Enciclopédia de Daniel 7:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dn 7: 10

Versão Versículo
ARA Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros.
ARC Um rio de fogo manava e saía de diante dele: milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele: assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.
TB De diante dele, manava e saía um rio de fogo; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.
HSB נְהַ֣ר דִּי־ נ֗וּר נָגֵ֤ד וְנָפֵק֙ מִן־ קֳדָמ֔וֹהִי אֶ֤לֶף [אלפים] (אַלְפִין֙) יְשַׁמְּשׁוּנֵּ֔הּ וְרִבּ֥וֹ [רבון] (רִבְבָ֖ן) קָֽדָמ֣וֹהִי יְקוּמ֑וּן דִּינָ֥א יְתִ֖ב וְסִפְרִ֥ין פְּתִֽיחוּ׃
BKJ Um córrego flamejante fluía e surgia de diante dele; milhares de milhares ministravam a ele, e dez mil vezes dez mil estavam diante dele; o julgamento estava pronto e os livros foram abertos.
LTT Um rio de fogo manava e saía de diante dEle; milhares de milhares O serviam, e miríades de miríades se postavam de pé diante dEle; assentou-se o juiz ①, e abriram-se os livros.
BJ2 Um rio de fogo corria, irrompendo diante dele. Mil milhares o serviam, e miríades de miríades o assistiam. O tribunal tomou assento e os livros foram abertos.[l]

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Daniel 7:10

Deuteronômio 33:2 Disse, pois: O Senhor veio de Sinai e lhes subiu de Seir; resplandeceu desde o monte Parã e veio com dez milhares de santos; à sua direita havia para eles o fogo da lei.
I Reis 22:19 Então, disse ele: Ouve, pois, a palavra do Senhor: Vi o Senhor assentado sobre o seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua mão direita e à sua esquerda.
Salmos 50:3 Virá o nosso Deus e não se calará; adiante dele um fogo irá consumindo, e haverá grande tormenta ao redor dele.
Salmos 68:17 Os carros de Deus são vinte milhares, milhares de milhares. O Senhor está entre eles, como em Sinai, no lugar santo.
Salmos 96:11 Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra: brame o mar e a sua plenitude.
Salmos 97:2 Nuvens e obscuridade estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono.
Isaías 30:27 Eis que o nome do Senhor vem de longe ardendo na sua ira e lançando espessa fumaça; os seus lábios estão cheios de indignação, e a sua língua é como um fogo consumidor;
Isaías 30:33 Porque uma fogueira está preparada desde ontem, sim, está preparada para o rei; ele a fez profunda e larga; a sua pilha é fogo e tem muita lenha; o assopro do Senhor como torrente de enxofre a acenderá.
Isaías 66:15 Porque eis que o Senhor virá em fogo; e os seus carros, como um torvelinho, para tornar a sua ira em furor e a sua repreensão, em chamas de fogo.
Daniel 7:22 Até que veio o ancião de dias, e foi dado o juízo aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino.
Daniel 7:26 Mas o juízo estabelecer-se-á, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim.
Naum 1:5 Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; e a terra se levanta na sua presença, sim, o mundo e todos os que nele habitam.
Zacarias 14:5 E fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos montes chegará até Azel) e fugireis assim como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos contigo, ó Senhor.
Malaquias 3:16 Então, aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome.
Mateus 25:31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória;
Hebreus 12:22 Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos,
Judas 1:14 E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos,
Apocalipse 5:11 E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e milhares de milhares,
Apocalipse 20:11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

"juiz": Young, SEVAntigua, RVG.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Daniel Capítulo 7 do versículo 1 até o 28
F. IMPÉRIOS ASCENDEM E MINGUAM ATÉ A CONSUMAÇÃO, Dn 7:1-28

Daniel 7 conclui a seção aramaica do livro (veja comentários em Dn 1:1-2) e encerra as mensagens relacionadas aos poderes pagãos mundiais. Em certo sentido, esse capítulo serve de ponte entre a seção gentia e a seção judaica seguinte. A primeira seção, expressa na língua das terras onde Israel e Judá estavam exilados, levou a palavra de Deus aos imperadores e impérios dos gentios. A segunda, na língua da promessa ao povo da promessa, levou a palavra infalível de Deus ao remanescente de Israel. A perspectiva da primeira é a ordem mundial gentia. A perspectiva da segunda seção apresenta o Reino de Deus em primeiro plano, ainda que em conflito com as forças do mundo. Assim, esse sétimo capítulo faz convergir as duas perspectivas, a terrena e a celestial. Junto com o capítulo 2, ele tem sido definido como o coração da mensagem de Daniel.

1. Os Quatro Animais (Dn 7:1-8)

  1. Os animais e a imagem de Nabucodonosor (7:1-3). No primeiro ano de Belsazar (1) seria quatorze anos antes da queda do reino Babilônico. O sonho de Daniel sobre a ordem das coisas futuras lançou a vista do tempo em que o profeta se encontrava, mais de cinco séculos antes do nascimento de Cristo, até a nossa era e até o fim dos tempos. Da sua perspectiva, rodeado por uma escuridão silenciosa da noite (2), emergiu uma figura violenta e furiosa — tempestuosos ventos do céu, animais rugindo (3) subindo das águas, espalhando-se pela terra, um após o outro.

Os ventos do céu agitando o mar é uma figura ilustrativa das duas dimensões da realidade na história. Há a existência terrena de pessoas e nações representada pelo mar agitado e a terra sólida. Há a ordem celestial, sobrenatural. Os dois domínios estão envolvidos no curso dos afazeres humanos, e entre eles e dentro deles há um conflito dinâmico de forças.
Há um paralelo impressionante entre a visão de Daniel descrita aqui e a visão de Nabucodonosor da grande imagem. Na verdade, elas claramente retratam as mesmas realidades históricas, embora de pontos de vista diferentes. O capítulo 2 retrata a história como Deus permitiu que um monarca pagão a vislumbrasse. A imagem continha elemen-tos da própria situação de Nabucodonosor. Na visão de Daniel compartilhamos da concep-ção de um homem de Deus que consegue captar um vislumbre da perspectiva de Deus.
Nabucodonosor viu a ordem mundial elevando-se em uma magnificência esplendorosa, um colosso dourado cintilante, mas Daniel viu a mesma substância em forma de animais temerosos e vorazes.

Stevens percebe a relevância do símbolo da bestialidade sendo aplicado aos tiranos da história. "Devemos nos curvar em respeito diante dessa manifestação avaliadora di-vina sobre o caráter do governo imperial do mundo. Quais são os atributos dos animais? Guardar o que é seu a qualquer custo; brigar por aquilo que não têm, mas que querem ter; voar e procurar a violência, sedentos de sangue a qualquer provocação [...] inclina-dos a sentir o máximo de satisfação no sangue, na agonia, na perda e na morte dos objetos da sua fúria [...] Deus anteviu esse espírito predominante nos impérios mundiais até o fim. Na verdade, esse é o verdadeiro espírito do império mundial. E o militarismo é o seu instrumento indispensável".' Verdadeiramente, "o SENHOR não vê como vê o ho-mem" (1 Sm 16.7).

  1. O leão com asas (7.4). A identificação dos três primeiros animais parece claramente um paralelo com a interpretação de Daniel da imagem do capítulo 2. O leão com asas de águias [...] foi levantado [...] e posto em pé como um homem e recebeu um coração de homem. Essa imagem provavelmente representa Nabucodonosor como a grande per-sonificação do império babilônico. Sua degradação é sugerida pelo despojar das asas, e sua restauração pelo presente de um coração e a postura ereta de um homem. O rei dos animais é representado pela força e ferocidade, e o rei das aves, pela graça, agilidade e voracidade; combinados retratam o poder e a grandeza régia desse rei e de seu reino.
  2. O urso desajeitado (7.5). O segundo animal, semelhante a um urso, "tendo sua pata levantada, pronto para atacar" (Berkeley), era o segundo animal mais feroz. As três costelas em sua boca e a ordem: Levanta-te, devora muita carne, descrevem seu instinto predatório. Os reinos da Babilônia, Lídia e Egito podem representar as cos-telas entre os dentes do urso.'

Pusey descreve de maneira vívida a impassibilidade desajeitada do império persa -imponente e pesado na sua estratégia militar, devastador de vidas e recursos humanos. A campanha militar de Xerxes contra a Grécia, que experimentou sua derrota inicial na batalha de Maratona, mais se assemelhava à migração de imensos bandos do que à ação de um exército. Estima-se em mais de dois milhões e meio de soldados em ação.'

  1. O leopardo com suas asas velozes (7.6). O leopardo com quatro asas de ave é um símbolo apropriado do grego Alexandre, cuja velocidade impressionante e poder ad-mirável rapidamente colocaram a Pérsia e o mundo aos seus pés. A divisão em quatro partes do seu reino logo após a sua morte é sugerida pelas quatro cabeças.
  2. O monstro indescritível (7:7-8). O quarto animal torna-se o tópico especial da inter-pretação do anjo nos versículos 15:28. Essa criatura espantosa mas indefinível lembra fortemente o caráter heterogêneo da parte inferior da imagem de Nabucodonosor com as pernas de ferro e os pés e dedos formados de uma mistura de ferro e barro (Dn 2:40-43).
  3. Poder, saque e terror (7). O caráter distinto do quarto animal é o terror que provo-ca no observador; ele era terrível e espantoso e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro. "Ele devorava e dilacerava suas vítimas em pedaços e pisoteava o que sobrava com seus pés" (Berkeley). Sua diferença marcante em relação aos outros animais antes dele era especificamente notada.
  4. Dez chifres (7). Da sua cabeça cresciam dez pontas ("chifres", ARA). Símbolos de poder militar, esses chifres representam dez reis ou reinos (cf. v. 24). Saindo da mesma cabeça eles apresentavam uma unidade na diversidade, como partes de um mesmo ani-mal. Eles também pertenciam ao mesmo período histórico em contraste com as sucessi-vas aparições dos animais.
  5. O temeroso chifre pequeno (8). Saindo da mesma cabeça e desalojando três das pontas primeiras subiu outra ponta pequena. Mais devastador do que qualquer um dos seus predecessores, esse chifre torna-se o assunto principal do restante do capítulo. Um ser humano, dotado de inteligência e sagacidade extraordinárias, com um imenso orgulho, é sugerido pelos olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente.

2. O Ancião de Dias Senta para Julgar (Dn 7:9-14)

a) Os tronos de julgamento (7:9-10). Quando a fúria do quarto animal alcançou seu clímax, Daniel viu tronos sendo estabelecidos,' e o ancião de dias toma seu assento de julgamento. Coberto por uma luz inefável, cercado por milhares de milhares que o serviam, o Juiz iniciou o juízo [...] e abriram-se os livros. Esse quadro é claramente refle-tido em Apocalipse 20:4.

  1. O julgamento do animal e dos animais (7:11-12). O quarto animal encontra seu fim no julgamento de Deus. O animal foi morto, e o seu corpo, desfeito e entregue para ser queimado pelo fogo. Com ele foi o pequeno chifre (ponta). Os outros ani-mais receberam uma prolongação de vida, todavia, foi-lhes removida sua autoridade e foram colocados debaixo do domínio divino.
  2. Um novo rei e um novo reino (7:13-14). A seguir vem uma bela visão de um como o filho do homem (13), que vem nas nuvens do céu e recebe um domínio eterno (14). Todos os povos, nações e línguas tornam-se sujeitos a Ele. A escolha do título "Filho do homem" por Jesus inevitavelmente identifica o novo Rei. E a proclamação de Jesus acerca do Reino identifica o novo domínio

A relação dessa visão com a visão de Dn 2:44 é evidente. Ali a pedra que foi cortada da montanha substitui os reinos (cf. Mt 24:30 e Ap 1:7).

3. A Interpretação do Anjo (Dn 7:15-28)

  1. A explicação dos animais (7:15-18). Não é de admirar que Daniel estava perplexo e abatido (15) com a visão que acabara de ter. Devido a sua sabedoria em relação aos caminhos de Deus, ele tinha percepção suficiente para compreender algo do significado do panorama que havia se estendido diante dele. Mas a amplitude disso e as implicações sombrias para as pessoas da terra e para o seu próprio povo eram mais do que Daniel podia absorver calmamente.

Deus é bom em prover ajuda aos seus filhos quando mais precisam dela. O anjo de Deus estava lá para socorrer Daniel, para que ele compreendesse melhor o que estava acontecendo. Os quatro animais, ele explicou, eram quatro reis (17) ou reinos. Mas a conseqüência final da história é o quinto reino, o governo dos santos do Altíssimo (18).

  1. O quarto animal (7:19-26). Esse animal era a preocupação maior de Daniel, como tem sido no caso dos estudantes do livro de Daniel. Assim, o anjo concentrou-se nesse aspecto e deu-lhe uma atenção maior.

Esse animal com grandes dentes [...] de ferro e garras de metal ("bronze", ARA) era indescritivelmente horrível. Ele era mais devasso na sua capacidade de destruir e sua crueldade do que qualquer um dos seus predecessores. Embora no início tivesse dez pontas (chifres), um pequeno chifre surgiu para desalojar três outros e distinguir-se no seu vigor e crescimento. Em ferocidade e ostentação esse chifre era mais firme do que o das suas companheiras. No final, esse chifre atacou o próprio Deus, o Altíssimo, e fazia guerra contra os santos e os vencia (21).

Esse quarto animal, explica o anjo, será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços (23).


1) Que império é esse? Que reino na história pode ser identificado com o quadro pavoroso desse quarto animal? Seguindo a interpretação adotada no capítulo 2, esse seria o Império Romano, embora a maioria dos intérpretes modernos discorde desse pon-to de vista. O parecer popular é que o animal em forma de dragão representa os gregos, cujos dez chifres representam os dez governantes que sucederam Alexandre. O pequeno chifre seria Antíoco Epifânio.19


2) Roma identificada. Young, apoiando a posição de que esse quarto animal repre-sentava o Império Romano, diz: "É provavelmente correto concordar com a visão tradici-onal de que esse quarto império é Roma. Isso já era expresso na época de Josefo, e tem sido amplamente aceito. Podemos citar Crisóstomo, Jerônimo, Agostinho, Lutero, Calvino como alguns dos comentaristas que concordam com essa posição, ou que são, pelo menos, partidários da mesma. Em tempos posteriores, estudiosos como E. W. Hengstenberg, H. Ch. Hãvernick, Carl Paul Caspari, Karl Friedrich Keil, Edward Pusey e Robert Dick Wilson [apoiaram essa teoria]".20

Young apresenta duas razões de a teoria romana ter obtido a supremacia no Novo Testamento e ter sido aceita pelos intérpretes desde então.

  1. "Nosso Senhor identificou-se como o Filho do Homem, a figura celestial de Daniel 7, e conectou a 'abominação da desolação' com a futura destruição do Templo (Mt
    24) ".
  2. "Paulo usou a linguagem de Daniel para descrever o Anticristo, e o livro de Apocalipse empregou o simbolismo de Daniel 7 para referir-se aos poderes que existiam naquela época e aos poderes futuros.

"A razão de a teoria do Império Romano tornar-se tão predominante na igreja primi-tiva é porque ela é encontrada no Novo Testamento, não porque os homens pensavam que tinham achado uma saída simples para a dificuldade".'


3) O que significa a "ponta pequena" ("pequeno chifre", vv. 8, 11, 20-22, 24-26) ? Intér-pretes conservadores concordam quase de maneira universal em que o pequeno chifre de Daniel 7 é o Anticristo, que deverá vir no final dos tempos. Jerônimo insistia nesta teo-ria, contrariando Porfirio.' Poucos que aceitam a inspiração sobrenatural de Daniel têm questionado a argumentação de Jerônimo. No entanto, inúmeros estudiosos insistem em que o pequeno chifre nesse capítulo não deve ser identificado com o pequeno chifre (pon-ta pequena) do capítulo 8. Quanto ao pequeno chifre — a audácia profana —, o egoísmo crescente desse ser humano que surge do solo político da história humana o distingue como a culminação da iniqüidade e impiedade. Sua caracterização como tendo olhos de homem (8) sugere que ele é um homem de caráter extraordinário, possuindo inteligên-cia, sagacidade e uma percepção muito além da dos seus contemporâneos. Ele vencerá o mundo pela racionalidade e lógica tanto quanto pela força armada. A expressão boca que falava grandiosamente (8) indica habilidade na eloqüência, persuasão, um poder de comunicação que serve como arma de guerra contra Deus e o homem.

Esse é o "homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus" (2 Tes 2:3-4). Esse é o "mistério da injustiça" (2 Tes 2.7), "o iníquo" (2 Tes 2.8). É impossível que esse perverso seja identificado com Antioco Epifânio. Esse tirano estava morto havia cerca de duzentos anos na época de Paulo. Ele pode simbolizar "o iníquo", mas Paulo colocou o Anticristo no fim dos tempos, na culminação do conflito entre Deus e o Anti-Deus.

A frase: E proferirá palavras contra o Altíssimo (25) é regida pela preposição contra. A palavra aramaica letsadh significa "ao lado de, contra". "Ela denota que ele usará uma linguagem na qual colocará Deus de lado, e dará atenção a outro. Ele se colocará na posição de Deus, fazendo-se semelhante a Deus, e destruirá os santos de Deus"."

c) Os reinos dos homens e o Reino de Deus (Dn 7:13-14,18,22,27-28)


1) Teorias divergentes. O que é esse reino (18) que o Altíssimo deverá entregar ao filho do homem (13) e, por meio dele, aos santos do Altíssimo (22) ? Onde esse reino está localizado? Quem são seus cidadãos? Quando virá? Inúmeras teorias têm prolifera-do em torno desse tema importante. Talvez não haja nenhum aspecto da revelação mais importante, além da própria redenção, do que o Reino de Deus. Tampouco há assunto mais essencial para a compreensão de todas as implicações da redenção e do significado do evangelho no seu cenário universal.

  1. Israel é o "ungido" de Deus e provê o cerne do Reino. Essa é a visão liberal e está intimamente ligada à teoria de que o quarto reino é a Grécia e que o pequeno chifre é Antíoco Epifânio. Não há o reconhecimento de um Messias pessoal e sobre-humano. Al-guns chegam a afirmar que Onias, o sumo sacerdote que resistiu a Antíoco e foi morto por ele, poderia ser "o ungido". Argumenta-se que o autor de Daniel não poderia ter nenhum tipo de conhecimento acerca de um Messias pessoal, e certamente não saberia nada acerca de um Messias que se tornaria o Rei do reino de Deus.
  2. Uma visão espiritualizada. Essa visão é creditada primeiro a Orígenes e tem sido seguida por muitos intérpretes ao longo dos séculos. Desse ponto de vista, não precisa haver um tempo de um julgamento final e crucial. Cristo é o Juiz agora e tem sido desde o seu primeiro aparecimento. O Reino já está aqui e onde quer que o domínio de Deus estenda sua influência sobre os corações dos homens. A maioria dos escritores católicos, seguindo Agostinho, defende esse ponto de vista, com algumas ressalvas, identificando o Reino com a Igreja. A Cidade de Deus, de Agostinho, é um exemplo clássico dessa apre-sentação. A neo-ortodoxia, na sua escatologia, tende à interpretação espiritualizada do encontro contínuo dos homens e nações com o justo Juiz e seu julgamento.
  3. Israel na Palestina. Essa teoria é defendida pela maioria dos intérpretes dispensacionalistas e fundamentalistas da profecia. Gabelin, Ironside, Blackstone, Larkin e muitos outros têm habilmente fomentado essa "visão de intervalo"." Ela é denominada dessa forma por causa do longo intervalo ou hiato requerido pela teoria entre a Primeira e a Segunda Vindas. A era da Igreja ou da dispensação é vista como um "espaço de tem-po" na profecia, um tempo de espera até que Deus possa cumprir seus propósitos e trazer Israel de volta do banimento para a Terra da Promessa, a Palestina. A aliança do Antigo Testamento é feita com o Israel literal e somente pode ser cumprida por ele.

O Reino é visto como um reino político do qual Cristo é o rei e Israel o governo. O local é a terra, na verdade, um pequeno ponto na terra, a Palestina. O tempo dessa era dourada é um período de mil anos no fim dos tempos, o milênio.

  1. O Reino em continuidade até a consumação. Essa teoria associa duas das teorias precedentes, formando uma síntese maior. Ela afirma que o Reino de Deus é o mesmo governo de Deus que Jesus instituiu em seu ministério, morte e ressurreição. Foi isso que Ele proclamou quando disse: "O Reino de Deus chegou". Era isso que Ele queria que seus discípulos orassem: "Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu" (Mt 6:10).

Mas o Reino de Deus é mais do que isso. Jesus proclamou o crescimento e progresso do Reino em parábolas como a do semeador. Ele também deixou claro em parábolas de julgamento que deveria haver uma culminação do Reino no fim dos tempos. Essa culminação ocorreria na tribulação e no julgamento, porém, mais importante que isso, ela resultaria na vitória total de Deus e seu povo em um reino de justiça e paz na terra.
Jesus não disse nada sobre o milênio. O mesmo ocorreu com Daniel. O Reino deve ser um Reino eterno, e seu governo deve cobrir todas as nações. Young ressalta que no segundo (como também no sétimo) capítulo de Daniel "o reino messiânico é representado como sendo de duração eterna. Por essa razão, não podemos identificá-lo com um milênio de somente mil anos de duração"."
A apresentação das Escrituras de que o Reino deve ser eterno é um argumento forte contra a hipótese de que deva durar somente mil anos.'

Além disso, o Reino de Deus é mais do que um regime político limitado a uma peque-na raça, oprimida como tem sido, exercendo um controlo autocrático sobre todos os ou-tros povos. O Reino de Deus vindouro não se oporá aos princípios da graça que Jesus estabeleceu. O caráter essencial da salvação, do relacionamento pessoal em um viver santo, não será deixado de lado no tempo da consumação. Em vez disso, esse será um tempo em que a mensagem do anjo anunciando o nascimento do Messias se cumprirá -"paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor" (Lc 2:14, NVI).

Então, Aquele que Isaías chamou de "Príncipe da Paz" (Is 9:6), reinará com justiça, e "a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar" (Is 11:9; He 2.14).


2) O Reino e os reinos. Um dos problemas mais controversos desse capítulo é a relação do Reino de Deus e sua consumação com os reinos dos homens no fim dos tempos. A teoria do "intervalo" requer a hipótese de um Império Romano "restaurado", encabeçado por dez reis e finalmente pelo próprio Anticristo, que desaloja três reis. O procedimento desse perverso (iníquo) será especificamente com um Israel reconstituído que o considerará o Messias e se comprometerá com ele por meio de uma aliança. O rei quebra essa aliança irresponsavelmente e volta sua fúria contra Israel. Esses são os santos com quem essa pequena ponta (chifre) fazia guerra [...] e os vencia (21) ; na verdade, ele destruirá os santos do Altíssimo (25) ; e os aniquilaria se não houvesse uma intervenção divina.

Tanto Keil quanto Young discordam dessa interpretação.' Ao interpretar o segundo capítulo e esse, Young ressalta que o Deus dos céus estabelece seu Reino, não depois, mas "nos dias desses reis". Na verdade, o capítulo 2 requer, e o capítulo 7 permite, que esses reinos, de alguma forma, resistam até a consumação final. A imagem do capítulo 2 permanece intacta até que no último estágio é golpeada nos pés. Em 7.12 lemos: E, quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia, foi-lhes dada prolongação de vida até certo espaço de tempo. E, em Apocalipse 11:15 lemos: "Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo". Lemos mais adiante: "e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra" (a Nova Jerusalém, Ap 21:24). Poderia parecer que a existência humana na terra não cessa no tempo da consumação, nem desaparecem as estruturas sociais da lei e da ordem. Poderíamos concluir que na vinda do verdadeiro Rei à Terra o que é bom no viver humano seria, antes, realçado, em vez de desalojado ou destruído.

Mas, precisamos ir adiante. O reino messiânico não apenas tem um início; ele tam-bém chega a uma consumação! Não podemos deixar de reconhecer a importância da unidade essencial dos reinos sucessivos nos símbolos de Daniel.
Há um elo cultural essencial ao longo de todas as eras subseqüentes. Só o fato do destronamento de um imperador não significa que seu povo tenha desaparecido da face da Terra. Eles também não esqueceram as coisas boas e úteis que aprenderam dos seus pais. A pompa e a grandeza da Babilônia foram absorvidas pelo gigantismo da Pérsia, e a civilização sensual e materialista da Pérsia se fundiu com a Grécia. Igualmente nota-mos que o esplendor da literatura, da arte e da filosofia grega torna os romanos mais gregos do que os próprios gregos. E até o dia de hoje a firmeza das leis romanas e suas estruturas políticas fazem parte da base da civilização ocidental.
Em relação aos dez reis, descritos como dez chifres (partes) do quarto animal, Keil e Young mostram que o número dez não deve ser entendido matematicamente, mas sim-bolicamente. O número dez significa perfeição e suficiência.'

Uma importante informação acerca desse discurso é provida pela figura do animal no fim dos tempos descrito no Apocalipse. "E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés, como os de urso, e a sua boca, como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio" (Ap 13:1-2).

Obviamente, esse animal é uma combinação dos quatro animais de Daniel 7. Todos os elementos de poder, cultura e perversidade estão combinados em um. Parece claro que a manifestação política no fim dos tempos surgirá diretamente das civilizações mundiais e se tornará uma manifestação extremamente perversa.

Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade (18). O fim da história não deverá ocorrer em decorrência de uma explosão atômica ou da destruição do que é bom. O alvo do proje-to de Deus é o reino de Deus e a consumação e preservação de tudo o que é bom e belo e verdadeiro e santo.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 7 versículo 10
Ap 5:11.Dn 7:10 Nestes livros estão anotadas as acusações, e neles irão ficar registradas as sentenças. Conforme Ap 20:12.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Daniel Capítulo 7 do versículo 1 até o 28
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7:1

No primeiro ano de Belsazar. Ver nota em 5.1. A administração de Belsazar, sob Nabonido, pode ter começado ao mesmo tempo em que seu pai subiu ao trono (556 a.C.), ou alguns poucos anos depois. Em ambos os casos as visões dos caps. 7 e 8 aconteceram cronologicamente entre os caps. 4 e 5.

*

7:2

mar Grande. O mar é uma figura comum para o tumulto agitado e perigoso de homens e nações pecaminosas (ver o v. 17; conforme Is 17:12,13 e 57.20).

*

7:3

Quatro animais, grandes. Esses quatro "animais" representam quatro reinos (vs. 17,23), correspondendo de perto com os quatro reinos do sonho de Nabucodonosor, no segundo capítulo do livro de Daniel. Quanto à identificação dos quatro reinos, ver nota em Dn 2:37-40 e Introdução: Data e Ocasião.

*

7:4

como leão. O "leão", com "asas de águia", era um símbolo apropriado do império babilônico (cf. Jr 50:44; Ez 17:3,12). Leões alados com rostos humanos eram comuns na arte dos babilônios e eram colocados à entrada de importantes edifícios públicos.

foram-lhe arrancadas as asas. Talvez essa seja uma referência à humilhação de Nabucodonosor e à sua restauração à saúde, após um período de sete anos de insanidade (cap.4).

*

7:5

o segundo animal, semelhante a um urso. O reino medo-persa é simbolizado aqui por um animal dotado de um apetite voraz. O lado levantado pode representar a posição superior da Pérsia, e as "três costelas" provavelmente representa as conquistas persas da Lídia (546 a.C.), da Babilônia (539 a.C.) e do Egito (525 a.C.). Ver nota em 8.3.

* 7:6

outro, semelhante a um leopardo. O império grego é simbolizado pelo "leopardo", conhecido pela sua velocidade no ataque. Alexandre o Grande (356—323 a.C.) conquistou o império persa com grande rapidez. Alexandre morreu de repente, com a idade de trinta e três anos, e o império que ele estabeleceu foi dividido em quatro partes (a Macedônia ficou com Cassandro; a Trácia e a Ásia Menor, com Lisímaco; a Síria, com Seleuco; e o Egito, com Ptolomeu).

* 7:7

o quarto animal. Esse animal, que não é identificado, representa "Roma", o reino que, finalmente, assimilou as várias divisões do reino grego dividido.

tinha dez chifres. Os "dez chifres" simbolizam dez reis ou reinos associados com o império romano (v. 24). Alguns intérpretes têm sugerido que uma segunda fase do quarto reino, um império romano reavivado deve ser esperado, do qual procederão os dez chifres, ou todos ao mesmo tempo, ou um depois do outro (2.44, nota; conforme 13 1:66-13.10'>Ap 13:1-10; 17:3,12).

*

7:8

outro pequeno. Os dez chifres aparecem antes do "pequeno chifre", que arrancará três dos dez, simbolizando outra face do quarto reino. Muitos intérpretes têm sugerido que o "pequeno chifre" representa o "anticristo" (2Ts 2:3,4,8). Essa seria a primeira referência ao anticristo nas Escrituras.

* 7:9

o Ancião de dias se assentou. O título "Ancião de dias" ocorre na Bíblia somente neste capítulo (vs. 13 e 22). Trata-se de uma designação de Deus no seu trono de julgamento.

o seu trono... suas rodas. A descrição do trono de Deus assemelha-se ao que Ezequiel viu em sua visão sobre o trono com rodas de Deus (Ez 1:15-28).

* 7:11-12

Um contraste é traçado entre a completa destruição do quarto reino e uma certa medida de continuação concedida aos três reinos anteriores, quando seu povo e seus costumes forem absorvidos nos reinos sucessivos.

*

7:13

um como o Filho do homem. O original aramaico para "Filho do homem" significaria "um ser humano", em contraste com os "animais" anteriores. O equivalente é usado para indicar Daniel, em Dn 8:17, e por muitas vezes para indicar o contemporâneo de Daniel, Ezequiel (p.ex., Ez 2:1,3,6). Porém, em contraste com os "animais" que desgovernarão a terra, o Filho do homem governará a terra conforme Deus pretendeu que fosse, antes da queda da humanidade no pecado (Gn 1:26-28; Sl 8:4-6). A expressão "Filho do homem" é usada por sessenta e nove vezes nos evangelhos sinóticos e por doze vezes no evangelho de João para referir-se a Cristo. Esse é o título que Jesus usou com maior frequência para indicar a si mesmo.

vinha com as nuvens do céu. Em outras porções do Antigo Testamento, somente Deus Pai aparece entre nuvens (Sl 104:3; Is 19:1). De acordo com esse princípio, o "Filho do homem" é originário do céu e virá por iniciativa divina.

*

7:14

os povos... o servissem. O "Filho do homem" é Cristo, o Messias. Jesus aplicou essa passagem à sua pessoa, e ao fazê-lo, isso levou os líderes religiosos de Israel, em seus dias, a acusá-lo de blasfêmia (Mt 26:64,65; Mc 14:62-64).

domínio eterno. Ele recebe a soberania de Deus e exerce o governo simbolizado pela pedra que caiu do céu, dentro do sonho de Nabucodonosor (Dn 2:34,35,44 e 45).

* 7:18

os santos do Altíssimo. Ver os vs. 21, 22, 25, 27. Os "santos" não eram anjos, mas homens e mulheres crentes em Deus, que compartilharão do reino de Cristo (Mt 19:28; 1Co 6:1-3; 1Tm 2:12 e Ap 22:5).

* 7:21

este chifre fazia guerra contra os santos. Daniel nos presta mais algumas informações sobre a hostilidade do pequeno chifre, que talvez seja o anticristo (v. 8), contra o povo de Deus (conforme Ap 13:7).

*

7:22

até que veio o Ancião de dias. Embora o anticristo prevalecerá, durante algum tempo, contra o povo de Deus, no fim, ele cairá sob o julgamento divino (Zc 14:1-4; 13 7:66-13.17'>Ap 13:7-17 e 19.20).

*

7:25

por um tempo, dois tempos e metade dum tempo. A palavra "tempo" é o mesmo vocábulo usado em 4.16 e 4.23, e, tal como ali, pode significar "um ano". Alguns interpretam este versículo como uma indicação da segunda metade da septuagésima semana do nono capítulo (ver 9.27). Outros estudiosos não atribuem uma duração específica à expressão, mas consideram-na um período de tempo que é abreviado por causa da intervenção de Deus.

*

7:27

santos do Altíssimo. Ver nota no v. 18.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Daniel Capítulo 7 do versículo 1 até o 28
7:1 Cronologicamente, este capitulo se desenvolve antes do capitulo 5. Belsasar acabava de ocupar um cargo de autoridade (553 a.C.) e Daniel provavelmente estava perto dos setenta anos. O capitulo 7 começa a segunda divisão do livro do Daniel. Os primeiros seis capítulos apresentam a história; os seguintes seis são visões principalmente sobre o futuro.

7.1ss Daniel teve uma visão de quatro animais, e cada um representava um império mundial. Foi similar ao sonho que Nabucodonosor teve no capitulo 2. O sonho do Nabucodonosor cobriu os aspectos políticos dos impérios; o sonho do Daniel representava seus aspectos morais. Estas nações, que teriam submetida ao Israel, eram malvadas e cruéis; entretanto, Daniel também viu chegar o futuro reino de Deus e as conquistar a todas.

7.4-8 O leão com asas de águia representa a Babilônia com suas conquistas rápidas (recuperaram-se das ruínas de Babilônia estátuas de leões alados). O urso que devorou ao leão é o império medopersa. As três costelas que estavam em sua boca representam a conquista dos três inimigos principais. O leopardo é a Grécia. Suas asas falam da rapidez da campanha do Alejandro Magno quando conquistou muito do mundo civilizado em quatro anos (334-330 a.C.). As quatro cabeças do leopardo são as quatro divisões do império grego depois da morte do Alejandro.

A quarta besta não era uma potência mundial que Daniel pudesse reconhecer: representava Roma e o final dos tempos. Muitos eruditos da Bíblia acreditam que os chifres correspondem aos dez reis que governarão brevemente antes de que Deus estabeleça seu reino eterno (Ap 17:12). Estes dez reis ainda não tinham subido ao poder quando João registrou sua visão no livro de Apocalipse. O pequeno corno é um futuro governante humano ou o anticristo (veja-se também 2 Tesalonisenses 2.3, 4).

7:9 Aqui a profecia salta aos últimos tempos. Esta cena do julgamento é similar a que o apóstolo João viu (Ap 1:14-15). Deus, quem atribui poder aos reino, julgará a esses reino ao final.

7:10 Daniel viu deus julgando a milhões de pessoas paradas ante O. Todos teremos que nos parar ante o Deus Todo-poderoso para dar conta de nossa vida. Se Deus julgasse sua vida hoje, o que? Como a avaliaria de acordo a Sua Palavra? Enquanto esperamos o julgamento de Deus, devemos lhe perguntar o que é o que ao gostaria de ver nesse momento. Devemos viver plenamente conscientes de que um dia compareceremos ante Deus a dar conta de como usamos nossa vida. Como sairemos nesse comparecimento?

7.11, 12 A morte da besta representa a queda de Roma. Esta besta morreu, mas às outras lhes permitiu viver por um tempo. Os reino (ou sua cultura) seguiram reconhecíveis de certa maneira; a história não terminaria quando Deus interviesse para castigar.

7:13, 14 Este Homem é o Messías. Jesus utilizou este versículo para referir-se a si mesmo (Mt 26:64; Lc 21:27; Jo 1:51). As nuvens do céu apresentam como divino ao Filho do Homem; através da Bíblia as nuvens representam sua majestosa e assustadora presença. A glória de Deus apareceu em uma nuvem em Ex 16:10 e 19.9 durante a entrega da lei no Sinaí.

7:18 Os "Santos do Muito alto" som o verdadeiro o Israel, o povo regido pelo Messías. Jesucristo entregou o reino ao novo o Israel, sua igreja, composta de todos os crentes fiéis. Sua vinda marcou a chegada do reino de Deus, e todos os crentes são seus cidadãos (veja-se também 7.22, 27). Embora Deus possivelmente permita que haja um pouco mais de perseguição, o destino de seus seguidores é possuir o reino e estar com O para sempre.

7:24 Os dez chifres, ou os dez reis, voltam-se a mencionar em Ap 17:12. Também havia dez dedos dos pés na visão do Nabucodonosor (Ap 2:41-42). Embora existem muitas teorias relacionadas com a identidade destes dez reis, em Ap 17:12-14 nos recorda que estes reis brigarão contra Cristo. Rei de Reis ao fim, o Senhor os derrotará. O outro rei mencionado é o futuro anticristo de 2 do Tesalonisenses 2.3, 4.

7:25 Embora o significado exato de "tempo, e tempos, e meio tempo" é tema de debate, sabemos que Deus disse ao Daniel que a perseguição continuaria sozinho por um curto tempo. Deus prometeu dar seu reino aos Santos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Daniel Capítulo 7 do versículo 1 até o 28
II. Deus fala em profecia preditiva (Ez 7:1)

Capítulo 7 começa a perspectiva sobre o futuro. Registros de Daniel, na primeira pessoa, uma série de visões que veio a ele em momentos diferentes na última parte de sua vida. Havia quatro visões, cada uma datada especificamente quanto ao ano de sua ocorrência.

A idéia principal da primeira visão centra sobre os quatro animais, que representam quatro reinos. A visão dá o plano global de ação de Deus na história futura. Cada visão sucesso torna-se mais específico e especial em sua previsão de história futura. O objectivo destas visões foi instruir Daniel e seu povo de interesse e cuidado de Deus (9:. 24f ).

1. A Vision (7: 1-14)

1. Os Beasts (7: 1-8)

1 No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel um sonho e visões da sua cabeça na sua cama, em seguida, ele escreveu o sonho, e relatou a suma das coisas. 2 Falou Daniel, e disse: eu vi na minha visão da noite, . e eis que os quatro ventos do céu freio adiante em cima do grande Mc 3:1 E quatro grandes animais, subiam do mar, diferentes uns dos outros. 4 O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava as asas que lhe foram arrancadas, e foi levantado da terra, e posto em dois pés como um homem; eo coração do homem foi dada a Ec 5:1 E eis que outra besta, um segundo, semelhante a um urso; e foi levantado por um lado, e três costelas estavam em sua boca entre os dentes:. e eles disseram assim até ele: Levanta-te, devora muita carne 6 Depois destas coisas olhei, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, que tinha nas costas quatro asas de um pássaro; tinha também este animal quatro cabeças; e domínio foi dado a Ec 7:1 Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e poderoso, e muito forte; o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos seus pés: e era diferente de todos os animais que apareceram antes dele; e tinha dez chifres. 8 Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados pelas raízes: e eis que neste chifre havia olhos como os olhos de um homem, e uma boca que falava grandes coisas.

O momento em que essa visão veio a Daniel é mencionado como o primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia. Não se sabe exatamente quando Belsazar, começou a reinar como regente de seu pai Nabonido. Nabonido reinou 556-539 AC ; essas datas formar o período em que a visão ocorreu. Como a primeira das quatro visões registradas na segunda parte do livro, é extremamente semelhante ao padrão do sonho de Nabucodonosor mencionado no capítulo 2 : quatro reinos seguidos pelo Reino de Deus. A diferença entre os dois está nos detalhes a respeito do Reino de Deus.

A descrição da visão que veio a Daniel por noite centros de cerca de três elementos: os quatro seres viventes, o ancião de dias, e um semelhante ao Filho do homem. Uma vez que a interpretação da visão não dá o significado dos dois últimos, podemos assumir que o significado é evidente na própria descrição.

A visão de Daniel começou com uma tempestade no mar: . os quatro ventos do céu freio adiante em cima do grande mar Fora de fúria humanidade veio quatro grandes reinos (conforme Ap 17:15 ). "Quatro impérios representam a soma total da energia que o mundo produz no curso de seu desenvolvimento."

O primeiro animal era .como um leão, e tinha asas de águia O símbolo que representa o rei dos animais eo rei dos pássaros está para régio Babylon, com Nabucodonosor como o primeiro rei (conforme Jr 50:17. ; Lm 4:19)

9 Eu continuei olhando, até tronos foram colocados, e que era ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, eo cabelo da sua cabeça como a pura lã; o seu trono era de chamas de fogo, e as rodas dos mesmos fogo ardente. 10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e dez mil vezes dez mil estavam diante dele: se o juízo, e os livros foram abertos. 11 eu vi naquele momento por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; Estive olhando até que o animal foi morto, e seu corpo destruído, e foi entregue para ser queimado pelo fogo. 12 E, como para o resto dos animais, seu domínio foi tirado ainda as suas vidas foram prolongadas para uma temporada e uma tempo.

Como Daniel "ficou olhando" na visão, ele viu um novo desenvolvimento. A cena muda para o céu. Thrones foram colocados eo antigo de dias se assentou. Em imagens concretas, ele descreve o Eterno e do tribunal de julgamento. Pessoa de Deus e Sua obra são descritas em majestoso moda apenas como João mais tarde dá-nos a imagem em Ap 4:1 estandes por meio de contraste do quarto animal será destruída enquanto os três anteriores foram lentamente privado de poder por os seguintes eles.

c. O Um Like a Son of Man (7: 13-14)

13 Eu estava olhando nas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o filho do homem, e ele veio até o ancião de dias, e foi apresentado diante dele. 14 E houve -lhe dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e seu reino tal, que não será destruído.

A terceira cena na visão de Daniel foi a recepção do Reino eterno por um semelhante ao Filho do homem. Esta cena paralela à pedra cortada da montanha do capítulo 2 e fala da gloriosa recepção do Reino de justiça, após a perseguição de os santos. A um semelhante ao Filho do homem é, obviamente, o líder dos santos (vv. Dn 7:18 , Dn 7:27 ), para o Reino é dado a ele e para eles. A maioria dos comentaristas ver o símbolo como uma referência a Cristo e Sua vinda reinado. Enquanto Ele inaugurou o Reino em Seu primeiro advento, Ele vai com os Seus santos receber o domínio, e glória, e um reino no final da época. Em seguida, todos os povos devem servi-lo, e seu reino continue para sempre.

Uma pergunta pode ser elevado na comparação de Ez 2:1)

1. As quatro bestas Explicada (7: 15-18)

15 Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido no meio do meu corpo, e as visões da minha cabeça me perturbaram. 16 Cheguei-me a um dos que ali estavam, e perguntou-lhe a verdade sobre tudo isso. Então, ele me disse, e me fez saber a interpretação das coisas. 17 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra. 18 Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e possuirão o reino para sempre, sim, para todo o sempre.

Daniel, como muitos um leitor da Bíblia de hoje, estava preocupado e incomodado pela visão e seu significado. Sem dúvida, ele entendeu alguns dos que, por suas questões dizem respeito apenas alguns aspectos específicos do que ele tinha visto. Sua perplexidade gira em torno de duas questões: a natureza dos quatro animais e que o problema do quarto animal.

A primeira pergunta de Daniel a um dos seres angélicos que estão perto foi: Qual é a verdade sobre tudo isso? A resposta foi que o quatro são quatro grandes reis, um termo que significa "reinos" no livro de Daniel, uma vez que o governante e seu reino estão intimamente identificado. Já identificamos os quatro reinos como o babilônico, o medo-persa, o grego eo romano. Esses reinos definir o cenário para a história do mundo.

O versículo 18 continua a resposta com uma previsão da consumação do Reino estabelecido por Deus. Os santos são um grupo maior do que os judeus; eles incluem os redimidos de todas as idades. No capítulo 2 do Reino foi criada; agora ele é recebido e possuído por aqueles que têm sido parte de seu crescimento make-up. A resposta para a primeira pergunta de Daniel dá uma imagem de todo o escopo da história humana desde o momento da Daniel para os reinos de gama terrestre a ser seguido por um reino divino.

b. O quarto animal Explicada (7: 19-28)

19 Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos eles, superando terrível, cujos dentes eram de ferro, e as suas unhas de bronze; que devorava, fazia em pedaços, e pisava aos seus pés; 20 e respeito dos dez chifres que tinha na cabeça, eo outro chifre que subiu, e diante do qual caíram três, mesmo que chifre que tinha olhos, e uma . boca que falava grandes coisas, e parecia ser mais robusto do que os seus companheiros 21 olhei, e eis que este chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles, 22 até que o ancião de dias veio, e fez justiça aos santos do o Altíssimo, e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino.

23 Assim me disse ele: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos, e devorará toda a terra, e pisará aos pés, e quebrá-lo em pedaços. 24 E, como para os dez chifres, daquele mesmo reino se dez reis surgem: e outra depois deles se levantará; e ele será diferente dos primeiros, e ele deve colocar três reis. 25 E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo; e ele cuidará em mudar os tempos ea lei; e eles serão entregues na mão por um tempo, tempos e metade de um tempo. 26 Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para consumir e para destruí-la até o fim. 27 E o reino, o domínio, ea grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino é um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecem. 28 Aqui é o fim do matéria. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me perturbaram eo meu semblante se mudou em mim; mas guardei o assunto no meu coração.

A primeira pergunta de Daniel foi seguido por um segundo: O que é ? a verdade a respeito do quarto animal A pergunta se repete a descrição do quarto animal que foi dada nos versículos 7:8 , mas expande-se a descrição do chifre pequeno e suas atividades. Uma vez que a interpretação do ser celeste reconhece a expansão, deve notar-se mais tarde.

A interpretação dada a Daniel solteiros out cinco itens principais para comentar o assunto: o quarto animal, os dez chifres, o chifre pequeno, o julgamento, e do reino.

(1) O quarto animal será um quarto reino na terra. Enquanto o livro de Daniel não identifica claramente o quarto animal, há excelentes razões para tornando-se o Império Romano. Conjuntos de Jovens diante quatro delas em um apêndice bem fundamentada: (a) Há uma diferença entre o "chifre pequeno" de Ez 7:1 ).

(2) A interpretação afirma explicitamente que os dez chifres surgem fora do reino do quarto animal e representam dez reis ou reinos. O problema é saber se a tomar o número dez como literal ou simbólica. Dispensationalists como Gaebelein e Culver ter o número literalmente, mas temos que olhar para um Império Romano revivido, a fim de fazer a conexão com o quarto reino, no final da história humana. Se o número for tomado simbolicamente como uma idéia de completude, os dez reinos poderia muito bem formar a transição do antigo Império Romano para o reino do anticristo do futuro. Comentários Arthur Bloomfield: "Na profecia, dez normalmente é um número redondo, não indicando uma quantidade definida." E os dez chifres não, portanto, representam um Império Romano revivido mas designar países formados a partir do antigo Império Romano.

(3) O pequeno chifre é o item da visão que é mais completamente descritos. Ele surge entre ou entre os dez chifres (v. Dn 7:8) e, depois deles, e imediatamente põe três deles. Em seguida, ele passa a falar palavras contra o Altíssimo, e para fazer a guerra contra os santos. Esta linguagem identifica-o com a idéia de João anticristo e a besta do Apocalipse (Ap 13:1 , onde um período de tempo, como é mencionado).

(4) O julgamento cena foi claramente descrito na própria visão, mas é destaque na interpretação como a ação pôr fim às atividades e ostentação do chifre pequeno. O julgamento é a atividade de Deus e tem uma dupla finalidade: recompensa para o sofrimento dos santos (v. Dn 7:22 ), e destruição para o pequeno chifre (v. Dn 7:26 ).

(5) Na sequência do acórdão do reino ... serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O reino (o reino ), a regra (o domínio ), e da reputação (a grandeza) que anteriormente pertencia às coisas terrenas reinos é agora dada ao povo de Deus liderados por seu divino Messias. Que o Reino é mais amplo do que o milênio é sugerido pela frase o seu reino ... eterna. O governante messiânico e seu povo são identificados como os governantes do Reino, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão. O fim da história humana irá resultar em um dia glorioso para os santos de Deus, quando liderados por seu Messias conquistando eles governar e reinar com Ele como reis e sacerdotes. Só a perspectiva bíblica sobre o futuro é certo e esperançoso.

O relatório da visão é trazido ao fim com a afirmação de que os pensamentos de Daniel ainda perturbava eo seu semblante mudou. A revelação divina afeta o homem mentalmente e fisicamente. Um não é o mesmo quando ele se encontrou com Deus face a face. Divino conhecimento do futuro, mesmo que ele está velado, é suficiente para nos fazer sentir a terrível responsabilidade de ser embaixadores de Deus.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Daniel Capítulo 7 do versículo 1 até o 28
Até agora, Daniel interpretou os so-nhos dos outros. Agora, Deus dá visões extraordinárias a ele mesmo. Os eventos desses dois capítulos são anteriores aos do capítulo 5, já que a Babilônia ainda não tinha caído ante os medos e os persas. Lembre- se que o pai de Belsazar, Nabonido, era, na verdade, o rei da Babilônia (o império), e Belsazar era seu co- regente na cidade de Babilônia. Em 556 a.C., Nabonido tornou-se rei. Assim, podemos datar os eventos do capítulo 7 em 556 e os do capí-tulo 8, em 554. Outros historiadores preferem datar o capítulo 7 em 550, quando Nabonido foi para a Arábia e pôs Belsazar oficialmente no co-mando da nação. Isso localizaria o capítulo 8 no ano 548. Nessas vi-sões, Daniel vê o curso da história das nações gentias, o que nos ajuda a ver o que acontecerá aos judeus nos últimos dias.

I. A visão dos quatro animais (7)

Na Bíblia, o mar agitado simboli-za a_s nações gentias (Ap 17:15; Is 1:7:12). Aqui está o mar Grande, ou o mar Mediterrâneo, e todos os im-périos mencionados nessa visão fa-zem fronteira com esse mar. Daniel viu quatro animais, e o anjo expli-cou o que significavam. Cada ani-mal representava um reino (v. 1 7).

  • O leão com asas (v. 4)
  • Aqui temos a Babilônia, representa-da pela cabeça de ouro no sonho de Nabucodonosor com a grande está-tua (2:36-38). O leão com asas era a estátua predileta dos babilônios. Você pode ver essas figuras em qualquer museu em que haja uma exposição a respeito da Babilônia. O animal de pé como um homem, com certeza, lem-bra-nos a experiência humilhante de Nabucodonosor, em 4:27-37. Nessa época, a Babilônia ainda governava o mundo, mas em apenas poucos anos (como o cap. 5 explica) o império cai-ría. Isso leva-nos ao próximo animal.

  • O urso com as costelas (v. 5)
  • Aqui encontramos o Império Medo- Persa, conhecido não por sua viva-cidade e destreza, mas pela força bruta, exatamente como o urso. As três costelas representam os três im-périos já derrotados por eles (Egito, Babilônia, Líbia), e o fato de o urso se levantar "sobre um dos seus la-dos" indica que uma metade do império (a metade persa) era mais forte e mais honrável (mais alta) que a outra metade (os medos). Em 539 a.C., os medos-persas conquistaram a Babilônia, no entanto o império deles durou apenas uns 200 anos.

  • O leopardo de quatro cabeças alado (v. 6)
  • Esse animal certamente representa a Grécia, liderada por Alexandre, o Grande, que conquistou rapidamen-te o mundo, derrotando os persas ,_poL_mlta de 331 a.C. Todavia, em 323 a.C., o grande general morreu, e seu império foi dividido em quatro partes (por isso, as quatro cabeças). Quatro de seus principais generais pegaram uma parte cada um e go- vernaram-nas como monarcas.

  • O animal terrível (vv. 7-8,17-27)
  • Esse animal chocou Daniel porque em nenhuma das revelações ante-riores vira algo similar. Parece claro que temos aqui o Império Romano, o ferro na estátua de Nabucodono- sor. Entretanto, a imagem parece ir além da história e alcançar os "últi-mos dias", porque o animal tem dez chifres, o que faz paralelo com os dez dedos da estátua do capítulo 2, o Império Romano revivido nos últimos dias. Os versículos 8:10 relatam que um "pequeno chifre" (governante) surge e arranca três dos dez reinos representados pelos dez chifres ou pelos dez dedos. De-pois, esse pequeno chifre torna-se o governante mundial, o ant[cristo. S ua boca íal ajcom insoIência., e ele persegue os santos (crentes judeus e gentios durante o período da tribula- ção) durante três anos e meio (v. 25 — "um tempo, dois tempos e meta-de de um tempo"). Essa é a última metade do período da tribulação, a "70a semana" que Daniel mencio-na no capítulo 9. De acordo com os versículos 11:12, os três reinos anteriores (babilônio, medo-persa e grego) são "engolidos" e incluídos nesse grande império mundial; no entanto, no fim, o próprio anticris- to é julgado e morto. Em Apocalip-se 13 1:2, João apresenta uma des-crição da besta (anticristo) e usa os mesmos animais que encontramos em Daniel 7. Contudo, observe que ele reverte a ordem. Isso acontece porque Daniel olha para o futuro, e joão, para o passado.

  • O julgamento (vv. 9-14,26-28)
  • Ver um homem no céu deve ter cho-cado Daniel. Ele viu Jesus Cristo, o glorioso Filho do Homem. Deus não pode permitir que a besta controle o mundo. Ele enviará seu Filho para julgar a besta e destruir seu reino e, a seguir, estabelecer seu próprio reino glorioso, em que os santos de Deus reinarão com ele.

    Essa visão complementa a do capítulo 2 e acrescenta coisas a ela. Lá, tínhamos a visão do homem em relação às nações (metais precio-sos); aqui, temos a perspectiva de Deus (animais ferozes). Veja Sal-mos 49:12.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Daniel Capítulo 7 do versículo 1 até o 28
    7.1 No primeira ano. No tempo, este capítulo precede o cap. 5, mas é um avanço pois agora passa às visões e revelações do Senhor.

    7.2 Quatro ventos. Símbolo do poder divino a julgar as nações. O mar Grande. Símbolo da agitação política e social entre os povos da terra (conforme Is 57:20; Is 17:12; Lc 21:25; Ap 17:15.

    7.9 Uns tronos. Uma cena de julgamento descrita também emAp 4:2-66).

    7.15 Alarmado. O povo da época levava os sonhos a sério (2.9; 4.5).

    7.16 Me fez saber. No próprio sonho, Daniel sabia que se tratava de uma revelação de Deus, e por isso foi obter a interpretação de um anjo de Deus que era um pertencente à miríade dos servos, v. 10.

    7.17 Quatro reis. Ou seja, quatro reinos, os impérios já mencionados. Assim também o v. 24 refere-se a reinos.

    7.18 Os santos. Esta palavra refere-se a seres humanos resgatados por Cristo e santificados pela separação do pecado e pela dedicação ao serviço do reino de Deus. São eles glorificados e trasladados para os céus, onde herdarão todas as coisas.

    7.19 Unhas de bronze. Os romanos lutavam com ferro, v. 7, mas seu império fazia uso das pequenas tribos nas fronteiras, as "unhas".

    7.22 Fez justiça. A vinda de Cristo no seio do última e maior dos impérios já é um julgamento de valores humanos. Suscita um reino de pessoas que só procuram valores eternos (conforme 1Pe 2:9-60).

    7.24 Dez reis. O império romano, uma vez desfeito, deu origem a dez reinos. É interessante notar que por 1.500 anos o total das tribos e nações que têm coexistido naquele território ficou sempre em dez poderes básicos. Parece que esta continuação da civilização romana vai entre o primeiro julgamento (v. 9), a vinda de Cristo, e o segundo julgamento (vv. 13-14), que se queria a vinda final, de Cristo e o fim do mundo.

    7.25 Magoará os santos. No meio dos reinos surge um poder em Roma que se entregará à perseguição dos fiéis e usurpará poder civil de três dos reinos. Séculos da história já nos ensinam quanto às perseguições que se processam na cidade de Rema... Um tempo, dois tempos e metade. Três anos e meio? Indefinido.

    7.27 Reino eterno. Não se trata de milhares de anos, mas sim para toda eternidade, assim também a pedra que subsistirá para sempre, Ez 2:44.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Daniel Capítulo 7 do versículo 1 até o 28
    As visões de Daniel (7.112.13)

    Até esse ponto, Daniel foi apresentado como o intérprete divinamente inspirado de sinais e sonhos, e a partir de agora ele é o que tem visões e precisa de interpretações. Para Daniel, as pistas dadas nas interpretações podem ter sido suficientes; o tratamento dado ao livro pela igreja cristã mostra que essas pistas foram fracas demais para que os leitores posteriores pudessem ter certeza numa série de aspectos.

    VII. OS QUATRO ANIMAIS, O JULGAMENTO E O REINO (7:1-28)


    1) Os quatro animais (7:1-8)
    v. 1. A data localiza essa visão após a morte de Nabucodonosor, ainda durante a época da Babilônia, em torno de 553 a.C. Ele escreveu o seguinte resumo do seu sonho, percebendo que a sua mensagem teria relevância para além da sua época. v. 2. os quatro ventos sopravam dos quatro pontos cardeais, agitando e revirando o mar, despertando assim os grandes animais das suas profundezas, o grande mar. não é necessário identificá-lo. No pensamento antigo, o mar e muitas das suas criaturas eram hostis à ordem, e os hebreus consideravam ambos obstinados, mas mesmo assim sob o controle de Deus (e.g., Sl 104:6-19; Sl 148:726:12,26:13). v. 3. Quatro grandes animais-, bestas mitológicas eram muito comuns na poesia e na arte religiosa da Babilônia, de onde passaram à Pérsia (especialmente em decorações de relevos nas paredes de palácios na

    Babilônia, em Susã e em Persépolis). Um monstro marinho mencionado diversas vezes no ATOS como Raabe era usado de forma poética com referência ao Egito (e.g., Sl 87:4Is 30:7). Esse uso é análogo ao de Daniel, pois o v. 17 nos informa que Os quatro grandes animais são quatro reinos — ou reinos personificados nos seus governantes — que se levantarão na terra. Eles eram diferentes uns dos outros na avaliação humana, v. 4. O primeiro era composto e passou por uma modificação. Se esse animal representa a Babilônia (a expressão se levantarão do v. 17 não pode ser forçada contra esse ponto de vista; três dos reinos ainda seriam futuros), a modificação pode refletir a carreira de Nabucodonosor culminando em 4.34ss. v. 5. um segundo animal. é descrito num ato de conquista, devorando a sua presa e avançando para obter mais, instigado pela ordem divina. Para alguns comentaristas, o urso é a Média; para outros, a Pérsia, e entre estes há alguns que identificam as três costelas com a Lídia, a Babilônia e o Egito incorporados no Império Persa. v. 6. outro animal, que se parecia com um leopardo, mas com diferenças estranhas, quatro asas para proporcionar velocidade máxima; quatro cabeças para representar extensão universal. Pode-se encontrar apoio em diversas referências para relacionar a figura com Ciro por aqueles que acham que o urso é a Média, e igualmente para relacionar a figura com Alexandre, o Grande, por aqueles que crêem que a Pérsia é o urso. v. 7. O quarto animal tem a sua própria apresentação e é indescritível, diferente, com o qual não se podia fazer nenhuma comparação. A sua natureza era clara, cruel, poderosa, destrutiva, resultando nos dez chifres e na blasfêmia final. Com dentes de ferro [...] despedaçava e devorava suas vítimas, fazendo eco da quarta parte da estátua no cap. 1. Dele saíam dez chifres, e um décimo primeiro, chamado o chifre pequeno, mas que parecia maior do que os outros (v. 20). A sua arrogância ultrapassou de longe os limites de Deus, e assim o juízo precisou ser anunciado contra ele. Até esse momento crítico, o chifre estava derrotando os santos, acrescenta o v. 21, e era isso que não podia mais ser tolerado.


    2) O julgamento (7:9-14) v. 9,10. Do horror do animal com chifres, Daniel foi dirigido para o esplendor solene da corte celestial. Lá estava sentado um ancião (“Ancião de Dias”, ARA), venerável, totalmente puro (veste branca, cabelo branco), purificando do erro e consumindo-o com fogo. Por saber tudo que tinha ocorrido na história, ele estava qualificado para julgar o último arrogante, assim como tinha julgado os outros antes (Assíria, Is 10:0; Ml 3:16, também Êx 32:32,33.) v. 11. Leia: “Então eu observava do som das grandes palavras [...] Fiquei olhando até que o animal foi morto,’. Nada poderia distrair o vidente até que o drama terminasse com o julgamento dos arrogantes no fogo da justiça, v. 12. Três animais permaneceram, impotentes, para o tempo determinado (como em 4.25).

    v. 13,14. vi alguém semelhante a um filho de homem-, contrastando com os animais que eram inerentemente hostis a Deus, estava essa figura visionária, como um ser humano. Esse é o significado de filho de homem, como em Ez 2.1 etc., semelhante a “filho dos deuses” em 3.25. Ao passo que Nabucodonosor parece ter visto uma pessoa celestial no contexto do seu julgamento terreno, Daniel viu um ser humano no lugar da justiça de Deus. Essa figura, no entanto, veio com as nuvens dos céus. Em todos os outros textos do ATOS, e fora dele, as nuvens acompanham a deidade, embora esta geralmente venha montada nelas ou entre elas. Há então um elemento celestial além do humano. Se alguma realização terrena capacitou um mortal a subir ao céu, sem passar pela morte, e a aparecer diante do ancião, ou se um ser celestial assumiu a forma humana, ainda é uma questão em aberto. A investidura que segue é única. Por seu estilo, o reino claramente faz eco da descrição do Reino de Deus feita em 4.3,34,35; 5.26 e especialmente 2.44, mas também do reino dos santos com o qual é identificado (v. 18, 27). Muitos interpretam a figura do “filho de homem” à luz desses últimos versículos como um símbolo do povo de Deus, um representante humano. Contra esse ponto de vista, temos a evidência indisputável a favor da reconhecida compreensão messiânica do texto no NT (Mt 26:64; Mc 14:62 — somente dois séculos depois da composição do livro com base na data tardia) e nos escritos judaicos um pouco mais tarde (em que “aquele das nuvens” é também um título messiânico). A manutenção desse ponto de vista no judaísmo, apesar da sua adoção pelos cristãos, sugere que possuía status antigo e autorizado.


    3) As interpretações (7:15-28) v. 15. A reação de Daniel foi como o susto e a preocupação de Nabucodonosor acerca do propósito da sua visão. v. 16. Ele encontrou um intérprete cuja primeira resposta sucinta continha os indícios básicos, o significado ou “a verdade” (ARA) como em “É verdade, ó rei” (ARA) em 3.24. v. 18. O povo de Deus deve usufruir do domínio confiado ao que é semelhante a um filho de homem dos v. 13,14. Se ele deve ser entendido como um indivíduo, então os santos serão os seus súditos leais, os santos (aram. qaddis)-. um termo raro fora desse capítulo (em outros textos, ocorre na forma hebraica equivalente qãdõs, pl. qedõsím em 8.24; Sl 16:3; Sl 34:10); a palavra hebraica comumente traduzida por “santo” é hãsld, mas o termo talvez fosse desconhecido no aramaico. v. 19-22. A preocupação de Daniel exigia uma resposta mais detalhada, visto que o quarto animal era tão pernicioso. A sua segunda descrição amplia a primeira em alguns aspectos; v.comentário dos v. 7,8 já mencionados. Nos v. 23-27, é dada a explicação mais abrangente.

    O quarto reino será mais cruel e mais extenso do que os três anteriores, dez reis [...] sairão desse reino e um outro rei [...] será diferente, ou como parte integral dele, ou como um estágio distinto da existência do reino (assim Young e a escola dispensacionalista). (A divisão sugerida pelo segundo ponto de vista resulta antes das interpretações de outros trechos do que desse texto em Sl.) Se o reino é o de Alexandre e o décimo primeiro rei é Antíoco Epifânio, é impossível contar dez reis sem incluir um assassino que nunca alcançou o trono (Heliodoro, chefe de governo de Seleuco IV) e o herdeiro legítimo a quem Antíoco depôs, mas que o seguiu, Demétrio Soter. Se o reino é Roma, então Júlio César pode ser contado primeiro, Tito o décimo primeiro, embora tenha sido o seu pai, Vespasiano, que derrotou “três reis” (ARA), ou ao menos teve sucesso em manter o trono que eles não tinham conseguido segurar. Para aqueles que separam reino de reis, Roma é o reino, os dez são governantes que dominam nos séculos seguintes ou ainda por vir, e o décimo primeiro é o anticristo. Blasfemando e perseguindo, o décimo primeiro vai tentar abolir as observâncias religiosas estabelecidas, mas o seu governo será limitado (v. 25 é paralelo aos v. 20,21). v. 25. um tempo é a palavra comentada em 4.16; nada determina que seja um ano, um mês, uma década, ou um dia; é um tempo determinado pelo Altíssimo, tempos: a palavra pode ser um dual, “dois”, ou plural, como a interpreta a LXX. A formulação aqui, como o seu equivalente hebraico em 12.5, pode ser indefinida e simbólica, um primeiro período seguido de um com o dobro da extensão ou mais, e o acréscimo esperado a seguir é abreviado. Que um período preciso de três anos e meio seja expresso de forma tão indireta, até mesmo numa interpretação visionária de uma visão parece algo mais obscuro do que o restante do livro! Altíssimo é a palavra usada nos v. 18,22,27; está em forma intensiva, um superlativo mais forte do que o termo usado na segunda cláusula e em outros textos, v. 27. reinos [...] serão entregues nas mãos dos santos: em interpretações históricas, esse reino precisa ser tratado como espiritual; futuristas podem entendê-lo da mesma forma, começando com o Segundo Advento, ou como o “milênio” de Cristo e da sua igreja na terra, v. 28. A visão se completou, deixando Daniel perturbado (aterrorizado), com uma impressão profunda que constantemente retornaria à sua mente.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 7 do versículo 1 até o 28

    Dn 7:1; Dn 8:15-17; Dn 9:20-23; Dn 10:10-14).

    Até agora o autor falou na terceira pessoa; daqui para frente ele escreve na primeira, dando um relatório mais íntimo de suas experiências.

    Uma transição da profecia centralizada nas nações gentias para a profecia centralizada nos judeus toma posição coma entrada do "povo santo" (traduzido "santos", vs. Dn 7:18, Dn 7:22, Dn 7:25). Os judeus são o centro do interesse do final do livro.

    A mesma sucessão de reinos que se encontra no capítulo 2 aparece aqui – quatro impérios gentios, então o reino do Messias. O ponto de vista que defende que o capítulo 7 só descreve acontecimentos dentro da área mediterrânea ao findar a presente dispensação é habilmente apresentado por G.H. Lang (The Histories and Prophecies of Daniel) na perspectiva pré-milenial. O ponto de vista de que os quatro reinos são:
    1) Babilônia,
    2) Medo-Pérsia,
    3) Grécia e
    4) os sucessores gregos de Alexandre e que o quinto é o reino do Messias, é defendido de maneira reverente mas não amilenista por Moses Stuart (Commentary on Daniel e de maneira amilenista reverente pela obra católica romana de C. Lattey (The Book of Daniel). Após o costumeiro estabelecimento do cenário histórico (v. Dn 7:1), seguem-se detalhes de uma série de visões (vs. Dn 7:2-14, Dn 7:21, Dn 7:22), o novo método de interpretação de sonhos e visões (vs. Dn 7:15, Dn 7:16), a interpretação (vs. Dn 7:17-20, Dn 7:23-27), e uma declaração pessoal final (v. Dn 7:28).


    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 7 do versículo 9 até o 14

    9-14. Esta cena do trono está minuciosamente elaborada no Ap. capítulos 4:20. Evidentemente os cinco versículos de Daniel abrangem o mesmo terreno dos dezessete capítulos do Apocalipse. É uma cena do juízo onde o Ancião de dias – ninguém outro que "o Alto, o Sublime, que habita a eternidade" (Is 57:15) – toma posse dos reinos da terra através do Filho do homem – um nome que o Senhor claramente reivindicou para si mesmo (Mt 24:30). A ação dramática através da qual o reino da besta é violentamente derrubado encaixa-se em muitas predições bíblicas sobre a maneira pela qual nosso Senhor julgará as nações no final desta dispensação.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Daniel Capítulo 7 do versículo 1 até o 28
    VII. VISÃO DE DANIEL SOBRE AS QUATRO FERAS Ez 7:1-27; Mt 24:30; Mc 13:26; Ap 1:7). Leia-se "um filho do homem" e não o filho do homem; pode-se traduzir literalmente "a semelhança de um filho de homem". Trata-se de uma personagem em forma humana, distinguida das feras que representavam os quatro reinos dos homens. Não é declarado explicitamente que a figura fosse um homem, mas que era semelhante a um homem. Dessa maneira, trata-se de uma personagem semelhante a homem, diferente das feras que se elevaram do mar. Essa figura celestial é escoltada majestosamente perante o ancião de dias, e é lhe entregue um reino eterno e universal (14).

    É agora necessário inquirir quanto à interpretação da visão. Pode-se observar três pontos de vista:

    1. Entre os eruditos que não sustentam que Daniel tenha sido o autor do livro, é geralmente imaginado que as quatro feras que emergiram do mar representam os seguintes reinos: Babilônia, Média, Pérsia e Grécia. Visto que tal ordem de reinos nunca ocorreu historicamente, tais eruditos assumem conseqüentemente que quanto a esse ponto o livro de Daniel é culpado de um erro histórico. Há diversos argumentos aduzidos por aqueles que favorecem a identificação dos reinos que acabamos de mencionar. É mantido, por exemplo, que se Roma, e não a Grécia, é representada pela quarta fera, então a profecia não concorda com a história. Quando, em 476 D. C., o império romano chegou ao fim, não se levantaram dele dez reinos. Portanto, argúem que a quarta fera não pode significar Roma. Em oposição a esse raciocínio, contudo, pode-se dizer que o número dez não deve ser pressionado e considerado literalmente; trata-se de um número arredondado, e o simbolismo das dez pontas meramente tem referência a uma segunda fase da história da fera. Pode-se salientar, outrossim que aqueles que vêem na quarta fera uma referência à Grécia também têm grande dificuldade para identificar os dez reis ou reinos. De fato, é impossível fazer tal identificação. Usualmente são feitas tentativas para descobrir dez reis sucessivos após a morte de Alexandre, enquanto que a fase do simbolismo das dez pontas recai não sobre a sucessão mas sobre a contemporaneidade dos reinos; as dez pontas existem durante uma segunda fase da história da fera.

    É mantido, ainda, que a pequena ponta do capítulo sétimo deve ser identificada com a pequena ponta do capítulo oitavo. Ora, esta última ponta é expressamente identificada (Ez 8:23) como um rei que se levantaria da Grécia, pelo que aqueles concluem que a pequena ponta do capítulo sétimo também deve levantar-se da Grécia e que, por conseguinte, a quarta fera deve representar a Grécia, e não Roma. Todavia, em resposta a isso duas coisas podem ser afirmadas. Em primeiro lugar, a descrição da pequena ponta do capítulo sétimo e a da pequena ponta do capítulo oitavo demonstram além de qualquer dúvida, que sua intenção não é serem identificadas. Se alguém alistar as características de cada uma dessas pontas e notar cuidadosamente o que é dito a respeito de cada qual, ficará impressionado com a dissemelhança entre as duas. Em segundo lugar, se alguém comparar cuidadosamente tudo quanto é dito no capítulo sétimo concernente à fera sem descrição (versículo
    7) com a descrição do bode (Grécia) no oitavo capítulo, descobrirá quão essencialmente diferentes são os dois chifres. Diferem no que respeita à origem, à natureza e ao destino.

    Alguns também argúem que Dario é representado como um medo que governou depois de Belsazar e antes de Ciro. Entretanto, tal declaração não é completamente exata; em porção alguma do livro de Daniel é dito que Dario governou antes de Ciro. Também tem sido dito, além disso, que Dario é chamado de medo enquanto que Ciro é denominado persa, sendo assim destacada uma distinção racial. Entretanto, essa distinção racial tem a ver com os próprios indivíduos e não com o reino sobre o qual reinaram, reino esse que, no livro de Daniel, é o reino dos caldeus. Finalmente, alguns argúem que, de conformidade com Ez 5:28 o reino seria dividido entre os medos e os persas.

    Com respeito a esses argumentos, deveríamos notar que embora Dario seja identificado como medo, não se segue de maneira alguma que o império sobre o qual ele governou foi a Média. Tal dedução é non sequitur. Além disso, quando é dito que o reino seria dividido (vers. 28), a significação é que sua presente forma (a forma que tinha quando Belsazar era rei) seria quebrada e seria entregue ao inimigo, os medos e os persas. Esse versículo não significa que uma parte do reino seria entregue aos medos e que outra parte seria entregue aos persas. À luz das considerações acima, portanto, sentimo-nos constrangidos a rejeitar a identidade das quatro feras que consideram a Grécia como representada pela quarta fera. (Nota: O estudioso que quiser ler uma defesa capaz sobre a identificação esboçada acima, deveria consultar a obra de H. H. Rowley, Darius the Mede and the Four World Empires, 1935. Quanto à posição conservadora examinar The Prophecy of Daniel, págs. 275-294).

    Os advogados da posição esboçada acima identificam a figura celestial semelhante a um Filho de homem com o povo de Israel, "os santos do Altíssimo". Em apoio a essa interpretação apelam para Ez 7:18, Ez 7:27 onde é dito que o reino será dado aos santos. Entretanto, os santos recebê-lo-ão como algo que lhes será confiado pelo Filho do homem, para possuí-lo para sempre. O Filho do homem é apresentado como uma figura sobrenatural, pelo que não é possível identificá-lo com os santos. Pelo contrário, como reis, eles reinam em Seu reino.

    2. A segunda interpretação é mantida pela escola de pensamento dispensacionalista. Essa concorda com o ponto de vista tradicional que identifica os reinos como Babilônia, Média-Pérsia, Grécia e Roma. Acredita-se, porém, que haverá um Império Romano revivificado que será dividido em dez reinos, pelo que as dez pontas da fera são comparadas com os dez artelhos da imagem que aparece no segundo capítulo. Esse período dos dez reinos, segundo dizem, ocorrerá após o retorno de Cristo para vir buscar Seu povo. A pequena ponta significa um príncipe do Império Romano revivificado que será inspirado satanicamente. Entretanto, precisamos deixar a discussão detalhada sobre esse ponto de vista ao considerarmos a passagem em Ez 9:24-27.

    3. A interpretação que este escritor acredita ser correta é a seguinte. Visto que as quatro feras emergem do mar (humanidade), representam, portanto, reinos que têm origem humana e, conseqüentemente, são ao mesmo tempo temporais e não universais. A primeira fera representa a Babilônia. A segunda, conforme demonstrado por seu duplo caráter, representa a Média-Pérsia, e não a Média apenas. A terceira representa a Grécia. E a quarta fera simboliza o Império Romano histórico.

    Quanto às dez pontas, representam os reinos que deverão existir durante a segunda fase da história da quarta fera. Não se segue necessariamente que esses reinos devam levantar-se imediatamente depois da queda de Roma, mas tão somente que serão capazes de traçar sua origem até Roma. São contemporâneos somente no sentido que existem durante esse período particular; não será necessário que sejam realmente contemporâneos.

    Quando chegar ao seu fim esse segundo período, virá um terceiro período, que é introduzido mediante o aparecimento da pequena ponta. Pelo próprio simbolismo não é possível dizer se essa pequena ponta representa um homem, um governo, uma coligação de governos ou uma ideologia. Só se sabe que fará oposição aos santos até que o julgamento de Deus traga a destruição completa da quarta fera.

    O reino dado ao Filho do homem não é humano, mas tem origem divina, e é ao mesmo tempo universal e eterno. A figura celestial representa os santos, mas conforme mostra o simbolismo, é um Personagem divino. Era essa visão que nosso Senhor tinha em mente ao chamar a Si mesmo de Filho do homem.

    >Dn 7:15

    Quanto a min, Daniel, o meu espírito foi abatido (15). Na própria visão, Daniel se apresenta a fim de mostrar como ele foi afetado pelo que viu. Os santos do Altíssimo (18); não os judeus, em distinção aos gentios, mas sim, os redimidos, isto é, os crentes verdadeiros, que seriam um reino de sacerdotes e nação santa (Êx 19:16). Não fundaram por si mesmos o reino, mas receberam-no como algo confiado pelo Filho do homem, para quem foi dado o reino. Foi dado o juízo (22). Esse versículo expressa o resultado final da guerra que a pequena ponta fará contra o povo de Deus. O juízo será feito por Deus a favor de Seu povo, pelo que ficam em eterna e segura possessão do reino. Um tempo, e tempos, e metade dum tempo (25). Essas palavras caracterizam a intensidade da perseguição movida pela pequena ponta. A duração do período indicado pela palavra tempo não é indicada e, conseqüentemente, não podemos garantir que se trate de um ano. A própria expressão é cronologicamente indefinida, ainda que seu significado seja bastante claro. O poder da pequena ponta aparecerá por um tempo, e então por dois tempos. Assim é expresso simbolicamente que a intensidade do poder da pequena ponta será dobrada. Parece que esse poder continuará a crescer, e deveríamos esperar que isso seria dito pelas palavras quatro tempos assim perfazendo um total de sete tempos simbolizando completo e perfeito triunfo da parte do perseguidor. Entretanto em lugar disso, encontramos a menção de "metade dum tempo", e assim aprendemos a respeito do súbito fim do poder da pequena ponta, um fim realizado, segundo acreditamos, pelo julgamento divino e pela volta do Senhor do céu.


    Dicionário

    Assentar

    verbo transitivo direto Dispor de forma estável sobre; acomodar: assentar os tijolos.
    Anotar por escrito; registrar: assentar as ideias no papel.
    Deixar arrumado; manter arrumado: assentar o cabelo.
    verbo intransitivo e pronominal Fazer alguém tomar assento; tomar assento: assentar a criança na cadeira; assentou-se na cama.
    Conceder posse legal da terra: o governo assentou centenas de famílias.
    verbo bitransitivo Ter como base, fundamento; fundamentar: assenta algo em princípio constitucional.
    Determinar, estipular: assentaram as bases do acordo.
    verbo transitivo indireto Ser harmônico; combinar, condizer: o verde não assenta bem com o azul.
    Ajustar-se adequadamente a; acomodar-se bem: a roupa assenta-lhe bem.
    Aplicar golpe, soco; golpear: assentou-lhe uma bofetada na cara.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Colocar sobre o solo ou sobre qualquer outra superfície: a poeira assentou sobre o terreiro; o pó ainda não assentou.
    Etimologia (origem da palavra assentar). Do latim assentare; pelo espanhol asentar.

    Basear-se, Firmar-se, Fundar-se, Fundamentar-se.

    Diante

    advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
    locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
    locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
    Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
    Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
    Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

    Fogo

    substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
    Fogueira, incêndio, labareda, lume.
    Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
    Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
    Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
    Fuzilaria, guerra, combate.
    Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
    Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
    Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
    Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
    Fazer fogo, acender.
    Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
    Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
    Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
    Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
    A fogo lento, pouco a pouco.
    Tocar fogo na canjica, animar.
    Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
    interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
    substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.

    Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.

    Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12Jr 20:9Jl 2:30Ml 3:2Mt 25:41Mc 9:43).

    [...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7

    Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a

    [...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

    O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3


    Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.


    Juízo

    substantivo masculino Ação de julgar; faculdade intelectual de julgar, entender, avaliar, comparar e tirar conclusões; julgamento.
    Apreciação acerca de algo ou alguém; opinião.
    Qualidade de quem age responsável e conscientemente; prudência.
    [Popular] Capacidade de agir racionalmente; razão: perder o juízo.
    [Jurídico] Tribunal em que questões judiciais são deliberadas ou analisadas: o divórcio está em juízo.
    [Jurídico] Reunião das ações realizadas pelos juízes no exercício de suas funções.
    Etimologia (origem da palavra juízo). Do latim judicium.ii.

    Juízo
    1) Ato de Deus baseado em sua JUSTIÇA, pelo qual ele condena ou absolve as pessoas (Sl 97:2)

    2) Sentença dada por Deus (Jr 48:47). 3 A palavra de Deus, suas leis e suas promessas (Sl 119:39).

    4) Na expressão “juízo final” ou outras semelhantes, o tempo em que Deus, ou o MESSIAS, julgará todas as pessoas, condenando os maus e salvando os JUSTOS (Sl 1:5); (Mt 10:15); (At 24:25).

    5) Julgamento feito de acordo com a vontade de Deus, no dia-a-dia e nos tribunais (Sl 72:1); (Pv 21:3).

    6) O próprio tribunal (Sl 112:5). 7)

    Livros

    masc. pl. de livro

    li·vro
    (latim liber, libri)
    nome masculino

    1. Conjunto de folhas de papel, em branco, escritas ou impressas, soltas ou cosidas, em brochura ou encadernadas.

    2. Obra organizada em páginas, manuscrita, impressa ou digital (ex.: livro escolar, livro infantil, livro técnico).

    3. Cada uma das partes de uma obra.

    4. O que serve de instrução.

    5. Conjunto de mortalhas de cigarros envoltas em capa.

    6. [Zoologia] Terceira cavidade do estômago dos ruminantes. = FOLHOSO, OMASO


    livro das quarenta folhas
    Baralho de cartas.

    livro de bolso
    Livro de pequeno tamanho ou de tamanho mais pequeno em relação à edição original.

    livro de cabeceira
    Livro preferido ou de leitura frequente.

    livro de ponto
    Registo das entradas e saídas dos empregados de uma repartição, fábrica, empresa, etc., ou das actividades lectivas.

    livro electrónico
    Edição em formato digital do texto de um livro.

    livros canónicos
    [Religião católica] Os livros da Bíblia.

    ser um livro aberto
    Estar à vista de todos, não ter nada a esconder.


    Manar

    verbo transitivo Verter eternamente: terra que mana leite e mel.
    verbo intransitivo Correr com abundância, fluir, brotar: terra onde manam leite e mel.
    Figurado Provir, proceder, emanar, derivar: bens que manam do trabalho.

    Manar Produzir ou correr sem cessar e/ou em abundância (Sl 78:20), RA; (Jl 3:18).

    Milhar

    substantivo masculino O número mil.
    [Militar] unidades.
    [Brasil] Cada um dos números de quatro algarismos que compõem os prêmios do jogo do bicho.
    substantivo masculino plural Grande número indeterminado: milhares de bolas.

    Milhar
    1) MIL 2, (Nu 31:14)

    2) Grande número (Gn 24:60).

    Milhões

    numeral Mais de um mil multiplicado por mil: ganhou 2.000.000, dois milhões, na loteria.
    substantivo masculino plural Quantia excessiva de dinheiro: gastou milhões nos cassinos.
    advérbio [Popular] De modo exagerado, intenso.
    Etimologia (origem da palavra milhões). Plural de milhão, do italiano milione.

    Rio

    substantivo masculino Curso de água natural que deságua noutro, no mar ou num lago: os rios correm para o mar.
    Figurado Quantidade considerável de líquido: chorar rios de lágrimas.
    Figurado Grande quantidade de; excesso: ganhar rios de dinheiro.
    expressão Os rios correm para o mar. Diz-se quando a uma pessoa rica sobrevém por acaso algum lucro ou vantagem.
    Etimologia (origem da palavra rio). Do latim vulgar rivum.

    substantivo masculino Curso de água natural que deságua noutro, no mar ou num lago: os rios correm para o mar.
    Figurado Quantidade considerável de líquido: chorar rios de lágrimas.
    Figurado Grande quantidade de; excesso: ganhar rios de dinheiro.
    expressão Os rios correm para o mar. Diz-se quando a uma pessoa rica sobrevém por acaso algum lucro ou vantagem.
    Etimologia (origem da palavra rio). Do latim vulgar rivum.

    os rios da Palestina, à exceção doJordão, estão ou inteiramente secos no verão, e convertidos em quentes passadiços de pedras claras, ou então reduzidos a pequeníssimos regatos, correndo em estreito leito bastante profundo, e oculto à vista por um denso crescimento de arbustos. A palavra arábica Wady, que ocorre tantas vezes na moderna geografia da Palestina, significa um vale seco ou o regato que ocasionalmente corre por ele. A palavra que geralmente é trasladada para ribeiro tem a significação de Wady. Foi mandado a Elias que se escondesse no Querite (1 Rs 17.3).

    Rio Curso de água natural de volume considerável (Sl 66:6). Nos países do mundo bíblico havia rios que tinham água somente no tempo das chuvas; outros eram permanentes. Os rios da Palestina mencionados na Bíblia são os seguintes: ARNOM, JABOQUE, JORDÃO e QUISOM. Só o Jordão corre o ano todo. Os outros secam no verão e são chamados de wadys. Rios de fora da Palestina: AAVA, ABANA, EUFRATES, FARPAR, GIOM, GOZÃ, NILO, PISOM, QUEBAR, TIGRE ou Hidéquel e ULAI.

    Saia

    substantivo feminino Peça do vestuário que, geralmente, desce da cintura até ao joelho, mas pode ter comprimento variável.
    Por Extensão Designação genérica de mulher.
    Toalha de mesa com lados maiores que chegam ao chão.
    Aba ou parte que arremata a caixa das mesas, ou de cômodas, que ficam encostadas à parede.
    Antigo Vestimenta antiga usada em guerra.
    expressão Saia Justa. Circunstância constrangedora que, difícil de resolver ou se livrar, pode ser causada por um ato inconveniente, por uma indiscrição ou desentendimento.
    Etimologia (origem da palavra saia). Do latim saga, de sagum.

    substantivo feminino Peça do vestuário que, geralmente, desce da cintura até ao joelho, mas pode ter comprimento variável.
    Por Extensão Designação genérica de mulher.
    Toalha de mesa com lados maiores que chegam ao chão.
    Aba ou parte que arremata a caixa das mesas, ou de cômodas, que ficam encostadas à parede.
    Antigo Vestimenta antiga usada em guerra.
    expressão Saia Justa. Circunstância constrangedora que, difícil de resolver ou se livrar, pode ser causada por um ato inconveniente, por uma indiscrição ou desentendimento.
    Etimologia (origem da palavra saia). Do latim saga, de sagum.

    substantivo feminino Peça do vestuário que, geralmente, desce da cintura até ao joelho, mas pode ter comprimento variável.
    Por Extensão Designação genérica de mulher.
    Toalha de mesa com lados maiores que chegam ao chão.
    Aba ou parte que arremata a caixa das mesas, ou de cômodas, que ficam encostadas à parede.
    Antigo Vestimenta antiga usada em guerra.
    expressão Saia Justa. Circunstância constrangedora que, difícil de resolver ou se livrar, pode ser causada por um ato inconveniente, por uma indiscrição ou desentendimento.
    Etimologia (origem da palavra saia). Do latim saga, de sagum.

    Servir

    verbo transitivo direto e intransitivo Prestar serviços; cumprir determinados deveres e funções: servir a pátria; passou a vida a servir.
    Ter utilidade; dar auxílio; auxiliar, ajudar: servir um colega; dedicou sua vida à caridade, viveu de servir.
    verbo bitransitivo Pôr na mesa: servir a sopa; servir o jantar aos filhos.
    verbo transitivo direto Causar uma sensação prazerosa; satisfazer: servir as paixões.
    Oferecer algo; dar: servir uísque e salgadinhos.
    Prover com o necessário; abastecer: bomba que serve o reservatório.
    Vender algo; fornecer: esta casa serve os melhores produtos.
    verbo transitivo indireto Ocupar o lugar de; desempenhar as funções de; substituir: servir de pai aos desamparados.
    verbo intransitivo Ser útil; convir, importar: em tal momento o saber serve muito.
    Ter serventia, utilidade: estas coisas não servem mais para nada.
    [Esporte] Lançar a bola no início de um jogo de tênis.
    verbo pronominal Fazer uso de; usar: servir-se do compasso.
    Tomar uma porção (comida ou bebida): servir-se do bom e do melhor.
    Tirar vantagens de; aproveitar-se: servir-se dos ingênuos.
    Etimologia (origem da palavra servir). Do latim servire.

    Servir, no sentido cristão, é esquecer de si mesmo e devotar-se amorosamente ao auxílio do próximo, sem objetivar qualquer recompensa, nem mesmo o simples reconhecimento daqueles a quem se haja beneficiado.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola dos primeiros lugares

    Serve e passa, esquecendo o mal e a treva, / Porque o dom de servir / É a força luminosa que te eleva / Às bênçãos do porvir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


    Servir Os discípulos de Jesus podem servir somente a Deus, já que qualquer outro serviço faria com que deixassem o Senhor (Mt 6:24; Jo 15:20). Quanto a Jesus, sua situação, sem dúvida, não é a desumana do escravo, mas a do amigo (Jo 15:15) e do filho (Jo 8:33-36). Esse relacionamento especial com Deus deve conduzi-los a servir uns aos outros (Mt 20:27; 25,44; Jo 13:1-19), imitando Jesus, o Servo de YHVH (Mc 10:44-45).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Daniel 7: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Um rio de fogo manava e saía de diante dEle; milhares de milhares O serviam, e miríades de miríades se postavam de pé diante dEle; assentou-se o juiz ①, e abriram-se os livros.
    Daniel 7: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    539 a.C.
    H1768
    dîy
    דִּי
    quem, o qual, que indicação do genitivo
    (forasmuch)
    Partícula
    H1780
    dîyn
    דִּין
    julgamento
    (judgment)
    Substantivo
    H3488
    yᵉthib
    יְתִב
    E definir
    (and set)
    Verbo
    H4481
    min
    מִן
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos
    H5047
    nᵉgad
    נְגַד
    (P
    (issued)
    Verbo
    H506
    ʼălaph
    אֲלַף
    mil
    (thousand)
    Substantivo
    H5103
    nᵉhar
    נְהַר
    o Rio
    (the river)
    Substantivo
    H5135
    nûwr
    נוּר
    o fogo
    (the fire)
    Substantivo
    H5312
    nᵉphaq
    נְפַק
    sair ou aparecer, vir à frente
    (took)
    Verbo
    H5609
    çᵉphar
    סְפַר
    ()
    H6606
    pᵉthach
    פְּתַח
    abrir
    (being open)
    Verbo
    H6925
    qŏdâm
    קֳדָם
    antes
    (before)
    Prepostos
    H6966
    qûwm
    קוּם
    levantar, estar de pé
    (rose up)
    Verbo
    H7240
    ribbôw
    רִבֹּו
    ()
    H8120
    shᵉmash
    שְׁמַשׁ
    ()


    דִּי


    (H1768)
    dîy (dee)

    01768 די diy (aramaico)

    aparentemente procedente de 1668; DITAT - 2673 part de relação

    1. quem, o qual, que indicação do genitivo
    2. aquele que, o que pertence a, aquilo conj
    3. que, porque

    דִּין


    (H1780)
    dîyn (deen)

    01780 דין diyn (aramaico)

    correspondente a 1779; DITAT - 2674?; n m

    1. condenação

    יְתִב


    (H3488)
    yᵉthib (yeth-eeb')

    03488 יתיב y ethiyb̂ (aramaico)

    correspondente a 3427; DITAT - 2780; v

    1. sentar, habitar
      1. (Peal) sentar, estar sentado
      2. (Aphel) fazer habitar

    מִן


    (H4481)
    min (min)

    04481 מן min (aramaico)

    correspondente a 4480; DITAT - 2833; prep

    1. de, fora de, por, em razão de, em, mais que
      1. de, fora de (referindo-se a lugar)
      2. de, por, como resultado de, em razão de, em, de acordo com (de fonte)
      3. de (referindo-se ao tempo)
      4. além, mais que (em comparações)

    נְגַד


    (H5047)
    nᵉgad (neg-ad')

    05047 נגד n egad̂ (aramaico)

    correspondente a 5046; DITAT - 2846; v

    1. (Pael) manar, fluir

    אֲלַף


    (H506)
    ʼălaph (al-af')

    0506 אלף ’alaph (aramaico) ou אלף ’eleph (aramaico)

    correspondente a 505; DITAT - 2581; n m

    1. mil, 1000

    נְהַר


    (H5103)
    nᵉhar (neh-har')

    05103 נהר n ehar̂ (aramaico)

    procedente de uma raiz correspondente a 5102; DITAT - 2852; n m

    1. rio

    נוּר


    (H5135)
    nûwr (noor)

    05135 נור nuwr (aramaico)

    procedente de uma raiz não utilizada (correspondente a aquela de 5216) significando brilhar; DITAT - 2856; n f/m

    1. fogo

    נְפַק


    (H5312)
    nᵉphaq (nef-ak')

    05312 נפק n ephaq̂ (aramaico)

    uma raiz primitiva; DITAT - 2868; v

    1. sair ou aparecer, vir à frente
      1. (Peal) sair ou aparecer
      2. (Afel) vir à frente

    סְפַר


    (H5609)
    çᵉphar (sef-ar')

    05609 ספר c ephar̂ (aramaico)

    procedente de uma raiz correspondente a 5608; DITAT - 2891a; n m

    1. livro

    פְּתַח


    (H6606)
    pᵉthach (peth-akh')

    06606 פתח p ethacĥ (aramaico)

    correspondente a 6605, grego 2188 εφφαθα; DITAT - 2951; v.

    1. abrir
      1. (Peil) abrir

    קֳדָם


    (H6925)
    qŏdâm (kod-awm')

    06925 קדם qodam (aramaico) ou קדם q edam̂ (aramaico) (Dn 7:13)

    correspondente a 6924; DITAT - 2966a; prep.

    1. antes, diante de
      1. diante de
      2. defronte de

    קוּם


    (H6966)
    qûwm (koom)

    06966 קום quwm (aramaico)

    correspondente a 6965, grego 2891 κουμι; DITAT - 2968; v.

    1. levantar, estar de pé
      1. (Peal)
        1. levantar de
        2. vir à cena (fig.)
        3. levantar (após inatividade)
        4. estar de pé
        5. resistir
      2. (Pael) edificar, estabelecer
      3. (Afel)
        1. edificar
        2. levantar
        3. estabelecer
        4. designar
      4. (Hofal) ser levado a levantar

    רִבֹּו


    (H7240)
    ribbôw (rib-bo')

    07240 רבו ribbow (aramaico)

    correspondente a 7239; DITAT - 2984b; n. f.

    1. miríade, dez mil vezes dez mil

    שְׁמַשׁ


    (H8120)
    shᵉmash (shem-ash')

    08120 שמש sh emasĥ (aramaico)

    correspondente à raiz de 8121 com a idéia de atividade à luz do dia; DITAT - 3042; v.

    1. (Pael) ministrar, servir