Enciclopédia de Jó 4:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jó 4: 17

Versão Versículo
ARA Seria, porventura, o mortal justo diante de Deus? Seria, acaso, o homem puro diante do seu Criador?
ARC Seria porventura o homem mais justo do que Deus? Seria porventura o varão mais puro do que o seu Criador?
TB Pode o mortal ser justo diante de Deus?
HSB הַֽ֭אֱנוֹשׁ מֵאֱל֣וֹהַ יִצְדָּ֑ק אִ֥ם מֵ֝עֹשֵׂ֗הוּ יִטְהַר־ גָּֽבֶר׃
BKJ Será o homem mortal mais justo do que Deus? Será o homem mais puro do que o seu criador?
LTT Seria porventura o homem- mortal mais justo do que Deus? Seria porventura o homem- forte mais puro do que o seu Criador?
BJ2 "Pode o homem ser justo diante de Deus? Um mortal ser puro diante do seu Criador?
VULG Numquid homo, Dei comparatione, justificabitur ? aut factore suo purior erit vir ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 4:17

Gênesis 18:25 Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti seja. Não faria justiça o Juiz de toda a terra?
Jó 8:3 Porventura, perverteria Deus o direito, e perverteria o Todo-Poderoso a justiça?
Jó 9:2 Na verdade sei que assim é; porque como se justificaria o homem para com Deus?
Jó 9:30 Ainda que me lave com água de neve, e purifique as minhas mãos com sabão,
Jó 14:4 (Quem do imundo tirará o puro? Ninguém!)
Jó 15:14 Que é o homem, para que seja puro? E o que nasce da mulher, para que fique justo?
Jó 25:4 Como, pois, seria justo o homem perante Deus, e como seria puro aquele que nasce da mulher?
Jó 35:2 Tens por direito dizeres: Maior é a minha justiça do que a de Deus?
Jó 35:10 Mas ninguém diz: Onde está Deus, que me fez? Que dá salmos entre a noite?
Jó 40:8 Porventura, também farás tu vão o meu juízo ou me condenarás, para te justificares?
Salmos 143:2 e não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente.
Salmos 145:17 Justo é o Senhor em todos os seus caminhos e santo em todas as suas obras.
Eclesiastes 7:20 Na verdade, não há homem justo sobre a terra, que faça bem e nunca peque.
Jeremias 12:1 Justo serias, ó Senhor, ainda que eu entrasse contigo num pleito; contudo, falarei contigo dos teus juízos. Por que prospera o caminho dos ímpios, e vivem em paz todos os que cometem o mal aleivosamente?
Jeremias 17:9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?
Marcos 7:20 E dizia: O que sai do homem, isso é que contamina o homem.
Romanos 2:5 Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus,
Romanos 3:4 De maneira nenhuma! Sempre seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso, como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras e venças quando fores julgado.
Romanos 9:20 Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura, a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?
Romanos 11:33 Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
Apocalipse 4:8 E os quatro animais tinham, cada um, respectivamente, seis asas e, ao redor e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
SEÇÃO II

JÓ DEBATE O SIGNIFICADO DO SEU SOFRIMENTO

4:1-31.40

O argumento principal do livro vem em forma de discursos formais feitos por Jó e seus amigos. Estes discursos são organizados em ciclos. Cada um dos amigos fala e ouve a resposta de Jó. Isso ocorre três vezes, com a exceção do terceiro ciclo que de certa forma é incompleto, seja como indicação de que Jó foi o vitorioso ou de que o texto como o temos hoje não preserva a ordem original.

A. O PRIMEIRO CICLO DE DISCURSOS 4:1-14.22

1. O Primeiro Discurso de Elifaz (4:1-5,27)

Os amigos de Jó, além da cortesia e simpatia orientais, ficaram quietos até que Jó quebrasse o silêncio. Então, depois de sete dias, Elifaz, o temanita, sente-se no dever de falar em resposta ao lamento em que Jó mostrou sua incapacidade de aceitar seu destino com serenidade e paciência. O fato de Elifaz falar primeiro sugere que é o mais velho ou, por algum motivo não declarado, sua sabedoria é considerada mais elevada pelos outros.

a) Elifaz repreende a Jó pelo seu desânimo (4:1-6). Elifaz começa seu discurso de forma gentil e amável. Com cuidado, ele pede que Jó lhe dê ouvidos: Se intentarmos falar-te (2). Ele sabe que qualquer pessoa aflita na situação de Jó deveria estar debaixo de extrema pressão emocional e física. Por isso, ele pede permissão para falar. Enfadar-te-ás? seria melhor traduzido por: "Você ficará ofendido?" (RSV). Existe uma certa im-plicação humorística na tradução de J. M. P. Smith, na qual os personagens da história ficam sentados por sete dias para finalmente Elifaz perguntar: "Se arriscássemos falar a você, você se incomodaria?" O texto hebraico permite essa tradução, mas é bastante improvável que Elifaz tivesse a intenção de ser jocoso.' Mas quem poderá conter as palavras? Algum comentário se faz necessário. Já haviam demonstrado simpatia e pre-ocupação, mas a "explosão" de Jó não podia ficar sem resposta. Jó deveria entender isso, porque ele próprio havia instruído com sucesso a muitos (3). Com tato, Elifaz começa a repreender Jó por sua falta de paciência.

Jó havia confortado a outros — ele tinha fortificado os joelhos desfalecentes (4) — mas agora que a dificuldade estava sobre ele, tinha se esquecido da verdade contida em seu próprio conselho (5). Temor a Deus no pensamento hebraico é a base da sabedoria e da religião (veja 1.9; Êx 14:31; Lv 19:14-32; 25.17; Ec 12:13), e como tal pode ser equiparado com reverência. Por esse motivo, Elifaz pergunta: Porventura, não era o teu temor de Deus a tua confiança? (6). As convicções religiosas fundamentais de Jó deveriam mantê-lo firme nesse período turbulento de sua vida. Não somente isso, mas sinceridade dos teus caminhos —ou melhor, a integridade do caráter — deveria ser a base da esperança de Jó. Essa não é a hora de entregar-se ao desânimo e à melancolia.

  • Os homens colhem aquilo que semeiam (4:7-11). Para provar que a confiança em Deus e a vida reta resultam em benefícios, Elifaz aponta para aquilo que ele acredita ser a verdade evidente. Qual é o inocente que jamais pereceu? (7). A resposta que se espera a essa pergunta é que os justos não são levados à destruição por meio das dificul-dades. Pelo contrário, a destruição é o destino dos ímpios. Contra os ímpios vem o hálito do Senhor [...1 o assopro da sua ira (9), isto é, o vento furioso e destruidor do julga-mento de Deus. Além do mais, existe um princípio divino em ação. É a lei da colheita. Aqueles que semeiam o mal segam isso mesmo (8).
  • A destruição dos ímpios é descrita mais adiante nos versículos 10:11 por meio de uma outra figura vívida —a dissolução de uma cova de leões. Davidson ressalta que existem cinco palavras usadas em relação ao leão nestes versículos: o bramido do leão, o leão feroz, os leõezinhos, o leão velho (forte) e os filhos da leoa. Elifaz traça um paralelo entre o ímpio e o leão em duas situações: em primeiro lugar, a força deles; e em segundo lugar, a sua natureza violenta. Os ímpios experimentarão o que experimenta um forte leão que ruge. A sua presa é tirada subitamente da sua boca e seus dentes [...1 se quebrantam, e ele acaba morrendo por falta de comida. Os filhos [da leoa], então desamparados, andam dispersos porque não têm nenhum provedor de comida. Da mesma maneira, desastre ou julgamento recairão sobre homens perversos cuja natureza violenta é semelhante à do leão (veja 5:2-5).2

  • Já deveria buscar a Deus (4:12-5.16). Em seguida, Elifaz apela à autoridade sobrenatural para provar sua posição: Uma palavra se me disse em segredo (12). Literalmente: "Veio a mim uma palavra secretamente". Isso é diferente da vinda da palavra do Senhor ao profeta (veja Jr 1:4-2.1, 4, etc.). Também não é dessa maneira que os profetas descrevem suas experiências com visões. A experiência de Elifaz aconteceu no meio da noite (13). Sobreveio-lhe o tremor (14). No versículo 15 lemos: Então, um espírito passou. A palavra hebraica ruach é melhor traduzida aqui por "vento" em vez de espírito. Ruach pode significar duas coisas, mas como Terrien ressalta, a forma mas-culina como a usada aqui, sempre se refere ao respirar ou fôlego. Elifaz não está descre-vendo um fantasma ou uma aparição. A palavra ruach nunca é usada dessa forma no
  • Antigo Testamento. Trata-se de uma presença que ele sentiu e ouviu (16).4 Calando-me, ouvi uma voz (16) significa, literalmente: "Houve silêncio, e ouvi uma voz", talvez um sussurro — cf. um sussurro (12) e I Reis 19:12.

