Enciclopédia de Isaías 30:18-18

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

is 30: 18

Versão Versículo
ARA Por isso, o Senhor espera, para ter misericórdia de vós, e se detém, para se compadecer de vós, porque o Senhor é Deus de justiça; bem-aventurados todos os que nele esperam.
ARC Por isso o Senhor esperará, para ter misericórdia de vós; e por isso será exalçado, para se compadecer de vós, porque o Senhor é um Deus de equidade: bem-aventurados todos os que nele esperam.
TB Por esse motivo, esperará Jeová para se apiedar de vós e se levantará para ter compaixão de vós, porque Jeová é Deus de juízos; bem-aventurados todos os que por ele esperam.
HSB וְלָכֵ֞ן יְחַכֶּ֤ה יְהוָה֙ לַֽחֲנַנְכֶ֔ם וְלָכֵ֥ן יָר֖וּם לְרַֽחֶמְכֶ֑ם כִּֽי־ אֱלֹהֵ֤י מִשְׁפָּט֙ יְהוָ֔ה אַשְׁרֵ֖י כָּל־ ח֥וֹכֵי לֽוֹ׃ ס
BKJ E, portanto, o SENHOR esperará, para que Ele seja misericordioso consigo, e, portanto, Ele será exaltado, que Ele possa ter misericórdia de vós, porque o SENHOR é um Deus de justiça. Abençoados são todos os que esperam por Ele.
LTT Por isso, o SENHOR esperará, para ter misericórdia de vós; e por isso Se levantará, para Se compadecer de vós, porque o SENHOR é um Deus de justiça; bem-aventurados todos os que nEle esperam.
BJ2 Mus Iahweh espera a hora de poder mostrar-vos a sua graça, de se ergue para mostrar-vos a sua compaixão, porque Iahweh é um Deus de justiça: bem-aventurado todo aquele que nele espera.
VULG Propterea exspectat Dominus ut misereatur vestri ; et ideo exaltabitur parcens vobis, quia Deus judicii Dominus : beati omnes qui exspectant eum !

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 30:18

Êxodo 34:6 Passando, pois, o Senhor perante a sua face, clamou: Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade;
Deuteronômio 32:4 Ele é a Rocha cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.
I Samuel 2:3 Não multipliqueis palavras de altíssimas altivezas, nem saiam coisas árduas da vossa boca; porque o Senhor é o Deus da sabedoria, e por ele são as obras pesadas na balança.
Jó 35:14 E quanto ao que disseste, que o não verás, juízo há perante ele; por isso, espera nele.
Salmos 2:12 Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se inflamar a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam.
Salmos 27:14 Espera no Senhor, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no Senhor.
Salmos 28:6 Bendito seja o Senhor, porque ouviu a voz das minhas súplicas.
Salmos 34:8 Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que nele confia.
Salmos 40:1 Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor.
Salmos 46:10 Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre as nações; serei exaltado sobre a terra.
Salmos 62:1 A minha alma espera somente em Deus; dele vem a minha salvação.
Salmos 62:5 Ó minha alma, espera somente em Deus, porque dele vem a minha esperança.
Salmos 76:5 Os que são ousados de coração foram despojados; dormiram o seu sono, e nenhum dos homens de força achou as próprias mãos.
Salmos 84:12 Senhor dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança.
Salmos 99:4 E a força do Rei ama o juízo; tu firmas a equidade, fazes juízo e justiça em Jacó.
Provérbios 16:20 O que atenta prudentemente para a palavra achará o bem, e o que confia no Senhor será bem-aventurado.
Isaías 5:16 Mas o Senhor dos Exércitos será exaltado em juízo, e Deus, o Santo, será santificado em justiça.
Isaías 8:17 E esperarei o Senhor, que esconde o rosto da casa de Jacó, e a ele aguardarei.
Isaías 18:4 Porque assim me disse o Senhor: Estarei quieto, olhando desde a minha morada, como o ardor do sol resplandecente, como a nuvem do orvalho no calor da sega.
Isaías 25:9 E, naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação, exultaremos e nos alegraremos.
Isaías 26:7 O caminho do justo é todo plano; tu retamente pesas o andar do justo.
Isaías 33:5 O Senhor é exalçado, pois habita nas alturas; encheu a Sião de retidão e de justiça.
Isaías 33:10 Agora, me levantarei, diz o Senhor; agora, me levantarei a mim mesmo; agora, serei exaltado.
Isaías 40:31 Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão.
Isaías 42:1 Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu Espírito sobre ele; juízo produzirá entre os gentios.
Isaías 42:14 Por muito tempo, me calei, estive em silêncio e me contive; mas, agora, darei gritos como a que está de parto, e a todos assolarei, e juntamente devorarei.
Isaías 55:8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor.
Isaías 57:17 Pela iniquidade da sua avareza, me indignei e os feri; escondi-me e indignei-me; mas, rebeldes, seguiram o caminho do seu coração.
Jeremias 10:24 Castiga-me, ó Senhor, mas com medida, não na tua ira, para que me não reduzas a nada.
Jeremias 17:7 Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.
Jeremias 31:18 Bem ouvi eu que Efraim se queixava, dizendo: Castigaste-me, e fui castigado como novilho ainda não domado; converte-me, e converter-me-ei, porque tu és o Senhor, meu Deus.
Lamentações de Jeremias 3:25 Bom é o Senhor para os que se atêm a ele, para a alma que o busca.
Oséias 2:14 Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.
Oséias 5:15 Irei e voltarei para o meu lugar, até que se reconheçam culpados e busquem a minha face; estando eles angustiados, de madrugada me buscarão.
Oséias 11:8 Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como Admá? Pôr-te-ia como Zeboim? Está mudado em mim o meu coração, todos os meus pesares juntamente estão acesos.
Jonas 3:4 E começou Jonas a entrar pela cidade caminho de um dia, e pregava, e dizia: Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida.
Miquéias 7:7 Eu, porém, esperarei no Senhor; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá.
Miquéias 7:18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade.
Malaquias 2:17 Enfadais ao Senhor com vossas palavras; e ainda dizeis: Em que o enfadamos? Nisto, que dizeis: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do Senhor, e desses é que ele se agrada; ou onde está o Deus do juízo?
Mateus 15:22 E eis que uma mulher cananeia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.
Lucas 2:25 Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.
Lucas 15:20 E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou.
Lucas 24:26 Porventura, não convinha que o Cristo padecesse essas coisas e entrasse na sua glória?
Atos 2:33 De sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.
Atos 5:31 Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados.
Romanos 2:2 E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem.
Romanos 5:20 Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;
Romanos 8:25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos.
Romanos 9:15 Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.
Romanos 9:22 E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição,
Efésios 1:6 para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado.
Efésios 1:8 que Ele tornou abundante para conosco em toda a sabedoria e prudência,
Efésios 1:20 que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus,
Tiago 5:11 Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.
II Pedro 3:9 O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
II Pedro 3:15 e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada,

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Isaías Capítulo 30 do versículo 1 até o 33
D. Ai AO PARTIDO PRÓ-EGITO, 30:1-33

Isaías usa os capítulos 30:31 para uma denúncia da política pró-egípcia de Judá. Ele mostra que a política errônea de Judá está enraizada na má religião.

1. Ai daqueles que Colocam o Egito acima de Deus (30:1-17)

Os líderes de Judá são como filhos rebeldes (1) que preferem ouvir o conselho dos vizinhos a seguir o conselho dos pais.

  1. Eles costuram uma aliança sem a bênção de Deus (30:1-5). O pecado da teimosia é manifesto na execução de um plano que não está de acordo com o propósito divino. O que sobra no final é o acúmulo de pecado sobre pecado — o pecado de encobrir o pecado anterior ao confiar na aliança secular. Cobriram com uma cobertura (1) significa elaborar um tratado ou fazer uma aliança. Uma sombra não é um abrigo (2), embora essa sombra possa representar todo o reino do Egito. A proteção de Faraó é uma troca infeliz se comparada com a ajuda divina. Confiar na sombra do Egito (3) era colocar o Egito no lugar de Deus.

Apesar da cortesia da recepção de Faraó, a confiança de Judá em seu apoio resultará apenas em desilusão e desgraça (4-5). Zoã (4) é indubitavelmente Tanis, que hoje é um monturo de ruínas ao sul da presente San el Hagar a nordeste do delta do Nilo. Hanes tem sido identificada com Heracleopolis Magna (a presente Ihnasya el Madina) por von Orelli, Delitzsch e Whitehouse (veja mapa 3). Isaías vê os mensageiros de Judá prepa-rando o caminho para o coração do Egito via essas duas cidades.

  1. A caravana inútil (30:6-7). Isaías entende que essa missão ao Egito é uma inicia-tiva imprudente. Por isso, ele anuncia seus oráculos acerca dos animais do Sul (o Neguebe; 6). Esta terra desértica do sul é o covil da leoa e do leãozinho, o basilisco (víbora) e da serpente ardente voadora do deserto. Ele insiste em que o tributo enviado para a terra de aflição e de angústia [...] de nada lhes aproveitará. No entanto, nenhum perigo os atemoriza e nenhum sacrifício parece grande demais na execução do seu plano desonroso. Seus jumentinhos e camelos estão carregados com os tesouros com os quais eles esperam comprar a aliança egípcia. Uma tradução melhor do versículo 7b seria: "Portanto, a chamei de 'Raabe [nota de rodapé, monstro marinho] que está mansa' " (Berkeley). "Dragão Manso" (NTLH) é o nome que Isaías dá ao Egito. Raabe, símbolo do Egito, parece especificar o "cavalo do rio" (hippopotamus amphibius). Esse animal enorme e moroso constitui um símbolo adequado na mente de Isaías para o impé-rio do Nilo que se gaba e se vangloria, mas não sai do seu lugar para ajudar os outros.'
  2. Um registro para todos os tempos (30:8-11). Isaías agora recorre a evidências docu-mentadas (8) para provar à posteridade que a "instrução rejeitada" era a atitude de um povo rebelde (9). A resposta deles foi: "preferimos trivialidades agradáveis" (10). Eles foram ainda mais atrevidos ao dizer: "Pegue o seu Deus e vá!" Confrontando-os continua-mente com o Santo de Israel (11), Isaías parece apenas ter aumentado o antagonismo deles. Eles estavam cara-a-cara com uma santidade que eles não podiam suportar.
  3. O colapso das defesas humanas (30:12-14). As expressões de Isaías pelo que, vis-to, por isso, são expressões significativas da lei de relacionamentos.

    1) A confiança na astuta desonestidade (12) expressa pela sua confiança na "fraude" e perversidade pare-cia a Isaías uma completa loucura política. Estribar quer dizer confiar em.

    2) Depender dela seria o mesmo que colocar a confiança em uma parede fendida, pronta para cair.

    3) A queda da parede enfraquecida (13) vem como uma calamidade súbita. Com ela vem a ruína sem reparação (14), porque ela se quebra em muitos pedaços, como um pedaço de um vaso despedaçado. "Entre os fragmentos não se encontrará um único pedaço que sirva para levar uma brasa de fogo da lareira ou tirar água de uma cisterna" (Berkeley).
  4. As alternativas (30:15-17). As alternativas são confiança no eterno Deus ou fuga em pânico dos assírios. Isaías declara que somente conversão (arrependimento) 14 e fé significam salvação (15). C. von Orelli traduz este versículo da seguinte maneira: "Ao se arrepender e permanecer em silêncio vocês serão salvos; sua força deve estar firmada na quietude e na confiança"." Moffatt diz:

Sua salvação consiste em parar de fazer alianças, sua força é a fé silenciosa.

Plumptre observa: "Neste caso, significava deixar de confiar no homem, com todas as suas agitações impacientes, e confiar em Deus, que é cheio de calma e paz"." Assim, Isaías frisava a imediata volta da delegação judaica, naquele momento a caminho do Egito. Ele aconselha uma neutralidade dignificante como a melhor política.

Cavalos em fuga (16) é a próxima figura do profeta. Isaías cita seus oponentes como dizendo: "Não! Queremos alguns cavalos esperando se precisarmos fugir". Sua réplica é: "Vocês certamente fugirão". Eles respondem: "Se é assim, queremos algo que seja veloz".

Isaías responde: "Seus perseguidores também cavalgam velozmente". Um perseguirá mil de vocês (17), e somente um de vocês escapará. Deixados como o mastro no cume do monte, uma estaca no cume do monte, lá os habitantes de Judá estarão como uma verdadeira imagem de isolamento, um pequeno remanescente em uma vasta terra de-vastada pela guerra.

  1. Deus Anela Mostrar Favor (30:18-26)

O versículo 18 retrata a preocupação de Deus e a sua justiça. Isaías vê o Senhor retraído em seu trono no alto até o tempo em que poderá intervir eficazmente. Um Deus de eqüidade é um Deus de justiça.

Os versículos 19:22 estão repletos de encorajamento e promessa.
a) Um povo conti-nuará em Sião e o choro será removido (19).
b) Embora a fome prevaleça, a presença de Deus será real: "O seu mestre não se esconderá mais; com seus próprios olhos você o verá" (20, NVI).
c) Sua voz dirigirá seu caminho (21).
d) Eles, por sua vez, lançarão fora ídolos e esculturas (22).

A natureza recuperará sua beleza e produtividade.
a) Chuva suficiente garantirá uma ampla produção tanto no pasto como na plantação (23).
b) Animais de trabalho comerão uma ração saborosa (24) de "forragem seca misturada com sal"." Lavrar a ter-ra provavelmente significa arar.
c) Ribeiros correrão em terras elevadas (25), enquanto as fortalezas do inimigo estão caindo.
d) A luz da lua será como a luz do sol, e a luz do sol parece que aumentará sete vezes em intensidade (26).

  1. A Música do Julgamento Mundial (30:27-33)

A cada golpe do julgamento divino sobre o mal o povo de Deus elevará seus cânticos de triunfo.

  1. O julgamento do Senhor (30:27-28). "O Senhor vem para julgar as nações com uma manifestação poderosa da sua majestade inflamada"." Isaías o vê com lábios chei-os de indignação, a língua como fogo consumidor (27) e a sua respiração como um ribeiro que chega até ao pescoço (28). O profeta também vê Deus como uma peneira de vaidade (destruição) e um laço" de destruição.
  2. A música de libertação (30:29-30). O cântico de uma noite festiva (
    - 29a) provavel-mente se refere à solenidade sagrada conhecida como Festa dos Tabernáculos ou da Co-lheita. De todas as festas judaicas esta era a que evocava mais alegria. Numa das noites havia um ritual solene em que o pátio do Templo era iluminado com grandes candelabros. Ela chegou a ser conhecida como "a festa" (I Reis 8:2-65; 12.32; 2 Cron 7:8-9; Ez 45:25).

A subida à rocha ao som da flauta (
- 29b) era o ritual à luz do dia que ocorria em seguida. Os peregrinos em procissão do campo traziam seus primeiros frutos e tocavam suas flautas enquanto subiam pela porta oriental até o topo da rocha do monte Moriá (cf. 1 Sm 10.5). No meio de tudo isso ouve-se a voz majestosa do Eterno (30a), quando seu braço desce em fúria (30b), espalhando seus inimigos com fogo e tempestades.

  1. O bastão do destino (30:31-33). A voz de Deus aniquila os assírios (31) e conduz a música do ataque (32). O som de tambores e as notas de instrumentos de corda (tamborins e harpas) simbolizam a alegria dos que foram remidos pela ação de Deus. Uma fogueira ("Tofete", NVI) está preparada desde ontem (33) significa literalmente "Uma fogueira está preparada há muito tempo" (Cf. NVI, NTLH). Este também era o nome dado ao vale de Hinom, que ficava do lado de fora de Jerusalém, a sudoeste do monte Sião, onde os resíduos eram jogados e o fogo permanecia queimando. Lá, o perverso rei Acaz sacrificou seu filho como oferta queimada a Moloque (2 Rs 16.3). Visto que o termo hebraico para rei é melek, Isaías faz um jogo de palavras, indicando que o melek assírio será sacrificado ao deus pagão Moloque. Embora o rei assírio não tenha morrido em Jerusalém, indubitavelmente muitos dos seus soldados que morreram naquela noite fa-tídica do livramento de Jerusalém foram cremados nesse vale de Hinom."

A tradução de Moffatt dos versículos 31:33 é clara e vívida:

Por meio da voz de trovão do Eterno,

os assírios ficam aterrorizados;
Ele os fere até a morte e os abate
ao ressoar da música;
A pira para queimá-los está preparada,
profunda e espaçosa,
empilhada com cepos acesos pelo sopro
do Eterno como uma corrente flamejante.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 30 versículo 18
Subitamente, a profecia adquire um tom de esperança.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Isaías Capítulo 30 do versículo 1 até o 33
*

29:20

o tirano. Essa gente representa os opressores poderosos e tirânicos deste mundo (13 11:25-3-5; 29.5; 49.25; conforme Sl 37:35; 86:14; Ez 28:7; 30:11; 32:12).

o escarnecedor. Essa designação, comum na literatura de sabedoria, significa uma pessoa endurecida e cínica (28.14; Sl 1:1; Pv 1:22; 3:34; 9:7,8; 21:24).

os que cogitam da iniquidade. Tal indivíduo é identificado no v. 21.

* 29:22

que remiu a Abraão. Deus realizou a redenção de Abraão mediante a eleição e a aliança, prometendo, a ele e a seus descendentes, a esperança da presença divina (conforme Js 24:14; At 7:2-4).

não será envergonhado. Não será humilhado na derrota.

* 29:23

seus filhos. A esperança de Jacó jazia no trato gracioso de Deus com a sua descendência, de geração em geração (49.20-22; 54.1,13 65:23).

* 30:1

Ai. Ver a nota em 1.4.

filhos rebeldes. Esses eram os conselheiros de Ezequias (conforme 1.2, nota).

que executam planos. Ver referência lateral. O original hebraico pode ser traduzido por “tecem teias” ou “derramam libações”. Qualquer dessas traduções refere-se à assinatura de alianças políticas.

sem a minha aprovação. Os planos humanos (v. 2) são opostos aos planos do Espírito de Deus.

para acrescentarem pecado sobre pecado. Vemos aqui a teimosia aumentando (1.2-4), do plano de agir independentemente de Deus para o pecado da injustiça (v. 12; 10:1-4, notas).

* 30:2

Egito. Em 701 a.C., Judá contou com tropas egípcias para ajudá-la contra Senaqueribe (20.5,6; 2Rs 8:21.).

sombra. Somente Deus provê para o seu povo a proteção do perigo (4.6; 16.3; 25.4.5; 51.16; conforme Sl 17:8; 36:7; 91:1; 121:5).

* 30:3

vergonha. Dessa experiência de triste fracasso, o Senhor prometeu livrar aqueles que nele confiassem (54.4; 61.7).

* 30:4

os príncipes. Talvez fossem embaixadores de Judá que tivessem ido a Zoã (19,11) e a Hanes (a 80 km ao sul do Cairo).

* 30:6

Sentença. Ver nota em 13.1.

* 30:7

Gabarola. No hebraico original, Rahab-Hem-Shebeth. O nome Raabe alude a um monstro do caos, derrotado pelos deuses na mitologia da criação dos cananeus (Ez 28:2 e nota). O profeta zombou tanto do monstro mítico quanto do Egito, com um título que significa, mais ou menos, “Raabe, que nada faz”.

* 30:8

numa tabuinha... num livro. Os oráculos concernentes à insensatez de depender do Egito deveriam ser escritos como um testemunho às gerações futuras.

* 30:9

filhos. Ver nota em 1.2.

a lei. A lei que eles estavam rejeitando era a sabedoria piedosa ensinada por Isaías (conforme Pv 2:1-5).

