Enciclopédia de Êxodo 15:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 15: 2

Versão Versículo
ARA O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus; portanto, eu o louvarei; ele é o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei.
ARC O Senhor é a minha força, e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus, portanto lhe farei uma habitação; ele é o Deus de meu pai, por isso o exaltarei.
TB Jeová é a minha força e o meu cântico
HSB עָזִּ֤י וְזִמְרָת֙ יָ֔הּ וַֽיְהִי־ לִ֖י לִֽישׁוּעָ֑ה זֶ֤ה אֵלִי֙ וְאַנְוֵ֔הוּ אֱלֹהֵ֥י אָבִ֖י וַאֲרֹמְמֶֽנְהוּ׃
BKJ O SENHOR é a minha força e o meu cântico, e ele se tornou a minha salvação. Ele é o meu Deus, e prepararei para ele uma habitação. Deus de meu pai, e eu o exaltarei.
LTT O SENHOR é a minha força, e a minha música; Ele me foi por salvação; Este é o meu Deus, portanto Lhe prepararei uma habitação ①; Ele é o Deus de meu pai, por isso O exaltarei.
BJ2 Iah[x] é minha força e meu canto,[z] a ele devo a salvação. Ele é meu Deus, e o glorifico, o Deus do meu pai, e o exalto.
VULG Fortitudo mea, et laus mea Dominus, et factus est mihi in salutem : iste Deus meus, et glorificabo eum : Deus patris mei, et exaltabo eum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 15:2

Gênesis 17:7 E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti.
Gênesis 28:21 e eu em paz tornar à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus;
Êxodo 3:6 Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus.
Êxodo 3:15 E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração.
Êxodo 4:22 Então, dirás a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito.
Êxodo 14:13 Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre.
Êxodo 40:34 Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo,
Deuteronômio 10:21 Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e terríveis coisas que os teus olhos têm visto.
II Samuel 7:5 Vai e dize a meu servo, a Davi: Assim diz o Senhor: Edificar-me-ias tu casa para minha habitação?
II Samuel 22:47 Vive o Senhor, e bendito seja o meu rochedo; e exaltado seja Deus, a rocha da minha salvação,
II Samuel 22:51 Ele é a torre das salvações do seu rei e usa de benignidade com o seu ungido, com Davi e com a sua semente, para sempre.
I Reis 8:13 Certamente, te edifiquei uma casa para morada, assento para a tua eterna habitação.
I Reis 8:27 Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus te não poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado.
Salmos 18:1 Eu te amarei do coração, ó Senhor, fortaleza minha.
Salmos 18:46 O Senhor vive; e bendito seja o meu rochedo, e exaltado seja o Deus da minha salvação.
Salmos 22:3 Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel.
Salmos 22:10 Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.
Salmos 27:1 O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O Senhor é a força da minha vida; de quem me recearei?
Salmos 28:8 O Senhor é a força do seu povo; também é a força salvadora do seu ungido.
Salmos 30:1 Exaltar-te-ei, ó Senhor, porque tu me exaltaste; e não fizeste com que meus inimigos se alegrassem sobre mim.
Salmos 34:3 Engrandecei ao Senhor comigo, e juntos exaltemos o seu nome.
Salmos 59:17 A ti, ó fortaleza minha, cantarei louvores; porque Deus é a minha defesa, é o Deus da minha misericórdia.
Salmos 62:6 Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha defesa; não serei abalado.
Salmos 68:20 O nosso Deus é o Deus da salvação; e a Jeová, o Senhor, pertencem as saídas para escapar da morte.
Salmos 99:5 Exaltai ao Senhor, nosso Deus, e prostrai-vos diante do escabelo de seus pés, porque ele é santo.
Salmos 99:9 Exaltai ao Senhor, nosso Deus, e adorai-o no seu santo monte, porque o Senhor, nosso Deus, é santo.
Salmos 109:1 Ó Deus do meu louvor, não te cales!
Salmos 118:14 O Senhor é a minha força e o meu cântico, porque ele me salvou.
Salmos 118:28 Tu és o meu Deus, e eu te louvarei; tu és o meu Deus, e eu te exaltarei.
Salmos 132:5 enquanto não achar lugar para o Senhor, uma morada para o Poderoso de Jacó.
Salmos 140:7 Senhor Deus, fortaleza da minha salvação, tu cobriste a minha cabeça no dia da batalha.
Salmos 145:1 Eu te exaltarei, ó Deus, Rei meu, e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos.
Isaías 12:2 Eis que Deus é a minha salvação; eu confiarei e não temerei porque o Senhor Jeová é a minha força e o meu cântico e se tornou a minha salvação.
Isaías 25:1 Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei e louvarei o teu nome, porque fizeste maravilhas; os teus conselhos antigos são verdade e firmeza.
Isaías 45:17 Mas Israel é salvo pelo Senhor, com uma eterna salvação; pelo que não sereis envergonhados, nem confundidos em todas as eternidades.
Isaías 49:6 Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os guardados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra.
Isaías 66:1 Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra, o escabelo dos meus pés. Que casa me edificaríeis vós? E que lugar seria o do meu descanso?
Jeremias 3:23 Certamente, em vão se confia nos outeiros e na multidão das montanhas; deveras, no Senhor, nosso Deus, está a salvação de Israel.
Jeremias 31:33 Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Jeremias 32:38 E eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.
Habacuque 3:17 Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas,
Zacarias 13:9 E farei passar essa terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é meu Deus.
Lucas 1:77 para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados,
Lucas 2:30 pois já os meus olhos viram a tua salvação,
João 4:22 Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus.
João 5:23 para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai, que o enviou.
Atos 4:12 E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
II Coríntios 5:19 isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação.
Efésios 2:22 no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.
Filipenses 2:11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.
Filipenses 4:13 Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
Colossenses 2:9 porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
Apocalipse 5:9 E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;
Apocalipse 15:3 E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor, Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos!
Apocalipse 19:1 E, depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão, que dizia: Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor, nosso Deus,

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

uma outra tradução possível é "O glorificarei", mas a KJB e Almeida traduzem, melhor, para "Lhe prepararei uma habitação".


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 15 do versículo 1 até o 27
6. Os Cânticos de Libertação (15:1-21)

a) O cântico de Moisés (15:1-19). O que é mais natural que cantar canções de louvor quando Deus concede tremendas libertações? Depois de um período de forte opressão e uma noite escura de desespero, dar-se conta de que a vitória de repente veio é fato que traz ondas de alegria ao coração. A Bíblia registra este cântico de Moisés, o qual se torna-rá o título da canção dos remidos no último dia (Ap 15:3).

Os críticos afirmam que este cântico, ou certos trechos, foi composto muito depois dos dias de Moisés e inserido aqui por editores." Baseiam suas opiniões principalmente em idéias encontradas nos versículos 13:17, que falam sobre a habitação da tua santidade e o lugar da habitação de Deus, o santuário. O argumento pressupõe que Moisés não poderia ter sabido destes conceitos que ainda estavam no futuro de Israel. Mas quem aceita o fato da inspiração divina para homens como Moisés não vê problemas nisso. O uso do passado ou presente proféticos (como no v. 13) não é incomum no Antigo Testamento (e.g., Is 9:6). A simplicidade do poema e seu poder de descrição "indicam que os dias de Moisés foi o tempo da composição do poema"."

  • Deus é o Herói (15:1-3). Deus é grande, pois Ele lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro (1). O SENHOR, que é a força e o cântico, também é a salvação (2) do cantor, bem como o Deus de seu pai (seu antepassado). A frase lhe farei uma habita-ção é mais bem traduzida por "eu o louvarei" (ARA). Sua vitória sobre os egípcios provou que Deus era varão de guerra (3), antropomorfismo que descreve seu poder na bata-lha. Este tipo de linguagem para se referir a Deus em termos humanos encontra-se por todo o Antigo Testamento. Seu nome é Yahweh, traduzido por o SENHOR, ainda que Faraó não o reconhecesse.
  • O Senhor, supremo sobre todos (15:4-12). A destra (6) ou mão direita do Senhor, outro antropomorfismo, destruiu os inimigos afundando-os no mar, os quais desceram às profundezas como pedra (5). Sob o olhar de Israel, os capitães armados foram submersos pela inundação que voltava. Deus, que é excelente em majestade, derrotou os adversários e em furor os consumiu como restolho (7). O texto descreve que o vento que moveu as águas foi como o sopro dos narizes de Deus (8). A linguagem poética usa analogias humanas para descrever a atividade de Deus sem se prender a literalismo rígido. Quando Deus se moveu, as águas ficaram como um montão, e os abismos coalharam-se no coração do mar. Estas palavras podem ser referência às águas que se amontoaram como muros em cada lado de Israelou diz respeito ao fechamento das fontes de onde as águas vinham.1'
  • O versículo 9 mostra a atitude desafiante do inimigo. Vemos a soberba de sua autoconfiança e desejo (alma). Mas quando Deus soprou com o seu vento, eles foram submersos (10), Aqui há a sugestão de um fato novo: o vento também foi usado para fazer as águas do mar retrocederem. Deus é maior que todos os deuses (11) ; nada se iguala à sua glória, santidade e poder. Esta é a primeira menção explícita da santidade de Deus no Antigo Testamento (cf. 3.5). Ele estendeu a mão direita e a terra os tragou (12). O mar é considerado parte da terra.

    (3) O Senhor é o Rei de Israel (15:13-19). Deus guiou e salvou seu povo (13) ; Ele os guiou (está guiando-os).33 A habitação da tua santidade é alusão certa à Terra Prome-tida. Conforme o autor antevia o movimento rumo à Palestina (o termo palestina provém do nome do inimigo, Fíiístia), ele via a preocupação e o medo tomarem conta dos habi-tantes, por causa do poder de Deus (14). Edom, os moabitas e Canaã (15) sentiram um medo terrível. Espanto e pavor, causados pela grandeza do braço de Deus (16). imobilizaram os inimigos até que Israel cruzasse a fronteira. O assentamento final em Canaã era certo. O poema fala com tanta certeza do assentamento na terra e o levanta-mento do santuário, realizações que ainda estavam no futuro, como se já fossem fatos (17). O Senhor reina eterna e perpetuamente (18), enquanto o exército de Faraó foi destruído e o povo de Israel, poupado (19), O escritor do cântico transbordava de alegria por causa deste tremendo acontecimento.

    b) O Cântico de Miriã (15.20,21), Pelo visto, Miriã, a irmã de Arão (20), tinha posição igual a Arão, mas não igual a Moisés. Era profetisa, a primeira mencionada na Bíblia. O tamboril era um pandeiro. “Danças solenes como expressão de adoração, em-bora apropriadas no tempo de Moisés e dos salmistas, são sujeitas a abuso e nunca en-contraram boa receptividade no culto de adoração da igreja cristã.”33

    Supomos que quando Miriã lhes respondia (21; cf. v. 1), ela e as mulheres canta-vam as palavras deste refrão em resposta a eada uma das partes do Cântico de Moisés. Tocavam instrumentos e se movimentavam com graça entre as cantoras numa “dança imponente e solene”.40

    C. A Viagem para o Monte Sinai, 15.22—18.27

    1. Em Mara e em Elim (15:22-27)

    Os israelitas andaram três dias no deserto (a leste do mar Vermelho) e não acha-ram água (22). A fé do povo precisava de mais provas. Uma grande vitória como a travessia do mar Vermelho proporcionou uma visão maravilhosa da onipotência de Deus; mas não treinou a fé para os problemas cotidianos. Anecessidade diária de comida e bebida prova a fé do povo mais que os obstáculos maiores. Mas Deus estava treinando seu povo em todos os aspectos da vida, por isso os levou às águas amargas de Mara (23; ver Mapa 3). Imagine a comovente decepção de pessoas sedentas encontrando água e verificando que era impotãvel.

    Viajantes nesta região do deserto de Sur (ou de Etã, Nm 33:8) confirmam que as fontes são extremamente amargas, que o lugar é "destituído de árvores, água e, exceto no começo de primavera, pastagens".'

    O povo murmurou contra Moisés (24). A liderança é cara, porque a culpa pela adversidade recai nos líderes. Estas pessoas sabiam que Moisés era homem de Deus; por isso, o pecado também era contra Deus. Grandes experiências com Deus não curam ne-cessariamente o coração mau e queixoso. A murmuração cessa apenas quando crucifica-mos o eu e entronizamos Cristo somente (Ef 4:31-32).

    A única coisa que Moisés poderia fazer era clamar ao SENHOR (25). Não há dúvida de que Deus teria fornecido água potável em resposta à fé paciente de Israel, se tivessem permanecido firmes. O Senhor às vezes satisfaz nossos caprichos em detrimento da fé. Aqui, as águas se tornaram doces, quando Moisés lançou um lenho nelas, mas a fé de Israel continuou fraca. Desconhecemos método natural que explique este milagre.

    Deus usou esta ocasião para ensinar uma lição a Israel, dando-lhes estatutos e unia ordenação (25). Se as pessoas ouvissem a Deus e obedecessem inteiramente à sua palavra, elas seriam curadas de todas as enfermidades que Deus tinha posto sobre o Egito (26). Assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim Ele curaria Israel satisfazendo-lhes as necessidades físicas e, mais importante que tudo, curando o povo de sua natureza corrompida. Deus queria tirar o espírito de murmuração do meio do povo e lhe dar uma fé forte.

    Nem todas as experiências da vida são amargas. O próximo acampamento de Israel foi em Elim, oásis com doze fontes de água (uma para cada tribo) e setenta palmei-ras (27). Tivesse Israel suportado a amargura das águas de Mara, logo estaria festejan-do em Elim. A pouca paciência de muitos crentes embota o fio aguçado da vitória alegre quando esta ocorre. Elim era um lugar bonito para acampar, mas não era o destino dos israelitas.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Êxodo Capítulo 15 versículo 2
    O SENHOR: Hebr. Jah, outra forma do nome Javé, o nome sagrado do Deus de Israel. Ver Ex 3:15,Ex 15:2 Conforme Ex 14:13-14; Sl 118:14; Is 12:2.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 15 do versículo 1 até o 27
    *

    15.1-21

    Moisés e os israelitas cantaram do livramento e da esperança. O poema dos vs. 1-18, únicos em todo o Antigo Testamento, é um cântico de vitória expresso na primeira pessoa do singular como um cântico de Moisés. Esse cântico expressa o majestosa poder do Senhor ao salvar Israel no mar (vs. 1-12) e assevera o seu poder ao implantar Israel na Terra Prometida (vs. 13-18). As muitas expressões arcaicas do cântico apontam para sua origem no período mosaico.

    * 15:1

    cantarei. O Senhor demonstrou a sua glória, conforme havia prometido, e é privilégio do povo israelita, conduzido pelo servo de Deus, Moisés, louvar a Deus pela salvação. Este cântico de Moisés torna-se também o cântico de Israel. É ecoado em outros trechos do Antigo Testamento (ver Sl 118:14; Is 12:2), e é entoado pelos santos em Ap 15:3.

    * 15:3

    É enfatizado o tema de Yahweh como o Guerreiro divino. Ver Is 59:16-18.

    * 15:5

    profundezas. As águas caóticas das profundezas, ordenadas por ocasião da criação (Gn 1:2), foram soltas por Deus contra o inimigo.

    * 15:6

    tua destra. Um símbolo de poder. Na arte cananéia, o deus Baal era, algumas vezes, retratado com um cetro, erguido na mão direita. Aqui, o símbolo do poder divino era a mão estendida de Moisés, segurando o cajado do Senhor.

    * 15:8

    vagalhões coalharam-se. Através das águas ameaçadoras da morte, Deus atraiu seu povo a si mesmo. As águas foram um instrumento do julgamento divino contra o Egito, bem como um meio de livramento para Israel. Paulo, com algum apoio da parte das tradições judaicas, compreendeu que a travessia do mar Vermelho foi o "batismo" de Israel (1Co 10:2; cr. 1Pe 3:21, nota).

    * 15:9

    Perseguirei... alcançarei... repartirei... arrancarei. A rápida repetição desses verbos na primeira pessoa do singular revela uma arrogância que em breve seria silenciada.

    * 15:11

    quem é como tu. A comparação é retórica nesta tríplice apresentação da natureza e do poder de Deus.

    * 15:12

    a terra os tragou. Uma expressão de sua recepção no submundo, contemplado como a habitação dos mortos (Sl 63:9; 71:20).

    * 15:13

    beneficência. É tradução da palavra hebraica hesed, cujo sentido exato é difícil de traduzir para o português. Refere-se aqui à lealdade e à devoção divinas ao povo de Deus, uma lealdade criada pelo laço da aliança de Deus com o seu povo. Embora pudéssemos esperar que essa palavra fosse usada para indicar a devoção do povo a Deus, seu uso muitíssimo mais comum é como uma descrição da devoção de Deus ao seu povo. Visto que Deus se revela na devoção a seu povo, não há maneira mais forte para expressar a graça fiel de seu amor (34.6, "grande em misericórdia"; Sl 136, "sua misericórdia dura para sempre"). O permanente amor segundo a aliança e a permanente misericórdia de Deus são ilustrados no livro de Oséias (Os 2:19).

