Enciclopédia de Juízes 1:22-22

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jz 1: 22

Versão Versículo
ARA Subiu também a casa de José contra Betel, e o Senhor era com eles.
ARC E subiu também a casa de José a Betel, e foi o Senhor com eles.
TB A casa de José, também eles subiram contra Betel; e Jeová era com eles.
HSB וַיַּעֲל֧וּ בֵית־ יוֹסֵ֛ף גַּם־ הֵ֖ם בֵּֽית־ אֵ֑ל וַֽיהוָ֖ה עִמָּֽם׃
BKJ E a casa de José, eles também subiram contra Betel; e o SENHOR estava com eles.
LTT E subiu também a casa de José contra Betel, e foi o SENHOR com eles.
BJ2 A casa de José subiu também a Betel e Iahweh esteve com ela.
VULG Domus quoque Joseph ascendit in Bethel, fuitque Dominus cum eis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Juízes 1:22

Gênesis 49:24 O seu arco, porém, susteve-se no forte, e os braços de suas mãos foram fortalecidos pelas mãos do Valente de Jacó (donde é o Pastor e a Pedra de Israel),
Números 1:10 dos filhos de José: de Efraim, Elisama, filho de Amiúde, e de Manassés, Gamaliel, filho de Pedazur;
Números 1:32 Dos filhos de José, dos filhos de Efraim, as suas gerações, pelas suas famílias, segundo a casa de seus pais, pelo número dos nomes dos de vinte anos para cima, todos os que podiam sair à guerra,
Josué 14:4 Porque os filhos de José foram duas tribos, Manassés e Efraim; e aos levitas não deram herança na terra, senão cidades em que habitassem e os seus arrabaldes para seu gado e para sua possessão.
Josué 16:1 Saiu, depois, a sorte dos filhos de José, desde o Jordão de Jericó às águas de Jericó, para o oriente, subindo ao deserto de Jericó pelas montanhas de Betel;
Juízes 1:19 E foi o Senhor com Judá, e despovoou as montanhas; porém não expeliu os moradores do vale, porquanto tinham carros de ferro.
II Reis 18:7 Assim, foi o Senhor com ele; para onde quer que saía, se conduzia com prudência; e se revoltou contra o rei da Assíria e não o serviu.
I Crônicas 7:29 e da banda dos filhos de Manassés, Bete-Seã, e os lugares da sua jurisdição, Megido, e os lugares da sua jurisdição, Taanaque, e os lugares da sua jurisdição, Dor, e os lugares da sua jurisdição; nestas habitaram os filhos de José, filho de Israel.
Apocalipse 7:8 da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

José

do início à metade do segundo milênio a.C.

O FILHO PREDILETO

Os capítulos 37:39-50 do livro de Gênesis relatam a história de José, o filho predileto de Jacó. Trata-se de um relato emocionante. Como sinal do favor de seu pai, José recebeu dele uma túnica. Não se sabe ao certo o que havia de especial nessa vestimenta. Tradicionalmente, o termo que se retere a ela é traduzido por "túnica talar de várias cores", uma conjetura tão plausível quanto qualquer outra, mas, ainda assim, uma conjetura.
losé deixou seus irmãos ainda mais irados ao descrever para eles dois sonhos nos quais seus irmãos, pai e mãe se curvavam diante dele. José, na época com dezessete anos de idade, foi enviado pelo pai para visitar os irmãos mais velhos que estavam apascentando seus rebanhos perto de Siquém. Os irmãos invejosos o venderam para alguns ismaelitas,' também chamados de midianitas,? que estavam passando. O rapaz foi vendido por vinte silos de prata, o preço médio de um escravo na primeira metade do segundo milênio a.C. Na segunda metade do segundo milênio a.C., esse valor havia subido para trinta siclos e, no primeiro milênio a.C., era de cinquenta ou sessenta silos. Assim, o valor em questão pode ser considerado prova de que a história reflete com exatidão os preços do início do segundo milênio a.C. Ao ver a túnica de José manchada de sangue, Jacó chegou à conclusão equivocada de que o filho estava morto.

JOSÉ NO EGITO
No Egito, José foi vendido a Potifar, comandante da guarda do faraó.3 Achou favor aos olhos de Potifar que o colocou para administrar sua casa, mas, depois de se desentender com a esposa de seu senhor, foi mandando para a prisão. Mesmo preso, José prosperou e interpretou os sonhos do copeiro- chefe e do padeiro-chefe do faraó. Dois anos depois, o próprio faraó consultou José ao saber do seu dom de interpretar sonhos. * A interpretação que José deu ao sonho do faraó - sete anos de abundância, seguidos de sete anos de fome - convenceu o soberano do Egito, que encarregou José de administrar a colheita, armazenagem e distribuição de alimentos de lodo o seu reino. O faraó colocou seu anel de sinete no dedo de José, o vestiu com roupas de linho fino e pôs um colar de ouro em seu pescoço. Enquanto José passava com seu carro, homes clamavam diante dele: Abrek, uma palavra de significado incerto, para a qual se sugerem as traduções "Abri caminho!" ou "Inclinai-vos!" Não existe nenhuma evidência arqueológica direta dos sete anos de abundância e dos sete anos de escassez, mas, sem dúvida, essa grande fome afetou outras regiões além do Egito, pois os irmãos mais velhos de José desceram de Canaà ao Egito em busca de alimento." Vestido como um egípcio e se comunicando por meio de um intérprete, José não foi reconhecido pelos irmãos. Ao perceber que teria tempo de sobra para analisar as intenções de seus irmãos, José providenciou para que o caçula também estivesse presente quando ele revelasse sua verdadeira identidade. Por fim, a família toda, inclusive Jacó, ainda aturdido com essa reviravolta, se mudou para o Egito.

OS 1SRAELITAS SE ASSENTAM NO EGITO
Sabe-se de outros povos de origem semítica palestina que foram ao Egito durante o Médio Império. O Túmulo de Khnumhotep (c. 1900 a.C.) em Beni Hasan, no Médio Egito, mostra 37 asiáticos, liderados por um semita chamado Absha, se dirigindo ao Egito a fim de fazer comércio, provavelmente transportando para lá matérias- primas usadas na produção de pintura para os olhos, como o sulfato de antimônio em pó. Os israelitas se assentaram na região de Gósen, cuja localização exata é desconhecida, sabendo-se com certeza apenas que ficava no leste do Delta e era considerada a melhor região da terra. De acordo com Gênesis 47:11, Jacó e sua família receberam propriedades "no melhor da terra, na terra de Ramessés". Esta cidade é um local amplo, conhecido hoje como Qantir, que abrange uma área de aproximadamente mil hectares na região leste do Delta. Sem dúvida, seu nome é originário do grande faraó egípcio Ramsés I (1279-1213 a.C). Assim, parece provável que o nome Ramsés tenha sido incluído no texto no tempo desse faraó ou depois. losé morreu com centro e dez anos de idade e foi embalsamado.* No Egito, essa era a idade ideal que um homem podia atingir, como comprovam textos desde o final do Antigo Império até o período ptolomaico. Ultrapassava consideravelmente a idade ideal dos israelitas que, de acordo com Salmos 90:10 era setenta anos. O primeiro livro da Bíblia que começou afirmando, "No princípio, criou Deus os céus e a terra", termina descrevendo a morte e embalsamamento de José, que foi colocado num caixão no Egito.

 

Por Paul Lawrence

 

Referencias:

Gênesis 37:27
Gênesis 37:28
Gênesis 39:1
Gênesis 41:14
Gênesis 42:1-7
Gênesis 46:6
Gênesis 26-27
Gênesis 46:34;
Gênesis 47:6
Gênesis 50:26

A viagem de José para o Egito
A viagem de José para o Egito

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Gênesis e as viagens dos patriarcas

Informações no mapa

Carquemis

Alepo

Ebla

Hamate

Tadmor (Palmira)

Hobá

Sídon

Damasco

GRANDE MAR

Tiro

Asterote-Carnaim

Megido

Dotã

Siquém

Sucote

Penuel

Betel

Gileade

Belém

CANAÃ

Gaza

Hebrom

MOABE

Torrente do Egito

Gerar

Berseba

Poço de Reobote

Bozra

Sur

Poço de Beer-Laai-Roi

Gósen

Ramessés

Om

Mênfis

EGITO

Rio Nilo

Cades, En-Mispate

Deserto de Parã

EDOM, SEIR

Temã

Avite

El-Parã (Elate)

Harã

PADÃ-ARÃ

Rio Eufrates

Mari

ASSÍRIA

Nínive

Calá

Assur

Rio Hídequel (Tigre)

MESOPOTÂMIA

ELÃO

Babel (Babilônia)

SINEAR (BABILÔNIA)

CALDEIA

Ereque

Ur

Siquém

Sucote

Maanaim

Penuel, Peniel

Vale do Jaboque

Rio Jordão

Betel, Luz

Ai

Mte. Moriá

Salém (Jerusalém)

Belém, Efrate

Timná

Aczibe

Manre

Hebrom, Quiriate-Arba

Caverna de Macpela

Mar Salgado

Planície de Savé-Quiriataim

Berseba

Vale de Sidim

Neguebe

Zoar, Bela

?Sodoma

?Gomorra

?Admá

?Zeboim


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

BETEL

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.933, Longitude:35.217)
Atualmente: ISRAEL
Lugar em que Jacó teve uma visão Gn28:1-22. Jeroboão construiu um ídolo 1 Rs12:28-32. Por causa deste pecado, Deus ordena a destruição de Betel 1 Rs 13 1:2 Rs 23:15-17 e Am 3:14-15.

Após enganar seu irmão, Jacó fugiu de Bersebá e dirigiu-se a Harã. Durante a jornada, Deus se-lhe revelou em sonho, reafirmando o pacto que havia firmado com Abraão e Isaque. Gênesis 28:10-22. Jacó viveu em Harã, trabalhou para Labão e casou-se com Leia e Raquel. Gênesis 29:15-30. Após um tenso reencontro com Esaú, retornou para Betel. Gênesis 35:1.
Mapa Bíblico de BETEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Juízes Capítulo 1 do versículo 1 até o 36
SEÇÃO I

PREFÁCIO

Juízes 1:1 — 2.5

A. PLANTANDO E COLHENDO, 1:1-7

Josué foi um gênio militar excepcional. O fato é que nenhuma das nações pagãs ao redor ousou atacar Israel depois da divisão da terra. Mas, agora que ele estava morto (e, especialmente, depois de ele não ter apontado nenhum sucessor), as várias tribos corri-am o grande perigo de serem invadidas por todos os lados. Conseqüentemente, parecia sábio tomar a iniciativa e dar cabo do problema antes que ele começasse. A preocupação era quem assumiria a liderança.

Desse modo, o povo perguntou ao Senhor (1), 1 provavelmente por meio de Finéias, o sumo sacerdote (Nm 27:21; Js 24:33; Jz 20:28). A resposta foi clara e inequívoca: Judá

  1. o quarto filho de Jacó (Gn 29:35) e, conseqüentemente, a tribo que descendia dele -subirá; eis que lhe dei esta terra na sua mão (2).

Aparentemente os homens de Judá sentiam-se despreparados para a tarefa, porque apelaram a Simeão – a tribo que descendia do segundo filho de Jacó ou Israel (Gn 29:33)

  1. "se vocês nos ajudarem a expulsar o inimigo de nosso território, então nós faremos o mesmo por vocês". Os simeonitas consentiram e, juntas, as duas tribos atacaram os cananeus e os ferezeus (4). Os cananeus eram habitantes da terra na Palestina cen-tral. Os ferezeus, cujo nome significa "rústicos" ou "homens do campo", também estavam entre as tribos que haviam se estabelecido na Palestina. Talvez eles fossem um povo aborígine que estava na Palestina antes dos cananeus. Cf. a nota de rodapé de Josué 3:10.

Deus honrou este esforço e concedeu-lhes vitória; quando a terrível batalha termi-nou, havia 10.000 homens inimigos mortos. Perto da vila cananéia de Bezeque (4, veja o mapa), talvez a moderna Khirbet Bezqa, próxima a Gezer, os israelitas encontraram o mesquinho rei chamado Adoni-Bezeque e derrotaram suas forças combinadas. Adoni-Bezeque significa "senhor de Bezeque", e, é mais provável que expresse um título em vez de um nome. Não deve ser confundido com Adoni-Zedeque (Js 10:1).

Adoni-Bezeque escapou durante um tempo, mas os furiosos guerreiros israelitas o capturaram vivo e amputaram-lhe os dedos polegares das mãos e dos pés (6). Isto o incapacitava plenamente para a guerra nos moldes antigos. Ele não poderia nem segu-rar armas nem fugir. 2 Tratamento tão duro pode parecer injustificado mas, como o pró-prio Adoni-Bezeque confessou, a atitude foi verdadeiramente justa, porque o próprio rei aplicara a mesma punição sobre 70 cativos reais que apanhavam migalhas como cães debaixo de sua mesa (cf. Lc 16:21). Aparentemente, Adoni-Bezeque tinha algum conheci-mento do Deus verdadeiro porque (por mais incrível que possa parecer) ele reconheceu seu tratamento como um ato de retribuição de justiça. O rei cativo foi levado prisioneiro a Jerusalém, e morreu ali (7).

A inescapável lei de plantar e colher é vividamente ilustrada nos versículos 4:7. Assim como eu fiz, assim Deus me pagou (7) foi o reconhecimento de Adoni-Bezeque de que "tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (GI 6.7). (1) Adoni-Bezeque plantou brutalidade (v. 7) ; (2) ele colheu aquilo que plantou (v. 6) ; (3) ele colheu mais do que plantou, porque sua colheita lhe trouxe morte prematura, en-quanto suas vítimas permaneceram vivas (v. 7) ; (4) sua consciência e um senso inato de imparcialidade testificaram a justiça de seu destino (v. 7). A lei da retribuição é inescapável.

B. O GLORIOSO PASSADO DE JUDÁ, 1:8-10

A queda de Jerusalém (8) mencionada aqui é provavelmente uma recapitulação daquilo que ocorrera nos dias de Josué (Js 10:42), quando os israelitas derrotaram um exército de Jerusalém (Js 10:5-20) e enforcaram seu rei (Js 10:26). O escritor sacro dá-nos, agora, informação adicional em relação a este conflito. Os vigorosos defensores dessa fortaleza na montanha foram subjugados pela espada e a própria cidade foi queimada com fogo. Os homens da tribo de Judá foram os responsáveis pela captura.

Mais tarde, os soldados desta mesma tribo desceram como uma avalanche sobre os cananeus que habitavam as montanhas e a planície ao sul, chamada de Neguebe (9). Este relato também se parece com o relato de vitórias passadas (cf. Js 10:36-11.21; 15.13). Então, eles atacaram os cananeus que viviam em Hebrom, uma cidade que an-tigamente era conhecida como Quiriate-Arba (10). Hebrom era uma cidade nas mon-tanhas de Judá, situada a cerca de 30 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Ela é a moderna el-Khalil. Quiriate-Arba quer dizer "cidade de quatro lados", ou Tetrópolis. Aqui eles feriram a Sesai, e a Aimã, e a Talmai, três anaquins (Nm 13:22; Js 15:14) ou seja, um povo grande e alto (Dt 9:2).

Os eventos descritos por toda esta seção, indo até 2.10, são um breve relato das conquistas alcançadas durante os dias de Josué, e um número de paralelos são encontra-dos em Josué 10 — 24.

  1. UM BRAVO HERÓI É RECOMPENSADO, 1:11-15

A seguir, os homens de Judá atacaram Debir, também conhecida como Quiriate-Sefer (11). Debir era uma cidade real cananéia localizada nas montanhas de Judá, perto de Hebrom. O nome "Debir" também foi dado a um "rei" de Eglom (Js 10:3), a uma cidade na fronteira de Judá, perto do vale de Acor (Js 15:7) e a um lugar a leste do Jordão, próximo de Maanaim (Js 13:26). Debir foi confiada aos levitas como uma cidade de refúgio (Js 21:15). Seu nome anterior, Quiriate-Sefer, significa "cidade dos livros".

Antes de dar início ao cerco, Calebe prometeu: "A quem ferir Quiriate-Sefer e a tomar, lhe darei a minha filha Acsa por mulher". Tais promessas eram comuns (cf. Gn 29:18-19,27;1 Sm 17.25). O guerreiro vitorioso foi o sobrinho de Calebe, Otniel, filho de Quenaz (13), porque entendemos que Quenaz é designado como o irmão de Calebe, mais novo do que ele.

Antes de mudar-se para a casa de seu marido, Acsa o persuadiu a que pedisse um campo a seu pai (14). Aparentemente Otniel hesitou ou se recusou, porque ela desceu de sua montaria, talvez repentinamente. A mesma palavra hebraica é usada mais tarde (4,21) para descrever a maneira pela qual Jael cravou uma estaca na cabeça de Sísera. Quando Calebe perguntou o que ela queria, Acsa respondeu: "Dá-me uma bênção, pois me deste uma terra seca; dá-me também fontes de águas". O Neguebe, ou a terra seca (15), era basicamente um deserto, com pouca água. Calebe lhe dera as fontes superiores e as inferiores — talvez uma região nas montanhas e outra área bem regada nas planícies — o que era mais do que ela havia lhe pedido. Todo este parágrafo é uma recapitulação de eventos anteriores (veja Js 15:15-19).

  1. A VITÓRIA PARCIAL DE JUDÁ, 1:16-20

São mencionadas agora outras conquistas da tribo de Judá. Hobabe, o queneu, é descrito aqui como sogro de Moisés (16). O fato é que o termo hebraico também pode ser traduzido como "cunhado", tanto aqui quanto em 4.11. O sogro de Moisés era Jetro (Êx 3:1-4.
18) ou Reuel (Êx 2:18) e Hobabe era filho de Reuel (Nm 10:29), o que o tornaria cunhado de Moisés. O termo queneu significa "ferreiro". Os queneus eram uma tribo do deserto, um ramo daqueles que habitavam Canaã desde os tempos de Abraão (Gn 15:19). À época de Moisés outro segmento vivia em Midiã. Hobabe fazia parte deste segundo grupo (Nm 10:29).

Devido ao conhecimento profundo e preciso que tinha do deserto (Nm 10:31), Hobabe foi convidado a acompanhar os israelitas em sua perigosa trilha desde o monte Sinai até a Terra Prometida. Depois da invasão da Palestina debaixo do comando de Josué, a família de Hobabe estabeleceu-se na cidade das Palmeiras — que, neste caso, não era Jericó, como em Deuteronômio 34:3, mas uma cidade próxima, no lado sul do mar Morto (3.13). Mais tarde eles se estabeleceram entre o povo de Judá, no deserto que ficava ao sul de Arade, uma cidade ao sul de Judá. A região pode ser identificada hoje como Tell `Arad, localizada 26,5 quilômetros ao sul de Hebrom.

A seguir, Judá juntou forças com Simeão e atacou a cidade real de Zefate (17). Este nome significa "torre de vigilância". Era uma cidade cananéia próxima da fronteira sul de Edom, a moderna Sebaita, cerca de 38 quilômetros ao norte de Cades. Quando lemos o relato de Números 21:1-3 aprendemos que alguns dos hebreus foram capturados neste encontro e seus irmãos fizeram um voto que, se eles tomassem a cidade, a destruíram totalmente — ou seja, demoliriam as construções até seus fundamentos e massacrariam todo ser vivente que habitasse nelas (cf.comentário de Josué 6:18). Deus lhes deu a vitória e eles cumpriram o voto. A cidade passou a se chamar Horma.

Foram incluídas nas conquistas de Judá três cidades filistéias: Gaza, Asquelom e Ecrom (18). Com o seu termo — melhor na ARA, "com os seus respectivos territórios". Cada uma dessas áreas filistéias era uma parte importante da Filístia e, mais tarde, cada uma delas se tornou independente e voltou-se contra os israelitas (cf. 1 Sm 4.2). Gaza era a cidade mais ao sul das cinco cidades mais importantes da Filístia (Asdode, Asquelom, Ecrom, Gate e Gaza). É a moderna cidade de Ghazze ou Razze, localizada a cerca de 4 quilômetros do Mediterrâneo e a cerca de 72 quilômetros ao sul de Jaffa. Asquelom estava localizada num vale perto do mar (Jr 47:5-7), cerca de 19 quilômetros ao norte de Gaza. Ecrom era a cidade mais ao norte entre as cinco e a mais exposta aos ataques dos israelitas. Teve vários governantes (cf. 1 Sm 5.10; 7.14; 17.52).

Deus capacitou os homens de Judá a expulsarem seus inimigos das montanhas. Enquanto obedeceram ao Senhor, os israelitas foram invencíveis (Lv 26:8). Mais tarde, porém, lhes foi impossível expulsar os habitantes das planícies. Os inimigos resistiram com carruagens de ferro (19).5 Mas isto é apenas parte da história. A verdadeira razão para a derrota foi a desobediência a Deus (4.3; cf. 1 Sm 15.22). Calebe recebeu Hebrom, como Moisés prometera (cf Js 14:9-14) e dali expeliu os três filhos do gigante Anaque (20; cf.comentário do v.10).

  1. OS PERSISTENTES JEBUSEUS, 1.21

Josué concedera o território dos jebuseus a Benjamim (21; Js 18:28), mas os benjamitas nunca derrotaram totalmente seus vizinhos hostis. O fato é que, mais tarde, quando Davi começou a reinar, os jebuseus ainda habitavam a fortaleza de Sião (2 Sm 5.6,7; 1 Cr 11:4-8). O termo jebuseus é uma transliteração e não uma tradução. O termo deriva da palavra hebraica que significa "pisar, maltratar alguém". Os jebuseus eram uma tribo de montanheses que os israelitas encontraram em Canaã quando lá chega-ram. Sua principal cidade era Jebus (cf.comentário de Josué 3:10). A discrepância entre este versículo e Josué 15:63 é apenas aparente, porque a cidade de Jerusalém fica dentro dos territórios tanto de Judá como de Benjamim A porção sul pertencia a Judá e a norte a Benjamim. A expressão até ao dia de hoje indica uma data anterior ao reinado de Davi, quando os jebuseus foram finalmente vencidos e expulsos (veja Introdução).

  1. Os FILHOS DE JosÉ TOMAM BETEL, 1:22-26

Quando destruiu Ai, Josué passou perto da cidade de Betel (22). Mais tarde, a casa de José (23) — ou seja, as tribos de Manasses e Efraim, filhos do décimo primeiro filho de Jacó (Gn 30:24) — subiu até esta fortaleza nas montanhas e foi o Senhor com eles (22). Betel era conhecida dos cananeus como Luz (Gn 28:19), palavra que não guarda semelhança com o termo em português (N do T). Suas ruínas podem ser vistas em Beitan, cerca de 18 quilômetros ao norte de Jerusalém. Elas estão no topo da colina e cobrem uma área de 12 mil a 16 mil metros quadrados. Uma segunda cidade chamada Betel estava situada em Simeão (1 Sm 30.27).

Felizmente, os espias israelitas capturaram um betelita que, com o propósito de se salvar, tornou-se traidor e revelou onde ficava a entrada da cidade (24). Quando Betel caiu, os habitantes foram colocados à espada, mas este informante anônimo foi poupado juntamente com toda sua família (25; cf. Js 6:25). Aquele homem foi-se à terra dos heteus (26) e fundou outra cidade que também foi chamada de Luz. Não são conhecidos os detalhes desta localidade.

A citação da terra dos heteus talvez seja uma referência do escritor sagrado a uma porção da Ásia Menor. Escavações arqueológicas calaram para sempre as vozes daqueles que consideravam os heteus uma invenção mitológica. Já existem hoje provas cabais da existência histórica desse povo. Eles foram os fundadores do grande império oriental que floresceu entre 1900 e 1200 a.C. e que unificou o norte da Palestina. Sabemos até mesmo que os heteus eram uma raça forte e de baixa estatura, com lábios grossos, nariz grande e testa recuada. Os monumentos dos heteus os representam usando roupas grossas e sapatos com os dedos voltados para cima. Os cristãos evangélicos regozijam-se diante do aparecimento de cada nova evidência que apóia a integridade das Sagradas Escrituras. Contudo, por mais impressionantes que possam ser, o crente considera todas essas infor-mações desnecessárias para embasar sua fé. "Bem-aventurados os que não viram e cre-ram" (Jo 20:29).

G. Os OBSTINADOS CANANEUS, 1:27-33

Os versículos 27:28 são quase paralelos exatos de Josué 17:11-13. A seção inteira lista as conquistas parciais de algumas das outras tribos. Manassés — filho mais velho de José (Gn 41:51) e a tribo que descende dele — não expulsou os habitantes de Bete-Seã, Taanaque, Dor, Ibleão e Megido (27). Todas essas cidades eram centrais e possuíam cidades vizinhas associadas a elas. Os cananeus foram bem-sucedidos em manter a re-gião sob seu controle. As cidades citadas eram uma cadeia de fortalezas cananéias que se espalhavam do vale do Jordão até a costa mediterrânea, quase em linha reta.

Bete-Seã foi fundada antes do ano 3000 a.C. e, de acordo com Josefo, era a maior das cidades que, mais tarde, ficaram conhecidas como Decápolis (Mt 4:25). É a moderna Beisan, cerca de 19 quilômetros ao sul do lago da Galiléia e 6 quilômetros a oeste do Jordão. Taanaque tornou-se uma cidade levítica em Issacar (Js 17:11). A localização moderna é Tell Ta'annak, 8 quilômetros a sudeste da antigo Megido. Dor era uma cidade real cananéia a cerca de 12 quilômetros ao norte de Cesáreia. Ela ficava no território de Issacar, mas pertencia à tribo de Manassés. As ruínas podem ser vistas em el-Burj. Ibleão era uma cidade em Issacar que também foi dada a Manassés. Sua localização é desco-nhecida. O termo hebraico para Megido significa "lugar de tropas". Era uma cidade a oeste do Jordão, na planície de Jezreel, fundada em cerca do ano 3500 a.C. Muitos de seus primeiros habitantes viveram em cavernas. Ela é a moderna Tell el-Mutesellim.

Mais tarde, quando os israelitas se fortaleceram, os cananeus foram colocados debai-xo de trabalhos forçados, mas não foram completamente expulsos (28; cf. Js 17:11-13). 6

Tampouco expeliu Efraim — a tribo que descendia do filho mais novo de José (Gn 41:52) — os cananeus que habitavam em Gezer (29). O termo hebraico significa "pe-daço" ou "parte". Era uma antiga cidade cananéia cuja história se estende até o ano 3000 a.C. É conhecida hoje como Tell Jazer, localizada a cerca de 29 quilômetros a noroeste de Jerusalém.

Zebulom — a tribo que descende do décimo filho de Jacó ou Israel (Gn 30:20) -também fracassou na expulsão dos cananeus de Quitrom e Naalol (30). A localiza-ção de ambas as cidades é desconhecida. Naalol, também grafada com Naalal (Js 19:15-21.35), significa "pastagem". No caso de Zebulom, lemos que os ímpios habi-tavam no meio dele e foram tributários, ou seja, estavam sujeitos a trabalhos forçados (Js 19:10-16).

Aser — a tribo que descende do oitavo filho de Jacó (Gn 30:13) — também não conseguiu expulsar os moradores de Aco, Sidom, Alabe, Aczibe, Helba, Meca e Reobe (31; Js 19:24-31). Aco — do hebraico "areia quente" — é mencionada apenas aqui. Era uma cidade do litoral da Palestina, construída numa pequena faixa de terra que se projeta sobre o Mediterrâneo, cerca de 40 quilômetros ao sul de Tiro. Foi visita-da por Paulo (At 21:7 — Ptolemaida), atacada por Napoleão, capturada por Allenby em 1918 e é hoje chamada de Akka. Sidom — do hebraico "lugar de pesca" — era uma antiga cidade cananéia (Gn 10:15-19) na costa da Palestina, situada 35 quilômetros ao norte de Tiro. Jesus visitou certa vez esta região e talvez a própria cidade (Mt 15:21; Mc 7:24-31). Paulo passou por este porto em sua viagem a Roma (At 27:3). É a moderna Saida. Alabe — do hebraico, "abundância, fertilidade" — era provavelmente a moderna Khirbet el Mahalib, a cerca de 6,5 quilômetros a nordeste de Tiro. Aczibe era uma cidade costeira (Js 19:29). Era chamada de Ekdippa pelos gregos e romanos e talvez seja a moderna ez-Zib, 13,5 quilômetros ao norte de Aco. Havia uma outra cidade cha-mada Aczibe no sul da Palestina (Js 15:44; Mq 1:14), que pode ser a mesma Quezibe de Gênesis 38:5 ou Cozeba de I Crônicas 4:22. A localização de Helba, que significa "re-gião fértil", é desconhecida. Meca pode ser a moderna Tell Kurdaneh, cerca de 13 quilômetros ao sul de Akka, próxima da costa, embora esta localização não seja preci-sa. Meca também é o nome da cidade real cananéia na planície de Sarom (Js 12:18) ; uma cidade a leste de Quinerete (1 Rs 15,20) ; um lugar a noroeste de Jerusalém onde os filisteus acamparam (1 Sm 4,1) e um lugar na planície de Jezreel onde os filisteus mais tarde se reuniram (1 Sm 29.1). Reobe era uma cidade levítica na fronteira com Aser, a moderna Hunin. Havia uma cidade no vale superior do Jordão chamada Bete-Reobe (Jz 18:28), mas em Números 13:21 ela é chamada de Reobe.

Naftali — a tribo que descende do sexto filho de Jacó (Gn 30:8) — não conseguiu expulsar os cananeus de Bete-Semes e de Bete-Anate (33). Eles compartilharam sua terra com os nativos, mas as duas cidades foram subjugadas e tiveram que realizar trabalhos forçados (Js 19:32-39) e lhes foram tributários. O texto paralelo de Josué lista 19 cidades dentro do território de Naftali. É desconhecida a localização de Bete-Semes, que quer dizer "casa do sol". Bete-Anate, a moderna el-Ba'neh, estava a cerca de 19 quilômetros de Aco. Bete-Anate deve ser distinguida de Bete-Anote (Js 15:59), uma cidade nas montanhas de Judá.

  1. ALGUNS POVOS HOSTIS NAS MONTANHAS, 1:34-36

A tribo de Dã – descendentes do quinto filho de Jacó (Gn 30:6) – não conseguiu tomar posse do território que lhes foi concedido (Js 19:40-46). A terra ficava ao norte e a oeste de Jerusalém e estendia-se até a costa do Mediterrâneo. Os danitas foram empur-rados de volta às montanhas pelos amorreus, um povo guerreiro que habitava as mon-tanhas de Heres, em Aijalom e em Saalabim (35). As tribos descendentes de José – Efraim e a meia tribo de Manassés – por fim os reduziram ao estado de servidão: eles lhes ficaram tributários. O termo amorreus vem de "habitantes dos montes". A histó-ria antiga deste povo é obscura (Gn 10:16-14.7,13 15:16-21). Eles são mencionados como descendentes de Canaã e aparecem na história bíblica em tempos remotos como o de Abraão (cf.comentário de Josué 3:10). A localização das montanhas de Heres e sua relação com Aijalom não são conhecidas. É possível que Aijalom seja a moderna Jalo, situada 22 quilômetros a noroeste de Jerusalém. Também existe uma cidade em Zebulom chamadà Aijalom (Jz 12:12). A localização de Saalabim é desconhecida.

A geografia do versículo 36 é de difícil determinação, uma vez que apenas Acrabim tem localização conhecida (Js 14:3). Era um declive na ponta sul do mar Morto, entre o deserto e as colinas de Judá. Alguns comentaristas aceitam uma leitura alternativa da LXX que nomeia os edomitas em lugar dos amorreus como uma solução, embora seja difícil entender porque os edomitas seriam mencionados neste contexto.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Juízes Capítulo 1 do versículo 1 até o 36
*

1.1–2.5

Essa introdução a Juízes, em que o cumprimento da aliança é expressado na expropriação e destruição dos cananeus, levanta a questão da liderança para a luta contra eles (v. 1). São narrados os sucessos e fracassos das várias tribos, quanto a guardarem a aliança, e o juízo divino contra Israel pelo seu fracasso pactual de permitir que os cananeus habitassem na terra (conforme Dt 7:1-2; 20.16-20). O espaço e os pormenores dedicados aos sucessos de Judá (vs. 3-20) formam um nítido contraste com os relatos breves dos fracassos das demais tribos (vs. 21-36), embora a casa de José seja tratada de modo positivo (vs. 22-26).

* 1:1

Depois. O livro de Josué começa de modo semelhante: “Depois da morte de Moisés” (Js 1:1).

Quem. Os israelitas fazem uma pergunta quase idêntica no fim do livro – “Quem dentre nós subirá primeiro a pelejar contra Benjamim?” (20.18). Deus escolheu Judá. Davi e seus herdeiros nasceriam dessa tribo.

cananeus. Os cananeus formavam um dos vários grupos que habitavam na terra de Canaã. Os israelitas foram ordenados a aniquilá-los (Dt 7:1-2; 20.16-20), e a questão de se conseguiriam obedecer aos termos da aliança ocupará a totalidade dessa seção introdutória.

* 1:8

espada. Judá obedeceu à aliança, destruindo sem misericórdia os habitantes (Dt 7:1-2; 20.16-20). Judá não ocupou Jerusalém nessa ocasião (v. 21).

* 1.10-15 Esses versículos, que descrevem as vitórias de Calebe e de Otniel, são citados de 13 6:15-19'>Js 15:13-19.

* 1:12

Calebe. Calebe, embora fosse, de descendência, quenezeu (Gn 15:19; Nm 32:12), era contado como membro da tribo de Judá. Representou Judá quando os espias foram enviados a Canaã (Nm 13:6).

* 1:13

Otniel... o irmão de Calebe, mais novo do que ele. Ver Js 15:17-19. Jz 1:12-15 fornece o único retrato que temos desse primeiro juiz.

* 1:19

Esteve o SENHOR com Judá. Deus cumpriu sua promessa segundo a aliança (v. 2). Com a exceção da casa de José, o escritor trata resumidamente acerca das demais tribos, e descreve como tendo sido fracassadas as suas tentativas de colonizar a terra (1.27-36, nota).

carros de ferro. Esses carros, com suas rodas de madeira revestidas de ferro, eram armas poderosas, especialmente nas planícies. Com efeito, Judá é desculpada por não ter conseguido desalojar os cananeus.

* 1:20

Calebe. Calebe, da tribo de Judá, é um exemplo de fidelidade à aliança. Em Dt 1:35-36, Calebe é recompensado pela sua obediência à aliança, obediência esta que provém da fé na promessa de Deus.

* 1:21

filhos de Benjamim. O escritor especifica que Benjamim, a tribo de Saul, não fez uma conquista final de Jerusalém. De acordo com Josué 15:63, a tribo de Judá também falhou em expulsar os jebuseus de Jerusalém. A cidade ficava na fronteira entre as duas tribos. A conquista completa de Jerusalém ficou para Davi realizar (2Sm 5:7).

* 1:22

o SENHOR era com eles. Além de Judá (v. 19), é somente a respeito da casa de José que está escrito que “o SENHOR era com eles.”

* 1.27-36

Judá, Benjamim, e José já foram mencionados. As falhas das demais tribos são apresentadas resumidamente, em forma de esboço.

* 1:34

filhos de Dã. Ver caps. 17 – 18.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Juízes Capítulo 1 do versículo 1 até o 36
1:1 Finalmente, o povo do Israel tinha entrado e tomado controle da terra prometida a seus antepassados (Gn 12:7; Ex 3:16-17). O livro de Juizes contínua a história desta conquista que começou no livro do Josué. Pelo poder de Deus, os israelitas tinham conquistado a muitos inimigos e superado muitas dificuldades, mas seu trabalho ainda não tinha terminado. Tinham enfrentado com êxito provocações políticas e militares, mas enfrentar as provocações espirituais era ainda mais difícil. O estilo de vida dos cananeos, iníquo mas atrativo, mostrou ser mais perigoso que sua força militar. Os israelitas cederam ante a pressão e comprometeram sua fé. Se tentamos enfrentar as provocações da vida só com esforço humano, encontraremos que as tentações e as pressões que nos rodeiam são muito fortes para resistir.

1:1 Logo depois da morte do Josué 1srael começou a perder seu firme controle da terra. Ainda quando Josué foi um grande líder, o povo esqueceu sua liderança espiritual mais que sua habilidade militar, já que ele tinha mantido ao povo enfocado em Deus e em seus propósitos. Josué tinha sido o sucessor óbvio do Moisés, mas não havia um sucessor óbvio para o Josué. Durante esta crise de liderança, Israel teve que aprender que sem importar quão poderoso e sábio fora o líder atual, sua líder real era Deus. Freqüentemente pomos nossa esperança e confiança em algum líder influente, esquecendo que em realidade é Deus o que está ao mando. Reconheça a Deus como sua comandante em chefe, e evite cair na tentação de descansar muito nos líderes humanos, sem importar quão sábio sejam espiritualmente.

1:1 Cananeos eram todos os povos que viviam no Canaán, a terra prometida. Viviam em cidades-estados onde cada cidade tinha seu próprio governo, exército e leis. Uma razão pela que Canaán foi tão difícil de conquistar era porque cada cidade tinha que ser derrotada individualmente. Não havia um único rei que pudesse render ao país inteiro em mãos dos israelitas.

A maior ameaça do Canaán para o Israel não era seu exército, a não ser sua religião. A religião cananea idealizava qualidades iníquas: crueldade na guerra, imoralidade sexual, avareza egoísta e materialismo. Era uma sociedade que pensava "eu primeiro, depois o que seja". Obviamente, as religiões do Israel e do Canaán não podiam coexistir.

1:2 O livro do Josué nos relata uma conquista rápida e total dos exércitos e cidades inimizades, enquanto que o livro de Juizes parece sugerir uma conquista mais gradual e prolongada. Quando os israelitas entraram pela primeira vez à terra prometida (Josué 1:12), uniram-se como um só exército para esmagar aos habitantes até que foram muito fracos para vingar-se; então, depois que a terra foi dividida entre as 12 tribos (Josué 13:24), cada tribo foi responsável por expulsar ao inimigo de seu próprio território. O livro de Juizes nos fala do fracasso em fazê-lo.

Algumas tribos tiveram mais êxito que outras. Sob o Josué todas começaram fortes, mas logo a maioria se desviou por medo, cansaço, falta de disciplina ou por ir detrás de seus próprios interesses. Como resultado, sua fé começou a desvanecer-se, e "cada um fazia o que bem lhe parecia" (Jz 17:6). Para que nossa fé sobreviva, devemos praticá-la dia a dia. Deve permear cada aspecto de nossas vidas. Cuide-se de não começar com muita força para logo desviar-se de seu propósito real: amar a Deus e viver para O.

1:6 Os israelitas cortaram os polegares e os dedos gordos dos pés do Adoni-bezec para humilhá-lo e inutilizá-lo para brigar. Mas segundo as instruções de Deus para conquistar a terra prometida, a ele o deveu ter matado.

1:8 Mesmo que os israelitas conquistaram Jerusalém, não ocuparam a cidade a não ser até os dias do Davi (2Sm 5:6-10).

1.12-15 Este mesmo sucesso está registrado em Js 15:16-19. Caleb foi um dos espiões originais que exploraram a terra prometida (Números 13:14) e, com o Josué, respiraram ao povo para conquistá-la. Por sua fidelidade, lhe deu a terra que escolheu.

JUDA BRIGA POR SUA TERRA: A tribo do Judá não perdeu tempo em começar a conquista do território que lhes tinha correspondido. Com a ajuda da tribo do Simeón, conquistaram Jerusalém, ao igual aos cananeos no Neguev e na costa. Hebrón e Debir caíram ante o Judá, e mais tarde Gaza, Ascalón e Ecrón.

1:17 por que ordenou Deus a quão israelitas expulsassem aos cananeos de sua terra? Embora a ordem parece cruel, os israelitas estavam sob a ordem de Deus para executar julgamento sobre estes povos maus que viviam nessa terra. As outras nações seriam julgadas por seu pecado, assim como o Israel foi forçada a vagar durante quarenta anos antes que lhe permitisse entrar na terra. mais de setecentos anos antes Deus havia dito ao Abraão que quando os israelitas entrassem na terra prometida, a enorme maldade dos povos nativos estaria lista para ser julgada (Gn 15:16). Mas Deus não estava exercendo favoritismo com os israelitas, já que finalmente eles também seriam severamente castigados por chegar a ser tão maus como a gente às que lhes ordenou expulsar (2 Rseis 17:25; Jr 6:18-19; Ezequiel 8). Deus não é parcial, todas as pessoas podem receber o perdão gratuito de Deus tanto como sua firme justiça.

1:19 Os carros cananeos atirados por cavalos estavam entre as armas mais sofisticadas desses dias. Os soldados israelitas que brigavam a pé eram absolutamente impotentes quando um veloz carro de ferro os investia. Por isso o Israel preferia brigar nas colinas onde não podiam subir os carros.

1.21ss Tribo detrás tribo fracassaram em expulsar aos malvados cananeos de sua terra. por que não seguiram e obedeceram completamente as ordens de Deus? (1) Tinham estado brigando durante muito tempo e estavam cansados. Embora a meta estava à vista, faltou-lhes disciplina e energia para alcançá-la. (2) Temeram que o inimigo fora muito forte, os carros de ferro pareciam invencíveis. (3) Da morte do Josué o poder e a autoridade se descentralizou aos líderes tribais, e as tribos já não estavam unidas em propósito. (4) A decadência espiritual os tinha infectado do interior. Pensaram que podiam dirigir a tentação e ser mais prósperos fazendo negócios com os cananeos.

Freqüentemente também nós fracassamos ao tratar de tirar o pecado de nossas vidas. Freqüentemente sabemos o que devemos fazer, mas não o fazemos. E isto tem como resultado uma deterioração gradual de nossa relação com Deus. Em nossas batalhas, podemos nos cansar e querer descansar, mas necessitamos mais que um descanso no trabalho. Precisamos saber que Deus nos ama e nos deu um propósito na vida. A vitória vem quando vivemos de acordo com seu propósito.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Juízes Capítulo 1 do versículo 1 até o 36
I. CONQUISTA TRIBAL (Jz 1:1)

1 E sucedeu que, depois da morte de Josué, que os filhos de Israel perguntaram ao Senhor, dizendo: Quem passará por nós em primeiro lugar contra os cananeus, para pelejar contra eles? 2 E disse o Senhor: Judá subirá; eis que entreguei a terra na sua Mc 3:1 Então disse Judá a Simeão, seu irmão: Sobe comigo à minha herança, para que possamos lutar contra os cananeus; e eu também subirei contigo à tua sorte. E Simeão foi com Ec 4:1 E subiu Judá; e Jeová entregou os cananeus e os perizeus em sua mão; e feriram deles em Bezeque dez mil homens. 5 E acharam Adoni-Bezeque em Bezeque; e lutaram contra ele, e feriram aos cananeus e os perizeus. 6 Mas Adoni-Bezeque fugiu; e eles o perseguiram e prenderam-no e cortaram-lhe os polegares das mãos e dos Pv 7:1 E Adoni-Bezeque disse, setenta reis, com os dedos polegares das mãos e dos pés cortados, apanhavam sua comida debaixo da minha mesa: como eu fiz, assim Deus me pagou. E eles trouxeram a Jerusalém, e ali morreu.

8 E os filhos de Judá pelejaram contra Jerusalém, e tomou-a, e feriu-a a fio de espada, e definir a cidade em chamas. 9 E depois os filhos de Judá desceram a pelejar contra os cananeus que moravam na colina -País, e no Sul, e na baixada. 10 E partiu Judá contra os cananeus que habitavam em Hebron (agora o nome de Hebrom era outrora Quiriate-Arba); e feriram a Sesai, Aimã e Talmai.

11 E, a partir daí, ele foi ao encontro dos habitantes de Debir. (Agora, o nome de Debir era outrora Quiriate-Sefer.) 12 E disse Calebe: Quem ferir a Quiriate-Sefer, ea tomar, lhe darei Acsa minha filha por mulher. 13 e Otniel, filho de Quenaz, Caleb de mais jovem irmão, que ele; e deu-lhe a sua filha Acsa por mulher. 14 E sucedeu que, quando ela veio a ele , que o levou a pedir a seu pai um campo: e ela desceu do do seu jumento; e Caleb disse-lhe: Que queres? 15 E ela disse-lhe: Dá-me uma bênção; para que me tenhas definido na terra do Sul, dá-me também fontes de água. E Caleb deu as fontes superiores e as fontes inferiores.

16 E os filhos do queneu, Moisés brother-in-law, subiram da cidade de palmeiras com os filhos de Judá ao deserto de Judá, que está ao sul de Arade; e foram, e habitaram com o Pv 17:1 E foi Judá com Simeão, seu irmão, e feriram aos cananeus que habitavam Zefate, e destruíram totalmente. E o nome da cidade foi chamado Horma. 18 Judá tomou também a Gaza com a borda do mesmo, e Ashkelon com a borda do mesmo, e Ekron com a borda da mesma. 19 E o Senhor estava com Judá; e ele expulsouos habitantes da região montanhosa; pois ele não expulsou os habitantes do vale, porquanto tinham carros de ferro. 20 E deram Hebrom a Calebe, como Moisés tinha falado, e ele expulsou dali os três filhos de Enac. 21 E os filhos de Benjamim o fizeram não expulsaram os jebuseus que habitavam em Jerusalém; mas estes ficaram habitando com os filhos de Benjamim em Jerusalém até o dia de hoje.

A palavra do Senhor encomendou a tribo de Judá para liderar esta nova fase da ocupação. Mais cedo, Judá tinha sido o primeiro tribo para uma herança localizado no lado oeste do rio Jordão (Js 15:1. ; Js 19:1 ; . Jz 1:3 Chron . 4: 28-33 .) E o Senhor entregou os cananeus e os perizeus na mão deles (v. Jz 1:4 ). A conta de ocupação começa na nota alta de invencibilidade, com Judá e Simeão conquistando através do poder do Senhor.

A atrocidade aparente tratado Adoni-Bezeque é melhor compreendido à luz dos lei de talião (lei de retaliação). Sua admissão de culpa, como eu fiz, assim Deus me pagou (v. Jz 1:7 ), levou com ele a admissão de retribuição por sua própria crueldade. Este antigo rei guerreando reconheceu que o julgamento havia caído sobre ele por causa dos males que cometeu. Guerras têm o elemento de julgamento em si. Não só foi este o caso entre os povos antigos, mas é verdade para as nações modernas também. Há sempre a tendência a simplificar um fato tão complexo da realidade como a guerra; No entanto, a Bíblia retrata o elemento de juízo em muitas das guerras que descreve.

O relato da captura de Jerusalém deve ser estudado à luz da Escritura relacionados (conforme Js 15:63. ; Jz 1:8 ; Jz 2:1 Sam. 5:. 6FF ). Myers diz:

Não há nenhuma razão válida, no entanto, por que não deveria ter sido duas destruições de Jerusalém, como foi o caso de Debir, Eglon, Bete-Semes, Betel e em outros lugares.

A história da ocupação do Debir dada em Jz 1:11 é quase palavra por palavra um paralelo de Js 15:15 . O elemento excepcionalmente importante dessa história é o dom que Caleb deu à sua filha, Acsa, a esposa de Otoniel, que havia recebido a como uma recompensa pela captura de Debir. Isto exigiu a filha de Caleb habitação com o marido na terra do Sul (v. Jz 1:15 ), o território árido do Neguev.

Necessidade de água era constante. Acsa pediu que Caleb dar suas fontes de água (v. Jz 1:15 ). Para isso foi necessário dar terra adjacente que tinha molas. Caleb o seu pedido concedido.

Tal como acontece com a filha de Caleb, há pessoas que foram dadas áreas secas e áridas da vida. Sua vida é difícil por causa de uma grave falta de recursos necessários. Eles precisam de muito superiores e as fontes inferiores (v. Jz 1:15 ). A menos refresco necessário e recursos vitais são disponibilizados, a vida pode tornar-se intolerável. Como Caleb concedeu o pedido de sua filha, assim que Deus está pronto a conceder o nosso pedido de recursos adequados para a vida.

Os filhos do queneu, Moisés brother-in-law, subiu ... e habitar com o povo. E Judá ... derrotaram os cananeus ... (vv. Jz 1:16 , Jz 1:17 ). O significado aceito não é irmão-de-lei , mas "pai-de-lei."

Enquanto os queneus, um povo nômade que associados com as tribos de Israel e Judá, que acompanhou e Simeon a sua actividade profissional, foram conteúdo para resolver entre os habitantes da terra, Judá e Simeão não eram tão inclinado. A diferença reside no fato de que o Senhor estava com Judá; e ele expulsou os habitantes da região montanhosa (v. Jz 1:19 ).

Tratava-se o risco inerente a mistura de povos de diferentes religiões. Na medida em que Judá se misturaram com os cananeus, nessa medida ela arriscou a adulteração de seu Jeová-adoração. Se ela fosse capaz de manter a sua fé religiosa e ainda amalgamar com os cananeus, não haveria problema. No entanto, a história da religião em geral e da religião de Israel, em particular, indica que é uma questão em aberto saber se é possível para chegar ao lugar onde isso não é um problema. Separação remove a possibilidade de influência devido a uma barreira é erguida. Entrelaçamento põe em risco a possibilidade de manter o carácter distintivo. Demasiada pode ser perdido no processo. A tribo de Benjamin enfrentou este problema, pois não puderam expulsar os jebuseus de Jerusalém. Os ficaram habitando com os filhos de Benjamim em Jerusalém, até o dia de hoje (v. Jz 1:21 ).

B. JOSÉ (1: 22-29)

22 E a casa de José, eles também subiu contra Betel; e Jeová estava com eles. 23 E a casa de José mandou espiar a Betel. (Agora, o nome da cidade era dantes Luz.) 24 E os observadores viram um homem que saía da cidade, e disseram-lhe: Mostra-nos, pedimos-te, a entrada da cidade, e vamos fazer benevolência . contigo 25 E ele mostrou-lhes a entrada na cidade; e feriram a cidade com o fio da espada; mas deixe o homem e toda a sua família. 26 E o homem foi para a terra dos hititas, e edificou uma cidade, e chamou o nome de Luz, que é o seu nome até o seu dia.

27 Manassés não expulsou os habitantes de Bete-Seã e suas vilas, nem de Taanaque e suas vilas, nem os moradores de Dor e suas vilas, nem os moradores de Ibleão e suas vilas, nem os de Megido e suas vilas ; mas os cananeus persistiram em habitar naquela terra. 28 E sucedeu que, quando Israel foi se fortalecia, que eles colocam os cananeus a trabalhos forçados, porém não os expulsou de todo.

29 E Efraim não expulsou os cananeus que habitavam em Gezer; mas os cananeus habitavam em Gezer.

Enquanto a tribo de Judá exercido liderança entre as tribos em razão de sua posição privilegiada, a casa de José era um challenger perene. Assim como quando Josué atribuído a terra prometida por sorteio, dando Judá o primeiro lote e José, o segundo lote, por isso mais tarde, quando Judá deixou de reivindicar sua herança, José seguido.

Manassés não expulsou ... Bete-Seã ... Tanac ... Dor ... Ibleã ... Megiddo (v. Jz 1:27 ). Manassés era o filho mais velho de José e fundou a tribo que leva seu nome. Esta tribo encontrada uma forte cadeia de fortalezas cananeus ao longo de sua fronteira norte.Estas fortificações eram uma ameaça séria para qualquer tentativa de unir Israel, para eles se separaram as tribos José de Efraim e Manassés das tribos do norte. Alguns não foram conquistados até o tempo de Davi, 200 anos mais tarde.

Efraim não levou out ... Gezer (v. Jz 1:29 ). Gezer foi na esquina sudoeste da herança de Efraim e algumas 18 milhas a oeste de Jerusalém. Jerusalém foi conquistada por Davi, mas Gezer permaneceu invicto até o tempo de Salomão.

C. Zabulon, Aser, Naftali, DAN (1: 30-36)

30 Zebulom não expulsou os habitantes de Quitrom, nem os de Naalol; mas os cananeus ficaram habitando no meio deles, e tornaram-se sujeitos a trabalhos forçados.

31 Asher não expulsou os habitantes de Aco, nem os moradores de Sidom, nem de Alabe, nem de Aczibe, nem de Helba, nem de Afeque, nem de Reobe; 32 mas o aseritas habitaram no meio dos cananeus, os habitantes da terra ; para eles não os expulsaram.

33 Naftali não expulsou os habitantes de Bete-Semes, nem os habitantes de Bete-Anate; mas habitou no meio dos cananeus, os habitantes da terra; todavia os habitantes de Bete-Semes e os de Bete-Anate foram sujeitos a trabalhos forçados.

34 E os amorreus impeliram os filhos de Dã até a região montanhosa; pois não lhes permitiram descer ao vale; 35 mas os amorreus quiseram habitar nas montanhas de Heres, em Aijalom e em Saalbim:. ainda a mão da casa de José prevaleceu, de modo que eles ficaram sujeitos a trabalhos forçados 36 E a fronteira dos amorreus era da subida de Akrabbim, desde o rock, e para cima.

Essas tribos, com a exceção de Dan, foram inicialmente localizado na parte norte da terra. A tribo de Dã, em parte, logo migrou para o norte por causa da pressão exercida pelos amorreus. Portanto, antes do período dos juízes chegou ao fim todas as tribos foram, pelo menos em parte, no setor norte.

Significativamente, essas tribos não tiveram sucesso em seus esforços de ocupação. Em vez disso, a co-existência tensas resultou, com os cananeus, ocasionalmente, arregimentada em empresas de trabalho forçado. Na medida em que a influência dos cananeus afetado a religião de Israel aumentou os seus infortúnios. Esta evolução perigosa deu origem a um evento singular para que a atenção deve agora ser dedicado.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Juízes Capítulo 1 do versículo 1 até o 36
  1. O fracasso dos israelitas (1—2)
  2. Eles não conquistam a terra (1:1-36)

Os versículos 1:8 registram as vi-tórias anteriores de Judá e Simeão, enquanto o resto do capítulo é o registro de inúmeras derrotas. Essas duas tribos conseguiram tomar Beze- que (v. 4), Jerusalém (v. 8), Hebrom (v. 10), Debir (v. 11), Zefate (v. 17), Gaza, Asquelom e Ecrom (v. 18). A casa de José toma Betei (v. 22), mas o resto das tribos não conseguiu ex-pulsar o inimigo. O que se iniciou como uma série de vitórias, lide-radas pelo Senhor, terminou como uma série de concessões. Judá não conseguiu expulsar os moradores do vale (v. 19; e veja 4:13ss); Benjamim não expulsou os jebuseus (v. 21), e, da mesma forma, as outras tribos "estabeleceram-se" com as nações pagãs (vv. 27-36). Eles conseguiram racionalizar o fracasso ao tornar os povos pagãos servos, mas isso trouxe apenas problemas adicionais. Em Jo-sué 23—24, Josué advertira-os de não fazerem concessões ao inimigo, mas agora eles caíam na própria rede.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Juízes Capítulo 1 do versículo 1 até o 36
1.1 Morte de Josué. A morte de Josué é relatada com mais pormenores em 2:6-9. A primeira linha do livro é uma espécie de título. 1.1 b-2.5 proporciona um pano de fundo para o resto do livro. Os acontecimentos narrados cobrem o período do fim da vida de Josué até o início da época dos juízes. Consultaram o Senhor. Provavelmente pelo Urim e Tumim (conforme Êx 28:15n). Cananeus. Nome genérico dos povos que ocupavam à terra da Palestina, aos quais 1srael foi mandado por Deus despojar (conforme 4.2). Indica mais uma cultura do que unidade étnica.

1.2 Judá. A maior tribo de Israel, da qual veio o rei Davi e o Senhor Jesus Cristo, segundo a carne.

1.3 Simeão, seu irmão. Os patriarcas destas tribos eram irmãos por parte de pai e mãe (Gn 29:33-35). A tribo mais fraca, a de Simeão, foi absorvida pela mais forte, a de Judá.

1.4 Bezeque. Presumivelmente identificada com Quirbet Bezqa a oeste de Jerusalém, a uns cinco quilômetros de Gezer.

1.5 Adoni-Bezeque. Adoni significa "Senhor" e, portanto, a rei de Bezeque.

1.8 Jerusalém. Não foi tomada definitivamente pelos israelitas até os tempos de Davi (2Sm 5:6, 2Sm 5:7). É uma das mais antigas cidades do mundo, habitada, quase, continuamente durante 5.000 anos.

1.10 Hebrom. A cidade de maior importância no sul da Palestina. Sua conquista se relata em Js 10:36-6.

1.11 Quiriate-Sefer. "Cidade dos livros". Pode ser que houve, nesses tempos remotos, uma biblioteca ou depósito de livros, a exemplo dos que foram descobertos nas grandes cidades da Mesopotâmia. Debir é conhecida hoje pela moderna Tel Beit Mirsim A evidência arqueológica indica uma área de três hectares, destruída por fogo c. 1220 a.C.

1.16 Queneu. Era uma tribo nômade que habitava as regiões áridas ao sudeste da Palestina. Tinha afinidade com os hebreus. Cidade das Palmeiras. O contexto indica que não se refere a Jericó, como se poderia (conforme 3.13; Dt 34:3).

1.18 Gaza, a Ascalom e a Ecrom. Três cidades que naquela época pertenceram aos cananeus, mas que logo depois foram tiradas dos israelitas pelos filisteus ("os povos do mar") que atacaram a costa do Egito e invadiram as planícies do sudoeste da Palestina, c. 1200 a.C.

1.19 Carros de ferro. Os cananeus, com meios de preparar e utilizar eficientemente o

ferro para armas de guerra, tiraram a vantagem (humanamente falando) dos israelitas. Ainda que há muito tempo o carro de ferro já tenha sido superado como arma de guerra, ainda hoje as nações, bem como os indivíduos, confiam mais nas armas, do que no Senhor.
1.22 Casa de José. A tribo de Efraim está em vista. Betel. Significa, "Casa de Deus”. Tinha grande importância na vida de Jacó (Gn 28:19) e tornou-se um dos principais santuários de Israel nos tempos de juízes. O livro de Josué deixa de mencionar a conquista de Betel, ainda que fora aliada de Ai (Js 8:17). A arqueologia sustenta a posição de que Ai não fora habitada desde 2200 a.C. (1000 anos antes). Uma solução seria entender que Betel utilizara as ruínas de Ai (em heb, "ruína") como fortaleza, contra o avanço dos israelitas (conforme Js 8:17n).

1.26 Heteus. Melhor conhecidos como hititas, eram raça de origem indo-européia. Fundaram um grande império na Ásia Menor, que durou de 1800-1200 a.C. O território da Síria foi então conhecido como "a terra dos heteus" (Js 1:4). Luz é desconhecida.

1.27,28 As cidades enumeradas nestes vv. e localizadas nos vales de Esdraelom e, Jezreel controlavam a rota comercial mais importante da Palestina. Evidentemente, Israel tivera umas vitórias nesta região sem, contudo, controlá-la por não possuir carros de ferro (conforme 19n). Não os expulsou de todo. Contrário ao mandamento explícito do Senhor (conforme Dt 7:1- 6), Israel quis manter os cananeus como escravos e fonte de renda tributária. O resultado foi tão desastroso como também o é para o crente que mantém hábitos pecaminosos na vida.

1.32 Os aseritas continuaram no meio dos cananeus. Enquanto a maioria das tribos expulsaram aos cananeus, pelo menos em parte. Aser, aparentemente, foi incapaz de dominar o território de sua herança, e misturou-se com os habitantes da terra. Dã e Naftali, semelhantemente, demonstraram pouca força no domínio de sua herança (33-35).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Juízes Capítulo 1 do versículo 1 até o 36
I. PRÓLOGO (1.1—3.6)

1) Questões da continuação da conquista (1:1-36)

a) Judá penetra no sul de Canaã (1:1-20). O cap. 1 estabelece o padrão da mistura do sucesso com o fracasso, dando pistas do porquê de algumas tribos fracassarem e outras terem sucesso. O retrato geral está em harmonia com o de Josué, mas em Juízes o fracasso é destacado como o pano de fundo para a ação libertadora de Deus. A presença de enclaves cananeus é mostrada como tendo função própria (2.22—3.6), tudo isso dentro da estrutura da aliança deixada como legado de Moisés e Josué.

1.1. Depois da morte de Josué: a linha inicial (ou título) liga Juízes com Josué (conforme Js 24:2931) como uma obra histórica intimamente associada. Um relato detalhado da morte de Josué segue mais tarde (2:6-10). Juízes é basicamente um relato da reação de Israel à perda do seu grande líder, os israelitas perguntaram ao Senhor: “Quem de nós será o primeiro a...”: Juízes apresenta um retrato da conquista que às vezes é considerado discordante do de Js 1:10. No entanto, o editor do material de Juízes obviamente tinha a intenção de colocar esses incidentes como subseqüentes ao término do período anterior; primeiro se refere não à batalha inicial da tomada da terra, mas ao primeiro ataque após a operação da conquista. Conforme Js 13:0); 18:1-3 etc. Em virtude da falta de Josué, as tribos em colapso (20:1-48)

1-25)

pediram um oráculo para determinar a ordem da batalha (conforme 20.18). Talvez tenham buscado o oráculo num santuário, por meio da arca, ou por meio de objetos de revelação de oráculos, como lançar sortes (conforme Js 7:14; Pv 16:33). v. 2. Judá: junto com Efraim e Manassés (a casa de José, v. 22), considerado o líder das tribos, v. 3. seus irmãos de Simeão: Simeão era irmão de sangue de Judá e mais tarde foi absorvido por esta tribo, território que nos foi designado: heb. gõrãl. Na base dessa narrativa está Js 15:0 e Js 3:10). Cananeus (com amorreus) é o termo mais amplo e geral (Js 13:4; Nu 13:29). Pouco se sabe dos ferezeus. O termo talvez seja um título denotando “habitantes de cidades não-mu-radas” (heb. ptrãzôt)-, conforme termo da AB equivalente a “matuto do campo”, mataram: a palavra no hebraico é um termo geral para denotar a derrota do inimigo. “Mataram” (NVI e NTLH) pode dar uma idéia errada. Bezeque-, tradicionalmente Khirbet 1bziq, entre Nablus e Bete-Seã (v. MBA, mapas 57 e 87). Judá então entrou pelo leste e tomou uma cidade cananéia em Manassés antes de se voltar ao sul para Jerusalém. Conforme 1Sm 11:8, que dá apoio para a localização no norte. v. 5. Adoni-Bezeque: ou “o príncipe de Bezeque” (AB). Conforme “Adoni-Zedeque” (Js 10:1,Js 10:3). ALXX lê “Adoni-Bezeque” nos dois relatos. As duas histórias têm diferenças significativas, v. 6. e lhe cortaram...-, a mutilação é atestada também em Mari no Eufrates e no grego clássico. Ela tornava a vítima incapaz para a batalha. A intenção pode ter sido também profanação ritual, o inverso de Êx 29:20. (NCentB, Js, Jz, Rt, p. 247). O próprio Adoni-Bezeque reconhece a justiça desse castigo.

v. 8. Uma aparente contradição de Js 15:63 e Jz 1:21. Duas soluções têm sido propostas desde Josefo ou até antes dele: (a) Somente a cidade baixa foi tomada, permanecendo a cidadela nas mãos dos jebuseus, e (b) a cidade foi capturada mas não ocupada. (Conforme G. F. Moore, Judges, ICC, p. 21 e LOB, p. 197). incendiaram: os textos do AT especificam quais cidades foram queimadas, conforme Js 6:24 (Jericó);

8.28 (Ai); 11.11,13 (Hazor). Nenhum registro arqueológico preserva esse incidente.
[R. Pearce Hubbard, “The Topography of Ancient Jerusalem”, PEQ (1966), p. 137, sugere que a Jerusalém de Jz 1:8 era um povoado numa colina localizada a sudoeste da cidade.]

v. 9-20. A campanha de Judá no sul: a serra, no Neguebe e a Sefelá são regiões distintas. O que se quer dizer aqui são as montanhas entre Jerusalém e Hebrom, o semideserto no noroeste do Sinai, e as colinas baixas que dividem a planície costeira e as montanhas. Nem em Js 10:40 nem aqui o vale (heb. hã‘êmeq), ou “planície costeira”, é confundido com a Sefelá, como ocorre em alguns comentários. Os v. 18,19 tratam da planície, uma região possivelmente incluída na grande Judá, mas fora dos limites das partes destinadas às tribos. A impressão é de uma penetração bem-sucedida por parte de Judá (mais os do clã de Calebe, os quenezeus e os queneus) em resposta à orientação divina. Até aqui, o povo está obedecendo completamente à ordem do Senhor, v. 10. Hebrom-, Judá (conforme v. 20 e Js 15:13,Js 15:14) tomou Hebrom, a cidade central da região montanhosa do sul. Algumas versões acrescentam “que eram filhos de Ana-que” ao fim do versículo. V. Js 15:13,Js 15:14. v. 11. avançaram-, heb. “ele foi”. Conforme Js 15:15-6.

Algumas versões harmonizam o verbo com o v. 10 (BJ: “marchou”) fazendo Judá ser o ocupante de Debir. Mas, na realidade, era Calebe, pertencente à tribo de Judá. Debir. uma cidade importante da região montanhosa do sul, originariamente chamada de “Cidade do Livro”. Foi identificada com Tell Bete Mirsim, a 18 quilômetros a sudoeste de Hebrom, mas não na região montanhosa, como Js 15:49 sugere. Pesquisas recentes tendem a favorecer Khirbet Rabud, a 13 quilômetros a sudoeste de Hebrom, que permite uma identificação melhor com as fontes superiores e as inferiores do v. 15. v. 13. irmão mais novo de Calebe-, a NVI deve ser preferida à NTLH, pois a expressão pode ser uma referência tanto a Otoniel quanto a Quenaz. v. 14. ela o persuadiu a pedir, a BJ segue a LXX e faz dele o instigador do pedido, v. 15. fontes-, heb. gullôt, possivelmente poças d’àgua ou lençóis subterrâneos. Os escavadores de Khirbet Rabud descobriram duas fontes num desfiladeiro próximo, que os árabes chamam de “fontes superiores e inferiores”. A referência às fontes aumenta a impressão de bênção e fertilidade.

v. 16. queneu-, Êx 18:1,12 e Nu 10:29ss associam esse clã aos midianitas. O seu nome pode significar uma relação com o trabalho em metais. Nu 10:0, em que um benjamita, Simei, está falando com Davi) ou as tribos do Norte em geral, o Senhor estava com eles\ assim como com Judá. A AB segue a LXX: “Judá estava com eles”, mas isso parece ignorar o paralelo óbvio com o v. 19. v. 23. Betei, uma cidade importante (provavelmente a atual Beitin, a 18 quilômetros ao norte de Jerusalém), na região central de Canaã. Conforme Gn 28:19 e Js 18:13, mas também Js 16:2. Não se registra nenhuma conquista de Betei em Josué. v. 24. como entrar na cidade: heb. nfbõ\ não o portão, mas provavelmente uma entrada subterrânea. Conforme 2Sm 5:8. lhe pouparemos a vida\ em hebraico, “faremos hesed' com você”. O termo tem conotação de aliança. V. Js 2:12. v. 26. hititas-. provavelmente um nome geral para os sírios do Norte, e não o império antigo na Turquia. Nada se sabe da “nova Luz”.

d)    Enclaves não conquistados no norte de Canaã (1:27-36)

O restante de Jz 1 retoma o fio primeiramente citado no v. 21. O tempo verbal (heb. lõ’hôrts, “ele não expulsou”) sugere que a tribo em questão aqui poderia e deveria ter capturado essas cidades. A sua presença era o testemunho claro da desobediência e suas conseqüências. As cidades formam três grupos distintos, v. 27. Bete-Seã, Taanaque, Dor, Ibleã, Megido: Dor, como porto, e Bete-Seã na confluência dos vales do Jordão e de Jezreel, são citadas junto com Ibleã, Taanaque e Megido, que protegiam três grandes passagens pela cadeia de montanhas do Carmelo e de fato cortavam a herança de Israel em duas partes, v. 29. Gezer... [v. 35] monte Heres [provavelmente Bete-Semes] [...] Aijalom e [...] Saalbim, junto com Jerusalém (v. 21): essas cidades formavam uma cunha entre Efraim e Judá no sul, provavelmente explicando o motivo desta tribo não ter sido chamada para lutar no exército de Baraque (Jz 4 e 5). As cidades restantes estão no norte da Galiléia ou na costa acima de Haifa. v. 34. Os amorreus confinaram a tribo de Dã: a ausência de referência a filisteus indica uma data antiga. Conforme o cap. 18. v. 36. A fronteira dos amorreus ia da subida de Acrabim até Selá, e mais adiante: a BJ segue a LXX e muda amorreus para “edo-mitas”, assim explicando por que uma linha que aparentemente ia de Berseba para o mar Morto e adiante é mencionada. De qualquer forma, o versículo todo é complicado.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Juízes Capítulo 1 do versículo 1 até o 36

INTRODUÇÃO

Título. O livro de Juízes recebeu o seu nome dos líderes (shopetim) que libertaram 1srael de uma série de opressores estrangeiros durante o período compreendido entre a morte de Josué e o começo da monarquia.

O termo shopet tem uma conotação mais ampla do que o termo "juiz" pode transmitir. Na antiga Cartago e Ugarit era usado para descrever magistrados civis, ou chefes de estado. A literatura cananita da antiga Ugarit usa a expressão shptn, "nosso juiz", paralelamente relacionada com mlkn, "nosso rei". (Ba'al V, v, 32). O período bíblico dos shopetim deve ser, contudo, separada do período dos reis. Durante o período dos Juízes, existia um sentimento definidamente antimonárquico (cons. Jz 9:8-15), embora pressões externas de invasores em perspectiva levassem o povo finalmente a pedir um rei (1Sm 8:1), embora o pecado do povo freqüentemente reduzisse este ideal a um estado de anarquia (Jz 21:25,Jz 4:5).

Em Jz 11:27 o Deus de Israel foi chamado de hashshopet "O Juiz". Os "julgamentos" (mishpatim) de Deus formam uma parte dessa instrução que se conhece como a lei (tora) de Jeová (cons. Sl 19:9; Sl 119:7).

Data e Autoria. Como outros livros históricos do Velho Testamento, o livro de Juizes é anônimo. Provas internas, contudo, ajudam-nos a determinar a data aproximada de sua composição. Dá-se a entender a destruição de Silo (Jz 18:31). As palavras. "Naqueles dias irão havia rei em Israel" (Jz 17:6), sugere unta data durante a monarquia. O fato dos jebusitas ainda serem mencionados estando em Jerusalém (Jz 1:21) implica em uma data antes da tornada de Jebus, durante o reinado de Davi. Semelhantemente a menção de Gezer (Jz 1:29) implica em uma data antes de Faraó dar esta cidade como presente de casamento a Salomão (1Rs 9:16).

Evidências internas dão a entender, assim, uma data durante os primeiros dias da monarquia (cerca de 1050-1000 A.C.), ou durante os dias de Saul ou logo no começo do reinado de Davi. O Talmude (Baba Bathra,
- 14b) e a antiga tradição cristã concedem sua autoria a Samuel. Embora as evidências não autorizem uma conclusão positiva em relação ao escritor do livro dos Juízes, elas indicam que o livro foi escrito por um contemporâneo de Samuel. O autor provavelmente fez uso de material escrito e oral, mas o livro, na forma que hoje temos, exibe uma unidade que argumenta contra qualquer esquema complexo de compilação.

Antecedentes Históricos. A geração que entrou em Canaã durante a liderança de Josué tinha realizado muito por ;meio da ocupação dos sítios estratégicos e estabelecimento das tribos em suas porções específicas. A tarefa da conquista e ocupação, contudo, estava longe de se poder considerar terminada. Importantes fontes cananitas foram ignorados por Josué. e assim as tribos tiveram de lutar individualmente para ocuparem os territórios a que tinham direito (Js 13:1-7).

COMENTÁRIO

I. Introdução. 1:1 - 2 Jz 5:1,

Jz 1:1. Assim como a morte de Moisés marcou o fim da peregrinação de Israel no deserto, a morte de Josué marcou o final da primeira fase da conquista de Canaã. Quem . . . subirá? Dentro das porções distribuídas pur Josué havia ainda muito território por conquistar. As tribos deviam ocupar os territórios que lhes tinham sido concedidos. Os cananeus. O termo é às vezes usado em relação a todos os habitantes de Canaã sem considerar sua origem. A região ocupada pelos cananeus nessa ocasião está delineada em Jz 1:9.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Juízes Capítulo 1 do versículo 22 até o 26
b) Tomada de Betel (Jz 1:22-7; Gn 28:19; Gn 31:13, etc.), e lembra um antigo santuário. Escavações nesse local (hoje Beitim) dizem-nos que a cidade foi incendiada no séc. XIII a.C. É a primeira e a mais notável das façanhas realizadas pela casa de José. Aquele homem foi-se à terra dos heteus (26), isto é, para o norte da Síria, para além do Alto Orontes, já na fronteira com os impérios egípcio e hitita. Tudo nos indica que se trata dum membro da população imigrante dos heteus (ou hititas), que se fixou nas colinas de Judá. Desconhece-se absolutamente a cidade de Luz, fundada por aquele homem.

Dicionário

Betel

Casa de Deus. l. A importância de Betel na história bíblica não se pode bem avaliar pelo número de vezes (65), que aparece na Bíblia. Fica no centro da terra de Canaã, 19 km ao norte de Jerusalém, perto de Luz. Foi Jacó quem lhe deu o nome (Gn 28:19 – 35:1-15). Quando se deu a tomada da cidade por Efraim, desapareceu o nome de Luz, prevalecendo o de Betel, dado a todo aquele sítio (Jz 1:22). Betel já era conhecido como santuário quando a Palestina foi dividida nos reinos de israel e Judá. E Jeroboão estabeleceu ali eem outro lugar um culto idolátrico, com o fim de impedir o povo israelita de ir a Jerusalém para adorar a Deus. Foi em Betel que ele pôs um dos bezerros de ouro, organizando um sacerdócio, ordenando festas, e promovendo peregrinações aos altares que ele tinha levantado (1 Rs 12.28). Em conseqüência desta idolatria veio de Judá um homem de Deus (1 Rs 13 1:3), e mais tarde Amós, que profetizaram, dirigidos por Deus, contra Betel. Amós desempenhou finalmente a sua missão, mas foi avisado pelo sumo sacerdote de Jeroboão de que deixasse a cidade. oséias também profetizou contra Betel. As profecias foram cumpridas, quando Josias, rei de Judá, destruiu os seus altares e ídolos, queimando sobre eles ossos de homens mortos (2 Rs 23.15, 16). Antes desta destruição era Betel o ‘santuário do rei’, e o ‘templo do reino’ (Am 7:13). Pelo que diz Amós no cap. 8 vers. 5 e seguintes, sabe-se que Betel foi um importante centro comercial, contando entre os seus moradores um considerável número de ricos negociantes. Que estes homens do comércio não eram honestos, depreende-se do que o profeta vai dizendo por palavras claras – e foi por causa destas coisas, bem como pela sua idolatria, que o notável lugar teve de sofrer. A sua opulência foi causa de outras perversidades, de maneira que tinha dito Amós que Betel seria reduzida a nada (Amós 5:5) – e oséias alcunhou-a de Bete-Áven (os 4:15), Casa da iniquidade. Entre outras referências a Betel, sabe-se que nos perturbados tempos dos juizes estava o povo acostumado a ir ali, à ‘Casa de Deus’, com o fim de consultar o Senhor (Jz 20:18-26,31 e 21.2), pois achava-se nesse santuário a arca da aliança, ao cuidado de Finéias, e ali se recorria aos sacrifícios pela paz, e aos holocaustos. Samuel também foi a Betel na sua visita às cidades santas (1 Sm 7.16). Note-se que o culto ao Senhor continuou em Betel ao lado do culto a Baal, e com aquelas extravagantes formas de idolatria estabelecidas por, Jeroboão. Estavam assim as coisas, quando Eliseu visitou os ‘discípulos dos profetas’ (2 Rs 2.2, 23), e foi escarnecido pelos rapazes. Jeú apoderou-se do trono, e, destruindo o culto de Baal, elevou a um grau de superioridade o culto do bezerro, implantado por Jeroboão (2 Rs 10.29). Começou, então, um período de crescente prosperidade para Betel, até que, no tempo de Jeroboão ii, se tornou de novo a residência real, havendo palácios de ‘pedra’ e ‘marfim’ para habitação de verão e de inverno, em grande suntuosidade (Am 3:15-7.13). Todavia, quando o reino de israel foi invadido e assolado, pelo rei da Assíria, o bezerro de ouro foi levado de Betel por Salmaneser, tendo ficado ali os sacerdotes para que ensinassem ao povo como deviam adorar ao Senhor, ‘o Deus da terra’ (2 Rs 17.27, 28). Este corrompido culto se extinguiu por completo com os drásticos métodos de Josias, como já se disse. 2. Cidade ao sul de Judá, tendo sido um dos retiros de Davi, quando fugia de Saul (1 Sm 30.27). Talvez, também, o lugar mencionado em Js 12:16.

Betel [Casa de Deus] -

1) Cidade cujo nome anterior era Luz e que ficava a mais ou menos 20 km ao norte de Jerusalém (Gn 28:19). Em Betel foi construído o templo do Reino do Norte (1Rs 12:26-33).

2) Cidade do Sul de Judá (1Sm 30:27), chamada de Betul em (Js 19:4) e de Betuel em (1Cr 4:30:)

Bétel

substantivo masculino Espécie de pimenteira da Índia, planta sarmentosa da família das piperáceas, cuja noz é usada em tinturaria.
Mistura masticatória, composta de folhas de bétel, tabaco, cal virgem e fruto da areca, de uso em algumas regiões tropicais. (Var.: bétele.).

Casa

substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

[...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

José

José [Deus Aumenta ? Ele Acrescenta ?] -

1) Filho de Jacó e Raquel (Gn 30:22-24). Foi vendido ao Egito pelos irmãos (Gen 37), onde, após uma série de dificuldades, tornou-se ministro de Faraó (Gen 39—41). Salvou os próprios irmãos e seu pai da fome, trazendo-os para Gósen, no Egito (Gen 42—47). Morreu com 110 anos, e seus ossos foram levados a Siquém (Js 24:32)

2) Marido de Maria, mãe de Jesus, e descendente de Davi (Mt 1:16—2:23). Era carpinteiro (Mt 13:55). 3 Homem rico de Arimatéia, membro do SINÉDRIO e discípulo de Jesus. Ele cedeu seu túmulo par

José Filho de Jacó ou Eli, esposo de Maria e pai legal de Jesus (Mt 1; Lc 3:23; 4,22; Jo 1:45; 6,42). Pertencia à família de Davi, mas com certeza de um ramo secundário. Sua ocupação foi a de “tekton” (carpinteiro, ou melhor, artesão) (Mt 13:55). Casado com Maria, descobriu que ela estava grávida e, inicialmente, pensou em repudiá-la em segredo, possivelmente para evitar que ela fosse morta como adúltera. Finalmente contraiu matrimônio com ela e, após o nascimento de Jesus, foi para o Egito para salvá-lo de Herodes. Depois que este morreu, regressou à Palestina, estabelecendo-se na Galiléia. Ainda vivia quando Jesus completou doze anos e se perdeu no Templo, porém sua morte deve ter antecedido o ministério público de Jesus, porque os evangelhos não mais o mencionaram.

Jerônimo atribuiu-lhe a paternidade dos chamados irmãos de Jesus, aos quais se faz referência em Mt 13:54-55 e Mc 6:3, todavia considerando-os fruto de um matrimônio anterior ao contraído com Maria.


Nome Hebraico - Significado: Aquele que acrescenta.

1. Veja José, o filho de Jacó.


2. Veja José de Nazaré.


3. José, o pai de Jigeal, da tribo de Issacar. Jigeal foi um dos doze homens enviados por Moisés do deserto de Parã para espiar a terra de Canaã (Nm 13:7).


4. Mencionado em I Crônicas 25:2, era um dos filhos de Asafe. Imediatamente abaixo da liderança de seu pai e sob as ordens diretas do rei Davi (v. 1), estava entre os levitas que profetizavam e lideravam o ministério da música nos cultos no Templo. Foi o líder do primeiro grupo de músicos levitas e componentes do coral que ministrou no Templo (v. 9).


5. Um dos descendentes de Bani. Após o exílio na Babilônia, Secanias confessou a Esdras que muitos homens da tribo de Judá, até mesmo descendentes dos sacerdotes, tinham-se casado com mulheres de outras nações. Esdras levou o povo ao arrependimento e fez com os judeus um pacto de obedecer e servir ao Senhor (Ed 10:2). José é mencionado em Esdras 10:42 como um dos que se divorciaram das esposas estrangeiras.


6. Líder da casa de Sebanias, uma família sacerdotal do tempo de Neemias (Ne 12:14).


7. Ancestral de Jesus, listado na genealogia que vai de Jesus até Adão. Era filho de Matatias e pai de Janai (Lc 3:24).


8. Outro ancestral de Jesus, listado na mesma genealogia. Era filho de Jonã e pai de Judá (Lc 3:30).


9. Um dos irmãos de Jesus, é mencionado pelo nome em Marcos 6:3 e na passagem paralela em Mateus 13:55. Na narrativa, Cristo havia chegado a Nazaré e começado a ensinar na sinagoga. Ambos os evangelhos registram a surpresa da multidão diante da sabedoria demonstrada por Jesus. As pessoas estavam particularmente atônitas porque todos conheciam sua família, que até aquele momento ainda estava entre eles. Então perguntaram: “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde, pois, lhe veio tudo isto? E escandalizavam-se nele” (Mt 13:55-57). Lamentavelmente, devido à falta de fé deles, Jesus não fez muitos milagres na cidade e declarou que o profeta não tem honra no meio de seu povo. Para mais detalhes sobre os irmãos de Cristo, veja Simão. P.D.G.


10. José de Arimatéia era um membro do Sinédrio que se tornou discípulo de Jesus. Depois que Cristo foi crucificado, ajudou a tirar seu corpo da cruz e permitiu que fosse sepultado num túmulo de sua propriedade. Todos os evangelhos mencionam o seu nome apenas uma vez, nas passagens referentes ao sepultamento de Jesus.

Ele era da cidade de Arimatéia, na Judéia (Lc 23:51). Além de ser rico (Mt 27:57), era também um membro influente do concílio de líderes judaicos (Mc 15:43); entretanto, desejava o Reino de Deus (v. 43) e opôs-se ao veredito do Sinédrio contra Jesus (Lc 23:51).

Este “homem bom e justo” (Lc 23:50) superou seu medo (Jo 19:38), declarou-se publicamente discípulo de Jesus Cristo e pediu seu corpo a Pôncio Pilatos; generosamente, preparou-o para o sepultamento (vv. 39,40) e então o colocou num túmulo recentemente aberto num jardim (vv. 41,42), de sua propriedade. Essas circunstâncias cumpriram a profecia de que o Messias estaria “com o rico na sua morte” (Is 53:9). A.B.L.


11. “José, chamado Barsabás, que tinha por sobrenome o Justo”. Candidato à vaga de Judas 1scariotes entre os apóstolos; perdeu para Matias (At 1:23). Veja também Justo.


12. Veja Barnabé. José era um levita de Chipre, geralmente chamado de Barnabé, nome que lhe foi dado pelos apóstolos. Chamado de José somente em Atos 4:36.


13. Mencionado somente em conexão com sua mãe Maria, a qual estava presente na crucificação e no sepultamento de Jesus. Era irmão de Tiago, o menor (Mt 27:56; Mc 15:40-47).


14. Mencionado na genealogia que vai de Jesus até Adão, como pai de Semei e filho de Jodá (Lc 3:26).


Ele (o Senhor) acrescenta. 1. Filho do patriarca Jacó e de Raquel – nasceu em Padã-Arã, depois de – por muito tempo, ter Raquel esperado em vão por um filho (Gn 30:1-22 a 24). os filhos da mulher favorita de Jacó foram José e Benjamim, sendo cada um deles particular objeto da profunda afeição de seus pais. Em virtude desta parcialidade surgiram acontecimentos de grande importância. Na primeira referência que a José se faz depois do seu nascimento, é ele um rapaz de dezessete anos, dileto filho de Jacó, tendo já este patriarca atravessado o rio Jordão, e havendo fixado em Canaã a sua residência. Raquel já tinha morrido, e por esta razão era de Jacó que pendia o cuidado dos dois filhos favoritos, e também por ser ainda jovem, servia José de portador de recados para seus irmãos mais velhos, que estavam longe, guardando os rebanhos – e, andando ele vestido com roupa superior à deles, era isso motivo de grande ofensa para os filhos de Jacó. Talvez o seu pai tivesse feito a ‘túnica de muitas cores’ com as suas próprias mãos, em conformidade com o costume ainda em voga entre os beduínos. E explica-se assim o ódio e o ciúme daqueles moços. Tanto a sua mãe como ele próprio tinham sido colocados desde o princípio em lugar de honra. Era Raquel a verdadeira esposa – e por isso só ela é nomeada como ‘mulher de Jacó’ na genealogia, que vem no cap. 46 de Gênesis. Além disso, a retidão de José era tal que eles reconheciam a sua própria inferioridade, comparando as suas vidas com a de José, mais pura e mais tranqüila. E então acontecia que ele levava a seu pai notícias dos maus feitos de seus irmãos (Gn 37:2). Mas parece que foi a ‘túnica talar de mangas compridas’ que fez que o ódio de seus irmãos se manifestasse em atos (Gn 37:3). Mais insuportável se tornou José para com os seus irmãos quando ele lhes referiu os sonhos que tinha tido (Gn 37:5-11). Não tardou muito que se proporcionasse a oportunidade de vingança. os irmãos de José tinham ido apascentar os seus rebanhos em Siquém, a 80 km de distância – e querendo Jacó saber como estavam seus filhos, mandou José ali para trazer notícias dos pastores. Mas como estes já se tinham retirado para Dotã, para ali também se dirigiu José, andando mais 24 km. Tinha bebido pela última vez do poço de Jacó. Dotã era uma importante estação, que ficava na grande estrada para caravanas, que ia de Damasco ao Egito. Havia, por aqueles sítios, ricas pastagens, estando a terra bem suprida de cisternas ou poços. Eram estas cisternas construídas na forma de uma garrafa, estreitas por cima e largas no fundo, estando muitas vezes secas, mesmo no inverno. E também eram empregadas para servirem de prisão. Naquela região foi encontrar José os seus irmãos, que resolveram tirar-lhe a vida (Gn 37:19-20). Mas Rúben, ajudado por Judá, fez todo o possível para o salvar, e isso conseguiu, não podendo, contudo, evitar que ele fosse vendido como escravo (Gn 37:36). os compradores eram negociantes ismaelitas ou midianitas, os quais, tendo dado por José vinte peças de prata, tomaram a direção do Egito (Gn 37:25-28,36). Entretanto os irmãos de José levaram a seu pai a túnica de mangas compridas, com manchas de sangue de uma cabra, para fazer ver que alguma fera o havia devorado. José foi levado ao Egito e vendido como escravo a Potifar, oficial de Faraó (Gn 39:1). Bem depressa ganhou a confiança de seu senhor, que lhe entregou a mordomia da sua casa (Gn 39:4). Depois disto foi José tentado pela mulher de Potifar, permanecendo, contudo, fiel a Deus e a seu senhor (Gn 39:8-9) – sendo falsamente acusado pela dona da casa, foi lançado numa prisão (Gn 39:20). o carcereiro-mor tratava José com certa consideração (Gn 39:21) – e no seu encarceramento foi o moço israelita feliz na interpretação dos sonhos de dois companheiros de prisão, o copeiro-mor e o padeiro-mor de Faraó (Gn 40). o copeiro-mor, quando o rei precisou de um intérprete para os seus sonhos, contou ao monarca que tinha conhecido na prisão um jovem de notável sabedoria (Gn 41:1-13). Em conseqüência disto foi José chamado, afirmando ele que só como instrumento do Altíssimo Deus podia dar a devida interpretação (Gn 41:16). Explicado o sonho de Faraó, ele aconselhou o rei a respeito das providências que deviam ser tomadas, por causa da fome que ameaçava afligir o Egito. Faraó recebeu bem os seus conselhos, e colocou-o na posição própria do seu tino e sabedoria, dando-lhe, além disso, em casamento a filha do sacerdote de om (Gn 41:37-45). Nesta ocasião foi-lhe dado por Faraó um nome novo, o de Zafenate-Panéia. Durante os sete anos de abundância, preparou-se José para a fome, pondo em reserva uma quinta parte do trigo colhido (Gn 41:34-47 a 49). os governadores egípcios, em épocas anteriores à do governo de José, vangloriavam-se de terem providenciado de tal maneira que nos seus tempos não tinha havido escassez de gêneros. Mas uma fome de sete anos era acontecimento raríssimo, e tão raro que num túmulo de El-kad se acha mencionado um caso daquele gênero em certa inscrição, na qual o falecido governador da província declara ter feito a colheita dos frutos, e distribuído o trigo durante os anos de fome. Se trata da mesma fome, deve este governador, cujo nome era Baba, ter operado sob a suprema direção de José – porquanto está expressamente fixado no Sallier Papyrus que o povo da terra traria os seus produtos a Agrepi (o Faraó do tempo de José) em Avaris (Hanar). Mas com tantos cuidados não se esqueceu o governador israelita do seu Deus e dos seus parentes. os seus dois filhos, Manassés e Efraim, nasceram antes da fome. Tendo-lhes dado nomes hebraicos, mostrou que o seu coração estava ainda com o seu próprio povo, e que, de um modo especial, era fiel ao Deus de seus pais (Gn 41. 50 a 52). Com efeito, os acontecimentos foram tão maravilhosamente dispostos, que ele veio novamente a relacionar-se com a sua família. A fome foi terrível na terra de Canaã, e Jacó olhou para o Egito, como sendo o país donde lhe havia de vir o socorro (Gn 42:1-6). A descrição da visita dos filhos do patriarca ao Egito, e o fato de serem eles reconhecidos por José, tudo isso se lê em Gn 42:45. Não

Nome Hebraico - Significado: Aquele que acrescenta.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Juízes 1: 22 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E subiu também a casa de José contra Betel, e foi o SENHOR com eles.
Juízes 1: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1374 a.C.
H1004
bayith
בַּיִת
casa
(within inside)
Substantivo
H1008
Bêyth-ʼÊl
בֵּית־אֵל
lugar antigo e centro de adoração em Efraim junto à fronteira de Benjamim, identificado
(Bethel)
Substantivo
H1571
gam
גַּם
também / além de
(also)
Advérbio
H1992
hêm
הֵם
eles / elas
(they)
Pronome
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3130
Yôwçêph
יֹוסֵף
José
(Joseph)
Substantivo
H5927
ʻâlâh
עָלָה
subir, ascender, subir
(there went up)
Verbo
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos


בַּיִת


(H1004)
bayith (bah'-yith)

01004 בית bayith

provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

  1. casa
    1. casa, moradia, habitação
    2. abrigo ou moradia de animais
    3. corpos humanos (fig.)
    4. referindo-se ao Sheol
    5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
    6. referindo-se á terra de Efraim
  2. lugar
  3. recipiente
  4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
  5. membros de uma casa, família
    1. aqueles que pertencem à mesma casa
    2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
  6. negócios domésticos
  7. interior (metáfora)
  8. (DITAT) templo adv
  9. no lado de dentro prep
  10. dentro de

בֵּית־אֵל


(H1008)
Bêyth-ʼÊl (bayth-ale')

01008 בית אל Beyth-’El

procedente de 1004 e 410; DITAT - 241a; n pr loc Betel = “casa de Deus”

  1. lugar antigo e centro de adoração em Efraim junto à fronteira de Benjamim, identificado com Luz (nome antigo)
  2. um lugar no território sul de Judá, não muito distante de Berseba e Ziclague

גַּם


(H1571)
gam (gam)

01571 גם gam

por contração de uma raiz não utilizada; DITAT - 361a; adv

  1. também, ainda que, de fato, ainda mais, pois
    1. também, ainda mais (dando ênfase)
    2. nem, nem...nem (sentido negativo)
    3. até mesmo (dando ênfase)
    4. de fato, realmente (introduzindo o clímax)
    5. também (de correspondência ou retribuição)
    6. mas, ainda, embora (adversativo)
    7. mesmo, realmente, mesmo se (com ’quando’ em caso hipotético)
  2. (DITAT) novamente, igualmente

הֵם


(H1992)
hêm (haym)

01992 הם hem ou (forma alongada) המה hemmah

procedente de 1981; DITAT - 504; pron 3p m pl

  1. eles, estes, os mesmos, quem

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יֹוסֵף


(H3130)
Yôwçêph (yo-safe')

03130 יוסף Yowceph

futuro de 3254, grego 2501 Ιωσηφ; n pr m

José = “Javé adicionou”

  1. o filho mais velho de Jacó com Raquel
  2. pai de Jigeal, que representou a tribo de Issacar entre os espias
  3. um filho de Asafe
  4. um homem que casou com uma esposa estrangeira na época de Esdras
  5. um sacerdote da família de Sebanias na época de Neemias

עָלָה


(H5927)
ʻâlâh (aw-law')

05927 עלה ̀alah

uma raiz primitiva; DITAT - 1624; v

  1. subir, ascender, subir
    1. (Qal)
      1. subir, ascender
      2. encontrar, visitar, seguir, partir, remover, retirar
      3. subir, aparecer (referindo-se a animais)
      4. brotar, crescer (referindo-se a vegetação)
      5. subir, subir sobre, erguer (referindo-se a fenômeno natural)
      6. aparecer (diante de Deus)
      7. subir, subir sobre, estender (referindo-se à fronteira)
      8. ser excelso, ser superior a
    2. (Nifal)
      1. ser levado para cima, ser trazido para cima, ser levado embora
      2. levar embora
      3. ser exaltado
    3. (Hifil)
      1. levar ao alto, fazer ascender ou escalar, fazer subir
      2. trazer para cima, trazer contra, levar embora
      3. trazer para cima, puxar para cima, treinar
      4. fazer ascender
      5. levantar, agitar (mentalmente)
      6. oferecer, trazer (referindo-se a presentes)
      7. exaltar
      8. fazer ascender, oferecer
    4. (Hofal)
      1. ser carregado embora, ser conduzido
      2. ser levado para, ser inserido em
      3. ser oferecido
    5. (Hitpael) erguer-se

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de