* 30:10

aos videntes... aos profetas. A prédica de muitos profetas conformava-se com as expectações do povo (9.15; 28.7; 29.10; 44.25; 1Rs 22:8; Jr 6:14; 13 24:14-16'>14.13-16; 20:9,10; 28:8,9; Ez 13; Os 9:7-9; Am 2:12; 7:12,16; Mq 2:6-11; 3:5,11). Outros, como Isaías, falavam pela inspiração do Espírito e sob a compulsão de alguma visão divina.

* 30:11

Santo de Israel. Ver nota em 1.4.

* 30:12

Pelo que assim diz. Visto que eles não davam ouvidos aos profetas de Deus, haveriam de ouvir o seu julgamento.

esta palavra. Ou seja, a palavra de Deus por meio de Isaías (vs. 8,9).

na opressão e na perversidade. Os líderes de Jerusalém eram homens sem princípios, e a diplomacia deles resultava na opressão.

* 30:13

esta maldade. A teimosa resistência deles ao Senhor, e a sua dependência do Egito, traria a queda deles.

* 30:15

o SENHOR Deus. Ver nota em 25.7.

em sossegardes... na tranqüilidade. O Senhor poderia dar ao seu povo aquilo que eles procuravam no Egito.

na confiança a vossa força. O Senhor era a força de seu povo, e ele seria vitorioso (12.2, nota).

* 30:16

sobre cavalos. Eles preferiam depender da força e dos estratagemas militares (2.7, nota; 31.1,3).

* 30:17

Mil homens... um. Essa é uma reversão da promessa divina de que daria a vitória ao seu povo (Lv 26:7,8; Dt 32:30; Js 23:10).

* 30:18

justiça. Deus sustenta o seu reino em sua paciência (1.21, nota).

* 30:19

Não chorarás mais. Ver nota em 25.7,8; conforme Ap 7:17; 21:4.

* 30:20

teus mestres. “Profetas”; ou possivelmente essa palavra refira-se a Deus, visto que poderia ser entendida como uma forma singular, “Mestre”. Quanto à instrução de Deus, ver 28:11-13 29:11-12. Terminado o julgamento divino eles veriam a sua salvação (29.24).

* 30:22 Sobre a polêmica de Isaías contra a idolatria, ver 2.8.

Contaminados. Ou seja, profanados, reduzidos a coisa imunda (2Rs 23:4-8).

* 30:23

chuva... pão. Essas bênçãos seriam concedidas em resposta ao arrependimento evidente nos versículos anteriores (v. 20; conforme Dt 28:11,12).

naquele dia. Ver nota em 2.11.

* 30:25

ribeiros e correntes de águas. Isaías usou uma hipérbole a fim de proclamar as abundantes bênçãos de Deus que ele preparou para os seus filhos (conforme Jl 3:18; Am 9:13).

dia da grande matança. O dia do Senhor (conforme 34.2,6; Jr 12:3; 19:6; 46:10; Sf 1:7,8).

torres. Símbolos do orgulho humano (2.12-17).

* 30:26

sete vezes maior. Aqui, a cifra hiperbólica, indica que Deus está com o seu povo (2.5, nota; 42.16; 60.19; Ap 21:22,23).

atar a ferida... curar. Deus disciplina, mas ele se lembra e cura os ferimentos de seu povo (19.22; 57.18; 61.1; Sl 147:3; Jr 3:22; 30:17; mas conforme Is 6:10).

* 30:27

o nome do SENHOR. O nome pactual, Yahweh, representa Deus (12.2, nota; conforme Êx 3:14).

os seus lábios... a sua língua. Isaías usou os recursos da poesia para retratar o iracundo poder de Deus.

* 30:29

Um cântico... flauta. Essa celebração será como a de uma festa de peregrinação.

ao monte. Ver nota em 2.2.

* 30:33

a fogueira. Algumas versões dizem aqui Tofete. Esta era um abismo no lado sul de Jerusalém, onde crianças haviam sido sacrificadas e um fogo contínuo ardia para consumir o lixo que era ali jogado (57.2; 2Rs 23:10; Jr 7:31,32; 19:6,11-13).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Isaías Capítulo 30 do versículo 1 até o 33
30:1 "Os filhos que se apartam" são o povo do Judá (veja-se 1.2), os que se rebelaram contra Deus. As negociações para uma aliança estavam em caminho e Isaías condenou seus planos torcidos. O povo do Judá procurou o conselho de todos menos o de Deus. Quando o medo nos impulsiona, tendemos a procurar consolo, conselhos e alívio em todas partes, esperando encontrar uma saída fácil para os problemas. Em vez disso, devemos consultar a Deus. Embora O nos dá uma ajuda de emergência em tempos de crise, prefere ser nosso guia através de nossa vida. Ao ler sua Palavra e ao procurar com denodo fazer sua vontade, mantemos o vínculo que nos proporciona estabilidade por grande que seja a crise que enfrentemos.

30.2ss O rei Ezequías andava em busca de uma aliança defensiva com o Egito contra Senaquerib de Assíria (veja-se 2Rs 18:21).

30:6 Esta profecia se titula "sobre as bestas do Neguev", mas está dirigida aos que levaram suborno ao Egito através do deserto na região do Neguev.

30.10, 11 Possivelmente algumas pessoas no Judá procuraram refúgio no Egito. Em seu desejo de segurança, quiseram escutar boas notícias. Não receberam com agrado a verdade que proclamavam os profetas de Deus. Freqüentemente a verdade nos incomoda. Preferimos mentiras e ilusões quando nos fazem sentir mais seguros. É muito melhor enfrentar a realidade que viver uma mentira. Não se sinta a gosto com algo que o faça sentir bem, mas que não é verdade.

30:15 Deus advertiu ao Judá que voltar-se para o Egito e a outras nações para adquirir força militar, não a salvaria. Só Deus podia fazê-lo. Deveram esperar no "em quietude e em confiança". Nenhuma quantidade de palavras imprudentes nem atividades precipitadas podia acelerar o grande intuito de Deus. Não temos outra coisa que dizer a Deus que obrigado. A salvação vem sozinho do. devido a que nos salvou, podemos confiar no e permanecer tranqüilos com a confiança de que nos dará as forças para enfrentar as dificuldades da vida. Deveríamos jogar a um lado nosso esforço interminável por nos cuidar e permitir atuar ao.

30:20 O Senhor deu a seu povo pão de angústia e água de angústia, mas prometeu estar com eles, lhes ensinar e lhes guiar durante os tempos difíceis. Deus espera muito de nós e em múltiplos ocasione segui-lo possivelmente seja doloroso, mas O faz por amor a nós. A próxima vez que em frente um tempo difícil trate de apreciar a experiência e crescer a partir dela ao aprender o que Deus quer lhe ensinar. Talvez Deus lhe esteja mostrando seu amor ao caminhar pacientemente com você ao longo da adversidade.

30:21 Quando o povo de Jerusalém abandonava o caminho de Deus, O os corrigia. Fará o mesmo por nós. Mas quando escutarmos sua voz de correção, devemos estar dispostos a segui-la!


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Isaías Capítulo 30 do versículo 1 até o 33
C. CONFIANÇA verdadeiro e falso (30: 1-33)

Mais uma vez encontramos uma discussão sobre o tratado proposto com o Egito. Isaías assinalou ainda a insensatez de se voltar para o seu vizinho ao sul por ajuda contra o agressor do norte. Ele ainda procura transformá-los a uma serena confiança e confiança no Senhor, o único que é a sua fonte de ajuda e salvação de seus inimigos. Ele lhes assegura que o Senhor é capaz de salvá-los sem ajuda humana, se eles só vão acreditar.

1. Confiança False no Egito (30: 1-7)

1 Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que tomam conselho, mas não de mim; e que faça aliança, mas não pelo meu Espírito, para que possam acrescentar pecado a pecado; 2 que começou a descer para o Egito, sem pedirem o meu conselho; para se fortificarem com a força de Faraó, e para confiarem na sombra do Egito! 3 Portanto, a força de Faraó se vos tornará em vergonha, ea confiança na sombra do Egito em confusão. 4 Para os seus príncipes estão em Zoã, e seus embaixadores já chegaram a Hanes. 5 Eles se envergonharão de um povo que não pode beneficiá-los, que não são uma ajuda, nem de proveito, porém de vergonha como também de opróbrio.

6 O Peso dos animais do sul.

Através da terra de aflição e de angústia, de onde vem a leoa eo leão, a víbora ea serpente voadora, eles carregam suas riquezas sobre os ombros de jumentinhos, e seus tesouros sobre as corcovas de camelos, a um povo que não deve lucrar -los . 7 Pois o Egito auxiliador em vão, e para nenhum fim, por isso eu a chamava Raabe, que se assenta ainda.

Como em 1: 2-4 , a relação de aliança de Israel com Deus é usado como um motivo particular para desagrado de Deus com sua desobediência. Eles são como filhos rebeldes, determinados a não seguir o conselho do Senhor por meio de Seu profeta. Elesfazem uma liga -treaty de alliance- com o Egito, mas eles tiveram o cuidado de não procurar a ajuda do Espírito de Deus. Eles buscam a confiar na força de Faraó , e não na força do Senhor Deus. Isaías declara que porque eles estão procurando no lugar errado para a força, que a chamada força vai passar a ser a sua vergonha, e vai levar a sua confusão .

O versículo 4 não é clara, e tem sido interpretado de várias maneiras, mas parece apontar para o fato de que o domínio do Egito não é ilimitada. Por essa razão, a força do Egito é insuficiente, e aqueles que confiam nele se envergonharão de um povo que não pode beneficiá-los (v. Is 30:5 ).

No versículo 6 , vemos a caravana inútil levando presentes para o Egito a fim de tornar o tratado. Mas tudo será em vão, o profeta reitera, porque o Egito não é capaz de ajudar. Desde Raabe (? força) era o nome de um dragão mitológico, e que tinha sido aplicada de forma figurativa para o Egito, Isaías ironicamente chama essa nação Raabe, que se assenta ainda (v. Is 30:7 ; Smith-Goodspeed: "Rahab Sit-Still"; Moffatt: "Dragon Do-Nothing").

2. Folly de Confiança False (30: 8-26)

8 Agora vá, escrevê-lo diante deles em um tablet, e registra-o num livro, que pode ser a hora de Tomé para todo o sempre. 9 Pois este é um povo rebelde, filhos mentirosos, filhos que não querem ouvir a lei do Senhor; 10 que dizem aos videntes não Sé; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, e profetizai, 11 de tirá-lo do caminho, desviam para fora do caminho, fazer com que o Santo de Israel cesse de estar perante Nu 12:1 Pelo que assim diz o Santo de Israel: Visto como rejeitais esta palavra, e confiais na opressão e na perversidade, e confiar nele; 13 por isso esta maldade vos será como brecha que, prestes a cair, barriga num alto muro, cuja queda virá de repente, em um instante. 14 E ele o quebrará como um vaso de oleiro está quebrado, quebrando-o em pedaços sem poupar; de modo que não se achará entre os seus pedaços um caco que sirva para tomar fogo da lareira, ou mergulhar a água da cisterna.

15 Pois assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Voltando e descansando sereis salvos; no sossego e na confiança, a vossa força. E vós não o quisestes: 16 , mas vós dizeis: Não, pois fugiremos em cavalos; portanto fugireis; e, Vamos cavalgar sobre a rápida; portanto hão de perseguir você ser rápida. 17 Mil fugirá perante a ameaça de um; com a ameaça de cinco fugireis: até que sejais deixados como o mastro no topo de uma montanha, e como o estandarte em uma colina.

18 E, portanto, o Senhor espera, para que ele possa ser gracioso para vós outros; e, portanto, ele vai ser exaltado, que ele max tenha misericórdia de vós; porque o Senhor é um Deus de justiça; bem-aventurados todos os que esperam por ele. 19 Para o povo habitará em Sião, em Jerusalém; não chorarás mais; ele certamente tenha misericórdia de ti, à voz do teu clamor; quando ele deve ouvir, ele vai te responder. 20 E se o Senhor vos deu o pão de angústia e água de aperto, ainda não os teus mestres ser escondido mais, mas os teus olhos verão os teus professores; 21 e as orelhas devem ouvir uma palavra para trás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai por ele; quando vos virar para a direita, e quando vos virar para a esquerda. 22 E vos contaminareis a cobertura das tuas imagens de escultura de prata, e o revestimento de estanho imagens fundidas de ouro; e tu jogá-los fora como coisa imunda; dize-lhe: Vai-te.

23 E ele lhe dará a chuva para a tua semente, com que hás de semear a terra; e pão do aumento do chão, e ela será gordo e abundante. Naquele dia o teu gado alimentar em grandes pastagens; 24 . Os bois e os jumentinhos que lavram a terra, comerão forragem com sal, que terá sido padejada com a pá e com o garfo 25 E haverá a todo monte elevado, e sobre todo o outeiro alto, ribeiros e correntes de águas, no dia da grande matança, quando caírem as torres. 26 Além disso, a luz da lua será como a luz do sol, e à luz do sol sete vezes maior , como a luz de sete dias, no dia em que o Senhor atar a contusão do seu povo, e curar a chaga da sua ferida.

Mais uma vez, como em 8: 16-18 , Isaías é comandado para preservar uma previsão, por escrito, para a prova contra aqueles que se recusam a acreditar nisso. Pois este é um povo rebelde com quem Deus está lidando através do profeta. Ele os chama de filhos rebeldes (que encontram-se crianças ), pois eles são assim como ele os havia descrito em 1:. 2ff Eles se recusam a ouvir (e obedecer) a lei de Jeová, mas insistem em que os profetas e videntes profetizar apenas como eles são ordenados para o povo (conforme 2Tm 4:3. ). Eles exigem que os profetas, especialmente Isaias- obter ... fora do caminho (v. Is 30:11 ), e deixou de buscar a impedir os seus planos para a aliança com o Egito. Eles estavam cansados ​​de ouvir Isaías falar sobre a palavra do Santo de Israel, uma vez que Ele parecia sempre a trabalhar contra seus planos. Este foi o seu verdadeiro pecado, que eles tinham rejeitado o Senhor, e não apenas que eles tinham rejeitado Isaías. Neste, vemos que eles eram como Acabe (1Rs 22:5 ), os governantes da época de Jeremias (Jr 43:2 ), as pessoas que ouviram Ezequiel (. Ez 2:3- 4 ; 3: 5-7 ), os que rejeitaram Jesus (Jo 1:10 ), e aqueles que estão rejeitando a Deus hoje (2Tm 4:3. ).

A resposta de Deus a esta rebelião começa no versículo 12 . Note-se que, apesar do fato de que Isaías havia sido proibido pelo povo para falar em nome do Santo de Israel (v. Is 30:11 ), ele corajosamente e imediatamente faz isso (v. Is 30:12 ). Ele dá a resposta do Senhor que a razão para a sua destruição que vem é que eles desprezam esta palavra -a mensagem do Senhor. O castigo virá com a inevitabilidade e rapidez do colapso de uma parede com uma fundação prejudicada. Sua aliança alardeada será tão completamente destruído como um jarro de cerâmica, de modo que nenhuma peça pode ser encontrada grande o suficiente para usar para o transporte de carvão ou mergulhando água (v. Is 30:14 ). Aqueles que depositam sua confiança no Egito deve perecer. As leis morais são tão certo e confiável como o físico.

Deus agora lembra o povo (v. Is 30:15 ), que lhes tinha sido dito o que eles devem fazer para ser salvo da Assíria, e de todos os outros inimigos. Voltando e descansando sereis salvos. Voltando aqui significa retornar a Deus, e é, portanto, equivalente a arrepender-se (Alexander, Scott), em vez de virar a partir de guerra (Skinner) ou retornar para descansar (Gesenius). Deus lhes havia dito para se arrepender e voltar para Ele, colocando sua confiança nEle. Dessa forma, eles poderiam encontrar tranquilidade e confiança ..., e nesta que iria encontrar a sua força real.

Uma vez que eles haviam rejeitado o caminho do Senhor, eles não tinham fonte de ajuda eficaz. Eles disseram que iriam fugir a cavalo para um lugar de refúgio, mas Deus declara que certamente terá a fugir (conforme Dt 28:25 ). Sua desgraça vai ser exatamente o oposto do que Deus havia prometido há muito tempo para aqueles que depositam sua confiança nele (Lv 26:8. ). Em vez de uma perseguindo um mil, mil fugirá com a ameaça de uma (v. Is 30:17 ). O resultado será que apenas uma pequena remanescente vai ficar de pé, como um farol (ou árvore solitária) sobre o topo de uma montanha (conforme Is 17:6 ), e usa isso como uma transição para as promessas que Deus oferece para aqueles que vão confiar Nele. É habitual para ele usar esse método de moderar as fortes mensagens de punição e castigo, a fim de dar incentivo para arrependimento. Os versículos 18:26 contêm algumas das mais belas promessas em todo o livro.

Por causa da desobediência e rebeldia de Israel, o Senhor tem que esperar para o momento adequado para ser gracioso para eles, e tem misericórdia de -los mais uma vez. Desde o Senhor é um Deus de justiça, e só está esperando o tempo e as circunstâncias adequada para mostrar misericórdia, então Israel deve esperar por ele, e não correm desesperadamente em uma aliança que vai levar à destruição. Deus sabe todas as circunstâncias da nossa vida, e sabe o que é melhor para nós e para os outros. É somente através de confiança do paciente e à espera de que podemos permitir que Ele faça o que é melhor para nós. No entanto, é muitas vezes temos que fazer com que a espera, pois Deus está sempre pronto para agir em nosso favor. Quando ele deve ouvir, ele vai te responder (v. Is 30:19 ), mas como Ele pode ouvir até oramos e orar em submissão a Sua vontade? Esta promessa é feita ainda mais forte em Is 65:24 .

O pão de angústia e água de aperto significa que as necessidades básicas da vida (Skinner), e pode também implicar que eles têm esse sustento nua no meio de perseguições e problemas (conforme 1Rs 22:27 ). Por professores se entende os profetas fiéis, que por tanto tempo têm sido silenciadas (Is 29:10 ).

Ambos uma condição e um resultado da bênção de Deus é que eles estão a contaminar a sobreposição das tuas imagens esculpidas (v. Is 30:22 ), e lançá-los fora como o imundo . Este é apenas o que foi feito na reforma sob Josiah no século seguinte (2Rs 23:1 , que haviam sido proibidos de cobiçar o metal precioso dos ídolos eles destruíram. Então, aqui eles são orientados a jogá-los fora como o imundo . Isto pode parecer desnecessária e de desperdício e, talvez, puritano, mas há momentos para fazer uma ruptura clara e decisiva com tudo o que cheira a mal. É melhor dar-se muito do que manter muito (conforme Mt 5:29. ).

A bênção prometida de Deus é que Ele lhes dará as necessidades físicas de suas vidas e uma certa quantidade de prosperidade no dia da sua reforma. Eles não estarão mais em uma terra estrangeira, ou cale-se em pequenos locais com terra insuficiente em que viver, mas Deus vai dar-lhes mesmo essas coisas, se eles vão simplesmente confiar nEle e servi-Lo. E, assim como o próprio sol aparece escurecido pelo pecado, a alegria de servir a Deus fará mesmo este mais agradável. Essas promessas não são promessas gerais de prosperidade a todos os que servem ao Senhor, mas foram dadas no contexto de uma situação em que a rebelião contra Deus estava prestes a fazer com que as pessoas a serem expulsos de suas casas.

3. Deus Salva Sem ajuda humana (30: 27-33)

27 Eis que o nome do Senhor vem de longe ardendo na sua ira, e densa nuvem de fumaça; os seus lábios estão cheios de indignação, ea sua língua é como um fogo devorador; 28 e sua respiração é como o ribeiro transbordante, que se estende em até o pescoço, para peneirar as nações com peneira de destruição, e um freio, que traz consigo a errar estará nas queixadas dos Pv 29:1 Tereis uma música como na noite em uma festa santa; e alegria de coração, como a daquele que vai com flauta para vir ao monte do Senhor, à Rocha de Israel. 30 E o Senhor fará com que sua voz gloriosa de ser ouvido, e mostrará a descida do seu braço, com o indignação da sua ira, e labareda de fogo consumidor, com uma explosão, e tempestade, e pedras de granizo. 31 Porque com a voz do Senhor será a Assíria te espantes; com a sua vara ferirá ele . 32 E cada golpe do pessoal nomeado, que o Senhor porá sobre ele, será com o som de tamboris e harpas; e em batalhas com o brandir de seu braço ele vai lutar com eles. 33 Para um Tofete é preparado de idade; sim, porque o rei é feito pronto; ele a fez profunda e grande; a sua pira é fogo, e tem muita lenha; o sopro de Jeová, como uma torrente de enxofre a acenderá.

Esta descrição altamente colorido da destruição da Assíria pelo poder de Deus se encaixa bem em toda a profecia. Isaías foi dizendo os governantes e as pessoas o tempo todo que eles não precisam de olhar para o Egito para pedir ajuda. Ele tem mostrado que tal ação é rebelião e insensatez. Agora, como no capítulo 25 , ele mostra que Deus pode livrá-los de seus inimigos, sem o auxílio de quaisquer outras nações. Assim, a ênfase desta seção é sobre a libertação poderosa de Deus.

Por o nome do Senhor (v. Is 30:27 ), devemos entender a presença gloriosa e poderosa do Senhor. Do mesmo modo, e pela mesma razão, Deus tem chamado a atenção para o significado do seu nome pouco antes de conduzir o povo para fora do Egito (Ex 6:2 ).Os versículos 27:28 comparar a ira juízo de Deus para várias figuras: fumaça, fogo, uma inundação (o ribeiro transbordante ), uma peneira, e um freio. É claro que Deus está no controle da situação, como sempre! O problema é que nós, mortais, tantas vezes se esqueça disso. É por isso que ficamos tão chateados e perturbada que mal sabemos o que fazer, e, em seguida, fazer a coisa errada. Se vamos aprender a confiar em Deus, que terá uma música, como de noite (v. Is 30:29 ). Mas isso não é apenas qualquer noite, mas a noite de uma festa santa -a Páscoa, que foi inaugurada na última noite escura da escravidão do Egito (Êx. 12 ). O resto do versículo 29 e também o versículo 30 de continuar a comparação com o êxodo do Egito, a viagem até Mount Sinai, e os trovões e relâmpagos, que revelou a presença de Deus ali. É então indicada Ele (v. Is 30:31 ), que é através da voz do Senhor que os assírios deve se assombrarão, e para que as pessoas terão tempo e força para cantar louvores a Deus como Ele dirige o inimigo para longe (v. Is 30:32) . Para um Tofete (pira funerária) é preparado de idade por Deus para os assírios, e para todos os outros inimigos do Seu povo, e o sopro de Jeová -não a ira do homem- kindle Acaso ele .


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Isaías Capítulo 30 do versículo 1 até o 33
30.1 Fazem aliança. Heb "tecem uma teia”. Sem a minha aprovação. Heb "Não do meu Espírito”; as alianças políticas desobedeciam às diretrizes ensinadas pelos profetas, cujas palavras foram inspiradas pelo próprio Espírito (Êx 23:32; Is 28:18).

30.3 Vergonha. A aliança com o Egito foi a causa da destruição de Judá.
30.4 Zoã... Hanes. Hanes ficava bem ao sul de Mênfis; Zoã é a antiga Tânis. As duas cidades representam o império do Egito.

30.5 Oséias, falando somente às dez tribos do norte, já condenara sua aliança com a Assíria; no sul, em Judá, a possível aliança com o Egito era um assunto em pauta na época da ameaça da Assíria, e na época da Babilônia. O período total durou desde 740 a.C., até 587 a.C.,. (do da destruição total de Jerusalém). Conforme Is 20:5.

30.10,11 Os profetas fiéis são acusados de pessimismo e falta de patriotismo, por parte daqueles que preferem e proferem .coisas aprazíveis" (conforme Jl 2:12; Dn 9:7; Mq 2:6, Mq 2:11). Para muitas pessoas, a religião só é aceita quando traz a parte de consolação, da esperança, da alegria.

30.12 Confiais no opressão. Aqui, a palavra "opressão" descreve a natureza do antigo império do Egito, onde os antepassados dos israelitas tinham passado séculos na escravidão. É de lá que Deus libertou seu povo com milagres portentosos. Daí a falta de entendimento da parte do povo em atravessar o deserto do Sul de Judá, lugar perigosíssimo, para levar ricas ofertas ao Egito (v. 6), para assim voltarem a ser súditos da opressão. Perversidade. Os egípcios viviam da política de jogar uma nação contra outro, só se aventurando à guerra aberta quando as demais nações se tinham esgotado.

30.14 Esta é uma descrição da mais completa destruição.
30.15 No meio da destruição nacional já prenunciada, ainda há uma resposta verdadeira e eficaz a fé em Deus que faz o homem aquietar-se em reverência e confiança perante o Senhor, para receber a solução que provém do Seu poder. A descrença é a única explicação para a rebeldia do povo.
30.17 Mil homens fugirão. Em Lv 26, descrevem-se os castigos que se acumulam com a contínua desobediência aos preceitos divinos; doenças, vitória das selvas, invasões, destruição física e, finalmente, uma transformação psicológica, em que o mínimo perigo ia provocar terror e angústia (Lv 26:36-37). Mastro: Ilustração de desamparo e desolação.

30.18 Bem-aventurados todos os que nele esperam. Mais uma expressão da vitória da fé em Deus (conforme 64.4; Rm 8:28).

30.20 Mestres. Os judeus interpretam este plural como um plural majestoso, isto é, deve ser traduzido "Mestre", com maiúsculas, referindo-se à pessoa do Messias vindouro. Os vv. 18-26 falam das bênçãos que viriam sobre os remanescentes na época messiânica.

30.22 Ouro. Até as coisas mais preciosas, humanamente falando, tornam-se rejeitadas quando se dedicam a finalidades contrárias à vontade divina, neste caso, à idolatria (cf. 40.19).

30.24 Sal. Sinal de prosperidade, dá qual até os animais domésticos participam. Ilustração de bênçãos espirituais (conforme Mt 5:13).

30.27 O nome do Senhor. A manifestação poderosa da presença de Deus, a revelação da onipotência divina, pela qual a Assíria será vencida.

30.30 Saraiva. Uma repetição do milagre pelo qual Deus protegeu seu povo, séculos antes, na batalha contra os amorreus (Js 10:11).

30.32 Som de tamboris. Instrumentos musicais do exército.

30.33 Fogueira. Heb tophteh, lugar onde se queimavam crianças em sacrifício a Moloque, depois reduzido a depósito do lixo de Jerusalém no vale de Hinom (2Rs 23:10). Daí vem a palavra Geena, "inferno".


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Isaías Capítulo 30 do versículo 1 até o 33
f) A insensatez dos planos humanos (30:1-17)
Quatro oráculos relacionados ao período da revolta de Ezequias contra a Assíria são combinados aqui: os v. 1-5,6,7,8-14,15ss. Os primeiros dois são protestos contra a política de buscar a ajuda do Egito contra os assírios. Até mesmo Acabe havia mostrado disposição de consultar profetas de Javé antes de iniciar uma campanha potencialmente desastrosa (conforme lRs 22); mas evidentemente os conselheiros de Ezequias se esforçaram em não dar ouvidos às palavras do Senhor por meio dos seus verdadeiros profetas (v. 2). A expressão fazem acordo sem minha aprovação provavelmente significa uma ação secreta (cf.

29.15); é uma frase incomum, que parece ser uma metáfora oriunda do trabalho de tecer redes. O Egito por diversas vezes havia deixado de dar a ajuda militar prometida aos seus protegidos; mas uma nova dinastia lá, que havia expandido as fronteiras e o tamanho do país (conforme v. 4), talvez tenha inspirado nova confiança na sua capacidade de cumprir as promessas. Isaías continua pensando (corretamente, como os eventos logo demonstraram) que o socorro [do Egito] étotalmente inútil (v. 7).

Os dois oráculos têm o mesmo propósito, mas o segundo é mais poético e repleto de alusões do que o primeiro; sem dúvida, a intenção era atrair mais a atenção de um público rebelde. O título (v. 6) é mais um entre os títulos enigmáticos (v. 21.1), explicado pelo restante do versículo: os enviados de Judá são retratados como fazendo uma jornada árdua através do Neguebe (i.e., para manter o segredo, evitam a estrada costeira principal) até o Egito, carregados de suborno (v.comentário Dt 14:29 acerca das serpentes velozes). Mas a jornada cara e perigosa é vã, pois o Egito é um verdadeiro monstro de poder caótico — mas que não alcança nada. “Raabe”, no hebraico, era um monstro que foi derrotado por Baal de acordo com as crenças cananéias; o nome é também aplicado ao Egito em Sl 87:4 (e talvez em Is 51:9,Is 51:10, q.v.).

No terceiro oráculo (v. 8-14), o profeta concentra o seu ataque em pessoas como os conselheiros de Ezequias que fecharam os seus ouvidos à palavra de Deus por meio dos profetas (esta mensagem no v. 12 pode significar advertências proféticas em geral). Ele castiga a atitude deles em relação aos profetas nos v. 11,12; como em 28.15, Isaías está colocando em palavras o que eles na verdade queriam dizer, e não o que de fato disseram. Mas a palavra de Deus não é evitada ou derrubada tão facilmente; o castigo certamente virá, tão repentinamente como desaba um muro, tão irreversivelmente como é esmagado um vaso de barro (v. 13,14). A certeza com que a palavra de Deus se torna realidade é simbolizada na instrução de se registrar o oráculo (v. 8); se a palavra livro (“rolo”, em algumas versões) deve no contexto ser traduzida por “inscrição” (NEB), é fato histórico que o oráculo e seu cumprimento permanecem como testemunho eterno num livro!

O quarto oráculo tem características mais gerais, mas é particularmente adequado como condenação das tentativas desesperadas de Judá de conseguir apoio militar dos egípcios contra Senaqueribe e como predição da rapidez e eficiência da invasão assíria. O retrato de Judá no isolamento, abandonado por seus aliados, é especialmente vívido e convincente.
g) A promessa da libertação (30.18
33)
Esse trecho pode ser tratado como uma unidade, que se divide em duas seções naturais (v. 18-26,27-33), que talvez origina-riamente estivessem separadas. Os v. 19-26 estão em prosa, mas os v. 29-33 aparentemente estão em poesia. O v. 18 está em forma de poesia e serve como transição das advertências dos v. 1-17 para o consolo e a esperança desse trecho. Essa súbita mudança de tom é típica de grande parte do livro de Isaías; aliás, é também uma característica do livro considerado como um todo. O v. 18 sugere que é exatamente o isolamento desesperado de Judá em face dos ataques assírios que produz a mudança de circunstâncias e a mudança da mensagem divina. “Até aqui e não mais” resume as intenções divinas para com a Assíria. Está claro que a promessa imediata era o livramento de Judá do exército assírio; mas a profecia vê muito além e enxerga a época dourada (v. 23-26), com uma terra irrigada miraculosamente e muito produtiva em Israel. O cumprimento da primeira profecia deve ser a prova do cumprimento posterior da segunda.
Os v. 19-22, embora preditivos, ainda transmitem um retrato bem realista da situação presente. O povo de Judá ainda não está preparado para chorar diante do Senhor, apesar da sua “dieta de prisão” (conforme lRs 22.27), que pode significar condições de cerco, e eles continuam idólatras. Mas virá o dia em que reconhecerão Javé como seu verdadeiro Mestre e estarão preparados para seguir a sua orientação por meio dos mestres que ele enviar. Os v. 23ss podem sugerir que na época do oráculo Deus havia enviado uma medida de fome e seca; mas o v. 26 parece inteiramente figurado.

O oráculo final do capítulo (v. 27-33) recorre à linguagem da adoração; aliás, os v.
27,28 parecem pertencer a um hino do templo (seja da autoria de Isaías, seja citado por ele) que dirige a atenção para a vinda de Javé — De longe — para libertar o seu povo e derrotar as nações dos gentios (conforme Sl 2:06ss). No monte Sinai, Deus havia visitado Israel com amor; mas nessa ocasião, enquanto em Jerusalém a festa é celebrada com tamborins e harpas, Deus vai visitar a Assíria com castigo, pois ela não é mais a vara do Senhor (como em 10.5), mas é castigada por ela (v.

31,32). O versículo final, 33, anuncia abertamente a derrota do rei assírio (v. 37.36); mas a sua linguagem adota um jogo de palavras acerca de outro tema cultual — que desta vez não é a verdadeira adoração no monte Sião, mas a adoração idólatra em Tofete, próximo de Jerusalém, em que crianças eram queimadas em sacrifício ao deus Moloque (estritamente, “melek”; a NVI traz aqui “o rei”); conforme Jr 7:31,Jr 7:32. Acaz foi um rei que sacrificou seu filho nesse ritual repugnante (cf. 2Rs 16:3).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Isaías Capítulo 28 do versículo 1 até o 24

VOLUME V. MALDIÇÕES SOBRE OS 1NCRÉDULOS DE

ISRAEL. 28:1 - 33:24.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Isaías Capítulo 30 do versículo 18 até o 33
e) Perdão, prosperidade e triunfo (Is 30:18-33)

Devido à desobediência de Israel, Jeová tem de esperar o momento de ser bondoso (18). A Sua misericórdia tão soberana e tão gratuita remirá e salvará o Seu povo. As palavras que se seguem (19-26) figuram entre tudo o que de mais belo Isaías nos legou nos seus escritos. Não temos aqui uma argumentação fixa, apenas relâmpago após relâmpago da revelação divina. Abrem-se janelas umas após outras, cada qual com uma nova visão gloriosa. Serão verdadeiramente concedidos dons de Deus que satisfazem todas as necessidades: um lar permanente, conforto para todos os desgostos (19); pão da adversidade, mas acompanhado da revelação divina (20); orientação certa (21); ódio à idolatria, sendo todos os ídolos lançados fora para sempre (22); maior produtividade do solo (23-25); luz e glória (26).

Tudo isto aguarda ainda a sua realização. Entretanto, os assírios acumulam os seus exércitos, e o clamor da sua aproximação torna-se cada vez mais forte (27-28). Todavia, na noite de aflição ouvir-se-á o cântico de solene júbilo como quando se celebra uma festa sagrada (29). É o cântico da confiança em Deus, e em breve se vêem as nuvens e trovões da guerra afastarem-se para bem longe da cidade santa, no encalce do assírio em debandada (31-32). Finalmente, o poder assírio desaparecerá em fumo e chamas (33).

Os teus instruidores (20); aliás a tradução correta é no singular, "o teu instruidor" -referência clara ao próprio Jeová. Como o ribeiro transbordando (28). Temos aqui três metáforas: uma cheia, uma peneira e um freio. Com peneira de vaidade (28), isto é, para nada. A noite de santa solenidade (29) refere-se à Páscoa, celebrada de noite, no meio de cânticos. Que feriu com a vara (31); refere-se ao Senhor. Traduza-se:

A voz trovejante de Jeová,

Quando Ele castiga com a vara,

A Assíria encolher-se-á de terror.

>Is 30:32

E a cada pancada do bordão do Juízo (32). Os golpes do destino divino cairão um após outro no meio dos cânticos do regozijo entoados pelo povo remido de Jeová. Tophet (33), um local onde se queimavam detritos. Para o rei (33), isto é, o rei da Assíria.


Dicionário

Bem

substantivo masculino O que causa alegria e felicidade: desejar o bem.
Pessoa de quem se gosta muito: ela sempre foi o meu bem.
Aquilo que alguém possui; posse: tinha muitos bens.
advérbio De maneira boa e adequada; adequadamente: ele trabalha bem.
De modo saudável; que apresenta uma boa saúde: o paciente está bem.
Em que há correção, perfeição, qualidade; corretamente: ele atua bem.
De modo confortável, cômodo; confortavelmente: o sapato ficou bem?
De modo justo, honesto ou correto; honestamente: comportou-se bem.
Em demasia; de modo excessivo; muito: o jogo foi bem fácil.
De modo exato; sem atrasos; exatamente: o avião aterrissou bem no horário.
adjetivo Que faz parte da classe de pessoas ricas, da alta sociedade.
Etimologia (origem da palavra bem). Do latim bene.

substantivo masculino O que causa alegria e felicidade: desejar o bem.
Pessoa de quem se gosta muito: ela sempre foi o meu bem.
Aquilo que alguém possui; posse: tinha muitos bens.
advérbio De maneira boa e adequada; adequadamente: ele trabalha bem.
De modo saudável; que apresenta uma boa saúde: o paciente está bem.
Em que há correção, perfeição, qualidade; corretamente: ele atua bem.
De modo confortável, cômodo; confortavelmente: o sapato ficou bem?
De modo justo, honesto ou correto; honestamente: comportou-se bem.
Em demasia; de modo excessivo; muito: o jogo foi bem fácil.
De modo exato; sem atrasos; exatamente: o avião aterrissou bem no horário.
adjetivo Que faz parte da classe de pessoas ricas, da alta sociedade.
Etimologia (origem da palavra bem). Do latim bene.

[...] O bem é uma couraça contra o qual virão sempre se quebrar as armas da malevolência.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] para fazer o bem, o espírita não deve sondar a consciência e a opinião e, ainda que tivesse à sua frente um inimigo de sua fé, mas infeliz, deve vir em seu auxílio nos limites de suas faculdades. É agindo assim que o Espiritismo mostrará o que é e provará que vale mais do que o que lhe opõem.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O bem é tudo o que é conforme à Lei de Deus [...]. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a Lei de Deus. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 630

[...] fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 643

[...] é uma couraça contra a qual sempre se quebrarão as manobras da malevolência!...
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Os desertores

[...] O bem que fazemos é conquista pessoal, mas ele vem partilhado pelos empréstimos de talentos da Bondade Divina, a fim de que nossos esforços não sucumbam diante da história de sombras que trazemos de experiências passadas. Para realizar o bem, é preciso a decisão íntima – eu quero fazer. Mas os resultados que porventura venham dessa prática, segundo Paulo, não nos pertencem. Uma visita fraterna, uma aula bem preparada em favor da evangelização infanto-juvenil, uma palestra amorosa que toque o coração dos ouvintes – tudo são ações cometidas pelo empenho individual, por uma decisão particular, mas cujas conseqüências devem ser depositadas na conta do Cristo, Fonte geradora dos recursos sutis em que nos apoiamos para realizar a tarefa.
Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A luz é minha realização

[...] é a única realidade eterna e absoluta em todo o Universo [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O problema do mal

[...] é a única Realidade Absoluta, o destino final da Criação [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Os Espíritos podem retrogradar?

O bem é a lei suprema do Universo e o alvo da elevação dos seres. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

[...] Todo bem que se pode produzir é felicidade que se armazena.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

O bem é tudo quanto estimula a vida, produz para a vida, respeita e dignifica a vida.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 34

O bem [...] não se circunscreve a limites nem se submete a nominações, escolas ou grupos. Como o oxigênio puro, a tudo vitaliza e, sem ele, a vida perece.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 18

[...] O bem que distendemos pelo caminho é eterna semente de luz que plantamos no solo do futuro, por onde um dia chegarão nossos pés. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 8

[...] saneador divino [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 8

[...] É uma conseqüência inevitável do que traz uma das características divinas: a imutabilidade.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Tempo

O bem é, por conseguinte, valioso recurso autopsicoterápico, que merece experimentado pelos encarnados.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 33

[...] é a substância intrínseca de tudo quanto existe. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

O Bem Eterno é bênção de Deus à disposição de todos.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 28

[...] todo bem realizado, com quem for e seja onde for, constitui recurso vivo, atuando em favor de quem o pratica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

[...] é o progresso e a felicidade, a segurança e a justiça para todos os nossos semelhantes e para todas as criaturas de nossa estrada [...], nossa decidida cooperação com a Lei, a favor de todos, ainda mesmo que isso nos custe a renunciação mais completa [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

[...] constitui sinal de passagem livre para os cimos da Vida Superior [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

[...] é o verdadeiro antídoto do mal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

[...] é o único determinismo divino dentro do Universo, determinismo que absorve todas as ações humanas, para as assinalar com o sinete da fraternidade, da experiência e do amor. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

[...] é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 35

Não olvides, portanto, / Que possuis tão-somente / O que dás de ti mesmo / No amparo aos semelhantes, / Porque o bem que ofereces / Aos irmãos de jornada / É crédito de luz / A enriquecer-te a vida, / Nos caminhos da Terra / E nas bênçãos do Céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 20

O Bem é a luz que deve consolidar as conquistas substanciais do nosso esforço e onde estiver o bem, aí se encontra o Espírito do Senhor, auxiliando-nos a soerguer os corações para as Esferas Superiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O Bem é o trabalho que aperfeiçoa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O bem é porto seguro / Neste globo deescarcéus, / Pague o seu débito aomundo / E seja credor nos céus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o inamovível fundamento da Lei.[...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] o bem real para nós será semprefazer o bem aos outros em primeirolugar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 2ª reunião-conversação

Em suma, o bem é o Amor que sedesdobra, em busca da Perfeição noInfinito, segundo os Propósitos Divinos[...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor

Estende a bondade a todos. / O bem é aglória da vida. / Enfermeiro sem cuidado/ Alarga qualquer ferida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 5

Nunca te afastes do bem, / Que é a baseda Lei Divina. / O desejo é semprenosso, / Mas Deus é quem determina
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 30

Todo bem, qualquer que ele seja, ébênção creditada a favor de quem opratica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Merecimento maior

[...] o bem genuíno será sempre o bemque possamos prestar na obra do bemaos outros. [...]O bem é luz que se expande, na medidado serviço de cada um ao bem de todos,com esquecimento de todo mal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Na lei do bem

[...] A prática do bem ainda é a maior escola de aperfeiçoamento individual, porque conjuga em seus cursos a experiência e a virtude, o raciocínio e o sentimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31

[...] é a nossa porta redentora. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] é o crédito infalível no livro da eternidade [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Amanhã

O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores, revelando forças diferentes.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 62

[...] praticar o bem, dando alguma coisa de nós mesmos, nas aquisições de alegria e felicidade para os outros, é o dom sublime por excelência [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

O bem é uma idéia-luz, descerrando à vida caminhos de elevação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 20

[...] o bem [...] possui caráter divino e semelhante aos atributos do Pai Excelso, traz em si a qualidade de ser infinito em qualquer direção.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 44

Bem e mal O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] todo bem é expansão, crescimento e harmonia e todo mal é condensação, atraso e desequilíbrio. O bem é a onda permanente da vida a irradiar-se como o Sol e o mal pode ser considerado como sendo essa mesma onda, a enovelar-se sobre si mesma, gerando a treva enquistada. Ambos personalizam o amor que é libertação e o egoísmo, que é cárcere.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60


Compadecer

verbo transitivo direto e pronominal Ter compaixão de; condoer-se: Deus se compadeça de nós!
Resignar ou resignar-se; conformar-se.
Ser compatível, harmonizar-se; conciliar-se: amor e ódio não se compadecem.
verbo transitivo direto Incitar ou ocasionar compaixão a: a saída do presidente não compadeceu o povo.
Possuir tolerância ou compaixão; ter capacidade para aceitar algo inadmissível; tolerar.
Etimologia (origem da palavra compadecer). Com + padecer.

do Lat.compatescere

v. tr., ter compaixão de; lastimar; deplorar;

v. int., consentir; sofrer;

v. refl., apiedar-se; condoer-se; comiserar-se; ser compatível; harmonizar-se.


Compadecer Ter compaixão (Sl 106:45).

Deus

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.


Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Equidade

retidão, justiça. – Segundo Bruns. –, a equidade consiste em manter a balança em equilíbrio para dar a cada um o que lhe pertence de consciência, pesando exatamente os prós e os contras, e consultando imparcialmente a nossa razão, para avaliarmos, como é devido, os fatos e motivos que devem influir na nossa decisão. Ter equidade é não fazer exceção ou distinção de pessoas; é tratar a todos igualmente e como a si próprio. A equidade não corresponde, portanto, a nenhum direito humano, nem a nenhuma lei positiva, mas sim à lei natural, e ao direito tal como o sentimos e reconhecemos na nossa consciência. A equidade é a base da justiça; pois esta é uma instituição puramente humana, ou virtude convencional... É inegável que a justiça se aproxima mais ou menos do direito absoluto; mas é inegável também que ela depende essencialmente do grau de moralidade e de cultura do indivíduo e da sociedade... Outra grande diferença entre a justiça e a equidade está em que a justiça não considera senão o fato em si, não podendo penetrar nas intenções nem nas causas determinantes do fato, por não ter alçada na consciência; ao passo que a equidade sonda as consciências, aprecia as causas determinantes, tem em conta as circunstâncias, e atenua muitas vezes o rigor da justiça... A retidão consiste em seguir retamente o caminho traçado pela consciência, ou melhor – pelo sentimento da equidade. O seu caráter predominante é a firmeza inabalável e inflexível ante os rogos, as solicitações, as ameaças, e o próprio interesse. Quem é reto, ou tem retidão, sacrifica tudo ao sentimento de justiça e de equidade que o anima. Comparando a retidão com a justiça, pode-se dizer que esta consiste no respeito dos direitos alheios; e aquela, a retidão, na estrita e escrupulosa observância das leis. A justiça só intervém quando há oposição de pretensões ou de interesses; a retidão preside a todos os atos da vida em que a equidade tem de intervir. O juiz obra com equidade quando julga segundo os ditames da sua consciência, de acordo com os princípios absolutos do direito; obra com justiça quando sentencia conforme ao provado; e obra com retidão quando resiste a empenhos, a ameaças, a seduções etc. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 387

Disposição de reconhecer o direito de cada um; sentimento de justiça

substantivo feminino Característica de algo ou alguém que revela senso de justiça, imparcialidade, isenção e neutralidade: duvidou da equidade das eleições.
Correção no modo de agir ou de opinar; em que há lisura, honestidade; igualdade: tratou-a com equidade.
Disposição para reconhecer a imparcialidade do direito de cada indivíduo: a empresa reconhecia a equidade de seus funcionários.
Etimologia (origem da palavra equidade). Do latim equitas.

Eqüidade

Eqüidade Imparcialidade (Cl 4:1).

Misericórdia

Misericórdia O termo reúne em si o sentimento de compaixão (Mt 9:36; 14,14; 15,32; 20,34; Mc 9:22; Lc 10:33; 7,13 15:20) e, ocasionalmente, a fidelidade à Aliança. É este último sentido que explica, pelo menos em parte (comp. Jo 3:16), a busca do pecador por parte de Deus (Lc 1:54.72; Mt 5:7; 23,23). Deus é um Deus de misericórida (Lc 1:50) e essa virtude deve ser encontrada também nos discípulos de Jesus (Mt 9:13; 12,7; 18,23-35; Lc 6:36; 10,37).

substantivo feminino Sentimento de pesar ou de caridade despertado pela infelicidade de outrem; piedade, compaixão.
Ação real demonstrada pelo sentimento de misericórdia; perdão concedido unicamente por bondade; graça.
Antigo Local onde os doentes, órfãos ou aqueles que padeciam, eram atendidos.
Antigo Punhal que outrora os cavaleiros traziam à cintura no lado oposto da espada que lhes servia para matar o adversário, caso ele não pedisse misericórdia.
Misericórdia divina. Atribuição de Deus que o leva a perdoar os pecados e faltas cometidas pelos pecadores.
Bandeira de misericórdia. Pessoa bondosa, sempre pronta a ajudar o próximo e a desculpar-lhe os defeitos e faltas.
Golpe de misericórdia. O Ferimento fatal feito com o punhal chamado misericórdia; o golpe mortal dado a um moribundo.
Mãe de misericórdia. Denominação dada à Virgem Maria para designar a sua imensa bondade.
Obras de misericórdia. Nome dado aos quatorze preceitos da Igreja, em que se recomendam diferentes modos de exercer a caridade, como: visitar os enfermos, dar de comer a quem tem fome etc.
Estar à misericórdia de alguém. Depender da piedade de alguém.
Pedir misericórdia. Suplicar caridade.
Etimologia (origem da palavra misericórdia). Do latim misericordia.ae.

Misericórdia
1) Bondade (Js 2:14, RA).


2) Bondade, AMOR e GRAÇA de Deus para com o ser humano, manifestos no perdão, na proteção, no auxílio, no atendimento a súplicas (Ex 20:6; Nu 14:19, RA; Sl 4:1). Essa disposição de Deus se manifestou desde a criação e acompanhará o seu povo até o final dos tempos (Sl 136, RA; Lc 1:50).


3) Virtude pela qual o cristão é bondoso para com os necessitados (Mt 5:7; Jc 2:13).


A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto, aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10, it• 4


Compaixão pela miséria alheia. indulgência, graça, perdão, piedade.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Sera

abundância

Será

substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

(Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).


Ter

verbo transitivo direto Passar a possuir; receber: tiveram o contrato da casa.
Ser o dono ou usufruir de; possuir: ele tem dois carros; ele não teve herança.
Possuir a autoridade ou o domínio sobre: tinha um povo.
Deter a posse de alguma coisa para uso próprio: ela não tem computador.
Conseguir por meio de pagamento: tive o carro por uma pechincha.
Portar, carregar consigo: você tem uma caneta?
Passar pela experiência de; experienciar: tive a alegria de conhecê-la.
Possuir como elemento; apresentar: certas bicicletas têm amortecedores.
Expressar certa quantidade ou comprimento: o prédio de três andares tem 12 metros.
Ser composto por: este CD tem 25 músicas.
Possuir a ajuda de: não temos muitos funcionários.
Medir o tempo de vida ou a idade de: minha filha tem 10 anos.
Descrever os que ainda estão vivos ou mortos: não tinha avô paterno; tinha sete filhos para educar.
Possuir determinada ocupação; possuir: tinha o cargo de professor.
Fazer com que se realize; efetuar: ainda teremos dois convidados.
Ser o motivo ou razão de: o professor têm muitos alunos.
Usufruir de determinado
(s): direito
(s): ou benefício(s): não teve seus direitos respeitados; temos o direito de participar.

Possuir qualquer tipo de vínculo: o casal têm dois filhos.
Receber certa informação: tivemos esta semana avisos de contas.
Proceder; comportar-se com: tenha atenção aos obstáculos.
Sentir: tinha muita fome!
Assumir certa opinião: tinha um ponto de vista irônico.
Receber em sua residência: tive-a em minha casa semana passada.
verbo transitivo direto e bitransitivo Permanecer em certo local ou posição; conservar: queria ter deitado.
Guardar de modo particular; conseguir para si: no futuro, ainda terei um amor; tenho-a nas lembranças.
Ser o alvo dos ensinamentos de outrem: nunca teve aulas de inglês.
Passar a ter o conhecimento de; sentir: tinha muito amor.
verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Demonstrar ou definir-se por: tinha serenidade; tinha um humor horrível.
verbo transitivo direto , transitivo direto predicativo e bitransitivo Trazer por um instante: tinha os cabelos presos.
verbo transitivo direto , transitivo direto predicativo e pronominal Fazer considerações acerca de; julgar-se: tenho que você foi o melhor candidato; sua mãe sempre a tivera como inteligente.
verbo transitivo direto e predicativo Colocar à disposição de: eu tenho dinheiro a oferecer.
verbo bitransitivo Estar relacionado com: o assunto tem a ver com o tema.
Obter por meio de transferência; herdar: da mãe teve a sabedoria.
Carregar junto de si: tinha um sofrimento imenso.
verbo pronominal Estar ou passar a estar em certo local; passar: teve-se em viagens.
Demonstrar uma dedicação excessiva a; apegar-se: nunca se teve aos avós.
Valer-se de; expressar valor ou interesse por: tem-se em excesso à igreja.
substantivo masculino plural Teres. Aquilo que se possui; bens ou posses.
Etimologia (origem da palavra ter). Do latim tenere.

Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 10

[...] matéria-prima, o substratum definitivo de todos os movimentos. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] O éter do espaço é o elo conector. No mundo material, ele é a realidade fundamental, substancial. No mundo espiritual, as realidades da existência são outras e muito mais elevadas; porém, quanto ao modo por que atua o éter, mal podemos presentemente suspeitar.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

O éter do espaço pode agora ser tido como um grande elo a ligar o mundo da matéria ao do espírito; é a substância comum a ambos esses mundos. Ambos se contêm dentro dela, dela fazendo parte e sendo dela formados. [...]
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

[...] fluido que gerou tudo o que existe. Sem ele nada existiria, e com ele tudo pode ser produzido. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O éter cósmico

O éter, ou fluido cósmico universal, que envolve toda a criação.
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

Se, como desencarnados, começamos a examiná-lo na sua essência profunda, para os homens da Terra o éter é quase uma abstração. De qualquer modo, porém, busquemos entendê-lo como fluido sagrado da vida, que se encontra em todo o cosmo; fluido essencial do Universo, que, em todas as direções, é o veículo do pensamento divino.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 20


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Isaías 30: 18 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Por isso, o SENHOR esperará, para ter misericórdia de vós; e por isso Se levantará, para Se compadecer de vós, porque o SENHOR é um Deus de justiça; bem-aventurados todos os que nEle esperam.
Isaías 30: 18 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

725 a.C.
H2442
châkâh
חָכָה
חכה
(and if we stay)
Verbo
H2603
chânan
חָנַן
ser gracioso, mostrar favor, ser misericordioso
(has graciously given)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H3651
kên
כֵּן
tão / assim
(so)
Adjetivo
H430
ʼĕlôhîym
אֱלֹהִים
Deus
(God)
Substantivo
H4941
mishpâṭ
מִשְׁפָּט
julgamento, justiça, ordenação
(and judgment)
Substantivo
H7311
rûwm
רוּם
erguer, levantar, estar alto, ser elevado, ser exaltado
(and it was lifted up)
Verbo
H7355
râcham
רָחַם
amar, amar profundamente, ter misericórdia, ser compassivo, ter afeição terna, ter
(and will show mercy)
Verbo
H835
ʼesher
אֶשֶׁר
felicidade, bem-aventurança
(Happy)
Substantivo


חָכָה


(H2442)
châkâh (khaw-kaw')

02442 חכה chakah

uma raiz primitiva [aparentemente ligada a 2707 com a idéia de perfurar]; DITAT - 645; v

  1. esperar, esperar por, aguardar
    1. (Qal) esperar por
    2. (Piel)
      1. esperar, demorar
      2. esperar (em emboscada)
      3. esperar por, ansiar por

חָנַן


(H2603)
chânan (khaw-nan')

02603 חנן chanan

uma raiz primitiva [veja 2583]; DITAT - 694,695; v

  1. ser gracioso, mostrar favor, ser misericordioso
    1. (Qal) mostrar favor, ser gracioso
    2. (Nifal) ser piedoso
    3. (Piel) tornar gracioso, tornar favorável, ser gracioso
    4. (Poel) dirigir favor a, ter misericórdia de
    5. (Hofal) receber favor, receber consideração
    6. (Hitpael) buscar favor, implorar favor
  2. ser repugnante

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

כֵּן


(H3651)
kên (kane)

03651 כן ken

procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

  1. assim, portanto, estão
    1. assim, então
    2. assim
    3. portanto
    4. assim...como (em conjunto com outro adv)
    5. então
    6. visto que (em expressão)
    7. (com prep)
      1. portanto, assim sendo (específico)
      2. até este ponto
      3. portanto, com base nisto (geral)
      4. depois
      5. neste caso adj
  2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
    1. reto, justo, honesto
    2. correto
    3. verdadeiro, autêntico
    4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

אֱלֹהִים


(H430)
ʼĕlôhîym (el-o-heem')

0430 אלהים ’elohiym

plural de 433; DITAT - 93c; n m p

  1. (plural)
    1. governantes, juízes
    2. seres divinos
    3. anjos
    4. deuses
  2. (plural intensivo - sentido singular)
    1. deus, deusa
    2. divino
    3. obras ou possessões especiais de Deus
    4. o (verdadeiro) Deus
    5. Deus

מִשְׁפָּט


(H4941)
mishpâṭ (mish-pawt')

04941 משפט mishpat

procedente de 8199; DITAT - 2443c; n m

  1. julgamento, justiça, ordenação
    1. julgamento
      1. ato de decidir um caso
      2. lugar, corte, assento do julgamento
      3. processo, procedimento, litigação (diante de juízes)
      4. caso, causa (apresentada para julgamento)
      5. sentença, decisão (do julgamento)
      6. execução (do julgamento)
      7. tempo (do julgamento)
    2. justiça, direito, retidão (atributos de Deus ou do homem)
    3. ordenança
    4. decisão (no direito)
    5. direito, privilégio, dever (legal)
    6. próprio, adequado, medida, aptidão, costume, maneira, plano

רוּם


(H7311)
rûwm (room)

07311 רום ruwm

uma raiz primitiva; DITAT - 2133; v.

  1. erguer, levantar, estar alto, ser elevado, ser exaltado
    1. (Qal)
      1. ser alto, estar colocado no alto
      2. ser erguido, ser enlevado, ser exaltado
      3. ser elevado, levantar
    2. (Polel)
      1. criar (filhos), fazer crescer
      2. levantar, erguer, exaltar
      3. exaltar, enaltecer
    3. (Polal) ser levantado
    4. (Hifil)
      1. erguer, levantar, elevar, recolher, estabelecer, erigir, exaltar, estar nas alturas
      2. levantar (e levar), remover
      3. erguer e apresentar, contribuir, ofertar
    5. (Hofal) ser retirado, ser abolido
    6. (Hitpolel) exaltar-se, engrandecer-se
  2. (Qal) estar podre, estar tomado por vermes

רָחַם


(H7355)
râcham (raw-kham')

07355 רחם racham

uma raiz primitiva; DITAT - 2146; v.

  1. amar, amar profundamente, ter misericórdia, ser compassivo, ter afeição terna, ter compaixão
    1. (Qal) amar
    2. (Piel)
      1. ter compaixão, ser compassivo
        1. referindo-se a Deus, ao homem
    3. (Pual) ser objeto de compaixão, ser compassivo

אֶשֶׁר


(H835)
ʼesher (eh'-sher)

0835 אשר ’esher

procedente de 833; DITAT - 183a; n m

  1. felicidade, bem-aventurança
    1. freqüentemente usado como interjeição
    2. bem-aventurados são