Antigo Testamento

II Samuel 21:11

Capítulo Completo Perícope Completa

נָגַד דָּוִד עָשָׂה רִצפָּה בַּת אַיָה פִּילֶגֶשׁ שָׁאוּל

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Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

And it was told וַיֻּגַּ֖דH5046 David לְדָוִ֑דH1732  -  אֵ֧תH853 what אֲשֶׁר־H834 had done עָשְׂתָ֛הH6213 Rizpah רִצְפָּ֥הH7532 the daughter בַת־H1323 of Aiah אַיָּ֖הH345 the concubine פִּלֶ֥גֶשׁH6370 of Saul שָׁאֽוּל׃H7586

Interlinear com inglês (Fonte: Bible.hub)

Foi ditoH5046 נָגַדH5046 H8714 a DaviH1732 דָּוִדH1732 o que fizeraH6213 עָשָׂהH6213 H8804 RispaH7532 רִצפָּהH7532, filhaH1323 בַּתH1323 de AiáH345 אַיָהH345 e concubinaH6370 פִּילֶגֶשׁH6370 de SaulH7586 שָׁאוּלH7586.

(ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear (Fonte insegura)

Versões

Nesta seção, você pode conferir as nuances e particularidades de diversas versões sobre a perícope II Samuel 21:11 para a tradução (ARAi) - 1993 - Almeida Revisada e Atualizada
Foi dito a Davi o que fizera Rispa, filha de Aiá e concubina de Saul.
(ARA) - 1993 - Almeida Revisada e Atualizada

E foi dito a Davi o que fizera Rispa, filha de Aia, concubina de Saul.
(ARC) - 1969 - Almeida Revisada e Corrigida

Foi contado a Davi o que fizera Rispa, filha de Aiá e concubina de Saul.
(TB) - Tradução Brasileira

וַיֻּגַּ֖ד לְדָוִ֑ד אֵ֧ת אֲשֶׁר־ עָשְׂתָ֛ה רִצְפָּ֥ה בַת־ אַיָּ֖ה פִּלֶ֥גֶשׁ שָׁאֽוּל׃
(HSB) Hebrew Study Bible

E disseram a Davi o que Rispa, a filha de Aiá, a concubina de Saul, havia feito.
(BKJ) - Bíblia King James - Fiel 1611

E foi contado a Davi o que fizera Rispa, filha de Aiá, concubina de Saul.
(LTT) Bíblia Literal do Texto Tradicional

Informaram a Davi sobre o que fizera Resfa, filha de Aías, a concubina de Saul.
(BJ2) - 2002 - Bíblia de Jerusalém

H5046
way·yug·gaḏ
וַיֻּגַּ֖ד
(And it was told)
Verbo
H1732
lə·ḏā·wiḏ;
לְדָוִ֑ד
(David)
Substantivo
H853
’êṯ
אֵ֧ת
( - )
Acusativo
H834
’ă·šer-
אֲשֶׁר־
(what)
Partícula
H6213
‘ā·śə·ṯāh
עָשְׂתָ֛ה
(had done)
Verbo
H7532
riṣ·pāh
רִצְפָּ֥ה
(Rizpah)
Substantivo
H1323
ḇaṯ-
בַת־
(the daughter)
Substantivo
H345
’ay·yāh
אַיָּ֖ה
(of Aiah)
Substantivo
H6370
pi·le·ḡeš
פִּלֶ֥גֶשׁ
(the concubine)
Substantivo
H7586
šā·’ūl.
שָׁאֽוּל׃
(of Saul)
Substantivo

Strongs

O objetivo da Concordância de Strong é oferecer um índice de referência bíblico palavra por palavra, permitindo que o leitor possa localizar todas as ocorrências de um determinado termo na Bíblia. Desta forma, Strong oferece um modo de verificação de tradução independente e disponibiliza um recurso extra para uma melhor compreensão do texto.
Autor: James Strong


בַּת
(H1323)
Ver mais
bath (bath)
Mispar Hechrachi
402
Mispar Gadol
402
Mispar Siduri
24
Mispar Katan
6
Mispar Perati
160004

01323 בת bath

procedente de 1129 e 1121; DITAT - 254b n f

  1. filha
    1. filha, menina, filha adotiva, nora, irmã, netas, prima, criança do sexo feminino
      1. como forma educada de referir-se a alguém n pr f
      2. como designação de mulheres de um determinado lugar
  2. moças, mulheres
    1. referindo-se a personificação
    2. vilas (como filhas procedentes de cidades)
    3. descrição de caráter

