Livro

Dicionário Comum

Fonte: Priberam

Aperta-livros:
aperta-livros | s. m. 2 núm.

a·per·ta·-li·vros
(forma do verbo apertar + livro)
nome masculino de dois números

Objecto destinado a segurar um conjunto de livros dispostos verticalmente. = AMPARA-LIVROS, CERRA-LIVROS


Audiolivro: substantivo masculino Tipo de livro cujo texto é narrado pelo autor ou por outra pessoa, sendo gravado num modo que pode ser reproduzido em qualquer aparelho, computador etc.
Etimologia (origem da palavra audiolivro). Audi/o/ + livro.
Cerra-livros:
cerra-livros | s. m. 2 núm.

cer·ra·-li·vros
(forma do verbo cerrar + livro)
nome masculino de dois números

Objecto destinado a segurar um conjunto de livros dispostos verticalmente. = AMPARA-LIVROS, APERTA-LIVROS


Guarda-livros:
guarda-livros | s. 2 g. 2 núm.

guar·da·-li·vros
nome de dois géneros e de dois números

Indivíduo encarregado da contabilidade de um estabelecimento.


Livro: substantivo masculino Conjunto de folhas impressas e reunidas em volume encadernado ou brochado.
Obra em prosa ou verso, de qualquer extensão, disponibilizada em qualquer meio ou suporte: livro bem escrito; livro eletrônico.
Divisão menor contida numa obra maior: livro dos salmos.
[Literatura] Divisão de uma obra, especialmente de uma epopeia.
Caderno de registro das operações comerciais de; livro-caixa.
Figurado Conjunto de saberes, usado como instrução, ou como fonte de ensino: livro de sabedoria.
Etimologia (origem da palavra livro). Do latim liber.bri.
Livro-caixa:
livro-caixa | s. m.

li·vro·-cai·xa
nome masculino

Livro comercial em que se escritura todo o movimento de entradas e saídas de dinheiro.

Plural: livros-caixa ou livros-caixas.

Livrório: substantivo masculino Deprec.
Livro grande, mas de pouco merecimento; cartapácio. Cf. Camillo, Noites de Insómn., IX, 65.
Livros:
masc. pl. de livro

li·vro
(latim liber, libri)
nome masculino

1. Conjunto de folhas de papel, em branco, escritas ou impressas, soltas ou cosidas, em brochura ou encadernadas.

2. Obra organizada em páginas, manuscrita, impressa ou digital (ex.: livro escolar, livro infantil, livro técnico).

3. Cada uma das partes de uma obra.

4. O que serve de instrução.

5. Conjunto de mortalhas de cigarros envoltas em capa.

6. [Zoologia] Terceira cavidade do estômago dos ruminantes. = FOLHOSO, OMASO


livro das quarenta folhas
Baralho de cartas.

livro de bolso
Livro de pequeno tamanho ou de tamanho mais pequeno em relação à edição original.

livro de cabeceira
Livro preferido ou de leitura frequente.

livro de ponto
Registo das entradas e saídas dos empregados de uma repartição, fábrica, empresa, etc., ou das actividades lectivas.

livro electrónico
Edição em formato digital do texto de um livro.

livros canónicos
[Religião católica] Os livros da Bíblia.

ser um livro aberto
Estar à vista de todos, não ter nada a esconder.


Livroxada:
livroxada | s. f.

li·vro·xa·da
(livro + -x- + -ada)
nome feminino

[Informal, Depreciativo] Grande quantidade de livros. = LIVRALHADA


Marca-livro:
marca-livro | s. m.

mar·ca·-li·vro
(forma do verbo marcar + livro)
nome masculino

Utensílio, geralmente fita ou pedaço de papel, destinado a marcar determinada página de um livro. = MARCADOR, MARCA-PÁGINA, REGISTO

Plural: marca-livros.

Porta-livros:
porta-livros | s. m. 2 núm.

por·ta·-li·vros
(forma do verbo portar + livros)
nome masculino de dois números

Correia que os estudantes usam para atar os livros que transportam na mão.


Traça-dos-livros:
traça-dos-livros | s. f.

tra·ça·-dos·-li·vros
nome feminino

Entomologia Insecto (Lepisma saccharina) da ordem dos tisanuros, de corpo cinzento prateado com aproximadamente 1 cm, que vive nos lugares húmidos das casas. = BICHO-DE-PRATA, LEPISMA, PEIXE-DE-PRATA, PEIXINHO-DE-PRATA, TRAÇA-DOS-LIVROS

Plural: traças-dos-livros.

Dicionário Bíblico

Fonte: Dicionário Adventista

Ageu (livro de): Encerra este livro quatro mensagens proféticas, todas elas apresentadas durante 4 meses pouco mais ou menos (1.1 – e 2.1, 10, 20). Na primeira são censurados os judeus por desprezarem o templo – faz-se a promessa de que o favor divino havia de acompanhar a sua construção. Vinte e quatro dias depois desta profecia, foram as obras continuadas, sendo os israelitas animados por uma misericordiosa mensagem da parte de Deus. Mas, passado um mês, arrefeceu de novo o zelo do povo, e começaram a pensar se seria possível a restauração. Com o fim de remover as dúvidas do povo e levantar as suas enfraquecidas energias, apareceu Ageu declarando que o Senhor era com eles e profetizando que a glória do novo templo havia de ser maior do que a do primeiro (Ag 2:1-9). Pela terceira vez dirige-se Ageu aos judeus e censura-os pela sua indiferença – ao mesmo tempo incita-os a trabalharem o mais possível (Ag 2:10-19). No mesmo dia foi proferida outra profecia, dirigida a Zorobabel, príncipe de Judá, representante da casa de Davi, e aquele por quem principia a genealogia do Messias depois do cativeiro, encerrando as palavras proféticas a promessa de que o povo de Deus seria preservado no meio da queda e ruína dos reinos da terra (2.20 a 23). Cp.Ag 2:6 com Hb 12:26-27. Mas as palavras de 2.9, ‘neste lugar darei a paz’, foram, sem dúvida, cumpridas com a presença de Jesus Cristo no segundo templo.
Amós (livro de): o estilo de Amós é simples, mas de maneira alguma deficiente na sua beleza pitoresca. o seu modo de vida pode descobrir-se pelas ilustrações que ele escolhe, e que na maior parte são tiradas dos serviços campestres. Muitas são originais e admiráveis, e todas elas deixam ver a vida da Natureza. o conhecimento que revela dos acontecimentos de remota antigüidade (9.7), e doutros menos antigos, ainda não descritos em parte alguma (6.2), o encadeamento regular dos seus pensamentos e a correção da sua linguagem, tudo tende a mostrar que a responsável, e muitas vezes perigosa (3.12), ocupação de um pastor era ainda tão favorável à cultura intelectual como tinha sido no tempo de Moisés e de Davi. o livro pode dividir-se em cinco partes, quanto aos assuntos ai tratados: 1. Caps. 1,2 – Uma série de acusações contra as nações pagãs, e também contra Judá, e por fim contra israel, pelos seus pecados, com declarações de que viria o castigo sobre elas. 2. Caps. 3 a 5.17 – Samaria (sinônimo do reino de israel): os seus pecados são pormenorizadamente expostos e anunciado um castigo próximo. 3. Caps. 5.18 a 6.14 – Razões de falsa confiança dos israelitas e avisos de repetição dos castigos. 4. Caps. 7.1 a 9.10 – Uma série de cinco visões, mostrando de vários modos a paciência e os justos juízos de Deus. Entre a terceira e quarta visões é apresentada uma narrativa pessoal de profundo interesse (7.10 a 17). 5. Caps. 9.11 a 15 – Conclusão, mostrando que a nação será restabelecida, e novas bênçãos a tornarão próspera. Estas últimas insinuações de futuras bênçãos são citadas pelo Apóstolo Tiago (At 15:16-17), para mostrar que todas as nações da terra participariam dos benefícios que os judeus receberiam. A linguagem e as alusões feitas no livro de Amós sugerem o conhecimento de quão familiares eram ao profeta os livros de Moisés. *veja 2.10 (Dt 29:5) – 4.6 a 10 (Dt 4:30-30.
2) – 4.11 (Dt 29:23) – 5.11 (Dt 28:30-39). No N.T. o livro é citado por Estêvão no seu discurso perante o Sinédrio, e por Tiago no Concilio de Jerusalém (At 7:42-43 – 15.16 a 18). Na primeira citação merece notar-se a extensão da frase ‘além de Damasco’ para ‘além de Babilônia’. E na última está ‘o resto dos homens’, segundo a versão dos LXX, por ‘o restante de Edom’ – é que as palavras homem e Edom em hebraico são semelhantes nas consoantes. Seja qual for a tradução preferida, é admirável o testemunho do profeta quanto à universalidade do Evangelho. Há, também, uma notável coincidência entre 3.7 e Ap 10:7, pois em ambas as passagens se declara a revelação do mistério de Deus aos profetas.
Apócrifos (livros): Livros não canônicos. l. A palavra Apócrifo significa oculto, e com toda probabilidade foi o termo primitivamente empregado por certas seitas a respeito de livros seus, que eram guardados para seu próprio uso. o termo Apócrifo é, agora, restritivo aos livros não canônicos. Posteriormente, a palavra apócrifo era aplicada aos livros espúrios. 2. os livne apócrifos do A.T. Estes não faziam parte do Cânon hebraico, mas todos eram mais ou menos aeeitos pelos judeus de Alexandria que liam o grego, e pelos de outros lugares – e alguns são citados no Talmude. Esses livros, à exceção de 2 Esdras, Eelesiistico, Judite, To-bias, e 1 dos Macabeus, foram primeiramente escritos em grego, mas o seu conteíído varia em diferentes coleções. Eis os livros apócrifos pela sua ordem usual: i (ou iii) de Esdras: Trata dos fatos históricos desde o tempo de Josias até Esdras, sendo a maior parte da matéria tirada dos livros das Crônieas, de Esdras, e de Neemias. Foi escrito talvez no 1&lt – século a. C. ii (ou iV) de Eedrae: Uma série de visões e profecias, especialmente apocalípticas, que Esdras anunciou. É dos fins do 1º século d.C. Tobiar: Uma narrativa lendária, interessante pelo conheeimento dos eostumes dos antigos tempos de Aicar. Cerca do princípio do 2º sé-culo a.C. Judite: Uma história a respeito de serem liber-tados os judeus do poder de Holofernes, general persa, pela coragem da heroína Judite. Foi escrito cerca de meados do segundo século a.C. Ester: Capítulos adicionados à obra canônica. É, talvez, do segundo século a.C. Sabedoria de Salomão: Livro escrito um pouco no estilo do livro dos Provérbios, sendo precioso por estabelecer o contraste entre a verdadeira sabedoria e o paganismo. A DATA do seu aparecimento deve ser entre o ano 50 a.C. e 10 d. C. Eclesiástico, ou Sabedoria de Jesus, filho de Siraque: É uma coleção de ditos prudentes e judiciosos em forma muito semelhante ao livro dos Provérbios. Foi escrito primitivamente em hebraico, cerca do ano 180 a 175 a. C., e traduzido em grego depois de 132 a.C. A maior parte do original hebraico foi descoberta nos anos 1896:1900. Baruque: Uma pretensa profecia feita por Baruque na Babilônia, com uma epístola ao mesmo Baruque por Jeremias. Provavelmente é um escrito do segundo século a.C. Adição à História de Daniel, isto é,
(a): o Cântico dos três jovens (Benedicite, com uma introdução) –
(b): a História de Susana, representando Daniel como justo juiz –
(c): Bel e o Dragão, em que Daniel mostra a loucura do paganismo. Há pouca base para determinar a DATA destas adições. oração de Manassés, rei de Judá, no seu cativeiro da Babilônia. A DATA é desconhecida. Primeiro Livro dos Macabeus, narrando os fatos da revolta macabeana que se deu do ano 167 em diante (a.C.). Foi escrito cerca do ano 80 a.C. Segundo Livro dos Macabeus, assunto semelhante, porém mais legendário, e homilético. Foi escrito um pouco depois do primeiro. Há também, o Terceiro Livro dos Macabeus, que é, segundo parece, uma história fictícia do ano 217 a. C., tratando das relações do rei egípcio, Ptolomeu iV, com os judeus da Palestina e Alexandria. DATA incerta, mas antes de 70d. C. Existe ainda o Quarto Livro dos Macabeu, que é um ensaio homilético, feito por um judeu de Alexandria, conhecedor da escola estóica, sobre a matéria contida no 2º livro dos Macabeus. É, talvez, do 1º século d. C. Ainda que os livros apócrifos estejam compreendidos na versão dos Setenta, nenhuma citação certa se faz deles no Novo Testamento. É verdade que os Pais muitas vezes os citaram isoladamente, como se fossem Escritura Sagrada, mas, na argumentação, eles distinguiam os apócrifos dos livros canônicos. S. Jerônimo, em particular, no fim do 4º século, fez entre estes livros uma claríssima distinção. Para defender-se de ter limitado a sua tradução latina aos livros do Cânon hebraico, ele disse: ‘Qualquer livro além destes deve ser contado entre os apócrifos.’ Sto. Agostinho, porém (354-430 d.C.), que não sabia hebraico, juntava os apócrifos com os canônicos como para os diferençar dos livros heréticos. infelizmente, prevaleceram as idéias deste escritor, e ficaram os livros apócrifos na edição oficial (a Vulgata) da igreja de Roma. o Concilio de Trento, 1546, aceitou ‘todos os livros… com igual sentimento e reverência’, e anatematizou os que não os consideravam de igual modo. A igreja Anglicana, pelo tempo da Reforma, nos seus trinta e nove artigos (1563 e 1571), seguiu precisamente a maneira de ver de S. Jerônimo, não julgando os apócrifos como livros das Santas Escrituras, mas aconselhando a sua leitura ‘para exemplo de vida e instrução de costumes’. 3. Livros Pseudo-epígrafos. Nenhum artigo sobre os livros apócrifos pode omitir estes inteiramente, porque de ano para ano está sendo mais compreendida a sua importância. Chamam-se Pseudo-epígrafos, porque se apresentam como escritos pelos santos do Antigo Testamento. Eles são amplamente apocalípticos – e representam esperanças e expectativas que não produziram boa influência no primitivo Cristianismo. Entre eles podem mencionar-se o Livro de Enoque (etiópico), que é citado em Judas 14. Atribuem-se várias datas, pelos últimos dois séculos antes da era cristã. os Segredos de Enoque (eslavo), livro escrito por um judeu helenista, ortodoxo, na primeira metade do primeiro século d. C. o Livro dos Jubileus (dos israelitas), ou o Pequeno Gênesis, tratando de particularidades do Gênesis de uma forma imaginária e legendária, escrito por um fariseu entre os anos 135:105 a.C. os Testamentos dos Doze Patriarcas: é este livro um alto modelo de ensino moral. Pensa-se que o original hebraico foi composto nos anos 109:107 a. C., e a tradução grega, em que a obra chegou até nós, foi feita antes de 50 d. C. os oráculos Sibilinos, Livros iii-V, descrições poéticas das condições passadas e futuras dos judeus – a parte mais antiga é colocada cerca do ano 140 a. C., sendo a porção mais moderna do ano 80 da nossa era, pouco mais ou menos. os Salmos de Salomão, entre 70 e 40 a. C. As odes de Salomão, cerca do ano 100 da nossa era, são, provavelmente, escritos cristãos. o Apocalipse Siríaco de Baruque (2 Baruq
Daniel (livro de): Conteúdo. o livro acha-se dividido em duas partes:
(i): histórica (1 a 6), e (ii) profética (7 a 12). Na primeira parte fala-se de Daniel na terceira pessoa – na segunda parte (à exceção de preliminares notícias, 7.1 a 10.1), é ele próprio o narrador.
(i): Daniel e seus companheiros na corte de Nabucodonosor
(1). – o sonho do rei com respeito à grande imagem, simbolizando quatro reinos
(2). – a fornalha de fogo
(3). – o sonho de Nabucodonosor em que foi vista uma grande árvore, sendo esta interpretada na sua destruição como figura da loucura do imperador
(4). – o banquete de Belsazar
(5). – Daniel na cova dos leões (6). (ii) Visão dos quatro grandes animais que subiam do mar – o seu juízo diante do ‘Ancião de dias’, e a entrega do reino a ‘um como o Filho do homem’
(7). – visão do carneiro com dois chifres, o qual foi ferido pelo bode, que tinha um chifre insigne entre os olhos – quebrado este chifre, dele saíram quatro outros chifres, e de um destes um chifre mui pequeno, que se tornou grande e perseguiu os santos
(8). – a Daniel é dada a compreensão da profecia de Jeremias (Jr 25:12-29.
10) quanto aos setenta anos das ‘idolatrias’ de Jerusalém
(9). – Daniel, depois do jejum e do luto, teve ainda outras visões (10 a 12). A interpretação das visões tem sido assunto de viva controvérsia. o anjo Gabriel explica a visão do cap. 8, tornando-se a sua aplicação histórica um assunto simples. o império dos persas, estabelecido por Ciro, durou de 538 até ao ano 333 a.C., em que foi destruído por Alexandre Magno na batalha de issus. Da idade de trinta e dois anos (em
333) morreu este conquistador (o simbolizado chifre quebrado), que havia estabelecido domínio quase universal – e não tendo deixado herdeiro, foi o seu grande império repartido entre os seus generais. Depois de vinte anos de rivalidades e lutas, estabeleceram-se quatro reinos: Macedônia e Grécia, Trácia e Bitínia, Egito e Síria, sendo dada a parte oriental com a Babilônia a Seleuco. Por esta razão viveu a Judéia sob o governo dos reis selêucidas – destes, foi Antíoco Epifanes o nono (175 a 164 a. C.), que está na profecia figurada pelo ‘pequeno chifre’. As suas perseguições aos judeus resultaram numa revolta, chefiada por Judas Macabeu, e na reconsagração do templo (em 165), cerca de três anos depois da sua profanação. Antíoco morreu alguns meses mais tarde. Pode, então, deduzir-se que, como a clara predição do cap. 8 se acha repetida e desenvolvida na parte restante do livro, antecipa-se ele nas profecias do mesmo gênero, porém mais obscuras, dos caps. 7 e 2, e que os reinos da Média, Pérsia e Grécia estão também compreendidos nos quatro simbolizados pelos animais e pela imagem. Além disso, o primeiro dos quatro é o do próprio Nabucodonosor, isto é, Babilônia (2.38). Chegado a este ponto, dividem-se expositores. Serão a Média e a Pérsia um só império, fundado por Ciro, e simbolizado pelo carneiro de chifres mais compridos e mais curtos ? Se for assim, a Grécia é o terceiro, e o quarto naturalmente acha-se identificado com o império de Roma, tendo passado para os domínios romanos o império fundado por Alexandre Magno. Desta interpretação derivam diversas interpretações a respeito dos dez reinos (os dedos dos pés da imagem, cap. 2 e os chifres do quarto animal, cap. 7), em que havia de dividir-se o império romano. A pequena ponta do cap. 7.8, 20, 21,25 é, também muitas vezes, identificada com o papado. A interpretação do quarto reino está em estreita conexão com a controvérsia que diz respeito à DATA e autoria do livro. Se, em conformidade à invariável tradição dos judeus e da igreja cristã, o livro foi escrito por Daniel em Babilônia, então não somente é certa a historicidade dos caps. 1 a 6, mas também são maravilhosas as predições concernentes a Antíoco Epifanes, anunciadas quatro séculos antes do acontecimento. Em favor de tal DATA há várias razões:
(1). a de ter o livro o seu lugar no Cânon. Ele foi recebido como Escritura Santa no tempo dos Macabeus (*veja 1 Mac 2.59,60) – e diz Flávio Josefo que as suas profecias foram apresentadas a Alexandre Magno na ocasião da sua chegada a Jerusalém. o livro está na versão dos Setenta do A.T., havendo começado essa tradução cerca do ano 280 a. C.
(2). o testemunho de Jesus Cristo (Mt 24:15).
(3). o testemunho da igreja cristã. Porfírio, um escritor pagão (233 a 302 d.C.) pela primeira vez atacou as qualidades proféticas de Daniel, e S. Jerônimo tratou das suas objeções.
(4). os pormenores e colorido da narrativa nos impressionam de tal maneira que somos levados a julgar esse livro a obra de um contemporâneo. Todavia, o valor religioso do livro, a sua revelação do plano de Deus, a sua promessa da vinda de Cristo, e todas as lições morais e espirituais, que a igreja, em todos os tempos, tem recebido por meio das suas páginas, devem julgar-se independentes de qualquer conclusão sobre o tempo em que foi escrito e a respeito do seu autor.
Eclesiastes (livro do): o Eclesiastes acha-se agora classificado entre os sagrados escritos, que fazem parte dos ‘Livros da Sabedoria’. Estas obras distinguem-se na sua substância e na sua natureza das dos Profetas. Elas são mais refletivas e éticas do que a expressão de uma direta mensagem de Deus, não se vendo no livro as explicativas palavras ‘assim diz o Senhor’. E, na verdade, o nome do Senhor não se acha no Eclesiastes. Título e Autor. o nome português deste livro, tirado da versão grega, significa o ‘pregador’, aquele que fala a uma assembléia. Provavelmente é este o sentido do titulo hebraico Qoheleth. Esta pessoa deve ser a de Salomão, mas idealmente, como se o seu espírito falasse assim: eu fui rei. Tem sido geral a crença de que Salomão foi realmente o seu autor, afirmando-se que o livro encerra as reminiscências das horas de arrependimento e as sábias conclusões da sua avançada idade. Segundo esta maneira de ver, aquele sábio monarca, que foi tão ricamente dotado de sabedoria, afastou-se de Deus, procurando a felicidade nas coisas do mundo e na prática da idolatria (1 Rs 11.1 a
13) – mas nos seus últimos anos, reconhecendo bem a sua loucura, deixa registrada no Eclesiastes a sua experiência, depois de haver proclamado em tempos áureos as grandes verdades da vida perante todos aqueles que de todas as partes vinham à sua corte, para serem instruídos com a sua famosa sabedoria. Conteúdo. Enquanto as grandiosas lições deste livro estão sendo claramente expostas, não se pode de forma alguma traçar o curso do pensamento. Depois de uma introdução geral, apresentando ao leitor o assunto e o desígnio (1.1 a 11), o Pregador recorda a sua experiência pessoal na sua procura da felicidade, mostrando que nem os prazeres da vida, nem mesmo as obras da inteligência lhe puderam dar (1.12 a 2,23) – e conclui dizendo que a melhor coisa é a gente regular a sua maneira de viver segundo as inalteráveis disposições da Divina providência (2.24 e 3.15). o autor faz então as suas observações sobre a vida doe homens, especialmente nas suas relações sociais, achando nisto vaidade (3.16 e 4.16), e algumas admiráveis considerações ele apresenta sobre isso (5.1 a 9). Renova as suas observações, considerando os homens como indivíduos, e expõe a decepção que sofrem os egoístas e avarentos (5.10 e 6.12). Então ele apresenta algumas máximas de sabedoria prática para suavizar estes males, mas admitindo que nem sempre dão resultado (7.1 e 9,10) – e acrescenta algumas das mais impressionantes e preciosas instruções, tendo em vista a aplicação da sabedoria às várias circunstâncias da vida, com o fim de se conseguir a maior felicidade possível (9.11 e 11.6). isto conduz à exposição dos mais altos pensamentos da sabedoria, produzindo uma serena esperança nos homens, e preparando-os para a velhice, morte e juízo (11.7 e 12.7). E da exibição da sua doutrina chega o Pregador a esta conclusão:
(1). que as coisas do mundo não podem fazer verdadeiramente felizes os homens (12,8) –
(2). que somente a sabedoria divina pode ensiná-los a alcançar a melhor vida com a sua imperfeita natureza humana (12.9 a
12) – e que essa sabedoria celestial prescreve que se cultive uma piedade humilde e respeitosa (12.13), na expectativa de um futuro de perfeita harmonia e retribuição, como sendo a melhor coisa para o homem na terra (12.14).
Eclesiástico (livro do): Este é o titulo latino de um livro, que está compreendido entre os Apócrifos, e que na 5ersão dos Setenta se chama ‘Sabedoria de Jesus, filho de Siraque’. Jesus ben Siraque, a quem se atribui a obra, parece ter sido um judeu da Palestina, ardente estudioso das Escrituras hebraicas, bem como grande patriota que sentia orgulho pelos grandes homens da sua nação, e que era ao mesmo tempo um viajante, minucioso observador das coisas. o prólogo do livro é obra do neto do autor, que cerca do ano 130 a.C. traduziu em grego a obra hebraica, que devia ter sido escrita pouco depois do ano 200 a.C. Até há pouco tempo o Eclesiástico somente era conhecido pelas versões, tendo sido a grega e a siríaca feitas do original hebraico, e a latina da tradução grega. Mas ultimamente foram descobertos e examinados vários fragmentos do original hebraico. Foi pela primeira vez intitulado Eclesiasticus por Cipriano, no terceiro século, d.C. Considerando a vida sob os três aspectos social, doméstico e civil, o livro reconhece a paternidade de Deus, trata da Sabedoria, e refere-se à Lei de Moisés. Algumas partes da obra são escritas com elevação, como o Louvor da Criação (42.15 a 43,33) e o Elogio dos homens famosos (44 a 50). É este livro o mais belo monumento que possuímos da literatura judaica não-canônica.
Esdras (livro de): Alguns trechos destelivro (4.8 a 6.18 – 7.12 a
26) acham-se escritos em língua aramaica e mostram ser matéria inserida, constando, principalmente, de comunicações ou decretos naquela língua. Esdras aparece na primeira pessoa como o autor de 7.27 – 8.34 – 9 – outras porções narrativas do livro falam dele na terceira pessoa. o livro que é, evidentemente, uma continuação das Crônicas (2 Cr 36.22, 23 – e Ez 1:1-3), compreende o período de tempo que vai desde o ano 536a 457 a.C., isto é, cerca de setenta e nove anos. o livro de Neemias, que faz parte de Esdras no cânon hebraico, narra a atividade reunida de Esdras e Neemias desde o ano 445 a 432 a.C. A história, cujos fatos se narram neste livro, consta de duas partes, separadas uma da outra por um espaço de cinqüenta e oito anos, incluindo todo o reinado de Xerxes. A primeira parte, que termina 6:22, contém a história dos que voltaram da Babilônia, e trata da reedificação do templo, a qual tinha sido determinada por um decreto de Ciro, no ano 536 a.C., tendo completa realização no reinado de Dario, filho de Histaspes (geralmente conhecido por Dario Histaspes), no ano 515 a.C. A segunda parte, desde 7.1, contém a narração da jornada de Esdras a Jerusalém, jornada que foi empreendida em virtude de um decreto de Artaxerxes Longímano no ano 458 a.C. – e também fala dos seus esforços para a reforma do povo. os assuntos do livro podem ser indicados do seguinte modo:
i. A primeira companhia de judeus volta de Babilônia com a proclamação de Ciro para a reedificação do templo
(1). – a lista dos que voltaram com Zorobabel, com as suas ofertas para o templo
(2). – a construção do altar, sendo lançados os alicerces do Templo
(3). – oposição dos samaritanos, e suspensão das obras
(4). – profecias de Ageu e Zacarias, continuação das obras, visita dos governadores, e a carta destes a Dario – o favorável decreto do rei – acabamento e dedicação do templo (5,6).
ii. A jornada de Esdras a Jerusalém com grande número de pessoas, e as reformas que ele efetuou: em comissão da parte de Artaxerxes vem Esdras para a Judéia com os seus companheiros (7,8) – os casamentos dos judeus com as suas vizinhas pagãs – a aflição de Esdras pelos pecados do povo, e a sua oração – o arrependimento e a reforma do povo (9,10). A primeira parte do livro deve ser estudada em conexão com as profecias contemporâneas de Ageu e Zacarias. As coincidências que se encontram nos livros de Esdras e de Ageu mostram que este profeta escrevia os anais do povo antes de Esdras. Compare-se Ed 5:1-2 com Ag 1 – e Ed 3:6-10, 11, 12 com Ag 2:18 – e vejam-se as repetidas referências dos dois livros à lei de Moisés. No fato de voltarem de Babilônia os judeus, vemos o cumprimento das profecias (is 44:28 – e Jr 25:12-29.10). A restauração da igreja judaica, do templo e do culto, foi acontecimento de altíssima importância, tendente a preservar no mundo a verdadeira religião e a preparar o caminho para a vinda do Senhor.
Ester (livro de): o livro de Ester foi escrito durante o tempo que decorreu desde o término do templo até à missão de Esdras (516 a 458 a.C.). Xerxes, que neste livro se chama Assuero, filho daquele Dario mencionado em Esdras (Dario Histaspes), ocupava nesta ocasião o trono da Pérsia. A sua tirania acha-se vivamente pintada por Heródoto (iX). Provavelmente as festas descritas no cap. 1 foram efetuadas com o fim de inaugurar a expedição de Xerxes à Grécia, podendo ser, também, que o casamento com Ester, no sétimo ano de seu reinado, se realizasse depois das grandes derrotas dos persas em Salamina, Platéia e Micalé, 480 e 479 a.C. o rei Xerxes, segundo diz Heródoto, consolou-se na sua humilhação com os prazeres do seu harém (iX, 108). A fonte desta narrativa podem ter sido os anais do reino da Pérsia (*veja 2.23 e 6.1). Sendo assim, temos a explicação dos pormenores que ali se dão com respeito ao reino de Xerxes, e a exatidão com que são mencionados os nomes dos seus ministros e dos filhos de Hamã – e essa conjetura também nos dá a razão de serem os judeus somente mencionados na 3ª pessoa, e de ser Ester freqüentemente designada pelo título de ‘a rainha’, e Mordecai pelo epíteto de ‘o judeu’. E tal fonte explicará, também, o tom secular do livro, não sendo uma vez sequer mencionado o nome de Deus. Todavia, embora o nome de Deus não apareça no livro, a Sua mão providencial se vê claramente, impedindo o mal que ameaçava os judeus, dominando-o, e desfazendo o ardil dos maus, para maior bem da família israelita e até dos pagãos (1.2 – 4.10). Seja bem posta em relevo a importância dos fatos descritos: não era somente a segurança dos judeus na Pérsia que estava em perigo – porquanto, se Hamã tivesse conseguido o seu fim, sendo então supremo o poder da Pérsia em Jerusalém e por toda a Ásia, teriam os judeus, provavelmente, perecido em toda parte, e com eles a igreja visível de Deus. A festa de Purim (as Sortes), que os judeus observam com grande regozijo, nos lugares onde vivem, um mês antes da Páscoa, é uma comemoração permanente, como ação de graças por aquela nacional libertação. De manhã é o Megillak de Ester lido e explicado nas sinagogas, sendo o resto do dia destinado a divertimentos e a sessões festivas. Segundo a tradição judaica ‘todas as festas acabarão nos dias do Messias, exceto a festa do Purim’. Alguns têm pensado que Purim é aquela festa mencionada em João 5:1 – a não ser assim, nenhuma referência se faz ao livro de Ester no Novo Testamento. os assuntos deste livro são os seguintes: a elevação de Ester ao trono da Pérsia, para o lugar de Vasti (1,
2) – a conspiração de Hamã para a destruição dos judeus
(3). – a conseqüente aflição dos judeus – o malogro da conspiração de Hamã – o triunfo dos judeus sobre os seus inimigos – a instituição da festa de Purim para comemorar o livramento do povo israelita (4 a
10) – e a exaltação de Mordecai. As lições que nos dá o livro são distintas. Mostra-se nos dois livros, que precedem no Cânon o livro de Ester, a misericórdia do Senhor para com os judeus que voltaram da Babilônia para seu pais. E pelo livro de Ester sabemos que também aqueles que ficaram em países pagãos foram, pela providência de Deus, guardados e defendidos. o livro também nos esclarece sobre a maravilhosa maneira como Aquele que tudo vê, conhecendo o princípio e o fim dos acontecimentos, dispõe as coisas para a execução dos Seus planos. E deste modo exerce o Altíssimo Deus superintendência mesmo sobre os resultados das livres ações dos homens. Além disso, manifesta o livro quão fácil é para Deus ‘derrubar do seu trono os poderosos’ e ‘exaltar os humildes’ – e ensina-nos quão seguro é pôr a nossa confiança em Deus, e andar humildemente com Ele. E, assim, as lições do livro de Ester nos ensinam a reprimir todo o orgulho e vanglória, e nos ministram conforto nas provações, tornando, desse modo, mais firmes a nossa fé e esperança.
Êxodo (livro do): o propósito, que reverentemente podemos admitir para explicação dos acontecimentos narrados no livro, pode ser assim exposto: com a chamada de Abraão e o pacto da circuncisão, o povo de onde devia provir o prometido Salvador, e que devia ser por muitos séculos o depositário da Divina Revelação, tornara-se, de certo modo, um povo distinto entre os habitantes do mundo. Mas, enquanto os israelitas vivessem misturados com as outras nações que tinham caído na idolatria, estavam eles em perigo de perder a sua verdadeira religião. E por isso Deus determinou separá-los inteiramente de todos os povos. Permitiu então Deus, para realização de Seu plano, que os hebreus fossem duramente escravizados e oprimidos, como conseqüência da política dos egípcios, pela qual foi transformada uma vida de abundância em casa de servidão, sendo obrigados os israelitas a desejar a libertação (cap. 1). Foi-lhes dado na melhor ocasião um libertador, Moisés, que tomou a seu cargo, não por escolha ou vontade própria, uma grandiosa missão, obedecendo à chamada do Senhor, que a Si mesmo Se revelou com o nome de Deus da Aliança (2 a 4). A glória de Deus é manifestada a israel, libertando-os da sua escravidão – e, quanto a Faraó, é ele castigado pela sua oposição a Deus, e ao Seu povo (6 a 15). Em seguida, os israelitas são muito particularmente guiados e disciplinados pelo Senhor, que Se lhes torna patente por meio de um misterioso esplendor material, em conformidade com o atraso espiritual daquela gente – e entre trovões, relâmpagos e tremores de terra, é a Lei divina promulgada, sendo, então, renovadas as suas promessas e feita a solene declaração de que eles eram o Seu povo, declarando o povo, também, que o Senhor do Universo seria o seu Deus (16 a 20). E como seu Divino Rei, Ele revela as regras do Seu governo e a maneira de Lhe ser prestado culto. Além disso, nomeia os seus ministros, e dirige a construção do Seu lugar de habitação entre eles (21 a 40). Com respeito às leis morais, mostra Deus que as Suas pretensões não são abaladas pela queda do homem, levando o pecador a considerar as suas próprias culpas e misérias, e a sentir a necessidade de um Salvador. E nesta consideração ele provê o Seu remido povo de uma regra de vida, mostrando aos hebreus o caminho em que eles deviam andar na sua direção para o céu. As instituições cerimoniais eram a expressão das grandes verdades e princípios, apresentados de uma forma simples e palpável, os quais eram adaptados à relativa infância da igreja: e ao mesmo tempo eram tipos e figuras das bênçãos cristãs. De um modo especial era a Páscoa um emblema impressivo do sacrifício de Cristo, o ‘Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’. (*veja Lei.)
Ezequiel (livro de): É universalmente reconhecido que o livro foi escrito pelo grande profeta, cujo nome é mencionado no seu título. A DATA do seu aparecimento nos é indicada no fato de Ezequiel ter começado a profetizar no ano quinto do cativeiro do rei Jeoaquim (1.2), isto é, no reinado de Zedequias (592 a.C.), continuando as suas profecias até ao ano 27, pelo menos (29.17). o ano em que começou o seu ministério profético foi o 30 do reinado de Nabopolassar e da reforma de Josias. Que a sua influência era grande entre o povo, está claro pelas numerosas visitas que lhe faziam os anciãos que iam ter com ele para saberem que mensagens tinha recebido de Deus (8.1 – 14.1 – 20.1, etc.) o livro pode dividir-se em nove seções, que, pela maior parte, podem cronologicamente ter a seguinte disposição:
i. Chamada de Ezequiel ao ministério profético (1 a 3.14), no quinto ano do cativeiro de Jeoaquim, 594 a.C.
ii. Predições e representações simbólicas sobre a próxima destruição de Jerusalém e sofrimentos] do povo, sendo anunciada a promessa da preservação de uma parte remanescente (3.15 a 7), que foi libertada no ano da chamada do profeta.
iii. Visões que o profeta teve quatorze meses depois das precedentes, nas quais se mostra o templo poluído pelos cultos idólatras do Egito, da Fenícia e da Assíria. Depois vem descrito o castigo que veio sobre os habitantes de Jerusalém e sobre os sacerdotes, sendo apenas poupados, por exceção, alguns fiéis. Finalmente, brilham as promessas de tempos mais felizes e de um culto mais puro (cap. 8 a 11). iV. Uma série de repreensões e de avisos contra os predominantes pecados e erros do povo, e chama então os judeus ao arrependimento – e, renovando as suas ameaças de castigo, declara que o sofrimento deles é conseqüência dos seus próprios atos e não somente dos pecados de seus pais (cap. 12. a 19). *veja outra série de avisos, que apareceram um ano mais tarde, anunciando o profeta que se aproximavam novos julgamentos divinos, acompanhados, porém, das promessas de melhores tempos pela misericórdia do Senhor (20 a 23). Vi. Predições proferidas dois anos e cinco meses depois, no nono ano do cativeiro do rei Jeoaquim, anunciando aos judeus expatriados o cerco de Jerusalém, que começava naquele mesmo dia da profecia (vede 2 Rs 25.1), e assegurando-lhes a completa destruição da cidade (24). Vii. Predições de que iam ser castigadas por julgamento divino as nações pagãs, vizinhas da Palestina (25 a
32) – e eram essas as que especial hostilidade tinham mostrado para com a Judéia: Amom, Moabe, Edom, Filístia, Tiro, Sidom e Egito. Estas profecias foram feitas por intervalos, desde o ano undécimo ao 27 do cativeiro de Jeoaquim. Viii. Depois da destruição de Jerusalém, são dirigidas exortações aos judeus para que se arrependam e reformem as suas vidas. Profetiza a restauração de israel, como rebanho guiado por Davi, o seu pastor – também é predita a destruição dos seus inimigos, primeiramente o país de Edom, e mais tarde o ‘de Gogue, da terra de Magogue’ – e por último são anunciados os triunfos do reino de Deus sobre a terra (33 a 39). iX. Representações do estabelecimento e prosperidade do Reino de Cristo, debaixo das figuras simbólicas de uma nova divisão da terra de Canaã, da reedificação do templo, e da reorganização dos seus serviços (40 a 48). o livro acha-se, em grande parte, escrito em prosa poetizada, embora sejam intercaladas muitas passagens de pura poesia.
Gênesis (livro do): As diversas matérias do Gênesis podem ser resumidas da seguinte maneira:
i. Desde a criação até ao dilúvio. Compreende esta parte a criação do mundo, a formação do homem à imagem de Deus, a instituição do sábado (dia de descanso), e a do casamento (caps. 1,
2) – a entrada do mal no mundo, a sentença contra o tentador e o homem, e a promessa de Deus a respeito de um Salvador
(3). – o caso de Caim e Abel, e os descendentes de Caim – o princípio das obras humanas, as manufaturas, e as artes
(4). – a linha dos patriarcas desde Adão até Noé
(5). – a universal preponderância do pecado, a destruição do mundo corrompido pelo dilúvio, sendo Noé salvo com sua família (6, 7).
ii. Desde o dilúvio até à vocação de Abraão. Compreende esta parte o pacto da misericórdia que Deus fez com o novo mundo, e a profecia de Noé com respeito aos seus três filhos
(9). – a repovoação da terra pelos descendentes de Nóe, a origem das distinções nacionais, e o começo dos principais impérios da antigüidade
(10). – a confusão das línguas, e a dispersão da família humana pela terra (11).
iii. Desde a vocação de Abraão até à morte de José. Nesta divisão do livro os negócios gerais da Humanidade somente são relatados ocasional e acidentalmente: trata-se, principalmente, do patriarca e seus descendentes, a quem Deus escolheu e separou do resto do mundo, a fim de que da sua geração pudesse descender o Salvador prometido. Compreende, pois, esta parte a vida de Abraão e sua família, com informações da origem e história de alguns dos mais antigos reis e nações (12 a
25) – de isaque e sua família (26,
27) – e de Jacó e sua família (28 a
35) – e mais particularmente a vida de José, indo a narração até ao estabelecimento da família de israel no Egito, onde os israelitas puderam livrar-se da fome e, pela providência de Deus, começar a sua preparação para constituírem mais tarde um grande povo (37 a
47) – vem em seguida a profecia de Jacó com respeito a seus filhos e seus descendentes, brilhando nela um raio de luz a respeito da futura redenção (48, 49). Conclui o livro com a determinação de José em relação aos seus restos mortais, e com a sua morte (50). São abundantes as referências no Novo Testamento ao livro de Gênesis. As passagens seguintes são indicadas segundo a fórmula geral das citações – ‘está escrito’, ‘o Senhor disse’, etc.: Gn 1:27Mt 19:4, Gn 2:2Hb 4:4, Gn 2:7 … 1 Co 15.45, Gn 12:3At 3:25Gl 3:8, Gn 17:7Gl 3:16-19, Gn 21:10-12Gl 4:30Hb 11:18, Gn 22:16-17Hb 6:13-14Tg 2:23, Gn 25:23Rm 9:12. Há freqüentes referências a episódios e personagens do Gênesis, como: Gn 3:4-5 (Eva enganada pela serpente) – 2 Co 11.3 – 1 Tm 2.14. Gn 4:4 (Sacrifício de Abel) – Hb 11:4 Gn 5:24 (Caráter e trasladação de Enoque) – Hb 11:5-6. Gn 14:18-20 (Melquisedeque) – Hb 7. Gn 19:24-26 (Destruição de Sodoma e Gomorra) – Lc 17:29-32 – 2 Pe 2.6. Gn 22:9 (Sacrifício de isaque) – Tg 2:21. Gn 25:33 (A venda que fez Esaú do seu direito de primogenitura) – Hb 12:16. Gn 47:31 (Jacó adorando apoiado ao seu bordão ou sobre a cama) – Hb 11:21. Juntai a isto todas as referências que fez Estêvão, quando estava sendo julgado no Sinédrio (At 7). A frase ‘no princípio’ (1,1) é repetida com uma profunda significação em Jo 1:1. o Homem criado à imagem e semelhança de Deus (5.1 e 9,6) é uma verdade reconhecida em 1 Co 11.7 – Ef 4:24Cl 3:10Tg 3:9. A santidade da união conjugal é reforçada com as palavras de Gn 2:24 por Jesus Cristo em Mt 19:5, e por Paulo em 1 Co 6.16 e Ef 5:31. A fé de Abraão (15.5,6) é repetidas vezes mencionada como figura de caráter cristão, Rm 4:3Gl 3:6Tg 2:23. A palavra ‘paraíso’ leva o pensamento ao Jardim do Éden, Gn 2:8-9Ap 2:7 – 22.1,2. E a escada de Jacó é tomada como símbolo de grande expressão, Gn 28:12Jo 1:51. Muitas conformidades verbais mostram que o Gênesis era familiar aos inspirados escritores do Novo Testamento, sendo reputado como livro de autoridade divina.
Guerras do senhor (livro das): Faz-se na Bíblia uma citação desta desconhecida coleção de hinos acerca das guerras, sustentadas por israel no nome do Senhor (Nm 21:14-15). É, talvez, uma parte do livro dos Justos.
Habacuque (livro de): os assuntos destelivro podem dividir-se em duas partes. os caps. 1 e 2 descrevem os pecados de Judá; e anunciam que o povo havia de ser castigado pelos caldeus, mas estes sofreriam grande ruína, pronunciando o profeta cinco vezes a palavra ‘ai!’ contra eles (veja v*veja 6 a 20). Depois disto o profeta conclui o seu livro com um sublime cântico de louvor e oração. Este salmo, que foi evidentemente escrito para ser usado no culto público, tinha por objeto levar consolação aos piedosos judeus, quando se esperavam grandes calamidades. A libertação pela misericórdia de Deus em tempos futuros seria tão notável como o tinha sido em tempos passados no monte Sinai. A profecia de Habacuque se torna notável, de uma maneira especial, pela declaração que faz da importante verdade adotada pelo apóstolo Paulo, como base dos seus sublimes ensinamentos: ‘o justo viverá pela sua fé’ (Hc 2:4; Rm 1:17). (*veja Fé) Além da profunda declaração em 2.4, são por ele empregadas também duas proposições com significação evangélica; o aviso em 1.5, que é citado por S. Paulo em Antioquia (At 13:40-41); e a visão certa, embora sem determinação de tempo (2,3) a que se faz alusão em Hb 10:37. Há, também, semelhança entre 2.11 e Lc 19:40; e entre 3.18 e Lc 1:47.
Isaias (livro de): os assuntos do livropodem ser divididos em sete seções, como se segue:
(1). Caps. 1 a 6. Discursos de caráter geral, principalmente nos tempos de prosperidade e de corrupção, nos reinados de Uzias e Jotão, publicando os pecados do povo e fazendo ver, também, que com o arrependimento viria a misericórdia do Senhor. o cap. 6 relata a chamada do Profeta, como uma justificação para as suas ameaças e promessas. g) Caps. 7 a 12. o Livro de Emanuel. Profecias em conexão com a invasão de Judá pelas combinadas forças de israel e da Síria, referindo-se, também, às invasões dos assírios – e compreende os avisos a Acaz contra o seu desejo de procurar obter a aliança com aquele povo – e são depois anunciadas as incursões dos assírios, e a destruição dos seus exércitos, com promessas de uma salvação mais grandiosa.
(3). Caps. 13 a 23. o Livro dos Pesos. Calamidades anunciadas contra várias nações, que eram hostis ao Senhor e a Seu povo. E nesses inimigos estava incluída a própria cidade de Jerusalém e um alto oficial do palácio do rei (2.2), porque estavam infeccionados dos pecados dos pagãos.
(4). Caps. 24 a 27. o Apocalipse de isaías. Uma vista geral de todas estas operações divinas acerca do julgamento e da misericórdia, mostrando os seus fins e resultados.
(5). Caps. 28 a 35. Estes capítulos compreendem certas profecias, principalmente as do tempo de Ezequias, denunciando os pecados de israel e de Judá, mas com promessas de compaixão, e de cair o peso das calamidades sobre os seus opressores.
(6). Caps. 36 a 39. Há nestes uma narrativa da invasão de Senaqueribe e da sua derrota, ilustrando esse acontecimento as precedentes profecias – e ainda outra narrativa sobre a vaidade de Ezequias, e a conseqüente ameaça de castigo, não faltando em seguida as consoladoras promessas.
(7). Caps. 40 a 66. A Grande Profecia da Restauração de israel. Uma prolongada revelação dos desígnios de Deus quanto à sua misericórdia para com o povo de israel, tendo especialmente em vista o fim do cativeiro da Babilônia. Trata-se, na maior parte, de uma profecia continua – mas pode ser dividida em três seções:
(a): os capítulos 40:50 contêm uma defesa da Divindade do Senhor, que há de manifestar-se grandemente como Salvador do Seu povo.
(b): os capítulos 51:56-8 anunciam e descrevem esta manifestação por meio do Messias, e o resultado maravilhoso da Sua obra.
(c): os capítulos 56:9-66 expõem mais largamente estes resultados na superioridade da igreja de Cristo sobre o antigo israel nacional, relativamente ao caráter, privilégios e destinos daquela. Citações no N.T.: São numerosas as citações que se fazem do livro de isaías no N.T., mais especialmente do cap. 53, que trata dos sofrimentos do Servo do Senhor: ele salva do pecado e da aflição. Este capitulo acha-se quase todo reproduzido no N.T., sempre aplicado a Jesus Cristo. Cp. o *veja 4 com Mt 8:17 – *veja 5 e 6 com 1 Pe 2.24, 25 – *veja 7 e 8 com At 8:32-33 – o *veja 9 com 1 Pe 2.22 – o *veja 12 com Mc 15:28 e Lc 22:37, e Hb 9:28.
Jeremias (livro de): A autoria deste Livro, na sua forma primitiva, acha-se indicada no cap. 36. A seguinte classificação é sugerida por certas notas de ocasião em algumas das passagens, e também pelos assuntos tratados: – No reinado de Josias, 1 a 12. o princípio do cap. 11 parece designar o tempo em que foi novamente descoberto no templo o livro da Lei g Rs 22.3 a 13). – Reinado de Jeoaquim, 13 a 20. Em relação com a série de discursos proferidos nesse período, acha-se narrada a conspiração dos ‘príncipes de Judá’ contra o profeta, com o livramento deste (25,26). Ele, no cap. 22.1 a 19, censura Jeoaquim pela sua impiedade, e declara qual o fim que havia de ter o seu irmão e predecessor (Joacaz ou Salum). o cap. 35 apresenta-nos lições de constância e obediência, na conduta dos recabitas. o cap. 45 (a Baruque, o escriba do profeta) e o cap. 36 referem-se ao rolo daquelas profecias, que foram lidas a Jeoaquim no quinto ano do seu reinado, sendo por este rei cortadas as folhas e queimadas. – Reinado de Jeoaquim, 22.20 a 30. o triste destino do rei (que aqui se chama Conias) é pintado de forma patética. Ele devia ficar prisioneiro por toda a vida em Babilônia, e sem herdeiro para ocupar o trono de Davi, e desta forma era ele virtualmente um rei sem filhos. – Reinado de Zedequias. Pertencem a este período as seguintes passagens: os caps. 21,27 (aconselhando submissão ao jugo babilônico) – 28 (referindo a profecia do falso profeta Hananias sobre a libertação dos judeus dentro de dois anos) – 34 (descrevendo o destino do rei, e o castigo dos pérfidos possuidores de escravos) – 37 e 38 (narrando a prisão do profeta e o seu encarceramento) – 39 e 52.1 a 30 (tratando da tomada de Jerusalém). os caps. 30 a 33 dão a certeza da restauração, e da realização do Novo Pacto, sendo notável no cap. 32 o episódio da compra que Jeremias fez da sua propriedade de Anatote, na firme esperança de que a terra devia ser novamente recuperada. – Profecias contra as nações inimigas, 46 a 52. Estas profecias foram, provavelmente, anunciadas em tempos diferentes, e estão reunidas nestes quatro capítulos pela semelhança do assunto. Referem-se ao Egito, à Filístia, a Moabe, a Amom, a Edom, a Damasco, a Quedar, e aos reinos de Hazor, Elão, e Babilônia. o breve discurso contra Elão (49.34 a
39) foi proferido no princípio do reinado de Zedequias – e a maravilhosa profecia, que diz respeito à Babilônia (50,51), foi publicada no 4º ano do mesmo rei, quando este foi com o principal oficial da sua corte à Cáldéia, por qualquer motivo que nos é desconhecido. Este discurso devia ser lançado no rio Eufrates, preso a uma pedra, como figura de naufrágio da cidade soberba (51.63,64 – cp.com Ap 18:21). – Depois da queda de Jerusalém. Uma das mais notáveis partes do livro é, no cap. 29, a carta que foi enviada por Jeremias aos que estavam exilados em Babilônia com o rei Jeoaquim, dando-lhes conselhos sobre a sua vida no cativeiro. Em lugar de se revoltarem e de se afligirem, deviam viver como pacíficos e industriosos habitantes da terra, procurando s prosperidade do país, e repudiando aqueles falsos profetas que andavam a espalhar entre eles idéias de descontentamento e de agitação. E declarava o profeta que, passados setenta anos, havia de terminar o cativeiro. Esta nobre carta, revelando grande sabedoria, influiu por muito tempo nos judeus para seu bem, e foi lembrada quando chegou o dia da libertação (Ed 1:1). – Até ao fim da vida de Jeremias 39:44. Esta divisão é principalmente histórica, tendo sido já notadas as suas particularidades. o principal discurso profético, que esta parte contém, é um protesto contra a idolatria dos judeus no Egito (44). Entre as predições especiais de Jeremias, acham-se as que se referem ao destino de Zedequias (34.2,3: cp.com 2 Rs 25.5 a 7 – e Jr 52:11), à duração do cativeiro de Babilônia (25.11,12 – *veja Dn 9:2), e à volta dos judeus (29.10 a 14 – Ez 1:1). A queda da Babilônia (25.12 – 50 e
51) e de muitas nações (46 a
49) são, também, acontecimentos anunciados, sendo o cumprimento sucessivo destas predições razão suficiente para ser conservada a fé dos judeus naquelas palavras que se referem ao Messias (23.3 a 8 – 30.9 – 31.15 – 32.37 – 33.26). Ele prediz de forma muito clara a revogação da Lei de Moisés – afirma que nunca mais será lembrada a arca da aliança (3,16) – e atinge a verdadeira altura nas predições do A.T.com a sua grande profecia sobre o Novo Pacto (31.31 a 34). As referências que no N.T. se fazem ao livro de Jeremias são freqüentes. Compare-se 7.11 com Mt 21:13 ‘um covil de salteadores’ – 9.34 com 1 Co 1.31 ‘glorie-se no Senhor’ – 10.7 com Ap 15:4 – 11.20 com 1 Ts 2.4 – 17.10 com Ap L23 – 22.5 com Mt 23:38 – 25.10 com Ap 18:22-23 – 51.7 a 9 com Ap 14:8-17.24 e 18.3,5 – 51.45 com Ap 18:4 – e 51.63,64 com Ap 18:21. A designação ‘oriente’, aplicada ao Messias, Lc 1:78, é de Jeremias (23.5), segundo a versão dos LXX – no hebreu é Ramo (*veja Zc 3:8-6.12). A mais notável das aplicações que o N.T. faz do texto de Jeremias (31.31 a 34), vê-se em Hb 8:8-13 e 10.15 a 17. o profeta descreve o Novo Pacto em termos tais que a passagem se torna uma verdadeira antecipação do Evangelho – e talvez a frase ‘nova aliança’, na instituição da Santa Ceia, tenha sido sugerida pelas palavras de Jeremias. E deste modo é este escritor colocado ao lado de isaías, como ‘profeta evangélico’.
Jó (livro de): Este livro tem o nome dopatriarca, cujas experiências se acham nele escritas. o tempo em que Jó viveu é uma questão sobre a qual se têm levantado grandes discussões. Segundo opinião antiga, existiu Jó antes de Abraão, e sendo assim, o seu lugar, no Gênesis, devia ser entre os caps. 11 e 12, como suplemento aos fatos que dizem respeito à primitiva condição da nossa raça, segundo se lê no primeiro livro de Moisés. outros, porém, descobrem alusões à destruição de Sodoma, etc., em 15.34, 18.15, e 20.26, e apresentam a coincidência de muitos nomes do livro serem iguais aos de alguns descendentes de Abraão, por ismael e Esaú – e por isso julgam o livro pertencente a uma época posterior. Alguns destes críticos atribuem-no ao tempo da residência dos israelitas no Egito, mas outros consideram-no produto de um período que talvez possa fixar-se depois do cativeiro. A respeito de quem seja o autor do livro, diferentes opiniões existem: uns dizem ser obra do próprio Jó, mas também é atribuído, principalmente pelos rabinos, a Moisés – e ainda outros julgam ter sido escrito por Eliú, ou Salomão, ou Esdras, sendo mencionados mais alguns escritores do A.T. Quanto ao teatro dos acontecimentos descritos não é coisa fácil de se determinar. Pensam alguns que foi na iduméia ou no deserto da Arábia – outros crêem ter sido na Mesopotâmia. Evidentemente, foi dentro da esfera dos sabeus, dos caldeus, ou dos edomitas (1.15,17 – 2.11), parecendo indicarem os fatos certa localidade ao norte da península arábica. o livro acha-se naturalmente dividido em 3 partes: – A introdução histórica em prosa (caps. 1 e 2): narra-se ali a aflição repentina e rude de Jó, sob a ação de Satanás, que se apresenta na corte do céu como acusador daquele piedoso varão – este, contudo, sofre com exemplar paciência e confiança em Deus todos os males. – o argumento, ou controvérsia, em cinco partes: – A primeira série de discussões compreende a lamentação de Jó
(3). – a fala de Elifaz (4,5), e a resposta de Jó (6,7) – a fala de Bildade (8), e a resposta de Jó (9,10) – a fala de Zofar (11), e a resposta de Jó (12 a 14). – A segunda série compreende a fala de Elifaz (15), e a resposta de Jó (16,17) – a fala de Bildade (18), e a resposta de Jó
(19). – a fala de Zofar (20), e a resposta de Jó (21). – A terceira série compreende a fala de Elifaz (22), e a resposta de Jó (23,24) – a fala de Bildade (25), e a resposta de Jó (26 a 31). Têm alguns afumado que uma parte do discurso, atribuído a Jó (cap. 27.7 a 23), foi na realidade uma terceira réplica de Zofar, tendo sido deslocada pelo erro de algum copista – mas esta maneira de ver não tem geral aceitação. Toda a questão encerra-se neste ponto: são ou não são os grandes sofrimentos a conseqüência de graves culpas? os amigos de Jó dizem que são, e por isso aconselham-no a que se arrependa e reforme a sua vida. Jó diz que não são, e apela para os fatos, queixando-se ao mesmo tempo amargamente dos seus amigos por terem agravado a sua triste situação com falsas acusações. – A fala de Eliú (32 a 37). Eliú sustenta que as aflições são para o bem dos que as sofrem, mesmo que, estritamente falando, não sejam o fruto do pecado – e então censura Jó por procurar mais a sua justificação do que a de Deus, e faz a defesa da divina providência. – Esta divisão compreende o encerramento da controvérsia com profundas palavras do Altíssimo, não explicando o Senhor a Sua ação, mas ilustrando o Seu poder e sabedoria (38 a
41) – e a resposta de Jó, submetendo-se no seu arrependimento aos juízos de Deus (42.1 a 6). – A conclusão em prosa (42.7 a 17). Esta parte descreve ter sido Jó bem aceito por Deus, e ter depois prosperado imensamente. As lições práticas sugeridas pelo livro são óbvias e importantes. Nota-se logo em Satanás o seu caráter, falho de caridade (1.9,10). Tanto a sua origem como a sua índole acusadora nos devem pôr de sobreaviso contra ele… Homens retos e de boa consciência são os primeiros a confessar que há neles vileza (1.1 – 40.4 – 42.6). o nosso progresso em sabedoria e santidade está em proporção com a humildade… Que não é preciso sabedoria para bem sustentar uma controvérsia, quando é certo que o próprio Jó teve falhas… E como se torna necessária uma revelação especial, sabendo-se que homens justos, com um exato conhecimento das coisas de Deus e da Sua providência, não souberam ler bem as lições escritas nas Suas obras! o próprio Criador teve de intervir para corrigir os defeitos da inteligência humana nessas questões, de que trata o livro de Jó. Se tratarmos de indagar qual a relação entre o livro de Jó e os outros do A.T. acharemos que certas coincidências de expressão, entre Jó e muitas passagens dos Salmos, Provérbios e isaías, nos sugerem a idéia de que o livro era familiar nos dias da monarquia hebraica. Há, no N.T., apenas uma citação explícita do livro de Jó, e é a que se lê em 1 Co 3.19 após a fórmula ‘está escrito’, e que tem a sua origem no cap. 5, *veja13. Compare-se também Fp 1:19 com 13.16 do livro. Em Tiago (5,11) há uma referência à paciência de Jó. A frase ‘o dia da ira’ (Rm 2:5), embora primeiramente ocorra em Jó, pode ter sido citada pelo Apóstolo, lendo ou pensando nas palavras de Sofonias (1.15,18).
Joel (livro de): É a obra que tem o nome do profeta, e encerra a sua mensagem (Joel 1:3). A DATA do livro de Joel tem sido muito discutida. A sua profecia menciona, entre os inimigos do país, os fenícios (3.4), os edomitas, e os egípcios (3.19), não fazendo referência alguma aos assírios ou aos babilônios, o que mostra claramente que ele escreveu, ou antes de estas potências se terem tornado formidáveis, ou depois de o terem sido. Por conseqüência, ele deve colocar-se entre os primeiros profetas ou entre os últimos, sendo mais geralmente aceita, e com visos de correta, a primeira idéia. A mensagem de Joel mostra que ele existiu num tempo em que o povo de Judá não tinha ainda caído naquela extrema depravação, de tempos posteriores. Por estas razões, talvez, se possa precisar o período do seu ministério entre os reinados de Joás e Uzias. Foi contemporâneo de oséias e Amós – e assim como estes falaram a israel, assim Joel falou a Judá. os assuntos do livro podem dividir-se em duas partes, começando a segunda em 2.18. Em 1 a 2.11 o profeta descreve, com vivas expressões, uma iminente devastação, a vinda de sucessivos exércitos de gafanhotos (1.4), e uma terrível seca (vers 1 a 19), querendo, provavelmente, representar desta forma as calamidades que vieram com as diferentes invasões. Ele então exorta ao arrependimento, ao jejum, e à oração (2.12 a 17), prometendo a remoção destes males, e a vinda de ricas bênçãos. Ao mesmo tempo anuncia o derramamento do Espírito Santo (2.18 a 31 – *veja At 2:1-21, e 10.41), e o ‘terrível dia do Senhor’ (2.31 a 3.14 – *veja Mt 24:29). No cap. 3 prediz o profeta a convocação das nações no vale de Josafá, ou vale da decisão, a sua destruição, o estabelecimento de Jerusalém como cidade santa, e o glorioso estado de paz e prosperidade, de que havia de gozar a igreja nos dias do Messias. As anunciadas desgraças no primeiro capítulo são evidentemente literais, e estão descritas na mais terrível forma de calamidade que pode ferir um povo agrícola. É questionável se também no segundo capítulo persiste a mesma interpretação – ou se a praga de gafanhotos é simbolicamente tomada por uma invasão de inimigos (*veja Ap 9:3-11), ou por diversas e repetidas invasões como as de Tiglate-Pileser, Salmaneser, Senaqueribe e Nabucodonosor. Talvez haja mesmo referência à subjugação do país, em tempos futuros. outras interpretações são a combinação destes pontos de vista – e consideram aquela profecia uma descrição literal e figurada de iminentes calamidades em geral. o ‘gafanhoto’ é de certo modo, usado nas Escrituras, umas vezes no sentido próprio, outras simbolicamente – e no segundo capítulo empregam-se expressões que parecem ter uma dupla significação, como as usadas mais tarde por Jesus Cristo (Mt 24), quando alude a uma primeira provação, e também à última. Efetivamente, assim como todos os grandiosos e divinos livramentos prefiguram a redenção por meio do sacrifício na Cruz, assim também as grandes e calamitosas visitações são uma figura do dia de Juízo. o estilo de Joel é claro e elegante, sendo apenas obscuro para o fim. A dupla destruição anunciada nos caps. 1 a 2.11, a primeira efetuada pelos gafanhotos e a segunda pelos inimigos de quem eram precursores, está descrita em termos que são admiravelmente adaptados ao duplicado caráter da narração. Quanto aos livros do A.T., está Amós em relação com Joel no sentido de ter Joel (3,16) fornecido a nota tônica a Amós nas palavras do cap. 1.2. No N.T. lê-se que Pedro, no dia de Pentecoste, citou a predição de Joel, concernente aos ‘últimos dias’ (2.28 a 32), como realizada no dom do Espírito Santo (At 2:17-21). As palavras com que esta profecia fecha são citadas por Paulo (Rm 10:13). Do gafanhoto, como símbolo de um exército destruidor, cap. 1 e 2, se faz menção no Ap 9:7-9.
Jonas (livro de): o autor deste livro tem sido identificado com aquele Jonas, de que se faz menção em 2 Rs 14.25. Mas, por outro lado, alguns críticos modernos recusam-se a considerar a obra como uma narração de fatos, julgando-a apenas um conto religioso, preparado com fins edificantes depois do exílio. isto, porém, não se harmoniza com as referências de Jesus a Jonas. Este livro, à exceção do cap. 24, contém uma simples narrativa. Conta que Jonas, tendo sido enviado, no cumprimento de uma missão, a Nínive, procurou fugir para Társis – mas, sendo surpreendido por uma tempestade, é lançado ao mar, sendo engolido por um grande peixe, em cujo ventre permaneceu pelo espaço de três dias (cap. 1º), no fim dos quais, pela sua oração fervorosa a Deus, é maravilhosamente salvo (cap. 2). Como Deus novamente o mandasse a Nínive, ele para ali partiu, e anunciou àquela cidade a sua destruição – mas os ninivitas, acreditando nas suas palavras, jejuam, oram, e arrependem-se, por isso são misericordiosamente poupados (cap. 3). Jonas, imaginando que o haviam de considerar um falso profeta, desgosta-se daquele ato de divina misericórdia, e deseja morrer. Quando deixou a cidade, sentou-se, e uma aboboreira o abriga, mas essa planta seca em pouco tempo, pelo que Jonas se entristece. E então Deus lhe faz ver, naquele fato, quanta razão havia na Sua suprema bondade para com os ninivitas arrependidos (cap. 4). Considera-se difícil de resolver a questão do caráter histórico do livro. É certo, porém, que a existência e o ministério do profeta, juntamente com os principais fatos da sua vida, são referidos por Jesus Cristo (Mt 12:39-41, e 16.4 – Lc 11:29-30), que não somente reconhece de um modo explícito a missão profética de Jonas, mas também em Mt 12:40 (embora seja possível ser isto apenas um comentário do Evangelista) descreve a sua estada no ventre do monstro marinho, indicativo de outro fato análogo, que havia de dar-se com Ele próprio. E depois de aludir à pregação do profeta em Nínive, e ao arrependimento dos seus habitantes, tem esta expressão: ‘Eis aqui está quem é maior do que Jonas.’ Toda a narrativa apresenta, também, o mais comovente contraste entre a terna misericórdia de Deus e a rebelião, impaciência e egoísmo do Seu servo, bem como entre a facilidade com que se arrependeram os ninivitas pela pregação de um profeta que os visitou como estrangeiro, e a dureza que os israelitas mostraram para com os servos do Senhor, que entre eles viviam e trabalhavam. Mas, indubitavelmente, o grande propósito do livro foi ensinar aos israelitas que a compaixão de Deus não se limitava a eles próprios, mas se estendia aos homens de todas as nações.
Josué (livro de): Escritores judaicos ea antigüidade cristã atribuíram-no a Josué, o filho de Num, e esta opinião é, também, a de alguns críticos modernos. Foi, sem dúvida, escrito antes do tempo de Davi (cp. 15.63 com 2 Sm 5.6 a
8) – e provavelmente o foi por um contemporâneo (6.25), podendo ter sido também uma testemunha ocular dos acontecimentos descritos. o lugar da narrativa, na história do povo, sugere-nos o fim com que foi escrito. Nos livros precedentes se descrevem as freqüentes rebeliões e provocações dos israelitas, vindos do Egito – e por causa desse seu procedimento foram eles excluídos da boa terra, que eles tinham desdenhado. Este livro trata da história da geração seguinte, isto é, daqueles israelitas que ainda não tinham vinte anos quando sairam do Egito, e dos que nasceram e foram criados no deserto, os quais parece terem sido dotados de melhor alma que seus pais. As provações e a dura disciplina nas longas jornadas dos israelitas, juntamente com as instruções de Moisés, tiveram, pela graça do Espírito Santo, o efeito de um despertamento e humilhação, pondo o povo em condições de serem neles cumpridas as promessas divinas. Foi com esta geração que Deus renovou o Seu pacto, como se acha referido no Cap. 29 do Deuteronômio. E grandes maravilhas foram por Ele operadas em benefício do Seu povo. Eles acreditaram em Deus – e pela sua fé venceram os exércitos dos cananeus, e puderam possuir a terra. Em muitas circunstâncias da vida nacional mostraram grande zelo pela sua religião, como na ocasião do pecado de Acã, e também quando suspeitaram que as duas e meia tribos tinham edificado um altar em oposição ao estabelecido altar dos holocaustos
(22). – e a sua piedade é especialmente louvada em 23.8. os diversos assuntos do livro podem formar três seções principais: 1. A conquista de Canaã, incluindo a nomeação de Josué, e as suas determinações na direção do povo
(1). – os espias mandados a Jericó
(2). – a passagem do Jordão (3,4) – a circuncisão e a celebração da Páscoa em Gilgal (5.1 a
13) – a tomada e destruição de Jericó e de Ai, com a descrição do pecado e castigo de Acã (5.14 a 8,29) – a leitura da Lei nos montes Ebal e Gerizim (8.30 a
35) – o astucioso procedimento dos gibeonitas
(9). – as vitórias alcançadas na guerra com os cananeus, primeiramente ao sul e depois ao norte – a subjugação do país (10,11) – e após isto a recapitulação das conquistas (12). 2. A divisão do país, incluindo tanto as partes conquistadas como as que não tinham ainda sido conquistadas – e a descrição das porções que couberam às diversas tribos (13 a
19) – a instituição das cidades de refúgio e das cidades levíticas (20,21) – o estabelecimento das tribos ao oriente do Jordão, e os acontecimentos que se deram após esse fato (22). 3. os conselhos na despedida, e a morte de Josué (23,24). As alusões aos acontecimentos descritos no livro acham-se no A.T. em 1 Cr 2.7 a 12.15 – Sl 44:2-3 e 68.12 a 14, e 78.54,55 – is 28:21Hc 3:11-13 – e no N.T. em At 7:45Hb 4:8-11.30,31 – Tg 2:25.
Juizes (livro dos): A autoria e DATA deste livro não podem ser conhecidas com certeza. Segundo uma antiga tradição judaica, foi Samuel quem o escreveu, e isto não parece ser impossível. Certamente foi escrito antes dos acontecimentos narrados em 2 Sm 5.6 a 9. (*veja Jz 1:21.) Todavia, pelas expressões usadas em 17.6 – 18.1 – 19.1, e 21.25, concluem alguns críticos que o livro é obra de um partidário apaixonado da monarquia, que não parece ter vivido quando o governo real tinha degenerado extraordinariamente. Por isso é possível que tenha sido escrito no reinado de Davi ou de Salomão, podendo ter sido os seus autores os profetas Natã e Gade. A cronologia do livro tem sido muito discutida. As principais datas são as seguintes: l. Afirma-se em 1 Rs 6.1 que a edificação do templo foi iniciada por Salomão ‘no ano 480, depois de saírem os filhos de israel do Egito’. 2. o juiz Jefté declara (Jz 11:26) que israel habitou 300 anos (certamente um número redondo) em Hesbom e no território de além- Jordão. Veio depois a opressão dos filisteus por 40 anos (13.1), estando incluído, provavelmente, neste período de tempo o juizado de Sansão (20 anos 15:20). E deste modo temos uma totalidade de 390 anos, entre a opressão de Cusã-Risataim e a morte de Sansão. A tomada da arca, que foi causa da morte de Eli, foi evidentemente antes das principais proezas de Sansão contra o poder da Filístia, e por isso os primeiros caps. do primeiro livro de Samuel, devem colocar-se antes de Jz 15:16. 4. o apóstolo Paulo (At 13:20), em conformidade ao texto aceito especifica ter sido de quase 450 anos o período dos juizes. Mas esta versão é duvidosa. Segundo alguns críticos, as genealogias mostram que o período dos juizes é muito mais curto do que geralmente se supõe. E dizem: entre Naasom, um príncipe da casa de Judá, quando os israelitas entraram na terra de Canaã, e Davi, seu descendente, só quatro nomes são dados (Salmom, Boaz, obede, Jessé). ora estes, seja qual for a maneira de contar, haviam de tomar um espaço demasiadamente pequeno – e deve ter havido omissões, o que faz que as tábuas genealógicas sejam em si mesmas um guia insuficiente. os assuntos do livro dos Juízes:
i. Uma descrição das diversas guerras, que contra os cananeus foram sustentadas depois da morte de Josué – e vem depois um esboço dos acontecimentos durante o tempo do juizes, constituindo isto uma introdução às narrativas que se seguem (1 a 3.4).
ii. os israelitas são oprimidos por seus inimigos, e são libertados pelos juízes. Compreende esta parte do livro: a sujeição aos reis da Mesopotâmia e de Moabe, e o seu livramento pela ação de otniel e de Eúde – a libertação das tribos ocidentais, sendo Sangar o juiz (3.5 a
31) – as do norte oprimidas por Jabim, rei de Canaã, sendo os israelitas defendidos por Débora e Baraque (4,5) – são libertadas as tribos setentrionais e orientais, que saíram do jugo dos midianitas pelo valor de Gideão (6 a
9) – os governos de Tola e Jair – o libertamento de israel, sendo Jefté o juiz que os livrou do poder dos amonitas – e os governos de ibsã, Elom, e Abdom (10 a
12) – a sujeição dos israelitas aos filisteus, sendo Sansão o seu libertador (13 a 16). E terminam as narrativas regulares.
iii. Um apêndice que, provavelmente, foi composto em DATA posterior, pormenorizando fatos que aconteceram não muito depois da morte de Josué, e por conseqüência num tempo anterior à maior parte da história dos juizes. Trata-se de uma narrativa que diz respeito à introdução da idolatria entre os israelitas, e à conseqüente corrupção e castigo deste povo. Por exemplo: o caso dos ídolos de Mica, que foram roubados pelos daneus (17,18) – e o brutal ultraje, cometido pelos homens de Gibeá, de que resultou uma terrível guerra civil, na qual foi quase destruída a tribo de Benjamim (19 a 21). São freqüentes no A.T. as alusões a acontecimentos do tempo dos juizes, e encontram-se, por exemplo, em 1 Sm 12.9 a 11 – e 2 Sm 11.21 – e Sl 78:56 – 83.9 a 11 – 106.34 a 45 – is 9:4. No N.T. as principais referências acham-se em At 13:20, e Hb 11:32 e seg.
Levitico (livro do): o titulo deste livro deriva-se do que lhe é dado na versão dos Setenta: ‘o Livro Levítico’. Nos escritos judaicos é geralmente designado pelo nome da sua primeira palavra hebraica. Está em estreita relação com Êxodo e Números, mas difere destes livros em apresentar apenas uma pequena narrativa histórica (caps. 8 a 10 – 24.10 a 23). A epistola aos Hebreus dá uma interpretação cristã a uma parte considerável do Levítico. os assuntos do livro podem formar quatro seções :
(1). o conjunto das leis concernentes aos sacrifícios (caps. 1 a 4, e partes de 5,6, e 7).
(2). A instituição do Sacerdócio (caps. 8 a 10).
(3). As leis acerca das Purificações, e as ordenações respectivas no Dia da Expiação (caps. 11 a 16).
(4). ‘A Lei da Santidade’, que primitivamente talvez fosse um código separado. Repetidas vezes vem a palavra ‘santidade’ em conexão com várias disposições da lei cerimonial e moral (caps. 17 a 26).
(5). Um apêndice sobre votos (cap. 27). As referências ao Levítico no N.T. são particularmente interessantes: a frase característica deste livro, ‘santos, porque eu, o SENHoR sou santo’ (11.44,45 – 19.2 – 20.7,26), repete-se em 1 Pe 1.16 com a fórmula ‘escrito está’. Também aqui se acha o grande mandamento (19,18) ‘amarás o teu próximo como a ti mesmo’, o qual é citado em Mt 19:19, e 22.39 – Mc 12:31Lc 10:27Rm 13:9Gl 5:14 e Tg 2:8. Alusões especiais: a um par de rolas para purificação (12.6,8) em Lc 2:22-24 – ao novilho e ao bode para expiação do pecado (16.18, 27), em Hb 9:12-13 – 10.4, e 13 11:13 – a sacrifícios de louvor, ou de ação de graças (7.12), em Hb 13:15. Em Lv 26:11-12 está a grande promessa que Deus fez aos israelitas a respeito de colocar o Seu tabernáculo no meio deles (cp.com Ez 37. 27 – Jo 1:14 – 2 Co 6.16 – Ap 7:15-21.3).
Livro: os primeiros livros tinham a forma de blocos e tabuinhas de pedra, de que se faz freqüente menção nas Escrituras. os escritos, geralmente memoriais de grandes e heróicos feitos, eram gravados na pedra. Jó queria que as suas palavras ficassem permanentemente registadas, quando ele desejou – ‘Que, com pena de ferro, e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha!’ (19:24).outras substâncias eram usadas para registar pensamentos ou fazer qualquer comunicação a um amigo de longe, como as folhas de chumbo, as tabuinhas de madeira, as placas de madeira delgada ou de marfim, cobertas de uma camada de cera, onde facilmente se podia escrever com o estilo, podendo facilmente também apagar-se a escrita os livros de maior duração são aqueles que têm sido encontrados nas escavações da antiga Babilônia. Têm a forma de tijolos de barro e de chapas, sendo uns cilíndricos, outros com lados planos, e ainda outros de feitio oval. Alguns estão metidos numa caixa de barro, e todos estão cobertos de uma tênue escritura, feita em barro macio, por meio do estilo, sendo depois endurecidos no forno. Estes livros variam em tamanho, sendo a sua espessura de dois a vários centímetros, e não ficando sem ser utilizada nenhuma parte da superfície. Nestes tijolos escreviam-se poemas, lendas, narrações de batalhas, façanhas de reis, transações comerciais, e contratos. (*veja Babilônia.) outra forma antiga de livro era o rolo. Este era feito de papiro, de pano de linho, ou de peles especialmente preparadas, para o traçamento de caracteres. o papiro era manufaturado no Egito, empregando-se a haste da cana, que abundantemente crescia nas margens do Nilo. Era uma substância frágil, mesmo depois de muito cuidado na sua fabricação – e embora haja nos nossos museus amostras da mais remota antigüidade, a sua preservação somente se deve a terem sido hermeticamente selados em túmulos, ou enterrados profundamente debaixo da areia seca do deserto. Este papel de papiro ainda se usava na idade Média. Mas entre os hebreus, aquela substância que especialmente se empregava na confecção dos seus livros, ou, melhor, dos seus rolos, era o pergaminho. Estes rolos eram de vários comprimentos e espessuras, embora geralmente tivessem trinta centímetros de largura. os grandes rolos, como os da Lei, eram postos em duas varinhas, sendo numa delas enrolado o pergaminho, ficando a outra apenas presa sem ser enrolada. Quando não estavam em uso, os rolos eram cuidadosamente metidos em estojos para não se deteriorarem. o pergaminho empregado nestes livros era feito de peles, e preparado com todo o cuidado – muitas vezes vinha ele de Pérgamo, onde a sua fabricação chegou a alta perfeição. Desta cidade é que derivou o seu nome. A indústria de pergaminho só atingiu um alto grau dois séculos antes de Cristo, embora a arte fosse conhecida já no tempo de Moisés (Êx 26:14). Algumas vezes estes rolos de pergaminho eram coloridos, mas fazia-se isso somente para os de mais alto preço. As livrarias, que continham estes livros, não eram certamente como as nossas, com as suas ordens de estantes. E, na verdade, os livros eram tão raros, e era tão elevado o seu preço, que somente poucos indivíduos é que tinham alguns, sendo estes guardados em caixas, ou em estojos redondos. Todavia, encontravam-se livrarias de considerável grandeza, encerrando muitas e valiosas obras, e documentos públicos. (*veja Alexandria, Babilônia.) Livros particulares eram algumas vezes fechados com o selo (is 29. 11 – Ap 5:1-3), tendo a marca do possuidor.
Livro da vida: Registos judaicos. Quando alguém morria, o seu nome era riscado da lista, que as autoridades guardavam, e que se supunha compreender somente os nomes dos vivos (is 4:3 e Ap 21:27).
Livro das memórias: Alusão às lembranças escritas, que alguns monarcas orientais guardavam a respeito das boas ou más ações dos seus súditos. Em certas ocasiões esse livro era consultado, e recompensas ou castigos eram dados em conformidade à ação praticada (Et 6:1-3).
Livro dos justos: Js 10:13 – 2 Sm 1.18. Continha uma coleção nacional de baladas, cujos assuntos eram as grandiosas ações dos heróis judaicos. Em acrescentamento às duas referidas passagens, pensa-se que um terceiro fragmento do livro existe em Nm 21:14. Muitas suposições se têm feito com respeito à forma e história do livro, mas nada mais é realmente conhecido. Tem havido várias falsificações do Livro dos Justos, que como tais foram descobertas.
Malaquias (livro de): É o último livro da série do A. T., conhecida pelo nome de Profetas Menores. Quanto à autoria do livro, *veja o vocábulo Malaquias. A sua DATA pode inferir-se do que se acha ali escrito – mas, ao passo que uns escritores o colocam antes da chegada de Esdras, outros afirmam ter ele aparecido durante o período de tempo em que Neemias estava na corte do rei da Pérsia. o estilo do escritor é vigoroso, conciso, e claro. Uma profunda veemência se nota nas suas palavras. É característica a maneira como o profeta se serve das objeções que teriam sido primeiramente feitas, quando as suas mensagens foram proferidas (*veja 1.2 – 2.17 – 3.8,13,14). Um resumo do livro pode ser exposto do seguinte modo:
i. irreverência nos serviços divinos (cap. 1), especialmente vergonhosa por estes dois motivos: a ingratidão dos israelitas para com o Senhor, que os tinha acumulado de benefícios, em contraste com Edom (1.2 a
5) – e o seu culto que contrastava com aquela adoração santa e pura, que fora da Terra Santa se observava (1.10,11). Esta passagem, ou pode descrever a prática dos judeus da Dispersão, ou simboliza de um modo admirável o culto universal da igreja – na verdade, ‘em todo o lugar lhe é queimado incenso’ antecipa de um modo notável a declaração de Jesus Cristo (Jo 4:21).
ii. infidelidade sacerdotal (2.1 a 9). Se é certo que o povo trazia impiamente ao altar vis e vergonhosas oferendas, não é menos certo que os sacerdotes, pelos seus ensinamentos corruptos, fazendo acepção de pessoas, eram ainda mais criminosos.
iii. Casamentos ímpios (2.10 a 16). o grande desígnio de Deus para a formação de uma geração santa pela instituição do casamento era de modo flagrante combatido pelas alianças com os pagãos. E os divórcios, que esses casamentos originavam, eram a fonte de terríveis tristezas domésticas e de choros, que cobriam de lágrimas o altar do Senhor (2.13). iV. Estes pecados acarretariam o castigo próprio (2.17 a 3.6). o mensageiro do Senhor viria a preparar o Seu caminho – o próprio Senhor havia de aparecer no Seu templo, para julgar e purificar os homens. *veja o pecado que o povo cometia, não querendo oferecer a Deus os seus dons, é outra vez denunciado – e é feita a promessa de que a fidelidade neste assunto seria seguida de bênçãos temporais, e declarava-se que os ímpios, que por zombaria perguntavam se a religião era proveitosa, teriam mais tarde a resposta. Em contraste com estes escarnecedores brilhava o exemplo dos fiéis (3.7 a 18). Vi. o profeta fecha o livro com a segurança de uma salvação próxima, prediz o nascimento do sol da justiça, e ordena que até àquele dia se observe a Lei. Para confirmar isto mesmo, e preparar o caminho do juízo, havia de aparecer um segundo Elias (4). As referências a Malaquias, no Novo Testamento, são interessantes: a escolha de israel de preferência a Edom (1,2) serve para ilustrar a eleição divina, Rm 9:13. o ‘Mensageiro de Deus’ (3.1), e o ‘profeta Elias’ (4.5,6) são identificados com João Batista (Mt 11:10-14 – 17.11 – Mc 1:2 – 9.11,12 – e Lc 1:17-76 – 7.27). A bela imagem do nascimento do sol da justiça tem o seu lugar paralelo nestas palavras (Lc 1:78): ‘pela qual nos visitará o sol nascente das alturas.’ Cp.com Jo 1:4 – 8.12 – 9.5 e 12.46.
Miquéias (livro de): o autor deste livro apresenta-se como ‘Miquéias, morastita’, e diz ter profeticamente falado ‘nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá’ (1.1). A afirmação de que ele ‘profetizou noa dias de Ezequias’ (Jr 26:18) não limita o seu trabalho àquele reinado. o conteúdo do livro pode dividir-se em quatro seções principais:
(1). cap. 1º, os juízos de Deus sobre israel e Judá –
(2). caps. 2 e 3, prova da necessidade destes juízos –
(3). caps. 4, 5, a promessa –
(4). cap. 6, colóquio entre o Senhor e o Seu povo – cap. 7, epilogo: lamentações e esperança do profeta. Miquéias anuncia em termos claros a invasão de Salmaneaer e Senaqueribe (1.6 a
16) – a dispersão de israel (5.7,8) – a cessação da profecia (3.6,7) – a completa destruição de Jerusalém (3.12). E não menos claramente ele prediz o livramento de israel (2.12 – 4.10 – 5,8) – a terra natal do rei messiânico (5,2) – a promulgação do Seu Evangelho desde o Monte Sião – os seus resultados – e a exaltação do reino do Messias sobre todas as nações. o estilo de Miquéias tem muito da beleza poética de isaías e do vigor de oséias mas é por vezes obscuro pela sua concisão e repentinas transições. Abundante em exemplos de jogo de palavras e notáveis interrogações oratórias. A sua missão especial, como arauto do juízo vindouro, torna predominante a severidade do tom – mas toda a aspereza é suavizada pela maneira bela como o profeta fecha o livro. As citações que de Miquéias se fazem no N. T. são de importância: (5,2) o nascimento em Belém, do Messias, Mt 2:6. Esta passagem é especialmente notável por ter sido citada pelos sacerdotes e escribas de Jerusalém, como profecia concernente ao Messias, e por todos aceita. (Cp.com Jo 7:42.) Há, também, admirííveis reproduções da linguagem do profeta (7,6) em Mt 10:35-36Mc 13:12 – e Lc 12:53 – e do cap 7:20 em Lc 1:73.
Naum (livro de): Tudo o que se sabe, quanto à autoria do livro, se encerra no seu primeiro versículo (Na 1.1). Pode inferir-se a DATA da profecia pela natureza da mensagem. Naum devia ter profetizado no reinado de Ezequias, depois que as dez tribos foram levadas cativas – foi, certamente, entre as duas invasões de Senaqueribe. Tehas, a ‘populosa Nô’ (Nô-Amom), tinha sido tomada e saqueada(Na 3.8 a
10) por Assurbanipal (664 a.C.) – e pela destruição de Tebas prediz o profeta a sorte de Nínive. Nínive, cuja destruição é anunciada pelo profeta, era, naquela ocasião, a capital de um grande e florescente império. Era uma cidade de grande extensão e população, e centro do comércio principal do mundo. As suas riquezas, porém, não eram inteiramente provenientes da vida comercial. Era uma cidade de sangue, que estava ‘toda cheia de mentiras e de roubo’ (3.1). Espoliava as nações vizinhas, e é comparada pelo profeta a uma família de leões, que ‘enchia de vítimas as suas cavernas, e os seus covis de rapina’ (2.11,12). Naquele tempo achava-se extraordinariamente fortificada, sendo colossais as suas muralhas, que tinham 33 metros de altura, possuindo além disso mil e quinhentas torres, pelo que podia desafiar todos os seus inimigos. A sentença que Jonas tinha pronunciado foi adiada pelo arrependimento do povo. Mas os seus pecados, repetidos e agravados, trouxeram então sobre ela uma irrevogável sentença. E de tal maneira foi a cidade destruída, que no segundo século depois de Cristo não havia dela qualquer vestígio. E o seu próprio sítio foi, por muito tempo, um assunto de dúvida e incerteza. o conteúdo do livro acha-se apresentado sob a forma de um simples poema, abrindo com a solene descrição dos atributos e operações do Senhor (1.2 a 8). Segue-se (1.9 a
14) uma alocução, dirigida aos assírios, em que se descrevem a confusão e a queda do seu império, encerrando os vers. 12 e 13, num parêntese, uma consolação para os israelitas, com promessas de descanso e de socorro na opressão. o cap. 2º é um quadro, em que o cerco, a tomada de Nínive, e a consternação dos seus habitantes se acham admiravelmente descritos. o cap. 3º trata da ruína total da cidade e das várias causas que para isso contribuíram. o exemplo de Nô-Amom (ou Tebas), grande e forte cidade do Egito, que caiu pela sentença de Deus, é aproveitado para ilustrar o castigo que os assírios haviam de receber (3.8 a 10).
Neemias (livro de): No cânon das Escrituras hebraicas, formava este livro um só com o de Esdras. Quando os primitivos escritores cristãos dividiram a obra, falaram de Esdras e Neemias, como primeiro livro e segundo livro de Esdras. o livro de Neemias encerra seções, cujo autor foi o próprio Neemias (Ne 1:7-73 – 12.27 a 43 – 13 4:31). o narrador fala na 1ª pessoa, faz uso de algumas frases características (como ‘meu Deus’ e ‘Deus dos céus’), e escreve num estilo mais vigoroso do que o de Esdras. Neemias, ou o compilador da obra, acrescentou outro material, compreendendo a lista dos que edificaram o muro (Ne 3), e a dos judeus que voltaram com Zorobabel (Ne 7:6-73), e a daqueles que selaram o pacto (Ne 10:1-27) – e também as listas dos habitantes das cidades (Ne 11:3-36), e de sacerdotes e levitas (Ne 12:1-26). A parte de Neemias 12:44-13.3, foi adicionada pelo compilador ou o redator. os assuntos do livro já foram indicados resumidamente no artigo sobre Neemias. (*veja Neemias.) os livros de Esdras e Neemias parece estarem estreitamente relacionados com as Crônicas, quanto à sua ação histórica, estilo, e fraseologia. É grande o interesse pessoal do livro. Neemias apresenta um nobre exemplo de verdadeiro patriotismo, procedendo com temor de Deus (5.15), e procurando o bem-estar religioso da nação. o seu respeito pela Lei divina, a sua reverência pelo sábado (13.18), a sua piedade, reconhecendo o grande poder de Deus em todas as coisas (1.11 e 2.18), a sua clara percepção do caráter de Deus (4.14 e 9.6 a 33), a sua vigilância e oração (4.9), a sua humildade em atribuir todo o seu bem a Deus (2.12 e 7.5), tudo isto é altamente recomendável. Poucos livros da Bíblia contêm, como este, tantas lições de filosofia divina, isto é, da religião ensinada pelos exemplos.
Números (livro de): o título do livro éderivado das duas numerações do povo de israel: a primeira no segundo ano da sua jornada (1 a 4), a outra quando os israelitas estavam junto à terra de Canaã, trinta e oito anos mais tarde (26). Além destes assuntos compreende o livro algumas leis e observâncias (5 a 10.10), bem como vários episódios notáveis, por exemplo, a nomeação dos setenta anciãos
(11). – e a expedição dos espias e suas conseqüências (13,14). A jornada dos hebreus prolonga-se então. Segue-se a rebelião de Coré, com os subseqüentes decretos referentes ao sacerdócio (16 a 19). A marcha final pelo deserto é então narrada, descrevendo-se os incidentes da rocha, tocada com a vara, e da serpente de bronze, assim como a visita e as profecias de Balaão (20 a 24). As murmurações e os castigos do povo ocupam uma grande parte dos Números, sendo concluída esta parte do Pentateuco com a conquista de Midiã (31), a divisão do território ao oriente do Jordão (32), a recapitulação das estações do deserto (33), uma exposição dos limites da Terra da Promissão (34), e as deliberações com respeito às cidades de refúgio
(35). e ao casamento dos herdeiros (36). o livro de Números, à parte a sua importância histórica, é particularmente valioso pela maneira como descreve o cuidado do Senhor pelo Seu povo, a Sua justiça, e a Sua compaixão. É, também, admiravelmente apresentado o caráter de Moisés, quanto à sua fraqueza e à sua fortaleza moral. As referências do N.T. aos personagens e aos incidentes nos Números compreendem: os nazireus (Nm 6 – Lc 1:15At 18:18 – 21,26) – a Páscoa (Nm 9 – Jo 19:36 – 1 Co 5,7) – o maná (Nm 11:4-9Jo 6:31-35, 41 a 58 – Ap 2:17) – a fidelidade de Moisés (Nm 12:7Hb 3:5-6) – os prostrados no deserto (Nm 14:16 – 1 Co 10. 5 – Hb 3:8 – Jd
5) – o pecado de Coré (Nm 16 – Jd
11) – a vara de Arão (Nm 17:8Hb 9:4) – a disposição a respeito da novilha vermelha (Nm 19 – Hb 9:13) – Balaão (Nm 22:5 – 31.16 – 2 Pe 2.15 – Jd 11 – Ap 2:14). A expressão ‘ovelhas que não têm pastor’ aparece pela primeira vez em Nm 27:17. Compare-se com 1 Rs 22.17 – 2 Cr 18.16 – Ez 34:5Zc 10:2 – e no N.T.com Mt 9:36 e Mc 6:34. NUVEM. As terras da Bíblia são geralmente limpas de nuvens – e quando estas aparecem no céu, nota-se isso mais do queem outros países menos ensolarados. A ‘nuvem sem água’ é um provérbio a respeito do homem que promete, mas falta (Pv 16:15 – comp.com Jd 12.) A nuvem é, também, uma figura do que é transitório (30:15), e da barreira que existe entre o divino e o humano. Em muitas ocasiões simbolizou Deus as Suas manifestações por meio de nuvens (Êx 19:18 – 24.16 – 33.9 – 40.34 a 38 – Dt 4:11 – 2 Sm 22.12 – 1 Rs 8.10 – Ez 1:4).
Obadias (livro de): A DATA da profecia do livro deve estar em relação com a época da tomada de Jerusalém, a que se faz referência no *veja 11. E, pelas circunstâncias indicadas, deve tratar-se da conquista da cidade santa pelos babilônios, no tempo de Nabucodonosor. os idumeus, contra quem é dirigida a profecia, eram antigos inimigos de israel (Nm 20:14-21) – e, embora subjugados, tinham adquirido alguma coisa do seu antigo poder (2 Rs 16.6). Evidentemente se juntaram a Nabucodonosor para humilhar os seus antigos adversários. obadias acusa os idumeus desta ofensa, que provavelmente teve a sua efetuação nos anos 588:586 a.C. As predições com respeito a Edom foram completamente cumpridas. o que o livro contém pode resumir-se no seguinte: o maior inimigo dos israelitas eram então os idumeus, que se achavam orgulhosos do seu saber (vers. 8), e da sua inexpugnável posição (vers. 3). o profeta anuncia que os tesouros deste povo hão de ser postos a descoberto, e ao mesmo tempo censura-os pelo seu ódio aos judeus, seus irmãos pelo sangue, pois se regozijavam com as suas calamidades, e incitavam Nabucodonosor a exterminá-los completamente (Sl 137:7). Por tudo isto estava próximo o dia da retribuição – ‘como tu fizeste, assim se fará contigo’ (vers. 15). Mas o próprio povo escolhido já tinha sido transportado para o cativeiro – a terra santa estava abandonada – e o castigo anunciado contra os idumeus podia parecer não ter diferença do que já tinha sido infligido à descendência de Jacó. o profeta então declara que Edom ainda seria como se nunca tivesse existido, desaparecendo completamente para sempre (profecia que teve o seu cumprimento de um modo notável) – mas israel ainda havia de levantar-se novamente daquela queda, reconquistando, não somente a sua própria terra, mas também a Filístia e Edom, e regozijando-se finalmente com o reinado santo do prometido Messias. Cp.com a profecia de obadias as palavras de Ez 35 – Jl 3:19-20Am 1:11-12 – 9. 11 a 15 – e mais especialmente Jr 49:7-22. Não se encontram no Novo Testamento quaisquer referências a esta pequena profecia.
Oséias (o livro de): A mensagem do profeta tem duas características principais: o seu zelo na condenação do pecado de israel, visto como tinham os israelitas abandonado a adoração ao Senhor, caindo na idolatria – e o grande desejo que manifestou pelo arrependimento dos pecadores para receberem o perdão de Deus. Podemos resumir o conteúdo do livro da seguinte maneira: l. os caps. 1 a 3 apresentam um quadro descritivo das relações existentes entre o Senhor e o Seu povo, sob a figura de uma mulher, que foi infiel a seu marido – mas essa mulher foi por ele arrancada, porque lhe tinha grande amor, da companhia do seu amante, e a admitiu novamente em casa, esperando que ela, mergulhada na sua dor, se arrependesse, a fim de que se realizasse entre os dois uma perfeita comunhão. Para tornar mais vivamente real a narrativa, acham-se nesta incorporadas as próprias experiências do Profeta, passadas ou na sua vida doméstica, ou em sucessivas visões em que ele próprio toma a parte do marido atraiçoado. 2. os caps. 4 a 14 encerram vários discursos proféticos, que foram proferidos em tempos diferentes, desde a última parte do reinado de Jeroboão ii até certo tempo, que precede em curto intervalo a queda de Samaria. os principais tópicos são várias vezes repetidos – o culto do bezerro em Betel – as desmoralizadoras idolatrias dos lugares altos – a conseqüente corrupção moral dos sacerdotes e do povo – o procedimento desleal e infiel do povo nas suas alianças pagãs, ora com a Assíria, ora com o Egito. oséias passa sem interrupção da severa acusação para uma terna repreensão – e esta é seguida de repetidos e amorosos apelos, com promessas de restauração, expostas na mais patética linguagem. E a conclusão é uma passagem de grande beleza, em que a melancolia e aparente dureza dos precedentes traços são substituídos por descrições de excelente suavidade, que lembram os Cantares de Salomão. o estilo do profeta é veemente e desordenado, conservando um pouco aquele formal paralelismo, característico da poesia hebraica. Há muitas referências aos acontecimentos que se narram no Pentateuco, Josué, Juizes e Samuel – e nota-se certa correspondência com passagens do livro de Amós. As citações de oséias no N. T. são: o Filho do Senhor, chamado do Egito (11.1), Mt 2:15 – rejeição e restauração (1.10 e 2.23), Rm 9:25-26 e 1 Pe 2.10 – a grande declaração ‘misericórdia e não sacrifício’ (6.6), Mt 9:13-12.7 – e a promessa da destruição da morte (13.14), 1 Co 15.55,56.
Provérbios (livro dos): Este livro é umexemplo de literatura hebraica, que trata da sabedoria, ou, com se diz agora, de filosofia. A esta mesma classe pertencem o Eclesiastes, Jó (embora único em certos respeitos), e alguns dos Salmos – e também os livros apócrifos da Sabedoria de Salomão e o Eclesiástico. Estes livros distinguem-se claramente da literatura profética de israel. São mais práticos do que especulativos: apresentam mais a expressão filosófica de almas refletidas do que as formais mensagens do Senhor. Não se encontra a frase ‘assim diz o Senhor’, nas dissertações da experiência humana e problemas da existência. As suas vistas são mais largas do que as da raça judaica: são mais humanas e cosmopolitas, do que nacionais. Todas as fases da vida humana são nesses livros consideradas pelos autores. Mas o Espírito Divino que operou nas almas desses escritores fez que os seus pensamentos servissem os mais altos desígnios. Muitas vezes eles publicaram, como os profetas, verdades mais profundas do que o seu conhecimento, e proferiram palavras que esperaram pelos tempos futuros a sua interpretação. A palavra ‘provérbios’, aplicada ao que o livro dos Provérbios contém, deve ser tomada num sentido lato, incluindo o discurso de introdução (caps. 1 a 9), e uma parábola, ou alegoria (24.30 a 34). Na forma, são os provérbios geralmente apresentados em coplas, dispostas segundo os vários métodos de paralelismo, característicos da poesia hebraica. A autoria do livro foi, desde tempos muito remotos, atribuída a Salomão. No prefácio à introdução há estas palavras: ‘Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de israel’ (1,1) – aquela seção que principia em 10.1 tem o título de ‘Provérbios de Salomão’ – e a que começa em 25.1, abre com estas palavras: ‘São também estes provérbios de Salomão, os quais transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá’. Mas outros discursos são atribuídos a diferentes fontes: ‘as palavras dos sábios’ (22,17) – ‘provérbios dos sábios’ (24,23) – ‘Palavras de Agur, filho de Jaque’ (30,1) – ‘Palavras do rei Lemuel’ (31.1). Por conseqüência, é possível que a principal coleção (10.1 a 22.16), e a seção 25 a 29, com a introdução, tenham sido a obra do próprio Salomão, constituindo uma parte somente dos ‘três mil provérbios’, que lhe são atribuídos em 1 Rs 4.32 – e que as outras partes do livro fossem acrescentadas. o livro pode dividir-se em cinco partes:
i. Dissertação sobre o valor e o alcance da verdadeira sabedoria, caps. 1 a 9.
ii. Provérbios, assim estritamente chamados, compostos, emparelhadamente, de uma forma muito enérgica e simples, caps. 10 a 22.16. Tem a epígrafe de ‘Provérbios de Salomão’.
iii. Renovadas advertências sobre o estudo da sabedoria, como na parte i – 22.17 a 24.A designação desta série de sentenças acha-se em 22.17 – e é assim: ‘as palavras dos sábios.’ iV. Provérbios de Salomão, escolhidos pelos ‘homens de Ezequias’, caps. 25 a 29. *veja As sábias instruções de Agur, filho de Jaque, aos seus discípulos itiel e Ucal, e as lições ensinadas ao rei Lemuel pela sua mãe, caps 30 a 31. os provérbios do cap. 30 são principalmente enigmáticos – e os vers. 10 a 31 do cap. 31, em acróstico alfabético, dão um quadro da excelência da mulher virtuosa em conformidade com aquele tempo e com o país. Ainda que a maior parte das regras de Salomão é principalmente baseada em considerações de prudência, é certo que motivos estritamente religiosos são pressupostos ou expressamente prescritos. As descrições da Sabedoria, em 1.20 a 33, e 8, e 9.1 a 6, aplicam-se expressivamente à sabedoria de Deus, revelada e personificada no Seu Filho, e ao próprio Filho, como sendo a Palavra Eterna. Cp. o cap. 8 com Jo 1:1-14.10. Avisos prévios sobre a imortalidade também nos são dados em 4.18, 12.28, 14.32 e 15.24. A natureza e conseqüências do pecado subentendem-se nos próprios termos, que descrevem a santidade (1.20 com 9.3,14). Aquela santidade que é dom de Deus está plenamente implicada em 1.23.
Reis (livros dos): Aqueles livros conhecidos pela designação de Primeiro Livro dos Reis e Segundo Livro dos Reis formavam, primeiramente, um só livro. os tradutores gregos do A.T., que são os autores da versão dos Setenta, dividiram a obra em duas partes. Esta separação, feita de tal modo que divide o reino de Acazias, é inteiramente arbitrária. Nada se sabe acerca de quem seja o seu autor. Uma tradição judaica atribui a obra ao profeta Jeremias, sendo esta uma opinião que tem algum apoio em certas coincidências de estilo e linguagem, e na correspondência entre 2 Rs 24.18 a 25.21e Jr 52:1-27. Todavia, os acontecimentos narrados estendem-se para além da vida do profeta. Seja como for, a obra é uma compilação, em cujo preparo se empregaram livremente os anais dos reis e as vidas dos profetas. As fontes a que nos referimos são:
i. o livro da história de Salomão, 1 Rs 11.41 –
ii. o livro da história dos reis de Judá, 1 Rs 14.29, ao qual quinze vezes se fazem referências –
iii. o livro da história dos reis de israel, 1 Rs 14.19, mencionado dezessete vezes – iV. As freqüentes inserções, com pequenas alterações ou sem elas, de narrativas de testemunhas oculares, que se lêem nas vidas dos profetas Elias, Eliseu, e Micaías. o compilador dá preeminência à lei de Moisés, referindo-se, na maior parte das vezes, ao livro do Deuteronômio. Quanto à DATA em que foi terminada a obra, não parece que tenha sido posterior ao ano 586 a.C., nem anterior ao ano 561 a.C., pois é este o ano em que Evil-Merodaque subiu ao trono, fazendo-se menção deste fato em 2 Rs 25.27. Todavia, uma parte considerável dos livros pode ter sido composta muito antes. E esta dedução tem apoio na linguagem das diferentes proveniências dos livros. o compilador faz uso de muitas palavras, que não se acham nas Santas Escrituras que se publicaram até quase ao tempo do cativeiro. os assuntos dos dois livros fazem parte da história dos hebreus desde os últimos anos do reinado de Davi até ao cativeiro, começando a narrativa no esplendor do reino unido do tempo de Davi e Salomão e terminando na miséria do exílio com o triste espetáculo do rei Joaquim, que foi um pensionário na corte de Evil-Merodaque. (*veja no artigo Rei um resumo da história.) No decorrer dos fatos, particular atenção se dá à obra e influência dos profetas. A intervenção de Natã assegura a subida de Salomão ao trono (1 Rs l.45). Aías anuncia a divisão do reino, e as suas causas (1 Rs 11.29 a 40). Semaías, depois de efetuada a divisão, confirma-a, aconselhando Roboão a licenciar as tropas (1 Rs 12.22,23). Por vários profetas é publicamente reprovada a idolatria de Jeroboão, com a ameaça do castigo conseqüente (1 Rs 13 1:3 – 14,7) – é anunciado o juízo contra a casa de Baasa (16,1) – e é distintamente declarada a condenação de Acabe (22.17 a 28). Sendo um fato que na história nacional as obras dos dois grandes profetas, Elias e Eliseu, quase enchem vários capítulos, os reis apenas ocupam um lugar secundário (1 Rs 17 a 2 Rs 13).
Rute (livro de): Este livro está ligadoao dos Juizes pelas suas primeiras palavras. No cânon judaico faz parte dos Hagiógrafos, sendo o segundo dos cinco Megilote, ou Rolos das Festas, um dos quais era publicamente lido em ocasiões festivas. o de Rute, por causa das suas referências às colheitas, era designado para leitura, na festa de Pentecoste. Tanto na versão dos LXX, como na 5ulgata, é colocado logo depois dos Juizes, assim como nas traduções modernas. Não se sabe quem tenha sido o seu autor – todavia, a tradição judaica atribui-o a Samuel. A DATA é incerta – é certo, porém, que foi escrito depois do tempo dos Juizes (1.1), quando certos costumes dos israelitas já eram antiquados 4:7 (cp com Dt 25:9) – e provavelmente quando a casa de Davi já estava governando israel (4.17 a 22), embora a genealogia seja obra do redator subseqüente. o livro descreve a vida de Rute: era esta uma moabita, que
(1). casou com Quiliom, um dos dois filhos de Elimeleque, natural de Belém de Judá, o qual, obrigado pela fome, partira para o país de Moabe, acontecendo isso talvez durante as invasões dos midianitas (Jz 6:1-6). Morrendo Elimeleque e os seus filhos, voltou Noemi, sua mulher, para Belém em companhia de Rute. Chegaram no tempo da ceifa – e
(2). ia Rute respigar nos campos de Boaz, que era parente de Elimeleque. Tendo sido Boaz amável para com ela, Noemi a ensinou
(3). a requerer daquele lavrador o auxílio que lhe devia prestar como seu parente. Boaz compreendeu os direitos de Rute (4), e a protegeu, no reconhecimento das suas responsabilidades. Finalmente, casou Boaz com Rute, nascendo desse casamento obede, que foi avô de Davi. E assim Rute, embora de origem gentílica, veio a ser uma das avós de Jesus Cristo (Mt 1:5-16). (*veja Redentor.)
Sofonias (livro de): o autor deste livro pode ter sido um tetraneto do rei Ezequias (1.1). Ele viveu no reinado de Josias (1.1), e certamente antes deste rei ter empreendido a reforma, conhecida pelo seu nome. o propósito do profeta foi avisar o povo contra as conseqüências do pecado, e preparar, assim, o caminho para a reforma. o que o livro encerra, pode ser resumido desta maneira: o primeiro capítulo contém uma acusação geral contra Judá, e contra todos aqueles que praticavam ritos idólatras, sendo condenado Baal e os seus sacerdotes Quemarim e Milcom (Moloque), e proclama pelo profeta a proximidade do grande ‘dia de indignação, dia de angústia’ (1.14,15). Há, aqui, uma evidente referência à invasão dos citas, que por este tempo enchiam a terra de terror. As regiões circunvizinhas, especialmente o país dos filisteus, foram devastadas, mas havia a esperança de que Jerusalém havia de ser poupada – e assim aconteceu (12), sendo, pois, adiada a catástrofe. o segundo capítulo prediz os diversos castigos em conexão com a grande invasão que haviam de sofrer os filisteus, e especialmente os habitantes da borda do mar (quereteus), os moabitas, os amonitas e os etíopes – e descreve em termos maravilhosamente exatos a desolação de Nínive. Estas profecias começaram a ter o seu cumprimento com as conquistas de Nabucodonosor. o resultado de tudo isto foi ser prestada a devida reverência ao Senhor, visto como estavam caindo em descrédito ‘os deuses da terra’. os pagãos haviam de prestar-lhe culto, ‘cada um do seu lugar’ (2,11) – e na última parte da profecia se descreve a sua nova crença, pois Lhe oferecem sacrifícios (3.10). No terceiro capítulo repreende Sofonias a cidade de Jerusalém, censura-a pelos seus pecados, e conclui com as mais animadoras promessas sobre a sua restauração futura, sobre a reunião das nações na igreja de Deus, e sobre a feliz condição do povo do Senhor nos últimos dias. o Dr. Keith observou a exatidão com que Sofonias, Amós, e Zacarias predizem o destino das quatro principais cidades da Filístia: Gaza, Ascalom, Asdode e Ecrom. Comparando entre si Am 1:6-7,8, Zc 9:5, e Sf 2:4-6, ver-se-á que a respeito de Gaza está escrito que sobre ela havia de vir a assolação, e lhe seria arrebatado o seu rei. Presentemente, entre ruínas de mármore branco, fazendo ver a sua primitiva magnificência, são algumas aldeias com casas de barro a única morada dos seus habitantes. De Ascalom e de Asdode está dito que haviam de ficar sem habitantes. E, na verdade, assim é. Gaza tem habitantes, mas Ascalom e Asdode já não existem, embora ainda se vejam as suas ruínas. Diferente foi o destino de Ecrom: ‘Será desarraigada’, diz a profecia. Até o seu verdadeiro nome se perdeu, e não se sabe o sítio onde estava. Na verdade, a profecia e a providência, as predições e os respectivos acontecimentos, são obra da mesma mão onipotente.
Zacarias (livro de): A autoria deste livro é atribuída, nas suas primeiras palavras, a Zacarias, filho de Berequias, e neto de ido. Era da tribo sacerdotal (Ne 12:4-6), e veio da Babilônia, ainda jovem, com Zorobabel e Josué. Ele principiou a sua missão de profeta dois meses depois de Ageu, mais ou menos (Ed 5:1-6.14 – Ag 1:1), no segundo ano de Dario Histaspes – e continuou a profetizar durante dois anos (Zc 7:1). Ao seu zelo e ao de Ageu se deve, em grande parte, a reedificação do templo (Ed 5:1 – 6.14). Ainda que o objetivo imediato de Zacarias seja animar os judeus na restauração do culto público, outros ele tem mais afastados e importantes. As suas profecias alcançam ‘o tempo dos gentios’, mas a história do povo escolhido ocupa em Zacarias o centro das suas predições. o livro pode dividir-se em três seções: 1. os caps. 1 a 6 contêm uma série de oito visões que teve o profeta no segundo ano de Dario, e eram reveladoras das dispensações da Providência com respeito aos judeus e às nações que os tinham oprimido. 2. os caps. 7 e 8 encerram profecias sobre a prosperidade futura dos judeus, no engrandecimento de Jerusalém, entremeadas de avisos e exortações. 3. os seis capítulos restantes contêm uma série de predições, revelando a futura história do povo de Deus desde esse período até ao fim do mundo. Nessas profecias acham-se intercaladas muitas outras referentes à pessoa, caráter, e obra do Messias, à promulgação do Evangelho, à chamada dos gentios, e à glória final e bem-aventurança da igreja de Deus, unindo judeus e gentios numa santa comunidade, debaixo da direção do grande Sumo-Sacerdote e Rei (9 a 14). As muitas citações feitas na segunda porção do livro, de profetas que viveram anteriormente ao cativeiro, e do tempo do cativeiro, parecem indicar claramente que o autor é de uma época posterior. Na verdade, é mais razoável supor que um só profeta os citou, do que acreditar que eles todos o citaram. Comparar 9.2 com Ez 28:3 – 9.5 com Sf 2:4 – 9.11 com is 51:14 – 9.12 com is 49:9-61.7 – 10.3 com Ez 34:17 – 11.4 com Ez 34:4 – 11.3 com Jr 12:513 8:9 com Ez 5:12 – 14.8 com Ez 47:1-12 – 14.10,11 com Jr 31:38-40 – 14.16 a 19 com is 66:23-60.12 – 14.20,21 com Ez 43:12-44.9. Algumas das referências ao profeta Zacarias, no N.T., acham-se em íntima conexão com a obra de Jesus Cristo – Zc 9:9, a entrada do Rei em Jerusalém (Mt 21:5Jo 12:14-15) – Zc 11:13, as trinta peças de prata (Mt 27:9-10) – Zc 12:10, olhando para Aquele a quem traspassaram (Jo 19:37Ap 1:7) – Zc 13:7, o Pastor ferido (Mt 26:31Mc 14:27) – Zc 14:11, não haverá mais anátema (Ap 22:3).

Dicionário Etimológico

Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Livro: O termo "livro" nos remete, em várias línguas, a palavras relativas a árvores. Na maioria das línguas latinas (libro em espanhol e italiano, livre em francês) veio do latim liber, a fina camada fibrosa entre a casca e o tronco da árvore que, depois de seca, pode ser usada para escrever (e realmente era, num passsado longínquo). Já nas línguas de origem anglo germânicas (book em inglês, Buch em alemão e boek em holandês) o termo advém de bokis, nome da árvore que hoje se chama beech em inglês, da qual se faziam tábuas onde eram escritas as runas, uma antiga forma de escrita da Europa do Norte.

Dicionário da FEB

Fonte: febnet.org.br

Livro: O livro é sempre o grande e maravilhoso amigo da Humanidade. [...]
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 37

Um livro que nos melhore / E nos ensine a pensar, / É luz acesa brilhando / No amor do Eterno Lar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido • Dicionário da alma • Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O livro que instrui e consola é uma fonte do céu, transitando na Terra.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido • Dicionário da alma • Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O livro edificante é o templo do Espírito, onde os grandes instrutores do passado se comunicam com os aprendizes do presente, para que se façam os Mestres do futuro.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido • Dicionário da alma • Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O livro é sempre uma usina geradora de vibrações, no paraíso dos mais sublimes ideais da Humanidade, ou no inferno das mais baixas ações das zonas inferiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido • Dicionário da alma • Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O livro cristão é alimento da vida eterna.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido • Dicionário da alma • Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Veículo do pensamento, confia-nos a luz espiritual dos grandes orientadores do passado.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido • Dicionário da alma • Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O livro edificante é sempre um orientador e um amigo. É a voz que ensina, modifica, renova e ajuda.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido • Dicionário da alma • Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O bom livro é tesouro de amor e sabedoria. Na sua claridade, santificamos a experiência de cada dia, encontramos horizontes novos e erguemos o próprio coração para a vida mais alta.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido • Dicionário da alma • Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o livro é realmente uma dádiva de Deus à Humanidade para que os grandes instrutores possam clarear o nosso caminho, conversando conosco, acima dos séculos e das civilizações. É pelo livro que recebemos o ensinamento e a orientação, o reajuste mental e a renovação interior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido • Pai Nosso • Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - A história do livro

Vaso revelador retendo o excelso aroma / Do pensamento a erguer-se esplêndido e bendito, / O livro é o coração do tempo no Infinito, / Em que a idéia imortal se renova e retoma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - O livro

O livro edificante é sementeira da Luz Divina, / aclarando o passado, / L L orientando o presente / e preparando o futuro...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido • Relicário de luz • Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O bom livro

[...] é o comando mágico das multidões e só o livro nobre, que esclarece a inteligência e ilumina a razão, será capaz de vencer as trevas do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Fenômenos e livros

O livro que aprimora é um mentor que nos guia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido • Vozes do grande além • Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

Livro dos Espíritos
(O): O Livro dos Espíritos, a primeira obra que levou o Espiritismo a ser considerado de um ponto de vista filosófico, pela dedução das conseqüências morais dos fatos; que considerou todas as partes da Doutrina, tocando nas questões mais importantes que ela suscita, foi, desde o seu aparecimento, o ponto para onde convergiram espontaneamente os trabalhos individuais. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] Escrito sem equívocos possíveis e ao alcance de todas as inteligências, esse livro será sempre a expressão clara e exata da Doutrina e a transmitirá intacta aos que vierem depois de nós. As cóleras que excita são indícios do papel que ele é chamado a representar, e da dificuldade de lhe opor algo mais sério. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

O Livro dos Espíritos. Contém a Doutrina completa, como a ditaram os Próprios Espíritos, com toda a sua filosofia e todas as suas conseqüências morais. É a revelação do destino do homem, a iniciação no conhecimento da natureza dos Espíritos e nos mistérios da vida de além-túmulo. Quem o lê compreende que o Espiritismo objetiva um fim sério, que não constitui frívolo passatempo.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 35

[...] O Livro dos Espíritos teve como resultado fazer ver o seu alcance filosófico [do Espiritismo]. Se esse livro tem algum mérito, seria presunção minha orgulhar-me disso, porquanto a Doutrina que encerra não é criação minha. Toda honra do bem que ele fez pertence aos sábios Espíritos que o ditaram e quiseram servir-se de mim. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resposta de Allan Kardec durante o Banquete•••

O Livro dos Espíritos contém os princípios da Doutrina Espírita, expostos de forma lógica, por meio de diálogo com os Espíritos, às vezes comentados por Kardec, e, embora constitua, pelas importantes matérias que versa, o mais completo tratado de Filosofia que se conhece, sua linguagem é simples e direta, não se prendendo a preciosismos de sistemas dificilmente elaborados, tão ao gosto dos teólogos e exegetas escriturísticos, na sua improfícua e estéril busca das causas primeiras e finais. Os assuntos tratados na obra, com a simplicidade e a segurança das verdades evangélicas, distribuem-se homogeneamente, constituindo, por assim dizer, um panorama geral da Doutrina, desenvolvida, nas suas facetas específicas, nos demais volumes da Codificação, que resulta, assim, como um todo granítico L e conseqüente, demonstrativo de sua unidade de princípios e conceitos, características de sua grandeza.
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

[...] O Livro dos Espíritos é um repositório de princípios fundamentais de onde emergem inúmeras tomadas para outras tantas especulações, conquistas e realizações. Nele estão os germes de todas as grandes idéias que a Humanidade sonhou pelos tempos afora, mas os Espíritos não realizam por nós o nosso trabalho. Em nenhum outro cometimento humano vê-se tão claramente os sinais de uma inteligente, consciente e preestabelecida coordenação de esforços entre as duas faces da vida – a encarnada e a desencarnada. Tudo parece – e assim o foi – meticulosamente planejado e escrupulosamente executado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] não é obra de fantasia; ele contém o resumo da sabedoria milenar dos povos, as grandes idéias e descobertas que os homens fizeram ao longo de muitos milênios de especulação e depois ordenaram no mundo espiritual, para nos ensinarem apenas a essência.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 22

O Livro dos Espíritos, condensando a filosofia do Espiritismo, oferece a chave explicativa dos aparentemente inexplicáveis fenômenos humanos.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 7

[...] O Livro dos Espíritos é um conjunto de sínteses fecundas que servem de ponto de partida para futuros desdobramentos. De fato, nessa obra encontramos tratados todos os assuntos de interesse humano, mas de forma sintética, exigindo que saibamos deduzir dos textos dos Espíritos os desdobramentos coerentes com as idéias que eles nos trouxeram. [...]
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] a obra básica de uma filosofia que modificaria as concepções estacionárias em que se conservava a Humanidade.
Referencia: WANTUIL, Zêus• As mesas girantes e o Espiritismo• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

A primeira edição de O Livro dos Espíritos [...] era em formato grande, in-8o, com 176 páginas de texto, e apresentava o assunto distribuído em duas colunas. Quinhentas e uma perguntas e respectivas respostas estavam contidas nas três partes em que então se dividia a obra: “Doutrina Espírita”, “Leis Morais”, “Esperanças e Consolações”. A primeira parte tem dez capítulos; a segunda, onze; e a terceira, três. Cinco páginas eram ocupadas com interessante índice alfabético das matérias, índice que nas edições seguintes foi cancelado.
Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 2

Livro dos Médiuns
(O): O Livro dos Médiuns. Destina-se a guiar os que queiram entregar-se à prática das manifestações, dando-lhes conhecimento dos meios próprios para se comunicarem com os Espíritos. É um guia, tanto para os médiuns, como para os evocadores, e o complemento de O Livro dos Espíritos.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 35

L L [...] a segunda obra da Codificação, publicada em 1861 (janeiro), que englobava, outrossim, as “Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas”, publicadas em 1858, e era, conforme esclarece Allan Kardec, a continuação de O Livro dos Espíritos. A edição definitiva é a 2a, de outubro de 1861. Lê-se no frontispício da obra que ela “contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.” [...] Nesse livro se expõe, conseqüentemente, a parte prática da Doutrina, mediante o estudo sistemático e perseverante, como queria Kardec, de sua rica e variada fenomenologia, com base na pesquisa, por método científico próprio, o que não exclui a experimentação e a observação, enfim, todos os cuidados para se evitar a fraude e chegar-se à evidência dos fatos. Mais de cem anos depois de publicado, O Livro dos Médiuns é ainda o roteiro seguro para médiuns e dirigentes de sessões práticas e os doutrinadores encontram em suas páginas abundantes ensinamentos, preciosos e seguros, que a todos habilitam à nobre tarefa de comunicação com os Espíritos, sem os perigos da improvisação, das crendices e do empirismo rotineiro, fruto do comodismo e da fuga ao estudo.
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

[...] constitui a base do aprendizado espírita, no que toca, especificamente, ao problema mediúnico.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 4


Livro espírita: O livro espírita é dos maiores veículos de divulgação da Doutrina codificada por Allan Kardec, levando a mensagem para as mais longínquas partes do mundo.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] o intento de uma obra espírita [é] a sua finalidade moral-educativa-doutrinária e não propriamente a simples realização literária. [...]
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

[...] é investimento seguro que valoriza nossa vida, rendendo inspiração e esclarecimento para a existência inteira. É o melhor presente para o familiar que desejamos iniciar no conhecimento dos ascendentes espirituais que regem o destino humano; é o melhor conforto para o aflito; o melhor remédio para o enfermo; a melhor caridade para o desajustado. Presenteado, vendido, sorteado, emprestado, o livro espírita deve fazer parte do nosso esforço pela garantia de um Espiritismo legítimo e renovador, na construção de um mundo melhor.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Uma tarefa para todos


Dicionário da Bíblia de Almeida

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Ageu, livro de: Ageu, Livro De Livro que contém algumas mensagens anunciadas por Ageu, ordenando aos judeus que voltaram do CATIVEIRO que construíssem de novo o Templo.
Aliança, livro da: Aliança, Livro Da V. LIVRO DA ALIANÇA.
Amós, livro de: Amós, Livro De Livro que contém as mensagens de Amós, pronunciadas aí pelo ano 750 a.C. Em nome de Deus, Amós denuncia a injustiça, a corrupção e a opressão. O povo não era sincero na prática da religião. O profeta apela para que o povo se arrependa e se volte para Deus , fazendo o bem e odiando o mal. Por meio de visões, Deus revela a Amós que castigará o seu povo, mas não o destruirá. No futuro, Deus fará com que a nação volte a gozar da paz e da prosperidade que tinha tido no passado.
Apocalipse, livro de: Apocalipse, Livro De Livro escrito por João, que estava preso na ilha de Patmos (1.9). “Apocalipse” quer dizer “revelação”, e por isso esse livro se chama também de A Revelação de Deus a João (1.1, NTLH). O livro foi escrito durante um tempo em que as autoridades romanas esta vam perseguindo os cristãos porque eles não prestavam culto ao imperador romano, que chamava a si mesmo de “Senhor” e “Deus”. O livro foi enviado a sete igrejas da PROVÍNCIA romana da ÁSIA (1.4,11) a fim de animá-las a continuarem fiéis a Jesus Cristo em tempos de perseguição e sofrimento. A partir do cap. 4, João conta uma série de visões que teve. Elas ensinam que as forças do mal serão derrotadas. A vitória final pertence a Deus e a Jesus Cristo. Os que continuassem fiéis na sua fé receberiam o prêmio da vida eterna no novo céu preparado por Deus. Os leitores de hoje têm dificuldade de compreender completamente as visões e os símbolos usados por João, mas a mensagem do livro é simples e clara e se encontra em (Ap 11:15). V. APOCALIPSE.
Concerto, livro do: Concerto, Livro Do V. LIVRO DA ALIANÇA (Ex 24:7), RC).
Crônicas, primeiro e segundo livros de: Crônicas, Primeiro E Segundo Livros De Livros que repetem o que está contado nos livros de SAMUEL e REIS. Em Crônicas lemos das desgraças que caíram sobre os reinos de Israel e de Judá; mas mesmo assim Deus manteve as promessas de abençoar o seu povo.
Daniel, livro de: Daniel, Livro De Livro escrito em tempos de perseguição e sofrimento. Por meio de histórias e de visões, o autor procura explicar aos judeus as razões por que eles estão sendo perseguidos e também os anima a continuarem fiéis a Deus. O livro se divide em duas partes. A primeira (caps. 1—
6) conta histórias a respeito de Daniel e dos seus companheiros. A segunda (caps. 7—
12) relata visões de vários impérios que aparecem e depois desaparecem. Elas mostram que os perseguidores serão derrotados e que a vitória final será do povo judeu.
Eclesiastes, livro de: Eclesiastes, Livro De Livro em que estão registrados os pensamentos do “Sábio” (NTLH; RA e RC, “Pregador”), um homem que meditou profundamente sobre a vida humana, com suas injustiças e decepções, e concluiu que “tudo é vaidade” (NTLH, “ilusão”). Nesse livro fala muitas vezes um cético, isto é, alguém que duvida de tudo. Para ele, Deus está distante, ausente. Deus não acusa esse homem, mas deixa que ele fale dos seus sucessos e insucessos, do seu pessimismo e otimismo, da sua esperança e desespero. Mas esse homem se volta para Deus e descobre verdades consoladoras. O “Sábio” aconselha os jovens a se lembrarem do Criador nos dias da sua mocidade, antes que a morte chegue (12.7). E no final do livro está a chave que o interpreta: é preciso obedecer a Deus porque ele pede contas de tudo a todas as pessoas (12.13-14).
Esdras, livro de: Esdras, Livro De Livro que continua a narrativa de 2Cr, descrevendo a volta a Jerusalém dos judeus que estavam no CATIVEIRO e o reinício da adoração no Templo. Esses acontecimentos seguem a seguinte ordem:

1) Em 539 a.C. o primeiro grupo de judeus volta da Babilônia por decreto de Ciro, o rei da Pérsia.
2) O Templo é reconstruído e inaugurado, e Javé é de novo adorado em Jerusalém.
3) Anos depois, outro grupo volta a Jerusalém, dirigido por Esdras, que reorganiza a vida social e religiosa do povo para que as tradições de Israel sejam conservadas.
Ester, livro de: Ester, Livro De Livro que conta a história de Ester, a moça judia que se tornou rainha por haver se casado com Xerxes, rei da Pérsia. Xerxes I, chamado na Bíblia de Assuero, reinou de 485 a 465 a.C. Hamã, o primeiro ministro, planejou acabar com todos os judeus do reino. Mas Ester e Mordecai conseguiram fazer fracassar o plano perverso de Hamã, que acabou morrendo na forca que havia mandado construir para enforcar Mordecai. Para festejar a vitória contra os inimigos, os judeus começaram a comemorar a festa de PURIM, o que fazem até hoje.
Êxodo, livro de: Êxodo, Livro De Livro que descreve o ÊXODO. Está dividido em quatro partes:

1) A libertação (1.1—15.21);
2) a viagem até o Sinai (15.22—18.27);
3) a Lei e a aliança (19—24);
4) o TABERNÁCULO e o culto (25—40). A figura central do livro é Moisés, o homem a quem Deus escolheu para tirar o seu povo do Egito. E Deus revelou a Moisés o seu nome sagrado (3.14;
v. SENHOR 2). O trecho mais conhecido do livro são os DEZ MANDAMENTOS (20.1-17).
Ezequiel, livro de: Ezequiel, Livro De Livro que contém mensagens de Deus dirigidas aos judeus que estavam na Babilônia e também aos que moravam em Jerusalém. Nele há pregações, visões e atos simbólicos. Ezequiel ensinou que cada pessoa é responsável pelos seus próprios pecados e que todos devem se renovar no seu íntimo, no seu coração. Ele esperava que a nação de Israel começasse a viver uma vida nova diante de Deus. Sendo ao mesmo tempo profeta e sacerdote, Ezequiel mostrou interesse pelo Templo de Jerusalém (v. PLANTAS DO TEMPLO DESCRITO NO LIVRO DE EZEQUIEL) e ensinou que Deus exige que os seus adoradores vivam uma vida dedicada a ele.
Guerras do senhor, livro das: Guerras Do Senhor, Livro Das V. LIVRO DAS GUERRAS DO SENHOR.
Habacuque, livro de: Habacuque, Livro De Oitavo livro da coleção dos PROFETAS MENORES. O autor vê o perigo que o seu povo está correndo e não entende como Deus pode tolerar os babilônios, um povo mau e cruel. Deus responde que virá o tempo em que ele castigará os inimigos do povo de Israel. Que o profeta espere com paciência, confiando na justiça divina. Os maus serão castigados, e aqueles que são fiéis a Deus viverão. O livro termina com uma oração, em forma de hino, em que Habacuque louva a grandeza de Deus e mostra a sua fé nele.
Isaías, livro de: Isaías, Livro De Livro que contém as mensagens de Isaías ao povo de Judá e aos moradores de Jerusalém entre 740 e 687 a.C. Ele ensina que Deus é poderoso e exige que o seu povo seja SANTO 1. Esse livro pode ser dividido em três partes.

1) Os caps. de 1—39 falam do tempo em que Judá está sendo ameaçado pela Assíria. O povo deve abandonar o pecado e abraçar a honestidade e a justiça.
2) Os caps. 40—55 falam da humilhação de um povo que foi expulso do seu país como castigo por causa dos seus pecados. Mas Deus vai trazer libertação.
3) Os caps. 56—66 trazem conselhos para o povo após a sua volta do CATIVEIRO. Isaías é chamado de “profeta evangelista”, sendo mencionado 22 vezes no NT. As passagens mais conhecidas do livro são o cap. 6; 9:1-6; 42:1-8; 52.13—53.12 e 61:1-4).
Jeremias, livro de: Jeremias, Livro De Livro que contém as mensagens do profeta JEREMIAS. Ele anunciou o castigo que Deus ia mandar e ainda estava vivo quando as suas profecias se cumpriram (cap. 52). Mas Jeremias disse que um dia os israelitas iriam voltar para a sua terra e que seriam de novo uma nação. Ele falou também de um tempo em que Deus faria uma nova ALIANÇA com o seu povo. Essa aliança seria cumprida de livre e espontânea vontade, pois a lei de Deus estaria gravada no coração das pessoas (31.31-34).
Jó, livro de: Jó, Livro De Um dos livros de SABEDORIA do AT. Trata do sofrimento humano. Nele conta-se a história de Jó, um homem bom, fiel a Deus, rico e feliz, que de repente perde os filhos, todos os bens e ainda é atacado por uma doença dolorosa e nojenta. Seus amigos, em diálogos poéticos, procuram achar explicação para tanta desgraça, considerando o sofrimento como resultado do pecado. Para eles, Deus sempre recompensa os bons e castiga os maus. Mas Jó reage contra essa explicação, chegando até a desafiar a Deus. Deus não responde às perguntas de Jó, mas fala do seu próprio poder e sabedoria, levando Jó a humilhar-se diante dele. Mesmo assim, fica provado que os seus amigos estavam errados e que Jó estava certo. Em conclusão, Deus repreende os amigos de Jó por não haverem entendido a razão do seu sofrimento e por terem defendido idéias erradas a respeito de Deus. A Jó, porém, Deus recompensa, devolvendo-lhe em dobro tudo o que antes possuía, pois ele, mesmo com a sua impaciência, as suas reclamações e os s eus protestos, conservou a fé num Deus que é justo. Ele reconheceu que os seres humanos não podem compreender tudo, nem explicar bem a razão por que às vezes os justos sofrem.
Joel, livro de: Joel, Livro De Segundo livro dos Profetas Menores (v. LIVROS PROFÉTICOS DO AT), que contém mensagens do profeta Joel para o povo de Judá. O ponto de partida da mensagem do profeta é a terrível praga de gafanhotos e a seca que arrasaram a terra de Judá. Para o profeta, essas desgraças são sinais do DIA DO SENHOR, no qual Deus julgará todas as nações e castigará os pecadores. O profeta apela para que o povo se arrependa e volte para Deus, que assim o abençoará e lhe dará de novo tudo o que os gafanhotos e a seca destruíram. Mais uma vez o povo será próspero e feliz, e em Jerusalém Javé habitará com eles. A promessa de que Deus enviaria o Espírito sobre todo o seu povo (2.28-32) é citada por Pedro no dia de PENTECOSTES (At 2:17-21).
Jonas, livro de: Jonas, Livro De Quinto livro dos Profetas Menores (v. LIVROS PROFÉTICOS DO AT), escrito para demonstrar que o amor de Deus não se limita a Israel, mas se estende a pessoas de outras nações (4.11). Não é profecia no sentido restrito, mas é uma história com sentido profético (Mt 12:39-41).
Josué, livro de: Josué, Livro De Sexto livro da Bíblia, um dos LIVROS HISTÓRICOS DO AT. O livro narra a conquista da terra de CANAÃ pelo povo de Israel e a sua divisão entre as tribos sob o comando de Josué, concluindo com a ocupação da terra e a morte de Josué. O livro foi escrito para mostrar que Deus cumpriu a promessa feita aos PATRIARCAS de que daria CANAÃ 2, aos seus descendentes (Gn 15:18-21); (Js 1:2).
Juízes, livro de: Juízes, Livro De Sétimo livro da Bíblia, um dos LIVROS HISTÓRICOS DO AT. Narra a história de Israel desde a morte de Josué até o tempo de Samuel, período em que o povo de Israel era governado por juízes (v. JUIZ 2).
Lamentações, livro de: Lamentações, Livro De LAMENTAÇÃO 2, sobre a destruição de Jerusalém e sobre o sofrimento do povo que participou dela, em 587 a.C. O autor faz uma confissão de pecados cometidos pelo povo e pelos seus líderes, reconhecendo ter sido justo o castigo que a cidade e seu povo receberam (1.18). Porém, conforta-se na misericórdia de Deus e roga que ele mais uma vez ajude e restabeleça seu povo. Segundo a tradição judaica e a cristã, Jeremias é seu autor.
Levítico, livro de: Levítico, Livro De Terceiro livro do PENTATEUCO e do AT. Contém as leis e os mandamentos que Deus mandou Moisés dar ao povo de Israel, especialmente do culto, dos sacrifícios que o povo devia oferecer a Deus e dos deveres dos sacerdotes. A lição principal do livro é que o Deus do povo de Israel é santo. Portanto, esse povo que Deus escolheu precisava ser santo também, isto é, precisava ser completamente fiel a ele, não seguindo os costumes pagãos dos povos vizinhos (11.45). Neste livro encontra-se o mandamento que Jesus chamou o segundo mais importante de todos: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (19.18).
Livro: Livro Reunião de folhas escritas de PERGAMINHO ou de PAPIRO (Jr 30:2).
Livro da aliança: Livro Da Aliança As leis contidas em (Ex 20:22—23:) 19, que são uma explicação e aplicação dos DEZ MANDAMENTOS (Ex 24:7).
Livro da vida: Livro Da Vida Livro de Deus em que são registrados os nomes dos cidadãos do REINO DO CÉU e suas obras (Ex 32:32; Fp 4:3; Ap 3:5; 20.12). Ser riscado desse livro significa a perda dessa cidadania (Sl 69:28; Ap 13:8).
Livro das guerras do senhor: Livro Das Guerras Do Senhor Provavelmente uma coleção muito antiga de poemas guerreiros em louvor a Deus (Nu 21:14-15).
Livro do concerto: Livro Do Concerto V. LIVRO DA ALIANÇA (Ex 24:7, RC).
Livro dos doze: Livro Dos Doze Nome dado pelos israelitas aos livros de Oséias a Malaquias.
Livro dos justos: Livro Dos Justos Uma coleção poética antiga, semelhante ao LIVRO DAS GUERRAS DO SENHOR (RA: Js 10:13; 2Sm 1:18; RC, Livro do Reto).
Livros históricos do at: Livros Históricos Do At Livros que contam a história do povo de Deus desde a sua entrada em Canaã, mais ou menos em 1400 a.C., segundo alguns BIBLISTAS, ou em 1210 a.C., segundo outros, até a reconstrução das muralhas de Jerusalém, em 443 a.C. São 12: JOSUÉ, JUÍZES, RUTE, SAMUEL (PRIMEIRO e SEGUNDO), REIS (PRIMEIRO e SEGUNDO), CRÔNICAS (PRIMEIRO e SEGUNDO), ESDRAS, NEEMIAS e ESTER.
Livros poéticos do at: Livros Poéticos Do At Livros escritos segundo os modelos da poesia hebraica (v. PARALELISMO). São os seguintes: JÓ, SALMOS, PROVÉRBIOS, ECLESIASTES, CÂNTICO DOS CÂNTICOS e LAMENTAÇÕES.
Livros proféticos do at: Livros Proféticos Do At Livros que contêm as mensagens dos profetas do AT, bem como episódios da vida deles. Esses livros são dezessete, sendo quatro chamados de Profetas Maiores: ISAÍAS, JEREMIAS, EZEQUIEL e DANIEL. Doze são os Profetas Menores: OSÉIAS, JOEL, AMÓS, OBADIAS, JONAS, MIQUÉIAS, NAUM, HABACUQUE, SOFONIAS, AGEU, ZACARIAS e MALAQUIAS. (V. LIVRO DOS DOZE).
Malaquias, livro de: Malaquias, Livro De Último livro dos Profetas Menores (v. LIVROS PROFÉTICOS DO AT), que traz as mensagens de Deus ao povo de Judá proferidas por Malaquias, em torno de 450 a.C., depois de haver sido reconstruído o Templo de Jerusalém. O povo não estava obedecendo às leis de Deus, e era necessário que eles abandonassem os seus pecados (2.10-16). Malaquias mostra que os sacerdotes eram culpados e, por isso, ele fala contra eles, pois não estavam cumprindo o seu dever de apresentar sacrifícios e ofertas que agradassem a Deus e falhavam na educação do povo (1.6—2.9). Malaquias anunciou que Deus viria purificar o seu povo, mas antes daquele dia (v. DIA DO SENHOR) enviaria o seu mensageiro para preparar o caminho. Aqueles que se arrependessem e voltassem para Deus seriam novamente o seu povo (2.17—4.6).
Miquéias, livro de: Miquéias, Livro De Um dos Profetas Menores (v. LIVROS PROFÉTICOS DO AT), que traz as mensagens de Deus a Israel e a Judá anunciadas por Miquéias de 740 a 687 a.C. O profeta previu a queda de SAMARIA 2, (1.6-7). Vendo que JUDÁ 3, corria o perigo de sofrer o mesmo castigo, Miquéias mostra que Deus odeia a idolatria, a injustiça, a corrupção e o ritualismo religioso vazio. Contudo, ele afirma que Deus não só castiga, mas também tem prazer em perdoar. Finalmente, o profeta declara que o povo de Deus terá um futuro glorioso através do Rei que irá nascer em Belém (4.1-4; 5:2-4).
Naum, livro de: Naum, Livro De Um dos Profetas Menores (v. LIVROS PROFÉTICOS DO AT). Em linguagem poética, Naum descreve a queda de Nínive, a capital da Assíria, que foi conquistada pelos babilônios em 612 a.C. Ele vê a queda de Nínive como o castigo que Deus manda sobre um povo perseguidor e cruel.
Neemias, livro de: Neemias, Livro De Livro que relata as atividades de Neemias e de outros líderes em Jerusalém, depois do retorno do CATIVEIRO (caps. 1—2). Suas atividades envolveram a reconstrução das muralhas de Jerusalém (caps. 3—7), a renovação da ALIANÇA 1, (caps. 8—10), e reformas políticas e sociais (caps. 11—13). V. também ESDRAS, LIVRO DE.
Números, livro de: Números, Livro De Quarto livro do PENTATEUCO, que tem esse nome porque nele há duas contagens dos israelitas. A primeira foi feita quando saíram do Egito (cap. 1), e a outra, 40 anos mais tarde, antes de entrarem na terra de Canaã (cap. 26). Entre esses dois capítulos é contada a história da caminhada dos israelitas até Cades-Barnéia, no sul de Canaã, onde permaneceram por muitos anos, deslocando-se no final para a região montanhosa que fica a leste do rio Jordão. Essa história mostra que o povo muitas vezes ficou desanimado e com medo diante das dificuldades, revoltando-se contra Deus e contra Moisés. Mas a história mostra também a fidelidade de Deus e o seu cuidado constante para com o seu povo. Finalmente, o livro de Números fala da firmeza de Moisés, que às vezes perdia a paciência, mas sempre mostrava ter um espírito de dedicação a Deus e ao seu povo.
Obadias, livro de: Obadias, Livro De Quarto livro dos Profetas Menores (v. LIVROS PROFÉTICOS DO AT). Nesse livro, Obadias anuncia a destruição de EDOM 2, tendo em vista que os edomitas não somente se alegraram com a derrota dos israelitas pelos babilônios em 586 a.C., mas também ajudaram o inimigo e aproveitaram a oportunidade para SAQUEAR Jerusalém. Por causa desse pecado, os edomitas seriam castigados e derrotados junto com os outros povos que eram inimigos do povo de Deus. Israel, porém, voltaria a ser próspero e poderoso.
Oséias, livro de: Oséias, Livro De Livro que contém as mensagens de OSÉIAS para o povo de Israel, que, por causa da IDOLATRIA, ia ser castigado por Deus. Mas Deus não os abandonaria e estaria sempre pronto para salvá-los. A experiência dolorosa do profeta com a sua esposa levou-o a descrever o relacionamento entre Deus e o povo de Israel como o de um marido fiel com a sua esposa infiel. Israel se tornou infiel quando começou a adorar ídolos e deuses falsos. Por isso, Deus ficou irado e vai castigar o seu povo. Mas o seu amor não tem fim, e ele não rejeitará o seu povo para sempre (11.8).
Provérbios, livro de: Provérbios, Livro De Livro de sabedoria prática. Ensina que a religião está ligada aos problemas comuns da vida. Começa lembrando que, “para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o SENHOR” (1.7, NTLH). Trata também de assuntos de moral, de bom senso e de boas maneiras. Os provérbios revelam a sabedoria dos antigos mestres sobre o que a pessoa sábia deve fazer em certas situações. Alguns provérbios são a respeito das relações de família; outros, sobre o comportamento nos negócios. Alguns tratam de boa educação nas relações sociais; e outros, da necessidade de a pessoa saber se controlar. Entre outras coisas, eles ensinam a humildade, a paciência, o respeito pelos pobres e a lealdade para com os amigos.
Reis, primeiro livro dos: Reis, Primeiro Livro Dos Livro que continua a contar a história dos reis israelitas começada nos dois livros de Samuel. Este livro se divide em três partes:

1) A morte de Davi e o começo do reinado de Salomão (1—2).

2) O reinado de Salomão (3—11).

3) A divisão da nação em dois reinos, o do Norte (Israel) e o do Sul (Judá), e a história dos reis que governaram até a metade do século nono a.C. Neste livro é contada a história do profeta Elias, que combateu os profetas de BAAL (12—22).
Reis, segundo livro dos: Reis, Segundo Livro Dos Livro que conta a história dos dois reinos, sendo uma continuação de 1Rs. Pode ser dividido em duas partes:

1) A história dos dois reinos, desde o ano 850 a.C. até a queda de Samaria e o fim do Reino do Norte em 721 a.C. (1—17).

2) A história do Reino do Sul, desde 721 a.C. até a conquista e a destruição de Jerusalém por NABUCODONOSOR, em 586 a.C., ficando Gedalias como governador de Judá (18—25).
Rute, livro de: Rute, Livro De Livro que conta a história de RUTE, acontecida no tempo dos JUÍZES 2. Este livro conta as bênçãos que uma GENTIA recebeu quando passou a pertencer ao povo de Israel, mostrando sua fidelidade ao Deus do seu povo adotivo.
Salmos, livro dos: Salmos, Livro Dos Coleção de hinos de Israel, escritos por diferentes autores, durante um período de mais ou menos 800 anos. Há vários tipos de salmos: hinos de louvor a Deus; orações pedindo ajuda, proteção e salvação; pedidos de perdão; canções de agradecimento pelas bênçãos de Deus; orações em favor do rei; canções para ensinarem as pessoas a fazerem o bem; súplicas para que Deus castigue os inimigos; e outros. As orações às vezes são pessoais; outras vezes são nacionais, em favor de todo o povo. A forma usada na poesia bíblica se chama PARALELISMO, que, aliado à riqueza de comparações, dá graça e beleza aos salmos. Jesus cantou os salmos e os citou várias vezes. Eles foram citados mais de cem vezes pelos escritores do NT. Através dos séculos, os salmos têm sido uma fonte de inspiração e devoção nas reuniões da Igreja Cristã e no seu trabalho missionário. Os salmos estão agrupados em cinco livros, que começam com os de número 1, 42, 73, 90 e 107.
Samuel, primeiro livro de: Samuel, Primeiro Livro De Livro que descreve a passagem do período dos JUÍZES 2, para o dos reis: SAMUEL foi o último juiz; SAUL e DAVI foram os dois primeiros reis do reino unido de Israel. O livro ensina que a obediência traz bênçãos, enquanto que a desobediência leva à desgraça.
Samuel, segundo livro de: Samuel, Segundo Livro De Livro que é a continuação de 1Sm. Nele se conta a história de DAVI, que foi primeiramente rei de Judá, no Sul (1—4), e depois de toda a nação, incluindo Israel, no Norte (5—24). Davi, homem de profunda fé e dedicação a Deus, venceu os inimigos, firmou-se no poder e estendeu o reino. Mas ele cometeu pecados de crueldade e violência. Todavia, advertido pelo profeta Natã, ele confessou os seus pecados e aceitou o castigo de Deus. Davi marcou presença como rei de Israel, tanto que, mais tarde, em tempos de sofrimento, o povo pedia um rei que fosse “um filho de Davi”, que fosse igual a ele (Jr 23:5); (Os 3:5); (Mt 21:19).
Sofonias, livro de: Sofonias, Livro De Livro em que o profeta fala do DIA DO SENHOR 1, quando ele iria castigar o povo de Judá e de Jerusalém. Os outros povos também seriam castigados. Mas, depois, Jerusalém receberia de novo as bênçãos de Deus.
Zacarias, livro de: Zacarias, Livro De Livro que contém as mensagens de ZACARIAS 3, um dos profetas que voltaram do CATIVEIRO. Nos caps. 1—8 há uma série de visões referentes à reconstrução de Jerusalém e do Templo. Zacarias fala também do perdão de Deus e da vinda do Messias. Os caps. 9—14 falam a respeito do Messias e do juízo final.

Dicionário de Jesus e Evangelhos

Autor: César Vidal Manzanares

Livro da vida: Livro da vida Livro em que se acham inscritos aqueles que receberão a vida eterna por serem discípulos de Jesus. Ter o nome escrito nesse livro é motivo de maior alegria do que ver os demônios submeterem-se à autoridade que os seguidores de Jesus têm sobre eles (Lc 10:19-20).

Pequeno Abc do Pensamento Judaico

Alfabeto hebraico: O alfabeto hebraico moderno consiste em vinte e duas letras, todas consoantes, tendo algumas também uma função vocálica. Os caracteres são escritos e lidos da direita para esquerda, de modo que as páginas e linhas de livro hebraico começam à direita. Não existe distinção entre as maiúsculas e minúsculas. Todos os caracteres são escritos separadamente. Existem cinco letras (c,m,n,p. ts) que tomam uma forma especial, quando são a última letra da palavra e são chamadas "finais". As letras hebraicas são também usadas para sinais numéricos; este costume não é bíblico e provavelmente provem dos gregos. As letras de alef a tet são empregadas para as unidades em ordem crescente; similarmente de "iúd" ao "tsáde" para as dezenas; de "co£" a "caf" para as centenas (até 400); e 500 a 900, os números são geralmente expressos pela combinação do "tav" com os outros sinais usados para as centenas, ou ainda ocasionalmente, pelas letras finais "caf" (500) "mem" (600), "nun" (700), "pei" (800), "tsade" (900). Dois pontos sobre a letra indicam mil. As composições dos números-milhares, centenas, dezenas e unidades são expressas por uma combinação de letras, sendo que os números mais altos, são colocados no sentido da direita. Nos textos hebraicos modernos vocalizados, 14 sons vocálicos podem ser expressos por pontos diacríticos. Cada sinal têm um nome, que geralmente indica a natureza do som usado em sua pronúncia. Os sinais vocálicos são usados atualmente, apenas em bíblias impressas, textos escolares, livros de orações, poesias, e assuntos semelhantes onde há o risco de se estabelecer uma confusão.
Anjos: A crença em anjos jamais foi considerada básica ou indispensável ao judaísmo. Hoje, os judeus renunciaram, definitivamente, à crença em anjos, e voltaram ao ponto de vista racionalista de alguns dos filósofos judeus medievais. Os anjos figuram em nossa poesia religiosa e aparecem em algumas das orações, mas eles não constituem assunto de preocupação intelectual ou espiritual. Os livros de orações dos conservadores eliminam a maioria das referências cabalísticas, mas retêm as antigas orações como a KEDUSHÁJ na qual os anjos são retratados como cantando louvores a Deus, no Céu. Os livros de oração dos reformistas eliminaram, virtualmente, toda referência a anjos (RLB). Veja também: MALACH.
Bamidbar (bibl): O quarto livro da "Lei de Moisés", foi denominado, em hebraico "Bamidbar" (no deserto) pois nele está narrada a história dos israelitas em sua larga permanencia no deserto. Denominou-se também "Humasch Hapekudim" (Livro dos Censos), pelos diversos censos incluídos nos seus primeiros capítulos. A "Versão dos Setenta" chama este livro de "Aritmoit (Números). Entretanto, o sentido que eles quiserem dar com esta denominação, é de censos. O conteúdo de "Números" pode-se dividir, em três partes principais. Na primeira encontram-se os censos e as disposições das trifrus, antes de empreender a viagem pelo deserto; a consagração dos Levitas para o serviço do Tabernáculo; as leis do Nazireado, da mulher suspeita de infidelidade, e outras diversas leis e acontecimentos ocorridos passados antes da partida do Sinai. A segunda parte inclui quase tudo o que sucedeu ao filhos de Israel em sua vida no deserto. Na parte final são relatados os acontecimentos até a chegada dos israelitas às margens orientais do rio Jordão. A morte de Arão, a criação da serpente de cobre, as vitórias sobre os rei "Sihon" e "Og", entremeado de leis, e outros relatos. De ponto de vista literário, "Números" desperta muito interêsse pelo seu estilo, tanto dramático como legislativo, em todas as suas partes. Este livro contém mil e duzentos e oitenta oito versículos (MMM).
Bar mitsvá: O jovem judeu ao atingir a idade de 13 anos, contados pelo calendário hebraico, converte-se em Bar-Mitsvá ou seja, pela tradução literal "Sujeito ao Mandamento". Isto significa que a partir desta data está "sujeito" isto é, eleve participar e praticar todos os 613 mandamentos divinos, sendo ele mesmo responsável por todos os seus atos. Até o momento de tornar-se Bar-Mitsvá, cabe ao pai ou tutor toda a responsabilidade dos atos bons ou maus praticados pelo seu filho. A partir deste momento a responsabilidade é exclusivamente do jovem que agora passa a integrar a comunidade, como um adulto no sentido do cumprimento das Mitsvot (mandamentos). Estes 613 mandamentos fundamentais representam a estrutura de toda a moral judaica, estabelecendo normas de conduta em todos os momentos de vida do homem, quer nas suas relações com os seus semelhantes, quer nas suas relações com o Todo Poderoso. Ao lado desta responsabilidade moral adquire o Bar-Mitsvá o privilégio de o "Minyan" isto é, ser um membro do grupo de dez homens, número este que a lei judaica exije como o mínimo para a realização de qualquer ato religioso de caráter público. Como membro de Minyan, o Bar-Mitsvá está, então, sujeito a todos os deveres e obrigações dos seus integrantes adultos. Deve-se assinalar, entretanto que a solenidade da Bar-Mitsvá marca apenas o momento inicial da maturidade física e psíquica do indivíduo e não o momento em que esta se completa. A partir desta idade, o jovem começa a tomar consciência dos problemas que o cercam e aos seus semelhantes mareando pois, a sua inclusão como membro da sociedade, tornando-se apto para lutar pelos seus interesses e necessidades. O costume da Bar-Mitsvá data do século XVI . A Torá (Velho Testamento) não o menciona. O Talmucl apenas faz alusão ao fato de os jovens, a partir dos treze anos, começarem a transformar-se em homens adultos, não estabelecendo, porém, normas nem a idade exata para o acontecimento. A primeira referência escrita sobre a sua celebração é encontrada no Código Religioso, de Ética, Moral e Conduta Humanas chamado "Shulchan Aruch" compilado em meados do século XV I por Yoself Karu. Segundo este Código, o primeiro sabado que segue ao 13-o aniversario do jovem é o dia de seu Bar-Mitsvá. Durante os meses que antecedem a esta data importante, o jovem aprende as noções fundamentais da História e tradições judaicas, as orações e costumes do povo, estudando os princípios que regem a fé judaica. No sábado da comemoração o jovem recita um capítulo da Torá (Parashá) e um capítulo dos Profetas (Haftará), com a melodia tradicional apropriada para estes capítulos. Esta melodia baseia-se numa escala de notas musicais padronizadas para a leitura em público dos capítulos da Torá e do Livro dos Profetas. A cerimônia religiosa é seguida de uma reunião festiva que é oferecida pela família do Bar-Mitsvá aos parentes e pessoas mais chegadas à família. (Dr. Jaime T. Waiman).
Bereshit (bibl): O primeiro livro do Pentateuco chama-se GÊNESIS, isto é, "origem" e em hebraico "BERESHIT", que significa "no principio". Esses títulos são adequados a um livro que trata da criação do mundo, das origens do gênero humano e da iniciação da história do povo hebreu. O livro está dividido em 3 partes: a primeira trata do princípio do Mundo e da Humanidade (Cap. 1-12); a segunda, da vida patriarcal (Cap. 12-36) e a terceira, da história de José. Bereshit tem. 12 seções, as quais são lidas no Sefer Torá (Rolo da Torá), nas casas de oração, em 12 sábados após a Festa de "Simhá Torá". Esse primeiro livro do Pentateuco contém mil quinhentos e trinta quatro versículos (MMM),
Berit (hebr): Aliança. Entendimento entre Deus e pessoas ou nações. A Bíblia cita diversas alianças: com Noé, simbolizada pelo arco-iris; com Abraão, pelo ato de circuncisão; com os filhos de Israel no Sinai; etc. Sem dúvida, a aliança de maior importância é a entrega dos DEZ MANDAMENTOS, conhecida também por "Tabuas da Aliança" ou "Livro da Aliança", que une e encarrega o povo de Israel da responsabilidade histórica, de respeito das leis Divinas pelo Homem.
Deus: É o ente criador, ordenador, mantenedor e senhor absoluto de todas as coisas. A crença na sua existência nunca foi objeto de dúvida entre os diversos povos, e a Bíblia começa a narrar a história da criação, dando-o como anterior a todas as coisas criadas: "No princípio criou Deus o céu e a terra". (Bereshit bará Elohim. . .) . Ao aparecer a Moisés incumbindo-o da missão de libertar o povo hebreu do cativeiro dos Faraós, manifesta-se-lhe numa sarsa ardente, é quando Moisés lhe pergunta: "Quando eu for para junto dos Israelitas e lhes disser que o Deus dos seus pais me enviou a eles, que lhes responderei se me perguntarem qual é o seu nome? Deus respondeu a Moisés: EU sou AQUELE QUE SOU. Eis como responderás aos israelitas (Aquele que se chama) EU SOU me envia junto de vós, Deus disse ainda a Moisés: "Assim falarás aos Israelitas: é IAVÉ, O Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, que me envia junto de vós. - Este é o meu nome para sempre, é assim que me chamarão de geração em geração. " A noção que os israelitas tinham de Deus era transcendental. Nem sequer admite a sua figuração, donde o combate acirrado à idolatria, e que constituí, por assim dizei', o próprio fundo da história hebreia. Proclamou Isaías: "O Senhor é um Deus eterno. . . ninguém pode sondar a sua sabedoria" "Insondável é a sua grandeza" - diz o Salmista " Os céus proclamam a sua glória. . . o firmamento anuncia a obra de suas mãos". Seus atributos são a cada passo louvados e encarecidos. Assim a unidade, a personalidade, a beatitude, a bondade, a beleza, a eternidade, a glória, a imensidade, a impassibilidade, a independência, a infalibilidade, a inteligência, a invisibilidade, a justiça, a misericórdia, a universalidade de sua presença, a providência, a onipotência, a sabedoria, a espiritualidade e a veracidade. O povo israelita teve sempre Deus como ser supremo, o ser sobrenatural e inconfundível com todos outros seres. O seu nome era indizível, a ninguém era lícito preferi-lo; apenas o Sumo-Sacerdote poderia dizê-lo e isso uma única vez por ano, ao penetrar no Santo dos Santos no dia da Expiação. Devido a isso, designavam-no por epítetos, por uma circunlocução, ou ainda por alguns de seus atributos. Estes eram inúmeros. Os rabinos contavam pelo menos 15, Desde o começo do mosaísmo empregou-se para a divindade o termo IAVÉ (YAHWEH). Desse tetragrama formam-se ADONÁI e JEHOVAH. Na VULGATA Latina, Iavé se traduz por DOMINUS, isto é "O Senhor", na versão grega dos Setenta por KTRIOS, o rei, o soberano, IAVÉ é vocábulo do verbo "ser" em hebraico, e significa: o que existe, o que existiu sempre, e que possui a vida em toda a sua plenitude. ELOHIM é o nome comum de Deus na forma de plural mamajestático, usado em sentido análogo, aplicando-se aos príncipes e potentados, e ainda aos juízes com a significação de poderosos. Toma-se também em sentido genérico. Provém da raiz "alah", buscar refúgio, podendo significar também "terror", "objeto de terror". Na opinião de alguns intérpretes é aumentativo de EL (arameu fenício), ou mesmo essa palavra na forma do plural. Eusébio interpreta o vocábulo com o sentido de "força", potência, ELOHIM é vocábulo anterior a IAVÉ e foi empregado por Moisés como designativo d "Deus Senhor e criador do mundo", TÉOS no Setenta; IP, no acadiano, EULU, no árabe islâmico, é o nome genérico de Deus. Gomo se aplicasse também aos deuses falsos, para distingui-los do verdadeiro empregavam EL HAI o Deus vivo. EL ELION é o Deus altíssimo, EL é tomado em sentido determinativo. Raras vezes faziam preceder o vocábulo do artigo: há - EL o deus por excelência, ELOHIM é a forma mais frequente. Usavam-se ainda as denominações: SHADAI, que significa: o onipotente. O vocábulo JEHOVÁ é empregado na Bíblia nada menos de seis mil vezes. ELION é nome comum de Deus, correspondente ao fenício BAAL, que significa "senhor". Propriamente entretanto signific " o que está em cima", " o supremo", "EL SHADAI" é a denominação que prevalece na história dos patriarcas. Nos livros históricos (a começar pelo de Samuel) aparece a forma IAVÉ TSEBAOT, que encontramos nos profetas. Também se aplicou ao Deus de Israel a forma fenícia BAAL. Mais tarde com a guerra ao baalismo estrangeiro, a forma foi banida como idolátrica, emprestando-se lhe o sentido de falsa divinidade. Encontra-se ainda nos livros santos a forma MELECH como sinônimo de IAVÉ. Em Isaías vamos deparar cora KEDOSH ISRAEL, significando "Santo de Israel". A expressão "Deus dos Céus" aparece na época de Esdras sob a forma "ELOHE HASHAMAIM". Outra particularidade interessante da conceituação semítica de Deus é que em ocasião alguma discute a sua existência; a crença no Deus onipotente, onipresente e oniciente foi sempre ponto incontestável para Israel. A relação da divindade com os homens é (em sua parte) direta e sem intermediários. (JS)
Deuteronômio (bibl): Quinto, e último livro da "Lei de Moisés", denominado também "MISHNÉ TORÁ". Veja R DEVARIM: .
Devarim (bibl): O quinto livro da "Lei de Moisés" denomina-se em hebraico "DEVARIM", o que significa "palavras", pela razão de começar este livro com "Elle Hadevarim" (estas são as palavras). Denomina-se também "Mishné Torá", palavras encontradas neste livro (Cap. 17,18) e que foram explicadas no Talmude (Sanh. 21) como "segundo livro da Torá" que o rei de Israel levava consigo, além daquele que ficava guardado nos seus arquivos. A versão grega traduz estas duas palavras: "Mishné Torá", como To deuteronomion (a segunda lei), daí o nome Deuteronômio adotado também pela vulgata latina. Este livro apresenta-se de um modo geral em forma de discursos pronunciados por Moisés ao povo israelita, em que ele o repreende pelas suas faltas passadas, exorta-o a observar as leis divinas, indicando o castigo aos que as transgredirem e as promessas dê Deus aos que escolhere "a senda da vida". Grande é a concepção religioso-moral que domina todo o livro e por isso os nossos rabinos disseram que o Deuteronômio e os Profetas foram os que salvaram o judaísmo para sobreviver até os nossos dias. Nenhum dos quatro livros do Pentateuco tem unidade de estilo e linguagem como o Deuteronômio. A crença tradicional atribui, com razão, este livro a Moisés. As hipóteses dos críticos de que ele foi escrito por Jeremias ou na metade do século VI I antes da era comum, não têm fundamentos essenciais. O Deuteronômio contém a maior parte da religião israelita e sua filosofia. O Deuteronômio contêm novecentos e cinquenta cinco versículos, (MMM) DIAS DE JEJUM Veja também: TAANIYOT.
Elochim (hebr): Nome genérico de Deus entre os Patriarcas. A forma simples é Eloá. É frequente na Bíblia o emprego do plural pelo singular. Alguns veem nesse emprego vestígios de antigo politeismo. No Livro de Gênesis encontra-se a forma IAVÉ-ELOHIM, que se atribui ao derradeiro redator da obra. O emprego das duas formas nos livros mosaicos fez com que se distinguissem duas diferentes redações: J ou i (iavista), na qual é o nome de Deus IAVÉ; e E (eloista), onde aparece o nome divino sob designação de ELOHIM (JS) Veja também: DEUS
Escribas: Eram os amanuenses, os notários, os secretários e os intelectuais entre os antigos. Encarregavam-se das edições e das transcrições dos livros, particularmente os sagrados, entre os Hebreus. Em geral procediam da classe sacerdotal. Na transcrição dos livros santos, observavam regras e faziam determinadas abluções. (JS)
Êxodo (bibl): Segundo livro do Pentateuco. Veja também: SHEMOT.
Gênesis (bibl): O primeiro livro do Pentateuco. Veja também: BERESHIT
Hagadá (hebr): Narração. Livro modesto, mas o mais popular da literatura hebraica, apresenta em forma de antologia ura esquema simples e impressionante da origem do judaísmo. Na noite de Seder (véspera de Passah), cada pai relata a seu filho a história do êxodo. Foi assim que se formou durante gerações esta tradição de ler a Hagadá, com as suas perguntas e respostas, com seus hinos alegres e melodiosos, com as suas discussões sutis e seus cânticos deliciosamente ingênuos. Embora a prática do Seder remonte a época muito distante, os manuscritos mais antigos da Hagadá, datam somente do século XIII .
Haskama: Aprovação de um colégio rabínico ou de uma autoridade reconhecida para a publicação de ura livro. Corresponde ao "imprimatur" dos católicos.
Helenistas: Eram assim chamados os judeus da Diáspora que falavam a língua grega em contraposição aos que haviam permanecido na Palestina e falavam o aramaico. Foi por iniciativa dos judeus helenistas (eolônia de Alexandria, no Egito) que começou a ser 'feita a primeira versão da Bíblia (do hebraico para o grego), conhecida vulgarmente por versão dos Setenta. Essa tradução ficou, segundo uma antiga versão a cargo de 72 Sábios da Palestina, pelo Sumo Sacerdote Eleazar, para atender a um pedido do Faraó Tolomeu Filadelfo (285-247 a C.), tendo sido assim iniciada no III Século a C. A princípio foram vertidos apenas os primeiros livros (Pentateuco); os demais se traduziam gradativamente até cerca 150 a C. (JS)
humash (hebr): "Lei de Moisés" - conjunto dos cinco livros da Bíblia. Veja também: PENTATEUCO e TORÁ
humash hapekurim (bibl): Quarto livro da "Lei de Moisés" também chamado "Bamidbar".
Juízes (bibl): Chefes guerreiros do povo hebreu. durante os duzentos anos que se seguiram à ocupação da terra de Canaã. O livro que traz esse nome, e que continua o de Josué, narra a morte deste até o nascimento do Profeta Samuel, autor dos dois livros que se seguiram e que ainda hoje trazem o seu nome. Os Juízes combateram os inimigos do povo hebreu e bateram-se com denodo pela pacificação do país, o que apenas foi conseguido durante os reinados de Davi e de Salomão. O número dos juízes eleva-se a mais de 15, e foram os seguintes: Otoniel, Aod, Sangar, Jael, Débora, Barac, Gedeão, Abimelech, Tela, Jair, Jeffte, Abesan, Alalon, Abdon, Sansão, Heli e Samuel, (JS)
Kazars: Povo de origem mongol, da região entre os rios Don e Volga influenciado pelas comunidades judaicas persa e babilônica; aceitou, nos meados do século VII, através do seu monarca Bulan (cujo nome transformou-se em Obadia) e religião mosaica. Um século depois, entre 700 e 730, todos os súditos já seguiam os preceitos de Moisés. Treze reis se sucederam no trono do rei até que o rei Josef, numa correspondência trocada com o sábio judaico da Espanha, Hasdai Ibn Sharprut, revelou aos judeus do mundo ocidental a existência do reino judaico nas estepes da Asia. No século XII apôs contínuos ataques dos mongóis, os habitantes deste reino espalharam-se pela Ucrânia e em parte chegaram na Polônia fugindo dos massacres. (MM) Iehuda Halevi se inspirou no incidente de sua conversão para o seu importante livro filosófico "CUZARI".
Ketuvim (hebr): Terceira parte da Bíblia, em termo grego: HAGIÓGRAPHOS. Abrange os Salmos, Provérbios, Job, Cânticos dos Cânticos, Ruth, Livro das Lamentações, Kohelet, Ester, Daniel, Ezra, Nehemi e Crônicas.
Leis religiosas: Nenhum livro incorpora todas as leis religiosas a que estão sujeitos os judeus. O máximo, que se alcançou na compilação de um código legal único é representado pelo SHUIhAN ARUh -obra do século XVI, de autoria de José Caro, repositório das leis básicas que hoje norteiam a maioria dos judeus ortodoxos do mundo ocidental. Mas embora eles aceitem a maior parte do Shulhan. Aruh, ainda assim não o consideram o corpo integral da lei judaica, soma de todos os códigos- aceitos, comentários, emendas e responsa (resposta dos rabinos aos problemas suscitados pela experiência prática) contidos numa biblioteca inteira de escritos judaicos. Outra obra de padrão é o Código de Maimônides, que registra, sistematicamente e logicamente, as opiniões contraditórias do Talmude. Nem mesmo a Bíblia pode ser considerada norma imutável para a prática religiosa. Nas leis bíblicas (por exemplo relativas à poligamia, à cobrança de décimos, à escravidão, etc) que caducaram pela sua reinterpretação. Neste sentido, a lei rabínica e a Bíblia não são idênticas.
Levítico (bibl): Terceiro livro de Pentateuco. Veja também: VAYIKRA
Livro da vida (hebr): SEFER HAhAYIMNa Bíblia se menciona um livro no qual Deus inscreve aqueles que devem viver. Ser cancelado deste livro significa a morte. Nos diversos trechos de Ezequiel, Isaías e nos Salmos encontramos alusões poéticas ao "Livro da Vida". Também na liturgia das grandes festas esta é uma imagem que se repete frequentemente.
Liturgia: Ordem e forma para celebração dos ofícios divinos. Todo ato litúrgico se realiza entre os judeus com a presença de um "quorum" composto de 10 homens, maiores a 13 anos. (MINYAN). Este minyan é indispensável para a leitura pública da Torá, para a bênção dos KOHANIM, para as orações nas sinagogas, para a cerimônia dos casamentos, circuncisões, enterros e para a recitação do KADISH. Existem diversos ritos os quais surgiram em diversas épocas e em diversos países. As três principais formas litúrgicas são: ASKENAZI (dos judeus da Europa Central), SEFARADI (dos judeus espanhóis, portugueses, turcos etc.) e YEMENITA (parecido com o sefaradi, usado no Oriente). A liturgia básica é dividida em serviços da manhã (SHACHABIT), na tarde, (MINHÁ) e da noite (MAARIV). São usados livros de orações, para dias normais e sábado: SIDUR, e para grandes festas: MAhSOR. As rezas (orações) têm a sua cronologia, mas em diversos ritos têm diferentes e variadas execuções. É notável como apesar das distâncias no tempo e no espaço, os judeus preservaram uma grande uniformidade na estrutura de sua liturgia.
Livro dos provérbios: Veja: MISHLEI
Mahzor (or): Ciclo ou período. Livro de orações existentes para cada festa, comumente usado para designar o livro de reza de Rosh Hashaná e Yom Kippur.
Menorá: Candelabro de sete braços, um dos símbolos do judaísmo. O "Zohar" disse que a "Menorá" simboliza a árvore da vida, e os sete braços, os sete planetas ou as sete palavras que compõem o primeiro versículo do Gênesis. Uma imagem histórica da antiga "Menorá", encontra-se sobre o Arco de Triunfo de Tito, em Roma, mas esta não se assemelha de modo algum ao candelabro descrito no Livro Sagrado. (MMM)
Messianismo: Tendência histórica no povo judaico de apressar a vinda do Messias e ver compridos os ideais de redenção nacional e universal, expressa nos livros proféticos.
Mishlei (hebr): Livro dos Provérbios. Este livro pertence nitidamente ao período em que os reis já não eram, na Judeia, mais do que uma recordação romântica. As suas secções mais antigas talvez remontem ao ano de 400; as mais recentes, mais ou menos a 200 antes de Cristo. Infere-se isto da espécie de problemas que neles se discutem e mais ainda, dos que estão mencionados. Não se encontram referências ao perigo de idolatria, tão frequentes nos profetas. Não se gastou tempo em discutir assuntos puramente nacionais o nome de Israel nem sequer aparece nos Provérbios e os alvitres são de índole universal. Há uma apreciação franca das coisas boas desta terra as suas recompensas, honras, riquezas e prazeres e conselhos muito sagazes quanto ao modo de as conseguir. A monogamia é admitida; o comércio sobreleva a agricultura; a prudência, a economia, a iniciativa - virtudes caracteristicamente urbanas são louvadas sem restrições. Tudo isso indica uma vida social relativamente adiantada. O tom fundamental, porém, ainda é o que se encontra nos livros hebraicos mais antigos. Embora, neste documento, a salvação seja quase o equivalente da prosperidade, o meio de a alcançar ainda é a equidade. (LB)
Mishné torá (bibl): Quinto e último livro da "Lei de Moisés" denominado também "DEVABIM". Veja também: DEVARIM Também "Reeapitulação da Lei" ou Yad Hahazaka" (a mão forte), título da obra de Moisés Maimônides (1135-1204) de 14 volumes, escritos em hebraico, que codifica toda a lei rabínica do Talmude. Trabalho filosófico e obra básica para orientar-se na tradição rabínica.
Moisés: Maior de todos os Profetas, supremo legislador hebreu e seu libertador do jugo dos Egípcios. E autor dos primeiros cinco livros da Bíblia. Sua história é narrada no Pentateuco e principalmente no Êxodo e Números. A Moisés se deve o monoteísmo, culto a um único Deus e ainda a aliança de Iavé com seu povo.
Mulher: Toda véspera de sábado, a família praticante recita o último capítulo dos Provérbios, como tributo à esposa e à mãe, ideais do Judaísmo. As virtudes exaltadas naqueles vinte e dois versos resumem os dotes de uma perfeita esposa: um ser humano reverente, eficiente, compreensivo, de um otimismo alegre, de coração aberto para socorrer os necessitados que lhe batem à porta e, acima de tudo, a pessoa sobre quem toda a família pode apoiar-se. Desde o bíblico livro dos Provérbios até as modernas baladas populares judaicas, a esposa e a mãe tem sido descritas como a encarnação da terna dedicação, do altruísmo e da fidelidade à própria crença. A mãe impõe o tom espiritual à vida familiar, é a principal responsável pelo desenvolvimento do caráter dos filhos, e mantém a família unida em face da adversidade. A tradição judaica impõe poucas obrigações rituais à mulher na vida da sinagoga, mas atribui-lhe a responsabilidade total em relação à atmosfera de piedade do lar e à preservação dos ideais judaicos. Ela reúne os filhos em torno de si na véspera do sábado para ouvirem-na pronunciar a bênção das velas, prepara a casa para cada festa e para os Grandes Dias Santos, e cria um ambiente de jubilosa expectativa. Nas velhas comunidades judaicas, a educação das crianças até a idade de seis anos cabia às mulheres, a fim de que, naquele período impressionável, pudessem ensinar a seus filhos os valores eternos. Mais importante, porém, era o tradicional papel da conselheira da família inteira desempenhado pela esposa e pela mãe. Diz o Talmude: "Não importa a pequena estatura de tua mulher, irnclina-te e pede-lhe conselho", (MNK)
Neviim: Profetas. Em assírio, "nabu", em etiópico "nababa", em hebreu "nabi", é aquele que fala em nome de Deus. É o órgão da divindade, o porta-voz, o oráculo, o orador de Deus, que faz conhecer a sua vontade. Os judeus chamaram "profetas" a todos os seus autores inspirados. Assim, denominavam "Profetas Anteriores" os autores das narrativas contidas nos livros de Josué, Juízes, Samuel e Reis dando o nome de "Profetas Posteriores" aos profetas propriamente ditos, que são os três maiores (Isaías, Jeremias e Ezequiel) e os Doze Profetas Menores. Os profetas revelavam a vontade de Deus e, além disso mandavam, agiam, condenavam, ameaçavam, prometiam, e prediziam. Este último aspecto foi o que maior impressão causou no ânimo do povo, para quem "profeta" era o que anunciava com antecipação o que deveria suceder. O estilo profético aproxima-se bastante do estilo poético. Em geral as profecias contidas na Bíblia não passam de resumo de oráculos proferidos pelos profetas. Sua linguagem quase sempre se avizinha do sublime. Em todas as épocas da história "bíblica vemos aparecer profetas, a começar de Moisés que foi o primeiro deles. (JS)
Números (bibl): Quatro Livro da "Lei de Moisés" "Veja também: BAMIDBAR.
Paciência: Atributo de Deus, e uma das virtudes mais ponderadas na Bíblia. A expressão hebraica "erech apayim" se aplica a Deus, como qualidade divina. A paciência humana deve expressar-se como fé em Deus e confiança na salvação final. Job é o livro clássico da Bíblia que realça a paciência. Na lenda, Hillel aparece como sábio mais paciente.
Paraíso: Palavra de origem persa, que significa: parque real, jardim. Nos livros posteriores, na Bíblia, encontramos três vezes com o sentido de jardim (Cant. 4,13) e de parque (Ecl. 2,5; Neh, 2,8). Na literatura apocalíptica e no Talmude se usa como jardim de Deus o sinônimo de "Eden". O paraíso não recebe grande ênfase na visão judaica.
Pentateuco: Chama-se a "Lei de Moisés". Em hebraico Humash, Hamishá, Humshé Torá - ou simplesmente Torá o conjunto dos cinco livros da Bíblia, que são: Gênesis, Êxodo, Lévítico, Números e Deuteronômio. Os nomes que derivam do grego estão relacionados com o conteúdo, enquanto que as denominações hebraicas, com a primeira ou principal palavra do início de cada livro. A autoria do Pentateuco é atribuída a Moisés, que o escreveu sob inspiração divina. A crença afirma que a Torá que possuímos hoje é a mesma que nos transmitiu Moisés. Esta afirmação faz parte dos Treze Artigos de Pé Judaica de Maimônides. Existem três diferentes redações do Pentateuco: a judaica, a samaritana e a grega da "Versão dos Setenta" e a versão latina desta, denominada "Vulgata". A mais próxima à judaica é a grega. A redação judaica foi focalizada pelos rabinos massoraitas, aproximadamente no século VII da era comum. A redação samaritana, a mais recente das três, difere bastante da judaica e da versão grega. O Pentateuco contém a história do homem, a origem do povo hebreu e toda sua legislação civil e religiosa, finalizando com a morte de Moisés. No que se refere à autoria dos oito versículos finais da Torá, que tratem da morte e sepultamento de Moisés (Deut. 34,5), o "Talmude" (B.B. 14 b) a atribuiu a Josué, seu sucessor, o qual acompanhou o seu Mestre até os últimos momentos. A Torá contém cinco mil oitocentos e quarenta cinco versículos, (MMM)
Povo da bíblia: A Bíblia que é o maior clássico da literatura universal, é chamada "O LIVRO" por excelência, e o povo judeu é designado como "povo de livro", - por ter dado a Bíblia à humanidade. Mas, por mais lisonjeira que fosse esta designação, ainda assim, este conceito, do ponto de vista literário, é um erro generalizado. O povo judeu não é "apenas" o povo do livro. A Bíblia é, realmente o fundamento da literatura universal do povo judeu, mas em cima deste sólido fundamento foi erguido através de milênios, um imponente edifício de muitos "pavimentos". Na corrente interrupta de 35 séculos sucessivos de produção literária judaica - é a Bíblia "somente" o primeiro elo. (HI).
Purim: Festa celebrada no dia 14 de Aclar ou Ve-Adar. Comemora um episódio da vida judaica na Pérsia, e sua heroína é Ester, a esposa do rei Assuero. Purim tem seu nome da palavra "pur", que significa "sorte", pois que por sorteio escolhera Hamán o dia em que se haviam de cumprir seus sinistros desígnios A história de Ester é relatada no livro da Bíblia, aparece inscrita no rolo separado, a "Megilá", cuja leitura faz parte do cerimonial religioso de Purim.
Rosh hashaná (hebr): Cabeça do ano. Festa do ano judaico, celebrada nos dias 1o e 2o do Tisbri: dias em que segundo a tradição o mundo foi criado. Os outros nomes de Rosh Hashaná são; Yom Hazikaron, (dia da lembrança) Yom Teruá (dia do toque do shofar), Yom Haddin (dia do julgamento). Festa essencialmente religiosa. Celebra-se exclusivamente na sinagoga. Como para as outras magnas datas, as orações estão compiladas no "mahzor" (Livro de orações). Representa um dos dois dias santos mais sagrados da fé judaica e dá início aos Dez Dias de Penitência quando "a humanidade se submete a julgamento perante o trono celestial". Durante esse período, afirma a tradição, Deus perscruta os corações dos homens e examina os motivos de seus atos. É também o período em que os judeus se julgam a si mesmos, comparando seu procedimento durante o ano findo com as resoluções tomadas e as esperanças que haviam acalentado. Na moderna Israel celebra-se o Rosh Hashaná durante um único dia; os ortodoxos continuam a observar dois dias igualmente santificados, conforme o costume mantido desde o primeiro século. A exemplo de quase todos os demais dias santos do Judaísmo as observâncias do Rosh Hashaná incluem certa mistura de solenidade e festividade. O Novo Ano é uma época para reunião da clã, quando tanto os jovens como os anciãos voltam ao lar. O esplendor de seu ritual cria laços emocionais com o Judaísmo até nas crianças pequenas demais para compreenderem e apreciarem plenamente a ética da fé; nos anos seguintes a mente reforça esses laços do espírito e do coração. O símbolo mais importante das práticas do Rosh Hashaná é o shofar, ou chifre de carneiro, que se faz soar durante o culto no Ano Novo e em cada um dos dez; dias de penitência. Em tempos idos, o shofar era instrumento de comunicação. Das colinas da Judeia era possível alcançar todo o país em poucos momentos por meio de apelos de shofar correndo do cume de um monte para outro. Nos ofícios do Rosh Hashaná o shofar é o chamado para a adoração. Conclama os fiéis a se arrependerem de suas faltas do ano decorrido; a voltarem a Deus com o espírito contrito e humilde e a distinguirem entre o trivial e o importante na vida, de modo que os doze meses seguintes possam ser mais ricos de serviços a Deus e aos homens, (MNK)
Satanás: A palavra hebraica SATAN aparece na Bíblia, mas ela significa um obstáculo ou adversário e não tem qualquer implicação seja divina ou demoníaca. Somente em três passagens bíblicas, comparativamente recentes, Satan é personalizado: Em Zacarias II I 1-2 Satanás aparece como o inimigo e acusador do homem diante do trono de. Julgamento de Deus. Deus repreende Satanás por seu testemunho falso.
No Salmo CIX 6, Satanás aparece novamente como um acusador malicioso e falso de um homem inocente e pio.
No Livro de Jó, Cap. I e II, Satanás aparece como sendo um ser celestial a serviço de Deus. Ele discorda do conceito que Deus tem de Jó e proclama que a lealdade do homem é limitada ao próprio interesse. Deus permite que Satanás experimente a lealdade de Jó para consigo. Assim, na Bíblia, Satanás jamais aparece como o rival de Deus ou como Criador do Mal. Nem é ele o adversário de Deus nem tentador e sedutor perpétuo da humanidade. Ele está a serviço de Deus e lhe é subordinado, e age somente com a sua permissão. Ele desempenha o papel de promotor público num julgamento do homem, por Deus.
Em toda liturgia do povo judaico não ocorre uma simples referencia seria a um Satanás de fato. Nenhum dos ramos do judaísmo, hoje, retém qualquer traço de uma crença em Satanás. (RLB)
Shavuot: A festa de "Shavuot" é chama "YOM HABICURIM" (dia das primícias) pois neste dia, oferecia-se no Santuário um dos pães feitos do trigo da nova colheita, denominados "sheté haléhem". Os outros nomes desta festa são: Hag hakazir (Festa da seiva), Yom-matan-Torá (Dia da entrega da Lei) e Festa das Semanas. Entretanto no Talmude, esta festa é chamada "ATSERET" (dia da abstinência de trabalho). (MMM)
Shavuot é a festa das Semanas, ou Pentecostes, que se celebra em fins de maio ou princípios de junho, exatamente sete semanas após a Páscoa. Ao contrário das outras festas principais, é observada apenas durante dois dias (um somente, entre os reformados). Originariamente, o Shavuot era um festejo agrícola, a Festa dos Primeiros Frutos. Mas com o decorrer dos anos adquiriu outro significado, o de aniversário da outorga da Lei. O livro de Êxodo é lido em Shavuot, inclusive o capitulo que contém os Dez Mandamentos. O tema geral dêsse dia é o nosso tradicional amor ao estudo. O Livro de Ruth, a deliciosa história da dedicação de luna jovem moabita à fé que adotou, também se lê na sinagoga durante a Festa das Semanas, (MNK)
Shemot (bibl): O segundo livro do Pentateuco chama-se em hebraico "Shemot" (Nomes) e em grego "Êxodo" (Saida), pois um dos principais acontecimentos nele narrado, é a saída do povo de Israel do Egito. Este livro pode ser dividido em duas partes: uma histórica e outra legislativa. A histórica, trata da vida do "Bené Israel" no Egito; da infância, vocação e missão de Moisés; da libertação do povo, sua peregrinação pelo deserto e a ereção de tabernáculo. A parte legislativa contém uma série de leis civis, morais e religiosas, principalmente o "Decálogo" ou "Dez Mandamentos", que se tornaram, leis universais para toda a humanidade, até hoje. A primeira parte do "SHEMOT" (ÊXODO) narra acontecimentos maravilhosos, com o nascimento e a adolescência de Moisés, a aparição de Deus a ele, os milagres e as pragas, a travessia do Mar Vermelho e a promulgação das leis no Sinai. A segunda parte é narrada em estilo de código legislativo. O "Shemot" é considerado por muita gente, como um dos mais importantes livros do Pentateuco, por seu conteúdo histórico e por apresentar grande parte da constituição civil e religiosa do povo de Israel. Este livro contém mil duzentos e nove versículos, (MMM)
Talmude: Significa literalmente: "ESTUDO". Contém os trabalhos mentais, opiniões e ensinamentos dos antigos sábios judeus, expondo e desenvolvendo as leis religiosas e civis da Bíblia, durante um período de cerca de 8 séculos (desde o ano 300 a O. até o ano 500 d. C.) O Talmude inclui dois diferentes elementos: a Halaha (lei) e a Hagadá (narração). A Halaha reúne os estatutos da oração oral: enriquecidas pelas discussões das escolas da Palestina e da Babilônia; para alcançar as fórmulas definitivas da Lei. A Hagadá, partindo também do texto bíblico, ensina por meio de lendas, alegorias, reflexões de moral e reminiscências históricas. A palavra "TALMUDE" referia-se no princípio somente à Guemara posteriormente, o nome veio a ser aplicado a ambos. Mshná e Guemara e têm a seguinte relação entre si: a primeira é o texto e a segunda o comentário. (MMM) O Talmude consiste em sessenta e três livros legais, éticos e históricos escritos pelos antigos rabis. Foi publicado no ano de 499 D. C., nas academias religiosas da Babilônia, onde vivia a maior parte dos judeus daquela época. É uma compilação de leis e de erudição, e durante séculos foi o mais importante compêndio das escolas judias. O Judaísmo ortodoxo baseia suas leis geralmente nas decisões encontradas no Talmude. Parte considerável dessa obra enciclopédica só oferece interesse a estudiosos profundos da lei. Mas o Talmude é muito mais do que uma série de tratados legais. Intercalados nas discussões dos eruditos há milhares de parábolas, esboços biográficos, anedotas humorísticas e epigramas que fornecem uma visão íntima da vida judaica nos dias que antecederam e seguiram de perto a destruição do estado judeu. É um reservatório de sabedoria tão valioso hoje quanto o foi há mil e oitocentos anos. Os mesmos sábios rabis que nos deram o Talmude compilaram também o Midrash, coleção de comentários rabínicos sobre os ensinamentos morais da Bíblia, frequentemente citados em sermões e na literatura judaica. Em torno de cada verso das Escrituras os eruditos teceram considerações morais, muitas vezes em forma de parábola. Os rabis estudaram a Bíblia com a convicção de que toda a verdade estava encerrada em suas páginas bastando lê-la para desvendar-lhe o opulento acervo de sabedoria, (MNK)
Tanah (hebr): Bíblia. Segundo a tradição judaica, a Bíblia se compõe da: TORÁ (cinco livros sagrados), NEVIIM (Profetas) e KETUVIM (Hagiógrafos). Daí surge o nome TANAh, formado pelas letras iniciais das três partes de que se compõe a Bíblia. Os Ketuvim abrangem as escrituras poéticas (Salmos, Provérbios e Jó) os Rolos e as Escrituras Históricas. Do ponto de vista histórico a BÍBLIA é uma obra de muitos autores e de diversas épocas. As partes mais antigas datam a 1200 a. C. e as mais recentes foram escritas no ano 100 da EC. Veja também: TOHÁ - NEVIIM - KETUVIM
Tehilim (hebr): SALMOS. Existem 150 salmos, subdivididos em cinco livros, que começam respectivamente pelos salmos 1, 42, 78, 90 e 107. A autoria e redação foi anteriormente atribuída a David, mas os estudiosos do assunto acham, que os salmos datam de diferentes épocas. Há diversas formas literárias e poéticas sendo alguns destinados para leitura individual outros para recitações coletivas. Os salmos têm um alto padrão artístico e possuem um profundo sentimento de fé. Os salmos são incluídos na liturgia judaica como também na cristã.
Torá (hebr): Ensinamento da Lei. Especialmente o "Cinco Livros de Moisés. " O termo serve frequentemente para toda a lei judaica. Chama-se também em hebraico: Humash, Hamishá e Humashé Torá. O conteúdo da Torá é realmente a melhor prova do seu caráter Divino. Nenhuma mente humana poderia ter, possivelmente as ideias sublimes da Bíblia na atmosfera cultural e religiosa prevalecente no tempo em que foi escrita. As condições morais e intelectuais do mundo naquele tempo não eram conducentes e mal poderiam servir como uma explanação para as mensagens da Torá. Os escritos antigos e as descobertas arqueológicas modernas tendem crescentemente, a confirmar a autenticidade e a validade da Bíblia. Veja também: PENTATEUCO e também: TANAh
Vayikrá (bibl): O terceiro livro do Pentateuco chama-se "Vayikrá" (e chamou), palavra com a qual começa este livro. Entretanto na linguagem talmúdica, denomina-se "Sefer Torat Cohanim" (livro da lei dos sacerdotes). A "Versão dos Setenta" deu-lhe o título de "LEVÍTICO", porém esta denominação não está de acordo com o seu conteúdo, pois o livro só trata dos Levitas esporadicamente, dedicando a maior parte aos "Kohanim" (sacerdotes) e ao culto em geral. Chamaram-no assim, talvez, porque Aarão e seus filhos, os sacerdotes, pertenciam à tribo de Levi. A primeira parte do Levítico trata dos sacrifícios, suas categorias e suas normas (Cap. 1-7). Segue-se depois o ritual da consagração de Aarão e seus filhos como sacerdotes, e as regras que eles deviam observar em sua vida consagrada ao culto divino, as leis de higiene alimentar, leis da pureza e seus ritos impostos aos sacerdotes, impureza da mulher e identificação do leproso e outras enfermidades consideradas impuras. Este livro contém também uma série de leis e disposições, para que o homem as observe e se aproxime da Santidade de Deus. Vêm inumeradas, a seguir, as leis relativas às festas e datas sagradas e leis do jubileu. E, como conclusão, o livro cita as bençãos reservadas por DEUS aos cumpridores de seus mandamentos e as maldições aos transgressores. VAYIKRÁ é um livro essencialmente legislativo. Contém oitocentos e cinquenta e nove versículos. (MMM)

Strongs


γένεσις
(G1078)
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génesis (ghen'-es-is)

1078 γενεσις genesis

do mesmo que 1074; TDNT - 1:682,117; n f

  1. fonte, origem
    1. livro genealógico de alguém, i.e. registro onde sua linhagem ou descendência são enumeradas
  2. usado para nascimento, natividade
  3. daquilo que segue a origem, i.e. existência, vida
    1. roda da vida, ciclo vital (Tg 3:6). Outra explicação, circuito da vida humana que tão logo nascem, as pessoas começam a percorrer, i.e. seu curso de vida

γραφή
(G1124)
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graphḗ (graf-ay')

1124 γραφη graphe

de afinidade incerta; TDNT - 1:749,128; n f

  1. escritura, coisa escrita
  2. a Escritura, usado para denotar tanto o livro em si como o seu conteúdo
  3. certa porção ou seção da Sagrada Escritura

γράφω
(G1125)
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gráphō (graf'-o)

1125 γραφω grapho

palavra primária; TDNT - 1:742,128; v

  1. escrever, com referência à forma das letras
    1. delinear (ou formar) letras numa tabuleta, pergaminho, papel, ou outro material
  2. escrever, com referência ao conteúdo do escrito
    1. expressar em caracteres escritos
    2. comprometer-se a escrever (coisas que não podem ser esquecidas), anotar, registrar
    3. usado em referência àquelas coisas que estão escritas nos livros sagrados (do AT)
    4. escrever para alguém, i.e. dar informação ou instruções por escrito (em uma carta)
  3. preencher com a escrita
  4. esboçar através da escrita, compor

Θαδδαῖος
(G2280)
Ver ocorrências
Thaddaîos (thad-dah'-yos)

2280 θαδδαιος Thaddaios

de origem incerta; n pr m

Tadeu = “grande coração, corajoso”

  1. um dos doze apóstolos. A partir de uma comparação entre a lista de apóstolos que aparece em Lc 6:16 e At 1:13, parece ser que Judas, Lebbaeus e Tadeu eram a mesma pessoa e escritor do livro de Judas

Θεόφιλος
(G2321)
Ver ocorrências
Theóphilos (theh-of'-il-os)

2321 θεοφιλος Theophilos

de 2316 e 5384; n pr m

Teófilo = “amigo de Deus”

  1. pessoa para quem Lucas endereçou seu Evangelho e o livro de Atos

Ἰώβ
(G2492)
Ver ocorrências
Iṓb (ee-obe')

2492 Ιωβ Iob

de origem hebraica 347 איוב; n pr m

Jó = “clamor de aflição” ou “Eu exclamarei”

  1. um homem conhecido pela sua piedade, consistência e coragem em suportar provações. Suas experiências estão relatadas no livro do AT que leva o seu nome

κατεσθίω
(G2719)
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katesthíō (kat-es-thee'-o)

2719 κατεσθιω katesthio ou καταφαγω kataphago

de 2596 e 2068 (incluindo seu substituto); v

  1. consumir pelo comer, comer, devorar
    1. de pássaros
    2. de um dragão
    3. de um homem comendo o pequeno livro
  2. metáf.
    1. devorar, i.e., desperdiçar, esbanjar: substância
    2. devorar, i.e., apropriar-se à força: bens de viúvas
    3. despojar alguém de seus bens
      1. arruinar (pela inflição de injúrias)
    4. pelo fogo, devorar i.e. consumir totalmente, destruir
    5. do desgaste das energias do corpo e da mente por causa de emoções fortes

κεφαλίς
(G2777)
Ver ocorrências
kephalís (kef-al-is')

2777 κεφαλις kephalis

de 2776; n f

  1. cabeça pequena
  2. parte mais alta, extremidade de algo
    1. como o capitel de uma coluna
    2. as extremidades ou nós da haste de madeira ao redor do qual os pergaminhos foram enrolados eram chamados por esta palavra, porque eles se assemelhavam a pequenas cabeças
  3. os escritores de Alexandria transferiam o nome para o próprio rolo ou volume
    1. no rolo do livro

Μωσεύς
(G3475)
Ver ocorrências
Mōseús (moce-yoos')

3475 Μωσευς Moseus ou Μωσης Moses ou Μωυσης Mouses

de origem hebraica 4872 משה; TDNT - 4:848,622; n pr m

Moisés = “o que foi tirado”

  1. legislador do povo judaico e num certo sentido o fundador da religião judaica. Ele escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia, comumente mencionados como os livros de Moisés.

νόμος
(G3551)
Ver ocorrências
nómos (nom'-os)

3551 νομος nomos

da palavra primária nemo (parcelar, especialmente comida ou pasto para animais); TDNT - 4:1022,646; n m

  1. qualquer coisa estabelecida, qualquer coisa recebida pelo uso, costume, lei, comando
    1. de qualquer lei
      1. uma lei ou regra que produz um estado aprovado por Deus
        1. pela observância do que é aprovado por Deus
      2. um preceito ou injunção
      3. a regra de ação prescrita pela razão
    2. da lei mosaica, e referindo-se, de acordo ao contexto, ao volume da lei ou ao seu conteúdo
    3. a religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, esp. o preceito a respeito do amor
    4. o nome da parte mais importante (o Pentateuco), é usado para a coleção completa dos livros sagrados do AT

Sinônimos ver verbete 5918


ὁμοθυμαδόν
(G3661)
Ver ocorrências
homothymadón (hom-oth-oo-mad-on')

3661 ομοθυμαδον homothumadon

de um composto da raiz de 3674 e 2372; TDNT - 5:185,684; adv

  1. com uma mente, de comum acordo, com uma paixão

    Singular palavra grega. Usada 10 de suas 12 ocorrências no livro de Atos. Ajuda-nos a entender a singularidade da comunidade cristã. Homothumadon é um composto de duas palavras que significam “impedir” e “em uníssomo”. A imagem é quase musical; um conjunto de notas é tocado e, mesmo que diferentes, as notas harmonizam em grau e tom. Como os instrumentos de uma grande orquestra sob a direção de um maestro, assim o Santo Espírito harmoniza as vidas dos membros da igreja de Cristo.


ἀναπτύσσω
(G380)
Ver ocorrências
anaptýssō (an-ap-toos'-o)

380 αναπτυσσω anaptusso

de 303 (no sentido reverso) e 4428; v

  1. desenrolar
    1. os livros dos hebreus eram rolos fixados em [uma ou] duas varas lisas e guarnecidos com alças, de modo que eles podiam ser enrolados de desenrolados

παράσημος
(G3902)
Ver ocorrências
parásēmos (par-as'-ay-mos)

3902 παρασημος parasemos

de 3844 e a raíz de 4591; adj

  1. marcado falsamente, falso, falsificado: como uma moeda
  2. marcado ao lado ou na margem
    1. palavras tão notáveis, que o leitor de um livro destaca na margem
  3. notável, destacado, distinto, digno de nota
    1. de pessoas, em sentido negativo: notório

      marcado com um sinal: navio marcado com a imagem ou figura de Dioscuri (Castor e

      Pollux)


σφραγίς
(G4973)
Ver ocorrências
sphragís (sfrag-ece')

4973 σφραγις sphragis

provavelmente reforçado de 5420; TDNT - 7:939,1127; n f

  1. selo
    1. o selo colocado sobre livros
    2. anel com sinete
    3. inscrição ou impressão feita por um selo
      1. do nome de Deus e Cristo selado sob suas testas
    4. aquilo pelo qual algo é confirmado, provado, autenticado, como por um selo (um sinal ou prova)

τόπος
(G5117)
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tópos (top'-os)

5117 τοπος topos

aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:187,1184; n m

  1. lugar, qualquer porção ou espaço separado, como se delimitado
    1. lugar habitado, como uma cidade, vila, distrito
    2. um lugar (passagem) num livro
  2. metáf.
    1. a condição ou posição mantida por alguém numa companhia ou assembléia
    2. oportunidade, poder, ocasião para agir

Sinônimos ver verbete 5875


υἱός
(G5207)
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huiós (hwee-os')

5207 υιος huios

aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

  1. filho
    1. raramente usado para filhote de animais
    2. generalmente usado de descendente humano
    3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
    4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
      1. os filhos de Israel
      2. filhos de Abraão
    5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
      1. aluno
  2. filho do homem
    1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
    2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
    3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
  3. filho de Deus
    1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
    2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
    3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
      1. no AT, usado dos judeus
      2. no NT, dos cristãos
      3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
    4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


Φαρισαῖος
(G5330)
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Pharisaîos (far-is-ah'-yos)

5330 φαρισαιος Pharisaios

de origem hebraica, cf 6567 פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m

  1. Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.

    Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.


βιβλίον
(G975)
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biblíon (bib-lee'-on)

975 βιβλιον biblion

um diminutivo de 976; TDNT - 1:617,106; n n

  1. pequeno livro, rolo, documento escrito
  2. folha no qual algo foi escrito
    1. uma carta de divórcio

βίβλος
(G976)
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bíblos (bib'-los)

976 βιβλος biblos

raíz primitiva; TDNT - 1:615,106; n n

  1. um livro escrito, um registro, um rolo

אִגְּרָא
(H104)
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ʼiggᵉrâʼ (ig-er-aw')

0104 אגרא ’igg era’̂ (aramaico) ig-er-aw’

de origem persa, grego 29 αγγαρευω; DITAT - 2557; n f

  1. carta, correspondência (palavra emprestada do aramaico usada nos últimos livros do AT)

חֲבַקּוּק
(H2265)
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Chăbaqqûwq (khab-ak-kook')

02265 חבקוק Chabaqquwq

reduplicação de 2263; n pr m Habacuque = “abraço”

  1. um profeta de Israel que escreveu o livro com o mesmo nome; provavelmente viveu no décimo segundo ou décimo terceiro ano de reinado do rei Josias

חָזֹון
(H2377)
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châzôwn (khaw-zone')

02377 חזון chazown

procedente de 2372; DITAT - 633a; n m

  1. visão
    1. visão (em estado de êxtase)
    2. visão (à noite)
    3. visão, oráculo, profecia (comunicação divina)
    4. visão (como título de um livro profético)

חֻלְדָּה
(H2468)
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Chuldâh (khool-daw')

02468 חלדה Chuldah

procedente de 2467; n pr f Hulda = “doninha”

  1. uma profetiza na época do rei Josias a quem Josias consultou buscando uma opinião de autoridade a respeito do livro da lei encontrado por Hilquias

יֹואֵל
(H3100)
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Yôwʼêl (yo-ale')

03100 יואל Yow’el

procedente de 3068 e 410, grego 2493 Ιωηλ; n pr m

Joel = “Javé é Deus”

  1. filho de Petuel e o segundo dos 12 profetas menores com um livro que recebe o seu nome; provavelmente profetizou na época do rei Uzias de Judá
  2. filho mais velho de Samuel, o profeta, e pai de Hemã, o cantor
  3. um líder simeonita
  4. um rubenita
  5. um líder de Gade
  6. filho de Izraías e um líder de Issacar
  7. irmão de Natã, de Zoba, e um dos soldados das tropas de elite de Davi
  8. filho de Pedaías e um líder da meia tribo de Manassés que resideia a oeste do Jordão na época de Davi
  9. um filho de Nebo que retornou com Esdras e casou com uma esposa estrangeira
  10. um benjamita, filho de Zicri
  11. um levita
  12. um levita coatita no reinado de Ezequias
  13. um líder levita gersonita na época de Davi
  14. um levita gersonita, filho de Jeiel e um descendente de Ladã; talvez o mesmo que 13

יְחֶזְקֵאל
(H3168)
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Yᵉchezqêʼl (yekh-ez-kale')

03168 יחזקאל Y echezqe’l̂

procedente de 2388 e 410; n pr m Ezequiel ou Jeezquel = “Deus fortalece”

  1. filho de Buzi, um sacerdote e profeta; autor do livro com o seu nome; foi levado cativo com Jeoaquim e ficou exilado na Babilônia onde ele profetizou nos 22 anos que seguiram
  2. um sacerdote encarregado do vigésimo turno na época de Davi

יִרְמְיָה
(H3414)
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Yirmᵉyâh (yir-meh-yaw')

03414 ירמיה Yirm eyaĥ ou ירמיהו Yirm eyahuŵ

procedente de 7311 e 3050, grego 2408 Ιερεμιας; n pr m

Jeremias = “a quem Javé designou”

  1. o profeta maior, filho de Hilquias, da família sacerdotal em Anatote; autor do livro profético que tem o seu nome
  2. um homem de Libna e pai de Hamutal, a esposa do rei Josias
  3. um gadita que uniu-se a Davi em Ziclague
  4. um manassita, um dos guerreiros de valor da meia tribo transjordânica de Manassés
  5. um gadita e soldado de Davi
  6. um soldado de Davi
  7. um sacerdote que juntou-se a Neemias na cerimônia da aliança
  8. um sacerdote também da época de Neemias; talvez o mesmo que o 7
  9. pai de Jazanias, o recabita

אִיֹּוב
(H347)
Ver ocorrências
ʼÎyôwb (ee-yobe')

0347 איוב ’Iyowb

procedente de 340, grego 2492 Ιωβ; DITAT - 78b; n pr m Jó = “odiado”

  1. um patriarca, o tema do livro de Jó

יְשַׁעְיָה
(H3470)
Ver ocorrências
Yᵉshaʻyâh (yesh-ah-yaw')

03470 ישעיה Y esha ̂ yah̀ ou ישׂעיהו Y esha ̂ yahuẁ

procedente de 3467 e 3050, grego 2268 Ησαιας; n pr m

Isaías ou Jesaías = “Javé salvou”

  1. o profeta maior, filho de Amoz, que profetizou a respeito de Judá e Jerusalém durante os dias dos reis Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias, de Judá; autor do livro profético com o seu nome; a tradição afirma que ele foi serrado ao meio dentro do tronco duma árvore pelo rei Manassés e este seria o incidente referido em Hb 11:37
  2. filho de Hananias, irmão de Pelatias, e neto de Zorobabel
  3. um benjamita
  4. um dos 6 filhos de Jedutum
  5. filho de Reabias, um descendente de Moisés através de Gérson, e um antepassado de um tesoureiro levita na época de Davi
  6. filho de Atalias e líder da casa de Elão que retornou com Esdras
  7. um líder dos descendentes de Merari que retornou com Esdras

מְגִלָּה
(H4039)
Ver ocorrências
mᵉgillâh (meg-il-law')

04039 מגלה m egillaĥ

procedente de 1556; DITAT - 353m; n f

  1. rolo, livro, escrito

מְגִלָּה
(H4040)
Ver ocorrências
mᵉgillâh (meg-il-law')

04040 מגלה m egillaĥ (aramaico)

correspondente a 4039; DITAT - 2657c; n f

  1. rolo de pergaminho ou couro, rolo, livro

מַחְסֵיָה
(H4271)
Ver ocorrências
Machçêyâh (makh-say-yaw')

04271 מחסיה Machceyah

procedente de 4268 e 3050; n pr m Maaséias = “Javé é um abrigo”

  1. um sacerdote e antepassado de Baruque, amigo e escrivão de Jeremias
  2. antepassado de Seraías que carregou o livro de Jeremias para a Babilônia

מַלְאָכִי
(H4401)
Ver ocorrências
Malʼâkîy (mal-aw-kee')

04401 מלכי Mal akiỳ

procedente da mesma raiz que 4397; n pr m Malaquias = “Meu mensageiro”

  1. o profeta que escreveu o último livro do Antigo Testamento; nada se sabe além disso

נַחוּם
(H5151)
Ver ocorrências
Nachûwm (nakh-oom')

05151 נחום Nachuwm

procedente de 5162, grego 3486 Ναουμ e 2584 Καπερναουμ; n pr m Naum = “conforto”

  1. o elcosita, profeta que predisse a queda e a destruição de Nínive; escritor do livro com o seu nome; história e situação pessoais desconhecidas

סְפַר
(H5609)
Ver ocorrências
çᵉphar (sef-ar')

05609 ספר c ephar̂ (aramaico)

procedente de uma raiz correspondente a 5608; DITAT - 2891a; n m

  1. livro

סֵפֶר
(H5612)
Ver ocorrências
çêpher (say'-fer)

05612 ספר cepher ou (fem.) ספרה ciphrah (Sl 56:8)

procedente de 5608; DITAT - 1540a,1540b n f

  1. livro n m
  2. carta, documento, escrito, livro
    1. carta
      1. carta (de instrução), ordem escrita, comissão, requerimento, decreto escrito
    2. documento legal, certificado de divórcio, contrato de compra, acusação escrita, sinal
    3. livro, rolo
      1. livro de profecias
      2. registro genealógico
      3. livro da lei
      4. livro (de poemas)
      5. livro (dos reis)
      6. livros do cânon, escritura
      7. livro de registro (de Deus)
    4. aprendizado pelos livros, escrita
      1. ser apto a ler (depois do verbo ’conhecer’)

עֹבַדְיָה
(H5662)
Ver ocorrências
ʻÔbadyâh (o-bad-yaw')

05662 עבדיה ̀Obadyah ou עבדיהו ̀Obadyahuw

part at de 5647 e 3050; n pr m Obadias = “servo de Javé”

  1. o 4o dos 12 profetas menores; nada pessoal se sabe dele mas é provável que tenha sido contemporâneo de Jeremias, Ezequiel e Daniel
    1. o livro profético de sua autoria; ele profetiza contra Edom
  2. pai de Ismaías, um dos líderes de Zebulom na época de Davi
  3. um levita merarita supervisor do trabalho de restauração do templo na época do rei Josias, de Judá
  4. líder da casa do rei Acabe, de Israel; um adorador devoto de Javé que, arriscando a sua própria vida, escondeu mais de 100 profetas durante a perseguição de Jezabel
  5. um descendente de Davi
  6. um líder da tribo de Issacar
  7. um benjamita, um dos 6 filhos de Azel e um descendente do rei Saul
  8. um levita, filho de Semaías e um descendente de Jedutum
  9. um líder gadita, o 2o dentre os gaditas com a face como de leão que juntou-se a Davi em Ziclague
  10. um príncipe de Judá na época do rei Josafá, de Judá
  11. um sacerdote, filho de Jeiel dos filhos de Joabe que retornaram do exílio com Esdras
  12. um porteiro na época de Neemias
  13. um dos homens que selaram a aliança com Neemias
    1. talvez o mesmo que o 12

עָמֹוס
(H5986)
Ver ocorrências
ʻÂmôwç (aw-moce')

05986 עמוס Àmowc

procedente de 6006; n pr m Amós = “carga”

  1. um profeta do Senhor que profetizou no reino do norte; natural de Tecoa, em Judá, próxima a Belém, e um pastor por ofício; autor do livro profético que tem o seu nome

עׇתְנִיאֵל
(H6274)
Ver ocorrências
ʻOthnîyʼêl (oth-nee-ale')

06274 עתניאל ̀Othniy’el

procedente da mesma raiz que 6273 e 410; n. pr. m. Otniel = “leão de Deus”

  1. filho de Quenaz, irmão mais moço de Calebe, e marido de Acsa, a filha de Calebe e de sua própria sobrinha; primeiro juiz de Israel, o qual, depois da morte de Josué, livrou os israelitas da opressão de Cusã-Risataim

אֶסְתֵּר
(H635)
Ver ocorrências
ʼEçtêr (es-tare')

0635 אסתר ’Ecter

de derivação persa; n pr f Ester = “estrela”

  1. a rainha da Pérsia, heroína do livro de Ester - filha de Abiail, prima e filha adotiva de Mordecai, da tribo de Benjamim, foi feita rainha pelo rei Assuero para substituir a rainha Vasti da qual havia divorciado.

צִיֹּון
(H6726)
Ver ocorrências
Tsîyôwn (tsee-yone')

06726 ציון Tsiyown

o mesmo (geralmente) que 6725, grego 4622 σιων; DITAT - 1910; n. pr. l. Sião = “lugar escalvado”

  1. outro nome para Jerusalém, especialmente nos livros proféticos

קִרְיַת סַנָּה
(H7158)
Ver ocorrências
Qiryath Çannâh (keer-yath' san-naw')

07158 קרית סנה Qiryath Cannah ou ית ספרקר Qiryath Cepher

procedente de 7151 e de uma forma fem. mais simples procedente da mesma raiz que 5577, ou (em lugar do último nome) 5612; n. pr. l.

Quiriate-Sefer ou Quiriate-Sana = “cidade do livro”

  1. uma pequena cidade nas montanhas de Judá, a oeste de Hebrom

רָחָב
(H7343)
Ver ocorrências
Râchâb (raw-khawb')

07343 רחב Rachab

o mesmo que 7342, grego 4460 Ρααβ; n. pr. f.

Raabe = “largo”

  1. uma prostituta de Jericó que ajudou os espias a fugir; poupada na destruição de Jericó; casou-se com Salmom, um ancestral de Davi e de Cristo; elogiada por sua fé no livro de Tiago

שְׂרָיָה
(H8304)
Ver ocorrências
Sᵉrâyâh (ser-aw-yaw')

08304 שריה S erayaĥ ou שׁריהו S erayahuŵ

procedente de 8280 e 3050;

Seraías = “o SENHOR é governante” n. pr. m.

  1. o escriba ou secretário de Davi
  2. filho de Azarias, pai de Jeozadaque, que era o principal sacerdote no reino de Zedequias, rei de Judá, e por ocasião da captura de Jerusalém
  3. filho de Tanumete, o netofatita, e um dos homens que foram a Gedalias, o governador de Judá nomeado por Nabucodonozor, que jurou servir ao rei da Babilônia
  4. um judaíta, filho de Quenaz, irmaão de Otniel, e pai de Joabe
  5. um simeonita, pai de Josibiah e avô de Jeú
  6. um povo da província que retornou de exílio com Zorobabel
    1. talvez o mesmo que 10
  7. filho de Azarias e pai de Esdras, o sacerdote e escriba
  8. um sacerdote que subscreveu a aliança juntamente com Neemias
  9. um sacerdote, filho de Hilquias na época de Neemias
  10. um sacerdote ou levita que retornou do exílio com Zorobabel
    1. provavelmente um sacerdote e líder de uma família de sacerdotes depois do exílio. Talvez o mesmo que 6
  11. filho de Meraias e mensageiro enviado pelo profeta Jeremias à Babilônia com um livro de seus escritos
  12. filho de Azriel e um dos 3 homens mandados pelo rei Jeoiaquim, de Judá, prender a Jeremias e Baruque

תֹּולָע
(H8438)
Ver ocorrências
tôwlâʻ (to-law')

08438 תולע towla ̀ e (fem.) תולעה towle ah̀ ou תולעת towla ath̀ ou תלעת tola ath̀

procedente de 3216; DITAT - 2516b; n. m.

  1. verme, tecido escarlate, carmesim
    1. verme - a fêmea “coccus ilicis”
    2. tecido escarlate, carmesim, escarlate
      1. a tinta feita do corpo seco da fêmea da lagarta “coccus ilicis”
  2. verme, larva
    1. verme, lagarta
    2. a lagarta “coccus ilicis”

      Quando a fêmea da lagarta escarlate estava pronta para desovar, ela prendia seu corpo ao tronco de uma árvore, fixando-se de maneira tão firme e permanente para jamais sair. Os ovos depositados por baixo de seu corpo eram desta forma protegidos até que as larvas fossem chocadas e fosem capazes de assumir o seu próprio ciclo vital. Quando a mãe morria, o fluido carmesim manchava seu corpo e a madeira em volta. Dos corpos mortos destas lagartas escarlates fêmeas eram extraídas as tintas comerciais da antigüidade de cor escarlate. Que ilustração isso nos dá acerca de Cristo, morrendo no madeiro, derramando seu precioso sangue para que conduzisse “muitos filhos à glória” (Hb 2:10)! Ele morreu por nós, para que pudéssemos viver por meio dele! O Sl 22:6 descreve Jesus como verme e nos apresenta-nos este quadro de Cristo. (cf. Is 1:18)

      (da página 73 do livro “Biblical Basis for Modern Science”, de Henry Morris, publicado por “Baker Book House” em 1985)