Enciclopédia de Êxodo 10:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 10: 1

Versão Versículo
ARA Disse o Senhor a Moisés: Vai ter com Faraó, porque lhe endureci o coração e o coração de seus oficiais, para que eu faça estes meus sinais no meio deles,
ARC DEPOIS disse o Senhor a Moisés: Entra a Faraó, porque tenho agravado o seu coração, e o coração de seus servos, para fazer estes meus sinais no meio deles,
TB Disse Jeová a Moisés: Entra a Faraó. Eu endureci o seu coração e o coração dos seus servos, para que eu manifeste estes meus prodígios no meio deles
HSB וַיֹּ֤אמֶר יְהוָה֙ אֶל־ מֹשֶׁ֔ה בֹּ֖א אֶל־ פַּרְעֹ֑ה כִּֽי־ אֲנִ֞י הִכְבַּ֤דְתִּי אֶת־ לִבּוֹ֙ וְאֶת־ לֵ֣ב עֲבָדָ֔יו לְמַ֗עַן שִׁתִ֛י אֹתֹתַ֥י אֵ֖לֶּה בְּקִרְבּֽוֹ׃
BKJ E disse o SENHOR a Moisés: Vai à presença de Faraó, porque eu endureci o seu coração, e o coração de seus servos, para que eu mostre estes sinais diante dele,
LTT Depois disse o SENHOR a Moisés: "Vai a Faraó, porque tenho endurecido o seu coração, e o coração de seus servos, para fazer estes Meus sinais no meio deles,
BJ2 Disse Iahweh a Moisés: "Vai ter com Faraó. Pois lhe obstinei o coração e o coração dos seus servos, para que eu faça estes meus sinais no meio deles
VULG Et dixit Dominus ad Moysen : Ingredere ad Pharaonem : ego enim induravi cor ejus, et servorum illius, ut faciam signa mea hæc in eo :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 10:1

Êxodo 3:20 Porque eu estenderei a minha mão e ferirei ao Egito com todas as minhas maravilhas que farei no meio dele; depois, vos deixará ir.
Êxodo 4:21 E disse o Senhor a Moisés: Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, para que não deixe ir o povo.
Êxodo 7:4 Faraó, porém, não vos ouvirá; e eu porei a mão sobre o Egito e tirarei os meus exércitos, o meu povo, os filhos de Israel, da terra do Egito com grandes juízos.
Êxodo 7:13 Porém o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito.
Êxodo 9:16 mas deveras para isto te mantive, para mostrar o meu poder em ti e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.
Êxodo 9:27 Então, Faraó mandou chamar a Moisés e a Arão e disse-lhes: Esta vez pequei; o Senhor é justo, mas eu e o meu povo, ímpios.
Êxodo 9:34 Vendo Faraó que cessou a chuva, e a saraiva, e os trovões, continuou a pecar; e agravou o seu coração, ele e os seus servos.
Êxodo 14:17 E eis que endurecerei o coração dos egípcios para que entrem nele atrás deles; e eu serei glorificado em Faraó, e em todo o seu exército, e nos seus carros, e nos cavaleiros,
Êxodo 15:14 Os povos o ouvirão, eles estremecerão; apoderar-se-á uma dor dos habitantes da Filístia.
Josué 2:9 e disse aos homens: Bem sei que o Senhor vos deu esta terra, e que o pavor de vós caiu sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados diante de vós.
Josué 4:23 Porque o Senhor, vosso Deus, fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o Senhor, vosso Deus, fez ao mar Vermelho, que fez secar perante nós, até que passamos.
I Samuel 4:8 Ai de nós! Quem nos livrará da mão destes grandiosos deuses? Estes são os deuses que feriram os egípcios com todas as pragas junto ao deserto.
Salmos 7:11 Deus é um juiz justo, um Deus que se ira todos os dias.
Romanos 9:17 Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para em ti mostrar o meu poder e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

As dez pragas

século XV ou XIII a.C.
De acordo com o livro de Êxodo, o Senhor ordenou que Moisés e seu irmão mais velho, Arão, se dirigissem ao faraó. Arão lançou diante do faraó o seu bordão e este se transformou numa serpente.' Os magos e feiticeiros dos egípcios conseguiram reproduzir esse feito com suas ciências ocultas, mas a vara de Arão engoliu a vara dos egípcios. Então, o Senhor lançou sobre a terra uma série de pragas devastadoras, culminando com a morte dos primogênitos do Egito. O escritor de Êxodo descreve pragas que mostram o controle do Senhor sobre diversos aspectos de sua criação e o contrasta implicitamente com a impotência dos deuses e da magia do Egito. Ele registra o propósito de Deus: "Saberão os egípcios que eu sou o Senhor, quando estender cu a mão sobre Egito e tirar do meio deles os filhos de Israel" (Éx 7.5). E possível sugerir explicações naturais para todas as pragas, com exceção da última; o caráter miraculoso das mesmas diz respeito à sua sequência devastadora e a fato de metade delas (as de número 4, 5, 7, 9 e
10) não ter atingido especificamente os israelitas.

1. Sangue
O nível das águas do Nilo se eleva em julho e agosto e chega ao seu ponto mais alto em setembro quando, normalmente o rio adquire um aspecto avermelhado devido à presença de partículas do solo suspensas na água. Neste caso, porém, trata-se de uma ocorrência incomum. Alguns estudiosos sugerem que milhões de organismos microscópicos chamados de flagelados, provavelmente originários do lago Tana, na Etiópia, conferiram às águas do Nilo a cor vermelha semelhante a sangue. Os peixes morreram, provocando mau odor e tornado a água impotável. Durante a noite, os flagelados precisariam de uma quantidade maior de oxigênio, mas durante o dia, o expeliriam. Essa variação poderia ser a causa da morte dos peixes, pois estes precisam de um nível constante de oxigênio.

2. Rãs
Sabe-se da ocorrência de invasões de rãs que saem do rio e vão para a terra no final do período de cheias (setembro-outubro). A água poluída poderia estimular as rás a saírem do rio e se espalharem pela terra (chegando a entrar nos aposentos do faraó). A morte súbita das rãs teria sido causada, talvez, pela contaminação dos peixes em decomposição.

3. Piolhos
Seres humanos e animais sofreram uma infestação de piolhos. O termo original também pode indicar um tipo de mosquito que talvez tenha se multiplicado nas poças que ficavam nas margens do Nilo quando as águas baixavam.

4. Moscas
Enxames densos de moscas (talvez mutucas) devastaram a terra. Esses insetos também podem ter se procriado nas poças às margens do rio.

5. Pestilência entre os animais
A quinta praga, possivelmente uma epidemia de antraz propagada pelas rãs, exterminou os rebanhos egípcios.

6. Úlceras
Tanto os seres humanos quanto os animais de toda a terra tiveram úlceras supurantes.

7. Granizo
Uma vez que o granizo é uma ocorrência incomum numa terra quente como o Egito, esta tempestade foi, sem dúvida, extraordinária. Arrasou todas as plantações e desfolhou as árvores. De acordo com Êxodo 9.31, o linho e a cevada já haviam florescido e foram destruídos pelo granizo, mas o trigo e o centeio ainda não tinham germinado. E possível inferir, então, que esta tempestade ocorreu em janeiro ou fevereiro.

8. Gafanhotos
Em março ou abril, os ventos orientais predominantes podiam trazer, talvez do Sudão, nuvens de gafanhotos migradores no seu estágio imaturo e mais voraz. Os insetos cobriram a terra até que esta escureceu e consumiram toda a vegetação que havia sobrevivido ao granizo.

9. Trevas
Os três dias de trevas podem ter sido causados pela hamsin, uma tempestade de areia comum no mês de março. Depois que os gafanhotos limparam toda a vegetação da terra, a tempestade levantou ainda mais pó.

10. A morte dos primogênitos
A décima praga ocorreu entre março e abril, quando os judeus de hoje celebram a Páscoa. Esta é a única praga para a qual não há nenhuma explicação natural, constituindo uma ocorrência inequivocamente sobrenatural. "Aconteceu que, à meia-noite, feriu o Senhor todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava no seu trono, até ao primogênito do cativo que estava na cnxovia, e todos os primogênitos dos animais" (Êx 12.29).

A TRAVESSIA DO MAR
Os egípcios instaram os israelitas a deixar a terra. Êxodo 12.37 registra a partida de seiscentos mil homens, sem contar as mulheres e crianças. Considerando que o termo eleph (traduzido, em geral, como "mil") também pode significar ll grupos familiares alguns estudiosos sugerem um número muito menor. Depois de permitir a partida, o faraó mudou de ideia e perseguiu os escravos na tentativa de recuperar parte importante da força de trabalho do seu reino. Durante a noite, um forte vento oriental empurrou as águas do mar e o transformou em terra seca, permitindo as israelitas atravessar o mar em segurança. Então, o mar se fechou e afogou os egípcios que os perseguiam. Esse livramento dramático foi considerado na história subsequente de Israel como o acontecimento constitutivo do povo de Israel.

Em nossas traduções da Biblia, diz-se que as águas do "mar Vermelho" foram divididas e depois se fecharam sobre os perseguidores egípcios. A designação hebraica yam suph significa, na verdade, "mar de juncos" e, provavelmente se refere a um dos lagos rasos ao norte do golfo de Suez, e não ao que chamamos de mar Vermelho, ou seja, o próprio golfo de Suez. Evidencias geográficas, oceanográficas e arqueológicas sugerem que o golfo de Suez se estendia bem mais para o norte do que nos dias de hoje e que o lago Amargo se estendia bem mais para o sul. Existe a possibilidade de que os dois fossem ligados no segundo milênio a.C. Outros possíveis locais de travessia são os lagos Timsah e Ballah, mais ao norte.


