Enciclopédia de Mateus 6:28-28

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 6: 28

Versão Versículo
ARA E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam.
ARC E, quanto ao vestido, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem: não trabalham nem fiam;
TB Por que andais ansiosos pelo que haveis de vestir? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam,
BGB καὶ περὶ ἐνδύματος τί μεριμνᾶτε; καταμάθετε τὰ κρίνα τοῦ ἀγροῦ πῶς ⸂αὐξάνουσιν· οὐ κοπιῶσιν οὐδὲ νήθουσιν⸃·
HD E com relação à veste, por que vos inquietais? Examinai os lírios do campo como crescem! Não labutam nem fiam.
BKJ E quanto as vestes, por que vos preocupeis? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam.
LTT E, quanto à roupa- exterior, por que ansiais vós com cuidados? Considerai os lírios do campo, como eles crescem: não laboram- penosamente, nem fiam ①;
BJ2 E com a roupa, por que andais preocupados? Aprendei dos lírios do campo, como crescem, e não trabalham e nem fiam.
VULG Et de vestimento quid solliciti estis ? Considerate lilia agri quomodo crescunt : non laborant, neque nent.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 6:28

Mateus 6:25 Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta?
Mateus 6:31 Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?
Mateus 10:10 nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão, porque digno é o operário do seu alimento.
Lucas 3:11 E, respondendo ele, disse-lhes: Quem tiver duas túnicas, que reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, que faça da mesma maneira.
Lucas 12:27 Considerai os lírios, como eles crescem; não trabalham, nem fiam; e digo-vos que nem ainda Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles.
Lucas 22:35 E disse-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje ou sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa? Eles responderam: Nada.
Filipenses 4:6 Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 6 : 28
Examinai
Lit. “examinar a fundo, estudar”, observar, considerar; compreender; averiguar, investigar.

Mateus 6 : 28
labutam
Lit. “trabalhar duramente, arduamente”, esforçar-se.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

"fiar": "puxar e torcer lã ou linho ou ... formando fio [fino e compacto] ou linha [grossa e fôfa]."


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A Agricultura de Canaã

A VEGETAÇÃO NATURAL
A. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt 6:28).

O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).

CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os 3:1). Do fruto das oliveiras extraía-se o azeite que, além de ser queimado em lamparinas para iluminar as casas, também era usado para fins alimentícios e medicinais e na unção de reis e sacerdotes. O linho era cultivado para a confecção de roupas. Também havia árvores de amêndoa, pistácia e outras nozes.

A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex 3:8) e descrita desse modo cerca de quinze vezes no Antigo Testamento antes dos israelitas entrarem na terra. O leite era proveniente de ovelhas, cabras e também de vacas. Estes animais também forneciam lã, pelos e couro, respectivamente. Sua carne era consumida, mas, no caso da maioria do povo, somente em festas especiais, como a Páscoa, na qual cada família israelita devia sacrificar um cordeiro.! Caso fossem seguidas à risca, as prescrições do sistema sacrifical para toda a comunidade israelita exigiam a oferta anual de mais de duas toneladas de farina, mais de 1.300 l de azeite e vinho, 113 bois, 32 carneiros 1:086 cordeiros e 97 cabritos. O tamanho dos rebanhos e sua necessidade de pastagem adequada limitavam as regiões onde podiam ser criados. O território montanhoso no norte da Galileia era particularmente apropriado. Os touros de Basá, uma região fértil a leste do lago da Galileia, eram conhecidos por sua força. Além de bois e carneiros, o suprimento diário de alimentos para o palácio de Salomão incluía veados, gazelas, corços e aves cevadas.'* Não se sabe ao certo a natureza exata destas últimas; talvez fossem galinhas, conhecidas no Egito desde o século XV a.C.Os camelos, coelhos e porcos eram considerados "imundos" e, portanto, não deviam ser consumidos.

Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18

ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

mt 6:28
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 25
Página: 373
Allan Kardec
Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á.
Qual o homem, dentre vós, que dá uma pedra ao filho que lhe pede pão? Ou, se pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? Ora, se, sendo maus como sois, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, não é lógico que, com mais forte razão, vosso Pai que está nos céus dê os bens verdadeiros aos que lhos pedirem? (Mateus 7:7-11)

Cairbar Schutel

mt 6:28
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 46
Página: -
Cairbar Schutel

Diversos

mt 6:28
Aulas da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Diversos

“… Considerai como crescem os lírios do campo…” — Jesus (Mt 6:28)


“Olhai os lírios do campo…” — exortou-nos Jesus.

A lição nos adverte contra as inquietações improdutivas, sem compelir-nos à ociosidade.

Os lírios para se evidenciarem quais se revelam não se afligem e nem ceifam; no entanto, esforçam-se com paciência, desde a germinação, no próprio desenvolvimento, abstendo-se de agitações pela conquista de reservas desnecessárias com receio do futuro, por acreditarem instintivamente nos suprimentos da vida.

Não fiam nem tecem para se mostrarem na formosura que os caracteriza; todavia, não desdenham fazer o que podem, a fim de cooperar no enriquecimento do esforço humano.

Não se preocupam em ser gerânios ou cravos e sim aceitam-se na configuração e na essência de que se viram formados, segundo os princípios da espécie.

Não cogitam de criticar as outras plantas que lhes ocupam a vizinhança, deixando a cada uma o direito de serem elas mesmas, nas atividades que lhes dizem respeito à própria destinação.

Admitem calor e frio, vento e chuva, deles aproveitando aquilo que lhes possam doar de útil, sem se queixarem dos supostos excessos em que se exprimam.

Não indagam quanto à condição ou à posição daqueles a quem consigam prestar serviço, seja acrescentando beleza e perfume à Terra ou ornamentando festas e colaborando no interesse das criaturas em valor de mercado.

E, sobretudo, desabrocham e servem, no lugar em que foram situados pela Sabedoria Divina, através das forças da natureza, ainda mesmo quando tragam as raízes mergulhadas no pântano.

Evidentemente, nós, os Espíritos humanos, não somos elementos do reino vegetal, mas podemos aprender com os lírios, serenidade e aceitação, paz e trabalho, com as responsabilidades e privilégios do discernimento e da razão que uma simples flor ainda não tem.




(Reformador, julho de 1972, p. 159)



Carlos Antônio Baccelli

mt 6:28
100 Anos de Chico Xavier

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 27
Carlos Antônio Baccelli

Olhai os lírios do campo

Que não fiam, nem tecem, (Mt 6:28)

E se vestem melhor do que vós…

Esta advertência do Divino Mestre

Refere-se à nossa lealdade para com Deus

Dentro de nós.


Irmãos, olhai um lírio,

Cujo corpo transluz

E aperfeiçoemos nossa vida

Para melhor servir a Jesus.




Irmão X

mt 6:28
Luz Acima

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Francisco Cândido Xavier
Irmão X

À frente dos candidatos à nova experiência na carne, o instrutor espiritual esclarecia, paternalmente:

— Não percam a tranquilidade em momento algum, na reconstrução do destino. Em plena, atividade terrestre, é imprescindível valorizar a corrigenda. O erro não pode constituir motivo para o desânimo absoluto. O desengano vale por advertência da vida e, com a certeza do Infinito Bem, que neutraliza todo mal, após aproveitar-lhe a cooperação em forma de sofrimento, o Espírito pode alcançar culminâncias sublimes. O Pai somente concede a retificação aos filhos que já se apropriaram do entendimento. Usem, pois, a compreensão legítima, em face de qualquer provação mais difícil. A queda verdadeiramente perigosa é aquela em que nos comprazemos, entorpecidos e estacionários. Reerguer-se, por recuperar a estrada perdida, será sempre ação meritória da alma, que o Tesouro Celeste premiará com o descortino de oportunidades santificantes. A serenidade deve presidir aos mínimos impulsos de vocês na tarefa próxima. Sem as fontes da ponderação individual, o rio da paz jamais fertilizará os continentes da obra coletiva. É indispensável, por isso, recordar o caráter precário de toda posse na ordem material. O tempo, que é fixador da glória dos valores eternos, é corrosivo de todas as organizações passageiras, na Terra e noutros mundos. Todas as formas, com base na substância variável, perecerão no que se refere à máscara transitória, dentro dos jogos da expressão.

Conservando-se atentos aos imperativos de marcha pacífica, não se esqueçam, sobretudo, de que todo o equipamento de recursos humanos é substituível. Todos os quadros que vocês integrarão se destinam ao processo educativo da alma. Em breve, estarão soterrados nos séculos, como todos os espetáculos de que participamos nas paisagens que se foram…

A lei de substituição funciona diariamente para nós todos. Cada testemunho incompleto, cada lição imperfeita, serão repetidos tantas vezes quantas forem necessárias.

A própria Natureza, na Crosta do Mundo, instruí-los-á referentemente ao vaivém das situações e das coisas.

Primavera e inverno renovam-se para a comunidade dos seres terrestres, nos diversos reinos, há milhares de anos. As influências lunares se rearticulam, de semana a semana, difundindo o magnetismo diferente da luz polarizada. Nos círculos planetários, infância, juventude e velhice dos corpos funcionam igualmente para todos.

Qual ocorre na zona das formas temporárias, prepondera a substituição na ordem espiritual. Quem não dispõe de parentes consanguíneos, com boa vontade encontrará família maior nos laços humanos.

Se vocês não puderem suportar o clima de uma bigorna, encontrarão acesso à carpintaria e, em qualquer casa de ação edificante, desde que se inspirem no ideal de servir, serão aquinhoados com as possibilidades de realizar intensivamente, na sementeira e na seara do bem.

Nas artes e nas ciências, receberão todos vocês a bênção de aprender e reaprender, de experimentar e recapitular incessantemente.

Nas circunstâncias, aparentemente mais duras, ninguém entregue o espírito ao desespero. Tal qual a alvorada que faz a luz resplandecer além das trevas, a oportunidade de reajustamento, reabilitação e ascensão brilhará sempre sobre os abismos nos quais nos precipitemos, desavisados e incautos… Guardem a paz inalterável, porquanto, ao longo do problema esclarecido e do caminho trilhado pelos seres mortais, tudo será reformado e substituído…


O orientador mostrou diferente brilho nos olhos e acrescentou:

— Há, porém, no decurso de nossas atividades uma perda irreparável. Com exceção dos valores prevalecentes na jornada evolutiva, é esse prejuízo a medida que define a distância entre o bom e o mau, entre o rico e o pobre, entre o ignorante e o sábio, entre o demônio e o santo. Semelhante lacuna é impreenchível. Deus dispôs a Lei de tal modo que nem mesmo a justiça d’Ele consegue remediá-la, em benefício dos homens ou dos anjos.

Ante a expectação dos ouvintes, o instrutor esclareceu:

— Trata-se da perda do dia de serviço útil, que representa ônus definitivo, por distanciar-nos de todos os companheiros que se eximem a essa falha.

E enquanto os aprendizes se entreolhavam, admirados, o mentor paternal concluiu:

— Ajudando-nos na preservação da paz, Jesus recomendou-nos: “Contemplai os lírios do campo!” (Mt 6:28) Entretanto, para que não zombemos do profundo valor das horas, foi Ele mesmo quem nos advertiu: “Caminhai enquanto tendes luz!” (Jo 12:35)


(.Humberto de Campos)


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

mt 6:28
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 170
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

“… Considerai como crescem os lírios do campo…” — Jesus (Mt 6:28)


“Olhai os lírios do campo…” — exortou-nos Jesus.

A lição nos adverte contra as inquietações improdutivas, sem compelir-nos à ociosidade.

Os lírios para se evidenciarem quais se revelam não se afligem e nem ceifam; no entanto, esforçam-se com paciência, desde a germinação, no próprio desenvolvimento, abstendo-se de agitações pela conquista de reservas desnecessárias com receio do futuro, por acreditarem instintivamente nos suprimentos da vida.

Não fiam nem tecem para se mostrarem na formosura que os caracteriza; todavia, não desdenham fazer o que podem, a fim de cooperar no enriquecimento do esforço humano.

Não se preocupam em ser gerânios ou cravos e sim aceitam-se na configuração e na essência de que se viram formados, segundo os princípios da espécie.

Não cogitam de criticar as outras plantas que lhes ocupam a vizinhança, deixando a cada uma o direito de serem elas mesmas, nas atividades que lhes dizem respeito à própria destinação.

Admitem calor e frio, vento e chuva, deles aproveitando aquilo que lhes possam doar de útil, sem se queixarem dos supostos excessos em que se exprimam.

Não indagam quanto à condição ou à posição daqueles a quem consigam prestar serviço, seja acrescentando beleza e perfume à Terra ou ornamentando festas e colaborando no interesse das criaturas em valor de mercado.

E, sobretudo, desabrocham e servem, no lugar em que foram situados pela Sabedoria Divina, através das forças da natureza, ainda mesmo quando tragam as raízes mergulhadas no pântano.

Evidentemente, nós, os Espíritos humanos, não somos elementos do reino vegetal, mas podemos aprender com os lírios, serenidade e aceitação, paz e trabalho, com as responsabilidades e privilégios do discernimento e da razão que uma simples flor ainda não tem.




(Reformador, julho de 1972, p. 159)



Espíritos Diversos

mt 6:28
Vida e Caminho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Por que teria Jesus multiplicado os pães para a multidão que lhe ouvia a palavra? (Mt 14:13)

Decerto que se o maná da revelação pudesse atender, de maneira total às necessidades da alma no Plano físico, não se preocuparia o Senhor em movimentar as migalhas do mundo para satisfazer à turba faminta.

É que o estômago vazio e o corpo doente alucinam os olhos e perturbam os ouvidos, impedindo a função do entendimento.

O viajante perdido no deserto, atormentado de secura, não compreenderá, de pronto, qualquer referência à Justiça Divina e à imortalidade da alma, de vez que retém a visão encadeada à sede que lhe segrega o espírito em miragens asfixiantes. Ao portador da verdade compete o dever de mitigar-lhe a aflição com a gota d’água, capaz de libertá-lo, a fim de que se lhe reajustem a tranquilidade e o equilíbrio.

A obra Espírita-Cristã não se resume, assim, à predicação pura e simples.

Jesus descerrou sublimados horizontes ao êxtase da Humanidade, mas curou o cego de Jericó, (Mt 20:29) refazendo-lhe as pupilas.

Entendeu-se com os orientadores de Israel, (Lc 2:41) comentando a excelsitude das Leis Divinas, entretanto, consagrou-se à recuperação dos alienados mentais que jaziam perdidos nas trevas.

Indicava a conquista do Céu por meta divina ao voo das esperanças humanas, (Lc 12:31) contudo, devolveu a saúde aos paralíticos.

Referiu-se à pureza dos lírios do campo, (Mt 6:28) todavia, não olvidou o socorro aos leprosos, em sânie e chagas.

Transfigurou-se em nume celeste no Tabor, (Mt 17:1) mas não desprezou a experiência vulgar da praça pública.

É que o Evangelho define a restauração do homem total.

A sina humana é a crisálida do anjo, como a Terra é material para a edificação do Reino de Deus.

Desprezar a fraternidade, uns para com os outros, mantendo a flama do conhecimento superior, será o mesmo que encarcerar a lâmpada acesa numa torre admirável, relegando à sombra os que padecem, desesperados, ou que se imobilizam, inermes, em derredor.




Essa mensagem foi também publicada em 2002, com atraso de 40 anos, pela UEM e é a 1ª lição da 2ª parte do livro “”



Amélia Rodrigues

mt 6:28
Vivendo Com Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Mateus, 6: 26 a 29; 13: 24 a 47 A noite moral, aziaga e triste, dominava as paisagens espirituais da Palestina quando brilhou a Sua luz. À semelhança de um sol morno e suave de primavera, Sua irradiação emocional penetrava os poros das almas e revitalizava-as. A apatia e a violência, que se sucediam periodicamente nos poderosos tanto quanto nos infelizes, eram alteradas em razão da onda de mag-netismo especial que tomava conta dos sentimentos humanos.


Foram tantos os profetas que vieram antes e prometeram bênçãos uns, enquanto outros haviam amaldiçoado grande parte da mole humana, que este, recém-apresentado, se destacava pela originalidade das suas alocuções, sempre sustentadas pelo exemplo de abnegação e cimentadas pelo sentimento de amor.


Nunca antes se ouvira algo ou alguém igual, que se Lhe equiparasse.


Dele se irradiava um poderoso magnetismo que enlevava e conquistava aqueles que O ouviam. Sua voz era meiga e forte, como a brisa que musica o ar e murmura, ou como a flauta que alteia o seu canto e desce em soluço quase inaudível.


A treva era poderosa, mas a luz que ora clareava o mundo jamais se apagaria...


As espigas de trigo dourado oscilavam ao vento brando, enquanto o mar gentil debruçado sobre as praias largas erguia o dorso levemente açoitado pelo sopro que vinha do Norte.


Era um dia qualquer, no calendário da Galileia, porém, se tornaria especial e inesquecível. Aqueles homens e mulheres que foram convocados jamais O esqueceriam.


Encontravam-se na faina a que se acostumaram, quando escutaram o Seu chamado. Não saberiam informar o que lhes acontecera. Simplesmente abandonaram os quefazeres e O seguiram, fascinados e felizes, mesmo sem O conhecerem. Nele havia tanto poder de sedução, que nem sequer pensaram em resistir. Não houve tempo mental nem titubeio. Aquela voz dulcificara-os e arrebatara-os. E o acompanharam sem saber para qual destino ou por que assim o faziam.


Nunca, porém, iriam arrepender-se. Ele estava reunindo os obreiros da Nova Era, a fim de que edificassem com Ele, o Reino dos Céus, sem fronteiras nas paisagens infinitas dos corações humanos.


A Galileia gentil e franca, caracterizada pela simplicidade do seu povo e pela Natureza em festa constante, com o imenso espelho do mar, orlava-o do multicolorido da vegetação luxuriante e rica de espécies.


O seu dia a dia estava circunscrito aos deveres comezinhos a que todos estavam acostumados. As notícias da capital do país ou de outras cidades do além-Jordão chegavam pela voz dos viajantes que lhe venciam a Casa da Passagem, demandando outras terras. Por isso mesmo, as novidades eram poucas e estavam acostumados ao labor das redes, das colheitas de frutas e do trigo maduro que bordava com ouro as terras mais baixas.


Desse modo, quando Ele apareceu houve um impacto, e as Suas palavras, especialmente as Suas ações, foram tomadas com arrebatamento e viajaram com celeridade de coração a coração, de porta em porta.


Ele abandonara Nazaré e fora para Cafarnaum, a cidade encantadora, nos confins de Zebulon e Naftali, onde começou a derramar a Sua taça de luz inapagável.


(...) E o povo, após ouvi-lo, deixava-se arrastar pelo fascínio da palavra que Ele enunciava.


Parecia que todos O aguardavam, embora não soubessem conscientemente. Ele tornou-se, então, o motivo básico de todos os comentários, também de todas as esperanças e receios...


A felicidade dos sofredores é feita de medo de perdê-la. Tão acostumados se encontram com a dor, que não sabem fruir do encantamento da alegria, malbaratando, não raro, os momentos melhores, que não sabem aproveitar.


Diante dele, todos os problemas perdiam a significação e a gravidade, porque se faziam diluídos ante os esclarecimentos simples que ministrava, utilizando-se de imagens corriqueiras, conhecidas e vivenciadas.


— A semente que morrer, essa viverá - dizia com encantamento na voz -, mas aquela que teimar em viver, essa morrerá.


Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros 26:29 - nota da Autora espiritual) Não havia nenhuma contradição, nem impossibilidade de assimilar-se esse ensinamento. Claro e belo, oferecia confiança em qualquer tribulação. Ninguém se encontra abandonado pelo Pai, que se encarrega de vestir a Natureza de cor e harmonia, cuidando-a, sem que ninguém o saiba ou o perceba, como iria abandonar os Seus filhos nas experiências de iluminação?!


Era tão maravilhoso, que talvez não passasse de um sonho bom. Despertava aquela gente e, em cada manhã acorria no Seu encalço, a fim de confirmar que se tratava de realidade.


A Sua presença trouxera uma indescritível onda de alegria e toda a Galileia, desconsiderada e ridicularizada pela opulenta Judeia e pela jactância dos sacerdotes, doutores, saduceus, fariseus, refinados na arte da ironia e da humilhação.


Ele, porém, erguia-os a altiplanos dantes nunca conquistados, de onde podiam enxergar psiquicamente o que lhes aguardava em bênçãos.


(...) O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo... ? (Mateus 13:24 - nota da Autora espiritual)


Afirmara com júbilo e simplicidade:

— O Reino dos Céus é semelhante a um homem que saiu a se-mear, e que experimentou a rudeza da terra, vencendo-a pelo trabalho, a canícula causticante, superando-a, e colocou as suas sementes no colo amigo do solo, cuidando através de irrigação, e resguardando-a de pragas e mau tempo, quando ressurgiu em débil plântula de esperança, até que se transformou em vida exuberante a ornar-se de flores e frutos, oferecendo sombra e apoio. Assim sucede com todo aquele que espera a colheita de felicidade, sendo convidado a plantar antes e atender a sua seara.


Ou então, cantarolava com um meigo sorriso nos lábios:

(...) O reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda qualidade de peixes?(6) O Reino de Deus é comparado a um homem que lança a sua barca nas águas calmas do mar, na expectativa de pescar para o próprio sustento, mas quando se encontra preparado para atirar as redes, as águas se encrespam açoitadas pelos ventos rudes e se tornam ameaçadoras, diante de nuvens carregadas e sombrias. Mas ele confia nos remos frágeis e nos braços fortes, insistindo sem temor, até que a tempestade passa e tudo se acalma, facultando-lhe recolher o fruto da paciência e da perseverança. Ao retornar à praia, com o barco carregado de peixes, comentando sobre as ameaças da tormenta, por mais que os outros desejem entendê-lo, somente ele sabe o que sofreu e lutou, porque somente ele foi testemunha do desafio e da pro-vação. O mesmo se dá com aquele que sai na busca do Pai no mar traiçoeiro da humanidade, e não desanima, nem teme as ocorrências infelizes, porque sabe que, um pouco depois, chega a hora do encontro...


Mateus 19:29 (nota da Autora espiritual).


Ninguém antes falara assim, com naturalidade, a linguagem que todos entendiam.


Mas esses eram os primeiros raios de luz que penetravam a noite, a fim de transformá-la em dia de festa, que viria depois.



Referências em Outras Obras


Marival Veloso de Matos (organizador)

mt 6:28
Chico no Monte Carmelo

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 1
Marival Veloso de Matos (organizador)

Por que teria Jesus multiplicado os pães para a multidão que lhe ouvia a palavra? (Mt 14:13)

Decerto que se o maná da revelação pudesse atender, de maneira total às necessidades da alma no Plano físico, não se preocuparia o Senhor em movimentar as migalhas do mundo para satisfazer à turba faminta.

É que o estômago vazio e o corpo doente alucinam os olhos e perturbam os ouvidos, impedindo a função do entendimento.

O viajante perdido no deserto, atormentado de secura, não compreenderá, de pronto, qualquer referência à Justiça Divina e à imortalidade da alma, de vez que retém a visão encadeada à sede que lhe segrega o espírito em miragens asfixiantes. Ao portador da verdade compete o dever de mitigar-lhe a aflição com a gota d’água, capaz de libertá-lo, a fim de que se lhe reajustem a tranquilidade e o equilíbrio.

A obra Espírita-Cristã não se resume, assim, à predicação pura e simples.

Jesus descerrou sublimados horizontes ao êxtase da Humanidade, mas curou o cego de Jericó, (Mt 20:29) refazendo-lhe as pupilas.

Entendeu-se com os orientadores de Israel, (Lc 2:41) comentando a excelsitude das Leis Divinas, entretanto, consagrou-se à recuperação dos alienados mentais que jaziam perdidos nas trevas.

Indicava a conquista do Céu por meta divina ao voo das esperanças humanas, (Lc 12:31) contudo, devolveu a saúde aos paralíticos.

Referiu-se à pureza dos lírios do campo, (Mt 6:28) todavia, não olvidou o socorro aos leprosos, em sânie e chagas.

Transfigurou-se em nume celeste no Tabor, (Mt 17:1) mas não desprezou a experiência vulgar da praça pública.

É que o Evangelho define a restauração do homem total.

A sina humana é a crisálida do anjo, como a Terra é material para a edificação do Reino de Deus.

Desprezar a fraternidade, uns para com os outros, mantendo a flama do conhecimento superior, será o mesmo que encarcerar a lâmpada acesa numa torre admirável, relegando à sombra os que padecem, desesperados, ou que se imobilizam, inermes, em derredor.




Mensagem psicografada pelo médium Francisco Candido Xavier, em reunião pública da noite de 23 de julho de 1956 no “Centro Espírita Humildade Amor e Luz”, na cidade de Monte Carmelo — Minas Gerais.


Essa lição foi publicada em 1994 pela editora GEEM e é a 1ª do livro “” e só posteriormente em 2002, com 40 anos de atraso, veio a lume no presente livro, editado pela UEM.



Huberto Rohden

mt 6:28
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 113
Huberto Rohden
Jesus quer que trabalhemos para ganhar o necessário à vida; mas não nos esqueçamos de que estamos nas mãos da Divina Providência. Se Deus dá de comer aos passarinhos do mato e reveste de beleza as flores da campina, será que abandona seus filhos queridos pelos quais derramou o seu sangue na cruz? Trabalhemos, pois, como se tudo dependesse de nós - e confiemos em Deus, como se tudo dependesse dele!
Disse Jesus aos seus discípulos: "Não vos dê cuidados a vida, o que haveis de comer; nem o corpo, o que haveis de vestir. Porque mais vale a vida que o alimento, e mais o corpo que o vestuário.
Considerai os corvos: não semeiam, nem ceifam, não têm despensa nem celeiros —
Deus é que lhes dá de comer. Quanto mais não valeis vós do que eles! Quem de vós pode, com todos os seus cuidados, prolongar a sua vida por um palmo sequer? Se, portanto, nem sois capazes de coisa tão pequenina, porque vos dais cuidados do mais?
Considerai os lírios do campo, como crescem: não trabalham, nem fiam; e, no entanto, vos digo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu jamais como um deles.
Se, pois, Deus veste assim a erva que hoje está no campo, e amanhã será lançada ao forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé!
Não pergunteis, por conseguinte, o que haveis de comer ou de beber, nem vos deis a inquietações. Os pagãos é que andam com todos esses cuidados. Vosso Pai bem sabe que disto haveis mister. Procurai, pois, em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, e tudo aquilo vos será dado de acréscimo" (Lc. 12, 22-31).

CARLOS TORRES PASTORINO

mt 6:28
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 44
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 6. 24-34

24. Ninguém pode servir a dois senhores, pois ou há de aborrecer a um e amar o outro, ou há de unir-se a um e desprezar o outro: não podeis servir a Deus e às riquezas.


25. Por isso vos digo: não vos preocupeis com vossa vida, pelo que haveis de comer ou beber, nem com vosso corpo, pelo que haveis de vestir: não é a vida mais que o alimento e o corpo mais que a roupa?


26. Olhai as aves do céu, que não semeiam nem ceifam nem ajuntam em celeiros, e vosso Pai celestial as alimenta; não valeis vós muito mais que elas?


27. E qual de vós, por mais preocupado que esteja, pode acrescentar um cúbito à sua estatura?


28. E porque vos preocupais pelo que haveis de vestir? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam.


29. contudo vos digo que nem Salomão em todo o seu esplendor se vestiu como um deles.


30. Se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanha é lançada ao forno, quanto mais a vós, homens de pequena fé?


31. Assim, não vos preocupeis dizendo: que comeremos? ou: que beberemos? ou: com que nos vestiremos?


32. (pois os gentios é que procuram todas essas coisas); pois vosso Pai celestial sabe que precisais de todas elas.


33. Mas buscai primeiro o reino de Deus e a perfeição dele, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.


34. Não vos preocupeis pelo dia de amanhã, porque o amanhã trará o seu próprio cuidado; ao dia, basta o seu trabalho.


LC 12:22-31


22. E disse a seus discípulos: portanto vos digo, não andeis preocupados com a vida pelo que haveis de comer, nem com o corpo pelo que haveis de vestir.


23. Pois a vida é mais que o alimento e o corpo mais que a roupa.


24. Observai os corvos, que não semeiam nem ceifam, não têm despensa, nem celeiro, e no entanto Deus os alimenta; quanto mais valeis vós do que as aves!


25. Qual de vós, por mais preocupado que esteja, pode acrescentar um cúbito à sua estatura?


26. Se pois, não podeis fazer nem as coisas mínimas, porque vos preocupais pela outras?


27. Considerais os lírios como crescem, e não trabalham nem fiam, todavia vos digo que nem Salomão em todo o seu esplendor se vestiu como um deles.


28. Pois se Deus assim veste a erva do campo que hoje existe e amanhã é lançado no forno, quanto mais a vos, homens de pequena fé!


29. Não procureis, pois, o que comereis ou bebereis, nem vos preocupeis,


30. porque os homens do mundo é que procuram todas essas coisas; mas vosso Pai sabe que precisas delas.


31. Buscai antes o reino de Deus, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.


Depois de tratar do desprendimento dos bens terrestres, Jesus passa a maior aprimoramento dessa teoria, ensinando-nos que nem devemos preocupar-nos com o que a humanidade geralmente considera essencial. E o raciocínio apresentado é de irretorquível lógica: quem dá o mais, dá o menos: quem alimenta as aves, a fortiori alimentará os homens; e quem veste as f1ores silvestres, tem meios de sobra para vestir as criaturas; porque o cuidado que o Autor da Vida dispensa às coisas mínimas, demonstra a dedicação alerta do Pai carinhoso, atento a todos os pormenores dos mais pequeninos seres.


Todo este trecho é de suma graça poética, em que revemos o sublime Nazareno, sentado sob as árvores, a contemplar ao longe o lago muito azul, cercado de margens floridas, com o céu turquesa cortado pelo voo dos pequenos pássaros coloridos: a doçura da natureza plasmando idílico ambiente de paz e plenitude espirituais.


Aí aparece a afirmativa: "não vos preocupeis com o que haveis de comer e vestir", e depois a comparação: "a vida vale mais que o alimento e o corpo mais que a roupa"; e logicamente quem dá o mais (a vida e o corpo dará certamente o menos (o alimento e a roupa). Depois, longo e terno olhar para as avezinhas: "olhai as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros (apothêkas) e o Pai Celestial as alimenta... e vos valeis muito mais que elas". (Neste passo, Lucas restringe a ideia, citando o exemplo do corvo). Outro silêncio calmo, cheio de reflexões de gratidão, e uma pergunta: "que adianta preocupar-se? quem é capaz de, com sua preocupação, acrescentar um cúbito à sua estatura"?


A palavra "preocupação" traduz merimnôn (reflexões); o termo hêlixía exprime "estatura" e também" vida"; donde alguns comentaristas traduzirem: "quem será capaz de acrescentar um cúbito (cerca de meio metro) à própria vida". Lucas emprega o mesmo termo. A alegação desses comentadores, é que a vida era, com frequência, comparada a uma medida de comprimento: "nossa vida tem o comprimento de um palmo; quatro dedos apenas" (Salmo 39:6).


Jesus passa então a contemplar as flores de cores brilhantes, e chega à segunda comparação: os lírios do campo, flores agrestes que nascem e crescem sem cultivo, todas apresentam uma riqueza de vestuário que nem o mais rico rei (Salomão) conseguirá igualar. Então, por que duvidar, homens de "pequena fé" (oligópistoi)?


Vem a seguir a conclusão: "não vos preocupeis", o que significa que devemos trabalhar por conseguilas, mas sem preocupação, mantendo íntima certeza de que nada nos faltará, do que for essencial à vida.


Chega, então, a ordem: buscar antes de tudo e acima de tudo o "reino de Deus", isto é, o Encontro com Deus no imo de nossos corações, e "sua perfeição" (ou sua "justiça" no sentido de "justeza", isto é, de ajustamento perfeito ao nosso EU profundo). Conseguido isso, tudo o mais nos será dado por acréscimo.


E continua Jesus, recomendando que não devemos preocupar-nos com o amanhã, pois a cada dia basta o seu trabalho.


Esse abandono à Providência é plenamente correspondido depois do Encontro; mas, enquanto presos à personalidade, quase não será possível. Isso porque a personalidade tem sempre mais confiança em si do que em Deus.


O teor do trecho de Lucas é quase idêntico. Apenas onde Mateus fala em pássaros, Lucas particulariza os corvos, e ainda a ordem que difere um pouco.


Realmente, a confiança na Providência Divina deve ser total por parte da individualidade, do Espírito que já esteja unido à Centelha Divina. Todo o trecho está imbuído desse espírito de renúncia e desprendimento das coisas materiais e de fixação na realidade do que é espiritual.


Quando o Espírito compreende a realidade de Deus Imanente em todos e em tudo; quando verifica que o Pai habita dentro das plantas e à as flores, dando-lhes vestimentas de delicadeza e beleza inating íveis pelo homem, qualquer que seja sua riqueza; quando se convence de que Deus está dentro dos pássaros, deles cuidando ternamente, na roupagem multicor das penas, garantindo-lhes ainda o sustento, dia a dia; então sua confiança na Providência cresce ao ponto de saber que também não poderá haver abandono por parte do Pai a qualquer criatura humana, cuja evolução a torna muito mais importante do que qualquer flor ou pássaro.


Os preceitos dados referem-se exclusivamente à individualidade.


Lógico que a personalidade, enquanto encarnada na Terra, tem imensa dificuldade em seguir literalmente esses preceitos - tanto que os comentaristas dizem tratar-se apenas de "conselhos" - mas a individualidade pode vivê-los perfeitamente à vontade, aprendendo então a conduzir a personalidade com desapego por entre os bens perecíveis da matéria.


A vida é mais que o alimento, porque nossa vida é a participação da Vida Divina, que jamais termina.


Por isso, não há morte para nosso Eu. O corpo se perde e desmancha, mas o Espirito vive da vida de Deus, que constitui seu Eu, isto é, sua substância última, sua essência profunda.


Comparativamente estão na mesma relação que existe entre corpo e roupa: o corpo permanece, enquanto a roupa é mudada com frequência e, quando estragada, é jogada ao lixo. Essa mesma relação, guardadas as proporções, vige entre Espírito e corpo: quando o corpo se torna imprestável, é abandonado e "jogado fora" pelo Espírito, que depois vai formar-se outro corpo novo.


Jesus cita as aves e as flores; não poderia ainda, pela ignorância dos ouvintes; mas bastaria que citasse a beleza e perfeição complexa do próprio corpo humano, que recebemos plasmado sem que nem sequer o conheçamos a fundo. Não podemos aumentá-lo com o nosso pensamento: então, por que preocupar-nos com outras coisas de menor importância, se o Pai já provou seu amor por nós, provendonos do corpo e da vida?


O ponto básico é o ensino da NÃO-PREOCUPAÇÃO.


Realmente, não é a ocupação que cansa, mas a preocupação. E os cristãos tampouco aprenderam a lição Daquele que dizem ser seu Mestre, e seu Deus, e vivem hoje a tomar remédios e a fazer higiene mental, para combater os males psíquicos provocados pela excessiva preocupação de todos por tudo.


As criaturas todas se deixam envolver pelas preocupações ansiosas que causam angústia e descontrolam o sistema nervoso; e isto porque não aprenderam a lição que já nos foi ensinada há dois mil anos! ... Verdadeiras "cabeças duras", na teimosia do erro que não quer ver a verdade.


Lição sublime, se for seguida literalmente, pois os resultados são realmente fabulosos. Só quem o experimentou pode confirmá-lo: não falha jamais a Providência divina!


Aqui Jesus repete o ensinamento dado versículos antes (MT 6:8): "o Pai SABE o de que necessitamos, antes de Lho pedirmos". Para quem imagina Deus como alguém que está muito longe, sentado em trono colocado a milhares de quilômetros, essa assertiva de que Ele vê e sabe de tudo é difícil de aceitar. Mas para aqueles que concebem Deus como na realidade é: a Força, a Inteligência e o Amor que constituem a Vida e a Alma dos Universos Infinitos, a Essência última de todas as criaturas animadas e inanimada, estando integralmente imanente em cada décimo milionésimo de milímetro cúbico de tudo, a ideia é facilmente compreensível.


Se Deus, na Sua totalidade integral, está dentro de tudo (embora seja também transcendente a tudo por Sua infinita eternidade), Ele SABE realmente TUDO o que se passa, em cada mínimo pormenor de cada criatura. Numa comparação fraca - omnis comparatio cláudicat - podemos dizer: assim como o espírito do homem está integralmente em cada célula do corpo, embora seja transcendente ao próprio corpo total; e assim como o espírito do homem SABE (embora com muita deficiência, por causa de seu atraso e de sua ignorância) tudo o que se passa em cada célula, tomando conhecimento de cada espetadela que se dê em qualquer parte do corpo; assim Deus, infinitamente superior, sendo o Espírito dos Universos, SABE o que se passa em cada partícula, por mínima que seja: moléculas, células, bactérias, vírus, átomos, núcleos, etc.


Então, o Pai SABE REALMENTE o de que cada criatura, cada semente, cada ovo, cada vírus necessitam, a cada momento do dia ou da noite muito mais profundamente que a própria criatura. A dife rença substancial entre a criatura e Deus, é que aquela está finita e limitada no tempo e no espaço, ao passo que a Inteligência Divina vibra em outra dimensão: o Infinito e a Eternidade.


Por vibrar no Infinito e na Eternidade, que não tem antes nem depois, Deus CONHECE o todo no seu instante único do HOJE ETERNO; enquanto nós, limitados, dividimos o "agora" em ontem e amanhã.


Ora, nessa deficiência da capacidade cognoscitiva, aconselha Jesus que nos não preocupemos com o amanhã, porque Deus se ocupará, cabendo a nós viver o momento do agora, o "hoje".


Então a ordem taxativa para a individualidade passa a resumir-se na procura do reino de Deus, e isso, na máxima perfeição possível. Ora, estando o reino de Deus DENTRO DE NÓS (LC 17:21), é só DENTRO DE NÓS, pelo mergulho (batismo) na Consciência Cósmica (o batismo do fogo e do Esp írito) que podemos encontrá-lo e unificar-nos a ele. Quando tivermos conseguido mergulhar no fogo do Amor e no Espírito Divino (calor de ternura e loz de sabedoria) teremos alcançado o objetivo único de nossas encarnações: porque a única meta da reencarnação é proporcionar-nos os meios de realizar essa unificação, que só é conseguida enquanto habitamos o "tabernáculo de carne", que nos facilita os meios de alcançá-lo. Não fora assim, e não haveria necessidade de mergulhar na carne: " Se a semente não cai na terra e não morre, não pode frutificar" (JO 12:24).


Portanto, quando salientamos a cada passo o Encontro Profundo, estamos simplesmente tecendo coment ários aos ensinos de Jesus, e absolutamente nada dizemos de invenção nossa.


Quando tivermos atingido esse ápice de nossas vidas, de nada mais nos preocuparemos, pois Deus em nós dar-nos-á tudo o de que necessitamos para nossa evolução espiritual cada vez maior. Que essa é a meta, Jesus o declara em Lucas: "o Pai QUER dar-vos o reino", ou seja, o Pai QUER essa unificação com sua criatura, absorvendo-a na unificação, em Seu fogo de amor e na luz de Sua Sabedoria infinitos.


Daí a consequência de não se dar importância aos bens transitórios e perecíveis: distribuam-se pelos necessitados, vendam-se, troquem-se por boas obras, que essas ficarão guardadas em "bolsas que não envelhecem", constituindo um "tesouro que não se acabará" jamais, pois ficará agregado à própria substância de nosso Eu. Se nosso tesouro está no Espírito eterno, aí estará também nosso coração, eternamente feliz e bem-aventurado. Mas se tivermos a infeliz ignorância de apegar-nos a qualquer coisa que esteja fora de nós, que seja externo (mesmo se se trata de religiões e devoções místicas), estaremos caminhando na direção oposta de Deus, que está em nosso interior mais íntimo.


Coloquemos nosso coração no Pai, unifiquemo-nos a Ele, e aprendamos a olhar tudo o que é externo como agregações temporárias que nos servem de muletas durante a caminhada terrena, mas que jamais serão essenciais a nosso Eu, embora ajudem nossa evolução durante curto período de tempo.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
D. A RELIGIÃO DOS DISCÍPULOS, Mateus 6:1-34

1. Três Práticas Religiosas (Mateus 6:1-18)

(Introdução, v. 1). Na versão King James em inglês, este versículo parece fazer parte da discussão sobre dar esmolas, que vem a seguir (2-4). Mas os mais antigos manuscritos gregos apresentam o termo "justiça" em vez de esmolas. Isto faria do primeiro versículo uma introdução mais ampla para as três discussões seguintes sobre dar esmolas (2-4), oração (5-15) e jejum (16-18). No entanto, deve ser observado que Kraeling inclui o pri-meiro versículo com o parágrafo da doação de esmolas, embora aceite a leitura dos ma-nuscritos mais antigos. Ele diz: "A doação caridosa era tão importante neste período que a palavra hebraica para 'justiça' adquiriu o significado de 'dar esmolas' "42 Este talvez seja o motivo pelo qual a prática de dar esmolas seja discutida primeiramente aqui. Hoje em dia a oração provavelmente receberia o primeiro lugar, e dar esmolas o último.

John Wesley, que era um cuidadoso estudante do texto grego e surpreendentemente ciente da importância da crítica textual,' traduziu a primeira parte deste versículo como se segue: "Atentem para não praticarem a vossa justiça perante os homens, para serem vistos por eles". Traduções mais recentes apresentam: "Tenham cuidado para não faze-rem as suas boas obras publicamente para serem notados pelo povo" (Berkeley) ; "Cuida-do ao fazerem as suas boas ações à vista dos homens, para atraírem seus olhares" (Weymouth) ; "Tenham cuidado para não fazerem uma exibição de sua religião diante dos homens" (NEB) ; "Tenham o cuidado de não praticarem os seus deveres religiosos em público a fim de serem vistos pelos outros" (NTLH). A tradução mais simples é: "Não ostentem a sua piedade".

Jesus não disse que não deveríamos deixar que alguém visse as nossas boas obras. Ele já havia admoestado os seus discípulos: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus" (5.16). É com o motivo que Ele está lidando aqui. A frase significativa é: para serdes vistos por eles. Devemos buscar a glória de Deus, não a nossa própria.

  1. Dar Esmolas (6:2-4). Jesus advertiu os seus discípulos contra anunciar a sua doação com trombetas, como fazem os hipócritas (2) em lugares públicos. Já re-ceberam o seu galardão é uma expressão que pode ser traduzida como: "Já recebe-ram a sua recompensa". Os papiros provaram que o verbo apecho, que Mateus em-prega, era usado regularmente nos recibos daquele período. A força plena da afirma-ção de Jesus é que aquele que almeja e obtém o louvor dos homens, dá virtualmente um recibo: "Totalmente pago". Não haverá nenhum outro galardão aguardando por ele no céu."

Algumas pessoas têm se recusado a fazer qualquer voto público, por causa da admo-estação, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita (3). Mas a Bíblia também diz: "Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado" (Tg 4:17). Se o voto de alguém em público encorajar outra pessoa a dar, e a causa do Reino for assim aumentada, um cristão consagrado deve estar disposto a fazê-lo.

  1. Oração (6:5-15). Jesus também indicou que uma oração que demonstre ostenta-ção deve ser evitada. Os hipócritas... se comprazem em orar em pé em lugares pro-eminentes, para serem vistos pelos homens (5). Eles também "já receberam o seu galardão". O Mestre enfatizou a importância da oração em oculto (6). Um dos lugares mais sagrados em Londres é o pequeno cômodo onde John Wesley orava. Ele tem uma janela, e está do lado de fora de seu quarto em sua casa na City Road. Os visitantes têm a impressão de que o ambiente é uma rica ilustração do espírito de oração.

Cristo advertiu contra o uso de vãs repetições (7) na oração. Algumas pessoas inconscientemente repetem nomes para a Divindade diversas vezes na oração pública, até que ela se torne incômoda. Isso é uma repetição desnecessária. O nosso Pai Celestial sabe que estamos falando com Ele, e sabe o que precisamos antes de lho pedirmos (8). Portanto não precisamos ficar repetindo as nossas petições.

A oração do Pai-Nosso é um modelo perfeito da simplicidade e sinceridade da petição de Jesus. Ela também é um lindo exemplo de paralelismo poético. Impressa na forma a seguir, ela tem apenas dez linhas. Mas como são significativas!

Pai nosso, que estás nos céus,

Santificado seja o teu nome.
Venha o teu Reino.
Seja feita a tua vontade,

Tanto na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
Perdoa-nos as nossas dívidas,

Assim como nós perdoamos aos nossos devedores.

E não nos induzas à tentação,

Mas livra-nos do mal.

Aquele a quem nos dirigimos — Pai Nosso (9), sugerindo uma íntima comunhão, que estás nos céus, requerendo reverência — é seguido por seis petições. As três primei-ras são pelos interesses do Reino. As outras três são pelas necessidades pessoais. A or-dem é muito significativa. As necessidades do Reino devem sempre ter prioridade sobre todas as outras coisas.

Na verdade a oração começa, como todas as orações deveriam, com adoração: Santi-ficado seja o teu nome. O texto grego diz: "Permita que teu nome seja santificado". Esta é uma petição desafiadora: Permita que o teu santo nome seja santificado através da minha vida hoje, à medida que eu, sendo portador do nome de Cristo, vivo a vida de uma maneira semelhante à dele.

A segunda petição é: Venha o teu reino (10). Isto deve ter precedência sobre os interesses pessoais. George Ladd diz: "Esta oração é uma petição para Deus reinar, para manifestar a sua soberania e poder majestosos, para colocar em fuga todo inimigo da justiça e de seus preceitos divinos, e que só Deus possa ser o Rei sobre o mundo inteiro".' Mas esta petição também está relacionada à evangelização mundial. Pois é particular-mente na salvação das almas que vem o reino de Deus.

A terceira petição: Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu, foi ecoada por Jesus no jardim do Getsêmani (Lc 22:42). Não há maior oração que se possa oferecer. Devemos torná-la pessoal: Seja feita a tua vontade primeiro em meu coração, assim como ela é feita no céu.

A quarta petição é a primeira a expressar uma necessidade pessoal: O pão nosso de cada dia dá-nos hoje (11). O sustento físico não deve vir em primeiro lugar; mas ele tem o seu lugar no devido tempo. Deus está interessado nas nossas necessidades pessoais, e Ele quer que as coloquemos diante dele em oração. Ele prometeu suprir as nossas neces-sidades materiais, desde que coloquemos o seu reino em primeiro lugar (v. 33). O signifi-cado exato das palavras de cada dia (encontrado somente na oração do Pai-Nosso) é incer-to. A palavra grega epiousion tem sido traduzida como "o necessário para a existência", "para o dia de hoje", "para amanhã", "para o futuro". A expressão de cada dia é melhor.

Uma necessidade mais urgente é o perdão: Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (12). Aquele que carrega um espírito que não perdoa os outros deve parar antes de oferecer esta oração. Suponha que Deus o tome por sua palavra; que esperança haveria para ele? A versão de Lucas da oração do Pai-Nosso apresenta "pecados" em vez de "dívidas"." Todo ser humano está em dívida, pois "todos pecaram" (Rm 3:23). (Veja a exposição sobre Lucas 11:4.)

A última petição é: E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal (13) -ou "do maligno". Tentação pode ser "provação"; a palavra grega pode ser traduzida de ambos os modos. Morison parafraseia a petição da seguinte forma: "E não nos coloque em provação, provação severa, provação que, em virtude de sua severidade, venha a pressionar duramente o nosso estado morar.'

Nos antigos manuscritos gregos, a oração do Pai-Nosso termina com esta petição. A doxologia que segue — Porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! — foi acrescentada há muito tempo, provavelmente para lhe dar uma conclusão mais acabada quando recitada em público. O acréscimo foi finalmente incorporado ao texto pelos escribas. Entretanto, é melhor incluí-la quando a oração do Pai-Nosso for recitada em público.

Nos dois versículos que se seguem à oração (14-15), Jesus mostrou a grande seriedade da questão de perdoar aos outros. Aquele que se recusa a perdoar fecha a porta do céu em seu próprio rosto. Nenhum espírito que não perdoa pode entrar ali. Independentemente daquilo que for feito contra nós, devemos perdoar — completamente e para sempre.

c) Jejum (6:16-18). Outra vez os hipócritas (16) são descritos, desta vez como mos-trando-se contristados, desfigurando o rosto, para que aos homens pareça que je-juam. E outra vez nos é dito que "já receberam o seu galardão".

As instruções de Jesus, colocadas em termos modernos, são as seguintes: Quando jejuar, penteie os cabelos e lave o seu rosto. Não tenha a aparência triste para lembrar as pessoas que você está jejuando. Antes, jejue por causa do bem espiritual dos outros e de si mesmo. Observe que Jesus diz que Deus tem uma recompensa para este tipo de jejum
Sobre o valor espiritual do jejum, Pink diz o seguinte: "Quando o coração e a mente são profundamente exercitados com relação a um assunto sério, especialmente o de um tipo solene e pesaroso, há uma indisposição para alimentar-se, e a abstinência a partir daí é uma expressão natural da nossa falta de merecimento, do nosso senso de inutilidade compara-tiva das coisas terrenas, e do nosso desejo de fixar a nossa atenção nas coisas do alto".'

2. Unidade de Propósito (6:19-24)

a) Um Único Tesouro (6:19-21). Jesus advertiu sobre a loucura de juntar tesouros na terra. Tudo pode ser destruído ou perdido. Roupas caras tinham grande importância nos tesouros dos homens e mulheres orientais. A traça seria uma grande ameaça para tal riqueza; ferrugem também significa, literalmente, "comer". Assim, isto pode se referir a vermes comendo a roupa. Naquela época também era comum para os ladrões "cavarem" (minarem,
19) as paredes de barro das casas palestinas para roubar. Mas no céu todos os nossos tesouros estão seguros (20).

Jesus apresenta aqui um princípio muito significativo: onde estiver o vosso te-souro, aí estará também o vosso coração (21). Ao encorajar uma pessoa a contribuir para a obra do Senhor, você está ajudando a ligá-la ao céu. Até mesmo solicitar que um não-crente contribua para um projeto especial da igreja pode impulsioná-lo à salvação. Portanto, prestamos às pessoas um serviço claro quando lhes damos a chance de apre-sentar as suas ofertas ao Senhor. O nosso coração se encaminha para onde o nosso di-nheiro se encaminha.

  1. Olhos Bons (6:22-23). Jesus declarou que a candeia do corpo são os olhos. Se os olhos forem bons, todo o corpo terá luz (22). Mas se os olhos forem maus (uma palavra forte, poneros), o corpo será tenebroso (23). O que o Mestre estava querendo dizer é que somente a unidade de propósitos, ou pureza de intenção, pode manter o ser interior iluminado com a presença de Deus. O contraste entre a luz e as trevas é um tema favorito na Bíblia, especialmente em João. Isto também desempenha um papel proemi-nente nos manuscritos do Mar Morto, particularmente no manuscrito intitulado "A Guerra dos Filhos da Luz Contra os Filhos das Trevas"."
  2. Um Único Mestre (6.24). Filson observa: "O versículo 24 (cf. Lc 16:23) afirma claramente a intenção dos dois parágrafos anteriores: Deus reivindica total lealdade; o discípulo não pode dividir a sua lealdade entre Deus e as suas posses"5.° Mamom (24) é a palavra aramaica para dinheiro ou riqueza.

As três ênfases principais no capítulo 6 até este ponto são a simplicidade, a sinceri-dade e a unidade. Estas são virtudes básicas na vida do discipulado, como o próprio Senhor Jesus descreveu. Nenhuma parcela de habilidade ou intelectualismo sofisticados compensarão a falta delas.

3. Simplicidade de Confiança (6:25-34)

O pecado que Jesus condena nesta seção é o da preocupação. Não andeis cuidado-sos (25) pode ser traduzido como: "Não estejais ansiosos". Não devemos nos preocupar com o alimento ou a roupa. A vida é mais do que o mantimento (comida). Aqui se trata tanto da existência espiritual quanto da vida material.

O Mestre, então, deu o exemplo das aves do céu (26). Elas não semeiam, nem segam, e contudo o Pai Celestial as alimenta. Quanto mais Ele cuidará de seus próprios filhos?

O significado de estatura (27) é incerto. Ele pode ser traduzido como "medida de sua vida", "extensão da vida", "curso da sua vida", mas também "altura" (NEB). A pala-vra grega (helikia) ocorre oito vezes no Novo Testamento. Em João 9:21-23 ela significa muito claramente "idade" — "tem idade; perguntai-lho". Mas em Lucas 19:3 ela também significa claramente "estatura". Zaqueu tinha falta de altura, não de idade. A questão é: O que a palavra significa aqui e na passagem paralela (Lc 12:25) ? Pareceria mais natu-ral falar de acrescentar um côvado (45 centímetros) à altura de alguém do que à sua idade. Abbott-Smith dizem: "Mas o uso predominante na Septuaginta e nos papiros favo-recem o antigo significado [idade] nestas passagens duvidosas".51 O contexto aqui tam-bém favorece a "duração da vida". Seja qual for o significado da palavra, a afirmação de Jesus é poderosa. A preocupação não pode acrescentar nada à altura, idade ou extensão da vida de uma pessoa.

Deus não só alimenta as aves, mas Ele também veste os lírios do campo (28). Embora eles não trabalhem, nem fiem, contudo, nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como qualquer deles (29). Se Deus cuida dessa maneira das flores efêmeras — que hoje estão aqui, e que amanhã serão inexistentes (tornando-se combustível para o forno) — quanto mais Ele vestirá os seus próprios filhos (30) ? Esta é uma lógica que não se pode contestar. Assim, o discípulo não deve ficar ansioso sobre o que comer, beber ou vestir (31) ; seu Pai Celestial sabe o que ele precisa (32).

Segue-se, então, a grande passagem sobre a mordomia: Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas (33). A ordem das petições na oração do Pai-Nosso é lembrada. Primeiro devemos buscar o Reino de Deus e a sua justiça para nós mesmos. Na verdade, o Reino de Deus é a justiça. Pink observa: "Agora, por 'justiça de Deus' devemos entender duas coisas: uma justiça imputada e uma justiça concedida, que é colocada em nossa conta ou crédito e que é comunicada às nossas almas"."

Em segundo lugar, devemos buscar o Reino de Deus e a sua justiça para os outros. Isto é, a nossa principal preocupação como discípulos do Senhor deve ser a salvação das almas e a edificação da sua igreja. Se colocarmos isto em primeiro lugar, Ele promete suprir todas as necessidades materiais.

O capítulo termina com uma admoestação de encerramento, para não nos preocu-parmos sobre o futuro (34). Já basta a cada dia o seu mal; isto é, problemas e cuidados que já lhe pertencem.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 6 versículo 28
A expressão lírios do campo pode designar diversas plantas, especialmente flores com cores vistosas.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
*

6:1

justiça. Jesus afirma o valor positivo que há na justiça prática, porém, somente quando praticado em submissão a Deus e por amor a ele, ao invés de buscar a glória pessoal humana.

* 6:2

hipócritas. No Novo Testamento o hipócrita é aquele que alega ter um relacionamento com Deus e amar a justiça, mas está buscando seu próprio interesse, enganando-se a si mesmo. Os hipócritas denunciados no capítulo 23 não tinham consciência de sua própria hipocrisia.

* 6:5

orardes. Ver "Oração", em Lc 11:2.

* 6:7

não useis de vãs repetições. Essa proibição não contradiz o princípio de continuarmos pedindo a Deus aquilo que cremos ser da sua vontade (Lc 18), mas corrige a idéia de que Deus se impressiona com a quantidade das palavras.

* 6:9

Esta oração é um modelo de brevidade, pedindo primeiro que Deus seja glorificado e, depois, pelas necessidades da vida humana.

Pai nosso. Ver "Adoção", em Gl 4:5.

santificado seja o teu nome. Não só que as criaturas de Deus mantenham santo seu nome, mas que Deus pode ele mesmo santificá-lo, por ser o santo Juiz e Salvador.

* 6:11

pão nosso de cada dia. A palavra grega traduzida por "de cada dia" é conhecida só nesta oração. Tem sido entendida como significando o pão "diário", "necessário", "futuro" ou de "amanhã". Há três interpretações básicas para ela. O ponto de vista sacramental é que esse pão se refere ao pão recebido na Santa Ceia. Outro ponto de vista é que ele simboliza a vida no reino que virá, tornando a expressão equivalente à expressão "venha o teu reino", no v. 10. Um terceiro ponto de vista é que é uma súplica pela provisão de Deus das nossas necessidades físicas. Este último ponto de vista é, talvez, o melhor e este tema é desenvolvido nos vs. 19-34 (Pv 30:8).

* 6:12

dívidas. A referência aqui é à dívidas espirituais. Os cristãos perdoam outros em resposta ao perdão de Deus (18.32-33); porém, se não perdoarmos outros, não podemos clamar pelo perdão de Deus para nós mesmos.

* 6:13

não nos deixes cair em tentação. Os perdoados oram esta petição porque confiam em Deus e não confiam em si mesmos. O Pai pode submeter-nos à prova (4.1; Dt 8:2), mas não permitirá que sejamos tentados além da nossa capacidade (1Co 10:13).

* 6:17

unge a cabeça. Isto simbolizava o regozijo (Sl 23:5; 45:7; 104:15; Is 61:3), mas era também parte da rotina diária, exceto quando havia jejum (Dn 10:3). O não ungir-se poderia ser uma tentativa de alguém se mostrar mais piedoso do que outros.