    * 15:14

    estremeceram. É aqui retratado o temor dos habitantes da terra de Canaã, extraordinário e divinamente induzido (Dt 2:25, nota). Os povos diversos são mencionados aqui na ordem aproximada em que foram sendo encontrados por Israel na sua jornada até à Terra Prometida.

    * 15:17

    Um breve sumário dos alvos do Êxodo. O propósito foi o estabelecimento de Israel como povo especial de Deus na Terra Prometida, o santuário da habitação de Deus.

    no monte da tua herança. O ponto de contato entre os céus e a terra seria ali. As deidades, no mundo antigo, eram concebidas como habitantes das montanhas, e Israel tomava esse conceito em um sentido poético. Aqui a totalidade da Palestina é vista como o lugar da revelação (Dt 3:25; Sl 78:54; Is 11:9).

    santuário. A terra tornar-se-ia um santuário mediante a presença de Deus ali, lembrando os leitores que o alvo do Êxodo foi adorar a Deus na Terra Prometida. À parte da presença graciosa de Deus, não haveria razão para a mudança para a Terra Prometida (33.15).

    * 15:18

    O SENHOR reinará. Existem pelo menos duas outras referências à soberania de Deus no Pentateuco (Nm 23:21; Dt 33:5). O conceito da aliança com Israel envolvia o reconhecimento da soberania de Deus (1Sm 8:6-9).

    * 15.22—17.16

    Quando o Senhor guia o seu povo pelo deserto, ele os testa e liberta em caminhos que revelam os seus propósitos. Ele cura as águas amargosas para mostrar ser quem cura (15.22-27), dá o maná e codornizes para mostrar-se como o Provedor, bem como aquele que estabelece o descanso (o sábado) para o seu povo (16.1-26) e lhes dá a água da vida (17.1-7). Finalmente, nas vitórias militares, o próprio Senhor era a bandeira de seu povo (17.15).

    * 15:22

    deserto de Sur. Israel estava percorrendo a península do Sinai (com cerca de 418 km de comprimento e 240 km de largura). A palavra "deserto" refere-se aqui a uma terra de pastagens, em oposição a terras cultivadas. Sur ficava localizada a noroeste da península do Sinai, entre o Egito e a Palestina (Gn 16:7; 20:1; 25:18).

    * 15:23

    Mara. Essa palavra significa "amargura". A localização sugerida é a moderna Ain Hawarah, no interior e a 80 km ao sul da extremidade norte de Suez. Ao que tudo indica, Israel desceu pela costa ocidental do Sinai, até que dobraram para leste, na direção do Sinai.

    * 15:24

    murmurou. O primeiro caso de queixa de Israel no deserto — um comportamento que tipificou a incredulidade de Israel naquele período. A situação era crítica. Após 9 dias, a água contida nos odres se acabou, e a morte por desidratação tornou-se uma ameaça imediata. Ademais, suas esperanças foram esmagadas — eles encontraram água, mas ela não era potável (v. 23).

    * 15.25

    clamou. O queixume do povo, dirigido contra Moisés, foi na realidade contra Deus. Visto que Moisés guiava por ordens de Deus (17.1), ele acabou apelando para o Senhor.

    mostrou. Deus instruiu Moisés mostrando-lhe uma árvore. O termo geral para a lei de Deus (no hebraico, torah) é uma forma do verbo "mostrar". A revelação divina, nesse evento, foi um "estatuto e uma ordenança", preparando o povo de Israel para os estatutos e as ordenanças que seriam dadas no Sinai. A Palavra de Deus instrui Israel enquanto ele os guia e prova (conforme o uso feito por Jesus de Dt 8:3 em Mt 4:4). A árvore é um sinal de cura e de doçura (Jz 9:11; Jr 8:22; Gn 2:9; Ez 47:7,8).

    * 15:26

    enfermidade... enviei. Ver Dt 28:26,60-62; 7:15. As enfermidades assinalam os efeitos da maldição divina.

    eu sou o SENHOR, que te sara. Deus tem o poder (Dt 32:39) e a misericórdia para curar (Sl 103:3). Somente ele pode curar na paz de sua salvação (2Cr 16:12; Is 38:17). A uma oração angustiada (Jr 17:14), Deus responde (Jr 30:17; 33:6). A cura do dano infligido pelo pecado e pela morte, virá através do Ungido do Senhor, por cujas feridas fomos sarados (Is 53:5; 61:1,2; Mt 8:17).

    * 15:27

    Elim. O local provável é o Wadi Garandel, a pouco mais de 11 km ao sul de Ain Hawarah. O Senhor, que curou as águas de Mara (v. 23), conduz seu povo a um lugar de descanso e refrigério.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 15 do versículo 1 até o 27
    15.1ss A música jogava um papel importante na adoração e celebração do povo do Israel. O canto era uma expressão de amor e agradecimento, e era uma maneira criativa de transmitir as tradições orais. Alguns dizem que este cântico do Moisés é o registro mais antigo que existe de uma canção em todo mundo. Era um poema épico festivo que celebrava a vitória de Deus, levantava os corações e as vozes do povo por dentro e por fora. depois de ter sido liberados de grande perigo, cantaram com grande gozo! Os Salmos e os hinos podem ser formas extraordinárias para expressar consolo, adoração e agradecimento quando você esteve em provas.

    15:8 A frase "Os abismos se coalharam no meio do mar" significa que as águas se voltaram como duros muros entre os quais caminharam.

    15:20 María foi chamada profetisa não só porque recebeu a revelação de Deus (Nu 12:1-2; Mq 6:4), mas também por sua habilidade musical. Pelo general a música e a profecia estavam intimamente relacionadas na Bíblia (1Sm 10:5; 1Cr 25:1).

    15:23, 27 As águas da Mara se contrastam com as fontes de água do Elim. Mara representava a incrédula e queixosa atitude do povo que não confiava em Deus. Elim representa a abundante provisão de Deus. Quão fácil é murmurar e queixar-se muito seguido, só para ser envergonhados pela ajuda de Deus!

    15:26 Deus prometeu que se o povo o obedecia estariam livres das enfermidades que infestavam aos egípcios. Muito poucos souberam que muitas das leis morais que lhes deu posteriormente os manteriam livres de enfermidades. Por exemplo, a lei de Deus em relação à prostituição os manteria livres de enfermidades venéreas. As leis de Deus para nós freqüentemente estão desenhadas para nos manter longe do perigo. O homem e a mulher são seres complexos. Nossos físicos, emoções e vidas espirituais se encontram entrelaçadas. A medicina moderna está reconhecendo agora o que supunha estas leis davam por sentado. Se quisermos que Deus nos cuide, devemos nos submeter a suas instruções.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 15 do versículo 1 até o 27
    d. A Celebração da Vitória (15: 1-21)

    1 Então cantaram Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor, e falaram, dizendo:

    Cantarei ao Senhor, porque triunfou gloriosamente:

    O cavalo com o seu cavaleiro lançou no mar.

    2 O Senhor é a minha força e canção,

    E ele se tem tornado a minha salvação;

    Este é o meu Deus, e eu o louvarei;

    Deus de meu pai, e eu o exaltarei.

    3 O Senhor é homem de guerra:

    Jeová é o seu nome.

    4 carros de Faraó eo seu exército; fosse lançado ao mar;

    E os seus escolhidos capitães foram submersos no Mar Vermelho.

    5 Os abismos cobri-los:

    Eles desceram às profundezas como pedra.

    6 A tua destra, ó Senhor, é gloriosa em poder.

    A tua destra, ó Senhor, destroça o inimigo.

    7 E com a grandeza da tua excelência derrubas os que se levantam contra ti;

    Envias o teu furor, que os devora como restolho.

    8 E com o sopro de tuas narinas as águas estavam empilhados,

    As correntes pararam como montão;

    Os abismos coalharam-se no coração do mar.

    9 O inimigo dizia:

    Vou prosseguir, alcançarei, repartirei os despojos;

    Meu desejo será satisfeito sobre eles;

    Vou desenhar a minha espada, a minha mão os destruirá.

    10 Sopraste com o teu vento, o mar os cobriu;

    Afundaram-se como chumbo em grandes águas.

    11 Quem é semelhante a ti, Senhor, entre os deuses?

    Quem é como tu glorificado em santidade,

    Admirável em louvores, operando maravilhas?

    12 Estendeste a tua mão direita,

    A terra os tragou.

    13 Na tua benignidade hast levou o povo que remiste;

    Tu os guiou a tua força a tua santa habitação.

    14 Os povos ouviram e estremeceram;

    Dores apoderaram-se sobre os habitantes da Filístia.