    A mensagem é apresentada na forma de duas perguntas: Seria, porventura, o homem mais justo do que Deus? e: Seria, porventura, o varão mais puro do que o seu Criador? (17). Essa construção na ARC é urna tradução aceitável, mas o sentido é estranho e impossível, a não ser que seja uma hipérbole. Também é possível traduzir esse texto, como é o caso quase universalmente, da seguinte maneira: "Poderá um mor-tal ser justo diante de Deus? Poderá um homem ser puro diante do seu Criador?"' Essas perguntas introduzem a situação humana que Elifaz observa por toda parte.

    O homem é incapaz de ser perfeito, constata Elifaz. Nesse ponto ele bondosamente corrige a Jó, que parecia estar próximo de colocar-se no papel do Criador quando recla-mava acerca do seu nascimento e do poder sustentador da vida que pertence a Deus. Jó pode ter sido um homem muito bom de acordo com os padrões humanos, mas comparado a Deus, ninguém pode alegar inocência. Para ilustrar essa grande diferença entre Deus e o homem, Elifaz usa algumas outras criaturas como exemplo. Ele ressalta que os ser-vos finitos de Deus não são confiáveis, e mesmo nos seus anjos encontra loucura (18). A palavra loucura (teholah) é única no Antigo Testamento. Pode ter o sentido de "erro". O poeta não parece ter a intenção de desacreditar os seres celestiais, mas, sim, enaltecer a perfeição de Deus. Se até os seres celestiais são imperfeitos aos olhos de Deus, e não merecem sua total confiança, quanto mais [aqueles] que habitam em casas de lodo? (19). Isso obviamente refere-se a homens mortais, cujos corpos são pó (Gn 2:7-3.19; 2 Co 5:1). A alusão de o homem estar preso à terra é ampliada pela expres-são cujo fundamento. O homem foi feito da terra; ele está preso à terra; ele vai retornar à terra. Não somente isso, mas a vida do homem é passageira; ela é facilmente esmagada como a traça. Existe apenas um breve período de manhã à tarde (entre o alvorecer e o crepúsculo,
    20) que marca a sua existência. E eternamente perecem, sem que dis-so se faça caso. O homem nasce, vive brevemente, morre e é esquecido.

    O versículo 21 é obscuro. O verbo traduzido por passa significa "arrancar". Conse-qüentemente, o texto é com freqüência corrigido da seguinte forma: "As cordas de suas tendas [ou o pino da tenda] são arrancadas" (RSV). No entanto, se excelência e sabe-doria são colocadas lado a lado como termos paralelos, isso pode significar que a exce-lência do homem, independentemente da sua qualidade, pode ser-lhe arrancada e ele morrer sem alcançar sabedoria.'

    O antecedente é a base ampla de convicção que Elifaz tem em relação à natureza da existência do homem sobre a terra. Ele então procura aplicar isso diretamente a Jó.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
    *

    4.1—5.27 Elifaz começou o primeiro ciclo de declarações (caps. 4—14), nas quais Jó e seus amigos debateram as razões de sua sorte ingrata.

    * 4.2-6 Elifaz foi o menos cáustico dos três amigos de Jó, pelo menos em sua primeira declaração. Essas palavras iniciais, que supõem que Jó é inocente (v. 7), devem ser comparadas com 22:1-11, onde ele se mostra plenamente convicto de que Jó estava recebendo o que merecia. Jó é elogiado por ser um mestre de sabedoria (vs. 3,4), mas no quinto versículo ele é advertido a não deixar de aplicar a si mesmo o que tinha ensinado a outros.

    * 4:6

    o teu temor de Deus. O temor a Deus é a maneira do Antigo Testamento referir-se à verdadeira adoração.

    * 4:8

    os que... semeiam o mal, isso mesmo eles segam. Essa é uma verdade da sabedoria que não pode ser negada, mas seria Jó culpado disso? Que os inocentes nunca perecem (v. 7) não corresponde à verdade, desde a morte de Abel (conforme Gn 4:8-11).

    * 4:16

    a aparência. Elifaz não sabia o que ou quem era a aparição, mas estava seguro de que era uma revelação sobrenatural.

    * 4:17

    Seria... o mortal justo diante de Deus? A pergunta não era se os seres humanos podem ser mais justos do que Deus, o que era inconcebível naquela cultura, mas se poderiam ser justos aos olhos dele. Os próprios anjos não são puros aos seus olhos (v. 18). É possível que somente o v. 17 seja uma revelação do Espírito, e que os vs. 18-21 sejam o comentário de Elifaz sobre essa revelação.

    * 4:21

    morrem, e não atingem a sabedoria. Ou seja, a morte dos tais ocorre sem propósito, e, portanto, não tem sentido. Eles "perecem para sempre" (v. 20) sem que jamais tenha havido um propósito para as suas vidas.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
    4.1ss Elifaz afirmou que lhe tinha sido dado conhecimento secreto por uma revelação especial de Deus (4.12-16), e que tinha aprendido muito de sua experiência pessoal (4.8). Argumentou que o sofrimento era um resultado direto do pecado, e que se tão só Jó confessasse o seu, seu sofrimento terminaria. Elifaz via o sofrimento como um castigo de Deus que deve ser bem recebido para poder conduzir a uma pessoa de volta a Deus. Em alguns casos, é obvio, isto pode ser certo (Gl 6:7-8), mas não era assim com o Jó. Mesmo que Elifaz fez muitos comentários bons e acertados, fez três conjeturas equivocadas: (1) Uma pessoa boa e inocente nunca sofre. (2) Aqueles que sofrem estão sendo castigados por seus pecados passados. (3) devido a que estava sofrendo, Jó teria feito algo mau ante os olhos de Deus. (Para maior informação a respeito do Elifaz, veja o quadro no capítulo 28. Temán era uma cidade comercial no Edom, considerada um lugar de sabedoria, veja-se Jr 49:7.)

    4:7, 8 Parte do que Elifaz disse é verdade, e parte é falso. É certo que aqueles que promovem o pecado e os problemas finalmente serão castigados. É falso que qualquer que seja bom e inocente nunca sofrerá. Todo o material registrado e chamado na Bíblia está aí por decisão de Deus. Alguns são registros do que a gente dizia e fazia, mas não um exemplo que devamos seguir. Os pecados, as derrotas, os pensamentos maus e as idéias equivocadas a respeito de Deus são todos parte da divinamente inspirada Palavra de Deus, mas isso não significa que devamos seguir esses exemplos equivocados só porque estão na Bíblia. A Bíblia nos dá ensinos e exemplos do que devemos fazer assim como do que não devemos fazer. Os comentários do Elifaz são um exemplo do que devemos tratar de evitar: a tendência a fazer falsas conjeturas a respeito de outros, apoiados em nossas próprias experiências.

    4:12, 13 Embora Elifaz afirmou que sua visão tinha sido divinamente inspirada, é duvidoso de que tenha vindo de Deus, dado que Deus mesmo mais tarde o critica por não ter falado a verdade a respeito Do (42.7). Qualquer que for a fonte da visão, esta se resume em 4.17. Na aparência, esta afirmação é completamente certa. Um simples humano não pode comparar-se com Deus nem deve tratar de questionar suas ações e motivos. Entretanto, Elifaz tomou este pensamento e o explicou mais tarde expondo suas próprias opiniões. Sua conclusão (2Rs 5:8) mostra uma compreensão limitada do sofrimento do Jó. É muito fácil para os professores, conselheiros, e amigos bem intencionados começar com uma porção da verdade de Deus e logo ir-se pela tangente. Não limite a Deus com sua perspectiva e compreensão finita da vida.

    4.18, 19 Cometem realmente enganos os anjos? Recorde que era Elifaz o que estava falando, não Deus. Assim devemos tomar cuidado de não construir nosso conhecimento do mundo espiritual sobre as opiniões do Elifaz. Além disso, a palavra traduzida "necedad" tem um significado incerto. Podemos salvar a credibilidade do Elifaz ao dizer que se referia aos anjos cansados; entretanto, esta passagem não tenta ensinar nada a respeito deles. O que Elifaz estava dizendo era que os seres humanos pecadores estão muito por debaixo de Deus e dos anjos. Tinha razão a respeito da grandeza de Deus, mas não entendia os grandes propósitos de Deus respeito ao sufri

    CONSELHO DOS AMIGOS

    Afligido pelo sofrimento, Jó não foi consolado a não ser condenado por seus amigos. Cada um de seus pontos de vista representam uma forma bem conhecida de compreender o sofrimento. Deus prova que cada uma das explicações dadas pelos amigos do Jó são menos que uma resposta completa.