* 6:19

ferrugem. Refere-se não só à corrosão comum, mas também ao mofo ou bolor que faz apodrecer a madeira, e coisas semelhantes. Todas as coisas materiais estão sujeitas à decadência ou à perda.

* 6:23

a luz que em ti há. Os "bons olhos" olham para Deus como seu “senhor” (v. 24) e enchem a pessoa com a luz da vontade de Deus. Porém, os "olhos maus" procuram os “tesouros sobre a terra” (v. 19) e admitem só as "trevas" da cobiça e do interesse próprio. A vida toda da pessoa será determinada pela espécie de "luz” que seus “olhos” admitem.

* 6:26

não semeiam, não colhem. A questão não é que os passarinhos sejam ociosos — um pássaro adulto não fica no seu ninho com o bico aberto — mas que os passarinhos não se preocupam com o que o futuro reserva. A preocupação ansiosa mostra falta de confiança no conhecimento e cuidado de Deus (vs. 32,33). Ver "Providência", em Pv 16:33.

* 6:27

um côvado ao curso da sua vida. A palavra grega pode ser também traduzida como "um côvado à sua estatura". Desde que adicionar 44cm à estatura de alguém seria dificilmente uma realização desprezível (conforme Lc 12:25-26), pode ser melhor se entendermos a palavra côvado como uma figura de linguagem para significar um curto período de tempo; daí, seria "pode acrescentar um momento de tempo ao curso de sua vida".

* 6:33

buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça. Devemos fazer do governo soberano de Deus, e do correto relacionamento com ele, a mais alta prioridade da nossa vida (ver 3.15, nota sobre "Justiça"). A preocupação é inconsistente com esta prioridade; revela dúvida a respeito da soberania e bondade de Deus, e nos desvia dos verdadeiros objetivos da vida. Deus satisfará todas as necessidades daqueles que arriscam tudo por ele.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
6:2 O termo hipócrita, conforme se usa aqui, refere-se à pessoa que faz boas obras só por aparência, não por compaixão nem nenhum outro motivo bom. Suas ações podem ser boas mas seus motivos são maus. Esses atos vazios são sua recompensa, enquanto que Deus premiará aos que são sinceros em sua fé.

6:3 Quando Jesus diz "não saiba sua mão esquerda o que faz sua direita", quer significar que nossos motivos para dar devem ser puros. É fácil dar com motivos mistos, fazer algo em favor de alguém se for beneficiar em alguma maneira. Os crentes devessem evitar todo artifício e dar sozinho pela satisfação de dar e assim responder ao amor de Deus. Qual é sua motivação ao dar?

6:3, 4 É muito fácil dar por reconhecimento e louvor. Para nos assegurar de que nossos motivos não são egoístas devêssemos realizar nossas boas obras quieta e silenciosamente, sem esperar recompensa. Jesus diz que devemos revisar nossos motivos quanto a generosidade (6.4), oração (6,6) e jejum (6.18). Estas obras não devem ser egocêntricas, a não ser teocéntricas, e não para nos fazer luzir bem, a não ser para fazer a Deus luzir bem. A recompensa que Deus promete não é material e nunca é dada aos que a buscam. Fazer algo solo para nós não é um sacrifício de amor. Quando tiver a oportunidade de fazer uma boa obra, pergunte-se: "Faria isto embora ninguém soubesse?"

6.5, 6 Algumas pessoas, especialmente os líderes religiosos, queriam que os vissem como "Santos", e a oração pública era uma das maneiras que empregavam para obtê-lo. Jesus viu além de seus atos de justiça própria e ensinou que a essência da oração não radica no que se diz (nem como nem onde), a não ser na comunicação com Deus. É válido orar em público, mas orar sozinho onde vamos ser vistos é uma indicação de que nossa audiência verdadeira não é Deus.

6.7, 8 Algumas pessoas pensam que repetir as mesmas palavras uma e outra vez, como um encantamento, fará que Deus lhes ouça. Não é errôneo nos aproximar de Deus com a mesma petição; Jesus nos anima a que elevemos orações persistentes. Mas condenação as repetições corriqueiras que não se elevam com um coração sincero. Nunca se ora muito se nossas orações forem sinceras.

6:9 Esta oração pode ser um modelo para nossas orações. Devemos elogiar a Deus, orar por sua obra no mundo, orar por nossas necessidades cotidianas e orar solicitando sua ajuda em nossos conflitos diários.

6:9 A frase "Pai nosso que está nos céus" indica que Deus não só é majestoso e santo, mas também pessoal e amoroso. O primeiro artigo desta oração modelo é uma declaração de louvor e dedicação a honrar o nome santo de Deus. Honramos o nome de Deus ao usá-lo com respeito. Se usarmos o nome de Deus ligeiramente, não tomamos em conta a santidade de Deus.

6:10 A frase "Venha seu reino" é uma referência ao reino espiritual de Deus, não a que o Israel fora liberada do jugo de Roma. O Reino de Deus foi anunciado no pacto com o Abraão (8.11; Lc 13:28), está presente no reinado de Cristo no coração de cada crente (Lc 17:21), e será completado quando a maldade seja destruída e O estabeleça novos céus e terra (Ap 21:1).

6:10 Quando oramos "Faça-se sua vontade", não estamos nos abandonando à sorte, mas sim estamos orando que o propósito perfeito de Deus se cumpra neste mundo como no mais à frente.

6:11 Quando oramos "nosso pão de cada dia nos dêem isso hoje" reconhecemos que Deus é nosso sustentador e fornecedor. É um 2 pensar que dependemos de nós mesmos. Confiamos em que Deus cada dia tem que nos proporcionar o que sabe que necessitamos.

6:13 Jesus não está sugiriendo que Deus nos guia para a tentação. Simplesmente está pedindo que sejamos sacados de Satanás e seus enganos. Todos os cristãos enfrentam tentações. Algumas vezes é tão sutil que inclusive não sabemos o que nos está passando. Deus nos prometeu que não permitirá que sejamos tentados além do que possamos suportar (1Co 10:13). lhe peça a Deus que lhe permita reconhecer a tentação, que lhe dê forças suficientes para enfrentá-la e que possa seguir o caminho de Deus. Para maior informação a respeito da tentação, vejam-nas notas de 4.1.

6:14, 15 Jesus nos põe em alerta quanto ao perdão se refere: se não querermos perdoar a outros, tampouco Deus nos perdoará. por que? Porque quando não perdoamos a outros estamos negando o que temos em comum como pecadores necessitados do perdão de Deus. O perdão de Deus não é o resultado direto de nosso ato perdonador para outros, mas sim está apoiado em nosso entendimento do significado do perdão (veja-se Ef 4:32). É fácil pedir a Deus seu perdão, mas é difícil dá-lo a outros. Quando pedirmos a Deus que nos perdoe, devemos nos perguntar: "perdoei às pessoas que me feriram ou ofendeu?"

6:16 Jejuar, não tomar mantimentos com o propósito de empregar o tempo em oração, é nobre e dificultoso. Dá-nos tempo para orar, ensina-nos auto-disciplina, recorda-nos que podemos viver com muito menos e nos ajuda a apreciar os dons de Deus. Jesus não estava condenando o jejum a não ser a hipocrisia de jejuar com o fim de ganhar a aprovação da gente. O jejum era obrigatório para os judeus uma vez ao ano, no Dia da Expiação (Lv 23:32). Os fariseus jejuavam voluntariamente duas vezes à semana para impressionar às pessoas com sua "santidade". Jesus recomendou atos de autosacrificio feitos em silêncio e com sinceridade. Procurou pessoas que o servissem com bons motivos, não para satisfazer ânsias de louvor.

6:17 O azeite de oliva se usava como um cosmético similar a uma loção. Jesus está dizendo: "Quando jejuar faz todo o resto de forma normal. Não faça do jejum um espetáculo".

6:20 Fazer tesouros no céu não é sozinho pagar o dízimo, mas sim se obtém também com qualquer ato de obediência a Deus. Há certo sentido em que ao dar à obra de Deus estamos invirtiendo no céu, mas nossa intenção deveria ser procurar o cumprimento dos propósitos de Deus em tudo o que fazemos, não só no que fazemos com nosso dinheiro.

6.22, 23 Visão espiritual é nossa capacidade de ver com claridade o que Deus quer fazer em nós e ver o mundo através de seus olhos. Mas este discernimento espiritual pode ser facilmente opacado. Os desejos, interesses e metas egoístas bloqueiam essa visão. Servir a Deus é a melhor maneira de restaurá-la. O "bom" olho é o que se fixa em Cristo.

6:24 Jesus diz que podemos servir sozinho a um senhor. Vivemos em uma sociedade materialista onde muitas pessoas servem ao dinheiro. Empregam suas vidas em ganhar e entesourar, solo para morrer e ter que deixá-lo tudo. Seu desejo de ter dinheiro e o que podem adquirir com ele chega a ter maior preponderância que sua entrega a Deus e que os assuntos espirituais. O que entesoure lhe absorverá tempo e energias para pensar nisso. Não caia na armadilha do materialismo porque "o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males" (1Tm 6:10). Poderia assegurar, com toda sinceridade, que Deus é seu Senhor e não o dinheiro? Uma maneira de nos examinar é nos perguntando o que ocupa principalmente meus pensamentos, tempo e esforços.

6:24 Jesus contrastou os valores celestiales com os terrestres quando afirmou que devemos dedicar nossa lealdade prioritária às coisas que não se murcham, que ninguém pode roubar e que não envelhecem. Não devêssemos chegar ao extremo de nos fascinar tanto por nossas posses ao grau que sejamos seus escravos. Isto significa que devêssemos fazer alguns recortes em caso de que nossas posses estivessem convertendo-se em muito importantes para nós. Jesus está chamando a tomar uma decisão que nos permita viver tranqüilamente com o que tenhamos porque escolhemos o que é eterno e duradouro.

6:25 devido a seus efeitos insalubres, sugere-nos não nos preocupar com aquelas coisas que Deus promete suprir. A preocupação pode (1) danificar sua saúde, (2) dar lugar a que o objeto de sua angústia consuma seus pensamentos, (3) diminuir sua produtividade, (4) afetar negativamente a forma em que você trata a outros, e (5) reduzir sua capacidade de confiar em Deus. Aqui está a diferença entre a angústia e a preocupação genuína: a angústia imobiliza mas a preocupação nos move à ação.

6:33 "Procurar o reino de Deus e sua justiça" significa procurar sua ajuda em primeiro lugar, saturar nossos pensamentos com seus desejos, tomar seu caráter como modelo e lhe servir e lhe obedecer em tudo. O que é o mais importante para você? Haverá pessoas, objetos, metas e outros desejos que compitam quanto a prioridade. Qualquer destes pode tirar deus do primeiro lugar se você não decidir enfaticamente lhe dar o primeiro lugar em todos os aspectos de sua vida.

6:34 Planejar para o manhã é tempo bem investido; trabalhar em excesso-se pelo manhã é tempo perdido. Algumas vezes é dificultoso notar a diferença. Planejar é pensar com antecipação em metas, passos e datas, e confiar na direção de Deus. Quando se faz bem, o afã diminui. que se trabalha em excesso, em troca, vê-se assaltado pelo temor e lhe faz difícil confiar em Deus. que se trabalha em excesso deixa que seus planos interfiram em sua relação com Deus. Não permita que seu afã pelo manhã afete suas relações com Deus.

Jesus E AS LEIS DO ANTIGO TESTAMENTO

Referências e exemplos de misericórdia no Antigo Testamento :

Lv 19:18: "Não te vingará, nem guardará rancor aos filhos de seu povo, a não ser amará a seu próximo como a ti mesmo. Eu Jeová".

Pv 24:28-29: "Não seja sem causa testemunha contra seu próximo, e não lisonjeie com seus lábios. Não diga: Como me fez, assim lhe farei; darei o pagamento ao homem segundo sua obra".

Pv 25:21-22: "Se o que te aborrecer tuviere fome, lhe dê de comer pão. E se tuviere sede, lhe dê de beber água; porque brasas amontoará sobre sua cabeça, e Jeová lhe pagará isso".

Lm 3:27-31: "Dê a bochecha ao que lhe fere, e seja loja de comestíveis de afrontas. Porque o Senhor não despreza para sempre".

O que parece que Jesus contradiz das leis do Antigo Testamento é digno de uma cuidadosa análise. É muito fácil passar por cima a grande misericórdia com que se escreveram as leis do Antigo Testamento. Acabamos de dar vários exemplos. O sistema de justiça com misericórdia que Deus criou se distorceu com o passo dos anos e se converteu em justificação para a vingança. O que Jesus atacou foi a má aplicação da Lei.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
3. qualidades de caráter do reino (6: 1-34)

1. Sinceridade (6: 1-18)

(Introdução, v. 1)

Guardai-vos de não fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai que está nos céus.

No ReiTiago 5ersion este versículo parece ser uma parte da discussão da esmola. Mas o melhor texto grego tem "justiça" em vez de "esmola". Assim, o primeiro verso deve ser tomado como uma introdução geral a esta seção. O Mestre advertiu seus discípulos para não colocar sua piedade na parada. A justiça (dikaiosyne) significa atos religiosos. A questão é que eles não estavam a praticar a sua religião diante dos homens para serdes vistos por eles. É o motivo de querer a glória dos homens que Cristo foi a advertência contra.

Após esta breve declaração introdutória Jesus discutiu três atos religiosos: a esmola, oração e jej1. Eles foram os únicos que foram enfatizadas mais pelos judeus da época, ea esmola ficou em primeiro lugar em valor.

(1) A esmola (6: 2-4)

2 Quando, pois, deres esmola, não trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade eu vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 3 Mas, quando tu deres esmola, não a tua mão esquerda o que a tua mão direita faz; 4 para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará .

Jesus advertiu Seus seguidores não alardear suas obras de caridade. Um teste de consagração de um homem é se ele está disposto a fazer algo para Deus, independentemente de quem recebe o crédito.

Eles já receberam a sua recompensa é uma tradução melhor do que "Eles têm a sua recompensa" (KJV). Os papiros têm mostrado que o verbo aqui, apecho , é a forma regular usada em receitas daquele dia. O que Jesus está dizendo é o seguinte: Se as pessoas fazem seus atos religiosos para ganhar a glória dos homens, que lhes foi dado um recibo, "pago na íntegra", e que, assim, não terá direito ao prêmio na próxima vida. É preciso decidir se ele coloca maior valor em um terreno ou uma recompensa celestial.

Não seja a tua mão esquerda o que faz a tua direita , por vezes, tem sido utilizada como uma desculpa para recusar-se a fazer uma promessa em público. O critério em todos esses casos é: o que é melhor para o reino de Deus?

(2) Oração (6: 5-15)

5 E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de ficar em pé e rezar nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 6 Mas tu, quando orares, entra no teu quarto interior, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, retribuirei . ti 7 E, orando, não uso de vãs repetições, como os gentios:., que pensam que serão ouvidos por muito falarem 8 Seja, portanto, não semelhante a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós . perguntar a Ec 9:1 Depois dessa maneira, portanto, orai vós: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome. 10 Venha o teu reino. Seja feita vossa vontade, como no céu, assim na terra. 11 Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. 12 E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores. 13 E trazer-nos não em tentação, mas livrai-nos do mal um . 14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. 15 Mas, se não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.

A admoestação para orar em segredo tem sido usado como um argumento contra a rezar em público. Mas Jesus orou publicamente (Jo 11:41 ). A coisa Ele estava condenando toda esta seção estava fazendo uma exibição de sua piedade, a fim de ganhar o louvor do homem.

Vãs repetições devem ser evitados, como o uso de nomes de divindade mais e mais em uma breve oração. Isto não é nem respeitoso nem reverente. Deus ouve a petição sincera sem repetitividade.

Simplicidade é o que Jesus pediu ao orar. Como exemplo, ele deu o que é conhecido como a Oração do Senhor (vv. Mt 6:9-13 ). É um modelo de simplicidade e consagração altruísta.

A oração pode ser dividido em três seções. Primeiro é o endereço: . Pai nosso que estais no céu A primeira parte deste sugere familiaridade; a segunda reverência demandas. Comentários Ward, "A verdadeira oração começa com adoração."

A segunda seção é composta por três petições. A primeira petição não é um para necessidades pessoais, mas sim um ato de adoradores santificado seja o teu nome. Literalmente este é "o teu nome seja santificado." Os judeus colocar muita ênfase sobre "a santificação do nome." A segunda petição , venha o teu reino, nos ordena a se preocupar mais com a prosperidade do Reino do que sobre os nossos interesses pessoais. Filson define o Reino no sentido de A terceira petição é "o reinado completo e eficaz de Deus.": se a Tua vontade, como no céu, assim na terra. Isso é muito abrangente em seu escopo. Demora em todas as relações da vida doméstica, comunidade, nacional e internacional; econômicos, religiosos, os próprios pensamentos sociais-bem como, palavras e ações. Não há maior oração que qualquer um pode rezar. O próprio Jesus deu o exemplo no Getsêmani (Mt 26:42 ).

A terceira seção inclui três petições do mesmo modo. Mas estes, ao contrário dos três anteriores, estão preocupados com as necessidades pessoais. A primeira é: Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. Enquanto a oração para o material precisa ser fornecido não é para vir em primeiro lugar, ele tem o seu lugar, mesmo neste breve oração-modelo. Deus está interessado em nosso físico, bem como o bem-estar espiritual. A segunda petição, perdoa-nos as nossas dívidas , seja acompanhada de condição muito significativo: assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores. Para o cristão professo com um espírito que não perdoa esta é uma oração perigosa para repetir. Dívidas significa pecados (conforme Lc 11:4) pode ser traduzido tanto dessa maneira ou "do mal" (KJV).Temptation pode significar "o teste. "O grego não consegue distinguir entre essas duas ideias que são um pouco distintos em Inglês. Traga-nos não no meio "nos impedir." Enquanto todos os homens justos deve experimentar e resistir a tentação de testes, é preciso tomar cuidado com o excesso de confiança em sua própria capacidade de superar.

A doxologia fechamento (KJV) não é encontrado nos primeiros manuscritos gregos e por isso é omitido nas versões revistas. É um final litúrgico, adicionado para fazer a oração do Senhor mais adequado para uso no culto público. Para esse efeito, podem ser adequadamente incluídos ainda. Parece evidente que Jesus estava dando aos discípulos um modelo para privado e não público oração. Isso vai explicar sua omissão de qualquer doxologia no final.

Os versículos 14:15 são uma explicitação da condição descrita no versículo 12 . A importância de um espírito de perdão é ressaltada pela atenção considerável Jesus deu a ele (conforme 18: 21-35 ; Mc 11:25 ).

(3) O jejum (6: 16-18)

16 Quando jejuardes, não seja, como os hipócritas, de um semblante triste: porque desfiguram os seus rostos, para que possam ser vistos pelos homens a jejuar. Em verdade eu vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 17 Mas tu, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o rosto, 18 para que tu não serem vistos pelos homens a jejuar, mas do teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

Orientais são particularmente propensos a enfatizar o jejum como um exercício religioso. Jesus avisou que não deve ser envolvido em por uma questão de impressionar os outros com a própria piedade. Um semblante triste poderia ser uma máscara hipócrita.É correta de lavar o rosto, pentear o cabelo, e aparecem alegre, não sombrio.

b. Solteirice (6: 19-24)

Jesus salientou grandes princípios da vida piedosa, em vez de regulamentos minutos, como os fariseus enfatizou. Sinceridade e singeleza de propósito são absolutamente essenciais para a pessoa que iria agradar a Deus.

(1) do investimento (6: 19-21)

19 Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça ea ferrugem consomem, e onde os ladrões minam e roubam; 20 mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam 21 para onde o teu tesouro, aí estará também o teu coração.

Um contraste é traçada entre terrestres e celestes tesouros. Uma parte importante do tesouro de um oriental antiga era a sua roupa de luxo. Isso pode ser consumido por a traça ea ferrugem. O último termo é, literalmente, "comer" e por isso pode se referir a vermes que comem roupas. Romper é, literalmente, "vasculhar". casas palestinas foram feitas de pedra e argamassa, ou com tijolos de barro, de modo que os ladrões geralmente escavado através das paredes exteriores. Jesus lembrou Seus discípulos de um lugar, o céu, onde só os seus títulos eram seguros. Mas o importante princípio enunciado Ele aqui é que um de açambarcamento vai realizar o seu coração (v. Mt 6:21 ). Para ajuntai tesouros aqui é ser terra-bound. Jesus fez uma advertência salutar contra o perigo de perder a alma, bem como a sua riqueza através de estar preso a terrenas tesouro.

(2) Das Intenção (6: 22-23)

22 A lâmpada do corpo é o olho: se, por conseguinte, os teus olhos forem, todo o teu corpo será cheio de luz. 23 Mas, se os teus olhos forem maus, todo o teu corpo será tenebroso. Portanto, caso a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!

Grandes escritores religiosos sempre reconheceram a importância suprema da pureza de intenção. Para ilustrar isso, Jesus usou a figura do olho como a lâmpada do corpo. A (doente mal) de olho significa um corpo escurecido. Um som (único) de olho deixa entrar a luz.

A conexão com o parágrafo anterior é sugerida em Pv 28:22 - "Aquele que se apressa para ser rico tem o olhar maligno." Filson expressa de forma ligeiramente diferente: "Se o homem divide o seu interesse e tenta se concentrar em ambos, Deus e posses , ele não tem uma visão clara, e vai viver sem orientação ou direção clara. "Um único olho é essencial para a visão espiritual. Basicamente, isso significa o mesmo que um coração puro (Mt 5:28 ).

(3) de lealdade Inner (Mt 6:24)

24 Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar a um e amar o outro; ou então ele irá realizar a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus ea Mamom.

Esse versículo resume a ênfase dos dois parágrafos anteriores. Lealdade total é essencial para a saúde espiritual. O salmista orou: "Unir o meu coração ao temor do teu nome" (Sl 86:11 ).

Jesus não disse que um homem deve não, mas que ele não pode servir a dois senhores. Mammon é um termo aramaico por dinheiro ou riqueza. Ela vem de uma pilhagem sentido à Aqui o perigo real está "confiança". Quando as pessoas colocam sua confiança em coisas materiais perdem sua fé em Deus. Discipulado exige lealdade completa. Aqueles que começam por tentar servir a Deus ea Mamom final, servindo Mamom sozinho.

c. Simplicidade (6: 25-34)

Mt 6:1)

25 Portanto, eu vos digo: Não estejais ansiosos pela vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem pelo vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que a comida, eo corpo mais que o vestido? 26 Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? 27 E qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à medida da sua vida?

Não estejais ansiosos é muito mais preciso do que "não ter pensado" (KJV). A última prestação, infelizmente, levou à rejeição da responsabilidade de cuidar para o futuro de sua família. Jesus não estava proibindo a devida atenção à segurança econômica ou a compra de seguro de vida, mas apenas que a ansiedade que equivale a negação da fé em Deus. Uma pessoa não pode se preocupar e confiar ao mesmo tempo.

Intensa ansiedade sobre comida, bebida e roupas não são comuns na sociedade civilizada moderna. Mas com os orientais antigas essa ansiedade era um problema sempre presente. Jesus lembrou Seus discípulos de cuidado dos de Deus aves. Ele, então, advertiu que a preocupação não pode prolongar a medida de sua vida. Não está claro se este ou "estatura" (KJV) é a melhor tradução. A palavra grega tem dois significados. A prestação revista, no entanto, se encaixa no contexto melhor. Por preocupação, na verdade, encurta a vida, em vez de alongar-lo.

(2) A fé para Vestuário (6: 28-30)

28 E porque sois ansioso relativa vestuário? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; eles não trabalham, nem fiam: 29 mas eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que é a-dia, e amanhã é lançada no forno, será que ele não é muito mais vestirá a vós, homens de pouca fé?

Ilustrações favoritas de Jesus eram de natureza. Desta vez foi para os lírios do campo. Eles não trabalham nem rotação. No entanto, Deus matrizes-os em uma beleza que nem mesmo Salomão, não conseguiu igualar em suas vestes caras. Se o Pai celestial mostra tanta preocupação para perecendo grama, quanto mais Ele vai cuidar de seus próprios filhos?

(3) A fé para todas as necessidades (6: 31-34)

31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? ou: Que havemos de beber? ou, que nos havemos de vestir? 32 Porque todas estas coisas os gentios procuram; pois vosso Pai celeste sabe que tendes necessidade de todas estas coisas. 33 Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas você. 34 Seja, portanto, não ansioso para o dia de amanhã, porque o dia de amanhã será ansioso por si. Basta a cada dia o seu mal.

Os versos finais resumir essas verdades. A advertência contra ser ansioso ocorre nos versículos 25 , 28 , 31 e 34 . É culminando com a admoestação geral não se preocupar com o futuro desconhecido (v. Mt 6:34 ).

Em meio a essa discussão vem um dos grandes comandos e promessas do Novo Testamento: Mas, buscai primeiro o seu reino ea sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas você. Esta é a principal responsabilidade de cada discípulo de Cristo, e é a sua garantia de que todas as necessidades serão fornecidos. Para buscar o Reino é ordenar a própria vida de acordo com a vontade divina e de trabalho para a extensão do reino ou o governo de Deus no coração dos outros.


Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 24 até o 34
Sobre o Sermão do Monte Parte IX

John Wesley

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Por isso vos digo: Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Ora, qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura? E pelo que haveis de vestir, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem mesmo Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso. Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. ( Mateus 6:24-34)

1. Está registrado que as nações que o Rei da Assíria estabeleceu nas cidades de Samaria, depois de ter levado Israel cativo, temiam ao Senhor, e, ao mesmo tempo, serviam aos seus próprios deuses'. 'Essas nações', diz o escritor inspirado, 'temiam o Senhor'; desempenhavam um serviço exterior a Ele (uma prova clara de que eles tinham um temor por Deus, embora não de acordo com o conhecimento); 'e serviam suas próprias imagens esculpidas; ambos seus filhos, e os filhos de seus filhos: Assim como seus antepassados; e como eles até esse dia'. ( II Reis 17:33 em diante).

Quão proximamente, a prática da maioria dos cristãos modernos assemelha-se a esta dos pagãos antigos! 'Eles temiam ao Senhor'; eles também executavam os serviços exteriores a Ele, e, por meio disto, mostravam que tinham algum temor a Deus; mas eles igualmente 'serviam aos seus próprios deuses'. Existem aqueles que 'os ensinam' como era ensinado aos Assírios, 'a maneira do Deus da terra'; o Deus cujo nome a cidade carrega até esse dia, e quem foi uma vez adorado lá, com adoração santa. 'Todavia', eles não O serviam sozinho; eles não O temiam suficientemente para isto; Mas 'cada nação criou seus próprios deuses': Cada nação, nas cidades, nas quais eles habitam'. Essas nações temiam ao Senhor'; elas não tinham colocado de lado as formas exteriores de adoração a Ele; mas 'elas serviam as suas imagens esculpidas, prata e ouro; a obra das mãos dos homens: Dinheiro, prazer, e aplaudo; os deuses desse mundo, mais do que divide seus serviços com o Deus de Israel. Essa é a maneira de ambos: 'seus filhos e os filhos de seus filhos; e como fizeram seus antepassados, assim eles fazem até esse dia'.

2. No entanto, falando de uma maneira ampla, seguindo a maneira comum dos homens, dizia-se que esses pobres pagãos 'temiam ao Senhor'; ainda assim, podemos observar que o Espírito Santo imediatamente acrescenta, falando de acordo com a natureza verdadeira e real das coisas: 'Eles não temiam ao Senhor, nem seguiam de acordo com a lei e o mandamento que o Senhor ordenou aos filhos de Jacó; com os quais o Senhor fez uma aliança, e os instruiu, dizendo:Vocês não devem temer outros deuses, nem servi-los. Mas ao Senhor, seu Deus, vocês devem temer, e Ele irá livrá-los das mãos de todos os seus inimigos'.

O mesmo julgamento é passado, através do infalível Espírito de Deus; e, realmente, através dos olhos todos desse entendimento, ele tem permitido discernir as coisas de Deus, sobre esses pobres cristãos, comumente assim chamados. Se nós falamos de acordo com a natureza verdadeira e real das coisas, 'eles não temiam ao Senhor, nem o serviam'. Uma vez que eles não 'seguiam a aliança que o Senhor fez com eles, nem a lei e os mandamentos, os quais ele ordenou a eles dizendo: deveis adorar o Senhor, teu Deus, e a ele tão somente, deveis servir'. 'Eles servem outros deuses, até esse dia'. E 'nenhum homem pode servir a dois mestres'.

3. Quão inútil, é para qualquer homem visar isto: -- tentar servir a dois mestres! É difícil prever qual deva ser a conseqüência inevitável de tal tentativa? 'Tanto ele irá odiar um, e amar o outro; quanto irá dedicar-se a um, e desprezar o outro'. As duas partes dessa sentença, embora separadamente propostas, devem ser entendidas, em conexão uma com a outra; porque a última parte é uma conseqüência da primeira. Ele irá naturalmente dedicar-se a quem ele ama. Ele irá, então, apegar-se a ele, prestando a ele um serviço concorde, fiel e diligente. E, nesse meio tempo, ele irá, da mesma forma, desprezar o mestre que ele odeia, e não terá o menor cuidado com respeito às suas ordens, e irá obedecê-las, se, afinal, de uma maneira inadequada e descuidada. Portanto, quaisquer que sejam os homens sábios do mundo, podemos supor que 'não se pode servir a Deus e a mammon'.

4. Mammon era o nome de um dos deuses pagãos, que se supunha presidir sobre as riquezas. É aqui entendido sobre os próprios ricos; ouro e prata; ou, em geral, dinheiro; e através de uma figura de linguagem, sobre tudo que possa ser comprado por meio disto, tal como conforto, honra e prazer sexual.

Mas o que podemos entender aqui, por servir a Deus, e o que significa servir a mammon?

Nós não podemos servir a Deus, exceto se acreditarmos Nele. Este é a única condição verdadeira para servi-lo. Por conseguinte, acreditando em Deus, como 'reconciliando o mundo para si mesmo, através de Jesus Cristo; o acreditar Nele, como um Deus amoroso, redentor, é a primeira grande ramificação de seu serviço.

E assim, acreditarmos em Deus implica, confiarmos Nele, como nossa força, sem a qual não podemos fazer coisa alguma; quem a todo momento, nos dota com o poder do alto, sem o qual é impossível agradar a Ele; como nosso ajudador, nosso único auxílio nos momentos de preocupação; quem nos circunda com músicas de libertação; como nosso escudo; nosso defensor; e quem ergue nossas cabeças acima de todos os nossos inimigos que estão à nossa volta.

Isto implica, em confiarmos em Deus, como nossa felicidade; como o centro dos espíritos; o único descanso de nossas almas; o único bem que é adequado para todas as nossas capacidades, e suficiente para satisfazer todos os desejos que Ele nos tem dado.

Isto implica (o que está proximamente ligado ao outro), em confiarmos em Deus como nossa finalidade; termos um único olho para Ele, em todas as coisas; usarmos todas as coisas apenas como meios de agradarmos a Ele; onde quer que estejamos, ou o que quer que façamos, vê-lo que é invisível, nos observando bem satisfeito, e submetendo todas as coisas a Ele, em Jesus Cristo.

5. Assim sendo, acreditar é a primeira coisa que devemos entender por servirmos a Deus. A segunda é amá-lo.

Agora, amarmos a Deus da maneira que as Escrituras descrevem; da maneira que o próprio Deus requer de nós, exigindo compromisso, para operar em nós, -- é amarmos a Ele como o Único Deus; ou seja, 'com todo nosso coração, e com toda a nossa alma, e com toda a nossa mente, e com toda as nossas forças'; -- é desejarmos a Deus somente, por amor a Ele; e nada mais, a não ser com referência a Ele; -- regozijarmo-nos em Deus; -- deleitarmo-nos no Senhor; não apenas para buscarmos, mas para encontrarmos felicidade Nele; para desfrutarmos de Deus como o Superior; descansarmos Nele, como nosso Deus e nosso tudo; -- em uma palavra, é termos tal possessão de Deus, que nos torna sempre felizes.

6. A terceira coisa que devemos entender por servir a Deus é assemelharmo-nos a Ele ou o imitarmos. Assim dizem os antepassados: 'a melhor adoração ou serviço a Deus, é imitar a Ele que você adora'.

Nós aqui falamos de imitar ou assemelhar-se a Ele, no espírito de nossas mentes: porque é aqui que a verdadeira imitação cristã de Deus começa. 'Deus é um Espírito'; e eles que o imitam ou se assemelham a Ele, devem fazer isto 'em espírito e em verdade'.

Agora Deus é amor: Portanto, eles, que se assemelham a Ele, no espírito de suas mentes, são transformados na mesma imagem. Eles são misericordiosos, assim como ele é misericordioso. A alma deles é todo amor. Eles são gentis, benevolentes, compassivos, bondosos de coração; e isto não apenas para com o bom e gentil, mas também para com o obstinado. Sim. Eles, assim como Eles amam a todo homem, e sua misericórdia se estende para todas as suas obras.

7. Uma coisa mais, nós devemos entender por servir a Deus, e esta é obedecermos a Ele; glorificarmo-lo, com nossos corpos, assim como, com nossos espíritos; mantendo seus mandamentos exteriores; zelosamente fazendo aquilo com a qual Ele se agrada; cuidadosamente, evitando o que Ele tem proibido; executando todas as ações comuns da vida, com um olhar único, e um coração puro; oferecendo todas elas, no amor santo e ardente, como sacrifícios a Deus, através de Jesus Cristo.

8. Vamos considerar agora o que nós entendemos, por outro lado, como servirmos a mammon. Primeiro, isto implica em confiarmos nas riquezas; no dinheiro; ou nas coisas adquiridas por meio dele, como nossa força, -- como os meios para conseguirmos o que quer que tenhamos em mão; em confiarmos nele como nosso ajudador, -- através do qual, buscamos ser confortados, ou libertos da preocupação.

Isto implica em confiarmos no mundo para a felicidade; supondo que 'a vida do homem', o conforto de sua vida, 'consiste na abundância de coisas que ele possui'; buscarmos descanso nas coisas que são vistas; contentamento, na plenitude exterior; esperarmos satisfação nas coisas do mundo, e que nunca poderão ser encontradas fora de Deus.

E, se nós fazemos isto, nós não podemos deixar de fazer do mundo nossa finalidade; nosso objetivo último; se não, de todos, pelo menos, de muitos de nossos entendimentos; muitas de nossas ações e desígnios; nos quais nós almejamos apenas a melhora da saúde; obter prazer ou louvor; ganhar uma maior medida de coisas temporais, sem qualquer referência às coisas eternas.

9. O servirmos a mammon implica, em segundo lugar, amarmos o mundo; desejando-o apenas por amor a ele; colocando nossa alegria nas coisas dele; e fixando nossos corações sobre elas; buscarmos (o que, de fato, é impossível que possamos encontrar) nossa felicidade nisso; o descanso, com todo o peso de nossas almas, sobre o apoio de juncos quebrados, embora a experiência diária mostre que eles não poderão suportar, mas irão apenas 'entrar em nossa mão e perfurá-la'.

10. Assemelharmo-nos; estarmos em conformidade com o mundo, é a terceira coisa que entendemos por servirmos a mammon; não termos apenas desígnios, mas desejos, temperamentos, afeições, adequados àqueles do mundo; termos uma mente mundana, sensual, presa às coisas da terra; sermos obstinados, amantes desordenados de nós mesmos; pensarmos grandemente, em nossas próprias realizações; desejarmos e deleitarmo-nos no louvor de homens; temermos, evitarmos, e abominarmos reprovação; estarmos descontente com a censura; sermos facilmente provocados, e rápidos para retornarmos o mal com o mal.

11. Servirmos a mammon é, por último, obedecermos ao mundo, exteriormente confirmando suas máximas e costumes; caminharmos como outros homens caminham, numa estrada comum, em um caminho largo, sem obstáculos, e muito usado; é estarmos na moda; seguirmos à multidão; fazermos como o restante de nosso próximo; ou seja, fazermos a vontade da carne e da mente, para gratificarmos nossos apetites e inclinações; sacrificarmos a nós mesmos; almejarmos nosso próprio bem-estar e prazer, no curso geral, de nossas palavras ou ações.

Agora, o que pode ser mais inegavelmente claro do que não podermos, assim, servir a Deus e a mammon?

12. Será que os homens não vêem que não se pode confortavelmente servir a ambos? Que se posicionar, entre Deus e o mundo, é o caminho certo para ficar desapontado em ambos, e não ter descanso, tanto em um, quanto em outro? Em que condição desconfortável está aquele que teme a Deus, mas não o ama, -- que, serve a Ele, mas não com todo seu coração, -- que tem apenas as lutas, mas não as alegrias da religião! Ele tem religião suficiente para torná-lo miserável, mas não o suficiente para fazê-lo feliz: Sua religião não o deixará desfrutar o mundo, e o mundo não permitirá que ele se alegre com Deus. Assim sendo, hesitando entre ambos, ele perde a ambos; e não tem lugar tanto em Deus quanto no mundo.

13. Será que os homens não vêem que ele não pode servir a ambos consistentemente consigo mesmo? Que consistência mais evidente pode ser concebida, do que a que deve continuamente aparecer em todo o comportamento, daquele que está se esforçando para obedecer a ambos esses mestres, -- empenhando-se para 'servir a Deus e mammon?'. Ele é, na verdade, 'um pecador que segue dois caminhos'; dando um passo adiante, e um outro para trás. Ele está continuamente construindo com uma mão, e colocando abaixo com a outra. Ele ama e odeia o pecado: Ele está sempre buscando, e, ainda assim, sempre fugindo de Deus. Ele poderia e não poderia. Ele não é o mesmo homem, um dia inteiro; não, nem por uma hora consecutiva. Ele é uma mistura heterogênea de tuas espécies de contrariedades; um amontoado de contradições misturadas desordenadamente em um. Ó seja consistente consigo mesmo; ou um caminho, ou o outro! Vire para a direita, ou para a esquerda. Se mammon for seu deus, sirva a ele; se o Senhor o for, então sirva ao Senhor. Mas nunca pense em servir um e outro, afinal, exceto de todo o seu coração.

14. Será que cada homem razoável, racional, não vê que ele não pode possivelmente servir a Deus e a mammon? Porque existe a mais absoluta contrariedade; a mais irreconciliável animosidade entre eles. A contrariedade entre as coisas mais opostas na terra; entre fogo e água; escuridão e luz; desfazendo-se em nada, quando comparadas com a contrariedade entre Deus e mammon. Assim sendo, no que quer que sirva a um, você necessariamente renuncia ao outro.

Você acredita em Deus, através de Cristo? Você confia Nele como sua força; sua ajuda; seu escudo; e sua grande recompensa? Como sua felicidade? Sua finalidade em tudo, acima de todas as coisas? Então, você não pode confiar nas riquezas. É absolutamente impossível que você possa, por quanto tempo você tenha fé em Deus. Confia assim nas riquezas? Então, você tem negado a fé. Você não confia no Deus vivo. Você ama a Deus? Você busca e encontra felicidade Nele? Então, você não pode amar o mundo; nem as coisas do mundo. Você está crucificado para o mundo, e o mundo crucificado para você.

Você ama o mundo? As suas afeições estão fixadas nas coisas abaixo? Você busca felicidade nas coisas terrenas? Então, é impossível que você possa amar a Deus. Então, o amor do Pai não está em você. Você se assemelha a Deus? Você é misericordioso como o Pai é misericordioso? Você está transformado, através da renovação de sua mente, na imagem Dele que o criou? Então, você não pode estar em conformidade com o mundo presente. Você tem renunciado a todas essas afeições e luxúrias.

Você está de acordo com o mundo? A sua alma ainda carrega a imagem terrestre? Você obedece a Deus? Você é zeloso para fazer Sua vontade na terra, como os anjos fazem no céu? Então, é impossível que você possa obedecer a mammon. Você coloca o mundo em desafio declarado. Você coloca seus costumes e máximas debaixo de seus pés, não segue, e nem é conduzido por eles. Você segue o mundo? Você vive como os outros homens? Você agrada a homens? Você agrada a si mesmo? Então, você não pode ser um servo de Deus. Você é um servo de seu mestre e pai, o diabo.

15. Portanto, 'você deve adorar o Senhor seu Deus; e a Ele apenas servir'. Deve colocar de lado todos os pensamentos de obedecer a dois mestres; de servir a Deus e a mammon. Não deve propor a si mesmo, resultado, ajuda, felicidade, a não ser Deus. Não deve buscar coisa alguma na terra, ou no céu, a não ser ele: Não deve almejar coisa alguma, a não ser conhecer, amar e deleitar-se Nele. E porque este é todo o seu trabalho abaixo; a única visão que você pode razoavelmente ter; o único objetivo que você deve perseguir em todas as coisas, -- 'Por isso vos digo': (como nosso Senhor continua seu discurso) 'Não estejais ansiosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer, ou pelo que haveis de beber; nem, quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir':-- Uma direção profunda e convincente, que nos importa considerar e entender completamente bem.

16. Nosso Senhor, não requer aqui que possamos estar completamente sem propósito, mesmo no tocante ao que concerne a esta vida. Um temperamento leviano, descuidado, está bem distante de toda a religião de Jesus Cristo. Nem Ele requer que sejamos 'indolentes no trabalho'; sejamos negligentes e dilatórios nisso. Isto, igualmente, é contrário a todo espírito e caráter de Sua religião. Um cristão abomina preguiça, assim como bebedeira; e foge da inatividade, assim como ele faz do adultério. Ele conhece bem que existe uma espécie de pensamento e cuidado com que Deus está bem agradado; que é absolutamente necessário para a devida execução dessas obras exteriores, junto as quais a providência de Deus o tem chamado.

É a vontade de Deus, que cada homem possa trabalhar para comer seu próprio pão; sim, e que cada homem possa prover para si mesmo; e para aqueles de sua própria casa. É igualmente Sua vontade que 'não devamos a homem algum, mas que providenciemos as coisas, honestas aos olhos de todos os homens'. Mas isto não pode ser feito, sem tomar algumas considerações; sem ter algum cuidado sobre nossas mentes; sim, e freqüentemente, não, sem uma reflexão longa e séria; não, sem muito cuidado, e cuidado sincero. Conseqüentemente, essa preocupação, para prover para nós mesmos, e para os de nossa casa; essa preocupação, em como restituir o que devemos a eles, nosso abençoado Senhor não condena. Sim, isto é bom e aceitável aos olhos de Deus, nosso Salvador.

É bom e aceitável para Deus, que tenhamos preocupação, no que concerne ao que temos em mão; como a ter uma compreensão clara do que estamos por fazer; e planejar nossa tarefa, antes de darmos início a ela. E é certo que nós podemos, de tempos em tempos, considerar cuidadosamente quais são os passos que devemos tomar nisso; assim como, que devemos preparar todas as coisas de antemão, para conduzi-la da maneira mais efetiva. Esse cuidado, denominado por alguns como 'a preocupação da cabeça', de maneira alguma foi o que nosso Senhor objetivou condenar.

17. O que Ele condena aqui, é o cuidado excessivo do coração; a ansiedade; a inquietação desconfortável; a que traz aflição; toda aquela preocupação que causa dano à alma e ao corpo. O que Ele proíbe, é aquela agitação, que a experiência triste mostra, que enfraquece o sangue e esvazia o espírito; que antecipa toda a miséria que ela teme, e vem nos atormentar antes do tempo. Ele proíbe apenas aquela excitação que envenena as bênçãos de hoje, por temer o que possamos ser amanhã; que não pode desfrutar o presente plenamente, em meio às apreensões das necessidades futuras. Essa inquietação não é apenas uma doença desagradável, uma enfermidade grave da alma, mas também uma abominável ofensa contra Deus; um pecado dos mais abjetos. É uma alta afronta para o gracioso Governador, e sábio Disponente de todas as coisas; necessariamente implicando que o grande Juiz não está agindo corretamente; que Ele não está ordenando todas as coisas bem. Implica plenamente que Ele necessita, tanto de sabedoria já que Ele não sabe quais as coisas de que necessitamos; quanto de santidade se não as provém a todos aqueles que depositam sua confiança Nele. Cuide, portanto, que você não se aflija nesse sentido: Que não esteja ansiosamente preocupado, com coisa alguma. Que não tenha um pensamento desconfortável. Esta é uma regra clara, e certa. Cuidado inquietante, é cuidado ilegítimo. Com um olho fixo em Deus, faça tudo que estiver ao seu alcance para prover as coisas, de maneira honesta, aos olhos de todos os homens. E, então, entregue tudo em mãos melhores; deixe todo o resultado para Deus.

18. 'Não tenham preocupação' desse tipo; não tenham preocupação inquietante, mesmo 'pela vida; pelo que vocês devam comer; ou o que beber; ou que vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?'. Se, então, Deus deu a vida, o maior dom de todos, Ele não dará alimento para sustentá-la? Se Ele deu a vocês um corpo, como vocês podem duvidar de que Ele dará o vestuário para cobri-lo? Mais especificamente, se vocês derem a si mesmos a Ele, e servirem-no com todo seus corações. 'Observem'; vejam, diante de seus olhos, 'as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros';e elas não têm falta de coisa alguma; 'seu Pai celestial as alimenta. Não são vocês muito mais do que elas?'. Vocês que são criaturas suscetíveis de Deus; não serão mais considerados aos olhos de Deus? Ou num grau e escala maior entre todos os seres? 'Ora, qual de vocês, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à sua estatura?'. Que proveito vocês têm, então, desse pensamento ansioso? Será, de qualquer modo, infrutífero e inútil.

'E por que se preocuparem com o vestuário?'. Vocês já não têm uma reprovação, para onde quer, que vocês virem seus olhos? 'Olhem para os lírios do campo, como crescem; não trabalham nem fiam; contudo eu lhes digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno', (que é cortada, queimada e não mais vista) 'quanto mais não vai vestir a vocês, homens de pouca fé?'. Vocês, aos quais Ele fez para que vivessem para sempre; para serem os retratos de sua própria eternidade! Vocês são, de fato, de pouca fé; do contrário, não poderiam duvidar de seu amor e cuidado; não; nem por um momento.

19. 'Portanto, não se preocupem, dizendo: Que havemos de comer', se nós não ajuntamos tesouros na terra? 'Que havemos de beber', se nós servimos a Deus com toda nossa força; se nossos olhos estão unicamente fixados Nele? 'Com que nos havemos de vestir', se nós não estamos em conformidade com o mundo; se nós não obedecemos aqueles, através dos quais poderíamos ter proveito? 'Pois a todas estas coisas os gentios procuram', -- os ateus que não conhecem a Deus. Mas vocês estão conscientes de que 'seu Pai celestial sabe que vocês têm necessidade de todas essas coisas'. E Ele tem apontado um caminho infalível de vocês estarem constantemente sendo supridos nisto: 'Busquem, primeiro o Seu reino, e a Sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas'.

20. 'Busquem, primeiro o reino de Deus': -- Antes de dar lugar a alguma outra preocupação ou cuidado, que seja sua única preocupação que o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo (que 'deu Seu único Filho Unigênito', para que, todo que nele crer, 'não pereça, mas tenha a vida terna') possa reinar em seus corações; possa manifestar a si mesmo em suas almas; e habitar, e lá comandar; que Ele possa 'atirar ao chão toda coisa imponente que exalta a si mesma contra o conhecimento de Deus, e traga cativo todo pensamento de obediência a Cristo'. Que Deus tenha o único domínio sobre vocês: Deixem-no reinar sem rival: Deixem que Ele possua todo o coração de vocês, e os comande sozinho. Que Ele seja o único desejo de vocês; a alegria, o amor; de modo que tudo que está em você possa continuamente clamar: 'O Senhor Deus Onipotente reina'.

'Busque o reino de Deus, e sua retidão'. Retidão é o fruto do reino de Deus no coração. E o que é retidão, se não, amor? o amor a Deus e a toda a humanidade, fluindo da fé. em Jesus Cristo, e produzindo humildade de mente; mansidão, gentileza, longanimidade, perseverança, morte para o mundo; e cada disposição correta do coração, em direção a Deus e ao homem. E, através disto, ela produz todas as ações santas; o que quer que seja amável ou de boa reputação; o que quer que seja obras da fé e trabalho do amor são aceitáveis para Deus, e adequado ao homem.

'Sua retidão'. Isto é toda sua retidão ainda: É o seu próprio dom, livre para nós, por amor a Jesus Cristo, o justo, através de quem unicamente é conseguida para nós. E é sua obra; é Ele apenas que opera isto em nós, através da inspiração do Espírito Santo.

21. Talvez, observar bem isto, possa dar uma luz para algumas outras Escrituras, que nós não temos entendido sempre tão claramente. Paulo, falando em sua Epístola aos Romanos, concernente aos descrentes judeus, disse: 'Eles, sendo ignorantes da retidão de Deus, e pretendendo estabelecer sua própria retidão, não têm se submetido à retidão Dele. Eu acredito que isto possa ser o único sentido das palavras: Eles eram 'ignorantes da retidão de Deus'; não apenas da retidão de Cristo, imputada a cada crente, por meio da qual, todos os seus pecados são apagados, e ele é reconciliado para o favor de Deus: Mas (o que parece aqui ser mais imediatamente entendido) eles eram ignorantes daquela retidão interior; daquela santidade de coração, que é, com a mais extrema propriedade, denominada retidão de Deus; como sendo seus dons livres, através de Cristo; e sua própria obra, por meio de seu Todo-Poderoso Espírito. E, porque eles eram 'ignorantes' disso, eles 'empreenderam estabelecer sua própria retidão'. Eles trabalharam para estabelecer aquela retidão exterior que poderia muito propriamente ser denominada sua própria. Já que ela nunca foi forjada pelo Espírito de Deus, nem pertenceu ou foi aceita por Ele. Eles teriam operado isto, eles mesmos, através da própria força natural; e, quando o fizeram, foi um fedor para suas narinas. Ainda assim, confiando nisso, eles 'não se submeteram à retidão de Deus'. Sim; eles se endureceram contra aquela fé, por meio da qual apenas, é possível ater-se a ela. 'Porque Cristo é a finalidade da lei, para a retidão de todo que crê'. Cristo, quando disse, 'Está terminado!', colocou um fim àquela lei, -- à lei dos ritos e cerimônias externas, que ele poderia trazer para uma melhor retidão, através de seu sangue; através daquela única oblação de si mesmo, uma vez oferecida, até mesmo a imagem de Deus, no mais íntimo da alma de cada um que crê.

22. Proximamente relacionado a essas são aquelas palavras do Apóstolo, em sua Epístola aos Filipenses: 'Eu considero todas as coisas como esterco, para que eu possa ganhar a Cristo'; uma entrada em seu reino eterno; 'e ser encontrado nele', acreditando nele, 'não tendo minha própria retidão, que é da lei, mas aquela que é através da fé de Cristo, a retidão que é de Deus pela fé'. 'Não tendo minha própria retidão, que é da lei'; uma retidão meramente externa; a religião exterior que eu primeiramente tive, quando eu esperei ser aceito de Deus, porque eu fui 'tocado pela retidão que é da lei, sem culpa'; -- 'mas aquela que é através da fé em Cristo, a retidão que é de Deus pela fé'; ( Filipense 3:8-9) aquela santidade do coração; aquela renovação da alma, em todos os seus desejos, temperamentos e afeições, 'que é de Deus', (é a obra de Deus, e não do homem) 'pela fé'; através da fé de Cristo, através da revelação de Jesus Cristo em nós, e pela fé em seu sangue; por meio do qual somente, nós obtemos a remissão de nossos pecados, e uma herança entre aqueles que são santificados.

23. 'Busquem, primeiro' este 'reino de Deus', em seus corações; esta retidão, que é o dom e obra de Deus; a imagem de Deus renovada em suas almas; 'e todas essas coisas devem ser acrescidas a vocês'; todas as coisas necessárias para o corpo; tal a medida de tudo como Deus vê, a maioria para a promoção de seu reino. Essas serão acrescentadas, -- elas serão acrescentadas, além. Em buscar a paz e o amor de Deus, vocês não apenas encontrarão o que vocês mais imediatamente procuram, mesmo o reino que não pode ser movido; mas também o que vocês não buscam, -- não, afinal, por causa dele, mas apenas em referência ao outro. Vocês encontrarão em seu caminho para o reino, todas as coisas exteriores, tanto quanto elas sejam convenientes para vocês. Esse cuidado Deus tem tomado sobre si mesmo: Joguem sobre Ele todas as suas preocupações. Ele conhece suas necessidades; e o que quer que esteja faltando, Ele não falhará em suprir.

24. 'Portanto, não se preocupem com o amanhã'. Não apenas não tenham preocupação em como ajuntarem tesouros na terra; como fazerem aumentar os bens materiais; não se preocupem, em como procurarem mais alimento do que aquele que vocês podem comer; ou mais vestuário do que podem vestir; ou mais dinheiro do que o dia a dia de uma vida simples e com propósitos razoáveis pode requerer; -- nem tenham um pensamento inquietante, mesmo no que concerne àquelas coisas que são absolutamente necessárias para o corpo. Não aflijam a si mesmos agora, com o que deverão fazer numa época ainda distante. Talvez, aquela época nunca chegue; ou não dirá mais respeito a vocês; -- antes, então, vocês terão passado por todas as ondas, e terão embarcado na eternidade. Todas essas visões distantes não pertencem a vocês; vocês são criaturas do dia a dia. Mais ainda, o que vocês poderão fazer pelo amanhã, mais estritamente falando? Por que causarem confusão a si mesmos, sem necessidade? Deus providencia para vocês hoje o que é necessário para sustentarem a vida que Ele tem dado a vocês. É o suficiente. Entreguem-se nas mãos deles. Se vocês forem viver mais um dia, Ele providenciará para este também.

25. Acima de tudo, não tenham preocupação com coisas futuras, com a pretensão de negligenciarem o dever presente. Este é o caminho mais fatal de 'se preocupar com o amanhã'. E quão comum é isto entre os homens! Muitos, se nós os exortamos a manterem a consciência isenta de ofensa; para absterem-se daquilo que estamos convencidos seja mal, não têm escrúpulos em replicar: 'Como, então, devemos viver? Nós não devemos nos preocupar conosco mesmos e com nossas famílias?'. E isto eles imaginam ser razão suficiente para continuarem em pecado conhecido e terrível. Eles dizem, e talvez pensem, que poderiam servir a Deus agora, não fossem eles, mais tarde, perder seu alimento. Eles se preparariam para a eternidade; mas estão temerosos pela falta do que é necessário para a vida. Assim, eles servem o diabo, por causa de um pedacinho de pão; eles se apressam para o inferno, por medo da necessidade; eles atiram fora suas pobres almas, a fim de que eles não possam, algum tempo ou outro, não alcançar o que é necessário para seus corpos!

Não é estranho que eles que lidam com o assunto, fora das mãos de Deus, possam estar tão freqüentemente desapontados das mesmas coisas que eles buscam; que, enquanto eles atiram fora o céu, para assegurar as coisas da terra, eles perdem uma, mas não ganham a outra? O zeloso Deus, no sábio curso de sua providência, freqüentemente permite isto. De maneira que, estes que não colocam suas preocupações em Deus; que têm aflições por coisas temporais, têm pouco interesse pelas coisas eternas; perdem a mesma porção que eles têm escolhido. Existe uma influência maléfica visível, em todas as suas incumbências; o que quer que eles façam, não prospera; de tal maneira que, depois de terem preterido Deus ao mundo, eles perdem o que eles buscaram, tanto quanto o que eles não buscaram: Eles não alcançam o reino de Deus, e sua retidão; nem ainda as outras coisas são acrescentadas a eles.

26. Existe uma outra maneira de 'nos preocuparmos com o amanhã', que é igualmente proibido nessas palavras. É possível preocuparmo-nos de modo errado, mesmo com respeito às coisas espirituais; sermos tão cuidadosos a respeito do que pode acontecer mais tarde, a ponto de negligenciarmos o que é requerido agora de nossas mãos. Quão insensivelmente nós deslizamos nisto, se não estamos continuamente vigiando com oração! Quão facilmente somos levados, em uma espécie de sonho acordado, projetando cenas remotas, e desenhando cenários aprazíveis em nossa própria imaginação! E nós pensamos, no que iremos fazer, quando estivermos em tal lugar, ou quando tal tempo chegar! Quão útil seria; quão produtivo nas boas obras, quando nós estivermos mais facilmente nessas nossas condições. Quão sinceramente serviremos a Deus, quando tal obstáculo estiver fora do caminho!

Ou, talvez, vocês estejam agora na opressão da alma: Deus, como aconteceu, esconde sua face de vocês. Vocês vêem pouco da luz de seu semblante: vocês não podem testar seu amor redentor. Em tal temperamento de mente, quão natural é dizer: 'Ó como eu irei louvar a Deus, quando a luz de seu semblante tiver novamente se erguido na minha alma! Como eu irei exortar outros a louvá-lo, quando seu amor estiver novamente espalhado em meu coração! Então, eu irei fazer assim e assim: eu irei falar para Deus em todos os lugares: Eu não irei me envergonhar do Evangelho de Cristo. Eu irei redimir o tempo: e usar o mais aprimorado talento que eu tenho recebido'. Não acreditem em si mesmos. Vocês não irão fazer isto, então, a menos que o façam agora.

'Aquele que é fiel no pouco', de qualquer espécie que seja, se for bens materiais, ou o temor, ou amor de Deus, 'será fiel naquilo que é muito'. Mas se vocês agora escondem um talento na terra, vocês irão esconder, então, cinco: Ou seja, se eles alguma vez forem dados; mas existe uma pequena razão para esperar que eles sempre serão. De fato, 'junto a ele que tem', ou seja, que usa o que tem, 'será dado, e ele terá mais abundantemente. Mas aquele que não tem', ou seja, que não usa da graça que ele já tem recebido, que, menor ou maior grau, 'será tomado mesmo o que ele tem'. ( Lucas 8:18).