    15 Então os príncipes de Edom se pasmaram;

    Os valentes de Moab, estremece de horror sobre eles:

    Todos os habitantes de Canaã estão derreteu.

    16 Terror e medo cai sobre eles;

    Pela grandeza do teu braço, imóvel como uma pedra;

    Até que o teu povo passasse, ó Jeová,

    Até que as pessoas passam mais de que tens comprado.

    17 Tu os farás, e os plantarás no monte da tua herança,

    O lugar, ó Senhor, que fizeste para a tua habitação,

    O santuário, ó Senhor, que as tuas mãos estabeleceram.

    18 O Senhor reinará para sempre e sempre.

    19 Porque os cavalos de Faraó, com os seus carros e com os seus cavaleiros, entraram no mar, eo Senhor fez tornar as águas do mar sobre eles; mas os filhos de Israel caminharam a pé enxuto pelo meio do mar. 20 Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão; e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris, e com danças. 21 E Miriã lhes respondia:

    Cantai ao Senhor, porque triunfou gloriosamente;

    O cavalo com o seu cavaleiro lançou no mar.

    Tal livramento maravilhoso e glorioso naturalmente chamado para uma festa de montagem. Duas canções são registrados como parte dessa celebração, o primeiro conhecido como o cântico de Moisés, versículos 1:18 , ea segunda conhecida como a canção de Miriam, versículo 21 . A última, embora poética na natureza, é o curto tipo de verso que brotam rapidamente e facilmente de tal situação. É o tipo de canto espontânea que seria facilmente inspirada na ocasião e que se presta a dança sagrada das mulheres israelitas, liderados por Miriam e seu tamborim , seja um pandeiro ou um pequeno tambor. O ex-canção começa com as palavras do mais breve 1. É tão bonito um espécime de poesia hebraica como será encontrado em qualquer lugar na Bíblia. A imagem é excelente; as referências altamente antropomórficas ao trabalho de Jeová de libertação lindamente expressar o louvor agradecido de Seu povo. É possível que um homem de gênio, como Moisés, inspirado pelo Senhor, poderia compor uma obra em um relativamente curto período de tempo, tendo a sua sugestão da música de Miriam, que provavelmente foi cantado imediatamente. No entanto, a segunda parte da canção, versículos 13:18 , não se refere à libertação no Mar Vermelho, mas a libertação subsequente nas viagens deserto, para o medo de Israel sentia pelas nações e em torno de Canaã, de triunfal de Israel entrada em Canaã, e, finalmente, do estabelecimento do santuário em uma montanha, aparentemente, o templo em Jerusalém. Isso fez com que alguns estudiosos críticos a dizer que não poderia ter sido composto antes da época de Salomão, talvez mais tarde. A maioria dos estudiosos evangélicos consideram que a segunda parte é profética, Moisés em seu escritório profético adicionando aos presentes triunfos de Jeová Seus triunfos em perspectiva. Rawlinson entende assim. Ele ressalta que a primeira parte, versículos 2:12 , divide-se naturalmente em três partes, cada uma começando com um endereço de Jeová e fechando com uma referência ao destino dos egípcios. Nos versículos 2:5 , ele é executado a partir de Jeová é a minha força para desceram às profundezas como pedra ; em 10/6 , a partir de tua destra, ó Senhor para afundaram-se como chumbo em grandes águas ; em 12/11 , de Quem é semelhante a ti, Senhor, para a terra os tragou . Ele sugere que Moisés e os homens podem ter cantado essas várias seções com Miriam e as mulheres, seguindo em cada caso com o seu refrão, e depois novamente no final de toda a canção. Enquanto tal revelação profética de libertações futuras de Deus certamente seria mais difícil do que muitos outros registradas no Antigo Testamento, deve-se observar que ambas as seções da canção são escritos principalmente como história. Enquanto o pretérito é usado em profecia, parece estranho que não é feita qualquer distinção. Talvez a primeira metade do poema pode ter sido composta imediatamente por meio de Moisés, a segunda metade por ele em uma data mais próxima entrada de Israel em Canaã. Ou o primeiro semestre por ele pode ter sido adicionado ao nos dias dos reis e o poema mais longo substituído aqui por um editor mais tarde ou copista.

    II. DISCIPLINA DE ISRAEL (Ex 15:22)

    22 E Moisés fez partir a Israel do Mar Vermelho, e saíram para o deserto de Sur; e andaram três dias no deserto, e não acharam água. 23 E, quando chegaram a Mara, mas não podiam beber das águas de Mara, porque eram amargas;., portanto, o nome dele foi chamado Marah 24 ? E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber 25 E ele clamou ao Senhor; eo Senhor mostrou-lhe uma árvore, e Moisés lançou-a nas águas, e as águas se tornaram doces. Lá, ele lhes deu um estatuto e uma ordenança, e ali os provou, 26 e disse: Se ouvires atentamente a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto aos seus olhos, e inclinares os ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, vou colocar nenhuma das doenças sobre ti, que pus sobre os egípcios, pois eu sou o Senhor que te sara.

    27 E vieram a Elim, onde havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas.

    A libertação do Egito foi concluída. Os grandes feitos de Jeová tinha construído a um crescendo. Egito foi prejudicado economicamente e militarmente. Israel estava livre. Agora, assim como tantas vezes acontece, Israel voltou a partir do pico da montanha de uma tremenda experiência com Deus para o vale de dificuldade e derrota. Imediatamente depois de cruzar a extensão superficial do Golfo de Suez na área dos atuais lagos amargos, eles viajaram para o deserto de Sur. Shur significa "parede", e refere-se à barreira Egito antigo erguido através de suas fronteiras do Nordeste, semelhante à da antiga muralha da China. O deserto que beirava esta parede do lado leste ficou conhecido como "o deserto do Muro." Aqui eles encontrou um problema, eles bastante natural poderia encontrar nenhuma água no deserto. Depois de três dias de viagem eles vieram para as águas de Mara , um sítio identificado de forma convincente por Finegan com uma mola, Ain Hawarah, perto do Wadi 'Amarah, que, aparentemente, preserva o nome de Mara. As águas, no entanto, eram amargas. E as pessoas que tão recentemente havia elogiado Jeová agora foram rápidos a murmurar. O Senhor ordenou a Moisés para corrigir o problema, lançando uma árvore nas águas. Então, Ele aproveitou a ocasião para estabelecer um acordo com Israel que se obedecessem a Ele, Ele nunca iria visitar em cima deles as doenças dos egípcios, provavelmente não é uma referência para as pragas, mas a doenças que eram peculiarmente ativo entre os habitantes do Egito. Sua cura das águas já haviam identificado Lo como Senhor que te sara , e Ele estava prometendo fazê-lo em um sentido mais completo e maior.

    O próximo passo foi Elim , um lugar de doze fontes e setenta palmeiras. Finegan identifica este com o "oásis agradável e muito bom abastecimento de água" no Wadi Gharandel, cerca de um dia de marcha de sua localização das águas de Mara. Houve trégua agora de sede.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 15 do versículo 1 até o 27
    1. Israel louva em triunfo (Ex 15:1-21)

    Esse é o primeiro registro de um cântico na Bíblia que, de forma re-levante, vem depois da redenção da escravidão. Apenas os cristãos têm o direito de entoar cânticos de re-denção (SI 40:1-3). Êxodo inicia-se com gemidos (Ex 2:23), mas agora, por causa da redenção, vemos a nação entoar cânticos. Note que esse cân-tico exalta a Deus, pois esses 18 versículos referem-se, pelo menos, 45 vezes ao Senhor. Muitos cânti-cos exaltam os homens, em vez de a Pessoa, o santo caráter de Deus e sua maravilhosa obra de poder.

    No versículo 2, observe o re-frão central. Sl 118:14 repete isso quando os judeus retornam do cativeiro e reconstroem o templo sob o comando de Esdras, como também emIs 12:2; 1Tm 2:11-54)

    Seria maravilhoso demorar-se à bei-ra do mar e louvar o Senhor, mas o crente é peregrino e deve seguir a liderança de Deus. Como é estra-nho o fato de o Senhor os ter leva-do a um local onde não havia água. Contudo, Deus deve disciplinar seus filhos a fim de que descubram o próprio coração. Quando os ju-deus encontram água, descobrem que é amarga e imediatamente re-clamam a Moisés e a Deus. Como o coração humano é perverso! Um dia, louvamos Deus por sua glorio-sa salvação e, na primeira vez em que encontramos águas amargas, reclamamos a ele. Essa experiência ensinou algumas lições valiosas ao povo de Israel:

    1. Sobre a vida

    A vida é uma combinação de doçura e amargor, de triunfos e provações. No entanto, se seguirmos Deus, nun-ca precisamos temer o que surge em nosso caminho. Com frequência, depois da provação há um "Eiim" espiritual (v. 27), em que Deus nos conforta. Devemos aceitar as águas amargas junto com as doces, lem-brando-nos de que Deus sabe o que é melhor para nós.

