15 ), e a Palavra da verdade ( Jo 17:17 ). Crentes genuínos são, portanto, as pessoas que foram purificados de todo o pecado, ainda sinto a sua presença poderosa e estão ansiosos para confessar seus pecados remanescentes e, pelo poder de uma nova vida no Espírito, vencer a tentação.

4. Jesus Cristo: O Divino Advogado de Defesa e a expiação perfeita ( 1Jo 2:1 ; Sl 7:11. ; Hb 0:23. ), Satanás é o acusador ( Zc 3:1 ; cf. 1:9— 11 ; 2: 4-5 ), e cada pessoa que já viveu está em julgamento. A questão é como pecadores injusta pode ser justificado diante de um Deus santo. RC Sproul escreve:

A doutrina da justificação envolve uma questão legal da mais alta magnitude. Trata-se de uma questão de julgamento perante o tribunal supremo de
Deus. O mais básico de todos os problemas que enfrentamos como seres humanos caídos é a questão de como nós, como pecadores injustos pode ter esperança de sobreviver a um julgamento perante o tribunal de um absolutamente santo e absolutamente justo Deus. Deus é o Juiz de toda a terra. Aqui reside o nosso dilema. Ele é justo; somos injustos. Se recebemos de suas mãos o que é justiça devido a nós, enfrentamos o castigo eterno do inferno. ("O Natureza Forense da Justificação", em Don Kistler, ed., a justificação pela fé [Morgan, Pa .: Soli Deo Gloria, 1995], 24)

Todos aqueles que estão diante do tribunal da justiça divina são culpados de violar a santa lei de Deus; eles "são tudo debaixo do pecado, como está escrito: Não há justo, nem um sequer" ( : Rom 3 9-10. , e "qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto, tornou-se) culpado de todos "( Jc 2:10 ). A justa sentença do tribunal divino deve entregar para baixo é a punição eterna no inferno, "Porque o salário do pecado é a morte" ( Rm 6:23 ).

Mas nem tudo está perdido para os culpados, porque não há mais um personagem a considerar neste cenário tribunal divino: o Senhor Jesus Cristo. Ele atua como advogado ou advogado de defesa, para todos aqueles que acreditam Salvadora nEle. Ele é um advogado de defesa mais incomum, no entanto, uma vez que Ele não mantém a inocência de seus clientes, mas reconhece sua culpa. No entanto, ele nunca perdeu um caso e nunca será ( Jo 6:39 ; cf. Rom. 8: 29-30 ). Usando a linguagem da sala do tribunal, Paulo declarou: "Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus Deus é o único que justifica;?, Que é aquele que condena Cristo Jesus é Aquele que morreu, sim, em vez que foi criado, que é à mão direita de Deus, e também intercede por nós "( Rom. 8: 33-34 ; cf. 13 51:2-14'>Cl 2:13-14 ). Essa última frase é a chave para que o Senhor Jesus Cristo infalivelmente ganha absolvição para aqueles que depositam sua fé nEle. Ele intercede junto ao Pai, com base em sua própria substituição para os pecadores na morte sacrificial, que totalmente pagas penalidade do pecado para todos os que confiam nEle para a salvação, atendendo assim as exigências da justiça de Deus. Porque "Ele ... não poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por [eles] todos" ( Rm 8:32 ) e "fez Aquele que não conheceu pecado, o pecado em [seu] nome, de modo que [ eles] tornássemos justiça de Deus em Cristo "( 2Co 5:21 ), Deus "justificado [eles] gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus" ( Rm 3:24. , NVI). O resultado do veredicto divino é que os crentes ", tendo sido justificados [declarados justos] pela fé ... temos paz com Deus por meio de [sua] Senhor Jesus Cristo" ( Rm 5:1 ). Amor e da justiça de Deus foram igualmente satisfeito quando Ele realizou a redenção por meio de Jesus Cristo.

É que drama de tribunal divino que é a base do pensamento do apóstolo João nesta seção. Com base na afirmação gloriosa Dt 1:9. ; Lv 19:2 ; Rm 5:12 ; . Gl 3:22. ; Jc 2:10 ).

A gramática grego da frase , se alguém pecar é instrutiva. O verbo é um subjuntivo terceira classe aorista condicional que transmite a forte probabilidade de ocorrência real. A expressão de João poderia ser traduzida como "se alguém pecar, e isso vai acontecer." Imediatamente após a sua ênfase na primeira parte do versículo 1 que os crentes não têm de pecar, o apóstolo reconhece que eles serão definitivamente (cf. 1: 8 , 10 ). (O pronome que engloba o apóstolo com os "filhinhos", referiu também anteriormente no versículo 1 , mostrando que o apóstolo deve estar se referindo aos pecados dos verdadeiros crentes.

De acordo com a aparência, Deus aparece como o Juiz supremo do universo, sentado no banco celeste e julgar todas as pessoas de acordo com a perfeição absoluta de Sua santa lei. Ele é o autor ( Lv 26:46. ), intérprete ( Sl 119:34. ) da lei. Mas os crentes devem ver a realidade da justiça divina com grande sobriedade e respeito ( 1Pe 1:17 ; cf. At 17:31 ; Cl 3:25 ), uma vez que Deus possui o poder e autoridade para condenar ao inferno a cada pecador que nunca viveu. Jesus deu esta advertência sóbria: "Não temais os que matam o corpo, mas são incapazes de matar a alma; temei antes aquele que é capaz de destruir a alma eo corpo no inferno" ( Mt 10:28. ; cf. Lc 12:5. ). Os profetas do Antigo Testamento também deu aviso claro sobre esse tipo de juízo divino (cf.Amós 5:18-20 ; Sofonias 1:14-18. ).

Aqueles que são salvos, no entanto, não precisa temer a justiça divina, porque eles têm um Advogado para com o Pai, ninguém menos do que Jesus Cristo, o Justo. Aqui advogado traduz parakletos ("aquele que vem junto") e denota em ajustes legais o defensor ou conselheiro que vem para ajudar seu cliente. (Em seu evangelho, João usou o mesmo termo, traduzido ali como "ajudante" ou "Consolador" [ 14:16 , 26 ; 16: 7 ]. para se referir ao apoio dado a cada crente pelo Espírito Santo) Cristo é o advogado perfeito, uma vez que o juiz é seu pai e eles estão sempre em perfeita harmonia (cf. 26:39 Matt. ; Jo 4:34 ). Além disso, o Filho entende completamente as fraquezas humanas dos santos, porque Ele veio ao mundo como o Filho plenamente humano do homem ( Hb 4:14-15. ; cf. Gl 4:4. ). Ele aceita como clientes apenas aqueles que confessam sua culpa e sua necessidade desesperada para recebê-Lo como Salvador e Senhor (cf. Mt 7:21-23. ; 25: 31-46 ; Jo 6:37 ; Jo 10:3. ).

O Perfect propiciação

e ele é a propiciação pelos nossos pecados; e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. ( 2: 2 )

Cristo nunca poderia fazer o seu caso para os santos como seu divino advogado de defesa se ​​não fosse também a sua propiciador que transformou completamente a ira de Deus dos pecadores para Si mesmo, eliminando assim toda a sua culpa e condenação. propiciação através da morte de Cristo é um dos críticos doutrinas da fé cristã, no centro do plano redentor de Deus ( Rm 3:25. ; Rm 5:1 ; Cl 1:20 —22 ; 1 Pedro 1: 18-20 ; cf. Lv 10:17 ; Lv 17:11 ; . Mt 26:28 ; Lc 24:47 ; At 20:28 ; Hb 0:24. ; 13:20 ). Uma compreensão precisa desta verdade em todos os seus aspectos essenciais é vital para a salvação e à busca de uma vida de santidade.

O termo propiciação, na definição e aplicação, é principalmente uma palavra bíblica e teológica. É uma tradução de hilasmos , que significa "apaziguamento", ou "satisfação." Morte sacrificial de Cristo na cruz satisfez as exigências da justiça de Deus, assim apaziguar Sua ira santa contra os pecados dos crentes.

Várias palavras relacionadas fornecer uma compreensão adicional da natureza da propiciação. O verbo hilaskomai ", para a satisfação de fazer" ocorre em Lc 18:13 e He 2:17 . hilasterion se refere ao sacrifício de expiação necessária para aplacar a ira de Deus (cf. Rm 3:25). Os tradutores da Septuaginta ( LXX ) usou esse termo para designar o propiciatório, que estabelece a ligação de propiciação para o sistema de sacrifício do Antigo Testamento:

Eles devem construir uma arca de madeira de acácia, de dois côvados e meio de comprimento, e um ano e meio côvados de largura, e côvados um ano e meio de altura. Você deve sobrepor-a de ouro puro, por dentro e por fora, você deve cobri-la, e que você deve fazer uma moldura de ouro ao seu redor. Você lançará quatro anéis de ouro para ele e prenda-os nos seus quatro pés, e duas argolas de um lado dela e duas argolas noutro lado. Você deve fazer varas de madeira de acácia e revestidos de ouro. Você deve colocar as varas nas argolas nos lados da arca, para levar a arca com eles. Os pólos permanecerão nas argolas da arca; eles não devem ser retirados do sistema. Porás na arca o testemunho que eu te darei. Você deve fazer um propiciatório de ouro puro, de dois côvados e meio de comprimento e côvados de um e meio de largura.Farás também dois querubins de ouro, torná-los de ouro batido, nas duas extremidades do propiciatório. Farás um querubim numa extremidade e um querubim na outra extremidade; fareis os querubins de uma só peça com o propiciatório nas suas duas extremidades. Os querubins terão as asas estendidas para cima, cobrindo o propiciatório com suas asas e de frente para o outro; as faces dos querubins devem ser voltada para o propiciatório. E porás o propiciatório em cima da arca, e dentro da arca porás o testemunho que eu te darei. Não vou encontrar com você; e de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do testemunho, vou falar-vos de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel. ( Ex. 25: 10-22 ; ênfase adicionada para indicar usos de hilasterion na LXX )

O propiciatório era a tampa ou a tampa da arca, situado entre o divino Shekinah glória nuvem em cima da arca e de direito comprimidos dentro da arca. Porque os sacerdotes polvilhado a sede de sangue dos sacrifícios, que era o lugar em que expiação do pecado ocorreu. O sangue aspergido ficou assim entre Deus (o Shekinah) e Sua lei quebrada (os comprimidos). O sangue do sacrifício de animais nunca fez aplacar Deus (cf. Heb. 7: 26-28 ; 9: 6-15 ; 10: 1-18 ), mas imaginou o futuro sacrifício de Cristo que satisfizesse plenamente o Pai ( Heb. 9: 23-28 ; cf.Is 53:6 ; . Mt 20:28 ; . Ef 5:2. ; 6: 8-13 ), as ofertas pelo pecado ( Lv 4:1 ), e ofertas pela culpa ( Lev 5: 14-6: 7. ; 7: 1-10 ) ao longo dos séculos.

Propiciação é necessário por causa da pecados (cf. Sl 7:11. ; Ez 18:4. ; Rm 3:23 ; Rm 6:23 ; 1Ts 1:101Ts 1:10. ). Pecadors quebrar continuamente lei perfeita de Deus ( Jr 17:9a ; Jo 8:34 ; Rom. 3: 9-19 ; 5: 12-20 ; Tiago 1:14-15 ; 2:10 —11 ) e Ele, como o Criador justamente ofendido, deve reagir com justiça em ira santa, ira e julgamento ( Gen. 6: 6-7 ; Dt 25:16. ; 34:21-22 , 34:25 ; . Ps 5 : 4-6 ; Pv 6:16-19. ; Is 59:1-2. ; Jr 10:10. ; Nah 1: 2-3. ; Lc 13:27 ; Lc 16:15 ; Jo 3:36 ; Rm 1:18. ; Rm 2:5 ; Ef 5:6. ). A justiça de Deus devem ser satisfeitas. Cada pecado cometido por cada pessoa que já viveu serão punidos em uma de duas maneiras. Ou a ira de Deus ficará satisfeito quando todos os pecadores impenitentes e incrédulos sofrerão eternamente no inferno ( Mt 13:42. ; Mt 25:41 , Mt 25:46 ; 2Ts 1:92Ts 1:9 ), ou para todos os que, pela condenação e poder do Espírito de regeneração, se arrepender e crer em Jesus Salvadora, a ira de Deus está satisfeito com a punição de Cristo Si mesmo na cruz ( João 3:14-18 ). Punição divina rendeu o perdão de acordo com amor e graça (conforme soberana de Deus Rom 3.: 24-26 ).

Pelo projeto de Deus, retratado na exigência da lei de um cordeiro sem defeito ( . Nu 6:14 ), o Senhor Jesus Cristo tinha que ser sem pecado (cf. 2: 1 ). Caso contrário, ele não teria sido aceitável para o Pai (cf. He 9:14 ) e teria sido sujeito ao juízo de Deus por seus próprios pecados. Mas ele é justo ( Is 53:11. ), santo ( Ap 3:7 ; 18: 37-38 ), imaculado ( He 7:26. ), e separado dos pecadores não— apenas o agente que fez propiciação pelos pecadores, Ele é a propiciação. O profeta Isaías retratou como o sacrifício ideal:

Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, Ele foi moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por Sua pisaduras fomos sarados. Todos nós como ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; mas o Senhor fez com que a iniqüidade de nós todos a cair sobre ele. Ele foi oprimido e ele foi humilhado, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e os da sua geração, que considerou que ele fora cortado da terra dos viventes pela transgressão do meu povo, a quem o curso era devido? Seu túmulo foi atribuído com homens ímpios, mas Ele estava com um homem rico na sua morte, porque Ele nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca. Mas o Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; Ele se tornaria-se como uma oferta pela culpa, ele verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, eo bom prazer do Senhor prosperará na sua mão. ( Isaías 53:5-10. ; cf. 2Co 5:212Co 5:21 ; Ef 5:21Pe 2:241Pe 2:24 ; 1Pe 3:18 )

Todo o plano divino de redenção brota do amor do Pai por pecadores indignos e indignos ( Rm 5:8 ). João fez esta verdade simples, quando escreveu: "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas que Ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados" ( 04:10 ; cf. Tt 3:5 ; Jo 3:16 ; Jo 6:51 ; 1 Timóteo 2: 5-6. ; Tt 2:11 ; He 2:9 , Jo 10:15 ; Jo 17:9 ; At 20:28 ; Rm 8:1 , Rm 8:37 ; . Ef 5:25 ). Apesar da morte do Salvador intrinsecamente teve valor infinito, ele foi projetado para realmente (não potencialmente) Garantir a satisfação da justiça divina apenas em nome de quem iria acreditar.

Crentes judeus teriam entendido propiciação porque eles estavam familiarizados com o sistema sacrificial do Antigo Testamento, a função do propiciatório, e o significado do Dia da Expiação, conforme registrado em Levítico 16:15-17 :

Ele [o sumo sacerdote] deve abater o bode da oferta pelo pecado, que é para o povo, e trará o sangue dentro do véu e fazer com o seu sangue como fez com o sangue do novilho, espargindo-o sobre o propiciatório e na frente do propiciatório. Ele fará expiação pelo santuário por causa das impurezas dos filhos de Israel e das suas transgressões, em relação a todos os seus pecados; e assim ele fará para a tenda da congregação, que permanece com eles no meio das suas impurezas. Quando ele vai para fazer expiação no lugar santo, ninguém será na tenda da reunião até que ele saia, para que ele possa fazer expiação por si e pela sua casa e por toda a congregação de Israel.

No entanto, eles agora entendia "a congregação de Israel" como incluindo prosélitos. Em Cristo todas as limitações nacionais foram suprimidas (cf. At 11:18 ; Rm 1:17. ; 2: 28-29 ). Propiciatório morte de Jesus é para todas as classes de eleitos de Deus, que Ele está chamando pelo nome de Jesus "de toda tribo, língua, povo e nação" ( Ap 5:9 ; Atos 15:14— 18 ; At 26:23 ; Romanos 9:25-26. ; Tt 2:14 ). A obra de Cristo na cruz expiou todos aqueles que seria soberanamente desenhado por Deus para se arrepender e crer (cf. Rm 5:18 ), não para os crentes  que constituíam a igreja nos dias de João. No entanto, sua morte não expiar ou satisfazer a justiça divina sobre os impenitentes, milhões descrentes que vai comparecer perante o juiz no grande trono branco, a partir de onde eles serão condenados à punição eterna no lago de fogo ( Apocalipse 20:11 —15 ).

Mesmo planejando a morte de Jesus, o sumo sacerdote Caifás involuntariamente proferiu palavras que providencialmente afirmados a verdadeira extensão da propiciação de Cristo. João 11:45-52 registra a definição:

Portanto, muitos dos judeus que tinham vindo a Maria, e viu o que ele tinha feito, creram nele. Mas alguns deles foram ter com os fariseus e disseram-lhes o que Jesus tinha feito. Portanto, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus convocou um conselho, e diziam: "O que estamos fazendo? Por que este homem está realizando muitos sinais. Se o deixarmos assim, todos crerão nele, e virão os romanos e tirarão tanto o nosso lugar como a nossa nação. " Mas um deles, Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: "Você sabe absolutamente nada, nem você levar em conta que é conveniente para você que um homem morra pelo povo, e que toda a nação não perecer. " Agora, ele não disse isso por sua própria iniciativa, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação, e não somente pela nação, mas para que Ele também para congregar na unidade os filhos de Deus que andavam dispersos.
Caifás significava apenas que Jesus deve ser executado para poupar a nação e as posições dos líderes de represálias romanas contra eles por causa de Jesus. Caifás falou politicamente, desconhecem as pesadas teológicas implicações de suas palavras. No entanto, porque ele era o sumo sacerdote do Espírito Santo dirigiu as suas palavras (cf. 2Sm 15:27 ; cf. Rom. 2: 28-29 ; 9: 6-18 , Rm 9:27 ). A designação é, portanto, limitar-se aos judeus que haviam crido. Como o apóstolo explicou em Jo 11:52 , Jesus morreu não apenas para os crentes judeus, mas também para os filhos de Deus dispersos. No contexto original do seu evangelho, a referência de João de "filhos de Deus" se refere principalmente aos crentes judeus da dispersão que seria reunido para o reino de Deus (cf. Is 43:5. ). Mas, no sentido mais amplo, que a expressão antecipou a divulgação para os gentios (cf. Jo 12:32 ; He 2:9. ; cf. Gal 3: 7-9. , 26-29 ; Ef. 3: l-6 ).


5. A Certeza da Segurança Cristã ( I João 2:3-6 )

Nisto conhecemos o que temos vindo a conhecê-Lo, se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: "Eu vim a conhecê-lo", e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, ea verdade não está nele; mas qualquer que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus tem realmente sido aperfeiçoado. Nisto conhecemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou. ( 2: 3-6 )

"Segurança", escreveu no século XVII Inglês puritano Tomé Brooks,
é um ato reflexo de uma alma gentil, pelo qual ele claramente e, evidentemente, vê-se em um estado gracioso, abençoado e feliz; é um sentimento sensível, e um discernimento experimental [experimental] de ser de um homem em estado de graça ... A garantia é arca de um crente, onde ele se senta, Noé-like, tranquilo e ainda no meio de todas as distrações e destruições , comoções e confusões. ( Céu na Terra: A Treatise on Cristão Segurança [reimpressão; Edinburgh: Banner da Verdade, 1982], 14, 11)

Segurança faz com que os crentes a se alegrar com o escritor hino, "Bendita segurança, Jesus é meu! O que antegozo da glória divina!" Para possuir a certeza é, em certo sentido, para experimentar o céu na terra. Mas, infelizmente, como Brooks continua a lamentar, garantia
é uma pérola que mais quero, uma coroa que poucos usam .... garantia Pouco bem fundamentada ... pode ser encontrada entre a maioria dos cristãos. A maioria dos cristãos vivem entre os medos e as esperanças, e cair, por assim dizer, entre o céu eo inferno, às vezes, eles esperam que o seu estado é bom, outras vezes eles temem que o seu estado é ruim: agora eles esperam que tudo está bem, e que deve ir bem com eles para sempre; Anon [logo] eles temem que eles perecerão pela mão de um tipo de corrupção, ou pelo Prevalência de tal ou tal tentação; e por isso eles são como um navio em uma tempestade, jogou aqui e ali. ( Céu na Terra, 15, 11)

Segurança não é apenas um privilégio; é também um direito de nascença que os cristãos possuem como membros do corpo de Cristo ( Rm 5:1 ; cf. Sl 4:3 ; Fm 1:61Ts 1:4 ; cf. He 10:22. ). Pedro revelou que essa certeza vem para aqueles que buscam todas as características de santidade com o aumento da diligência ( vv. 5-8 ).

No entanto, apesar de tais mandatos bíblicos, muitos no cristianismo contemporâneo simplesmente ignorar a compreensão bíblica da garantia. Os professores freqüentemente assegurar-lhes que, se eles têm repetido uma certa oração, ido para a frente em uma cruzada evangelística, fez uma profissão de fé, dado assentimento mental ao evangelho, ou mesmo foi batizado, eles estão definitivamente salvo e nunca deve questionar a sua salvação. Tais pessoas não querem examinar a si mesmos como ensina a Bíblia ( 2Co 13:5 ), e eles se arrependerem de seus pecados e abraçar Jesus Cristo como Salvador e Senhor ( Lc 18:13 ; cf. 8: 35-37 ; 16: 27-34 ). Quando essa obra divina (de conversão e regeneração) ocorre ( At 11:18 ; At 16:14 ; At 18:27 ), energizado pelo Espírito Santo, os crentes sentem a sua nova fé e tem a certeza da sua salvação com base em promessas da Escritura (por exemplo, Lc 18:14 ; João 1:12-13 ; Jo 3:16 ; Jo 6:37 ; Jo 10:9 ; Rom. 10: 9-13 ). Por estabelecendo as promessas de Deus sobre o qual repousa a salvação, a Palavra de Deus provê os crentes com uma fonte objetiva de certeza e, além disso, o Espírito Santo dá a garantia subjetiva através fruto espiritual manifesto.

Quase um século depois de Calvino, os escritores da Confissão de Fé de Westminster (1
648) compôs o seguinte parágrafo:
Essa garantia infalível Acaso, não tão pertencem à essência da fé, mas que um verdadeiro crente pode esperar muito tempo, e os conflitos com muitas dificuldades antes de ele ser também participante dele: ainda, sendo habilitado pelo Espírito a conhecer as coisas que lhe são livremente dadas de Deus, ele pode, sem revelação extraordinária, no bom uso dos meios ordinários, atingir thereunto. E, portanto, é dever de todos para dar toda a diligência para fazer a sua vocação e eleição, para que assim seu coração pode ser ampliado em paz e alegria no Espírito Santo, no amor e gratidão a Deus, e em força e alegria no deveres de obediência, os frutos próprios desta garantia; até agora é que a partir de inclinar os homens a frouxidão. (Capítulo XVIII, do artigo III)
Indo além de alguns dos reformadores anteriores (que tinha focadas principalmente em refutar Roma), os teólogos de Westminster abordadas as tendências antinomianas do seu dia, salientando a garantia subjetiva, além de João Calvino (e de Escritura) ensinamento sobre garantia objetiva. Eles enfatizaram exame pessoal que levaria os crentes a reconhecer evidências práticas em suas vidas de obediência à lei e mandamentos morais de Deus. Mas alguns na igreja pressionado ao extremo a idéia de Westminster "que um verdadeiro crente pode esperar muito tempo, e os conflitos com muitas dificuldades" antes de ganhar a plena certeza. Por exemplo, no século XVII, sóbrio, buscando pregação puritanos ingleses 'causado muitas pessoas a ser geralmente carente de garantia, incapaz de desfrutar da confiança, mesmo do fruto evidente da salvação. Como resultado, alguns ficaram com medo, insegura, e obcecado com a introspecção mórbida, o auto-exame rigoroso, e as dúvidas pesados ​​como se ou não eles foram eleitos, ou até mesmo poderia ser. Pastores puritanos escreveu muitos tratados para exortar, encorajar e conforto tais almas aflitas, especialmente expositing que o apóstolo Paulo escreveu a respeito o testemunho do Espírito:

Para todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, a temer novamente, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: "Abba, Pai!" O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. ( Rom. 8: 14-16 )

O testemunho desta garantia implica a obra do Espírito Santo na consciência e as emoções dos crentes para que eles sintam a alegria de seu perdão e por muito tempo para estar na presença de Deus, como crianças com um pai amado. Eles sentem como o Espírito conduz e orienta-los ( 1 Cor. 2: 14-16 ; Gl 5:16-18. , Gl 5:25 ; cf. Lucas 24:44-45 ; Ef. 1: 17-19 ; 3: 16— 19 ; Cl 1:9 ). Eles foram permanentemente selados com o Espírito Santo ( Ef 1:13. ), e nada pode separá-los do amor de seu Salvador ( Rom. 8: 38-39 ). Ao mesmo tempo, porém, a Palavra de Deus também comanda todos os professos cristãos para examinar a sua vida, para ver se a salvação que é reivindicado é realmente autêntico ( 2Co 13:5 : "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio; contra estas coisas não há lei" Segurança da salvação , no sentido subjetivo, vem examinando a própria vida para ver se há indícios de operação do Espírito em um de atitudes. Tais disposições espirituais se manifestam em atos correspondentes do "amor, alegria, paz," e assim por diante, em submissão aos comandos da Escritura.

O propósito de João ao escrever esta carta é claramente indicado em 5:13 : "Estas coisas vos escrevo, a vós que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna." É para dar garantia de salvação para aqueles que de outra forma poderiam ser levados a duvidar. Então, novamente em versos 3 a 6 do capítulo 2, João aborda Segurança-de manifesto a perspectiva de obediência, o que constitui uma prova visível, objetivo que alguém é um cristão. Esse é um elemento crucial no teste moral de João para os crentes, um aspecto que ele divide em três partes: o teste foi dito, o teste aplicado, eo teste exemplificou.

Confiançã declarada

Nisto conhecemos o que temos vindo a conhecê-Lo, se guardarmos os seus mandamentos. ( 2: 3 )

Por isso é uma frase de transição João usado para introduzir um novo conjunto de testes que verificam a salvação e incentivar garantia. João apresentou seus leitores com algumas maneiras adicionais que poderiam verificar se eles estavam andando na luz e teve um relacionamento genuíno com Deus.

O apóstolo afirma o caso com certeza; ele não diz "esperamos", "nós pensamos", ou "nós desejamos", mas nós sabemos. Sabemos que traduz a forma presente do verbo ginosko , e significa perceber algo continuamente pela experiência. Segurança vem obedecendo de Deusmandamentos nas Escrituras. Aqueles que não conseguem fazê-lo pode e deve se perguntar se eles são convertidos e do Espírito Santo está realmente levando-os. Mas crentes obedientes pode ter certeza que eles têm vindo a conhecer Ele (Cristo). O pretérito perfeito do verboginosko (vim a saber) olha para trás em uma ação passada (Salvadora crer em Jesus Cristo), que tem contínuos resultados no presente.

O conhecimento de que João falou não é a mística do conhecimento "escondido" do gnosticismo (que promoveu um segredo, conhecimento transcendente cuja possuidores eram membros de uma fraternidade religiosa elitista), o conhecimento racionalista da filosofia grega (que ensinou que a razão humana poderia desbloquear os mistérios do universo, naturais e sobrenaturais), ou o conhecimento experiencial de hedonismo (que alegou que a verdade última foi descoberto através de experimentar os prazeres do mundo físico). Em vez disso, é o conhecimento da salvação de Cristo, que vem de estar em um relacionamento correto com Ele. O argumento de João, então, é que a obediência externa fornece evidência para se ou não um, transformar a realidade, isto interno de vir a conhecer lugar Jesus Cristo na salvação-tomou.

Escrevendo a Tito, Paulo enfatizou a diferença entre o conhecimento falso e verdadeiro conhecimento: "[Alguns] que conhecem a Deus, mas por seus atos o negam, sendo abomináveis, e desobedientes, e sem valor para qualquer boa ação" ( Tt 1:16 ; cf . 2Tm 3:52Tm 3:5 ).

Mas isso não é verdade da fé cristã que João e os outros apóstolos ensinaram. As pessoas que realmente conhecem a Deus são aqueles que buscam uma vida santa, de acordo com a nova aliança de Deus. O profeta Jeremias explicitada a natureza dessa aliança:

"Eis que vêm dias", declara o Senhor, "quando farei uma nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, e não conforme a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, o meu pacto que eles invalidaram, apesar de eu era um marido para eles ", diz o Senhor. "Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias", declara o Senhor, "Eu vou colocar a minha lei no seu interior e no seu coração eu vou escrevê-lo; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. Eles não vão ensinar novamente, cada um a seu próximo, e cada um a seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor ', porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior deles ", diz o Senhor ", pois lhes perdoarei a sua maldade, e seus pecados não me lembrarei mais." ( Jer. 31: 31-34 )

Novas povo do convênio tem a lei de Deus escrita em seus corações, e que está no coração de uma pessoa controla a forma como ele ou ela vive. Como o escritor de Provérbios observou: "Porque, assim como [a pessoa] pensa em seu coração, assim ele é" ( Pv 23:7 ; Mt 6:21. ; 12: 34-35 ; Rm 6:17. ). Israel ilustrou bem a ligação entre o conhecimento de Deus e obedecê-lo. Mesmo que a nação reivindicou a conhecê-Lo, ela demonstrou o vazio do que reclamar por sua desobediência contínua ( Ex 32:9. ; Nu 25:3 ; 3: 6-8 ; Jr 6:13 ; Jr 8:5 ; Ez 16:59. ; Ez 33:31 ; Mat. 15: 7-9 ; At 13:27 ; Rm 10:3. ). É claro que a obediência que acompanha a salvação não é uma obediência legalista, imposta externamente ou observadas superficialmente e hipocritamente; é uma atitude graciosa de obediência que brota da verdade abraçou internamente, seguindo reveladora do Espírito Santo de que através da Palavra. Mesmo que os crentes ainda lutar com o pecado (cf. 13:23 ; Sl 19:13. ;Rm 8:13. ; He 12:1 ), eles podem concordar com Paulo, que escreveu:

Acho então o princípio de que o mal está em mim, aquele que quer fazer o bem. Pois eu alegremente concordar com a lei de Deus no homem interior, mas vejo outra lei nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente e me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros . Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor! Então, por um lado eu me com a minha mente sou escravo da lei de Deus, mas, por outro, com a minha carne à lei do pecado. ( Rom. 7: 21-25)

A palavra traduzida keep (a forma do verbo tereo ) sublinha a ideia de, uma obediência atento observador. Ele também pode ser traduzida como "guarda", o que, neste contexto, significa que guarda os seus mandamentos. Desde keep é um presente, subjuntivo ativo, que transmite a sensação de crentes salvaguarda continuamente os mandamentos porque considerá-los preciosos ( 5: 3 ; Ed 7:10 ; Sl 119:1 , Sl 119:77 , Sl 119:97 , Sl 119:113 , Sl 119:165 ; Rm 7:22. ). João não queria que seus leitores que se contentar com um padrão marginal ou mínima de justiça. Em vez disso, o apóstolo enfatizou uma extensa obediência que provém de uma verdadeira reverência para com os mandamentos de Deus ( Sl 119:66 ; cf. At 17:11 ; Jc 1:25 ).

Mandamentos é de entole ("liminar", "ordem", ou "comando"), não nomos ("lei"). O termo não se refere à lei mosaica, mas aos preceitos e diretrizes de Cristo (cf. Mt 28:19-20. ). Mas é claro que os preceitos morais e espirituais, o Senhor ensinou foram consistentes com os revelou a Moisés (cf. Mt 5:17-18. ; Jo 5:46 ), todos que reflete a natureza imutável de Deus.

Sob a nova aliança que Deus aceita crentes 'amoroso e sincero, ainda que imperfeita obediência (cf. 1Rs 8:46 ; Pv 20:9. ; cf. Os 6:6. ; Sl 112:1 ; Isa. 48: 17-18 ; Lc 11:28 ). Essa obediência disposto a Escritura na vida diária é um indicador confiável tanto para si e dos outros que se chegou ao conhecimento da salvação de Jesus Cristo (cf. 07:21 Matt. ; Jo 8:31 ; Jo 14:21 ). Ele diferencia o não regenerado do regenerado; Paulo chamou os "filhos da desobediência" não regenerados ( Ef 2:2 ).

Deus honra a obediência é realmente um reflexo do amor genuíno; como João escreveu mais tarde nesta epístola, "nós amamos a Deus e observar seus mandamentos Pois este é o amor de Deus, que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados." ( 5: 3). Mas esse princípio não era novidade para João, como ele tinha ouvido de Jesus anos anteriores no cenáculo e gravou em seu evangelho:

"Se me amais, guardareis os meus mandamentos." ( Jo 14:15 )

"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei, e divulgará-me a ele." ( 14:21 )

"Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos nele morada Quem não me ama não guarda as minhas palavras;. E na palavra que você ouve não é minha, mas do Pai que me enviou. " ( 14: 23-24 )

"Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor." ( 15:10 )

O teste aplicado

Aquele que diz: "Eu vim a conhecê-lo", e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, ea verdade não está nele; mas qualquer que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus tem realmente sido aperfeiçoado. Nisto conhecemos que estamos nele: ( 2: 4-5 )

Em consonância com o apelido de Boanerges ("filhos do trovão") que Jesus deu a ele e seu irmão Tiago, João troveja para aqueles que pretendem têm vindo a conhecer Cristo, mas que não guarda os seus mandamentos. Como ele já havia feito em 1: 6 "Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade", João avisa que sua reivindicação a comunhão é completamente infundado. Quem faz tal afirmação e vive em desobediência é um mentiroso. epíteto do apóstolo corajosamente expõe a perigo de auto-engano a respeito da salvação, que é condenável para aqueles que não conseguem perceber sua cegueira, se arrependerem de seus pecados, e abraçar a verdade (cf. Gl 6:7 ; cf. 1 João 3:18-19 ). Em contraste, aqueles que não obedecem a seus mandamentos demonstrar que a verdade não está emeles. Portanto, João expostos a pretensão vazia de quem assumiu que tinha subido a um nível mais elevado de "verdade divina." Para esses falsos mestres, apresentam-se com os leitores, o seu assim chamado conhecimento os elevou acima questões terrenas prosaicas e torna-se desnecessária qualquer preocupação com a conduta moral ou uma vida piedosa. Mas, como Tiago declarou: "Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma por ... Pois, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta" ( Jc 2:17Jc 2:26 ; cf. . Ef 2:10 ; Hb 0:14. ; I Pedro 1:14-16 ). Aqueles cuja fé é genuína irá obedecer à verdade.

Versículo 5 , em seguida, aplica-se o teste para a garantia de forma positiva. Quem sincera e amorosamente guarda a sua palavra, nele o amor de Deus verdadeiramente tem sido aperfeiçoado. É melhor entender a frase traduzida o amor de Deus como um genitivo objetivo, ou seja, o amor de Deus. João descreve os verdadeiros crentes amor têm para Deus como perfeito, não no sentido da perfeição acabada, mas realização salvação. Na verdade, este verbo grego teteleiōtai é traduzida como "cumprida" em Jo 4:34 ; Jo 5:36 ; e 17: 4 . Ele pode até mesmo significar "iniciar". A concessão sobrenatural deste amor ( Rm 5:5 ; Ef 1:4 , Ef 1:13 ; Ef 4:21 ; Fp 3:9 , 10-11 ; 2Ts 1:122Ts 1:12. ; cf. Cl 1:28 ) e indica uma verdade central da fé cristã. Comentador João Stott resumiu o significado da seguinte forma:

O contexto todo, e especialmente o versículo 6 , sugere que a frase nele novamente refere-se a Cristo. Para ser "em Cristo" é a descrição característica de Paulo do cristão. Mas João usa-lo também. Para ser (ou a "habitar" o versículo 6 ) "in" Ele é equivalente à frase "saber" Ele (3,
4) e para o "amor" Ele (5). Ser cristão consiste na essência de um relacionamento pessoal com Deus em Cristo, conhecê-Lo, amá-Lo, e permanecermos n'Ele como o ramo na videira (Jo. Xv. I ss.). Este é o significado de "vida eterna" (Jo 3 xvii;... I Jo 20:1 Jesus ordenou:

"Permanecei em mim e eu em ti Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim que eu sou a videira, vós sois os ramos;.. Quem permanece em Mim e eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim, nada podeis fazer. " (Cf. vv. 10-11 )

Crentes desenhar a vida espiritual do Senhor Jesus Cristo, como ramos fazer a partir de uma videira. Permanecer em Cristo é permanecer n'Ele, não uma fixação temporária, superficial, mas uma permanente, conexão profunda (cf. Lc 9:23 ; João 6:53-65 ; Fm 1:6 ) . Essa autêntica permanente no Salvador caracteriza aqueles que "continuar na fé alicerçados e firmes, e não se afastou da esperança do evangelho que [eles] ter ouvido" ( Cl 1:23 ; cf. Cl 2:7 ; 0:35 ; Rm 6:4. ; 2Co 5:72Co 5:7. ; Ef 4:1 ; Cl 1:10 ; Cl 2:6. ; 1Ts 4:1 )

"E aquele que me enviou está comigo, Ele não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que é agradável a Ele." ( Jo 8:29 )

"Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para que eu possa levá-la novamente. Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e eu tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai ". ( João 10:17-18 )

"Para que o mundo saiba que eu amo o Pai, eu faço exatamente como o Pai me ordenou." ( Jo 14:31 )

Obviamente, os crentes 'obediência não será perfeito, como Jesus foi. No entanto, Ele estabeleceu o padrão perfeito que eles devem seguir. Se alguém afirma a conhecê-Lo e permanecer Nele, será evidente em sua vida. Ele vai andar na luz-no reino da verdade e da santidade e guarda (obedecer) Seus mandamentos por causa do seu amor apaixonado pela verdade e, ao Senhor da verdade. É aí que reside a chave para a garantia real da salvação.

6. Um novo tipo de Amor ( I João 2:7-11 )

Amado, eu não estou escrevendo um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que você já teve, desde o início; Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. Por outro lado, eu estou escrevendo um mandamento novo, que é verdadeiro nele e em vós, porque as trevas vão passando, e a verdadeira luz já brilha. Aquele que diz que está na luz, e odeia a seu irmão está nas trevas até agora. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e não há motivo para tropeço nele. Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos. ( 2: 7-11 )

O amor é a marca preeminente de um verdadeiro crente. O amor a Deus é a referência de sua relação com Ele, e amor por outras pessoas é o epítome das relações humanas. O Novo Testamento apresenta repetidamente diante da supremacia do amor. Jesus citou dois versículos do Antigo Testamento ( Dt 6:5. ) como prova de que a amar a Deus e ao homem é cumprir o mandamento supremo da lei:

Mas os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se. Um deles, um advogado, pediu-lhe uma pergunta, tentando-o, "Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?" E disse-lhe: "Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e de toda a tua alma e com toda tua mente. ' Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo é semelhante a ele: 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo. " Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. " ( Mateus 22:34-40. ; cf. Mt 7:12 ; Rm 13:10. ; 1Tm 1:51Tm 1:5. ; 13 34:43-13:35'>João 13:34-35 ; Jo 15:9. ; Fp 2:1-4. ; Cl 3:14. ; 1Pe 4:81Pe 4:8 ; Jo 1:4 ; Jo 8:12 ; Jo 12:46 ; . 2Co 4:42Co 4:4. ; João 3:20-21 ; . Ef 5:13 ), e da escuridão representa o reino de Satanás e da morte eterna ( Pv 2:13. ; Mt 8:12. ; Mt 22:13 ; At 26:18 ; Ef 6:12 ; Cl 1:13 ; 1Ts 5:51Ts 5:5 ). Embora a forma da palavra amor aparece apenas uma vez nesta seção, o amor é claramente o tema de João como ele enfatiza a sua primazia como um teste moral para verificar a salvação (cf. 3: 10-11 , 16-18 , 23 ; 4: 7— 12 , 16-21 ; 5: 1-3 ; II João 5:6 ). A passagem descreve o amor como um mandamento antigo, um novo mandamento, e um modo de vida.

O amor como um mandamento antigo

Amado, eu não estou escrevendo um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que você já teve, desde o início; Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. ( 2: 7 )

Ao longo dos séculos pregadores, professores e comentaristas têm chamado João "o apóstolo do amor". Seu amor aos outros crentes a quem ele escreveu muitas vezes manifestou-se pelo termo familiar amado (cf. 3: 2 , 21 ; 4: 1 , 7 ; 3Jo 1:2. , 41-42 ; cf. Gn 45:15 ; Sl 133:1-2. ). No Pentateuco, Deus estabeleceu a lei do amor, em termos inequívocos: "Você não deve tomar vingança, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo, e eu sou o Senhor" ( Lv 19:18 :

Devo nada a ninguém, exceto a amar uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei. Para isso, "Não cometerás adultério, não haveis de assassinato, você deve não roubar, não cobiçarás", e se há algum outro mandamento, tudo se resume nesta palavra: "Amarás o teu próximo como a si mesmo . " O amor não pratica o mal contra o próximo; portanto, o amor é o cumprimento da lei. ( 13 8:45-13:10'>Rm 13:8-10. ; cf. 13 34:43-13:35'>João 13:34-35 ; 1Co 14:11Co 14:1 ; 1Ts 4:91Ts 4:9 ; He 6:10. ; 1Pe 1:221Pe 1:22 ; 1Pe 4:8 ; 1Jo 4:7 )

Existe um vínculo inseparável entre a obediência e amoroso vizinho a Deus e ao; assim, Paulo declara que "o amor é o cumprimento da lei"
A verdade que eles estavam a amar um ao outro era algo que seus leitores . tiveram desde o início O início em vista aqui não é a criação ou a entrega da Lei a Moisés de Deus, mas o início de sua vida cristã (cf. 2: 24 ; 3:11 ; 2Jo 1:6 ; Marcos 12:28-34 ; cf. Mt 5:43-48. ; Lc 6:27-36 ). Quando os leitores de João tornou-se cristãos, eles se comprometeram a obedecer à lei de Deus, amá-lo, e amar os outros, os quais Jesus ensinou e exemplificou durante Seu ministério terreno ( Mt 5:1-7: 27. ; 16: 24-27 ; 19: 16-26 ; 28: 18-20 ; Lucas 10:29-37 ; 14: 25-35 ; Jo 4:21-24; Jo 1:14.) que Ele é ao mesmo tempo Filho de Deus (Mc 1:1), o profeta prometido, Sacerdocio (Heb 4 (Dt 18:15, Dt 18:18).:. 14-5: 10 ), Rei (Is 9:7), e Redentor (1Co 1:30; Gl 3:13; 4:... 4-5; conforme Is 59:20) —constitutes o espírito do anticristo.

Uma visão igualmente intoleráveis, e mais comum nos dias de João, quando o gnosticismo incipiente ameaçava a igreja, é negar que Cristo nasceu, viver, morrer, subindo, e subindo como um verdadeiro homem-veio em carne humana (conforme Fil. 2 : 5-9; Cl 2:9; conforme Jo 10:1; Colossenses 2:4-5, 16-19), adulterar sua confiança espiritual (conforme 1Tm 6:3a), levá-los a duvidar da suficiência da Palavra (2 Tm 3: 16-17; conforme Cl 2:20-23.) e ser confundido ou tenha dúvidas sobre as doutrinas fundamentais (Gl 3:1).

As características dos cristãos

Mas você tem a unção do Santo, e todos sabem. Eu não escrevi para você, porque você não sabe a verdade, mas porque você sabe disso, e porque nenhuma mentira vem da verdade ... Quanto a você, deixe que permanecerem em vós o que ouvistes desde o princípio. Se o que você ouviu, desde o início, fica em vós, também permanecereis no Filho e no Pai. Esta é a promessa que Ele mesmo fez para nós: a vida eterna .... Quanto a vós, a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é uma mentira, e assim como ela vos ensinou, você permanecer nele. (2: 20-21, 24-25, 27)

Anticristos oposto estão os verdadeiros cristãos que são pessoas comprometidas com a verdade. Em sua segunda carta, João escreveu à igreja: "Eu estava muito feliz por encontrar alguns dos seus filhos andam na verdade" (v 4a.); e novamente em sua terceira epístola ele incentivou seus leitores com a seguinte redacção: "Não tenho maior alegria do que esta, para ouvir os meus filhos andam na verdade" (v. 4). Retrato do apóstolo dos cristãos como aqueles que andam na verdade (conforme 2Co 4:1; Ef 6:14; 1Ts 2:131Ts 2:13) está em nítida distinção para os anticristos que propagam mentiras espirituais. No final, há duas razões óbvias que os crentes não são desviados: eles aceitam a fé, e permanecem fiéis a ele.

Cristãos aceitar a fé

Mas você tem a unção do Santo, e todos sabem. Eu não escrevi para você, porque você não sabe a verdade, mas porque a sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade .... Quanto a vós, a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e você não tem necessidade de que alguém vos ensine; mas como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é uma mentira, e assim como ela vos ensinou, você permanecer nele. (2: 20-21, 27)

Os falsos mestres que ameaçaram os leitores de João empregou os termos de conhecimento e unção para descrever sua experiência religiosa. Eles arrogantemente se viam como possuindo uma forma elevada e esotérica do conhecimento divino, e como os destinatários de uma, secreta, transcendente unção especial. Isso os levou a acreditar que eles estavam a par de verdade que os não iniciados faltava. A resposta de João, que era ao mesmo tempo uma refutação aos anticristos e uma tranquilidade para os crentes, era afirmar que, na realidade, todos os verdadeiros cristãos têm uma unção que vem do Santo.

Porque os crentes receberam essa unção, eles têm a verdadeira compreensão de Deus que vem exclusivamente através de Jesus Cristo (2Co 4:6.) o Santo (conforme Lc 4:34; At 3:14; Jo 16:13; 1 Cor. 2: 9-10).

No versículo 21, João reitera que os crentes têm o verdadeiro conhecimento de Deus, dizendo que ele não tinha escrito para eles , porque eles fizeram não conhecem a verdade, mas porque eles fizeram o conhecemos. Ele, então, fecha o verso com a afirmação axiomática quenenhuma mentira vem da a verdade -algo não pode ser ao mesmo tempo verdadeiro e falso. Porque os cristãos são ensinados pelo Espírito de conhecer a verdade, eles podem reconhecer o erro doutrinário para o que realmente é (conforme 1 Cor. 2: 10-16). O apóstolo escreveu como o fez porque seus leitores já sabia que o evangelho e suas verdades atendente e iria entender seu apelo para a exclusividade da verdade bíblica. (Para uma discussão básica de incompatibilidade de verdade com o erro, ver John Macarthur, Por One Way? [Nashville: W Publishing, 2002], 59-65; conforme Jo 14:6; 2Co 6:142Co 6:14. —18; Gl 1:6-9; 2 João 9:11)..

O versículo 27 reitera a verdade de que a unção [conhecimento dado pelo Espírito da verdade] que os leitores de João recebestes dele, fica em -los. Eles possuíam a verdade; residiu em-los permanentemente (João 14: 16-17; Rm 8:1; Ef 1:13); eles tinham nenhuma necessidade de que alguém vos ensine -los. E porque a verdade de Deus é todo-suficiente (Sl 19:7-14; 2 Tim. 3: 16-17.) E incompatível com o erro, Sua unção ensina ... sobre todas as coisas, e é verdadeira, e não é uma mentira.

Quando o apóstolo afirma que os crentes não precisam de outros professores, ele não estava defendendo um anti-intelectualismo mística que rejeita todos os professores humanos. Pelo contrário, o Senhor deu à Igreja piedosos pastores, presbíteros e professores "para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo" (Ef 4:12;. Conforme v . 11; 1Co 12:28).. Ponto de João é que os crentes não deve contar com a sabedoria humana ou filosofia centrada no homem (conforme 1Co 1:18:. 1Co 1:9; Cl 2:8; conforme 1Pe 1:51Pe 1:5; 1 Cor 15: 1-2; Fp 2:1 . —23; 2Tm 3:142Tm 3:14), mesmo que a fé é o meio pelo qual eles são graciosamente justificadas (Rom 3: 24-26).. A palavra duas vezes rendidoAbide e uma vez que permanece é do Meno , que se refere a uma ação contínua do restante (conforme seu uso em Jo 6:56; Jo 8:31; Jo 14:17; Jo 15:4; 2Tm 3:142Tm 3:14).. Aqueles que continuam em que ouviram mostram que o que ouvistes desde o princípio permanece emeles, e eles também permanecereis no Filho e no Pai (1Jo 3:17; 1Jo 4:13).

O prêmio final para aqueles que permanecem fiéis, é claro, a vida eterna. No que diz respeito a si mesmo, o verdadeiro pão da vida, e aqueles que estão espiritualmente unidos a Ele, Jesus prometeu:
Verdade, em verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida eo meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Como os vivos

Pai me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu; não como os vossos pais comeram e morreram; Quem come deste pão viverá para sempre. (João 6:53-58; conforme 14:. 1-6; 2Tm 1:12Tm 1:1; Jd 1:21. ; Rom. 5: 1-2 ; Rm 12:12 ; Rm 15:13 ; . Gl 5:5 ; He 3:6 ). Na verdade, todos eles têm são fontes superficiais de segurança, coisas como narcóticos, álcool, sexo, entretenimento, materialismo, as relações de nível de superfície, e um desejo centrada no homem para um futuro melhor. Mas todas essas falsas esperanças são apenas miragens espirituais que desaparecem instantaneamente quando isso acaba vida ( 8:13 ; 27:8 ; . Pv 10:28 ; cf. Ef 2:12. ). Para o mundo, "esperança" é um mero desejo baseado em um desejo ou plano, mas não fundamentada nas promessas de Deus, que sempre fala a verdade e é fiel a toda a Sua Palavra. A esperança bíblica não é um desejo, mas uma realidade futura absoluta garantida pelo Senhor.

Desesperança do mundo está em contraste gritante com a esperança genuína e duradoura que Deus oferece. Como Paulo instruiu os romanos,

Porque sabemos que toda a criação geme e sofre as dores de parto, até ao presente. E não só isso, mas também nós mesmos, com as primícias do Espírito, igualmente gememos em nós mesmos, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo. Porque em esperança fomos salvos, mas a esperança que se vê não é esperança; para quem espera por aquilo que já vê? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos ansiosamente por isso. ( Rom. 8: 22-25 )

Para ter certeza, os presentes alegrias da salvação não se pode comparar com as finais superando alegrias, que garantias divina esperança para o futuro, quando a salvação se realiza plenamente. Por exemplo, a contínua batalha contra o pecado que os cristãos experimentam aqui ( Rm 6:6 , Rm 6:19 ; 7: 24-25 ; 8: 4-6 , 12-13 ; 2Co 7:12Co 7:1. ; Rm 13:11 ; 2Tm 2:102Tm 2:10. ; cf. Sl 73:24. ). Além de ser feito sem pecado, os crentes também receberá perfeitas, corpos glorificados que Deus tem preparado para eles ( Rm 8:23. ; 1Co 15:431Co 15:43. ; Fp 3:20-21. ; cf. 2Co 3:182Co 3:18. ; Mt 9:2 ; Cl 2:13 ), para conhecer o poder da habitação do Espírito, para ver o Seu fruto na vida de alguém ( Gl 5:22-23. ), para experimentar a oração respondida (I João 5:14-15 ), e se envolver em comunhão espiritual ( Sl 133:1 ), adoração ( Sl 34:3 ); mas tudo o que a satisfação está muito aquém da alegria suprema os santos irão desfrutar quando Deus sempre cumpre as promessas que formam a sua esperança.

Desde glória: o eterno objetivo de esperança-é a razão para o plano salvífico de Deus e propósito, a Escritura apresenta uma teologia completa de esperança de que, em primeiro lugar, encontra o seu início no Deus imutável, que não podem falar nada, mas a verdade. O salmista escreveu: "Por que você está em desespero, ó minha alma E por que você está perturbada dentro de mim a esperança em Deus, pois ainda o louvarei, a ajuda do meu rosto e meu Deus?" ( Sl 43:5 ), proteção ( Sl 121:8 ) significa que os crentes podem confiantemente confiar nEle sobre suas promessas para o futuro.

A esperança fundada na Divindade imutável e eterno é certo e absolutamente fixo. Na saudação de sua carta a Tito, o apóstolo Paulo se refere a "os escolhidos de Deus ... na esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu longos séculos atrás" ( 1: 1-2 ). Deus, que é sempre sincero ( Nu 23:19. ; Dt 32:4. ; Is 65:16. ), registrou em seu Livro da Vida antes da fundação do mundo, os nomes de todos aqueles que acreditaria e receber a esperança da vida eterna ( Ap 13:8 ; cf. Mt 25:34. ; Ef 1:4. ). Não há certo ou confiável âncora da esperança que não seja aquele que descansa em Cristo e sua obra concluída (cf. Cl 1:23 , Cl 1:27 ; 2Ts 2:162Ts 2:16. ; Tt 1:2. , grifo do autor).

Em terceiro lugar, a esperança genuína é revelada nas Escrituras. Rm 15:4 ; 2Pe 1:212Pe 1:21 ) e inerrante ( Sl 119:160. ; Jo 17:17 ; cf. Dn 10:21. ; cf. vv 20-28. ,50-54 ). Como Jesus disse a Marta: "Eu sou a ressurreição ea vida; quem crê em mim viverá ainda que morra, e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá" ( João 11:25-26 ; cf. Job 19:25-26 ; Sl 16:10. ).

Em sexto lugar, a esperança é confirmada e energizado nos crentes pelo Espírito Santo. Aos Romanos Paulo escreveu: "Ora, o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que abundeis na esperança pelo poder do Espírito Santo" ( Rm 15:13 ). O Espírito sobrenaturalmente coloca em crentes uma atitude esperançosa em antecipação a sua justiça celestial ( Gl 5:5. ).

Em sétimo lugar, a esperança defende os santos contra os ataques de Satanás. Paulo incluiu a esperança como uma parte importante da armadura espiritual que os crentes devem usar na guerra inevitável contra o inimigo. Em 1Ts 5:8. ; cf. 1Ts 5:91Ts 5:9 ; 1 Pedro 1: 6-7 ).

Em nono lugar, a esperança é a fonte de maior alegria do crente e bênção. O salmista exultou: "Bem-aventurado aquele cuja ajuda é o Deus de Jacó, e cuja esperança está no Senhor seu Deus" ( Sl 146:5 ) para a glória eterna.

Uma característica décimo de esperança é que ele remove o medo da morte. Aqueles que são genuinamente salvos estão bem conscientes de suas violações pecaminosas da santa lei de Deus ( Sl 25:11. ; 38: 3-4 ; 51: 3-4 ; Sl 69:5. ; 1Tm 1:151Tm 1:15 ; cf. Is 6:5 ; Rm 5:12. ; 1 Cor. 6: 9-11 ; Gal 6. : 7-8 ). Mas, no momento de salvação os seus pecados estão perdoados, eles recebem a vida eterna, e apesar de ganhar um forte senso de pecado, eles perdem o medo da morte como julgamento divino. Os crentes não podem ainda saborear a dor e sofrimento que pode acompanhar a morte (daí mandamentos da Bíblia a confiar em Deus e não estar ansioso; cf. Sl 55:22. ; Jn 2:7. ; cf. Cl 1:5 )

Finalmente, todas as facetas gloriosos da esperança cristã será consumada quando Jesus Cristo voltar ( 1Co 1:8. ; 1Ts 5:23 ; He 9:28. ). Seu retorno (referindo-se de forma ampla para tanto o arrebatamento ea segunda vinda) irá abranger tudo o que os crentes esperam, incluindo corpos ressuscitados glorificados ( 1 Cor. 15: 50-52 ; 13 52:4-18'>113 52:4-18'> Tessalonicenses 4: 13-18. ), o privilégio de reinar com Cristo no Seu reino terreno ( 2Tm 2:12. ; Ap 20:4 ). A esperança do crente não será totalmente concluída até que o tempo da ressurreição; então ele vai ser plenamente realizados na Sua vinda, e que vai continuar em todo o seu esplendor por toda a eternidade. Daí Paulo pôde escrever que os santos são continuamente "procurando a bendita esperança ea manifestação da glória de [sua] grande Deus e Salvador, Jesus Cristo" ( Tt 2:13 ; cf. 1 Ts 4: 16-18. ; 1 Pedro 1: 3-5 ).

Como deve estar claro agora, a esperança não é apenas fundamental para a doutrina cristã ea confiança do crente, mas também tem implicações éticas imensas. A esperança genuína irá purificar a vida daqueles que a possuem ( 3: 3 ), e, assim, verificar se eles são cristãos. Este é um dos temas principais de escritos do apóstolo João, especialmente nesta passagem.

Nesta carta, João já apresentou testes doutrinais e morais que podem determinar a sua verdadeira condição espiritual, e neste ponto que ele elabora ainda mais no teste moral (ético). Crenças ortodoxas sobre a natureza do pecado e da pessoa de Cristo, a presença prática do amor sincero e obediência, e agora a busca pessoal de pureza e santidade são todas as evidências de que uma pessoa tem verdadeiro, esperança eterna.
Esta passagem contém cinco perspectivas que ainda definir e esclarecer a essência da esperança bíblica: é garantido por cumpridores, manifesta-se por justiça, é estabelecido por amor, ele é cumprido por semelhança de Cristo, e é caracterizada pela pureza.

A esperança é garantido permanentemente

E agora, filhinhos, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos longe Dele na vergonha, na sua vinda. ( 02:28 )

A partícula enfática freira (agora) introduz uma nova seção e claramente indica uma quebra de parágrafo. (Ele também implica fortemente que, apesar das modernas divisões de capítulos no texto, capítulo 3 deve começar neste momento.) O idoso apóstolo João novamente escolheu um termo pastoral favorito, filhinhos, para resolver seus leitores. Essa frase engloba os crentes em todos os níveis de maturidade ( 2:12 ; 3: 7 , 18 ; 4: 4 ; 05:21 ; 13:3III João ; cf. Rm 8:16-17. ; 1Co 4:141Co 4:14. ; . Gl 4:19 ; . Ef 5:1. ; 1Pe 1:141Pe 1:14 ; 1 João 3:1-2 ) e expressa a continuidade dos cuidados e solicitude paterna de João para os destinatários desta carta (cf. 2 : 12 ).

Abide traduz uma forma do verbo Meno , que significa "ficar" ou "manter-se." É um termo que o apóstolo João usado com freqüência em seus escritos do Novo Testamento; por exemplo, parece quase uma dúzia de vezes em João 15 sozinho. Há Jesus instruiu os onze apóstolos (Judas já tendo deixado; 13 27:43-13:31'>João 13:27-31 ): "Permanecei em mim e eu em ti Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também vós a menos. permanecerdes em mim "( Jo 15:4. ; Gl 6:9 ; Cl 1:10 , 22-23 ; . 2Tm 3:142Tm 3:14 ; He 10:23. ; 2Pe 3:182Pe 3:18 ; cf. Sl 73:24. ; Sl 138:8. ). A fim de fazer isso, os crentes devem continuar a amar e obedecer a Escritura, apresentar à direção do Espírito Santo, e continuamos comprometidos com a verdade que recebeu pela primeira vez (cf. 4: 12-13 , 15-16 ; 2Jo 1:2 ). Tais opõe cumpridores agarrados a um padrão habitual do pecado (veja o comentário em 3: 6 , 9 , 14-15 , e 17 nos próximos dois capítulos deste volume).

O ensino do apóstolo que os cristãos verdadeiros permanecermos nEle reforça a afirmação de Jesus: "Aquele que perseverar até o fim, será salvo" ( Mt 24:13 ). As palavras de João também são consistentes com a exortação de Paulo aos Colossenses para continuar na fé:

Embora você estava anteriormente alienado e hostil em mente, envolvidos em ações más, mas Ele já reconciliou em Seu corpo carnal pela morte, a fim de apresentá-lo diante dele santos e imaculados e irrepreensíveis-se de fato você continuar na fé firmemente estabelecida e firme, e não se afastou da esperança do evangelho que ouvistes, que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro. ( Colossenses 1:21-23 )

Ninguém que professa crer no evangelho, mas, em seguida, de forma permanente abandona a fé tem a vida eterna. Mais cedo nesta carta João escreveu: "Saíram de nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; mas eles saíram, de modo que seria mostrado que eles nem tudo de nós somos "( 02:19 ). Somente aqueles que permanecem fiéis ao Senhor e Sua Palavra, e dar provas de frutos de justiça ( 5: 1-5 , 10 ; . Mateus 7:17-18 ; 0:33 , 35 ; Jo 3:21 , Jo 3:36 ; Jo 13:35 ; 2Co 5:172Co 5:17 ; Gl 5:22-23. ; 6: 7-8 ; Ef 5:9 ; cf. Is 3:10. ; Jer 17.: 9-10 ) pelo poder interior e presença do Espírito (cf. Rm 8:9 ; 1Co 6:19 ; Gl 4:6 ; cf. Rm 8:38-39. ; 1 Cor 1: 8-9. ; Jude 24-25 )

Mas essa realidade maravilhosa não exime os crentes da responsabilidade de perseverar na fé e permanecer em Cristo (cf. Fl 2: 12-13. ; Jude 20-21 ).

As verdades aparentemente opostas de segurança eterna e perseverança realmente trabalhar juntos em perfeita harmonia. Não é diferente de salvação, quando Deus soberanamente salva os pecadores, mas não para além da sua fé pessoal; ou santificação, quando Deus sobrenaturalmente conforma crentes a Seu Filho, ainda não para além da sua obediência. Na vida cristã, Deus sempre oferece o poder e os meios para os crentes para vencer a batalha espiritual. Assim Jesus disse a Pedro: "Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo; mas eu roguei por ti, para que tua fé não desfaleça" ( Lucas 22:31-32 ). E Paulo encorajou o Corinthians com esta promessa divina: "Nenhuma tentação ultrapassou você, mas, como é comum ao homem, e Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além do que você é capaz, mas com a tentação, vos proverá caminho de escape também, de modo que você será capaz de suportá-lo "( 1Co 10:13. ; cf. Jo 17:15 ; He 2:18 ). Mas os crentes também deve perseverar ativamente; eles devem "combater o bom combate da fé" ( 1Tm 6:12. ), sabendo que, "Bem-aventurado o homem que suporta a provação, porque uma vez que ele tenha sido aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor tem prometeu aos que o amam "( Jc 1:12 ). Talvez em nenhum lugar nas Escrituras é o equilíbrio entre o trabalho de Deus e do trabalho do crente expressa mais claramente do que em palavras de Paulo aos Filipenses: "Portanto, meus amados, assim como sempre obedecestes, não como na só a minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar a sua boa vontade "( 2: 12-13 ; cf. Cl 1:29 ) .