דָּוִד
(H1732)
Ver mais
Dâvid (daw-veed')
Mispar Hechrachi
14
Mispar Gadol
14
Mispar Siduri
14
Mispar Katan
14
Mispar Perati
68

01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

  1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

אַיָּה
(H345)
Ver mais
ʼAyâh (ah-yaw')
Mispar Hechrachi
16
Mispar Gadol
16
Mispar Siduri
16
Mispar Katan
7
Mispar Perati
126

0345 איה ’Ayah

o mesmo que 344; n pr m Aiá ou Aías = “falcão”

  1. um horeu, filho de Zibeão
  2. pai de Rispa, concubina de Saul

נָגַד
(H5046)
Ver mais
nâgad (naw-gad')
Mispar Hechrachi
57
Mispar Gadol
57
Mispar Siduri
21
Mispar Katan
12
Mispar Perati
2525

05046 נגד nagad

uma raiz primitiva; DITAT - 1289; v

  1. ser conspícuo, contar, tornar conhecido
    1. (Hifil) contar, declarar
      1. contar, anunciar, relatar
      2. declarar, tornar conhecido, expôr
      3. informar
      4. publicar, declarar, proclamar
      5. admitir, reconhecer, confessar
        1. mensageiro (particípio)
    2. (Hofal) ser informado, ser anunciado, ser relatado

עָשָׂה
(H6213)
Ver mais
ʻâsâh (aw-saw')
Mispar Hechrachi
375
Mispar Gadol
375
Mispar Siduri
42
Mispar Katan
15
Mispar Perati
94925

06213 עשה ̀asah

uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

  1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
    1. (Qal)
      1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
        1. fazer
        2. trabalhar
        3. lidar (com)
        4. agir, executar, efetuar
      2. fazer
        1. fazer
        2. produzir
        3. preparar
        4. fazer (uma oferta)
        5. atender a, pôr em ordem
        6. observar, celebrar
        7. adquirir (propriedade)
        8. determinar, ordenar, instituir
        9. efetuar
        10. usar
        11. gastar, passar
    2. (Nifal)
      1. ser feito
      2. ser fabricado
      3. ser produzido
      4. ser oferecido
      5. ser observado
      6. ser usado
    3. (Pual) ser feito
  2. (Piel) pressionar, espremer

פִּילֶגֶשׁ
(H6370)
Ver mais
pîylegesh (pee-leh'-ghesh)
Mispar Hechrachi
423
Mispar Gadol
423
Mispar Siduri
63
Mispar Katan
18
Mispar Perati
97409

06370 פילגש piylegesh ou פלגשׂ pilegesh

de origem incerta; DITAT - 1770; n. f.

  1. concubina, amante
    1. concubina
    2. amante

רִצְפָּה
(H7532)
Ver mais
Ritspâh (rits-paw')
Mispar Hechrachi
375
Mispar Gadol
375
Mispar Siduri
60
Mispar Katan
24
Mispar Perati
54525

07532 רצפה Ritspah

o mesmo que 7531; n. pr. f. Rispa = “pavimentação”

  1. uma concubina do rei Saul e mãe de Armoni e Mefibosete

שָׁאוּל
(H7586)
Ver mais
Shâʼûwl (shaw-ool')
Mispar Hechrachi
337
Mispar Gadol
337
Mispar Siduri
40
Mispar Katan
13
Mispar Perati
90937

07586 שאול Sha’uwl

part. pass. de 7592, grego 4549 σαουλ; n. pr. m.

Saul = “desejado”

  1. um benjamita, filho Quis, e o 1o. rei de Israel
  2. um antigo rei de Edom e sucessor de Samlá
  3. um filho de Simeão
  4. um levita, filho de Uzias

אֲשֶׁר
(H834)
Ver mais
ʼăsher (ash-er')
Mispar Hechrachi
501
Mispar Gadol
501
Mispar Siduri
42
Mispar Katan
6
Mispar Perati
130001

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)

אֵת
(H853)
Ver mais
ʼêth (ayth)
Mispar Hechrachi
401
Mispar Gadol
401
Mispar Siduri
23
Mispar Katan
5
Mispar Perati
160001

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

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Comentários

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores






Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)






Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.






Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano






Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.






NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia






Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson







Referências Cruzadas

É sistema de referências cruzadas fornecidas na margem das Bíblias que ajuda o leitor a descobrir o significado de qualquer comparando com outras passagens da Bíblia.

Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Samuel 21:11

Rute 2:11 E respondeu Boaz e disse-lhe: Bem se me contou quanto fizeste à tua sogra, depois da morte de teu marido, e deixaste a teu pai, e a tua mãe, e a terra onde nasceste, e vieste para um povo que, dantes, não conheceste.
II Samuel 2:4 Então, vieram os homens de Judá e ungiram ali a Davi rei sobre a casa de Judá. E deram avisos a Davi, dizendo: Os homens de Jabes-Gileade são os que sepultaram Saul.

Dicionários

Trata-se da junção de diversos dicionários para melhor conseguir definir os termos do versículo.

Aia

substantivo feminino Designação utilizada para dama de companhia.
Mulher cujas responsabilidades estão relacionadas com a educação e criação de crianças que pertencem a famílias ricas ou nobres; preceptora.
Mulher que realiza serviços domésticos para alguém que faz parte da nobreza; ama.
Etimologia (origem da palavra aia). Do latim avia.ae.

Fonte: Dicionário Comum

substantivo feminino Designação utilizada para dama de companhia.
Mulher cujas responsabilidades estão relacionadas com a educação e criação de crianças que pertencem a famílias ricas ou nobres; preceptora.
Mulher que realiza serviços domésticos para alguém que faz parte da nobreza; ama.
Etimologia (origem da palavra aia). Do latim avia.ae.

Fonte: Dicionário Comum

Aias

fem. pl. de aio

ai·o
nome masculino

1. Indivíduo encarregado da educação doméstica de filhos de pessoa de grande tratamento.

2. Escudeiro.


ai·ó 1
(do cariri)
nome masculino

[Brasil] Bolsa para caça, feita geralmente de fibras de caroá.


ai·ó 2
interjeição

[Timor] Expressão que indica espanto, admiração.

Fonte: Dicionário Comum

irmão do SENHoR. 1. Sacerdote do Senhor em Silo. A arca de Deus estava sob o seu cuidado – ele trazia a estola e inquiria do Senhor por meio da arca (1 Sm 14.18). Provavelmente é o mesmo que Aimeleque em 1 Sm 21: eram filhos de Aitube (1 Sm 14.3 – 22.9). Era Aimeleque irmão do rei. 2. Filho de Bela (1 Cr 8.7), e que se pensa ser a mesma pessoa que Aoá (1 Cr 8.4). 3. Filho de Jerameel (1 Cr 2.25). 4. Um dos valentes de Davi (1 Cr 11.36). 5 Levita do reinado de Davi, que tinha a seu cargo os tesouros da casa de Deus, e, também, os das coisas sagradas (1 Cr 26.20. Ed. R.C.). Na E.R.A. não consta o nome Aías. 6. Um dos príncipes de Salomão (1 Rs 4.3). 7. Profeta de Silo (1 Rs 14.2), chamado por isso o silonita (1 Rs 11.29), nos dias de Salomão, e de Jeroboão, rei de israel. Existem dele duas notáveis profecias. A primeira diz respeito a Jeroboão – anuncia-lhe que dez tribos separar-se-iam de Salomão como castigo da idolatria deste rei, e seria para ele transferido o reino. Esta profecia chegou ao conhecimento de Salomão, e Jeroboão, a fim de salvar a vida, teve de fugir para junto de Sisaque, rei do Egito, onde permaneceu até à morte do rei de israel (1 Rs 11.29 a 40). A segunda profecia acha-se em 1 Rs 14.6 a 16, e foi dirigida à mulher de Jeroboão, que, sob disfarce, tinha vindo saber notícias de seu filho Abias, que estava doente. Aías predisse a morte do menino, bem como a destruição da casa de Jeroboão, por causa de sua idolatria – e também anunciou o cativeiro de israel para além do rio Eufrates. 8. Pai do rei Baasa (1 Rs 15.27, 33). 9. Um dos chefes do povo que selaram o convênio com Neemias (Ne 10:26).

Fonte: Dicionário Bíblico

Aiá

(Heb. “ave de rapina”).


1. Um dos filhos de Zibeom, edomita descendente de Seir (Gn 36:24-1Cr 1:40).


2. Pai de Rispa, uma das concubinas de Saul (2Sm 3:7-2Sm 21:10).

Fonte: Quem é quem na Bíblia?

Aiã

fraternal

Fonte: Dicionário Bíblico

(Heb. “um irmão”). Líder da tribo de Manassés e filho de Semida (1Cr 7:19).