    1. Sobre si mesmos

    A vida é um grande laboratório, e cada experiência radiografa nosso coração e mostra quem realmente somos. As águas de Mara revelaram que os judeus eram mundanos, pen-savam apenas na satisfação do cor-po; eles caminhavam pela visão e esperavam ser satisfeitos pelo mun-do, eram ingratos e reclamavam a Deus quando surgiam provações em seu caminho.

    1. Sobre o Senhor

    Deus sabe o que é necessário, por-que planejou o caminho. Ele usou a árvore (o que sugere a cruz, 1Pe 2:24) para transformar as águas amargas em doce. Ele é Jeová-Rafá, "o Senhor, que te sara".

    Deve-se ler esse capítulo junto comJo 6:0).

    1. O maná explica quem é Jesus

    A palavra hebraica manna signifi-ca: "Que é isto?" (v. 15), a declara-ção dos judeus quando não conse-guem explicar o alimento novo que Deus mandou. Em 1Tm 3:16, Paulo escreve: "Grande é o misté-rio da piedade". Observe como o maná retrata Jesus Cristo:

    1. Sua humildade

    Era pequeno (v. 14), o que nos lem-bra a humildade dele, pois ele se tornou um bebê e, até mesmo, um servo.

    1. Sua natureza eterna

    Era redondo (v. 14), o que nos lem-bra o círculo, símbolo da eternidade dele, pois Jesus Cristo é o Deus eter-no Go 8:53-59).

    1. Sua santidade

    Era branco (v. 31), o que nos lembra a pureza e impecabilidade dele. Ele é o Filho santo de Deus.

    1. Sua doçura

    Era doce (v. 31). "Provai e vede que o Senhor é bom" (Sl 34:8). Em Nú-meros 11:4-8, observe que o "misto de gente" que foi com os judeus não gosta do sabor do maná e pergun-ta a respeito "dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos" do Egito. Eles não se satisfaziam com o sim-ples maná. Eles o colhiam, moíam e coziam, mas o maná tinha sabor de "azeite", não de mel. Aqui, há uma lição espiritual para nós: não pode-mos aperfeiçoar a Palavra de Deus (Sl 119:103).

    1. Sua nutrição para nós

    Por quase quarenta anos, foi satisfa-tório e fortalecedor para a nação ali-mentar-se do maná. Tudo que pre-cisamos como alimento espiritual é Jesus Cristo, o Pão celestial enviado por Deus. Devemos banquetear-nos com o Pão que nunca nos deixará famintos.

    1. O maná retrata a forma como Jesus veio
    2. Ele veio do céu

    Ele não foi importado do Egito nem feito no deserto, veio do céu; é dá-diva da graça de Deus. Jesus Cristo desceu do céu Jo 6:33), como uma dádiva do Pai para alimentar o pe-cador. Dizer que Cristo é "apenas homem como outro qualquer" é o mesmo que negar o ensinamento de toda a Bíblia de que ele é o Filho de Deus enviado do céu.

    1. Ele veio à noite

    A cada início de manhã, as pessoas pegavam o maná, pois ele caía du-rante a noite. Isso sugere a escuridão do pecado que havia neste mundo quando Jesus veio. Era noite quando Jesus nasceu, pois ele veio para ser a luz do mundo Oo 8:12). E ainda é noite no coração dos que o rejeitam (2Co 4:1-47).

    1. Ele veio sobre o orvalho (w. 13-14)

    O

    orvalho impedia que a terra ma-culasse o maná (veja Nu 11:9). Isso é um símbolo do Espírito Santo, pois Jesus veio à terra por intermédio do ministério miraculoso do Espírito (Lc 1:34-42). Se Jesus não tivesse nascido de uma virgem, nunca seria chamado "o Santo".

    1. Ele caiu no deserto

    Este mundo não é um paraíso. Ele é um lugar maravilhoso para o não- salvo, mas é um deserto para o cris-tão em sua peregrinação em direção à glória. Contudo, Cristo veio a este mundo por amor aos homens, para dar sua vida a nós. Que graça!

    1. Ele veio para um povo rebelde (vv. 1-3)

    Que memória fraca Israel tem! Ape-nas seis semanas, fora libertado da escravidão no Egito e já esquecera as muitas mercês de Deus. O povo mur-mura contra Moisés e contra Deus (veja 15:22-27) e anseia pela alimen-tação de carne da vida antiga; contu-do, Deus, em sua misericórdia e gra-ça, supre-os com pão. O versículo 4 faria bem se dissesse: "Farei chover fogo e enxofre sobre esses pecadores ingratos!". Mas não, Deus prova seu amor por eles ao fazer chover pão so-bre eles. VejaRm 5:6-45. Alguém calculou que para suprir diariamente dois milhões de pessoas com menos de quatro litros aproximadamente de maná para cada uma, seriam neces-sários quatro trens de carga com ses-senta vagões cada um. Como Deus é generoso conosco!

    1. Ele caiu exatamente onde eles estavam

    Como os judeus tinham acesso fácil ao maná! Eles não tiveram de escalar uma montanha nem atravessar um rio profundo. O maná caiu onde eles esta-vam (veja Rm 10:6-45). Jesus Cristo não está distante dos pecadores. A qual-quer momento, eles podem ir a ele.

    1. O maná mostra-nos o que devemos fazer com Jesus Cristo
    2. Nós devemos perceber a necessidade

    Temos uma fome espiritual que ape-nas Jesus pode satisfazer (Jo 6:35). O filho pródigo decidiu voltar para a casa do pai e pedir perdão quando disse: "Morro de fome!" (Lc 15:17-

    1. . Hoje, muito do desassossego e do pecado no mundo é resultado da fome espiritual não satisfeita. As pessoas vivem com substitutos e re-jeitam a alimentação que Deus ofe-rece livremente (Is 55:1-23). No entanto, é importante que nos alimentemos em Cristo para ter forças para nossa peregrinação, assim como os judeus se alimentaram com o cordeiro da Páscoa (Êx 12:11ss). Como os cren-tes se alimentam de Cristo? Ao ler, meditar e estudar a Palavra dele. Deus convida-nos a levantar cedo e pegar o precioso maná que alimen-ta nossa alma com sua Palavra. Não podemos acumular as verdades de Deus para o dia seguinte (vv. 16-21); devemos pegar alimento fresco a cada novo dia. Muitos cristãos mar-cam suas Bíblias e enchem cader-nos com esboços, contudo nunca se alimentam realmente de Cristo.

      Observe que o maná espiritual (Cristo) realiza mais do que o maná físico que Deus manda para os ju-deus. O maná do Antigo Testamento sustenta a vida física, mas Cristo dá vida espiritual a todos os que o rece-bem. O maná do Antigo Testamento era apenas para os judeus, mas Cristo oferece a si mesmo ao mundo todo (Jo 6:51). Não custou nada a Moisés assegurar o maná a Israel, mas Cristo teve de morrer na cruz para se tor-nar disponível para o mundo. Como é triste observar que a maioria das pessoas do mundo caminha sobre Cristo, como se ele fosse o maná não utilizado, deixado no chão, em vez de inclinar-se para recebê-lo a fim de poder viver.

      Deus testava a obediência de Israel ao fazê-lo pegar o maná dia-riamente (v. 4), e isso ainda é um teste para o povo de Deus. Deus pode confiar e usar os cristãos que começam o dia buscando alimento espiritual na Bíblia. Infelizmente, muitos cristãos ainda anseiam pela alimentação carnal do mundo (v. 3)! E muitos esperam que o pastor ou o professor da escola dominical recolha o maná para eles e "alimen-te-os". Este é o teste de nossa cami-nhada espiritual: eu tenho Cristo e sua Palavra em alto apreço, a pon-to de iniciar meu dia recolhendo o maná?

      Js 5:10-6 conta-nos que o maná cessou quando os judeus en-traram em Canaã por Gilgal, e que eles "comeram do fruto da terra". O maná caía do céu, referindo-se à encarnação e à crucificação de Cristo. O "fruto da terra" crescia em um local de sepultamento e de morte e fala da ressurreição e do ministério celestial de Cristo. Entrar em Canaã significa entrar na posse de sua herança celestial em Cris-to (Ef 1:3), e isso significa reter as bênçãos que recebemos na ressur-reição, ascensão e no sacerdócio celestial de nosso Salvador. Muitos santos conhecem "Cristo segundo a carne" (2Co 5:16) por meio da vida e do ministério terrenos dele, mas nunca chegam ao seu minis-tério sacerdotal celestial. Quando eles dão o passo nessa direção, co-mem "do fruto da terra" — alimen-tam-se do poder da ressurreição de Cristo.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 15 do versículo 1 até o 27
    15.2 Minha força. Deus, que liberta uma nação inteira, deve ser conhecido e adorado individualmente pelo ser humano.

    15.7 Derribas. A suprema excelência de Deus se revela quando, em Cristo Jesus, derriba as obras de Satanás, o reino do Maligno, e anula o efeito do pecado na vida humana.

    15.9 O inimigo. Grandiosas são as pretensões dos inimigos de Deus. Talvez isto aconteça porque é justamente a soberba que não deixa o homem reconhecer os seus pecados e aceitar a graça e o perdão de Deus. Grandiosas, também, são as pretensões do Diabo em destruir os crentes (1Pe 5:8).

    15.10 Sopraste. Êx 14:21 nos mostra que as águas do mar foram afastadas por um forte vento; então era uma mudança de vento que deixou voltar a maré, que agora se tomou em arma contra os perseguidores.

    15.11 Entre os deuses. Não que Moisés pensasse que existiam outros deuses, mas sabia que as superstições de povo do Egito, com respeito aos ídolos, eram grandes, e que os israelitas tinham passado quatro séculos nesse ambiente (conforme Sl 135:15-19). Santidade. É justamente isto que faltava na idéia que os pagãos fizeram da natureza de Deus. Esta é a característica especial de Deus e é isto que se exige dos crentes (He 12:14).

    15.14 Agonias. O povo que, justamente na época do Êxodo, estava chegando à costa da Palestina, os filisteus, juntamente com Edom e Moabe, os vizinhos daquela Terra Prometida, e os Cananitas que ali habitavam, logo teriam que desocupar o lugar para a habitação do povo de Deus. A fama do Êxodo logo se espalhou.

    15.17 Plantarás. O símbolo do povo de Deus era uma videira plantada e cultivada por Ele (Sl 80:8), que cresceu até sua plenitude na pessoa de Jesus Cristo (Jo 15:1). Aparelhaste. Fazia séculos que o povo de Israel era herdeiro da promessa de "uma terra que mana leite e mel" (3.8; 13.5; 13 14:1'>Gn 13:14-16).

    15.18 Reinará. Os milagres de poder operados no Êxodo foram mais uma manifestação do domínio eterno de Deus.

    15.19 Este versículo é um resumo do cântico de Moisés que trata da passagem pelo Mar Vermelho e a destruição final dos perseguidores.
    15.20 A profetisa Miriã. Mais uma das grandes mulheres da Bíblia. O povo de Deus não seguia o costume oriental de deixar as mulheres sem direitos civis.

    15.22 Sur. A parte da península de Sinai, que fica próxima do Egito.

    1523 Mara. No hebraico, quer dizer "amargo". O povo murmurou. Já era a segunda grande queixa contra Moisés depois da saída da escravidão (14.12). Esta atitude ingrata dos israelitas tinha levado Moisés, à fuga, quarenta anos antes (2.14).

    15.25 Clamou. O recurso de Moisés quando tudo ia mal era saber recorrer à Fonte de Bênçãos, o Deus Onipotente. Árvore. Há árvores no Peru que têm esta qualidade, mas nenhum dos moradores das regiões do Sinai conhece algo semelhante; era necessário haver uma revelação divina em resposta à oração de Moisés. Vê-se aqui uma ilustração do madeiro, a Cruz de Cristo que pode resgatar do julgamento mais amargo.

    15.26 A obediência aos mandamentos de Deus e a aceitação das Suas promessas, não só libertam o ser humano das conseqüências da punição que a rebelião contra Deus acarreta, como foi demonstrado no Egito, mas também sara totalmente o ser, inclusive o próprio corpo físico. Deus é também o Médico Supremo.

    15.27 Então. Os que viajam para o sul de Sinai descobrem este Oásis, depois de um dia dê viagem a camelo além de Mara.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 15 do versículo 1 até o 27

    6) O cântico de Moisés (15:1-21)
    O grande evento do cap. 14 foi celebrado num cântico que exalta o poder majestoso de Deus. Em virtude de sua estrutura poética e de seus frequentes arcaísmos, o poema solicita ser reconhecido por aquilo que afirma ser, “uma testemunha antiga e autêntica da travessia do mar de Juncos pelos israelitas” (W. F. Albright). Os v. 1-12 celebram a derrota dos egípcios ao serem lançados no mar, e os v. 13-17 apontam além do deserto para o estabelecimento em Canaã. Embora seja possível tratar as ocorrências do tempo perfeito nos v. 13-17 como tantos casos de “perfeito profético”, pode ser também que esses versículos foram acrescentados como suplemento à composição original, depois de os israelitas terem entrado em Canaã. O “cântico de Moisés”, ou “cântico do mar” tem sido, às vezes, explicado como uma expansão posterior do “cântico” de Miriã do v. 21; isso é fundamentado somente no princípio questionável que diz: “o que é mais breve é mais antigo”, v. 2. Senhor: aqui a forma abreviada Yah (como em hallelu-jah, “louve o Senhor”) é usada, minha canção-, há alguma base filológica para “meu forte defensor” da NTLH. o Deus do meu pai-, conforme 3.6,15. v. 3. guerreiro-, um conceito de Deus fundamental entre os israelitas; Deus estava lutando do seu lado nas suas “guerras santas”, v. 8. forte sopro das tuas narinas', o relato em prosa fala de Deus causando o sopro de um forte “vento oriental” (14.21). v. 9. Qualquer despojo digno de ser levado seria apenas o que já havia sido obtido anteriormente dos egípcios (conforme 3.21,22; 11.2; 12.35,36). v. 11. Deus é singular; deveríamos, no entanto, verificar outras passagens para encontrar expressões inequívocas da fé monoteísta. v. 12. terra às vezes pode significar o “mundo inferior”, como os seus cognatos acadiano e ugarítico. Qualquer tradução é aceitável, embora a NEB mantenha “terra”, como a maioria das versões em português, v. 13. resgataste: conforme comentário Dt 6:6. santa habitação poderia aludir ao Sinai (conforme Dt 33:2), ou Sião (conforme 2Sm 15:25), ou, visto que a palavra significa literalmente “moradia pastoril”, toda a terra de Canaã (como em Jr 10:25; Jr 23:3). v. 14. Filístia-, o termo dificilmente se tornou corrente antes da época principal de estabelecimento dos filisteus no século XII a.C. v. 15. esmorece-, conforme Js 2:0 etc.). O v. 19 é um apêndice em prosa ao cântico, v. 20. profetisa-, presumivelmente, Miriã tinha o dom de declarações extáticas. Conforme os casos de Eldade e Medade em Nu 11:26,Nu 11:27 e observe a implicação de Nu 12:2 com referência a Miriã. A dança de vitória das mulheres foi semelhante à que saudou Saul e Davi após a morte de Golias (1Sm 18:6,1Sm 18:7).


    7) A provisão miraculosa de alimentos (15.22—16.36)
    Há muitas incertezas quanto à rota seguida pelos israelitas depois de partirem do “mar Vermelho”. A questão depende muito de onde localizamos Sinai, o monte da revelação. Sendo assim, precisamos dizer que a localização tradicional do monte no sul da península do Sinai ainda tem muitos defensores.

    No comentário, vamos aceitar que os israelitas tomaram a rota que a tradição lhes atribuiu, e que conduziu primeiramente ao longo da costa ocidental da península, v. 22. O deserto de Sur ficava a noroeste da península do Sinai, entre o Egito e a Palestina (conforme 1Sm 15:7; 1Sm 27:8). v. 23. Agua amarga não deve ter sido peculiar a Mara, mas era ruim o suficiente para ser denominada assim. A identificação mais comum é com a atual ‘Ain Hawarah. v. 25. indicou geralmente significa “instruiu”; é a mesma palavra que gera a raiz tôrãh, “instrução, lei”. Moisés foi instruído acerca das propriedades de alguma árvore ou arbusto que poderia neutralizar o amargor da água. Paralelos dessa forma de tornar a água doce têm sido citados, e em particular o uso que os árabes fazem do bérberis. Conforme 2Rs 2:21 acerca do uso de sal para purificar água não potável (um caso de “mágica homeopática”, de acordo com Hyatt!). Os intérpretes judeus descobriram alusões à Lei no uso do verbo indicou, enquanto muitos antigos exegetas cristãos viram a cruz prefigurada nessa madeira. Evidentemente, o adoçamento da água foi usado como parábola do poder que Deus tem para curar (conforme v. 26). As pragas do Egito não molestariam os israelitas se eles continuassem obedecendo a Deus (conforme Dt 7:15; Dt 28:27). v. 27. Elim: outro lugar de abastecimento de água, que pode ser identificado com o uádi Gharandel, a alguns quilômetros ao sul de ‘Ain Hawarah. 


