Enciclopédia de Apocalipse 6:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ap 6: 14

Versão Versículo
ARA e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar.
ARC E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
TB o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola, e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
BGB καὶ ὁ οὐρανὸς ἀπεχωρίσθη ὡς βιβλίον ἑλισσόμενον, καὶ πᾶν ὄρος καὶ νῆσος ἐκ τῶν τόπων αὐτῶν ἐκινήθησαν.
BKJ E o céu retirou-se como um rolo quando é enrolado, e toda montanha e ilha foram removidas de seus lugares.
LTT E o # céu foi removido (do seu lugar) como se fosse um livro- rolo ① (em) sendo enrolado; e toda nontanhA e ilhA para- fora- dos seus lugares foram movidos.
BJ2 o céu afastou-se, como um livro que é enrolado; as montanhas todas e as ilhas foram removidas de seu lugar;
VULG et cælum recessit sicut liber involutus : et omnis mons, et insulæ de locis suis motæ sunt :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Apocalipse 6:14

Salmos 102:26 Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, envelhecerão; como roupa os mudarás, e ficarão mudados.
Isaías 2:14 e contra todos os montes altos, e contra todos os outeiros elevados;
Isaías 34:4 E todo o exército dos céus se gastará, e os céus se enrolarão como um livro, e todo o seu exército cairá como cai a folha da vide e como cai o figo da figueira.
Isaías 54:10 Porque as montanhas se desviarão e os outeiros tremerão; mas a minha benignidade não se desviará de ti, e o concerto da minha paz não mudará, diz o Senhor, que se compadece de ti.
Jeremias 3:23 Certamente, em vão se confia nos outeiros e na multidão das montanhas; deveras, no Senhor, nosso Deus, está a salvação de Israel.
Jeremias 4:23 Observei a terra, e eis que estava assolada e vazia; e os céus, e não tinham a sua luz.
Jeremias 51:25 Diz o Senhor: Eis-me aqui contra ti, ó monte destruidor, que destróis toda a terra; e estenderei a mão contra ti, e te revolverei das rochas, e farei de ti um monte de incêndio.
Ezequiel 38:20 de tal sorte que tremerão diante da minha face os peixes do mar, e as aves do céu, e os animais do campo, e todos os répteis que se arrastam sobre a terra, e todos os homens que estão sobre a face da terra; e os montes cairão, e os precipícios se desfarão, e todos os muros desabarão por terra.
Naum 1:5 Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; e a terra se levanta na sua presença, sim, o mundo e todos os que nele habitam.
Habacuque 3:6 Parou e mediu a terra; olhou e separou as nações; e os montes perpétuos foram esmiuçados, os outeiros eternos se encurvaram; o andar eterno é seu.
Habacuque 3:10 Os montes te viram e tremeram; a inundação das águas passou; deu o abismo a sua voz, levantou as suas mãos ao alto.
Hebreus 1:11 eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão,
II Pedro 3:10 Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão.
Apocalipse 16:20 E toda ilha fugiu; e os montes não se acharam.
Apocalipse 20:11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
Apocalipse 21:1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 #

"o": Complutense, Plantin, T. Majoritário, mss do T. Crítico.


 ①

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

GEOLOGIA DA PALESTINA

GEOLOGIA
Pelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt 8:7-11.11; SI 65.6; 90.2; cp. Ap 6:14), segue um esboço resumido e simplificado dos processos que, ao que parece, levaram à formação desse cenário.


Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.

A Geologia da Palestina
A Geologia da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ap 6:14
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Apocalipse Capítulo 6 do versículo 1 até o 17
B. OS SETE SELOS 6:1-8.1

Chegamos agora a três séries de julgamentos: os Sete Selos (caps. 6-7), as Sete Trombetas (caps. 8-11) e as Sete Taças (caps. 15-16). A escola de interpretação históri-co-contínua (historicista, veja Int., "Interpretação") encontra nisso um retrato de suces-sivos ciclos de julgamentos durante essa época. Provavelmente, uma melhor perspectiva seria entendê-los como ciclos concêntricos de julgamento, descrevendo basicamente a mesma coisa, mas com figuras simbólicas diferentes. Como sempre, o número sete indica inteireza. É importante observar que o sétimo selo desemboca nas sete trombetas e a sétima trombeta desemboca nas sete taças. Assim, as três séries estão intimamente liga-das umas às outras.

Os sete selos têm sido chamados de "Cenário da História de Sofrimento". Arrepiamo-nos ao pensar nos julgamentos que sobrevirão a este mundo farto de pecado.

1. O Primeiro Selo: Conquista (6.1,2)

Quando o Cordeiro abriu o primeiro selo do rolo, João ouviu como em voz de tro-vão (1). Essa era a voz alta de um dos quatro animais ("criaturas viventes"; veja comentários em 4.6).

Os primeiros quatro rolos formam uma série. Cada um é introduzido por um chama-do em alta voz de uma das quatro criaturas viventes, seguido do aparecimento de um cavalo e um cavaleiro. Uma sugestão definida então é dada quanto ao que ele simboliza.

Vem e vê deveria ser apenas "Vem!". As palavras E não estão no melhor texto grego, aqui ou nos versículos 3:5-7. Alguns escribas evidentemente entenderam isso como um chamado a João para vir e ver o que iria acontecer. Fausset comenta: "É mais provável que seja o clamor dos redimidos ao seu Redentor: 'Vem' liberta a criatura em agonia da escravidão da corrupção".' O sentido correto provavelmente é o que Simcox apresenta: "O sentido completo da frase é que cada uma das criaturas viventes, alternadamente, convoca um dos quatro cavaleiros".'

A abertura do primeiro selo revela um cavalo branco; e o que estava assen-tado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer (2).

Num primeiro momento, o significado disso parece óbvio: o cavaleiro do cavalo bran-co é Cristo (cf. 19:11-16). Esse é o ponto de vista de Lange. Ele escreve: "O triunfo isolado de Cristo, como apresentado aqui, tem se prolongado através do Triunfo da Igreja; ele aparece como uma formação de hostes vitoriosas em cavalos brancos".39 Fausset concor-da com isso. O mesmo ocorre com Lenski, que identifica o cavaleiro como a Palavra de Deus e acrescenta: "O portador, o cavalo, é branco, que é a cor de santidade e do céu"." Mas o contexto parece não permitir essa interpretação. Swete diz: "Uma visão do Cristo vitorioso seria inapropriada na abertura de uma série que simboliza derrama-mento de sangue, fome e pestilência. Em vez disso, temos aqui a figura de um militaris-mo triunfante".' Semelhantemente, Love diz: "Por isso, uma vez que guerra, fome e morte são resultados de uma conquista, o 'branco' aqui deve ser a vitória, não de pureza, mas de uma conquista egoísta e luxuriosa".42 Erdman apresenta um ponto de vista um pouco diferente: "O primeiro representa os períodos de paz concedidos, na providência de Deus, sob o Império Romano, e a ser repetido diversas vezes na história do mundo"." Foi a conquista romana que trouxe paz.

  • O Segundo. Selo: Guerra (6.3,4)
  • Dessa vez o cavalo é vermelho (4). O significado disso é claramente indicado pelo que segue. O cavaleiro do cavalo vermelho recebeu poder para que tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada -simbolizando uma grande destruição. Claramente, o vermelho representa um imenso derramamento de sangue.

  • O Terceiro Selo: Fome (6.5,6)
  • O terceiro cavalo era preto (5). O cavaleiro tinha em suas mãos uma balança. O simbolismo disso é imediatamente explicado: Uma medida de trigo por um dinhei-ro; e três medidas de cevada por um dinheiro (6). A medida era pouco mais de um litro, que era "a média diária de consumo de um trabalhador".' Um dinheiro era um denarius, que, pelo que tudo indica, representava o salário de um dia (Mt 20:2). Isso significava que o preço da fome era tão alto que levaria tudo que um homem ga-nhasse só para alimentar a si próprio, se comesse trigo. Por outro lado, ele poderia comprar três quartos de cevada — a comida das pessoas pobres — e ter o suficiente para uma família pequena.

    À proclamação de preço é acrescentada uma admoestação: e não danifiques o azeite e o vinho. Esse seria o azeite de oliva e suco de uva fermentado. Swete observa: "Trigo e cevada, óleo e vinho, formavam a dieta básica da Palestina e da Ásia Menor"."

    O significado provável dessa advertência é explicado por Charles. Ele escreve: "De-vido à falta de cereais e à superabundância de vinho, Domiciano emitiu um édito [...] que nenhuma vinha nova deveria ser plantada na 1tália, e que a metade das vinhas nas províncias deveria ser destruída".' Mas Suetônio registra o fato que o decreto imperial causou um alvoroço tão grande nas cidades asiáticas que ele precisou ser revogado. Em vez disso, foi imposto um castigo para aqueles que deixassem de cultivar as suas vinhas! Charles acha que João está aqui registrando um protesto contra essa atitude egoísta: "Conseqüentemente, ele prediz uma época difícil, em que os homens terão azeite e vinho em abundância, mas sofrerão da falta de pão".' É possível que o decreto de Domiciano tenha sido o motivo das palavras aqui.

    4. O Quarto Selo: Morte (6.7,8)

    Agora aparece um cavalo amarelo (8). A palavra grega é chloros, que significa um "verde descorado". Swete comenta: "encontramos essa palavra na Ilíada de Homero (vii.
    464) para "pálido de medo". Swete comenta: "O cavalo 'descorado' ou 'pálido' é um símbo-lo de Terror, e seu cavaleiro uma personificação da Morte [...] com quem segue — quer no mesmo ou num outro cavalo ou a pé, o autor não pára de dizer ou mesmo de pensar — em seu companheiro inseparável, o Hades".' Acerca do significado de inferno veja os co-mentários em 1.18.

    Mas havia um limite para o estrago do ceifeiro severo, a Morte, e o celeiro avarento, O Hades. Eles têm poder para destruir a quarta parte da terra. O tempo do julgamen-to final ainda não havia chegado.

    Os dois algozes matam usando quatro métodos: espada [...] fome [...] peste [...] (a palavra grega evidentemente significa "peste" ou "pestilência" aqui e com freqüência na LXX) [...] feras da terra. Há uma referência óbvia a Ezequiel 14:21: "Porque assim diz o Senhor JEOVÁ: Quanto mais, se eu enviar os meus quatro maus juízos, a espada, e a fome, e as nocivas alimárias, e a peste". Os termos gregos são os mesmos nas duas passa-gens, em que apenas a ordem dos dois últimos é invertida. Feras selvagens multiplicam-se e tornam-se mais ferozes em tempos de fome e pestilência.

    A visão dos quatro cavaleiros em abrir os primeiros quatro selos encontra um para-lelo impressionante em Zacarias 6:1-3. Ali o profeta vê quatro carros puxados por cava-los que eram respectivamente vermelhos, pretos, brancos e grisalhos e fortes. Aqui um dos cavalos é branco, os outros vermelho, preto e verde pálido, respectivamente. Como Swete observa: "O Apocalipse toma emprestado somente o símbolo dos cavalos e suas cores e em vez de colocar os cavalos em cangas diante dos carros ele coloca um cavaleiro em cada um deles em quem o interesse da visão é centrado".49

    Qual é a aplicação desses primeiros quatro selos? Representando a interpretação preterista (veja Int., "Interpretação"), Swete encontra aqui o militarismo e a obsessão pela conquista que era característica do Império Romano daquela época, repetida com freqüência na história desde então.

    Típico daqueles que defendem a interpretação historicista, Barnes entra em mais detalhes. O primeiro selo representa um período de prosperidade e conquista com uma duração de cerca de 90 anos depois que o Apocalipse foi escrito (i.e, até 180 d.C.). Basean-do-se em grande parte no livro Decline and Fall of the Roman Empire (Declínio e Queda do Império Romano) de E. Gibbon, Barnes descreve esse período com grandes detalhes." O segundo selo representa os 92 anos após o assassinato de Commodus em 193 d.C., quando não menos de 32 imperadores e 27 pretendentes mantiveram o império em um estado de guerra civil constante. O terceiro selo simboliza um período de impostos opressivos e restrições severas à liberdade do povo. Barnes aplica o quarto selo ao período que vai de 248 até 268 d.C., quando a espada, a fome e as pestes, de acordo com Gibbon, causaram a morte da metade da população do império.'

    A interpretação futurista entende que esses selos se referem a julgamentos terríveis sobre a humanidade no fim dessa era. Por exemplo, Kuyper diz que "o que está sendo apresentado aqui precede o final imediato de todas as coisas, a vinda do Anticristo e o retorno do Senhor".52

    5. O Quinto Selo: Martírio (6:9-11)

    A abertura do quinto selo revelou debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram (9).

    Não há aqui criaturas viventes nem uma voz clamando: "Vem". O significado dessa mu-dança é observado por Swete: "Com o quinto selo, a Igreja vem à luz, em relação à sua

    perseguição e sofrimento [...] A quebra do quinto selo interpreta a época da perseguição e

    mostra sua relação com o plano divino na história"." Não precisa de muita imaginação para constatar que isso poderia se aplicar igualmente à perseguição romana aos cristãos
    (preterista), às várias perseguições de verdadeiros crentes ao longo da era da Igreja, especialmente pela igreja católica romana (historicista), e também aos mártires da Grande Tribulação no final desta era (futurista). Concordar com uma dessas teorias não exclui-ria sua verdade em relação às outras. A posição sensata aparentemente é aceitar todas as interpretações dessa passagem como válidas e significativas.

    Debaixo do altar é talvez uma referência ao fato de que o sangue da oferta pelo pecado deveria ser derramado "à base do altar do holocausto" (Lv 4:7). "O altar em estu‑

    do aqui é o correlativo do Altar do Holocausto, e as vítimas que foram oferecidas sobre ele são os membros mortos como mártires da Igreja, que seguiram seu Cabeça no exemplo da sua morte sacrificial"."

    A linguagem da última parte desse versículo é semelhante à linguagem em 1.9 (veja comentários lá), que encontra eco novamente em 12.11, 17; 19.10; 20.4. A repetição de

    por (dia, por causa de) sugere duas causas do martírio. Essas Testemunhas fiéis eram mortas por causa da sua confissão no único e verdadeiro Deus, em contraste com o politeísmo e adoração ao imperador daqueles dias, e do seu testemunho de Jesus como o único Senhor e Salvador. O Martírio de Policarpo relata que pouco antes desse venerável bispo ser morto em 156 d.C., ele foi impelido pelo procônsul romano a salvar a sua vida ao fazer duas coisas:

    1) "Jure pelo nome de César [...] e diga: 'Fora com aqueles que negam os deuses";

    2) Desonre a Cristo". A resposta de Policarpo tem sido citada com freqüência: "Oitenta e seis anos o servi e Ele nunca me tratou injustamente. Como posso agora blasfemar contra meu Rei que me salvou?"."

    Há muitas advertências na Palavra de Deus de que o martírio pela fé vai novamente se tornar comum no fim dos tempos. Precisamos orar pelo mesmo espírito de coragem que foi mostrado pelos antigos mártires da Igreja.
    As almas debaixo do altar clamavam (aoristo, somente uma vez) com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o

    nosso sangue dos que habitam sobre a terra (10). Dominador não é o termo comum kyrios, mas despotes (cf. déspota). Esse é um título para Deus na Septuaginta e duas vezes no Novo Testamento (Lc 2:10; At 4:24). Ele também é usado para Cristo duas vezes (2 Pe 2.1; Jd 4). Aqui não está claro se o termo é empregado para Deus ou para Cristo. As palavras verdadeiro e santo são usadas para Cristo em 3.7.

    O clamor por vingança tem causado uma certa consternação nos cristãos atuais. Mas Swete nota que "a santidade e verdade do Supremo Mestre requer o castigo de um mundo responsável pelas suas mortes. As palavras somente afirmam o princípio da re-tribuição divina, que proíbe o exercício da vingança pessoal"."

    Para cada mártir foi dada uma veste branca (stole, sing.) simbolizando pureza e vitória. Essa palavra grega é encontrada outra vez em 7.9, 13-14. O termo repre-senta uma roupa longa que era um tipo de um símbolo de status. Essas vítimas do martírio eram, na verdade, vencedores. Foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos que haviam de ser mortos como eles foram. Sua espera será um repouso e será por um período curto. Quando os propósitos de Deus estiverem com-pletos, virá o fim.

    6. O Sexto Selo: O Fim dos Tempos (6:12-17)

    O primeiro sinal do fim que pode ser observado é um grande tremor de terra (12). Esse aspecto provavelmente é um eco de Ageu 2:6-7 (LXX) : "Porque assim diz o SE-NHOR dos Exércitos: Ainda uma vez, daqui a pouco, e farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca; e farei tremer todas as nações". A última frase sugere que a referên-cia não é somente a um terremoto físico, mas também a revoluções raciais, políticas e sociais. É interessante observar que terremoto é seismos e "farei tremer" é seiso.

    Outros terrores são indicados: e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue. Essa citação é semelhante à de Joel 2:31: "O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR".

    Outros fenômenos são observados: E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte (13). A linguagem é a de Isaías 34:4: "E todo o exército dos céus se gastará [...] e todo o seu exército cairá como cai a folha da vide e como cai o figo da figueira".

    A sentença que omitimos dessa citação de Isaías: "e os céus se enrolarão como um livro" é similar à próxima frase de Apocalipse: E o céu retirou-se como um livro que se enrola (14). O autor acrescenta a seguinte predição: e todos os montes e ilhas foram removidos do seu lugar. Sempre haverá uma discussão se essa linguagem deve ser entendida literal ou figuradamente. Mas por que não as duas formas? Como no caso de II Pedro 3:10-12, a idade atômica abriu os nossos olhos para o fato de que uma linguagem tão severa, há muito tempo taxada como uma expressão poética de uma ima-ginação fértil, pode se cumprir com uma exatidão horrível.

    Nessa visão terrível dos últimos dias, João viu homens de todas as camadas da sociedade (são mencionadas sete classes), de reis a escravos, se esconderem nas caver-nas e nas rochas das montanhas (15). Eles diziam aos montes e aos rochedos para que caíssem sobre eles (cf. Os 10:8) e os escondessem do rosto daquele que está as-sentado sobre o trono e da ira do Cordeiro (16). Que paradoxo impressionante: a ira do Cordeiro! Alguém disse que a ira de Deus é o amor de Deus represado pela desobediência do homem, até que seja emanado no julgamento justo.

    O motivo de procurar se esconder é claro: porque é vindo o grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir? (17). Já ocorreram muitos dias do julgamento de Deus sobre o pecado e homens pecaminosos. Mas o grande Dia da sua ira — uma combina-ção de "o dia do Senhor" (A 2.11;31. Zc 1:14) e o "dia da ira do Senhor" (Sf 1:15-18; 2,3) — ainda está por vir. Excederá em muito qualquer coisa de que se tem notícia.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Apocalipse Capítulo 6 versículo 14
    As estrelas... caíram... e o céu recolheu-se... se enrola:
    Is 34:4.Ap 6:14 Todos os montes e ilhas foram movidos dos seus lugares:
    Ap 16:20.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Apocalipse Capítulo 6 do versículo 1 até o 17
    *

    6.1-8.1 Juízos de Deus se desdobram na medida que um por um dos sete selos são abertos. A participação do Cordeiro nos lembra que tais juízos são baseados nas suas incomparáveis qualificações e realizações (cap. 5). Em uma estrutura solene 5:1-8.1 corre em paralelo a 8:2-11.19. Cada um possui uma cena de abertura, introduzindo a origem dos juízos (cap. 5; 8:2-6). Seguem-se seis juízos (cap. 6; 8:7-9.21). Um dramático interlúdio promete cuidado ao povo de Deus (cap. 7; 10:1-11.14). O sétimo e culminante juízo segue o interlúdio (8.1; 11:15-19; Introdução: Esboço). Os sete juízos avançam em direção à segunda vinda, que acontece em 6:12-17 e 11:15-19. Os primeiros quatro dos sete juízos contêm uma unidade interna. Os quatro seres viventes de 4.6 e os quatro cavaleiros de Zc 1:8 são refletidos em 6:1-8. As quatro partes principais do mundo (terra seca, mar, água doce e céu) são abordadas em 8:7-12.

    * 6.1-8. Os quatro cavaleiros representam conquista, guerra, fome e morte. Estas calamidades caracterizam um período indefinido antes da segunda vinda (13 6:41-13.8'>Mc 13:6-8). Tais coisas aconteceram nos tumultos do império romano, e podem ser esperadas agora e antes da segunda vinda. As imagens dão margem a múltiplas aplicações no decorrer da história da igreja (Introdução: Dificuldades de Interpretação). As sete igrejas foram exortadas a colocar sua confiança, não na paz e prosperidade supostamente alcançadas pelo governo romano, mas em Deus e suas promessas de um novo mundo (2.17; 3.12; 21.4). Quando aconteceram tumultos, elas foram certificadas que o Cordeiro ainda estava no controle — na verdade, os tumultos provinham de sua dignidade de quebrar os selos e da voz das criaturas viventes. Tais juízos representavam a mão disciplinadora de Deus sobre um mundo rebelde (9.20,21). Os santos serão guardados em meio a essas tribulações (cap. 7). Eles foram selados como uma marca de propriedade e proteção (7.1-10; 9,4) e lhes será dado descanso perfeito no final (7.15-17). Tais promessas se aplicam tanto aos santos no decurso do tempo da igreja quanto às sete igrejas.

    * 6.2 cavalo branco. Baseados nas semelhanças com 19.11, alguns pensam que aqui aparece Cristo, conquistando através do evangelho. É mais provável que o cavalo branco simboliza conquista em forma de calamidade terrena. Assim a calamidade dos vs. 1 e 2 é paralela às calamidades dos vs. 3-8 (6.1-8.1, nota).

    * 6.6 Uma medida de trigo. Haverá fome tão severa que o salário de um trabalhador se destinará somente à alimentação. Famílias terão que comprar cevada, cereal de qualidade inferior. Azeite e vinho são poupados, talvez uma indicação que os ricos ainda serão capazes de usufrui-los.

    *

    6.9-11 Santos martirizados clamam por justiça, não por causa de desejos egoístas, mas em harmonia com a justiça do trono de Deus (v. 10). Eles desejam ver a justiça de Deus plenamente manifesta.

    * 6.10 dos que habitam sobre a terra? Apocalipse mostra que a humanidade consiste de dois grupos: o povo de Deus cuja cidadania está no céu (Fp 3:20) e, em oposição a estes, os habitantes rebeldes da terra (v. 15; 8.13; 11.10; 13 3:8-12,14; 17.2,8).

    *

    6.12-17 Todos os habitantes da terra e o próprio Universo criado provarão o juízo de Deus. Estes versículos apresentam a primeira das sete descrições de Apocalipse de eventos associados à segunda vinda (Introdução: Características e Temas: Forma Literária). Em Lc 21:25-27 e 13 24:41-13.26'>Mc 13:24-26, a vinda do Filho do homem acontece imediatamente depois de fenômenos incomuns envolvendo sol, lua e estrelas. A menção de sete tipos de pessoas (v. 15) sugere juízo total, como também faz a caracterização do “Grande Dia da ira” (vs. 16 e 17). Assim este mundo será tão profundamente abalado, os santos devem colocar sua esperança em Deus (Lc 12:32-34; 1Co 7:29-31; Hb 12:25-29).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Apocalipse Capítulo 6 do versículo 1 até o 17
    6.1ss Este é o primeiro de três julgamentos com sete partes. As trompetistas (capítulos 8:9) e as taças (capítulo
    16) são as outras dois. À medida que se abre cada selo, Cristo o Cordeiro põe em ação acontecimentos que terão lugar perto do fim da história humana. Este cilindro não se abre por completo até que se abrem os sete selos (8.1). O conteúdo dos cilindros mostra a culpa e a depravação dos seres humanos e destaca a autoridade de Deus sobre os acontecimentos da história humana.

    6.2ss Quatro cavalos aparecem quando se abrem os quatro primeiros selos. Os cavalos representam o julgamento de Deus sobre o pecado das pessoas e sua rebeldia. Deus dirige a história da humanidade; inclusive usa a seus inimigos que sem sabê-lo cumprem com seus propósitos. Os quatro cavalos são uma antecipação do julgamento final que está por vir. Alguns vêem nesta passagem um paralelo com o discurso do monte dos Olivos (veja-se Mateus 24). A metáfora dos quatro cavalos também se encontra em Zc 6:1-8.

    6.2-8 Cada um dos quatro cavalos tem uma cor diferente. Alguns dizem que o cavalo branco representa vitória e que seu cavaleiro é Cristo (porque mais tarde Cristo cavalga para a vitória sobre um cavalo branco; 19.11). Mas tomando em conta que os outros três cavalos estão relacionados com julgamento e destruição, o mais provável é que este cavaleiro em seu cavalo branco não seja Cristo. Os quatro são parte do julgamento de Deus a executar-se, e seria prematuro para Cristo fazer sua entrada como vencedor. Os outros cavalos representam diferentes classes de julgamento: vermelho para guerra e derramamento de sangue; negro para fome e amarela para morte. Os altos preços do trigo e a cevada ilustram condições de fome, mas o pior ainda está por chegar.

    6:8 Não é claro se Hades estava em um cavalo à parte ou se cavalgava simplesmente ao lado da morte. Mas os cavaleiros descritos nos versículos 2 aos 8 se mencionam usualmente como os quatro cavaleiros do Apocalipse.

    6:8 Aos quatro cavaleiros lhes deu poder sobre a quarta parte da terra. Isto indica que Deus até está limitando seu julgamento; ainda não se completou. Com estes julgamentos ainda há tempo para que os incrédulos se voltem para Cristo e se separem do pecado. Neste caso, o castigo limitado não só amostra a ira de Deus sobre o pecado, mas também seu amor misericordioso ao lhes dar aos pecadores outra oportunidade de que se voltem para O antes que execute o julgamento final.

    6:9 O altar representa o altar do sacrifício no templo onde se ofereciam os animais para expiar nossos pecados. Em lugar do sangue dos animais ao pé do altar, João viu as almas dos mártires que tinham morrido por pregar o evangelho. A estes mártires lhes havia dito que muitos mais perderiam a vida por sua fé em Cristo (6.11). Ao ter que confrontar a guerra, o fome, a perseguição e a morte, os cristãos serão chamados a permanecer firmes pelo que acreditam. Somente os que permaneçam firmes até o fim serão premiados Por Deus (Mc 13:13).

    6:9-11 Os mártires estão ansiosos de que Deus estabeleça justiça na terra, mas lhes disse que devem esperar. Deus não espera até que se alcance determinado número, mas promete que não se esquecerá a quem sofre e morrem por sua fé. Mas bem, serão escolhidos Por Deus para receber uma honra especial. Podemos desejar justiça imediata, como o fizeram estes mártires, mas devemos ser pacientes. Deus obra em seu devido tempo, e O promete justiça. Nenhum sofrimento por causa do reino de Deus é um esforço perdido.

    6:12 O sexto selo troca a cena de volta ao mundo físico. Os primeiros cinco julgamentos foram dirigidos a regiões específicas, mas este julgamento é universal. Todos terão medo quando a terra mesma seja sacudida.

    6.15-17 Ao ver deus sentado no trono, todos os seres humanos, grandes e pequenos, aterrorizarão-se e clamarão que as montanhas caiam sobre eles de modo que não tenham que enfrentar-se ao julgamento do Cordeiro. Esta vívida cena não tem a intenção de assustar aos crentes. Para eles, o Cordeiro é um Salvador tenro. Mas os generais, imperadores ou reis que antes não mostraram temor de Deus e com orgulho ostentaram sua incredulidade, acharão que estavam equivocados, e naquele dia devem enfrentar-se à ira de Deus. Ninguém que tenha rechaçado a Deus poderá sobreviver o dia de sua ira, mas os que pertencem a Cristo receberão uma recompensa e não um castigo. Pertence a Cristo? Se for assim, não tem por que temer a esses últimos dias.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Apocalipse Capítulo 6 do versículo 1 até o 17
    V. A abertura dos selos (Ap 6:1). Em outras palavras, ele tinha sido dito para escrever o que tinha visto (ou recebida de Cristo) sobre o presente e para o futuro. As letras representam o que causa o seu presente. O restante do livro se refere, em grande parte para o futuro. A definição dos primeiros foi Patmos e as igrejas locais da Ásia. A definição do segundo começa no céu, embora às vezes o movimento parece se alternar entre o céu ea terra.

    A abertura dos sete selos foi o início de advertência de João de eventos ameaçadores ", que deve acontecer em breve" (Ap 1:2 ). Há uma estreita relação entre os selos, as trombetas e as taças. Eles têm sido interpretadas como três séries de julgamentos que se tornarão cada vez pior até o fim. Isso, no entanto, está intimamente relacionado com a teoria de que, no Apocalipse, pode-se traçar o progresso da história do mundo na era da igreja (ou a história da igreja) e identificar as pessoas importantes e eventos a partir das visões de João. Mas a revelação lida principalmente com os princípios universais da verdade que têm a sua aplicação em qualquer ou todas as idades. O fato de que, em nossos dias ainda estão à espera de que João acreditava que "em breve vir a passar" defende o caráter universal de suas profecias. Por isso, é mais de acordo com a natureza intrínseca do livro para interpretar os três grupos de portentos como uma série repetida, cada um cobrindo o mesmo terreno geral, como os outros, mas cada um adicionando algo ao anterior.

    Os problemas enumerados estão a cair sobre toda a terra. Os justos sofrem com, bem como nas mãos dos ímpios. Toda a criação de Deus deve sentir os resultados dos tempos terríveis para vir. Os justos, porém, é dada garantia de novo e de novo de protecção e de partilha na vitória final de Cristo sobre as forças do mal, material e espiritual. É interessante notar que, como as sete letras, estas cenas na abertura dos selos são muito breve. Um mero esboço esquelético é dado, porque muitos deles será repetido e amplificado sob as trombetas soando e as taças da ira. Além disso, não há nada de essencialmente novo nestas cenas. "O que é dito a emitir a partir dos montantes livro selado em substância para pouco mais do que uma breve recapitulação dos portentos tradicionalmente associados com os últimos dias." A mensagem segredo tão zelosamente guardado no livro selado tinha a ver com o destino da Igreja quando as desgraças desceu sobre a terra. E Riddle continua dizendo que essa verdade central é mais frequentemente encontrada nos intervalos entre os ciclos das desgraças que nos "cavaleiros" ou os demais dos seres vistos por João.

    Os sete selos são divididos em dois grupos de quatro primeiros desgraças reveladores dentro da ordem natural da história, os três últimos sendo diferente na aparência. Como o Cordeiro é visto para abrir ou quebrar cada um dos quatro selos do livro, um dos quatro seres viventes grita: Vem . Não há nenhuma indicação de que a ordem das vedações corresponde ao fim dos quatro animais (4: 6-8 ). A tradução errada, "Vinde e vede", de algumas autoridades antigas dirige a convocação para João, mas não há nenhuma indicação de que ele respondeu e se aproximou para ver com mais clareza. Em vez disso, a convocação representam parte do simbolismo dramático e foram encaminhados para os quatro cavaleiros que apareceram por sua vez.

    A. O primeiro selo (6: 1-2)

    1 E vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi um dos quatro seres viventes dizer numa voz como de trovão. Vem. 2 E olhei, e eis um cavalo branco, e que estava montado nele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vencendo, e para vencer.

    A abertura do primeiro selo revelou um cavalo branco ; seu cavaleiro tinha um arco e foi dada uma coroa . Torna-se muito atraente e significativa para interpretar este primeiro piloto como Cristo em um cavalo branco da pureza saindo para fazer a batalha para os santos. Ele não será exibido novamente nesta forma até pouco antes de Satanás está preso e começa o reino milenar. Há Ele aparece vindo de batalha "aspergiu com sangue" (19: 11-16 ), com muitas coroas na cabeça e saindo para reinar sob o nome de "Rei dos reis e Senhor dos senhores."

    Mas esta interpretação do primeiro selo é mais atraente do que precisa. As várias cenas dos selos quebrados retratam a vinda de calamidades sobre a terra. Os melhores autoridades concordam que este primeiro cavalo e cavaleiro representam um invasor conquistar. Para os primeiros leitores que poderia ter significado os partos que estavam uma ameaça contínua para Roma, e, portanto, a todos dentro do império. Ele poderia facilmente ser a própria Roma. Mas isso pouco importa para tentar tal identificação.Sem identificação semelhante é possível, no caso dos outros cavalos e cavaleiros. É suficiente dizer que João viu um conquistador invadindo cuja vinda seria o julgamento de Deus nos últimos dias. Quando se recorda as mensagens às sete igrejas, além de outras referências ao impacto das desgraças sobre os cristãos, ele será visto que a preocupação de João é espiritual. Mesmo a morte física era de pouca conseqüência final para aqueles que tinham o selo de Deus em suas testas (cap. Ap 7:1 ).

    Um recente escritor vê a figura de Gog (Ez. 38-39) como um paralelo ao primeiro cavalo e cavaleiro. Porque Gog é usado para descrever outras cenas no Apocalipse, "essas relações sugerem que reconhecemos no primeiro piloto a figura do anticristo, cuja forma é descrito em Apocalipse em várias modas (Ap 11:7 ). " O branco do cavalo não indica pureza, mas a sua perversão, ea coroa podem representar apenas uma promessa de vitória, quer para as forças boas ou más. É discutível, entretanto, se João já teve esta limpar uma imagem do Anticristo em sua mente; o termo nunca é usada no Apocalipse, e o espírito do anticristo (1Jo 2:18) refere-se ao escritor descreve o cavalo e cavaleiro como um "Cristo do inferno" que se move ao longo da história para conhecer "muitos anticristos". seu anti-tipo, o cavaleiro sobre o cavalo branco que é, na realidade, o Governador eo Juiz todo-poderoso que aparece no final da história (cap. Ap 19:1 ).

    B. o segundo selo (6: 3-4)

    3 E quando ele abriu o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem. 4 E outro cavalo saiu, um cavalo vermelho; e ao que estava montado nele foi dado que tirasse a paz da terra, e que devem matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.

    O segundo selo trouxe um cavalo vermelho . A tarefa de seu cavaleiro foi para tirar a paz da terra . O cavalo e cavaleiro representam guerra que o primeiro cavalo e cavaleiro vai continuar, tipificando o conflito contínuo entre a Igreja e para o mundo. A cor vermelha representa os estragos da guerra, que é representado ainda pelo grande espada que foi dada ao ciclista.

    C. O SELO TERCEIRO (6: 5-6)

    5 Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: Vem. E olhei, e eis um cavalo preto; e que estava montado nele tinha uma balança na Mc 6:1 E ouvi como que uma voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um shilling; eo azeite eo vinho machucar tu não.

    O terceiro selo aberto em cima de outro cavalo, desta vez preto na cor. Na mão do cavaleiro era um equilíbrio ou balanças. Com ele pesava grão, representando a fome, o que muito naturalmente seguir sobre a guerra do selo anterior. Grain estaria disponível, mas escasso, e trigo seria três vezes mais caro do que a cevada. Mas não haveria escassez de óleo ou vinho. A série de comentários apontam para uma ocasião durante o reinado de Domiciano, quando o imperador tentou desligar a produção de azeite e vinho, a fim de crescer mais grãos e, assim, alcançar um equilíbrio razoável entre os dois tipos de produtos alimentares. Por demanda popular, o imperador teve que mudar sua política. Tal associação entre a visão e contemporânea história de João também é negada por alguns comentários. Este temos a certeza de a partir da conta-o azeite eo vinho foram assegurados. Wine seria abundante mesmo que o pão seria escasso. Então, como agora, alguns homens preferem ter licor de alimentos.

    D. o quarto selo (6: 7-8)

    7 E quando ele abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizer: Vem. 8 E olhei, e eis um cavalo amarelo, eo que estava assentado sobre ele, chamava-se Morte; e Hades o seguia. E foi-lhes dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar com a espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra.

    O quarto selo se abriu e apareceu um cavalo amarelo. Nós não precisamos de adivinhar o nome do seu cavaleiro; ele é a Morte. Hades seguia de perto. A substância dessa visão é o resultado natural das outras três-quarto dos povos da terra serão destruídos.Em certos Antigo Testamento (LXX) passagens thanatos peste (morte) é traduzido (Jr 21:7 ; 29: 5 ; 33:27 ; 34:28 ). Hades (KJV, o inferno) é usado tanto na Septuaginta e do Novo Testamento para a morada dos mortos. Em Lc 16:23 Jesus fala de "tormentos" em Hades. Morte e Hades estão aqui personificados e combinados como forças destrutivas. As pragas enumeradas siga lista de Ezequiel de decisões (Ez 14:1)

    9 E quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus, e por causa do testemunho que deram 10 e clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ? O Soberano, santo e verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra 11 E foram dadas a cada um deles uma veste branca; e dizia-lhes: que repousassem ainda um pouco de tempo, até que os seus companheiros de serviço também e seus irmãos, que ele deveria mortos mesmo que fossem, deveria ter cumprido o seu curso .

    Nesta apresentação dramática a abertura do quinto selo revelou os resultados da guerra e devastação descrito nos primeiros quatro visões. No entanto, toda a mensagem dos selos é a descrição de João do que ele espera em breve vir a passar. As perseguições que tornaram mártires daqueles visto sob o altar foram, provavelmente, as de Nero e seus sucessores. As almas desses santos clamar por vingança, mas este não virá até que mais santos são martirizados em os estragos esperados simbolizadas pelos quatro cavaleiros. Os mártires devem aguardar em suas vestes brancas de pureza, ganhando algum merecido descanso até que o tempo do fim. "É ... o hábito do apocalíptico para introduzir em cada série de sofrimentos previstos, o incentivo aos mártires."

    Nesta visão do altar está no céu e, desde os mártires assassinados estão abaixo dele, pode representar o altar do holocausto no Templo judaico. Por outro lado, por causa das orações das almas martirizados, pode ser o altar do incenso. "João pega um vislumbre daqueles cujo martírio já está a dar frutos, na flagelação do mundo que precede e anuncia o fim." O fim está na vontade determinante de Deus, mas a morte dos santos não será em vão. Suas alegações terá algo a ver com a reivindicação de direito e na punição do mal. Aqueles de todas as idades que morreram por sua fé pode ser aqui representados, e todos aqueles que, mesmo em nossos dias enfrentar o mesmo destino pode ter coração que Deus não os abandonarei.

    F. o sexto selo (6: 12-17)

    12 E vi quando abriu o sexto selo, e houve um grande terremoto; O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue; 13 e as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, quando abalada por um vento forte. 14 E o Céu foi removido como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. 15 E os reis da terra, e os príncipes, e os chefes militares, e os ricos e os fortes, e todo escravo e livre, se esconderam nas cavernas e no rochas das montanhas; 16 e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro: 17 para o grande dia da sua ira é vindo; e quem poderá subsistir?

    Nenhuma das criaturas vivas anuncia a abertura dos últimos três selos. O atual cenário segue-se naturalmente sobre o primeiro de quatro a destruição da guerra e todos os seus males presentes é seguido por um terremoto . Até esse momento, a destruição foi forjado através de instrumentos humanos como os agentes de Deus. No presente cena da natureza torna-se o instrumento e é em si afetado por seus poderes Unleased, junto com a humanidade.

    Esta descrição de um "universo ferida" é uma repetição das declarações de Jesus como registrado nos Evangelhos sinópticos (Mt 24:29. ; Lc 21:20 : Mc 13:24 ). O profeta Joel profetizou que "o sol se converterá em trevas, ea lua em sangue, antes do grande e terrível dia do Senhor vem" (Jl 2:31 ). A Igreja primitiva deve ter sido familiarizado com este tipo de ensino, e assim por João estava enfatizando o conhecido em vez do desconhecido.

    As convulsões do universo, afetando sol, a lua e estrelas , as extensões do céu e da terra e sua vegetação, será seguido por um grande temor por parte do homem. Isso é enfatizado por quais reis, príncipes , militares, homens fortes, e o homem comum vai fazer a partir de susto, porque eles percebem que eles estão enfrentando a ira de Deus. O Cordeiro está irritado com os inimigos da justiça. Eles choram, Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro , enquanto os mártires chorar, 'Quanto tempo ... não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam ? sobre a terra "E os homens da terra chorar tudo para fora, o grande dia da sua ira é vindo; e quem poderá subsistir?

    Seria mais apropriado para João ter dito que o "Leão de Judá" seria, assim, demonstrar sua ira. Mas é o Lamb-Cristo simbolizado por um cordeiro. Isso pode ser porque ele estava pensando principalmente da preservação dos santos e o Cordeiro, que foi sacrificado por eles. Mas Aquele que é o Cordeiro também é o Leão. Esta anomalia não é difícil de aceitar quando se percebe que a mansidão não é fraqueza. Os mansos são os defensores da justiça e da justiça; eles se consideram expendible, mas Jesus disse que é "herdarão a terra".

    Não devemos deixar esta seção sem tomar conhecimento da língua muito pitoresco de João. As estrelas caem como uma figueira lança seus figos verdes quando abalada por um vento forte. O céu foi removido como um pergaminho quando se enrola .

    G. O destino dos cristãos (7: 1-17)

    Este capítulo é um interlúdio dramático entre a abertura do sexto e sétimo selos, e situa-se em contraste direto com a cena destrutiva imediatamente anterior. Tema principal de João é o bem-estar da Igreja de Jesus Cristo em um momento de tribulação iminente e perseguição, a destruição do ser mau, mas o prelúdio para a glorificação dos santos. A presente visão é distinta da abertura do sexto selo como após este indica. Na verdade, existem duas visões distintas neste capítulo, a vedação dos santos na terra (vv. Ap 6:1-8) e uma visão dos remidos de todos os povos da terra em pé diante do trono e diante do Cordeiro (vv. Ap 6:9-17 ).

    A cena abre com total de quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra . Isto constitui nenhum argumento para uma idéia primitiva de que a Terra era plana e retangular. Então, como agora os quatro cantos da terra , provavelmente, a que se refere aos quatro pontos cardeais da bússola-norte, sul, leste e oeste. Os quatro ventos são os ventos correspondentes e são a contrapartida dos quatro cavaleiros. Eles aparecem tanto no Antigo Testamento e nos apócrifos como agentes de destruição. Os anjos dos ventos pode causar destruição em terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma , ou que poderiam conter os ventos que eles controladas. Para João as forças da natureza eram regulados por Deus por meio de anjos. No presente exemplo, eles estão sob o comando de um quinto anjo que lhes restringe, assim como eles conter os ventos. Mais tarde, eles são soltos para destruir por ordem do anjo da sexta trombeta (Ap 9:14 ). O anjo de restrição vem do leste, a partir do nascimento do sol , a fonte de luz e bênção, com o propósito expresso de selar o povo de Deus com as marcas de identificação em suas testas.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Apocalipse Capítulo 6 do versículo 1 até o 17
    Agora, João inicia a descrição da primeira metade da 70a semana de Daniel (Ez 9:27), o período de sete anos datribulação. O Cordeiro pe-gou o livro selado (o documento de comprovação de seu direito sobre a criação) e está para abrir os selos e declarar guerra ao mundo ímpio. A cada selo que se abre no céu, algo importante acontece na terra. Certifique-se de comparar esses selos com o que Cristo ensina sobre o fim dos tempos, conformeMt 24:0 e cumpre a profecia de Cristo relatada em Jo 5:43.

  • O segundo selo: a guerra (6:3-4)
  • A paz mundial não durará muito, arrebentarão guerras terríveis, en-quanto os homens dizem que estão "em paz e em segurança". Isso faz paralelo comMt 24:6-40. Asso-cia-se a cor vermelha ao medo e à carnificina. Em Apocalipse, temos o cavalo vermelho de guerra (6:3-4), o dragão vermelho (12:
    3) e a besta escarlate (17:3). Veja que Deus deu autoridade ao anticristo para acabar com a paz na terra; isso faz parte do plano divino. O anticristo troca seu arco sem flechas por uma grande es-pada, e os homens começam a ma-tar uns aos outros. Isso indica com, clareza que os métodos de acordos internacionais e dilomáticos não trarão paz duradoura.

  • O terceiro selo: a fome (6:5-6)
  • Em geral, a fome e a guerra andam juntas; vejaMt 24:7. A cor pre-ta faz pensar em fome; veja Jere-mias 14:1 -2 eLm 5:10. O cavaleiro (ainda o anticristo) segura uma balança na mão, o que indica que seu governo estabelecerá o ra-cionamento de alimento. Uma medida de trigo custava cerca de um quarto de centavo, e o trabalhador recebia um centavo por dia de tra-balho. Em outras palavras, o alimen-to será tão escasso que a pessoa pre-cisará trabalhar um dia inteiro para comprar apenas um quarto de quilo de grão! Todavia observe que não há escassez de azeite e de vinho para os ricos. O rico fica mais rico e usufrui dos luxos; o pobre fica mais pobre e mal consegue se alimentar. Isso indica que fracassarão todos os métodos usados pelo homem para suprir mesmo as necessidades bá-sicas da vida. Vale a pena registrar que o grão, o azeite e o vinho eram os principais produtos de Israel (Dn 2:8). O anticristo quererá proteger os tesouros israelitas, já que fará um acordo com eles.

  • O quarto selo: a morte (6:7-8)
  • A palavra "amarelo" sugere a cor do leproso (Lv 13:49; "esverdinhada"). A Morte cavalga esse cavalo, e o Hades a segue. A morte reivindica o corpo, e o Hades, a alma. Deus dálhes autoridade para matar um quarto da população da terra! Para isso, serão usados quatro métodos: a espada (violência e guerra); a fome e as feras (a natureza assumi-rá o comando quando a civilização cair). Leia Ezequiel 14:21 para fa-zer o paralelo. Até as feras estarão famintas e atacarão os seres huma-nos! Após o arrebatamento da igre-ja, um julgamento terrível aguarda o mundo que rejeitou a Cristo! VejaMt 24:7.

  • O quinto selo: os mártires (6:9-11)
  • Os sacerdotes do Antigo Testamento derramavam o sangue do sacrifício na base do altar (Lv 4:7); nessa pas-sagem, testemunhamos as almas dos mártires sob o altar celestial, já que o sangue diz respeito à vida (ou à alma; Lv 1:7:11). Ainda não fora vin-gado o assassinato deles. Esses san-tos martirizados oram por vingança; veja Sl 74:9-19, Sl 79:5 e 94:3-4. Nessa era, realmente recomenda-se que os santos orem por seus perse-guidores. Cristo, Estêvão e Paulo fi-zeram isso (Lc 23:34; At 7:60; 2Tm 4:16). Todavia, esse será um tempo de julgamento em que Deus respon-derá às orações por libertação e por vingança feitas por seu povo. Afinal, Deus está julgando o mundo, en-quanto eles oram, portanto a oração deles está de acordo com a vonta-de do Senhor. Isso faz paralelo comMt 24:9. Deus promete-lhes que responderá a suas orações, po-rém mais irmãos morrerão antes de isso acontecer. Ap 12:11, Ap 14:13 e 20:4-5 registram a morte de outros irmãos. Moisés e Elias estarão entre os mortos, duas testemunhas do Senhor que ainda ministram na terra (11:1 -7). Ap 20:4 indi-ca que esses mártires do período da tribulação serão ressuscitados a fim de reinar durante o milênio.

  • O sexto selo: o caos mundial (6:12-17)
  • Essa passagem faz paralelo com Lc 21:25-42; veja também Os 2:30-29,Os 3:15 e Is 13:9-23, Is 34:2-23. Apocalipse menciona três terremo-tos (6:12; 11:13 1:6-18-19). Não há dúvida de que são terremotos reais; porém, junto com eles virão pertur-bações na terra e no céu que ame-drontarão os grandes e os pequenos. Alguns estudiosos acham que esses versículos descrevem os efeitos de um ataque atômico, com o escure- cimento do sol e da lua, o movimen-to de grandes massas de terra, e as pessoas escondendo-se em buracos do chão para escapar da radiação atômica. Isso é possível; no entanto, temos de fazer a observação de que as pessoas se escondem de Cristo e, em especial, de sua ira, não de algu-ma catástrofe artificial.

    O versículo 15 é uma des-crição vivida de como será a vida nos primeiros três anos e meio da tribulação. Os reinos serão revivi-dos. A tendência atual em direção à democracia e ao nacionalismo mu-dará. Veja 16:12-14. O anticristo governará sobre "os Estados Unidos da Europa", o Império Romano re-vivido, com uma série de reis subal-ternos que o seguem (1 7:12-14). O militarismo será outra coisa carac-terística do período de tribulação: haverá "comandantes". Esse é um título romano que significa "tribuno militar" e está total mente de acordo com o Império Romano revivido, do anticristo. A escravidão ("escra-vo") estará presente nesse período; veja 18:13, em que "escravos e até almas humanas" estão entre as mer-cadorias babilônias. Grande rique-za coexistirá com muita miséria, e essa redistribuição das riquezas arruinará a economia das nações. Assim, parece que o sexto selo en-volve destruição física real no céu e na terra, como também o abalo dos sistemas econômico e político das nações. Tudo isso tornará mais fácil para o anticristo estender seu governo.

    Dessa forma, as pessoas da terra saberão que Cristo envia seu julga-mento, no entanto não receberão a ele! Eles preferirão, antes, se escon-der nas pedras que na Pedra. Esses três primeiros anos serão uma mera preparação para o último período da tribulação, que será conhecido como "a cólera de Deus" (veja 11:18; 12:12; 14:10; 18:3; etc.). Há uma pausa entre o sexto e o sétimo selos (bem como entre a sexta e a sétima trombeta; 10:1—11:13), em que são apresentados os dois grandes grupos de redimidos que se salvarão durante o período da tribulação.
    Em suma, o anticristo inicia sua carreira como um conquistador político pacífico, depois recorre à guerra e ao controle econômico para dominar as outras nações. O mundo rejeitou o Príncipe da Paz, Jesus Cristo, por isso aceitará a falsa paz do anticristo.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Apocalipse Capítulo 6 do versículo 1 até o 17
    6.2 Cavalo branco. Conforme Zc 6:0, Mt 24:2 Ts 21-11). Mas a cor branca indica que Cristo é o cavaleiro (no Apocalipse "branco" sempre se refere ou é associado com Cristo). A pregação do evangelho pelo mundo afora não deixará de marcar notáveis sucessos. Vencendo e para vencer. A vitória de Cristo será total no fim dos acontecimentos (19.11 -16).

    6.4 Vermelho. Esta visão simboliza a guerra. Espada. O instrumento da morte; metaforicamente, significa a própria guerra (Mt 10:34).

    6.5 Preto. Símbolo de fome como conseqüência trágica da guerra, em harmonia com a interpretação da balança como símbolo das condições difíceis da falta de provisões. A comida básica se vende a preço de ouro, sendo que a provisão de um dia se comprará pelo salário de um dia de trabalho. Normalmente, um denário (v. 6) compraria entre doze e quinze vezes a comida necessária para um homem.

    6.6 Medida (gr choinix, c. de um litro de cereais). Denário, moeda de prata. Azeite e o vinho. Indica este versículo falta mas não fome.

    6.8 Amarelo (gr chlõros, "verde claro”, "amarelento", "pálido”). Uma cor doentia e repulsiva, simbolizando a pestilência e a morte. Morte. É personificada (conforme 1Co 15:26; Rm 5:14, Rm 5:17; Rm 6:9). Inferno (gr hades), o sepulcro ou habitação dos mortos (conforme sheol no AT). No NT, é companheiro da morte (conforme 1Co 15:55; Ap 6:8; Ap 20:13-66 e paralelos).

    6.11 Vestidura Branca. Este símbolo da justiça e da pureza ele Cristo é dado aos santos martirizados, debaixo do altar (v. 9), simbolizando a morte sacrificial (mas não redentora) dos mártires (conforme Fp 2:17; 2Tm 4:6 com Lv. 4.7). É o sangue dos mártires que reivindica o julgamento de Deus sobre os injustos perseguidores. Há um número dos eleitos, que se completará por conversão antes da Vinda de Cristo (Rm 11:12n). Assim, também, o profeta prevê que haverá mais mártires antes da vinda de Cristo.

    6.12 Terremoto. Faz parte da alteração física da terra antes da transformação da criação (16.18; Rm 8:18-45). Ou pode ser uma parte das calamidades que marcarão o fim do mundo. Ou ainda pode ser um dos portentos que prenunciam julgamento divino final, ao lado dos demais sinais nos vv. 12 e 13. Toda a descrição deste sexto selo lembra a profecia de Jesus sobre os acontecimentos cósmicos que, anteciparão Sua volta (Mt 24:29)


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Apocalipse Capítulo 6 do versículo 1 até o 17
    IV. OS SETE SELOS SÃO ABERTOS (6.1—8.5)

    Quando Cristo toma o livro do destino e começa a abrir os selos um após o outro, a “revelação” propriamente dita começa. A sua ação no céu determina eventos na terra. Visto que se imagina que ele tenha tomado o rolo no ano 30 d.C., não é surpreendente encontrar uma correlação próxima entre os seis primeiros selos e a previsão de um futuro imediato a ser cumprido em uma geração, apresentado no discurso escatológico dos Evangelhos sinóticos (Mc 13:0). Os sete selos, como as sete trombetas que os seguem, dividem-se em dois grupos de quatro e três, com um interlúdio antes do sétimo. A abertura dos primeiros quatro selos solta os quatro cavaleiros do Apocalipse, e cada um cavalga para dentro da arena após a ordem de um dos seres viventes. Esses podem nos trazer à memória os quatro cavaleiros de Zc 1:0).

    Os primeiros quatro selos: Os quatro cavaleiros (6:1-8)

    1) O primeiro selo (6.1,2) v. 1. vi um dos seres viventes dizer [...] Ve-nhah Ele está dando uma ordem ao primeiro cavaleiro (conforme 3,5,7), e não fazendo um convite a João (como a VA, seguida em português pela ARC: “Vem e vê”!), v. 2. um cavalo branco. Seu cavaleiro empunhava um arco\ Uma interpretação estabelecida há longa data entende isso como o progresso vitorioso do evangelho, sendo Cristo o cavaleiro do cavalo branco, como em 19.11. Mas a analogia dos outros cavaleiros e o fato de que esse cavaleiro está equipado com um arco (como os arqueiros montados do exército dos partos) sugerem, antes, uma invasão de além da fronteira oriental do Império Romano, e foi-lhe dada uma coroa'. Um símbolo adequado para alguém que cavalgava como vencedor determinado a vencer.


    2)    O segundo selo (6.3,4)
    v. 4. vermelho (gr. pyrrhos): O vermelho, da cor de sangue, do cavalo está em concordância com a missão do cavaleiro, que é semear brigas e matança pela terra — dessa vez, guerra civil em vez de invasão estrangeira: guerra civil tal qual havia sido experimentada recentemente durante o “ano dos quatro imperadores” (68-69 d.C.).


    3)    O terceiro selo (6.5,6)
    v. 5. um cavalo preto'. A cor desse cavalo não é muito significativa: dificilmente seria a descoloração causada pela fome (conforme Lm 4:8), pois a escassez, os preços altos e o racionamento, e não a fome, são sugeridos pela proclamação do v. 6. Seu cavaleiro tinha na mão uma balança'. Uma indicação de que o pão precisa ser vendido e comido por peso (Lv 26.26; Ez 4:10,16). v. 6. Um quilo de trigo por um denário, e três quilos de cevada por um denário'. O “quilo” é a tradução de choinix, uma medida de secos pouco maior do que um litro. No século V a.C., o choinix de trigo era a ração diária adequada para um soldado persa ou um escravo grego; para o soldado grego, o dobro dessa porção era considerado adequado. O denário era uma moeda de prata romana que pesava em torno de cinco gramas, menos do que uma moeda Dt 25:0; de acordo com a parábola de Mt 20:2, esse era o salário diário de um trabalhador braçal na Palestina em 30 d.C. O anúncio significa então que o salário diário compraria somente o trigo suficiente para uma pessoa, ou a cevada suficiente só para três pessoas — significativamente mais do que as rações de sítio de Ez 4:10, mas a um preço até dez vezes maior do que em tempos normais, e não danifique o azeite e o vinho\ Essa ordem é evidentemente dirigida aos cavaleiros; a oliveira e a videira devem ser poupadas nesse estágio, mas elas também vão sofrer com as outras árvores quando os ventos da ira forem soltos contra elas (7.1,3; 8.7).


    4)    O quarto selo (6.7,8)
    v. 8. um cavalo amarelo-. Uma cor pálida, de defunto, é sugerida (gr. chlõros, geralmente traduzido por “verde”, como em 8.7; 9.4).

    Seu cavaleiro chamava-se Morte, e o Hades o seguia de perto..:. A morte e o Hades (sheol) aparecem em paralelismo sinônimo no AT (e.g., Dn 13:14), mas em Apocalipse são personificados como dois seres aliados, mas distintos (conforme 20.13,14). Foi-lhes dado poder (“autoridade”, gr. exousia) sobre um quarto da terra\ Quatro tipos de morte são especificados, por meio dos quais um quarto da humanidade é eliminado. pela espada-. Em continuação do v. 4. pela fome: A escassez do v. 6 se intensificou. por pragas: Lit. “com morte” (como, possivelmente, em 2.23). Conforme Jr 15:2 com Ez 5:12 acerca desse sentido restrito de “morte”. Obviamente trata-se aqui de uma forma particular de morte, não a morte em geral, por meio dos animais selvagens da terra: Esses se multiplicariam em territórios devastados e despovoados por guerra, fome e pragas.


    5)    O quinto selo: O clamor dos mártires (6:9-11)
    v. 9. vi debaixo do altar. João ainda está no céu “em espírito”; o “altar” é portanto o altar de incenso no templo celestial, no qual as orações dos santos são oferecidas a Deus

    (8.3,4). As almas dos mártires que oraram são adequadamente retratadas como estando debaixo do altar de onde sobem suas orações, v. 10. Soberano (gr. despotês): Sua oração por vindicação é dirigida a Deus, que está no seu trono (conforme Lc 18:7). os habitantes da terra: V. comentário Dt 3:10. v. 11. uma veste branca: Um símbolo das suas bênçãos (conforme 7.9,13,

    14). que esperassem um pouco mais, até que se completasse o número: A perseguição, iniciada em 64 d.C., precisa completar seu ciclo. Mas, quando toda a história dos mártires for concluída, as orações dos santos no altar caem como juízo sobre a terra (8.5).


    6)    O sexto selo: O dia da ira (6:12-17)
    v. 12. um grande terremoto: Um sinal recorrente da visitação divina na Bíblia (Ex 19:18; Zc 14:4,Zc 14:5; Mt 27:51). O sol ficou escuro como tecido de crina negra, toda a lua tomou-se vermelha como sangue: Acerca do escurecimento dos corpos celestes no dia do Senhor, conforme Is 13:10,8; J1 2.10; 3.15; ainda mais especificamente J1 2.31, citado por Pedro no dia de Pentecoste como parte da profecia cumprida naquele tempo (At 2:20). Os ouvintes de Pedro lembravam a escuridão sobrenatural ao meio-dia da Sexta-Feira Santa, sete semanas antes; seja lá o que escureceu o sol naquele dia pode bem ter ocasionado que a lua cheia pascal tenha nascido vermelha, da cor de sangue. Aquele era o dia do Senhor em escatologia realizada, o dia em que essa característica de simbolismo apocalíptico foi experimentada uma vez em pura realidade, v. 13. as estrelas do céu caíram sobre a terra: Cf. Mc 13:25: Aqui quer dizer o colapso da autoridade estabelecida, figos verdes caem da figueira: O símile lembra o de Is 34:4, em que no dia do Senhor as hostes celestes são comparadas a “folhas secas da videira”. Os “figos verdes” (gr. olynthos, como em Ct 2:13, LXX) são os que aparecem antes das folhas e caem prontamente quando o vento bate. v. 14. O céu foi se recolhendo como se enrola um pergaminho: Com base em Is 34:4. todas as montanhas e ilhas foram removidas de seus lugares: Isso sugere uma convulsão completa do céu e da terra; o uso de tal linguagem para descrever levante político está bem estabelecido na profecia bíblica. Conforme o retrato do caos recorrente em Jr 4:23-24, em que se dá a entender a desolação causada por invasores estrangeiros.

    v. 15. Então os reis da terra [...] esconderam-se em cavernas: Temos aqui um eco de Is 2:10,Is 2:19, em que os homens fogem “para as cavernas das rochas e para os buracos da terra, por causa do terror que vem do Senhor e do esplendor da sua majestade, quando ele se levantar para sacudir a terra”. Mas João elabora o retrato ao enumerar as classes sucessivas de homens, desde reis até todos os escravos e livres, que assim buscam refúgio no dia da ira. v. 16. Eles gritavam às montanhas e às rochas: “Caiam sobre nós... ”: Com base em Dn 10:8; mas o melhor comentário desse trecho de Apocalipse está nas palavras do nosso Senhor às “filhas de Jerusalém” na 5ia Dolorosa (Lc 23:30), em que ele aplicou a linguagem de Oséias ao desespero delas durante o sítio e a destruição da sua cidade que estavam por vir. Se a mesma crise está em vista aqui, os primeiros seis selos abarcam os quarenta anos até 70 d.C. ira do Cordeiro-. Um paradoxo audacioso, do qual o livro de A. T. Hanson, The Wrath of the Lamb, é um comentário ampliado, v. 17. Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar? Conforme J1 2.11. Essa “ira” é a retribuição que deve operar num universo moral como é o universo de Deus; mesmo se chamarmos isso de “retribuição” em vez de “ira” para excluir a cólera imoderada que raramente está ausente na nossa raiva, não é um princípio que opera de forma independente de Deus, mas a reação da sua santidade à maldade impenitente e renitente. E de fato sua “obra muita estranha” (Is 28:21), à qual ele se aplica de forma lenta e relutante, em contraste com a sua obra adequada e pertinente de misericórdia; mas, sempre que sua misericórdia é decididamente rejeitada, os homens são entregues às conse-qüências do curso que escolheram por livre vontade. Se aqui a ira de Deus é também a “ira do Cordeiro”, é porque essa ira não foi separada da cruz; aliás, é mais bem compreendida à luz da cruz.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Apocalipse Capítulo 4 do versículo 1 até o 17

    II. O Livro dos Sete Selos e os Acontecimentos Terrestres que Anuncia. 4:1 - 6:17.

    Embora hajam alguns elementos escatológicos no retrato de Cristo no primeiro capítulo, e alguns elementos preditivos nas cartas às sete igrejas, mas não se estendendo ao fim dos tempos, a porção verdadeiramente profética do Apocalipse começa com a seção que vamos agora examinar. Conforme observamos na 1ntrodução, a pane maior desta seção é de natureza introdutória, pois a cena registrada nos capítulos Ap 4:1 e 5 é celeste. Na verdade, predições sobre acontecimentos futuros distantes não começam até o capítulo 6. João vê agora uma porta abrindo-se no céu, e ouve uma voz dizendo: "Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer". (Para outras ocasiões em que o céu se abriu, veja Ez 1:1; Mc 1:10; Jo 1:51). Muitos comentadores colocam o "arrebatamento" da Igreja entre os capítulos Ap 3:1 e 4 deste livro, mas visto que o texto propriamente dito silencia sobre o assunto, pergunta-se se seria sábio discutir o assunto a esta altura.


    Moody - Comentários de Apocalipse Capítulo 6 do versículo 12 até o 17

    12-17. Acontecimentos que se revelam na abertura do sexto selo devem ser colocados no final desta dispensação. Este é talvez o lugar certo para os fenômenos celestes, tão freqüentemente mencionados nas Escrituras do V.T. e N.T. em passagens relacionadas com o fim dos tempos. Com o advento do Sputnik, um certo número de artigos foi publicado sobre este assunto, alguns dos quais contêm declarações bastante tolas. O assunto dos distúrbios celestes foi apresentado pela primeira vez por Joel, em textos que claramente apontam para "o dia do Senhor" (Jl 1:15; Jl 2:1-11). Até aquele tempo não houve nenhum distúrbio celeste, o quanto sabemos. Essas predições foram reiteradas por Isaías, também, em relação ao "dia do senhor" (Is 13:6-10; Lc 21:11, Lc 21:25). Todas estas declarações referem-se ao período "depois da tribulação" (Mt 24:29), com exceção de Lc 21:11, que dão a entender que haverão alguns distúrbios celestes antes mesmo que a Tribulação se estabeleça.

    Entretanto, é principalmente no Apocalipse que esses distúrbios foram registrados como acontecendo. O primeiro se nos apresenta na passagem que está diante de nós, por ocasião da abertura do sexto selo. Mas esse tipo de fenômeno ocorre quatro vezes durante o juízo das trombetas, no primeiro, terceiro, quarto e quinto (8:8 - 9:2). Durante o derramamento da quarta. taça, parece que o sol será afetado (Ap 16:8), e durante o derramamento da sétima, grandes pedras cairão do céu sobre os homens (Ap 16:17-21); e durante as últimas três horas de nosso Senhor sobre a cruz (Mt 27:45 e paralelos).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Apocalipse Capítulo 6 do versículo 12 até o 17
    f) O sexto selo (Ap 6:12-17)

    A descrição dos efeitos do sexto selo origina-se de numerosas Escrituras, inclusive os Evangelhos. O pensamento subjacente destas perturbações cósmicas é a impossibilidade que continuasse a vida sob tais circunstâncias; o fim está próximo, é vindo o grande dia da sua ira (17). Para o terremoto como um sinal do fim, cfr. Ez 39:19; para o sol e a lua, Os 2:31; para a queda das estrelas e o retirar-se do céu, Is 34:4; para o esconder-se nas rochas, Is 2:10; para a petição aos montes, Dn 10:8; para o grande e insuportável dia da ira, Os 2:11. Estes sinais da consumação nos escritos escatológicos são por demais regulares para considerá-los figurativos. Contudo, que eles não devem ser considerados demasiadamente literais, parece evidente do quadro do céu que foge ante o trono celeste, no desfecho da era milenária (Ap 20:11), e o implorar pelos homens que as montanhas, que já se moveram do seu lugar, caíssem sobre eles. Note-se aqui a sétupla classificação dos homens (15). A ira do Cordeiro revela o caráter de Cristo sugerido no fato de Ele possuir sete pontas (vers. 6), isto é, poder completo para estabelecer justiça e executar juízo (cfr. Ap 6:10).


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Apocalipse Capítulo 6 do versículo 1 até o 17

    13. O Começo do Fim: Os quatro primeiros selos ( Apocalipse 6:1-8 )

    Então eu vi quando o Cordeiro quebrou um dos sete selos, e ouvi um dos quatro seres viventes dizer numa voz como de trovão: "Vem". E olhei, e eis um cavalo branco, e aquele que estava assentado sobre ele tinha um arco; e uma coroa foi dada a ele, e ele saiu vencendo e para vencer. Quando Ele quebrou o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: "Vem". E outro, um cavalo vermelho, saiu; e ao que estava assentado sobre ele, foi concedido para tirar a paz da terra, e que os homens se matassem uns aos outros; e uma grande espada foi dada a ele. Quando Ele quebrou o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: "Vem". E olhei, e eis um cavalo preto; eo que estava montado nele tinha uma balança na mão. E ouvi algo como uma voz no centro dos quatro seres viventes dizendo: "Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário; e não danificar o azeite eo vinho." Quando abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizer: "Vem". Olhei, e eis um cavalo pálido; e aquele que estava assentado sobre ele tinha o nome Morte; Hades e estava seguindo com ele. A autoridade foi dada a eles sobre a quarta parte da terra, para matar com a espada, e com fome e com a peste e com as feras da terra. ( 6: 1-8 )

    A Bíblia ensina que o mundo caminha inexoravelmente não em direção à paz e unidade, mas em direção a uma guerra final, cataclísmica, a batalha do Armagedom ( 16: 14-16 ). Até aquele holocausto clímax, as coisas vão continuar a deteriorar-se como o mundo cai mais e mais profundamente no caos, confusão e pecado. Como o fim se aproxima, as guerras vão aumentar, o crime vai escalar, haverá perturbações econômicas e desastres naturais sem precedentes, tais como terremotos, inundações, fome e doenças (cf. Mateus 24:6-8. ). Todas essas calamidades marcará o derramamento da ira de Deus sobre o mundo caído e rebelde.

    Os profetas do Antigo Testamento falaram deste tempo terrível de julgamento futuro. Descrevendo os sofrimentos de Israel durante esse tempo, Jeremias escreveu: "Ai de mim para esse dia é grande, não há ninguém como ele, e é o tempo de angústia de Jacó!" ( Jr 30:7. )

    Em Apocalipse 5:1-7 , Cristo recebeu de Deus Pai um livro selado com sete selos até aberto pelo One com autoridade para fazê-lo. O pergaminho continha o título de propriedade da terra. Ao contrário de títulos normais, não conter uma descrição da herança de Cristo, mas sim Ele detalha como vai executar o Seu resgate da que é legitimamente seu. Começando no capítulo 6 , que rolo é desenrolado e seus selos quebrados. O desenrolar da rolagem marca o início da ira e juízo de Deus sobre a humanidade pecadora como o Senhor leva de volta a criação da usurpador, Satanás.

    Cada um dos sete selos de rolagem (cf. 5: 1 ) representa um julgamento divino específico que será derramado sequencialmente sobre a terra. Os selos abranger todo o período da Tribulação ( 03:10 ), culminando com o retorno de Cristo. Parece melhor compreender os primeiros quatro selos como tendo lugar durante a primeira metade da Tribulação, a quinta que se estende desde o primeiro para o segundo semestre, (chamado de "grande tribulação" em 7:14 anos e três duradoura e meio ; 11: 2 ; 12: 6 ; 13: 5 ) e no sexto e sétimo lugar durante aquele "grande tribulação". Aparentemente, o sétimo selo contém os sete julgamentos das trombetas ( 8: 1-11: 19 ) e a sétima trombeta ( 11:15 ) contém os julgamentos das sete taças ( 16: 1-21 ). Os sete selos contêm, assim, todas as decisões para o final, quando Jesus Cristo voltar.

    O desdobramento dos sete selos paralelo cronologia dos eventos da Tribulação encontrados na própria mensagem de Jesus que descrevem o fim dos tempos e seu retorno, gravado em de nosso Senhor Mateus 24 . O primeiro selo descreve um breve e falsa paz que precederá o holocausto final. Em Mateus 24:4-5 , Jesus também falou de que a paz, alertando para os enganadores, falsos cristos que vai promovê-lo. O segundo selo retrata guerra mundial, que Jesus também predisse ( Matt. 24: 6-7 ). O terceiro selo, fome, encontra um paralelo na Mt 24:7 ). O sétimo selo revela os julgamentos cataclísmicos finais, incluindo toda a devastação dos julgamentos das trombetas e taças, levando até a sua segunda vinda ( Mt 24:1ff .).