Uma objeção levantada ocasionalmente é a impossibilidade de haver juncos em regiões alagadiças de água salgada. No entanto, alguns juncos e caniços tolerantes ao sal, chamados de halófilos, crescem em regiões desse tipo. Tanto Rashi (rabino Solomon ben Isaac), um estudioso do século XI, quanto os reformadores do século XVI Martinho Lutero e João Calvino adotaram a designação "mar de Juncos". Mas o nome "mar Vermelho" foi sedimentado em nosso linguajar devido ao seu uso na Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento) e no Novo Testamento.

 

Por Paul Lawrence

As duas rotas possíveis que os israelitas usaram para cruzar o mar de Juncos em sua fuga do Egito
As duas rotas possíveis que os israelitas usaram para cruzar o mar de Juncos em sua fuga do Egito

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O nome divino nas Escrituras Hebraicas

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas antes do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas antigas, usadas antes do exílio babilônico

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas depois do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas usadas após o exílio babilônico

O nome divino, representado pelas consoantes hebraicas יהוה, ocorre quase 7 mil vezes nas Escrituras Hebraicas. Nesta tradução, essas quatro letras, chamadas de Tetragrama, são vertidas como “Jeová”. Esse é de longe o nome que mais aparece na Bíblia. Embora os escritores inspirados se refiram a Deus usando muitos títulos e termos descritivos, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Senhor”, o Tetragrama é o único nome pessoal usado por eles para identificar a Deus.

O próprio Jeová Deus orientou os escritores da Bíblia a usarem seu nome. Por exemplo, ele inspirou o profeta Joel a escrever: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Joel 2:32) Deus também inspirou um salmista a escrever: “Que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Só nos Salmos — um livro de escritos poéticos que eram cantados e recitados pelo povo de Deus —, o nome divino ocorre cerca de 700 vezes. Então, por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por que esta tradução usa a forma “Jeová”? E o que significa o nome divino, Jeová?

Várias ocorrências do Tetragrama no livro de Salmos

Trechos dos Salmos num Rolo do Mar Morto, datado da primeira metade do primeiro século d.C. O texto tem o estilo das letras hebraicas usadas após o exílio babilônico, mas o Tetragrama ocorre várias vezes nas letras hebraicas antigas

Por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por várias razões. Alguns acham que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico para identificá-lo. Outros provavelmente foram influenciados pela tradição judaica de evitar usar o nome de Deus por medo de profaná-lo. Ainda outros acreditam que, como ninguém pode saber com certeza a pronúncia exata do nome de Deus, é melhor usar um título, como “Senhor” ou “Deus”. No entanto, esses argumentos não têm base sólida pelos seguintes motivos:

Os que afirmam que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico desconsideram o fato de que existem cópias antigas de Sua Palavra que trazem o nome pessoal de Deus; algumas dessas cópias são datadas de antes da época de Cristo. Conforme já mencionado, Deus inspirou os escritores de sua Palavra a incluir nela seu nome cerca de 7 mil vezes. Fica claro que ele quer que conheçamos e usemos o seu nome.

Os tradutores que removem o nome de Deus por respeito à tradição judaica se esquecem de um fato muito importante: embora alguns escribas judeus tenham se recusado a pronunciar o nome de Deus, eles não o removeram de suas cópias da Bíblia. Nos rolos antigos descobertos em Qumran, perto do mar Morto, o nome de Deus ocorre muitas vezes. Alguns tradutores da Bíblia dão uma indicação de onde o nome divino aparecia no texto original colocando em seu lugar o título “SENHOR”, em letras maiúsculas. Mas a questão é: Se esses tradutores reconhecem que o nome ocorre milhares de vezes nos textos originais, o que os faz pensar que podem substituir ou remover da Bíblia o nome de Deus? Quem eles acham que lhes deu autoridade para fazer essas alterações? Somente eles podem responder a essas perguntas.

Os que afirmam que o nome divino não deve ser usado porque não se sabe a pronúncia exata, não se importam em usar o nome Jesus. No entanto, os discípulos de Jesus no primeiro século pronunciavam o nome dele de uma forma bem diferente do modo como a maioria dos cristãos o pronuncia hoje. Entre os cristãos judeus, o nome de Jesus provavelmente era pronunciado Yeshúa‛, e o título “Cristo” era pronunciado Mashíahh, isto é, “Messias”. Os cristãos que falavam grego o chamavam de Iesoús Khristós; e os cristãos que falavam latim, Iésus Chrístus. Sob inspiração, foi registrada na Bíblia a tradução grega desse nome. Isso indica que os cristãos do primeiro século faziam o que era razoável: usavam a forma do nome mais comum em seu idioma. De modo similar, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia considera razoável usar a forma “Jeová”, mesmo que ela não tenha exatamente a mesma pronúncia que o nome divino tinha no hebraico antigo.

Por que a Tradução do Novo Mundo usa a forma “Jeová”? Em português, as quatro letras do Tetragrama (יהוה) são representadas pelas consoantes YHWH. O Tetragrama não tinha vogais, assim como todas as palavras escritas no hebraico antigo. Na época em que o hebraico antigo era o idioma do dia a dia, era fácil os leitores saberem que vogais deviam ser usadas.

Cerca de mil anos após as Escrituras Hebraicas terem sido completadas, eruditos judeus desenvolveram um sistema de sinais ou pontos que indicavam as vogais que deveriam ser usadas na leitura do idioma hebraico. Mas, naquela época, muitos judeus tinham a ideia supersticiosa de que era errado falar em voz alta o nome de Deus e por isso pronunciavam outras expressões em seu lugar. Assim, ao copiarem o Tetragrama, parece que eles combinavam as vogais dessas expressões com as quatro consoantes que representam o nome divino. É por esse motivo que os manuscritos com esses sinais vocálicos não ajudam a determinar como o nome de Deus era originalmente pronunciado em hebraico. Alguns acham que era pronunciado “Iavé” ou “Javé”, enquanto outros sugerem outras possibilidades. Um Rolo do Mar Morto que contém um trecho, em grego, de Levítico translitera o nome divino como Iao. Além dessa forma, antigos escritores gregos também sugerem a pronúncia Iae, Iabé e Iaoué. Mas não há motivos para sermos dogmáticos. Simplesmente não sabemos como os servos de Deus no passado pronunciavam esse nome em hebraico. (Gênesis 13:4; Êxodo 3:
15) O que sabemos é o seguinte: Deus usou seu nome muitas vezes ao se comunicar com seus servos, eles também o usavam ao se dirigir a ele e esse nome era usado sem restrição quando eles conversavam com outros. — Êxodo 6:2; 1 Reis 8:23; Salmo 99:9.

Então, por que esta tradução usa a forma “Jeová” do nome divino? Porque essa forma tem uma longa história em português.

O nome de Deus, Jeová

O nome de Deus em Gênesis 15:2 na tradução do Pentateuco de William Tyndale, 1530

A primeira edição da Bíblia completa em português em um só volume, a versão Almeida publicada em 1819, empregou milhares de vezes o nome de Deus na forma “JEHOVAH”. A comissão tradutora da Versão Brasileira (1
917) também decidiu usar a forma “Jehovah”, e na sua edição de 2010 a grafia foi atualizada para “Jeová”. A nota de rodapé de Êxodo 6:3 na tradução Matos Soares (oitava edição) declara: “O texto hebreu diz: ‘O meu nome Javé ou Jeová.’”

Formas similares do nome divino também são encontradas em outros idiomas. Por exemplo, a primeira ocorrência, em inglês, do nome pessoal de Deus em uma Bíblia foi em 1530, na tradução do Pentateuco de William Tyndale. Ele usou a forma “Iehouah”. Com o tempo, o idioma sofreu mudanças, e a grafia do nome divino foi modernizada.

Em sua obra Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos), publicada em 1911, o respeitado erudito bíblico Joseph Bryant Rotherham usou o nome “Jehovah” em vez de “Yahweh”. Explicando o motivo, ele disse que queria empregar uma “forma do nome que fosse mais conhecida (e perfeitamente aceitável) aos leitores da Bíblia em geral”. Em sua obra Apostilas aos Dicionários Portugueses, de 1906, o filólogo e lexicógrafo português Gonçalves Viana declarou: “A forma Jeová, porém, já está tão usual, que seria pedantismo empregar Iavé, ou Iaué, a não ser em livros de pura filologia semítica ou de exegese bíblica.”

O Tetragrama

O Tetragrama YHWH: “Ele faz com que venha a ser”

 O verbo “vir a ser; tornar-se” em hebraico

O verbo HWH: “vir a ser; tornar-se”

O que significa o nome Jeová? O nome Jeová, em hebraico, é derivado de um verbo que significa “vir a ser; tornar-se”. Muitos eruditos acreditam que esse nome reflete a forma causativa desse verbo hebraico. Assim, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia entende que o nome de Deus significa “Ele faz com que venha a ser”. Visto que a opinião dos eruditos varia, não podemos ser dogmáticos sobre esse significado. No entanto, essa definição reflete bem o papel de Jeová como o Criador de todas as coisas e o Cumpridor do seu propósito. Ele não só fez com que o Universo e as criaturas inteligentes existissem, mas, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também continua fazendo com que a sua vontade e o seu propósito se realizem.

Portanto, o significado do nome Jeová não se limita ao sentido transmitido pelo verbo relacionado encontrado em Êxodo 3:14, que diz: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, ou “Eu Mostrarei Ser O Que Eu Mostrar Ser”. Essas palavras não descrevem o pleno sentido do nome de Deus. Na verdade, elas revelam apenas um aspecto da personalidade dele: o de se tornar o que for necessário, em cada circunstância, para cumprir seu propósito. Então, embora o nome Jeová inclua essa ideia, não está limitado ao que ele decide se tornar. O nome Jeová inclui também a ideia de que ele causa, ou faz acontecer, o que ele decidir em relação à sua criação e ao cumprimento de seu propósito.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 10 do versículo 1 até o 29
8. A Praga dos Gafanhotos (10:1-20)

  1. Razões para o endurecimento do coração de Faraó (10.1,2). Deus deu a Moisés duas razões para ele endurecer o coração de Faraó e de seus servos. A primeira, é que Ele queria fazer estes seus sinais no meio deles (1). Tivesse Faraó se rendido antes, as últimas e maiores maravilhas não teriam sido feitas. Em semelhante situação, os egípci-os não teriam ficado convencidos das ações divinas. Deus prolongou a agonia até que todos vissem sua glória.

