Enciclopédia de I Samuel 16:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 16: 1

Versão Versículo
ARA Disse o Senhor a Samuel: Até quando terás pena de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche um chifre de azeite e vem; enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque, dentre os seus filhos, me provi de um rei.
ARC ENTÃO disse o Senhor a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? enche o teu vaso de azeite, e vem, enviar-te-ei a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei.
TB Disse Jeová a Samuel: Até quando terás tu pena de Saul, havendo-o eu rejeitado para que não reine sobre Israel? Enche o teu chifre de óleo e vem; enviar-te-ei a Jessé, belemita, porque dentre seus filhos me provi de um rei.
HSB וַיֹּ֨אמֶר יְהוָ֜ה אֶל־ שְׁמוּאֵ֗ל עַד־ מָתַי֙ אַתָּה֙ מִתְאַבֵּ֣ל אֶל־ שָׁא֔וּל וַאֲנִ֣י מְאַסְתִּ֔יו מִמְּלֹ֖ךְ עַל־ יִשְׂרָאֵ֑ל מַלֵּ֨א קַרְנְךָ֜ שֶׁ֗מֶן וְלֵ֤ךְ אֶֽשְׁלָחֲךָ֙ אֶל־ יִשַׁ֣י בֵּֽית־ הַלַּחְמִ֔י כִּֽי־ רָאִ֧יתִי בְּבָנָ֛יו לִ֖י מֶֽלֶךְ׃
BKJ E o SENHOR disse a Samuel: Por quanto tempo lamentarás por Saul, ao veres que eu rejeitei o seu reinado sobre Israel? Enche o teu chifre de azeite e vai, eu te enviarei a Jessé, o belemita; pois providenciei um rei para mim dentre os seus filhos.
LTT Então disse o SENHOR a Samuel: "Até quando chorarás- lamentando por Saul, havendo-o Eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche de azeite o teu vaso- feito- de- chifre, e vai, envio-te a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos Me tenho provido de um rei."
BJ2 Iahweh disse a Samuel: "Até quando continuarás lamentando Saul, quando eu próprio o rejeitei, para que não reine mais sobre Israel? Enche de azeite o teu vaso e vai! Eu te envio à casa de Jessé, o belemita, porque escolhi um rei entre os seus filhos."

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 16:1

Gênesis 49:8 Judá, a ti te louvarão os teus irmãos; a tua mão será sobre o pescoço de seus inimigos; os filhos de teu pai a ti se inclinarão.
Rute 4:17 E as vizinhas lhe deram um nome, dizendo: A Noemi nasceu um filho. E chamaram o seu nome Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi.
I Samuel 9:16 Amanhã, a estas horas, te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo, porque o clamor chegou a mim.
I Samuel 10:1 Então, tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Porventura, te não tem ungido o Senhor por capitão sobre a sua herdade?
I Samuel 13:13 Então, disse Samuel a Saul: Agiste nesciamente e não guardaste o mandamento que o Senhor, teu Deus, te ordenou; porque, agora, o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre.
I Samuel 15:11 Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas palavras. Então, Samuel se contristou e toda a noite clamou ao Senhor.
I Samuel 15:23 Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.
I Samuel 15:26 Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, já te rejeitou o Senhor, para que não sejas rei sobre Israel.
I Samuel 15:35 E nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte; porque Samuel teve dó de Saul. E o Senhor se arrependeu de que pusera a Saul rei sobre Israel.
I Samuel 16:15 Então, os criados de Saul lhe disseram: Eis que agora um espírito mau, da parte do Senhor, te assombra.
I Samuel 16:23 E sucedia que, quando o espírito mau, da parte de Deus, vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa e a tocava com a sua mão; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito mau se retirava dele.
II Reis 9:1 Então, o profeta Eliseu chamou um dos filhos dos profetas e lhe disse: Cinge os teus lombos, e toma esta almotolia de azeite na tua mão, e vai-te a Ramote-Gileade.
II Reis 9:3 E toma a almotolia de azeite, e derrama-o sobre a sua cabeça, e dize: Assim diz o Senhor: Ungi-te rei sobre Israel. Então, abre a porta, e foge, e não te detenhas.
II Reis 9:6 Então, se levantou, e entrou na casa, e derramou o azeite sobre a sua cabeça, e lhe disse: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Ungi-te rei sobre o povo do Senhor, sobre Israel.
I Crônicas 2:10 E Rão gerou a Aminadabe, e Aminadabe gerou a Naassom, príncipe dos filhos de Judá;
Salmos 78:68 Antes, elegeu a tribo de Judá, o monte Sião, que ele amava.
Salmos 89:19 Então, em visão falaste do teu santo e disseste: Socorri um que é esforçado; exaltei a um eleito do povo.
Isaías 11:1 Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.
Isaías 11:10 E acontecerá, naquele dia, que as nações perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso será glorioso.
Isaías 55:4 Eis que eu o dei como testemunha aos povos, como príncipe e governador dos povos.
Jeremias 6:30 Prata rejeitada lhes chamarão, porque o Senhor os rejeitou.
Jeremias 7:16 Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não te ouvirei.
Jeremias 11:14 Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por eles clamor nem oração; porque não os ouvirei no tempo em que eles clamarem a mim, por causa do seu mal.
Jeremias 14:11 Disse-me mais o Senhor: Não rogues por este povo para bem.
Jeremias 15:1 Disse-me, porém, o Senhor: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam.
Atos 13:21 E, depois, pediram um rei, e Deus lhes deu, por quarenta anos, a Saul, filho de Quis, varão da tribo de Benjamim.
Romanos 15:12 E outra vez diz Isaías: Uma raiz em Jessé haverá, e, naquele que se levantar para reger os gentios, os gentios esperarão.
I João 5:16 Se alguém vir seu irmão cometer pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A AMEAÇA FILISTÉIA

séculos XII a XI a.C.
QUEM ERAM OS FILISTEUS
Sem dúvida, os filisteus representavam a ameaça mais séria à nação de Israel. Em seu quinto ano de reinado - 1180 a.C. Ramsés Ill, rei do Egito, derrotou os "povos do mar" numa batalha naval corrida, provavelmente, na foz do Nilo. Seus atos foram registrados em relevos entalhados nas paredes do templo consagrado a Amon em Medinet Habu, na margem ocidental do Nilo, próximo a Tebas. Esses relevos mostram os povos do mar chegando no Egito em carroções e embarcações .com suas famílias e pertences (parte do povo se deslocou por terra, acompanhando a costa do Levante). Um dos grupos dos povos do mar, chamado de pereset, é retratado usando adornos para a cabeça feitos com penas ou pedaços de junco alinhados perpendicularmente a uma faixa horizontal. Esse grupo corresponde as filisteus do Antign Testamento.
Um dos símbolos pictográficos encontrados num disco de argila em Festo, Creta, datado do século XVII a.C., mostra um adorno para a cabeça bastante parecido com os de Medinet Habu. Esta semelhança e a referência de Amós a Caftor' como local de procedência dos filisteus indicam que eram um grupo de origem cretense. A designação Caftor é equiparada com o nome egípcio Keftyw ("Creta"). E provável que os filisteus tenham sido expulsos de Creta por outros povos do mar, cuja identidade não vem ao caso aqui. Porém, estudos de anéis anuais de árvores europeias e mudanças de nível em turfeiras e lagos sugerem a ocorrência de uma crise no clima da Europa c. 1200 a.C., fato que pode ter desencadeado as migrações.
Os egípcios afirmavam ter conquistado uma grande vitória em sua batalha contra os povos do mar. O Papiro de Harris de Ramsés IV (1153-1147 a.C.) - um papiro com 40 m de comprimento no qual se encontram registrados os acontecimentos do reinado de Ramsés III - declara: "Derrotei todos aqueles que ultrapassaram os fronteiras do Egito, vindos de suas terras. Aniquilei o povo danuna vindo de suas ilhas, os tiekker e os pereset (filisteus)... os sherden e os weshwesh do mar foram exterminados". Os filisteus derrotados se assentaram na planície costeira do sul da Palestina, daí o nome dessa região.

A CULTURA FILISTÉIA
À chegada dos filisteus na Palestina é marcada em termos arqueológicos por suas cerâmicas peculiares (Período Micênico HIC1b), bastante semelhantes a exemplares egeus. Os filisteus foram o primeiro povo a usar o ferro na Palestina e, portanto, arqueologicamente, sua chegada também é marcada pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Devido ao monopólio desse metal pelos filisteus, os israelitas se tornarem dependentes de seus ferreiros para afar ferramentas. Cinco cidades filistéias importantes foram fundadas na costa do Mediterrâneo ou próximo a esta: Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate. O governante da cidade era chamado, em hebraico, de seren, um termo usado apenas para governantes filisteus e associado, por meio da língua grega, à palavra "tirano".

SANSÃO
O juiz Sangar libertou Israel dos filisteus, mas quem recebe destaque é Sansão, o juiz com forças sobre-humanas demonstradas quando ele matou mil homens com a queixada de um jumento e carregou a porta da cidade de Gaza até o alto de um monte? que julgou sobre Israel durante doze anos.* Seu ponto fraco, a atração por mulheres estrangeiras, o levou a perder os cabelos, a força e a visão. Apesar de seus atos de heroísmo dramáticos, Sansão não livrou Israel da opressão filistéia.

SAMUEL
Os filisteus representavam uma ameaça inigualável.' Eram soldados disciplinados possuíam armas superiores às dos israelitas. Cansados de invadir e saquear periodicamente o território de Israel, procuraram conquistá-lo em caráter definitivo. Deslocando-se do litoral para o interior, ocuparam grande parte dos montes da região central. Foi nesse contexto que Samuel cresceu na cidade de Siló, na região montanhosa de Efraim. Ali ficava o tabernáculo, ao qual haviam sido acrescentadas algumas construções permanentes," formando um complexo chamado de "templo do Senhor"." Durante sua juventude, Samuel foi instruído pelo sacerdote idoso Eli. Ao atingir a idade adulta, Samuel foi reconhecido como profeta do Senhor em todo o Israel, desde Da até Berseba. Também atuou como juiz, percorrendo um circuito que incluía Betel, Gilgal, Mispa e Ramá, a cidade onde morava.

OS FILISTEUS TOMAM A ARCA
De acordo com o livro de Samuel, depois que os filisteus mataram quatro mil israelitas no campo de batalha em Afeca, o povo pediu que a arca da Aliança fosse trazida de Siló para o acampamento israelita em Ebenézer (possivelmente Izbet Sarteh). Quando os filisteus ouviram os gritos de júbilo dos israelitas, pensaram que um deus havia chegado ao acampamento de Israel. Na batalha subsequente, os israelitas foram massacrados: trinta mil soldados, inclusive os dois filhos rebeldes de Eli, morreram e a arca da aliança foi tomada. Ao receber essa notícia, Eli caiu da cadeira onde estava assentado, quebrou o pescoço e morreu. Sua nora também morreu durante o parto, exclamando: "Foi-se a glória de Israel" (1Sm 4:22).
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Gênesis e as viagens dos patriarcas

Informações no mapa

Carquemis

Alepo

Ebla

Hamate

Tadmor (Palmira)

Hobá

Sídon

Damasco

GRANDE MAR

Tiro

Asterote-Carnaim

Megido

Dotã

Siquém

Sucote

Penuel

Betel

Gileade

Belém

CANAÃ

Gaza

Hebrom

MOABE

Torrente do Egito

Gerar

Berseba

Poço de Reobote

Bozra

Sur

Poço de Beer-Laai-Roi

Gósen

Ramessés

Om

Mênfis

EGITO

Rio Nilo

Cades, En-Mispate

Deserto de Parã

EDOM, SEIR

Temã

Avite

El-Parã (Elate)

Harã

PADÃ-ARÃ

Rio Eufrates

Mari

ASSÍRIA

Nínive

Calá

Assur

Rio Hídequel (Tigre)

MESOPOTÂMIA

ELÃO

Babel (Babilônia)

SINEAR (BABILÔNIA)

CALDEIA

Ereque

Ur

Siquém

Sucote

Maanaim

Penuel, Peniel

Vale do Jaboque

Rio Jordão

Betel, Luz

Ai

Mte. Moriá

Salém (Jerusalém)

Belém, Efrate

Timná

Aczibe

Manre

Hebrom, Quiriate-Arba

Caverna de Macpela

Mar Salgado

Planície de Savé-Quiriataim

Berseba

Vale de Sidim

Neguebe

Zoar, Bela

?Sodoma

?Gomorra

?Admá

?Zeboim


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
SEÇÃO III

SAUL E DAVI

I Samuel 16:1

31:13

A última metade de I Samuel prossegue com a história de Saul, mas apresenta Davi como o seu sucessor divinamente escolhido, e preocupa-se principalmente com as relações entre os dois.

