Enciclopédia de Mateus 22:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 22: 10

Versão Versículo
ARA E, saindo aqueles servos pelas estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala do banquete ficou repleta de convidados.
ARC E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados.
TB Indo aqueles servos pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala nupcial ficou cheia de convivas.
BGB καὶ ἐξελθόντες οἱ δοῦλοι ἐκεῖνοι εἰς τὰς ὁδοὺς συνήγαγον πάντας ⸀οὓς εὗρον, πονηρούς τε καὶ ἀγαθούς· καὶ ἐπλήσθη ὁ ⸀γάμος ἀνακειμένων.
HD E os servos, saindo por aquelas estradas , reuniram todos quantos encontraram, tanto bons quanto maus, e as bodas se encheram de convivas.
BKJ E os servos, saindo pelas estradas, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e o casamento ficou cheio de convidados.
LTT E, havendo aqueles escravos saído para dentro das estradas, trouxeram- juntos todos quantos encontraram, tanto maus ① como bons ①; e foi tornada cheia, a festa de casamento, por aqueles estando- assentados- à- mesa.
BJ2 E esses servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos os que encontraram, maus e bons, de modo que a sala nupcial ficou cheia de convivas.
VULG Et egressi servi ejus in vias, congregaverunt omnes quos invenerunt, malos et bonos : et impletæ sunt nuptiæ discumbentium.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 22:10

Mateus 13:38 o campo é o mundo, a boa semente são os filhos do Reino, e o joio são os filhos do Maligno.
Mateus 13:47 Igualmente, o Reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de peixes.
Mateus 22:11 E o rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste nupcial.
Mateus 25:1 Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
Mateus 25:10 E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
I Coríntios 6:9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus?
II Coríntios 12:21 que, quando for outra vez, o meu Deus me humilhe para convosco, e eu chore por muitos daqueles que dantes pecaram e não se arrependeram da imundícia, e prostituição, e desonestidade que cometeram.
I João 2:19 Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
Apocalipse 2:14 Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem.
Apocalipse 2:20 Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.
Apocalipse 5:9 E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;
Apocalipse 7:9 Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;
Apocalipse 19:6 E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já o Senhor, Deus Todo-Poderoso, reina.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 22 : 10
estradas
Lit. “caminho, estrada”.

Mateus 22 : 10
convivas
Lit. “dos que se reclinam à mesa”. As refeições eram consumidas após as pessoas se reclinarem à mesa para comer. Nesse sentido, os que se reclinam à mesa são os convidados, ou melhor, os convivas (os que comem juntos).


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

"bons": poderosos, ricos, admirados; "maus": fracos, pobres, desprezados.


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

mt 22:10
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Página: 299
Allan Kardec
Falando ainda por parábolas, disse-lhes Jesus: O reino dos céus se assemelha a um rei que, querendo festejar as bodas de seu filho, despachou seus servos a chamar para as bodas os que tinham sido convidados; estes, porém, recusaram ir. O rei despachou outros servos com ordem de dizer da sua parte aos convidados: Preparei o meu jantar; mandei matar os meus bois e todos os meus cevados; tudo está pronto; vinde às bodas. Eles, porém, sem se incomodarem com isso, lá se foram, um para a sua casa de campo, outro para o seu negócio. Os outros pegaram dos servos e os mataram, depois de lhes haverem feito muitos ultrajes. Sabendo disso, o rei se tomou de cólera e, mandando contra eles seus exércitos, exterminou os assassinos e lhes queimou a cidade.
Então, disse a seus servos: O festim das bodas está inteiramente preparado; mas, os que para ele foram chamados não eram dignos dele. Ide, pois, às encruzilhadas e chamai para as bodas todos quantos encontrardeOs servos então saíram pelas ruas e trouxeram todos os que iam encontrando, bons e maus; a sala das bodas se encheu de pessoas que se puseram à mesa.
Entrou, em seguida, o rei para ver os que estavam à mesa, e, dando com um homem que não vestia a túnica nupcial, disse-lhe: Meu amigo, como entraste aqui sem a túnica nupcial? O homem guardou silêncio. Então, disse o rei à sua gente: Atai-lhe as mãos e os pés e lançai-o nas trevas exteriores: aí é que haverá prantos e ranger de dentes; porquanto, muitos há chamados, mas poucos escolhidos. (Mateus 22:1-14)

Cairbar Schutel

mt 22:10
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 14
Página: -
Cairbar Schutel

“Finalmente, o Reino dos Céus é semelhante a uma rede, que foi lançada ao mar e apanhou peixes de toda espécie: e depois de cheia, os pescadores puxaram-na para a praia; e sentados, puseram os bons em cestos, mas deitaram fora os ruins. Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e lança-los-ão na fornalha do sofrimento; ali haverá choros e ranger de dentes. "


(Mateus, XIII, 47 – 50.)


O fim do mundo é o característico dos tempos em que estamos, destes tempos em que a própria fé é encontrada com muita dificuldade nos corações; tempos em que a lealdade, a sinceridade, a verdadeira afeição, o amor, a verdade, andam obscurecidas nas almas; tempos de discórdias, de ódios, de confusão tal, que até os próprios “escolhidos" periclitam .


Entende-se por escolhido aquele que, pela vivência cristã, já se libertou em grande parte do reino do Mundo; não obstante periclita, ainda pode cair, donde advertência do apostolo Paulo: “Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia"

(I Coríntios, 10:12).


É o fim do mundo velho, é o advento do mundo novo; é uma fase que se extingue para dar lugar a outra que vem nascendo.


Não é o fim do mundo, como alguns o têm entendido, mas, sim, o fim dos costumes com os seus usos, suas praxes, seu convencionalismo, sua ciência, sua filosofia, sua religião.


É uma fase do nosso mundo, que ficará gravada nas páginas da História com letras indeléveis, encerrando um ciclo de existência da Humanidade e abrindo outra página em branco mas trazendo no alto o novo programa de Vida.


A rede cheia de peixes de toda a espécie representa a Lei Suprema, que, ministrada a todos, sem exceção, sejam gregos ou gentios, vem trazendo ao Tribunal de Cristo gente de toda a espécie, bons, medianos e maus, para serem julgados de acordo com as suas obras.


Os anjos são os Espíritos Superiores, e quem está afeto o poder do julgamento; a fornalha de dor é o símbolo dos mundos inferiores, onde os maus têm de se depurar entre lágrimas e dores, para atingirem uma esfera melhor.


Contudo, não se julgue que esta parábola seja para os “outros", que não os espíritas, ou os crentes no Espiritismo.


Parece-nos, até, que os afeta primeiro que a todos os demais, pois que se acham dentro da rede tecida pela pregação dos Espíritos no mundo todo.


Quer dizer que não vale só conhecer, é preciso também praticar; não vale estar dentro da rede; é indispensável ser bom!


Os que conhecem o amor e não têm amor; os que exigem a lealdade e a sinceridade, mas não as praticam; os que clamam por indulgência e não são indulgentes; os que anunciam a humildade, mas se elevam aos primeiros lugares, deixando o banco do discípulo para se sentarem na cadeira do mestre; todos estes, e ainda mais os perjuros, os convencionalistas, os tíbios e os subservientes, não poderão ter a cotação dos bons, dos humildes, dos que têm o coração reto, dos que cultivam o amor pelo amor, a fé pelo seu valor progressivo, e trabalham pela Verdade para terem liberdade.


A Parábola da Rede é a última da série das sete parábolas que o Mestre propôs a seus discípulos; por isso o Apóstolo, ao publicá-la no seu Evangelho, conservou a expressão que o Cristo lhe deu ao propô-la: Finalmente: Ela é a chave com que Jesus quis fechar naqueles corações o ensino alegórico que lhes havia transmitido, ensino bastante explicativo do Reino dos Céus com todas as suas prerrogativas.



Joanna de Ângelis

mt 22:10
Leis Morais da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

(Mt 22 1-14) Mesmo hoje é assim...


Atônitas, as multidões procuram a diretriz do reino dos céus; não obstante, engalfinham-se nas hórridas lutas pela posse da Terra.


Fascinam-se com as narrativas evangélicas e comovem-se ante os padecimentos do Senhor quando lêem a Sua vida; todavia não se resolvem seguir em definitivo os roteiros iluminativos, por meio dos quais os valores humanos mudam de expressão.


Examinando, igualmente, o comportamento de muitos companheiros de lides, verificarás que a parábola expressiva do Senhor mantém-se em plena atualidade para eles também.


Depois de experimentarem o contato com as legitimidades do espírito, sentem-se dominados pelo desejo sincero de espraiarem as certezas que a Boa Nova lhes oferece.


Entretanto, aos primeiros impedimentos e problemas, perfeitamente consentâneos com a posição evolutiva que os caracteriza, reagem, dizendo-se descrentes, atormentam-se e debandam.


Acreditam que são credores de especiais concessões, tendo em vista haverem recebido o convite para o banquete na corte do Grande Rei e o terem aceito com demonstrações de vivo entusiasmo...


Não lhes acode, porém, ao discernimento, que para qualquer solenidade se faz indispensável compostura própria, traje adequado.


Tais são as ações nobilitantes que conferem investidura e insígnias para o comparecimento ao ágape real.


Por isso, as multidões esfaimadas de amor e sabedoria ainda não se resolveram fartar-se nos celeiros sublimes da Revelação Espírita ora ao alcance de todos, demorando-se em contínua aflição.


Buscando os tesouros do espírito, disputam, aguerridamente, as posses que os "ladrões roubam, as traças roem e a ferrugem gasta... "


* * *

Já que recebeste o chamado para a transformação moral ao alento da luz espírita que te aclara os dédalos do mundo interior, não titubeies. Estuga o passo na senda habitual e reflete, deixando-te permear pelas lições de esperança e renovação com que te armarás para os combates. ásperos contra os severos adversários que a quase todos vencem: o egoísmo, o orgulho, a ira, o ciúme e seus sequazes, ensinando pelo exemplo fraternidade e amor.


Não te preocupes pelo proselitismo como pelo arrastamento das multidões à fé que te comove.


Recorda-te de Jesus que não veio para compactuar com as comezinhas paixões nem tão pouco para agradar os campeões da insensatez — maneira segura de conseguir simpatizantes e adeptos — antes para inaugurar o principado da felicidade ao qual são "muitos chamados", porém poucos escolhidos".


mt 22:10
Atitudes Renovadas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Todo o Evangelho de Jesus é um hino de louvor à vida, uma canção de alegria, uma apoteose ao amor.


Suas parábolas de sabor atemporal, apropriadas a todas as épocas, são música sinfônica narrando a epopeia de Espíritos ora famintos de luz que se fartam, noutros momentos aflitos na escuridão da ignorância e das autopunições em processo de libertação, que se reencontram e se tornam felizes.


A sua dúlcida voz, enunciando os paradigmas da felicidade, penetra o âmago do ser humano, como um raio de luz que vara a treva e a vence de um golpe...


Todas as lições que oferece encontram-se ricas de atualidade como instrumento de edificação moral irrepreensível ou qual diretriz segura para o encontro com o bem-estar, com a saúde real.


Em a narração complexa em torno de um rei que, desejando celebrar as bodas do filho, mandou preparar um banquete e, de imediato, convidar as pessoas gradas que constituíam a sociedade distinta do país.


Desinteressados do que ocorria no palácio, esses eleitos maltrataram os emissários e não deram importância à invitação.


Foram cuidar dos próprios interesses subalternos.


Surpreso com essa reação do seu povo, o monarca enviou novos mensageiros a outro grupo de cidadãos que igualmente desconsideraram a gentileza honorável. Cada qual se foi, como de hábito, atender aos objetivos que lhe diziam respeito, não considerando a oferenda que lhe era apresentada.


Além dessa indiferença ficaram revoltados com a insistência e maltrataram os emissários, ultrajaram-nos e os mataram.


Irritou-se o rei e mandou suas tropas exterminarem os rebeldes e ingratos...


Apesar dos insucessos, insistiu o monarca junto aos seus servos, esclarecendo: - As bodas estão preparadas, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às encruzilhadas dos caminhos e chamai para as bodas a quantos encontrardes.


Os servidores foram e arrebanharam maus e bons, ociosos e trabalhadores, ficando a sala nupcial cheia de convivas.


Jubiloso, o rei passeou pelo recinto e foi tomado de surpresa quando identificou um convidado que não vestia a roupagem nupcial, a quem indagou: - Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial?


Ele, porém, emudeceu, empalidecendo constrangido.


Então o rei disse aos seus servos: "Atai-o de pés e de mãos e lançai-o às trevas exteriores; ali haverá o choro e o ranger de dentes. Pois muitos são chamados, mas poucos escolhidos" (Mateus 22:1-14).


* * *

A um leitor pouco atento, pode parecer paradoxal a atitude real, punindo um convidado que viera ao banquete de surpresa, conforme se encontrava no momento da invitação.


Sem dúvida, na extraordinária narrativa simbólica, decodificamos a mensagem partindo da proposta divina, na qual o Pai Celestial prepara a boda do seu Filho Jesus com a humanidade e toma todas as providências.


Através dos séculos o rei organizou o banquete das bodas com o povo que se acreditava eleito, dizendo-se-lhe fiel, informando respeitá-lo e homenageá-lo como único e Soberano. No entanto, em face da soberba, assim como das mesquinhas aspirações, ao ter notícia da ocorrência, indiferente às lições recebidas, desprezou os profetas que vieram anunciar o momento grandioso e os matou, rebelde, insensato, permanecendo no amanho da terra das suas paixões.


O Grande Rei enviou então o próprio Filho, o noivo de luz, que não recebeu qualquer consideração, nem mesmo daqueles que lhe foram comensais constantes, beneficiários do Seu amor, e desdenharam-no, crucificando-o entre sarcasmo e desprezo...


O Rei misericordioso, então compadecido da suprema ignorância dos seus súditos de melhor condição, optou por enviar o convite a todos aqueles que eram destituídos de privilégios, de comodidades, os que eram considerados excluídos, bons e maus, que perambulavam pelas ruas e encruzilhadas do destino incerto, a fim de que participassem da festa especial.


Viviam em lugares de torpeza moral, em situações sórdidas e deploráveis, com as vestes rasgadas e os pés descalços.


O sapato era, então, símbolo de posição social de destaque, objeto de muito valor, que expressava a situação econômica do usuário...


Foram esses os convidados que aceitaram estar presentes no banquete de bodas.


Pode-se considerar que eles representam a moderna sociedade aflita, que deambula de um para outro lugar, buscando solução para os problemas, sem orientação nem sentido existencial.


Para esses veio O Consolador que os introduz na sala dos festejos, oferecendo-lhes todos os acepipes valiosos para nutri-los, recuperá-los e libertá-los do caos interior...


No entanto, o traje nupcial que não se constitui de indumentária exterior, mas de valores internos, é desprezado por diversos daqueles que se utilizam dos bens preciosos sem qualquer consideração para com o ato nupcial que deve ser consumado entre eles e o Filho dileto do Rei.


É natural que padeçam o efeito do desrespeito a que se permitem, deslizando para as regiões sombrias e profundas de sofrimentos, atados pés e mãos às fortes algemas da rebeldia e da desfaçatez.


A culpa neles se encontra em forma de tormento, como remorsos, insegurança de dignidade e complexos outros afligentes.


Sem qualquer relutância, a mensagem alcança hoje multidões; trombeteada pelas Vozes do Céu, incontáveis a ouvem, aceitam-lhe o convite, no entanto, somente aqueles que se investirem das insígnias das núpcias, ostentando as condecorações dos sofrimentos, as comendas da abnegação, distinguir-se-ão e serão escolhidos.


* * *

Na atualidade do pensamento científico, tecnológico, sociológico e cultural, o convite para o banquete incomparável da plenitude alcança as mentes e os corações que estão despertos para a alegria de viver e de servir.


Repetem-se as invitações sonoras e gráficas, em músicas sublimes e em pergaminhos de luz, inundando o pensamento de sabedoria e o sentimento de paz, no entanto, a ufania e o utopismo, a arrogância e as vãs concepções desdenham, zombam, e não lhes dão importância.


Nesse concerto que poderia ser de beleza e harmonia a patética do sofrimento espalha inquietação e incerteza, angústia e sombras, chamando à renovação, conclamando ao atendimento, tentando o despertar das consciências adormecidas.


A pouco e pouco, o entendimento em torno da responsabilidade imortal favorece-lhes a aceitação do convite e eles optam por se fazer presentes no banquete de bênçãos da imortalidade em triunfo.


Convidados!...


Autoeleger-se para ser escolhido em face da autodoação e da entrega ao amor incondicional, é a fatalidade apresentada pela lei de progresso.


* * *

Em que classe de convidado te encontras?


Reflexiona e decide, porque o banquete de núpcias já começou...


Cuida de renovar as tuas atitudes.



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 22:10
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 35
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 22:1-14


1. E respondendo Jesus, de novo falo-lhes em parábolas, dizendo:

2. "É semelhante o reino dos céus a um homem rei, que fez o casamento de seu filho.

3. E enviou seus servos a chamar os convidados para o casamento, e não quiseram vir.

4. De novo envia outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis preparei meu almoço, meus touros e cevados estão abatidos e tudo preparado, vinde ao casamento.

5. Eles, porém, não ligando, foram um para seu campo, outro para seu negócio,

6. e outros, prendendo os escravos dele, ultrajaram e mataram.

7. O rei, contudo, aborreceu-se e mandou suas tropas e matou aqueles e incendiou a cidade deles.

8. Então disse a seus escravos: O casamento está preparado, os convidados, porém, não eram dignos.

9. Ide, pois, às encruzilhadas das estradas e chamai todos quantos achardes, para o casamento.

10. Saindo aqueles escravos para as estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons, e encheu-se a sala de convivas.

11. Entrando o rei, porém, para ver os convivas, viu aí um homem não vestido de roupa de casamento,

12. e disse-lhe: Companheiro, como entraste aqui não tendo roupa de casamento?

13. Então o rei disse aos servos: Amarrando-lhe pés e mãos, lançai-o às trevas de fora: ali haverá o choro e o ranger de dentes.

14. Muitos, pois, são chamados, poucos escolhidos".

LC 14:15-24


15. Ouvindo essas coisas, um dos que se reclinavam (ao triclínio) disse-lhe: "Feliz quem comer pão no reino de Deus"!

16. Ele disse-lhe: "Certo homem fazia um grande jantar e convidou muitos.

17. E enviou seu escravo, na hora do jantar, dizer aos convidados: Vinde, já está tudo preparado.

18. E começaram todos à uma a desculpar-se.

O primeiro disse-lhe: comprei um campo e tenho necessidade de sair para vê-lo. Peçote ter-me por escusado.


19. E outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e irei examiná-las. Peço ter-me por escusado.

20. E disse outro: Casei-me, e por isso não posso ir.

21. Voltando, o escravo narrou isso a seu senhor. Então, insatisfeito, o dono da casa disse a seu escravo: Sai depressa às ruas e vielas da cidade e introduze aqui os mendigos e aleijados, cegos e coxos.

22. E disse o escravo: Senhor, feito o que mandaste, e ainda há lugar.

23. E disse o Senhor ao escravo: Sai pelas estradas e atalhos e obriga a entrar, para que se encha a casa,

24. pois digo-vos que nenhum dos homens convidados me provará o jantar".



A parábola das bodas, em Lucas, não apresenta dificuldade. É introduzida pelo comentário de um dos presentes à última frase de Jesus: a ressurreição dos justos, que lhe provoca a exclamação: "feliz o que comer pão no reino de Deus". A metáfora é comum em vários pontos das escrituras (cfr. MT 8:11; 26:29; MC 14:25: LC 13:29; LC 22:30; Ap. 19:9) para designar a intimidade dos eleitos com o Rei, pois o Reino de Deus era compreendido como verdadeiro reino, segundo o modelo dos impérios e reinos da Terra (compare MT 10:35-37), todo externo, com trono, coroa, ministros. etc.


Todavia Jesus alerta o interpelante para o fato de que nem todos os convidados (só por fazerem parte dos "filhos de Abraão, por seguirem à risca os mandamentos, etc.) terão a sorte de comparecer a ele.


Narra-lhes, então, uma parábola.


Quem oferece o jantar é "um homem", e quando tudo está pronto, manda o escravo para convocar os convidados. A expressão toú doúlou autoú, "o escravo dele", não exprime que só tivesse esse escravo, mas que mandou "o" escravo que tinha essa função específica de fazer contato com os amigos, o "public relation".


Todos recusam "à uma (apò mías) com as mais variadas desculpas. O dono da casa ficou "insatisfeito" (orgistheis, cfs. vol. 2) e mandou convocar mendigos, aleijados, cegos e coxos (tal como ensinara no vers 13 deste capítulo) até que se encha a casa, pois os convidados não eram dignos e não provariam do jantar.


Já em Mateus a parábola apresenta outros pormenores e alguns contraditórios entre si, a ponto de alguns hermeneutas afirmarem não se tratar da mesma parábola. Analisemos.


O convite parte de um rei que celebra o casamento do filho. Seus emissários são vários escravos: Os convidados recusam sem desculpar-se. São novamente instados a comparecer. Mas não fazem caso e vão a seus afazeres normais. E aqui entra um procedimento novo: alguns ferem outros matam os escravos do rei que, aborrecido, manda suas tropas para matá-los e queimar a cidade deles.


Alguns exegetas vêem aqui uma interpolação de outra parábola, e argumentam: como queimar a cidade, se possívelmente era a própria cidade em que morava o rei? E se a cidade fosse incendiada, como realizar o banquete, e como buscar os que estavam nas ruas e encruzilhadas? E enquanto as tropas iam e vinham, as comezainas se estragariam.


Depois, aparece outro fator ainda. Foram chamados bons e maus. Por que então zangar-se, por ver um conviva sem o trajo de cerimônia? Sugerem, então, que se trata de nova interpolação de terceira parábola.


E como lançar às "trevas exteriores" (contrastantes com a luz do banquete) se se tratava de almoço (áriston), portanto à luz do dia? Verdade é que Gregório Magno (Patrol. Lat, v. 76, col, 1282) afirma que a designação era elástica, podendo tratar-se de jantar.


Loisy (o. c., tomo 2. º, pág. 324/5) diz tratar-se de uma alegoria, em vista das contradições que tornam a parábola ininteligível. Pirot (o. c, vol. 10 pág. 291) sugere que aí vejamos três parábolas, cujos "resíduos" se conglomeraram numa só.


A "veste nupcial", segundo Jerônimo (Patrol. Lat. v. 26 col. 1601) são os mandamentos e as boas obras. Para Gregório Magno (Patrol. Lat. v. 76 col. 1287) é a caridade, e o expulso é o homem que tem fé, mas não caridade. Dom Calmet ("L"Evangile de Matthieu", pág. 472/3) interpreta que é o "homem novo" de que fala Paulo, ou seja, a fé e a caridade.

No vers. 12 traduzimos "companheiro", em lugar de "amigo", das traduções correntes, pois o original tem hetaíre, e não phíle (como em LC 14:10).


Nenhum desses problemas típicos do intelectualismo perquiridor chega a afetar a interpretação profunda da parábola, que é realmente uma nos dois evangelistas, ou seja, que traz um ensino cujos pormenores se acham mais ampliados em Mateus e mais simplificados em Lucas.


O "senhor" que convida para a refeição - para Sua intimidade - envia aos homens e às nações seus servos (os Emissários que pregam o progresso e o amor, sem distinção de raças, credos ou pátrias).


Mas indivíduos e nações recusam, porque estão demasiadamente ocupados com os negócios da maté ria: campos, compra de bois, casamentos. E alguns até prendem e matam os Enviados. Evidentemente o castigo não tardará para os que assim agem, sejam indivíduos ou povos.


Ainda aqui descobrimos diversos graus interpretativos.


No campo humano, em geral, evidente tratar-se da vida espiritual em contraposição à material. Muitos comprometem-se, enquanto na espiritualidade, a realizar trabalhos meritórios no campo do espírito: pregadores, servidores da caridade, socorristas de órfãos, atendentes das mesas mediúnicas, escritores, sustentadores financeiros de obras espiritualistas. etc. Mas, em aqui chegando, o mergulho da carne os faz esquecerem as resoluções. Distraídos com os bens móveis e imóveis, com casamentos e compras de fazendas, com construção de apartamentos e de casas de campo confortáveis, e com a modernização do tipo de automóvel e a prosperidade financeira sempre maior, enveredam pelo mundo dos negócios, engolfados em preocupações que aumentam dia a dia.


O Senhor envia emissários para recordar-lhes os compromissos, manda verdadeiros convites para banquetes espirituais. E aí manifesta-se o apego material superposto aos benefícios do espírito. O comportamento varia. Em Lucas, vemos: a desculpa da aquisição de imóveis: não posso aceitar o convite para o trabalho espiritual: tenho que superintender a construção de minha casa; a desculpa dos bens materiais: não posso comparecer à mesa do banquete do espírito: preciso atender a meus empregos, para dar conforto à minha família; a desculpa da vida amorosa: não posso ir: tenho que manter a paz do lar e a esposa (ou o marido) não gosta que eu saia, não admite o espiritualismo, etc. Ou então: preciso atender a esse caso de amor, que é cármico, não tenho tempo de comparecer (todos os casos amorosos dos espiritualistas são "cármicos"!).


Conforme vemos, são enumerados os bens da terra (campos) correspondentes ao corpo físico; os bens animais para a movimentação do veículo, que correspondem às sensações; e o casamento, que simboliza as necessidades emotivas.


São escolhidos, pelo Senhor, os mendigos, ou seja, os que não possuem bens terrenos e portanto, simbolicamente, são desapegados; os aleijados, isto é, os que dominaram as sensações a ponto de "não terem" mais certos membros vivos; os cegos, aqueles que não têm mais olhos físicos para contemplar as coisas materiais e podem, por isso, ensimesmar-se na meditação; e os coxos, os que não mais correm atrás de bens e riquezas.


Aqui somos alertados para outro principio: ninguém é indispensável. Se alguém recusar a tarefa de que foi encarregado, outro virá substitui-lo, mas o serviço será realizado. Não importa que o trabalho não venha a ter a perfeição "humana" esperada. Pode o substituto ter suas deficiências (ser aleijado, cego ou coxo, ou não ter o dinheiro que o outro tinha), mas o resultado será obtido. Porque o homem é simplesmente instrumento, e o verdadeiro executante é a Força Cósmica que age em todos. Se o instrumento for bom, tudo será ótimo. Se o instrumento for defeituoso, o operador é tão formidável, que obterá o mesmo êxito maravilhoso. Quando a corda do violino arrebentou em pleno concerto, no palco, fenômeno que teria perturbado qualquer violinista, Paganini prosseguiu o concerto sem dar a menor importância, utilizando-se apenas das três cordas restantes. É fato registrado na história.


Quanto mais não fará a Força Cósmica!


Em Mateus o comportamento dos "convidados" é mais violento. Parece-nos referir-se mais a povos que a indivíduos. Há nações ou raças predestinadas a exercitar tarefas de responsabilidade espiritual no planeta. Vimos - são rápidos exemplos - a Itália receber o bastão orientador da religião cristã no ocidente, e transformá-lo em instrumento de domínio e prepotência, tendo por isso sua estrela decaído no firmamento; vimos a França, luminar da libertação, malbaratar pela violência a pregação dos missionários, perdendo, por isso, o posto, em favor dos Estados Unidos; agora estamos observando que este último, destinado a educar as massas, dá-lhes como pasto histórias, filmes e exemplos de violência injustificável, que seus próprios cidadãos estão empregando contra os missionários encarregados de levar esse povo ao caminho de que se desviou. O "Senhor" enviará suas tropas, suas cidades serão incendiadas e seus habitantes mortos. Muito se fala da missão do Brasil no terceiro milênio.


Mas se seu povo não corresponder, a tarefa será cometida a outra nação. Mister cuidar em não perseguir nem anular as forças dos missionários que cumprem seu dever.


Podemos, ainda, interpretar a parábola como o episódio do despertamento. O Eu Profundo (o Rei da criatura) deseja realizar as bodas (união mística) de seu filho (a personagem) consigo mesmo (o Cristo Interno). Manda que o escravo (o intelecto) convide os demais veículos para esse banquete (a que assistirão). Mas, apegada ao físico, às sensações, às emoções, a personagem recusa recolher-se interiormente e busca apenas exteriorizar-se (campos, bois, sensualidade). O Eu Profundo decepcionase, e manda que suas tropas destruam a cidade e exterminem seus habitantes (que sobrevenha a morte física da personagem) e convoca outros convidados (outros veículos, em nova encarnação) para que possam assistir às bodas sem distrair o Espírito. Como os primeiros convidados recusaram, por estarem voltados para o mundo externo, o Eu Profundo faz vir à luz outros convidados (outra personagem) que possuam impedimentos sérios à exteriorização. São criaturas que terão como dotes a pobreza ("mendigos", para que os bens materiais não os distraiam); a deficiência física ("aleijados", ou seja, com fraquezas orgânicas ou doenças congênitas, que cortem os abusos das sensações); a cegueira (a fim de que, fechadas as janelas para a contemplação das formas físicas, não haja tentações fortes a desviá-los do caminho); e a dificuldade no caminhar (para que nem sequer se tente perseguir as riquezas e os postos honoríficos). A tudo isso, costuma chamar-se "resgate". Mas muitas vezes, é simples" estímulo evolutivo".


Na nova personagem, há coisas (convivas) boas e más, porque a evolução não dá saltos; mas, pelo menos externamente, surge uma impossibilidade inata de desvios perigosos. A luta prosseguirá, sem dúvida, mas para que se consiga dar um passo à frente, o Eu Profundo examinará os novos veículos com todos seus órgãos e células.


Se entre eles descobrir algum elemento estranho que envolva (como veste negra) o novo ser (por exemplo algum obsessor renitente), fazendo que não apareça à vista sua "veste de casamento", ele será expulso para nova encarnação compulsória ("amarrados pés e mãos será lançado às trevas exteriores", a matéria, onde haverá choro e ranger de dentes, ou seja, dores e sofrimentos). Muitas personagens são chamadas pelo Eu Profundo para esse passo definitivo, mas muito poucas são realment "eleitas", por sua correspondência integral ao convite, a fim de assistir às bodas do intelecto com o Eu Maior.


Mais uma interpretação especial merece o caso da "veste do casamento". O trecho não tem defesa na lógica racional: o rei manda chamar a todos, nas ruas e encruzilhadas, e os servos os recolhem diretamente da rua à sala do banquete, bons e maus. Será que todos estavam vestidos de gala? Não é possível.


Referir-se-á a "veste nupcial" à parte moral da virtude? Não, porque entraram bons e maus, e no entanto só um não estava adequadamente trajado. De que se trata? Que o fato era grave, verificase pelo castigo aplicado. Que será a "roupa de casamento"? A conclusão tem, bem manifesta, sua contradição evidente. Se a sala se encheu de convivas, e só um foi expulso, como são "muitos chamados e poucos escolhidos, se foi escolhida a totalidade menos um?


Toda essa contradição in términis indica-nos que só pode haver uma explicação: trata-se de simbolismo, e simbolismo iniciático, totalmente incompreensível para os profanos. Tentemos decifrar o enigma. Analisemos.


Trata-se, aqui, da admissão de discípulos aos graus iniciáticos, nas Escolas, e a lição versa a respeito desse tema, sobretudo em Mateus.


Observemos que o evangelista fala num "homem-rei", ou seja, um ser que tem a categoria de hierofante.


Os primeiros convidados recusam segui-lo. Então ele "queima a cidade", abandonando-a, e transferindo-se para outra loca1idade; os primeiros, que não atenderam ao chamado, "morrem" para o caminho iniciático. Feita a transferência, faz-se a convocação de novos elementos, de todas as partes, classes, culturas, raças, profissões: arrebanhamento atabalhoado, para que o tempo precioso que o "rei" (hierofante) destinou à formação de novos candidatos não se perca no vazio.


Feita a introdução na Escola de bons e maus - ou seja, de aparentemente aptos e ineptos - o hierofante vai observar a aura ("veste") dos convivas e verifica que um deles não na tem própria para o" casamento", isto é, para a união de amor. Encarrega, então, seus representantes encarnados de afastá-lo da Escola, não sem antes dirigir-lhe a palavra, denominando-o "companheiro". Significativo: trata-se, pois, de alguém que é companheiro (que já está no segundo grau iniciático, sendo o primeiro o de "aprendiz", e do terceiro em diante, "irmão") e portanto, possui algum conhecimento, mas não tem ainda a "aura de amor" (roupas de casamento). Não operou ainda a "metánoia" (mudança de mentalidade). Trata-se, pois, de adepto da "matéria-negra". Conhece algo, iniciou a caminhada, mas volta-se para o mal, para o egoísmo, para o auto-interesse, a venda de benefícios por dinheiro ou joias, a escravidão do livre-arbítrio dos que o seguem. Daí a condenação ser severa: "trevas exteriores", ou seja, perda dos poderes psíquicos externos, que já adquirira, regressando à treva cega da matéria densa, onde as dores e sofrimentos cármicos se encarregarão de purificá-lo (de fazer nova catarse) a fim de que, mais tarde, operada então a "metánoia", possa reabilitar-se e ingressar na Escola.


O vers. 14 não se refere a essa conclusão apenas, nem a expressão "um homem" exprime somente a unidade. São elementos simbólicos. O "muitos chamados" atinge a todos os que primeiramente tinham sido convidados, mas que, experimentados nos "testes" da vida, sucumbiram à ambição terrena e se afastaram; aos que, levados por vaidades, abandonaram o caminho; aos que, presos aos interesses materiais, aos sonhos de grandeza, à sede de postos, às exigências de família ou das conquistas amorosas absorventes, ao conforto material, não se dispõem a seguir. Outros os substituirão. Mas o local será outro, bem diferente, bem distante, e a frustração que os invadir no mundo espiritual pela oportunidade perdida, os preparará para um regresso à carne com melhores disposições.


Os "poucos escolhidos" são aqueles que, mesmo após a aceitação, e o ingresso na Escola, tenham capacidade de prosseguir e chegar a "saltar sobre o abismo". Poucos, sem dúvida, muito poucos galgarão o cimo, sustentados pelo irmão mais velho (espiritualmente). Mas, embora somente número reduzido atinja o cume (poucos escolhidos), o fato de muitos já se equilibrarem na encosta da montanha é um consolo e um prêmio, para quem os tirou da profundeza do vale, "das ruas e encruzilhadas" do mundo.






FIM



mt 22:10
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 31
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 25:14-30


14. Pois é como um homem, que se ia ausentar do país, e chamou seus servos e lhes entregou seus bens 15. e a um deu cinco talentos, a outro dois, e o outro um, a cada qual segundo sua capacidade; e partiu.

16. Imediatamente foi o que recebera cinco talentos e operou com eles e lucrou outros cinco.

17. Igualmente o de dois, lucrou outros dois.

18. Mas o que recebera um, foi, cavou a terra, e escondeu o dinheiro de seu senhor.

19. Depois de muito tempo, vem o senhor daqueles servos e ajusta contas.

20. E vindo o que recebera cinco talentos, trouxe outros cinco, dizendo: "Senhor, entregasteme cinco talentos; olha outros cinco talentos que lucrei".

21. Disse-lhe seu senhor: "Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, confiar-te-ei o muito; entra na alegria de teu senhor".

22. Chegando também o de dois talentos, disse: "Senhor, entregaste-me dois talentos; olha outros dois talentos que lucrei".

23. Falou-lhe seu senhor: "Muito bem, servo bom e fiei; foste fiel no pouco, confiar-te-ei o muito; entra na alegria de teu Senhor".

24. Vindo também o que recebera um talento, disse: "Senhor, conheço-te que és homem duro, colhendo onde não semeaste e recolhendo onde não distribuíste,

25. e amedrontado, escondi teu talento na terra; olha (aqui) tens o teu".

26. Respondendo, então, disse-lhe seu senhor: "Servo infeliz e tímido, sabias que colho onde não semeei e recolho onde não distribuí?

27. Devias, então, ter confiado meu dinheiro

LC 19:11-28


11. Ouvindo eles isto, continuando disse uma parábola, por estar ele próximo de Jerusalém, e eles pensarem que estava para aparecer de imediato o reino de Deus.

12. Disse então: "Certo homem ilustre partiu para um país longínquo, a fim de conseguir para si um reino e voltar.

13. Tendo chamado dez servos seus, deu-lhes dez minas e disse-lhes: "negociai até que eu volte".

14. Seus concidadãos, porém, o odiavam, e enviaram uma embaixada atrás dele, dizendo: "Não queremos que este seja rei sobre nós"!

15. E aconteceu que, ao regressar, ele assumiu o reino e mandou fossem chamados aqueles servos aos quais dera o dinheiro, para saber o que tinham lucrado.

16. Chegou, pois, o primeiro, dizendo: "Senhor, tua mina rendeu dez minas".

17. E disse-lhe: "Muito bem, servo bom, porque te tornaste fiel no mínimo, tem poder sobre dez cidades".

18. E veio o segundo, dizendo: "A tua mina, senhor, rendeu cinco minas".

19. Disse também a esse: "Também tu serás sobre cinco cidades".

20. E outro veio dizendo: "Senhor, eis tua mina, que eu mantinha guardada num lenço,

21. pois te temia, porque és homem austero, tiras o que não puseste e colhes o que não semeaste".

22. Disse-lhe: "Por tua boca te julgo, servo infeliz. Sabias que sou homem austero, tirando o que não pus e colhendo o que não semeei?

23. E por que não colocaste meu dinheiro no banco? E vindo eu, então, o exigiria com juSABEDORIA DO EVANGELHO aos banqueiros e, vindo eu, teria recuperado o meu com juros.

28. Tomai-lhe, portanto, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos,

29. pois a todo o que tem, será dado e superabundará; mas de quem não tem, ser-lhe-á tomado até o que tem.

30. E o servo inútil lançai-o nas trevas exteriores; aí haverá o choro e o ranger de dentes". ros".

24. E aos presentes disse: "Tirai dele a mina e dai-a ao que tem as dez minas".

25. E disseram-lhe: "Senhor, tem (já) dez minas"!

26. "Digo-vos que a todo o que tem, lhe será dado, e do que não tem, até o que tem lhe será tirado.

27. Entretanto, esses meus inimigos que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazeios aqui e trucidai-os diante de mim".

28. Tendo dito isso, partiu à frente deles, subindo para Jerusalém.



Aparece aqui mais uma comparação (parábola) de como funciona a lei em relação às pessoas humanas, dando-nos a tese e a antítese.


Narrada por Mateus e Lucas, anotamos nos dois textos diferenças fortes quanto à forma, embora o fundo seja o mesmo. Pelas frases do "senhor" aos "servos" e pela conclusão, todavia, certificamo-nos de que a parábola é a mesma.


Alguns exegetas sugerem que, em Lucas, tenha havido a fusão (ou confusão) de duas parábolas, uma do pretendente ao trono, outra das "minas" (cfr. Buzy, "Les Paraboles", Paris, 1932, pág. 542-548).


Pensamos que a alusão ao pretendente ao trono tenha sido silenciada por Mateus, por haver ele escrito para israelitas na Judeia, onde ainda reinavam os "Herodes", ao passo que Lucas, dirigindo-se os gentios, estava mais livre. Com efeito, o "homem ilustre" que pretendeu a investidura como "rei" e foi solicitar o cetro a Roma, identifica dois episódios historicamente ocorridos na vida material. Trata-se de Herodes o Grande, em 40 A. C. (cfr Josefo, Ant. JD 14, 14, 4-5) e de Arquelau, em 4 A. D. (cfr. Josefo, Ant. JD 17, 9, 3-4 e Bell. JD 2, 2, 1-3). O segundo só obteve o título de "tretarca" e foi, efetivamente, seguido por uma embaixada de judeus que o odiavam por causa de sua violência; e chegaram até Augusto, em Roma, rogando-lhe não o fizesse "rei". Em seu regresso, foram cruéis as represálias de Arquelau contra seus inimigos.


Outra diferença notada entre as duas narrativas é quanto às importâncias entregues aos servos. Diz Mateus que três servos receberam dez, cinco e um talento, e Lucas afirma que dez servos foram contemplados com uma mina cada um, embora, no final, só sejam pedidas contas de três deles.


O tipo de moeda também varia. Mateus fala em "talentos", que era a maior unidade monetária judaica, equivalendo ao peso de 42,533 k, com valor de 60 minas e 3. 000 siclos. Do talento se conserva um espécime (um kikkâr) no Museu Bíblico de Santana em Jerusalém. Modernamente o talento pode ser equiparado a 2. 000 dólares norte-americanos, ao passo que a mina (que vale 100 dracmas) tem o valor de pouco menos de 34 dólares.


Em ambos os casos, não se procura propriamente o rendimento do dinheiro (que poderia com mais segurança ter sido entregue a um "trapezista" (banqueiro, como diríamos hoje); mas o desejo é experimentar os homens, a respeito de administração de bens, para concluir-se sobre as tarefas que lhes poderiam posteriormente ser cometidas.


Para isso, é-lhes concedido longo tempo (metá pólyn chrónon) e, ao regressar, são pedidas as contas.


Os dois primeiros, em Mateus, obtiveram cem por cento de lucro. São elogiados e convidados a "entrar na alegria do senhor", com a promessa de que lhes seriam confiadas grandes tarefas, já que se desincumbiram tão bem das "pequenas". Em Lucas o primeiro consegue multiplicar por dez e o segundo por cinco a quantia recebida. Proporcionalmente são prepostos a dez e cinco cidades, como governadores, associando-se ao governo do novo rei.


Ambos os evangelistas têm a mesma conclusão: "a quem tem será dado de quem não tem será tirado até o pouco que tem", frase que já fora proferida em outra oportunidade (MT 13:12; MC 4:25; LC 8:18, vol. 3). A esse respeito escrevemos: "quantos, após uma vida inteira dedicada ao sacerdócio, ao ministério, ao mediunismo mais puros, se acham, depois do túmulo, de mãos vazias: perderam até o pouco que julgavam ter, porque estavam em direção errada, já que buscavam Deus fora de si mesmos e serviram a Deus através de vaidades e honras humanas" (vol. 3).


* * *

A lição primordial para a personagem humana, é a da REENCARNAÇÃO. Com essa interpretação é que entendemos a alegoria (mâchâl).


Realmente cada criatura recebe ao "entrar na vida", determinada quantidade ou qualidade de "talentos", mas sempre de acordo com sua capacidade (ou força = dynamis) de fazê-los frutificar. Alguns dez talentos. São os mais capazes, que aproveitam a oportunidade e os fazem multiplicar-se. Tanto é assim, que o "senhor" deixa com cada um os talentos que lucrou (pelo menos, na parábola eles não são pedidos de volta). De fato, o que cada indivíduo conquista com seu esforço em cada existência, passa a pertencer-lhe de direito, agregando-se à sua individualidade eterna.


Outros são menos capazes: produziram menos no passado. São-lhes confiados cinco talentos e, dentro do que lhes for possível, os multiplicarão.


Mas muitos recebem pouco: um só talento. E passam uma vida inteira sem conseguir fazê-lo multiplicarse. Talvez tenham oportunidade de cursar colégios e até de diplomar-se, mas estacionam lamentavelmente.


Perdem as melhores oportunidades. Deixam-se escoar-se os minutos e as horas em divertimentos e ócios. Os dias esgotam-se, somam-se em semanas, meses e anos, em sucessivos zeros improdutivos.


Futilidades e conversas sem objetivo. Preguiça indolente e busca apenas de gozos físicos. A desencarnação surpreende-os de mãos vazias, após uma existência improfícua. E nada fazem com os títulos acadêmicos conquistados. Cristalizam no nível em que os colocou a vida pelas facilitações adquiridas na juventude. Nem um passo á frente. Podem e não querem. Não entram pelas portas que se lhes abrem às escâncaras. Para que? A esses, quando regressam novamente ao planeta, nada mais lhes será dado. Nenhuma facilidade de estudo. Nada lhes sorri. Desejam aprender, mas faltam-lhes as oportunidades. O pouco que tenham lhes foi tirado. Castigo? Não: resultado cientificamente controlado da vida anterior improdutiva: paralisaram a mente por vontade própria, para dar largas à indolência: agora estão com os neurônios destreinados, com o intelecto amodorrado, e por mais que se esforcem, as dificuldades agigantam-se: foi-lhes tirado o pouco que tinham, o talento que em outra vida lhes fora dado, porque lá o deixaram sem frutificar. Agora estão desarmados. Não por castigo nem por vingança, mas porque eles mesmos desgastaram sua matéria-prima.


Elucidemos com um exemplo prático. A cada aluno é distribuída uma folha de papel em branco, para escrever sua prova. Na demora da espera, alguns alunos rabiscam a folha com desenhos e garatujas.


Quando soa o momento de iniciar, o papel deles está todo sujo, e eles não têm mais onde escrever, sendo reprovados: até o papel que tinham lhes é tirado. Não houve castigo, mas desperdício do material (talento) que lhes havia sido entregue.


Assim, quem não usa o intelecto, deixa-o atrofiar-se: perde, pois, o pouco que tinha, não porque lho tirem, mas porque o deixou embotar-se e, uma vez embotado, as dificuldades automaticamente crescem.


O prêmio dado aos que produziram é a "entrada na alegria" e a promessa de que, no futuro, maiores responsabilidades e possibilidades lhes serão atribuídas. Em Lucas, por tratar-se de "rei", é dado aos vencedores da prova a participação no governo.


A penalidade imposta aos displicentes, que dão desculpa de temor ou de prudência, em Mateus, é a perda do que têm e mergulho nas trevas exteriores (reencarnação dolorosa). Em Lucas aparece a condena ção à morte dos inimigos que se opuseram ao reinado do "homem ilustre". Aqui temos, pois, um exemplo do que foi acima dito: "os governadores tiranizam... os grandes dominam" (MT 20:25, MC 10:42).


Chama-nos a atenção, em toda a parábola, a frequência do emprego de termos técnicos das Escolas iniciáticas. Vejamos: O homem "entrega (paradídômi) os talentos, de acordo com a "capacidade" (dynamis) de cada um; estes "operam" (ergázomai) com os talentos. Mas o infeliz que recebera um só talento, o "esconde" (kryptô), até que o senhor chama os servos ao "ajuste de contas" (synaírei lógon, que também poderia ser traduzido "tomar a doutrina" ou "tomar a lição"), e os convida a entrar na "alegria" (cháran) quando venceram. A estes, em Lucas, é dado o "poder" (exousía).


Eis, então, uma cena que precisa ser interpretada dentro dos ensinos esotéricos.


Nas Escolas, o candidato recebe a entrega (parádosis ou traditio) dos símbolos sagrados, que podemos resumir, nas escolas gregas, à espiga de trigo (como nos evangelhos o episódio dos discípulos no trigal, MT 12:1-8; MC 2:23-28 e LC 6:1-5; vol. 2). Em João, há uma referência ao "pão" (João,

6:35, 48), que depois aparece nos demais anotadores (MT 26:26; MC 14:22,. LC 24:30, etc.) .


Observemos que na iniciação grega os símbolos eram a espiga de trigo e a uva; na iniciação judaica passaram a ser o resultado de ambos: o pão e o vinho, que Melquisedec já utilizara (cfr. Gén. 14:18).


Na parábola, observamos que a experiência é feita com dinheiro, para preparação ainda dos aspirantes à iniciação (cfr. atrás).


O símbolo é "mostrado" (deíknymi) e entregue, de acordo com a força (dynamis) de cada discípulo, tal como o faz Jesus, ao mostrar o pão e dá-lo: "tomai e comei". O hierofante, denominado aqui "homem ilustre" (ánthrôpos eugenês) introduz o iniciando na Senda e dá-lhe os símbolos para que, por meio de exercícios espirituais, se desenvolva. E "retira-se para fora de seu país" (apodêmôn), ou seja, atasta-se do ambiente do discípulo, para que este possa demonstrar sozinho sua força (dynamis). O tempo é mais que suficiente, pois o Mestre só regressa "após longo tempo" (metà pólyn chrónon).


Durante essa espera, os discípulos têm que "produzir obras" (ergázomai), fazendo que os talentos se multipliquem, "colocando a luz em cima do castiçal" (MT 5:14-16; LC 11:33, LC 11:36). Quem a mantém" escondida" (kryptô) é réu de egoísmo, e deixa o trabalho, a ação ou atividade (êrgon) improdutivo, não havendo desculpa na hora de "tomar a doutrina" (synaírei lógon) ou "prestar as contas".


Se o trabalho (érgon) foi bem executado, o candidato adquire "poder" (exousia) e entra na "alegria" (cháran) do Mestre, demonstrando-se capaz de dirigir outras criaturas pela mesma Senda. Não se tornará

"Mestre", mas poderá formar um pugilo de outros discípulos, proporcionalmente ao rendimento que obteve.


Aí temos, portanto, o modo de agir da Escola Iniciática Assembleia do Caminho. Nada de promoções por "pistolão" (cfr. MT 22:10; MC 10:37) nem por beleza física, nem por amizade: é duramente de acordo com a capacidade e a força de cada um.


* * *

Outra interpretação, corroborando a reencarnação, se entendermos o "homem ilustre" como o "Eu Verdadeiro", isto é, o Espírito ou individualidade, que deixa ao "espírito" ou personalidade, a incumbência de descer ao plano físico a fim de produzir experiências e multiplicar os talentos que o Espírito Eterno lhe empresta. No momento da destruição da personagem, o Espírito vem buscar o resultado para incorporá-lo a seu acervo. Se a personagem conseguiu multiplicar os talentos com seu trabalho ou sua ação (érgon), receberá como prêmio a concessão da alegria de tornar-se, no planeta, u "nome famoso", por ter aproveitado bem os dons recebidos. Se nada obteve na encarnação, e nada pode restituir ao Espírito senão o que ele já tinha (pois jamais se perde o que se conquistou), então a personagem desaparece nas trevas do túmulo, sem que ninguém se lembre dele: seu nome cai no olvido mais total. Permanece um dos milhões de anônimos que perambulam pela superfície do globo.


A parábola é um aviso de suma importância para todos, mas especialmente para os que penetraram no Caminho e SABEM: sua responsabilidade é incomparavelmente maior que a daqueles que ainda estão adormecidos na psychê, ou alma puramente animal. Os que "já tem Espírito" (Judas, 19) terão que prestar contas rigorosas, porque já receberam maior número e melhor qualidade de "talentos".



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 22 do versículo 1 até o 46
d) A Parábola das Bodas (22:1-14). Essa história tem algumas semelhanças com a parábola da grande ceia que só é encontrada em Lucas 14:16-24. Essas parábolas estão ligadas principalmente pela recusa dos convidados a comparecer, e pelas or-dens dadas aos servos para irem até as estradas e trazerem quaisquer pessoas que pudessem encontrar.

As diferenças até agora ultrapassam as semelhanças; deste modo, podem ser consi-deradas histórias independentes. Em Mateus, há um rei que está preparando a festa de casamento (as bodas) do seu filho. Em Lucas é um "homem" que dá uma "grande ceia". Aqui está dito que os convidados não quiseram vir (3). Em Lucas eles apresentam desculpas variadas. Aqui lemos que outros servos foram enviados, e que insistiram com os convidados para virem àquela esmerada festa de casamento, onde os bois e os cevados estavam prontos (4). Mas os convidados não fizeram caso (5). Eles foram, um para o seu campo, e outro para o seu negócio. Isso tem alguma semelhança com as duas primeiras desculpas em Lucas. Mas a morte dos servos, pelos convidados (6), e a destruição pelo rei da sua cidade (7) são idéias estranhas à parábola de Lucas.

A palavra grega para estradas, nos versículos 9:10, é muito diferente. No 10 ela é simplesmente hodous, "caminho" ou "estrada". Mas no 9 ela é diexodous ton hodon. A palavra diexodous, no Novo Testamento, só é encontrada aqui. Arndt e Gingrich acredi-tam que essa frase provavelmente signifique: "O lugar onde uma rua atravessa os limi-tes da cidade e se dirige ao campo aberto"."

O significado da parábola é bastante óbvio. Os judeus foram os primeiros convida-dos a gozar das boas coisas do Reino. Quando rejeitaram essa oportunidade, os gentios foram introduzidos.

Quando o rei examinou os seus convidados, ele descobriu um homem que não estava trajado com veste nupcial (11). Ao ser questionado, o homem emudeceu (12). O rei ordenou que ele fosse amarrado e lançado nas trevas exteriores — fazendo um grande contraste com o brilho e a felicidade da festa de casamento. Então, ficamos sa-bendo que ali haverá pranto e ranger de dentes (13). Essa mesma expressão ocorreu em 8.12. Trata-se de um terrível quadro de tormentos. Novamente (cf. 20,16) lemos a declaração: Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos (14).

Essa história ensina duas lições importantes. A mais importante é que nem todos que forem chamados serão salvos. Muitos são chamados — a salvação é de provisão universal — mas poucos escolhidos. Não é porque Deus (o Rei) rejeita os homens, mas porque os homens rejeitam o seu chamado. Não existe lugar aqui para a idéia de um "chamado eficiente". Alguém pode rejeitar o chamado de Deus para a salvação, e assim se tornar um perdido.

A outra lição é encontrada no episódio do homem que não tinha a veste nupcial. Obviamente, o rei havia fornecido uma veste a cada convidado. Mas um homem se recu-sou a vestir a sua. Ele é do tipo daqueles que preferem sua própria justiça à justiça oferecida por Cristo. Esses serão lançados nas trevas exteriores.

Está claro que a qualificação final e determinante para a festa de casamento não era o convite, ou mesmo a sua aceitação, mas a veste nupcial. Para seu pleno entendimento, devemos associar essa parábola a Apocalipse 19:7-9, onde o traje era "de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos". Agora os santos não são simplesmente convidados, mas fazem parte da própria noiva. Se é legítimo ver na veste nupcial de Mateus uma previsão da sua identificação com Apocalipse, então poderíamos afirmar que a justiça e a santidade pessoais seriam as condições básicas (sine qua non) para que alguém participe das bodas do Cordeiro.

Isso representa muito mais do que a imputação automática de justiça a todos aque-les que respondem ao convite. Na verdade, trata-se de uma justiça concedida que, embo-ra proporcionada pelo sangue de Jesus, deve ser, entretanto, alcançada por cada convi-dado, de forma individual e voluntária. Se o convite e a provisão da veste dependem da iniciativa do Rei, a obtenção e o uso dessa veste dependem da iniciativa do convidado. Embora seja um exagero considerar que a parábola esteja ensinando diretamente duas obras da graça, não seria exagero reconhecer nela os requisitos básicos da santidade, que são os meios em que estão incluídas a justificação e a santificação.

Em seu sermão sobre a "Veste Nupcial", John Wesley diz que a veste nupcial signi-fica "santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor". Ele apresenta dois pontos:

1) Sem a justiça de Cristo não podemos ter nenhuma pretensão em relação à glória; e

2) Sem a santidade, não seríamos adequados a ela.

e) A Questão dos Herodianos (Mt 22:15-22). Neste capítulo três grupos de líderes judeus questionam Jesus. Em cada oportunidade Ele responde e faz uma pergunta que, efetivairiente, silencia os seus interlocutores. Todos esses quatro itens foram registrados em cada um dos Evangelhos Sinóticos (cf. Mac 12:13-37; Lc 20:20-44). Aparentemente, essas discussões tiveram lugar na terça ou na quarta-feira da Semana da Paixão.

Os fariseus foram os instigadores da primeira pergunta. Eles consultaram entre si como o surpreenderiam em alguma palavra (15) — literalmente, "em uma pala-vra" ou "em uma expressão". O verbo é usado na Septuaginta, mas em nenhum outro lugar do grego clássico. Trata-se de um termo próprio da caça e significa "armar uma cilada". Arndt e Gingrich traduziram essa cláusula "a fim de poderem armar uma cilada com alguma coisa que Ele dissesse"." O motivo deles era malicioso.

Josefo descreve "três seitas filosóficas entre os judeus"; os fariseus, os saduceus e os essênios' (atualmente identificados com a comunidade de Qumrã que produziu os Rolos do Mar Morto). Os essênios não foram mencionados no Novo Testamento. De forma es-tranha, Josefo não faz referência aos herodianos que são mencionados três vezes nos Evangelhos (cf. Mc 3:6-12.13). Mas sobre eles nada se conhece com certeza. O nome sugere que eram seguidores de Herodes Antipas e essa é uma suposição tão boa quanto qualquer outra."

Os fariseus haviam usado um artifício sorrateiro (15). Eles enviaram a Jesus al-guns de seus discípulos, com os herodianos (16). Geralmente, esses dois grupos es-tavam sempre se enfrentando porque os fariseus se opunham ao governo de Roma. Mas agora haviam se unido na inimizade comum contra Cristo.

A lisonjeira abordagem usada por esses homens era totalmente falsa. Eles tentaram pegar Jesus desprevenido, sugerindo que Ele sempre falava a verdade e não se importa-va com o que as pessoas pensassem a seu respeito. Eles esperavam desse modo levar Jesus a se incriminar fazendo uma afirmação imprudente.

Então armaram a cilada: É lícito pagar o tributo a César, ou não? (17) A palavra tributo é kensos (em latim, census). Esse era um imposto individual que os judeus acha-vam particularmente ofensivo por lembrar que estavam sujeitos a um poderio estrangeiro.

Os interlocutores acreditavam que haviam colocado firmemente o Mestre nas teias de um dilema do qual Ele não tinha qualquer possibilidade de escapar. Se Ele respondes-se "sim", os fariseus o exporiam ao público como um judeu desleal. Se dissesse "não", os herodianos o denunciariam ao governo de Roma como culpado de sedição. Uma das pio-res ofensas que uma pessoa podia cometer aos olhos dos romanos era se opor ao paga-mento do imposto.
Jesus, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócri-tas? (18). Carr comenta o versículo 16 com muita propriedade: "Nada podia exceder a insidiosa hipocrisia desse ataque contra Jesus"."

Cristo contra-atacou fazendo um pedido: Mostrai-me a moeda do tributo (19) — a "moeda do censo" que era usada para pagar esse tributo. Em resposta, eles trouxeram um dinheiro (um denário) de prata que valia cerca de vinte centavos de dólar americano.

Jesus perguntou: De quem é esta efígie e esta inscrição? (20). A resposta imedi-ata foi: "De César" (21). O denário daquela época em particular trazia em um dos lados a cabeça do imperador Tibério com a seguinte inscrição em latim: "Tibério César, filho do divino Augusto (o próprio Augusto) ".

Então, o Mestre proferiu uma ordem simples e profunda: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus. O verbo dar quer dizer literalmente "devolver". Se o denário trazia o nome e a figura de César, ele deveria ser de sua propriedade, portanto deveriam devolver o que pertencia a ele. Paulo reitera esse princípio em Romanos 13:6.

Mas também devemos devolver o que pertence a Deus — e o que temos que não nos foi dado por Ele? "Os mestres judeus estabeleceram o princípio de que 'Será rei aquele cuja moeda seja corrente' Aquele que recusa ou deixa de pagar esse tributo está ne-gando que Jesus Cristo é o Senhor da sua vida; está rejeitando o governo de Cristo.
Mas dar a Deus o que lhe é devido significa mais do que entregar os dízimos — e também incluir ofertas adicionais Erasmo fez esse excelente comentário: "Devemos de-volver a Deus aquilo que tem a imagem e o nome de Deus — a alma"."
Aqueles que tinham vindo para questionar Jesus partiram maravilhados. O Senhor frustrou completamente aquela tentativa de armar-lhe uma cilada.

f) A Questão dos Saduceus (Mt 22:23-33). Naquele mesmo dia, chegaram junto dele os saduceus, que dizem não haver ressurreição (23). Essa descrição dos saduceus é confirmada não só em Atos 23:8 como também por Josefo. Ele escreve: "Mas a doutrina dos saduceus é essa: De que as almas morrem com os corpos; eles desconsideram a obser-vação de qualquer coisa além daquilo que a lei lhes prescreve. Consideram um exemplo de virtude discutir com aqueles mestres de filosofia com os quais se reúnem; mas essa doutrina é recebida apenas por alguns poucos, embora os de maior dignidade".

Os saduceus começaram sua conversação com Jesus fazendo uma citação de Moisés (Dt 25:5) em relação à assim chamada lei do levirato (do latim lenir, "cunhado"). Pratica-da por outras nações do Oriente, essa lei diz simplesmente: Se o marido morrer sem deixar filhos, seu irmão deverá se casar com a viúva e suscitará descendência a seu irmão (24). Dessa forma, os filhos que nascerem levarão o nome do irmão falecido.

Então os saduceus propuseram uma situação hipotética e muito improvável. Sete irmãos, sucessivamente, se casaram com a mesma mulher, mas todos morreram sem deixar filhos (25-26). Finalmente, morreu também a mulher (27) Agora, perguntaram os saduceus, na ressurreição, de qual dos sete será a mulher? (28) Esse é o tipo de pergunta que as mentes pequenas gostam de fazer para importunar as pessoas sensí-veis. Provavelmente, esse era um argumento que os saduceus tinham em sua coleção e que usavam muitas vezes na discussão com os fariseus. Na citação anterior de Josefo observamos que essas pessoas apreciavam muito desenvolver debates filosóficos com os seus oponentes.

Jesus chamou-lhes a atenção imediatamente. Ele disse: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (29). A única maneira pela qual a igreja e os indivíduos podem ser salvos do pecado atualmente é conhecendo a ambos. A verdadeira ortodoxia só poderá ser preservada através de um cuidadoso e constante estudo da Pala-vra de Deus, ao lado de uma experiência do poder e da presença do Espírito Santo.

O Mestre prosseguiu dizendo que não existe casamento na vida futura, mas serão como os anjos no céu (30) ;7' isto é, imortais, e não reprodutivos. Depois Jesus os desa-fiou com as suas próprias Escrituras. Podemos observar que Josefo disse que os saduceus "desconsideram a observação de qualquer coisa além daquilo que a lei lhes prescreve", isto é, eles só aceitam o Pentateuco (Torá), e rejeitam todo o restante do Antigo Testa-mento. Eles negavam especificamente a ressurreição porque, de acordo com a sua inter-pretação, esta doutrina não havia sido ensinada na Torá. Então, Jesus enfrentou-os em seu próprio campo. Ele citou Êxodo 3:6 — as palavras ditas pelo Senhor a Moisés na sarça ardente — e fez a sua aplicação: Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos (32). Se, na época de Moisés, Deus era o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e como esses homens já haviam morrido há muito tempo, havia uma clara implicação de que estavam vivendo em um estado de imortalidade, embora tivessem deixado de viver na terra. A relação dessa passagem com a ressurreição foi assim expressa por Bengel: "Deus... não é o Deus daquilo que não é: Ele é o Deus vivo. Portanto, aqueles que possuem a Deus também devem estar vivos. E para muitos desses, cuja vida foi suspensa na terra, deverão reviver eternamente"."

O efeito das palavras de Cristo sobre a multidão é descrito de forma vívida (33). As pessoas ficaram maravilhadas da sua doutrina (em grego, "ensino"). O verbo signi-fica literalmente "atingir vigorosamente", sendo igual à forma passiva, "foram tomados de admiração"." Além disso, esse verbo está no tempo imperfeito. Carr explica a força dessa expressão. Ele diz: "O imperfeito expressa muito bem a emotividade da admiração que tomou conta da multidão, de pessoa em pessoa".74

g) A Pergunta dos Fariseus (Mt 22:34-40). Quando os fariseus ouviram que Jesus havia eficientemente calado — o termo grego diz "emudecido", "silenciado" — seus oponentes, os saduceus, eles sem dúvida ficaram muito contentes. Mas resolveram experimentá-lo novamente (cf. 15).

Um deles, certo doutor da lei, isto é, um professor da lei mosaica — fez uma pergun-ta a Cristo, para o experimentar (35). Temos novamente o problema de como traduzir a palavra peirazon, "tentar" (ASV), "testar" (RSV, cf. NEB), ou "tentando" (KW). O signi-ficado fundamental do verbo é "tentar, experimentar, colocar em teste".' Se o texto suge-rir algum motivo mal-intencionado, essa palavra pode ser traduzida como "tentar". Po-deríamos entender que esse era o caso nessa passagem, se não fosse pelo relato paralelo de Marcos. Ele diz, a respeito dessa pergunta, que o "escriba" (doutor da lei) "havia respondido bem", retratando um mútuo apreço entre Jesus e o "doutor da lei". Provavel-mente, então, "testar" seria a melhor tradução aqui.

O escriba perguntou: Mestre (em grego, "Professor") qual é o grande manda-mento da lei? (36). O que significa, literalmente, "de que tipo". Plummer sugere que esse doutor da lei queria um "cânon de classificação". Ele diz: "Os rabinos dividiam os 613 preceitos da Lei (248 mandamentos e 365 proibições) em "pesados" e "leves", mas essa classificação gerou muitos debates".'

Ao responder, Jesus citou Deuteronômio 6:5: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento (37). Marcos e Lucas acrescentam: "e de todas as tuas forças". Na verdade, a passagem em hebraico do Antigo Testamento diz "coração", "alma" e "força". A Septuaginta diz "coração", "alma" e "poder" (dynamis) e alguns manuscritos trazem o termo "pensamento" (dianoia). Parece que Jesus fez uma combinação desses quatro significados.

Carr explica os três termos de Mateus da seguinte maneira: "Kardia inclui as emoções, a vontade, e o propósito; psyché, as faculdades espirituais; e dianoia, o inte-lecto, a faculdade de pensar"." Mas é impossível fazer uma distinção precisa e comple-ta dessas palavras. Por exemplo, para psyché Arndt e Gingrich sugerem, com o apoio das Escrituras, os seguintes significados (dentre outros) : "vida, princípio da vida"; "vida terrena"; "a alma como sede e centro da vida interior do homem em seus muitos e variados aspectos"; "a alma como sede e centro da vida que transcende o terreno"." Eles observam: "Muitas vezes é impossível desenhar linhas rápidas e firmes entre os significados dessas palavras, que possuem múltiplos aspectos"." O mesmo poderia ser dito para kardia (coração).

Mas o significado claro é que devemos amar a Deus com todo o nosso ser. A palavra grega para amor, agapao, significa muito mais do que afeto e emoção (expressa pelo termo phileo). Cremer diz, a respeito de agapao: "Essa palavra sozinha não exclui o afeto, mas é sempre o afeto moral de uma vontade consciente e deliberada que ela con-tém, e não o impulso natural de um sentimento imediato".'

Depois de identificar Deuteronômio 6:5 como o primeiro e grande mandamento (38), Jesus continuou e disse que o segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mes-mo (39). Essa é uma citação de Levítico 19:18. Novamente, o verbo é agapao. Segundo Abbott-Smith: "Agapao é uma palavra que foi usada adequadamente no Novo Testamen-to em relação ao amor cristão a Deus e aos homens, o afeto espiritual que acompanha a direção da vontade e que é, portanto, diferente do sentimento que é instintivo e irracio-nal, podendo ser ordenado como um dever".81

Jesus acrescentou (apenas em Mateus) : Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas (40) — isto é, todo o Antigo Testamento. Esses são os dois mandamentos-chave, que demonstram o significado de todos os demais.

Como a essência de todo o Antigo Testamento está contida nesses mandamentos, é óbvio que a santidade como padrão para o povo de Deus não é isolada na dispensação do Evangelho. O que é especial na nova aliança é o meio com o qual os homens devem atender a esse padrão, e a medida (ou o grau de perfeição) com que devem cumpri-lo. O poder para alcançar a plenitude interior tornou-se agora a herança de cada filho de Deus. É um poder que altera de tal maneira o afeto e preenche o ser com o Espírito Santo, que amar a Deus com todo o ser torna-se uma atitude natural e espontânea (Rm 5:5). Quando Deus promete que na nova aliança Ele irá colocar as suas leis no entendi-mento e no coração do seu povo (Hb 8:10; Jr 31:33), Ele está se referindo, acima de tudo, a estes dois mandamentos, pois eles incluem todos os outros.

h) A Pergunta de Jesus (Mt 22:41-46). Os fariseus haviam questionado a Cristo, e Ele havia respondido efetivamente às suas perguntas. Agora, Ele faz uma pergunta que eles não podem responder.

Tirando vantagem do fato de ter um considerável grupo de fariseus à sua frente (41), Jesus perguntou primeiro: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Eles responderam, De Davi (42). Esse era um conceito popular daquela época,' baseado em algumas passagens das Escrituras: Sl 89:20-37; Is 9:2-7; 11:1-9; Jr 23:5-6; 33:14-18; Ez 34:23-24; 37.24.

Jesus perguntou: Como é, então, que Davi, em espírito, lhe chama Senhor? (43). Em espírito significa "inspirado pelo Espírito" (RSV), isto é, o Espírito Santo.

Dessa forma, Jesus afirmou, ao mesmo tempo, que Davi era o autor do Salmo 110 e que sua inspiração era divina. Então, Ele citou o primeiro versículo desse Salmo Messiânico:"

Disse o SENHOR ao meu Senhor (44), quer dizer em hebraico "Jeová [ou Yahweh] disse ao meu Adonai". No Antigo Testamento geralmente SENHOR é a tradução de Yahweh e Senhor a tradução de Adonai. Em grego, é usada a palavra kyrios.

Os judeus não podiam, ou não queriam, responder a essa questão: Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é seu filho? (45) A resposta cristã é que o Senhor de Davi tornou-se o filho de Davi através da Encarnação.

O versículo 46 indica que Jesus havia eficientemente calado todos os seus oponen-tes. Ninguém mais, depois daquele dia tão significativo, ousaria fazer qualquer tipo de pergunta a Jesus.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 22 versículo 10
Maus e bons:
Notar a semelhança entre esta parábola e as de Mt 13:24-30,Mt 13:36-43,Mt 13:47-50.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 22 do versículo 1 até o 46
*

22.1-14

Embora haja similaridade entre esta parábola e Lc 14:16-24, há poucos paralelos verbais e algumas grandes diferenças. Elas devem ser consideradas como parábolas diferentes, ditas em diferentes ocasiões. A primeira parte da parábola (vs. 1-10) continua o tema começado no capítulo anterior, que os herdeiros do reino o rejeitaram e o reino foi oferecido a outros. Os servos de Deus têm a tarefa de oferecer o evangelho a todas as pessoas (v. 9). A segunda parte (vs. 11-14) afirma que receber um convite para o reino de Deus, não garante a inclusão nele, pois o convidado deve estar apropriadamente vestido (cf. Zc 3:3-5; Ap 3:18; 19:8). Ainda que cada um que ouve o evangelho tenha sido convidado, e ainda que muitos possam alegar que estão no reino, somente os que estão vestidos com a justiça de Cristo são realmente apresentáveis a Deus. Só os que são escolhidos estarão presentes na ceia das bodas do Cordeiro, e esta eleição não depende de qualquer status anterior (8.11-12).

* 22:13

para fora, nas trevas. É uma descrição da punição eterna. Não haverá posição intermediária entre céu e inferno.

* 22:14

chamados... escolhidos. Ver “Vocação Eficaz e Conversão”, em 2Ts 2:14.

* 22:17

tributo. A odiada captação de impostos simbolizava submissão a Roma. Se Jesus simplesmente,advogasse o pagamento dos impostos, ele alienaria o povo; se ele encorajasse o não pagamento, os herodianos o acusariam de traição. A resposta de Jesus coloca a questão num nível mais profundo do compromisso último a Deus. A moeda que traz a imagem de César, pertence a ele; os seres humanos, criados à imagem de Deus, pertencem a Deus.

* 22:21

a César. Ver “Os Cristãos e o Governo Civil”, em Rm 13:1.

* 22.31-32

não tendes lido. Jesus cita do Pentateuco (Êx 3:6), uma porção das Escrituras particularmente valiosa aos saduceus. Que Deus “é” (e não “era”) o Deus dos patriarcas, proclama a ressurreição, porque Deus “não é Deus de mortos e sim de vivos”. O Deus eterno chama seus santos a um eterno relacionamento com ele mesmo. Tudo isto implica que os patriarcas continuam a viver na presença de Deus e serão ressuscitados no futuro.

* 22:37

Amarás. Ver “Amor”, em 1Co 13:13.

* 22:40

toda a lei e os profetas. Um modo de referir-se a todo o Antigo Testamento. O amor cumpre a lei, porque resume os mandamentos de Deus e motiva a obediência a eles (13 8:45-13.10'>Rm 13:8-10; 1Co 13). Não dissolve as normas de conduta estabelecidas por Deus, mas as ilumina e aprofunda (5.17; Rm 8:4). Ver “A Lei de Deus”, em Êx 20:1.

* 22:42

Que pensais. Os fariseus tinham testado a Jesus e Jesus agora os testa, focalizando a questão crucial — a identidade do Messias (Cristo) — e sua citação do Sl 110 mostra que o ponto de vista comum a respeito do Messias era também limitado.

Cristo. Ver nota em 1.1.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 22 do versículo 1 até o 46
22.1-14 Naqueles lugares se esperavam dois convites quando se organizava um banquete. A primeira solicitava a assistência do convidado, a segunda indicava que tudo estava preparado. Aqui o Rei, Deus, convida três vezes, e as três vezes lhe rechaçam o convite. Deus quer que unamos ao em seu banquete, que durará pela eternidade. Por isso nos envia convite detrás convite. Aceitou-a?

22:11, 12 Era costume que os convidados a umas bodas recebiam uma vestimenta especial. Nem se pensou que alguém poderia rechaçar esta vestimenta. Seria um insulto ao anfitrião, que daria por sentado que o convidado não queria participar da celebração das bodas. Jesus está falando aqui da vestimenta de justiça que se requer para entrar no banquete de Deus no Reino. Esta roupagem é uma figura da aceitação total que se dá ante os olhos de Deus a cada crente em Cristo. Cristo há provido esta vestimenta para cada crente, mas cada pessoa deve decidir usá-la a fim de poder entrar em banquete do rei (vida eterna). Há um convite pendente, mas devemos estar preparados. Para maiores dados relacionados com a metáfora da vestimenta de justiça e salvação, vejam-se Sl 132:16; Is 61:10; Zc 3:3-5; Ap 3:4-5; Ap 19:7-8.

22.15-17 Os fariseus, um grupo religioso, opunham-se à ocupação romana na Palestina. Os herodianos eram um partido político judeu que apoiava ao Herodes Antipas e a política instituída por Roma. Normalmente, estes dois grupos eram inimigos inflamados, mas se uniram contra Jesus. Juntos, vários representantes destes dois grupos perguntaram ao Jesus quanto ao pagamento de impostos a Roma, pensando que poderiam abandoná-lo. Se Jesus manifestava estar de acordo com que se pagasse impostos ao César, os fariseus diriam que se opunha a Deus, o único Rei que reconheciam. Se Jesus dizia que não deviam pagar impostos, os herodianos o entregariam ao Herodes por rebelião. Aos fariseus não os impulsionava o amor às leis de Deus, e os herodianos não estavam motivados pelo amor à justiça romana. A resposta do Jesus pôs ao descoberto seus motivos malvados e os envergonhou.

22:17 Se requeria que os judeus pagassem impostos para sustentar ao governo. Os judeus aborreciam isto porque o dinheiro ia diretamente ao tesouro do César, onde parte ajudava os gastos dos templos pagãos e o estilo de vida decadente dos romanos aristocratas. A imagem do César nas moedas era um aviso permanente da sujeição do Israel a Roma.

22:19 O denario era o salário de um dia de trabalho.

22:21 Jesus não caiu na armadilha e mostrou que temos dobro cidadania (1Pe 2:17). A cidadania terrestre requer que paguemos os serviços e benefícios recebidos. A do reino dos céus requer que ofereçamos a Deus obediência e consagração.

22.23ss Como os fariseus e herodianos não puderam apanhar ao Jesus, os saduceos com dissimulação o tentaram. Não acreditavam na ressurreição porque o Pentateuco (Gênese ao Deuteronomio) não tem um ensino direto a respeito. Os fariseus não tinham podido fazer uso de um argumento convincente tirado do Pentateuco para defender a ressurreição, e os saduceos pensaram que tinham apanhado ao Jesus. Mas este lhes demonstrou o contrário (veja-se em 22.31, 32 a resposta do Jesus).

22:24 se desejar mais informação sobre o Moisés, veja-se seu perfil no Exodo 14.

22:24 A lei dizia que quando o marido morria sem deixar um filho, o irmão solteiro do homem tinha a responsabilidade de casar-se com a viúva e cuidá-la (Dt 25:5-6). Assim protegiam a essas mulheres, que pelo general não tinham outros meios para viver.

22.29, 30 Os saduceos perguntaram como seria o matrimônio na eternidade. Jesus lhes respondeu que era mais importante compreender o poder de Deus que conhecer como será o céu. Em cada geração e cultura, os pontos de vista sobre o céu ou a vida eterna tendem a apoiar-se em imagens e experiências da vida presente. Jesus manifestou que estes pontos de vista errados têm como origem o desconhecimento da Palavra de Deus. Não devemos considerar a eternidade emoldurada em nossas idéias nem entender a Deus em termos humanos. Devêssemos nos concentrar mais em nossa relação com Deus que em saber como é o céu. Com o tempo saberemos, e veremos que é imensamente melhor que nossas expectativas.

22:31, 32 Tomando em conta que os saduceos só aceitavam o Pentateuco, Jesus respondeu em apóie ao Exodo (3.6). Deus não diria: "Eu sou o Deus de seus pais", se pensava que Abraão, Isaque e Jacó estavam mortos. Da perspectiva de Deus, eles viviam. Jesus usou um tempo verbal presente para referir-se à ressurreição e a vida eterna que todos os crentes desfrutam no.

22:34 Um poderia pensar que os fariseus se alegraram ao ver silenciados aos saduceos. Pergunta-a com a que os saduceos sempre os apanhavam tinha sido ao fim respondida pelo Jesus. Mas os fariseus eram muito orgulhosos para mostrar-se impressionados. A resposta do Jesus lhes dava uma vitória teológica sobre os saduceos, mas estavam mais interessados em acabam com o Jesus que em aprender uma verdade.

22.35-40 Os fariseus, que tinham conseguido classificar umas seiscentas leis, com freqüência tratavam de distinguir entre o mais importante e o menos importante. De modo que um deles "perito em leis" pediu ao Jesus que identificasse a lei mais importante. Jesus citou Dt 6:5 e Lv 19:18. Ao cumprir estes dois mandamentos, uma pessoa cumpria as restantes, já que resumo os Dez Mandamentos e as outras leis morais do Antigo Testamento.

22.37-40 Jesus diz que se amarmos a Deus e a nosso próximo por natureza guardamos os mandamentos. Isto é olhar a lei de Deus de maneira positiva. Em vez de estar nos preocupando do que não podemos fazer, devêssemos nos concentrar naquilo que sim podemos fazer para mostrar que amamos a Deus e a outros.

22.41-45 Os fariseus, herodianos e saduceos lhe tinham apresentado suas perguntas. Agora Jesus investe os papéis e lhes formula uma pergunta bem interessante: quem pensavam que era o Messías. Os fariseus sabiam que o Messías seria um descendente do Davi mas não que também seria Deus mesmo. Jesus usou o Salmo 110:1 para lhes mostrar que o Messías era muito superior ao Davi (Hb_1:13 emprega o mesmo texto para provar a identidade do Jesus). Pergunta-a mais importante que temos que responder é o que acreditam a respeito de Cristo. As demais pergunta espirituais são irrelevantes até que acreditam que Jesus é quem disse que é.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 22 do versículo 1 até o 46
c. A Festa de Casamento (22: 1-14)

1 E Jesus respondeu e falou novamente em parábolas a eles, dizendo: 2 O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho, Dt 3:1 ). Mas as diferenças se destacam. Aqui é um rei que faz uma festa de casamento para seu filho; não é um "homem" que fez Aqui os convidados não só se recusam a vir "uma grande ceia." (v. Mt 22:3 , mas eles fazem a luz do convite) (v. Mt 22:5) e, finalmente, eles maltratam e matam os servos. Lá eles fazem desculpas. Nesta parábola, o rei envia seus exércitos e destrói os assassinos. Na outra parábola, o homem está irritado e declara que nenhum dos convidados deve comer seu jantar. Os mais próximos mentiras semelhança nas instruções urgentes para os servos de sair pelos caminhos e trazer todos eles podem chegar.

A lição é clara. Os judeus foram os convidados. Porque eles se recusaram a vir para o banquete messiânico, os gentios e pecadores desprezados seriam recebidos no reino de Deus. Esta parábola, como os dois anteriores, é um dos aviso do julgamento.

Mateus acrescenta um item interessante: o homem sem a veste nupcial (vv. Mt 22:11-13 ). O ponto de este parece ser um alerta contra assumindo que todos os gentios e os pecadores serão salvos. Somente aqueles que têm sobre as vestes da justiça de Cristo pode participar da ceia das bodas do Cordeiro (Ap 19:9)

1. Homenagem a César (22: 15-22)

15 Então os fariseus se retiraram e consultaram entre si como o apanhariam em sua palestra. 16 e enviaram-lhe os seus discípulos, com os herodianos, dizendo: Mestre, sabemos que és verdadeiro, e ensinas o caminho de Deus segundo a verdade e carest não para qualquer um:. porque não olhas a aparência dos homens 17 Diga-nos, pois, que te parece? É lícito pagar tributo a César, ou não? 18 Mas Jesus, percebendo a sua malícia, disse: Por que fazeis julgamento de mim, hipócritas? 19 Mostre-me o dinheiro do tributo. E eles lhe apresentaram um denário. 20 E disse-lhes: De quem é a imagem e inscrição? 21 Disseram-lhe eles: De César. Então, disse-lhes: Dai, pois, a César o que é de César; e Deus o que é de Dt 22:1 ).

O grupo combinado aproximou Cristo com bajulação lisonja. A linguagem do verso Mt 22:16 se destinava a jogá-lo fora de seu protetor e levá-lo para fazer alguma declaração forte descuidada. Deferência que pediram sua opinião (v. Mt 22:17 ), em seguida, pulou sua armadilha: Foi legal (permitido, propriamente dita) para dar o tributo (pagamento de impostos) para Caesar -o imperador romano. Schürer indica que nas províncias as pessoas tinham que pagar os dois impostos de votação e impostos sobre a propriedade.

Os questionadores assumiu que tinham Jesus preso. Independentemente da forma como Ele respondeu Ele seria pego em um dos dois chifres de um dilema. Se Ele disse: "Não", os herodianos iria denunciá-lo imediatamente para os romanos como alguém que era culpado de sedição contra o governo. (Agora, torna-se evidente por que os fariseus queriam herodianos junto.) Se Ele disse, "Sim", os fariseus iria chorar ao povo: ". Veja, ele não é fiel a nossa nação" Não havia escapatória para Jesus-para que eles pensava.

Mas depois de repreendê-los para a sua maldade hipócrita (v. Mt 22:18 ), Cristo fez um pedido simples: Mostre-me o dinheiro do tributo - Eles trouxeram-Lhe uma "moeda de pagamento do imposto." denário , a moeda mais comum na Palestina naquele dia .Entregá-lo em sua mão, ele perguntou: ? De quem é esta imagem e inscrição Quando responderam, de César (v., Jesus fez uma das declarações mais importantes que ele jamais proferiu 21 ). rendem está literalmente ". devolver" Eles perguntaram se eles devemdar tributo a César (v. Mt 22:17 ). Jesus praticamente disse: "Não, você não pode dar a César o que já lhe pertence, mas você deve pagar seus impostos. "Este princípio é repetido por Paulo (Rm 13:6)

23 Naquele dia, aproximou-se dele os saduceus, que dizem que não há ressurreição, e perguntaram-lhe, 24 dizendo: Mestre, Moisés disse: Se morrer alguém, não tendo filhos, seu irmão casará com a mulher, e suscite . descendência a seu irmão Dt 25:1)

34 Os fariseus, quando souberam que ele tinha colocado os saduceus ao silêncio, refazer-se. 35 E um deles, um advogado, pediu-lhe uma pergunta, tentando-o: 36 Mestre, qual é o grande mandamento na lei? 37 E disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. 38 Este é o grande e primeiro mandamento. 39 E um segundo, como a ela , é esta: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 40 Destes dois mandamentos dependem toda a lei for pendurado, e os profetas.

Os fariseus tinham sido derrotados uma vez. Mas quando ouviram que Jesus tinha feito calar os saduceus, eles decidiram tentar novamente. Um deles, um advogado -Professor da lei mosaica, não advogado no sentido moderno-veio, perguntando: "Que tipo de mandamento é o maior no Law" (tradução literal). Esta era uma questão de constante disputa entre os rabinos.

Para uma resposta Jesus referiu o advogado a um comando de varredura em Dt 6:5)

41 Ora, enquanto os fariseus estavam reunidos, Jesus perguntou-lhes uma pergunta, 42 dizendo: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Eles disseram-lhe: O filho de Davi. 43 Disse-lhes: Como é então que Davi, em espírito, lhe chama Senhor, dizendo:

44 Disse o Senhor ao meu Senhor:

Assenta-te à minha direita,

Até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés?

45 Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho? 46 E ninguém podia responder-lhe uma palavra, nem se atreviam qualquer homem Desde aquele dia, pedir-lhe mais perguntas.

Enquanto Jesus tinha os fariseus diante dEle, Ele propôs uma pergunta para eles. Ele perguntou primeiro, cujo filho era o Messias. Eles refletiam a crença comum do dia em sua resposta: O filho de Davi (v. Mt 22:42 ). Este conceito messiânico foi baseada em textos como Is 9:2 ; Is 11:1 ; Jr 23:5 ; Jr 33:14 ; Ezequiel 34:23-24 ; 37:24 ; Sl 89:20 -o excelente salmo messiânico, citou outras cinco vezes no Novo Testamento (At 2:34 ; He 1:13 ; He 5:6, He 7:21 ). O Senhor disse ao meu Senhor está no ReiTiago 5ersion do Testamento Senhor Old geralmente traduz o hebraico "Jeová (ou Yahweh) disse ao meu Adonai." Yahweh e Senhor do hebraico Adonai . Mas no grego uma palavra, Kyrios , tem que fazer para ambos.

A frase no Espírito (v. Mt 22:43) é de grande importância. Ela atribui a inspiração divina para Davi, por escrito, este Salmo. Estes não são simplesmente as palavras de um homem, mas de um homem inspirado pelo Espírito Santo. Esta é uma das várias passagens do Novo Testamento que afirmam a inspiração do Velho.

A questão do versículo 45 não encontraram nenhuma resposta nas mentes desses professores judeus da Escritura por causa de sua rígida e monolítica monoteísmo-similar ao de muçulmanos hoje. Ele ainda é a maior pedra de tropeço único na maneira de judeus aceitar a Cristo como Salvador divino.

Mas para os cristãos a resposta é clara. A solução está no fato da Encarnação. O Filho eterno de Deus, o Senhor de Davi, tornou-se o filho de Davi, em Belém.

Jesus tinha feito calar todos os seus adversários, respondendo às suas três perguntas para o espanto das multidões (vv. Mt 22:22 , Mt 22:23 ), e, em seguida, pediu-lhes uma pergunta que não podia responder. A partir daquele dia o questionamento cessado (v. Mt 22:46 ). Os fariseus e saduceus não estavam prontos para arriscar outro debate público.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 22 do versículo 1 até o 46
Na seção anterior, examinamos Dn 14:0 primeiros versículos. O restante do capítulo trata das questões que os escribas e os fariseus levantaram na tentativa de "surpreender [Cristo] em alguma palavra" (v. 15).

A questão sobre o tributo (Mt 22:15-40)

Os herodianos, um grupo com pre-tensões políticas, levantaram essa questão. Embora o Novo Testamento não nos forneça muita informação a respeito deles, parece que tinham uma aliança, junto com os Hero- des, de cooperação com Roma. Eles opunham-se aos fariseus, que odia-vam o governo romano, contudo esses inimigos juntaram-se com a finalidade de opor-se a Cristo.

A questão do tributo era delica-da. Se Cristo se opusesse ao tribu-to pago a Roma, seria preso como traidor; no entanto, se fosse favorá-vel ao pagamento de tributo a Cé-sar, perdería o coração dos judeus, que desprezavam os governantes romanos. A resposta de Jesus mostra que os verdadeiros filhos de Deus têm obrigação tanto com o Senhor como com seu país. Como D. L. Moody costumava dizer: "O cristão não deve ter uma mente tão celes-tial [que] o impeça de ser bom sob o ponto de vista terreno". Roma-Nu 13:0; Cl 3:10). Em Lc 15:8-

  1. a parábola da moeda perdida sugere que o homem, feito à ima-gem de Deus, está perdido e deve encontrar-se antes que possamos ver a verdadeira imagem.
  2. A questão sobre a ressurreição (Mt 22:23-40)

Agora, os saduceus entram em cena com uma questão doutrinai. De novo, veja como fariseus e sa-duceus, que são inimigos, unem-se para fazer oposição a Cristo. Eles apresentam uma questão hipotética a respeito de casamento na próxima vida fundamentados na lei do Anti-go Testamento que determina que o homem se case com a viúva do ir-mão a fim de perpetuar a raça (veja Gn 38:8; Dt 25:5-5). Jesus disse que eles não conheciam o poder e a Palavra de Deus. Ele explicou que na próxima vida não existirá o ca-samento como o conhecemos, as pessoas viverão como anjos, isto é, que vivem em um mundo espiritual que não é regido pelas leis huma-nas. (Isso não significa que seremos anjos, mas que seremos como eles no que diz respeito ao casamento. Os santos sempre reinarão como fi-lhos de Deus, e não como servos, que é o caso dos anjos.)

Cristo usou a Bíblia para res-ponder a seus críticos ao referir-se a Êxodo 3:6,15-16. O Senhor afirma: "Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó" (v. 32), e não: "Eu era o Deus...". Isso sig-nifica que esses profetas ainda es-tão vivos e com Deus. A morte não destrói a pessoa, embora o corpo transforme-se em pó. Por isso, Jesus afirma que a alma vive após a mor-te, e que aqueles que têm fé esta-rão com Deus. Entretanto, o Senhor salva a pessoa inteira, até mesmo o corpo, que será glorificado (Fp 3:20-50)

Agora, os fariseus se apresentam para fazer uma pergunta legal a res-peito da lei do Antigo Testamento. (No versículo 34, a interpretação literal da expressão "fizera calar" é "amordaçar". Isso mostra como Cristo silenciou totalmente seus ini-migos!) Os intérpretes da Lei deba-tiam a respeito de qual dos muitos mandamentos era o maior. Eles di-vidiram os mandamentos em "pesa-dos" e "leves" e separavam as "leis rituais" das "morais". Isso fez com que o mais insignificante detalhe da lei ritual fosse tão obrigatório e importante quanto a maior lei moral de Deus! Os fariseus pensaram que pegariam Jesus ao forçá-lo a tomar partido nessa controversa questão teológica.

Mais uma vez, Cristo apelou para as Escrituras e citou Deutero- nômio 6:5 e Levítico 19:18. Amor a Deus e ao próximo: essas duas leis resumem toda a Lei (veja Rm 13:8-45), Pedro citou-o para provar a ressurreição de Cristo, e He 10:13 também o cita. Je-sus vira-se para os gentios e torna-se o Sumo Sacerdote de todos os que crêem nele depois de ser rejeitado como Rei pelos judeus. Quando re-tornar à terra, ele porá seus inimigos como estrado dos seus pés. Entre- mentes, ele espera com paciência (''aguardando''; He 10:13) até o dia do julgamento e do triunfo.

Cristo, após silenciar os inimigos, os expõe publicamente. No Sermão do Monte, ele disse que, se quisés-semos entrar no céu, nossa justiça teria de exceder a dos escribas e fa-riseus (Mt 5:20). Ele expõe a hipo-crisia deles e mostra de forma con-tundente que a mera "religião" não pode nunca tornar a pessoa santa. Sem dúvida, essa exposição públi-ca deixou os fariseus com raiva e teve muito que ver com a crucifica-ção de Cristo.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 22 do versículo 1 até o 46
22.2 Reino dos céus. Outras parábolas do Reino constam no cap. 13.

22:2-14 A proclamação de evangelho é como um convite insistente a uma festa maravilhosa. Ainda assim há pessoas que o rejeitam.
22.6 Mataram. Lucas narra uma parábola semelhante, em que compara: o evangelho a uma festa (Lc 14:15-42); consulte as notas nesse trecho, Parece que Jesus repetiu a parábola, agora em circunstâncias mais urgentes, e adicionou este pormenor para ensinar aos fariseus qual era a atitude deles, e qual seria seu fim por causa disso. Profetiza-se também a perseguição dos cristãos.

22.7 Os inimigos declarados do evangelho serão exterminados. Pode ser uma predição específica a respeito da destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C. Depois vem o julgamento final. Os inimigos disfarçados, aqueles que participam das atividades evangélicas sem a verdadeira conversão, também perecerão.
22.11 Veste nupcial. Simboliza a justificação com a qual Cristo reveste as pessoas que aceitam o dom gratuito dá salvação (Rm 13:14; Ap 19:8).

22:1-5 Retirando-se os fariseus. Ao responder ao desafio lançado pelos fariseus, Jesus tinha demonstrado Sua autoridade divina, desmascarando os fariseus como inimigos de Deus (21:23-22; 14); estes retiraram-se derrotados do debate.

22.16 Herodianos. Dificilmente podiam trabalhar corri os fariseus, pois os partidários de Herodes pouco se interessaram pela lei. Como os fariseus, entretanto, queriam a independência civil e religiosa (Mc 3:0, Lc 20:24, Lc 20:25). • N. Hom. O reino dos céus não é deste mundo. Pertence a uma ordem de coisas toda espiritual, que não entra em conflito com os poderes terrestres naquilo que têm de legítimo. No tributo pago às autoridades cívicas, apenas se lhes retribui algo daquilo que oferecem.

22.23 Saduceus. O partido aristocrático que dominava a política dos judeus, inclusive a posição do sumo sacerdote. Não acreditavam nem em ressurreição, nem em anjos, nem na imortalidade da alma; nisto diferiam dos fariseus. Agora, vinham copiosamente lançar contra Jesus sua dúvida predileta.

22:24-32 Os saduceus quiseram zombar da ressurreição. Aceitando apenas o Pentateuco como autoridade; recorriam à Lei do levirato (Dt 25:5), presumindo que seria aplicada nos céus. Jesus dá a sua resposta dentro dos moldes do Pentateuco, tirando conclusões claras (Lc 20:28n).

22:34-36 Os fariseus voltam agora à tona com sua dúvida predileta. Haviam abstraído do AT 248 preceitos afirmativos (em número idêntico ao total dos membros do corpo segundo a enumeração dos judeus) e 365 negativos (conforme dias do ano). A soma é igual a um total de 613 (o número de letras do Decálogo), e sempre debatiam a prioridade entre eles.
22.40 Mais uma vez, Jesus abandonou a dialética de raciocinar dos fariseus e saduceus, para chegar diretamente a princípios fundamentais, espirituais e eternos. Assim foi corri a pergunta sobre a autoridade, com a questão do tributo e no assunto da ressurreição (21:23-22.33).

22:41-45 Agora é Jesus que levanta perguntas. Os fariseus tinham estudado muito sobre a natureza do Messias, mas só se demoravam nas esperanças que sugeriam que o Messias seria um rei com poderes divinos para conceder a Israel toda a riqueza e poder que se podia desejar. Conheciam o Messias como o Filho de Davi, mas não o Senhor de Davi, nem Seu domínio espiritual em amor e mansidão (Lc 20:42-44n).

22.46 Jesus era vitoriosa na razão, no direito, na lei, na lógica e no bom senso, mas na prática, no plano física, os inimigos o mataram.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 22 do versículo 1 até o 46
A parábola do banquete de casamento (22:1-14)

Conforme Lc 14:16-42. A força dessa terceira parábola se perde muitas vezes em virtude da comparação com a parábola de Lucas de um banquete particular. Diferente do convite para o banquete de um indivíduo, o convite para o banquete real era praticamente compulsório — por isso, Mateus não faz concessões para desculpas. A recusa em participar do casamento do filho do rei significava deslealdade para com a casa real também. As pessoas consideradas nos v. 2-6 são os líderes religiosos em Jerusalém, e o v. 7 prediz a sua destruição junto com a de Jerusalém (a cidade delessingular). O argumento de M’Neile, Filson e Tasker de que o versículo está fora de ordem esquece os elementos não cronológicos tão freqüentes nas histórias do AT — é evidente que a destruição ocorreu depois do banquete.

Jesus, então, se voltou para a multidão, que estava se divertindo com a fúria dos representantes do Sinédrio, e destacou nos v. 11-14 que ela também tinha uma responsabilidade. Não há razões para pensarmos que gentios estejam em vista aqui (Tasker), embora de fato eles fossem colher os benefícios da rejeição por parte dos líderes judeus (Rm 11:11,Rm 11:12,Rm 11:15).

Um uso incorreto da parábola de Lucas levou à compreensão errônea do v. 9 em termos de Lc 14:0, Lc 20:40.

A pergunta acerca do maior mandamento (22:34-40)

V.comentário de Mc 12:28-41.Lc 10:27 mostra claramente que não temos o ensino original de Jesus aqui. perito na lei (nomikos): Embora comum em Lucas, ocorre somente aqui em Mateus. E provável que se tenha em mente aqui um escriba (Mc 12:28) cuja especialidade era a halakah, i.e., a aplicação detalhada da Lei de Moisés. Não há razão para que na citação de Dt 6:5 Mateus omita “forças” (conforme Mc 12:30; Lc 10:27). O NT na verdade não introduz um quarto elemento em Dt 6:5. Os manuscritos da LXX variam na sua tradução do termo hebraico lebab entre kardia (coração) e dianoia (mente). A primeira é mais literal; a segunda transmite melhor o sentido, porque o intelecto e a vontade prevalecem sobre as emoções no termo hebraico lebab.

Acerca do Filho de Davi (22:41-46)

V.comentário de Mc 12:35-41; Lc 20:41-42.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 21 do versículo 1 até o 46

D. Em Jerusalém. 21:1 - 25:46.

Ao traçar os movimentos de Jesus a caminho de Jerusalém, Mateus omite a viagem de Jericó a Betânia, seis dias antes da Páscoa (Jo 12:1), que foi um dia antes da Entrada Triunfal (Jo 12:12).


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 22 do versículo 1 até o 14

Mateus 22

Mt 22:1-14, a diferença em certos detalhes e a ocasião em que foram contadas, torna desnecessário qualquer tentativa de fazê-las idênticas. Qualquer professor tem o privilégio de repetir ilustrações, mudando os detalhes para que se adaptem a uma nova situação.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 22 do versículo 1 até o 14
Mt 22:1

4. A PARÁBOLA DAS BODAS (Mt 22:1-40) -Cfr. Lc 14:16-42. Esta parábola ilustra a dispensação do evangelho, a graça de Deus, a rejeição da mesma pelos judeus e a chamada dos gentios. Celebrou as bodas (2). Era o costume oriental que as festividades eram celebradas no lado do noivo e não da noiva. Os pais do noivo responsabilizavam-se para as bodas. As saídas dos caminhos (9) -gr. tas diexodous ton hodon, "encruzilhada". Tanto maus como bons (10). Encontram-se ambos dentro da igreja visível. Vestido de núpcias (11). Este vestido, que era apropriado para as bodas, foi providenciado pelo dono da festa para cada convidado. Levai-o (13). Os melhores manuscritos omitem. Haverá pranto e ranger de dentes (13). Ver 8.12 n. O contexto dá a entender que o vers. 14 ensina que há muitos ouvintes do evangelho e membros da igreja visível e apenas poucos corações estão em comunhão com Deus.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 22 do versículo 1 até o 46

116. Respondendo a um convite Real (Mateus 22:1-14)

E Jesus, respondendo, disse-lhes novamente por parábolas, dizendo: "O reino dos céus é comparado a um rei, que deu uma festa de casamento para seu filho. E ele enviou os seus servos a chamar aqueles que tinham sido convidados para o casamento . festa, e eles não estavam dispostos a vir Depois enviou outros escravos dizendo: Dizei aos que foram convidados ", Eis que tenho o meu jantar preparado; os meus bois e gado engordado são todos massacrados e tudo está pronto; vir para a festa de casamento. "" Mas eles não prestaram atenção e seguiram seu caminho, um para o seu campo, outro para o seu negócio, e os outros, apoderando seus escravos e maltrataram e mataram. Mas o rei ficou furioso e mandou o seu exércitos, destruiu aqueles homicidas, e definir a sua cidade em chamas. Então ele disse aos seus servos: 'O casamento está pronta, mas os convidados não eram dignos. Ide, portanto, para as principais rodovias, e como muitos como você encontrar lá , convidar para a festa de casamento. " E os escravos saíram para as ruas, e ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus e bons, ea sala do banquete ficou repleta de convidados do jantar Mas, quando o rei entrou para olhar sobre os convidados do jantar, viu ali um homem que não. vestido com roupas de casamento, e ele disse-lhe: 'Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial?' E ele emudeceu Então disse o rei aos servos: 'Bind-lo de pés e mãos, e lançai-o nas trevas exteriores; naquele lugar ali haverá pranto e ranger de dentes.'. Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos. " (22: 1-14)

Esta parábola é o terceiro na trilogia de parábolas decisão proferida em resposta aos líderes religiosos judeus que maliciosamente desafiou sua autoridade (21:23, 28-30, 33-39) Jesus. Ele está entre os mais dramática e poderosa de todas as suas parábolas, as quais, embora dirigidas especificamente a esses líderes e todo o Israel incrédulo quem eles representavam, também tem significado de longo alcance e aplicação para tempos posteriores, certamente inclusive a nossa.
Durante três anos, Jesus foi pregar e ensinar o evangelho do reino, que incluiu proclamando-se como o Messias, o Filho de Deus e Salvador do mundo. Ele tinha vindo a oferecer a si mesmo e seu reino para o povo de Israel, o seu povo, o povo escolhido de Deus. Mas, ao final desses três anos, a todos, mas um punhado de judeus rejeitaram. Embora Jesus sempre foi popular entre as massas onde quer que Ele ministrava, sua aceitação dele era em sua maior parte superficial e egoísta.
As multidões foram impressionado com simples, ensinamento autorizado de Jesus, que estava em contraste refrescante com a tradição confuso, legalista, e complicado ensinados por seus escribas e fariseus.Eles ficaram ainda mais impressionado com Seus milagres de cura, que tinha trazido saúde restaurada, sanidade, e até mesmo a vida de tantos milhares e milhares de seus amigos e entes queridos. Eles, sem dúvida apreciado o fato de que Jesus nunca levou vantagem financeira deles, sem tirar pagamento para qualquer boa obra sobrenatural que Ele fez. Pelo contrário, Ele estava sempre dando-lhes livremente e, em várias ocasiões milhares milagrosamente alimentados. Eles admirava profundamente Jesus para a Sua humilde, amor de doação e compaixão, e eles devem ter se alegrou quando Ele repreendeu e envergonhou seus líderes hipócritas, hipócritas, que olhou para baixo sobre eles em desdenhosa superioridade. Como é maravilhoso, eles devem ter pensado, que o Messias não só é tão poderoso, mas também tão compassivo.
Mas quando as pessoas finalmente perceberam o tipo de Messias Jesus estava, e, especialmente, que não tinha planos para livrá-los da opressores romanos, a sua aclamação rapidamente virou-se para a rejeição, como é evidente em sua mudança de humor, de domingo a quinta-feira desta última semana de Páscoa do ministério de Jesus. Portanto, enquanto ele continuava a responder aos líderes judeus no Templo, onde Ele estava ensinando na quarta-feira de manhã (21:23), também foi às multidões que a terceira parábola julgamento foi dirigida.

O convite Rejeitado

E Jesus, respondendo, disse-lhes novamente por parábolas, dizendo: "O reino dos céus é comparado a um rei, que deu uma festa de casamento para seu filho. E ele enviou os seus servos a chamar aqueles que tinham sido convidados para o casamento . festa, e eles não estavam dispostos a vir Depois enviou outros escravos dizendo: Dizei aos que foram convidados ", Eis que tenho o meu jantar preparado; os meus bois e gado engordado são todos massacrados e tudo está pronto; vir para a festa de casamento. "" Mas eles não prestaram atenção e seguiram seu caminho, um para o seu campo, outro para o seu negócio, e os outros, apoderando seus escravos e maltrataram e mataram. " (22: 1-6)

A parábola contém quatro cenas, a primeira das quais descreve a rejeição do convite. Apesar de nenhum dos Seus ouvintes podem nunca ter assistido a uma festa de casamento real, todos eles foram familiarizados com festas de casamento em geral, e teve uma idéia da importância e grandiosidade do que um rei iria se preparar para o seu próprio filho.
Como Jesus respondeu os príncipes dos sacerdotes e os anciãos (21:23), Ele continuava a responder ao seu desafio amargo de Sua autoridade e falou-lhes novamente por parábolas , para o terceiro tempo.É provável que eles ouviram pouco do que ele disse, porque suas mentes estavam até então singularmente e inalteravelmente curvado em sua prisão e execução. Eles queriam prendê-lo depois que ele relatou a segunda parábola, mas ainda estavam com medo do que as multidões pode fazer (21:46).

Em suas duas primeiras parábolas Jesus não deu nenhuma introdução, salvando a explicação e aplicação até o fim. Nesta parábola, porém, ele começa por afirmar que ele ilustra o reino dos céus . Porque a maioria dos judeus acreditavam que o reino dos céus foi reservada exclusivamente para eles, e, possivelmente, alguns prosélitos gentios, o público no Templo imediatamente sabia que o que Jesus ia dizer intimamente aplicada a eles.

Embora eles tinham muitas idéias deturpadas sobre o reino dos céus , porque o termo céu estava tão frequentemente usado como um substituto para o nome do pacto de Deus (Yahweh, ou Jeová), a maioria dos judeus teria entendido que era sinônimo de o reino de Deus e representou o reino do governo soberano de Deus. Há passado, presente e futuro, bem como os aspectos temporais e eternas do reino , mas não se restringe a qualquer época ou período da história da redenção. É a continuação, esfera em curso do governo de Deus pela graça. Num sentido mais restrito, a frase também é usada nas Escrituras para se referir ao domínio de Deus de redenção, Seu programa divino de salvação graciosa. Como Jesus usa a frase aqui, representa especificamente a comunidade espiritual do povo redimido de Deus, aqueles que estão sob o seu senhorio de uma forma pessoal e única por causa de sua confiança em Seu Filho.

No antigo Oriente Próximo, uma festa de casamento era inseparável do próprio casamento, que envolveu uma série de longa semana de refeições e festas e foi o destaque de toda a vida social. Para um royal wedding como a que Jesus menciona aqui, a celebração durou muitas vezes por várias semanas. Os hóspedes foram convidados a ficar na casa dos pais do noivo para toda a ocasião, e o pai faria disposições tão elaborado como ele poderia pagar. Um casamento real, é claro, seria realizada no palácio, e um rei seria capaz de suportar tudo o que ele desejava.

festa de casamento que um rei preparado para seu filho seria uma festa de todas as festas, e Jesus foi, portanto, imaginar a festa mais elaborada que se possa imaginar. O fato de que era um casamentocelebração foi incidental à propósito da parábola, a única menção do noivo sendo que identificá-lo como o rei filho . Nenhuma menção é feita a todos da noiva ou de qualquer outro aspecto de um casamento.O ponto é que, porque a festa representa o maior festividade que se possa imaginar, dado pelo maior monarca que se possa imaginar, para os convidados mais honrados que se possa imaginar, um royal festa de casamento foi escolhida como a ilustração da celebração final.

Quando todos os preparativos estavam completos, o rei enviou os seus servos a chamar aqueles que tinham sido convidados para a festa de casamento . O fato de que eles tinham sido convidadosindica que as pessoas foram convidadas mais cedo e já sabia que eles eram esperados para assistir ao casamento. Para ser um convidado pré-convidado para o casamento do rei estava entre as mais altas honras possíveis, e, sem dúvida, os que tinham convites recebidos estavam se gabando de seus vizinhos e amigos. Por isso, é inconcebível que, quando o real chamada veio para assistir, eles não quiseram vir .

Tal como acontece com a parábola anterior dos viticultores maus, é a natureza chocante extrema e impensável dos eventos mencionados que são centrais para o ponto da história. Os ouvintes de Jesus já teria começado a pensar em si: "Quem faria uma coisa dessas? A própria idéia é absurda." Atender o casamento real seria uma experiência ainda maior do que receber o convite, e que teria fornecido a melhor comida e da comunhão de maior prestígio no país. Não só isso, mas um convite de um rei não só trouxe honra, mas obrigação. Foi uma ofensa grave a rejeitar favor do rei.
A resposta inicial do rei, como a resposta inicial do proprietário da vinha, é tão incrível como as respostas dos convidados. Poucos monarcas eram conhecidos por sua humildade e paciência, especialmente em face de insulto aberto. Mas o que o rei enviou outros escravos dizendo: "Diga aqueles que foram convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado; os meus bois e gado engordado são todos massacrados e tudo está pronto;. vir para a festa de casamento '"

jantar foi a primeira de muitas refeições consumidas durante a festa, e ele estava pronto para ser servido. "Lembre os convidados", disse o rei de fato, "de todos os preparativos que têm sido feitas. O bois e gado engordado são todos massacrados e esperando para ser assado, e tudo o resto está pronto também. apelar ao povo para vir a a festa de casamento agora "

Mas, como antes, os convidados ignorou o apelo do rei, senão que a sua recusa desta vez foi ainda mais grosseira e brutal. Muitos dos convidados eram friamente indiferente, agindo como se o casamento fosse de nenhuma conseqüência. Eles responderam, através da realização de negócios como de costume. Eles seguiram o seu caminho , fazendo as coisas que normalmente teria feito em cuidar de seus próprios interesses, representados pela fazenda e de negócios . Eles estavam tão egoisticamente preocupado com preocupações pessoais para o lucro que o convite e os repetidos apelos do rei a parar de trabalhar e assistir ao casamento de seu filho foram completamente ignorados. Eles bom grado e propositAdãoente perdido a grandeza da beleza e da honra do casamento para o bem de seus cotidianos mundanas, esforços de auto-serviço. Eles não estavam preocupados com a glória do rei, mas apenas sobre o que eles percebida como seus próprios interesses.

Mas um outro grupo de convidados eram piores do que indiferente. Ao invés de se preocupar em ofender o rei, eles mesmos eram ofendidos em sua persistência. Em um ato de arrogância incrivelmente brutal, eles apreenderam do rei escravos e maltrataram e mataram-nos . Desprezo pelos escravos do rei demonstrou desprezo pelo próprio rei, e em maltratar e matar seus escravos que cometeram um ato flagrante de rebelião.

Como já observado, porque Jesus tinha dito que a parábola era sobre o reino dos céus, o seu significado não precisava de interpretação para qualquer ouvinte pensar. O rei, obviamente, era Deus, e os convidados eram o Seu povo escolhido, Israel, aqueles que já haviam sido chamados por Ele.

Deus em primeiro lugar chamado Seu povo escolhido por meio de Abraão, cujos descendentes seria abençoado e ser um canal de bênção para o resto do mundo (Gn 12:2-3). Depois de ser preso no Egito por 400 anos, as pessoas escolhidas foram entregues por meio de Moisés. Através de Seus profetas, o Senhor declarou: "Quando Israel era um jovem que eu o amei, e do Egito chamei o meu filho" (Os 11:1).

A festa de casamento representado bênção prometida de Deus para Israel, uma figura compreendida por todos no templo naquele dia. De acordo com a literatura talmúdica, vinda do Messias seria acompanhada por um grande banquete oferecido por seu povo escolhido.
Os escravos que Deus enviou para chamar de novo e de novo aqueles que tinham sido convidados foram João Batista, o próprio Jesus em Seu ministério de pregação-aprendizagem, e do Novo Testamento, apóstolos, profetas, e outros pregadores e professores. Parece que os escravos também teria que representam pregadores do Novo Testamento, porque a sua mensagem referia-se do Rei Filho, Jesus Cristo.Deus estava dizendo a Israel, Seus clientes já convidados, da mesma forma como Ele havia dito do céu no batismo de Jesus: "Aqui é o meu Filho; vir e dar-Lhe honra." Mas João Batista foi rejeitado e decapitado, Jesus foi rejeitado e crucificado, e os apóstolos e profetas foram rejeitados e perseguidos, muitos sendo condenado à morte.

Os convidados indiferentes na parábola representam as pessoas que estão preocupadas com a vida diária e atividades pessoais. Eles são essencialmente o secular de espírito, aqueles que estão interessados ​​no aqui e agora e não têm interesse nas coisas espirituais. Eles são os materialistas, cujo principal interesse é a acumular coisas, eo ambicioso, cuja principal preocupação é "ficar à frente." Eles geralmente não são antagônicos para as coisas de Deus, mas simplesmente não têm tempo para eles.
Aqueles que estão ativamente hostis ao evangelho, invariavelmente, são pessoas envolvidas na religião falsa, incluindo as muitas formas de religião humanista que desfilam sob um disfarce de misticismo filosofia, ou cientificismo. A história de perseguição do povo de Deus mostra que o principal perseguidor tem sido a religião falsa. É os fornecedores de erro que são os inimigos agressivos de verdade, e por isso é inevitável que, como Palavra de Deus prevê, o sistema final mundial do anticristo será religioso, não secular.
O fato de que o rei enviou seus mensageiros em duas ocasiões diferentes não pode ser pressionado no sentido de que apenas duas chamadas foram prorrogadas ou que o primeiro grupo era composto por João Batista e Jesus eo segundo foi formado dos apóstolos. A parábola não faz distinção entre os tipos de escravos, ou mensageiros. O ponto de os dois chamados dos convidados era ilustrar paciência e tolerância graciosa de Deus com os que rejeitam, Sua vontade de chamar Israel de novo e de novo, como João Batista havia feito por talvez um ano, como fez Jesus por três anos, e como fizeram os apóstolos para cerca de quarenta anos, até que Jerusalém e do Templo foram destruídos em AD 70.

Os que rejeitam Punido

Mas o rei ficou furioso e mandou os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e definir a sua cidade em chamas. Então ele disse aos seus servos: 'O casamento está pronta, mas os convidados não eram dignos. (22: 7-8)

A segunda cena na parábola descreve a punição dos súditos rebeldes que rejeitaram o apelo do rei. Como na parábola da vinha, a paciência de Deus está aqui demonstrado que têm o seu limite. O rei teria sido perfeitamente justificado em punir os criminosos quando eles ignoraram Seu chamado. Após Seus convites repetidos e suas respostas maus repetidas, ele finalmente tornou-se enfurecido . Faz-nos lembrar a afirmação de Deus no que diz respeito à geração antediluviana: "Meu Espírito não se sempre no homem" (Gn 6:3).. Deus tinha muito tempo antes previu através Oséias: "Eu vou chamar aqueles que não eram meu povo, meu povo ', e ela que não era amada,' Amado '. E será que, no lugar onde se dizia-lhes: "Vocês não são meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo" (Rm. 9: 25-26.; Conforme Os 2:23 ; Os 1:10). Por que os judeus '"transgressão", escreveu Paulo nessa mesma carta, "a salvação veio para os gentios" (11:11).

Assim como seu rei mandou, aqueles escravos saíram para as ruas, e ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus e bons . Eles chamaram o moralmente mal eo moralmente bom iguais, sendo igualmente o seu indigno em si para vir a festa do rei. Os convidados originais não tinha sido convidado por causa de sua superioridade moral ou espiritual e nem foram os convidados recém-convidados.Entre os antigos judeus eram os que viviam vidas verticais exemplares, que foram úteis para os seus vizinhos, disse a verdade, nunca usou o nome do Senhor em vão, nunca enganou no negócio, e nunca cometeu adultério ou assassinato ou roubo. Havia também aqueles cujas vidas foram uma fossa moral. Mas o primeiro tipo de pessoa não era mais aceitável a Deus em si mesmo do que o segundo. Deus sempre tem ampliado a sua chamada para a salvação de ambos os maus e os bons pessoas, porque nem é justo o suficiente e ambos são igualmente na necessidade de salvação.

Paulo deixa claro que "nem os devassos, nem os idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus" (1Co 6:9).

Desde a primeira tentativa de Cain para agradar a Deus, oferecendo seu sacrifício auto-nomeados, os homens vêm tentando vir ao Senhor em seus próprios termos. Eles podem ter comunhão com os crentes, junte-se a igreja, participar activamente na liderança, dar generosamente para o seu apoio, e fala de devoção a Deus. Assim como o joio no meio do trigo, eles coexistem livremente por um tempo com o povo de Deus. Mas, no dia do juízo, a sua falsidade se tornará óbvio e sua remoção certo. Alguns se atrevem a dizer a Deus "naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?' E, em seguida, [Cristo] irá declarar-lhes: 'Nunca vos conheci; afastar mim, vós que praticais a iniqüidade "(Mateus 7:22-23.).

O vestido de casamento apropriado de um verdadeiro crente é a justiça, sem a qual ninguém pode entrar ou viver no reino de Deus-imputada. A não ser que a justiça de uma pessoa ultrapassa o farisaísmo hipócrita que tipificou os escribas e fariseus, que "não entrará no reino dos céus" (Mt 5:20). A única peça de roupa de casamento aceitável é a "santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" genuíno (He 12:14).

Muitos dos ouvintes judeus de Jesus naquele dia teria lembrou a bela passagem de Isaías que diz: "Eu me regozijo muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, Ele me envolveu com o manto de justiça "(Is 61:10). Judeus sinceros sabia que, ao contrário das provocadas pelo homem, as tradições legalistas de seus rabinos, Deus não só exige retidão interior dos homens, mas Ele também oferece-lo como um presente.

Olhos de Deus, é claro, pode ver o coração dos homens de saber se a sua justiça é de sua própria criação ou Sua concessão. Mas, mesmo para o exterior vida de um verdadeiro crente evidenciará vida correta e refletem o pensamento correto. O Senhor não apenas imputa mas confere justiça a Seus filhos. Só Ele pode ver a justiça interna que Ele imputa, mas todo mundo pode ver a justiça externa que Ele concede.Um filho de Deus é caracterizada por uma vida santa. Pedro fez esse fato claro quando descreveu a salvação como "obediência à verdade", que tem "purificado as vossas almas" (1Pe 1:22).

Pouco antes de Jesus declarou que profetizar, expulsar demônios, e realizando milagres em Seu nome pode ser falso testemunho da salvação, Ele havia dito que a verdadeira evidência da salvação será sempre aparente. Condição espiritual de uma pessoa será manifestado no fruto de sua vida. "Pode alguém colher uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos, são eles?" Ele perguntou retoricamente "Mesmo assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus" (Mateus 7:16-17, 21-23.). A vida piedosa santo não pode ajudar a dar frutos justo, porque é a conseqüência natural do trabalho do Espírito dentro (Gal. 5: 22-23).

Jesus certamente teria ficado satisfeito teve um de seus ouvintes interrompidas e perguntou: "Como posso ser vestido com a roupa apropriada? O que posso fazer para não serem lançados nas trevas exteriores como aquele homem?" Ele, sem dúvida, teria dito a essa pessoa como tinha dito muitas vezes antes de várias maneiras, "Vinde a mim, que você pode ter a vida" (Jo 5:40). Como Paulo explicou aos Coríntios, Deus fez com que Cristo "Aquele que não conheceu pecado, o pecado por nós, para que nos tornássemos justiça de Deus em Cristo" (2Co 5:21). Esse é o vestido de casamento que Deus exige e seu filho proporciona.

Jesus não pediu os líderes judeus a comentar sobre essa parábola como havia feito com os dois anteriores, onde, em cada caso, eles condenaram a si mesmos por suas respostas (21: 31-32, 40-45). Ele sabia que não iria ser preso novamente, porque agora era óbvio que todo o impulso das parábolas era para condená-los. O seu único objectivo, agora aquecimento até uma fúria, foi a armadilha e condená-Lo à morte (22:15; conforme 21:46).
Consequentemente, o Senhor fechou com a afirmação simples, mas sóbria, muitos são chamados, mas poucos escolhidos . Essa frase reflete o equilíbrio bíblico entre a soberania de Deus e vontade do homem. Os convites para a festa de casamento saiu para muitos , o representante de todos a quem a mensagem do evangelho é enviado. Mas poucos dos que ouviram a chamada estavam dispostos a aceitá-lo e, assim, estar entre os escolhidos . O convite do evangelho é enviado para todos, porque não é a vontade do Pai que uma única pessoa ser excluído do seu reino e perecem nas trevas exteriores do inferno (2Pe 3:9)

Então os fariseus se reuniram em conselho e como eles podem armar uma cilada em que Ele disse. E enviaram os seus discípulos, juntamente com os herodianos, dizendo: "Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, e adiar a ninguém;. Para Você não é parcial para qualquer Conte-nos, portanto, , O que você acha? É lícito dar uma sondagem de impostos a César, ou não? " Mas Jesus, percebendo a sua malícia, e disse: "Por que você está me testando, vós, hipócritas? Mostre-me a moeda utilizada para o pagamento do imposto." E eles lhe apresentaram um denário. E Ele lhes disse: "De quem semelhança e inscrição é isso?" Eles disseram-lhe: "De César." Então Ele lhes disse: "Então, a César o que é de César. E Deus o que é de Deus" E, ouvindo isto, admiraram-se, e deixá-lo, eles foram embora. (22: 15-22)

Os impostos são de grande importância em qualquer sociedade desenvolvida e sem eles o governo não poderia funcionar. Eles também são um ponto de discórdia perene para os cidadãos que se perguntam por que seus impostos são tão altos e por que eles não são mais bem gastos.
De tempos em tempos certos grupos cristãos levantar um protesto organizado contra um determinado imposto ou uma utilização específica de dinheiro dos impostos que eles sentem é contrária aos princípios bíblicos e da constituição. Um clamor foi levantada há alguns anos, quando o governo dos Estados Unidos ordenou que as igrejas e outras organizações religiosas a reter impostos sobre a Segurança Social das folhas de pagamento de todos os empregados, exceto pastores. Alguns cristãos vociferously argumentou que a lei exigia a igreja para levar o dinheiro doado para a obra do Senhor e usá-lo para pagar o governo.
É com a sempre presente questão do pagamento de impostos que Jesus lida na presente passagem.
Ainda era quarta-feira da semana da Páscoa, e Jesus estava ensinando no templo, que tinha violentamente limpos no dia anterior. Ele havia acabado de contar e explicar três parábolas julgamento contra Israel descrente, particularmente dirigidas contra os governantes do templo que tinha desafiou sua autoridade (21:23). Após a segunda parábola os príncipes dos sacerdotes e os fariseus ficaram tão furiosos que eles teriam mandou prendê-lo no local que não temia as multidões (21:46). Já era ruim o suficiente que Ele havia devastado o domínio físico de seus estandes de concessão no Templo. Agora Ele também devastou seu domínio religioso, expondo sua incredulidade e impiedade perante todo o Israel.
Os líderes religiosos se ressentia Jesus porque Ele expôs seu orgulho, hipocrisia e farisaísmo. Tiveram inveja de sua grande popularidade com as pessoas, especialmente à luz do fato de que Ele nunca tinha procurado ou recebido certificação oficial Sinédrio como rabino. Acima de tudo, eles se irritam a sua afirmação de ser o Messias e Filho de Deus, uma reivindicação que em seus olhos era uma blasfêmia flagrante. Ele até se atreveu a humilhá-los publicamente no templo, o único lugar onde eles achavam que sua honra foi sacrossanto e sua autoridade incontestável. Agora, após a terceira parábola mordaz, eles foram ainda mais determinado a encontrar um meio de acabar com ele.
Após série de três parábolas juízo contra eles de Jesus, esses religiosos responderam por confrontá-lo com uma série de três perguntas, tudo projetado para manobrar Lo em condenando a si mesmo, quer políticas ou religiosas. A primeira pergunta foi concebido pelos fariseus, mas pediu de Jesus sub-repticiamente por seus discípulos (22: 15-22), o segundo foi questionado pelos saduceus (vv 23-33.), Eo terceiro pelos fariseus diretamente (vv 34. —40). Em vez de levar advertências de Jesus ao coração e pedir a Ele como eles podem evitar o julgamento e receber a misericórdia de Deus, a única palavra que queriam dele foi o que traria sua própria destruição.

O ataque

Então os fariseus se reuniram em conselho e como eles podem armar uma cilada em que Ele disse. E enviaram os seus discípulos, juntamente com os herodianos, dizendo: "Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, e adiar a ninguém;. Para Você não é parcial para qualquer Conte-nos, portanto, , O que você acha? É lícito dar uma sondagem de impostos a César, ou não? " (22: 15-17)

Os fariseus sempre foram inimigos mais vocais e veementes de Jesus, e, neste momento, em resposta a suas parábolas poderosamente intimidante, eles agora fui e aconselhou juntos como eles podem armadilha Jesus em que Ele disse . Enquanto Jesus continuou a ensinar as multidões no Pátio dos Gentios, os fariseus reuniram reservAdãoente em outra parte do Templo para planejar seu próximo passo em privado. Porque eles ainda estavam com medo de tomar medidas contra ele diretamente inteligentemente planejado para trap -lo a fazer uma declaração subversiva contra a Roma, que asseguraria sua prisão e execução como um rebelde. Eles queriam "pegá-lo em alguma declaração, a fim de entregá-lo à regra e à autoridade do governador" (Lc 20:20), que na época era Pilatos. Dessa forma, eles o teriam fora do caminho sem obter suas próprias mãos manchada ou despertando a ira do povo.

Provavelmente porque os fariseus foram facilmente distinguidos pelo seu vestido e muitos deles eram conhecidos por Jesus de vista, eles decidiram enviar os seus discípulos . Os fariseus eram mais duros críticos de Jesus e Ele o deles e para eles para lisonjear-lo diretamente teria sido ridícula e auto-destrutivo. Presumivelmente, os seus discípulos não seria reconhecido como tal e que poderia fingir simplesmente para ser um grupo de admiradores sinceros que queriam o conselho de Jesus sobre uma pergunta que ardia nas mentes da maioria dos judeus daquela época. Eles esperavam que Ele iria ser apanhado desprevenido e prender-se antes de perceber o que estava acontecendo.

Os herodianos não eram aliados normais dos fariseus. Na verdade, os dois grupos eram geralmente em grandes contradição uns com os outros. Não se sabe muito sobre os herodianos , além do que pode ser inferida a partir de seu nome. A família de Herodes não era judeu, mas Idumean, descendentes de antigos inimigos de Israel os edomitas. Começando com Herodes, o Grande, que haviam recebido favores de Roma sob a forma de várias nomeações políticas elevadas, incluindo regências mais partes da Palestina.

Os herodianos não tinha amor por Jesus e pode até ter sido instruído por Herodes Antipas para tentar instigar a sua morte ou pelo menos de prisão. Foi esse tetrarca que tinha preso e decapitado Jesus 'precursor e amigo, João Batista, e quando Herodes ouviu falar de Jesus obras miraculosas, ele estava com medo de que Ele foi João ressuscitado dos mortos. Mas ele também estava curioso para ver Jesus, a fim de testemunhar o Seu poder de operar milagres (Lc 9:7). Consequentemente, durante a última parte de seu ministério Jesus tinha evitado o território de Herodes por causa da hostilidade para com ele lá ", por isso não pode ser que um profeta morra fora de Jerusalém" (13:33).

Quaisquer herodianos , mesmo se eles eram judeus como estes homens eram, teria tido forte lealdade a Roma, e foi, sem dúvida, por essa razão que os fariseus perguntaram a alguns deles para acompanhar os seus discípulos como eles confrontaram Jesus. Caso Jesus cair em sua armadilha e fazer a objeção esperado para o pagamento de impostos romanos, os simpatizantes romanos herodianas iria servir como testemunhas credíveis. Embora os fariseus desprezavam os herodianos como traidores sem religião, é bem adequado a sua Proposito de recorrer a estes homens em aprisionar Jesus.

Assim como louvor a Jesus das fariseus não teria sido levado a sério nem faria qualquer coisa que eles disseram em apoio de Roma. Os fariseus eram altamente religiosa e ferozmente nacionalista, e alguns deles provavelmente eram Zealots. Mas eles talvez desprezado os romanos mais por seu paganismo do que para a sua opressão militar. Em qualquer caso, o seu ódio de Roma não era segredo, e foram eles para relatar uma declaração ou atividade sediciosa ao governador, eles próprios se tornar suspeito. Os herodianos eram, portanto, útil, mesmo se desonroso, co-conspiradores, e eles iriam Faça perfeito testemunhas pró-romanas contra Jesus. Embora os fariseus e herodianos violentamente discordaram sobre religião e política, que concordou plenamente sobre Jesus e não eram avessos a fazer causa comum contra Ele.

Com os herodianos apoiá-los, os discípulos dos fariseus, os quais Lucas descreve como "espiões que fingiam ser justos" (Lc 20:20), flatteringly, disse a Jesus: " Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em verdade, e adiar a ninguém, porque não olhas a qualquer "Para lidar com um homem judeu como professor era uma forma elevada de honra, reservada para rabinos que se distinguiram os alunos como astutos e intérpretes da lei judaica e tradição . O Talmud diz: "Aquele que ensina a lei deve ganhar um assento na academia alto".

Os homens exteriormente elogiou integridade pessoal e doutrinária de Jesus, declarando que Ele era verdadeiro e ensinou o caminho de Deus em verdade . Ele era um homem de Deus ensinar a verdade de Deus, eles afirmaram. Ele também não acatar ou tornar-se parcial a qualquer, acrescentaram. Ele não se deixe influenciar por ameaças ou oposição, mas era conhecido por defender sua terra com coragem e convicção.

O que aqueles homens disseram de Jesus não poderia ter sido mais preciso, mas não acredito em uma palavra dele. Embora muitas vezes envolve bajulação mentindo, é mais enganoso e desprezível quando se emprega a verdade para atingir os seus fins perversos.
Supondo-se que Jesus foi para o interior deleitando-se com sua bajulação os homens apetecesse sua pergunta armadilha: " Diga-nos, pois, o que você acha que é lícito dar uma sondagem de impostos a César, ou não? ? " Uma das formas mais elevadas de louvor é pedir o conselho de uma pessoa sobre uma questão importante. Portanto, após ego de Jesus era, como se supunha, estimulado pelos elogios anteriores, os interrogadores estavam certos de que, como a maioria dos homens, Ele estaria ansioso para mostrar a sabedoria para que Ele tinha acabado de ser elogiado. Ao fazer isso ele iria deixar escapar uma resposta subterrâneo que se tornaria sua sentença de morte.

Poll-fiscal traduz kēnsos , tiradas do latim (ie, Roman) cense4re , a partir do qual é derivado do Inglês censo . Dos muitos impostos romanos cobravam dos territórios ocupados, nenhum foi mais onerosa para os judeus do que o pagamento do imposto , imposto pago anualmente por cada indivíduo e, portanto, às vezes chamado de imposto por cabeça. Entre outras coisas, foi com o propósito de recolher opagamento do imposto que Roma fez um censo periódica, como a que tinha exigido José e Maria para viajar a Belém pouco antes de Jesus nasceu (Lucas 2:1-4).

Pagar para o apoio das forças de ocupação e fornecendo os muitos serviços benéficos para os quais Roma era famoso necessária uma enorme quantidade de dinheiro, necessariamente fornecido pela tributação. Consequentemente, um imposto sobre a terra de um décimo do grão e um quinto do vinho e do azeite produzido foi avaliado anualmente, como era um imposto de renda de um por cento sobre os salários. Impostos aduaneiros sobre as mercadorias foram coletadas em todas as portas e grande encruzilhada.
Os romanos oferecidos vários serviços para os povos conquistados, não menos benéfico do que foi a Pax Romana, ou a paz romana. Por causa de suas posições militares e comerciais estratégicos, muitos países do Oriente Médio teve pouco descanso de guerra durante séculos. Eles lutaram um invasor após o outro e eram governadas por um conquistador após o outro. Pelo menos sob a proteção romana eles estavam livres de guerra e poderia viajar com relativa segurança em qualquer parte do império. Os romanos também forneceu estradas e aquedutos valiosas, muitas ruínas de que ainda existem hoje.
Embora o pagamento do imposto pode não ter sido o imposto mais caro para a maioria das pessoas, ele foi o mais ressentido por judeus. Talvez fosse porque eles se consideravam como pessoalmente pertença a Deus, em vez de César. Era o imposto censo que incitou a insurreição de Judas, o galileu, AD 6, que foi fundamental para a destituição de Herodes Arquelau e sua substituição por um governador romano. Grito de guerra de Judas foi que, porque Deus era seu único Deus e Senhor, o imposto censo não seria pago a Roma. Como Gamaliel lembrou o Sinédrio, quando Pedro e os outros apóstolos estavam sendo interrogados em Jerusalém, o rebelde Judas "pereceu, e todos aqueles que o seguiram foram dispersos" (At 5:37). Era o sentimento nacionalista, anti-romana de Judas em que o movimento Zealot foi construído e que estava por trás da rebelião de AD 66 que eventuated na destruição romana de Jerusalém e do Templo, quatro anos depois.

Portanto, não foi por acaso que os fariseus havia instruído seus discípulos para induzir Jesus a fazer uma declaração sobre o pagamento do imposto . Se Ele deu uma resposta favorável ao imposto, Ele seria desprezado pelas multidões judeus que até então altamente admirei. Nesse caso, os líderes judeus, então, seria livre para prender e tê-lo executado sem interferência da população. Contudo, temerariamente Ele responderia de outra forma e declarar abertamente que o imposto era injusto e ímpio e não deve ser pago ao opressor, pagan Caesar , incorrendo, assim, a ira de Roma como um rebelde.

A acusação

Mas Jesus, percebendo a sua malícia, e disse: "Por que você está me testando, hipócritas? (22:18)

Mas por Sua divina discernimento Jesus, percebendo a sua malícia . Não foi possível para cegar-side Jesus, porque "ele mesmo sabia o que havia no homem" (Jo 2:25). Ele omnisciently sabia a pergunta que gostaria de pedir ea razão para pedir-lo antes mesmo de ele veio para as mentes dos fariseus, que tinham inventado isso. Ele sabia que os homens que colocou a questão não eram os únicos que idealizadoras do mesmo; e que as palavras de louvor que tinham acabado de choveram sobre ele não foram motivados por admiração, mas malícia . Ele sabia que as suas línguas lisonjeiras foram derrubados com veneno. Ele também sabia exatamente a resposta certa.

Antes de responder a sua pergunta, ele jogou uma questão de Sua própria em seus rostos: "W hy você está testando Me, hipócritas ? " Ele que eles saibam que o seu regime perverso era transparente a Ele, que Ele sabia que o seu objectivo era para testá-lo, não para buscar a Sua sabedoria, e que Ele estava aqui expondo-os como os hipócritas que eram. Embora Ele nunca tinha visto antes, Ele sabia que eles eram emissários dos fariseus, tão certo como se tivesse ouvido o enredo. Essa demonstração de onisciência, em si, um outro testemunho admirável de sua divindade.

Não apenas o Antigo Testamento, mas a tradição rabínica condenou veementemente a bajulação e hipocrisia. Rabino Eleazar tinha escrito no Talmud, "Qualquer comunidade em que é lisonja vai finalmente ir para o exílio. Está escrito [15:34]:" Para a comunidade de bajuladores é [estéril] '"( Sotah 42 a ). Rabbi Jeremiah ben Abba havia declarado que quatro tipos de pessoas não merecem ser abençoado por Deus: escarnecedores, mentirosos, conto-estandartes, e hipócritas ( Sinédrio 103 um ).

A Analogia

. Mostre-me a moeda utilizada para o pagamento do imposto "E eles lhe apresentaram um denário E Ele lhes disse:". Cuja semelhança e inscrição é este "Eles disseram-lhe:" De César "(22: 19-21a)?.

Jesus então disse: " Mostre-me a moeda utilizada para o pagamento do imposto . " Desconsiderando acusações duras de Jesus contra eles, os homens prontamente lhe apresentaram um denário , sendo mais do que feliz em ajudá-Lo cair em sua armadilha. O específico moeda utilizada para o pagamento do imposto foi o denário , que atingiu o salário diário de um soldado ou um trabalhador comum na Palestina.

Apesar de vários coinages, incluindo grego e hebraico foram usados ​​em Israel na época, ea troca de um para o outro foi fácil apenas o Roman denário poderia ser usado para pagar o pagamento do imposto. Era uma moeda de prata, cunhadas expressamente pelo imperador, o único que tinha a autoridade para emitir moedas em prata ou ouro. Todas essas moedas, incluindo o denário , deu à luz uma gravura do imperador de um lado e uma inscrição identificando, por outro.

Esse fato fez as moedas especialmente ofensivos aos judeus por várias razões. Por um lado, a imagem do imperador era um lembrete da opressão romana, e por outro, a lei mosaica especificamente proibiu a fabricação de imagens (Ex 20:4).

Ensinar o mesmo princípio, Pedro escreveu: "Sujeitai-vos, por amor do Senhor para toda instituição humana, quer a um rei como o de autoridade ou aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores e o louvor dos que fazem o bem. Para tal é a vontade de Deus que, fazendo direito você pode emudecer a ignorância dos homens insensatos "(13 60:2-15'>1 Ped. 2: 13-15).

Ao próprio decreto soberano de Deus, presidentes, reis, primeiros-ministros, governadores, prefeitos, policiais e todos os demais autoridades governamentais ficar em seu lugar, por assim dizer, para a preservação da sociedade. Para resistir governo é, portanto, resistir a Deus. Recusar-se a pagar impostos é desobedecer a ordem de Deus. Pela própria declaração de Deus, a pagar impostos a César honra a Deus.
Se em uma era de despotismo pagã e aberta perseguição dos crentes da igreja foram obrigados a pagar impostos, quanto mais obrigados são modernos cristãos que vivem em sociedades livres e democráticas? Independentemente das razões aparentemente espirituais que podem ser propostas para resistir ao pagamento de impostos, não há nenhum que o Senhor reconhece. Argumentar que o pagamento de impostos a um governo humanista secular é ímpio e injustificada é espúria e contradiz o que o próprio Deus diz sobre o assunto. Comandos de Sua própria Palavra de forma inequívoca que os impostos devem ser pagos, porque, pela Sua ordenação divina, eles são uma parte das coisas que é de César . Todas as coisas pertencem a Deus, mas Ele decretou que uma certa quantidade de que Ele confia a cada pessoa deve ser pago aos governos humanos, como impostos.

Mas, ainda mais importante, Jesus passou a dizer os homens devem prestar a Deus o que é de Deus . Ele não estava separando a sociedade humana secular da religião, dizendo, com efeito, que se deve obediência a um governo humano no que diz respeito às coisas materiais e fidelidade a Deus no que diz respeito ao espiritual. As Escrituras nunca faz essa dicotomia, porque todas as coisas e todas as áreas da vida pertence a Deus. Jesus ainda estava falando de César, dizendo que as coisas que são de Deus que não pertencem a César e nunca deve ser oferecido a ele, mas somente a Deus .

Como representante do governo humano, César tinha o direito de avaliar os impostos, mas como um representante da religião humana, como os imperadores eram freqüentemente, eles não tinham o direito de comandar adoração. Os homens estão a pagar impostos para o chefe de um governo como um governante humano, mas nunca homenagem a ele como um deus. Seu reino é social e econômica, e na medida em que ele pisa fora desse âmbito, a sua autoridade cessa e obrigação dos homens para ele cessa. Quando o Sinédrio, que tinha autoridade, bem político religioso em Jerusalém, deu aos apóstolos "ordens estritas para não continuar a ensinar em [de Jesus] nome," Pedro respondeu para todos eles, dizendo: "Temos de obedecer a Deus do que aos homens" (Atos 5:28-29).

A igreja na União Soviética e outros países comunistas é perseguido hoje porque ele se recusa a dar total fidelidade ao Estado. Embora a maioria dos cristãos nessas terras são bons cidadãos em todos os sentidos, incluindo o pagamento de impostos, eles não vão entregar suas almas ou as almas de seus filhos para o governo, porque tal homenagem é apenas a prerrogativa de Deus.
Após ouvir a resposta de Jesus, os discípulos dos fariseus eram absolutamente espantado com a sua sabedoria. Eles se admiravam, e deixá-lo, eles foram embora. Eles não tinham nada a dizer e teve a presença de espírito para sair antes de expor ainda mais de sua ignorância e maldade.

118. O Deus da Vida (Mateus 22:23-33)

Naquele dia, alguns saduceus (que dizem que não há ressurreição) aproximaram-se dele e perguntou-lhe, dizendo: "Mestre, Moisés disse:" Se um homem morre, não tendo filhos, seu irmão como parente mais próximo deve se casar com sua esposa, e levantar uma descendência a seu irmão. " Ora, havia sete irmãos com nós; eo primeiro casou e morreu, e não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão;. Assim também o segundo, o terceiro, até o sétimo e último lugar, a mulher morreu In. a ressurreição, portanto, cuja mulher dos sete será ela? Por tudo o que tinham a ela. " Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: "Vocês estão enganados, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus Porque na ressurreição nem se casam;. Nem se dão em casamento; mas serão como anjos no céu, mas em relação à ressurreição de. os mortos, não lestes o que foi dito por Deus dizendo: 'Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque eo Deus de Jacó? Ele não é o Deus dos mortos, mas dos vivos . " E as multidões, ouvindo isso, se maravilhavam da sua doutrina. (22: 23-33)

A humanidade em geral, tem sempre antecipou vida após a morte de algum tipo. A idéia é construído no coração do homem que deve haver uma continuação da existência quando a vida física é longo. Tiago Dwight Dana, professor do século XIX, na Universidade de Yale; disse que ele não podia acreditar que Deus criou o homem e depois abandoná-lo no túmulo. Nessa declaração, o professor Dana resumiu a esperança de que, de uma forma ou de outra, conquistou praticamente todos os corações em todas as culturas, em todas as vezes.
O egípcio antigo Livro dos Mortos é preenchido com idéias e histórias sobre a vida após a morte. No túmulo dos grandes Cheops faraó, que morreram cerca de 5.000 anos atrás, os arqueólogos descobriram um barco solar destinado para ele usar na vela pelos céus durante a próxima vida. Os gregos antigos, muitas vezes colocada uma moeda na boca de um cadáver para pagar sua passagem através do rio místico da morte para a terra da vida imortal. Alguns índios americanos enterrado um pônei e um arco e flechas com um guerreiro morto, a fim de que ele poderia montar e caçar nos terrenos de caça feliz. Nórdicos enterrado o cavalo de um herói morto com ele para que ele pudesse andar com orgulho na próxima vida. Esquimós da Groenlândia que morreram na infância eram costumeiramente enterrados com um cão para ajudar a guiá-los através do deserto frio da morte.

Benjamin Franklin, que não pretendem ser um cristão, no sentido bíblico, no entanto, tinha o seguinte epitáfio inscrito em sua lápide:
O corpo de
Benjamin Franklin, impressora,
(Como a capa de um livro velho,
Seu conteúdo desgastado,
E stript de sua rotulação e douramento)
Mentiras aqui, comida para os vermes!
No entanto, o trabalho em si não deve ser perdido,
Para ele vai, como ele acreditava, aparecem mais uma vez
Em uma nova
E edição mais bonita,
Corrigido e alterado
Por seu autor!

Apesar de muitas aberrações estranhas e não bíblicas a respeito do assunto, os homens sentem a força da vida após a morte. Os judeus da época de Jesus eram sem dúvida nenhuma exceção. A crença na ressurreição do corpo é ensinado em todo o Talmud, a antiga codificação da tradição oral e escrita judaica. O livro apócrifo de 2 Macabeus, escrito por volta de 100 AC , descreve um ancião judeu chamado Razis que se ressentia muito opressão grega. Ao invés de ser executado pelos gregos odiados, ele decidiu tirar a própria vida. Estar em uma rocha na frente de uma grande multidão, ele estripado-se com sua espada e jogou suas entranhas para a multidão, na esperança vã "invocando o Senhor da vida e do espírito para dar [seus órgãos descartados] de volta para ele de novo" (14:46). No Apocalipse de Baruch, escrito cerca de 200 anos mais tarde, a expectativa é expresso que quando uma pessoa morre, ele vai voltar para a vida da mesma forma em que ele morreu.

A terra deve então seguramente restaurar os mortos, que agora recebe, a fim de preservá-los. Ele não fará nenhuma mudança em sua forma, mas como ele tem recebido, assim será preservá-los, e como ele os entregou a ela, assim será restaurá-los .... Pois então será necessário para mostrar ao vivo que os mortos voltaram à vida novamente, e que aqueles que tinham partido voltaram .... Devem respectivamente ser transformado ... para o esplendor dos anjos ... e tempo deixam de envelhecer eles. Pois, nas alturas de que mundo eles habitará, e eles devem ser feitas como a dos anjos, e ser igual para as estrelas, e eles serão transformados em todas as formas que eles desejam, de beleza, em beleza e da luz para o esplendor de glória (50: 2-51: 10)

Muito mais importante e confiável do que aqueles escritos, é claro, foram as declarações do Antigo Testamento sobre a vida após a morte. Davi escreveu: "Por isso o meu coração se alegra e se regozija a minha glória; também a minha carne habitará seguro Pois não deixarás a minha alma no Seol, nem queres permitir teu santo veja corrupção." (Sl 16:9). Outro salmista declarou: "Deus remirá a minha alma do poder do Seol, pois me receberá" (. Sl 49:15), e ainda um outro que ", com o teu conselho Tu me guias, e depois me receberás na glória "(Sl 73:24). Oséias escreveu: "Vinde, voltemos ao Senhor por Ele rasgou nós, mas Ele nos curará;.. Ele feriu-nos, mas Ele nos curativo nos ressuscitará depois de dois dias, Ele nos ressuscitará em o terceiro dia para que possamos viver diante dele "(Oséias 6:1-2.).Em talvez o ensinamento mais claro da ressurreição no Antigo Testamento, o Senhor prometeu através de Daniel que "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, mas os outros à desgraça e eterno desprezo" (Dn 12:2).

Quando desafiado pelos saduceus para provar que a ressurreição foi ensinado por Moisés, os fariseus, aparentemente, conseguiu reunir apenas duas ou três referências obscuras. Eles argumentaram que Nu 18:28 implícita ressurreição, em que ele falou de dar "oferta do Senhor a Arão, o sacerdote," o tempo presente, indicando que Aaron ainda estava vivo. Um texto ainda mais obscura citado foi Dt 31:16, que fala das pessoas que surgem; mas seu surgimento não era para uma vida futura, mas a prostituição. Um terceiro texto foi Dt 32:39, no qual o Senhor diz: "Eu é que condenado à morte e dar vida", uma referência apenas à sua autoridade soberana sobre a vida ea morte.

Os fariseus e saduceus teve grande animosidade social e política, bem como teológico entre eles. Socialmente os saduceus eram aristocrática e os fariseus eram plebeus. Politicamente os saduceus eram pró-romana e os fariseus anti-romanos.
Houve um problema, no entanto, que os fariseus e saduceus solidamente unidos: a sua oposição intransigente a Jesus.
Até a vinda do Senhor para Jerusalém nas anteriores segunda-feira os saduceus tinha mostrado pouco interesse em Jesus. O fato de que Ele era popular com as pessoas, acreditavam na ressurreição, e foi a oposição dos fariseus era de pouca importância para eles, desde que o que ele disse e fez não teve efeito direto, prático sobre eles ou suas atividades. Jesus 'limpeza do Templo, porém, imediatamente chamou a atenção deles, porque os comerciantes e cambistas Ele expulsou da corte dos gentios foram o sustentáculo financeiro de Sadducee poder Jesus já tinha invadido seu território com uma vingança, perturbar o seu funcionamento, no máximo, tempo lucrativa do ano, quando todos os sacrifícios da páscoa e sacrifícios foram feitos.

Aclamação de Jesus como o Filho de Davi durante a Sua entrada triunfal também, sem dúvida, tinha-lhes preocupado, porque qualquer reivindicação de soberania evocaria repressão imediata e dura pelos romanos, que não toleraria o menor indício de rebelião. Qualquer ação contra os judeus em geral seria necessariamente ameaçar a própria posição e poder privilegiada dos saduceus sob os romanos, que esperavam esses líderes para manter o nacionalismo e resistência judaica em cheque. Apenas alguns dias antes ", os sumos sacerdotes e os fariseus convocou um conselho, e diziam: 'O que estamos fazendo? Por que este homem está realizando muitos sinais. Se o deixarmos assim, todos crerão nele , e os romanos virão e tirarão tanto o nosso lugar como a nossa nação. " Mas um certo um deles, Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: 'Você sabe absolutamente nada, nem você levar em conta que é conveniente para você que um homem morra pelo povo, e que toda a nação não pereça "(João 11:47-50; conforme Mc 14:1-2). "Daquele dia em diante," João observou, "eles planejaram juntos para matá-lo" (v. 53).

Depois de Pentecostes, os saduceus continuou sua forte oposição contra Jesus, perseguindo seus seguidores. Como os apóstolos "estavam falando ao povo, os sacerdotes, o capitão da guarda do templo, e os saduceus, veio sobre eles, sendo muito perturbado, porque eles estavam ensinando o povo e proclamando em Jesus a ressurreição dentre os mortos" (Atos 4:1-2). Segundo Josefo, foram os saduceus que assassinaram Tiago, irmão do Senhor.

Depois que os fariseus tinham falhado através de seus discípulos para enganar Jesus em fazer uma declaração traidor contra Roma, os saduceus tentaram fazê-Lo desacreditar mesmo aos olhos do povo judeu.Ao perguntar-lhe o que eles pensavam que era uma pergunta irrespondível, eles planejavam fazê-lo parecer um tolo, pois talvez tivesse conseguido, na ocasião, em fazer com os fariseus.

O Absurdo

dizendo: "Mestre, Moisés disse:" Se um homem morre, não tendo filhos, seu irmão como parente mais próximo deve se casar com sua esposa, e levantar uma descendência a seu irmão. " Ora, havia sete irmãos com nós; eo primeiro casou e morreu, e não tendo descendência, deixou sua mulher a seu irmão;. Assim também o segundo, o terceiro, até o sétimo e último lugar, a mulher morreu In. a ressurreição, portanto, cuja mulher dos sete será ela? Por tudo o que tinham a ela. " (22: 24-28)

Como o grupo anterior (v. 16), ao se dirigir a Jesus como Mestre , os saduceus pensado para colocar Jesus de surpresa com o que a bajulação condescendente um comentador chamou de "escárnio polido." A escolha de títulos foi especialmente duplicitous porque era como um professor que tinham a intenção de constranger e desacreditá-lo.

No maior apelo poderia ser feito do que Moisés , não só para os saduceus, mas para qualquer judeu Ele foi o grande legislador, o porta-voz suprema de Deus no Antigo Testamento. Porque os saduceus estavam cientes da alta consideração de Jesus para a Escritura, eles sabiam que Ele não iria contestar a validade do ensinamento que eles estavam prestes a citar, ou seja, a provisão para casamento levirato.

O termo levirate é de Levir latin para "irmão do marido." A prestação Mosaic é encontrada em Deuteronômio 25:5-6, um resumo dos quais os saduceus aqui deu para Jesus. A fim de que os nomes tribais, famílias e heranças pode ser mantida intacta, Se um homem morre, não tendo filhos, seu irmão como parente mais próximo deve se casar com sua esposa, e levantar uma descendência a seu irmão .

O costume do casamento levirate tinha sido praticada por muitos séculos e foi honrado por Deus mesmo antes de Ele dirigiu a Moisés para colocá-lo na lei. Quando o filho de Judá, Er foi morto pelo Senhor para sua maldade, Judah disse outro filho, Onan, que era solteiro, "Vá para a mulher do teu irmão, e realizar o seu dever como um irmão-de-lei para ela, e suscita descendência para seu irmão. " Mas Onan se ressentia do fato de as crianças não seriam considerados sua própria e "ele desperdiçou sua semente no chão." Esse ato foi "desagradável aos olhos do Senhor; por isso Ele tirou sua vida também" (Gn 38:8-10).

Foi em cumprimento da lei levirate que tomou Boaz a Rute como sua esposa, pois seu primeiro marido, Mahlon, tinha morrido. Quando um parente do sexo masculino mais perto de Rute que Boaz não foi capaz de redimi-la, Boaz felizmente tomou como sua própria noiva (Rute 4:1-10). Que bela história não só retrata a preservação humana de Mabloris linhagem, mas também a preservação divina da linhagem de Cristo (Mt 1:5).

Sem dúvida, em parte por causa da influência da farisaica ensino sobre o próprio corpo da ressurreição sendo o mesmo que o seu corpo terreno tinha sido, os crentes de Corinto estavam confusos sobre o assunto. Tentar explicar em termos que os cristãos imaturos e mal informados conseguia entender, Paulo apontou que,

toda a carne não é a mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a carne de aves, e outra de peixe. Também há corpos celestes e corpos terrestres, mas a glória do celeste é uma, e a glória do terrestre é outra. Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere de estrela em glória. Assim também é a ressurreição dos mortos.Semeia-se corpo perecível ressuscita um corpo imperecível; Semeia-se em desonra, ressuscita em glória; Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder; Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há um corpo natural, há também um corpo espiritual ... Qual o terreno assim também são aqueles que são de terra e, qual o celestial assim também são aqueles que são celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno traremos também a imagem do celestial (1 Cor. 15: 39-44, 48-49)

Poder ilimitado de Deus é facilmente capaz de transformar o terreno para o celestial. Por que alguém deveria negar a ressurreição por causa da idéia tola de que Deus é restrito a levantar corpos da mesma forma como aquele em que eles morreram? Tal crença ataca tolamente o poder de Deus.

A ignorância das Escrituras

Mas quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o que foi dito por Deus dizendo: 'Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque eo Deus de Jacó? Ele não é o Deus dos mortos, mas dos vivos "(22: 31-32).

Sabendo que os saduceus não seria convencido a respeito da ressurreição de qualquer parte da Escritura, mas o Pentateuco, Jesus lembrou-lhes uma declaração falada ... por Deus que é registrado várias vezes no livro do Êxodo: Eu sou o Deus de Abraão, eo Deus de Isaque eo Deus de Jacó .

"Que os mortos ressuscitam, Moisés o indicou," Jesus disse pela primeira vez os saduceus duvidando (Lc 20:37). As palavras sobre ele ser o Deus dos patriarcas foram ditas primeiro a Moisés por Deus quando Ele lhe apareceu na sarça ardente em Horebe e chamou-o para conduzir o Seu povo da escravidão no Egito para a Terra Prometida (Ex 3:6; Ex 4:15.). Centenas de anos antes que o Senhor havia declarado a Jacó: "Eu sou o Senhor, o Deus de seu pai Abraão, o Deus de Isaque" (Gn 28:13) por muito tempo depois de Abraão tinha morrido.

Excelente argumento exegético Jesus 'é baseado no presente enfático tenso do que estou utilizado nessa passagem do Pentateuco. Depois de Abraão e Isaque e Jacó foram mortos há muito tempo, o Senhor ainda era o seu Deus tão grande como quando eles estavam vivos, de fato, em muitos aspectos, ainda mais, porque eles haviam se tornado perfeitamente sem pecado e suas almas estavam experimentando a comunhão de Sua presença eterna.

Estes três patriarcas são apontados, e cada um é especificamente relacionado com Deus , sugerindo Sua intimidade pessoal única com cada um. Se a preposição genitivo de refere-se a Deus pertence aos patriarcas ou a sua pertença a Deus, ambos os significados são verdadeiras.

O tempo presente é usado porque Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos , e se Ele é atualmente o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, então, obviamente, aqueles homens ainda estão vivos em outra esfera.Eles também ainda tem que ser viva para que Deus pudesse cumprir Suas promessas a eles que não foram cumpridas durante suas vidas.

Todos estes morreram na fé, sem receber as promessas, mas vendo-as e saudando-as de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Para aqueles que dizem tais coisas deixar claro que eles estão buscando uma pátria. E, de fato, se tivessem pensado daquele país a partir do qual eles saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas como ele é, desejam uma pátria melhor, que é a celestial. Por isso, Deus não se envergonha de ser chamado o seu Deus; pois Ele preparou uma cidade para eles. (13 58:11-16'>Heb. 11: 13-16)

Jesus tinha cumprido o que o fariseu ou escriba mais sábio nunca tinha sido capaz de fazer: inequivocamente provar a ressurreição até mesmo do Pentateuco. E ao fazê-lo, "Ele tinha colocado os saduceus ao silêncio" (Mt 22:34).

O Astonishment

E as multidões, ouvindo isso, se maravilhavam da sua doutrina. (22:33)

As multidões estavam acostumados a estar espantado com Jesus ' ensino , e Lucas relata que até mesmo "alguns dos escribas, respondendo, disse: Mestre, Você falou bem '" (Lc 20:39). Mas os saduceus "não teve coragem de questioná-lo por mais tempo sobre qualquer coisa" (v. 40). Tragicamente, Jesus não tinha convencido, porque eles não seria convencido.

No Templo naquele dia Cristo novamente magnificamente demonstrada Sua divindade dando uma resposta à irrespondível que poderia ter vindo apenas da mente onisciente de Deus. Cristo demonstrou seu compromisso absoluto com a Escritura, um compromisso infinitamente maior do que o compromisso tendenciosa e auto-enganosa dos saduceus. E nosso Senhor divinamente afirmou a realidade e glória da ressurreição que aguarda aqueles que pertencem a Ele.

119. O Grande Mandamento (Mateus 22:34-40)

Mas os fariseus, ouvindo que ele tinha colocado os saduceus ao silêncio, ajuntando-se. E um deles, um advogado, pediu-lhe uma pergunta, tentando-o, "Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?" E disse-lhe: "Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e de toda a tua alma e com toda tua mente. ' Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo é semelhante a ele: 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo. " Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. " (22: 34-40)

Alguém já disse que o amor não pode fazer o mundo girar, mas faz a viagem valer a pena.
Essas palavras talvez recolher o sentimento do mundo que o estimulante mais doce e de todas as emoções e experiências é o amor. Em qualquer idade ou com qualquer grupo de pessoas, tem sido a crença quase universal que o amor é a coisa mais importante na vida, o summum bonum, a virtude por excelência. Consequentemente volumes e mais volumes de poemas, músicas, peças de teatro, romances e filmes foram produzidos sobre o amor.
A Palavra de Deus concorda que o amor é a maior virtude, mas o amor que eleva como supremo é de um tipo muito mais profundo e mais substantiva do que aquela que o mundo entende e admira. Em resposta ao terceiro de uma série de três perguntas feitas por seus adversários com o objetivo de desacreditar e aprisionando-Lo (ver também 22: 15-17, 23-28), Jesus declarou que Ágape amor divino é a exigência suprema dos homens, tanto em relação a si mesmo e em relação aos outros homens.

A abordagem dos fariseus

Mas os fariseus, ouvindo que ele tinha colocado os saduceus ao silêncio, ajuntando-se. E um deles, um advogado, pediu-lhe uma pergunta, tentando-o, (22: 34-35)

O primeiro teste de Jesus pelos fariseus, feitas por meio de seus discípulos e os herodianos, era política, lidando com o pagamento da desprezado pagamento do imposto (v. 17). O segundo teste, pelos saduceus, era teológica, pertencente à realidade da ressurreição, o que eles negaram (23 vv., 28). Agora os fariseus estavam prestes a testá-lo novamente na área de teologia.

Quando Jesus respondeu à pergunta absurda sobre os sete irmãos, mostrando que mesmo Moisés ensinou a ressurreição, Ele tinha colocado os saduceus ao silêncio . O verbo phimoō ( colocar ... para silenciar ) significa, literalmente, para amordaçar, de restringir força a abertura da boca. O termo é usado para o silenciamento de um boi (1Co 9:9) e uma tempestade (Mc 4:39). Os saduceus foram verbalmente incapacitado pelo Senhor, proferida sem palavras, assim como o homem que foi repreendido pelo rei por ter vindo para a festa de casamento sem roupas adequadas (Mt 22:12).

Quando os fariseus ouviram sobre Jesus colocando os saduceus ao silêncio , eles decidiram ter outro tente se em aprisionando-Lo, desta vez diretamente por um dos seus próprios números, em vez de através de seus discípulos menos capazes. Os fariseus, sem dúvida, tinha sentimentos mistos quando ouviu a notícia. Eles devem ter ficado satisfeito que os saduceus tinham sido provado errado sobre Moisés não ensinar ressurreição. Mas esse sentimento foi largamente compensada por um sentimento de desânimo e frustração em ainda outro fracasso para desacreditar seu inimigo comum, Jesus.

Consequentemente, os fariseus novamente (ver v. 15) se congregaram clandestinamente em algum lugar do Templo de planejar sua próxima estratégia. Ao fazê-lo, eles involuntariamente e, sem saber, cumpriu a profecia traçando juntos "contra o Senhor e contra o seu Cristo" (Atos 4:26-28). Fora desse conclave, veio a terceira e última questão para testar Jesus.

O especial um deles que eles escolheram para enfrentar Jesus era um advogado . O homem era um escriba (Mc 12:28), mas foi chamado um advogado por Mateus para indicar sua experiência incomum na lei mosaica e talvez também sua fama no julgamento de disputas religiosas e sociais. Ele foi, provavelmente, o especialista mais instruído e astuto na lei bíblica e rabínica em suas fileiras, e se alguém seria um jogo para Jesus, pensavam eles, este homem seria.

Este advogado , no entanto, também parece ter sido um corte acima de seus colegas líderes religiosos na honestidade e humildade. Como o de alguns dos outros escribas, seu reconhecimento de que Jesus havia respondido os saduceus sabiamente parece ter sido genuíno (Mc 12:28; Lc 20:39). Obviamente, o homem não estava totalmente straighiforward, porque ele se permitiu ser usado em testes deJesus, a fim de desacreditá-lo. Mas, aparentemente, sua duplicidade foi misturada com uma medida de preocupação sincera pelo que Jesus diria em resposta ao teste questão .

A pergunta do Advogado

"Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?" (22:36)

Em sua abordagem Jesus como Mestre , o advogado foi, provavelmente, não ser desdenhosos, como os interrogadores anteriores tinham sido (ver vv 16, 24.). Como já mencionado, ele parece ter tido respeito por Jesus e pode ter sentido um pouco culpado por ter sido usado para enganá-lo.

Em perguntando: " Qual é o maior mandamento da Lei ? " o advogado estava perguntando qual era o maior mandamento de Moisés. Embora os escribas e fariseus consideravam todo o Antigo Testamento para ser autoritário, e não apenas os cinco livros de Moisés como fizeram os saduceus, que, no entanto, consideraram Moisés ser a figura humana suprema nas Escrituras. Moisés tinha falado com Deus face a face, era o homem mais humilde na terra, e tinha tomado os comprimidos gravados da lei diretamente da mão de Deus, por assim dizer. Ele também foi o grande libertador a quem Deus chamou para tirar Israel do Egito para a Terra Prometida. Ele era, portanto, sem igual entre os que o Senhor escolheu para ser instrumentos humanos de Sua revelação e atividade divina.

Os escribas e fariseus foram disse para sentar-se na cadeira de Moisés (Mt 23:2.). Ele deixou claro que, apesar de Ele era o Messias e o próprio Filho de Deus, Ele não estava pregando e ensinando qualquer coisa que seja evitada a lei de Moisés ou qualquer outra parte da Escritura.

Mas porque o ensino da Escritura de Jesus foi tão absolutamente contrário ao deles, que durante séculos foram incrustadas por milhares de interpretações rabínicas humanamente-concebidas, os fariseus estavam convencidos de que ele deve ser o ensino de uma mensagem que ele considerava ser maior do que a de Moisés. E foi prova nesse sentido que agora esperava Jesus iria divulgar, porque contradizer Moisés era contradizer Deus e ser culpado de heresia. Sua Proposito era expô-lo como um apóstata e, assim, transformar as pessoas contra ele.
Ao longo dos anos, os rabinos supostamente havia determinado que, assim como houve 613 cartas separadas no texto hebraico do Decálogo, ou Dez Mandamentos, no livro de Números, também houve 613 leis distintas no Pentateuco, os cinco livros de Moisés. Tal letterism, como às vezes é chamado, foi extremamente popular e foi considerado uma ferramenta exegética valioso para interpretar as Escrituras.Os rabinos tinham dividido esses 613 leis em grupos a favor e contra, sustentando que houve 248 leis afirmativas, um para cada parte do corpo humano, como se supunha, e 365 leis negativas, uma para cada dia do ano. As leis também foram divididos em leves e pesados, os pesados ​​sendo absolutamente obrigatório e as leves menos vinculativo.
Nunca tinha havido unanimidade no entanto, como a que as leis eram pesados ​​e que eram leves, e os rabinos e escribas gastou incontáveis ​​horas orgulhosamente debater os méritos de suas divisões particulares e ranking das leis dentro das divisões.
Foi, sem dúvida, que a orientação superficial e fantasioso à lei que os levou a pensar que Jesus tinha o seu próprio regime. Porque ele se considerava ser o Messias, eles assumiram que certamente Jesus tinha inventado um sistema para exibir sua erudição na lei assim como eles estavam acostumados a fazer. E, a julgar pela pergunta do advogado único e extremamente simples, eles assumiram que sua nomeação aum grande mandamento na Lei seria suficientemente heterodoxo para condená-Lo.

A resposta do Senhor

E disse-lhe: "Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e de toda a tua alma e com toda tua mente. ' Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo é semelhante a ele: 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo. " Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. " (22: 37-40)

Jesus respondeu sem hesitação, e a resposta que ele deu foi em total acordo não só com a lei mosaica, mas com um antigo costume judaico baseado nessa lei. O comando, Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e de toda a tua alma e com toda tua mente , fazia parte da Sema (hebraico para "ouvir"), assim chamado porque ele começou com: "Ouve, ó Israel! " O Shema compreendia os textos de Deuteronômio 6:4-913 5:11-21'>11: 13-21; e Números 15:37-41-de longe as passagens bíblicas mais conhecidas, mais citados, e mais copiados no judaísmo. Nos dias de Jesus, todo judeu fiel recitou o Shema duas vezes por dia.

Deuteronômio 6:4-9 e 11: 13-21 foram dois dos quatro textos da Escritura (com 13 1:2-13:10'>Ex. 13 1:10 e 13 11:16), que foram copiados em pequenos pedaços de pergaminho e colocado em filactérios que foram usadas na testa e nos braços esquerdos de homens judeus durante a oração. A prática foi baseada na admoestação do Dt 6:8 e 11: 13-21 foram colocados em mezuzabs, pequenas caixas que os judeus ligados a seus portais, seguindo as instruções de Dt 6:9).Amor divino, seja como o Seu amor para o homem ou o amor do homem por Ele é medido pelo que ele dá, não pelo que ele pode ganhar. Ele não te ama, porque o amor é benéfico, mas porque o amor é certo e bom.

Deus requer mais do que crença nua. Tiago nos lembra que mesmo os demônios crêem que Deus existe; mas em vez de alegria em que a crença, eles estremecem (Jc 2:19). A marca distintiva de salvar a crença em Deus é o amor de Deus. A fé em Jesus Cristo, que não se caracteriza por um amor consumindo para ele não é a fé salvadora, mas simplesmente um reconhecimento de Sua divindade, como até mesmo os demônios fazem.

Eu acredito que a nova criação transformadora que tem lugar a salvação produz uma nova vontade, desejo e atitude profundamente dentro da pessoa que pode ser melhor descrito como amor a Deus. João faz do amor a Deus a verdadeira marca do crente (ver João 14:23-24; 1Jo 2:51Jo 2:5; 4: 12-13, 16-21). Pedro declara que Deus é precioso para aqueles que acreditam (1Pe 2:7), e João escreveu: "E nisto conhecemos que temos vindo a conhecê-Lo, se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz , eu vim a conhecê-lo ", e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, ea verdade não está nele, mas qualquer que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus foi verdadeiramente aperfeiçoado por isso nós sabemos disso. estamos nele "(I João 2:3-5). Uma pessoa que pertence a Deus ama a Deus e, portanto, obedece a Deus. Uma das mais belas descrições de um cristão é alguém que ama "nosso Senhor Jesus Cristo com amor incorruptível" (Ef 6:24). E uma das descrições mais sérias de um incrédulo é "alguém [que] não ama o Senhor" (1Co 16:22).

O verdadeiro amor de Deus declara com Paulo: "Pois o que eu estou fazendo, eu não entendo, porque eu não estou praticando o que eu gostaria de fazer, mas eu estou fazendo a mesma coisa que eu odeio" (Rm 7:15) . Em essência, ele estava dizendo que, apesar de ele não fazer sempre o que estava certo, ele sempre amou o que era certo e desejava fazer o que estava honrando a Deus. Essa foi a atitude oposta a dos escribas e fariseus, a quem Jesus repetidamente condenado por fazer grande pretensão de amor a Deus do lado de fora, não tendo qualquer amor para dentro para ele em tudo. Eles estavam interessados ​​apenas nas cerimônias religiosas exteriores e ações que alimentaram sua justiça própria, auto-satisfação, e hipocrisia. Embora eles recitavam o Shema com regularidade meticulosa que declaração verbal de amor a Deus era oca e sem sentido.

Assim como pertença a Deus é amar a Deus, que não pertencem a Ele é odiá-lo (Ex 20:5;. 08:36 Prov.).

A pessoa que ama verdadeiramente o Senhor com todo o seu coração e alma e mente é a pessoa que confia nele e obedece a Ele. Essa pessoa demonstra seu amor pela meditação sobre a glória de Deus (Sl. 18: 1-3), confiando no poder divino de Deus, procurando a comunhão com (Sl 63.: 1-8) Deus (Sl 31:23.), Amando a lei de Deus (Sl 119:1:. Sl 119:165), sendo sensível à forma como Deus se sente (Sl 69:9:. Sl 119:72, Sl 119:97, Sl 119:103), amando a quem Deus ama (1Jo 5:1.), lamentando sobre o pecado (Mt 26:75.), rejeitando o mundo (1Jo 2:15), desejando estar com Cristo (2Tm 4:8).

Acima de tudo, aquele que verdadeiramente ama a Deus é o único que realmente obedece a Deus. Como Paulo, ele sabe que seu amor é imperfeito e sua obediência é imperfeito, mas ele pressiona "na a fim de que [ele] pode alcançar aquilo para o que também [ele] foi conquistado por Cristo Jesus," pressionando "na direção o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus "(Fm 1:3).

Dizer que Jesus morreu para o pecado 'mans é dizer que Ele morreu por ódio do homem de Deus, que é a essência de todo o pecado. Cristo morreu por falta do homem de amor a Deus. E assim como Ele oferece perdão pelo passado a falta de amor para com Deus, Cristo também prevê futuro amor por Deus. A grande Forgiver é também o grande Enabler, porque por meio de Cristo, "o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5:5).

Contrariamente a algumas interpretações contemporâneas dessa passagem, Jesus não estava ordenando que uma pessoa amar a si mesmo, mas assumiu que ele já não ama a si mesmo. "Ninguém jamais odiou a própria carne", Paulo afirma, "mas alimenta e sustenta" (Ef 5:29). E, assim como uma pessoa olha para o seu próprio bem-estar, tanto pela legitimidade do design natural, bem como por causa do egoísmo do pecado, ele também vai olhar para fora para o bem-estar dos outros, se ele realmente ama.

Os requisitos básicos tanto do judaísmo e do cristianismo são somados no mesmo comando duplo: amar a Deus e amar o próximo. " Destes dois mandamentos ", disse Jesus," dependem toda a Lei e os Profetas . " Tudo o resto do Antigo Testamento que Deus exigia dos fiéis pendurado sobre esses dois comandos. Da mesma forma, todos os requisitos do Novo Testamento de crentes é com base nelas."Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus", declara João; "E todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor." (I João 4:7-8). "Aquele que ama o próximo", diz Paulo, "tem cumprido a lei. Por isso, 'Não cometerás adultério, não deve assassinato, Você não deve roubar, não cobiçarás", e se há qualquer outro mandamento , que se resume nesta palavra: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." O amor não faz mal ao próximo, o amor, portanto, é o cumprimento da lei "(13 8:45-13:10'>Rm 13:8-10.).

Se as pessoas amou perfeitamente, não haveria necessidade de lei, porque a pessoa que ama os outros nunca vai fazer-lhes mal. Da mesma forma, o crente que ama a Deus com todo o seu ser nunca vai tomar o Seu nome em vão, nunca vai adorar os ídolos, e nunca vai deixar de obedecer, adoração, honra, e glorificá-Lo como Senhor.

O advogado foi favorável e, sem dúvida, surpreendentemente, impressionado com a resposta de Jesus. "Certo, Professor", disse ele; "'Você realmente afirmou que ... a amá-Lo de todo o coração e com todo o entendimento e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é muito mais do que todos os holocaustos e sacrifícios." E Jesus, vendo que havia respondido com inteligência, e disse-lhe: 'Não estás longe do reino de Deus "(Marcos 12:32-34).

120. Cujo filho é Cristo? (Mateus 22:41-46)

Ora, enquanto os fariseus estavam reunidos, Jesus perguntou-lhes uma pergunta, dizendo: "O que você pensa a respeito do Cristo, quem é filho?" Eles disseram-lhe: "O Filho de Davi".Ele lhes disse: "Então, como é que Davi, em espírito, lhe chama 'Senhor', dizendo: 'O Senhor disse ao meu Senhor:" Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés' "? Se Davi, chama de 'Senhor', Ele como é seu filho? " E ninguém foi capaz de responder-lhe uma palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia para pedir-lhe outra pergunta. (22: 41-46)

A questão mais importante no mundo é: "Quem é Jesus Cristo?" E o mundo nunca faltou para ideias e opiniões sobre a resposta. Alguns fariseus no próprio dia em que Jesus 'O acusaram de lançar "demônios somente por Belzebu o príncipe dos demônios" (Mt 12:24). Um segundo século AD comentário no Talmud disse Jesus praticava magia e levou Israel extraviar ( Sinédrio 43 a ). Juliano, o Apóstata, imperador de Roma, desde O D.C 361-363, declarou: "Jesus foi comemorada agora cerca de 300 anos; não ter feito nada em sua vida digna de fama, a menos que alguém pensa que um grande trabalho para curar os coxos e cegos e exorcizar endemoninhados em aldeias de Betsaida e de Betânia "(citado por Cyril, um bispo do século V de Alexandria, em Contra Julian , lib. VI., p. 191).

Nos tempos modernos, a maioria das pessoas tendem a ser gratuito de Jesus, embora as suas opiniões são muitas vezes condescendente e ingênuo. O filósofo francês radical Jean-Jacques Rousseau escreveu: "Quando Platão descreve seu homem justo imaginário carregado com todas as punições de culpa, ainda que merece as maiores recompensas de" virtude, ele descreve exatamente o caráter de Jesus Cristo .... A vida e morte de Jesus são as de um Deus "( Oeuvres completa [Paris, 1839], Tomo III, pp. 365-67). O famoso poeta Ralph Waldo Emerson realizada Jesus para ser o mais perfeito de todos os homens que apareceram na Terra, e Napoleão disse: "Eu sei que os homens, e digo-vos que Jesus Cristo não era um homem.

O filósofo Inglês e economista João Stuart Mill disse Jesus era "o padrão de perfeição para a humanidade", e do historiador e ensaísta irlandês William E. Lecky disse Jesus era "o mais alto padrão de virtude." Filólogo e historiador francês Ernest Renan disse Jesus "nunca será superado", e clérigo Unitário americano Theodore Parker chamado Jesus a juventude com Deus em seu coração. Teólogo e filósofo alemão Davi Strauss, um crítico ferrenho do cristianismo bíblico, disse Jesus é o "maior modelo da religião dentro do alcance do pensamento [humana]." Romancista Inglês HG Wells escreveu: "Quando me pediram que único indivíduo deixou a impressão mais permanente sobre o mundo, a maneira de o autor da pergunta quase levado a implicação de que era Jesus de Nazaré. Eu concordei .... Jesus está em primeiro lugar. "
Como esses testemunhos dão provas, muitas pessoas que não confiam em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador ainda classificam-no como o maior modelo de humanidade. Mas sob a maioria de tais elogios é o incipiente, se não específica, a negação de que Ele era nada mais do que um homem E muitos daqueles que altamente louvá-lo, no entanto, negam muito do que Ele ensinou, especialmente o que Ele ensinou sobre Si mesmo e Sua obra.
O cristianismo sempre encontrou seus detratores mais violentos e inimigos de quem nega a divindade de Jesus Cristo. Muitos desses detratores a pretensão de ir sob o nome de Cristão. Alguns anos atrás, um jornal Estado de Washington informou que o ministro de uma igreja liberal tinha começado uma série de sermões enfatizando que Jesus Cristo era apenas um homem e não Deus. Ele disse que a razão pela qual não há qualquer controvérsia em tudo sobre esta questão é porque "há sempre um grupo de pessoas que dizem que Jesus é Deus." O ministro sugeriu que Jesus era simplesmente como a Madre Teresa ou Caesar Chavez.

Muitas religiões e seitas ensinam que Jesus foi um profeta de Deus, ou, pelo menos, um grande mestre religioso, mas que Ele não era o Salvador do mundo e não era divino para qualquer grau maior do que eles consideram todos os homens para ser divina.
As linhas de batalha do cristianismo bíblico são inevitavelmente atraídos para a questão da divindade de Jesus. Essa é a única doutrina além de que todos os outros são sem sentido, porque se ele não fosse divino Ele não poderia ser o Salvador do mundo, e os homens não teria nenhuma maneira de se reconciliar com Deus.

É este o problema supremo da plena identidade de Jesus com que Mateus 22:41-46 promoções.

O incisivo Pergunta

Ora, enquanto os fariseus estavam reunidos. Jesus perguntou-lhes uma pergunta, dizendo: "O que você pensa a respeito do Cristo, quem é filho?" (22: 41-42a)

Após irrefutavelmente responder as três perguntas que os líderes judeus tinham projetado para apanhá-lo (Mateus. 22: 15-40), Jesus continuou ensinando no templo, onde ele tinha sido desde o início daquela quarta-feira de manhã (21:23). Os fariseus estavam reunidos juntos por si só, sem dúvida, mais perplexo do que nunca, como o que eles poderiam fazer para desacreditar e eliminar Jesus . Eles estavam, obviamente, que estava por perto, e enquanto eles estavam pensando no que fazer a seguir, Jesus perguntou-lhes uma pergunta sobre o Cristo .

Ele não fez, no entanto, perguntar diretamente sobre si mesmo. Embora Muitas vezes ele tinha declarado sua messianidade e Sua divindade, agora queria que os fariseus se concentrar no que eles já acreditavam sobre a identidade do Messias, o Cristo , prometeu o Ungido de Deus Especificamente, ele perguntou: " De quem é Ele o filho? " Aquele é, do que linha judaica foi ele ser descendente?

A resposta inadequada

Eles disseram-lhe: "O Filho de Davi". (22: 42b)

Para os fariseus, assim como a maioria dos outros judeus, a resposta era óbvia e simples. Porque eles estavam convencidos de que o Messias não era mais do que um homem, a única identidade do Messias que levou a sério era o de seu ser o Filho de Davi . Os escribas havia muito tempo ensinou que "o Cristo é o filho de Davi" (Mc 12:35), um ensinamento que era perfeitamente verdade. Por meio do profeta Natã, o Senhor havia prometido a Davi: "Quando seus dias estão completos e se deitar com os seus pais, então farei levantar sua descendente depois de você, que sairá de você, e eu estabelecerei o seu reino. Este edificará uma casa ao meu nome, e eu estabelecerei o trono do seu reino para sempre .... minha misericórdia não retirarei dele, como a tirei longe de Saul, a quem tirei de diante de ti. E a sua casa e teu reino perseverar diante de mim para sempre; teu trono será estabelecido para sempre "(2 Sam. 7: 12-13, 15-16).

Essa promessa não poderia ter aplicado a Salomão. Ele fez construir uma casa para Deus na forma do Templo, mas o seu reino não durou para sempre. Nem poderia qualquer outro descendente (observe o singular em 2Sm 7:12) de Davi reivindicar um trono eterno. Depois de Salomão, o reino de Davi foi dividida e nunca foi restaurado.

Salmo 89 faz repetidas referências ao Messias como o descendente exclusivo de Davi: "Eu fiz um pacto com o meu escolhido; jurei a Davi, meu servo, eu estabelecerei a tua descendência para sempre, e construir o seu trono por todas as gerações .. .. Eu encontrei Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi, com quem será estabelecida a minha mão; Meu braço também vai fortalecê-lo .... E a minha fidelidade ea minha benignidade estarão com ele, e em meu nomear seu poder será exaltado .... Eu também devem fazê-lo o meu primogênito, o mais elevado dos reis da terra. A minha benignidade vou mantê-lo para sempre, e minha aliança deve ser confirmada a ele. Então eu vou estabelecer seus descendentes para sempre, e seu trono como os dias dos céus "(vv. 3-4, 20-21, 24, 27-29).

Amós profetizou, "Naquele dia tornarei a levantar a cabine caído de Davi, e de parede até as suas brechas, e também eu levantar as suas ruínas, e reconstruí-lo como nos dias antigos" (Am 9:11). Através de Miquéias, o Senhor declarou: "Quanto a você, Belém Efrata, pequena demais para estar entre os clãs de Judá, de ti One sairá para Mim de reinar em Israel. Suas origens são desde há muito tempo, desde os dias de eternidade "(Mq 5:2.)

Começando no reino milenar e varrendo para a eternidade, maior Filho de Davi, muitas vezes chamado de Davi por extensão do nome do ancestral, vai governar um reino eterno. "Quando eu levantarei a Davi um Renovo justo", disse ao Senhor: "Ele reinará como rei e agir com sabedoria e fazer justiça e justiça na terra Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro;. E este é o nome pelo qual Ele será chamado, "O Senhor nossa justiça" (Jer. 23: 5-6).

Ao longo de seu evangelho, Mateus se concentra em Jesus como o Filho de Davi. Ele começa com uma genealogia abreviado que estabelece linhagem direta de Jesus a partir de Davi (1: 6; conforme Lc 3:31).Ele relata Jesus freqüentemente sendo saudado por vários indivíduos e grupos como o Filho de Davi. Os dois cegos na Galiléia gritou-lhe: "Tem misericórdia de nós, Filho de Davi" (9:27), reconhecendo-O claramente como o Messias prometido, o Cristo. Os dois cegos de Jericó fez o mesmo pedido: "Senhor, tende piedade de nós, Filho de Davi" (20:30). Depois que Jesus curou o homem possuído pelo demônio que também era cego e mudo, "toda a multidão, maravilhada, começou a dizer:" Este homem não pode ser o Filho de Davi, pode ele? '"(12:23), uma questão equivalente a, "Ele não pode ser o Messias, pode?" E foi o fato de as multidões haviam aclamado Jesus como o Filho de Davi que os líderes religiosos eram tão indignado, porque Ele estava sendo aclamado como o Messias e não iria renunciar a aclamação (21: 9, 15-16).

Foi, em parte, porque a linhagem de Jesus a partir de Davi era incontestável que as autoridades judaicas foram tão angustiado. Até o Templo foi destruído em D.C 70, registros genealógicos meticulosos de todos os judeus foram mantidos lá. Essa informação não só foi fundamental para estabelecer a filiação levítico e sacerdotal, para os homens, bem como para suas esposas, mas para muitos outros fins também. Ninguém podia deter uma posição de responsabilidade em Israel cuja genealogia foi não foi verificado. Por isso, é certo que as autoridades tinham verificado cuidadosamente a genealogia de Jesus e descobriu que a sua descendência de Davi era legítima. Caso contrário, eles teriam simplesmente expuseram como não tendo qualquer pretensão de herança de Davi e toda a discussão sobre a Sua possível messiahship teria terminado.

No entanto, como era verdade que o Cristo seria o Filho de Davi , que a resposta foi parcial e insuficiente. Em vez de que a maré de ser demasiado grande para Jesus, como os líderes judeus sustentou, ele era muito limitado. Como Ele começou a explicar, o Messias tinha a pretensão de grandeza que excedeu em muito a sua descendência de Davi.

A Realidade Infinita

Ele lhes disse: "Então, como é que Davi, em espírito, lhe chama 'Senhor', dizendo: 'O Senhor disse ao meu Senhor:" Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés' "? Se Davi, chama de 'Senhor', Ele como é seu filho? " (22: 43-45)

Os termos kurios ( Senhor ) e sua correspondente palavra hebraica 'ădōnāy estão entre as designações mais comuns para a divindade do Novo e Velho Testamento, respectivamente. Porque o nome da aliança de Deus, o Senhor, ou Jeová, foi considerado santo demais para ser falado, os judeus sempre substituído a palavra 'Ădōnāy . Em muitas traduções para o inglês de que o uso exclusivo de "Senhor" é indicado pelo seu que está sendo impresso em letras maiúsculas grandes e pequenas ( SENHOR ), o que significa que o texto hebraico realmente lê Yahweh . Quando Deus é chamado de "Senhor" como um título, e não como um substituto para o Seu nome da aliança, a palavra é impresso apenas com o capital e letras minúsculas (Senhor), o que significa que o texto hebraico lê 'Ădōnāy .

Jesus argumento, portanto, era o seguinte: "Se o Messias, o Cristo, não é mais do que um homem, o ser humano, filho de Davi, então como é que Davi, no Espírito, lhe chama 'Senhor', dizendo: 'O Senhor disse ao meu senhor. "

Primeiro de tudo, Jesus declarou que Davi estava falando sob a inspiração de Deus Espírito quando escreveu essas palavras do Sl 110:1; conforme Ap 4:2), o que exclui a possibilidade de que Jesus estava se referindo ao espírito humano de Davi.

Em segundo lugar, cada judeu reconhecido Salmo 110 como sendo escrito por Davi e como sendo um dos mais claros passagens messiânicas do Antigo Testamento. Consequentemente, pode haver nenhum argumento e não havia nenhum por oponentes-que Davi estava falando aqui sobre o Messias, o segundo de Jesus senhor mencionado no versículo 1. O primeiro Senhor no texto hebraico é o Senhor , enquanto o segundo é 'Ădōnāy . A idéia é: o Senhor ( Yahweh ) disse Davi senhor ( 'Ădōnāy ), " Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo de teus pés . " Em outras palavras, Davi dirigiu-se ao Messias como seu Senhor .

Terceiro, e mais importante, Jesus estava declarando divindade do Messias. Sob a orientação do Espírito Santo, Davi havia declarado que Deus disse ao Messias para sentar-se à Sua (de Deus) mão direita, um lugar reconhecido pelos judeus para ser uma denominação de posição e autoridade coequal. O verbo atrás sit no texto original indica sessão contínua no lugar de exaltação. Deus iria trazer o Messias a um lugar de igualdade com Ele em honra, poder e glória,

No de Deus mão direita , o Messias seria invencível, porque Deus iria colocar seus inimigos sob seus pés , uma figura de abjeta, subjugação impotente. Quando um inimigo derrotado foi levado perante um antigo monarca oriental, o governante faria o prisioneiro prostrar-se a seus pés. O rei, então, colocar o pé no pescoço do inimigo vencido, como se fosse um estrado (ver Js 10:24). Todos os detratores, negadores, e outros inimigos do Messias estão condenados a subjugação sob Seu controle.

Os críticos liberais têm mantido por muito tempo que Davi não poderia ter escrito o Salmo 110, argumentando que a língua hebraica no tempo de Davi não tinha desenvolvido ao nível encontrado no salmo e que Davi não teria sido famillar com a relação rei-sacerdote expressa no versículo 4 . Mas descobertas históricas e arqueológicas revelaram-se ambos os pressupostos sem fundamento. Alguns críticos também negam o caráter messiânico do salmo, em grande parte porque descontar toda a revelação sobrenatural e, consequentemente, toda profecia preditiva. Se uma "previsão" se tornou realidade, eles argumentam, foi escrito obviamente depois do fato. Mas essa abordagem humanista não só torna a Escritura a ser intencionalmente enganosos, mas faz com que o próprio Jesus um mentiroso ou um ingênuo.Ele dificilmente poderia ter sido o modelo para o nível mais alto da virtude humana, como muitos desses mesmos críticos afirmam, se Ele declarou-se divino, mas não era. Ou se os escritores do evangelho deturpado o que Ele disse sobre si mesmo, como pode qualquer outra coisa que eles relataram sobre ele ser considerado confiável?

Se Davi, o chama de "Senhor", Jesus perguntou aos fariseus, como é seu filho? ponto de Jesus era que o título "Filho de Davi" por si só não foi suficiente para o Messias, que Ele também é o Filho de Deus. Davi não teria endereçado um descendente meramente humano como " Senhor ". Jesus estava dizendo, com efeito, "eu não estou dando-lhe qualquer nova doutrina ou revelação. Você deveria ter sido capaz de descobrir por si mesmos, e teria feito isso, se você realmente acreditava que as Escrituras." A elite religiosa do judaísmo nunca tinha visto que a verdade óbvia, porque, como muitas pessoas hoje em dia, eles não olhar para as Escrituras para a verdade. Quando olharam para ele em tudo, foi com o propósito de tentar escorar suas tradições religiosas humanamente inventadas e preferências pessoais.

Jesus não mencionou a conclusão mais importante os fariseus deve ter feito a partir do que ele tinha acabado de dizer: que Ele próprio era o Messias divino, o Filho de Davi e Filho de Deus. Era desnecessário para ele fazer isso, porque Ele vinha apresentando suas credenciais messiânicas divinas por três anos. Ele havia feito tantas coisas para provar que ele era o Filho de Deus que os incrédulos tiveram que negar o óbvio concluir que qualquer outra coisa. Os sinais e milagres registrados nos evangelhos são apenas uma parte dos inúmeros outros que Ele realizou. "Muitos outros sinais, portanto, Jesus também realizada na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro," João nos diz; "Mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (João 20:30-31; conforme Jo 21:25).

Embora Jesus estava corrigindo conceito incompleta de quem Ele era dos fariseus, Ele também parece ter sido dando-lhes ainda outro convite para crer nEle. Vários dos escribas, incluindo o advogado que pediu a Jesus sobre o maior mandamento, elogiou-o pelos seus sábias respostas para as perguntas dadas para testá-lo (Mc 12:32; Lc 20:39). Jesus mesmo disse ao advogado que ele não estava longe do reino (Mc 12:34). Houve, sem dúvida, outros no Templo desse dia que eram de coração terno e aberto a verdade de Deus e que pode ser levado a confiar n'Ele e segui-Lo como Senhor se estivessem convencidos de que ele era verdadeiramente o Filho de Deus.

Jesus era, obviamente, nenhum fantasma, como alguns hereges na igreja primitiva proposta. Ele comia, bebia, dormia, sentia dor, sangrou e morreu. Ele até foi "tentado em todas as coisas como nós somos, mas sem pecado" (He 4:15). Ele era o Filho do homem em todos os sentidos. Que Ele era especificamente o Filho de Davi era evidente e demonstrável pelos registros do Templo. E que Ele era o Filho de Deus era evidente a partir dos milagres que realizou, sem número para todo mundo ver.

Jesus compartilha com Deus todos os atributos de onipotência. Ele é o Criador, o controlador dos céus e da terra e de todas as suas criaturas. Ele é o provedor de alimentos, o curador do doente, o raiser dos mortos, quem perdoa do pecado, o doador da vida eterna, e que o juiz de todos os homens e anjos.

Jesus compartilha com Deus todos os atributos da onipresença. Onde quer que "dois ou três reunidos em meu nome", declarou Ele, "aí estou eu no meio deles" (Mt 18:20).

Jesus compartilha com Deus todos os atributos da onisciência. Ele sabia o que Seus discípulos estavam agradecendo e que seus inimigos estavam pensando. "Ele não precisa de ninguém para testemunho do homem porque ele bem sabia o que havia no homem" (Jo 2:25).

O Novo Testamento consistentemente apresenta Cristo como Filho de Davi e Filho de Deus. A mensagem do evangelho que Paulo pregou e escreveu sobre foi prometido por Deus "de antemão pelos seus profetas nas santas Escrituras, acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, que foi declarado Filho de Deus com poder pela ressurreição dos mortos, de acordo com o espírito de santidade, Jesus Cristo, nosso Senhor "(Rom. 1: 2-4). Paulo admoestou Timóteo para "lembrar de Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos, descendente de Davi" (2Tm 2:8).

"O Verbo se fez carne, e habitou entre nós", declarou João ", e vimos a sua glória como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1:14).

Em suas apologética clássicos trabalhar protestantes cristãos Evidências , Bernard Ramm dá uma série de respostas incisivas para a pergunta que ele mesmo propõe: "Se Deus se encarnou, que tipo de homem que ele seria?" De forma abreviada, seis das respostas são: que seria de esperar que Ele esteja sem pecado; seria de esperar que ele seja santo; esperaríamos Suas palavras a ser os maiores palavras nunca ditas; esperaríamos que ele exercer um poder profundo sobre a personalidade humana; esperaríamos Ele para realizar obras sobrenaturais; e seria de esperar que levou a manifestar o amor de Deus. De todos os seres humanos que já viveram, Jesus Cristo reuniu todos esses critérios (. [Chicago; Moody 1953], pp 166-75).

O Inapropriado Response

E ninguém foi capaz de responder-lhe uma palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia para pedir-lhe outra pergunta. (22:46)

É provável que alguns dos líderes que ouviram Jesus naquele dia, eventualmente, creram nele. Mas quando Jesus terminou Sua prova da divindade do Messias curta mas irrefutável não há nenhuma indicação de que alguém lucrou com essa grande verdade.

Marcos relata que "a grande multidão se ouvindo a Ele" (Mc 12:37); mas esse sentimento estava longe de salvar confiança. A resposta inicial do povo era favorável, mas em dois dias, muitos deles iriam gritar com os principais sacerdotes e anciãos que os incitaram "Seja crucificado!" (Mt 27:22).

Os fariseus e outros líderes religiosos lá naquele dia ficaram chocados, mas não convencido, silenciado, mas não condenado, humilhado, mas não humilhado, relutantemente impressionado, mas ainda incrédulo. Sem dúvida eles estavam pensando que tinham sido intimidado e constrangido pela última vez pelo rabino heterodoxo sem instrução, unordained, e em suas mentes de Nazaré.
Hipócrita religião sempre foi e sempre será o maior inimigo do evangelho. Secularismo geralmente é indiferente, enquanto a religião humana invariavelmente é hostil.

A mulher samaritana que Jesus encontrou no poço fora Sicar foi a primeira pessoa a quem Ele diretamente revelou Sua messianidade. Depois que ela comentou "que vem o Messias (que se chama o Cristo)," Jesus, em seguida, "disse a ela: 'eu que falo a você sou Ele" (João 4:25-26). Aquela mulher de confiança em si mesma Cristo e imediatamente entrou em sua aldeia e testemunhou aos outros, muitos dos quais também acreditavam (vv. 39-42). Mas a maioria dos samaritanos não acreditava e ao longo dos séculos não creram. Hoje são talvez menos de 500, e, tal como os seus colegas judeus, eles ainda estão à procura de um Messias que já veio. Como tantas pessoas, eles não conseguiram acreditar na verdade, embora o testemunho da Escritura é esmagadoramente convincente.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 22 do versículo 1 até o 46

Mateus 22

Alegria e juízo — Mat. 22:1-10

O escrutínio do Rei — Mat. 22:11-14

O direito divino e o direito humano — Mat. 22:15-22 O Deus vivo de homens vivos — Mat. 22:23-33 Obrigação para com Deus e para com o homem — Mat. 22:34-40 Novos horizontes — Mat. 22:41-46

ALEGRIA E JUÍZO

Mateus 22:1-10

Os versículos 1:4 desta passagem não constituem uma parábola mas duas. Compreenderemos seu significado com maior facilidade e de maneira mais total se tomarmos separadamente. Os sucessos desta parábola são muito coerentes com os costumes judaicos normais. Quando se enviavam os convites para uma festa importante, como um casamento, não lhes punham data. Quando tudo estava preparado e disposto, enviava-se os servos a dizer aos convidados que fossem à festa. De maneira que fazia tempo que o rei desta parábola tinha enviado os convites, mas só quando tudo esteve preparado mandou chamar os convidados, e estes rechaçaram o último convite em forma ofensiva. A parábola tem dois significados.
(1) Um dos sentidos é totalmente local. Tratava de sublinhar o que já se havia dito na parábola dos lavradores maus. Uma vez mais, era uma acusação aos judeus. Os convidados a quem se convidou e que quando chegou o momento se negaram a assistir, representam os judeus. Muitos anos antes Deus os tinha convidado a ser seu povo escolhido; entretanto, quando o Filho de Deus veio ao mundo e foram convidados a segui-lo e aceitá-lo, rechaçaram o convite com altivez. O resultado foi que Deus enviou seu convite aos caminhos importantes e aos laterais. As pessoas dos caminhos representa os pecadores e aos gentios, que jamais tinham esperado um convite para entrar no Reino de Deus.
Tal como o via o evangelista, as conseqüências do rechaço do convite foram terríveis. Há um versículo da parábola que parece estar fora de lugar. E está fora de lugar porque não pertence à parábola original, tal como Jesus a pronunciou, mas sim se trata de um comentário e interpretação por parte do autor do evangelho. Trata-se do versículo 7 que diz que o rei enviou seus exércitos contra aqueles que rechaçaram seu convite e queimou sua cidade. Esta introdução de exércitos e o incêndio da cidade parece, à primeira vista, completamente fora de lugar ao relacionar isso com um convite a uma festa de bodas. Mas lembremos quando Mateus escreveu o evangelho: ao redor dos anos 80:90 d. C.

O que tinha acontecido durante o período entre a vida de Jesus e a redação do evangelho? A resposta é: a destruição de Jerusalém por parte dos exércitos de Roma. No ano 70 d. C. Jerusalém foi destruída. O templo foi saqueado e incendiado, a cidade ficou devastada como se tivesse passado um arado. Havia caído um desastre total sobre aqueles que se negaram a reconhecer o Filho de Deus quando Ele veio. O autor do evangelho acrescenta como comentário as coisas terríveis que caíram sobre o povo que não quis seguir o caminho de Cristo. E, de fato, é uma realidade histórica muito simples que se os judeus tivessem aceito o caminho de Cristo e o tivessem percorrido com amor, humildade e espírito de sacrifício, nunca se teriam convertido no povo rebelde e guerreiro que provocou a ira vingadora de Roma quando esta já não pôde suportar suas maquinações políticas.

(2) Mas esta parábola também diz muitas coisas em um nível mais amplo.

  1. Lembra-nos que o convite de Deus é um convite a uma festa tão alegre como uma festa de bodas. O convite de Deus é um convite à alegria. Pensar no cristianismo como um escuro abandono de tudo o que produz alegria, felicidade e companheirismo na vida significa interpretar mal sua natureza. O cristão é convidado à alegria e se rechaça o convite, perde essa alegria.
  2. Lembra-nos que as coisas que convertem um homem em surdo para o convite de Cristo não são necessariamente más em si mesmas. Um dos homens foi a seu campo, outro a seus negócios. Não foram desfrutar uma aventura imoral. Foram ocupar-se com eficiência de seus negócios, coisa que em si mesma é uma tarefa louvável. É muito fácil que um homem esteja tão ocupado com as coisas da vida que se esqueça dos assuntos da eternidade; que esteja tão preocupado pelas coisas visíveis que se esqueça das coisas que não se vêem; que escute com tanta insistência os chamados do mundo que não escute o convite suave da voz de Cristo. A tragédia da vida é que com muita freqüência as coisas que ocupam o segundo lugar impedem de aceder as que ocupam o primeiro; são as coisas boas em si mesmas as que obstruem o acesso às coisas supremas. O homem pode estar tão ocupado ganhando a vida que se esquece de construir sua vida. Pode estar tão ocupado com a administração e organização da vida que se esquece da própria vida.
  3. Lembra-nos que Cristo não nos chama tanto para vermos como seremos castigados, como para vermos o que é o que perdemos se não seguirmos seu caminho. Aqueles que não quiseram ir receberam um castigo, mas a verdadeira tragédia foi que perderam a alegria da festa de bodas. Se rechaçarmos o convite de Cristo, algum dia nossa maior dor não estribará no que sofremos, e sim no fato de nos dar conta das coisas preciosas que nos perdemos e sobre as quais nos enganamos.
  4. Lembra-nos que, em última instância, o convite de Deus é o convite da graça. Aqueles que foram recolhidos nos caminhos não tinham nenhum direito sobre o rei, jamais teriam podido esperar um convite à festa de bodas e muito menos podiam havê-la merecido. Chegou-lhes só pela hospitalidade generosa, aberta e cálida do rei. Foi a graça quem ofereceu o convite e quem reuniu os homens.

O ESCRUTÍNIO DO REI

Mateus 22:11-14

Esta é segunda das duas parábolas entrelaçadas nesta passagem. Já veremos que esta é uma parábola diferente mas, ao mesmo tempo, intimamente relacionada com a anterior à qual serve de ampliação.

Trata-se da história de um convidado que assistiu às bodas sem as vestimentas correspondentes.

Um dos aspectos interessantes da parábola é que vemos que Jesus toma uma história que seus ouvintes já conheciam e a emprega a seu modo. Os rabinos tinham dois relatos nos quais se falava de reis e vestimentas. A primeira parábola se refere a um rei que convidou a seus convidados a uma festa sem especificar a data e a hora exatas. Mas foi— lhes dito que deviam lavar-se, ungir-se e vestir-se para estar preparados quando fossem chamados. Os prudentes se prepararam e se vestiram logo e foram esperar às portas do palácio porque pensaram que na casa de um rei era possível preparar uma festa tão rápido que não teriam que aguardar muito. Os néscios acreditaram que levaria muito tempo fazer os acertos necessários e que veriam quando começassem a fazê-los e assim teriam tempo de vestir-se e ungir-se. De maneira que cada um foi à sua ocupação; o pedreiro aos seus tijolos, o oleiro à sua argila, o ferreiro à sua forja e continuaram o seu trabalho. Nesse momento chegou o chamado para assistir à festa. Os prudentes estavam preparados para sentar-se e o rei se alegrou com eles, e comeram e beberam. Chegou o dia em que o rei pediu que lhe devolvessem as vestes; tiveram que ficar fora, tristes e famintos, olhando a alegria que perderam. Essa parábola rabínica fala da obrigação de estar preparados para o chamado de Deus, e as vestimentas representam os preparativos que se devem fazer.
A segunda parábola rabínica relata que um rei confiou vestimentas reais aos cuidados de seus servos. Os prudentes tomaram as vestimentas, guardaram-nas com cuidado e as mantiveram em toda sua beleza. Os néscios usaram as vestimentas para ir trabalhar e desse modo as sujaram e arruinaram. Chegou o dia em que o rei pediu que lhe devolvessem as vestimentas. Os sábios as entregaram limpas e novas, de modo que o rei pôs as vestimentas em seu tesouro e os deixou ir em paz. Os néscios as entregaram manchadas e sujas. O rei ordenou que as vestimentas fossem entregues ao lavandeiro para que as limpasse e enviou os servos néscios para a prisão.
Esta parábola ensina que o homem deve entregar sua alma a Deus em toda sua pureza original; mas o homem que só pode entregar uma alma manchada recebe sua condenação. Sem dúvida Jesus pensava nestas duas parábolas quando relatou sua história. O que queria ensinar Jesus por meio desta parábola? Tal como a anterior, esta parábola também contém uma lição transitiva e local e outra universal e permanente.

  1. A lição local é a seguinte. Jesus acaba de dizer que para ter convidados em sua festa o rei enviou a seus mensageiros aos caminhos para,reunir a todos os homens que encontrassem. Trata-se da parábola das portas abertas. Referia-se à forma em que se reuniria a gentios e pecadores. Esta parábola estabelece o equilíbrio necessário. É certo que as portas estão abertas para todos os homens, mas quando acodem devem levar consigo uma vida que trate de adequar-se ao amor que lhes foi dado. A graça não é só um dom: é uma responsabilidade muito séria. O homem não pode seguir levando a vida que levava antes de encontrar— se com Jesus Cristo. Deve vestir-se com uma nova pureza, uma nova santidade e uma nova bondade. A porta está aberta, mas não para que chegue o pecador e continue sendo o que era antes, mas sim para que se converta em um santo.
  2. Mas esta parábola também contém uma lição permanente. A forma em que o homem se aproxima de algo, manifesta o espírito em que o faz. Se formos visitar um amigo, não levamos as mesmas roupas que usamos na oficina ou no jardim. Sabemos muito bem que nosso amigo não se interessa pela roupa. Não se trata de que queiramos aparentar algo que não somos. Não é mais que uma amostra de respeito o ato de apresentar-nos em casa de nosso amigo na forma mais apresentável possível. O fato de que nos preparemos com antecedência para ir a sua casa é a forma em que demonstramos nosso afeto e estima para com nosso amigo. O mesmo acontece com a casa de Deus.

Esta parábola não tem nada a ver com a roupa que pomos para ir à Igreja; seu tema central é o espírito com que assistimos a casa de Deus. É uma verdade profunda que o assistir à Igreja não deve converter-se jamais em uma espécie de desfile de modas. Mas há vestes da mente, do coração e da alma: a veste da expectativa, da penitência humilde, da fé, do respeito, e jamais devemos nos aproximar de Deus sem estas vestes.

Acontece com muita freqüência que vamos à casa de Deus sem nenhuma preparação prévia. Se todos os homens e mulheres de nossas congregações se aproximassem do templo dispostos à adoração, esta seria uma adoração autêntica — a adoração na qual e mediante a qual algo acontece no coração dos homens, na vida da Igreja e nos problemas do mundo.

O DEREITO DIVINO E O DEREITO HUMANO

Mateus 22:15-22

Até este momento vimos a Jesus, por assim dizer, em posição de ataque. Pronunciou três parábolas nas quais condenou com toda clareza os líderes ortodoxos judeus. Na parábola dos dois filhos (Mat. 21:28-32) os líderes judeus se apresentam sob a aparência do filho que não cumpriu a vontade de seu pai. Na parábola dos lavradores maus eles (Mateus 21:33-46) são os lavradores. Na parábola da festa do rei (Mat. 22:1-14) são os convidados condenados por terem rechaçado o convite. Agora vemos como os líderes judeus preparam o contra-ataque, e o fazem dirigindo a Jesus perguntas formuladas com muito cuidado. Formulam as perguntas em público, enquanto a multidão observa e ouve. Seu objetivo é conseguir que Jesus perca o respeito da multidão, condenando-se por suas próprias palavras diante do povo. Aqui temos, pois, a pergunta dos fariseus. Trata-se de uma pergunta formulada em forma ardilosa e inteligente. Palestina era uma região ocupada e os judeus estavam sob o poder do Império Romano. A pergunta é a seguinte: “É lícito pagar tributo a César ou não?” De fato, havia três impostos correntes que se deviam pagar ao governo romano.

Havia um imposto sobre a terra: devia-se pagar um dízimo do grão, e um quinto do azeite e do vinho que cada um produzia. Este imposto se pagava em espécie e em dinheiro. Havia o imposto sobre os rendimentos que representava um por cento das entradas de cada habitante. E havia um imposto do recenseamento: todo cidadão varão dos quatorze até os sessenta e cinco anos devia pagá-lo, assim como todas as mulheres dos doze até os sessenta e cinco; subia a um denário — ao que Jesus se refere como a moeda do imposto — e equivalia a pouco menos de um centavo de dólar; esta soma deve avaliar-se recordando que o salário comum de um trabalhador era algo menos de um denário por dia. O imposto de que trata esta parábola é este último.
A pergunta que os fariseus formulam apresenta um verdadeiro dilema a Jesus. Se dissesse que era ilícito pagar o imposto, imediatamente o denunciariam aos representantes do governo de Roma como uma pessoa sediciosa e sem dúvida seria detido. Se dissesse que era lícito pagá-lo, muitos perderiam a confiança nEle. O povo não resistia a pagar os impostos pelas mesmas razões que o faz todo mundo; rechaçavam-no ainda mais por razões religiosas. Para o judeu o único rei era Deus, seu país era uma teocracia, o fato de pagar um imposto a um rei terrestre equivalia a reconhecer a validez de sua dignidade real e, portanto, insultar a Deus. De maneira que os mais fanáticos entre os judeus insistiam em que qualquer imposto que se pagasse a um rei estrangeiro era necessariamente injusto. Seja como for que Jesus respondesse, segundo a opinião de quem lhe formulava a pergunta, ficava exposto a algum problema.
A gravidade do ataque fica demonstrada pelo fato de que os fariseus e os herodianos se uniram para perpetrá-lo, pois normalmente estes dois partidos eram inimigos. Os fariseus eram os ortodoxos mais intransigentes, que rechaçavam o pagamento do imposto a um rei estrangeiro porque quebrantava o direito divino de Deus. Os herodianos eram o partido de Herodes, rei da Galiléia, que devia seu poder aos romanos e que trabalhava para eles. Em realidade, fariseus e herodianos eram companheiros muito estranhos; esqueceram suas diferenças por um momento em um ódio comum para com Jesus e num desejo comum de eliminá-lo. Qualquer que se empenhe em fazer as coisas a seu modo, seja este quem for, odiará a Jesus.

Esta questão de pagar os impostos tampouco era algo que revestisse um interesse meramente histórico. Mateus escrevia entre os anos 80:90 d. C. O templo tinha sido destruído no ano 70 d. C. Enquanto o templo existiu todo judeu tinha tido a obrigação de pagar o imposto de meio siclo ao templo. Depois da destruição do templo, o governo romano exigiu que se seguisse pagando o imposto ao templo de Júpiter Capitolino, em Roma. É óbvio que semelhante regulamentação seria um gole muito amargo para qualquer judeu. Durante o ministério de Jesus o assunto dos impostos era um problema muito sério; e seguiu sendo-o durante a primeira época da Igreja.
Mas Jesus era sábio. Pediu um denário, onde estava estampada a efígie do imperador. Na antiguidade, a cunhagem de moeda era um sinal de realeza. Logo que subia um rei ao trono, mandava cunhar suas próprias moedas. Do mesmo modo, um pretendente ao trono faria cunhar suas moedas para dar amostras da autenticidade de seu caráter real. Essas moedas se consideravam propriedade do rei cuja imagem levavam. Jesus perguntou de quem era a imagem que estava na moeda. A resposta foi que se tratava da cabeça de César. "Muito bem", disse Jesus, "devolvam a César, é dele. Dêem a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus."
Com sua sabedoria sem par, Jesus jamais dava leis ou normas; é por isso que seus ensinos são universais e válidos para todos os tempos; sempre estabelece princípios. Neste caso estabelece um princípio muito sério e importante.
Todo cristão tem uma dupla cidadania. É cidadão do país onde vive. A esse país deve muitas coisas. Deve-lhe a segurança diante das pessoas sem lei que só um governo bem constituído pode proporcionar ; deve ao Estado todos os serviços públicos. Para não dar mais que um exemplo muito simples, há muito poucas pessoas que possuem a suficiente quantidade de dinheiro para ter um sistema de iluminação ou limpeza próprios. Estes são serviços públicos. Num Estado bem organizado o cidadão deve muito mais coisas ao governo: educação, serviços sociais, serviços de previdência no caso de desemprego ou velhice. Isto o faz estar em dívida. Visto que o cristão é um homem honrado, deve ser um cidadão responsável, e o fracasso como cidadão também significa um fracasso em seu dever como cristão. Qualquer país ou indústria em cuja administração os cristãos se recusem a participar e a deixem em mãos de pessoas egoístas, interessadas, parciais e não cristãs pode sofrer inumeráveis problemas. O cristão tem um dever para com César como pagamento por privilégios que o governo de César lhe outorga.

Mas o cristão também é um cidadão do céu. Há questões de consciência, de religião e de princípios nos quais o cristão é responsável diante de Deus. Pode ser que suas duas cidadanias jamais se choquem, não é preciso que o façam. Mas quando o cristão está convencido de que a vontade de Deus é que faça algo em particular, deve fazê-lo. Ou, pelo contrário, se está convencido de que algo vai contra a vontade de Deus, deve resisti-lo e não pode tomar parte nisso. Jesus não diz qual é o limite entre ambas as obrigações. Isso a consciência de cada um deve decidir. Mas o cristão autêntico, e esta é a verdade eterna que se afirma nesta passagem, é ao mesmo tempo um bom cidadão de seu país e um bom cidadão do reino de Deus. Não falhará em sua obrigação para com Deus, e tampouco em sua obrigação para com os homens. Como disse Pedro: “Temei a Deus, honrai o rei” (1Pe 2:17).

O DEUS VIVO DE HOMENS VIVOS

Mateus 22:23-33

Quando os fariseus terminaram de fazer seu contra-ataque, do qual se saíram muito mal, os saduceus continuaram a batalha. Não cabe a menor dúvida de que os saduceus estavam encantados com a derrota dos fariseus porque seus pontos de vista eram diametralmente opostos.
Os saduceus não eram muito numerosos; mas eram a classe dominante, aristocrática e abastada. Os sumos sacerdotes, por exemplo, eram saduceus. Em política eram colaboracionistas; estavam dispostos a colaborar com o governo de Roma se com isso mantinham os seus privilégios. Quanto à sua forma de pensar, estavam dispostos a aceitar as idéias gregas. Em suas crenças judias eram tradicionalistas. Recusavam— se a aceitar a lei oral dos escribas que era de fundamental importância para os fariseus. Foram ainda mais longe: a única parte das Escrituras que aceitavam como lei era o Pentateuco, a Lei por excelência, os primeiros cinco livros do Antigo Testamento. Não aceitavam de modo algum os profetas ou os livros poéticos como parte das Escrituras. Em forma particular, diferenciavam-se dos fariseus pelo fato de negarem completamente toda vida após a morte, crença sobre a qual insistiam os fariseus. De fato, os fariseus afirmavam que qualquer pessoa que negasse a ressurreição dos mortos estava separado de Deus.

Os saduceus sustentavam que a partir do Pentateuco, não se podia provar a doutrina da imortalidade. Os fariseus diziam que sim. É interessante ver as provas que os fariseus aduziam. Estes citavam Nu 18:28 onde diz: “Deles dareis a oferta do SENHOR a Arão.” Trata-se de uma norma permanente, o verbo está no presente, portanto Arão vive! Citavam Dt 31:16: "Este povo se levantará", e segue uma citação muito pouco convincente da segunda metade do versículo: "e se prostituirá, indo após deuses estranhos na terra!" Citavam Dt 32:39: “Eu mato e eu faço viver” Fora do Pentateuco citavam Is 26:19: “Os vossos mortos ... viverão.” Não se pode dizer que nenhuma das citações empregadas pelos fariseus seja muito convincente; e jamais se pôde extrair do Pentateuco um argumento válido para defender a ressurreição dos mortos.

Os fariseus sustentavam com toda certeza a ressurreição do corpo. Discutiam pontos corriqueiros: O homem ressuscitaria vestido ou nu? Se ressuscitava vestido, o faria com as roupas com que tinha morrido ou com outras? Remetiam-se a 1Sm 28:14 (a adivinha de En-dor que ressuscita o espírito de Samuel diante do pedido do Saul) para demonstrar que os homens mantêm depois da morte a aparência que tinham neste mundo, inclusive sustentavam que os homens ressuscitam com os mesmos defeitos físicos com os quais e por causa dos quais morreram, do contrário não se trataria da mesma pessoa! Todos os judeus ressuscitariam na Palestina, a Terra Prometida, de maneira que afirmavam que debaixo da terra havia túneis pelos quais rodavam os corpos de judeus que haviam sido sepultados em outras terras, até chegar à Palestina. Os fariseus, pois, sustentavam como uma das doutrinas fundamentais a ressurreição do corpo após a morte; os saduceus a rechaçavam completamente.

Estes últimos formularam uma pergunta que, segundo eles, convertia em um absurdo a doutrina da ressurreição do corpo. Os judeus tinham um costume chamado o casamento por levirato. É muito duvidoso até que ponto era cumprido na prática. Se um homem morria sem descendência, seu irmão tinha a obrigação de casar-se com sua viúva e gerar filhos para seu irmão; a esses meninos eram considerados, do ponto de vista da lei, como filhos de seu irmão. Se o homem recusava categoricamente a casar-se com a viúva, ambos deviam ir ver os anciãos. A mulher devia desatar o sapato do homem, cuspir-lhe na cara e amaldiçoá-lo; a partir desse momento o homem vivia sob o estigma do rechaço (Deut. 25:5-10). Os saduceus citaram um caso deste tipo de casamento no qual sete irmãos se casaram sucessivamente com a mesma mulher e todos morreram sem deixar filhos, e logo perguntaram: "Quando chegar o momento da ressurreição qual será o marido desta mulher que se casou tantas vezes?" Trata-se, sem a menor dúvida, de uma pergunta sutil.

Jesus começou sua resposta estabelecendo um princípio: toda a questão surge a partir de um engano fundamental, o engano de pensar no céu em termos terrestres, e de pensar na eternidade em termos de tempo.

A resposta que Jesus dá é que qualquer pessoa que lê as Escrituras deve dar-se conta de que semelhante pergunta carece de pertinência, pois o céu não será uma mera continuação ou extensão deste mundo. Haverá relações novas e superiores que transcenderão em muito as relações físicas do tempo.

Em seguida Jesus passou a derrubar toda a posição dos saduceus. Estes sempre haviam sustentado que no Pentateuco não havia nenhum texto que se pudesse usar para provar a ressurreição dos mortos. Agora, qual é um dos títulos mais comuns para designar a Deus que se emprega no Pentateuco? “o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó.” Deus não pode ser Deus de homens mortos e cadáveres em decomposição. O Deus vivo deve ser o Deus dos homens vivos.

A posição dos saduceus ficou em pedacinhos. Jesus fazia o que os mais sábios dos rabinos não tinham podido fazer jamais. Tinha derrotado os saduceus a partir da própria Escritura, tinha-os vencido e tinha demonstrado que há uma vida após a morte e que não se deve pensar nela em termos terrestres. As multidões se sentiam maravilhadas diante de um homem que dominava uma discussão dessa maneira e os próprios fariseus apenas terão podido deixar de aplaudir.

OBRIGAÇÃO PARA COM DEUS E PARA COM O HOMEM

Mateus 22:34-40

Em Mateus, esta pergunta do escriba aparece como uma volta ao ataque da parte dos fariseus; mas em Marcos a atmosfera é diferente. Segundo a versão de Marcos (Marcos 12:28-34) o escriba não fez esta pergunta para pôr uma armadilha a Jesus. Ele a fez com um sentimento de gratidão porque Jesus tinha derrotado os saduceus e para demonstrar quão bem podia responder; e a passagem termina com uma união muito estreita entre o escriba e Jesus.

Podemos afirmar que aqui Jesus dá uma definição completa da religião.

  1. A religião consiste em amar a Deus. O versículo que Jesus cita pertence a Dt 6:5. Tal versículo formava parte do Shema, o credo básico e essencial do judaísmo, a oração com a qual começa, até o dia de hoje, todo culto judeu e o primeiro texto que todo menino judeu aprende de cor. Significa que devemos a Deus um amor total, um amor que domina nossas emoções, que dirige nosso pensamento, que é o motor de nossas ações. Toda religião começa com o amor que é uma entrega total da vida a Deus.
  2. O segundo mandamento que Jesus cita pertence a Lv 19:18. Nosso amor a Deus deve manifestar-se em amor aos semelhantes. De fato, a única forma pela qual alguém pode demonstrar que ama a Deus é através de seu amor aos semelhantes. Mas devemos nos fixar na ordem em que aparecem os mandamentos; primeiro vem o amor a Deus e logo o amor aos semelhantes. Só quando amamos a Deus sentimos o desejo de amar os semelhantes.

O ensino bíblico sobre o homem não é que este seja um conjunto de elementos químicos, nem que forme parte de uma criação bruta, antes é feito à imagem de Deus (Gênesis 1:26-27). Essa é a razão pela qual o homem é digno de ser amado. De fato, a verdadeira base de toda democracia é o amor a Deus. Se tirarmos o amor a Deus podemos nos zangar com o homem indócil; podemos nos sentir pessimistas com o homem a quem não se pode melhorar; podemos nos tornar indiferentes para com o homem com mentalidade de máquina. A base do amor para com o homem se assenta com firmeza sobre o amor para Deus.

Ser autenticamente religioso é amar a Deus e amar o semelhante que Deus fez à sua imagem, e amar a Deus e aos semelhantes não com um sentimentalismo nebuloso, e sim com essa entrega total que se manifesta em devoção a Deus e serviço concreto aos homens.

NOVOS HORIZONTES

Mateus 22:41-46

Esta pode nos parecer uma das coisas mais escuras que disse Jesus. E pode que ser; entretanto, é uma de suas afirmações mais importantes. Mesmo que à primeira vista não possamos compreender todo o seu significado, percebemos a atmosfera de maravilha, assombro e mistério que a circunda.
Vimos uma e outra vez que Jesus se recusava a permitir que seus discípulos o proclamassem Messias até que lhes tivesse ensinado o que significava em realidade a condição messiânica. As idéias de seus discípulos sobre o Messias deviam experimentar uma mudança radical.
O título mais comum para designar ao Messias era Filho de Davi. Por trás dessa frase estava a expectativa de que algum dia chegaria um grande príncipe pertencente à linhagem de Davi, que derrotaria os inimigos do Israel e conduziria o povo a conquistar todas as nações. O mais comum era pensar no Messias em termos nacionalistas, políticos e militares, apoiando-se sobre noções de poder e glória. Este é outro intento da parte de Jesus de mudar essa idéia.

Jesus perguntou aos fariseus de quem criam ser filho o Messias; eles responderam como ele esperava que o fizessem. "Filho de Davi." Então Jesus cita o Sl 110:1: "Disse o Senhor a meu Senhor: Assenta— te à minha direita." Todos aceitavam este texto como messiânico. O primeiro Senhor é Deus; o segundo é o Messias. Quer dizer que Davi chama Senhor ao Messias. Mas se o Messias é filho de Davi, como pode este chamar Senhor a seu próprio filho? Como podia ser?

O resultado evidente do interrogante é que não é correto chamar filho de Davi ao Messias. Não é o filho de Davi, é o Senhor de Davi, quando Jesus curou os cegos que O chamaram Filho de Davi (Mt 20:30). Quando entrou em Jerusalém as multidões O aclamaram como Filho de Davi (Mt 21:9). Aqui o que diz Jesus é o seguinte: "Não é suficiente chamar o Messias de Filho de Davi. Não é suficiente pensar nEle como um príncipe da família de Davi e como um líder e conquistador de exércitos da Terra. Devem ir mais longe, porque o Messias é o Senhor de Davi." Qual é o sentido das palavras de Jesus? Só pôde querer dizer uma coisa: que a única definição verdadeira é chamá— lo Filho de Deus. Filho de Davi não é título adequado; o único título adequado é Filho de Deus. E, sendo assim, não se deve pensar no Messias em termos de conquista própria de Davi, e sim em termos de amor divino e sacrificial. De maneira que aqui, Jesus faz a maior das afirmações a respeito de Si mesmo. Com Ele não chegava o conquistador terrestre que repetiria os triunfos militares de Davi, e sim o Filho de Deus que demonstraria o amor de Deus sobre a cruz.

Deve ter havido muito poucos que compreenderam o sentido total das palavras de Jesus, mas quando Jesus falou até os de coração mais duro devem ter sentido o estremecimento que produz o mistério eterno. Experimentavam o sentimento incômodo e de admiração por ouvirem a voz de Deus e, por um momento, perceberam o próprio rosto de Deus neste homem Jesus.

Escribas e fariseus

Se alguém for em essência e por temperamento uma criatura irritável, mal-humorada e irascível, que se entrega em forma notória a ataques de ira apaixonada, sua ira não é nem efetiva nem impressionante. Ninguém presta a menor atenção à ira de um homem de mau humor. Mas quando uma pessoa se caracteriza por sua gentileza e modéstia, seu amor e bondade, e de repente estala em um ataque de ira, até a pessoa mais distraída se surpreenderá, e quererá saber o motivo. Essa é a razão pela qual a ira de Jesus é um espetáculo que produz um sentimento de admiração. Em muito poucas partes literárias encontramos uma condenação tão plena e sustentada como neste capítulo. Esta ira de Jesus se dirige contra os escribas e os fariseus. Antes de iniciar o estudo deste capítulo em detalhe, será conveniente ver o que representavam estes escribas e fariseus.
Os judeus tinham um sentido profundo e permanente da continuidade de sua religião, e a melhor forma de ver o que representavam os fariseus e os escribas é analisar o lugar que ocupavam neste esquema da religião judia. Os judeus repetiam uma frase: "Moisés recebeu a Lei e a entregou ou Josué, e Josué aos anciãos, e os anciãos aos profetas, e os profetas aos homens da Grande Sinagoga." Toda a religião judia se apóia, em primeiro lugar, sobre os Dez Mandamentos, logo sobre o Pentateuco, a Lei, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento. A intenção da história dos judeus era fazer deles o povo da Lei. Como acontece com todas as nações, tinham tido seus sonhos de grandeza. Mas as experiências da história tinham dado uma direção peculiar a esse sonho.
Tinham sido conquistados pelos assírios, os babilônios, os persas, e Jerusalém tinha ficado devastada. Era evidente que não podiam ter proeminência no poder político. Mas embora o poder político era algo impossível, tinham a Lei, e para eles a Lei era a própria palavra de Deus, a coisa maior, a posse mais preciosa do mundo. Chegou o dia, em sua história, em que se reconhecia publicamente a preeminência da Lei e se produziu o que só podemos considerar como uma decisão consciente mediante o povo do Israel se converteu em um sentido único no povo da Lei. Sob Esdras e Neemias se permitiu que o povo voltasse para Jerusalém, que reconstruíra a cidade destroçada e reassumisse sua vida nacional. Quando isso se produziu, o dia em que Esdras, o escriba, tomou o livro da Lei, o leu ao povo e sucedeu algo que foi nada menos que uma dedicação nacional de um povo à observância da Lei (Mt 8:1-8). Vimos, por exemplo, que a Lei dizia que não se devia trabalhar no dia sagrado, e também vimos como os escribas se

empenharam para definir o trabalho, como estabeleceram a quantidade de passos que se podiam dar no sábado, o peso da carga que se podia transportar, as coisas que se podia fazer e as que não se podia fazer. Quando se deu por terminada esta interpretação da lei por parte dos escribas, as regulamentações ocupavam mais de cinqüenta volumes.

O retorno do povo a Jerusalém e a primeira dedicação da Lei ocorreram ao redor do ano 450 A. C. Mas os fariseus aparecem muito depois. Ao redor do ano 175 A. C., Antíoco Epifanes de Síria fez um intento de fazer desaparecer o religião judia e introduzir a religião, os costumes e as práticas gregas. Foi então que surgiram os fariseus como uma seita à parte. O nome significa os separados, e eram homens que dedicavam toda sua vida à observação cuidadosa e meticulosa de cada uma das regras e normas que os escribas tinham elaborado. Frente à ameaça dirigida contra o judaísmo se propunham consagrar toda sua vida à observação do judaísmo em sua forma mais elaborada, cerimonial e legalista. Eram homens que aceitavam a multidão e o número sempre crescente das regras e normas religiosas extraídas da Lei.

Nunca houve muitos fariseus. O número máximo terá sido uns seis mil. O fato concreto é que se alguém se propunha aceitar e obedecer cada norma da Lei, não ficaria tempo para nada mais. Tinha que separar— se, apartar-se da vida comum para observar a Lei.
De maneira que os fariseus eram duas coisas. Em primeiro lugar, eram legalistas devotos: para eles a religião era a observação de cada um dos detalhes da Lei. Mas em segundo lugar, e não se deve esquecer, eram homens completamente sinceros quanto à sua religião, porque ninguém podia aceitar a exigência quase impossível de levar uma vida como essa se não fosse sincero. De maneira que podiam desenvolver ao mesmo tempo todas as falhas do legalismo e todas as virtudes da entrega absoluta. Um fariseu podia ser um legalista dissecado ou arrogante ou um homem consumido por uma fervente devoção para Deus. O fato de dizer isto não é fazer um julgamento especificamente cristão sobre os fariseus, porque os mesmos judeus o diziam.
O Talmud distingue sete tipos diferentes de fariseus.

  1. O fariseu exibicionista. Era meticuloso em sua obediência da lei, mas sempre estava exibindo suas boas ações. Preocupava-se em ter uma reputação de pureza e bondade. É certo que obedecia a Lei, mas o fazia para que os homens o vissem.
  2. O fariseu dilatório. Era o fariseu que sempre encontrava uma desculpa perfeita para adiar uma boa ação. Professava a crença dos fariseus mais estritos, mas sempre encontrava alguma desculpa para conseguir com que a prática ficasse muito aquém dos fatos. Falava muito, mas não dizia nada.
  3. O fariseu ferido ou golpeado. O Talmud falava dos fariseus que se machucavam a si mesmos. Recebiam esse nome pela seguinte razão. As mulheres ocupavam um lugar muito baixo na Palestina. Não se podia ver nenhum mestre estrito e ortodoxo falando com uma mulher em público, embora se tratasse de sua própria esposa ou sua irmã. Estes fariseus foram ainda mais longe; nem sequer se permitia olhar a uma mulher na rua. Para evitar vê-las, fechavam os olhos e dessa maneira se golpeavam contra as paredes, edifícios e qualquer outro obstáculo. machucavam-se e se feriam e esses ferimentos lhes proporcionavam uma reputação especial de extrema piedade.
  4. O fariseu a quem se descrevia como mão de morteiro, corcunda. Estes caminhavam com uma humildade tão ostentosa que eram dobrados como a mão dentro de um morteiro, ou como um corcunda. Eram tão modestos que nem sequer 1evantaban os pés do chão de modo que tropeçavam com qualquer obstáculo que encontravam no caminho. Sua humildade era uma forma de ostentação.
  5. O fariseu que sempre fazia conta ou listas. Este tipo de fariseu passava sua vida contando suas boas ações, sempre levava uma folha de crédito entre ele e Deus e acreditava que cada uma de suas boas obras aumentava um pouco a dívida de Deus para com ele. Para ele a religião sempre devia ser analisada como uma conta de lucros e perdas.
  6. O fariseu tímido ou medroso. Este vivia apavorado pelo castigo divino. De maneira que passava o tempo limpando a parte de fora da taça e o prato para parecer bom. Via a religião em termos de um juízo e a vida como uma contínua evasão aterrada desse julgamento.
  7. Por último, o fariseu temente a Deus. Este era o fariseu que amava a Deus em forma autêntica e que encontrava sua alegria na obediência à Lei de Deus, por mais dura e difícil que fosse.

Esta era a classificação dos fariseus que os judeus faziam, e devemos assinalar que havia seis maus contra um bom. Não seriam poucos os que ao ouvir a acusação que Jesus fez aos fariseus, estivessem de acordo com ele.


Dicionário

Ajuntar

verbo bitransitivo e pronominal Juntar, colocar junto ou perto; unir-se: ajuntar os alunos da escola; os melhores se ajuntaram.
Reunir pessoas ou coisas que têm relações entre si; unir uma coisa com outra: ajuntar os bons e os maus.
Juntar em grande quantidade; acumular, acrescentar, coligir: ajuntar dinheiro.
verbo intransitivo Unir de maneira muito próxima: não temos o dinheiro todo, estamos ajuntando.
Etimologia (origem da palavra ajuntar). A + juntar.

Bons

masc. pl. de bom

bom
(latim bonus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. Que é como deve ser ou como convém que seja; que corresponde ao que é desejado ou esperado (ex.: ela é uma boa chefe; queria comprar um bom carro).MAU

2. Que tem ou demonstra bondade ou magnanimidade (ex.: fez uma boa acção; é rabugento, mas tem bom coração; o seu pai é um bom homem). = BONDOSO, MAGNÂNIMOMALDOSO, MALVADO, MAU

3. Que é ética ou moralmente correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: boa pessoa; bom carácter).MAU, VIL

4. Que demonstra habilidade ou mestria na realização de alguma coisa (ex.: ele é bom a tirar fotografias). = HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRODESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBIL, MAU

5. Que cumpre o seu dever ou demonstra eficiência na realização de algo (ex.: é considerado um bom médico pelos pacientes).MAU

6. Que apresenta estado ou condições favoráveis (ex.: hoje o tempo está bom). = AGRADÁVEL, APRAZÍVELDESAGRADÁVEL, MAU

7. Que está livre de doença ou mal-estar físico ou mental (ex.: esteve doente, mas já está bom). = CURADO, SADIO, SÃO, SARADO, SAUDÁVELDOENTE

8. Que se caracteriza pela afabilidade, cortesia ou delicadeza (ex.: ela tem bom feitio; hoje está de bom humor). = AFÁVEL, CORTÊSMAU, RÍSPIDO, RUDE

9. Que agrada ao paladar (ex.: esta sopa é muito boa). = DELICIOSO, GOSTOSO, SABOROSOINTRAGÁVEL, MAU

10. Que está em conformidade; que tem validade (ex.: o advogado considerou que era um contrato bom). = CONFORME, VÁLIDOINVÁLIDO

11. Que traz benefícios ou vantagens (ex.: fazer exercício é bom para a saúde; fez um bom negócio ao vender a casa). = BENÉFICO, VANTAJOSODESVANTAJOSO, MAU, NOCIVO, PREJUDICIAL

12. Que foi produtivo ou rentável (ex.: boa colheita; foi um dia bom e fizemos muito dinheiro).MAU

13. Que tem dimensão considerável (ex.: é um bom quarto; deixou uma boa parte da comida no prato).

14. Que se adequa às circunstâncias. = ADEQUADO, APROPRIADO, IDEALDESADEQUADO, INADEQUADO, INCONVENIENTE

nome masculino

15. Pessoa que tem valor em alguma coisa ou que tem um desempenho com qualidade em determinada actividade (ex.: fizeram testes para separar os bons dos maus).MAU

16. Pessoa que se considera ter uma postura moral correcta (ex.: os cristãos acreditam que os bons irão para o céu).MAU

17. Aquilo que tem qualidades positivas; lado positivo de alguma coisa (ex.: o bom disto é que nos obriga a um debate sobre o assunto).MAU

interjeição

18. Expressão designativa de admiração, aprovação, etc. (ex.: Bom! Estou orgulhosa de ti.). = BOA

19. Expressão usada quando se quer encerrar um assunto ou introduzir um novo (ex.: bom, passamos ao tema seguinte). = BEM


do bom e do melhor
[Informal] Daquilo que tem melhor qualidade (ex.: só veste do bom e do melhor).

isso é que era bom
[Informal] Exclamação usada para indicar que alguém deve desistir de uma pretensão ou para indicar uma recusa de algo.

Superlativo: boníssimo ou óptimo.

Caminhos

masc. pl. de caminho

ca·mi·nho
(latim vulgar *camminus, de origem celta)
nome masculino

1. Nome genérico de todas as faixas de terreno que conduzem de um a outro lugar.

2. Estrada, atalho, vereda.

3. Espaço que se percorre.

4. Direcção.

5. Meio, via.

6. Destino.

7. [Náutica] Rumo.


arrepiar caminho
Voltar para trás. = RETROCEDER

caminho coberto
[Fortificação] Espaço para passagem ao longo da contra-escarpa, no exterior do fosso de uma fortificação.

caminho coimbrão
Ramerrão, rotina.

caminho de cabras
Caminho estreito, íngreme e acidentado.

caminho de pé posto
Caminho que resulta da passagem repetida de pessoas. = ATALHO, CARREIRO

caminho de ronda
[Fortificação] Espaço estreito que serve de passagem ao longo do alto das muralhas de uma fortificação para serviço das ameias. = ADARVE

cortar caminho
Encurtar o percurso, encontrando um caminho mais curto. = ATALHAR

de caminho
De seguida. = IMEDIATAMENTE, LOGO

De passagem.

Na mesma ocasião; ao mesmo tempo. = SIMULTANEAMENTE

ser meio caminho andado
[Informal] Estar realizada boa parte do esforço ou do trabalho que é preciso fazer para concretizar algo.


Cheia

substantivo feminino Enchente de rio; inundação.
Figurado Invasão, multidão, grande quantidade.
adjetivo Feminino de cheio.

inundação, enchente, dilúvio. – De cheia e inundação diz Roq.: “Posto que no uso comum da língua se confundam estes dois vocábulos, são eles contudo distintos quanto à etimologia, e designam duas coisas que se não devem confundir. Quando as águas alteiam nos rios, e transbordam nalguns sítios que alagam, chama-se a isto com propriedade cheia. Quando os rios saem da madre, não conhecem limites, estendem suas águas pelas veigas, e inundam os campos e prados vizinhos, diz-se que há inundação. Às grandes cheias do Tejo deveria chamar-se inundações, porque muito se parecem com as do Nilo. Distingue-se ainda cheia de inundação em que aquela só se diz de rios ou ribeiras; e esta, inundação pode dizer-se também do mar, de depósitos de água, etc. Cheia tem só a significação reta; e esta, além da natural, a figurada de – multidão excessiva. Diz-se – inundação de bárbaros, e não se pode dizer – cheia de bárbaros”. – Enchente diz no sentido próprio – abundância, crescimento, fase em que alguma coisa se avoluma: daí a acepção particular de – cheia, em que pode ser tomada. É também o contrário de vazante; e, por isso, nem sempre a enchente é cheia. Há rios que enchem e vazam em época certa; e então quando a respeito desses se diz – enchente – não se quer dizer – cheia. É muito comum, no entanto, o emprego de enchente por cheia. – Dilúvio é “grande inundação, que parece alagar todo um continente”. Usa-se, também, como inundação, no sentido translato: dilúvio de gente, dilúvio de misérias, dilúvio de alegrias.

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Festa

substantivo feminino Solenidade, cerimônia em comemoração de qualquer fato ou data.
Figurado Expressão de alegria; júbilo: sua chegada foi uma festa!
Conjunto de pessoas que se reúne por diversão, geralmente num lugar específico com música, comida, bebida etc.
Figurado Expressão de contentamento (alegria, felicidade) que um animal de estimação demonstra ao ver seu dono.
substantivo feminino plural Brinde, presente (por ocasião do Natal).
expressão Fazer festas. Procurar agradar; fazer carinho em: fazer festas ao cão.
Etimologia (origem da palavra festa). Do latim festa, plural de festum, dia de festa.

Maus

masc. pl. de mau

mau
(latim malus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. De qualidade fraca ou insuficiente (ex.: mau texto).BOM

2. Que não presta; que não serve para a sua função ou propósito (ex.: má qualidade).BOM

3. Que não cumpre os seus deveres ou não desempenha bem as suas funções (ex.: actriz; mau funcionário).BOM, COMPETENTE, CUMPRIDOR

4. Que demonstra inabilidade ou incapacidade na realização de alguma coisa (ex.: ele é mau a fazer bolos, mas os salgados são deliciosos). = DESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBILBOM, HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRO

5. Que tem defeito ou apresenta falhas. = DEFEITUOSO, DEFICIENTE, MALFEITOBOM, PERFEITO

6. Que é ética ou moralmente pouco correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: ele não é má pessoa; mau carácter). = RELES, VILBOM

7. Que apresenta estado desfavorável (ex.: o avião não pode aterrar devido às más condições atmosféricas).BOM

8. Que traz prejuízos ou desvantagens (ex.: fumar é mau para a saúde; a compra de acções foi um mau investimento). = DANOSO, PREJUDICIALBENÉFICO, BOM, VANTAJOSO

9. Que tem consequências muito negativas (ex.: má experiência; mau resultado). = DESASTROSO, FUNESTO, NOCIVOBOM, FAVORÁVEL

10. Que apresenta dificuldades ou obstáculos (ex.: o caminho é mau, mas vale a pena). = DIFÍCILFÁCIL

11. Que foi pouco produtivo ou pouco rentável (ex.: má safra; o balancete apresenta um ano mau).BOM

12. Que se caracteriza pela indelicadeza ou rispidez (ex.: ela tem mau feitio; hoje está de mau humor).AFÁVEL, BOM, CORTÊS

13. Que não agrada aos sentidos (ex.: mau cheiro; mau sabor).BOM

nome masculino

14. Conjunto de coisas, qualidades ou acontecimentos considerados negativos ou prejudiciais. = MAL

15. Pessoa mal-intencionada ou que se considera ter uma postura moral incorrecta (ex.: considerou maniqueísta tentar distinguir os bons e os maus).BOM

16. Pessoa que pouco valor em alguma coisa ou que tem um desempenho sem qualidade em determinada actividade (ex.: a tarefa permitiu excluir os maus).BOM

17. Aquilo que tem qualidades negativas; lado negativo de alguma coisa (ex.: ele só consegue ver o mau deste acontecimento).BOM

interjeição

18. Expressão designativa de reprovação ou de desgosto.

Superlativo: malíssimo ou péssimo.
Confrontar: mal.

Nupcial

adjetivo Relativo à cerimônia das núpcias, do casamento.
Próprio, relativo ou desenvolvido para um casamento, cerimônia matrimonial entre duas pessoas: preparativos nupciais.
(Etm. do latim: nuptialis,e, ".

Nupcial Relativo ao casamento (Mt 22:12).

Servos

masc. pl. de servo

ser·vo |é| |é|
(latim servus, -i, escravo)
nome masculino

1. Aquele que não dispõe da sua pessoa, nem de bens.

2. Homem adstrito à gleba e dependente de um senhor.SUSERANO

3. Pessoa que presta serviços a outrem, não tendo condição de escravo. = CRIADO, SERVENTE, SERVIÇAL

4. Pessoa que depende de outrem de maneira subserviente.

adjectivo
adjetivo

5. Que não tem direito à sua liberdade nem a ter bens.LIVRE

6. Que tem a condição de criado ou escravo.

7. Que está sob o domínio de algo ou alguém.

Confrontar: cervo.

Ver também dúvida linguística: pronúncia de servo e de cervo.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
καί ἐξέρχομαι ἐκεῖνος δοῦλος εἰς ὁδός συνάγω πᾶς ὅσος εὑρίσκω πονηρός καί ἀγαθός καί γάμος πλήθω ἀνακεῖμαι
Mateus 22: 10 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E os servos, saindo pelas estradas, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e o casamento ficou cheio de convidados.
Mateus 22: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

4 de Abril de 30. Terça-feira
G1062
gámos
γάμος
grande festa de casamento, banquete de casamento, festa de núpcias
(a wedding feast)
Substantivo - Masculino no Plurak acusativo
G1401
doûlos
δοῦλος
escravo, servo, homem de condição servil
(servant)
Substantivo - masculino dativo singular
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G1565
ekeînos
ἐκεῖνος
duro, estéril, ríspido, frio
(solitary)
Adjetivo
G18
agathós
ἀγαθός
de boa constituição ou natureza.
(good)
Adjetivo - Masculino no Plurak acusativo
G1831
exérchomai
ἐξέρχομαι
ir ou sair de
(will go forth)
Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
G2147
heurískō
εὑρίσκω
o pai de Eliézer, o líder dos rubenitas no reinado de Davi
(and Zichri)
Substantivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G345
anakeîmai
ἀνακεῖμαι
um horeu, filho de Zibeão
(both Ajah)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3598
hodós
ὁδός
propriamente
(route)
Substantivo - Feminino no Singular genitivo
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4130
plḗthō
πλήθω
preencher
(became full)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
G4190
ponērós
πονηρός
cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
(evil)
Adjetivo - neutro acusativo singular
G4863
synágō
συνάγω
reunir com
(having gathered together)
Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
G5037
τέ
um homem do Carmelo que rejeitou os mensageiros de Davi, e morreu de choque quando
(Nabal)
Substantivo


γάμος


(G1062)
gámos (gam'-os)

1062 γαμος gamos

de afinidade incerta; TDNT - 1:648,111; n m

  1. grande festa de casamento, banquete de casamento, festa de núpcias
  2. bodas, matrimônio

δοῦλος


(G1401)
doûlos (doo'-los)

1401 δουλος doulos

de 1210; TDNT - 2:261,182; n

  1. escravo, servo, homem de condição servil
    1. um escravo
    2. metáf., alguém que se rende à vontade de outro; aqueles cujo serviço é aceito por Cristo para extender e avançar a sua causa entre os homens
    3. dedicado ao próximo, mesmo em detrimento dos próprios interesses
  2. servo, atendente

Sinônimos ver verbete 5928


εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

ἐκεῖνος


(G1565)
ekeînos (ek-i'-nos)

1565 εκεινος ekeinos

de 1563; pron

  1. ele, ela, isto, etc.

ἀγαθός


(G18)
agathós (ag-ath-os')

18 αγαθος agathos

uma palavra primitiva; TDNT 1:10,3; adj

  1. de boa constituição ou natureza.
  2. útil, saudável
  3. bom, agradável, amável, alegre, feliz
  4. excelente, distinto
  5. honesto, honrado

ἐξέρχομαι


(G1831)
exérchomai (ex-er'-khom-ahee)

1831 εξερχομαι exerchomai

de 1537 e 2064; TDNT - 2:678,257; v

  1. ir ou sair de
    1. com menção do lugar do qual alguém sai, ou o ponto do qual ele parte
      1. daqueles que deixam um lugar por vontade própria
      2. daqueles que são expelidos ou expulsos
  2. metáf.
    1. sair de uma assembléia, i.e. abandoná-la
    2. proceder fisicamente, descender, ser nascido de
    3. livrar-se do poder de alguém, escapar dele em segurança
    4. deixar (a privacidade) e ingressar no mundo, diante do público, (daqueles que pela inovação de opinião atraem atenção)
    5. de coisas
      1. de relatórios, rumores, mensagens, preceitos
      2. tornar-se conhecido, divulgado
      3. ser propagado, ser proclamado
      4. sair
        1. emitido seja do coração ou da boca
        2. fluir do corpo
        3. emanar, emitir
          1. usado de um brilho repentino de luz
          2. usado de algo que desaparece
          3. usado de uma esperança que desaparaceu

εὑρίσκω


(G2147)
heurískō (hyoo-ris'-ko)

2147 ευρισκω heurisko

forma prolongada de uma palavra primária ευρω heuro, que (junto com outra forma cognata ευρεω heureo hyoo-reh’-o) é usada em todos os tempos exceto no presente e imperfeito; TDNT - 2:769,*; v

  1. descobrir, encontrar por acaso, encontrar-se com
    1. depois de procurar, achar o que se buscava
    2. sem procura prévia, achar (por acaso), encontrar
    3. aqueles que vêm ou retornam para um lugar
  2. achar pela averiguação, reflexão, exame, escrutínio, observação, descobrir pela prática e experiência
    1. ver, aprender, descobrir, entender
    2. ser achado, i.e., ser visto, estar presente
    3. ser descoberto, reconhecido, detectado; revelar-se, do caráter ou estado de alguém, de como é percebido por outros (homens, Deus, ou ambos)
    4. obter conhecimento de, vir a conhecer, Deus

      descobrir por si mesmo, adquirir, conseguir, obter, procurar


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

ἀνακεῖμαι


(G345)
anakeîmai (an-ak-i'-mahee)

345 ανακειμαι anakeimai

de 303 e 2749; TDNT - 3:654,425; v

  1. reclinar-se à mesa, comer junto com, jantar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὁδός


(G3598)
hodós (hod-os')

3598 οδος hodos

aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:42,666; n f

  1. propriamente
    1. caminho
      1. caminho transitado, estrada
    2. caminho dos viajantes, excursão, ato de viajar
  2. metáf.
    1. curso de conduta
    2. forma (i.e. modo) de pensar, sentir, decidir

ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


πλήθω


(G4130)
plḗthō (play'-tho)

4130 πληθω pletho

forma prolongada de uma palavra primária πλεω pleo (que aparece somente como uma alternativa em certos tempos e na forma reduplicada πιμπλημι pimplemi); TDNT - 6:128,*; v

preencher

ser completado, ser preenchido


πονηρός


(G4190)
ponērós (pon-ay-ros')

4190 πονηρος poneros

de um derivado de 4192; TDNT - 6:546,912; adj

  1. cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
    1. pressionado e atormentado pelos labores
    2. que traz trabalho árduo, aborrecimentos, perigos: de um tempo cheio de perigo à fidelidade e à fé cristã; que causa dor e problema
  2. mau, de natureza ou condição má
    1. num sentido físico: doença ou cegueira
    2. num sentido ético: mau, ruim, iníquo

      A palavra é usada no caso nominativo em Mt 6:13. Isto geralmente denota um título no grego. Conseqüentemente Cristo está dizendo, “livra-nos do mal”, e está provavelmente se referindo a Satanás.

Sinônimos ver verbete 5908


συνάγω


(G4863)
synágō (soon-ag'-o)

4863 συναγω sunago

de 4862 e 71; v

  1. reunir com
    1. retirar, recolher
      1. de peixes
      2. de uma rede na qual são pescados
  2. juntar, reunir, fazer encontrar-se
    1. juntar-se, unir (aqueles previamente separados)
    2. reunir por meio de convocação
    3. estar reunido, i.e., reunir-se, encontrar-se, unir-se
  3. trazer consigo
    1. para dentro de casa, i.e., receber com hospitalidade, entreter

τέ


(G5037)
(teh)

5037 τε te

partícula primária (enclítica) de conecção ou adição; partícula

não apenas ... mas também

tanto ... como

tal ... tal