A segunda razão é que Deus queria que as gerações futuras do seu povo, Israel. soubessem e recontassem esta libertação maravilhosa vezes sem conta (2). O aumento da intensidade dos sinais e sua multiplicação causaram profunda impressão nos israelitas e os convenceu incontestavelmente de que Deus era o SENHOR. As palavras: As coisas que fiz no Egito, são mais corretas por: "Como zombei dos egípcios" (ARA). Havia iro-nia divina no fato de a obstinação de Faraó ter levado a maiores manifestações da glória e do poder de Deus.' Estas garantias repetidas a Moisés o prepararam para a teimosia de Faraó, visto que lhe foi dito muitas vezes que Deus tinha uma mão no estado emocio-nal do monarca (cf. 7.4,5 e comentários ali).

  1. O anúncio a Faraó (10:3-6). Moisés foi a Faraó e lhe deu a nova mensagem de forma clara e às pressas. O prolongamento destas aflições era por causa do orgulho de Faraó: Até quando recusas humilhar-te diante de mim? (3). Desta feita, Deus tra-ria gafanhotos (4) para a terra. Eles cobririam a face da terra (5) e comeriam tudo que restou das outras pragas. Estes gafanhotos entrariam nas casas e constituiriam tre-menda ameaça jamais vista no Egito (6).55 Depois deste anúncio, Moisés e Arão saíram apressados da presença do rei.
  2. A tentativa de acordo (10:7-11). Os servos de Faraó (7), os funcionários da corte mais próximos ao rei, começaram a argumentar. Primeiro, os magos ficaram impressiona-dos com o poder de Deus (8.19). Segundo, alguns egípcios creram o suficiente para retirar o gado e os escravos do campo quando a praga foi anunciada (9.20). Agora altos funcioná-rios egípcios criam que aconteceria o que Moisés dizia. Suplicaram a Faraó que não permi-tisse mais que este Moisés lhes fosse por laço (7; ou "cilada", ARA). A única salvação para
  3. Egito era ceder e deixar o povo israelita ir. A palavra homens aqui (7) se refere a todo o povo. Os servos sabiam, melhor que Faraó, que o Egito estava quase arruinado.

Por esta razão, Moisés e Arão (8) foram levados outra vez à presença do rei. Pela primeira vez, Faraó cedeu antes do início da praga. Deu permissão para os israelitas partirem, mas tentou fazer outro acordo. Ele permitiria a ida dos homens se deixassem suas famílias e rebanhos. Seu objetivo era destruir a totalidade da proposição opondo-se aos detalhes. Moisés deixou claro que todos iriam — os meninos, os velhos, os filhos. as filhas, as ovelhas e os bois (9). Sempre é bom saber perfeitamente os próprios pla-nos ao lidar com um oponente da verdade. O versículo 10 é mais bem traduzido por um tipo de juramento: "Esteja o Senhor convosco, se algum dia eu vos deixar ir com seus pequeninos! Vede que tendes algum propósito mau em mente" (ATA). O rei considerava a concessão plena do pedido como se fosse uma blasfêmia: "Tão improvável quanto vos deixarei ir com vossos filhos é tão improvável que vós ides em vossa viagem, sendo igualmente tão improvável que Jeová estará convosco"." Faraó ficou enfurecido ao sentir a pressão e ver a firmeza de Moisés. Ele poderia chegar a um acordo, mas nunca ceder completamente.

Faraó admitiu o que sabia desde o princípio. Este povo queria a liberdade. Acusou essas pessoas de serem mal-intencionadas (10). Teria a garantia do retorno dessa gente ao Egito retendo os filhos. Os varões (cf.
7) poderiam ir (11) ; Faraó insinuou que desde o início era isso mesmo que eles queriam. Sentia-se exasperado e imediatamente expul-sou Moisés e Arão da sua presença.

  1. A invasão dos gafanhotos (10:12-15). Sem mais avisos, Deus enviou os gafanho-tos (12). Vemos o aspecto milagroso no fato de os insetos surgirem quando estendeu Moisés sua vara (13). O vento soprou por 24 horas, trazendo gafanhotos de muito lon-ge. Não era comum que eles estivessem sobre toda a terra do Egito (14). Nunca houve nem haverá tamanha infestação de gafanhotos.

Quando o registro bíblico diz que eles cobriram a face de toda a terra (15), signi-fica a terra do Egito, exceto, presumimos, a terra de Gósen onde Israel habitava. Se os israelitas tivessem sofrido com esta praga, depois de terem sido isentos das outras, teria sido pior para eles do que para os egípcios, pois teriam mais a perder. Entendemos que a divisão de Deus entre Israel e o Egito continuou valendo para todas as pragas depois das moscas (8.22). Não está claro se cobrir a face de toda a terra significava uma camada espessa de gafanhotos no chão ou nuvens grossas no ar. Provavelmente a primeira op-ção' é a correta.'

  1. O abrandamento de Faraó (10:16-20). Sob a pressão deste julgamento, Faraó pe-diu a Moisés que trouxesse alívio. É habitual homens obstinados sejam movidos mais por emoções momentâneas do que pela razão. Desta vez, Faraó admitiu ter pecado con-tra o SENHOR e contra Moisés (16). Pediu perdão pelo pecado e queria alívio desta morte, a praga (17). Superficialmente, parecia muito sincero.

Quando Moisés orou ao SENHOR (18), Deus enviou um vento ocidental fortíssimo (provavelmente vento noroeste vindo do mar Mediterrâneo) que varreu os zafanhotos para o mar Vermelho. Nenhum gafanhoto permaneceu na terra. Ninguém em são juízo duvidaria do fato de a mão de Deus estar nesta praga e em sua remoção. Mas nem as emoções do medo e preocupação ou as faculdades racionais da mente muda-riam o coração de Faraó. Seu coração estava tão firme contra Deus que ele não se rende-ria. Agora Deus o tornara escravo da teimosia e o dirigia a um triste fim (cf. 7.13 e :ementários ali). Visto que se aferrava em sua resistência a Deus, Faraó se tornaria exemplo de maldade de coração perverso e, por conseguinte, do poder do Deus Todo- poderoso.

9. As Trevas (10:21-29)

Não houve anúncio para esta nona praga. Sob as ordens de Deus, Moisés estendeu a sua mão para o céu, e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias (22), trevas que podiam ser apalpadas (21).

A maioria dos estudiosos concorda que foi o hamsin, uma tempestade de areia tão remida no Oriente, que ocasionou estas trevas.' O milagre estava em que veio segundo a palavra de Deus (21) e não ocorreu onde o povo de Deus habitava (23). As trevas eram tão densas que os homens não se viam uns aos outros. Não é necessário supor a inexistência de luz artificial ou fato de as pessoas não se movimentarem em seus lares.' Toda a atividade comercial e empresarial cessou e a população egípcia ficou em casa.

Agora Faraó estava pronto para outra contraproposta. Depois de chamá-lo, disse a Moisés: Ide, servi ao SENHOR; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas (24). Igual a Satanás! Cede quando é forçado, mas busca uma pequena concessão. Mui-tas pessoas sucumbem às sugestões malignas e aceitam a proposta. Mas Moisés não! Ele declarou: Nem uma unha ficará (26). Moisés sabia qual era a ordem de Deus, embora ainda não dispusesse de todas as razões. Esperava mais instruções conforme o desdo-brar dos acontecimentos.

Os cristãos nunca conseguirão plena vitória enquanto derem lugar ao diabo. Há quem insista que um pequeno pecado não faz mal, ou que sempre fica algum mal no coração. Mas a Palavra de Deus é clara: "Que L.•.1 vos despojeis do velho homem" (Ef 4:22) ; "Despojai-vos também de tudo" (Cl 3:8) ; "Não deis lugar ao diabo" (Ef 4:27). Nenhum acordo com Satanás jamais resultará em vitória total ou liberdade completa para o filho de Deus.

O Senhor ainda tinha algo a tratar com Faraó. Deus desejava mostrar o que Ele faz com quem lhe resiste tão cabalmente. Em vez de Faraó permitir a saída de Israel, Deus endureceu ainda mais o coração do monarca (27; cf.comentários sobre 7.13). A raiva deflagrou-se furiosamente sobre Moisés, quando Faraó ordenou que o servo de Deus se afastasse para sempre, ameaçando-o de morte se o visse novamente (28). Pelo menos por uma vez Moisés ouviu a voz da verdade em Faraó, e respondeu: Bem disseste; eu mm-ca mais verei o teu rosto (29). Faltava pouco para Deus terminar com Faraó. Não havia muita coisa que este tirano pudesse fazer, preso como estava nos laços do seu coração arrogante.

Nos capítulos 8:10, vemos "Os Perigos das Concessões ao Pecado".

1) Permanecendo perto do mundo: Sacrificai... nesta terra, 8.25,28;

2) Negligenciando a religião em famí-lia: Deixai os varões irem, 10:8-11;

3) Retendo os bens materiais: Deixai as ovelhas e as vacas ficarem, 10.24;

4) Vencendo por total compromisso: Nem uma unha ficará, 10.26.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 10 do versículo 1 até o 29
*

10:1

lhe endureci o coração. Só nessa narrativa, a resolução de Faraó mudou por quatro vezes (vs. 8,10-11,16-17,20).

* 10:2

contes... quantos prodígios fiz. Uma clara afirmação do plano divino que envolvia Faraó. As pragas visavam ensinar a Israel e deixar uma indelével impressão sobre a sua posteridade (Dt 6:20-25).

* 10:9

festa. Moisés exigiu que a permissão de Israel para adorar fosse sem restrições. Ver nota em 8.25.

* 10:11

vós os homens. Somente adultos do sexo masculino eram necessários nas festas posteriores de Israel (23.17; 34.23). Note o sarcasmo no v. 10.