A. A UNÇÃO E A GRAÇA NA 1NFÂNCIA DE DAVI, 16:1-17.58

A tristeza de Samuel devido à rejeição de Saul foi interrompida por uma nova missão. A dinastia de Saul não podia continuar. O profeta precisava afastar-se do passado e de suas situações, e olhar para o futuro, quando se cumpririam os próximos objetivos de Deus.

1. Samuel é Enviado à Casa de Jessé (16:1-13)

A escolha de Deus, do sucessor de Saul seria encontrada entre os oito filhos de Jessé, o belemita (1). Jessé era o neto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:17). É interessante observar que a mãe de Boaz também não era de Israel. Ela era Raabe, de Jericó, um fato que Mateus destaca em sua relação da genealogia de Jesus (Mt 1:5).

Samuel com razão temia a vingança de Saul, se o rei soubesse de sua ida a Belém. Então, o Senhor o instruiu a organizar um sacrifício e um banquete que fossem relacio-nados à sua visita naquela localidade. A vinda inesperada de Samuel produziu conster-nação entre os anciãos da pequena cidade, porque ele representava a amedrontadora presença de Deus. Mas o profeta lhes assegurou que vinha em missão de paz: Santificai-vos, e santificou ele a Jessé e os seus filhos (5; "consagrou" ou "purificou") – o uso ritual da palavra "santificar", que poderia significar "consagrar" ou "separar" (cf. 7.1, co-mentário). Isto provavelmente envolvia uma lavagem ritual daqueles assim consagrados.

Quando Jessé chamou o seu filho mais velho, Eliabe, Samuel pensou que certamen-te o jovem alto de postura nobre fosse o ungido do Senhor (6; cf. 10.1, comentário). Mas a ele foi recordado que o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração (7). Esta é uma obser-vação importante que devemos recordar, porque somos rápidos para julgar pelas aparên-cias, quando elas podem ser muito enganadoras. Depois que a mesma coisa já havia acontecido com sete dos filhos de Jessé, Samuel perguntou: Acabaram-se os jovens? (11). Ainda havia o menor, e eis que apascenta as ovelhas — uma tarefa servil desig-nada ao filho menos importante ou aos empregados do dono da casa. Davi foi chamado, e quando chegou, viu-se que era ruivo, e formoso de semblante (em hebraico "bonito aos olhos") e de boa presença (12) — "uma complexão ruiva, os olhos brilhantes e uma aparência atraente" (Berk.) 1.

Conforme fora instruído, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos (13). Ao considerarmos a atitude dos irmãos, refletida em 17.28, não é certo que eles soubessem o significado da unção, uma cerimônia usada na designação de sacerdotes e profetas, e também de reis. Desde aquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi — para dotá-lo com sabedoria e poder, e deu-lhe orienta-ção para o cumprimento dos propósitos de Deus para a sua vida. Samuel se levantou e tornou a Ramá, o seu lar. A próxima menção a ele é encontrada em 19.18, quando Davi fugia de Saul.

"O que Deus observa" é visto tanto negativa como positivamente em 6-13. O Se-nhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, 7. O Senhor não procura (1) semblantes formosos, 7; (2) estatura física, 7; (3) idade ou maturidade, 11; (4) condição ou posição, 11. O Senhor olha para o coração, 7; e derra-ma o seu Espírito sobre aqueles que Ele aceita (13).

2. Davi e Saul se Encontram (16:14-23)

O relato agora se dedica ao primeiro encontro entre Saul e Davi. As primeiras relações entre os dois são difíceis de compreender. A narrativa é breve e a ordem cronológica não é sempre rigorosamente mantida'. Mas a idéia principal é clara. Davi crescia em estatura e em promessas, ao passo que Saul se deteriorava. O Espírito do Senhor, que estava sobre Davi, se retirou de Saul, e o assombrava (em hebraico, bdath, "aterrorizar, atemori-zar") um espírito mau, da parte do Senhor (14). O fato de que o espírito do mal fosse da parte do Senhor somente significava que Deus permitiu o ataque de poderes malig-nos que resultaram em alguma coisa muito parecida com insanidade. Para aliviar a me-lancolia do rei, Davi foi trazido à corte como um talentoso tocador de harpa. Embora ainda fosse um pastor, o filho mais jovem de Jessé é apresentado pelo seu amigo à corte como alguém que sabe tocar (talentoso)... e de gentil presença; o Senhor é com ele (18). A expressão: valente, e homem de guerra, e sisudo em palavras (no hebraico, "fala") provavelmente faz referência a Jessé, o pai, uma vez que Davi nessa época ainda era um jovem inexperiente. A expressão foi seu pajem de armas (21) é uma rápida previsão dos eventos posteriores resumidos em 18.5, depois da derrota de Golias.

O som da harpa tocada por Davi teve o seu efeito desejado (23) e aparentemente o rei temporariamente melhorou o suficiente para permitir que Davi retornasse à sua casa, onde de novo cuidou das ovelhas de seu pai (17.15). A harpa (em hebraico, kinnor) é o instrumento musical mais antigo mencionado na Bíblia Sagrada. Era um instru-mento portátil (cf. 10.5), com oito ou dez cordas que eram tocadas com uma palheta ou com os dedos. Em termos dos nomes dos instrumentos musicais de hoje, seria prova-velmente chamada de lira.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Samuel Capítulo 16 versículo 1
A seção que segue começa com a apresentação de Davi e termina com a comovente narrativa da morte de Saul (cap. 1Sm 31:1). Nela, confrontam-se duas índoles e dois destinos opostos:
Davi, que empreende uma brilhante e ascendente carreira, e Saul, que se precipita cada vez mais em direção ao seu fim trágico. Ao lado deles, aparece um terceiro personagem:
Jônatas, o amigo e aliado incondicional de Davi.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
*

16.1—31.13 Esses capítulos narram a ascensão de Davi ao poder, e a perda do poder de Saul, bem como a sua morte. A ascensão de Davi é marcada pela sua unção por Samuel e seu período no serviço de Saul (caps. 16—18), sua fuga de Saul (caps. 19–23), seu cuidado em não cometer o crime de sangue (caps. 24—26), e sua fuga aos filisteus (caps. 27—31).

* 16.1 belemita. Belém, mencionada pela primeira vez em Gn 35:19, é a cidade natal de Davi (17.12, 15). Quanto à relevância dessa localidade para o Messias ("o ungido"), ver Mq 5:2; Mt 2:5, 6; Jo 7:42.

me provi. A seleção de um rei para "mim" (o Senhor) contrasta com a escolha de um rei para "eles" (o povo) em 8.22 (8.18; 12.13).

* 16:2

Vim para sacrificar. Embora essa declaração seja verdadeira em si, não revela o motivo principal para a viagem de Samuel a Belém (v. 1). É bem provável que haja um tom irônico na ordem que o Senhor deu a Samuel, justamente por ter sido dada não muito depois de Saul ter alegado que poupou o melhor dos animais somente "para os sacrificar" (15.15, 21). Casos de "informação incompleta" como este precisam ser aquilatados dentro das suas circunstâncias específicas (20.6; 21.2; 27.10; 2Sm 16:17-19; Js 2:4 e notas).

* 16.3 ungir. Ver nota em 2.10.

*

16:4

os anciãos da cidade, tremendo. Ver a reação semelhante de Aimeleque quanto Davi chegou sozinho em Nobe (21.1). Não é mencionado nenhum motivo para o grande temor dos anciãos. Provavelmente tinha a ver com a função profética de Samuel como instrumento do juízo divino.

* 16.7 nem para a sua altura, porque o rejeitei. A referência à "estatura" como uma medida errônea para classificar a qualificação de um indivíduo para ser rei, juntamente com o aviso de que esse filho de Jessé é "recusado," faz relembrar Saul, cuja altura era notável (9.2; 10,23) mas que foi rejeitado (15.23, 26).

o SENHOR, o coração. É axiomático que os padrões divinos são interiores, e não exteriores (13.14, nota; Rm 2:28, 29). Ver "Deus Vê e Conhece: Onisciência Divina", índice.

* 16.13 no meio de seus irmãos. É provável que os anciãos também tenham presenciado a unção de Davi (vs. 4, 5). A ênfase na presença dos irmãos nesse evento talvez lance luz sobre o comportamento de Eliabe em 17.28.

o Espírito do SENHOR se apossou de Davi. Ver notas em 10.6; 11.6. O revestimento de Davi pelo Espírito "daquele dia em diante" destaca-o de Saul (e também de Sansão) sobre quem o Espírito vinha apenas esporadicamente.

* 16.14 Tendo-se retirado de Saul o Espírito do SENHOR. A presença do Espírito de Deus, que confere poder e validade, deve ter sido removida de Saul na ocasião da sua rejeição definitiva como rei no cap. 15 (conforme também v. 1).

um espírito maligno. Conforme 1Rs 22:21-23. A palavra hebraica pode descrever algo que perturba, aflige, ou que é danoso.

*

16.18 homem de guerra. Esse relatório talvez pareça estar em conflito com a declaração de Saul em 17.33 de que Davi, sendo só um jovem na ocasião, não estava em pé de igualdade com Golias. Pode-se dizer, como resposta, que a recomendação feita de Davi era, decerto, um exagero, assim como uma carta de referência nos dias de hoje. Por outro lado, Saul estava comparando Davi com Golias, e relutava em tomar o risco de mandar alguém contra o gigante filisteu.

o SENHOR é com ele. Esse fato, mais do que qualquer qualidade humana, explicará a ascensão persistente (embora custosa) de Davi ao poder, ao passo que o crescente reconhecimento de Saul de que Davi havia sido preferido a ele desempenhará um papel considerável na sua própria desintegração psicológica (3.19; 17.37; 18.12, 28, 29; 20.13; 2Sm 7:9 e notas).

* 16.19 Envia-me Davi, teu filho, o que está com as ovelhas. Saul, sem o saber, convida seu futuro substituto a fazer parte da sua corte. A ascensão de Davi ao poder é dirigida providencialmente, e não é resultado do esforço humano ou da cobiça pelo poder.

*

16.21 este o amou muito. Não fica claro no texto se essas palavras descrevem a atitude de Saul para com Davi ou de Davi em relação a Saul. Note, também, o modo de Jônatas corresponder a Davi (18.1, 3; 20.17), bem como o de Mical (18.20, 28), do povo (18.16), e possivelmente até mesmo os demais servos de Saul (18.22). O sendido provável é o de que "Saul amou a Davi" (ver o v. 22).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
16:5 Samuel santificou ao Isaí e a seus filhos para prepará-los para apresentar-se ante Deus em adoração ou para oferecer um sacrifício. se desejar mais informação a respeito da cerimônia de purificação, vejam-se Gn 35:2; Ex 19:10, Ex 19:14 e a nota a Js 3:5.

16:7 Saul era alto e atrativo. Era um homem que impressionava por sua boa aparência. Samuel pôde ter estado procurando alguém que se parecesse com o Saul para ser o seguinte rei do Israel, mas Deus lhe advertiu que não julgasse só pelas aparências. Quando a gente julga só pelas aparências externas, podem passar por cima a indivíduos que carecem de qualidades físicas particulares que a sociedade admira nesse momento. Mas a aparência não revela o que a gente é em realidade, nem seus verdadeiros valores.

Felizmente, Deus julga pela fé e o caráter, não pelas aparências. E devido a que só Deus pode ver o interior, só O pode julgar às pessoas com precisão. A maioria das pessoas investem horas cada semana em manter sua aparência externa. Deveriam fazer ainda mais para desenvolver seu caráter interior. Enquanto todo mundo pode ver sua cara, só você e Deus sabem como é por dentro. Que passos está tomando para melhorar a atitude de seu coração?

16:13 Davi foi ungido rei, mas se fez em segredo. Não foi coroado a não ser até muito tempo depois (2Sm 2:4; 2Sm 5:3). Saul seguia sendo legalmente o rei, mas Deus estava preparando ao Davi para suas responsabilidades futuras. O azeite da unção que foi derramado sobre a cabeça do Davi simbolizava santidade. Era utilizado para apartar pessoas ou objetos para o serviço a Deus. Cada rei e supremo sacerdote do Israel era ungido com azeite. Isto os comissionava como representantes de Deus ante a nação. Apesar de que Deus rechaçou o reinado do Saul ao não permitir que nenhum de seus descendentes se sentassem no trono do Israel, Saul mesmo permaneceu em seu posto até sua morte.

16:14 O que era este espírito mau que o atormentava de parte do Jeová? Possivelmente Saul estivesse simplesmente deprimido. Ou possivelmente, o Espírito Santo tinha deixado ao Saul e Deus permitiu que um espírito iníquo (um demônio) atormentasse-o como castigo por sua desobediência (isto demonstraria o poder de Deus sobre o mundo espiritual: 1Rs 22:19-23). De todos os modos Saul se estava enlouquecendo, pelo qual tentou matar ao Davi.

16:15, 16 As harpas eram instrumentos musicais populares nos dias do Saul, e sua música segue sendo conhecida por suas qualidades sedativos. As harpas mais singelas eram de só duas peças de madeira atadas entre si em ângulos. As cordas se estendiam entre as madeiras para dar à harpa uma forma triangular. As cordas simples podiam fazer-se com folhas de ervas retorcidas, entretanto as melhores cordas se faziam de intestinos secos de animais. As harpas podiam ter até quarenta cordas e soavam mais forte que os pequenos instrumentos de três ou quatro cordas chamados liras. Davi, conhecido por suas habilidades como pastor e sua valentia, era além disso um talentoso harpista e músico que à larga escreveria muitos dos salmos encontrados na Bíblia.

16.19-21 Quando Saul pediu ao Davi que se unisse a seu serviço, obviamente não sabia que Davi tinha sido ungido rei em segredo (16.12). O convite do Saul representou uma oportunidade excelente para que o jovem, futuro rei, obtivera informação de primeira mão a respeito da maneira em que se guiava uma nação (Davi ia e vinha diante do Saul, 17.15).

Algumas vezes nossos planos, até aqueles que acreditam que Deus aprovou, têm que esperar por tempo indefinido. Ao igual a Davi, podemos aproveitar este tempo de espera. Podemos escolher aprender e crescer em nossas circunstâncias pressente, qualquer que estas sejam.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23

DAVI A. ungido por Samuel (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
Agora entramos no estudo da vida de Davi, "um homem segundo o [...] coração [de Deus]" (NVI). Da mesma forma que Saul é um retra-to da vida carnal, Davi é a imagem da vida espiritual do crente que ca-minha pela fé no Senhor. É verdade que Davi pecou. Entretanto, Davi, diferentemente de Saul, confessou seus pecados e tentou restaurar seu relacionamento com Deus. Nesses capítulos, vemos três cenas da vida anterior de Davi.

  • O filho obediente (16:1 -13)
  • Que afirmação solene: "Eu o [Saul] rejeitei" (NVI). O povo ainda não sabia dessa rejeição, e Saul ain-da "fingia ser" o rei da terra. Deus pode rejeitar a pessoa, e os homens ainda o aceitarem, mas, por fim, o julgamento do Senhor cai sobre a pessoa. Saul era tão perigoso que Samuel delineou um plano para es-capar da fúria dele quando visitasse Belém. Veja 22:17-19 para ter uma amostra da fúria ciumenta de Saul.

    Quando Samuel, sob orien-tação de Deus, chegou à casa de Jessé a fim de convidá-lo para o sacrifício, Davi nem mesmo estava lá! Ele estava nos campos cuidando das ovelhas. Não podemos deixar de nos impressionar com a obedi-ência e a humildade de Davi. Ele, como "o mais moço" da família, ti-nha uma posição muito baixa, mas era fiel a seu pai e ao Senhor. A vida de Davi ilustraMt 25:21 — ele inicia como servo e termina como governante; ele foi fiel com umas poucas ovelhas e, depois, herdou uma nação inteira; ele sabia como trabalhar, portanto Deus lhe deu o regozijo. Compare com a trajetória do filho pródigo, em Lc 15:0 delineia a fórmula de sucesso que Deus ado-ta, e vemos a prova disso na vida de Davi.

    Samuel estava prestes a come-ter o erro de avaliar os homens por seus atributos físicos (veja 10:24), quando Deus o lembrou de que o importante é o coração. Leia Provér-bios 4:23. Chamaram Davi no cam-po, e, quando ele chegou, o Senhor disse a Samuel: "Este é ele"! Davi ti-nha pele clara e cabelos ruivos. Sua boa aparência e sua entrega de co-ração eram uma combinação mag-nífica. Ele era o oitavo filho, e oito é o número do novo início. A unção com azeite trouxe-lhe uma unção especial do Espírito de Deus, e, a partir desse momento, ele foi um homem de Deus. É pouco provável que, naquele dia, Davi e sua família tenham entendido a importância da unção. Com certeza, no momento oportuno, Samuel explicaria isso a Davi.

  • O servo humilde (16:14-23)
  • Que contraste trágico: o Espírito vem sobre Davi, mas sai de Saul! Deus permite que um espírito ma-ligno atormente Saul e, às vezes, ele age como louco. Veja 18:10 e 19:9. Seu comportamento estranho faz com que seus servos sugiram que ele chame um músico habili-doso para acalmá-lo. É muito triste que os servos de Saul lidem com os sintomas, mas não com a causa do problema, pois a música nunca mudaria o coração pecador de Saul. É verdade, o rei "sentia alívio" com a música, mas podia ser uma falsa paz. Os servos deviam orar para que Saul fosse reto para com Deus!

    Davi era exatamente o homem que Saul precisava, e um dos servos sugeriu-o a ele. Vemos o reconhe-cimento das habilidades de Davi, contudo ele não promove a si mes-mo: Deus é quem faz isso. Leia com atenção Pv 22:29 e 1Pe 5:6. Hoje, muitos jovens tentam pôr-se em posição de proeminência sem primeiro testar-se nos assun-tos de menor importância em casa. Davi veio para a corte e, de imedia-to, tornou-se o favorito do rei. É cla-ro que se Saul soubesse que Deus escolhera Davi para ser rei tentaria matar o rapaz na hora. Saul, quan-do descobriu isso, começou a per-seguir Davi e a caçá-lo nos desertos de Israel.

    Davi não ficou em caráter per-manente na corte; lemos em 1 7:15: "Davi, porém, ia a Saul e voltava, para apascentar as ovelhas de seu pai". Ele visitava a corte quando era necessário, mas não descuida-va de suas responsabilidades em casa. Que humildade! Ele é um rapaz dotado, escolhido para ser rei, ungido de Deus, contudo ainda cuida das ovelhas e trabalha como servo! Não é de admirar que Deus usasse Davi.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
    16.1 Me provi de um rei. Agora é Deus que provê um rei: Davi (13). Cronologia. A ordem cronológica dos eventos históricos de 1 Sm é a seguinte: 1:1-15.35; 17:12-15; 16:1-13 17:1-11, 16-58; 16:14-23. Embora os eventos não estejam em ordem cronológica, são fiéis. Do cap. 18 em diante, a ordem é relativamente certa. O episódio Dt 28:7-5 foi escrito por um gentio, servo de Saul; sendo, porém, uma crônica do reino, entrou no cânon Sagrado. Os manuscritos do Mar Morto revelam outro texto hebraico original, de cunho mais popular. E tudo indica que a LXX (texto grego) é uma tradução desse original (e não do texto heb. "Massorético"), mormente no que se refere ao livro de Samuel. Os caps. 17 e 18 da LXX omitem os seguintes trechos 17:12-31, 41, 48b, 50, 55-58; 18:1-5, 6a, 8c, 10-11, 17-19, 26c, 30.

    16.2,3 Saul o saberá e me matará. Há coisas que, em certas ocasiões, fazem-se em silêncio.

    16.5 Santificai-vos. Consistia em mudar de roupa, lavar os corpos e preparar as mentes para a meditação e oração (Êx 19:14-15).

    16.12 Ruivo, "vermelho", sinônimo de bonito. Era o oitavo filho; caçula e não o primogênito.

    16.13 Davi, "amigo" ou "amado". Nome único na Bíblia. • N Hom. O Espírito do Senhor se apossou de Davi. Multiplicou-se a capacidade de Davi (17:33-37);
    2) Aumentou-se-lhe a inteligência e a perspicácia (18.5; ver 17:34-36n e 49-50n). Samuel se levantou e foi para Ramá. Com isso, praticamente, termina o seu juizado. Está com 80 amos de idade.

    16.14 O espírito maligno. Todo o fenômeno que fugia ao controle da mente humana era atribuído à ação de um "espírito"; como também, eram do "espírito" todas as coisas indefiníveis, incomuns e estranhas. Provavelmente, a doença de Saul era uma hipocondria ou uma esquizofrenia, ou, talvez ambas.

    16.15 Os servos de Saul. Os médicos da corte.

    16.16 Que saiba tocar. A cura pela música era terapia antiga.

    16.21 Escudeiro. Carregava o escudo do rei (31.4). Eram famosos por sua destreza e força(14:13-14). Os escudeiros dos carros de guerra egípcios e assírios protegiam o companheiro, nas refregas.

    16.23 Harpa. Instrumento musical portátil, parecido com a nossa lira, de som agradável e doce. Era o instrumento que os israelitas dependuravam nos salgueiros da Babilônia (Sl 137:2).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
    IV SAUL E DAVI (16.1—31.13)

    1) Davi é aceito e depois rejeitado por Saul (16.1—20.42)
    a)    Samuel unge Davi (16:1-13)
    A posição de Samuel se tornou complicada; Saul ainda era rei por aclamação popular, embora tivesse sido rejeitado por Javé como líder carismático. Ele havia conduzido a instituição da monarquia e colocado Saul no trono. Agora Javé lhe ordena que unja o sucessor de Saul, uma tarefa perigosa: Como poderei ir.? (v. 2), ele pergunta quando recebe a orientação para ir à casa de Jessé em Belém levando consigo o seu chifre de óleo, visto que o novo líder seria um dos filhos de Jessé. Deveria levar um novilho para o sacrifício e também assegurar aos líderes de Belém suas intenções pacíficas, convidando-os a participar do sacrifício, depois de se consagrarem (i.e., realizarem o ritual de purificação).

    v. 6-13. A história da unção de Davi é bem conhecida. Na sua chegada, Samuel encontrou primeiro Eliabe, um homem alto e vistoso (a descrição lembra a nossa impressão de Saul); Samuel já pensa que a busca pelo homem segundo o coração de Deus está concluída. Mas Javé lhe mostra o seu erro: Não considere sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração (v. 7). Abinadabe, Sarna e outros quatro foram apresentados, mas Samuel perguntou se Jessé tinha mais filhos. O pai disse, quase se desculpando; Ainda tenho o caçula, mas ele está cuidando das ovelhas (v. 11). Foram buscar Davi; Ele era ruivo [ou “moreno”], de belos olhos e boa aparência (v. 12).

    A busca de Samuel havia chegado ao fim; ele o ungiu na presença de seus irmãos (v. 13, mas conforme comentário de 17.28). Davi não recebeu somente a unção, mas, como Saul antes dele, a capacitação poderosa do Espírito (10.6,

    10). Depois de ter confirmado a escolha de Javé, pois Samuel não teve participação na escolha, ele voltou para Ramá.
    b)    Davi na corte de Saul (16:14-23)
    O Espírito não somente veio sobre Davi,
    mas também se retirou de seu predecessor, deixando um vácuo que foi preenchido por um espírito maligno, vindo da parte do Senhor (v. 14). “A capacitação carismática reservada para o rei de Israel havia passado para Davi, deixando Saul não simplesmente impotente, mas demente e confuso, de forma que ele precisava do conforto da música” (McKane, p. 108). O espírito maligno era da parte do Senhor; sem dúvida, no sentido de que em última instância todas as coisas passam pelo controle de Javé (conforme Is 45:7; lRs 22:19-23). A convocação de um músico, um homem que saiba tocar harpa (v. 16), foi a receita sugerida pelos cortesãos, talvez familiarizados com esses fenômenos; um deles, com a solicitude que lembra a da serva de Naamã (2Rs 5:2,2Rs 5:3), sugere uma possível fonte de ajuda. Ele havia conhecido Davi, ou ouvido falar dele, como um homem de diversos dons, que, além de guerreiro valente, sabia tocar harpa (v. 18). Foram buscá-lo, e ele veio trazendo presentes (pães, [...] vinho e um cabrito', conforme 1.24; 10,3) de Jessé, e logo se mostrou indispensável para Saul, tornando-se o seu escudeiro (v. 21) ou ajudante pessoal. Ele entrou para o serviço permanente de Saul (v. 22) e estava disponível quando a desordem do rei ocorria.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de I Samuel Capítulo 16 versículo 1
    I SAMUEL 16:lss - Deus compeliu Samuel a mentir?


    PROBLEMA:
    Abraão recebeu o juízo de Deus por dizer uma meia-verdade, declarando que Sara era sua irmã (ela era sua meia-irmã), quando na realidade era sua mulher (ver os comentários de Gn 12:10-20). Entretanto, em I Samuel 16:lss Deus de fato compele Samuel a dizer apenas a metade da verdade, ou seja, que ele viera para oferecer um sacrifício, quando ele tinha vindo também para ungir Davi como rei. Dois problemas surgem aqui. Primeiro, Deus não estaria incentivando uma mentira? Segundo, por que Deus condenou Abraão pela mesma coisa que ele mandou Samuel fazer?

    SOLUÇÃO: O que primeiro temos a observar em resposta a este problema é que as duas situações não são iguais. No caso de Abraão, a assim chamada "meia-verdade" era uma mentira por inteiro, porque a pergunta que lhe fizeram foi: "Sara é sua mulher?" E a resposta que ele realmente deu foi: "Não. Ela é minha irmã". Com esta resposta, Abraão distorceu intencionalmente os fatos da situação, o que é uma mentira.

    O caso de Samuel foi diferente. A pergunta que lhe fizeram foi: "Por que você veio a Belém?" E sua resposta: "Vim para sacrificar ao Senhor" (1Sm 16:2). Isto era verdade no que diz respeito aos fatos, ou seja, ele estava ali por aquele motivo, e foi isso que ele fez. O fato de que ele tinha outro propósito na sua ida àquele lugar não está diretamente relacionado com a pergunta que lhe foi feita nem com a resposta que ele deu, como no caso de Abraão. E claro que, se lhe tivessem perguntado: "Você tem algum outro propósito nesta sua vinda aqui?", então ele teria tido que render-se à verdade. Se em resposta ele dissesse: "Não", isso seria uma falsidade.

    Em segundo lugar, a dissimulação e o engano não são a mesma coisa. Samuel certamente encobriu um dos propósitos da sua missão para assim salvar a sua vida (1Sm 16:2). Nem sempre é necessário (e até mesmo possível) dizer toda a verdade. O fato de Deus ter dito a Samuel que ocultasse para um dos propósitos da sua visita, para evitar que o matassem, não quer dizer necessariamente que ele tivesse de mentir. Não contar uma parte da verdade e contar uma inverdade não são necessariamente a mesma coisa. Segredo e ocultação não são o mesmo que engano e falsidade.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 16 do versículo 1 até o 23
    III. SAUL E DAVI1Sm 16:1-9). O Senhor disse a Samuel que acabasse com as lamentações pelo afastamento de Saul do trono israelita, e se dirigisse a Belém para ungir o seu sucessor (1). Mas Saul era vingativo e tornava perigosa a missão do profeta (cfr. 1Sm 22:18-9). Era por isso conveniente dizer que ia sacrificar ao Senhor (2). Justifica-se plenamente essa atitude, pois nada obsta a que se oculte uma primeira intenção, anunciando apenas a segunda. Entretanto, Davi ir-se-ia preparando para receber as instruções que lhe seriam dadas por Samuel, relativas ao futuro trono.

    >1Sm 16:7

    O Senhor, que olha para o coração (7) e não para as aparências, não escolheu Eliabe nem qualquer dos outros seis jovens que desfilaram perante o profeta (6-10). A escolha caiu sobre um pastor, o mais jovem, ruivo e formoso de semblante e de boa presença (12). O heb. e os LXX dizem "de lindos olhos". Então Samuel o ungiu e o espírito do Senhor se apoderou dele (13), para treiná-lo para a sua grande tarefa.

    >1Sm 16:14

    2. SAUL É ATORMENTO POR UM ESPÍRITO MALIGNO (1Sm 16:14-9). Enquanto Davi progredia nos caminhos do Senhor, Saul era assombrado por um espírito maligno, uma vez que dele se afastara o espírito do Senhor (14). Grande castigo de Deus, sem dúvida! E era tal o sofrimento desse rei que só o suavizava o som harmonioso da harpa. Mas quem lhe tocaria esse instrumento? Logo houve quem se lembrasse de Davi, que a muitas outras qualidades aliava a de ser exímio harpista. Depois dos costumados presentes, em sinal de profundo respeito (20), Davi foi à presença de Saul que o amou muito (21). De acordo com a natureza das narrações hebraicas o historiador segue até ao fim o tema principal e volta depois a preencher lacunas e a salientar pormenores. Talvez estes versículos possam referir-se aos acontecimentos que se seguiram à morte do gigante Golias.

    3. BREVE INTRODUÇÃO AOS CAPÍTULOS 17 E 18. O texto destes capítulos apresenta várias dificuldades. Os LXX, tal como se apresenta o manuscrito do Códice B do Vaticano, omite os seguintes versículos que se encontram no texto hebraico: 1Sm 17:12-9, 1Sm 17:41, 1Sm 17:48, 1Sm 17:50, 1Sm 17:55-9 conta como Saul chamou Davi para tocar harpa: a boa impressão que lhe causou o jovem artista, logo nomeado pagem de armas. Era uma posição de honra e de confiança. Mas parece haver contradição com o capítulo 17, onde Davi aparece ausente do exército num transe difícil para Israel. Apenas vai ao acampamento levar os víveres aos irmãos e ao mesmo tempo trazer notícias ao pai, já de avançada idade. Por um lado, os irmãos achavam absurdo que seu irmão mais novo entrasse nos combates; por outro, nem o rei, nem Abner reconhecem Davi, o que é de estranhar, sendo ele da intimidade de Saul e mesmo seu pajem de armas.
    2) 1Sm 17:12 e segs. é uma repetição do que já se dissera no capítulo 16.
    3) 1Sm 18:1-9 narra por ordem diferente o mesmo que os vers. 13-14.
    4) 1Sm 18:8-9 parece deslocado. Saul dificilmente nutriria tais sentimentos de ódio, pelo menos nessa altura. O certo é que o versículo 13 alude ao bom tratamento que teve para com Davi.
    5) 1Sm 18:19, onde se diz ter sido Merabe dada em casamento a Adriel, parece contradizer-se com 2Sm 21:8, onde Mical se afirma ter dado a Adriel cinco filhos.

    Tais são as alegadas discrepâncias. Devemo-nos relembrar, entretanto, no que diz respeito ao texto hebraico, que os livros de Samuel foram compilados baseados em vários documentos. Estes não foram ordenados em sua presente forma senão depois de ter-se passado um período considerável de tempo. As escolas de profetas certamente foram treinando gradualmente homens capazes de conservar um registro em ordem sobre a história da nação. Sabemos que houve muitos anais, como, por exemplo, o Livro de Jaser, o Livro das Guerras do Senhor, os registros de Gade, e outras narrativas. Sem dúvida que muito material histórico foi preservado pelas diversas escolas de profetas. Baseada nesses materiais é que a narrativa foi compilada. Houve pouca tentativa para escrevê-la na ordem estritamente cronológica. Visto que a história foi compilada de vários documentos, não é surpreendente que encontremos certas informações repetidas, como em 1Sm 17:12.

    Não nos esquecendo desses fatos, não é muito difícil explicar as aparentes discrepâncias no texto hebraico. A seguinte explanação tem sido apresentada por vários escritores: 1. 1Sm 16:15-9 se refere a uma visita breve, casual, de Davi, à corte, na qualidade de jovem trovador quando em seus verdes anos. Sua descrição como valente e animoso (18) se refere a tais episódios como aquele com o leão e o urso; e o termo homem de guerra (18) deve ser considerado como descrição de sua potencialidade como jovem de coragem. A desordem mental de Saul impediu que tivesse prestado muita atenção ao jovem. 2. Quando Saul melhorou, Davi retornou a Belém, e isso é referido em 1Sm 17:15: Talvez ele tenha permanecido ali pelo espaço de alguns anos, e assim transformou-se de adolescente em homem jovem, quando Saul o viu em seguida, por ocasião da morte de Golias. 3. 1Sm 16:19-9 se refere ao que sucedeu após a vitória sobre o gigante, quando Saul, cheio de admiração, tomou Davi permanentemente para seu serviço na corte, como escudeiro e harpista. O escritor, neste ponto, leva sua narrativa a uma conclusão, como se isso tivesse sucedido imediatamente em seguida ao que fora registrado nos versículos anteriores. Isso não é incomum no hebraico. 4. Em 1Sm 17:31 e segs., Davi é apresentado a Saul como guerreiro. O rei não reconhece no desempenado mancebo o trovador adolescente de alguns anos atrás. E Abner, na qualidade de comandante em chefe, certamente que não tinha prestado muita atenção a um pequeno músico. 5. Segundo esse ponto de vista, teria sido muito natural que o rei interrogasse quem era o pai de Davi, seu futuro genro (1Sm 17:55, 1Sm 17:58).

    Existem outros modos mediante os quais diferentes escritores têm procurado harmonizar os termos do texto hebraico, mas, o que já dissemos demonstra que é possível uma explicação. Se ao menos conhecêssemos mais a respeito das circunstâncias, provavelmente nossas dificuldades desapareceriam. Deve ser adicionado, porém, que alguns dos versículos que já citamos como ausentes do texto da Septuaginta também estão ausentes em alguns poucos outros manuscritos. Apesar de que 1Sm 17:12-9 se acha presente no manuscrito Alexandrino A, é claro que tal trecho foi ali inserido. A maioria dos manuscritos, entretanto, seguem mais de perto o texto hebraico que os LXX. Hoje em dia há mais hesitação em pôr de lado o texto hebraico massorético, em favor da Septuaginta, que na geração passada. Ver igualmente o Apêndice II.


    Dicionário

    Azeite

    substantivo masculino Óleo de oliva ou azeitona, muito usado em culinária.
    Óleo extraído de outros frutos, de plantas ou da gordura de certos animais.
    Estar com (ou nos) seus azeites, estar de mau humor, estar aborrecido.

    A principal fonte de azeite entre os judeus era a oliveira. Havia comércio de azeite com os negociantes do Tiro, os quais, provavelmente, o exportavam para o Egito, onde as oliveiras, na maior parte, não o produzem de boa qualidade. Foi na quantidade de 20.000 batos (2 Cr 2.10), ou 20 coros (1 Rs 5.11), o azeite fornecido por Salomão a Hirão. o comércio direto desta produção era, também, sustentado entre o Egito e a Palestina (1 Rs 5.11 – 2 Cr 2.10,15 – Ed 3:7is 30:6 – 57.9 – Ez 27:17os 12:1). A ‘oferta de manjares’, prescrita pela Lei, era, freqüentes vezes, misturada com azeite (Lv 2:4-7,15 -8.26,31 – Nm 7:19Dt 12:17 – 32.13 – 1 Rs 17.12,15 – 1 Cr 12.40 – Ez 16:13-19). o azeite estava incluído entre as ofertas de primeiros frutos (Êx 22:29 – 23.16 – Nm 18:12Dt 18:4 – 2 Cr 31,5) – e o seu dízimo era reclamado (Dt 12:17 – 2 Cr 31.5 – Ne 10:37-39 – 13.12 – Ez 45:14). o azeite ‘para a luz’ devia ser, por expressa ordenação, o azeite das azeitonas esmagadas no lagar (Êx25.6 – 27.20,21 -35.8 – Lv 24:2 – 1 Sm3.3 – 2 Cr 13.11 – Zc 4:3-12). Usava-se o azeite na consagração dos sacerdotes (Êx 29:2-23Lv 6:15-21), no sacrifício diário (Êx 29:40), na pu-rificação do leproso (Lv 14:10-18,21,24,28), e no complemento do voto dos nazireus (Nm 6:15). Certas ofertas deviam efetuar-se sem aquele óleo, como, por exemplo, as que eram feitas para expiação do pecado (Lv 5:11) e por causa de ciúmes (Nm 5:15). os judeus também empregavam o azeite para friccionar o corpo, depois do banho, ou antes de uma ocasião festiva, mas em tempo de luto ou dalguma calamidade abstinham-se de usá-lo. Nos banquetes dos egípcios havia o costume de ungir os hóspedes – os criados ungiam a cabeça de cada um na ocasião em que tomavam o seu lugar à mesa (Dt 28:40Rt 3:3 – 2 Sm 12.20 – 14.2 – Sl 23:5 – 92.10 – 104. 15 – is S1.3 – Dn 10:3Am 6:6Mq 6:15Lc 7:46). Também se aplicava o azeite externamente ou internamente como medicamento (is 1:6Mc 6:13Lc 10:34Tg 5:14). Geralmente era ele empregado nos candeeiros, que no Egito têm um depósito de vidro, onde primeiramente se derrama água: a mecha é feita de algodão, torcida em volta de uma palha (Mt 25:1-8Lc 12:35). o azeite indicava alegria, ao passo que a falta denunciava tristeza, ou humilhação (is 61:3Jl 2:19Ap 6:6). Muitas vezes é tomado simbolicamente o azeite por nutrição e conforto (Dt 32:13 – 33.24 – 29:6Sl 45:7 – 109.18 – is 61:3). (*veja Unção, oliveira.)

    Azeite Óleo tirado de azeitonas, as quais são produzidas pelas OLIVEIRAS. Era usado na alimentação (1Rs 17:12) e para pôr em ferimentos (Lc 10:34), para passar no corpo como cosmético (Sl 104:15), para iluminação (Mt 25:4), para a UNÇÃO 1, de doentes (Jc 5:14) e de hóspedes (Lc 7:46). Pela unção pessoas eram separadas para serviço especial (reis: (1Sm 10:1); profetas: (1Rs 19:15-16); e sacerdotes: (Ex 28:41) e também objetos sagrados (Act Exo 30:22-33).

    Azeite Alimento obtido da azeitona prensada. Além de alimento, na época de Jesus era utilizado para a iluminação (Mt 25:3ss.), como remédio (Lc 10:34; Mc 6:13) e como cosmético (Mt 6:17; Lc 7:46). O azeite da parábola das virgens (Mt 25:3ss.) simboliza a fidelidade espiritual dos discípulos que devem, nessa atitude, esperar a parusia.

    Belemita

    adjetivo Que se refere a Belém, cidade situada no Reino Hashemita da Jordânia, ou desta é natural e habitante.
    substantivo masculino e feminino Pessoa que nasceu ou habita nessa cidade.
    Etimologia (origem da palavra belemita). Do topônimo Belém + ita/ do latim Bethleemites.ae.

    Dentre

    contração No interior de; no meio de; indica inclusão, seleção, relação, ligação etc.: dentre os candidatos, um conseguiu a vaga; um dentre os demais receberá o pagamento.
    Gramática Contração da preposição "de" com a preposição "entre".
    Etimologia (origem da palavra dentre). De + entre.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    substantivo masculino Pena; sentimento de piedade, de compaixão em relação a algo, alguém ou a si próprio: ela tinha dó de todo mundo.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim dolus.i.
    substantivo masculino [Música] Representação da primeira nota musical na escala maior; o sinal que designa a primeira nota da escala musical.
    Etimologia (origem da palavra ). Do italiano do.

    substantivo masculino Pena; sentimento de piedade, de compaixão em relação a algo, alguém ou a si próprio: ela tinha dó de todo mundo.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim dolus.i.
    substantivo masculino [Música] Representação da primeira nota musical na escala maior; o sinal que designa a primeira nota da escala musical.
    Etimologia (origem da palavra ). Do italiano do.

    substantivo masculino Pena; sentimento de piedade, de compaixão em relação a algo, alguém ou a si próprio: ela tinha dó de todo mundo.
    Etimologia (origem da palavra ). Do latim dolus.i.
    substantivo masculino [Música] Representação da primeira nota musical na escala maior; o sinal que designa a primeira nota da escala musical.
    Etimologia (origem da palavra ). Do italiano do.

    Enche

    3ª pess. sing. pres. ind. de encher
    2ª pess. sing. imp. de encher

    en·cher |ê| |ê| -
    (latim impleo, -ere)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Tornar ou ficar cheio (ex.: os estudantes enchem o auditório; o balde pequeno enche num instante; a sala não se encheu). = LOCUPLETARESVAZIAR, VAZAR

    verbo transitivo e pronominal

    2. Deixar ou ficar coberto ou ocupado por algo ou alguém (ex.: o povo encheu a rua; se não limpar, os livros enchem-se de pó). = COBRIR, OCUPAR, PREENCHER

    3. Provocar ou criar algo em quantidade ou com intensidade (ex.: a conversa encheu a moça de dúvidas; enchi-me de medo).

    4. Deixar ou ficar satisfeito. = FARTAR, SACIAR, SATISFAZER

    verbo transitivo

    5. Ocupar todo ou quase todo o espaço ou o tempo de (ex.: as sessões de autógrafos enchem a agenda). = PREENCHER

    6. Espalhar-se por (ex.: o perfume encheu a sala).

    verbo intransitivo

    7. Crescer gradualmente; ir subindo (ex.: a maré já encheu). = SUBIRDESCER, VAZAR

    8. [Informal] Fazer exercícios físicos repetidos, geralmente flexões de braços, sobretudo como punição (ex.: quem chegar atrasado ao treino, vai encher).

    9. [Brasil, Informal] Perder a paciência. = AMOLAR-SE, CHATEAR-SE, INCOMODAR-SE, IMPORTUNAR-SE

    verbo pronominal

    10. [Informal] Ganhar muito dinheiro. = ENRIQUECER, LOCUPLETAR-SE


    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Enviar

    remeter, mandar, despachar, expedir. – Enviar é “dirigir, pôr a caminho”. – Remeter é “fazer chegar às mãos, à posse daquele a quem se envia”. – Mandar é “enviar alguém para algum fim, ou expedir alguma coisa pelas próprias mãos”. – Despachar é “desimpedir, deixar sair”. – Expedir é “fazer seguir”. – Enviam-se encomendas; enviam-se representantes, ou empregados; enviam-se cumprimentos, ou felicitações, ou saudades, ou pêsames. Remetemos a um amigo o que ele nos pede; a um freguês, a fatura de gêneros de sua ordem. Remetem-se também os presos escoltados. Manda-se uma pessoa cumprimentar os noivos; manda-se um presente ao menino aniversariante. Despachou logo o “próprio” com a solução do negócio. Expedem-se ordens, principalmente; mas também se expedem mercadorias, cartas, veículos, etc.

    verbo transitivo Fazer partir com uma finalidade: enviar uma criança à escola.
    Fazer chegar a, expedir, remeter, endereçar: enviar uma carta.
    Arremessar, lançar: enviar a bola.

    Filhós

    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

    Israel

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Jessé

    -

    Pai de Davi. Filho de obede, e neto de Boaz e Rute (Rt 4:17). É ele o único do seu nome, e geralmente era chamado ‘Jessé, o belemita’ (1 Sm 16.1 a 18). Desde o tempo do Êxodo era famosa a família de Jessé, pertencente à casa de Perez. (*veja Naasom.) Em 1 Sm 17.12 é-lhe dado o título completo de ‘efrateu de Belém de Judá’. Tinha Jessé oito filhos, que com ele viviam em Belém de Judá, sendo muito considerado pelos seus concidadãos, embora não fosse um dos anciãos da cidade (1 Sm 16.4,5,10 – 17.12). A sua propriedade constava de rebanhos de gado, que estavam ao cuidado de Davi (1 Sm 16.11). Davi é chamado ‘filho de Jessé’, ainda mesmo depois de ter-se tornado famoso e poderoso (1 Cr 29.26). o profeta isaías põe o nome de Jessé no ponto mais alto de honra: ‘Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo’ (is 11:1 – *veja também 11.10).

    Filho de Obede e neto de Boaz e Rute; era o pai de Davi, o qual cuidava das ovelhas (Rt 4:17-22). Pertencia à tribo de Judá e vivia na cidade de Belém (1Sm 16:1). Quando Deus ordenou a Samuel que fosse à casa de Jessé, para ungir o próximo rei de Israel, o profeta supôs que o mais velho fosse o escolhido do Senhor. Passaram os sete primeiros filhos de Jessé, um por um, diante de Samuel, mas o Senhor declarou que havia rejeitado todos; Davi foi trazido diante do profeta e, segundo orientação divina, foi ungido rei (1Sm 16:3-13). Samuel e o povo de Israel aprenderiam que “o homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (v. 7). Jessé tornou-se um grande amigo de Saul, quando Davi foi chamado para tocar harpa na presença do rei (vv. 1820). O monarca até mesmo pediu permissão ao belemita para manter o filho dele consigo no palácio, para acalmá-lo quando o espírito maligno viesse sobre ele (vv. 21-23). Em outra ocasião, Jessé enviou Davi para levar alguns víveres aos outros filhos que estavam na guerra contra os filisteus. Foi por ocasião desta viagem que Davi enfrentou e matou o gigante Golias (1Sm 17). Posteriormente, quando Saul ficava furioso com o jovem harpista, chamava-o simplesmente de “filho de Jessé” (1Sm 20:27-30,31; 22; etc. veja também 1Cr 10:14-1Cr 12:18; 1Cr 29:26; etc).

    O profeta Isaías, ao contemplar o futuro, quando um novo rei sentar-se-ia no trono de Davi, falou profeticamente que “do tronco de Jessé brotará um rebento, e das suas raízes um renovo frutificará... naquele dia as nações perguntarão pela raiz de Jessé” (Is 11:1-10). Essa profecia foi tomada por Paulo e aplicada a Jesus em Romanos 15:12. Por ser pai do rei Davi, é claro que Jessé também é mencionado nas genealogias de Cristo, em Mateus 1:5 e Lucas 3:32. P.D.G.


    Jessé [Javé Existe]

    Filho de Obede, neto de Boaz e Rute, e pai de Davi (Rt 4:18-22).


    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Provido

    provido adj. 1. Que tem abundância do que é necessário. 2. Cheio.

    Próvido

    adjetivo Que providencia; providente.
    Que apresenta prudência; precavido.
    Etimologia (origem da palavra próvido). Do latim providus.a.um.

    Quando

    quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

    advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
    Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
    Em qual época: quando partiram?
    advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
    conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
    conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
    conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
    conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
    conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
    locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
    locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
    Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

    Rei

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    Reinar

    verbo intransitivo Governar um Estado como chefe supremo, especialmente como rei: Dom Pedro II reinou até 1889.
    Governar, proceder como rei: a arte de reinar.
    Figurado Dominar, estar em voga, prevalecer: essa moda reinou por pouco tempo.
    Existir, durar certo tempo: reinava silêncio na assembléia.
    Grassar, tratando-se de moléstias, de pragas: reinava a tiririca em grande trecho do terreno.
    Estar em pleno domínio: a noite reina.
    [Popular] Brincar, folgar; fazer travessuras.

    reinar
    v. 1. tr. ind. e Intr. Governar na qualidade de rei ou rainha. 2. tr. ind. e Intr. Ter grande prestígio ou influência; dominar, imperar. 3. tr. ind. e Intr. Aparecer, patentear-se; tornar-se notável; sobressair. 4. Intr. Grassar. 5. Intr. Mexer nalguma coisa, fazer travessuras: Toda criança gosta de reinar. 6. Intr. Fazer troça, reinação.