Como observado anteriormente, um aspecto crucial da esperança cristã é que culminará quando Jesus Cristo voltar, o que dá crentes forte incentivo para viver segundo Deus ( 3: 3 ; cf. Cl 3:4 ; 2Tm 4:82Tm 4:8 ) .Quando Ele aparece, santos fiéis . tenhamos confiança e não encolher longe Dele A aparição de Cristo se refere especialmente ao encontro da igreja no arrebatamento (cf. João 14:1-6 ; 1 Cor. 15: 51-54 ; 13 52:4-18'>113 52:4-18'> Tessalonicenses 4: 13-18. ) e as atividades que vai seguir o tribunal de Cristo (cf. 1Co 4:5. ). A confiança traduz uma palavra grega ( parrēsian ) que significa "franqueza" ou "liberdade de expressão". Em outra parte do Novo Testamento se refere a ousadia dos crentes nos aproximarmos de Deus ( He 4:16. ; He 10:19 ; 1Jo 3:211Jo 3:21 ; 1Jo 5:14 ). Neste versículo indica uma garantia derivada de uma vida santa de permanecer em Cristo (cf. Ef 5:27. ; Cl 1:22 ; 1Ts 3:131Ts 3:13. ; 1Ts 5:23 ). Em contraste, os cristãos nominais, que são, na verdade, os incrédulos, vai encolher longe Dele em vergonha , porque não são genuínos filhos de Deus ( 13 20:40-13:22'>Mateus 13:20-22. ; cf. Jo 8:31 ; Jo 15:6 ; He 10:39 ) —sua hipocrisia tendo sido evidenciado pelo fato de que eles não perseveram na fé que professo inicialmente.

Por crentes graça soberana de Deus é salvo e santificado, e essa mesma graça poderosa, na ressurreição, trazê-los para a sua recompensa eterna completa na Sua vinda ( Tito 2:11-14 ; 22:12 ).

A esperança manifesta-se por justiça

Se você sabe que ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele. ( 02:29 )

O novo nascimento é inevitável e necessariamente acompanhada de justiça (cf. Rm 6:4 ; Ef 2:10. ; Ef 4:24 ). Da mesma forma, todos os que professam a ser salvo, mas não demonstram qualquer fruta tangível da justiça provar que são realmente perdoados e ter uma esperança vazia (cf. Lc 6:43-44 ; Jc 2:26 ). Tais indivíduos podem fazer nenhuma reivindicação legítima de promessas eternas, uma vez que suas vidas trair um coração que ainda é regenerado.

É importante compreender os diferentes significados das palavras proferidas saber neste verso. A primeira ocorrência é de oida e tem o sentido de perceber uma verdade absoluta, ao passo que a segunda ocorrência (de ginosko ) transmite "saber por experiência", "reconhecer", ou "vir a perceber." O apóstolo João afirma que primeiro se os crentes sabem que Deus é justo, eles podem reconhecer que todo aquele que pratica a justiça está refletindo a Sua vida (cf. 13 60:1-16'>I Pedro 1:13-16 ); ou seja, eles são nascido dele ( 1Pe 1:3. ; cf. Lc 1:6 é um exemplo notável e familiar:

Rogo-vos, irmãos, pelas misericórdias de Deus, para apresentar os vossos corpos em sacrifício vivo e santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a vontade de Deus é, o que é bom, agradável e perfeita. (Cf. 2Co 7:1 ; . 1Ts 4:71Ts 4:7 ; 1Pe 2:11 )

Neste versículo, o apóstolo João olha de efeito (comportamento justo) para a causa (o novo nascimento) e mostra que justas de vida, não apenas de ida profissão a evidências o fato de que a regeneração tem realmente acontecido ( Jc 2:20 , Jc 2:26 ; 2Pe 3:112Pe 3:11 ; cf. Rm 14:17. ).

A esperança é estabelecido por amor

Vede que grande amor que o Pai nos concedeu, que seriam chamados filhos de Deus; e tal somos. Por esta razão, o mundo não nos conhece, porque não o conheceu. ( 3: 1 )

João foi superado com admiração pelo fato de que os pecadores pela graça divina tornou-se filhos de Deus. A frase deste versículo de abertura, ver que grande amor, reflete espanto do apóstolo. A palavra traduzida see ( Idete ) é tanto um comando e uma exclamação que exorta os leitores a dar muita atenção para o resto da declaração. Como é grande ( potapēn ) é um termo raramente usado e que não tem paralelo preciso em Inglês. Quanto a esta palavra, D. Edmond Hiebert escreveu,

O adjetivo prestados "de que maneira" ["como é grande"] ( potapēn ) ocorre apenas sete vezes no Novo Testamento e implica uma reação de espanto e, normalmente, de admiração, em cima da visão alguma pessoa ou coisa. A expressão transmite tanto uma força qualitativa e quantitativa ", o glorioso, amor imensurável!" ( As Epístolas de João [Greenville, SC: Bob Jones University Press, 1991], 133; cf. . Mt 8:27 ; 2Pe 3:112Pe 3:11 )

Deus ama os crentes com um amor que é impossível de articular em qualquer linguagem humana e que é totalmente estranho à compreensão humana normal e experiência. Este é agape amor, amor volitivo de Deus que Ele, de sua livre escolha e livre de influências, concedeu atodos a quem chamou de acreditar Salvadora em Jesus Cristo. O Senhor resumida desta forma: "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos" ( Jo 15:13 ). E mais tarde nesta carta, João observa:

Por isso, o amor de Deus se manifestou em nós, que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas que Ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. ( 4: 9-10 ; cf. vv 16. , 19 ; Jo 3:16 ; Rm 5:8 ; Ef 2:4 ).

Uma vez que todos os atributos de Deus trabalhar em perfeita harmonia, o Seu amor funciona necessariamente em conjunto com cada um de seus outros atributos. Ele é carinhosamente santo ( Ap 4:8 ; Rm 3:26 ; 1Pe 3:181Pe 3:18 ), misericordioso ( . Sl 86:15 ; Lc 6:36 ; 2Co 1:32Co 1:3 ), paciente ( 2Pe 3:9 ), onisciente ( Sl 147:5 ) , onipotente ( Rm 1:20. ; Ap 19:6. ; Jer 23: 23-24. ), e até mesmo irado ( Sl 7:11. ; Ap 19:15 ).No que diz respeito à humanidade, o amor de Deus tem uma expressão dupla: ela é geral para com a humanidade não salvo (a graça comum; Sl 145:9. ; cf. Mc 10:21 ; 13 45:9-15'>9: 13-15 ; Ef 5:25.). É este amor específico e único de Deus para a Sua própria que se destaca como um dos fundamentos inabaláveis ​​de esperança eterna.

Em outras palavras, os crentes podem viver na esperança, porque eles têm experimentado o amor de Deus em um eterno, poupando sido adotados em Sua família, tendo-way ( Rm 8:16. e) chamados filhos de Deus ( Jo 1:12 ; cf. 2Pe 1:42Pe 1:4 ; 1 Pedro 4: 3-4 ) a verdadeira essência e caráter dos crentes, que brilha em sua semelhança com o Pai Celestial e Seu Filho Jesus Cristo, seu Salvador e Senhor ( Mt 5:16 ; Mt 2:15 Phil. ; 1Pe 2:12 ; cf. 1 Cor. 14: 24-25 ).Mesmo para os crentes é um desafio "para compreender, com todos os santos, qual seja a largura, comprimento e altura e profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento" ( Ef. 3: 18-19a ). Porque os cristãos são tão intrinsecamente diferente do mundo que os rodeia, tendo sido transformada pelo Pai, que os adoptou, o Novo Testamento descreve adequAdãoente os como "estrangeiros e peregrinos" ( He 11:13. , "alienígenas" () 1Pe 1:1. ). E, tendo os declarou justos na justificação, Ele está fazendo-os justos em santificação e aperfeiçoará o retidão na glorificação quando a esperança é realizado.

A esperança é cumprido por semelhança a Cristo

Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é. ( 3: 2 )

O céu é atraente para os crentes, porque não eles não vão apenas ver o Senhor Jesus Cristo, mas vai se tornar como Ele. No que se refere que a mudança dramática e eterno, o apóstolo Paulo escreveu:

Assim como trouxemos a imagem do terreno, também vamos ter a imagem do celestial. Agora eu digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo um mistério; vamos nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Por isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade. ( 1 Cor. 15: 49-53 )

Mesmo que todos os que exercem a fé salvadora na pessoa e obra de Cristo ... agora somos filhos de Deus (cf. Rm 8:14-18. ), ainda não se manifestou ainda o que eles vão ser quando experimentam o que Paulo chama "a liberdade da glória dos filhos de Deus" ( 8:21 ). É então que "o Senhor Jesus Cristo ... transformará o corpo da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, pelo esforço do poder que Ele tem até sujeitar todas as coisas para si mesmo" ( Fp. 3 : 20-21 ; conforme cf. . Sl 73:24 ; Rm 9:23 ; 1 Cor. 15: 42-49 ; Cl 3:4. ; 2Ts 2:142Ts 2:14. ; 2Tm 2:102Tm 2:10 ). Como resultado, os crentes serão semelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é. Deus prometeu realizar uma transformação tal clímax porque "aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos "( Rm 8:29 ). Essa transformação vai fazer os remidos perfeitamente santo e justo, com uma capacidade de puro para adorar e glorificar a Deus de uma forma totalmente satisfatória, alegre, moda intacta para sempre (cf. Ap 5:11-14 ).

Foi justamente disse que a imitação é a maior forma de elogio, e essa transformação será um tributo supremo a Jesus Cristo, que Ele é o chefe One, os prototokos , entre muitos que são feitos como Ele. Aqueles a quem o Pai elegeu para a salvação por meio do Filho será feito semelhante ao Filho, conformes à imagem de Cristo. Ele será o primeiro entre os seus eleitos e redimiu a humanidade que vai se juntar com os santos anjos para louvar e glorificar Seu nome, refletem sua bondade, e proclamar a Sua grandeza, como eles adoram infinitamente.

Esperança é caracterizada por Purity

E todo aquele que tem esta esperança purifica-se a Ele, assim como Ele é puro. ( 3: 3 )

A esperança do retorno de Cristo faz a diferença prática no estilo de vida e comportamento dos crentes. Quando esta esperança é fixo nele, ele produz um crescente desejo de ser como Ele agora ( Gl 2:20. ; Ef 4:17-32. ; Colossenses 3:1-17 ). Jesus Cristo é o Senhor e Salvador dos santos, que fornece o padrão ideal para uma vida santa. Ele é o objetivo de suas vidas, Aquele a quem eles devem seguir com o aumento da diligência e fervor, como o apóstolo Paulo fez ( Fp 3:12-14. ; cf. 1 Cor 9: 24-27. ; 1Tm 6:121Tm 6:12. ; 1Pe 1:221Pe 1:22 ). A idéia de purificar a si mesmo não significa que os crentes podem gerar sua própria santificação. Em vez disso, ele enfatiza que a obra santificadora do Espírito Santo não tem lugar para além da obediência e da utilização dos meios de graça santificante do crente. Esta é uma chamada normal para os cristãos a obedecer as Escrituras em todas as coisas.

Ao pensar sobre o céu, os crentes não devem tornar-se excessivamente preocupado com as especulações sobre o que poderia ser como a flutuar sobre as nuvens ou caminhar pelas ruas de ouro. Em vez disso, seu foco principal deve ser sobre o significado profundo de ser eternamente conformes à imagem de Cristo. Em que fixam a sua esperança na sua absolutamente santo Salvador e Senhor e anseiam por ser ao mesmo tempo com Ele e totalmente semelhantes a Ele, no futuro, as suas vidas serão afetados positivamente em direção a justiça no presente. Assim, Paulo disse aos coríntios: "Todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados na mesma imagem de glória em glória, assim como pelo Senhor, o Espírito" ( 2Co 3:18. ; cf. 2Co 4:61Co 13:12 ).

O evangelho oferece aos crentes uma mensagem de esperança. O apóstolo Pedro eloquentemente articulou essa esperança na abertura de sua primeira carta:

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia nos fez nascer de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança que não se corrompe e imaculada e vai não desaparecer, reservada nos céus para vós, que são protegidos pelo poder de Deus mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo. ( I Pedro 1:3-5 ; cf. Fm 1:3 , ênfase adicionada).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de I João Capítulo 2 do versículo 1 até o 29

I João 2

Uma preocupação pastoral - 1Jo 2:1-2

Certamente, a primeira coisa que notamos nesta passagem é sua ternura. João começa com a expressão "Meus filhinhos". Tanto em latim como em grego os diminutivos sugerem um afeto particular. São

palavras que usamos ao falarmos com carícia. Quando João escreve, já é um homem ancião; deve ter sido, de fato, o último sobrevivente de sua geração, e talvez o último daqueles que andaram e conversaram com

Jesus nos dias de sua carne. Muito freqüentemente a velhice desperta a antipatia dos jovens devido a sua freqüente e severa incompreensão e a sua impaciente irritabilidade com as novas e indisciplinadas maneiras de

viver das gerações mais jovens. Mas isto não sucede com João, em quem, apesar de sua avançada idade, não há mais que ternura para com aqueles que são seus filhinhos na fé. Por outro lado, está-lhes escrevendo para pedir que não pequem. Mas não repreende, nem fere com suas

exortações, nem lança invectivas nem açoita com a língua. Trata de

encaminhá-los à bondade com amor. Nesta expressão há o anelo, a afetuosa ternura de um pastor para com seu povo, ao que conhece faz tempo que com todos seus insensatos desvarios e ao qual ainda ama.

Como dissemos, sua preocupação ao escrever-lhes é que não pequem. Há aqui uma dupla relação do pensamento, uma com o que

passou antes e outra com o que virá depois. Há dois perigos que eles devem conhecer muito bem a respeito do pecado. João diz duas coisas a respeito do pecado. Primeiro, acaba de dizer que o pecado é universal:

ninguém pode escapar, e qualquer que diga que não tem pecado é um mentiroso e a verdade não está nele. Todos estamos envoltos na realidade do pecado. Segundo, mesmo sendo assim, há perdão de

pecados mediante o que Jesus Cristo fez, e ainda faz, pelos homens. Agora, seria possível utilizar ambas as afirmações como uma desculpa para pensar ligeiramente no pecado. Se todos pecamos, por que tanto

alvoroço, e que objeto tem lutar contra algo que em todo caso, é parte inevitável da situação humana? Se Jesus Cristo tiver conseguido o perdão para os homens, e se estiver ali para defender nossa causa perante

Deus, então, depois de tudo, é tão importante o pecado?

Diante disto João, como diz Westcott, há duas coisas a nos dizer.

Primeiro, o cristão é alguém que chegou a conhecer a Deus; e o acompanhamento inevitável do conhecimento deve ser a obediência.

Voltaremos sobre isto com maior precisão, mas no momento notemos que conhecer a Deus e lhe obedecer devem ser, como João o assinala, necessariamente as duas caras da mesma experiência.

Segundo, o homem que diz que permanece em Deus (versículo
6) e em Jesus Cristo, deve viver necessariamente o mesmo tipo de vida que Jesus viveu; quer dizer, a união com Cristo necessariamente implica na

imitação de Cristo. De modo que, João estabelece seus dois grandes princípios éticos: o conhecimento implica obediência, e a união implica imitação. Portanto, na vida cristã nada deve induzir a pensar ligeiramente

a respeito do pecado.

JESUS CRISTO O PARACLETO

1 João 2:1-2 (continuação)

Dedicaremos

um

tempo

considerável

para

tratar

destes

dois versículos, porque não há no Novo Testamento outros dois versículos

que pressentem tão sucintamente a obra de Cristo.

Primeiro apresentemos o problema. É evidente que o cristianismo é sobretudo uma religião ética; isto é o que a João preocupa sublinhar

acima de tudo. Mas também é claro que o homem é freqüentemente um fracasso ético. Confrontado com as demandas de Deus, o homem as admite e aceita, e logo universalmente fracassa em sua observância.

Aqui, pois, há uma barreira levantada entre o homem e Deus. Como pode o homem, o pecador, entrar jamais na presença de Deus, o Santíssimo? O problema é como pode o pecado do homem entrar em comunhão com a santidade de Deus. Este problema é transformado em

Jesus Cristo. E nesta passagem João usa duas grandes palavras a respeito de Jesus Cristo, que devemos estudar e compreender, não simplesmente para acumular informação, senão para entender, e assim desfrutar dos

benefícios de Cristo.

Chama Jesus Cristo nosso Advogado para com o Pai. A palavra é

parakletos, e é a mesma que no Quarto Evangelho se traduz Consolador. É uma palavra tão importante, com um pensamento tão grande atrás dela,

que devemos examiná-la em detalhe. A palavra parakletos provém do verbo parakalein. Há ocasiões em que parakalein significa consolar.

Com esse significado é usado, por exemplo, em Gn 37:35, onde se diz que todos os filhos e filhas de Jacó se levantaram para consolá-lo pela perda de José; em Is 61:2, onde diz-se que a função do profeta é

consolar todos os enlutados; e em Mt 5:4, onde diz-se que os que choram serão consolados.

Mas esse não é o sentido mais freqüente nem o mais literal da palavra parakalein; o sentido mais comum de parakalein é chamar

alguém ao lado da gente para que essa pessoa nos sirva de algum modo

como ajuda ou conselheiro. No grego popular este é um uso muito comum. Xenofonte (Anabasis 1.6,5) conta como Ciro chamou (parakalein) a Clearcos à sua tenda para fazer dele seu consultor, porque Clearcos era uma pessoa tida em muito alta estima tanto pelo Ciro como pelos gregos. Aesquines, o orador grego, protesta contra seus adversários porque chamaram a Demóstenes, seu grande rival, e diz: "Por que precisavam chamar a Demóstenes em sua ajuda? Fazer o que fizeram é chamar um retórico embusteiro para enganar os ouvidos do jurado" (Contra Ctesifón 200). De maneira que parakalein significa comum e naturalmente chamar a alguém ao lado outro de para que ajude, aconselhe e sustente.

Parakletos é em si uma palavra passiva em sua forma, e significa literalmente alguém que é chamado ao lado de outrem; mas visto que o mais importante na mente é sempre a razão da chamada, a palavra, ainda que passiva em sua forma, tem um sentido ativo e deve significar alguém que ajuda, que sustenta, e sobretudo, uma testemunha em favor de alguém, aquele que apóia a causa de alguém, um advogado na defesa de alguém. Trata-se de uma palavra comum no grego secular corrente. Demóstenes (Do Fals. Leg. I) fala das rabugices e os interesses mesquinhos dos advogados (parakletoi), que servem aos fins de sua ambição pessoal em lugar do bem público.

Diógenes Laércio (4:
50) fala de um dito irônico do filósofo Bion. Uma pessoa muito tagarela procurava sua ajuda para determinada questão. Bion disse: "Farei o que você quer se só me envia alguém para

defender seu caso (quer dizer envia um parakletos), e você mesmo fica em sua casa".

Quando Filo conta a história de José e seus irmãos diz que, quando

José lhes perdoou o mal que lhe haviam feito, disse-lhes: "Ofereço-lhes uma anistia por tudo o que me têm feito; não necessitam outro parakletos (Vida de José 40). Isso significa que seus irmãos não necessitavam que ninguém implorasse misericórdia para eles.

Filo conta como os judeus de Alexandria eram oprimidos por certo governador e decidiram levar seu caso perante o imperador. "Devemos encontrar", disseram, "ao mais influente parakletos, advogado, mediante o qual se possa obter que o Imperador tome uma decisão que nos favoreça" (Leg. in Flacc. 968 B).

Tão comum era esta palavra que entrou sem modificação em outros idiomas que não tinham tradução para ela e simplesmente a adotaram. As versões siríaca, egípcia, arábica e etiópica do Novo Testamento, todas

conservam a palavra parakletos como no original. Os judeus especialmente adotaram a palavra, e a usaram no sentido de advogado, alguém que defende a causa de outro. Usaram-na em oposição ao termo

acusador.

Até os rabinos tinham certa idéia do que podia ocorrer no dia do juízo divino. "O homem que guarde um mandamento da Lei conseguiu

um parakletos; aquele que quebrante um mandamento da Lei, conseguiu um acusador". Diziam: "Se alguém for chamado perante um tribunal para responder por uma acusação importante, necessita poderosos

parakletoi (o plural da palavra) para salvar-se; o arrependimento e as boas obras são suas parakletoi no juízo de Deus". "Toda a justiça e a misericórdia que exerça um israelita neste mundo são muita paz e

formidáveis parakletoi entre ele e seu pai celestial". Assim, pois, diziam que a oferta pelo pecado era um parakletos diante de Deus; a oferta pelo pecado defende a causa de um homem perante Deus.

Assim chega a palavra ao vocabulário popular cristão. A palavra

podia usar-se literalmente. Nos dias das perseguições e os mártires, um defensor cristão chamado Vetio Epagatos defendia habilmente a causa daqueles que eram acusados de ser cristãos. "Era um advogado (parakletos) para os cristãos porque tinha dentro de si ao Advogado, a saber o Espírito" (Eusébio, História Eclesiástica 1Jo 5:1). A Carta de Barnabé (20) fala de maus homens que são advogados da riqueza e juízes injustos do pobre. O autor de Segunda Clemente pergunta: "Quem

será seu parakletos se não estar claro que suas obras são justas e santas?" (2 Clemente 6:9).

Um parakletos foi definido como "alguém que presta sua presença a seus amigos". Mais de uma vez aparece no Novo Testamento esta grande

e preciosa concepção de Jesus como o amigo, o advogado e defensor do homem. Numa corte marcial militar o oficial que defende o soldado sob acusação é chamado o amigo do prisioneiro. Jesus é nosso amigo. Paulo escreve do Cristo que está à mão direita de Deus, e "quem também

intercede por nós" (Rm 8:34). O autor da Carta aos Hebreus fala de Jesus Cristo como o único que "vive sempre para interceder" pelos homens (He 7:25); e também como daquele que "entrou na

presença de Deus por nós" (He 9:24).

O fato realmente formidável é que Jesus nunca perdeu seu interesse nos homens ou seu amor pelos homens. Não temos por que pensar que

com sua vida na Terra e sua morte sobre a cruz rompeu relações com os homens. Ainda mantém sua preocupação pelos homens sobre seu coração; ainda intercede pelos homens; Jesus Cristo é o amigo do

prisioneiro para todos os homens.

JESUS CRISTO A PROPICIAÇÃO

1 João 2:1-2 (continuação)

João continua dizendo que Jesus é a propiciação por nossos pecados. O termo é hilasmos. Esta é uma ilustração mais difícil de captar

e entender. A imagem do advogado é universal, pois todos têm a experiência de um amigo que vai em sua ajuda. Mas a imagem da propiciação vem de sacrifício, e é mais natural para a mentalidade judia

que para a nossa. Devemos compreender quais são seus pressupostos básicos.

O grande propósito de toda religião é a comunhão com Deus: conhecer a Deus como amigo, e entrar com alegria — e não com temor

  1. em sua presença. Segue-se, pois, que o problema supremo da religião

é o pecado, porquanto interrompe a comunhão com Deus; e o pecado impede de entrar na presença divina. Diante deste problema surge o sacrifício. Mediante o sacrifício, a comunhão com Deus fica restaurada. Nunca pensamos claramente a respeito da religião a menos que pensemos em termos de relação pessoal. O propósito da religião é uma perfeita relação pessoal com Deus; o pecado interrompe essa relação, e a missão do sacrifício é restaurar a relação interrompida. Por isso os judeus ofereciam no templo a oferta pelo pecado pela tarde e pela manhã. Essa oferta não era por nenhum pecado em particular, mas pelo homem todo como pecador; e enquanto existiu o templo se apresentou essa oferta a Deus pela manhã e pela tarde. Os judeus apresentavam a Deus suas ofertas pelo pecado; eram ofertas pelos pecados particulares e por determinadas violações da Lei. Os judeus tinham seu Dia de Expiação cujo ritual estava preparado para expiar por todos os pecados, conhecidos ou não, pecados dos quais os homens tinham consciência e pecados dos quais não tinham consciência. Com este pano de fundo podemos nos aproximar da imagem da propiciação.

Como dissemos, a palavra grega para propiciação é hilasmos, e o verbo respectivo é hilaskesthai. Este verbo tem três significados.

  1. Quando tem a um homem como sujeito, significa aplacar ou

apaziguar alguém que foi injuriado, ofendido e oprimido, e especialmente aplacar a Deus. Mediante um sacrifício ou um ritual, um deus ofendido é aplacado e apaziguado.

  1. Mas se o sujeito do verbo é Deus, significa perdoar, pois então

significa que é Deus mesmo quem provê os meios mediante os quais se restaurar a relação quebrantada.

  1. Mas fica uma terceira acepção, em estreita relação com a

primeira. O verbo pode significar, e freqüentemente ocorre, levar a cabo alguma tarefa, algum ritual mediante o qual a mancha da culpa desapareça. Um homem peca; por isso em seguida contrai a mancha do pecado. Então necessita algo que, para usar uma metáfora de C. H. Dodd, o desinfete e o capacite para entrar mais uma vez à presença de

Deus. Nesse sentido hilaskesthai significa, não propiciar, mas sim expiar. A palavra significa nem tanto pacificar e aplacar a Deus como desinfetar o homem da mancha de seu pecado e capacitá-lo novamente para reatar sua comunhão com Deus.

Agora, quando João diz que Jesus é o hilasmos por nossos pecados, pensamos que está reunindo em um todos esses sentidos diferentes. Jesus é a pessoa em virtude da qual são removidas tanto a culpa do pecado passado como a contaminação do pecado atual. A tristeza ou o castigo fica remetido pelo que Ele fez, a contaminação eliminada. Traz-nos perdão pelos pecados que cometemos e nos reveste de uma nova pureza que apaga nossas transgressões. A grande verdade fundamental oculta nesta palavra é que mediante Jesus Cristo a comunhão dos homens com Deus é primeiro restaurada e logo preservada.

Notamos algo mais. Tal como João a vê, esta obra de Jesus foi levada a cabo não só por nós, mas pelo mundo inteiro. Há no Novo

Testamento uma forte linha de pensamento que acentua a universalidade da salvação de Deus. Deus amou o mundo de tal maneira que enviou o

seu Filho (Jo 3:16). Jesus confia em que, quando for levantado, atrairá a si todos os homens (Jo 12:32). Deus é o Deus que deseja que todos sejam salvos (1Tm 2:41Tm 2:4). Seria ousado o homem que quisesse pôr

limites à graça e ao amor de Deus, ou à eficácia da obra e o sacrifício de Jesus Cristo. Verdadeiramente o amor de Deus excede em sua amplitude as medidas da mente humana; e no próprio Novo Testamento há evidências de uma salvação cujos alcances são tão vastos como o

mundo.

O VERDADEIRO CONHECIMENTO DE DEUS

I João 2:3-6

Esta passagem abunda em expressões e idéias muito familiares ao mundo antigo. O mundo antigo falava muito do conhecimento de Deus, e

de permanecer em Deus. E é importante que vejamos onde reside a

diferença entre o mundo pagão com toda sua grandeza e o judaísmo e o cristianismo. Conhecer a Deus, permanecer em Deus, ter comunhão com Deus foi sempre a busca do espírito humano; Agostinho tinha razão quando dizia que Deus fez os homens para si mesmo, e que estariam inquietos até encontrar seu descanso nEle. Podemos dizer que no mundo antigo havia três linhas de pensamento com relação ao conhecimento de Deus.

  1. Na maravilhosa idade de ouro do pensamento e literatura gregos, durante os sexto séculos e quinto antes de Cristo, os gregos

estavam convencidos de que podiam chegar a Deus mediante o simples processo intelectual do raciocínio, da argumentação e do pensamento.

No The World of the New Testament, T. R. Glover dedica um capítulo aos gregos em que, com muito brilho e vividamente esboça o caráter da mentalidade grega em seus melhores tempos. Eram dias em

que o grego exaltava o intelecto.

"Será difícil descobrir um pensador mais esforçado e preciso que Platão", disse Marshall Macgregor.

Xenofonte narra uma conversação de Sócrates com um rapaz. "Como sabe isso?", perguntou Sócrates. "Sabe ou são conjeturas tuas?" O rapaz lhe respondeu, "são minhas hipóteses". "Muito bem", prosseguiu

Sócrates, "quando deixarmos as conjeturas e conheçamos, voltaremos a falar sobre o mesmo". Os gregos não se conformavam com conjeturas.

Para o grego clássico a curiosidade não era um defeito, mas sim uma das mais apreciadas virtudes; era a mãe da filosofia. Glover escreve

a respeito do ponto de vista daqueles gregos: "Tudo deve ser examinado; todo mundo é o objeto próprio de estudo do homem; não há nenhuma questão que não deva abordar-se; a natureza a longo prazo deve

submeter-se e entregar-se; Deus também deve explicar-se a si mesmo, porque acaso não fez Ele assim ao homem?"

De maneira que para os gregos do grande período clássico o

caminho a Deus era o intelecto. Agora, deve ter-se em conta que uma abordagem intelectual à religião não é, necessariamente, uma abordagem

ética. Se a religião for uma série de problemas mentais, se Deus for a meta e o fim de uma intensa atividade intelectual, então a religião terminará sendo algo não muito diferente da matemática superior. Converte-se numa satisfação intelectual e não numa ação moral. E a prova está em que muitos dos mais ilustres pensadores gregos não eram precisamente homens bons, já que até homens tão grandes como Sócrates e Platão não viam nenhum pecado na homossexualidade. Um homem podia conhecer a Deus no sentido intelectual, mas isso não pressupunha que fosse um homem bom.

  1. Posteriormente, os gregos, já na época do Novo Testamento, buscavam encontrar a Deus na experiência emotiva. O fenômeno

caracteristicamente religioso daqueles dias eram as religiões de mistérios. Em qualquer enfoque da história das religiões, as religiões de mistérios são uma característica assombrosa. Seu propósito era a união

com o divino. Todas tinham a forma de dramas da paixão. Todas se baseavam na história de algum deus que tinha vivido e sofrido terrivelmente, padecendo uma morte cruel e ressuscitando logo. O

iniciado recebia um longo curso de instrução; era levado a praticar uma árdua e ascética disciplina; era levado a um intenso grau de expectativa e sensibilidade emocional. Então era-lhe permitido assistir a um drama da

paixão no qual se representava no cenário a história do sofrimento, morte e ressurreição da divindade. Tudo estava disposto a manter uma atmosfera emocional; iluminação sutil, música sensual, incenso perfumado e uma cativante liturgia. A história representava-se dentro de

semelhante atmosfera, e o ator se identificava a si mesmo com as experiências da divindade até poder clamar: "Eu sou você, e você é eu"; até que participava dos sofrimentos da divindade, e também de sua

vitória e imortalidade.

Tudo isto não era tanto conhecer a Deus como senti-lo. Mas era uma experiência altamente emocional e, como tal, necessariamente

passageira. Uma classe de religião narcotizante. Encontrava a Deus

definidamente numa experiência anormal, e seu propósito era escapar à vida cotidiana.

  1. Finalmente, havia a maneira judia de conhecer a Deus, estreitamente unida à maneira cristã. Para os judeus, o conhecimento de

Deus provinha de sua revelação. Chegava-se a esse conhecimento não pela especulação humana nem por uma exótica experiência emocional, mas pela revelação do próprio Deus ao homem. Agora, o Deus que se revelou a si mesmo era um Deus santo, e sua santidade trouxe para

seus adoradores a obrigação de ser santos também.

A. E. Brooke diz: ''João não pode conceber um verdadeiro conhecimento de Deus que não resulte em obediência". O conhecimento

de Deus só pode provar-se pela obediência a Deus, e só se pode adquirir obedecendo a Deus.

C. H. Dodd diz: "Conhecer a Deus é experimentar seu amor em

Cristo, e devolver esse amor em obediência".

Aqui estava o problema de João. No mundo grego ele se via confrontado por pessoas que viam a Deus como um exercício intelectual,

e que podiam dizer: "Eu conheço a Deus", sem ter consciência de nenhuma obrigação ética. Enfrentava-se com pessoas que tinham tido uma experiência emocional e que podiam dizer: "Eu estou em Deus, e

Deus em mim", e que, entretanto, jamais tinham visto a Deus em termos de mandamentos.

João está decidido a deixar bem claro e sem nenhum tipo de compromissos que a única maneira em que podemos mostrar que

conhecemos a Deus é obedecendo-lhe, e a única maneira em que podemos mostrar que estamos em comunhão com Cristo é imitando-o. O cristianismo é a religião que oferece o maior privilégio e que, com isso,

exige a maior obrigação. No cristianismo, o esforço intelectual e a experiência emocional não são negligenciados — longe disso — mas devem combinar-se para frutificar na ação moral.

O MANDAMENTO QUE É ANTIGO E NOVO

I João 2:7-8

Amados (RA., TB.), é a expressão preferida por João para dirigir-se a seu povo (conforme 1Jo 3:2,1Jo 3:21; 1Jo 4:1,1Jo 4:7; 3Jo 1:23Jo 1:2,3Jo 1:5,3Jo 1:11). A maior ênfase dos

escritos joaninos recai sobre o amor. Como assinala Westcott: "São João, enquanto dá ênfase ao mandamento do amor, dá-lhe expressão".

O motivo supremo no coração de João é o amor. Aqui há algo

muito belo. Grande parte de sua Carta é advertência, e parte dela é repreensão. Quando advertimos as pessoas ou quando as repreendemos, com facilidade nos tornamos friamente críticos; também é fácil resmungar; também é fácil consentir que o acento de nossa voz reflita o acento de nossa ira; até é possível sentir uma cruel satisfação em ver as pessoas retrocederem sob o látego da recriminação e a ameaça da advertência. Mas ainda que João precisa dizer coisas muito duras, o tom de sua voz é sempre carinhoso. Aprendeu a lição que todo pai, todo pregador, todo mestre, todo líder deve saber; aprendeu a dizer a verdade com amor.

João nos fala aqui de um mandamento que é antigo e novo ao mesmo tempo. Qual é esse mandamento do qual fala João? Alguns diriam que se refere ao mandamento do versículo 6, o mandamento implícito de que quem diz que permanece em Jesus Cristo deve viver a mesma classe de vida que seu Mestre. Mas quase certamente João está pensando nas palavras de Jesus no Quarto Evangelho: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (Jo 13:34). Em que sentido era este mandamento velho e novo ao mesmo tempo?

  1. Era velho no sentido de que já era conhecido no Antigo Testamento. Acaso não diz a Lei, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”? (Lv 19:18). O mandamento já aparece ali, na velha Lei. Era velho no sentido de que não era a primeira vez que os leitores de João o ouviam. Desde o dia de seu ingresso na vida cristã, foi-lhes

ensinado que esta lei de amor devia ser a lei de suas vidas. Este mandamento se remontava a muito atrás na história e na vida daqueles aos quais João falava.

  1. Mas este mandamento era novo pelo fato que tinha sido elevado a um novo nível na vida de Jesus — e como Jesus tinha amado aos

homens era como agora eles deviam amar uns aos outros. Poderia dizer— se sem temor que os homens não conheceram realmente o amor até que o viram em Jesus Cristo.

Em qualquer esfera da vida é perfeitamente possível que uma coisa seja velha pelo mero fato de ter existido; e mesmo assim alcançar um nível completamente novo em mãos de alguém. Um jogo pode ser novo

para alguém quando vê como um verdadeiro mestre o joga. Uma partitura musical pode transformar-se em algo completamente novo para alguém que a ouve interpretada por uma grande orquestra sob a batuta de

algum exímio diretor. Até um prato de comida pode tornar-se um manjar se for preparado por alguém que tem a arte culinária. Uma coisa antiga pode chegar a ser uma nova experiência nas mãos de um mestre. E o

amor faz-se novo em Jesus Cristo. Em Jesus o amor torna-se novo em duas direções.

  1. Em Jesus o amor chega a ser algo novo na extensão que alcança.

Em Jesus o amor busca o pecador. Para os ortodoxos rabinos judeus, o pecador era uma pessoa a quem Deus queria destruir. "Há desfruto nos céus", diziam, "quando um pecador é arrasado da Terra". Mas Jesus foi o amigo dos homens e as mulheres perdidos, e dos pecadores, e estava seguro de que havia desfruto nos céus quando um pecador chegava ao lar. Em Jesus o amor se brindou aos gentios. Segundo os rabinos, "os gentios foram criados por Deus para ser combustível dos fogos do inferno". Mas em Jesus, Deus amou de tal maneira ao mundo que deu a seu Filho. O amor é algo novo em Jesus porque ele estendeu suas fronteiras até abraçar a todos, de modo que ninguém ficasse fora.

  1. Em Jesus o amor torna-se novo pela distância a que chega. Nenhuma falta de resposta; nada que os homens pudessem jamais lhe

fazer poderia transformar o amor de Jesus em ódio. Ele até pôde suplicar pela misericórdia de Deus por aqueles que o estavam cravando na cruz.

O mandamento de amar era velho no sentido de que os homens o conheciam desde muito tempo atrás. Mas era novo porque em Jesus

Cristo o amor obteve um nível que nunca antes tinha obtido, e precisamente nesse novo nível se ordenava aos homens amar.

A DERROTA DAS TREVAS

1 João 2:7-8 (continuação)

João prossegue dizendo que este mandamento, o do amor, é verdadeiro em Jesus Cristo e verdadeiro nas pessoas às quais está escrevendo. Para João, como vimos, a verdade não é algo para capturar só com a mente; é algo para exercitar. A verdade para João não só é um

exercício mental, mas também uma maneira prática de viver. O que quer dizer é isto: o mandamento de amar uns aos outros é a verdade suprema; em Jesus Cristo podemos ver esse mandamento em todo o esplendor de

sua plenitude; no mandamento é verdadeiro, e nos cristãos podemos vê— lo, não na plenitude de sua verdade mas fazendo-se verdadeiro. Aqui temos pois, a formidável concepção de que o cristão é um homem em

quem o mandamento de amor de Cristo diariamente faz-se cada vez mais real. Para João, o cristianismo é progresso no amor.

João diz então que a luz está brilhando e as trevas se

dissipam.

Claramente isto deve ser lido em seu contexto.

E há algo interessante. É evidente que para João, estamos vivendo em meio de um processo. Na época em que escrevia, a fins do século I,

as idéias dos homens estavam mudando. Nos primeiros dias tinham aguardado a Segunda Vinda de Jesus como um repentino e muito violento evento em sua própria vida. Mas não sucedeu assim. Não perderam a esperança, mas por causa de sua experiência a modificaram.

E para João, a Segunda Vinda de Jesus Cristo não era um acontecimento

repentino nem violento, mas sim um processo no qual as trevas estavam sendo implacavelmente dissipadas pela luz.

Todo processo exige uma consumação; um processo envolve e implica uma meta; sem uma meta não tem razão de ser. Para João o fim

do processo é um mundo em que a luz se ergue triunfante, vencendo as trevas.

Mas nesta passagem, e sucessivamente nos versículos 10:11, com o que se identifica a luz e as trevas? A luz é identificada com o amor, e

as trevas com o ódio. Quer dizer, o fim deste processo é um mundo onde o amor reina supremo e o ódio é banido para sempre. Significa o fim de um processo no qual o novo mandamento de Jesus Cristo é a única lei.

Quando toda a personalidade do homem é governada pelo amor Cristo chegou ao coração do indivíduo.

E Cristo terá chegado ao mundo dos homens quando todos os

homens se submetam e obedeçam seu mandamento de amor. A vinda de Jesus Cristo e o Reino de Jesus Cristo equivalem à vinda do amor e seu reinado.

O AMOR E O ÓDIO: A LUZ E AS TREVAS

1 João 2:9-11

A primeira coisa que nos chama a atenção nesta passagem é a maneira como João vê as relações pessoais em termos de branco e negro. Com relação a nossos irmãos, os homens, trata-se de amar ou odiar. Não

há meio termo; para João, não há tal coisa como neutralidade nas relações pessoais. Como diz Westcott: "A indiferença é impossível; não há meias tintas no mundo espiritual". Um homem, ou está caminhando

na luz do amor ou nas trevas da maldade.

Deve notar-se, além disso, que do que João está falando é da atitude de um homem para com seu irmão, quer dizer, o vizinho, o homem ao lado de quem vive e trabalha, com quem necessariamente entra em

contato todos os dias. Há um tipo de atitude cristã que prega

entusiastamente o amor aos pagãos, em terras além-mar, mas que nunca chegou a nenhuma classe de comunhão com seu vizinho ao lado. Há uma classe de pessoas que pregam o amor por outras nações, e que nunca conseguiram viver em paz dentro de seu próprio círculo familiar. João insiste no amor para com nossos irmãos, para com o homem com quem estamos em contato todo o tempo.

Como disse A. E. Brooke: não se trata de "uma insípida filosofia, ou um cosmopolitismo presunçoso"; é imediato e prático.

João esteve perfeitamente certo quando traçou sua aguda distinção entre luz e trevas, amor e ódio, sem matizes nem meias tintas. Nosso irmão significa algo para nós... mas o que? Não pode ser que o

desatendamos, porque é parte do panorama; a questão é como olhá-lo. Podemos ver nossos semelhantes de várias maneiras.

  1. Podemos ver nosso irmão como dispensável. Podemos fazer

nossos planos sem tê-lo presente em nossos cálculos. Podemos viver a partir do princípio ou pressuposto de que suas necessidades e suas pena e sua felicidade e sua salvação nada têm que ver conosco. Um homem pode considerar a si mesmo — com freqüência muito inconscientemente

  1. tão importante que em seu mundo nenhum outro tem importância exceto ele próprio.
  2. Podemos ver nosso irmão com menosprezo. Podemos considerar a insensatez em comparação com nossas qualidades intelectuais, como alguém cujas opiniões estão para ser postas de lado, como quem não tem direito a falar. Podemos vê-lo como totalmente desprovido de

importância em comparação com nossa dignidade e prestígio. Podemos vê-lo como os gregos viam os escravos, como uma raça secundária mas necessária, muito útil para os misteres servis da vida, mas não para

compará-la conosco mesmos.

  1. Podemos ver nosso irmão como um tédio. Podemos sentir que desgraçadamente a lei e as convenções lhe deram certos direitos sobre

nós, mas que essas reclamações são nada mais que uma desgraçada necessidade. Portanto a pessoa pode considerar qualquer dádiva que

tenha feito por caridade, qualquer imposto que tenha que pagar para o bem-estar social dos menos afortunados, como um tédio. Há aqueles que no íntimo de seu coração vêem os pobres, doentes, menos favorecidos e desprovidos de privilégios, como simples estorvos.

  1. Podemos ver nosso próximo como um inimigo. Se cremos que a competição é a lei e o princípio de vida, todos os outros homens na mesma profissão ou emprego são competidores em potencial e, portanto, inimigos em potencial; a outra pessoa é alguém que pode interpor-se em meu caminho e que deve ser tirada do meio.
  2. Podemos ver nosso próximo como nosso irmão. Podemos vê-lo com amor; fazer nossas as suas necessidades; seus interesses os nossos

interesses; estamos no mundo para servi-lo; e ter comunhão com ele é a verdadeira alegria de viver.

Nós

nos

encaixamos

em

alguma

destas

categorias,

e

isto

simplesmente significa dizer que amamos ou aborrecemos a nosso próximo.

O EFEITO DO AMOR E DO ÓDIO

1 João 2:9-11 (continuação)

Mas João tem algo mais a dizer. Segundo ele, nossa atitude para

com nosso próximo tem efeito não só sobre ele, mas também sobre nós mesmos.

  1. Se amamos a nosso irmão, andamos na luz e não há nada em

nós que nos faça tropeçar. O grego poderia significar que, se amamos a nosso irmão, não há nada em nós que faça tropeçar a outros e, é obvio, isso seria perfeitamente aceitável. Mas é muito mais provável que João está dizendo isso: se amamos a nossos irmãos não há nada em nós mesmos que nos faça tropeçar. Quer dizer, que o amor é a única coisa que nos capacita a progredir na vida espiritual, e o ódio é a única coisa que faz impossível o progresso. Quando pensamos bem, é óbvio. Se Deus é amor, e se o novo mandamento de Cristo é amar, então o amor é

a única coisa que nos aproxima dos homens e de Deus, e o ódio a única coisa que nos separa dos homens e de Deus. O ódio impede o crescimento do homem porque se interpõe entre ele e Deus, entre ele e seu próximo. Devemos sempre lembrar que quem tem ódio, amargura, ressentimento, que não está disposto a perdoar, não pode crescer na vida espiritual.

  1. João continua dizendo que aquele que aborrece a seu irmão anda em trevas sem saber aonde vai, porque as trevas o cegaram. Quer dizer,

que o ódio cega ao homem. Mais uma vez, isto é perfeitamente óbvio. Quando

um homem guarda ódio e amargura em seu coração, evidentemente seu raciocínio se obscurece. Não pode tomar decisões,

nem ver nenhuma questão claramente. É bastante comum observar em qualquer grupo um homem que se opõe a uma proposta boa e útil porque sente aversão ou está inimizado com o homem que a fez. Várias vezes o

progresso em algum projeto ou Igreja ou associação é detido por causa de animosidades pessoais. Ninguém é apto a dar um veredicto sobre algo enquanto tenha ódio em seu coração, e ninguém pode conduzir

corretamente sua própria vida quando o ódio o domina.

O amor capacita o homem a andar na luz; o ódio o leva às trevas, mesmo quando ele não compreenda que é assim.

LEMBRANDO O QUE SOMOS

1 João 2:12-14

Esta é uma passagem realmente bela, e não obstante toda sua beleza, apresenta problemas de interpretação tão logo buscamos nos aproximar de seu significado. Podemos começar a analisá-la notando

primeiro duas coisas certas.

Primeiro, sua forma. Esta passagem não é precisamente poesia, mas certamente é poética e marcadamente rítmica; portanto tem que ser interpretada como deve ser interpretada uma poesia.

Segundo, seu conteúdo. João esteve advertindo a seus destinatários dos perigos das trevas e da necessidade de andar na luz; e agora lhes diz que em qualquer situação a melhor defesa é lembrar quem são eles e o que foi feito por eles. Não importa quem sejam, seus pecados foram perdoados; não importa quem sejam, conhecem Aquele que é desde o princípio; não importa quem sejam, têm a força que pode enfrentar e vencer o Maligno.

A melhor defesa do cristão é lembrar quem e o que é, e tudo que Deus tem feito por ele em Jesus Cristo. Quando Neemias foi instado a

buscar uma covarde segurança respondeu: “Homem como eu fugiria?” (Ne 6:11). E quando o cristão é tentado, sua resposta bem pode ser:

"Homem como eu se dobrará diante desta insensatez, ou me mancharei as mãos com este mal?". O homem que sabe perdoar, que conhece a Deus, que lembra que pode contar com uma força superior às suas, tem

em seu poder uma poderosa defesa contra a tentação se simplesmente se lembrar quem é e o que simplesmente Alguém tem feito por ele.

Mas dizíamos que nesta passagem há dois problemas; o primeiro é

bastante simples. Qual é o motivo da mudança de tempo do verbo? Por que diz João em três ocasiões vos escrevo, e em outras três vos escrevi ? Argumentou-se que não há nenhuma diferença entre os dois tempos; a Vulgata Latina traduz ambos presentemente escrevo. Alguns pensam que João altera o tempo simplesmente para variar e evitar a monotonia que seis sucessivos verbos no presentes poderiam causar. Também se argumenta que o tempo passado era em grego o chamado aoristo epistolar. Quando os autores gregos redigiam cartas, eles costumavam usar o passado em lugar do presente, porque se localizavam a si mesmos como leitores da carta. Para quem redige uma carta, uma coisa pode estar no presente, porque é o que está fazendo nesse momento; mas para o leitor estará no passado, porque nesse momento já ocorreu.

A modo de exemplo, um redator grego bem poderia escrever tanto "Hoje vou à cidade", como "Hoje fui à cidade". Isso é o que no idioma

grego se conhece por aoristo epistolar, ou passado. Se esse for o caso,

não há qualquer diferença entre as expressões joaninas vos escrevo e vos escrevi. A explicação mais provável é a que segue: quando João diz vos escrevo está pensando na passagem que nesse momento lhes escreve, e no que tem ainda a lhes dizer; e quando diz vos escrevi está pensando na parte da Carta que já escreveu e que nesse momento seus leitores já leram. De maneira que toda a Carta, tanto a porção que foi escrita, como a que está escrevendo, como o que ainda fica por dizer, tem como propósito lembrar os cristãos o que e quem são eles, e o que foi feito por eles.

Para João é de capital importância que os cristãos lembrassem a posição e os benefícios que têm em Jesus Cristo, pois isso seria sua

defesa contra o erro e o pecado.

EM TODAS AS ETAPAS

1 João 2:12-14 (continuação)

O segundo problema com que nos deparamos é mais difícil, e também mais importante. João refere-se às pessoas a quem escreve de

três maneiras diferentes. Chama-os filhinhos; neste caso a palavra varia. No versículo 12 é teknia, e no versículo 13 é paidia; teknia aponta a um menino tenro em idade, e paidia em experiência e, portanto, em

preparação e disciplina. Chama-os também pais, e jovens. A pergunta então é: a quem escreve João? Podemos responder de três maneiras.

  1. Poderíamos interpretar essas três palavras como referindo-se a

três grupos de idades diferentes dentro da Igreja — meninos, pais e jovens. Os meninos têm a doce inocência da infância e do perdão. Dos tais é o Reino dos céus. Os pais possuem a amadurecida prudência que lhes proporciona a experiência cristã. Passaram sua vida pensando naquele que é desde o começo e aprendendo mais dEle. Os jovens se caracterizam pela força que é prerrogativa da juventude, a força que os capacita a lutar e vencer em seus encontros pessoais com o Maligno. Isso

é muito atrativo; mas há três razões pelas quais duvidamos em adotar este como o único significado para esta passagem.

  1. Filhinhos é uma das expressões favoritas de João. Ele a usa em 1Jo 2:1,1Jo 2:12,1Jo 2:28; 1Jo 3:7,1Jo 3:8; 1Jo 4:4; 1Jo 5:21, e em todos os outros casos é evidente que não

pensa em filhinhos em termos de idade, mas em cristãos dos quais se sentia pai espiritual por tê-los gerado na fé. A esta altura dos acontecimentos João deve ter estado próximo aos cem anos de idade; todos os membros de suas congregações pertenceriam a uma geração

muito mais jovem; para ele, todos eram filhinhos, da mesma maneira que um mestre ou um professor ainda fala de seus rapazes, quando esses rapazes já faz tempo que são homens.

  1. Visto que esta passagem está próxima à poesia deveríamos pensar duas vezes antes de insistir em dar um sentido literal a suas expressões, e enquadrando-a numa classificação tão definida. O sentido

literal e a poesia não se dão muito bem.

  1. Mas possivelmente a maior dificuldade é que as graças das quais fala João não são possessão exclusiva de nenhum grupo. O perdão não só

pertence aos meninos; um cristão pode ser jovem na fé e, entretanto, ter uma formidável maturidade; a força para vencer o tentador não pertence

  1. graças a Deus — somente à juventude. Estas qualidades não são

exclusivamente as de uma específica idade, e sim da vida cristã.

Não dizemos que não haja aqui referências a diferentes idades; quase certamente que há; mas João tem uma maneira de dizer as coisas que permite tomar em dois sentidos, num sentido mais amplo e em um

mais estreito; e ainda que aqui apareça o significado mais restringido, devemos ir mais além para achar o significado mais completo.

  1. Sugeriu-se que aqui temos que encontrar dois grupos. O

argumento é que filhinhos descreve os cristãos em geral. Todos os cristãos são filhinhos; e que logo todos os cristãos em geral estão divididos em dois grupos: os pais e os jovens, quer dizer, os jovens e os mais velhos, os amadurecidos e os ainda imaturos. É perfeitamente possível, porque qualquer das pessoas a quem João escrevia estaria tão

acostumada ao tratamento de meus filhinhos, que não se lhes ocorreria relacioná-lo com idade, mas sim sempre se incluiriam a si mesmos nesse tratamento.

  1. Sugeriu-se que, em todo caso, a palavra inclui a todos os cristãos, e que não há nenhum intento de classificação já que de fato, há

um só grupo universal. Todos os cristãos são como meninos pequenos, porque podem recuperar sua inocência mediante o perdão de Jesus Cristo. Todos os cristãos são como pais, totalmente amadurecidos,

homens responsáveis, que podem pensar e aprofundar cada vez mais no conhecimento de Jesus Cristo. Todos os cristãos são jovens, com uma gloriosa e vigorosa fortaleza para lutar e vencer em todos os seus

encontros com o tentador e seu poder. Este nos parece necessariamente o sentido mais amplo de João. Ao ler suas palavras podemos começar tomando como uma classificação dos cristãos em três grupos segundo

suas idades; e possivelmente nos detenhamos aqui; mas à medida que continuamos pensando nelas chegamos à conclusão de que as bênçãos de cada grupo pertencem a todos os grupos, e que cada um de nós está

incluído em cada um e em todos eles.

O DOM DE DEUS EM CRISTO

1 João 2:12-14 (continuação)

Esta passagem nos mostra admiravelmente o dom de Deus a todos os homens em Jesus Cristo.

  1. O dom do perdão mediante Jesus Cristo. Esta era a mensagem essencial do evangelho. Esta era a mensagem essencial dos primeiros pregadores. Eles foram enviados a pregar o arrependimento e a remissão

dos pecados (Lc 24:47). E Paulo pregou em Antioquia da Pisídia o perdão dos pecados mediante Jesus Cristo (At 13:38). Ser perdoado é ter paz com Deus, e habitar com Deus, em comunhão e intimidade com Deus, e esse é precisamente o presente que Jesus trouxe para os homens.

João usa a chamativa frase em seu nome (versículo 12). O perdão chega no nome de Jesus Cristo. Os judeus usavam esta expressão, o nome, de um modo muito particular. O nome não é simplesmente o nome pelo qual chamamos uma pessoa; o nome representa todo o caráter e a natureza de uma pessoa até onde foi ensinada e revelada aos homens. Este uso é muito freqüente no livro dos Salmos. “Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome” (Sl 9:10). Evidentemente, isto não significa que aqueles que sabem que o nome de Deus é Yahweh confiarão nEle; significa que os que conhecem a natureza de Deus, seu caráter, o que Deus é, na medida que se revelou aos homens, estarão dispostos e ansiosos por confiar nEle, pois sabem como Ele é. O salmista ora: “Por amor do teu nome, SENHOR, perdoa a minha iniqüidade” (Sl 25:11), o qual significa o mesmo que Por teu amor e por tua misericórdia. Os fundamentos da oração do salmista são a natureza e o caráter de Deus tal como ele os conhece. Diz o salmista: “Por amor do teu nome, guia-me e encaminha-me” (Sl 31:3). O salmista pode formular sua petição só porque conhece o nome — a natureza e o caráter— de Deus. Diz o salmista: “Uns confiam em carros, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR, nosso Deus” (Sl 20:7). Muita gente deposita sua confiança em ajudas terrestres; nós confiaremos em Deus porque conhecemos seu nome, sua natureza, seu amor e sua graça.

Assim, pois, João nos dá a entender que estamos seguros do perdão de Deus porque conhecemos a natureza e o caráter de Jesus Cristo.

Sabemos que Jesus é a imagem expressa de Deus, que nEle vemos a Deus. Em Jesus vemos amor sacrificial e paciente misericórdia; por isso sabemos que Deus é assim e, portanto, estamos seguros de que há perdão

para nós.

  1. O dom do crescente conhecimento de Deus. Sem dúvida, João pensava em sua própria experiência. Agora estava velho; escrevia em

torno do ano 100 d.C. Durante setenta anos viveu com Cristo, pensou a respeito de Cristo e chegou a conhecê-lo melhor dia após dia. Para os

judeus o conhecimento não era meramente algo intelectual. Conhecer a Deus era muito mais que conhecê-lo da maneira como o filósofo o conhece; era conhecê-lo como a um amigo. Em hebraico a palavra conhecer é empregada para a comunhão entre marido e esposa, e especialmente para o ato sexual, a mais íntima das relações (conforme Gn 4:1). Conhecer uma pessoa significava tornar-se íntima e integralmente um com essa pessoa. Quando João falava do crescente conhecimento de Deus, não pensava que o cristão pudesse chegar a ser um teólogo cada vez mais entendido, mas sim, não obstante os anos, o cristão poderia chegar a ter uma crescente intimidade com Deus como amante amigo.

  1. O dom da força vitoriosa. Notemos que João fala da luta contra a tentação como de uma luta pessoal. Não fala simplesmente do poder do

mal no sentido abstrato; fala do poder do Maligno. Vê o mal como um poder pessoal que procura nos derrotar e nos afastar de Deus.

Uma vez, falando de uma experiência que nunca explicou em detalhes, Robert Louis Stevenson disse: "Conhecem a estação Caledonia da ferrovia em Edimburgo? Uma vez me encontrei ali com Satanás."

Pode ocorrer que nenhum de nós tenha vivido pessoalmente o ataque do tentador, o assalto pessoal sobre nossa virtude e lealdade. Em Cristo recebemos o poder que nos capacita a encontrar-nos com ele e desbaratar

seus ataques. Para tomar uma simples analogia humana, todos sabemos que há pessoas em cuja presença fica fácil comportar-se mal, e outras em cuja presença fica fácil comportar-se bem. Quando andamos com Jesus, sempre se lembrando, sempre conscientes de sua presença entre nós,

caminhamos com Aquele em cuja companhia podemos desbaratar os assaltos do Maligno.

OS RIVAIS DO CORAÇÃO HUMANO

1 João 2:15-17

Era característico do pensamento antigo ver no mundo dois

princípios em conflito. Podemos ver esta característica muito

vividamente no zoroastrismo, a religião dos persas, religião com a qual os judeus tinham entrado em contato. Essa religião deixou rastros no pensamento judeu. O zoroastrismo via o mundo como o campo de batalha entre as forças opostas da luz e das trevas. O deus da luz era Ahura-Mazda, e o das trevas Ahura-Mainyu. Havia entre os dois um conflito eterno, e a grande decisão na vida era decidir de que lado servir. Todo homem devia decidir aliar-se ou com a luz ou com as trevas. Os judeus conheciam muito bem esta concepção religiosa.

Mas para o cristão a divisão entre o mundo e a Igreja tinha outro pano de fundo. Os judeus tiveram durante muitos séculos uma crença básica: dividiam o tempo em duas idades. Havia esta idade presente, totalmente perversa e totalmente abandonada à iniqüidade; e a idade por vir, que seria a época de Deus e, portanto, totalmente boa. Agora, um ponto fundamental dos cristãos era que em Cristo a nova idade já tinha chegado; o Reino de Deus estava aqui; mas não tinha chegado em e para o mundo, mas sim somente em e para a Igreja. Daí que o cristão tinha que traçar um contraste: a vida do cristão dentro da Igreja era a vida da idade por vir, a vida do Reino, a vida de Deus, totalmente boa; por outro lado, o mundo estava ainda vivendo no tempo presente, totalmente abandonado à iniqüidade. Em conseqüência, segue-se inevitavelmente que existe uma separação entre a Igreja e o mundo; não podia haver comunhão nem sequer compromissos entre os dois. Por isso João chega à sua clara distinção entre a Igreja e o mundo.

Mas devemos prestar muita atenção ao que quer dizer por mundo. O mundo, como já vimos, é o kosmos. O cristão não aborrecia o mundo

como tal, nem se apartava dele, nem deixava de viver nele. O mundo é criação de Deus, e Deus fez boas todas as coisas. Jesus tinha amado a

beleza do mundo; nem sequer Salomão em todo o esplendor de sua glória pôde embelezar-se como uma das anêmonas escarlates, que florescem durante um dia e morrem. Várias vezes, Jesus toma suas

parábolas e ilustrações do mundo, e da natureza e seus processos. É nesse sentido que o cristão não aborrecia ao mundo. A Terra não era do

diabo; o mundo e sua plenitude eram do Senhor. Mas esta palavra kosmos adquiriu uma conotação moral. Começou a significar o mundo afastado de Deus.

C. H. Dodd define o significado de kosmos: "Nosso autor refere-se à sociedade humana na medida em que está organizada sobre princípios

injustos, caracterizada por desejos inferiores, falsos valores e egoísmo." Em outras palavras, para dizê-lo simples e concretamente, para João o mundo era nada menos que a sociedade pagã com seus falsos valores,

suas falsas maneiras de viver e seus falsos deuses. Nesta passagem o mundo não se refere ao mundo em geral, visto que Deus amava a sua criação; refere-se ao mundo que, de fato, tinha esquecido o Deus que o

tinha criado.

Ocorria, pois, que havia na situação dos discípulos de João um elemento que fazia ainda mais perigosas as circunstâncias. É claro que,

mesmo sendo impopulares, não estavam padecendo perseguição. Estavam, portanto, sob a grande e perigosa tentação de contemporizar com o mundo, de adaptar suas normas ao mundo, de ajustar o

cristianismo de tal maneira que a diferença entre a Igreja e o mundo se reduzira e diminuíra. É sempre difícil manter-se diferente, e o era especialmente para eles.

Até hoje o cristão não pode escapar à obrigação de ser diferente do mundo. Nesta passagem João aprecia as coisas como o fez sempre: em termos de branco e negro. Como assinala Westcott: "Não pode haver um vazio na alma"; neste assunto não cabe a neutralidade: ou amamos o mundo, ou amamos a Deus. Jesus mesmo disse: "Ninguém pode servir a dois senhores" (Mt 6:24). A decisão final segue sendo a mesma. Aceitaremos as normas do mundo, ou as de Deus? Obedeceremos o mundo ou obedeceremos a Deus?

A VIDA QUE NÃO TEM FUTURO

1 João 2:15-17 (continuação)

João tem duas coisas a dizer a respeito do homem que ama o mundo e contemporiza com ele.

Primeiro assinala os pecados típicos do mundo. Escolhe três.

  1. a cobiça da carne. Significa muito mais que o que para nós quer dizer a expressão pecados da carne, visto que para nós tem a ver

exclusivamente com os pecados sexuais. Mas no Novo Testamento a carne é essa parte de nossa natureza que, desprovida de Deus e da graça de Jesus Cristo, oferece um lado fraco ao pecado. Inclui os

pecados da carne, mas também todas as ambições mundanas e todos os desejos mesquinhos. Estar submetido aos desejos da carne é julgar todas as coisas do mundo segundo normas puramente materiais. É endeusar os prazeres puramente humanos. É viver uma vida dominada pelos sentidos.

É a glutonaria no comer, o entrega ao luxo, a degradação no prazer, a cobiça e o relaxamento na moral, o egoísmo no uso das posses. Ou é menosprezar todos os valores espirituais; ser extravagantes na

gratificação dos desejos mundanos, terrestres e materiais. O desejo da carne é esquecido, cego e desatento para com os mandamentos divinos, o juízo divino, as normas divinas, e a própria existência de Deus.

Não precisamos pensar tudo isto como privativo do pecador grosseiro, contumaz e notório. Qualquer pessoa que exige um prazer que pode significar a ruína de outrem, qualquer pessoa que não respeita a

personalidade de outros ao gratificar seus próprios desejos, qualquer pessoa que vive no luxo quando outros vivem na necessidade, qualquer pessoa que faz um deus de seu próprio bem-estar e sua própria ambição,

é escravo dos desejos da carne.

  1. a cobiça dos olhos. Existe — como assinala C. H. Dodd — "a tendência a nos deixar cativar pela aparência superficial". É o espírito que confunde a pródiga ostentação com a felicidade e a prosperidade

genuínas. É o espírito que não pode ver nada sem desejá-lo e, que uma

vez adquirido, ostenta-o aparatosamente perante outros. É o espírito que crê que a felicidade encontra-se nas coisas que pode comprar com dinheiro e desfrutar com os olhos. Em seu afã de coisas, termina por não apreciar nada mais que os valores materiais. Vendeu-se a si mesmo às coisas visíveis e temporárias, esquecendo-se daquelas outras que são invisíveis e eternas.

  1. Há a frívola soberba da vida. João utiliza aqui uma palavra grega muito expressiva, a palavra alazoneia. Para os velhos moralistas

o alazon era aquele indivíduo que fazia ostentação de posses e feitos e proezas que não lhe pertenciam para impressionar a outros e exaltar-se a si mesmo. O alazon é o jactancioso, e C. H. Dodd chama a alazoneia de

egoísmo pretendente.

Teofrasto, o grande mestre grego no estudo de caracteres, tinha um estudo acerca do Alazon. Detém-se no porto e se gaba dos barcos que

tem no mar; envia ostentosamente um mensageiro ao banco quando dispõe de um mísero saldo a seu favor; fala de seus amigos no meio de gente importante e das cartas que recebe de gente famosa. Detalha

extensamente suas obras de caridade e seus serviços ao Estado. Tudo o que possui é um alojamento alugado, mas fala de comprar uma casa maior para emular a seu pródigo anfitrião. Sua conversação é um

interminável gabar-se a respeito de coisas que não possui, e toda sua vida é um esforço por impressionar a todos os que encontra com sua própria fictícia importância.

Como o vê João, o homem do mundo é aquele que julga todas as

coisas segundo os seus apetites, o homem que está escravizado à ostentação, o enganador jactancioso que procura fazer-se mais importante do que é.

E então chega a segunda advertência de João. O homem que se apega aos propósitos e aos caminhos mundanos, está entregando sua vida a coisas que literalmente carecem de futuro. Todas essas coisas são

puramente passageiras, nenhuma permanece. São precisamente as que são vítimas da mudança e da decadência. Mas o homem que colocou

Deus no centro de sua vida, entregou sua vida às coisas que permanecem para sempre. O homem do mundo está condenado ao desengano, à desilusão; o homem de Deus está seguro da alegria permanente. O argumento de João é que é realmente uma estultícia dedicar a vida a aquilo que, por sua própria natureza, não pode senão passar rapidamente; e é realmente a atitude de um homem sábio dedicar a vida àquilo que é seguro e certo por toda a eternidade.

O TEMPO DA ÚLTIMA HORA

1Jo 2:181Jo 2:18

É muito importante que entendamos o que João quer dizer quando fala do tempo da última hora. A idéia dos últimos dias e da última hora aparece ao longo de toda a Bíblia, mas nem sempre significa o mesmo; há um interessante desenvolvimento no significado da expressão.

  1. A frase aparece com freqüência nos livros mais antigos do Antigo Testamento. Jacó, por exemplo, antes de sua morte chama seus filhos para lhes dizer o que deveria lhes suceder nos dias vindouros

(Gn 49:1; conforme Nu 24:14). Agora, os dias vindouros ou últimos eram os dias em que Israel entraria na terra prometida e por fim desfrutaria plenamente das bênçãos que Deus lhes tinha prometido.

  1. A frase aparece freqüentemente nos profetas. Isaías sonha que nos últimos dias o monte do Senhor será confirmado no cimo dos Montes, e será exaltado sobre as colinas, e todas as nações correrão para

ele (Is 2:2; Mq 4:1). Para os profetas, nos últimos tempos a cidade santa de Deus será suprema e Israel tributará a Deus a perfeita obediência que Ele espera (conforme Jr 23:20; Jr 30:24; Jr 48:47). Nos

últimos dias se realizará a soberania de Deus e a obediência do povo de Deus.

  1. No mesmo Antigo Testamento, e na época entre o Antigo e o Novo Testamento, os últimos dias se relacionam com o Dia do Senhor. É

uma concepção com a qual nos encontramos freqüentemente: não há

nenhuma outra tão profundamente entretecida na Escritura. Os judeus tinham chegado a crer que todo o tempo estava dividido em duas idades. Há a idade presente, totalmente má e entregue ao mal; e a idade por vir, que é a idade áurea da supremacia de Deus; e entre as duas idades, o Dia do Senhor, os últimos dias, uma época de terror, de destruição cósmica e de juízo, as dores de parto do nascimento de um novo mundo e uma nova idade.

Agora, o que temos que ver é isto: os últimos dias, a última hora não significam um período de aniquilação; não significa que todas as

coisas deixarão de existir, e que no final haverá uma grande desolação, como a que houve no princípio. No pensamento bíblico o último tempo é

o fim de uma idade e o começo de outra. Não só é um tempo de finalização, mas também de recomeço. Não só é um tempo de destruição, mas também de recriação. É último no sentido de que as

coisas, como são, passarão, mas não leva o mundo rumo à destruição, mas sim à recriação. Em outras palavras, a última hora e os últimos dias não conduzem à extinção, mas sim à consumação.

Eis aqui o centro de toda a questão. "Um homem será aniquilado no juízo do velho tempo, ou poderá entrar na glória do novo?" Tal é a alternativa com a qual João — e em realidade todos os escritores bíblicos

  1. confrontam os homens. Os homens podem optar por aliar-se com o velho mundo, condenado à destruição, ou por aliar-se com Cristo e entrar no novo mundo, que é o mundo do próprio Deus. Aqui reside a urgência para João. Se se tratasse de uma destruição total, ninguém poderia fazer

nada. Mas trata-se de recriação, e que um homem entre ou não no novo mundo depende de que tenha entregue sua vida ou não a Jesus Cristo.

Qual é a pertinência de tudo isto para hoje? De fato, João estava

errado. Não era a última hora para seu povo. Passaram mil e oitocentos anos, e o mundo ainda existe. Trata-se, então, de uma concepção inconsistente, que pertence a uma esfera de pensamento que deve descartar-se e deixar-se de lado? A resposta é que se trata de uma concepção de uma pertinência eterna. Toda hora é a última hora. No

mundo há um contínuo conflito entre o bem e o mal, entre Deus e o que se opõe a Deus. E em todo momento da vida, e em cada decisão, a pessoa vê-se confrontada pela opção entre decidir por Deus ou pelos poderes que lutam contra Deus, assegurando-se de tal modo ou deixando de assegurar-se, sua participação na vida eterna. O conflito entre o bem e o mal nunca termina; portanto, nunca termina a eleição; dali que, num sentido muito real, toda hora seja a última hora.

O ANTICRISTO

1Jo 2:181Jo 2:18 (continuação)

Neste versículo encontramos a idéia do anticristo. Anticristo é uma palavra que no Novo Testamento aparece só nas Cartas de João (1Jo 2:221Jo 2:22; 1Jo 4:3; 2Jo 1:72Jo 1:7), mas expressa uma idéia tão antiga como a própria religião.

De acordo com sua etimologia, a palavra anticristo pode ter dois significados. Anti é uma preposição grega que pode significar tanto contra como em lugar de. Strategos é a palavra grega para comandante,

e antistrategos pode significar o comandante hostil das forças inimigas ou o segundo comandante, que pode agir em lugar do comandante. De maneira que anticristo pode significar tanto o oponente ou adversário de

Cristo como alguém que procura pôr-se em lugar de Cristo. Neste caso ambos os significados são idênticos, mas com esta diferença: se tomamos o significado de alguém que se opõe a Cristo, então tal

oposição é aberta e inegável. Mas se tomamos o significado de alguém que procura pôr-se em lugar de Cristo, então o anticristo pode ser alguém que não opera em aberta oposição mas sim procura tomar

silenciosamente o lugar de Cristo dentro da Igreja e dentro da comunidade cristã. Num caso seria uma aberta oposição; no outro se estaria minando e infiltrando sutilmente. Não precisamos optar entre esses significados, porque na verdade o anticristo pode agir das duas

maneiras.

A maneira mais simples de pensar a respeito do anticristo é a seguinte: Cristo é a encarnação de Deus e do bem; o anticristo é a encarnação do diabo e do mal. Cristo representa a Deus; o anticristo representa tudo o que está contra Deus, e em oposição a Deus.

Começamos dizendo que esta idéia é tão velha como a própria religião; os homens sempre têm sentido que há no universo um poder oposto a Deus. Uma de suas primeiras manifestações aparece na lenda babilônica da criação. Havia nos primeiros tempos um monstro aquático primitivo chamado Tiamat, que foi subjugado por Marduk; mas o monstro não estava morto, e sim adormecido; e a batalha final ainda está por travar-se. Essa legendária idéia mitológica do velho monstro primitivo aparece várias vezes no Antigo Testamento. Freqüentemente é chamado de Raabe, ou a serpente tortuosa, ou Leviatã. “Calcaste a Raabe, como um ferido de morte”, diz o salmista (Sl 89:10). “A sua mão fere a serpente veloz”, diz Jó (26:13, TB). Isaías, falando da força do Senhor, diz: “Não és tu aquele que cortou em pedaços a Raabe e feriu o dragão?” (Is 51:9, RC). Isaías escreve: “Naquele dia, o SENHOR castigará com a sua dura espada, grande e forte, o leviatã, a serpente veloz, e o leviatã, a serpente tortuosa, e matará o dragão que está no mar” (Is 27:1). Todas estas são referências ao dragão primitivo. Esta é uma concepção que obviamente pertence à infância do pensamento humano; mas encerra a idéia fundamental, a idéia de que no universo há um poder hostil a Deus.

Originalmente este poder foi concebido como um velho dragão. Inevitavelmente, à medida que passava o tempo este poder foi-se

personalizando. Cada vez que surgia algum homem de muita maldade que parecia opor-se a Deus e querendo destruir o povo de Deus, a

tendência inevitável era identificá-lo com essa força contrária a Deus, considerá-lo como o supremo inimigo de Deus.

Por exemplo, ao redor do ano 168 a.C., surge a figura de Antíoco

Epifânio, rei de Síria, quem resolveu deliberadamente varrer o judaísmo da Terra e exterminar a comunidade judia. Invadiu Jerusalém e matou a

milhares de judeus, vendendo dezenas de milhares como escravos. Circuncidar um menino ou possuir uma cópia da Lei eram crimes castigados com a morte instantânea. Nos pátios do templo tinham levantado um grande altar a Zeus, e sobre ele ofereciam carne de porco. As câmaras do templo foram transformadas em bordéis públicos. Foi um deliberado intento de dessacralização, um esforço a sangue frio para varrer a religião judia e destruir a Deus. Foi a Antíoco a quem Daniel chamou "a abominação desoladora" (Dn 11:31; Dn 12:11). Era a força do anti-Deus encarnada, pensaram os homens.

Foi esta mesma frase a que os homens retomaram nos dias do evangelho de Marcos quando diziam que no mesmo templo ficaria "A

abominação da desolação" — "O horror espantoso", como traduz Moffatt (Mc 13:14; Mt 24:15). Esta passagem refere-se a Calígula, o imperador romano mais que meio louco, que quis pôr sua

própria imagem no lugar Santíssimo do Templo. Os homens sentiram que era a atitude de um anti-Deus encarnado.

Em 2Ts 2:3-4, Paulo fala do "homem do pecado",

aquele que se exalta a si mesmo acima de tudo o que se chama Deus e se adora, e se instala no próprio templo de Deus. Não sabemos de quem fala Paulo, mas novamente surge a idéia de alguém que encarnava tudo o que era contrário a Deus.

No Apocalipse estão a besta e o dragão (Ap 13:1; Ap 16:13; Ap 19:20; Ap 20:10). Aqui provavelmente haja outra pessoa em foco. Nero era considerado por todos como um monstro humano. Seus excessos e maldades

desgostavam os romanos, e sua selvagem perseguição torturou os cristãos. Oportunamente Nero morreu; mas tinha vivido de tal maneira na maldade que os homens não podiam crer que tivesse morrido. E assim

surgiu a lenda de Nero Redivivus, Nero ressuscitado, segundo a qual Nero não tinha morrido, mas sim tinha ido a Partia e cairia sobre os homens à frente das hordas partas. Ele é a besta, o anticristo, a

encarnação do mal diabólico e satânico.

Através da história se produziram estas identificações de pessoas humanas com o anticristo. O Papa, Napoleão, Mussolini, Hitler, foram todos, em seus dias e sua geração, identificados com o anticristo.

Mas o fato é que o anticristo não é tanto uma pessoa como um princípio, o princípio hostil e ativamente oposto a Deus; um princípio

que bem pode-se pensar que se encarnou nos homens que em toda geração pareceram ser aberta e prepotente e iniquamente contrários a Deus.

A BATALHA DO ESPÍRITO

1Jo 2:181Jo 2:18 (continuação)

Mas João tem uma idéia do anticristo caracteristicamente dele. Para ele, a evidência de que o anticristo está no mundo é a falsa crença e o perigoso ensino dos maus mestres. A Igreja tinha sido bem prevenida de

que nos últimos dias chegariam falsos mestres. Jesus disse: “Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e enganarão a muitos” (Mc 13:6; conforme Mt 24:5). Antes de separar-se deles, Paulo advertiu os

amigos efésios: “Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar

os discípulos atrás deles” (Atos 20:29-30). A situação que tinha sido antecipada, agora tinha surgido. Mas João tinha um conceito especial de toda esta situação. Quando lemos o que escreveu, podemos apreciar que

não pensava no anticristo como num personagem determinado; antes, via-o como um poder de falsidade que falava em e através dos falsos mestres. Precisamente como havia um Espírito Santo que inspirava os

verdadeiros mestres e profetas, assim também havia um espírito maligno que inspirava os falsos mestres e profetas.

Agora, o mais interessante e importante disto é que para João o campo de batalha está na mente. O espírito do anticristo estava lutando

com o Espírito de Deus pela possessão das mentes dos homens. O que

torna isto mais significativo é que podemos ver exatamente este processo em operação hoje em dia. Os homens transformaram a doutrinação do espírito humano numa ciência. Em nossos próprios dias e geração vimos como os homens podem tomar uma idéia e repeti-la várias vezes até introduzi-la na mente humana, e até os homens começam a aceitá-la como verdade à força de tanto ouvi-la. Em nosso tempo é muito mais fácil que nunca.

Hoje em dia dispomos de muitíssimas formas de comunicação de massa — livros, periódicos, radiofonia, televisão, e os vastos recursos da

moderna publicidade. E também sabemos como um perito promovedor toma uma idéia, e mediante o uso desses meios de comunicação chega a

infiltrá-la na mente dos homens até o ponto que, inconscientemente, todos ficam doutrinados com ela. Não podemos dizer que João tenha previsto tudo isto, mas viu que a mente do homem era o campo de

operações do anticristo. Não pensa em termos de um determinado personagem demoníaco, mas em uma força maligna que procura deliberadamente invadir a mente dos homens; e não há nada mais eficaz

para o mal que uma idéia maligna semeada na mente de muitos homens.

Se há uma tarefa especial que confronta a igreja de hoje é precisamente poder compreender a técnica de mobilização das forças e

os meios maciços de comunicação para rebater a peçonha das idéias perversas com que são deliberadamente doutrinadas as mente humanas.

OS QUE SAÍRAM DA IGREJA

1 João 2:19-21

Conforme passam as coisas, João vê na 1greja um tempo de

desencanto. Os falsos mestres deixaram a Igreja; saíram da comunhão cristã. Não foram excomungados, mas eles saíram voluntariamente, o que mostra realmente que não pertenciam ao corpo da Igreja cristã. Eram estranhos, e suas próprias condutas o manifestaram.

A última frase do versículo 19 pode ter dois significados.

  1. Pode significar, como em nossa tradução: “não eram dos nossos”, ou melhor ainda: "Nenhum deles era dos nossos". Quer dizer, por mais atraentes que sejam alguns deles, mesmo que seus ensinos pareçam bons, são totalmente estranhos à Igreja. Podem ter um encanto superficial, mas fundamentalmente são hostis a Cristo.
  2. É possível que o significado da frase seja que esses homens se afastaram da Igreja para tornar evidente que "nem todos os que estão na 1greja realmente pertencem à Igreja".

Como diz C. H. Dodd: "O pertencer à Igreja não garante que um homem pertença a Cristo e não ao anticristo". Como assinala A. E. Brooke ainda que não está de acordo em que seja o significado do grego

  1. "A comunidade externa não é prova de uma união profunda". Este segundo significado poderia ser o correto. Aqueles falsos mestres puseram em evidencia com seu afastamento que nem todos os que estão

na 1greja pertencem a ela. Como dizia Paulo: “Nem todos os de Israel são, de fato, israelitas” (Rm 9:6). E uma época como a que sobreveio a João e a suas Igrejas teve seu valor, porque separou o falso

do genuíno.

No versículo 20 João segue lembrando a seus irmãos que todos eles possuem conhecimento. As pessoas que se tinham afastado da Igreja

eram gnósticos; reclamavam para si um conhecimento secreto, especial e avançado que não era acessível a outros crentes. Paulo lembra aos seus que em questões de fé, o mais humilde cristão não tem por que sentir-se inferior diante do mestre mais erudito. Há, é obvio, questões de ensino

técnico, de linguagem, de história, de teologia sistemática que estão em mãos de peritos; mas as verdades essenciais da fé são propriedade de todos os homens.

Isto leva João ao último ponto desta seção. Escreve-lhes, não porque ignorem a verdade, mas sim porque a conhecem.

Westcott o expressa desta maneira: "O propósito do apóstolo em

suas Cartas não foi comunicar-lhes um novo conhecimento, mas sim conduzi-los a um uso dinâmico e decisivo do conhecimento que seus

leitores já possuíam". A maior defesa cristã é lembrar o que já sabemos. Não é que necessitemos uma nova verdade; o que precisamos é que a verdade que já conhecemos desperte e chegue a ser ativa, efetiva e eficaz em nossas vidas.

Esta é uma insinuação que Paulo utiliza continuamente; escreve aos tessalonicenses: “No tocante ao amor fraternal, não há necessidade de que eu vos escreva, porquanto vós mesmos estais por Deus instruídos que deveis amar-vos uns aos outros” (1Ts 4:9) O que necessitavam não era uma nova verdade, mas sim pôr em prática em suas vidas a verdade que já conheciam. Aos romanos escreve: “E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros. Entretanto, vos escrevi em parte mais ousadamente, como para vos trazer isto de novo à memória, por causa da graça que me foi outorgada por Deus” (Rm 15:14,Rm 15:15). Não necessitavam tanto de serem ensinados como de serem lembrados.

Uma verdade fundamental da vida cristã é que a vida mudaria imediatamente se apenas puséssemos em prática o que já sabemos. Isto

não quer dizer que nunca precisemos aprender nada novo, mas, até como somos, temos suficiente luz para caminhar se usarmos essa luz.

A GRANDE MENTIRA

1 João 2:22-23

Como bem assinalaram alguns, negar que Jesus é o Cristo é a mentira mestra, a mentira por excelência, a mentira das mentiras.

João diz que quem nega o Filho tampouco tem o Pai. O que há atrás

desta afirmação é isto. Os falsos mestres afirmavam algo assim: "É provável que tenhamos diferentes idéias de vocês com relação a Jesus; mas tanto vocês como nós cremos o mesmo a respeito de Deus. Podemos diferir com relação ao Filho, mas coincidimos com relação ao Pai". João

responde que essa é uma posição inaceitável, e que ninguém pode negar o Filho e ter o Pai. De que maneira chega a esta conclusão?

Chega a esta conclusão porque é a única a que pode chegar qualquer pessoa que aceite os ensinos do Novo Testamento. É o ensino

conseqüente do Novo Testamento, e é a afirmação do próprio Jesus que se não é por meio dEle, ninguém pode conhecer a Deus. Jesus disse com toda clareza que ninguém conhece o Pai, exceto o Filho, e aquele a quem o Filho revela o conhecimento do Pai (Mt 11:27; Lc 10:22). João

escreve em seu Evangelho: “E Jesus clamou, dizendo: Quem crê em mim crê, não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim vê aquele que me enviou” (João 12:44-45).

Quando, próximo ao fim, Filipe diz que eles se conformariam se Jesus apenas lhes mostrasse o Pai, Jesus lhe responde: “Quem me vê a mim vê o Pai” (João 14:6-9). Os homens conhecem a Deus através de

Jesus; em Jesus, os homens podem aproximar-se de Deus. Se negarmos a autoridade de Jesus para falar, se negarmos seu conhecimento especial, e sua comunhão especial com Deus, não podemos ter mais confiança no

que Ele nos diz. Suas palavras não seriam mais que especulações que bem poderia formular qualquer grande homem. Por conseguinte, à parte dEle não temos nenhum conhecimento seguro de Deus. Assim, pois,

negar a Jesus significa, simultaneamente, perder todo arrimo de Deus.

Mais ainda: Jesus afirmou que a reação que alguém tivesse ao era de fato uma reação para com Deus, e que essa reação marcava para sempre o destino de um homem. “Portanto, todo aquele que me

confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mateus

Mt 10:32-33). É impossível separar Deus de Jesus. Negar a Jesus é perder todo conhecimento de Deus, porque só Ele pode nos brindar esse conhecimento. Negar a Jesus é estar separados de Deus, porque nossa

comunhão com Deus depende de nossa resposta a Jesus.

Negar a Jesus é verdadeiramente a mentira mestra, pois negá-lo implica deixar de lado totalmente a fé e o conhecimento que somente Ele torna possível.

Poderíamos dizer que são três as confissões de Jesus registradas no Novo Testamento; a confissão de que Jesus é o Filho de Deus (Mateus

Mt 16:16; João 9:35-38); a confissão de que Jesus é o Senhor (Fp 2:11) e a confissão que Jesus é o Messias (1Jo 2:221Jo 2:22). E a essência de cada uma delas é que Jesus mantém uma comunhão absolutamente única

com Deus. E negar essa comunhão é negar a certeza de que tudo o que Jesus diz a respeito de Deus é verdade. A totalidade da fé cristã depende da comunhão única de Jesus com Deus. Daí que João está certo: aquele

que nega o Filho, também perdeu o Pai.

O PRIVILÉGIO UNIVERSAL

1 João 2:24-29

Nesta passagem João insiste com seus irmãos a permanecer nas coisas que aprenderam, e nas quais foram ensinados, e assim manter-se

em Cristo. O maior interesse desta passagem radica numa expressão já usada por João. No versículo 20, João lhes falou da unção que receberam do Santo, graças a qual receberam conhecimento. E aqui lhes fala da

unção que receberam e lhes ensina todas as coisas. Qual é o pano de fundo da palavra unção? No que está pensando João e o que quer dizer? Teremos que retroceder no pensamento hebreu para poder compreender

a idéia que há por trás desta passagem.

No pensamento e a prática hebreus, a unção estava associada com três classes de pessoas.

  1. Os sacerdotes eram ungidos. As disposições rituais estabeleciam: “Tomarás o óleo da unção e lho derramarás sobre a cabeça (do sacerdote); assim o ungirás” (Ex 29:7; conforme Ex 40:13; Lv 16:32).
  2. Os reis eram ungidos. Samuel ungiu a Saul rei da nação (I Samuel

1Sm 9:16; 1Sm 10:1). Posteriormente, Samuel ungiu a Davi como rei (I Samuel

1Sm 16:3, 1Sm 16:12). Deus enviou a Elias a ungir a Hazael e ao Jeú (1 Reis 19:15- 16). O Senhor tinha ungido o profeta Isaías para que levasse as boas novas à nação (Is 61:1).

Aqui está a primeira coisa significativa. Nos tempos antigos a unção era privilégio de uns poucos escolhidos: sacerdotes, reis e

profetas; mas agora é privilégio de todos os cristãos, seja qual for sua dignidade. Primeiro, pois, a unção representa o privilégio do cristão em Jesus Cristo.

Agora, o sumo sacerdote era chamado O ungido; mas o supremo Ungido era o Messias, porque a palavra significa em hebraico O Ungido, e o mesmo significa Cristo em grego. De modo que Jesus era o Supremo

Ungido. Surge então a pergunta: Quando foi ungido Jesus? A resposta que a Igreja sempre deu é que Jesus foi ungido com o Espírito Santo em seu batismo (At 10:38).

Temos que acrescentar que o mundo grego também conhecia a unção. A unção era uma das cerimônias de iniciação nas religiões de mistérios nas quais se supunha que a pessoa obtinha um conhecimento

especial de Deus e um contato especial com Ele. Sabemos que também ao menos alguns dos falsos mestres reclamavam uma unção especial, uma iniciação especial que os aproximava de um conhecimento especial

de Deus. Hipólito nos conta as coisas que diziam esses falsos mestres; "Só nós somos cristãos, os que completamos o mistério do terceiro portal, e fomos ungidos ali com inefável unção". Aqueles falsos mestres devem ter estado afirmando possuir uma unção especial que lhes

proporcionava um conhecimento especial de Deus. A resposta de João é que o cristão comum é aquele que tem a única unção genuína, aquela que Jesus dá .

Mas quando chegava essa unção aos cristãos, no que consistia e o que proporcionava?

A primeira pergunta é fácil de responder. Só havia uma cerimônia

pela qual passavam todos os cristãos, o batismo; indubitavelmente, em

épocas posteriores, era prática comum no batismo ungir os cristãos com azeite consagrado, como nos conta Tertuliano.

É mais difícil responder à segunda pergunta. Há duas prováveis respostas.

  1. Pode ser que a unção signifique a vinda do Espírito sobre os cristãos, no batismo. Na Igreja primitiva isso ocorria da maneira mais evidente possível (At 8:17). Se nesta passagem substituíramos a expressão Espírito Santo pela palavra unção, encontraríamos um

excelente sentido. Seria o Espírito Santo que tinham recebido, que permanecia neles. Seria o Espírito Santo, repartido por Cristo, aquele que lhes ensinaria todas as coisas.

  1. Mas há outra possibilidade. Os versículos 24:27 são quase paralelos em sua expressão. No versículo 24 lemos: “Permaneça em vós o que ouvistes desde o princípio”. E no versículo 27 lemos: “A unção

que dele recebestes permanece em vós”. O que ouvistes desde o princípio e a unção são exatamente paralelos. Portanto, bem pode ser que a unção que recebe o cristão seja a instrução na fé cristã que recebe

quando entra na 1greja. O cristão é ungido com o verdadeiro conhecimento da fé e da vida cristãs.

Agora, pode ser que não tenhamos que escolher entre estas duas

interpretações, mas sim ambas estejam presentes. Isto poderia significar algo muito valioso: que temos duas provas para julgar qualquer novo ensino que se nos ofereça. (1) Acaso está de acordo com a tradição cristã em que fomos ensinados, e que deve permanecer em nossas mentes e corações? (2) Acaso está de acordo com o testemunho do Espírito Santo que fala de dentro?

Estes são os critérios cristãos de verdade. Há uma evidência

externa. Todo ensino deve estar de acordo com o ensino e a tradição que se nos transmitiu na Escritura e na 1greja. E temos uma evidência interna. Todo ensino deve submeter-se à prova do testemunho do Espírito Santo em nossos corações.

João ensina que se um homem permanece na verdade que lhe foi ensinada, e se submete toda verdade à evidência do Espírito Santo, estará capacitado para aceitar só a verdade, e rejeitar toda mentira, e portanto permanecer para sempre em Cristo.

PERMANECER EM CRISTO

1 João 2:24-29 (continuação)

Antes de passar a outra passagem, devemos assinalar duas coisas muito importantes e práticas nesta.

  1. No versículo 28, João insiste com seus leitores a permanecer

sempre em Cristo de maneira que, quando ele retorne em poder e glória, eles não tenham do que envergonhar-se. Aqui temos uma grande verdade prática. A melhor maneira de estar preparados para a chegada de Cristo é viver com Ele durante todos os dias. Se fizermos assim, sua chegada não nos surpreenderá; será simplesmente a entrada a uma presença mais próxima de alguém com quem vivemos por muito tempo. A melhor maneira de nos preparar para a chegada de Cristo é não esquecer nunca sua presença.

Mesmo quando tenhamos dúvidas e dificuldades e interrogantes a respeito da segunda vinda física de Cristo, nem por isso deixa de ser

verdade. Para todos os homens, a vida chegará a seu termo algum dia. Todos recebem o chamado de Deus a levantar-se e a despedir-se deste mundo. Se nunca pensamos em Deus, e se Jesus tiver sido só uma

lembrança distante e obscura que raramente acode à nossa mente, esse chamado será um chamado a sair ao encontro com um estranho, entrar num espantoso futuro incerto. Mas se durante toda nossa vida vivemos

conscientemente na presença de Cristo, se dia a dia vivemos e andamos e conversamos com Deus, esse chamado será um chamado familiar a entrar na viva presença de Deus, removendo para sempre o véu dos sentidos e do tempo. Terminantemente, a verdade é que o ânimo de um

homem chegando ao fim da vida dependerá inteiramente da maneira em

que tenha vivido, pois se encontrará com um Deus estranho ou com um Deus amigo.

  1. No versículo 29, João retoma um pensamento que nunca esteve longe de sua mente. A única maneira em que a pessoa pode provar que

está em Cristo, a única maneira em que pode provar que realmente experimentou um novo nascimento, é mediante a retidão de sua vida. O que os lábios de um homem confessarem, sempre será confirmado ou desmentido pelo que façam diariamente.


Dicionário

Diz

3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Guarda

substantivo feminino Ação de guardar; ato de proteger, de cuidar; proteção, cuidado.
Vigilância que tem por finalidade defender, proteger ou conservar: a guarda do dinheiro.
Ato de ter (alguém ou alguma coisa) sob sua guarda; abrigo, amparo.
[Militar] Corpo de tropa incumbido de zelar pela segurança de uma personalidade oficial, de um estabelecimento ou de um monumento: a guarda presidencial.
[Militar] Fração de tropa encarregada da vigilância e da ordem nos corpos de tropa e estabelecimentos militares.
[Gráficas] A folha em branco que se coloca no princípio e no fim de um livro.
Parte da espada ou de outra arma branca que protege a mão.
Posição de defesa na esgrima, no boxe ou em luta corporal: pôr-se em guarda para aparar o golpe.
Sentinela: estar de guarda no quartel.
Estar ciente de um mal; acautelar-se: estar ou pôr-se em guarda.
substantivo masculino e feminino Pessoa que tem como função guardar algo ou vigiar alguma coisa: trabalha como guarda.
substantivo feminino plural Peças no interior das fechaduras, destinadas a introduzir o palhetão da chave.
expressão Guarda Nacional. Corporação militar do tempo do Brasil Imperial, que teve seu período de vigência principal entre 1864 e 1870.
Guarda civil ou guarda municipal. Corporação paramilitar incumbida da manutenção da ordem nos centros urbanos.
Guarda de honra. Destacamento para prestar homenagem a autoridades, à bandeira nacional, ou em comemorações cívicas e religiosas.
Etimologia (origem da palavra guarda). Forma derivada de guardar.

substantivo feminino Ação de guardar; ato de proteger, de cuidar; proteção, cuidado.
Vigilância que tem por finalidade defender, proteger ou conservar: a guarda do dinheiro.
Ato de ter (alguém ou alguma coisa) sob sua guarda; abrigo, amparo.
[Militar] Corpo de tropa incumbido de zelar pela segurança de uma personalidade oficial, de um estabelecimento ou de um monumento: a guarda presidencial.
[Militar] Fração de tropa encarregada da vigilância e da ordem nos corpos de tropa e estabelecimentos militares.
[Gráficas] A folha em branco que se coloca no princípio e no fim de um livro.
Parte da espada ou de outra arma branca que protege a mão.
Posição de defesa na esgrima, no boxe ou em luta corporal: pôr-se em guarda para aparar o golpe.
Sentinela: estar de guarda no quartel.
Estar ciente de um mal; acautelar-se: estar ou pôr-se em guarda.
substantivo masculino e feminino Pessoa que tem como função guardar algo ou vigiar alguma coisa: trabalha como guarda.
substantivo feminino plural Peças no interior das fechaduras, destinadas a introduzir o palhetão da chave.
expressão Guarda Nacional. Corporação militar do tempo do Brasil Imperial, que teve seu período de vigência principal entre 1864 e 1870.
Guarda civil ou guarda municipal. Corporação paramilitar incumbida da manutenção da ordem nos centros urbanos.
Guarda de honra. Destacamento para prestar homenagem a autoridades, à bandeira nacional, ou em comemorações cívicas e religiosas.
Etimologia (origem da palavra guarda). Forma derivada de guardar.

escolta, piquete, patrulha, ronda. – Estas palavras – na opinião de Roq. – diferençam-se segundo o caráter que tem gente armada no desempenho de funções militares que pelas ditas palavras se designam. – Guarda é o corpo de soldados que assegura ou defende algum posto que se lhes confiou. – Piquete é certo número de soldados de uma companhia com os respetivos oficiais, e que estão prontos para qualquer operação. – Escolta é uma porção de soldados que acompanha e vai fazendo guarda a qualquer pessoa ou coisa. – Patrulha é uma esquadra de soldados que se põem em ação para rondar, ou como instrumento de força para reprimir qualquer desordem. – Ronda é a visita de gente armada que se faz de noite em roda (à la ronde) de uma praça, de um arraial ou campo militar, para observar se as sentinelas estão alerta, etc. Também há rondas de justiça que andam pela cidade, etc., para evitar distúrbios, e manter a segurança dos habitantes, etc. – Tinha S. Luiz escrito o seguinte a respeito dos dois últimos vocábulos: – “Ronda Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 419 é de gente de pé. – Patrulha é de gente de cavalo”. D. Francisco Manoel, Epanaph. Bellic., IV, 472: “A cavalaria do partido de Bargantinhos, pouca e mal armada, como lhe era possível, fazia a patrulha da campanha: com tal nome, que funda em alguma origem estrangeira, quiseram os militares notar a diferença da ronda de cavalaria à dos infantes.” Também se chama ronda, e não patrulha, a das justiças (gente de pé) que anda pela cidade, vila ou lugar, para evitar distúrbios, e manter a segurança dos habitantes. Isto escreveu, como dissemos, S. Luiz; e a propósito, completou assim Roq. o seu artigo sobre este grupo de vocábulos: “Não tem fundamento nenhum a diferença que estabelece o autor dos Sinônimos entre patrulha e ronda, dizendo que esta é de gente de pé, e aquela de gente de cavalo, e alegando a autoridade de d. Fr. Manoel. Nem em castelhano, nem em italiano, nem em inglês, existe tal diferença; e a Academia Francesa diz no seu dicionário: Patrouille à pied, à cheval. É necessário não conhecer Lisboa depois do conde de Novion para não saber que a cidade era percorrida de noite por patrulhas de polícia a pé e a cavalo, e que igual serviço faz hoje a guarda municipal, patrulhando a pé e a cavalo. Fique, pois, assente que a patrulha é a gente de pé ou de cavalo, mas sempre gente de guerra, e para segurança dos habitantes, etc.; e a ronda é ordinariamente de gente de pé para vigiar as sentinelas à roda, e nisto se distingue da patrulha”.

Mandamentos

Mandamentos Ver Dez Mandamentos.

Mentiroso

substantivo masculino Enganador; aquele que vive contando mentiras; quem busca enganar outra pessoa se valendo de falsidade: o mentiroso não vai conseguir nada comigo!
adjetivo Falso; que tem como base ou fundamento uma mentira; desprovido de verdade: argumento mentiroso.
Ilusório; que não tem correspondência com a verdade; que tende a induzir ao erro: discurso mentiroso.
plural Pronuncia-se: /mentirósos/.
Etimologia (origem da palavra mentiroso). Mentira + oso.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Verdade

substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
[Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.

Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

[...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

[...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

[...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

[...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

[...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

[...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

[...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

[...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

A verdade é a essência espiritual da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21


Verdade
1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).


Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I João 2: 4 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

que aos Seus mandamentos não está preservando- e- obedecendo, mentiroso é, e dentro dele a Verdade não está.">Aquele que está dizendo: "Eu O tenho conhecido", e que aos Seus mandamentos não está preservando- e- obedecendo, mentiroso é, e dentro dele a Verdade não está.
I João 2: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

90 d.C.
G1097
ginṓskō
γινώσκω
gastando adv de negação
(not)
Substantivo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G1785
entolḗ
ἐντολή
ordem, comando, dever, preceito, injunção
(commandments)
Substantivo - Feminino no Plural genitivo
G225
alḗtheia
ἀλήθεια
verdade
(truth)
Substantivo - dativo feminino no singular
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G5083
tēréō
τηρέω
נדן
(your gifts)
Substantivo
G5583
pseústēs
ψεύστης
mentiroso
(a liar)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


γινώσκω


(G1097)
ginṓskō (ghin-oce'-ko)

1097 γινωσκω ginosko

forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 1:689,119; v

  1. chegar a saber, vir a conhecer, obter conhecimento de, perceber, sentir
    1. tornar-se conhecido
  2. conhecer, entender, perceber, ter conhecimento de
    1. entender
    2. saber
  3. expressão idiomática judaica para relação sexual entre homem e mulher
  4. tornar-se conhecido de, conhecer

Sinônimos ver verbete 5825


εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἐντολή


(G1785)
entolḗ (en-tol-ay')

1785 εντολη entole

de 1781; TDNT - 2:545,234; n f

  1. ordem, comando, dever, preceito, injunção
    1. aquilo que é prescrito para alguém em razão de seu ofício
  2. mandamento
    1. regra prescrita de acordo com o que um coisa é feita
      1. preceito relacionado com a linhagem, do preceito mosaico a respeito do sacerdócio
      2. eticamente usado dos mandamentos da lei mosaica ou da tradição judaica

Sinônimos ver verbete 5918


ἀλήθεια


(G225)
alḗtheia (al-ay'-thi-a)

225 αληθεια aletheia

de 227; TDNT - 1:232,37; n f

  1. objetivamente
    1. que é verdade em qualquer assunto em consideração
      1. verdadeiramente, em verdade, de acordo com a verdade
      2. de uma verdade, em realidade, de fato, certamente
    2. que é verdade em coisas relativas a Deus e aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa
      1. na maior extensão
      2. a verdadeira noção de Deus que é revelada à razão humana sem sua intervenção sobrenatural
    3. a verdade tal como ensinada na religião cristã, com respeito a Deus e a execução de seus propósitos através de Cristo, e com respeito aos deveres do homem, opondo-se igualmente às superstições dos gentios e às invenções dos judeus, e às opiniões e preceitos de falsos mestres até mesmo entre cristãos
  2. subjetivamente
    1. verdade como excelência pessoal
      1. sinceridade de mente, livre de paixão, pretensão, simulação, falsidade, engano

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar

μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

τηρέω


(G5083)
tēréō (tay-reh'-o)

5083 τηρεω tereo

de teros (relógio, talvez semelhante a 2334); TDNT - 8:140,1174; v

  1. atender cuidadosamente a, tomar conta de
    1. guardar
    2. metáf. manter, alguém no estado no qual ele esta
    3. observar
    4. reservar: experimentar algo

Sinônimos ver verbete 5874


ψεύστης


(G5583)
pseústēs (psyoos-tace')

5583 ψευστης pseustes

de 5574; TDNT - 9:594,1339; n m

mentiroso

quem perde a confiança

homem falso e sem fé


αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo