Enciclopédia de Êxodo 17:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 17: 14

Versão Versículo
ARA Então, disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro e repete-o a Josué; porque eu hei de riscar totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu.
ARC Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus.
TB Então, disse Jeová a Moisés: Escreve isso para memorial num livro e faze-o ouvir a Josué; porque eu hei de extinguir totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu.
HSB וַיֹּ֨אמֶר יְהוָ֜ה אֶל־ מֹשֶׁ֗ה כְּתֹ֨ב זֹ֤את זִכָּרוֹן֙ בַּסֵּ֔פֶר וְשִׂ֖ים בְּאָזְנֵ֣י יְהוֹשֻׁ֑עַ כִּֽי־ מָחֹ֤ה אֶמְחֶה֙ אֶת־ זֵ֣כֶר עֲמָלֵ֔ק מִתַּ֖חַת הַשָּׁמָֽיִם׃
BKJ E o SENHOR disse a Moisés: Escreve isto por memorial em um livro, e repita-o nos ouvidos de Josué, porquanto eu eliminarei totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu.
LTT Então disse o SENHOR a Moisés: "Escreve isto para memória em um livro- rolo, e relata-o aos ouvidos de Josué; que Eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo do céu."
BJ2 Então Iahweh disse a Moisés: "Escreve isto para memorial num livro, e declara a Josué que hei de extinguir a memória de Amalec de debaixo do céu."
VULG Dixit autem Dominus ad Moysen : Scribe hoc ob monimentum in libro, et trade auribus Josue : delebo enim memoriam Amalec sub cælo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 17:14

Êxodo 12:14 E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.
Êxodo 13:9 E te será por sinal sobre tua mão e por lembrança entre teus olhos; para que a lei do Senhor esteja em tua boca; porquanto, com mão forte, o Senhor te tirou do Egito.
Êxodo 24:4 E Moisés escreveu todas as palavras do Senhor, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel;
Êxodo 34:27 Disse mais o Senhor a Moisés: Escreve estas palavras; porque, conforme o teor destas palavras, tenho feito concerto contigo e com Israel.
Números 24:20 E, vendo os amalequitas, alçou a sua parábola e disse: Amaleque é o primeiro das nações; porém o seu fim será para perdição.
Números 33:2 E escreveu Moisés as suas saídas, segundo as suas jornadas, conforme o mandado do Senhor; e estas são as suas jornadas, segundo as suas saídas.
Deuteronômio 25:17 Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saíeis do Egito;
Deuteronômio 31:9 E Moisés escreveu esta Lei, e a deu aos sacerdotes, filhos de Levi, que levavam a arca do concerto do Senhor, e a todos os anciãos de Israel.
Josué 4:7 então, lhes direis que as águas do Jordão se separaram diante da arca do concerto do Senhor; passando ela pelo Jordão, separaram-se as águas do Jordão; assim que estas pedras serão para sempre por memorial aos filhos de Israel.
I Samuel 15:2 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu me recordei do que fez Amaleque a Israel; como se lhe opôs no caminho, quando subia do Egito.
I Samuel 15:7 Então, feriu Saul os amalequitas, desde Havilá até chegar a Sur, que está defronte do Egito.
I Samuel 15:18 E enviou-te o Senhor a este caminho e disse: Vai, e destrói totalmente a estes pecadores, os amalequitas, e peleja contra eles, até que os aniquiles.
I Samuel 27:8 E subia Davi com os seus homens, e deram sobre os gesuritas, e os gersitas, e os amalequitas; porque antigamente eram estes os moradores da terra desde como quem vai para Sur até à terra do Egito.
I Samuel 30:1 Sucedeu, pois, que, chegando Davi e os seus homens ao terceiro dia a Ziclague, já os amalequitas com ímpeto tinham dado sobre o Sul e sobre Ziclague, e tinham ferido a Ziclague, e a tinham posto a fogo.
I Samuel 30:17 E feriu-os Davi, desde o crepúsculo até à tarde do dia seguinte, e nenhum deles escapou, senão só quatrocentos jovens que, montados sobre camelos, fugiram.
II Samuel 1:1 E, depois da morte de Saul, voltando Davi da derrota dos amalequitas e ficando Davi dois dias em Ziclague,
II Samuel 1:8 E ele me disse: Quem és tu? E eu lhe disse: Sou amalequita.
II Samuel 8:12 da Síria, e de Moabe, e dos filhos de Amom, e dos filisteus, e de Amaleque, e dos despojos de Hadadezer, filho de Reobe, rei de Zobá.
I Crônicas 4:43 E feriram o restante dos que escaparam dos amalequitas e habitam ali até ao dia de hoje.
Esdras 9:14 tornaremos, pois, agora a violar os teus mandamentos e a aparentar-nos com os povos destas abominações? Não te indignarias tu, assim, contra nós até de todo nos consumires, até que não ficasse resto nem quem escapasse?
Jó 18:17 A sua memória perecerá na terra, e pelas praças não terá nome.
Jó 19:23 Quem me dera, agora, que as minhas palavras se escrevessem! Quem me dera que se gravassem num livro!
Salmos 9:6 Oh! Inimigo! Consumaram-se as assolações; ? tu arrasaste as cidades, e a sua memória pereceu com elas.
Provérbios 10:7 A memória do justo é abençoada, mas o nome dos ímpios apodrecerá.
Ageu 2:2 Fala agora a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e ao resto do povo, dizendo:

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
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As estradas da Palestina
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Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O nome divino nas Escrituras Hebraicas

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas antes do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas antigas, usadas antes do exílio babilônico

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas depois do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas usadas após o exílio babilônico

O nome divino, representado pelas consoantes hebraicas יהוה, ocorre quase 7 mil vezes nas Escrituras Hebraicas. Nesta tradução, essas quatro letras, chamadas de Tetragrama, são vertidas como “Jeová”. Esse é de longe o nome que mais aparece na Bíblia. Embora os escritores inspirados se refiram a Deus usando muitos títulos e termos descritivos, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Senhor”, o Tetragrama é o único nome pessoal usado por eles para identificar a Deus.

O próprio Jeová Deus orientou os escritores da Bíblia a usarem seu nome. Por exemplo, ele inspirou o profeta Joel a escrever: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Joel 2:32) Deus também inspirou um salmista a escrever: “Que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Só nos Salmos — um livro de escritos poéticos que eram cantados e recitados pelo povo de Deus —, o nome divino ocorre cerca de 700 vezes. Então, por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por que esta tradução usa a forma “Jeová”? E o que significa o nome divino, Jeová?

Várias ocorrências do Tetragrama no livro de Salmos

Trechos dos Salmos num Rolo do Mar Morto, datado da primeira metade do primeiro século d.C. O texto tem o estilo das letras hebraicas usadas após o exílio babilônico, mas o Tetragrama ocorre várias vezes nas letras hebraicas antigas

Por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por várias razões. Alguns acham que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico para identificá-lo. Outros provavelmente foram influenciados pela tradição judaica de evitar usar o nome de Deus por medo de profaná-lo. Ainda outros acreditam que, como ninguém pode saber com certeza a pronúncia exata do nome de Deus, é melhor usar um título, como “Senhor” ou “Deus”. No entanto, esses argumentos não têm base sólida pelos seguintes motivos:

Os que afirmam que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico desconsideram o fato de que existem cópias antigas de Sua Palavra que trazem o nome pessoal de Deus; algumas dessas cópias são datadas de antes da época de Cristo. Conforme já mencionado, Deus inspirou os escritores de sua Palavra a incluir nela seu nome cerca de 7 mil vezes. Fica claro que ele quer que conheçamos e usemos o seu nome.

Os tradutores que removem o nome de Deus por respeito à tradição judaica se esquecem de um fato muito importante: embora alguns escribas judeus tenham se recusado a pronunciar o nome de Deus, eles não o removeram de suas cópias da Bíblia. Nos rolos antigos descobertos em Qumran, perto do mar Morto, o nome de Deus ocorre muitas vezes. Alguns tradutores da Bíblia dão uma indicação de onde o nome divino aparecia no texto original colocando em seu lugar o título “SENHOR”, em letras maiúsculas. Mas a questão é: Se esses tradutores reconhecem que o nome ocorre milhares de vezes nos textos originais, o que os faz pensar que podem substituir ou remover da Bíblia o nome de Deus? Quem eles acham que lhes deu autoridade para fazer essas alterações? Somente eles podem responder a essas perguntas.

Os que afirmam que o nome divino não deve ser usado porque não se sabe a pronúncia exata, não se importam em usar o nome Jesus. No entanto, os discípulos de Jesus no primeiro século pronunciavam o nome dele de uma forma bem diferente do modo como a maioria dos cristãos o pronuncia hoje. Entre os cristãos judeus, o nome de Jesus provavelmente era pronunciado Yeshúa‛, e o título “Cristo” era pronunciado Mashíahh, isto é, “Messias”. Os cristãos que falavam grego o chamavam de Iesoús Khristós; e os cristãos que falavam latim, Iésus Chrístus. Sob inspiração, foi registrada na Bíblia a tradução grega desse nome. Isso indica que os cristãos do primeiro século faziam o que era razoável: usavam a forma do nome mais comum em seu idioma. De modo similar, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia considera razoável usar a forma “Jeová”, mesmo que ela não tenha exatamente a mesma pronúncia que o nome divino tinha no hebraico antigo.

Por que a Tradução do Novo Mundo usa a forma “Jeová”? Em português, as quatro letras do Tetragrama (יהוה) são representadas pelas consoantes YHWH. O Tetragrama não tinha vogais, assim como todas as palavras escritas no hebraico antigo. Na época em que o hebraico antigo era o idioma do dia a dia, era fácil os leitores saberem que vogais deviam ser usadas.

Cerca de mil anos após as Escrituras Hebraicas terem sido completadas, eruditos judeus desenvolveram um sistema de sinais ou pontos que indicavam as vogais que deveriam ser usadas na leitura do idioma hebraico. Mas, naquela época, muitos judeus tinham a ideia supersticiosa de que era errado falar em voz alta o nome de Deus e por isso pronunciavam outras expressões em seu lugar. Assim, ao copiarem o Tetragrama, parece que eles combinavam as vogais dessas expressões com as quatro consoantes que representam o nome divino. É por esse motivo que os manuscritos com esses sinais vocálicos não ajudam a determinar como o nome de Deus era originalmente pronunciado em hebraico. Alguns acham que era pronunciado “Iavé” ou “Javé”, enquanto outros sugerem outras possibilidades. Um Rolo do Mar Morto que contém um trecho, em grego, de Levítico translitera o nome divino como Iao. Além dessa forma, antigos escritores gregos também sugerem a pronúncia Iae, Iabé e Iaoué. Mas não há motivos para sermos dogmáticos. Simplesmente não sabemos como os servos de Deus no passado pronunciavam esse nome em hebraico. (Gênesis 13:4; Êxodo 3:
15) O que sabemos é o seguinte: Deus usou seu nome muitas vezes ao se comunicar com seus servos, eles também o usavam ao se dirigir a ele e esse nome era usado sem restrição quando eles conversavam com outros. — Êxodo 6:2; 1 Reis 8:23; Salmo 99:9.

Então, por que esta tradução usa a forma “Jeová” do nome divino? Porque essa forma tem uma longa história em português.

O nome de Deus, Jeová

O nome de Deus em Gênesis 15:2 na tradução do Pentateuco de William Tyndale, 1530

A primeira edição da Bíblia completa em português em um só volume, a versão Almeida publicada em 1819, empregou milhares de vezes o nome de Deus na forma “JEHOVAH”. A comissão tradutora da Versão Brasileira (1
917) também decidiu usar a forma “Jehovah”, e na sua edição de 2010 a grafia foi atualizada para “Jeová”. A nota de rodapé de Êxodo 6:3 na tradução Matos Soares (oitava edição) declara: “O texto hebreu diz: ‘O meu nome Javé ou Jeová.’”

Formas similares do nome divino também são encontradas em outros idiomas. Por exemplo, a primeira ocorrência, em inglês, do nome pessoal de Deus em uma Bíblia foi em 1530, na tradução do Pentateuco de William Tyndale. Ele usou a forma “Iehouah”. Com o tempo, o idioma sofreu mudanças, e a grafia do nome divino foi modernizada.

Em sua obra Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos), publicada em 1911, o respeitado erudito bíblico Joseph Bryant Rotherham usou o nome “Jehovah” em vez de “Yahweh”. Explicando o motivo, ele disse que queria empregar uma “forma do nome que fosse mais conhecida (e perfeitamente aceitável) aos leitores da Bíblia em geral”. Em sua obra Apostilas aos Dicionários Portugueses, de 1906, o filólogo e lexicógrafo português Gonçalves Viana declarou: “A forma Jeová, porém, já está tão usual, que seria pedantismo empregar Iavé, ou Iaué, a não ser em livros de pura filologia semítica ou de exegese bíblica.”

O Tetragrama

O Tetragrama YHWH: “Ele faz com que venha a ser”

 O verbo “vir a ser; tornar-se” em hebraico

O verbo HWH: “vir a ser; tornar-se”

O que significa o nome Jeová? O nome Jeová, em hebraico, é derivado de um verbo que significa “vir a ser; tornar-se”. Muitos eruditos acreditam que esse nome reflete a forma causativa desse verbo hebraico. Assim, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia entende que o nome de Deus significa “Ele faz com que venha a ser”. Visto que a opinião dos eruditos varia, não podemos ser dogmáticos sobre esse significado. No entanto, essa definição reflete bem o papel de Jeová como o Criador de todas as coisas e o Cumpridor do seu propósito. Ele não só fez com que o Universo e as criaturas inteligentes existissem, mas, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também continua fazendo com que a sua vontade e o seu propósito se realizem.

Portanto, o significado do nome Jeová não se limita ao sentido transmitido pelo verbo relacionado encontrado em Êxodo 3:14, que diz: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, ou “Eu Mostrarei Ser O Que Eu Mostrar Ser”. Essas palavras não descrevem o pleno sentido do nome de Deus. Na verdade, elas revelam apenas um aspecto da personalidade dele: o de se tornar o que for necessário, em cada circunstância, para cumprir seu propósito. Então, embora o nome Jeová inclua essa ideia, não está limitado ao que ele decide se tornar. O nome Jeová inclui também a ideia de que ele causa, ou faz acontecer, o que ele decidir em relação à sua criação e ao cumprimento de seu propósito.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ex 17:14
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 39
CARLOS TORRES PASTORINO
MT5:43-48

43. Ouvistes o que foi dito: "amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo".


44. Eu porém vos digo: amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem,


45. para que vos torneis filhos de vosso Pai que está nos céus, porque ele faz levantar-se seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.


46. Porque se amardes aos que vos amam, que recompensa tendes? os coletores fiscais também não fazem o mesmo?


47. E se saudardes somente a vossos irmãos, que fazeis de especial? não fazem os gentios também o mesmo?


48. Sede vós, portanto, perfeitos, assim como é perfeito vosso Pai celestial.


LC 6:27-28 e LC 6:32-36

27. Digo porém a vós que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam,


28. abençoai os que vos amaldiçoam, orai pelos que vos difamam.


32. Se amais aqueles que vos amam, que gratidão mereceis? pois também os "pecadores" amam aos que os amam.


33. Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, que gratidão mereceis? até os "pecadores" fazem isso.


34. E se emprestardes àqueles de quem esperas receber, que gratidão mereceis? até os "pecadores" emprestam aos "pecadores" para receberem outro tanto.


35. Amai porém os vossos inimigos, fazei o bem, e emprestai, sem esperar ressarcimento; e será grande vossa recompensa, e sereis filhos do Altíssimo, porque ele é bom para com os ingratos e maus.


36. sede misericordiosos, assim como é misericordioso vosso Pai.


Vem agora o aperfeiçoamento da lei do amor, levada ao máximo. Moisés ordenara: "ama teu próximo como a ti mesmo" (LV 19:18) e "ama o estrangeiro e peregrino como a ti mesmo" (LV 19:34 e DT 10:19). No entanto, em diversos trechos dizia-se que deviam ser olhados como inimigos os amonitas e moabitas (DT 23:6), os amalecitas (EX 17:14 e DT 25:19), o que fazia supor que esses povos deviam ser aborrecidos. Embora em Provérbios 26:21-3 já estivesse escrito: "Se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer e se tiver sede, dá-lhe de beber, porque lhe amontoarás brasas vivas sobre a cabeça e YHWH te recompensará", não era esse o hábito entre os israelitas. (Cfr. ainda PV 20:22, onde se reprime a vingança. Também em Deut o 32:35, YHWH reserva para si a vingança e a recompensa, declarando explicitamente a lei do carma e o choque de retorno).


Jesus chega ao clímax de Suas instruções, ordenando que os inimigos devem ser amados, e não apenas perdoados; que se deve fazer bem a quem nos faça o mal (Luc.) ; que se deve abençoar os que nos amaldiçoam (Luc.) e orar pelos que nos difamam (Luc.) ou perseguem (Mat.), e isto, para seguir o exemplo do Pai, que é PAI DE TODOS e sobre bons e maus faz surgir o sol e vir o benefício das chuvas.


Com esse comportamento, tornar-nos-emos "filhos de Deus", ou seja, DIVINOS, no sentido dado a essa expressão (cfr. vol. I. pág. XIII, desta obra) entre os escritores judeus da época.


Com efeito, aí reside a sabedoria o Figurando o mal pelo negativo (-1) e o bem pelo positivo (+1), e o perdão pelo 0 (zero), temos as seguintes equações:


Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

AMALEC

Atualmente: ISRAEL
Mapa Bíblico de AMALEC



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 17 do versículo 1 até o 16
3. A Pedra em Refidim (17:1-7)

Israel prosseguiu a viagem do deserto de Sim, "fazendo suas paradas" (1, ARA), ou seja, em etapas, até chegar a Refidim (ver Mapa 3), provavelmente Refaídi, vale não muito distante de Horebe (6). Este nome identifica a cadeia de montanhas que inclui o Sinai." A palavra Refidim quer dizer "descansos ou lugares para descansar"." O povo estava sedento e esperava achar água neste lugar, mas não acharam nada. Sob qualquer aspecto, Deus não estava tornando as coisas fáceis.

Mais uma vez, o povo contendeu com Moisés, exigindo água (2). O fato de Moisés conhecer esta região pode ter levado os israelitas a pensar que ele deveria saber onde havia água. Mas não foi Moisés que escolheu conduzir Israel por este caminho. Ele era apenas o representante de Deus. Esta situação era para tentar (ou "testar") ao Se-nhor. Deus não se mostrou satisfatório em todas as ocasiões? Não dava para confiar que Ele daria água? Moisés estava descobrindo que este povo era uma provação para sua paciência.

Sem ajuda divina, havia base segura para sentirem-se alarmados. A menos que en-contrassem água, eles morreriam, como também os filhos e o gado (3). Não podemos culpá-los pela preocupação, mas onde estava a fé? Não tinham eles visto muitas mani-festações do poder de Deus, suficientes para terem a certeza de que Ele não os decepcio-naria? Alguns ainda estavam, no mínimo, hesitantes e logo poderiam provocar tumulto e influenciar toda a multidão. Era fácil tornarem-se perigosos.

Clamou Moisés ao SENHOR (4). Não havia atitude mais sábia a tomar que esta; as pessoas estavam prestes a apedrejá-lo. Moisés e, quem sabe, outros estavam dispos-tos a esperar o tempo de Deus, sabendo que o Senhor não os abandonaria. O Senhor pode demorar para, assim, fazer uma maior maravilha, como fez com Lázaro quando Jesus se deteve até o amigo morrer (Jo 11:20-23). Mas o que Moisés poderia fazer com estes indi-víduos revoltosos? Eles não estavam mais dispostos a esperar por Deus.

Misericordiosamente, Deus o instruiu sobre o que fazer. Ele tinha de passar adi-ante do povo com alguns anciãos (líderes nomeados) de Israel e com a vara de Deus na mão (5). Que consolo esta vara deve ter sido para Moisés! Com ela, ele realizou maravilhas.

Deus prometeu estar diante de Moisés sobre a rocha, em Horebe (6), provavel-mente na mesma cadeia de montanhas do Sinai (ver nota 52 para inteirar-se de outra explicação). Quando o esforço humano fracassou, Deus estava pronto para exercer seu poder. Moisés tinha de ferir a rocha da qual sairia água. O ato produziu água suficiente para satisfazer as necessidades deste grande exército de pessoas e animais. Deus sabia onde havia água e tinha o poder de fazer brotar fontes no deserto. Os anciãos foram testemunhas deste grande milagre.

Moisés chamou o lugar Massá e Meribá, "provação" e "contenção", porque o povo estava em necessidade e forçou Deus a se manifestar (7). Nomes mais bonitos seriam dados a essas experiências, se o povo, sem censura e incredulidade, tivesse esperado pacientemente o tempo de Deus e o deixado agir!

Cristo é a Água que extingue a sede espiritual do homem (Jo 7:37). Ele é a "pedra espiritual" da qual emana a "bebida espiritual" 1Co 10:4). Essa "pedra" foi ferida para que a graça fluísse e alcançasse toda a humanidade (ver G13.1).

Nos versículos 1:7, vemos "Deus, Nossa Pedra".

1) A Pedra é pedra de tropeço para os descrentes, 1-4;

2) A Pedra tem de ser ferida para que a graça flua, 5,6;

3) A Pedra satisfaz a sede de quem dela bebe, 6b;

4) A Pedra simboliza a cruz, emblema de vergonha, 7.

4. A Derrota dos Amalequitas (17:8-16)

a) A batalha (17:8-13). Enquanto ocorria o milagre da pedra, os amalequitas inves-tiram contra os filhos de Israel (8), atacando os "fracos" da retaguarda que estavam abatidos e cansados (Dt 25:18). Considerando que o ataque aconteceu em Refidim (cf. 1), envolveu quem ainda não tinha chegado ao acampamento. Amaleque era descen-dente de Esaú (Gn 36:12-16), embora não fizesse parte de Edom como nação.' A desconsideração dos amalequitas para com Deus e o ataque ao seu povo colocou-os sob o julgamento de Deus.

Josué (9), mencionado aqui pela primeira vez, era conhecido por Oséias (Nm 13:16), mas Moisés o chamou "Jeosué" (contraído para Josué), que significa "Jeová é Salva-ção"." Moisés incumbiu este seu ajudante (24.13, "seu servidor") a formar um exército para lutar contra o inimigo. Este exército muniu-se com o armamento dos egípcios mor-tos (14.30,31), e Josué liderou o exército no confronto com o inimigo (10).

A batalha ocorreu no vale, porque Moisés subiu ao cume do outeiro com a vara de Deus (9), levando consigo Arão e Hur (10). Hur, que ajudou Arãoquando Moisés subiu ao monte (24.14), era avô de Bezalel (31.2), o artesão habilitado para construir o Tabernáculo. De acordo com Josefo, a tradição judaica identifica Bezalel como o marido de Miriã.'

Quando Moisés levantava a sua mão (11), com a vara estendida (9), Israel pre-valecia, mas quando o braço ficava cansado, Amaleque prevalecia. Arão e Hur sus-tentaram as (12) mãos de Moisés, colocando uma pedra para ele se sentar e segurando-lhe os braços até o fim do dia. Então Josué, sob as ordens de Deus, "desbaratou a Amaleque" (ARA) e seus exércitos com a espada (13).

A vara de Deus indica nitidamente a importância da oração e da fé. A vitória na batalha contra Satanás ocorre quando a oração é eficaz. O povo de Deus, quando ora a Deus com fé, derrota as forças invisíveis de Satanás. O apoio de outras pessoas na oração ajuda a obter esta vitória. Os líderes responsáveis na obra de Deus não seriam bem-sucedidos sem o sustento da oração dos crentes.

"A Oração":

1) É necessária quando o inimigo ataca, 8;

2) Torna-se poderosa no mon-te de Deus, 9,10;

3) Precisa do sustento de outras pessoas, 11,12;

4) Prevalece na vitória eficaz, 13.

Nos versículos 8:16, temos o tema "A Oração Traz Vitória".

1) A obra de Deus prospera pela oração, 8-11;

2) Há necessidade de união na oração, 12,13;

3) Os altares testificam para as gerações futuras que Deus responde a oração (G. B. Williamson).

b) O memorial (17:14-16). A batalha com os amalequitas não terminara, pois have-ria uma vitória final. A expressão num livro (14; "no livro", ATA) indica que os livros de Moisés já estavam em curso de composição." O sucessor de Moisés também tinha de conhecer o plano de Deus, por isso Deus ordenou que Moisés "o lesse em voz alta para Josué" (14, Moffatt). No fim, Amaleque seria aniquilado.

Moisés edificou um altar (15), e o chamou: O SENHOR é minha bandeira (JEOVÁ-Nissi). Este seria um sinal de que os amalequitas, que tinham posto "uma mão na bandeira do Senhor" (16, RSV), estariam sob julgamento de Deus até serem destruídos. O povo de Deus fora atacado por um inimigo de Deus; portanto, guerra ininterrupta seria a sentença dessa gente. O rei Sau] foi punido porque não executou a ordem de Deus para destruir os amalequitas (1 Sm 15). A total aniquilação deste povo ocorreu nos dias de Ezequias (1 Cr 4:41-43). Na presciência de Deus, vemos a impenitência contínua des-te povo violento e bélico. A rivalidade das nações resulta em julgamento feito pelo Único que redunda em seu louvor a ira do homem (SI 76.10). Repetidas vezes nas Escrituras. verificamos que o pecado — quer pessoal ou nacional — é autodestrutivo.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Êxodo Capítulo 17 versículo 14
Conforme Dt 25:17-19; 1Sm 15:2-9. Riscar totalmente a memória:
Ver Nu 21:2,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 17 do versículo 1 até o 16
*

17:1

Refidim. Essa região, geralmente identificada com o moderno Wadi Refayid, a cerca de 13 km do Jebel Musa, foi o último ponto de parada de Israel antes do Sinai.

* 17:2

Contendeu. Esse vocábulo traduz a palavra hebraica rib, que aparece no nome "Meribá" (v. 7). Rib é com freqüência usada em contextos legais com o sentido de "processar juridicamente" (p.ex., "defende a tua causa", Mq 6:1). A proposta de apedrejar a Moisés (v. 4) é a execução de uma sentença judicial por traição. O veredito é uma ameaça real se Moisés não providenciasse água.

tentais ao Senhor. Não é Moisés que está sendo processado mas o Senhor Deus. Tentar ou testar (v. 7, referência lateral), neste contexto, assume um significado judicial. Deus está sendo acusado de abandonar a Israel para morrer de sede no deserto.

* 17:5

Passa adiante do povo. O povo de Israel queria um processo judicial. Deus, o justo Juiz, lhes daria um. Moisés deve passar adiante do povo, tomando na mão o seu bordão, acompanhado por alguns anciãos de Israel. O bordão de Deus é identificado pela sentença de juízo pronunciada contra o Egito, "com que feriste o rio", e o tornou em sangue (conforme Is 30:31,32). Os anciãos foram convocados como testemunhas representativas (conforme v. 6).

* 17:6

estarei ali diante de ti. Uma notável declaração. O homem é que fica na presença de Deus, e não Deus na presença do homem (Dt 19:17; 25.1-3; 17.8-13). Nesse processo jurídico, Deus toma o lugar do acusado, no banco dos réus.

sobre a rocha. Deus se pôs sobre a rocha e se identificou com ela. Deus é chamado de "a Rocha", no cântico de Moisés (Dt 32:4,15,18,31), e nos Salmos que falam desse acontecimento (Sl 78:35; 95:1).

ferirás a rocha. Moisés levantou o bordão do juízo e bateu na rocha sobre a qual Deus estava, e com a qual estava simbolicamente identificado. Deus não é o réu, mas leva sobre si o julgamento. A temível solenidade do golpe de Moisés aparece quando, em ocasião posterior, ele feriu a rocha em atitude de desobediência, desonrando assim a santidade de Deus (Nm 20:9-12). A rocha em Massá, ferida em prol do povo de Deus, é um tipo de Cristo, o Filho encarnado e inculpável de Deus, que suportou o castigo pelo pecado (1Co 10:4).

água. A referência ulterior é às águas que fluem do trono de Deus (Zc 13:1; 14:8; Ez 47:1-12). Jesus ofereceu essa água, por ocasião de uma festa dos judeus (Jo 7:37). João notou que saiu água do lado ferido de Jesus na cruz (Jo 19:34; conforme 7:38).

* 17:8

Amaleque. Os amalequitas, um grupo nômade sediado no sul da Palestina, descendiam de Esaú (Gn 36:12-16), indicando assim a origem da inimizade. Os amalequitas atacaram pela retaguarda (Dt 25:18). Deus tinha providenciado maná do céu e água da rocha; agora, porém, ele providencia livramento de inimigos.

* 17:9

Josué. Josué, um efraimita, anteriormente conhecido pelo nome de Oséias ("salvação"), foi chamado Josué ("Yahweh salva") em Cades-Barnéia, possivelmente em resultado de sua vitória (Nm 13:8,16).

estarei eu... a vara de Deus estará na minha mão. Josué escolherá homens para lutar, mas eles lutarão sob o bordão erguido, sinal da vitória do Senhor.

* 17:10

Josué... pelejou. Josué prevalecia nessa guerra santa somente enquanto Moisés levantava para o céu o bordão, o qual simbolizava a presença do Senhor, que tinha trazido as pragas contra o Egito (4.2; 9,23) e tinha secado o mar (14.16).

Hur. Hur aparece, em tradições judaicas posteriores, como o marido de Miriã, irmã de Moisés, e possivelmente foi o avô do famoso artesão do tabernáculo, Bezalel (13 2:19'>1Cr 2:19,13 2:20'>20).

* 17:14

Escreve isto. Uma das poucas referências à arte da escrita, no Antigo Testamento, embora fosse um conhecimento generalizado na época. É ligada com a recitação oral aqui. A narrativa talvez tenha ficado escrita no livro das Guerras do Senhor, mencionado em Nm 21:14.

* 17:15

O SENHOR É Minha Bandeira. Ver referência lateral. A palavra hebraica traduzida por "bandeira" é traduzida por "bordão" no v. 9, e é traduzida por "haste", onde a serpente de bronze foi posteriormente içada (Nm 21:8). Visto que para nós "bandeira" transmite a idéia de uma peça de tecido, essa conexão se perde. Uma lança podia servir como estandarte em uma batalha, com ou sem pedaços de tecido presos a ela. Mais tarde, uma haste podia ter um objeto que marcasse o ponto de concentração de tropas. No mundo antigo, algumas vezes era um símbolo ou imagem de deuses. O bordão de Moisés era um estandarte para o qual as forças armadas de Moisés podiam olhar, e simbolizava o poder divino de salvar. Moisés declarou que o próprio Deus era a Bandeira, o Estandarte de seu povo.

* 17:16

o SENHOR jurou. O original hebraico é difícil de traduzir e de interpretar (conforme referência lateral). Entretanto, a mensagem central é clara: Deus dá a Israel a vitória, e a guerra contínua entre Israel e Amaleque pertence ao Senhor. Quanto à inimizade histórica entre Israel e Amaleque, ver Nm 24:20; Dt 25:17; 1Sm 15:2-33; 27:8,9; 30.1-20; 2Sm 8:11,12; 13 4:42'>1Cr 4:42,13 4:43'>43; Et 3:1, nota.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 17 do versículo 1 até o 16
17:2 Uma vez mais o povo se queixou de seu problema em vez de orar. Alguns problemas se podem resolver pensando cuidadosamente ou arrumando nossas prioridades. Alguns podem ser resolvidos com a discussão e o bom conselho. Mas outros só se podem resolver com a oração. Devemos fazer um esforço determinado para orar quando nos sentirmos com vontades de nos queixar, já que queixar-se só incrementa nosso nível de estresse. A oração silencia nossos pensamentos e emoções e nos prepara para escutar.

17:8 Os amalecitas eram descendentes do Amalec, um neto do Esaú. Era uma tribo nômade feroz que vivia na região desértica do Mar Morto. Parte de seu sustento se apoiava nas freqüentes incursões a outros povoados, levando-se grandiosos botas de cano longo. Matavam por prazer. Um dos maiores insultos na cultura israelita era chamar a alguém "amigo do Amalec". Quando os israelitas entraram na região, os amalecitas viram uma oportunidade perfeita tanto para o prazer como para o proveito. Mas esta tribo hostil se estava aproximando do povo equivocado, um povo guiado Por Deus. Para os escravos israelitas derrotar a tal nação de guerreiros era mais que uma prova suficiente de que Deus estava com eles como lhes tinha prometido.

17:9 Aqui nos encontramos pela primeira vez com o Josué. Mais tarde se converteu no grande líder que levou a povo de Deus à terra prometida. Como general do exército israelita, estava obtendo uma experiência valiosa para as grandes batalha que viriam mais tarde.

17.10-13 Arão e Hur estiveram parados junto ao Moisés e sustentaram seus braços em alto para assegurar a vitória contra Amalec. Também, precisamos "levantar as mãos" de nossas líderes espirituais. Delegar um pouco de responsabilidade, proporcionar uma palavra de fôlego ou oferecer uma oração, são formas de reanimar a nossas líderes espirituais em seu trabalho.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 17 do versículo 1 até o 16
3. Segundo Encontro com Thirst (17: 1-7)

1 E toda a congregação dos filhos de Israel partiu do deserto de Sim, pelas suas jornadas, segundo o mandamento do Senhor, e acamparam em Refidim; e não havia água para o povo beber. 2 Então o povo se esforçou com Moisés, e disse: Dá-nos água para beber. E Moisés disse-lhes: Por esforçai-vos comigo? portanto não vos prova o Senhor? 3 E o povo sede de água; e o povo murmurou contra Moisés, e disse: Por que nos fizeste subir do Egito, para nós e nossos filhos e os nossos animais com sede? matar4 , Moisés clamou ao Senhor, dizendo: Que farei a este povo? eles estão quase prontos para me apedrejar. 5 E disse o SENHOR a Moisés: Passa adiante do povo, e leva contigo alguns dos anciãos de Israel; e tua vara, com que feriste o rio, toma na tua mão, e vai. 6 Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe; e tu ferirás a rocha, e dela sairá água para fora do mesmo, que o povo possa beber. Assim fez Moisés à vista dos anciãos de Israel. 7 E chamou o nome daquele lugar Massá e Meribá, por causa da contenda dos filhos de Israel, e porque tentaram ao Senhor, dizendo: Está o Senhor no meio de nós, ou não?

A partir do deserto de Sim, Israel partiam em por "estágios", como a margem de dá-lo. Em Nu 33:13 , dois-parando pontos intermédios são mencionados antes de sua chegada ao Rephidim . O primeiro foi Dofca, um nome que pode ser derivado demafqat , a palavra egípcia para turquesa. Os egípcios tinham minas de cobre e turquesa na área identificada por Finegan como o deserto de Sim, embora as minas podem ter sido ocioso durante este período. A segunda parada foi em Alus, provavelmente para ser identificado com Wadi el-'Eshsh, sudeste do deserto de Sin. Rephidim, a terceira parada, e o local do próximo incidente, pode ter sido em Wadi Refajid ao pé da Jebel Refajid.

Em Refidim, Israel encontrou um velho problema. Não havia água para beber. No Marah, havia água amarga que o Senhor tinha curado, mas aqui não havia nenhuma. Então, eles exigiram água de Moisés. É evidente que sua murmuração está crescendo mais grave e paciência de Moisés mais curta com cada incidente. Mas Jeová ainda é muito paciente. Ele disse a Moisés para ir para a rocha, em Horebe , onde Jeová estaria, e para ferir a rocha e água iria sair dela. (Para a relação de Horebe e Sinai, ver os comentários sobre 3: 1-12 .) Moisés fez em conformidade. Maior CS Jarvis fala de um corpo do camelo cavando para água nesta área em geral, e de como um martelo acidentalmente atingiu uma rocha e saiu água da rocha. A explicação dada é que por baixo da superfície polida, difícil de calcário, não é mole rock, poroso. Que a água não ajunta nesta rocha porosa parece certo, mas somente o Senhor poderia ter dirigido a Moisés para um depósito grande o suficiente para atender as necessidades dos filhos de Israel.

Moisés comemorou este incidente, nomeando o lugar Massah ("testing") e Meribá ("detecção de falhas"). O Novo Testamento também chama a partir dele uma lição espiritual, Paulo declarando que bebiam de "uma rocha espiritual", que era Cristo. Ele se refere a esta pedra como tendo seguido eles, pensou por alguns como evidência de sua aceitação de uma tradição rabínica que a rocha passaram seguido Israel, fornecendo seu fornecimento constante de água. Mas, desde Moisés, em ainda outra ocasião para atacar água de uma rocha (N1. 20:. 2ff ), Paulo pode simplesmente ter vindo a manifestar a sua fé de que Cristo foi sempre à disposição para fornecer o que era necessário.

4. Encontro com hostilidade (17: 8-16)

8 Então veio Amaleque, e pelejou contra Israel em Refidim. 9 E disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanhã eu estarei sobre o topo da colina, com a vara de Deus na . minha Mc 10:1 E fez Josué como Moisés lhe dissera, e pelejou contra Amaleque; e Moisés, Arão e Hur subiram ao topo da colina. 11 E aconteceu que, quando Moisés levantava a mão, para que Israel prevalecia; e quando ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque. 12 Mas as mãos de Moisés eram pesadas; e tomaram uma pedra, ea puseram debaixo dele, e ele sentou-se nela; e Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, um de um lado, e do outro, do outro lado; e as suas mãos firmes até o pôr-do-sol. 13 Então Josué desfez a Amaleque e seu povo, ao fio da espada. 14 E disse o SENHOR a Moisés: Escreve isto para memorial num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué: que eu hei de riscar totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu. 15 E Moisés edificou um altar, e chamou o nome de Jeová-nissi; 16 e ele disse: Jurou o Senhor: Senhor fará guerra contra Amaleque de geração em geração.

Talvez como um julgamento sobre Israel por suas murmurações, o Senhor permitiu que elas experimentem a guerra pela primeira vez. Os amalequitas, descendentes de Esaú (Gn 36:12 ), eram nômades que viviam no deserto ao sudoeste de Canaã. Eles tinham aparentemente vagou mais ao sul do que o habitual, e atacou o acampamento israelita. Josué é introduzido pela primeira vez como assistente de Moisés, desta vez como o comandante das forças armadas. Ele levou os homens para a batalha, enquanto Moisés, sustentada por Arão e Hur (a Judahite, avô de Bezalel, artesão do tabernáculo, Ex 31:2 ), e o outro é uma demonstração evidente da eficácia da oração de intercessão. Enquanto Moisés ergueu as mãos, o que segurava a vara de Deus, tanto em uma maldição sobre os amalequitas e uma oração a Jeová, Israel prevalecia. Mas quando ele cansado e cessou, prevalecia Amaleque. Finalmente Arão e Hur sentado Moisés sobre uma rocha e ajudou-o a erguer as mãos até que a vitória era final.

O resultado do ataque não provocado de Amaleque a Israel foi uma declaração da guerra perpétua por Jeová contra Amaleque. Este Ele ordenou a Moisés para escrever como um memorial em um livro , ou como o hebraico dá-lo, "o livro". Isso claramente implica que Moisés já estava escrevendo um registro das experiências do povo de Deus. Foi também a ser ensaiada aos ouvidos de Josué, a quem o Senhor já estava preparando como sucessor de Moisés. Moisés construiu um altar para comemorar o evento, chamando-o de Jeová-Nissi : "O Senhor é a minha bandeira." guerra de Deus com os amalequitas, estava praticamente concluída por Saul (1Sm 15:1. ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 17 do versículo 1 até o 16
À medida que Israel seguia a lide-rança do Senhor, vivenciou testes e provações que o ajudaram a se compreender melhor e a ver, de forma mais completa, o poder e a graça de Deus. Nesses capítulos, há três dessas experiências.

  • A água brota da rocha (Ex 17:1-7)
  • A congregação tivera sede antes (15:22), e Deus satisfizera a neces-sidade dela; contudo, como as pes-soas de hoje, ela esqueceu a mise-ricórdia de Deus. Afinal de contas, estava no local para o qual Deus a levara, e o Senhor tinha a responsa-bilidade de cuidar dela. As pessoas criticaram Moisés e murmuraram contra Deus, um pecado a respeito do qual 1Co 10:1-46 adver-te-nos. Na verdade, elas "tentaram ao Senhor" com sua atitude, pois di-ziam que Deus não cuidava delas e não podia ajudá-las. Elas testavam a paciência de Deus com suas quei-xas contínuas.

    Moisés retrata o que o cristão confiante faz nos momentos de pro-vação: ele vira-se para o Senhor e pede orientação (Jc 1:5). O Senhor instruiu-o a pegar o bordão e ferir a rocha, e a água brotou da rocha. Essa rocha é Cristo (1Co 10:4), e o ferir a rocha fala da morte de Cristo na cruz, em que ele sentiu o bor-dão da maldição da lei. (Lembre-se, esse é o mesmo bordão que virou serpente [Êx 4:2-3] e que o ajudou a trazer pragas sobre o Egito.) Aqui, a ordem dos eventos é maravilho-sa: no capítulo 16, temos o maná, retratando a vinda de Cristo à terra; no capítulo 1 7, vemos o ferir a ro-cha, que retrata sua morte na cruz. A água é um símbolo do Espírito Santo, dado depois da glorificação de Cristo (Jo 7:37-43).

    Leia Nu 20:1-4 e He 9:26-58. O Espírito é dado uma vez, mas o crente pode pedir suplementos adicionais a Deus.

    Primeira aos Coríntios 10:4 afirma que Israel bebia "de uma pedra espiritual que os seguia". Algumas pessoas interpretam que isso significa que a rocha ferida viajou com os judeus através do deserto, mas essa explicação é improvável. O pronome "os" não consta do texto grego original. A sentença diz que eles bebiam água da rocha, e que esse evento acompanhava o ato de dar o maná (cp. 1Co 10:3 com Êx 16).

  • A peleja com o inimigo (Ex 17:8-16)
  • Às vezes, os novos cristãos surpre-endem-se com o fato de que a vida cristã é de pelejas e de bênçãos. Até esse ponto, Israel não tivera de pelejar, pois Deus pelejara por ele (13:17). Contudo, agora, o Senhor escolheu pelejar por intermédio dele para vencer o inimigo. Ama- leque era descendente de Esaú (Gn 36:12,1 6) e pode ilustrar a oposição da carne (Gn 25:29-34). Israel liber-tou-se da carne (Egito) de uma vez por todas ao atravessar o mar Ver-melho, mas, até o retorno de Cris-to, o povo de Deus sempre pelejará com a carne.

    Observe que os amalequitas não aparecem até a água ser dada, pois a carne só começa a opor-se ao Espírito quando ele vem habi-tar em nós (Gl 5:17ss). Dt 25:1 Dt 25:7 Dt 25:9 conta-nos que os amalequitas fizeram um ataque furtivo, "na retaguarda". Como cris-tãos, devemos sempre vigiar e orar.

    Como Israel dominou o inimigo? Ele tinha um intercessor na montanha e um comandante no vale! O bordão de Moisés na montanha ilustra a obra de intercessão de Cristo, e Josué com sua espada retrata o Espírito de Deus usando a Palavra de Deus contra o ini-migo (He 4:12 e Ef 6:1 Ef 6:7-49; 1Jo 5:4-62).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 17 do versículo 1 até o 16
    17.2 Contendeu. Longe de a povo reconhecer que todos eram companheiros na mesma dificuldade, queriam culpar Moisés por todas as faltas de conforto do deserto. A liberdade menos lhes interessava do que receber água e pão dos seus antigos senhores.

    17.4 Clamou. Se o ser humano carnal sabe amargar sua própria vida pelo hábito de clamar contra cada circunstância, contra cada pessoa, o homem de fé transforma a situação inteira clamando a Deus.

    17.5 Bordão. Não é um cajado mágico. Moisés tinha de segurar bem firme na mão algo que lhe trazia lembranças vívidas daquilo que Deus tinha feito no passado, para agora ter mais fé.

    17.6 Estarei ali. Deus está presente em todo lugar, mas, mesmo assim, há momentos e lugares nos quais o homem está especialmente convidado a sentir a realidade do amor e do poder de Deus.

    17.7 Massá. Quer dizer "tentação". Meribá. Quer dizer "contenda". • N. Hom. Nota-se nestes versículos que o espírito de queixa perto está do espírito de assassínio (4). Que a mesma vara que condenou as águas dos desobedientes, tornando-as em sangue, também produz águas cristalinas de refrigério para os que estão seguindo, embora imperfeitamente (2), nos caminhos do Senhor (6). Que Horebe, sendo o próprio monte Sinai, já se revelava como fonte de alívio antes de ser o lugar da Lei (6 e 19:3-6). Assim, Jesus Cristo não impõe seus mandamentos sem se ter revelado como fonte eterna de amor, de graça e de salvação. Paulo reconhece que, nesta viagem dos israelitas, foi a própria presença real de Cristo que estava proporcionando as bênçãos ao povo (1 Co 10:1-4).

    17.8 Amaleque. Uma tribo de beduínos, que tinha sua base no sul da Palestina, e que se aventurava no deserto. Parece que era da descendência de Esaú (Gn 36:12), e portanto, um tipo de edomita.

    17.11 Levantava a mão. Gesto bíblico da oração de fé e confiança. Moisés sentia mais o cansaço físico quando estava atentando às dificuldades da batalha do que quando em comunhão com Deus (Mt 14:30).

    17.12 Sustentavam-lhe. A fé coletiva do povo de Deus opera para abençoá-lo.

    17.14 Escreve. Foi talvez no tempo da saída do Egito, que os israelitas adaptaram os hieróglifos do Egito para formar um alfabeto hebraico. A cultura que Moisés recebeu como príncipe no Egito o levou para este grande passo. Memória. Lembrança haveria dos amalequitas, pelo próprio fato de Moisés descrever esta batalha. Mas quanto aos vestígios, é o que lhes deveria desaparecer, pela ordem de Deus.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 17 do versículo 1 até o 16

    8) Problemas em Refidim (17:1-16)
    Problemas conhecidos (v. 1-7; conforme 15:22-25) e desconhecidos (v. 8-16) confrontam Moisés nesse estágio, v. 1. não havia água-, há semelhanças entre a presente narrativa (v. 1-7) e um incidente registrado em Nu 20:2-4 em conjunção com Cades. Em particular, o reaparecimento do nome Meribá (v. 7) em Nu 20:13 fez muitos estudiosos se inclinarem a tratar esses relatos como variantes de uma mesma tradição. Por outro lado, problemas com respeito à provisão de alimentos dos israelitas devem ter sido bem comuns durante o seu período no deserto. Não seria sábio pressupor que somente um desses contratempos tivesse sobrevivido na memória do povo. de um lugar para outro-, mais detalhes são dados em Nu 33:12ss Refidim-, uádi Refayid, de acordo com a tradição. Outros estudiosos (Noth, Clements) tendem a identificar esse nome com a região montanhosa de Er-Rafid, a leste do golfo de Acaba. v. 2. queixaram-se [...] colocam à prova são dois verbos que estão na raiz dos nomes Meribá e Massá no v. 7. v. 3. Mais uma vez, se atribui a Moisés a motivação mais desprezível (conforme 16.3). Eles mal sabiam que logo seria a intercessão de Moisés que os salvaria da extinção (32:9-14). v. 6. eu estarei à sua espera-, conforme a pergunta do povo registrada no v. 7. Horebe\ um dado geográfico que em geral recebe pouca atenção dos comentaristas. Visto que os israelitas estavam ainda a certa distância do Sinai-Horebe, a referência é de fato problemática — a não ser que concordemos com a tese de H. R. Jones (NBC, 3. ed.) de que o nome “está aqui representando outro pico, e não o Sinai, na mesma região montanhosa”. Para ler sobre uma ilustração relativamente recente das “propriedades de contenção da água da pedra calcária do Sinai”, v. NBD, p. 1.253 [conforme Nu 20:11], v. 7. A atribuição de dois nomes a um mesmo lugar é incomum e, com freqüência, compreendida como a combinação de dois relatos de um mesmo incidente; cf comentário do v. 1. v. 8. Os amalequitas eram um povo nômade que vagava pelo Neguebe e regiões desérticas mais ao sul. Era inevitável que a certa altura entrasse em conflito com os israelitas; os recursos escassos da região não seriam suficientes para os dois grupos. Se para os israelitas seria uma guerra de fricção (conforme v; 16), para o outro lado a hostilidade não seria menor.

    Os amalequitas atormentaram os seus rivais de maneira incansável no caminho para Canaã e, mais tarde, se colocaram à disposição para todo e qualquer empreendimento anti-israelita que fosse desencadeado por um de seus vizinhos (conforme Dt 25:17ss; Jz 3:13Jz 6:3,Jz 6:33; Jz 7:12). v. 9. Josué, possível substituto de Moisés, é mencionado pela primeira vez (conforme 24.13 32:17 etc.). E digno de nota que a vara de Deus consta dos dois episódios que esse capítulo associa com Refidim (conforme v. 5). v. 10. Hur. a tradição judaica o associa com Miriâ, seja como seu marido, seja como seu filho. v. 11. Esse erguer das mãos (em heb., “mão”, singular) provavelmente não era um gesto de súplica. O v. 9 indica que, como em outras ocasiões em que o poder de Deus estava sendo demonstrado, Moisés estava segurando no alto a vara de Deus (conforme 9.22,23; 10.12,13 14:16). v. 12. mãos: “Talvez ele alternasse as mãos ao segurar a vara” (Hyatt). v. 14. escreva: talvez no “Livro das Guerras do Senhor” (Nu 21:14). v. 15. minha bandeira-. acerca do significado militar das bandeiras, v. Jr 4:21; Jr 51:12,Jr 51:27; acerca dos nomes dados a altares, v. Gn 33:20 etc. v. 16. Uma tradução possível do início do juramento desse versículo é: “Mão levantada contra o trono do Senhor” (v. nota de rodapé da NVI). Estaria representando uma súplica. Colocar a mão sobre um objeto, seja bandeira (cf. RSV) ou altar (“trono”?) poderia significar prestar um juramento (conforme Gn 24:2,3). de geração em geração-, conforme 1Sm 15:1-9; 1Sm 30:1-9; lCr 4.43.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 17 do versículo 1 até o 16
    c) A rebelião em Refidim e a batalha com Amaleque (Êx 17:1-16)

    Suas jornadas (1). Ver Nu 33:12-4. Dá-nos água (2). Não esperavam poder receber água, pelo que tais palavras foram ditas num espírito de ira e incredulidade. Tentais ao Senhor? (2). Melhor ainda: "experimentais ao Senhor?" Em português moderno tentar significa "incitar ao mal". A palavra aqui tem o sentido de "testar", isto é, provar se realmente Ele faria conforme tinha dito que faria (ver versículo 7). Aqui fica subentendida a incredulidade, mas não em Gn 22:1. Toma contigo alguns dos anciãos (5). Como representantes do povo, para que testemunhassem o milagre divino (6) e transmitissem a lição aprendida ao povo. Estarei ali diante de ti (6). "Estarei presente com minha onipotência" (Dillmann). A rocha em Horebe (6). Já conhecida por Moisés (ver 3.1). Massá... Meribá (7). Esses nomes, que significam "a tentação" e "a contenda", tal como muitos outros termos descritivos, pertencem mais ao acontecimento que ao lugar onde ocorreu o acontecimento. Portanto, se o acontecimento se repetiu, assim pode repetir o nome descritivo. Assim, houve mais de uma "contenda", pelo que também Meribá foi aplicado a mais de um lugar e ocasião. Ver Nu 20:13 e conf. Nu 14:45; Nu 21:3; Dt 1:44.

    >Êx 17:8

    Então veio Amaleque (8). Provavelmente como castigo divino por causa de suas murmurações. Os amalequitas eram um ramo da raça edomita, descendentes de Esaú (Gn 36:12, 16), uma tribo nômade que vivia principalmente no deserto ao sudoeste da Palestina, e que se mostrava especialmente hostil contra Israel. Eles atacaram primeiramente os fracos, que iam na retaguarda da multidão (Dt 25:17-5). Josué (9). Seu nome original era Oséias (salvação), mas foi chamado de Jehoshua (Jeová é salvação) por Moisés (Nu 13:16). Escolhe-nos homens (9). Soldados selecionados combateriam melhor que uma multidão desajeitada. Hur (10). Descendente de Judá por meio de Perez e Hesrom; e avô do habilidoso Bezaleel (1Cr 2:19-13). Ele compartilhou da liderança com Aarão, quando Moisés subiu ao Sinai (Êx 24:14). Quando Moisés levantava a sua mão... (11). Esta passagem não ensina necessariamente que os combatentes pudessem ver as mãos de Moisés, ou que a bênção de Deus sobre eles variava com a posição física de suas mãos; mas, visto que as mãos elevadas eram símbolo do coração elevado em oração intercessória, serviram para ensinar o valor da oração e da inteira dependência de um homem de Deus exclusivamente. Sustentaram as suas mãos (12). Sustentando seu corpo também fortaleciam sua mente e espírito para o exercício da oração.

    >Êx 17:14

    Num livro (14). Talvez devêssemos ler "em o livro". Parece que os cinco livros de Moisés já tinham começado a ser preparados. Ver Dt 17:18 nota e conf. Êx 24:4-7; Êx 34:27. A severa condenação de Amaleque (ver Dt 25:19; 1Sm 15:3; 1Cr 4:43) foi um julgamento por se terem recusado a reconhecer que o Senhor é que era o Deus que operava maravilhas a favor de Israel, e que O tinham provocado mediante seu ataque temerário contra a débil retaguarda de Seu povo (Dt 25:18) e por causa das abominações que compartilhavam com os cananeus. O Senhor é minha bandeira (15). Em heb., "Jeová-Nissi". Provavelmente não é feita referência à "vara de Deus" como se fosse uma bandeira na mão de Moisés. O próprio Senhor, na qualidade de seu capitão e libertador, era a bandeira deles. Porquanto jurou o Senhor (16). Em heb. "Uma mão está levantada sobre o trono de JÁ", isto é, porque Amaleque levantou sua mão contra o Senhor, Ele combateria contra ele.


    Dicionário

    Amaleque

    -

    Filho de Elifaz, com sua concubina Timna; neto de Esaú (Gn 36:12-16; 1Cr 1:36), era edomita e o primeiro entre o povo que ficou conhecido como amalequita.


    Amaleque
    1) Filho de Esaú (Gn 36:12).


    2) AMALEQUITAS (1Sm 15:3).


    Debaixo

    advérbio Que se encontra numa posição inferior (menos elevada) a (algo ou alguém): numa mesa, prefiro colocar as cadeiras debaixo.
    Por Extensão Num estado inferior; em condição decadente: a depressão deixou-se um pouco debaixo.
    Debaixo de. Em situações inferiores; sob: coloquei meus livros debaixo da mesa.
    Gramática Não confundir o advérbio "debaixo" com a locução adverbial "de baixo": o escritório fica no andar de baixo.
    Etimologia (origem da palavra debaixo). De + baixo.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Josué

    Josué [Javé É Salvação] -

    1) Auxiliar e, depois, sucessor de Moisés (Ex 17:8-13); (Dt 31:1-8). Josué comandou a travessia do rio Jordão (Jos
    3) e tomou Jericó (Js 6). Conquistou a terra de Canaã e a dividiu entre as tribos de Israel (Jos 8—21). Após abençoar o povo e renovar a ALIANÇA com Deus, Josué morreu com a idade de 110 anos (Js 24). V. JOSUÉ,

    1. Veja Josué, Filho de Num.


    2. Josué, filho de Jeozadaque. Era o sumo sacerdote em Judá depois do exílio na Babilônia; junto com Zorobabel, foi o responsável pelo restabelecimento do Templo e do culto, de 538 a 516 a.C. (Ag 1:14; Ag 2:4; Zc 3:6-8,9; 6:11). Seu nome é dado como Jesua em Esdras 3:2 e Neemias 12:1-8.


    3. Cidadão de Bete-Semes, cidade que tomou conta da Arca da Aliança depois que foi tomada pelos filisteus e posteriormente devolvida, nos dias de Samuel (1Sm 6:14-18).


    4. Prefeito da cidade de Jerusalém. Oficial da corte no tempo das reformas do rei Josias, no final do século VII a.C. (2Rs 23:8). E.M.


    Deus é a salvação

    -

    Livro

    substantivo masculino Conjunto de folhas impressas e reunidas em volume encadernado ou brochado.
    Obra em prosa ou verso, de qualquer extensão, disponibilizada em qualquer meio ou suporte: livro bem escrito; livro eletrônico.
    Divisão menor contida numa obra maior: livro dos salmos.
    [Literatura] Divisão de uma obra, especialmente de uma epopeia.
    Caderno de registro das operações comerciais de; livro-caixa.
    Figurado Conjunto de saberes, usado como instrução, ou como fonte de ensino: livro de sabedoria.
    Etimologia (origem da palavra livro). Do latim liber.bri.

    O termo "livro" nos remete, em várias línguas, a palavras relativas a árvores. Na maioria das línguas latinas (libro em espanhol e italiano, livre em francês) veio do latim liber, a fina camada fibrosa entre a casca e o tronco da árvore que, depois de seca, pode ser usada para escrever (e realmente era, num passsado longínquo). Já nas línguas de origem anglo germânicas (book em inglês, Buch em alemão e boek em holandês) o termo advém de bokis, nome da árvore que hoje se chama beech em inglês, da qual se faziam tábuas onde eram escritas as runas, uma antiga forma de escrita da Europa do Norte.

    os primeiros livros tinham a forma de blocos e tabuinhas de pedra, de que se faz freqüente menção nas Escrituras. os escritos, geralmente memoriais de grandes e heróicos feitos, eram gravados na pedra. Jó queria que as suas palavras ficassem permanentemente registadas, quando ele desejou – ‘Que, com pena de ferro, e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha!’ (19:24).outras substâncias eram usadas para registar pensamentos ou fazer qualquer comunicação a um amigo de longe, como as folhas de chumbo, as tabuinhas de madeira, as placas de madeira delgada ou de marfim, cobertas de uma camada de cera, onde facilmente se podia escrever com o estilo, podendo facilmente também apagar-se a escrita os livros de maior duração são aqueles que têm sido encontrados nas escavações da antiga Babilônia. Têm a forma de tijolos de barro e de chapas, sendo uns cilíndricos, outros com lados planos, e ainda outros de feitio oval. Alguns estão metidos numa caixa de barro, e todos estão cobertos de uma tênue escritura, feita em barro macio, por meio do estilo, sendo depois endurecidos no forno. Estes livros variam em tamanho, sendo a sua espessura de dois a vários centímetros, e não ficando sem ser utilizada nenhuma parte da superfície. Nestes tijolos escreviam-se poemas, lendas, narrações de batalhas, façanhas de reis, transações comerciais, e contratos. (*veja Babilônia.) outra forma antiga de livro era o rolo. Este era feito de papiro, de pano de linho, ou de peles especialmente preparadas, para o traçamento de caracteres. o papiro era manufaturado no Egito, empregando-se a haste da cana, que abundantemente crescia nas margens do Nilo. Era uma substância frágil, mesmo depois de muito cuidado na sua fabricação – e embora haja nos nossos museus amostras da mais remota antigüidade, a sua preservação somente se deve a terem sido hermeticamente selados em túmulos, ou enterrados profundamente debaixo da areia seca do deserto. Este papel de papiro ainda se usava na idade Média. Mas entre os hebreus, aquela substância que especialmente se empregava na confecção dos seus livros, ou, melhor, dos seus rolos, era o pergaminho. Estes rolos eram de vários comprimentos e espessuras, embora geralmente tivessem trinta centímetros de largura. os grandes rolos, como os da Lei, eram postos em duas varinhas, sendo numa delas enrolado o pergaminho, ficando a outra apenas presa sem ser enrolada. Quando não estavam em uso, os rolos eram cuidadosamente metidos em estojos para não se deteriorarem. o pergaminho empregado nestes livros era feito de peles, e preparado com todo o cuidado – muitas vezes vinha ele de Pérgamo, onde a sua fabricação chegou a alta perfeição. Desta cidade é que derivou o seu nome. A indústria de pergaminho só atingiu um alto grau dois séculos antes de Cristo, embora a arte fosse conhecida já no tempo de Moisés (Êx 26:14). Algumas vezes estes rolos de pergaminho eram coloridos, mas fazia-se isso somente para os de mais alto preço. As livrarias, que continham estes livros, não eram certamente como as nossas, com as suas ordens de estantes. E, na verdade, os livros eram tão raros, e era tão elevado o seu preço, que somente poucos indivíduos é que tinham alguns, sendo estes guardados em caixas, ou em estojos redondos. Todavia, encontravam-se livrarias de considerável grandeza, encerrando muitas e valiosas obras, e documentos públicos. (*veja Alexandria, Babilônia.) Livros particulares eram algumas vezes fechados com o selo (is 29. 11 – Ap 5:1-3), tendo a marca do possuidor.

    O livro é sempre o grande e maravilhoso amigo da Humanidade. [...]
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 37

    Um livro que nos melhore / E nos ensine a pensar, / É luz acesa brilhando / No amor do Eterno Lar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O livro que instrui e consola é uma fonte do céu, transitando na Terra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O livro edificante é o templo do Espírito, onde os grandes instrutores do passado se comunicam com os aprendizes do presente, para que se façam os Mestres do futuro.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O livro é sempre uma usina geradora de vibrações, no paraíso dos mais sublimes ideais da Humanidade, ou no inferno das mais baixas ações das zonas inferiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O livro cristão é alimento da vida eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Veículo do pensamento, confia-nos a luz espiritual dos grandes orientadores do passado.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O livro edificante é sempre um orientador e um amigo. É a voz que ensina, modifica, renova e ajuda.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O bom livro é tesouro de amor e sabedoria. Na sua claridade, santificamos a experiência de cada dia, encontramos horizontes novos e erguemos o próprio coração para a vida mais alta.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o livro é realmente uma dádiva de Deus à Humanidade para que os grandes instrutores possam clarear o nosso caminho, conversando conosco, acima dos séculos e das civilizações. É pelo livro que recebemos o ensinamento e a orientação, o reajuste mental e a renovação interior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - A história do livro

    Vaso revelador retendo o excelso aroma / Do pensamento a erguer-se esplêndido e bendito, / O livro é o coração do tempo no Infinito, / Em que a idéia imortal se renova e retoma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - O livro

    O livro edificante é sementeira da Luz Divina, / aclarando o passado, / L L orientando o presente / e preparando o futuro...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O bom livro

    [...] é o comando mágico das multidões e só o livro nobre, que esclarece a inteligência e ilumina a razão, será capaz de vencer as trevas do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Fenômenos e livros

    O livro que aprimora é um mentor que nos guia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    Livro dos Espíritos
    (O): O Livro dos Espíritos, a primeira obra que levou o Espiritismo a ser considerado de um ponto de vista filosófico, pela dedução das conseqüências morais dos fatos; que considerou todas as partes da Doutrina, tocando nas questões mais importantes que ela suscita, foi, desde o seu aparecimento, o ponto para onde convergiram espontaneamente os trabalhos individuais. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] Escrito sem equívocos possíveis e ao alcance de todas as inteligências, esse livro será sempre a expressão clara e exata da Doutrina e a transmitirá intacta aos que vierem depois de nós. As cóleras que excita são indícios do papel que ele é chamado a representar, e da dificuldade de lhe opor algo mais sério. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    O Livro dos Espíritos. Contém a Doutrina completa, como a ditaram os Próprios Espíritos, com toda a sua filosofia e todas as suas conseqüências morais. É a revelação do destino do homem, a iniciação no conhecimento da natureza dos Espíritos e nos mistérios da vida de além-túmulo. Quem o lê compreende que o Espiritismo objetiva um fim sério, que não constitui frívolo passatempo.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 35

    [...] O Livro dos Espíritos teve como resultado fazer ver o seu alcance filosófico [do Espiritismo]. Se esse livro tem algum mérito, seria presunção minha orgulhar-me disso, porquanto a Doutrina que encerra não é criação minha. Toda honra do bem que ele fez pertence aos sábios Espíritos que o ditaram e quiseram servir-se de mim. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resposta de Allan Kardec durante o Banquete•••

    O Livro dos Espíritos contém os princípios da Doutrina Espírita, expostos de forma lógica, por meio de diálogo com os Espíritos, às vezes comentados por Kardec, e, embora constitua, pelas importantes matérias que versa, o mais completo tratado de Filosofia que se conhece, sua linguagem é simples e direta, não se prendendo a preciosismos de sistemas dificilmente elaborados, tão ao gosto dos teólogos e exegetas escriturísticos, na sua improfícua e estéril busca das causas primeiras e finais. Os assuntos tratados na obra, com a simplicidade e a segurança das verdades evangélicas, distribuem-se homogeneamente, constituindo, por assim dizer, um panorama geral da Doutrina, desenvolvida, nas suas facetas específicas, nos demais volumes da Codificação, que resulta, assim, como um todo granítico L e conseqüente, demonstrativo de sua unidade de princípios e conceitos, características de sua grandeza.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    [...] O Livro dos Espíritos é um repositório de princípios fundamentais de onde emergem inúmeras tomadas para outras tantas especulações, conquistas e realizações. Nele estão os germes de todas as grandes idéias que a Humanidade sonhou pelos tempos afora, mas os Espíritos não realizam por nós o nosso trabalho. Em nenhum outro cometimento humano vê-se tão claramente os sinais de uma inteligente, consciente e preestabelecida coordenação de esforços entre as duas faces da vida – a encarnada e a desencarnada. Tudo parece – e assim o foi – meticulosamente planejado e escrupulosamente executado. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] não é obra de fantasia; ele contém o resumo da sabedoria milenar dos povos, as grandes idéias e descobertas que os homens fizeram ao longo de muitos milênios de especulação e depois ordenaram no mundo espiritual, para nos ensinarem apenas a essência.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 22

    O Livro dos Espíritos, condensando a filosofia do Espiritismo, oferece a chave explicativa dos aparentemente inexplicáveis fenômenos humanos.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 7

    [...] O Livro dos Espíritos é um conjunto de sínteses fecundas que servem de ponto de partida para futuros desdobramentos. De fato, nessa obra encontramos tratados todos os assuntos de interesse humano, mas de forma sintética, exigindo que saibamos deduzir dos textos dos Espíritos os desdobramentos coerentes com as idéias que eles nos trouxeram. [...]
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] a obra básica de uma filosofia que modificaria as concepções estacionárias em que se conservava a Humanidade.
    Referencia: WANTUIL, Zêus• As mesas girantes e o Espiritismo• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    A primeira edição de O Livro dos Espíritos [...] era em formato grande, in-8o, com 176 páginas de texto, e apresentava o assunto distribuído em duas colunas. Quinhentas e uma perguntas e respectivas respostas estavam contidas nas três partes em que então se dividia a obra: “Doutrina Espírita”, “Leis Morais”, “Esperanças e Consolações”. A primeira parte tem dez capítulos; a segunda, onze; e a terceira, três. Cinco páginas eram ocupadas com interessante índice alfabético das matérias, índice que nas edições seguintes foi cancelado.
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 2

    Livro dos Médiuns
    (O): O Livro dos Médiuns. Destina-se a guiar os que queiram entregar-se à prática das manifestações, dando-lhes conhecimento dos meios próprios para se comunicarem com os Espíritos. É um guia, tanto para os médiuns, como para os evocadores, e o complemento de O Livro dos Espíritos.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 35

    L L [...] a segunda obra da Codificação, publicada em 1861 (janeiro), que englobava, outrossim, as “Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas”, publicadas em 1858, e era, conforme esclarece Allan Kardec, a continuação de O Livro dos Espíritos. A edição definitiva é a 2a, de outubro de 1861. Lê-se no frontispício da obra que ela “contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.” [...] Nesse livro se expõe, conseqüentemente, a parte prática da Doutrina, mediante o estudo sistemático e perseverante, como queria Kardec, de sua rica e variada fenomenologia, com base na pesquisa, por método científico próprio, o que não exclui a experimentação e a observação, enfim, todos os cuidados para se evitar a fraude e chegar-se à evidência dos fatos. Mais de cem anos depois de publicado, O Livro dos Médiuns é ainda o roteiro seguro para médiuns e dirigentes de sessões práticas e os doutrinadores encontram em suas páginas abundantes ensinamentos, preciosos e seguros, que a todos habilitam à nobre tarefa de comunicação com os Espíritos, sem os perigos da improvisação, das crendices e do empirismo rotineiro, fruto do comodismo e da fuga ao estudo.
    Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    [...] constitui a base do aprendizado espírita, no que toca, especificamente, ao problema mediúnico.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 4


    Livro Reunião de folhas escritas de PERGAMINHO ou de PAPIRO (Jr 30:2).

    Memória

    Memória Recordação, impulsionada pela fé, que o discípulo faz da pessoa e obra de Jesus. A comemoração dessa pessoa e obra é a finalidade do partir do pão (Lc 22:19). Nesse empenho, desfruta da ajuda do Espírito Santo (Jo 14:26).

    Memória
    1) Lembrança (1Rs 17:18).


    2) Fama (Sl 135:13).


    3) MEMORIAL 1, (Ex 28:12; 1Co 11:24-25;
    v. CEIA DO SENHOR).


    4) No título de Sl 38:70 (RC, lembrança) a expressão “em memória” parece estar ligada a um SACRIFÍCIO acompanhado de queima de INCENSO, pedindo que Deus se lembre do salmista.


    [...] Segundo a Psicofisiologia, a memória constitui a base de toda a atividade psíquica. O seu material é constituído pelas impressões que chegam à consciência por intermédio das sensações e são denominadas marcas mnêmicas ou engramas. Essa fixação dos engramas é grandemente influenciada pela atenção, pelo interesse, pela repetição e pela familiaridade com o material psíquico preexistente. Em seu sentido estrito, a memória é a soma de todas as lembranças existentes e as aptidões que determinam a extensão e a precisão dessas lembranças. Também tomam parte a capacidade de fixação e de evocação. Em Neurofisiologia já foram determinados dois tipos distintos de memória, localizados em regiões distintas do cérebro: a memória recente e a memória pregressa. O suporte fisiológico da memorização ainda é obscuro, mas pode envolver tanto a criação de novos circuitos funcionais entre os neurônios cerebrais como a síntese de proteínas no citoplasma das células nervosas. De particular importância no processo mnemônico são os núcleos da base, especificamente o hipocampo, as amídalas e os corpos mamilares. A memória tem fundamental importância tanto para o diagnóstico como para a terapêutica em Psiquiatria. A antiga hipótese freudiana do trauma infantil ilustra a importância dos engramas na etiologia de distúrbios psíquicos.
    Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 2

    A memória, durante o estado de vigília, é, muitas vezes, uma reminiscência das vidas anteriores. É verdade que essas reminiscências são vagas, mas evidenciam na inteligência as aptidões mais acentuadas.
    Referencia: BOURDIN, Antoinette• Entre dois mundos• Trad• de M• Quintão• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 27

    [...] é o fulcro da vida mental, contribuindo para fundar a personalidade [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Já vimos que a memória é uma condição quase indispensável à personalidade, pois ela é que liga o estado de atualidade aos estados anteriores, e nos afirma sermos hoje o mesmo indivíduo de há vinte anos. É a memória que cons titui a identidade, porquanto, ao mesmo passo que persistem as sensações presentes, surgem, por ela evocadas, as imagens antigas, que são, senão idênticas, ao menos muito análogas. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] Faculdade misteriosa essa, que reflete e conserva os acidentes, as formas e as modificações do pensamento, do espaço e do tempo; na ausência dos sentidos e longe da impressão dos agentes externos, ela representa essa sucessão de idéias, de imagens e de acontecimentos já desaparecidos, já caídos no nada. Ela os ressuscita espiritualmente, tais como o cérebro os sentiu, a consciência os percebeu e formou.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

    [...] é atributo do invariável, do invólucro fluídico – o perispírito.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    A memória é o concatenamento, a associação das idéias, dos fatos, dos conhecimentos. [...] A memória é uma faculdade implacável de nossa inteligência, porque nenhuma de nossas percepções jamais é esquecida. Logo que um fato nos impressionou os sentidos, fixa-se irrevogavelmente na memória. Pouco importa que tenhamos conservado a consciência desta recordação: ela existe, é indelével.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 14

    [...] é um disco vivo e milagroso. Fotografa as imagens de nossas ações e recolhe o som de quanto falamos e ouvimos... Por intermédio dela, somos condenados ou absolvidos, dentro de nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11


    lembrança, recordação, reminiscência, retentiva. – Memória é a faculdade própria do nosso espírito de conservar impressões, ou “as ideias e noções dos objetos, e de as reproduzir na ausência deles”. – Lembrança é um dos atos desta faculdade: o que se dá quando a memória nos faz presentes essas impressões. – Recordação é outro ato da memória: o que se passa quando nós lhe pedimos (por assim dizer) conta das ideias e noções que lhe entregamos como em depósito: ato que é como chamar e trazer à lembrança o que havíamos confiado à memória. Finalmente reminiscência é ainda outro ato da memória: é a lembrança de ideias e noções, que em tempos remotos nos foram presentes e que em nós deixaram mui fracas e ligeiras impressões, das quais, por isso mesmo, apenas podemos agora achar e reconhecer os vestígios; chegando às vezes quase a duvidar da existência anterior de tais ideias no nosso espírito. Tem memória quem conserva as espécies das coisas que foram objeto de seus pensamentos, e as pode reproduzir. A memória pode ser fácil, ampla, tenaz, pronta, etc. A memória talvez enfraquece com a idade, com a doença; e talvez se extingue de todo por indisposição do cérebro. Tem lembrança ou lembra-se quem atualmente suscita ou tem presentes as espécies dos objetos, que já o impressionaram. A lembrança pode ser mais ou menos remissa, mais ou menos viva; e às vezes é tal que parece fazer-nos realmente presentes os próprios objetos. A vista de um lugar excita-nos de ordinário a lembrança do objeto agradável ou desagradável, que ali avistamos a primeira vez. A lembrança de qualquer objeto traz quase sempre consigo a de outros que com ele são ligados ou associados, etc. Tem recordação ou recorda-se quem traz à lembrança ou suscita as espécies dos objetos que entregou à memória. O homem grato recorda-se muitas vezes, com gosto e sensibilidade, do benefício recebido. O bom português recorda com saudade a antiga glória da sua pátria. O orador faz recordação do discurso, ou recorda o discurso antes que se exponha a recitá-lo em público. O estudante recorda a lição antes de entrar na aula, etc. Tem finalmente reminiscência quem se lembra mui remissamente de algum objeto que em outro tempo viu ou conheceu; quem acha em sua memória alguns, quase apagados, vestígios desse objeto. Dizem que Pitágoras ostentava ter reminiscência de diferentes estados pelos quais a sua alma tinha passado em existências anteriores. Alguns filósofos foram de parecer que as ideias que temos das coisas puramente inteligíveis, bem como de alguns que chamam primeiros princípios, são meras reminiscências; e segundo Platão, tudo quanto parece que nós aprendemos de novo não é, na realidade, senão reminiscência”. – Retentiva seria sinônimo perfeito de memória, se não acrescentasse à noção de reter na memória a ideia de lembrança ou recordação súbita e viva.

    substantivo feminino Faculdade de reter ideias, sensações, impressões, adquiridas anteriormente.
    Efeito da faculdade de lembrar; lembrança: não tenho memória disso!
    Recordação que a posteridade guarda: memórias do passado.
    Dissertação sobre assunto científico, artístico, literário, destinada a ser apresentada ao governo, a uma instituição cultural etc.
    [Artes] Monumento dedicado a alguém ou em celebração de uma pessoa digna de lembrança; memorial.
    Papel usado para anotar coisas que não se deve esquecer; lembrete.
    Relato feito escrita ou oralmente sobre uma situação; narração.
    [Jurídico] Documento com o qual alguém expõe a sua defesa ou pedido a ser anexado aos autos.
    [Matemática] Dispositivo dos calculadores eletrônicos, que registra sinais, resultados parciais etc., que são consignados no momento oportuno para o fazer intervir no seguimento das operações: discos de memória.
    [Informática] Unidade funcional que pode receber, conservar e restituir dados.
    [Informática] Memória convencional, a que é armazenada segundo os padrões de um programa altamente abrangente.
    substantivo feminino plural Memórias. Obra literária escrita por quem presenciou os acontecimentos que narra, ou neles tomou parte.
    expressão De memória. Sem a ajuda de notas ou livros, só pela lembrança.
    Em memória de. Em homenagem a alguém que já morreu.
    [Informática] Memória secundária. Meio de armazenamento de dados e instruções não volátil (p. ex., disquetes), usado para que estes se preservem (p. ex., quando o computador é desligado).
    Etimologia (origem da palavra memória). Do latim memoria.

    Moisés

    substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
    Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
    Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.

    Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)

    Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

    Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

    O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

    Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

    O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

    A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

    A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

    Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

    Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

    A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

    Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

    O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

    Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.


    Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
    36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
    3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob

    Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

    A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

    O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

    J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...


    Relatar

    verbo bitransitivo Narrar ou expor de modo oral ou escrito; realizar a narração de: relatou o crime ao delegado; relatou à reitoria a briga dos estudantes.
    verbo transitivo direto Apresentar relatório, uma descrição detalhada de: o pesquisador relatou as consequências da tempestade.
    [Jurídico] Fazer uma síntese do teor e do conteúdo de uma ação judicial (processo), para a apresentar aos demais membros do tribunal.
    Incluir ou inserir no interior de; introduzir: relatou a mãe na folha de pagamento da prefeitura.
    Etimologia (origem da palavra relatar). Relato + ar.

    Relatar Contar (Sl 71:15); (At 14:27).

    Riscar

    verbo transitivo Passar, com lápis etc., um traço sobre: riscar uma frase.
    Figurado Suprimir: riscou-me do seu caderninho.
    Desenhar, debuxar.

    riscar
    v. 1. tr. dir. Fazer riscos ou traços e.M 2. tr. dir. Encobrir com riscos; inutilizar por meio de riscos. 3. tr. dir. Bosquejar, delinear, traçar. 4. tr. dir. Pôr sinal em; determinar, marcar. 5. tr. dir. Eliminar, excluir, suprimir. 6. pron. Excluir-se a si próprio; demitir-se. 7. Intr. Ser excluído da amizade ou das relações de algué.M 8. Intr. Dirigir provocações; atrever-se. 9. Intr. Entrar em conflito com alguém; brigar.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Êxodo 17: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Escreve isto para memória em um livro- rolo, e relata-o aos ouvidos de Josué; que Eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo do céu."">Então disse o SENHOR a Moisés: "Escreve isto para memória em um livro- rolo, e relata-o aos ouvidos de Josué; que Eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo do céu."
    Êxodo 17: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H2063
    zôʼth
    זֹאת
    Esse
    (This)
    Pronome
    H2143
    zêker
    זֵכֶר
    memorial, lembrança
    (my memorial)
    Substantivo
    H2146
    zikrôwn
    זִכְרֹון
    ()
    H241
    ʼôzen
    אֹזֶן
    orelha, como parte do corpo
    (in their hearing)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3091
    Yᵉhôwshûwaʻ
    יְהֹושׁוּעַ
    Josué
    (Joshua)
    Substantivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H3789
    kâthab
    כָּתַב
    escrever, registrar, anotar
    (Write)
    Verbo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4229
    mâchâh
    מָחָה
    limpar, apagar
    (I will destroy)
    Verbo
    H4872
    Môsheh
    מֹשֶׁה
    Moisés
    (Moses)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5612
    çêpher
    סֵפֶר
    livro n m
    ([is] the book)
    Substantivo
    H6002
    ʻĂmâlêq
    עֲמָלֵק
    filho de Elifaz com sua concumbina Timna, neto de Esaú, e pai de uma tribo na região sul
    (Amalek)
    Substantivo
    H7760
    sûwm
    שׂוּם
    pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
    (and he put)
    Verbo
    H8064
    shâmayim
    שָׁמַיִם
    os ceús
    (the heavens)
    Substantivo
    H8478
    tachath
    תַּחַת
    a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde,
    ([were] under)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    זֹאת


    (H2063)
    zôʼth (zothe')

    02063 זאת zo’th

    irregular de 2088; DITAT - 528; pron demons f / adv

    1. este, esta, isto, aqui, o qual, este...aquele, este um...aquele outro, tal
      1. (sozinho)
        1. este, esta, isto
        2. este...aquele, este um...aquele outro, uma outra, um outro
      2. (aposto ao subst)
        1. este, esta, isto
      3. (como predicado)
        1. este, esta, isto, tal
      4. (enclítico)
        1. então
        2. quem, a quem
        3. como agora, o que agora
        4. o que agora
        5. a partir de agora
        6. eis aqui
        7. bem agora
        8. agora, agora mesmo
      5. (poético)
        1. onde, qual, aqueles que
      6. (com prefixos)
        1. aqui neste (lugar), então
        2. baseado nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
        3. assim e assim
        4. como segue, tais como estes, de acordo com, com efeito, da mesma maneira, assim e assim
        5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
        6. por este motivo
        7. em vez disso, qual, donde, como

    זֵכֶר


    (H2143)
    zêker (zay'-ker)

    02143 זכר zeker ou כרז zeker

    procedente de 2142; DITAT - 551a; n m

    1. memorial, lembrança
      1. lembrança, memória
      2. memorial

    זִכְרֹון


    (H2146)
    zikrôwn (zik-rone')

    02146 זכרון zikrown

    procedente de 2142; DITAT - 551b; n m

    1. memorial, lembrança, memória

    אֹזֶן


    (H241)
    ʼôzen (o'-zen)

    0241 אזן ’ozen

    procedente de 238; DITAT - 57a; n f

    1. orelha, como parte do corpo
    2. ouvido, como o órgão de audição
    3. (subjetivo) abrir o ouvido para revelar; o receptor da revelação divina

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יְהֹושׁוּעַ


    (H3091)
    Yᵉhôwshûwaʻ (yeh-ho-shoo'-ah)

    03091 יהושוע Y ehowshuwa ̂ ̀ou יהושׂע Y ehowshu ̂ à

    procedente de 3068 e 3467, grego 2424 Ιησους e 919 βαριησους;

    Josué = “Javé é salvação” n pr m

    1. filho de Num, da tribo de Efraim, e sucessor de Moisés como o líder dos filhos de Israel; liderou a conquista de Canaã
    2. um habitante de Bete-Semes em cuja terra a arca de aliança foi parar depois que os filisteus a devolveram
    3. filho de Jeozadaque e sumo sacerdote depois da restauração
    4. governador de Jerusalém sob o rei Josias o qual colocou o seu nome em um portão da cidade de Jerusalém

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    כָּתַב


    (H3789)
    kâthab (kaw-thab')

    03789 כתב kathab

    uma raiz primitiva; DITAT - 1053; v

    1. escrever, registrar, anotar
      1. (Qal)
        1. escrever, inscrever, gravar, escrever em, escrever sobre
        2. anotar, descrever por escrito
        3. registrar, anotar, gravar
        4. decretar
      2. (Nifal)
        1. ser escrito
        2. ser anotado, ser registrado, estar gravado
      3. (Piel) continuar a escrever

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מָחָה


    (H4229)
    mâchâh (maw-khaw')

    04229 מחה machah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1178,1179,1181c; v

    1. limpar, apagar
      1. (Qal)
        1. limpar
        2. destruir, apagar
        3. destruir, exterminar
      2. (Nifal)
        1. ser limpado
        2. ser destruído
        3. ser exterminado
      3. (Hifil) apagar (da memória)
    2. (Qal) atingir
    3. (Pual) recheado de tutano (particípio)

    מֹשֶׁה


    (H4872)
    Môsheh (mo-sheh')

    04872 משה Mosheh

    procedente de 4871, grego 3475 Μωσης; DITAT - 1254; n pr m Moisés = “tirado”

    1. o profeta e legislador, líder do êxodo

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    סֵפֶר


    (H5612)
    çêpher (say'-fer)

    05612 ספר cepher ou (fem.) ספרה ciphrah (Sl 56:8)

    procedente de 5608; DITAT - 1540a,1540b n f

    1. livro n m
    2. carta, documento, escrito, livro
      1. carta
        1. carta (de instrução), ordem escrita, comissão, requerimento, decreto escrito
      2. documento legal, certificado de divórcio, contrato de compra, acusação escrita, sinal
      3. livro, rolo
        1. livro de profecias
        2. registro genealógico
        3. livro da lei
        4. livro (de poemas)
        5. livro (dos reis)
        6. livros do cânon, escritura
        7. livro de registro (de Deus)
      4. aprendizado pelos livros, escrita
        1. ser apto a ler (depois do verbo ’conhecer’)

    עֲמָלֵק


    (H6002)
    ʻĂmâlêq (am-aw-lake')

    06002 עמלק Àmaleq

    provavelmente de origem estrangeira; n. pr. m. Amaleque = “habitante dum vale”

    1. filho de Elifaz com sua concumbina Timna, neto de Esaú, e pai de uma tribo na região sul de Canaã
    2. descendentes de Amaleque

    שׂוּם


    (H7760)
    sûwm (soom)

    07760 שום suwm ou שׁים siym

    uma raiz primitiva; DITAT - 2243; v.

    1. pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
      1. (Qal)
        1. pôr, colocar, depositar, pôr ou depositar sobre, deitar (violentamente) as mãos sobre
        2. estabelecer, direcionar, direcionar para
          1. estender (compaixão) (fig.)
        3. pôr, estabelecer, ordenar, fundar, designar, constituir, fazer, determinar, fixar
        4. colocar, estacionar, pôr, pôr no lugar, plantar, fixar
        5. pôr, pôr para, transformar em, constituir, moldar, trabalhar, fazer acontecer, designar, dar
      2. (Hifil) colocar ou fazer como sinal
      3. (Hofal) ser posto

    שָׁמַיִם


    (H8064)
    shâmayim (shaw-mah'-yim)

    08064 שמים shamayim dual de um singular não utilizado שׂמה shameh

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser alto; DITAT - 2407a; n. m.

    1. céu, céus, firmamento
      1. céus visíveis, firmamento
        1. como a morada das estrelas
        2. como o universo visível, o firmamento, a atmosfera, etc.
      2. Céus (como a morada de Deus)

    תַּחַת


    (H8478)
    tachath (takh'-ath)

    08478 תחת tachath

    procedente da mesma raiz que 8430; DITAT - 2504; n. m.

    1. a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde, conquanto n. m.
      1. a parte de baixo adv. acus.
      2. abaixo prep.
      3. sob, debaixo de
        1. ao pé de (expressão idiomática)
        2. suavidade, submissão, mulher, ser oprimido (fig.)
        3. referindo-se à submissão ou conquista
      4. o que está debaixo, o lugar onde alguém está parado
        1. em lugar de alguém, o lugar onde alguém está parado (expressão idiomática com pronome reflexivo)
        2. em lugar de, em vez de (em sentido de transferência)
        3. em lugar de, em troca ou pagamento por (referindo-se a coisas trocadas uma pela outra) conj.
      5. em vez de, em vez disso
      6. em pagamento por isso, por causa disso em compostos
      7. em, sob, para o lugar de (depois de verbos de movimento)
      8. de sob, de debaixo de, de sob a mão de, de seu lugar, sob, debaixo

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo