Enciclopédia de Daniel 1:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dn 1: 11

Versão Versículo
ARA Então, disse Daniel ao cozinheiro-chefe, a quem o chefe dos eunucos havia encarregado de cuidar de Daniel, Hananias, Misael e Azarias:
ARC Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:
TB Então, disse Daniel ao despenseiro, a quem o príncipe dos eunucos tinha constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:
HSB וַיֹּ֥אמֶר דָּנִיֵּ֖אל אֶל־ הַמֶּלְצַ֑ר אֲשֶׁ֤ר מִנָּה֙ שַׂ֣ר הַסָּֽרִיסִ֔ים עַל־ דָּנִיֵּ֣אל חֲנַנְיָ֔ה מִֽישָׁאֵ֖ל וַעֲזַרְיָֽה׃
BKJ Então disse Daniel a Melzar, a quem o príncipe dos eunucos havia estabelecido sobre Daniel, Hananias, Misael, e Azarias.
LTT Então disse Daniel a Melzar ‹O Administrador- da- Despensa- Celeiro› a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:
BJ2 Então Daniel disse ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia confiado Daniel, Ananias, Misael e Azarias:

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Daniel 1:11

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

DANIEL E NABUCODONOSOR

605-562 a.C.
DANIEL E SEUS AMIGOS
Daniel e seus três amigos, Hanaias, Misael e Azarias, haviam sido deportados para a Babilônia em 605 .C. Assim que chegaram, tiveram de tomar a decisão de não se contaminar com a comida e o vinho do rei, provavelmente pelo fato desses alimentos e bebidas serem oferecidos a ídolos.' Nabucodonosor ficou impressionado com esses quatro novos membros de sua corte. Ao interrogá-los, descobriu que eram dez vezes melhores do que todos os magos e encantadores de seu reino em todas as questões de cultura e sabedoria. No segundo ano de seu reinado (604 a.C.), Nabucodonosor teve um sonho.- Talvez com o intuito de obter uma interpretação divinamente inspirada, o rei perturbado declarou que seus conselheiros teriam de lhe dizer, em primeiro lugar, qual havia sido o sonho e, em seguida, a interpretação. Com a ajuda de Deus, Daniel relatou a Nabucodonosor o sonho no qual o rei viu uma grande estátua dividida em quatro partes e deu uma interpretação referente a cinco reinos, dos quais o primeiro era a Babilônia.
De acordo com Daniel 3:1, Nabucodonosor ordenou a construção de uma estátua revestida de ouro no campo de Dura, talvez Duru-sha-karrabi, nos arredores da cidade da Babilônia. E possível que essa estátua com 27 m de altura incluísse um pedestal ou coluna. Nabucodonosor ordenou que todos se curvassem e adorassem a estátua, mas os três amigos de Daniel, conhecidos por seus nomes babilônicos Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, recusaram obedecer e foram lançados numa fornalha usada para assar tijolos. O Senhor os preservou miraculosamente: um quarto homem, "semelhante a um filho dos deuses como exclamou Nabucodonosor, permaneceu com eles na fornalha.

OUTRO SONHO
Daniel serviu na corte de Nabucodonosor com grande dedicação. O rei teve outro sonho, no qual viu uma grande árvore ser cortada, restando apenas seu toco e raízes.' Daniel interpretou o sonho como uma referência ao rei e o instou a deixar seus caminhos perversos, de modo que, das suas raízes, uma nova vida pudesse crescer. Nabucodonosor recusou dar ouvidos ao seu conselheiro e, doze meses depois, enquanto andava pelo terraço do seu palácio, o rei se gabou: "Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para a glória da minha majestade" (Dn 4:30).

A BABILÔNIA DE NABUCODONOSOR
Com seus 1.012 hectares de extensão a Babilônia de Nabucodonosor era, sem dúvida, grande; era maior do que as cidades antigas de Alexandria, Antioquia e Constantinopla, porém menor do que Roma. O muro externo que cercava num perímetro de 27 km era largo suficiente para permitir o trânsito de carros em parte superior. Uma ponte foi construída sobre o Eufrates e a cidade se expandiu para a margem ocidental do rio. A ponte possuía plataformas de madeira que podiam ser recolhidas caso um inimigo atacasse. Das cerca de cem portas, a maior era a do norte, dedicada à deusashtar construída originalmente com tijolos esmaltados simples, com relevos de leões dragões e touros. Posteriormente, Nabucodonosor revestiu a porta toda com tijolos esmaltados de azul com esses mesmos despenhos. Dessa porta, estendia-se uma passagem de 920 m de comprimento que o rel percorria todos os anos na comemoração do akitu. o Festival do Ano Novo. A cidade também possuía templos grandiosos: O enorme zigurate de ttemenanku Esagila (templo de Marduque, deus oficial da babllona. sobre o qual ticavam tres estatuas gigantescas de outo. pesando quase 150 toneladas; e pelo menos outros 53 templos muitos deles com pinaculos revestidos de ouro ou prata, tulgurantes como o sol. O palácio de Nabucodonosor era uma construcao ampla na parte norte da cidade. Seu maior cômodo, a sala do trono, media 52 m por 17 m. Um imenso painel de tijolos esmaltados desse local se encontra hoje no Museu do Estado em Berlim. Acredita-se que os "jardins suspensos", uma das sete maravilhas do mundo antigo, ficavam ao norte do palácio, onde havia espaço de sobra para vanos terracos com arcos, arvores, arbustos e plantas floridas de todo tipo para lembrar Amytis, esposa de Nabucodonosor, das montanhas da Média (atual Irã), sua terra natal.

O ORGULHO DE NABUCODONOSOR
Acredita-se que toram necessários 164 milhões de tijolos só para construir o muro de proteção do lado norte da Babilônia. Em vários dos tijolos de sua grande cidade, Nabucodonosor mandou inscrever as seguintes palavras: "Eu sou Nabucodonosor, rei da Babilônia, que provê para Esagila e Ezida (dois templos), filho mais velho de Nabopolassar, rei da Babilônia". Porém, de acordo com o livro de Daniel, Senhor se cansou da arrogância do rei. Nabucodonosor foi expulso do meio do povo e condenado a pastar como um boi. Seu cabelo cresceu como as penas da água e suas unhas.como as garras de uma ave. A sanidade do rei foi restaurada somente depois de ele reconhecer que o domínio do Senhor era eterno e seu reino de geração em geração. Um tato significativo é a existência de pouquíssimas inscrições dos anos finais do reina-do de Nabucodonosor, sobre os quais não remos praticamente nenhuma informação. A loucura, portanto, poderia ser datada desses últimos anos. Daniel 4:32 específica sua duração como "sete tempos", talvez sete anos mas um período menos especifico também e possível e talvez preferível
Planta urbana da Babilônia
Planta urbana da Babilônia
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor. Pode-se ver claramente a Via Processional que levava à porta de Ishtar, o grande zigurate (Etemenanki); o palácio do norte
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor. Pode-se ver claramente a Via Processional que levava à porta de Ishtar, o grande zigurate (Etemenanki); o palácio do norte
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor.
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Daniel Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
SEÇÃO I

A HISTÓRIA DO EXÍLIO DE DANIEL

(UMA SEÇÃO HEBRAICA)

Daniel 1:1-21

A. PRELÚDIO HISTÓRICO, 1:1-2

O livro de Daniel é introduzido por um ambiente histórico claramente focado. Interessantemente, essa breve seção está na língua hebraica, enquanto que a parte se-guinte do livro (Daniel 2:4-7,28) encontra-se na língua aramaica ou na língua dos caldeus. Depois, a seção final do livro volta a ser em hebraico. Intérpretes têm diferido em relação aos motivos desse aspecto incomum. A explicação mais plausível para isso é que essa seção e a parte final do livro foram escritas na língua dos judeus, referindo-se especial-mente ao povo de Deus no exílio. Aparte escrita na língua dos caldeus refere-se às nações gentias, tendo a Babilônia como alvo imediato. As duas línguas eram comuns nos tempos de Daniel e ambas eram entendidas pelo povo do exílio e dos séculos subseqüentes. O uso dessas duas línguas semelhantes ajudava a manter em relação estreita o ambiente his-tórico do livro e sua relevância ao povo a quem foi escrito.

O livro de Daniel registra: No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e a sitiou (1; veja Qua-dro A). Isso seria menos do que três anos após Neco ter indicado Jeoaquim como rei. Os destinos políticos estavam mudando rapidamente.

Enquanto Nabopolassar era, na verdade, o monarca do novo reino da Babilônia, seu vigoroso filho, Nabucodonosor, era seu herdeiro reconhecido e co-regente com ele. Nabucodonosor acabara de ajuntar seu despojo e os reféns quando uma chamada emergencial veio da Babilônia. Seu pai havia falecido e ele precisava se apressar para ocupar o trono.

Dessa forma, Daniel e seus três companheiros, com outros jovens príncipes da corte de Judá, foram levados para uma terra estranha a 800 quilômetros de casa. E junto com eles vieram alguns tesouros sagrados da Casa de Deus (2) em Jerusalém para adornar o Templo de Bel na Babilônia. Sinar era a principal planície da Babilônia.

B. JOVENS PROVADOS 1:3-16

  • A Política do Rei (1:3-5)
  • Acumulando vitórias e orgulhoso com o seu recente poder, o jovem soberano do novo reino da Babilônia agia com astúcia para consolidar o seu reino. De que forma melhor ele podia fortalecer sua autoridade do que escolher os príncipes mais dotados dos seus re-cém-conquistados territórios e treiná-los para a liderança política? Não temos nenhuma notícia acerca dos outros príncipes de Judá. Todos foram escolhidos devido ao seu talento e bela aparência. Eles receberam o melhor treinamento que a corte babilônica poderia oferecer. Esses eram jovens da linhagem real, e dos nobres (3) [...] em quem não houvesse defeito algum, formosos de aparência, e instruídos em toda a sabedo-ria, e sábios em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habili-dade para viver no palácio do rei (4).

    O programa de educação requeria que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus, num curso intensivo de treinamento de três anos. Seu bem-estar físico incluía o melhor que o reino podia oferecer, ou seja, as iguarias da mesa imperial.

  • Jovens de Caráter (1:6-16)
  • Os quatro heróis do livro de Daniel se sobressaíram entre todos os vencedores do rigoroso exame. Esses que pertenciam aos filhos de Judá tinham a reputação de serem da linhagem de Davi. Eles eram Daniel, Hananias, Misael e Azarias (6).

    Esses quatro jovens de Judá, por intermédio dos seus nomes, testemunhavam do único e verdadeiro Deus. Quaisquer que tivessem sido as limitações do seu ambiente religioso em Judá, seus pais lhes deram nomes que serviam de testemunho ao Deus que serviam. Daniel significava: "Deus é meu juiz"; Hananias significava: "O Senhor tem sido gracioso ou bondoso"; Misael significava: "Ele é alguém que vem de Deus" e Azarias declarava: "O Senhor é meu Ajudador". A continuação da história claramente indica que, embora outros pais em Judá pudessem ter falhado em relação à educação dos seus filhos, os pais desses meninos tinham dado a eles uma base sólida em relação às convicções e responsabilidades dignas do significado dos seus nomes. Seu treinamento piedoso havia cultivado profundas raízes de caráter.

    Em consideração ao rei e seus deuses pagãos, o chefe dos eunucos designou novos nomes aos quatro jovens. Beltessazar (7) significava "o tesouro (ou segredos) de Bel". Sadraque significava "a inspiração do sol". Mesaque sugeria: "aquele que pertence à deusa Sesaque". E Abede-Nego significava "servo de Nego (a estrela da manhã) ". A pouca importância que esses jovens deram aos seus novos nomes pode ser vista nas narrativas que se seguem.

    Com convicção inabalável, ousadia santa e cortesia refinada, Daniel e seus compa-nheiros revelaram seus dons extraordinários de sabedoria e caráter. A decisão de não comer das iguarias do rei era muito mais do que uma questão de conveniência ou saú-de. Isso estava relacionado com a integridade dos seus votos de consagração como hebreus ao Deus de Israel. O significado cerimonial do alimento, puro ou impuro, sig-nificava tudo para descendentes profundamente comprometidos de Abraão. Ingerir alimentos dedicados a deuses pagãos da Babilônia constituiria uma ruptura de fé com Jeová. Eles não vêem outra saída senão arriscar o perigo da recusa. Mas eles devem fazer isso de maneira afável e atenciosa com aqueles que são responsáveis em cumprir as ordens do rei.

    Quando o chefe dos eunucos (8,
    10) recusou o pedido, uma sugestão sensata dada ao despenseiro (11), encarregado direto dos jovens, tirou a pressão do oficial superior e abriu caminho para uma solução. O período de prova de dez dias (12) era justo e sufici-ente para prover uma demonstração adequada do bom senso higiênico do pedido e dar oportunidade a Deus para vindicar seus jovens servos. Legumes significa, literalmente, "sementes", mas incluía vegetais em geral.

    C. INTEGRIDADE VINDICADA, Daniel 1:17-21

    Não está claro se o exame final dos seus estudos previsto para o fim de três anos foi concluído ou se o tempo foi encurtado. O resultado da prova foi uma clara vindicação na presença do rei da autodisciplina e do esforço diligente seguido pelos quatro jo-vens (17). E o próprio rei falou com eles (19). Não sabemos quanto o rei sabia acerca do compromisso religioso deles. Mas Daniel e seus companheiros estavam plenamente convencidos de que Deus os havia sustentado em todas as suas decisões e esforços. Podemos estar certos de que esse fato da fidelidade de Deus serviu para ratificar suas convicções e sua coragem. A designação deles para lugares de proeminência e respon-sabilidade era um reconhecimento óbvio do seu conhecimento e capacidade superior. Por isso, permaneceram diante do rei (19). Acerca de magos e astrólogos (20), veja comentários em Daniel 2.2.