27. E não se preocupem pelas provas do amanhã. Esta também é uma armadilha perigosa. Não pensem: 'Quando tal prova vier, o que irei fazer? Como deverei ficar? Eu sinto que não tenho forças para resistir. Eu não sou capaz de dominar aquele inimigo'. A maior verdade: Vocês não têm agora o poder do qual vocês não necessitam. Vocês, neste momento, não estão capacitados para vencerem aquele inimigo; e nesse momento, ele não irá atacá-los. Com a graça que vocês têm agora, vocês não podem resistir às tentações que vocês não estão sofrendo. Mas, quando as provas vierem, a graça virá. Nas maiores experimentações, vocês terão a maior força. Quando os sofrimentos abundarem, as consolações de Deus virão, na mesma proporção, abundantes também. De maneira que, em cada situação, a graça de Deus será suficiente para vocês. Ele não irá permitir que vocês 'sejam tentados hoje', acima daquilo que vocês sejam capazes de suportar, e 'em cada tentação ele irá criar um caminho para escape'. 'Como forem teus dias, assim serão tuas forças'. ( Deuteronômio 33:25) 'Seja de ferro e de metal o teu calçado; e a tua força seja como os teus dias'.

28. 'Deixem que o amanhã', portanto, 'preocupe-se consigo mesmo'; ou seja, quando o amanhã vier, então, pensem nele. Vivam o hoje. Seja o sincero cuidado de vocês, melhorarem a presente hora. Isto compete a vocês; e isto é tudo com que devem se preocupar. O passado é como nada; como se nunca tivesse existido. O futuro é nada para vocês. Ele não lhes pertence; talvez, nem nunca chegue a pertencer. Não se pode estar na dependência do que está por vir; porque vocês 'não sabem o que o dia poderá trazer'. Portanto, vivam o presente: não percam uma hora. Usem esse momento; porque ele é a sua porção. 'Quem, debaixo do sol, já sabia das coisas que vieram antes dele, ou o que deverá vir depois?'. As gerações que existiram desde o começo do mundo, onde elas estão agora? Passaram rapidamente: Estão esquecidas. Elas se foram; elas viveram seus dias; elas foram tiradas da terra, como as folhas de suas árvores: Elas viraram pó comum! Outra e outra raça sucederam; e, então, 'seguiram a geração de seus antepassados, e nunca mais viram a luz'.

Agora são vocês que estão sobre a terra. 'Regozijem-se', ó jovens, nos dias de sua juventude! Desfrutem muito, muito agora, alegrando-se com Ele, 'cujos dias não acabam'. Permitam que seus olhos estejam singularmente fixos Nele, 'que não é inconstante, nem demonstra a menor mudança!'. Agora dêem a Ele os seus corações; permaneçam Nele? Sejam santos, como Ele é santo. Abracem a oportunidade abençoada de fazer a Sua vontade aceitável e perfeita. Regozijem-se 'para suportarem a perda de todas as coisas', assim, vocês poderão 'ganhar a Cristo'.

29. Felizes, por suportarem hoje, por amor a Seu nome, o que quer que Ele permita que venha, neste dia, sobre vocês. Mas não se preocupem com o amanhã. 'É suficiente a cada dia o seu mal'. O mal é, falando da maneira dos homens, a reprovação, a necessidade, a dor ou enfermidade; mas na linguagem de Deus, tudo é bênção: É o precioso bálsamo preparado pela sabedoria de Deus, e distribuído, diferentemente, entre seus filhos, de acordo com as várias enfermidades de suas almas. E Ele dá, em um dia, o suficiente para aquele dia; proporcionado à necessidade e força do paciente. Se, por conseguinte, vocês quiserem hoje, o que pertence ao amanhã; se vocês acrescentarem isso ao que já é dado a vocês, isto será muito mais do que poderão suportar: Este é o caminho não para a cura, mas para a destruição de suas próprias almas. Tomem, portanto, a medida exata do que Ele deu a vocês, hoje. Hoje, façam e suportem o que é da vontade Dele! Hoje, entreguem-se; seus corpos, almas e espírito, a Deus, através de Jesus Cristo; desejando nada mais, a não ser que Deus possa ser glorificado em tudo que vocês são; em tudo que vocês fazem; em tudo que suportam; não buscando coisa alguma, a não ser conhecer a Deus, e ao Seu Filho, Jesus Cristo, através do Espírito eterno; nada almejando, a não ser amar a Ele, servi-lo, e alegrar-se Nele nessa hora, e para toda a eternidade!

Agora, junto 'a Deus, o Pai, que fez a mim e a todo o mundo'; junto a 'Deus, o Filho, que tem me redimido e a toda a humanidade' junto 'a Deus, o Espírito Santo, que santificou a mim e a todo o povo eleito de Deus'; seja a honra e louvor; majestade e domínio, para sempre e sempre! Amém!


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
Mt 6:0). Jesus enfatiza que é pecado orar para ser visto e ouvido pelos outros. A oração é a comunhão secreta com Deus, em-bora, sem dúvida, a Bíblia autorize a oração pública. No entanto, quem não ora privadamente não deve orar em público, pois seria hipocrisia. Cristo aponta três erros comuns em relação à oração: (1) orar para que os outros escutem (vv. 5-6); (2) orar apenas com palavras que não pas-sam de "vãs repetições" (vv. 7-8); e (3) orar com o pecado no coração (vv. 14-15). Deus não nos perdoa porque perdoamos os outros, mas por causa do sangue de Cristo (1Jo 1:9). Todavia, o espírito rancoroso atrapalha a vida de oração, e mostra que a pessoa não entende a graça do Senhor.

Os versículos 9:13 não apre-sentam a, assim chamada, oração do Pai-Nosso para ser recitada sem que se reflita em seu sentido. Antes, ela é um modelo para que aprenda-mos a orar. É uma "oração para a família" — observe a repetição de "nosso" e "nós" nela. O Pai-Nosso põe o nome, o reino e a vontade de

Deus antes das necessidades ter-renas do homem. Ele adverte-nos contra a oração egoísta.

  1. Jejum (vv. 16-18)

O verdadeiro jejum é o do coração, não apenas o do corpo (veja Os 2:13; Is 58:5). Para os cristãos, o jejum é a preparação para a oração e ou-tros exercícios espirituais. Significa desistir de algo menor para ter um ganho mais excelente, e isso pode envolver comida, descanso ou até sexo (1Co 7:1-46).

  1. A prática diária (vv. 25-34)

O "por isso" de Cristo sugere que agora ele aplicará esse princípio à nossa vida. Ele mostra que a preo-cupação com as coisas materiais é insensatez porque não realiza nada! Ele lembra-nos de pôr nossos valo-res no lugar certo — a vida consiste em mais que alimento e vestimenta. Jesus era pobre, contudo era muito feliz e tinha paz. Paulo afirmou que ele era "pobre [...] mas enrique-

cendo a muitos" (2Co 6:10). Lu-cas 12:13-21 declara que devemos distinguir entre as riquezas verda-deiras (espirituais) e as duvidosas (materiais).

Cristo menciona que Deus cui-da da natureza — as flores, a grama e as aves. "Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros." O Pai conhece nossas necessidades, e, se o pomos em primeiro lugar, ele supre todas as nossas necessidades. Como os crentes de hoje devem praticar Ma-teus 6:33? Para começar, ponha-mos Deus em primeiro lugar todos os dias. Isso significa reservar um tempo para orar e ler a Palavra. Po-nhamos o Senhor em primeiro lugar toda semana, ao comparecer fiel-mente na casa de Deus. Ponhamos o Senhor à frente em todos os dias de pagamento, ao entregar nosso dí-zimo a ele. Ponhamo-lo em primei-ro ao escolher não tomar decisões que o deixem de fora. Ló deixou o Senhor fora de suas decisões e ter-minou na escuridão de uma caver-na cometendo pecados terríveis! Ele, ao escolher um lugar para viver e criar sua família, não pôs Deus em primeiro lugar.

Há paralelos espirituais para as coisas materiais que as pessoas buscam hoje. Temos de alimentar a pessoa escondida em nosso coração com o alimento espiritual da mesma forma que alimentamos nosso corpo (Mt 4:4; 1Pe 3:4). Temos de verificar se nossas vestes espirituais estão em ordem (Cl 3:7-51) da mesma forma que nos amofinamos em relação às vestimentas com que cobrimos nos-so corpo. Bebemos água física, po-rém temos também de beber água espiritual da vida que Cristo nos oferece (Jo 4:13-43; Jo 7:37-43).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
6.1 Guardai-vos de exercer. Jesus não condena as esmolas (2-4), nem a oração (5-8), nem o jejum (16-18). Não devem estes; porém, ser aproveitados para demonstrações públicas, pois a humildade, e não o orgulho, é a base da comunhão com Deus. Jesus venceu a grande batalha contra Satanás com jejum (4,2) e recomendou-o aos Seus discípulos durante Sua ausência; (9,15) reconhecendo-o como útil para se enfrentar ao diabo (17.21).

6.7 Vãs repetições. Esta era a maneira pagã de "forçar" os deuses e conceder favores que estava em voga com os adoradores de Baal (1Rs 18:26-11).

6.9 Pai nosso. Conforme Lc 11:0; 1Co 15:23-46). Só Deus pode estabelecer Seu próprio Reino.

6.11 De cada dia. Conforme Lc 11:0). Jesus deixa bem claro que a vitória somente se consegue vigiando e orando (26.41; 1Co 10:13).

6.34 Mal. Gr kakos, "mal" (do ponto de vista humano), "dificuldade".


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34
Acerca da verdadeira religião (6:1-18)

O caráter descrito no cap. 5 se expressa em ações exteriores, que coletivamente chamamos de “religião” (Jc 1:26,Jc 1:27) ou “obras de justiça” (v. 1, dikaiosynê, lit., justiça). A qualidade dessas ações não depende de os homens as verem, mas de serem feitas para que os homens as vejam; os que Jesus estava repreendendo, indubitavelmente estavam fazendo-as para Deus também.

Recompensa (v. 1). Para muitos hoje, a dificuldade principal gerada pelo Sermão do Monte é o destaque dado às recompensas, que são citadas nove vezes. Mas esse é um elemento encontrado em todo o NT; e.g., Mt 10:41,Mt 10:42; Jo 4:36; lGo 3.8,14; 9.17,18; He 11:6; 2Jo 1:8; Ap 22:12. Algumas pessoas reagem à graça mais prontamente que outras, e “Deus não é injusto; ele não se esquecerá do trabalho de vocês e do amor que demonstraram por ele, pois ajudaram os santos e continuam a ajudá-los” (He 6:10). Embora os judeus tendessem a elaborar uma relação matemática entre obras e recompensas, mesmo assim reconheciam que estas eram essencialmente uma expressão da graça de Deus (SB IV, p. 487ss). Acerca da natureza da recompensa, v. a seção seguinte.

Esmola (v. 2ss). Dar esmolas era considerado pelos judeus o principal ato de piedade. A necessidade foi criada pelo grande número de pessoas física e psiquicamente incapazes para o trabalho. Havia também muitos desprovidos de terra, que não podiam ter a expectativa de manter suas famílias por meio do seu trabalho ocasional (conforme Mt 20:116 e também Jc 2:14ss; ljo 3:17). No nosso contexto moderno, é do nosso tempo que eles precisam, e não do nosso dinheiro.

A maior parte dos atos de caridade era exercida pela sinagoga como representante da comunidade. Isso tornava a mendicância menos necessária e ajudava a manter os pobres no anonimato. Assim, a ostentação condenada aqui não está no dar aos indivíduos, mas na proclamação pública das somas dadas à comunidade para esse propósito (com trombetas é uma hipérbole muito ilustrativa). Acerca de hipócritas, v. observação no final do capítulo; não há sugestão alguma de que aqui (ou nos v. 5,16; 7,5) os escribas ou fariseus estejam sob ataque especial. Essas práticas não eram exclusivas deles, sua plena recom-pensa\ Era o elogio dos homens; assim, a recompensa de Deus, de que eles abriram mão, é o elogio de Deus, o seu “Muito bem”, mão esquerda [...] mão direita\ Uma expressão ilustrativa sugerindo segredo absoluto. O judaísmo insistia em que a caridade fosse mantida em segredo para não envergonhar o pobre; deve ser algo tão secreto que nós mesmos esquecemos que o ajudamos quando o encontrarmos novamente.

Oração (v. 5-8). Nem a oração comunitária, que Jesus nunca condenou, nem o derramar secreto do coração, que não precisava ser ensinado, estão em consideração aqui, mas a associação comum na época que o indivíduo fazia, não importava onde estivesse, com a oração nacional matutina e vespertina no templo (conforme At 3:1-10.3,30). Era fácil tomar providências na época para se colocar em um lugar de destaque. Era normal orar em pé. O uso de “vãs repetições” (ARA) é conhecido como uma fraqueza dos gentios, embora o Livro de Oração dos Judeus também tenha alguns exemplos. A oração não tem a intenção de ser um jogo de memória para Deus (v. 8), mas um meio pelo qual os desejos do cristão são colocados debaixo do escrutínio de Deus, e a pessoa que ora é lembrada do caráter, da vontade e dos propósitos de Deus.

A oração-padrão (v. 9-13). Conforme Lc 11:2

4. Quando a comunidade e o indivíduo consciente da sua unidade com a comunidade estão orando, alguma orientação a respeito do escopo da sua oração é necessária (a oração totalmente privada não está em consideração aqui). A variante abreviada e ligeiramente diferente em Lc 11, a omissão de qualquer confissão anterior de pecados e a ausência de uma doxologia no final (a que está na 5A é bem antiga mas certamente não é original) juntas sugerem que temos aqui uma orientação e um quadro geral para nossos pedidos, mas não uma fórmula fixa.
Sou membro de uma comunidade, por isso digo nosso\ fui aceito como filho, assim digo Pai. nos céus me lembra que não há nem incapacidade para dar nem exagero em dar. Eu oro primeiro para que Deus tenha o seu lugar de direito entre os homens. A forma mais próxima do nosso significado moderno provavelmente seja “que o seu nome seja honrado” (Phillips) ou “que o seu nome seja reverenciado” (Filson); nome “significa como Deus se revelou” (Filson). A oração pela vinda do Reino (conforme comentário Dt 4:17) não é meramente pela segunda vinda de Cristo, mas também por sujeição da sociedade e do indivíduo à vontade dele. O Reino sugere submissão, mas a vontade de Deus pode ser feita até mesmo por aqueles que se rebelam contra a sua própria vontade, assim na terra como no céu\ Aplica-se às três petições introdutórias.

de cada dia (epiousios): Foi encontrada somente uma ocorrência dessa expressão em escritos não-cristãos, de modo que o seu significado é incerto; isso se mostra pelas interpretações variantes do início da história da Igreja. Pode bem significar “porção diária” (conforme Arndt, p. 296-7) ou “pão para o futuro imediato” (Tasker). dívidas [...] devedores'. Não há justificativa para a tradução “transgressões” em algumas versões. A transgressão na Bíblia tem a conotação de rebeldia, e qualquer pecado desse tipo teria de ser confessado antes que uma pessoa pudesse pensar em orar normalmente. No máximo, o que se tem em mente com dívidas são nossas insuficiências (“pecados”, Lc 11:4) e o nosso fracasso em dar a Deus a honra que lhe é devida, assim como perdoamos (aphêkamen, um aoristo e, portanto, um fato) àqueles que menosprezaram a nossa auto-estima. “E não nos induzas à tentação” (nr. da NVI; conforme Jc 1:2,Jc 1:3 e comentário Dt 4:1-5): As tentações são principalmente culpa nossa (Jc 1:13,Jc 1:14); o teste é uma necessidade divina para revelar a realidade da nossa fé e das nossas afirmações. Devemos recuar diante do teste, mas, quando vem o tempo em que precisamos passar por ele, pedimos por livramento durante o teste, do maí. Muitas versões trazem “do Maligno” (como na nr. da NVI). O grego é ambíguo, mas em termos gerais a versão personalizada é melhor, pois Deus usa Satanás como aquele que executa o teste. É possível que a expressão aramaica originária também fosse ambígua.

Um aspecto preliminar à oração (v. 14,15). Conforme 18:23-35; Mc 11:25. Algumas consciências cauterizadas inutilmente tentam evitar a força dessa advertência ao argumentarem que ela não se aplica aos cristãos. Outros tentam fingir que suas circunstâncias são tão peculiares que estão acima das Escrituras. Se o homem regenerado se negar a perdoar a injustiça que foi cometida contra ele, na verdade se separa da comunhão com Deus, que é o Perdoador, até que perdoe. Se o homem supostamente regenerado é caracterizado por um espírito não perdoador, isso é o sinal mais claro de que ele nunca nasceu de novo (ljo 3:10-14,15).

O jejum (v. 16-18). Uma pessoa sob prolongado estresse emocional tende a evitar a comida normal. Daí que o jejum, sem uma ordem registrada de Deus, tornou-se um procedimento natural do penitente e de todos que se sentiam sob a ira divina para se aproximarem de Deus. Na Lei, o jejum é ordenado somente para o Dia da Expiação (Lv 16.29,31; Nu 29:7), em que se diz ter a função de “afligir a alma” (RV), o que sugere a natureza essencialmente dupla do verdadeiro jejum; não deve ser uma questão só do corpo. O jejum é mencionado com fre-qüência em outros trechos do AT, e de fato é considerado algo comum. No NT, não é ordenado em lugar nenhum — os versículos citados em apoio a isso, e.g., Mt 17:21; Mc 9:291Co 7:5; At 10:30, são tomados de manuscritos inferiores que foram corrompidos pelo crescente ascetismo na 1greja. Cristo menciona o jejum como algo que vai acontecer (e.g., 9.15; conforme At 13:2-3) e regulamenta a sua prática. Além disso, ao jejuar no deserto (4.2), ele mostrou que o jejum poderia ter grande importância espiritual.

Evidentemente Jesus não está chamando o crente a se afastar e se dissociar do jejum da comunidade, mas está falando do jejum voluntário (v.comentário Dt 9:14), seja regular, seja ocasional (isso é evidenciado pela sintaxe gr.). Esse jejum é um assunto entre a pessoa que jejua e Deus. v. 17. “unja a cabeça” (nr. da NVI): A auto-unção com óleo era uma prática comum, evitada somente em épocas de luto e jejum. Jesus não disse aos seus discípulos que apresentassem uma aparência de alegria, mas que se comportassem normalmente. A cabeça é mencionada especialmente por ser a única parte do corpo em que o ungir-se seria evidente. Além disso, a pessoa que jejuava ou estava de luto com freqüência colocava cinzas sobre a cabeça (cf. 2Sm 13:19).

Acerca da confiança em Deus (6:19-34)
Na época do NT, e, aliás, até a nossa época, a comunidade judaica local cumpria o papel do Estado moderno que dá assistência social aos seus cidadãos, mas suas finanças eram normalmente precárias, e os que eram ajudados por ela não alcançavam status com isso. Essa seção se ocupa tanto da segurança do indivíduo quanto do seu status.

O verdadeiro tesouro (v. 19-21). Conforme Lc 12:33,Lc 12:34. Os tesouros orientais normalmente consistiam em prata e ouro e também em roupas caras (conforme Gn 45:22; 2Rs 5:23). Aqui a traça e a ferrugem estão associadas às roupas, e os ladrões, à prata e ao ouro. Que a pessoa pudesse transferir os tesouros para os céus é uma idéia encontrada com freqüência no pensamento judaico da época. Com Jesus, a motivação não é a recompensa no céu, como no caso dos rabinos, embora isso não seja negado, mas a transferência da afeição e do amor.

Os olhos sadios (v. 22,23). Conforme Lc 11:34ss. A Mishná diz: “Estas são coisas cujo fruto o homem aprecia neste mundo enquanto o capital está sendo depositado para ele no mundo por vir: honrar pai e mãe, atos de misericórdia, gerar paz entre um homem e seu próximo; e o estudo da Lei que equivale a todas as outras” (Peah, 1.1). Jesus estava falando menos a homens somente voltados para as coisas deste mundo, e mais àqueles que pensavam em termos de “tanto [...] quanto”. Assim, ele lhes conta a parábola dos “olhos bons”. O significado exato de haplous é difícil de estabelecer. Do sentido fundamental “singular”, avançamos para “sincero”, “sadio” e, finalmente, para “generoso”, “bom”. O homem que fixar os olhos em Deus (céu) vai dar generosamente sem pestanejar. O homem que tentar olhar para Deus e o mundo ao mesmo tempo não vai ver nenhum dos dois claramente, ou melhor, não vai ver nada.

O escravo com dois senhores (v. 24). Conforme Lc 16:13. SB e Schniewind destacam que era possível na época um escravo ser compartilhado por dois senhores. Apesar da evidência rabínica, Jesus está falando da impossibilidade disso na prática. “Um homem pode trabalhar para dois empregadores, mas nenhum escravo pode ser propriedade de dois senhores” (M’Neile). “Mamom” (nr. da NVI), uma palavra de etimologia incerta, era usada na linguagem da época para dar a idéia de propriedade em geral. Não é o nome de um deus pagão, mas a palavra aramaica é mantida para sugerir que a propriedade pode se tornar um senhor e até mesmo um deus.

Ansiedade (v. 25-34). Conforme Lc 12:22-42. “Não andeis cuidadosos” (ACF) é uma tradução enganosa que pode dar munição exagerada tanto ao cético quanto ao fanático. Merimnaõ significa “estar ansioso, preocupado”; seu uso em Lc 10:41 ilustra a sua força, v. 25. Portanto: Os v. 19-24 mostraram que não pode haver satisfação nem proveito na atitude “tanto [....] quanto”, por isso precisamos optar: “ou [...] ou”, vida (psychê) [...] corpo: Jesus está usando palavras do AT aqui e não está falando do fato da vida, mas da personalidade do homem (traduzido erroneamente por “alma” em algumas versões) e do corpo por meio do qual ela (a personalidade) conhece o mundo e se dá a conhecer a ele. O corpo precisa de alimento para a sua preservação; a personalidade, roupas para sua proteção e honra (Schktter). Mas a personalidade {vida) e o corpo são dádivas de Deus; portanto, será que ele não daria também o que é de importância menor? Os comentaristas estão praticamente divididos entre o texto e a formulação na nota textual no v. 27, mas tanto o contexto quanto o uso normal de hêlikia favorecem “extensão de vida”. Aliás, poucas coisas encurtam a vida mais do que as preocupações. O homem é melhor do que as aves e os lírios do campo (“flores silvestres”, Phillips — não importa qual tenha sido a flor designada por krinon, não seria chamada de “lírio” hoje) com base na ordem da criação. O comportamento da ave e da flor é o que lhes foi atribuído na criação. O homem não deve imitá-las, mas desempenhar o seu papel na criação (conforme v. 33); se ele fizer isso, pode ter certeza do cuidado de Deus. Os pagãos (v. 32) não são mencionados em tom de condenação, mas porque eles não conhecem a ordem na criação de Deus. Os que conhecem a revelação de Deus se comportam de maneira desnaturai se fazem o que aqueles que não a conhecem fazem naturalmente; aí eles se transformam em homens de pequena fé (v. 30).

Até esse ponto, Jesus falou dos problemas conhecidos que fazem o homem se preocupar. No v. 34, ele passa aos que ainda são desconhecidos. Quando o amanhã trouxer o conhecimento deles, também trará a resposta a eles.
Observação sobre hipócritas: Hipócrita, que é simplesmente uma palavra grega escrita em letras portuguesas, ocorre no NT somente nos Evangelhos sinópticos e sempre nos lábios de Jesus. Nós a encontramos 13 vezes em Mateus (6.2,5.16; 7.5; 15.7; 22.18; 23.13 15:23-25,27,29; 24.51), uma vez somente em Marcos e três vezes em Lucas. Em Mateus, é usada de forma geral cinco vezes e, nas outras oito vezes, especificamente acerca dos “escribas e fariseus”.

Na época do NT, a palavra tinha um campo semântico muito amplo, mas a idéia de um homem mau tentando ser bom não estava entre os sentidos possíveis. É possível que a palavra “ator” satisfaça todas as ocorrências do NT; certamente é satisfatória no Sermão do Monte. Mesmo quando se aplica aos escribas e fariseus, temos a impressão de que eles estavam tão convictos da justiça e correção da sua posição e ações que se achavam cegos para os seus erros.

O fato de que a palavra é usada somente por Jesus, com o seu conhecimento singular do caráter e da motivação do homem, deveria nos fazer pensar duas vezes antes de julgar as pessoas que ele assim criticou. V. tb. “Hipócrita”, NBD, e a literatura mencionada aí.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 29


4) Sermão da Montanha. 5:1 - 7:29.

É o mesmo discurso registrado em Lc 6:20-49, pois as diferenças podem ser harmonizadas ou explicadas, e a semelhança entre os começos, finais e assuntos tornam a identificação extremamente provável. Além disso, os dois registros falam da cura do servo do centurião logo a seguir. A objeção de que Matem coloca este discurso antes de sua própria vocação (Mt 9:9; contrasta com Lc 5:27 e segs.) explica-se por sua falta de ordem cronológica estrita por toda parte. Daí, considerando que Mateus descreveu as atividades de Cristo na proclamação da chegada do Reino (Mt 4:17, Mt 4:23), foi acertado incluir para os seus leitores um exame completo deste assunto feito por Jesus. Concluise que o Sermão da Montanha não é, em primeiro lugar uma declaração de princípios para a Igreja cristã (que na ocasião ainda não fora revelada), nem uma mensagem evangelística para os perdidos, mas um esboço de princípios que caracterizariam o reino messiânico que Cristo anunciava. Mais tarde, a rejeição do seu Rei por parte de Israel, atrasou a vinda do seu reino, mas ainda agora os cristãos, tendo declarado a sua fidelidade ao Rei e tendo sido preparados espiritualmente para a antecipação de algumas das bênçãos do seu reino (Cl 1:13), podem perceber o ideal de Deus neste sublime discurso e concordarão com seus altos padrões.


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 25 até o 34

25-34. Quinto exemplo: ansiedade. Aqueles que não têm riquezas podem acabar sendo vítimas da preocupação por falta de fé. Daí a transição natural. Não andeis ansiosos. Não uma proibição de previdência ou planejamento (confira com 1Tm 5:8; Pv 6:6-8; Pv 30:25), mas de ansiedade sobre necessidades diárias. Não é a vida mais do que o alimento? Considerando que a própria vida e o corpo foram providenciados por Deus, não deveríamos confiar nele para providenciar aquilo que tem menos importância? Considerando que Deus fornece o sustento às aves que não têm capacidade de semear, colher e armazenar, quanto mais deveriam os homens, que foram equipados com essa capacidade, confiar em seu Pai celestial! Acrescentar um côvado ao curso de sua vida. O alimento é essencial ao crescimento. Mas mesmo isso Deus controla. Conforme uma criança vai crescendo e se tornando adulta, Deus acrescenta muito mais do que um côvado (cerca de 45 cm) mas a ansiedade só pode atrapalhar e não ajudar. Alguns preferem traduzir para período de vida e não estatura, e tentam descobrir exemplos de côvado como medida de tempo. Entretanto, a primeira interpretação serve bem à passagem. Lírios. Qual a flor em particular indicada por esta palavra é duvidoso, mas elas deviam estar florescendo naquela ocasião uma vez que Jesus se refere a qualquer deles. Salomão. O mais magnífico rei hebreu. Erva do campo. Os lírios acabados de mencionar, a beleza dos quais é breve, e que logo são cortados coma erva e usados como combustível para as necessidades do homem aquecendo no forno (Jc 1:11). Vós, homens de pequena fé. Uma expressão usada quatro vezes em Mateus e uma vez em Lucas, como encorajamento para o crescimento na fé, e também como reprimenda carinhosa. Os gentios é que procuram. Uma referência à atenção que os gentios dispensam às coisas materiais porque não conhecem Deus na qualidade de Pai celestial (conferir com Mt 6:7, Mt 6:8). Buscai, pois em primeiro lugar. Os ouvintes de Cristo, que já se declararam às ordens do Rei, devem continuar buscando (verbo durativo) o Reino, concentrando-se nos valores espirituais e colocando toda a sua confiança em Deus; e Deus que conhece suas necessidades temporais suprirá o que for necessário. O amanhã trará os seus cuidados. Uma personificação notável. Basta a cada dia o seu próprio mal. Este mal é explicitamente físico, referindo-se aos problemas que podem surgir. Não tem sentido acrescentar os cuidados de amanhã aos cuidados de hoje.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 19 até o 34
e) Advertência contra preocupações mundanas (Mt 6:19-40, Lc 12:33-42. Vida (25) é o gr. psyche, " alma". A palavra "alma", na Bíblia, tem um sentido diferente do atual, que é derivado da filosofia de Platão. O uso bíblico origina-se do hebraico nephesh, que quer dizer personalidade ou ego. Às vezes se refere à vida natural do eu, em contraste com a vida espiritual, ver He 4:12. A alma é o centro das emoções e dos apetites. Em toda a Bíblia, o comer e o beber são considerados como função da alma, como aqui. Olhai (26), ou estudai. Poderá acrescentar um côvado (27). A frase é difícil. A palavra grega helikia, traduzida "estatura", deve ser "idade". O côvado é aproximadamente meio metro; então, se fosse questão de estatura, seria necessário empregar um termo como "meia polegada". Uma interpretação da passagem é que ninguém passa, nem por meio metro, o determinado fim da jornada de sua vida.

>Mt 6:28

Olhai (28), ou estudai, como no vers. 26. Salomão em toda a sua glória (29). Quanto a sua vida, ver 1Rs 1:11; 1Cr 28; 2Cr 9. Os pormenores de sua glória são relatados em 1Rs 10:4-11. Buscai primeiro o reino de Deus... (33). Eis uma das frases fundamentais mais características deste Evangelho. Buscar o reino de Deus quer dizer confiar de entrar nele pessoalmente e, então, convidar outros. A justiça de Deus é aquela perfeita justiça de Cristo que Ele imputa a todo crente (ver Rm 3:21-45). Todas estas coisas vos serão acrescentadas (33). "Estas coisas" se refere principalmente às necessidades da vida, mencionadas nos vers. 25 e 31, que tão facilmente se tornam a maior preocupação do homem. Os gentios (32). Estão citados aqui como exemplo daquela atitude mundana e profana. Deus garante o sustento material de todos quantos cumprirem as condições ditadas por Ele e, muitas vezes, provê ainda mais (vers. 30). Em consideração deste fato, o cristão não deve preocupar-se com o futuro, como o vers. 34 indica. O presente lhe dará uma suficiência de dificuldades e tentações.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34

33. Dar sem hipocrisia (Mateus 6:1-4)

Beware de praticar a vossa justiça diante dos homens para serem notadas por eles; caso contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está nos céus.
Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para que possam ser honrados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa. Mas quando você der esmola, não deixe que a sua mão esquerda saiba o que sua mão direita está fazendo que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. (6: 1-4)

Mateus 5:21-48 incide sobre o ensino da lei sobre o que os homens acreditam, e 6: 1-18 centra-se na prática da lei, o que os homens fazem. A primeira seção enfatiza interior moral seis ilustrações representativas em relação assassinato, adultério, divórcio, juramentos, vingança e amor que dá a justiça. Esta segunda seção enfatiza três ilustrações representativas-dando justiça exterior formais da atividade religiosa. O primeiro tem a ver com dar, nossa religião como ele age em relação aos outros (vv 2-4.); o segundo com a oração, a nossa religião como ele age em direção a Deus (vv 5-15.); eo terceiro com o jejum, a nossa religião como ele age em relação a nós mesmos (vv. 16-18).

O perigo da Justiça Falsa

Beware de praticar a vossa justiça diante dos homens para serem notadas por eles; caso contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está nos céus. (6: 1)

Este verso apresenta a seção sobre as formas de justiça religiosa e aplica-se a cada um dos três ilustrações em 6: 2-18.
A história é contada de um homem santo asceta oriental que se coberto de cinzas como um sinal de humildade e regularmente se sentou em uma esquina proeminente de sua cidade. Quando os turistas pediu permissão para tirar sua foto, o místico iria reorganizar suas cinzas para dar a melhor imagem da miséria e humildade.
Uma grande quantidade de religião equivale a nada mais do que a reorganização "cinzas" religiosos para impressionar o mundo com a própria suposta humildade e devoção. O problema, claro, é que a humildade é uma farsa, e a devoção é para si mesmo, não a Deus. Tal religião não é nada mais do que um jogo de fingimento, um jogo em que os escribas e fariseus do tempo de Jesus eram mestres. Porque a sua religião era principalmente um ato, e um escárnio do verdadeiro caminho revelado de Deus para o seu povo, as denúncias mais bolhas de Jesus foram reservados para eles.

Mas eles não eram o original ou os últimos hipócritas. Desde a queda do homem houve hipócritas. Hipócritas são mencionados na Bíblia, de Gênesis a Apocalipse. Cain foi o primeiro hipócrita, fingindo adoração, oferecendo um tipo de sacrifício que Deus não queria. Quando sua hipocrisia foi desmascarada, ele matou seu irmão Abel por ressentimento (Gn 4:5-8). Absalão hipocritamente jurou lealdade a seu pai, o rei Davi, ao traçar a derrubada de seu regime (2 Sam. 15: 7-10).

O hipócrita supremo era Judas 1scariotes, que traiu o Senhor com um beijo. Ananias e Safira hipocritamente alegou ter dado à igreja todos os recursos obtidos com a venda de alguns bens, e perderam suas vidas por mentir para o Espírito Santo (Atos 5:1-10).

Hipócritas são encontrados no paganismo, no judaísmo e no cristianismo. Havia hipócritas na igreja primitiva, a igreja medieval, ea igreja Reforma. Ainda há hipócritas na igreja hoje, e Paulo nos assegura que haverá hipócritas no final da época. "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, ea doutrinas de demônios, por meio da hipocrisia de mentirosos marcados a ferro em sua própria consciência, como com um ferro em brasa" (1 Tim. 4: 1-2). Hipocrisia é endêmica para o homem caído, parte integrante de sua natureza carnal. A perseguição da igreja ajuda a diminuir o número de hipócritas, mas mesmo isso não pode eliminá-los completamente.

Hipocrisia nunca é tratado com ligeireza nas Escrituras. Através Amos, Deus disse: "Eu odeio, desprezo as vossas festas, nem me deliciar-se com as vossas assembléias solenes Mesmo que você tem a oferecer-se para mim holocaustos, ofertas de alimentos, não vou aceitá-las;. E eu não vou nem olhar . para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, eu não vou nem ouvir o som de suas harpas Mas deixar que a justiça corra como água ea rectidão como um ribeiro perene "(Am 5:1). O Senhor continuou declarando Seu descontentamento também com ofertas inúteis, incenso, new moon e sábados festivais, e orações hipócritas (vv. 13-15). Deus queria que a pureza ea justiça, não rituais superficiais. "Lavai-vos, tornar-se limpos", disse Ele; . "Remover o mal de seus atos de minha vista Cessar de fazer o mal, aprendei a fazer o bem, buscar a justiça, convencerá o implacável;. Defender o órfão, defendei a causa da viúva Vinde então, e argüi-me ... Ainda que os vossos pecados. são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, eles serão como a lã "(vv 16-18.).

Chamadas similares para substituir cerimônia superficial com justiça genuína são encontrados nos outros profetas literários (Jr 11:19-20; Amós 4:4-5.; Mic 6: 6-8; etc..), Bem como no livro de Jó (08:13 15:34-36:13).

Uma fábula de Esopo conta a história de um lobo que queria ter uma ovelha para o seu jantar e decidiu se disfarçar como uma ovelha e siga o rebanho para o rebanho. Enquanto o lobo esperou até que as ovelhas foi dormir, o pastor decidiu que teria de carneiro para a sua própria refeição. No escuro, ele escolheu o que ele achava que era o maior, o mais gordo ovelhas; mas depois que ele havia matado o animal que ele descobriu que era um lobo. O que o pastor fez inadvertidamente a um lobo em pele de cordeiro, Deus faz intencionalmente. O Senhor juízes hipocrisia.

Falando aos escribas e fariseus, em certa ocasião, Jesus disse: "Justamente profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: 'Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens "(Marcos 7:6-7).

Jesus usou muitas figuras para descrever hipocrisia. Ele comparou-o com fermento (Lc 12:1), túmulos escondidos (Lc 11:44), joio em meio ao trigo (Mt 13:25), e os lobos em pele de cordeiro (Mt 7:15).

Nos tempos do Novo Testamento, algumas pessoas ganhavam a vida como carpideiras profissionais que foram pagas para chorar, choro, e rasgar suas vestes em funerais e em outras ocasiões de tristeza (conforme Mt 9:23). Diz-se que algumas carpideiras tiveram o cuidado de rasgar suas roupas em uma emenda, de modo que o material poderia ser facilmente costurados para a próxima luto. Ambas as carpideiras profissionais e aqueles que os contratou eram hipócritas, contratação e sendo contratado para colocar em uma tela de luto que foi inteiramente pretensão.

Prosechō ( cuidado ) significa para segurar, ou tomar posse, algo e prestar atenção a ela, especialmente no sentido de estar em guarda. Os escribas, fariseus e outros hipócritas são avisados ​​por Jesus paracuidado das atividades religiosas em que tinham tanto orgulho e confiança. Ele estava prestes a mostrar-lhes mais uma vez como inútil, sem sentido, e inaceitável a Deus essas atividades eram.

Theaomai ( para ser notado ) está relacionado com o prazo a partir do qual obtemos teatro. Ele tem em mente um espetáculo para ser olhou. Em outras palavras, Jesus está advertindo sobre praticando uma forma de justiça ( dikaiosune , atos de devoção religiosa em geral), cujo objectivo é mostrar diante dos homens . Tal religião é como um jogo; não é vida real, mas na qualidade. Ele não demonstra o que está nas mentes e corações dos atores, mas é simplesmente um desempenho projetado para fazer uma certa impressão sobre aqueles que estão assistindo.

Tais práticas atingir teatral justiça , realizada para impressionar em vez de servir e para ampliar os atores, em vez de Deus. O objetivo é agradar a homens, não de Deus, e as atividades não são vida real, mas uma exposição. Essa falsa justiça, Jesus nos garante, nunca irá beneficiar uma pessoa para o reino de Deus (Mt 5:20).

Justiça falsa como a que tem uma recompensa-o reconhecimento e aplausos de outros hipócritas e de pessoas ignorantes. Isso, no entanto, é o limite da honra, porque Jesus diz aqueles que praticam tais justiça hipócrita, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu. Deus não recompensar para agradar aos homens (conforme Mt 5:16), porque roubar-lhe glória. É ele deve notar-se que o vosso Pai é usado no mesmo sentido como em 05:16, como uma referência ao sentido do Antigo Testamento em que Deus era o pai de Israel (Is 63:16), não no sentido do Novo Testamento da relação pessoal pela salvação (ver Mt 6:9). Quando israelitas libertou um escravo que foi dito: "Você não deve mandá-lo embora de mãos vazias Você deverá entregar-lhe liberalmente do seu rebanho e da tua eira e do seu lagar;. Darás a ele como o Senhor teu Deus tem abençoou "(13 5:15-14'>Deut. 15: 13-14): o povo de Deus foram constantemente lembrados nos Salmos, Provérbios, e escritos proféticos para ser considerado de e generoso para com os pobres, se co-israelitas ou gentios estranhos.

Jesus e os discípulos tinham o seu próprio saco de dinheiro a partir do qual eles deram ofertas para os pobres (Jo 13:29). É óbvio, portanto, que ele só está dando esmolas no espírito errado que é mau. Os escribas e fariseus lhes deu principalmente para trazer honra para si, não para servir os outros ou para honrar a Deus.

A doação de esmolas tinha sido levada a extremos absurdos pela tradição rabínica. Nos livros apócrifos judaicos lemos coisas como, "É melhor dar a instituições de caridade do que juntar o ouro para a caridade salvará o homem da morte, que irá expiar qualquer pecado." (Tobias 12: 8) e, "Como água vai apagar um fogo flamejante, de modo a caridade vai expiar o pecado "(A Sabedoria de Siraque 03:30).Consequentemente, muitos judeus acreditavam que a salvação era muito mais fácil para os ricos, porque eles poderiam comprar o seu caminho para o céu, dando aos pobres. O mesmo princípio mecanicista e anti-bíblico é visto em dogma católico tradicional romana. Papa Leão Magno declarou: "Pela oração buscamos apaziguar Deus, pelo jejum que extinguir a concupiscência da carne, e por esmolas nós redimir nossos pecados."
Mas, assim como um sentimento de simpatia para alguém em necessidade não ajudá-los a menos que algo é dado para satisfazer as suas necessidades, dando-lhes dinheiro não fornece nenhum benefício ou bênção espiritual a menos que seja dado de coração. Em qualquer caso, nenhum ato de caridade ou qualquer outro bom trabalho pode expiar o pecado.
Não parece haver nenhuma evidência da história ou arqueologia que um literal trompete ou outro instrumento foi usado pelos judeus para anunciar a sua doação. A figura foi usada por Jesus para descrever a atenção nas sinagogas e nas ruas que muitos ricos hipócritas , não apenas escribas e fariseus, propositAdãoente atraiu para si mesmos quando eles apresentaram seus presentes.

A recompensa que eles queriam era o reconhecimento e louvor, para serem glorificados pelos homens , e que tornou-se sua plena recompensa. Eles têm a sua recompensa foi uma forma de expressão técnica usada na conclusão de uma transação comercial, e levou a idéia de algo a ser pagos na totalidade e liquidada: Nada mais foi devido ou seria pago. Aqueles que dão para o propósito de impressionar os outros com sua generosidade e espiritualidade receberá nenhuma outra recompensa, especialmente da parte de Deus. O Senhor lhes deve nada. Quando damos para agradar aos homens, a nossa únicarecompensa será aquela que os homens podem dar. Buscando bênçãos dos homens perde Deus.

Há muitas trombetas mais sutis pessoas podem usar para chamar a atenção para as suas boas obras. Quando eles fazem questão de fazer publicamente o que eles poderiam facilmente fazer em privado, eles se comportam como os hipócritas , não como filhos de Deus.

Um homem entrou em meu escritório um domingo e me disse que era a primeira vez dele para adorar com a gente e que tinha a intenção de fazer a nossa igreja de sua casa igreja. Ele, então, me entregou um cheque generoso, com a promessa de que eu iria receber um igualzinho a cada semana. Eu lhe disse que não queria receber seus cheques pessoalmente e sugeriu que ele deveria dar anonimamente como o resto da família da igreja fez. Se ele tivesse continuado a dar uma grande quantidade todos os domingos, não havia nenhuma boa razão para ele ter anunciado a sua generosidade para mim ou para qualquer outra pessoa. Quanto melhor para ele simplesmente ter colocado a seleção na oferta durante um culto.
Às vezes, é claro, a pretensão não mostra. Sabendo que é errado dar ostensivamente e que os irmãos cristãos tendem a se ressentir-lo, às vezes tentamos fazer nossas boas obras "acidentalmente" notado. Mas mesmo se nós só queremos que as pessoas percebam, e não fazer nada para atrair a sua atenção, o nosso coração motivo é serem honrados pelos outros . O sopro trombeta real, a hipocrisia de base, é sempre no interior, e é aí que Deus julga. Justiça hipócrita, assim como a verdadeira justiça, começa no coração.

Infelizmente, muitas organizações cristãs usar métodos não-cristãos para motivar o apoio de seus ministérios. Quando os certificados emoldurados, nomes publicados de apoiantes generosos, e outros reconhecimentos são oferecidos para estimular a doação, a hipocrisia é promovido em nome de Cristo. É tão errado para apelar aos motivos errados como ter motivos errados. "É inevitável que tropeços vir", disse Jesus; "Mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" (Mt 18:7).

No começo do Sermão da Montanha, Jesus tinha especificamente ordenou: "Brilhe a vossa luz diante dos homens, de tal forma que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus" (Mt 5:16). A questão não é se deve ou não as nossas boas obras que ele deveria visto pelos outros, mas se elas são feitas para esse fim. Quando são feitos "de tal maneira" que a atenção e glória estão focados em nosso "Pai que está nos céus", e não em nós mesmos, Deus se agrada. Mas se eles são feitos para ser notado por homens (6: 1), eles são feitos de auto-retidão e hipocritamente e são rejeitados por Deus. A diferença está no propósito e motivação. Quando o que fazemos é feito com o espírito certo e para a Proposito correta, quase inevitavelmente ser feito da maneira certa.

Os ensinamentos de Mt 5:16 e 6: 1 são muitas vezes pensou em conflito uns com os outros, porque não é reconhecido que eles se relacionam com diferentes pecados. A discrepância é apenas imaginário.Na primeira passagem Jesus está lidando com a covardia, enquanto que na segunda ele está lidando com a hipocrisia. AB Bruce dá a explicação útil, "Estamos a mostrar quando tentado se esconder e se esconder quando tentados a mostrar"

Nunca na história da igreja têm sido cristãos tão bombardeados com apelos para dar dinheiro, muitos deles a causas legítimas e que valem a pena. Saber como e onde dar é, por vezes extremamente difícil. Os cristãos devem dar forma regular e sistemática ao trabalho de sua igreja local. "No primeiro dia de cada semana, cada um de vós ponha de lado e salvar, conforme a sua prosperidade" (1Co 16:2).

Doar é descrito no Antigo Testamento como parte do ciclo da bênção de Deus. "O homem generoso será próspero, e o que rega vai ser regada a si mesmo" (Pv 11:25). Como damos, Deus abençoa, e quando Deus nos abençoa damos novamente para fora do que Ele nos deu. "Você deve celebrar a festa das semanas ao Senhor teu Deus com uma homenagem de uma oferta voluntária de sua mão, o que lhe dará exatamente como o Senhor teu Deus te abençoe" (Dt 16:10). Estamos a dar livremente para fora do que Deus tem dado gratuitamente.

O ciclo não se aplica apenas ao material que dá, mas a todas as formas de dar o que é feito com sinceridade para honrar a Deus e para atender à necessidade. O caminho do povo de Deus sempre foi a maneira de dar.

De Escritura que aprendemos de pelo menos sete princípios para guiar-nos em dar nonhypocritical. Em primeiro lugar, dar de coração está investindo com Deus. "Dai, e dar-se-á dado; boa medida, recalcada, sacudida, atropelamento, eles vão deitar em seu colo por pelo seu padrão de medida que será usada para medir vocês em troca." (Lc 6:38 ). Paulo ecoa as palavras de Jesus: "E agora digo isto, aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; eo que semeia com fartura com abundância também ceifará com fartura" (2Co 9:6). Generosidade não é medida pelo tamanho do presente em si, mas pelo seu tamanho em comparação com o que é possuído. A viúva que deu "duas pequenas moedas de cobre" para o tesouro do Templo deu mais do que todos os "muitas pessoas ricas [que] foram colocando em grandes somas", porque "todos eles deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua pobreza , deu tudo o que possuía, tudo o que tinha para viver »(Mc 12:41-44).

Em terceiro lugar, a responsabilidade para a doação não tem nenhuma relação com o quanto uma pessoa tem. Uma pessoa que não é generoso quando ele é pobre não vai ser generoso se ele se tornar rico. Ele pode, então, dar uma quantidade maior, mas ele não vai dar uma proporção maior. "Quem é fiel no pouco, coisa que também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é fiel no muito" (Lc 16:10). É extremamente importante ensinar as crianças a dar generosamente ao Senhor com o que quer que pequenas quantidades de dinheiro que recebem, porque as atitudes e padrões que se desenvolvem como as crianças tendem a ser os que se seguem quando eles são cultivados. Dar não é uma questão de quanto dinheiro se tem, mas de quanto amor e cuidado está no coração.

Em quarto lugar, a doação de material se correlaciona com as bênçãos espirituais. Para aqueles que não são fiéis com coisas mundanas, como dinheiro e outros bens, o Senhor não vai confiar coisas que são de muito maior valor. "Se, portanto, você não fostes fiéis no uso das riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras riquezas para você? E se não fostes fiéis no uso do que é do outro, quem vos dará o que é vosso? " (Lucas 16:11-12).

Muitos jovens abandonaram seminário porque não conseguia lidar com o dinheiro, e que o Senhor não queria que eles em seu ministério. Outros começaram no ministério, mas depois desistiu, pelo mesmo motivo. Outros, ainda, permanecer no ministério, mas produzem poucos frutos porque Deus não vai cometer o cuidado das almas eternas para eles quando não pode mesmo controlar suas próprias finanças.Influências espirituais e eficácia tem muito a ver com a forma como as finanças são manipulados.

Em quinto lugar, a doação deve ser determinado pessoalmente. "Que cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria" (2Co 9:7). Os crentes filipenses deram, da generosidade espontânea de seus corações, não porque sentiu-se compelido (Fp 4:15-18.).

Em sexto lugar, estamos a dar em resposta à necessidade. Os primeiros cristãos em Jerusalém compartilhou seus recursos sem reservas. Muitos de seus companheiros crentes tinham se tornado destituídos quando esperamos em Cristo e foram condenados ao ostracismo de suas famílias e perdeu o emprego por causa de sua fé. Anos mais tarde, Paulo recolhido dinheiro das igrejas da Galácia para ajudar a atender as grandes necessidades que continuaram a existir entre os santos em Jerusalém e que tinha sido intensificadas pela fome.

Sempre houve charlatães que fabricam necessidades e jogar com a simpatia dos outros. E sempre houve mendigos profissionais, que são capazes de trabalhar, mas prefiro não. Um cristão não tem responsabilidade de apoiar essas pessoas e deve tomar cuidados razoáveis ​​para determinar se e quando existe necessidade real antes de dar seu dinheiro. "Se alguém não vai funcionar", diz Paulo, "não coma" (2Ts 3:10). Indolência encorajador enfraquece o caráter daquele que é indolente e também desperdiça o dinheiro do Senhor. Mas onde necessidade real não existe, a nossa obrigação de ajudar a atender também existe.

Em sétimo lugar, a doação demonstra amor, não a lei. O Novo Testamento não contém comandos para montantes ou percentagens de dar especificados. O percentual damos será determinado pelo amor de nossos próprios corações e as necessidades dos outros.
Todos os princípios anteriores apontam para a obrigação de dar generosamente porque estamos investindo na obra de Deus, porque estamos dispostos a sacrificar para aquele que se sacrificou por nós, porque não tem nenhuma influência sobre o quanto temos, porque queremos riquezas espirituais mais do que riquezas financeiras, porque temos pessoalmente determinado a dar, porque queremos atender tanta necessidade quanto pudermos, e porque o nosso amor nos obriga a dar.

Como em todas as áreas da justiça, a chave é o coração, a atitude interior que motiva o que dizemos e fazemos. Justiça pública não deve ser rejeitada, mas é para ser feito no espírito de humildade, amor e sinceridade. "Pois somos feitura [de Deus]", Paulo nos lembra, "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2:10).

Além disso, como em todas as áreas da justiça, o próprio Jesus é o nosso exemplo supremo e perfeito. Ele pregou Suas mensagens no público, Ele realizou Seus milagres de cura, compaixão e poder sobre a natureza em público. No entanto, Ele continuamente a atenção para Seu Pai celestial, cuja vontade sozinho Ele veio fazer (Jo 5:30; conforme Jo 4:34; Jo 6:38). Mesmo que Ele era um com o Pai, enquanto viveu na terra como homem Jesus não buscou sua própria glória, mas a de Seu Pai (João 8:49-50).

Quando damos nossas esmolas ... em segredo , amorosamente, despretensiosamente, e sem qualquer pensamento para o reconhecimento ou agradecimento, nosso Pai, que vê em secreto, te recompensaránós. O princípio é o seguinte: se a lembrar que, Deus vai esquecer; mas se esquecermos, Deus vai se lembrar. Nosso objetivo deve ser o de satisfazer todas as necessidades, somos capazes de atender e deixar a contabilidade a Deus, percebendo que "nós fizemos apenas o que devíamos ter feito" (Lc 17:10).

Deus não vai perder dando uma única recompensa. "E não há criatura alguma encoberta diante dele, mas todas as coisas estão abertas e exposto aos olhos daquele com quem temos de prestar contas" (He 4:13). O Senhor conhece os nossos corações, nossas atitudes e nossos motivos, e cada recompensa que nos é devido, será dada.

É o plano perfeito de Deus e vontade de dar recompensas para aqueles que fielmente confiar e obedecer-Lhe. E não é unspiritual que esperar e antecipar essas recompensas, se fizermos isso, num espírito de humildade e que as recompensas de Deus manifestar Sua graça para os que não merecem-saber gratidão. Nós podemos cumprir Suas exigências misericordiosas de recompensas, mas nunca pode realmente ganhar deles.

A maior recompensa um crente pode ter é o conhecimento que ele tem agradado o seu Senhor. Nossa motivação para olhar para a frente a suas recompensas deve ser a antecipação de lançá-los como uma oferenda aos seus pés, assim como os vinte e quatro anciãos um dia "vai lançar suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor nosso e nosso Deus, de receber glória, honra e poder "(Ap 4:10-11).

34. Orar sem hipocrisia (Mateus 6:5-8)

E, quando orardes, não está a ser como os hipócritas; pois gostam de ficar em pé e Oração nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa: Mas tu, quando orares, entra no teu quarto interior, e quando você fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto , o recompensará. E quando você está orando, não use a repetição sem sentido, como os gentios, para eles supõem que elas serão ouvidas por suas muitas palavras.Portanto, não ser como eles; porque vosso Pai sabe o que você precisa, antes de vós lho pedirdes. (6: 5-8)

Nenhum de nós pode compreender exatamente como funciona a oração dentro da mente infinita e plano de Deus. A visão calvinista enfatiza a soberania de Deus, e na sua aplicação extrema sustenta que Deus irá trabalhar de acordo com a Sua perfeita vontade, independentemente da forma como os homens orar ou mesmo se eles rezam ou não. A oração é nada mais do que em sintonia com a vontade de Deus. No extremo oposto, a visão arminiana sustenta que as ações de Deus que pertencem a nós são determinados, em grande parte, com base em nossas orações. Por um lado, a oração é visto simplesmente como uma forma de alinhar com Deus sobre o que Ele já determinou que fazer, e por outro lado, é suplicar a Deus para fazer o que Ele de outra forma não faria.
Escritura suporta ambos os pontos de vista e prende-los, por assim dizer, em tensão. A Bíblia é inequívoca sobre a soberania absoluta de Deus: Mas é igualmente inequívoca em declarar que, dentro de sua soberania Deus convida Seu povo a rogar-lhe em oração para implorar a Sua ajuda na orientação, a provisão, proteção, misericórdia, perdão, e outras necessidades incontáveis .
Nem necessária nem É possível imaginar o trabalho divino que faz oração eficaz. Deus simplesmente nos manda obedecer aos princípios da oração que dá a Sua Palavra. O ensinamento de Nosso Senhor na presente passagem contém alguns desses princípios.

Jesus continua a sua contraste de verdadeiro e falso justiça, em particular, a falsa justiça tipificado pelos escribas e fariseus. Como 6: 2-4 expõe suas doações hipócrita e os versículos 16:18 a sua hipócrita duradoura, versículos 5:8 expor suas orações igualmente hipócrita. As orações estavam com defeito em seu público-alvo e em seu conteúdo.

A Audiência de Oração

A Audiência Falsa: Outros Homens

E, quando orardes, não está a ser como os hipócritas; pois gostam de ficar em pé e Oração nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa. (6: 5)

Nenhuma religião jamais teve um padrão mais elevado e prioridade para a oração que o judaísmo. Como povo escolhido de Deus os judeus foram as vítimas da Sua Palavra escrita, "confiados os oráculos de Deus" (Rm 3:2, 11: 13 5:6-21'>13-21 e Números 15:37-41. Muitas vezes, uma versão abreviada (Dt 6:4) usado naqueles tempos como lembretes para abrir seus corações para o Senhor. Mesmo na igreja primitiva, porque a maioria dos cristãos eram judeus e ainda adorado no templo e nas sinagogas, as horas de oração tradicionais foram frequentemente observados (ver At 3:1).

Uma quarta falha foi em estimando longas orações, acreditando que a santidade e eficácia de uma oração estavam em proporção direta ao seu comprimento. Jesus alertou para os escribas que, "por causa da aparência oferecem longas orações" (Marcos 0:40). A longa oração, é claro, não é necessariamente uma oração insincero. Mas uma longa oração pública presta-se a pretensão, a repetição, rote, e muitas outras tais perigos. A culpa é na oração "por amor aparência s", para impressionar os outros com a nossa religiosidade.
Rabinos antigos sustentou que quanto mais tempo a oração, o mais provável seria ouvida e atendida por Deus. Verbosity foi confundido com significado, e do comprimento foi confundido com sinceridade.

Um quinto falha, apontada por Jesus em Mt 6:7, 1Rs 18:29 ). Hora após hora eles repetiram a mesma frase, tentando pela própria quantidade de suas palavras para fazer seu deus ouvir e responder.

Através dos séculos, os judeus tinham sido influenciado por tais práticas pagãs. Eles muitas vezes adicionados adjetivo após adjetivo antes de o nome de Deus em suas orações, aparentemente tentando superar o outro nas mencionando seus atributos divinos.

De longe o pior defeito, no entanto, foi a de querer ser visto e ouvido por outras pessoas, especialmente os seus companheiros judeus. A maioria dos outros defeitos não foram necessariamente errado em si mesmos, mas foram transportados para os extremos e utilizado em formas sem sentido. Mas essa falha foi intrinsecamente mau, porque ambos vieram e destinava-se a satisfazer o orgulho.Independentemente da forma a oração pode ter tomado, o motivo era auto-glória pecaminosa, a perversão final deste meio sagrados de glorificar a Deus (Jo 14:13).

É que a culpa desprezível que zeros Jesus em diante. E, quando orardes, não devem ser como os hipócritas. A oração que se concentra em si mesmo é sempre hipócrita, porque, por definição, o foco de todas as orações devem ser em Deus. Como mencionado no capítulo anterior, o termo hipócrita referiu original atores que usam grandes máscaras para retratar os papéis que estavam jogando. Hipócritas são atores, pretendentes, pessoas que desempenham um papel. O que eles dizem e fazem não representa o que eles próprios se sentem ou acreditam, mas apenas a imagem que eles esperam criar.

Os escribas e fariseus hipócritas orou para o mesmo fim que eles fizeram de tudo para atrair a atenção e trazer honra para si mesmos. Essa foi a essência de sua "justiça", o que Jesus disse que não teve parte no Seu reino (5:20).
Um velho comentarista observou que o maior perigo para a religião é que o velho eu simplesmente se torna religioso. Os hipócritas de quem Jesus fala tinha se convencido de que através da realização de certos atos religiosos, incluindo vários tipos de oração, eles se tornaram aceitável a Deus. As pessoas hoje ainda se enganam em pensar que eles são cristãos, quando tudo o que tenho feito é vestir sua velha natureza em armadilhas religiosas.

Nada é tão sagrado que Satanás não vai invadi-lo. Na verdade, a coisa mais sagrada, mais ele deseja para o profanarem. Certamente algumas coisas agradá-lo mais do que vir entre crentes e seu Senhor na intimidade sagrada de oração. Pecado nos seguirá na própria presença de Deus; e nenhum pecado é mais poderoso ou destrutivo do que o orgulho. Naqueles momentos em que viria antes do Senhor em adoração e pureza de coração, podemos ser tentados a nos adorar.
Martyn Lloyd-Jones escreve:
Nós tendemos a pensar do pecado como o vemos em trapos e nas sarjetas da vida. Nós olhamos para um bêbado, coitado; e dizemos, não é pecado. Mas essa não é a essência do pecado. Para ter uma imagem real e uma verdadeira compreensão do pecado, você deve olhar para algum grande santo, um homem extraordinariamente devoto e dedicado, olhar para ele lá de joelhos na própria presença de Deus. Mesmo lá eu se intrometendo em si, ea tentação é para ele pensar sobre si mesmo, para pensar agradavelmente e prazerosamente sobre si mesmo e para realmente estar adorando a si mesmo, em vez de Deus. Isso, e não o outro, é a verdadeira imagem do pecado. O outro é o pecado, é claro, mas lá você não vê-lo em seu auge, você não vê-lo em sua essência. Ou, dito de outra forma, se você realmente quer entender algo sobre a natureza de Satanás e as suas actividades, a única coisa a fazer é não ir para os resíduos ou as calhas da vida. Se você realmente quer saber algo sobre Satanás, ir embora para que deserto, onde nosso Senhor passou quarenta dias e quarenta noites. Essa é a verdadeira imagem de Satanás, onde você vê-lo tentando o próprio Filho de Deus. ( Estudos no Sermão da Montanha [Grand Rapids: Eerdmans, 1977], 2: 22-23)

Pelo que sabemos, no registro bíblico, duas vezes mais intensos de Jesus de oposição espiritual eram Durante seus 40 dias de solidão no deserto, e durante a sua oração no Jardim do Getsêmani, na noite em que foi traído e preso. Em ambas as ocasiões ele estava sozinho orando ao Seu Pai. Ele estava no lugar mais privado e sagrado de comunhão que Satanás apresentou suas tentações mais fortes diante do Filho de Deus.

Os hipócritas amei ficar de pé e Oração. Standing era uma posição normal para a oração entre os judeus. No Antigo Testamento, vemos de Deus fiéis orando de joelhos, enquanto prostrado, e em pé. No Novo Testamento vezes em pé foi a posição mais comum e não necessariamente indica um desejo de ser notado.

As sinagogas eram os lugares mais adequados e prováveis ​​para orações públicas a serem oferecidos. Era o lugar onde os judeus adoravam na maioria das vezes, especialmente aqueles que viveram grandes distâncias do Templo. A sinagoga era o lugar locais de reunião, não só para o culto, mas para vários encontros cívicos e sociais. Se feito com sinceridade, a oração, a qualquer dessas funções era apropriado.

As esquinas eram também um lugar normal para a oração, porque os judeus devotos iria parar onde quer que estivessem na hora marcada para a oração, mesmo se eles foram andando na rua ou visitar no canto. Mas a palavra usada aqui para rua não é a mesma que no verso 2, que remete para uma rua estreita ( Rhume ). A palavra usada aqui ( plateia ) refere-se a uma ampla rua principal, e, portanto, a uma grande esquina, onde uma multidão era mais provável que seja. A culpa implícita aqui é que os hipócritas gostava de Oração onde teriam a maior audiência. Não havia nada de errado com o que ora a um cruzamento importante se esse era o lugar onde você passou a ser no tempo para a oração. Mas havia algo de muito errado se você planejou para estar lá na hora de orar com a Proposito específica de Oração, onde a maioria das pessoas poderia vê-lo.

O verdadeiro mal desses adoradores hipócritas, seja em sinagogas ou nas esquinas das ruas , era o desejo de exibir-se , a fim de serem vistos pelos homens . Não era errado orar nesses lugares, mas aconteceu de arcar com os maiores audiências, e, portanto, os lugares onde os hipócritas preferidos para orar.

Como sempre, o pecado começou no coração. Foi o orgulho, o desejo de exaltar-se diante de seus compatriotas judeus, que era a raiz do pecado. Como o fariseu da parábola de Jesus, esses hipócritas acabou orando a si mesmos (ver Lc 18:11) e antes de outras pessoas. Deus não tinha parte.

Alguns crentes excessivamente reacionários têm usado estas advertências de Jesus como uma razão para renunciar a toda oração pública. Mas o Senhor ensinou tal coisa. Ele próprio, muitas vezes orou na presença de seus discípulos (Lc 11:1.). Escritura registra muitas orações públicas que eram totalmente adequado e sincero. Na dedicação do Templo, Salomão orou, uma oração detalhada estendida antes de todos os sacerdotes, os levitas, e os líderes de Israel (2 Cr. 6: 1-42; conforme 5: 2-7). Quando, sob a liderança de Esdras, o convênio foi renovado após o Exílio, um grupo de oito levitas ofereceu um sincero, oração de arrependimento em movimento antes de todas as pessoas (9 Neh:. 5-38). Depois de Pedro e João foram presos, interrogados e depois liberados pelo Sinédrio pouco depois de Pentecostes, todo o grupo de seus companheiros e se alegrou "levantaram suas vozes a Deus com um acordo" (At 4:24).

Mas as orações públicas do escriba típico ou fariseu foram ritualística, mecânico, excessivamente longo, repetitivo, e acima de tudo sem ostentação. Como os hipócritas que deram para o bem de louvor dos homens (Mt 6:2). Seu propósito aqui parece ter sido para fazer como um grande contraste possível com as práticas dos escribas, fariseus e outros religiosos hipócritas. O principal ponto Jesus faz não tem a ver com a localização, mas com atitude. Se necessário, Jesus diz, vá para o mais isolado, lugar privado pode encontrar para que você não será tentado a se mostrar. Vá até lá e fechou a porta. Feche tudo o mais para que você possa concentrar-se em Deus e ora ao teu Pai . Faça o que tiver que fazer para obter a sua atenção para longe de si mesmo e aos outros e sobre ele e ele só.

Grande parte da nossa vida de oração deve ser, literalmente, em segredo . Jesus ia regularmente longe de seus discípulos a orar completamente sozinho. Nossos membros da família ou amigos saibam que estamos orando, mas o que dizemos não é para eles ouvirem. Crisóstomo comentou que em sua época (século IV AD ) muitos cristãos oraram tão alto em seus quartos que toda a gente pelo corredor ouvi o que eles disseram. Se as pessoas às vezes acontecem para ouvir as nossas orações particulares, ele não deve ser por nossa intenção. (Conforme João A. Broadus, Mateus [Valley Forge, Pa .: Judson, 1886], p. 140.)

Mas o Pai estar em segredo não significa que Ele não está presente quando oramos em público, ou com nossas famílias ou outros pequenos grupos de crentes. Ele está muito presente quando e onde seus filhos invocá-Lo. A lição de Jesus tem a ver com a singeleza de intenção. A verdadeira oração é sempre íntima. Mesmo oração em público, se o coração não é reto e concentrou-se em Deus, de uma forma real e profunda fechou um up sozinho na presença de Deus.

No padrão de oração que Jesus ensinou seus discípulos, Ele começa com "Pai Nosso" (Mt 6:9). Esses segredos, por vezes, estão escondidos até de nós mesmos, porque é tão fácil de ser enganado sobre os nossos próprios motivos.

Quando Deus é verdadeiramente o público da nossa oração, teremos a recompensa só Ele pode dar. Jesus não dá nenhuma idéia nesta passagem, como o que a recompensa de Deus, ou de reembolso, será. A verdade importante é que Deus fielmente e infalivelmente abençoar aqueles que vêm a Ele com sinceridade. Sem dúvida, o Senhor recompensará. Aqueles que rezam sem sinceridade e hipocritamente, receberá a recompensa do mundo, e os que oram com sinceridade e humildade receberá de Deus.

O conteúdo da Oração

Uma segunda área em que muita oração dos dias de Jesus ficou aquém foi a de conteúdo. As orações hipócritas dos escribas e fariseus, não só foi dada no espírito errado, mas foram dadas em palavras sem sentido. Eles não tinham nenhuma substância, sem conteúdo significativo. Para ser aceitável a Deus, Jesus declarou: orações devem ser genuínas expressões de culto e de pedidos e petições sinceras.

Conteúdo Falsa: a repetição sem sentido

E quando você está orando, não use a repetição sem sentido, como os gentios, para eles supõem que elas serão ouvidas por suas muitas palavras. (6, 7)

Os particulares culpa Jesus destaca é a da repetição sem sentido , o que já foi discutido. Esta prática era comum em muitas religiões pagãs daquele dia, como é em muitas religiões hoje, incluindo alguns ramos da cristandade.

Use a repetição sem sentido é uma palavra (de battalogeō ) no grego e refere-se à marcha lenta, vibração impensado. Foi provavelmente onomatopoetic, imitando os sons de jabber sentido.

Aqueles que usaram orações repetitivas não eram necessariamente hipócritas, pelo menos não do tipo de ostentação. Os escribas e fariseus usado uma grande quantidade de repetição em suas demonstrações públicas de piedade; mas muitos outros judeus usou mesmo em orações privadas. Alguns podem ter usado a repetição porque seus líderes lhes havia ensinado a usá-lo. Outros, no entanto, recorreu à repetição, porque foi fácil e exigiu pouco de concentração. Para essas pessoas, a oração era simplesmente uma questão de cerimônia religiosa necessária, e eles poderiam ser totalmente indiferente ao seu conteúdo. Enquanto ele foi oficialmente aprovado, um padrão era tão bom quanto outro.
Embora este problema não envolvem sempre hipocrisia, ele sempre envolveu uma atitude errada, um coração errado. Os hipócritas orgulhosos tentou usar a Deus para glorificar a si mesmos, ao passo que aqueles que usaram a repetição sem sentido eram simplesmente indiferente a verdadeira comunhão com Deus.

Os judeus haviam pego a prática de os gentios , que acreditavam que o valor da oração foi em grande parte uma questão de quantidade. Quanto mais, melhor. Eles supõem que serão ouvidos por suas muitas palavras , Jesus explicou. Aqueles que orou a deuses pagãos achavam que suas divindades primeiro teve de ser despertado, então persuadidos, intimidados e atormentado em ouvir e responder, exatamente como os profetas de Baal fez em Mt. Carmelo (I Reis 18:26-29). No Novo Testamento, vemos uma prática similar. Despertada contra Paulo e seus companheiros por Demétrio e outros ourives de Éfeso, uma grande multidão começou a cantar: "Grande é a Diana dos efésios!" e continuou incessantemente durante duas horas (Atos 19:24-34).

Muitos budistas girar rodas contendo orações escritas, acreditando que cada volta da roda envia essa oração ao seu deus. Os católicos romanos acender velas votivas, na crença de que os seus pedidos continuará a subir repetitiously a Deus, desde que a vela é acesa Rosários são usados ​​para contar off orações repetidas de Ave Maria e Pai Nosso, o próprio rosário vindo ao catolicismo do budismo por meio dos muçulmanos espanhóis durante a Idade Média. Certos grupos carismáticos em nossos dias repetir as mesmas palavras ou frases mais e mais até o falar degenera em confusão ininteligível (João A. Broadus, Mateus [Valley Forge, Pa .: Judson, 1886], p. 130).

Todos nós, é claro, têm sido culpados de repetir a refeição mesmas orações após reunião refeição e oração depois da oração reunião, com pouco ou nenhum pensamento de que estamos dizendo ou de Aquele a quem estamos supostamente falando. Oração que é impensada e indiferente é ofensivo a Deus, e também deve ser ofensivo para nós.

Novamente nós não devemos tirar conclusões erradas. Jesus não proibiu a repetição de pedidos reais. Na parábola sobre a visita da meia-noite com o seu próximo, o homem persistente foi elogiado por Jesus como um modelo de nossa persistência diante de Deus. Em Sua parábola da viúva importuna Jesus elogiou sua persistência perante o juiz ímpio, dizendo: "Agora, Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite, e Ele vai atrasar muito tempo com eles?" (Lucas 18:2-7). Paulo "suplicou ao Senhor três vezes" que o espinho na carne pode ser removido (2 Cor. 12: 7-8). No Jardim do Getsêmani, ao enfrentar a agonia da cruz, Jesus clamou: "Meu Pai, se é possível, deixe este cálice de mim;. Ainda não seja como eu quero, mas como tu queres" Depois de repreender os discípulos para seu sono, Ele fez a oração novamente, e então, depois de um curto período de tempo, Ele "orou pela terceira vez, dizendo a mesma coisa, uma vez mais" (Mt 26:1).

Orar com razão é orar com um coração devoto e com motivos puros. É orar com único atenção a Deus e não a outros homens. E é para orar com confiança sincera que nosso Pai celestial ambos ouve e responde cada solicitação feita a Ele com fé. Ele sempre paga a nossa devoção sincera com a resposta graciosa. Se o nosso pedido é sincero, mas não de acordo com a sua vontade, ele vai responder de uma forma melhor do que queremos ou esperamos. Mas ele sempre vai responder.
É relatado que DL Moody uma vez me senti tão farto com as bênçãos de Deus que ele orou: "Deus, pare." Isso é o que Deus vai fazer com todo crente fiel que vem a Ele como uma criança espera de seu pai-sufocá-lo em mais bênçãos do que pode ser contado ou nomeado.

35. A oração dos discípulos — Parte 1 (Mateus 6:9-15)

Pray, então, da seguinte maneira: "Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome Venha o teu reino Seja feita vossa vontade, assim na terra como no céu Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia e perdoa-nos o nosso.... dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores. E não nos levam em tentação, mas livrai-nos do mal. [Porque teu é o reino, o poder ea glória, para sempre. Amém.] "Porque, se perdoardes aos homens por suas transgressões, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Mas se não perdoardes aos homens, então o vosso Pai não perdoará as vossas ofensas. (6: 9-15) (Para um estudo mais detalhado dos Discípulos 'Oração, consulte o autor do livro Jesus' Padrão da Oração. [Chicago: Moody Press, 1981])

Ministério terrestre de Jesus foi notavelmente breve, apenas três anos. No entanto, nesses três anos, como deve ter sido verdade em sua vida anterior, uma grande quantidade de tempo foi gasto em oração. Os evangelhos relatam que Jesus levantou-se habitualmente no início da manhã, muitas vezes antes do amanhecer, para comungar com o Pai. À noite, ele freqüentemente ir para o Monte das Oliveiras ou algum outro local tranquilo para orar, geralmente sozinho. A oração era o ar espiritual que Jesus soprou a cada momento de sua vida.
Alguém já disse que muitos cristãos oferecem suas orações como marinheiros usar suas bombas-somente quando os vazamentos de navios. Mas, para ser discípulos obedientes de Cristo, para experimentar a plenitude da comunhão com Deus, e de abrir as comportas de as bênçãos do céu, os crentes devem orar como Jesus orou. Além disso, é preciso saber como a Oração. Se não sabemos como orar e pelo que orar, faz pouco bom para ir com a maré. Mas se nós sabemos como orar, e então orar dessa forma, todas as outras partes de nossas vidas será reforçado e colocar na devida perspectiva. Como Martyn Lloyd-Jones foi lindamente expressou Estudos no Sermão da Montanha : "O homem é a sua maior e mais alto quando de joelhos, ele fica cara a cara com Deus" (2 vols [Grand Rapids: Eerdmans, 1977]., 02:45).

A Bíblia ensina muito sobre a importância eo poder da oração. A oração é eficaz; ele faz a diferença. "A oração eficaz de um homem justo", Tiago diz, "pode ​​realizar muito" (Jc 5:16). O servo de Abraão orou, e Rebekah apareceu. Jacó lutou e orou, e na mente de Esaú foi transformada a partir de 20 anos de vingança. Moisés orou, e os amalequitas foi atingido. Ana orou, Samuel nasceu. Isaías e Ezequias orou, e em 12 horas 185 mil assírios foram mortos. Elias orou, e foram três anos de seca; orou outra vez, e chuva veio. Aqueles são apenas uma pequena amostra da oração respondida apenas a partir do Antigo Testamento. Os judeus, a quem Jesus pregou deveria ter tido uma confiança ilimitada no poder da oração.

A oração é vital para todos os outros aspectos da vida do reino. Não podemos, por exemplo, dar (ver Mateus 6:2-4.) Ou rápida (ver 6: 16-18) corretamente a menos que estejamos em constante comunhão com Deus. A única doação que Deus quer é que o que é sincero, disposto e feito para Sua glória-dando que vem de uma vida de comunhão pessoal com Ele. O jejum é sem sentido para além da oração, porque para além de oração é parte de Deus. Vai ser um ritual religioso sem sentido. A maior ênfase nesta passagem (6: 1-18), portanto, é dada à oração.

O Propósito de Deus

O supremo propósito de Deus para a oração, o propósito além de todos os outros fins, é glorificar a Si mesmo. Embora nada beneficia um crente mais de oração, o propósito de orar deve antes de tudo ser para o bem de Deus, e não eu. A oração é, acima de tudo, uma oportunidade para Deus manifestar sua bondade e glória. Um velho santo disse: "A verdadeira oração traz a mente à contemplação imediata do caráter de Deus e prende-lo lá até que a alma do crente está devidamente impressionado" Jesus afirmou a propósito da oração, quando disse: "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso eu o farei, para que o Pai seja glorificado "(Jo 14:13).

Ao contrário do que muita ênfase na igreja evangélica de hoje, a verdadeira oração, como a verdadeira adoração, centra-se a glória de Deus, e não sobre as necessidades do homem. Não se trata simplesmente de reivindicar nas promessas de Deus, e muito menos fazer exigências dele, mas de reconhecer sua soberania, para ver a exibição de sua glória, e obedecer a Sua vontade.

Porque a oração é tão absolutamente importante e porque muitas vezes não têm a sabedoria para orar como convém, ou para o que devemos, Deus encomendou Seu próprio Espírito Santo para nos ajudar."Nós não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos muito profundos para palavras" (Rm 8:26). Essa é sem dúvida o que Paulo quer dizer quando ele exorta os crentes a "orar em todo tempo no Espírito" (Ef 6:18).

Nas poucas palavras de Mateus 6:9-15 nosso Senhor dá um esboço sucinto mas maravilhosamente abrangente do que a verdadeira oração deve ser. Como discutiremos mais tarde, a segunda parte do versículo 13, uma doxologia, possivelmente, não fazia parte do texto original. A oração própria tem duas seções; A primeira seção lida com a glória de Deus (vv. 9-10) e o segundo com a necessidade do homem (vv. 11-13a). Cada seção é composta por três petições. Os três primeiros são petições em nome do nome de Deus, o Seu reino e Sua vontade. O segundo três são petições para pão de cada dia, o perdão, e proteção contra a tentação.

É significativo que Jesus não faz menção de onde a oração deve ter lugar. Como apontado no capítulo anterior, a instrução de Jesus para "ir para o seu quarto interior" (6:
6) foi enfatizar a obstinação de oração, a necessidade de bloquear qualquer outra preocupação senão Deus. O próprio Jesus não tinha espaço interior para chamar de Seu durante Seu ministério terreno, e nós vê-lo Orando em muitos lugares e em muitas situações, tanto públicas como privadas. O desejo de Paulo foi para os fiéis a orar "em todo lugar" (1Tm 2:8;.. 1Ts 5:171Ts 5:17). Porque é para ser um modo de vida, precisamos entender como orar; e que é precisamente por isso que Jesus deu a seus seguidores este modelo de oração.

Tal como acontece com todos do Sermão da Montanha, o que Jesus diz sobre a oração não era essencialmente novo. O Antigo Testamento, e até mesmo a tradição judaica, ensinou a todos os princípios básicos que Jesus apresenta aqui. Muitas falhas e perversões-como orar para serem vistos pelos homens e repetições sem sentido (6: 5,
7) —teve penetrou em vida de oração judaica. Mas a tradição rabínica era mais fiel à Escritura em seu ensino sobre a oração do que talvez qualquer outra coisa. Tanto o Talmud e do Midrash contêm muitos ensinamentos nobres e úteis sobre a oração.
A partir de seu conhecimento das Escrituras, os judeus, com razão, acreditava que Deus queria que eles orai, para que Ele ouviu e respondeu a suas orações, e que a oração deve ser contínua. Das Escrituras também sabiam que a oração deve incorporar certos elementos-tais como adoração, louvor, agradecimento, um sentimento de temor em santidade de Deus, o desejo de obedecer aos Seus mandamentos, a confissão do pecado, preocupação com os outros, perseverança e humildade.
Mas algo tinha dado errado, e por dias de Jesus a maioria dos judeus tinha esquecido os ensinamentos das Escrituras e até mesmo o som, os ensinamentos bíblicos de sua tradição. A maioria oração tornou-se formalizado, mecânica, mecânica, e hipócrita.
Depois de alertar contra essas perversões que tinha tão corrompidos vida de oração judaica, nosso Senhor agora dá um padrão divino pelo qual os cidadãos do reino pode orar de uma forma que é agradável a Deus.
Que a oração de Jesus está prestes a dar não era para ser repetido em si uma oração está claro por várias razões. Em primeiro lugar, na presente passagem é introduzido com as palavras, Pray, então, desta maneira. No relato de Lucas, os discípulos não pedir a Jesus para ensinar-lhes uma oração, mas para ensinar-lhes como a orar (Lc 11:1), e Paulo disse aos filósofos gregos sobre Mars Hill "Como até mesmo alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua prole" (At 17:28). Mas a Escritura torna inequivocamente claro que a paternidade dos incrédulos de Deus é apenas no sentido de ser o seu Criador. Espiritualmente, incrédulos ter outro pai. Em sua mais severa condenação dos líderes judeus que se opuseram e rejeitaram, Jesus disse: "Vós tendes por pai ao diabo" (Jo 8:44). É somente para aqueles que recebem Jesus que dá "o direito de se tornarem filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome" (Jo 1:12;. Conforme Rm 8:14; Gl 3:26; Hb. . 2: 11-14; 2Pe 1:4; conforme Ex 4:22; Jr 31:1). Eles também viu em uma maneira ainda mais íntimo e pessoal como seu pai espiritual e Salvador (Sl 89:26; 103:. Sl 103:13).

Mas ao longo dos séculos, por causa de sua desobediência ao Senhor e seu repetido flertando com os deuses pagãos dos povos ao seu redor, a maioria dos judeus haviam perdido o sentido da paternidade íntima de Deus. Eles viam Deus como Pai somente em um controle remoto, distante figura, desbotado que já havia guiado seus antepassados.
Jesus reafirmou a eles que suas Escrituras ensinado eo que fiéis, os judeus piedosos sempre acreditou: Deus é o Pai no céu ... daqueles que confiam nEle. Ele usou o título de Pai em todas as Suas orações, exceto o na cruz, quando Ele clamou: "Meu Deus, Meu Deus" (Mt 27:46), enfatizando a separação Ele experimentou em suportar o pecado da humanidade. Embora o texto usa o grego Pater ; é provável que Jesus usou o aramaico Abba quando deu esta oração. Não só era o aramaico a língua em que ele ea maioria dos outros judeus palestinos comumente falou, mas Abba (equivalente ao nosso "papai") carregava uma conotação mais íntimo e pessoal de Pater . Em um número de passagens, o termo Abba é utilizado até mesmo no texto grego, e normalmente é simplesmente transliterados nas versões em inglês (ver Mc 14:36; Rm 8:15; Gl 4:6;. Jo 10:29; Jo 14:21)?

Em terceiro lugar, conhecer a Deus como nosso Pai resolve a questão da solidão. Mesmo que somos rejeitados e abandonados pela nossa família, amigos, companheiros de fé, e no resto do mundo, sabemos que nosso Pai celestial nunca nos deixará ou nos abandonará. "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei, e divulgará-me a ele" (Jo 14:21; conforme Ps 68: 5-6.).

Em quarto lugar, sabendo paternidade de Deus deve resolver a questão do egoísmo. Jesus nos ensinou a orar, Nosso Pai , usando o pronome no plural porque somos companheiros de crianças com todo o resto da família de Deus. Não há pronome pessoal singular em toda a oração. Oramos segurando a Deus o que é melhor para todos, não apenas para um.

Em quinto lugar, conhecer a Deus como nosso Pai resolve a questão de recursos. Ele é nosso Pai, que [é] no céu . Todos os recursos do céu estão disponíveis para nós quando nós confio a Deus como nosso Fornecedor celeste. Pai Nosso "nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" (Ef 1:3), quanto mais somos nós, como filhos adotivos, para fazer apenas a vontade Dele. A obediência a Deus é uma das marcas supremos de nosso relacionamento com Ele como Seus filhos. "Pois quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe" (Mt 12:50).

No entanto, em sua graça, Deus ama e cuida até mesmo para seus filhos que são desobedientes. A história de Lucas 15 deve ser chamado a parábola do pai amoroso, em vez de o filho pródigo. É antes de tudo um retrato de nosso Pai celestial, que pode perdoar uma criança auto-justos que permanece moral e vertical e também perdoar aquele que se torna dissoluto, se afasta e volta.

Nosso Pai , então, indica ânsia de Deus para emprestar sua orelha, Seu poder e Sua bênção eterna às petições de Seus filhos se lhes serve melhor e mais revela o Seu propósito e glória.

Prioridade de Deus

santificado seja o vosso nome. (6: 9-C)

No início Jesus dá um aviso contra a oração egoísta. Deus é ter prioridade em todos os aspectos de nossas vidas, e, certamente, em nossos momentos de profunda comunhão com Ele. Oração não é para ser uma rotina casual que dá passagem homenagem a Deus, mas deve abrir grandes dimensões de reverência, admiração, apreço, honra e adoração. Esta frase introduz uma proteção contra qualquer sentimentalismo ou o uso excessivo e abuso do Pai , que é propenso a ser sentimentalizadas.

De Deus nome significa infinitamente mais do que Seus títulos ou nomes. Ele representa tudo o que Ele é, Seu caráter, planejar e vontade. Quando Moisés subiu ao monte Sinai para receber os mandamentos pela segunda vez, ele "invocou o nome do Senhor. Então, o Senhor passou por diante dele e proclamou:" O Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, longânimo e grande em benignidade e em verdade; que guarda a beneficência em milhares, que perdoa a iniqüidade, a transgressão eo pecado "(Ex 34:5-7.). As características de Deus dadas nos versículos 6:7 são o equivalente de "o nome do Senhor" mencionado no versículo 5.

Não é porque nós simplesmente saber títulos de Deus que nos ama e confia nele, mas porque sabemos que o Seu caráter. "Aqueles que conhecem o teu nome confiam em ti", disse Davi, "Porque tu, ó Senhor, não abandonas aqueles que te buscam" (Sl 9:10). O nome de Deus é visto em Sua fidelidade. Em outro salmo Davi declarou: "Eu te darei graças ao Senhor segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do Senhor, o Altíssimo" (Sl 7:17; conforme 13 1:19-113:4'>113 1:4.). Na forma típica da poesia hebraica, a justiça de Deus e Seu nome são paralelo, mostrando a sua equivalência. Quando o salmista disse: "Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos se vangloriar em nome do Senhor, nosso Deus" (20: 7), ele tinha muito mais em conta do que o título pelo qual Deus é chamado . Ele falou sobre a plenitude da pessoa de Deus.

Cada um dos nomes do Velho Testamento muitas e títulos de Deus mostra uma faceta diferente de Seu caráter e vontade. Ele é chamado, por exemplo, Elohim , o Deus Criador; El Elyon ", o Criador dos céus e da terra"; Jeová Jiré , "o Senhor proverá"; Jeová Shalom , "o Senhor nossa paz"; Jeová Tsidkenu , "o Senhor nossa justiça "; e muitos outros. Todos esses nomes falar dos atributos de Deus. Seus nomes não só dizer quem ele é, mas como Ele é.

Mas o próprio Jesus dá o ensinamento mais claro sobre o que significa o nome de Deus, porque Jesus Cristo é o maior nome de Deus. "Manifestei o teu nome aos homens que me deste para fora do mundo" (Jo 17:6) de Deus, Jesus foi a manifestação perfeita do nome de Deus.

Hallowed é uma palavra em Inglês arcaico usado para traduzir uma forma de hagiazo , o que significa tornar santo. Palavras da mesma raiz são traduzidas "santo, santo, santificar santificação", etc. povo de Deus são ordenados a ser santo (1Pe 1:16), mas Deus é reconhecido como sendo santo. Esse é o significado de Oração , santificado seja o teu nome : atribuir a Deus a santidade que já é, e sempre foi, acima de tudo e exclusivamente Seu. Para santificar o nome de Deus é a reverenciar, honra, glorificar, e obedecê-Lo como singularmente perfeito. Como João Calvin observado, que o nome de Deus deve ser santificado não era nada além de dizer que Deus deve ter sua própria honra, da qual ele era tão digno, que os homens nunca deveriam pensar ou falar dele sem a maior veneração (citado em uma harmonia dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas [Grand Rapids: Baker, 1979], p 318)..

O nome de consagração a Deus, como qualquer outra manifestação da justiça, começa no coração. "Santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações" Pedro nós (1Pe 3:15) diz, usando uma forma de a palavra que santificadas traduz.

Quando nos santificar Cristo em nossos corações vamos também santificá-lo em nossas vidas. Nós santificar o nome quando reconhecemos que Ele existe. "Aquele que vem de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam" (He 11:6.).Quando comer, beber, e fazer tudo para a glória de Deus (1Co 10:31), que é santificar o Seu nome. Finalmente, para santificar o nome de Deus é atrair outros a ele pelo nosso compromisso, para "deixar o [nosso] luz diante dos homens, de tal forma que vejam as [nossas] boas obras e glorifiquem a [nosso] Pai que está nos céus "(Mt 5:16). Sl 34:3). No reino humano poderia se encaixar com o reino de Deus, mesmo parcialmente homem pecador não poderia ser uma parte de um reino divino. É por isso que nós não avançar o reino de Deus, tentando melhorar a sociedade humana. Muitas causas boas e dignas merecem o apoio dos cristãos, mas no apoio a essas causas que nem construir o reino terrestre de Jesus Cristo, ou trazê-lo para mais perto. Mesmo o melhor dos tais coisas são, mas segurando ações que ajudam a retardar a corrupção que sempre e inevitavelmente vai caracterizar as sociedades humanas e humanos reinos, até à vinda do Senhor para estabelecer sua própria perfeito reino .

O reino de Deus, ou do céu, era o coração da mensagem de Jesus. Ele veio para "pregar o reino de Deus" (Lc 4:43). Não há outro evangelho, mas a boa notícia do reino de nosso Senhor e do Seu Cristo.Sempre e onde quer que fosse, Jesus pregou a mensagem da salvação, como entrada para o reino. Ele ainda afirmou que ele "deve pregar o reino ... para eu fui enviado para este fim" (Lc 4:43). Para os quarenta dias que Jesus permaneceram na terra entre Sua ressurreição e ascensão Ele falou aos discípulos "das coisas a respeito do reino de Deus" (At 1:3). Ele estava presente no momento do ministério terrestre de Jesus, no sentido de que o verdadeiro Rei divina estava presente "no meio de vós" (Lc 17:21, lit.). Mas o foco particular de nossa oração é para estar no reino que ainda está por vir .

Deus agora e sempre governou o reino do universo. Ele a criou, e Ele controla, ordens dele, e prende-lo em conjunto. Como comenta Tiago Orr: "Não é, portanto, reconhecida nas Escrituras ... um reino natural e universal ou domínio de Deus abraçando todos os objetos, pessoas e eventos, todas as ações de indivíduos e nações, todas as operações e mudanças de natureza e história, absolutamente sem exceção . "... (citado por Alva J. McClain, A Grandeza do Reino [Winona Lake, Ind .: BMH Books, 1980], p. 22). Deus é um "reino eterno" (Sl 145:13; 13 29:12'>113 29:12'> Crônicas 29: 11-12.; Etc.) .

Mas o fato mais óbvio da vida é que Deus não está agora no poder na terra como Ele governa no céu (Mt 6:10 c ) —e é o divino terrena reino devemos orar vai vir . Nossa oração deve ser para Cristo voltar e para estabelecer o Seu reino terrestre, para acabar com o pecado e impor a obediência à vontade de Deus. O Senhor, então, "regerá com vara de ferro" (Ap 2:27; conforme Is 30:14;.. Jr 19:11). Depois de mil anos Seu reino terreno irá misturar em seu reino eterno, e não haverá distinção entre Seu governo na Terra e Seu governo no céu (veja Ap 20:21).

O grego deste versículo poderia ser traduzida como "Vamos Venha o teu reino agora "Há, portanto, um sentido em que oramos para o reino de Deus venha atualmente. De certa forma presente e limitado, mas real e milagrosa, o reino de Deus está vindo para a terra cada vez que uma nova alma é trazido para o reino.

Em primeiro lugar, o reino vem desta forma por conversão (Matt. 18: 1-4). Assim, a oração deve ser evangelístico e missionário de para os novos convertidos, novos filhos de Deus, novos cidadãos do reino.Conversão para o reino envolve um convite (Mt 22:1-14.), Arrependimento (Marcos 1:14-15), e uma resposta dispostos (Marcos 12:28-34; Lucas 9:61-62). O presente existência do reino na Terra é interna, nos corações e mentes daqueles que pertencem a Jesus Cristo, o Rei. Devemos orar para que o seu número para poderosamente aumentar. Orando para o reino vindouro, nesse sentido, está orando pela salvação das almas. Cada crente deve procurar outros que podem cantar, "Rei da minha vida, eu coroar Ti agora, Tua deve ser a glória" ("Lead Me para o Calvário," por Jennie Evelyn Hussey).

reino para o qual estamos a Oração, e de que agora temos um gosto, é de valor infinito. "O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo" ou uma "pérola de grande valor" que uma pessoa vende todos os seus bens para comprar (13 44:40-13:46'>Mat. 13 44:46). O seu valor é tão grande que cada uma dessas parábolas enfatiza que o procurador vendeu tudo o que tinha para comprar a salvação (conforme Mt 10:37).

Em segundo lugar, o reino vem agora através do compromisso. O desejo dos que já convertido deve ser o de responder à regra do Senhor em suas vidas agora para que Ele governa neles como Ele governa no céu. Quando oramos como Jesus ensina que continuamente vai orar para que a nossa vida vai honrar e glorificar nosso Pai no céu.
A chamada para o reino vir também está relacionada com a segunda vinda do Senhor. João diz no último capítulo do Apocalipse: "Aquele que dá testemunho destas coisas diz:" Sim, venho sem demora. "Amém. Vem, Senhor Jesus "(22:20).

Naquele dia, nossas orações serão finalmente respondidas. Como o hino de Isaque Watts começa assim: "Jesus reinará onde 'antes que o sol faz as suas sucessivas viagens que correr. Sua propagação reino de costa a costa,' til lua deve cera e não mais minguar. Paulo enfatiza que esperava o reino para vir em sua forma final não é tanto à procura de um evento como uma pessoa-próprio Rei (1Ts 1:10).

Plano de Deus

Seja feita vossa vontade, assim na terra como no céu. (6: 10b)

Muitas pessoas perguntam como a soberania de Deus pode estar relacionado à oração pela Sua vontade seja feita. Se Ele é soberano, não é a Sua vontade inevitavelmente feito? Será que a nossa vai substituir a Sua vontade quando oramos sinceramente e sinceramente? Esse é um dos grandes paradoxos da Escritura, um paradoxo sobre o qual os calvinistas e arminianos têm debatido por séculos. Deve ser evidente que este paradoxo, como os de Deus ser três em um e Jesus sendo totalmente Deus e totalmente homem, deve ser deixado para a mente infinita de Deus, porque é muito além da mente humana finita de compreender. Mas o que parece uma contradição impossível para nós não é dilema para Deus. Nós prendemos duas verdades, aparentemente paradoxal, em tensão perfeito com a fé na mente infinita de Deus, que resolve todas as coisas em perfeita, a verdade não-contraditória (Dt 29:29).

É absolutamente claro nas Escrituras que Deus é soberano e não apenas permite, mas ordena que o homem exercício vontade própria em determinadas áreas. Se o homem não foi capaz de fazer suas próprias escolhas, os mandamentos de Deus seria inútil e sem sentido e seus castigos cruéis e injustas. Se Deus não agiu em resposta a oração, o ensinamento de Jesus sobre a oração também seria inútil e sem sentido.Nossa responsabilidade não é resolver o dilema, mas a acreditar e agir sobre as verdades de Deus, se alguns deles parecem conflito ou não. Para comprometer uma das verdades de Deus em um esforço para defender outro é o material de que é feita a heresia. Estamos a aceitar cada parte de toda a verdade da Palavra de Deus, deixando a resolução de eventuais conflitos aparentes para ele. Tentativa em um nível humano para resolver todos os aparentes paradoxos nas Escrituras é um ato de arrogância e um ataque à verdade e intenção da revelação de Deus.
Quando oramos Tua será feito , estamos orando primeiro lugar, que a vontade de Deus tornar-se nossa própria vontade. Em segundo lugar, estamos orando para que Sua vontade prevaleça em todo omundo, uma vez que [faz] no céu .

Compreensão equivocada da Vontade de Deus

Muitas pessoas, incluindo muitos crentes, entendem erroneamente esta parte da oração dos discípulos. Vendo a soberania de Deus simplesmente como a imposição absoluta da vontade de um ditador, alguns crentes são ressentido. Quando, ou se, eles rezam para que Sua vontade seja feita, eles rezam para fora de um sentimento de compulsão. A vontade de Deus tem que ser feito, e Ele é muito forte para resistir;Então, o que seria o ponto de Oração o contrário? A conclusão lógica da maioria das pessoas que olham para Deus em que maneira é que não há nenhum ponto a oração certamente não às petições. Por que perguntar para o inevitável?
Outras pessoas são mais caridosos em seus sentimentos a respeito de Deus. Mas porque, também, acreditar Sua vontade é inevitável, eles rezam fora de resignação passiva. Eles rezam para que a vontade de Deus seja feita simplesmente porque é isso que o Senhor lhes diz para fazer. Eles são resignAdãoente obediente. Eles não rezam tanto de fé como de capitulação. Eles não tentam colocar suas vontades em acordo com a vontade divina, mas sim mudar suas próprias vontades em ponto morto, deixando a vontade de Deus o seu curso.

É fácil para os cristãos a cair em orando dessa forma. Mesmo nos primeiros dias da igreja, quando a fé em geral, era forte e vital, a oração pode ser passiva e unexpectant. Um grupo de discípulos em causa estava orando na casa de Maria, mãe de João Marcos, para a libertação de Pedro da prisão. Enquanto eles estavam orando, Pedro foi libertado por um anjo e veio para a casa e bateu na porta. Quando uma criada chamada Rode veio até a porta e reconheceu a voz de Pedro, ela correu para dentro de dizer aos outros, esquecendo-se de deixá-Pedro. Mas o grupo de oração não acreditava nela, e pensei que tinha ouvido um anjo. Quando Pedro foi finalmente admitiu, "o viram e ficaram maravilhados" (At 12:16). Eles aparentemente estava orando para o que eles realmente não acreditava que iria acontecer.

A nossa própria oração vive muitas vezes são fracos porque não oramos com fé; não esperamos que a oração mudar nada. Oramos por um senso de dever e obrigação, inconscientemente pensando que Deus vai fazer exatamente como Ele quer fazer de qualquer maneira Jesus contou a parábola da viúva importuna-que se recusou a aceitar o status quo e persistiu na mendicidade, apesar de ter recebido nenhuma —resposta com o propósito de nos proteger contra esse tipo de resignação passiva e não espiritual. "Agora ele estava dizendo a eles uma parábola para mostrar que em todas as vezes que eles devem orar e não desanimar" (Lc 18:1; conforme Mt 21:12-13).

Para orar para que a vontade de Deus seja feita na terra é rebelar-se contra a idéia, ouvido hoje mesmo entre os evangélicos, que praticamente todos, coisa corrupto mau que fazemos ou o que é feito para nós é de alguma forma santa vontade de Deus e deve ser aceito de Sua mão com ações de graças. Nada mau ou pecaminoso vem da mão de Deus, mas somente a partir do lado de Satanás. Para orar por justiça é orar contra a maldade. Para orar pela vontade de Deus seja feita é orar para que a vontade de Satanás de ser desfeita.

Para orar pela vontade de Deus seja feita é chorar com Davi, "Levante-se Deus, deixe os seus inimigos sejam dispersos, e deixar que aqueles que O odeiam fugir diante dele" (Sl 68:1).

Orar é justamente a orar com fé, crendo que Deus vai ouvir e responder as nossas orações. Eu acho que o maior obstáculo para a oração não é a falta de técnica, a falta de conhecimento bíblico, ou até mesmo a falta de entusiasmo para a obra do Senhor, mas a falta de fé. Nós simplesmente não orar com a expectativa de que nossas orações vão fazer a diferença em nossas vidas, em outras vidas das pessoas, na igreja, ou no mundo.

Há três aspectos distintos da vontade de Deus como Ele revela para nós em Sua Palavra. Em primeiro lugar, é o que pode ser chamado de Sua vontade de propósito, o vasto, abrangente e tolerar vontade de Deus expressa na revelação de Seu plano soberano que encarna todo o universo, incluindo o céu, inferno, ea terra. Esta é a vontade suprema de Deus, da qual Isaías escreveu: "O Senhor dos Exércitos jurou dizendo:" Certamente, assim como eu ter pretendido por isso que aconteceu, e assim como eu planejei por isso vai ficar '"(Is 14:24. ...; conforme Jr 51:29; Rm 8:28; Efésios 1:9-11; etc.). Esta é a vontade de Deus que permite que o pecado para o seu curso e que Satanás tem o seu caminho por uma temporada. Mas com o passar do pecado tempo designado por Deus e o caminho de Satanás vai acabar exatamente conforme o planejado e presciência de Deus.

Em segundo lugar, é o que pode ser chamado de vontade do desejo de Deus. Isso está dentro de Sua vontade de propósito e completamente coerente com ela. Mas é mais específico e focado. Ao contrário de vontade do propósito de Deus, a Sua vontade de desejo nem sempre é cumprido; na verdade, é muito insatisfeito em relação à vontade de Satanás na presente época.

Jesus desejava muito que Jerusalém será salvo, e Ele orou, pregou, curados, e ministrou entre os seus povos para o efeito. Mas poucos acreditaram nele; mais rejeitado, e alguns até crucificaram. "Jerusalém, Jerusalém," Ele orou. "Eu queria reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e você não iria tê-lo!" (Lc 13:34). Essa foi a experiência repetida do Filho de Deus, que veio à terra para que os homens tenham vida, ea tenham em abundância. Como os judeus incrédulos em Jerusalém, a maioria das pessoas não estavam dispostos a vir a Jesus para que a vida abundante (Jo 5:40; conforme 1 Tim. 2:. 1Tm 2:4; 2Pe 3:92Pe 3:9).

Vontade do propósito de Deus abraça o fim último deste mundo, segunda vinda de Cristo eo estabelecimento de Seu reino eterno. Sua vontade de desejo abraça conversão; e Sua vontade de comando abraça o compromisso e obediência de Seus filhos.

O grande inimigo da vontade de Deus é o orgulho. O orgulho fez com que Satanás se rebelar contra Deus, e orgulho faz com que os incrédulos rejeitar a Deus e crentes desobedecer-lhe. Porque a vontade de Deus para ser aceito e para receber oração com sinceridade e com a fé, a auto-vontade deve ser abandonado no poder do Espírito Santo. "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, para apresentar os vossos corpos em sacrifício vivo e santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a vontade de Deus é, o que é bom, agradável e perfeita "(Rom. 12: 1-2).

Quando oramos com fé e em conformidade com a vontade de Deus, a oração é uma graça santificante que muda nossas vidas drasticamente. A oração é um meio de santificação progressiva. João Hannah disse: "O fim da oração não é respostas tanto tangíveis como uma vida aprofundamento da dependência ... A chamada para a oração é um chamado ao amor, submissão e obediência, ... a avenida de doce, intimista e intensa comunhão do alma com o Criador infinito. "
A chamada do crente é trazer o céu à terra Ao santificar o nome do Senhor, deixando que Seu reino venha, e procurar fazer a Sua vontade.
Nos versículos 11:13 a Jesus dá três petições. O primeiro refere-se a nossa vida física e do presente ( pão de cada dia ), a segunda para a nossa vida mental e emocional e do passado ( dívidas ), ea terceira para a nossa vida espiritual e para o futuro ( tentação e do mal ).

36. A oração dos discípulos — Parte 2 (Mateus 6:9-15)

Pray, então, da seguinte maneira: "Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome Venha o teu reino Seja feita vossa vontade, assim na terra como no céu Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia e perdoa-nos o nosso.... dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores. E não nos levam em tentação, mas livrai-nos do mal. [Porque teu é o reino, o poder ea glória, para sempre. Amém.] "Porque, se perdoardes aos homens por suas transgressões, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Mas se não perdoardes aos homens, então o vosso Pai não perdoará as vossas ofensas. (6: 9-15)

Provisão de Deus

Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia. (06:11)

Embora possa ter sido uma verdadeira preocupação nos tempos do Novo Testamento, para muitos cristãos no mundo ocidental hoje, esse pedido pode parecer desnecessária e inadequada. Por que devemos pedir a Deus por aquilo que já temos em abundância? Por que, quando muitos de nós precisa consumir menos comida do que nós, peça a Deus para suprir nosso pão de cada dia ? O que seria um pedido totalmente compreensível de um cristão na Etiópia ou o Camboja, parece irrelevante na boca de um americano bem alimentados.

Mas essa parte da oração dos discípulos, como qualquer outro, se estende para além do primeiro século a todos os crentes, em todas as épocas e em todas as situações. Neste padrão para a oração, nosso Senhor dá todos os ingredientes necessários para Oração. Podemos ver cinco elementos-chave neste pedido de provisão de Deus: a substância, a fonte, a súplica, as requerentes, bem como o calendário.

A Substância

Pão representa não só alimentos, mas é simbólico de todas as nossas necessidades físicas. João Stott observou que a Martin Luther, "tudo que é necessário para a preservação da vida é pão, incluindo alimentos, um corpo saudável, tempo bom, casa, casa, esposa, filhos, um bom governo, e paz" ( Cristão Counter-Cultura : A Mensagem do Sermão da Montanha [Downers Grove, Ill .: InterVarsity de 1978], p 149)..

É maravilhoso para entender que o Deus que criou todo o universo, que é o Deus de todo o espaço e tempo e da eternidade, que é infinitamente santo e completamente auto-suficiente, deve se preocupar com fornecimento de nossos necessidades físicas e deve estar preocupado que nós receber comida suficiente para comer, roupas para vestir, e um lugar para descansar. Deus obriga-se para suprir nossas necessidades.

Esta parte da oração é na forma de uma Pedido, mas é também uma afirmação-é por isso que é tão apropriado para aqueles que estão bem alimentados, como para aqueles que têm pouco para comer. Acima de tudo é uma afirmação de que todas as coisas boas que temos vem da mão da graça de Deus (Jc 1:17).

A fonte

Isso nos conduz à fonte, que é Deus. O Pai é aquele abordadas ao longo de oração, Aquele que é elogiado e peticionou.

Quando todas as nossas necessidades sejam atendidas e tudo está indo bem em nossas vidas, somos inclinados a pensar que estamos levando nossa própria carga. Conquistamos nosso próprio dinheiro, comprar nossa própria comida e roupas, para pagar nossas próprias casas. No entanto, mesmo a pessoa que mais trabalhava deve a tudo o que ele ganha para a provisão de Deus (conforme Dt 8:18). A nossa vida, respiração, saúde, bens, talentos e oportunidades de tudo, provenientes de recursos que Deus criou e disponibilizados para o homem (ver Atos 17:24-28). Depois os cientistas fizeram todas as suas observações e cálculos, ainda há o elemento inexplicável do projeto, a origem eo funcionamento do universo. É inexplicável, ou seja, além de Deus, que mantém todos juntos (Heb. 1: 2-3).

Deus providenciou para o homem antes mesmo de criar o homem. Man foi a criação final de Deus, e depois que Ele fez e abençoou Adão e Eva Ele disse: "Eis que vos tenho dado todas as plantas dão semente que está na superfície de toda a terra, e toda árvore que tem fruto que dê semente, que deve de alimento para vocês "(Gn 1:29). Desde aquela época Deus continuou a fornecer uma abundância de alimento para a humanidade, em uma variedade quase ilimitada.

No entanto, Paulo nos diz que "o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, ... e exigem abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos compartilhada por aqueles que crêem e conhecem a verdade. Por tudo que foi criado por Deus é bom, e nada deve ser rejeitado, se for recebido com gratidão, pois é santificado por meio da palavra de Deus e pela oração "(1Tm 4:1, 10-11).

Deus não se obrigar a satisfazer as necessidades físicas de cada um, mas apenas daqueles que confiam nEle. No Salmo 37 Davi fala aos crentes que "confiança no Senhor" (v. 3), "delícia ... no Senhor" (v. 4), "cometem [seu] caminho ao Senhor" (v. 5), "Descansa no Senhor e espera nele" (v. 7), "Deixa a ira, e" não se preocupe "(v. 8) Ele diz:." Fui moço, e agora sou velho; Ainda não vi o justo desamparado, ou sua descendência a mendigar o pão "(v. 25).

Os Seekers

nos da oração-modelo de Jesus são aqueles que pertencem a Ele. Falando aos crentes, Paulo escreveu: "Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também dará e multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça, você será enriquecido em tudo para toda a liberalidade, a qual por meio de nós é a produção de agradecimento a Deus "(2 Cor. 9: 10-11).

Jesus disse: "Em verdade eu vos digo, não há ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos ou pais, ou filhos, por amor do reino de Deus, que não receba muitas vezes mais neste momento e no era por vir, a vida eterna "(Lucas 18:29-30). Deus irrevogavelmente compromete-se a satisfazer as necessidades essenciais de sua autoria.

A maior causa de fome e as doenças concomitantes no mundo não é pobre práticas agrícolas ou políticas econômicas e políticas pobres. Também não é a raiz do problema da falta de recursos científicos e tecnológicos ou mesmo superpopulação. Esses problemas só agravam o problema básico, que é espiritual. Apenas cerca de quinze por cento da terra arável no mundo é utilizada para a agricultura, e que apenas a metade do ano. Não há maior área do mundo que com a tecnologia adequada não é capaz de suportar a sua própria população e muito mais.
Essas partes do mundo que não têm raízes cristãs invariavelmente colocar um valor baixo na vida humana. A pobreza na Índia, por exemplo, pode ser colocada nos pés do hinduísmo, a religião pagã que gerou uma série de outras religiões. De acordo com a Encyclopaedia Britannica e Manual do Eerdman de Religiões do Mundo , budismo, jainismo, sikhismo e vir do hinduísmo. Xintoísmo, o zoroastrismo, o confucionismo, taoísmo e não o fazem.

Para os hindus, o homem é, mas a encarnação de uma alma no seu caminho para moksha , uma espécie de "emancipação final", durante o qual viagem ele passa por incontáveis, talvez intermináveis, ciclos de reencarnação, tanto em animais e forma humana. Ele trabalha o seu caminho até formas mais elevadas de boas ações e regride para diminuir formas por pecar. A pobreza, a doença, a fome e são, portanto, vistas como castigos divinos para que as pessoas envolvidas devem fazer penitência, a fim de ter nascido em uma forma mais elevada. Para ajudar uma pessoa em situação de pobreza ou doença é interferir com o seu karma e, portanto, fazer-lhe mal espiritual. (Para uma discussão de moksha , consulte Encyclopedia Britannica , Micropédia, VI, p 972;. Para uma discussão mais geral, veja Encyclopaedia Britannica ..., Macropædia, vol 8, pp 888-908 Consult, também, o Manual do Eerdman de Religiões do Mundo [Grand Rapids: Eerdmans, 1982]).

Todos os animais são considerados encarnações ou de homens ou divindades. As vacas são consideradas sagradas especialmente porque eles são divindades-de que o hinduísmo tem algum 330 milhões encarnado. As vacas não apenas não são para ser comido, mas também para o problema alimentar, consumindo 20 por cento da oferta total de alimentos da Índia. Mesmo ratos e camundongos, que comem 15 por cento do fornecimento de alimentos, não são mortos, porque eles podem ser seus parentes reencarnados.
Assim como o paganismo é a grande praga da Índia, da África, e muitas outras partes do mundo, o cristianismo tem sido a bênção do Ocidente. Europa e os Estados Unidos, embora nunca totalmente cristã, em qualquer sentido bíblico, têm sido imensamente abençoado por causa da influência cristã sobre filosofia e política político, social e econômico. As grandes preocupações com os direitos humanos, o cuidado com os pobres, orfanatos, hospitais, reforma do sistema prisional, a reforma racial e escravos, e uma série de outras preocupações não veio do paganismo ou humanismo, mas do cristianismo bíblico.Por outro lado, a visão degradada atual da vida humana reflete na baixa vista da família e crescente aprovação legal e social do aborto, infanticídio, ea eutanásia são o legado do humanismo e ateísmo prático.
Sem uma visão correta de Deus, não pode haver uma visão própria do homem. Aqueles que têm uma visão correta de Deus e também um relacionamento correto com Ele através de Jesus Cristo são prometidas a prestação de seu Pai celestial. "Por esta razão," Jesus diz: "Eu vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou pelo que haveis de beber;., Nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir é não a vida mais do que a comida, eo corpo mais do que roupa ... Por todas estas coisas os gentios procuram avidamente;? pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça,. e é aditado todas estas coisas a vós "(6:25 Matt., 32-33).
Às vezes, Deus providenciou para Seus filhos através de meios milagrosos, mas Sua principal forma de disposição é através do trabalho, para o qual Ele deu a vida, energia, recursos e oportunidades. Sua principal forma de cuidar daqueles que não podem trabalhar é através da generosidade daqueles que são capazes de trabalhar. Se ele faz isso, direta ou indiretamente, Deus é sempre a fonte de nosso bem-estar físico. Ele faz a terra para produzir o que precisamos, e Ele nos dá a capacidade de consegui-lo.

O Cronograma

O cronograma de provisão de Deus para Seus filhos é diária. O significado aqui é simplesmente o de fornecimento regular, o dia-a-dia das nossas necessidades. Estamos a contar com o Senhor, um dia de cada vez. Ele pode nos dar visão para a obra que Ele nos chama a fazer no futuro, mas Sua provisão para as nossas necessidades é diária, não semanal, mensal ou anual. Para aceitar a provisão do Senhor para os dias atuais, sem se preocupar com as nossas necessidades ou bem-estar amanhã, é um testemunho do nosso contentamento na sua bondade e fidelidade.

Perdão de Deus

E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores. (6:12)

Opheilēma ( dívidas ) é um dos cinco do Novo Testamento termos gregos para o pecado. Hamartia é o mais comum e carrega a idéia raiz de errar o alvo. Pecado erra o alvo da norma de justiça. De DeusParaptōma , muitas vezes traduzida como "transgressão", é o pecado de escorregar ou cair, e resulta mais do descuido que de desobediência intencional. parábase refere-se a pisar em toda a linha, indo além dos limites prescritos pela Deus, e é muitas vezes traduzida como "transgressão". Este pecado é mais consciente e intencional de hamartia e paraptōma . Anomia significa ilegalidade, e é um pecado ainda mais intencional e flagrante. É rebelião direta e aberta contra Deus e Seus caminhos.

O substantivo opheilēma é usado apenas algumas vezes no Novo Testamento, mas a sua forma verbal é encontrado com freqüência. Dos cerca de trinta vezes ele é usado em sua forma verbal, vinte e cinco vezes refere-se a dívidas morais ou espirituais. O pecado é uma dívida moral e espiritual de Deus que deve ser pago. Em seu relato desta oração, Lucas usa hamartia ("pecados", Lc 11:4). O homem natural não quer seu pecado curada, porque ele ama mais as trevas do que a luz (Jo 3:19).

Os que confiam no Senhor Jesus Cristo, receberam o perdão de Deus pelo pecado e são salvos do inferno eterno. E uma vez que, como já vimos, esta oração é dada aos crentes, os débitos referidos aqui são os incorridos pelos cristãos quando eles pecado. Infinitamente mais importante do que a nossa necessidade de pão de cada dia é a nossa necessidade de perdão contínuo de pecado.