* 10.12-15

Gósen, presumivelmente, estava isenta.

* 10:16

se apressou. A prontidão do ato de Faraó e sua confissão de pecado destacam o perigo em que estava o Egito, ameaçado de fome severa ("não restou nada verde nas árvores", v. 15).

* 10:22

trevas espessas. Essas trevas, como é óbvio, eram mais do que uma tempestade de areia ou um eclipse do sol. Foram trevas sobrenaturais, como aquelas associadas ao dia do Senhor (Is 8:22; 58:10; Jl 2:2; Am 5:20; Sf 1:15; conforme Dt 28:29). Os egípcios tipicamente celebravam a luz matinal quando o deus-sol, Rá, segundo se pensava, vencia a temível serpente do caos e das trevas hostis. Essas trevas sobrenaturais foram outra demonstração da superioridade do Senhor sobre o panteão egípcio (7.19; 8.3, notas).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 10 do versículo 1 até o 29
10:2 Deus disse ao Moisés que estas experiências milagrosas com Faraó deviam ser transmitidas a seus descendentes. Que histórias podia contar Moisés! Vivendo um dos maiores dramas da história bíblica, Moisés era testemunha de sucessos que muito pouca gente poderia ver. É importante lhes contar a nossos filhos a respeito da história da obra de Deus em nosso passado e ajudá-los a ver o que está fazendo agora. Quais são os pontos críticos de sua vida onde Deus interveio? O que é o que Deus está fazendo por você agora? As histórias que conte serão a base da crença de seus filhos em Deus.

10:22 À medida que cada praga descendia no Egito, o povo egípcio se dava conta de quão incapazes eram seus deuses para as deter. APIs, o "poderoso" deus do rio Nilo, não pôde evitar que as águas se convertessem em sangue (7.20). Hator, diosa-vaga-a, viu-se indefesa quando o gado egípcio morreu em emanadas (9.6). Amón-Ra, o deus sol e chefe dos deuses egípcios, não pôde deter a misteriosa escuridão que cobriu a terra durante três dias completos (10.21, 22). Os deuses egípcios eram (1) imagens impessoais como o sol e o rio, (2) numerosos, e (3) adorados junto com muitos outros deuses. Ao contrário, o Deus dos hebreus era (1) um Ser pessoal vivente, (2) o único Deus verdadeiro e (3) o único Deus ao que deviam adorar. Deus lhes estava provando, tanto aos hebreus como aos egípcios, que O só era o Deus vivente e todo-poderoso.

10:27, 28 por que estava Faraó tão relutante a deixar sair ao povo? Os hebreus eram mão de obra gratuita, os construtores de grandes cidades. Como líder egípcio, Faraó não podia deixar ir um recurso tão valioso.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 10 do versículo 1 até o 29
h. Oitava praga-Locusts (10: 1-20)

1 E disse o SENHOR a Moisés: Vai a Faraó, porque tenho endurecido o seu coração, eo coração de seus servos, para que eu possa mostrar a estes meus sinais no meio deles, 2 e para que possas dizer aos ouvidos de teu filho, e aos filhos de teus filhos, as coisas que fiz ao Egito, e os meus sinais que tenho feito entre eles; para que saibais que eu sou o Senhor. 3 E Moisés e Arão foram a Faraó, e disse-lhe: Assim diz o Senhor, o Deus dos hebreus: Até quando terás recusar-se a humilhar-te diante de mim? deixe ir o meu povo, que me sirva. 4 Porque se recusam a deixar ir o meu povo, eis que amanhã eu trarei gafanhotos aos teus termos: 5 e eles cobrirão a face da terra, de modo que um não será capaz de ver a terra e comerão o resto do que escapou, o que vos ficou da saraiva, e comerão toda árvore que vos cresce fora do campo: 6 e das tuas casas devem ser preenchidos , e as casas de todos os teus servos, e as casas de todos os egípcios; dado que nem os teus pais nem os pais de teus pais já vimos, desde o dia em que eles estavam na terra até o dia de hoje. E ele se virou, e 'saiu da presença de Faraó. 7 E os servos de Faraó disse a ele. Até quando esse homem ser uma armadilha para nós? deixa ir os homens, para que sirvam ao Senhor seu Deus; porventura não sabes ainda que o Egito está destruído? 8 Então Moisés e Arão foram levados outra vez a Faraó, e ele disse-lhes: Ide, servi ao Senhor vosso Deus; Mas quais são os que hão de ir? 9 E Moisés disse: Havemos de ir com os nossos jovens e com os nossos velhos; com os nossos filhos e com as nossas filhas, com os nossos rebanhos e com o nosso gado iremos; . porque temos de celebrar uma festa ao Senhor 10 E disse-lhes: Assim seja o Senhor com você, como eu vou deixar você ir, e seus pequeninos: olhar para ele; para o mal está diante de você. 11 Não agora, ide vós que sois homens, e servi ao Senhor; pois é o que vos apetecer. E eles foram expulsos da presença de Faraó.

12 E disse o SENHOR a Moisés: Estende a tua mão sobre a terra do Egito para que os gafanhotos venham eles sobre a terra do Egito e comam toda erva da terra, tudo o que o granizo tem deixado. 13 E Moisés estendeu a sua vara sobre a terra do Egito, e que o Senhor trouxe um vento oriental sobre a terra todo aquele dia e toda a noite; e, quando amanheceu, o vento oriental trouxe os gafanhotos. 14 E vieram os gafanhotos sobre toda a terra do Egito, e descansou em todas as fronteiras do Egito; gravíssima eram eles; antes deles não houve tais gafanhotos como eles, nem depois deles haverá. 15 Para eles cobriram a face de toda a terra, para que a terra foi escurecido; e comeram toda a erva da terra, e todo o fruto das árvores, que deixara a saraiva:. e não ficou verde algum, nem de árvore nem de erva do campo, por toda a terra do Egito 16 E Faraó chamou Moisés e Arão à pressa; e ele disse: Pequei contra o Senhor vosso Deus, e contra vós. 17 Agora, pois, perdoa, peço-te o meu pecado somente desta vez, e suplicar ao Senhor vosso Deus, para que tire de mim mais esta morte. 18 E ele saiu da presença de Faraó, e orou ao Senhor. 19 E o Senhor trouxe um vento ocidental fortíssimo, o qual levantou os gafanhotos e os lançou no Mar Vermelho; não ficou um só gafanhoto em todos os termos do Egito. 20 O Senhor, porém, endureceu o coração de Faraó, e ele não deixou que os filhos de Israel.

Depois da dupla referência ao endurecimento do seu coração de Faraó, o Senhor disse a Moisés que Ele tinha feito seu coração obstinado , a única vez que a obra do Senhor é descrito por esta palavra hebraica particular (ver comentários sobre Ex 4:21 ). Ele estava agora prolongando o conflito, a fim de fornecer Israel, tanto como para a geração atual e como as gerações futuras, com uma lição indelével sobre a Sua realidade e poder. Ele enviou Moisés a Faraó com ainda outra advertência de que, se ele não deixar ir Israel, gafanhotos iria invadir a terra e devorar o pouco que restava. Depois que ele saiu, cortesãos do Faraó falou bastante claramente a seu mestre, o que sugere que eles permitem que os homens de Israel ir para adorar o Senhor, perguntando se ele ainda não se deu conta de que o Egito estava à beira do colapso total. Então Moisés e Arão foram chamados de volta. Faraó perguntou quem era ir a esta festa religiosa. Moisés respondeu que jovens e velhos, homens e mulheres, os homens e os animais. Faraó ficou furioso e gritou que um plano desse tipo só poderia ser parte de um projeto mal. Eles deviam tomar as homens e ir para a adoração, pois ele achava que esta era tudo o que era necessário para cumprir o seu pedido inicial. E em sua raiva que ele os havia conduzido a partir do Trono.

Moisés aparentemente estendeu a sua vara no mesmo dia, e durante a noite seguinte vieram gafanhotos. No Outono os gafanhotos migrar do Sudão do Sul do Egito para as regiões costeiras até a metade do Mar Vermelho, a leste e um pouco ao sul do Egito.Aqui eles colocam seus ovos. Durante o inverno as novas hachuras geração. Em fevereiro-março migram tanto para a Palestina e Egito, dependendo para que lado o vento sopra. Em resposta a vara erguida de Moisés, Deus fez com que um vento leste a soprar durante todo o dia e toda a noite, trazendo os gafanhotos em em números sem precedentes. Pragas tremendas de lhes ter sido conhecida mesmo em tempos modernos, os seus voos literalmente desmaiar ao sol. Nesta ocasião, eles escureceu a terra, devorando tudo o que restava do granizo, destruindo, assim, não só as folhas das árvores e esfregar-se o que quer que linho e cevada pode ser deixado, mas também destruir o trigo e cheirava que tinha escapado queda de granizo grave antes. Novamente o faraó chamou Moisés e pediu a ele para orar por ele. Novamente Moisés orou, eo Senhor enviou um forte vento oeste, dirigindo os gafanhotos fora do Egito e, aparentemente, despejá-los no Mar Vermelho em si.

Eu. Nona Plague-Darkness (10: 21-29)

21 E disse o SENHOR a Moisés: Estende a tua mão para o céu, para que haja trevas sobre a terra do Egito, trevas que se possam apalpar. 22 E Moisés estendeu a sua mão para o céu; e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias; 23 eles não viram uns aos outros, e ninguém se levantou um do seu lugar por três dias; mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações. 24 E Faraó chamou a Moisés, e disse: Ide, servi ao Senhor; apenas deixe seus rebanhos e os seus rebanhos ser suspensa: deixar seus pequenos também ir com você. 25 E Moisés disse: Tu também deve dar nas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos sacrifícios ao Senhor nosso Deus. 26 Nosso gado também deve ir com a gente; não haverá uma unha ficará;porque dele havemos de tomar para servir ao Senhor nosso Deus; e não sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que cheguemos lá. 27 O Senhor, porém, endureceu o coração de Faraó, e ele não iria deixá-los ir. 28 E Faraó disse-lhe: Vai-te de mim, guarda-te, ver o meu não mais cara; porque no dia em vês meu rosto morrerás. 29 E Moisés disse: Tu tens bem falado; Vou ver o teu rosto novamente não mais.

A terceira praga em cada trio veio sem aviso prévio. E a nona não foi excepção. O Senhor disse a Moisés para estender a sua mão para o céu e uma escuridão viria sobre o Egito tão espessa que os homens teriam de tatear sobre, tentando sentir o seu caminho.A maioria dos estudiosos acredita que este foi o resultado da khamsin , um vento sul quente que vem em off do Sahara, levando um pouco da areia do deserto. Ele costuma soprar durante dois ou três dias, e impressiona qualquer momento a partir de março a maio. A tremenda inundação do verão anterior havia deixado um depósito pesado de solo vermelho em todo o Egito. Agora era tão seco como pó. O granizo e os gafanhotos destruíram a vegetação, e não havia nada para segurar a terra e areia no lugar. Então, para a areia do Sahara foi adicionado o pó do Egito até que o ar estava cheio de pequenos partículas. O sol estava muito apagado, e nenhum egípcio saiu de sua casa por três dias. Jeová havia derrotado o próprio deus-sol, Re, uma das maiores das divindades egípcias. Mas o vento não chegaram para as áreas mais protegidas de Goshen onde os israelitas habitavam, então eles tinham luz. Novamente o faraó propôs um compromisso: todas as pessoas poderiam ir, mas o estoque deve permanecer. Isso seria uma espécie de garantia de que voltaria. Quando Moisés insistiu todos devem ir, o faraó com raiva baniu da sua presença, sob pena de morte.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 10 do versículo 1 até o 29
  1. "Mas eis que não crerão" (Ex 4:1-9)

Contudo, Deus acabara de dizer que acreditariam nele (3:18), portanto essa afirmação não era nada além de total descrença. Deus fez dois milagres para Moisés—o bordão transformou-se em serpente, e a mão dele ficou leprosa. Essas seriam suas credenciais diante do povo. Deus pega o que temos à mão e usa isso, se apenas confiarmos nele. O bordão, por si mesmo, não seria nada, mas nas mãos de Deus transformou-se em poder. A própria mão de Moisés matara um homem, mas, no segundo milagre, Deus mostrou a Moisés que pode curar a fraqueza da carne e usá- lo para sua glória. As mãos dele não eram nada, mas nas mãos de Deus po-diam fazer maravilhas! Depois, Deus acrescentou um terceiro sinal —trans-formar a água em sangue. Esses sinais convenceríam o povo de Deus (Ex 4:29- 31), mas eram apenas imitados pelos egípcios ímpios (Ex 7:10-25).

  1. "Eu nunca fui eloqüente" (Ex 4:10-17)

Deus disse: "Eu Sou" — e tudo que Moisés dizia era: "Eu não sou!". Ele olhava para si mesmo e para suas fraquezas, em vez de olhar para Deus e seu poder. Nesse caso, Moi-sés argumentou que não era eloqüente. Contudo, o mesmo Deus que fizera sua boca podia usá-la. Deus não precisa de eloquência nem de oratória: ele precisa ape-nas de um vaso puro que possa se encher ''cõmTTua mensagem. No 'versículo 13, Mõises“cTãTríãrT/Envia aquele que hás de enviar, menos a mim". Essa atitude de descrença enraiveceu Deus, contudo ele de-signou Arão para ser ajudante de Moisés. Infelizmente, Arão, mais de uma vez, foi mais um obstáculo que uma ajuda! Ele levou a nação à idolatria (32:15-28) e murmurou '^ontra~Moisés (Nu 12:0). Deus teve de disciplinar Moisés (talvez, pela doença) para lembrá-lo de sua obrigação. Como ele poderia guiar Israel se fracassava em guiar a própria família nas coisas espi-rituais? Mais tarde, Moisés manda, sua família de volta para Midiã (veja 18:2).

  1. A liderança do Senhor (vv. 27-28)

Deus prometera que Arão viria (v. 14) e, agora, cumpria sua promes-sa. Ao mesmo tempo que Moisés e Arão tinham suas fraquezas e que cada um deles fracassou mais de uma vez com Deus, era uma grande ajuda para Moisés ter o irmão a seu lado. Eles encontraram-se no "mon-te de Deus", local onde Moisés vira a sarça ardente (3:1).

  1. A aceitação do povo (vv. 29-31)

Isso também é o cumprimento da Palavra de Deus (3:18). Infelizmen-te, esses mesmos judeus que rece-beram Moisés e inclinaram a cabe-ça para Deus, depois o odiaram e o criticaram por causa do aumento de trabalho que tiveram (5:19-23). É sábio não pôr nossas esperanças na reação das pessoas, pois, com frequência, ‘as pessoas deixam de cumprir seus compromissos.

  1. A ordem

Sete vezes nesse capítulo, Deus diz ao faraó: "Deixa ir o meu povo" (veja 5:1; 7:16; 8:1,20; 9:1,13 10:3). Essa ordem revela que Israel estava na escravidão, mas Deus queria-o livre para servir-lhe. Essa é a condição de todo pecador perdi-do: escravização ao mundo, à car-ne e ao mal (Ef 2:1-49).

"Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel", foi a resposta do faraó à ordem de Deus (5:2). O mundo não respeita a Palavra de Deus, pois para ele são "palavras mentirosas" (5:9). Moisés e Arão apresentam a or-dem de Deus ao faraó, e o resulta-do foi mais escravidão para Israel! O pecador entrega-se à Palavra de Deus ou resiste a ela e endurece (veja 3:18-22 e 4:21-23). Em um sentido, Deus endureceu o co-ração do faraó ao apresentar-lhe suas reivindicações, mas o pró-prio faraó endureceu o coração ao resistir às reivindicações de Deus. O mesmo sol que derrete o gelo endurece o barro.

Infelizmente, o povo de Israel procurou o faraó em busca de aju-da, em vez de procurar o Senhor que prometera libertá-lo (5:15-19). Não é de admirar que os judeus não fossem capazes de concordar com Moisés (5:20-23) e o acusassem, em vez de encorajá-lo. Os crentes que não têm comunhão com Deus trazem pesar para seus líderes, em vez de ajuda. Com certeza, Moisés estava desencorajado, mas ele fez o que sempre é melhor — levou seu problema ao Senhor. No capítulo 6, Deus encorajou Moisés ao lem-brá-lo de seu nome (6:1-3), de sua aliança (6:4), de sua preocupação pessoal (6:
5) e de suas promessas fiéis (6:6-8). O "EU SOU" e "FAREI" de Deus são suficientes para derro-tar o inimigo! O propósito de Deus ao permitir que o faraó oprimisse Israel era fazer com que o mundo conhecesse o poder e a glória do Senhor (6:7; 7:5, 17; 8:10, 22; veja Rm 9:17).

Montou-se o cenário: o faraó recusou a ordem de Deus, e, ago-ra, o Senhor mandaria seu julga-mento sobre o Egito. Ele cumpriría sua promessa de Gênesis 12:3 de julgar as nações que perseguissem os judeus. Ele revelaria seu poder (9:16), sua ira (Sl 78:43-19) e sua grandeza, mostrando que os deuses do Egito eram falsos deuses, e que Jeová é o único Deus verdadeiro (12:12; Nu 33:4).

  1. O conflito

As dez pragas do Egito represen-tam muitas coisas: (1) eram um si-nal para Israel que lhe assegurava o poder e o cuidado de Deus, 7:3; (2) eram pragas de julgamento para o Egito a fim de punir seu povo por perseguir Israel e de mostrar a inu-tilidade dos deuses dele, 9:14; e (3) eram profecias de julgamentos por vir, conforme Apocalipse revela.

Observe a seqüência das pra-gas. Elas dividem-se em três grupos, com três pragas em cada grupo. A décima praga (morte dos primogê-nitos) foi a última:

  1. A água transforma-se em san-gue, Ex 7:14-25 (advertência em Ex 7:16)
  2. Rãs, 8:1 -15 (advertência em Ex 8:1)
  3. Piolhos, Ex 8:16-19 (sem adver-tência, e os magos não pude-ram copiar, Ex 8:1 8-19)
  4. Moscas, Ex 8:20-24 (advertência em Ex 8:20)
  5. Peste no gado, Ex 9:1-7 (adver-tência em Ex 9:1)
  6. Úlceras e tumores nas pesso-as, 9:8-12 (sem advertência, os magos foram afligidos, Ex 9:11)
  7. Chuva de pedras, fogo, 9:13- 35 (advertência em Ex 9:13)
  8. Gafanhotos, Ex 10:1-20 (adver-tência em Ex 10:3)
  9. Trevas espessas, Ex 10:21-23 (sem advertência, o faraó recusou-se a ver Moisés de novo, Ex 10:27-29)
  10. Morte dos primogênitos, Ex 11-.12 (o julgamento final).

Na verdade, as pragas eram uma declaração de guerra aos deuses do Egito (veja 12:12). Os egípcios adoravam o rio Nilo como um deus, porque esse rio era fonte de vida para eles (Dt 11:1 Dt 11:0-5); rãs (Ex 16:13); úlceras malignas e per-niciosas (16:2); chuva de pedras e fogo (Ex 8:7), gafanhotos (Ex 9:1 ss); e tre-vas (Ex 16:10).

Os magos egípcios consegui-ram copiar alguns dos milagres de Moisés — transformar o bordão em serpente (Ex 7:8-13), e a água, em san-gue (7:19-25), e fazer aparecer as rãs (Ex 8:5-7). Contudo, eles não con-seguiram transformar o pó em pio-lho (Ex 8:16-19). Em 2Tm 3:8-55, somos advertidos de que, nos últi-mos dias, falsos mestres se oporão a Deus ao imitar seus milagres. Veja II Tessalonicenses 2:9-10. Satanás é um falsificador que engana o mun-do perdido ao imitar o que Deus faz (2Co 11:1-47,2Co 11:13-47)

Deus exige separação total do mun-do, a amizade com o mundo é inimizade com Deus (Jc 4:4). Os egípcios poderiam se ofender se vissem os judeus sacrificar seu gado a Jeová, já que adoravam vacas. Os crentes devem sair "do meio deles" e separar-se (2Co 6:1 2Co 6:7, NVI).

  1. Não se afastar muito (Ex 8:28)

O mundo diz: "Não seja fanático!". "E bom ter religião, mas não leve isso a sério demais". Aqui, temos a tentação de ser "crentes limítrofes", os que tentam se manter próximos do mundo e de Deus ao mesmo tempo.

  1. Apenas os homens podem ir (Ex 10:7-11)

Isso significa deixar as mulheres e as crianças no mundo. A fé envolve toda a família, não apenas os ho-mens. É privilégio do marido e do pai liderar a família nas bênçãos do Senhor.

  1. Manter as posses no Egito (10:24-26)

Satanás ama segurar nossas rique-zas materiais para que não possa-mos usá-las para o Senhor. Tudo que temos pertence a Cristo. E Jesus disse-nos: "Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6:21). Que tragédia roubar a Deus ao deixar nossos "rebanhos e gados" para Satanás usar (Ml 3:8-39).

Moisés recusou fazer cada uma das concessões, pois não podia fazer concessões a Satanás e ao mundo e ainda agradar a Deus. Podemos pensar que vencemos ao pacificar o mundo, mas estamos enganados. Deus exige obediência total, separa-ção completa do mundo. Realizou- se isso com o sangue do cordeiro e a travessia do mar Vermelho, retratos da morte de Cristo na cruz e de nossa ressurreição com ele, libertando-nos "deste mundo perverso" (Gl 1:4).

  1. ponto principal dessa seção é o cordeiro. A Páscoa marca o nasci-mento da nação de Israel e sua li-bertação da escravidão. Esse grande evento também retrata Cristo e sua obra na cruz Jo 1:29; 1Co 5:7-46; 1Pe 1:18-60).

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 10 do versículo 1 até o 29
10.1 Disse o Senhor. O fiel servo de Deus recebe a orientação divina para cada transe da sua luta contra as forças do mal.

10.2 Para que contes. De fato, durante toda subseqüente história de Israel, o motivo básico para toda a vida religiosa do povo era esta história de como Deus tinha salvo e resgatado um povo particularmente Seu, que reconhecia Sua soberania. Saibas. O israelita não quis ter teorias vãs acerca de Deus, mas sim, uma verdadeira experiência religiosa de andar com Deus.

10.3 Humilhar-te. Quem não se humilha, Deus o humilhará completamente.

10.4 Gafanhotos. Esta oitava praga já é mais severa: mesmo as invasões normais no oriente formam nuvens de gafanhotos que devoram em poucas horas toda espécie de alimento em área de quilômetros quadrados. Mas esta invasão foi excepcional (6; conforme Jl 2:1-11).

10.7 Os oficiais. Assim como os magos já se retiraram da luta (9.11), agora são os oficiais que estão se rendendo à evidência, chegando a se opor abertamente à política louca de um rei totalitário.

10.8 Porém. A obediência a Deus dos não sinceramente convertidos contém sempre um "porém" significativo. Este porém é a condenação dos ímpios, porque, na realidade, é rebeldia contra Deus, como se vê no v. 11, em que a restrição não foi aceita por Moisés. Nota-se que, pela primeira vez, discutiu-se sobre os termos da obediência, antes de chegar outra praga, indício de que Faraó estava aprendendo a temer o poder de Deus. 10.10 Seja o Senhor. Um emprego blasfemo do nome de Deus para rejeitar um pedido feito em nome do Senhor. Faraó já quis ditar o lugar do sacrifício (8,25) e agora quis limitar o número dos participantes no culto solene. • N. Hom. V. 12 nos ensina que a seqüência ao pecado é o julgamento divino, que é inevitável, quando não imediato. A terra inteira sofreu as conseqüências, pois o pecado sempre traz grandes danos até para terceiros inocentes. Nota-se também o poder absoluto de Deus sobre todas as forças da natureza, assim demonstrando que ele é o Deus e os ídolos (deuses imaginários) nenhum poder tinham.

10.15 Se escureceu. O tamanho das nuvens de gafanhotos, muitas vezes, esconde inteiramente a luz do sol na região invadida.

10.16 Pequei. Uma idéia muito fraca sobre o pecado é de quem antevê as conseqüências do seu erro, e quer se livrar delas. Faraó teme os poderes manifestos em Moisés, mas não teme ao poder de Deus. Como todo pecador, pensa que se trata de um erro esporádico (esta vez ainda) e não percebe o abismo em que se precipita sem possibilidade de se salvar sozinho.

10.19 Nem ainda um só. Deus faz sua parte com perfeição, em resposta à oração da fé do seu servo obediente. Mas nem esta prova graciosa serviu para Faraó, uma vez passado o perigo.

10.21 Trevas. Esta praga veio sem prévio aviso. Resposta imediata à perfídia de Faraó, mencionada no v. 20. Não se sabe qual foi a causa imediata das trevas, talvez uma tempestade areia ou umas nuvens espessas de cinzas, vindas de uma erupção vulcânica da região da Grécia; sabe-se somente que eram limitadas, não chegando ao lugar dos israelitas, v. 23.

10.24 Faraó chamou. Chamou para oferecer seu quarto "acordo amistoso” (os demais se acham em 8.25, 8.28 e 10.11). Vê-se cada vez mais forçado a conceder algo mais, sem nunca lhe vir à mente a necessidade da obediência; tão somente o interessava a própria autoridade real, não aprendendo que o Altíssimo tem autoridade sobre o reino dos homens (Ez 4:32; Ap 19:16).

10.26 Nem uma unha. Moisés já aprendeu a lição de obediência completa à vontade de Deus, e sabe que o alívio momentâneo de algum compromisso com as exigências do mundo, comprometeria a plenitude de alegria da vitória, na sua comunhão com Deus. O ser humano tem de comparecer perante Deus, com seus bens, com seu tempo, com seu caráter, oferecendo a plenitude do seu ser em sacrifício vivo e aceitável a Deus (Rm 12:12). Não se pode saber de antemão o que há em nós que Deus quer usar, e por isso devemos permanecer numa atitude perpétua de oração.

10.28 Retira-te. Ordenar a retirada do profeta de Deus era a maneira de tentar excluir Deus da vida de Faraó. Mas Deus não pede audiências aos homens e nenhuma pessoa que tenta cerrar os ouvidas à voz dos crentes irá por isso ser poupada da decisão final que todos enfrentarão: aceitar a salvação que Deus oferece, ou receber a eterna punição.

10.29 Nunca mais. Era o fim da missão de Moisés para com aquele rei egípcio. Em 12.31, Moisés apenas atende ao rei para ouvir sua confissão de derrotado, sem lhe pedir audiência, pois quem persuadiu a Faraó com a praga final fora o próprio Deus.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 10 do versículo 1 até o 29

11)    As pragas dos gafanhotos e das trevas (10:1-29)
Eventos iminentes lançam suas sombras sobre esse capítulo. Testemunhamos aqui o desmoronamento dos princípios morais dos conselheiros do rei. Por um momento, eles até conseguem persuadir o seu senhor a rever suas decisões (v. 7,8). Há ecos não tão distantes — trevas (v. 15,21 ss) e morte (v. 17) — da fatal noite da Páscoa. O vento oriental cumpre uma tarefa preliminar como ferramenta para implementação dos planos de Deus (conforme 14.21). v. 2. Deus será honrado não somente no Egito, mas entre gerações futuras de israelitas, quando a história do êxodo for contada e recontada (conforme 12.26,27; Dt 6:7 etc.). A narração dos atos poderosos de Deus era uma característica essencial da adoração israelita (conforme Js 24:2-6; SL 78; At 7:2-53). v. 4. gafanhotos eram fonte de temor em virtude de seu potencial de destruição. O v. 5 dá um relato adequado do efeito danoso que teriam sobre a terra (conforme v. 15). que [...] restou da tempestade de granizo-, conforme 9.32. v. 7. A ameaça parece ter causado impacto sobre os conselheiros do faraó. A devastação causada por uma invasão de gafanhotos seria o golpe de misericórdia para um país já cambaleando sob essa grande quantidade de desgraças, v. 9. As palavras de Moisés têm um tom de provocação “churchilleana”. Ele sabe que o rei não representa ameaça alguma e que o desenlace já não pode ser adiado por muito mais tempo, v. 10,11. Ao suspeitar de um propósito mais tenebroso, o faraó se nega a permitir que todo o povo de Israel vá ao deserto para adorar. As mulheres, crianças e posses vão ser a sua garantia contra o logro. A adoração em lugares sagrados era responsabilidade dos homens; por que então deveria ele permitir que mulheres e crianças também fossem? v. 13. vento oriental', a migração de gafanhotos é afetada pelo movimento e direção do vento. Esses enxames específicos provavelmente vinham da Arábia. Aqui temos um caso de racionalização, poderíamos dizer, no relato original da praga! v. 15. escureceu', a próxima praga é de intensa escuridão; 12.29 é prefigurado na oitava e nona pragas, v. 17. perdoem: está aí uma evidência da importância crescente de Moisés diante do rei. v. 21. A última das pragas “naturais” mostra o rei com a atitude mais conciliadora (v. 24), mas isso não é suficiente, e agora é tarde, trevas tais que poderão ser apalpadas: uma escuridão sobrenatural ou, provavelmente, uma escuridão causada pela tempestade hamsin que se levantou a um sinal de Moisés. As tempestades hamsin, que chegam a três dias de duração (v. 22), trazem grandes nuvens de areia suficientes para obscurecer a luz do sol. v. 25. A NVI traduz o versículo de tal forma que o significado claro é que o rei deve não só permitir que os israelitas levem os seus rebanhos e manadas, mas também fornecer ele mesmo os animais adequados para o sacrifício. Menos provável é o ponto de vista de Cole, segundo o qual está se exigindo do faraó simplesmente “conceder a Israel os meios para sacrificar a YHWH ao permitir que levem todos os seus rebanhos e manadas”, pois isso é o que vai dizer o versículo seguinte (v. 26). v. 29. A réplica de Moisés foi prematura (conforme 11.8; 12.31).

Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 10 do versículo 1 até o 29
Êx 10:1

8. A PRAGA DOS GAFANHOTOS (Êx 10:1-20). O coração de seus servos (1). Eles também haviam endurecido seus próprios corações (Êx 9:34); por conseguinte, também haviam sofrido o endurecimento penal. Para fazer... sinais (1). Deus pode utilizar até mesmo o pecado dos homens e as penalidades que Ele inflige sobre eles como meios para instruir, tanto a presente como as gerações sucessivas, a respeito de Sua justiça e de Sua ira. Ver 1Co 10:11. Gafanhotos aos teus termos (4). Os gafanhotos sempre migravam para o Egito, vindos de algum outro país do sul ou do leste. E cobrirão (5). Desejando-se uma vívida descrição bíblica sobre os ataques dos gafanhotos, leia-se Os 1:6-29; Os 2:2-29. Testemunhas oculares modernas relatam a mesma história. O resto (5). O que sobrara da saraiva e de outras pragas. Os servos de Faraó (7). Embora endurecidos (1), não estavam tão empedernidos como Faraó (Êx 9:20). Sabiam que os gafanhotos haveriam de destruir os últimos meios de sustento. Porque uma nação haveria de ser assolada por causa da obstinação de seu governante? Deixa ir os homens (7) "Homens", aqui, inclui mulheres e crianças. Com os nossos meninos... (9). Não era incomum, no Egito, que a população inteira observasse grandes festivais; todavia, as palavras de Moisés, aqui, reforçam a verdade que aqueles que deveriam servir a Deus, deveriam fazê-lo com tudo quanto possuíssem. Seja o Senhor assim (10). Ironicamente, "Que o Senhor seja convosco tão certamente como eu vos deixarei ir". Há mal diante da vossa face (10), isto é, é mau o vosso propósito. Vós, varões (11). Os homens não permaneceriam longe sem suas mulheres e filhos. Satanás não se incomoda muito com pessoas adultas, contanto que possa ficar com as crianças. Isso é o que pedistes (11). Entretanto, Moisés já havia exigido antes que todo o povo fosse (Êx 7:16). Um vento oriental (13). O vôo longo dos gafanhotos sempre depende do auxílio de um vento forte. Não ficou verdura alguma (15). O Egito agora tinha ficado inteiramente dependente das reservas nos celeiros instituídos por José, o hebreu.

>Êx 10:1

9. A PRAGA DAS TREVAS (Êx 10:21-29). Disse o Senhor (21). Tal como a terceira e a sexta praga, esta também veio sem aviso prévio. Nenhuma oportunidade é dada aqui para arrependimento. Trevas que se apalpem (21). Sua intensidade e duração marcavam-nas como algo mais que um eclipse total do sol. Penetravam até em suas habitações (23). O terror dos egípcios seria ainda maior porque Rá, o deus-sol, era uma de suas principais divindades. Se esse fosse derrotado, tudo estaria perdido. Do seu lugar (23), isto é, cada qual ficou em sua casa. Conf. Êx 16:29. Somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas... (24). Essa reserva, no consentimento de Faraó, anulava totalmente o consentimento. Conf. Jc 2:10. Também o nosso gado (26). Ao irem ao sacrifício, nada podia ser deixado para trás, porque a extensão dos requerimentos de Deus não eram conhecidos senão no momento assinalado. Tudo deveria ser devotado a Ele, para que fosse usado tanto quanto Ele quisesse. Vai-te de mim (28). O temperamento exasperado de um homem que se rebela contra sua consciência e descobre que Deus não faz concessões. Ao recusar-se a ver novamente a Moisés, Faraó rejeitou seu único meio de livramento. Até ali ele tinha mandado chamar Moisés para rogar misericórdia. Nunca mais verei (29). Moisés continuou falando com Faraó até que finalmente o deixou, em Êx 11:8, sendo que Êx 11:1-3 foi um parêntesis.


Dicionário

Agravado

agravado adj. 1. Que se agravou. 2. dir. Que sofreu agravo ou injustiça por despacho do juiz. S. .M dir. 1. Pessoa que sofreu agravo. 2. Em juízo, parte contrária ao agravante.

Coração

substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
Coração de leão. Grande coragem.
Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
Abrir o coração. Fazer confidências.
Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
[Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
[Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.

Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.

os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).

[...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

[...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

[...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18


Coração
1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).

Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).

Depois

advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.

logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Entra

3ª pess. sing. pres. ind. de entrar
2ª pess. sing. imp. de entrar

en·trar -
verbo intransitivo

1. Dar entrada, ingressar.

2. Penetrar.

3. Começar; principiar.

4. Invadir.

5. Desaguar, desembocar.

6. Contribuir.

7. Pagar ou apresentar a cota que lhe toca.

8. Ser contado ou incluído.


entrar em si
Considerar melhor; considerar com sangue-frio.


Faraó

casa grande

Título comumente utilizado na Bíblia para os reis do Egito, que significa “casa grande”. Existem evidências concretas de fontes egípcias de que a palavra “faraó” podia ser usada simplesmente como um título, como é encontrada freqüentemente na Bíblia. Vários faraós são mencionados nas Escrituras e muito raramente são identificados (Neco é identificado em II Reis 23:29-33 como o rei do Egito que matou o rei Josias). O primeiro faraó citado foi o encontrado por Abraão quando foi ao Egito e temeu pela própria segurança, por causa da esposa Sara (Gn 12:15-17; etc.). Outro muito proeminente foi o que reinou na época do nascimento de Moisés e tornou a vida dos israelitas insuportável. Nem sempre é possível identificar com certeza um faraó em particular, por meio da lista dos reis do Egito, principalmente porque não existem detalhes suficientes nas Escrituras ou porque os eventos registrados na Bíblia foram tão insignificantes para os egípcios que não foram registrados em seus anais.

P.D.G.


Faraó [A Grande Casa] - Título que no Egito queria dizer “rei”. Oito faraós são mencionados nas seguintes passagens bíblicas:

1) (Gn 12:10-20:)

2) (Gen 39—50:
3) (Exo 1—15:
4) (1Cr 4:17) (RA), 18 (RC).

5) (1Rs 3:1); 9.16; 11.1,6) (2Rs 18:21:
7) (2Rs 23:29-35:)

8) (Jr 44:30);

Farão

substantivo deverbal Ação de fazer; ato de realizar ou de possuir a vontade de desenvolver alguma coisa: eles farão a festa esta semana; os times farão amanhã o maior jogo do campeonato; alguns políticos farão promessas vãs.
Ação de alterar ou modificar a aparência de: eles farão mudanças na igreja.
Ato de desenvolver ou de realizar algum tipo de trabalho: eles farão o projeto.
Ação de alcançar certa idade: eles farão 30 anos amanhã!
Etimologia (origem da palavra farão). Forma regressiva de fazer.

Fazer

verbo transitivo direto Desenvolver algo a partir de uma certa ação; realizar.
Construir ou produzir algo através da ordenação de seus elementos constituintes: fazer pão, um prédio, uma escola etc.
Elaborar alguma coisa através da utilização de variados elementos: faziam roupas.
Realizar ou pôr em prática algum ato reprovável: fazia muitas bobagens.
Alcançar certa idade: Pedro fará 30 anos amanhã.
Dar forma ou vida a; criar: faziam novos vestidos para a coleção.
Livrar-se dos dejetos orgânicos: fazer cocô.
Demandar esforços para conseguir alguma coisa; esforçar.
Ter passado determinado tempo: faz dois meses que ele se foi.
Indicar o tempo atmosférico: hoje faz muito calor.
Ter o peso idêntico a; equivaler: dez e dez faz vinte.
Realizar certo trabalho; ter como ocupação: fez sua faculdade em São Paulo.
Passar por determinado trajeto; percorrer: fazer 20 Km de bicicleta.
Realizar certo esporte ou ação esportiva: fazer academia.
Gramática Possuir como terminação; ter como forma flexionada: troféu faz troféus.
Dispor de determinada maneira; arrumar: é preciso fazer a cama.
Modificar a aparência para melhor: fazer o cabelo.
Ter como constituição; constituir: estampa que faz um vestido horrível.
verbo transitivo indireto Ser utilizado de determinada maneira: na escola, a professora fez de diretora.
verbo pronominal [Informal] Comportar-se de maneira livre; agir de acordo com seus princípios: o camelô se fez com muito trabalho.
Insistir durante certo período; reinar: fez-se barulho no salão de festas.
Quebrar ou ficar em partes menores: a garrafa fez-se em cacos.
verbo transitivo direto e bitransitivo Preparar ou organizar com antecipação, tendo em conta certo propósito, utilização ou finalidade: fazia as refeições para os alunos.
Gerar ou fazer nascer: alguns animais fazem filhotes.
Instituir algo através da promulgação de um acordo: fazer um tratado de lei.
Criar intelectualmente; compor: fazer uma melodia; o poeta lhe fez uma poesia.
Dar seguimento a; executar: fazer caridade; faça-me a bondade de ficar em silêncio.
Ser a razão de algo; provocar: os amigos lhe fizeram muito mal.
Passar os seus pertences para outra pessoa ou para uma organização; doar.
Expressar-se através de gestos ou comportamentos: fazer que sim com o pescoço.
Demonstrar por meio de palavras: fez um ótimo texto.
Realizar determinada ação: fez uma dança em torno de si próprio.
Ter determinada ocupação: ele fica o dia inteiro sem fazer nada.
verbo transitivo indireto predicativo e intransitivo Agir de determinada forma; comportar-se: faça o que tiver de fazer.
verbo transitivo direto e pronominal Atribuir determinado aspecto a; fingir: faz-se de coitado.
verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Ser o motivo de que uma pessoa fique de certa maneira: o vício fez o morto; o conhecimento fez o professor.
verbo transitivo direto predicativo e transitivo indireto predicativo Mudar a essência de: queria fazer do filho um médico.
verbo bitransitivo Avaliar ou determinar o valor de: faço este vestido por 10 reais.
Utilizar algo de determinada maneira: fazia da inteligência o seu maior trunfo.
Etimologia (origem da palavra fazer). Do latim facere.

Meio

numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

Moisés

substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.

Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)

Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.


Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob

Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...


Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Servos

masc. pl. de servo

ser·vo |é| |é|
(latim servus, -i, escravo)
nome masculino

1. Aquele que não dispõe da sua pessoa, nem de bens.

2. Homem adstrito à gleba e dependente de um senhor.SUSERANO

3. Pessoa que presta serviços a outrem, não tendo condição de escravo. = CRIADO, SERVENTE, SERVIÇAL

4. Pessoa que depende de outrem de maneira subserviente.

adjectivo
adjetivo

5. Que não tem direito à sua liberdade nem a ter bens.LIVRE

6. Que tem a condição de criado ou escravo.

7. Que está sob o domínio de algo ou alguém.

Confrontar: cervo.

Ver também dúvida linguística: pronúncia de servo e de cervo.

Sinais

sinal | s. m. | s. m. pl.

si·nal
(latim tardio *signalis, -e, que serve de sinal, de signum, -i, sinal)
nome masculino

1. Coisa que chama outra à memória, que a recorda, que a faz lembrar.

2. Indício, vestígio, rastro, traço.

3. Qualquer das feições do rosto.

4. Gesto convencionado para servir de advertência.

5. Manifestação exterior do que se pensa, do que se quer.

6. Rótulo, letreiro, etiqueta.

7. Marca de roupa.

8. Ferrete.

9. Marca distintiva.

10. Firma (principalmente a de tabelião).

11. O que serve para representar.

12. Mancha na pele.

13. Presságio.

14. Anúncio, aviso.

15. Traço ou conjunto de traços que têm um sentido convencional.

16. Placa ou dispositivo usado para regular ou orientar a circulação de veículos e de peões (ex.: sinal de trânsito; sinal luminoso).

17. Dispositivo provido de sinalização luminosa, automática, que serve para regular o tráfego nas ruas das cidades e nas estradas. = SEMÁFORO

18. O que revela causa oculta ou ainda não declarada.

19. Penhor, arras.

20. Dinheiro ou valores que o comprador dá ao vendedor, para segurança do contrato.

21. [Marinha] Combinações de bandeiras com que os navios se comunicam entre si ou com a terra.


sinais
nome masculino plural

22. Dobre de sinos por finados.

23. Antigo Pedacinhos de tafetá preto que as senhoras colavam no rosto para enfeite.


sinal da cruz
Gesto feito com a mão direita, tocando a testa, o peito, o ombro esquerdo e o direito ou com o polegar direito, fazendo uma pequena cruz na testa, na boca e no peito.

sinal de diferente
[Matemática] Símbolo matemático (≠) que significa "diferente de".

sinal de igual
[Matemática] Símbolo matemático (=) que significa "igual a".

sinal de impedido
Sinal sonoro que indica que o telefone está ocupado.

sinal de vídeo
Sinal que contém os elementos que servem para a transmissão de uma imagem.

sinal verde
Autorização para fazer algo. = LUZ VERDE


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Êxodo 10: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Vai a Faraó, porque tenho endurecido o seu coração, e o coração de seus servos, para fazer estes Meus sinais no meio deles,">Depois disse o SENHOR a Moisés: "Vai a Faraó, porque tenho endurecido o seu coração, e o coração de seus servos, para fazer estes Meus sinais no meio deles,
Êxodo 10: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1446 a.C.
H226
ʼôwth
אֹות
sinal
(for signs)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3513
kâbad
כָּבַד
ser pesado, ser importante, estar aflito, ser duro, ser rico, ser digno, ser glorioso, ser
([was] rich)
Verbo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3820
lêb
לֵב
ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
(of his heart)
Substantivo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H428
ʼêl-leh
אֵלֶּה
Estes [São]
(These [are])
Pronome
H4616
maʻan
מַעַן
para o fim que
(to the end that)
Substantivo
H4872
Môsheh
מֹשֶׁה
Moisés
(Moses)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5650
ʻebed
עֶבֶד
escravo, servo
(a servant)
Substantivo
H589
ʼănîy
אֲנִי
E eu
(And I)
Pronome
H6547
Parʻôh
פַּרְעֹה
do/de Faraó
(of Pharaoh)
Substantivo
H7130
qereb
קֶרֶב
meio, entre, entranha, centro
(in herself)
Substantivo
H7896
shîyth
שִׁית
pôr, colocar
(I will put)
Verbo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo
H935
bôwʼ
בֹּוא
ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
(and brought [them])
Verbo


אֹות


(H226)
ʼôwth (oth)

0226 אות ’owth

provavelmente procedente de 225 (no sentido de aparência); DITAT - 41a; n f

  1. sinal
    1. uma marca distintiva
    2. bandeira
    3. lembrança
    4. prodígio
    5. presságio
    6. advertência
  2. símbolo, insígnia, estandarte, milagre, prova

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

כָּבַד


(H3513)
kâbad (kaw-bad')

03513 כבד kabad ou כבד kabed

uma raiz primitiva; DITAT - 943; v

  1. ser pesado, ser importante, estar aflito, ser duro, ser rico, ser digno, ser glorioso, ser incômodo, ser honrado
    1. (Qal)
      1. ser pesado
      2. ser pesado, ser insensível, ser monótono
      3. ser honrado
    2. (Nifal)
      1. ser feito pesado, ser honrado, apreciar honra, tornar-se abundante
      2. tomar para si glória ou honra, ganhar glória
    3. (Piel)
      1. tornar pesado, tornar monótono, tornar insensível
      2. tornar honroso, honrar, glorificar
    4. (Pual) ser digno de honra, ser honrado
    5. (Hifil)
      1. fazer pesado
      2. fazer pesado, tornar monótono, deixar sem resposta
      3. fazer ser honrado
    6. (Hitpael)
      1. tornar-se pesado, tornar-se denso, tornar-se numeroso
      2. honrar-se

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

לֵב


(H3820)
lêb (labe)

03820 לב leb

uma forma de 3824; DITAT - 1071a; n m

  1. ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
    1. parte interior, meio
      1. meio (das coisas)
      2. coração (do homem)
      3. alma, coração (do homem)
      4. mente, conhecimento, razão, reflexão, memória
      5. inclinação, resolução, determinação (da vontade)
      6. consciência
      7. coração (referindo-se ao caráter moral)
      8. como lugar dos desejos
      9. como lugar das emoções e paixões
      10. como lugar da coragem

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

אֵלֶּה


(H428)
ʼêl-leh (ale'-leh)

0428 אל לה ’el-leh

forma alongada de 411; DITAT - 92; pron p demonstr

  1. estes, estas
    1. usado antes do antecedente
    2. usado após o antecedente

מַעַן


(H4616)
maʻan (mah'-an)

04616 מען ma aǹ

procedente de 6030; DITAT - 1650g; subst

  1. propósito, intento prep
    1. por causa de
    2. em vista de, por causa de
    3. para o propósito de, para aquela intenção, a fim de que conj
    4. a fim de

מֹשֶׁה


(H4872)
Môsheh (mo-sheh')

04872 משה Mosheh

procedente de 4871, grego 3475 Μωσης; DITAT - 1254; n pr m Moisés = “tirado”

  1. o profeta e legislador, líder do êxodo

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עֶבֶד


(H5650)
ʻebed (eh'-bed)

05650 עבד ̀ebed

procedente de 5647; DITAT - 1553a; n m

  1. escravo, servo
    1. escravo, servo, servidor
    2. súditos
    3. servos, adoradores (referindo-se a Deus)
    4. servo (em sentido especial como profetas, levitas, etc.)
    5. servo (referindo-se a Israel)
    6. servo (como forma de dirigir-se entre iguais)

אֲנִי


(H589)
ʼănîy (an-ee')

0589 אני ’aniy

forma contrata de 595; DITAT - 129; pron pess

  1. eu (primeira pess. sing. - normalmente usado para ênfase)

פַּרְעֹה


(H6547)
Parʻôh (par-o')

06547 פרעה Par oh̀

de origem egípcia, grego 5328 φαραω; DITAT - 1825; n. m.

Faraó = “casa grande”

  1. o título comum do rei do Egito

קֶרֶב


(H7130)
qereb (keh'-reb)

07130 קרב qereb

procedente de 7126; DITAT - 2066a; n. m.

  1. meio, entre, entranha, centro
    1. parte interna
      1. sentido físico
      2. como sede do pensamento e da emoção
      3. como faculdade do pensamento e da emoção
    2. no meio, entre, dentre (um grupo de pessoas)
    3. entranhas (de animais sacrificados)

שִׁית


(H7896)
shîyth (sheeth)

07896 שית shiyth

uma raiz primitiva; DITAT - 2380; v.

  1. pôr, colocar
    1. (Qal)
      1. pôr, colocar (a mão sobre)
      2. colocar, postar, designar, fixar, estar determinado a
      3. constituir, fazer (alguém ou alguma coisa), fazer igual a, realizar
      4. assumir a posição de
      5. devastar
    2. (Hofal) ser imposto, ser colocado sobre

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

בֹּוא


(H935)
bôwʼ (bo)

0935 בוא bow’

uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

  1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    1. (Qal)
      1. entrar, vir para dentro
      2. vir
        1. vir com
        2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
        3. suceder
      3. alcançar
      4. ser enumerado
      5. ir
    2. (Hifil)
      1. guiar
      2. carregar
      3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
      4. fazer suceder
    3. (Hofal)
      1. ser trazido, trazido para dentro
      2. ser introduzido, ser colocado