    Elifaz o temanita

    Onde falou 4:5-15, 22

    Como ajudou Sentaram-se em silencio com o Jó durante sete dias (2.11-13)

    Como explicou a dor do Jó Jó está sofrendo porque pecou

    Seu conselho ao Jó Vai a Deus e encomiéndale sua causa (5.8)

    Resposta do Jó Retira suas falsas acusações (6.29)

    Bildad o suhita

    Onde falou 8:18-25

    Como ajudou Sentaram-se em silencio com o Jó durante sete dias (2.11-13)

    Como explicou a dor do Jó Jó não admite que pecou, portanto seguirá sofrendo

    Seu conselho ao Jó Até quando, OH Jó, seguirá assim? (8.2)

    Resposta do Jó "Direi a Deus[...] me faça entender por que disputa comigo" (10.2)

    Resposta de Deus aos amigos Deus repreende aos amigos do Jó (42.7)

    Zofar o naamatita

    Onde falou 11:20

    Como explicou a dor do Jó O pecado do Jó merece mais sofrimento que o experiente

    Seu conselho ao Jó Libra lhe de seus pecados (11.13-14)

    Resposta do Jó Sei que serei reivindicado (13.18)

    Eliú o buzita

    Onde falou 32:37

    Como explicou a dor do Jó Deus está usando o sofrimento para moldar e capacitar ao Jó

    Seu conselho ao Jó "Cala, e te ensinarei sabedoria" (33.33)

    Resposta do Jó Não houve resposta

    Resposta de Deus aos amigos Deus não se dirige diretamente ao Eliú.

    Deus

    Onde falou 38:41

    Como ajudou Confrontou ao Jó a contentar-se sem saber o porquê de seu sofrimento

    Como explicou a dor do Jó Não explicou a razão do sofrimento

    Seu conselho ao Jó Ainda quer seguir discutindo com o Onipotente? (40.2)

    Resposta do Jó Eu falava de coisas que não entendia (42.3-5)


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
    II. CONTROVÉRSIAS DE JÓ (4:1 é considerado por alguns a ser repetido por Cristo em Lc 1:52 e citado por Paulo em 1Co 3:19 , embora parece possível que ambos os usos podem ter surgido de uma fonte proverbial comum, oral ou escrita.

    A. O primeiro ciclo de discursos (4: 1-14: 22)

    1. Elifaz primeiro discurso (4: 1-5: 27)

    Elifaz é o primeiro dos amigos de Jó para falar com o seu problema. Sua prioridade é provável por mútuo acordo e por causa de sua idade mais avançada, experiência e maturidade. Todos os três fatores são importantes entre os antigos, assim como entre os modernos, os orientais. Com essa sabedoria pessoas foi associada com a idade e experiência (32:6)

    1 Então respondeu Elifaz, o temanita, e disse:

    2 Se um ensaio para contigo, queres ser triste?

    Mas quem poderá conter as palavras?

    3 Eis que tens ensinado a muitos,

    E tens fortalecido as mãos fracas.

    4 As tuas palavras têm sustentado aos que cambaleavam,

    E fizeste com firma os joelhos enfraquecidos.

    5 Mas agora vem para ti, e tu mais fraco;

    Ele tocar ti, e tu és conturbado.

    6 Não é teu temor de Deus confiança thy,

    E a integridade dos teus caminhos tua esperança?

    7 Lembre-se, peço-te, que morreram, sendo inocente?

    Ou onde foram cortados os retos off?

    8 Conforme tenho visto, os que lavram iniquidade

    E semeiam o mal segam o mesmo.

    9 Pelo sopro de Deus perecem,

    E pela rajada da sua ira são consumidos.

    10 O rugido do leão, ea voz do leão feroz,

    E os dentes dos leõezinhos se quebram.

    11 Perece o leão velho por falta de presa,

    E os filhotes da leoa andam dispersos.

    Huffman afirma que "o primeiro discurso de Elifaz, que abre o ciclo ... estabelece um precedente que foi imitado por outros oradores, e pode-se dizer que a pedra angular de todos os discursos que se seguem." Elifaz é cortês, e ele manifesta uma alto grau de sensibilidade social para com Jó, cujos sentimentos ele evidentemente respeitado com o devido respeito. Isso se deveu em parte, talvez, para o alto parecer em que Jó era conhecido por ter sido realizada, e em parte para suas aflições graves. No entanto, ele é também simplesmente deportá-se de acordo com os costumes sociais do Oriente, que foram obrigados a ele, em tais circunstâncias em sua abordagem de uma pessoa como Jó foi reconhecido ser. Sua abordagem é extremamente discreto e cortês, e sua consideração inicial para Jó parece não deixam nada a desejar. Ele praticamente pede a permissão de Jó para falar com o seu problema, mas ele indica que seria extremamente difícil para ele manter a calma sob as circunstâncias. Dirigindo-se a Jó, ele diz: "Você se ressente, se ousarmos (nasah -assay) para falar? -apesar de que pode manter as palavras? "(Moffatt).

    Os sofrimentos de Jó, mas especialmente sua lamentação expressa no capítulo 3 , parecem ter criado na mente de Elifaz uma má impressão, se não temperar, que ele passa a expressar em um ataque contra o medo professada de Jó de Deus ea sua integridade pessoal. Assim, em sua ignorância humana da verdadeira causa da provação de Jó, ele passa a deduzir algumas conclusões falsas a partir deles.

    Embora, aparentemente, creditando Jó com a verdadeira piedade e devido preocupação social, e até mesmo serviço, que ele expressa em uma comenda quatro vezes (vv. 4:3-4) no início, no entanto, esta é logo revelou-se, mas uma marca de sua abordagem diplomática de seu adversário no debate. Este é um dispositivo bem conhecido empregado em debate para o tempo presente, pelo qual o orador admite certas validades em posição de seu oponente, só para ganhar uma vantagem que ele posteriormente usa para destruir a posição do adversário.

    Com um golpe de mestre de insinuação sutil, Elifaz procura fazer carga original bom Satanás de que a fé de Jó em Deus não é genuína. Na verdade professada integridade de Jó e piedade ter sido manifesto em relação a seus companheiros em necessidade (vv:3-4 ), mas isso foi apenas uma demonstração exterior, Elifaz insinua, que Jó usado para a sua vantagem egoísta. Agora dias que mal têm caído em cima dele, o verdadeiro caráter de Jó foi revelado e sua integridade professo tem sido manifesto como falsa. O próprio testemunho de Deus para o personagem de Jó desde o início (1:1 ; 2:3 ; 2: 4-5 , 2:9 ), agora está insinuado contra por principal antagonista de Jó: não é o teu temor de Deus confiança thy, e a integridade dos teus caminhos tua esperança? (v. 4:6 ). Agora, não observada pelo olho do homem, o Satanás do Prólogo, que parecia ter desaparecido de repente a partir da história, perto do final do capítulo 2 , é sutilmente embora persistentemente dirigindo o ataque, de trás do palco, de encontro de Jó reverencial (adoradores inspiradora) temor de Deus e sua integridade de caráter. Satanás não é menos Satanás quando ele opera através de argumentos plausíveis de um protagonista respeitado e culta do que quando ele se engaja o seu adversário no campo aberto de conflitos violentos. Ele falhou no último; ele agora espera ter sucesso no primeiro. Ele ainda é o príncipe das trevas (Ef 6:10 ), mesmo que ele aparece como um anjo de luz (conforme 2Co 11:14. ).

    Elifaz respeitosamente apela primeiro a experiência madura de Jó e sabedoria reconhecida com uma pergunta capciosa: Lembre-se, peço-te, que jamais pereceu, sendo inocente (naqah -guiltless)? Ou onde foram os retos (yashar) cortada? Elifaz "resposta antecipada é implícito na sua pergunta, como foi na filosofia religiosa atual. Sua participação foi uma a priori argumento. "Nossas doutrinas nos ensinar", ele quer dizer, "que todo o mal eventuates na justiça retributiva, e toda a bondade em recompensas proporcionais aos atos." Esta mesma filosofia religiosa estava implícito no pensamento dos exércitos pagãos de Paulo na ilha de Malta , depois do naufrágio, em sua experiência com a víbora. Eles discorriam entre si: "Sem dúvida, este homem é homicida, pois como, escapando do mar, a justiça não tem sofrido para viver" (At 28:4 ), enquanto que a quebra dos dentes do jovem leão pretende sugerir a força quebrado de Jó ex-perfeito vida. Jó já perdeu o seu antigo auto-suficiência, Elifaz implica no versículo 11 , e como a leoa enfermos que perece da incapacidade para capturar presas, então Jó encontra-se uma vítima indefesa de seu destino. Como os filhotes da leoa andam dispersos e não pode ajudar os pais a encontrar sustento, por isso os filhos de Jó sumiram e ele também só pode rugir na denúncia impotente. Assim faz greve Elifaz uma quebra golpe após o outro contra a fé de seu oponente, ou é Elifaz apenas o porta-voz de um inimigo mais sutil de servo, o justo de Deus?

    b. Visão Elifaz suportando (4: 12-21)

    12 Agora, uma coisa que foi trazida em segredo de mim,

    E meus ouvidos perceberam um sussurro dela.