    A afirmação de que Daniel esteve até ao primeiro ano do rei Ciro (21; 539 a.C.) claramente não tem a intenção de limitar o período da sua vida, mas de mostrar sua extensão geral. Em Daniel 10.1 somos informados de que Daniel continuava vivo no terceiro ano de Ciro.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 1 do versículo 8 até o 16

    O Teste dos Fiéis (Daniel 1:8-16)

    Dn 1:8
    Resolveu Daniel firmemente não contaminar-se. Bem no começo de ter sido tão altamente favorecido, Daniel resolveu permitir que sua fé religiosa interferisse e lhe causasse dificuldades. Não são muitas as pessoas que permitem que sua fé intervenha em alvos e ambições mundanas, para nada dizermos sobre os prazeres, que usualmente formam a base de sua fiiosofia de vida. Daniel e seus amigos resolveram arriscar-se a enfrentar a ira do rei (que lhes seria fatal), a fim de permanecerem fiéis. Eles se revoltaram contra o alimento não-kosher que lhes era servido. Os alimentos consumidos pelos pagãos continham coisas consideradas cerimonialmente imundas para os judeus. Ver no Dicionário o artigo chamado Limpo e Imundo, Daniel fez um propósito “em seu coração” (segundo a King James Version e nossa versão portuguesa). Ele tinha profundas ccnvicções sobre essas questões. Ver sobre coração, em Pv 4:23. Quanto a outras instâncias nas quais os judeus tentaram efetivar seus regulamentos dietéticos em ambientes pagãos, ver Juí. 12:1-4; Tobias 1.10,11; IV Macabeus Dn 5:3,Dn 5:14,Dn 5:27; Josefo (Vidas, 3); Jubileus 22.16. O texto de I Macabeus 1.62,63 mostra que, para alguns judeus, comer alimentos ilegítimos significava praticar pecados graves.

    Tudo isso se assemelha às convicções que os evangélicos costumavam ter, as quais, em nossos dias, foram essencialmente abandonadas devido à atmosfera mundana de nossas igrejas. Notemos que Daniel também rejeitou o vinho do rei. Os judeus bebiam vinho e, se fossem piedosos, eram usuários moderados de vinho. Talvez Daniel estivesse apenas certificando-se de que não se contaminaria por imitar os comedores e bebedores da Babilônia, em nenhum sentido. Portanto, cortemos o vinho da lista. Nabucodonosor dava a seus futuros oficiais uma prova da boa vida, parle da qual consistia em alimentos e bebidas superabundantes. Os babilônios não diluíam o vinho, mas os hebreus o faziam; e, assim sendo, os babilônios tendiam mais para o alcoolismo do que os judeus. Alguns israelitas misturavam uma parte de vinho com três partes de água, e alguns chegavam a diluir uma em seis partes. Ver em Pv 20:1 e Is 5:11 advertências contra as bebidas alcoólicas. Ver no Dicionário o verbete chamado Bebedice. Os gregos e os romanos também misturavam vinho com água. Um dia, meu professor de latim, diante de uma passagem que mostrava esse fato, declarou não entender como alguém podia fazer algo assim. E essa era, talvez, a única coisa, acerca dos gregos e romanos, que ele não compreendia. Alguns estudiosos sugerem que os alimentos babilônios eram dedicados a seus deuses por meios rituais, algo parecido com as bênçãos que, em nossos dias, muitos pedem antes das refeições. Isso pode ter feito parte da objeção de Daniel.

    Humildemente, Daniel requereu que fosse isentado dos alimentos oferecidos aos jovens hebreus, e Aspenaz, o porta-voz de Daniel, foi capaz de dar-lhe essa licença, conforme vemos no vs. Dn 1:16. Daniel, entretanto, não demonstrou intolerância ou animosidade, como fazem alguns separatistas hoje em dia. Ele não iniciava inimizades desnecessariamente.

    Dn 1:9
    Ora Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão.
    A primeira coisa que sucedeu foi que Elohim (o Poder) influenciou Aspenaz para simpatizar com a causa de Daniel. O homem teve compaixão de Daniel, sabendo que até podería ser executado, caso o pedido de Daniel desagradasse o rei. Portanto, ele fez o melhor ao seu alcance para tratar do caso. “Deus fez Aspenaz querer ser bondoso e misericordioso com Daniel" (NCV). A história ensina, em última instância, que um homem pode defender suas convicções de maneira civil, e que Deus pode mostrar e realmente mostra Seu favor em prol de quem quer ser-Lhe obediente. Conforme os casos de José no Egito; de Ester na corte de Assuero; e de Esdras diante de Artaxerxes. Não nos lembremos, entretanto, do momento em que Moisés se encontrou com o Faraó! “A graça de Deus capacita cada individuo a vencer as tentações para as quais as circunstâncias o conduzem” (Ellicott, in loc.). Por causa da ação de Elohim Daniel recebeu o favor real, e por causa Dele Daniel, visto ter uma missão a realizar na Babilônia, seria invencível até cumprir essa missão. “Um déspota oriental ordinário teria, em uma explosão de ira, ordenado que o ofensor fosse decapitado imediatamente” (Fausset, in loc.).

    Dn 1:10

    Disse o chefe dos eunucos a Daniel. O chefe dos eunucos não era especialista em nutrição, mas tinha certeza de que os jovens não-judeus, que se alimentavam de carne, seriam muito mais saudáveis, fortes e bonitos do que os judeus que se alimentavam de vegetais. Ele seria responsabilizado por esse resultado e poderia ser demovido de seu cargo, ou mesmo executado por não ter cumprido o seu dever, cedendo diante das demandas tolas de um povo que não tinha direitos. O rosto deles era “parecido com a tristeza” (hebraico literal), por causa da dieta fraca. O chefe dos eunucos não seria capaz de ocultar a verdade. A cabeça do chefe dos eunucos coma perigo. 1. Ele poderia ser executado por decapitação, de acordo com alguns intérpretes; ou 2. ele seria considerado responsável e punido de qualquer maneira que o rei escolhesse. O termo cabeça representa a pessoa (ver 1Cr 10:9).

    Dn 1:11,Dn 1:12

    Então disse Daniel ao cozinheiro-chefe. Daniel foi o porta-voz dos outros três jovens hebreus e reconheceu que todos os quatro estavam debaixo da autoridade de Aspenaz. Se o homem insistisse, acabaria fazendo o que bem quisesse, e Daniel e seus amigos teriam de obedecer-lhe, ou então sofreriam as consequências da desobediência. Mas Daniel pediu que a questão fosse submetida a teste por “dez dias”. Eles comeriam apenas legumes e tomariam água. A dieta de vegetais evitaria completamente a came, incluindo aqueles tipos não permitidos pelas leis judaicos do Limpo e do Imundo (ver a respeito no Dicionário). Beber somente água evitaria que os jovens se embriagassem com o vinho sem mistura dos babilônios, que seria forte demais para os hebreus, acostumados a misturar vinho com água. Ver as notas sobre os vss. Dn 1:5 e 8. Os antigos sabiam quais alimentos eram necessários à boa saúde. A carne é essencial, a menos que seja substituída por leite e derivados, que contêm proteinas, ou pelos tipos de feijão que também contêm proteinas. O complexo de vitaminas B é difícil de conseguir, a menos que se consuma carne. Portanto, ficamos perplexo diante da esperança de sucesso com uma dieta vegetariana, que não era a forma típica de alimentação dos hebreus. Só podemos supor que Yahweh tenha intervindo. Naturalmente, dez dias não é o suficiente para produzir deterioração visível no estado físico de uma pessoa que se alimenta sem consumir proteínas e o complexo de vitaminas B. Seja como for, uma quantidade suficiente de trigo poderia salvar o dia.

    Dn 1:13
    Então se veja diante de ti a nossa aparência. Passados os dez dias havería uma cuidadosa inspeção da condição física dos hebreus; eles seriam comparados com os não-hebreus que tinham comido came e bebido vinho e também estavam no programa de treinamento de Nabucodonosor. Aspenaz seria o juiz e tomaria uma nova -decisão sobre os alimentos e as bebidas, se assim julgasse melhor. John Gill (in loc.) supunha que Yahweh fizera a Daniel uma revelação garantindo o sucesso do teste, mas isso parece desnecessário. Daniel, podemos ter certeza, confiava no Ser divino quanto ao bom resultado da experiência, pois estava servindo ao Ser divino.

    Dn 1:14-16
    Ele atendeu, e os experimentou dez dias. Aspenaz concordou com o teste de dez dias. Os não-hebreus banqueteavam-se com toda a came e o vinho sem mistura, enquanto os pobres hebreus comiam apenas feijão e arroz, e bebiam água. Essa dieta não era nada inspiradora, mas fazia bem. Dez dias geralmente figuram como um período de provas, mais ou menos como os quarenta dias, semanas ou anos. VerAp 2:10. Portanto, os jovens hebreus estavam submetendo-se a um teste de fé e nutrição. No fim do período do teste, a fé deles foi justificada. Eles não somente pareciam mais saudáveis e fortes, mas também estavam mais bonitos. Quando foram comparados com os outros jovens não-hebreus, ficou definitivamente demonstrado que os legumes eram uma dieta melhor do que o regime de carnes, e que a água era melhor do que o vinho. Do ponto de vista natural, temos de supor aqui: 1. Os hebreus comiam bons alimentos de trigo, cereal rico em proteínas e no complexo B; 2. os não-hebreus ficaram debochados por todo o seu rico alimento, acompanhado de muita bebida alcoólica. Ou então Yahweh interviera diretamente, garantindo os bons resultados. O Criador também acompanhou Sua criação, recompensando e punindo, de acordo com os ditames das leis morais. A isso chamamos de teísmo, em contraste com o deísmo, que supõe que a força criativa (pessoal ou impessoal) abandonou sua criação aos cuidados das leis naturais. Ver sobre ambos os termos no Dicionário. A história foi escrita para judeus piedosos como uma lição objetiva, e podemos estar certos de que a intervenção divina era mais importante para eles do que uma nutrição saudável.

    Há um paralelo a essa história, no Testamento de José (Dn 3:4), quando José, embora estivesse jejuando, manteve-se em um estado físico superior ao dos egípcios, que se banqueteavam com uma dieta gorda. Assim sendo, aprendemos que aqueles que jejuam para o Senhor são recompensados com a beleza física.

    John Gill (in loc.) admite que aquilo que Daniel e seus amigos comeram não podia resultar no bem, pelo que certamente deve ter havido uma intervenção divina. Mas outros estudiosos louvam o vegetarianismo.

    No fim dos dez dias, as suas aparências eram melhores. O resultado foi que o cozinheiro-chefe (o homem que cumpria as ordens de Aspenaz) levantou a rica dieta babilônica e deixou os pobres hebreus a comer seus legumes e a beber sua água. Lembremos que eles continuarem nesse regime por três anos. Grande deve ter sido a recompensa por esse sacrifício! E é precisamente com isso que o autor sacro procurava impressionar-nos. Yahweh está com aqueles que se sacrificam por amor à justiça. O incidente foi uma lição ao desobediente povo de Judá, por causa de sua idolatria-aduItério-apostasia naquele momento do cativeiro babilônico. A total ausência de bom senso e disciplina os levara àquele ponto.

    Não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor... (Dt 8:3)


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Daniel Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    *

    1:1

    No ano terceiro. O terceiro ano do reinado de Jeoaquim foi o ano de 605 a.C. Naquele ano, Nabucodonosor derrotou uma coligação entre a Assíria e o Egito, em Carquemis, e assim teve início a ascensão da Babilônia como uma potência internacional. Depois da batalha de Carquemis, Nabucodonosor avançou contra Jeoaquim (2Rs 24:1,2; 2Cr 36:5-7), e levou cativos a alguns judeus, incluindo Daniel. Essa foi a primeira das três invasões de Judá por parte de Nabucodonosor. A segunda ocorreu em 597 a.C. (2Rs 24:10-14); e a terceira delas teve lugar em 587 a.C. (2Rs 25:1-24). No livro de Jeremias, o ataque de Nabucodonosor ocorreu no quarto ano de Jeoaquim, e não no seu terceiro ano (Jr 25:1; 46:2). A diferença de um ano ocorreu por causa da cronologia babilônica, que Daniel, segundo parece, usou, pois o reinado dos reis babilônicos era contado a partir do primeiro dia do ano seguinte, e não da data real da ascensão ao trono.

    Nabucodonosor, rei da Babilônia. Nabucodonosor conduziu os babilônios à vitória em Carquemis, como príncipe coroado e comandante do exército babilônico. Pouco depois dessa vitória, ele assumiu o trono da Babilônia, quando morreu seu pai, Nabopolassar, (626—605 a.C.). O reinado de Nabucodonosor (605—562 a.C.) é o contexto histórico de grande parte dos livros de Jeremias, Ezequiel e Daniel.

    *

    1:2

    O SENHOR lhe entregou nas mãos. A derrota de Israel pelos babilônios não pode ser explicada simplesmente pela análise de fatores militares e políticos. Deus estava operando nas atividades das nações, e ele usou os babilônios para julgar o seu próprio povo de Israel, por causa das suas transgressões (2Rs 17:15,18-20; 21.12-15; 24:3,4).

    na casa do tesouro do seu deus. Marduque era a principal divindade do panteão babilônio (conforme Jr 50:2 e as referências laterais.

    *

    1:4

    a cultura... dos caldeus. A escrita dos caldeus era feita com caracteres cuneiformes modelados com a ajuda de um estilete sobre a argila mole, que mais tarde era levada ao forno, para torná-la um documento permanente. Os arqueólogos têm encontrado milhares dessas tábuas de argila. Os babilônios adoravam a muitos deuses e a cultura deles era repleta de artes mágicas, feitiçaria e astrologia. A linguagem comum da Babilônia era o aramaico (2.4 e nota).

    *

    1:5

    finas iguarias da mesa real. Jeoaquim mais tarde recebeu tal provisão alimentar, sob o governo do rei babilônio, Evil-Merodaque (2Rs 25:27-30).

    * 1:6

    Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Nesses nomes pessoais hebraicos, o componente el significa "Deus", ao passo que yah é uma forma do nome de Deus, "Yahweh" (Sl 50:1, nota). Portanto, Daniel significa "meu juiz é Deus"; Hananias, "Yahweh é gracioso"; Misael, "Quem é o que Deus é?" e Azarias, "Yahweh tem ajudado".

    * 1:7

    Beltessazar... Sadraque... Mesaque... Abede-Nego. As sugestões quanto aos significados desses nomes incluem: Beltessazar, "que Bel proteja a sua vida"; Sadraque, "o mandamento de Acu" (deus-lua dos sumérios); Mesaque, "quem é o que Acu é?" e Abede-Nego é "servo de Nebo" (uma divindade babilônica). Bel é um outro nome para Marduque, a principal divindade babilônica (conforme 4.8).

    * 1:8

    não contaminar-se. Não encontra-se explícita a razão para a conclusão de Daniel de que ele e seus amigos se contaminariam por causa da comida do rei. Talvez isso envolvesse a violação das leis dietéticas de Moisés (Lv 11 e 17).

    *

    1:15

    A sua aparência era melhor. A obediência a Deus, por parte de Daniel e seus amigos, e a recusa deles comprometerem a sua fé em um ambiente pagão, foi recompensada com a bênção divina (conforme Dt 8:3 e Mt 4:4).


    *

    1:17

    Deus deu o conhecimento e a inteligência. A bênção divina não se limitou ao bem-estar físico, mas incluiu, igualmente, um desenvolvimento intelectual notável durante seus três anos de educação babilônica.

    visões e sonhos. Tendo em mente o que se segue no livro (caps. 2; 4 e 5), Daniel se destaca de seus companheiros pela sua habilidade de interpretar sonhos e visões, mais ou menos como aconteceu a José, estando ele no paláio de Faraó (Gn 40:8 e 41.16).

    * 1:18

    Vencido o tempo determinado. Isto é, terminados os três anos mencionados no v. 5.

    *

    1:20

    magos e encantadores. O termo traduzido aqui por “magos” também é usado em Gn 41:8,24 e Êx 7:11. E a palavra aqui traduzida por “encantadores” pode ser encontrada somente aqui e em 2.2, podendo ser traduzida por feiticeiro ou adivinhador. Sem importar o método usado por esses conselheiros reais para adquirir conhecimento, Daniel e seus amigos foram capazes de demonstrar um discernimento superior sobre as questões nas quais foram interrogados.

    *

    1:21

    até ao primeiro ano do rei Ciro. A Babilônia caiu diante de Ciro em 539 a.C., ou seja 66 anos depois que Daniel fora levado cativo para a Babilônia. Daniel viveu durante o período inteiro do cativeiro babilônico. No primeiro ano de seu governo, Ciro publicou um decreto permitindo que os israelitas voltassem do cativeiro, levando consigo os utensílios do templo que tinham sido tomados por Nabucodonosor (Ed 1:7-11). Essa declaração não quer dizer que Daniel morreu no primeiro ano do reinado de Ciro (10.1).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Daniel Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    Daniel serve como profeta ante os cativos em Babilônia desde 605 a.C. até 536 a.C.

    Clima da época : O povo do Judá estava cativo em uma terra estranha e se sentia descorazonado.

    Mensagem principal : Deus é soberano sobre a história humana passada, presente e futura.

    Importância da mensagem : Devemos passar menos tempo nos perguntando quando acontecerão os acontecimentos futuros e mais tempo aprendendo a forma em que devemos viver agora.

    Profetas contemporâneos : Jeremías (627-586) Habacuc (612-588) Ezequiel (593-571)

    1:1, 2 Daniel nasceu na metade do reino do Josías (2 Rseis 22:23) e cresceu durante as reformas desse rei. Durante este tempo provavelmente escutou ao Jeremías, profeta que citou em 9.2. Josías morreu em batalha contra Egito em 609 a.C., e aos quatro anos já Judá tinha retornado a suas más aventuras.

    Em 605 a.C. Nabucodonosor ocupou o trono de Babilônia. Em Setembro desse ano arrasou com a Palestina e pôs sítio a Jerusalém, com o que Judá se converteu em estado vassalo. Para demonstrar seu domínio, levou-se cativos de Jerusalém a muitos dos homens mais sábios e às mulheres mais formosas. Daniel estava neste grupo.

    1.1, 2 Nabucodonosor, o líder supremo de Babilônia, era temido em todo mundo. Quando chegava a um país, a queda do país era iminente. depois de uma vitória, os babilônicos estavam acostumados a levar-se às pessoas mais valiosa a Babilônia e deixar aos pobres detrás para que tomassem qualquer terra que quisessem e vivessem ali pacificamente. Este sistema fomentou uma grande lealdade por parte das terras conquistadas e assegurava um fornecimento constante de gente sábia e talentosa para o serviço civil de Babilônia.

    1:2 Às vezes Deus permite que sua obra sofra. Neste caso, os babilônicos irromperam no templo de Deus e se levaram os utensílios da adoração ao templo de um deus babilônico. Esse Deus pode ter sido Bel, que os hebreus chamavam Merodac, deus supremo dos babilônicos. Os que amavam ao Senhor certamente se sentiram descorazonados e desalentados. Sentimo-nos bem desalentados quando nosso Iglesias sofrem danos materiais, ou divisões, ou se fecham por motivos econômicos, ou estão infestadas de escândalos. Não sabemos por que Deus permite que sua igreja experimente tais calamidades. Mas, como os que presenciaram o saque do templo à mãos dos babilônicos, devemos confiar em que Deus está ao leme e vela pelos que confiam no.

    1:4 A língua de Babilônia era o aramaico. O programa acadêmico de Babilônia deveu ter incluída matemática, astronomia e história com uma forte dose de alquimia e magia. Estes jovens demonstraram não só capacidade mas também disciplina. Este rasgo de seu caráter, combinado com integridade, ajudou-os muito naquela nova cultura.

    1:7 Nabucodonosor lhes trocou o nome porque queria fazê-los babilônicos ante seus olhos e ante os olhos do povo babilônico. Os nomes novos lhes ajudariam a integrar-se à cultura. Daniel, que significa "Deus é meu juiz" em hebreu, passou a chamar-se Beltsasar, que significa "Aquele a quem Bel favorece". Bel era um deus babilônico. Foi um intento do rei por trocar a lealdade religiosa destes jovens do Deus do Judá ao deus de Babilônia.

    1:8 Daniel decidiu não comer dessa comida devido a que a carne provavelmente era porco ou outra comida proibida no Levítico (veja-se Levítico 11), não estava preparada de acordo com a lei judia, e provavelmente tinha sido sacrificada aos ídolos. Apesar de que Daniel estava em uma cultura que não honrava a Deus, seguia obedecendo as leis de Deus.

    1:8 "Propôs em seu coração" são palavras fortes que expressam fidelidade aos princípios e determinação a seguir um curso de ação. Quando Daniel determinou que não ia poluir se, estava sendo fiel a sua determinação de sempre de fazer o correto e não ceder às pressões do meio. Muito freqüentemente nos vemos pressionados a baixar nossas normas e viver mais como o mundo que nos rodeia. Não basta preferindo ou desejar fazer a vontade de Deus para resistir os embates da tentação. Como Daniel, devemos propor obedecer a Deus.

    1:8 É mais fácil resistir a tentação se a gente fortalecer suas convicções antes de que chegue a tentação. Daniel e seus amigos tomaram a decisão de ser fiéis às leis de Deus antes de enfrentar-se às guloseimas do rei, e não duvidaram permanecer firmes em suas convicções. Algumas vezes nos metemos em problemas porque não fixamos previamente os limites. antes de que surjam as situações difíceis, defina seu compromisso com Deus. Assim estará preparado para dizer não quando se presente a tentação.

    1:9 Deus se moveu com mão invisível para tocar o coração do funcionário babilônico. A forte convicção daqueles quatro jovens o impactaram. Deus promete estar com sua gente em momentos de provas e tentações (Sl 106:46; Is 43:2-5; 1Co 10:13). Está acostumado a atuar quando nos paramos firmes. Pare-se firme nos princípios de Deus e confie em que lhe protegerá em maneiras que possivelmente não veja.

    1:12 Os babilônicos estavam tratando de trocar a mentalidade destes judeus ao lhes dar educação esquenta, sua lealdade ao lhes trocar o nome, e seu estilo de vida ao lhes trocar a dieta. Sem ceder em nada, Daniel encontrou a maneira de viver segundo as normas de Deus em uma cultura que não honrava a Deus. De maneira sábia escolheu negociar em vez de rebelar-se, e sugeriu uma dieta experimental de dez dias. Como povo de Deus, podemos ajustar nossa cultura enquanto que não ponhamos em perigo nossas convicções.

    1:17 Daniel e seus amigos aprenderam o melhor que puderam a nova cultura para poder fazer seu trabalho com excelência. Entretanto, enquanto aprendiam, mantiveram-se em total lealdade a Deus. Nenhuma cultura é necessariamente inimizade de Deus. Se não violar seus mandamentos, pode ajudar a cumprir o propósito divino. Os que seguimos a Deus temos a liberdade de ser líderes competentes em nossa cultura, mas nos demanda que depositemos nossa lealdade primeiro em Deus.

    1:20 Nabucodonor situou ao Daniel e a seus amigos entre sua equipe de conselheiros. Essa equipe incluía "magos e astrólogos" que afirmavam predizer o futuro através das práticas do ocultismo. Eram bem hábeis em comunicar sua mensagem com autoridade, como se o recebessem diretamente de seus deuses. Entretanto, Daniel e os outros jovens judeus tinham discernimento, que era um dom de Deus, além de conhecimento. Por isso o rei estava mais agradado com eles que com os outros. Ao servir a Deus não devemos fingir ter sabedoria de Deus. Nossa sabedoria será legítima quando estivermos bem relacionados com Deus.

    1:20 Como sobreviveram os cativos em uma cultura estranha? Aprenderam a cultura, procuraram a excelência ao trabalhar, serviram ao povo, pediram a ajuda de Deus e mantiveram sua integridade.

    1:21 Um dos primeiros cativos levados a Babilônia, Daniel viveu para ver a primeira volta dos desterrados a Jerusalém no ano 538 a.C. Ao longo desse tempo honrou a Deus, e Deus o honrou a ele. Enquanto servia como conselheiro dos reis de Babilônia, Daniel era o porta-voz de Deus ante o Império Babilônico. Babilônia era uma nação malvada, mas tivesse sido pior sem a influência do Daniel.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Daniel Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    1 No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de Babilônia, a Jerusalém, ea sitiou. 2 E o Senhor deu a Joaquim, rei de Judá, na sua mão, e uma parte dos utensílios da casa de Deus; e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa de seu deus, que fez os utensílios na casa do tesouro do seu deus.

    A declaração de Daniel abertura refere-se ao reinado de Nabucodonosor, filho de Nabopolassar, como rei de Babilônia. Tendo derrotado a coalizão assírio-egípcio em Carquemis em 605 AC, Nabucodonosor, assumiu as rédeas do governo babilônico sobre a morte de seu pai, no mesmo ano.

    Dois problemas referem-se ao registo do tempo em Ez 1:1)

    3 E o rei falou a Aspenaz o chefe dos seus eunucos, que trouxesse em certa dos filhos de Israel, mesmo de a descendência real e dos nobres, 4 jovens em quem não houvesse defeito algum, mas bem favorecido, e hábil em toda a sabedoria, e dotado de conhecimento e entendimento da ciência, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei; e que ele deveria ensinar-lhes a aprendizagem e a língua dos caldeus. 5 E o rei lhes determinou a porção diária das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que eles devem ser alimentados por três anos; que no fim destes pudessem estar diante do Ap 6:1 Ora, entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Ananias, Misael e Azarias. 7 E o chefe dos eunucos deu-lhes nomes: a Daniel que ele deu a Nome doBelteshazzar; e para Ananias, de Sadraque; e Misael o de Mesaque; e Azarias o de Abednego.

    Política de Nabucodonosor, continuou pelos persas, era educar cativos para lugares de responsabilidade no governo e na administração. Tendo tomado o melhor da terra, mesmo de a descendência real e dos nobres, ele procurou a familiarizá-los com os costumes e língua de seus captores. Embora Aspenaz foi mestre dos eunucos não há nenhuma evidência de que Daniel e seus amigos foram feitos eunucos.

    As qualificações das pessoas para serem treinados mostram um rígido sistema de educação na Babilônia. Fisicamente eles devem ser sem defeito e atraente. Mentalmente eles devem já foram treinados nos fundamentos da sabedoria, conhecimento e ciência, e ser dotada com capacidade para se destacar em sua educação. caldeus não é usado aqui no sentido de homens ou magos sábios, mas no sentido étnico como Nu 5:30 ; Et 2:7)

    8 Mas Daniel propôs no seu coração que ele não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia. portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se 9 Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça . e misericórdia diante do chefe dos eunucos 10 E o chefe dos eunucos disse a Daniel, Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e sua bebida: por que veria ele os vossos rostos mais do que o jovens que são de sua própria idade? . Assim poríeis em perigo a minha cabeça para com o Ap 11:1 Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Ananias, Misael e Azarias: 12 Prove teus servos, eu te rogo, 10 dias; e que se nos dêem legumes a comer e água para beber. 13 Então deixe nosso semblante ser encarado diante de ti, e do semblante dos jovens que comem das iguarias do rei; e, como vês, lidar com os teus servos.

    14 Então, ele lhes deu ouvidos nesta matéria, e os experimentou dez dias. 15 E, ao fim dos dez dias seus semblantes apareceu mais justo, e eles estavam mais gordos do que todos os jovens que comiam das iguarias do Ap 16:1 Então, o mordomo tirou as iguarias eo vinho que deviam beber, e lhes dava legumes.

    Daniel, jovem como era, assumiu a liderança dos jovens hebreus. Esta unidade de pensamento dá a conhecer o seu propósito, o seu fundamento, e seu plano. Com a sua mente pronta para servir a Deus, ele pediu ao chefe dos eunucos para permitir que os jovens hebreus a comer legumes e beber água. Quando recusou este pedido, ele educadamente ofereceu um plano para testar a eficácia dos dois modos de vida, a maneira de indulgência em relação ao caminho da disciplina.

    Daniel propôs no seu coração. mentalidade de Daniel não foi o fanatismo, mas a devoção a princípio. Como crente em Deus e na lei, ele tinha sido ensinado as leis de profanação pessoal. Comida em uma festa pagã foi consagrada aos deuses como um sacrifício; a refeição tornou-se um rito religioso (1Co 10:1f ). Pedido inicial de Daniel foi que ele não se contaminar. Enquanto Deus deu-lhe graça aos olhos do chefe dos eunucos, versículo 10 sugere que Daniel foi negado o seu pedido porque o chefe dos eunucos temia por sua própria vida.

    Quando o chefe eunuco negou o pedido de Daniel, o jovem hebreu passou para a próxima no comando, o administrador ou o atendente pessoal. Apesar da decepção, ele se recusou a abandonar seus princípios. Ele, então, formaram um plano para testar os caminhos dos pagãos. Edward J. Young chama a lição ", Neste ponto, como em toda a sua vida, Daniel apresenta-se como um verdadeiro cavalheiro. Ele nunca rende em devoção a princípio, mas não permite que a devoção ao princípio de servir como uma capa para grosseria ou fanatismo. Ele era um verdadeiro herói da Fé ".

    O plano de Daniel era simples: Prove teus servos, eu te rogo, 10 dias; e que se nos dêem legumes a comer e água para beber. Pulso refere-se a ervas ou vegetais. Cuidado prático de nosso corpo físico é parte da verdadeira religião. Paulo diz: "Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo?" (1Co 6:19 ).

    Franqueza e método de Daniel não só lhe deu graça com o chefe dos eunucos, mas também com o mordomo, que concordou em colocar o plano em funcionamento durante os dez dias. O resultado foi que os semblantes dos hebreus jovens apareceu mais justa e mais saudável do que os outros. O teste de uma vida piedosa está nos resultados práticos que dela decorrem. Pelo que o despenseiro lhes tirou as iguarias e vinho. O sucesso do plano de Daniel o convenceu da superioridade da tarifa simples. Os homens do mundo estão dispostos a ouvir, se os resultados justificam. A religião deve ser prático para ser relevante.

    4. Seu Triumph (1: 17-21)

    17 Ora, quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento ea inteligência em toda cultura e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos. 18 E, ao fim dos dias que o rei tinha ordenado que fossem apresentados, o príncipe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor. 19 E o rei falou com eles; nenhum e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Ananias, Misael e Azarias; por isso ficaram assistindo diante do Ap 20:1 E em toda matéria de sabedoria e de entendimento, a respeito da qual o rei lhes perguntou, os achou dez vezes melhor do que todos os magos e encantadores que havia em todo o seu reino. 21 E Daniel continuou até o primeiro ano do rei Ciro.

    Este parágrafo traça o triunfo final dos jovens hebreus que tinham honraram a Deus por suas vidas em uma corte pagã. Deus, que dera Joaquim, na mão de Nabucodonosor (v. Dn 1:2 ), e que tinha dado a Daniel graça diante do chefe dos eunucos (v. Dn 1:9 ), agora deua superioridade jovens na liberal e no espiritual arts. Visões e sonhos são distintos de aprendizagem e sabedoria , porque eles estão especialmente relacionadas com Deus e das coisas divinas.

    No final dos três anos que toda a classe foi trazido diante de Nabucodonosor, que havia ordenado a formação, o currículo, e do modo de vida. E o rei falou com eles. Ele questionou-los e tentou impedi-los em áreas de conhecimento. No topo da classe estavam Daniel, Ananias, Misael e Azarias. A frase comparativa dez vezes melhor é uma expressão de extremo contraste indicando grande superioridade. Os jovens hebreus eram comparados com os seus pares, mas com os magos e encantadores que havia em todo o seu reino. Magicians foram aqueles que se especializou no oculto; enchanters fala dos astrólogos, um pseudo-ciência especial na Babilônia.

    E Daniel continuou até o primeiro ano do rei Ciro. Este verso indica algo da duração da vida de Daniel. A partir de 10: 1 , aprendemos que ele ainda estava vivo no terceiro ano de Ciro. O primeiro ano do rei Ciro marcou um ano especial para os judeus (Esdras 1:1 ), pois ela namorou o ano da proclamação que lhes permite voltar à Palestina e reconstruir o templo em Jerusalém. Ele marca um terminal futuro apropriado para um ensino capítulo como os judeus se manteve estável durante o cativeiro. Coragem e fidelidade de Daniel resultou em uma vida longa e próspera; Enquanto isso Deus teve Sua mão sobre os reinos do mundo.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Daniel Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    Vemos três momentos de dificuldade na história pessoal de Daniel (caps. 1—6): o teste dos quatro hebreus na chegada deles à Babilônia (cap. 1); a fornalha de fogo ardente (cap. 3); e a cova dos leões (cap. 6). Em cada uma dessas experiências, Daniel e seus amigos saíram vitoriosos, no entanto justamente a primeira vitória foi o fun-damento para as outras vitórias. Visto que esses jovens judeus eram fiéis a Deus desde a adolescência, o Senhor foi fiel a eles nos anos seguintes.

    I. A difícil provação (1:1-7)

    Imagine quatro adolescentes he-breus tirados de suas casas amadas em Jerusalém e levados para a lon-gínqua Babilônia. Desde que todos eles eram príncipes, pertenciam à família real e, provavelmente, não estavam acostumados com esse tipo de tratamento. E muito ruim quan-do os jovens sofrem por causa dos pecados dos pais. Os judeus recusa-ram-se a se arrepender e a obedecer ao Senhor. Assim, em 606-586 a.C. (como Jeremias advertira), o exérci-to babilônico conquistou a terra. Era costume dos babilônios levar a par-te melhor dos jovens para a Babilô-nia e treiná-los na corte do rei. No versículo 3, verificamos que esses quatro jovens eram espécimes espe-ciais. Eles eram fisicamente fortes e bonitos, experientes na esfera social e benquistos pelos outros, rápidos de mente, instruídos e espiritual-mente devotados ao Senhor. A vida deles era equilibrada, como vemos em relação a Cristo, emLc 2:52 — eram exemplos perfeitos para os adolescentes!

    Todavia, tiveram um desafio di-fícil pela frente: o rei queria forçá- los a se adequarem aos caminhos da Babilônia. Ele não estava inte-ressado em pôr bons judeus para trabalhar; queria que esses judeus se tornassem babilônios! Hoje, os cristãos enfrentam o mesmo desa-fio: Satanás quer que nos conforme-mos "com este século" (Rm 12:1-45). É triste constatar que muitos cristãos cedem ao mundo e perdem seu po-der, sua alegria e seu testemunho. Observe as mudanças que esses jo-vens vivenciaram:

    1. Nova casa (vv. 1-2)

    Eles não estavam mais rodeados pe-las coisas do Senhor, em Jerusalém, e não tinham mais a influência de seus pais e professores devotos. Al-guns cristãos, quando saem de casa, regozijam-se com a oportunidade de "sair da prisão e viver à larga", no entanto Daniel e seus amigos não se sentiram dessa forma.

    1. Nova sabedoria (vv. 3-4)

    A antiga sabedoria judia fora-se e, a partir de agora, seria a sabedoria do mundo, a sabedoria babilônica. Eles tinham de aprender a sabedoria e a língua de seus captores. O rei espe-rava que essa "lavagem cerebral" os tornasse melhores servos. Com fre- qüência, o povo de Deus tem de es-tudar coisas que não estão de acor-do com a Palavra do Senhor. Nós, como Daniel e seus amigos, temos de fazer o nosso melhor, mas não podemos abandonar nossa fé.

    1. Nova alimentação (v. 5)

    Nos três anos seguintes, os quatro jovens deviam comer a mesma dieta do rei, com certeza contrária às leis alimentares dos judeus. Sem dúvida, ofereciam também a comida aos ído-los da terra, e, para os jovens judeus, era blasfêmia comê-la.

    1. Novos nomes (vv. 6-7)

    O mundo não gosta de reconhecer o nome do Senhor, embora os qua-tro jovens tivessem o nome de Deus no próprio nome. Mudaram o nome de Daniel ("Deus é meu juiz") para Beltessazar ("Bel proteja sua vida"). Bel era o nome de um deus babi-lônio. O nome de Hananias ("Jeo-vá é amor"), para Sadraque ("servo do deus Sin, o deus lua"); Misael ("Quem é igual a Deus?"), para Me- saque ("quem é como Aku?", outro deus pagão deles); e Azarias ("Jeová ajuda"), para Abede-Nego ("servo do deus Nabu", outro deus pagão). Os babilônios tinham a esperança de que os nomes novos ajudariam os jovens a esquecerem o Deus de-les e a, gradualmente, tornarem-se mais parecidos com o povo pagão, com quem viviam e estudavam.

    II. O teste audacioso (1:8-16)

    Os babilônios podiam mudar a casa, os livros escolares, o cardápio e o nome de Daniel, porém não podiam mudar o coração dele. Ele e os ami-gos tinham no coração o propósito de obedecer à Palavra do Senhor. Eles se recusaram a conformar-se ao mundo. Claro que eles podiam ter arrumado desculpas e "seguido" a multidão. Eles poderíam dizer: "Todos estão fazendo assim!", ou: "É melhor obedecermos ao rei!", ou ainda: "Obedeceremos exter-namente, mas manteremos nossa fé em nosso interior". Todavia, eles não fizeram concessões. Ousaram crer na Palavra e confiar no Senhor para vencer. Eles entregaram o cor-po e a mente ao Senhor, como Ro-manos 12:1-2 instrui, e estavam dis-postos a deixar que Deus fizesse o resto.

    Daniel pediu dez dias de teste, o que não era muito, já que teriam três anos de treinamento pela fren-te; o chefe dos eunucos concordou com o plano deles. "Sendo o ca-minho dos homens agradável ao Senhor, este reconcilia com eles os seus inimigos" (Pv 16:7). Veja tam-bém Mt 6:33 e Pv 22:1.

    O eunuco temia contrariar as ordens do rei para que não acontecesse nada de mal com os jovens e con-sigo mesmo, de modo que o teste proposto por Daniel foi uma boa solução para o problema. Claro, o Senhor honrou a fé deles. Os jovens alimentaram-se de legumes (grãos de leguminosas) e água durante dez dias e, dessa forma, evitaram os ali-mentos contaminados dos babilô-nios.

    Foi necessário fé e obediên-cia para dominar as tentações e as pressões do mundo. Primeira aos Coríntios 10:13 ainda não fora es-crita, contudo Daniel e os amigos conheciam a verdade que ela apre-senta pela experiência. Observe como Daniel era educado e agra-dável com os servos babilônios: ele não "exibiu" sua religião nem em-baraçou o homem. Esse é um bom exemplo para seguir: podemos ater- nos a nossas convicções sem nos tornar excêntricos!

    1. O triunfo divino (1:17-21)

    Um teste de dez dias é uma coi-sa, mas e os três anos de curso na universidade da Babilônia? O versí-culo 17 responde à pergunta: "A es-tes quatro jovens Deus deu..." tudo de que precisavam! Ele capacitou- os para aprender mais que os outros alunos, acrescentando a esse conhe-cimento sua divina sabedoria espiri-tual. No versículo 20, os "magos e encantadores" eram os homens do rei que estudavam as estrelas e ten-tavam determinar a melhor decisão para o rei tomar. Eles também afir-mavam que interpretavam sonhos. Daniel e os amigos não acreditavam na religião e nas práticas insensatas dos babilônios, apesar de estuda-rem essas coisas, da mesma forma que hoje o estudante universitário cristão aprende "fatos" que ele sabe que se opõem à Palavra do Senhor. Daniel entendeu que o Senhor o usaria como testemunho naquela terra ímpia — e Deus fez isso pelos 75 anos seguintes!

    O rei admitiu que os quatro ra-pazes hebreus eram dez vezes mais inteligentes que seus melhores con-selheiros. Claro que isso deixou os astrólogos enciumados, e não causa espanto que tentassem afastar os ju-deus em anos posteriores. Se Daniel tivesse a preocupação de agradar as pessoas para tornar-se "popular", te- ria cedido às pressões e abandonado ao Senhor. Contudo, como ele vivia para agradar ao Senhor, ignorou as caras e as ameaças das pessoas e fez o que Deus queria que fizesse. Hoje, precisamos de cristãos com o coração determinado a pôr Cristo na frente de tudo onde quer que es-tejam — na sala de jantar, na sala de aula e até na sala do trono!

    "Daniel continuou..." Que tes-temunho! Satanás deve ter dito a Daniel: "Se você quiser ficar por aqui, é melhor seguir a multidão". No entanto, Daniel obedeceu ao Senhor — e "ficou por perto" mais tempo que qualquer outro. Ele mi-nistrou durante o reinado de quatro reis e, provavelmente, viveu para ver os judeus retornarem à sua ter-ra no fim do cativeiro. "Aquele [...] que faz a vontade de Deus perma-nece eternamente" (1Jo 2:17). Na verdade, hoje somos abençoados e ajudados por causa da fidelidade de Daniel. Ele não teria usufruído das vitórias e das bênçãos dos anos posteriores se tivesse se afastado de Deus quando enfrentou provações na juventude. O Senhor chamou-o de "amado" (10:11), honra que deu a apenas outra pessoa na Bíblia — Jesus Cristo. Daniel, por ter vivido na vontade do Senhor, usufruiu do amor dele (1Jo 2:15-62). Sua con-sagração deu-lhe coragem, sua fé o tornou fiel.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Daniel Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    1.1 Sitiou. A destruição foi completada alguns anos mais tarde, no ano 586 a.C. nos reinados de Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, 2Rs 24:1-12. Alguns dos utensílios. Mais tarde foram todos.

    1.3 Linhagem real. Daniel era um jovem de alta estirpe, um nobre.

    1.7 A mudança dos nomes era uma tentativa de integrar os jovens cativos à religião pagã do seu novo ambiente social. Daniel quer dizer "Deus é meu juiz" e Beltessazar quer dizer "Príncipe de Bel" - Bel era equivalente a Baal e a Marduque. Misael quer dizer "Quem é como Deus", e Mesaque é a alteração deste nome para "Quem é como Aku" (Deus da lua). Hananias, "Jeová é misericordioso" altera-se para Sadraque, o "Amigo do rei", e Azarias, "Jeová é meu socorro", para Abedenego ou "Servo de Nego" (o ídolo que representa Mercúrio).

    1.8 Contaminar-se. Com comida que não era preparada segundo a Lei (Lv 17:10-14), provavelmente oferecida aos ídolos.

    1.12 Legumes. Só para evitar a comida do rei; não é vegetarianismo.

    1.15 Deus prometera abençoar a comida, a mais simples, Êx 23:25.

    1.17 Visões e sonhos. Era um dom especial de Deus, para preparar Daniel para o ministério específico que consta do livro.

    1.19 Era o exame conduzido pelo próprio rei, para verificar a cultura geral dos rapazes selecionados para contribuir à glória do seu império. Esta cultura confunde-se com as artes mágicas.
    1.21 Continuou. Ficou como oficial do Império até o ano 536 a.C., o primeiro ano do rei Ciro. Sua última visão veio mais tarde.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Daniel Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    A maravilhosa história de Daniel e seus amigos (1.16.28)

    I. A SUA ASCENSÃO NA CORTE DE NABUCODONOSOR (1:1-21)

    v. 1. No terceiro ano do reinado de Jeoaquim: Jeoaquim foi colocado no trono de Judá pelo faraó Neco no lugar do seu irmão Jeoacaz, o escolhido do povo, depois da morte do pai deles, Josias, em Megido, no ano 609 a.C. Os esforços do Egito para dominar o Levante foram repelidos pela Babilônia na grande batalha de Carquemis, em 605 a.C. A lacônica Crônica Babilónica (DOTT, p. 77ss.) e diversos textos hebraicos (2Rs 23:24; 2Cr 36:0. v. 3. Aspenaz, o chefe dos oficiais da sua corte: esse nome ainda não tem uma explicação satisfatória. O seu status pode ser interpretado literalmente aqui. Era o mordomo (em outros trechos, exige-se o significado geral “oficial”, especialmente em Gn 39.1). nobreza: heb. partemim é a primeira das 19 palavras do livro tomadas por empréstimo do persa antigo; v. detalhes em Kitchen, Notes, p. 37ss. v. 4. jovens sem defeito físico: a sua idade não é dada, mas sua carreira sugere que tinham 12 ou 13 anos ao menos, a nata da geração seguinte de Judá. A sua perfeição física era um dom natural desde o nascimento; agora, a manutenção dessa perfeição era responsabilidade deles, “caldeus” (nota de rodapé da NVI): inscrições assírias a partir do século IX a.C. registram guerras com caldeus no sul da Babilônia e mostram como eles estavam lutando pelo controle da própria Babilônia. Mais tarde, no século VIII, Meroda-que-Baladã foi um governante caldeu que controlou a Babilônia durante alguns anos (conforme 2Rs 20:12ss), e foi seu descendente, o pai de Nabucodonosor, Nabopolassar, que finalmente derrotou a Assíria (612 a.C.). As informações acerca dos caldeus são muito escassas; o nome ocorre raramente, pois o povo pertencia a diversas tribos, e eram denominados assim como os hebreus o são mais fre-qüentemente, como os “da tribo de Judá” do que como “os israelitas”. Estavam associados com os arameus e falavam a mesma língua, ou uma muito semelhante. Em Daniel, o nome é usado com menor freqüência em relação ao povo (5.30; 9,1) e com maior freqüência como designação de uma classe entre os sábios (v. 2.2,4,10,13 3:27). É possível que o nome “nacional” tenha sido atribuído a homens especialmente importantes, algo como a forma usada em Jo 1:47; ele não é atribuído diretamente a Daniel. O historiador grego Heródoto atribuiu a “caldeus” o sentido especializado de “homens sábios” nas suas Histórias, escritas aproximadamente em 440 a.C. (I. 181ss.), quando todo sentido político tinha desvanecido. Isso não significa necessariamente que o uso em Daniel é anacrônico; Heródoto, sendo a nossa fonte conhecida mais antiga fora de Daniel, não estabelece um limite máximo. O mesmo autor de fato fornece uma analogia parcial nos “magos”, uma tribo originariamente oriunda da Média, que dá nome a uma casta de homens sábios, intérpretes de sonhos e sacerdotes (I. 101; VII. 37 etc.). V. tb. EQ, 49, p. 69ss). a língua e a literatura-, o aramaico era a língua comum (v.comentário Dt 2:4), provavelmente até na corte da Babilônia, mas os eruditos e a escola tradicional de escribas mantiveram a antiga língua babilónica e a escrita cuneiforme vivas até o século I d.C. Os jovens judeus provavelmente estudaram as duas no início de sua educação; a sua formação tinha o propósito de prepará-los para o serviço real. Que os judeus tivessem de passar por esse tratamento pode ter sido repugnante, mas esses homens não tinham alternativa, como José, e no tempo certo mostraram como a fé pode ser preservada em meio a circunstâncias adversas, v. 5. designou-lhes uma porção diária: a burocracia da Babilônia era altamente organizada; porções semelhantes para alguns estrangeiros na vasta corte, incluindo gregos do leste, persas, egípcios e Jeoaquim, rei de Judá, estão alistadas em tábuas de argila remanescentes dos arquivos (DOTT, p. 84ss), embora somente depois de anos de cativeiro Jeoaquim tenha sido elevado à posição de comer da comida do rei, fornecida a Daniel desde o início (2Rs 25:27ss.). depois disso passariam a servir o rei\ conforme o v. 19; os novos formandos passariam a fazer parte do séqüito permanente do rei, um grupo grande, altamente privilegiado, mas totalmente dependente dos caprichos do rei. v. 6. Entre esses: o cenário está preparado para a apresentação dos heróis. Danieh “Deus julgou”, um nome conhecido de outros textos antigos, mas qualquer relação com o homem de Ez 14:14,20; 28:3; Jubileus 4.20, ou textos bem mais antigos de Ugarite é totalmente especulativa. Hananias-. “o Senhor foi bondoso”. Misaeh “quem é o que Deus éP”. Azarias: “o Senhor ajudou”, v. 7. A mudança dos nomes evitava a inconveniência de diversos nomes estrangeiros, ajudava a unificar uma corte tão diversificada e era uma demonstração do domínio babilónico (conforme Gn 41:45; 2Rs 23:34; 2Rs 24:17). Os nomes babilónicos aparecem especialmente nas histórias que envolvem Nabuco-donosor e Belsazar; nos outros textos, o autor prefere os nomes hebreus. Esses nomes resistiram a uma explanação razoável durante um século; agora se pode observar que são formas satisfatoriamente babilónicas (detalhes em P. R. Berger, Zeitschrift für Assyriologie 64 (1975), p. 224ss, 232-3). Beltessazar. bab. Bêlet-sharru-usur, “O Senhora, protege o rei”; a Senhora, no caso, é a esposa de Marduque, deus da Babilônia, conforme 4.8. Sadraque: bab. Shüdurãku, “sou muito temeroso/temente (de/a um deus)”. Mesaque: bab. Méshãku, “eu não tenho valor”. Abede-Nego: provavelmente um equivalente aramaico de um nome babilónico, “Servo daquele que brilha”, v. 8. decidiu não se tomar impuro: ao consumir comida preparada sem consideração pela regulamentação israelita, com probabilidade de conter carnes declaradas imundas (e.g., de porco), possivelmente associada com rituais pagãos. Os vinhos eram denominados de acordo com a região que os produzia, e às vezes eram enriquecidos com mel ou condimentos. v. 9. A decisão de Daniel foi recompensada por Deus em virtude da sua motivação pura, de forma que o seu pedido extraordinário recebeu uma resposta razoável, v. 10. menos saudáveis: a palavra é a que é usada para descrever os homens do faraó em Gn 40:6, um estado físico que reflete desassossego e inquietação. O eunuco-chefe poderia ser acusado de apropriar-se indevidamente da generosidade do rei. v. 11. homem [...] encarregado (“despenseiro”, ARG, BJ; “cozinheiro-chefe”, ARA): algumas versões trazem “guarda” (NTHL); “guard”, NVI, em inglês) ou “inspetor” (Reina-Valera, em espanhol); aqui um título, e não um nome como na 5A (“Mel-zar”). Supostamente esse homem achava que podia realizar o teste sem o conhecimento do seu superior, v. 12. vegetais-, lit. “sementes”, grãos de cevada etc., cozidos ou assados, com alto valor nutritivo, ainda hoje um dos elementos principais nas refeições do Oriente Médio, dez dias: os efeitos de uma dieta rica seriam visíveis na pele do rosto e na viva-cidade ou na lentidão do comportamento. v. 15. Gordura indica suficiência e prosperidade em todo o ATOS. Daniel estava inspirado para se aventurar no teste? Ele simplesmente correu o risco por fé? Devemos decidirpor nós mesmos, v. 17. Deus re-com-pensou a fidelidade dos quatro amigos com honras de primeira classe, preparando os homens para qualquer situação do governo.

    O tema especial de Daniel tinha uma história que remontava à época de José e além, pois se acreditava que os sonhos eram um meio de comunicação sobrenatural, v. 20. magos-, o hebraico usa a palavra de Gn 41; Ex 7, 8 e 9, que tem origem egípcia, mas se estabeleceu na Babilônia; encantadores: é uma palavra babilónica, uma referência específica a “exorcistas”. Ambas as palavras denotam aqueles que fazem comércio com o suposto controle ou conhecimento do que é desconhecido, universal e contínuo, algo proibido pela lei bíblica (Lv 19:31; 20:6 etc.), v. 21. Daniel permaneceu ali até o primeiro ano do rei Ciro: isso mostra que a carreira de Daniel se estendeu por todo o período do exílio na Babilônia; de fato, 10.1 mostra que ele estava ativo no terceiro ano de Ciro.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Daniel Capítulo 1 do versículo 3 até o 16
    b) Os jovens judeus na corte de Babilônia (Dn 1:3-16)

    A etimologia da palavra Aspenaz (3) é incerta. O indivíduo, entretanto, era um delegado chefe ou oficial na corte. No versículo 3 não são mencionadas três classes diferentes; mas antes, a frase filhos de Israel é geral, e as outras duas, da linhagem real e dos nobres, são explicativas. O significado é: "israelitas, tanto da linhagem real como dos nobres". Entre esses o rei desejava aqueles que possuíssem mente sã e corpo são (4) e que pudessem, por conseguinte, servir mais eficientemente na corte.

    A fim de realizar esse desígnio, o rei apontou uma ração de cada dia (5), tanto de seu próprio alimento como de seu vinho. No versículo 6 são apresentados os jovens hebreus, e aprendemos que seus nomes foram mudados. Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção diária (8), e a razão disso evidentemente foi que aquele alimento e bebida tinham sido consagrados mediante algum ritual pagão, e comê-lo ou bebê-lo, na opinião de Daniel, torná-lo-ia culpado de adoração idólatra. Daniel, portanto, se aproximou do eunuco chefe e Deus tornou esse oficial favoravelmente disposto para com ele (9). O despenseiro (11; evidentemente um oficial debaixo das ordens do eunuco chefe) concedeu a Daniel o que ele solicitava, e no fim do tempo marcado a aparência dos jovens hebreus era melhor e estavam mais cheios de carne que aqueles que tinham compartilhado da ração do rei (15). Assim teve início o triunfo do poder e da graça de Deus na Babilônia.

    >Dn 1:17

    As vidas dos quatro jovens estavam nas mãos de Deus. Ele lhes deu conhecimento (17) para que pudessem discernir entre o que era verídico na instrução que recebiam, que dizia respeito aos campos das letras (isto é, literatura) e sabedoria (isto é, ciência) (17). Daniel também obteve entendimento ou facilidade na interpretação de sonhos ou visões. Essa menção de visão e sonhos (17) é um reflexo exato do ambiente babilônico do livro.

    >Dn 1:21

    O versículo 21 não significa que Daniel continuou somente até ao primeiro ano do rei Ciro. Antes, visto que o ano primeiro de Ciro foi o ano que marcou o término do exílio, esse fato é mencionado para demonstrar que Daniel continuou até mesmo nesse tempo. A linguagem não implica que ele não tenha continuado além dessa data.


    Dicionário

    Azarias

    A quem o Senhor ajudou. Nome vulgar hebraico, especialmente nas famílias de Eleazar. As principais pessoas, que tiveram este nome, foram: 1. o sumo sacerdote, que foi sucessor do seu avô Zadoque (1 Rs 4.2). Ele oficiou na consagração do templo, e foi o primeiro sumo sacerdote que ali serviu. 2. Sumo sacerdote nos reinados de Abias e de Asa (1 Cr 6.10,11). 3. Sumo sacerdote no reinado de Uzias, o décimo rei de Judá. o mais notável acontecimento da sua vida acha-se narrado em 2 Cr 26.17 a 20. Quando o rei Uzias pretendeu queimar incenso no altar do templo, fortemente lhe resistiu Azarias, acompanhado de oitenta sacerdotes do Senhor. Uzias foi, por isso, atacado de lepra. Azarias foi contemporâneo de isaías, Amós e Joel. 4. Sumo sacerdote nos dias de Ezequias (2 Cr 31.10 a 13). Especialmente se ocupava em abastecer as câmaras do templo, armazenando ali os dízimos, as ofertas, e os objetos consagrados, para utilidade dos sacerdotes e levitas. A manutenção destas coisas e a conservação do culto dependiam inteiramente dessas ofertas, e quando o povo era pouco cuidadoso neste ponto, viam-se obrigados os sacerdotes e levitas a ir para as suas terras, ficando deserta a casa de Deus (Ne 10:35-39 – 12.27 a 30,44,47). 5. Um dos diretores dos filhos da província, que vieram de Babilônia com Zorobabel (Ne 7:7). Noutro lugar é chamado Seraías (Ed 2:2). 6. Um dos sacerdotes que repararam uma parte do muro (Ne 3:23-24). 7. Levita que ajudou Esdras na instrução do povo com respeito ao conhecimento da lei (Ne 8:7). 8. Um dos sacerdotes que selaram o pacto com Neemias (Ne 10:2), sendo, provavelmente, aquele mesmo Azarias que prestou o seu auxílio na dedicação do muro da cidade (Ne 12:33). 9. Um dos príncipes de Salomão, filho de Natã, talvez neto de Davi (1 Rs 4.5). 10. Filho de Josafá, rei de Judá (2 Cr 21.2). 11. o primitivo nome de Abede-Nego (Dn 1), escolhido com Daniel e outros para servirem o rei Nabucodonosor. Ele recusou-se a apoiar a idolatria, e foi, por isso, lançado numa fornalha com os seus companheiros, sendo todos miraculosamente livres. 12. Filho de odede, e profeta nos dias do rei Asa. Ele aconselhou o rei, falando também ao povo de Judá e Benjamim, a que fizesse desaparecer a idolatria, e restaurasse o altar do verdadeiro Deus, que estava em frente do pórtico do templo. Grande número de israelitas da nação irmã reuniram-se aos seus irmãos para a reforma, e isso deu começo a uma era de paz e de grande prosperidade (2 Cr 15). 13. Filho de Jeroão, e um dos capitães de Judá, no tempo de Atalia (2 Cr 23.1). 14. Um dos capitães de Efraim no reinado de Acaz – mandou voltar ao seu lugar os cativos e o despojo, que tinham sido levados por Peca na invasão de Judá (2 Cr 28.12).

    Azarias [Javé Ajuda]

    Nome comum entre os israelitas, dado a 28 personagens bíblicos. O principal foi o décimo rei de Judá, também conhecido como UZIAS.


    (Heb. “o Senhor ajuda”). 1. Bisneto de Judá (neto de seu filho Zerá), é citado apenas na árvore genealógica da família em I Crônicas 2:8.


    2. Descendente de Judá (através de seu filho Perez), citado apenas na árvore genealógica da família em I Crônicas 2:38-39.


    3. Levita, filho do sacerdote Zadoque e um dos oficiais do rei Salomão (1Rs 4:2).


    4. Um dos principais oficiais do rei Salomão, citado somente em I Reis 4:5. Era “filho de Natã”, possivelmente o profeta que confrontou Davi em II Samuel 12 ou o irmão de Salomão (filho de BateSeba: 1Cr 3:5). Era chefe dos intendentes distritais (1Rs 4:5).


    5. Rei de Judá (2Rs 14:15-1Cr 3:12). Seu outro nome era Uzias (2Cr 26). Veja Uzias.


    6. Um dos líderes do remanescente judeu que se levantaram contra o profeta Jeremias (Jr 43:2). Também conhecido como Jezanias (Jr 42:1).


    7. Filho de Aimaás e pai de Joanã, aparece na lista dos levitas em I Crônicas 6:9-10.


    8. Avô do Azarias anterior (no 7), aparece na mesma lista (1Cr 6:10-11). Era sacerdote no tempo de Salomão. Pai de Amarias (Ed 7:3).


    9. Aparece na mesma lista com os Azarias anteriores (n. 7 e 8). Levita e pai de Seraías (1Cr 6:13-14; Ed 7:1).

    10. Levita, ancestral de Samuel (1Cr 6:36).

    11. Um dos primeiros sacerdotes levitas a se restabelecer em Jerusalém depois do exílio babilônico (1Cr 9:11).

    12. Filho de Obede, profetizou durante o reinado de Asa. “O Espírito de Deus” veio sobre ele (2Cr 15:1) e falou ao rei que o Senhor o abençoaria, se ele seguisse a Deus. Asa obedeceu e foi grandemente abençoado (2Cr 15).

    13. Um dos filhos do rei Jeosafá, de Judá. Era irmão de Jeorão, o sucessor no trono (2Cr 21:2), que, ao se estabelecer, mandou matar todos os seus irmãos (v. 4).

    14. Um dos comandantes que se uniram por meio de aliança com o sacerdote Jeoiada, para colocar o menino Joás no trono de Judá e derrubar a perversa rainha Atalia (2Cr 23:1). Filho de Jeroão.

    15. Sacerdote no tempo do rei Uzias. Quando este monarca tentou realizar as tarefas específicas dos sacerdotes e queimar incenso no Templo, acreditando orgulhosamente que podia fazer o que desejasse (2Cr 26:16-18), Azarias o repreendeu. Uzias foi castigado por Deus e contraiu a lepra (v. 19). Os sacerdotes rapidamente o conduziram para fora do Templo (v. 20).

    16. Efraimita, filho de Joanã (2Cr 28:12). Para maiores detalhes, veja Berequias (n 5).

    17. Pai de Joel, um dos coatitas envolvidos na limpeza do Templo durante o avivamento que houve na época do rei Ezequias (2Cr 29:12).

    18. Sumo sacerdote no reinado de Ezequias, da família de Zadoque. Ele explicou ao rei por que as ofertas e os dízimos do povo estavam amontoados por todo o Templo. Simplesmente porque eram em tamanha quantidade que os sacerdotes não tinham onde guardá-los; assim, o rei ordenou que fossem construídos armazéns especialmente para esse fim (2Cr 31:9-13). A.B.L. e P.D.G.


    Chefe

    substantivo masculino e feminino Pessoa que governa, comanda, dirige: o Papa tornou-se o chefe espiritual da Igreja Católica.
    Pessoa que detém o poder numa empresa; patrão.
    Quem lidera um protesto ou uma rebelião; cabeça.
    Quem dirige serviço de certa importância: chefe de loja.
    Dirigente de um partido político: chefe do Partido Socialista.
    Quem inicia uma família, organização, movimento: chefe da greve; chefe de família.
    [Heráldica] O ponto mais nobre de um escudo, que corresponde à cabeça do cavaleiro; peça honrosa de primeira classe.
    [Militar] Soldado que fica à frente da fila; soldado chefe.
    Etimologia (origem da palavra chefe). Do francês chef.

    substantivo masculino e feminino Pessoa que governa, comanda, dirige: o Papa tornou-se o chefe espiritual da Igreja Católica.
    Pessoa que detém o poder numa empresa; patrão.
    Quem lidera um protesto ou uma rebelião; cabeça.
    Quem dirige serviço de certa importância: chefe de loja.
    Dirigente de um partido político: chefe do Partido Socialista.
    Quem inicia uma família, organização, movimento: chefe da greve; chefe de família.
    [Heráldica] O ponto mais nobre de um escudo, que corresponde à cabeça do cavaleiro; peça honrosa de primeira classe.
    [Militar] Soldado que fica à frente da fila; soldado chefe.
    Etimologia (origem da palavra chefe). Do francês chef.

    Constituído

    adjetivo Que se consegue constituir; que foi formado; que está pronto; organizado.
    Que se encontra determinado ou estabelecido por uma constituição.
    Etimologia (origem da palavra constituído). Part. de constituir.

    Daniel

    Nome Hebraico - Significado: Deus é meu juiz.

    Deus é meu Juiz. 1. Segundo filho de Davi, que lhe nasceu em Hebrom, de Abigail, a carmelita (1 Cr 3.1). Mas em 2 Sm 3.3 o seu nome é Quileabe. 2. o profeta Daniel, de cuja vida pouco se sabe, a não ser o que pode ser colhido do livro que tem o seu nome. Ele não foi sacerdote, como Jeremias e Ezequiel – mas era como isaías, da tribo de Judá, e provavelmente membro da família real (1.3 a 6). Foi levado para Babilônia, quando ainda jovem (1,4) no terceiro ano de Jeoaquim (605 a.C.), oito anos antes da ida de Ezequiel. Quando chegou à Babilônia foi colocado na corte de Nabucodonosor – ali tornou-se conhecedor da ciência dos caldeus, alcançando uma sabedoria superior à deles. o primeiro acontecimento que tornou conhecido Daniel, e que lhe deu grande influência, foi o ter revelado e explicado o sonho de Nabucodonosor. Este fato ocorreu no segundo ano do exclusivo reinado daquele monarca, isto é, em 603. Depois disso foram os seus companheiros salvos de morrer na fornalha de fogo, em que tinham sido lançados por se terem recusado a prestar culto a uma imagem – e alguns anos mais tarde sucedeu o segundo sonho de Nabucodonosor. os acontecimentos registrados no cap. 5 do livro de Daniel, isto é, o banquete de Belsazar e as palavras escritas na parede parece terem ocorrido no ano 538 a. C., pelo fim do reinado de Nabonido, representado em Babilônia pelo seu filho Belsazar. Naquela noite foi assassinado o jovem príncipe (que tinha a denominação de ‘rei’) e mudada a dinastia. Daniel tinha sido elevado por Nabucodonosor a alta posição e poder: e ele ocupou lugar honroso, embora com interrupção, durante o governo da dinastia babilônia e da persa. No reinado de Dario foi aquele servo de Deus lançado numa cova de leões, pela sua fidelidade para com a religião de Moisés, mas viu-se miraculosamente salvo. Ele profetizou durante o cativeiro (1.21), sendo a sua última profecia revelada dois anos mais tarde, no terceiro ano do reinado de Ciro (10.1). Foi um modelo de fidelidade na religião do Senhor, mesmo numa terra estranha. Ezequiel menciona Daniel, e também Noé e Jó, como homens justos (14.14,20), e dotados de especial sabedoria (28.3). Se for este o mesmo Daniel, é muito notável ter sido posto um jovem contemporâneo na mesma classe de grandes homens da antigüidade. Jesus Cristo cita-o como profeta (Mt 24:15). 3. Um descendente de itamar, que voltou do exílio com Esdras (Ed 8:2), e selou o pacto traçado por Neemias (Ne 10:6).

    (Heb. “meu juiz é Deus”). Três pessoas no Antigo Testamento são chamadas de Daniel:
    (1). Um filho do rei Davi;
    (2). um eLivros de Judá, que se tornou um oficial do alto escalão nos governos dos impérios babilônico e medo-persa, bem como profeta de Deus; e
    (3). um líder judeu que retornou da Babilônia com Esdras.


    1. Daniel, filho de Davi, é citado apenas em I Crônicas 3:1. Era o segundo filho de Davi. Sua mãe era Abigail e ele nasceu durante os sete anos e meio em que seu pai reinou em Hebrom (1Cr 3:1-4). Parece que também era chamado de Quileabe, pois este é o nome dado ao segundo filho de Davi e Abigail, nascido em Hebrom, em II Samuel 3:3.


    2. Daniel, o eLivros e profeta, é citado apenas no livro de Daniel (tanto nas partes em hebraico como em aramaico), no AT; e em Mateus 24:15, no NT. Há também a possibilidade de que seja o mesmo nome mencionado no livro de Ezequiel. Na última parte do século XIX houve considerável ceticismo com respeito aos aspectos históricos da vida de Daniel, principalmente quanto à própria existência de personagens como Belssazar e Dario, o Medo. Além disso, a tendência de menosprezar a possibilidade da previsão profética sobrenatural contribuiu imensamente para uma notável hesitação sobre a confiabilidade do retrato bíblico de Daniel. Novas evidências históricas, entretanto, bem como o estudo mais aprofundado, reforçaram a exatidão histórica do livro; também, em muitos setores da teologia, há uma consideração renovada na viabilidade das profecias bíblicas diante dos fatos.

    A reconstrução da seqüência dos fatos na vida de Daniel, partindo do livro que leva seu nome, é um grande desafio. O texto desenvolve-se em tópicos, não ordenados cronologicamente em seus movimentos mais amplos; por exemplo, os episódios citados em Daniel 7 são bem anteriores aos citados nos capítulos 5:6. O fato mais notável, entretanto, é a escassez de informações sobre o próprio Daniel, quando tinha de 20 a 25 anos (antes de 600 a.C., v.1), até os incidentes datados em Daniel 5:10 (por volta de 553-536 a.C.).

    O único evento registrado em que Daniel é visto, durante o período agitado de 50 anos, é sua interpretação da segunda visão do rei Nabucodonosor, no cap 4. Não é possível estabelecer a data dos eventos deste registro de forma mais precisa; sabe-se apenas que foi em alguma época antes do final do reinado de Nabucodonosor, em 562 a.C. Assim, tudo o que se sabe de um período de quase meio século da vida de Daniel é a informação reduzida proporcionada por esse capítulo.

    O local e a data tanto do nascimento como da morte de Daniel não são citados explicitamente nas Escrituras. Desde que este livro enfoca a invasão inicial de Jerusalém por Nabucodonosor (Dn 1:1-2), ocasião em que este jovem foi levado para a Babilônia (Dn 1:3-6), é muito provável que tenha nascido e crescido em Jerusalém. Além disso, se a invasão aconteceu em 605 a.C., quando foi colocado na categoria de “jovem” que seria educado (Dn 1:4), provavelmente tivesse entre 15 e 20 anos de idade. Isso colocaria a data de seu nascimento por volta de 625 a 620 a.C., pela metade do reinado de Josias, o último rei piedoso que governou Judá (640 a 609 a.C.; 2Cr 34:35).

    O último evento datado no livro de Daniel é a revelação dada ao profeta “no terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia” (Dn 10:1), às margens do rio Tigre (Dn 10:4). Como o Império Babilônico caiu diante da aliança medo-persa, em 539 a.C., isso significaria que o último evento cronológico no livro de Daniel aconteceu em 537 e 536 a.C. No final da profecia, entretanto, um ser celestial (12:
    7) disse a Daniel: “vai-te até que chegue o fim” (isto é, até sua morte; 12:13). Isso poderia indicar que o profeta ainda viveria por mais algum tempo. Assim, é quase certo que Daniel viveu bem mais de 80 anos, provavelmente até passou dos 90. Por não ter acompanhado a primeira leva de eLivross judeus que retornaram “no primeiro ano de Ciro” (Ed 1:1), parece que Daniel morreu na Pérsia, e passou assim 70 anos (ou mais) de sua vida longe de sua terra natal.

    Não é possível determinar mais nenhum dado específico sobre os antecedentes familiares de Daniel, a não ser que estava entre os (Dn 1:6) da “linhagem real e dos nobres” (Dn 1:3). Se ele passou os anos de sua infância na presença da corte real em Jerusalém, seu sentimento com relação à trágica queda de Judá e o exílio na Babilônia seria ainda maior. Sua experiência anterior em tais círculos, contudo, pode ter sido de grande valia nas posições que ocupou mais tarde no governo da Babilônia e da Pérsia.

    Quando Daniel iniciou o estudo de três anos, pelo qual passavam os que entravam para o serviço do rei Nabucodonosor (Dn 1:5), recebeu o nome babilônico (assim como aconteceu com seus companheiros) de Beltessazar (v.7), que significa algo como “Bel (um deus babilônico) protege sua vida”. O nome não é simplesmente a forma babilônica para Daniel e incorpora especificamente o nome de uma divindade pagã, em lugar do Deus dos judeus (o sufixo “El”); por isso, parece que o novo nome fazia parte de uma orientação sistemática para que os estudantes abraçassem completamente todos os aspectos da nova sociedade da qual faziam parte, o que era compreensível.

    Não se sabe com clareza qual a plena natureza do processo educacional no qual Daniel foi colocado ao chegar à Babilônia, embora conheçamos bem seu rigor e sua amplitude. Ele e seus companheiros foram treinados entre os melhores e mais brilhantes jovens do império (Dn 1:4). Capacitados por Deus (Dn 1:17), provaram ser muito superiores não somente aos outros estudantes (1:19), como também a “todos os magos e encantadores que havia em todo o reino” (v. 20).

    As matérias estudadas são citadas em Daniel 1:4 como as letras e a língua dos caldeus. O
    v. 17, entretanto, amplia o quadro e inclui “cultura e sabedoria”, a fim de abranger também “todas as visões” e “todos os sonhos”. No final dos três árduos anos de treinamento (o primeiro e o último poderiam ser frações, considerados como um ano completo na contagem do tempo daquela cultura) havia um exame oral feito por Nabucodonosor, no qual a sabedoria e o entendimento eram medidos e comparados com “todos os magos e encantadores” que já estavam a serviço do rei (Dn 1:20). Essas declarações indicam fortemente que o programa incluía instrução em magia, adivinhação e provavelmente astrologia como parte do estudo da venerada literatura babilônica. Depois de um furioso decreto feito por Nabucodonosor, que ordenava a execução de “todos os sábios da Babilônia” (Dn 2:12), devido ao fracasso dos conselheiros em detalhar e interpretar o sonho do rei (vv 1-11), Daniel e seus companheiros entraram em cena. Arioque, chefe da guarda real, informou-os sobre o incidente e a ordem de execução (vv. 14-16), na qual eles também estavam incluídos (v. 13); os jovens judeus puseram-se diante de Deus e oraram juntos durante toda a noite (vv.17-23) e “então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite” (v. 19). A explicação do profeta sobre o sonho e o seu significado não somente salvou a vida dos sábios como também levou o rei Nabucodonosor a louvar ao Deus de Daniel (Dn 2:47) e a elevá-lo, juntamente com seus companheiros, às mais altas posições do governo da Babilônia (v. 48,49).

    É extremamente difícil determinar quando esse incidente aconteceu na vida de Daniel. Por um lado, a referência ao segundo ano do reinado de Nabucodonosor (Dn 2:1) colocaria o fato dentro do período inicial dos três anos de treinamento, citados no
    v. 5. Se assim for, Daniel 2 funcionaria como um tipo de retrospectiva, usada para demonstrar a habilidade especial do profeta para entender as visões e os sonhos (Dn 1:17). Esse entendimento é levemente preferível, embora resulte na conclusão de que Daniel foi nomeado para um alto cargo por Nabucodonosor, antes mesmo de completar seu período de treinamento (Dn 2:48-49). Isso não explicaria melhor, entretanto, a conclusão um tanto exagerada do rei em Daniel 1:20 (considerando-os dez vezes mais doutos do que todos os magos e encantadores) e a descrição do profeta como meramente “um dentre os filhos dos cativos de Judá” (Dn 2:25), em vez de um honorável sábio que já se encontrava a serviço do rei (Dn 1:19-20).

    Daniel 3 é o único capítulo do livro em que o profeta não é mencionado, e o cap 4 começa com Nabucodonosor aparentemente no auge de seu poder. Os eventos que se seguem inferem que o capítulo também registra a elevada influência de Daniel no governo. Depois que o profeta interpreta uma visão que adverte severamente o rei sobre as conseqüências de sua auto-exaltação, em lugar de glorificar o Deus verdadeiro (Dn 4:9-27), Nabucodonosor só é capaz de controlar seu orgulho por um ano (vv. 28-32). Sua auto-exaltação imediatamente resultou no castigo que fora predito: receberia a mente de um animal e viveria como um irracional por “sete tempos” (Dn 4:16-23,32,33).

    O significado dos “sete tempos” não está claro; a forma como o Império Babilônico foi governado durante o período em que o rei permaneceu mentalmente incapacitado é ainda mais obscura! A expressão “sete tempos” pode simplesmente referir-se a um período indefinido ou significar a um ciclo do calendário, como um mês ou um ano. Se o entendimento comum de que “um tempo” era uma estação anual de colheita estiver correto, então o rei ficou impossibilitado de governar por sete anos.

    Desde que Daniel fora nomeado conselheiro-chefe da corte real (Dn 2:49), e é chamado de “chefe dos magos” (Dn 4:9), é bem provável que tenha desempenhado um papel fundamental na manutenção da estabilidade do governo enquanto Nabucodonosor esteve afastado de sua função. Mesmo que o período tenha sido de poucas semanas ou meses e embora o império estivesse em paz, seria de se esperar que o vácuo causado pela ausência de uma figura tão inteligente e imponente como Nabucodonosor fosse rapidamente notada. Assim, desde que não existe nenuma indicação de uma luta interna pelo poder ou declínio durante sua ausência, é provável que oficiais altamente respeitáveis, como Daniel, tenham tratado dos assuntos cotidianos do império até que o rei recuperasse a sanidade e voltasse ao trono (Dn 4:37).

    Os próximos eventos registrados da vida de Daniel acontecem no início do reinado de Belsazar, o último monarca (553 a 539 a.C.) do período babilônico. “No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia” (Dn 7:1), o profeta teve um sonho, que se tornou sua primeira visão registrada no livro. O cap 8 descreve a segunda visão de Daniel, que ocorreu cerca de dois anos mais tarde, “no terceiro ano do reinado do rei Belsazar” (Dn 8:1). As duas visões descreviam circunstâncias difíceis para o povo de Deus no futuro; por isso, não é de estranhar que o profeta tenha ficado espantado e com o semblante mudado depois da primeira (Dn 7:28) e “enfraquecido e enfermo alguns dias” depois da segunda visão (Dn 8:27).

    Durante a década entre a morte de Nabucodonosor (562 a.C.) e o começo do reinado de Belsazar (553 a.C.), Daniel aparentemente perdeu um pouco de sua influência no governo da Babilônia. Certamente, em certo sentido, ele menciona seu retorno aos negócios do rei (Dn 8:27) na conclusão de sua segunda visão, datada por volta de 551 a.C.; entretanto, no bem conhecido episódio da escrita na parede (Dn 5), que ocorreu na ocasião da derrota final da Babilônia pelos medos e persas (Dn 5:30-31; Dn 6:28), em 539 a.C., o rei Belsazar deu a entender que não conhecia Daniel pessoalmente (Dn 5:13-16), ou nem mesmo sabia sobre sua fama como intérprete de sonhos e de homem sábio durante o reinado de Nabucodonosor (Dn 5:11-12).

    É algo fantástico, além de indicar a proteção providencial de Deus na transição do poder, que Daniel e o Senhor novamente tenham recebido grande reconhecimento (Dn 5:29; Dn 6:2). Não somente o profeta foi exaltado contra sua vontade para ocupar a terceira posição mais elevada no império, mesmo após ter repreendido o rei por seu orgulho e interpretado a ameaçadora escrita na parede, dirigida a Belsazar (Dn 5:22-29); logo depois da vitória medo-persa sobre a Babilônia, Daniel foi também nomeado como um dos três administradores sobre o reino, pelo novo imperador, Dario, o medo. Foi um papel no qual o profeta rapidamente se destacou (Dn 6:1-3).

    Para evitar que Daniel fosse nomeado para o mais importante cargo administrativo por Dario, outros oficiais do governo medo-persa conspiraram contra ele, para tirá-lo do caminho a qualquer custo (Dn 6:4-5). Devido à conduta ética e ao compromisso religioso do profeta, seus companheiros arquitetaram um plano para persuadir o rei a decretar que, por um período de trinta dias, toda oração que não fosse dirigida ao rei seria considerada ilegal, e o culpado, punido com a morte na cova dos leões (Dn 6:6-9).

    Por causa de sua disposição de orar três vezes ao dia, mesmo sob risco da própria vida, Daniel foi imediatamente preso e jogado na cova dos leões (Dn 6:10-17). Deus o protegeu durante toda a noite, no meio dos leões. Na manhã seguinte, foi vindicado diante do rei Dario e restaurado à sua posição de autoridade (vv. 18-23,28). Os conspiradores foram então atirados às feras famintas (v. 24) e Dario fez um decreto adicional, a fim de ordenar que o povo tremesse e temesse “perante o Deus de Daniel” (v.26).

    Durante esse mesmo período (o primeiro ano de Dario; Dn 9:1), Daniel fez uma maravilhosa oração de arrependimento corporativo (Dn 9:3-20), pelo povo judeu. O tempo parece coincidir com a proclamação feita por Ciro, supremo imperador persa (Ed 1:1), quando permitiu que os judeus dispersos pelo império voltassem para Jerusalém e reconstruíssem o Templo (Ed 1:2-4). Como resultado da oração fervorosa, do jejum e do lamento de Daniel pelos pecados de seu povo (Dn 9:3-20), o velho profeta recebeu uma revelação assombrosamente detalhada das “setenta semanas” (Dn 9:24) decretadas por Deus para o futuro de Israel (Dn 9:24-27). Embora não haja um consenso com relação ao significado e ao cumprimento dessa profecia, parece altamente provável que este período seja um paralelo com o tempo acumulado durante o qual os judeus falharam em observar a lei do “descanso do sábado” ordenada por Deus (2Cr 36:20-21), referente à utilização da terra.

    Uns dois anos mais tarde (Dn 10:1), Daniel novamente lamentou, orou e jejuou, dessa vez por três semanas (Dn 10:2-3). Esse incidente talvez esteja relacionado com os eventos em Jerusalém, onde a reconstrução do Templo foi interrompida pelo medo e desânimo (Ed 4:4-24). A visão que se seguiu é o último evento registrado no livro de Daniel, onde nada mais é registrado nas Escrituras sobre o período final da vida do profeta.

    Fora de seu livro, o nome de Daniel aparece três vezes em Ezequiel (14:14,20; 28:3). Embora alguns atribuam tais referências a alguém de renome, que provavelmente viveu no tempo de Noé ou de Jó (14:14,20), é mais provável que se reportem ao Daniel contemporâneo de Ezequiel. Se as ocorrências em Ezequiel podem ser datadas em 592 a.C. (14:14,20; cf. 8:
    1) e 586 a.C. (28:3; cf. 26:1), haveria tempo suficiente para Daniel ter demonstrado sua justiça (14:14,20) e sabedoria concernente aos mistérios (28:3). Seu reconhecimento como o principal conselheiro na Babilônia e seu sólido compromisso com Deus já se teriam estabelecido solidamente por volta de 600 a.C. (Dn 1:2, esp. 2:1).

    A única menção do nome de Daniel no NT é em Mateus 24:15. No meio do discurso do monte das Oliveiras (Mt 24:25), Jesus faz uma referência à “abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel” (Mt 24:15). A maneira como Cristo fala aqui parece autenticar a exatidão histórica dos eventos e das visões registrados no livro de Daniel.

    Um tributo adicional à fé demonstrada por Daniel na cova dos leões está registrado em Hebreus 11:33. Seu nome não é citado, mas a falta de outro evento semelhante no AT, bem como o fato da menção estar próxima à referência a “apagar a força do fogo” (Hb 11:34), relacionada com Daniel cap 3, faz com que a identificação seja quase certa.

    Uma avaliação geral das contribuições de Daniel deve incluir o uso de superlativos. Ao recuperar-se do trauma causado pela invasão de seu lar em Judá, Daniel cresceu de forma notável, até ocupar posições nos mais altos escalões da autoridade imperial e ter influência tanto no Império Babilônico como no Medo-Persa, durante uma carreira que durou mais de 60 anos.

    Ainda assim, seu legado mais profundo está na esfera espiritual. Daniel foi o veículo da revelação divina, tanto para interpretar como para ter as visões mais detalhadas da profecia bíblica. Desde que essas manifestações ultrapassaram o período do exílio babilônico (geralmente datado de 605 a 539 a.C.), Daniel, mais do que qualquer outro personagem bíblico, demonstrou ser a figura intermediária entre o período do pré e o do pós-exílio, durante a reconstrução de Jerusalém e do Templo. Essa alegação é justificada, apesar de ele ter passado a maior parte da vida distante geograficamente de Judá. Daniel tinha influência por seu acesso aos corredores do poder, bem como por seu exemplo de piedade.

    Poucas pessoas na Bíblia exibiram a fé, a coragem, a vida de oração e a sabedoria que podem ser vistas de forma consistente na existência de Daniel. Tanto em seus dias (Ez 14:14-20) como na lembrança dos escritores bíblicos (Hb 11:33), seu estilo de vida como humilde conselheiro governamental, administrador e profeta do Deus verdadeiro é profundamente reverenciado e digno de ser seguido como exemplo.

    3. Daniel, líder levita da época do pós-exílio, citado como companheiro de regresso a Judá na leva de Esdras (Ed 8:2). Foi um dos que assinaram o documento de compromisso solene com Deus (Ne 10:6). Era descendente de Itamar.

    A.B.L.


    Daniel [Deus É Juiz]

    Profeta de Judá. Foi levado para o CATIVEIRO na Babilônia, onde ocupou alta posição no governo (Dn 1:2-6; 2.48). V. DANIEL, LIVRO DE.

    =======================

    LIVRO DE DANIEL

    Livro escrito em tempos de perseguição e sofrimento. Por meio de histórias e de visões, o autor procura explicar aos judeus as razões por que eles estão sendo perseguidos e também os anima a continuarem fiéis a Deus. O livro se divide em duas partes. A primeira (caps. 1—
    6) conta histórias a respeito de Daniel e dos seus companheiros. A segunda (caps. 7—
    12) relata visões de vários impérios que aparecem e depois desaparecem. Elas mostram que os perseguidores serão derrotados e que a vitória final será do povo judeu.


    Daniel Livro do Antigo Testamento que, em hebraico, está entre os Escritos e, na versão grega, entre os LXX. Escrito em hebraico e aramaico (2,4 a 7:28), conta com adições posteriores que judeus e protestantes consideram não-canônicas (3,24-50; 3,51-90; 13 1:64-14,1-22; 14,23-42). Continua sendo objeto de controvérsia o final de sua redação, que foi fixado no séc. II a.C., no séc. VI a.C. (como o próprio livro registra) e em um arco cronológico que iria do séc. VI a.C. ao séc. III a.C., sendo, nesse caso, as passagens apocalípticas as mais recentes da obra. Jesus cita freqüentemente o Livro de Daniel, especialmente em relação à figura do Filho do homem (Dn 7:13ss.) o qual, em harmonia com o judaísmo da época, identifica com o messias e consigo mesmo (Mt 16:13ss.; 17,22-23 etc.). A figura da abominação da desolação a que Daniel se refere (Antíoco IV Epífanes no sentido original? O anticristo dos últimos tempos?) aparece também nos denominados “apocalipses sinóticos” (Mc 13, Mt 24 e Lc 21). Também Jesus utilizava os ensinamentos de Dn 12:2 que fala de uma ressurreição de salvos e condenados: os primeiros para receber a felicidade eterna; os segundos, para o castigo igualmente eterno.

    Despenseiro

    Despenseiro
    1) Pessoa encarregada da DESPENSA (Gn 43:16), RA).

    2) O cristão como administrador dos seus DONS (1Pe 4:10). 3 O obreiro como responsável por cuidar das coisas de Deus (1Co 4:1); (Tt 1:7).

    substantivo masculino Encarregado da despensa; aquele que, numa comunidade, é responsável pelo fornecimento e pela administração dos gêneros alimentícios; ecônomo.
    Aquele que é caridoso utilizando a generosidade alheia.
    [Informal] Móvel ou conjunto de prateleiras usado para organizar a despensa, o local onde ficam guardados os alimentos numa casa.
    Etimologia (origem da palavra despenseiro). Despensa + eiro.

    o encarregado da despensa

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Hananias

    o Senhor é clemente. Este nome é a forma original de Ananias. l. Um dos três jovens, pertencentes à tribo de Judá e membros da família real, os quais, sendo levados cativos para Babilônia, foram escolhidos para serem instruídos na ciência dos caldeus e postos ao serviço de Nabucodonosor. o seu nome foi mudado para Sadraque. Ele recusou-se a prestar culto à imagem de ouro (Dn 1:7 – 3.12). (*veja Daniel – Sadraque.)2. Chefe do 16º turno de músicos ao serviço do templo. Era um dos quatorze filhos de Hemã, o cantor, que se empregavam em exaltar pelas cornetas o poder de Deus (1 Cr 25.4,23). 3. Capitão do exército de Uzias (2 Cr 26.11). 4. Pai de Zedequias, era um dos príncipes do tempo de Jeoaquim (Jr 36:12). 5. Falso profeta de Gibeom, que no reinado de Zedequias anunciou, diante de Jeremias e de todo o povo, que dentro de dois anos haviam de voltar a Jerusalém os cativos e também todos os vasos do templo que Nabucodonosor tinha levado para Babilônia (Jr 28:1-17). Jeremias replicou profetizando, que em lugar de um jugo de madeira devia ser posto sobre o povo um jugo de ferro pelo espaço de setenta anos, e que o próprio Hananias morreria dentro de um ano por ter resistido à vontade do Senhor. 6. Avô de Jerias, um capitão que tinha a seu cuidado a porta de Benjamim. Ele prendeu Jeremias, porque tinham acusado este profeta de querer desertar para os caldeus (Jr 37:13). 7. Filho de Sasaque (1 Cr 8.24). 8. Filho de Zorobabel (1 Cr 3.19,21). 9. Um dos que tinham casado com mulheres estrangeiras (Ed 10:28). 10. indivíduo que acumulava os cargos de perfumista e de sacerdote (Ne 3:8). Ele estava encarregado de preparar o óleo sagrado e o incenso. 11. Homem que trabalhou nas obras dos muros de Jerusalém (Ne 3:30). Talvez o mesmo indivíduo que o de nº 9. 12. Principal da fortaleza de Jerusalém, ‘porque era homem fiel e temente a Deus’ (Ne 7:2). 13. o nome de uma família cujo chefe selou o pacto (Ne 10:23). 14. Sacerdote, quando Joaquim era sumo sacerdote, cerca do ano 480 a.C. (Ne 12:12-41).

    (Heb. “o Senhor mostra graça ao favor”).


    1. Filho de Zorobabel, líder dos judeus depois do exílio babilônico; só é mencionado em I Crônicas 3:19-21.


    2. Descendente de Benjamim, mencionado apenas em I Crônicas 8:24, na genealogia do rei Saul.


    3. Filho de Hemã, mencionado em I Crônicas 25:4-23. Fazia parte do ministério profético com acompanhamento musical, durante o reinado de Davi. Para mais detalhes, veja Hemã.


    4. Um dos príncipes do rei (oficial da corte) Uzias, mencionado apenas em II Crônicas 26:11.


    5. Falso profeta, é mencionado oito vezes em Jeremias 28. Era filho de Azur, de Gibeom. Na presença do homem de Deus e de vários sacerdotes, Hananias profetizou que o domínio dos caldeus seria rápido. Tal mensagem foi muito bem aceita, por ser muito popular, mas era falsa. Jeremias mostrou o mal que Hananias causava por fazer o povo acreditar numa mentira e predisse a morte dele no decorrer de um ano (Jr 28:15-17). Sete meses depois ele morreu.


    6. Pai de um oficial judeu chamado Zedequias, na época do profeta Jeremias. Mencionado apenas em Jeremias 36:12.


    7. Avô do capitão da guarda em Jerusalém na época do profeta Jeremias. Mencionado apenas em Jeremias 37:13.


    8. Um dos companheiros de Daniel (Dn 1:6-19; Dn 2:17). Embora seu nome não seja citado explicitamente, sua atitude de fé, ao desobedecer ao rei Nabucodonosor e sobreviver à fornalha de fogo (Dn
    3) é homenageada no NT, em Hebreus 11:34. Veja Sadraque.


    9. Um dos culpados de ter-se casado com mulheres estrangeiras, no tempo de Esdras, depois do exílio. Mencionado apenas em Esdras 10:28.


    10. Um fabricante de perfume que ajudou na reconstrução dos muros de Jerusalém, no tempo de Neemias (Ne 3:8).

    11. Possivelmente a mesma pessoa do item nº 10, ajudou na reconstrução dos muros e era responsável pela parte aci ma da Porta dos Cavalos (Ne 3:28-30).


    12. Mencionado em Neemias 7:2, era “maioral” da cidade de Jerusalém, “homem fiel e temente a Deus, mais do que muitos”. Neemias o nomeou governador da cidade, juntamente com seu irmão Hanani.


    13. Líder dos judeus e um dos que selaram o pacto no tempo de Neemias (Ne 10:23).


    14. Líder de uma família sacerdotal no tempo de Neemias (Ne 12:12-41). Foi um dos tocadores de trombeta durante o culto de dedicação dos muros de Jerusalém. Possivelmente era descendente do personagem registrado no item no 3.

    A.B.L. e P.D.G.


    Hananias [Javé É Amor] -

    1) Profeta falso que se opôs a Jeremias (Jr 28:2)

    2) Amigo de Daniel, conhecido também como Sadraque (Dn 1:6).

    Misael

    -

    nome derivado de Miguel

    (Heb. “quem é o que o Senhor é?”).


    1. Chefe de um dos clãs da tribo de Levi, na época do Êxodo (Ex 6:22). Em Levítico

    10:4 está registrado como primo de Arão.


    2. Um dos companheiros de Daniel (Dn 1:6-19; Dn 2:17). Embora não seja mencionado pelo nome, sua atitude de fé, ao desobedecer ao rei Nabucodonosor, é honrada no Novo Testamento em Hebreus 11:34. Para mais detalhes, veja Mesaque.


    3. Mencionado apenas em Neemias 8:4, esteve ao lado de Esdras no púlpito, na Porta das Águas, em Jerusalém. A.B.L.


    Misael [Quem É igual a Deus ?]

    Um dos quatro príncipes de Judá que foram treinados para serem conselheiros do rei NABUCODONOSOR (Dn 1:3-7).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ‹O Administrador- da- Despensa- Celeiro›
    Daniel 1: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então disse Daniel a Melzar ‹O Administrador- da- Despensa- Celeiro› a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:
    Daniel 1: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    605 a.C.
    H1840
    Dânîyêʼl
    דָנִיֵּאל
    Daniel
    (Daniel)
    Substantivo
    H2608
    Chănanyâh
    חֲנַנְיָה
    o amigo piedoso de Daniel a quem Nabucodonosor colocou o nome de Sadraque; um dos
    (and Hananiah)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4332
    Mîyshâʼêl
    מִישָׁאֵל
    o amigo fiel de Daniel que Nabucodonosor renomeou de Mesaque; um dos três amigos
    (Mishael)
    Substantivo
    H4453
    meltsâr
    מֶלְצָר
    guarda, um oficial da corte
    (Melzar)
    Substantivo
    H4487
    mânâh
    מָנָה
    contar, calcular, numerar, designar, falar, indicar, preparar
    (number)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5631
    çârîyç
    סָרִיס
    ()
    H5838
    ʻĂzaryâh
    עֲזַרְיָה
    filho do rei Amazias, de Judá, e ele próprio rei de Judá por 52 anos; também ‘Uzias’
    (Azariah)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H8269
    sar
    שַׂר
    Os princípes
    (The princes)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula


    דָנִיֵּאל


    (H1840)
    Dânîyêʼl (daw-nee-yale')

    01840 דניאל Daniye’l em Ezequiel דניאל Dani’el

    procedente de 1835 e 410, grego 1158 δανιηλ; n pr m

    Daniel = “Deus é meu juiz”

    1. o segundo filho de Davi com Abigail, a carmelita
    2. o quarto dos grandes profetas, tomado como refém na primeira deportação para a Babilônia, por causa do dom da interpretação de sonhos, recebido de Deus, tornou-se o segundo no governo do império babilônico e permaneceu até o fim do mesmo estendendo-se para dentro do império persa. Suas profecias são a chave para a compreensão dos eventos do fim dos tempos. Destacado por sua pureza e santidade por seu contemporâneo, o profeta Ezequiel
      1. também, ’Beltessazar’ (1095 ou 1096)
    3. um sacerdote da família de Itamar que fez aliança com Neemias

    חֲנַנְיָה


    (H2608)
    Chănanyâh (khan-an-yaw')

    02608 חנניה Chananyah ou חנניהו Chananyahuw

    procedente de 2603 e 3050, grego 367 Ανανιας e 452 Αννας; n pr m

    Hananias = “Deus tem favorecido”

    1. o amigo piedoso de Daniel a quem Nabucodonosor colocou o nome de Sadraque; um dos três amigos que, juntamente com Daniel, se recusaram a ficar impuros comendo a comida da mesa do rei que era contra as leis de alimentação que Deus tinha dado aos judeus; também um dos três que foram lançados na fornalha ardente por terem recusado a ajoelhar-se diante de uma imagem de Nabucodonosor e foram salvos pelo anjo do Senhor. Veja também ‘Sadraque’ (7714 ou 7715)
    2. um dos 14 filhos de Hemã e líder do décimo sexto turno
    3. um general no exército do rei Uzias
    4. pai de Zedequias na época de Joiaquim
    5. filho de Azur, um benjamita de Gibeão e um falso profeta no reinado de Zedequias, rei de Judá
    6. avô de Jerias, o capitão da guarda no portão de Benjamim, que prendeu Jeremias com a acusação de estar fugindo para os caldeus
    7. um líder de uma família de Benjamim
    8. filho de Zorobabel de quem Cristo é descendente, também chamado de ’Joanã’ por Lucas
    9. um dos filhos de Bebai que retornou da Babilônia com Esdras
    10. um sacerdote, um dos que preparava os ungüentos sagrados e incenso, que construiu uma porção do muro de Jerusalém nos dias de Neemias
    11. cabeça do turno sacerdotal de Jeremias dos dias de Jeoaquim
    12. governador do palácio de Jerusalém sob Neemias e também, juntamente com Hanani, o irmão do governador, encarregado de guardar os portões de Jerusalém
    13. dois israelitas pós-exílicos

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מִישָׁאֵל


    (H4332)
    Mîyshâʼêl (mee-shaw-ale')

    04332 מישאל Miysha’el

    procedente de 4310 e 410 com a abrev. insep. interposta [veja 834] ; n pr m Misael = “quem é o que Deus é”

    1. o amigo fiel de Daniel que Nabucodonosor renomeou de Mesaque; um dos três amigos que, juntos com Daniel, recusaram-se a tornar-se impuros comendo da comida da mesa do rei, ação que ia contra as leis de alimentação que Deus tinha dado aos judeus; também um dos três que foram jogados na fornalha acesa por recusarem-se a ajoelhar diante da imagem de Nabucodonosor e foram salvos pelo anjo do Senhor
    2. um filho de Uziel e um primo de Moisés e Arão
    3. um dos que estavam de pé à esquerda de Esdras quando este leu a lei para o povo

    מֶלְצָר


    (H4453)
    meltsâr (mel-tsawr')

    04453 מלצר meltsar

    de derivação persa; DITAT - 1206; n m

    1. guarda, um oficial da corte
      1. sentido dúbio

    מָנָה


    (H4487)
    mânâh (maw-naw')

    04487 מנה manah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1213; v

    1. contar, calcular, numerar, designar, falar, indicar, preparar
      1. (Qal)
        1. contar, numerar
        2. considerar, designar, encarregar
      2. (Nifal)
        1. ser contado, ser numerado
        2. ser considerado, ser designado
      3. (Piel) indicar, ordenar
      4. (Pual) indicado (particípio)

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    סָרִיס


    (H5631)
    çârîyç (saw-reece')

    05631 סריס cariyc ou סרס caric

    procedente de uma raiz não utilizada significando castrar; DITAT - 1545; n m

    1. oficial, eunuco

    עֲזַרְיָה


    (H5838)
    ʻĂzaryâh (az-ar-yaw')

    05838 עזריה Àzaryah ou עזריהו Àzaryahuw

    procedente de 5826 e 3050; n pr m Azarias = “Javé ajudou”

    1. filho do rei Amazias, de Judá, e ele próprio rei de Judá por 52 anos; também ‘Uzias’
    2. o amigo piedoso de Daniel a quem Nabucodonosor renomeou com Abede-Nego; um dos três amigos que juntamente com Daniel recusaram-se a ficar impuros comendo o alimento da mesa do rei, o que ia contra as leis de alimentares que Deus tinha dado aos judeus; também um dos três que foram lançados na fornalha ardente por recusarem-se a ajoelhar-se diante de uma imagem de Nabucodonosor e foram salvos pelo anjo do Senhor
      1. também, ‘Abede-Nego’ (5664 ou 5665)
    3. filho de Natã e um oficial de Salomão; talvez um neto de Davi e sobrinho de Salomão
    4. um profeta nos dias do rei Asa, de Judá
    5. filho do rei Josafá, de Judá, e irmão de 5
    6. outro filho do rei Josafá, de Judá, e irmão de 4
    7. um sacerdote, filho de Aimaás, neto de Zadoque e sumo sacerdote no reinado do rei Salomão
    8. o sumo sacerdote no reinado do rei Uzias, de Judá
    9. um sacerdote que selou a aliança com Neemias; provavelmente o mesmo que 18
    10. um levita coatita, pai de Joel no reinado do rei Ezequias, de Judá
    11. um levita merarita, filho de Jealelel no reinado do rei Ezequias, de Judá
    12. um levita coatita, filho de Sofonias e antepassado do profeta Samuel
    13. um levita que ajudou Esdras a instruir o povo na lei
    14. filho de Jeroão e um dos capitães do templo de Judá na época da rainha Atalia; provavelmente o mesmo que o 21
    15. filho de Maaséias que restaurou parte do muro de Jerusalém na época de Neemias
    16. um dos líderes que retornou da Babilônia com Zorobabel
    17. um homem que participou da dedicação do muro de Jerusalém na época de Neemias; provavelmente o mesmo que o 10
    18. filho de Joanã, um dos capitães de Efraim no reinado do rei Acaz, de Judá
    19. um judaíta, filho de Etã dos filhos de Zera
    20. um judaíta, filho de Jeú da família dos jerameelitas e descendente de Jara, o servo egípcio de Sesã; provavelmente um dos capitães da época da rainha Atalia e o mesmo que o 15
    21. um sacerdote, filho de Hilquias
    22. um sacerdote, filho de Joanã
    23. filho do rei Jeorão, de Judá; provavelmente um erro do copista para ‘Acazias’
    24. filho de Meraiote
    25. filho de Hosaías e um dos homens soberbos que confrontou Jeremias

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    שַׂר


    (H8269)
    sar (sar)

    08269 שר sar

    procedente de 8323; DITAT - 2295a; n. m.

    1. príncipe, governante, líder, chefe, comandante, oficial, capitão
      1. comandante, chefe
      2. vassalo, nobre, oficial (sob as ordens do rei)
      3. capitão, general, comandante (militar)
      4. chefe, líder, superintendente (de outras classes de funcionários)
      5. líderes, príncipes (referindo-se a ofícios religiosos)
      6. anciãos (referindo-se aos líderes representativos do povo)
      7. príncipes-mercadores (referindo-se à hierarquia dignidade)
      8. anjo protetor
      9. Soberano dos soberanos (referindo-se a Deus)
      10. diretor

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)