    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Samuel

    (Heb. “ouvido por Deus”).


    1. Veja Samuel.


    2. Filho de Amiúde, indicado pelo Senhor como o representante de Simeão. Após a conquista de Canaã, sua tarefa seria a de organizar a distribuição do território dado ao povo entre os vários clãs e famílias de sua tribo (Nm 34:20).


    Samuel [Nome de Deus ou Deus Ouve]

    Último dos JUÍZES 2, PROFETA e SACERDOTE. Ungiu Saul e Davi como reis (1Sm 1—25).

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    SAMUEL, PRIMEIRO LIVRO DE

    Livro que descreve a passagem do período dos JUÍZES 2, para o dos reis: SAMUEL foi o último juiz; SAUL e DAVI foram os dois primeiros reis do reino unido de Israel. O livro ensina que a obediência traz bênçãos, enquanto que a desobediência leva à desgraça.

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    SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE

    Livro que é a continuação de 1Sm. Nele se conta a história de DAVI, que foi primeiramente rei de Judá, no Sul (1—4), e depois de toda a nação, incluindo Israel, no Norte (5—24). Davi, homem de profunda fé e dedicação a Deus, venceu os inimigos, firmou-se no poder e estendeu o reino. Mas ele cometeu pecados de crueldade e violência. Todavia, advertido pelo profeta Natã, ele confessou os seus pecados e aceitou o castigo de Deus. Davi marcou presença como rei de Israel, tanto que, mais tarde, em tempos de sofrimento, o povo pedia um rei que fosse “um filho de Davi”, que fosse igual a ele (Jr 23:5; Os 3:5; Mt 21:19).


    Filho de Elcana e Ana. Seu pai era descendente de Levi, embora não da linhagem sacerdotal de Arão (1Cr 6:33-34). Sua mãe era estéril; ela orou ao Senhor e recebeu a promessa, por meio do sacerdote Eli, de que teria um filho. Alegre com a notícia, voltou para casa e fez um voto de dedicar a criança ao Senhor. Colocou nele o nome de Samuel (“o nome de Deus”), a fim de demonstrar sua esperança de que o filho carregaria o nome do Todo-poderoso. A tradução popular de I Samuel 1:20, “Tenho-o pedido ao Senhor”, pode ser ampliada pela adição do significado do nome de Samuel: “Tenho pedido ao Senhor (um nome de Deus) para Ele”. Realmente, Samuel estabeleceu o nome de Deus diante de seu povo, na maneira como lembrava a Israel sobre seus caminhos pecaminosos e a bondade do Todo-poderoso durante todas as crises nacionais e pessoais.

    Samuel foi o elo de ligação entre a época de Moisés/Josué e a de Davi/Salomão. Depois da morte de Moisés, Israel teve a garantia de que o Senhor estava com eles por meio da revelação que passou a Josué (Js 3:7; Js 4:14; Js 6:27). Pouco antes de sua morte Josué exortou os líderes de Israel a permanecer fiéis ao Senhor (Js 23:1-11), porque ele próprio não lideraria o povo na busca de um estado de “descanso” devido à sua idade avançada (Js 13:1).

    No período que se seguiu à morte de Josué 1srael rebelou-se contra o Senhor e muitas vezes experimentou o abandono divino. Moisés (Dt), Josué (Js 23:24) e os servos de Deus (Jz 2:1-5; Jz 6:7-10) exortaram o povo a permanecer perto de Deus, mas eles preferiram fazer o que mais lhes agradava. O Senhor colocara a lealdade de Israel à prova (Jz 2:22—3:1), mas o povo falhou individualmente, como tribo e nação. O período dos juízes foi a época dos fracassos de Israel e da resposta de Deus ao clamor de seu povo. Os israelitas tinham alcançado um ponto extremamente baixo na história da redenção (veja Juízes).

    Deus levantou Samuel nesse período de crise na história de Israel. Ele serviu ao povo como juiz, sacerdote e profeta. Como o último juíz (At 13:20) e o primeiro profeta (At 3:24), foi uma figura de transição entre o tempo dos Juízes e o dos Reis. Samuel foi o instrumento escolhido por Deus, cuja linhagem espiritual está ligada a Josué, Moisés e Abraão.

    O sacerdote Samuel

    Samuel começou seu serviço no Tabernáculo em Silo ainda muito jovem. Mesmo ao lado dos filhos de Eli, cujo comportamento obsceno era bem conhecido (1Sm 2:12-17-22-25), permaneceu firme em seu amor pelo Senhor. Numa noite, recebeu uma revelação especial de Deus concernente ao final da dinastia de Eli (1Sm 3:11-14). Esse oráculo foi o início do seu ministério profético. Samuel fora separado como profeta em Israel e todos começaram a reconhecê-lo como homem de Deus (1Sm 3:19-21).

    A profecia a respeito do juízo de Deus sobre a família de Eli cumpriu-se durante uma campanha militar contra os filisteus. Os filhos deste sacerdote, Hofni e Finéias, levaram a Arca da Aliança para a frente de batalha (1Sm 4). Ambos foram mortos e o objeto sagrado, capturado pelos inimigos. Ao ouvir sobre a morte dos filhos e o que acontecera à Arca, Eli caiu da cadeira onde estava sentado e morreu. A morte de Eli e de seus filhos e a vergonha pelo fato de a Arca da Aliança ter-se transformado em um troféu de guerra causaram o fim de Silo como centro religioso em Israel. A desolação do lugar chocou a nação e a reverberação do evento podia ser bem sentida até no século VI, quando Jeremias disse: “Ide agora ao meu lugar, que estava em Silo, onde, no princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel” (Jr 7:12).

    Embora não fosse descendente de Arão, Samuel serviu como sacerdote após o término da dinastia de Eli. Este aspecto de sua vida, entretanto, foi obscurecido por sua liderança como profeta e juiz em Israel. As facetas múltiplas de seu ministério foram mostradas juntas na narrativa da assembléia de Mispa. Samuel convocou os israelitas e exortou-os ao arrependimento, orou por eles e ofereceu um sacrifício em seu favor (1Sm 7), pelo que Deus os ajudou no ataque contra os filisteus. A vitória foi celebrada com a colocação de uma pedra memorial em Mispa (1Sm 7:12), que se chamou “Ebenézer” (“pedra da ajuda”).

    Como Moisés, Samuel orou pelo povo (1Sm 7:9; cf.12:17,19,23). No final de seu ministério público, fez uma revisão do passado de Israel, exortou os israelitas a aprender com a história e ameaçou-os com trovões e chuva de granizo (1Sm 12). Ao ouvir suas declarações proféticas e ver a devastação causada pela tempestade, o povo pediu novamente a Samuel que orasse por eles. Ele concordou, mas advertiu-os sobre o juízo iminente de Deus: “Tão-somente temei ao Senhor, e servi-o fielmente de todo o vosso coração; considerai quão grandiosas coisas vos fez. Se, porém, perseverardes em fazer o mal, perecereis, assim vós como o vosso rei” (1Sm 12:24-25).

    O profeta/vidente Samuel

    Samuel é considerado o primeiro profeta (At 3:24). O Senhor o chamou para ser mensageiro (1Sm 3:1-14) e nessa condição ele recebeu o espírito de Moisés (Jr 15:1).

    Foi reconhecido como “servo” de Deus, por meio de quem o Senhor falou com seu povo individualmente (1Sm 9:6) e como nação (1Sm 7:2-4; 1Sm 8:1-22). Seu ministério profético foi tão excelente que todas as tribos ouviram sobre o homem de Deus: “E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor” (1Sm 3:20). Veja Profetas e Profecia.

    O Juiz Samuel

    Samuel foi um juiz fiel, o qual viveu a teocracia ideal, deu forma à vida política de Israel, unificou as tribos e obteve vitória contra os filisteus (1Sm 7:13b-17). A função de juiz era política e religiosa. Como líder político, preservava a unidade das tribos e tratava das questões legais que estavam acima da esfera dos líderes locais. Como líder militar, “livrava” Israel dos inimigos. Durante o ministério de Samuel, o Senhor concedeu a Israel um período de descanso.

    O centro de sua liderança foi seu local de nascimento, Ramá (1Sm 7:17), de onde viajava e fazia um circuito por várias cidades. Pouco se sabe sobre sua vida doméstica, exceto que seus dois filhos (Joel e Abias) eram homens ímpios (1Sm 8:1-3). O fracasso dos dois deu ocasião a que os líderes do povo decidissem por um novo rumo na vida de Israel. Em vez de depender de figuras carismáticas, como os juízes, determinaram que a nação estava pronta a seguir a liderança de uma dinastia real (1Sm 8). O pedido foi recebido com relutância por Samuel, mas recebeu a aprovação de Deus. O profeta submeteu-se à vontade de Deus, ciente de que o novo rumo seria perigo-

    so para Israel. A providência divina trouxe Saul à vida de Samuel. Este jovem chegara a Ramá para perguntar ao profeta sobre o paradeiro das jumentas de seu pai. Apoiado por Deus, Samuel secretamente ungiu Saul como rei de Israel (1Sm 9). O Senhor também colocou-o como figura central da nação, depois que foi escolhido numa assembléia pública em Mispa, onde o rei foi determinado por meio de sorteio (1Sm 10). Deus selou a questão quando Saul demonstrou seu valor na batalha, ao ser bem-sucedido na luta contra os filisteus. Sua ambição pessoal, entretanto, contrastava com o serviço abnegado prestado por Samuel e no final levou-o completamente para longe da vontade de Deus. O Senhor queria a obediência do rei, enquanto Saul tentava agradar a Deus com ofertas. Em certa ocasião, desafiou as instruções de Samuel de exterminar completamente os amalequitas, pois guardou parte dos rebanhos e poupou a vida do próprio rei. Esse incidente ocasionou uma ruptura entre os dois e resultou na rejeição de Saul como rei de Israel: “Tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à sua palavra? Obedecer é melhor do que sacrificar, e atender melhor é do que a gordura de carneiros. Pois a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a iniqüidade de idolatria. Porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou, para que não sejas rei” (1Sm 15:22-23).

    A remoção da família de Saul de uma dinastia permanente na liderança de Israel abriu a possibilidade para outro rei. Davi foi o homem escolhido por Deus. Tinha um coração voltado para o Senhor e era totalmente diferente de Saul, o qual, com sua estatura e aparência máscula, fazia uma impressionante figura de rei. A escolha de Davi, o pastor/músico, foi a confirmação do Senhor para Samuel, que, ao ter dúvidas sobre a monarquia em Israel e ao advertir previamente o povo sobre o governo autocrático do rei, foi encorajado pela escolha divina de um homem piedoso.

    Samuel passou para o segundo plano, enquanto Saul lutava com Davi para ocupar a cena principal. O rei tinha ciúme do jovem Davi, cujos atos de heroísmo eram comentados por todo o povo. Saul fez todos os esforços para matar o ungido de Deus, na esperança de deixar o trono para Jônatas, seu filho. Samuel não teve o privilégio de viver o bastante para ver Davi subir ao trono. Morreu, foi sepultado e lamentado por toda a nação.

    Samuel é novamente mencionado antes da morte de Saul. O rei, com medo da batalha contra os filisteus, tentou falar com o profeta por meio de uma médium de En-Dor. Esta foi usada pelo diabo, que lhe falou sobre a morte iminente de Saul. Dias depois ele morreu na batalha, juntamente com três de seus filhos (1Sm 31:6).

    Samuel foi um fiel servo do Senhor. Seu nome é mencionado no Novo Testamento entre os heróis da fé (Hb 11:32). Veja também Aliança. W.A.VG.


    -

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    Saul

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    Pedido. l. o primeiro rei de israel, da tribo de Benjamim, filho de Quia, um lavrador rico (1 Sm 9.1 – 14.51 – 1 Cr 8.33). Como o povo desejava ter um rei, foi Samuel levado a ungir Saul, sendo ele depois eleito por meio da corte (1 Sm 10.21). Habitou em Gibeá (1 Sm 10.26 – 14.2). Como os amonitas, comandados por Naás, a um pedido dos homens de Jabes-Gileade, lhes tivessem oferecido o desprezo e a escravidão, levantou Saul o exército de israel e foi defender os sitiados de Jabes, conseguindo derrotar completamente o inimigo (1 Sm 10.27 – 11.1 a 13). Por instigação de Samuel foi Saul proclamado rei perante o Senhor em Gilgal (1 Sm 11.14,15). Firmou os seus direitos, ganhando a confiança do povo com o resultado das suas campanhas militares contra os inimigos de israel (1 Sm 14.47 a ó2). Todavia, numa guerra com os amalequitas, ele salvou o rei e o melhor do seu despojo, sendo por esse fato censurado por Samuel, que o avisou, então, de que Deus o tinha rejeitado (1 Sm 15). Neste período de tempo tornou-se o caráter de Saul sombrio e melancólico. Foi quando um espírito maligno da parte do Senhor o atormentava (1 Sm 16.14), que ele teve ocasião de, pela primeira vez, ver Davi, um pastor que tocava harpa, e que por isso fora levado para o palácio com o fim de acalmar o rei (1 Sm 16.18). E foi grande o êxito alcançado (1 Sm 16.23). Estimou grandemente o rei a Davi, sendo essa sua afeição maior do que a que dedicava a seu filho Jônatas. Desde este tempo as histórias de Saul e Davi acham-se estreitamente entrelaçadas. o dom profético, que primeiramente se desenvolvera nele, desapareceu, para voltar somente uma ou outra vez, sendo assinalada a maior parte dos quarenta anos do seu reinado por manifestações de uma louca raiva, em que ele mostrava terrível ciúme (1 Sm 19.24 – 22.6 e seg. – 28.3 a 9 – 1 Sm 21.1 e seg.). Noutra disposição do seu espírito procurou ele em certa ocasião uma feiticeira para receber dela conselhos (1 Sm 28.3 e seg.). (*veja Feiticeira.) Após este fato, houve uma invasão de filisteus, sendo Saul vencido, perseguido, e seus filhos mortos. Esta última calamidade fez que o ferido rei procurasse a morte, caindo sobre a sua própria espada (1 Sm 31.1 a 6). A sua cabeça foi colocada no templo de Dagom, sendo pendurado o seu corpo nu e os dos seus três filhos, nos muros de Bete-Seã. No princípio da sua carreira tinha ele salvo o povo de Jabes-Gileade, condenado a morrer. Agora os moradores de Jabes foram de noite buscar os desprezados corpos, dando-lhes respeitosa sepultura (1 Sm 31.11 a 13). (*veja Davi, En-Dor, Samuel.) 2. o sexto rei de Edom (Gn 36:37-38 – 1 Cr 1.48,49). 3. E na forma Saulo a referência é a Paulo antes da sua conversão (At 7:58 – 8.1,3 – 9.1 e seg.). (*veja Paulo.)

    (Heb. “pedido”).


    1. Saul, filho de Quis e o primeiro rei de Israel, é uma das figuras mais enigmáticas da Bíblia. Sua história, registrada em I Samuel 9:31, fez com que alguns estudiosos levantassem questões sobre a justiça e a bondade de Deus e do seu porta-voz, o profeta Samuel. Além disso, muitos eruditos expressaram dúvidas quanto à coerência lógica e literária das narrativas em que a carreira dele é descrita. Tudo isso criou um desânimo geral para se descobrir a verdade sobre Saul, pois as narrativas, que não foram contadas coerentemente, dificilmente oferecerão uma autêntica base.

    Estudos recentes, contudo, ajudam a resolver algumas dessas questões teológicas, literárias e históricas, conforme veremos a seguir.

    Saul, cujo nome soa como “(aquele) pedido”, é mencionado pela primeira vez em I Samuel 9:1-2, embora alguns comentaristas afirmem que detectaram sua presença velada bem antes disso. Desde que o verbo hebraico “pedir por” aparece repetidamente na história de Samuel (1Sm 1), alguns eruditos supõem que a narrativa do nascimento deste profeta na verdade é uma reconstituição de um registro original da vida de Saul. Um hipótese mais provável, entretanto, é que o escritor bíblico talvez tenha enfatizado a raiz “pedir por” na narrativa do nascimento de Samuel simplesmente para prefigurar o papel significativo que mais tarde Saul desempenharia no livro e talvez para antecipar o fato de que Samuel, aquele que foi “pedido a Deus” por Ana, uma mulher íntegra (1Sm 2:20-27,28), estaria diretamente envolvido na ascensão e queda de Saul, o que foi “pedido” pelos líderes da nação pecadora de Israel (1Sm 8:4-9; 1Sm 10:17-19).

    De qualquer maneira, a apresentação explícita de Saul encontra-se em I Samuel 9:1-2, onde é descrito como um belo exemplar de varão, alto e bonito. Embora freqüentemente se suponha que nesse momento de sua vida ele era apenas um “jovem tímido”, a descrição de que “desde os ombros para cima sobressaía em altura a todo o povo” torna isso muito improvável. Também é bom notar que, apesar de ser positiva, essa primeira descrição de Saul focaliza exclusivamente as qualidades exteriores, em contraste, por exemplo, com a apresentação de Davi (1Sm 16:18), que acrescenta às suas qualidades externas (boa aparência) o fato de que era “valente, sisudo em palavras” e, mais importante, que “o Senhor era com ele”.

    Coerentemente com as omissões em sua apresentação, logo fica claro que Saul, embora tivesse uma aparência física excelente, era carente das qualidades espirituais necessárias para ser um rei bem-sucedido em Israel. O primeiro indicador de sua falta de qualificação foi seu repetido fracasso em obedecer à palavra do Senhor transmitida por Samuel. Freqüentemente é observado que a função profética tornou-se mais específica com a instituição da monarquia em Israel. Quer dizer, de forma distinta da situação no livro de Juízes, quando Gideão, por exemplo, recebeu as instruções divinas e as cumpriu (Jz 6:8), com a monarquia houve uma divisão de responsabilidades, sendo as instruções muitas vezes transmitidas ao rei por um profeta; o governante, então, em obediência ao profeta, cumpria a instrução. Sob tal arranjo, é claro, era extremamente importante que o rei obedecesse ao homem de Deus, para que o governo divino (isto é, a teocracia) fosse mantido. Isso, entretanto, conforme a Bíblia mostra, Saul fracassou em fazer.

    Embora as ocasiões mais conhecidas da desobediência de Saul estejam em I Samuel 13:15, a primeira encontra-se em I Samuel 10. Quando Saul foi ungido por Samuel, três sinais foram dados como confirmação. De acordo com o texto, quando o último se cumprisse, Saul deveria “fazer o que a sua mão achasse para fazer” (de acordo com as palavras de Samuel em 1Sm 10:7), depois do que (de acordo com a instrução adicional de Samuel em 1Sm 10:8) deveria ir a Gilgal e aguardar novas ordens sobre a batalha contra os filisteus, que sua primeira ação certamente provocaria. Se Saul tivesse obedecido, teria demonstrado sua disposição para se submeter a uma “estrutura de autoridade teocrática” e confirmaria assim sua qualificação para ser rei. Também teria estado um passo mais próximo do trono, se seguisse o padrão dos três sinais: designação (por meio da unção), demonstração (por meio de um ato de heroísmo, isto é, “fazer o que sua mão achasse para fazer”, 1Sm 10:7) e finalmente a confirmação pelo povo e o profeta. Infelizmente, ao que parece Saul se desviou da responsabilidade de I Samuel 10:7 e, assim, precipitou o processo de sua ascensão. Embora sua vitória sobre os amonitas (1Sm
    11) fosse suficiente para satisfazer o povo e ocasionar a “renovação” de seu reinado (1Sm 11:14), pelo tom do discurso de Samuel (1Sm 12), é evidente que, pelo menos em sua mente, Saul ainda precisava passar por mais um teste.

    Em I Samuel 13, Jônatas, e não Saul, fez o que o rei deveria ter feito, ao atacar a guarnição dos filisteus. Aparentemente, ao reconhecer que a tarefa de I Samuel 10:7 fora realizada, ainda que por Jônatas, Saul desceu imediatamente a Gilgal, de acordo com I Samuel 10:8, para esperar a chegada de Samuel. Como o profeta demorou muito, em sua ausência Saul tomou a iniciativa de oferecer os sacrifícios em preparação para a batalha, ao julgar que a situação militar não permitiria mais demora. Mal terminou de oficiar a holocausto, Samuel chegou. Depois de ouvir as justificativas de Saul, o profeta anunciou que o rei agira insensatamente, por isso seu reinado não duraria muito. Às vezes os comentaristas justificam ou pelo menos atenuam as ações de Saul e criticam a reação de Samuel como severa demais. Entretanto, à luz do significado da tarefa dada a Saul em I Samuel 10:7-8 como um teste para sua qualificação, tais interpretações são equivocadas. Na ocasião da primeira rejeição de Saul e também na segunda (1Sm 15), suas ações específicas de desobediência eram apenas sintomas da incapacidade fundamental para se submeter aos requisitos necessários para um reinado teocrático. Resumindo, eram sintomas da falta de verdadeira fé em Deus (cf.1Cr 10:13).

    Depois de sua rejeição definitiva em I Samuel 15, Saul já não era mais o rei legítimo aos olhos de Deus (embora ainda permanecesse no trono por alguns anos) e o Senhor voltou sua atenção para outro personagem, ou seja, Davi. I Samuel 16:31 narra a desintegração emocional e psicológica de Saul, agravada pelo seu medo do filho de Jessé (1Sm 18:29), pois pressentia que aquele era o escolhido de Deus para substituí-lo como rei (1Sm 18:8-1Sm 20:31). Depois de falhar em diversas tentativas de ceifar a vida de Davi, Saul finalmente tirou a sua própria (1Sm 31:4). O novo rei em todo o tempo foi dirigido para o trono de forma providencial, às vezes indiretamente.

    Embora não seja possível entrar em mais detalhes num artigo como este, pode-se observar que as narrativas sobre Saul, quando interpretadas dentro das linhas sugeridas anteriormente, fazem um bom sentido literal e teológico; isso, por sua vez, abre a porta para uma avaliação mais positiva de sua veracidade histórica. P.L.


    2. Um dos reis de Edom antes dos israelitas terem conquistado a região. Foi o sucessor de Samlá e era natural de “Reobote do rio”. Baal-Hanã, filho de Acbor, foi rei em seu lugar (Gn 36:37-38; 1Cr 1:48-49).


    3. Sexto filho de Simeão, listado no grupo que desceu com Jacó para o Egito. Foi líder do clã dos saulitas (Gn 46:10; Ex 6:15; Nm 26:13-1Cr 4:24).


    4. Filho de Uzias, era descendente de Coate, da tribo de Levi (1Cr 6:24).


    Saul [Pedido a Deus]

    O primeiro rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1050 a 1010 a.C., tendo derrotado os inimigos de Israel (1Sm 8—14). Desobedeceu a Deus e, por isso, foi rejeitado por ele (1Sm 13:15). Tentou, por inveja, matar Davi (1Sm 16—
    26) e, no final, cometeu suicídio (1Sm 31).


    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Vaso

    substantivo masculino Recipiente côncavo, para líquidos, sólidos, flores etc.
    Navio de grandes proporções, geralmente de guerra.
    O mesmo que urinol.
    [Anatomia] Canal em que circula o sangue ou a linfa. (Distinguem-se três espécies de vasos: as artérias, os capilares e as veias.).
    Botânica Tubo condutor da seiva bruta.
    [Física] Vasos comunicantes, conjunto de vasos interligados, nos quais um líquido se eleva à mesma altura, qualquer que seja a forma de cada um deles.

    os hebreus tinham muitas formas deste objeto. Além do simples vaso de barro ou de metal, havia a panela para cozer carne (Êx 16:3). outras vezes trata-se de uma grande bacia, também empregada para lavar (Sl 60:8). outra palavra traduzida por vaso, era o “cheres”, que se usava para cozer qualquer coisa em fogo lento (Ez 4:9). o “dud” era outro utensílio de cozinha. o “saph” (Êx 12:22) era empregado para encerrar o sangue com que eram aspergidas as ombreiras das portas. o “kiyyor” (Êx 30:18) era uma pia de lavar. Mas tanto o kiyyor como o saph eram termos com que se designavam os vasos usados no ritual religioso. (*veja olaria.)

    Vaso
    1) Objeto próprio para conter líquidos (1Sm 10:1; At 1:7).


    2) Figuradamente: a) Pessoa física (1Pe 3:7, RC). b) Pessoa que recebe o castigo de Deus (Rm 9:22;
    v. NTLH) ou a sua misericórdia (Rm 9:23). c) Pessoa como instrumento de Deus (Rm 9:21; 2Co 4:7).


    Vem

    3ª pess. sing. pres. ind. de vir
    2ª pess. sing. imp. de vir
    Será que queria dizer vêm?

    vir -
    (latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).IR

    verbo transitivo

    2. Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).

    3. Derivar (ex.: o tofu vem da soja).

    4. Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).

    5. Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina). = PROVIR

    6. Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).

    7. Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).

    8. Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).

    9. Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).

    10. Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).

    11. Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).

    12. Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).

    verbo transitivo e intransitivo

    13. Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram). = COMPARECER

    verbo intransitivo

    14. Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).

    15. Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).

    16. Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).

    17. Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).

    18. Surgir (ex.: a chuva veio em força).

    19. Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio). = IRROMPER

    20. Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).

    verbo copulativo

    21. Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).

    verbo pronominal

    22. [Portugal, Informal] Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa). = GOZAR


    vir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão). = IR ABAIXO


    Ver também dúvida linguística: vir-se.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 16: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Até quando chorarás- lamentando por Saul, havendo-o Eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche de azeite o teu vaso- feito- de- chifre, e vai, envio-te a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos Me tenho provido de um rei."">Então disse o SENHOR a Samuel: "Até quando chorarás- lamentando por Saul, havendo-o Eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? Enche de azeite o teu vaso- feito- de- chifre, e vai, envio-te a Jessé o belemita; porque dentre os seus filhos Me tenho provido de um rei."
    I Samuel 16: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1024 a.C.
    H1022
    Bêyth hal-Lachmîy
    בֵּית הַלַּחְמִי
    ()
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H1980
    hâlak
    הָלַךְ
    ir, andar, vir
    (goes)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3448
    Yishay
    יִשַׁי
    broto tenro
    (calf)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H3988
    mâʼaç
    מָאַס
    rejeitar, desprezar, refugar
    (you shall despise)
    Verbo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4390
    mâlêʼ
    מָלֵא
    encher, estar cheio
    (and fill)
    Verbo
    H4427
    mâlak
    מָלַךְ
    ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
    (reigned)
    Verbo
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H4970
    mâthay
    מָתַי
    quando?
    (when)
    Pronome interrogativo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H56
    ʼâbal
    אָבַל
    cobrir-se de luto, lamentar
    (and mourned)
    Verbo
    H5704
    ʻad
    עַד
    até
    (until)
    Prepostos
    H589
    ʼănîy
    אֲנִי
    E eu
    (And I)
    Pronome
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H7161
    qeren
    קֶרֶן
    chifre
    (by his horns)
    Substantivo
    H7200
    râʼâh
    רָאָה
    e viu
    (and saw)
    Verbo
    H7586
    Shâʼûwl
    שָׁאוּל
    Saulo / Saul
    (Saul)
    Substantivo
    H7971
    shâlach
    שָׁלַח
    enviar, despedir, deixar ir, estender
    (he put forth)
    Verbo
    H8050
    Shᵉmûwʼêl
    שְׁמוּאֵל
    filho de Elcana com sua esposa Ana e juiz ou profeta de Israel durante os dias de Saul e
    (Shemuel)
    Substantivo
    H8081
    shemen
    שֶׁמֶן
    gordura, óleo
    (oil)
    Substantivo
    H859
    ʼattâh
    אַתָּה
    você / vocês
    (you)
    Pronome


    בֵּית הַלַּחְמִי


    (H1022)
    Bêyth hal-Lachmîy (bayth hal-lakh-mee')

    01022 בית הלחמי Beyth hal-Lachmiy

    gentílico procedente de 1035 com a insercão do artigo; adj Belemita = “casa de pão”

    1. um habitante de Belém

    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    הָלַךְ


    (H1980)
    hâlak (haw-lak')

    01980 הלך halak

    ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

    1. ir, andar, vir
      1. (Qal)
        1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
        2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
      2. (Piel)
        1. andar
        2. andar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. percorrer
        2. andar ao redor
      4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יִשַׁי


    (H3448)
    Yishay (yee-shah'-ee)

    03448 ישי Yishay (aramaico) אישׂי ’Iyshay

    procedente da mesma raiz que 3426, grego 2421 Ιεσσαι; DITAT - 926; n pr m

    Jessé = “Eu possuo”

    1. filho de Boaz e pai do rei Davi

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    מָאַס


    (H3988)
    mâʼaç (maw-as')

    03988 מאס ma’ac

    uma raiz primitiva; DITAT - 1139,1140;

    1. rejeitar, desprezar, refugar
      1. (Qal)
        1. rejeitar, refugar
        2. repudiar
      2. (Nifal) ser rejeitado
    2. (Nifal) fluir, escorrer

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מָלֵא


    (H4390)
    mâlêʼ (maw-lay')

    04390 מלא male’ ou מלא mala’ (Et 7:5)

    uma raiz primitiva; DITAT - 1195; v

    1. encher, estar cheio
      1. (Qal)
        1. estar cheio
          1. plenitude, abundância (particípio)
          2. estar cheio, estar completo, estar terminado
        2. consagrar, encher a mão
      2. (Nifal)
        1. estar cheio, estar armado, estar satisfeito
        2. estar concluído, estar terminado
      3. (Piel)
        1. encher
        2. satisfazer
        3. completar, terminar, concluir
        4. confirmar
      4. (Pual) estar cheio
      5. (Hitpael) reunir-se contra

    מָלַךְ


    (H4427)
    mâlak (maw-lak')

    04427 מלך malak

    uma raiz primitiva; DITAT - 1199,1200; v

    1. ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
      1. (Qal) ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
      2. (Hifil) tornar alguém rei ou rainha, fazer reinar
      3. (Hofal) ser feito rei ou rainha
    2. aconselhar, tomar conselho
      1. (Nifal) considerar

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    מָתַי


    (H4970)
    mâthay (maw-thah'ee)

    04970 מתי mathay

    procedente de uma raiz não utilizada significando estender; DITAT - 1266; adv interr

    1. quando?
      1. com prep
        1. para quando?, até quando?, por quanto tempo? depois de quanto tempo?

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    אָבַל


    (H56)
    ʼâbal (aw-bal')

    056 אבל ’abal

    uma raiz primitiva; DITAT - 6; v

    1. cobrir-se de luto, lamentar
      1. (Qal) cobrir-se de luto, lamentar
        1. referindo-se a seres humanos
        2. referindo-se a objetos inanimados (fig.)
          1. referindo-se aos portões
          2. referindo-se à terra
      2. (Hifil)
        1. lamentar, levar a lamentar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. lamentar
        2. fazer o papel daquele que lamenta

    עַד


    (H5704)
    ʻad (ad)

    05704 עד ̀ad

    propriamente, o mesmo que 5703 (usado como prep, adv ou conj); DITAT - 1565c prep

    1. até onde, até, até que, enquanto, durante
      1. referindo-se a espaço
        1. até onde, até que, mesmo até
      2. em combinação
        1. de...até onde, ambos...e (com ’de’, no sentido de origem)
      3. referindo-se ao tempo
        1. até a, até, durante, fim
      4. referindo-se a grau
        1. mesmo a, ao ponto de, até mesmo como conj
    2. até, enquanto, ao ponto de, mesmo que

    אֲנִי


    (H589)
    ʼănîy (an-ee')

    0589 אני ’aniy

    forma contrata de 595; DITAT - 129; pron pess

    1. eu (primeira pess. sing. - normalmente usado para ênfase)

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    קֶרֶן


    (H7161)
    qeren (keh'-ren)

    07161 קרן qeren

    procedente de 7160; DITAT - 2072a n. f.

    1. chifre
      1. chifre
      2. referindo-se à força (fig.)
      3. frasco (recipiente para óleo)
      4. trombeta (instrumento musical)
      5. chifre (pontas do altar em forma de chifre)
      6. raios de luz
      7. monte n. pr. l.
    2. (BDB) um lugar conquistado por Israel, provavelmente em Basã

    רָאָה


    (H7200)
    râʼâh (raw-aw')

    07200 ראה ra’ah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

    1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
      1. (Qal)
        1. ver
        2. ver, perceber
        3. ver, ter visão
        4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
        5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
        6. examinar, fitar
      2. (Nifal)
        1. aparecer, apresentar-se
        2. ser visto
        3. estar visível
      3. (Pual) ser visto
      4. (Hifil)
        1. fazer ver, mostrar
        2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
      5. (Hofal)
        1. ser levado a ver, ser mostrado
        2. ser mostrado a
      6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

    שָׁאוּל


    (H7586)
    Shâʼûwl (shaw-ool')

    07586 שאול Sha’uwl

    part. pass. de 7592, grego 4549 σαουλ; n. pr. m.

    Saul = “desejado”

    1. um benjamita, filho Quis, e o 1o. rei de Israel
    2. um antigo rei de Edom e sucessor de Samlá
    3. um filho de Simeão
    4. um levita, filho de Uzias

    שָׁלַח


    (H7971)
    shâlach (shaw-lakh')

    07971 שלח shalach

    uma raiz primitiva; DITAT - 2394; v

    1. enviar, despedir, deixar ir, estender
      1. (Qal)
        1. enviar
        2. esticar, estender, direcionar
        3. mandar embora
        4. deixar solto
      2. (Nifal) ser enviado
      3. (Piel)
        1. despedir, mandar embora, enviar, entregar, expulsar
        2. deixar ir, deixar livre
        3. brotar (referindo-se a ramos)
        4. deixar para baixo
        5. brotar
      4. (Pual) ser mandado embora, ser posto de lado, ser divorciado, ser impelido
      5. (Hifil) enviar

    שְׁמוּאֵל


    (H8050)
    Shᵉmûwʼêl (sehm-oo-ale')

    08050 שמואל Sh emuw’el̂

    procedente do part. pass. de 8085 e 410, grego 4545 σαμουηλ; n. pr. m. Samuel = “seu nome é El”

    1. filho de Elcana com sua esposa Ana e juiz ou profeta de Israel durante os dias de Saul e Davi
    2. filho de Amiúde e príncipe da tribo de Simeão, escolhido para dividir a terra de Canaã entre as tribos.
    3. filho de Tola e neto de Issacar.

    שֶׁמֶן


    (H8081)
    shemen (sheh'-men)

    08081 שמן shemen

    procedente de 8080, grego 1068 γεθσημανι; DITAT - 2410c; n. m.

    1. gordura, óleo
      1. gordura, obesidade
      2. azeite, azeite de oliva
        1. como produto, remédio ou ungüento
        2. usado para unção
      3. gordura (referindo-se à terra frutífera, vales) (metafórico)

    אַתָּה


    (H859)
    ʼattâh (at-taw')

    0859 אתה ’attah ou (forma contrata) את ’atta ou את ’ath feminino (irregular) algumas vezes אתי ’attiy plural masculino אתם ’attem feminino אתן ’atten ou אתנה ’attenah ou אתנה ’attennah

    um pronome primitivo da segunda pessoa; DITAT - 189; pron pess

    1. tu (segunda pess. sing. masc.)