    13 Entre pensamentos vindos de visões da noite,

    Quando cai sono profundo sobre os homens,

    14 O medo se apoderou de mim, e tremendo,

    Que fez todos os meus ossos estremeceram.

    15 Então um espírito passou por diante de mim;

    O cabelo da minha carne se levantou.

    16 Parou ele, mas eu não podia discernir a aparência dos mesmos;

    Um vulto estava diante dos meus olhos;

    Houve silêncio, e ouvi uma voz, dizendo ,

    17 o homem mortal ser justo diante de Deus?

    Pode um homem ser mais puro do que o seu Criador?

    18 Eis que Deus não confia nos seus servos;

    E seus anjos atribui loucura:

    19 quanto mais aos que habitam em casas de lodo,

    Cujo fundamento está no pó,

    Quem são esmagados pela traça!

    20 Entre a manhã ea tarde são destruídos:

    Perecem para sempre sem que isso.

    21 Não é corda da sua tenda arrancados dentro deles?

    Eles morrem, e que sem sabedoria.

    Um disse que

    Temos aqui uma das passagens mais maravilhosas na literatura. O sigilo, o silêncio, o súbito pânico, a respiração que passa sobre o rosto, o cabelo ereto, com horror, a figura sombria cuja forma ele não pode discernir, o silêncio quebrado pela voz, todos se combinam para produzir a impressão de terror, e terror da não definitivamente conhecido, mas da vaga e misteriosa, deixando a imaginação jogo completo para aumentá-lo.

    Evidentemente, sentindo a necessidade de maior apoio para a eficácia do seu esforço para minar a fé de Jó em Deus e confiança em sua integridade, Elifaz produz a visão misteriosa desta passagem. Ignorando, para o momento, a questão da autenticidade da visão, uma dupla importância da sua introdução aqui serão consideradas. Parece evidente que o uso deste dispositivo visão representa um golpe de mestre da técnica por parte de Elifaz em seu argumento contra Jó.

    Em primeiro lugar, esta visão espiritual, como todas as visões, tem em si, em grande medida, o elemento de mistério. Um mistério é sempre uma parcial, mas nunca completo, revelação de uma coisa ou situação. Onde não há conhecimento revelado em tudo não há mistério somente ignorância em branco. Por outro lado, se a revelação está completa, é igualmente do conhecimento completo e todos mistério desaparece. No entanto, quando apenas o suficiente é revelado para apresentar uma shadowiness indistinto, o interesse é despertado curiosidade e é agravada, e, portanto, uma espécie de grandiosidade reverencial é criado como o ouvinte ou observador expectante aguarda mais completa revelação. Este é um dispositivo bem compreendido e efetivamente utilizado por praticantes religiosos pagãos primitivos e os cultos religiosos. A Bruxa de Endor empregou com o rei Saul (1Sm 28:11 ). Da mesma forma os espíritas modernos empregá-lo em suas sessões. Ele é usado pelos mórmons no mistério-segredo de seu grande templo em Salt Lake City, Utah. É efetivamente empregado pelo ocultismo de quem ensina e prática oral no misterioso "língua desconhecida." Trata-se de um dispositivo que é responsável, em grande medida, para a prosperidade da maioria todos os grupos ocultistas, modernos e antigos, tanto religiosos como secular. Visão espiritual Elifaz, provavelmente relacionado em medidos, tons sussurradas com a devida solenidade, foi projetado para cativar o interesse de Jó e, assim, servir de instrumento para conquistar o argumento do protagonista contra a fé de Jó em Deus e sua integridade pessoal.

    É evidente que é implicado por Elifaz, em segundo lugar, que a sua visão espiritual era uma visitação de Deus, com uma mensagem divinamente autorizada especificamente projetado para Jó. Assim Elifaz tenta por sua visão espiritual para impressionar a Jó a origem sobrenatural e sobre-humana da visão e da mensagem que ele carrega com ele. Note-se que tanto a forma (Temunah -likeness) de sua visão e as idéias que ele transmite são bastante diferentes das visões autênticas recebidos do Senhor pelos profetas hebreus. A admoestação do Apóstolo João teria sido tão pertinente a visão espiritual Elifaz 'como àqueles do dia do Apóstolo. "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai os espíritos, se são de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo "( 1Jo 4:1 , Jl 1:9 , Jl 1:11 , . Jl 1:13 e ss ), e os primeiros cristãos, com seus "Assim diz o Espírito" (ver At 21:11 ), produzido impressões profundas sobre seus ouvintes. A Igreja Católica Romana, com a sua doutrina da infalibilidade do Papa, e seu autoritarismo resultante, tem efetivamente utilizado este dispositivo. Não foi sem a sua eficácia no ministério protestante, mas particularmente em tempos de visitações divinas especiais. Embora o princípio em si mesmo é válido, o seu emprego por Elifaz para ganhar o seu ponto de encontro de Jó é altamente suspeito. No entanto, Elifaz espera que sua experiência mística será suficiente para convencer Jó do pecado e da hipocrisia.

    Um breve exame de visão espiritual Elifaz "revela alguns fatos importantes. Primeiro, a palavra ruach , traduzido espírito , provavelmente poderia ser traduzida como "lufada de ar" (conforme 41:16 ; Ex 10:13. ; Ec 1:6 ). Uma vez que esta era uma espécie de experiência de sonho-visão caracterizada por uma "lufada de ar" sem forma que passou pelo rosto Elifaz, e da qual ele recebeu a mensagem reveladora suposta num desmaio, quase indistinta, sussurro (v. 4:12) ou impressão na orelha, há pouca razão para creditá-lo como sendo nada mais do que uma experiência subjetiva sonho, se não uma invenção deliberada da parte de Elifaz, feito sob medida para a ocasião. Delitzsch diz: "Ele é projetado para mostrar o valor de uma comunicação tão solene, e para despertar a curiosidade." Mas, deve-se notar, como diz Delitzsch, "E aconteceu que, enquanto ele estava deitado no sono profundo da noite, no meio à confusão de pensamento decorrente de sonhos todas as noites. "Deus não entregar Suas revelações para o homem de uma maneira tão indistinta sem forma ou símbolo capaz de ser entendida e interpretada pelo receptor. As comunicações divinas na literatura apocalíptica são todos simbolizado.

    Em segundo lugar, a voz que supostamente veio do informe, visão indistinta (v. 4:17) implica mais do que Jó nunca reivindicou para si como homem mortal ('enosh - "homem insignificante ou inferior"), que era mais justo do que Deus. A passagem inteira (v.4:17) é irônico quando se observa que o segundo uso de homem no verso é Gever , que significa "o homem como um ser poderoso" (Girdlestone). O Jó não é a pretensão de ser mais justo ou puro (tsadaq) que o seu Criador . É verdade, como observa Clarke, que nenhum homem, quando consideradas em e de si mesmo, jamais pode ser puro de coração ou santo em conduta diante de Deus. No que diz respeito a dependência espiritual e moral do homem em Deus, Clarke diz:

    Ele deve ser justificada pela misericórdia de Deus, através de um sacrifício expiatório ; ele deve ser santificados pelo Espírito Santo de Deus, e, portanto, ser feito um participante da natureza divina. Então ele é justificado diante de Deus, e puro aos olhos de seu Criador; e esta é uma obra que ele mesmo só Deus pode fazer; de modo que o Jó não é homem de Jó 's, mas de Deus. É falso inferir ... que nenhum homem pode ser justificada, e que nenhum homem pode ser purificado, quando Deus tanto justifica o ímpio, e santifica o profano [ 1Ts 5:22 ]. O significado não pode ser mais do que isto: que nenhum homem pode fazer expiação por seus próprios pecados, nem purificar seu próprio coração. Por isso, toda jactância é sempre excluído.

    No entanto, é este último justiça descrito por Clarke, e não que a aludida por Elifaz visão ', que Deus reivindicada para Seu servo Jó. Portanto argumento Elifaz é irrelevante para a condição de Jó.

    Em terceiro lugar, a evidência implícita contra Jó, no versículo 18 é também pervertido. Se a referência é aos anjos que caíram, ou aqueles que então servia a Deus, é um ponto pacífico entre os intérpretes. No entanto, em todos os homens de eventos, como os anjos, são criaturas contingentes, e são, portanto, constantemente dependente de Deus para a sua conservação espiritual e moral na justiça. No divórcio de Deus, como Elifaz acreditava Jó agora a ser, Deus coloca nenhuma confiança no homem ('enosh -. "homem mortal como insignificantes ou inferior," v 4:17 ), e sabe que ele vai na sua própria tentativa de auto-suficiência vir a fracasso e loucura. (A palavra apenas , v. 4:17 , é tsadaq , o que sugere "straightness ou rigidez.") Humanismo, ou auto-salvação, nunca foi, e nunca será, um sucesso, em última instância. Mas ao contrário das acusações de Elifaz, Jó não se divorciou-se de Deus; ele ainda confia em Deus e vai continuar a fazê-lo, como ele próprio testemunhou Jó (13:15 ).

    Em quarto lugar, as deduções Elifaz nos versículos 19:21 são falsas na sua aplicação a Jó simplesmente porque as premissas em que se baseiam nos versos precedentes são falsas. O que ele diz nestes versos pode ser verdade para os homens que tentam viver suas vidas sem Deus. Mas Jó não está entre o seu número, e, portanto, o que é dito sobre eles não se aplica a ele. Assim, o argumento de Elifaz não vem ao caso. Nada do que ele tem, até agora, disse é suficiente para trazer um veredicto de culpado contra Jó.Assim Jó não precisa temer que ele vai ser "esmagado como é a mariposa" (v. 4:19 ; 20: 7 ; 23: 7 ; 36: 7 ).


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
    4:37

    Não podemos examinar cada ca-pítulo em detalhes, pois são muito longos e intrincados. Se você ler es-ses capítulos em uma versão mais moderna da Bíblia, comparando-a com uma versão mais antiga, com-preenderá e seguirá melhor os argu-mentos dos homens.

    1. Os acusadores de Jó

    Os três amigos de Jó procuraram- no a fim de confortá-lo, mas aca-bam por criticá-lo! De uma forma ou de outra, os três usam o mesmo argumento: (1) Deus abençoa o jus-to e aflige o perverso; (2) o Senhor afligiu Jó; (3) portanto, Jó deve ser perverso. É claro que o pensamento deles parece lógico, mas não é es-piritual. Os seres humanos, meros mortais, são muito ignorantes para compreenderem totalmente os ca-minhos do Senhor. Pois ajustarmos o Senhor a nossas pequenas "caixas teológicas" é o mesmo que limitá-lo, tornando-o um Deus menor. Tenha-mos em mente que esses amigos de Jó não tinham a revelação total que temos no Novo Testamento, a qual mostra de forma mais completa que o sofrimento nem sempre é causado pelo pecado e que, por meio da fé em Cristo, podemos transformar o sofrimento em glória. É perigoso o crente tentar explicar os caminhos de Deus a outros crentes se eles não entendem a Palavra nem os cami-nhos do Senhor.

    Elifaz, em sua primeira fala, ar-gumenta que Jó é um pecador (4:7- 11). Ele fundamenta seu pensamen-to em uma visão especial que teve em determinada ocasião (4:12-21), portanto podemos dizer que Elifaz deduz os difíceis fatos da vida a partir de uma experiência pessoal. Em 8:1-7, Bildade apresenta seus argumentos e afirma de forma direta que Deus não faz coisas injustas. Em 8:8-10, Bildade argumenta a partir da tradição e cita uma série de ditos antigos para apoiar sua alegação. No capítulo 11, Zofar repreende Jó e diz que ele precisa se arrepender e se tornar reto com o Senhor! Os três "amigos" cometem o mesmo erro: (1) eles não conseguem pene-trar no sofrimento de Jó e ser soli-dários com ele; (2) eles tinham um conceito rígido a respeito de Deus e suas obras, o qual não era totalmen-te verdadeiro; e (3) eles são muito dogmáticos e orgulhosos para escu-tarem Jó e examinarem com hones-tidade suas crenças.
    O problema do sofrimento do ser humano é muito profundo e complexo para as respostas simples que os amigos fornecem. Jesus nun-ca pecou, contudo ele sofreu mais que qualquer outra pessoa! Nem Jó nem seus amigos tinham conheci-mento da conferência celestial em que o Senhor usava Jó como "pro- va A" diante de Satanás e dos anjos a fim de comprovar que as pesso-as crêem no Senhor mesmo quan-do não entendem o que Deus está fazendo. Os amigos chamam Jó de "ímpio" (8:13 15:34-20:5; 34:30); o Senhor chama-o de "homem ínte-gro e reto" (1:8; 2:3). Jó não regatea-ria com o Senhor apenas para rea-dquirir sua prosperidade material, pois seu maior bem era sua integri-dade pessoal.
    Em 2:3, Deus deixa claro que não tinha motivo para afligir Jó, pois este não era ímpio nem pecador. Por isso, o Senhor rejeita a fala de Eliú (38:1-2) e a dos três homens (42:7).

    Ao mesmo tempo que os três homens argumentam que o so-frimento de Jó era punição para o pecado, Eliú tinha uma idéia dife-rente (caps. 32—37): Deus envia sofrimento a fim de disciplinar-nos e ensinar-nos (33:9-20; 35:10-16). Eliú mostra que tem uma visão mais alta do Senhor e enfatiza belamen-te, em sua fala, o poder e a sabedo-ria do Senhor; leia, em especial, o capítulo 37. Mas ele não consegue ajudar Jó, e Deus censura Eliú por seus conselhos sombrios (38:1-2).

    1. Os argumentos de jó

    Jó responde depois que cada homem fala, exceto no caso de Eliú, em que o próprio Deus lhe responde. Os ar-gumentos de Jó são mais ou menos estes: (1) da mesma forma que você, creio que Deus é justo e poderoso; (2) mas não sou ímpio — não sei de nenhum pecado que me separe do Senhor; (3) eu poderia argumentar a respeito de meu caso com o Senhor, mas não consigo encontrá-lo; (4) to-davia eu creio que ele me vindica- rá nessa vida e na que está por vir. A luz das circunstâncias, Jó precisa ter muita fé para argumentar dessa forma. Não é de admirar que Tia-go 5:11 enfatize a paciência de Jó.

    Os três amigos argumentam que Deus sempre aflige o perver-so, mas Jó menciona a eles que este parece estar prosperando! No ca-pítulo 8, Bi Idade retrata a horroro-sa punição do perverso como a luz que se apaga (vv. 5-6), a ave pega na armadilha (vv. 7-10), o crimino-so caçado (vv. 11-13), a tenda que vem abaixo (vv. 14-15) e árvore que seca (vv. 16-17). No capítulo 20, Zofar argumenta que a aparente prosperidade do perverso é passa-geira. No capítulo 21, Jó rejeita a argumentação deles e cita a óbvia riqueza e saúde do perverso. No capítulo 24, Jó pergunta: "Por que o Todo-Poderoso não designa tem-pos de julgamento?". Ele enumera os pecados do perverso e, no ca-pítulo 31, reconta sua própria vida piedosa. Os três amigos calaram-se porque sabiam que os argumentos de Jó estavam certos. A fala prolixa de Eliú acrescenta pouco à solução do problema.

    1. O apelo de Jó

    Os versículos mais importantes des-sa seção são os que apresentam o apelo do coração de Jó a Deus e aos amigos.

    1. Ele pede solidariedade

    Seus amigos não demonstram amor e compreensão. Para eles, Jó era um problema teológico, não um santo em sofrimento (veja Jo 9:1-43). No capítulo 6, Jó afirma que perdeu o gosto pela vida (vv. 6-7) e quer morrer (vv. 8-13). Ele compara os amigos ao ribeiro que seca exata-mente quando os viajantes seden-tos precisam de água (vv. 14-20). O capítulo 7 apresenta várias ima-gens da vida com suas provações e brevidade: uma luta (vv. 1, "os seus dias" significa "luta"); uma escravidão (vv. 1 -5); a rapidez da lançadeira do tecelão (v. 6); um so-pro (vv. 7-8); uma nuvem (vv. 9-10; veja Jc 4:13). Em 9:25, ele compara a vida com a velocida-de do corredor ("correios", veja Et 8:9-17) e, em 9:26, com barcos de junco.

    1. Ele pede uma oportunidade para confrontar Deus

    No capítulo 9, Jó reclama que não tem como apresentar seu caso diante do Senhor porque não pode encontrá-lo. No versículo 33, ob-serve que ele pede um "árbitro" ou mediador para ficar entre ele e

    Deus. "Como pode o homem ser justo para com Deus?" (9:
    2) signi-fica: "Como um homem pode de-fender seu caso diante de Deus?". Agradecemos ao Senhor o Media-dor Jesus Cristo, que nos represen-ta diante do Senhor. Veja 1 Timó-teo 2:5; I João 2:1 -2; eZc 3:0.

    1. Ele apela para sua integridade básica

    Jó, em cada uma de suas falas, nega que seja um pecador em segredo. Ele conhece o próprio coração e con-fessa que os amigos foram cruéis e julgaram-no mal. No fim do livro, Jó dobra-se no pó e na cinza e confes-sa sua indignidade (40:3-5; 42:1-6) quando Deus se revela a ele, mas não era uma confissão de pecados. Antes, era humilhar-se diante do Senhor quando percebeu a própria ignorância e indignidade na presen-ça do Todo-Poderoso. Deus nunca acusa Jó de pecado. Ele acusa-o de não perceber a grandiosidade do Senhor e de tentar confiná-lo em um argumento pequeno, mas não o julga pelos pecados que os amigos o acusaram de ter cometido. Para conhecer a defesa que Jó faz de sua vida piedosa, leia o capítulo 31.

    1. Ele apela para sua fé em Deus

    Isto deu início ao problema: Jó crê em Deus. O Senhor, no entan-to, parece tê-lo abandonado. Se
    Jó tivesse, alguma vez, negado ou amaldiçoado o Senhor não haveria problema, pois os amigos saberiam que o Senhor estava punindo Jó por sua descrença. Contudo, Jó tinha fé. "Eis que me matará, já não te-nho esperança; contudo, defende-rei o meu procedimento" (13:
    15) "Estou certo de que serei justifica-do [vindicado, comprovado como verdadeiro]" (13:18). A fé de Jó era tão grande que ele afirma que Deus o vindicará na ressurreição na próxima vida, se não nesta vida (19:25-29; 14:1 -14). Jó sabia que o Senhor tinha algum propósito em mente, mas ele pensava que o Se-nhor lhe diria o que estava fazendo (veja cap. 23). É claro que Jó não precisaria ter fé se soubesse a res-peito da conferência celestial entre Deus e Satanás.

    1. Ele pede para morrer

    Desde o início de sua queixa, no capítulo 3, até o final de sua argu-mentação, Jó pede para morrer. Leia 6:8-12 e 7:15-21. Não seja mui-to crítico com Jó por que ele pede para morrer. Ele passava por gran-de sofrimento físico; os amigos e os vizinhos zombavam dele (cap.
    30) e parecia que Deus o abandonara. Moisés, Elias e Jonas cometeram o mesmo erro.

    Os caminhos de Deus estão acima e além da capacidade de ho-mens e de mulheres mortais. Mesmo Bildade admitiu: "Eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos!", que literalmente quer dizer: "Essas são apenas as orlas dos seus cami-nhos, a barra de seu manto". Deus é maior que a teologia do homem. Quando não conseguimos entender, podemos adorá-lo e crer nele.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
    4.1 Elifaz. Aqui começa sua primeira palestra. Há um homônimo em Gn 36:10, primogênito de Esaú; Temã é nome de uma tribo edomita, que ocupa uma parte da Arábia perto da Iduméia. Este temanita deve pertencer, portanto, aos edomitas.

    4.2 Elifaz supõe que sua palestra vá ofender a Jó, e, portanto, pede desculpas de antemão. Esta insinuará que o sofrimento de Jó veio por causa de seus pecados, e que ele, que exortara a outros que caíram na desgraça, deve agora aplicar a si mesmo suas exortações.
    4.4 Estas palavras são um testemunho à sensibilidade do coração de Jó às necessidades dos outros, e à simpatia que mostrava a todos, durante suas aflições.
    4.5 Elifaz acha que Jó não tinha gabarito de viver à altura das lições que havia dado a outras pessoas que tinham caído na desgraça.

    4.6,7 Jó estava se considerando um sofredor inocente, mas Elifaz acha que o sofrimento é tão ligado à maldade humana, que a condição de Jó é prova de algum pecado não revelado, algo escondido no íntimo, que Deus está vendo e punindo abertamente,Sl 90:8.

    4:8-11 Elifaz diz que, sem exceção, conformo ele tem observado, aquele que semeia a iniqüidade, ceifa o mal. Estende essa, regra geral ao ponto de fazer dela uma lei universal; era, portanto, um homem de visão limitada, conforme Sl 73:3. Diz que todas as pessoas sofrem aqui na terra em retribuição das suas iniqüidades; Jó, ao desejar uma morte vergonhosa, estaria pedindo o quinhão dos malfeitores.

    4.10,11 O trecho tem cinco palavras hebraicas para dar nome ao leão, simbolizando aqui muitos tipos de malfeitores.
    4:12-21 Aqui, notamos que Elifaz é um místico. No seu debate, depende muito da sua experiência pessoal; fala do que aprendeu em visões e sonhos. O que se imprimiu na sua consciência naquela visão noturna, é a pureza absoluta de Deus, e falibilidades de todas as criaturas. Cita o caso; para levar Jó a reconhecer que deve haver forçosamente uma falha na sua vida, o que teria provocado todas as suas desgraças.
    4.12 Se me disse em segredo. Lit. "foi furtada para mim". A revelação divina não se dá abertamente àqueles que não pertencem ao povo de Deus.

    4:17-21 Jó havia dado a entender que Deus seria cruel, ou injusto, ou incompreensível, ao tolerar o sofrimento humano (3:20-23); Elifaz responde que ninguém se livra dos castigos uma vez provocados por pecados.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21

    2) O primeiro ciclo de discursos (4.1—14.22)
    a) O primeiro discurso de Elifaz (4.1—
    5.27)

    Elifaz, como todos os amigos, quer fortalecer Jó no seu sofrimento, e ninguém traz uma mensagem mais confortadora do que esse amigo. A essência do primeiro discurso de Jó é: Você é um homem piedoso, como nós bem sabemos; por isso, não há razão para desanimar, porque os inocentes nunca sofrem no final. Os versículos-chave no seu discurso Sl 4:6 (Sua vida piedosa não lhe inspira confiançaF) e 5.8 (apresentaria a ele a minha causa). A sua mensagem para Jó é: Seja paciente.

    (1)    Você é um homem piedoso (4:2-6)
    A preocupação genuína de Elifaz por Jó
    fica evidente nas palavras introdutórias respeitosas e que quase soam como um pedido de desculpas (v. 2a). Enquanto o seu lembrete a Jó de como ele mesmo confortou muitos em situações semelhantes (v. 3,4) poderia ser considerado como zombaria (conforme Mas agora que [voce] se vê em dificuldades; v. 5a), é melhor lê-lo como a mais suave das repreensões. A única falha de Jó, nesse momento, de qualquer maneira, é que ele está desanimado (v. 5). Exatamente o fato de ter encorajado outros, como ato de vida piedosa (lit. “temor a Deus”), já é em Sl razão para crer que Deus vai restaurá-lo em breve. Elifaz não duvida da vida piedosa de Jó (conforme 1.1, em que a mesma raiz para “irrepreensível” é usada) e crê firmemente na justificação pelas obras (Terrien).

    (2)    Os inocentes nunca perecem no final (4:7-11)
    A parte o fato de que tanto Elifaz quanto Jó devem ter conhecido pessoas inocentes que pereceram, i.e., morreram antes da hora — a não ser que todos os casos fossem explicados como resultantes de algum pecado escondido —, o encorajamento de Elifaz a Jó falha no sentido de não se dirigir à situação de Jó. O conforto do v. 7 é ótimo para o homem que tem medo de morrer, mas Jó não faz parte desse grupo; ele já queria estar morto! Os v. 8-11 pintam um retrato tradicional (um topos) do destino dos ímpios. Elifaz não está sugerindo que Jó está entre os ímpios; ao contrário, ele é um dos justos, portanto não vai estar entre os que serão destruídos ou perecem (v. 9). Não há necessidade de criticar as convicções de Elifaz, que afinal são um princípio bíblico (conforme Dn 10:13; G1

    6,7) segundo o qual quem cultiva o mal e semeia maldade, isso também colherá (v. 8); embora sejam fortes como leões (v. 10,11), o sopro de Deus os consumirá.

    (3)    No entanto, nem os piedosos são perfeitos (4:12-21)
    Enquanto para Elifaz há uma distinção clara entre os justos e os ímpios, estando Jó do lado dos justos, ele se sente obrigado a reconhecer que nem mesmo os piedosos são perfeitos, e por isso eles precisam contar com o sofrimento disciplinar de tempos em tempos. Cruciais aqui são os v. 17ss: “Pode o homem mortal ser justo diante de Deus?” (BJ; não é uma questão de ser mais justo do que Deus [v. 17a]). Essa compreensão, que vai além da sabedoria tradicional das escolas que enxergavam a moralidade completamente em termos de preto e branco, Elifaz recebeu por meios sobrenaturais, por um espírito (v. 15) que lhe apareceu num sonho (v. 13) e lhe transmitiu a sua mensagem secreta (v. 12). Nem os servos celestiais de Deus, os seus anjos, são infalivelmente confiáveis (v. 18; não há idéia alguma aqui de anjo “mau”); quanto menos são então os homens mortais, que, ao contrário dos anjos, podem morrer em um dia (v. 20a), sem serem notados (v. 20b; Elifaz não quer dizer sem serem notados por Deus) e sem alcançarem sabedoria completa (v. 21b).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 22


    1) Primeiro Ciclo de Debates. 4:1 - 14:22.

    a) Primeiro Discurso de Elifaz. 4:1 - 5:27.


    Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 24

    III. Juízo : O Caminho da Sabedoria Obscurecido e Iluminado. 4:1 - 41:34.

    A. O Veredito dos Homens. 4:1-24.

    Considerando que o diálogo de Jó com seus amigos relacionava-se mais com a lamentação de Jó do que diretamente com suas calamidades, a missão dos amigos assume mais os ares de um julgamento do que de consolo pastoral e continua assim progressivamente em cada sucessivo ciclo de discursos. (Em relação à estrutura cíclica do diálogo, veja o Esboço acima.) Os amigos assentaram-se como em um conselho de anciãos para julgarem o ofensor clamoroso. A avaliação da culpa de Jó envolve discussão dos aspectos mais amplos do problema da teodicéia, mas sempre com o caso particular de Jó e a condenação à vista. Portanto, para Jó o debate não consiste em um estudo imparcial e acadêmico do sofrimento em geral, mas uma nova e dolorosa fase dos seus sofrimentos. Os amigos são enganados por seu apego à tradicional teoria, ajudando e favorecendo a Satanás em sua hostilidade contra Deus, e obscurecendo o caminho da sabedoria para Jó, o servo de Deus. Mas o debate serve para silenciar esta sabedoria do mundo e assim prepara o caminho para a apresentação da via de acesso da aliança para a sabedoria, que são apresentados nos discursos de Eliú e o Senhor. Novamente, no apelo que Jó faz dos vereditos humanos ao supremo tribunal, expresso em seu apaixonado anseio de expor o seu caso diante do Senhor, o debate busca a manifestação visível de Deus.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
    b) Fala Elifaz (4:1-18). JÓ quebrou o silêncio, Elifaz profere então palavras de conforto, de ânimo, de aviso. Espera que, fazendo-o, não ofenda o amigo. Fala movido pelo amor à verdade, constrangido por um sentido de dever para com o seu amigo, as suas convicções e o seu Deus (2).

    >4:3

    Começa por lembrar a Jó a missão que lhe coubera no passado e da qual ele se desempenhara brilhantemente. Jó conhecera o ministério aos abatidos, praticara-o com ardor. Soubera amparar os que trilhavam a via dolorosa. Agora que se encontrava no mesmo caminho, aplicasse a si as palavras de conforto que dirigira aos outros (3-5). Devia refugiar-se na consolação que lhe dava a sua religião e uma consciência tranqüila.

    >4:7

    Depois de se referir ao magnífico ministério de Jó junto dos necessitados, Elifaz dá então expressão aos pensamentos que lhe sugere a lamentação de Jó, esse terrível grito de angústia ainda presente na sua mente e no seu coração. Jó revelara um ardente e apaixonado desejo-o desejo de ser consumido pela morte. Mas, lembra Elifaz a morte repentina e inesperada é a porção dos maus, jamais a porção dos inocentes (7-11). Cfr. 5:26.

    >4:12

    2. RESPOSTA À CRÍTICA DE JÓ (4:12-5.7). Elifaz replica às palavras que Jó proferira e nas quais estava implícita uma crítica a Deus, à forma como Deus procedera para com ele. Como pode o frágil e imperfeito homem mortal atrever-se a criticar as ações do seu Criador? Fortalece o seu argumento narrando, de forma impressiva, a visão que uma vez tivera (13). Aqui surgem divergências de interpretação quanto às circunstâncias em que se deu a visão: não é possível determinar se Elifaz estava adormecido ou acordado. A misteriosa voz demonstrara claramente todo o absurdo da pretensão do homem mortal: ser justo perante o seu Deus. A versão mais justo do que Deus (17) é gramaticalmente possível mas menos fiel à idéia. Jó nunca pretende ser mais justo do que Deus-pretensão absurda da parte de qualquer homem. Apenas lamentara uma miséria da qual pensava não ser merecedor. Mas quando os próprios servos celestiais de Deus são incapazes de O servirem de uma forma absolutamente perfeita, quando até esses falham, como ousa o homem na sua fragilidade e efemeridade, na sua sempre imperfeita busca de sabedoria, como ousa o homem insinuar pela sua conduta e pelas suas atitudes, a sua completa justiça, a sua intocável dignidade?

    >4:19

    Como a traça (19) ou "mais depressa do que a traça". Adote-se, para o versículo 21 a seguinte versão: "Não se arreia, dentro de si, a corda da sua tenda?" A morte é comparada ao levantar de uma tenda.


    Dicionário

    Criador

    Criador
    1) Título de Deus (Ec 12:1).


    2) Pessoa que faz criação de gado (2Rs 3:4, RA).


    criador (ô), adj. 1. Que cria, que tira do nada. S. .M 1. Deus. 2. Inventor ou primeiro autor. 2. Aquele que se dedica à criação de animais.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Homem

    O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27

    O homem compõe-se de corpo e espírito [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

    H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir.
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

    O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

    Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18

    [...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

    O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2

    Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

    [...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade!
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4

    Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade

    Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

    [...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15

    Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1

    [...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo.
    Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro

    O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39

    Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta.
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

    Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

    [...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

    Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

    [...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa

    [...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

    Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16

    O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22

    [...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

    [...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável

    [...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    [...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    [...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão

    Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...].
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão

    [...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil.
    Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21

    [...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro.
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude

    [...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37

    Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7

    [...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...].
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12

    [...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    [...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

    O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor

    No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro

    Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

    [...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde

    Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29

    Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte

    O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

    Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo

    Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133

    [...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46


    Homem
    1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn 2:15). O ser humano é composto de corpo e alma. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, podendo, por isso, ter comunhão com ele (Gn 1:26);
    v. IMAGEM DE DEUS).

    2) Os seres humanos; a humanidade (Gn 1:26), hebraico adham; (Ef 6:6). 3 Ser humano do sexo masculino (Pv 30:19).

    4) Ser humano na idade adulta (1Co 13:11).

    5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm 6:6) em contraste com o “novo homem”, que é a natureza espiritual do regenerado (Ef 2:15).

    6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm 7:22) em contraste com o “homem exterior”

    As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são :
    (1). Adam (Gn 1:26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus.
    (2). ish (Gn 2:24, etc.), um indivíduo do sexo masculino.
    (3). Enosh (Gn 6:4, etc.), a raça humana, como seres mortais.
    (4). Geber (Êx 10:11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são
    (1). Aner (Lc 1:27, etc.), homem da idade madura –
    (2). Anthropos (Mt 4:4, etc.), homem em oposição a animal.

    substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
    Pessoa do sexo masculino.
    Esposo, marido, companheiro.
    A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
    Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.

    substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
    Pessoa do sexo masculino.
    Esposo, marido, companheiro.
    A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
    Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.

    Justo

    Reto. 1. o sobrenome de José, também chamado Barsabás, que foi nomeado para suceder como apóstolo a Judas iscariotes (At 1:23). 2. Um crente de Corinto, hospedeiro de Paulo (At 18:7). 3. Um cristão romano, judeu, que estava com Paulo, quando este escreveu a sua epístola à igreja de Colossos, e a quem o Apóstolo chamou cooperador (C14.11). o seu primeiro nome era Jesus.

    1. Sobrenome de José Barsabás. Foi indicado, juntamente com Matias, para substituir Judas 1scariotes no colégio apostólico (At 1:23). Foi discípulo de Jesus durante todo o seu ministério público, desde o tempo de João Batista. Também testemunhou a ressurreição e a ascensão; portanto, possuía as qualificações necessárias para ser um apóstolo (vv. 21,22). Depois de orarem em busca da direção divina, Matias foi o escolhido, por meio de sorteio (vv. 24-26).


    2. Tito Justo, morador de Corinto, mencionado em Atos 18:7 como “homem temente a Deus”, em cuja casa Paulo se hospedou depois de ser proibido de pregar na sinagoga, que ficava exatamente ao lado de sua casa. O abrigo que ele concedeu ao apóstolo provocou consideravelmente os judeus. Como de costume, a abordagem de Paulo visava primeiramente aos israelitas e, em seguida, aos gentios, quando os judeus não queriam mais ouvir. Tito Justo provavelmente era um cidadão romano e começou a adorar a Deus sob a influência do ensino judaico. Sua hospitalidade proporcionou a Paulo um local relativamente seguro, de onde pôde prosseguir com seu ministério na cidade.


    3. Jesus Justo uniu-se a Paulo na saudação aos colossenses (Cl 4:11). Foi um dos amigos pessoais do apóstolo durante sua primeira prisão em Roma. Paulo chama a atenção para o fato de que ele era um judeu convertido, o que lhe proporcionava um conforto especial em meio à tribulação. P.D.G.

    ______________

    1 Nas versões da Bíblia em português esta expressão, “filhos de Jásen”, foi traduzida como nome próprio, “Bene-Jásen” (Nota do Tradutor)

    2 Idem

    L


    Ser perfeitamente justo é atributo da Natureza Divina; sê-lo no mais alto grau das suas possibilidades é glória do homem.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 15

    O justo é aquele que se esforça por trilhar os caminhos do Senhor e por não sair deles; é o que pratica, em toda a extensão, as virtudes impostas aos homens como condição para chegarem a Deus; é o que pratica a verdadeira caridade; o que se oculta, vela seus atos e palavras, se faz humilde ante os homens e procura mesmo fazer-se humilde no segredo do coração [...]. O justo é aquele que faz o bem sem egoísmo, sem idéia preconcebida, sem esperar o reconhecimento dos beneficiados ou o louvor dos indiferentes e, ainda mais, sem contar com a recompensa que possa obter do Mestre. O justo é aquele que tem fé, forte e tenaz, que não pode ser abalada, que a tudo resiste, fé bondosa para com todos, que não se impõe pela força, que se insinua pouco a pouco pelo exemplo e pela prática das boas obras [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    [...] o justo, [...] onde estiver, é sempre um cooperador de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 150


    Justo
    1) Certo; legítimo (peso: Lv 19:16; causa: Sl 17:1).


    2) A pessoa que, numa causa judicial, tem razão (Dt 25:1).


    3) No sentido religioso judeu, aquele que pratica a Lei e as cerimônias judaicas (Mc 2:17).


    4) A pessoa que está corretamente relacionada com Deus pela fé (Rm 1:17) e, por isso, procura nos seus pensamentos, motivos e ações obedecer àquilo que Deus, em sua Palavra, estabelece como modelo de vida (Rm 4:3;
    v. JUSTIÇA 2, e 3).


    5) A pessoa que está de acordo com a justiça de Deus (Sl 145:17;
    v. JUSTIÇA 1).


    justo adj. 1. Conforme à justiça, à razão e ao direito. 2. Reto, imparcial, íntegro. 3. Exato, preciso. 4. dir. Legítimo. 5. Que tem fundamento; fundado. 6. Merecido: Pena justa. 7. Que ajusta bem, que se adapta perfeitamente. 8. Ajustado. 9. Estreito, apertado, cingido. S. .M 1. Homem virtuoso, que observa exatamente as leis da moral ou da religião. 2. O que é conforme à justiça. 3. Gír. Chefe de polícia. Adv. Exatamente, justamente.

    Maís

    substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
    Não confundir com: mais.
    Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.

    Porventura

    advérbio Demonstra que o falante expressa, no plano hipotético, o teor da oração que pretende modificar; por hipótese, por acaso: se porventura ela aparecer, você me chama?
    Em frases interrogativas, geralmente em interrogações retóricas; por casualidade: o professor é porventura o escritor deste livro? Porventura seguiremos unidos até o final?
    Etimologia (origem da palavra porventura). Por + ventura.

    Puro

    adjetivo Sem mistura, alteração ou modificação: vinho puro.
    Figurado Sem mácula; incorrupto: consciência pura.
    Que são se corrompeu pelo pecado, pelo mal; imaculado: alma pura.
    Que expressa honestidade, sinceridade; sincero: amizade pura.
    Que se apresenta de modo claro, transparente: dia puro.
    Desprovido de expressões estranhas; correto: estilo puro.
    Que nunca teve uma relação sexual, não fala sobre sexo ou se mantém virgem; casto: religioso puro.
    Sem culpa; livre: puro de qualquer crime.
    Que se apresenta incontestável, completo; absoluto: pura verdade.
    [Química] Corpo puro. Corpo de composição química invariável.
    Etimologia (origem da palavra puro). Do latim purus.a.um.

    Puro LIMPO (1Sm 21:5), RA; (Mc 7:19).

    Seriar

    verbo transitivo Dispor em séries; classificar, ordenar: seriar as questões.

    seriar
    v. tr. dir. 1. Dispor ou ordenar em série. 2. Classificar por séries.

    Varão

    substantivo masculino Homem, sujeito adulto; pessoa do sexo masculino.
    Por Extensão Aquele que é corajoso, esforçado; quem age sem medo; viril.
    Por Extensão Quem é merecedor de respeito, de admiração; ilustre.
    adjetivo Pertencente ao sexo masculino: filho varão.
    Etimologia (origem da palavra varão). Do latim varro.onis.
    substantivo masculino Vara grande feita em metal ou ferro: varão de cortina.
    Armação de metal usada para proteger algo; grade: varão para portão.
    Etimologia (origem da palavra varão). Vara + ão.

    Varão Indivíduo do sexo masculino (Gn 2:23; Jo 1:30).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Jó 4: 17 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Seria porventura o homem- mortal mais justo do que Deus? Seria porventura o homem- forte mais puro do que o seu Criador?
    Jó 4: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes de 2100 a.C.
    H1397
    geber
    גֶּבֶר
    homens
    (men)
    Substantivo
    H2891
    ṭâhêr
    טָהֵר
    ser limpo, ser puro
    (and be clean)
    Verbo
    H376
    ʼîysh
    אִישׁ
    homem
    (out of man)
    Substantivo
    H433
    ʼĕlôwahh
    אֱלֹוהַּ
    Deus
    (God)
    Substantivo
    H518
    ʼim
    אִם
    se
    (If)
    Conjunção
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H6663
    tsâdaq
    צָדַק
    ser justo, ser correto
    (She has been more righteous)
    Verbo


    גֶּבֶר


    (H1397)
    geber (gheh'-ber)

    01397 גבר geber

    procedente de 1396; DITAT - 310a; n m

    1. homem, homem forte, guerreiro (enfatizando força ou habilidade para lutar)

    טָהֵר


    (H2891)
    ṭâhêr (taw-hare')

    02891 טהר taher

    uma raiz primitiva; DITAT - 792; v

    1. ser limpo, ser puro
      1. (Qal)
        1. ser limpo (fisicamente - referindo-se a doença)
        2. ser cerimonialmente limpo
        3. purificar, estar moralmente limpo, feito limpo
      2. (Piel)
        1. limpar, purificar
          1. fisicamente
          2. cerimonialmente
          3. moralmente
        2. declarar limpo
        3. realizar a cerimônia de purificação
      3. (Pual) ser purificado, ser declarado limpo
      4. (Hitpael)
        1. purificar-se
          1. cerimonialmente
          2. moralmente
        2. apresentar-se para purificação

    אִישׁ


    (H376)
    ʼîysh (eesh)

    0376 איש ’iysh

    forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

    1. homem
      1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
      2. marido
      3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
      4. servo
      5. criatura humana
      6. campeão
      7. homem grande
    2. alguém
    3. cada (adjetivo)

    אֱלֹוהַּ


    (H433)
    ʼĕlôwahh (el-o'-ah)

    0433 אלוה ’elowahh raramente (forma contrata) אלה ’eloahh

    provavelmente forma alongada (enfát.) de 410; DITAT - 93b; n m

    1. Deus
    2. deus falso

    אִם


    (H518)
    ʼim (eem)

    0518 אם ’im

    uma partícula primitiva; DITAT - 111; part condicional

    1. se
      1. cláusula condicional
        1. referindo-se a situações possíveis
        2. referindo-se a situações impossíveis
      2. em juramentos
        1. não
      3. se...se, se...ou, se..ou...ou
      4. quando, em qualquer tempo
      5. desde
      6. partícula interrogativa
      7. mas antes

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    צָדַק


    (H6663)
    tsâdaq (tsaw-dak')

    06663 צדק tsadaq

    uma raiz primitiva; DITAT - 1879; v.

    1. ser justo, ser correto
      1. (Qal)
        1. ter uma causa justa, ter razão
        2. ser justificado
        3. ser justo (referindo-se a Deus)
        4. ser justo, ser correto (na conduta e no caráter)
      2. (Nifal) ser feito certo, ser justificado
      3. (Piel) justificar, fazer parecer justo, fazer alguém justo
      4. (Hifil)
        1. fazer ou promover justiça (na administração da lei)
        2. declarar justo, justificar
        3. justificar, vindicar a causa de, salvar
        4. tornar justo, voltar para a justiça
      5. (Hitpael) justificar-se