    Assim como dores de parto de uma mãe aumentam em frequência e intensidade à medida que o tempo para dar nascimento se aproxima, por isso os julgamentos representadas pelos selos vai intensificar em todo o Tribulation até culminar com a chegada do Senhor Jesus Cristo no julgamento ardente glória. Os quatro primeiros selos cobrem o período de Jesus descreveu como "o princípio das dores" ( Mt 24:8. e ver a discussão de 4: 6-8 no capítulo 11 deste volume) que diz com um poderoso, quebrando voz do trovão, "Vem". Em resposta à convocação Angelicalais, um cavalo branco saiu levando seu cavaleiro. Os quatro primeiros selos envolvem cavalos e cavaleiros (os chamados quatro cavaleiros do apocalipse). Cavalos na Escritura estão associados com triunfo, majestade, poder e conquista (por exemplo, 19:11 , 14 ; 39:19-25 ; Pv 21:31. ; Is 43:17. ; Jr 6:23. ; Zc 9:10 ; Zc 10:3 ). Pacto de paz do Anticristo e proteção de Israel não vai durar, no entanto: "no meio da semana [a septuagésima semana da profecia de Daniel, a Tribulação] ele vai colocar um fim ao sacrifício e à oferta de cereais; e sobre a asa das abominações virá o assolador, até mesmo até a destruição completa, aquela que é decretado, se derramou sobre aquele que faz desolado "( Dn 9:27 ). A falsa paz que o Anticristo traz chegará a um fim abrupto no ponto médio da Tribulação, quando ele profana o templo em Jerusalém, trai o povo judeu, e lança ataques mortais sobre eles (cf. Mateus 24:4-10. ). Não pode e haverá paz até que o Príncipe da Paz prepara Seu reino terreno ( 20: 1-6 ).

    A Bíblia adverte repetidamente da atração mortal de falsa paz. Jeremias descreveu aqueles no seu dia que se pronuncia "Paz, paz ', mas não há paz" ( Jr 6:14. ; Jr 8:11 ). Ele clamou ao Senhor "," Ah, Senhor Deus! ' Eu disse: 'Olha, os profetas lhes dizem: "Você não vai ver a espada nem você vai ter fome, mas vou dar-lhe uma paz duradoura neste lugar"' "( Jr 14:13 ). O Senhor respondeu: "Os profetas profetizam mentiras em meu nome Eu não tenho nem enviei nem lhes ordenei, nem falei com eles;. Eles vos profetizam uma visão falsa, e adivinhação, e vaidade, eo engano de sua própria mente" ( v. 14 ). Escrevendo sobre a sedução desse futuro de paz falsa Paulo disse: "Enquanto eles estão dizendo: Paz e segurança! ' em seguida, a destruição virá sobre eles de repente, como as dores de parto em cima de uma mulher grávida, e eles não vão escapar "( 1Ts 5:3. ). Sua conquista será uma vitória "guerra fria", uma paz venceu por acordo, não conflito ( Dan. 9: 24-27 ). Mesmo que o destino final do mundo se aproxima, o Anticristo vai prometer uma era dourada de paz e prosperidade. Em agradecimento, o mundo vai honrá-lo e elevá-lo para a posição de liderança suprema. Mas ambos os elogios e a paz vai ser de curta duração.

    O segundo selo: Guerra

    Quando Ele quebrou o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: "Vem". E outro, um cavalo vermelho, saiu; e ao que estava assentado sobre ele, foi concedido para tirar a paz da terra, e que os homens se matassem uns aos outros; e uma grande espada foi dada a ele. ( 6: 3-4 )

    Euforia do mundo de paz e harmonia será esmagado rudemente como o segundo cavalo e cavaleiro aparecer em cena. Assim como a Segunda Guerra Mundial seguiu a paz enganosa promovida por Hitler, para que as guerras devastadoras vai se espalhar por todo o mundo após o colapso da falsa paz do Anticristo. Aqui, a história fica feio e permanece assim até que o verdadeiro Rei retorna para estabelecer Seu reino.
    Como o Cordeiro quebrou o segundo selo João ouvi o segundo animal, convocando o segundo cavaleiro, dizendo: "Vem". Imediatamente um cavalo vermelho saiu. Vermelho, a cor do fogo e sangue, retrata a guerra. O julgamento de Deus desce e a falsa paz de curta duração, liderada pelo Anticristo se dissolve em um sangrento holocausto.

    João primeiras notas, relativos ao cavaleiro, que para ele ... foi concedida para tirar a paz da terra. Tudo o que acontece estará sob controle soberano de Deus. Ele permite que a falsa paz, e Ele termina-lo e traz guerra na terra. Ao contrário do que o ensino de alguns, os acórdãos do Tribulação não refletem a ira dos homens ou a ira de Satanás; eles só podem expressar a ira de Deus derramada sobre o mundo. É Ele quem segura o rolo selado com sete selos e o Cordeiro que desenrola. Em algum momento no início da primeira metade da Tribulação, durante o início das dores de parto (cf. Mt 24:8 ; Lc 21:9. ). Os homens vão matar uns aos outros em um escala sem precedentes. Abate Violent será banalizado. Embora a Bíblia não dá detalhes, os avanços em armamentos modernos sugerem uma terrível holocausto inimaginável.

    João também observou que uma grande espada foi dada para o ciclista. machaira ( espada ) refere-se a curto, apunhalando a espada de um soldado romano levado para a batalha. Foi também uma arma usada pelos assassinos. A visão retrata uma grande espada para descrever a extensão da guerra. Falsa paz do Anticristo, então, vai se dissolver em um turbilhão de batalha, homicídio, rebelião, revolta, e massacre.

    Como ele foi destaque na promoção da paz falsa, o Anticristo irá desempenhar um papel importante nas guerras que o seguem. Embora o principal arquiteto da paz falsa, quando as guerras sair todo o mundo que ele não terá escolha a não ser recorrer a si mesmo a guerra, a fim de preservar a sua autoridade e poder. Anticristo será tão hábil em guerra como ele era promover a paz falsa. Dn 8:24 descreve a sua carreira como um guerreiro: "Ele vai destruir até um grau extraordinário e prosperar e realizar a sua vontade; ele destruirá os poderosos e o santo pessoas. " Entre suas vítimas serão muitos do povo de Deus (cf. 6: 9 ; . Mt 24:9 ; Dn 12:11 ; . Mt 24:15 ) vai tocar fora de um enorme conflito, descrito em detalhes em Daniel 11:36-45 :

    Em seguida, o rei vai fazer o que quiser, e ele vos exaltará e se engrandecerá sobre todo deus e falará coisas monstruosas contra o Deus dos deuses; e ele vai prosperar até que a indignação está terminado, pois o que é decretado será feito. Ele não terá respeito aos deuses de seus pais ou para o desejo das mulheres, nem que ele vai mostrar consideração para nenhum outro deus; pois ele vai se engrandecerá sobre todos eles. Mas ao invés disso ele irá honrar um deus das fortalezas, um deus a quem seus pais não conheceram; ele o honrará com ouro, prata, pedras preciosas e tesouros. Ele vai tomar medidas contra o mais forte das fortalezas com a ajuda de um deus estranho; ele vai dar grande honra para aqueles que o reconhece e vai levá-los para se pronunciar sobre os muitos, e vai dividir a terra por um preço. No tempo do fim, o rei do sul se colidem com ele, e o rei do Norte vai invadir contra ele com carros, com cavaleiros e com muitos navios; e ele vai entrar em países, transbordar-los e passar. Ele também vai entrar na Terra bonita, e muitos países cairão; mas estes serão resgatados de sua mão: Edom, Moab e do lugar dos filhos de Amom. Em seguida, ele estenderá a sua mão contra os outros países, ea terra do Egito não escapará. Mas ele vai ganhar o controle sobre os tesouros escondidos de ouro e prata e de todas as coisas preciosas do Egito; e os líbios e os etíopes seguirá em seus calcanhares. Mas rumores do Oriente e do Norte irá perturbá-lo, e ele sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos. Ele vai armar as tendas de seu pavilhão real entre os mares e as belas Santo Mountain; no entanto, ele virá ao seu fim, e ninguém vai ajudá-lo.
    Como chefe de uma confederação ocidental, o Anticristo, como mencionado acima, será inicialmente retratar a si mesmo como um defensor da paz. Ele vai mesmo aparecer para fazer o que ninguém foi capaz de fazer, trazer a paz para o conturbado Oriente Médio. Ele vai fazer um tratado com Israel, posando como seu protetor e defensor. Mas muito em breve suas verdadeiras cores vai mostrar, e seu desejo de dominação irá provocar rebelião. Tentativas do Anticristo para esmagar seus inimigos e governá-los com mão de ferro vai tocar fora guerras que vão durar durante todo o restante da Tribulação. Finalmente, quando o verdadeiro rei da terra, o Senhor Jesus Cristo, retorna, o Anticristo será lançado no lago de fogo para sempre ( 20:10 ).

    As guerras que começam com a abertura do segundo selo vai durar para o breve tempo restante antes da vinda do reino milenar.

    O Terceiro Selo: Fome

    Quando Ele quebrou o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: "Vem". E olhei, e eis um cavalo preto; eo que estava montado nele tinha uma balança na mão. E ouvi algo como uma voz no centro dos quatro seres viventes dizendo: "Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário; e não danificar o azeite eo vinho." ( 6: 5-6 )

    Como o Cordeiro quebrou o terceiro selo, a poderosa voz da terceira criatura viva anunciava a vinda do terceiro cavalo e cavaleiro. O uso de João da palavra eis que revela como assustado e ele ficou chocado com a aparência sinistra do ciclista. A cor preta está associada à fome em Lm 5:10 ( NVI ). A fome é uma consequência lógica da guerra em todo o mundo como o abastecimento de alimentos são destruídos e as pessoas envolvidas na produção de alimentos são mortos. Jesus também predisse esta fome futuro em Mt 24:7. ; Dt 32:24. ; 2Rs 8:12Rs 8:1 ; Ez 5:16 ; Ez 14:13 ; . Ag 1:11 ), mas esta será a fome mais devastador em toda a história humana.

    balança o piloto realizadas em sua mão imagens de racionamento, que resultará da fome. Como nos Estados Unidos durante a Grande Depressão, na Europa, no rescaldo da II Guerra Mundial, e hoje em muitos países do terceiro mundo dilacerado pela guerra, haverá pessoas famintas que estão em linhas de alimentos. Mas eles não vão encontrar comida suficiente para viver, como o quarto selo na visão de João revela. Após o aparecimento do cavalo preto e seu cavaleiro, João ouviu algo como uma voz no centro dos quatro seres viventes. Uma vez que os quatro seres viventes estavam estacionados ao redor do trono ( 4: 6 ), é provável que a voz de Deus, Aquele que está sentado no trono ( 4: 2-3 ). Deus também fala em conexão com o quinto selo ( 06:11 ). Ele fala aqui como um lembrete de que a fome é um julgamento direto Dele.

    Pronunciamentos de Deus revelam quão devastadora as condições de fome será. Uma medida de trigo é apenas o suficiente para sustentar uma pessoa por um dia, enquanto um denário representa um dia de salário para um trabalhador médio. Trabalho das pessoas mal irá fornecer comida suficiente para si e não o suficiente para alimentar suas famílias. Aqueles com famílias serão capazes de comprar três medidas de cevada por um denário. Isso vai fornecer o alimento para suas famílias, mas a cevada era baixo valor nutricional e comumente usados ​​para alimentar gado. Assim, o salário de uma pessoa vai mal alimentar três pessoas com alimentos de baixa qualidade. Ambos os cenários representam salários de fome, e significam condições de fome graves.

    Tendo em conta estas condições extremas, Deus adverte as pessoas não a danificar (resíduos) o azeite eo vinho. gêneros alimentícios básicos se tornará luxos inestimáveis. Olive óleo e vinho, usados ​​na preparação e cozimento de alimentos, bem como a purificação de água, terá que ser cuidadosamente protegido.

    A paz enganosa seguido por guerras mundiais e uma fome global devastador resultante irá combinar a escalar o caos universal. Tudo isto terá lugar durante a primeira metade da Tribulação, enquanto que o pior ainda estará por vir.

    O Quarto Selo: Morte

    Quando abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizer: "Vem". Olhei, e eis um cavalo pálido; e aquele que estava assentado sobre ele tinha o nome Morte; Hades e estava seguindo com ele. A autoridade foi dada a eles sobre a quarta parte da terra, para matar com a espada, e com fome e com a peste e com as feras da terra. ( 6: 7-8 )

    O quarto selo na visão segue o padrão dos três primeiros. O Cordeiro quebrou o selo e o quarto ser vivente convocou o quarto cavalo e seu cavaleiro. João descreveu o cavalo final como um cavalo pálido. Chloros ( cinza ), a partir do qual as palavras inglesas "clorofila" e "cloro" derivam, refere-se a uma cor doentia, pálido, verde-amarelo. Ele descreve a vegetação verde em seus únicos outros usos do Novo Testamento ( 8: 7 ; 9: 4 ; Mc 6:39 ). A cor do cavalo retrata com a palidez verde-claro de característica morte da decomposição de um cadáver. ApropriAdãoente, o piloto que estava montado nele tinha o sinistro nome morte. A morte em grande escala é a consequência inevitável da guerra e da fome generalizada. Nesta cena macabra e assustadora, João viu Hades ... seguindo com a Morte. Hades (aqui representando a sepultura) torna-se, por assim dizer, o coveiro, enterrando os restos mortais de vítimas da morte. Morte e Hades também estão emparelhados em 01:18 e 20:13 , 14 .

    A extensão da morte e da destruição causada pela guerra e pela fome é então quantificada; autoridade foi dada para a morte eo inferno para destruir um quarto da população da Terra. No atual população mundial de quase 6 bilhões, que atingiria o escalonamento total de quase 1,5 bilhão de mortes. Em uma era de armas nucleares, químicas e biológicas, esse total é terrivelmente plausível. Morte usará quatro ferramentas em sua difícil tarefa. Os três primeiros elementos, a espada, a fome e peste, são muitas vezes ligados entre si nas Escrituras (por exemplo, 1Cr 21:12. ; 2Cr 20:92Cr 20:9. ; Jr 24:10 ; Jr 44:13 ; . Ez 6:11 ), e todos os quatro elementos aparecem em Ezequiel 14:12-21 .

    espada (guerra) e fome já foram discutidas em conexão com o segundo e terceiro selos; o quarto selo exacerba estas condições. Pestilence traduz thanatos , a mesma palavra traduzida como "Morte", anteriormente versículo 8 Aqui pode referir-se principalmente à doença como a causa da morte (cf.. 02:23 ; 18: 8 ), mas é amplo o suficiente para abranger catástrofes naturais como os terremotos preditos por Jesus ( Mt 24:7 milhões de soldados que morreram em combate durante a Primeira Guerra Mundial Além disso, vários milhões mais morreu por volta desse mesmo tempo em um surto de tifo na Rússia, Polônia e Romênia. Em um mundo devastado pela guerra e pela fome, é inevitável que essa doença será generalizada.

    À primeira vista, a inclusão de animais selvagens com guerra, fome e doença parece intrigante, uma vez que a maioria das criaturas perigosas para o homem são extintos ou isolados em regiões despovoadas. Mas uma explicação pode ser que a criatura mais mortal de todos, o rato, prospera em todas as áreas povoadas. Os ratos têm sido responsáveis ​​por incontáveis ​​milhões de mortes ao longo da história, tanto pela ingestão de abastecimento de alimentos, e, especialmente, pela propagação de doenças. A ocorrência mais infame e devastadora de doença transmitida por ratos foi a Peste Negra, uma epidemia do século XIV de peste bubônica que dizimou um quarto a um terço da população da Europa. Em um mundo devastado pela guerra, fome e doença, a população de ratos pode correr solta.

    Os quatro primeiros selos descrevem claramente, julgamentos assustadoras inspiradora sem paralelo na história da humanidade. Não há nada que aconteceu desde que João tinha essa visão que poderia ser o cumprimento dessas decisões. Essas profecias do fim do mundo não pode ser aplicada à destruição de Jerusalém em AD 70 (que era antes de João tinha essas visões, desde que ele escreveu Apocalipse sobre AD 
    96) ou qualquer outro evento desde que um. Nada esta devastador que aconteceu, no entanto, esses primeiros quatro juízos dos selos são apenas o começo dos terríveis males, em todo o mundo que o, mundo rebelde pecaminosa vai experimentar. Muito pior ainda está por vir no restante dos selos, as trombetas e as taças. Naquela época, o mundo dos pecadores vão perceber que "é uma coisa terrível cair nas mãos do Deus vivo" ( He 10:31 ). Não haverá escapatória para os incrédulos impenitentes dos terrores da tribulação, ou a partir dos terrores infinitamente pior do inferno. Nas palavras do escritor aos Hebreus: "Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?" ( He 2:3 )

    Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus, e por causa do testemunho que tinham mantido; e clamou com grande voz, dizendo: "Até quando, ó Senhor, santo e verdadeiro, Você vai abster-se de julgar e vingar o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" E foram dadas a cada um deles uma veste branca; e foi-lhes dito que eles devem descansar um pouco mais, até que o número de seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos assim como haviam sido, seria concluída também. ( 6: 9-11 )

    Observou-se que Deus criou o homem à Sua imagem e homem retornou o favor. As pessoas criaram deuses, sob qualquer forma lhes agrada e acomoda seus estilos de vida pecaminosos. Nas palavras cínicas de DH autor britânico Lawrence, "Deus é apenas uma grande experiência imaginativa" (citado em O Dicionário de Columbia das cotações, Copyright © 1993, 1995 pela Columbia University Press). Deus repreendeu essas pessoas loucas no Sl 50:21 : "Você pensou que eu era igual a você, vou reprovar você e indicar o caso, a fim diante de seus olhos." Deus é que Ele se revelou para a Escritura, e não o que as pessoas imaginam que ele seja.

    Embora a Bíblia revela que Deus é amoroso, misericordioso e piedoso-um salvador dos pecadores, uma verdade sobre Ele, que é decididamente impopular hoje é que Ele é um Deus de vingança contra aqueles que rejeitam a Deus e salvação em seu Filho. A Bíblia afirma repetidamente que ser o caso. Em Dt 32:35 Deus declarou: "Minha é a vingança, e retaliação" (cf. 41 vv. , 43 ). Em vários salmos, conhecido como o imprecatório (do verbo maldizer, que significa "chamar para baixo calamidade em alguém") salmos, os salmistas clamam por Deus para tomar vingança sobre os ímpios. Uma dessas passagens é encontrada no Salmo 64:7-9 ., onde Davi diz dos ímpios que "Deus vai atirar neles com uma seta, e de repente eles serão feridos Então, eles vão fazê-lo tropeçar, a sua própria língua é contra eles; todos os que vê-los vai abalar a cabeça. Então todos os homens temerão, e eles vão declarar a obra de Deus, e irá considerar o que Ele tem feito. " Sl 79:10 diz: "Haja conhecida entre as nações, à nossa vista , a vingança pelo sangue dos seus servos, que foi derramado. " No Salmo 94 , o salmista orou: "Ó Senhor, Deus de vingança, Deus de vingança, resplandece! Levanta-te, ó juiz da terra, renda recompensa para os orgulhosos ... Ele trouxe de volta a sua maldade sobre eles e vontade destruí-los em sua maldade; o Senhor nosso Deus os destruirá "( vv 1-2. , 23 ).Outros salmos imprecatórias incluem 7 , 35 , 40 , 55 , 58 , 59 , 69 , 109 , 137 , 139 e 144 .

    Os profetas, também, falou da vingança de Deus. Isaías escreveu:

    Aproximem-se, ó nações, para ouvir; e ouvir, ó povos! Que a terra e tudo o que contém ouvir, e para o mundo e tudo o que dela brota. Para a indignação do Senhor é contra todas as nações, e sua ira contra todos os seus exércitos; Ele destruindo-os totalmente, Ele deu-as à matança.Então, eles foram mortos serão lançados para fora, e os seus cadáveres vai dar fora de seu mau cheiro, e as montanhas serão ensopados com o seu sangue ... Pois o Senhor tem um dia de vingança, um ano de retribuições pela causa de Sião. ( Isaías 34:1-3. , Is 34:8 )

    Falando de Deus, Isaías declarou: "Ele colocou-se de justiça, como de uma couraça, e um capacete da salvação na sua cabeça, e ele colocar em vestes de vingança para a roupa e cobriu de zelo, como de um manto De acordo com as suas obras, por isso Ele. retribuirei, furor aos seus adversários, e recompensa aos seus inimigos; às ilhas Ele fará recompensa "( Isaías 59:17-18. ). Uma das coisas que o Servo (o Senhor Jesus Cristo) vai proclamar é "o dia da vingança do nosso Deus" ( Is 61:2. ). O profeta Miquéias registra a promessa de Deus para "executar a vingança de raiva e ira sobre as nações que não obedeceram" ( Mq 5:15. , while) Naum 1: 2descreve Deus como "um Deus zeloso e vingador ... o Senhor é vingativo e colérico. O Senhor toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos. "

    No meio do julgamento, Deus poupa os que são seus. Malaquias 4:1-2 diz:

    "Pois eis que o dia está chegando, queimando como uma fornalha, e todo o arrogante e todo malfeitor será joio, e no dia que está chegando vai colocá-las em chamas", diz o Senhor dos Exércitos, "a fim de que ele vai deixá-los . nem raiz nem ramo para vós que temeis o meu nome, mas, o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas; e você vai sair e pular sobre como bezerros da estrebaria ".

    Isaías confortou o medo entre o seu povo, instando-os, "Coragem, não temas Eis o vosso Deus virá com vingança, a recompensa de Deus virá, mas Ele vai te salvar." ( Is 35:4 ). Aos tessalonicenses Paulo escreveu:

    Pois, afinal, é apenas justo para Deus retribuir com tribulação aos que vos atribulam, e dar alívio a vocês, que estão aflitos e para nós também, quando o Senhor Jesus será revelado do céu com seus anjos poderosos, em chama de fogo, lidando a retribuição àqueles que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. Estes irão pagar a pena de destruição eterna, longe da presença do Senhor e da glória do seu poder. ( II Tessalonicenses 1:6-9. )

    Tanto Paulo ( Rom. 0:19 ) e o escritor de Hebreus ( He 10:30 ) Citação Dt 32:35 , que afirma que a vingança pertence ao Senhor.

    A vingança de Deus não está a ser equacionada com vindictiveness humano mesquinho e desejo amargo de vingança. Demanda santidade, retidão e justiça de Deus que Ele toma vingança contra os pecadores não arrependidos. Vengeance pertence somente a Deus, porque todo o pecado é, em última instância contra ele e uma ofensa a Ele (cf. Sl 51:4 comandos: "Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer, e se tiver sede , dá-lhe água para beber. " Paulo ecoou esse pensamento em Romanos 12:19-20 : "Nunca tome sua própria vingança, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito:" Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor ". Mas se o teu inimigo tiver fome, alimentá-lo, e se ele tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a cabeça '"Nem Jesus (. Lc 23:34 ), Estevão ( At 7:60 ) procurou vingança pessoal sobre os seus opressores. Mesmo o próprio Deus declara: "Não tenho prazer na morte do ímpio, mas sim que o ímpio se converta do seu caminho e viva" ( Ez 33:11 ), porque "O Senhor ... é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento "( 2Pe 3:9 :

    E a voz que ouvi do céu, ouvi de novo falando comigo e dizendo: "Vai, toma o livro que está aberto na mão do anjo em pé sobre o mar e sobre a terra." Então eu fui ao anjo, dizendo-lhe que me desse o livrinho. E ele me disse: "Levá-la e comê-lo, ele vai fazer o seu estômago amargo, mas na tua boca será doce como mel". Tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o, e na minha boca era doce como mel; e quando eu tinha comido, o meu ventre ficou amargo.
    A reação inicial de João com os julgamentos descritos no livrinho foi a realização doce que Deus será vindicado e Sua glória colocar em exposição. Mas a realização sóbria dos horrores que seriam infligidas aos incrédulos nauseado ele.

    Deus é paciente com os pecadores arrependidos que abraçam o evangelho, mas vai chegar um momento em que Ele não vai mais reter o Seu julgamento sobre aqueles que a rejeitam. Ele deu ao mundo pré-diluviano pecaminosa 120 anos para se arrepender ( Gn 6:3 ).

    É a antecipação do que vem grande dia da ira de Deus conhecido como o Dia do Senhor (veja a discussão sobre o Dia do Senhor no capítulo 15 deste volume) que está em exibição no quinto selo. Esse dia chegará durante o período de sete anos da Tribulação (a septuagésima semana de Dn 9:27 ), em particular durante o último período de três-e-um-metade-ano em que Jesus descreveu como a "grande tribulação, tal como tem não ocorreu desde o princípio do mundo até agora, nem nunca será "( Mt 24:21. ; cf. Ap 7:14 ). Tal como indicado no capítulo 13 deste volume, os primeiros quatro selos, falsa paz, guerra, fome e morte, terá lugar durante os três e meia primeiros anos da Tribulação, o período de Jesus chamado de "o princípio das dores "( Mt 24:8. ; Dn 11:31 ; Dn 12:11 ) para descrever a profanação do templo no século II AC pelo rei sírio Antíoco Epifânio. O ainda futuro "abominação da desolação" Jesus descrito em Mt 24:15 será semelhante ao ato de Antíoco. Naquela época, o Anticristo vai fixar-se no templo para ser adorado como Deus ( II Tessalonicenses 2:3-4. ). (Para uma discussão mais aprofundada do "abominação da desolação", ver Mateus 24:28, MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1989], 34-37) A remoção do que agora resiste a ele ( 2Ts 2:1 ). O ódio do mundo para Deus, o Pai, e do Senhor Jesus Cristo irá motivá-los a perseguir os crentes (cf. 16: 9, 11 , 21 ).

    Inevitavelmente, a perseguição vai peneirar aqueles que exteriormente se identificar com Jesus Cristo. Como tem sido verdade em toda a história da igreja, haverá joio misturado com o trigo ( 13 24:40-13:43'>Mat. 13 24:43 ). Mas a perseguição, como sempre faz, vai revelar quem é verdadeiramente redimidos e quem não é. Jesus descreveu esse processo de peneirar em Mateus 24:10-12 :.. "Naquele tempo muitos serão escandalizados, e trair-se mutuamente e se odiarão Muitos surgirão falsos profetas e enganarão a muitos, porque a ilegalidade é aumentada, o amor da maioria das pessoas vai esfriará. " Crentes falsos irá revelar sua falta de genuína fé salvadora por desertar. Primeiro Jo 2:19 descreve essas pessoas: "Saíram de nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido com nós, mas eles saíram, para que ele iria ser demonstrado que todos eles não são de nós ". Crentes genuínos, por outro lado, vai, como sempre, permanecer fiel a Jesus Cristo, pois "aquele que perseverar até o fim, será salvo" ( Mt 24:13 ). Os remidos perseverar através de qualquer julgamento, incluindo perseguição e do martírio.

    A hostilidade do mundo em direção a Jesus Cristo e Seus seguidores não será capaz de impedir que o "evangelho do reino" de ser "pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações" ( Mt 24:14 ). Os pregadores incluirá 144.000 evangelistas judeus ( 7: 1-8 ; 14: 1-5 ) (, dois pregadores poderosas conhecidas como as duas testemunhas 11: 3 e ss .), e um anjo voando pelo céu ( 14: 6-7 ) . Tão eficaz será sua pregação ser que aqueles que vão responder a ela e são salvos são descrito em Ap 7:9 ensina que este culto em todo o mundo do Anticristo será motivada pelo poder de Satanás: "Toda a terra foi maravilhou após a besta [o Anticristo]; adoraram o dragão [Satanás], porque ele deu a sua autoridade à besta; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta, e que é capaz de fazer a guerra com ele? '"Anticristo exaltar-se, falando" palavras arrogantes e blasfêmias ", e ser concedido por Deus autoridade para exercer a sua empresa blasfemo por quarenta —dois meses ( 13: 5 ) —A segunda metade da Tribulação.

    A perseguição dos crentes, que começou no início da primeira metade da Tribulação, vai intensificar dramaticamente depois Anticristo define-se como Deus. Naquela época, ele irá "fazer guerra aos santos e vencê-los ..." ( 13: 7 ). Com todo mundo adorando o Anticristo como Deus, os crentes serão considerados blasfemos por se opor a ele. Isso vai recair sobre eles a perseguição de falso sistema religioso do Anticristo. Ap 9:21 fala da proliferação de assassinatos neste momento; muitas das vítimas, sem dúvida, ser crentes, as vítimas da violência da multidão.

    Em Seu Sermão do Monte Jesus também falou da perseguição intensificando que marcará este tempo:

    Então, os que estiverem na Judeia fujam para os montes; quem estiver sobre o telhado não desça para conseguir as coisas que estão em sua casa. Quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. Mas ai das que estiverem grávidas, e para aqueles que estão amamentando bebês naqueles dias! Mas oro para que a vossa fuga não aconteça no inverno, nem no sábado. Para, em seguida, haverá uma grande tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, nem nunca será. A não ser que aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma vida se salvaria; mas por causa dos eleitos aqueles dias serão abreviados. ( Mateus 24:16-22. )

    A única defesa contra o ataque repentino de perseguição, Jesus disse, será fuga imediata. Aqueles que não puderem fugir rápido o suficiente, como as mulheres grávidas e lactantes, serão abatidos. Meteorológicas inverno inclemente e sábado Dias restrições de viagens também podem prejudicar aqueles que tentam fugir. Então grave será a perseguição se tornar que nenhum iria sobreviver a menos que Deus encurtou o tempo de perseguição. Apocalipse 7:9-14 indica que o abate será em grande escala, resultando em vítimas de todas as nações numerosas demais para contar.

    João descreveu os mártires ele viu debaixo do altar como almas , porque a sua ressurreição corporal ainda não tinha tido lugar (cf. 20: 4 ). Eles são as primícias dos que serão salvos por toda a tribulação. Alguns deles irão ser judeu, prefigurando a salvação de Israel como um todo, no final da Tribulação ( Zc 12:10. ; Zc 14:1. ).

    O texto não define qual altar está em vista, nem a cena no céu o templo terreno (ou tenda), que não tinha paralelo trono (cf. 4: 2 ). O altar João serra é mais provável emblemática do altar do incenso no Antigo Testamento ( Ex 40:5. , por causa da associação de incenso com a oração (cf.) 5: 8 ; 8: 3-4 ; . Sl 141:2 ).

    João dá duas razões pelas quais os mártires serão mortos: por causa da palavra de Deus, e por causa do testemunho que tinham mantido. Eles vão interpretar corretamente o que vêem acontecendo ao seu redor no mundo, à luz das Escrituras. Eles vão proclamar do juízo de Deus na Bíblia e chamar o povo a se arrepender e crer no evangelho. Anticristo e seus seguidores, no entanto, não vai tolerar a sua pregação ousada e vai perseguir e matá-los. Por causa do testemunho que tinha mantido refere-se a sua lealdade a Jesus Cristo (cf. 1: 2 , 9 ; 12:17 ;19: 10 ; 20: 4 ), que foi demonstrado pela sua proclamação da Palavra de Deus, na face de ódio com risco de vida e hostilidade. Em um mundo desprovido de influência moderadora do Espírito Santo, os homens impiedosos vai assassinar aqueles que fiel e corajosamente proclamar a mensagem de julgamento e salvação.

    O Pedido

    e clamou com grande voz, dizendo: "Até quando, ó Senhor, santo e verdadeiro, Você vai abster-se de julgar e vingar o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" ( 06:10 )

    O quinto selo não é o martírio, como alguns sugerem, porque o martírio não poderia ser o julgamento de Deus. Os selos retratam ira e juízo de Deus sobre o mal e ímpio não-Seus filhos. A força, então, que está envolvido no quinto selo é as orações dos mártires da tribulação para Deus para decretar a vingança sobre os seus assassinos que rejeita Cristo.

    A oração vai desempenhar um papel vital na efusão do julgamento de Deus sobre a terra. Esta oração é muito diferente da do mártir Estevão ( At 7:60 ), em que ele orou por seus assassinos para não ser culpado por Deus. Esta oração dos mártires é mais parecido com o imprecatório Salmos. Uma oração para o perdão é apropriado em um tempo de graça. Mas quando a graça está acabado e julgamento vem, orações para divino, sagrado retribuição são montagem. Tais orações não são a partir de um desejo de vingança, mas são um protesto contra tudo o que é pecaminoso, profanos, desonrando a Deus, e destrutivo para a Sua criação.

    Muitos cristãos agem como se a oração fosse uma mera formalidade que tem pouco efeito. No entanto, surpreendentemente, as orações dos mártires da tribulação vai passar a mão do julgamento de Deus. Jesus mostrou que mesmo princípio na parábola da viúva persistente e o juiz injusto: "Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, e Ele vai atrasar muito tempo sobre eles eu digo a você que Ele trará sobre a justiça para eles rapidamente "( Lucas 18:7-8 ). As orações dos mártires da Tribulação vai participar na ativação dos tormentos dos sexto e sétimo selos, juntamente com os julgamentos das trombetas e taças que se seguem.

    Mão do julgamento de Deus irá mover em resposta aos mártires, porque as suas orações serão urgente, fervoroso, apaixonado, e de acordo com o Seu propósito e vontade. Krazō ( gritou ) é uma palavra forte, que enfatiza a necessidade urgente e denota emoções fortes (cf . Mt 9:27. ; Mt 14:26 , Mt 14:30 ; Mt 15:22 ; 20: 30-31 ; Mc 9:24 ). Os vinte e quatro anciãos e os anjos alto louvou a Deus ( 5:12 ), e os mártires da tribulação vai pedir a Ele com grande voz. De acordo com a sua chamada para a vingança e justiça, abordam-Lo como o Senhor, santo e verdadeiro. Senhor não se traduz kurios , a palavra comum Novo Testamento para o senhor, mas os mais fortes prazo despotes ("master", "régua"). Ele fala de Deus do Pai força, poder, majestade e autoridade.

    Os mártires baseiam seu apelo por vingança em dois dos atributos de Deus. Porque Deus é santo, Ele deve julgar o pecado (cf. Sl 5:4-5. ; . Hc 1:13 ; At 10:42 ; At 17:31 ; Rm 2:16. ; Rm 3:6. ; 1Sm 15:291Sm 15:29. ; Lc 21:33 ). Ap 3:7 ). A frase aqueles que habitam sobre a terra é uma questão técnica que se refere ao longo Apocalipse para os ímpios (cf. 03:10 ; 08:13 ; 11:10 ; 13: 8 , 12 ; 17: 2 , 8 ). Como foi o caso com assassinado Abel, a própria terra clama por seu sangue a ser exigido nas mãos de seus assassinos.

    O tempo da graça está chegando ao fim. Não mais que o povo de Deus pedir a Deus para perdoar os seus inimigos. O tempo está se aproximando rapidamente quando Deus julgará os seus inimigos, e do Senhor Jesus Cristo levará Seu lugar de direito como governante da terra. Mas uma vez que estes mártires são a partir da primeira metade da Tribulação, o "princípio das dores", que o tempo ainda está um pouco longe.

    A Promessa

    E foram dadas a cada um deles uma veste branca; e foi-lhes dito que eles devem descansar um pouco mais, até que o número de seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos assim como haviam sido, seria concluída também. ( 06:11 )

    Dois elementos compõem a resposta de Deus para Seus santos martirizados: um presente simbólico, e uma palavra falada. O dom que foi dado a cada um deles por Deus como eles chegaram no céu era uma túnica branca ( estola , uma longa túnica que flui para os pés). Estes brilhantes vestes brancas longas eram uma recompensa de graça (cf. 7: 9 , 14 ), simbolizando dom da justiça eterna, bem-aventurança, dignidade e honra de Deus (cf. 3: 5 ). Eles simbolizam toda a glória que redimiu santos irá desfrutar no céu. Estes não eram vestes reais, uma vez que o que é retratado nesta visão é antes da ressurreição dos corpos dos redimidos, que ocorre para os santos da Tribulação na volta de Cristo ( 20: 4-5 ).

    Junto com este presente veio a palavra falada de Deus, ou seja, que eles devem descansar um pouco mais. Isso não é uma censura por impaciência, já que a impaciência é um pecado e aperfeiçoou as pessoas no céu não pequeis. Pelo contrário, é um convite para parar o grito de vingança e de continuar a desfrutar do bem-aventurança celestial de descanso até que o tempo de Deus para a ira chega. A frase de um pouco mais de tempo (cf. Jo 7:33 ; Jo 12:35 ) indica que esse tempo não será demorada. Como indicado anteriormente, este selo é melhor visto como a descrição de um período no meio dos sete anos de tribulação. Há uma semelhança verbal para a frase em Ap 10:6: Um comentário exegético [Chicago: Moody, 1992], 499)

    Servos companheiros e irmãos são duas classes de pessoas. O primeiro grupo estava vivo e disposto a morrer como mártires, embora eles não podem. O segundo grupo foram os que serão mortos.

    O mundo não é muito iluminada, humano, civilizado, educado, sofisticado ou para evitar a repetição das atrocidades do passado. Na verdade, as atrocidades da Tribulação excedem em muito os que vieram antes. Com moderação sobrenatural de Deus sobre o pecado removido e as forças do inferno correndo solta, o abate de que o tempo será sem precedentes na história da humanidade. Mas fora daqueles dias sombrios e maus virá milhares que selaram seu testemunho da Palavra de Deus e do senhorio de Jesus Cristo com o seu próprio sangue.

    15. O medo da ira por vir: o sexto selo ( Apocalipse 6:12-17 )

    Olhei, havendo aberto o sexto selo, e houve um grande terremoto; O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda tornou-se como sangue; e as estrelas do céu caíram sobre a terra, como a figueira lança seus figos verdes quando abalada por um vento forte. O céu estava se separaram como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. Em seguida, os reis da terra e os grandes homens e os comandantes e os ricos e os fortes e todo escravo e homem livre se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e eles diziam aos montes e aos rochedos: "Caí sobre nós e escondei-nos da presença daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro, pois o grande dia da sua ira chegou, e quem é poderá subsistir? " ( 6: 12-17 )

    Um dos temas centrais nas Escrituras proféticas é a vinda do último dia da ira de Deus conhecido como o Dia do Senhor. Embora seja verdade que "Deus está irado com o ímpio todos os dias" ( Sl 7:11 NVI ), o Dia do Senhor é uma expressão usada para descrever períodos em que Deus especialmente intervém na história humana, para julgamento. O "Dia do Senhor" frase aparece dezenove vezes no Velho Testamento e quatro vezes no Novo. É um momento único quando poder e santidade de Deus são revelados, trazendo terror e morte aos seus inimigos.Os profetas descrevem o Dia do Senhor, como "destruição do Todo-Poderoso" ( Is 13:6 ), um tempo de "fúria e raiva ardente" ( : Is 13:9. , um "tempo da desgraça) "( Ez 30:3 ), e "trevas e não luz" ( Am 5:18 ; cf. v 20. ).

    A frase "o Dia do Senhor" não se limita ao futuro, a ira final, mas às vezes se refere a julgamentos históricos iminentes, que ocorreram durante a história do Antigo Testamento (por exemplo, 13 6:23-13:22'>Isa. 13 6:22 ; Ez 30:2-19. ; Jl 1:15 ; Amos 5:18-20 ; 11-14 Obad. ; Sofonias 1:14-18.). Este o dia histórico dos julgamentos Senhor geralmente foram precedidos por alguns julgamentos preliminares de menor gravidade. Eles agiram como avisos, fornecendo previews de amostra dos mais devastadores julgamentos por vir quando o dia realmente chegou.

    Um exemplo de uma dessas decisões preliminares vem do profeta Joel. Em Joel 2:28-32 a final, dia escatológico do Senhor é descrito. Mas a seqüência que leva até que o dia é muito informativo. Joel 1:4-12 descreve uma praga de gafanhotos real que entrou em Judá. Esta foi uma prévia do Dia histórico perto do Senhor para entrar em Judá no futuro invasão babilônica visto em Joel 2:1-17 . Este Dia histórico da invasão Senhor também foi uma prévia do Dia escatológica final discutido em 2: 28-32 .

    Há uma outra ilustração em Ezequiel de decisões preliminares que conduzem ao Dia dos julgamentos Senhor. Em Ez 13:5 ; Zc 14:1. ). Neste último dia do Senhor também terá seus julgamentos preliminares nos primeiros cinco selos, antes de começar com a abertura do sexto selo ( 06:17 ). That Day vai se desdobrar em duas etapas, primeiro durante a Tribulação ( 1Ts 5:2. ). Essas duas fases são separadas por mil anos. Vale ressaltar que Pedro, como se para apagar quaisquer perguntas sobre a separação, lembra ao leitor que "com o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia ( 2Pe 3:8 :

    Agora quanto aos tempos e às épocas, irmãos, você não tem necessidade de qualquer coisa para ser escrita para você. Porque vós mesmos sabeis muito bem que o dia do Senhor virá como um ladrão de noite. Enquanto eles estão dizendo: "Paz e segurança!" em seguida, a destruição virá sobre eles de repente, como as dores de parto em cima de uma mulher grávida, e eles não vão escapar. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que o dia vos surpreenda como um ladrão.

    Os Tessalonicenses tinham aparentemente perguntou a Paulo sobre o momento ea sequência de eventos relativos ao Dia do Senhor. Muitos dos cristãos de Tessalônica estavam confusos sobre o estado dos que morreram antes do retorno de Cristo, que eles acreditavam que aconteceria em sua vida. Após ter ensinado a eles tudo o que Deus pretendia que eles sabem sobre o Arrebatamento ( 13 52:4-18'>I Tessalonicenses 4:13-18. ), o apóstolo advertiu os tessalonicenses a viver uma vida religiosa à luz da vinda do julgamento de Deus (cf. 1 Ts 5: 4-8. ). Para focalizar especulação esotérica para os detalhes de calendário profético à custa de crescer na graça era (e é) não lucrativas.

    Deus não escolheu a divulgar o tempo preciso do último dia do Senhor ou o retorno de Jesus Cristo (cf. 24:36 Matt. ; At 1:7 ), os crentes vivos durante a Tribulação estão a viver em antecipação e expectativa de sua chegada iminente. Falando de seu retorno, que culminará a primeira fase do Dia do Senhor, Jesus disse: "Fique alerta, pois você não sabe em que dia vem o vosso Senhor" ( Mt 24:42. ; cf. v. 50 ). Mais tarde, no Sermão do Monte, Ele advertiu, "Fique alerta, em seguida, para que você não sabe o dia nem a hora" ( Mt 25:13. ; cf. Lucas 12:35-40 ). Cada geração deve estar pronto para o Dia do Senhor. Pedro acrescenta: "Uma vez que você olhar para essas coisas, ser diligente para ser encontrado por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis" ( 2Pe 3:14 ).

    Mesmo aqueles vivo durante a tribulação não vai saber o momento exato que o Dia do Senhor começará. Eles serão enganados por falsos profetas, que irá tranquilizá-los de que o julgamento não está perto; sim "paz e segurança" estão à mão, exatamente como seus antecessores falsamente tranquilizados rebelde Israel ( Mq 3:5 ; Jr 8:11 ). Estes encontram-se enganadores irão zombam da idéia de que Cristo voltará, exigindo ironicamente, "Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" ( 2Pe 3:4 ). Mas ao invés de temê-lo, a maioria das pessoas quer ver Deus como uma espécie de avô benigno, ou negar a sua existência por completo. Um dia, porém, as pessoas terão a consumir, debilitante, medo incontrolável dos acórdãos do Deus vivo. Descrevendo que vem dia, Jesus falou em Lc 21:26 de "homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo." "Desmaio" é de apopsuchō , que significa literalmente "parar de respirar", ou "a expirar". Quando o Dia do Senhor vem, os pecadores serão tão apavorada que alguns vão desmaiar e outros irão cair morto. O sexto selo revela que os que estão à esquerda será tão aterrorizada que eles vão chorar por montes e aos rochedos para escondê-los da fúria da ira devastadora de Deus.

    Três características descrever a esmagadora medo associado com o sexto selo: a razão para o medo, a gama de medo ea reação de medo.

    O motivo do medo

    Olhei, havendo aberto o sexto selo, e houve um grande terremoto; O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda tornou-se como sangue; e as estrelas do céu caíram sobre a terra, como a figueira lança seus figos verdes quando abalada por um vento forte. O céu estava se separaram como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. ( 6: 12-14 )

    Ao contrário dos primeiros cinco selos, cada um dos quais envolvidos seres humanos, de uma forma ou de outra (os quatro cavaleiros e os santos sob o altar), no sexto selo Deus age sozinho. No momento em que este selo é aberto, o ponto médio da Tribulação já passou e que o mundo é no período final de três-e-um-metade anos, conhecido como a "grande tribulação" ( Mt 24:21 ). Até então o Anticristo final tenha profanado o templo de Jerusalém (a "abominação da desolação"), o mundo o adora, e uma perseguição massiva de judeus e cristãos foi quebrado. Incrivelmente, em meio a todo o tumulto e caos dos juízos divinos sobre o mundo, será business as usual para a maioria das pessoas. Falando deste tempo, Jesus disse: "Para a vinda do Filho do Homem será como nos dias de Noé. Porque, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e eles não entenderam até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será a vinda do Filho do homem "( Mateus 24:37-39. ). Os avisos de que os eventos traumáticos dos primeiros cinco selos são o início do julgamento de Deus será ignorado. Mas os eventos do sexto selo vai ser tão devastador e aterrorizante que eles vão ser atribuível somente a Deus. O mundo será forçado a reconhecer que as advertências do juízo divino dos pregadores cristãos eram precisamente exata.

    Como já foi observado anteriormente neste volume, os selos paralelo a seqüência de eventos dadas por Jesus no Sermão do Monte. O Senhor descreveu os eventos associados com o sexto selo em Mt 24:29 : "Logo depois da tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e o poderes dos céus serão abalados. " O relato de Lucas do Sermão do Monte acrescenta: "Haverá grandes terremotos, e em vários lugares pragas e fomes, e haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu" ( Lc 21:11 ). E Lucas escreve ainda: "Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas, e na terra consternação entre as nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas, os homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão sobre o mundo, pois os poderes dos céus serão abalados "( Lucas 21:25-26 ).

    Os profetas do Antigo Testamento também falou de desastres naturais assustadoras em conexão com o Dia do Senhor. Joel escreveu: "Que todos os habitantes da terra tremer, para o dia do Senhor vem, certamente ele está próximo, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e densas trevas ... a terra treme, os Céus tremer, o sol ea lua escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor "( Joel 2:1-2 , Jl 2:10 ; cf. Jl 2:31 ; Jl 3:16 ). Ezequiel escreveu de tempo violento que acompanha o Dia do Senhor ( 13 5:26-13:16'>Ez. 13 5:16 ), e Sofonias descreveu-o como "um dia de tribulação e de angústia, dia de destruição e desolação, dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e densas trevas "( Sf 1:15 ). João gravou seis desastres naturais assustadores associados com a abertura do sexto selo.

    Em primeiro lugar, houve um grande terremoto. Houve muitos terremotos na história registrada e não haverá mais durante a primeira metade da Tribulação ( Mt 24:7 descreve uma grande tempestade no Mar da Galiléia, e a Septuaginta usa em Jl 2:10 para descrever os céus trêmulos.

    Deus tem feito frequentemente sentir a sua presença na história da humanidade, agitando a terra. Ele assim o fez quando deu a Lei a Israel no Monte Sinai ( Ex 19:18. ; Sl 68:8 (), com a morte de Seu Filho . Mt 27:51 , Mt 27:54 ), e quando ele lançou Paulo e Silas da prisão em Filipos ( At 16:26 ). Tanto Isaías ( Is 29:6. ) terremotos associados com o julgamento de Deus. Este evento, no entanto, faz com que muito mais do que a terra a ser abalada. Ele vai abalar os céus, assim como a terra.

    Terremotos tem pessoas sempre assustados. Muitos dos que residem no país do terremoto vivem em constante medo do "big one". Depois de experimentar um terremoto algumas pessoas são tão enervado que acampar ao ar livre por dias, ou mesmo semanas, com medo de ficar em suas casas. Alguns mudar-se definitivamente para fora de uma área propensa a terremotos completamente. O número de consultas em psiquiatra de e escritórios do psicólogo também sobe, como aqueles que permanecem luta para superar seus medos.

    Mas os temores causados ​​por este terremoto será incalculavelmente maior do que aqueles causados ​​por qualquer terremoto anterior. Não só este vai ser o terremoto mais poderoso que o mundo já viu, mas também virá em um momento de problemas sem precedentes. As pessoas que vivenciam este terremoto terá sobrevivido guerra mundial, devastando fome e epidemias de doenças mortais. A remoção do limitador, o Espírito Santo, o One divino que reteve Satanás e do Anticristo até tempo determinado de Deus ( 2 Ts 2: 6-8. ), vai permitir que o mundo mergulhar de cabeça em imoralidade, vice, malícia, e impiedade. Anticristo será adorado como Deus e seu falso profeta será proclamando que utopia é a mão-assim que os crentes no Deus verdadeiro é feito com a distância. Em um instante, no entanto, a mentira de Satanás é exposta e falsas esperanças do mundo são destruídos pela agitação violenta da própria terra sob seus pés.

    Na esteira do terremoto veio um segundo desastre, como o sol se tornou negro como saco de crina. Sackcloth foi pano áspero usado por carpideiras, geralmente feitos a partir do cabelo de preto cabras. Na sequência do violento terremoto que assola a terra, o sol vai se transformar tão negro como robe de um enlutado. Cientista Dr. Henry M. Morris explica o que poderia causar esse fenômeno:

    O grande terremoto descrito aqui ... pela primeira vez na história é de âmbito mundial. Os sismólogos e geofísicos nos últimos anos têm aprendido muito sobre a estrutura da terra e sobre a causa e natureza dos terremotos. Crosta sólida da Terra é atravessada com uma complexa rede de falhas, com todo descansando sobre um manto plástico cuja estrutura ainda é em grande parte desconhecido. Se a crosta é constituída por grandes placas em movimento é uma questão atual da controvérsia entre os geofísicos, por isso, a causa última de terremotos ainda não é conhecido. Em toda a probabilidade, todo o complexo das instabilidades da crosta é um remanescente dos fenômenos do grande dilúvio, especialmente o rompimento das fontes do grande abismo.
    Em qualquer caso, a grande rede mundial de correias terremoto instáveis ​​em todo o mundo, de repente começa a escorregar e fratura em uma base global e um terremoto gigantesco seguirá. Esta é, evidentemente, e, naturalmente, acompanhado por enormes erupções vulcânicas, expelindo grandes quantidades de poeira e vapor e gases na atmosfera superior. É, provavelmente, estes que fará com que o sol escurecerá, a lua a aparecer vermelho-sangue. ( A Revelação da ficha [Wheaton, Ill .: Tyndale, 1983], 121)

    O profeta Joel falou desses mesmos fenômenos em conexão com o Dia do Senhor: "O sol se converterá em trevas, ea lua em sangue, antes do grande e glorioso dia do Senhor vem" ( Jl 2:31 ; cf. Is . 13 9:10 ; Mt 24:29. ; 13 24:41-13:25'>Marcos 13:24-25 ; Lc 21:25 ). A escuridão está associada com o julgamento em outro lugar nas Escrituras (eg, Ex. 10: 21-22 ; Mt 27:45. ).

    O terceiro desastre está intimamente ligado com o escurecimento do sol, como a lua toda tornou-se como sangue. Haverá imensas nuvens de cinzas e fumaça expelidas pela atividade vulcânica associada ao grande terremoto em todo o mundo. Isso cinzas e fumaça vai eclipse da lua, colorindo-vermelho-sangue, uma vez que tenta furar o céu escureceu de fumo.

    Isaías também descreveu esse fenômeno estranho e aterrador, escrevendo em Is 13:10 , "O sol será escuro quando ele sobe e a lua não dará a sua luz." Joel acrescenta, "o sol ea lua crescer dark" ( Jl 2:10 ). E, na passagem citada acima, Joel falou do sol se escurecendo ea lua sendo transformado em sangue ( Jl 2:31 ; cf. At 2:20 ). Esses fenômenos afetará todos os aspectos da vida, como o ciclo normal do dia e da noite é interrompido. O eclipse total do sol e da lua vai acrescentar mais uma razão para que o mundo seja em pânico.

    Em seguida, fora do céu escureceu, veio a quarta catástrofe; João registra que as estrelas do céu caíram sobre a terra. Asteres ( estrelas ) pode referir-se a estrelas reais, mas também pode descrever qualquer corpo celeste que não seja o sol ea lua. Obviamente, neste contexto, não se refere a estrelas reais, uma vez que são demasiado grandes para cair no chão e se queime-o muito antes de golpeá-la. Além disso, as estrelas ainda estão no local mais tarde, quando a quarta sons de trompete ( 08:12 ). Isso é mais provável uma referência ao asteróide ou chuvas de meteoros bombardeando a Terra. Tem havido muita especulação entre os cientistas recentemente sobre os efeitos de um grande asteróide atingir a Terra. Especialistas modernos acreditam que os impactos de asteróides, cometas e meteoros que atingem a Terra seria devastador e causar uma destruição sem precedentes. Haverá tantos esses organismos que atingem a terra que João, em uma analogia vívida, compara a cena de uma figueira que deixa cair os seus figos verdes quando abalada por um vento forte. Com toda a terra que está sendo atacado por bolas de fogo mergulhando fora do negritude haverá nenhum lugar para as pessoas a fugir, nenhum lugar para eles para se esconder.

    O quinto desastre neste selo afeta de alguma forma a atmosfera da Terra, porque do ponto de vista do homem do céu parece se separaram como um pergaminho quando se enrola. Esta é a percepção humana da magnitude do presente acórdão, mas não é a final dissolução do céu que vem mais tarde ( 21: 1 ; 2Pe 3:10. ). Aqui é uma característica culminante dos "espantosas, e grandes sinais do céu" ( Lc 21:11 ), que irá aterrorizar as pessoas. João compara o céu para um pergaminho desenrolado que divide no meio, e se enrola em ambos os lados. Este retrato vívido encontra um paralelo na Is 34:4. ). Nem as pessoas comuns, as classes mais baixas, escapar, todo escravo e homem livre será tão apavorada como o influente e rica.

    A reacção de medo

    se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e eles diziam aos montes e aos rochedos: "Caí sobre nós e escondei-nos da presença daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro, pois o grande dia da sua ira chegou, e quem é poderá subsistir? " ( 06:15 b-17)

    A reação do mundo incrédulo aos terrores desencadeadas pelo sexto selo não será um dos arrependimento (cf. 09:21 ; 16:11 ), mas de pânico irracional. Eles vão finalmente reconhecer o que os crentes foram dizendo o tempo todo, que as catástrofes que experimentaram são o julgamento de Deus. No entanto, como os demônios de quem escreveu Tiago ( Jc 2:19 ), eles vão acreditar e medo, mas não vai se arrepender. Eles vão seguir a Satanás, acreditar em suas mentiras, e abraçar o seu mensageiro, o Anticristo. Como resultado, Deus vai abandoná-los judicialmente: "Por isso Deus lhes enviará uma influência iludindo a fim de que eles vão acreditar no que é falso, a fim de que todos sejam julgados os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade "( 2 Ts 2: 11-12. ). Aqueles que endurecer repetidamente seus corações terão seus corações endurecidos por Deus; eles não serão capazes de se arrepender e crer.

    Os pecadores em pânico vai reagir irracionalmente, tolamente tentando esconder -se nas cavernas e nas rochas das montanhas (cf. Is. 2: 17-21 ) —os mesmos lugares que estão sendo abaladas. Eles são, sem dúvida, buscando refúgio contra os enxames de meteoros e asteróides que bombardeiam a Terra. Mas, à luz do terremoto e suas réplicas contínuas, as erupções vulcânicas generalizados, e as outras perturbações da crosta terrestre, tais esconderijos vai oferecer nenhuma segurança. Além disso, é impossível se esconder de Deus ou fugir Seu julgamento.Falando de rebelde Israel, Deus disse: "Ainda que cavem até o Seol, a partir daí deve Minha mão levá-los;. E apesar de subir ao céu, de lá eu vou derrubá-los Embora eles se escondem no cume do Carmelo, vou procurar —los e levá-los de lá e, embora eles escondem-se dos meus olhos no fundo do mar, ali darei ordem à serpente e vai mordê-los "( Amós 9:2-3 ; cf. . Salmo 139:7-12 ).

    Os eventos aterrorizantes solicitar uma reunião de oração em todo o mundo, mas as orações estão com a Mãe Natureza, não a Deus. Como os incrédulos freneticamente enterrar na terra em sua tentativa fútil de se esconder, eles dirão aos montes e aos rochedos: "Caí sobre nós e escondei-nos da presença daquele que está assentado sobre o trono, e da ira de Cordeiro; para o grande dia da sua ira chegou, e quem é capaz de ficar "? Tarde demais, as pessoas vivas em que o tempo vai finalmente perceber que todos os desastres que vieram em cima deles e de seu mundo são o resultado de Deus ira. Recusando-se e incapaz de se arrepender, eles vão gritar para as montanhas e rochas a cair sobre eles e esmagá-los. Dois gritos semelhantes pode ser visto nas Escrituras ( Os 10:8 ), ambos em um momento de calamidade nacional de Israel. Eles são, até certo ponto, profética do tempo referido no sexto selo. As pessoas ficarão tão apavorada que preferia morrer do que enfrentar a ira de um Deus santo-tolamente ignorando o fato de que a morte irá fornecer absolutamente nenhuma fuga do julgamento divino, ao invés de um casting para dentro do lago de fogo eterno (cf. 20: 11-15 ).

    Àquele que está sentado no trono se refere a Deus ( 4: 2, 3 , 9, 10 ). Eles terão, então, chegar a uma compreensão clara de que Deus está por trás de todos os julgamentos.

    Mais especificamente, eles temem a ira do Cordeiro. O Cordeiro, o Senhor Jesus Cristo ( 5: 6-8 ), é o agente do julgamento direto. A ira dos encarnados Jesus foi visto apenas duas vezes antes nas Escrituras, quando Ele limpou o templo ( 13 43:2-17'>João 2:13-17 ; cf. Mt 21:12-13. ). No futuro, Ele julgará como um leão ( 5: 5 ). As pessoas em pânico do mundo vai reconhecer o Cordeiro como o carrasco.

    O grande dia da sua (de Deus e de Cristo) ira é outro termo para o Dia do Senhor. Aparentemente, o mundo vai entender que ira final chegou.

    As principais passagens do Antigo Testamento a partir do qual as imagens do sexto selo são desenhadas provar que o grande dia deve ser o dia do Senhor ( Is 2:10-11. , 19-21 ; 13 9:23-13:13'>13 9:13 ; Is 34:4 ; Ez. 32: 7-8 ; . Os 10:8 , Jl 2:30 ; Sf 1:14. ; Ml 4:5 ). Mas para o resto das palavras sensatas do escritor aos Hebreus serão aplicadas: "Porque, se nós continuar pecando voluntariamente, depois de receber o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma expectativa terrível de julgamento e a fúria de um fogo que consumirá os adversários ... É uma coisa terrível cair nas mãos do Deus vivo "( Hebreus 10:26-27. , He 10:31 ).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Apocalipse Capítulo 6 do versículo 1 até o 17

    Apocalipse 6

    A abertura dos selos

    Os quatro cavalos e seus cavaleiros — Ap 6:1-8 O cavalo branco da conquista — Ap 6:1-2

    O cavalo vermelho das lutas civis — Ap 6:3-4

    O cavalo preto da fome — Ap 6:5-6

    O cavalo amarelo da peste e da morte — Ap 6:7-8 As almas dos mártires — Ap 6:9-11

    A pergunta dos mártires — Ap 6:9-11 (cont.) A comoção universal - Ap 6:12-14

    O tempo do terror — Ap 6:15-17

    A ABERTURA DOS SELOS

    Entramos agora na seção na qual se abrem, um a um, os selos do rolo. À medida que isto sucede, a história vai desdobrando-se perante os olhos de João.

    Ao estudar esta seção devemos lembrar um fato geral que é importante para poder compreendê-la. Tal como se viu várias vezes, os

    judeus dividiam o tempo em duas idades. Uma era "a idade presente" ou "atual", entregue totalmente ao domínio do mal, totalmente pervertida,

    além de toda possibilidade de redenção. A outra, "a era por vir" ou "futura", que é a idade dourada de Deus. Entre as duas eras sucederia um terrível período de juízo e destruição total. Ao aproximar-se esse período

    os terrores da história seriam cada vez maiores e mais pavorosos. Estes terrores são os sinais da proximidade do fim. Esta é a época da história que João vê em suas visões. Revelam-lhe, em outras palavras, as coisas que hão que suceder no processo de dissolução do mundo atual, prévio ao advento do novo mundo de Deus.

    Antes de começar o estudo detalhado desta seção deve-se mencionar um aspecto geral com relação à nossa tradução do texto. Na primeira seção das visões, Ap 6:1-8, a versão Almeida Revista e Corrigida

    comete um reiterado erro. Conforme lemos, cada uma das quatro criaturas diria: “Vem e vê!” (vv. Ap 6:1, Ap 6:3, Ap 6:5, Ap 6:7). Nos melhores manuscritos gregos não figura a palavra “vê”. Diz, somente “Vem!”. Não se trata de

    um convite para que João vá e veja, mas sim o chamado a cada um dos cavalos e seus respectivos cavaleiros para que façam seu ingresso, por turno, no cenário da história. Os quatro seres viventes, que são os

    querubins que rodeiam o trono, desempenham o rol de convocar os atores do drama final para que ingressem e joguem seu papel.

    OS QUATRO CAVALOS E SEUS CAVALEIROS

    Apocalipse 6:1-8

    Antes de empreendermos na interpretação detalhada desta visão,

    devem destacar-se dois pontos iniciais que são importantes.

    1. Deve notar-se qual é a origem da visão. Encontramo-lo em Zacarias 6:1-8. Nessa visão Zacarias vê quatro cavalos; e esses cavalos

    são deixados em liberdade na Terra para executar a vingança contra Babilônia e Egito e todas as outras nações que oprimiram o povo de Deus. Os cavalos são “São os quatro ventos do céu, que saem donde

    estavam perante o Senhor de toda a terra.” (Zc 6:5). Os quatro cavalos de Zacarias representam os quatro poderosos ventos que Deus está a ponto de desatar sobre a terra para semear a destruição. São os agentes da ira e vingança de Deus sobre os homens. É nesta imagem que

    devemos buscar a origem da visão que João teve. Como de costume,

    João não conserva idênticos todos os detalhes; a antiga visão assume, para ele, uma nova forma. Mas é importante lembrar que o princípio fundamental é o mesmo. Em João os cavalos e seus cavaleiros são, também, agentes da ira vingadora de Deus.

    1. Devemos explicar o método de interpretação que usaremos, tanto neste como em outras passagens, mais adiante. Os quatro cavalos e seus cavaleiros representam as quatro grandes forças destruidoras que serão enviadas contra o mundo, pela santa ira de Deus, no tempo que precede o fim. Mas, deve notar-se que João descreve a atuação destas forças em termos de certos acontecimentos que bem podiam estar sucedendo em sua própria época. João vivia numa época quando a vida era um caos; o mundo parecia estar desintegrando-se e a Terra parecia estar cheia de terrores e horrores. É em termos destes horrores já existentes e conhecidos para ele que João descreve os horrores do fim futuro. Os cavalos e seus cavaleiros são forças de destruição e agentes da ira divina; havia, entretanto, acontecimentos da época em que vivia João que este tem em mente quando descreve a ação das quatro forças destruidoras. Para João estes acontecimentos eram sinais e arquétipos da destruição que se produziria antes do fim.

    Nosso método, portanto, consistirá em definir, primeiro, a força destrutiva que cada um destes cavalos representa e então, se for possível,

    encontrar circunstâncias e atos da história contemporânea a João que exemplifiquem a destruição por vir. Também veremos, à medida que avance nosso estudo, que em mais de um caso João se vale de imagens e

    idéias que eram moeda corrente entre os autores apocalípticos de sua época.

    O CAVALO BRANCO DA CONQUISTA

    Apocalipse 6:1-2

    Ao abrir-se cada tino dos sete selos, um novo terror se equilibra

    sobre a terra. O primeiro terror está representado por um cavalo branco e

    seu cavaleiro. O que significam este cavalo branco e seu cavaleiro? Ofereceram-se duas explicações, uma das quais é evidentemente, errônea.

    1. Sugeriu-se que o cavaleiro do cavalo branco não é outro senão o Cristo vitorioso em pessoa. Extrai-se esta conclusão porque alguns

    comentadores relacionam esta visão com a que se encontra em Apocalipse 19:11-12, onde aparece também um cavalo branco cujo cavaleiro é chamado Fiel e Verdadeiro, que está coroado com várias

    coroas e que é o Cristo vitorioso. Deve notar-se, entretanto, que a coroa que aparece nesta passagem é diferente da de Apocalipse 19. Aqui a coroa é, em grego, uma stefanos, ou seja a coroa do vencedor. Em

    Ap 19:1). Deus rompe o arco e quebra a lança e queima no fogo os carros de guerra: quer dizer, é um Deus que nenhum

    poder militar humano poderia resistir (Sl 46:9). Mas, além disso, há aqui uma imagem que qualquer romano e qualquer habitante da Ásia reconheceria imediatamente. Os únicos inimigos que os romanos temiam na Ásia eram os partos. Este povo vivia na mais remota fronteira oriental do Império e perseguiam todo o tempo aos romanos.

    No ano 62 ocorreu um fato sem precedentes. Um exército romano teve que render-se a Vologeses, o rei dos partos. Muito poucas vezes as armas imperiais tinham sofrido tal vergonha e ignomínia. Os partos

    tinham o costume de montar cavalos brancos e, além disso, eram os mais famosos arqueiros do mundo antigo. Os arqueiros partos eram o terror dos exércitos romanos e de todos os súditos do império. Tinham

    conseguido conquistar os próprios conquistadores.

    De maneira que o cavalo branco e seu cavaleiro representam o militarismo e a conquista.

    Aqui há algo que aos homens tem custado muito reconhecer e aprender. A conquista militar foi descrita muitas vezes de maneira romântica e atrativa; mas uma conquista militar é sempre uma tragédia.

    Quando Eurípides queria representar a guerra, em suas peças teatrais, não punha no cenário exércitos mas sim uma mulher anciã vestida de farrapos que levava pela mão um menino que chorava a morte de seu

    pai.

    Durante a guerra civil espanhola um jornalista relatou como, de maneira repentina, deu-se conta de qual era o significado da guerra. Estava numa cidade espanhola na qual os lados opostos travavam

    guerrilhas. Viu que um menino caminhava pela rua e deu-se conta que estava perdido, que tinha medo. Sua cara mostrava um gesto de surpresa e terror. Arrastava um brinquedo que tinha perdido seus rodas.

    Repentinamente soou um disparo de rifle. O menino caiu de bruços. Estava morto. Isto é a guerra. O primeiro entre os terrores de um tempo terrível está representado, na visão de João, por um cavalo branco cujo

    cavaleiro leva um arco na mão: é a tragédia da conquista militar.

    O CAVALO VERMELHO DAS LUTAS CIVIS

    Apocalipse 6:3-4

    A função do segundo cavalo e seu cavaleiro é tirar a paz da Terra. Este cavalo e seu cavaleiro representam as lutas civis, essa guerra

    destrutiva que significa a inimizade entre os concidadãos num caos de trágica destruição. Há dois panos de fundo que podem nos interessar.

    1. João vivia numa época na qual os conflitos intestinos estavam

    rasgando o mundo. Nos trinta anos que precederam o reinado de Herodes o Grande, entre os anos 67:37 a. C, somente na Palestina não menos de 100.000 homens perderam a vida em revoluções e levantamentos falidos. No ano 61, na 1nglaterra, explodiu a rebelião encabeçada pela rainha Bodicea. Os romanos esmagaram a rebelião, que custou a vida de 150.000 homens e levou ao suicídio a heróica rainha. O cavalo vermelho da guerra civil e a revolução sangrenta andava verdadeiramente solto pelo mundo em que João vivia.

    1. Nas imagens judias do fim do tempo, os últimos dias do mundo tal como os homens o conheciam, um dos elementos essenciais é a total

    desintegração das relações humanas. O irmão pelejará contra o irmão, o vizinho contra o vizinho, cada cidade se levantará contra outras cidades e cada reino contra outros reinos (Is 19:2). A mão de cada homem se

    levantará para ofender o seu próximo (Zc 14:13). Do amanhecer até o pôr-do-sol estarão matando-se (Enoque 100:12). O amigo guerreará contra o amigo; os amigos se atacarão repentinamente e sem motivo

    algum (4 Ed 5:9, 6:24). Os homens se odiarão e se provocarão mutuamente à briga. Alguns cairão na batalha, outros morrerão de angústia e outros serão destruídos pelos seus (2 Baruque 70:2-8). A

    inveja aparecerá nos que foram altruístas e desinteressados, a paixão nos que foram pacíficos. Muitos irão às nuvens e injuriarão a outros e incitarão a outros a derramarem sangue. Enfim todos perecerão conjuntamente (2 Baruque 48:37).

    A visão do fim do tempo era uma visão de uma época quando todas as relações humanas se desintegrariam, convertendo ao mundo num caldeirão de amargo ódio.

    Ainda continua sendo verdade que a nação onde há ódio e conflito entre os concidadãos, entre as classes sociais, onde a ambição

    competitiva provoca ódio e desejo egoísta faz com que uns prejudiquem a outros, é uma nação que está condenada. E um mundo no qual as nações lutam entre si, está, sem dúvida, aproximando-se no fim de sua

    história.

    O CAVALO PRETO DA FOME

    Apocalipse 6:5-6

    Compreenderemos melhor a idéia que há por atrás desta passagem, se lembrarmos que João não nos está dando uma descrição do fim, mas

    sim dos acontecimentos que precederão e prepararão o fim. O cavalo preto e seu cavaleiro representam a fome; trata-se de uma fome muito séria e capaz de causar grandes sofrimentos, mas não o suficientemente

    séria para matar. Há trigo, mas tem um preço proibitivo; e o vinho e o azeite não são afetados pela escassez.

    Os três principais produtos agrícolas da Palestina eram o trigo, o

    vinho e o azeite; são estes três os que sempre se mencionam quando se fala do que a terra produz. (Dt 7:13, Dt 11:14,.Dt 28:51, Os 2:8, Os 2:22). O cavaleiro que cavalga sobre o cavalo preto tem em sua mão uma balança. No Antigo Testamento a expressão "comer o pão pesado" é sinônimo de grande escassez. Em Levítico Deus ameaça a seu povo rebelde fazendo-o comer o pão pesado (Lv 26:26). A mesma ameaça volta a aparecer no livro de Ezequiel (Ez 4:16).

    Não é anormal que haja vinho e azeite enquanto falta o trigo. A videira e as oliveiras são plantas com raízes muito mais profundas que o trigo e podem resistir uma seca capaz de aniquilar as plantas de cereal.

    Quando Jacó manda os seus filhos buscarem trigo no Egito, no tempo de

    José, em que pese a persistente seca, é capaz de enviar com eles um presente "dos melhores frutos da terra" (Gn 43:11). Mas se escassear o trigo mas abundar o azeite e o vinho, o povo passa fome, enquanto que dispõe do que normalmente é um luxo.

    Sabemos dos alcance da escassez graças à voz que se eleva dentre os quatro seres viventes. Uma medida de trigo ou três medidas de cevada custavam um denário. A medida era um choinix, o equivalente aproximado de um decímetro cúbico ou um litro. Em várias oportunidades encontramos referências que estabelecem esta "medida" como a ração diária normal de um homem. O denário equivale a 10 centavos de dólar. Era o pagamento que recebia o operário por uma jornada completa de trabalho. Normalmente com um denário podiam ser comprados entre oito e dezesseis medidas de trigo, e quase o dobro de cevada, porque esta era muito mais barata. De maneira que a visão de João prevê a chegada de um dia quando tudo o que um homem é capaz de ganhar num dia de trabalho deverá gastá-lo em comprar o estritamente necessário para continuar vivendo, sem que fique para satisfazer suas outras necessidades nem lhe sobre para dar de comer a sua esposa ou a seus filhos, no caso de ser um homem casado e com família. Se em vez de trigo compra cevada, talvez possa alimentar os seus, mas não sobra dinheiro para comprar outras coisas. A situação que se descreve é tal que nela apenas se pode subsistir, num estado de semi— inanição.

    Vimos que João, em que pese estar descrevendo as circunstâncias que precederão o fim, o faz em termos que possam ser familiares a seus

    leitores. Houve terríveis fomes na época de Nero, que afetaram somente os pobres e nunca os mais ricos. Em certa ocasião chegou a Roma um

    barco proveniente de Alexandria. O povo da cidade, faminto, creu que a carga era de cereal, porque Alexandria era a origem habitual desse produto. Desesperado, assaltou o barco, para descobrir, só então, que a

    carga era de areia especial importada do Egito para cobrir o piso do circo onde tinham que celebrar-se combate entre gladiadores.

    Mas é especialmente durante o reinado de Domiciano que esta passagem encontra ecos surpreendentes, na mesma época em que João escreveu seu livro. Nessa época se produziu, precisamente, uma superprodução de vinho e, ao mesmo tempo, escassez de cereais. Domiciano tomou a drástica medida de obrigar a destruir a metade das vinhas, nas províncias, para que pudessem semear-se mais cereais. Os habitantes da Ásia, a província onde João vivia, chegaram quase ao ponto de rebelar-se contra a ordem imperial, porque o vinho era sua principal fonte de lucro. Ao enfrentar esta resistência por parte dos asiáticos, Domiciano cancelou seu decreto e chegou até a castigar os que, tendo-o obedecido, tivessem destruído seus vinhedos. Este é um caso no qual, em que pese a escassez de trigo chegou a proibir-se a interferência na produção de vinho e de azeite.

    De maneira que temos a imagem de uma fome na qual o luxo continua sendo possível. Sempre há algo que funciona muito mal quando

    alguns podem ter muito e outros têm muito pouco, quando alguns vivem rodeados de luxo e outros passam miséria. A sociedade onde tais

    injustiças são permitidas, está em franca decadência e corre de maneira acelerada para com sua ruína final. Quando os que têm perderam seu sentido de responsabilidade pelos que não têm, o desastre é iminente.

    Há um detalhe muito interessante que alguns sugeriram que se pode deduzir desta passagem. A voz que anuncia os preços do trigo e da cevada provém dentre os quatro seres viventes. Já dissemos que estas quatro criaturas muito possivelmente representem o que tem de mais

    nobre na natureza. É possível, então, que tenhamos aqui um protesto, posto nos lábios da própria natureza, pela situação de desequilíbrio que há entre os homens. A tragédia da vida quase sempre foi que a natureza

    produz suficiente e mais que suficiente, mas que há muitos que nunca recebem os benefícios dessa abundância.

    A injustiça quase sempre está na distribuição das riquezas. João,

    então, está-nos dizendo, em sua linguagem simbólica, que a própria natureza protesta por esta injustiça, pois seus dons são usados de maneira

    egoísta e irresponsável quando os que se beneficiam são uns poucos que vivem no luxo, enquanto a maioria padece miséria e escassez. A própria estrutura da terra protesta contra o total egoísmo das minorias irresponsáveis que são capazes de sacrificar o bem-estar geral em favor de seu vício pelo luxo.

    O CAVALO AMARELO DA PESTE E DA MORTE

    Apocalipse 6:7-8

    Ao nos aproximarmos desta passagem devemos lembrar, mais uma vez, que não nos descreve o fim em si, mas os sinais que precedem o

    fim. É por isso que somente uma quarta parte da Terra é afetada pela peste. Serão tempos terríveis, mas não os tempos da destruição final e total. Em que pese ser horrível, a tribulação não irá além de certos limites, de maneira que a vida não desapareça totalmente da face da

    Terra.

    A imagem é sombria. O cavalo, segundo nossa tradução, é amarelo. Em realidade, em grego diz chloros, que significa lívido, a cor no rosto

    da pessoa que recebeu uma impressão apavorante. Uma complicação mais aparece pelo uso da palavra morte, tánatos, num duplo sentido. Tánatos significa tanto morte como peste. No v. Ap 6:10 deve traduzir-se por

    "morte", e no v. Ap 6:11 por "peste".

    João

    escreveu

    numa

    época

    quando

    as

    pestes

    e

    a

    morte verdadeiramente

    devastavam

    o

    mundo.

    Neste

    caso,

    entretanto,

    as

    imagens ele não as extrai de sua própria experiência mas do Antigo Testamento. Nesta parte da Bíblia muito freqüentemente fala-se de "os quatro juízos terríveis". Ezequiel escuta a Deus anunciando o dia quando

    enviará sobre Jerusalém seus "quatro juízos terríveis" (Ez 14:21): a espada, a fome, a invasão de bestas daninhas e a peste. Em Levítico há uma passagem na qual se descrevem os castigos que Deus enviará sobre o povo por causa de suas desobediências. As feras roubarão seus filhos e

    destruirão seus gados, diminuindo seu número. A espada vingará suas

    transgressões da Aliança. Quando se juntarem em suas cidades a praga fará estragos entre eles.

    Quebrará o caule do trigo e comerão mas nunca chegarão a sentir-se satisfeitos (Levítico 26:21-26). João está usando, aqui, as imagens

    tradicionais do que sucede quando Deus descarrega sua ira sobre o povo desobediente.

    Por trás se declara a verdade indubitável de que nenhum homem e nenhuma nação podem escapar às conseqüências de seus pecados.

    AS ALMAS DOS MÁRTIRES

    Apocalipse 6:9-11

    Ao romper o quinto selo João tem a visão das almas dos mártires que morreram por sua fé.

    Jesus falou com clareza sobre o sofrimento e o martírio que seus

    seguidores deveriam suportar: “Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome” (Mt 24:9, Mt 24:10; 13 9:41-13:13'>Marcos 13:9-13; Lc 21:12, Lc 21:18; veja-se também Jo 16:2). O seguidor de Jesus Cristo não poderá queixar-se de não ter recebido claras advertências sobre o que se podia esperar que sucedesse por causa de sua fé.

    Aqui, então, temos a imagem das almas dos mártires. A idéia de um altar no céu aparece mais de uma vez no Apocalipse (Ap 8:5, Ap 14:18). Não é uma idéia totalmente nova. Quando se fizeram os móveis e adornos do Tabernáculo, seguiu-se desenhos que Deus possuía e que deu a conhecer aos artesãos (Ex 25:9, Ex 25:40; Nu 8:4; He 8:5, He 9:23). Os que escreveram sobre o Tabernáculo ou o Templo e os objetos que estes continham estavam convencidos de que no céu já existiam seus respectivos modelos. Sendo assim, não seria difícil pensar que segundo estes autores, no céu havia um altar.

    As almas dos que tinham sofrido o martírio estão debaixo do altar. A imagem está tomada diretamente do ritual de sacrifícios do templo.

    Para um judeu, a parte mais sagrada do sacrifício era o sangue; pensava— se que o sangue era a vida; a vida pertencia a Deus e a nenhum outro (Lv 17:11.—14). Por isso mesmo, a oferta do sangue estava rodeada de especificações muito detalhadas e especiais...

    “Também daquele sangue porá o sacerdote ... todo o restante do sangue do novilho derramará à base do altar do holocausto, que está à porta da tenda da congregação” (Lv 4:7). Quer dizer, o sangue, a vida, oferece-se à base altar.

    Daqui podemos tirar o significado de nosso texto em Apocalipse. As almas dos mártires estão debaixo do altar. Quer dizer, o sangre-vida dos mártires foi derramado como oferta e sacrifício a Deus. Paulo

    também expressa esta idéia da oferta da vida dos mártires como sacrifício a Deus. Diz que ele desfrutará se chegar a ser dedicado como em sacrifício (Fp 2:17). Está preparado para ser “oferecido por

    aspersão de sacrifício” (2Tm 4:62Tm 4:6). Na época dos Macabeus os judeus tiveram que suportar terríveis sofrimentos por causa de sua fé. Houve uma mãe cujos sete filhos foram ameaçados de morte por causa

    de suas inflexíveis convicções religiosas. Ela os estimulou a não ceder; lembrou-lhes como Abraão não se tinha negado a oferecer a Isaque em sacrifício. Disse-lhes que quando chegassem à glória deviam aproximar-

    se de Abraão e dizer que embora ele tinha construído um altar de sacrifício, sua mãe tinha edificado sete.

    No judaísmo posterior dizia-se que o arcanjo Miguel era o encarregado de sacrificar, num altar no céu, as almas dos justos e dos

    que tinham sido estudantes assíduos da Lei. Quando Inácio de Antioquia dirigia-se a Roma para ser cremado vivo, sua oração foi pedir a Deus que o encontrasse um sacrifício digno.

    Aqui encontramos uma grande e consoladora verdade. Quando um homem bom morre por amor à verdade, pode parecer uma tragédia e um desastre. Pode parecer um extravagante desperdício de uma vida útil.

    Pode parecer a obra de homens ímpios e perversos. Pode parecer todas estas coisas juntas. Mas qualquer vida que se entregue na defesa da

    justiça, da verdade e de Deus é muito mais que tudo isto: é um sacrifício e oferta apresentada a Deus e aceita por Ele.

    A PERGUNTA DOS MÁRTIRES

    Apocalipse 6:9-11 (continuação)

    Há três coisas, nesta seção, que devem destacar-se.

    1. Aqui temos a pergunta eterna dos justos que sofrem: "Até quando?" Foi o lamento e a pergunta do salmista: Até quando se

    permitirá aos pagãos afligir e oprimir e perseguir os justos de Deus? Até quando se permitirá que os pagãos torturem aos crentes perguntando-lhes

    onde está Deus e o que está fazendo? (Salmo 79:5-10). Deve lembrar-se que quando os crentes se faziam estas perguntas, estavam confundidos pela aparente inatividade de Deus, mas não duvidavam que Deus finalmente agiria e reivindicaria o justo.

    1. Aqui temos, além disso, uma imagem que é muito facilmente criticável. Os justos queriam ver com seus próprios olhos o castigo dos iníquos. Uma das coisas que pode ser difícil de aceitarmos é que parte da

    alegria do céu possa ser contemplar os sofrimentos dos condenados no inferno. Na Assunção de Moisés um autor judeu (Ap 10:10) ouve a seguinte promessa, proveniente de Deus:

    E olharás do alto e verás os teus inimigos no Geena. E os reconhecerás e te alegrarás.

    E dará graças a teu Criador e confessarás o seu nome.

    Anos mais tarde Tertuliano (Sobre os espetáculos,
    30) escarnecia-se dos pagãos e de seu amor pelos espetáculos dizendo que os cristãos desfrutariam de um espetáculo superior quando chegassem ao céu e vissem seus perseguidores pagãos retorcendo-se de dor no inferno.

    Vocês gostam de presenciar espetáculo; esperem e então verão o maior de todos os espetáculos, o juízo final e eterno do universo, Como me admirarei, como rirei e me alegrarei, quando vir a tantos monarcas

    orgulhosos, que pretendem ser deuses, gemendo nos abismos mais profundos das trevas; e a outros tantos magistrados que perseguiram o Nome do Senhor, derretendo-se em chamas muito mais potentes que as chamas com que eles queimaram os cristãos; e a outros tantos eruditos confundidos, avermelhando o calor do fogo, junto com seus confundidos alunos; e a outros tantos poetas tremendo perante o tribunal, não de Minos, mas de Cristo; e a outros tantos comediantes, representando seu melhor papel de dor, ao ser este real em suas próprias carnes; e a outros tantos bailarinos, contorcendo-se no suplício eterno!

    É muito fácil escandalizar-se pelo espírito de vingança que animava a alguém capaz de escrever estas coisas. Mas devemos lembrar as coisas que estes homens tiveram que suportar. Devemos lembrar a agonia das piras crematórias, a arena das feras selvagens e famintas, os refinamentos de sádica tortura que sofreram. É muito fácil para uma geração de crentes que nunca precisou resistir até a morte, opinar que tais expressões estão fora de lugar nos lábios de um cristão. Somente teremos o direito de criticá-los no dia que nós também tenhamos que atravessar pela mesma agonia.

    1. Por outro lado, aqui encontramos outra idéia judia. Os mártires devem descansar em paz durante um pouco mais de tempo, até que seja

    completado o número dos que devem sofrer o martírio. Os judeus sustentavam que o drama da história deve desenvolver-se íntegro antes que sobrevenha o fim. Deus não moverá um dedo até que não se cumpra

    a cifra por Ele mesmo determinada de martírios (4 Ed 4:36). Há uma certa quantidade de justos que devem ser oferecidos em sacrifício (Enoque 47:4). O Messias não virá até que tenham nascido todas as

    almas que devem nascer. A mesma idéia encontra eco na oração fúnebre do Livro de Oração Comum, da Igreja Anglicana, na parte que diz: "Apraza-te completar logo o número de teus escolhidos, para que se

    cumpra, então, a vinda de seu Reino". A noção é curiosa. Mas atrás dela está a idéia de que toda a história está nas mãos de Deus, e que nela e

    através dela Deus está realizando seus desígnios, até a culminação de todo o processo com o cumprimento de seu plano de amor e salvação.

    A COMOÇÃO UNIVERSAL

    Apocalipse 6:12-14

    João usa, nesta passagem, imagens que eram bem conhecidas de seus leitores judeus. Os judeus sempre tinham pensado no fim da história

    como um momento quando o universo seria sacudido e se produziria uma onda cósmica de destruição e cataclismo. Na imagem aparecem cinco elementos, que podem ilustrar-se abundantemente com exemplos

    do Antigo Testamento e dos livros que se escreveram entre o Antigo e o Novo Testamento.

    1. O terremoto. Ao vir o Senhor a terra tremerá (Am 8:8). Haverá um grande sacudimento em Israel (Ez 38:19). A terra se

    sacudirá e os céus tremerão (Jl 2:10). Deus sacudirá os céus, a terra seca e o mar (Ag 2:6). A terra tremerá e será sacudida até seus limites; as montanhas cairão (Assunção de Moisés Ap 10:4). A terra se abrirá e das

    gretas sairá fogo (4 Ed 5:8). Quem se livrar da guerra morrerá no terremoto; e quem se livrar do terremoto morrerá no fogo; e quem se livrar do fogo morrerá na fome (2 Baruque 70:8). Antes de nascer o novo

    mundo de Deus, a velha terra será arrasada por uma onda de destruição, segundo as expectativas dos videntes hebreus.

    1. O escurecimento do Sol e da Lua. O Sol se porá ao meio-dia, e

    no meio da luz diurna a Terra será invadida pelas trevas da noite (Am 8:8). As estrelas não brilharão, o Sol se escurecerá e a Lua não derramará seu resplendor sobre a Terra (Is 13:13). Deus cobrirá o céu com um pano de trevas, fará com que seu vestido seja uma túnica de silício (Is 50:3). Deus escurecerá as estrelas e cobrirá o Sol com uma nuvem (Ez 32:7). O Sol se tornará em trevas, a Lua será ficará como sangue (Jl 2:31). Os raios do Sol se romperão e sua luz se converterá em trevas; a Lua não dará sua luz e se converterá em sangue; o círculo

    das estrelas será quebrado (Assunção de Moisés Ap 10:4, Ap 10:5). O Sol escurecerá e a Lua não dará a sua luz (Mt 24:29; Mc 13:24; Lc 23:45). No tempo final, conforme viam os videntes em suas visões, a terra seria coberta por horripilantes trevas.

    1. A queda das estrelas. Para o judeu esta idéia era particularmente terrível. Segundo sua visão do universo, a ordem do céu era a mera prova e garantia da incomovível fidelidade de Deus. Se desaparecia a regularidade dos céus, nada mais restava, exceto o caos. O anjo pede a Enoque que olhe os céus, e como neles as estrelas nunca mudam de órbita, nem transgridem a ordem que se lhes assinalou (Enoque 2:1). Enoque viu as habitações do Sol e da Lua, e como estes saem e voltam a entrar, sem terem mudado suas órbitas, sem ter-lhes agregado nada nem tirado nada (Enoque 41:5). Para o judeu o cúmulo do caos era um mundo no qual as estrelas abandonam suas órbitas para cair sobre a Terra. Mas no tempo final as hostes celestiais serão dissolvidas, e as estrelas cairão como as folhas caem da videira, ou o figo da figueira (Is 34:4). As estrelas cairão dos céus, e os poderes dos céus serão abalados (Mt 24:29). O firmamento cairá sobre o mar, e uma catarata de fogo reduzirá o céu e as estrelas ao estado de uma massa fundida (Oráculos Sibilinos 3:83). As estrelas transgredirão suas ordens e mudarão suas órbitas (Enoque 80:5-6). Mudarão as saídas das estrelas (4 Ed 4:5). Os tempos finais serão tão terríveis que neles até os objetos mais regulares e firmes do universo ingressarão na desordem e no caos.
    2. O enrolamento do céu. A imagem que temos nesta passagem é a de um rolo que se mantém aberto. Este rolo se racha pela metade e volta

    a enrolar-se sobre seus dois extremos, como ocorre com qualquer papel que, tendo estado durante muito tempo enrolado, se for novamente

    desenrolado. Deus sacudirá os céus (Is 13:3). Os céus se enrolarão como um rolo de papiro (Is 34:4). Serão mudados, como a pessoa muda uma veste, e serão dobrados (Sl 102:25 Sl 102:26). No tempo final o

    firmamento se rachará pela metade.

    1. Os movimentos das montanhas e das ilhas no mar. As montanhas tremerão e as colinas mudarão de lugar (Jr 4:24). As montanhas serão sacudidas e as colinas derreterão (Na 1:5). João viu um tempo no qual as coisas mais sólidas seriam sacudidas, e quando até as ilhas rochosas, como Patmos, seriam levantadas de seus fundamentos.

    De tudo isto se pode ver que, mesmo quando estas imagens nos possam parecer estranhas, não há nelas nada que não tenha sido tomado das descrições do fim dos tempos que encontramos no Antigo

    Testamento ou nos livros que se escreveram no período intertestamentário. Não devemos pensar que estas imagens devem interpretar-se de maneira literal. O que importa nelas é que os profetas,

    os videntes e João escolhem os eventos mais apavorantes que podem conceber-se e os reúnem numa mesma cena, terror sobre terror, caos sobre caos, para nos descrever o que concebem como a situação do fim

    da história. Hoje, com o aumento de nossos conhecimentos científicos, poderíamos descrever estes mesmos terrores de maneira diferente, mesmo quando talvez nossa descrição coincidiria, em grande parte e de

    maneira estranha, com a que nos faz João. Mas não é a imagem que importa, em realidade. O que importa é o terror que se vai apoderar da Terra, segundo as visões dos profetas judeus e de João, quando Deus

    invada a Terra no momento prévio enfim.

    O TEMPO DO TERROR

    Apocalipse 6:15-17

    Tal como João viu em sua visão, o fim do tempo seria um período de terror universal. Aqui, novamente, podemos comprovar que João está

    trabalhando com imagens que eram bem conhecidas dos leitores habituais do Antigo Testamento e dos escritos do judaísmo posterior. Quando viesse o Dia do Senhor os homens teriam medo; sofreriam de dores como a mulher que está de parto; uns aos outros manifestariam sua

    surpresa (Is 13:6, Is 13:8). Nessa época, mesmo o homem forte choraria

    com amargura (Sf 1:14). Os habitantes da terra tremerão (Jl 2:1). Seriam aterrorizados pelo medo; não ficaria lugar onde esconder-se nem aonde fugir; os filhos da Terra tremerão e serão sacudidos (Enoque 102:1-3). Deus virá para ser testemunha contra seu povo pecador (Miquéias 1:1-4). Deus será como o fogo do refinador de metais (Malaquias 3:1-3). O Dia do Senhor é grande e terrível, e quem poderá suportar? (Jl 2:11). Os homens pedirão às montanhas que os cubram e aos montes que caiam sobre eles (Os 10:8), palavras que Jesus citou em seu caminho rumo à cruz (Lc 23:30).

    Esta passagem diz duas coisas significativas com relação a este terror.

    1. É um terror universal. O versículo 7 fala sobre os reis, os capitães, os poderosos, os ricos, os fortes, os escravos e os homens livres. Assinalou-se que estas sete palavras abrangem a totalidade da

    urdidura da sociedade humana. Ninguém está excetuado do juízo de Deus. Os grandes e poderosos podem muito bem ser os governadores romanos que perseguem a igreja; os capitães são as autoridades militares.

    Entretanto, por maior e poderoso que seja um governador, por mais tremendo que seja seu poder, deverá submeter-se ao juízo de Deus. Por mais rico que seja um homem, por mais forte que seja, estará sujeito ao

    juízo de Deus. Alguns podem crer-se livre, mas, todos estão sob a direção e o controle de Deus. Talvez seja um escravo, que se crê sem importância alguma, e que precisamente por sua insignificância pensa que não será levado em conta no dia do juízo. Este versículo declara de

    maneira inconfundível que toda a sociedade humana, dos mais elevados até os mais humildes, está submetida ao juízo de Deus e sujeita a seu temor.

    1. Em sua visão do dia do Senhor, João vê a muitos que buscam algum lugar para ocultar-se. Aqui temos a grande verdade de que o primeiro instinto do pecado é esconder-se. No Jardim do Paraíso Adão e

    Eva a primeira coisa que fizeram depois de ter pecado foi esconder-se (Gn 3:8).

    H. B. Swete diz: "O maior temor dos pecadores não é a morte mas sim a manifestação plena da presença de Deus". O mais terrível do pecado, é que transforma o homem num fugitivo de Deus; e o mais maravilhoso da obra de Jesus Cristo é que coloca o homem numa relação com Deus na qual o pecador já não precisa fugir ou esconder-se porque sabe que pode lançar-se nos braços do amor e misericórdia de Deus.

    1. Notaremos um último detalhe. Aquilo do qual fogem os homens é a ira do Cordeiro. Aqui temos o paradoxo. Não é fácil relacionar o

    Cordeiro com a ira; o Cordeiro em geral representa a bondade e a suavidade. Mas aqui se estabelece o fato extraordinário de que a ira de Deus é a ira do amor. A ira de Deus não é a ira destrutiva do ódio, que se

    propôs arrebentar e destruir, mas sim a ira do amor, que mesmo em sua ira age para salvar, para remediar e para redimir aos que ama.


    Dicionário

    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Céu

    substantivo masculino Espaço infinito no qual se localizam e se movem os astros.
    Parte do espaço que, vista pelo homem, limita o horizonte: o pássaro voa pelo céu.
    Reunião das condições climáticas; tempo: hoje o céu está claro.
    Local ou situação feliz; paraíso: estou vivendo num céu.
    Religião Deus ou a sabedoria ou providência divina: que os céus nos abençoem.
    Religião Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus.
    Religião A reunião dos anjos, dos santos que fazem parte do Reino de Deus.
    Por Extensão Atmosfera ou parte dela situada acima de uma região na superfície terrestre.
    expressão A céu aberto. Ao ar livre: o evento será a céu aberto.
    Mover céus e terras. Fazer todos os esforços para obter alguma coisa.
    Cair do céu. Chegar de imprevisto, mas numa boa hora: o dinheiro caiu do céu.
    Etimologia (origem da palavra céu). Do latim caelum; caelus.i.

    Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (35:11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1:8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1:11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3:12-13Hb 8:1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14:2) – um lugar de felicidade 1Co 2:9), e de glória (2 Tm 2,11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4:10-11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25:34Tg 2:5 – 2 Pe 1,11) – Paraíso (Lc 23:43Ap 2:7) – uma herança (1 Pe 1,4) – cidade (Hb 11:10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7:15-16), em completa alegria e felicidade (Sl 16:11), vida essa acima da nossa compreensão 1Co 2:9).

    Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. [...] Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade. [...] A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habi-tação dos que o contemplam face a face.[...]As diferentes doutrinas relativamente aoparaíso repousam todas no duplo errode considerar a Terra centro do Uni-verso, e limitada a região dos astros
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 1 e 2

    [...] é o espaço universal; são os plane-tas, as estrelas e todos os mundos supe-riores, onde os Espíritos gozamplenamente de suas faculdades, sem astribulações da vida material, nem as an-gústias peculiares à inferioridade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1016

    [...] O Céu é o espaço infinito, a multidão incalculável de mundos [...].
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 1

    [...] o Céu que Deus prometeu aos que o amam é também um livro, livro variado, magnífico, cada uma de cujas páginas deve proporcionar-nos emoções novas e cujas folhas os séculos dos séculos mal nos consentirão voltar até a última.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 6a efusão

    O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, emancipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro vôo sem encontrar mais obstáculos ou peias que a restrinjam.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Céu de Jesus

    O Céu representa uma conquista, sem ser uma imposição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 2

    [...] em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu

    [...] o céu começará sempre em nós mesmos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno

    Toda a região que nomeamos não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

    Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


    Céu
    1) Uma das grandes divisões do UNIVERSO (Gn 1:1).


    2) Lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66:1; Mt 24:36; 2Co 5:1).


    Céu 1. No evangelho de Mateus, no plural, perífrase empregada no lugar de Deus como, por exemplo, o Reino de Deus é descrito como o Reino dos céus (Mt 5:10; 6,20; 21,25; Lc 10:20; 15,18.21; Jo 3:27).

    2. Morada de Deus, de onde envia seus anjos (Mt 24:31; Lc 22:43); faz ouvir sua voz (Mt 3:17; Jo 12:28); e realiza seus juízos (Lc 9:54; 17,29ss.).

    3. Lugar onde Jesus ascendeu após sua ressurreição (Mc 16:19; Lc 24:51).

    4. Destino dos que se salvam. Ver Vida eterna.

    m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Enrola

    3ª pess. sing. pres. ind. de enrolar
    2ª pess. sing. imp. de enrolar

    en·ro·lar -
    (en- + rolo + -ar)
    verbo transitivo e pronominal

    1. Dar ou tomar forma de rolo. = ARROLAR

    2. Dobrar ou dobrar-se, fazendo rolo ou espiral.

    3. Envolver ou envolver-se numa peça de roupa, num invólucro. = EMBRULHAR

    4. Deixar ou ficar pouco claro ou confuso. = COMPLICAR, EMBRULHAR

    verbo transitivo

    5. Fazer desaparecer. = EMBRULHAR, ESCONDER

    6. [Informal] Tentar enganar alguém. = EMBRULHAR, LUDIBRIAR

    7. Girar em torno de uma bobina. = BOBINAR, EMBOBINAR

    8. [Brasil, Informal] Adiar a realização ou o desenvolvimento de algo com recurso a desculpas ou estratagemas. = EMBROMAR

    9. [Regionalismo] Afagar (crianças).

    verbo pronominal

    10. Mover-se em rolos.

    11. Encapelar-se (ex.: o mar enrolou-se).

    12. Envolver-se sexual ou afectivamente.


    Ilhas

    2ª pess. sing. pres. ind. de ilhar
    fem. pl. de ilha

    i·lhar -
    (ilha + -ar)
    verbo transitivo e pronominal

    Tornar ou ficar isolado. = INSULAR, ISOLAR, SEPARAR


    i·lha
    (latim insula, -ae)
    nome feminino

    1. Espaço de terra cercado de água por todos os lados.

    2. [Portugal: Douro] Conjunto de habitações modestas dispostas à volta de um pátio comum.

    3. [Regionalismo] Grupo de casas isoladas, cercado de ruas por todos os lados.

    4. Estrutura de mobiliário isolada, com acesso por todos os lados (ex.: ilha de cozinha com zona de refeições; cada ilha tem 4 postos de trabalho).

    5. Aparelho, mais largo que alto, com abertura horizontal transparente, com um sistema gerador de frio que se destina à conservação de alimentos em estabelecimentos comerciais.

    6. Zona isolada entre faixas de rodagem, geralmente para protecção dos peões. = ILHÉU


    2ª pess. sing. pres. ind. de ilhar
    fem. pl. de ilha

    i·lhar -
    (ilha + -ar)
    verbo transitivo e pronominal

    Tornar ou ficar isolado. = INSULAR, ISOLAR, SEPARAR


    i·lha
    (latim insula, -ae)
    nome feminino

    1. Espaço de terra cercado de água por todos os lados.

    2. [Portugal: Douro] Conjunto de habitações modestas dispostas à volta de um pátio comum.

    3. [Regionalismo] Grupo de casas isoladas, cercado de ruas por todos os lados.

    4. Estrutura de mobiliário isolada, com acesso por todos os lados (ex.: ilha de cozinha com zona de refeições; cada ilha tem 4 postos de trabalho).

    5. Aparelho, mais largo que alto, com abertura horizontal transparente, com um sistema gerador de frio que se destina à conservação de alimentos em estabelecimentos comerciais.

    6. Zona isolada entre faixas de rodagem, geralmente para protecção dos peões. = ILHÉU


    Livro

    O livro é sempre o grande e maravilhoso amigo da Humanidade. [...]
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 37

    Um livro que nos melhore / E nos ensine a pensar, / É luz acesa brilhando / No amor do Eterno Lar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O livro que instrui e consola é uma fonte do céu, transitando na Terra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O livro edificante é o templo do Espírito, onde os grandes instrutores do passado se comunicam com os aprendizes do presente, para que se façam os Mestres do futuro.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O livro é sempre uma usina geradora de vibrações, no paraíso dos mais sublimes ideais da Humanidade, ou no inferno das mais baixas ações das zonas inferiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O livro cristão é alimento da vida eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Veículo do pensamento, confia-nos a luz espiritual dos grandes orientadores do passado.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O livro edificante é sempre um orientador e um amigo. É a voz que ensina, modifica, renova e ajuda.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O bom livro é tesouro de amor e sabedoria. Na sua claridade, santificamos a experiência de cada dia, encontramos horizontes novos e erguemos o próprio coração para a vida mais alta.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o livro é realmente uma dádiva de Deus à Humanidade para que os grandes instrutores possam clarear o nosso caminho, conversando conosco, acima dos séculos e das civilizações. É pelo livro que recebemos o ensinamento e a orientação, o reajuste mental e a renovação interior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - A história do livro

    Vaso revelador retendo o excelso aroma / Do pensamento a erguer-se esplêndido e bendito, / O livro é o coração do tempo no Infinito, / Em que a idéia imortal se renova e retoma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - O livro

    O livro edificante é sementeira da Luz Divina, / aclarando o passado, / L L orientando o presente / e preparando o futuro...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O bom livro

    [...] é o comando mágico das multidões e só o livro nobre, que esclarece a inteligência e ilumina a razão, será capaz de vencer as trevas do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Fenômenos e livros

    O livro que aprimora é um mentor que nos guia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    Livro dos Espíritos
    (O): O Livro dos Espíritos, a primeira obra que levou o Espiritismo a ser considerado de um ponto de vista filosófico, pela dedução das conseqüências morais dos fatos; que considerou todas as partes da Doutrina, tocando nas questões mais importantes que ela suscita, foi, desde o seu aparecimento, o ponto para onde convergiram espontaneamente os trabalhos individuais. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] Escrito sem equívocos possíveis e ao alcance de todas as inteligências, esse livro será sempre a expressão clara e exata da Doutrina e a transmitirá intacta aos que vierem depois de nós. As cóleras que excita são indícios do papel que ele é chamado a representar, e da dificuldade de lhe opor algo mais sério. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    O Livro dos Espíritos. Contém a Doutrina completa, como a ditaram os Próprios Espíritos, com toda a sua filosofia e todas as suas conseqüências morais. É a revelação do destino do homem, a iniciação no conhecimento da natureza dos Espíritos e nos mistérios da vida de além-túmulo. Quem o lê compreende que o Espiritismo objetiva um fim sério, que não constitui frívolo passatempo.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 35

    [...] O Livro dos Espíritos teve como resultado fazer ver o seu alcance filosófico [do Espiritismo]. Se esse livro tem algum mérito, seria presunção minha orgulhar-me disso, porquanto a Doutrina que encerra não é criação minha. Toda honra do bem que ele fez pertence aos sábios Espíritos que o ditaram e quiseram servir-se de mim. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resposta de Allan Kardec durante o Banquete•••

    O Livro dos Espíritos contém os princípios da Doutrina Espírita, expostos de forma lógica, por meio de diálogo com os Espíritos, às vezes comentados por Kardec, e, embora constitua, pelas importantes matérias que versa, o mais completo tratado de Filosofia que se conhece, sua linguagem é simples e direta, não se prendendo a preciosismos de sistemas dificilmente elaborados, tão ao gosto dos teólogos e exegetas escriturísticos, na sua improfícua e estéril busca das causas primeiras e finais. Os assuntos tratados na obra, com a simplicidade e a segurança das verdades evangélicas, distribuem-se homogeneamente, constituindo, por assim dizer, um panorama geral da Doutrina, desenvolvida, nas suas facetas específicas, nos demais volumes da Codificação, que resulta, assim, como um todo granítico L e conseqüente, demonstrativo de sua unidade de princípios e conceitos, características de sua grandeza.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    [...] O Livro dos Espíritos é um repositório de princípios fundamentais de onde emergem inúmeras tomadas para outras tantas especulações, conquistas e realizações. Nele estão os germes de todas as grandes idéias que a Humanidade sonhou pelos tempos afora, mas os Espíritos não realizam por nós o nosso trabalho. Em nenhum outro cometimento humano vê-se tão claramente os sinais de uma inteligente, consciente e preestabelecida coordenação de esforços entre as duas faces da vida – a encarnada e a desencarnada. Tudo parece – e assim o foi – meticulosamente planejado e escrupulosamente executado. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] não é obra de fantasia; ele contém o resumo da sabedoria milenar dos povos, as grandes idéias e descobertas que os homens fizeram ao longo de muitos milênios de especulação e depois ordenaram no mundo espiritual, para nos ensinarem apenas a essência.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 22

    O Livro dos Espíritos, condensando a filosofia do Espiritismo, oferece a chave explicativa dos aparentemente inexplicáveis fenômenos humanos.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 7

    [...] O Livro dos Espíritos é um conjunto de sínteses fecundas que servem de ponto de partida para futuros desdobramentos. De fato, nessa obra encontramos tratados todos os assuntos de interesse humano, mas de forma sintética, exigindo que saibamos deduzir dos textos dos Espíritos os desdobramentos coerentes com as idéias que eles nos trouxeram. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] a obra básica de uma filosofia que modificaria as concepções estacionárias em que se conservava a Humanidade.
    Referencia: WANTUIL, Zêus• As mesas girantes e o Espiritismo• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    A primeira edição de O Livro dos Espíritos [...] era em formato grande, in-8o, com 176 páginas de texto, e apresentava o assunto distribuído em duas colunas. Quinhentas e uma perguntas e respectivas respostas estavam contidas nas três partes em que então se dividia a obra: “Doutrina Espírita”, “Leis Morais”, “Esperanças e Consolações”. A primeira parte tem dez capítulos; a segunda, onze; e a terceira, três. Cinco páginas eram ocupadas com interessante índice alfabético das matérias, índice que nas edições seguintes foi cancelado.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 2

    Livro dos Médiuns
    (O): O Livro dos Médiuns. Destina-se a guiar os que queiram entregar-se à prática das manifestações, dando-lhes conhecimento dos meios próprios para se comunicarem com os Espíritos. É um guia, tanto para os médiuns, como para os evocadores, e o complemento de O Livro dos Espíritos.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 35

    L L [...] a segunda obra da Codificação, publicada em 1861 (janeiro), que englobava, outrossim, as “Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas”, publicadas em 1858, e era, conforme esclarece Allan Kardec, a continuação de O Livro dos Espíritos. A edição definitiva é a 2a, de outubro de 1861. Lê-se no frontispício da obra que ela “contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.” [...] Nesse livro se expõe, conseqüentemente, a parte prática da Doutrina, mediante o estudo sistemático e perseverante, como queria Kardec, de sua rica e variada fenomenologia, com base na pesquisa, por método científico próprio, o que não exclui a experimentação e a observação, enfim, todos os cuidados para se evitar a fraude e chegar-se à evidência dos fatos. Mais de cem anos depois de publicado, O Livro dos Médiuns é ainda o roteiro seguro para médiuns e dirigentes de sessões práticas e os doutrinadores encontram em suas páginas abundantes ensinamentos, preciosos e seguros, que a todos habilitam à nobre tarefa de comunicação com os Espíritos, sem os perigos da improvisação, das crendices e do empirismo rotineiro, fruto do comodismo e da fuga ao estudo.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    [...] constitui a base do aprendizado espírita, no que toca, especificamente, ao problema mediúnico.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 4


    Livro Reunião de folhas escritas de PERGAMINHO ou de PAPIRO (Jr 30:2).

    O termo "livro" nos remete, em várias línguas, a palavras relativas a árvores. Na maioria das línguas latinas (libro em espanhol e italiano, livre em francês) veio do latim liber, a fina camada fibrosa entre a casca e o tronco da árvore que, depois de seca, pode ser usada para escrever (e realmente era, num passsado longínquo). Já nas línguas de origem anglo germânicas (book em inglês, Buch em alemão e boek em holandês) o termo advém de bokis, nome da árvore que hoje se chama beech em inglês, da qual se faziam tábuas onde eram escritas as runas, uma antiga forma de escrita da Europa do Norte.

    os primeiros livros tinham a forma de blocos e tabuinhas de pedra, de que se faz freqüente menção nas Escrituras. os escritos, geralmente memoriais de grandes e heróicos feitos, eram gravados na pedra. Jó queria que as suas palavras ficassem permanentemente registadas, quando ele desejou – ‘Que, com pena de ferro, e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha!’ (19:24).outras substâncias eram usadas para registar pensamentos ou fazer qualquer comunicação a um amigo de longe, como as folhas de chumbo, as tabuinhas de madeira, as placas de madeira delgada ou de marfim, cobertas de uma camada de cera, onde facilmente se podia escrever com o estilo, podendo facilmente também apagar-se a escrita os livros de maior duração são aqueles que têm sido encontrados nas escavações da antiga Babilônia. Têm a forma de tijolos de barro e de chapas, sendo uns cilíndricos, outros com lados planos, e ainda outros de feitio oval. Alguns estão metidos numa caixa de barro, e todos estão cobertos de uma tênue escritura, feita em barro macio, por meio do estilo, sendo depois endurecidos no forno. Estes livros variam em tamanho, sendo a sua espessura de dois a vários centímetros, e não ficando sem ser utilizada nenhuma parte da superfície. Nestes tijolos escreviam-se poemas, lendas, narrações de batalhas, façanhas de reis, transações comerciais, e contratos. (*veja Babilônia.) outra forma antiga de livro era o rolo. Este era feito de papiro, de pano de linho, ou de peles especialmente preparadas, para o traçamento de caracteres. o papiro era manufaturado no Egito, empregando-se a haste da cana, que abundantemente crescia nas margens do Nilo. Era uma substância frágil, mesmo depois de muito cuidado na sua fabricação – e embora haja nos nossos museus amostras da mais remota antigüidade, a sua preservação somente se deve a terem sido hermeticamente selados em túmulos, ou enterrados profundamente debaixo da areia seca do deserto. Este papel de papiro ainda se usava na idade Média. Mas entre os hebreus, aquela substância que especialmente se empregava na confecção dos seus livros, ou, melhor, dos seus rolos, era o pergaminho. Estes rolos eram de vários comprimentos e espessuras, embora geralmente tivessem trinta centímetros de largura. os grandes rolos, como os da Lei, eram postos em duas varinhas, sendo numa delas enrolado o pergaminho, ficando a outra apenas presa sem ser enrolada. Quando não estavam em uso, os rolos eram cuidadosamente metidos em estojos para não se deteriorarem. o pergaminho empregado nestes livros era feito de peles, e preparado com todo o cuidado – muitas vezes vinha ele de Pérgamo, onde a sua fabricação chegou a alta perfeição. Desta cidade é que derivou o seu nome. A indústria de pergaminho só atingiu um alto grau dois séculos antes de Cristo, embora a arte fosse conhecida já no tempo de Moisés (Êx 26:14). Algumas vezes estes rolos de pergaminho eram coloridos, mas fazia-se isso somente para os de mais alto preço. As livrarias, que continham estes livros, não eram certamente como as nossas, com as suas ordens de estantes. E, na verdade, os livros eram tão raros, e era tão elevado o seu preço, que somente poucos indivíduos é que tinham alguns, sendo estes guardados em caixas, ou em estojos redondos. Todavia, encontravam-se livrarias de considerável grandeza, encerrando muitas e valiosas obras, e documentos públicos. (*veja Alexandria, Babilônia.) Livros particulares eram algumas vezes fechados com o selo (is 29. 11 – Ap 5:1-3), tendo a marca do possuidor.

    substantivo masculino Conjunto de folhas impressas e reunidas em volume encadernado ou brochado.
    Obra em prosa ou verso, de qualquer extensão, disponibilizada em qualquer meio ou suporte: livro bem escrito; livro eletrônico.
    Divisão menor contida numa obra maior: livro dos salmos.
    [Literatura] Divisão de uma obra, especialmente de uma epopeia.
    Caderno de registro das operações comerciais de; livro-caixa.
    Figurado Conjunto de saberes, usado como instrução, ou como fonte de ensino: livro de sabedoria.
    Etimologia (origem da palavra livro). Do latim liber.bri.

    Lugar

    substantivo masculino Espaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
    Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar.
    Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso.
    Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar.
    Qualquer local; localidade: lugar fresco.
    Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado.
    Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado.
    Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição.
    expressão Ter lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui.
    Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo.
    Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.

    substantivo masculino Espaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar.
    Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar.
    Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso.
    Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar.
    Qualquer local; localidade: lugar fresco.
    Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado.
    Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado.
    Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição.
    expressão Ter lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui.
    Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo.
    Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.

    Montes

    Montes Os evangelhos mencionam explicitamente os conhecidos como Garizim (Jo 4:20ss.), Nazaré (Lc 4:29) e o das Oliveiras. Embora seja difícil identificar os montes com os acontecimentos, podemos relacionar episódios como as tentações de Jesus (Mt 4:8), sua Transfiguração (Mt 17:1.9 comp.com 2Pe 1:18), o Sermão da Montanha (Mt 5:1; 8,1), a escolha dos discípulos (Mc 3:13; Lc 6:12) ou a ascensão (Mt 28:16). Jesus também empregou o símbolo da cidade sobre o monte para referir-se a seus discípulos (Mt 5:14) e mover um monte para simbolizar o resultado do exercício da fé (Mt 17:20; 21,21; Mc 11:23).

    Montês

    adjetivo Dos montes, que vive nos montes; montanhês.
    Figurado Rústico, bravio, selvagem.

    adjetivo Dos montes, que vive nos montes; montanhês.
    Figurado Rústico, bravio, selvagem.

    adjetivo Dos montes, que vive nos montes; montanhês.
    Figurado Rústico, bravio, selvagem.

    Montês Que vive nos montes (Dt 14:5).

    Retirar

    retirar
    v. 1. tr. dir. Puxar para trás ou para si; tirar. 2. tr. dir. Afastar, tirar. 3. tr. dir. Levantar, recolher, tirar. 4. tr. dir. Fazer sair de onde estava. 5. tr. ind., Intr. e pron. Afastar-se de um lugar; sair de onde estava; ausentar-se. 6. tr. ind., Intr. e pron. Afastar-se para evitar combate; bater em retirada; fugir. 7. pron. Afastar-se do convívio social; partir para algum retiro ou lugar solitário. 8. pron. Sair de uma companhia, empresa ou sociedade. 9. tr. dir. Deixar de conceder; cassar, privar. 10. tr. dir. Auferir, lucrar, obter.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Apocalipse 6: 14 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    eG2532 καίG2532 o céuG3772 οὐρανόςG3772 recolheu-seG673 ἀποχωρίζωG673 G5681 comoG5613 ὡςG5613 um pergaminhoG975 βιβλίονG975 quando se enrolaG1507 εἱλίσσωG1507 G5746. EntãoG2532 καίG2532, todosG3956 πᾶςG3956 os montesG3735 ὄροςG3735 eG2532 καίG2532 ilhasG3520 νῆσοςG3520 foram movidosG2795 κινέωG2795 G5681 doG1537 ἐκG1537 seuG848 αὑτοῦG848 lugarG5117 τόποςG5117.
    Apocalipse 6: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    95 d.C.
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G1667
    helíssō
    ἑλίσσω
    uma cidade dada pela tribo de Dã para os levitas, situada na planície da Filístia,
    (Gath-rimmon)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2795
    kinéō
    κινέω
    fazer ir, i.e., mover, colocar em movimento
    (to move)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G3520
    nēsos
    νῆσος
    abundância, riqueza, fartura
    (the carriage)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3735
    óros
    ὄρος
    (I
    (was grieved)
    Verbo
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G5117
    tópos
    τόπος
    repousar
    (And rested)
    Verbo
    G5613
    hōs
    ὡς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G673
    apochōrízō
    ἀποχωρίζω
    um habitante ou descendente de Efraim
    (Ephraimite)
    Adjetivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G975
    biblíon
    βιβλίον
    pequeno livro, rolo, documento escrito
    (a certificate)
    Substantivo - neutro acusativo singular


    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    ἑλίσσω


    (G1667)
    helíssō (hel-is'-so)

    1667 ελισσω helisso

    um forma de 1507; v

    1. enrolar, cingir

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κινέω


    (G2795)
    kinéō (kin-eh'-o)

    2795 κινεω kineo

    de kio (poético de eimi, ir); TDNT - 3:718,435; v

    1. fazer ir, i.e., mover, colocar em movimento
      1. ser movido, mover: daquele movimento que é evidente na vida
      2. mover de um lugar, remover
    2. metáf.
      1. excitar
      2. tumulto, distúrbio
      3. lançar em comoção

    νῆσος


    (G3520)
    nēsos (nay'-sos)

    3520 νησος nesos

    provavelmente da raiz de 3491; n f

    1. ilha


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὄρος


    (G3735)
    óros (or'-os)

    3735 ορος oros

    provavelmente de uma palavra arcaica oro (levantar ou “erigir”, talvez semelhante a 142, cf 3733); TDNT - 5:475,732; n n

    1. montanha

    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    τόπος


    (G5117)
    tópos (top'-os)

    5117 τοπος topos

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:187,1184; n m

    1. lugar, qualquer porção ou espaço separado, como se delimitado
      1. lugar habitado, como uma cidade, vila, distrito
      2. um lugar (passagem) num livro
    2. metáf.
      1. a condição ou posição mantida por alguém numa companhia ou assembléia
      2. oportunidade, poder, ocasião para agir

    Sinônimos ver verbete 5875


    ὡς


    (G5613)
    hōs (hoce)

    5613 ως hos

    provavelmente do comparativo de 3739; adv

    1. como, a medida que, mesmo que, etc.

    ἀποχωρίζω


    (G673)
    apochōrízō (ap-okh-o-rid'-zo)

    673 αποχωριξω apochorizo

    de 575 e 5563; v

    1. separar, partir
    2. partir em pedaços
    3. separar-se, partir de

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βιβλίον


    (G975)
    biblíon (bib-lee'-on)

    975 βιβλιον biblion

    um diminutivo de 976; TDNT - 1:617,106; n n

    1. pequeno livro, rolo, documento escrito
    2. folha no qual algo foi escrito
      1. uma carta de divórcio