Fonte: Quem é quem na Bíblia?

Aías

(Heb. “meu irmão é o Senhor”).


1. Bisneto do sacerdote Eli e filho de Aitube, era sacerdote em Silo. Sempre acompanhava o rei Saul para lhe dar orientação e era um dos responsáveis pela Arca da Aliança, quando Jônatas conquistou uma importante e notável vitória sobre os filisteus (1Sm 14:3-18).


2. Filho de Sisa, mencionado como secretário na corte de Salomão, o que, lingüisticamente, significa que era um escriba (1Rs 4:3).


3. Profeta de Silo que se opôs à idolatria de Salomão e falou sobre a divisão do reino, rasgando simbolicamente seu próprio manto. As doze partes desta roupa simbolizavam a ruptura do reino. Dez tribos revoltaram-se contra Roboão e fizeram Jeroboão rei no Norte (1Rs 11:29-31). O neto de Davi ficou como rei no Sul, sobre as tribos de Judá e Benjamim. A razão teológica para a divisão do reino foi o sincretismo e a apostasia de Salomão (1Rs 11:7-13; 1Rs 12:15-2Cr 9:29; 2Cr 10:15).

Jeroboão enviou sua esposa disfarçada a esse profeta, para descobrir se o filho deles ficaria bom de uma doença que contraíra. Aías reiterou sua profecia de condenação contra a casa de Jeroboão, ao confirmar que o menino morreria e Deus desarraigaria Israel da terra, “porque fizeram os seus bosques, provocando o Senhor à ira” (1Re 14:15). Sobre Jeroboão: “Lançarei fora os descendentes da casa de Jeroboão, como se lança fora o esterco, até que de todo se acabe” (1Rs 14:10). Para mais detalhes, veja Jeroboão.


4. Pai de Baasa, rei de Israel (1Rs 15:27-33; 1Rs 21:22-2Rs 9:9).


5. Filho de Jerameel, da tribo de Judá, mencionado apenas em I Crônicas 2:25.


6. Filho de Eúde, da tribo de Benjamim (1Cr 8:7). Essa passagem dá a entender que Aías e seu irmão foram eLivross para Manaate.


7. Um dos “heróis” de Davi, listado como pelonita (1Cr 11:36). S.V.


8. Um dos líderes em Neemias 10:26, que também colocou seu selo sobre o pacto que o povo fez de obedecer à lei do Senhor.

Fonte: Quem é quem na Bíblia?

Aías [Irmão de Javé]

Profeta do tempo de Jeroboão I (1Rs 11:29-39; 14:2-18).

Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida

Concubina

Vem do latim concumbere, "deitar-se com". Entrou no português apenas na forma feminina, para designar a mulher que ia para a cama com um homem sem estar casada com ele: ou, como diz o dicionário de Morais (1
813) uma mulher "amiga de um só, que não é prostituta". A linguagem jurídica utiliza-a no sentido técnico de mulher que vive maritalmente com um homem, sem estar casada. Na linguagem popular, no entanto, o termo adquiriu conotações pejorativas, o que explica por que ele é muito pouco usado para falar das pessoas que vivem juntas, como marido e mulher: prática que se tornou extremamente comum.

Fonte: Dicionário Etimológico

Na idade patriarcal não aparece muito clara a diferença entre esposa e concubina, devido ao predomínio da poligamia. Contudo, a concubina era, em geral, uma escrava. Com respeito aos filhos das concubinas, como as idéias de legitimidade não eram compreendidas como hoje, aparecem nas genealogias exatamente como os das esposas. Se a concubina fosse hebréia que tivesse sido comprada a seu pai como escrava, ou fosse uma pagã prisioneira de guerra, eram os seus direitos protegidos por lei (Êx 21:7Dt 21:10-14). Um hebreu não podia tomar para sua concubina uma mulher cananéia, embora fosse nesta classe de mulheres que as concubinas dos reis eram, na maior parte, procuradas. As mulheres hebréias livres, podiam, também, tornar-se concubinas (*veja Poligamia ).

Fonte: Dicionário Bíblico

Concubina Moça, geralmente pobre, que um homem comprava dos seus pais, ou aceitava como pagamento de dívidas, ou tomava como prisioneira de guerra. A concubina tinha direito a casa, comida e relações sexuais com o dono, que era considerado seu marido. Ela ficava em posição inferior à da esposa, porém não era olhada com desprezo pelos outros porque nos tempos do AT a lei permitia que um homem tivesse mais de uma mulher (Gn 25:6). V. HARÉM.

Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida

concubina s. f. Mulher ilegítima; amásia.

Fonte: Dicionário Comum

Contado

contado adj. 1. Cuja quantidade ou número se verificou; computado. 2. Narrado, referido.

Fonte: Dicionário Comum

Davi

Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida

Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).

Fonte: Dicionário de Jesus e Evangelhos

o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

Fonte: Dicionário Bíblico

Dados Gerais

Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

Antecedentes

Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

Davi eleito por Deus para ser rei

Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

Davi com Saul

Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

Saul contra Davi

Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

Davi é exaltado ao reino

Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

Jerusalém como centro do reino de Davi

A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

A queda de Davi

A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

Os últimos dias de Davi

No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

Conclusão

Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

W.A. e V.G.

Fonte: Quem é quem na Bíblia?

Nome Hebraico - Significado: Amado.

Fonte: Dicionário Comum

Dito

adjetivo Que se disse; mencionado, referido.
substantivo masculino Expressão; frase; sentença; conceito; mexerico.
Dar o dito por não dito, considerar sem efeito o que se disse.

Fonte: Dicionário Comum

Dito
1) Palavra (Nu 24:4)

2) PROVÉRBIO (Hc 2:6). 3 Notícia; rumor (Jo 21:23).

Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida

Filha

substantivo feminino Pessoa do sexo feminino, considerada em relação a seu pai ou a sua mãe.
Figurado Nascida, descendente, natural.

Fonte: Dicionário Comum

A palavra, segundo o uso que temna Escritura, quer algumas vezes dizer neta, ou outra descendente. ‘Filha de Belial’ (1 Sm 1,16) simplesmente significa ‘Filha da indignidade’, isto é, mulher indigna. A palavra ‘filha’ é, também, freqüentemente usada a respeito das cidades. Sobre a herança das filhas, *veja Nm 27:6-11.

Fonte: Dicionário Bíblico

Filha
1) Pessoa do sexo feminino em relação aos pais (At 21:9).


2) Descendente (Lc 1:5).


3) Mulher (Gn 28:6; Lc 23:28).


4) O povo, representado por uma jovem (Is 22:4; Jr 4:31; Lm 2:2).

Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida

Informar

verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Fazer com que se torne conhecido; tomar conhecimento sobre; notificar: o professor informou a data da prova; para o próximo exame, informe-se mais.
[Jurídico] Dispor os elementos necessários para iniciar um processo: o advogado informou a ação judicial.
Oferecer instrução a alguém; ministrar aulas; ensinar: ele informou os alunos.
verbo transitivo direto e intransitivo Noticiar, oferecer informações: o papel do presidente é informar o povo; informou imparcialmente.
verbo bitransitivo Prevenir ou impedir que algo aconteça antecipadamente: informaram o vizinho do perigo de enchentes.
Etimologia (origem da palavra informar). Do latim informare.

Fonte: Dicionário Comum

Rispa

Pedra brilhante. Concubina do rei Saul. A acusação, que is-Bosete fez contra Abner (2 Sm 3.7), ocultava a insinuação de que Abner tinha em vista uma tentativa para apoderar-se do trono. Rispa era a mãe de Armoni e Mefibosete, filhos de Saul. Estes dois filhos e mais cinco netos de Saul foram por Davi entregues aos gibeonitas, como expiação pela mortandade que Saul tinha efetuado nestes últimos. os gibeonitas crucificaram os sete israelitas, ficando os seus corpos nas cruzes desde o principio da ceifa da cevada na primavera, por todo o ardente estio, até à queda das chuvas periódicas em outubro. Rispa, durante todo aquele tempo, conservou-se sentada perto do lugar, não consentindo que de dia as aves do céu, e de noite as feras do campo devorassem os corpos (2 Sm 21.1 a 11).

Fonte: Dicionário Bíblico

(Heb. “pedra quente ou carvão”). Uma das concubinas de Saul, filha de Aiá. Quando este rei morreu, seu filho IsBosete ocupou o seu lugar no comando de 11 tribos (Davi governava Judá). Durante seu breve reinado, Abner tornou-se cada vez mais poderoso e por isso o rei o acusou de ter dormido com Rispa, a concubina de seu pai (2Sm 3:7). Não se sabe ao certo se a acusação tinha fundamento ou se foi apenas uma manobra pela qual Is-Bosete tencionava livrar-se da ameaça de Abner. A ideia de dormir com a concubina ou a esposa de um rei morto indicava a clara intenção de disputar o trono. Abner alegou que sempre fora leal à casa de Saul e ficou tão furioso que transferiu sua lealdade ao rei Davi.

O nome de Rispa é citado novamente em II Samuel 21:11. Um grave período de fome, que durou três anos, levou Davi a perguntar ao Senhor qual era a causa. A resposta foi que tudo acontecia por causa da tentativa de Saul de destruir os gibeonitas e, assim, quebrar o pacto que Josué fizera com eles (Js 9). Davi perguntou aos gibeonitas o que devia fazer para contornar a situação e eles pediram que lhes fossem entregues sete descendentes de Saul, para que fossem mortos. Os dois filhos de Rispa com Saul, Armoni e Mefibosete, estavam entre os que foram entregues pelo rei. Seus corpos foram deixados expostos em Gibeá. Rispa colocou-se sobre a rocha perto dos cadáveres e não permitiu que os pássaros ou animais tocassem neles, “desde o princípio da sega, até que a água caiu do céu” (1Sm 21:10). Davi, impressionado com a devoção dela, ordenou que os corpos de seus filhos, bem como os de Saul e Jônatas, fossem sepultados juntos no túmulo de Quis, em Zela, na região de Benjamim (vv. 11-14). P.D.G.

Fonte: Quem é quem na Bíblia?

Saul

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Fonte: Dicionário Comum

Pedido. l. o primeiro rei de israel, da tribo de Benjamim, filho de Quia, um lavrador rico (1 Sm 9.1 – 14.51 – 1 Cr 8.33). Como o povo desejava ter um rei, foi Samuel levado a ungir Saul, sendo ele depois eleito por meio da corte (1 Sm 10.21). Habitou em Gibeá (1 Sm 10.26 – 14.2). Como os amonitas, comandados por Naás, a um pedido dos homens de Jabes-Gileade, lhes tivessem oferecido o desprezo e a escravidão, levantou Saul o exército de israel e foi defender os sitiados de Jabes, conseguindo derrotar completamente o inimigo (1 Sm 10.27 – 11.1 a 13). Por instigação de Samuel foi Saul proclamado rei perante o Senhor em Gilgal (1 Sm 11.14,15). Firmou os seus direitos, ganhando a confiança do povo com o resultado das suas campanhas militares contra os inimigos de israel (1 Sm 14.47 a ó2). Todavia, numa guerra com os amalequitas, ele salvou o rei e o melhor do seu despojo, sendo por esse fato censurado por Samuel, que o avisou, então, de que Deus o tinha rejeitado (1 Sm 15). Neste período de tempo tornou-se o caráter de Saul sombrio e melancólico. Foi quando um espírito maligno da parte do Senhor o atormentava (1 Sm 16.14), que ele teve ocasião de, pela primeira vez, ver Davi, um pastor que tocava harpa, e que por isso fora levado para o palácio com o fim de acalmar o rei (1 Sm 16.18). E foi grande o êxito alcançado (1 Sm 16.23). Estimou grandemente o rei a Davi, sendo essa sua afeição maior do que a que dedicava a seu filho Jônatas. Desde este tempo as histórias de Saul e Davi acham-se estreitamente entrelaçadas. o dom profético, que primeiramente se desenvolvera nele, desapareceu, para voltar somente uma ou outra vez, sendo assinalada a maior parte dos quarenta anos do seu reinado por manifestações de uma louca raiva, em que ele mostrava terrível ciúme (1 Sm 19.24 – 22.6 e seg. – 28.3 a 9 – 1 Sm 21.1 e seg.). Noutra disposição do seu espírito procurou ele em certa ocasião uma feiticeira para receber dela conselhos (1 Sm 28.3 e seg.). (*veja Feiticeira.) Após este fato, houve uma invasão de filisteus, sendo Saul vencido, perseguido, e seus filhos mortos. Esta última calamidade fez que o ferido rei procurasse a morte, caindo sobre a sua própria espada (1 Sm 31.1 a 6). A sua cabeça foi colocada no templo de Dagom, sendo pendurado o seu corpo nu e os dos seus três filhos, nos muros de Bete-Seã. No princípio da sua carreira tinha ele salvo o povo de Jabes-Gileade, condenado a morrer. Agora os moradores de Jabes foram de noite buscar os desprezados corpos, dando-lhes respeitosa sepultura (1 Sm 31.11 a 13). (*veja Davi, En-Dor, Samuel.) 2. o sexto rei de Edom (Gn 36:37-38 – 1 Cr 1.48,49). 3. E na forma Saulo a referência é a Paulo antes da sua conversão (At 7:58 – 8.1,3 – 9.1 e seg.). (*veja Paulo.)