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 15 do versículo 1 até o 21
    h) O Cântico de Moisés (Êx 15:1-21)

    As palavras, ao Senhor (1), ferem a nota chave desse cântico. Nos versículos 1:12 Moisés atribui ao Senhor a glória exibida na vitória acabada de conquistar; nos versículos 13:18 ele profetiza a vindicação da soberania do Senhor, introduzindo Seu povo na herança que Ele lhes prepara. O Senhor (2) é a fonte de seu poder, o tema de seu cântico, o autor de sua libertação e preservação; consequentemente, Ele é o objeto de sua adoração e de seu louvor; o mesmo Deus, tanto para ele como para seus antepassados.

    >Êx 15:2

    Portanto lhe farei uma habitação (2). Melhor ainda: "Portanto, louvá-lo-ei". O Senhor é varão de guerra (3). A vivacidade poética dessa descrição não nos deveria deixar cautelosos quanto à verdade desse fato, tão evidentemente provado pelos acontecimentos do capítulo anterior, e pelas visões do último livro da Bíblia (Ap 19:11). Tua destra (6). Nesta altura o cantor se volta e dirige o cântico diretamente para Deus. Nenhuma expressão abstrata seria mais apta que esta frase antropomórfica para descrever o poder ativo de Deus. Ela é freqüentemente usada nas Escrituras, tanto neste sentido como também como a sede da autoridade divina.

    >Êx 15:8

    Os abismos coalharam-se (8). Não sólidos como gelo, mas em formação vertical contrária à natureza. Entre os deuses (11). A superioridade de Deus sobre aqueles que não são deuses, e que Ele acabara de derrotar, é declarada de três maneiras: o imaculado brilho de Sua santidade, a reverência que Ele inspira naqueles que O adoram e louvam, e a maravilha de Seus atos miraculosos. Ver Dt 6:14 nota; 32.21 nota.

    >Êx 15:13

    O versículo 13 marca a transição para a passagem profética. A força do tempo verbal, no hebraico, neste versículo, é presente, e os verbos seriam melhor traduzidos como: "guias" e "levas". À habitação de tua santidade (13) pode referir-se ao monte Sinai, a Canaã ou ao monte Sião. Os povos (14), ao redor, conforme exemplificados no versículo 15. Ouvindo falar na miraculosa derrota dos egípcios, temeriam a vinda dos israelitas. Exemplo disso Js 2:9-6.

    >Êx 15:16

    Adquiriste (16). O heb. tem a idéia de tempo presente neste verbo. O sacrifício da páscoa é um sinal que o livramento de Seu povo não foi feito sem custo para Deus. O êxodo foi um ato de redenção, e prefigurou o custo, para o Pai de redimir a humanidade por intermédio do Seu Filho. No monte da tua herança (17). Provavelmente se refere à terra prometida de Canaã, em sua totalidade, pois, na intenção de Deus, já se tratava de um país montanhoso na posse de Israel, tal como, em Seu irresistível propósito, o Seu santuário foi com efeito estabelecido no monte Moriá. O Senhor reinará (18). A vitória sobre o Egito, que forma o tema do cântico, servia apenas de exemplo quanto ao reino eterno de Deus.

    O cântico termina no versículo 18. O versículo 19 é um sumário dos acontecimentos que ocasionaram o cântico. Miriã, a profetisa (20). Miriã foi a primeira das mulheres, referidas nas Escrituras, a exercer um ministério especial. Conf. Jz 4:4; Lc 2:36, etc. Danças (20). Danças solenes como expressão de adoração, embora apropriadas para os tempos de Moisés e dos salmistas, são capazes de abusos, e nunca encontraram um lugar geralmente aceito na adoração da Igreja Cristã. Miriã lhes respondia (21). O coro, usando um estribilho, empregava as palavras iniciais do cântico de Moisés (1).


    Dicionário

    Cântico

    substantivo masculino [Música] Ode sobre assunto religioso cantada nas igrejas.
    Poema ou hino entoado com o propósito de louvar, adorar, algo ou alguém.
    Etimologia (origem da palavra cântico). Canticum.

    canto, canção, hino. – O cântico é um “hino religioso, solene, e mesmo heroico”. – Canto é “toda composição poética que pode ser cantada”. – Canção é termo muito mais próprio do que canto para significar “a poesia que é própria para ser cantada”. Designa particularmente o poema lírico sobre tema popular. – O hino é “um cântico que pode ser patriótico, religioso, panegírico”, etc.

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Exaltar

    verbo transitivo direto Colocar num local mais elevado; erguer.
    Fazer com que se torne grandioso (imponente); louvar: exaltava o santo de sua devoção.
    Provocar arrebatamento (entusiasmo): o show exaltou o público.
    verbo transitivo direto e pronominal Fazer com que (algo ou alguém) se torne proeminente; engrandecer: a honestidade exalta o indivíduo; a inteligência se exalta sobre os ignorantes.
    Alcançar o patamar mais elevado de atividade; fazer com que (algo ou alguém) consiga atingir o maior grau em: o sofrimento exaltava-lhe a criatividade; as vontades se exaltaram.
    Ficar ou se tornar impaciente ou nervoso; ficar zangado: a espera excessiva a exalta; por favor, não se exalte agora!
    verbo pronominal Ficar muito envaidecido; glorificar: exaltava-se à frente dos amigos.
    Etimologia (origem da palavra exaltar). Do latim exaltare.

    Exaltar
    1) ENGRANDECER 1, (1Cr 29:11; Sl 12:8; Mt 23:12).


    2) Louvar (Sl 30:1).


    Farar

    verbo transitivo direto [Gíria] Farejar; procurar, buscar, encontrar ou apanhar alguma coisa; tentar encontrar alguém através do faro.
    Etimologia (origem da palavra farar). Faro + ar.

    Forca

    substantivo feminino Jogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado.
    Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço.
    Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca.
    Figurado Ação feita para enganar; ardileza.
    Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada.
    Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.

    substantivo feminino Jogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado.
    Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço.
    Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca.
    Figurado Ação feita para enganar; ardileza.
    Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada.
    Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.

    Forca Armação na qual um condenado morre ESTRANGULADO por uma corda (Et 5:14).

    substantivo feminino Jogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado.
    Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço.
    Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca.
    Figurado Ação feita para enganar; ardileza.
    Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada.
    Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.

    Força

    [...] é apenas o agente, o modo de ação de uma vontade superior. É o pensamento de Deus que imprime o movimento e a vida ao Universo.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    A força é ato, que significa compromisso no bem ou no mal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A força é palavra que edifica ou destrói.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A força é determinação que ampara ou menospreza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


    Habitação

    substantivo feminino Lugar em que se habita; casa, lugar de morada; residência, vivenda; domicílio: habitação ampla e confortável.
    [Direito] Direito real de habitar, gratuitamente, casa alheia.
    Habitação coletiva, casa de cômodos.

    Pai

    Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

    Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

    Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

    Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

    [...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


    Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    Salvação

    substantivo feminino Ação ou efeito de salvar, de livrar do mal ou do perigo.
    Algo ou alguém que salva, que livra do perigo, de uma situação desagradável: o professor foi sua salvação.
    Religião Libertação espiritual e eterna pela fé em Cristo.
    Felicidade, contentamento infinito e eterno obtido após a morte.
    Ajuda que liberta de uma situação muito difícil; redenção.
    Saída de uma circunstância complicada para outra mais fácil; triunfo.
    Etimologia (origem da palavra salvação). Do latim salvatio.onis.

    substantivo feminino Ação ou efeito de salvar, de livrar do mal ou do perigo.
    Algo ou alguém que salva, que livra do perigo, de uma situação desagradável: o professor foi sua salvação.
    Religião Libertação espiritual e eterna pela fé em Cristo.
    Felicidade, contentamento infinito e eterno obtido após a morte.
    Ajuda que liberta de uma situação muito difícil; redenção.
    Saída de uma circunstância complicada para outra mais fácil; triunfo.
    Etimologia (origem da palavra salvação). Do latim salvatio.onis.

    Salvar-se [...] é aperfeiçoar-se espiritualmente, a fim de não cairmos em estados de angústia e depressão após o transe da morte. É, em suma, libertar-se dos erros, das paixões insanas e da ignorância. [...]
    Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    [...] iluminação de si mesma [da alma], a caminho das mais elevadas aquisições e realizações no Infinito.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 225

    Ensinar para o bem, através do pensamento, da palavra e do exemplo, é salvar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A salvação é contínuo trabalho de renovação e de aprimoramento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

    Salvação – libertação e preservação do espírito contra o perigo de maiores males, no próprio caminho, a fim de que se confie à construção da própria felicidade, nos domínios do bem, elevando-se a passos mais altos de evolução.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


    Salvação
    1) Ato pelo qual Deus livra a pessoa de situações de perigo (Is 26:1), opressão (Lm 3:26); (Ml 4:2), sofrimento (2Co 1:6), etc.
    2) Ato e processo pelo qual Deus livra a pessoa da culpa e do poder do pecado e a introduz numa vida nova, cheia de bênçãos espirituais, por meio de Cristo Jesus (Lc 19:9-10); (Eph 1:3,13). A salvação deve ser desenvolvida pelo crente (Fp 2:12), até que seja completada no fim dos tempos (Rm 13:11); (1Pe 1:5); 2.2). V. REDENÇÃO, SALVADOR e VIDA ETERNA.

    Salvação Num primeiro sentido, ser salvo de um perigo, seja uma tempestade (Mt 8:25), uma enfermidade (Mt 9:21ss.), uma perseguição (Lc 1:71-74) etc. Por antonomásia, o termo refere-se à salvação eterna. Em ambos os casos, é obtida mediante a fé, sem a qual não há nem salvação da enfermidade (Mc 10:52; Lc 17:19; 18,42) nem tampouco vida eterna (Jo 3:16; 5,24; 20,31). Essa fé — unida à perseverança (Mt 10:22; 24,13; Mc 13:13) — vincula a pessoa com Jesus (nome que significa YHVH salva), que se entregou à morte pela humanidade (Mc 10:45). Ele é o Salvador (Mt 1:21; Lc 2:11). O anúncio dessa salvação constitui o núcleo essencial da pregação evangélica (Mc 16:16).

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Diccionario de las tres...; G. E. Ladd, Theology...; E. P. Sanders, Paul and...; E. “Cahiers Evangile”, Liberación humana y salvación en Jesucristo, Estella 71991.


    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Êxodo 15: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    O SENHOR é a minha força, e a minha música; Ele me foi por salvação; Este é o meu Deus, portanto Lhe prepararei uma habitação ①; Ele é o Deus de meu pai, por isso O exaltarei.
    Êxodo 15: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1446 a.C.
    H1
    ʼâb
    אָב
    o pai dele
    (his father)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2088
    zeh
    זֶה
    Esse
    (This)
    Pronome
    H2176
    zimrâth
    זִמְרָת
    de bom nome, de bom presságio
    ([the] left hand)
    Adjetivo - Genitivo Neutro no Plural
    H3050
    Yâhh
    יָהּ
    Ja (Javé na forma reduzida)
    (The LORD [is])
    Substantivo
    H3444
    yᵉshûwʻâh
    יְשׁוּעָה
    salvação, libertação
    (For Your salvation)
    Substantivo
    H410
    ʼêl
    אֵל
    deus, semelhante a deus, poderoso
    (unto God)
    Substantivo
    H430
    ʼĕlôhîym
    אֱלֹהִים
    Deus
    (God)
    Substantivo
    H5115
    nâvâh
    נָוָה
    embelezar
    (and I will praise him)
    Verbo
    H5797
    ʻôz
    עֹז
    poder, força
    (my strength)
    Substantivo
    H7311
    rûwm
    רוּם
    erguer, levantar, estar alto, ser elevado, ser exaltado
    (and it was lifted up)
    Verbo


    אָב


    (H1)
    ʼâb (awb)

    01 אב ’ab

    uma raiz; DITAT - 4a; n m

    1. pai de um indivíduo
    2. referindo-se a Deus como pai de seu povo
    3. cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã
    4. antepassado
      1. avô, antepassados — de uma pessoa
      2. referindo-se ao povo
    5. originador ou patrono de uma classe, profissão, ou arte
    6. referindo-se ao produtor, gerador (fig.)
    7. referindo-se à benevolência e proteção (fig.)
    8. termo de respeito e honra
    9. governante ou chefe (espec.)

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    זֶה


    (H2088)
    zeh (zeh)

    02088 זה zeh

    uma palavra primitiva; DITAT - 528; pron demons

    1. este, esta, isto, aqui, qual, este...aquele, esta...esta outra, tal
      1. (sozinho)
        1. este, esta, isto
        2. este...aquele, esta...esta outra, outra, outro
      2. (aposto ao subst)
        1. este, esta, isto
      3. (como predicado)
        1. este, esta, isto, tal
      4. (encliticamente)
        1. então
        2. quem, a quem
        3. como agora, o que agora
        4. o que agora
        5. pelo que
        6. eis aqui
        7. imediatamente
        8. agora, agora mesmo
      5. (poético)
        1. onde, qual, aqueles que
      6. (com prefixos)
        1. neste (lugar), então
        2. nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
        3. assim e assim
        4. como segue, coisas tais como estes, de acordo com, com efeito da mesma maneira, assim e assim
        5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
        6. por este motivo
        7. Apesar disso, qual, donde, como

    זִמְרָת


    (H2176)
    zimrâth (zim-rawth')

    02176 זמרת zimrath

    procedente de 2167; DITAT - 558a; n f

    1. cântico de louvor, cântico, música, melodia

    יָהּ


    (H3050)
    Yâhh (yaw)

    03050 יה Yahh

    contração de 3068, e significando o mesmo, grego 239 αλληλουια;

    DITAT - 484b; n pr de divindade

    1. Ja (Javé na forma reduzida)
      1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      2. usado em muitas combinações
        1. nomes iniciados com as letras ‘Je’
        2. nomes terminados com ‘ia’ ou ‘ias’

    יְשׁוּעָה


    (H3444)
    yᵉshûwʻâh (yesh-oo'-aw)

    03444 ישועה y eshuw ̂ ah̀

    particípio passivo de 3467; DITAT - 929b; n f

    1. salvação, libertação
      1. bem-estar, prosperidade
      2. libertação
      3. salvação (por Deus)
      4. vitória

    אֵל


    (H410)
    ʼêl (ale)

    0410 אל ’el

    forma contrata de 352, grego 2241 ηλι e 1664 ελιουδ; DITAT - 93a; n m

    1. deus, semelhante a deus, poderoso
      1. homens poderosos, homens de posição, valentes poderosos
      2. anjos
      3. deus, deus falso, (demônios, imaginações)
      4. Deus, o único Deus verdadeiro, Javé
    2. coisas poderosas na natureza
    3. força, poder

    אֱלֹהִים


    (H430)
    ʼĕlôhîym (el-o-heem')

    0430 אלהים ’elohiym

    plural de 433; DITAT - 93c; n m p

    1. (plural)
      1. governantes, juízes
      2. seres divinos
      3. anjos
      4. deuses
    2. (plural intensivo - sentido singular)
      1. deus, deusa
      2. divino
      3. obras ou possessões especiais de Deus
      4. o (verdadeiro) Deus
      5. Deus

    נָוָה


    (H5115)
    nâvâh (naw-vaw')

    05115 נוה navah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1321,1322; v

    1. embelezar
      1. (Hifil) embelezar, adornar
    2. habitar
      1. (Qal) habitar, residir, ficar em casa
    3. (Hofal) repousar

    עֹז


    (H5797)
    ʻôz (oze)

    05797 עז ̀oz ou (completamente) עוז ̀owz

    procedente de 5810; DITAT - 1596b; n m

    1. poder, força
      1. material ou física
      2. pessoal ou social ou política

    רוּם


    (H7311)
    rûwm (room)

    07311 רום ruwm

    uma raiz primitiva; DITAT - 2133; v.

    1. erguer, levantar, estar alto, ser elevado, ser exaltado
      1. (Qal)
        1. ser alto, estar colocado no alto
        2. ser erguido, ser enlevado, ser exaltado
        3. ser elevado, levantar
      2. (Polel)
        1. criar (filhos), fazer crescer
        2. levantar, erguer, exaltar
        3. exaltar, enaltecer
      3. (Polal) ser levantado
      4. (Hifil)
        1. erguer, levantar, elevar, recolher, estabelecer, erigir, exaltar, estar nas alturas
        2. levantar (e levar), remover
        3. erguer e apresentar, contribuir, ofertar
      5. (Hofal) ser retirado, ser abolido
      6. (Hitpolel) exaltar-se, engrandecer-se
    2. (Qal) estar podre, estar tomado por vermes