Arthur Rosa escreve em uma exposição de o Sermão da Montanha (Grand Rapids: Baker, 1974), pp. 163-64:

Como ele é contrário à santidade de Deus, o pecado é uma profanação, uma desonra e uma vergonha para nós, pois é uma violação de Sua lei. É um crime, e quanto à culpa que entramos em contato, assim, é uma dívida. Como criaturas temos uma dívida da obediência para nosso criador e governador, e pela não rendem o mesmo por conta de nossa desobediência posto, o que implicou uma dívida de castigo; e é por isso que nós imploramos o perdão divino.

A Provisão

Porque maior problema do homem é o pecado, sua maior necessidade é o perdão, e isso é o que Deus oferece. Apesar de ter sido perdoado da pena final do pecado, como cristãos devemos perdão constante de Deus para os pecados que continuam a cometer. Devemos orar, portanto, perdoe-nos . O perdão é o tema central de toda esta passagem (vv. 9-15), sendo mencionada seis vezes em oito versos. Tudo leva a ou questões de perdão.

Os crentes têm experimentado uma vez por todas o perdão judicial de Deus, que eles receberam o momento em que Cristo foi confiado como Salvador. Nós já não estão condenados, não mais sob julgamento, não mais destinados ao inferno (Rm 8:1).

Mas porque ainda cair em pecado, que frequentemente exigem gracioso perdão de Deus, o Seu perdão não agora como juiz, mas como Pai. "Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos, ea verdade não está em nós", João avisa os crentes. Mas, ele continua a garantir-nos: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (I João 1:8-9).

Durante a Última Ceia, Jesus começou a lavar os pés aos discípulos como uma demonstração do humilde, servindo espírito que devem ter como Seus seguidores. A princípio Pedro recusou, mas quando Jesus disse: "Se eu não te lavar, não terás parte comigo", Pedro foi para o outro extremo, querendo ser banhado todo. Jesus respondeu: "Aquele que se banhou não necessita de lavar os pés, pois está todo limpo;. E vós estais limpos, mas não todos vocês ' Para Ele sabia o que o traía, por esta razão Ele disse: 'Nem todos estais limpos "(13 5:43-13:11'>João 13:5-11).

Ato de lava-pés de Jesus foi, portanto, mais do que um exemplo de humildade; era também uma figura do perdão que Deus dá em Sua limpeza repetida daqueles que já estão salvos. Sujeira nos pés simboliza a contaminação diária superfície do pecado que nós experimentamos como nós caminhamos pela vida. Não se trata, e não pode, fazer-nos inteiramente sujo, porque temos sido permanentemente limpos do que isso. A purga posicional da salvação que ocorre a regeneração não precisa de repetição, mas a purga prática é necessária a cada dia, pois a cada dia estamos aquém da santidade perfeita de Deus.

Como juiz, Deus está ansioso para perdoar os pecadores, e como Pai Ele é ainda mais ansioso para continuar a perdoar Seus filhos. Centenas de anos antes de Cristo, Neemias escreveu: "Tu és um Deus de perdão, clemente e compassivo, lento para a cólera, e abundante em benignidade" (Ne 9:17). Tão vasto e penetrante como o pecado do homem é, Deus o perdão é mais vasto e maior. Onde abunda o pecado, a graça de Deus abunda ainda mais (Rm 5:20).

Um apelo

Pedir perdão implica confissão. Pés que não são apresentados a Cristo não podem ser lavados por Ele. Pecado que não é confessado não pode ser perdoado. Essa é a condição João deixa claro no texto que acabamos de citar acima: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1Jo 1:9). João Stott diz: "Um dos antídotos mais corretos para o processo de endurecimento moral é a prática disciplinada de descobrir nossos pecados de pensamento e perspectivas, bem como da palavra e da ação, e o abandono arrependido deles" ( confessar seus pecados [ Waco, Tex .: Palavra, 1974], p. 19).

O verdadeiro cristão não ver promessa do perdão de Deus como uma licença para pecar, uma maneira de abusar de seu amor e abusar da sua graça. Ao contrário, ele vê gracioso perdão de Deus como meio de crescimento espiritual e santificação e continuamente dá graças a Deus por Seu grande amor e vontade de perdoar e perdoar e perdoar. Também é importante perceber que a confessar o pecado dá glória a Deus quando Ele castiga o cristão desobediente porque remove qualquer queixa de que Deus é injusto quando Ele disciplina.
Um santo Puritan de muitas gerações atrás orou: "Concedei-me a nunca perder de vista a excessiva malignidade do pecado, a justiça superior da salvação, a glória superior de Cristo, a beleza da santidade superior, ea maravilha superior de graça." Em outra ocasião, ele orou: "Eu sou culpado, mas perdoado. Eu estou perdido, mas salvo. Estou vagando, mas encontrou. Eu estou pecando, mas limpo. Dá-me o coração contrito perpétua. Mantenha-me sempre agarrado a Tua cruz" (Arthur Bennett, ed,. O Valley da Vision: A Collection dUma Oraçãos puritanos e Devoções [Edinburgh: Banner da Verdade, 1975], pp 76, 83)..

O pré-requisito

Jesus dá a pré-requisito para receber o perdão nas palavras, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores . O princípio é simples, mas preocupante: se nós temos perdoado, seremos perdoados; se não tivermos perdoado, não será perdoado.

Devemos perdoar porque é o caráter de justiça, e, portanto, da vida de fé cristã, a perdoar. Os cidadãos do reino de Deus são abençoados e receber misericórdia porque eles próprios são misericordiosos (Mt 5:7).

Estamos também a ser motivados a perdoar por causa do exemplo de Cristo. "Seja gentil com o outro", diz Paulo, "compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou" (Ef 4:32). João nos diz: "Aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou" (1Jo 2:6).

Perdoar os outros também libera a consciência de culpa. A falta de perdão não só se destaca como uma barreira para o perdão de Deus, mas também interfere com a paz de espírito, felicidade, satisfação, e até mesmo o bom funcionamento do corpo.

Perdoar os outros é de grande benefício para toda a congregação dos crentes. Provavelmente, algumas coisas têm tão curto-circuito no poder da igreja como os conflitos não resolvidos entre seus membros."Se eu atender à iniqüidade no meu coração", o salmista adverte a si mesmo e todos os crentes ", o Senhor não me ouvirá" (Sl 66:18). O Espírito Santo não pode trabalhar livremente entre aqueles que carregam rancores e ressentimentos porto (ver Mateus 5:23-24; 1 Cor. 1: 10-13; 3: 1-9.).

Perdoar os outros também nos livra da disciplina de Deus. Onde há um espírito que não perdoa, não é pecado; e onde há pecado, não haverá castigo (Heb. 12: 5-13). Pecados sem arrependimento na igreja em Corinto causado muitos crentes a ser fraco, doente, e até mesmo a morrer (1Co 11:30).

Mas a razão mais importante por ser indulgente é que traz o perdão de Deus para o crente. Essa verdade é tão importante que Jesus reforça-lo após o encerramento da oração (vv. 14-15). Nada na vida cristã é mais importante do que o perdão-nosso perdão aos outros e perdão de nós de Deus.
Na questão do perdão, Deus nos trata como lidamos com os outros. Devemos perdoar aos outros como livremente e graciosamente como Deus nos perdoa. O Puritan escritor Tomé Manton disse: "Não há ninguém tão suave para os outros como eles, que têm recebido misericórdia si mesmos, para que eles sabem como suavemente Deus repartiu com eles."

Proteção de Deus

E não nos induzas à tentação, mas livrai-nos do mal. (6: 13a)

Peirasmos ( tentação ) é basicamente uma palavra neutra no grego, não tendo nenhuma conotação ou do bem ou do mal necessário, como faz o nosso Inglês tentação , que se refere ao incentivo para o mal.O significado da raiz tem a ver com um teste ou prova, ea partir desse significado derivam os significados relacionados de provação e tentação. Aqui parece paralelo o termo mal, indicando que ele tem em vista sedução do pecado.

Santidade e bondade de Deus não vai permitir que o Seu líder ninguém, nem, certamente, um de seus filhos, em um lugar ou experiência em que eles iriam propositalmente ser induzido a cometer o pecado."Que ninguém diga quando é tentado", diz Tiago, "" Estou sendo tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém "(Jc 1:13).

No entanto, Tiago tinha apenas disse: "Considerai tudo com alegria, meus irmãos, quando se deparar com várias provações ( peirasmos ), sabendo que a provação da vossa fé produz perseverança "(vv. 2-3).Há um problema de interpretação, portanto, quanto a saber se peirasmos em Mt 6:13 é traduzido tentação ou prova. Como Tiago nos diz: Deus não tenta. Então, por que não pedir-lhe para fazer o que Ele nunca faria de qualquer maneira? No entanto, Tiago também nos diz que devemos alegrar quando provações e não tentar evitá-los. Então, por que devemos orar, não nos induzas à tentação?

Afirmo com Crisóstomo, o Pai da igreja primitiva, que a solução para este problema é que Jesus não está aqui falando de lógica ou teologia, mas de um desejo do coração e inclinação que causam um crente querer evitar o perigo e dificuldade pecado cria. É a expressão da alma redimida que tanto despreza e teme o pecado que quer escapar de todas as perspectivas de queda para ele, escolhendo para evitar invés de ter que derrotar a tentação.
Aqui é outro paradoxo da Escritura. Sabemos que os ensaios são um meio para o nosso crescimento espiritual, moral e emocionalmente. No entanto, nós não temos nenhum desejo de estar em um lugar onde até mesmo a possibilidade do pecado é aumentada. Mesmo Jesus, quando Ele orou no Jardim do Getsêmani, pediu em primeiro lugar, "Meu Pai, se é possível, este cálice passe de mim", antes que Ele disse: "ainda não seja como eu quero, mas como tu queres" (Mt . 26:39). Ele ficou horrorizado com a perspectiva de tomar sobre si o pecado, mas Ele estava disposto a suportá-la, a fim de cumprir a vontade de seu Pai, para tornar possível a redenção do homem.
Nossa reação adequada aos tempos de tentação é semelhante à de Cristo, mas para nós é principalmente uma questão de auto-desconfiança. Quando olhar honestamente para o poder do pecado e em nossa própria fraqueza e propensões pecaminosas, nós estremecer com o perigo de tentação ou mesmo julgamento. Esta Pedido é outro argumento para Deus para prover o que em nós mesmos não temos. É um apelo a Deus para colocar um relógio sobre os nossos olhos, nossos ouvidos, a nossa boca, nossos pés e nossas mãos-que em tudo o que vemos, ouvimos, ou dizer, e em qualquer lugar que vá e em tudo o que fazemos, Ele vai nos proteger do pecado.

Como José, nós sabemos que homens e Satanás significa para Deus mal se voltarão para o bem de seus filhos (conforme Gn 50:20); mas não estamos certos de que, como José, seremos completamente submissa e dependente de Deus em nossas provações. A implicação dessa parte da oração parece ser: ". Senhor, não nunca nos levar a um julgamento que irá apresentar uma tal tentação que não será capaz de resistir a ela" Ele está colocando a promessa de que "Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além do que você é capaz, mas com a tentação, vos proverá livramento, de que você pode ser capaz de suportar" (1Co 10:13).

Esta Pedido é uma salvaguarda contra a presunção e uma falsa sensação de segurança e auto-suficiência. Sabemos que nunca vamos ter chegado espiritualmente, e que nós nunca estará livre do perigo do pecado, até que estejamos com o Senhor. Com Martin Luther dizemos: "Não podemos deixar de ser exposto aos assaltos, mas oramos que não pode cair e morrer sob eles." Como o nosso querido Senhor orou por nós em Sua grande oração de intercessão, queremos que, a todo o custo, para ser guardado do mal (Jo 17:15).

Quando nós oramos sinceramente, não nos levam em tentação, mas livrai-nos do mal, nós também declaram que nos submetemos a Sua Palavra, que é a nossa proteção contra o pecado. "Submeter portanto, a Deus", diz Tiago. "Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Jc 4:7 e, para as mentes e os corações dos leitores judeus de Mateus, teria sido um movimento e clímax apropriado.

Postscript de Deus

Porque, se perdoardes aos homens as suas transgressões, para, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Mas se não perdoardes aos homens, então o vosso Pai não perdoará as vossas ofensas. (6: 14-15)

A lição da oração termina com um lembrete de que segue o ensinamento do perdão no versículo 12. Esta visão é próprio comentário do Salvador em nossa Pedido a Deus pelo perdão, e é o único das petições a que ele dá acrescentou. Assim, a sua importância é ampliada .

Porque, se perdoardes aos homens as suas transgressões para coloca o princípio de um modo positivo. Os crentes devem perdoar como aqueles que receberam o perdão judicial (conforme Ef 1:7) de Deus. Quando o coração está cheio de um espírito tão indulgente, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós . Os crentes não podem conhecer o perdão dos pais, o que mantém a comunhão com o Senhor rico e bênçãos do Senhor profusa, além de perdoar os outros em coração e palavra. Perdoe ( aphiēmi ) significa literalmente "para arremessar longe"

Paulo tinha isso em mente quando escreveu: "Eu encontrei misericórdia, para que em mim, o principal [dos pecadores], Jesus Cristo pudesse demonstrar sua paciência perfeito" (1Tm 1:16;.. Mt 7:11 ). Um espírito que não perdoa, não só é incoerente que alguém que foi totalmente perdoados por Deus, mas também traz a correção de Deus, em vez de Sua misericórdia Nosso Senhor ilustra a resposta unmerciful na parábola de Mateus 18:21-35. Há um homem é perdoado a dívida impagável representar o pecado e é dada à mercê de salvação. Em seguida, ele se recusa a perdoar o outro e é imediatamente e severamente castigado por Deus.

Mas se não perdoardes aos homens, então o vosso Pai não perdoará as vossas ofensas . Que afirma a verdade do versículo 14 de uma forma negativa para dar ênfase. O pecado de um coração rancoroso e um espírito amargo (He 12:15) perde bênção e convida julgamento. Até mesmo o Talmud ensina que aquele que é indulgente para com as falhas dos outros será misericordiosamente tratado pelo Supremo Juiz ( Shabbath 151 b ).

Cada crente deve buscar para manifestar o espírito de perdão de José (Gn 50:19-21) e de Estevão (At 7:60) quantas vezes for necessário (Lucas 17:3-4). Para receber o perdão de Deus perfeitamente santo e depois de se recusar a perdoar os outros quando estamos homens pecadores é o epítome do abuso de misericórdia. E o "julgamento será implacável para aquele que não usou de misericórdia; a misericórdia triunfa sobre o juízo" (Jc 2:13).

Há petições para o crente que pedir de Deus, mas também há condições para que as respostas a serem recebidos. Ainda mais, as nossas orações são para ser principalmente preocupado com a exaltação do nome, reino, ea vontade do Senhor Jesus Cristo. A oração é principalmente adoração que inspira graças e pureza pessoal.

37. O jejum sem hipocrisia (Mateus 6:16-18)

E sempre que você rápido, não colocar um rosto triste como os hipócritas, pois eles negligenciam a sua aparência, a fim de ser jejuando. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa. Mas tu, quando jejuardes, unge a tua cabeça, e lava o rosto, para que você não pode ser jejuando, mas a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. (6: 16-18)

O jejum é a área da terceira após aqueles de dar (6: 2-4) e orando (vv 5-15.) —para Que Jesus dá um corretivo para as práticas religiosas hipócritas tipificados pelos escribas e fariseus. Em cada caso, a perversão do padrão de Deus foi causada pelo desejo primordial de ser visto e elogiado pelos homens (v. 1).
O jejum tem sido praticada por diversos motivos ao longo da história. Muitos pagãos antigos acreditavam que os demônios possam entrar no corpo através dos alimentos. Quando eles sentiram que estavam sob ataque demoníaco eles rápido para evitar que os espíritos mais malignos de ter acesso a seus corpos. Os iogues da maioria das religiões orientais e cultos foram sempre empenhada em jejum, muitas vezes por longos períodos de tempo, em que visões místicas e insights são requeridas para ser recebido. Na sociedade ocidental moderna jejum tornou-se popular por razões puramente físicos e cosméticos, e é recomendado em alguns programas de dieta. A Bíblia registra nenhum ensinamento ou a prática do jejum por motivos práticos. Jejum legítimo sempre teve um propósito espiritual e nunca é apresentado como tendo qualquer valor em si mesmo.

Durante os tempos do Velho Testamento muitos crentes fiéis jejum-Moisés, Sansão, Samuel, Hannah, Davi, Elias, Esdras, Neemias, Ester, Daniel, e muitos outros. E o Novo Testamento nos diz do jejum de Anna, João Batista e os seus discípulos, Jesus, Paulo e muitos outros. Sabemos que muitos dos Padres da igreja primitiva em jejum, e que Lutero, Calvino, Wesley, Whitefield, e muitos outros líderes cristãos em circulação ter jejuado.

Mas a única rápido ordenado nas Escrituras é o ligado com o Dia da Expiação. Nesse dia, todas as pessoas foram a "humilhar [suas] almas" (Lv 16:29;. Conforme 23:27), uma expressão hebraica que incluiu abandonando o alimento como um ato de auto-negação. Isso foi um jejum nacional, envolvendo cada homem, mulher e criança em Israel. Mas ocorreu apenas uma vez por ano, e, em seguida, apenas como parte integrante do Dia da Expiação.

Porque não é em outro lugar ordenado por Deus, o jejum é diferente de dar e orando, para a qual existem muitos comandos em ambos os testamentos. Tanto o Antigo eo Novo Testamento falam favoravelmente de jejum e gravar muitos casos de jejum pelos crentes. Mas, exceto para o anual rápido que acabamos de mencionar, em nenhum lugar está necessário. Além disso, o jejum é mostrado para ser um ato voluntário inteiramente não obrigatórias, e não um dever espiritual de ser observado regularmente.

Jejum pretensioso

E sempre que você rápido, não colocar um rosto triste como os hipócritas, pois eles negligenciam a sua aparência, a fim de ser jejuando. Em verdade vos digo que eles já receberam sua plena recompensa. (6:16)

A frase e sempre que você rápido apoia o entendimento de que o jejum não é ordenado. Mas quando ela é praticada deve ser regulada de acordo com os princípios Jesus dá aqui.

Nēsteia ( rápido ) significa, literalmente, não para comer, de se abster de alimentos. Jejuns às vezes eram total e, por vezes, parcial, e normalmente apenas água estava bêbado.

Duas visões extremas de comer foram realizadas entre os judeus da época de Jesus. Muitos, como os mencionados nesta passagem, fez uma óbvia exibição de jejum. Outros acreditavam que, porque a alimentação é um dom de Deus, cada pessoa teria de prestar contas a ele no dia do juízo para todas as coisas boas que ele não tinha comido. O primeiro grupo não era apenas mais prevalente, mas foi mais hipócrita e orgulhoso. O seu jejum não era uma questão de convicção espiritual, mas um meio de auto-gratificação.
Na época de Cristo, o jejum, como quase todos os outros aspectos da vida religiosa judaica, tinha sido pervertido e torceu para além do que era bíblica e sincero. O jejum havia se tornado um ritual para ganhar mérito diante de Deus e diante dos homens atenção. Como oração e esmola, foi em grande parte um show religioso hipócrita

Muitos fariseus jejuavam duas vezes por semana (Lc 18:12), geralmente no segundo e quinto dias da semana. Eles alegaram esses dias foram escolhidos porque eram os dias Moisés fez duas viagens separadas para receber as tábuas da lei de Deus no Monte Sinai. Mas esses dois dias também passou a ser os principais dias de mercado judeus, quando as cidades estavam cheias de agricultores, comerciantes e compradores. Eram, portanto, os dois dias em que o jejum público teriam as maiores audiências.

Aqueles que querem chamar a atenção para o seu jejum seria colocar um rosto sombrio , e negligenciar a sua aparência, a fim de ser jejuando . Eles usavam roupas velhas, às vezes propositAdãoente rasgadas e sujas, por desalinhar o cabelo, se cobrir com terra e cinzas, e até mesmo usar maquiagem, a fim de olhar pálido e doente. Como vimos nos capítulos anteriores, hipócritas vem de uma palavra grega para a máscara usada pelos atores para retratar um determinado personagem ou humor. Em relação ao jejum, alguns judeus hipócritas , literalmente, recorreu a teatralidade.

Quando o coração não é reto, o jejum é uma farsa e uma zombaria. Aqueles a quem Jesus condenado para o jejum , a fim de serem vistos pelos homens eram pretensiosamente hipócrita. Tudo o que fizeram centrada em torno de si mesmos. Deus não tinha lugar em seus motivos e sua maneira de pensar, e Ele não participou da sua recompensa. A recompensa que eles queriam era o reconhecimento por homens, e que a recompensa, e só essa recompensa, receberam na íntegra .

Infelizmente, ao longo da história da igreja jejum tem sido mais freqüentemente vistos nos dois extremos que eram comuns no judaísmo. João Calvin disse: "Muitos, por falta de saber a sua utilidade subestimar sua necessidade. E alguns rejeitá-lo todos juntos, como supérfluo, enquanto, por outro lado, onde o uso adequado do jejum não é bem compreendida, é facilmente degenera em superstição."

Jejum Adequada

Mas tu, quando jejuardes, unge a tua cabeça, e lava o rosto, para que você não pode ser jejuando, mas a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.(6: 17-18)

O jejum é mencionado cerca de trinta vezes no Novo Testamento, quase sempre favorável. É possível que o jejum foi subestimada mesmo em algumas partes da igreja primitiva. Pelo menos quatro vezes por referência ao jejum parece ter sido inserido no texto original em que não é encontrada em mais antigos e melhores manuscritos (Mt 17:21; Mc 9:29; At 10:30; 1Co 7:51Co 7:5), a ocasião única para o jejum prescrito deixou de existir.

Os discípulos de Jesus não se rapidamente enquanto estava com eles, porque o jejum é principalmente associado com o luto ou outros tempos de consumir necessidade ou ansiedade espiritual. Quando os discípulos de João Batista perguntaram a Jesus por seus discípulos não rápido como eles e os fariseus fez, ele respondeu: "Os atendentes do noivo pode não chorar enquanto o esposo está com eles, podem? Mas dias virão que o noivo será tirado do meio deles, e então jejuarão "(Mat. 9: 14-15). O jejum é não associado com o luto.

O jejum nunca é mostrado na Escritura para ser o meio para a experiência espiritual elevada, visões, ou insight especial ou místicos de sensibilização, como muitos, incluindo alguns místicos cristãos, reivindicação. O jejum é apropriado nesta idade, porque Cristo é fisicamente ausente da terra. Mas é apropriado apenas como uma resposta aos tempos especiais de teste, julgamento, ou luta.

O jejum é apropriado durante momentos de tristeza. Quando Deus fez a primeira criança nascida de Bathsheba por Davi de ser doente, jejuou Davi enquanto ele implorou pela vida da criança (2Sm 12:16). Ele também jejuou quando Abner morreu (2Sm 3:35). Davi ainda em jejum, em nome de seus inimigos. "Quando eles estavam doentes, minhas roupas eram o saco; humilhava a minha alma com o jejum, e minha oração voltava para o meu seio" (Sl 35:13)..

Em tais ocasiões de profundo pesar, o jejum é uma resposta humana natural. A maioria das pessoas não se então sentir vontade de comer. Seu apetite se foi, e comida é a última coisa que eles estão preocupados. A menos que uma pessoa está ficando sério fraco de fome ou tem alguma razão médica específica para a necessidade de comer, o que fazemos nenhum favor, insistindo que eles comem.

Perigo esmagadora frequentemente solicitado jejum. O rei Josafá proclamaram um jejum nacional em Judá quando eles foram ameaçados de ataque dos moabitas e amonitas (2Cr 20:3).

Como os exilados estavam prestes a sair Babylon para o retorno aventureiro a Jerusalém, Esdras declarou um rápido ", para que possamos nos humilhar diante de nosso Deus para buscar dEle uma viagem segura para nós, para nossos filhos, e todas as nossas posses" (Ed 8:21). Ezra continua: "Pois tive vergonha de pedir ao rei soldados e cavaleiros para nos proteger do inimigo no caminho, porquanto havíamos dito ao rei:" A mão do nosso Deus é favorável a todos aqueles que o buscam, mas Seu poder e Sua ira estão contra todos os que deixarem-Lo. " Por isso, jejuou e buscou nosso Deus sobre esse assunto, e ele ouviu a nossa súplica "(vv. 22-23).

Penitência foi muitas vezes acompanhada de jejum. Davi jejum após seu duplo pecado de adultério com Bate-Seba e depois ter seu marido Urias enviado para a frente de batalha para ser morto. Daniel jejuou como ele orou a Deus para perdoar os pecados de seu povo. Quando Elias confrontou Acabe com o julgamento de Deus por sua grande maldade, o rei "rasgou as suas roupas e colocar-se de saco e jejuou, e ele se deitou com pano de saco e andava desanimado" (1Rs 21:27). Por causa da sinceridade de Acabe, o Senhor adiou o julgamento (v. 29). Séculos mais tarde, depois que os exilados tinham voltado com segurança a Jerusalém, os israelitas foram condenados por sua casando com gentios incrédulos. Como Esdras confessou que o pecado em favor de seu povo ", ele não comeu pão, nem bebeu água, pois ele estava de luto sobre a infidelidade dos exilados" (Ed 10:6.). Como ele continuou "falando na oração", relata ele, "então o homem Gabriel, que eu tinha visto na minha visão anteriormente, veio a mim em meu cansaço extremo sobre a hora de se oferecer à noite. E ele me deu instruções e conversou com me, e disse: 'O Daniel, agora vim para frente para lhe dar uma visão com a compreensão' "(21-22 vv.). Pouco tempo depois, pouco antes de receber uma outra visão, Daniel fez um parcial fast-abandonando "qualquer comida saborosa, ... carne e vinho" —para três semanas (10: 3). É importante notar que, embora o jejum foi relacionada com as revelações, não era um meio de atingi-los. Jejum de Daniel era simplesmente um acompanhamento natural da sua busca profunda e desesperada da vontade de Deus.

Nós muitas vezes não conseguem entender a Palavra de Deus, tanto quanto nós devemos simplesmente porque, ao contrário dos grandes povo de Deus, que não procuram compreendê-lo com o seu grau de intensidade e determinação. Ignorando algumas refeições pode ser o pequeno preço que estão dispostas a pagar para ficar na Palavra até que o entendimento vem.
O jejum muitas vezes acompanhou o início de uma tarefa ou ministério importante. Jesus jejuou quarenta dias e noites antes que Ele foi tentado no deserto e, em seguida, começou seu ministério de pregação.Intensidade e zelo sobre proclamar a Palavra de Deus pode assim que consomem a mente eo coração que os alimentos não tem recurso e nenhum lugar. Embora a abstenção de comida não tem absolutamente nenhum valor espiritual em si, quando comer é uma intrusão no que é infinitamente mais importante, será de bom grado, de bom grado, e discretamente abandonado.

Tanto antes como depois o Espírito Santo dirigiu a igreja de Antioquia para separar Barnabé e Saulo para um ministério especial, as pessoas estavam orando e jejuando (13 2:44-13:3'>Atos 13:2-3). Como esses dois homens de Deus ministrou a Palavra de Deus, orando e jejuando como eles nomeados anciãos nas igrejas, eles fundaram (14:23).

Só o Senhor sabe o quanto a liderança da igreja de hoje poderia ser reforçada se congregações eram de que determinado a encontrar e seguir a vontade do Senhor. A igreja primitiva não escolheu ou enviar líderes descuidAdãoente ou por voto popular. Acima de tudo eles procuraram e seguiu a vontade de Deus. O jejum não tem mais poder para assegurar a liderança piedosa do que tem que assegurar o perdão, proteção, ou qualquer outra coisa boa de Deus. Mas é provável que seja uma parte de dedicação sincera que está determinado a conhecer a vontade do Senhor e ter seu poder antes de as decisões são tomadas, os planos são postos, ou ações são tomadas. As pessoas que são consumidos com preocupação diante de Deus não tomar uma pausa para o almoço.
Em cada relato bíblico jejum genuína está ligada com a oração. Você pode orar sem jejum, mas você não pode jejuar biblicamente sem orar. O jejum é uma afirmação de intensa oração, um corolário da profunda luta espiritual diante de Deus. Nunca é um ato isolado ou uma cerimônia ou ritual que tem alguma eficácia inerente ou mérito. Não tem nenhum valor em all-in fato torna-se um obstáculo espiritual e um pecado, quando feito por qualquer motivo, além de conhecer e seguir a vontade do Senhor.

O jejum também está sempre ligada com um coração puro e deve ser associado a obediente, viver piedoso. O Senhor disse a Zacarias para declarar ao povo: "Quando você jejuou e lamentou no quinto e sétimo meses esses 70 anos, era, na verdade, para mim que você jejuou? .... Assim, tem o Senhor dos Exércitos disse:" Dispensar a verdadeira justiça, e bondade e compaixão praticar cada um ao seu irmão, e não oprimir a viúva, nem o órfão, o estrangeiro ou os pobres, e não maquinam o mal em seus corações um contra o outro "" (Zc 7:5)

Não pode haver direito jejum além de um coração reto, bem viver, e uma atitude correta.

Mas você, quando você rápido , Jesus diz aqueles que pertencem a Ele, arrume o cabelo e lave o rosto, para que você não pode ser jejuando. Para ungir a cabeça com óleo era comumente feito por uma questão de boa aparência. O óleo foi usado frequentemente perfumado e, em parte, como um perfume. Como lavar o rosto , foi associado com o dia-a-dia de vida, mas especialmente com ocasiões mais formais ou importantes. Ponto de Jesus era que uma pessoa que jejua deve fazer de tudo para se fazer parecer normal e não fazem nada para atrair a atenção para sua privação e luta espiritual.

Aquele que sinceramente quer agradar a Deus cuidadosamente evitam tentar impressionar os homens. Ele irá determinar não [a] ser jejuando, mas por Deus, o Pai que está em secreto . Jesus não diz que devemos jejuar com o propósito de ser visto até mesmo por Deus. O jejum não é para ser uma exibição para ninguém, incluindo Deus. O jejum verdadeiro é simplesmente uma parte do concentrado, oração intensa e preocupação com o Senhor, a Sua vontade, e sua obra. A lição de Jesus é que o Pai nunca deixa de notar que o jejum é de coração sentiu e genuíno, e que Ele nunca deixa de recompensá-lo. O seu Pai, que vê em secreto, te recompensará .

38. Tesouro no Céu (Mateus 6:19-24)

Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça ea ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam; para onde o seu tesouro, aí estará o seu coração também. A candeia do corpo são os olhos; se, portanto, o seu olho é claro, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas, se os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus ea Mamom. (6: 19-24)

Os seres humanos são naturalmente orientada a coisa. Estamos fortemente inclinado a ser embrulhado em buscar, adquirindo, desfrutando, e proteger os bens materiais. Em culturas prósperas, como aqueles em que a maioria dos ocidentais viver, a propensão para construir nossas vidas em torno de coisas é especialmente grande.

Os líderes religiosos do tempo de Jesus estavam preocupados com as coisas. Eles eram materialistas, ganancioso, avarento, cobiçoso, agarrando, e manipuladora. Que "os fariseus ... eram amantes do dinheiro" (Lc 16:14) não foi incidental para os outros pecados para os quais Jesus os repreendeu. Porque eles não têm uma visão correta de si mesmos (ver Mat. 5: 3-12), de sua relação com o mundo (5: 13-16), da Palavra de Deus 17-20), da moralidade (5: 21-48), e dos deveres religiosos (6: 1-18), era inevitável que eles não têm uma visão correta das coisas materiais.

Jesus primeiro mostra como a sua visão das coisas materiais não essenciais foi pervertido (vv. 4-24) e, em seguida, como a sua visão das coisas materiais essenciais também foi pervertido (vv. 25-34). Seus pontos de vista tanto de luxos e necessidades foram deformado.

A falsa doutrina leva a falsos padrões, comportamento falso, e falsos valores e religião hipócrita parece sempre ser acompanhado pela cobiça e imoralidade (conforme 2 Ped. 2: 1-3, 14-15). Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli, o sumo sacerdote, não teve em conta para as coisas de Deus, mas eles ansiosamente aproveitou escritório exaltado de seu pai, bem como as suas próprias posições sacerdotais. Eles "eram homens inúteis, pois eles não conhecem o Senhor" (1Sm 2:12.). Eles levaram mais do que sua parte prescrito da carne de sacrifício para si mesmos, e eles cometeram adultério "com as mulheres que serviam à porta da tenda da congregação" (13-17 vv., 22).

Anás e Caifás, que eram sumos sacerdotes durante o ministério de Jesus, tornou-se extremamente rico de muitas concessões que corriam ou licenciados no Templo. Foi dessas concessões que Jesus limpou duas vezes a casa de Seu Pai (João 2:14-16; Mateus 21:12-13.).

Ao longo da história da igreja até os dias atuais, charlatões religiosos usaram o ministério como um meio de angariar riqueza e proporcionar oportunidade de saciar seus desejos sexuais.

Muitas vezes, essas pessoas, como os escribas e fariseus, têm usado a sua prosperidade material como prova imaginada de sua espiritualidade, proclamando sem vergonha que eles são materialmente abençoados porque eles são espiritualmente superior. Eles transformam ensinamentos de cabeça para baixo, como aqueles em Deuteronômio 28: "Agora será que, se diligentemente obedecer ao Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu hoje te ordeno, o Senhor teu Deus te exaltará acima todas as nações da terra. E todas estas bênçãos virão sobre ti e te alcançarão, se você obedecer ao Senhor, teu Deus. Bendito serás na cidade, e bendito serás no país "(vv. 1 3). Essas bênçãos são claramente e repetidamente contingente em obediência ao Senhor. Material ou outros benefícios terrenos que são acumulados pela ganância, desonestidade, fraude, ou de qualquer outra forma imoral não devem ser concebidas como bênçãos do Senhor. Para reivindicar a aprovação de Deus, simplesmente na base de sua riqueza, saúde, prestígio, ou qualquer outra coisa é perverter a Sua Palavra e usar seu nome em vão.

O Antigo Testamento dá muitas advertências contra a acumulação de riqueza para seu próprio bem. "Não se cansar-se para ganhar riqueza, cessar de sua consideração dele" (Pv 23:4).

No presente passagem, Jesus olha para o materialismo, particularmente no que diz respeito aos luxos-das três perspectivas de tesouro, visão e master.

A Tesouro Individual

Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça ea ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam; para onde o seu tesouro, aí estará o seu coração também. (6: 19-21)

Lay up ( thēsaurizō ) e tesouros ( thēsauros ) vêm da mesma termo grego básico, que também é a fonte de nossa Inglês thesaurus , um tesouro de palavras. A tradução literal dessa frase seria, portanto, "não entesourar tesouros para vós."

O grego também carrega a conotação de empilhamento ou colocar para fora horizontalmente, como um pilhas de moedas. No contexto desta passagem, a idéia é a de estocagem ou acumulação, e, portanto, imagens de riqueza que não está sendo usado. O dinheiro ou outra riqueza é simplesmente armazenado por questões de segurança; ele é mantido por causa do guarda para fazer uma demonstração de riqueza ou de criar um ambiente de excessos preguiçoso (conforme Lucas 12:16-21).

É evidente a partir desta passagem, assim como a de muitos outros nas Escrituras, que Jesus não está defendendo a pobreza como um meio para a espiritualidade. Em todos os Seus muitas instruções diferentes, Ele só disse uma vez uma pessoa para "vender seus bens e dar aos pobres" (Mt 19:21). Nesse caso particular, a riqueza do jovem era seu ídolo, e, portanto, uma barreira especial entre ele e o senhorio de Jesus Cristo. Ele forneceu uma excelente oportunidade para testar se ou não que o homem foi totalmente empenhados em transformar sobre o controle de sua vida a Cristo. Sua resposta provou que ele não era. O problema não era na própria riqueza, mas falta de vontade do homem a participar com ele. O Senhor não exigiu especificamente Seus discípulos a desistir de todo o seu dinheiro e outros pertences para segui-Lo, embora possa ser que alguns deles o fizeram voluntariamente. Ele fez exigem obediência aos Seus mandamentos, não importa o que esse custo. O preço era alto demais para o rico jovem príncipe, a quem posses eram a primeira prioridade.

Ambos os testamentos reconhecem o direito aos bens materiais, incluindo dinheiro, terras, animais, casas, roupas e todas as outras coisas que é honestamente adquirida. Deus tem feito muitas promessas de bênçãos materiais para aqueles que pertencem e são fiéis a Ele. A verdade fundamental que subjaz os mandamentos não roubar ou cobiçar é o direito de propriedade pessoal. Roubos e cobiça estão errados, porque o que é roubado ou cobiçado por direito pertence a outra pessoa. Ananias e Safira não perder suas vidas porque reteve alguns dos recursos obtidos com a venda de sua propriedade, mas porque eles mentiram ao Espírito Santo (At 5:3). Esse versículo é especificamente direcionado para "aqueles que são ricos deste mundo" e ainda não faz de comando, ou mesmo sugerir, que despojar-se de sua riqueza, mas adverte-os a não ser vaidoso sobre ele ou a confiar nele .

Abraão foi extremamente rico para a sua época, uma pessoa que disputaram na riqueza, influência e poder militar com muitos dos reis em Canaã. Quando vimos pela primeira vez Job ele é muito rico, e quando nós deixá-lo-após o teste que lhe custou tudo o que ele possuía fora de seu próprio Deus da vida tornou-o ainda mais ricos, em rebanhos e manadas, em filhos e filhas, e em uma vida longa e saudável. "E o Senhor abençoou o último estado de Jó mais do que o primeiro" (42:12-17).

A Bíblia dá conselhos considerável para trabalhar duro e seguir as boas práticas empresariais (conforme Mt 25:27). A formiga é mostrado como um modelo do bom trabalhador, que "prepara sua comida no verão, e ajunta a sua disposição na messe" (Prov. 6: 6-8). Somos informados de que "em todo trabalho há proveito, mas só em palavras leva à pobreza" (14:
23) e "pela sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece; e pelo conhecimento se encherão as câmaras com todos preciosos e agradáveis ​​riquezas "(24: 3-4). "O que lavra a sua terra terá a abundância de comida, mas o que segue buscas vazias terá a pobreza em abundância" (28:19).

Paulo nos diz que os pais são responsáveis ​​por salvar-se para os seus filhos (2 Cor. 0:14), que "se alguém não quer trabalhar, também não coma" (2Ts 3:10), e que "se alguém não cuida dos seus, e principalmente dos da sua família, tem negado a fé, e é pior que um incrédulo "(1Tm 5:8 .) Brosis ( ferrugem ) significa literalmente "um comer", e é traduzida com esse significado em todo o Novo Testamento, mas aqui (conforme Rm 14:17; 1Co 8:41Co 8:4, "refeição"). Parece melhor para levar o mesmo significado aqui, em referência aos grãos que é comido por ratos, ratos, vermes e insetos.

Quase qualquer tipo de riqueza, é claro, está sujeita a ladrões , razão pela qual muitas pessoas enterraram seus objetos de valor não perecíveis no chão longe da casa, muitas vezes em um campo (ver Mt 13:44.). Quebrar em é, literalmente, "dig através de ", e poderia se referir a cavar através das paredes de barro de uma casa ou cavando a sujeira em um campo.

Nada possuímos é completamente seguro da destruição ou roubo. E mesmo se mantivermos nossas posses perfeitamente seguro durante toda a nossa vida, certamente estamos separados deles no momento da morte. Muitos milionários será paupers celestiais, e muitos indigentes será milionários celestiais.
Mas quando nosso tempo, energia e bens são usados ​​para servir os outros e para promover a obra do Senhor, eles constroem recursos celestiais que estão completamente livres de destruição ou roubo. Hánem a traça nem a ferrugem destroem, e ... os ladrões não arrombam nem furtam . Segurança Celestial é a única segurança absoluta.

Jesus continua a salientar que as posses mais queridas de uma pessoa e suas mais profundas motivações e desejos são inseparáveis, porque onde está o teu tesouro, aí estará o seu coração também . Eles vão quer tanto ser terrestre ou ambos ser celestial. É impossível ter um em terra e outro no céu (conforme Jc 4:4.). Através de ouvir a palavra do povo de Deus passou a ser condenado por seu pecado, começou a louvar a Deus, e determinado a começar obedecê-lo e apoiar fielmente a obra do Templo (caps. 9-10).

Revival, que não afecta o uso de dinheiro e posses é um revival questionável. Como o Tabernáculo estava sendo construída, "todo aquele cujo coração o moveu e todo aquele cujo espírito o levou veio e trouxe a contribuição do Senhor para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço e para as vestes sagradas" (Ex 35:21. ). Como os planos estavam sendo feitos para a construção do Templo, o próprio Davi deu generosamente para o trabalho, e "os governantes de casas paternas, os príncipes das tribos de Israel, e os comandantes de mil e de cem, juntamente com os supervisores mais obra do rei, voluntariamente ... Então o povo se alegrou porque tinham oferecido de bom grado, pois eles fizeram a sua oferta ao Senhor com todo o coração, e Rei Davi também se alegrou muito "(1Cr 29:1 ).

G. Campbell Morgan escreveu:
Você deve se lembrar com a paixão queimando dentro de você que você não é a criança de hoje. Você não é da terra, você é mais do que pó; você é o filho de amanhã você é das eternidades, você é a prole da Divindade. As medições de suas vidas não pode ser restringido pelo ponto onde o céu azul beija a terra verde. Tudo o fato de sua vida não pode ser compreendido no uma pequena esfera sobre a qual você vive. Você pertence ao infinito. Se você fazer a sua fortuna na terra dos pobres, desculpe, soul-lhe parvo fizeram uma fortuna, e é armazenado em um lugar onde você não pode segurá-la. Faça sua fortuna, mas armazená-lo onde ele vai cumprimentá-lo no alvorecer da nova manhã. ( O Evangelho Segundo Mateus . [New York: Revell, 1929], pp 64-65)

Quando milhares de pessoas, a maioria judeus, foram ganhas para Cristo durante e logo após o Pentecostes, a Igreja de Jerusalém foi inundada com muitos convertidos que vieram de terras distantes e que decidiu ficar na cidade. Muitos deles, sem dúvida, eram pobres, e muitos outros, provavelmente, deixou a maior parte de suas riquezas e posses em sua terra natal. Para atender a grande encargo financeiro de repente colocado sobre a igreja, os crentes locais "começou a vender suas propriedades e bens e os repartiam por todos, como que alguém tinha necessidade" (At 2:45).

Muitos anos mais tarde, durante uma das muitas perseguições romanas, os soldados invadiram uma certa igreja para confiscar seus tesouros presumidas. Um ancião disse ter apontou para um grupo de viúvas e órfãos que estavam sendo alimentados e disse: "Não são os tesouros da Igreja."

Princípio de Deus para o seu povo sempre foi, "Honra ao Senhor de sua riqueza, e desde o primeiro de todos os seus produtos, assim teus celeiros se encherão de fartura, e os seus barris transbordarão de vinho novo" (Pv 3:9). Paulo nos assegura que "aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; eo que semeia com fartura com abundância também ceifará com fartura" (2Co 9:6) e "generosamente" (Jc 1:5).

olho que é mau é o coração que é egoisticamente indulgente. A pessoa que é materialista e ganancioso é cego espiritualmente. Porque ele não tem forma de reconhecer a verdadeira luz, ele acha que tem luz quando ele não faz. O que é pensado para ser luz é, portanto, realmente escuridão , e por causa do auto-engano, o quão grande é a escuridão!

O princípio é simples e sóbria: a forma como olhamos e usar o nosso dinheiro é um barómetro certeza da nossa condição espiritual.

A Single Mestre

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus ea Mamom. (06:24)

A terceira opção refere-se a fidelidade, para mestres . Assim como não podemos ter os nossos tesouros, tanto em terra e no céu ou nossos corpos, tanto na luz e nas trevas, não podemos servir a dois senhores.

Kurios ( mestres ) é muitas vezes traduzido senhor, e refere-se a um dono de escravos. A idéia não é simplesmente o de um empregador, de que uma pessoa pode ter vários ao mesmo tempo e trabalho para cada um deles de forma satisfatória. Muitas pessoas hoje realizar dois ou mais empregos. Se eles trabalham o número de horas que deveriam e realizam seu trabalho conforme o esperado, eles cumpriram a sua obrigação para com seus empregadores, não importa quantos eles podem ter. A idéia é de mestres de escravos.

Mas, por definição, um dono de escravos tem total controle do escravo. Para um escravo não existe tal coisa como obrigação parcial ou a tempo parcial a seu mestre. Ele deve a serviço de tempo integral a um mestre em tempo integral. Ele pertence e é totalmente controlado por e obrigado a seu mestre. Ele não tem mais nada para ninguém. Para dar nada a ninguém mais faria seu mestre menos de mestre. Não é simplesmente difícil, mas absolutamente impossível, para servir a dois senhores e totalmente ou fielmente ser escravo obediente de cada um.

Mais e mais o Novo Testamento fala de Cristo como Senhor e Mestre e dos cristãos como Seus bondslaves. Paulo nos diz que antes de sermos salvos, fomos escravos do pecado, que era o nosso mestre. Mas quando nós esperamos em Cristo, nos tornamos escravos de Deus e de justiça (Rom. 6: 16-22).

Não podemos afirmar Cristo como Senhor, se a nossa lealdade é para qualquer coisa ou qualquer outra pessoa, incluindo nós mesmos. E quando a gente conhecer a vontade de Deus, mas resistir a obedecê-la, damos provas de que a nossa lealdade é outro que não a Ele. Não podemos mais servir a dois senhores ao mesmo tempo do que podemos caminhar em duas direções ao mesmo tempo. Nós também ... odiar a um e amar o outro, ou ... a um e desprezará o outro.

João Calvin disse: "Onde riquezas manter o domínio do coração, Deus perdeu sua autoridade" ( A Harmonia do evangelistas Mateus, Marcos e Lucas , vol 1. [Grand Rapids: Baker, 1979], 337 p.). O nosso tesouro está tanto na terra como no céu, a nossa vida espiritual ou é cheio de luz ou das trevas, e nosso mestre ou é Deus ou a Mamon (posses, bens terrenos).

As encomendas desses dois mestres são diametralmente opostas e não podem coexistir. A única nos ordena a andar pela fé e as outras exigências que andam pela vista. A única chama-nos a ser humilde e outro para se orgulhar, o único a definir nossas mentes nas coisas de cima e outro para defini-los em coisas abaixo. Um chama-nos a amar a luz, o outro a amar a escuridão. O diz-nos a olhar para as coisas invisíveis e eternas e outros a olhar para as coisas visíveis e temporais.

A pessoa cujo mestre é Jesus Cristo pode dizer que, quando ele come ou bebe ou faz qualquer outra coisa, ele faz "tudo para a glória de Deus" (1Co 10:31). Ele pode dizer com Davi: "Tenho posto o Senhor continuamente diante de mim" (Sl 16:8)

Por esta razão eu vos digo, não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que a comida, eo corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; contudo, o Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas? Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado à extensão da sua vida? E por que você está ansioso sobre a roupa? Observe como os lírios do campo, como crescem; Eles não trabalham nem fiam, mas eu digo que nem Salomão, em toda a sua glória não vestir-se como um deles. Mas, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, vai Ele não muito mais fazê-lo para você, Omen de pouca fé? Não fique ansioso, então, dizendo: "O que vamos comer?" ou "O que vamos beber?" ou "Com o que devemos nos vestir?" Por todas estas coisas os gentios procuram avidamente; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas. Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis para amanhã; para amanhã cuidará de si mesmo. Cada dia tem problemas suficientes própria. (6: 25-34)

Em Mateus 6:19-24 Jesus incide sobre a atitude em relação ao luxo, o desnecessário posses físicas homens loja e estoque por razões egoístas. Nos versículos 25:34 Ele enfoca a atitude para com o que os homens comer, beber e vestir, as necessidades da vida que eles absolutamente deve ter de existir. A primeira passagem é dirigida particularmente com o rico eo segundo particularmente para os pobres. Tanto ser rico e ser pobre tem seus problemas espirituais especiais. Os ricos são tentados a confiar em suas posses, e os pobres são tentados a duvidar de provisão de Deus. Os ricos são tentados a se tornar auto-satisfeito com a falsa segurança de suas riquezas, e os pobres são tentados a preocupação eo medo na falsa insegurança de sua pobreza.

Se os homens são ricos ou pobres, ou algures no meio-sua atitude para com os bens materiais é uma das marcas mais confiáveis ​​de sua condição espiritual. O homem como uma criatura terrestre é naturalmente preocupados com as coisas terrenas. Em Cristo somos recriados como seres celestiais e, como filhos de nosso Pai Celestial, as nossas preocupações devem agora concentrar-se principalmente em coisas celestiais, mesmo enquanto ainda vivemos na terra. Cristo nos envia ao mundo para fazer a Sua obra, assim como o Pai O enviou ao mundo para fazer a obra do Pai. Mas não estamos a ser "do mundo", mesmo que o próprio Jesus, enquanto na terra, foi "não são do mundo" (João 17:15-18). Um dos testes supremos de nossa vida espiritual, então, é como nós agora referem-se a esses dois mundos.Dezesseis das trinta e oito parábolas de Jesus lidar com o dinheiro. Um em cada dez versículos do Novo Testamento lida com esse assunto. Escritura oferece cerca de quinhentos versos sobre a oração, menos de quinhentos sobre a fé, e mais de dois mil em dinheiro. A atitude do crente em relação ao dinheiro e posses é determinante.

A nossa é uma época de materialismo ousado, uma era guiado pela ganância, ambição, sucesso, prestígio, auto-indulgência, e consumo conspícuo. Em seu livro O Emerging Order: Deus na era de escassez, Jeremy Rifkin diz: "A ênfase no crescimento econômico contínuo é um buraco negro que já sugou a maioria dos críticos, recursos não-renováveis ​​do mundo." O autor, que não é um cristão, faz a observação de encerramento que "a única solução para a nossa abordagem à vida é o ressurgimento da ética cristã evangélica, que é uma ética de altruísmo e de baixo consumo." A única alternativa, Rifkin diz, é uma ditadura constritiva, totalitário que irá controlar nossa sociedade e nossas vidas pessoais para nós.

Infelizmente, há pouca evidência de que mesmo os mais modernos próprios evangélicos são mais tempo comprometidos com tal ética. Nós damos muito mais evidências de seguir as tendências do mundo dos nossos dias do que de definir, confrontando, ou modificá-los. Diante desse fato, é difícil para a maioria de nós a se identificar com a advertência de Jesus não se preocupar com as necessidades básicas.Estamos bem alimentados, bem vestidos, e bem fixo em todas as outras coisas necessárias, e em muitas coisas que são totalmente desnecessários.
O coração da mensagem de Jesus em nossa passagem atual é: Não se preocupe, nem mesmo sobre as necessidades. Ele dá o comando, Não andem ansiosos por três vezes (vv 25, 31, 34.) e dá quatro razões por que se preocupar, sendo ansioso , está errado: é infiel por causa do nosso Mestre; não é necessário por causa do nosso Pai; não é razoável por causa da nossa fé; e não é sábio por causa do nosso futuro.

A preocupação é infiel por causa do nosso Mestre

Por esta razão eu vos digo, não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que haveis de vestir Não é a vida mais do que a comida, eo corpo mais do que o vestuário? (06:25)

Por esta razão, remete para o verso anterior, em que Jesus declara que só Mestre de um cristão é Deus. Ele é, portanto, dizendo: "Porque Deus é o vosso Mestre, eu digo a você, não fique ansioso . "Apenas responsabilidade de um escravo é a seu mestre, e para os crentes a preocupar-se é ser rebelde e infiel a seu Mestre, que é Deus. Para os cristãos, preocupação e ansiedade são proibidos, insensato, e pecaminoso.

No grego, o comando não estar ansioso inclui a idéia de parar o que já está sendo feito. Em outras palavras, temos de parar de se preocupar e nunca iniciá-lo novamente. Para a sua vida faz com que o comando all-inclusive. PSUCHE ( vida ) é um termo abrangente que engloba todas de uma pessoa estar físico, mental, emocional e espiritual. Jesus está se referindo a vida em sua plenitude sentido possível.Absolutamente nada, em qualquer aspecto de nossas vidas, internos ou externos, justifica estarmos ansiosos quando temos o Mestre que fazemos.

A preocupação é o pecado de não confiar na promessa e na providência de Deus, e ainda assim é um pecado que os cristãos cometem, talvez com mais freqüência do que qualquer outro. O Inglês prazopreocupação vem de uma antiga palavra alemã que significa estrangular ou sufocar. Isso é exatamente o que se preocupar faz; é uma espécie de estrangulamento mental e emocional, o que provavelmente faz com que mais aflições mentais e físicos do que qualquer outra causa.

Tem sido relatado que uma névoa densa grande o suficiente para cobrir sete quarteirões da cidade uma centena de metros de profundidade é composto de menos de um copo de água-dividido em sessenta mil milhões de gotículas. Na forma certa, alguns galões de água pode inviabilizar uma grande cidade.
De forma semelhante, a substância de preocupação é quase sempre extremamente pequeno comparado ao tamanho formar em nossas mentes e os danos que ele faz em nossas vidas. Alguém já disse: "A preocupação é uma fina corrente de medo que escorre através da mente, o que, se incentivado, vai cortar um canal tão grande que todos os outros pensamentos será drenada para fora."

A preocupação é o oposto de contentamento, que deve ser o estado normal e consistente de um crente de espírito. Cada crente deve ser capaz de dizer com Paulo: "Eu aprendi a viver contente em qualquer circunstância eu sou Eu sei como se dar bem com os meios humildes, e eu também sei como viver em prosperidade;. Em toda e qualquer circunstância eu tenho Aprendi o segredo de ser preenchido e passando fome, tanto de ter abundância e sofrer necessidade "(Filipenses 4:11-12; conforme 1 Tim. 6: 6-8.).

Contentamento do cristão é encontrada em Deus, e somente em Deus-in Sua propriedade, controle e prestação de tudo que possuímos e vai precisar. Primeiro, Deus é dono de tudo, inclusive o universo inteiro. Davi proclamou: "A terra é do Senhor, e tudo o que ela contém, o mundo e aqueles que nele habitam" (Sl 24:1).

Tudo agora temos pertence ao Senhor, e tudo o que sempre terá pertence a Ele. Por que, então, não é se preocupar com a sua tomada de nós o que realmente pertence a Ele?
Um dia, quando ele estava longe de casa, alguém veio correndo até João Wesley, dizendo: "Sua casa pegou fogo! Sua casa pegou fogo!" Para que Wesley respondeu: "Não, não tem, porque eu não possuo uma casa. O que eu tenho vivido em pertence ao Senhor, e se queimou para baixo, que é um a menos responsabilidade para mim que se preocupar com . "
Em segundo lugar, o cristão deve estar contente porque Deus controla tudo. Novamente Davi nos dá a perspectiva correta: "Tu és regra sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e que se situa em Tua mão para engrandecer e fortalecer todos" (1Cr 29:12.). Daniel declarou: "Que o nome de Deus seja bendito para todo o sempre, sabedoria e poder pertencem a Ele e que é Ele quem muda os tempos e as épocas;. Ele remove reis e estabelece reis; Ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento para os homens de entendimento "(Dan. 2: 20-21).

Aqueles que não foram palavras vãs para Daniel. Os acontecimentos de Daniel 2 e 6 foram separados por muitos anos. Quando os comissários ciumento e sátrapas enganou o rei Dario na pedidos Daniel jogado na cova dos leões, que era o rei, e não Daniel, que estava preocupado. "Dormi fugiu de" o rei durante a noite, mas Daniel aparentemente dormia profundamente ao lado dos leões, cuja boca tinha sido fechado por um anjo (6: 18-23).

Em terceiro lugar, os crentes devem estar contente porque o Senhor fornece tudo. O proprietário supremo e controlador é também o provedor de como supremo indicado em um de Seus nomes antigos, Jeová-Jireh, que significa "o Senhor que fornece." Esse é o nome Abraão atribuída a Deus quando Ele forneceu um cordeiro para ser sacrificado no lugar de Isaque (Gn 22:14). Se Abraão, com o seu conhecimento limitado de Deus, poderia ser tão confiante e conteúdo, quanto mais devemos que conhecem Cristo e que têm toda a Sua Palavra escrita? Como o apóstolo nos assegura, Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus "(Fm 1:4; Sl 147:9 ; Mt 14:31; Mt 16:8). "Você crê que Deus pode resgatar você, te salvar do pecado, quebrar os grilhões de Satanás, levá-lo ao céu, onde Ele tem preparado um lugar para você, e mantê-lo por toda a eternidade", Jesus está dizendo; "E ainda assim você não confiar nele para suprir suas necessidades diárias?" Nós livremente colocar o nosso destino eterno nas mãos de Deus, mas, por vezes, se recusam a acreditar Ele proverá o que precisamos para comer, beber e vestir.

A preocupação não é um pecado trivial, porque ele dá um golpe, tanto no amor de Deus e na integridade de Deus. Worry declara nosso Pai celestial para ser indigno de confiança em Sua Palavra e Suas promessas. Para confessar a crença na infalibilidade das Escrituras e no momento seguinte para expressar preocupação é para falar de ambos os lados de nossas bocas. Preocupação mostra que estamos dominados por nossas circunstâncias e por nossas próprias perspectivas finitos e compreensão e não pela Palavra de Deus. A preocupação é, por conseguinte, não só debilitante e destrutivo, mas calunia e uma ofensa a Deus.
Quando um crente não é fresco na Palavra todos os dias, a fim de que Deus está em sua mente e coração, então Satanás se move para o vácuo e as plantas se preocupe. A preocupação em seguida, empurra o Senhor ainda mais de nossas mentes.

Paulo nos aconselha como fez com os Efésios: "Eu oro para que os olhos do vosso coração seja iluminado, de modo que você pode saber o que é a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos, e . o que é a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos Estes são, de acordo com a operação da força do seu poder "(Ef. 1: 18-19).

A preocupação é razoável causa da nossa fé

Não fique ansioso, então, dizendo: "O que vamos comer?" ou "O que vamos beber?" ou "Com o que devemos nos vestir?" Por todas estas coisas os gentios procuram avidamente; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas estas coisas. Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça; e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (6: 31-33)

A preocupação é inconsistente com a nossa fé em Deus e é, portanto, razoável, bem como pecaminoso. A preocupação é característica da incredulidade. Ethnoi ( gentios ) literalmente significa simplesmente "povos", ou "uma multidão". Na forma plural, como aqui, ele geralmente se refere aos não-judeus, ou seja, para os gentios e, por extensão, para os descrentes ou pagãos. Preocupar-se com o que para comer, beber e vestir -se com são as coisas os gentios procuram avidamente. Aqueles que não têm esperança em Deus, naturalmente, colocar a sua esperança e expectativas em coisas que podem desfrutar agora.Eles não têm nada para viver, mas o presente, e seu materialismo é perfeitamente coerente com a sua religião. Eles não têm Deus para suprir suas características físicas ou as suas necessidades espirituais, seu presente ou suas necessidades eternas, então qualquer coisa que recebem eles devem obter para si próprios. Eles são ignorantes da oferta de Deus e não tenho nenhuma reclamação sobre ele. No Pai celestial se preocupa com eles, então não há razão para se preocupar.

Os deuses dos gentios eram deuses feitos pelo homem inspirados por Satanás. Eram deuses do medo, temor, e apaziguamento que exigiram muito, prometidas pouco, e fornecidos nada. Era natural que aqueles que serviram esses deuses procuram avidamente quaisquer satisfações e prazeres que podiam enquanto podiam. Sua filosofia é ainda popular em nossos dias entre aqueles que estão determinados a agarrar todo o gusto eles podem chegar. "Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos" é uma perspectiva compreensível para aqueles que não têm esperança na ressurreição (1Co 15:32).

Mas isso é uma filosofia completamente insensato e irracional para aqueles que não têm esperança na ressurreição, para aqueles cujo Pai celestial sabe que [eles] precisam de todas essas coisas . Para se preocupar com o nosso bem-estar físico e nossa roupa é a marca de uma mente mundana, sejam eles cristãos ou não. Quando pensamos como o mundo e anseiam como o mundo, vamos se preocupar como o mundo, porque uma mente que não está centrada em Deus é uma mente que tem motivos para se preocupar. Os fiéis, confiantes e razoável Cristão está "ansioso para nada, mas em tudo, pela oração e súplica com ações de graças [seus] permite que pedidos que conhecidas diante de Deus" (Fp 4:6). Para buscar o reino de Deus em primeiro lugar é a derramar nossas vidas no trabalho eterno de nosso Pai celestial.

Para buscar o reino de Deus é procurar ganhar as pessoas para que o reino, para que pudessem ser salvos e Deus seja glorificado. É ter própria verdade, amor e justiça manifesto nosso Pai celestial s em nossas vidas, e para ter "paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14:17). Nós também buscar o reino de Deus, quando nós ansiamos para o retorno do Rei em Sua glória milenar para estabelecer o Seu reino na Terra e inaugurar Seu reino eterno.

Estamos também a procurar ... Sua justiça . Em vez de saudade depois as coisas deste mundo, estamos a fome e sede para as coisas do mundo para vir, que são caracterizados sobretudo pela perfeita de Deus justiça e santidade. É mais do que anseio por algo etéreo e futuro; também é anseio por algo presente e prático. Nós não só devem ter expectativas celestiais, mas uma vida santa (ver Colossenses 3:2-3). "Uma vez que todas estas coisas [a terra e as suas obras, v. 10] estão a ser destruídas desta forma", Pedro diz: "que tipo de pessoas não deveis ser em conduta e piedade sagrado, esperando e apressando a vinda do o dia de Deus "(2Pe 3:11).

A preocupação é desaconselhável por causa do nosso futuro

Portanto, não vos inquieteis para amanhã; para amanhã cuidará de si mesmo. Cada dia tem problemas suficientes própria. (06:34)

Fazendo disposições razoáveis ​​para amanhã é sensível, mas para estar ansioso para amanhã é tola e infiel. Deus é o Deus de amanhã, bem como o Deus de hoje e da eternidade. "Misericórdias do Senhor, na verdade nunca cessam, porque as suas misericórdias nunca falham renovam-se cada manhã; grande é a tua fidelidade." (Lm 3:22-23.).

Parece que algumas pessoas estão tão empenhados em se preocupar que, se eles não conseguem encontrar nada no presente para se preocupar, eles pensam sobre possíveis problemas no futuro . Amanhã vai cuidar de si mesmo , Jesus nos assegura. Essa não é a filosofia descuidado do hedonista que vive somente para seu prazer presente. É a convicção do filho de Deus, que sabe que amanhã vai cuidar de si mesmo , pois está nas mãos de seu Pai celestial.

Que a cada dia tem bastante problema de sua própria não é um apelo que se preocupar com esse problema, mas se concentrar em atender as tentações, provações, oportunidades, e as lutas que temos hoje, contando com nosso Pai para proteger e fornecer como temos necessidade. Há problemas suficientes em cada dia, sem acrescentar a angústia de preocupação para ele.

Deus promete a Sua graça para amanhã e para todos os dias depois e por toda a eternidade. Mas Ele não nos dá graça para amanhã agora Ele apenas dá a Sua graça um dia de cada vez que for necessário, e não como ele pode ser antecipado.

"A constante da mente Tu conservarás em perfeita paz", Isaías diz: "porque ele confia em Ti Confia no Senhor para sempre, pois em Deus, o Senhor, temos uma rocha eterna." (Is. 26: 3-4) .


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 6 do versículo 1 até o 34

Mateus 6

A recompensa como motivação na vida cristã

  1. A recompensa do ponto de vista cristão
    1. As recompensas cristãs

Mt 6:1 A maneira errada de dar — Mat. 6:2-4

As motivações da ação de dar — Mat. 6:2-4 (cont.) A maneira errada de orar — Mat. 6:5-8

A maneira errada de orar — Mat. 6:5-8 (cont.)

A maneira errada de orar — Mat. 6:5-8 (cont.) A oração do discípulo — Mat. 6:9-15

Mt 6:9

Mt 6:9 (cont.) Mt 6:9 (cont.)

Mt 6:9 (cont.)

A oração em que pedimos para sermos reverentes Mt 6:9 (cont.) Mt 6:10

Mt 6:10 (cont.) Mt 6:11

Mt 6:11 (cont.)

Mt 6:12, 14-15

O perdão humano Mt 6:12, 14-15 (cont.) Mt 6:13

Mt 6:13 (cont.)

Mt 6:13 (cont.)

Mt 6:13 (cont.) A maneira incorreta de jejuar — Mat. 6:16-18

A maneira incorreta de jejuar — Mat. 6:16-18 (cont.) O verdadeiro jejum — Mat. 6:16-18 (cont.)

O verdadeiro tesouro — Mat. 6:19-21

Tesouros no céu — Mat. 6:19-21 (cont.) A visão distorcida — Mat. 6:22-23

A necessidade de olhos generosos — Mat. 6:22-23 (cont.) Mt 6:24

Mt 6:24 (cont.)

Mt 6:24 (cont.) A preocupação proibida — Mat. 6:25-34

A ansiedade e como se cura — Mat. 6:25-34 (cont.) A insensatez da ansiedade — Mat. 6:25-34 (cont.)

A RECOMPENSA COMO MOTIVAÇÃO NA 6DA CRISTÃ

Quando estudamos os versículos introdutórios de Mateus 6, imediatamente nos deparamos com uma pergunta de suprema importância: Qual é o lugar da recompensa como motivação na vida cristã? Nesta seção, Jesus fala em três oportunidades de recompensa que Deus outorga a quem tem servido da maneira em que Ele queria. (Mt 6:4, Mt 6:6, Mt 6:18). Esta questão é tão importante que será bom nos determos para examiná-la antes de continuar o estudo detalhado do capítulo.

Tem-se dito com muita freqüência que a recompensa não tem lugar entre as motivações da vida cristã. Afirmou-se que devemos fazer o bem por amor do bem em si, que a virtude inclui sua própria recompensa, e

que até deve eliminar-se da vida cristã a mera idéia de uma recompensa, qualquer que ela seja. Havia um santo, na antiguidade, que segundo se dizia, queria poder apagar todos os fogos do inferno e queimar todas as

alegrias do céu, para que os homens procurassem o bem pelo bem em si mesmo, e não como meio de obter o céu ou evitar o inferno, e para que a

idéia de uma recompensa ou um castigo desaparecesse da vida por completo.

Aparentemente esta atitude é muito elevada e nobre, mas não pensava do mesmo modo nosso Senhor Jesus Cristo. Já notamos que

nesta passagem Jesus fala três vezes da recompensa, A forma correta de dar esmola, a forma correta de orar e a forma correta de jejuar incluem suas próprias formas de recompensa, E se trata de uma menção isolada do tema da recompensa, no conjunto dos ensinos de Jesus. Diz, também,

que quem suporte fielmente a perseguição e quem receba insultos sem responder com o rancor, serão grandes no céu (Mt 5:12). Diz que qualquer que dê a um de seus pequeninos irmãos um copo de água não

ficará sem recompensa (Mt 10:41). Pelo menos, parte do ensino da parábola dos talentos é que o serviço fiel receberá uma recompensa (Mat. 25:14-30).

Na parábola do juízo final o ensino mais direto é que há uma recompensa ou um castigo, conforme tenha sido nossa reação frente às necessidades de nosso próximo (Mateus 25:31-46). É muito evidente que

Jesus não vacilou em referir-se à recompensa ou ao castigo que pode merecer nossa forma de vida. E bem poderia nos convir não tratar de ser mais espirituais que Jesus quando pensamos a respeito deste tema da

recompensa. Há alguns fatos muito óbvios que se devem levar em conta.

  1. É uma regra óbvia da vida que qualquer ação que não obtém um resultado positivo é totalmente inútil. A bondade que não alcança um certo fim é uma bondade inútil e carente de significado. Como foi dito,

de maneira muito acertada: "A menos que algo sirva para alguma coisa, não serve para nada." A menos que a vida cristã tenha um fim e uma meta a ser alcançada, porque corresponde ao prazer que desejamos, em

grande medida será uma vida sem significado. Quem acredita no caminho cristão e na promessa cristã não pode acreditar que a bondade não tenha objetivo algum fora de si mesma.

  1. Eliminar toda recompensa ou castigo de nossa forma de compreender a religião equivale, com efeito, a dizer que a injustiça

sempre tem a última palavra. Não pode sustentar-se de maneira razoável que o fim do homem bom seja exatamente o mesmo que o do homem mau. Isto significaria que Deus não Se importa que os homens sejam bons ou maus. Significaria, para dizê-lo de maneira mais direta e mesmo dura, que não tem objetivo ser bom e que não há razão para viver de uma maneira e não de outra. Eliminar toda recompensa ou castigo é realmente afirmar que em Deus não há nem justiça nem amor. Prêmios e castigos são necessários se se quer dar algum sentido à vida.

  1. A recompensa do ponto de vista cristão

Mas tendo chegado até aqui com o conceito de recompensa na vida

cristã, há certos elementos dela que devem ser esclarecidos.

  1. Quando

    Jesus

    falou

    de

    recompensa,

    não

    pensava exclusivamente em termos de um prêmio material. É evidente que no

Antigo Testamento a bondade e a prosperidade estão intimamente relacionadas. Se um homem prosperava, se seus campos eram férteis e sua colheita abundante, se tinha muitos filhos e sua fortuna aumentava,

supunha-se que tudo isto demonstrava a bondade de seu caráter.

Este é, precisamente, o problema que subjaz na exposição do livro do Jó. Jó está atravessando um momento de má sorte e seus amigos vão

dizer-lhe que sua má sorte deve ser o resultado de algum pecado que cometeu. Jó rechaça veementemente tal acusação. "Lembra-te:" – diz-lhe Elifaz, um de seus visitantes – "acaso, já pereceu algum inocente? E onde foram os retos destruídos?" (4:7). E Bildade acrescenta: "Se

fores puro e reto, ele (Deus), sem demora, despertará em teu favor e restaurará a justiça da tua morada" (8:6). E Zofar, o terceiro, conclui: "Pois dizes: A minha doutrina é pura, e sou limpo aos teus olhos. Oh!

Falasse Deus, e abrisse os seus lábios contra ti, e te revelasse os segredos da sabedoria, da verdadeira sabedoria, que é multiforme! Sabe, portanto, que Deus permite seja esquecida parte da tua iniqüidade" ( 11:4-6). O

livro de Jó foi escrito como uma tese oposta ao conceito de que o bem e a prosperidade sempre são paralelos.

"Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão" (Sl 37:25). E em outro lugar diz o salmista: "Caiam mil ao teu lado, e dez mil, à tua direita; tu não serás atingido. Somente com os teus olhos contemplarás e verás o castigo dos ímpios. Pois disseste: O SENHOR é o meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda" (Salmo 91:7-10). Estas são palavras que Jesus nunca teria pronunciado. Nunca prometeu prosperidade material a seus discípulos. De fato, prometeu-lhes julgamentos e tribulações, provas e angústias, sofrimento, perseguição e morte. É evidente que Jesus ao falar de recompensa não pensava em termos materiais.

  1. A segunda coisa que é preciso lembrar, é que a recompensa mais alta nunca é recebido por quem a procura. Se alguém se esforçar por obter o reconhecimento que crê merecer por suas ações, se está avaliando todo o tempo a magnitude de seus trabalhos e contabilizando os méritos que está acumulando, jamais receberá a recompensa que busca e pela que tanto trabalha em excesso. E isto ocorrerá porque considera a Deus e à vida de maneira incorreta. O homem que está sempre calculando o montante de sua recompensa acredita que Deus é um juiz ou um contador, e concebe a vida em termos legalistas. Pensa em fazer tanto e ganhar tanto. Suas idéias se movem entre a coluna do débito e a do dever. Imagina que no tempo futuro se apresentará ante Deus com seu balanço e lhe dirá: "Isto é o que eu tenho feito, exijo minha recompensa."

O engano básico desta atitude é conceber a vida em termos legalistas, esquecendo o amor. Se amarmos a alguém de maneira profunda e apaixonada, humildemente e sem egoísmos, teremos a certeza de que mesmo que entreguemos a essa pessoa tudo o que é nosso, não teremos feito o suficiente; que se conseguimos pôr em suas mãos o Sol, a Lua e as estrelas, seguiremos sendo seus devedores. Quem ama sempre está em dívida; a última coisa que pensará é que de algum modo não foi merecedor de alguma recompensa. Mas se concebermos a vida em forma

legalista sempre estaremos pensando em lucros e recompensas. Por outro lado, se nosso enfoque da vida se apóia no amor, a idéia de recompensa jamais penetrará em nossa mente.

O grande paradoxo da vida cristã é que quem procura recompensa, quem está sempre calculando quanto receberá, jamais se torna credor de

nada; mas aquele cujo único motivo é o amor, e que jamais pensa que é merecedor de nada, recebe, entretanto, a mais rica retribuição. O mais estranho de tudo é que a recompensa é ao mesmo tempo o subproduto e

o fim último da vida cristã.

  1. As recompensas cristãs

Passemos a nos perguntar agora: Quais são as recompensas de uma vida cristã?

  1. Devemos iniciar colocando uma verdade básica e geral. Já

vimos que Jesus não pensa em recompensas materiais. As recompensas da vida cristã se constituem recompensas apenas para quem possui uma mentalidade espiritual. Os materialistas não as considerariam recompensas. As recompensas cristãs são tais somente para os cristãos.

  1. A primeira entre as recompensas cristãs é a satisfação. Fazer o que é justo, obedecer a Jesus Cristo, aceitar seu caminho, conduzam ou

não a outras formas de recompensa, sempre produzem satisfação. Bem pode ser que se alguém fizer o que deve fazer, obedecendo a Jesus Cristo, perca sua fortuna ou sua posição social, ou ambas; pode ser que termine no cárcere ou no patíbulo, ou que perca popularidade, fique

sozinho e se fale mal dele. Entretanto, apesar de tudo, sempre possuirá a satisfação interior de ter seguido a Jesus Cristo, uma satisfação que vale muito mais que o valor de tudo o que perdeu. É algo que não se pode pôr

preço; não se pode avaliar monetariamente, porque não há nada no mundo que se compare a tal satisfação. Produz um contentamento que é a verdadeira coroa da vida.

O poeta George Herbert pertencia a um grupo de amigos que costumavam reunir-se para tocar seus instrumentos musicais, formando

uma pequena orquestra. Em certa oportunidade se dirigia para o lugar de reunião do grupo quando cruzou com um carroceiro cujo veículo se afundou no barro. George Herbert deixou de lado o instrumento musical e ficou ajudando o pobre homem a desatolar as rodas. Ficou coberto de barro. Quando chegou à casa de seus amigos era muito tarde para a música. Disse-lhes qual tinha sido a causa de seu atraso, e um deles lhe replicou: "Bem, você perdeu a música." "Sim," respondeu Herbert, "mas ouvirei cantos à meia-noite." Tinha a satisfação de ter feito o que se espera de um cristão.

Godfrey Winn nos conta de um homem que era o cirurgião plástico mais importante da Grã-Bretanha. Durante a Segunda Guerra Mundial

abandonou seu trabalho como profissional independente, que lhe rendia uma renda anual de 25:000 dólares, para dedicar todo o seu tempo à cirurgia plástica dos rostos de pilotos de aviões queimados e mutilados

em combate. Winn lhe perguntou: "Qual é sua maior ambição, Mac?" O médico lhe respondeu: "Chegar a ser um bom artesão." Os 25:1, Mt 6:5,

16). Seria melhor traduzir: "Já receberam a totalidade de seu

pagamento." No original se utiliza o verbo grego apechein que significa, na terminologia técnica dos negócios, receber a totalidade do pagamento. Era a palavra que se escrevia nas faturas uma vez que já se efetuou o pagamento correspondente. Por exemplo, se alguém recebia uma soma e dava um recibo provavelmente dissesse: "Recebi apecho de Fulano o aluguel pela prensa de azeitonas que me aluga." O coletor de impostos assinava recibos dizendo: "Recebi apecho de Zutano a taxa impositiva que devia." Se alguém vendia um escravo, entregava ao comprador um recibo estabelecendo: "Recebi apecho a totalidade do preço convencionado."

Jesus, portanto, quer dizer o seguinte: "Se você der esmolas para demonstrar

sua

generosidade,

você

obterá

a

admiração

de

seus

semelhantes – mas isso é tudo o que você receberá como recompensa. Se você ora para esfregar sua piedade na cara de outros, você obterá a

reputação de ser um homem extraordinariamente religioso – mas isso será tudo o que você receberá. Esse será seu pagamento. Se você jejua para que todos saibam que você está jejuando, você receberá a fama de

ser todo um asceta – mas isso é tudo que você conseguirá. Esse será seu pagamento."

Em outras palavras, Jesus está dizendo: "Se seu único fim é obter as

recompensas que o mundo pode dar, não há dúvida de que o conseguirá

  1. mas então não deve esperar as recompensas que somente Deus pode dar." E seria singularmente cega a criatura disposta a apegar-se às recompensas temporárias, enquanto deixa escapar as recompensas da

eternidade.

A MANEIRA ERRADA DE DAR

Mateus 6:2-4

Para o judeu a esmola era o mais sagrado de todos os deveres religiosos. Até onde era considerada uma obrigação de primeiríssima

importância pode deduzir-se do uso que faziam do termo esmola –

tzedakah – para denotar também um conceito tão fundamental como justiça. Dar esmola e ser justo eram uma e a mesma coisa. Dar esmola era ganhar méritos ante Deus, e podia inclusive significar a expiação e o perdão pelos pecados cometidos no passado. "Melhor é dar esmola que acumular tesouros, pois a esmola livra da morte e poda de tudo pecado" (Tobias 12:8).

"A piedade com o Pai não será lançado ao esquecimento. E em vez do castigo pelos pecados terá prosperidade. No dia da tribulação, o Senhor se lembrará de ti, e como se derrete o gelo em dia quente, assim se derreterão os teus pecados." (Eclesiástico Mt 3:15). Somente quem for capaz pode estender o suficiente para cantar todo o seu louvor, mas ninguém pode". "Que as palavras do homem perante Deus sejam breves, tal como está escrito: 'Não te precipites com a tua boca, nem o teu

coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras' (Eclesiastes 5:1-2). A melhor adoração consiste em guardar

silêncio." É muito fácil contundir a verbosidade com a devoção, e nesse engano caíam muitos dos judeus.

A MANEIRA ERRADA DE ORAR

Mateus 8:5-8 (continuação)

  1. Havia outras formas de repetição que os judeus, como todos os

povos orientais, sentiam-se inclinados a utilizar e às vezes em demasia. Os povos orientais têm o costume de hipnotizar-se a si mesmos mediante a repetição interminável de uma frase ou até de uma palavra. Em 1Rs 18:261Rs 18:26 lemos como os profetas do Baal gritavam: "Baal, responde-nos!", e o fizeram durante toda a metade de um dia. Em At 19:34 lemos como a multidão de Éfeso gritou durante quase duas horas: "Grande é Diana dos efésios". Os muçulmanos podem estar muitas horas repetindo a sílaba sagrada HEI, enquanto correm descrevendo círculos, até que finalmente entram em êxtase e caem, inconscientes, totalmente exaustos. Os judeus faziam o mesmo com o Shema. Trata-se da substituição da autêntica oração pelo auto-hipnotismo.

A oração judia usava outra forma de repetição: Ao dirigir-se a Deus em oração procurava-se acumular todos os adjetivos e títulos possíveis

atribuíveis ao Senhor. Há uma oração famosa que começa dizendo:

"Bendito, louvado, glorificado, exaltado, enaltecido e honrado, engrandecido e louvado seja o nome do Santo." Há outra oração judia que começa atribuindo dezesseis adjetivos a Deus. Era uma espécie de embriaguez de palavras. Quando se começa a pensar mais em como se está orando que no que se está comunicando a Deus, a oração morre nos lábios e se converte em vã retórica.

  1. O último defeito que Jesus achava em alguns dos judeus, era que oravam para serem vistos pelos homens. O sistema de oração judia

fazia com que a ostentação fosse muito fácil. Os judeus oravam de pé, com os braços estendidos para cima, as palmas das mãos abertas para o céu e a cabeça agachada. A oração devia fazer-se às nove da manhã, às

doze e às três da tarde. Devia orar-se, chegada a hora, em qualquer lugar onde o judeu piedoso se encontrasse, e era muito fácil para aquele que desejava ostentar sua religiosidade estar, a essas horas, em alguma rua

central, ou em uma praça cheia de gente.

Era possível que qualquer vaidoso ficasse de pé na escalinata da sinagoga, e estendendo seus braços orasse longamente, para demonstrar

sua fidelidade ao preceito divino. Era muito fácil fingir piedade quando outros estavam olhando. O mais sábio de todos os rabinos judeus compreendeu perfeitamente bem este perigo, e condenou sem rodeios a

atitude hipócrita dos que oravam para serem vistos pelos homens: "O homem que está cheio de hipocrisia atrai a ira de Deus sobre o mundo, e sua oração jamais será ouvida." "Há quatro classes de homens que não recebem a face da glória de Deus – os zombadores, os hipócritas, os

mentirosos e os caluniadores."

Os rabinos diziam que era impossível orar se o coração não estava em atitude de oração. Estabeleciam que para uma autêntica oração era

necessária pelo menos uma hora de preparação silenciosa e particular, e uma hora de meditação depois. Mas o sistema judeu de oração se prestava à ostentação e a hipocrisia, quando o coração do homem estava

cheio de vaidade.

Jesus estabelece dois grandes regras para a oração:

  1. Insiste em que toda autêntica oração deve ser oferecida a Deus. A falha das orações dos judeus que Jesus criticava era que estavam dirigidas aos homens e não a Deus. Certo pregador popular em Boston, falando de uma oração que alguém ofereceu em sua igreja, descrevia-a como "a oração mais eloqüente que jamais se ofereceu ante o público de Boston". Quem tinha feito essa oração, é obvio, deve ter estado muito mais interessado em impressionar a congregação que em alcançar o trono da graça divina. Seja na oração pública ou na particular, o crente não deveria ter outro desejo, nem outra preocupação, que o querer de todo o coração ser ouvido por Deus.
  2. Insiste na afirmação de que sempre devemos recordar que o Deus a quem oramos é um Deus de amor, que está mais disposto a nos

ouvir do que nós a orar. Não é necessário extrair pela força os dons de sua graça. Não nos chegamos até um Deus que precisa ser coagido a nos

dar o que lhe pedimos. Vamos a alguém cujo principal desejo é dar. Quando lembramos disso, é suficiente que ao orar nosso coração exale o suspiro do desejo, e que nossos lábios pronunciem as palavras "Seja feita

a Tua vontade."

A ORAÇÃO DO DISCÍPULO

Mateus 6:9-15

Antes de começar o exame detalhado do Pai Nosso, será conveniente que recordemos algumas questões gerais.

Devemos assinalar, acima de tudo, que esta é uma oração que Jesus ensinou a seus discípulos. Mateus localiza a totalidade do Sermão da Montanha no contexto social da comunidade dos discípulos (Mateus

Mt 5:1), e Lucas diz que Jesus ensinou esta oração em resposta ao pedido de um de seus discípulos (Lc 11:1). A primeira coisa que devemos recordar sobre o Pai Nosso é que somente um discípulo de Jesus Cristo pode repetir significativamente suas palavras. O Pai Nosso não é uma

oração para meninos, como muitos a consideram hoje em dia, porque

para o menino carece de sentido. O Pai Nosso não é a oração devocional da família, como às vezes a entende, a menos que quando dizemos "família" entendamos a família da Igreja. O Pai Nosso é especifica e definitivamente a oração do discípulo. Para dizê-lo de outra maneira, somente se pode orar o Pai Nosso quando aquele que ora, usando suas palavras, sabe o significado do que está dizendo, e ninguém pode sabê-lo a menos que haja ingressado no discipulado cristão.

Devemos, em segundo lugar, tomar nota da ordem das petições do Pai Nosso. As primeiras três têm que ver com Deus e com a glória de

Deus; as últimas petições (três também) têm que ver conosco e nossas necessidades. Quer dizer, Deus recebe, em primeiro lugar, o lugar

supremo, e só então nos voltamos para nossas necessidades e desejos. Somente quando se dá a Deus seu lugar próprio todo o resto passa a ocupar o lugar que lhe corresponde. A oração nunca deve ser um intento

de mudar a vontade de Deus para adequá-la aos nossos desejos. A oração, quando é autêntica, sempre é um intento de submeter nossa vontade à vontade de Deus.

A segunda parte de nossa oração, que se ocupa com as nossas necessidades e carências, é uma unidade obtida de maneira maravilhosa. Ocupa-se das três necessidades essenciais do ser humano, e das três

esferas do tempo nas quais o homem se move. Em primeiro lugar, pede pão, ou seja aquilo que se necessita para o sustento material da vida, elevando ao trono de Deus, deste modo, as necessidades do presente. Em segundo lugar, pede perdão, pondo deste modo o passado ante os olhos

de Deus, e da graça perdoadora do Pai. Em terceiro lugar, pede ajuda nas tentações, colocando assim o futuro nas mãos de Deus. Nestas três breves petições nos ensina a colocar o presente, o passado e o futuro ao

pé do trono da graça divina.

Mas esta oração tão cuidadosamente elaborada não somente coloca a totalidade da vida humana ante a misericórdia divina; também procura

trazer a totalidade de Deus a nossas vidas. Quando pedimos pão para o sustento de nossas vidas terrestres, este pensamento imediatamente

dirigirá a Deus o Pai, Criador e Sustentador da vida. Quando pedimos perdão, esta petição imediatamente leva nossos pensamentos a Deus o Filho, Jesus Cristo, o Salvador e Redentor. Quando pedimos ajuda nas tentações futuras, essa solicitude imediatamente nos leva a pensar em Deus o Espírito Santo, o Consolador, Fortalecedor, Iluminador, Guia e Guardião de nosso caminho.

Do modo mais maravilhoso esta breve segunda parte do Pai Nosso toma o presente, o passado e o futuro do homem e os oferece a Deus, o

Pai, e o Filho, e o Espírito Santo, a Deus em sua plenitude. No Pai Nosso Jesus nos ensina a levar a totalidade de nossa vida a Deus em sua totalidade, e a trazer Deus, em sua totalidade, Pai, Filho e Espírito Santo,

à totalidade de nossas vidas.

O PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS

Mt 6:9

Pode-se muito bem dizer que a palavra Pai, referida a Deus, é um resumo compacto do conteúdo da fé cristã. O grande valor desta palavra,

Pai, é que organiza a totalidade das relações desta vida.

  1. Organiza

    nossas

    relações

    com

    o

    mundo

    invisível.

    Os missionários dizem que um dos grandes alívios que o cristianismo leva

aos pagãos é a certeza de que há somente um Deus. Eles acreditam que existem multidões de deuses, que cada correnteza ou rio, cada árvore ou vale, cada montanha ou bosque, cada força da natureza tem seu próprio

deus. O pagão vive em um mundo superpovoado de deuses. Estes, além disso, são ciumentos, egoístas e hostis. Constantemente devem ser aplacados, e o adorador nunca pode estar seguro de ter honrado a todos.

A conseqüência é que o pagão vive no terror dos deuses; sua religião não o ajuda, mas sim o acossa.

A lenda mais significativa da mitologia grega é a do Prometeu. Prometeu era um deus. A história se desenvolve quando o homem ainda

não possuía o fogo. Em sua misericórdia, Prometeu roubou o fogo do

céu e o deu aos homens. Sem fogo a vida era triste e extremamente incômoda. Zeus, o rei dos deuses, zangou-se muitíssimo ao saber que os homens tinham recebido o dom do fogo. Aprisionou Prometeu, e o encadeou a uma rocha no meio do Mar Adriático, onde o calor e a sede o torturavam durante o dia, e o frio durante a noite.

Mais ainda, Zeus preparou um ave de rapina para que comesse constantemente o fígado do Prometeu, que sempre voltava a crescer, para que o ave de rapina pudesse voltar a torturá-lo, comendo-lhe outra

vez. Isso é o que ocorreu com o deus que buscou ajudar aos homens.

A concepção geral dos deuses entre os pagãos, pinta-os como seres ciumentos, vingativos e egoístas; a última coisa que ocorreria a um deus

pagão seria ajudar os homens. Essa é a concepção pagã da atitude que se pode esperar do mundo invisível com respeito ao mundo dos homens. O pagão se sente acossado por uma multidão de deuses ciumentos e

egoístas.

Por isso, quando descobrimos que o Deus a quem dirigimos nossa oração tem o nome e o coração de um Pai, a coisa muda totalmente. Já

não precisamos tremer de medo ante uma horda de deuses iracundos; podemos descansar no amor de um pai.

  1. Organiza nossas relações com o mundo visível, este mundo do

tempo e o espaço em que vivemos. É muito fácil conceber este mundo como uma realidade hostil. Temos as oportunidades e as mutações da vida, temos as leis de ferro do universo que somente podemos transgredir por nosso próprio risco; temos o sofrimento e a morte; mas podemos estar seguros de que por detrás deste mundo não há uma deidade caprichosa egoísta, zombadora, mas sim um Deus cujo nome é Pai, embora muito dele continua desconhecido, é suportável para nós, porque no fundo de todas as coisas está o amor. Sempre nos ajudará conceber este mundo como um todo organizado, nem tanto para nossa comodidade como para nossa formação.

Tomemos, por exemplo, a dor. A dor poderá parecer algo mau, negativo, mas tem o seu lugar dentro da ordem estabelecida por Deus.

Ocorre, às vezes, que alguém está constituído de maneira tão anormal que é incapaz de experimentar dor. Tal pessoa é um perigo para si mesmo e um problema para todos outros. Se não existisse a dor, nunca saberíamos quando estamos doentes, e provavelmente morreríamos antes que pudessem tomar-se medidas para nos curar. Isto não quer dizer que o mal não possa transformar-se em algo negativo, mau; significa que muitas vezes, talvez a maioria das vezes, que a dor é a luz vermelha que Deus acende para nos advertir que um perigo nos ameaça.

Lessing declara que se tivesse a oportunidade de fazer uma única pergunta à Esfinge, seria esta: "Vivemos em um universo amigável?" Se podemos estar seguros de que o nome do Deus que criou o universo é Pai, também podemos estar seguros de que, fundamentalmente, o universo é amigável. Chamar Pai a Deus é organizar nossas relações com o mundo no que vivemos.

O PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS

Mt 8:9 (continuação)

  1. Se cremos que Deus é nosso Pai, organizam-se nossas relações com o próximo. Se Deus for Pai, é o Pai de todos os homens. O Pai Nosso não nos ensina a dizer meu Pai; obriga-nos a dizer "Nosso pai". É

significativo que no Pai Nosso não apareçam as palavras "eu", "meu", ou "meu". Isto nos autoriza a dizer que Jesus veio para eliminar estas palavras da vida, substituindo-as por "nós" e "nosso". Deus não é posse

exclusiva de nenhum homem. A expressão "Nosso pai" elimina o eu egoísta, A paternidade de Deus é a única base possível da fraternidade de todos os homens.

  1. Se cremos que Deus é nosso Pai, organizam-se nossas relações conosco mesmos. Há momentos na vida em que todos nos odiamos e desprezamos a nós mesmos. Sabemos que estamos por debaixo até das coisas mais asquerosas que se arrastam sobre a Terra. O coração conhece

suas próprias amarguras, e ninguém conhece nossa indignidade melhor que nós mesmos.

Mark Rutherford queria acrescentar uma nova bem-aventurança: "Bem-aventurados os que nos curam do desprezo que sentimos por nós

mesmos." "Bem-aventurados os que nos devolvem o respeito por nós mesmos e nossa auto-estima." Isto é precisamente o que Deus faz . Nos momentos mais negros, terríveis e áridos de nossa vida, sempre podemos lembrar que, embora ninguém se importa conosco, Deus nos ama; que na

infinita misericórdia de Deus somos de linhagem real, filhos do Rei dos Reis.

  1. Se cremos que Deus é nosso Pai, organizam-se nossas relações

com Deus. Não se trata de eliminar a majestade, o poder ou a glória divinos, mas de fazer com que estes atributos divinos não impeçam que nos aproximemos dEle.

Uma história da antiga Roma conta como um imperador celebrou um triunfo. Desfrutava do privilégio que Roma concedia somente a seus mais ilustres paladinos de partir com suas tropas através das ruas da

cidade, levando em seu séquito os troféus de suas vitórias guerreiras e os soberanos inimigos, agora convertidos em escravos deles. De modo que nesta celebração se encontrava o imperador, e as ruas estavam repletas

de uma vitoriosa multidão. Os altos e robustos legionários estavam formados em duas filas paralelas ao longo das ruas, para manter o povo em seu lugar.

Em um lugar da rota triunfal, havia um estrado onde a imperatriz e

a família imperial se instalaram para presenciar o desfile. Sobre a plataforma, junto à sua mãe, estava o filho mais novo do imperador, que era apenas um menino. Quando o imperador se aproximou desse lugar o menino saltou do estrado, abriu caminho entre a multidão, e procurou atravessar a fila de legionários, passando entre suas pernas, para sair ao encontro do carro de seu pai.

Um dos legionários se agachou e o deteve. levantou-o nos braços, e lhe disse: "Você por acaso não sabe, garoto, quem é que vem nesse

carro? É o imperador, você não pode ir correndo até ele." E o pequeno lhe respondeu rindo: "Será seu imperador, mas é meu pai."

Este é exatamente o sentimento do cristão com respeito a Deus. O poder, a majestade e a glória de Deus são o poder, a majestade e a glória

de alguém a quem Jesus nos ensinou a chamar "Nosso pai".

O PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS

Mt 6:9 (continuação)

Até aqui estivemos pensando nas duas primeiras palavras desta invocação de Deus: "nosso pai". Mas Deus não é somente nosso Pai, mas

sim nosso Pai que está nos céus. As últimas palavras são de importância primitiva. Encerram duas grandes verdades.

  1. Lembram-nos da santidade de Deus. É muito fácil baratear e sentimentalizar a idéia da paternidade de Deus, convindo-a na desculpa

de uma religião fácil e pouco exigente. "É um bom tipo, e tudo sairá bem." Tal como diria Heine com respeito a Deus: "Deus perdoará, é seu trabalho." Se disséssemos "Nosso pai..." e nos detivéssemos aí,

possivelmente poderíamos ter uma boa desculpa para pensar dessa maneira. Mas o Deus a quem oramos é nosso Pai que está nos céus. É um Deus de amor, certo, mas também é um Deus santo.

Uma das coisas extraordinárias é a pouca freqüência com que Jesus usou o nome Pai para referir-se a Deus. O evangelho de Marcos é o mais antigo dos quatro evangelhos, e provavelmente constitui a fonte mais

próxima da vida de Jesus de que jamais disporemos, como testemunho de tudo o que Ele fez ou disse. No evangelho de Marcos Jesus chama a Deus de Pai apenas seis vezes, e nunca fora do círculo de seus discípulos

mais íntimos. Para Jesus a palavra Pai era tão sagrada que tão só se atrevia a usá-la, exceto entre quem possuía os elementos de julgamento necessários para captar a plenitude de seu significado. Nunca devemos usar a palavra Pai para nos referir a Deus se tivermos que fazê-lo de

maneira mutável, fácil e sentimental. Este Deus, a quem nós chamamos

Pai, não é um progenitor abrandado, que fecha tolerantemente os olhos para não ver nossas faltas e enganos. Este Deus, a quem chamamos Pai, é o Deus a quem devemos nos aproximar com reverência e adoração, com temor e admiração. Deus é nosso Pai que está nos céus, e nele se combinam o amor e a santidade.

  1. Estas palavras nos lembram do poder de Deus. No amor humano muito freqüentemente experimentamos a tragédia da frustração. Podemos amar a uma pessoa e entretanto ser impotentes para ajudá-lo a

alcançar algo, ou impedi-lo de fazer algo. O amor humano pode ser muito intenso – mas muito impotente. Todo pai cujo filho tomou um mau caminho sabe disso como também sabe disso todo namorado cuja

amada não retribui seus sentimentos e vice-versa. Mas quando dizemos Pai nosso que estás nos céus colocamos duas coisas uma junto à outra. Colocamos lado a lado o amor de Deus e o poder de Deus. Estamos-nos

dizendo que o poder de Deus sempre age motivado por seu amor, e que jamais terá que exercer-se para nada que não seja nosso próprio bem. E nos estamos dizendo que o amor de Deus sempre vai respaldado por seu

poder, e que portanto seus propósitos nunca podem ser finalmente frustrados ou derrotados.

Quando oramos dizendo Pai nosso que estás nos céus devemos

sempre ter presente a santidade de Deus, e sempre lembrar do seu poder que manifesta os impulsos de seu amor, e seu amor, respaldado sempre pelo invencível poder de Deus.

A SANTIFICAÇÃO DO NOME

Mt 6:9 (continuação)

"Santificado seja o teu nome" – é provável que entre todas as petições do Pai Nosso esta seja a que possui um significado mais difícil de expressar em outras palavras. Se nos fosse perguntado o que significa, concretamente, esta petição, muito poucos achariam fácil dar uma

resposta direta. Em primeiro lugar, então, nos concentremos no significado das palavras:

A palavra que se traduz santificado pertence a um verbo grego relacionado com o adjetivo hagios, no mesmo idioma, e que significa

tratar a uma pessoa ou coisa como santa. Mas o significado fundamental de santo é diferente ou separado. Uma coisa santa (hagios) é diferente de outras coisas. A pessoa santa (hagios) é a que está separada do resto de seus semelhantes. Por isso um templo é santo, por

ser diferente de outros edifícios. O altar é santo porque existe para um propósito diferente ao de outras coisas comuns. O dia do Senhor é santo porque é diferente de outros dias. Um sacerdote é santo, porque está

separado de outros homens. Portanto, esta petição significa: "Que o nome de Deus seja tratado de maneira diferente de todos os outros nomes, que lhe seja dada uma posição absolutamente única entre todos

os nomes."

Mas há algo mais a acrescentar. Entre os hebreus o nome não é somente um vocábulo que se pode utilizar para denominar a uma pessoa

  1. João ou Tiago, ou qualquer outro que seja. Entre os hebreus o nome significa, além disso, e fundamentalmente, a natureza, o caráter, a personalidade do indivíduo, na medida em que estes nos são conhecidos

ou revelados. Compreenderemos isto claramente ao ver como os escritores bíblicos usavam a palavra nome. O salmista diz: "Em ti, pois, confiam os que conhecem o teu nome" (Sl 9:10).

Isto não significa, evidentemente, que confiarão em Deus quem

saiba que seu nome é Jeová. Significa que quem saiba como é Deus, quem conheça sua natureza e caráter, porão sua confiança nEle. O salmista diz: "Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus" (Sl 20:7). É óbvio que aqui não se diz que nos tempos de dificuldade o salmista recordará que o nome de Deus é Jeová. Significa que em tais momentos alguns porão sua confiança nos recursos e nas ajudas materiais ou humanas, mas o salmista recordará a natureza e o caráter de Deus, e

confiará nEle. Recordará como é Deus, e essa lembrança lhe inspirará confiança.

Reunamos, agora, estas duas coisas, fazendo de ambas uma só. "Santificar" significa considerar diferente, outorgar um lugar único,

especial. O nome é a natureza, o caráter de uma pessoa, na medida em que chegamos a conhecê-la. Portanto, quando dizemos "Santificado seja o teu nome", queremos significar "faze-nos capazes de dar a Ti o lugar único que Tua natureza e caráter merecem e exigem." A petição que

elevamos a Deus é para que Ele nos capacite a lhe dar o lugar único que por sua natureza deve ocupar.

A ORAÇÃO EM QUE PEDIMOS PARA SERMOS REVERENTES

Mt 6:9 (continuação)

Existe, pois, uma palavra que resuma o significado desta petição de

reconhecimento que a natureza de Deus nos impõe? Sem dúvida existe, é a palavra reverência. Esta petição consiste em pedir a Deus que nos faça reverentes para que possamos reverenciá-lo tal como Ele merece. Há quatro elementos essenciais de toda verdadeira reverência para com Deus:

  1. Para reverenciar a Deus devemos acreditar que Ele existe. Não podemos reverenciar a alguém que não existe. Devemos começar

estando seguros da existência de Deus. É estranho, para a mentalidade moderna, que em nenhum lugar da Bíblia tente demonstrar a existência

de Deus. Para a Bíblia Deus é um axioma. Um axioma é uma verdade evidente por si mesmo que não precisa ser demonstrada, mas sim constitui o fundamento de outras demonstrações.

Por exemplo, uma linha reta é a distância mais curta entre dois pontos. As paralelas, por mais que se prolonguem, nunca se encontram. Estes são axiomas geométricos. Os escritores bíblicos teriam dito que era inútil demonstrar a existência de Deus, porque Deus formava parte de

sua experiência cotidiana. Teriam dito que era tão desnecessário que um

homem demonstrasse a existência de Deus quanto demonstrasse a existência de sua esposa. Encontra-se com ela todos os dias, e se encontra com Deus todos os dias.

Mas suponhamos que precisássemos demonstrar que Deus existe. A única ferramenta de que dispomos para tal tarefa é nossa mente humana.

Por onde começaríamos? Poderíamos começar a partir do mundo em que vivemos. O antigo raciocínio de Paley ainda não perdeu de todo sua atualidade. Suponhamos que alguém está caminhando por um atalho. De

repente tropeça com um relógio que está entre o pó. Nunca antes em sua vida viu um relógio; não sabe o que é. Recolhe-o, percebe que consiste de uma caixa metálica, e que no interior dessa caixa há uma complicada

estrutura de rodas, balancins, alavancas, molas e rubis. Vê que esse conjunto de peças se move de maneira extremamente organizada. Olhando a caixa pelo outro lado, percebe que os ponteiros do relógio

também se movem, e que o fazem segundo um esquema predeterminado.

O que dirá, então? Dirá: "Todos estes pedacinhos de metal e pedras preciosas se reuniram aqui, dentro desta caixa, por pura casualidade, e

por pura casualidade também se converteram chocando-se em rodinhas e alavancas e molas, por acaso se reuniram para formar este mecanismo, e por acaso, do mesmo modo, se puseram a funcionar"? Não. O mais

provável é que diga: "Achei um relógio, em algum lugar deve haver um relojoeiro."

A ordem pressupõe uma mente ordenadora. Se olharmos o universo contemplamos uma vasta maquinaria que funciona ordenadamente. O

Sol sai e permanece com invariável regularidade. As marés sobem e baixam segundo um programa preestabelecido. As estações se seguem, em uma sucessão ordenada. Olhando ao universo, estamos obrigados a

afirmar: "Em algum lugar deve haver um construtor de universos." A realidade do universo conduz a Deus. Tal como o afirmou Sir James Jeans, "Nenhum astrônomo pode ser ateu." A ordem do universo exige o

respaldo da inteligência divina.

Também podemos começar a partir de nós mesmos. A única coisa que o homem jamais conseguiu criar é a vida. O homem pode alterar e reordenar e mudar as coisas, mas não pode fabricar um ser vivo. De onde, então, tiramos nossa vida? De nossos pais. Sim, mas de onde a tiraram nossos pais? Dos seus. Mas onde começou tudo? Em algum momento a vida deve ter aparecido sobre a Terra, e ter vindo de fora do mundo, porque o homem não pode criar a vida. E novamente somos levados até Deus.

Quando olhamos a nós mesmos, e quando olhamos o universo, somos levados a Deus. Kant disse há muito tempo: "A lei moral, em nosso interior, e o céu estrelado, fora de nós, conduzem a Deus."

  1. Antes de poder reverenciar a Deus não somente devemos crer Ele que existe, mas devemos saber que tipo de Deus se trata. Ninguém poderia reverenciar os deuses gregos, com seus amores e suas guerras,

seus ódios e seus adultérios, seus enganos e picardias. Ninguém pode reverenciar deuses imorais, caprichosos, impuros. Mas em Deus, tal como nós o conhecemos, há três grandes qualidades: Há santidade, há

justiça e há amor. Devemos reverenciar a Deus não somente porque Ele existe, mas porque é o tipo de Deus que nós conhecemos.

  1. Contudo, se pode saber que Deus existe, e se pode estar

convencido intelectualmente de que Deus é santo, justo e puro amor, e mesmo assim não experimentar reverência. Para que haja reverência deve haver uma permanente percepção da realidade de Deus. Reverenciar a Deus significa viver em um mundo que está cheio de Deus, viver de tal maneira que nunca seja possível esquecer-se dEle. Esta consciência permanente da realidade de Deus certamente não está confinada à igreja ou os assim chamados lugares santos. Deve ser uma consciência que aja sempre, e em qualquer lugar.

Deus no beco de um bairro, Deus em um parque, Deus no quiosque de peixe frito. Isto é reverência. O problema de muitos é que

experimentam a presença de Deus de maneira espasmódica. Em certos

lugares e momentos é intensa, em outros brilha por sua ausência. A reverência é estar constantemente conscientes da presença de Deus.

  1. Resta um quarto ingrediente da reverência. Devemos crer que Deus existe; devemos saber que tipo de Deus é; devemos ser conscientes

todo o tempo de sua presença. Mas é possível ter todas estas coisas e não experimentar reverência. A todas estas coisas devemos acrescentar a submissão e a obediência a Deus. Reverência é conhecimento mais obediência.

Em seu catecismo Lutero pergunta: "Como é santificado entre nós o nome de Deus?" E sua resposta é: "Quando tanto nossa vida como nossa doutrina são verdadeiramente cristãs", quer dizer, quando nossas

convicções intelectuais e nossas ações práticas são a expressão de uma submissão total à vontade de Deus.

Saber que Deus existe, saber que tipo de Deus é, ser constantemente

conscientes de sua presença e obedecê-Lo em todo o tempo – isto é reverência. Pelo menos é por isso que oramos ao dizermos: "Santificado seja o Teu nome."

Receba Deus a reverência que sua natureza e caráter merecem.

O REINO DE DEUS E SUA VONTADE

Mt 6:10

A frase o Reino de Deus é característica do Novo Testamento. Não há outra expressão que se use com mais freqüência na oração, na

pregação e na literatura cristãs. Portanto, é de primordial importância que tenhamos bem claro qual é o seu significado.

É bem evidente que o Reino de Deus ocupava uma posição central

na mensagem de Jesus. A primeira aparição de Jesus no cenário da história é quando Ele vai a Galiléia pregando as boas novas do Reino de Deus (Mc 1:14). Jesus mesmo descreveu a pregação do Reino como uma obrigação que lhe tinha sido imposta: "É necessário que também a outras cidades anuncie o evangelho do Reino de Deus, porque para isto

fui enviado" (Lc 4:43; Mc 1:38). Segundo a descrição da atividade de Jesus que Lucas nos oferece, Jesus dedicava todo seu tempo percorrendo as cidades e povoados, pregando e pondo de manifesto as boas novas do Reino de Deus (Lc 8:1). Evidentemente o significado da expressão "o Reino de Deus" ou "dos céus" é algo que devemos procurar compreender.

Quando tentamos fazê-lo, tropeçamos imediatamente com alguns fatos que dificultam a compreensão e despertam nossa curiosidade. Jesus

falou do Reino de três maneiras diferentes. Falou do Reino que existia no passado. Disse que Abraão, Isaque, Jacó e os profetas estavam no Reino (Lc 13:28; Mt 8:11). É evidente, a partir desta informação, que o

Reino existia em uma época muito remota do passado. Também disse que o Reino era uma realidade presente. "o reino de Deus está", disse, "dentro de vós" (ou possivelmente seja "no meio de vós") (Lc 17:21).

O Reino de Deus, portanto, é uma realidade presente, aqui e agora. Mas também disse que o Reino se daria no futuro, porque ensinou a seus discípulos a orar pedindo que viesse o Reino, nesta, sua própria oração.

Como é possível que o Reino seja uma realidade passada, presente e futura,

ao mesmo tempo? Como pode ser que o Reino seja simultaneamente algo do passado, um fato presente e algo pelo que

devemos orar, para que venha, no futuro?

Encontraremos a chave deste problema nesta dupla petição do Pai Nosso. Uma das características mais comuns do estilo poético hebreu é o que tecnicamente se conhece como paralelismo. Os hebreus tendiam a

dizer todas as coisas duas vezes. Diziam algo de uma maneira, e imediatamente depois voltavam a dizer o mesmo de outra maneira, que interpretava, ampliava ou simplesmente repetia o que haviam dito

primeiro. Quase todos os versículos dos salmos poderiam servir como exemplos desta modalidade. Em geral estão divididos pela metade, e a segunda metade amplia, explica ou repete a idéia da primeira metade.

Vejamos alguns exemplos, que esclarecerão isto:

"Deus é nosso refúgio e fortaleza

auxílio presente nas tribulações." (Sl 46:1).

"O Senhor dos Exércitos está conosco – O Deus de Jacó é o nosso refúgio." (Sl 46:7).

"O Senhor é o meu pastor – Nada me faltará" (Sl 23:1). "Em lugares de delicados pastos me fará descansar – junto a águas de repouso me pastoreará" (Sl 23:2).

Apliquemos este principio às duas petições do Pai Nosso que estamos examinando. as coloquemos em uma mesma linha, lado a lado:

"Venha o teu Reino – Seja feita a tua vontade assim na terra, como no céu."

Suponhamos que a segunda petição explica, amplia e define a primeira. Temos então a definição perfeita do Reino de Deus: O Reino de Deus é uma sociedade, na Terra, onde a vontade de Deus se faz de maneira tão perfeita como no céu. Aqui temos a explicação de como o Reino pode ser uma realidade passada, presente e também futura, ao mesmo tempo. Todo aquele que obedeça de maneira perfeita a vontade de Deus está dentro do Reino. Mas desde que o mundo dista muito de ser um lugar onde a vontade de Deus se faça de maneira perfeita e universal, a consumação do Reino é ainda um fato futuro, algo pelo que devemos orar.

Estar no Reino é obedecer a vontade de Deus. Imediatamente percebemos que o Reino de Deus não tem que ver primordialmente com as nações, os reino e os países deste mundo. É algo que tem que ver com cada um de nós. O Reino é o mais pessoal que há sobre a Terra. O Reino exige a submissão de minha vontade, de meu coração, de minha vida. Só quando cada um de nós tomou a decisão pessoal de submeter-se à vontade de Deus, vem o Reino.

Os cristãos chineses repetiam freqüentemente uma oração que chegou a ser bem conhecida de muitos: "Senhor, reavive Tua Igreja.começando por mim." E poderíamos parafrasear estas palavras dizendo:

"Senhor, traz o Teu Reino, começando por mim." Orar pelo Reino de Deus é orar pela submissão total de nossa vontade à vontade de Deus.

O REINO DE DEUS E SUA VONTADE

Mt 6:10 (continuação)

A partir do que já vimos, damo-nos conta de que o mais importante de tudo é obedecer a vontade de Deus. As palavras mais importantes do

mundo são "Seja feita a Tua vontade". Mas também é evidente que a atitude e o tom de voz com que se digam estas palavras podem determinar, em grande medida, o significado que tenham para nós.

  1. A pessoa pode dizer: "Seja feita a Tua vontade" em um tom de derrotada resignação. Pode dizê-lo, não porque o deseje dizer, mas sim porque aceitou o fato iniludível de que não é possível dizer outra coisa. Pode dizê-lo por ter aceito que Deus é muito poderoso para se fazer

oposição a Ele e que é inútil dar cabaçadas contra as paredes do Universo. Pode dizê-lo pensando nada mais que no inescrutável poder de Deus que tem apanhado o homem. Pode-se aceitar a vontade de Deus

porque não resta outro remédio.

  1. A pessoa pode dizer "Seja feita a Tua vontade" em um tom de amargo ressentimento. Swinburne, o poeta inglês, dizia que os homens

sentem sobre suas costas o pisar dos pés de ferro de Deus. E falava do supremo mal, Deus; Beethoven morreu na mais absoluta solidão; e se conta que quando encontraram seu corpo seus lábios estavam crispados

em um gesto de ira, e seus punhos estavam fechados, como se tivesse querido sacudi-los perante o rosto de Deus e do céu. Pode-se pensar que Deus é o inimigo, mas um inimigo tão poderoso que é inútil resistir.

Pode-se aceitar a vontade de Deus, mas com amargo ressentimento e com ira consumidora.

  1. Mas também se pode dizer "Seja feita a Tua vontade" em perfeito amor e confiança. Pode-se dizer isso com alegria e disposição

favorável, seja qual for a vontade que assim se aceita. Deveria ser fácil

para o cristão dizer desta maneira "Seja feita a Tua vontade", porque o cristão pode estar bem seguro de duas coisas com respeito a Deus.

  1. Pode estar seguro da sabedoria de Deus. Às vezes, quando queremos fabricar ou construir algo, ou modificar ou reparar algo, vamos

ao artesão e o consultamos. Ele sugere o que terá que fazer, em geral terminamos dizendo: "Está bem. Faça como for melhor. Você é o especialista." Deus é o especialista em tudo o que concerne à vida, e sua guia nunca nos deixará separar-nos do caminho correto.

Quando Richard Cameron, que foi um dos líderes da reforma religiosa em Escócia, foi morto, um tal Murray lhe cortou a cabeça e as mãos e as levou a Edimburgo. "Estando seu pai no cárcere pela mesma

causa, e para acrescentar tristeza a suas preocupações, foram-lhe levados os membros amputados de seu filho, e lhe foi perguntado se os conhecia. Tomando a cabeça e as mãos de seu filho, que eram muito brancas

(sendo ele mesmo um homem de pele branquíssima) beijou-as e disse: Conheço-as, conheço-as. São de meu filho, de meu filho amado. É o Senhor. Boa é a vontade de Deus, que não pode me fazer mal a mim ou

aos meus, mas dispôs que a misericórdia e a graça nos sigam todos os dias de nossa vida'." Quando um homem puder falar deste modo, quando tem plena certeza de que seus dias estão nas mãos da infinita

sabedoria divina, é fácil dizer: "Seja feita a Tua vontade".

  1. Pode estar seguro do amor de Deus. Não acreditam em um deus zombador ou caprichoso, nem em um cego e férreo determinismo.

Thomas Hardy conclui sua novela Tess com palavras amargas: "O

Presidente dos imortais tinha terminado de divertir-se com o Tess." Nós acreditamos em um Deus cujo nome é amor.

Tal como o afirma o apóstolo Paulo: "Aquele que não poupou o seu

próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?" (Rm 8:32). Ninguém pode contemplar a cruz e duvidar do amor de Deus, e quando temos a certeza do amor de Deus, é fácil dizer: "Seja feita a Tua vontade."

NOSSO PÃO QUOTIDIANO

Mt 6:11

Poderia pensar-se que esta é a petição do Pai Nosso sobre cujo significado não haverá dúvida alguma. Aparentemente é a mais simples e

direta de todas. Mas a realidade é que distintos intérpretes ofereceram diversas interpretações destas palavras. Antes de pensar em seu significado mais direto e evidente examinemos algumas das outras

explicações propostas.

  1. O pão foi identificado com o pão da Santa Ceia. Desde época muito antiga a oração de Jesus esteve intimamente ligada com a Ceia.

Nas primeiros ordens de culto que possuímos se estabelece que o Pai Nosso deve orar-se durante a celebração da Santa Ceia, e alguns interpretaram que esta petição indica o desejo do crente de desfrutar quotidianamente do privilégio que significa participar da comunhão, e de

receber o pão espiritual que ali nos é oferecido.

  1. O pão foi identificado com o alimento espiritual da Palavra de Deus. Às vezes alguns cristãos cantam um hino que diz:

Parte o pão de vida, dêem-me isso Senhor,

tal como partiste o pão junto ao mar, Por trás da página santa,

busco a ti, Senhor, meu espírito te deseja,

Ó palavra viva.

De maneira que esta petição foi interpretada como uma petição pelo ensino correto, a verdadeira doutrina, a verdade essencial que estão nas Escrituras, a Palavra de Deus, e que são autenticamente pão para a mente, o coração e a alma do homem.

  1. Interpretou-se que o "pão" representa ao próprio Jesus Cristo. Jesus se denominou a si mesmo o pão de vida (João 6:33-35), e a petição

que roga pelo pão seria, então, o pedido de que diariamente possamos nos alimentar de Jesus, que é o pão vivo.

Esta petição, pois, foi interpretada como uma oração para que Jesus Cristo, o pão de vida, alegre e fortaleça nossas almas.

  1. Interpretou-se esta petição em um sentido puramente judeu. O pão seria, neste caso, o pão do reino dos céus. Lucas nos narra como um dos que viram passar a Jesus disse: "Bem-aventurado aquele que comer pão no reino de Deus" (Lc 14:15). Os judeus tinham uma idéia muito

estranha mas bem vívida. Sustentavam que quando viesse o Messias, e quando a idade dourada descesse sobre a Terra, haveria o que eles denominavam o Banquete Messiânico, no qual se sentariam a comer os

escolhidos de Deus. Os corpos destroçados dos monstros Beemote e Leviatã seriam o primeiro prato desse banquete. Seria como uma espécie de comilança de inauguração oferecida por Deus a seu povo. Segundo

este conceito, a petição que estamos estudando seria a de um lugar no Banquete Messiânico final que se ofereceria ao povo de Deus.

Embora não estamos obrigados a estar de acordo com nenhuma

destas interpretações como expressão do único significado da petição, tampouco é necessário rechaçá-las ou considerá-las equivocadas. Todas possuem alguma medida de verdade, e são de algum modo pertinentes.

A dificuldade na interpretação aumenta quando consultando os especialistas percebemos que o significado da palavra grega epiousios (que em uma versões se traduz "cada dia" e em outras "cotidiano") dista muito de possuir um significado unívoco. O fato fora do comum é que,

até há pouco tempo, a palavra não aparecia em nenhum dos textos gregos conhecidos.

Orígenes, um teólogo cristão do século III, conhecia este fato, e em

sua opinião Mateus teria inventado a palavra. Portanto era impossível saber exatamente o que significava. Mas faz alguns anos descobriu-se um fragmento de papiro, no qual aparecia a palavra. O papiro era uma lista de compras de um dona-de-casa. Junto a um dos termos dessa lista estava a palavra epiousios. A nota tinha o objeto de fazê-la lembrar a

necessidade de comprar um alimento em particular para esse mesmo dia. De modo que este é o significado, muito simples, da petição:

"Dê-me as coisas que necessitamos para comer hoje. Ajude-me a conseguir o que necessito quando for hoje ao mercado. Dê-me as coisas que necessitamos para comer quando os meninos voltem da escola e os homens voltem do trabalho. Faça com que nossa mesa não esteja vazia quando nos sentarmos hoje ao redor dela."

É uma oração muito singela, para que Deus nos supra das coisas que necessitamos cada dia de nossa vida.

NOSSO PÃO QUOTIDIANO

Mt 6:11 (continuação)

Quando advertimos que esta petição é simplesmente um rogo pelas necessidades materiais cotidianas, desprendem-se dela certas verdades de tremenda magnitude.

  1. Diz-nos que Deus tem interesse em nosso corpo. Jesus nos mostrou isso; dedicou muito de seu tempo à cura das enfermidades físicas dos homens de seu tempo, e satisfez a fome física de seus

seguidores, em várias oportunidades. Preocupou-se quando uma quantidade considerável de pessoas tinha saído a ouvi-lo pregar em um lugar solitário, e tendo estado todo o dia com Ele não tinham nada para

comer e seus lares estavam distantes. Faz-nos bem recordar que Deus está interessado em nosso corpo. Qualquer ensino que despreze, diminua ou denigra o corpo é mau. Podemos nos dar conta da importância que

Deus dá ao corpo, além disso, quando pensamos que Jesus Cristo, seu Filho, teve um corpo como o nosso. O cristianismo tem como meta não somente a salvação da alma, mas também a salvação do homem inteiro:

corpo, mente e espírito.

  1. Esta petição nos ensina a orar por nosso pão do dia presente. Ensina-nos a viver dia a dia, e não estar ansiosos pelo futuro distante e desconhecido. Quando Jesus ensinou a seus discípulos a orar nos termos

desta petição, não cabe dúvida de que sua mente evocava a situação dos judeus no deserto, durante o êxodo, quando diariamente recebiam o maná (Êxodo 16:1-21).

Os filhos de Israel morriam de fome no deserto e Deus lhes enviou o maná, o pão do céu; mas ao mesmo tempo lhes impôs uma condição –

somente recolheriam o que necessitavam para satisfazer suas necessidades mais imediatas. Se procuravam juntar mais do que o necessário, e guardá-lo, decompunha-se e deviam jogar fora. Deviam

satisfazer-se com o que necessitavam dia a dia. Como disse um rabino: "Cada dia a porção do dia, porque o Criador do dia também tinha criado o sustento de cada dia." E outro rabino declara: “Quem tem para comer

hoje e se pergunta ‘o que comerei amanhã?’, é um homem de pouca fé.”

Esta petição nos ensina a viver dia a dia. Proíbe a preocupação ansiosa que é tão característica da vida que não aprendeu a confiar em

Deus.

  1. Por implicação, esta cláusula do Pai Nosso dá a Deus o lugar que lhe corresponde. Admite que de Deus é de quem recebemos o

alimento necessário para manter a vida. Ninguém jamais conseguiu criar uma semente e fazê-la crescer. O cientista pode analisar a semente em suas partes constituintes, mas nenhuma semente sintética conseguirá

germinar jamais. Todas as coisas vivas provêm de Deus. O alimento que consumimos é um dom direto de Deus.

  1. Esta petição nos recorda, de maneira extremamente sábia, como opera a oração. Se alguém proferisse esta oração, e depois ficasse

sentado esperando que o pão lhe caísse do céu, certamente morreria de fome. A oração e o trabalho devem ir de mãos dadas, que quando oramos devemos nos pôr a trabalhar para que nossas orações se tornem

realidade. É certo que a semente viva é um dom de Deus, mas também o é que o homem deve semeá-la e cultivá-la.

Dick Sheppard contava freqüentemente certa história, muito cara a

seu coração. Havia um homem que tinha um campo. Com enorme trabalho, havia limpado as pedras de uma parcela desse campo, e a tinha

limpo de sujeiras, até que, semeando e cuidando a terra, conseguiu ter um belo jardim e um pomar. Um amigo dele, pessoa piedosa em extremo, disse-lhe um dia: "É maravilhoso o que Deus pode fazer em uma parcela de terra como esta, não é certo?" "Sim", disse o homem que tinha trabalhado tanto, "mas teria que ter visto esta parcela quando Deus fazia o trabalho sozinho."

A generosidade de Deus e o trabalho humano devem combinar-se. Quando dizemos as palavras desta petição estamos reconhecendo duas

verdades fundamentais: que sem Deus não podemos fazer nada, e que sem nosso esforço e cooperação Deus não pode fazer nada por nós.

  1. Deve notar-se que Jesus não nos ensina a dizer "o pão meu de

cada dia me dá hoje". Nossa oração deve ser: "o pão nosso de cada dia nos dá hoje." O problema do mundo não é que não haja suficiente para que alcance para todos; há bastante e de sobra.

Nos Estados Unidos os celeiros transbordam de cereais. No Brasil se queimava café nas locomotivas, quando não se sabia o que fazer com os excedentes. O problema não é a produção do essencial para a vida, a

mas a sua distribuição.

Esta oração nos ensina a não ser egoístas em nossas orações. É uma oração que nós podemos cumprir em parte, colaborando com Deus,

compartilhando o que nos sobra com aqueles que não têm. Esta oração não somente roga por que nós recebamos o que nos é necessário diariamente; também roga que sejamos capazes de compartilhar com outros o que recebemos.

O PERDÃO HUMANO E O DIVINO

Mt 6:12, 14-15

Antes de poder repetir esta petição, que forma parte do Pai Nosso, devemos nos dar conta da necessidade que temos de repeti-la. Quer dizer, antes de repetir estas palavras, devemos ser conscientes de nosso

pecado. A palavra "pecado" não é muito popular em nossos dias. A

maioria não quer ser tratada como pecadores merecedores do inferno. O problema é que a maioria tem um conceito equivocado do que significa ser pecador. Estariam perfeitamente de acordo em que o ladrão, o bêbado, o assassino, o adúltero, o blasfemo são pecadores; mas eles não são culpados de nenhum destes pecados; vivem decentemente, têm vidas respeitáveis, nunca foram levados ante os tribunais, nem foram encarcerados, nem apareceram na página de notícias policiais. Portanto, sentem que o pecado não tem muito a ver com eles.

No Novo Testamento há cinco palavras distintas que significam pecado.

  1. A palavra mais comum é hamartia. Este termo significava

originalmente errar o alvo. Não acertar o alvo era hamartia. Portanto,

pecado é não ser, o que deveríamos e tivéssemos podido ser.

Charles Lamb tem um retrato de um homem que se chamava Samuel Grice. Grice era um jovem extraordinário, que nunca pôde

realizar em sua vida o que seus dons extraordinárias prometiam. Lamb diz que em sua carreira houve três etapas: Uma época em que se dizia:

"Farei algo." Depois veio a época em que se dizia: "Farei algo, se eu quiser." E por fim se dizia: "Poderia ter feito algo, se tivesse querido."

Edwin Muir, em sua autobiografia, diz: "Depois de certa idade

todos nós, tanto os bons como os maus, somos assaltados pelo sentimento de ter tido poderes que nunca pusemos em prática: quer dizer, sentimos que não chegamos a ser o que poderíamos ter sido." Isso, exatamente, é hamartia, pecado; e esta é uma situação na qual todos nós participamos. Somos um marido, uma esposa, tão bom como poderíamos ser? Somos tão boa filha ou filho, como poderíamos ser? Somos tão bons operários ou patrões, como poderíamos ser? Existe alguém que se atreva a pretender que é tudo o que pôde ser, ou que tem feito tudo o que estava ao alcance de suas possibilidades?

Quando nos damos conta de que "pecado" significa não ter atingido o alvo, não ter chegado a ser tudo o que poderíamos ter sido, fica

evidente que todos somos pecadores.

  1. A segunda palavra que significa "pecado" é parabasis, que literalmente quer dizer "cruzar ao outro lado." Pecar é cruzar a linha que separa o bem do mal. Ficamos sempre do lado de cá da linha que separa a honestidade da desonestidade? É possível que não haja alguma vez em nós nem sequer o menor gesto, a menor atitude desonesta? Estamos sempre no lado correto da linha que separa a verdade da mentira? Alguma vez não temos, com palavra ou com nosso silêncio, distorcido embora seja um pouco, ou evitado em alguma medida a verdade? Estamos sempre bem localizados com respeito à linha divisória entre a amabilidade e a cortesia, por um lado, e o egoísmo e a brutalidade, pelo outro? Alguma vez pronunciamos alguma palavra descortês ou agido de maneira pouco bondosa?

Quando pensamos deste modo, não pode haver ninguém que pretenda ter-se mantido sempre no lado correto da linha divisória.

  1. A terceira palavra que significa "pecado" é paraptoma, que significa escorregão. Trata-se do tipo de escorregão que podemos sofrer em um caminho molhado, ou sobre o gelo. Diferente do termo anterior é

neste caso que o movimento não é tão deliberado. Às vezes dizemos que "nos escapou" uma palavra, um gesto, uma ação ou reação. Muitas vezes nos sentimos arrastados por um impulso, ou uma paixão que se apossou

momentaneamente de nós e nos fez perder nosso domínio próprio. Até os melhores dentre nós podem "escorregar" para o pecado quando não estamos em guarda.

  1. A quarta palavra que significa "pecado" é anomia, ou seja agir

fora da lei. Trata-se do pecado de quem conhece o bem e entretanto faz o mal; o pecado de quem conhece a lei, mas deliberadamente a ignora em sua ação.

O primeiro de todos os instintos humanos é o de fazer o que queremos muito. Portanto, sempre há momentos na vida de qualquer homem em que decide desafiar a lei e agir por conta própria e

responsabilidade. Decidimos conscientemente tomar o que nos está

proibido ou fazer aquilo que a lei condena. No Mandalay Kipling põe na boca de um velho soldado as seguintes palavras:

Embarquem-me para o leste do Suez, onde o melhor é igual ao pior,

Onde não existem os Dez Mandamentos, e se pode aplacar a sede.

Embora haja pessoas que possam dizer que nunca transgrediram os

Dez Mandamentos, não existe quem possa sustentar que jamais desejou fazê-lo.

  1. A quinta palavra que significa "pecado" no Novo Testamento é

ofeilema, a palavra que aparece no Pai Nosso e que significa literalmente "dívida". Significa não pagar o que se deve, deixar de cumprir um dever.

Não há quem possa dizer que em sua vida cumpriu de maneira perfeita todos os deveres para com o seu próximo e para com Deus. Tal perfeição

não existe entre os seres humanos.

Em conclusão, quando examinamos de perto o significado da palavra "pecado", damo-nos conta de que é uma enfermidade universal,

da qual participam todos os homens. É muito possível que na mesma pessoa se dêem a respeitabilidade exterior, aos olhos dos homens, e a pecaminosidade interior, perante Deus. Todos os seres humanos, sem

exceção, precisam repetir esta petição do Pai Nosso.

O PERDÃO HUMANO E O DIVINO

Mt 6:12, 14-15 (continuação)

Não somente precisamos dar-nos conta de que precisamos repetir esta petição do Pai Nosso, mas também devemos estar conscientes do

que estamos dizendo ao fazê-lo. Entre todas as petições dos Pai Nosso esta é a mais temível. "Perdoa as nossas dívidas, como também perdoamos aos nossos devedores."

Mateus seguirá com este tema nos dois versículos seguintes,

explicando da maneira mais clara possível que, segundo Jesus, se nós

perdoarmos a outros Deus nos perdoará, mas se não perdoarmos, Deus não nos perdoará. É bem evidente, então, que se repetirmos esta petição quando há algo que nos separa de nosso próximo, quando ficam disputas sem resolver em nossas vidas, o que estamos dizendo a Deus é: "Não nos perdoes". Se dissermos: "Nunca perdoarei a Fulano de Tal pelo que me tem feito", se dissermos "Nunca esquecerei o que Beltrano me tem feito", e contudo fazemos uso desta petição ao repetir o Pai Nosso, estamos deliberadamente pedindo a Deus que não nos perdoe.

Alguém disse: "O perdão, como a paz, é uno e indivisível." O perdão humano, e o divino estão inextricavelmente relacionados entre si. Não é possível separar nosso perdão ao próximo e o perdão que esperamos receber de Deus; ambos estão ligados e são interdependentes. Se tivéssemos presente o significado desta petição, muitas vezes, ao repetir o Pai Nosso, nossos lábios silenciariam ao chegar a "perdoa— nos..."

Quando Robert Louis Stevenson vivia nas ilhas do Pacífico Sul costumava celebrar um breve culto matutino, diariamente, para os

membros de sua família e seus servos. Uma manhã, no meio do Pai Nosso, levantou-se e abandonou a habitação. Sua saúde sempre tinha sido precária, e sua esposa o seguiu, pensando que se havia sentido

repentinamente doente. "Sente alguma coisa?", perguntou-lhe ao encontrá-lo. "Nada, somente que hoje não posso repetir o Pai Nosso."

Ninguém está em condições de repetir o Pai Nosso quando não se sente disposto a perdoar. Se não se viver em boas relações com o

próximo não se pode viver em boas relações com Deus.

Três coisas são necessárias para possuir o espírito cristão do perdão.

  1. Devemos aprender a compreender os outros. Sempre há alguma razão que leva as pessoas a agir da maneira como o fazem. Se alguém se

comportar de maneira rústica, ou pouco amável, ou irascível, possivelmente esteja atravessando por algum sofrimento ou

preocupação. Se alguém nos tratar com suspeita e desagrado, possivelmente não tenha compreendido bem nossas intenções, ou tenha

sido mal informado em relação a nosso caráter. Possivelmente seja uma vitima de seu meio ambiente, ou tenha sido deformado por sua situação familiar. Possivelmente seu temperamento seja tal que as relações humanas lhe sejam difíceis, e a vida uma carga dura de levar. Seria-nos muito mais fácil perdoar se buscássemos compreender em vez de condenar.

  1. Devemos aprender a esquecer. Na medida em que recordemos, e voltemos a trazer à nossa mente alguma ofensa ou ferida que nos tenha

infligido, não seremos capazes de perdoar. Muito freqüentemente dizemos: "Não posso esquecer o que Fulano me tem feito." "Nunca esquecerei como me tratou Zutano naquela ocasião." É muito perigoso

dizer coisas como estas, porque no final pode ser-nos humanamente impossível perdoar.

Em certa oportunidade o famoso literato escocês Andrew Lang,

escreveu e publicou um comentário muito benévolo de um livro que tinha aparecido, obra de um escritor jovem. O jovem lhe replicou com um ataque amargo, insolente e completamente infundado. Uns três anos depois Lang estava passando uns dias na casa do Robert Bridges, o grande poeta. Este o viu lendo um livro e ao notar quem era o autor observou: "Vá, é outro livro daquele ingrato que se comportou de maneira tão vergonhosa contigo!" Para sua grande surpresa, descobriu que Lang não recordava sequer o incidente. Não guardava memória alguma dos ataques insultantes e ácidos do jovem. Perdoar, observou Bridges, é característico de qualquer grande homem, mas esquecer totalmente é sublime. Somente o espírito purificador de Cristo pode limpar de nossas memórias toda a amargura e o ressentimento que devemos esquecer.

  1. Em terceiro lugar, devemos amar. Já vimos que o amor cristão, o ágape, é essa indescritível benevolência, essa invencível boa vontade, que nunca procura senão o maior bem para o próximo, sem ter em conta o que este nos tenha feito ou pense de nós. Esse amor somente é nosso quando Cristo, que é esse amor, deve habitar em nossos corações e não

pode vir a menos que nós o convidemos. Para ser perdoados devemos perdoar, e esta é uma condição do perdão que somente Cristo pode nos ajudar a cumprir.

A PROVA DE FOGO DA TENTAÇÃO

Mt 6:13

Antes de começar o estudo detalhado desta petição devemos

examinar dois problemas com relação ao significado das palavras:

  1. Para os ouvidos modernos a palavra tentação soa muito mal. Sempre significa "tentar seduzir ao mal". E isto não poderia interpretar-

se senão de maneira negativa. Mas nos tempos bíblicos a idéia era antes pôr à prova que tentar. No Novo Testamento, tentar significa antes pôr à prova para demonstrar a medida de fortaleza espiritual que alguém possui, que seduzir ou induzir ao pecado.

No Antigo Testamento encontramos a história de como Deus pôs à prova a lealdade do Abraão, pedindo que sacrificasse a seu próprio filho, Isaque. A história começa dizendo: "Depois dessas coisas, pôs Deus

Abraão à prova..." (Gn 22:1). É evidente que neste caso a palavra "provar" não significa tentar, no sentido de induzir ao mal, porque isto é algo que Deus nunca faria. Significa, antes, submeter à prova a lealdade

e a obediência de Abraão.

A história das tentações de Jesus começa dizendo: "Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo" (Mateus

Mt 4:1). Se aí interpretarmos a palavra tentar como um intento de sedução, o Espírito Santo seria cúmplice do demônio no intento de induzir Jesus a pecar. Em todas as ocasiões em que aparece na Bíblia a palavra tentar ou

provar, a idéia é a de submeter à prova, embora às vezes também envolve, em segundo lugar, o perigo de fazer cair no pecado.

Aqui achamos, pois, uma verdade grande e preciosa com respeito à tentação. A tentação não tem como objeto nos fazer cair no pecado, mas

sim nos fortalecer para que possamos ser melhores homens e mulheres.

A tentação não tem como objetivo transformar-nos em pecadores. Possivelmente sucumbamos à prova, mas isso não era o que se buscava. Buscava-se que saíssemos dela garbosamente, mais fortes e melhores. Neste sentido a prova, ou tentação, não é um castigo de nossa condição humana, mas a glória de ser humano. Se um projeto de engenharia de alto nível requer o uso de um determinado metal, este será provado, quanto à sua capacidade de resistência às tensões e o desgaste, aumentando, inclusive, o rigor das condições sob as quais deverá trabalhar. Do mesmo modo, o homem deve ser posto à prova antes de Deus poder usá-lo em seu maravilhoso serviço.

  1. Tudo isto é verdade; mas também é certo que na Bíblia nunca se duvida de que neste mundo opera um poder do mal. A Bíblia não é um

livro especulativo, e não se ocupa de desentranhar a origem desse poder do mal. Mas sabe que existe, e que age. É evidente que esta petição não

deveria traduzir-se: "Livra-nos do mal", mas sim como na versão Hispano-americana, "Livra-nos do Maligno". A Bíblia não concebe o mal como um princípio abstrato, como uma força imaterial, mas sim

como um poder ativo e pessoal, que se opõe a Deus.

É muito interessante repassar o desenvolvimento da idéia de Satanás na Bíblia. Em hebreu a palavra Satanás significa simplesmente

adversário. Pode ser aplicada aos seres humanos. O adversário de alguém é seu satanás. Os filisteus, por exemplo, têm medo de que Davi se converta em seu satanás (1Sm 29:41Sm 29:4). Salomão declara que Deus lhe deu tanta prosperidade e paz que não resta satanás algum (I Reis

Mt 5:4). Davi considera que os filhos de Zeruia são seus "satanases" (2Sm 19:222Sm 19:22). Em todos estes casos nossas Bíblias traduzem Satanás por adversário ou inimigo. Posteriormente, a palavra "Satanás" passou a

significar "aquele que acusa a alguém ante os tribunais". Só então a palavra, por dizê-lo de uma maneira gráfica, levanta vôo, e passa ao céu. Os judeus acreditavam que no céu havia um anjo cuja tarefa era acusar

aos homens ante Deus, agindo como promotor do tribunal eterno; e esse anjo era Satanás, porque cumpria a função de um "satanás" (acusador).

Aqui Satanás não é ainda um poder maléfico, mas sim parte da organização jurídica do céu

Em 1:6 Satanás é um dos filhos de Deus: "Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também

Satanás entre eles". Nesta etapa Satanás é o promotor celestial, que se ocupa em acusar ao homem.

Mas não há uma distância muito grande entre apresentar uma acusação contra o homem e fabricá-la. E este é o próximo passo. O outro

nome de Satanás é Diabo; e a palavra Diabo provém do grego diábolos, termo que designa caluniador. Satanás, transforma-se então no Diabo, o caluniador por excelência, o adversário principal do homem, aquele que

se propôs a frustrar os propósitos divinos e arruinar a humanidade. Satanás significará, a partir deste momento, tudo o que é anti-humano e anti-divino.

Jesus nos ensina que peçamos a Deus ser sacados deste poder destruidor. Não se discute qual seria a origem deste poder. Na Bíblia não há especulação. Tal como alguém disse: "Se uma pessoa acordada à

meia-noite e sua casa está incendiando, não se senta em uma cadeira a escrever ou ler um livro sobre a origem dos incêndios em casas particulares, mas faz todo o possível para apagar o incêndio e salvar sua

casa."

A Bíblia não perde tempo em especulações sobre a origem do mal, antes equipa o homem para poder combatê-lo, visto que, indubitavelmente, o mal existe.

O ATAQUE DA TENTAÇÃO

Mt 6:13 (continuação)

A vida sempre está sob o ataque da tentação. Mas nenhum inimigo pode lançar uma invasão até encontrar uma brecha em nossas defesas. Onde a tentação encontrará essa brecha? De onde vêm nossas tentações?

Estar prevenido é possuir antecipadamente as armas que nos ajudarão a

resistir o ataque, e se soubermos por onde virá o ataque, nossa probabilidade de vencer será maior.

  1. Às vezes o ataque da tentação vem de fora de nós. Há pessoas cuja influência sobre nós é má. Por outro lado, há outras pessoas junto às

quais seria improvável que ninguém sequer sugerisse uma ação desonrosa. Ainda outros convidam a tais sugestões e é muito fácil, com eles, fazer o mal.

Quando Robert Burns era jovem, foi a Irvine para aprender a

elaborar o linho. Ali teve a má sorte de encontrar-se com um tal Robert Brown, homem que tinha viajado muito e deslocado mundo, e cuja personalidade era fascinante e dominadora. Burns nos conta como o admirava e procurava imitá-lo. E segue dizendo: "Era o único homem que conheci mais parvo que eu quando se tratava de mulheres... Falava das relações promíscuas com uma leviandade que eu, desde então, considerei com horror... Nisto sua amizade resultou em meu prejuízo."

Há amizades e relações que podem nos ser prejudiciais. Em um mundo tentador, o indivíduo deveria ser muito cuidadoso na escolha de

seus amigos e dos círculos sociais onde tem que mover-se. Deve-se dar a menor ajuda possível às tentações que nos vêm de fora.

  1. Um dos fatos trágicos da vida é que as tentações podem provir

das pessoas que nos amam; de todas as classes de tentações, estas são as mais difíceis de combater. Provêm de pessoas que nos amam e que não têm intenção de nos fazer dano. Ocorrerá, por exemplo, o seguinte. Alguém sabe que deve adotar um determinado curso de ação. Pode ser que se sinta chamado por Deus para dedicar-se a certa carreira. Mas seguir o curso que lhe determina seu impulso possivelmente signifique para ele impopularidade e risco. Aceitar essa vocação pode significar rechaçar tudo o que o mundo chama "uma boa carreira". É muito possível que em tais circunstâncias as pessoas que mais o amam procurem dissuadi-lo de seguir o curso de seu chamado, e o farão precisamente porque o amam. Eles o aconselharão a ser precavido, tomar cuidado, ser prudente, usar a sabedoria do mundo: querem que aquele a

quem eles amam se muna de uma posição sólida e respeitável na sociedade. Não querem que desperdice suas oportunidades e dons. E por tudo isto, procuram que aquele a quem eles amam não faça o que ele sabe que deve fazer.

No Gareth and Linette, um poema do Tennyson, nos conta a história do Gareth, o filho menor de Lot e Bellicent. Gareth deseja unir— se a seus irmãos no serviço do Rei Arturo. Bellicent, sua mãe, não quer que vá. Por acaso, você não tem piedade de minha solidão?", pergunta— lhe. Seu pai, Lot, é muito ancião, e está atirado em um rincão, como "um lenho fumegante, virtualmente apagado". Seus dois irmãos estão na corte do Rei Arturo. Deve partir também ele? Se seu filho ficar em casa, a mãe lhe encontrará uma princesa para casar-se, o rodeará de um séquito que o acompanhe em suas excursões de caça, e será feliz. Bellicent queria que seu filho ficasse com ela, porque o amava. O tentador usava, para seu encantamento, a mesma voz do amor. Mas Gareth responde:

Oh mãe,

Como pode guardar-me para si? – envergonhe-se.

Sou um homem crescido, e devo agir como um homem. Correr após os cervos? Ou seguir a Cristo, o Rei?

Viver na pureza, dizer a verdade, corrigir os males,

seguir ao Rei

De outro modo, para que teria nascido?

O moço seguiu seu destino, mas a voz do amor o tentava para que ficasse em casa.

Isto mesmo foi o que ocorreu com Jesus. "Os inimigos do homem"

  1. disse – "serão os da própria casa" (Mt 10:36). Seus parentes tinham saído, buscando-o para levá-lo porque se dizia dele que estava

louco (Mc 3:21). Segundo o ponto de vista deles, Jesus estava desperdiçando sua vida e arruinando suas possibilidades de "fazer carreira". Segundo eles, estava convertendo-se no bobo de todos. E

procuraram detê-lo. Às vezes a mais dura de todas as tentações é a que provém da voz daqueles que nos amam.

  1. Há uma forma muito curiosa de tentação, que ataca principalmente os mais jovens. Há em nós uma nervura muito estranha, que em certas companhias nos leva a aparentar ser piores do que somos. Não queremos que os outros pensem de nós que somos "mansos" ou "piedosos", "beatos" ou "santos". Preferimos mil vezes que se opine o pior do que somos, terríveis aventureiros, homens do mundo, um pouco pervertidos; nunca, jamais, inocentes.

Agostinho tem uma passagem, em suas Confissões, que é muito famosa.

"Entre meus iguais, envergonhava-me de ser menos descarado que outros, quando os ouvia exaltarem-se das maldades que eles tinham cometido. E me agradava não somente na ação, mas também nos louvores que as ações mereciam ... Fazia que minha imagem aparecesse muito pior do que era em realidade, para que fossem maiores os louvores. E quando em algo não havia pecado na mesma medida que os mais libertinos, dizia que o tinha feito, embora não fosse certo, para não aparecer ante eles como um ser desprezível."

Há muitos homens e mulheres que se iniciaram em algum pecado,

ou se introduziram em algum hábito prejudicial somente por não parecer menos experimentados, com menos "mundo" que seus amigos ou

companheiros. Uma das grandes defesas contra a tentação é a simples coragem de estar dispostos a ser bons.

O ATAQUE DA TENTAÇÃO

Mt 6:13 (continuação)

  1. Mas a tentação não somente provém de fora, mas também de dentro. Se não houvesse nada em nós em que a tentação pudesse apoiar— se, não poderia nos afetar nem nos vencer. Em todos nós há algum ponto

fraco. E é nesse ponto fraco que a tentação lança seu ataque. Em cada um de nós o vulnerável pode ser algo distinto. O que para um pode ser uma violenta tentação, para outro o deixa imutável. O que não comove a um pode ser absolutamente irresistível para outro.

Sir James Barrie tem uma peça teatral chamada O Testamento. O Dr. Devizes, um advogado, nota que um empregado dele, que esteve em sua casa durante muitos anos, parece muito doente. Pergunta-lhe o que passa com ele e o ancião lhe diz que um médico diagnosticou nele um mal fatal e incurável.

Dr. Devizes (incômodo) – Estou seguro que não é o que você teme. Qualquer especialista o diria.

Surtees (sem olhá-lo) – Senhor, ontem estive com um especialista. Dr. Devizes – E então?

Surtees – É... precisamente essa, senhor. Dr. Devizes – Não pode estar tão seguro. Surtees – Estava, sim senhor.

Dr. Devizes – Mas... uma operação.

Surtees – Muito tarde para operar – disse. Se me tivessem operado faz tempo, poderia ter uma oportunidade de me salvar.

Dr. Devizes – Mas você não o tinha faz tempo.

Surtees – Não senhor, eu sabia; mas diz que já estava em mim, faz muito, uma mancha negra, possivelmente não tão grande como a cabeça de um alfinete, mas à espera para estender-se e me destruir, no seu devido tempo.

Dr. Devizes (desolado) – É infelizmente injusto.

Surtees (humildemente) – Não sei, senhor. Ele diz que quase todos nós temos essa mesma mancha, e que se não nos cuidarmos, cedo ou tarde termina conosco.

Dr. Devizes – Não. Não. Não.

Surtees – Chamou-a de maldita mancha. Acredito que seu propósito era me advertir que deveríamos sabê-lo, e estar alerta.

Em todo ser humano há um ponto fraco. Se não o vigia pode terminar condenando-o. Em algum lugar, em todo ser humano, há um defeito, alguma falha do temperamento, que pode arruinar sua vida, algum instinto ou paixão tão forte que no momento menos pensado pode dar um puxão e romper as rédeas, alguma peculiaridade de nossa constituição que converte o que para outros possivelmente seja um

prazer legitimo em uma verdadeira ameaça. Deveríamos nos dar conta deste fator, e estar em guarda todo o tempo.

  1. Mas, mesmo que possa parecer muito estranho, a tentação nem sempre provém de nossa maior fraqueza, mas sim de nossa fortaleza. Se

houver algo que todos temos o costume de dizer é: "Isso eu jamais o faria. Não creio que poderia rebaixar-me a uma tal ação." E é precisamente ali onde devemos manter a vigilância mais estrita. A história está cheia de episódios em que verdadeiras fortalezas foram

tomadas por aqueles lugares onde seus defensores pensavam que estavam tão bem protegidos que não era necessário manter guarda alguma. A melhor oportunidade da tentação é o excesso de confiança em

si mesmo. Devemos vigiar nossos pontos fracos e nossos pontos fortes.

A DEFESA CONTRA A TENTAÇÃO

Mt 6:13 (continuação)

Pensamos no ataque da tentação: reunamos agora as armas de que dispomos para nos defender contra a tentação.

  1. Temos a simples defesa do respeito por nós mesmos. Quando a vida de Neemias corria perigo, alguém lhe sugeriu que se encerrasse no templo e ficasse ali até haver passado o perigo. Sua resposta foi: "Porém

eu disse: homem como eu fugiria? E quem há, como eu, que entre no templo para que viva? De maneira nenhuma entrarei" (Ne 6:11). Pode-se escapar de muitas coisas, mas não se pode escapar de si mesmo.

Todos devemos viver com nossas lembranças, e se tivermos perdido o respeito por nós mesmos; a vida pode chegar a tornar-se intolerável.

Em certa oportunidade se insistiu com o presidente Garfield, dos

Estados Unidos a adotar uma resolução proveitosa mas desonrosa. "Ninguém saberá", disseram-lhe. Sua resposta foi: "O Presidente Garfield saberá – e tenho que dormir com ele todas as noites." Quando somos tentados uma das defesas que temos é nos perguntar: "Alguém como eu faria tal coisa?"

  1. Temos a defesa da tradição. Ninguém pode trair com leviandade as tradições e heranças nas quais foi educado, e que vieram sendo construídas durante gerações.

Quando Péricles, o maior de todos os estadistas atenienses, estava a ponto de dirigir a palavra à Assembléia de seus concidadãos, sempre se

dizia em seu interior: "Péricles, lembra que és ateniense, e que vais falar com atenienses."

Uma das façanhas da Segunda Guerra Mundial foi a defesa do

Tobruk. Os Coldstream Guards conseguiram romper o cerco e evitar a seus atacantes, mas somente uns poucos sobreviveram, e eram apenas sombras do que tinham sido. Duzentos sobreviventes, parte de um grupo de dois batalhões, estavam debaixo do cuidado das Reais Forças Aéreas (R.A.F.). Um dos oficiais da aviação estava conversando com um dos oficiais dos Guards, e lhe disse: "Depois de tudo, como tropas de infantaria, não tiveram mais remédio que tentar o que fizeram."

E outro oficial de aviação, que ouviu estas palavras, aproximou-se e disse: "Deve ser muito difícil estar na infantaria, porque a tradição obriga

o soldado a seguir lutando, sem ter em conta as circunstâncias."

O poder da tradição é um dos mais potentes na vida. Pertencemos a uma nação, a uma Igreja, a uma família, somos ex-alunos de uma escola.

O que fazemos afeta a honra do grupo ao qual pertencemos. Não podemos trair com leviandade as tradições em que fomos educados.

  1. Temos, além disso, a defesa daqueles que amamos e nos amam. Mais de uma pessoa pecaria se o único castigo que deveria suportar fosse

o que ele mesmo espera receber. Mas se salva do pecado porque não poderia suportar o olhar de sofrimento que veria nos olhos de quem o ama se arruinasse sua vida.

Laura Richards escreveu uma parábola que copiamos a seguir:

“Um homem estava sentado à porta de sua casa fumando seu cachimbo, e seu vizinho, sentado a seu lado, tentou-o. ‘Você é pobre’, disse— lhe, ‘você não tem trabalho, e há um modo de melhorar sua situação. Será fácil e você conseguirá bastante dinheiro. Além disso, não é menos desonesto do que você vê fazerem todos os dias as pessoas respeitáveis.

Você seria um tolo se desperdiçasse uma oportunidade como esta. Venha comigo, e despacharemos o assunto em um instante.’ Nesse mesmo momento apareceu na porta do barracão sua jovem esposa com seu filho nos braços. ‘Por favor, segure ao menino um momento. Ele tem medo, e tenho que ir pendurar a roupa.’

O homem tomou ao menino e o pôs sobre seus joelhos. E enquanto o sustentava deste modo os olhos do menino se encontraram com os seus, e o olhar lhe falou: ‘Sou carne de sua carne’, disseram os olhinhos do menino, ‘alma de sua alma. Aonde você me guie, ali o seguirei. Conduza-me pela mão, pai. Meus pés irão atrás dos seus.’ Então, voltando-se para seu vizinho, o homem lhe disse: ‘Vá, e não volte nunca mais a minha casa’.”

Poderíamos estar perfeitamente dispostos a pagar o preço do pecado, se este afetasse apenas a nós. Mas se lembrarmos que nosso pecado fará em pedaços o coração de outros, que nos amam, nossa defesa contra a tentação será mais poderosa.

  1. E temos a defesa da presença de Jesus Cristo. Jesus não é uma bela imagem que aparece nos livros. É uma presença viva. Às vezes perguntamos: "O que você faria se de repente Jesus estivesse de pé ao seu lado?" ou "Como você viveria se Cristo se hospedasse em sua casa?" Mas o que a fé cristã afirma é, precisamente, que Jesus Cristo está junto a nós, que é hóspede de cada lar cristão. Ele é a presença iniludível e portanto toda nossa vida a vivemos diante dEle e devemos buscar que seja uma vida que Ele possa ver. Uma poderosa defesa contra a tentação, que está a nosso alcance, é a lembrança da presença constante de Jesus

Cristo em nossa vida.

A MANEIRA INCORRETA DE JEJUAR

Mateus 6:16-18

Até nossos tempos o jejum é uma parte essencial da vida religiosa no Oriente. Os muçulmanos observam de maneira estrita o jejum do Ramadam, o nono mês do calendário islâmico, durante o qual se

comemora a primeira das revelações que Maomé recebeu. O jejum dura do nascer do sol – do momento em que se podem distinguir um fio branco de um negro – até seu ocaso. Está proibido, além da comida, tomar banho, beber, fumar, cheirar perfumes e qualquer outra forma de alegria carnal desnecessária, com exceção das enfermeiras e as mulheres grávidas. Os soldados e os que estão viajando podem não observá-lo, mas devem compensar sua isenção jejuando uma quantidade equivalente de dias em outro momento do ano. Se alguém deve quebrantar o jejum por razões de saúde, é obrigado a compensar sua falta oferecendo esmolas aos pobres.

Os costumes dos judeus no que concerne ao jejum eram exatamente iguais. Deve notar-se que, tal como se disse, o jejum durava da alvorada

até o pôr-do-sol; fora deste período diário, podia comer-se normalmente. Para os judeus nos tempos de Jesus havia somente um jejum obrigatório,

o do Dia da Expiação. Nesse dia, da alvorada até o pôr-do-sol, todos os homens estavam obrigados a "afligir suas almas" (Lv 16:31). A lei talmúdica dos judeus estabelece que, "No Dia da Expiação está proibido

comer, beber, banhar-se, ungir-se, levar sandálias, ou praticar relações conjugais." Até os meninos deviam ser educados em alguma forma de sacrifício durante esse dia, de modo que quando fossem mais velhos

estivessem preparados para aceitar o jejum nacional.

Mas, mesmo que somente um dia por ano era obrigatório jejuar, os judeus faziam uso do jejum particular como uma forma muito generalizada de piedade. Havia um jejum relacionado com a morte de

algum ser querido. Entre a morte e o enterro dessa pessoa, os parentes estavam obrigados a abster-se de carne e vinho. Havia um jejum expiatório. Dizia-se, por exemplo, que Rubén tinha jejuado durante sete

anos para expiar seu pecado pela parte que lhe coube desempenhar na venda do José: "Não bebeu vinho nem outro licor algum nem passou carne por seus lábios, nem comeu nada apetecível" (Testamento do

Rubén Mt 1:10). "Pela mesma razão, Simeão afligiu sua alma jejuando durante dois anos, por ter odiado a José" (O Testamento do Simeão, Mt 3:4).

Judá, por ter pecado com Tamar, "absteve-se de comer carne, beber vinho e participar de qualquer outra forma de prazer carnal, até o dia de sua morte" (O Testamento do Judá, Mt 15:4). Os judeus, é obvio, não acreditavam que o jejum em si tivesse valor algum, independentemente do arrependimento. Jejuar era somente uma forma de dar expressão exterior à tristeza interior pelo pecado cometido. O autor do Eclesiástico (34:
31) diz: "Se alguém jejua por seus pecados, e logo volta a cometê— los, quem ouvirá sua oração e o que proveito terá o ter jejuado?"

Em muitos casos o jejum era um ato de penitência nacional. Assim, por exemplo, todo o povo judeu jejuou depois do desastre da guerra civil contra Benjamim (Jz 20:26). Samuel fez o povo jejuar por ter-se afastado de Deus seguindo a Baal (1Sm 7:61Sm 7:6). Neemias fez com que o povo jejuasse e confessasse seus pecados (Ne 9:1). Uma e outra vez a nação judia inteira jejuou como manifestação de seu arrependimento perante Deus.

Às vezes o jejum era uma preparação para o encontro com Deus. Moisés, no Monte Sinai, jejuou durante quarenta dias e quarenta noites

(Ex 24:18). Daniel jejuou enquanto esperava receber palavra de Deus (Dn 9:3). Jesus mesmo jejuou enquanto esperava a prova da tentação (Mt 4:2). Esta era uma medida muito sábia, porque quando o corpo

está submetido à dura disciplina do jejum, o espírito se mantém mais acordado e alerta.

Às vezes o jejum era um chamado dirigido a Deus. Se, por exemplo, havia seca e a colheita corria perigo, convocava-se um jejum

nacional para pedir a Deus que enviasse as chuvas.

No jejum dos judeus havia, em realidade, três idéias principais.

  1. O jejum era um intento deliberado de chamar a atenção de Deus

para a pessoa que jejuava. Esta é uma idéia muito primitiva. Esperava-se atrair a atenção de Deus e obrigá-lo a ter em conta a pessoa que dessa maneira se afligia.

  1. O jejum era uma forma deliberada de demonstrar a sinceridade do arrependimento. Era uma garantia, por assim dizer, da sinceridade

das palavras e as orações do crente; uma prova da verdade do arrependimento. Evidentemente, aqui há um perigo latente que devemos ter em conta, porque é muito fácil que uma ação, concebida como prova da sinceridade do penitente, convertesse-se em substituto da penitência.

  1. Em grande parte o jejum era vicário. Não estava destinado a salvar o indivíduo no julgamento, mas motivar a Deus para que liberasse a nação de suas desgraças. Era como se as pessoas particularmente piedosas dissessem: "A pessoa comum não pode fazer isto. Estão muito comprometidas em seu trabalho e nos assuntos do mundo. Nós faremos algo mais do que somos obrigados a fazer, para equilibrar a inevitável deficiência da piedade de outros."

Tal era a teoria dos judeus em relação à prática do jejum.

A MANEIRA INCORRETA DE JEJUAR

Mateus 6:16-18 (continuação)

Por mais elevado que fosse o ideal do jejum, sua prática, inevitavelmente, envolvia alguns perigos inevitáveis. O grande perigo

era que se jejuasse como sinal de uma piedade superior, em uma ação que não ia dirigida a Deus, mas aos homens. Ante tal manifestação de piedade, ninguém poderia deixar de pensar quão disciplinada e piedosa

era a pessoa que jejuava. Os dias de jejum, para o judeu, eram na segunda-feira e na quinta-feira. Estes também eram os dias de mercado, e em todos os povos e vilarejos, e principalmente na cidade de

Jerusalém, congregavam-se enormes multidões de pessoas que vinham do campo; os que jejuavam durante esses dias, fazendo-o de maneira ostentosa, contavam com mais testemunhas que de costume.

Ali se juntavam muitos para ver e admirar sua piedade. Alguns se encarregavam deliberadamente de que outros não deixassem de dar-se conta de que estavam jejuando. Caminhavam pelas ruas com o cabelo deliberadamente despenteado e desordenado, com a roupa suja e rasgada.

Até chegavam ao extremo de pôr pó branco na cara, para acentuar sua

palidez. Este não era um ato de humildade: era um ato de orgulho e ostentação espiritual.

Os rabinos mais sábios condenavam esta atitude com a mesma energia que Jesus. Tinham bem claro que o jejuar por jejuar carecia

totalmente de valor espiritual. Diziam que um voto de abstinência era como um colar de aço dos que tinham que levar os detentos. Quem se comprometia a tal voto podia comparar-se, então, ao homem que encontrava um desses colares atirado pela rua, e sem dar-se conta metia

nele a cabeça, aceitando voluntariamente uma escravidão inútil. Um dos ditos mais bonitos que jamais se pronunciou é a declaração rabínica: "No dia do julgamento deverá prestar conta de todas as coisas boas que se

puderam desfrutar mas se desprezaram."

O doutor Boreham conta uma história que serve para exemplificar esta idéia equivocada com respeito ao jejum. Nas Montanhas Rochosas,

dos Estados Unidos, um viajante se encontrou com um ancião sacerdote católico romano. Surpreendeu-se ao ver um homem de idade tão avançada escalando as costas, cruzando os abismos e atravessando os

atalhos das montanhas. "O que você está fazendo neste lugar?", perguntou-lhe o viajante. E o sacerdote lhe respondeu: "Estou procurando a beleza do mundo." "Mas" voltou a perguntar o viajante,

"lançou-se a essa busca numa idade avançada." E então o sacerdote lhe contou sua história. Quase toda sua vida ele a passou encerrado em um mosteiro, nunca tinha saído do claustro. Então se sentiu muito doente, e em sua enfermidade teve uma visão. Viu um anjo de pé junto à sua

cama. "Para que vieste?", perguntou ao anjo. "Para te levar ao teu lar", respondeu-lhe o anjo. "E o mundo ao qual me levas, é verdadeiramente bonito?", voltou a lhe perguntar o sacerdote. "É belo o mundo que deixa

atrás", disse-lhe o anjo. E então o ancião lembrou que nunca tinha visto muito deste mundo, fora dos jardins do monastério e alguns dos campos que o rodeavam. E então lhe disse ao anjo: "Mas não pude ver muita

beleza no mundo que estou deixando." "Nesse caso", replicou o anjo, "temo que tampouco verás muita beleza no mundo aonde vais." Isso

preocupou muito o velho sacerdote, e pediu ao anjo que lhe permitisse viver mais dois anos. "Concedeu-me o pedido, e aqui estou, gastando o pouco dinheiro que tenho e o tempo que me resta de vida em explorar as maravilhas deste mundo, e te digo que certamente o encontro belo de modo supremo."

O dever de todo ser humano é aceitar e desfrutar da beleza do mundo, e nunca rechaçá-la e apartá-la de si. Não tem valor algum jejuarmos como uma ostentosa demonstração de piedade superior, para

acrescentar nossa fama de ascetas.

O VERDADEIRO JEJUM

Mateus 6:16-18 (continuação)

Embora Jesus condene a forma equivocada de jejuar, suas palavras implicam que há uma forma correta de fazê-lo, e que Ele espera de seus

seguidores que pratiquem o jejum dessa maneira. Isto é algo em que muito poucos de nós jamais pensamos. Há muito poucas pessoas comuns em cujas vidas o jejum joga algum papel. E, entretanto, há muitas razões

que fazem com que o jejum, interpretado de maneira correta, seja uma prática recomendável.

  1. Jejuar é bom para a saúde. Muitos de nós vivemos existências

que abrandam nossos corpos e nos engordam. É possível, inclusive, viver para comer e não comer para viver. Seria um excelente remédio para muitos dos males que nos afligem o praticar periodicamente alguma forma de jejum.

  1. O jejum é bom para a disciplina de nós mesmos. É muito fácil satisfazer espontaneamente todos os nossos impulsos. É muito fácil

chegar ao ponto de não nos negar nada que possamos possuir ou comprar. Para muitos seria excelente deixar de fazer tudo o mais querem, pelo menos uma vez por semana, e dominar seus desejos, exercendo deste modo uma auto-disciplina rigorosa e "anti-séptica".

  1. O jejum nos liberta de nos transformar em escravos do hábito. Há muito poucos entre nós que não sejam escravos de algum hábito, devido a que acham impossível superá-lo. Os hábitos se convertem em uma parte tão fundamental de nossa vida que não podemos rompê-los. Desenvolvemos uma ansiedade tal por certas coisas, que aquilo que deveria ser um prazer se transforma em uma necessidade, e o separar-nos daquilo que chegamos a ansiar assim, parece ser um verdadeiro purgatório.

Se praticássemos com sabedoria alguma forma de jejum, nenhum dos prazeres se converteria em uma cadeia e nenhum hábito seria nosso amo. Seríamos nós os amos de nossos prazeres e não nossos prazeres os que dominam sobre nossa vontade.

  1. O jejum preserva a capacidade de prescindir das coisas. Uma das principais provas da vida são as coisas que com o correr do tempo a

pessoa chegou a considerar, como essenciais. Evidentemente, quanto menos sejam estas, maior será nossa independência. Quando toda classe de coisas se convertem em uma parte fundamental de nossa vida,

estamos à mercê dos luxos que podemos custear. Não é mau, de vez em quando, caminhar por uma rua comercial e olhar as vitrines, pensando em todas as coisas de que alguém é capaz de prescindir. Alguma forma

de jejum, pode nos ajudar a prescindir daquelas coisas que jamais deveriam ser essenciais em nossa vida.

  1. O jejum nos ajuda a apreciar mais o que temos. Talvez tenha havido algum momento em nossa vida em que os prazeres mais

elementares tenham sido tão escassos que quando tínhamos oportunidade de vivê-los realmente usufruíamos e desfrutávamos. Talvez agora o apetite se apagou, nosso paladar esteja estragado, tenhamos perdido o fio

cortante de nossa capacidade de desfrutar os dons de Deus. O que em uma época foi um prazer intenso se transformou simplesmente em uma droga da que não podemos prescindir. O jejum faz com que os prazeres

sigam sendo prazeres, ao experimentá-los sempre como uma forma renovada de autêntica alegria humana.

Em nossos dias o jejum não forma parte da vida normal do homem comum. Jesus condenou a maneira equivocada de jejuar, mas não quis dizer que deva eliminar-se essa prática tão proveitosa. Faríamos muito bem em escolher a forma de jejum que mais nos convenha e praticá-la na medida de nossa necessidade. E a razão que deve nos mover a fazê-lo é,

"Que o deleite seja nosso guia, e não nossa cadeia..."

O VERDADEIRO TESOURO

Mateus 6:19-21

No ordenamento quotidiano de nossas vidas, a verdadeira sabedoria consiste em buscar obter somente aquelas coisas que duram. Quer

compremos um traje ou um vestido ou um automóvel ou um tapete ou um jogo de móveis, o sentido comum nos recomenda evitar a aquisição de produtos mal feitos e perecíveis a curto prazo, e comprar aquelas

coisas que possuem solidez e permanência e estão bem feitas. Isto é, exatamente, o que Jesus nos está dizendo nesta passagem: que devemos nos concentrar nas coisas que duram.

Jesus recorre a três imagens, que correspondem às três grandes fontes de riqueza na Palestina.

  1. Diz-nos que evitemos tudo o que a traça pode destruir.

No Oriente, parte da riqueza de qualquer homem consistia em roupas custosas e luxuosas. Quando Geazi, o servo de Eliseu, quis obter

clandestinamente algum proveito da cura que seu amo tinha efetuado na pessoa de Naamã, pediu-lhe um talento de prata e duas mudas de roupa

(2Rs 5:222Rs 5:22). Uma das coisas que tentou Acã a pecar foi um manto babilônico de boa qualidade (Js 7:21). Mas, segundo Jesus, era insensato pôr o coração em tais coisas, pois quando estavam guardadas,

as traças as atacavam, destruindo toda sua beleza e valor. As posses deste tipo careciam de permanência.

  1. Também aconselha que se evitem aquelas coisas que a ferrugem corrompe. A palavra traduzida por "ferrugem" ou "mofo" (H. A.) significa literalmente "o que come". Em nenhum outro lugar se encontra essa palavra, brosis, com o significado de "ferrugem" (óxido de ferro). É muito mais provável que a idéia fosse a seguinte: No Oriente a riqueza de muitos homens enriquecidos consistia no grão de uma colheita abundante, e que acumulavam em enormes celeiros. Mas nesses grãos armazenados podiam entrar carunchos ou roedores, e deste modo se perdia o tesouro. É muito provável que Jesus esteja fazendo referência à facilidade com que os ratões, os ratos, e distintos tipos de insetos podem acabar com uma colheita armazenada durante muito tempo. Posses deste tipo careciam de permanência.
    1. Em terceiro lugar, Jesus diz que não se deve acumular tesouros que os ladrões possam furtar mediante uma escavação. Na Palestina a

maioria das casas era feita de barro ou tijolo cru, e os ladrões podiam entrar fazendo um buraco na parede. Esta referência, evoca a imagem do homem que guardou em sua casa um pequeno tesouro e um dia, ao

ingressar nela, descobre que os ladrões furaram o parede e, entrando, levaram o ele que tinha. Não é permanente o tesouro que está à mercê de qualquer ladrão engenhoso.

De modo que Jesus alerta aos homens contra três classes de prazeres e posses:

  1. Sua advertência se dirige contra os prazeres que podem esfumar-se como um vestido velho. A roupa mais bonita do mundo, com

traças ou sem traças, termina por desintegrar-se. Todos os prazeres puramente físicos, cada um a sua maneira, terminam perdendo o encanto que nos incitou a buscá-los.

Cada vez que desfrutamos de alguma coisa, a excitação é menor. Necessita-se maior quantidade para que o efeito siga sendo o mesmo. É como uma droga, que perde seu poder quando consumida normalmente,

e se impõe aumentar gradualmente a dose se tiver que ser efetiva do mesmo modo que no princípio. Somos insensatos se fizermos com que

nosso prazer consista naquelas coisas que nos oferecerão cada vez menor compensa.

  1. Também nos adverte contra os prazeres que podem ser corroídos. O silo cheio de cereais é inevitavelmente o objeto do

interesse

de roedores que nunca faltam. Há certos prazeres que inevitavelmente perdem atração para o homem à medida que envelhece. Possivelmente já não esteja em condições físicas de desfrutá-los; ou pode ser que, ao maturar sua personalidade, já não encontre neles a

alegria que lhe produziam quando era mais jovem. Na vida ninguém deveria pôr seu coração naqueles prazeres que podem desaparecer com a idade. Deveríamos ser capazes de encontrar nosso deleite naquelas

coisas diante das quais o tempo, e sua capacidade de erosão, é totalmente impotente.

  1. Também somos advertidos contra os prazeres que nos podem

ser roubados. Todas as coisas materiais pertencem a esta categoria; não há nada material que possamos possuir de maneira totalmente segura. Se construirmos nossa felicidade sobre o fato de sua posse, estamos edificando sobre alicerces muito frágeis. Suponhamos que alguém organize sua vida de tal maneira que sua felicidade consiste no dinheiro que tem; no dia menos imaginado se produz uma crise financeira e nosso amigo fica completamente arruinado. Junto com sua riqueza, também se esfumou sua alegria. O homem verdadeiramente sábio é o que constrói sua felicidade sobre aquelas coisas que nada nem ninguém lhe pode tirar, cuja posse é independente dos azares e mudanças da vida.

Tudo o que faz com que seu prazer dependa de coisas falazes, está condenado à frustração. Todo homem cujo tesouro está nas coisas, mais cedo ou mais tarde o perderá, porque as coisas não estão dotadas de permanência, e não há nada que dure para sempre.

TESOUROS NO CÉU

Mateus 6:19-21 (continuação)

Os judeus conheciam muito bem a frase tesouros no céu. Identificavam esses tesouros principalmente com duas coisas.

  1. Diziam que as ações bondosas que alguém fazia no mundo, transformavam-se em seu tesouro no céu.

Contavam uma famosa lenda sobre um tal rei Monobaz, de

Adiabene, que se converteu ao judaísmo.

“Um ano de fome Monobaz distribuiu seu tesouro entre os pobres. Suas irmãs enviaram mensageiros para lhe dizer: ‘Seus pais reuniram tesouros, e os acrescentaram aos de seus pais, mas você dissipou os seus e os deles.’ Monobaz respondeu: ‘Meus pais reuniram tesouros para esta vida, eu estou acumulando tesouros para a vida eterna; eles armazenaram sua riqueza em lugares onde a vontade humana pode governar, mas eu os tenho, agora, em um lugar onde ninguém pode já dispor deles. Meus pais acumularam tesouros que não dão interesse, os meus sim dão. Meus pais acumularam tesouros de dinheiro, eu acumulei tesouros de almas. Meus pais acumularam tesouros para outros, eu os acumulei para mim. Meus pais acumularam tesouros neste mundo, eu os tenho guardados no mundo vindouro’.”

Tanto Jesus como os rabinos judeus sabiam que tudo o que se acumula egoisticamente mais cedo ou mais tarde se perde. Mas o que se oferece a outros com generosidade acumula tesouros no céu.

Esse mesmo princípio seria o que teria que seguir a igreja cristã, depois de seu Mestre. A Igreja Primitiva sempre cuidou carinhosamente

dos pobres, dos doentes, dos desgraçados e de todos aqueles de quem ninguém se ocupava. Nos dias da terrível perseguição de Décio, em Roma, as autoridades arrasaram uma igreja cristã. Sua intenção era

apoderar-se dos tesouros que imaginavam estariam armazenados nesse lugar. O prefeito romano ordenou a Laurêncio, o diácono: "Mostre-me imediatamente o lugar onde vocês guardam seu tesouro." Laurêncio assinalou as viúvas e os órfãos que estavam comendo, os doentes que

estavam sendo curados, os pobres, cujas necessidades estavam sendo satisfeitas, e disse: "Estes são os tesouros da Igreja." A Igreja sempre acreditou que "perdemos o que guardamos, e ganhamos o que gastamos".

  1. Os judeus sempre relacionaram a expressão tesouros no céu com o caráter.

Quando foi perguntado ao rabino Yose Ben Kisma se aceitaria viver em uma cidade pagã em troca de um salário muito elevado por seus serviços, respondeu que nunca viveria em lugar algum que não fosse

morada da Lei, "porque no dia em que deva ir deste mundo", disse, "nem o ouro nem a prata nem as pedras preciosas irão comigo, mas apenas o conhecimento que tenha da Lei, e minhas boas obras."

Como afirma o bom provérbio espanhol, "as mortalhas não têm bolsos". A única coisa que podemos levar deste mundo é nosso caráter, o que somos; quanto melhor seja a personalidade, o caráter que levemos,

maior será nosso tesouro no céu.

  1. Jesus conclui esta passagem dizendo que onde estiver nosso tesouro ali estará nosso coração. Se tudo o que valorizamos está na

Terra, se nosso coração também está preso à Terra, não teremos interesse em nenhum outro mundo a não ser este. Se durante toda nossa vida o nosso olhar está nas coisas eternas, as coisas deste mundo serão de pouco

valor para nós. Se tudo o que verdadeiramente valer para nós está nesta Terra, no momento de abandoná-la nos sentiremos defraudados e nos desesperaremos. Se durante a vida pensamos nas coisas celestiais e as desejamos, abandonaremos este mundo com alegria, porque finalmente

podemos ir para Deus.

Em certa oportunidade o Dr. Johnson estava passeando por um maravilhoso castelo e os parques que o rodeavam. Quando acabou de ver

tudo, voltou-se para seus acompanhantes e lhes disse: "Estas são as coisas que nos fazem tão difícil morrer."

Jesus nunca afirmou que este mundo carecesse de importância: mas

disse e repetiu, uma e outra vez, que a importância deste mundo não está nele mesmo, mas sim naquilo para o qual nos conduz. Este mundo não é

o fim de nossas vidas, é somente uma estação no caminho. Portanto ninguém deve entregar o seu coração a este mundo e a às coisas que a ele pertencem, pois seus olhos devem estar fixos permanentemente na meta que nos espera mais além.

A VISÃO DISTORCIDA

Mateus 6:22-23

A idéia que está por trás desta passagem é de uma simplicidade infantil. O olho é considerado como a janela por onde entra a luz que ilumina a totalidade do corpo. A cor e o estado da janela são os que

decidem quanta luz receberá uma habitação. Se a janela estiver limpa, é de cor clara e o vidro não distorce as imagens, a habitação será inundada por uma luz pura e abundante, que iluminará todos os cantos. Se o vidro da janela está sujo, ou é de cor escura, ou está chamuscado, ou coberto

pela geada, a luz encontrará obstáculos, entrará distorcida, suja, e a habitação ficará escura.

A qualidade da luz que entra em uma habitação depende do estado

da janela que deva atravessar para fazê-lo. É assim, diz Jesus, como a luz que penetra no coração e a alma de cada homem depende do estado espiritual dos olhos que deva atravessar, porque os olhos são a janela do corpo. O conceito que fazemos das pessoas depende dos olhos com que as olhemos. Há certos fatores muito evidentes que nos podem cegar e distorcer a nossa visão.

  1. O preconceito pode alterar nossa visão. Não há nada que seja tão capaz de destruir nossa capacidade de julgamento como os preconceitos que tenhamos. Nos impedem de formar as opiniões claras, razoáveis e lógicas, que são nosso dever. Cega-nos por igual ante os fatos e o significado destes. Quase todos os novos descobrimentos tiveram que abrir caminho, lutando contra irracionais preconceitos estabelecidos.

Quando James Simpson descobriu as virtudes do clorofórmio teve que lutar contra os preconceitos religiosos e médicos de sua época. Um de seus biógrafos escreve: "O preconceito, a paralisante determinação de percorrer somente os caminhos conhecidos, levantou-se contra ele e fez todo o possível para neutralizar os efeitos dessa nova bênção." "Muitos clérigos sustentaram que o intento de liberar a mulher de sua maldição primitiva era lutar contra a lei divina."

Uma das coisas mais necessárias na vida é o exame ousado que seja capaz de nos demonstrar quando atuamos a partir de princípios válidos e

quando somos vítimas de nossos preconceitos irracionais. Qualquer homem que seja miserável por seus preconceitos tem olhos que

obscurecem e distorcem sua visão da realidade.

  1. O ciúme pode alterar nossa visão. Shakespeare nos deu uma expressão clássica desta paixão na tragédia de Otelo. Otelo, um mouro,

que se tornou famoso por seus atos de valentia, casa-se com Desdémona. Esta o ama com total dedicação e completa fidelidade. Como general do exército de Veneza, Otelo promove a Cássio em lugar de promover a

Lago. Este é consumido pelo ciúme, e mediante uma meticulosa tramóia, e distorcendo os fatos para seu próprio benefício, semeia na mente de Otelo suspeita com respeito à fidelidade de Desdémona. Inventando

evidências para demonstrar suas afirmações, acende em Otelo uma paixão de ciúme tão desmedida que este termina assassinando a Desdémona, afogando-a com um travesseiro.

A. C. Bradley escreve: "Ciúme como o de Otelo transformam a

natureza humana em um caos, e liberam a besta que todo homem encerra." Muitos casamentos, muitas amizades, foram destroçados pelo ciúme, que é capaz de fazer aparecer circunstâncias perfeitamente inocentes como ações culpadas, e que nos cegam à verdade e à realidade.

  1. O orgulho pode alterar nossa visão. Em sua biografia de Mark Rutherford, Catherine Macdonald MacLean inclui uma observação

particularmente cáustica com respeito ao John Chapman, o editor e livreiro de quem em uma época Rutherford fora empregado: "Belo como

um Lorde Byron, de maneiras amáveis, era extremamente atrativo para as mulheres, e ele se acreditava ainda mais atrativo do que em realidade era."

O orgulho afeta de duas maneiras a visão de qualquer homem, porque nos torna incapazes de ver a nós mesmos tal como somos em

realidade e de ver a outros como em realidade são. Se estamos convencidos de nossa extraordinária sabedoria, nunca seremos capazes de perceber nossas tolices; e se formos cegos para tudo o que não sejam

nossas virtudes, nunca perceberemos nossos defeitos. Sempre que nos comparemos com outros, suporemos uma vantagem em nós. Jamais estaremos em condições de nos criticar a nós mesmos, e portanto jamais

seremos capazes de melhorar. A luz em que deveríamos ver a nós mesmos e a outros será total escuridão.

A NECESSIDADE DE OLHOS GENEROSOS

Mateus 6:22-23 (continuação)

Mas aqui Jesus fala de uma virtude em particular que enche de luz

os olhos, e de um defeito que os obscurece. Em nossas versões se qualifica o olho como bom, são ou simples e mau. E este é o significado literal do grego, mas as palavras bom e mau são aqui empregadas, em um sentido muito comum no grego do Novo Testamento, como generoso e generosidade. Tiago diz, com respeito a Deus, que ele dá a todos abundantemente (Jc 1:5), e o advérbio que usa, em grego, é o mesmo que aparece em nosso texto como adjetivo. Paulo exorta a seus amigos a ofertar liberalmente. Temos aqui, outra vez, o mesmo vocábulo (Rm 12:8). Paulo, também, lembra aos cristãos de Corinto da liberalidade ou generosidade das Iglesias da Macedônia, e fala de sua própria generosa beneficência com todos os necessitados (2Co 9:31). Para obter um texto mais fiel ao original devemos traduzir aqui generoso em lugar de bom ou simples. Jesus elogia o olho generoso.

Por oposição, prestemos atenção ao nome do defeito que Jesus condena. Nossas versões dizem mau ou maligno. E este é, certamente, o significado mais comum da palavra grega que aparece neste lugar no texto original. Contudo, tanto no Novo Testamento como na Septuaginta, este vocábulo também significa normalmente miserável ou avaro ou mesquinho. Deuteronômio nos fala do dever de emprestar ao irmão que necessita. Mas esta disposição se complica com a lei de que cada sete anos deviam considerar-se todas as dívidas perdoadas. Era muito provável que se estivesse perto o "sétimo ano", o avaro se negasse a emprestar, por temor a que seu devedor se acolhesse ao cancelamento de dívidas com que podia beneficiar-se ao chegar o momento, e deste modo jamais lhe devolvesse o que tinha recebido. Por isso a lei estabelece: "Guarda-te não haja pensamento vil no teu coração, nem digas: Está próximo o sétimo ano, o ano da remissão, de sorte que os teus olhos sejam malignos para com teu irmão pobre, e não lhe dês nada, e ele clame contra ti ao SENHOR, e haja em ti pecado" (Dt 15:9).

As palavras sublinhadas são exatamente as mesmas que aparecem no ensino de Jesus. É evidente que aqui olhos maus significa com

mesquinhez, de modo avaro, com má vontade. Voltamos a encontrar a expressão em Pv 23:6, onde a V.M. diz literalmente: "Não coma

o pão daquele que tem olho mau." Quer dizer "Não seja hóspede daquele que grunhe por cada bocado que você come."

Assim também em Pv 28:22, onde lemos: "O homem que se apressa em busca da riqueza tem olho maligno" (V.M.), e significa:

"O avaro, que sempre desconfia de outros, busca apropriar-se de tudo o que pode." Para chegar ao significado exato das palavras de Jesus em vez de "olho mau" deveríamos traduzir olho avarento.

De modo que Jesus afirma: "Não há nada como a generosidade para nos permitir ver a vida e as pessoas de maneira correta: e não há nada como a avareza para fazer com que nossa visão das coisas e das pessoas

seja incorreta."

  1. Devemos ser generosos em nossos julgamentos com respeito a outros. Uma das características da natureza humana é pensar sempre o pior, e encontrar um prazer maligno em repetir o pior. Todos os dias vemos assassinar a boa reputação de pessoas perfeitamente inocentes na fofoca de pessoas cujos juízos estão impregnados de veneno. O mundo se veria livre de muito sofrimento se buscássemos pensar o melhor e não o pior com respeito a nosso próximo, e se nossa interpretação de suas ações fosse sempre "generosa".
  2. Devemos ser generosos em nossas ações. Em sua biografia de Mark Rutherford, Catherine Macdonald MacLean nos conta a respeito dos dias em que Rutherford foi trabalhar em Londres: "Desde essa época pode perceber-se nele o começo de sua carinhosa piedade pelas almas dos homens que haveria de converter-se em um de seus hábitos... A pergunta que o queimava, preocupado como estava pelo destino de muitos de seus vizinhos no subúrbio onde iria trabalhar, era, ‘O que eu posso fazer? Como posso ajudá-los?’ Parecia-lhe, naquele tempo, como sempre, que até a ação mais simples possuía maior valor que a mais veemente indignação que só se expressa em palavras.”

Quando Mark Rutherford trabalhava com Chapman, ele editor, vivia e trabalhava no mesmo lugar que George Eliot – ou Maria Evans,

que tal era seu verdadeiro nome. Uma coisa lhe impressionou de maneira particular com respeito a esta mulher: "Era pobre. Possuía uma pequena renda, e mesmo que esperava poder ganhar a vida como escritora, seu futuro era incerto. Mas era fantasticamente generosa. Sempre estava

ajudando aos cães coxos a subir as soleiras, e a pobreza de outros a fazia sofrer mais que a sua própria. Chorava com mais amargura por não poder ajudar a alguma irmã necessitada, que por qualquer de suas

próprias privações."

Quando começamos a nos sentir assim, é quando podemos ver a outros, e às coisas, em uma perspectiva correta. É então quando nossos

olhos se enchem de luz.

Há três grandes males do espírito pouco generoso, do "olho maligno".

  1. Faz com que nos seja impossível viver conosco mesmos. Quem inveja permanentemente o êxito de outros, diminuindo o seu, apesar de

que um pouco de generosidade poderia repartir felicidade a outros, fechando seu coração frente às necessidades imperiosas de outros, transforma-se em uma das mais tristes criaturas da Terra – o homem avarento. Em seu interior crescem uma amargura e um ressentimento que

lhe priva de toda felicidade, que roubam sua paz e destroem sua alegria.

  1. Faz com que nos seja impossível viver com os demais. O avaro é aborrecido por todos: não há indivíduo mais desprezado que o de

coração miserável. A caridade cobre multidão de pecados, mas o espírito ambicioso, por outro lado, torna inúteis uma multidão de virtudes. Por mais mau que seja o homem generoso, sempre haverá quem o ame; por

melhor que seja o avaro, todos o detestarão.

  1. Faz com que nos seja impossível viver com Deus. Não há ninguém tão generoso como Deus; em última análise, não pode haver

comunhão entre dois seres que fundam sua existência em princípios diametralmente opostos. Não pode haver comunhão entre o Deus que vive inflamado por um profundo amor, e o avaro, cujo coração está

congelado pela mesquinharia.

O olho avarento distorce nossa visão; o olho generoso é o único capaz de ver com clareza, porque é o único que vê como Deus vê.

SERVIÇO EXCLUSIVO

Mt 6:24

Para alguém criado no mundo antigo esta afirmação possuía muito mais força e clareza que para nós. Nossas versões dizem: "Ninguém pode servir a dois senhores." O original grego é muito mais contundente. A palavra que se utiliza para "servir" é o verbo duláin, que significa "ser

escravo". Trata-se portanto de ser escravo de dois amos. Além disso, a

palavra traduzida "senhor" é kurios e, em grego, kurios era o amo absoluto, o senhor de vida e morte. Possivelmente seria mais exato traduzir "Ninguém pode ser escravo de dois amos".

Para compreender tudo o que isto significa e implica, devemos lembrar duas coisas com respeito à instituição da escravidão no mundo

antigo. Em primeiro lugar, aos olhos da lei o escravo não era uma pessoa, era uma coisa. Carecia absolutamente de direitos que fossem próprios; seu amo podia fazer dele absolutamente o que bem quisesse.

Para a lei, o escravo era uma ferramenta viva. Seu amo podia vendê-lo, castigá-lo, descartá-lo e até matá-lo. Era sua posse de maneira tão completa como o eram seus bens materiais. Em segundo lugar, o

escravo, na antiguidade, carecia completamente de tempo próprio. Todos os momentos de sua vida pertenciam a seu amo.

Sob as condições de trabalho que regem na atualidade a pessoa

trabalha certo número de horas e fora desse tempo, sua vida lhe pertence e pode fazer o que quiser. De fato, com freqüência é possível que muitos encontrem e desenvolvam seu verdadeiro interesse vital fora das horas de trabalho. Alguém pode estar empregado em um escritório, durante o dia, e ser o primeiro violino em uma orquestra, durante a noite. Pode trabalhar em uma fábrica, ou em uma oficina siderúrgica durante o dia, e dirigir um clube de jovens durante a noite, ou nos fins de semana. E é possível que na Música, ou na liderança do grupo juvenil, estes indivíduos encontrem o verdadeiro deleite e realização de suas vidas. Era muito diferente com os escravos, na antiguidade. O escravo não possuía, literalmente, tempo algum que pudesse considerar dele. Todos os seus momentos pertenciam a seu amo e estava sempre ao seu dispor.

Eis aqui, pois, nossa relação com Deus. Com respeito a Deus não temos direito algum. Deus deve ser o amo indisputado de nossas vidas.

Nunca podemos nos perguntar: "O que eu quero fazer?" Sempre, nossa pergunta deve ser: "O que Deus quer que eu faça?" Não nos pertence

momento algum. Não podemos dizer, às vezes: "Agora farei o que Deus quer que eu faça", e às vezes: "Agora farei o que eu quero fazer." O

cristão não deixa jamais de ser cristão, ele não tem "férias" ou "licença" de cristão. Em nenhum momento pode pôr entre parêntese a exigência de Deus sobre sua vida, como se não estivesse "de serviço". Não basta com uma obediência parcial ou de vez em quando. Ser cristão é um trabalho de tempo integral. Em nenhum outro lugar da Bíblia se expressa de maneira tão clara que Deus exige de nós um serviço exclusivo.

Jesus segue dizendo: "Não podeis servir a Deus e às riquezas." Para os rabinos judeus as riquezas não eram, pelo menos em princípio, uma

coisa moralmente imperdoável. Tinham um dito, por exemplo, que declarava: "Que a riqueza de seu vizinho te seja tão cara a ti como o é para ele." Quer dizer, que a pessoa deve considerar as posses materiais

do próximo tão sacrossantas como as próprias. Mas com o correr do tempo, a palavra que significava "riquezas", em hebreu mamom, foi modificando sutilmente seu significado. Mamom provém de uma raiz

que significa confiar, e a princípio queria dizer aquele dinheiro que confiamos a alguém para tê-lo seguro. Era a riqueza que se confiava aos cuidados de alguém. Mas com o passar do tempo chegou a significar não

aquilo em que se confia, mas aquilo em que alguém põe sua confiança. Finalmente s escreveu com M maiúscula e chegou a ser considerado uma espécie de divindade: Mamom.

A história desta palavra mostra de maneira vívida como as posses materiais podem usurpar um lugar na vida que nunca lhes pertenceu. Originalmente as riquezas eram algo que se confiava a outros para que as cuidassem; no final chegaram a considerar-se como aquilo no qual o homem põe sua confiança. Por certo que não há descrição mais adequada do deus a quem servimos que dizer que é aquilo em que pomos nossa confiança. Quando pomos nossa confiança no poder das coisas materiais, estas deixaram que transformar-se em nosso sustento para passar a ser o nosso deus.

O LUGAR DAS POSSES MATERIAIS

Mt 6:24 (continuação)

Este dito de Jesus nos obriga a refletir sobre o lugar que as posses materiais devem ocupar na vida do homem. Na base do ensino de Jesus

sobre as posses materiais, há três princípios fundamentais:

  1. Em última análise todas as coisas pertencem a Deus. A Escritura o coloca de modo claro. "Do Senhor é a terra e sua plenitude, o

mundo e os que nele habitam" (Sl 24:1). "Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas.... Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se

contém" (Sl 50:10,Sl 50:12). Nos ensinos de Jesus, é o Senhor quem dá aos servos seus talentos (Mt 25:15), e o dono é quem arrenda a vinha aos lavradores (Mt 21:33). Este princípio tem conseqüências de longo alcance. O homem pode vender e comprar as coisas, pode, em

certa medida, modificá-las e reordená-las; mas não pode criar nada. A propriedade última de tudo o que existe é divina. Não há nada neste mundo em que o homem possa dizer de modo absoluto: "Isto é meu."

Com respeito a todas as coisas só pode dizer: "Isto pertence a Deus, e Deus me confiou isso para que eu usar."

Portanto, surge um princípio fundamental da vida. Não há nada

neste mundo que seja minha de maneira absoluta, e portanto com respeito a nada posso dizer: "Isto é meu, e portanto posso fazer com isso o que eu quiser." Com respeito a todas as coisas estão obrigados a dizer: "Isto é de Deus, e portanto devo usá-lo tal como seu proprietário quisesse que fosse usado."

Há a história de um menino criado na cidade que pela primeira vez em sua vida foi levado ao campo e viu um prado coberto de flores

silvestres. Voltando-se para sua professora, disse-lhe: "Você acha que Deus Se importaria se corto algumas de suas flores?" Esta é a atitude correta frente à vida e às coisas neste mundo.

  1. O segundo princípio básico é que as pessoas sempre são mais importantes que as coisas. Se para adquirir posses, para amassar fortunas, para acumular dinheiro, é preciso tratar as pessoas como coisas, toda a riqueza que consigamos adquirir é essencialmente má. Em qualquer lugar e quando for preciso esquecer este princípio ou passar por cima dele, as conseqüências depois serão desastrosas. Na Grã-Bretanha ainda se sofrem as conseqüências de ter-se tratado as pessoas como se fossem coisas nos primeiros dias da era industrial, faz duzentos ou trezentos anos.

Sir Arthur Bryant, em seu livro A Saga Inglesa, conta algumas das coisas que ocorriam naqueles tempos. Meninos de sete e oito anos de

idade (e há até o caso de um que tinha apenas três) eram empregados como operários nas minas de carvão. Alguns tinham que arrastar as bacias carregadas de mineral caminhando sobre as mãos e os joelhos por

galerias intermináveis no túnel subterrâneo; alguns tinham que bombear a água para dragar as minas alagadas, durante doze horas diárias, estando eles mesmos na água até os joelhos; alguns tinham que abrir e fechar as

aberturas de ventilação dos poços, para o qual ficavam encerrados em pequenas câmaras de ventilação até dezesseis horas diárias.

Em 1815 os meninos que trabalhavam nas tecelagens cumpriam um

horário que ia das 5 da manhã às 8 da noite, de segunda-feira à sábado, e com meia hora para o café da manhã e meia hora para o almoço como únicos recreios. Em 1833 havia 84.000 meninos menores de quatorze anos empregados na indústria. Até se registra um caso em que, não necessitando-se mais o trabalho de certo grupo de meninos, os levaram ao campo e os abandonaram à sua própria sorte. Os donos da fábrica disseram que em realidade não os haviam "abandonado", mas os tinham deixado em liberdade. Reconheceram, sim, que provavelmente tivessem que mendigar ou roubar para continuar vivendo.

Em 1842 os operários têxteis de Burnley ganhavam 7½ peniques diários, e os mineiros do Staffordshire 2 xelins 6 peniques. Havia quem

compreendia a loucura criminal do sistema. Carlyle declarou, cheio de

ira: "Se a indústria têxtil está cimentada nos corpos desnutridos dos meninos que exploram como mão de obra barata, que a indústria têxtil desapareça; se o diabo dirigir nossas tecelagens, fechemos nossas tecelagens." Sustentava-se que para manter baixos os custos era necessário contar com mão de obra barata. Coleridge respondeu: "Tinham que reduzir o preço de venda no mercado em uns poucos centavos mantendo o mais baixo possível a mão de obra; mas isto se faz debilitando a força da nação; desmoralizamos a milhares de nossos concidadãos, e semeamos o descontentamento entre as classes sociais. Os produtos industriais que saem de nossas fábricas depois de tudo são muito caros."

É certo que hoje a situação é muito distinta. Mas existe o que se pode chamar memória racial. Lá no fundo, na memória inconsciente do povo, ficou indelével a lembrança daqueles dias. Quando se trata as pessoas como se fossem coisas, como máquinas, como instrumentos para produzir mercadorias e enriquecer assim a seus empregadores, não se podem esperar senão desastres, com tanta segurança como a noite sucede ao dia. A nação que esquece o princípio da importância única e fundamental da pessoa, acima das coisas, está hipotecando seu futuro.

  1. O terceiro princípio é que a riqueza sempre é um bem subordinado. A Bíblia não diz que o dinheiro seja o princípio de todos os

males, mas sim "o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males" (1Tm 6:101Tm 6:10, BJ). É perfeitamente possível encontrar-se na posse de bens materiais o que alguns chamaram um "substituto da salvação". A

pessoa pode pensar que porque é rico pode comprar tudo, que pode livrar-se de qualquer situação. A riqueza pode transformar-se para ele na medida de todas as coisas, em seu único afã, na única arma para

enfrentar a vida. Se alguém deseja possuir bens materiais para obter uma relativa autonomia, para atender a suas necessidades familiares e para poder ajudar ao próximo, está perfeitamente bem; mas se deseja a

riqueza somente para desfrutar de prazeres e luxos, se a riqueza se transformou no objetivo principal de sua vida, a razão pela qual vive,

pode afirmar-se sem vacilação que os bens materiais deixaram que ser um bem subordinado, para usurpar na vida o lugar que corresponde a Deus.

De tudo isto surge uma verdade – a posse de riquezas, de dinheiro ou de objetos materiais não é pecado, mas é uma grave e séria

responsabilidade. Se alguém possuir abundância de dinheiro ou de bens materiais, não deve felicitar-se a si mesmo, antes ajoelhar-se em oração. para poder usar suas riquezas tal como Deus quer que o faça.

DUAS GRANDES PERGUNTAS SOBRE AS POSSES

Mt 6:24 (continuação)

Há duas grandes perguntas com respeito às posses materiais, e da resposta que dermos depende tudo.

  1. Como a pessoa fez para obter as posses de que desfruta? Tem

ela feito de maneira tal que se Jesus Cristo fosse testemunha de seus "negócios" poderia orgulhar-se, ou o tem feito de maneira que queria ocultar-lhe? É possível acumular riquezas à custa da honestidade e da honra.

George Macdonald conta de um comerciante em um povo que tinha chegado a ser muito rico. Ao medir os tecidos que vendia, calculava para

não dar a medida exata. George Macdonald afirmava, sobre esse homem, que "tirava de sua alma e metia em sua bolsa".

É possível engordar a conta bancária emagrecendo a consciência.

Também se pode acumular riquezas esmagando os competidores mais fracos. Há muitos que baseiam seu êxito no fracasso de outros. Muitos conseguiram progredir tirando outros do caminho. É difícil conceber como o que triunfa desse modo pode dormir tranqüilo de noite. Pode-se acumular riquezas descuidando as obrigações superiores.

Robertson Nicoll, o grande editor, era filho de um pastor do nordeste de Escócia. A grande paixão de seu pai era a leitura, e embora

nunca tinha ganho um salário folgado, chegou a ter a maior biblioteca

particular da Escócia, com 17.000 volumes. Não usava seus livros na preparação de seus sermões. Limitava-se a comprá-los, lê-los, e pô-los nas estantes. Quando cumpriu os quarenta anos se casou com uma jovem de vinte e quatro. Oito anos depois das bodas, aquela pobre mulher morria de tuberculose. Tiveram cinco filhos, mas somente dois chegaram à idade adulta. O indiscriminado aumento dos livros ia enchendo pouco a pouco todas as habitações da casa, e até os passadiços estavam abarrotados deles. Seu proprietário se deleitava com eles, mas tal paixão matou a sua esposa e três de seus filhos.

Há posses que se adquirem a muito custo. Todo homem deve perguntar-se: "Como adquiro o que possuo?"

  1. Como se usam as riquezas que se chegaram a adquirir? Há vários modos em que se podem usar as riquezas.

Pode não se dar a elas uso algum. Muitos se caracterizam pelo

instinto aquisitivo do avaro, que se deleita simplesmente na posse. Suas posses podem ser completamente inúteis – e a inutilidade sempre é desastrosa.

Pode dar-se a elas um uso totalmente egoísta. É possível desejar um salário maior simplesmente porque se quer comprar um automóvel maior, ou um novo televisor, ou umas férias mais caras. Pode-se pensar

nas posses somente em termos do que estas podem fazer a favor de si mesmos.

Pode dar-se a elas um uso maligno. Pode-se usar a riqueza para persuadir a alguém de que faça algo que não deve, ou vender coisa que

não se tem direito a vender. Muitos jovens foram subornados ou induzidos ao pecado pelo dinheiro de alguém. A riqueza dá poder, e o homem corrompido pode usar seu dinheiro para corromper a outros. E

isto, aos olhos de Deus, é um terrível pecado.

Mas também se pode usar a riqueza para obter uma medida de independência pessoal e para a felicidade de outros. Não se necessita muito dinheiro para assumir esta atitude, porque uma ação generosa não se mede pelo montante da dádiva. É impossível ser pervertido pelas

riquezas se o seu possuidor as utiliza para fazer outros felizes. Paulo lembra um dito de Jesus que todos os outros apóstolos tinham esquecido: "Mais bem-aventurado é dar que receber" (At 20:35). Uma das características de Deus é sua generosidade, e se dar é para nós mais importante que receber, usaremos de maneira correta o que possuímos, seja muito ou pouco.

A PREOCUPAÇÃO PROIBIDA

Mateus 6:25-34

Devemos começar nosso estudo desta passagem nos assegurando de

que entendemos o que é o que Jesus proíbe e o que autoriza. O que Jesus proíbe não é a prudência que prevê o futuro a fim de tomar medidas necessárias para responder, oportunamente, a suas demandas. Proíbe o afã, o angustiar-se pelo manhã antes de saber o que nos trará o manhã. Jesus não recomenda uma atitude displicente, que não faz provisão para o futuro nem reflete sobre o que o futuro pode significar concretamente em termos de exigências e possibilidades. Proíbe, sim, o temor ansioso, doentio, que é capaz de eliminar toda possibilidade de alegria da vida.

No

original

grego

se

usa

o

termo

merimnan,

que

significa preocupar-se ansiosamente. Em uma carta que se encontrou escrita em

um papiro, a esposa diz a seu marido, que está viajando: "Não posso dormir nem de noite nem de dia, ansiosa (merimnan) como estou por seu bem-estar". Em outra carta, a mãe, ao inteirar-se da boa saúde e

prosperidade de seu filho, responde-lhe: "Tal é minha oração e

ansiedade (merimnan) todo o tempo."

Anacréon,

o

poeta,

escreveu:

"Quando

bebo

vinho,

minhas preocupações

dormem."

Em

grego,

a

palavra

merimnan

denota

ansiedade, preocupação, afã.

Os judeus conheciam perfeitamente esta atitude frente à vida. O ensino dos grandes rabinos era que a atitude de todo crente para com a

vida devia estar constituída principalmente por uma combinação de

prudência e serenidade. Insistiam, por exemplo, em que todo homem devia ensinar um ofício a seus filhos homens, porque, conforme afirmavam, não lhes ensinar um ofício significava ensiná-los a roubar. Quer dizer, acreditavam que era necessário dar todos os passos recomendáveis para um desempenho prudente na vida. Mas, ao mesmo tempo, diziam: "Aquele que tem um pão em sua cesta e diz: 'O que comerei amanhã?' é um homem de pouca fé."

A lição de Jesus era bem conhecida por seus concidadãos que se deve combinar a prudência, a antecipação e a serenidade em nossa

atitude diante da vida.

A ANSIEDADE E COMO SE CURA

Mateus 6:25-34 (continuação)

Nestes dez versículos Jesus apresenta sete argumentos contra a

ansiedade.

  1. Começa assinalando (v. Mt 6:25) que Deus nos deu a vida, e que se tal foi a magnitude de seu dom, bem podemos confiar nEle com respeito

às coisas menores. Se Deus nos deu a vida, certamente também nos dará o alimento que necessitamos para seu sustento. Se nos deu corpos, certamente podemos confiar que terá que nos dar também roupa para que

os cubramos e abriguemos. Se alguém nos der um dom que não tem preço, podemos confiar que sua generosidade será sempre magnânima, que não será mesquinho nem surdo ante nossa necessidade. Portanto, o

primeiro argumento é que se Deus nos deu a vida, podemos confiar em que nos dará todas as coisas que necessitamos para sustentá-la.

  1. Jesus prossegue falando das aves (v. Mt 6:26). Sua vida está

desprovida de preocupação. Nunca armazenam o que podem chegar a necessitar em um futuro imprevisível; e entretanto seguem vivendo.

Mais de um rabino se sentiu fascinado ante o modo de vida dos animais. O Rabino Simeão disse:

"Jamais em minha vida vi um cervo que tirasse figos, nem um leão que transportasse cargas, nem uma raposa que fosse comerciante, e entretanto todos eles se alimentam, sem afã algum. Se eles, que foram criados para me servir, vivem sem preocupações, quanto mais eu, que fui criado para servir a meu Criador, deveria viver sem trabalhar em excesso por meu alimento; mas eu corrompi minha vida, e desse modo, prejudiquei minha substância."

Jesus não quer dar ênfase ao fato de que as aves não trabalham; tem-se dito que provavelmente o pardal seja um dos seres viventes que

mais trabalha para comer; no que insiste é em que estão desprovidos de afã. Não se poderia encontrar nos animais esse afã do homem por vigiar um futuro que não pode ver; nem tampouco é característico deles

acumular bens a fim de desfrutar de uma certa segurança para o futuro.

  1. No versículo 27 Jesus prossegue demonstrando que, de todos os modos, a preocupação é inútil. Este versículo pode interpretar-se de duas

maneiras distintas. Pode significar que ninguém, por mais que se preocupe, pode aumentar de estatura. Mas a medida que Jesus usa como exemplo equivale a uns quarenta centímetros, e nenhum homem, por

mais baixo que seja, quereria acrescentar quarenta centímetros à sua estatura. Também pode significar, por outro lado, que por mais que nos preocupemos não podemos acrescentar nem um dia à nossa vida, e este

significado é mais provável. De todos os modos, o que Jesus quer dizer é que a preocupação é inútil.

  1. Jesus prossegue referindo-se às flores (vs. Mt 6:28-30). Fala delas do modo como o faria alguém capaz das amar.

Os lírios do campo a que faz referência são provavelmente as papoulas e as anêmonas. Floresciam silvestres, durante um só dia, nas serranias da Palestina. E entretanto, durante tão breve vida estavam

vestidas de uma beleza que ultrapassava a dos mantos reais. Quando morriam, não serviam para outra coisa que para ser queimadas. O forno que se usava nos lares palestinenses era feito de barro. Era uma espécie

de cubo de barro que se colocava sobre o fogo. Quando se desejava elevar a temperatura desses fornos de modo rápido, adicionavam-se ao

fogo molhos de ervas e flores silvestres secas e uma vez acesos eram postos dentro do forno. As flores do campo viviam um só dia, e depois somente serviam para ser queimadas e ajudar à mulher que queria assar algo e tinha pressa. E entretanto, Jesus as vestia de uma beleza que o homem, em seus melhores intentos, nem sequer pode imitar. Se Deus outorgar tanta beleza a uma flor, que somente viverá umas poucas horas, quanto mais fará a favor do homem? Certamente uma generosidade que é tão pródiga com uma flor de um dia, não deve esquecer do homem, que é a coroa de toda a criação.

  1. Jesus segue propondo um argumento fundamental contra a ansiedade. A ansiedade, diz Ele, é característica dos pagãos e não de

quem conhece a Deus tal qual Ele é (v. Mt 6:32). A ansiedade é essencialmente desconfiança com respeito a Deus. Tal desconfiança é compreensível em um pagão, que acredita em deuses egoístas,

caprichosos e imprevisíveis, porém não se pode aceitar nos que aprenderam a chamar a Deus com o nome de Pai. O cristão não pode trabalhar em excesso porque aprendeu a acreditar no amor de Deus.

  1. Jesus prossegue sugerindo dois modos de derrotar a ansiedade. O primeiro é concentrar-se acima de tudo na busca do Reino de Deus. Já vimos que procurar o Reino de Deus e fazer a vontade de Deus são a

mesma coisa (Mt 6:10). A aceitação da vontade divina, e o propósito de pô-la em ação em nossas vidas, é a primeira maneira de derrotar a preocupação. Sabemos muito bem, por nossa própria experiência, como um grande amor pode eliminar de nossa mente qualquer outro interesse e

preocupação. Tal amor pode ser capaz de inspirar o trabalho, intensificar o estudo, purificar a vida, dominar a totalidade do ser. A convicção de Jesus é que quando Deus se torna o poder dominante de nossas vidas

desaparece toda ansiedade.

  1. Por último, Jesus afirma que a preocupação pode ser derrotada, aprendendo a arte de viver um dia de cada vez (V. 34). Os judeus tinham

um dito que afirmava: "Não se preocupe com os males de amanhã, porque você não sabe o que lhe pode trazer no dia de hoje. Amanhã

talvez você não esteja vivo, e então você terá ficado preocupado pelos males de um mundo que não lhe pertencerá."

Se vivermos cada dia tal como se nos apresenta, se cumprirmos cada tarefa quando é o momento de fazê-lo, a soma de nossos dias será

necessariamente boa. A recomendação de Jesus é que deveríamos enfrentar cada dia segundo suas próprias exigências, sem preocupar-se com um futuro que não somos capazes de prever e por coisas que provavelmente nem sequer aconteçam.

A INSENSATEZ DA ANSIEDADE

Mateus 6:25-34 (continuação)

Vejamos, agora, se podemos sistematizar os argumentos de Jesus contra a ansiedade.

  1. A ansiedade é desnecessária, inútil e até nociva. Não pode

afetar o passado, porque ninguém pode modificar o que ficou para trás. Omar Khayám tinha razão quando escreveu:

"O dedo que se move escreve e, tendo escrito, continua escrevendo; nem toda a sua piedade e imaginação seriam incapazes de convencê-lo a apagar sequer uma linha. Nem todas as suas lágrimas serão capazes de apagar sequer uma palavra."

O

passado

passou.

Isto

não

quer

dizer

que

alguém

deva

desentender-se de seu passado, mas sim que deveria usá-lo como incentivo e guia para agir melhor no futuro, e não como objeto de uma ansiedade em que se atrasa até ficar totalmente imóvel e incapaz de agir. Do mesmo modo, é inútil trabalhar em excesso pelo futuro.

Alistair MacLean, em um de seus sermões, conta uma história que tinha lido. O herói era um médico londrino. "Tinha ficado paralítico, e

não podia levantar-se da cama, mas todo o tempo o via alegre, e sua alegria era quase ofensiva. Seu sorriso era tão valente e radiante que todos esqueciam de compadecer-se dele. Seus filhos o adoravam, e quando um deles estava por abandonar o ninho e lançar-se à aventura da

vida, o doutor Greatheart ("coração grande") deu-lhe a seguinte recomendação: "Johnny", disse-lhe, "o que deve fazer é manter-se a si mesmo firme em suas obrigações e objetivos, e fazê-lo como um cavalheiro. E lembre, por favor, que a maioria dos problemas que terá que enfrentar são os que jamais se apresentam."

Trabalhar em excesso pelo futuro é um esforço inútil, e o futuro real nunca é tão desastroso como o futuro de nossos temores.

Mas a ansiedade é pior que inútil; muito freqüentemente é direta e

ativamente daninha. As duas enfermidades típicas da vida moderna são a úlcera no estômago e a trombose coronária, e em muitos casos ambas procedem da excessiva preocupação. É um fato comprovado pela medicina que aqueles que riem mais, vivem mais. A ansiedade, que desgasta a mente, também desgasta o corpo, junto com ela. Afeta a capacidade de julgamento do homem, diminui seu poder de decisão e o torna progressivamente cada dia mais incapaz de enfrentar a vida. Que cada qual enfrente o melhor que possa cada situação – não pode fazer mais que isso – e deixe o resto a Deus.

  1. A ansiedade é cega. Nega-se a aprender a lição que lhe oferece a natureza. Jesus nos pede que olhemos às aves, toda a maravilhosa abundância e riqueza que respalda a natureza, e que confiemos no amor que nos fala através dessa riqueza. A ansiedade se nega a aprender a lição que a História lhe oferece.

Um salmista se alegrava recordando os acontecimentos da história de seu povo. "Deus meu", exclama, “Sinto abatida dentro de mim a

minha alma”, e prossegue dizendo: “Lembro-me, portanto, de ti, nas terras do Jordão, e no monte Hermom, e no outeiro de Mizar.” (Sl 42:5, Sl 42:6, conforme com Dt 3:9). Quando tudo se fazia insuportável

ele recebia conforto com a memória do que Deus tinha feito. O homem que alimenta seu coração com a história do que Deus tem feito no passado, nunca temerá pelo futuro. A ansiedade se nega a aprender a

lição que a vida lhe ensina. Seguimos vivendo, e ainda não temos a soga ao pescoço; e entretanto, se alguém nos dissesse alguma vez que

teríamos que passar os maus momentos que passamos, e superado, nós lhe diríamos que seria impossível. A lição da vida é que, de algum jeito, fomos capacitados para suportar o insuportável, e para ir mais à frente do ponto de fratura, sem nos fraturar. A lição da vida é que a ansiedade é desnecessária.

  1. A ansiedade é uma atitude essencialmente irreligiosa. Não é conseqüência de circunstâncias exteriores. Em uma mesma situação um pode sentir-se totalmente sereno e outro, em troca, morrer de

preocupação. Tanto a preocupação como a paz provêm, não das circunstâncias exteriores, mas sim do coração.

Alistair MacLean cita uma história de Tolero, o místico alemão.

Um dia Tolero se encontrou com um mendigo. "Deus lhe dê um bom dia, amigo", disse-lhe. "Dou graças a Deus porque todos os meus dias foram bons", respondeu-lhe o mendigo; "nunca fui infeliz." Surpreso, Tolero lhe perguntou: "O que você quer dizer?" "Quando faz bom tempo", disse o pobre homem, "dou graças a Deus; quando chove, dou graças a Deus; quando tenho abundância, dou graças a Deus. E dou graças a Deus quando passo fome. E desde que a vontade de Deus é minha vontade, e tudo o que agrada a Deus, agrada a mim também, por que teria que dizer que sou infeliz, quando em realidade não o sou?" Surpreso, Tolero voltou a lhe perguntar: "Quem é você?" E o mendigo lhe respondeu: "Sou um rei." "Onde está seu reino?", perguntou Tolero. E o mendigo lhe respondeu, muito tranqüilo: "Em meu coração."

Isaías já o havia dito, muito tempo antes: "Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele

confia em ti" (Is 26:3). Como sustentava aquela mulher nórdica da história: "Sempre sou feliz, e meu segredo é navegar sempre pelos

mares, mas deixar sempre meu coração no porto."

É possível que haja pecados piores que a ansiedade, mas certamente nenhum é tão prejudicial, nenhum tão paralisante.

"Não pensem no manhã com ansiedade", é o mandamento de Jesus, e este é o caminho que há que nos levar não somente à paz, mas também ao poder.


Notas de Estudos jw.org

Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 6 versículo 28
Aprendam uma lição: O verbo grego usado aqui também pode ser traduzido como “aprendam bem”.

lírios do campo: Alguns acreditam que essa expressão se refere a uma flor conhecida como anêmona, mas a expressão “lírios do campo” poderia incluir várias flores parecidas com os lírios, como por exemplo tulipas, jacintos, íris e gladíolos. Alguns tradutores sugerem que Jesus estava falando de modo geral das muitas flores silvestres que crescem na região. Por isso, eles traduzem essa expressão como “flores do campo”. Isso é possível, porque em Mt 6:30 e Lc 12:27-28 Jesus chama essas mesmas flores de “vegetação do campo”.


Lírios do campo

Jesus aconselhou seus discípulos a ‘ver como os lírios crescem’ e a ‘aprender uma lição’ deles. A palavra grega que é traduzida como “lírios” em diversas Bíblias pode incluir várias flores, como tulipas, anêmonas, jacintos, íris e gladíolos. Alguns estudiosos sugerem que Jesus provavelmente estava se referindo às anêmonas. Mas talvez ele estivesse apenas falando de flores parecidas com os lírios. Esta foto mostra a anêmona-papoula (Anemone coronaria). Essa flor é comum em Israel e também tem as variedades azul, rosa, roxa e branca.

Texto(s) relacionado(s): Mt 6:28-30; Lc 12:27-28

Dicionário

Campo

substantivo masculino Território ou área plana; planície, prado.
Extensão de terra cultivável: campo de trigo, de milho.
Terreno fora das cidades: morar no campo; ir para o campo.
Esportes. Área limitada à prática de esportes: campo de futebol.
Figurado Domínio intelectual ou conjunto do que é próprio a um ofício, profissão, atividade; âmbito, domínio: campo jurídico; campo médico.
Área a partir da qual algo é desenvolvido; o que se pretende discutir; assunto: trazer a campo.
[Física] Região influenciada por um agente físico, por uma força: campo eletromagnético.
[Física] Espaço em que um ímã, um corpo elétrico ou um corpo pesado, está sujeito à determinadas forças: campo de gravitação.
Fotografia e Cinema. Quantidade de espaço cuja imagem se forma no filme.
Etimologia (origem da palavra campo). Do latim campum.

substantivo masculino Território ou área plana; planície, prado.
Extensão de terra cultivável: campo de trigo, de milho.
Terreno fora das cidades: morar no campo; ir para o campo.
Esportes. Área limitada à prática de esportes: campo de futebol.
Figurado Domínio intelectual ou conjunto do que é próprio a um ofício, profissão, atividade; âmbito, domínio: campo jurídico; campo médico.
Área a partir da qual algo é desenvolvido; o que se pretende discutir; assunto: trazer a campo.
[Física] Região influenciada por um agente físico, por uma força: campo eletromagnético.
[Física] Espaço em que um ímã, um corpo elétrico ou um corpo pesado, está sujeito à determinadas forças: campo de gravitação.
Fotografia e Cinema. Quantidade de espaço cuja imagem se forma no filme.
Etimologia (origem da palavra campo). Do latim campum.

Significa esta palavra, na Bíblia, uma terra meramente cultivada – ou limitada extensão de terreno (Gn 23:13-17is 5:8) ou toda herança de um homem (Lv 27:16Rt 4:5Jr 32:9-25). A ausência de valados tornava os campos expostos ao dano feito pelos animais desgarrados (Êx 22:5). o ‘campo fértil’, em Ez 17:5, significa uma terra para plantação de árvores – muitas vezes, porém, é uma tradução da palavra hebraica Carmel, como em is 10:18. Vilas sem muros, e casas espalhadas eram tidas como campos aos olhos da Lei (Lv 25:31).

O campo [a que Jesus se refere na parábola do Joio] simboliza o mundo, isto é: o [...] planeta e a humanidade terrena [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

O campo é o celeiro vivo do pão que sustenta a mesa [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19


Campo Terras usadas para plantação ou para pastagem (Jr 4:3); (Lc 2:8).

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Crescer

Crescer em bondade e entendimento é estender a visão e santificar os objetivos na experiência comum.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 67


verbo intransitivo Aumentar em tamanho, estatura, intensidade, duração, volume ou quantidade: as crianças crescem rapidamente; aumentar, intumescer, multiplicar: crescem as vozes dos aflitos; o rio cresceu depois das chuvas.
Passar a ficar mais comprido, mais longo; acompridar-se: estava esperando o filho crescer para contar sobre o divórcio.
[Artes] Avolumar-se com o tempo (falando da tinta): após horas de trabalho, a tinta cresceu.
Passar a existir e a se desenvolver: a mata cresceu de repente.
verbo transitivo indireto e intransitivo Passar a possuir uma condição superior (moral, intelectual, na carreira etc.): cresceu na empresa e foi promovido; já é adulto, mas não cresceu.
verbo transitivo indireto Ter uma postura de ataque em relação a; investir: crescer sobre o inimigo.
Etimologia (origem da palavra crescer). Do latim crescere.

Fiar

verbo transitivo direto e intransitivo Reduzir a fios: fiar lã; trabalha a fiar.
verbo transitivo direto Segregar um fio de seda, falando-se de invertebrados como as aranhas e numerosas lagartas: o bicho-da-seda fia seu casulo.
Figurado Fazer maquinações; tramar, urdir: fiava mentiras contra o pai.
Tirar ou puxar os metais à fieira.
Serrar madeira longitudinalmente.
verbo intransitivo Torcer os filamentos de qualquer matéria têxtil: a avó fiava junto à lareira.
Etimologia (origem da palavra fiar). Do latim filare, "compor em fios".
verbo transitivo direto , transitivo indireto, bitransitivo e pronominal Possuir fé; acreditar em; confiar: fio em Deus; fio com muita convicção; fiava-se na paz mundial.
verbo bitransitivo Entregar algo a alguém confiando nessa pessoa; conceder: fiei minha herança ao meu irmão.
Vender algo a prazo: fiar mantimentos aos clientes.
Expor à boa ou má sorte; aventurar-se: os portugueses fiaram-se em previsões.
Etimologia (origem da palavra fiar). Do latim fidere, "confiar-se".

Esperar; confiar

Fiar
1) Confiar (Jr 9:4)

2) Transformar (lã, linho, pêlos de cabra) em fio (Ex 35:25-26).

Lírios

-

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Vestuário

substantivo masculino Conjunto de peças das roupas que se vestem: vestuário masculino, feminino, não-binário.
Roupa completa; traje, roupa: vestuário de chef.
Maneira própria de se vestir: apresentava um vestuário inadequado para a entrevista de trabalho.
Etimologia (origem da palavra vestuário). Do latim vestuarium.

o mais antigo vestuário foi feito de folhas de figueira, cosidas de maneira a formar uma cinta (Gn 3:7) – depois foram usadas as peles, A vestidura de Elias era feita de pele de ovelha ou de algum outro animal, não sendo tirada a 1ã (2 Rs 1.8). A arte de tecer os pêlos dos animais era conhecida dos hebreus desde tempos muito afastados (Êx 26:7 – 35,6) – o saco penitencial, usado em ocasiões de tristeza, era feito de pêlo de cabra preta. o vestuário de João Batista era de pêlos de camelo (Mt 3:4). Em todos os tempos foi a 1ã muito empregada, particularmente nas vestes exteriores (31:20Pv 27:26 – 31.13). o linho fino era usado nas vestes dos principais sacerdotes (Êx 28:5), e dele também faziam uso as classes ricas (Gn 41:42Pv 31:22Lc 16:19). Muito mais tarde é que foi introduzido o uso da seda (Ap 18:12). Era proibido pela Lei usar qualquer fazenda onde houvesse mistura de 1ã e linho (Lv 19:19Dt 22:11), provavelmente com o fim de fortalecer a idéia de pureza e simplicidade. A cor geral do vestuário dos hebreus era o branco natural, realçado em alguns casos pela arte do lavandeiro. A referência ao fio encarnado (Gn 38:28) faz supor que já se conhecia nesse tempo a arte de tingir. os hebreus aprenderam com os egípcios vários métodos de produzir estofos, embelezados com o emprego de fios coloridos (Êx 35:25), fazendo uso de filigrana de ouro (Êx 28:6), e pondo figuras no tecido (Êx 26:1-31 – 36.8,35). os vestidos, confeccionados com fios de ouro (Sl 45:13), e, em tempos posteriores, com fios de prata, eram usados pelas pessoas reais – quanto aos ricos, os seus vestidos eram feitos com outras espécies de bordados (Jz 5:30 – S145.14 – Ez 16:13). Vestimentas tingidas eram importadas de países estrangeiros (Sf 1:8) – a púrpura e o escarlate eram, em certas ocasiões, usados pelas pessoas luxuosas (Pv 31:22Lc 16:19 – 2 Sm 1. 24). o árabe moderno veste-se do mesmo modo que o antigo hebreu, com vestidos igualmente flutuantes. Há um vestido de fora, quente e pesado, e outro interior, de fazenda leve. Havia certa semelhança entre os vestidos dos homens e os das mulheres, embora com diferença suficiente para indicar o sexo: ‘A mulher não usará roupa de homem, nem o homem veste peculiar à mulher’ (Dt 22:5). Necessário artigo de vestuário era aquele que se assemelha à nossa camisa, feito de 1ã, algodão ou linho, e cingido ao corpo com um cinto. Quando qualquer pessoa aparecia vestida somente com essa roupa, dizia-se que estava nua (1 Sm 19.24 – 22:6is 20:2 – 58.7 – Jo 21:7Tg 2:15). Sobre essa espécie de túnica vestia-se outra, mais comprida que a primeira. o vulgar vestido exterior constava de uma peça quadrangular do pano de 1ã. Envolvia todo o corpo, ou punha-se sobre os ombros, como um chale, ou ainda o podiam lançar sobre a cabeça para ocultar a face (2 Sm 15.30 – Et 6:12). As mulheres usavam, como os homens, a mesma espécie de camisa, mas os seus vestidos exteriores eram diferentes, compreendendo também uma espécie de chale e um véu – e terminavam eles numa ampla franja que escondia os pés (is 47:2Jr 13:22). o vestido exterior dos hebreus era, também, utilizado como roupa de cama – e por isso um credor não o podia conservar em seu poder, depois do sol posto (Êx 22:26Dt 24:12-13). o costume de empenhar os vestidos parece ter sido muito comum. As vestes largas, flutuantes, dos hebreus davam lugar a uma variedade de ações simbólicas: quando as rasgavam, era esse gesto expressivo de várias emoções, como o desgosto (Gn 37:29-34 – 2 Sm 1.2 – 1:20), o medo (1 Rs 21.27 – 2 Rs 22.11,19), a indignação (2 Rs 5.7 – 11.14 – Mt 26:65), o desespero (Jz 11:35Et 4:1). Geralmente, apenas a vestidura exterior é que era rasgada (Gn 37:341:20 – 2,12) – mas, em certos casos, a interior (2 Sm 15,32) – eem outras ocasiões tanto uma como outra (Ed 9:3Mt 26:65). Sacudir os vestidos, ou o pó, era sinal de rejeição (At 18:6) – estendendo-os diante de uma pessoa, esse ato significava lealdade e recepção alegre (2 Rs 9.13 – Mt 21:8), envolvendo com eles o rosto manifestava-se temor (1 Rs 19.13), ou dor (2 Sm 15.30 – Et 6:12Jr 14:3-4) – arrojando-os de si era indício de excitação (At 22:23) – e segurando-os, queria dizer súplica (1 Sm 15.27 – is 3:6 – 4.1 – Zc 8:23). Durante as viagens, os vestidos exteriores eram cingidos (1 Rs 18.46), e lançados fora quando embaraçavam os movimentos do corpo (Mc 10:50Jo 13:4At 7:58). A expressão ‘tens roupa’ (is 3:6) indicava abastança, porque as mudanças de roupa constituíam um dos muitos elementos de riqueza (27:16Mt 6:29Tg 5:2). As mulheres da casa faziam os vestidos (Pv 31:22At 9:39) sendo certo que, em virtude da grande simplicidade do corte, não era preciso grande arte para os confeccionar. o profeta isaías (3,16) refere-se à extravagância no vestuário, e também Jr 4:30Ez 16:10Sf 1:8 – 1 Tm 2.9 – 1 Pe 3.3.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
καί τίς μεριμνάω περί ἔνδυμα καταμανθάνω πῶς αὐξάνω κρίνον ἀγρός οὐ κοπιάω οὐδέ νήθω
Mateus 6: 28 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E quanto as vestes, por que vos preocupeis? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam.
Mateus 6: 28 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Agosto de 29
G1742
éndyma
ἔνδυμα
()
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2648
katamanthánō
καταμανθάνω
correr, fugir, apressar, temer, estar aterrorizado
(tremble)
Verbo
G2872
kopiáō
κοπιάω
ficar cansado, fatigado, exausto (com labuta ou carga ou aflição)
(labor)
Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
G2918
krínon
κρίνον
acampamento, ameia
(and by their castles)
Substantivo
G3309
merimnáō
μεριμνάω
uma cidade junto à fronteira de Zebulom e Issacar
(Japhia)
Substantivo
G3514
nḗthō
νήθω
peso, massa, grande
([is] heavy)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G3761
oudé
οὐδέ
nem / tampouco
(Nor)
Conjunção
G4012
perí
περί
um dos soldados das tropas de elite de Davi
(Mebunnai)
Substantivo
G4459
pōs
πῶς
dente, dente grande
(the great teeth)
Substantivo
G5101
tís
τίς
Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
(who)
Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
G68
agrós
ἀγρός
pedra (grande ou pequena)
(and stone)
Substantivo
G837
auxánō
αὐξάνω
fazer cresçer, aumentar
(they grow)
Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do plural


ἔνδυμα


(G1742)
éndyma (en'-doo-mah)

1742 ενδυμα enduma

de 1746; n n

  1. traje, vestuário, manto, uma veste externa

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

καταμανθάνω


(G2648)
katamanthánō (kat-am-an-than'-o)

2648 καταμανθανω katamanthano

de 2596 e 3129; TDNT - 4:414,552; v

aprender completamente, examinar cuidadosamente

considerar bem


κοπιάω


(G2872)
kopiáō (kop-ee-ah'-o)

2872 κοπιαω kopiao

de um derivado de 2873; TDNT - 3:827,453; v

  1. ficar cansado, fatigado, exausto (com labuta ou carga ou aflição)
  2. trabalhar com empenho exaustivo, labutar
    1. de trabalho corporal

κρίνον


(G2918)
krínon (kree'-non)

2918 κρινον krinon

talvez uma palavra primitiva; n n

  1. flor silvestre, lírio

μεριμνάω


(G3309)
merimnáō (mer-im-nah'-o)

3309 μεριμναω merimnao

de 3308; TDNT - 4:589,584; v

  1. estar ansioso
    1. estar preocupado com cuidados
  2. cuidar de, estar alerta com (algo)
    1. procurar promover os interesses de alguém
    2. cuidar ou providenciar para

νήθω


(G3514)
nḗthō (nay'-tho)

3514 νηθω netho

de neo; v

  1. fiar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

οὐδέ


(G3761)
oudé (oo-deh')

3761 ουδε oude

de 3756 e 1161; conj

  1. e não, nem, também não, nem mesmo

περί


(G4012)
perí (per-ee')

4012 περι peri

da raiz de 4008; TDNT - 6:53,827; prep

  1. a respeito de, concernente a, por causa de, no interesse de, em torno de, junto a

πῶς


(G4459)
pōs (poce)

4459 πως pos

advérbio da raiz de 4226, partícula interrogativa de modo; partícula

  1. como, de que maneira

τίς


(G5101)
tís (tis)

5101 τις tis

τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

ἀγρός


(G68)
agrós (ag-ros')

68 αγρος agros

de 71; n m

  1. terra
    1. o campo, a região rural
    2. um pedaço de terra, pequena lavoura
    3. as fazendas, sítio rural, aldeias

αὐξάνω


(G837)
auxánō (owx-an'-o)

837 αυξανω auxano

uma forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 8:517,*; v

  1. fazer cresçer, aumentar
  2. ampliar, tornar grande
  3. cresçer, aumentar
    1. de plantas
    2. de crianças
    3. de uma multidão de pessoas
    4. do crescimento interior do cristão