Fonte: Dicionário Bíblico

(Heb. “pedido”).


1. Saul, filho de Quis e o primeiro rei de Israel, é uma das figuras mais enigmáticas da Bíblia. Sua história, registrada em I Samuel 9:31, fez com que alguns estudiosos levantassem questões sobre a justiça e a bondade de Deus e do seu porta-voz, o profeta Samuel. Além disso, muitos eruditos expressaram dúvidas quanto à coerência lógica e literária das narrativas em que a carreira dele é descrita. Tudo isso criou um desânimo geral para se descobrir a verdade sobre Saul, pois as narrativas, que não foram contadas coerentemente, dificilmente oferecerão uma autêntica base.

Estudos recentes, contudo, ajudam a resolver algumas dessas questões teológicas, literárias e históricas, conforme veremos a seguir.

Saul, cujo nome soa como “(aquele) pedido”, é mencionado pela primeira vez em I Samuel 9:1-2, embora alguns comentaristas afirmem que detectaram sua presença velada bem antes disso. Desde que o verbo hebraico “pedir por” aparece repetidamente na história de Samuel (1Sm 1), alguns eruditos supõem que a narrativa do nascimento deste profeta na verdade é uma reconstituição de um registro original da vida de Saul. Um hipótese mais provável, entretanto, é que o escritor bíblico talvez tenha enfatizado a raiz “pedir por” na narrativa do nascimento de Samuel simplesmente para prefigurar o papel significativo que mais tarde Saul desempenharia no livro e talvez para antecipar o fato de que Samuel, aquele que foi “pedido a Deus” por Ana, uma mulher íntegra (1Sm 2:20-27,28), estaria diretamente envolvido na ascensão e queda de Saul, o que foi “pedido” pelos líderes da nação pecadora de Israel (1Sm 8:4-9; 1Sm 10:17-19).

De qualquer maneira, a apresentação explícita de Saul encontra-se em I Samuel 9:1-2, onde é descrito como um belo exemplar de varão, alto e bonito. Embora freqüentemente se suponha que nesse momento de sua vida ele era apenas um “jovem tímido”, a descrição de que “desde os ombros para cima sobressaía em altura a todo o povo” torna isso muito improvável. Também é bom notar que, apesar de ser positiva, essa primeira descrição de Saul focaliza exclusivamente as qualidades exteriores, em contraste, por exemplo, com a apresentação de Davi (1Sm 16:18), que acrescenta às suas qualidades externas (boa aparência) o fato de que era “valente, sisudo em palavras” e, mais importante, que “o Senhor era com ele”.

Coerentemente com as omissões em sua apresentação, logo fica claro que Saul, embora tivesse uma aparência física excelente, era carente das qualidades espirituais necessárias para ser um rei bem-sucedido em Israel. O primeiro indicador de sua falta de qualificação foi seu repetido fracasso em obedecer à palavra do Senhor transmitida por Samuel. Freqüentemente é observado que a função profética tornou-se mais específica com a instituição da monarquia em Israel. Quer dizer, de forma distinta da situação no livro de Juízes, quando Gideão, por exemplo, recebeu as instruções divinas e as cumpriu (Jz 6:8), com a monarquia houve uma divisão de responsabilidades, sendo as instruções muitas vezes transmitidas ao rei por um profeta; o governante, então, em obediência ao profeta, cumpria a instrução. Sob tal arranjo, é claro, era extremamente importante que o rei obedecesse ao homem de Deus, para que o governo divino (isto é, a teocracia) fosse mantido. Isso, entretanto, conforme a Bíblia mostra, Saul fracassou em fazer.

Embora as ocasiões mais conhecidas da desobediência de Saul estejam em I Samuel 13:15, a primeira encontra-se em I Samuel 10. Quando Saul foi ungido por Samuel, três sinais foram dados como confirmação. De acordo com o texto, quando o último se cumprisse, Saul deveria “fazer o que a sua mão achasse para fazer” (de acordo com as palavras de Samuel em 1Sm 10:7), depois do que (de acordo com a instrução adicional de Samuel em 1Sm 10:8) deveria ir a Gilgal e aguardar novas ordens sobre a batalha contra os filisteus, que sua primeira ação certamente provocaria. Se Saul tivesse obedecido, teria demonstrado sua disposição para se submeter a uma “estrutura de autoridade teocrática” e confirmaria assim sua qualificação para ser rei. Também teria estado um passo mais próximo do trono, se seguisse o padrão dos três sinais: designação (por meio da unção), demonstração (por meio de um ato de heroísmo, isto é, “fazer o que sua mão achasse para fazer”, 1Sm 10:7) e finalmente a confirmação pelo povo e o profeta. Infelizmente, ao que parece Saul se desviou da responsabilidade de I Samuel 10:7 e, assim, precipitou o processo de sua ascensão. Embora sua vitória sobre os amonitas (1Sm
11) fosse suficiente para satisfazer o povo e ocasionar a “renovação” de seu reinado (1Sm 11:14), pelo tom do discurso de Samuel (1Sm 12), é evidente que, pelo menos em sua mente, Saul ainda precisava passar por mais um teste.

Em I Samuel 13, Jônatas, e não Saul, fez o que o rei deveria ter feito, ao atacar a guarnição dos filisteus. Aparentemente, ao reconhecer que a tarefa de I Samuel 10:7 fora realizada, ainda que por Jônatas, Saul desceu imediatamente a Gilgal, de acordo com I Samuel 10:8, para esperar a chegada de Samuel. Como o profeta demorou muito, em sua ausência Saul tomou a iniciativa de oferecer os sacrifícios em preparação para a batalha, ao julgar que a situação militar não permitiria mais demora. Mal terminou de oficiar a holocausto, Samuel chegou. Depois de ouvir as justificativas de Saul, o profeta anunciou que o rei agira insensatamente, por isso seu reinado não duraria muito. Às vezes os comentaristas justificam ou pelo menos atenuam as ações de Saul e criticam a reação de Samuel como severa demais. Entretanto, à luz do significado da tarefa dada a Saul em I Samuel 10:7-8 como um teste para sua qualificação, tais interpretações são equivocadas. Na ocasião da primeira rejeição de Saul e também na segunda (1Sm 15), suas ações específicas de desobediência eram apenas sintomas da incapacidade fundamental para se submeter aos requisitos necessários para um reinado teocrático. Resumindo, eram sintomas da falta de verdadeira fé em Deus (cf.1Cr 10:13).

Depois de sua rejeição definitiva em I Samuel 15, Saul já não era mais o rei legítimo aos olhos de Deus (embora ainda permanecesse no trono por alguns anos) e o Senhor voltou sua atenção para outro personagem, ou seja, Davi. I Samuel 16:31 narra a desintegração emocional e psicológica de Saul, agravada pelo seu medo do filho de Jessé (1Sm 18:29), pois pressentia que aquele era o escolhido de Deus para substituí-lo como rei (1Sm 18:8-1Sm 20:31). Depois de falhar em diversas tentativas de ceifar a vida de Davi, Saul finalmente tirou a sua própria (1Sm 31:4). O novo rei em todo o tempo foi dirigido para o trono de forma providencial, às vezes indiretamente.

Embora não seja possível entrar em mais detalhes num artigo como este, pode-se observar que as narrativas sobre Saul, quando interpretadas dentro das linhas sugeridas anteriormente, fazem um bom sentido literal e teológico; isso, por sua vez, abre a porta para uma avaliação mais positiva de sua veracidade histórica. P.L.


2. Um dos reis de Edom antes dos israelitas terem conquistado a região. Foi o sucessor de Samlá e era natural de “Reobote do rio”. Baal-Hanã, filho de Acbor, foi rei em seu lugar (Gn 36:37-38; 1Cr 1:48-49).


3. Sexto filho de Simeão, listado no grupo que desceu com Jacó para o Egito. Foi líder do clã dos saulitas (Gn 46:10; Ex 6:15; Nm 26:13-1Cr 4:24).


4. Filho de Uzias, era descendente de Coate, da tribo de Levi (1Cr 6:24).

Fonte: Quem é quem na Bíblia?

Saul [Pedido a Deus]

O primeiro rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1050 a 1010 a.C., tendo derrotado os inimigos de Israel (1Sm 8—14). Desobedeceu a Deus e, por isso, foi rejeitado por ele (1Sm 13:15). Tentou, por inveja, matar Davi (1Sm 16—
26) e, no final, cometeu suicídio (1Sm 31).

Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida